Blog - Notícias Anteriores - Março 2017
31/03/2017 -
Sindicalista defende redução de jornada para gerar
empregos; setor produtivo pede livre negociação
31/03/2017 -
STF decide que governo não é responsável por dívida
trabalhista de terceirizada
31/03/2017 -
Negociado sobre legislado recebe maioria de emendas
na reforma trabalhista
31/03/2017 -
Representante de trabalhadores propõe redução da
jornada de trabalho para gerar empregos
31/03/2017 -
Relator da reforma da Previdência diz que pontos
mais polêmicos devem ser alterados
31/03/2017 -
Meirelles diz que a aposentadoria no Brasil é
proporcionalmente maior do que a de países ricos
31/03/2017 -
'Quem tem medo da CPI da Previdência?', pergunta
Paim
31/03/2017 -
Indeferida estabilidade a gestante que faltou ao
trabalho por mais de 30 dias
30/03/2017 -
Ministro do Trabalho recebe propostas das centrais
sobre Reforma Trabalhista
30/03/2017 -
Nova audiência discute reforma trabalhista nesta
manhã
30/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência ouvirá o ministro
da Fazenda nesta quinta-feira
30/03/2017 -
Comissão mista debaterá Programa Seguro-Emprego no
dia 12
30/03/2017 -
Reforma da Previdência vai elevar desemprego e
reduzir receitas, diz Marcio Pochmann
30/03/2017 -
Temer diz que pontos da reforma da Previdência ainda
podem ser negociados
30/03/2017 -
Deputados criticam terceirização; ministro do
Trabalho diz que no Brasil ela já é realidade
30/03/2017 -
Desemprego na Grande São Paulo sobe para 17,9% em
fevereiro
30/03/2017 -
STF mantém base de cálculo da contribuição patronal
para Previdência
30/03/2017 -
Paulo Paim pede indicação dos integrantes da CPI da
Previdência
30/03/2017 -
Reuniões fora do horário de trabalho justificam
horas extras
29/03/2017 -
Senado voltará debater PL da Terceirização, garante
Eunício
29/03/2017 -
Comissão discute com ministro reforma trabalhista
29/03/2017 -
Terceirização pode reduzir salários pela metade, diz
Ipea
29/03/2017 -
Reforma não protege o empregado, diz advogado
trabalhista
29/03/2017 -
Paim entrega ao presidente do Senado parecer sobre
terceirização
29/03/2017 -
Celso de Mello pede que Câmara explique se PL da
terceirização foi retirado de pauta
29/03/2017 -
Em evento da indústria, Maia diz esperar votação de
reforma trabalhista em abril
29/03/2017 -
Temer vai fundir terceirização com reforma
trabalhista
29/03/2017 -
Eunício: projeto de terceirização em discussão no
Senado seguirá rito normal
29/03/2017 -
OIT afirma que desemprego seguirá crescendo no mundo
todo
28/03/2017 -
Centrais definem abril de lutas e marcam paralisação
nacional dia 28 de abril
28/03/2017 -
Procurador-geral do Trabalho defende veto integral
do projeto da terceirização
28/03/2017 -
Sindicalistas anunciam na CDH mobilização contra a
reforma da Previdência
28/03/2017 -
Paulo Paim diz que terceirização não gera empregos e
reduz salários
28/03/2017 -
Para líder, governo já tem votos para aprovar
reforma da Previdência
28/03/2017 -
Turma nega aplicação de justa causa a dirigente
sindical por ausência de prova de falta grave
28/03/2017 -
Força Sindical quer regulamentação de contribuição
de empregados não filiados
28/03/2017 -
Temer sanciona lei que cria Semana Nacional pela Não
Violência contra a Mulher
28/03/2017 -
Seguro-desemprego pode ser recebido por procurador
de beneficiário
27/03/2017 -
Nova Central repudia notícia leviana da Folha de São
Paulo
27/03/2017 -
Movimentos sociais vão às ruas em apoio à Lava Jato
27/03/2017 -
Legitimação do ilícito/precário nas relações de
trabalho
27/03/2017 -
Comissão da Previdência deverá ouvir ministro da
Fazenda e ex-presidente do Ipea
27/03/2017 -
Reforma da Previdência volta a ser debatida na
Comissão de Direitos Humanos
27/03/2017 -
Deputados de oposição e sindicalistas criticam
proposta de reforma trabalhista
27/03/2017 -
Timbre do sindicato da categoria na petição inicial
e no recurso é suficiente para comprovar a
assistência jurídica sindical
24/03/2017 -
NOTA DE REPÚDIO: Nova Central Sindical repudia
aprovação da terceirização no País
24/03/2017 -
Senado pode votar projeto para atualizar texto da
Câmara sobre terceirização
24/03/2017 -
Relator da reforma trabalhista deverá apresentar
relatório até dia 13 de abril
24/03/2017 -
Aumento de idade para receber benefícios excluirá 1
milhão de idosos, diz técnica do Ipea
24/03/2017 -
Desembargadores discordam sobre necessidade de
reforma trabalhista em audiência
24/03/2017 -
Entenda o projeto de lei da terceirização aprovado
pela Câmara
24/03/2017 -
Maia diz ter confiança em quórum para aprovar
reforma da Previdência
24/03/2017 -
JT vai julgar ação contra advogado de sindicato
suspeito de reter créditos trabalhistas
24/03/2017 -
Justiça do Trabalho não pode julgar caso já
resolvido por acordo homologado
23/03/2017 -
Câmara aprova terceirização geral e irrestrita da
mão de obra
23/03/2017 -
Projeto de reforma trabalhista recebeu mais de 800
emendas
23/03/2017 -
O desmonte do Direito do Trabalho no Brasil
23/03/2017 -
CDH discutirá impacto da reforma da Previdência na
vida das mulheres
23/03/2017 -
Senador diz que opinião pública precisa entender a
reforma da Previdência
23/03/2017 -
Governo vai detalhar nos próximos dias mudança em
PEC da Previdência
23/03/2017 -
Trabalhador acidentado ao voltar de exame
demissional vai receber indenização substitutiva
22/03/2017 -
Apesar de pressão das Centrais, terceirização deve
ser votada quarta
22/03/2017 -
Relator vê "quase consenso" para mudar regras de
transição da aposentadoria
22/03/2017 -
Senado terá CPI da Previdência para investigar
contas do setor
22/03/2017 -
Temer exclui servidores estaduais e municipais da
reforma da Previdência
22/03/2017 -
Meirelles diz que projeto da terceirização vai
facilitar contratações
22/03/2017 -
Reforma trabalhista tem pelo menos 80 emendas
relacionadas à prevalência de acordo sobre a lei
22/03/2017 -
Carteira de trabalho poderá ter formato digital, diz
presidente de comissão
22/03/2017 -
Deputados contrários à reforma da Previdência
contestam números do Planejamento
22/03/2017 -
Vulcabrás pagará em dobro férias parceladas sem
motivo relevante
21/03/2017 -
Centrais vão a Brasília nesta terça (21) contra
votação da terceirização
21/03/2017 -
Paim deve apresentar pedido para criação de CPI da
Previdência
21/03/2017 -
Maia diz que Câmara deve aprovar reforma trabalhista
na primeira quinzena de abril
21/03/2017 -
Comissão da reforma trabalhista faz duas audiências
nesta semana
21/03/2017 -
Proposta de reforma trabalhista é criticada em
seminário no Espírito Santo
21/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência debate
aposentadoria do trabalhador rural e RGPS
21/03/2017 -
Ministro reafirma compromisso com trabalhadores na
modernização da CLT
21/03/2017 -
Reforma trabalhista retira direitos e é retrocesso,
afirmam participantes de debate
21/03/2017 -
Mais de 3 milhões de trabalhadores sacaram R$ 4,8 bi
de contas inativas do FGTS
21/03/2017 -
Eletricista não consegue indenização por fazer
testes de bafômetro em programa de segurança do
trabalho
20/03/2017 -
PEC de reforma da Previdência recebe 131 emendas
válidas para serem analisadas
20/03/2017 -
CDH inicia ciclo de debates para discutir reformas
previdenciária e trabalhista
20/03/2017 -
Impacto da reforma da Previdência sobre a vida das
mulheres será tema de debate
20/03/2017 -
Projeto que regulamenta a terceirização é destaque
da pauta do Plenário
20/03/2017 -
Temer diz que governo está aberto para negociar
reforma da Previdência
20/03/2017 -
Mantida invalidade de norma coletiva que instituiu
jornada de 42 dias de trabalho por 21 de descanso
20/03/2017 -
Dirigente sindical não tem direito a indenização
após o fechamento da empresa
20/03/2017 -
Desde que não tenha contribuído de forma decisiva
para a greve, empregador não está obrigado a pagar
dias parados
17/03/2017 -
Brasil tem primeiro aumento no emprego formal em 22
meses; serviços puxou alta
17/03/2017 -
Ministra do TST diz que há “inverdades” nos
argumentos do governo para reforma trabalhista
17/03/2017 -
Deputados dizem que representantes da Justiça do
Trabalho estão distantes do “mundo real”
17/03/2017 -
Presidente do Senado diz que reforma da Previdência
fará o Brasil crescer
17/03/2017 -
Paulo Paim pede que Temer retire proposta de Reforma
da Previdência
17/03/2017 -
Lídice da Mata prevê que pressão popular vai barrar
reforma da Previdência
17/03/2017 -
Paulo Paim celebra manifestações contra reformas
previdenciária e trabalhista
17/03/2017 -
Gleisi Hoffmann diz que 'governo de plantão' não
pode retirar direitos sociais
17/03/2017 -
Ministra Assusete suspende ações sobre extensão de
adicional para aposentados
17/03/2017 -
Deputado pede saída de relator da reforma por dívida
com Previdência; Maia nega irregularidade
17/03/2017 -
STF reafirma prazo de 5 anos para empregado cobrar
parcelas do FGTS não pagas
16/03/2017 -
Manifestações por todo Brasil contra as reformas de
Temer foram vitoriosas!
16/03/2017 -
Organizadores de ato em SP estimam 200 mil pessoas
na Paulista contra a reforma da Previdência
16/03/2017 -
Maia prorroga até sexta-feira prazo para
apresentação de emendas à reforma da Previdência
16/03/2017 -
Debatedores defendem compatibilidade de visão fiscal
com proteção social e mercado de trabalho
16/03/2017 -
Empresários e trabalhadores não chegam a consenso
sobre reforma trabalhista
16/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência recebe mais de
140 emendas ao texto
16/03/2017 -
Maia defende equilíbrio na idade mínima de
aposentadoria entre homens e mulheres
16/03/2017 -
Justiça suspende divulgação de propaganda a favor da
reforma da Previdência
14/03/2017 -
Paim diz que criação da CPI da Previdência tem amplo
apoio no Senado
14/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência debate
fortalecimento da arrecadação
14/03/2017 -
Comissão da reforma trabalhista tem audiência
pública na quinta-feira
14/03/2017 -
Comissão especial discute teletrabalho e justiça
trabalhista
14/03/2017 -
Comissão debate experiências de outros países na
área previdenciária
14/03/2017 -
Saques do FGTS chegam a metade do valor a ser
retirado na primeira etapa
14/03/2017 -
Medidas ligadas ao FGTS injetarão R$ 48 bi na
economia, estima ministério
14/03/2017 -
Consulta pública sobre normas para trabalhadores da
limpeza urbana termina no dia 31
14/03/2017 -
Admitido incidente de uniformização sobre contagem
especial de tempo de serviço
14/03/2017 -
Menor de idade que trabalhava em horário noturno
deverá ser indenizado em R$ 100 mil
13/03/2017 -
Comissão discute esta semana como a previdência é
tratada em outros países
13/03/2017 -
Paim prevê votação de projeto sobre terceirização
até julho
13/03/2017 -
Neuriberg Dias: A lógica da reforma trabalhista
13/03/2017 -
Temer diz que quer ser lembrado na história por
promover as reformas necessárias
13/03/2017 -
Vara do trabalho determina dissolução de sindicato
que não tinha sede
13/03/2017 -
Empresas com processos na Justiça têm até fim de
março para propor acordos a trabalhadores
13/03/2017 -
Turmas deferem indenização para famílias de
empregados contaminados por amianto e sílica
13/03/2017 -
Projeto dispensa audiência de conciliação se uma das
partes manifestar desinteresse
10/03/2017 -
Prevalência de acordo trabalhista sobre CLT divide
opiniões em debate na Câmara
10/03/2017 -
Ministro diz que proposta da reforma trabalhista tem
consenso
10/03/2017 -
Relator da reforma da Previdência diz que regras de
transição serão modificadas
10/03/2017 -
Relator diz que reforma trabalhista vai gerar
empregos; outros deputados contestam
10/03/2017 -
Presidente do TST e do CSJT rebate declaração do
presidente da Câmara sobre extinção da Justiça do
Trabalho
10/03/2017 -
Paulo Paim acredita que reforma trabalhista será
'mais cruel' que a da Previdência
10/03/2017 -
Empresas deixaram de pagar mais da metade do valor
total do FGTS que será sacado
10/03/2017 -
Ministro destaca necessidade de união entre
trabalhadores e empregadores
09/03/2017 -
Confederações patronais defendem reforma trabalhista
para modernizar lei e gerar emprego
09/03/2017 -
Paulo Paim pede a Temer que retire reforma da
Previdência
09/03/2017 -
Deputados pedem que o governo envie cálculos sobre a
Previdência
09/03/2017 -
CCJ aprova ampliação de informações sobre violência
contra mulher
09/03/2017 -
Renan diz que reforma da Previdência deve ser a
possível
09/03/2017 -
Parlamentares criticam reforma da Previdência e
apontam prejuízos para as mulheres
09/03/2017 -
Produção industrial volta a subir após 34 meses de
queda
09/03/2017 -
Mantida justa causa de dirigente sindical demitido
por registrar ponto sem trabalhar
09/03/2017 -
Empregado que nunca tirou férias consegue rescisão
indireta do contrato de trabalho
08/03/2017 -
Reforma trabalhista: maioria das centrais sindicais
defende fortalecimento da negociação coletiva
08/03/2017 -
Confederações anunciam participação no protesto
Nacional dia 15
08/03/2017 -
Paulo Paim anuncia ter assinaturas suficientes para
criar CPI da Previdência
08/03/2017 -
Manejo do amianto pode se tornar proibido no país
08/03/2017 -
PEC da Previdência: relator fala em aposentadoria
precoce para mulher com filhos
08/03/2017 -
Rodrigo Maia quer votar terceirização; centrais
reagem e pedem diálogo
08/03/2017 -
Desemprego atinge 18,3% das mulheres e 15,5% dos
homens em São Paulo
08/03/2017 -
PIB fecha 2016 com queda de 3,6%
07/03/2017 -
Relator da PEC da Previdência defende idade mínima
de 65 anos para aposentadoria
07/03/2017 -
Multa do FGTS: governo arrocha trabalhadores e
alivia para o mercado
07/03/2017 -
Paulo Paim: Propaganda do governo pela reforma da
Previdência é inconstitucional
07/03/2017 -
Em jantar, Temer discute com parlamentares
estratégias para a PEC da Previdência
07/03/2017 -
Mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens
devido à dupla jornada
07/03/2017 -
Indústria de Transformação fecha janeiro de 2017 com
desempenho positivo
07/03/2017 -
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários
mínimos é de 4,11% em 12 meses
07/03/2017 -
Gerente não consegue impugnar candidatura de
motoristas para cargo em sindicato
07/03/2017 -
Turmas do TST decidem sobre validade de banco de
horas e compensação semanal de jornada
07/03/2017 -
TRU da 4ª Região fixa cálculo de parcela da
atividade secundária na aposentadoria
06/03/2017 -
Relatório sobre Reforma da Previdência deve ser
votado em abril
06/03/2017 -
Comissão da Reforma Trabalhista vai ouvir
sindicatos, entidades patronais e Justiça do
Trabalho
06/03/2017 -
Comissão sobre Reforma da Previdência realiza três
audiências nesta semana
06/03/2017 -
Maia afirma que vai se empenhar pessoalmente para
aprovar reforma da Previdência
06/03/2017 -
País inicia ano fechando 40,8 mil empregos formais;
saldo é o menor desde 2014
06/03/2017 -
Saque das contas inativas do FGTS começa na próxima
sexta-feira
06/03/2017 -
Trabalhadores podem requerer informe de rendimentos
para declaração do Imposto de Renda
06/03/2017 -
Fracionamento de férias do trabalhador deve ser
analisado na CAS
06/03/2017 -
Projeto garante emprego por um ano após
auxílio-doença por câncer
06/03/2017 -
Proposta estabelece limite de dois anos para pensão
alimentícia
03/03/2017 -
ATENÇÃO: Rodrigo Maia pode colocar em votação
terceirização na terça (7)
03/03/2017 -
STF decide que sindicato não pode exigir taxa
assistencial de quem não é filiado
03/03/2017 -
Fórum Sindical deflagra campanha contra reformas
neoliberais de Michel Temer
03/03/2017 -
Paim quer reunir até 40 assinaturas em apoio à CPI
da Previdência
03/03/2017 -
Senado deve voltar a discutir a proibição do amianto
03/03/2017 -
Proposta muda regra para ações trabalhistas sumárias
sem indicação de endereço do reclamado
03/03/2017 -
Dependentes podem sacar contas inativas de falecidos
03/03/2017 -
Motorista recebe hora extra por intervalo sem limite
de duração previsto em norma coletiva
03/03/2017 -
Proteção a emprego terá reforço no caixa de R$
327,28 milhões
02/03/2017 -
Senador Paim convoca movimento sindical para evitar
votação da terceirização na Câmara
02/03/2017 -
A reforma trabalhista é tão ruim quanto à
previdenciária
02/03/2017 -
Reforma da Previdência impacta aposentadorias por
invalidez e por deficiência
02/03/2017 -
Desemprego fecha 2016 com taxa média de
subutilização de 20,9%, diz IBGE
02/03/2017 -
Relator de projeto que permite reajuste abaixo da
inflação vai ouvir trabalhadores
02/03/2017 -
Eletricitários de São Paulo decidem apoiar greve do
dia 15 de março
02/03/2017 -
Demora em denunciar atraso de salário e FGTS não
afasta direito de agente a rescisão indireta
02/03/2017 -
Chegada antecipada ao trabalho em condução da
empresa só configura tempo à disposição se não
houver outro meio de transporte
02/03/2017 -
Proposta prevê assistência de sindicato a todo
trabalhador demitido
31/03/2017 -
Sindicalista defende redução de jornada para gerar
empregos; setor produtivo pede livre negociação
A proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16)
voltou, nesta quinta-feira (30), a gerar
divergências em audiência pública na comissão
especial da Câmara que discute o assunto.
Representantes de trabalhadores acreditam que a
reforma não vai permitir a geração de novos postos
de trabalho, como afirma o governo. Secretário-geral
da Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio, Lourival Melo disse acreditar que o
caminho para a geração de empregos é a redução da
jornada, e não o aumento, como prevê a reforma. “Eu
nunca vi na minha vida o aumento de jornada gerar
empregos; em lugar nenhum do mundo isso aconteceu e
não será aqui que vai acontecer”, afirmou Melo.
Pela proposta de reforma, a jornada diária poderá
ser de até 12 horas diárias, com limite semanal de
48 horas. Hoje a jornada diária é de no máximo oito
horas diárias e 44 semanais.
Essa também é a visão do advogado e professor José
Augusto Lyra. Segundo ele, a redução da jornada
semanal atual de 44 horas para 40 horas geraria
acréscimo de seis milhões de empregos no País. Lyra
também disse que o aumento da jornada de trabalho
aumentaria a procura pelo auxílio-doença no INSS.
O advogado criticou ainda a possibilidade de
parcelamento das férias anuais em até três vezes e
de redução do intervalo de almoço para 30 minutos.
Atualmente o intervalo mínimo é de uma hora. Para
Lyra, esses pontos da reforma trabalhista
provocariam desgaste da saúde do trabalhador.
Negociações livres
Já representantes do setor produtivo defenderam a
proposta de reforma, por permitir que as negociações
coletivas prevaleçam sobre a legislação.
O presidente da Federação Nacional de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares, Alexandre Sampaio
de Abreu, defendeu uma legislação trabalhista que
incentive a livre negociação; que regulamente novas
formas de trabalho, como o trabalho intermitente
(sem continuidade, como no caso de empregados de
restaurantes que trabalham só no fim de semana); e
simplifique procedimentos.
Na visão do representante da Associação Nacional do
Transporte de Cargas e Logística Narciso Figueiroa
Jr, as negociações não visam retirar direitos, mas
sim adequar a legislação a cada segmento produtivo.
“A negociação coletiva pressupõe uma concessão
recíproca. Há estudos recentes mostrando que,
tirando os últimos três anos, várias negociações
coletivas conseguiram aumento real para os
trabalhadores, em troca de algo que conseguiu se
adequar às necessidades do setor empresarial”,
apontou.
O presidente da Confederação Brasileira Democrática
dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação,
Siderlei Silva de Oliveira, por sua vez, criticou a
possibilidade de as negociações coletivas
prevalecerem sobre a legislação. Segundo ele, nas
negociações coletivas, o poder é todo do patrão.
“Qual é o poder de barganha do trabalhador?”,
questionou. Na opinião do sindicali, as negociações
só podem ocorrer para garantir mais direitos, como
prevê a legislação atual, e não menos.
Reforma mais ampla
A professora e juíza do Tribunal Regional do Trabalho
da 2ª Região Thereza Christina Nahas ressaltou que,
muitas vezes, os tribunais não reconhecem as
negociações coletivas. Para ela, o alto número de
ações trabalhistas no Brasil é, em parte, culpa da
própria Justiça. “Os tribunais apresentam várias
divergências”, disse.
A juíza defendeu a necessidade de uma reforma
trabalhista estrutural, para que o País lide com a
crise econômica mundial e com o desemprego. Porém,
para ela, a reforma deveria ser mais ampla do que a
proposta do governo, abrangendo, por exemplo, os
ritos processuais trabalhistas.
O debate sobre o PL 6787 deve prosseguir na comissão
até o dia 13 de abril - data prevista para a
apresentação do parecer do relator, deputado Rogério
Marinho (PSDB-RN).
Fonte: Agência Câmara
31/03/2017 -
STF decide que governo não é responsável por dívida
trabalhista de terceirizada
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (30)
que a administração pública não pode ser
responsabilizada por dívidas trabalhistas de
terceirizadas contratada por ela, como empresas que
fazem a limpeza e a segurança de órgãos públicos.
Por 6 votos a 5, a maioria dos ministros entendeu
que os órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário dos estados e da União somente podem ser
responsabilizados se ficar comprovado falhas na
fiscalização. A decisão terá impacto em mais de 50
mil processos que estavam parados na Justiça e
aguardavam decisão da Corte.
O julgamento começou em fevereiro e foi retomado
hoje com o voto do ministro Alexandre de Moraes,
responsável pelo desempate da votação. Para o
ministro, administração pública terceiriza os
serviços e não pode ser ficar com o ônus de um
empregador.
"Exigir que a administração pública proceda in totum
[na totalidade] a exaustivas rotinas de vigilância
de execução de contratos terceirizados, me parece
que não apenas corrói a lógica econômica dessas
avenças [acordos] de terceirização, como imputa ao
tomador de serviço uma responsabilidade diretiva,
típica da subordinação empregatícia", argumentou
Moraes.
Os ministros julgaram recurso protocolado pela
Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir que o
governo federal não seja responsabilizado por
débitos trabalhistas.
Fonte: Agência Brasil
31/03/2017 -
Negociado sobre legislado recebe maioria de emendas
na reforma trabalhista
A prevalência de acordos e convenções coletivos
entre patrões e empregados sobre a legislação foi o
principal tema das 842 emendas apresentadas à
proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16).
Essa também é a espinha dorsal do texto enviado pelo
Executivo em dezembro do ano passado. Foram 155
emendas sobre o tema, 18,4% do total.
Pela proposta, o acordo coletivo vai prevalecer para
13 pontos específicos, entre eles plano de cargos e
salários e parcelamento de férias anuais em até três
vezes. Confira em quadro abaixo os pontos da
proposta original.
As emendas tratam de cerca de 110 temas diferentes,
desde a proibição de revista íntima dos
trabalhadores pela empresa até o trabalho de
adolescentes. Os assuntos que receberam mais
sugestões já estão tratados na proposta do Executivo
como a duração da jornada de trabalho, o trabalho
temporário e o representante dos trabalhadores nas
empresas.
A homologação da rescisão do contrato de trabalho,
que teve 29 emendas apresentadas, é relacionada a
uma das principais fontes de disputas judiciais
atualmente no País.
Cerca de 58% dos 10 milhões de processos na Justiça
do Trabalho, atualmente, tratam de rescisão do
contrato de trabalho, de acordo com o estudo Justiça
em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
de 2016.
Recorde
A reforma trabalhista foi a terceira recordista em
emendas entre as propostas que já passaram por
comissões especiais da Câmara.
Ela ficou atrás da então proposta do Plano Nacional
de Educação (PNE, atual Lei 13.005/14) de 2014 a
2024, com 3.365 emendas; e do Código de Processo
Civil (atual Lei 13.105/15), com 900 emendas.
Normalmente, as comissões especiais são criadas
quando mais de três comissões temáticas vão discutir
um tema, ou em projetos de códigos, por exemplo.
Para o relator da proposta, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), o número de emendas revela uma “demanda
reprimida” em alterar a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43).
“Há uma necessidade da sociedade, da economia como
um todo, de modernizar essa legislação. Esse é um
fato inquestionável demonstrado pelos números”,
disse.
O prazo para apresentação de emendas terminou em 22
de março. Oito delas foram retiradas pelos autores.
Faça sugestões a esta proposta.
Abra uma conta no Wikilegis.
Fonte: Agência Câmara
31/03/2017 -
Representante de trabalhadores propõe redução da
jornada de trabalho para gerar empregos
O secretário-geral da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio (CNTC), Lourival
Figueiredo Melo, rechaçou o argumento do governo de
que 5 milhões de novos postos de trabalho serão
gerados com a reforma trabalhista (PL 6787/16). “Se
aumenta a jornada, não se geram empregos. Em lugar
nenhum do mundo isso aconteceu”, apontou. Na visão
do sindicalista, para se gerar empregos, é preciso
reduzir a jornada de trabalho.
As declarações foram dadas em audiência pública na
Comissão Especial da Reforma Trabalhista. Para ele,
o aumento da atual jornada diária de 8 horas,
permitido pela proposta, poderá ainda afetar a saúde
do trabalhador, além de seu convívio social e com a
família. “E que horas esse trabalhador vai se
qualificar?”, questionou ainda.
Melo criticou ainda a possibilidade, contida no
texto, de que os acordos entre patrões e empregados
reduzam o intervalo de almoço para 30 minutos (hoje
a lei prevê intervalo mínimo de 1 hora). Conforme
ele, toda vez que existe uma crise no país,
atacam-se os direitos trabalhistas, com o objetivo
de se gerar empregos, o que acaba não acontecendo.
“E quando se atacam os direitos, estamos tirando
renda dos trabalhadores”, disse.
Alto número de ações
Já o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), Cézar Britto, afirmou que o alto número de
ações trabalhistas na Justiça hoje ocorre porque não
se pagam os direitos devidos aos trabalhadores e não
pode servir de argumento para se retirar direitos.
Para ele, modernizar a legislação trabalhista seria
conceder mais direitos para o trabalhador, e não
reduzi-los, como ocorreria na reforma, sob o seu
ponto de vista. Ele criticou a possibilidade,
prevista no texto, de que as negociações coletivas
entre patrões e empregados prevaleçam sobre a
legislação. De acordo com Britto, a negociação já é
permitida para aumentar direitos, e a reforma
permitiria acordos para retirar direitos.
Ele criticou, por exemplo, a permissão para que os
acordos prevejam o parcelamento das férias anuais em
até três vezes. Na visão dele, as férias serão
concedidas em períodos de feriados, prejudicando o
trabalhador.
Fonte: Agência Câmara
31/03/2017 -
Relator da reforma da Previdência diz que pontos
mais polêmicos devem ser alterados
Aposentadorias especiais e rural, regras de
transição, acumulação de pensões e Benefício de
Prestação Continuada
são os pontos mais polêmicos, segundo o relator
O relator da reforma da Previdência Social, deputado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse, nesta
quinta-feira (30), que pretende apresentar seu
parecer na semana que vem; mas que, antes, vai ouvir
separadamente as bancadas de cada partido na Câmara.
Ele não quis adiantar pontos de mudança, mas listou
os itens mais polêmicos. "O tempo inteiro eu tenho
dito que os cinco pontos que são realmente mais
demandados nesta reforma são o trabalhador rural, a
questão das regras de transição, a questão da não
acumulação de pensões e aposentadorias, a questão do
BPC [Benefício de Prestação Continuada], que
realmente é um assunto muito ventilado, e as
aposentadorias especiais. Então obviamente que todos
estes pontos são suscetíveis de mudanças", disse
Arthur Maia.
Aposentadoria ‘generosa’
A comissão especial realizou hoje a sua última
audiência pública, desta vez com o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, que buscou mostrar que
a Previdência brasileira seria "generosa" em relação
a de outros países.
Meirelles afirmou que os gastos com Previdência no
Brasil são comparáveis aos da Alemanha e da França,
mas a população idosa seria bem menor aqui: "A média
das aposentadorias é 76% do valor do salário das
pessoas que se aposentaram. Se nós compararmos aqui
com a maior parte dos países – e aqui são os países
europeus, que têm uma Previdência claramente
generosa – a média é 56% versus 76% no Brasil. Tem
um país só da Europa que tem uma média maior que o
Brasil, que é Luxemburgo, que é um país pequeno, uma
cidade, centro financeiro, muito rico".
O ministro também disse que o benefício assistencial
brasileiro, o chamado BPC, corresponde a 33% da
renda média do brasileiro, enquanto na Alemanha é
12% e, nos Estados Unidos, 16%. Também a média de
idade da aposentadoria do homem no Brasil seria de
59 anos e meio, enquanto nos países desenvolvidos a
média seria de 64 anos.
Baixa renda
Meirelles atacou os valores de aposentadoria dos
servidores públicos e disse que a reforma vai
atingir "privilégios" e não vai mudar a situação do
trabalhador de baixa renda.
O deputado Assis do Couto (PDT-PR) rebateu, dizendo
que a reforma, por exemplo, desvincula a pensão por
morte e os benefícios assistenciais do salário
mínimo: "Não me oponho a reformas. Acho que reformas
são necessárias. Mas o que está colocado em pauta,
pela PEC 287, não é uma reforma. É uma mudança
completa de conceito. Então não se trata de uma
reforma, se trata de uma mudança que inclusive nem
cabe a nós, parlamentares não eleitos para essa
finalidade, fazê-lo. Não é uma emenda à
Constituição. Se trata de uma mudança radical no
conceito constitucional do constituinte de 88".
Fonte: Agência Câmara
31/03/2017 -
Meirelles diz que a aposentadoria no Brasil é
proporcionalmente maior do que a de países ricos
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em
comissão especial da Câmara que atualmente a
Previdência Social, no Brasil, é “generosa”. Segundo
ele, a taxa de reposição – o percentual do salário
da ativa que corresponde ao benefício previdenciário
– é de 76% em média.
Entre 34 países da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse o ministro,
a média é de 56%.
No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC),
o valor médio no Brasil corresponde a 33% do PIB per
capita, enquanto na Alemanha o valor médio é de 12%.
Nos Estados Unidos, de 16%.
Outro dado citado por Meirelles é a idade média de
aposentadoria do homem. Segundo o ministro, é de 64
anos em 34 países da OCDE, ante 59,4 anos no Brasil.
“No meu gráfico, [essa média] é superior apenas a
Luxemburgo, um pequeno país europeu.”
Injustiça
Por outro lado, Meirelles disse que a Previdência é
“injusta” porque os mais ricos se aposentam por
tempo de contribuição enquanto os mais pobres não
conseguem comprovar tanto tempo e se aposentam por
idade. “O único fator redistributivo das regras
atuais é a vinculação do piso ao salário mínimo – e
isso será mantido”, afirmou.
O debate desta quinta-feira (30) encerra a fase de
audiências públicas da comissão especial da Câmara
dos Deputados que analisa a reforma da Previdência
(PEC 287/16). O relator, deputado Arthur Oliveira
Maia (PPS-BA), se comprometeu a conversar com todas
as bancadas partidárias antes de entregar o texto
para votação.
Fonte: Agência Câmara
31/03/2017 -
'Quem tem medo da CPI da Previdência?', pergunta
Paim
"Quem tem medo da CPI da Previdência?", questionou o
senador Paulo Paim (PT-RS), ao cobrar nesta
quinta-feira (30), em Plenário, a indicação dos
integrantes da comissão parlamentar de inquérito que
deverá investigar as contas da seguridade social.
Paim lembrou que 62 senadores assinaram o
requerimento de criação da CPI.
Para o senador, trata-se de uma oportunidade para
esclarecer como está sendo feita a cobrança de R$
426 bilhões que as empresas devem ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo Paim, em
quatro anos, houve uma apropriação indébita de R$
100 bilhões, correspondentes a contribuições
descontadas dos trabalhadores e não repassadas ao
INSS.
Paim prevê que CPI poderá esclarecer quanto a
Previdência deixa de arrecadar com anistias e a
razão pela qual são feitas desonerações seletivas de
folha de pagamento das empresas, que acabam
prejudicando as contas da Previdência.
– A CPI pode mostrar para o povo que a reforma da
Previdência não é necessária e que não há déficit.
Fonte: Agência Câmara
31/03/2017 -
Indeferida estabilidade a gestante que faltou ao
trabalho por mais de 30 dias
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho não
conheceu do recurso de uma auxiliar de cozinha
gestante contra decisão que indeferiu indenização
substitutiva à estabilidade depois que se ausentou
sem justificativa do emprego por mais de 30 dias.
Ela não respondeu às mensagens da EQ Comércio de
Alimentos e se recusou a retornar ao trabalho,
indicando para a Turma que ela optou deliberada e
conscientemente por não exercer seu direito à
estabilidade.
A trabalhadora, demitida por justa causa, alegou que
estava no sexto mês de gravidez, e teria direito à
estabilidade provisória garantida à gestante no
artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Por
isso, pediu a nulidade do contrato de experiência e
a indenização referente à garantia de emprego.
Ao contestar, a EQ disse que o contrato foi extinto
por abandono do emprego, ou seja, a auxiliar
desapareceu sem dar satisfação nem respondeu às
mensagens via SMS, motivando a justa causa. Opôs-se
ainda à estabilidade, pelo não cumprimento do
contrato de experiência.
Em depoimento ao juízo da 2ª Vara do Trabalho de
Colombo (PR), a auxiliar disse que parou de
trabalhar devido ao inchaço da gravidez, pois o bebê
estava sentado. Ela afirmou que relatou a situação à
empresa e foi liberada para voltar quando estivesse
melhor, mas não retornou. Outros empregados
confirmaram sua ausência. A sentença concluiu que
houve abandono de emprego (artigo 483, alínea “d”,
da CLT) e considerou válida a rescisão por justa
causa, indeferindo os pedidos decorrentes da
estabilidade gestacional. O Tribunal Regional do
Trabalho ad 9ª Região (PR) manteve a sentença.
A relatora do recurso da auxiliar ao TST, ministra
Maria Cristina Peduzzi, com base nos fatos descritos
pelo Regional, afastou violação ao dispositivo do
ADCT e ao item III da Súmula 244 do TST, que garante
a estabilidade mesmo nos contratos por prazo
determinado. “Na hipótese, a trabalhadora
ausentou-se injustificadamente do trabalho, por mais
de 30 dias, sem intenção manifestada de retorno,
optando por não exercer o seu direito à
estabilidade”, afirmou. Para chegar a conclusão
diversa, seria necessário o reexame de fatos e
provas, vedado pela Súmula 126.
Processo: RR-472-87.2015.5.09.0684
Fonte: TST
30/03/2017 -
Ministro do Trabalho recebe propostas das centrais
sobre Reforma Trabalhista
Representantes das Centrais Sindicais (Nova Central,
UGT, CSB e Força Sindical) se reuniram quarta-feira
(29/3) com o ministro Ronaldo Nogueira do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), e entregaram propostas
de mudanças ao Projeto de Lei (PL 6787/2016) que
tramita na Comissão Especial da Câmara dos Deputados
e versa sobre Reforma Trabalhista.
No encontro, segundo José Calixto Ramos, presidente
Nacional da Nova Central os sindicalistas
solicitaram para que o ministro apresente um parecer
técnico com recomendações de veto, ao Projeto de Lei
(PL 4230/1998), que trata da terceirização e que
está prestes a ser sancionado pelo presidente,
Michel Temer (PMDB).
“Somos contra este projeto por ser sinônimo de
mortes, acidentes e precarizador das condições de
trabalho. Uma pesquisa da Confederação Nacional da
Indústria comprova que, na verdade, para 91% das
empresas que defendem esta forma de contratação, o
que mais interessa é a redução de custo no processo
produtivo. Ao invés de resolver os conflitos
trabalhistas ele vai triplicar ações na Justiça do
Trabalho”, relatou.
Devido a Nova Central não concordar com as mudanças
no Artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que prevê regulamentar o negociado sobre o
legislado, foram entregue duas propostas que serão
analisadas por técnicos do ministério que ficaram de
sistematizá-las até o dia 4 de abril, data da
próxima reunião.
Fonte: NCST
30/03/2017 -
Nova audiência discute reforma trabalhista nesta
manhã
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) realiza nova audiência pública nesta manhã.
“É importante escutar autoridades jurídicas que
conheçam, in loco, a situação da aplicação das leis
trabalhistas, trazendo para esta comissão a
experiência do dia-a-dia das cortes trabalhistas do
País”, afirma o relator da reforma trabalhista,
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), um dos
parlamentares que pediram esse debate.
Foram convidados para discutir o projeto do governo:
- a juíza do Trabalho do Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região, Thereza Christina Nahas;
- o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), Cézar Britto;
- o presidente da Confederação Brasileira
Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação (Contac), Siderlei Silva de Oliveira;
- o secretário-geral da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio (CNTC), Lourival
Figueiredo Melo;
- o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e
Hospitalidade da CNC e Federação Nacional de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS) Alexandre
Sampaio de Abreu;
- o assessor jurídico da Associação Nacional do
Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística)
Narciso Figueiroa Jr.; e
- o advogado e professor José Augusto Lyra.
O debate será realizado a partir das 9 horas, no
plenário 9.
Fonte: Agência Câmara
30/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência ouvirá o ministro
da Fazenda nesta quinta-feira
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o
convidado da última audiência pública da comissão
especial da Câmara dos Deputados que analisa a
reforma da Previdência (PEC 287/16), nesta
quinta-feira (30).
Com a conclusão da fase de audiências, a comissão
ficará aguardando a apresentação do relatório do
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). Ele se
comprometeu a conversar com todas as bancadas
partidárias antes de entregar o texto para votação.
A audiência ocorrerá no plenário 2, a partir das 10
horas.
Fonte: Agência Câmara
30/03/2017 -
Comissão mista debaterá Programa Seguro-Emprego no
dia 12
Parecer sobre o tema deverá ser apresentado uma
semana depois
A comissão mista da Medida Provisória (MP) 761/16
realizará audiência pública no dia 12 de abril para
debater a proposta, que institui o Programa
Seguro-Emprego (PSE), antigo Programa de Proteção ao
Emprego (PPE), e prorroga o seu prazo de vigência
até 31 de dezembro de 2018. O relatório da
colegiado, cujo plano de trabalho foi aprovado nesta
quarta-feira (29), deverá ser apresentado em 19 de
abril.
O programa permite que o governo economize recursos
do seguro-desemprego, preservando maior parte da
arrecadação sobre a folha de pagamento, além de
conter a queda no nível de emprego da economia.
Entre as principais mudanças contidas no PSE em
relação ao PPE estão a inclusão das micro e pequenas
empresas (MPEs) na prioridade de adesão ao programa;
previsão de auxílio do Sebrae às MPEs; e a definição
do Indicador Líquido de Emprego (ILE), que serve de
referência para demonstrar a dificuldade
econômico-financeira da empresa, em ato do Poder
Executivo.
A MP também estabelece a dispensa de realização de
termo aditivo ao acordo coletivo de trabalho em caso
de alteração no número de trabalhadores, setores
abrangidos ou percentual de redução da jornada e
salário dos cidadãos abrangidos pelo programa; maior
rigor no tratamento de fraudes; e necessidade de
disponibilidade orçamentária para a liberação e
adesões ao programa.
Emendas
Relator da MP, o senador Armando Monteiro (PTB-PE)
disse que a audiência pública servirá para debater
temas polêmicos que motivaram a apresentação de 61
emendas, como prioridades de adesão, dispensa de
formalização de termo aditivo e garantia de emprego.
A maioria das emendas é relacionada a um reexame dos
critérios de adesão à proposta, explicou o relator.
A comissão mista é presidida pelo deputado Edmar
Arruda (PSD-PR).
Para o debate, serão convidados representantes do
Ministério do Trabalho; do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); do
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese); da Confederação Nacional
da Indústria (CNI); da Confederação Nacional do
Comércio (CNC); da Confederação Única dos
Trabalhadores (CUT); da Força Sindical, da União
Geral dos Trabalhadores (UGT); e da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Fonte: Agência Câmara
30/03/2017 -
Reforma da Previdência vai elevar desemprego e
reduzir receitas, diz Marcio Pochmann
A reforma da Previdência, ao dificultar o acesso ou
reduzir o valor dos benefícios previdenciários, vai
elevar o desemprego e reduzir as receitas da
Previdência.
A afirmação foi feita pelo economista e
professor da Unicamp, Marcio Pochmann, que participa
agora de audiência pública promovida pela comissão
especial que analisa a reforma da Previdência (PEC
287/16).
Segundo ele, a redução dos benefícios, provocada
pela reforma, vai forçar as pessoas a procurarem no
mercado de trabalho a renda que o sistema de
Seguridade não lhes garantirá mais.
Com mais gente procurando emprego, haverá elevação
da taxa de desemprego do País, que pode chegar a
25%. A taxa média nacional atual, segundo o IBGE, é
de 12%.
“As pessoas tenderão a buscar no mercado de trabalho
o recurso que não terão do sistema de Seguridade”,
disse Pochmann.
Com a queda da renda e o aumento do desemprego,
segundo ele, a arrecadação da Previdência tenderá a
cair. Ele aposta em uma redução de 9% na receita,
com a reforma.
Cidades-fantasmas
O economista disse que a reforma deve afetar as
cidades que hoje dependem das transferências
governamentais, como aposentadorias e pensões do
INSS e o Bolsa Família, localizadas nas regiões mais
pobres do Brasil, e que hoje já sofrem com a redução
da população. “Teremos cidades-fantasmas no País”,
disse.
Pochmann disse também que a crise fiscal brasileira
deve ser resolvida com crescimento econômico, e não
com mudanças na Previdência. Ele disse aos deputados
que o gasto social representa 40% do Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro. Qualquer corte nesse gasto
afeta a economia.
“Se nós queremos sair da crise, o corte do gasto
Social certamente não vai ajudar”, afirmou.
A Proposta de Emenda à Constituição 287/16 altera
regras em relação à idade mínima e ao tempo de
contribuição para se aposentar, à acumulação de
aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos
benefícios, entre outros pontos.
Fonte: Agência Câmara
30/03/2017 -
Temer diz que pontos da reforma da Previdência ainda
podem ser negociados
O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira
(29) que questões como a dos trabalhadores rurais e
de pessoas com deficiência podem ainda ser
negociadas para a aprovação da reforma da
Previdência. Em discurso na abertura da 10ª
conferência do Bank of America Merrill Lynch, em São
Paulo, ele afirmou que se a reforma não for feita
agora, terá de ser feita daqui a três anos. Caso
contrário, acrescentou, “em sete anos paralisamos o
Brasil”.
“Precisamos aproveitar este momento de apoio do
Congresso Nacional para fazer essa reforma. A
reforma não prejudicará ninguém. A questão dos
trabalhadores rurais, a questão dos deficientes, eu
compreendo, e nós podemos ainda negociar, de modo a
aprovar a reforma”, disse Temer.
Segundo ele, todos os estudos estatísticos mostram
que se não houver reformulação previdenciária, em
2024 o país só terá verbas para pagar servidores
públicos. “Estamos fazendo regras de transição que
permitam que, muito brevemente, as finanças públicas
possam estar mais equilibradas e que não possam
gerar o que ocorreu na Grécia, em Portugal, na
Espanha e na França, que tiveram de reduzir valores
de aposentadorias e de salários de servidores”.
O presidente disse ainda que, nesse contexto, a
“interlocução plena” que seu governo tem com o
Congresso Nacional será fundamental para a aprovação
da matéria.
Fonte: Portal EBC
30/03/2017 -
Deputados criticam terceirização; ministro do
Trabalho diz que no Brasil ela já é realidade
Em audiência com o ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, diversos deputados criticaram a aprovação
do projeto da terceirização na semana passada pela
Câmara dos Deputados, principalmente porque ele
permite a terceirização da atividade-fim de uma
empresa.
O deputado Robinson Almeida (PT-BA) pediu que o
ministro Ronaldo Nogueira intercedesse para que o
presidente Michel Temer não sancione a matéria.
"Para ela ir a sanção, precisa da opinião do
Ministério do Trabalho. O senhor sugerirá vetos? Há
um clamor na sociedade brasileira para que esse
projeto não seja sancionado", sugeriu. Ele lembrou
ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF)
questionou a legalidade da terceirização e já pediu
à Câmara dos Deputados informações sobre a proposta,
o que impediria sua sanção.
Já o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) afirmou que
Ronaldo Nogueira não estaria preparado para ser
ministro do Trabalho, já que permitiu a aprovação da
terceirização. "Essa terceirização vai ter um
impacto na reforma da Previdência. Na hora que o
trabalhador deixa de ter a carteira assinada, ele
para de recolher a contribuição previdenciária",
disse Costa.
Segundo o ministro, no entanto, a terceirização é um
fenômeno global e no Brasil é uma realidade, com 12
milhões de trabalhadores nessa modalidade de
trabalho. "Nós precisamos ter um marco regulatório
que traga segurança jurídica para esse trabalhador.
Tem acontecido de empresas terceirizadas atrasarem
pagamento de trabalhadores, algumas desaparecem de
uma hora para outra", observou Nogueira, sem
mencionar a terceirização de atividades-fim.
O ministro participou de audiência pública na
Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço
Público.
Fonte: Agência Câmara
30/03/2017 -
Desemprego na Grande São Paulo sobe para 17,9% em
fevereiro
A taxa de desemprego na região metropolitana de São
Paulo passou de 17,1% em janeiro para 17,9% em
fevereiro, a maior registrada para o mês desde 2005.
Os dados foram divulgados pela Fundação Seade e pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Em fevereiro de 2016, o
desemprego era de 14,7%.
O contingente de desempregados foi estimado em 1,9
milhão de pessoas, 99 mil a mais do que em janeiro.
Houve redução do nível de ocupação, com eliminação
de 39 mil postos de trabalho, o equivalente a 0,4%
de queda. A População Economicamente Ativa (PEA)
registrou alta de 0,5%, com 60 mil pessoas passando
a fazer parte da força de trabalho.
O desemprego aberto, ou seja, pessoas que buscaram
trabalho nos últimos 30 dias e não trabalharam nos
últimos sete dias, variou de 14,1% para 14,8%. A
taxa de desemprego oculto, que se refere a pessoas
que fizeram trabalhos eventuais, não remunerados em
negócios de parentes e tentaram mudar de emprego nos
últimos 30 dias ou que não buscaram emprego em 30
dias, variou de 3% para 3,1%.
Na comparação entre setores, a indústria de
transformação eliminou 42 mil postos de trabalho em
fevereiro, queda de 3,2% em relação a janeiro. Nos
serviços, houve retração de 0,6%, ou 32 mil postos
de trabalho. No mesmo período, o comércio e o setor
de reparação de veículos automotores e motocicletas
apresentaram alta de 2,2%, com 38 mil postos de
trabalho cada. Na construção, foi registrado aumento
de 1,2%, com 7 mil postos de trabalho.
O rendimento médio real no mês de janeiro (quando
foi feita a última aferição do indicador) caiu 3,7%
entre os ocupados e 3,9% entre os assalariados. Os
salários médios foram de R$ 1.974 para os ocupados e
R$ 2.032 para os assalariados da Grande São Paulo.
Fonte: Agência Brasil
30/03/2017 -
Paulo Paim pede indicação dos integrantes da CPI da
Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) fez um apelo, nesta
quarta-feira (29), para que os lideres de bancada
indiquem os nomes dos representantes dos partidos
que irão integrar a CPI da Previdência.
- Queria fazer um apelo: que os líderes indicassem
os nomes para que a gente possa instalar na semana
que vem a CPI da Previdência – disse.
Presidindo a sessão, o senador Jorge Viana (PT-AC)
reafirmou a necessidade imediata das indicações para
compor a CPI que,segundo ele, virou uma unanimidade
no Senado.
- O próprio líder do governo, senador Romero Jucá
[PMDB-RR], assinou, então nada mais justo que as
indicações cheguem imediatamente à Mesa – disse.
Fonte: Agência Senado
30/03/2017 -
STF mantém base de cálculo da contribuição patronal
para Previdência
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, dia 29,
manter a base de cálculo da contribuição patronal
para a Previdência Social, valor equivalente a 20%
do total das remunerações pagas aos trabalhadores de
uma empresa. Eventual decisão contrária da Corte
poderia causar impacto negativo de R$ 250 bilhões ao
governo federal.
Os ministros julgaram um recurso de uma empresa de
Santa Catarina, que contestou a base de cálculo da
contribuição, feita com base no total de rendimentos
que compõem a folha de pagamento do empresariado.
Para a empresa, somente o salário do empregado
deveria ser tributado.
Ao rejeitar o recurso, o STF entendeu que a
legislação é clara ao definir que o pagamento do
imposto incide sobre os ganhos habituais do
trabalhador, como 13º salário e férias, por exemplo.
A decisão da Corte terá impacto em 7,5 mil processos
que estavam parados em todo o Judiciário, aguardando
a posição final do plenário.
Fonte: Agência Brasil
30/03/2017 -
Reuniões fora do horário de trabalho justificam
horas extras
A 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região (TRT/RJ) condenou a Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN) ao pagamento de horas extras a um
empregado que precisava participar de reuniões da
empresa antes do horário regular do início da
jornada de trabalho. A decisão seguiu, por
unanimidade, o voto da relatora do acórdão,
desembargadora Claudia de Souza Gomes Freire. O
valor total da condenação, considerando as verbas
devidas ao profissional e seus reflexos, foi fixado
em R$10 mil.
O trabalhador alegou que laborava na siderúrgica em
turno ininterrupto de revezamento de seis horas, e
que era obrigado a chegar à empresa 20 minutos antes
do horário contratual para participar das chamadas
“reuniões relâmpago”. Segundo ele, a siderúrgica
nunca efetuou o pagamento desse período a mais em
que ficava à sua disposição.
A CSN afirmou que as reuniões só começavam 15
minutos antes da hora “cheia” (a partir das 11h45
quando a escala era das 11h45 às 18h. Nesse caso a
hora “cheia” seria meio-dia). No período que
antecedia as reuniões, seria de livre arbítrio a
entrada antecipada. Além do mais, norma coletiva
previa que seriam computadas como extraordinárias
apenas as horas que ultrapassassem 30 minutos.
O colegiado deferiu o pagamento de horas extras,
concluindo que não se pode dar validade à norma
coletiva que não admite tempo à disposição do
empregador como parte das horas trabalhadas e
registradas nos controles de frequência, com intuito
de suprimir direitos trabalhistas basilares.
A Turma deferiu o pagamento de horas extras,
acrescidas do adicional de 50%, com reflexos nas
parcelas de 13º salário, férias acrescidas de 1/3,
bonificação de férias, depósitos de FGTS,
indenização compensatória de 40% e verbas
resilitórias. O valor total da condenação ficou em
R$10 mil.
Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho,
são admissíveis os recursos enumerados no art. 893
da CLT.
(Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região)
Fonte: Jusbrasil
29/03/2017 -
Senado voltará debater PL da Terceirização, garante
Eunício
Na presença de líderes das Centrais Sindicais o
senador Paulo Paim (PT/RS) apresentou terça-feira
(28/3) para o presidente do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB) seu relatório do PLC 30/15, que regulamenta o
trabalho terceirizado. Por questão regimental o
presidente da Casa, encaminhou a proposta às
comissões permanentes para debate e deliberação.
O presidente Nacional da Nova Central, José Calixto
Ramos (Sr. Calixto) esteve na cerimônia e constatou
que no parecer, Paim avançou sobre temas incômodos
aos trabalhadores (as). Como na questão da
atividade-meio e fim, que no seu relatório
regulamenta a terceirização na atividade-meio e a
proíbe na atividade-fim.
Em sua opinião o projeto aprovado em 2015 na Câmara
dos Deputados, ainda precisa de correções, tais
como: a Pejotização e a possibilidade de terceirizar
todas as atividades de uma empresa. “Apesar da
questão simbólica do ato, saímos frustrados com o
senador Romero Jucá - líder de Temer – que havia se
comprometido nos ajudar nesta questão e simplesmente
não compareceu e nem deu satisfação”.
Outra questão, que segundo Sr. Calixto deu para
transparecer é de que o presidente do Senado na
questão da relação (solidária x subsidiária), sua
simpatia é pela “solidária”. E que para obter êxitos
nesta batalha o fundamental é manter uma campanha
sistemática de mobilização nos locais de trabalho e
preparar as manifestações agendadas para o dia 28 de
abril.
O sucesso das manifestações do dia 15 de março, para
o Sr. Calixto, servirá de estímulo para aumentar a
adesão de mais categorias na próxima mobilização. E
de que é preciso combater a “guerra de
desinformações” veiculadas na “mídia tradicional”,
que já se posicionaram claramente que apoiam
quaisquer mudanças que retiram direitos sociais e
trabalhistas.
“Não fique de fora desta luta em defesa de um
presente de gloria e de um futuro promissor. O setor
patronal de todos os seguimentos produtivos e
econômicos investem milhões nos seus representantes
no Congresso para que aprovem medidas de seus
interesses em detrimento das condições de vida e
trabalho. Tudo isso exigirá muita resistência e luta
do nosso povo”, garante Sr. Calixto.
Fonte: NCST
29/03/2017 -
Comissão discute com ministro reforma trabalhista
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público promove nesta quarta-feira (29) audiência
pública com o ministro do Trabalho e Emprego,
Ronaldo Nogueira, para tratar assuntos da pasta.
O debate foi solicitado pelos deputados Marcos
Rogério (DEM-RO) e Wadih Damous (PT-RJ). Os
parlamentares querem ouvir a opinião do ministro
sobre a proposta de reforma trabalhista, em especial
o Projeto de Lei 6787/16, do Executivo, que
estabelece a prevalência de acordos e convenções
coletivos entre patrões e empregados sobre a
legislação (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
Decreto-lei 5.452/43).
A reunião está marcada para as 10 horas, no Plenário
12.
Fonte: Agência Câmara
29/03/2017 -
Terceirização pode reduzir salários pela metade, diz
Ipea
Representante do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), André Campos apresentou o resultado
de uma pesquisa sobre trabalho terceirizado no
Brasil que mostra um total de 4 milhões de
trabalhadores formais, assalariados, terceirizados
no País.
A pesquisa feita pelo Ipea em parceria com o
Ministério do Trabalho aponta o efeito da
terceirização nos salários: redução de até 50% na
remuneração. “O impacto nos salários não é
desprezível”, avaliou Campos.
Outra pesquisa apresentada pelo representante do
Ipea mostra o perfil dos atuais 10, 8 mil sindicatos
no Brasil.
"Eles apresentam redução da base geográfica, são
principalmente municipais e têm, em média, de 1,6
mil associados, ou seja, base geográfica reduzida,
poucos associados e arrecadação baixa. Podem
desenvolver bem suas atividades?”, indagou.
Campos participou de grupo na Casa Civil destinado a
buscar soluções para problemas históricos do mercado
de trabalho brasileiro, como grande rotatividade,
ausência de regulação e incerteza do mercado, entre
outros.
Fonte: Agência Câmara
29/03/2017 -
Reforma não protege o empregado, diz advogado
trabalhista
Para o representante da Associação dos Advogados
Trabalhistas de São Paulo, Aparecido de Medeiros, a
proposta de reforma trabalhista é um “remendo” e
“sofrível" do ponto de vista legislativo.
Em audiência da comissão especial que analisa o
tema, Medeiros afirmou que o texto mexe
superficialmente na questão. “Não ataca a altíssima
carga tributária que atinge a folha de pagamento,
por exemplo, que ultrapassa 110% do salário, e não
ataca a reforma sindical”, criticou.
Ele também questionou o porquê da reforma depois da
aprovação do projeto de lei da terceirização. “Por
que a reforma se não teremos mais emprego? Teremos o
eterno temporário que vai pular de emprego em
emprego”, disse, lembrando que Portugal, Itália,
Grécia e Espanha tentaram reformas semelhantes e não
conseguiram diminuir o desemprego. “A CLT protege o
emprego”, destacou.
Medeiros é advogado trabalhista do setor têxtil e
falou também sobre as empresas que exploram o
trabalho escravo em São Paulo. “Flexibilizar o
direito trabalhista é involuir. Precisamos avançar
na garantia de direitos”, defendeu.
Fonte: Agência Câmara
29/03/2017 -
Paim entrega ao presidente do Senado parecer sobre
terceirização
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou seu
relatório ao PLC 30/15, que regulamenta o trabalho
terceirizado. O presidente da Casa, Eunício Oliveira
(PMDB-CE) recebeu o parecer e encaminhou a proposta
às comissões permanentes para debate e deliberação.
No parecer, ele avançou sobre temas incômodos aos
trabalhadores. Como na questão da atividade-meio e
fim, que no seu relatório regulamenta a
terceirização na atividade-meio e a proíbe na
atividade-fim.
A questão da relação solidária x subsidiária, que
manteve o texto aprovado pela Câmara, que garante a
relação solidária. No aspecto da representação
sindical Paim manteve o texto aprovado na Câmara.
Isto é, garante isonomia de direitos entre o
contratado diretamente e o terceirizado. Proíbe a
subcontratação ou quarteirização, com ressalvas para
o segmento da construção civil ou setores que
possuem legislação específica sobre o assunto.
Pelo relatório que vai à discussão, fica proibida a
contração de pessoa física como se jurídica fosse. O
texto aprovado pela Câmara permitiu isto, com
quarentena. Isto é, o empregador poderia demitir o
trabalhador e dois anos depois contratá-lo como
pessoa jurídica (“pejotização”).
Fonte: Diap
29/03/2017 -
Celso de Mello pede que Câmara explique se PL da
terceirização foi retirado de pauta
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, pediu explicações à Câmara dos Deputados
sobre o projeto de lei que libera a terceirização de
serviços. Em despacho desta terça-feira (28/3), o
ministro pede que a Câmara esclareça se o projeto
foi retirado de pauta, como alegam os autores de
mandado de segurança impetrado no STF.
O MS é de autoria dos partidos Rede
Sustentabilidade, PDT e PT. Eles afirmam que toda a
tramitação do projeto de lei da terceirização que
aconteceu desde 2003 é nula. Foi naquele ano que o
presidente Lula, assim que assumiu o mandato,
retirou o texto, de autoria do Executivo, de pauta.
A informação foi divulgada nesta terça pelo site do
ex-presidente. O projeto foi enviado ao Congresso
pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1998 e
tramitava entre a Câmara e o Senado desde então.
Quando Lula assumiu a Presidência da República, no
entanto, enviou mensagem aos deputados comunicando a
retirada do projeto de pauta, acabando com sua
tramitação.
O pedido de retirada de pauta foi feito no dia 20 de
agosto de 2003, mas nunca analisado. A questão
chegou a ser levantada na sessão em que o projeto
foi aprovado pelo deputado Leo de Brito (PT-AC). Em
reclamação, o deputado afirmou que os pedidos de
retirada de pauta podem ser feitos por autores de
projetos e devem ser analisados pelo Plenário em
“qualquer fase de seu andamento”.
A reclamação também não foi analisada pelo
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No
despacho desta terça, Celso pede que a Mesa Diretora
da Câmara se explique sobre a questão, mas não
estabeleceu prazos.
A mesma decisão foi tomada em outro mandado de
segurança, de autoria do deputado André Figueiredo
(PDT-CE). Ainda há outro mandado de segurança com o
mesmo pedido, de autoria do deputado Carlos
Zarattini (PT-SP), mas ainda não analisado.
Fonte: Consultor Jurídico
29/03/2017 -
Em evento da indústria, Maia diz esperar votação de
reforma trabalhista em abril
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a
defender nesta terça-feira (28), em evento promovido
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a
aprovação das reformas trabalhista e da Previdência
como prioridades do Congresso para 2017. A
expectativa, segundo Maia, é que a reforma
trabalhista seja votada a partir de 17 de abril e a
da Previdência já no começo de maio.
“Não tenho dúvida de que as reformas que reorganizam
o Estado brasileiro e dão segurança jurídica ao
capital precisam ser prioridade do Parlamento nos
próximos anos”, disse, após receber a pauta
legislativa da CNI, que reúne 131 propostas em
tramitação no Congresso.
“Temos uma agenda pró-mercado e pró-emprego. Acho
que o Estado brasileiro precisa ser menor para que a
sociedade seja maior e possa se desenvolver e gerar
emprego”, ressaltou.
A CNI pede no documento urgência na aprovação de 16
itens que interessam à indústria, entre as quais as
reformas trabalhista e da Previdência.
Terceirização
Um desses itens foi aprovado pela Câmara na semana
passada e permite o uso da terceirização em todas as
áreas (atividade-fim e atividade-meio) das empresas.
Foi aprovado um substitutivo do Senado ao PL
4302/98, do Executivo, que aguarda agora a sanção
presidencial. O texto também aumenta de três para
seis meses o tempo dos contratos temporários.
Segundo Maia, é importante que as indústrias
participem do debate e mostrem o impacto que cada
uma dessas medidas tem no desenvolvimento do emprego
e na geração de renda no Brasil. “É bom que a CNI
faça esse tipo de evento, que tenha uma agenda,
porque isso vai ajudar no convencimento dos
deputados para avançarmos nesta pauta reformista.”
Reforma política
Em relação a reforma política, que também é defendida
pela CNI, Maia afirmou que uma proposta de emenda à
Constituição (PEC) elaborada pelo Senado pode ser um
começo, mas disse que a considera “tímida” por não
resolver o que ele entende o principal problema do
sistema atual: a representatividade dos mandatos.
“Não quero dizer qual é o melhor modelo, mas acho
que o Congresso precisa enfrentar a discussão do
sistema eleitoral também. É ele que gera muitas das
distorções que vivemos hoje na política brasileira,
pela forma como o cidadão compreende e participa do
sistema eleitoral”, disse.
A PEC aprovada pelos senadores (282/16), em análise
na Câmara, põe fim às coligações partidárias nas
eleições proporcionais (vereadores e deputados) e
cria uma cláusula de barreira para a atuação dos
partidos políticos.
Outros temas
Entre outras pautas defendidas pela CNI estão:
- Projeto de Lei 6814/17, que unifica as regras para
licitações e contratos da Administração Pública. O
texto foi proposto pela Comissão de Modernização da
Lei de Licitações e Contratos do Senado;
- Projeto de Lei 6787/16, do Executivo, que estabelece
a prevalência de acordos e convenções coletivos
entre patrões e empregados sobre a legislação
(Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
Decreto-Lei 5.452/43); e
- Projeto de Lei Complementar 54/15, que confere
validade jurídica aos benefícios e incentivos
fiscais ou financeiros concedidos por estados e pelo
Distrito Federal em relação ao ICMS; entre outros.
Fonte: Agência Câmara
29/03/2017 -
Temer vai fundir terceirização com reforma
trabalhista
O presidente Michel Temer já tem um novo plano para
colocar em prática a terceirização aprovada pela
Câmara na semana passada tentando minimizar os
efeitos negativos. Segundo reportagem da Folha desta
terça (28), Temer não vai publicar o texto que tem
respaldo mínimo ao trabalhador na íntegra. A ideia é
selecionar os trechos que interessam ao governo e
inseri-los numa reforma trabalhista.
Com isso, Temer ainda ganha um motivo para
pressionar os aliados congressistas a fazer a
reforma trabalhista caminhar mais rápido, pois disso
dependerá que a terceirização entre em vigor.
Antes, a ideia era aguardar o Senado aprovar um
texto mais novo sobre terceirização - o que foi
aprovado pela Câmara é de 1998 - e juntar os dois.
Porém, aliados apontaram que o governo corre risco
com essa alternativa, pois com a pressão popular,
pode ser que os senadores decidam mexer no texto
original.
A terceirização que está no Senado foi aprovada pela
Câmara quando Eduardo Cunha era presidente. Apesar
de já permitir a terceirização ampla, ou seja, de
atividade-fim, o texto previa pelo menos 50 itens
que asseguravam os direitos dos trabalhadores.
Incluindo a obrigação de a empresa-mãe fiscalizar se
a terceirizada cumpre com os direitos trabalhistas.
No texto que aguarda sansão de Temer, esse item não
existe. Nele, as únicas garantias aos trabalhadores
são três: os terceirizados não podem fazer serviços
que não estão estipulados em contrato; devem ter a
mesma condição de trabalho que os contratados e
também devem ser abrigados pela CLT no que tange
fiscalização.
Centrais sindicais já convocam um protesto para o
dia 28 de abril, contra a reforma da previdência,
trabalhista e o projeto de terceirização.
Fonte: Jusbrasil
29/03/2017 -
Eunício: projeto de terceirização em discussão no
Senado seguirá rito normal
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
reafirmou nesta terça-feira (28) que o texto em
discussão na Casa que regulamenta a terceirização
será pautado para votação em plenário assim que
estiver pronto. Segundo Eunício, o projeto seguirá o
rito de tramitação regular.
O relator do Projeto de Lei Complementar 30/2015,
senador Paulo Paim (PT-RS), ainda deve apresentar o
relatório, que precisa ser aprovado em comissão
antes de seguir para plenário. “Ele precisa ser
aprovado em uma comissão. Se ele não for para a
[Comissão] Agenda Brasil, encaminharei para a CCJ
[Comissão de Constituição e Justiça] para que esta
se pronuncie. Ele vem a plenário e vou dar o rito
normal do projeto. Depois esse projeto vai para a
Câmara. Não tenho nenhuma intenção de, ao receber o
relatório do senador Paulo Paim, não dar o rito
normal que essa matéria tem.”
O presidente do Senado explicou que, como a chamada
Comissão Agenda Brasil foi suspensa, pode ter seu
funcionamento prorrogado para que o projeto seja
votado, ou encaminhá-lo de ofício para a CCJ.
Na última quarta-feira (22), a Câmara aprovou o
projeto que trata da terceirização, e o texto foi
encaminhado para sanção presidencial. Entre os
pontos que constam no texto aprovado está a
responsabilidade subsidiária da empresa contratante
em relação à terceirizada. Com isso, os bens da
empresa contratante somente poderão ser penhorados
pela Justiça se não houver mais bens da terceirizada
para o pagamento da condenação relativa a direitos
não pagos.
Já o texto que tramita no Senado estabelece a
responsabilidade solidária. Ou seja, contratante e
terceirizada respondem ao mesmo tempo com seus bens
para o pagamento da causa trabalhista.
Fonte: Agência Brasil
29/03/2017 -
OIT afirma que desemprego seguirá crescendo no mundo
todo
O diretor-geral da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), Guy Ryder, questionou nesta
terça-feira (28) a forma como o mundo todo
administrou a crise econômica e advertiu que o
desemprego seguirá crescendo. As informações são da
Agência EFE.
"A cada ano há e haverá mais desempregados no mundo
e isso tem consequências dramáticas", afirmou Ryder,
em um café da manhã informativo, em Madri.
O dirigente da OIT defendeu o diálogo social e que
os governantes coloquem o emprego no centro das
políticas públicas pois, segundo ele, isso
representa muito mais do que uma forma de ganhar
dinheiro; trata-se de "dar sentido à experiência
humana".
Sobre o futuro, encorajou os países a não cair no
"determinismo tecnológico" e a pensar no emprego de
outra forma, respeitando as relações criadas.
Ryder observou que é preciso criar 40 milhões de
postos de trabalho a cada ano no mundo, mas
reconheceu que "isso não é possível".
Observou que outras opções para o problema do
desemprego incluem compartilhar o trabalho ou
apostar em garantias de ingressos universais.
Ryder também insistiu na necessidade de reduzir a
lacuna salarial entre homens e mulheres, que em
nível global é de 23%. "As mulheres trabalham às
sextas-feiras de graça", disse ao tentar explicar
que a diferença salarial equivale a um dia da semana
sem remuneração para as mulheres.
Já em relação à situação política global, insistiu
que o Brexit "foi um erro" e pediu atenção às
decisões dos Estados Unidos.
Fonte: Agência Brasil
28/03/2017 -
Centrais definem abril de lutas e marcam paralisação
nacional dia 28 de abril
As Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova
Central, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical se
reuniram na tarde desta segunda (27) na sede da UGT,
em São Paulo, para marcar o Dia Nacional de
Paralisações contra as reformas neoliberais de
Temer.
A data será 28 de abril, sendo precedida de atos,
protestos, mobilizações e forte panfletagem, com
objetivo de acumular forças para o dia e chamar as
categorias profissionais, os movimentos sociais, e
amplos setores sociais para o protesto.
Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral
dos Trabalhadores (UGT), afirma: “As Centrais
Sindicais estão, decididamente, unidas em defesa dos
direitos dos trabalhadores da ativa e aposentados. A
reforma da Previdência, a trabalhista e a
terceirização da atividade-fim nos unificam e criam
forte clamor popular contra a agressão a direitos e
conquistas”.
Dia 31 - O esquenta para o dia 28 de abril
começa em 31 de março, quando CUT, CTB e outros
setores farão atos em todo o País contra as reformas
neoliberais.
Dia 6 - Os trabalhadores do setor de
transportes, ligados a várias Centrais, farão
plenária em São Paulo, dia 6 de abril, para definir
formas de mobilização com vistas à paralisação
nacional no dia 28.
Acúmulo - Todos os dirigentes presentes à UGT
fizeram avalição positiva do protesto nacional do
dia 15 ao usar da palavra. João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força, avalia: “O sindicalismo
fez atos fortes, nacionais, com grande número de
categorias profissionais. A população apoiou com
entusiasmo nossas ações. Acumulamos força para fazer
um grande protesto nacional dia 28”.
Mais informações: sites das Centrais
Fonte: Agência Sindical
28/03/2017 -
Procurador-geral do Trabalho defende veto integral
do projeto da terceirização
O procurador-Geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, pede
ao presidente Michel Temer que vete integralmente o
projeto de lei da terceirização, aprovado pela
Câmara dos Deputados.
Em nota técnica, o procurador diz que a medida
fragiliza os direitos fundamentais dos
trabalhadores. Ele diz que o texto fragmenta a
relação de emprego, aumenta a rotatividade de
mão-de-obra, reduz a remuneração, eleva a jornada de
trabalho, reduz a garantia de férias e de benefícios
indiretos e coloca em risco os direitos
trabalhistas.
Analisa ainda que a prática reduz o trabalho humano
à condição de mercadoria e inverte o sentido da
terceirização que seria a subcontratação de
atividades acessórias para facilitar que a empresa
tomadora de serviços atue em sua atividade
principal.
Mas os deputados da base aliada e empresários
argumentam que a proposta vai dar uma injeção de
ânimo na economia e aumentar as contratações.
Fonte: Portal EBC
28/03/2017 -
Sindicalistas anunciam na CDH mobilização contra a
reforma da Previdência
Centrais sindicais preparam uma grande mobilização
para abril, com previsão de uma greve geral, em
protesto à reforma da Previdência, anunciaram nesta
segunda-feira (27) os líderes de sindicatos e
associações que participaram de audiência pública na
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH).
Eles manifestaram oposição às reformas
previdenciária e trabalhista, propostas pelo governo
de Michel Temer. De acordo com o presidente da
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB),
Ubiraci Dantas de Oliveira, as centrais estão
reunidas nesta segunda para decidir a data dessa
paralisação geral. Ubiraci e os demais convidados
afirmaram que a população está majoritariamente
contra a reforma, e já começou a se manifestar com
vídeos, pelas redes sociais e pelas ruas em vários
municípios.
— O trabalhador sabe que não vai se aposentar. Ele
vê por cima a proposta do governo, ele sabe que não
vai se aposentar. O que estão querendo fazer é terra
arrasada. É política de ave de rapina para arrasar o
Brasil — disse Ubiraci.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a CDH e
requereu a realização da audiência pública, disse
perceber, em suas viagens pelo país, as pessoas
comentando o assunto e se mostrando contrárias às
propostas de Temer.
Mobilização
Para o secretário-geral da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores, Moacyr Roberto Tesch, a população só
se mobilizou da forma como está agora na época das
Diretas Já.
— Temos a convicção de que a sociedade, eu acho que
só na época das Diretas Já, se mobilizou dessa
forma, porque aonde quer que a gente vá existe
alguém falando da maldade que esse governo está
fazendo. E a facilidade hoje das redes sociais tem
nos ajudado e muito nessa divulgação — disse.
Paim exibiu alguns vídeos na audiência pública,
mostrando a indignação de trabalhadores com a
proposta do governo de reforma da previdência. O
primeiro mostrou uma trabalhadora rural e o segundo
um trabalhador da construção civil. Segundo Paim, os
vídeos têm se tornado cada vez mais comuns, o que
mostra a mobilização popular.
Durante a audiência, os participantes criticaram
vários aspectos da proposta, com a idade única para
homens e mulheres, o aumento dos anos de
contribuição, a fatia da reforma para as esferas
federal, estadual e municipal, o argumento de
déficit na Previdência. Para todos os aspectos, uma
só conclusão, segundo os participantes: a reforma é
uma provocação à sociedade brasileira e
representaria o fim da Previdência no país.
— Esse governo está desafiando o povo brasileiro. O
povo brasileiro vai às ruas. Uma hora vai ter um
milhão, dois milhões nas ruas e quero ver como esse
governo vai segurar — disse Paim.
Ao final da reunião, o senador disse que a CDH fará
toda semana audiências públicas sobre a reforma da
previdência, com foco em aspectos diferentes, como
idosos e pessoas com deficiência, pessoas com
direito à aposentadoria especial, trabalhadores
rurais e estudantes.
Conflito de interesses
O presidente regional da Central Pública do Servidor,
Thiago Botelho, criticou o secretário da
Previdência, Marcelo Caetano, por fazer parte do
conselho de administração da BrasilPrev, empresa de
previdência privada do Banco do Brasil.
— Não pode quem está gerindo o fim da Previdência
estar do outro lado da mesa, defendendo a
previdência privada — disse.
Thiago afirmou que Marcelo Caetano é remunerado e
está fazendo a estratégia para quem vai trabalhar
com a previdência privada. Ele disse que, com o
conflito de interesses, já foi feita a denúncia
junto ao Conselho de Ética da Presidência da
República e que o caso está na agenda do conselho
para ser julgado nesta segunda-feira.
— Esperamos que isso seja colocado em julgamento e
seja uma resposta adequada — afirmou.
Fonte: Agência Senado
28/03/2017 -
Paulo Paim diz que terceirização não gera empregos e
reduz salários
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou o argumento de
que a terceirização gera empregos. Segundo ele, o
que gera emprego são as necessidades do mercado.
Paim defendeu a regulamentação dos trabalhadores que
já são terceirizados, em vez da possibilidade
irrestrita de terceirização.
O senador afirmou ainda que, se a proposta aprovada
na Câmara dos Deputados for sancionada, os
trabalhadores serão demitidos e recontratados com
salários menores. Já o lucro, disse o senador, irá
apenas para os donos da empresa matriz e da empresa
que terceiriza mão de obra. O senador citou caso
ocorrido no México em que houve prejuízos para os
trabalhadores do setor bancário.
- Houve caso, no México, de 50 mil trabalhadores do
setor bancário serem todos demitidos e recontratados
por uma terceirizada com 40% do salário. Aqui no
Brasil não é diferente. Eu acho que é mais cruel do
que lá o que acontece aqui - disse o senador.
Reforma da previdência
Paulo Paim criticou pontos da reforma da Previdência
em análise na Câmara dos Deputados. Ele lembrou que
outros países, ao mudarem as regras de
aposentadoria, adotaram fórmulas de transição na
idade mínima e no tempo de contribuição.
O senador lamentou a discrepância que haverá na
aposentadoria dos servidores públicos federais e na
dos funcionários de estados e municípios.
- Vamos ter no estado do Rio Grande do Sul ou de
Santa Catarina, uma professora na mesma função, com
a mesma capacidade, o mesmo tempo de escola, uma se
aposentando com 25 anos de contribuição, pois
manteve a [aposentadoria] especial, e a outra 50
anos de contribuição porque não manteve a especial -
disse o senador.
O parlamentar acrescentou que o mesmo vai ocorrer na
área de segurança publica, em que um policial civil
poderá se aposentar com com 25 de contribuição nos
estados, enquanto um policial federal terá que
contribuir por 50 anos para a Previdência. Isso, em
sua opinião, "desmonta todo o esquema de segurança
no Brasil".
Paim afirmou que a comissão parlamentar de inquérito
da Previdência vai cumprir um papel importante,
trazendo dados sobre dívidas bilionárias de grandes
empresas. Para ele, a cobrança dessas dívidas vai
dobrar os recursos da Previdência Social, sem a
necessidade de mudança nas regras de aposentadoria.
Fonte: Agência Senado
28/03/2017 -
Para líder, governo já tem votos para aprovar
reforma da Previdência
O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE),
afirmou que já tem votos suficientes para aprovar a
reforma da Previdência na Casa. Moura fez a
afirmação após reunião no Palácio do Planalto com os
ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da
Secretaria de Governo da Presidência da República,
Antônio Imbassahy e do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Também participaram do encontro o relator do
projeto, deputado Arthur Maia (PPS-BA), e o
presidente da comissão criada para debater o tema,
Carlos Marun (PMDB-MS).
“Na nossa avaliação, nós já temos os votos
suficientes para poder aprovar. Lógico que vamos
trabalhar para avançar ainda mais, nós temos uma
base de cerca de 400 deputados. Nós precisamos
aprovar a reforma da Previdência, que é fundamental
para o futuro do país”, disse. Segundo Moura, a
decisão do governo de retirar servidores estaduais e
municipais da reforma que tramita no Congresso
Nacional contribuiu para arregimentar os votos que
faltavam entre os deputados da base governista.
O presidente Michel Temer anunciou a alteração no
projeto na semana passada. A mudança, explicou
Moura, “distensionou” a base aliada na Câmara. O
líder disse ainda que o governo tem tempo para
conseguir ainda mais votos. Arthur Maia deve
apresentar o relatório final na semana que vem, de
acordo com Moura.
Durante a reunião, os ministros e a base aliada
falaram sobre a ideia do governo de dar um prazo de
seis meses para que os governos estaduais e
municipais aprovem uma reforma previdenciária para
seus servidores. Perguntado várias vezes sobre a
proposta do governo, o parlamentar desconversou e
disse apenas que a questão foi “ventilada”, mas não
discutida.
“Não estou descartando isso. Estou afirmando que foi
ventilado, mas não foi discutido esse ponto e,
portanto, prevalece o anúncio da semana passada. Não
estamos dizendo que não podemos avançar nessa
questão, mas no momento, isso sequer foi discutido”.
Fonte: Agência Brasil
28/03/2017 -
Turma nega aplicação de justa causa a dirigente
sindical por ausência de prova de falta grave
A Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
10ª Região (TRT10) negou o pedido da Companhia de
Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb)
para aplicação de dispensa por justa causa a um
empregado, que supostamente teria cometido falta
grave na condição de dirigente sindical do
Sindágua-DF, durante manifestações na sede da
empresa em 2014, promovidas em decorrência da greve
da categoria.
O Colegiado entendeu que é temerário responsabilizar
individualmente um trabalhador quando se trata de
ação promovida por um grupo de trabalhadores. “Se
abuso houve e desbordamento do movimento, mediante
invasão ilegal do espaço físico, onde se entabulavam
negociações, na presença de cinquenta e sessenta
pessoas, certamente não se trata de ato
individualizado praticado por um único trabalhador”,
observou o relator do processo, desembargador
Ricardo Alencar Machado.
Além disso, o magistrado ressaltou em seu voto que a
falta grave alegada pela Caesb demanda a existência
de prova robusta, já que a aplicação da justa causa
impõe consequências à vida profissional do
trabalhador, notadamente quando se trata de
dirigente sindical à frente de movimento grevista.
“A justa causa, a toda evidência, não veio
comprovada”, constatou o relator.
Entenda o caso
De acordo com informações dos autos, a Caesb moveu
inquérito para apuração de falta grave contra um
dirigente do Sindágua-DF, afirmou que o trabalhador,
durante as manifestações promovidas em razão da
greve de 2014 – durante um protesto na sede da
Companhia – xingou e usou palavras de baixo calão
contra o presidente da empresa, fazendo uso de um
megafone a menos de um metro do ouvido dele.
O juízo da 7ª Vara do Trabalho de Brasília julgou
procedente do pedido da Caesb e declarou rompido o
pacto laboral do dirigente sindical com a empresa.
Em recurso ao TRT10, o empregado solicitou o reexame
das provas juntadas aos autos, sob argumento de que
a própria Companhia não tinha certeza de que a voz
na gravação da manifestação era do trabalhador.
Para o desembargador Ricardo Alencar Machado, a
empresa manifestou incerteza acerca da autoria da
voz, registrada no processo, na resposta aos
embargados de declaração opostos pelo trabalhador.
“A sentença deixa bem transparecer que os eventos
transbordaram dos limites normais do exercício do
direito de greve. Entretanto, nem as imagens
gravadas – admite a requerente – e tampouco os
depoimentos colhidos ratificam a narrativa inicial”,
salientou.
Com relação aos fatos descritos pela Caesb, o
relator ponderou que as palavras de baixo calão de
fato foram proferidas, mas não se pode identificar a
autoria. Ainda de acordo com o magistrado, o Direito
do Trabalho repugna a imputação de falta grave ao
trabalhador por mera suposição ou presunção. “Nesse
sentir, à falta de prova da falta grave alegada,
tipificada no art. 482, “k”, da CLT, impõe-se a
reforma da sentença”, concluiu.
Fortaleceu ainda mais a convicção do desembargador
relator, a revelação de que dos cinco empregados
demitidos, três já foram reintegrados após sentença
de primeiro grau – sem recurso da Caesb, restando
pendente de deliberação no TRT10 apenas mais um
processo.
Processo nº 0001370-04.2014.5.10.0007
Fonte: TRT10
28/03/2017 -
Força Sindical quer regulamentação de contribuição
de empregados não filiados
A Força Sindical pretende que a contribuição
assistencial, paga aos sindicatos também por
trabalhadores não associados, seja incluída na
reforma trabalhista. Segundo o secretário-geral da
Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, outras
centrais estão juntas na reivindicação.
“A contribuição assistencial que os sindicatos têm
cobrado está sofrendo um ataque do Ministério
Público. Agora, a situação piorou mais ainda com a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impede
os sindicatos de receber a contribuição sindical dos
trabalhadores não associados”, disse Juruna, em
referência a uma decisão tomada pelo STF em
fevereiro.
O Supremo manteve o entendimento do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) de que não é possível
cobrar a taxa de empregados não associados. Além da
contribuição, que tem o valor acertado em acordo
coletivo das categorias, as entidades
representativas dos trabalhadores recebem uma
contribuição anual, equivalente a um dia de
trabalho, de cada assalariado.
Para Juruna, sem os recursos, os sindicatos ficarão
enfraquecidos. “Isso enfraquece demais os sindicatos
nas negociações. Prejudica até os não associados,
porque os acordos e convenções coletivas no Brasil
são estendidos para sindicalizados e não
sindicalizados.”
Na opinião do sindicalista, é necessário que as
entidades representativas tenham força,
especialmente a partir do momento em que o governo
quer aumentar o valor das negociações coletivas. “O
governo está propondo as negociações coletivas entre
sindicatos, trabalhadores e empresários, através do
negociado sobre o legislado. Ao cortar a
contribuição assistencial, como fez o Supremo, isso
acaba privilegiando um lado, que é o do patronato”,
acrescentou.
Negociação
Juruna negou, no entanto, que a Força Sindical, junto
com outras centrais, negocie a regulamentação da
contribuição assistencial com a disposição de
amenizar as posições em relação às reformas
previdenciária e trabalhista. Hoje (27), a central
divulgou uma carta aberta negando as informações de
uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.
Paulo. Na matéria, é dito que os sindicalistas
teriam tentado uma barganha com o governo: diminuir
a pressão contra as reformas em troca de uma medida
provisória ou apoio a um projeto de lei que
normatizasse a contribuição.
“A matéria da capa da Folha de sábado (25), Por mais
verba, centrais podem apoiar Temer em reformas,
distorce fatos e induz o leitor a julgar que as
centrais sindicais envolvidas nas negociações das
reformas da Previdência e trabalhista estão
dispostas a aliviar a forte pressão exercida sobre o
governo em troca de mais verba sindical. Isso não é
verdade”, enfatiza comunicado assinado por Juruna.
O texto recebeu apoio do presidente da União Geral
dos Trabalhadores (UGT,) Ricardo Patah. A central
também foi citada na reportagem como parte das
negociações. “Tal questão nunca foi discutida em
nossos fóruns. A UGT não negocia apoio ao governo
Temer por mais verbas. Nossa central respeita os
trabalhadores e defende seus interesses”, ressaltou
Patah.
Hoje à tarde, haverá uma reunião da sede da UGT, no
centro de São Paulo, para discutir uma agenda
conjunta de mobilizações contra as reformas
Trabalhista e previdenciária. Amanhã (28), os
sindicalistas devem ser recebidos pelo líder do
governo no Senado, Romero Jucá, para discutir
possíveis vetos ao projeto que regulamenta a
terceirização aprovado na semana passada.
Fonte: Agência Brasil
28/03/2017 -
Temer sanciona lei que cria Semana Nacional pela Não
Violência contra a Mulher
O presidente Michel Temer sancionou nesta
segunda-feira (27) a lei, aprovada pelo Congresso em
homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que cria a
Semana Nacional pela Não Violência contra a Mulher.
De autoria do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), a lei
estabelece que a campanha de conscientização
ocorrerá todos os anos durante a última semana de
novembro.
Na ocasião serão desenvolvidas atividades como
palestras, debates e seminários públicos sobre a
violação dos direitos das mulheres. Os eventos
deverão ser promovidas pelo governo, em parceria com
organizações da sociedade civil.
“Trata-se, assim, de mais uma medida para combater a
violação dos direitos da mulher, em linha com a
prioridade conferida à promoção da igualdade de
gênero pelo governo federal”, diz trecho de nota
divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República.
Também foram sancionadas hoje as leis que determinam
a inscrição dos nomes de Clara Camarão e Antonia
Alves Feitosa no Livro dos Heróis e Heroínas da
Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da
Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
“A inscrição de nomes de heroínas no Livro dos
Heróis da Pátria preenche uma lacuna na
historiografia oficial e serve como estímulo à
reflexão pelas gerações atuais e futuras sobre o
papel decisivo desempenhado pelas mulheres
brasileiras nos episódios mais críticos e relevantes
da história nacional”, disse o Planalto, em nota.
Clara Camarão teve papel decisivo no combate aos
holandeses na Batalha dos Guararapes, em 1648.
Antonia Alves Feitosa, conhecida como Jovita Alves
Feitosa, lutou contra a discriminação para juntar-se
ao Exército e durante na Guerra do Paraguai.
Fonte: Agência Brasil
28/03/2017 -
Seguro-desemprego pode ser recebido por procurador
de beneficiário
Embora o artigo 6º da Lei 7.998/1990, que regula o
seguro-desemprego, classifique o benefício como
"pessoal e intransferível" é possível que ele seja
encaminhado e sacado por procurador constituído.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em
Porto Alegre, confirmou a legalidade do pagamento do
seguro-desemprego, por meio de procuração, à
representante legal de um estudante que foi fazer
intercâmbio no exterior após ser demitido.
O estudante de 23 anos ajuizou Mandado de Segurança
contra medida do gerente regional do Ministério do
Trabalho na cidade de Santo Ângelo (RS), que negou o
pagamento por procuração à sua mãe. O órgão público
alegou que o benefício é de direito personalíssimo e
intransferível.
O juízo de origem, que havia concedido a liminar,
confirmou a sentença na análise de mérito. Por força
da Remessa Necessária Cível, o processo foi parar na
3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
que julga matéria administrativa. O colegiado, por
unanimidade, confirmou a decisão.
“A matéria em questão já foi examinada por este
egrégio Tribunal, que entendeu ser possível o
requerimento do seguro-desemprego pelo mandatário
com poderes para este fim, pois não constitui
qualquer ofensa ao caráter da pessoalidade’’, disse
o relator, juiz federal convocado Friedmann Anderson
Wendpap. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRF-4.
Fonte: Consultor Jurídico
27/03/2017 -
Nova Central repudia notícia leviana da Folha de São
Paulo
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e os
trabalhadores (as) em geral, foram surpreendidos com
publicação de matéria no Jornal Folha de São Paulo,
edição de sábado (25/3), que de forma maldosa tenta
associar as centrais em negociações espúrias, que
não condiz com os princípios do Movimento Sindical
Brasileiro.
Diante disso, repudiamos veementemente, a matéria
que, sem dúvida alguma, trata-se de notícia
totalmente sem fundamento e irresponsável. A Nova
Central não participou e jamais participará de
qualquer reunião que têm por objetivo subtrair
direitos dos trabalhadores (as).
Todas as reuniões que participamos com o Ministro do
Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira; com o
presidente Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com
o Líder do Governo no Senado, Romero Jucá, sempre
foram pautadas pela transparência, com ênfase pela
defesa dos interesses, imediatos e históricos da
classe trabalhadora.
Ou seja, refutamos categoricamente quaisquer tipos
de apoio às reformas que suprima direitos sociais e
trabalhistas, bem como em momento algum, autorizamos
quem quer que seja, falar em nome da instituição,
conforme induz a falaciosa matéria em questão.
Esse tipo de notícia evidencia uma desprezível falta
de ética e compromisso com a verdade, atitudes
reinantes neste momento em que os trabalhadores (as)
e suas entidades de representação enfrentam seus
maiores desafios. Por isso, é prudente esclarecer e
reafirmar que o presidente da Nova Central e sua
direção Nacional e nos Estados, jamais colocariam em
jogo suas reputações em troca de vantagens para a
instituição, conforme descritas na repugnante
matéria.
A Nova Central, munida de unidade e força outorgadas
pelas suas entidades filiadas, sempre será uma
entidade essencialmente defensora dos interesses dos
trabalhadores (as), independente de governos ou
vinculação política partidária. Diante disso,
reafirmamos o compromisso de continuar e reforçar a
luta incansável por mais direitos.
A Unicidade, Desenvolvimento e Justiça Social, são
valores basilares da sua existência.
Por nenhum direito a menos!
Brasília (DF), 25 de março de 2017.
JOSÉ CALIXTO RAMOS
Presidente - NCST
Fonte: NCST
27/03/2017 -
Movimentos sociais vão às ruas em apoio à Lava Jato
Sob palavras de ordem como "fora corruptos", "viva
Sérgio Moro", e em defesa da Operação Lava Jato
manifestantes voltaram à Esplanada dos Ministérios,
em Brasília, na manhã deste domingo (26).
No ato, pessoas vestidas de camisas amarela da
seleção e com bandeiras do Brasil faziam
reivindicações diversas.
O ato foi organizado por movimentos como o Vem Pra
Rua, Movimento Brasil Livre, Vocação Patriótica,
Limpa Brasil, entre outros.
Juliana Dias, integrante do Vem Pra Rua e
organizadora do ato, disse que a pauta central do
protesto foi o fim da corrupção.
O movimento também protestou contra a lista fechada
para eleições, o aumento do fundo partidário e a
anistia ao “caixa dois”.
Vem Pra Rua preferiu não opinar sobre a reforma da
Previdência e trabalhista em tramitação no
Congresso. O grupo não apoia a saída do presidente
Michel Temer.
No final da manifestação, foram levantadas lápides
com fotos de políticos, como Renan Calheiros,
Collor, Eunício Oliveira, Rodrigo Maia, Aécio Neves,
Dilma e Lula.
O Movimento Vem Pra Rua chamou atos em outras 130
cidades do Brasil.
Segundo a organização, cerca de 5 mil pessoas
estiveram no ato próximo ao Congresso Nacional. A
Polícia Militar registrou menos de 600 pessoas.
Fonte: Portal EBC
27/03/2017 -
Legitimação do ilícito/precário nas relações de
trabalho
É impossível não ser sínico ou sádico quando se
admite como justo e correto a possibilidade da
legitimação definitiva da terceirização como um
marco legal da dignidade ao trabalho. O que temos
como referência desses marcos na legislação
brasileira são os limites e a dimensão pactuada
entre os poderes do Estado para garantir a
impunidade de quem explora, adoece, mutila e mata
trabalhadores.
Terceirização (PL 4.302/98): legitimação
regulamentada do ilícito e do precário nas relações
de trabalho¹
José Reginaldo Inácio*
Ricardo Lara**
Leilões serão anunciados. Não de escravos! É preciso
e legítimo conferir dignidade aos “senhores de
hoje”. Ora, a escravidão, com a indignidade, a
degradação civilizatória e a violação de direitos
humanos, não havia sido prenunciado o seu fim desde
a Lei Eusébio de Queiroz, que, em 1850, proibia o
tráfico negreiro e culminaria na Lei Áurea, a “Lei
3.353, de 13 de maio de 1888, que declara extinta a
escravidão no Brasil”? Ao raciocínio em curso, como
aqui é tratado da garantia de legitimidade para a
“regulamentação modernizadora” da terceirização (PL
4302/98), os mercadores novamente se mostram, afinal
legalmente estavam proibidos de atuação regular
desde 1850.
Excertos do pensamento patronal acerca da
terceirização
As elites econômicas e empresariais se dizem
preocupadas com os trabalhadores marginalizados,
precarizados, os já terceirizados, portanto,
objetivam valorizá-los. Se isso fosse verdade, os
patrões estariam negando o que 91% dos empresários
disseram na pesquisa² elaborada pela Confederação
Nacional da Indústria – CNI, quando manifestaram que
o esperado com a terceirização é, de fato, a redução
do custo.
Dos empresários participantes dessa pesquisa, 58%
deles citaram que a qualidade esperada como
resultado do serviço ou produto, quando optam pela
terceirização, é menor e passa a ser um problema.
Outra preocupação do empresariado: quanto à
responsabilidade da contratante, se solidária ou
subsidiária. Esta questão é estranhamente externada
por Emerson Casali, então gerente executivo de
Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo
da CNI:
A garantia, para o trabalhador, é exatamente a mesma
nos dois casos. A diferença é que, na
responsabilidade subsidiária, defendida pela CNI, a
empresa contratada tem de ser acionada na Justiça
primeiro. Caso não seja localizada ou não tenha
condições suficientes, a contratante é executada.
[...] Nenhuma empresa vai querer contratar uma
terceirizada, mesmo sabendo da idoneidade dela e
monitorando se as obrigações trabalhistas estão
sendo respeitadas, se o trabalhador puder
simplesmente passar por cima da terceirizada e
acionar diretamente a contratante na Justiça.
Ora, no mínimo é estranha a opinião defendida por
esse gerente. Se se pressupõe que as empresas
contratadas são idôneas e cumpridoras de suas
obrigações, não há motivo algum para resistir à
responsabilidade solidária. Se isso é correto,
assim, na pior das hipóteses – admitindo-se
vitoriosa a imposição nefasta da terceirização –,
podemos até garantir que nem o melhor advogado
trabalhista, usando de sua competência, juízo ou
razão, encontrará motivos ou bases legais para
orientar qualquer trabalhador a acionar a Justiça.
Já, do ponto de vista dos trabalhadores, a simples
negativa de admitir essa (in)responsabilidade já se
pressupõe o risco de prejuízos em qualquer contrato
que se faça. Afinal, no mínimo, algum direito está
sendo precarizado. A simples falta da obrigação gera
um passivo que dificilmente se recupera. Ameniza-se
a injustiça, jamais se faz justiça! Fatalmente os
direitos do trabalhador já estão prejudicados, tanto
pela procrastinação (tempo) quanto pelo valor
(material e moral/dignidade) que se perde.
O “risco jurídico”, outro aspecto muito citado entre
os patrões e, ao mesmo tempo, bastante comentado
entre os assessores jurídicos do patronato, dos
senhores do capital, autossuficientes
financeiramente – com a hipótese piorada, ainda mais
precária de se terceirizar, admitindo-se a adoção da
responsabilidade subsidiária –, é transferido para a
parte hipossuficiente, o trabalhador, exatamente no
pior momento de suas carências e adversidades,
ampliando sua condição de agonia econômica e social,
impondo-lhe níveis mais rebaixados de degradação e
desespero; acentuando drasticamente a dimensão de
injustiça e desigualdade social na qual se encontra
acometido.
É impossível não ser sínico ou sádico quando se
admite como justo e correto a possibilidade da
legitimação definitiva da terceirização como um
marco legal da dignidade ao trabalho. O que temos
como referência desses marcos na legislação
brasileira são os limites e a dimensão pactuada
entre os poderes do Estado para garantir a
impunidade de quem explora, adoece, mutila e mata
trabalhadores. Ademais, já existe lei. Já existem
condições de trabalho e de direitos reguladas. O que
não existe é a efetividade das empresas contratantes
e contratadas em cumprir com as condições amplamente
estabelecidas! Provocaram a desordem, intensificaram
a precarização, a degradação, e agora querem tornar
legal as suas práticas? Quando não mais cumprirem
com esse nível regulamentado de terceirização,
precarização ou de degradação, com esse novo patamar
de rebaixamento social e do trabalho que insistem em
instituir como legal, e piorarem ainda mais o que
hoje já é precário, novamente vão querer readequar
uma forma ou dimensão mais intensa e letal de
deterioração aos direitos e condições de trabalho às
classes trabalhadoras? De repente, tudo aquilo
prenunciado por diversos sindicalistas,
pesquisadores, juízes, procuradores etc., se revela
como uma nova ordem de deterioração do mundo do
trabalho. Daí o que farão os patrões e seus
representantes no Congresso Nacional? Se dizem que a
terceirização é irreversível e as condições dela
derivadas, tendencialmente, fugir ao controle, dirão
que a precarização é irreversível também? Vão querer
regulamentar a precarização? E se falhar também a
precarização regulamentada e a doença, a mutilação e
a morte no trabalho ascenderem a condições
incontroláveis, vão querer regulamentar a extinção
gradativa das classes trabalhadoras enquanto seres
humanos?
A exploração das formas precárias, degradadas, de
trabalho tem que ser maximizada em seu nível extremo
de descarte para ampliar de modo perene a margem
(ganância) de lucro (da concentração de riqueza) e
da desigualdade social, estabelecendo uma distância
imensurável, praticamente intransponível entre os
ricos, os donos dos poderes (executivo, legislativo
e judiciário), e os pobres, os miseráveis, que
pertencerão a uma nova, porém retrógrada,
ultrapassada, categoria de trabalhadores sem
direitos nem condições dignas de trabalho: os
terceirizados.
Quem serão no futuro os estudantes de hoje?
Terceirizados! Os servidores públicos, juízes,
professores, procuradores, políticos etc.?
Terceirizados! E os sindicalistas? Terceirizados!?
Quando se fala de trabalho terceiro já está se
dizendo que não se espera condições de direitos e de
trabalho de primeira. O que é de primeira pressupõe
prioridade para todas as condições, incorpora
possibilidades mais realistas de que a dignidade no
trabalho seja presenciada. Só se admite no espaço de
trabalho e a quem trabalha, ambientes e condições ao
exercício profissional que sejam de primeira. A quem
faz uso do trabalho terceirizado não há prioridade a
direitos emancipatórios à condição humana, porque
essa prioridade seria a negação daquilo que, de
fato, a classe dominante busca e quer com a
disseminação e “banalização do mal”³, enfim,
regulado para todas as formas de terceirização.
O que fazer? Uma resposta convincente seria muita
pretensão. Apenas alertamos que o pacto entre
classes nunca existiu. O espaço da exploração do
homem pelo próprio homem não cessa onde a acumulação
dá margem à formulação das leis que sustentam o
espectro do consumo e do lucro como base social em
detrimento da cidadania e da emancipação humana.
A terceirização sustenta essa lógica. Não há
interesse, tampouco possibilidade de conciliações
entre classes. Isso, no capitalismo, faz arrefecer
as mobilizações e a força das classes trabalhadoras
no enfrentamento da “questão social” e das
contradições inerentes a esse sistema.
------------------
¹ Este artigo se trata de um recorte de um ensaio a
ser originalmente publicado no Livro Avesso do
Trabalho IV, em 2017: Terceirização: legitimação
regulamentada e resistência.
² Pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional
da Indústria) revelou que 91% das indústrias do País
consideram a contratação de serviços terceirizados
uma alternativa importante para reduzir custos.
Participaram da pesquisa 1.443 empresas, sendo 798
pequenas, 433 médias e 212 grandes, entre os dias 30
de setembro e 20 de outubro de 2008. Disponível em:
www2.uol.com.br/infopessoal/.../_HOME_OUTRAS_1579489.shtml.
Acesso: 28/12/2015).
³ Dejours, quando diz a respeito das articulações
dos estágios da banalização do mal, lembra-nos de
algumas estratégias empresariais para disseminar a
precarização das condições de trabalho, as
injustiças sociais como normalidade entre os
trabalhadores. Nesse sentido destaca que: “Para que
o discurso por um seja o mesmo para todos, é preciso
que ele tenha adquirido o status inequívoco de
discurso ou opinião dominantes. Isso é o que faz a
estratégia da distorção comunicacional, cujo papel é
decisivo, diga-se mais uma vez, na banalização do
mal. A racionalização economicista é um dispositivo
sem o qual o medo das pessoas de bem ante as ameaças
da adversidade social gerada (a precarização) não
poderia alimentar as estratégias defensivas que vão
dar na banalização do mal”. (DEJOURS, Christophe. A
banalização da injustiça social. Rio de Janeiro:
Fundação Getúlio Vargas, 2007, p. 125).
(*) Sindicalista, secretário de Educação da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
– CNTI, diretor da Nova Central. Doutor em Serviço
Social, bolsista de Pós-doutorado do CNPq pelo
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da
Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. Email:
jrinacio.edu@gmail.com
(**) Supervisor do pós-doutorado. Professor do
Departamento de Serviço Social da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Email:
ricardolarauf@gmail.com
Fonte: Diap
27/03/2017 -
Comissão da Previdência deverá ouvir ministro da
Fazenda e ex-presidente do Ipea
Nesta última semana de março (27 a 31), a Comissão
Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16)
entra em sua fase final de audiências públicas,
segundo informou o presidente do colegiado, deputado
Carlos Marun (PMDB-MS).
A ideia é que o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, seja o último a falar, na próxima
quinta-feira (30). A oposição pediu para trazer
outro convidado para fazer uma contraposição aos
argumentos do governo e esta tarefa deverá ficar a
cargo do ex-presidente do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e professor da Unicamp
Marcio Pochmann, na quarta-feira (29).
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16
altera regras em relação à idade mínima e ao tempo
de contribuição para se aposentar, à acumulação de
aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos
benefícios, entre outros pontos.
Resultados futuros
Os deputados da comissão já pediram ao presidente
Carlos Marun que passe ao ministro alguns pedidos de
informações para que ele possa responder na
audiência. O deputado Pepe Vargas (PT-RS) quer que o
ministro detalhe as premissas da trajetória futura
dos resultados da Previdência Social.
Segundo ele, vários dados já foram encaminhados para
a comissão, mas estes ainda faltam: "Todos os
técnicos que nos assessoram nos dizem o seguinte:
sem a memória de cálculo não tem como replicar o
modelo. Como é que nós vamos votar uma proposta que
apresenta que vai ter uma explosão de gastos no
futuro com um modelo de projeção de longo prazo sem
transparência nenhuma?"
Economia de gastos
Já o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) pediu que o
governo explicite qual é a economia de gastos
esperada com cada medida da reforma: "Seria
importante que o Ministério da Fazenda trouxesse - e
eu não me recordo de ter sido exposto - o impacto de
ajuste esperado por cada medida principal. Isso é
importante para a gente entender como que o buraco
(está); a cada medida, qual é a precificação dela,
qual é o ajuste."
Retirada de servidores
O deputado Major Olimpio (SD-SP) acrescentou que
também seria necessário saber qual é o efeito para o
setor público da retirada dos servidores estaduais e
municipais da reforma.
Impactos da reforma
Nesta terça-feira (28), a partir das 14 horas, em
local a ser definido será realizada uma audiência
pública sobre os impactos da reforma no orçamento
público, no mercado de trabalho e na economia
brasileira.
Foram convidados:
- Marcos Lisboa – presidente do Instituto de Ensino e
Pesquisa (Insper);
- Denise Gentil – professora do Instituto de Economia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Victor Roberto Corrêa de Souza, Juiz Federal do 11º
Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro,
representando a Associação dos Juízes Federais do
Brasil (Ajufe); e
- Fabio Giambiagi, superintendente na Área de
Planejamento e Pesquisa do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Fonte: Agência Câmara
27/03/2017 -
Reforma da Previdência volta a ser debatida na
Comissão de Direitos Humanos
A proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma
da Previdência Social encaminhada pelo governo ao
Congresso Nacional voltará a ser debatida pela
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) na segunda-feira (27), a partir
das 9h. Será a quarta reunião de um ciclo de debates
sobre as reformas previdenciária e trabalhista.
Para a audiência pública, foram convidados
representantes de sindicatos de trabalhadores e
associações de aposentados e pensionistas.
Entre outros pontos, a PEC 287/2016, em análise na
Câmara dos Deputados, fixa uma idade mínima de 65
anos de idade para homens e mulheres terem direito à
aposentadoria. As novas regras, se aprovadas, valem
para os trabalhadores do setor público e do setor
privado e prevê que trabalhadores rurais também
terão de contribuir para o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), o que, pelas regras atuais,
não é obrigatório.
A presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI),
e o autor do requerimento para realização do ciclo
de debates, senador Paulo Paim (PT-RS),
vice-presidente do colegiado, têm feito duras
críticas à proposta de reforma encaminhada pelo
governo.
Paim, que protocolou na terça-feira (21) pedido de
criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) para investigar a situação financeira da
Previdência Social, afirma que não há deficit na
seguridade social, principal argumento do governo
para apresentar a proposta.
Fonte: Agência Senado
27/03/2017 -
Deputados de oposição e sindicalistas criticam
proposta de reforma trabalhista
Reforma trabalhista foi discutida na Assembleia
Legislativa de Minas Gerais. Evento faz parte de uma
série de debates realizados fora de Brasília. Já
ocorreram encontros em Vitória, Rio de Janeiro e
Porto Alegre
Deputados de oposição e sindicalistas criticaram,
nesta sexta-feira (24), a proposta de reforma
trabalhista (PL 6787/16) em fórum sobre o assunto na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Em linhas gerais, os participantes do encontro
disseram que o projeto do Poder Executivo representa
o desmonte dos direitos trabalhistas e que não está
sendo devidamente divulgado pela mídia brasileira.
“Não é reforma. É o início do fim. É o desmonte do
direito do trabalho no Brasil”, afirmou o deputado
Patrus Ananias (PT-MG), um dos parlamentares que
solicitaram o debate.
Segundo ele, a proposta vem passando batida, e as
pessoas ainda não se deram conta do “retrocesso” que
ela representa. Seria, nas palavras do deputado, uma
volta ao século 19, ao período anterior ao direito
do trabalho, que foi constitucionalizado no século
20.
Prevalência de acordos
O PL 6787/16 estabelece a prevalência de acordos e
convenções coletivos entre patrões e empregados
sobre a legislação (Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, Decreto-lei 5.452/43).
Essa prevalência se dará em pontos como o
parcelamento das férias, o intervalo na jornada e o
registro dessa jornada. Fica definido, por exemplo,
que a jornada diária poderá ter até 12 horas. O
texto original do projeto também amplia os contratos
temporários dos atuais 90 dias para 120 dias,
prorrogáveis por mais 120 dias.
O advogado da União e assessor jurídico de Patrus
Ananias, João Paulo Santos, afirmou que pela
proposta o trabalho temporário não será mais
temporário. “Será mais lucrativo para a empresa ter
trabalhadores que vão trabalhar 240 dias e, ao final
disso, serão demitidos sem nenhum direito”,
declarou.
Caráter conclusivo
A preocupação do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG),
que sugeriu o fórum juntamente com Patrus Ananias, é
o fato de o projeto da reforma tramitar em caráter
conclusivo.
Ou seja, ele poderá ser aprovado pela comissão de 37
deputados que o analisa sem precisar passar pela
análise dos 513 parlamentares que compõem o Plenário
da Câmara dos Deputados. “Vão dizer que a gente pode
recorrer para o Plenário, mas se não houver uma
mobilização forte não vai adiantar”, acredita.
Monteiro também criticou a realização de reuniões
concomitantes das comissões que analisam as reformas
da Previdência e trabalhista. Sua percepção é de que
somente os assuntos relativos à Previdência ganham
notoriedade na mídia, ficando o assunto trabalhista
na obscuridade.
Valéria Morato, da diretoria do Sindicato dos
Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) tem a
mesma opinião. A mídia, disse ela, tem desinformado
a população e escondido o que está acontecendo.
Ruas e periferias
A sugestão da deputada estadual em Minas Gerais
Marília Campos (PT) é para que os parlamentares
saiam às ruas e frequentem os bairros da periferia e
as praças públicas a fim de divulgar o que está
ocorrendo no País.
Já o presidente da Federação dos Trabalhadores nas
Indústrias Urbanas de Minas Gerais (Urbanos),
Everson de Alcântara Tardeli, defendeu, em caso de
retrocesso na legislação, também um retorno dos
sindicalistas à atividade sindical como era no
início do século passado: “Vamos para a quebra de
máquinas, vamos para a sabotagem”.
Para o deputado Patrus Ananias, o Brasil precisa
agora é das reformas agrária, urbana e tributária.
Segundo ele, o que vai gerar empregos no País são as
políticas sociais de inclusão.
O encontro em Belo Horizonte foi promovido pela
Comissão Especial da Reforma Trabalhista da Câmara e
faz parte de uma série de debates realizados fora de
Brasília. Outros encontros já ocorreram em Vitória
(ES), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).
Fonte: Agência Câmara
27/03/2017 -
Timbre do sindicato da categoria na petição inicial
e no recurso é suficiente para comprovar a
assistência jurídica sindical
A presença do timbre da entidade sindical na petição
inicial e nas razões de recurso é o quanto basta
para demonstrar a assistência pelo sindicato da
categoria. Esse é o entendimento predominante no
TST, invocado pela desembargadora Juliana Vignoli
Cordeiro, da 11ª Turma do TRT mineiro, ao dar razão
ao recurso de um trabalhador que insistia no
deferimento de honorários advocatícios
assistenciais.
O juiz de 1º grau, considerando inválida a
credencial sindical apresentada, por não demonstrar
a legitimidade de seu signatário e vir em cópia
reprográfica inautêntica, entendeu que o trabalhador
não estava assistido por seu sindicato de classe.
Assim, concluiu ser indevida a verba honorária.
Discordando desse entendimento, a desembargadora
relatora registrou que o credenciamento sindical
trazido ao processo está assinado pelo presidente do
sindicato. Ademais, acrescentou, a petição inicial e
o recurso trazem o timbre do sindicato. E a
legislação que faz alusão à assistência sindical não
faz as exigências registradas pelo juiz
sentenciante. Assim, o entendimento do juízo de 1º
grau, na visão da desembargadora, acaba por trazer
condicionantes não estabelecidas na lei.
Diante disso, somado ao entendimento predominante no
TST de que o timbre no recurso basta para demonstrar
a assistência pelo ente coletivo, a julgadora
concluiu não haver justificativa para afastar a
prova da efetiva outorga de poderes aos advogados
mencionados no documento juntado ao processo.
Nesse contexto, a julgadora reformou a decisão de 1º
grau e condenou a empregadora a pagar honorários
advocatícios assistenciais, no importe de 15% sobre
o valor líquido da condenação, nos termos da OJ 348
da SDI-1 do TST. PJe: Processo nº
0010711-82.2016.5.03.0038.
Fonte: Âmbito Jurídico
24/03/2017 -
NOTA DE REPÚDIO: Nova Central Sindical repudia
aprovação da terceirização no País
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
entidade que representa trabalhadores em todos os
segmentos, vem a público apresentar de forma
veemente a presente nota de repúdio à aprovação, na
noite desta quarta-feira (22), do PL 4302/98 que
institui a terceirização de forma irrestrita,
inclusive no serviço público. A votação do projeto
não ouviu o clamor popular e atropelou todo o
diálogo construído entre as entidades sindicais e o
governo, visando apresentar uma Reforma Trabalhista
justa e viável antes da discussão do trabalho
terceirizado.
A Nova Central reafirma que não aceita a
terceirização na atividade fim e sem a
responsabilidade solidária da empresa contratante.
Neste sentido, não medirá esforços para que estes e
outros pontos também nocivos aos trabalhadores sejam
vetados no ato de sanção.
Para a NCST, a afirmação de que terceirização
aumentará o número de empregos no País é totalmente
falaciosa. Os altos índices de desemprego no Brasil
passam pela má condução da economia brasileira, o
abandono do tripé econômico e casos de corrupção que
desmantelaram estatais, fatores que causaram um
colapso em setores importantes para a geração de
postos de trabalho e nos levaram para a maior
recessão da história. Mas, como ocorre em toda
crise, a população é obrigada a pagar a conta da
ineficiência de governantes.
A terceirização conforme permite o PL 4302/98 também
enfraquece a relação de trabalho e desqualifica o
trabalhador, o deixando exposto e sem apoio em caso
de demissão ou enfermidade. Pesquisas do DIEESE
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) apontam que oito em cada dez
acidentes de trabalho ocorrem com terceirizados.
Ainda segundo o estudo, neste tipo de relação
trabalhista o funcionário recebe cerca de 25% menos
e trabalha até três horas a mais que celetistas. Por
não ter a cobertura da CLT, cria-se ainda uma
relação empresa-empresa e o capital humano é
desprezado -- revivendo regras aplicadas no século
XIX, início da primeira revolução industrial. Em
outras palavras, os únicos beneficiados pela
terceirização serão os empregadores, que obterão
mais lucros em detrimento do trabalhador.
A NCST acredita que somente com investimento e a
qualificação e valorização do trabalho voltaremos ao
crescimento da economia, com leis que protejam a
integridade do trabalhador, principal patrimônio
brasileiro. Por isso, continuará lutando para que
projetos que flexibilizem a relação capital e
trabalho sejam combatidos e extintos, e que a
Consolidação das Leis Trabalhistas, direitos
adquiridos após anos de lutas de movimentos sociais
e sindicais, seja fortalecida e prevaleça sobre
quaisquer circunstâncias.
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Fonte: NCST
24/03/2017 -
Senado pode votar projeto para atualizar texto da
Câmara sobre terceirização
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
afirmou nesta quinta-feira (23) que os senadores
poderão apresentar uma alternativa ao projeto de lei
aprovado ontem pelos deputados e que regulamenta o
trabalho temporário e a contratação de empresas
prestadoras de serviços. Eunício se referia à
possibilidade de aprovação do Projeto de Lei
Complementar (PLC) 30/2015, proposta mais atualizada
que também visa a regulamentar o trabalho
terceirizado e está em fase de debate nas comissões
no Senado.
O chamado projeto da terceirização aprovado pela
Câmara permite a contratação de terceiros para a
realização de todas as atividades da empresa,
inclusive as chamadas atividades-fim. A aprovação do
projeto pelos deputados ocorreu sob forte protesto
de representantes de centrais sindicais e de
parlamentares da oposição, que tentaram sem sucesso
obstruir a votação. Como o projeto já tinha sido
analisado pelo Senado, o texto aprovado pelo
plenário seguiu direto para a sanção presidencial.
O presidente do Senado evitou declarar se acredita
que o projeto aprovado pela Câmara tem lacunas ou se
deva ser vetado. Mas reforçou que o Senado é uma
“Casa revisora” e que poderá atualizar ou
complementar o texto apreciado pelos deputados por
meio da aprovação da nova proposta que tramita no
Senado.
“É preciso que a gente atualize esse projeto que foi
aprovado através de um outro projeto que está
tramitando no Senado, que é a Casa revisora. […..]
Os projetos podem ser complementares. Se for
analisado que [o projeto da Câmara] tem alguma
desatualização, obviamente que este projeto que está
sendo discutido aqui no Senado preencherá alguma
possível lacuna que tenha o projeto da Câmara”,
disse o senador.
Eunício Oliveira disse que deve colocar o projeto do
Senado em pauta assim que o mesmo chegar ao plenário
e que a decisão de qual proposta deve ser vetada
cabe somente ao presidente da República. “É natural
que se aprove o outro projeto aqui e o presidente da
República faça a seleção do que ele vai aprovar e
aquilo que ele vai vetar. Não cabe a nós”, declarou.
“70% é gato”
A relatoria da proposta é do senador Paulo Paim
(PT-RS), que já declarou que deve pedir à
presidência da República o veto ao projeto
encaminhado pela Câmara. Ele disse que apresentará
um relatório com três pontos fundamentais que se
contrapõem ao texto aprovado na Câmara.
“Primeiro: não tem terceirização na atividade-fim.
Ou seja, nós vamos regulamentar a situação dos 13
milhões de terceirizados hoje. Segundo: eles
passarão efetivamente a ter os mesmos direitos que
os outros trabalhadores. Tudo o que está na CLT e na
Constituição terá que ser respeitado. E, terceiro:
garantir o que o gato faz, porque 70% é gato, que é
[a empresa que contrata o] terceirizado, (..) além
da responsabilidade solidária, [vamos] exigir que
haja um fundo para que se ele [o gato] fechar as
portas o trabalhador receba tudo o que tem direito”,
explicou.
Se aprovado no Senado, o projeto será encaminhado
para a Câmara. O relator espera que dessa vez os
deputados respeitem o acordo entre as casas e
aprovem a proposta dos senadores.
Fonte: Agência Brasil
24/03/2017 -
Relator da reforma trabalhista deverá apresentar
relatório até dia 13 de abril
O relator da reforma trabalhista (PL 6787/16),
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), fixou o dia 13
de abril como nova data para apresentar seu parecer
à proposta. O projeto do governo recebeu 848
emendas. Inicialmente, Marinho previa o relatório
para o início de maio, mas mudou a data, diante da
prioridade estabelecida pelo governo para a reforma
trabalhista.
Em audiência nesta quinta-feira (23), Marinho voltou
a afirmar que a proposta não retira direitos do
trabalhador, que, na sua visão, estariam garantidos
no artigo 7º da Constituição. Para o relator, como
há centenas de súmulas dos tribunais interpretando a
legislação trabalhista, esta demanda atualização. “O
mundo mudou, existem novas relações de trabalho”,
observou, citando trabalhadores da área da
tecnologia da informação e de call centers, por
exemplo.
Durante o debate, alguns deputados criticaram a
aprovação pelo Plenário da Câmara, nesta
quarta-feira (22), do projeto que permite o uso de
trabalhadores terceirizados em todas as áreas das
empresas (PL 4302/98).
Foi o caso da deputada Benedita da Silva (PT-SP),
uma das parlamentares que pediu a audiência. “Ontem
esta Casa rasgou os direitos dos trabalhadores;
votou o retrocesso dos direitos dos trabalhadores. A
Câmara estava convencida que o melhor para os nossos
trabalhadores é o bico”, disse. Para a parlamentar,
a lei de terceirização, somada à reforma trabalhista
e à reforma previdenciária, caso sejam aprovadas,
significará “regressão ao trabalho escravo”.
Outro autor do requerimento da audiência pública, o
deputado Patrus Ananias (PT-MG) também criticou a
aprovação da proposta. “O que era exceção virou
regra”, afirmou, sobre o trabalho terceirizado. Para
ele, a reforma trabalhista perde força com a
transformação do projeto em lei. “70% já foi
resolvido ontem à noite”, apontou. Segundo ele, a
terceirização implica redução de férias, décimo
terceiro, aviso prévio, licença maternidade.
Já o deputado Arolde de Oliveira (PSC-RJ) acredita
que as mudanças na legislação visam preservar o
trabalho com renda. Na visão dele, é preciso
considerar o impacto da tecnologia sobre o trabalho
ao se legislar sobre o assunto. “É claro que nós
temos que mudar, o emprego está com os dias
contados”, opinou. Para o desembargador do Tribunal
Regional do Trabalho da 8ª Região José Maria Quadros
de Alencar, a reforma trabalhista não responde a
essa necessidade.
Nova audiência
Uma nova audiência da comissão ocorrerá na próxima
terça-feira (28).
Fonte: Agência Câmara
24/03/2017 -
Aumento de idade para receber benefícios excluirá 1
milhão de idosos, diz técnica do Ipea
A técnica da Diretoria de Estudos e Políticas
Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) Joana Mostafá disse que o aumento gradual da
idade de 65 para 70 anos nos beneficios
assistenciais, se for aprovado, deve excluir 1
milhão de idosos e idosas do sistema, após a
conclusão do aumento. "Essas pessoas irão para as
ruas".
Já a a procuradora Regional da República da 3ª
Região, indicada pelo Secretário da Previdência do
Ministério da Fazenda, Zélia Luiza Piedorná, disse
que o Brasil deveria seguir o exemplo do Canadá.
Segundo ela, no Canadá, existem campanhas para
mostrar à trabalhadora que ela não deve aceitar
discriminação em casa porque, fora de casa, ela não
terá tratamento diferenciado.
Fonte: Agência Câmara
24/03/2017 -
Desembargadores discordam sobre necessidade de
reforma trabalhista em audiência
Desembargadores ouvidos em audiência pública na
comissão especial que analisa a proposta de reforma
trabalhista (PL 6787/16) discordam sobre a
necessidade da reforma. O debate trata de “súmulas e
segurança jurídica”.
O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da
3ª Região João Bosco Pinto Lara afirmou que a
reforma trabalhista é essencial para que o País
volte a crescer, mas acredita que a proposta foi
pouco ousada. “A legislação trabalhista retrógrada é
entrave para o crescimento”, disse.
Ele apoia especialmente a previsão, contida no texto
da reforma, de que as negociações coletivas
prevaleçam sobre a legislação. “A reforma não retira
direitos trabalhistas”, opinou.
Na visão do desembargador, a proliferação de súmulas
nos últimos anos, editadas pelos tribunais, geraram
insegurança jurídica e tornaram o Direito complexo,
porque abandonaram os direitos expressamente postos
na Constituição e na legislação. “Como a legislação
é vencida pelo tempo, começamos a regular as
relações por meio de teorias”, disse. Para ele,
estão sendo criados direitos por meio dessas
teorias, gerando insegurança e “excessiva
litigiosidade na Justiça do Trabalho”.
Lara destacou ainda que pode haver sobreposição e
choques entre o projeto que permite o uso da
terceirização em todas as áreas das empresas (PL
4302/98), aprovado nesta terça-feira (22) pelo
Plenário, e a proposta de reforma trabalhista.
Opinião diversa
Já o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da
8ª Região José Maria Quadros de Alencar acredita que
a reforma “é desnecessária ou não vingará”. Na
opinião dele, a legislação atual (Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT) regula muito bem o mercado
industrial e ajudou o Brasil a ocupar a posição de
oitava economia do mundo. “É preciso neste momento
fazer uma transição, mas sem mexer na CLT, porque
ela regula muito bem as relações, nessa produção
industrial”, ressaltou.
Para ele, deve ser mantida a CLT para as empresas em
geral, e deve se construir uma nova legislação para
“empresas modernas que pratiquem responsabilidade
socioambiental”. Alencar acredita que essas empresas
poderiam ter incentivos fiscais.
Ainda segundo o desembargador, as súmulas dos
tribunais contribuem para orientar os juízes sobre
como vão decidir e ajudam o empregador a calcular os
gastos que terá com o trabalhador. “Ela reforça a
calculabilidade e gera segurança jurídica, e não o
contrário”, argumentou.
Fonte: Agência Câmara
24/03/2017 -
Entenda o projeto de lei da terceirização aprovado
pela Câmara
A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira
(22) o Projeto de Lei (PL) 4.302/1998 que libera a
terceirização para todas as atividades das empresas.
A terceirização é quando uma empresa contrata outra
para prestar determinados serviços.
O texto aguarda agora sanção do presidente Michel
Temer para entrar em vigor.
Saiba o que prevê o projeto aprovado:
Atividade-fim
As empresas poderão contratar trabalhadores
terceirizados para exercerem cargos na
atividade-fim, que são as principais atividades da
empresa.
Atualmente, não existe uma legislação específica
sobre a terceirização. Mas decisões da Justiça do
Trabalho determinam que a terceirização é permitida
apenas para as chamadas atividades-meio, ou seja,
funções secundárias que não estão diretamente
ligadas ao objetivo principal da empresa, como
serviços de limpeza e manutenção.
O projeto prevê que a contratação terceirizada de
trabalhadores poderá ocorrer sem restrições em
empresas privadas e na administração pública.
Trabalho temporário
O tempo máximo de contratação de um trabalhador
temporário passou de três meses para seis meses. Há
previsão de prorrogação por mais 90 dias. O limite
poderá ser alterado por meio de acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
O trabalhador que tiver cumprido todo o período
(incluindo a prorrogação) só poderá ser admitido
novamente pela mesma empresa contratante após 90
dias do fim do contrato.
É permitida a contratação de trabalhadores
temporários para substituir empregados de serviços
essenciais que estejam em greve ou quando a
paralisação for julgada abusiva. Fica proibida a
contratação de trabalhadores por empresas de um
mesmo grupo econômico, quando a prestadora de
serviço e a empresa contratante têm controlador
igual.
“Quarteirização”
A empresa de terceirização terá autorização para
subcontratar outras empresas para realizar serviços
de contratação, remuneração e direção do trabalho,
que é chamado de “quarteirização”.
Condições de trabalho
É facultativo à empresa contratante oferecer ao
terceirizado o mesmo atendimento médico e
ambulatorial dado aos seus empregados, incluindo
acesso ao refeitório. A empresa é obrigada a
garantir segurança, higiene e salubridade a todos os
terceirizados.
Causas trabalhistas
Em casos de ações trabalhistas, caberá à empresa
terceirizada (que contratou o trabalhador) pagar os
direitos questionados na Justiça, se houver
condenação. Se a terceirizada não tiver dinheiro ou
bens para arcar com o pagamento, a empresa
contratante (que contratou os serviços
terceirizados) será acionada e poderá ter bens
penhorados pela Justiça para o pagamento da causa
trabalhista.
Previdência
O projeto aprovado segue as regras previstas na Lei
8.212/91. Com isso, a empresa contratante deverá
recolher 11% do salário dos terceirizados para a
contribuição previdenciária patronal. E a
contratante poderá descontar o percentual do valor
pago à empresa terceirizada.
Fonte: Agência Brasil
24/03/2017 -
Maia diz ter confiança em quórum para aprovar
reforma da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta
quinta-feira (23) que não faltarão votos para
aprovar as reformas trabalhista (PL 6787/16) e da
Previdência (PEC 287/16). Ele foi questionado sobre
o fato de o projeto da terceirização ter sido
aprovado, na noite de quarta-feira (22), com 231
votos favoráveis, tendo recebido 188 votos
contrários. A emenda à Constituição precisa de 308
votos.
Rodrigo Maia comparou a aprovação do projeto da
terceirização com a pré-temporada de um time de
futebol. "O importante é que foi vitorioso. E eu
tenho certeza de que nas próximas votações, vamos
jogar mais como time campeão brasileiro do que um
time campeão carioca ou paulista. Esse apoio vai
crescer, eu tenho certeza de que na reforma
trabalhista nós vamos caminhar para um resultado de
quórum constitucional", afirmou.
O presidente acrescentou que, na reforma da
Previdência, o resultado "vai mudar a história do
Brasil e gerar, já no segundo semestre, um
crescimento enorme da economia brasileira, e a
recuperação definitiva da geração de empregos".
Segundo Rodrigo Maia, a votação do projeto sobre a
terceirização foi um "passo gigante" dado pelos
deputados. "Foi o primeiro passo, uma sinalização
forte, até porque é uma matéria que vinha sendo
debatida há anos na Câmara e no Senado e nós nunca
conseguimos encaminhar à sanção nenhum projeto",
disse o presidente, ao calcular a votação da reforma
trabalhista em 30 ou 40 dias, seguida pela reforma
da Previdência.
Quanto às afirmações de que o projeto relativo à
terceirização irá reduzir o número de empregos com
carteira assinada, Rodrigo Maia afirmou que existem
14 milhões de desempregados no Brasil, e que é
preciso dar segurança jurídica para contratação no
mercado de terceirização.
Fonte: Agência Câmara
24/03/2017 -
JT vai julgar ação contra advogado de sindicato
suspeito de reter créditos trabalhistas
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para
julgar ação de cobrança de uma operadora de caixa
contra um advogado contratado pelo Sindicato dos
Empregados no Comércio de Catanduva (SP). A
reclamação na qual o advogado atuou foi julgada
procedente, mas, segundo ela, ele reteve 30% dos
créditos conseguidos, com o argumento de que se
tratava de honorários contratuais e assistenciais.
O advogado negou o desconto e arguiu a incompetência
do Judiciário Trabalhista para julgar a demanda, o
que foi aceito pelo juízo de primeiro grau e
confirmado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região (Campinas-SP). Conforme a sentença, a relação
entre a caixa e o advogado é de consumo, de natureza
civil, e não de trabalho.
O relator do recurso da caixa ao TST, ministro
Alberto Bresciani, explicou que o vínculo entre ela
e o advogado credenciado pelo sindicato não é de
natureza civil, uma vez que o contrato ocorreu entre
a entidade sindical e o advogado, escolhido para
prestar assistência jurídica aos trabalhadores da
categoria. Nesse contexto, o pedido de devolução dos
valores descontados se insere na competência da
Justiça do Trabalho, porque a controvérsia envolve
trabalhadora e entidade sindical, na forma do artigo
114, inciso III, da Constituição Federal.
Por unanimidade, a Terceira Turma seguiu o relator e
determinou o retorno do processo à 2ª Vara do
Trabalho de Catanduva (SP) para o julgamento do
mérito da ação de cobrança. Processo:
RR-10660-39.2016.5.15.0070
Fonte: TST
24/03/2017 -
Justiça do Trabalho não pode julgar caso já
resolvido por acordo homologado
A Justiça do Trabalho não pode julgar uma ação que
busque debater um caso que já havia sido resolvido
pelas partes por meio de acordo homologado
judicialmente. O entendimento é da 4ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO),
que extinguiu ação contra empresa de cargas,
mantendo a sentença de primeiro grau.
Para o TRT-18, o acordo homologado judicialmente
possui força de coisa julgada, conforme a Orientação
Jurisprudencial 132 da SDI-II do TST. No recurso, o
trabalhador, inconformado com a extinção do processo
sem resolução do mérito, alegou que a ação havia
sido ajuizada antes da conciliação.
Ele pedia diferenças de verbas rescisórias, FGTS e
multa e seguro-desemprego. Acrescentou que o acordo
contém cláusula genérica de ampla quitação das
parcelas do extinto contrato sem mencionar que
alcançaria os créditos pleiteados na reclamação
trabalhista que já estava em curso na data da
conciliação.
Ao analisar o recurso, a juíza convocada Marilda
Jungmann, disse que as partes transacionaram quanto
ao objeto da lide e quanto ao extinto contrato de
trabalho, sem qualquer ressalva, “significando dizer
que, quanto ao contrato, o autor deu ampla e geral
quitação”.
A julgadora assinalou ser inegável a ciência da
quitação, desobrigando a empresa de eventuais
créditos porventura inadimplidos, salvo em relação
aos termos do acordo. Segundo a relatora, o acordo
exprime a vontade das partes que negociam livre e
espontaneamente e fazem concessões recíprocas.
Para a magistrada, a desconstituição ou anulação da
sentença homologatória do acordo somente pode ser
feita por meio de ação rescisória, nos termos da
Súmula 259 do TST. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRT-18. Processo
0001446-02.2015.5.18.0191
Fonte: Consultor Jurídico
23/03/2017 -
Câmara aprova terceirização geral e irrestrita da
mão de obra
Depois de mais de 10 horas de debates e votações, a
Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira
(22), o texto-base do PL 4.302/98, do ex-presidente
FHC, que permite a terceirização em todas as
atividades da empresa. Foram 231 votos a favor, 188
contrários e oito abstenções. O projeto vai à sanção
presidencial.
O projeto tramitou no Congresso por 19 anos. Como o
texto do PL 4.330/04, aprovado pela Câmara em 2015,
enviado ao Senado (PC 30/15), sob a relatoria do
senador Paulo Paim (PT-RS) não contemplou as
demandas do governo, do mercado e sua bancada
empresarial sacaram o projeto que foi aprovado.
Compreenda o que foi aprovado pelo plenário.
Terceirização geral e irrestrita
O PL 4.302/98 regulamenta a terceirização sem limites,
nas esferas públicas e privadas. Apesar de não fazer
menção expressa, a matéria não proíbe a
terceirização da atividade-fim da empresa. Assim,
todas as modalidades de terceirização serão aceitas
(artigo 4º-A inserido pelo artigo 2º).
Quarteirização
O projeto aprovado permite expressamente que a empresa
terceirizada subcontrate outras empresas para
“contratar, remunerar e dirigir os trabalhos de seus
empregados” (artigo 4º-A inserido pelo artigo 2º).
“Pejotização”
O texto permite que também que a pessoa física
contrate serviços terceirizados. Por meio da
“pejotização” muitos empregadores rurais deixarão de
contratar diretamente os trabalhadores, assumindo
encargos empregatícios, para forçar que se
constituam como pessoas jurídicas. Essa
“pejotização” já acontece atualmente em poucas
profissões, mas tem sido considerada pela Justiça do
Trabalho uma fraude. O projeto legaliza e amplia a
“pejotização” para todos os setores da economia
(artigo 4º-A inserido pelo artigo 2º).
Responsabilidade subsidiária
A responsabilidade da contratante será subsidiária e
não solidária. Isso significa que o trabalhador
somente poderá acionar a empresa tomadora de
serviços após executar a empresa terceirizada
(artigo 5º-A inserido pelo artigo 2º).
O texto foi alterado para determinar a
responsabilidade solidária (que existia na versão da
Câmara) para subsidiária.
Administração Pública e trabalho doméstico
O projeto possibilita a terceirização irrestrita na
Administração Pública e no trabalho doméstico
(artigo 19-B inserido pelo artigo 2º).
Trabalho temporário
Os serviços contratados não precisam mais ser
extraordinários. A demanda pode ou não ser
previsível. O objeto não seria mais por excesso de
serviço, mas por demanda complementar, pode ser
previsível ou não, de natureza periódica ou sazonal
- serve para qualquer da empresa.
O projeto ampliou o prazo do contrato, sem prévio
acordo ou convenção coletiva da categoria, que passa
de 90 para 180 — prorrogável por até 90 dias. Esse
prazo pode ser consecutivo ou não. Ou seja, o
indivíduo pode virar “ping-pong” sendo
disponibilizado para diferentes empresas a depender
da vontade da empresa, sem nunca conseguir formar
vínculo fixo com qualquer delas.
Greve
O projeto abre um precedente perigoso para permitir
que lei autorize a contratação de trabalho
temporário para substituir trabalhadores em greve.
Negociado sobre o legislado
Finalmente, o texto aprovado admite que acordo ou
convenção coletiva possa dispor de outros prazos
daqueles definidos na lei — é a prevalência do
negociado sobre o legislado. Prevê ainda que o
período do contrato temporário possa ultrapassar os
260 dias.
Fonte: Diap
23/03/2017 -
Projeto de reforma trabalhista recebeu mais de 800
emendas
O projeto de lei da reforma trabalhista (PL
6.787/16) recebeu mais de 800 emendas ao texto
original, informou hoje (22) o presidente da
comissão especial da Câmara dos Deputados criada
para analisar o texto, Daniel Vilela (PMDB-GO). O
prazo para apresentação de propostas pelos
parlamentares foi encerrado nesta quarta-feira.
Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
a previsão é que a proposta seja apreciada na
primeira quinzena de abril.
A comissão especial em promovido uma série de
audiências públicas para discutir a proposta. A
solução de conflitos trabalhistas fora da esfera
judicial foi tema da audiência de hoje. Atualmente,
são formas de resoluções extrajudiciais de embates
entre trabalhadores e empregadores no país a
arbitragem, a mediação e a comissão de conciliação
prévia.
Para o desembargador do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 1ª Região Gustavo Tadeu Alckmin, o
aumento da fiscalização das condições de trabalho é
uma das medidas extrajudiciais mais eficazes. “As
mesmas demandas e conflitos sobre os mesmos objetos
estão tramitando na Justiça do Trabalho. O objeto é
o mesmo com processos contra bancos, supermercados e
administração pública”, exemplificou.
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Alexandre de Souza Agra Belmonte, afirmou que a
demissão arbitrária, conhecida popularmente como
dispensa sem justa causa, é o que gera litigiosidade
e processos. Para ele, a arbitragem – em que as
partes definem o mediador sem a participação da
Justiça – é uma das formas de diminuir o número de
processos na esfera judicial.
Belmonte destacou ainda a necessidade de adoção de
outras medidas extrajudiciais como a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e as
comissões de conciliação prévia para desafogar a
Justiça do Trabalho. Segundo o desembargador, a
arbitragem deve entender as peculiaridades da
relação trabalhista, como salário médio baixo, cerca
de R$ 2 mil.
De acordo com o vice-presidente executivo da Central
Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), Ermínio
de Lima Neto, a arbitragem é a forma mais eficiente
de solução de conflitos trabalhistas. “Não sou
contra a Justiça do Trabalho. O que queremos é que
ela seja justa. Os empresários não são todos
inidôneos”, disse. “O empresário quer ter lucro,
sim, mas também ele gera empregos, riqueza para esse
país.”
Críticas
Para o desembargador Gustavo Tadeu Alckmin, se
aprovada, a reforma trabalhista não trará
previsibilidade, como o governo defende. “Na sua
literalidade ele vai gerar mais questionamentos do
que segurança jurídica”, disse. O desembargador do
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES)
Carlos Henrique Leite, considera o projeto
“absolutamente inconstitucional”.
“Peço que essa comissão atente para o fato de que há
problemas seriíssimos de inconstitucionalidade nesse
projeto. Ele é inconstitucional em quase todos os
seus dispositivos”, afirmou. Para Leite, a reforma
vai gerar “uma quantidade enorme de demandas
[judiciais]” e não a redução das ações na Justiça do
Trabalho.
Defesa
Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP)
Nelson Mannrich, a preponderância do negociado sobre
o legislado, o que é considerado a “espinha dorsal”
da reforma trabalhista, é fundamental para o país.
“Não podemos tratar os sindicatos com a mesma lógica
que o empregado. Finalmente começados a dar
responsabilidade para os sindicatos”, ressaltou.
Fonte: Agência Brasil
23/03/2017 -
O desmonte do Direito do Trabalho no Brasil
O governo escolheu para pagar o “pato” a parte
mais fraca econômica, social e politicamente na
relação com o mercado: o trabalhador. Se não houver
resistência, a fatura será bem mais ampla, pois
iniciou com o congelamento do gasto público, passará
pelas reformas trabalhista e previdenciária até
chegar ao completo desmonte do Estado de Bem-Estar
Social. A operação está em curso e eles têm pressa.
Antônio Augusto de Queiroz*
O Direito do Trabalho, como um conjunto de normas de
ordem pública e de caráter irrenunciável, possui
três fontes: a lei, em sentido amplo, que inclui a
Constituição, as leis complementares, as leis
ordinárias e os tratados internacionais subscritos
pelo Brasil, como as convenções da OIT; as decisões
normativas, que são as decisões com força de Poder
Normativo adotadas pelos tribunais do trabalho; e os
acordos e as convenções coletivas.
O Poder Normativo da Justiça do Trabalho, que tinha
a força de impor ao empregador normas e condições de
trabalho em favor dos empregados, já foi reduzido
com a vigência da Emenda Constitucional 45, que
modificou o artigo 114 da Constituição Federal para
condicionar o dissídio de natureza econômica na
Justiça do Trabalho ao “de comum acordo” entre as
partes (empresa ou a entidade patronal e o sindicato
de trabalhadores). Isso, na prática, inviabilizou a
via judicial como fonte de direito para os
trabalhadores.
Se for aprovada a reforma trabalhista do governo
Temer, com terceirização na atividade-fim,
pejotização e prevalência do negociado sobre o
legislado, restará apenas a negociação coletiva, já
que a lei perde seu caráter de norma de ordem
pública e caráter irrenunciável para o trabalhador.
A lei só valerá se acordo ou convenção coletiva não
dispuser em sentido diferente.
A negociação coletiva, que atualmente serve para
acrescentar direitos, além dos direitos básicos
assegurados por lei, terá a função de legitimar a
redução de direito, frente à transformação em norma
jurídica dos projetos que precarizam as relações de
trabalho.
E para precarizar as relações de trabalho podemos
mencionar, já em condições de votação, pelo menos
três projetos que serão priorizados pelo governo. O
PL 4.302/98, que escancara a terceirização e sequer
assegura a responsabilidade solidária da empresa
tomadora do trabalho terceirizado; o PLC 30/15, que
também trata da terceirização e pejotização, que
aguarda votação no Senado após ter sido aprovado na
gestão Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados, em
2015; e o PL 6.787, do governo Temer, que tem como
ponto central a prevalência do negociado sobre o
legislado.
A possibilidade de prevalência do negociado sobre o
legislado dá ao patronato um poder de pressão que
ele atualmente não dispõe, já que a legislação é
obrigatória em todo o país. Com a nova realidade,
bastará que o patrão ameace transferir a planta da
empresa para outra cidade ou estado para que os
trabalhadores, para preservar o emprego, forcem o
sindicato a negociar em bases rebaixadas.
O cerco sobre os direitos trabalhistas se
intensificou desde a efetivação de Michel Temer na
Presidência da República. Até o Supremo Tribunal
Federal (STF) vem dando uma mãozinha ao setor
empresarial, na perspectiva de vulnerar as relações
de trabalho.
O Supremo Tribunal Federal, em decisão recente na
ADPF 323, suspendeu a vigência da Súmula 277 do
Tribunal Superior do Trabalho, que garantia a
vigência dos acordos e convenções coletivas na
hipótese de o empregador ou sua entidade sindical se
recusar a negociar sua renovação na data-base. Com
isso, o patrão só aceitará sentar para negociar se
for para reduzir direitos, e se não negociar o
sindicato perde a data-base e todas as conquistas
asseguradas em acordos ou convenções anteriores.
Com o impeachment da Dilma e a efetivação de Michel
Temer na Presidência da República, as forças de
mercado tentam conseguir o que há tempo esperam: um
governo capaz de rasgar a CLT e retirar direitos
daqueles que vivem de seu salário, uma prestação que
tem natureza alimentar.
O governo escolheu para pagar o “pato” a parte mais
fraca econômica, social e politicamente na relação
com o mercado: o trabalhador. Se não houver
resistência, a fatura será bem mais ampla, pois
iniciou com o congelamento do gasto público, passará
pelas reformas trabalhista e previdenciária até
chegar ao completo desmonte do Estado de Bem-Estar
Social. A operação está em curso e eles têm pressa.
Artigo publicado originalmente na revista eletrônica
Teoria & Debate.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap
Fonte: Diap
23/03/2017 -
CDH discutirá impacto da reforma da Previdência na
vida das mulheres
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), em conjunto com a Procuradoria
Especial da Mulher do Senado realiza nesta
quinta-feira (23) audiência pública sobre o impacto
da reforma da Previdência na vida das mulheres.
Em tramitação na Câmara dos Deputados, a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 287/2016) da reforma da
Previdência estabelece a mesma idade mínima para a
aposentadoria de homens e mulheres - 65 anos -,
entre outras providências que impactarão a vida de
mulheres das áreas urbana e rural direta ou
indiretamente.
A PEC está sendo analisada em comissão especial da
Câmara e, se aprovada naquela Casa, será enviada ao
Senado.
A reunião da CDH está marcada para as 9h30 da manhã,
na sala 6 da Ala Senador Nilo Coelho. Foram
convidados para a audiência Denise Lobato Gentil,
professora do Instituto de Economia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Rosa Maria Campos
Jorge, diretora-executiva do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho; Joana Mostafa,
economista e pesquisadora da diretoria de Estudos e
Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea); Rosângela Piovizani, coordenadora
nacional do Movimento de Mulheres Camponesas;
Luciana Farias, presidente do Instituto dos
Advogados Previdenciários; Anna Beatriz Parlato,
assessora no Ministério Público do Trabalho e
integrante da Associação de Advogadas pela Igualdade
de Gênero, Raça e Etnia; Maria Lucia Fattorelli,
coordenadora-geral da Auditoria Cidadã da Dívida
Pública; Isis Tavares Neves, secretária de Relações
de Gênero da Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Educação; Maria Inez Rezende, presidente da
Fundação Anfip e Dorenice Flor da Cruz,
secretária-geral da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Projeto Pauta Feminina
A audiência conjunta da Procuradoria Especial da
Mulher do Senado com a CDH marca a 40ª edição do
projeto Pauta Feminina. Realizado desde 2013, por
iniciativa da senadora Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM), procuradora Especial da Mulher, e da
Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, o
projeto Quintas Femininas ganhou o nome de Pauta
Feminina em 2015.
Cada edição do projeto é transmitida on-line pelo
portal e-Cidadania, que possibilita a participação
do público a distância e em tempo real, e tem
transmissão e retransmissões pela TV Senado.
Mensalmente, a Rádio Senado leva ao ar, também, um
programa de rádio denominado Pautas Femininas. A
primeira edição do Pauta Feminina de 2017 teve como
tema o feminicídio como violência política, no dia
16 de fevereiro.
Fonte: Agência Senado
23/03/2017 -
Senador diz que opinião pública precisa entender a
reforma da Previdência
Dezessete senadores da base do governo reuniram-se
nesta quarta-feira (22) com o presidente Michel
Temer e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha, no Palácio do Planalto. Após Padilha
apresentar dados para confirmar a necessidade de uma
reforma da Previdência, os senadores criticaram a
forma como o governo tem trabalhado a comunicação de
seu ponto de vista.
Ao sair, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) disse
que a maioria dos parlamentares que participaram da
reunião entende que os argumentos do governo não têm
convencido a opinião pública dos benefícios que a
reforma trará para a população.
“Todos falaram que o governo não está conseguindo
vender o peixe para a opinião pública. A ideia
passada é de que não [afeta] algum setor, mas que
todos estão sendo prejudicados por ela [reforma]”,
disse o senador. “Aprovar sem a opinião pública
entender os motivos da reforma é um problema para a
democracia”, afirmou.
Ainda segundo Cristovam Buarque, foi unânime o apoio
dos parlamentares à retirada de servidores estaduais
e municipais da reforma da Previdência. Na avaliação
do senador, essa mudança de posição do governo
federal fortalecerá a aprovação da reforma
previdenciária. “Todos se mostraram favoráveis à
retirada dos estados. Aliás, questionaram muito
isso. Em diversos momentos, foi dito que foi um erro
ter incluído eles [estados e municípios] nessa
[proposta] de reforma”, disse o senador.
Fonte: Agência Brasil
23/03/2017 -
Governo vai detalhar nos próximos dias mudança em
PEC da Previdência
O diretor do Departamento de Assuntos Fiscais e
Sociais do Ministério do Planejamento, Arnaldo
Barbosa de Lima Júnior, afirmou nesta quarta-feira
(22) a deputados da comissão especial que analisa a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da
reforma da Previdência, que o detalhamento das
mudanças anunciadas pelo presidente Michel Temer
será feito nos próximos dias.
“O anúncio de ontem refere-se a policiais civis e
professores. O detalhamento será enviado. Isso será
mais claro nos próximos dias. Eu participei da
equipe que elaborou a proposta. Essa já era uma
preocupação que os congressistas trouxeram ao
ministro [Eliseu] Padilha [da Casa Civil] na
segunda-feira e em nada muda as projeções que o
ministro Dyogo [de Oliveira, do Planejamento]
apresentou”, disse.
Na noite de terça-feira (21), Temer anunciou a
retirada de servidores estaduais e municipais da
reforma da Previdência, ao lado do presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do
relator da reforma na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA) e
do líder do governo no Senado, Romero Jucá
(PMDB-RR). Também estavam presentes os ministros da
Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria de
Governo, Antônio Imbassahy, e da Secretaria-Geral da
Presidência, Moreira Franco.
Hoje, no início de audiência pública para debater a
Previdência dos trabalhadores rurais, deputados da
oposição cobraram do presidente da comissão,
deputado Carlos Marun (PMDB-MS), a oficialização e o
detalhamento das mudanças.
Fonte: Portal EBC
23/03/2017 -
Trabalhador acidentado ao voltar de exame
demissional vai receber indenização substitutiva
A Carvalho Atacado de Alimentos Ltda., de Teresina
(PI), foi condenada pela Primeira Turma do Tribunal
Superior do Trabalho a pagar indenização
substitutiva ao período de estabilidade a um
escriturário que sofreu acidente de carro quando
retornava do exame médico demissional. Para a Turma,
o acidente ocorreu no curso do aviso prévio
indenizado, caracterizando acidente de percurso.
O trabalhador foi dispensado em julho de 2009, e,
como não compareceu para receber as verbas
rescisórias, a empresa ajuizou ação de consignação
em pagamento na 1ª Vara do Trabalho de Teresina. O
escriturário, por sua vez, apresentou pedido de
reconvenção (inversão do lado das partes na
demanda), afirmando que, devido ao acidente, ficou
sem poder trabalhar por 60 dias devido a uma fratura
do antebraço. Segundo ele, “só descobriu que sofrera
acidente de trabalho no momento da homologação da
rescisão”. Pediu, assim, o reconhecimento do direito
à estabilidade acidentária.
O juízo de primeiro grau acolheu o pedido de
reconvenção e condenou a empresa ao pagamento da
indenização substitutiva, composta de 12 meses de
salários e férias, terço constitucional, 13ª e
outras verbas. O Tribunal Regional do Trabalho da
22ª Região (PI), porém, considerou indevida a
estabilidade por entender que o contrato de trabalho
estava extinto, uma vez que o acidente ocorreu um
dia após ele ter sido cientificado da rescisão.
Para o relator do recurso do escriturário para o
TST, ministro Hugo Carlos Scheuermann, o acidente
ocorreu quando ele realizava ato que diz respeito à
extinção contratual, que é o exame demissional.
Assim, entendeu caracterizado o acidente de percurso
para fins do artigo 118 da Lei 8.213/91, que trata
da garantia do emprego. Em seu artigo 21, inciso IV,
alínea "d", essa lei, que dispõe sobre a Previdência
Social, equipara a acidente de trabalho o acidente
sofrido pelo segurado "no percurso da residência
para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive
veículo de propriedade do segurado".
O ministro assinalou ainda que, considerada a
projeção do aviso prévio indenizado, o contrato de
trabalho ainda não estava extinto no momento do
acidente. Dessa forma, restabeleceu a sentença. A
decisão foi unânime. Processo:
132600-33.2009.5.22.0001
Fonte: TST
22/03/2017 -
Apesar de pressão das Centrais, terceirização deve
ser votada quarta
Sindicalistas de todo o País passaram a tarde da
terça (21) na Câmara dos Deputados, em Brasília,
fazendo corpo a corpo contra o projeto de lei da
terceirização irrestrita. O PL 4.302/98, que vem
desde Fernando Henrique Cardoso, foi colocado na
ordem do dia do plenário, podendo ser votado nesta
quarta (22).
As Centrais Sindicais tentaram em vão convencer o
presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a retirar
o projeto de pauta. Maia pediu que as entidades
enviassem demandas e sugestões, inclusive de pontos
em acordo presentes no PLC 30/2015 (em tramitação no
Senado), para que, se possível, fosse negociado o
texto final junto ao Governo.
Em conversa com a Agência Sindical, logo após o
encontro, José Calixto Ramos, presidente da Nova
Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), afirmou:
“Não temos muitas opções, ou quase nenhuma”. Ele
completou: “Por enquanto não há um relatório massivo
que dê condições dos deputados votarem.” Segundo o
dirigente, se for levantada uma questão de ordem é
possível que se consiga algum tempo para reverter
esse quadro, mas com muita dificuldade.
Na avaliação de Marcos Verlaine, analista político e
assessor parlamentar do Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar, os dois projetos devem
ser votados e aprovados ainda nesta quarta (22).
“Eles darão início às discussões, ainda na noite
desta terça e na quarta. Mas ambos os projetos devem
ser votados, seguindo para a sanção do presidente”.
Para o analista, Michel Temer deve aprovar a
terceirização na atividade-fim e fazer algumas
concessões no que tange à representação sindical e à
responsabilidade solidária. “A pressão do mercado é
muito forte, a fragilidade do movimento sindical é
percebida pelas forças políticas interessadas na
aprovação do projeto. Quem perderá é o trabalhador”,
finaliza Verlaine.
Fonte: Agência Sindical
22/03/2017 -
Relator vê "quase consenso" para mudar regras de
transição da aposentadoria
O relator da reforma da Previdência na Câmara dos
Deputados, Arthur Maia (PPS-BA), disse nesta
terça-feira (21) que, apesar de o governo ainda não
ter manifestado “disposição para negociação” de
pontos da proposta, há no Congresso Nacional “quase
um consenso” de que serão necessárias mudanças nas
regras de transição para a aposentadoria. Ele tem
mantido conversas com senadores, de forma a
apresentar um relatório que evite alterações após
ser enviado ao Senado.
“O governo ainda não manifestou disposição de
negociar nenhum ponto. Está apenas colhendo o
sentimento que existe na base. As emendas foram
apresentadas. Agora estamos vendo quais [alterações]
nossos parlamentares julgam essenciais”, disse Maia,
após participar da reunião de líderes da base aliada
do governo.
Segundo o relator, a maioria das propostas de emenda
trata de mudanças nas regras de transição. A
negociação, segundo o deputado, “não parte da cabeça
do relator”, mas da vontade da base do governo e da
precificação de cada uma dessas emendas, o que será
feito com a ajuda do Ministério do Planejamento, ou
seja, qual o impacto para os cofres públicos de cada
alteração.
Regras de transição
“A questão das regras de transição tem quase um
consenso de que tem de haver alguma alteração. Há
muitas alternativas de mudança. Existem aqueles
[parlamentares] que acham que as regras de transição
devem ser modificadas e escalonadas de acordo com a
idade; e os que pensam que devem ser escalonadas de
acordo com o tempo de contribuição, o que impacta no
percentual de salário que cada um vai receber”,
disse o relator.
A proposta enviada pelo governo prevê uma regra de
transição para quem está perto da aposentadoria.
Homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com
45 anos de idade ou mais poderão aposentar-se com
regras diferenciadas. A regra de transição só vale
para o tempo de aposentadoria. Para o cálculo do
benefício valerá a nova regra proposta.
Trabalhadores nessa situação deverão cumprir um
período adicional de contribuição, uma espécie de
"pedágio", equivalente a 50% do tempo que faltaria
para atingir o tempo de contribuição exigido. Por
exemplo, se para um trabalhador faltava um ano para
a aposentadoria, passará a faltar um ano e meio (12
meses + 50% = 18 meses). O pedágio também vale para
professores e segurados especiais (trabalhadores
rurais) que tiverem 50 anos de idade ou mais, se
homens, e 45 anos de idade ou mais, se mulheres.
Maia informou que conversará com os autores das
emendas para tentar produzir um “pensamento único”
em torno de cada um dos principais temas
relacionados à reforma previdenciária e ver o que é
possível ser incluído no relatório.
Ele, no entanto, alerta que “cada emenda tem seu
preço”. “Estamos fazendo uma reforma da Previdência
Social justamente para diminuir o impacto do gasto
previdenciário no Brasil. Portanto, cada emenda que
flexibilize a reforma terá como consequência gastos,
diminuindo os efeitos da reforma.”
O relator disse que 90% das mais de 100 emendas
apresentadas podem ser divididos em seis grupos:
regras de transição; a não acumulação de pensão e
aposentadoria; aposentadorias especiais;
desvinculação do Benefício de Prestação Continuada
(BPC, destinado a idosos e deficientes sem condições
de contribuir) do salário mínimo; idade mínima; e
aposentadorias rurais.
Maia disse que a base governista é, em sua maioria,
favorável à instalação da comissão parlamentar de
inquérito (CPI) no Senado, com o objetivo de
investigar se há, ou não, déficit na Previdência
Social. “Temos total interesse em esclarecer o
déficit. Esse debate dentro do Senado será
fundamental para o aprofundamento do conhecimento da
população sobre isso”, disse o deputado.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2017 -
Senado terá CPI da Previdência para investigar
contas do setor
O Senado terá uma comissão parlamentar de inquérito
(CPI) para investigar a contabilidade e a situação
fiscal da Previdência Social. O requerimento pela
instalação da comissão, lido nesta terça-feira (21)
em Plenário, foi do senador Paulo Paim (PT-RS), e
teve o apoio de mais 57 senadores, cerca de 70% da
casa. Ela terá sete membros titulares e até oito
meses de duração.
Paim quer verificar as dívidas de grandes empresas
com a Previdência, a sonegação e a concessão de
anistias, desonerações e desvinculações tributárias
que teriam provocado o desabastecimento do caixa do
setor nos últimos anos. Segundo o requerimento, o
foco da CPI será não apenas sobre os valores que
deixaram de ser aplicados, mas também sobre quem se
beneficiou com isso.
Além dos sete membros titulares, a CPI terá cinco
suplentes. O prazo de funcionamento da comissão é de
120 dias, prorrogável por mais 120. Ela terá uma
dotação orçamentária de até R$ 100 mil para custear
suas despesas.
Os líderes partidários já podem indicar seus
representantes na CPI. No entanto, eles não têm
prazo definido para fazê-lo. O presidente do Senado,
Eunício Oliveira, pode, a seu critério, indicar os
nomes caso entenda que há demora excessiva. Uma vez
nomeados todos os membros, a comissão poderá ser
instalada. Também não há prazo para isso.
Fonte: Agência Senado
22/03/2017 -
Temer exclui servidores estaduais e municipais da
reforma da Previdência
Em pronunciamento na noite dessa terça-feira, o
presidente Michel Temer anunciou mudança na proposta
de reforma da Previdência feita pelo governo e que
segue em tramitação na Câmara dos Deputados.
Após as manifestações contra a reforma da
Previdência em todo o país, na semana passada, os
parlamentares temiam a reação dos eleitores nos
estados. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo
Maia, do Democratas, contou que deputados e
senadores pediram essa alteração. Maia avaliou que a
retirada dos servidores estaduais e municipais
facilita a aprovação da proposta.
Alguns estados já fizeram mudanças na Previdência.
Entre eles, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de
Janeiro. O governador fluminense, Luiz Fernando
Pezão, que estava em Brasília, não sabia da mudança
na proposta do governo, mas considerou positiva.
Nada muda para quem está no chamado Regime Geral de
Previdência Social, aqueles trabalhadores que se
aposentam pelo INSS. Entre eles estão servidores
públicos estaduais e municipais, e também empregados
da iniciativa privada. Nesses casos, ainda vale o
projeto em discussão na Câmara.
Fonte: Portal EBC
22/03/2017 -
Meirelles diz que projeto da terceirização vai
facilitar contratações
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
nesta terça-feira (21) que a aprovação do projeto de
lei (PL 4302/98) que flexibiliza as regras para
terceirização de mão-de-obra, em tramitação na
Câmara dos Deputados, vai facilitar a contratação de
trabalhadores. A proposta, já aprovada no Senado,
permite a terceirização de todas as atividades de
uma empresa e pode ser votado nesta terça-feira pelo
plenário.
“Ajuda muito porque facilita a contratação de mão de
obra temporária, facilita a expansão do emprego.
Empresas resistem à possibilidade de aumentar o
emprego devido a alguns aspectos de rigidez das leis
trabalhistas”, disse, após reunião com a bancada do
PSDB na Câmara dos Deputados para discutir sobre a
reforma da Previdência.
O ministro afirmou ainda que é preciso melhorar a
comunicação sobre a reforma da Previdência para
esclarecer a população sobre a necessidade das
mudanças.
Questionado sobre integrantes do PSDB serem
contrários a mudanças nas regras para receber o
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a
desvinculação do salário mínimo, o ministro disse
que é preciso equilibrar as contas. “Todos somos
favoráveis ao maior número possível, maior valor
possível de benefícios. A questão é: precisamos
pagar isso. E quem paga é a população, seja através
de impostos, corte de outas despesas públicas, de
outros benefícios, seja através de inflação. Se
tirar algo [proposto pelo governo para a reforma],
vai ter que colocar algo equivalente em outro
lugar”, disse.
Para o líder do PSDB, Ricardo Trípoli, o ministro
está aberto à negociação, quando diz que se “tirar
tem que colocar alguma coisa”. “Isso deixa condições
desse diálogo continuar”, disse o deputado, após a
reunião com o ministro.
Neste mês, o ministro tem feito reuniões com as
bancadas dos partidos na Câmara dos Deputados para
discutir sobre a reforma. Hoje, está agendada
reunião também com a bancada do DEM.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2017 -
Reforma trabalhista tem pelo menos 80 emendas
relacionadas à prevalência de acordo sobre a lei
O relator da proposta de Reforma Trabalhista (PL
6787/16), deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), disse
que pelo menos 80 emendas apresentadas modificam
pontos da “espinha dorsal” do texto, que é a
prevalência do negociado sobre o legislado.
“Há uma preocupação inclusive em dar uma blindagem
para evitar contestações posteriores”, disse
Marinho. Até esta noite, foram apresentadas 478
emendas ao texto. O prazo termina nesta quarta-feira
(22).
O projeto estabelece que o acordo coletivo vai
prevalecer para 13 pontos específicos, entre eles
plano de cargos e salários e parcelamento de férias
anuais em até três vezes.
Marinho afirmou que o número de emendas reflete uma
demanda sobre a questão trabalhista. “Os
parlamentares estão falando sobre temas mais
variados, seja reforma sindical ou processo na
Justiça do Trabalho.”
Fonte: Agência Câmara
22/03/2017 -
Carteira de trabalho poderá ter formato digital, diz
presidente de comissão
A comissão mista de deputados e senadores que
discute a desburocratização vai negociar com o
Ministério do Trabalho o lançamento da carteira de
trabalho digital. Segundo o presidente do colegiado,
deputado Julio Lopes (PP-RJ), o documento deverá ser
apresentado no dia 1º de maio e funcionará como
alternativa à versão em papel.
“Queremos que o governo adote uma carteira digital
que seria compatível aos tempos atuais, a qual o
trabalhador poderá acessar pelo seu telefone e
portar o tempo todo, sem que seja necessária aquela
escrituração em papel – que não só é demorada, como
é cara e é lenta”, disse.
A comissão mista de desburocratização vai sugerir
propostas e identificar projetos que já tramitam no
Congresso Nacional. A ideia é substituir os
processos lentos e repetitivos que atrapalham o
cidadão no dia a dia por soluções mais ágeis e
eficientes.
Documento único
Outro tema prioritário para o colegiado é a aprovação
da Identidade Civil Nacional (PL 1775/15). O projeto
unifica em um documento as informações sobre
carteira de identidade, carteira de motorista e
título de eleitor, entre outros. O texto já foi
aprovado na Câmara e está na pauta da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.
Relator na CCJ e na comissão de desburocratização, o
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) defendeu a
aprovação do texto. “Depois de tantos anos, vamos
ter no Brasil uma identidade baseada na biometria”,
disse. “O Brasil tem muitos cadastros que não
'conversam' entre si e esse é um dos problemas que
temos.”
Fonte: Agência Câmara
22/03/2017 -
Deputados contrários à reforma da Previdência
contestam números do Planejamento
Deputados contrários à reforma da Previdência
contestaram os números apresentados pelo ministro do
Planejamento, Dyogo Oliveira, que afirmou não
existir superavit nas contas da Seguridade Social.
Os parlamentares e o ministro participam de
audiência pública promovida pela comissão especial
que analisa a reforma da Previdência. O dia de hoje
é dedicado a discutir a situação orçamentária da
Seguridade, que inclui despesas e receitas da saúde,
assistência social e Previdência.
Para Edmilson Rodrigues (Psol-PA), o governo não
respeita a Constituição por incluir o regime próprio
dos servidores públicos (RPPS) entre os gastos da
Seguridade. O artigo 40 da Constituição, conforme o
deputado, não afirma que essa despesa do governo é
Seguridade. “Vocês estão inviabilizando a
aposentadoria para defender o lucro dos bancos”,
disse Rodrigues.
O deputado Ivan Valente (PSol-SP) criticou o
ministro por enfatizar, em sua participação na
audiência pública, que os gastos com a Previdência
estão “engolindo” o orçamento federal. “48% do
orçamento vão para pagar juros, e não a
Previdência”, contestou Valente.
Já o deputado Andre Figueiredo (PDT-CE) defendeu que
as instituições financeiras participem no esforço
fiscal do governo federal, contribuindo com mais
tributos. Segundo ele, as contas do desajuste fiscal
estão caindo “nas costas de quem tem muito pouco”.
Os três parlamentares foram os primeiros a falar na
audiência pública, que já ouviu há pouco o ministro
Dyogo Oliveira e o presidente da Associação Nacional
dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip),
Vilson Antonio Romero. Os dois apresentaram números
discordantes sobre a situação orçamentária da
Seguridade Social. O ministro defende a existência
de deficit e Romero afirmou que há superávit.
A comissão especial da Câmara dos Deputados analisa
a PEC 287/16, que altera regras em relação à idade
mínima e ao tempo de contribuição para se aposentar,
à acumulação de aposentadorias e pensões, à forma de
cálculo dos benefícios, entre outros pontos.
Fonte: Agência Câmara
22/03/2017 -
Vulcabrás pagará em dobro férias parceladas sem
motivo relevante
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
deferiu a uma industriária o pagamento em dobro das
férias concedidas de forma fracionada pela Vulcabrás/Azaleia-RS,
Calçados e Artigos Esportivos S.A. Segundo os
ministros, como não houve justificativa satisfatória
para a divisão do período de descanso, como exige a
CLT, a conduta da indústria de calçados foi
irregular e as férias são consideradas como não
concedidas.
A empregada afirmou que nunca usufruiu de 30 dias
seguidos de repouso por ordem da empresa, o que
contraria o artigo 134, caput e parágrafo 1º, da
CLT. O dispositivo prevê a concessão das férias em
período único, mas admite, somente em casos
excepcionais, a divisão em duas etapas, sendo uma
não inferior a dez dias. Portanto, requereu a
remuneração em dobro das férias, com o acréscimo de
1/3 do salário conforme dispõe o artigo 7º, inciso
XVII, da Constituição Federal.
Em sua defesa, a indústria de calçados alegou que
agiu com base em convenções coletivas de trabalho
que, a fim de atender costume do setor calçadista,
permitiam férias individuais ou coletivas em dois
períodos de no mínimo dez dias.
O processo chegou ao TST após o juízo de primeiro
grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
(RS) julgarem improcedente o pedido da industriária.
Apesar de entender que o empregador não comprovou
causa relevante para o fracionamento, o TRT entendeu
que a divisão em etapas não inferiores a dez dias é
válida, independentemente de motivo excepcional.
Relator do recurso da trabalhadora, o ministro
Mauricio Godinho Delgado votou com o objetivo de
condenar a empresa ao pagamento em dobro das férias,
nos termos do artigo 137 da CLT, diante da falta de
comprovação de razão relevante de interesse do
empregador ou da empregada para o fracionamento.
Godinho Delgado afirmou que o parcelamento irregular
impede a finalidade das férias de proporcionar
descanso ao trabalhador para repor as energias
física e mental, o que justifica o pagamento em
dobro. A decisão foi unânime. (Processo:
RR-1075-11.2013.5.04.0381)
Fonte: TST
21/03/2017 -
Centrais vão a Brasília nesta terça (21) contra
votação da terceirização
Com a ameaça de votação do Projeto de Lei 4302/98,
que regulamenta a terceirização na atividade fim das
empresas, as Centrais Sindicais estão mobilizando as
bases para comparecer nesta terça (21) na Câmara dos
Deputados, em Brasília.
A matéria tramita em regime de urgência na Casa, o
que impõe um prazo de cinco sessões para votação,
período já expirado.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna), disse à Agência Sindical que só
uma forte mobilização poderá evitar mais esse ataque
aos direitos trabalhistas. "Estamos mobilizando
nossos Sindicatos, para que compareçam em Brasília e
pressionem cada deputado a votar contra esse
projeto. É preciso debater mais sobre o tema",
afirma.
De acordo com o dirigente, a Força já emitiu
comunicado as Sindicatos filiados, convocando a
presença em Brasília para mais um corpo a corpo com
os parlamentares.
Na base da CUT, a mobilização começou na manhã desta
segunda (20), com manifestações nos aeroportos. Em
Porto Alegre, a CUT-RS mobilizou vários Sindicatos e
Federações filiadas nesta madrugada no Aeroporto
Internacional Salgado Filho para pressionar
deputados a votarem contra o PL que destrói a CLT. A
Central também mobiliza suas bases para ocupar o
Congresso.
Ataque - O PL 4302/98 regulamenta a terceirização e
antecipa outra parte da reforma trabalhista do
governo Temer. O Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap) alerta que o projeto
está em fase final de tramitação, pois já foi
aprovado com modificações pelo Senado. Caso seja
aprovado na Câmara vai à sanção presidencial.
Fonte: Agência Sindical
21/03/2017 -
Paim deve apresentar pedido para criação de CPI da
Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) deve apresentar nesta
terça-feira (21) pedido de criação de Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência
Social. O requerimento já conta com 46 assinaturas.
O número mínimo necessário é de 27 adesões. Os
integrantes da base de apoio ao governo descartam o
boicote às investigações, mas alegam que não há
necessidade de uma comissão parlamentar de
inquérito, já que a reforma previdenciária ainda
será discutida pelo Senado. Paim argumenta que antes
de se fazer uma reforma da Previdência é preciso
saber quem sonega recursos previdenciários.
Fonte: Agência Senado
21/03/2017 -
Maia diz que Câmara deve aprovar reforma trabalhista
na primeira quinzena de abril
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
afirmou nesta segunda-feira (20) que a reforma
trabalhista deve ser aprovada pela Casa na primeira
quinzena de abril e que, em seguida, o Plenário vai
apreciar a da Previdência.
“A gente vota a modernização da lei trabalhista e,
depois, começa a votar a Previdência. É uma escada
correta para gerar um ambiente favorável às
reformas, que vão melhorar as condições do País",
declarou, após participar de evento na Câmara
Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo.
Terceirização
Maia confirmou que, nesta semana, está prevista a
votação pelo Plenário do projeto que regulamenta a
terceirização (PL 4302/98).
Na opinião dele, o excesso de regras na legislação
trabalhista tem gerado desemprego. “Temos de parar
com esse mito de que mais regulação e um maior
número de leis é melhor para o trabalhador. Os
Estados Unidos são flexíveis nessa área, e todos os
brasileiros têm um sonho de ir para lá”, sustentou.
Reforma política
O presidente da Câmara voltou a defender mudanças no
sistema eleitoral brasileiro já a partir de 2018.
Para Maia, o País não deve inventar um novo sistema,
mas, sim, buscar modelos que deram certo no mundo.
“O Brasil não pode entrar na próxima eleição com
esse sistema do jeito que está”, comentou.
Fonte: Agência Câmara
21/03/2017 -
Comissão da reforma trabalhista faz duas audiências
nesta semana
Haverá também encontros estaduais em MG e RS
A comissão especial que analisa a proposta de
reforma trabalhista (PL 6787/16) realiza nesta
semana duas audiência públlicas. Na quarta-feira
(22), os deputados do colegiados debaterão soluções
extrajudiciais, por sugestão dos deputados Rogério
Marinho (PSDB-RN), Wadih Damous (PT-RJ) e Sergio
Vidigal (PDT-ES).
São convidados:
- o ministro do Tribunal Superior do Trabalho
Alexandre de Souza Agra Belmonte;
- o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho,
1ª Região, Gustavo Tadeu Alckmin;
- o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho,
17ª Região, Carlos Henrique Bezerra Leite;
- o presidente da Comissão de Direito do Trabalho da
OAB/DF, Dino Araujo de Andrade;
- o vice-presidente executivo da Central Brasileira
do Setor de Serviços (Cebrasse), Ermínio Alves de
Lima Neto;
- e o professor da Universidade de São Paulo (USP)
Nelson Mannrich.
O encontro terá início às 14h30, em local a ser
definido.
Segurança jurídica
Na quinta-feira (23), a audiência discutirá súmulas e
segurança jurídica, por solicitação dos deputados
Patrus Ananias (PT-MG), Arnaldo Jordy (PPS-PA),
Chico Alencar (Psol-RJ), Luiza Erundina (Psol-SP) e
Rogério Marinho.
São convidados:
- o ministro do Tribunal Superior do Trabalho
Mauricio Godinho Delgado;
- o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho,
3ª Região, João Bosco Pinto Lara;
- o juiz do Tribunal Regional do Trabalho, 8ª
Região, José Maria Quadros de Alencar;
- o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da
Silva Filho;
- e o doutor em Direito do Trabalho pela
Universidade de São Paulo Antônio Galvão Peres.
Marcado para as 9 horas, o debate ocorrerá em
plenário a ser definido.
Porto Alegre e Belo Horizonte
A comissão especial participará, nesta sexta-feira
(24), de seminário estadual sobre os impactos da
reforma para os trabalhadores e o mercado de
trabalho. O encontro, na Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul, terá início às 9 horas, no
auditório Dante Barrone.
No mesmo dia, haverá fórum estadual com o mesmo
ponto de pauta no plenário da Assembleia Legislativa
de Minas Gerais. O encontro terá início às 10 horas.
Fonte: Agência Câmara
21/03/2017 -
Proposta de reforma trabalhista é criticada em
seminário no Espírito Santo
Representantes da Justiça trabalhista, do Ministério
Público e de sindicatos foram unânimes em criticar a
proposta de reforma trabalhista do governo (PL
6787/16) em seminário sobre o assunto na Assembleia
Legislativa do Espírito Santo, nesta segunda-feira
(20), em Vitória (ES).
O seminário foi promovido pela Comissão Especial da
Reforma Trabalhista da Câmara e foi o primeiro
debate da comissão realizado fora de Brasília. Mais
seis debates em outros estados estão previstos.
No seminário, o presidente do Tribunal Regional do
Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES), desembargador
Mário Ribeiro Cantarino Neto, disse que a reforma
traz risco de redução de direitos estabelecidos na
legislação e reconhecidos pela jurisprudência.
Conforme o desembargador, o projeto visa à redução
de custos para empregadores, principalmente por
permitir a ampliação do trabalho temporário, e visa
também aumentar o campo da negociação coletiva. Para
ele, esta é uma tentativa de afastar a jurisdição da
Justiça do Trabalho, que tem anulado vários acordos
coletivos que ultrapassam os limites legais.
Jornadas estendidas
O presidente do TRT-ES também afirmou que “assusta” a
possibilidade, contida no projeto, de aumento da
jornada de trabalho, hoje restrita a oito horas.
“Jornadas de 12 horas vão se tornar mais frequentes
e isso é causa de grande preocupação, porque tem
efeitos na vida social do trabalhador, na questão de
saúde e aumenta os riscos de acidentes de trabalho”,
apontou.
Para a vice-presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) do Espírito Santo, Noêmia
Simonassi, a jornada estendida vai prejudicar
especialmente as mulheres, por conta da jornada
dupla de trabalho, em casa. Ela também se preocupa
com a possibilidade de que a negociação entre patrão
e empregado prevaleça sobre a legislação. “Nós
sabemos qual é o objetivo dessa situação: é tirar
realmente direito do trabalhador, porque, não temos,
em sua maioria, sindicatos fortes para contrapor
aquilo que patrão vem colocar na mesa de discussão”,
ressaltou.
Discussão reduzida
O procurador Valério Heringer, do Ministério Público
do Trabalho, também acredita que a proposta de
reforma trabalhista visa alinhar a lei aos
interesses empresariais, reduzindo direitos do
trabalhador. Para ele, não se trata de fato de uma
reforma, que pressupõe um debate mais amplo e
aprofundado e deve ser feita em tempo mais longo.
A proposta chegou à Câmara em dezembro do ano
passado e, segundo o deputado Helder Salomão
(PT-ES), poderá ser votada na comissão especial já
na primeira quinzena de abril, e não em maio, como
inicialmente anunciado pelo relator, Rogério Marinho
(PSDB-RN). Segundo Salomão, que foi um dos deputados
que pediu o seminário, a ideia do governo é votar a
reforma trabalhista antes da previdenciária, por
conta das dificuldades em aprovar esta.
O parlamentar acrescentou que a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) fez pesquisa em 63
países que flexibilizaram as leis trabalhistas e
constatou que em nenhum caso houve aumento na
geração de emprego.
Também autor do pedido de realização do seminário e
crítico da proposta, o deputado Sérgio Vidigal
(PDT-ES) disse que os argumentos utilizados pelo
governo para promover a reforma são questionáveis.
Esses argumentos seriam de que a reforma vai
proporcionar a retomada do crescimento econômico e
de que vai reduzir o número de ações trabalhistas.
“Da forma como está apresentado, a reforma poderá
suscitar mais questões trabalhistas”, opinou. “Não
se aumenta competitividade em cima do salário do
trabalhado”, completou.
Defesa da proposta
Vidigal esclareceu que representantes do setor
produtivo foram convidados para o seminário, mas não
compareceram, impossibilitando que opiniões diversas
sobre o texto fossem ouvidas no evento.
Durante os debates sobre a proposta na comissão
especial da Câmara, o relator, Rogério Marinho, tem
defendido que a reforma não vai retirar direitos do
trabalhador e que vai ajudar a preservar empregos e
a dar segurança jurídica ao empreendedor, gerando
novos postos de trabalho.
Fonte: Agência Câmara
21/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência debate
aposentadoria do trabalhador rural e RGPS
A comissão especial da Câmara dos Deputados que
analisa a Reforma da Previdência tem audiência
pública, na quarta-feira (22), para discutir a
situação do trabalhador rural e o Regime Geral de
Previdência Social na proposta apresentada pelo
governo (PEC 287/16).
Os deputados integrantes do colegiado também vão
discutir a unificação dos critérios de concessão de
aposentadoria para a população urbana e rural; as
regras de transição; e a forma de contribuição.
Os convidados ainda serão definidos.
A audiência ocorrerá no plenário 1, a partir das 14
horas.
Fonte: Agência Câmara
21/03/2017 -
Ministro reafirma compromisso com trabalhadores na
modernização da CLT
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, assegurou
aos líderes das principais centrais sindicais que a
proposta de modernização da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT) não tira direitos dos
trabalhadores. Nesta segunda-feira (20), durante a
quarta reunião do Grupo de Estudos sobre a
Modernização da Legislação Trabalhista, na sede do
Ministério do Trabalho, em Brasília, ele defendeu o
fortalecimento dos sindicatos e pediu união das
centrais, para que a proposta enviada ao Congresso
Nacional seja aprovada considerando os interesses de
todos os trabalhadores.
Ronaldo Nogueira ressaltou a importância da
segurança jurídica para as convenções coletivas e
tranquilizou os líderes que temem a indicação de
trabalhadores não sindicalizados nas negociações
locais com os empregadores. Segundo o ministro, o
objetivo é que o representante local dos
trabalhadores seja escolhido com base na
representação da categoria. “Precisamos estabelecer
diretrizes claras, até para evitar o fatiamento das
bases”, afirmou. “Queremos um sindicato forte,
fazendo as homologações, trabalhando junto com o
Ministério do Trabalho.”
De acordo com o ministro, esse é um aspecto
fundamental. “Não vamos melhorar as relações de
trabalho sem termos sindicatos fortes. Precisamos
ter sindicatos com sustentabilidade”, pontuou.
Correção - Ele também afirmou que a proposta do
Ministério permite que a convenção coletiva tenha
força de lei, não que se sobreponha a ela. “Nossa
proposta é prestigiar a convenção coletiva. Não é o
princípio do acordado sobre o legislado. É trazer
segurança jurídica para o que já existe hoje”,
explicou, salientando que a convenção coletiva já
está prevista na própria CLT, mas os acertos entre
empregadores e funcionários acabam sendo derrubados
na Justiça. “O acordo tem que valer. A palavra tem
um valor imenso e não podemos permitir que um
terceiro faça uma intervenção e anule, depois, o que
foi acordado”, comentou o ministro.
Isso não significa tirar direitos, mas permitir ao
trabalhador escolher a melhor forma de utilizar
aquilo que a lei já estabelece. Por isso, mesmo
lembrando que as críticas podem “ter efeito
pedagógico”, o ministro do Trabalho apontou
distorções na interpretação da proposta. “Não dá
para admitir a especulação de que a proposta do
Ministério do Trabalho permite aumento da jornada
para 16 horas diárias. Quem estabelece o limite de
12 horas diárias, quando aprovadas em convenção
coletiva, é a própria CLT. A convenção coletiva não
vai ter força de lei para aumentar a jornada”,
disse.
Modelo - Reforçando a importância da modernização da
CLT, Ronaldo Nogueira ponderou que o Brasil é um
país imenso e precisa ter seu próprio modelo de
legislação trabalhista, que não seja baseado na
realidade de outros países – muitas vezes até
menores do que um único estado brasileiro.
Esse modelo nacional deve levar em conta as
diversidades do país. “Temos que pensar nas grandes
indústrias, mas também nos pequenos negócios, para
não favorecer apenas o trabalhador da grande empresa
em uma convenção coletiva”, afirmou o ministro.
Ronaldo Nogueira explicou aos sindicalistas que o
Grupo de Estudos da Modernização Trabalhista vai ser
mantido durante todo o processo de votação do
projeto no Congresso, até a sanção pelo presidente
Michel Temer, e pediu consenso dos representantes
dos trabalhadores no aprimoramento da matéria.
“Precisamos ter uma proposta a partir do
trabalhador”, defendeu.
Fonte: MT
21/03/2017 -
Reforma trabalhista retira direitos e é retrocesso,
afirmam participantes de debate
Representantes de entidades ligadas aos
trabalhadores criticaram, em audiência pública nesta
segunda-feira (20) na Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH), a proposta de
reforma trabalhista encaminhada ao Congresso
Nacional pelo presidente Michel Temer. Segundo eles,
o projeto (PL 6787/2016) ataca direitos conquistados
durante anos de lutas.
A proposta prevê que aquilo que for negociado pelos
trabalhadores com as empresas prevaleça sobre a
legislação. Com isso, acordos fechados pelas
categorias terão peso legal.
Um dos pontos mais criticados é o que autoriza, em
caso de acordo entre a empresa e os trabalhadores, a
formalização de uma jornada de trabalho de até 220
horas por mês (nos casos de meses com cinco
semanas). Conforme a proposta, a jornada em um único
dia pode chegar até a 12 horas (oito horas normais
mais quatro horas extras).
Entre as principais alterações previstas, estão
ainda o parcelamento de férias; a ampliação do
contrato de trabalho temporário de 90 para 120 dias
e do regime parcial de trabalho de 25 para até 30
horas. A possibilidade de flexibilizar o horário de
almoço ou de descanso por meio de acordo coletivo
também está entre as mudanças enviadas pelo governo.
Um dos argumentos do governo para convencer
parlamentares e trabalhadores é a perspectiva de que
a mudança poderá criar até cinco milhões de
empregos. Para Ângelo Costa, presidente da
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT),
a estimativa do governo é uma falácia. Ele
apresentou estudos que comprovariam que a
flexibilização da proteção dos trabalhadores não
gera emprego e não reduz a taxa de desemprego.
— A reforma não vai gerar emprego. O próprio governo
não tem apresentado dados que garantam isso. Vai
gerar na verdade a precarização do trabalho – disse.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
21/03/2017 -
Mais de 3 milhões de trabalhadores sacaram R$ 4,8 bi
de contas inativas do FGTS
Nos primeiros sete dias após a abertura do
calendário para saques de contas inativas do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mais de 3
milhões de trabalhadores sacaram R$ 4,81 bilhões. Os
valores foram creditados diretamente na
conta-corrente dos beneficiados, ou sacados nas
agências da Caixa Econômica Federal.
Desde o último dia 10, trabalhadores nascidos em
janeiro e fevereiro que têm direito ao saque podem
receber os valores, depositados por empresas com as
quais eles não têm mais vínculo. A partir de 10 de
abril, poderá sacar o dinheiro quem faz aniversário
em março, abril e maio.
O prazo limite para saque vai até 31 de julho, de
acordo com o calendário estipulado pela Caixa. O
banco informou que já receberam os valores 3,28
milhões dos 4,8 milhões de trabalhadores que têm
direito ao primeiro lote. A estimativa é que eles
saquem quase R$ 7 bilhões dos R$ 35 bilhões que,
segundo as expectativas do governo, devem ser
injetados na economia com a medida.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2017 -
Eletricista não consegue indenização por fazer
testes de bafômetro em programa de segurança do
trabalho
A CMI Brasil Serviços de Manutenção de Equipamentos
Industriais Ltda. foi absolvida pela Oitava Turma do
Tribunal Superior do Trabalho de pagar indenização
por danos morais a um eletricista submetido seis
vezes a teste de bafômetro durante o período que
prestou serviços à Vale S.A. O teste faz parte de um
programa de segurança no trabalho, desenvolvido pela
CMI por exigência da Vale, empresa tomadora de
serviços.
O Programa de Prevenção e Tratamento de Dependência
Química da Vale, destinado aos empregados da empresa
e aos terceirizados, tinha como objetivo prevenir a
ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho,
reconhecidamente de risco. O teste de bafômetro era
realizado uma vez por semana em dez empregados
sorteados de forma aleatória.
Na reclamação trabalhista, o eletricista sustentou
que a submissão dos trabalhadores ao sorteio para o
teste, visando à detecção do consumo de álcool ou
substâncias entorpecentes era “manifestamente
ilegal” e ofensivo ao princípio da dignidade da
pessoa humana. Alegou ainda que haveria caráter
intimidatório, pois a medida serviria como parâmetro
para a dispensa do trabalhador.
O pedido de indenização foi julgado improcedente na
primeira instância, mas foi deferido pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), que condenou
a CMI ao pagamento de indenização de R$ 5 mil. De
acordo com o TRT, embora o programa estivesse
voltado para a prevenção de acidentes, a imposição
do teste extrapolaria os limites da relação de
emprego, atingindo a esfera privada dos
trabalhadores.
No recurso ao TST, a empresa argumentou que o
programa de segurança no trabalho incluía a
verificação da saúde e da aptidão física dos
trabalhadores, e que a realização de teste tinha o
intuito de conscientizá-los quanto ao consumo de
bebidas alcoólicas. Acrescentou que o exame não era
obrigatório e era feito em laboratório móvel
(container), de forma discreta e individual, pois
apenas o enfermeiro tinha acesso aos resultados. No
caso do eletricista, ressaltou que ele autorizou o
procedimento nas seis vezes, obtendo resultados
sempre negativos.
Segundo a relatora do processo, ministra Dora Maria
da Costa, não houve, no caso, abuso do poder
diretivo do empregador, uma vez que era respeitado o
caráter sigiloso do resultado dos testes, e o
sorteio era feito dentro de um contêiner. “Tampouco
ficou evidenciado que houve constrangimento do
empregado ao ser selecionado para o teste nem que
fosse obrigatória a realização do exame”, frisou. A
ministra salientou ainda que o TRT não registrou que
algum empregado tenha sido dispensado por causa do
teste. (Processo: RR-10805-95.2015.5.03.0060)
Fonte: TST
20/03/2017 -
PEC de reforma da Previdência recebe 131 emendas
válidas para serem analisadas
Terminou nesta sexta-feira (17), às 18h30, o prazo
para apresentação de emendas ao texto da reforma da
Previdência (PEC 287/16). O prazo havia sido
prorrogado na quarta-feira pelo presidente da
Câmara, Rodrigo Maia.
No total, foram apresentadas 164 emendas, das quais
33 não conseguiram o número regimental suficiente de
assinaturas para continuarem tramitando, o que deixa
um total 131 de emendas válidas para serem
analisadas pelos deputados integrantes da Comissão
Especial da Reforma da Previdência.
Para fazer emendas à reforma, cada deputado tem que
reunir 171 assinaturas, que são conferidas pela
comissão especial. Se uma emenda não passar na
comissão, ainda pode ser analisada na votação do
Plenário.
A maior parte das emendas está relacionada a pontos
específicos como benefícios assistenciais,
professores, trabalhadores rurais, policiais,
servidores públicos e mulheres. Há ainda emendas
amplas que buscam mexer ao mesmo tempo em vários
pontos, apresentando na prática um texto alternativo
ao proposto pelo governo.
Proposta
A PEC altera critérios para aposentadoria em relação à
idade e ao tempo de contribuição, além de modificar
a forma de cálculo dos benefícios, entre outros
pontos. É sugerida uma regra de transição aplicada a
homens e mulheres que, na data de promulgação da
nova emenda, tiverem, respectivamente, mais de 50
anos e e mais de 45 anos.
De acordo com a proposta, a nova regra para a
aposentadoria pelo INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) passará a exigir idade mínima de 65
anos e 25 anos de contribuição. No caso dos
servidores públicos, as mudanças eliminam regras de
transição aprovadas anteriormente, também por meio
de emendas constitucionais, em 1998, 2003 e 2005.
Fonte: Agência Câmara
20/03/2017 -
CDH inicia ciclo de debates para discutir reformas
previdenciária e trabalhista
Os projetos de reforma previdenciária e trabalhista,
propostos pelo Executivo e que estão em análise no
Congresso, serão discutidas em um ciclo de debates
na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH).
Nesta segunda-feira (20), os senadores ouvirão
representantes de entidades ligadas ao setor
trabalhista, como Ângelo Costa, presidente da
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
e Carlos Silva, presidente do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), e também da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra) e do Ministério Público do Trabalho.
Já na terça-feira (21), o foco será voltado para as
mudanças previdenciárias e, na audiência, os
parlamentares ouvirão João Domingos Santos,
presidente da Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil (CSPB); Vilson Romero, presidente da
Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal (Anfip); e Charles Alcantara, presidente da
Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco),
entre outros.
O ciclo de debates foi proposto pelo senador Paulo
Paim (PT-RS), que é radicalmente contra os projetos,
pois, em sua opinião, retiram direitos dos
trabalhadores.
— Essa questão da reforma da previdência não é
partidária, não é ideológica, é a preocupação que
todos nós temos — ressaltou Paim.
Ambas as reuniões ocorrerão na sala 6 da ala Senador
Nilo Coelho, a partir de 9h.
Fonte: Agência Senado
20/03/2017 -
Impacto da reforma da Previdência sobre a vida das
mulheres será tema de debate
O impacto da reforma da Previdência sobre a vida das
mulheres será tema de debate na próxima quinta-feira
(23) no Senado. A audiência pública é promovida pela
Procuradoria da Mulher do Senado e pela Procuradoria
da Mulher da Câmara, que organizam um debate por
mês, chamado Pautas Femininas.
Nesta quinta, Pautas Femininas receberá a professora
Denise Lobato Gentil, do Instituto de Economia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); a
economista Joana Mostafa, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea); a coordenadora nacional
do Movimento de Mulheres Camponesas, Rosângela
Piovizani; e a assessora do Ministério Público do
Trabalho, Anna Beatriz Parlato.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM),
procuradora da Mulher no Senado, mediará o debate.
Em discurso proferido no início do mês, a senadora
criticou a proposta do governo de equiparar a idade
mínima de aposentadoria em 65 anos para homens e
mulheres. Para ela é injusto, pois a maioria das
mulheres se dedica mais à família do que à carreira
profissional, o que justificaria a necessidade da
manutenção de aposentadoria diferenciada.
Os cidadãos que quiserem fazer perguntas e
comentários poderão participar pelo portal
e-Cidadania. A audiência começará às 10h no plenário
9 da ala Senador Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
20/03/2017 -
Projeto que regulamenta a terceirização é destaque
da pauta do Plenário
Deputados também podem votar ajuda a estados
endividados, aumento da pena para crimes de
pirataria e permissão para universidades públicas
cobrarem por pós-graduações lato sensu. Líderes
partidários se reunirão na terça-feira (21), às 15
horas
O projeto de lei que permite a terceirização de
todas as atividades da empresa é o destaque da pauta
do Plenário para os dias 21 a 23 de março. Os
deputados precisam analisar o substitutivo do Senado
ao PL 4302/98, do Executivo. A matéria é o único
item previsto para a próxima terça-feira (21).
De acordo com o texto dos senadores, quanto às
obrigações trabalhistas haverá a responsabilidade
subsidiária da empresa contratante em relação à
responsabilidade da empresa de serviços
terceirizados. Parecer unânime aprovado pela
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público mantém a responsabilidade solidária,
conforme texto da Câmara. As mudanças ocorrem na Lei
6.019/74.
Na responsabilidade subsidiária, os bens da empresa
contratante somente poderão ser penhorados pela
Justiça se não houver mais bens da terceirizada para
o pagamento da condenação relativa a direitos não
pagos. Na solidária, isso pode ocorrer
simultaneamente. Contratante e terceirizada
respondem ao mesmo tempo com seus bens para o
pagamento da causa trabalhista.
O projeto também regulamenta aspectos do trabalho
temporário, aumentando de três para seis meses o
tempo máximo de sua duração.
Para o relator, deputado Laercio Oliveira (SD-SE), o
texto vai incentivar contratações ao modernizar as
regras trabalhistas e criar uma lei específica sobre
terceirizações. "Essa proposta não é a solução
definitiva para o desemprego, mas é um facilitador
porque traz segurança jurídica. Hoje quase sempre as
consequências de contratos malfeitos recaem sobre o
trabalhador terceirizado", diz.
Já o deputado Ságuas Moraes (PT-MT), vice-líder do
partido, argumenta que a abertura da terceirização
para mais áreas de uma empresa vai prejudicar o
trabalhador. "O empresário poderá demitir um
funcionário que tem carteira assinada com a sua
empresa e contratar uma outra empresa para prestar
aquele serviço. Com certeza, o trabalhador terá um
salário menor, pois a empresa terceirizada buscará
ter lucro", afirma.
Fonte: Agência Câmara
20/03/2017 -
Temer diz que governo está aberto para negociar
reforma da Previdência
O presidente Michel Temer disse hoje (17) que o
governo está aberto para negociar mudanças na
reforma da Previdência, em tramitação no Congresso
Nacional. “Nós achamos que a proposta ideal, a
necessária para colocar o país nos trilhos de uma
vez, é aquela que o Executivo mandou. Se houver
necessidade de conversações, nós não estamos negando
qualquer espécie de conversação. O que não podemos é
quebrar a espinha dorsal da Previdência”, ressaltou
Temer, em palestra para executivos de cerca de 100
empresas reunidos na sede da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), em São Paulo.
“Haverá propostas de modificação em um ou outro
ponto? É muito provável”, acrescentou o presidente.
“Nós temos um deficit de R$ 149 bilhões na
Previdência Social. Nós temos estados que estão
quebrando por causa da Previdência”, enfatizou.
Para Temer, a oposição que vem sendo feita ao
projeto não apresenta argumentos sólidos. “Eu vejo
com frequência que há movimentos de protesto que são
de natureza política, não movimentos de natureza
técnica”, disse.
O presidente também destacou a importância da
relação com o Congresso, que discute a reforma em
uma comissão especial: “Se não houver interação do
Executivo com o Legislativo, você não consegue
governar”.
Retomada da economia
Michel Temer destacou também a retomada de empregos em
fevereiro, após 22 meses de queda, lembrando dos
impactos da notícia anunciada ontem para a economia
brasileira. “Nós esperávamos que a retomada do
emprego começasse a se processar no segundo
semestre. O primeiro passo, sem dúvida nenhuma, era
combater a recessão”, ressaltou.
Sobre a inflação, Temer disse que espera, ainda este
ano, que o índice fique abaixo do centro da meta
estabelecida pelo Banco Central. “A projeção é que
ao final do ano estaremos abaixo de 4%, quando o
centro da meta é 4,5%”, enfatizou. A retração da
inflação já está possibilitando, de acordo com o
presidente, a redução das taxas de juros. “A Selic
[taxa básica de juros] vem caindo. Os juros estão
começando a cair e vão cair”.
O governo se prepara agora para socorrer os estados
em dificuldade. Nesse sentido, o presidente destacou
mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal para
permitir que o governo federal auxilie os governos
estaduais. “Não podemos auxiliar o estado do Rio de
Janeiro, com empréstimos etc, sem contrapartida, sob
pena de nós, da União, vulnerarmos a lei de
Responsabilidade Fiscal."
Fonte: Agência Brasil
20/03/2017 -
Mantida invalidade de norma coletiva que instituiu
jornada de 42 dias de trabalho por 21 de descanso
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
desproveu agravo de instrumento da Global Serviços
Geofísicos Ltda. contra decisão que invalidou norma
que instituiu a duração do trabalho de 42 dias por
21 de descanso em acordo coletivo de trabalho,
firmado entre a empresa e o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Extração do Ferro,
Metais Básicos e de Minerais não Metálicos de Patos
de Minas (METABASE).
O caso chegou à Justiça por meio de ação civil
pública ajuizada pelo Ministério Público do
Trabalho, após verificar o descumprimento das normas
mínimas relativas à jornada de trabalho e aos
descansos dos empregados.
A empresa, em sua defesa, sustentou que suas
atividades, como a realização de estudos geofísicos
e processamento e interpretação de dados para
localizar e delimitar reservas de hidrocarbono,
exige trabalho de campo, muitas vezes em local ermo
e de difícil acesso, daí a jornada diferenciada.
Argumentou que, com base na norma coletiva que prevê
o regime de dois dias de trabalho por um de
descanso, adota escala de 42 dias consecutivos de
trabalho, com 21 dias consecutivos de folga.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
invalidou a jornada estabelecida no acordo,
registrando a necessidade de respeito às normas
mínimas de saúde e higiene do trabalhador. Para o
Regional, estabelecer como regra o trabalho por um
período mínimo de 20 dias consecutivos atenta contra
normas de ordem pública, criando lima situação
“extremamente nefasta para a saúde dos empregados”.
No agravo pelo qual tentou trazer a discussão ao
TST, a empresa insistiu na atipicidade da prestação
dos serviços e sustentou que o sistema instituído é
benéfico ao empregado, que passa a ter repouso
similar às férias. Apontou ainda violação aos
dispositivos constitucionais que privilegiam a
negociação coletiva.
Segundo a relatora do agravo, ministra Cristina
Peduzzi, o artigo 7º, inciso XV, da Constituição da
República e o artigo 1º da Lei 605/49 asseguram ao
trabalhador repouso semanal remunerado de no mínimo
24 horas. “Trata-se de medida voltada à preservação
da saúde e bem-estar físico e mental do trabalhador,
assegurando-se o descanso necessário tanto para a
recuperação de suas forças quanto para que possa
usufruir do convívio familiar”, afirmou. “Nesse
sentido, o TST tem considerado inválido o regime
instituído na presente hipótese, na medida em que
descumpre os limites legais”.
A ministra observou que o Supremo Tribunal Federal
tem afirmado a força normativa das normas coletivas
nas relações de trabalho, inclusive para afastar a
incidência de direitos instituídos legalmente.
“Firmou-se, contudo, a necessidade de concessão de
vantagens em contrapartida, o que não ocorre no
caso”, afirmou. “Inexiste registro de que a norma
coletiva tenha previsto vantagens específicas
fixadas em contrapartida à jornada instituída, de
forma que não há como entender válido o ajuste”,
concluiu. A decisão foi unânime. Processo: AIRR-447-43.2012.5.03.0071
Fonte: TST
20/03/2017 -
Dirigente sindical não tem direito a indenização
após o fechamento da empresa
Apesar de o artigo 543 da CLT assegurar ao dirigente
sindical, em regra, a estabilidade no emprego até um
ano após o final do seu mandato, o fechamento da
empresa onde exerce suas atividades profissionais é
fato extintivo desse direito, nos termos da Súmula
369 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com esse
posicionamento, a Segunda Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 11ª Região - AM/RR (TRT11) negou
provimento ao recurso ordinário de uma dirigente
sindical, que pleiteava indenização sob o argumento
de haver sido dispensada sem justa causa enquanto
gozava de estabilidade provisória garantida por lei.
A autora da ação trabalhista, que exerceu a função
de técnica de segurança do trabalho na empresa
Brasjuta da Amazônia S/A - Fiação, Tecelagem e
Sacaria no período de outubro de 2011 a março de
2016, alegou que, a despeito de ter sido eleita
dirigente sindical para mandato no quadriênio
2014/2018, no cargo de 2ª secretária geral, foi
dispensada durante a estabilidade sindical sem ter
cometido falta grave, o que afrontaria a legislação
pertinente e teria causado prejuízos de ordem
patrimonial e moral. Ela apresentou pedidos
indenizatórios no valor de R$108 mil, que englobam o
período de estabilidade no emprego (36 meses) e
danos morais.
O juízo da 15ª Vara do Trabalho de Manaus julgou
improcedentes os pedidos da reclamante, por entender
que o fechamento da reclamada atrai a aplicação da
Súmula 369 do TST, segundo a qual, em caso de
extinção das atividades da empresa no âmbito da base
territorial do sindicato, não há razão para
subsistir a estabilidade do sindicalista. No recurso
contra a decisão que indeferiu seus pleitos
indenizatórios, a reclamante sustentou que não foi
observada a legislação aplicável ao caso e que a má
gestão dos responsáveis não poderia impedir a
garantia de emprego que detinha no momento da
dispensa imotivada.
O relator do processo, desembargador Lairto José
Veloso, manteve o posicionamento da sentença de
origem. Ele explicou que a Reunião de Mediação que
contou com a presença do presidente do sindicato
laboral, conforme ata juntada aos autos, confirma o
encerramento das atividades da reclamada, obstando o
deferimento dos pedidos da sindicalista. De acordo
com o documento, na reunião realizada em 25 de
fevereiro de 2016 perante a Superintendência
Regional do Trabalho (SRT/AM) houve acordo para
pagamento parcelado das verbas rescisórias de todos
os funcionários da empresa, inclusive da reclamante.
Ao negar provimento ao apelo da recorrente por não
vislumbrar elementos caracterizadores do dever de
indenizar por parte da recorrida, o relator ponderou
que não se pode banalizar o instituto dos danos
morais. "Mantenho o indeferimento da pretensão,
acrescentando inclusive que o simples fato da
reclamada haver desligado a autora, mesmo fazendo
parte do sindicato obreiro com estabilidade, por si
só, não causa dano imaterial passível de
indenização", salientou em seu voto, sendo
acompanhado pelos demais membros da Segunda Turma.
Fonte: TRT11
20/03/2017 -
Desde que não tenha contribuído de forma decisiva
para a greve, empregador não está obrigado a pagar
dias parados
A 5ª Turma do TRT-MG, acolhendo o voto do relator,
juiz convocado João Alberto de Almeida, julgou
favoravelmente um recurso da Companhia de Saneamento
de Minas Gerais (COPASA/MG), para absolvê-la da
condenação de restituir os valores descontados de
alguns de seus empregados em razão da paralisação
parcial ocorrida em 15/07/2014.
A ação trabalhista foi ajuizada contra e COPASA pelo
SINDÁGUA MG - Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e
em Serviços de Esgoto do Estado de Minas Gerais que,
na qualidade de substituto processual dos empregados
que se aderiram à greve, pediu que a empresa fosse
condenada a lhes restituir os dias parados. O pedido
foi atendido na sentença recorrida, mas, ao analisar
recurso da COPASA, a Turma revisora deu razão à
empresa e reverteu a decisão, rejeitando o pedido do
sindicato.
O relator ressaltou que vem prevalecendo na Seção
Especializada de Dissídios Coletivos do TST o
entendimento de que o empregador não pode ser
obrigado a pagar aos empregados a remuneração
correspondente aos dias parados no período de greve,
independentemente de o movimento ter sido ou não
declarado como abusivo pelas autoridades.
E, conforme lembrou o julgador, o art. 7º da Lei nº
7.783/89 dispõe que: “a participação em greve
suspende o contrato de trabalho, devendo as relações
obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo
acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da
Justiça do Trabalho.” Além disso, ele frisou que o
risco de não receber os salários pelos dias parados
é inerente ao movimento e, em regra, deve ser
assumido pelos seus participantes, como ocorre com o
exercício de qualquer direito.
“Desde que o empregador não contribua de forma
decisiva para a greve (o que ocorreria, por exemplo,
com o atraso de salários), ele está autorizado, em
regra, a descontar dos empregados os dias em que
aderiram à paralisação”, destacou o relator.
E, no caso, as provas demonstraram que a greve teve
como motivo a busca de melhores condições de
trabalho aos empregados, já que não houve êxito nas
tentativas de negociação entre a empresa e o
SINDÁGUA. Por fim, para reforçar ainda mais a
decisão, o relator citou jurisprudência da Seção de
Dissídios Coletivos do TST no mesmo sentindo do seu
entendimento. Os fundamentos do relator foram
acolhidos pelos demais julgadores da Turma.
(0001401-71.2014.5.03.0022 RO)
Fonte: TRT3
17/03/2017 -
Brasil tem primeiro aumento no emprego formal em 22
meses; serviços puxou alta
O país criou 35 mil 612 novos postos de emprego com
carteira de trabalho assinada em fevereiro em
relação a janeiro deste ano. É o primeiro aumento do
emprego formal em 22 meses. O último saldo positivo
havia sido registrado em março de 2015.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo
CAGED, o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, do Ministério do Trabalho.
Tradicionalmente, o Caged divulga os dados todo mês
pela internet, mas desta vez o anúncio foi feito
pelo presidente Michel Temer, que disse estar
otimista com a economia.
O setor de serviços foi o que puxou a alta nos
empregos, criando mais de 50 mil novos postos de
trabalho. O coordenador de estatísticas do
ministério do trabalho, Mario Magalhães, ressaltou
que a área de Ensino foi a que mais contratou.
Depois do setor de serviços, as áreas que mais
contrataram em fevereiro foram a da administração
pública e da agropecuária. Já o setor do comércio
foi o que mais perdeu postos de trabalho. Foram 21
mil vagas a menos que no mês de janeiro. Na
construção civil, o Brasil perdeu 12 mil postos de
trabalho em um mês.
As regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste
apresentaram dados positivos na criação do emprego.
Já o Norte e Nordeste reduziram o número de vagas de
empregos com carteira assinada. Mario Magalhães
comentou que a queda sazonal da produção agrícola,
em especial a cana-de-açúcar, explica a perda de
empregos no Nordeste.
Mesmo com a melhora, no acumulado dos últimos dois
anos, quando começou a queda no emprego formal, o
Brasil fechou mais de 2 milhões e 850 mil postos de
trabalho.
Fonte: Portal EBC
17/03/2017 -
Ministra do TST diz que há “inverdades” nos
argumentos do governo para reforma trabalhista
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde
Alves Miranda Arantes, disse que “há grandes
inverdades” nos argumentos do governo para promover
a reforma trabalhista. Ela participa de audiência
pública na Comissão Especial da Reforma Trabalhista
(PL 6787/16).
A primeira “inverdade”, na sua visão, seria o
argumento de que a reforma vai promover a geração de
empregos. “Em lugar nenhum do mundo, as reformas
geraram empregos; ao contrário, geraram a
precarização de empregos”, afirmou.
Conforme a ministra, o segundo argumento inverídico
seria de que a legislação é obsoleta. Segundo ela, a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-Lei
5.452/43) já teve 75% dos seus artigos alterados,
mas preservando os direitos básicos do trabalhador.
A terceira “inverdade”, de acordo com Delaíde
Arantes, é o argumento de que a prevalência da
negociação coletiva sobre a legislação, proposta na
reforma, seria benéfica aos trabalhadores. Ela disse
que “o negociado sobre o legislado” já existe, mas
para negociar vantagens para o trabalhador. Agora, a
negociação poderia precarizar direitos. “A saída
para a crise tem que ser encontrada na economia, não
na precarização do trabalho”, opinou.
Para a ministra, o momento não é apropriado para uma
reforma trabalhista, que virá em prejuízo do povo e
dos trabalhadores. “É um momento de grave crise das
instituições democráticas, e precisamos nos
preocupar em defender a democracia”, afirmou.
Resposta a Maia
A ministra disse ainda que a Justiça do Trabalho foi,
na semana passada, duramente atacada pelo presidente
da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que teria
declarado à imprensa que a Justiça do Trabalho “nem
deveria existir”. Para defender a Justiça do
Trabalho, Delaíde citou artigo de outra ministra do
TST, Kátia Magalhães Arruda, no qual esta afirma que
não deveria existir no Brasil “pobreza,
discriminação, corrupção, intolerância, abuso de
poder, autoridades que falam e agem contra os
princípios e regras constitucionais”.
No artigo, a ministra Kátia Arruda cita ainda que o
Brasil “é o segundo do mundo em acidentes e mortes
no trabalho, onde 70% de seus trabalhadores recebem
salários reduzidos (até dois salários mínimos)”.
Além disso, Delaíde destacou a necessidade da
Justiça do Trabalho em um país que ainda tem
trabalho análogo ao escravo em grandes proporções e
não erradicou o trabalho infantil.
Fonte: Agência Câmara
17/03/2017 -
Deputados dizem que representantes da Justiça do
Trabalho estão distantes do “mundo real”
Parlamentares favoráveis à reforma trabalhista
rejeitaram o posicionamento de representantes da
Justiça do Trabalho, que foram unânimes em criticar
a proposta do governo (PL 6787/16) em audiência
pública da comissão especial que discute o projeto.
Para esses deputados, a Justiça trabalhista e o
Ministério Público estão distantes do “mundo real”.
Mais cedo, na audiência, a ministra do Tribunal
Superior do Trabalho Delaíde Alves Miranda Arantes
disse que “há grandes inverdades” nos argumentos do
governo para promover a reforma trabalhista, que
poderá gerar a precarização de direitos.
O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) foi um dos que
afirmou que a Justiça do Trabalho e o Ministério
Público do Trabalho “estão distantes do Brasil
real”. Segundo ele, “parece que os operadores da
Justiça e do MP não conversam com empreendedores e
empregadores”, que não têm contratado empregados por
conta da falta de segurança jurídica. Para o
parlamentar, os debatedores passaram muito tempo
defendendo categoria, mas pouco abordaram o projeto
de reforma em discussão.
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse
acreditar que os representantes da Justiça ouvidos
na audiência têm “posição política” e tentam “tapar
o sol com a peneira” em vez de procurar contribuir
com a reforma. Conforme ele, “não dá para negar que
3 milhões de ações é um absurdo” e que os
empregadores temem empregar por conta da falta de
segurança jurídica. “Saiam da posição de que está
tudo bem, e venham nos ajudar a construir algo
diferente”, pediu.
Já o deputado Patrus Ananias (PT-MG) afirmou que
todos têm posições políticas na discussão, uns
defendendo os interesses “do grande capital”;
outros, das “classes trabalhadoras”. Ele salientou
que a maior parte das ações trabalhistas são
causadas pelo não pagamento de direitos trabalhistas
pelos empregadores. “Ainda estamos no Brasil
tentando civilizar o capitalismo; ainda vivemos um
capitalismo selvagem, por isso é grande o número de
ações trabalhistas”, apontou, acrescentando ainda
que ainda existe trabalho análogo ao escravo no
País.
Segurança jurídica
O relator da proposta de reforma trabalhista, deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), destacou a necessidade de
se dar segurança jurídica às relações trabalhistas.
Marinho concorda com debatedores que a reforma não
vai por si só gerar emprego, mas terá de ser
acompanhada pela austeridade fiscal, investimento,
produtividade, educação, entre outros fatores. Além
disso, o relator afirmou que a situação do Brasil
não pode ser comparada a de outros países que
promoveram reformas trabalhistas, já que tem
particularidades.
Fonte: Agência Câmara
17/03/2017 -
Presidente do Senado diz que reforma da Previdência
fará o Brasil crescer
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
disse nesta quinta-feira (16) que o papel do
Congresso Nacional é aprovar as reformas da
Previdência e trabalhista propostas pelo governo
para ajudar o Brasil a crescer. A declaração foi
dada depois da primeira reunião da bancada do PMDB
no Senado com o presidente Michel Temer, realizada
ontem à noite, em Brasília.
Eunício informou que Temer conversou sobre as
reformas com os parlamentares, chamando a atenção
para a necessidade de manter a reação da economia e
retomar a geração de empregos. “Foi neste sentido
que conversamos um pouco sobre as reformas, sobre o
papel que temos no Congresso Nacional de ajudar o
Brasil a incluir esses 13 milhões de brasileiros que
estão fora do mercado de trabalho.”
Jantar com parlamentares
Eunício relatou que a conversa ocorreu em um jantar de
confraternização em que Temer expressou seu desejo
de se aproximar da bancada e do Parlamento. O líder
do partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
tem se manifestado de forma contrária ao
encaminhamento dado pelo governo à tramitação das
reformas da Previdência e trabalhista, também
participou da reunião.
Seguindo o mesmo tom da presidência da Câmara,
Eunício defendeu as reformas e reforçou seu
compromisso no esforço de aprovação das propostas no
Senado. Ele disse que interessa a Temer que a
reforma da Previdência tramite com velocidade ao
chegar ao Senado. "E nós, aqui no Senado, temos um
compromisso de fazer as reformas de que o Brasil
precisa. Não será uma reforma para tirar direitos de
trabalhadores”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
17/03/2017 -
Paulo Paim pede que Temer retire proposta de Reforma
da Previdência
Em pronunciamento nesta quinta-feira (16), o senador
Paulo Paim (PT-RS) alertou que a reforma da
Previdência é “cruel” e “inviável”, avaliando que o
texto não tem chance de ser aprovado. Segundo o
senador, a reforma trará prejuízo a todos, inclusive
para a Previdência Social, pois reduzirá o estímulo
ao recolhimento de contribuições. Ele considera
indispensável uma CPI capaz de revelar a sonegação
no sistema e mostrar quem são os grandes devedores
da seguridade social.
Paim chamou atenção para as manifestações contra as
mudanças na Previdência, argumentando que o povo
enxerga a “realidade nua e crua”. Ele apelou ao
presidente Michel Temer para que admita seu erro e
retire a atual proposta de reforma.
— Retire essa proposta. Retire e chame para uma
grande conciliação. Vamos sentar, vamos discutir o
que é possível ajustar ou não, mas com essa reforma
não dá. Lhe venderam um peixe podre — frisou.
Fonte: Agência Senado
17/03/2017 -
Lídice da Mata prevê que pressão popular vai barrar
reforma da Previdência
A Reforma da Previdência não passará, segundo a
avaliação da senadora Lídice da Mata (PSB-BA). Ela
considera a reforma cruel, destruidora e danosa
especialmente para as mulheres.
Por isso, Lídice prevê que a força do povo nas ruas
impedirá que o Congresso aprove essa proposta. Para
a senadora, os parlamentares terão que enfrentar os
eleitores em 2018, quando serão cobrados por seus
votos em relação à reforma.
Lídice da Mata também saudou a suspensão, por ordem
judicial, da campanha publicitária do governo
federal em defesa da Reforma da Previdência. Ela
sublinhou que o governo gasta dinheiro público para
promover uma campanha mentirosa em torno de assunto
que ainda não é lei.
— Se o Sr. presidente Temer estivesse fazendo isso
com o dinheiro do PMDB, do PSDB, do DEM ou de outros
partidos que o apoiam, poderia ter sentido ou
legitimidade, mas não com recursos públicos.
Fonte: Agência Senado
17/03/2017 -
Paulo Paim celebra manifestações contra reformas
previdenciária e trabalhista
Em pronunciamento, Paulo Paim (PT-RS) comemorou as
manifestações que aconteceram nesta quarta-feira
(15), em todo o país, contra as reformas da
previdência e trabalhista.
Paim salientou que a reação a essas duas propostas
do presidente Michel Temer unificaram a sociedade no
protesto que reuniu, segundo ele, milhões de
pessoas.
O senador também informou já ter 45 assinaturas de
apoio à abertura de uma comissão parlamentar de
inquérito para investigar os números da Previdência
Social. Paim disse que pretende apresentar o pedido
para o funcionamento desta CPI até o próximo dia 21.
— Acho que chegaremos a 50 [assinaturas], dos mais
variados partidos. Não é contra esse ou aquele
governo. É investigar as contas da Previdência com a
profundidade devida.
Paim também celebrou a decisão da juíza federal
Marciane Bonzanini, da 1ª Vara Federal de Porto
Alegre, de suspender a campanha publicitária do
governo federal que defende a Reforma da
Previdência.
Fonte: Agência Senado
17/03/2017 -
Gleisi Hoffmann diz que 'governo de plantão' não
pode retirar direitos sociais
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse ter sido
surpreendida com a quantidade de participantes das
manifestações realizadas na quarta-feira (15) contra
a reforma da Previdência proposta pelo governo.
As manifestações mostraram, na avaliação da
senadora, que "o povo tem consciência plena” dos
direitos que serão retirados dos cidadãos, e que não
concorda com o desmonte do Estado do bem-estar
social pelo governo.
- A sociedade não vai apoiar. A sociedade vai para a
rua, vai continuar indo para a rua para defender os
seus direitos, inclusive para não deixar que um
governo de plantão mexa nos programas sociais
bem-sucedidos que nós tivemos nos últimos tempos -
afirmou.
Gleisi Hoffmann disse que os senadores não podem
concordar com uma proposta que prejudica
expressivamente as trabalhadoras rurais e dá fim à
aposentadoria especial para os professores. Ela
também manifestou apoio à greve do magistério por
tempo indeterminado, e chamou os parlamentares à
resistência.
Fonte: Agência Senado
17/03/2017 -
Ministra Assusete suspende ações sobre extensão de
adicional para aposentados
A ministra do Superior Tribunal de Justiça Assusete
Magalhães deferiu liminar para suspender todos os
processos em tramitação nos juizados especiais
federais que tratem da possibilidade de concessão do
adicional de 25%, previsto no artigo 45 da Lei
8.213/91, a outros benefícios, além da aposentadoria
por invalidez. O adicional é dado ao segurado que
necessita da assistência permanente de outra pessoa.
Ministra Assusete Magalhães abriu prazo de 30 dias
para manifestação dos interessados no caso.
Divulgação
A decisão foi proferida pela ministra ao admitir o
Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei
apresentado pelo Instituto Nacional do Seguro Social
contra acórdão da Turma Nacional de Uniformização
dos Juizados Especiais Federais.
O INSS alega que o acórdão da TNU segue linha
contrária à jurisprudência dominante do STJ, ao
considerar possível a extensão do adicional às
aposentadorias por idade e por tempo de
contribuição, mesmo havendo diversos precedentes da
corte que limitam a concessão do adicional aos
aposentados por invalidez. Segundo o INSS, o impacto
dessas concessões para benefícios concedidos entre
2015 e 2017 pode passar de R$ 456 milhões.
A ministra admitiu o processamento do pedido e,
considerando presentes “a plausibilidade do direito
invocado, bem como o receio de dano de difícil
reparação”, concedeu a liminar para suspender os
processos nos juizados especiais federais de todo o
país.
Assusete Magalhães abriu prazo de 30 dias para
manifestação dos interessados e determinou que o
presidente da TNU, bem como os presidentes das
turmas recursais federais sejam informados sobre o
incidente, solicitando-lhes informações na forma do
artigo 14, parágrafo 7º, da Lei 10.259/01 e do
artigo 2º, inciso II, da Resolução 10/07 do STJ.
Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
Fonte: Consultor Jurídico
17/03/2017 -
Deputado pede saída de relator da reforma por dívida
com Previdência; Maia nega irregularidade
O deputado Robinson Almeida, do PT, entrou com uma
representação na Corregedoria da Câmara pedindo que
o deputado Arthur Maia, do PPS, deixe a relatoria da
Reforma da Previdência.
Alega que uma das empresas de Maia, um posto de
gasolina no interior da Bahia, deve R$ 150 mil à
Previdência Social.
Arthur Maia se defende e diz que as contas da
empresa estão todas em dia.
Nesta sexta-feira termina o prazo para emendas da
Reforma da Previdência. Até agora, 146 emendas foram
apresentadas. A previsão do relator é apresentar o
relatório na segunda semana de abril. O assunto é
prioridade para o governo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já avisou que
vai respeitar o calendário e cumprir os prazos. O
presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que
também pretende dar celeridade à proposta.
Fonte: Portal EBC
17/03/2017 -
STF reafirma prazo de 5 anos para empregado cobrar
parcelas do FGTS não pagas
O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou nesta
quinta-feira (16) que o trabalhador tem cinco anos
para cobrar na Justiça os valores não depositados no
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Antes
da decisão, o prazo para entrar com ação era 30
anos. A Corte reiterou entendimento firmado em 2014
durante o julgamento de um caso semelhante.
Os ministros entenderam que o prazo para o
trabalhador reclamar as parcelas não recebidas deve
ser igual ao dos demais direitos trabalhistas, que é
cinco anos. No entanto, a decisão só poderá ser
aplicada em novos casos sobre o assunto.
O plenário acompanhou voto do relator, ministro
Gilmar Mendes, proferido em 2014. Segundo o
ministro, a Lei 8.036/1990, que regulamentou o FGTS
e garantiu o prazo prescricional de 30 anos é
inconstitucional por violar o Artigo 7º da
Constituição Federal. De acordo com o texto, os
créditos resultantes das relações de trabalho têm
prazo prescricional de cinco anos.
Fonte: Agência Brasil
16/03/2017 -
Manifestações por todo Brasil contra as reformas de
Temer foram vitoriosas!
O dia 15 de março entrará para história do movimento
sindical, como a data da luta “Por Nenhum Direito a
Menos!”, contra o desmonte da Previdência Social e
retirada de direitos com a reforma Trabalhista. Nas
principais capitais, sindicalistas ligados à Nova
Central, empunharem suas bandeiras, estenderam
faixas, participaram de passeatas, manifestações de
ruas e paralizações nos locais de trabalho.
A unidade da classe trabalhadora de Norte a Sul do
País obteve a primeira vitória de muitas que estão
por vir. Uma ação foi deferida pela juíza Marciane
Bonzanini, da 1ª Vara da Justiça Federal de Porto
Alegre e determinou a imediata suspensão da
veiculação em qualquer mídia de propagandas do
Governo Federal sobre a reforma previdenciária.
Marciane entendeu que o governo Temer (PMDB) não
pode utilizar recursos públicos para financiar as
peças publicitárias, que fazem uma espécie de
terrorismo com a população, caso a reforma não venha
a ser aprovada no Congresso Nacional.
"A campanha publicitária desenvolvida, utilizando
recursos públicos, faz com que o próprio princípio
democrático reste abalado, pois traz consigo a
mensagem à população de que a proposta de reforma da
previdência não pode ser rejeitada e de que nenhuma
modificação ou aperfeiçoamento possa ser feito no
âmbito do Poder Legislativo, cabendo apenas o
chancelamento das medidas apresentadas", diz a
juíza.
Na sentença, deixou claro que o debate político
dessas ideias deve ser feito no Poder Legislativo,
cabendo às partes sustentarem suas posições e
construírem as soluções adequadas do ponto de vista
constitucional e democrático. "O que parece destoar
das regras democráticas é que uma das partes
envolvidas no debate político busque reforçar suas
posições e enfraquecer argumentos diferentes
mediante campanha publicitária utilizando recursos
públicos", afirmou.
Ela determinou ainda que o governo faça uma
contrapropaganda: “A campanha do Governo Federal
sobre a Reforma da Previdência violou o caráter
educativo, informativo e de orientação social, que,
nos termos do artigo 37, §1º, da Constituição da
República, deve pautar a publicidade oficial dos
órgãos públicos, uma vez que difundiu mensagens com
dados que não representam de forma fidedigna a real
situação financeira do sistema de Seguridade Social
brasileiro e que podem induzir à formação de juízos
equivocados sobre a eventual necessidade de
alterações nas normas constitucionais
previdenciárias”.
Fonte: NCST
16/03/2017 -
Organizadores de ato em SP estimam 200 mil pessoas
na Paulista contra a reforma da Previdência
Cerca de 200 mil pessoas, segundo os organizadores,
se reuniram na Avenida Paulista em São Paulo para
protestar nessa quarta-feira contra a reforma da
Previdência e a reforma trabalhista. O ato, chamado
pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, reuniu
principalmente trabalhadores que aderiram ao chamado
de greve geral.
Professores, estudantes e integrantes dos movimentos
de moradia também marcaram presença. Em seu
discurso, o líder do MTST, Movimento dos
Trabalhadores Sem-teto, Guilherme Boulos, prometeu
ir até a base dos parlamentares que estão a favor da
reforma da Previdência.
A manifestação terminou pouco antes das oito da
noite com a fala do ex-presidente Lula, que afirmou
que a população só vai sair das ruas quando forem
chamadas eleições diretas para a Presidência da
República.
Fonte: Portal EBC
16/03/2017 -
Maia prorroga até sexta-feira prazo para
apresentação de emendas à reforma da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou em
Plenário que acolheu um pedido do PSB e decidiu
prorrogar até a próxima sexta-feira (17), às 18h30,
o prazo para a apresentação de emendas ao texto da
reforma da Previdência (PEC 287/16).
Até ontem (prazo anterior), foram apresentadas 146
emendas; destas, 44 não começaram a tramitar por
haver divergência nas assinaturas. A maior parte das
emendas está relacionada a pontos específicos como
benefícios assistenciais, professores, trabalhadores
rurais, policiais, servidores públicos e mulheres.
Novas regras
A PEC altera regras em relação à idade mínima e ao
tempo de contribuição para se aposentar. Além disso,
modifica a forma de cálculo dos benefícios, entre
outros pontos.
De acordo com a proposta, a nova regra geral para a
aposentadoria passará a exigir idade mínima de 65
anos e 25 anos de contribuição, sendo aplicada a
homens e mulheres que, na data de promulgação da
nova emenda à Constituição, tiverem,
respectivamente, menos de 50 anos e menos 45 anos.
Fonte: Agência Câmara
16/03/2017 -
Debatedores defendem compatibilidade de visão fiscal
com proteção social e mercado de trabalho
A comissão especial que analisa a reforma da
Previdência (PEC 287/16) realizou nesta terça-feira
(14) um seminário internacional para discutir
modelos previdenciários de outros países. Durante o
evento, os convidados alertaram para a necessidade
de diálogo com a sociedade e de não restringir as
mudanças apenas à questão da sustentabilidade fiscal
do sistema.
Para o ex-ministro da Fazenda do Chile, Alberto
Arenas, que participou de uma reforma no seu país, é
preciso compatibilizar três pontos:
sustentabilidade, plano de benefícios e
contribuição. Além disso, estes pontos devem levar
em conta o mercado de trabalho local.
“Um bom desenho do sistema de pensões requer uma
leitura bastante acurada do mercado de trabalho. O
sistema de pensões é um espelho do mercado de
trabalho”, afirmou Arenas aos deputados.
Negociação
O professor da Faculdade de Direito da Universidade de
Toronto (Canadá), Ari Kaplan, especialista em
previdência, afirmou que as reformas no Canadá foram
baseadas em “compromisso e negociação”, fundamentais
para garantir a aprovação de mudanças.
Ele afirmou ainda que as reformas devem garantir a
renda das pessoas na velhice. “Quanto menos dinheiro
as pessoas têm, quando elas estão mais velhas, será
maior o custo para tomarem conta da saúde deles”,
disse.
Tanto Kaplan como outros debatedores afirmaram que a
transição demográfica enfrentada pelo Brasil, com
crescimento da população idosa e redução de
nascimentos, é um fenômeno mundial e tem forçado
mudanças em sistemas previdenciários por todo o
mundo.
Aposentadoria gradual
O professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
Arthur Weintraub, defendeu, durante o seminário, a
adoção de um novo modelo previdenciário, chamado de
“aposentadoria fásica”, em que os benefícios são
pagos gradualmente, à medida em que a pessoa
envelhece. O modelo seria adotado principalmente
para trabalhadores braçais, como os da construção
civil, e pessoas carentes.
A pessoa receberia um benefício pré-aposentadoria,
fracionado à medida em que passa dos 55 anos e perde
força física. “Ninguém envelhece de uma vez. Ninguém
acorda velho”, afirmou. Segundo Weintraub, esse é o
modelo mais moderno hoje no mundo, mas desconhecido
no Brasil.
Ele também afirmou que a adoção da idade mínima é
importante, mas não resolverá todos os problemas da
Previdência Social. “Não é uma panaceia.”
Fonte: Agência Câmara
16/03/2017 -
Empresários e trabalhadores não chegam a consenso
sobre reforma trabalhista
Para empregadores, mudanças podem gerar empregos
e competitividade; sindicalistas avaliam que haverá
perda de direitos e precarização
Empresários ouvidos nesta terça-feira (14) em debate
na Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) foram favoráveis às mudanças propostas pelo
governo, sob o argumento de que podem gerar
empregos, aumentar a competitividade e a
produtividade no País.
Já representantes de sindicatos de trabalhadores
reclamaram da perda de direitos e da precarização
das relações de trabalho.
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), Roberto
Von Der Osten, considera a reforma desnecessária e
inoportuna. “Procurem soluções para crise com
fórmulas já testadas lá fora”, sugeriu. Ele disse
ainda que a reforma trabalhista é demanda do
empresariado e não dos trabalhadores. “Há décadas, o
empresariado defende o fim da CLT”, destacou.
Presidente da Fecomércio de Santa Catarina, Bruno
Breithaupt argumentou, entretanto, que mesmo com os
interesses da classe empresarial em jogo o debate
não é ideológico. Ele defendeu o diálogo com a
sociedade e atribuiu aos custos elevados da carteira
de trabalho o motivo pela baixa competitividade do
comércio no Brasil.
Para Breithapt, o grande ganho da reforma
trabalhista é a prevalência do negociado sobre o
legislado. “Vai fortalecer os sindicatos”, disse
ele, que também defendeu a terceirização como forma
de combater o desemprego.
Acordos coletivo
Mas, segundo Roberto Von Der Osten, a prevalência do
negociado sobre o legislado é um risco para os
trabalhadores. “Até porque o empregador pode
influenciar na eleição dos representantes dos
trabalhadores nessa negociação”, afirmou.
Vice-Presidente de Secretaria da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente
da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa
Catarina, José Zeferino Pedroso, defendeu
valorização dos acordos coletivos. “Não é tarefa
fácil, mas tem se mostrado eficaz”, afirmou.
Para o presidente da Fiesc e membro do Conselho
Industrial da CNI, Glauco José Corte, a valorização
da negociação coletiva é um dos principais pontos da
reforma trabalhista. “Facilitará a gestão das
empresas e a vida dos trabalhadores”, avaliou,
citando o exemplo da flexibilização da jornada de
trabalho como resultado desses acordos.
Proteção utópica
Glauco José Corte também elogiou a adequação da
legislação à realidade, o que, segundo ele, levará à
redução de litígios. “A proteção ao trabalhador não
pode ser utópica, principalmente no Brasil onde há
um enorme contingente de trabalhadores na
informalidade”, afirmou.
A desembargadora Magda Barros Biavaschi, pós-doutora
em Economia do Trabalho e pesquisadora da UNICAMP,
por sua vez, argumentou que não está na redução de
direitos o caminho para conquistar competitividade e
aumentar a oferta de postos de trabalho. Ela
criticou, por exemplo, a tentativa de trazer a
terceirização “ampla e irrestrita” para a reforma
trabalhista por meio de emendas.
Biavaschi avaliou que a reforma trabalhista vai
precarizar o mercado de trabalho. “Reduz ainda mais
os salários com danos à economia brasileira”,
afirmou, lembrando que os terceirizados chegam a
receber metade que um trabalhador não terceirizado
na mesma função. O caminho para gerar empregos, de
acordo com a desembargadora, é a dinamização da
economia. Ela citou o exemplo do Chile, como país
que adotou medidas semelhantes e teve queda do poder
de compra e enfraquecimento dos sindicatos, sem
aumento de emprego.
Retrocesso
Francisco Saraiva Costa, representante da Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Comercio e Serviços (Contracs),
classificou a reforma trabalhista de “pegadinha”,
porque promete modernizar a legislação e gerar
emprego, mas terá o efeito oposto.
“Essa reforma é uma falácia, um retrocesso, não
agrega nada para os trabalhadores”, lamentou. Para
Costa, o objetivo é “baratear” custos trabalhistas
para aumentar lucros dos empresários, sem benefícios
para os trabalhadores.
Judicialização
Para o diretor-técnico do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Clemente Ganz Lúcio, a lei deve prever a
complementariedade entre negociado e legislado. “Não
é um contra o outro”, defendeu.
Ele apontou como principal problema da reforma
trabalhista o aumento da judicialização. “O efeito
do projeto será o oposto a que se propõe. Qualquer
mudança na regra que amplie o conflito nas relações
de trabalho e a judicialização será um desserviço
para o País”, afirmou.
Apesar de reconhecer que o sistema de relações de
trabalho precisa ser aprimorado, pois exclui metade
das pessoas, as que estão na informalidade, ele
avaliou que a reforma pode ser melhorada.
Fonte: Agência Câmara
16/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência recebe mais de
140 emendas ao texto
Com o fim do prazo para a apresentação de emendas, a
comissão especial que analisa a reforma da
Previdência recebeu 146 sugestões ao texto
encaminhado pelo governo. As propostas visam alterar
pontos específicos ou até mesmo suprimir ou
modificar a totalidade da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que trata do tema.
O prazo foi encerrado após o final da sessão do
plenário da Câmara na noite desta terça-feira (14).
Entretanto, já há vários requerimentos de deputados
pedindo a prorrogação do prazo. Isso porque, para
apresentar uma emenda, são necessárias 171
assinaturas. Os parlamentares argumentam que não
houve tempo hábil para conseguir o apoio dos
colegas.
Caso não haja prorrogação, caberá ao relator da
proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA),
analisar cada uma das emendas e decidir se elas
serão incorporadas ao texto. Maia disse que para
facilitar o trabalho irá dividir as sugestões por
temas. “E, a partir daí, começar a estabelecer uma
conversa com a possibilidade de melhorar o texto”,
disse.
O texto da reforma da Previdência fixa, entre outras
regras, a idade mínima de 65 anos para a
aposentadoria de homens e mulheres, com contribuição
mínima de 25 anos. A maior parte das emendas tenta
assegurar direitos previstos na legislação atual e
que o texto encaminhado pelo governo pretende mudar.
Dentre os pontos que mais receberam emendas estão a
idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se
aposentarem, o fim das aposentadorias especiais,
como a de professores e pessoas com deficiência, as
regras para a concessão do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), a questão do não acúmulo de
aposentadorias e as alterações para a concessão da
aposentadoria rural.
De acordo com Maia, “o governo acredita muito na
proposta que mandou". No entanto, como relator, ele
avalia que a aprovação na comissão será mais
simples, uma vez que caberá ao plenário a palavra
final sobre o texto, em duas votações. “Estamos
nessa fase de fazer uma análise das emendas que
estão aí. Mas vamos trabalhar com o pensamento médio
do plenário da Câmara. É muito mais simples aprovar
esse texto na comissão do que aprovar no âmbito do
plenário. É lá que as coisas vão se decidir”,
afirmou.
Fonte: Agência Brasil
16/03/2017 -
Maia defende equilíbrio na idade mínima de
aposentadoria entre homens e mulheres
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu nesta
terça-feira (14) a mesma idade mínima de
aposentadoria para homens e mulheres. Maia afirmou
que as mulheres lutam por um equilíbrio na relação
de gênero em todos os temas da sociedade. Ele
participou de uma reunião com líderes da base na
residência oficial. “As mulheres têm um pleito
histórico no equilíbrio na relação de gênero em
todos os temas da sociedade, e também na idade
mínima. Acho que quando você quer caminhar para esse
equilíbrio, como uma maior participação no mercado
de trabalho, e na política, acho que tem que ser um
equilíbrio para tudo”, disse o presidente.
Segundo ele, na medida que as mulheres caminham para
uma participação mais efetiva na sociedade, é
natural que se caminhe também para o equilíbrio na
idade mínima de aposentadoria. “Há um pleito de não
ser tratada como apêndice dos homens, elas querem
uma participação mais efetiva no mercado de
trabalho, na sociedade, na política e quando o
governo caminha para uma reforma, é obvio que se
caminha para esse equilíbrio”, reforçou.
Votação em abril
Rodrigo Maia informou que pretende colocar em votação
a proposta da reforma da Previdência em abril, e
voltou a defender a aprovação do texto da forma como
foi encaminhado pelo governo. “Ela (a proposta) é
boa, atende aos objetivos do governo, não tira
salário e aposentadoria de ninguém hoje, como
Portugal e a Grécia fizeram”, ponderou.
Segundo Maia, a reunião serviu para avaliar os
trabalhos da comissão especial e esclarecer as
dúvidas dos parlamentares com relação a pontos
considerados mais polêmicos da proposta.
“Queremos saber onde estão as dúvidas para mostrar
que cada um dos pontos tem a sua importância e tem o
seu objetivo para que, no curto prazo, possamos
reduzir o déficit da Previdência. (A reforma) vai
beneficiar muito a vida dos brasileiros”, disse
Rodrigo Maia.
Aposentadoria rural e BPC
Sobre aposentadoria rural, Maia voltou a defender a
proposta do Executivo que exige a contribuição de 5%
do trabalhador rural. Segundo ele, o objetivo do
governo é garantir o registro de quem trabalha no
campo. “Os 5% estão muito longe de resolver o
déficit, o que se quer é a individualização da
aposentadoria rural”, afirmou o presidente.
Outro ponto discutido na reunião foi a mudança nas
regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC)
destinado a idosos e pessoas com deficientes
carentes. A reforma aumenta a idade de acesso ao BPC
de 65 para 70 anos e desvincula o seu valor do
salário mínimo. Segundo Maia, é importante separar o
regime de Previdência do regime de assistência.
“Quando mistura (os regimes), o que acontece? Para
que a pessoa vai pagar, se ele resolve a situação
dele na assistência? O que precisa é separar o
sistema, e para separar precisa fazer a
desvinculação do BPC. Claro que gera ruídos, mas
quem vai fazer a regulamentação no novo BPC é o
próprio Congresso e teremos condições de criar um
sistema de proteção às pessoas que mais precisam em
outros moldes”, explicou Rodrigo Maia.
Por fim, Rodrigo Maia destacou ainda que um dos
pontos mais importante da reforma é a garantia do
pagamento de um salário mínimo como piso. “Isso
garante a aposentadoria por mais de 60% dos
brasileiros”, disse.
Fonte: Agência Câmara
16/03/2017 -
Justiça suspende divulgação de propaganda a favor da
reforma da Previdência
A Justiça Federal do Rio Grande do Sul determinou
nessa quarta-feira, por liminar, a suspensão de
todas as peças publicitárias do governo federal a
favor da reforma da previdência. Tanto as da TV e
Rádio, como em outros meios, como jornais, internet
e outdoors.
A Juíza Marciane Bonzanini fixou uma multa diária de
100 mil reais em caso de descumprimento da ordem
judicial. A União tem um prazo de 72 horas para se
manifestar sobre a decisão.
Na liminar, a magistrada sustenta que há desvio de
finalidade na propaganda ao se usar recursos
públicos para defender a visão do partido político
que ocupa o poder no Executivo Nacional.
A decisão diz que as peças publicitárias não possuem
o caráter informativo ou educativo, nem divulga atos
ou programas do poder público, como determina a lei.
E que o intuito seria, segundo o documento, o de
fortalecer os argumentos de quem é a favor da
reforma e enfraquecer os argumentos contrários ao
texto.
A ação foi proposta por sindicatos do Rio Grande do
Sul, mas ainda cabe recurso. A AGU, Advocacia-Geral
da União, informou que não havia sido notificada da
decisão, mas que recorrerá.
Fonte: Portal EBC
14/03/2017 -
Paim diz que criação da CPI da Previdência tem amplo
apoio no Senado
O senador Paulo Paim (PT-RS) informou que até o dia
21 de março apresentará o pedido para a criação da
comissão parlamentar de inquérito (CPI) que
investigará as contas da Previdência Social dos
últimos 20 anos.
Ele informou nesta segunda-feira (13) já ter
conseguido o apoio de 42 senadores, mas tem a
expectativa de chegar a quase 50 assinaturas. Para a
abertura de uma CPI do Senado é necessário que pelo
menos 27 parlamentares concordem com a iniciativa.
A CPI vai, de acordo com Paim, fazer uma radiografia
dos números da Previdência, além de mostrar quais os
principais devedores. O senador do PT afirmou também
que é grande a expectativa da sociedade para com
essa investigação.
— Paim, nessa estou contigo. Nós não queremos também
que acabe com a Previdência do povo brasileiro. É
uma proposta, esta CPI da Previdência e defender a
Previdência que unifica a todos. Não é ideológico.
Não é partidário. É de interesse do nosso povo —
afirmou Paim em Plenário.
Fonte: Agência Senado
14/03/2017 -
Comissão da reforma da Previdência debate
fortalecimento da arrecadação
A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC
287/16) tem audiência pública na quinta-feira (16)
para debater:
- o fortalecimento da arrecadação para a seguridade
social;
- a imunidade das entidades beneficentes de
assistência social;
- as desonerações da folha de salário;
- o simples nacional e microempreendedor individual (MEI);
e
- a cobrança da dívida ativa.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16
altera regras em relação à idade mínima e ao tempo
de contribuição para se aposentar, à acumulação de
aposentadorias e pensões, à forma de cálculo dos
benefícios, entre outros pontos.
Os convidados para a audiência ainda serão
definidos.
A reunião ocorrerá no plenário 2, a partir das 9h30.
Fonte: Agência Câmara
14/03/2017 -
Comissão da reforma trabalhista tem audiência
pública na quinta-feira
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) promove audiência pública na quinta-feira
(16). Os convidados para o evento foram propostos
pelos deputados Assis Melo (PCdoB-RS), Benedita da
Silva (PT-RJ), Rogério Marinho (PSDB-RN), Patrus
Ananias (PT-MG), Wadih Damous (PT-RJ), Sergio
Vidigal (PDT-ES) e Efraim Filho (DEM-PB).
Foram convidados:
- a ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde
Alves Miranda Arantes;
- o presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Germano Silveira
de Siqueira;
- a juíza do Trabalho do Tribunal Regional do
Trabalho/ 5ª Região Thais Mendonça Aleluia da Costa;
- o presidente da Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho (ANPT), Angelo Fabiano;
- o professor da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade da Universidade de São Paulo Hélio
Zylberstajn;
- o diretor de Relações Institucionais da Associação
Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), Nilton
Correia; e
- o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura
Familiar do Brasil (Contraf), Marcos Rochinski.
O Projeto de Lei 6787/16, do Executivo, estabelece a
prevalência de acordos e convenções coletivos entre
patrões e empregados sobre a legislação
(Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
Decreto-Lei 5.452/43). A proposta faz parte das
mudanças trabalhistas anunciadas pelo governo de
Michel Temer em 22 de dezembro.
A audiência ocorrerá no plenário 1, a partir das 9
horas.
Fonte: Agência Câmara
14/03/2017 -
Comissão especial discute teletrabalho e justiça
trabalhista
A comissão especial que analisa a proposta de
reforma trabalhista (PL 6787/16) promove mais três
audiências públicas nesta semana. Nesta terça-feira
(14), serão ouvidos Clemente Ganz Lúcio,
diretor-técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese); e
Magda Barros Biavaschi, desembargadora e
pesquisadora da Unicamp.
Também participam do debate Bruno Breithaup,
presidente da Fecderação do Comércio de Santa
Catarina; e representantes das confederações
nacionais da Agricultura, José Zeferino Pedroso; da
Indústria, Glauco José Corte, dos trabalhadores no
ramo financeiro, Roberto Antonio Von Der Osten; e
dos trabalhadores em comércio e serviços, Alci Matos
Araujo.
Teletrabalho
Na quarta-feira (15), a comissão discute o sistema de
teletrabalho. Foram convidados o presidente da
Sociedade Brasileira de Teletrabalho e
Teleatividades, Wolnei Tadeu Ferreira; e o
presidente da Federação Nacional das Empresas de
Informática, Edgar Serrano, além de juízes e
pesquisadores da área.
Para o relator da reforma trabalhista, deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), o teletrabalho é um dos
exemplos da necessidade de modernização da
legislação trabalhista, que já tem mais de 70 anos.
"Naquela época o Brasil era agrário com a
perspectiva de se industrializar. Hoje, nós já
estamos transcendendo a questão dos serviços e indo
para uma quarta onda do emprego, que é o trabalho
intelectual, o trabalho remoto, o trabalho em casa,
o Uber, que é uma discussão do nosso tempo. O
espírito do nosso tempo nos impõe a necessidade de
adaptarmos nossa legislação”, afirmou.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) destacou a
necessidade de a comissão ouvir o maior número de
juízes, advogados e especialistas em direito do
trabalho.
"Nós estamos debatendo algo que, se for aprovado,
mexe substancialmente como um terremoto nos
fundamentos da legislação trabalhista. Esyta Casa
não é só de deliberação, mas também de debate, acho
que um projeto como esse não deve ser levado a toque
de caixa. Acho que ou se rejeita {o projeto] ou pode
sair algo aceitável daqui”, avaliou.
Justiça trabalhista
Na quinta-feira (16), haverá novo debate, com a
participação da ministra do Tribunal Superior do
Trabalho, Delaíde Arantes; o presidente da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho, Germano Silveira de Siqueira; o presidente
da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho,
Angelo Fabiano; o diretor de Relações Institucionais
da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas,
Nilton Correia; além de juízes, especialistas e do
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura
Familiar do Brasil.
Fonte: Agência Câmara
14/03/2017 -
Comissão debate experiências de outros países na
área previdenciária
A comissão especial que analisa a Reforma da
Previdência (PEC 287/16) promove, nesta terça-feira
(14), um seminário internacional para analisar as
experiências de outros países na Previdência Social.
O encontro foi proposto pelo relator, deputado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), e ouvirá:
- o doutor em Economia e ex-ministro da Fazenda do
Chile, Alberto Arenas de Mesa;
- o professor da Faculdade de Direito da Universidade
de Toronto Ari Kaplan;
- o doutor em Direito Previdenciário e professor na
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Arthur
Bragança de Vasconcellos Weintraub;
- a professora da Universidade Unam na Cidade do
México Berenice Ramirez;
- o presidente da Organização Ibero-americana de
Seguridad Social, Ernesto Ramón Murro Oberlin;
- o professor em Direito Previdenciário da
Universidade de Milão Giuseppe Ludovico; e
- o economista financeiro Líder no Banco Mundial,
Heinz P. Rudolph.
O seminário será realizado no auditório Nereu Ramos,
a partir das 14 horas.
Audiências
Além do seminário, a comissão fará duas audiências
nesta semana. Na quarta-feira (15), a comissão
especial vai discutir os parâmetros de projeção das
contas presentes e futuras do sistema
previdenciário. Ou seja, quais são os impactos
relacionados a itens como mercado de trabalho,
expectativa de vida e crescimento econômico. Para
este dia também está prevista uma manifestação de
centrais sindicais e movimentos sociais contra a
reforma.
Essa reunião será realizada no plenário 1 a partir
das 14 horas.
Fonte: Agência Câmara
14/03/2017 -
Saques do FGTS chegam a metade do valor a ser
retirado na primeira etapa
Os trabalhadores retiraram no primeiro dia de saques
das contas inativas do FGTS quase metade do valor
total a ser sacado para os nascidos em janeiro e
fevereiro.
Na última sexta-feira, mais de 1 milhão e 900 mil
trabalhadores e trabalhadoras sacaram 3 bilhões e
260 milhões de reais das contas inativas do FGTS.
Isso representa quase a metade dos quase R$ 7
bilhões que podem ser retirados pelos trabalhadores
nascidos em janeiro e fevereiro, que são os
primeiros a sacar os recursos de acordo com a nova
medida do governo.
Já os dados sobre os saques ocorridos no sábado
devem ser divulgados nesta terça-feira.
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, comentou que
não tem como evitar as filas nas agências devido ao
grande número de pessoas, e alerta para os
documentos que devem ser apresentados, evitando
qualquer problema no momento do saque.
Fonte: Portal EBC
14/03/2017 -
Medidas ligadas ao FGTS injetarão R$ 48 bi na
economia, estima ministério
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão divulgou nesta segunda-feira (13)
levantamento em que estima que medidas relacionadas
ao uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) injetarão R$ 48,2 bilhões na economia este
ano e terão impacto de aproximadamente 0,7 ponto
percentual sobre o Produto Interno Bruto (PIB, a
soma dos bens e riquezas produzidos em um país).
Segundo o Planejamento, o saque das contas inativas
do fundo, o aumento do limite para compra de imóvel
com uso do FGTS e a atualização de parâmetros para o
Programa Minha Casa, Minha Vida terão impacto sobre
o consumo das famílias. A exceção é o uso dos
recursos para pagamento de dívidas imobiliárias.
De acordo com levantamento da Secretaria de
Planejamento e Assuntos Econômicos do ministério, o
FGTS “se mostra sustentável tanto em termos de
liquidez no curto prazo quanto em termos de solidez
no longo prazo sob o ponto de vista da administração
de ativos e passivos”.
Fonte: Agência Brasil
14/03/2017 -
Consulta pública sobre normas para trabalhadores da
limpeza urbana termina no dia 31
Em abril, normas que preevem mais segurança aos
trabalhadores vai à audiência pública em São Paulo
Termina no próximo dia 31 a consulta pública aberta
pelo Ministério do Trabalho para receber sugestões
para a Norma Regulamentadora sobre Limpeza Urbana.
No dia 4 de abril, as sugestões vão ser debatidas em
audiência pública.
O texto para consulta pública foi produzido depois
que empregadores e trabalhadores pediram a discussão
de questões relacionadas sobre segurança e condições
de trabalho nos serviços de coleta e varrição. Um
grupo de trabalho formado por pesquisadores da
Fundacentro e auditores fiscais do Trabalho redigiu
o texto para consulta.
“Foi uma atitude inédita partir dos empregadores e
trabalhadores uma solicitação junto à CTPP para
criação da Norma para regularizar a atividade”,
afirmou a assessora da diretoria técnica da
Fundacentro e integrante do grupo de trabalho,
Tereza Ferreira.
O grupo traçou um diagnóstico dos problemas mais
comuns encontrados no ambiente de trabalho do setor,
desde a coleta até a destinação final dos resíduos.
O resultado da avaliação ajudou os técnicos a
proporem o texto sob consulta pública.
A audiência pública, no dia 4 de abril, será
realizada no auditório da Fundacentro, em São Paulo,
das 13h30 às 17h30.
Fonte: MT
14/03/2017 -
Admitido incidente de uniformização sobre contagem
especial de tempo de serviço
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og
Fernandes admitiu o processamento de um pedido de
uniformização de interpretação de lei apresentado
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a
respeito da possibilidade de conversão do tempo de
serviço especial em comum para fins de contagem
recíproca.
O INSS ingressou com o pedido após decisões da Turma
Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais (TNU) reconhecerem a possibilidade dessa
conversão.
Contagem vedada
As decisões, segundo a autarquia federal, são
contrárias ao entendimento firmado pelo STJ sobre o
assunto no julgamento do EREsp 524.267, em 2014. Na
ocasião, os ministros decidiram que a conversão do
tempo de serviço especial em comum para fins de
concessão de aposentadoria no serviço público não é
viável, tendo em vista os dispositivos do artigo 4º
da Lei 6.226/75 e do artigo 96 da Lei 8.213/91.
Ao admitir o pedido, o ministro Og Fernandes
comunicou sua decisão aos integrantes da Primeira
Seção do STJ e ao presidente da TNU e abriu prazo de
30 dias para que os interessados se manifestem sobre
o assunto. Além disso, em 15 dias, o Ministério
Público Federal deverá emitir seu parecer.
Após as manifestações, os ministros da Primeira
Seção decidirão sobre o mérito do pedido de
uniformização de interpretação de lei feito pelo
INSS.
Fonte: STJ
14/03/2017 -
Menor de idade que trabalhava em horário noturno
deverá ser indenizado em R$ 100 mil
Um operador de caixa que habitualmente prestava
serviço em horário noturno, mesmo sendo menor de
idade, deverá receber da ex-empregadora R$ 100 mil
de indenização por danos morais. A decisão, da 2ª
Turma do TRT do Paraná, considerou evidente o dano
extrapatrimonial ao adolescente, submetido a
condições nocivas de trabalho.
Admitido em abril de 2010 pela A. – Distribuição
Comércio e Indústria, empresa do grupo C., o menor
deveria encerrar o expediente às 21h50, mas era
comum que a jornada se estendesse até depois das
22h, entrando no chamado horário noturno, proibido a
menores de 18 anos.
Para os desembargadores, a conduta da empregadora
violou os artigos 7º, XXXIII, da Constituição
Federal e 404 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), além de diversos instrumentos internacionais,
dentre os quais a Convenção da Organização das
Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das crianças,
o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
e as Convenções 138 e 182 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
“A vedação do labor noturno ao trabalhador
adolescente é imperativo decorrente da doutrina da
proteção integral e da condição especial de pessoa
em desenvolvimento”, enfatizou o desembargador
Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, relator do
acórdão, observando ainda que os prejuízos à saúde
do menor são presumidos juris et de jure e,
portanto, independem de prova. Cabe recurso da
decisão.
Fonte: TRT9
13/03/2017 -
Comissão discute esta semana como a previdência é
tratada em outros países
Na semana em que termina o prazo para o recebimento
de emendas, a Comissão Especial da Reforma da
Previdência inicia os trabalhos com a realização de
um seminário internacional para debater as mudanças
na seguridade social. O seminário será nesta
terça-feira (14), a partir das 14h. Além desse
evento, a comissão fará mais duas audiências
públicas, na quarta (15) e na quinta-feira.
Segundo relator, deputado Arthur Oliveira Maia
(PPS-BA), o encontro, com a participação de
especialistas nacionais e estrangeiros, servirá para
debater e comparar como outros países tem tratado a
questão previdenciária. O evento vai ajudar a
comissão a colher “maiores informações com
especialistas da área, nacionais e estrangeiros,
para o aperfeiçoamento da matéria”, afirmou Maia.
Foram convidados para o seminário o ex-ministro da
Fazenda do Chile Alberto Arenas de Mesa, o professor
da Faculdade de Direito da Universidade de Toronto,
no Canadá, Ari Kaplan, o diretor do Centro de Ação
Regional da Organização Ibero-Americana de
Seguridade Social para o Cone Sul (OISS) Carlos
Garavelli, o economista líder no Banco Mundial,
Heinz P. Rudolph. e os professores de direito
previdenciário da Universidade de Milão, na Itália,
Giuseppe Ludovico, e da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp) Arthur Bragança de Vasconcellos
Weintraub.
Na quarta-feira, o colegiado se reúne para discutir
parâmetros de projeção do orçamento da Previdência.
O debate é sobre a definição do fluxo de
contribuintes e beneficiários, abrangendo vazamentos
de receita, expectativa de vida e duração esperada
dos benefícios, além da dinâmica do mercado de
trabalho e da influência de parâmetros econômicos.
Os debatedores ainda não foram definidos.
Na quinta-feira será a vez de debater o
fortalecimento da arrecadação para a seguridade
social. O tema inclui ações como a desoneração das
folhas de salário, a imunidade das entidades
beneficentes de assistência social e a situação do
Simples Nacional e do Micro Empreendedor Individual
na arrecadação. Os convidados também ainda não foram
definidos.
Emendas
O prazo para a apresentação de emendas ao texto da
reforma da Previdência deve terminar hoje (13) ou
amanhã (14), dependendo da realização da sessão
plenária da Câmara nesta segunda-feira. Até agora já
foram apresentadas 57 emendas que visam a modificar
à proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, da
reforma da Previdência. Para a apresentação das
emendas são necessárias pelo menos 171 assinaturas
de deputados apoiando a proposta.
A maior parte das emendas tenta assegurar direitos
previstos na legislação atual, que o texto
encaminhado pelo governo pretende mudar. Entre os
pontos que mais receberam emendas estão a idade
mínima de 65 anos para homens e mulheres se
aposentarem, aposentadorias especiais, como a de
professores e pessoas com deficiência, as regras
para a concessão do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), do não acúmulo de aposentadorias e
a alteração na idade mínima para a concessão da
aposentadoria rural.
Fonte: Agência Senado
13/03/2017 -
Paim prevê votação de projeto sobre terceirização
até julho
O senador Paulo Paim (PT-RS) defende um acordo para
votação do projeto que trata da terceirização (PLC
30/2015). Paim, que é relator do texto, afirmou à
jornalista Hérica Christian que tem conversado com o
presidente do Senado, Eunício Oliveira, para chegar
a um entendimento e votar o projeto. Na opinião do
senador, três pontos da proposta não podem ficar de
fora: a proibição da terceirização da atividade-fim;
a garantia dos mesmos direitos a todos os
trabalhadores; e a criação de um instrumento de
responsabilidade solidária entre a empresa matriz e
a empresa terceirizada, para evitar que os
trabalhadores sejam prejudicados caso a empresa
terceirizada não cumpra suas obrigações. Paim
afirmou que o projeto deve ser votado ainda neste
semestre.
Fonte: Agência Senado
13/03/2017 -
Neuriberg Dias: A lógica da reforma trabalhista
Sob o risco de, sem mexer em uma vírgula na
Constituição e na CLT, a classe trabalhadora poderá
sofrer uma das maiores retiradas de direito, com
retrocessos sociais inomináveis.
Neuriberg Dias*
Caso a proposta de reforma trabalhista enviada pelo
governo Michel Temer seja aprovada no Congresso
Nacional representará um dos maiores retrocessos
sociais em relação aos direitos conquistados pelos
trabalhadores em toda sua história.
O PL 6.787/16, que pretende fazer a reforma
trabalhista, tem como lógica facilitar a contratação
de trabalhadores e reduzir o custo do trabalho sendo
uma das principais reivindicações encabeçadas pelo
setor empresarial para melhoria do ambiente de
negócios.
O governo, ao enviar a proposta colocou
paralelamente no projeto dispositivos sobre o
representante em local de trabalho, estabelece o
negociado acima da lei, dentre outros dispositivos,
que provocam mudança profundas no meio sindical e
jurídico, desviando as atenções dos pontos
essenciais da reforma trabalhista que é flexibilizar
os direitos do contrato de trabalho.
Como alternativa em relação às formas atuais de
contratação, em especial, ao contrato de trabalho
por tempo indeterminado, que garante ao trabalhador
todos os direitos previstos na CLT, a proposta
amplia o contrato de trabalho temporário e o
parcial, inclusive podendo ser incluído pelo relator
no seu parecer o contrato de trabalho intermitente,
dentre outras formas de contrato, advindos da
economia digital ou uberizacão do trabalho.
Sobre o trabalho temporário, a proposta aumenta o
prazo de 90 para 120 dias, permitindo a prorrogação
por igual período. Prevê ainda que o trabalho
temporário vai atender acréscimo extraordinário de
serviço decorrente de sazonalidade na produção,
situação que existe em empresas de todas as
atividades da economia.
Os trabalhadores poderão ser contratados por até
oito meses sem direitos trabalhistas como:
seguro-desemprego, estabilidade para gestantes e
verbas rescisórias como o aviso prévio e os 40% de
multa do FGTS.
Se a nova regra de contratos temporários for
aprovada, os empresários não terão mais a obrigação
de registrar os trabalhadores e, assim, garantir
todos seus direitos.
Considera, ainda, o trabalho de tempo parcial, os
contratos com jornada de 30 horas semanais (e não
mais 25 horas como foi definido a partir de 2001),
sem a possibilidade de realizar horas extras; ou
então os contratos de 26 horas, mas com
possibilidades de realização de 6 horas extras
semanais.
Desse modo, será possível a substituição de um
trabalhador por tempo indeterminado por dois
trabalhadores, com direitos proporcionais, sem o
aumento de custo para o empregador. A garantia da
percepção de um salário mínimo e a modificação do
contrato de trabalho dos empregados também serão
permitidas. Atualmente, a legislação garante os
direitos mínimos para os trabalhadores.
E o contrato de trabalho intermitente é aquele em
que a prestação de serviços será descontínua,
podendo compreender períodos determinados em dia ou
hora, e alternar prestação de serviços e folgas,
independentemente do tipo de atividade do empregado
ou do empregador.
O trabalhador intermitente não poderá receber, pelo
período trabalhado, tratamento econômico e normativo
menos favorável do que aquele dispensado aos demais
empregados no exercício da mesma função, ressalvada
a proporcionalidade temporal do trabalho.
Para esse trabalhador é devido o pagamento de
salário e remuneração pelas horas efetivamente
trabalhadas, excluído o tempo de inatividade.
O fenômeno da uberizacão do trabalho advindo da
economia digital, é nada mais que a pejotização do
trabalho, fazendo com que o trabalhador
individualmente assuma todos os riscos e ônus da
relação de trabalho, e sendo remunerado apenas pelo
serviço quando realizado.
Caso seja aprovada a reforma com ampliação do
trabalho temporário, parcial e a inclusão do
intermitente ou pejotização do trabalho, as relações
de trabalho e de organização sindical, serão
profundamente afetadas, sob a lógica da redução do
custo e facilidade de contratação.
Efeitos disso, será a existência de trabalhadores
desempregados que poderão voltar ao mercado de
trabalho contratados em bases mínimas/proporcionais
de direitos. E aqueles que atualmente são empregados
formais, serão os próximos atingidos, sendo
submetidos a esses novos modelos de trabalho.
A reforma trabalhista associada à reforma da
Previdência implicará, em curto espaço de tempo, na
perpetuação de um mercado de trabalho sem legislação
protetiva, o que corresponderá a um avanço
significativo de doenças ocupacionais, reflexo de
uma exploração exagerada do trabalho.
Os trabalhadores e as entidades sindicais, em
especial, as centrais, devem ter clareza sobre estes
pontos, sob o risco de, sem mexer em uma vírgula na
Constituição e na CLT, a classe trabalhadora poderá
sofrer uma das maiores retiradas de direito, com
retrocessos sociais inomináveis.
(*) Analista político e assessor legislativo do
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap)
Fonte: Diap
13/03/2017 -
Temer diz que quer ser lembrado na história por
promover as reformas necessárias
O presidente Michel Temer disse que quer ser
lembrado na história pelo serviço que prestou ao
país promovendo as reformas necessárias. Em
entrevista à rádio CBN, ele negou se candidatar à
reeleição em 2018 mesmo que as mudanças estruturais
encaminhadas por ele sejam aprovadas e o Brasil
esteja em uma situação melhor.
De acordo com o presidente, o ex-deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba pela
Operação Lava Jato, não tem “influência nenhuma” no
governo. Ao repetir a promessa de afastar
provisoriamente os ministros que forem denunciados
por fatos relativos à operação, Temer disse que a
saída temporária será “evidentemente sem subsídios”.
“Se eu chegar ao fim do governo nessas condições
[aprovação das reformas e recuperação econômica], e
tenho quase que absoluta certeza que chegarei, a
única coisa que quero é ser reconhecido pela
história. Quero ser recordado pelo serviço que faço
ao meu país, e ser reconhecido como quem prestou um
serviço pelo país”, afirmou, negando que será
mordido pela “mosca azul” do poder, como indagou o
jornalista Jorge Bastos Moreno, na entrevista.
Reforma da Previdência
Sobre as dificuldades para aprovação da reforma da
Previdência, o presidente voltou a defender que ela
seja aprovada “tal como está” no Congresso Nacional.
Segundo ele, o governo federal encaminhou a proposta
que “acha necessário para que o Brasil não se
transforme [fique com situação semelhante] em
estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e
Minas Gerais”, que estão com "enormes dificuldades"
no orçamento previdenciário.
"O Brasil não pode, daqui a quatro, cinco anos,
transformar-se numa figura como estão os estados
brasileiros", disse.
Questionado sobre as críticas do líder do PMDB no
Senado, Renan Calheiros, segundo quem o
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha está ocupando
espaço no governo, o presidente negou.
“Absolutamente não existe [influência]. Imagine se o
Eduardo Cunha, que está distante, pode influenciar
alguma coisa aqui? Não tem influência nenhuma”,
respondeu.
Segundo ele, Renan Calheiros, que comandou o Senado
até fevereiro deste ano, tem dialogado
permanentemente com o governo. “Tenho certeza de que
ele vai continuar nos ajudando. Vai nos ajudar na
aprovação das reformas. Tenho certeza que nossa
relação vai continuar sólida”, disse.
Fonte: Agência Brasil
13/03/2017 -
Vara do trabalho determina dissolução de sindicato
que não tinha sede
Uma sentença proferida pela 1ª Vara do Trabalho de
Araraquara determinou a dissolução do Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria Metalúrgica e de
Construção de Aeronaves, Equipamentos em Gerais
Aeroespacial, Aeropeças, Montagem, Reparação de
Aeronaves e Instrumentos Aeroespaciais (Sindmetaeroespacial)
de Gavião Peixoto (SP), declarando a nulidade dos
seus atos constitutivos e a cassação do registro da
entidade junto ao Ministério do Trabalho. A ação tem
como autor o Ministério Público do Trabalho.
A decisão determina a imediata suspensão das
atividades da entidade, sendo ainda declarado "que o
sindicato apto a representar os interesses dos
empregados da Embraer situada em Gavião Peixoto é o
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de
Araraquara e Américo Brasiliense". Cabe recurso ao
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.
Atuando como mera “filial” do Sindaeropespacial do
estado de São Paulo, com sede em São José dos
Campos, a entidade de Gavião Peixoto vem há anos
recebendo a contribuição sindical dos empregados da
filial da Embraer no município, porém, não atua
efetivamente em prol dos trabalhadores, conforme
provas juntadas pelo Ministério Público.
Sequer tem sede
Em 2013, o MPT pediu ao Judiciário Trabalhista que as
contribuições deixassem de ser repassadas pela
Embraer ao sindicato, que funcionaria como
entidade-fantasma com meros fins arrecadatórios. Uma
liminar determinou que, a partir de 2014, a taxa
sindical passasse a ser depositada em uma conta em
juízo.
"É de se notar, portanto, que há influência da
direção do Sindaeropespacial no Sindmetaeroespacial,
sendo que este último, ora réu, sequer possui sede
física, fato que se mostra totalmente incompatível
com os atos que o réu sustenta ter praticado, tais
como prestação de contas, assistência jurídica aos
representados, e todos os atos que deve um sindicato
realizar, conforme previsão da própria CLT, pois a
ausência de espaço físico impede a procura do
empregado que busca assistência, bem como revela a
inexistência de qualquer tipo de arquivo, seja de
movimentação financeira, seja de publicação de
editais ou de qualquer tipo de documento necessário
à administração de uma entidade que está obrigada a
prestar contas de suas finanças e de seus atos,
tanto ao Poder Público, quando requisitado, quanto
aos seus associados e representados", afirmou o juiz
Paulo Henrique Coiado Martinez na decisão.
Na instrução do inquérito, foi constatada uma série
de ilicitudes envolvendo a entidade, dentre elas: o
sindicato não mantém sede própria; em consulta ao
Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)
foi verificado que o réu nunca possuiu empregado
próprio; não efetua a prestação de contas; não
promove assembleias regulares; não realiza
assistência judiciária e jurídica; conduz processo
eleitoral de forma a dificultar a disputa, no
interesse de manter a atual diretoria; celebra
instrumentos de negociação coletiva sem autorização
para tanto; existe como mera “filial” de outro
sindicato (inclusive já condenado a respeito da
nulidade da sua constituição); e institui e cobra
valores ilegais, ao prever o desconto “dos salários
já reajustados de todos os empregados”, a título de
contribuição assistencial/negocial.
Na sentença, o juiz substituto Paulo Henrique Coiado
Martinez destaca a “presença constante” do
Sindiaeroespacial do estado de São Paulo nos atos
feitos pelo sindicato de Gavião Peixoto, inclusive
envolvendo a figura do dirigente sindical conhecido
como “Toquinho”, “bem conhecido pelos empregados da
empresa Embraer”. Com informações da Assessoria de
Imprensa do MPT-15. Processo
0010385-59.2014.5.15.0006
Fonte: Consultor Jurídico
13/03/2017 -
Empresas com processos na Justiça têm até fim de
março para propor acordos a trabalhadores
Qualquer empresa pode optar pela conciliação,
independentemente do porte ou do número de processos
existentes
Empresas com processos na Justiça do Trabalho e que
querem propor acordos aos trabalhadores têm até o
dia 31 de março para se inscreverem na 3ª edição da
Semana Nacional de Conciliação Trabalhista, que este
ano acontece de 22 a 26 de maio com o slogan “Para
que esperar, se você pode conciliar?”
O evento visa estimular a solução de conflitos entre
patrões e empregados por meio do diálogo e da
conciliação. A prática, além de ser considerada mais
rápida, eficaz e menos onerosa na solução de
processos, também ajuda a reduzir o número de
processos que tramitam nos Tribunais e Varas do
Trabalho.
Qualquer empresa pode optar pela conciliação,
independentemente do porte ou do número de processos
existentes. Para isso, basta procurar o Tribunal
Regional do Trabalho no qual o processo tramita, os
Núcleos de Conciliação da Justiça do Trabalho ou a
vice-presidência Tribunal Superior do Trabalho pelo
e-mail: conciliacao-tst@tst.jus.br, caso o processo
tramite no TST.
Semana Nacional da Conciliação Trabalhista 2017
A Semana Nacional da Conciliação Trabalhista é um
esforço concentrado para conciliar o maior número
possível de processos em todos os tribunais do
trabalho do país. Para participar, as partes
comunicam o Tribunal onde o processo tramita a
intenção de conciliar, ou seja, a vontade de fazer
um acordo. Desse modo, é marcada uma audiência e, no
dia agendado, as próprias partes, perante o Juiz do
Trabalho ou Desembargador, acordam a solução mais
justa para ambas as partes.
Grandes litigantes
Na tentativa de incentivar propostas de acordo,
reduzir o acervo de processos de maneira
conciliatória e dar mais celeridade aos julgamentos,
a vice-presidência do Conselho Superior da Justiça
do Trabalho (CSJT) se reuniu em fevereiro com as
empresas que fazem parte da lista dos 100 maiores
litigantes do Tribunal Superior do Trabalho. A
agenda de encontros foi dividida pelos setores que
mais lideram processos na Justiça do Trabalho. Entre
eles, estatais, bancos e empresas de telefonia.
Fonte: CSJT
13/03/2017 -
Turmas deferem indenização para famílias de
empregados contaminados por amianto e sílica
A relação de causa entre a morte de dois
trabalhadores e as doenças que contraíram pela
inalação de substâncias tóxicas em trabalhos
realizados em mina e na fabricação de produtos com
amianto baseou decisões das Terceira e Quarta Turmas
do Tribunal Superior do Trabalho para majorar ou não
o valor de indenizações e pensões devidas aos
familiares.
A Terceira Turma condenou a Anglogold Ashanti
Córrego do Sítio Mineração S.A. a pagar indenizações
individuais de R$ 10 mil para a mulher e os cinco
filhos de trabalhador braçal que faleceu em razão de
câncer ósseo, insuficiência respiratória aguda
agravada pelo consumo de tabaco e pneumonia por
silicose decorrente de aspiração de sílica nas minas
subterrâneas. A condenação também abrangeu pensão
mensal de cerca de 20% do último salário recebido
por ele, a ser paga até a data em que completaria 70
anos.
O julgamento reformou decisão do Tribunal Regional
do Trabalho da 3ª Região (MG) que determinou
indenizações de R$ 5 mil, mas indeferiu a pensão.
Apesar de admitir a silicose, o TRT entendeu que a
causa mais provável da morte foi o câncer,
juntamente com a doença pulmonar causada pelo
tabagismo, e afastou a responsabilidade da
mineradora com a justificativa de que o contrato
tinha sido encerrado há mais de 20 anos.
O relator do recurso da família ao TST, ministro
Alexandre Agra Belmonte, concluiu pela culpa do
empregador, pois a silicose se manifesta ao longo
dos anos, acompanha a pessoa por toda a vida e ainda
não tem tratamento eficaz. De acordo com o ministro,
a doença foi no mínimo um dos fatores que resultaram
na morte, uma vez que o atestado de óbito a menciona
como uma das causas. Por unanimidade, prevaleceu o
voto do relator.
Segundo caso
A Quarta Turma negou provimento a agravo da mulher e
dos filhos de um técnico em mecânica que pretendiam
aumentar o valor da indenização de R$ 100 mil a ser
paga pela Saint-Gobain do Brasil Produtos
Industriais e para Construção Ltda. em função de
placas pleurais calcificadas que o trabalhador
desenvolveu por aspirar fibras de asbesto/amianto na
fabricação de telhas e caixas d’água.
Relatora do processo no TST, a desembargadora
convocada Cilene Ferreira Santos considerou que o
valor arbitrado inicialmente pelo Tribunal Regional
do Trabalho da 2ª Região (SP) foi proporcional e
razoável diante da gravidade e extensão do dano, da
capacidade econômica do ofensor e do conteúdo
pedagógico da condenação. O ministro João Oreste
Dalazen divergiu para estabelecer indenização de R$
500 mil, pois o trabalhador morreu enquanto
tramitava a ação, e a Saint-Gobain, sucessora da
Brasilit S.A., é condenada reiteradamente por igual
motivo.
A ministra Maria de Assis Calsing acompanhou o voto
da relatora, com o entendimento de que não há nos
autos prova de correlação entre a morte do técnico e
as placas pleurais calcificadas. Conforme certidão,
o óbito decorreu de infecção generalizada,
hemorragia intestinal e leucemia mielóide crônica.
A Saint-Gobain apresentou recurso de embargos, ainda
não julgado pela Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do TST.
Processo: RR-10190-46.2014.5.03.0091 e AIRR-1000038-35.2012.5.02.0473
Fonte: TST
13/03/2017 -
Projeto dispensa audiência de conciliação se uma das
partes manifestar desinteresse
Proposta em análise na Câmara (PL 5495/16) dispensa
a audiência de conciliação ou de mediação se
qualquer uma das partes manifestar, expressamente,
desinteresse na solução consensual para o conflito.
Apresentado pelo deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT),
o projeto altera o novo Código de Processo Civil
(Lei 13.105/15), que hoje estabelece que a audiência
de conciliação não será realizada se ambas as partes
manifestarem, expressamente, desinteresse na
composição consensual.
“Para que obrigar a realização de uma audiência de
conciliação em que uma das partes já se manifestou
contrariamente à sua realização?”, questiona
Bezerra. “A audiência de conciliação ou de mediação
obrigatória, mesmo se uma das partes não concordar
com a sua realização, é uma aberração que não pode
prosperar”, opina.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania,
inclusive quanto ao mérito.
Fonte: Agência Câmara
10/03/2017 -
Prevalência de acordo trabalhista sobre CLT divide
opiniões em debate na Câmara
Em audiência pública nesta quinta-feira (9), na
Comissão Especial da Reforma Trabalhista da Câmara
dos Deputados, a proposta de reforma encaminhada
pelo governo foi debatida por representantes da
Justiça do Trabalho, do setor empregador e por um
especialista. Eles apresentaram opiniões divergentes
sobre o tema.
Para o professor da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo José Pastore, a reforma trabalhista em
discussão não revoga direitos vigentes, mas sim abre
espaço para a negociação. “No Brasil, o problema é
de abrir espaço de negociação em relação a regras
rígidas estabelecidas na CLT [Consolidação das Leis
do Trabalho]. O objeto do projeto de lei é abrir
espaço para negociar adequações nas várias formas de
proteção. Não vai remover proteção, vai se adequar
as proteções a uma realidade econômica e social, sem
revogar as proteções garantidas pelas leis em vigor.
Nesse sentido, o projeto é bem inovador, no meu
entender. Amplia a liberdade e, mesmo se a parte se
arrepender, uma vez feita a negociação, pode esperar
vencer o contrato e volta para a proteção da lei.” .
Pastore afirmou ainda que o projeto de lei em
discussão estimula a produtividade, gera um ambiente
favorável para o crescimento econômico e a geração
de empregos e reduz o medo de empregar. “A
insegurança jurídica é o principal causador do medo
de empregar que hoje prevalece em grande parte do
Brasil.”
O procurador do Trabalho Cristiano Paixão Araújo
rebateu pressupostos usados na defesa da reforma
trabalhista, como o de que há excesso de ações
trabalhistas no país e o argumento de que o sistema
brasileiro de regulação do trabalho é rígido e
precisa ser flexibilizado. “O número de ações
trabalhistas é expressivo em números absolutos, mas
não é excessivo dentro do contexto da sociedade
brasileira. Vejo na justificativa do projeto de lei
que teríamos um excesso de ações trabalhistas no
Brasil e talvez fosse mais correto dizer que temos
um número expressivo de ações judiciais”, disse.
Pluralidade sindical
A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da
1ª Região Vólia Bomfim Cassar avaliou que é preciso
detalhar mais pontos do texto do projeto para evitar
diversidade de interpretações e, consequentemente,
questionamentos na Justiça do Trabalho. Ela disse
não ser favorável à proposta de que acordos entre
patrões e empregados prevaleçam sobre a legislação
trabalhista devido ao atual regime sindical. Para
Vólia, falta pluralidade sindical no país.
“Se tivéssemos a pluralidade sindical com sindicatos
que pudessem concorrer, e trabalhadores com a
liberdade sindical que pudessem aderir, ou não,
associar-se, ou não, eu concordaria, porque se ele
se associou àquele sindicato que flexibilizou
normas, não pode reclamar depoi,s porque tinha opção
de outros [sindicatos] ou de não ser filiar a
nenhum”, disse a desembargadora.
Vólia considera positiva a possibilidade de parcelar
as férias em até três períodos e considera que não é
necessário incluir o contrato de trabalho por tempo
parcial na reforma trabalhista. “Contratar um
empregado para receber por hora proporcionalmente à
jornada sempre foi possível”, justificou.
Criação de empregos
O diretor executivo de Assuntos Tributários, Relações
Trabalhistas, Ação Política e Financiamentos da
Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), Hiroyuki Sato, defendeu a
necessidade de modernizar a legislação trabalhista.
Para Sato, a rigidez da legislação vigente prejudica
a criação de empregos. “Nossa legislação
trabalhista, apesar de ter crescido na sua
regulamentação, não se modernizou de forma
necessária, acompanhando a evolução da sociedade e
da economia. A legislação é extremamente
intervencionista”, afirmou.
O Projeto de Lei 6.787/2016 altera as regras da CLT
e outros dispositivos. Também possibilita que, nas
negociações entre patrão e empregado, os acordos
coletivos tenham mais valor do que o previsto na
legislação, permitindo, entre outros pontos, o
parcelamento de férias e mudanças na jornada de
trabalho.
Fonte: Agência Brasil
10/03/2017 -
Ministro diz que proposta da reforma trabalhista tem
consenso
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou
nesta quinta-feira (9) que a proposta da reforma
trabalhista, ora em discussão na Câmara dos
Deputados, tem consenso entre trabalhadores e
empregadores. Ele se encontrou nesta quinta-feira
com o presidente do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB-CE), para tratar de projetos em tramitação na
Casa.
Nogueira reforçou que o governo está focado na
chamada “modernização da legislação trabalhista” e
ressaltou que a proposta de reforma foi elaborada
depois de ampla discussão com os setores
interessados. “Nossa proposta tem consenso entre
trabalhadores e empregadores. Então, preciso cumprir
o compromisso que firmei de ficar focado na proposta
que foi encaminhada [e está] ancorada em três eixos:
consolidar direitos, segurança jurídica e criar
oportunidades para todos.”
Segundo o ministro, no encontro com Eunício, foi
discutida a regulamentação da profissão de detetive
profissional. Nogueira negou que tenham falado sobre
terceirização, tema de outro projeto que tem
levantado discussões na Câmara e no Senado.
“A terceirização é uma pauta que está sendo
conduzida pelo Congresso. Como a terceirização é
tema de diversos projetos que tramitam no âmbito da
casa, não temos pretensão de interferir naquilo que
é de legitimidade e prerrogativa do Congresso”,
afirmou Nogueira.
Fonte: Portal EBC
10/03/2017 -
Relator da reforma da Previdência diz que regras de
transição serão modificadas
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur
Oliveira Maia (PPS-BA), disse que muito
provavelmente serão modificadas as regras de
transição propostas na PEC 287/16.
A ideia é evitar injustiças com quem está próximo
das idades de corte fixadas no texto: 50 anos para
homem e 45 anos para a mulher.
Mas afirmou que muitos representantes de servidores
têm reivindicado regras de transição diferentes para
os servidores e para o regime geral, o que ele acha
"muito difícil".
Maia disse que deve sugerir uma mudança na parte da
reforma que permite a criação de fundos
complementares privados de aposentadoria para os
novos servidores.
Hoje, a lei obriga a criação de fundos públicos.
Para Maia, talvez seja necessario introduzir alguma
espécie de licitação no processo. "Não é errado ter
a possibilidade da previdência privada."
A Comissão Especial da Reforma da Previdência
discutiu hoje as novas regras de aposentadoria para
servidores públicos previstas na proposta de emenda
à Constituição (PEC) 287/16, do Executivo.
Fonte: Agência Câmara
10/03/2017 -
Relator diz que reforma trabalhista vai gerar
empregos; outros deputados contestam
O relator da reforma trabalhista (PL 6787/16),
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), garantiu que a
proposta não vai retirar direitos e que vai ajudar a
preservar empregos e a dar segurança jurídica ao
empreendedor, gerando novos postos de trabalho. Em
audiência pública na Comissão Especial da Reforma
Trabalhista, Marinho apontou a grande judicialização
no setor. “Os fatos demonstram que há enorme
insegurança jurídica e que há necessidade da lei”,
disse.
Marinho disse ainda que a orientação da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) é no sentido de
promover as negociações no trabalho e refutou os
argumentos de que os sindicatos são fracos no
Brasil. Além disso, o deputado considera a
legislação trabalhista muito rígida, inadequada ao
“espírito do tempo”.
O deputado defendeu ainda que a legislação
brasileira referente à terceirização no trabalho se
adapte à realidade mundial. Para ele, o Legislativo
precisa aprovar uma lei sobre o assunto. Hoje vigora
a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho regula
o tema.
Precarização do trabalho
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) não acredita que a
reforma vai trazer mais emprego ou estabilidade.
Segundo ele, os dados de reformas feitas em outros
países - da Europa, por exemplo - demonstram que
isso não é verdade. Para ele, a reforma vai levar à
precarização das relações de trabalho. “Bico não é
emprego digno; e a proposta abre espaço para o bico
institucionalizado”, disse. Na visão de Damous, a
proposta vai trazer mais insegurança jurídica para o
setor.
O parlamentar criticou ainda a pressa do governo em
aprovar a reforma e as declarações do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, publicadas na imprensa de que
a Justiça do Trabalho “não deveria existir” e de que
juízes do trabalho tomam decisões irresponsáveis,
que quebraram bares, restaurantes e hotéis no Rio de
Janeiro (RJ).
O deputado Sergio Vidigal (PDT-ES) também duvida que
as medidas proposta na reforma possam preservar o
emprego ou fortalecer a economia do País. Para ele,
a culpa da crise econômica não é da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT). Ainda na visão dele, a
reforma, feita de forma “apressada”, pode ampliar a
judicialização no setor trabalhista. “Se o
Judiciário tem tanta demanda, é pela quantidade de
leis que fazemos aqui no Legislativo”, acrescentou.
Crítica à Justiça do Trabalho
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) criticou a
posição expressa, na audiência, pelo procurador
regional do Trabalho do Distrito Federal Cristiano
Paixão, que questionou os argumentos do governo para
promover a reforma trabalhista. “Se o nosso sistema
fosse bom, tivesse funcionando bem, o Brasil seria
um país produtivo”, opinou. “O senhor nunca
construiu um prédio na sua vida, eu já construiu
vários”, disse. “O senhor não conhece nada do mundo
real”, acrescentou. Para ele, a Justiça do Trabalho
no Brasil “é uma devoradora de empregos”.
Paixão afirmou que a atuação do Ministério Público
do Trabalho é baseada nos preceitos constitucionais.
Fonte: Agência Câmara
10/03/2017 -
Presidente do TST e do CSJT rebate declaração do
presidente da Câmara sobre extinção da Justiça do
Trabalho
Diante da declaração do Excelentíssimo presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a quem admiro e
estimo, de que a Justiça do Trabalho “não deveria
existir”, em face da “irresponsabilidade” de suas
decisões, não posso deixar de discordar de Sua
Excelência.
A tendência mundial é a de especialização dos ramos
do Judiciário, e a Justiça do Trabalho tem prestado
relevantíssimos serviços à sociedade, pacificando
greves e conflitos sociais com sua vocação
conciliatória.
Não é demais lembrar que não se pode julgar e
condenar qualquer instituição pelos eventuais
excessos de alguns de seus integrantes, pois com
eles não se confunde e, se assim fosse, nenhuma
mereceria existir.
Ives Gandra Martins da Silva Filho
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho
Fonte: TST
10/03/2017 -
Paulo Paim acredita que reforma trabalhista será
'mais cruel' que a da Previdência
Depois de participar de encontro na Câmara dos
Deputados nesta quinta-feira (9) para discutir as
reformas previdenciária e trabalhista, o senador
Paulo Paim (PT-RS) afirmou em Plenário que uma é
complemento da outra.
Para o senador, os trabalhadores, cientes da
dificuldade de trabalho após os sessenta anos de
idade, já assimilaram a ideia de que será muito
difícil conseguirem se aposentar.
Por esse motivo, Paulo Paim disse acreditar que a
reforma trabalhista pode ser até mais cruel. Para
ele, com a priorização dos acordos de trabalho em
detrimento da lei trabalhista e a adoção do trabalho
por hora, será questão de tempo o fim de direitos
como o décimo-terceiro salário, horas-extras, um
terço de férias e Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
E a tendência, na opinião do senador, é que um
conjunto de outras reformas cristalize a ideia de
precarização dos direitos previdenciários e
trabalhistas, beneficiando apenas o capital
financeiro.
— Por que a próxima reforma tributária, que está
sendo trabalhada, já retira totalmente a
contribuição do empregador sobre o faturamento e
sobre a folha, também, e cria tipo uma CPMF, que vai
gerar apenas mais ônus para toda a população,
inclusive os mais pobres, que vão pagar também?
Trabalho escravo
O senador Paulo Paim também cobrou explicações do
presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro Ives Gandra, que, em decisão liminar,
acatou pedido da Advocacia-Geral da União e proibiu
a divulgação do cadastro de empresas autuadas pelo
governo pela prática de exploração de trabalho
análogo ao da escravidão.
Para Paim, numa época em que se fala tanto de
transparência em todos os setores, é inadmissível
que haja esse retrocesso.
Com a decisão, acrescentou o senador, a chamada
"lista do trabalho escravo" ficará mais de 120 dias
sem ser divulgada e vai, na verdade, premiar algumas
empresas que exploram trabalho escravo, permitindo
que elas, por exemplo, possam ser beneficiárias de
empréstimos de bancos públicos.
— Conforme a OIT, Organização Internacional do
Trabalho, no Brasil, desde 1995, em duas mil
operações realizadas foram encontrados e libertados
50 mil trabalhadores — lembrou.
Fonte: Agência Senado
10/03/2017 -
Empresas deixaram de pagar mais da metade do valor
total do FGTS que será sacado
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN)
informou que mais de 7 milhões de trabalhadores não
receberam corretamente os depósitos a que teriam
direito em contas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), ativas ou inativas. O valor total
devido pelas empresas chega a mais de R$ 24,5
bilhões. Isso representa mais da metade do que será
sacado pelos trabalhadores com a nova medida - R$
43,6 bilhões.
Para evitar a surpresa de descobrir que o empregador
não depositou o dinheiro do FGTS, o Ministério do
Trabalho recomenda que o empregado acompanhe o
depósito todo mês, pelo extrato da conta disponível
na Caixa Econômica Federal, inclusive por meio do
aplicativo FGTS, para celulares e tablets.
O chefe de Fiscalização do FGTS do Ministério do
Trabalho, Joel Darcie, diz que é alto o número de
denúncias de recursos não depositados. “A gente
recebe bastante denúncia de trabalhador. Às vezes, é
denúncia de um sindicato, consta para nós como uma
denúncia, mas refere-se a uma empresa enorme. que
tem mil ou 2 mil funcionários e consta aqui como uma
denúncia simplesmente”, relata.
O fiscal do trabalho informou que somente este ano
já foram registradas 3.081 denúncias no ministério.
Em 2016, foram 68.289 denúncias e, em 2015, o número
chegou a 86.541.
A recomendação do Ministério do Trabalho é que o
empregado, ao perceber que o recurso não está sendo
depositado, denuncie ao sindicato, em uma das
superintendências regionais do Ministério do
Trabalho ou na Justiça do trabalho. É preciso
apresentar um comprovante de vínculo empregatício,
como Carteira de Trabalho ou contrato, e o extrato
da conta do FGTS.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional diz que os
24,5 bilhões inscritos em dívida ativa referem-se a
créditos dos trabalhadores e do fundo que foram
objeto de fiscalização, apuração e constituição por
parte dos auditores fiscais do ministério.
Após a notificação fiscal e a abertura de processo
administrativo, com direito do empregador a defesa e
recurso, e persistindo o débito, os créditos são
encaminhados pelo Ministério do Trabalho à PGFN para
controle de legalidade, inscrição em dívida ativa e
cobrança administrativa e/ou judicial.
Fonte: Agência Brasil
10/03/2017 -
Ministro destaca necessidade de união entre
trabalhadores e empregadores
“Nossa proposta vai ao encontro do fortalecimento do
movimento sindical brasileiro”, afirmou o ministro
do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sobre o projeto de
lei da modernização da legislação trabalhista, em
pronunciamento realizado durante Reunião da
Executiva Nacional da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), em Brasília, na noite desta
terça-feira (7). “Esse projeto é fruto do que
ouvimos das centrais que representam trabalhadores e
empregadores”, enfatizou aos dirigentes de
sindicatos e federações de todo o Brasil presentes à
reunião.
O ministro detalhou os principais pontos da proposta
de modernização, destacando os três eixos que a
compõem: aprimoramento de direitos assegurados na
Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), segurança jurídica e oportunidade de ocupação
com renda para todos.
“Precisamos quebrar paradigmas na relação entre
contratante e contratado. Que possamos unir todos
para criar oportunidades para todos”, disse. “Não
podemos esperar mais. O contratante e o contratado
têm que ser partícipes do capital”.
O ministro foi homenageado pela CSB com a reprodução
de uma gravura criada pelo pintor Pablo Picasso em
1955 em comemoração aos 10 anos da Federação
Sindical Mundial (FSM). Ronaldo Nogueira também
recebeu o título de Honra ao Mérito da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Movimentação de
Mercadorias em Geral e Logística, filiada à CSB e
que teve seu Registro Sindical concedido pelo
Ministério do Trabalho em dezembro de 2016. O pedido
de reconhecimento da entidade tramitava no
Ministério do Trabalho desde 2010.
Mais de 5 milhões de trabalhadores representados – A
CSB foi fundada em fevereiro de 2012. É a quinta
maior central sindical o Brasil. Presidida por
Antonio Neto, representa mais de 5 milhões de
trabalhadores, agrega 740 sindicatos filiados, 30
federações e uma confederação. Está presente em
todos os estados brasileiros e participa do Conselho
Curador do FGTS e do Codefat.
Fonte: MT
09/03/2017 -
Confederações patronais defendem reforma trabalhista
para modernizar lei e gerar emprego
Para representantes de entidades, proposta traria
também mais segurança jurídica às relações de
trabalho
Dirigentes de confederações patronais defenderam
nesta quarta-feira (8) a proposta de reforma
trabalhista (PL 6787/16) para modernizar a
legislação e retomar a geração de empregos no
Brasil.
Eles participaram de audiência na comissão especial
que analisa o projeto.
Para o gerente de Relações Institucionais da
Confederação Nacional das Instituições Financeiras
(CNF), Damião de Morais, a atualização da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ocorre em
consequência da crise de emprego e para modernizar
as relações no mercado.
“Caminhamos para 14 milhões de desempregados. É um
número que choca. E grande parte dos problemas são
de leis que protegem muito o trabalhador, mas
retiram o emprego”, disse Morais, para quem os
sindicatos já têm maturidade suficiente ao conseguir
aumentos superiores à inflação em negociações
coletivas.
Segurança jurídica
O assessor jurídico da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Cristiano Zaranza, disse
que a proposta garante segurança na relação entre
patrões e empregados. “O grande clamor desse projeto
é dar um pouco mais de dinâmica no mercado de
trabalho, nas relações de trabalho, e isso passa por
um cenário de segurança jurídica", afirmou.
O representante da CNA criticou a possibilidade,
prevista no texto,, de vantagem compensatória ao
trabalhador quando houver flexibilização de algum
direito previsto em lei por negociação coletiva.
“É onde o Judiciário vai se pautar para anular
qualquer instrumento. Normalmente negociamos por
bloco. Isso não nos atende”, afirmou. Pelo projeto,
caso a flexibilização seja anulada pela Justiça,
também será anulada a vantagem compensatória
correspondente.
Negociação trabalhista
O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre
Furlan, defendeu que o texto seja focado no
fortalecimento da negociação trabalhista. “O escopo
do projeto, cuja base é a negociação coletiva, está
bom. Tenho receio de muitos ajustes, emendas que
acabem por desnaturar por completo”, afirmou.
Segundo ele, sem muitas alterações, o texto terá
mais chances de aprovação.
Pela proposta, o acordo coletivo vai prevalecer para
13 pontos específicos, entre eles plano de cargos e
salários e parcelamento de férias anuais em até três
vezes.
Normas rígidas
Para a assessora trabalhista da Confederação Nacional
do Transporte (CNT), Danielle Bernardes, as normas
vigentes são rígidas, muito protetivas e as
principais causadoras da estagnação econômica. “Mais
importante do que a proteção do trabalhador é a
proteção do emprego. E para proteger o emprego é
preciso proteger a empresa”, avaliou.
Bernardes afirmou ainda que a melhoria na economia
depende de vários fatores, mas o custo do emprego é
um entrave para a criação de vagas.
Fonte: Agência Câmara
09/03/2017 -
Paulo Paim pede a Temer que retire reforma da
Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) apelou ao presidente
Michel Temer para que retire a proposta de reforma
da Previdência. Paim alertou que, da forma como foi
apresentada, a reforma não será aprovada, pois,
segundo ele, o texto falta com a verdade e lança os
brasileiros no “inferno”, tornando praticamente
impossível a aposentadoria.
Para Paulo Paim, as mulheres são as mais
prejudicadas com a reforma da Previdência, por terem
uma realidade distinta em suas vidas e receberem
salários inferiores aos dos homens. O senador gaúcho
citou a crescente resistência dos parlamentares à
reforma e defendeu a instalação de uma CPI para
investigar, acima de divergências partidárias, para
onde foi o dinheiro da seguridade.
— Todos os presidentes militares respeitaram a
seguridade. Sarney respeitou, Collor respeitou,
Itamar, que está lá no alto, respeitou, Lula
respeitou, Dilma respeitou. Por que você, presidente
Temer, vai entrar para a História como o homem que
acabou com a Previdência no Brasil?
Fonte: Agência Senado
09/03/2017 -
Deputados pedem que o governo envie cálculos sobre a
Previdência
Deputados que integram a comissão especial que
analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287/2016, que trata da reforma do sistema de
aposentadorias no país, pediram nesta quarta-feira
(8) que o governo envie os cálculos atuariais sobre
a Previdência. As informações permitiriam aos
parlamentares avaliar se os recursos arrecadados são
suficientes ou não para o pagamento de benefícios e
pensões.
O secretário da Previdência do Ministério da
Fazenda, Marcelo Caetano, havia prometido
disponibilizar as informações quando esteve na
comissão, no dia 15 de fevereiro. Nesta quarta,
durante audiência pública da comissão, os
parlamentares Major Olímpio (Solidariedade-SP),
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Alessandro Molon (Rede-RJ)
voltaram a pedir os números. Os três são contrários
à proposta de reforma do governo.
O vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi
(PMDB-RS), afirmou que conversou com o secretário da
Previdência e que os dados serão encaminhados na
semana que vem. “Quero comunicar à mesa que toda a
informação pedida está sendo elaborada. Hoje de
manhã conversei com o Marcelo e deve ser entregue na
próxima semana. E, se for preciso, ele está
absolutamente disponível para vir aqui conversar”,
disse o deputado.
Fonte: Portal EBC
09/03/2017 -
CCJ aprova ampliação de informações sobre violência
contra mulher
Dados específicos sobre violência contra a mulher
devem ser obrigatoriamente coletados pelo Sistema
Nacional de Informações de Segurança Pública,
Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), plataforma que
integra e disponibiliza dados sobre a criminalidade
no país. É o que estabelece projeto (PLS 244/2016),
da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), aprovado nesta
quarta-feira (8) pela Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ). A proposta poderá ser
enviada diretamente à Câmara dos Deputados, se não
houver recurso para votação pelo Plenário.
"O recorte e a catalogação específica de registros
de violência contra a mulher contribuirão para que o
país avance no enfrentamento a essa terrível chaga”,
afirma a autora da proposição.
Atualmente, segundo a senadora, as informações são
incompletas e díspares, o que dificulta um
diagnóstico preciso do quadro de violência doméstica
e familiar. Dados acurados são condição
indispensável para a formulação de políticas
adequadas e eficientes, na avaliação de Simone Tebet.
A favor da aprovação, a relatora da matéria,
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o
projeto é “conveniente e oportuno”. Para ele, a
inclusão das informações de violência contra a
mulher no sistema nacional, de fato, contribuirá
para que esse “mal seja corretamente diagnosticado e
enfrentado”.
Simone Tebet lembra que, ao ser criada, a Lei Maria
da Penha (Lei 11.340/2006) determinou a inclusão de
estatísticas sobre a violência doméstica e familiar
contra as mulheres nas bases de dados dos órgãos do
Sistema de Justiça e Segurança. Falta, no entanto, a
regulamentação desse tema, ainda que em 2012 tenha
sido criado o Sinesp (Lei 12.681/2012) com o
objetivo de coletar, armazenar e tratar as
informações de segurança pública e Justiça criminal
enviadas ao governo federal.
Embora as secretarias de segurança pública dos
estados e do Distrito Federal tenham de remeter
informações para o Ministério da Justiça, não há,
segundo a senadora, referências específicas à
separação de dados sobre violência contra a mulher,
como acontece em relação a outros tipos de
informações no campo da segurança pública.
Fonte: Agência Senado
09/03/2017 -
Renan diz que reforma da Previdência deve ser a
possível
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), disse que nenhum governo conseguirá fazer
uma reforma definitiva da Previdência.
Segundo o senador, o PMDB tem que ter “coerência com
seu papel na história” e ajudar o governo a fazer
uma reforma mais realista. “Tem que reformar a
Previdência, claro, estamos com um déficit
monumental, mas reformar a Previdência com uma
reforma possível.”
“A reforma na época do presidente Fernando Henrique
Cardoso foi a possível, a da Dilma foi a possível, a
do Lula foi a possível, e nós temos que fazer a
possível com o Michel [Temer]”, acrescentou.
Fonte: Portal EBC
09/03/2017 -
Parlamentares criticam reforma da Previdência e
apontam prejuízos para as mulheres
A homenagem ao Dia Internacional da Mulher no
Congresso Nacional foi marcada por críticas à
reforma da Previdência, tanto de parlamentares da
oposição, como da base aliada.
Em sessão solene no Congresso Nacional nessa
quarta-feira, a deputada do PMDB, Laura Carneiro,
criticou a idade mínima de 65 anos para homens e
mulheres se aposentarem proposta pelo governo.
Nas regras atuais, as mulheres têm direito de
contribuir menos com a previdência. Única mulher a
fazer parte como membro titular da Comissão da
reforma da previdência, a deputada Jandira Fegalli,
do PCdoB, ressaltou a situação das mulheres
camponesas.
Pela proposta, as trabalhadoras rurais terão que
contribuir para a Previdência sSocial da mesma forma
que a trabalhadora urbana. Hoje o camponês ou a
camponesa não paga contribuição ao INSS. A senadora
do PSB, Lídice da Mata, também aproveitou a
homenagem ao Dia da Mulher para criticar a idade
mínima proposta pelo governo.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em visita
às bancadas partidárias na Câmara para defender a
reforma, comentou que uma mudança na idade mínima
das mulheres prejudicaria o ajuste fiscal.
Em tramitação na Câmara dos Deputados, a reforma da
Previdência iguala a idade mínima para se aposentar
e o tempo de contribuição de homens e mulheres. A
expectativa é que o relatório da Proposta seja
apresentado ainda neste mês.
Fonte: Portal EBC
09/03/2017 -
Produção industrial volta a subir após 34 meses de
queda
A produção industrial do Brasil começou 2017 com
alta mensal em relação aos mesmos dias do ano
anterior, após 34 meses consecutivos de queda. Os
dados foram divulgados nesta quarta-feira (8), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), e mostram que a
produção cresceu 1,4% em janeiro de 2017 em relação
a janeiro de 2016, mas caiu 0,1% em relação a
dezembro de 2016.
Em 12 meses, a produção industrial acumula uma
retração de 5,4%, variação negativa que vem perdendo
intensidade desde junho de 2016, quando chegou a
-9,7%.
Nos últimos dois meses de 2016, a produção havia
acumulado alta de 2,9%. O resultado fez com que a
média móvel trimestral de outubro, novembro e
dezembro de 2016 apontasse expansão de 0,5% da
produção. Com os dados divulgados hoje, a média dos
resultados de novembro e dezembro de 2016 e janeiro
de 2017 subiu para 0,9%.
Mais números da pesquisa
Dos 24 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, metade
aumentou a produção, e metade diminuiu. A indústria
de veículos automotores, reboques e carrocerias
interrompeu dois meses seguidos de alta e caiu 10,7%
em janeiro, na comparação com dezembro de 2016.
Também haviam crescido em dezembro e caíram em
janeiro os equipamentos de informática, produtos
eletrônicos e ópticos, com recuo de 12,5%, e
máquinas e equipamentos, com uma produção 4,9%
menor.
Por outro lado, o IBGE considera que houve altas
importantes para a taxa global na indústria de
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis, com expansão de 4%, e nos produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (21,6%). Os dois
setores anotaram quedas nos meses anteriores.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 1,2%, as
bebidas subiram 5,5% e a indústria extrativa, 1,1%.
Categorias econômicas
A análise da produção por categoria econômica mostra
que os bens de capital usados na produção voltaram a
cair após dois meses de alta. Em relação a dezembro
de 2016, houve recuo de 4,1%.
Os bens de consumo duráveis intensificaram a queda
de 3,8% verificada em dezembro e caíram 7,3% em
janeiro. Os bens de consumo semi e não duráveis
avançaram 3,1% em janeiro, e os intermediários,
0,7%. Ambos já acumulavam expansões há pelo menos
dois meses.
Fonte: Agência Brasil
09/03/2017 -
Mantida justa causa de dirigente sindical demitido
por registrar ponto sem trabalhar
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho não
conheceu do recurso de revista de um vigilante da
Inviolável Segurança 24 Horas Ltda. que pretendia a
conversão de sua dispensa por justa causa em
demissão imotivada. Mesmo alegando ser detentor de
estabilidade sindical, ele foi demitido acusado de
ato de improbidade, por ter registrado ponto em dias
em que não houve prestação de serviços.
Em sua defesa, o trabalhador alegou que, na condição
de dirigente sindical, seria imprescindível, para
sua despedida, a realização de inquérito para apurar
a falta grave, como exige o artigo 853 da CLT, o que
não ocorreu. Sustentou que os depoimentos de
testemunhas confirmaram que a anotação equivocada
nos cartões de ponto era prática comum.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Chapecó (SC)
considerou impossível acreditar que a anotação
equivocada do ponto fosse prática habitual na
empresa, pois as horas extras eram pagas
regularmente com base na anotação dos dias e
horários efetivamente trabalhados. Reconheceu,
então, a falta grave, considerando desnecessária a
instauração de inquérito para apuração. O Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), que
manteve a sentença, assinalou que registros
habituais de horários equivocados nos cartões-ponto
constituem atos de improbidade, insubordinação e
indisciplina que motivam a despedida por justa
causa, conforme as alíneas ‘a’ e ‘h’ do artigo 482
da CLT.
No recurso ao TST, o sindicalista alegou que em um
dia ocorreu erro material na anotação de seu cartão
de ponto (que, por ser britânica, não correspondia à
realidade), posteriormente corrigido. E no outro dia
a anotação seria autorizada por norma coletiva,
pois, mesmo não tendo trabalhado, realizou
atividades relacionadas ao sindicato.
TST
Para o relator do recurso, ministro Márcio Eurico
Vitral Amaro, a estabilidade provisória do dirigente
sindical não o torna imune à dispensa, mas apenas a
limita às hipóteses de justa causa apurada em
inquérito administrativo. No caso, ressaltou que,
apesar de não ter sido instaurado o inquérito, “não
houve prejuízo para o trabalhador, pois a falta
grave foi reconhecida no curso da ação, em que pôde
ter seu inconformismo examinado pelo Poder
Judiciário”.
Márcio Eurico citou decisão da Sexta Turma com o
mesmo entendimento, destacando trecho em que o
ministro Mauricio Godinho Delgado conclui que não há
como invalidar a dispensa por estrito defeito
procedimental se a falha foi sanada no julgamento da
ação, sendo, assim, assegurado plenamente o direito
ao contraditório e à ampla defesa. Processo:
RR-696-10.2013.5.12.0038
Fonte: TST
09/03/2017 -
Empregado que nunca tirou férias consegue rescisão
indireta do contrato de trabalho
Um trabalhador que alegou nunca ter tirado férias
durante os mais de seis anos em que trabalhou para
uma grande empresa do ramo químico conseguiu na
Justiça do Trabalho a rescisão indireta do contrato
de trabalho. Ao analisar o recurso da ré, a 10ª
Turma do TRT de Minas confirmou o entendimento do
juízo de 1º Grau que reconheceu a falta grave
empresarial, apta a justificar a aplicação da
medida.
Atuando como relatora, a juíza convocada Gisele de
Cássia Vieira Dias Macedo, explicou que a rescisão
indireta do contrato de trabalho justifica-se quando
a empresa pratica quaisquer dos casos de faltas
graves previstos no artigo 483 da CLT. No caso, a
versão do trabalhador a respeito da não concessão de
férias durante todo o contrato de trabalho foi
considerada verdadeira. É que a ré não compareceu à
audiência inaugural, atraindo a aplicação do artigo
844 da CLT, que trata da chamada revelia.
O profissional realizava dedetização de pragas
domésticas em várias localidades e, conforme
sustentou, era o único empregado da empresa na
região. Isso reforçou a conclusão de que ele nunca
tirava férias mesmo, embora as tenha recebido.
"A não concessão de férias de forma reiterada pelo
empregador culmina na rescisão indireta do contrato
de trabalho por descumprida norma cogente de
aplicação coercitiva, que delimita a obrigatoriedade
do descanso anual tendente à reparação da fadiga
gerada pelo trabalho", destacou a julgadora na
ementa do voto.
A decisão apreciou ainda outras questões, julgando
favoravelmente o recurso empresário para acatar a
prescrição parcial das pretensões anteriores a
08/07/2011 e excluir da condenação o pagamento das
multas previstas nos artigos 467 e 477, parágrafo
8º, da CLT. A relatora entendeu que os pedidos de
aplicação das multas são incompatíveis com o pedido
de rescisão indireta do contrato de trabalho, mesmo
diante da revelia, pois se trata de matéria de
direito. "Havendo pedido de rescisão indireta do
contrato a exigir a participação do Estado-Juiz na
definição do desenlace contratual, as multas
previstas nos artigos 467 e 477 da CLT não encontram
espaço para aplicação", concluiu.
PJe: Processo nº 0011249-62.2016.5.03.0103 (RO).
Acórdão em: 16/11/2016
Fonte: TRT3
08/03/2017 -
Reforma trabalhista: maioria das centrais sindicais
defende fortalecimento da negociação coletiva
Principal crítica das entidades foi em relação à
regulamentação da eleição de representantes dos
trabalhadores para empresas com mais de 200
empregados
A maioria dos dirigentes das centrais sindicais
presentes na audiência pública desta terça-feira (7)
da Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) defendeu o fortalecimento da negociação
coletiva. Também houve críticas a pontos do texto
enviado pelo Executivo pelas diferentes entidades,
mas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi a
única a se posicionar contra qualquer medida
proposta.
“A nossa central é a favor da negociação coletiva. É
melhor o trabalhador errar junto com seus
companheiros, porque é um aprendizado, do que alguém
vir dizer o que é certo ou errado para mim”, disse o
secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves.
Segundo Gonçalves, a atuação do Ministério Público
do Trabalho (MPT) intervém sobre as negociações
entre trabalhadores e empresários, aprovadas em
assembleia.
“Gradativamente, o MPT adquiriu poderes que foram
sufocando a negociação coletiva em uma tutela que
lembra os piores momentos da ditadura militar”,
afirmou o secretário-geral da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Alvaro Egea. Para ele, a
criminalização do direito de greve é o maior
desprestígio da negociação coletiva atualmente no
Brasil.
Na avaliação do relator do projeto na comissão,
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), as centrais
confirmaram que há uma tutela do Estado sobre os
sindicatos.
Representação de trabalhadores
Um ponto criticado pelas entidades sindicais foi a
regulamentação da eleição de representantes de
trabalhadores para empresas com mais de 200
empregados, como estabelece a Constituição.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, disse que os sindicatos podem ficar
de fora da escolha. “Da forma como o texto está, o
edital pode ser feito pela própria empresa. Sem
legitimidade na eleição ou transparência, poderemos
ter uma diminuição da capacidade do movimento
sindical no País”, afirmou.
Segundo Patah, a realidade do trabalho no Brasil
enfrenta problemas como informalidade e desvio de
função, mesmo com a atuação dos sindicatos. “Imagina
ocorrer o alijamento do movimento sindical na
eleição do representante dos trabalhadores das
empresas”, alertou.
O secretário de Políticas Sociais da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Rogério Nunes, também defendeu a participação
sindical na escolha do representante. “Tem que ter a
sintonia com a organização sindical”.
Pelo projeto, a eleição do representante deve ser
convocada por edital, com pelo menos 15 dias de
antecedência. Ele terá garantia de participação na
mesa de negociação do acordo coletivo e deve atuar
para conciliar conflitos trabalhistas, inclusive
quanto ao pagamento de verbas.
Sem concordância
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Vagner Freitas, afirmou que a entidade não tem a
menor concordância em relação à proposta de reforma.
“Jamais a CUT negociou qualquer desses dispositivos.
Jamais o fará. Não criamos uma central durante a
ditadura para chegar em um momento de um golpe e
dourarmos uma pílula de uma reforma contra os
trabalhadores”, afirmou.
Para Freitas, a reforma vai legalizar o “bico” no
Brasil e gerar precariedade no mundo do trabalho. “O
que vai acontecer é a demissão dos trabalhadores
empregados pela CLT [Consolidação das Leis do
Trabalho] para serem substituídos por empregados
temporários”, disse. Segundo ele, a proposta somente
busca aumentar a lucratividade do empregador.
O diretor de Organização Sindical da Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST), Geraldo Ramthun,
afirmou que a entidade também não é a favor da
reforma como proposta pelo governo. “Afirmamos a
inoportunidade da apresentação do projeto pelo
Executivo. Suprimir direitos, mesmo com negociado,
fragiliza a proteção dos trabalhadores.”
Estiveram no debate representantes das seis
principais centrais sindicais - CTB, CSB, Força
Sindical, CUT, UGT e NCST. Nesta quarta-feira (8),
será a vez das maiores confederações patronais -
CNA, CNC, CNI, CNT, CNS e Febraban - participarem de
audiência na comissão.
Fonte: Agência Câmara
08/03/2017 -
Confederações anunciam participação no protesto
Nacional dia 15
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) deliberou
nesta terça (7) em Brasília pela participação no Dia
Nacional de Protesto contra as reformas, em 15 de
março. Em contato com a Agência Sindical, Artur
Bueno de Camargo, coordenador do FST, informa que
serão mobilizados, também, os Sindicatos filiados e
as Federações.
“Nossa ideia é ajudar a organizar protestos em todos
os Estados. Contamos, pra isso, com nossas
Federações e Sindicatos, que são milhares, por todo
o País”, diz o dirigente. Para o sindicalista, a
força da classe trabalhadora está em sua unidade.
“Vamos somar forças com as Centrais e demais
organizações de trabalhadores”, anuncia o
sindicalista.
As Confederações já estão atuando contra as reformas
neoliberais de Temer, seja no contato com
parlamentares em Brasília, seja por meio de pressão
nas bases eleitorais de deputados e senadores. Para
Artur Bueno de Camargo, o dia 15 é decisivo. Ele
afirma: “O descontentamento dos trabalhadores, com o
desemprego, o arrocho e os ataques é real. Mas é uma
força que precisa ser posta em movimento contra o
desmonte de direitos e a agressão à própria
organização sindical”.
Fonte: Agência Sindical
08/03/2017 -
Paulo Paim anuncia ter assinaturas suficientes para
criar CPI da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta
terça-feira (7) ter 35 assinaturas para criar a
comissão parlamentar de inquérito para investigar as
contas da Previdência Social. Para a abertura de uma
CPI no Senado é necessário o apoio de 27
parlamentares.
Paim explicou que a CPI pretende verificar se o
sistema previdenciário é realmente deficitário como
prega o governo federal na reforma do programa de
aposentadoria, pensões e outros benefícios.
Outra função da investigação é descobrir se há
desvios de dinheiro, corrupção, roubo e quem são os
grandes devedores do sistema. Paim afirmou ainda que
será revelado porque existe uma dívida de R$ 426
bilhões para com os cofres da Previdência. Segundo o
senador, o cálculo dessa dívida foi feito por
auditores da Receita Federal.
— A gente quer que em cada espaço, seja um
sindicato, seja uma igreja, seja um lugar de um
culto independente da religião, se fale sobre a
Previdência. É bom. É ruim. Onde está o problema? O
que podemos fazer para que a gente não venha com
essa reforma acabar com a Previdência pública no
Brasil — reiterou.
Fonte: Agência Senado
08/03/2017 -
Manejo do amianto pode se tornar proibido no país
Projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) proíbe a
extração, industrialização, importação, transporte e
armazenamento do amianto no Brasil, assim como a
importação e comercialização de produtos que o
utilizem como matéria-prima. O projeto (PLS 30/2017)
está na Comissão de Infraestrutura.
Paim lembra, na justificativa da proposta, que a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula
que ocorram anualmente cerca de 100 mil mortes no
mundo relacionadas à exposição ao amianto. Também o
Instituto Nacional de Saúde da França teria ainda em
1997 constatado que, somente naquele país, as mortes
provocadas pelo amianto giravam em torno de 2 mil
por ano, o que levou a França e todas as outras
nações da União Europeia a proibi-lo.
"Hoje mais de 40 países já adotaram legislações
assim. A proibição concorrerá para a melhoria da
saúde da população, principalmente de trabalhadores
envolvidos com as atividades de aproveitamento do
mineral", argumenta o senador na justificativa.
Paim menciona o posicionamento do médico René
Mendes, da Comissão Internacional de Saúde no
Trabalho, para quem "a despeito da riqueza de
evidências sobre os riscos da exposição ao amianto,
a questão tem sido tratada no Brasil com uma miopia
leviana e criminosa, marcada pela negligência do
poder público. A defesa do significado econômico do
mineral, privilégio de poucas empresas, é o que
prevalece. O sofisma do "uso seguro" e do "uso
controlado" consegue se sobrepor à saúde pública".
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
08/03/2017 -
PEC da Previdência: relator fala em aposentadoria
precoce para mulher com filhos
O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma
da Previdência na Câmara dos Deputados, disse hoje
(7) que, para estimular a natalidade, as mulheres
com filhos poderiam ter benefícios no texto da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016.
Sem confirmar se haverá ou não uma proposta nesse
sentido em seu relatório final, Maia disse que essa
“é uma alternativa” à questão da igualdade de idade
mínima para a aposentadoria de homens e mulheres. O
texto prevê uma idade mínima de 65 anos para se
aposentar, tanto para homens, quanto para mulheres.
Segundo ele, já foi defendido por parlamentares no
Congresso, por exemplo, que a mulher deveria ter a
aposentadoria precoce como incentivo à natalidade,
“para o Brasil ter a taxa de natalidade maior”. Maia
falou ainda sobre a experiência da Espanha, onde,
segundo ele, a mulher tem um salário menor do que o
homem, mas também, ao se aposentar, ganha mais se
for mãe: de 5% a 10% a mais do valor a depender do
número de filhos.
Ele destacou a queda na taxa de natalidade no país
que já foi de 3,5 nascimentos por mulher e hoje está
em 1,8. A reforma da Previdência é essencial, na
avaliação do relator, para manter a sustentabilidade
do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), já
que há uma redução da taxa de natalidade e,
portanto, das pessoas economicamente ativas que
contribuem para a Previdência.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
08/03/2017 -
Rodrigo Maia quer votar terceirização; centrais
reagem e pedem diálogo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
é um dos principais articuladores da chamada agenda
de “melhoria do ambiente de negócios” e da
“segurança jurídica” cuja umas das principais
medidas é a regulamentação da terceirização.
Em reunião realizada, nesta segunda-feira (6), com
os representantes das centrais sindicais, Rodrigo
Maia reforçou sua disposição para votação da
regulamentação da terceirização ainda neste mês.
Maia tem priorizado na sua gestão à frente da Câmara
temas ligado a agenda de negócios — melhoria do
ambiente e segurança jurídica —, dentre as
proposições, provocou reação das centrais sindicais
o anúncio da preferência para votação, nesta semana,
do PL 4.302/98, enviado no governo FHC, que libera a
terceirização ampla e precariza as relações de
trabalho.
Em regime de urgência na Câmara
Atualmente, a matéria tramita em regime de urgência e
pode ser colocada em pauta pelo presidente
automaticamente. O relator do projeto é o deputado
Laercio Oliveira (SD-SE), que apresentou parecer
pela aprovação do substitutivo do Senado.
Os sindicalistas pediram para o presidente da Casa
não pautasse o tema no Colégio de Líderes para ser
votado esta semana, com a justificava de que a
Câmara aprovou, em 2015, o PL 4.330/ 04, agora em
tramitação no Senado Federal. Os representantes
sindicais estão dispostos a dialogar sobre uma
alternativa que garanta direitos aos trabalhadores.
Maia entendeu o pedido, mas disse que tem discutido
o assunto com presidente do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB-CE), e o líder do governo na Casa, Romero Jucá
(PMDB-RR). E ambos, segundo Maia, também defendem
uma solução rápida sobre a terceirização que
passaria pelo entendimento entre as duas casas do
Congresso.
Quando se referiu ao entendimento, Maia afirmou que
não descartaria a votação do PL 4.302, mas está
avaliando a possibilidade de aprovar a proposta da
Câmara e a do Senado sem alterações. Mas para isso
ocorrer deveria haver adequações e correspondência
entre os dispositivos.
Os parlamentares devem se reunir ainda nesta semana
para definir sobre o assunto e depois com as
centrais sindicais. O encontro poderá ocorrer ainda
nesta quarta-feira (8).
Senado
O senador Paulo Paim (PT-RS), relator da matéria (PLC
30/15) no Senado, apresentou parecer pela rejeição
do projeto. No seu relatório, o senador apresenta
como alternativa, a regulamentação da terceirização
somente para os atuais 12 milhões de trabalhadores
terceirizados. Isto é, Paim propõe a regulamentação
da terceirização na atividade-meio e veta na
atividade-fim.
Na Casa tramitam ainda outras propostas sobre o
assunto e o parecer tem como base no PLS 339/16, do
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O senador
Paulo Paim é o relator do projeto; seu parecer é
favorável ao texto do PLS 339.
Ao final do encontro ficou acertado que Rodrigo Maia
iria, ainda, nesta semana, se reunir novamente com
as centrais sindicais para definir um encaminhamento
para a questão.
Fonte: Diap
08/03/2017 -
Desemprego atinge 18,3% das mulheres e 15,5% dos
homens em São Paulo
As mulheres continuam a sofrer mais do que os homens
com o desemprego do que os homens na Região
Metropolitana de São Paulo. Embora a falta de postos
de trabalho atinja ambos os sexos pelo terceiro ano
consecutivo, para elas, a taxa de desocupação passou
de 14,3%, em 2015, para 18,3%, em 2016, a mais alta
desde 2007. Entre os homens, a taxa passou de 12,2%
para 15,5%, a maior desde 2005.
Os dados abordam a inserção da mulher no mercado de
trabalho e compõem a Pesquisa de Emprego e
Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (PED-RMSP),
realizada pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE),
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
(Seade) e parceiros regionais.
As mulheres representam um pouco mais da metade do
total de desempregados da Região Metropolitana de
São Paulo (51,1%, em 2016), segundo a pesquisa. A
taxa de desemprego das mulheres é, tradicionalmente,
superior à dos homens. A diferença entre os
segmentos em 2016 foi de 2,8 pontos porcentuais e
voltou a crescer. Em 2015. foi de 2,1 pontos
percentuais.
Maioria no mercado
A pesquisa mostrou também que a presença de mulheres
no mercado de trabalho permanece praticamente
estável, entre 2015 e 2016, ao passar de 55,4% para
55,3%. Segundo a pesquisa, essa taxa vem mostrando
poucas alterações nos últimos anos, após crescimento
observado principalmente na década de 1990. O
comportamento da taxa de participação das mulheres
foi diferenciado segundo atributos pessoais,
destacando-se o aumento de participação de mulheres
casadas, de não negras e de jovens de 16 a 24 anos.
O nível de ocupação diminuiu em todos os setores de
atividade, assim como a formalização do trabalho. A
queda foi verificada na Construção (-15,0%),
Indústria de Transformação (-11,2%), Comércio,
Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas
(-6,0%) e Serviços (-1,9%).
No setor de Serviços, que emprega 71,7% do total das
mulheres ocupadas, grande parte dos segmentos
analisados tiveram retração, exceto os de
Transporte, Armazenagem e Correio, que aumentou
16,0%, e de Serviços domésticos, com elevação de
3,4%. Esse ramo apresentou forte declínio em seu
nível ocupacional nas últimas duas décadas, mas
ainda é um importante empregador de mão de obra
feminina (responsável por 14,1% do total de
ocupadas), principalmente em momentos de baixo ou
nenhum crescimento econômico.
A pesquisa ainda revelou que em 2016 o rendimento
médio real por hora diminuiu: a hora de trabalho das
mulheres equivale a 84,1% da dos homens. Ano
passado, o rendimento médio real das mulheres
ocupadas na Região Metropolitana de São Paulo
equivalia a R$ 1.695, enquanto o dos homens, a R$
2.281.
Fonte: Agência Brasil
08/03/2017 -
PIB
fecha 2016 com queda de 3,6%
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, fechou 2016
com queda de 3,6%.
Em 2015, a economia brasileira já tinha recuado
3,8%. Segundo dados divulgados terça-feira (7), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o PIB de 2016 ficou
em R$ 6,3 trilhões. De acordo com o IBGE, os números
do PIB de 2015 e 2016 representam a maior recessão
desde 1947.
Segundo a coordenadora de Contas Regionais do IBGE,
Rebeca Palis, já houve anos em que a retração foi
maior que a de 2016, mas nunca a economia brasileira
havia somado 7,2% de queda em um biênio.
"A magnitude da queda, olhando o biênio, é a maior
desde 1948", disse Rebeca, que explicou que a série
histórica do IBGE para o PIB começa em 1947, mas
apenas em 1948 há dado de variação anual.
"Em outros períodos, algumas atividades econômicas
davam uma segurada na economia. Nesse biênio, foi
disseminado na economia toda, o que não é muito
comum de acontecer. Serviços foram muito afetados, o
que não acontecia muito", afirmou.
O resultado negativo dos dois anos fez o PIB do país
voltar para o patamar registrado no terceiro
trimestre de 2010, segundo o IBGE.
No último trimestre de 2016, o PIB recuou 0,9% em
relação ao trimestre anterior e caiu 2,5% na
comparação com o mesmo período do ano anterior.
Agropecuária cai 6,6%
O setor da economia que sofreu a maior queda em 2016
foi a agropecuária, com contração de 6,6%. Na
indústria, a queda foi de 3,8%. Segundo o IBGE, o
segmento de serviços recuou 2,7%.
Se analisado apenas o quarto trimestre, houve queda
na indústria (-0,7%) e nos serviços (-0,8%) em
relação ao terceiro trimestre do mesmo ano. Nessa
base de comparação, houve crescimento de 1% na
agropecuária.
Já na comparação do quarto trimestre com o mesmo
período de 2015, todos os setores caíram, com
destaque para o recuo de 5% na agropecuária.
Indústria e serviços apresentaram retração de 2,4%.
O desempenho negativo da agropecuária no ano passado
deveu-se ao desempenho da agricultura. Na indústria,
houve queda de 5,2% na construção e de 2,9% na
indústria extrativa mineral. Os resultados foram
positivos nas atividades de eletricidade e gás,
esgoto e limpeza urbana, com crescimento de 4,7%.
Os serviços foram puxados para baixo pela recuo do
comércio, de 6,3%, e pelo resultado negativo dos
outros serviços, de 3,1%. Atividades imobiliárias
avançaram 0,2%.
Fonte: Agência Brasil
07/03/2017 -
Relator da PEC da Previdência defende idade mínima
de 65 anos para aposentadoria
O relator da proposta da reforma da Previdência,
deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), defendeu
nesta segunda-feira (6) a idade mínima de 65 anos
para a aposentadoria.
“Não dá para pensar em não ter idade mínima de 65
anos de jeito nenhum”, disse Maia, ao deixar o
Ministério da Fazenda, em Brasília, após reunião com
o ministro Henrique Meirelles.
O relator informou que, durante o encontro,
apresentou ao ministro as demandas de parlamentares
em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287/2016 e pediu que sejam feitas “contas” para
analisar eventuais alterações no texto enviado pelo
governo ao Congresso Nacional.
Segundo Maia, estão em discussão as regras de
transição, o fim da aposentadoria especial para
policiais, a cobrança de contribuição de
trabalhadores rurais, o aumento da idade para
receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e
a desvinculação do salário-mínimo, além do acúmulo
de aposentadoria e pensão.
O deputado voltou a defender um “aprofundamento
melhor” das regras de transição. Para Maia, a regra
enviada para análise do Congresso é “muito abrupta”.
“É importante dizer que não estamos fazendo nada de
novo. Quando se diz que não tem integralidade entre
aposentadoria e o salário que o sujeito recebeu ao
longo da vida, isso não foi criado agora. Foi criado
com o fator previdenciário, há mais de 15 anos. Isso
existe no mundo inteiro”, acrescentou.
O deputado disse ainda que a Previdência precisa ter
a contribuição de todos, inclusive dos trabalhadores
rurais. “Quando se diz que a Previdência tem que ter
a contribuição de todos, inclusive dos rurais, é
porque a natureza da Previdência é que todos possam
contribuir. Como é que você contribui para no final
da vida ter um salário mínimo e quem não contribui
também tem um salário mínimo? É justo que isso
aconteça? Não pode ser.”
Crescimento econômico
Na opinião de Arthur Maia, a aprovação da proposta vai
garantir que a economia do país volte a crescer. “É
um momento decisivo para este governo. Se a PEC
passar, terminaremos este ano com crescimento de
aproximadamente 2%, com perspectiva de, no ano que
vem, crescer 4%. Se a PEC não passar, a gente não
sabe o que vai acontecer.”
Maia afirmou ainda que o governo tem condições de
conseguir a aprovação da proposta. “O governo está
afinado. Não tenho dúvida nenhuma de que temos base
parlamentar para fazer aprovar a PEC.”
Contribuição previdenciária
O deputado disse ainda que está estudando a inclusão,
no texto da reforma, do crime de responsabilidade,
quando um agente público, como um prefeito, deixar
de recolher a contribuição previdenciária patronal.
“Um dos aspectos que estou estudando na lei é
transformar esse tipo de calote na Previdência em
crime de responsabilidade para todos os que estão em
cargos públicos, em primeiro momento, mas podemos
pensar nisso em relação às empresas privadas.”
Fonte: Agência Brasil
07/03/2017 -
Multa do FGTS: governo arrocha trabalhadores e
alivia para o mercado
A apresentação da proposta pelo governo deixa
clara a posição em defesa do mercado. Ao mesmo tempo
em que o governo alivia para os empresários, pode
prejudicar os trabalhadores com as “reformas” da
Previdência e a trabalhista, em discussão no
Congresso Nacional, que representam grandes e
profundos retrocessos sociais.
André Santos*
O governo Temer abriu mão de recursos e desonerou o
setor empresarial ao apresentar proposta para acabar
com a multa de 10% sobre o montante do FGTS do
trabalhador. O recurso vai para o caixa do governo.
Isso porque no dia 17 de fevereiro, o Poder
Executivo enviou ao Congresso Nacional o Projeto de
Lei Complementar (PLP) 343/17, que deixa de
arrecadar recursos provenientes da multa adicional
da contribuição social devida pelos empregadores em
caso de demissão sem justa causa.
A multa, estabelecida pela Lei Complementar 110/01,
é fruto de processo de negociação entre governo,
trabalhadores e empresários. Sua destinação é para a
formação do montante de recursos necessários à
quitação dos compromissos decorrentes dos
complementos de atualização monetária das contas
vinculadas do FGTS que sofreram expurgos por ocasião
dos planos Verão (1989) e Collor (1990).
De acordo com o projeto, a multa, estipulada em 10%
sobre o montante de todos os depósitos devidos ao
FGTS será extinta gradualmente, em um ponto
percentual ao ano, de modo que até 2027 a multa
esteja totalmente extinta.
A apresentação da proposta pelo governo deixa clara
a posição em defesa do mercado. Ao mesmo tempo em
que o governo alivia para os empresários, pode
prejudicar os trabalhadores com as “reformas” da
Previdência e a trabalhista, em discussão no
Congresso Nacional, que representam grandes e
profundos retrocessos sociais.
As proposições querem flexibilizar direitos sociais,
trabalhistas e previdenciários. Mas, segundo o
governo, as medidas são para melhorar o ambiente de
negócios e recuperar o caixa do governo no caso da
Previdência. A renúncia de recursos, como o fim
gradual da multa, servirá para melhorar o ambiente
de negócio para os patrões.
Os empresários têm total legitimidade para
reivindicar tal iniciativa, apresentar propostas e
pressionar as autoridades para realizar seus
pleitos. Mas daí o governo assumir a pauta patronal?
Não parece ser adequando ainda mais num momento como
o que estamos vivendo de profunda retração
econômica.
É sabido que mesmo se mantivesse a taxa de 10% de
multa sobre o FGTS, a sua destinação não seria para
a área social. A Emenda Constitucional 95/16 travou
os investimentos públicos deixando o caminho livre
para que as receitas sejam destinadas
prioritariamente para o superávit primário para
pagamento de juros e serviços da dívida pública.
A renúncia, portanto, da arrecadação da multa do
FGTS patronal é uma afronta à sociedade e aos
trabalhadores brasileiros.
(*) Analista político do Diap
Fonte: Diap
07/03/2017 -
Paulo Paim: Propaganda do governo pela reforma da
Previdência é inconstitucional
O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu informações à
Secretária-Geral da Presidência da República sobre a
propaganda do governo para convencer a sociedade da
necessidade da reforma da previdência social.
Ele quer saber o valor pago pela campanha e os
critérios usados para contratar a empresa que a
elaborou, e quanto as emissoras e veículos de
comunicação receberam para veiculá-la ou publicá-la.
- É inconstitucional o que o governo faz. Está
escrito lá na Constituição que não pode, depois que
o projeto é encaminhado ao Congresso Nacional, fazer
propaganda, querendo interferir na decisão de cada
senador e deputado - afirmou Paulo Paim.
Fonte: Agência Senado
07/03/2017 -
Em jantar, Temer discute com parlamentares
estratégias para a PEC da Previdência
O presidente Michel Temer colocou seus ministros à
disposição dos partidos da base aliada para
esclarecerem dúvidas sobre a reforma da Previdência,
proposta que está em discussão no Congresso
Nacional. Em reunião na noite desta segunda-feira
(6) no Palácio da Alvorada, Temer e os parlamentares
discutiram estratégias de comunicação e
convencimento da sociedade sobre a necessidade da
reforma, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado
Ricardo Trípoli (SP).
Segundo Trípoli, alguns partidos solicitaram a
presença de ministros nas reuniões de bancadas. Os
parlamentares e integrantes do governo, porém, não
chegaram a entrar em detalhes sobre os pontos
polêmicos da proposta.
"Você tem uma série de sugestões que vão aparecendo
com o tempo durante o processo de discussão. Acho
que depois vai ser levada ao governo para saber se
está dentro do que o governo pretende fazer para que
a gente possa ter um ajuste financeiro no país",
afirmou.
Durante pouco mais de uma hora, os deputados e
lideranças do governo no Congresso ouviram
explicações dos ministros da Fazenda, Henrique
Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da
Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, além do
Secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano.
Depois, os parlamentares e ministros participaram de
um jantar com o presidente.
De acordo Trípoli, algumas questões da reforma
trabalhista, que também tramita no Congresso, foram
discutidas no encontro. O deputado defendeu a
necessidade de os partidos buscarem o máximo
possível de consenso interno para depois discutirem
as divergências com a presença dos ministros.
Segundo ele, porém, não deve haver nenhuma “grande
modificação” na proposta enviada pelo governo. "Não
acho que seja algo que vai prejudicar a essência do
projeto. O que você pode ter é um pequeno acerto de
um ou outro item que consta no projeto. O projeto já
foi decantado, debatido, demonstrado, publicado.
Todo mundo conhece. Então, eu não vejo muita
dificuldade. Acho que vamos buscar e encontrar o
resultado o mais rápido possível", disse,
complementando que não deve haver alteração nos
cronogramas previstos anteriormente para a votação
das matérias.
Fonte: Agência Brasil
07/03/2017 -
Mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens
devido à dupla jornada
As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais
que os homens por semana devido à dupla jornada, que
inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado.
Apesar da taxa de escolaridade das mulheres ser mais
alta, a jornada também é.
Os dados estão destacados no estudo Retrato das
Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado nesta
segunda-feira (6) pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). O estudo é feito com base
em séries históricas de 1995 a 2015 da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em 2015, a jornada total média das mulheres era de
53,6 horas e a dos homens, de 46,1 horas. Em relação
às atividades não remuneradas, a proporção se
manteve quase inalterada ao longo de 20 anos: mais
de 90% das mulheres declararam realizar atividades
domésticas; os homens, em torno de 50%.
“A responsabilidade feminina pelo trabalho de
cuidado ainda continua impedindo que muitas mulheres
entrem no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo,
aquelas que entram no mercado continuam respondendo
pela tarefas de cuidado, tarefas domésticas. Isso
faz com que tenhamos dupla jornada e sobrecarga de
trabalho”, afirmou a especialista em políticas
públicas e gestão governamental e uma das autoras do
trabalho, Natália Fontoura.
Segundo Natália, a taxa de participação das mulheres
no mercado de trabalho aumentou muito entre as
décadas de 1960 e 1980, mas, nos últimos 20 anos,
houve uma estabilização. “Parece que as mulheres
alcançaram o teto de entrada no mercado de trabalho.
Elas não conseguiram superar os 60%, que
consideramos um patamar baixo em comparação a muitos
países.”
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
07/03/2017 -
Indústria de Transformação fecha janeiro de 2017 com
desempenho positivo
O ano de 2017 começou com uma boa notícia na área do
emprego. A Indústria de Transformação fechou janeiro
com resultado positivo de 17.501 vagas. O desempenho
foi 0,24% maior do que em dezembro de 2016 e
reverteu a tendência de queda que ocorreu em janeiro
do ano passado, quando foram fechados 16.553 postos.
A informação consta no Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) de janeiro de 2017,
divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Ministério do
Trabalho.
Os subsetores que fizeram com que os números na
indústria ficassem positivos foram, principalmente,
o calçadista (+8.075 postos); o têxtil (+ 6.503); e
o de mecânica (+ 4.164). Também tiveram
comportamento positivo, embora não tão intenso, a
indústria da borracha, fumo, couros, peles e
similares; a metalurgia; a de material elétrico; a
de madeira e do mobiliário; a química; e a de
material de transporte.
Esses desempenhos foram decisivos para o balanço
geral do Caged de janeiro de 2017, que ainda está
negativo, mas segue a tendência de queda gradual no
ritmo do fechamento de vagas. O mês encerrou com uma
redução de 40.864 postos de trabalho formais,
consequência de 1.225.262 admissões e 1.266.126
desligamentos. Em janeiro de 2016, no entanto, a
diferença negativa era de 99.717 vagas, mais do que
o dobro de agora.
Outros três setores tiveram performance positiva em
janeiro deste ano, com destaque para a Agropecuária.
A diferença entre as admissões e demissões foi de
10.663 vagas, um resultado superior ao do mesmo mês
do ano anterior, quando essa diferença foi de 8.729
vagas. As culturas que levaram a esse resultado
foram principalmente as de frutas, com destaque para
a produção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em
seguida, vem a soja, a maior parte cultivada no Mato
Grosso.
A maior queda no número de vagas foi registrada no
Comércio, com 60.075 postos a menos no mês de
janeiro de 2017. Mesmo assim, foi uma diminuição
menor do que em janeiro de 2016, quando tinham sido
fechadas 69.750 vagas. O mesmo ocorreu com o setor
de Serviços, que teve saldo negativo de 9.525 postos
em janeiro de 2017, mas, no mesmo período de 2016,
havia fechado 17.159 postos.
Nove Estados fecharam janeiro com desempenho
positivo no saldo de emprego. O destaque foi Santa
Catarina, que teve um aumento de 11.284 vagas
formais. A maioria dos postos abertos foi nos
setores da Indústria da Transformação, Serviços e
Construção Civil. Em seguida, vem Mato Grosso, com
um acréscimo de 10.010 vagas, principalmente na
Agropecuária e Serviços. O Rio Grande do Sul, teve o
terceiro melhor desempenho, com acréscimo de 8.134
vagas, puxadas pelos setores da Agropecuária e
Indústria da Transformação.
Os outros estados que fecharam com saldo positivo de
emprego formal foram Paraná (+4.973), Goiás
(+4.767), Mato Grosso do Sul (+871), Espírito Santo
(+726), Roraima (+258) e Acre (+25).
Fonte: MT
07/03/2017 -
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários
mínimos é de 4,11% em 12 meses
A inflação para famílias com renda de até 2,5
salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), acumula 4,11% em 12
meses. A taxa é menor que a registrada pelo Índice
de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede
a inflação para todas as faixas de renda e que
acumula variação de 4,57% no período.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6)
pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apenas em
fevereiro, a inflação medida pelo IPC-C1 ficou em
0,07%, taxa inferior ao percentual de janeiro:
0,54%.
A queda do IPC-C1 foi provocada por recuos em seis
das oito classes de despesas que compõem o índice,
entre elas, alimentação, que passou de uma inflação
de 0,34% em janeiro para uma deflação (queda de
preços) de 0,45% em fevereiro.
A inflação dos transportes, por exemplo, recuou de
2,07% para 0,72%. Os custos com vestuário, que já
tinham caído 0,14% em janeiro, tiveram uma queda
ainda maior em fevereiro: 0,37%.
Fonte: Portal EBC
07/03/2017 -
Gerente não consegue impugnar candidatura de
motoristas para cargo em sindicato
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não
conheceu do recurso de um gerente contra decisão que
manteve a candidatura de dois motoristas a cargos de
direção no Sindicato dos Condutores de Veículos e
Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e
Passageiros de Brusque/SC (Sintrab).
O gerente pediu as impugnações com base no artigo
529, alínea “a”, da CLT e no artigo 35 do estatuto
do sindicato, que permitem a eleição apenas de
trabalhadores filiados há no mínimo seis meses antes
da data da votação. Apesar de os motoristas terem se
associado faltando menos de cinco meses para a
escolha dos dirigentes, o juízo de primeiro grau e o
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC)
julgaram improcedente a ação.
O TRT decidiu relativizar o prazo mínimo de filiação
com fundamento na liberdade sindical e no
cumprimento dos outros critérios de elegibilidade
previstos no estatuto, como a participação em pelo
menos três assembleias e o pagamento regular das
mensalidades. Destacou ainda a falta de prejuízo ao
princípio da concorrência, pois a única chapa
participante da eleição era a dos motoristas, que
trabalhavam com o gerente.
Relator do processo no TST, o ministro Augusto César
de Carvalho afirmou que o artigo 529 da CLT, ao
estabelecer as condições para o exercício do direito
de voto e para a investidura em cargo de direção ou
representação sindical, não foi recepcionado pela
Constituição Federal “por total incompatibilidade
com os princípios de liberdade de organização e
administração sindical, previstos no inciso I do
artigo 8º”. Embora acredite que a escolha dos
dirigentes deva ser regida por atos normativos do
próprio sindicato, e o estatuto do Sintrab tenha
exigido os seis meses de filiação, Augusto César
entendeu que o gerente não apresentou decisões que
viabilizassem o conhecimento do recurso por
divergência jurisprudencial.
Por maioria, a Sexta Turma acompanhou o voto do
relator, vencido o ministro Aloysio Corrêa da Veiga.
Ele destacou o descumprimento da regra estatutária
pelo próprio sindicato, e, como a norma interna
reproduz a primeira parte do artigo 529, alínea “a”,
da CLT, concluiu que seria possível conhecer do
recurso por violação desse dispositivo de lei.
(Processo: RR-146100-21.2009.5.12.0010)
Fonte: TST
07/03/2017 -
Turmas do TST decidem sobre validade de banco de
horas e compensação semanal de jornada
A validade dos regimes de banco de horas e de
compensação semanal de jornada foi tema de decisões
recentes da Quarta e da Quinta Turmas do Tribunal
Superior do Trabalho. Os acórdãos concluíram pela
possibilidade de coexistência dos dois sistemas numa
empresa, mas invalidaram o banco de horas adotado
pela Renault do Brasil S. A., porque, apesar de
autorizado por acordo coletivo, não seguia as normas
ajustadas com o sindicato.
No primeiro caso, a Quinta Turma deu provimento a
recurso da Simoldes Plásticos Brasil Ltda. Contra
decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª
Região (PR) que deferiu horas extras a um auxiliar
de produção ao concluir pela impossibilidade de
coexistência de diferentes regimes de compensação de
jornada. Para o ministro Barros Levenhagen, relator,
a adoção simultânea de compensação semanal e banco
horas foi válida, pois a empresa cumpriu os
requisitos para instituir os dois sistemas.
Quanto ao banco de horas, a CLT (artigo 59,
parágrafo 2º) estabelece a necessidade de
autorização em acordo ou convenção coletiva de
trabalho, desde que respeitados o limite máximo de
dez horas de serviço por dia e a exigência de
compensação das horas extras em até um ano. O
mecanismo semanal é admitido pelo TST nos termos da
Súmula 85. Como o Regional não constatou
irregularidades em cada um dos regimes escolhidos
pela Simoldes, a Quinta Turma, por unanimidade,
deferiu ao auxiliar apenas a remuneração extra do
tempo não recuperado.
A Quarta Turma, em outro processo, manteve decisao
do TRT-PR que reconheceu o adicional de serviço
extraordinário para um gestor de produção em São
José dos Pinhais (PR). O banco de horas até estava
previsto em acordo coletivo, mas a empresa exigiu
mais de dez horas diárias de trabalho e não
estabeleceu previamente com o empregado os horários
em que haveria compensação.
Relator do recurso da Renault, o ministro João
Oreste Dalazen concluiu que o Tribunal Regional
julgou conforme entendimento do TST ao invalidar o
banco de horas, porque a fabricante de veículos não
comprovou a observância das condições listadas no
próprio instrumento coletivo. Por unanimidade, os
ministros acompanharam seu voto. Processos: AIRR-476000-64.2008.5.09.0892
e RR-263-81.2012.5.09.0892
Fonte: TST
07/03/2017 -
TRU da 4ª Região fixa cálculo de parcela da
atividade secundária na aposentadoria
A Turma Regional de Uniformização dos Juizados
Especiais Federais da 4ª Região uniformizou
entendimento a respeito do cálculo da parcela das
atividades secundárias na aposentadoria: vale a
média simples dos salários de contribuição,
multiplicada pela proporção relativa aos anos
trabalhados e os anos levados em consideração para a
aposentadoria por tempo de contribuição.
O incidente de uniformização foi instaurado após a
1ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul negar pedido
de uma mulher que queria a revisão da renda mensal
inicial de aposentadoria por tempo de contribuição
baseada no cálculo do salário de benefício da
atividade secundária sem a aplicação do divisor
mínimo. A autora alegou que a 2ª Turma Recursal de
Santa Catarina tem entendimento divergente.
A relatora do incidente, juíza federal Flavia da
Silva Xavier, disse que não há previsão legal para a
utilização de divisor mínimo na apuração da
atividade secundária, pois a Lei 8.213/91 menciona
expressamente a soma da média de salários de
contribuição, conforme o artigo 32, II, 'b',
multiplicado apenas pela proporção ao tempo de
contribuição (no caso da aposentadoria por tempo de
contribuição) ou à carência (no caso dos demais
benefícios).
“Não prevendo expressamente a lei, também não pode
realizar a Administração Previdenciária, sob pena de
ofensa ao princípio da legalidade”. Com informações
da Assessoria de Imprensa do TRF-4. Processo
5004229-95.2013.4.04.7118
Fonte: Consultor Jurídico
06/03/2017 -
Relatório sobre Reforma da Previdência deve ser
votado em abril
A comissão especial que analisa a reforma da
Previdência (PEC 287/16) deve discutir e votar na
primeira quinzena de abril o parecer que será
apresentado pelo relator, deputado Arthur Oliveira
Maia (PPS-BA). Neste mês de março, o colegiado fará
dez audiências públicas e um seminário internacional
para discutir o modelo previdenciário adotado em
outros países.
A informação é do presidente da comissão, deputado
Carlos Marun (PMDB-MS), que avalia como positivos os
trabalhos realizados até agora pelo colegiado. Marun
afirmou que os parlamentares estão tendo a
oportunidade de ouvir todos os lados atingidos pela
reforma proposta pelo governo Michel Temer. “Estamos
garantindo o contraditório. Tanto que estamos
oferecendo a oposição a oportunidade de indicar, a
cada audiência pública, participantes. As discussões
mesmo sendo acaloradas, não têm sido
desrespeitosas”, disse.
Idade mínima
Marun disse que algumas mudanças no texto serão
inevitáveis. Mas defendeu que os pontos mais
importantes sejam mantidos, principalmente a idade
mínima para se aposentar. O texto do governo prevê
65 anos para ambos os sexos. “O que é importante ao
meu ver é que as linhas mestras desse projeto sejam
mantidas, que são: o estabelecimento de idade mínima
para aposentadoria, mesmo que haja alguma
diferenciação entre o homem e a mulher, entre alguma
categoria em função de particularidade dela. E a
necessária sustentabilidade da Previdência.”
O deputado Arthur Oliveira Maia também defendeu a
manutenção de uma idade mínima para se aposentar,
como propõe o governo. Ele disse que pouquíssimos
países do mundo adotam um modelo semelhante ao
brasileiro, de aposentadoria por tempo de
contribuição. “Apenas no Brasil e no Equador nós não
temos uma idade mínima de aposentadoria. Portanto, é
razoável que essa reforma implemente uma idade
mínima de aposentadoria. Temos que impor a questão
da idade mínima como um ponto fundamental”, disse
Maia.
Capacidade
O relator da reforma previdenciária disse que o
projeto deve ser aperfeiçoado na comissão, mas a
direção das mudanças só ficará clara após o
encerramento da fase de apresentação de emendas.
Maia afirmou ainda que as mudanças discutidas pelos
deputados devem levar em conta a capacidade da
Previdência de pagar os benefícios previdenciários.
“Cada mudança que é feita tem que ser avaliada do
ponto de vista da repercussão no orçamento, saber se
podemos pagar. É essa conta que tem que ser feita
para cada mudança que se pretende que fazer.”
Após passar pela comissão especial, a reforma da
previdência será votada em dois turnos no Plenário
da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa,
deputado Rodrigo Maia, disse nesta sexta-feira que
vai se empenhar pessoalmente para aprovar a logo a
proposta do governo.
Fonte: Agência Câmara
06/03/2017 -
Comissão da Reforma Trabalhista vai ouvir
sindicatos, entidades patronais e Justiça do
Trabalho
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) receberá os presidentes das seis principais
centrais sindicais - CTB, CSB, Força Sindical, CUT,
UGT e NCST - na terça-feira (7) e os dirigentes das
maiores confederações patronais - CNA, CNC, CNI,
CNT, CNS e Febraban - na quarta-feira (8).
Para o relator na comissão, deputado Rogério
Marinho, do PSDB do Rio Grande do Norte, essas
audiências serão importantes para ouvir os
principais impactados pelas mudanças que o Executivo
quer implantar.
"Acho que quem tem a possibilidade de nos municiar
com subsídios, com argumentos, com contribuições
que, certamente, vão aperfeiçoar o projeto e vão
esclarecer e melhorar o debate são aqueles
diretamente envolvidos no processo permanente de
negociação, de ajuste. E representando as duas
partes que são os trabalhadores e os empregadores".
A maior parte das centrais participou do anúncio
oficial no Palácio do Planalto, em dezembro de 2016.
A CUT, porém, se recusou a ir ao evento. Segundo a
entidade, a mudança do projeto permitiria a
negociação ser feita com um representante dos
trabalhadores nas empresas com mais de 200
empregados e dispensaria o apoio sindical.
Os representantes dos empresários falarão à comissão
na quarta-feira (8) à tarde. Entre as entidades
convidadas, estão as confederações nacionais da
Indústria, do Comércio e da Agricultura, além da
Federação Brasileira de Bancos, a Febraban.
Na quinta-feira (9) pela manhã (9h), a comissão
ouvirá outros seis convidados para falar sobre o
direito do trabalho urbano. Virão representantes da
Justiça do Trabalho, de advogados trabalhistas, do
setor universitário e da indústria de máquinas e
equipamentos.
Reforma mais ampla
Rogério Marinho afirmou que poderá ampliar a
abrangência do projeto em seu relatório. Segundo
ele, dois pontos devem entrar: o fim do chamado
imposto sindical e a redução de processos na Justiça
do Trabalho.
"Vamos aproveitar esse momento para debatermos
outros pontos que são igualmente importantes e têm
gerado conflitos e dificuldades em nossa economia
relativos à lei do trabalho."
Na última reunião do colegiado, o presidente,
deputado Daniel Vilela, do PMDB goiano, afirmou que
haverá 16 audiências públicas de terças a
quintas-feiras antes da apresentação do relatório de
Marinho. A audiência da terça-feira será a terceira
do colegiado e o relatório deve ser apresentado em
meados de abril.
Fonte: Agência Câmara
06/03/2017 -
Comissão sobre Reforma da Previdência realiza três
audiências nesta semana
A comissão especial da Reforma da Previdência (PEC
287/16) tem três audiências públicas agendadas nesta
semana. Nesta terça-feira (7), serão discutidas as
aposentadorias de profissionais envolvidos em
atividades de risco, como os policiais. Na quarta
(8), será a vez dos professores e dos profissionais
que atuam em atividades que prejudicam a saúde. Na
quinta (9), a discussão será sobre as novas regras
de aposentadoria para servidores públicos.
A reforma proposta acaba com as aposentadorias
especiais para servidores sujeitos à atividade de
risco, como os policiais e bombeiros, bem como para
os professores de ensino infantil, fundamental e
médio, tanto do serviço público quanto privado.
Essas categorias hoje têm direito à aposentadoria
após 30 anos de contribuição, para homens, e 25 anos
de contribuição, para mulheres, sem idade mínima.
O governo argumenta que esta mudança é fundamental
para estados e municípios. Para estes governos, a
carreira do magistério representaria cerca de 20 a
30% do quadro de pessoal, sendo que quase 90% são
mulheres.
Também para as aposentadorias especiais, a reforma
estabelece uma regra de transição para homens com 50
anos ou mais e mulheres com 45 anos ou mais.
Sobre a aposentadoria dos servidores públicos em
geral, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia
(PPS-BA), afirmou que será necessário discutir em
detalhe as novas regras porque sua assessoria já
identificou cerca de 80 regimes diferentes em todo o
País.
Agenda
Na terça-feira a reunião será realizada às 14 horas,
no plenário 1. Na quarta, o debate começa também às
14 horas, no plenário 2. Na quinta-feira, a
audiência pública será às 9h30, no plenário 2.
Fonte: Agência Câmara
06/03/2017 -
Maia afirma que vai se empenhar pessoalmente para
aprovar reforma da Previdência
Após encontro com o ministro da Fazenda Henrique
Meirelles e o secretário da Previdência Marcelo
Caetano, o presidente da Câmara Rodrigo Maia afirmou
nesta sexta-feira (3) que vai se empenhar
pessoalmente para aprovar a reforma da previdência.
“É a votação mais importante que o Brasil terá este
ano e dos últimos anos, que é reformar a Previdência
e reorganizar o equilíbrio das contas públicas. Isso
é fundamental para que a gente possa tirar o Brasil
da crise da forma mais rápida, voltar a crescer e
gerar emprego", defendeu.
O presidente afirmou que o encontro com Meirelles e
Caetano serviu para discutir ponto a ponto o que
mais tem gerado polêmica na proposta do Executivo: a
idade mínima, de 65 anos para homens e mulheres; as
regras de transição para quem está próximo de se
aposentar; as alterações nas regras do Benefício das
Prestações Continuadas (BPC); e a contribuição
previdenciária do trabalhador rural. Para Maia,
todos os pontos polêmicos do governo são
defensáveis.
“Acho que os pontos (polêmicos do governo) são
defensáveis, cabe a cada um de nós enfrentar. A
própria aposentadoria rural é perfeitamente
defensável, se nós queremos um sistema que todos
participem, que participem com pouco. E o que está
se propondo na aposentadoria rural é uma pequena
participação para que o governo tenha clareza
daqueles que vem contribuindo. Fui convencido hoje
que não precisa mudar a regra de transição, não é
necessário, mas é preciso ir para o debate, ouvir,
aqueles que entendem que a reforma é decisiva para o
futuro do Brasil", disse Maia.
Sobre a idade mínima de 65 anos, Maia afirmou que a
regra já existe em vários países do mundo. "Nem acho
que a idade mínima seja um ponto polêmico, porque
você está caminhando para uma regra que já existe na
Constituição, que é 65 anos ou tempo de serviço.
Sessenta e cinco anos é uma idade média bastante
defensável”, ponderou.
O presidente também foi questionado pela imprensa
sobre possíveis mudanças no BPC - benefícios
assistenciais destinados a idosos e pessoas com
deficiência carentes. “Acredito que a proposta do
governo está no caminho correto, o benefício não é
Previdência, é assistência e consome R$ 45 bilhões
do orçamento. É muito dinheiro para uma política
social, mas se chegou em um momento que você precisa
reorganizar o BPC”, disse Maia.
Terceirização
O presidente da Câmara Rodrigo Maia defendeu ainda a
aprovação do projeto do Senado que regulamenta a
terceirização e permite que as empresas possam
terceirizar qualquer ramo de sua atividade,
inclusive a chamada atividade-fim (PL 4302/98). Maia
informou que pretende pautar o projeto ainda este
mês no Plenário da Casa. O texto foi apresentado há
19 anos, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso,
e aprovado pela Câmara em 2002.
“Vai ser um grande avanço para garantir a segurança
jurídica dos empregos terceirizados que são milhões
e milhões no Brasil e vivem em enorme insegurança”,
afirmou o presidente.
Atualmente, jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) proíbe a terceirização da principal
atividade da empresa (atividade-fim) e autoriza a
contratação apenas para atividades-meio. Projeto
aprovado em 2015 pela Câmara abriu essa
possibilidade, no entanto, o tema ainda precisa ser
apreciado pelo Senado e o texto que Rodrigo Maia
pretende votar nas próximas semanas, se não tiver
alterações, pode já ser sancionado pelo presidente
Temer.
“A terceirização é um ganho absoluto para aqueles
que trabalham em serviços terceirizados. Contratar
no Brasil é uma missão de herói, ou vamos dar
condições para o setor privado gere o
desenvolvimento do Brasil, ou vamos entregar em 2018
um Brasil pior do que está hoje”, disse.
Recuperação Fiscal
Além do projeto da terceirização, Rodrigo Maia
informou que também pretende colocar em votação nas
próximas semanas o projeto do Executivo que trata da
recuperação fiscal dos estados. Segundo ele, o
governo não tem condições de assinar os acordos de
renegociação das dívidas se não forem aprovadas no
texto as contrapartidas fiscais dos estados. “Vou
defender que a gente possa colocar (as
contrapartidas) que são muito importantes para
estados como Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul”,
destacou.
Fonte: Agência Câmara
06/03/2017 -
País inicia ano fechando 40,8 mil empregos formais;
saldo é o menor desde 2014
Pelo 22º mês seguido, mais pessoas foram demitidas
do que contratadas com carteira assinada. Segundo o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado sexta-feira (3) pelo Ministério
do Trabalho, o país fechou 40.864 postos formais de
trabalho em janeiro. O número leva em conta a
diferença entre admissões e demissões.
A última vez em que o Caged registrou saldo positivo
foi em março de 2015, quando 19,2 mil vagas haviam
sido criadas. Apesar do desempenho negativo em
janeiro, o saldo foi melhor que no mesmo mês de 2015
e 2016, quando haviam sido extintas 99.694 e 81.744
vagas, respectivamente.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, o país acumula o
fechamento de 1,28 milhão de postos formais de
trabalho. Em 2016, o país extinguiu 1,32 milhão de
vagas com carteira assinada, com pequena melhora em
relação a 2015, quando 1,54 milhão de empregos
haviam sido extintos.
Comércio lidera demissões
Na divisão por setores da economia, o comércio foi o
que mais demitiu em janeiro, com 60.075 vagas
encerradas. Na sequência, os setores de serviços,
com 9.525 postos extintos, e a construção civil, com
775 empregos a menos. A indústria extrativa mineral
fechou 59 vagas em janeiro.
Os números, no entanto, apontam sinais de
recuperação do emprego em outros setores. A
indústria de transformação, que vinha demitindo nos
últimos anos, abriu 17.501 vagas em janeiro. A
agricultura gerou 10.663 postos de trabalho. Na
administração pública, as contratações superaram as
demissões em 671 empregos.
Nordeste
Na comparação por regiões, o Nordeste liderou as
demissões, com extinção de 40.803 postos de trabalho
em janeiro. Em seguida, vêm as regiões Sudeste
(-30.388 vagas) e Norte (-6.835). O Sul liderou a
criação de empregos, com 24.391 vagas abertas,
seguido pelo Centro-Oeste, com 12.771 novos postos
formais.
De acordo com o Caged, nove estados fecharam janeiro
com criação de empregos. O destaque foi Santa
Catarina, com aumento de 11.284 vagas formais,
principalmente nos setores de indústria da
transformação, serviços e construção civil.
Em seguida, Mato Grosso, com acréscimo de 10.010
vagas, que se concentraram na agropecuária e nos
serviços. Os estados que mais fecharam postos
formais de trabalho foram o Rio de Janeiro (-26.472)
e Pernambuco (-13.910).
Fonte: Agência Brasil
06/03/2017 -
Saque das contas inativas do FGTS começa na próxima
sexta-feira
O dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS) poderá ser sacado a
partir da próxima sexta-feira (10) por mais de 4,8
milhões de trabalhadores brasileiros.
O prazo vai até 7 de abril para os que nasceram nos
meses de janeiro e fevereiro.
Segundo a Caixa Econômica Federal, mais de 30,2
milhões de trabalhadores têm direito ao saque do
saldo das contas inativas do FGTS. Ao todo, o saldo
das contas inativas é de R$ 43,6 bilhões.
Fonte: Portal EBC
06/03/2017 -
Trabalhadores podem requerer informe de rendimentos
para declaração do Imposto de Renda
O informe de rendimentos para a declaração do
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2017 deve ser
entregue pela fonte pagadora ao trabalhador. Caso
não tenha recebido o documento até o último dia útil
de fevereiro, prazo estipulado em lei, o funcionário
pode requerê-lo à empresa responsável. Este ano, o
prazo de entrega da declaração para as pessoas
físicas iniciou no dia 2 de março e se estende até
28 de abril.
A fonte pagadora deve fornecer o informe de
rendimentos independentemente de ter havido ou não
rendimento tributável. A empresa que deixar de
fornecer aos beneficiários, dentro do prazo, ou
fornecer com inexatidão as informações, fica sujeita
ao pagamento de multa equivalente a R$ 41,43 por
documento.
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.215, de
15 de dezembro de 2011, a fonte pagadora que prestar
informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções
ou imposto sobre a renda retido na fonte receberá
multa de 300% sobre o valor que for indevidamente
utilizável. Por exemplo, como a redução do imposto a
pagar ou aumento do imposto a restituir ou a
compensar, independentemente de outras penalidades
administrativas ou criminais.
No caso de retenção na fonte e não fornecimento do
comprovante, o trabalhador deve comunicar o fato à
unidade de atendimento da Secretaria da Receita
Federal (RFB) do Brasil de sua jurisdição, para as
medidas legais cabíveis. Deverá declarar o
contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis
acima de R$ 28.559,70 em 2016.
Fonte: MT
06/03/2017 -
Fracionamento de férias do trabalhador deve ser
analisado na CAS
Um projeto que permite ao trabalhador fracionar o
tempo de férias está na pauta na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS). Pelo texto do PLS 411/2016,
independentemente de acordo trabalhista, as férias
poderão ser fatiadas em até duas vezes, com um dos
períodos observando o mínimo de 14 dias, ou em até
três vezes, por meio de acordo.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina
que o prestador de serviço tire apenas um período de
férias, depois de um ano de trabalho. Hoje, o
fatiamento das férias pode ser realizado apenas em
casos excepcionais, mediante acordo escrito,
individual ou coletivo, e os dias de folga podem ser
fracionados em até três vezes.
A proposta do senador Deca (PSDB-PB) acrescenta um
artigo à CLT para regulamentar o fracionamento de
férias, abrindo a possibilidade de negociação
coletiva em outras hipóteses não previstas na
legislação.
O atual texto da CLT proíbe o parcelamento de férias
dos empregados menores de 18 anos e maiores de 50
anos de idade. O projeto suprime esta exigência por
entender que o melhor juízo da divisão dos períodos
é, nesses casos, do próprio interessado, o
empregado.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
06/03/2017 -
Projeto garante emprego por um ano após
auxílio-doença por câncer
O trabalhador segurado no Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) poderá ter garantida sua
permanência no emprego por pelo menos um ano após o
fim do período de auxílio-doença. Começou a tramitar
no Senado o Projeto de Lei do Senado (PLS) 14/2017,
que prevê o benefício às pessoas que lutam contra o
câncer. O projeto aguarda o recebimento de emendas e
a designação de relator na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS).
De autoria do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), o
projeto altera a Le i 8.213/1991. De acordo com o
autor do projeto, a Constituição tem como fundamento
a dignidade da pessoa humana, o que “impõe ao Estado
a tarefa de garantir um patamar civilizatório mínimo
de direitos a todos aqueles que se encontrem sob a
soberania do nosso país, brasileiros ou
estrangeiros”.
O projeto também garante o benefício mesmo que a
doença tenha se iniciado antes da filiação do
empregado ao RGPS. Caso seja aprovada na CAS, a
matéria seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Senado
06/03/2017 -
Proposta estabelece limite de dois anos para pensão
alimentícia
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
4984/16, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que
estabelece limite de dois anos para pensão
alimentícia após divórcio ou fim da união estável,
ou até quando o beneficiado seja inserido em alguma
ocupação remunerada.
O texto inclui o prazo limite na Lei de Alimentos
(5.478/68), que hoje estabelece o repasse mensal de
parte da renda líquida dos bens comuns.
Para Bezerra, a mudança é “urgente”, por causa da
divergência na jurisprudência sobre a duração da
pensão alimentícia transitória.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Seguridade Social e
Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania
(inclusive quanto ao mérito).
Fonte: Agência Câmara
03/03/2017 -
ATENÇÃO: Rodrigo Maia pode colocar em votação
terceirização na terça (7)
Há movimentações na Câmara dos Deputados que indicam
que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pode
pautar o PL 4.302/98, do ex-presidente FHC, que
trata da terceirização. O projeto, sob a relatoria
do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), está pronto
para votação no plenário. Se for aprovado vai à
sanção presidencial.
Atentos, os coordenadores da Frente Parlamentar
Mista em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora,
senador Paulo Paim (PT-RS) e deputado Vicentinho
(PT-SP) convocam reunião da frente, na próxima
terça-feira (7). Na pauta, reforma trabalhista (PL
6.787/16) e terceirização.
Há forte pressão da bancada empresarial para votar o
PL 4.302, que resgata o texto do PL 4.330/04
aprovado pela Câmara e enviado ao Senado, em 2015,
que prevê a terceirização geral da mão de obra,
entre outras formas de precarização das relações de
trabalho.
Fonte: Diap
03/03/2017 -
STF decide que sindicato não pode exigir taxa
assistencial de quem não é filiado
Ação ajuizada pelo MPT-9 questionava a cobrança
compulsória de taxa sem direito à oposição,
mas relator foi mais longe e fixou o entendimento
de que os não sindicalizados não devem ser cobrados
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é
inconstitucional a cobrança de contribuição
assistencial por convenção coletiva de trabalhadores
não sindicalizados. Essa taxa é cobrada a cada vez
que uma convenção coletiva é firmada – geralmente
uma vez por ano. O Recurso Extraordinário 1.018.459,
de autoria do Ministério Público do Trabalho (MPT)
da 9ª Região, teve repercussão geral, ou seja, se
aplica todos os casos idênticos a esse que
tramitarem na corte. A outra parte foi o Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, de
Máquinas, Mecânicas, Material Elétrico, de Veículos
Automotores, de Autopeças e de Componentes e partes
para veículos automotores da Grande Curitiba.
Em sua decisão, o relator do caso, ministro Gilmar
Mendes, diferenciou a contribuição assistencial da
contribuição sindical, que deve ser cobrada
independentemente de filiação ao sindicato. “A
questão encontra-se, inclusive, pacificada pela
jurisprudência deste Supremo Tribunal, no sentido de
que somente a contribuição sindical prevista
especificamente na CLT, por ter caráter tributário,
é exigível de toda a categoria, independentemente de
filiação”, afirmou o ministro, segundo o site Jota.
O procurador do trabalho do MPT-9 Alberto Emiliano
de Oliveira Neto, autor da ação, explica que ela foi
ajuizada porque o sindicato dos metalúrgicos estaria
incluindo na convenção coletiva a cobrança
compulsória da taxa assistencial de empregados não
sindicalizados, sem dar o direito à oposição.
Segundo ele, o objetivo era apenas que os não
filiados à entidade tivessem a alternativa de se
manifestar quando não quiserem pagar.
Mas o relator do caso acabou indo mais longe, e
fixou o entendimento de que, na convenção coletiva,
a cobrança não deve ser exigida daqueles que não se
vinculam à entidade sindical. Também segundo
informações do site Jota, a maioria dos ministros
acompanhou o relator, apenas Marco Aurélio Mello foi
contra.
“Essa ação discute a inserção de contribuição a ser
paga pelo não filiado na convenção coletiva. Na
nossa visão, essa inserção pode ocorrer desde que se
assegure o direito à oposição”, explica o procurador
do MPT. Ele acrescenta que o trabalhador tem o
direito a se filiar ou não a uma entidade, mas, “com
base no princípio da unicidade, o sindicato
representa toda a categoria e precisa de recursos
para se custear”.
Oliveira Neto faz questão de enfatizar que o MPT não
é inimigo do sindicato e quem ambos atuam em
parceria em muitas situações. Segundo ele, Gilmar
Mendes optou por uma linha de entendimento diferente
da do MPT. “Queremos compatibilizar o princípio da
liberdade sindical com o fortalecimento das
entidades sindicais. O MPT tem respeito pelas
entidades sindicais. Reconhecemos a importância e o
papel deles. Eventualmente o entendimento de Gilmar
Mendes não vai refletir o entendimento do MPT”,
afirma o procurador.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba foi
procurado mas não deu retorno até o fechamento da
matéria.
Fonte: Gazeta do Povo
03/03/2017 -
Fórum Sindical deflagra campanha contra reformas
neoliberais de Michel Temer
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), formado
por 20 Confederações, deflagrou campanha de combate
às reformas trabalhista e previdenciária. São várias
as iniciativas, incluindo um vídeo em que seu
coordenador, Artur Bueno de Camargo, chama atenção
para a necessidade de se garantir conquistas
asseguradas na Constituição e outros direitos.
Artur, que também preside a CNTA Afins (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Alimentação), rechaça
as reformas. “Elas são tão ruins que não comportam
emendas. O certo seria o governo retirar as
propostas e buscar negociar projetos com o conjunto
do sindicalismo”, argumenta.
O FST já atua na mobilização da classe trabalhadora
e busca diálogo com segmentos da sociedade. “Estamos
abertos a incorporar outras instituições com os
trabalhadores, para que possamos fazer grandes
movimentos”, anuncia Artur Bueno.
Parlamentares - Segundo Artur, uma das frentes de
ação do Fórum Sindical é o Legislativo. “Vamos atuar
no Congresso Nacional, em Brasília. Em outra frente,
estamos mobilizando trabalhadores e outros segmentos
sociais nas bases eleitorais de cada deputado e
senador, para mostrar que esses projetos não podem
ser aprovados, porque vão acarretar uma perda enorme
para a classe trabalhadora”, diz.
Rombo - “Não fomos nós que causamos o alegado rombo
na Previdência. Portanto, não admitimos que o
governo queira jogar em nossas costas esse rombo,
que, se for real, tem como causas a má gestão e a
omissão do governo em cobrar aqueles que sonegam à
Previdência”, denuncia o coordenador do FST.
União - Artur Bueno ressalta a importância de
unificar a luta contra as reformas. Ele adverte que,
se elas não forem barradas, isso pode significar o
desmonte da estrutura de representação sindical e o
fim da própria aposentadoria.
Fonte: Agência Sindical
03/03/2017 -
Paim quer reunir até 40 assinaturas em apoio à CPI
da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou nos últimos
dias a conquista de 29 assinaturas em requerimento
de sua autoria propondo a abertura de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar no
Senado a situação financeira da Previdência Social.
São dois nomes além do mínimo necessário, mas assim
mesmo ele pretende continuar buscando apoio de
outros senadores até o fim de março, quando pretende
protocolar o documento.
A intenção de Paim é coletar entre 35 e 40
assinaturas, com margem suficiente para compensar
desistências que possam acontecer de última hora
entre os assinantes. Segundo ele, o Palácio do
Planalto não tem interesse nas investigações e
começa a pressionar senadores da sua base para que
retirem as adesões. Sem dar nomes, Paim revelou que
aproximadamente metade dos apoios até aqui
confirmados veio de integrantes da base governista.
— O governo fica dizendo que a CPI não interessa,
mas para que ter medo? Deixa investigar, pois quem
não deve não teme — provoca.
Reforma
A CPI proposta tem por finalidade apurar desvios de
verbas, fraudes, sonegações e outras irregularidades
no sistema que financia os benefícios do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo Paim,
somente uma rigorosa investigação da situação atual
da Previdência permitirá concluir se é necessário ou
não prosseguir com a ideia de reformar a Previdência
Social.
O governo encaminhou ao Congresso, no final do ano
passado, a proposta de emenda constitucional que
trata da reforma da Previdência (PEC 287/2016). A
justificativa seriam os déficits crescentes,
saltando de 0,3% do PIB, em 1997, para estimados
2,7% agora em 2017 (R$ 181,2 bilhões). Um dos
problemas apontados é que os brasileiros estariam
vivendo mais, e assim a população teria mais idosos
e menos jovens para sustentar as contribuições ao
sistema.
Segundo Paim, os números do governo são “falaciosos”
e isso precisa ficar claro para a população, uma
contribuição que poderá ser dada pela CPI. Para o
senador, o que vem comprometendo o sistema são “maracutaias”,
como desvios de recursos da Previdência para outras
áreas, perdas com corrupção, fraudes e sonegação.
Com efetiva fiscalização e cobrança, o sistema pode
ganhar de imediato R$ 250 bilhões. Haveria ainda
mais R$ 400 bilhões de dívidas antigas que precisam
ser cobradas.
— Todos os argumentos deles são pífios, não são
verdadeiros. O que eles querem mesmo é privatizar a
Previdência, entregá-la para o sistema financeiro.
Por isso, querem desmoralizar a Previdência —
criticou.
CPI Mista
Paim e outros parlamentares críticos à reforma
defendida pelo governo articulam ainda a criação de
uma segunda CPI para investigar a situação da
Previdência Social. Essa outra será uma comissão
mista, com participação de senadores e deputados.
Segundo Paim, a coleta de assinaturas começará pela
Câmara dos Deputados a partir da próxima semana.
— A CPI não é ideológica e suprapartidária, e não é
contra ninguém, apenas a favor dos aposentados e dos
trabalhadores. Qual o medo de investigar? Investiga
os últimos dez anos ou até os últimos vinte anos.
Não há problema nenhum. Queremos apenas mostrar que
é uma questão de gestão e de responsabilidade —
finaliza.
Fonte: Agência Senado
03/03/2017 -
Senado deve voltar a discutir a proibição do amianto
A proibição do uso do amianto no Brasil voltará a
ser discutida no Senado, por iniciativa do senador
Paulo Paim (PT-RS). O amianto ou asbestos é
considerado cancerígeno. A doença é causada pela
inalação da poeira fina do mineral e mata cem mil
pessoas por ano, segundo a Organização Internacional
do Trabalho (OIT). Por isso, a fabricação do amianto
já foi proibida em 59 países. No Brasil, ele é
utilizado principalmente em telhas de baixo custo,
caixas d’água e pastilhas de freio. Paim decidiu
reapresentar projeto de ex-senadores petistas que
não foi aprovado pelo Senado. O senador entende que,
neste momento, o ambiente é mais favorável à
aprovação do PLS 30/2017.
Fonte: Agência Senado
03/03/2017 -
Proposta muda regra para ações trabalhistas sumárias
sem indicação de endereço do reclamado
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
4975/16, do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), para
determinar que reclamações trabalhistas sujeitas a
procedimento sumaríssimo sejam transformadas em
procedimento ordinário se for necessária a citação
do reclamado por edital.
Hoje, a Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-lei
5.452/43) estabelece que o rito sumaríssimo se
aplica às reclamações trabalhistas individuais com
valor de até 40 salários mínimos. Nesse caso, os
processos são instruídos e julgados em única
audiência entre as partes.
Para tanto, o autor da reclamação deve indicar de
forma precisa o endereço do reclamado, sob o risco
de arquivamento do processo, já que não é permitida
a citação por edital.
Fraga argumenta que o arquivamento sem análise pela
falta de endereço prejudica alguns tipos de
reclamações, sobretudo as ações de baixa do registro
da carteira de trabalho. Ele observa que nos casos
de extinção do empregador, ou quando não se conhece
o seu paradeiro, a continuidade da ação só é
possível com citação por edital.
Com isso, muitas petições são recusadas pelo juiz
justamente por não cumprirem os requisitos do rito
sumaríssimo. “A parte reclamante, normalmente pessoa
humilde, acertando a documentação para requerimento
da aposentadoria, fica em uma situação difícil,
ingressando várias vezes com a petição, até que
algum juiz entenda de forma diferente”, frisou.
O projeto preserva as regras do rito sumaríssimo
previstas na CLT mas inclui a possibilidade de
abertura de instância na justiça trabalhista, o que
atualmente é uma prerrogativa do presidente do
tribunal, do procurador da justiça do trabalho e dos
sindicatos, nos casos de dissídio coletivo.
Tramitação
A proposta será analisada de forma conclusiva pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/03/2017 -
Dependentes podem sacar contas inativas de falecidos
Para ter acesso aos recursos é necessário
apresentar a carteira de trabalho do titular da
conta, além da identidade do sacador
Com a liberação dos recursos em contas inativas do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
famílias de trabalhadores que morreram antes da
edição da medida podem sacar o dinheiro.
Nesse caso, para ter acesso aos recursos, é
necessário apresentar a carteira de trabalho do
titular da conta, além da identidade do sacador ao
solicitar o resgate junto à Caixa Econômica Federal.
Entre as pessoas que têm legitimidade sobre os bens
do trabalhador que morreu, estão o cônjuge ou os
herdeiros. Caso a família não tenha um inventário
deixado pelo ente falecido indicando a divisão de
bens, é preciso ir até o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e solicitar a emissão de uma
declaração de dependência econômica e da
inexistência de dependentes preferenciais.
Além disso, o INSS emite uma declaração de
dependentes que podem receber a pensão por morte e
que têm direito aos valores.
Também é necessário apresentar a identidade e o CPF
dos filhos do trabalhador que forem menores de
idade. Os recursos serão partilhados e depositados
na caderneta de poupança desses dependentes, que só
poderão acessá-la após completarem 18 anos.
Fonte: Jusbrasil
03/03/2017 -
Motorista recebe hora extra por intervalo sem limite
de duração previsto em norma coletiva
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
proveu recurso de um motorista para condenar a
Unesul de Transportes Ltda. a pagar, como extras, as
horas do intervalo de repouso e alimentação que
superaram o limite de duas horas diárias. A empresa
tinha autorização em convenção coletiva para
ultrapassar esse tempo, mas os ministros invalidaram
o ajuste, por não estabelecer limite para a duração
do período de descanso.
O motorista conduzia ônibus interestadual e
argumentou que ficava mais de duas horas na garagem
da empresa no intervalo entre as viagens, sem
cômputo na jornada. O juízo de primeiro grau e o
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
indeferiram o pedido de horas extras. Para o TRT, o
artigo 71 da CLT permite repousos superiores a 120
minutos mediante autorização em acordo escrito ou
contrato coletivo, sem exigir fixação de limite
máximo para o intervalo.
Relator do processo no TST, o ministro Alberto
Bresciani aceitou a pretensão do motorista. De
acordo com Bresciani, o caput do artigo 71 da CLT
estabelece que, em qualquer trabalho contínuo cuja
duração exceda de seis horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo de no mínimo uma hora e,
“salvo acordo escrito ou contrato coletivo em
contrário, não poderá exceder de duas horas”. Assim,
havendo previsão em norma coletiva para a
prorrogação do intervalo intrajornada, a ampliação
em período superior a duas horas só será eficaz se
houver a efetiva delimitação de seu tempo de
duração, o que, segundo o relator, não ocorreu no
caso. A decisão foi unânime. Processo: ARR-757-07.2015.5.09.0094
Fonte: TST
03/03/2017 -
Proteção a emprego terá reforço no caixa de R$
327,28 milhões
A iniciativa do governo federal para preservar
empregos receberá R$ 327,28 milhões em 2017. O
Programa Seguro-Emprego (PSE) terá à disposição
verba 88% maior que o usado desde 2015, quando foi
lançado um instrumento específico para tentar
preservar empregos em meio à crise. Levando-se em
conta a média histórica, o valor é suficiente para
proteger até 123 mil vagas. Mas há dúvida se os
recursos serão usados.
Especialistas dizem que a adesão nem sempre é fácil
e apenas companhias que usam mão de obra
especializada veem benefícios na medida. A
fabricante de máquinas Caterpillar é um exemplo de
caso bem sucedido de uso do programa. Em 2015 a
empresa cogitou despedir até 830 empregados. Para
evitar as demissões, aderiu ao antigo Programa de
Proteção ao Emprego (PPE). Após negociação,
trabalhadores toparam reduzir em 30% carga horária e
salários. Em contrapartida, o governo destinou R$
4,8 milhões para compensar parte da perda dos
salários.
Com o acordo, 1.834 trabalhadores das fábricas de
Piracicaba (SP) e Campo Largo (PR) ficaram de três a
seis meses sob o novo regime. Nesse período, para
fugir do mercado brasileiro em depressão, a equipe
comercial passou a buscar novos mercados para os
equipamentos montados na filial brasileira. A
estratégia deu certo. O volume de máquinas
exportadas para América Latina e Estados Unidos
cresceu e a filial passou a vender para o Canadá e a
Rússia.
Criado no governo Dilma Rousseff, o PPE foi
rebatizado por Michel Temer em dezembro como PSE. O
programa permite que empresas em dificuldades possam
negociar a diminuição da jornada de trabalho e dos
salários até 30%. Para minimizar a perda de renda do
empregado, o governo compensa metade dessa redução
salarial.
Beneficiados
Desde agosto de 2015, o programa usou R$ 173,75
milhões para a manutenção de 65.443 vagas, segundo o
Ministério do Trabalho. O montante de 2017 é quase o
dobro do orçamento de um ano e meio do programa. O
dinheiro, porém, não parece atrair as empresas.
“Esse é um programa que tende a proteger empregados
relativamente qualificados, a elite dos
trabalhadores industriais. São pessoas que receberam
investimento para formação e o empregador não quer
perdê-los”, diz o economista da Opus Gestão de
Recursos e professor da PUC-Rio, José Márcio
Camargo.
Especialistas como Camargo avaliam que o PSE faz
sentido para empresas em dificuldade financeira que
têm trabalhadores especializados e veem luz no fim
do túnel em horizonte relativamente curto, já que a
iniciativa permite manter temporariamente e com
custo menor os empregados que exigem treinamento.
Para empresas que não veem melhora em até um ano ou
têm mão de obra não especializada, pode ser mais
barato demitir e recontratar depois.
A sócia do grupo trabalhista da Trench, Rossi e
Watanabe Advogados, Leticia Ribeiro, elogia o PSE,
mas nota que nem sempre o programa é benéfico para
as empresas. “É preciso comprovar a situação
delicada, dado que muitas vezes é confidencial, e
dar estabilidade ao empregador durante a adesão. Por
isso, pode não ser interessante para alguns
empregadores.”
Segundo o Ministério do Trabalho, quatro empresas
aderiram ao programa em 2017, com 2.098 empregos
beneficiados. A pasta não se pronunciou sobre o
tema.
Fonte: Jusbrasil
02/03/2017 -
Senador Paim convoca movimento sindical para evitar
votação da terceirização na Câmara
Diante dos ataques e ameaças aos direitos da classe
trabalhadora no Congresso Nacional, os coordenadores
da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos
da Classe Trabalhadora, senador Paulo Paim (PT-RS) e
Vicentinho (PT-SP) irão realizar reunião da frente
no dia 7 de março.
Na pauta, a reforma trabalhista e a terceirização. A
primeira (PL 6.787/16) está em discussão numa
comissão especial da Câmara. A segunda tem o PLC
30/15, em discussão no Senado; e o PL 4.302/98, em
discussão na Câmara.
A bancada empresarial pressiona para votar o PL
4.302, que resgata o texto do PL 4.330/04 aprovado
pela Câmara e enviado ao Senado, em 2015, que prevê
a terceirização geral da mão de obra, entre outras
formas de precarização das relações de trabalho.
A reunião, que ser vai aberta a quem quiser
participar, está prevista para começar às 9h30, no
plenário 14, no corredor das comissões na Câmara dos
Deputados.
Fonte: Diap
02/03/2017 -
A reforma trabalhista é tão ruim quanto à
previdenciária
A reforma trabalhista visa desregulamentar
direitos e regulamentar restrições. Sem falar que
vai acabar também com a Justiça e o Direito do
Trabalho.
Marcos Verlaine*
Todas as atenções estão voltadas para a reforma da
Previdência (PEC 287/16), como se a reforma
trabalhista (PL 6.787/16) não existisse ou fosse
menos prejudicial. Ambas as proposições retiram
direitos dos trabalhadores. Ambas impõem retrocessos
sociais. Por isso, o combate a ambas deve ser na
mesma proporção.
Se a reforma da Previdência dificulta ou acaba com o
direito à aposentadoria e/ou pensão, porque pode
destruir a Previdência Pública; a reforma
trabalhista pode destruir os direitos trabalhistas,
o Direito do Trabalho e a Justiça do Trabalho. Uma
“reforma” completa a outra, numa lógica perversa que
precisa ser denunciada. Sem legislação trabalhista,
a primeira consequência será a redução drástica de
salário. E quanto menor o salário, menores ainda
serão os benefícios previdenciários - aposentadorias
e pensões.
A mobilização e luta contra as “reformas” precisam
de estratégias. Como se o movimento sindical se
dividisse em duas grandes frentes: uma para debater
e combater a reforma da Previdência; e outra para
debater e combater a reforma trabalhista.
Já há, salvo melhor juízo, uma razoável massa
crítica em relação à PEC 287/16. Agora é necessário
dar vazão às informações que ajudam a combater e
desmistificar o discurso do governo de “quebradeira
da Previdência”.
O mercado, o sistema financeiro, os empresários,
sobretudo os grandes, querem reduzir as despesas com
Previdência, porque essa é a segunda maior despesa
do Orçamento da União. A primeira grande despesa é o
pagamento dos juros e rolagem da dívida. Para isso,
o governo reservou R$ 1,7 tri, dos R$ 3,5 tri do
orçamento de 2017.
Para que a emenda constitucional do congelamento de
gastos (EC 95/16) tenha efetividade é preciso fazer
a reforma da Previdência. Daí virá grande parte dos
recursos para pagar os juros e serviços da Dívida
Pública, em benefício do sistema financeiro, do
rentismo.
Outro sonho de consumo do mercado
A reforma trabalhista tem o mesmo caráter. Retirar
direitos para reduzir o custo da mão de obra, que já
é um dos mais baratos das grandes economias
mundiais. Essa redução vai maximizar o lucro dos
empresários. E, ainda, tem o objetivo de atender
outro sonho de consumo do mercado, dos empresários e
da bancada que representa os interesses do capital
no Congresso Nacional - acabar com a legislação
trabalhista.
A reforma trabalhista visa desregulamentar direitos
e regulamentar restrições. O mercado trabalha com a
falsa lógica que para aumentar o número de vagas é
preciso desregulamentar direitos.
O objetivo de inserir numa lei infraconstitucional o
“negociado sobre o legislado”, elemento central do
PL 6.787/16, é exatamente restringir direitos. Do
contrário não precisaria, pois a legislação já prevê
que a negociação se sobressaia quando acrescenta ou
amplia direitos. Nenhum sindicato precisa colocar no
acordo ou na convenção coletiva o que já está
consignado em lei, já que os direitos assegurados em
lei são inegociáveis ou irrenunciáveis.
Assim, portanto, com a desregulamentação da
legislação trabalhista tudo poderá ser negociado.
Tudo mesmo!
Por fim, para entender a gravidade e consequência
negativa que a reforma trabalhista vai trazer para
as relações de trabalho, é que tal reforma, se for
aprovada, vai “comprometer não apenas o Direito do
Trabalho, que perde seu caráter irrenunciável e de
ordem pública, mas também a própria Justiça do
Trabalho, que só se justifica para fazer cumprir os
direitos trabalhistas, além de inviabilizar a
própria organização sindical, que passará a
enfrentar a pressão do trabalhador e não mais
diretamente do patrão”, refletiu o diretor de
Documentação do DIAP, Antônio Augusto de Queiroz, em
artigo “Reforma trabalhista e fontes de direito”.
Portanto, ambas as “reformas” se equivalem no
quesito “retirada de direitos” e retrocessos
sociais, sendo que a trabalhista traz consigo um
componente a mais: o enfraquecimento do movimento
sindical. Como se vê, o risco de retrocesso,
realmente, é muito grande.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
02/03/2017 -
Reforma da Previdência impacta aposentadorias por
invalidez e por deficiência
Aos poucos, com as audiências públicas realizadas na
comissão especial, os deputados que analisam a
proposta de reforma da Previdência passam a ter
contato com mudanças mais específicas, mas de grande
impacto para alguns grupos.
É o caso das aposentadorias por invalidez que, com a
reforma, passarão a ser chamadas de aposentadorias
por incapacidade permanente. São aqueles segurados
que ficaram incapacitados durante a vida laboral.
Outra situação é a aposentadoria das pessoas com
deficiência, ou seja, pessoas que desde sempre
trabalharam sob essa condição. Essa aposentadoria é
relativamente nova, foi regulamentada em 2013.
Sem fundamento
Para as aposentadorias por incapacidade, o governo
propôs garantir benefício integral apenas para os
trabalhadores que ficaram incapacitados durante a
atividade laboral.
Os demais cairiam na fórmula geral da reforma que
garante 51% da média de salários mais 1 ponto por
ano de contribuição. A regra já é diferenciada para
servidores públicos.
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou a
mudança: "Quer dizer agora que a aposentadoria por
incapacidade permanente, os 100% são um prêmio para
quem se acidentou no trabalho? Olha, se você não
pode trabalhar porque sofreu isso no trabalho, nós
te damos 100%. Agora se você é um desgraçado que
perdeu a capacidade de trabalhar por um acidente de
trânsito ou por uma bala achada, lamento muito. Azar
seu. Tomara que você tenha contribuído muito tempo.
Qual é o fundamento disso?"
Coordenador-geral de Serviços Previdenciários e
Assistenciais do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), Josierton Bezerra afirmou que as
incapacitações fora do ambiente do trabalho são 95%
do total.
Na avaliação do servidor público, isso justificaria
a mudança proposta. "Eu demonstro que esse
benefício, aposentadoria por invalidez, ele é
operacionalizado no INSS”, explica Josierton.
“Quando a gente associa a invalidez sem ter relação
nenhuma com o trabalho, estes últimos anos trazem
uma média de 185 mil benefícios (por ano). Enquanto
os benefícios relacionados ao trabalho, eles estão
aí na casa de 9 mil a 9.500 nos últimos anos",
acrescenta.
Comparações internacionais
O assessor especial da Casa Civil, Bruno Bianco, disse
que estas aposentadorias representam 11,3% da
despesa do regime geral da Previdência.
Ele disse ainda que comparações internacionais
mostram que, no Brasil, o percentual do salário da
ativa que corresponde ao benefício é elevado.
Além disso, outros países também fariam a
diferenciação entre aposentadorias decorrentes de
acidentes de trabalho e as relacionadas a outros
tipos de acidentes.
Prejuízos
A reforma da Previdência eleva de 15 para 20 anos o
tempo de contribuição mínimo para a aposentadoria
por idade das pessoas com deficiência. Segundo
Izabel Maior, do Movimento das Pessoas com
Deficiência, hoje, com 15 anos de contribuição, este
segurado leva 85% da média salarial. Com a reforma,
passaria a levar 71%, contribuindo mais.
Fonte: Agência Câmara
02/03/2017 -
Desemprego fecha 2016 com taxa média de
subutilização de 20,9%, diz IBGE
A taxa composta de subutilização da força de
trabalho fechou o ano passado em 20,9%, em média
para a totalidade das regiões do país, segundo dados
divulgados nesta quinta-feira (23), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela
agrega a taxa de desocupação, de subocupação por
insuficiência de horas e a da força de trabalho
potencial.
Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e estão sendo
divulgados pelo IBGE juntamente com a taxa de
subocupação por insuficiência de horas e da força de
trabalho potencial relativa ao 4º trimestre do ano
passado que ficou em 22,2%.
O resultado do 4º trimestre de 2016 ficou acima da
taxa do 3º trimestre do ano, em 21,2% e também dos
17,3% relativos ao 4º trimestre de 2015. Pelos dados
do IBGE, a Região Nordeste do país foi responsável
pela maior taxa composta de subutilização: 33% no 4º
trimestre, enquanto a menor ocorreu na Região Sul
(13,4%).
Entre os estados, a Bahia ficou com o índice mais
alto (36,2%), e Santa Catarina, com o menor em
(9,4%). No Brasil, no 4º trimestre de 2016 haviam
24,3 milhões de pessoas entre as que compunham a
taxa de subutilização. Neste período foi registrado
um crescimento de 6% em relação ao 3º trimestre do
ano, representando 1,4 milhão de pessoas. Em relação
ao 4º trimestre de 2015, foi registrado 18,5 milhões
de pessoas, com o aumento de 31,4%.
Os dados divulgados hoje pelo IBGE detalham os
números da taxa de desocupação do país relativos
também ao 4º trimestre do ano passado, cujos dados
para o Brasil já haviam sido divulgado em 31 de
janeiro.
A taxa de desemprego fechou 2016 em 12% da População
Economicamente Ativa, a média do ano ficou em 11,5%.
No detalhamento hoje divulgado pelo IBGE,
constatou-se que registraram taxas de desocupação
acima da média nacional as regiões Nordeste (14,4%),
Norte (12,7%) e Sudeste (12,3%).
A Região Centro-Oeste, ficou com (10,9%) e a Sul,
com (7,7%)nestas regiões as taxas ficaram abaixo do
indicador para o Brasil. No Amapá, o índice ficou em
16,8%, a maior taxa entre os estados. Em Santa
Catarina, a taxa foi 6,2%, o menor índice para as
unidades da federação.
Na desagregação por cor ou raça - dado que o IBGE
divulga hoje pela primeira vez - as taxas de
desocupação das pessoas de cor preta (termo usado
pelo IBGE) foi (14,4%) e parda (14,1%) ficaram acima
da média nacional a dos brancos que ficou em 9,5%.
Fonte: Agência Brasil
02/03/2017 -
Relator de projeto que permite reajuste abaixo da
inflação vai ouvir trabalhadores
O senador Hélio José (PMDB-DF), relator de proposta
que permite reajustes abaixo da inflação de pisos
salariais nacionais, decidiu retirar o voto
favorável à matéria que havia emitido. Hélio José
disse que foi procurado por representantes de
centrais sindicais, dos professores e dos
profissionais de saúde, alertando que o seu voto
poderia provocar perdas salariais. Ele decidiu
realizar uma audiência pública na Comissão de
Assuntos Econômicos para ouvir os trabalhadores
sobre o PLS 409/2016, de autoria do senador Dalírio
Beber (PSDB-SC).
Fonte: Agência Senado
02/03/2017 -
Eletricitários de São Paulo decidem apoiar greve do
dia 15 de março
O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo reuniu a
categoria e decidiu rechaçar as reformas neoliberais
do governo Temer, que agridem e retiram direitos
trabalhistas e previdenciários. Os trabalhadores
aprovaram participar das mobilizações e paralisações
contra as medidas, em conjunto com outros
Sindicatos, incluindo o Dia Nacional de Paralisação
Contra a Reforma da Previdência, marcado para 15 de
março.
Segundo o presidente do Sindicato, Eduardo
Annunciato (Chicão), os eletricitários não arredarão
o pé da luta contra a retirada de direitos, dando
voto favorável à participação numa greve geral. “O
Brasil não funciona sem o nosso trabalho. O bando
que está assaltando o País só vai se lembrar dos
trabalhadores quando pararmos por um dia”, afirma.
Manifesto - A categoria aprovou ainda um documento
que será entregue às Centrais Sindicais, Federações,
Confederações e outros Sindicatos, reforçando o
apoio a uma greve geral e rechaçando todos os itens
das famigeradas “reformas” trabalhistas e da
Previdência.
Mais informações: eletricitarios.org.br
Fonte: Agência Sindical
02/03/2017 -
Demora em denunciar atraso de salário e FGTS não
afasta direito de agente a rescisão indireta
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a rescisão indireta do contrato de uma
agente de controle de vetores da Saneamento
Ambiental Urbano Ltda. (SAU), em razão de atrasos no
pagamento de salários e depósitos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os ministros
afastaram o entendimento de que houve perdão tácito
da empregada sobre as irregularidades cometidas pela
empresa.
O resultado do julgamento superou decisão do
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR).
Apesar de a SAU, prestadora de serviço de saneamento
em Curitiba (PR), ter atrasado os salários
repetidamente ao longo dos cinco anos do vínculo de
emprego e não ter depositado o FGTS durante vários
meses, o TRT considerou que a agente demorou a pedir
a rescisão por falta grave do empregador e,
consequentemente, teria perdoado de forma tácita as
condutas ilegais. Para o Regional, a questão do
Fundo de Garantia, por si só, não é motivo para o
fim do contrato.
A agente recorreu ao TST e o relator, ministro
Barros Levenhagen, lhe deu razão. Ele esclareceu que
o FGTS é um direito social do trabalhador previsto
na Constituição Federal (artigo 7º, inciso III), e
que compete ao empregador fazer o depósito de 8% da
remuneração em conta específica até o dia sete de
cada mês. A ausência do recolhimento, segundo o
ministro, configura falta grave e justifica a
rescisão indireta por descumprimento do contrato
(artigo 483, alínea “d”, da CLT).
Levenhagen afirmou que o TST mitiga a exigência da
pronta reação diante da conduta irregular da
empresa, porque o trabalhador, em geral, tem no
vínculo de emprego sua única fonte de subsistência,
“o bastante para que o Judiciário examine com
prudência, caso a caso, se ocorreu ou não a ausência
de imediatidade e se houve o perdão tácito”. Para
afastar o argumento da demora, o ministro ressaltou
que as falhas no depósito do FGTS ocorreram até o
fim do contrato.
O processo agora retornará ao TRT-PR para que se
pronuncie sobre as verbas rescisórias devidas à
agente, como se houvesse dispensa sem justa causa. A
decisão foi unânime. Processo:
RR-352-84.2014.5.09.0003
Fonte: TST
02/03/2017 -
Chegada antecipada ao trabalho em condução da
empresa só configura tempo à disposição se não
houver outro meio de transporte
Quando o empregado utiliza condução fornecida pela
empresa no trajeto de ida e volta ao trabalho, pode
acontecer de chegar algum tempo antes do horário de
início da jornada ou de ter que aguardar alguns
minutos para o embarque, ao final do serviço. Nessas
situações, surge uma pergunta: esses períodos de
espera devem ser considerados como tempo à
disposição do empregador, e, portanto, remunerados
como de trabalho efetivo?
A tese jurídica prevalecente (TJP) nº 13,
recentemente editada pelo TRT-MG, procurou pacificar
a questão, dispondo que esses períodos só
constituirão tempo à disposição quando não for
possível ao empregado se utilizar de outro meio de
transporte compatível com o horário de trabalho. O
fundamento é que o trabalhador se beneficia da
condução disponibilizada pela empresa e, caso não
quisesse aguardar, poderia se valer do transporte
coletivo.
E foi justamente esse o fundamento invocado pela
juíza Maritza Eliane Isidoro, na titularidade da 1ª
Vara do Trabalho de Contagem, ao negar o pedido de
horas extras por tempo à disposição do empregador,
feito pelo empregado de uma indústria de componentes
e módulos plásticos. Ele disse que usava transporte
da empresa e chegava ao local de serviço cerca de 30
a 40 minutos antes do horário contratual e que, por
isso, deveria receber tais minutos como sobrejornada.
Mas, em sua análise, a magistrada ressaltou que o
reclamante, nem mesmo, chegou a mencionar a
inexistência de transporte público regular até o
local de trabalho. Além disso, nada houve que
indicasse a incompatibilidade entre os horários do
transporte público e a jornada contratual. Dessa
forma, adotando o entendimento pacificado na TJP nº
13 do TRT-MG, a juíza concluiu que o fornecimento da
condução pelo empregador, no caso, apenas trouxe
maior comodidade para o empregado, já que ele
poderia ter optado pelo uso do transporte público
coletivo, caso não desejasse chegar com antecedência
na empresa. Nesse quadro, concluiu a magistrada, os
minutos antecedentes à jornada contratual não
representam sobrejornada, já que não configuram
tempo à disposição do empregador.
A juíza ponderou que, apesar de o reclamante ter
afirmado que marcava o ponto quando chegava na
empresa, mas que estes eram posteriormente
adulterados pela ré para excluir os minutos
antecedentes, ao prestar depoimento pessoal, o
próprio trabalhador admitiu que registrava os
horários reais de início e término das jornadas. E
mais: uma testemunha confirmou que os empregados
costumavam bater o cartão assim que chegavam à
empresa. Por tudo isso, a julgadora negou as horas
extras pedidas na ação. Não houve recurso ao TRT-MG.
PJe: Processo nº 0011154-94.2015.5.03.0029
Fonte: Âmbito Jurídico
02/03/2017 -
Proposta prevê assistência de sindicato a todo
trabalhador demitido
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
5232/16, do deputado Uldurico Junior (PV-BA), que
amplia a assistência de sindicato ou Ministério do
Trabalho a todo trabalhador durante a demissão.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT, Decreto-lei 5.452/43) prevê essa assistência
apenas a empregados com mais de um ano de serviço.
Segundo Uldurico Junior, essa é uma reivindicação
antiga dos trabalhadores. “Eles se sentem
desamparados quando há a rescisão contratual antes
de completar um ano de trabalho”, afirmou.
Não se justifica, na opinião de Uldurico Junior,
excluir o empregado que trabalhou dois ou dez meses
dessa assistência.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
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