SECRETARIA PARA ASSUNTOS DE TRABALHO DA MULHER, DO IDOSO E DA JUVENTUDE

Publicado em: 21/08/2017

 

 

NCST participa da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres


Com o tema “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu) entre os dias 17 e 20 de agosto. O objetivo foi propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. O evento reuniu 1800 participantes no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).


Na quinta-feira (17), às 16h as centrais sindicais NCST, CUT, CTB, FS e movimentos sociais realizaram o ato “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres”, em frente ao Museu da República. Em seguida, às 20h foi a solenidade de abertura, onde os participantes demostraram sua insatisfação com os desmontes do Sistema Único de Saúde, que serão denunciados ao longo do encontro.


Na fala de abertura o ministro Ricardo Barros enquanto apresentava o Power Point com imagens da primeira dama para ilustrar sua gestão, teve a voz abafada com palavras de ordens críticas ao desmonte da saúde pública e à crise que o país se encontra, aprofundada pelas reformas promovidas pelo governo ao qual o titular da pasta representa. Ao não se constranger com as manifestações contrárias e prosseguir o discurso, parte das mulheres abandonaram a plenária e deixaram o ministro falando para uma minoria, ao final de sua fala ele deixou a mesa de abertura e as mulheres retornaram, dando continuidade a solenidade de abertura.


Nos dias 18 e 19, as discussões foram baseadas nos eixos temáticos da conferência:
Eixo I – O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres; Eixo II – O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres; Eixo III – Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres e o Eixo IV – Políticas públicas para as mulheres e a participação social.


O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) premiaram no domingo (20) as experiências brasileiras inovadoras de Participação Social e Saúde Integral das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).


A 2ªCNSMu, ocorreu após três décadas da primeira edição, também destacou a luta contra Emenda Constitucional 95/2016, que congela recursos públicos em Saúde e Educação por 20 anos, e contra a privatização do SUS. As medidas recentes ferem a Constituição Federal de 1988 e a democracia, criando um cenário de ruptura institucional da agenda de construção solidária do acesso das mulheres à saúde integral como direito humano. A conferência reafirma a luta por mais direitos e mais igualdade.


O evento foi um espaço de debates para ampliar a mobilização e o engajamento das mulheres e dos movimentos sociais na luta pela igualdade de gênero e contra os retrocessos que atualmente afetam a saúde e a vida das mulheres. As propostas, discutidas amplamente por 70 mil participantes em Conferências Municipais, macrorregionais, Estaduais e livres, compuseram o Relatório Nacional, que contribuiu para construção do documento norteador por eixos para a revisão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.


Para a Secretária Nacional da Mulher da NCST/CNTI, Sônia Zerino membro também da CISMU, coordenou um dos grupos de trabalho do Eixo II - O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres. Essa conferência teve um caráter diferenciado das outras: é a segunda que acontece após três décadas de resistência e lutas. “Nesse momento, a nossa expectativa é de resistência em defesa do SUS e da saúde das mulheres porque num momento de crise como esse nós sabemos que os impactos serão primeiramente sentidos pelas mulheres, que possamos ter muita energia para iluminar os momentos obscuros que a nação vive atualmente. Aproveitamos o momento para denunciar o desmonte do SUS e consequentemente todas as políticas de equidade como a PEC do teto, que é uma derrota da classe trabalhadora e dos usuários do Sistema Único de Saúde” avaliou Sônia.


A companheira Cátia Aparecida Laurindo da NCST-SP participou ativamente do Ato “Pela Saúde e Pela Vida das Mulheres” e do eixo temático Mundo do Trabalho.

 

 

 

 

 

 

DOCUMENTO ORIENTADOR - 2ª Conferência Nacional da Saúde da Mulher

 

As trabalhadoras têm um papel importante nesse processo, ao contribuir para a análise no mundo do trabalho e os impactos na saúde das mulheres. O contexto político atual, também influencia nos direitos das mulheres e consequentemente na sua saúde, colocando novos desafios e a busca de alternativas para a sua superação.


Após 30 anos da 1ª Conferência Nacional da Saúde da Mulher, onde o Estado deveria ter avançado mais, percebemos que ainda precisamos nos reafirmar, impulsionar e principalmente efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), para garantir a saúde como direito humano, a sua universalidade, integralidade e equidade, com base em políticas que reduzam as desigualdades sociais, entre outras, conforme está previsto na Constituição Federal de 1988 e nas Leis n° 8.080 de 19 de setembro de 1990 e nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990.


Diante desse cenário, é fundamental pensar sobre a saúde da mulher com um olhar mais respeitoso.


Sônia Maria Zerino

Secretaria para Assuntos do Trabalho da Mulher, do Idoso e da Juventude – CNTI

 

 

Link:

 

http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2016/docs/05maio23_Portaria_1017_ConferenciaNacSaudeMulher.pdf

 

http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso537.pdf

 

http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso538.pdf

 


 

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