Blog - Notícias Anteriores - Fevereiro 2017
23/02/2017 -
Para sindicalistas retirar direitos da classe
trabalhadora é inaceitável!
23/02/2017 -
Senador quer impedir entidades dos servidores de
receber contribuição sindical
23/02/2017 -
'Lei da Gorjeta': Câmara aprova projeto do
ex-deputado Gilmar Machado
23/02/2017 -
Copom baixa juro e Selic vai para 12,25% ao ano
23/02/2017 -
Comissão da Reforma da Previdência inclui mais
quatro audiências no plano de trabalho
23/02/2017 -
Objetivo da reforma de Temer é privatizar a
Previdência, diz Paim
23/02/2017 -
Randolfe critica reforma da Previdência: 'milhões
morrerão sem aposentadoria'
23/02/2017 -
Parlamentares de oposição criticam reformas
trabalhista e da Previdência
23/02/2017 -
Terceirização será votada depois do carnaval
23/02/2017 -
STF discutirá responsabilização objetiva de
empregador por danos decorrentes de acidente de
trabalho
22/02/2017 -
Centrais e Dieese lançam aplicativo que mostra
assalto imposto pela PEC 287
22/02/2017 -
Relator da reforma da Previdência vai mudar regras
de transição para evitar injustiças
22/02/2017 -
Ministério do Trabalho: há maturidade sindical
suficiente para reforma na lei
22/02/2017 -
Centrais sindicais querem mais debate das reformas
trabalhista e da Previdência
22/02/2017 -
Líderes traçam estratégias para votação da reforma
da Previdência
22/02/2017 -
Alexandre de Moraes não comenta terceirização, tema
já em julgamento no Supremo
22/02/2017 -
Aposentado que volta a trabalhar não perde benefício
da Lei de Planos de Saúde
22/02/2017 -
Toyota pagará horas extras por pausas para café no
meio da jornada
21/02/2017 -
Executivo envia projeto que acaba com multa de 10%
do FGTS paga por empresas ao governo
21/02/2017 -
Comissão da Reforma da Previdência debate mudanças
em benefícios na quarta
21/02/2017 -
Uma Emenda dos trabalhadores
21/02/2017 -
Relator da PEC 287 defende fim de desonerações de
tributos previdenciários
21/02/2017 -
Paulo Paim pede apoio à criação de uma CPI da
Previdência Social
21/02/2017 -
Procuradores do Trabalho e OAB-DF criticam proposta
de reforma da Previdência
21/02/2017 -
Quase 200 mil empresas devem o FGTS de seus
funcionários e ex-funcionários
21/02/2017 -
Justiça do Trabalho convoca empresas com ações para
incentivar acordo com trabalhadores
21/02/2017 -
Espera por transporte fornecido pela empresa deve
ser pago como hora extra
21/02/2017 -
Segurado do INSS que retorna ao trabalho não tem
direito à aposentadoria por invalidez
21/02/2017 -
Indústrias e sindicato assinam acordo milionário em
processo iniciado há 26 anos
20/02/2017 -
Comissão da reforma da Previdência debaterá regime
geral na terça-feira
20/02/2017 -
Reforma trabalhista: comissão discute direito
coletivo de trabalho
20/02/2017 -
Paim critica intenção de aprovar na Câmara projeto
sobre terceirização
20/02/2017 -
Governo envia ao congresso projeto para acabar com
multa adicional de FGTS
20/02/2017 -
Empresas devem à Previdência quase três vezes o
valor do déficit no INSS
20/02/2017 -
Ministro do STF quer explicação sobre mudanças em
aposentadoria
20/02/2017 -
Ministro garante que modernização da CLT mantém
direitos dos trabalhadores
20/02/2017 -
Grupo de Trabalho decide que as centrais
apresentarão contribuições até março
20/02/2017 -
Funcionários públicos deverão pagar contribuição
sindical em 2017
17/02/2017 -
PLS 339/16: terceirização na atividade-meio tem
parecer favorável na CCJ
17/02/2017 -
Boletim da CNTI alerta sobre maldades da reforma
previdenciária
17/02/2017 -
Comissão da Reforma da Previdência deve realizar
nove audiências públicas
17/02/2017 -
Debatedores divergem sobre os números que embasam a
reforma da Previdência
17/02/2017 -
Indústria gera 6,5 mil postos de trabalho em janeiro
no estado de São Paulo
17/02/2017 -
Reforma trabalhista não terá aumento de jornada nem
ameaça a 13º, diz ministro
17/02/2017 -
Procurador da República diz que STF poderá contestar
reforma da Previdência
17/02/2017 -
JT anula acordo prejudicial a empregado que teve
advogado pago pelo empregador
16/02/2017 -
Comissão da reforma trabalhista vai ouvir ministro
do Trabalho nesta quinta
16/02/2017 -
Padilha diz que gastos ficarão inviabilizados sem
reforma da Previdência
16/02/2017 -
CNT: 10,3% aprovam governo Temer e 44,1% reprovam
16/02/2017 -
Ministro: mesmo com reforma da Previdência, será
preciso nova fonte de recursos
16/02/2017 -
Paim registra apoio de vereadores e prefeitos a
movimento contra reforma da Previdência
16/02/2017 -
Temer diz ter "absoluta certeza" da aprovação das
mudanças nas leis trabalhistas
16/02/2017 -
Temer diz que Constituição já prevê reconhecimento
de convenção coletiva de trabalho
16/02/2017 -
As críticas à reforma da Previdência racharam as
centrais sindicais
16/02/2017 -
Transferência de contas inativas do FGTS para outros
bancos será feita sem taxas
15/02/2017 -
Reforma trabalhista terá parecer até 4 de maio; tema
gera polêmica em comissão
15/02/2017 -
Comissão da reforma da Previdência aprova 63
requerimentos para audiências
15/02/2017 -
Relator diz que entregará parecer sobre reforma da
Previdência em um mês
15/02/2017 -
Paulo Paim quer criar uma CPI para examinar as
contas da Previdência
15/02/2017 -
Governo quer votar terceirização ‘irrestrita’
15/02/2017 -
Autorização de saque do FGTS não afetará construção
civil, diz Meirelles
15/02/2017 -
Empresa que não pune empregado por não usar EPI
também é culpada em caso de acidente
15/02/2017 -
Mantida decisão que validou homologação de rescisão
contratual por juiz de paz
14/02/2017 -
Comissão da Reforma Trabalhista define cronograma de
trabalho nesta terça-feira
14/02/2017 -
Reforma da Previdência acelera ações e leva
sindicalismo à Brasília nesta terça (14)
14/02/2017 -
Protestos contra a reforma da Previdência marcam
sessão pelo Dia do Aposentado
14/02/2017 -
Paim anuncia que apresentará substitutivo à reforma
da Previdência
14/02/2017 -
2, 1 mil empregos são preservados com adesão das
primeiras empresas ao PSE
14/02/2017 -
Membro da CIPA só pode cobrar reintegração durante
período de estabilidade
14/02/2017 -
Aposentados no “Buraco Negro” – STF garante revisão
pelo teto
14/02/2017 -
PEC institui a prevalência de acordos coletivos
sobre a legislação trabalhista
13/02/2017 -
Substitutivo da PEC 287 terá apoio da Nova Central
13/02/2017 -
Relator recua e não deverá incluir terceirização na
reforma trabalhista
13/02/2017 -
Reformas da Previdência e trabalhista devem
movimentar a Câmara nesta semana
13/02/2017 -
Arthur Maia, relator da PEC 287, recebeu R$ 300 mil
de empresa de previdência
13/02/2017 -
Ministério do Trabalho chama trabalhadores e
empregadores para discutir retomada do emprego
13/02/2017 -
Senado comemora com sessão especial o Dia Nacional
do Aposentado
13/02/2017 -
Salário-maternidade em microempresa poderá ser pago
direto pela Previdência
13/02/2017 -
Turma reconhece legitimidade de sindicato para
substituir apenas um trabalhador em processo
13/02/2017 -
Mãe responsável pelo sustento da família poderá ter
direito a saque do FGTS
10/02/2017 -
Relator da reforma da Previdência pretende
apresentar relatório em março
10/02/2017 -
Instalada comissão que vai analisar a reforma
trabalhista
10/02/2017 -
Paim critica reformas trabalhista e da Previdência e
comparações com outros países
10/02/2017 -
Comissões “reformistas” são afinadas com o mercado
10/02/2017 -
Meirelles diz que mercado deve elevar previsão de
crescimento da economia
10/02/2017 -
Calendário de saques do FGTS deve ser anunciado dia
14
10/02/2017 -
Nascimento de filho poderá permitir saque de FGTS
por mãe trabalhadora
10/02/2017 -
Projeto garante descanso para amamentar durante
trabalho até bebê completar 1 ano
09/02/2017 -
Reformas de Temer são rejeitadas pela Nova Central
09/02/2017 -
Centrais Sindicais vão massificar posição unitária
acerca da Previdência
09/02/2017 -
Reforma da Previdência é criticada por deputadas e
entidades de defesa das mulheres
09/02/2017 -
Planalto quer votar reforma da Previdência no dia 6
de abril
09/02/2017 -
Investimento da indústria em 2016 foi o menor desde
2010, diz CNI
09/02/2017 -
Ministério do Trabalho informa sobre agendamento do
seguro-desemprego
09/02/2017 -
Ex-diretor de sindicato não pode atuar em causa
própria em reclamação ao TST
09/02/2017 -
Empregador responde pela integridade física dos
empregados
08/02/2017 -
Entidades de defesa da mulher debatem reforma da
Previdência
08/02/2017 -
Câmara cria comissões para analisar reformas da
Previdência e trabalhista
08/02/2017 -
Relator da reforma trabalhista defende prevalência
de acordos coletivos sobre a lei
08/02/2017 -
Comissão da reforma da Previdência quer concluir
trabalhos em até 80 dias
08/02/2017 -
Sindicato deve homologar rescisão na presença do
trabalhador
08/02/2017 -
Justiça do Trabalho passa a julgar conflitos de
sindicatos de servidores públicos
08/02/2017 -
Empregado não comprova dispensa discriminatória por
participar de comissão de trabalhadores
07/02/2017 -
Relator da reforma da Previdência vai propor debate
sobre números do setor
07/02/2017 -
Antônio Queiroz: Formação política e sindical
urgente
07/02/2017 -
Centrais e Dieese reúnem sindicalistas para debater
reforma da Previdência
07/02/2017 -
Regulamentação de terceirização é uma das
prioridades do Senado em 2017
07/02/2017 -
Regulamentação do trabalho a distância deve ser
votada em comissão
07/02/2017 -
Descanso mínimo antes de hora extra é exclusivo para
mulher
07/02/2017 -
Atraso no pagamento dos salários é falta grave do
empregador e autoriza a rescisão indireta do
contrato de trabalho
07/02/2017 -
A empresa pode alterar o horário de trabalho do
funcionário?
06/02/2017 -
Câmara instala comissão que vai examinar reforma da
Previdência
06/02/2017 -
Reforma trabalhista: Rodrigo Maia constitui comissão
especial
06/02/2017 -
PT lutará para impedir aprovação das reformas da
Previdência e trabalhista
06/02/2017 -
Previdência: agora é pressão total!
06/02/2017 -
Caixa Econômica alerta sobre falso calendário de
contas inativas do FGTS
06/02/2017 -
Caixa: Calendário de saque do FGTS sai na primeira
quinzena de fevereiro
06/02/2017 -
Falta de assinatura na carteira de trabalho causa
danos morais ao empregado
06/02/2017 -
Comissão obriga INSS a disponibilizar a segurados
informações constantes em cadastro
06/02/2017 -
TRT-3 reconhece possibilidade de fixação de base de
cálculo do adicional de periculosidade em negociação
coletiva
03/02/2017 -
Maia anuncia comissões especiais e relatores das
reformas trabalhista e previdenciária
03/02/2017 -
Temer diz que reforma da Previdência é "inadiável"
03/02/2017 -
Senado defende tramitação da reforma da Previdência,
contestada no STF
03/02/2017 -
Governo quer projeto de lei em votação ainda no
primeiro semestre
03/02/2017 -
Pagamento de dívida trabalhista afasta
impenhorabilidade de conta-poupança
03/02/2017 -
Ministério vai capacitar servidores para mediação
trabalhista
03/02/2017 -
Despesa com educação de empregados pode passar a ser
deduzida do IR de empresas
03/02/2017 -
Turma condena Riachuelo por lesão que impediu
costureira de trabalhar na mesma função
02/02/2017 -
Centrais e ministro do Trabalho definem debates
sobre reforma trabalhista
02/02/2017 -
Eunício Oliveira do PMDB é o novo presidente do
Senado
02/02/2017 -
Produção industrial fecha 2016 com queda de 6,6%;
dezembro teve crescimento
02/02/2017 -
IBGE: melhora em dezembro ainda não indica
recuperação da indústria em 2017
02/02/2017 -
Custo de vida na Grande São Paulo tem alta de 6,59%
em 2016
02/02/2017 -
Ministério recebe propostas sobre saúde e segurança
de trabalhadores em limpeza urbana
02/02/2017 -
Decisão de juiz do trabalho sem fundamentação poderá
ser anulada
02/02/2017 -
Dependentes no IR a partir de 12 anos devem ter CPF,
decide Receita
02/02/2017 -
Reajuste de benefício previdenciário pelo INPC é
constitucional
02/02/2017 -
Primeira Turma do TRT-PE decide que estabilidade a
gestante não se aplica a menor aprendiz
02/02/2017 -
Aposentado não terá que devolver benefício por
invalidez recebido de boa fé
01/02/2017 -
Reformas previdenciária e trabalhista serão
destaques da pauta da Câmara em 2017
01/02/2017 -
Governo Temer quer aprovar reforma que enfraquece
sindicatos
01/02/2017 -
Foco do governo é gerar empregos, diz Padilha na
abertura do Conselhão
01/02/2017 -
PL 6.787/16: parecer técnico-jurídico analisa
reforma trabalhista
01/02/2017 -
Desempregados somaram 12,3 milhões no ano passado
01/02/2017 -
Temer defende reformas previdenciária e trabalhista
em encontro com empresários
01/02/2017 -
Meta de inflação pode chegar a 3% no longo prazo,
diz presidente do BC
01/02/2017 -
Pais que dependem economicamente do filho têm
direito à pensão por morte junto ao INSS
01/02/2017 -
Pensionistas e aposentados podem requerer isenção no
Imposto de Renda
23/02/2017 -
Para sindicalistas retirar direitos da classe
trabalhadora é inaceitável!
Em reunião com presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM/RJ) na terça-feira (21/2),
centrais sindicais pediram mais participação em
debates sobre reformas da Previdência e Trabalhista.
O presidente Nacional da Nova Central, José Calixto
Ramos foi o primeiro a se pronunciar e defendeu
mudanças nas reformas, em tramitação nas Comissões
Especiais e criticou a velocidade com que os temas
são tratados.
Calixto alertou de que é preciso debater
“minuciosamente” e com participação da sociedade,
por se tratar de questões que propõem significativas
mudanças que atingirá a vida e o futuro de milhões
de brasileiros. “Precisamos de maior participação
nas audiências públicas e nos debates destas
matérias. Não concordaremos com retirada de direitos
e, muito menos, com regras perniciosas que
dificultará sobre maneira a possibilidade dos
cidadãos se aposentarem dignamente”, afirmou.
Como exemplo, lembrou que na proposta encaminhada
pelo presidente Michel Temer (PMDB) sobre alterações
na previdência, para se aposentar a pessoa terá que
ter idade mínima de 65 anos, associada à elevação do
tempo mínimo de contribuição de 25 anos de
contribuição para homens, mulheres, trabalhadores
rurais, servidores públicos e professores.
Disse ainda das dificuldades que os trabalhadores
(as), principalmente no setor privado, terão para
acumular 25 anos de contribuição à Previdência por
conta do desemprego “estrutural e conjuntural” que
de tempos em tempos afetam a economia do Brasil.
Maia recebeu dos sindicalistas um documento com 10
pontos contrários à PEC 287/2016, que rebatem os
argumentos do Governo Federal, que através da
propaganda procura convencer a população da
necessidade de se fazer às mudanças na aposentadoria
por existir déficit no orçamento da Seguridade
Social.
No final do encontro se comprometeu em alterar os
prazos e facilitar a entrada dos representantes dos
trabalhadores (as) nas dependências da Câmara e nas
sessões das comissões.
Fonte: NCST
23/02/2017 -
Senador quer impedir entidades dos servidores de
receber contribuição sindical
O senador Sérgio Petecão (PDS-AC) apresentou no
Senado projeto de decreto para impedir que entidades
sindicais de servidores públicos recebam imposto
sindical.
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo do Senado
(PDS) 30/17, que “susta a Instrução Normativa nº 1,
de 17 de fevereiro de 2017, do Ministério do
Trabalho, que dispõe sobre a cobrança da
contribuição sindical dos servidores e empregados
públicos.”
O senador acriano entende que a matéria não é de
competência do Ministério do Trabalho e Emprego, já
que os “servidores públicos estatutários, cuja
relação com o Estado não é regida pela Consolidação
das Leis do Trabalho, mas por estatutos baixados
pelos diversos entes federados no exercício de sua
autonomia constitucional”.
Fonte: Diap
23/02/2017 -
'Lei da Gorjeta': Câmara aprova projeto do
ex-deputado Gilmar Machado
Projeto de Lei (PL) 252, de 2007, intitulado “Lei da
Gorjeta”, de autoria do ex-prefeito de Uberlândia,
Gilmar Machado, na época deputado federal pelo PT,
foi aprovado nesta terça-feira (21) na Câmara dos
Deputados e agora segue para sanção do presidente
Michel Temer (PMDB).
Se sancionado, parte dos 10% cobrados em alguns
locais como taxa de serviço iriam para o
estabelecimento para pagamento dos encargos
trabalhistas do garçom.
Pelo projeto, a chamada “gorjeta” deverá ser
destinada aos trabalhadores e integrada aos salários
desses funcionários. O pagamento será anotado na
carteira de trabalho e no contracheque e a
distribuição será feita segundo critérios definidos
em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Enquanto a lei não é sancionada, o Ministério
Público sugere que os bares e restaurantes parem de
cobrar a taxa. O MP esclarece que, se os 10% forem
cobrados, o valor deve ir integralmente para o
garçom e não seja dividido com a casa, como propõe o
projeto de lei.
Fonte: Diap
23/02/2017 -
Copom baixa juro e Selic vai para 12,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central reduziu a taxa básica de juros da economia
brasileira pela quarta vez seguida nesta
quarta-feira (22), de 13% para 12,25% ao ano. O
corte, de 0,75 ponto percentual, levou a Selic ao
menor patamar desde o início de 2015, quando estava
em 11,75% ao ano.
A redução de 0,75 ponto percentual também confirmou
a expectativa da maior parte dos economistas do
mercado financeiro. No fim de janeiro, o presidente
do BC, Ilan Goldfajn, havia indicado que esse ritmo
de corte de juros, implementado na reunião do Copom
de janeiro, deveria ser mantido neste mês.
Os analistas preveem que o Copom continuará a
reduzir a Selic nos próximos meses e que a taxa
chegará a 9,5% ao fim de 2017, ou seja, em um
dígito, algo que não acontece desde o fim de 2013.
Juros para os clientes
Os juros para os clientes também caíram após a redução
da Selic. Entretanto, continuam, ainda, proibitivos.
No Bradesco, por exemplo, os cortes valem a partir
do dia 1º março. Entre as linhas que tiveram redução
de taxas estão crédito pessoal, crédito para
aquisição de veículos e as taxas dos cartões com a
bandeira Elo. Veja:
Crédito Pessoal - Taxa atual: 1,89% a 7,72% a.m;
Nova: 1,83% a 7,66% a.m.
No Banco do Brasil, o cheque especial, ficou assim:
Taxa atual: 4,42% a 12,95% a.m.; Nova: 4,36% a
12,89% a.m.
Centrais sindicais
A Força Sindical em sua página na internet classificou
a redução de “Queda tímida e frustrante”.
“O governo perdeu uma ótima oportunidade de
sinalizar, para o setor produtivo, que gera emprego
e renda, que o País não bajula mais o rentismo. Juro
estratosférico é uma forma de concentrar cada vez
mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores”,
acrescentou.
As demais centrais, até o fechamento desta matéria,
não haviam publicado em suas páginas nenhum
posicionamento em relação à decisão do BC.
Fonte: Diap
23/02/2017 -
Comissão da Reforma da Previdência inclui mais
quatro audiências no plano de trabalho
Na reunião ontem da Comissão Especial sobre a
Reforma da Previdência (PEC 287/16), o relator,
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), acolheu
parte das sugestões dos deputados e incluiu mais
quatro audiências públicas em seu plano inicial,
totalizando 13 debates.
Ele dividiu o tema "equilíbrio financeiro da
Previdência" em "situação presente" e "modelos de
projeção para o futuro". Também dividiu o tema
"professores-aposentadorias especiais para
atividades de risco e de insalubridade". A última
divisão aconteceu na audiência que debateria a
situação da mulher junto com a questão da pensão por
morte. E será realizado ainda um debate amplo sobre
Previdência, com especialistas na área. Com estes
acréscimos, a finalização do parecer do relator deve
ficar para o final de março.
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) sugeriu que
sejam feitas audiências com somente três convidados
para que o debate possa ocorrer com mais
profundidade. "Seria um contra, um a favor e um
neutro". Para o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ),
porém, não existe neutralidade neste assunto.
No início da reunião, a comissão especial aprovou 18
requerimentos de novos convidados para audiências
públicas, um pedido de informações para o Ministério
da Fazenda sobre modelos atuariais incluídos nas
Leis de Diretrizes Orçamentárias, e a realização de
um seminário internacional.
Fonte: Agência Câmara
23/02/2017 -
Objetivo da reforma de Temer é privatizar a
Previdência, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a mobilização
popular contra a reforma da Previdência. Paim
classificou a proposta do governo de Michel Temer
como irresponsável. Ele manifestou apoio aos
trabalhadores rurais, que repudiam as regras
propostas por Temer para aposentadoria e pensão. "Se
o trabalhador não planta, a cidade não almoça e
janta", disse o senador, mencionando o grito de
protesto dos trabalhadores rurais no interior do Rio
Grande do Sul contra a reforma da Previdência.
O senador avalia que o objetivo da reforma de Temer,
na verdade, é o de privatizar a Previdência. Paim
manifestou a esperança de que o texto não passe,
porque os parlamentares ouvirão os protestos de seus
eleitores.
— A privatização [da Previdência] é entregar para o
sistema financeiro todo o movimento dos
trabalhadores que hoje depositam na Previdência e,
daí para a frente, vai para a frente. O banco
quebrou, alegou falência, adeus: leva todo o teu
dinheiro embora.
CPI da Previdência
Paulo Paim também lembrou o apoio crescente dos
senadores à criação de uma comissão parlamentar de
inquérito para investigar as contas da Previdência.
Quase 30 senadoras já assinaram o requerimento,
disse Paim. O número necessário para criar uma CPI é
de 27 assinaturas. Para o senador, a CPI revelará
que não há déficit na seguridade social.
Fonte: Agência Senado
23/02/2017 -
Randolfe critica reforma da Previdência: 'milhões
morrerão sem aposentadoria'
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (22), o
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fez várias
críticas à proposta de reforma da Previdência
Social, que ele chamou de “cruel”, “afronta ao
trabalhador” e “piada de mau gosto”. O parlamentar
afirmou estar “entrincheirado” ao lado daqueles que
lutam contra a PEC 287/2016 do governo federal.
— Dentre todos os modelos de previdência pública do
mundo, o mais cruel e o mais desigual será o que nós
teremos no Brasil após a aprovação dessa proposta de
emenda à Constituição — afirmou.
O senador acrescentou que a proposta é
inconstitucional por ferir os direitos fundamentais
previstos no artigo sétimo da Constituição. E que,
por isso, se trata de uma afronta aos trabalhadores
dos setores público e privado.
Na avaliação de Randolfe, a reforma é na prática uma
“tentativa de acabar com o sistema de proteção aos
idosos e aos incapacitados”. Ele ressaltou que, com
as novas regras, o limite de idade para
aposentadoria será de 65 anos, o mesmo dos países da
União Europeia, onde a expectativa de vida é de 80
anos, 20 a mais do que no Brasil.
— Isso chega a ser uma piada de mau gosto. Milhões
de brasileiros não alcançarão isso, morrerão e não
chegarão à aposentadoria — disse.
Fonte: Agência Senado
23/02/2017 -
Parlamentares de oposição criticam reformas
trabalhista e da Previdência
Deputados e senadores de oposição ao governo se
manifestaram na Câmara dos Deputados, nesta
quarta-feira (22), contra as reformas da Previdência
(PEC 287/16) e trabalhista (PL 6787/16).
Eles participaram de ato de repúdio às propostas
organizado pelo Fórum Interinstitucional em Defesa
do Direito do Trabalho e da Previdência Social (FIDS),
composto por diversas entidades, entre elas a
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT),
atual secretária-executiva do fórum, e centrais
sindicais.
Aposentadoria
Segundo o presidente da ANPT, Ângelo da Costa, as
propostas diminuem direitos e correm o risco de
serem aprovadas sem diálogo com a sociedade e sem
transparência.
“O governo não divulgou dados que realmente
convencessem a população. Há, de certa forma, um
manuseio dos dados para colocar o foco apenas na
Previdência Social, quando a gente sabe que a
Previdência também é abastecida com recursos da
Seguridade Social”, afirmou, em relação à reforma da
Previdência.
Para o líder do PDT, Weverton Rocha (MA), o atual
governo não tem legitimidade política e moral para
tocar uma reforma tão profunda. “Resolver em 60, 90
dias sem ouvir ninguém?”, questionou.
Os parlamentares presentes disseram que a matéria
representará o desmonte da Previdência. “Aos nossos
jovens, estão reservados 49 anos de contribuição se
ele trabalhar 49 anos sem parar. Em um país com
tanta rotatividade, quem vai ter um emprego fixo de
49 anos? E não é para receber a aposentadoria
integral. É para receber a média”, observou
Vicentinho (PT-SP).
Ele também criticou o aumento da idade mínima para
se aposentar, que passaria de 55 para 65 anos para
as mulheres e de 60 para 65 para os homens. “A
situação da mulher é muito grave. Querem aumentar em
dez anos o tempo para ela se aposentar e em cinco
para os homens”, afirmou.
Jornada de trabalho
A deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou a reforma
trabalhista. “Essa reforma está incluindo a jornada
intermitente. Isso é voltar ao século 18. É dizer
que o trabalhador só trabalhará com a corda esticada
e só ganhará nos dias de pico. O negociado
prevalecer sobre o legislado também significa isso”,
argumentou.
Também para Chico Alencar (Psol-RJ), não se trata de
modernizar a legislação trabalhista, mas de
precarizar as relações de trabalho, o que é
inaceitável em sua opinião.
Marco Maia (PT-RS) disse que as duas reformas
deveriam ir para a “a lata do lixo” e conclamou a
população a se manifestar contrariamente aos textos.
“Precisamos a partir de agora fazer uma campanha
muito forte para o nosso povo mais humilde. Estão
querendo passar a ideia de que a reforma vem para
garantir a aposentadoria no futuro. Se não formos
capazes de contrapor essa mentira teremos uma
parcela da sociedade acreditando que o governo está
preocupado com os trabalhadores e trabalhadoras do
nosso País.”
Uma greve geral nacional da educação está marcada
para o dia 15 de março. Os parlamentares acreditam
que o evento constituirá uma nova oportunidade de
luta contra as reformas.
Posição do governo
Em entrevista à Rádio Câmara, o líder do governo,
deputado Andre Moura (PSC-SE), afirmou que a reforma
trabalhista vai atender, acima de tudo, um desejo
dos trabalhadores. "As leis do trabalho vão ser
flexibilizadas, os trabalhadores terão mais poder de
decisão, de participação nas discussões e decisão.
Nós vamos ter o direito, que era um sonho de todos
eles, do acordado sobre o legislado. Os acordos que
forem construídos entre patrões e empregados poderão
se tornar reais, porque a modernização das leis
trabalhistas vai permitir isso", disse.
Quanto à reforma da Previdência, Moura defendeu um
debate mais amplo. "Teremos várias audiências
públicas, como já estamos tendo. Teremos um
seminário internacional na comissão especial, dando
oportunidade a todos, favoráveis e contrários",
concluiu.
Fonte: Agência Câmara
23/02/2017 -
Terceirização será votada depois do carnaval
Projeto relatado pelo deputado Laércio Oliveira
permite a terceirização para todas as atividades de
uma empresa;
texto é visto por centrais como mais prejudicial a
trabalhadores
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
vai colocar em votação no plenário da Casa o projeto
sobre terceirização depois do carnaval. Ao Estado,
Maia afirmou que a proposta que será votada é a que
tem como relator o deputado Laércio Oliveira (SD-SE),
que permite a terceirização para todas as atividades
da empresa.
O projeto é considerado mais amplo do que o que está
em discussão no Senado, sob a relatoria do senador
Paulo Paim (PT-RS). O petista fez uma série de
mudanças ainda no governo Dilma Rousseff. As
alterações, porém, não agradaram ao atual governo.
Diante disso, Maia e o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), fizeram um acordo para dar
celeridade ao projeto que tramita na Câmara e deixar
de lado a proposta relatada por Paim.
O projeto relatado por Laércio Oliveira chegou ao
Congresso em 1998, ainda na gestão do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, e é visto pelas centrais
sindicais como mais prejudicial aos direitos dos
trabalhadores, por atender mais os interesses dos
empresários.
Como o texto já passou por votações anteriores nas
duas Casas legislativas, basta ser aprovado pelo
plenário da Câmara para ir à sanção do presidente
Michel Temer. Para o relator, o projeto será votado
até o final de março. "É o início da modernização
das relações de trabalho no Brasil. E
definitivamente a terceirização passa a ter
segurança jurídica, com regras bem definidas", disse
Oliveira.
A oposição, porém, promete reagir e deve tentar
obstruir a votação. Próximo a Maia, o deputado
Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que a decisão do
presidente da Câmara de pautar o projeto é a
primeira "fratura" referente às promessas que o
deputado do DEM fez durante a campanha à reeleição
para conquistar votos dos oposicionistas.
Fonte: Estadao
23/02/2017 -
STF discutirá responsabilização objetiva de
empregador por danos decorrentes de acidente de
trabalho
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a
existência de repercussão geral na matéria tratada
no Recurso Extraordinário (RE) 828040, interposto
pela Protege S/A – Proteção e Transporte de Valores
contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho que
a condenou ao pagamento de indenização a um
vigilante de carro forte devido a transtornos
psicológicos decorrentes de um assalto.
A tese adotada pelo TST foi a da responsabilidade
objetiva, que prescinde da comprovação de dolo ou
culpa, por se tratar de atividade de risco (artigo
927, parágrafo único, do Código Civil). Para a
empresa, porém, a condenação contrariou o
dispositivo constitucional que trata da matéria
(artigo 7º, inciso XXVIII, que prevê a obrigação de
indenizar em caso de dolo ou culpa), uma vez que o
assalto foi praticado em via pública, por terceiro.
O Plenário Virtual, por maioria, entendeu que a
matéria tem natureza constitucional e tem
repercussão econômica e social, tendo em vista sua
relevância para o desenvolvimento das relações
empregatícias. Ficaram vencidos a ministra Rosa
Weber e o ministro Edson Fachin.
O RE 828040 é o processo paradigma do tema 932 da
tabela de repercussão geral do STF. Até o julgamento
do mérito, os demais recursos extraordinários que
discutem o mesmo tema ficam sobrestados no TST.
(Carmem Feijó, com informações do STF)
Fonte: TST
22/02/2017 -
Centrais e Dieese lançam aplicativo que mostra
assalto imposto pela PEC 287
As Centrais Sindicais e o Dieese lançam nesta quinta
(23), em São Paulo, a 13ª Jornada Nacional de
Debates, que nesta edição abordará a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da
reforma da Previdência Social.
O evento, a partir das 9h30 no auditório do
Sindicato dos Químicos (rua Tamandaré, 348,
Liberdade), marcará o lançamento de um aplicativo
que calcula sua aposentadoria com as regras atuais e
com as regras da reforma.
A Coordenadora de pesquisa e tecnologia do Dieese,
Patrícia Pelatieri, adiantou à Agência Sindical que
o objetivo é mostrar a extensão das perdas que os
trabalhadores terão, caso as alterações neoliberais
propostas pelo governo sejam aprovadas.
“O aplicativo vai facilitar o processo de discussão
das maldades da PEC, que poderá ser baseado em
exemplos reais. Assim, ficará mais fácil para que as
pessoas entendam como as mudanças afetarão suas
vidas”, comenta.
Regionais - A partir de março, serão realizadas as
rodadas regionais da Jornada, que ocorrerão em todos
os Estados. Os Estados que já têm data confirmada
são Bahia e Roraima (9 de março), Mato Grosso do Sul
(10 de março) e Amazonas (11 de março).
Mais informações, entre em contato com a área de
relacionamento do Dieese pelo e-mail
relacionamento@dieese.org.br ou pelo telefone 0800
77 33 11.
Fonte: Agência Sindical
22/02/2017 -
Relator da reforma da Previdência vai mudar regras
de transição para evitar injustiças
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur
Oliveira Maia (PPS-BA), disse que as regras de
transição propostas pelo governo devem ser
modificadas para evitar injustiças. As regras
previstas na proposta do governo indicam que homens
de 50 anos ou mais e mulheres de 45 anos ou mais, no
momento de promulgação da emenda, terão menos
prejuízos.
Segundo o relator, é preciso ser mais justo com quem
está próximo destas idades: "Eu acho que é pacífico
entre os deputados da base e deputados da oposição.
Temos que trazer uma regra de transição que se
aproxime mais da realidade.
A regra de transição desce dos 65 até os 50 anos
como se estivéssemos descendo uma escada com degraus
de 20 cm. Quando chega nos 50 anos para 49, é uma
queda de 2 metros. Não tem como fazer isso".
Mas Arthur Oliveira Maia afirmou que não há duvida
de que é necessário ter uma idade mínima para a
aposentadoria. Ele também se mostrou favorável a uma
revisão das renúncias fiscais atuais e citou o
exemplo de universidades particulares.
A comissão especial analisa a PEC 287/16, que altera
regras em relação à idade mínima e ao tempo de
contribuição para se aposentar, à acumulação de
aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos
benefícios, entre outros pontos.
Endurecimento das regras
O debate sobre o Regime Geral da Previdência Social na
comissão especial que trata da reforma se dividiu,
nesta terça-feira (21), entre os que destacaram o
endurecimento das regras para os mais pobres e os
que afirmam que a falta de uma idade mínima
beneficia os mais ricos.
Clemente Lúcio, do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
explicou que os trabalhadores não conseguem
contribuir de forma ininterrupta e, em média, pagam
9,1 meses por ano. Desta forma, para atingir os 25
anos de contribuição da reforma, eles precisariam de
33 anos.
Em 2015, segundo Clemente, 79% dos que se
aposentaram por idade não conseguiriam o benefício
caso a nova regra estivesse em vigor. Hoje são
exigidos 15 anos de contribuição: "A avaliação geral
das regras propostas no projeto, a PEC 287/16, em
relação às regras atuais retarda, impede e arrocha
os benefícios. Parte da população acessará o
benefício mais tarde, parte não acessará e quem
acessará, acessará um benefício menor. Esse é um
resumo das questões colocadas para esta sessão".
O representante do Dieese afirmou que as novas
regras podem reduzir a pensão por morte para 60% do
salário mínimo, o que hoje daria R$ 562,20.
Benefício aos mais ricos
Mas Rogério Nagamine, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), destacou que a existência
de aposentadoria por tempo de contribuição sem idade
mínima é uma distorção que beneficia os mais ricos.
Ele afirmou que, em 2015, uma em cada cinco mulheres
que se aposentou por tempo de contribuição tinha
menos de 50 anos de idade.
O técnico do Ipea ressaltou também a questão do
envelhecimento populacional, afirmando que a Europa
demorou 50 anos para dobrar a participação de idosos
na população. Segundo ele, o Brasil terá isso em 20
anos.
Tampa de caixão
Gilson Reis, representante da Central dos
Trabalhadores do Brasil (CTB), disse que foram
mobilizados 100 mil trabalhadores rurais nos últimos
dias em Minas Gerais contra a reforma. "Este
movimento vai aumentar porque essa reforma é a
reforma 'tampa de caixão'."
Para Reis, o único objetivo da reforma é garantir o
pagamento dos encargos da dívida pública. "É uma
exigência do sistema financeiro nacional e
internacional". Ele disse ainda que a reforma vai
aumentar os depósitos em planos de previdência
privados.
Qualidade de vida
Antonio dos Santos Neto, presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), disse que o governo
compara o Brasil com os países mais desenvolvidos
quando discute a idade mínima para a aposentadoria.
Mas não faz o mesmo com as diferenças de qualidade
de vida dos trabalhadores destes países com as
brasileiras.
Segundo ele, a reforma deve desestimular a
contribuição previdenciária da população que está
entrando no mercado de trabalho agora.
Fonte: Agência Câmara
22/02/2017 -
Ministério do Trabalho: há maturidade sindical
suficiente para reforma na lei
O coordenador de grupo de trabalho sobre
modernização da legislação trabalhista do Ministério
do Trabalho, Admilson Moreira dos Santos, afirmou
nesta terça-feira (21) que o Brasil possui
maturidade sindical suficiente para valorizar as
negociações coletivas em relação à legislação.
Em audiência da Comissão Especial da Reforma
Trabalhista, ele disse que a discussão pretende
valorizar a negociação coletiva e dar mais força ao
que foi negociado. Para Santos. “os 40 anos de
movimento sindical mostram a maturidade e a força
dessas entidades de organização trabalhista”.
Sem correlação
Já o procurador Renan Bernardi Kalil, que coordena a
área sindical do Ministério Público do Trabalho,
afirmou que não há correlação entre o negociado
prevalecer sobre o legislado e a geração de emprego.
“Não existe uma correlação que permita fazer
associação direta entre a aprovação de medidas para
reduzir direitos e gerar emprego”, afirmou. Para
ele, o emprego virá a partir da retomada da
atividade econômica no País e não com a revisão da
legislação trabalhista.
Atualmente, o Brasil possui 11, 2 mil sindicados de
trabalhadores e mais de 5 mil sindicatos patronais,
de acordo com dados do Ministério do Trabalho.
Regulamentação
Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Walmir Oliveira da Costa, é importante regulamentar
melhor a negociação coletiva. “O que pode ser
negociado pela Constituição, em que situações se
pode negociar. Se é em qualquer hipótese, se é só em
situações de crise econômica, de crise da própria
empresa”, listou.
Pelo projeto de reforma trabalhista ( PL 6787/16)
enviado pelo Executivo, o acordo coletivo vai
prevalecer para 13 pontos específicos, entre eles
plano de cargos e salários e parcelamento de férias
anuais em até três vezes.
O relator na comissão, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), afirmou que poderá ampliar a abrangência
do projeto em seu relatório, previsto para meados de
abril. “Hoje, a maior parte dos empregados
brasileiros está na área de serviços. E estamos no
limiar de uma nova categoria, dos aplicativos,
robótica, trabalho em casa. É importante que
pensemos na lei para o futuro.
Imposto sindical
Na audiência, os representantes da Justiça do Trabalho
e do Ministério Público do Trabalho criticaram o
imposto sindical obrigatório. O ministro do TST
Walmir Oliveira da Costa afirmou que o modelo
sindical brasileiro é arcaico e não serve mais para
o País. “Por que o Estado precisa controlar?”,
questionou.
Para o procurador Renan Bernardi Kalil, do
Ministério Público do Trabalho, o imposto sindical é
um anacronismo. “Os dois lados da representação,
tanto do trabalhador quanto patronal, são a favor do
imposto sindical”, criticou
O advogado José Eduardo Pastore, ligado à
Confederação Nacional da Indústria (CNI) , afirmou
que o texto precisa discutir “dogmas” do direito do
trabalho, como a hipossuficiência do trabalhador ou
a isonomia entre as partes. “Por que o princípio da
isonomia só funciona para o trabalhador e não para a
empresa, como a micro e pequena?”
O deputado Rogério Marinho questionou a atual taxa
de adesão aos sindicatos, que chega a 16% dos
trabalhadores formais. “Essa é uma baixa taxa de
sindicalização. Isso não tem a ver com a
tranquilidade do imposto sindical?”.
Marinho também questionou a norma do Ministério do
Trabalho, publicada na sexta-feira (17), que obriga
os servidores e empregados públicos a pagar o
imposto sindical.
Fonte: Agência Câmara
22/02/2017 -
Centrais sindicais querem mais debate das reformas
trabalhista e da Previdência
Representantes de oito centrais sindicais
reivindicaram nesta terça-feira (21) ao presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mais
tempo para debater as reformas trabalhista e da
Previdência, em análise na Casa. Após reunião com
Maia, os sindicalistas criticaram o cronograma
proposto para apreciação das reformas. Para as
centrais, o governo quer conduzir a discussão e
aprovar as reformas a “toque de caixa”.
Para o presidente da Força Sindical, uma das
centrais que participaram da reunião, deputado Paulo
Pereira da Silva (SD-SP), pelo fato de as reformas
mexerem com a vida de todos os brasileiros, é
necessário mais tempo de debate com a sociedade. “A
preocupação de todas as centrais sindicais, que
representam 100% dos trabalhadores brasileiros, é
com o trâmite do processo das reformas trabalhista e
da Previdência. O trâmite está muito rápido e nós
queremos mais tempo para negociar.”
A preocupação maior das centrais é com o calendário
proposto para a comissão que discute a reforma da
Previdência, em que o relator, Arthur Maia (PPS-BA),
anunciou que vai apresentar seu parecer para
discussão e votação no dia 16 de março. As centrais
reivindicam o adiamento da entrega do parecer. “Dia
16 está aí, tem o carnaval no meio e é impossível
discutir uma reforma em apenas 15 dias”, disse
Paulinho. “A reforma trabalhista tem um prazo maior,
até porque o relator disse que só vai apresentar o
relatório no dia 11 de maio”.
Mudanças
De acordo com Paulinho, as centrais ainda defendem
mudanças na proposta do governo e devem
apresentá-las ao relator. “Estamos querendo discutir
a reforma. Achamos que alguma coisa precisa ser
feita, mas não pode ser a toque de caixa como vem
sendo.”
O deputado disse que, durante a reunião, os
representantes das centrais cobraram de Maia mais
acesso aos colegiados em que estão sendo debatidas
as reformas. Segundo Paulinho da Força, o acesso tem
sido restrito, e a presença de sindicalistas,
dificultada. “Os sindicalistas não estão tendo
condições de acesso para participar das comissões,
dos debates”, disse Paulinho, que pediu também que
as audiências das comissões sejam feitas no
Auditório Nereu Ramos, com capacidade para mais de
500 pessoas. Atualmente, as audiências ocorrem em
auditórios com capacidade para pouco mais de 100
pessoas.
Os sindicalistas também conseguiram a liberação do
acesso de dez dirigentes sindicais de cada central
nos espaços da Câmara. De acordo com o presidente da
Força, a intenção é facilitar o debate com os
parlamentares e líderes partidários em torno das
reformas. Paulinho disse que Rodrigo Maia
comprometeu-se a fazer comissões gerais no plenário
da Casa logo após os relatores das reformas
apresentarem seus pareceres aos respectivos
colegiados.
Calendário
Na parte da manhã, os presidentes da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST) e da Confederação Nacional
dos Trabalhadores Rurais (Contag) se reuniram com os
líderes da oposição, na liderança da minoria.
Na ocasião, as centrais sindicais definiram um
calendário nacional de mobilizações em torno das
reformas. A primeira será no dia 8 de março, quando
as centrais devem se juntar à Marcha das Margaridas,
e depois, no dia 15 de março, véspera do prazo
previsto para a apresentação do relatório da reforma
da Previdência. Para este dia, as centrais estão
organizando o dia nacional de luta com paralisações,
manifestações pelo Brasil afora e depois um grande
processo de mobilização dos trabalhadores em torno
do tema.
Além da Força Sindical, participaram da reunião com
Maia, dntre outras, CUT, CTB, NCST, Contag, Central
dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos
trabalhadores (UGT), Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE).
Fonte: Agência Brasil
22/02/2017 -
Líderes traçam estratégias para votação da reforma
da Previdência
Em reunião no Palácio do Planalto, deputados
admitiram ajustes no texto mas defenderam
necessidade das mudanças na aposentadoria
Após reunião nesta terça-feira (21), no Palácio do
Planalto, com o presidente Michel Temer e ministros,
líderes da base e integrantes da Comissão Especial
da Reforma da Previdência que integram a bancada de
apoio ao governo ressaltaram a necessidade de
mudanças nas regras das aposentadorias. O presidente
da Câmara. Rodrigo Maia, também participou da
reunião.
O líder do DEM, Efraim Filho (PB), resumiu o
argumento a favor da proposta. “Os números indicam
que, se não for feita a reforma, o Brasil quebra em
2024. A partir dali, já haverá dificuldade em pagar
os aposentados. Também não afeta as atuais
aposentadorias e quem já tem os direitos adquiridos.
A mudança de modelo só afetará os que estão no
mercado de trabalho."
O secretário de Previdência Social do Ministério da
Fazenda, Marcelo Caetano, disse que o governo espera
conseguir demonstrar aos parlamentares a necessidade
de a proposta se manter o mais próximo possível do
texto original.
A proposta encaminhado pelo Executivo ao Congresso
prevê idade mínima de 65 anos para aposentadoria,
sem distinção para homens e mulheres, além de
contribuição mínima de 25 anos. O texto também prevê
regra de transição para mulheres acima de 45 anos e
homens com mais de 50.
Ajustes
Segundo o líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), os
partidos da base defenderam alguns ajustes no texto,
por exemplo, em relação às regras de transição.
“Várias lideranças admitiram a necessidade de fazer
alguns ajustes no modelo original e isso foi
absorvido com tranquilidade porque o Congresso
existe para isso.”
Segundo ele, sobre algumas regras de transição, por
exemplo, não há debate pacificado. “Isso,
evidentemente, dentro do espírito de se fazer a
reforma, porque o Brasil não pode adiar essa
agenda", completou.
O Planalto, segundo o ministro da Secretaria de
Governo, Antonio Imbassahy, trabalha com a
perspectiva de a reforma ser aprovada na comissão
especial e chegar ao Plenário da Câmara em abril.
Protestos
Já a oposição trabalha com a perspectiva de outro
calendário. A líder do PCdoB, deputada Alice
Portugal (BA), disse que os parlamentares contrários
à reforma contam com o apoio dos movimentos sociais
para pressionar o Congresso a rejeitar medidas “que
tragam prejuízos aos trabalhadores”.
Segundo ela, estão sendo discutidas estratégias de
enfrentamento. “Temos uma maioria construída
artificialmente na Câmara dos Deputados, que daria o
jogo como jogado. Mas as ruas falam alto para
indagar como ficam os trabalhadores rurais. Vão ter
que pagar 49 anos? Como ficam trabalhadores em
geral? Vão ter que pagar 29 anos, já que a média de
contribuição anual é de cinco meses?”, questionou a
deputada, para quem a reforma transforma a
aposentadoria em um bem inatingível.
Alice Portugal informou que, no próximo dia 8 de
março, Dia Internacional da Mulher, haverá
diferentes protestos contra a reforma da
Previdência. No dia 15 de março, está programada uma
paralisação geral de trabalhadores contra as
mudanças.
Fonte: Agência Câmara
22/02/2017 -
Alexandre de Moraes não comenta terceirização, tema
já em julgamento no Supremo
O ministro da Justiça licenciado, Alexandre de
Moraes, preferiu não se estender nas respostas ao
senador Paulo Paim (PT-RS) na noite desta
terça-feira (21) na sabatina da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O senador
quis saber opiniões do sabatinado sobre a
terceirização de trabalhadores e as reformas da
Previdência e trabalhista.
Segundo afirmou Moraes, esses três temas já estão
sendo ou serão analisados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) e ele disse preferir não adiantar
possíveis posicionamentos.
Sobre a questão da terceirização, Moraes disse que o
julgamento está empatado no STF, com cinco votos a
favor e cinco contra autorizar a terceirização
também para atividades-fim e não apenas para
atividades-meio. Assim, disse o sabatinado, ele
próprio poderá ser o responsável por desempatar o
julgamento.
Fonte: Agência Senado
22/02/2017 -
Aposentado que volta a trabalhar não perde benefício
da Lei de Planos de Saúde
No caso de um aposentado que voltou a trabalhar e
depois foi demitido do novo emprego sem justa causa,
aplicam-se as regras para os aposentados previstas
no artigo 31 da Lei dos Planos de Saúde (Lei
9.656/98).
Com esse entendimento, os ministros da Terceira
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
rejeitaram o recurso de uma operadora de plano de
saúde que pleiteava a aplicação da regra disposta no
artigo 30 da mesma lei.
Para o aposentado, é facultada a permanência no
plano de saúde por tempo indeterminado (assumindo o
ônus total do plano) após a aposentadoria quando o
tempo de contribuição for superior a dez anos, e nos
casos de menor tempo de contribuição, a permanência
é pelo mesmo tempo de contribuição feita enquanto
empregado (artigo 31).
Já o artigo 30 afirma que o empregado demitido sem
justa causa somente pode permanecer no plano de
saúde por um período de seis a 24 meses.
Aposentado ou demitido
Para a ministra relatora do caso, Nancy Andrighi, a
Lei dos Planos de Saúde não faz restrição ao
conceito de aposentado. O fato de o segurado ter se
aposentado em 1980, e depois ter trabalhado de 1991
a 2008 em outra empresa, não faz com que ele perca o
status de aposentado, para fins de aplicação da lei.
“Inviável acatar a tese da recorrente quando o texto
legal não evidencia, de forma explícita, que a
aposentadoria deve dar-se posteriormente à vigência
do contrato de trabalho, limitando-se a indicar a
figura do aposentado – sem fazer quaisquer ressalvas
– que tenha contribuído para o plano de saúde, em
decorrência do vínculo empregatício”, explicou a
magistrada.
Extensão inviável
O recurso do particular também foi rejeitado. A viúva
do aposentado e dependente no plano de saúde buscava
a manutenção por período indeterminado no plano, ou,
não sendo possível a primeira hipótese, que o prazo
de permanência no plano passasse a contar somente
após o óbito do aposentado.
A ministra explicou que, de acordo com a Lei dos
Planos de Saúde, a manutenção do segurado no plano
por prazo indeterminado somente é possível caso o
prazo de contribuição tenha sido superior a dez
anos.
No caso analisado, o aposentado contribuiu por nove
anos e oito meses, sendo desconsiderado para fins da
aplicação da lei o período em que a viúva continuou
contribuindo após o falecimento do esposo.
Além disso, a ministra destacou não ser possível
considerar a data da morte do aposentado, já que o
direito de permanência no plano nasce com o
desligamento da empresa, e não com o óbito. Dessa
forma, os ministros mantiveram o acórdão recorrido,
que permitiu a permanência da dependente no plano
por nove anos, contados a partir da demissão sem
justa causa do titular do plano.
Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1371271
Fonte: STJ
22/02/2017 -
Toyota pagará horas extras por pausas para café no
meio da jornada
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho
restabeleceu decisão que condenou a Toyota do Brasil
Ltda. a contabilizar como horas extras duas pausas
de 10 minutos concedidas no meio do expediente para
o café. A decisão se baseou no entendimento
consolidado no TST no sentido de que as pausas não
integram o intervalo intrajornada de uma hora e,
como eram acrescidos à jornada, configuram tempo à
disposição do empregador (Súmula 118).
A ação foi ajuizada por um operador que afirmou que
a montadora exigia que os empregados compensassem na
duração da jornada os dois intervalos, um pela manhã
e outro à tarde, para o café ou ir ao banheiro.
A Sexta Turma do TST, reformando decisão do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP),
havia absolvido a empresa de incluir os intervalos
no cálculo das horas extras.
O ministro Hugo Carlos Scheuermann, relator dos
embargos do trabalhador à SDI-1, citou precedentes
de todas as Turmas do TST e destacou que a própria
Sexta Turma modificou seu entendimento, passando a
acompanhar a posição majoritária da Corte, que vem
enquadrando situações idênticas envolvendo a Toyota
na Súmula 118. A decisão foi unânime. Processo:
RR-2034-49.2012.5.15.0077
Fonte: TST
21/02/2017 -
Executivo envia projeto que acaba com multa de 10%
do FGTS paga por empresas ao governo
O Executivo enviou à Câmara dos Deputados Projeto de
Lei Complementar (PLP) 340/17 que acaba gradualmente
com a contribuição adicional de 10% sobre o saldo do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga
pelas empresas ao governo quando demitem
funcionários sem justa causa.
Hoje, segundo a lei, quando o trabalhador é demitido
sem justa causa, a empresa deposita 40% na conta do
FGTS do empregado e recolhe outros 10% para o
governo, que usa esse dinheiro em programas, como o
Minha Casa Minha Vida.
Conforme a proposta enviada pelo Executivo, a
alíquota da contribuição será de 9% em 2018, com
redução de um ponto percentual a cada ano até a sua
extinção definitiva em 2027. O fim da popularmente
chamada “multa”, já havia sido anunciado pelo
governo em dezembro, quando lançou um pacote de
medidas para reativar a economia.
Legislação
A proposta altera a Lei Complementar 110/01. A norma
institui a contribuição adicional como forma de
recompor as perdas que o FGTS sofreu em decorrência
de planos econômicos na década de 1980.
O governo alega que desde agosto de 2012 os recursos
arrecadados com o adicional de 10% são superiores ao
necessário para recompor o saldo do fundo. Segundo o
governo, a multa de 10% “além de onerar a empresa,
afeta as decisões de gestão, distorcendo a alocação
de recursos e reduzindo a eficiência”.
O impacto orçamentário da redução gradual da
contribuição será debitado dos próximos orçamentos
federais.
Aprovação
Em 2013 a Câmara aprovou um projeto do Senado que
acabava com a multa de 10%, mas o texto acabou sendo
vetado pela presidente Dilma Rousseff, com a
alegação de que os recursos eram necessários para
manter o programa Minha Casa Minha Vida.
Posteriormente, Dilma enviou à Câmara o PLP 328/13,
que transfere para o programa habitacional todos os
recursos arrecadados com a multa. A proposta ainda
tramita nas comissões da Casa.
Além do PLP 340, do governo, já tramita na Casa um
projeto que acaba com o adicional pago pelos
empregadores (PLP 332/13). O texto foi apresentado
pelo deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).
Fonte: Agência Câmara
21/02/2017 -
Comissão da Reforma da Previdência debate mudanças
em benefícios na quarta
A Comissão Especial da Reforma da Previdência
realiza, nesta quarta-feira (22), uma audiência
pública para discutir mudanças nas regras para
aposentadoria por incapacidade, aposentadoria da
pessoa com deficiência e no Benefício da Prestação
Continuada (BPC).
Foram convidados para discutir os temas com os
deputados:
- o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra;
- o perito do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) Miguel Marcelino Abud;
- a representante do Ministério Público do Trabalho
Maria Aparecida Gugel; e
- a representante do Movimento de Pessoas com
Deficiência Izabel Maior.
A comissão especial analisa a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que altera regras em
relação à idade mínima e ao tempo de contribuição
para se aposentar, à acumulação de aposentadorias e
pensões, à forma de cálculo dos benefícios, entre
outros pontos.
A audiência está marcada para as 14 horas, no
plenário 2.
Fonte: Agência Câmara
21/02/2017 -
Uma Emenda
dos trabalhadores
A Emenda aborda, fundamentalmente, alguns itens
pontuais – justamente aqueles que mais penalizam os
trabalhadores –, entre eles a pretensão do governo
de que homens e mulheres se aposentem com idade
mínima de 65 anos mais 25 anos de contribuição e o
pagamento do tempo que falta para a aposentadoria
pela lei atual somada a 50% desse tempo. Pela Emenda
da frente parlamentar, a idade mínima para se
aposentar seria de 60 anos para homens e 58 para
mulheres. E a atual regra de transição para a
aposentadoria seria somada de 30% do tempo faltante.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)*
A proposta de reforma da Previdência apresentada
pelo governo, que traz efeitos nocivos para os
trabalhadores, causou um verdadeiro furor no mundo
do trabalho, levando, inclusive, a que uma frente
parlamentar mista, formada por mim, representando o
Solidariedade-SP, e pelos deputados Arnaldo Faria de
Sá (PTB-SP), Adalberto Galvão, Bebeto (PSB-BA), e
Rogério Rosso (PSD-DF), formulasse uma Emenda e a
apresentasse na Câmara Federal para que mudanças
fossem inseridas no texto original do documento, de
forma a abrandar os efeitos que a referida proposta
traz em sua íntegra.
A Emenda aborda, fundamentalmente, alguns itens
pontuais – justamente aqueles que mais penalizam os
trabalhadores –, entre eles a pretensão do governo
de que homens e mulheres se aposentem com idade
mínima de 65 anos mais 25 anos de contribuição e o
pagamento do tempo que falta para a aposentadoria
pela lei atual somada a 50% desse tempo. Pela Emenda
da frente parlamentar, a idade mínima para se
aposentar seria de 60 anos para homens e 58 para
mulheres. E a atual regra de transição para a
aposentadoria seria somada de 30% do tempo faltante.
A Emenda já conta com o apoio de 250 parlamentares
do Congresso, e, no dia 21, vamos realizar um corpo
a corpo em Brasília para que mais congressistas
abracem esta causa e corrijam a injustiça que o
governo pretende cometer contra os trabalhadores e
suas famílias (lembramos que dificultar o acesso à
aposentadoria vai na contramão da geração de novos
postos de trabalho, e o desemprego já alcançou a
casa dos 12,3 milhões de trabalhadores com Carteira
assinada).
Esta é uma Emenda dos trabalhadores. Estamos lutando
para que a Previdência Social, patrimônio dos
trabalhadores, seja voltada à sua verdadeira função,
que é a de oferecer a cada construtor e construtora
da riqueza do País o respeito que eles sempre
fizeram por merecer.
Não fique alheio a esta luta, que é de todos nós.
Queremos uma Previdência justa, sem privilégios e
sem a retirada de direitos!
(*) Presidente da Força Sindical, deputado
federal por São Paulo e presidente nacional do
partido Solidariedade.
Fonte: Diap
21/02/2017 -
Relator da PEC 287 defende fim de desonerações de
tributos previdenciários
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287, da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia
(PPS-BA), defendeu hoje (20) o fim das desonerações
e isenções para tributos previdenciários e disse que
gostaria de incluir tal medida no relatório a ser
votado pela comissão especial da Câmara que analisa
as mudanças.
“Acho que esse impedimento constitucional, para que
qualquer presidente da República, seja ele quem
[for], possa dar isenções em cima de tributos
previdenciários seria extraordinário”, disse Maia
após participar em São Paulo de um debate sobre a
reforma da Previdência organizado pela Força
Sindical.
Maia também revelou que é contra isenções para
instituições filantrópicas, como algumas grandes
faculdades e universidades privadas. “Não é o filho
do trabalhador que estuda nessas entidades de
ensino. Não é justo que o trabalhador pague por
isso”, disse o deputado, em referência a
instituições de ensino superior e ensino de línguas,
que, apesar de terem status de filantrópicas, cobram
altas mensalidades em seus cursos.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo
Pereira da Silva (SD-SP) também defendeu o fim das
desonerações sobre tributos previdenciários para
diversos setores da economia. “As desonerações são
uma coisa absurda, que deram prejuízo de quase R$ 60
bilhões no ano passado. Tem que acabar com a
filantropia. Quem tem que fazer filantropia é o
Estado, e não a Previdência”, afirmou o deputado, ao
mencionar benefícios concedidos a exportadores e
empresas agrícolas.
Durante o evento, Paulinho da Força disse que
diverge da proposta do governo em alguns pontos e
destacou que um grupo de 23 deputados, de oito
partidos, já apresentou um texto alternativo ao do
Executivo. Na contraproposta, a idade mínima para
aposentadoria seria de 60 anos para homens e 58 para
mulheres. A PEC 287 prevê idade mínima de 65 anos,
sem diferença entre homens e mulheres. “Idade mínima
de 65 anos é inaceitável.”
Segundo Paulinho da Força, o texto alternativo traz
regras mais suaves para a transição das pessoas que
já estão no mercado de trabalho para o novo sistema.
Pelo texto do governo, trabalhadores com mais de 50
anos teriam acréscimo de 50% no tempo restante para
aposentadoria. A contraproposta sugere aumento de
30% no tempo restante para requerer o benefício.
Fonte: Agência Brasil
21/02/2017 -
Paulo Paim pede apoio à criação de uma CPI da
Previdência Social
O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu apoio para a
criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
sobre a Previdência, argumentando que é necessária
uma investigação profunda das contas da seguridade
social.
Paim disse que os senadores devem contribuir para
esclarecer ao povo onde está o dinheiro da
Previdência e apontar as fraudes e desvios
existentes. Ele também acredita que a investigação
revelará que não há déficit na Previdência e não se
justifica a reforma propota pelo governo, que
definiu como “maquiavélica”.
- Teremos a possibilidade de trazer à tona, de forma
bem transparente, de mostrar ao povo brasileiro a
verdadeira situação da seguridade, da Previdência,
da saúde e da questão social.
Para Paulo Paim, o povo está consciente da
nocividade da reforma da Previdência, que considera
uma imposição do Poder Executivo que não escuta a
voz da sociedade.
Em sua opinião, a reforma vai na contramão da
política humanizada e transforma o envelhecimento
numa afronta ao Estado. Ele tem medo de que,
aprovado o texto como está, poucos trabalhadores
tenham direito à aposentadoria integral.
Fonte: Agência Senado
21/02/2017 -
Procuradores do Trabalho e OAB-DF criticam proposta
de reforma da Previdência
Audiência pública realizada na Câmara Legislativa
debateu nesta segunda (20) a proposta de reforma da
Previdência em tramitação no Congresso Nacional. A
audiência contou com especialistas e representantes
de centrais sindicais.
O deputado distrital Lira, do PHS, aponta a
importância do Legislativo local em debater a
reforma.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho, Angelo da Costa, afirma que a reforma
irá impactar diretamente os trabalhadores.
O conselheiro da OAB-DF, Diego Cherulli, diz que a
Ordem dos Advogados é contrária a proposta por
considerar inconstitucional.
A PEC da reforma da Previdência propõe uma idade
mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e
mulheres.
A reforma também aumenta o período mínimo de
contribuição de 15 para 25 anos, além de 49 anos de
contribuição para obter o valor integral do
benefício.
Fonte: Portal EBC
21/02/2017 -
Quase 200 mil empresas devem o FGTS de seus
funcionários e ex-funcionários
Cerca de 7 milhões de trabalhadores não tiveram
depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), incluindo contas ativas e inativas, feitos
corretamente por seus empregadores. São 198,7 mil
empresas devedoras de depósitos de FGTS, segundo
informações da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN), órgão vinculado ao Ministério da
Fazenda.
Com isso, muitos trabalhadores que quiserem sacar o
saldo do FGTS de uma conta inativa podem ter
problemas. Só em São Paulo, são 52,8 mil empresas
devendo depósitos no FGTS de seus empregados e
ex-empregados, em um total de R$ 8,69 bilhões em
débitos. No Rio de Janeiro, as dívidas chegam a R$
4,1 bilhões, distribuídos entre 27,7 mil empresas
inadimplentes.
De acordo com a procuradoria, só em inscrições de
empresas na dívida ativa, existe um débito de R$
24,5 bilhões. Contudo, nem todas as empresas
listadas entre as devedoras estão inscritas na
dívida ativa, ou seja, o valor desse débito é maior.
Uma empresa só é inscrita na dívida ativa quando não
faz acordo com o Ministério do Trabalho, ou fazer o
acordo, mas não o cumpre.
O rombo nas contas dos trabalhadores poderia ser
ainda maior. Entre 2013 e 2016, a Procuradoria da
Fazenda conseguiu recuperar R$ 466,9 milhões,
efetuando a cobrança junto às empresas.
Caso o trabalhador verifique que a empresa para a
qual trabalha ou trabalhou não fez os depósitos
corretamente, ele deve procurar a própria empresa.
Outra dica é ir a uma Superintendência Regional do
Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho. O
ministério é o órgão responsável pela fiscalização
dos depósitos nas contas do FGTS dos trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil
21/02/2017 -
Justiça do Trabalho convoca empresas com ações para
incentivar acordo com trabalhadores
Na tentativa de incentivar propostas de acordo,
reduzir o acervo de processos de maneira
conciliatória e dar mais celeridade aos julgamentos,
a Vice-Presidência do Conselho Superior da Justiça
do Trabalho (CSJT) vai convocar para reunião as
empresas que fazem parte da lista dos 100 maiores
litigantes do Tribunal Superior do Trabalho. A
iniciativa faz parte dos preparativos da Semana
Nacional de Conciliação Trabalhista 2017, que será
realizada de 22 a 26 de maio.
A agenda de encontros já foi definida e será
dividida pelos setores que mais lideram processos na
Justiça do Trabalho – entre eles estatais, bancos e
empresas de telefonia. “Nosso objetivo é incentivar
essas empresas a apresentarem propostas de acordos
aos trabalhadores durante a Semana Nacional de
Conciliação Trabalhista,” destaca o vice-presidente
do CSJT, ministro Emmanoel Pereira, que coordena a
Comissão Nacional de Promoção à Conciliação.
Já confirmaram presença os representantes da União,
Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil,
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT),
Telefônica Brasil, Oi, Tim Celular, entre outras.
Empresas pequenas e médias
Apesar da convocação do CSJT ser direcionada apenas
aos grandes litigantes, qualquer empresa de pequeno,
médio ou grande porte que tenha processo na Justiça
do Trabalho pode optar pela conciliação durante a
Semana Nacional de Conciliação Trabalhista.
Empresas interessadas em propor acordos devem
procurar o Tribunal Regional do Trabalho da sua
região, os Núcleos de Conciliação da Justiça do
Trabalho ou a Vice-Presidência TST pelo e-mail
conciliacao-tst@tst.jus.br.
Como funciona
As partes comunicam ao Tribunal onde o processo
tramita a intenção de conciliar, ou seja, a vontade
de fazer um acordo. Desse modo, é marcada uma
audiência e, no dia agendado, as próprias partes,
perante o Juiz do Trabalho ou Desembargador, acordam
a solução mais justa para ambas as partes. Confira a
lista de endereços dos Núcleos de Conciliação dos
TRTs.
Fonte: TST
21/02/2017 -
Espera por transporte fornecido pela empresa deve
ser pago como hora extra
Quando a empresa fornece transporte para seus
empregados irem e voltarem do local de trabalho, o
tempo de espera pela chegada do veículo deve ser
pago como hora extra — se não houver transporte
público no lugar. A decisão é da 3ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, com base
no artigo 4º da Consolidação das Leis do Trabalho,
segundo o qual o período é considerado como de
efetivo serviço, pois se destina ao atendimento das
exigências da companhia.
De acordo com a decisão, um motorista canavieiro do
município de Engenheiro Beltrão (PR) será pago pelos
períodos em que ficou nas dependências da empresa
aguardando transporte para poder voltar para casa.
De acordo com o depoimento de uma testemunha, entre
o fim da jornada e o efetivo embarque no ônibus, os
empregados aguardavam aproximadamente 30 minutos por
dia. O período de espera não era computado nos
cartões-ponto.
Citando um caso análogo, julgado anteriormente pela
mesma turma, os magistrados observaram que o tempo
de espera poderia ter sido reduzido pelo empregador
mediante "mera organização dos turnos e término
regular e simultâneo das atividades dos seus
empregados".
Considerando o artigo 4º da CLT, a turma entendeu
que o tempo aguardado pelo trabalhador configura
como tempo à disposição. Os desembargadores
confirmaram a sentença proferida pelo juiz Jorge
Luiz Soares de Paula, titular da Vara de Campo
Mourão, e determinaram o pagamento do período de
espera como parte integrante da jornada de trabalho,
ressaltando que, na hipótese de elastecimento do
expediente, deverá ser acrescentado o adicional
legal de horas extras. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TRT-9.
Processo 01659-2015-091-09-00-0
Fonte: Consultor Jurídico
21/02/2017 -
Segurado do INSS que retorna ao trabalho não tem
direito à aposentadoria por invalidez
Decisão da 1ª Câmara Regional Previdenciária de Juiz
de Fora/MG reformou parcialmente a sentença, do
Juízo de Paraisópolis/MG, que julgou improcedentes
os embargos à execução propostos pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) contra o segurado
que, comprovadamente, retornou ao mercado de
trabalho.
Inconformado com a decisão da 1ª instância, o INSS
apresentou recurso alegando que a execução deve ser
extinta, uma vez que ficou comprovado o retorno do
embargado à atividade laborativa, hipótese que é
incompatível com o recebimento da aposentadoria por
invalidez e que torna inexigível o título judicial.
No voto, o relator do processo, juiz federal
convocado José Alexandre Franco, sustentou que o
próprio embargado reconhece que voltou ao trabalho,
em atividade compatível com seu quadro de saúde,
situação que impõe o imediato cancelamento da
aposentadoria por invalidez (Lei nº 8.213/91, art.
46) por não mais subsistirem as causas que embasaram
a sua concessão.
O magistrado esclareceu que tendo retornado
voluntariamente ao mercado de trabalho, a partir de
28/05/1998, o embargado faz jus ao recebimento
apenas das parcelas compreendidas entre a data do
exame pericial e a data imediatamente anterior ao
vínculo iniciado com a Assembleia Legislativa do
Estado de Minas Gerais, sem que isso implique
violação à coisa julgada.
Com esse entendimento, o Colegiado, acompanhando o
voto do relator, acolheu parcialmente o recurso de
apelação para limitar a condenação do embargado às
parcelas de aposentadoria por invalidez vencidas no
período de 31/10/1997 (data do laudo pericial) a
27/05/1998 (data imediatamente anterior ao retorno
ao trabalho). Processo: 2008.01.99.012939-8/MG
Fonte: TRF1
21/02/2017 -
Indústrias e sindicato assinam acordo milionário em
processo iniciado há 26 anos
O Tribunal Superior do Trabalho realizou nesta
sexta-feira (17) audiência de homologação de acordo
referente a três processos entre o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas
e de Material Elétrico de Pindamonhangaba, Moreira
César e Roseira e as empresas Confab Industrial S.A.
e Tenaris Coating do Brasil S.A. (sucessora da
Socotherm do Brasil), fabricantes de tubos, conexões
e equipamentos.
Para solucionar as ações que tramitam há mais de uma
década (duas delas desde 1991), os envolvidos
acertaram o pagamento de R$ 42 milhões,
correspondentes a 65% dos valores devidos, a título
de adicional de insalubridade e de periculosidade,
para milhares de trabalhadores ativos e inativos
dessas fábricas. Cerca de 1.400 pessoas já assinaram
o termo de anuência ao acordo e receberão suas
parcelas por meio do sindicato. Ao restante dos
empregados e aposentados listados no processo ainda
é possível a participação no ajuste.
No documento homologado pelo presidente do TST,
ministro Ives Gandra Martins Filho, a Confab e a
Tenaris também se comprometeram a pagar, daqui em
diante, adicional de periculosidade para
trabalhadores que exercem funções relacionadas a
materiais inflamáveis e outros produtos perigosos.
Como não há atualmente exposição a substâncias
insalubres nessas empresas, o adicional é indevido
por ora.
Para o ministro Ives Gandra, esse acordo é
paradigmático, pois resolve três ações em trâmite no
TST e interessa diretamente a 2.100 trabalhadores
substituídos pelo sindicato nos processos.
“Conseguimos estabelecer um parâmetro para pagar o
passado, mas ao mesmo tempo garantir o direito ao
adicional de periculosidade para o presente e o
futuro”, disse. “Um acordo com essa abrangência
mostra que o TST tem ajudado muito na composição dos
conflitos coletivos, pacificando a sociedade”. Com a
homologação do acordo, houve a extinção dos
seguintes processos: AgR-ED-AIRR-65100-92.1991.5.15.0059,
AIRR-46600-84.2005.5.15.0059 e ARR-65000-40.1991.5.15.0059.
Fonte: TST
20/02/2017 -
Comissão da reforma da Previdência debaterá regime
geral na terça-feira
A Comissão Especial da Reforma da Previdência
debaterá nesta terça-feira (21) o Regime Geral da
Previdência Social (RGPS). Este regime possui
caráter contributivo e de filiação obrigatória.
Entre os contribuintes, encontram-se os
empregadores, empregados assalariados, domésticos,
autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores
rurais.
Os deputados discutirão os seguintes subtemas:
- Alteração do número mínimo de contribuições:
informalidade e incentivo à contribuição;
- Fixação de idade mínima;
- Alteração da fórmula de cálculo das
aposentadorias; e
- Regras de transição.
A comissão especial analisa a PEC 287/16, que altera
regras em relação à idade mínima e ao tempo de
contribuição para se aposentar, à acumulação de
aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos
benefícios, entre outros pontos.
Convidados
Foram convidados para discutir o RGPS:
- o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah;
- o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo;
- o presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos;
- o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB), Antonio Fernandes dos Santos Neto;
- o representante do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), Rogério Nagamine;
- o diretor técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE),
Clemente Ganz Lúcio; e
- o presidente do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), Leonardo de Melo Gadelha.
A audiência ocorrerá no plenário 2, a partir das 14
horas.
Fonte: Agência Câmara
20/02/2017 -
Reforma trabalhista: comissão discute direito
coletivo de trabalho
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) volta a se reunir nesta terça-feira (21)
para tentar cumprir o cronograma de aprovação da
proposta neste semestre.
Para o relator do projeto, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), é preciso organizar o cronograma porque
há mais de 90 pedidos de audiências formulados por
deputados, e ele mesmo quer ouvir muitos setores.
"Vamos propor um calendário de reuniões ao longo de
março e princípio de abril. Eu certamente terei que
primeiro ouvir todo mundo, as centrais sindicais, as
centrais ligadas aos empresários, os órgãos técnicos
que têm interesse em contribuir para o debate",
afirmou.
Na terça-feira, os deputados vão discutir o Direito
Coletivo do Trabalho, que trata da representação dos
trabalhadores, organização sindical, e de direitos
como greve.
Além de um representante do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), foram convidados o advogado José
Eduardo Pastore, ligado à Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e à Fiesp, e o procurador Renan
Bernardi Kalil, que coordena a área sindical do
Ministério Público do Trabalho.
A audiência está marcada para as 14h30, no plenário
2.
Fonte: Agência Câmara
20/02/2017 -
Paim critica intenção de aprovar na Câmara projeto
sobre terceirização
Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (17), o
senador Paulo Paim (PT-RS) disse estar preocupado
com a intenção de parlamentares das duas Casas do
Congresso de aprovar um projeto sobre a
terceirização que tramita na Câmara dos Deputados. A
proposta (PL 4.302/1998) já passou pela análise do
Senado.
Para Paim, seria até uma "malandragem" o fato de
estarem querendo aprovar o projeto na Câmara, uma
vez que ele elaborou relatórios sobre cinco outros
projetos que tratam do tema no Senado.
Paim disse que solicitou a tramitação conjunta dos
projetos sobre terceirização em análise no Senado,
mas, segundo ressaltou, a Mesa da Casa não autorizou
esse procedimento. Ele afirmou que os relatórios
estão todos prontos e são semelhantes: rejeitam o
projeto ou aprovam com um texto substitutivo.
O senador criticou o que considera tentativa de
retirá-lo da relatoria dos projetos depois de ter
trabalhado nesse processo por um ano. Nesse período,
Paim lembrou ter viajado para os 27 estados do país,
debatendo a proposta sobre terceirização com os
trabalhadores.
- Espero que haja grandeza nesse Parlamento. Querem
me derrotar, derrotem no voto e não na malandragem.
Agora, não venham com essa de dizer 'o Paim não é
mais o relator'. Sou o relator porque trabalhei o
ano todo. Vou vir à tribuna para ler o meu relatório
queiram ou não queiram no momento em que essa
matéria entrar em debate. Espero só que não votem
aquela proposta que está lá na Câmara, porque até
para o diabo teria problema, que ele não ia permitir
que terceirizassem tudo – disse Paim.
Fonte: Agência Senado
20/02/2017 -
Governo envia ao congresso projeto para acabar com
multa adicional de FGTS
O governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de
lei complementar para “eliminar gradualmente” a
multa adicional da contribuição social devida por
empresas nos casos de demissão sem justa causa. A
mensagem de envio foi publicada no Diário Oficial da
União desta sexta-feira (17/2).
A medida faz parte de um pacote anunciado pelo
governo federal para estimular a economia. Em
dezembro, foi anunciado que a multa de 10% de FGTS,
devida a funcionários demitidos sem justa causa,
seria extinta como parte desse conjunto de medidas.
O projeto altera a Lei Complementar 110/2001, que
cria a multa adicional do FGTS e cria contribuições
sociais. A multa, segundo o artigo 1º, equivale a
10% sobre tudo o que é devido, e deve ser depositado
no Fundo de Garantia.
Fonte: Consultor Jurídico
20/02/2017 -
Empresas devem à Previdência quase três vezes o
valor do déficit no INSS
Os devedores da Previdência Social acumulam uma
dívida que é quase três vezes o valor do atual
déficit no INSS.
São empresas públicas, privadas, fundações, governos
de Estados e prefeituras que devem ao Regime Geral
da Previdência Social mais de R$ 426 bilhões. A
informação é da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, responsável por fazer a cobrança dessas
dívidas.
O valor é quase o triplo do deficit no INSS de 2016,
que foi de cerca de R$ 149 bilhões, segundo o
governo.
O coordenador-geral da dívida ativa da União,
Cristiano Lins de Moraes, explicou que essa dívida
vem sendo formada desde a década de 1960 e que
alguns casos envolvem fraudes.
Entre os maiores devedores da Previdência, há
empresas que já fecharam, como as antigas companhias
aéreas Varig e Vasp e a TV Manchete. Somente essas
empresas devem ao INSS cerca de R$ 5,5 bilhões.
A lista também conta com diversos bancos públicos e
privados, como Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal, todos com dívidas
milionárias.
Grandes empresas também constam entre os devedores
do INSS, como a mineradora Vale e a JBS, da Friboi,
que sozinha acumula mais de R$ 1,8 bilhão em
dívidas, a segunda maior da lista.
Governos de Estado de todas regiões do país e
prefeituras de várias cidades também devem centenas
de milhões de reais para a Previdência.
A Caixa Econômica Federal informou, por assessoria,
que paga corretamente e sem atraso todas as
contribuições previdenciárias, mas questiona
cobranças feitas por processos judiciais movidos por
empregados. E que, como é uma das maiores empresas
do Brasil, tem muitos empregados que entram na
Justiça cobrando recursos que o banco entende não
dever.
A empresa JBS disse, em nota, que já se propôs pagar
as dívidas com créditos que acumula na Receita
Federal, mas afirma que a ineficiência no sistema de
cobrança impede que a troca ocorra, o que tem gerado
multa, também contestada pela empresa.
Já a Mineradora Vale diz que tem disputas na Justiça
sobre questões previdenciárias e acredita que tem
chances de vencer as discussões e, como os processos
ainda estão em andamento, tem atestado de
regularidade fiscal.
As outras empresas citadas não responderam a
reportagem até o fechamento da matéria.
A Procuradoria-geral da Fazenda Nacional tenta
recuperar parte deste dinheiro na Justiça. No ano
passado, foi recuperado mais de R$ 4,5 bilhões,
valor 11% superior ao que foi recuperado em 2015.
O déficit da previdência social é um dos argumentos
do governo para fazer a reforma da Previdência que
está em análise na Câmara dos Deputados. Mas, o
déficit da previdência vem sendo questionado por
entidades de trabalhadores.
A Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da
Receita Federal propõe, junto com centrais
sindicais, mudanças na forma de arrecadação e
cobrança de débitos previdenciários. O presidente da
associação, Wilso Romero, defende que, antes de
aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores
para o INSS, é preciso modificar a gestão da
previdência.
A proposta de reforma da Previdência amplia o tempo
de contribuição dos trabalhadores para se aposentar
e coloca uma idade mínima de 65 anos para homens e
mulheres acessarem o benefício.
Fonte: Portal EBC
20/02/2017 -
Ministro do STF quer explicação sobre mudanças em
aposentadoria
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso
de Mello, deu prazo de dez dias para o Presidente
Michel Temer explicar se houve estudo prévio sobre
as mudanças na regra de aposentadoria.
Na decisão, o ministro pede informações sobre a PEC
da Reforma Previdenciária ao Presidente Michel
Temer, ao Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e
ainda aos deputados Presidentes das Comissões por
onde passa a Reforma.
Celso de Mello dá um prazo de 10 dias para que os
citados se manifestem.
O pedido do ministro do Supremo responde a uma ação
movida pela oposição contra as mudanças na
Previdência Social.
28 deputados federais contrários à Reforma pedem a
anulação dos atos que levaram à tramitação da PEC na
Câmara.
A oposição alega que o governo não apresentou
estudos sobre o impacto da Reforma no futuro, e
também reclamam que o Conselho Nacional da
Previdência Social não foi consultado sobre o tema.
A Reforma da Previdência, em tramitação na Câmara,
prevê um aumento do tempo mínimo de contribuição de
15 para 25 anos, além de 49 anos de contribuição
para ter acesso ao valor integral do benefício.
A medida também coloca 65 anos de idade mínima para
tanto homens como mulheres se aposentarem, e
estabelece as mesmas regras para trabalhadores
urbanos e rurais.
Fonte: Portal EBC
20/02/2017 -
Ministro garante que modernização da CLT mantém
direitos dos trabalhadores
Em audiência na Câmara dos Deputados, Ronaldo
Nogueira destacou que projeto mantém direitos,
combate a precarização e dá segurança jurídica aos
acordos coletivos
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, garantiu
nesta quinta-feira (16) que a proposta de
modernização das leis trabalhistas enviada pelo
governo federal ao Congresso Nacional assegura os
direitos dos trabalhadores. Durante audiência da
Comissão Especial da Reforma Trabalhista da Câmara
dos Deputados, ele explicou aos parlamentares que o
projeto não retira nenhum direito e dá segurança
jurídica aos acordos coletivos. “Estamos
convergentes em um ponto: ninguém de nós quer tirar
direito dos trabalhadores. Podemos ter opiniões
diferentes, mas todos somos convergentes em não
tirar direito do trabalhador, combater a
precarização e trazer segurança jurídica”, afirmou.
A audiência, que lotou o plenário 4, contou com a
participação do presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho,
e do procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado
Fleury. Ronaldo Nogueira lembrou que o debate sobre
a modernização da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) é importante, porque permite melhorar o que
foi apresentado pelo governo. “O diálogo social
aprimora a proposta, que é ancorada em três eixos:
consolidar os direitos, trazer segurança jurídica e
criar oportunidade de ocupação para todos”, afirmou.
O ministro disse que, com 13 milhões de
desempregados, o Brasil precisa oferecer segurança
jurídica nos contratos de trabalho. “Com a proposta,
o governo regulamenta o que já está previsto na
Constituição e na CLT, dando força de lei que
permite ao trabalhador escolher a forma mais
vantajosa para usufruir dos seus direitos”,
defendeu.
Novo ânimo - O grande desafio é assegurar os
empregos que existem e criar ambiente para gerar
novos empregos. Ronaldo Nogueira lembrou que em 2016
o fechamento de vagas de emprego já foi menor do que
o registrado em 2015, o que aponta para uma
compreensão dos empregadores quanto às medidas
adotadas pelo governo. “Só o fato de o governo
encaminhar uma proposta ao parlamento já trouxe ao
mercado um ânimo, no sentido de voltar a contratar”,
afirmou.
Ele também citou Portaria do Ministério do Trabalho
de 2011, que já permite o controle da jornada de
trabalho sem a necessidade de ponto eletrônico,
desde que isso seja ajustado por acordo coletivo.
“Na nossa proposta, estamos trazendo esse
dispositivo para o projeto de lei”, ponderou.
Ronaldo Nogueira reforçou a previsão de que a
modernização das leis trabalhistas resultará na
geração de cerca de 5 milhões de empregos, no médio
e longo prazos. Ele explicou aos deputados que o
cálculo se baseia em um estudo da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
considerando os impactos observados em países
desenvolvidos que têm uma legislação semelhante à
proposta pelo governo do presidente Michel Temer.
Segundo o ministro, o estudo da OCDE mostra que,
nesses países, 16% a 17% dos trabalhadores atuam sob
contratos temporários ou de jornada parcial,
enquanto no Brasil o índice é de apenas 6%. “O
Brasil pode atingir esse nível de crescimento”,
explicou.
Consenso mínimo - Ives Gandra Filho defendeu
a necessidade de modernização, lembrando que a
Justiça do Trabalho sofre muitos atrasos devido ao
grande número de ações – só em 2016, foram mais de 3
milhões de novas ações trabalhistas no Brasil –,
principalmente envolvendo questões como assédio
moral, carga horária e horas extras. “Precisamos ter
uma segurança maior. E essas são propostas muito
positivas, porque são fruto de um consenso mínimo”,
destacou o presidente do TST.
O consenso mínimo também foi apontado como positivo
pelo relator da Comissão Especial, deputado Rogério
Marinho (PSDB-RN). Ele elogiou a atuação do ministro
Ronaldo Nogueira. “O ministro do Trabalho demonstrou
uma capacidade extraordinária de negociação,
transitando entre todas as centrais sindicais para
apresentar uma proposta de consenso mínimo”,
comentou o relator.
Fonte: MT
20/02/2017 -
Grupo de Trabalho decide que as centrais
apresentarão contribuições até março
Encontro com ministro Ronaldo Nogueira foi
realizado nesta quinta (16), no Ministério do
Trabalho
O Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e
representantes das centrais sindicais se reuniram
nesta quinta-feira (16) para tratar sobre a
modernização das leis trabalhistas. Ficou decidido
que as centrais sindicais que fazem parte do Grupo
de Trabalho apresentarão ao Ministério contribuições
para o projeto até março.
Nogueira destacou a importância da participação das
centrais. “Juntos podemos construir uma nova
realidade sobre empregos no Brasil. Reitero a
importância e a necessidade da participação dos
técnicos das centrais que representam os
trabalhadores brasileiros”.
A reunião contou com a participação do deputado
Rogério Marinho, relator do projeto de lei da
proposta de modernização na Comissão Especial da
Câmara Federal. Ele se colocou à disposição do grupo
de trabalho de técnicos da Câmara para apoio no que
for necessário.
Audiência pública – Na manhã da quinta-feira,
ocorreu a primeira audiência pública da Comissão
Especial, na Câmara Federal, com a participação do
ministro Ronaldo Nogueira. “Não esteve, não está e
não estará em nossas propostas qualquer medida que
venha a ameaçar os direitos do trabalhador”,
reiterou o ministro.
Fonte: MT
20/02/2017 -
Funcionários públicos deverão pagar contribuição
sindical em 2017
Ministério do Trabalho determina que servidores e
empregados públicos deverão pagar a contribuição
sindical. Há divergências sobre a cobrança da taxa
de empregados federais, estaduais e municipais
Publicada no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (17/2) a Instrução Normativa 1/2017, que
dispõe sobre a cobrança da contribuição sindical dos
servidores e empregados públicos.
Segundo o Ministério do Trabalho os funcionários de
órgãos da administração pública federal, estadual e
municipal, direta e indireta, serão obrigados a
recolher a contribuição sindical, conforme dispõe o
art. 580 e seguintes da CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho).
Considerando a necessidade de uniformizar o
procedimento de recolhimento da contribuição
sindical e uma decisão do STF (Supremo Tribunal
Federal) que já sedimentou entendimento no sentido
de que a regra constitucional prevista no art. 8º,
IV, da CF reveste-se de autoaplicabilidade, as
razões são mais do que suficientes para justificar a
cobrança.
Antes da Constituição Federal de 1988, os servidores
públicos não estavam obrigados ao pagamento da
contribuição sindical. Após a sindicalização, foi
iniciada uma discussão sobre a legitimidade destes
sindicatos para negociarem e cobrar a contribuição.
Após uma decisão do Supremo Tribunal Federal,
pacificou-se o entendimento de que o pagamento da
contribuição sindical pelos servidores é
obrigatório.
Intervenção legislativa
A contribuição sindical tem natureza tributária,
portanto, compulsória, e seu recolhimento anual é
devido por todos aqueles que integram uma
determinada categoria econômica ou profissional.
Desde dezembro de 2016, tramita na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) do Senado o Projeto de Lei
385/2016, que põe fim à obrigatoriedade da
contribuição sindical para todos os trabalhadores,
sendo devida somente pelos filiados aos sindicatos.
Fonte: Jusbrasil
17/02/2017 -
PLS 339/16: terceirização na atividade-meio tem
parecer favorável na CCJ
O senador Paulo Paim (PT-RS), relator do Projeto de
Lei do Senado (PLS) 339/16, do senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), que consagra o entendimento do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), que a
terceirização só poderá ser feita em
atividades-meio,
apresentou parecer favorável ao texto,
em discussão na Comissão de Constituição e Justiça.
A matéria está pronta para votação no colegiado.
O projeto do senador da Rede colide com o PLC 30/15
(PL 4.330/04), cujo texto aprovado na Câmara, em
2015, terceiriza geral o trabalho.
Há acordo entre os presidentes do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
para “enterrar” o substitutivo do senador Paim ao
PLC 30 e votar, na Câmara, o PL 4.302/98.
Fonte: Diap
17/02/2017 -
Boletim da CNTI alerta sobre maldades da reforma
previdenciária
Quanto mais a pessoa conhecer as maldades da PEC
287, menor apoio haverá para a reforma da
Previdência de Temer.
A fim de informar, orientar e conscientizar seus
filiados a resistir, a Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria (CNTI) produziu boletim
contra a reforma, no qual expõe 12 pontos lesivos
aos trabalhadores atuais e futuros.
Natal Cardoso, que responde pela regional da CNTI em
São Paulo, adianta que haverá ampla panfletagem.
“Vamos entregar o boletim em estações de metrô,
terminais e outros pontos de concentração popular”,
informa.
Segundo Natal, que é sindicalista do setor do
Vestuário, as Federações filiadas à CNTI farão
reunião terça (21) na entidade, em São Paulo, para
definir a agenda de ações. “Vamos procurar cada
deputado do Estado de São Paulo, em suas regiões e
bases eleitorais”, ressalta. O folder pode ser lido
aqui.
Fonte: Agência Sindical
17/02/2017 -
Comissão da Reforma da Previdência deve realizar
nove audiências públicas
O relator da Comissão Especial da Reforma da
Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA),
confirmou nesta manhã que pretende trabalhar com o
calendário inicial, anunciado na última terça-feira
(14), acrescido de mais uma audiência.
Assim, a comissão deve realizar um seminário
internacional para comparar o sistema brasileiro com
o de outros países e nove audiências públicas com os
temas abaixo:
• discussão do regime de previdência dos servidores;
• arrecadação, isenções e cobrança da divida
previdenciária;
• discussão do Regime Geral de Previdência Social;
• discussão do equilíbrio financeiro da previdência
(mudanças demográficas e mercado de trabalho);
• beneficio de prestação continuada;
• trabalhador rural;
• situação dos policiais e dos professores;
• Seguridade Social e a condição da mulher.
Maia confirmou a intenção de apresentar seu relatório
por volta do dia 16 de março e disse que talvez seja
preciso reservar mais tempo para discutir o seu
parecer.
Questionado sobre a possibilidade de mudanças na
concessão de aposentadorias e pensões de policiais,
o relator disse que, por enquanto, não haverá
nenhuma alteração, mas adiantou que estuda algum
critério que dê flexibilidade para atividades de
risco. Maia disse ainda que analisa possibilidade de
regras diferenciadas para mulheres.
A comissão analisa a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que altera a idade mínima
para aposentadoria e cálculos de benefícios.
Fonte: Agência Câmara
17/02/2017 -
Debatedores divergem sobre os números que embasam a
reforma da Previdência
Novamente a questão dos números tomou conta de parte
do debate na Comissão Especial da Reforma da
Previdência nesta quinta-feira (16). Desta vez, os
deputados discutiram o regime de previdência dos
servidores públicos.
No caso do regime dos servidores civis da União, a
argumentação dos representantes dos servidores é a
de que o problema já teria sido equacionado para o
futuro com as últimas reformas feitas. Desde 2013,
por exemplo, os servidores que entram no sistema têm
aposentadoria limitada ao teto do INSS e devem
participar de uma previdência complementar se
quiserem ganhar mais.
O representante do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, Narlon Nogueira, disse que
o deficit dos regime dos servidores civis federais –
que hoje é de R$ 43 bilhões – aumentará nos próximos
anos; mas depois apresentará alguma melhora e se
estabilizará. De qualquer forma, ele afirmou que
existem problemas que precisam ser corrigidos neste
sistema, embora a pior situação esteja nos estados.
Privilégios dos servidores
O consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados,
Leonardo Rolim, disse que um exemplo de privilégio
do servidor é a de que ele se aposenta aos 60 anos
com 35 de contribuição e irá usufruir do benefício,
em média, por pouco mais de 20 anos; e ainda poderá
gerar uma pensão que deverá durar mais 9 anos.
A comissão especial analisa a PEC 287/16, que altera
regras em relação à idade mínima e ao tempo de
contribuição para se aposentar, à acumulação de
aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos
benefícios, entre outros pontos.
Tratamento diferenciado
José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação
Nacional dos Procuradores da República, argumentou
que os regimes têm que ser tratados separadamente –
inclusive em relação à Previdência Social – porque
eles foram desenhados para ter resultados
diferentes. O governo vem somando o deficit do
regime civil com o dos militares em suas
apresentações.
Robalinho também citou como exemplo a aposentadoria
dos trabalhadores rurais, que não está baseada em
contribuições mensais: "Ela tem uma importância
fundamental para o nosso País. Eu estou aqui para,
como nordestino, até mais do que como procurador da
República, dizer que ela não pode ser esquecida, ela
tem uma importância fundamental. Mas colocar o
déficit dela, R$ 90 bilhões, dentro do número
geral... Na nossa cabeça, mesmo aqui com um debate
cuidadoso e na população em geral, isso é visto como
um problema grande. E vamos resolver isso através de
mudanças atuariais? Não resolve. A previdência rural
tem um outro conceito".
Idade e contribuição
Sobre o conteúdo da proposta de reforma da
Previdência, o procurador afirmou que acredita na
necessidade de alguma extensão da idade mínima, mas
sugeriu que seja adotada a fórmula que leva em conta
tempo de contribuição e idade em vez das regras de
transição propostas.
As regras beneficiam quem tem 50 anos, se homem; e
45, se mulher. Mas, na sua opinião, elas seriam
injustas para pessoas com idades próximas a estas.
Nos estados
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse que o
tamanho da dívida previdenciária dos estados mostra
a necessidade de a comissão fazer audiências
regionais.
Para o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), este problema
terá que ser enfrentado com mais força em algum
momento: "Não há ambiente nos estados em função da
degradação, não só moral, que estamos enfrentando,
que é um episódio de corrupção da Operação Lava
Jato; mas sobretudo da ambiência social e econômica
em que estamos inseridos”.
Segundo ele, “não há possibilidade de, num futuro
próximo, esses estados discutirem isso. E teremos
que, num futuro próximo, discutir, sim, a questão da
federalização da previdência destes estados porque
eles estarão insolventes".
Fundos complementares
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) mostrou
preocupação com o fato de a PEC 287 permitir a
retirada do caráter "público" dos fundos
complementares criados para a aposentadoria dos
servidores públicos.
Mas, Narlon Nogueira, do Ministério do Planejamento,
explicou que isso foi motivado pela dificuldade que
alguns estados e municípios estão enfrentando para
criar estes fundos em função da pequena quantidade
de servidores que possuem.
Fonte: Agência Câmara
17/02/2017 -
Indústria gera 6,5 mil postos de trabalho em janeiro
no estado de São Paulo
A indústria paulista registrou saldo positivo de 6,5
mil vagas de emprego em janeiro, variação positiva
de 0,31% na comparação com dezembro de 2016, sem
ajuste sazonal. Já na análise de janeiro deste ano
com o mesmo mês do ano passado, a variação ficou
negativa em 5,73%, com demissão de 132 mil
trabalhadores.
Nos últimos três anos, a indústria perdeu 518 mil
postos de trabalho. Os dados são da Pesquisa de
Nível de Emprego do Estado de São Paulo feita pelo
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon)
da Federação de Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp)
e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
e foram divulgados nesta quinta-feira (16).
O resultado positivo do mês é o primeiro registrado
desde abril de 2015, quando foram feitas 6 mil
contratações. O destaque foi o segmento de produtos
de borracha e de material plástico, com aumento de
1.969 vagas, e o de confecção de artigos de
vestuários e acessórios, que gerou 1.742 postos.
Resultado por região
A variação no mês ficou positiva no estado de São
Paulo (0,31%), na Grande São Paulo (0,14%) e no
interior (0,43%). Quando avaliadas as diretorias
regionais, há resultado positivo para São Carlos
(+2,16%), influenciado por materiais elétricos
(5,92%) e produtos alimentícios (3,02%); Araraquara
(+1,89%), no rastro dos produtos têxteis (3,75%) e
de confecções e vestuários (3,31%); Jacareí
(+1,46%), liderado por confecções e vestuários
(12,50%) e produtos têxteis (2,35%).
Já as variações negativas ficaram com São Caetano do
Sul (-2,41%), influenciadas pelo setor de veículos
automotores e autopeças (-5%) e produtos de borracha
e plástico (-1,42%); Matão (-1,78%), setores de
máquinas e equipamentos (-2,09%) e produtos
alimentícios (-2,56%) e Franca (-1,61%), setor de
artefatos de couro e calçados (-4,38%) e produtos de
borracha e plástico (-0,62%).
Fonte: Agência Brasil
17/02/2017 -
Reforma trabalhista não terá aumento de jornada nem
ameaça a 13º, diz ministro
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, defendeu
nesta quinta-feira (16) as propostas do Projeto de
Lei da Reforma Trabalhista (PL 6.787/16), na
primeira audiência pública da Comissão Especial da
Reforma Trabalhista, na Câmara dos Deputados. O
debate reuniu também representantes da Justiça do
Trabalho.
Nogueira disse que as alterações propostas no
projeto, que foi encaminhado pelo governo ao
Congresso Nacional, têm o objetivo de gerar empregos
e não permitem o aumento da jornada de trabalho e a
retirada de direitos adquiridos pelos trabalhadores.
“Nunca esteve, não está e não estará em nossa
proposta qualquer medida que venha a propor aumento
de jornada, que venha a ameaçar o 13° salário, o
direito ao vale-transporte, ao vale-refeição, ao
descanso semanal remunerado, os direitos do
trabalhador que estão especificados no Artigo 7° da
Constituição e aqueles direitos que estão
especificados de forma clara na nossa legislação
trabalhista”, acrescentou.
Segundo Nogueira, o governo propõe a modernização
das leis trabalhistas para garantir o direito
fundamental ao emprego. “O direito que estamos
perseguindo para alcançar, na sua plenitude, é o
direito ao emprego. A verdade é que todos nós temos
falhado, porque não temos conseguido garantir o
direito de emprego pleno para os brasileiros. Se
hoje temos em torno de 13 milhões que não têm um
endereço para trabalhar, precisamos fazer uma
reflexão e olhar onde estamos errando.”
O ministro afirmou que as propostas estão ancoradas
em três eixos: a consolidação de direitos, a
oportunidade de emprego para todos e a segurança
jurídica, que é fundamental para o contratante e o
contratado.
“Nossa proposta é pró-trabalhador, traz segurança
jurídica, dá ao trabalhador capacidade de ter uma
assento na convenção coletiva para que, através de
sua representação sindical, possa definir a forma
mais vantajosa para usufruir seus direitos”, disse.
Projeto
O Projeto de Lei 6.787/2016 altera as regras da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outros
dispositivos. Também possibilita que, nas
negociações entre patrão e empregado, os acordos
coletivos tenham mais valor do que o previsto na
legislação, permitindo, entre outros pontos, o
parcelamento de férias e mudanças na jornada de
trabalho.
Para o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado
Fleury, a proposta de reforma trabalhista não
garante a geração de empregos e pode resultar na
precarização do trabalho com a migração de
contratações para empregos menos protegidos.
“O Brasil já tentou adotar medidas de
flexibilização, recentemente, visando à criação de
emprego, o próprio contrato em tempo parcial. O que
aconteceu? Não houve a diminuição do desemprego, e
agora se pretende aumentar ainda mais a
possibilidade do contrato de tempo parcial.
Obviamente, será muito mais lucrativa a troca do
emprego por prazo indeterminado pelo contrato a
tempo parcial”, disse.
De acordo com Fleury, se não houver demanda para que
as empresas produzam mais, elas não vão contratar
mais e, assim, não haverá geração de emprego no
país.
O procurador-geral citou estudos feitos em países
que promoveram mudanças semelhantes à proposta feita
pelo Executivo, nos quais, segundo ele, houve
redução dos direitos do trabalhador e substituição
de contratos de trabalho por tempo indeterminado por
contratos por tempo determinado e com menos
garantias de direitos.
Nível de emprego
O terceiro participante da audiência pública, o
presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
Ives Gandra Filho, disse que, em momentos de crise
econômica, é preciso saber preservar os empregos,
flexibilizando jornada e salário. “O que queremos é
restabelecer o nível de emprego”.
Para o presidente do TST, o projeto enviado pelo
Executivo é positivo por ter sido elaborado a partir
de um consenso mínimo, com a participação de
representantes de centrais sindicais, e pode
possibilitar a geração de empregos.
“O projeto em si é muito bom, porque foi fruto de um
consenso mínimo e, segundo, traz pontos que são
fundamentais como a questão do trabalho temporário -
ampliar o tempo, a questão do trabalho a tempo
parcial, a questão do representante de empregados na
empresa, de prestigiar a negociação coletiva”,
acrescentou.
Para Ives Gandra Filho, a proposta tem ainda
potencial para reduzir o número de processos que
chegam à Justiça trabalhista. “Na medida em que
tivermos uma negociação maior entre patrões e
empregados, através de acordos e convenções
coletivas, por um lado, e por outro, esses
representantes das empresas puderem conciliar
internamente conflitos individuais, vamos ter muito
menos processos chegando à Justiça do Trabalho.”
O relator do projeto da reforma trabalhista,
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), propôs a
realização de 11 audiências públicas para debater o
tema. Marinho pretende convidar especialistas,
representantes de órgãos de classe, sindicalistas,
procuradores e magistrados para discutir a proposta.
Fonte: Agência Brasil
17/02/2017 -
Procurador da República diz que STF poderá contestar
reforma da Previdência
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores
da República, José Robalinho Cavalcanti, disse que a
reforma da Previdência proposta "quebra" as regras
de transição de outras reformas já realizadas no
serviço público federal, o que pode ser questionado
no Supremo Tribunal Federal.
Ele observou que "o STF já decidiu que regras de
transição não geram expectativa de direito, mas
devem ser respeitadas", durante audiência da
Comissão Especial da Reforma da Previdência.
Segundo o procurador, o sistema do servidor público
da União já está equacionado para as próximas
décadas, o que teria sido dito pela ex-ministra do
Planejamento, Miriam Belchior, após a aprovação das
reformas. "Não quero partidarizar, até porque muitos
técnicos são os mesmos que estão trabalhando hoje."
A ex-ministra teria dito qu,e em cerca de 30 anos, a
previdência do setor público federal passaria a ser
superavitária. "Quando se fala do Regime Geral da
Previdência, sempre são destacadas as previsões
catastróficas para o futuro. Mas, quando se fala do
servidor público, só se destaca o presente."
Idades arbitrárias
Robalinho também afirmou que as idades fixadas nas
regras de transição vão gerar problemas porque são
arbitrárias. Segundo ele, um homem que entrou em
2002 no serviço público com 35 anos de idade e sem
tempo anterior, terá 51 anos na eventual aprovação
da emenda e praticamente não seria atingido pela
reforma. Já outro que começou a trabalhar com 15 e
está com 49 anos hoje, teria que aguardar até os 65.
Robalinho ainda explicou que acredita na necessidade
de rever as idades mínimas de 55 e 60 anos
determinada para os servidores mulheres e homens
hoje. Mas afirmou que, embora seja verdade que os
países da OCDE tenham média de idade mínima de
aposentadoria de 65 anos; eles teriam expectativa de
vida de 81 anos e, aqui, ela ainda não teria chegado
a 74 anos.
Quanto aos salários altos de algumas carreiras,
Robalinho lembrou que os servidores pagam
contribuição sobre salário integral e até durante a
aposentadoria.
A comissão analisa a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que altera regras em
relação à idade mínima e ao tempo de contribuição
para se aposentar, à acumulação de aposentadorias e
pensões, à forma de cálculo dos benefícios, entre
outros pontos.
Fonte: Agência Câmara
17/02/2017 -
JT anula acordo prejudicial a empregado que teve
advogado pago pelo empregador
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho manteve
decisão que desconstituiu a sentença homologatória
de acordo firmado entre a América Latina S.A. –
Distribuidora de Petróleo e um motorista de carreta.
Segundo o relator, ministro Alberto Bresciani, o
acordo não condizia com a vontade do empregado, pois
foi patrocinado por advogado indicado pela empresa.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
julgou procedente a ação rescisória ajuizada pelo
trabalhador, por entender que houve vício de
consentimento. No recurso para o TST, a empresa
sustentou que a decisão do TRT se baseou “apenas em
indícios”, e que houve má valoração das provas do
processo.
Conluio
De acordo com o relator, porém, o que se verificou foi
um conluio entre a empresa e o advogado que
representou o trabalhador, visando à quitação do
contrato de trabalho perante o Judiciário.
Documentos e testemunhas demonstraram que a empresa
tinha por hábito indicar o advogado para que seus
empregados postulassem a rescisão do contrato na
Justiça do Trabalho. Uma delas disse que foi
orientada a não questionar o acordo perante o juiz,
pois “poderia levar até dez anos para receber o seu
FGTS e as outras parcelas rescisórias”.
Segundo o ministro Bresciani, os depoimentos
corroboraram os fatos narrados pelo trabalhador,
deixando claro que o acordo não condizia com a sua
vontade e foi realizado, na verdade, à sua revelia.
E, segundo o artigo 485, inciso VIII, do CPC de
1973, o vício de consentimento justifica a sua
anulação.
Por maioria, a SDI-2 manteve a decisão regional que
determinou o corte rescisório da sentença. Ficou
vencido o ministro Vieira de Mello Filho.
Processo: RO-5028-21.2013.5.09.0000
Fonte: TST
16/02/2017 -
Comissão da reforma trabalhista vai ouvir ministro
do Trabalho nesta quinta
A comissão especial da reforma trabalhista (PL
6787/16) vai ouvir nesta quinta-feira (16) o
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Também vão
participar da audiência pública o presidente do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da
Silva Martins Filho; e o procurador-geral do
Trabalho, Ronaldo Curado Fleury.
A reunião está marcada para as 9 horas, no plenário
4.
O relator da comissão especial, deputado Rogério
Marinho (PSDB-RN), que solicitou o debate, assinala
que é imprescindível que a comissão ouça o
idealizador da proposta, o Poder Executivo. “Além
disso, devemos ouvir as primeiras impressões por
parte dos respectivos chefes do TST e do Ministério
Público do Trabalho quanto ao que foi proposto, uma
vez que o posicionamento dessas instituições será de
fundamental importância no decorrer do trabalho
desta comissão.”
Fonte: Agência Câmara
16/02/2017 -
Padilha diz que gastos ficarão inviabilizados sem
reforma da Previdência
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha,
disse nesta quarta-feira (15) que, sem a reforma da
Previdência, os chamados gastos discricionários (não
obrigatórios) do governo ficarão inviabilizados.
Padilha fez uma apresentação na Comissão Especial da
Reforma da Previdência, que debate na Câmara dos
Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287/2016, que trata da reforma.
"Os gastos que temos em investimentos e
infraestrutura, os gastos sociais, se nós não
segurarmos a Previdência, ela comprime os gastos
discricionários. Em 2025 só pagaremos a Previdência,
a folha [de pagamento], o FAT [Fundo de Amparo ao
Trabalhador] e a saúde e a educação", disse Padilha.
O ministro acrescentou que a reforma é necessária
para preservar o sistema previdenciário.
Segundo Padilha, a não aprovação da reforma
comprometeria outras despesas em razão da emenda
constitucional limitando os gastos públicos à
inflação do ano anterior por um período de 20 anos.
O teto de gastos foi aprovado no ano passado pelo
Congresso e já está em vigor. Caso os gastos
obrigatórios - como pagamento de servidores -
cresçam em excesso, será preciso cortar os
discricionários para obedecer ao limite.
Após a apresentação, Padilha deixou a comissão. Os
deputados Alessandro Molon (Rede-RJ) e Jandira
Feghali (PCdoB-RJ) criticaram o fato de Padilha não
ficar para debater com os parlamentares. De acordo
com a deputada, o ministro apresentou dados
"inverídicos" e "que não se sustentam".
O secretário da Previdência, Marcelo Caetano, ficou
para explicar a proposta do governo e responder às
perguntas dos parlamentares. Caetano negou que o
déficit da Previdência não seja real. Ele rebateu o
argumento de entidades como a Associação Nacional de
Auditores Fiscais da Receita (Anfip). Segundo a
Anfip, o cálculo mais adequado para a Previdência
Social é o que leva em conta os recursos da
seguridade social (saúde, assistência social e
Previdência). A entidade diz que, se observada
apenas a seguridade social, não existiria déficit.
Caetano, no entanto, disse que a seguridade social
também é deficitária em R$ 77 bilhões. Segundo o
secretário, as entidades que alegam que há superávit
não consideram a Desvinculação de Receitas da União
(DRU), que retira 30% dos recursos da seguridade, e
algumas formas de renúncia fiscal para as empresas,
como a existente no regime do Simples.
Fonte: Agência Brasil
16/02/2017 -
CNT: 10,3% aprovam governo Temer e 44,1% reprovam
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte
(CNT) com o instituto MDA divulgada nesta
quarta-feria (15) mostra que 10,3% dos brasileiros
entrevistados consideram positivo o governo do
presidente Michel Temer, 44,1% avaliaram de forma
negativa. Para 38,9%, o governo é regular e 6,7% não
responderam ou não souberam opinar.
Na pesquisa divulgada em outubro passado, 14,6%
avaliaram positivamente o governo e 36,7%,
negativamente. Os que consideravam o governo regular
somaram 36,1% e 12,6% não souberam opinar.
Desempenho pessoal
Sobre o desempenho pessoal do presidente, 24,4%
aprovam, 62,4% desaprovam e 13,2% não souberam
opinar.
O levantamento anterior indicava 31,7% de aprovação
do desempenho pessoal de Temer e 51,4% de
desaprovação.
Expectativa
Os entrevistados também foram questionados sobre a
expectativa, para os próximos seis meses, em relação
a emprego, saúde e educação.
De acordo com a pesquisa, 31,3% acreditam que o
nível de emprego vai melhorar; 30,6%, que vai
piorar; e 35,9%, que a situação vai se manter como
está.
Sobre saúde, 25,7% dos entrevistados acreditam que a
situação na área vai melhorar; 34,8%, que vai
piorar; e 38%, que vai se manter como está.
Em educação, 28,9% dos entrevistados afirmaram que o
setor vai melhorar; 28%, que vai piorar; e 40,8%,
que vai se manter igual.
No quesito segurança pública, 20,4% acreditam em
melhora; 46,6% avaliaram que haverá uma piora; e
31,6% avaliaram que a situação permanecerá no mesmo
patamar.
Corrupção
Em relação ao combate à corrupção, 40,1% dos
entrevistados avaliam que o combate é igual nos
governos Temer e Dilma, 27,3% consideram que é maior
no governo Temer e 24,2% que era maior no governo
Dilma.
Sobre o registro de casos de corrupção nos três
níveis de Poder, a maior parte dos entrevistados
(33,3%) considera que o índice se mantém igual entre
eles. Para 23,7%, a maior ocorrência se dá no
Legislativo, seguido do Executivo (19,4%) e do
Judiciário (10,2%).
Em relação às investigações no âmbito da Operação
Lava Jato, 89,3% têm acompanhado ou já ouviram
falar. Entre eles, 39,6% acham que a estratégia vai
diminuir pouco a corrupção no país e 28,5%, que vai
diminuir muito a corrupção. Para 23,6%, a corrupção
deve se manter igual mesmo com a Lava Jato e 4,9%
consideram que a operação vai acabar com a
corrupção.
A pesquisa divulgada hoje ouviu, de 7 a 11 deste
mês, 2.002 pessoas em 138 municípios de 25 unidades
federativas das cinco regiões do país. A margem de
erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de
confiança.
Fonte: Agência Brasil
16/02/2017 -
Ministro: mesmo com reforma da Previdência, será
preciso nova fonte de recursos
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que,
mesmo com a reforma da Previdência, em 2026 será
necessário ter uma nova fonte de recursos para o
setor sob pena de "estrangular" gastos
discricionários como investimentos e despesas na
área social.
Sem a reforma, Padilha disse que em 2024 estes
gastos já não poderão ser realizados. Ele participa
de audiência pública da Comissão Especial da Reforma
da Previdência. Também está presente o secretário de
Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo
Caetano, que falará em seguida.
A comissão analisa a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que altera regras em
relação à idade mínima e ao tempo de contribuição
para se aposentar, à acumulação de aposentadorias e
pensões, à forma de cálculo dos benefícios, entre
outros pontos.
Média de contribuições
Padilha disse que a maioria dos países tem idade
mínima para a aposentadoria e, na America Latina,
somente o Brasil e a Colômbia teriam regras que
possibilitam a aposentadoria com 100% da média de
contribuições. De qualquer forma, o ministro lembrou
que, com o fator previdenciário, as aposentadorias
equivalem a 70 ou 80% da média.
Nas contas do ministro, que soma o déficit do
sistema geral (RGPS) com o déficit do sistema dos
servidores públicos (RPPS), o déficit previdenciário
foi de R$ 127 bilhões em 2014 e deve subir para mais
de R$ 260 bilhões este ano.
Fonte: Agência Câmara
16/02/2017 -
Paim registra apoio de vereadores e prefeitos a
movimento contra reforma da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) registrou nesta
quarta-feira (15) o apoio à luta contra a reforma da
Previdência de integrantes de diversas câmaras de
vereadores e prefeituras, inclusive de municípios
governados por partidos que dão sustentação, no
plano federal, as mudanças propostas pelo governo.
Paim leu um dos documentos de apoio ao movimento
contra a reforma proposta pelo governo Temer, que
tramita na Câmara dos Deputados. Os vereadores e do
prefeito de Sede Nova, município localizado no
interior do Rio Grande do Sul, com 3.057 mil
habitantes, afirmam que a reforma pode ocasionar
prejuízos aos trabalhadores das zonas rural e urbana
e, consequentemente, à economia dessas localidades.
— Eles me deram um dado só. Uma trabalhadora rural
perderá, em dez anos, se ganhar um salário-mínimo,
algo mais ou menos em torno de R$ 150 mil. Que
poderiam estar sendo investidos na economia do
município, que vai desaparecer. Se calcularmos o
pessoal que ganha mais, calculem o prejuízo que terá
cada município. Há um movimento nacional dos
prefeitos contra essa reforma — afirmou.
O senador lembrou ainda que o ex-presidente Lula, no
auge de sua popularidade, teve de ceder, em
negociação com o Congresso Nacional, para ver
aprovada a sua proposta de Reforma da Previdência.
Fonte: Agência Senado
16/02/2017 -
Temer diz ter "absoluta certeza" da aprovação das
mudanças nas leis trabalhistas
Em jantar com integrantes da Frente Parlamentar
Agropecuária, terça (14) à noite, o presidente
Michel Temer disse que a agricultura e o agronegócio
são os setores que indicam o rumo do país. Durante o
encontro, Temer voltou a manifestar otimismo com as
votações no Congresso Nacional e afirmou ter
“absoluta certeza” da aprovação das mudanças na
legislação trabalhista.
“Quando nós, no governo, dizemos que o Brasil tem
rumo, a primeira direção para a qual olhamos é,
exatamente, a agricultura, o agronegócio”, disse o
presidente ao fazer um “pré-anúncio” de que a safra
será “igualmente extraordinária” neste ano e no
próximo.
Temer agradeceu a ajuda dos parlamentares de sua
base para a aprovação das matérias consideradas
prioritárias para o governo. Em tom comemorativo,
ele disse ter se surpreendido com a rapidez que tem
obtido para a aprovação dos projetos.
“Quando o nosso governo imaginava que levaria dois
anos, dois anos e meio para realizar as reformas
imprescindíveis ao país. Mas, com o apoio do
Congresso Nacional, verificamos que em seis, sete
meses já havíamos aprovado o teto, aprovado a
reforma do ensino médio, aprovado a questão do
petróleo, e encaminhado a questão da reforma da
modernização da legislação trabalhista”, disse o
presidente.
Segundo Temer, graças à “conjunção entre empregados
e empregadores”, as mudanças na legislação
trabalhista serão feitas rapidamente. “Tenho
absoluta certeza desse fato”, acrescentou, ao
destacar que sua base conseguiu, em menos de 10
dias, aprovar também a admissibilidade da reforma da
Previdência.
“Queremos também simplificar e desburocratizar o
sistema tributário do país. Para isso, precisamos
contar com o apoio e, mais do que apoio, com o
entusiasmo de vocês”, completou.
Fonte: Agência Brasil
16/02/2017 -
Temer diz que Constituição já prevê reconhecimento
de convenção coletiva de trabalho
O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira
(14) ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que
a Constituição reconhece, em seu capítulo sobre
direitos sociais, os acordos coletivos e convenções
de trabalho como instrumentos de negociação entre
trabalhadores e empregadores. A observação foi feita
durante anúncio do calendário de saques das contas
inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS), no Palácio do Planalto.
A equiparação das convenções coletivas com a
legislação é um dos principais pontos da proposta de
modernização da legislação trabalhista apresentada
pelo ministro Ronaldo Nogueira em dezembro e
encaminhada ao Congresso Nacional. O projeto permite
que empresários e trabalhadores, por meio de seus
sindicatos de classe, estabeleçam a forma de
usufruir de direitos em 12 pontos.
“Interpretando o texto constitucional, eu disse: mas
será que a convenção coletiva, o acordo coletivo
aqui reconhecido e enaltecido, colocado com um dos
fundamentos estruturais do Estado brasileiro, será
que a convenção coletiva só se pode fazer aquilo que
está elencado no direito social? Haveria necessidade
de uma convenção coletiva de um acordo coletivo,
para arrolar os direitos que já estão previstos na
Constituição’? Digo eu: não”, afirmou o presidente.
O inciso 26 do artigo 7º da Constituição elenca como
direito dos trabalhadores urbanos e rurais o
“reconhecimento das convenções e acordos coletivos
de trabalho”. “Na interpretação do texto
constitucional, se houve reconhecimento, portanto
enaltecimento da convenção coletiva de trabalho, foi
para dizer: olha aqui, se empregadores e empregados
fizeram um acordo, este acordo trará regra e normas
e preceitos diferenciados daqueles que já são a
garantia mínima do trabalhador”, disse o presidente.
O ministro afirmou que a proposta de modernização da
legislação trabalhista mantém todos os direitos dos
trabalhadores previstos na Constituição e na CLT e
que os acordos coletivos e convenções de trabalho
não podem ser usados para diminuir direitos.
“Direito não se revoga, se aprimora”, afirmou o
Ronaldo Nogueira.
Desde o ano passado, o ministro e técnicos do
ministério participaram de várias reuniões com
centrais sindicais, sindicatos, federações e
confederações de trabalhadores e também com
entidades empresariais em busca de consenso às
propostas.
Entre as medidas contidas no projeto, há a
equiparação de direitos de trabalhadores temporários
com os efetivos, pagamento do banco de horas com
pelo menos 50% a mais no valor da hora trabalhada e
a representação de trabalhadores nas empresas,
reivindicação histórica do movimento sindical que
está na Constituição desde sua promulgação, em 1988,
mas que nunca foi regulamentado.
O projeto está em análise por uma comissão da
Câmara, que vai avaliar cada ponto da proposta. O
governo pretende que o projeto seja levado a
plenário até o meio do ano, antes do recesso
parlamentar. A pedido das centrais sindicais e
sindicatos, o presidente Temer encaminhou a proposta
sem regime de urgência, embora espere que a análise
seja rápida, em razão do consenso obtido pelo
ministro Ronaldo Nogueira com trabalhadores e
empresários em torno do projeto.
Fonte: MT
16/02/2017 -
As críticas à reforma da Previdência racharam as
centrais sindicais
Enquanto sindicatos vinculados à CUT vêm defendendo
a reprovação total à reforma proposta pelo governo,
a UGT vai brigar por emendas ao texto que está no
Congresso.
Enquanto sindicatos vinculados à CUT, mais ligada ao
PT, vêm defendendo a reprovação total à reforma
proposta pelo governo, a União Geral dos
Trabalhadores (UGT), liderada por Ricardo Patah, vai
brigar por emendas ao texto que está no Congresso.
Nesta quinta (9), Patah vai apresentar ao presidente
da Câmara, Rodrigo Maia, propostas alternativas à
reforma.
Ele vai sozinho ao encontro, o que ilustra a divisão
das centrais sobre o tema.
Sem sindicatos de servidores de vulto em sua base, a
central vai apoiar a unificação de tratamento entre
o funcionalismo e os trabalhadores do setor privado.
Este ponto da reforma é rejeitado por outras
centrais, como a Pública.
Uma das propostas mais polêmicas da UGT é a criação
de um conselho gestor da Previdência, com
participação de representantes da sociedade civil.
No documento a ser entregue por Patah, o
sindicalista defende que questões hoje abordadas na
reforma, como as regras de acesso e de idade, sejam
discutidas no âmbito desse conselho, e não no
Congresso.
A central também baterá de frente com a bancada
ruralista. Vai insistir quer que as exportadoras do
agronegócio contribuam para a Previdência –hoje são
isentas.
E defende que as desonerações tributárias concedidas
às empresas sejam eliminadas.
Fonte: Jusbrasil
16/02/2017 -
Transferência de contas inativas do FGTS para outros
bancos será feita sem taxas
A transferência de recursos de contas inativas do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) da
Caixa Econômica Federal para outros bancos poderá
ser feita sem cobrança de taxas, a pedido do
trabalhador. Respeitado o calendário de saque das
contas inativas, o beneficiário deve ir a uma
agência da Caixa para realizar a operação de
transferência – DOC ou TED – para conta de outros
bancos.
Caso o trabalhador tenha uma conta poupança na
Caixa, o dinheiro da conta inativa do FGTS será
transferido automaticamente para essa aplicação.
Apenas nesses casos, o beneficiário terá até 31 de
agosto para transferir o dinheiro dessa conta para
conta de outro banco, também sem taxas. A operação
pode ser feita pelo site criado pela Caixa para o
saque do FGTS das contas inativas, no endereço
www.caixa.gov.br/contasinativas. Para ter acesso às
opções da página, o trabalhador deve informar o
número de inscrição do PIS e o CPF.
Saques
Trabalhadores que têm até R$ 1,5 mil em contas
inativas do fundo poderão resgatar o dinheiro em
caixas eletrônicos usando apenas a senha do Cartão
Cidadão, mesmo que tenha perdido o documento. Para
valores até R$ 3 mil, o saque só será feito com o
cartão e a respectiva senha. Também será possível
retirar o dinheiro diretamente em lotéricas – para
saques até R$ 3 mil – e nas agências bancárias.
Para reforçar os atendimentos, a Caixa vai abrir as
agências em um sábado por mês até julho, com exceção
de abril (18 de fevereiro, 11 de março, 13 de maio,
17 de junho e 15 de julho).
A retirada do dinheiro das contas de FGTS inativas
só poderá ser feita até o dia 31 de julho. Depois
desse prazo, valerão as regras normais para saque,
em casos como demissão sem justa causa,
aposentadoria e aquisição de moradia própria.
Fonte: Agência Brasil
15/02/2017 -
Reforma trabalhista terá parecer até 4 de maio; tema
gera polêmica em comissão
O relator da Reforma Trabalhista (PL 6787/16),
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), anunciou nesta
terça-feira (14), na comissão especial que discute o
projeto na Câmara, que seu parecer será apresentado
até 4 de maio. Durante o encontro do colegiado,
parlamentares se revezaram em crítica e defesa em
relação à reforma.
Marinho apresentou cronograma de trabalho em que
sugere 11 audiências públicas. A primeira ocorre na
quinta-feira (16) para ouvir o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, e o presidente do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho. Ao
longo dos trabalhos, serão ouvidos representantes de
entidades sindicais, associações de classe e do
Ministério Público do Trabalho (MPT), entre outros.
Os deputados da oposição criticaram o item do texto
que determina a prevalência dos acordos firmados
coletivamente sobre o que diz a legislação. Já os
apoiadores do governo rebateram que a reforma é
necessária para agilizar as negociações trabalhistas
e diminuir o peso da burocracia no setor.
O deputado Glauber Braga (RJ), falando pela
liderança do Psol, disse que o relatório já traz
erro ao manter a prevalência dos acordos coletivos
sobre a lei. "Essa matéria vai retirar direitos dos
brasileiros historicamente conquistados", ressaltou.
O trabalhador, acrescentou Braga, "vai ter de
contribuir por 49 anos para ter acesso à
aposentadoria integral e, além disso, ele
necessariamente vai ter, por meio da livre
negociação, os seus direitos jogados na lata do
lixo.”
O relator disse que vai manter em seu parecer a
prevalência do negociado, mas fez a ressalva de que
a iniciativa poderá ser usada por períodos
determinados, para solucionar dissídios em contexto
de crise.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que o Poder
Executivo não tem autoridade política para propor
flexibilização das leis trabalhistas, já que a
proposta não consta de programa de governo elaborado
por presidente eleito. “Num momento em que há 12
milhões de trabalhadores desempregados, é
extremamente prejudicial precarizar ainda mais essa
relação”, disse. Alencar afirmou que o texto não
“fala de trabalhadores e de direitos, apenas de
criar dinâmica empresarial mais saudável”.
Para Helder Salomão (PT-ES), a reforma faz desmonte
das leis trabalhistas, sem prevê ampliação do número
de postos de trabalho. “Queremos geração de emprego,
mas não vai ser essa reforma sem crédito para
pequenos negócios e agricultura familiar que vai
revitalizar a economia."
Fim do direito do trabalho
A prevalência do acordado nas negociações trabalhistas
é considerada pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG)
como "o fim do direito do trabalho no País”. Segundo
Ananias, a lei serve como garantia para os
trabalhadores, que são a parte mais vulnerável nas
relações de emprego. “O direito do trabalho vai ser
demolido em poucos meses”, disse.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ ) elogiou o
cronograma de trabalhos, mas reforçou suas críticas
ao projeto. "Foram anos a fio para que os
trabalhadores conseguissem vitória contra o trabalho
escravo, e esse projeto aumenta consideravelmente a
carga horária e prevê uma flexibilização que fere os
direitos já adquiridos."
Recuperação econômica
O deputado Fábio Garcia (PSB-MT) disse apoiar a
necessidade de modernizar as leis, que são da década
de 70. “Nossa obrigação é rever as relações [de
trabalho] para estimular o emprego, para que as
empresas possam empregar e ajudar na recuperação
econômica”, argumentou.
Também em defesa da reforma, o deputado Vitor Lippi
(PSDB-SP) afirmou que a proposta vai reduzir o
volume de ações trabalhistas na Justiça brasileira,
que ele estima ser 40 vezes maior do que nos países
desenvolvidos. De acordo com Lippi, as ações
trabalhistas crescem 20% ao ano. “Isso faz com que o
custo do Brasil seja mais alto", criticou.
Fonte: Agência Câmara
15/02/2017 -
Comissão da reforma da Previdência aprova 63
requerimentos para audiências
Primeira audiência será nesta quarta-feira, com o
secretário de Previdência do Ministério da Fazenda
Os deputados da Comissão Especial da Reforma da
Previdência (PEC 287/16) aprovaram, nesta
terça-feira (14), 63 requerimentos com sugestões de
nomes para a realização de audiências públicas.
Cada requerimento tem vários convidados, o que deve
modificar o plano de trabalho proposto pelo relator,
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), que
pretendia apresentar seu parecer no dia 16 de março,
após a realização de oito audiências e um seminário
internacional.
Nesta quarta-feira (14), a comissão fará sua primeira
audiência, com o secretário de Previdência do
Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. O evento
ocorrerá no plenário 1, a partir das 14 horas.
Negociação
Maia apresentou um plano onde as audiências eram
divididas por temas. Mas aceitou reavaliar tudo de
acordo com os requerimentos apresentados. Ele
explicou, porém, que acha mais interessante ter mais
tempo para negociar o texto final.
"As negociações, os acordos, os impedimentos, a
construção de alternativas legislativas se dá em
reuniões até fora da comissão; onde nós nos reunimos
para tentar construir um texto que represente uma
linha média”, observou o parlamentar. “Eu penso que
resguardar tempo para esse acordo é mais importante
do que nós estendermos aqui para 30, 40 audiências
públicas."
Sub-relatorias rejeitadas
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) tentou incluir na
pauta um requerimento para criar quatro
sub-relatorias que, segundo ele, ajudariam o relator
a lidar com temas polêmicos como o sistema geral de
Previdência, o sistema dos servidores públicos, as
receitas e despesas, e a assistência social.
"Então nosso temor é que se nós não pesquisarmos
dados, informações nestas quatro áreas básicas, nós
corremos o risco, de um lado, de agravar a situação
dos mais pobres, e de eventualmente nós protegermos
aqueles que, de fato, nem precisariam de tanta
proteção", explicou Chinaglia.
Mas o líder do governo na comissão, deputado Darcísio
Perondi (PMDB-RS), afirmou que isso atrasaria os
trabalhos: "Vai demorar muito e vai complicar os
trabalhos. E avançando mais, falar sobre idade
mínima... Tem a ONU, tem experiências
internacionais, tem literatura de sobra para nos
informar. A inteligência da Consultoria Legislativa
da Câmara dos Deputados e a própria inteligência do
governo tem dados extraordinários".
Seminários rejeitados
Também foi rejeitada a inclusão de uma proposta para a
realização de cinco seminários nos estados para
tratar das diferenças regionais na concessão de
aposentadorias. Mas alguns parlamentares da base do
governo afirmaram que isso pode ser avaliado em
Brasília, economizando recursos.
O deputado Major Olímpio (SD-SP) criticou: "Eu acho
bisonho se falar de quais serão os custos para isso.
Qual vai ser o custo para o nosso País de medidas
intempestivas que estão querendo tomar? Parece que
estão querendo tocar fogo no País de vez mesmo. O
que acontece no Espírito Santo vai acabar ecoando
para o País todo no momento que sair arrebentando a
Previdência nos setores público e privado".
Fonte: Agência Câmara
15/02/2017 -
Relator diz que entregará parecer sobre reforma da
Previdência em um mês
O relator da comissão especial que analisa a reforma
da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia
(PPS-BA), disse nesta terça-feira (14), na abertura
dos trabalhos, que deve entregar seu relatório sobre
a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 no dia
16 de março, daqui a cerca de um mês.
A partir da apresentação de seu parecer, segundo
Maia, os debates serão aprofundados para a votação
do texto pela comissão.
Pelo cronograma de trabalho apresentado pelo relator
nesta tarde, a comissão especial fará nove
audiências públicas sobre temas ligados à reforma do
sistema previdenciário. A primeira está marcada para
amanhã (15), com participação do secretário da
Previdência, Marcelo Caetano.
A oitava audiência, prevista para o dia 14 de março,
será um seminário internacional, com representantes
do governo brasileiro e da Organização
Ibero-americana de Seguridade Social, do Banco
Mundial, da Comissão Econômica para a América Latina
e Caribe (Cepal), além do economista Fabio Giambiagi,
especialista em Previdência.
A última audiência, no dia 15 de março, será
destinada à discussão de aposentadoria especial de
policiais e professores.
Fonte: Agência Brasil
15/02/2017 -
Paulo Paim quer criar uma CPI para examinar as
contas da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) está coletando
assinaturas para criar uma CPI da Previdência
Social. O objetivo é fazer um levantamento detalhado
de toda contabilidade do Sistema de Seguridade
Social para verificar se são verdadeiras as
informações prestadas pelo governo de que a
Previdência Social é deficitária. O senador sempre
sustentou que o Orçamento da Seguridade Social é
superavitário. Ele desafia o governo a aceitar a
realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
para investigar com profundidade as contas da
Previdência Social e pergunta: “Quem tem medo de
CPI? Eu não tenho.
Fonte: Agência Senado
15/02/2017 -
Governo quer votar terceirização ‘irrestrita’
A base aliada do presidente Michel Temer no Senado
articula votação de uma proposta esta semana que
garanta uma “terceirização irrestrita” do trabalho.
Lideranças partidárias defendem ressuscitar o
projeto que passou pela Câmara em abril de 2015,
ainda sob a gestão do ex-presidente cassado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que permite a terceirização
irrestrita.
Pelo texto aprovado há quase dois anos pela Câmara,
é permitido que empresas terceirizem não só
atividades-meio (como funções de apoio ao negócio
central de uma determinada empresa, como serviços de
limpeza e vigilância), mas também atividades-fim
(todos os contratados de uma fábrica de calçados,
por exemplo). A proposta conta com a simpatia de
associações sindicais, mas a ojeriza das centrais
sindicais, e atinge 13 milhões de trabalhadores.
Essa matéria foi motivo de briga entre Eduardo Cunha
e o ex-presidente do Senado Renan Calheiros
(PMDB-AL). Renan não se curvou à pressão do
ex-colega da Câmara e “desacelerou” a tramitação da
proposta, mandando-a passar inicialmente por quatro
comissões temáticas.
Posteriormente, o texto foi remetido para a comissão
especial da Agenda Brasil para que fosse apreciado
exclusivamente pelo colegiado. Com o fim dessa
comissão especial, o texto seguiu para o plenário.
O atual relator do projeto é o senador Paulo Paim
(PT-RS), crítico ao teor da proposta que passou pela
Câmara. O texto de Paim barra a terceirização de
atividade-fim e ainda prevê a criação de parâmetros
para regulamentar a terceirização da atividade-meio.
A intenção dos líderes do governo no Senado, Aloysio
Nunes Ferreira (PSDB-SP), e no Congresso, senador
Romero Jucá (PMDB-RR), é restabelecer o teor da
proposta da Câmara. O tucano pretende levar essa
discussão à reunião de líderes da Casa hoje. A
votação da proposta conta com a simpatia do
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Sem modificações. Jucá antecipou ao Estado que, se a
matéria for mesmo à votação em plenário esta semana,
vai apresentar um destaque para derrubar as
modificações feitas por Paim e votar apenas o que já
passou pela Câmara. Se a proposta passar pelo
plenário do Senado, seguirá imediatamente para a
sanção do presidente Michel Temer.
“Vamos votar o projeto da Câmara. Se tiver outras
modificações a fazer, discutimos isso em outra
proposta”, disse Jucá. Aloysio Nunes ponderou que,
se o texto for modificado pelo Senado, voltará a ser
apreciado pelos deputados. O tucano destacou que os
deputados estão empenhados, no momento, em discutir
a reforma da Previdência. Isso poderá atrasar a
conclusão da apreciação da matéria.
Fonte: Agência Estado
15/02/2017 -
Autorização de saque do FGTS não afetará construção
civil, diz Meirelles
O financiamento da habitação e o setor construção
civil não serão afetados pelo saque dos recursos das
contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), afirmou nesta terça-feira (14) o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo
Meirelles, o governo fez cálculos "rigorosos" para
evitar um possível impacto.
"Fizemos cálculos atuariais bastante rigorosos e
concluímos que há recursos suficientes para
assegurar recursos, em nível adequado, para
financiamento da habitação no país. Não terá nenhum
problema nessa área", disse o ministro a
jornalistas, após o anúncio do calendário de saques.
O cronograma será de acordo com o aniversário dos
beneficiários e começa em 10 de março.
O ministro interino do Planejamento, Desenvolvimento
e Gestão, Dyogo Oliveira, destacou que um dos
motivos pelos quais a autorização de saque
restringe-se às contas inativadas até 31 de dezembro
de 2015 é manter o equilíbrio na utilização dos
recursos do FGTS.
Segundo Oliveira, o governo não considera estender a
autorização às contas que ficaram inativas após a
data. "Temos tido bastante cuidado com a
sustentabilidade do sistema do FGTS. Essas coisas
foram calculadas e simuladas. Qualquer medida
adicional dependerá de passar por esse tipo de
avaliação", disse.
No início deste mês, o governo anunciou a ampliação
do Programa Minha Casa, Minha Vida. O orçamento do
programa subiu de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9
bilhões, um incremento de R$ 8,5 bilhões. O limite
de renda para participar do programa também foi
aumentado de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil por família.
Na ocasião, o presidente Michel Temer afirmou que as
mudanças representam uma combinação de programa
social e estímulo ao setor da construção civil.
Fonte: Agência Brasil
15/02/2017 -
Empresa que não pune empregado por não usar EPI
também é culpada em caso de acidente
Os magistrados da 9ª Turma do TRT da 2ª Região
entenderam que há culpa concorrente da empresa que
não repreende empregado por não usar equipamento de
proteção individual (EPI). Essa foi uma das decisões
do acórdão de relatoria do desembargador Mauro
Vignotto no julgamento de recurso impetrado por um
ajudante geral contra empresa da área de plásticos
na qual trabalhava. Ele teve perda total da visão de
um olho quando quebrava caixas plásticas com um
martelo sem utilizar óculos de proteção.
A sentença original havia indeferido pedido do
empregado de indenização por dano moral, estético e
pensão mensal, sob o argumento de que o acidente
ocorrera por culpa exclusiva do trabalhador, uma vez
que ele próprio decidiu não usar o equipamento. Dois
laudos periciais realizados apresentaram posições
divergentes: um atribuindo culpa ao trabalhador e
outro à empresa.
Os desembargadores levaram em conta dispositivo da
Constituição Federal referente à teoria da
responsabilidade subjetiva (inciso XXVIII do art.
7º), que afirma: "... Seguro contra acidentes de
trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa". Os magistrados
verificaram a coexistência de três elementos
fundamentais para a obrigação dessa indenização: a
constatação do dano, o nexo de causalidade com o
trabalho e sua decorrência por dolo ou culpa do
empregador. Também analisaram provas, como o
depoimento de uma testemunha patronal responsável
pela fiscalização do uso de EPIs, que contou ter
chamado a atenção do funcionário várias vezes pelo
não uso dos óculos, porém disse que ele nunca havia
sido advertido por escrito.
"Assim, caracterizado o nexo de causalidade entre o
acidente e as atividades desenvolvidas pelo
trabalhador, bem como a culpabilidade da empresa,
que não proporcionou um ambiente de trabalho seguro
e nem agiu no sentido de exigir o cumprimento das
normas de segurança, é assegurado ao empregado o
direito de ser reparado (art. 186 e 927 do Código
Civil)", afirmou o relator no acórdão. No entanto,
em razão do reconhecimento de culpa também por parte
do funcionário, foi decidida a distribuição
proporcional dos prejuízos, nos termos do art. 945,
também do Código Civil. Processo:
0002687-79.2012.5.02.0314 / Acórdão 20160684921
Fonte: TRT2
15/02/2017 -
Mantida decisão que validou homologação de rescisão
contratual por juiz de paz
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
desproveu agravo de um montador da microempresa
Trimad Indústria e Comércio de Esquadrias e Usinagem
Ltda. contra decisão que considerou válida a
homologação da rescisão do seu contrato de trabalho
pelo juiz de paz da cidade de Pindorama (SP), onde
reside, por não haver ali representação do sindicato
profissional nem Delegacia Regional do Trabalho.
O trabalhador postulou a nulidade do pedido de
demissão devido ao assédio moral sofrido, e
questionou a validade da homologação. Em
contestação, a Trimad sustentou que a rescisão
ocorreu a pedido dele e, para comprovar, apresentou
o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, onde
constava o pedido de demissão.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Catanduva
considerou nulo o pedido de demissão e o termo de
rescisão pela ausência de assistência do sindicato
ou da autoridade do Ministério do Trabalho, como
exige o parágrafo 1º do artigo 477 da CLT. Segundo a
sentença, o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas de Catanduva, ao qual está
vinculado o montador, tem sede nessa cidade, vizinha
a Pindorama, sendo ineficaz a homologação por juiz
de paz.
Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(Campinas) reformou a sentença, por entender que se
o trabalhador pediu demissão e sua manifestação de
vontade foi confirmada perante o juiz de paz de
Pindorama, onde reside, ele não estava desassistido
quando da rescisão, cumprindo a empresa o
determinado no parágrafo 3º do mesmo artigo CLT.
No agravo ao TST, o montador defendeu a ineficácia
da homologação por “juiz de casamento”, e sustentou
que a sede do fica a apenas 7 km de onde reside. Mas
a relatora, ministra Maria de Assis Calsing,
assinalou que, como o Regional registrou que não
havia representação do sindicato profissional na
cidade do trabalhador e julgou válida a homologação
da rescisão pelo juiz da paz, a decisão é de cunho
interpretativo, e só poderia ser contestada por
controvérsia de teses. Ocorre, porém, que o
trabalhador não apresentou decisões divergentes
nesse sentido, o que inviabiliza o processamento do
recurso. A decisão foi unânime. Processo: AIRR-12118-62.2014.5.15.0070
Fonte: TST
14/02/2017 -
Comissão da Reforma Trabalhista define cronograma de
trabalho nesta terça-feira
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista reúne-se
nesta terça-feira (14), às 14h30, no plenário 13,
para definir o roteiro dos trabalhos e votar os
requerimentos em pauta.
A reforma encaminhada pelo governo (PL 6787/16)
prevê a validade do negociado sobre o legislado em
relação a alguns pontos, como parcelamento de
férias, participação nos lucros da empresa e
cumprimento da jornada limitada a 220 horas.
Ainda na terça-feira, os deputados vão eleger o
segundo e o terceiro vice-presidentes do colegiado.
Instalada na última quinta-feira (9), a comissão é
presidida pelo deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) e
tem o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) como
relator.
Tramitação
Marinho estima que o relatório seja votado na comissão
até julho. De acordo com o Regimento Interno da
Câmara, o relator tem dez sessões de Plenário para
apresentar seu parecer.
A decisão do colegiado sobre a matéria é conclusiva,
exceto se houver recurso para apreciação em
Plenário. O deputado Weverton Rocha (PDT-MA), no
entanto, já apresentou requerimento à comissão em
que pede que a proposta também seja discutida no
Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
14/02/2017 -
Protestos contra a reforma da Previdência marcam
sessão pelo Dia do Aposentado
A sessão especial em homenagem ao Dia do Aposentado,
realizada no Plenário, nesta segunda-feira (13),
ganhou caráter de protesto contra a proposta de
reforma da Previdência Social. O tom foi de revolta
contra as medidas previstas na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/2016, além de contestação da
existência de déficit no sistema. Muitos oradores
acusaram o governo de querer sacrificar os
trabalhadores para garantir mais recursos para os
juros da dívida pública.
A PEC, nesse momento analisada em comissão especial
na Câmara dos Deputados, fixa idade mínima de 65
anos para a aposentadoria de homens e mulheres. O
projeto também eleva o tempo mínimo de contribuição
de 15 anos para 25 anos. Para se aposentar com 100%
do salário, será preciso contribuir por pelo menos
49 anos. Com regras de transição para homens com
mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos, as
regras valem para o setor público e privado.
Solicitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que
também dirigiu os trabalhos, a sessão contou com a
presença de dirigentes de centrais sindicais e
associações de trabalhadores em atividade e
aposentados, tanto do setor público quanto do
privado. Também participaram representantes da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), entre outras entidades.
O Dia Nacional do Aposentado foi instituído pela Lei
6.926/81. A data é comemorada em 24 de janeiro, dia
em que foi aprovada a Lei Eloy Chaves, em 1923, que
criou a Caixa de Aposentadoria e Pensão, que deu
origem à Previdência Social. Por conta do recesso
parlamentar, o evento foi proposto para fevereiro.
Fonte: Agência Senado
14/02/2017 -
Reforma da Previdência acelera ações e leva
sindicalismo à Brasília nesta terça (14)
Sob pressão do grande capital, o governo Temer
apressa a tramitação da reforma da Previdência,
levando o sindicalismo a acelerar as ações de
resistência contra a PEC 287/2016. A Comissão
Especial na Câmara que vai analisar o texto já
funciona, foi instalada na quinta (9). E é com essa
Comissão que o movimento sindical passa a tratar, a
partir desta terça (14).
Hoje, às 14 horas, as Centrais Sindicais estarão em
Brasília para corpo-a-corpo com os 30 membros da
Comissão Especial. Para Adílson Araújo, presidente
da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do
Brasil) não há tempo a perder. “Não só temos que
agir de pronto como chegar à Comissão falando a
mesma linguagem, ou seja, de que não aceitamos corte
em direitos e garantias”, ele diz.
Segundo o dirigente da CTB, há várias iniciativas
que se opõem à PEC governista, entre elas as emendas
do deputado Paulinho (SD-SP) e também substitutivo
de entidades da sociedade civil, coordenado pela OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil) nacional.
A iniciativa já conta com apoio da Nova Central
Sindical dos Trabalhadores. Em nota, a entidade
explica: “No momento, o Substitutivo apresenta-se
como uma saída viável para se contrapor à PEC.
Eventuais Emendas soltas dificilmente serão
acatadas, em função do esforço do governo em aprovar
essa trágica Reforma Previdenciária contida em sua
PEC”. Diz, ainda: “concluímos que o mencionado
Substitutivo engloba propostas que garantem a função
social da Previdência, contemplando e preservando
direitos históricos dos trabalhadores”.
Diap - A Agência Sindical também ouviu Antônio
Augusto de Queiroz (Toninho), dirigente do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar). Experiente no que diz respeito às
tratativas e encaminhamentos dentro do Congresso
Nacional, ele alerta que as Comissões já estão
instaladas, sob orientação cerrada do governo, que
tem franca vantagem na composição. Ele observa que
“as comissões obedecem o critério de
representatividade de cada partido, e nisso a base
governista tem ampla vantagem”.
Substitutivo - Segundo Toninho, o substitutivo das
entidades, com a OAB Nacional, embora mantenha a
mudança da idade mínima, avança ao propor que
mudanças só sejam aplicadas a quem ingressar no
mercado de trabalho. Ele também considera positivo
que o texto “não só mantém o princípio do Estado de
bem-estar social da Constituição de 1988, como
também acrescenta princípios que reforçam as
garantias da nossa Constituição”.
Dia 22 - Está mantida, de todo modo, a ação
concentrada das Centrais em Brasília, dia 22, quando
as entidades tratarão das reformas com os
presidentes da Câmara e Senado e também as
lideranças partidárias.
Mais informações: Sites das Centrais
Fonte: Diap
14/02/2017 -
Paim anuncia que apresentará substitutivo à reforma
da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta
segunda-feira (13) em Plenário que apresentará na
próxima semana um substitutivo global à proposta de
Reforma da Previdência encaminhada pelo governo ao
Congresso Nacional.
Ele afirmou que as centrais sindicais, federações e
confederações de trabalhadores devem se reunir,
nesta terça-feira (14), em São Paulo, para definir
como e quando será a mobilização nacional para lutar
contra a proposta do governo Temer, que ainda
tramita na Câmara.
Para ele, o que provocará a quebradeira na
Previdência Social é justamente mudança das regras
de aposentadoria proposta pelo governo. Os
trabalhadores que já cumpriram os requisitos "correm
para se aposentar", movimento que pode gerar mais
despesas para o sistema, enquanto os mais jovens já
questionam a necessidade de contribuição para a
previdência pública, pois acreditam que jamais
conseguirão se aposentar com as regras propostas
pelo governo, disse Paim.
— Essa proposta só interessa, e todos nós sabemos,
ao sistema financeiro, todos nós sabemos. Não tem
quem não saiba. É só ver o quanto que aumentou a
propaganda em rádio e televisão em matéria de
previdência privada, incentivando as pessoas,
dizendo, olha, já que a Previdência vai quebrar
mesmo...
Paim pediu que o governo retire da pauta do
Congresso a proposta de reforma da Previdência e
inicie, imediatamente, uma ampla discussão nacional.
Ele citou pontos da reforma que prejudicam os
trabalhadores, como a aposentadoria de homens e
mulheres com a mesma idade e a necessidade de
contribuir por 49 anos para que se possa ter direito
ao benefício integral.
Quanto à reforma trabalhista, Paim criticou os que
dizem que a retirada de direitos poderá estimular a
geração de empregos e assegurar os já existentes.
Para o senador, a retirada de direitos, na verdade,
faz aumentar a desigualdade social. O que mostra que
o que pode ser bem-sucedido em um país não é
necessariamente bom para o Brasil.
Fonte: Agência Senado
14/02/2017 -
2, 1 mil empregos são preservados com adesão das
primeiras empresas ao PSE
As quatro primeiras empresas a aderirem ao Programa
Seguro-Emprego (PSE), anunciado pelo ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, no final do ano passado,
vão preservar 2.098 empregos no setor fabril nos
estados do Amazonas, Pernambuco e São Paulo. A
adesão das empresas vale por seis meses, com
possibilidade de prorrogação.
Empresas que já aderiram:
- Bandeirantes Propaganda Externa Ltda., Olinda (PE)
- Electrolux do Brasil S/A, São Carlos (SP)
- Daikin Ar Condicionado Amazonas Ltda, Manaus (AM)
- Internacional Indústria Automotiva da América do Sul
Ltda., Manaus (AM)
O PSE é uma ampliação do antigo Programa de Proteção
ao Emprego, e foi instituído por medida provisória
assinada pelo presidente Michel Temer em 22 de
dezembro de 2016. Ele permite que empresas em
dificuldade financeira diminuam a jornada de
trabalho dos seus empregados em até 30%, com redução
proporcional dos salários.
Segundo o ministro Ronaldo Nogueira, para evitar que
esses trabalhadores tenham uma queda muito acentuada
na renda, o governo federal complementa 50% do valor
reduzido até o teto de 65% do valor máximo da
parcela do seguro-desemprego. Com as quatro
primeiras empresas a aderirem ao PSE, o governo vai
gastar R$ 4,42 milhões para preservar os 2.098
empregos.
Com o programa, as empresas conseguem manter seu
capital intelectual e evitar custos com rescisões e
outros benefícios em um momento de crise. Os
trabalhadores, por sua vez, têm seus empregos
mantidos. Para o governo, o PSE evita gastos com o
seguro-desemprego e saques do FGTS, além de manter a
arrecadação.
Podem aderir as empresas de todos os setores em
situação de dificuldade econômico-financeira, desde
que comprovem essa condição e celebrem acordo
coletivo de trabalho específico de redução de
jornada e de salário. A adesão pode ser solicitada
ao Ministério do Trabalho até 31 de dezembro de
2017, observado o prazo máximo de permanência de 24
meses.
Fonte: MT
14/02/2017 -
Membro da CIPA só pode cobrar reintegração durante
período de estabilidade
Mesmo que o integrante da Cipa (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes) seja demitido
irregularmente, só tem direito a reintegração ao
trabalho quando a ação é ajuizada durante o período
de estabilidade, pois do contrário pratica renúncia
tácita. Esse foi o entendimento da juíza Valéria
Franco da Rocha, da 13ª Vara do Trabalho de
Curitiba, ao rejeitar pedido de um empregado que
moveu reclamação trabalhista um mês após o fim do
mandato na Cipa.
O autor foi dispensado em abril de 2014, mas a
composição do grupo deveria durar até setembro do
mesmo ano. A juíza reconheceu que a demissão foi
irregular, já que a lei assegura a garantia ao
emprego nesse tipo de caso, porém considerou
impossível a reintegração ou qualquer indenização,
porque o trabalhador ingressou com o processo em
outubro.
“Tal ato equivale à renúncia tácita à estabilidade
da qual é detentora (...). Isso porque a
estabilidade é garantida ao empregado cipeiro não
constituindo vantagem pessoal, mas sim efetiva
garantia para as atividades dos membros da Cipa”,
diz a decisão.
A sentença cita precedentes do Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região (PR) que seguem a mesma tese.
Um dos acórdãos diz que “a omissão voluntária, com o
intuito de auferir posteriormente ganho indevido,
constitui-se abuso direito”.
O advogado Carlos Eduardo Dantas Costa, sócio da
Peixoto & Cury Advogados e representante de uma das
empresas rés, considera a decisão relevante por
reconhecer que a estabilidade existe para reconhecer
o direito ao trabalho, e não motivar compensações
financeiras. Para ele, o entendimento impede que o
empregado — seja cipeiro, sindicalista ou gestante –
mantenha silêncio sobre o fato e cobre a empresa
depois, quando o período já passou.
Fonte: Consultor Jurídico
14/02/2017 -
Aposentados no “Buraco Negro” – STF garante revisão
pelo teto
Em sede de repercussão geral (RE 937595), STF
(Supremo Tribunal Federal) reconhece que os
aposentados entre 05 de outubro de 1988 e 05 de
abril de 1991, período conhecido por “Buraco Negro”,
podem ter seus benefícios revistos e majorados, e
esta decisão é válida para todos que se enquadrarem
nesta situação e buscarem este direito na Justiça.
A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte:
“os benefícios concedidos entre 05.10.1988 e
05.04.1991 (período do buraco negro) não estão, em
tese, excluídos da possibilidade de readequação
segundo os tetos instituídos pelas ECs 20/1998 e
41/2003, a ser aferida caso a caso, conforme os
parâmetros definidos no julgamento do RE 564354, em
regime de repercussão geral”.
O direito foi reconhecido porque o INSS calcula o
valor da aposentadoria com base na média dos
salários de contribuição dos segurados. Esse valor
sempre é limitado ao teto, ou seja, o valor da
contribuição que ultrapassa o valor do teto é
descartado do cálculo. Porém, algumas Emendas
Constitucionais elevaram o valor do teto e o INSS
não fez essa correção nos benefícios destes
segurados.
A princípio, quem se aposentou entre 05 de abril de
1991 e 31 de dezembro de 2003 deve ter recebido a
correção automaticamente. Entretanto, muitos
segurados não receberam estes reajustes e podem
requisitá-lo judicialmente, até mesmo os segurados
que se aposentaram após o período do buraco negro
(após 1991), motivo pelo qual é recomendado que
todos os que se aposentaram entre 1988 e 2003
consultem um especialista para conferirem suas
aposentadorias.
Para se ter uma ideia, a Emenda Constitucional
20/1998 aumentou o teto de contribuição de R$
1.081,50 para R$ 1.200,00. Já a Emenda
Constitucional 41/2003, aumentou o teto de
contribuição de R$ 1.869,34 para 2.400,00. E muitos
podem ter ficado com seus benefícios sem estes
reajustes.
Por se tratar verdadeiramente de uma “readequação”,
embora seja conhecida como “revisão”, esta ação pode
ser proposta a qualquer momento, pois não se aplica
o prazo decadencial de 10 anos. Além disso, deve ser
ressaltado que essas ações têm gerado, em muitos
casos, um aumento de até mais de 100% do benefício
do aposentado.
Fonte: Jusbrasil
14/02/2017 -
PEC institui a prevalência de acordos coletivos
sobre a legislação trabalhista
As convenções e acordos coletivos de trabalho
poderão prevalecer sobre o que determina a
legislação trabalhista. É o que determina a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 300/16, do deputado
Mauro Lopes (PMDB-MG), em tramitação na Câmara dos
Deputados.
Atualmente, a Constituição garante as convenções e
acordos coletivos, sem, no entanto, considerá-los
superiores à legislação. O objetivo da mudança,
segundo o deputado, é modernizar as relações de
trabalho.
Segundo ele, muitos dispositivos da Constituição,
que é de 1988, têm contribuído para engessar as
relações trabalhistas e eliminar postos de trabalho.
“O protecionismo exagerado da legislação laboral
brasileira é um óbice ao dinamismo da atividade
econômica”, afirma.
Lopes defende que haja redução do que chamou de
“intervencionismo e protecionismo exacerbados do
Estado”, fazendo prevalecer o negociado sobre o
legislado nas relações de trabalho.
Aviso prévio e jornada
O texto apresentado pelo deputado propõe ainda outras
modificações na Constituição. A PEC determina que o
aviso prévio será de 30 dias. Hoje, ele é
proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de
30 dias.
O deputado diz que o modelo atual, em que o aviso
prévio pode chegar a 90 dias, “acarreta a incidência
de mais um ônus para o empregador”.
Jornada de 10 horas
Lopes também propõe jornada de trabalho de até 10
horas diárias, contra as oito horas atuais. O texto
mantém a jornada semanal máxima de 44 horas.
Redução de prazos
Por fim, a PEC 300 reduz de dois anos para três meses
o prazo para que o trabalhador ingresse com ação
trabalhista. E de cinco anos para dois anos o prazo
de prescrição, ou seja, do direito do trabalhador
ajuizar a ação contra o empregador.
Conciliação
Além disso, antes de entrar com o processo na Justiça
do Trabalho, o trabalhador terá que tentar resolver
a disputa por meio de uma comissão de conciliação,
que será regulamentada em lei. O objetivo, segundo
Lopes, é diminuir o excesso de ações que tramitam na
Justiça.
“As comissões são órgãos simples que não necessitam
de grande infraestrutura e podem solucionar os
litígios individuais trabalhistas no ambiente mais
próximo possível daquele em que ocorreu a prestação
de serviços”, alega.
Tramitação
A PEC 300/16 será analisada inicialmente pela Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara.
Se a admissibilidade for aprovada, será criada uma
comissão especial para analisar o teor da proposta,
que depois será votada em dois turnos pelo Plenário.
Fonte: Agência Câmara
13/02/2017 -
Substitutivo da PEC 287 terá apoio da Nova Central
Conforme deliberado em reunião de diretoria
executiva nacional e presidentes das centrais
estaduais da NCST, fizemos uma leitura bastante
apurada da proposta de Substitutivo à PEC 287/2016
que trata da Reforma da Previdência. Esse
substitutivo foi elaborado por um conjunto de
entidades da sociedade civil organizada e coordenado
pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Neste momento, o Substitutivo apresenta-se como uma
saída viável para contrapor a PEC 287/2016. Convém
esclarecer que eventuais Emendas "soltas"
dificilmente serão acatadas, em função da
mobilização e esforço do governo em aprovar essa
trágica Reforma Previdenciária contida na PEC
287/2016.
Chegamos à conclusão que o mencionado Substitutivo
engloba propostas que garantem a função social da
Previdência, contemplando e preservando direitos
históricos dos trabalhadores (as).
Diante disso, a Nova Central Sindical de
Trabalhadores – NCST manifesta seu apoio formal à
proposta de Substitutivo e recomenda que suas
entidades filiadas também façam o mesmo e, ao mesmo
tempo entrem em contato com os parlamentares nos
seus respectivos estados angariando apoio para sua
aprovação e, por consequência, barrar
definitivamente essa criminosa PEC 287/2016.
Na próxima semana, estaremos conjuntamente com as
demais entidades apresentando e entregando o
mencionado Substitutivo ao relator da PEC, Deputado
Arthur Maia – PPS - BA. Sem mais para o momento, e
certos de contarmos com a necessária mobilização e
colaboração de todos, ficamos à disposição para
eventuais dúvidas.
José Calixto Ramos
Presidente Nacional da Nova Central
Fonte: NCST
13/02/2017 -
Relator recua e não deverá incluir terceirização na
reforma trabalhista
O relator da reforma trabalhista (PL 6.787/16), o
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) defendeu, na
quinta-feira (9), quando foi oficializado na função,
a ampliação do projeto enviado pelo Palácio do
Planalto ao Congresso. Mostrando sintonia com o
governo, porém, ele recuou de incluir mais temas
polêmicos, que poderiam atrasar a tramitação, como a
questão da terceirização da mão de obra.
“A terceirização está em um outro estágio. Se
incluirmos a terceirização na comissão, volta ao
início do trâmite legislativo, não seria
inteligente”, disse, lembrando que já há outros
projetos sobre o tema no Congresso.
O relator vai trabalhar para que outras questões,
como a jornada de trabalho intermitente e a
regulamentação do home office ou teletrabalho, façam
parte do projeto. Os dois temas chegaram a ser
cogitados pelo governo, que recuou de inclui-los na
proposta após pressão das centrais sindicais.
Plano de trabalho
Segundo Marinho, a expectativa é que o projeto possa
ser votado até o recesso parlamentar, em julho. Ele
vai apresentar seu plano de trabalho na terça-feira
(14).
Fonte: Diap
13/02/2017 -
Reformas da Previdência e trabalhista devem
movimentar a Câmara nesta semana
As primeiras reuniões de trabalho das comissões
especiais das reformas da Previdência e trabalhista
serão realizadas amanhã (14) à tarde. Nas reuniões,
os relatores da reforma da Previdência, Arthur
Oliveira Maia (PPS-BA), e trabalhista, Rogério
Marinho (PSDB-RN), vão apresentar os roteiros de
atividades e sugestões de nomes de pessoas a serem
convidadas para debater as propostas. Também devem
ser votados na terça-feira requerimentos de
deputados para audiências públicas nas comissões.
Além da reunião de terça, as duas comissões devem
voltar a se reunir na quinta-feira (16) para as
primeiras audiências públicas. O relator da proposta
de emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da
reforma da Previdência, já anunciou que a comissão
deverá ouvir na reunião de quinta-feira o secretário
de Previdência, Marcelo Caetano, que foi o principal
elaborador da proposta. O relator quer ouvir também,
possivelmente nesta semana, representantes do
Tribunal de Contas da União para explicar a real
situação financeira do sistema previdenciário.
O relator do projeto de lei do Executivo (PL)
6.788/16, que trata da reforma trabalhista, ainda
não anunciou quem deverá ser ouvido em primeiro
lugar. No seu plano de trabalho, que será levado à
comissão na terça-feira, Rogério Marinho vai
apresentar uma relação de nomes a serem convidados
para o debate da reforma. Ele quer ouvir entidades
sindicais, empresários, governo, Justiça do Trabalho
e especialistas no tema.
Além dos trabalhos das comissões especiais, a Câmara
tem uma agenda de votações que inclui proposições
como requerimentos de regime de urgência, projetos
de lei e PECs. Consta da pauta e pode ser votado o
projeto do Senado que reabre prazo para
regularização de ativos não declarados enviados ao
exterior por brasileiros. O novo prazo é de 120
dias, contados após 30 dias da sanção da futura lei.
Também deve ser votado o projeto que permite aos
partidos políticos manter diretórios provisórios de
forma permanente.
Outros projetos que também podem ser votados são o
que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à
Violência Contra as Mulheres, o que altera a Lei
10.836/2004, que institui o Programa Bolsa família,
para incluir a exigência de realização do exame
preventivo ginecológico entre as condicionalidades
previstas para a concessão do benefício, o que
autoriza a produção, a comercialização e o consumo,
sob prescrição médica, dos anorexígenos sibutramina,
anfepramona, femproporex e mazindol.
Consta ainda da pauta de votações projetos como o
que tipifica como crime a comercialização de peixe
ornamental e a venda, exportação, aquisição e guarda
de espécimes da fauna silvestre, quando praticado de
forma permanente, em grande escala, em caráter
nacional ou internacional, e que aumenta a pena
quando houver tentativa de evitar o flagrante.
Fonte: Agência Brasil
13/02/2017 -
Arthur Maia, relator da PEC 287, recebeu R$ 300 mil
de empresa de previdência
Designado relator, nesta quinta-feira (9), da
comissão especial da Câmara que vai analisar a
reforma da Previdência (PEC287/16), o deputado
Arthur Maia (PPS-BA) recebeu duas doações da
Bradesco Vida e Previdência nas eleições de 2014,
totalizando R$ 299.972. O montante representa 8% do
que o deputado declarou na campanha.
As doações foram feitas ao seu partido, e repassadas
ao candidato, segundo a prestação de contas do
parlamentar divulgada no site do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
Foram doações declaradas e legais. Até as eleições
de 2014, as doações de empresas privadas às
campanhas eleitorais eram legais. Elas só foram
proibidas em 2015.
Além da Bradesco Vida e Previdência, Arthur Maia
recebeu doações de outras instituições financeiras,
como os bancos Itaú Unibanco (R$ 100 mil), Safra (R$
30 mil) e Santander (R$ 100 mil). Os bancos também
têm serviços de previdência privada, mas as doações
foram feitas em nome geral das instituições.
Sem “interesse conflitante”
As doações foram feitas em 2014, quase dois anos antes
de o governo Michel Temer começar a elaborar a
proposta de reforma da Previdência. Portanto, não se
sabia que ele seria relator do tema. Mesmo assim,
ele poderia se considerar com conflito de interesses
no presente, já que recebeu essas verbas no passado.
No entanto, o deputado não vê motivos para deixar de
ser o relator. Em entrevista antes de ser
oficializado como relator, ele disse que não há
conflito ético em exercer a função após ter recebido
doações de tais empresas.
“Eu não vejo, absolutamente, qualquer tipo de
interesse conflitante que possa surgir a partir daí.
Absolutamente nenhum”, afirmou Maia. “Ao longo da
minha vida, eu desafio alguém a dizer que eu tenha
vinculado qualquer tipo de atuação política ou
legislativa a favor de A, B ou C. Nunca existiu
isso”, disse.
Maia disse, ainda, que pretende ouvir o setor de
previdência privada durante as discussões sobre a
reforma na Câmara.
Bancos afirmam que doações foram legais
As empresas também foram procuradas pela imprensa para
saber sobre o motivo das doações.
A Bradesco Vida e Previdência respondeu, por meio de
nota, que as doações “são feitas rigorosamente
dentro da legislação eleitoral em vigor, com total
transparência, o que permite que qualquer cidadão
possa ter acesso à informação.”
O Itaú Unibanco afirmou que os candidatos procuram o
banco atrás de doações, “nunca o contrário”, e que
elas eram feitas com “total transparência”. Segundo
o banco, um comitê interno analisa propostas e
escolhe candidatos com ficha limpa “que valorizam os
princípios democráticos, o desenvolvimento
sustentável e a melhoria das condições de vida dos
brasileiros”.
O Santander afirma que “nunca fez doações a
candidatos. Por política interna, as doações
realizadas sempre foram destinadas aos partidos
políticos, cabendo a estes a destinação dos recursos
conforme seus critérios internos”.
O Banco Safra afirmou que não iria se manifestar
sobre o assunto.
Atentado ao decoro
Pelo Código de Ético e Decoro Parlamentar da Câmara, o
deputado Arthur Oleira Maia não pode ser o relator
da proposta.
Veja o que diz o inciso VIII, do artigo 5º, do
código, que impede a relatoria de “matéria submetida
à apreciação da Câmara dos Deputados, de interesse
específico de pessoa física ou jurídica que tenha
contribuído para o financiamento de sua campanha
eleitoral”.
Fonte: Diap
13/02/2017 -
Ministério do Trabalho chama trabalhadores e
empregadores para discutir retomada do emprego
Objetivo é encontrar soluções a partir do diálogo
e buscando pacificação com todas as
pessoas afetadas pela crise atual, diz ministro
Ronaldo Nogueira
O Ministério do Trabalho está ampliando o diálogo
com os sindicatos de trabalhadores e de empresários
para encontrar soluções ao desemprego e preparar o
mercado de trabalho para a retomada da economia.
Representantes das principais categorias
profissionais do país foram convocadas para
participar de mesas de debates que tratarão de
diversos temas, como as dificuldades e necessidades
do setor, e os fatores que influenciam diretamente
na criação de empregos.
Segundo o ministro Ronaldo Nogueira, o objetivo dos
encontros é encontrar soluções a partir do diálogo e
buscando pacificação com todas as pessoas afetadas
pela crise atual. As reuniões começaram nesta
quinta-feira (9), em Brasília. Estiveram reunidos no
Ministério do Trabalho sindicalistas da área da
construção civil e os representantes do setor
portuário. Entre os assuntos discutidos estão a
concorrência externa, que prejudica o mercado
interno, e a qualificação dos trabalhadores.
O secretário de Relações do Trabalho, Carlos
Lacerda, explica que o objetivo desses encontros é
construir uma solução que parta do diálogo com quem
é diretamente afetado pela crise no país. “Estamos
chamando quem gera os empregos e quem depende deles
para resolvermos o problema que temos hoje e já nos
prepararmos para o futuro próximo, quando os
empregos voltarem a crescer”, afirma.
Fonte: MT
13/02/2017 -
Senado comemora com sessão especial o Dia Nacional
do Aposentado
O Dia Nacional do Aposentado será celebrado em
sessão especial nesta segunda-feira (13). O evento
será realizado às 11h, no Plenário do Senado.
Solicitada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a sessão
debaterá assuntos como direitos dos aposentados,
saúde, alimentação e a reforma da Previdência.
Participarão do evento o deputado federal Arnaldo
Faria de Sá (PTB-SP); Iburici Fernandes, presidente
da Confederação Brasileira de Aposentados,
Pensionistas e Idosos; Alexandre Barreto Lisboa,
presidente da Associação Nacional dos Servidores da
Previdência e da Seguridade Social; e outras
entidades relacionadas a Previdência Social e aos
aposentados.
O Dia Nacional do Aposentado foi instituído pela Lei
6926/81. A data é comemorada em 24 de janeiro, dia
em que foi aprovada a Lei Eloy Chaves, em 1923, que
criou a Caixa de Aposentadoria e Pensão, que deu
origem à Previdência Social.
Fonte: Agência Senado
13/02/2017 -
Salário-maternidade em microempresa poderá ser pago
direto pela Previdência
O salário-maternidade devido às empregadas das
microempresas e das empresas de pequeno porte poderá
pago diretamente pela Previdência Social. É o que
determina o Projeto de Lei 4999/16, em tramitação na
Câmara dos Deputados.
A proposta modifica a Lei 8.213/91, que trata dos
Planos de Benefícios da Previdência Social. O texto
é de autoria da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
O salário-maternidade é um benefício previdenciário
pago às empregadas seguradas do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) que acabaram de ter um
filho, seja por parto ou adoção, ou aos segurados
que adotam uma criança.
Capacidade financeira
Atualmente, as empresas pagam o benefício à empregada,
e depois se ressarcem no INSS. Para a senadora, esse
modelo não funciona para as micros e pequenas
empresas, que possuem menor capacidade financeira,
com faturamento limitado por lei, para pagar o
benefício.
Deste modo, Gleisi Hoffmann propõe que para estas
empresas o salário-maternidade seja pago diretamente
pelo INSS.
Tramitação
O PL 4999/16 tramita de forma conclusiva nas comissões
de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e
Serviços; Seguridade Social e Família; e
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
13/02/2017 -
Turma reconhece legitimidade de sindicato para
substituir apenas um trabalhador em processo
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a legitimidade do Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curvelo
e Região (MG) para substituir processualmente um
empregado do Banco do Nordeste do Brasil S.A., único
trabalhador a atuar na função de agente de
desenvolvimento na sua base territorial. O processo
deve agora retornar à Vara do Trabalho de Diamantina
(MG) para que prossiga no julgamento.
A ação pretendia a alteração da jornada de trabalho
e o pagamento de horas extras do agente, mas o juízo
de primeiro grau extinguiu o processo sem resolução
do mérito, por considerar que o sindicato não
poderia atuar como substituto do trabalhador, pois a
ação tratava de direitos individuais heterogêneos,
que não se estendem a toda a categoria.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
manteve a sentença e ressaltou ainda que, como ficou
constatado que o trabalhador era o único naquela
função, seria necessária a análise individualizada
das circunstâncias do seu contrato de trabalho. Para
o TRT, ao invés da substituição pessoal, o agente
deveria ter se valido da assistência sindical
(artigo 14 da Lei 5.584/70), postulando em nome
próprio.
Legitimidade reconhecida
O relator do recurso do sindicato ao TST, ministro
Márcio Eurico Vitral Amaro, afirmou que a decisão
regional violou o artigo 8º, inciso III, da
Constituição da República, que trata da organização
sindical. O relator destacou que tanto o Supremo
Tribunal Federal (STF) quanto a jurisprudência do
TST já se posicionaram em favor da legitimidade
processual dos sindicatos “para atuar na defesa de
todos e quaisquer direitos subjetivos individuais e
coletivos dos integrantes da categoria por ele
representada”. A decisão foi unânime.
Processo: RR-10195-52.2015.5.03.0085
Fonte: TST
13/02/2017 -
Mãe responsável pelo sustento da família poderá ter
direito a saque do FGTS
Uma proposta em análise no Senado possibilita o
saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) para mães trabalhadoras responsáveis pelo
sustento da família (PLS 443/2016). O texto, que
será analisado pela Comissão de Assuntos Sociais
(CAS), permite que as mulheres com filhos
recém-nascidos saquem uma parte do FGTS no primeiro
ano de vida da criança. O dinheiro pode ser retirado
em até seis parcelas de um salário mínimo. O autor
do projeto, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN),
destacou que a medida atenderá principalmente mães
solteiras, viúvas ou com marido desempregado.
Fonte: Agência Senado
10/02/2017 -
Relator da reforma da Previdência pretende
apresentar relatório em março
O relator da reforma da Previdência (PEC 287/16),
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que
pretende apresentar seu relatório em meados de
março.
Ele vai propor seu plano de trabalho na próxima
terça-feira (14), mas adiantou que planeja fazer
oito audiências públicas e um seminário
internacional para conhecer os sistemas de outros
países.
Nesta quinta-feira (9), foi eleito o deputado Carlos
Marun (PMDB-MS) como presidente da comissão especial
que vai analisar a reforma, após disputa com mais
dois candidatos.
Uma das primeiras audiências da comissão especial
será sobre a polêmica do deficit previdenciário e as
projeções para o futuro.
Relatoria contestada
A indicação do relator foi contestada pelo deputado
Ivan Valente (PSOL-SP), que protocolou uma
reclamação, citando artigos do Regimento Interno
que, na sua opinião, impediriam que o deputado
Arthur Oliveira Maia ocupasse o posto.
É que o deputado recebeu recursos de bancos e
seguradoras em sua campanha eleitoral e, de acordo
com Valente, estas empresas seriam diretamente
interessadas na reforma da Previdência.
Ilação maldosa
Maia disse que essa era uma "ilação maldosa" e que o
financiamento eleitoral não afeta as suas opiniões
sobre qualquer tema. "A reforma da Previdência é
vista por mim como uma necessidade para este País.
Todos os cálculos atuariais que são apresentados
indicam que, se nada for feito, nós teremos a
falência da Previdência Social no ano de 2024.”
O relator acrescentou: “Temos visto a diminuição do
nível de crescimento populacional no nosso País. E
consequentemente temos tido, em relação ao
percentual de aposentados, uma diminuição de pessoas
ingressando no campo de trabalho. E são, pelo nosso
modelo, justamente estas pessoas que ingressam no
mercado de trabalho que pagam a Previdência".
Contra a reforma
Um dos candidatos à presidência da comissão foi Pepe
Vargas (PT-RS) que se manifestou contrariamente à
reforma porque, segundo ele, ela parte do
pressuposto de que a Previdência não compartilha
recursos da Seguridade Social. Com estes recursos,
ela seria superavitária.
Pepe Vargas disse ainda que a reforma afeta os mais
pobres: "Esses trabalhadores, hoje, em geral já não
se aposentam por tempo de contribuição. Alguns
conseguem lograr a aposentadoria por idade. E, a
maioria deles, não consegue nem aposentar por idade
porque, pela regra atual, não consegue os 15 anos de
contribuição. E agora terão, segundo a proposta, que
ter 25 de contribuição. Então sobra a eles o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), que passa a
ser 70 anos e que está sendo proposto ser
desvinculado o piso do salário mínimo".
Envelhecimento rápido
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que as
contas públicas não fecham sem a reforma,
principalmente após a aprovação do teto de gastos
ano passado.
E lembrou que a população está envelhecendo mais
rápido: "Viva a medicina! Viva a saúde comunitária,
que está derrubando e permitindo que tenha mais
longevidade. E o nosso sistema de repartição, não
tem dinheiro que dá. Então essa reforma, caros
brasileiros, não tira direitos sociais, garante que
receba".
Afastar os jovens
Já o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) argumentou que
as novas regras vão afastar os jovens da Previdência
Social porque eles terão que contribuir muito tempo
para ganhar pouco: "Na verdade essa proposta tem o
interesse carimbado do sistema financeiro, dos
bancos, dos fundos privados de aposentadoria, que
estão atuando fortemente".
Fonte: Agência Câmara
10/02/2017 -
Instalada comissão que vai analisar a reforma
trabalhista
Cronograma de audiências será definido na próxima
terça-feira, quando o colegiado voltará a se reunir
Foi instalada nesta quinta-feira (9) a comissão
especial que vai discutir a reforma trabalhista na
Câmara dos Deputados. O deputado Daniel Vilela
(PMDB-GO) foi eleito presidente e o deputado Rogério
Marinho (PSDB-RN) confirmado na relatoria.
A comissão inicia os trabalhos na próxima
terça-feira (14), quando será proposto cronograma
para ouvir centrais sindicais, associações e
trabalhadores, entre outros.
A reforma encaminhada pelo governo (PL 6787/16)
prevê a validade do negociado sobre o legislado em
relação a alguns pontos, como parcelamento de
férias, participação nos lucros da empresa e
cumprimento da jornada limitada a 220 horas.
Marinho já afirmou ser favorável a essa parte do
texto que, em sua opinião, vai fortalecer os
sindicatos. “Hoje, quando há uma rescisão no
contrato de trabalho, mesmo que homologada pelos
sindicatos, normalmente quem recebe a indenização
demanda novamente na Justiça do Trabalho. É uma
coisa que não tem fim”, disse.
Rogério Marinho estima que o relatório seja votado
na comissão até julho. De acordo com o Regimento
Interno da Câmara, o relator tem dez sessões de
Plenário para apresentar seu parecer. A decisão do
colegiado sobre a matéria é conclusiva, exceto se
houver recurso para apreciação em Plenário.
Questionamentos
Deputados da oposição apontaram interesse da base
aliada em acelerar a votação da reforma trabalhista
na Casa. Entre outros pontos, eles argumentaram que
o Regimento Interno prevê que ao menos metade dos
membros titulares de comissão especial, que analisa
proposta da competência de mais de um colegiado,
deve ser constituída com membros permanentes das
comissões chamadas a opinar sobre a matéria.
“Não temos condições de atropelar o regimento da
Casa para acelerar um processo de reforma
trabalhista que, nós sabemos, vai trazer sérios
prejuízos ao povo brasileiro”, reclamou o deputado
Helder Salomão (PT-ES).
A deputada Luiza Erundina (Psol-SP) disse que “a
pressa pode comprometer a qualidade do resultado
diante da gravidade e do impacto da reforma”.
Em resposta, o deputado Gilberto Nascimento
(PSC-SP), que comandava a reunião antes da eleição,
observou que a regra pela qual cabe aos líderes
indicar os membros do colegiado, respeitada a
proporcionalidade partidária, é um costume já
consagrado na Casa.
Ao assumir a Presidência da comissão, Daniel Vilela
disse que vai elaborar resposta aos questionamentos
e se manifestar na próxima reunião do colegiado.
Fonte: Agência Câmara
10/02/2017 -
Paim critica reformas trabalhista e da Previdência e
comparações com outros países
Não é possível comparar os direitos trabalhistas no
Brasil com os do restante do mundo com realidades
salariais tão distintas. O alerta é do senador Paulo
Paim (PT-RS). Ele lembrou que a remuneração mínima
dos empregados e pensionistas brasileiros é
equivalente a US$ 300, enquanto nos países
desenvolvidos chega a US$ 1 mil.
Essa realidade, segundo Paulo Paim, é mais uma razão
para que as reformas da Previdência e trabalhista,
em exame na Câmara dos Deputados, sejam amplamente
debatidas. Ele lembrou que as alterações nessas leis
impactarão a vida de milhões de pessoas.
Paim também criticou a intenção do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia de querer que as mudanças no
setor previdenciário sejam aprovadas naquela Casa
até o final de maio e até junho no Senado. Outra
discordância de Paim com a reforma é o desprezo às
peculiaridades das mais diferentes profissões. Ele
citou como exemplo o caso dos policiais.
- A realidade vivida pelo policial brasileiro é
outra. Sua expectativa de vida não chega a 60 anos.
Como então impor uma idade mínima de aposentadoria
de 65 anos para uma categoria onde a expectativa de
vida sequer se aproxima disso? - indagou o senador.
Fonte: Agência Senado
10/02/2017 -
Comissões “reformistas” são afinadas com o mercado
Diante desse quadro adverso, não resta outra coisa
ao movimento sindical a não ser o combate permanente
e sem tréguas às propostas, dentro e fora do
Congresso, para senão rejeitá-las na íntegra, pelo
menos amenizar seus efeitos prejudiciais aos atuais
e futuros segurados, no caso da reforma da
Previdência, e a manutenção, naquilo que é
fundamental dos direitos trabalhistas, consignados
na CLT, no caso da reforma trabalhista. O ano de
2017 promete e será longo!
Marcos Verlaine*
O governo, a serviço do mercado, tem pressa. As
comissões que visam alterar as regras
previdenciárias e a legislação trabalhista foram
instaladas na Câmara, nesta quinta (9). Os que irão
conduzir os trabalhos — presidentes e relatores de
ambos os colegiados — foram escolhidos à dedo.
O relator da reforma da Previdência (PEC 287/16),
deputado Arthur Maia (PPS-BA), que foi relator do
projeto da terceirização (PL 4.330/04), em 2015, já
é conhecido do movimento sindical. Liberal, ajudou a
aprovar todas as proposições de interesse do
mercado, tais como o congelamento de gastos (PEC
241/16), a manutenção do fator previdenciário (MP
475/09), a quebra do monopólio na exploração do
pré-sal pela Petrobras (PL 4.567/16), a DRU
(Desvinculação das Receitas da União) (PEC 87/15), e
a transformação das empresas públicas em sociedades
anônimas (PL 4.918/16). É fiscalista.
Isto vale, também, para o relator da reforma
trabalhista (PL 6.787/16). Com o adicional de que o
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), é conservador no
plano dos valores. Ele é um dos principais
defensores da Escola sem Partido (PLS 193/16). É,
ainda, vice-presidente da comissão especial do
estatuto da família (PL 6.583/13) e participa da
comissão da liberdade de opinião do ensino religioso
(PL 6.314/05).
As reformas ou contrarreformas que começam a ser
oficialmente debatidas pela Câmara dos Deputados são
o sonho de consumo do mercado desde sempre.
Entretanto, não havia espaço no plano político para
implementá-las. Agora, com a mudança do papel do
Estado, a partir do impeachment da ex-presidente
Dilma, e o enfraquecimento do PT e dos demais
partidos de esquerda e centro-esquerda nos aspectos
políticos e sociais, criou-se as bases objetivas
para o resgate da agenda do Consenso de Washington,
interrompida com a eleição de Lula, em 2002.
As contrarreformas visam, pela retórica do mercado,
criar as condições para “melhoria do ambiente de
negócios”. A reforma da Previdência, por exemplo, é
um complemento da agenda neoliberal, a partir da
promulgação da Emenda à Constituição 95/16, que
congela, em termos reais, o gasto público por 20
anos.
A EC 95 implode o sistema de Seguridade Social do
Estado brasileiro, implantado pela Constituição de
1988, já que limitará os recursos para áreas sociais
vitais como Saúde, Assistência Social e Previdência,
que é a segunda maior despesa do orçamento. A
primeira é o pagamento dos juros e serviços da
dívida, cuja previsão é nada mais, nada menos, que
R$ 1,7 tri, a metade dos recursos orçados para 2017,
R$ 3,5 tri. Ou seja, o governo, com o limite de
gastos, congela as despesas primárias do Estado,
como saúde, educação e assistência social, mas
mantém e amplia as despesas financeiras.
A reforma trabalhista, nos moldes do PL 6.787, é
carro-chefe para desregulamentar, por completo, a
legislação trabalhista, vista pelo mercado como
entrave para a “modernização das relações de
trabalho”, leia-se, precarização da mão de obra, com
a retirada de direitos.
O projeto, no seu ponto central, o negociado pelo
legislado, ainda que pontual, é a maior expressão da
lógica da precarização das relações de trabalho, já
que a CLT já prevê, implicitamente, que o negociado
tenha primazia em relação à lei, desde que seja para
acrescentar ou ampliar direitos e benefícios aos
trabalhadores. Assim, se o mercado quer explicitar
numa lei ordinária esse dispositivo é porque deseja
retirar direitos!
Toda a concepção do mercado, em relação ao trabalho,
passa pela falsa lógica de que flexibilizar direitos
facilita ou permite a criação de mais vagas. O que é
criticado pelo Ministério Público do Trabalho, que
argumenta que essa mentalidade está baseada na visão
de que o trabalho é mera mercadoria, que pode ser
manipulado como se objeto qualquer fosse.
Perfil das comissões
A composição das comissões “reformistas” segue a média
da Casa, cuja maioria é liberal-conservadora. Basta
ver como tem se comportado diante da agenda
fiscalista do governo Temer. O voto dos relatores em
relação à agenda fiscal é uma síntese ou antecipação
do que pensam. O relator da reforma trabalhista é
favorável ao negociado sobre o legislado e já
antecipou que pretende introduzir no texto da
proposta, a terceirização e o trabalho intermitente.
Diante desse quadro adverso, não resta outra coisa
ao movimento sindical a não ser o combate permanente
e sem tréguas aos projetos, dentro e fora do
Congresso, para senão rejeitá-las na íntegra, pelo
menos amenizar seus efeitos prejudiciais aos atuais
e futuros segurados, no caso da reforma da
Previdência, e a manutenção, naquilo que é
fundamental dos direitos trabalhistas, consignados
na CLT, no caso da reforma trabalhista. O ano de
2017 promete e será longo!
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
10/02/2017 -
Meirelles diz que mercado deve elevar previsão de
crescimento da economia
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta
quinta-feira (9), em Brasília, que espera a revisão
para cima da estimativa do mercado financeiro para o
crescimento da economia este ano, atualmente em
0,5%. A previsão do governo é de expansão de 1%.
Ele reforçou a expectativa de que, no último
trimestre deste ano, a economia apresente
crescimento de 2% na comparação com o mesmo período
de 2016. “O país, sim, já está em uma trajetória de
crescimento”, afirmou.
Meirelles disse ainda que não há necessidade de
fazer revisão da projeção para o Produto Interno
Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas
pelo país) agora, o que ocorrerá somente em março.
No próximo mês, o governo tem que apresentar um
relatório de receitas e despesas do Orçamento e pode
definir bloqueio de gastos para atingir a meta de
déficit primário (despesas superiores às receitas,
sem contar gastos com juros). A meta é de R$ 139
bilhões neste ano.
Recentemente, o ministrou da Fazenda indicou que
poderia fazer uma revisão da projeção para o PIB,
após analisar dados de produção e consumo. Depois de
avaliar esses dados, o ministro disse que o governo
chegou à conclusão de que não é necessário fazer a
revisão antes de março.
Arrecadação
Questionado sobre a necessidade de bloqueio de gastos
de 0,5% do PIB (cerca de R$ 39 bilhões) estimada
pela Instituição Fiscal Independente do Senado para
cumprir a meta, Meirelles disse que é preciso
esperar o efeito na arrecadação de medidas como o
novo programa de repatriação de recursos em
tramitação no Congresso Nacional e do Programa de
Regularização Tributária, que podem gerar mais
receitas.
“Além disso, um dado importante é que, quando o PIB
cai, como caiu no ano passado, a arrecadação cai
mais. Quando o PIB sobe, historicamente a
arrecadação sobe mais que o PIB. Portanto, é
importante aguardarmos também a evolução da
arrecadação durante o decorrer do ano”, disse
Meirelles, após participar do evento Caixa 2017, em
Brasília.
Fonte: Agência Brasil
10/02/2017 -
Calendário de saques do FGTS deve ser anunciado dia
14
O calendário de saques de contas inativas do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ser
anunciado pelo governo no dia 14 de fevereiro. O
cronograma de liberação do dinheiro ainda não foi
divulgado oficialmente, mas os saques deverão
ocorrer de acordo com o mês de aniversário do
trabalhador.
Depois da divulgação, a Caixa deverá começar a
receber demandas sobre a retirada do dinheiro.
“A liberação das contas inativas do FGTS é também
política social. Temos R$ 42 bilhões retidos nessa
fonte. No dia 14, me ajude se eu errar nas datas, os
senhores vão começar a receber as demandas dos
detentores das contas inativas”, disse o
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a
servidores da Caixa em evento nesta quinta-feira
(9).
O banco vai criar canais exclusivos para informar os
trabalhadores sobre o saque para que não haja uma
corrida às agências.
Poderão ser sacados os valores de todas as contas
inativas do FGTS até 31 de dezembro de 2015, sem
limite de retirada. As contas inativas do FGTS são
as que não recebem mais depósitos do empregador
porque o contrato de trabalho foi suspenso. O
trabalhador pode consultar a existência e o saldo de
contas inativas do Fundo de Garantia por meio do
site da Caixa, SMS, nas agências do banco e pelo
aplicativo do FGTS.
Fonte: Agência Brasil
10/02/2017 -
Nascimento de filho poderá permitir saque de FGTS
por mãe trabalhadora
Em caso de nascimento de filho, mães trabalhadoras
que dependam unicamente de si próprias para seu
sustento poderão ter direito a sacar recursos
existentes em sua conta no Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS). A medida é prevista em
projeto de lei (PLS 443/2016) que começa a tramitar
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O autor é o
senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Atualmente, a legislação do fundo inclui dezoito
hipóteses que tornam possível o saque dos valores
acumulados na conta vinculada ao trabalhador, como
demissão sem justa causa e aposentadoria. O saldo é
também muito utilizado para quitar ou pagar a
entrada do financiamento da casa própria.
Para Garibaldi, ainda falta relacionar no texto da
lei do FGTS (Lei nº 8.036, de 1990) uma “justa”
alternativa para liberação dos recursos, exatamente
para atender mães solteiras, viúvas ou com maridos
desempregados ou sem renda, por ocasião do
nascimento de um filho. Na prática, ele afirma, a
mãe é o suporte da família, na maioria das vezes um
núcleo familiar formado pela ela mesma e seu filho.
“Nesses casos, o Fundo pode servir para trazer uma
tranquilidade adicional para a mãe, e dar à criança
condições mínimas de desenvolvimento. De nada
adianta essa reserva de dinheiro, se não puder ser
utilizada nos momentos fundamentais da vida de uma
pessoa. É preciso maximizar os benefícios desses
créditos. Corremos sempre o risco de que os recursos
cheguem tardiamente aos seus reais proprietários e
beneficiários”, argumenta.
A proposta foi encaminhada para receber decisão
terminativa na CAS. Assim, seguirá diretamente para
a Câmara se for aprovada, a menos que haja recurso
para que a decisão final no Senado seja em Plenário.
Fonte: Agência Senado
10/02/2017 -
Projeto garante descanso para amamentar durante
trabalho até bebê completar 1 ano
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
4968/16, do deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP), que
amplia o tempo de descanso para a mãe amamentar o
filho durante a jornada de trabalho.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT, Decreto-Lei 5.452/43) concede o direito de a
mulher, durante a jornada de trabalho, ter dois
descansos de meia hora para amamentar o bebê até os
seis meses de idade. A proposta amplia o direito até
a criança completar um ano e mantém a previsão atual
de o tempo ser estendido a critério do juiz.
O tempo de descanso, pelo texto, será computado na
duração da jornada quando a empresa possuir lugar
apropriado para amamentação. A lei atual não prevê a
inclusão do intervalo de amamentação como jornada de
trabalho.
“O texto da CLT é muito curto e não atende às
necessidades da criança, principal destinatária da
norma”, disse Lauro Filho.
Redução de jornada
Caso o estabelecimento não tenha lugar específico para
amamentação, a proposta prevê redução de jornada de
trabalho sem diminuição salarial de:
- uma hora, para jornada com duração entre 4 e 6
horas;
- duas horas, para jornada com duração entre 6 e 8
horas.
Muitas mulheres têm conseguido na justiça o direito
de reduzir a jornada quando não há local para
amamentação. Para Lauro Filho, o caminho atual pode
ser simplificado. “A legislação deve ser
modernizada, evitando-se que as trabalhadoras
dependam de processo judicial para reduzir a jornada
durante o período de amamentação”, afirmou.
A CLT estabelece que somente estabelecimentos com,
no mínimo, 30 mulheres com mais de 16 anos precisam
ter área específica para amamentação.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos da
Mulher; de Seguridade Social e Família; de Trabalho,
Administração e de Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
09/02/2017 -
Reformas de Temer são rejeitadas pela Nova Central
Diretoria Executiva Nacional da Nova Central e
presidentes estaduais da instituição se reuniram em
Brasília nos dias 7 e 8/2 (segunda e terça-feira)
para debater as propostas de reformas da Previdência
e Trabalhista, apresentadas pelo presidente Michel
Temer (PMDB) no final de 2016. Por unanimidade, elas
foram rejeitadas e serão combatidas no Congresso
Nacional.
O presidente da central, José Calixto Ramos (Sr.
Calixto) abriu a reunião e disse que se tratava de
um encontro de “cúpula”, formadores de opinião nos
Estados e Distrito Federal. “Reconheço que o
movimento sindical está atônito, desnorteado sem
saber o que fazer, com tanto ataques aos direitos
sociais e trabalhistas. Temos dois caminhos a
percorrer. Aceitamos quietos os parlamentares
decidirem nosso destino ou trabalhamos com a matéria
prima que temos nas mãos e resistimos nas ruas”,
sugeriu.
No primeiro dia do evento a consultora jurídica, Drª
Zilmara Alencar e o técnico do DIAP – Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar, André Luiz
dos Santos apresentou um comparativo das mudanças
que o Projeto de Lei (PL 6787/2016) sobre “Reforma
Trabalhista”, provocará na CLT – Consolidação das
Leis do Trabalho, principalmente, por visar o
enfraquecimento dos sindicatos de trabalhadores (as)
no processo de “Negociação Coletiva”.
De acordo com a Drª Zilmara às alterações visam:
Aumentar o valor da multa por empregado não
registrado; Instituir o contrato de trabalho em
regime de tempo parcial; Eleição de representante
dos Trabalhadores no Local de Trabalho, sem a
participação do sindicato; Prevalência do negociado
sobre o legislado (quando dispuser de treze assuntos
específicos) e o Contrato de Trabalho Temporário.
André Luiz externou a preocupação sobre o regime de
“Prioridade” que tramitará o projeto na Câmara dos
Deputados e traçou o perfil do Deputado Federal,
Rogério Simonetti Marinho (PSDB/RN), que mesmo antes
de ser formada a Comissão Especial para debater a
matéria, já foi indicado como relator para acelerar
as votações. “É preciso que fiquemos atentos aos
prazos que serão estipulados de discussão e
aprovação do texto enviado pelo presidente”,
alertou.
Os palestrantes abordaram o posicionamento do
procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury,
que em nota técnica do MPT – Ministério Público do
Trabalho critica a proposta de reforma trabalhista
por entender que vários pontos apresentam ameaças ao
trabalhador. Uma das críticas está relacionada à
possível mudança da carga horária que poderá ser de
até 12 horas, desde que o trabalhador (a) não exceda
o limite de 48 horas semanais.
"O que se está buscando é para piorar a condição do
trabalhador, se busca que os sindicatos possam abrir
mão de direitos trabalhistas, permitir jornada de
trabalho de 12 horas sem intervalo para refeição.
Não precisa ser nenhum técnico para prever que os
riscos de acidentes de trabalho adoecimento vão ser
enormes, as consequências serão extremamente
nefastas", argumenta o procurador Fleury.
Fonte: NCST
09/02/2017 -
Centrais Sindicais vão massificar posição unitária
acerca da Previdência
João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da
Força Sindical, faz balanço positivo dos dois dias
do Seminário “Reforma da Previdência - Desafios e
Ação Sindical”, terça e quarta (7 e 8), no Sindicato
dos Padeiros, em São Paulo. O evento foi coordenado
pelo Dieese, que divulgou a Nota Técnica 168 - “A
minimização da Previdência Pública” - para os
participantes.
Além do esforço unitário do sindicalismo, ante uma
reforma drástica e lesiva, Juruna destaca a
qualidade das palestras e dos debates. Ele afirma:
“O Seminário reuniu nove Centrais, centenas de
dirigentes e palestrantes com muito conhecimento
técnico sobre o tema. Acho importante também frisar
a diversidade de enfoques a respeito da questão”.
Documento - CUT, Força, UGT, Nova Central,
CTB, CSB, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas, com o
suporte de seus técnicos e do Dieese, redigirão
documento com as principais conclusões do Seminário.
Segundo Juruna, “o sindicalismo vai divulgar essas
posições e buscar ganhar não só o apoio das bases,
mas também da sociedade”.
Congresso - Ficou definido, ainda, que, dia
22, o movimento sindical fará corpo a corpo no
Congresso Nacional. Juruna adianta que os dirigentes
vão tratar com os presidentes da Câmara e do Senado
e também com os líderes dos partidos representados
nas Casas.
Não só dia 22, porém. A orientação é que as
estaduais das Centrais organizem encontros e ações
junto às bases dos parlamentares em seus Estados e
regiões eleitorais.
Pontos - De acordo com o secretário-geral
forcista, os pontos da reforma mais criticados são a
imposição de novo teto, sem distinção entre homem e
mulher, a regra de transição, onde se obriga o
recolhimento por 49 anos para recebimento do
benefício integral, e a desvinculação dos benefícios
do valor do salário mínimo, atingindo diretamente os
já aposentados.
Qualidade - Juruna destaca o papel do Dieese
no debate sobre Seguridade Social. “Acho importante
valorizar não só a qualidade técnica do Dieese, mas
também o fato de o sindicalismo brasileiro ter
criado e sabido manter esse órgão unitário e plural
de assessoramento às nossas lutas e demandas”.
Amanhã - Mais informações sobre o Seminário e
o documento unitário, nas redes da Agência Sindical.
Fonte: Agência Sindical
09/02/2017 -
Reforma da Previdência é criticada por deputadas e
entidades de defesa das mulheres
Deputadas e senadoras integrantes de comissões e
frentes do Congresso realizaram nesta quarta-feira
(8) o primeiro evento parlamentar contra a reforma
da Previdência, em tramitação na Câmara.
A reforma acaba com a diferença de idade entre
homens e mulheres no momento da aposentadoria e com
a aposentadoria especial de professores. Também há
mudança de regras da aposentadoria rural, que
transforma a contribuição sobre a produção em
contribuição individual, igualando os rurais aos
urbanos nos critérios para a concessão dos
benefícios.
O governo argumenta, na mensagem que enviou ao
Congresso, que as mulheres vivem 7 anos a mais que
os homens e que as diferenças salariais estão
diminuindo. Também afirma que o tempo que elas
dedicam aos afazeres domésticos caiu de 23 horas
semanais em 2004 para 20 horas e meia em 2014,
segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios.
Para Camila Almeida, da ONU Mulheres, a situação
ainda é desigual, e tratar de maneira igual os
desiguais fere convenções internacionais assinadas
pelo Brasil. Segundo ela, as mulheres ganham hoje
cerca de 70% do que ganham os homens e, entre as
negras, por exemplo, o percentual cai para 42%.
Manifestações
As deputadas presentes no encontro também criticaram a
reforma. Erika Kokay (PT-DF) disse que vários
movimentos sociais vão se dedicar agora a ir às ruas
para esclarecer a população sobre o que eles afirmam
ser uma perda de direitos.
Na opinião de Luiza Erundina (Psol-SP), a ação tem
que ser rápida. "Não há mais tempo para se fazer
muito discurso. Nós temos que ir para as ruas,
portas de fábricas, para o campo, a periferia, para
os movimentos e cercar esta Casa. Não tenhamos
dúvidas, eles vão acelerar o processo aqui dentro e
a correlação de forças é extremamente desfavorável."
Thais Riedel, da Ordem dos Advogados do Brasil,
procurou mostrar que Previdência Social, Assistência
Social e Saúde fazem parte de um tripé organizado
pela Constituição de 1988 para proteger a sociedade
contra os riscos de doença, invalidez, pobreza e
ainda oferecer a aposentadoria.
Segundo ela, esse sistema nunca foi baseado apenas
em contribuições sobre folhas salariais. "A
Constituição teve esse cuidado, sabendo que isso
iria custar. Já no artigo 195, ela trouxe uma
diversidade de bases de financiamento. Em vez de ter
uma contribuição só, que é a tradicional sobre a
folha, há várias fontes. Então, o empregador
contribui para a Seguridade Social com a Cofins,
sobreo faturamento; na folha, com a cota patronal; e
no lucro, com a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido".
Representantes de movimentos sociais presentes ao
evento afirmaram que, contados todos esses recursos,
a Previdência é superavitária.
Fonte: Agência Câmara
09/02/2017 -
Planalto quer votar reforma da Previdência no dia 6
de abril
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e os
deputados Arthur Maia (PPS-BA) e Carlos Marun
(PMDB-MS), relator e presidente da comissão especial
da reforma da Previdência (PEC 287/16), acertaram o
calendário de votação do texto na Câmara, antecipou
o jornalista Lauro Jardim, em seu blog, n’O Globo.
Nesta quinta-feira (9), vai ser instalada a comissão
especial. A comissão terá até 40 sessões para
analisar o texto, sendo que nas primeiras 10 podem
ser apresentadas emendas à proposta e o relator, em
seguida, poderá apresentar o seu parecer sobre a
matéria.
Na terça-feira (14), vai ser apresentado à comissão
o plano de trabalho acertado entre os três. Pelo
calendário, o governo não pretende perder muito
tempo com longos debates em audiências públicas.
Esse plano prevê que até 15 de março, será lido o
parecer de Maia.
No dia 21 de março, será votado o texto na comissão
especial.
Uma semana depois, 28 de março, será votado em
primeiro turno no plenário da Câmara. Para
aprová-la, o governo precisa reunir pelo menos 308
votos favoráveis.
No dia 6 de abril, o texto será votado, em segundo e
último turno pelo plenário da Casa. Depois, segue ao
exame do Senado Federal.
Fonte: Diap
09/02/2017 -
Investimento da indústria em 2016 foi o menor desde
2010, diz CNI
Um total de 67% das grandes indústrias instaladas no
Brasil investiram no ano passado. O índice é o mais
baixo desde 2010. Os números estão na pesquisa
Investimentos na Indústria, divulgada nesta
quarta-feira (8) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Segundo o levantamento, entre as empresas que tinham
planos de investimento para 2016, 40% fizeram os
projetos como planejado, 41% realizaram apenas
parcialmente, 9% adiaram o investimento para este
ano e 10% cancelaram ou suspenderam por tempo
indeterminado.
Com relação ao foco de aplicação, 38% do total do
ano passado buscou a melhora do processo produtivo.
Um percentual de 18% das aplicações foram destinadas
à introdução de novos produtos e 3% às mudanças no
processo produtivo.
A incerteza econômica foi o motivo apontado com mais
frequência para frustração dos planos de
investimentos, com 80% das menções dos empresários
consultados. Em seguida, com 54% das respostas, foi
citada a reavaliação da demanda e ociosidade
elevada. Por fim, em terceiro lugar, com 39% das
menções, ficou o custo dos financiamentos.
O levantamento foi feito entre 21 de novembro e 9 de
dezembro de 2016, com 584 empresas de grande, que
têm 250 ou mais empregados.
Fonte: Agência Brasil
09/02/2017 -
Ministério do Trabalho informa sobre agendamento do
seguro-desemprego
O Ministério do Trabalho informa que o agendamento
eletrônico para o atendimento presencial em suas
unidades para o seguro-desemprego é gratuito.
Nenhuma taxa é cobrada para agendamento, nem para
habilitação do benefício.
O agendamento pode ser realizado nos seguintes
canais:
- Site do Sistema de Atendimento Agendando: http://saaweb.mte.gov.br
- Atendimento telefônico Alô Trabalho: 158
- Presencialmente nas unidades descentralizadas do
Ministério do Trabalho
- Presencialmente na rede conveniada
Salientamos também que sites que não tenham em seu
endereço o domínio: mte.gov.br e trabalho.gov.br não
são oficiais do Ministério do Trabalho.
Fonte: MT
09/02/2017 -
Ex-diretor de sindicato não pode atuar em causa
própria em reclamação ao TST
O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) extinguiu reclamação apresentada por um
ex-diretor de finanças do Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão no Estado
de Alagoas. Entre as diversas razões para a decisão
está a de que o trabalhador não podia atuar em causa
própria no TST, por não ser advogado.
A reclamação, ação que visa à preservação da
competência e à garantia da autoridade das decisões
dos Tribunais e da observância de seus precedentes,
passou a ser aplicada recentemente no processo do
trabalho, e foi regulamentada pela Instrução
Normativa 39.
No caso julgado pelo Órgão Especial, o dirigente
sindical questionava decisão da Presidência do
Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (AL) em
ação trabalhista na qual ele pretendia ser
reintegrado ao cargo, do qual fora afastado pela
comissão de ética do sindicato. Segundo o relator do
processo, ministro José Roberto Freire Pimenta, a
reclamação é inadmissível, tanto por não se
enquadrar nas hipóteses cabíveis quanto pela falta
de capacidade postulatória do sindicalista.
O ministro assinalou que o trabalhador postulou em
causa própria, mas não comprovou sua condição de
advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), o que inviabiliza o
conhecimento da reclamação – cujas normas
processuais não preveem essa exceção.
José Roberto Freire Pimenta destacou ainda que, de
acordo com a Súmula 425 do TST, o jus postulandi,
estabelecido no artigo 791 da CLT, limita-se às
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando os recursos de competência
do TST.
Ainda conforme o relator, a reclamação apresentada
pelo sindicalista não se enquadra em nenhuma das
hipóteses previstas para o seu cabimento, contidas
no artigo 988 do Código de Processo Civil de 2015,
pois ele não indicou qual a competência do TST que
teria sido usurpada ou qual decisão não teria sido
observada, nem explicitou enunciado de súmula
vinculante ou outro precedente obrigatório que
viabilizasse o conhecimento da sua reclamação. “Por
qualquer prisma que se analise, esta reclamação
revela-se inadmissível, por falta de pressuposto de
constituição e de desenvolvimento válido e regular
do processo”, concluiu.
A decisão foi unânime. Após a publicação do acórdão,
houve a oposição de embargos declaratórios, ainda
não examinados.
Processo: Rcl-20103-47.2016.5.00.0000 – Fase atual:
ED-Rcl
Fonte: TST
09/02/2017 -
Empregador responde pela integridade física dos
empregados
Decisão é do TRT da 3ª região.
O empregador detém a prerrogativa de organizar a
execução dos serviços e por isso deverá zelar pela
ordem do ambiente de trabalho, respondendo inclusive
pela integridade física de todos os empregados.
A partir desta tese o TRT da 3ª região deu
provimento parcial ao recurso de trabalhadora para
reconhecer a doença ocupacional e conceder pagamento
por danos moral e material.
O relator do recurso Vitor Salino de Moura Eça
registrou no voto que toda a prova dos autos
convence quanto ao fato de que a autora, auxiliar de
enfermagem, apresenta lesão no ombro direito para a
qual o trabalho contribuiu. E, assim, “evidente” a
culpa da empresa, ao mesmo tempo em que comprovado
que não houve adoção “de quaisquer medidas de
segurança”.
“A moléstia importou ofensa à integridade física da
reclamante, emergindo claramente delineado o dano
moral sofrido. Desnecessária prova do sofrimento,
humilhação e depressão por parte do reclamante.
Afinal, o dano moral está ínsito na própria ofensa,
decorrendo da gravidade do ilícito em si. Em outras
palavras, o dano moral existe in re ipsa, pois
deriva do próprio fato ofensivo.”
Considerando que conduta ilícita encerra grave
omissão da empregadora, “que deveria zelar pela
segurança dos empregados e vitimou trabalhadora que
dedicou longos anos de trabalho em favor da ré”, o
relator concluiu que a reparação deve ser de R$10
mil.
No caso, o juízo de 1º grau deferiu o pagamento dos
salários apenas no período não coberto pelo
benefício previdenciário, ou seja, desde a cessação
do auxílio doença em novembro de 2014 até o efetivo
restabelecimento desse benefício.
“Sucede que a indenização pelo dano material não se
compensa com prestações previdenciárias. O seguro
acidentário tem o fim de garantir a sobrevivência do
trabalhador e seus dependentes, sem contemplar
qualquer tipo de indenização.”
De acordo com o magistrado, o fato gerador da
indenização no caso é o ato ilícito do patrão,
diversamente do que ocorre com o benefício
previdenciário, cujo caráter geral é fundado na
responsabilidade objetiva e coberto pelo seguro
social.
O acréscimo à condenação foi de R$50 mil, com custas
adicionais a cargo do réu, que também pagará os
honorários devidos ao perito oficial.
Processo: 0010464-90.2015.5.03.0053
Fonte: Jusbrasil
08/02/2017 -
Entidades de defesa da mulher debatem reforma da
Previdência
Os impactos da reforma da Previdência na vida das
mulheres e as estratégias para impedir os
retrocessos na área serão debatidos nesta
quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados.
As mudanças na aposentadoria estão previstas em
proposta de emenda à Constituição (PEC 287/16), que
será examinada por comissão especial.
O debate é uma iniciativa da Frente Parlamentar
Mista em Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres;
da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos
Humanos; da Comissão de Defesa dos Direitos da
Mulher; da Secretaria da Mulher, todos da Câmara; e
da Procuradoria Especial da Mulher do Senado
Federal.
O evento está marcado para as 10 horas, no plenário
11.
Fonte: Agência Câmara
08/02/2017 -
Câmara cria comissões para analisar reformas da
Previdência e trabalhista
Os atos de criação das comissões especiais para
analisar o mérito das reformas da Previdência e
trabalhista foram lidos na sessão plenária desta
terça-feira (7) da Câmara dos Deputados. A leitura
dos atos é uma exigência regimental para oficializar
a criação das comissões. A partir daí, os líderes
partidários têm até 48 horas para indicarem os
representantes de suas bancadas para a composição
dos colegiados.
Uma das comissões vai debater e analisar o mérito da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que
trata da reforma da Previdência Social, enviada à
Câmara no final do ano passado pelo governo. A outra
comissão vai analisar as mudanças na reforma
trabalhista propostas no Projeto de Lei do Executivo
(PL) 6.788/16. Cada uma delas será formada por 37
deputados titulares e igual número de suplentes.
Como a distribuição das vagas nas comissões é
proporcional ao tamanho das bancadas ou blocos
partidários, os partidos que integram a base
governista terão a ampla maioria de integrantes
tanto na comissão que vai analisar a PEC da
Previdência quanto na comissão que vai discutir a
reforma trabalhista. Os aliados do governo farão a
indicação de 29 deputados titulares e igual número
de suplentes. As bancadas de oposição terão direito
a oito indicações de titulares e oito de suplentes.
A instalação das duas comissões e a respectiva
eleição dos presidentes e vices deverá ocorrer na
tarde de quinta-feira (9). Os relatores das duas
propostas serão indicados pelos presidentes dos
colegiados, mediante acordo firmando entre os
partidos. Os partidos já definiram que caberá ao
deputado Carlos Marun (PMDB-MS) presidir a comissão
que vai cuidar da reforma da Previdência e a
relatoria ficará com o deputado Arthur de Oliveira
Maia (PPS-BA). Em relação à reforma trabalhista, a
relatoria deverá ficar com o Rogério Marinho
(PSDB-RN). A presidência ainda não está definida.
Mais cedo, ao anunciar que a leitura dos atos seria
feita hoje, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo
Maia (DEM-RJ), disse que a criação das comissões e
suas instalações nesta semana não irão atrapalhar os
debates. “Eu acho que a gente tem que discutir os
temas. Ninguém está dizendo que vai votar da noite
para o dia dois temas como estes. A gente tem que
começar o debate. Se a gente não instalar, o debate
vai começar na quarta-feira que vem, na melhor das
hipóteses”, disse Maia.
Fonte: Agência Brasil
08/02/2017 -
Relator da reforma trabalhista defende prevalência
de acordos coletivos sobre a lei
O deputado também pretende aprofundar as discussões
sobre o trabalho em casa e sobre o trabalho em
jornadas móveis.
Indicado relator da reforma trabalhista em análise
na Câmara, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) é
favorável a um dos principais pontos da proposta: a
prevalência dos acordos firmados coletivamente sobre
o que diz a legislação. Segundo ele, a mudança vai
fortalecer os sindicatos.
A reforma encaminhada pelo governo (PL 6787/16)
prevê a validade do negociado sobre o legislado em
relação a 13 pontos, o que tem provocado críticas de
sindicatos. A Central Única dos Trabalhadores, por
exemplo, afirma que a negociação poderá ser feita
com um representante dos trabalhadores nas empresas
com mais de 200 empregados. Não seria necessário o
apoio sindical.
Alguns dos pontos sujeitos a acordo são a jornada de
trabalho de 220 horas mensais e os planos de cargos
e salários. Rogério Marinho lembra que direitos como
férias, 13º salário e FGTS não estão na lista.
"Eu sou favorável porque, se a relação entre as
partes aponta no sentido de que há necessidade de
flexibilizar determinadas situações, como jornada de
trabalho e salários para preservar empregos e, desta
forma, garantir que não se aumente ainda mais o
total de desempregados no Brasil; eu vejo isso como
absoluto bom senso. Pior é o cenário que nós nos
encontramos", afirma.
Marinho vai propor também o aumento do prazo do
trabalho temporário para 180 dias. A reforma enviada
pelo governo eleva o prazo dos atuais 90 dias para
120 dias, prorrogáveis por mais 120.
Jornada móvel
O deputado afirma, ainda, que quer incluir o trabalho
intermitente na discussão da reforma trabalhista. "É
a jornada móvel por hora ou por empreitada. Hoje é
uma realidade no mundo inteiro e o Brasil não tem
uma legislação a respeito do assunto. Você
trabalhar, por exemplo, no fim de semana. Trabalhar
no período noturno e, na semana seguinte, trabalhar
no diurno. É você ter a possibilidade de ter vários
empregadores e não apenas um. Tudo respeitando
evidentemente os direitos que eu preconizei
anteriormente: proporcionalidade do 13º, das férias,
do FGTS."
Trabalho em casa
Rogério Marinho defende também a regulamentação do
teletrabalho. "Trabalho em casa ou teletrabalho. É
necessária uma legislação que agasalhe essa
situação, que é uma situação de fato. Pessoas que
fazem trabalhos, elaboram pareceres, fazem projetos
nas suas residências e depois entregam ao seu
empregador."
A reforma trabalhista também prorrogou até 2019 o
programa que permite às empresas em dificuldades
financeiras reduzir a remuneração e a jornada de
trabalho de seus empregados em até 30%, contanto que
não sejam demitidos sem justa causa.
A comissão especial que vai analisar a reforma
trabalhista deve ser instalada nesta quinta-feira.
Fonte: Agência Câmara
08/02/2017 -
Comissão da reforma da Previdência quer concluir
trabalhos em até 80 dias
Indicado como presidente da comissão especial que
vai analisar a proposta de emenda à Constituição
(PEC) 287/16 que trata da reforma da Previdência, o
deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse hoje (7) que
espera concluir os trabalhos do colegiado no prazo
de 70 dias. A intenção é que a proposta seja
aprovada na Câmara dos Deputados até o final de
abril e depois encaminhada ao Senado.
Segundo Marun, o governo defende que a proposta seja
votada nas duas casas legislativas (Câmara e Senado)
até o final do primeiro semestre. “Estamos
trabalhando com a perspectiva de votarmos a reforma
da Previdência ainda no primeiro semestre tanto na
Câmara como no Senado. Isso traz para a comissão a
responsabilidade de, no prazo de 70 a 80 dias, ter
concluído o nosso trabalho”, disse.
Marun substituiu o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ)
que desistiu do cargo de presidente no final de
semana. O deputado sul-mato-grossense participou de
uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), no final da manhã desta terça-feira, em
que ficou acertado que a instalação da comissão
ocorrerá na quinta-feira (9).
Maia confirmou que também pretende instalar, na
quinta, a comissão especial voltada para analisar o
projeto de Lei PL 6.787/16, que trata de mudanças
nas leis trabalhistas. Deputados da oposição
criticaram a pressa na tramitação dos temas e a
falta de debate.
Para o líder do PCdoB na Casa, Daniel Almeida (BA),
o acordo era que os colegiados só fossem instalados
na próxima semana, juntamente com as comissões
permanentes. “A nossa compreensão é que todas as
comissões passem por essa discussão na semana que
vem. Não há razão, principalmente no que diz
respeito à comissão da reforma da Previdenciária,
para apressar esse debate e não permitir que sejam
instaladas no tempo adequado e com o acompanhamento
da sociedade”, disse Almeida.
Segundo o deputado, para adiar a instalação das duas
comissões para a semana que vem, a estratégia da
oposição vai ser protelar a indicação dos
integrantes dos colegiados: “começar os trabalhos
assim atropelando é muito ruim. A oposição vai
protelar essa indicação para que a democracia seja
preservada, para que todos os líderes tenham mais
tempo para refletir sobre as indicações dos
integrantes e possam indicar nomes adequados”,
disse.
A proposta de reforma da Previdência encaminhada
pelo governo estabelece que o trabalhador precisa
atingir a idade mínima de 65 anos e ter pelo menos
25 anos de contribuição para poder se aposentar.
Nesse caso, ele receberá 76% do valor da
aposentadoria - que corresponderá a 51% da média dos
salários de contribuição, acrescidos de 1 ponto
percentual desta média para cada ano de
contribuição.
Todos os trabalhadores ativos entrarão no novo
sistema. Aqueles que têm menos de 50 anos (homens)
ou 45 anos (mulheres) deverão obedecer às novas
regras integralmente. Quem tem mais de 50 (homens)
ou 45 anos (mulheres) será enquadrado em uma regra
de transição, com tempo adicional para requerer o
benefício. Já os aposentados e aqueles que
completarem os requisitos para pedir o benefício até
a aprovação da reforma não serão afetados pelas
mudanças porque já têm o direito adquirido.
A comissão especial será composta por 36 deputados,
de acordo com a regra da proporcionalidade das
bancadas ou blocos. Com isso, a maioria dos
integrantes será da base do governo. A comissão terá
até 40 sessões plenárias da Câmara para debater a
matéria, para que então ela seja levada à votação,
em dois turnos, no plenário da Casa.
Fonte: Agência Brasil
08/02/2017 -
Sindicato deve homologar rescisão na presença do
trabalhador
A Justiça do Trabalho do Distrito Federal anulou a
homologação de um pedido de demissão, sem a presença
do trabalhador. A decisão foi da juíza Audrey
Choucair Vaz, em atuação na 15ª Vara do Trabalho de
Brasília. Segundo ela, o sindicato deve confirmar a
modalidade de rescisão com o empregado,
presencialmente, indagando-o se ele foi coagido, se
foi acometido por doença laboral, se havia pagamento
por fora, horas extras, entre outras possíveis
irregularidades.
“A homologação do TRCT não é um ato meramente formal
de opor um carimbo no documento. (…) No caso
concreto, o procedimento citado só beneficia o
empregador, nunca o trabalhador. Como o trabalhador
pode registrar alguma ressalva quando da
homologação? Outrossim, a homologação é ato também
de interesse do Estado, a fim de evitar simulações
que prejudiquem a CEF, a União, etc.”, observou a
magistrada.
Conforme informações dos autos, o entregador prestou
serviços para uma empresa de logística e
distribuição do Distrito Federal de fevereiro de
2011 a julho de 2015. De acordo com a CLT,
trabalhador com mais de um ano de empresa precisa
ter o pedido de demissão homologado pela entidade
sindical. Nesse caso, o sindicato profissional,
localizado no Rio de Janeiro, homologou a rescisão
do empregado na sede da federação nacional da
categoria, também no Rio de Janeiro, sem a presença
das partes. Os documentos foram remetidos pela
empresa.
Em sua defesa, a empresa de logística e distribuição
se limitou a reforçar que o trabalhador pediu
demissão e que o termo de rescisão foi devidamente
homologado pelo sindicato da categoria profissional
do empregado, sem qualquer ressalva. O carimbo e a
assinatura comprovam que o termo de rescisão foi
assinado em agosto de 2015, na cidade do Rio de
Janeiro. Ao fundamentar a sentença, a juíza Audrey
Choucair Vaz citou obra do jurista Maurício Godinho
Delgado, o qual defende a presunção favorável ao
trabalhador nos casos em que não seja observada a
assistência administrativa sindical, que é
obrigatória.
Com isso, a magistrada anulou o suposto pedido de
demissão do empregado e reconheceu sua dispensa como
imotivada, concedendo a ele todas as verbas
trabalhistas decorrentes dessa modalidade de
demissão, como saldo de salário, aviso prévio
indenizado, décimo terceiro e férias proporcionais,
FGTS sobre aviso prévio e décimo terceiro, mais
multa de 40% sobre o total dos depósitos fundiários.
A empresa deverá ainda entregar as guias do termo de
rescisão para levantamento do FGTS e habilitação do
seguro desemprego do trabalhador, anotando o término
contratual na carteira de trabalho dele com a data
de 27 de julho de 2015. Processo nº
0001247-45.2015.5.10.015
Fonte: TRT10
08/02/2017 -
Justiça do Trabalho passa a julgar conflitos de
sindicatos de servidores públicos
Questão envolvendo contribuição sindical também é
da competência da Justiça do Trabalho
Somente a Justiça do Trabalho tem competência para
julgar ações de matéria sindical, independente do
regime jurídico a que estejam submetidos os
trabalhadores integrantes da categoria profissional
representada pela entidade.
Com base nesse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 10ª Região (DF e TO)
decidiu, por maioria, declarar a competência da
Justiça do Trabalho para análise e julgamento de uma
ação movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação no Estado do Tocantins contra o município
de Monte do Carmo.
Segundo o relator do caso, juiz convocado Antônio
Umberto de Souza Júnior, nos demais dissídios (que
não sejam sindicais) envolvendo servidores públicos,
por questões funcionais ou pelo exercício do direito
de greve, há o constante contato com aspectos do
regime jurídico estatutário ou celetista. Para
manter a coerência no sistema, continua, é afastada
a atuação da Justiça do Trabalho, quando sejam
trabalhadores submetidos a regime
jurídico-administrativo de trabalho.
“Já nas questões que envolvam disputas
intersindicais ou intrassindicais, o que guia a
competência da Justiça do Trabalho não são as
personagens que as protagonizam (sendo,
consequentemente, irrelevante o regime jurídico de
trabalho a que estejam submetidas), mas a matéria —
necessariamente sindical”, observou.
Para o relator, passados mais de 10 anos desde a
promulgação da Emenda Constitucional 45/2004, ainda
pairam algumas dúvidas relevantes para delineamento
exato da dimensão das atribuições jurisdicionais
conferidas à Justiça do Trabalho. Por isso, é
precipitado extrair da jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho raciocínio segregacionista
sobre demandas de matéria sindical.
Souza Júnior fundamentou seu voto em diversos
precedentes do STF (AgR-Rcl 9.836; AgR-Rcl 17.815;
CC 7.456; AgR-Rcl 9.836; e AgR-ARE 681.641). No
entendimento do juiz, dissídios que lidem com a
representatividade das categorias, inclusive em sede
de mandado de segurança, ou com a ordem interna das
centrais sindicais, confederações, federações e
sindicatos ou com a arrecadação de receitas deverão
ser julgados na Justiça do Trabalho, sendo
indiferente o regime jurídico a que estejam
submetidos os trabalhadores.
Exceção - No entanto, tribunais entendem que nem
sempre a Justiça do Trabalho é competente para
julgar pedidos de registro sindical. A 5ª Vara do
Trabalho de Brasília já decidiu que pedidos de
registro sindical que saiam da esfera administrativa
devem ser analisados pela Justiça Federal.
Por sua vez, a a 21ª Vara do Trabalho de Brasília
concluiu que a Justiça do Trabalho não tem
competência para julgar o pedido de registro
sindical por entidade representativa de servidores
públicos estatutários. Isso porque, pela
Constituição, a competência da Justiça trabalhista
abrange toda e qualquer relação de trabalho, exceto
a dos estatutários. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRT-10
Fonte: Jusbrasil
08/02/2017 -
Empregado não comprova dispensa discriminatória por
participar de comissão de trabalhadores
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
negou provimento a agravo de instrumento de um
vendedor da Indústria e Comércio de Aves Ltda. que
pretendia ser reintegrado ao emprego. Ele alegava
que foi dispensado por participar de comissão criada
pelo Ministério Público do Trabalho para discutir a
implementação de um Termo de Ajustamento de Conduta
firmado pela empresa, mas não comprovou as
alegações.
A reintegração foi indeferida pelo Tribunal Regional
do Trabalho da 1ª Região (RJ), sob o entendimento de
que a rescisão do contrato de trabalho ocorreu quase
oito meses depois de seu ingresso na comissão. Uma
das testemunhas da empresa revelou que, na mesma
ocasião, foram também dispensados outros empregados
que não integravam a comissão criada pelo MPT.
No agravo pelo qual tentava reabrir a discussão no
TST, o empregado ressaltou que o TRT reconheceu a
dispensa discriminatória, mas julgou improcedente o
pedido de reintegração. Mas a relatora, ministra
Dora Maria da Costa, observou que os fatos descritos
pelo Regional não corroboram a sua tese. “Com
efeito, não há falar em ato discriminatório apto a
ensejar a reintegração do trabalhador”, concluiu.
A decisão foi unânime. Após a publicação do acórdão,
houve a oposição de embargos de declaração, ainda
não examinados.
Processo: AIRR-1257-92.2011.5.01.0011
Fonte: TST
07/02/2017 -
Relator da reforma da Previdência vai propor debate
sobre números do setor
Arthur Oliveira Maia quer a realização de
audiência para verificar o valor do deficit
previdenciário e as projeções para o futuro
O relator da reforma da Previdência (PEC 287/16),
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pretende
propor uma audiência para avaliar os números do
setor, de modo a verificar quanto é o deficit e
quais são as projeções para o futuro. O debate será
sugerido na comissão especial da reforma da
Previdência, que deve ser instalada nesta semana.
Oliveira Maia explicou que os deputados precisam
entender que a reforma não é uma questão de governo,
mas de Estado. Isso porque a Previdência tem impacto
sobre várias gerações e a tendência é de menor
crescimento da população jovem e de maior
expectativa de vida. No Brasil, a Previdência
funciona sob o regime de repartição. Não há um
cálculo para saber se as contribuições suportam os
benefícios futuros. São os trabalhadores da ativa
que suportam os benefícios dos atuais aposentados.
Em 2016, a diferença entre arrecadação e benefícios
foi de R$ 150 bilhões. Mas os críticos à reforma
lembram que várias contribuições sociais deveriam
custear o sistema, mas são usadas para outros fins.
Debate amplo
Arthur Oliveira Maia disse que pretende conduzir a
relatoria de forma aberta, sem partir de nenhuma
ideia fixa sobre o tema. "Eu aprendi que, com quanto
menos ideias fixas o relator começa um debate, mais
fácil é construir uma linha mestra que contemple o
sentimento médio da Casa. Então eu não tenho porque
me posicionar antes de começar os debates. Os
debates são justamente para que a gente possa
convencer e ser convencido", declarou.
O relator antecipou, no entanto, que alguns fatos
evidenciam a necessidade, por exemplo, de fixar uma
idade mínima para a aposentadoria. "O trabalhador
entra no mercado de trabalho com 20 anos e se
aposenta após 30 anos. E depois vive até os 85. Ele
contribuiu 30 anos com 28% – a parte dele e do
empregador – e depois a Previdência pagará a ele
100% do salário durante 35 anos. Não há conta que
feche", disse Oliveira Maia.
Hoje não há idade mínima no sistema do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), mas, na prática, o
fator previdenciário desestimula as aposentadorias
precoces porque reduz o valor de quem se aposenta
muito cedo. Pela reforma, a idade mínima seria de 65
anos para qualquer pessoa; o que, no caso da
servidora pública mulher, eleva a expectativa de
aposentadoria em 10 anos. O tempo de contribuição
mínimo também aumenta de 15 para 25 anos, mas o
benefício integral pelo teto só seria alcançado por
quem conseguir contribuir por este teto durante 49
anos. A reforma também mexe com os benefícios
assistenciais e com a pensão por morte.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
espera aprovar a reforma da Previdência na Casa até
o final de março.
Fonte: Agência Câmara
07/02/2017 -
Antônio Queiroz: Formação política e sindical
urgente
Os sindicatos, os movimentos sociais e os
partidos comprometidos com o bem-estar dos
trabalhadores
devem assumir imediatamente esse desafio, sob pena
de retrocesso social.
Antônio Augusto de Queiroz*
Frente à ofensiva dos três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário) e do mercado (produtivo e
financeiro) sobre os direitos (trabalhistas e
previdenciários) dos trabalhadores do setor público
e da iniciativa privada, com fortes campanhas na
mídia (impressa, radiofônica e televisão, inclusive
na internet), é fundamental que o movimento sindical
invista na formação de quadros para fazer frente a
essa realidade adversa.
A despolitização presente na sociedade, alimentada
pela imprensa e reproduzida de forma acrítica nas
redes sociais, se não for enfrentada à altura, com
contrapontos qualificados e bem fundamentados, além
de prejudicar o cidadão em suas variadas dimensões
(eleitor, trabalhador, contribuinte, usuário de
serviço público, etc), irá fortalecer as teses
governamentais e de mercado, que priorizam a
competição, a produtividade e o lucro em detrimento
do salário.
O debate, em face do processo de impeachment, ficou
interditado. Muita gente que apoiou o afastamento da
ex-presidente — por assimetria de informação ou por
indignação com os rumos que o governo vinha tomando
— mesmo não concordando com a agenda do governo
Michel Temer, como as reformas trabalhista e
previdenciária, não consegue dialogar e somar forças
no enfrentamento à agenda do governo com as forças
que foram contrárias ao impeachment. É preciso
restabelecer o diálogo e a aliança, sob pena de
todos perderem nesse processo.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo
no jornal o Globo de 5/02/16, reconhece que “adotar
políticas que favoreçam mais o capital do que o
trabalho, ou vice-versa, depende da orientação
político do governo”. E o atual governo claramente
fez a opção pelo capital, ao congelar, em termos
reais os gastos públicos não-financeiros, e ao
propor as reformas previdenciária e trabalhista,
ambos com supressão de direitos dos segurados e
trabalhadores, públicos e privados.
Com a correlação de forças existente no governo e no
Parlamento, e com a clareza de há déficit de quadros
para fazer esse enfrentamento, se o movimento
sindical não fizer um investimento massivo em
formação, conscientizando a classe trabalhadora de
seus direitos, dificilmente terá condições de travar
essa batalha com êxito, e correrá sério risco ou a
ameaça concreta de redução ou mesmo extinção de
direitos.
A formação sindical, nesse contexto, passou a ser
indispensável para atrair novos militantes,
constituir novas lideranças, resgatar a consciência
política, reforçar valores cívicos e éticos e,
principalmente, para dar continuidade à luta em
defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores,
servidores e aposentados e pensionistas.
Para contribuir com esse processo de enfrentamento a
essa investida em bases neoliberais sobre os
direitos dos assalariados, o DIAP vai relançar neste
mês de fevereiro de 2017, em edição atualizada e
ampliada, a cartilha “Para que serve e o que faz o
movimento sindical”, uma ferramenta fundamental para
ajudar na formação de novos quadros sindicais.
Nesse ambiente de intolerância e individualismo
exacerbado — em que os fatos, a verdade e valores
como solidariedade tem ficado em segundo plano — é
urgente resgatar o sentido de solidariedade, de
tolerância, de consciência política e cidadã, da
unidade de ação de todos os que desejam e lutam por
um mundo melhor, independentemente de terem
divergido no processo de impeachment. E isso só será
possível com informação, qualificação e
conscientização, portanto, com formação política. Os
sindicatos, os movimentos sociais e os partidos
comprometidos com o bem-estar dos trabalhadores
devem assumir imediatamente esse desafio, sob pena
de retrocesso social. Mãos à obra.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap
Fonte: Diap
07/02/2017 -
Centrais e Dieese reúnem sindicalistas para debater
reforma da Previdência
As Centrais Sindicais e o Dieese realizam nesta
terça-feira (7) e quarta (8), em São Paulo, o
seminário Reforma da Previdência Social - Desafios e
Ação Sindical.
O evento servirá para discutir a PEC 287 enviada
pelo governo Temer ao Congresso.
O Seminário é parte de uma série de ações que visam
debater, informar e mobilizar o movimento sindical e
a sociedade para resistir às mudanças que o governo
quer efetuar na Seguridade Social. O sindicalismo
rechaça algumas propostas apresentadas na
previdência pública, que restringem direitos e
penalizam a população – em especial os mais pobres,
mulheres e idosos.
Assim sendo, as entidades irão pleitear alterações
no texto da PEC, durante sua tramitação no Congresso
Nacional. João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical, disse à Agência
Sindical que o seminário servirá para unificar as
propostas que as Centrais negociarão com os
parlamentares.
"Cada Central levará 30 dirigentes no seminário.
Vamos aprimorar nosso conhecimento em relação ao
modelo atual da Previdência. Além de formular e
unificar propostas para o debate no Congresso. Não
podemos dizer simplesmente que somos contra. É
preciso apresentar propostas concretas", explica
Juruna.
O presidente da Nova Central no Estado de São Paulo,
Luiz Gonçalves (Luizinho), avalia que a iniciativa é
ótima e serve para unir sindicalistas e
trabalhadores na luta contra a reforma. "Nós
precisamos preparar nossos dirigentes e fazê-los
compreender bem o que é essa proposta. Só assim,
eles poderão esclarecer e convencer os trabalhadores
a resistirem aos ataques do governo", destaca.
Dieese - Para o diretor-técnico Clemente Ganz
Lucio, o seminário vai além da necessidade do
movimento sindical conhecer a proposta de reforma da
Previdência. "É preciso construir uma visão sindical
acerca de um projeto de continuidade sustentável da
Previdência Social. Por um lado, garantindo pleno
acesso aos benefícios previdenciários e à
assistência social. Por outro, assegurando fontes de
financiamento compatível com esse propósito",
ressalta.
Tramitação - Logo depois de reeleito
presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)
anunciou que a comissão especial que vai tratar da
matéria será instalada nesta semana. Ele indicou
Sergio Zveiter (PMDB-RJ) e Arthur Maia (PPS-BA) como
presidente e relator, respectivamente.
Diap - Marcos Verlaine, assessor parlamentar
do Diap, avalia que a escolha dos parlamentares pode
complicar a negociação de mudanças no texto. "Artur
Maia foi o relator do projeto da terceirização,
aprovado na Câmara sob protestos do sindicalismo.
Esses dois nomes estão alinhados com os interesses
do governo e do mercado. Isso pode dificultar o
diálogo com as Centrais", afirma.
Seminário - O evento acontece no auditório do
Sindicato dos Padeiros de São Paulo (rua Major
Diogo, 126, Bela Vista), das 8h30 às 18 horas.
Fonte: Agência Sindical
07/02/2017 -
Regulamentação de terceirização é uma das
prioridades do Senado em 2017
A regulamentação do trabalho terceirizado é uma das
prioridades do Senado neste ano. A terceirização das
chamadas atividades-fim é um dos pontos mais
polêmicos do projeto de lei (PLC 30/2015) já
aprovado na Câmara dos Deputados e que está pronto
para ser votado no Senado.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede
Sustentabilidade–AP) apresentou uma proposta (PLS
339/2016 ) que proíbe a terceirização das
atividades-fim, assim como a terceirização por
pessoas físicas, práticas permitidas pelo projeto da
Câmara.
O senador Paulo Paim (PT–RS), relator dos dois
projetos de lei, adianta que pretende promover mais
audiências públicas sobre o tema. Paim afirma que o
projeto de origem da Câmara precisa ser revisto, já
que a terceirização das atividades-fim significa um
retrocesso para os trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
07/02/2017 -
Regulamentação do trabalho a distância deve ser
votada em comissão
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve votar
um projeto que regulamenta o trabalho a distância e
o teletrabalho (PLS 326/2013). O texto, de autoria
do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e estabelece
duas categorias de trabalho remoto: o regular,
quando o profissional dá expediente fora da empresa,
como representantes comerciais e motoristas; e o
chamado teletrabalho, feito com o auxílio de novas
tecnologias e equipamentos eletrônicos, como
internet, telefones celulares e computadores.
Fonte: Agência Senado
07/02/2017 -
Descanso mínimo antes de hora extra é exclusivo para
mulher
Os 15 minutos mínimos de descanso entre o fim de uma
jornada e o reinício do trabalho de modo
extraordinário foram estabelecidos para beneficiar a
mulher, a fim de resguardar as diferenças biológicas
existentes entre os sexos. Assim, não faz sentido
estender este direito aos trabalhadores do sexo
masculino.
Com este entendimento, a 5ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (Rio Grande do Sul)
manteve sentença que negou a extensão deste direito
a ex-empregado de empresa de transportes, no bojo de
uma reclamatória contendo vários pedidos.
No primeiro grau, o autor sustentou que o benefício
deve ser aplicado também aos trabalhadores homens,
em face do princípio da isonomia (artigo 5º, inciso
I, da Constituição). Argumentou que, quanto maior é
a jornada, maior o cansaço físico e/ou mental do
trabalhador, deixando-o mais exposto a situações que
colocam em risco sua segurança. O juízo da 15ª Vara
do Trabalho de Porto Alegre indeferiu o pedido.
Na corte, o relator do recurso, desembargador Clóvis
Schuch dos Santos, informou que o benefício está
previsto no artigo 384 da Consolidação das Leis do
Trabalho, inserido no Capítulo III, que trata da
Proteção do Trabalho da Mulher. Explicou que o
intervalo permite a remuneração com o adicional de
50% do valor da remuneração da hora normal de
trabalho, pela aplicação analógica do artigo 71,
parágrafo 4º, da CLT.
Schuch disse que o Supremo Tribunal Federal
posicionou-se no sentido de que a previsão contida
no artigo 384 da CLT não justifica a violação do
artigo 5º, inciso I, da Constituição. O entendimento
foi firmado quando o STF apreciou o Incidente de
Constitucionalidade no julgamento TST-IIN-RR-1.540/2005-046-12-00.5,
na sessão de 13 de fevereiro de 2009. Na mesma
linha, pontuou, segue a Súmula 65 do TRT-4, que só o
confere à empregada mulher.
"Isso porque as peculiaridades e as diferenciações
biológicas havidas entre o sexo feminino e masculino
acarretam reações diversas quando submetidos a
condições de trabalho mais gravosas, buscando o
dispositivo legal preservar a saúde e segurança do
trabalho da mulher", escreveu no acórdão.
Fonte: Consultor Jurídico
07/02/2017 -
Atraso no pagamento dos salários é falta grave do
empregador e autoriza a rescisão indireta do
contrato de trabalho
É que o salário, na grande maioria dos casos, é a
única fonte de renda do trabalhador, indispensável
para a sobrevivência dele e de sua família.
"O reclamante trabalhava para uma empresa prestadora
de serviços de limpeza e manutenção e procurou a JT
pretendendo a rescisão indireta do contrato de
trabalho, ao argumento de que a empregadora vinha
descumprindo vários direitos trabalhistas, inclusive
atrasando o pagamento dos salários. O caso foi
analisado pelo juiz Vitor Salino de Moura Eça, em
atuação na 12ª Vara do Trabalho de Belo
Horizonte/MG, que acolheu o pedido do trabalhador. O
magistrado constatou que a empregadora, de fato,
estava pagando os salários de seus empregados,
incluindo o reclamante, com atraso, o que é motivo
suficiente para a rescisão indireta do contrato. É
que o salário, na grande maioria dos casos, é a
única fonte de renda do trabalhador, indispensável
para a sobrevivência dele e de sua família.
A empregadora não negou a ocorrência de atrasos no
pagamento dos salários e argumentou que havia sido
iniciado processo de mediação junto ao Ministério
Público do Trabalho, com a presença da empregadora,
do sindicato da categoria e das empresas tomadoras
dos serviços. Juntou, inclusive, ao processo a ata
da audiência realizada na mediação (que corre sob o
nº 001244.2014.03.000/2), na qual os envolvidos
acertaram que os empregados seriam demitidos e
receberiam os salários atrasados e as verbas da
rescisão.
Para o julgador, a simples existência dessa mediação
e do acerto ali realizado já mostra que o atraso no
pagamento dos salários ao reclamante era, de fato,
uma realidade, constituindo prova suficiente do
cometimento da falta grave pela empregadora, o que
autoriza a rescisão indireta do contrato de
trabalho. É que, como na ata do acordo para
pagamento dos salários atrasados não consta o nome
dos trabalhadores incluídos nesse acerto, não há
como se presumir que o reclamante era um deles.
Nesse contexto, o magistrado concluiu pela rescisão
indireta do contrato de trabalho do reclamante, na
forma do disposto no artigo 483, alínea d, da CLT,
condenando a empresa a pagar ao trabalhador as
verbas rescisórias decorrentes, incluindo os
salários atrasados. A empresa não recorreu da
sentença ao TRT-MG. PJe: Processo nº
0000643-25.2014.5.03.0012. Sentença em: 30/05/2014
Fonte: Jusbrasil
07/02/2017 -
A empresa pode alterar o horário de trabalho do
funcionário?
Alteração de horário de trabalho é sim permitido.
Está regulado no Artigo 468 da CLT que diz:
Artigo 468 Nos contratos individuais de trabalho só
é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garanti.
* Vide arts 7.º, VI, XXVII, 37, XV, DA CF DE 1988 E
17 DO ADCT
Parágrafo único: Não se considera alteração
unilateral a determinação do empregador para que o
respectivo empregado reverta ao cargo efetivo,
anteriormente ocupado, deixando o exercício de
função de confiança.
Essas mudanças só podem ser feitas quando há um
mútuo consentimento. Só pode acontecer quando o
funcionário concorda com essas mudanças, e essas
mudanças também não podem trazer prejuízos ao
trabalhador.
Exemplo: Trocar o trabalhador do turno noturno para
o diurno numa filial que seja longe da casa dele e
que tenha difícil acesso e que tenha dificuldade de
obter condução para o trabalho, isso trará um
prejuízo para o trabalhador, e essa alteração é
inválida.
Toda alteração, seja de horário de turno ou de sede
de filial, que não tenha a autorização expressa por
escrito pelo funcionário ela é nula, não existe, ela
não pode acontecer e deve ser desfeita.
Porém fique atento: A mudança só pode ser feita
quando tiver uma aceitação expressa de você,
funcionário.
Fonte: Jusbrasil
06/02/2017 -
Câmara instala comissão que vai examinar reforma da
Previdência
A Câmara dos Deputados pode instalar, nesta semana,
a comissão especial vai debater e votar a reforma da
Previdência (PEC 287/16). O presidente do colegiado
e o relator dos trabalhos já estão indicados, que
serão, respectivamente, os deputados Sergio Zveiter
(PMDB-RJ) e Arthur Maia (PPS-BA).
Após a instalação do colegiado, que será feito
depois que os líderes partidários indicarem os
membros do órgão, será aberto prazo de dez sessões
para apresentação de emendas ao texto, fim dos quais
o relator poderá apresentar parecer sobre a
proposta. A previsão é que a comissão encerre os
trabalhos, com a votação da matéria, no final de
março.
O prazo total da proposta na comissão é de 40
sessões ou cerca de dois meses. Em geral esses
prazos regimentais não são cumpridos. Votada a
matéria no colegiado, o texto vai ao exame do
plenário para votação em dois turnos.
Perfil
O deputado Arthur Maia está no 2º mandato, baiano,
advogado e mestre em Direito Econômico. Destaca-se
como formulador. Foi o relator, na Câmara, do
projeto de lei da terceirização (PL 4.330/04).
Pauta da semana
O Colégio de Líderes se reúne, nesta terça-feira (7),
às 11 horas, para discutir a pauta de votações da
semana. A reunião vai ocorrer no gabinete da
Presidência da Câmara.
Reforma trabalhista
Há a expectativa de o presidente da Casa anunciar a
instalação, também, da comissão especial que vai
examinar a reforma trabalhista, nos termos do PL
6.787/16. O colegiado já foi constituído.
Para começar os trabalhos do órgão, os líderes
partidários precisam indicar os membros, que em
seguida escolhem o presidente dos trabalhos, que por
sua vez, indica o relator. Já é sabido o nome do
relator, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
Fonte: Diap
06/02/2017 -
Reforma trabalhista: Rodrigo Maia constitui comissão
especial
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
constituiu, na última sexta-feira (3), a comissão
especial que vai debater e votar, conclusivamente, o
PL 6.787/16, que trata da reforma trabalhista. O ato
seguinte vai ser instalar o colegiado assim que os
líderes partidários indicarem seus membros.
Para relatar o projeto, no colegiado, foi designado
o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). O presidente
da comissão ainda não foi escolhido. Ele está no 3º
mandato, é economista, professor e administrador
público. Natural de Natal foi vereador na capital
potiguar.
Para ser formalmente considerado relator do projeto,
é necessário, agora, a instalação da comissão
especial e eleição do presidente, que designará o
relator. Marinho, que votou favoravelmente ao PL
4.330/04, em entrevista afirmou que sua intenção é
fazer um “pente-fino” nos mais de dois mil projetos
de mudanças na legislação trabalhista em tramitação,
para acelerar a reforma, podendo incluir temas
polêmicos evitados pelo planalto, como a
terceirização e o trabalho intermitente. Leia mais
sobre a reforma trabalhista.
Por esta posição do relator vê-se que ele está
afinado com a posição da bancada empresarial e do
mercado. Desse modo, a luta do movimento sindical
para derrotar esse projeto deverá se elevar
substantivamente.
Tramitação
A comissão terá prazo de 10 sessões, sendo as
primeiras cinco para apresentação de emendas ao
texto. A partir da sexta sessão, o relator poderá
apresentar seu parecer.
Poderá haver outras possibilidades de prazo: 1) o
relator pode definir um calendário; 2) o prazo
poderá se estender até concluir-se a votação; e 3)
ser até de 40 sessões para debates e votação da
matéria.
Prazo
Ao final desse período pré-estabelecido para
funcionamento da comissão, abre-se prazo para
apresentação de recurso contra a decisão conclusiva
do órgão.
É necessário o apoiamento de 52 deputados para levar
o recurso ao plenário, a fim de que a matéria seja
apreciada também pelo conjunto da Câmara.
Destaque-se que, raramente, estes prazos são
fielmente cumpridos pela Casa.
Urgência
Pode ser que haja, ainda, pedido de urgência
solicitada pelo Executivo ou por iniciativa dos
deputados. Caso seja aprovado requerimento com este
propósito, são necessários 257 votos favoráveis ao
requerimento de urgência, ou assinatura de líderes
que represente este total.
Se isto ocorrer, o projeto vai à apreciação direta
no plenário da Câmara. Esta seria uma estratégia
para acelerar a tramitação e votação na Casa.
Fonte: Diap
06/02/2017 -
PT lutará para impedir aprovação das reformas da
Previdência e trabalhista
O PT anunciou que deverá juntar esforços para
impedir que o governo federal consiga aprovar na
Câmara dos Deputados as reformas da Previdência e
trabalhista.
“São propostas que criam muitos problemas e retiram
direitos da população”, afirma o novo líder do
partido, deputado Carlos Zarattini (SP), que está no
terceiro mandato como deputado federal e assume a
liderança pela primeira vez.
Segundo Zarattini, o partido propõe a discussão de
uma reforma tributária que passe a tributar a renda
e o patrimônio, em vez do consumo, e uma reforma
política que democratize as eleições.
Economista, Zarattini é especialista em transportes
e também um dos autores da proposta que dá
exclusividade aos taxistas no transporte de
passageiros em todo o País (PL 5587/16).
Leia abaixo entrevista com o deputado Carlos
Zarattini:
Quais as prioridades do partido para este ano?
Nós vamos fazer uma obstrução para impedir que os
projetos que o governo Temer quer aprovar com maior
rapidez, que são os da reforma Previdência e o da
reforma trabalhista, sigam adiante.
São propostas que criam muitos problemas para o povo
brasileiro e retiram direitos da população. As
pessoas praticamente não vão mais conseguir se
aposentar. No caso da reforma trabalhista, as
pessoas vão ter que trabalhar mais horas por dia.
Então vamos discutir projetos alternativos a esses,
para dar uma esperança ao povo brasileiro.
Que projetos alternativos seriam esses?
Temos que discutir a reforma tributária, porque aqui o
povo mais pobre paga muito imposto e os mais ricos,
a minoria, pagam menos. É preciso fazer uma reforma
tributária para garantir que os que ganham mais
paguem mais e os que ganham menos paguem menos ou
não paguem.
Hoje uma pessoa pobre não paga Imposto de Renda, mas
paga ICMS, paga PIS e Cofins indiretamente nos
produtos que compra. Queremos retirar os impostos
sobre o consumo e tributar a renda e o patrimônio
dos mais ricos.
Que outras propostas serão prioridade?
Nós vamos ter que fazer uma discussão forte sobre a
questão penal no Brasil. Tivemos essas revoltas nas
penitenciarias, essas matanças. Temos uma legislação
penal que coloca cada vez mais gente na cadeia e já
estamos chegando a 700 mil presos. Precisamos de uma
legislação que reduza o contato de presos comuns com
criminosos perigosos. Só assim será possível
resolver a questão da reincidência.
O senhor acha que a reforma política pode avançar
este ano?
O relator da reforma política é do nosso partido,
deputado Vicente Candido (PT-SP), e a gente precisa
aprovar uma nova reforma que democratize as
eleições, que reduza a influência das empresas e que
permita ao povo escolher seus representantes da
melhor forma possível. Vamos trabalhar para que ela
seja aprovada ainda no primeiro semestre.
Fonte: Agência Câmara
06/02/2017 -
Previdência: agora é pressão total!
É de suma importância que trabalhadores,
aposentados, pensionistas e outros segmentos sociais
participem ativamente desta luta. Privar os
trabalhadores de direitos adquiridos, no decorrer
dos anos, com muita luta, justamente num período de
dinheiro curto, juros altos e desemprego, é
penalizar cruelmente quem tanto ajudou, e segue
ajudando, na construção e no desenvolvimento do
País.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)*
Os trabalhadores brasileiros vão intensificar a luta
por mudanças na reforma da Previdência Social
proposta pelo governo de forma que a mesma não
suprima direitos dos trabalhadores, e para que não
dificulte o acesso de homens e mulheres à
aposentadoria. O referido texto, se levado adiante
como foi apresentado, prejudica enormemente
trabalhadores da ativa e aposentados, além da
própria Instituição.
No último dia 25, cerca de trinta mil trabalhadores
e aposentados participaram da grande manifestação
por mudanças na reforma previdenciária realizada em
São Paulo pelo Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi)
e pela Força Sindical, e votaram favoravelmente às
mudanças que defendemos, entre elas o
estabelecimento de uma idade mínima de sessenta anos
para os homens se aposentarem e 58 para as mulheres,
além de garantir uma Previdência justa e sem
privilégios.
O intuito das centrais sindicais, em unidade de
ação, encampa a realização de novas manifestações
favoráveis às alterações que queremos na redação
original da proposta e, inclusive, pressionar as
lideranças partidárias no Congresso para que nossa
causa seja abraçada, além de um corpo a corpo em
Brasília para sensibilizar os parlamentares a
decidir em favor dos trabalhadores.
Uma frente parlamentar mista, formada por mim,
representando o Solidariedade-SP, e pelos deputados
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Adalberto Galvão, o
Bebeto (PSB-BA), e Rogério Rosso (PSD-DF), vai
protocolar no Congresso Nacional, em fevereiro, uma
emenda com as mudanças pretendidas pelas entidades
sindicais e pelo conjunto dos trabalhadores.
É de suma importância que trabalhadores,
aposentados, pensionistas e outros segmentos sociais
participem ativamente desta luta. Privar os
trabalhadores de direitos adquiridos, no decorrer
dos anos, com muita luta, justamente num período de
dinheiro curto, juros altos e desemprego, é
penalizar cruelmente quem tanto ajudou, e segue
ajudando, na construção e no desenvolvimento do
País.
Vamos lutar pela Previdência que queremos! Agora é
pressão total!
(*) Presidente da Força Sindical, deputado
federal por São Paulo e presidente nacional do
partido Solidariedade
Fonte: Diap
06/02/2017 -
Caixa Econômica alerta sobre falso calendário de
contas inativas do FGTS
O calendário que circula em redes sociais e
aplicativos de celulares sobre o cronograma para o
saque integral de contas inativas do FGTS é falso. O
alerta é da Caixa Econômica Federal.
Fique atento! Essas informações falsas têm sido
compartilhadas em redes sociais com supostas datas
para os saques, mas segundo a Caixa as datas do
pagamento devem sair até a segunda semana de
fevereiro.
Quando essas datas forem apresentadas, serão
divulgadas no site da instituição e em outros canais
oficiais. O calendário deve trazer um cronograma
baseado nas datas de aniversário de cada
trabalhador.
Tem direito a sacar o dinheiro do FGTS quem tem
dinheiro em uma conta inativa até 31 de dezembro de
2015, conforme anúncio feito pelo governo federal em
dezembro do ano passado.
Fonte: Portal EBC
06/02/2017 -
Caixa: Calendário de saque do FGTS sai na primeira
quinzena de fevereiro
A Caixa Econômica Federal informou que o calendário
para o saque de contas inativas do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) será divulgado ainda
na primeira quinzena de fevereiro.
No final do ano passado, o presidente Michel Temer
anunciou que os trabalhadores poderão sacar todo o
dinheiro que têm em contas inativas até 31 de
dezembro de 2015. No anúncio, o governo não deu
detalhes de como será o calendário de pagamento,
apenas que ele seria divulgado em fevereiro.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", a ordem dos
saques deve começar em março.
Governo diz que vai aumentar rendimento do FGTS
Também no final do ano passado, o governo anunciou uma
fórmula para tentar melhorar o rendimento do FGTS e
deixá-lo equivalente ao da poupança, mas essa
melhora depende dos resultados anuais do fundo.
Uma das principais críticas ao FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) é que ele rende pouco
e, caso o trabalhador pudesse colocar esse dinheiro
em outras aplicações, teria um retorno maior. Hoje,
o FGTS é corrigido pela TR + 3% ao ano. A poupança,
por exemplo, que é a aplicação mais popular entre os
brasileiros, rende TR + 6,17% ao ano.
Com a nova regra, no ano em que o fundo tiver lucro,
metade desse ganho terá que ser repartida com os
trabalhadores.
A Caixa Econômica Federal é a gestora do FGTS. Os
recursos são usados para financiar obras de
habitação, saneamento e infraestrutura de
transportes, além de serem investidos em aplicações
financeiras. Quando o resultado supera as despesas,
o fundo tem lucro.
Fonte: Jusbrasil
06/02/2017 -
Falta de assinatura na carteira de trabalho causa
danos morais ao empregado
A ausência de assinatura na carteira de trabalho
pelo empregador, por si só, ofende a honra do
funcionário e dá direito a indenização por danos
morais. Por isso, a 1ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul) reformou
sentença, no aspecto, para condenar um clube de
futebol a pagar R$ 2 mil de reparação moral a seu
ex-preparador físico.
No processo na 1ª Vara do Trabalho de Santa Maria o
autor afirmou que foi contratado para trabalhar como
preparador físico entre 13 de fevereiro e 10 de
abril de 2011 —quando desligou-se voluntariamente
por falta de pagamento dos salários. Como a
contratação se deu de forma verbal, a relação
trabalhista não foi registrada na sua carteira de
trabalho. Alegou que a falta de assinatura fere a
dignidade e marginaliza o trabalhador.
A juíza do trabalho Elizabeth Bacin Hermes indeferiu
o pedido, por entender que os fatos apresentados no
processo não justificam a reparação. “Isso porque a
indenização por dano moral só é devida quando
cabalmente demonstrado ter o empregado sofrido
humilhações, prejuízos, sofrimentos morais ou
prejuízos outros decorrentes de atitude arbitrária
do empregador. Não se configura, portanto, em razão
do simples inadimplemento de rubrica que seria
devida”, escreveu na sentença.
A relatora do recurso na 1ª Turma do TRT-4,
desembargadora Rosane Serafini Casa Nova, afirmou
que a omissão do empregador, por si só, ofende a
integridade de seus empregados, pois impede que os
formalmente registrados tenham acesso aos benefícios
previstos na legislação trabalhista. “Se a simples
retenção da CTPS por prazo maior que 48h dá direito
à indenização por dano moral, nos termos da Súmula
82 deste Tribunal, maior razão há para que seja
deferida indenização nos casos em que o empregador
se exime de seu dever de assinar a carteira de
trabalho do empregado”, anotou no acórdão.
Além da súmula, a julgadora citou precedente da 3ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em acórdão
relatado pelo ministro Alberto Bresciani. Diz a
ementa do Recurso de Revista 1607006420095010071: “O
quadro descrito no acórdão regional permite concluir
pela existência de dano moral, em face da
inobservância, pelo empregador, do direito
primordial do trabalhador de ter o seu contrato de
trabalho anotado em Carteira de Trabalho e
Previdência Social, que lhe possibilita o acesso aos
benefícios assegurados somente àqueles formalmente
registrados”.
Fonte: Consultor Jurídico
06/02/2017 -
Comissão obriga INSS a disponibilizar a segurados
informações constantes em cadastro
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática aprovou proposta que obriga o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) a disponibilizar
aos segurados as informações constantes no Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS), em seu sítio
na internet, terminais de autoatendimento,
aplicativos para smartphones ou outra forma
eletrônica.
O CNIS é a base de dados nacional que contém
informações cadastrais de trabalhadores empregados e
contribuintes individuais, empregadores, vínculos
empregatícios e remunerações. Pelo CNIS, o
trabalhador consegue acompanhar, mensalmente, todas
as informações lançadas pelo empregador em seu
cadastro no INSS.
A proposta, que altera o Regime Geral de Previdência
Social (Lei 8.213/91), também obriga o INSS a
repassar as informações constantes no INSS às
instituições financeiras, que deverão as
disponibilizar aos correntistas que recebem
benefícios por meio de depósitos em conta corrente
alternativas.
O texto aprovado é o substitutivo do relator,
deputado Marcelo Aguiar (DEM-SP), ao Projeto de Lei
4713/16, do deputado Felipe Maia (DEM-RN). O projeto
original obriga o INSS a determinar que o extrato
anual das contribuições pagas pela seguradora seja
disponibilizado por meio da rede bancária a todos
que receberem benefícios por meio de depósito em
conta corrente.
“As instituições financeiras não dispõem de tais
informações previdenciárias constantes do Cadastro
Nacional de Informações Sociais, devendo, portanto,
recebê-las do INSS”, ponderou o relatou. “Nesse
sentido, cabe acrescentar a obrigação do repasse
dessas informações às instituições financeiras”,
completou.
“Mais ainda, de modo a mais facilmente massificar o
acesso às informações previdenciárias, é oportuno
acrescentarmos ao projeto de lei que tanto o INSS
quanto as instituições financeiras deverão
disponibilizá-las, por qualquer meio”, completou.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado agora pelas comissões de Seguridade Social
e Família; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Jusbrasil
06/02/2017 -
TRT-3 reconhece possibilidade de fixação de base de
cálculo do adicional de periculosidade em negociação
coletiva
A 9ª Turma do TRT mineiro, em voto de relatoria da
desembargadora Maria Stela Álvares da Silva Campos,
confirmou decisão de 1º grau que reconheceu a
possibilidade de negociação da base de cálculo do
adicional de periculosidade por meio de acordo ou
convenção coletiva, desde que nunca inferior àquela
prevista no § 1º do artigo 193 da CLT.
No caso, um ex-empregado da Cemig recorreu da
decisão que indeferiu seu pedido de pagamento de
diferenças de adicional de periculosidade. As
Convenções Coletivas de Trabalho aplicáveis à
situação, alterando a base de cálculo do adicional
de periculosidade, previam o seu pagamento no
percentual de 30% sobre o salário base dos
empregados. Mas, conforme defendeu o trabalhador, as
negociações coletivas não poderiam abranger essa
matéria. Para ele, o adicional deveria incidir sobre
a totalidade das parcelas de cunho salarial, com
base no disposto na Súmula 191 do TST e no artigo 1º
da Lei 7.369/85.
A relatora do recurso, no entanto, não deu razão ao
empregado. Lembrando que a Constituição Federal, em
seu artigo 7º, XXVI, impõe o respeito às convenções
e acordos coletivos de trabalho, a julgadora
ponderou que, quando legitimamente firmados pelas
representações sindicais, eles devem ser
reconhecidos e fielmente observados. Isso porque a
negociação coletiva se processa através de
concessões mútuas. Assim, para ela, os instrumentos
coletivos devem ser analisados como um todo
indivisível, e não isoladamente em cada uma de suas
cláusulas, isto é, de acordo com o princípio do
conglobamento.
No caso, como frisou a desembargadora, os acordos
coletivos asseguram aos empregados da Cemig vários
outros direitos e benefícios, a exemplo da
Participação nos Lucros e Resultados, adicional de
horas extras majorado, gratificações especiais,
adicional por tempo de serviço, salário habitação,
ajuda de custo para formação, seguro de vida, entre
outros. Nesse sentido, citou precedente da 9ª Turma
sobre esse mesmo tema.
Por fim, esclareceu a relatora que, assim como a OJ
279 da SDI-I, a Súmula 191, ambas do TST, não
constituem impeditivo à negociação coletiva
realizada, pois nada estipulam acerca da
possibilidade de transação da base de cálculo do
adicional de periculosidade para o eletricitário.
O entendimento foi acompanhado pelos demais
julgadores da Turma, que negou provimento ao recurso
do trabalhador.
PJe: Processo nº 0010746-93.2014.5.03.0173
Fonte: TRT-3
03/02/2017 -
Maia anuncia comissões especiais e relatores das
reformas trabalhista e previdenciária
Eleito para um mandato de dois anos na Presidência
da Câmara, Rodrigo Maia afirmou em entrevista
coletiva que vai instalar na próxima semana a
comissão especial da reforma da Previdência e
anunciou o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) como
relator da reforma trabalhista, cuja comissão também
deverá ser instalada na semana que vem.
Maia também anunciou o deputado Sergio Zveiter
(PMDB-RJ) como presidente da comissão especial que
vai analisar a reforma da Previdência e o deputado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) como relator.
Rodrigo Maia ressaltou que a Câmara precisa ser
protagonista das reformas de que o País precisa. Ele
também afirmou que vai ampliar o debate sobre
matérias polêmicas.
“Entendemos que a Câmara precisa ser protagonista
nesse processo, precisa efetivamente avançar nessas
votações e em tantas outras, como a votação do pacto
federativo, e precisamos terminar 2018 com a certeza
de que a Câmara dos Deputados comanda a reforma do
Estado brasileiro, é uma Câmara reformista. Esse é o
meu objetivo e é o objetivo da maioria da Casa”,
afirmou.
O presidente disse ainda que seu objetivo é que a
Câmara aprove ainda neste semestre as reformas da
Previdência e trabalhista. “Espero que o prazo seja
o mais rápido possível onde estejam garantidos o
debate e a transparência”, destacou Maia.
Fonte: Agência Câmara
03/02/2017 -
Temer diz que reforma da Previdência é "inadiável"
Na mensagem enviada ao Congresso lida na sessão
solene de abertura do ano legislativo, o presidente
Michel Temer disse que as “grandes reformas de que o
Brasil precisa” devem ser encaradas “sem rodeios”. E
destacou que a proposta de mudança na aposentadoria
dos brasileiros é a reforma prioritária de seu
governo.
“Sabemos todos que o assunto é sensível – mas é
inadiável. Hoje, as contas da Previdência
simplesmente não fecham, e a realidade demográfica
se impõe. A reforma é fundamental para garantir as
aposentadorias de amanhã, para garantir futuro mais
seguro para nossos jovens”, disse, afirmando que o
governo encaminhou uma proposta de reforma “séria e
consequente”.
Sobre a reforma trabalhista, o presidente disse que
os direitos “sagrados” não serão suprimidos. Segundo
ele, as normas que regem as relações de trabalho
precisam ser modernizadas e ajustadas à economia
contemporânea.
Além de citar investimentos na saúde, educação e nos
programas Bolsa Família e Minha Casa,Minha Vida,
Temer citou também a crise carcerária pela qual
passa o país. O presidente disse que o Plano
Nacional de Segurança Pública, lançado no mês
passado, envolve todas as esferas do Poder Público,
contendo metas “específicas em áreas prioritárias”.
“O crime no Brasil atingiu escala inaceitável. Não
podemos tolerar a banalização da violência. Muitas
prisões converteram-se em espaços de barbárie e de
atuação desimpedida do crime organizado. O fenômeno
é grave e exige resposta inteligente e articulada”,
escreveu.
Após pregar diálogo e harmonia entre o Executivo e o
Legislativo, o presidente fez críticas ao governo
anterior dizendo que em 2016 “a verdade triunfou
sobre o ilusionismo” e que, neste ano, “a confiança
triunfará sobre o desânimo”.
“Em nossas trajetórias políticas, lutamos pela
democracia e vencemos. Lutamos contra a espiral
inflacionária e conquistamos uma moeda estável.
Lutamos por direitos sociais e progredimos. Agora,
estamos lutando contra o descontrole fiscal, contra
a recessão, contra o desemprego. Não tenhamos dúvida
de que superaremos mais esta etapa”, disse Temer aos
parlamentares.
A mensagem presidencial foi entregue ao novo
presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O
texto foi lido pelo segundo-secretário do Congresso,
senador Gladson Cameli (PP-AC).
No início da solenidade, os parlamentares fizeram um
minuto de silêncio pela morte da ex-primeira-dama
Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do
ex-presidente Lula, que teve a morte cerebral
declarada nesta quinta-feira (2).
Fonte: Agência Brasil
03/02/2017 -
Senado defende tramitação da reforma da Previdência,
contestada no STF
Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal
(STF) no início deste ano, o Senado defendeu a
tramitação da reforma da Previdência, cuja suspensão
foi pedida ao tribunal. A ação é relatada pela
ministra Rosa Weber.
“Não se pode calar o Parlamento com receio de que
produza solução desfavorável”, afirma a peça, que
foi divulgada nesta quinta-feira (2) e é assinada
por quatro advogados, incluindo o advogado-geral do
Senado, Alberto Cascais.
Na ação, a Confederação Nacional de Trabalhadores da
Indústria Química (CNTQ) e mais dois sindicatos
pedem ao STF a suspensão imediata da tramitação da
proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a
alteração das regras da aposentadoria.
A PEC 287/2016, que trata da reforma da Previdência,
foi enviada pelo governo Temer ao Congresso Nacional
no início de dezembro. Em poucos dias, a proposta
teve a admissibilidade aprovada pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e, com a
volta dos parlamentares do recesso, no início deste
mês, deve começar a ser discutida em uma comissão
especial.
Os advogados do Senado argumentaram que, por ainda
estar na fase de debates no Congresso, qualquer
contestação ou pedido relacionados à reforma da
Previdência deve ser encaminhada aos parlamentares,
e não ao Judiciário, que não teria poder preventivo
contra propostas em tramitação.
“Só será tempestivo o controle de
constitucionalidade da proposição impugnada após seu
aperfeiçoamento, porque até lá o que existe são
conjecturas”, escreveram os advogados do Senado. “Se
a proposição produzida pelo Poder Executivo não
agradou aos impetrantes, a resposta deve se dirigir
a seu chefe e se limitar ao campo político.”
Os autores da ação no STF argumentam que o texto
proposto pelo governo fere preceitos fundamentais da
Constituição, incluindo cláusulas pétreas, ou seja,
que não poderiam ser alteradas por meio de uma PEC.
Entre os preceitos violados estariam a cidadania e a
dignidade humana e o direito a uma aposentadoria
digna.
“A norma em si não ofende direitos. O que pode
invadir indevidamente a esfera jurídica do cidadão é
a execução de norma. Os Poderes da República não
poderão executar norma ainda em estado
pré-embrionário”, respondeu o Senado.
Na semana passada, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, manifestou-se contra o conhecimento
da ação, argumentando que a própria jurisprudência
do STF não permite a intervenção da Corte no
processo legislativo. Não há prazo para que a
ministra Rosa Weber profira uma decisão sobre o
assunto.
Proposta
Pelas regras propostas pelo governo, o trabalhador
precisa atingir a idade mínima de 65 anos e pelo
menos 25 anos de contribuição para poder se
aposentar. Nesse caso, ele receberá 76% do valor da
aposentadoria – que corresponderá a 51% da média dos
salários de contribuição, acrescidos de um ponto
percentual desta média para cada ano de
contribuição.
A cada ano que contribuir a mais, o trabalhador terá
direito a um ponto percentual. Desta forma, para
receber a aposentadoria integral (100% do valor), o
trabalhador precisará contribuir por 49 anos – a
soma dos 25 anos obrigatórios e 24 anos a mais.
O governo argumenta que a reforma é necessária por
causa do envelhecimento da população e do aumento
das despesas da União com o pagamento de
aposentadorias, e que as medidas fazem parte do
pacote de medidas do ajuste fiscal da economia.
Fonte: Agência Brasil
03/02/2017 -
Governo quer projeto de lei em votação ainda no
primeiro semestre
Atendendo aos pedidos das centrais sindicais, o
projeto de lei da modernização trabalhista vai
tramitar sem regime de urgência no Congresso
Nacional, informou nesta quarta-feira (01) o
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Apesar
disso, o governo quer que a proposta seja apreciada
pelos parlamentares até o meio do ano, antes do
recesso parlamentar.
"Conversamos com o presidente Michel Temer e ele
concordou [com o trâmite normal do projeto], mas ele
fez um apelo, de forma muito respeitosa, de rapidez
na análise dos pontos que podem ser aprimorados",
disse o ministro em reunião com as centrais
sindicais. "A ideia é que o projeto possa ser votado
ainda no primeiro semestre."
Ronaldo Nogueira recebeu em seu gabinete um Grupo de
Trabalho formado por representantes de seis centrais
e do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) para discutir
pontos do projeto de lei da modernização da
legislação trabalhista.
O grupo foi formado após sugestão do ministro em
reunião com as entidades sindicais na sede do
Dieese, em São Paulo, em janeiro. O objetivo dos
encontros é discutir pontos do projeto que podem ser
melhorados para atender, onde possível, as sugestões
das centrais sindicais.
A retirada de urgência do projeto era um pedido das
centrais sindicais, que pediam um tempo maior para
avaliar as propostas. O primeiro secretário-geral da
Força Sindical, Sergio Luiz Leite, destacou "a
importância do gesto" do governo. "Isso mostra que
há espaço para dialogar", afirmou.
O secretário de Relações do Trabalho do ministério,
Carlos Lacerda, reafirmou a posição já expressa do
ministro Ronaldo Nogueira pelo diálogo com todos os
setores envolvidos na questão da modernização da
legislação trabalhista. “Nós não abrimos as portas
para o diálogo. Nós tiramos as portas”, declarou.
O secretário-geral da Central Sindical Brasileira (CSB),
Álvaro Egea, defendeu o consenso das entidades
sindicais para que o debate em torno do projeto seja
fortalecido no Congresso. “Estamos dispostos a
debater esses pontos e trabalhar uma proposta de
consenso”, disse. O Grupo de Trabalho marcou uma
nova reunião para o dia 16 de fevereiro.
Na reunião desta quarta-feira participaram
representantes da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Sindical e
Popular (CSP-Conlutas), Força Sindical, Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Dieese e Ministério do
Trabalho.
Projeto de modernização – O projeto de modernização
da legislação trabalhista foi apresentado pelo
ministro Ronaldo Nogueira no dia 22 de dezembro em
solenidade no Palácio do Planalto. O projeto
fortalece a representação sindical e dá força de lei
às convenções coletivas a 12 pontos.
A proposta também regulamenta a representação de
trabalhadores nas empresas, o fracionamento de
férias em até três períodos e medidas de combate à
informalidade, com o aumento de multas pelo não
registro de trabalhadores.
O ministro Ronaldo Nogueira disse que a atualização
das leis trabalhistas representa um "momento
histórico" para o país. De acordo com ele, as
alterações na legislação têm potencial para
estimular a criação de mais de cinco milhões de
empregos.
Veja os principais pontos do projeto:
1- Convenções coletivas ganham força de lei nos
seguintes casos:
I. Parcelamento ou gozo de férias em até três vezes,
sendo que uma das frações não pode ser inferior a
duas semanas. O pagamento das férias é proporcional
ao tempo gozado pelo trabalhador;
II. Pactuação da forma de cumprimento da jornada de
trabalho, desde que não ultrapasse as atuais 220
horas mensais;
III. Pagamento da Participação nos Lucros e
Resultados (PLR) quando a empresa divulgar seus
balancetes trimestrais ou no limite dos prazos
estipulados em lei, desde que seja feito em pelo
menos duas parcelas;
IV. Forma de compensação do tempo de deslocamento
entre casa e trabalho em caso de ausência de
transporte público;
V. Intervalo intrajornada, com limite mínimo de 30
minutos;
VI. Disposição sobre validade da norma ou
instrumento coletivo de trabalho da categoria quando
expirado seu prazo;
VII. Ingresso no Programa Seguro-Emprego;
VIII. Estabelecimento de plano de cargos e salários;
IX. Banco de horas, garantida a conversão da hora
que exceder a jornada normal de trabalho com
acréscimo de no mínimo 50%;
X. Trabalho remoto;
XI. Remuneração por produtividade;
XII. Registro da jornada de trabalho.
2- Eleição de um representante dos empregados em
empresa com mais de 200 funcionários. O mandato é de
dois anos, com possibilidade de reeleição e com
garantia de emprego por seis meses após o término do
mandato. Convenções e acordos coletivos podem
ampliar para o máximo de cinco representantes por
estabelecimento.
3- Multa de R$ 6 mil por empregado não registrado e
de igual valor em caso de reincidência. No caso de
empregador rural, microempresas e empresas de
pequeno porte, a multa é de R$ 1 mil.
4- O contrato de trabalho temporário poderá ter 120
dias, podendo ser prorrogado uma única vez pelo
mesmo período.
5- Anotação do trabalho temporário na carteira de
trabalho conforme regra do artigo 41 da CLT.
6- Atualização do texto da Lei 6.019, de 1974,
esclarecendo que trabalhadores em regime de contrato
temporário têm os mesmos direitos previstos na CLT
relativos aos trabalhadores em regime de prazo
determinado.
7- Empresas de trabalho temporário são obrigadas a
fornecer às empresas contratantes ou clientes, a seu
pedido, comprovante das obrigações sociais (FGTS,
INSS, certidão negativa de débitos).
8- Passa a ser considerado regime de tempo parcial
de trabalho aquele cuja duração seja de 30 horas
semanais sem possibilidade de horas extras semanais
ou aquele com jornada de 26 horas semanais ou menos,
que pode ser suplementado com mais seis horas extras
semanais. As horas extras, nesse caso, passam a ser
pagas com acréscimo de 50%. Os funcionários também
podem converter um terço do período de férias em
abono em dinheiro. As férias se igualam às dos
demais trabalhadores da CLT.
9- O pedido de demissão ou recibo de quitação de
rescisão de empregado com mais de um ano de contrato
de trabalho só é válido quando assistido por
representante do sindicato ou do Ministério do
Trabalho.
Fonte: MT
03/02/2017 -
Pagamento de dívida trabalhista afasta
impenhorabilidade de conta-poupança
TRT-4 Para pagamento de dívida trabalhista, TRT-RS
autoriza penhora parcial de salário depositado em
conta-poupança.
A Seção Especializada em Execução (SEEx) do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) considerou
válida a penhora de valores em uma conta-poupança
que era utilizada como conta-corrente. Os
desembargadores mantiveram decisão da juíza Simone
Silva Ruas, da 1ª Vara do Trabalho de Rio Grande.
Na fase de execução do processo, o réu alegou que os
valores bloqueados eram impenhoráveis por ser
oriundos de salário e depositados em conta-poupança
— aplicação classificada como impenhorável no art.
833, inciso X, do Código de Processo Civil (CPC).
Conforme o relator do acórdão, desembargador Fabiano
Holz Beserra, as movimentações constantes na conta
descaracterizam a finalidade de poupança protegida
pela lei. “Diante do depósito integral do salário e
da extensa movimentação ocorrida na referida conta
poupança, consoante se verifica no extrato do
referido mês, resta claro que a referida conta é
utilizada pelo executado como conta corrente, não se
beneficiando da impenhorabilidade prevista
atualmente no art. 833, inciso X, do novo CPC”, cita
a decisão. Além disso, o magistrado lembra que o §
2º do art. 833 do Código de Processo Civil permite a
penhora de salário e poupança em casos que envolvem
verba alimentar, independente da origem, e o § 3º
“coloca no mesmo nível a dívida de natureza
alimentar e trabalhista, reconhecendo assim a
semelhança da natureza de tais créditos”. De acordo
com o magistrado, a única limitação na penhora é que
o bloqueio não pode ultrapassar 50% dos valores
líquidos depositados a título de salário no mês
correspondente. Processo n.
0064300-97.1999.5.04.0121
Fonte: TRT4
03/02/2017 -
Ministério vai capacitar servidores para mediação
trabalhista
Servidores do Ministério do Trabalho em todo o país
começarão em março um curso de capacitação sobre
mediação trabalhista. O objetivo das mediações é
buscar acordos entre as partes para evitar que as
disputas trabalhistas cheguem à Justiça. No ano
passado as superintendências regionais, gerências e
agências do ministério nos estados e Distrito
Federal participaram de 18 mil mediações, com um
índice de 89% de acordos alcançados.
“Apesar de já ser um índice elevado, esse número
pode ser melhorado”, disse o ministro Ronaldo
Nogueira. “Precisamos lembrar que cada acordo
alcançado significa menos gastos com a Justiça, que
já tem uma demanda enorme de questões para julgar,
e, principalmente, alívio para os trabalhadores
envolvidos, que esperam solução para os seus
problemas no menor tempo possível. O diálogo é
sempre a melhor opção”, afirmou o ministro.
De acordo com a Secretaria de Relações do Trabalho,
a capacitação será feita inicialmente com 60
servidores das superintendências. Eles servirão de
multiplicadores em novos cursos de capacitação nas
gerências regionais e agências do Trabalho em todo
país. A carga horária dos cursos é de 40 horas, com
aulas de princípios do direito do trabalho com
ênfase em direitos trabalhistas e diálogo social. O
investimento previsto é de cerca de R$ 115 mil.
Hoje, empresas e sindicatos de trabalhadores podem
fazer pedidos de mediação do ministério por meio do
Sistema Mediador, disponível na página do Ministério
do Trabalho. Após o registro, o interessado deve
imprimir a Solicitação de Mediação e entregá-la
assinada no setor de protocolo da Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego ou em uma de suas
unidades para formalização de processo. Caso as
partes concordem com os termos da mediação, devem
arquivar o acordo assinado no sistema, para consulta
pública.
A proposta do Ministério do Trabalho é evitar a
judicialização das questões trabalhistas, pelo custo
e impasse causado às partes. No ano passado, a
Justiça do Trabalho tinha mais de 6,3 milhões de
processos em tramitação em todo o país.
Fonte: MT
03/02/2017 -
Despesa com educação de empregados pode passar a ser
deduzida do IR de empresas
A empresa poderá deduzir, na apuração do lucro real
para efeitos de cálculo do Imposto de Renda (IR), as
despesas com o custeio da educação de seus
empregados. Essa dedução afetará também a base de
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL). A medida é prevista no Projeto de Lei do
Senado (PLS) 697/2011, que tramita na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) depois de ter sido
aprovado nas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e
de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o projeto recebeu
substitutivo do relator na CAE, Benedito de Lira
(PP-AL). O novo texto, que altera a Lei 9.249/1995,
esclarece que a despesa a ser deduzida poderá se
realizar em quaisquer área do conhecimento e nível
de escolaridade, em estabelecimento de ensino
próprio ou de terceiros. A dedução abrange valores
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros
e material didático.
O substitutivo de Lira incorpora emenda da CAS que
estende o benefício às pessoas físicas empregadores,
que poderão deduzir da base de cálculo do Imposto de
Renda os gastos com a educação de seus empregados.
"Assim, os empregados domésticos também poderão ter
acesso a uma melhor qualificação", afirma o
relatório do senador.
Aécio Neves espera, com a proposta, que as empresas
se transformem em mais um veículo de acesso à
educação. O autor da proposta lembra que o país tem
hoje 14 milhões de pessoas acima de 15 anos de idade
que não sabem ler nem escrever.
Fonte: Agência Senado
03/02/2017 -
Turma condena Riachuelo por lesão que impediu
costureira de trabalhar na mesma função
A Guararapes Confecções S.A. (Grupo Riachuelo) foi
condenada pela Primeira Turma do Tribunal Superior
do Trabalho a indenizar uma costureira que, em
decorrência da atividade que desempenhou por 17 anos
na empresa, adquiriu síndrome do túnel do carpo e
teve de passar por readaptação para realizar
atividades que não exijam esforço físico. Ela
receberá R$ 10 mil a título de danos morais, e
caberá ao Tribunal Regional do Trabalho da 21ª
Região examinar novamente o caso com base na
premissa de que ela tem direito, também, a
indenização por danos materiais.
O TRT-RN, ao afastar a condenação por danos
materiais, afirmou que, de acordo com laudo
pericial, a capacidade de trabalho da empregada foi
somente restringida, pois embora tenha ficado
incapaz para atividades que exijam esforços físicos,
pôde ser readaptada em outra função. No recurso ao
TST, a costureira sustentou que as atividades que
desempenhava na empresa contribuíram para o
agravamento da lesão, destacando trechos da perícia
que confirmam sua incapacidade permanente para
tarefas como pregar gola e outras peças utilizando a
máquina overlock.
Segundo o relator do recurso, ministro Hugo Carlos
Scheurmann, em razão da patologia, a empregada está
incapacitada para a função que realizava. O fato de
poder desempenhar outras atividades não afasta a
conclusão pericial sobre a perda de capacidade para
o seu ofício ou profissão, o que justifica o
pagamento da indenização por danos materiais, como
estabelece o artigo 950 do Código Civil.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso
para restabelecer a sentença quanto à condenação por
danos materiais e determinou o retorno do recurso ao
Tribunal Regional para novo julgamento. Processo:
RR-263-85.2015.5.21.0005
Fonte: TST
02/02/2017 -
Centrais e ministro do Trabalho definem debates
sobre reforma trabalhista
Centrais e Confederações se reuniram na manhã desta
quarta (1º) com o ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, para debater o Projeto de Lei 6787/2016,
que trata da reforma trabalhista.
O encontro é desdobramento da reunião realizada dia
20 de janeiro na sede do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos), em São Paulo, quando o ministro
propôs a criação de um grupo técnico formado por
representantes das Centrais e do ministério para
avaliar o teor da reforma e propor alterações no
projeto.
A Agência Sindical falou com o diretor-técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele disse que a reunião
serviu para organizar os trabalhos. “O encontro foi
para organizar o processo de debate junto ao
governo, a fim de identificar alternativas,
divergências e convergências, para que o projeto
contemple todas as partes”, destaca.
Sergio Luiz Leite (Serginho), dirigente do setor
químico e 1º secretário da Força Sindical, disse que
a reunião foi positiva, porque reitera a disposição
para o diálogo. “Vamos nos empenhar para que a
reforma não imponha perdas aos trabalhadores. O
grupo técnico atuará para isso”.
Na oportunidade, o ministro reiterou que, atendendo
a pedido das Centrais, o governo concordou com a
retirada do regime de urgência para votação do
projeto no Congresso Nacional. “De nossa parte,
tendo em vista que é um projeto do executivo,
solicitamos ao ministro que a relatoria seja
entregue a alguém, evidentemente, que seja da base
do governo, mas que seja sensível às causas
trabalhistas, para que o trabalho que teremos agora
seja de fato válido”, ressalta Serginho.
O dirigente forcista considera ainda que, com a
retirada da urgência, haverá um tempo maior para os
debates e principalmente para esclarecer o real teor
da proposta. “Queremos, sim, fortalecer as
negociações coletivas sem subtrair direitos”,
afirma.
Fonte: Agência Sindical
02/02/2017 -
Eunício Oliveira do PMDB é o novo presidente do
Senado
Com 61 votos, o senador do PMDB, Eunício Oliveira, do
Ceará, foi eleito nessa quarta-feira (1) presidente
do Senado federal para os anos 2017 e 2018. O
Senador José Medeiros, do PSD, teve apenas 10 votos.
Outros 10 senadores votaram em branco.
Ex-líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, é
empresário e agropecuarista. Com 64 anos, Eunício
entrou na política em 1972, no extinto MDB, o
partido da oposição durante o regime militar. Já no
PMDB, foi deputado federal por três mandatos e
ministro das Comunicações no governo Lula entre 2004
e 2005. Em 2010, foi eleito senador pelo Ceará.
O parlamentar é citado em irregularidades em
delações premiadas da Operação Lava Jato, mas não
responde a nenhum inquérito da Procuradoria-Geral da
República.
Eunício Oliveira foi o relator da PEC do teto de
gastos, que limitou o orçamento da União pelos
próximos 20 anos. No discurso antes da votação,
Eunício defendeu mudanças na previdência e a agenda
econômica do governo federal. Também falou sobre a
unidade do Senado para vencer as crises políticas.
Já presidente, Eunício conduziu a eleição dos outros
membros da Mesa Diretora do Senado. Para primeira
vice-presidência foi eleito o senador Cássio Cunha
Lima, do PSDB, o senador João Alberto, do PMDB,
ficou com a segunda vice-presidência. José Pimentel,
do PT, ficou na primeira secretaria.
Os senadores Gladson Cameli, do PP, Antonio Carlos
Valadares, do PSB ,e Zezé Perrela, do PMDB, ficaram
com a 2ª, 3ª e 4ª secretarias, respectivamente.
Fonte: Portal EBC
02/02/2017 -
Produção industrial fecha 2016 com queda de 6,6%;
dezembro teve crescimento
A produção industrial brasileira fechou o ano
passado com queda de 6,6%, a terceira taxa anual
negativa consecutiva: em 2015, a produção da
indústria havia recuado 8,3% frente a 2014 que, por
sua vez, já havia fechado o ano com produção
negativa de 3% frente aos 12 meses imediatamente
anteriores, na série sem ajuste sazonal.
Apesar dos sucessivos números negativos nas taxas
anuais, em dezembro do ano passado a produção
industrial nacional cresceu 2,3% em relação ao mês
anterior – nesse caso, na série livre de influências
sazonais. O resultado de dezembro é a segunda taxa
positiva consecutiva, acumulando nos dois últimos
meses de 2016 expansão de 2,6%.
Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física (PIM-PF) – Brasil foram divulgados
nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que as
taxas anualizadas (indicador acumulado nos últimos
12 meses) permaneceram com o ritmo de queda iniciado
em junho de 2016 (-9,7%).
Os dados indicam ainda que em relação a dezembro de
2015 (série sem ajuste sazonal), houve queda de
0,1%, a 34ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de
comparação, mas a menos intensa da sequência.
Os índices do setor industrial foram também
negativos tanto para o fechamento do quarto
trimestre de 2016 (-3,1%), quanto para o acumulado
do segundo semestre do ano (-4,2%), as duas
comparações em relação aos mesmos períodos do ano
anterior.
Categorias
O crescimento de 2,3% na produção industrial
brasileira, na passagem de novembro para dezembro,
reflete resultados positivos em três das quatro
grandes categorias econômicas e em 16 dos 24 ramos
pesquisados pelo IBGE.
Entre as grandes categorias econômicas, os destaques
ficaram com bens de consumo duráveis, cujo
crescimento no período chegou a expressivos 6,5% e
bens de consumo semi e não duráveis, com crescimento
de 4,1%.
Segundo o IBGE, nessas duas categorias, os
resultados relativos ao mês de dezembro foram os
mais elevados desde os 9,8% de julho de 2015 (no
caso de bens de consumo duráveis), e dos 4,6% de
dezembro de 2005 (semi e não duráveis).
Ramos de atividade
No que se refere aos ramos de atividade, os dados de
dezembro do ano passado trazem como principal
destaque o de veículos automotores, reboques e
carrocerias, que chegou a crescer 10,8%, o maior
resultado para o segmento desde os 11,7% de junho de
2016.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de
perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene
pessoal (5,5%), de equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (15,2%), de produtos
de borracha e material plástico (8,3%) e de
confecção de artigos do vestuário e acessórios
(10,9%).
Entre os oito ramos que reduziram a produção em
dezembro, os desempenhos de maior importância para a
média global foram produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-11,7%), coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (-1,9%) e bebidas
(-5,5%).
Fonte: Agência Brasil
02/02/2017 -
IBGE: melhora em dezembro ainda não indica
recuperação da indústria em 2017
A produção industrial em dezembro do ano passado
cresceu 2,3% em relação ao mês anterior, segundo
dados divulgados na manhã desta quarta-feira (1º)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, (IBGE).
O aumento, no entanto, não foi suficiente para
reverter o resultado final de 2016, que fechou em
queda de 6,6% nem para melhorar as expectativas para
2017, por causa da manutenção do cenário econômico
ainda desfavorável.
“Quando se observam os fatores que levaram à queda
da produção em 2016, percebe-se que os mesmos
fatores ainda permanecem presentes na economia”,
disse o gerente da Coordenação de Indústria do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
(IBGE), André Macedo, ao comentar os dados. Entre
esses fatores, segundo ele, estão a queda da renda
real, a retração do mercado doméstico e do mercado
de trabalho.
“Então, mesmo com a recuperação de dezembro, ainda
está longe de se poder afirmar que esteja havendo
uma reversão de tendência. Claro que houve uma
melhora de ritmo na produção industrial nestes dois
últimos meses do ano, mas, ainda assim, longe de
recuperar as perdas do passado ou o começo de uma
trajetória ascendente da produção”, acrescentou o
gerente do IBGE.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal –
Produção Física Brasil, o resultado positivo de
dezembro foi influenciado por setores de bens de
consumo duráveis, que registrou crescimento de 6,5%;
e bens de consumo semi e não duráveis, com
crescimento de 4,1%.
Fonte: Agência Brasil
02/02/2017 -
Custo de vida na Grande São Paulo tem alta de 6,59%
em 2016
O custo de vida na região metropolitana de São Paulo
encerrou 2016 com alta de 6,59%, segundo pesquisa
divulgada nesta quarta-feria (1º) pela Federação do
Comércio do Estado de São Paulo. Em dezembro, o
índice teve elevação de 0,45%, contra os 0,34%
registrados em novembro. O resultado do ano está, no
entanto, abaixo dos 11,56% verificados em 2015.
No acumulado do ano, puxaram a alta da inflação os
setores de alimentação e bebidas, com elevação de
8,42%, e saúde e cuidados pessoais, com índice de
12,23%.
Em dezembro, a alta do custo de vida foi
influenciada pelos aumentos em transportes (1,69%) e
despesas pessoais (0,91%). O item saúde e cuidados
pessoais também registrou elevação acima do índice
geral para o mês, 0,56%.
O índice de preços do varejo teve, ao longo de 2016,
alta de 6,34%. Em dezembro, a elevação ficou em
0,29%. Os grupos saúde e cuidados pessoais e
alimentação e bebidas tiveram aumentos de 9,43% e
11,86%, respectivamente. Educação registrou alta de
7,52% no acumulado do ano passado.
Dentro da categoria alimentos, alguns produtos
tiveram inflação significativa, como o feijão
carioca (47,66%), frutas (21,53%) e pescados
(14,48%).
O Índice de Preços de Serviços teve elevação de
6,86% no acumulado de 2016 e de 0,76% em dezembro.
Fonte: Agência Brasil
02/02/2017 -
Ministério recebe propostas sobre saúde e segurança
de trabalhadores em limpeza urbana
Por meio de consulta pública, pasta vai receber
propostas que devem beneficiar 364 mil trabalhadores
O Ministério do Trabalho abriu consulta pública para
sugestões ao texto que trata da regulamentação das
normas de segurança e saúde dos trabalhadores de
serviços de limpeza urbana. O objetivo é concentrar
em uma única Norma Regulamentadora (NR) as regras
para o setor.
A elaboração de uma nova norma deve beneficiar 364
mil trabalhadores de serviço de limpeza urbana em
todo o país, além dos que atuam indiretamente com
coleta e reciclagem. Atualmente, várias
regulamentações esparsas regulam a atividade.
O anúncio da consulta pública foi publicado nesta
terça-feira (31) no Diário Oficial da União.
Interessados em dar sugestões podem encaminhar as
propostas pelo endereço trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/consultas-publicas.
Quem tiver dúvidas sobre o acesso ao sistema pode
enviar questões ao e-mail normatizacao.sit@mte.gov.br.
A consulta ficará aberta por 60 dias a partir da
publicação no Diário Oficial. Depois desse prazo,
uma comissão formada por trabalhadores, empresa e
governo vai estudar as propostas recebidas para
definir quais integrarão a NR.
Fonte: MT
02/02/2017 -
Decisão de juiz do trabalho sem fundamentação poderá
ser anulada
Poderá ser considerada nula a decisão de juiz
trabalhista que indeferir, sem fundamentação, a
oitiva de partes ou testemunhas ou perguntas
formuladas pelas partes envolvidas no processo. A
determinação consta no Projeto de Lei 6077/16, do
deputado Vander Loubet (PT-MS), em tramitação na
Câmara dos Deputados.
O projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT - Decreto-lei 5.452/43).
O objetivo da proposta, segundo Loubet, é equiparar
a Justiça do Trabalho à comum, onde as decisões já
são obrigatoriamente fundamentadas por exigência do
Código de Processo Civil (Lei 13.105/15). Esta
exigência também está prevista na Constituição.
Recursos
O deputado explica que em muitos casos, durante as
audiências trabalhistas, o juiz rejeita perguntas
formuladas pelas partes e indefere a oitiva de
testemunhas ou das próprias partes, sem a devida
fundamentação, com base apenas no poder de direção
geral do processo que lhe confere a CLT.
A falta de fundamentação, segundo Loubet, acaba por
dificultar o direito de recurso às instâncias
superiores, ferindo o direito das partes à ampla
defesa. “Entendemos que todas as decisões judiciais
devem ser fundamentadas e isso deve ser feito nos
moldes do que preconiza o Código de Processo Civil”,
defende.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões
de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
02/02/2017 -
Dependentes no IR a partir de 12 anos devem ter CPF,
decide Receita
Os contribuintes brasileiros que desejarem incluir
seus dependentes na declaração do Imposto de Renda
Pessoa Física (IRPF) 2017 terão de registrá-los a
partir de 12 anos no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF). Até o momento, a obrigatoriedade era para
dependentes a partir de 14 anos.
A alteração está em instrução normativa da Receita
Federal publicada nesta quarta-feira (1°) no Diário
Oficial da União. Segundo nota da Receita, a mudança
“reduz casos de retenção de declarações em malha
[fina] e riscos de fraudes relacionadas à inclusão
de dependentes fictícios”. Ainda de acordo com a
Receita, a medida vai evitar a inclusão do mesmo
dependente em mais de uma declaração.
A Receita Federal começa a receber a declaração do
IRPF 2017 em 2 de março. Em 23 de fevereiro estará
disponível para download o programa gerador da
declaração no site do órgão. O prazo para entrega
termina em 28 de abril.
Fonte: Agência Brasil
02/02/2017 -
Reajuste de benefício previdenciário pelo INPC é
constitucional
A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu, por
unanimidade, que o Poder Judiciário não pode
substituir o índice adotado pelo Poder Legislativo
para o reajuste do benefício previdenciário, uma vez
que esta atribuição não é de sua competência.
A substituição do atual Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), estabelecido pela Lei 8.213/91
como taxa oficial para reajuste do benefício
previdenciário, pelo IPC-3i (Índice de Preços ao
Consumidor da Terceira Idade), foi solicitada por
P.H.M.O. Para o autor, a aplicação do INPC não tem
assegurado aos beneficiários a manutenção do poder
econômico com o qual se aposentaram e, portanto,
seria inconstitucional.
O critério de reajuste do benefício com base na
variação do INPC, entretanto, já foi reconhecido
como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Dessa forma, mesmo que o índice eleito pelo
legislador de fato não reflita da melhor maneira o
desgaste inflacionário em determinado período, ainda
assim não há inconstitucionalidade, bem como, não
cabe ao Poder Judiciário discutir este mérito. É o
que decidiu o relator do processo, desembargador
federal Paulo Espirito Santo.
Não procedem as postulações de reajuste baseadas em
índices diversos dos que foram estipulados na
legislação que disciplina a matéria, porquanto não
cabe ao segurado o direito à escolha do percentual
que, segundo o seu entendimento, melhor reflita a
recomposição do valor real do benefício, concluiu o
magistrado em seu voto. Nº do Processo:
0114833-31.2015.4.02.5006
Fonte: TRF2
02/02/2017 -
Primeira Turma do TRT-PE decide que estabilidade a
gestante não se aplica a menor aprendiz
O contrato de aprendizagem é uma imposição legal aos
empregadores, e tem por objetivo promover a formação
profissional de jovens entre 14 e 24 anos. Suas
características divergem do contrato de trabalho, de
modo tal que as garantias previstas em um modelo não
se aplicam automaticamente ao outro. Sob essas
considerações, os desembargadores da primeira Turma
do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região
(TRT-PE) entenderam que a estabilidade da gestante
não contemplava uma aprendiz.
Os magistrados, por unanimidade, deram provimento ao
recurso ordinário da rede de supermercados Bompreço
e afastaram o direito à estabilidade gestacional de
menor aprendiz. O relator do voto, desembargador
Eduardo Pugliesi, ressaltou que o contrato de
aprendizagem possui prazo determinado, sendo vedada
por lei sua prorrogação. Explicou, ainda, que a
finalidade desse termo de admissão é a formação
técnico-profissional, ao passo que a do contrato de
trabalho é o labor produtivo. Logo, foi válido o
termo contratual, ocorrido durante a gravidez da
aprendiz, não subsistindo fundamento jurídico para
declaração de nulidade da despedida e para a
concessão da indenização estabilitária e
repercussões, concluiu.
Fonte: TRT6
02/02/2017 -
Aposentado não terá que devolver benefício por
invalidez recebido de boa fé
Um aposentado da região de Frederico Westphalen (RS)
não precisará devolver aos cofres do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) valores recebidos
indevidamente, ao longo de 19 anos, com amparo
previdenciário por invalidez. O benefício é pago a
cidadãos incapacitados para o trabalho que não
tenham renda.
A decisão é do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF4), que levou em conta o fato de o autor
não ter agido de má fé.
De acordo com o relator do processo na 5ª Turma,
desembargador federal Paulo Afonso Brum Vaz, o erro
foi causado exclusivamente pelo órgão. Destacou o
magistrado:
“O segurado não realizou qualquer conduta a
influenciar a ocorrência do equívoco, ao contrário,
ele entendia estar respaldado pelos próprios peritos
do INSS”.
O morador do norte gaúcho, que sofre de doença
mental, ingressou com pedido de aposentadoria em
1989.
Diante das informações apresentadas, os servidores
da autarquia enquadraram o requerimento como amparo
por invalidez. Em 2008, o INSS suspendeu o benefício
ao constatar que o segurado ajudava os pais na
lavoura. O pagamento foi restabelecido após dois
anos e sete meses, porém, na categoria de benefício
assistencial.
O homem ajuizou ação para receber os salários que
deixaram de ser pagos durante o período em que o
benefício foi cessado, além de indenização por danos
morais equivalente a 60 salários-mínimos. O INSS se
manifestou pela necessidade de devolução dos valores
repassados indevidamente a titulo de amparo
previdenciário.
A Unidade Avançada de Atendimento da JF de Frederico
Westphalen julgou improcedentes os pedidos do autor
e do INSS. O processo foi remetido ao TRF4, que
confirmou a decisão de primeira instância.
Brum Vaz acrescentou ainda que, “inexistindo prova
segura da ocorrência de fraude, presume-se a
legitimidade do ato de concessão e não cabe
devolução de valores pagos a título de benefício
previdenciário percebidos de boa-fé”.
A decisão foi proferida no último mês.
Amparo Previdenciário
O amparo previdenciário é concedido à pessoa portadora
de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir
meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família.
Para ter direito ao benefício, o solicitante precisa
comprovar que sua condição social e financeira é de
miserabilidade.
As pessoas com deficiência também precisam passar
por avaliação médica e social realizadas por
profissionais do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
É importante esclarecer que o benefício não pode ser
concedido ao cidadão que recebe qualquer benefício
previdenciário.
Nº 5000438-48.2014.4.04.7130/TRF
Fonte: Jusbrasil
01/02/2017 -
Reformas previdenciária e trabalhista serão
destaques da pauta da Câmara em 2017
Os deputados federais vão começar o ano legislativo
em fevereiro na expectativa de duas reformas que
prometem causar polêmica: a reforma da Previdência
(PEC 287/16) e a já anunciada reforma trabalhista.
As duas compõem a pauta prioritária do governo de
Michel Temer.
Enquanto as reformas não chegam ao Plenário, os
parlamentares deverão analisar as medidas
provisórias encaminhadas pelo Poder Executivo.
As mudanças na aposentadoria já estão na Câmara e
serão discutidas por uma comissão especial antes de
ir a voto em Plenário. O texto altera a idade mínima
para aposentadoria de homens e mulheres e também
determina piso e teto para o pagamento de
benefícios, mudanças que alteram as regras tanto
para o setor público quanto ao setor privado. Há
duas exceções: os trabalhadores que já têm condições
de se aposentar pelas regras atuais; e os homens com
mais de 50 anos e as mulheres com mais de 45 anos.
A oposição promete combater as mudanças propostas em
todas as esferas. “Não vai ter trégua na luta contra
a reforma da Previdência”, disse o líder do PT,
deputado Carlos Zarattini (SP). O partido já entrou
com uma ação pedindo a suspensão da campanha
televisiva do governo federal que defende as
mudanças na aposentadoria.
“É o primeiro ato contra essa reforma. O governo
está gastando milhões em uma propaganda enganosa,
com o objetivo de intimidar, uma propaganda que gera
medo na população e pressiona o povo e os
parlamentares com terrorismo. É uma propaganda
acintosa com objetivos políticos”, afirmou Zarattini.
O líder do governo, deputado Andre Moura (PSC-SE),
disse que a reforma da Previdência é a prioridade do
Executivo para o começo do ano. “Estamos em um país
com a Previdência prestes a falir. O Parlamento tem
de tomar uma posição republicana, esquecer as
questões políticas e discutir a reforma da
Previdência”, afirmou.
Moura disse que os governistas vão combater os
contrários à reforma com dados econômicos. “A
oposição não tem compromisso com o futuro do País.
Vamos mostrar a importância da aprovação da PEC.
Caso contrário, daqui a 20 anos, não teremos
dinheiro para investimentos, somente para cobrir o
deficit das contas da Previdência”, disse.
Relações trabalhistas
Em relação às mudanças nas relações trabalhistas, já
está no Congresso a medida provisória que permite o
saque de contas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) inativas até 31 de dezembro de 2015.
A proposta (MP 763/16) ainda deve passar por
comissão mista antes de chegar ao Plenário.
A Câmara também analisa o projeto de lei que
determina a prevalência de acordos e convenções
coletivas entre patrões e empregados sobre a
legislação (PL 6787/16). Havia expectativa de que a
proposta fosse enviada em regime de urgência, o que
não ocorreu, já que o governo vai concentrar
esforços na reforma da Previdência antes das
mudanças trabalhistas.
Fonte: Agência Câmara
01/02/2017 -
Governo Temer quer aprovar reforma que enfraquece
sindicatos
O Projeto de Lei (PL – 6.787/2016) que altera o
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 que
instituiu a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho,
ao contrário da propaganda do Governo de Michel
Temer (PMDB) que irá “aprimorar” as relações de
trabalho no Brasil, pelas “maldades” contidas no
texto, beneficiará exclusivamente o setro patronal
no processo de negociação coletiva.
Na avaliação das centrais sindicais e técnicos do
DIEESE, se for aprovado as mudanças enviadas por
Ronaldo Nogueira de Oliveira, Ministro do Trabalho e
Emprego para o Congresso Nacional, a possibilidade
de retirada, flexibilização, eliminação e
enfraquecimento dos sindicatos de trabalhadores (as)
não estão descartadas e representará um retrocesso
histórico para a classe trabalhadora.
A falácia de regulamentar o art. 11º da Constituição
Federal que assegura a eleição de um representante
do trabalhador(a) nas empresas, tem como objetivo
principal, excluir a participação do dirigente
sindical das negociações dos conflitos pertinentes
ao local de trabalho e garantir ganhos às empresas
em caso de rescisão do contrato de trabalho.
Parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) diz
que a reforma trabalhista de contraria a
Constituição Federal e as convenções internacionais
que o país é signatário, geram insegurança
jurídicas, têm impacto negativo na geração de
empregos e fragilizam o mercado interno de trabalho.
Por estas razões propõem a “rejeição por completo”
do PL – 6.787/16.
O levantamento alerta ainda, segundo o MPT, para
consequências nocivas das medidas, como a
possibilidade de contratação sem concurso público, a
maior permissividade a casos de corrupção e a falta
de responsabilização das empresas em caso de
acidentes de trabalho, por exemplo.
“Portanto, os argumentos para a aprovar estas
mudanças são insustentáveis e são meros pretextos
para fragilizar ou ate acabar com entidades
sindicais laborais. Por isso, além de travarmos um
combate sem tréguas no Congresso Nacional para
exigir a preservação da organização sindical
brasileiro, realizaremos ações em nossas entidades
filiadas, para cerrarem fileiras nesta luta de vida
ou morte. Quando maior o inimigo, maior deve ser a
nossa determinação de resistir, lutar e vencer””,
diz José Calixto Ramos, presidente Nacional da Nova
Central.
Fonte: NCST
01/02/2017 -
Foco do governo é gerar empregos, diz Padilha na
abertura do Conselhão
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha,
afirmou nesta terça-feira (31) que o foco do governo
federal é a adoção de medidas para fortalecer a
microeconomia e gerar empregos. Na abertura das
reuniões dos grupos de trabalho do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Padilha
destacou as ações recentes que foram direcionadas à
macroeconomia, como o ajuste fiscal, mas reconheceu
que é necessário investir em medidas para geração de
empregos a curto prazo.
“Nós precisamos urgentemente gerar empregos. E nesta
reunião de hoje, a minha palavra mais forte para os
conselheiros foi que suas sugestões tivessem como
pano de fundo a geração de empregos”, afirmou
Padilha depois de dar início aos trabalhos do
colegiado, conhecido como Conselhão.
O ministro destacou os cinco temas escolhidos como
prioritários para os trabalhos deste ano do
conselho: ambiente de negócios das empresas,
educação, agronegócio, produtividade e
competitividade, desburocratização e modernização.
Para Padilha, investir nestas áreas é fundamental
para a retomada do crescimento econômico brasileiro.
“As sugestões deste conselho serão fundamentais para
a gente conseguir vivenciar o conjuntural. A
conjuntura já foi pior, mas ainda temos muito o que
fazer. Nós podemos pensar em ter um desemprego que
seja compatível com a história do Brasil ou o que
está se vendo nos países em desenvolvimento”,
declarou o ministro.
O Conselhão é formado por representantes da
sociedade civil que tem o objetivo de assessorar o
presidente da República em todas as áreas de atuação
do Poder Executivo. Os grupos temáticos ainda irão
se reunir nesta quarta-feira (1º) e nos próximos
dias 14 e 15 de fevereiro na Escola Nacional de
Administração Pública (Enap). As propostas sugeridas
pelo Conselhão devem ser apresentadas ao presidente
Michel Temer em plenária prevista para 7 de março.
Fonte: Agência Brasil
01/02/2017 -
PL 6.787/16: parecer técnico-jurídico analisa
reforma trabalhista
Em extenso e detalhado parecer técnico-jurídico, o
advogado trabalhista e membro do corpo-técnico do
DIAP, Hélio Gherardi analisa do Projeto de Lei
6.787/16, do governo Temer, que altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para
instituir uma reforma trabalhista. Encaminhado à
discussão na Câmara no dia 23 de dezembro, o projeto
aguarda despacho, que será feito após a eleição da
Mesa Diretora da Casa.
O projeto apresentado, segundo Gherardi “objetiva
reduzir a remuneração do trabalhador; criar jornada
atípica e irreal; transformar o obreiro em
temporário; criar uma representação alijando a
representatividade constitucional dos sindicatos;
reconhecer negociações impostas quando não há
qualquer igualdade entre as partes, retirando
direitos consagrados da classe trabalhadora; fixar
multas irrisórias; tudo para, infelizmente, garantir
e favorecer o setor econômico, até na sazonalidade
que sempre foi um castigo para o assalariado.”
Cada item relevante do projeto de lei foi analisado
no parecer. No caso do contrato temporário, tratado
no artigo 12 da matéria, o parecer chama a atenção
para a “tentativa de substituição do trabalhador com
contrato de experiência, pelo temporário, prevê que
ficam assegurados ao trabalhador temporário os
mesmos direitos previstos na CLT relativos aos
contratados por prazo determinado.”
Leia a íntegra do parecer
Fonte: Diap
01/02/2017 -
Desempregados somaram 12,3 milhões no ano passado
O Brasil fechou 2016 com 12,3 milhões de pessoas
desempregadas, com a taxa média móvel encerrando o
4º trimestre em 12%, mostrando estabilidade em
relação aos 11,8% relativos ao 3º trimestre móvel do
mesmo ano (julho, agosto e setembro), mas ainda
assim tem a maior taxa da série histórica, iniciada
em 2012.
Em relação ao 4º trimestre móvel de 2015 (9%), a
taxa de desemprego cresceu 3,1 pontos percentuais.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) e
foram divulgados nesta terça-feira (31), pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Fonte: Portal EBC
01/02/2017 -
Temer defende reformas previdenciária e trabalhista
em encontro com empresários
O presidente Michel Temer voltou a defender mudanças
na Previdência e na legislação trabalhista. Ele
esteve com empresários, em São Paulo, nesta
terça-feira (31), na abertura da Conferência de
Investimentos da América Latina.
Temer afirmou que a reforma previdenciária é uma das
medidas de ajuste fiscal necessária para garantir a
redução dos gastos públicos.
Quanto à reforma trabalhista, o presidente ressaltou
a necessidade de priorizar as negociações feitas
diretamente entre patrões e empregados.
O presidente Michel Temer fez ainda um balanço
positivo da economia para este ano. Destacou queda
ainda maior da inflação, podendo chegar perto da
meta estipulada de 4,5%, e estimativa de safra
recorde de 215 milhões de toneladas de grãos.
Fonte: Portal EBC
01/02/2017 -
Meta de inflação pode chegar a 3% no longo prazo,
diz presidente do BC
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse
nesta terça-feira (31), em São Paulo, que o país
está no caminho para a queda da inflação e que, no
longo prazo, a meta pode chegar a 3%, parecida com a
de outros países emergentes.
“Isso a longo prazo. Ao longo dos anos, tomando
decisões a cada junho, [poderemos] levar a inflação
para uma meta de 3%. Por enquanto estamos buscando
nossa meta atual, que é 4,5%”, disse a investidores
em evento organizado por um banco, na capital
paulista.
Perguntado sobre o crédito de curto prazo, Goldfajn
disse que no Brasil é preciso trabalhar com medidas
que garantam mudanças sustentáveis. Segundo ele, as
iniciativas que estão sendo anunciadas pelo governo
têm foco no médio prazo e terão impacto duradouro.
De acordo com o presidente do BC, o Brasil está
menos vulnerável a choques externos do que no
passado. Em 2016, o déficit de transações correntes
– saldo das trocas de mercadorias e serviços do
Brasil com o resto do mundo – fechou em 1,35% do
Produto Interno Bruto (PIB). “Nossas reservas
ultrapassam 20% do PIB. Hoje a vulnerabilidade
externa do Brasil é muito menor”, analisou.
Goldfajn disse ainda que a economia brasileira está
em período de recuperação dos fundamentos econômicos
depois de uma crise que levou o país a um tipo de
choque de oferta, quando ao mesmo tempo houve
recessão e aumento da inflação. “Nesse caso isso
levou nossa inflação para quase 11% e nossa recessão
para 8%. No Brasil levou a um crescimento das
despesas públicas e de algunas despesas privadas e
gerou endividamento excessivo.”
Goldfajn disse aos investidores que o Banco central
apresentou recentemente a Agenda BC+, com medidas
que abrangem quatro pilares para aumentar a
cidadania financeira, aprimorar o arcabouço legal,
aumentar a eficiência do sistema financeiro e
reduzir o custo do crédito.
Fonte: Agência Brasil
01/02/2017 -
Pais que dependem economicamente do filho têm
direito à pensão por morte junto ao INSS
O desembargador federal Gilberto Jordan, da Nona
Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
(TRF3), concedeu pensão por morte a mãe de um
segurado do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) que comprovou depender economicamente do
filho.
O relator explicou que os pais de segurado falecido
estão arrolados entre os beneficiários de pensão por
morte, devendo, no entanto, ser comprovada a
dependência econômica em relação ao filho, conforme
disposto no § 4º do artigo 16 da Lei de Benefícios.
No caso dos autos, o desembargador constatou que, na
ocasião do falecimento, o filho da autora contava
com 38 anos de idade, era solteiro, e não tinha
filhos. Ele também verificou que a parte autora é
viúva e foi agraciada com o recebimento de
indenização do seguro obrigatório DPVAT, em razão do
acidente automobilístico que vitimou seu filho.
Além disso, o magistrado destacou o depoimento de
testemunhas que afirmaram que a viúva não exercia
atividade laborativa remunerada, morava com o filho
em uma casa no bairro do Bom Retiro em
Itapetininga/SP, e era ele quem lhe provia ajuda
financeira.
No TRF3, o processo recebeu o número
0044614-22.2015.4.03.9999/SP.
Fonte: Jusbrasil
01/02/2017 -
Pensionistas e aposentados podem requerer isenção no
Imposto de Renda
De acordo com a Lei 7.713, de 1988, contribuintes
portadores de moléstias graves como AIDS, Alienação
Mental, Cardiopatia Grave, Cegueira, Esclerose
Múltipla, Paralisia, entre outras, podem requerer a
isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
Para que possam ter acesso ao benefício, as pessoas
precisam, além de comprovar a doença, receber
pensão, seja ela alimentícia, militar ou
previdenciária.
“O rol de doenças consideradas é extenso. Conforme a
regulamentação federal, as duas coisas devem estar
somadas. O contribuinte precisa receber uma pensão e
apresentar comprovação efetiva, por meio de laudo
médico feito por um profissional da rede pública de
atenção à saúde”, explica o advogado pós graduando
em Direito Tributário, Tancredo Gabriel de Aguiar
Moreira.
A primeira recomendação para as pessoas que se
encaixam nesses dois pré-requisitos, de acordo com
ele, é procurar um contador de confiança e que
esteja apto a lidar com o imposto de renda. "Esse
profissional tomará todas as medidas administrativas
para que esse direito seja reconhecido, por meio dos
formulários próprios e documentos que são exigidos",
detalha. Há a possibilidade de, inclusive, pleitear
a restituição de valores que a pessoa, por ventura,
tenha pago, depois de ter sido diagnosticada com
doença grave.
“O portador da moléstia grave pode requerer a
restituição após a confirmação da doença. O ideal é
que o médico da rede pública responsável pelo
atendimento precise a data na qual a doença foi
contraída. Sendo possível, a partir dessa data, se a
pessoa teve algum desconto no valor do benefício,
pode pedir a restituição”, esclarece Moreira. O
advogado salienta que os requisitos obrigatórios são
muito objetivos, mas precisam ser vistos com
atenção. Por isso, ele reforça a necessidade de
contatar um contador de confiança.
“A Receita Federal fornece os formulários, então
todos os laudos devem seguir o padrão estabelecido
pela Lei Tributária. Comprovadas as duas condições
obrigatórias, o contribuinte terá acesso sem maiores
discussões à isenção. Os formulários são de fácil
acesso, mas é importante procurar o contador, porque
ele possui a habilidade para lidar com as
circunstâncias para evitar qualquer problema”.
Ainda segundo Moreira, as pessoas costumam confundir
o direito a um benefício fiscal, que é a isenção,
com os deveres instrumentais para cumprir e gozar
desse direito. “Embora a isenção seja uma hipótese
legal, conforme o Código Tributário Nacional, para
que o contribuinte goze dessa isenção, ele precisa
cumprir as obrigações acessórias, ou seja, atender
aos requisitos objetivos da Lei, como a obtenção do
laudo médico e a demonstração das declarações. Isso
tudo precisa ser levado dentro do que a Receita para
avaliação, porque o órgão não sabe sobre a doença
das pessoas, então precisa ser devidamente
informado”.
Depois que a isenção é reconhecida, não é preciso,
na maioria dos casos, de comprovação periódica, já
que algumas doenças incluídas na Lei são incuráveis,
de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Caso a condição da pessoa mude, ela deve informar.
Por exemplo, se um cardiopata grave faz uma
cirurgia, se cura e passe a não cumprir mais os
requisitos da Lei, ele deixa de se enquadrar nos
requisitos, e passa a não ser mais apto à isenção.
“O que delimita essa revisão é a doença, mas a
grande maioria delas não precisa de renovação. Mas é
importante lembrar a necessidade de renovar a
informação nas declarações de ajuste anual. Qualquer
equívoco nesse sentido pode criar transtornos e até
mesmo levar à perda do direito”, encerra o advogado.
Fonte: Jusbrasil
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