Blog - Notícias Anteriores - Abril 2017
27/04/2017 -
Câmara aprova projeto da reforma trabalhista
27/04/2017 -
Relator da Previdência diz que debaterá com
governistas, mas não mudará proposta
27/04/2017 -
CPI da Previdência já foi instalada
27/04/2017 -
Centrais sindicais se articulam para barrar ataque à
CLT no Senado
27/04/2017 -
Tribunais trabalhistas apoiam greve e chegam a
paralisar atividades
27/04/2017 -
Dor nas costas é a principal causa de afastamento do
trabalho
26/04/2017 -
Comissão especial aprova texto-base da reforma
trabalhista
26/04/2017 -
Plenário pode votar hoje proposta de reforma
trabalhista
26/04/2017 -
Rejeitada votação nominal para pedido de retirada da
reforma trabalhista da pauta
26/04/2017 -
Sindicalistas debatem com senadores reforma
trabalhista
26/04/2017 -
Força da greve pode mudar rumo das reformas, afirma
Toninho do Diap
26/04/2017 -
Greve geral do dia 28 marcará gerações futuras, diz
Paulo Paim
26/04/2017 -
Trabalhadores dos Correios prometem parar a partir
da noite de hoje
26/04/2017 -
IBGE: 1,5 milhão de pessoas têm dívidas com
empregadores
26/04/2017 -
Trabalhador dispensado antes do fim do período
concessivo de férias não consegue pagamento em dobro
da parcela
26/04/2017 -
Publicação em jornal convocando empregado a retornar
ao trabalho por suposto abandono de emprego não gera
danos morais
25/04/2017 -
NCST INTENSIFICA CHAMADO PARA 28/04
25/04/2017 -
Relator da reforma da Previdência sugere novas
regras de transição
25/04/2017 -
Reforma trabalhista vai ao Plenário no próximo dia
26, prevê Rodrigo Maia
25/04/2017 -
Sindicalistas atacam reforma trabalhista e
terceirização em audiência na CDH
25/04/2017 -
Índice de Confiança da Indústria fica estável de
março para abril
25/04/2017 -
Reforma trabalhista é tema de novo debate na
Comissão de Assuntos Sociais
25/04/2017 -
Comissão de Educação pode aprovar novas regras para
liberação do FGTS
25/04/2017 -
Comissão aprova participação de sindicato em
negociação sobre lucro de empresas
25/04/2017 -
Hering obtém redução de indenização em ação civil
pública por descumprimento de normas
24/04/2017 -
Comissão especial inicia discussão do relatório da
reforma da Previdência nesta terça-feira
24/04/2017 -
Reforma trabalhista deve ser votada no Plenário na
quarta-feira
24/04/2017 -
Reforma trabalhista: relatório prevê demissão em
comum acordo com direito a FGTS
24/04/2017 -
“O importante é aprovar”, diz Meirelles sobre
votação de reforma da Previdência
24/04/2017 -
Brasil reduz perda de empregos em março
24/04/2017 -
Projeto estende benefícios de programas de
alimentação do trabalhador para microempresas
24/04/2017 -
Empresa restituirá descontos de contribuição
negocial confederativa a empregado não sindicalizado
20/04/2017 -
CONVOCAÇÃO - 28 DE ABRIL: VAMOS PARAR O BRASIL
20/04/2017 -
Plenário aprova urgência para projeto da reforma
trabalhista
20/04/2017 -
Relatório da reforma da Previdência deve ser votado
na comissão especial dia 2
20/04/2017 -
“Reforma” trabalhista: o que era ruim, ficou pior!
20/04/2017 -
Brasileiros estão mais otimistas em relação à queda
da inflação, diz CNI
20/04/2017 -
Paulo Paim cita declarações de entidades contra as
reformas previdenciária e trabalhista
20/04/2017 -
CNBB, OAB e Cofecon se manifestam contra a reforma
da Previdência
20/04/2017 -
Ausência de anotação na carteira não descaracteriza
prorrogação do contrato de experiência
20/04/2017 -
TRF-2ª confirma concessão de aposentadoria especial
a trabalhador exposto à tensão superior à tolerável
19/04/2017 -
Câmara rejeita pedido de urgência à proposta de
reforma trabalhista
19/04/2017 -
Relator da reforma da Previdência prevê
escalonamento da idade mínima
19/04/2017 -
Paim cobra últimas indicações para instalação da CPI
da Previdência
19/04/2017 -
Policiais fazem ato contra reforma da Previdência;
relator cogita mudanças favoráveis à categoria
19/04/2017 -
Reforma da Previdência: 70% do texto original devem
ser mantidos, diz Meirelles
19/04/2017 -
Suspensa decisão do TST que manteve ultratividade de
normas coletivas
19/04/2017 -
Justiça do Trabalho se mobiliza em todo o país para
estimular acordos entre patrões e empregados
19/04/2017 -
Trabalhador não comprova culpa da empresa por
acidente em que perdeu mobilidade da mão
18/04/2017 -
Comissão vai alterar exigência de 49 anos para
receber teto da aposentadoria
18/04/2017 -
Fim do imposto sindical obrigatório terá
resistências, diz relator da reforma
18/04/2017 -
Reforma trabalhista é tema de audiência conjunta
nesta manhã
18/04/2017 -
Relatório da MP do Programa Seguro-Emprego pode ser
votado nesta terça
18/04/2017 -
Meirelles: reforma da Previdência é necessidade
financeira e fiscal
18/04/2017 -
Reforma trabalhista prevê demissão consensual
18/04/2017 -
Projeto torna infração à CLT diferença salarial por
questão de gênero
18/04/2017 -
Trabalhador pode denunciar FGTS irregular mesmo após
2 anos de seu desligamento
17/04/2017 -
Nova Central reafirma defesa dos direitos dos
trabalhadores
17/04/2017 -
Reforma trabalhista: relator fortalece acordo
coletivo sobre legislação
17/04/2017 -
Relatório da reforma da Previdência será apresentado
nesta semana
17/04/2017 -
Debate na Comissão de Assuntos Sociais mostra falta
de consenso sobre reforma trabalhista
17/04/2017 -
Trabalho intermitente e teletrabalho são
regulamentados em substitutivo
17/04/2017 -
OAB e STJ garantem que nenhum advogado ficará sem
sustentação oral
12/04/2017 -
Relator diz que não haverá idade mínima para
transição na reforma da Previdência
12/04/2017 -
Reforma trabalhista: relator poderá apresentar
parecer nesta 4ª (12)
12/04/2017 -
Governo quer manter prevalência de acordos coletivos
na reforma trabalhista
12/04/2017 -
Fachin autoriza 76 inquéritos contra políticos
citados em delações da Odebrecht
12/04/2017 -
Relator da PEC da Reforma da Previdência pede apoio
a mudanças na aposentadoria
12/04/2017 -
Proposta que institui contrato de trabalho
intermitente vai à CCJ e à CAS
12/04/2017 -
Banco é condenado a pagar indenização R$ 50 mil por
prática de atos antissindicais
11/04/2017 -
Para Marun, mudanças no texto da reforma da
Previdência são viáveis
11/04/2017 -
Audiência discute equiparação de idade para
aposentadoria de homens e mulheres
11/04/2017 -
Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher será instalada na quarta
11/04/2017 -
Líder do PT critica alterações na Previdência
propostas pelo governo
11/04/2017 -
Governo discute forma de alterar regra de transição
da reforma da Previdência
11/04/2017 -
Programa Seguro-Emprego tem novas adesões e evita
2,2 mil demissões
11/04/2017 -
Valor do salário mínimo será de R$ 979,00 em 2018
11/04/2017 -
Reforma trabalhista é tema de debate em audiência
pública na Alesp
11/04/2017 -
Governo Federal edita normas para funcionamento do
Conselho Nacional do Trabalho
10/04/2017 -
Reforma trabalhista será debatida em três estados
nesta segunda
10/04/2017 -
CAS debate prevalência de acordo coletivo sobre
legislação trabalhista
10/04/2017 -
Copom se reúne esta semana e pode reduzir novamente
a taxa Selic
10/04/2017 -
OIT: Brasil deve seguir convenções; ex-ministro
defende reforma trabalhista
10/04/2017 -
As mulheres na reforma da Previdência é tema de Nota
Técnica do Dieese
10/04/2017 -
Relatório da reforma da Previdência deve ser
apresentado no dia 18
10/04/2017 -
TRF4 confirma atividade especial e revisão de
aposentadoria a segurado que trabalhava com carvão
10/04/2017 -
Cópias de carnês de contribuição com autenticação
bancária devem ser consideradas provas de tempo de
serviço, afirma TRF4
10/04/2017 -
Dispensa de empregado membro da CIPA não garante
direito a indenização substitutiva, se o trabalhador
se recusa injustificadamente a retornar ao trabalho
07/04/2017 -
Temer defende reforma da Previdência e diz que não
há espaço para privilégios
07/04/2017 -
Relator anuncia mudanças em cinco pontos da reforma
da Previdência
07/04/2017 -
Congresso avalia decisão do governo de alterar
reforma da Previdência
07/04/2017 -
Relator confirma inclusão do fim da contribuição
compulsória aos sindicatos
07/04/2017 -
Debatedores discordam de tese de que reforma
trabalhista vai gerar empregos
07/04/2017 -
STF recebe mais duas ações questionando a chamada
Lei da Terceirização
07/04/2017 -
Não incide IR sobre indenização por dano moral
negociada em acordo trabalhista
07/04/2017 -
Trabalhadora que recebeu seguro-desemprego e
continuou trabalhando poderá ser responsabilizada
criminalmente
06/04/2017 -
Comissão promove último debate sobre a reforma
trabalhista
06/04/2017 -
Rodrigo Maia diz que reforma trabalhista deve ser
aprovada no dia 19
06/04/2017 -
Relatório de projeto sobre reforma trabalhista será
apresentado no dia 12
06/04/2017 -
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários
mínimos é de 4,24% em 12 meses
06/04/2017 -
Modernização das leis trabalhistas vai a votação em
abril, diz Rodrigo Maia
06/04/2017 -
CCJ do Senado aprova documento único de
identificação nacional
06/04/2017 -
CCJ aprova projeto que proíbe valor mínimo para
depósitos ou retiradas da poupança
06/04/2017 -
Motorista que fez acordo em comissão de conciliação
prévia tem ação julgada improcedente
05/04/2017 -
Relatório da reforma trabalhista será apresentado
até dia 12
05/04/2017 -
Paim: Contrato de trabalho por hora dá sequência a
'massacre' do trabalhador
05/04/2017 -
Temer diz que poderá haver salvaguardas a
trabalhadores na terceirização
05/04/2017 -
IBGE: melhora nos indicadores da indústria ainda não
representa recuperação
05/04/2017 -
Dez regras do pacote de Temer que liquidam a
Previdência
05/04/2017 -
Presidente da Câmara quer votar reforma política
ainda neste semestre
05/04/2017 -
Senadores aprovam MP do Programa Cartão Reforma
05/04/2017 -
Caixa libera uso do FGTS como garantia para
empréstimo consignado
05/04/2017 -
Mantida decisão que excluiu contribuição patronal em
favor de sindicato de empregados
04/04/2017 -
TSE começa a julgar ação que pede a cassação da
chapa Dilma-Temer
04/04/2017 -
Relator da PEC da Previdência não pretende mudar
idade mínima para aposentadoria
04/04/2017 -
Comissão amplia estabilidade para mulher em
licença-maternidade
04/04/2017 -
Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher será instalada na quarta
04/04/2017 -
Apenas 19% dos salários tiveram ganho real em 2016,
aponta Dieese
04/04/2017 -
Comissão pode votar fatiamento de férias e contrato
por hora trabalhada
04/04/2017 -
Utilização da capacidade instalada da indústria tem
primeira queda em 4 meses
04/04/2017 -
Rede recorre ao STF contra Lei da Terceirização
04/04/2017 -
Redução de juros para consignado em benefício
previdenciário entra em vigor
04/04/2017 -
Prova de dano não é necessária se for reconhecida a
jornada exaustiva
03/04/2017 -
Fortaleza sedia hoje debate sobre a reforma
trabalhista
03/04/2017 -
Sancionada lei da terceirização, mas Senado deve
votar projeto alternativo
03/04/2017 -
"Não desanimemos"
03/04/2017 -
Nova Central Sindical repudia sanção da
terceirização no País
03/04/2017 -
Medida provisória acaba com desoneração da folha
para maioria dos setores
03/04/2017 -
Terceirização de atividade-fim deve ser decidida no
STF, diz presidente do TST
03/04/2017 -
Governo reduz teto de juro do consignado para
aposentado e servidor
27/04/2017 -
Câmara aprova projeto da reforma trabalhista
Entre outras medidas, a proposta estabelece que a
convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho
prevalecerão sobre a lei em 16 pontos diferentes,
como jornada de trabalho e banco de horas anual.
Texto seguirá para votação no Senado
O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, na
madrugada desta quinta-feira (27), a votação do
projeto de lei da reforma trabalhista (PL 6787/16,
do Poder Executivo). O texto altera a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) para prever, entre outras
medidas, a prevalência do acordo sobre a lei, regras
para o trabalho intermitente e o fim da contribuição
sindical obrigatória e da ajuda do sindicato na
rescisão trabalhista. A matéria será enviada ao
Senado.
Aprovada na forma do substitutivo do relator,
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), a proposta
estabelece que a convenção coletiva e o acordo
coletivo de trabalho prevalecerão sobre a lei em 16
pontos diferentes, como jornada de trabalho, banco
de horas anual, intervalo mínimo de alimentação de
meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e
trabalho intermitente. Poderão ser negociados ainda
o enquadramento do grau de insalubridade e a
prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem
licença prévia do Ministério do Trabalho.
Em negociações sobre redução de salários ou de
jornada, deverá haver cláusula prevendo a proteção
dos empregados contra demissão durante o prazo de
vigência do acordo. Esses acordos não precisarão
prever contrapartidas para um item negociado.
O texto determina que mudanças na duração do
trabalho e nos intervalos de alimentação não serão
consideradas como normas de saúde, higiene e de
segurança do trabalho, proibidas de serem negociadas
por acordo.
Além dessas normas, não poderão ser reduzidas ou
suprimidas várias outras, como as garantidas pela
Constituição e aquelas da CLT relativas a direitos
de mulheres no ambiente de trabalho.
Acerto individual
Acordos individualizados de livre negociação para
empregados com instrução de nível superior e salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite
máximo dos benefícios do INSS seguirão os mesmos
itens do acordo coletivo que prevalece sobre a lei.
Entretanto, o acerto individual prevalecerá sobre o
coletivo.
Se esses empregados concordarem, poderá constar do
contrato de trabalho cláusula de resolução de
controvérsias por arbitragem.
Penhora
A única mudança feita pelo Plenário ocorreu com
aprovação de emenda da deputada Gorete Pereira
(PR-CE) para incluir no texto a dispensa para as
entidades filantrópicas do oferecimento de garantia
ou de bens à penhora em causas trabalhistas. A
dispensa se estende àqueles que compuseram a
diretoria dessas instituições.
Contribuição sindical
O texto de Marinho acaba com a contribuição sindical
obrigatória de um dia de salário dos trabalhadores.
Também acaba a contribuição patronal. Qualquer
desconto para sindicato deverá ser expressamente
autorizado.
O Plenário rejeitou emenda do deputado Bebeto
(PSB-BA) que propunha uma transição para o fim dessa
contribuição ao longo de três anos.
Rescisão contratual
O substitutivo acaba ainda com a assistência
obrigatória do sindicato na extinção do contrato de
trabalho e em sua homologação. Segundo o texto, o
ato da rescisão junto ao empregador, com anotação na
carteira de trabalho, será suficiente para a
liberação das guias de saque do seguro-desemprego e
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Gravidez e insalubridade
Em relação à trabalhadora gestante, o relator propõe
que ela deverá ser afastada das atividades
consideradas insalubres em grau máximo durante toda
a gestação. Atualmente, a CLT determina o
afastamento da empregada gestante ou lactante de
quaisquer atividades em locais insalubres.
No caso de atividades consideradas insalubres em
graus médio ou mínimo, será afastada delas se
atestado de saúde de médico de sua confiança
recomendar o afastamento durante a gestação.
No período da lactação, o afastamento também poderá
ocorrer se atestado de médico de sua confiança assim
indicar. Em todas essas situações, ela continuará a
receber a remuneração normal, inclusive o adicional
de periculosidade. Entretanto, esse adicional será
compensado pela empresa no pagamento das
contribuições devidas pela pessoa jurídica e
incidentes sobre a folha de salários.
Quando não for possível que a gestante ou a lactante
exerça suas atividades em local salubre da empresa,
sua gravidez será considerada de risco e a
trabalhadora será afastada com recebimento de
salário-maternidade durante todo o período de
afastamento.
Tempo não conta
A redação da reforma trabalhista desconsidera como
tempo trabalhado várias situações, após o período da
jornada normal, nas quais o trabalhador ainda está
na empresa, seja por escolha própria ou para buscar
proteção pessoal: práticas religiosas; descanso;
lazer; estudo; alimentação; atividades de
relacionamento social; higiene pessoal; e troca de
roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade
de realizar a troca na empresa.
Já o padrão de vestimenta no meio laboral será
definido pelo empregador, enquanto a higienização do
uniforme é de responsabilidade do trabalhador.
Deslocamento
Segundo o texto, o tempo gasto pelo empregado de sua
residência até a “efetiva ocupação do posto de
trabalho” e para o seu retorno não será computado na
jornada de trabalho, por não ser “tempo à disposição
do empregador”.
Isso valerá para trajetos feitos a pé, dentro da
fábrica ou por qualquer meio de transporte,
inclusive o fornecido pelo empregador.
Nesse sentido, o projeto exclui a possibilidade
prevista atualmente na CLT de acordos coletivos
fixarem, no caso de micro e pequenas empresas, a
forma de remuneração pelo tempo médio gasto pelo
empregado para chegar a local de difícil acesso ou
sem transporte público, quando for usado transporte
fornecido pelo empregador.
Multa
Para coibir a fraude, o texto aumenta de um salário
mínimo para R$ 3 mil pela falta de registro do
empregado. O projeto original propunha R$ 6 mil. Se
deixar de informar ao Ministério do Trabalho outros
dados exigidos, como duração e efetividade do
trabalho, férias e acidentes, a multa será de R$
600,00.
No caso da microempresa e da empresa de pequeno
porte, a falta de registro dará multa de R$ 800,00.
Fonte: Agência Câmara
27/04/2017 -
Relator da Previdência diz que debaterá com
governistas, mas não mudará proposta
O relator da reforma da Previdência, o deputado
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que deve voltar
a conversar com as bancadas dos partidos da base do
governo para esclarecer pontos do seu relatório.
Ele também afirmou que a Câmara dos Deputados deverá
criar um canal direto dele com a população para
tirar dúvidas sobre o texto.
Segundo ele, ainda há muita desinformação sobre as
mudanças. No entanto, ele acrescentou que não
pretende fazer mais nenhuma modificação no seu
relatório.
Tempo de contribuição
No segundo dia de debates sobre o relatório, o
deputado Pepe Vargas (PT-RS) disse que a reforma da
Previdência faria com que apenas 21% dos atuais
aposentados conseguissem reunir os critérios para
obter o benefício.
Isso aconteceria por causa da dificuldade dos
trabalhadores de mais baixa renda de alcançar os
tempos de contribuição mínimos. Ele também criticou
o novo cálculo de benefício proposto pelo relator.
"A proposta do relator piora em muitos casos o que
já era previsto na PEC 287/16 [proposta original do
governo], que já era muito ruim”, afirmou Pepe. “Um
exemplo: em vez de partir de 76% do valor do salário
de contribuição, média do salário de contribuição,
agora o segurado sairá de 70%. Mesmo quando ele
chegar aos 35 anos de contribuição, ainda ele estará
perdendo em torno de 13% do valor da aposentadoria."
Pepe Vargas lembrou ainda que as duas propostas
determinam que a média salarial a ser usada levará
em conta todos os salários da vida laboral do
trabalhador, o que reduz a média por usar salários
mais baixos do início. Hoje são usados 80% dos
salários entre os maiores.
Aposentadoria das mulheres
A deputada Magda Mofatto (PR-GO) afirmou, porém, que o
relator reduziu a idade mínima para a aposentadoria
das mulheres dos 65 anos da proposta original para
62 anos. Ela defendeu o aumento das idades mínimas
por causa do aumento da sobrevida da população.
Para Magda, as regras que reduzem a pensão e obrigam
o segurado a optar entre a aposentadoria ou a pensão
também são justas: "A mulher, na idade de se
aposentar, ela não tem mais carga dobrada nenhuma;
nenhuma dupla jornada. A dupla jornada ela teve
quando tinha crianças pequenas, quando engravidou,
quando tinha que amamentar; quando voltava para casa
e tinha que fazer limpeza, tinha que cuidar de
filhos, tinha que olhar trabalho de escola e muitas
vezes ainda trabalhava fora. Hoje ela está curtindo
os netos".
Aposentadorias precoces
Para o deputado Bilac Pinto (PR-MG), o País não pode
depender de aumento de carga tributária para
financiar as despesas da Previdência Social. Segundo
o deputado, é preciso acabar com as aposentadorias
precoces, protegendo quem ganha menos.
O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) afirmou que
não concorda com atos de violência que possam ter
sido praticados contra os que defendem a reforma da
Previdência. Mas disse que os trabalhadores estão
desesperados porque seus direitos estariam sendo
destruídos.
Gatilho
Na avaliação do deputado André Figueiredo (PDT-CE),
que o gatilho que aumentará a idade mínima de
aposentadoria fará com que pessoas mais jovens não
entrem no piso de 62 anos para a mulher e de 65 para
o homem.
Ou seja, a idade deverá ser maior, entre 66 e 70
anos daqui a 49 anos, segundo ele. É que a reforma
determina a elevação da idade mínima toda vez que o
IBGE constatar um aumento de um ano na expectativa
de sobrevida após os 65 anos.
Fatos e números
Já o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) disse que não
acredita que algum deputado da oposição defenda que
uma reforma da Previdência não é necessária. "Não dá
para brigar com fatos e números. Qualquer um pode
estar no poder amanhã e terá que lidar com isso.
Estamos nos endividando ao ritmo de 10% do PIB ao
ano, e a única forma de reduzir a dívida é com
ajuste fiscal". Se nada for feito, segundo Pestana,
em dez anos os gastos previdenciários vão passar de
54% do orçamento para 82%.
Economia de R$ 600 bi
Em nota divulgada ontem, o Ministério da Fazenda
afirma que, com o texto original do Executivo, a
reforma da Previdência representaria uma economia de
R$ 793 bilhões no decênio 2018-27.
“Com as mudanças propostas no parecer do relator,
essa economia passará a ser de R$ 604 bilhões”,
continua o texto da Fazenda, o equivalente a 76% da
projeção inicial.
Fonte: Agência Câmara
27/04/2017 -
CPI
da Previdência já foi instalada
Foi instalada nesta quarta-feira A CPI da
Previdência Social. O autor do requerimento de
criação da CPI, senador Paulo Paim ( PT-RS), foi
eleito por aclamação presidente do colegiado. O
senador Hélio José (PMDB-DF) foi escolhido para
relator e o senador Telmário Mota (PTB-RR), para
vice-presidente. Paulo Paim garantiu que a análise
das contas da Previdência será feita sem viés
ideológico, com objetivo de dar transparência às
receitas e despesas do órgão.
Fonte: Agência Senado
27/04/2017 -
Centrais sindicais se articulam para barrar ataque à
CLT no Senado
Durante reunião com parlamentares, sindicalistas
mostraram preocupação com o avanço acelerado da
Reforma Trabalhista na Câmara. Senadores prometeram
dialogar com o presidente da Casa para que o ritmo
da democrático seja respeitado.
Por Sônia Corrêa
O foco das movimentações da semana em Brasília
voltou-se às reformas do ilegítimo governo Temer e
sua milícia de parlamentares, que tem passado os
dias destruindo os direitos trabalhistas e a
aposentadoria dos brasileiros.
Considerando que a Câmara dos Deputados está
funcionando como um rolo compressor, atropelando as
garantias legais que protegem o povo brasileiro, as
centrais sindicais, entidades e organizações do
direito do trabalho participaram de uma reunião para
estabelecer um diálogo com os senadores Renan
Calheiros (PMDB-AL) e Kátia Abreu (PMDB-TO).
Para Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o
encontro deu-se em um importante momento, no qual o
governo advoga em torno de uma agenda ultraliberal,
que impede a retomada do crescimento econômico,
flexibilizando e precarizando as relações de
trabalho.
“Esse agravamento da situação da classe trabalhadora
exige das centrais sindicais um posicionamento mais
firme e fruto da maturidade política, a partir do
Fórum das Centrais. Esta conversa vai de encontro a
uma dessas nuances, de busca de uma posição
contrária à postura do governo que, com sua tropa de
choque, tenta aniquilar os direitos sacramentados
pela CLT”, sinaliza Adilson.
O encontro teve como finalidade levar aos
parlamentares um pedido de manifestação pública e
intervenção, junto à base do PMDB, garantindo um
maior diálogo em que possam ser refletidas as
reinvindicações das entidades, contrárias às
reformas.
Durante a reunião, a líder do PCdoB na Câmara,
deputada Alice Portugal (BA), demonstrou preocupação
tanto com o teor da proposta como com seu andamento
no Congresso. “Em poucos dias os direitos
conquistados duramente estão se esvaindo de maneira
célere, e isso é inadmissível em qualquer lugar do
mundo. Tudo está sendo derrubado com um mosaico de
dominós. São quase 190 artigos contestáveis, todos
reescrevendo a CLT. Isso não pode ir adiante.”
Renan Calheiros se posicionou diante das
representações com muita firmeza, se dizendo
preocupado com a revisão da legislação trabalhista e
até cláusulas da Constituição, de maneira açodada.
“O ideal seria que as leis envelhecessem com a
sociedade, mas como isso não acontece, eventualmente
precisamos atualizá-las. Mas, uma coisa é atualizar.
Outra coisa é desmontar.”
Calheiros completou dizendo que as mudanças não
podem significar o desmonte do Estado democrático e
social. O senador também se comprometeu em realizar
o debate junto ao presidente do Senado, Eunício
Oliveira, para que o ritmo da tramitação das
reformas no Senado permita interlocução democrática
com a sociedade, diferentemente do que acontece na
Câmara.
Kátia Abreu deixou clara sua posição contrária à
Reforma da Previdência que, segundo ela, trata os
desiguais como se fossem iguais. No que diz respeito
à Trabalhista, a senadora disse que a terceirização
aprovada na Câmara já foi uma grande violência
contra a classe trabalhadora.
O presidente da CTB destaca que, apesar da
receptividade dos senadores em dialogar, é cada vez
mais importante a canalização de esforços para a
grande greve geral do dia 28 de abril, pois serão os
movimentos de rua o determinante para reverter o
quadro desfavorável ao mundo do trabalho.
Fonte: PcdoB na Câmara
27/04/2017 -
Tribunais trabalhistas apoiam greve e chegam a
paralisar atividades
Convocada por diversas centrais sindicais, a greve
geral marcada para esta sexta-feira (28/4) ganhou o
apoio de juízes do trabalho, responsáveis por julgar
paralisações como esta marcada.
A paralisação, segundo as centrais sindicais, é
contra as reformas da Previdência e trabalhista
propostas pelo governo do presidente Michel Temer
(PMDB), que tramitam no Congresso Nacional.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
publicou portaria suspendendo o funcionamento do
tribunal na sexta-feira. Com isso o tribunal volta a
funcionar somente na terça-feira (2/5), já que
segunda-feira é feriado do Dia do Trabalhador.
Já o Tribunal Regional do Trabalho da 23ª de Mato
Grosso (MT) não suspendeu o expediente, mas somente
os prazos processuais e regimentais na sexta-feira.
Segundo o tribunal, a medida serve para evitar
prejuízo às partes. A corte considerou ainda o
comunicado do sindicato dos servidores da Justiça
Federal do estado informando que vão aderir à greve.
No Maranhão, o TRT da 16ª Região não anunciou
nenhuma paralisação. Contudo, publicou nota da
Associação dos Magistrados do Trabalho do Maranhão (Amatra
XVI) com "integral apoio" à greve geral.
Expediente normal
O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN)
comunicou que terá expediente normal nesta
sexta-feira, mantendo as audiências e prazos
processuais.
Fonte: Consultor Jurídico
27/04/2017 -
Dor nas costas é a principal causa de afastamento do
trabalho
Problema causou afastamento por mais de 15 dias
de 116 mil trabalhadores no ano passado
Dor nas costas é a doença que mais afasta
trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias. No
ranking de auxílios-doença concedidos pelo INSS, ela
aparece em primeiro lugar. Em 2016, 116.371 pessoas
tiveram que se ausentar do emprego por no mínimo
duas semanas por essa razão. Isso representa 4,71%
de todos os afastamentos. O segundo motivo que mais
afastou trabalhadores no ano passado foram fraturas
de perna e tornozelo, seguidas das de punho e mão.
Os dados apontam que não são as atividades pesadas
que mais afastam trabalhadores com dores nas costas
e sim o serviço público, onde há um grande número de
pessoas realizando funções repetitivas. Em segundo
lugar estão as atividades relacionadas ao comércio
varejista, em especial supermercados, seguidos dos
ramos hospitalar, de construção de edifícios e
transporte rodoviário de cargas.
A coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do
Ministério do Trabalho, Viviane Forte, diz que
nessas atividades consideradas mais leves, as dores
nas costas são menos evidentes do que na construção
civil, por exemplo, porém também são graves. “No
comércio, a dorsalgia é comum nas pessoas que
trabalham como estoquistas, porque elas levantam
caixas, fazem movimentos de agachar e levantar e
acabam não prestando atenção na postura. Esse mesmo
descuido ocorre com quem trabalha em escritório por
muito tempo sentado na mesma posição”, explica.
Assim como ocorre com doenças como estresse e
depressão, é difícil diagnosticar se as dores nas
costas são causadas pela atividade profissional ou
por algum outro problema externo. Mas Viviane
entende que, independentemente da causa original, a
postura no trabalho influencia no adoecimento. “As
pessoas passam muito tempo do seu dia no trabalho.
Se não tiverem o devido cuidado na maneira de se
sentarem e realizarem suas atividades, ou se não
respeitarem as pausas necessárias ao longo da
jornada de trabalho, vão adoecer, independentemente
de como e onde tenha surgido a dor”, alerta.
Fonte: MT
26/04/2017 -
Comissão especial aprova texto-base da reforma
trabalhista
A comissão especial da Câmara dos Deputados que
analisa a reforma trabalhista (PL 6787/16) aprovou
nesta terça-feira (25) o texto apresentado pelo
relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Foram
27 votos favoráveis e 10 contrários.
Os integrantes da comissão não votaram 25 destaques
que tiravam trechos do projeto. A votação dos
destaques não ocorreu porque teve início a Ordem do
Dia do Plenário. As comissões não podem votar nada
enquanto o Plenário estiver apreciando alguma
matéria. Além disso, o projeto tramita em regime de
urgência e a comissão especial já estava com seu
prazo de funcionamento esgotado.
O texto analisado pela comissão foi apresentado por
Rogério Marinho pouco antes do início da reunião.
Ele manteve as principais medidas do substitutivo
apresentado duas semanas atrás, como a
regulamentação do chamado trabalho intermitente,
modalidade que permite que os trabalhadores sejam
pagos por período trabalhado.
O projeto também permite que a negociação entre
empresas e trabalhadores prevaleça sobre a lei em
pontos como parcelamento das férias em até três
vezes, jornada de trabalho de até 12 horas diárias,
plano de cargos e salários, banco de horas e
trabalho em casa. O texto também retira a exigência
de os sindicatos homologarem a rescisão contratual
no caso de demissão e torna a contribuição sindical
optativa.
Discussão da proposta
Durante quase seis horas, deputados do governo e da
oposição se revezaram para defender e criticar a
proposta.
Para o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP),
o projeto retira direitos dos trabalhadores e
desfigura a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
"Não existe nenhuma justificativa teórica para dizer
que vai gerar mais emprego. O que nós vamos assistir
é a uma degradação do emprego. À medida que se
‘precariza’, através do trabalho temporário, do
trabalho intermitente, do teletrabalho, do trabalho
terceirizado, tudo isso significa claramente uma
redução dos direitos do trabalhador", afirmou.
O relator, Rogério Marinho, acatou emendas que
faziam alterações pontuais na proposta. Ele
concordou, por exemplo, em retirar categorias
regidas por legislação específica, como os
aeroviários, da lista de trabalhadores que podem ser
contratados por meio de contratos de trabalho
intermitentes.
Marinho também alterou o substitutivo para proibir
uma empresa de recontratar, como terceirizado, o
serviço de empregado demitido por essa mesma
empresa.
Rogério Marinho defendeu a alteração na legislação
trabalhista e disse que as mudanças vão gerar
empregos e permitir que 90 milhões dos 137 milhões
de brasileiros em idade de trabalhar entrem no
mercado de trabalho.
"Desses 137 milhões de brasileiros, apenas 38,5
milhões têm carteira assinada, CLT. Apenas 11
milhões são funcionários públicos. Eu estou falando
de 50 milhões. Cinquenta milhões para 137 faltam 90
milhões de brasileiros. Esses não fazem parte de
corporações de privilegiados, estão às margens de
uma legislação arcaica e atrasada, que não está no
espírito do tempo", disse Marinho.
A proposta também regulamenta o trabalho realizado
em casa, que será feito mediante acordo entre
patrões e empregados. Além disso, permite jornada de
trabalho de 12 horas de serviço com 36 horas de
folga.
Fonte: Agência Câmara
26/04/2017 -
Plenário pode votar hoje proposta de reforma
trabalhista
O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se nesta
manhã para votar o texto da reforma trabalhista (PL
6787/16). O texto, que tramita em regime de
urgência, foi aprovado ontem na comissão especial
que analisa o tema, com 27 votos favoráveis e 10
contrários. Em virtude do início da Ordem do Dia, os
integrantes da comissão não votaram 25 destaques que
retiravam trechos do projeto.
O relator do texto, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), apresentou, pouco antes do início da
votação de ontem, novo substitutivo com algumas
alterações ao original. Ele manteve, no entanto, as
principais medidas do substitutivo apresentado duas
semanas atrás, como a regulamentação do chamado
trabalho intermitente, modalidade que permite que os
trabalhadores sejam pagos por período trabalhado.
O projeto também permite que a negociação entre
empresas e trabalhadores prevaleça sobre a lei em
pontos como parcelamento das férias em até três
vezes, jornada de trabalho de até 12 horas diárias,
plano de cargos e salários, banco de horas e
trabalho em casa. O texto também retira a exigência
de os sindicatos homologarem a rescisão contratual
no caso de demissão e torna a contribuição sindical
optativa.
As emendas acatadas fazem mudanças pontuais no
texto. Entre elas, foram retiradas categorias
regidas por legislação específica, como os
aeroviários, da lista de trabalhadores que podem ser
contratados por meio de contratos de trabalho
intermitentes. O substitutivo também passou a
proibir uma empresa de recontratar, como
terceirizado, o serviço de empregado demitido por
essa mesma empresa.
Fonte: Agência Câmara
26/04/2017 -
Rejeitada votação nominal para pedido de retirada da
reforma trabalhista da pauta
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
abriu a segunda sessão extraordinária desta
quarta-feira (26), convocada para votar a proposta
de reforma trabalhista (PL 6787/16), que teve o
texto-base aprovado ontem pela comissão especial. A
primeira sessão extraordinária foi encerrada em
razão do fim do tempo regimental (4 horas).
Antes do encerramento o Plenário havia rejeitado,
por 224 votos a 49 e uma abstenção, requerimento do
PT que pedia votação nominal do pedido de retirada
de pauta da proposta.
O texto que tramita em regime de urgência e pode ser
discutido e votado ainda hoje pelos deputados,
conforme previsão do presidente da Casa, Rodrigo
Maia, é o último substitutivo proposto pelo relator
da matéria, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
Além da análise do substitutivo, o Plenário deverá
deliberar também sobre destaques que não puderam ser
votados pela comissão especial. A reforma
trabalhista precisa de maioria simples de votos para
ser aprovada.
Fonte: Agência Câmara
26/04/2017 -
Sindicalistas debatem com senadores reforma
trabalhista
Sindicalistas pedem a senadores que a reforma
trabalhista (PL 6787/2016 ainda na Câmara) não seja
votada rapidamente no Senado. O líder do PSDB no
senado, senador Paulo Bauer (PSDB–SC) admite que
podem ocorrer mudanças no projeto, mas não descartou
que seja apresentado pedido de urgência quando a
proposta chegar à casa. O líder do PMDB, senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), defende que o Senado
discuta sem pressas as novas regras trabalhistas
para não retirar direitos já conquistados.
Fonte: Agência Senado
26/04/2017 -
Força da greve pode mudar rumo das reformas, afirma
Toninho do Diap
A realização, dia 28, de uma greve forte e nacional
pode alterar os rumos das reformas de Temer. “É
crescente o sentimento de rejeição ao conteúdo
agressivo das reformas”, afirma Antônio Augusto de
Queiroz (Toninho), do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar. O diretor do Diap observa
que o impacto da greve pode ampliar o sentimento
para outros setores da sociedade, isolando mais o
governo.
No que diz respeito à reforma da Previdência, o
governo ainda trabalha pra chegar aos 308 votos.
“Mas não será fácil”, avalia Toninho, chamando
atenção para a debandada recente do PSB, cuja
bancada de 35 deputados toma posição contra a
proposta de Temer. “O governo terá de fazer mais
concessões”, avalia.
Refém do mercado, Temer vai tentar acelerar a
reforma trabalhista, que seguirá para o Senado. A
votação será por maioria simples, e o governo tem
folga. “Mas, com a base sindical mobilizada, haverá
mais chances de bloquear a matéria ou negociar a
proposta”, diz Toninho.
Na avaliação do diretor do Diap, a greve do dia 28
pode ter uma importância histórica, “no sentido de
despertar as pessoas para o que realmente está
acontecendo, que é o desmanche do Estado de
bem-estar social e da proteção ao interesse
nacional, que foram marcas dos governos petistas”.
Debate - Por quase um ano – devido à radicalização
em torno do impeachment – o debate nacional ficou
interditado. Agora, não mais. A agressividade das
medidas, o grau de desmanche das conquistas e a
“velocidade assustadora” com que o governo toca os
projetos, diz o diretor do Diap, acabaram alertando
a opinião pública. De acordo com Toninho, “ao focar
o próprio conteúdo das reformas, o debate fluiu e as
pessoas se deram conta dos interesses que movem o
governo”.
O tempo corre contra as reformas. Para Antônio
Augusto de Queiroz, contribuem nesse sentido o
descontentamento dos trabalhadores, a tomada de
consciência pela população, o desgaste do governo e
a incerteza nas votações, pois os parlamentares já
estão de olho nas eleições de 2018.
Fonte: Agência Sindical
26/04/2017 -
Greve geral do dia 28 marcará gerações futuras, diz
Paulo Paim
Em pronunciamento nesta terça-feira (25), o senador
Paulo Paim (PT-RS) disse que a greve geral convocada
para a próxima sexta-feira (28) vai repercutir na
vida das gerações presentes e futuras.
Paim ressaltou que a paralisação contará com a
adesão de aeroviários, rodoviários, metroviários,
caminhoneiros, entre outras categorias
profissionais, além de vereadores e funcionários
públicos.
O senador explicou que a paralisação assinala a
posição contrária das centrais sindicais em relação
às reformas trabalhista e da Previdência, propostas
pelo governo Michel Temer.
Fonte: Agência Senado
26/04/2017 -
Trabalhadores dos Correios prometem parar a partir
da noite de hoje
As entregas de correspondências, mercadorias e
produtos comprados pela internet podem atrasar para
chegar às casas dos brasileiros nos próximos dias.
A partir das 22h desta quarta-feira (26), os
trabalhadores dos Correios de todo o país prometem
parar suas atividades por tempo indeterminado.
Segundo a federação que representa os trabalhadores
dos Correios, as agências não devem abrir em todo o
Brasil na manhã desta quinta-feira (27).
Fonte: Portal EBC
26/04/2017 -
IBGE: 1,5 milhão de pessoas têm dívidas com
empregadores
No Brasil, das 51,7 milhões de pessoas empregadas no
setor privado e doméstico, 1,5 milhão tinham algum
débito financeiro com o empregador que o impedia de
sair do trabalho, o que corresponde a 2,9% do total.
O índice é de 2,5% entre os contratados de forma
direta, o que corresponde a aproximadamente 1 milhão
de pessoas, e de 4,3%, (ou 420 mil pessoas) entre os
trabalhadores contratados por empresas
intermediárias.
A análise está no suplemento Aspectos das Relações
de Trabalho e Sindicalização, divulgado hoje (26)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(EBGE). O trabalho, que utilizou dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, foi
feito em parceria com o Ministério do Trabalho e
Previdência Social e com a Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
Pela primeira vez, foram aprofundadas as análises
das características de trabalho das pessoas com
idade a partir de 16 anos, empregados no setor
privado nas atividades agrícola e não agrícola e
trabalhadores domésticos. O recorte da Pnad traz
informações sobre formas de inserção no mercado de
trabalho para pessoas com 10 anos ou mais.
De acordo com o IBGE, o objetivo do levantamento foi
ampliar a base de conhecimento sobre os indicadores
de trabalho decente e consequente elaboração de
políticas públicas relacionadas ao tema, segundo
preconiza a OIT: que confiram a promoção das normas
internacionais do trabalho, a geração de empregos
produtivos e de qualidade para homens e mulheres, a
extensão da proteção social e a promoção do
tripartismo e do diálogo social.
Sem remuneração
A pesquisa aponta também que 205 mil pessoas são
consideradas empregadas sem remuneração. Desse
total, 185 mil estão em atividades não agrícolas e
20 mil em atividades agrícolas. Isso corresponde a
0,4% e 0,5% do total de empregados nesses setores,
respectivamente. De acordo com o levantamento, a
maioria deles são familiares dos donos das empresas
e não recebiam remuneração direta.
Sobre os direitos e benefícios, do total de
empregados, 58,6% não recebiam auxílio-alimentação,
14,8% não tinham flexibilidade de horário, 37,3% não
tinham acesso a capacitação profissional e 51% não
recebiam benefícios sociais complementares. O
Sudeste é a região com maior percentual de
empregados com auxílio-alimentação (48,8%) e o menor
percentual é no Nordeste (32,4%).Dos sindicalizados,
57,7% eram associados a sindicatos de empregados
urbanos e 50,8% disseram acreditar que o sindicato
defende os direitos dos trabalhadores. No entanto, a
participação nos sindicatos é baixa: 79,1% não
usavam os serviços oferecidos pela entidade e 81,2%
não iam às atividades promovidas.
Entre os que participam das atividades promovidas
pelo sindicato, 76,8% vão às assembleias, 33% às
manifestações, 56,3% participam de palestras, cursos
e debates, 46,1% vão a eventos comemorativos e 26,9%
participam das atividades de lazer ou esportivas.
Dos trabalhadores associados a sindicatos, 82,5%
disseram que a entidade não participa de negociação
ou dissídio coletivo. Dos sindicatos que participam
de negociação com o empregador, 92,2% tratou de
rendimento monetário, 56,9% de benefícios, 47,2%
para treinamento, capacitação ou igualdade de
oportunidade e de tratamento, 43% sobre jornada de
trabalho e 40,4% sobre condições de saúde e
segurança do trabalho.
Já entre os que utilizavam os serviços oferecidos
pelo sindicato, 39,9% usaram o atendimento jurídico,
40,5% o atendimento médico ou odontológico e 20,3%
os convênios com estabelecimento comercial ou de
serviço. Do total, 93,6% não usavam os convênios com
instituições de ensino, curso ou creche.
Não sindicalizados
Entre os trabalhadores não sindicalizados, que somam
83,1 milhões (80,9% do total), 26,4% disseram não
conhecer o sindicato que representa a categoria,
23,6% disseram que a entidade não tinha serviços de
seu interesse e 16,6% disseram não acreditar no
sindicato ou que a entidade não representava seus
interesses. Apenas 0,6% dos não associados
participavam de atividades promovidas pelo
sindicato.
O IBGE também analisou, na Pnad 2015, a fecundidade,
nupcialidade, cuidados das crianças com menos de 4
anos, acesso à internet e telefone móvel para uso
pessoal e acesso à televisão. Essas análises já
foram divulgadas. Ainda será divulgado um suplemento
sobre prática de esportes e atividades físicas.
Fonte: Agência Brasil
26/04/2017 -
Trabalhador dispensado antes do fim do período
concessivo de férias não consegue pagamento em dobro
da parcela
Na seara trabalhista, é chamado período aquisitivo
do direito às férias, o período de doze meses de
trabalho. Já o período concessivo, é aquele previsto
para que o empregador conceda as férias ao
empregado. Este é de doze meses contados a partir do
término do período aquisitivo. De acordo com o
artigo 137 da CLT, sempre que as férias forem
concedidas após o período concessivo, o empregador
pagará em dobro a respectiva remuneração.
E foi exatamente esse pagamento em dobro que um
trabalhador pretendia receber da empresa do ramo de
segurança com a qual teve o vínculo de emprego
reconhecido na Justiça do Trabalho no período de
03/10/2011 a 09/09/2013. A questão levantada foi a
de que o período concessivo das férias relativo ao
período aquisitivo 2011/2012 teria terminado em
02/10/2013, antes do fim do contrato, considerando a
projeção do aviso prévio. Nesse sentido, o parágrafo
1º do artigo 487 prevê que o período de projeção do
aviso prévio indenizado integra o contrato de
trabalho para todos os efeitos.
No entanto, o juiz de 1º Grau julgou a pretensão
improcedente, registrando que o vínculo foi extinto
antes do fim dos períodos concessivos, inexistindo
lastro para a incidência do artigo 137 da CLT. A
decisão foi confirmada pela 9ª Turma do TRT de
Minas, com base no voto da desembargadora Maria
Laura Franco Lima de Faria.
Conforme observou a relatora, ainda que o aviso
prévio indenizado integre o tempo de serviço para
todos os fins, a dispensa, no caso, ocorreu em
09/09/2013, antes de esgotado o período concessivo
das férias do período 2011/2012. A magistrada
explicou que a projeção do contrato em razão do
aviso prévio indenizado terá efeito no caso apenas
em relação ao período de férias seguinte 2012/2013
que passou a ser devido de forma integral.
Considerando a admissão do empregado em 03/10/2011,
calculou que as férias relativas ao período
aquisitivo 2011/2012 deveriam ter sido gozadas entre
03/10/2012 e 02/10/2013. No entanto, a dispensa
ocorreu antes disso, na data de 09/09/2013. A
julgadora ponderou que o período concessivo se
esgotaria quando já interrompidos os serviços
prestados. “Ora interrompida a prestação de
trabalho, não há falar em possibilidade de gozo de
férias ou pagamento do respectivo período de férias
no curso do contrato”, registrou, negando provimento
ao recurso. A Turma de julgadores acompanhou o voto.
Fonte: TRT3
26/04/2017 -
Publicação em jornal convocando empregado a retornar
ao trabalho por suposto abandono de emprego não gera
danos morais
A simples publicação de convocação em jornais em
nada ofende a imagem do empregado. Isso só se daria
se o objeto da publicação contivesse mensagem
vexatória ou ofensiva, o que não ocorreu. “Isso
porque a menção a abandono de emprego é publicação
rotineiramente efetivada em qualquer jornal, não
gerando mácula no histórico funcional de qualquer
empregado..."
"Uma trabalhadora buscou na Justiça do Trabalho
indenização por danos morais afirmando ter sido
ardilosamente convocada pela empresa para retornar
ao trabalho mediante publicação em jornais. Segundo
afirmou, a empregadora visava simular uma justa
causa por abandono de emprego, fato esse que, além
de ferir sua honra, maculou sua vida profissional.
Para a empresa, não havia outra alternativa, pois
não tinha conhecimento do paradeiro da empregada e o
contrato necessitaria ser rescindido, já que todas
as tentativas de encontrá-la foram frustradas.
O juiz de 1º grau deu razão à empregada e
descaracterizou a justa causa por abandono de
emprego, concedendo a indenização pedida, por
entender que a publicação em jornais foi abusiva e
prejudicial à reputação profissional da
trabalhadora.
Mas esse não foi o entendimento do desembargador
Milton Vasques Thibau de Almeida, ao julgar
favoravelmente o recurso apresentado pela
empregadora. Conforme ponderou o julgador, a simples
publicação de convocação em jornais em nada ofende a
imagem do empregado. Isso só se daria se o objeto da
publicação contivesse mensagem vexatória ou
ofensiva, o que não ocorreu. “Isso porque a menção a
abandono de emprego é publicação rotineiramente
efetivada em qualquer jornal, não gerando mácula no
histórico funcional de qualquer empregado, sobretudo
considerando que a simples publicação não significa
que a justa causa realmente se configurou”, explicou
o desembargador.
Por fim, o magistrado destacou que a indenização por
dano moral representa uma importante conquista
trabalhista, que deve ser reconhecida e aplicada com
equilíbrio e critério, caso contrário desvirtuaria
sua finalidade.
Por essas razões, não identificando exposição da
empregada a qualquer situação constrangedora,
vexatória ou humilhante que pudesse representar
ofensa à sua dignidade, honra ou à imagem, o relator
deu provimento ao recurso para excluir da condenação
a indenização por danos morais. O entendimento foi
acompanhado pelos demais julgadores da Turma."
Fonte: Jusbrasil
25/04/2017 -
NCST INTENSIFICA CHAMADO PARA 28/04
Brasília (DF), 24 de abril de 2017
GREVE GERAL
Voltamos mais uma vez à presença dos (as)
companheiros (as) dirigentes sindicais,
especialmente dos presidentes dos sindicatos e da
sociedade em geral, para convidá-los a participar
efetivamente das manifestações com paralização geral
no próximo dia 28 de abril, sexta-feira.
Somos conscientes da importância do engajamento de
todos os dirigentes sindicais neste momento. Todos
devemos nos envolver nas ações de interesses dos
trabalhadores, analisar o momento oportuno das
manifestações, orientar e incentivar os
trabalhadores da base e a população em geral. Temos
a certeza de que se não houver a participação direta
do movimento sindical, jamais conseguiremos barrar
as propostas de reformas da previdência e
trabalhista, reais ameaças aos já combalidos
direitos dos trabalhadores brasileiros.
Entretanto, a Nova Central Sindical de Trabalhadores
- NCST, seguindo os seus princípios, recomenda uma
manifestação efetiva, pacífica e sem violência de
qualquer natureza.
Por nenhum direito a menos!
JOSÉ CALIXTO RAMOS
Presidente - NCST
Fonte: NCST
25/04/2017 -
Relator da reforma da Previdência sugere novas
regras de transição
O parecer para a reforma da Previdência sugerido
pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia
(PPS-BA), traz várias regras de transição, entre
elas a do aumento do tempo de contribuição mínimo
para a aposentadoria por idade de 15 para 25 anos.
Este tempo geralmente é contado em contribuições
mensais. Ou seja, hoje ele é de 15 anos ou 180
contribuições mensais. A proposta do relator para a
PEC 287/16 eleva este total em seis contribuições
por ano a partir de 2020. Desta forma, em 2040 o
sistema estaria exigindo 300 contribuições ou 25
anos de contribuição para que a pessoa se aposente
por idade.
A idade mínima, neste caso, começa com as idades
atuais, de 65 anos para o homem e 60 anos para a
mulher; mas, para as mulheres, vai subir
gradualmente para 62 anos até 2022, atingindo os
mínimos da emenda.
Pedágio de 30%
Para a aposentadoria por tempo de contribuição, o
segurado terá que calcular quanto falta para se
aposentar pelas regras atuais - 35 anos para o homem
e 30 anos para a mulher - e adicionar um pedágio de
30%.
Aí é só checar na tabela do aumento progressivo da
idade, que começa em 53 anos para a mulher e 55 anos
para o homem, e verificar qual idade mínima vai
vigorar após este tempo. Pela tabela, a idade sobe
um ano a cada dois anos a partir de 2020. Portanto,
os 65 anos do homem só serão cobrados a partir de
2038.
Mas, segundo explicou o relator, Arthur Oliveira
Maia, uma vez calculada a soma do tempo que falta
para aposentadoria mais o pedágio, a idade não sobe
mais: "A idade mínima que é calculada é mantida.
Nós, ao longo dos nossos debates, chamamos isso de
cristalização. Ou seja, faz a conta e uma idade é
cristalizada. Essa idade é mantida. Não há aquela
história do cavalo correndo atrás da cenoura com
alguém montado em cima, mantendo a cenoura na
frente".
Benefício assistencial
A idade mínima para requerer o benefício assistencial
(BPC) de um salário mínimo também vai subir
progressivamente dos 65 anos atuais para 68. Esse
benefício é pago às pessoas com deficiência e
baixíssima renda. A definição de carência será feita
em lei posterior.
Expectativa de sobrevida
Em relação a praticamente todas as idades, uma lei
posterior vai regulamentar como serão elevadas as
idades mínimas caso aumente a expectativa de
sobrevida do brasileiro.
A cada ano, o IBGE calcula este aumento e geralmente
a sobrevida após os 65 anos é elevada em alguns
meses. Quando o aumento completar um ano inteiro, as
idades de aposentadoria poderão ser aumentadas.
Fonte: Agência Câmara
25/04/2017 -
Reforma trabalhista vai ao Plenário no próximo dia
26, prevê Rodrigo Maia
Presidente da Câmara espera concluir a votação
das mudanças na legislação trabalhista até a
quinta-feira, dia 27
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
afirmou que pretende votar a reforma trabalhista em
Plenário até quinta-feira (27). A análise da
proposta em Plenário deve começar na quarta-feira
(26).
O presidente da Câmara disse ainda que a aprovação
do regime de urgência para a proposta (PL 6787/16),
que flexibiliza a legislação trabalhista, seguiu o
Regimento Interno da Câmara. Nesta segunda-feira
(24), o Psol protocolou no Supremo Tribunal Federal
um mandado de segurança para anular a votação do
regime de urgência, aprovado na última quarta-feira
(19), depois de ter sido rejeitado pelo Plenário no
dia anterior.
Rodrigo Maia afirmou esperar que o STF não altere o
cronograma de votações na Casa. “O regimento foi
cumprido de forma correta, não se votou o mérito de
nenhum projeto, e aí, certamente, não poderia ter
novamente a votação da matéria. Mas, a urgência, o
Plenário tem direito de votar a qualquer momento. O
Plenário pode dizer agora que não cabe urgência,
pode dizer daqui a cinco minutos que cabe urgência”,
explicou.
Fonte: Agência Câmara
25/04/2017 -
Sindicalistas atacam reforma trabalhista e
terceirização em audiência na CDH
Aspectos da reforma trabalhista proposta pelo
governo, incluindo mecanismos relacionados à
terceirização presentes no relatório do deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), foram contestados por
representantes sindicais que participaram nesta
segunda-feira (24) de audiência pública na Comissão
de Direitos Humanos (CDH).
Também foram criticados aspectos da Lei 13.429,
conhecida como a Lei da Terceirização, recentemente
sancionada pelo presidente Michel Temer. O relatório
de Rogério Marinho ainda está sob análise em uma
comissão especial da Câmara dos Deputados.
A audiência foi conduzida pelo vice-presidente do
colegiado, Paulo Paim (PT-RS), que durante a reunião
também criticou a recente decisão do STF que
transferiu ao trabalhador terceirizado o ônus da
prova no que se refere à omissão do poder público,
caso tome calotes de empresa terceirizada em
contratos com a administração pública.
- Vejam vocês a que ponto chegamos! Como alguém que
ganha se muito dois, três salários mínimos, vai
poder provar que foi o governo federal, ou mesmo os
estaduais ou as prefeituras, a culpada por não
fiscalizar o pagamento do seu salário? Isso não
existe - lamentou.
Críticas
No que se refere ao texto de Rogério Marinho, o
representante do Sindicato Nacional dos Funcionários
do Banco Central, Paulo Gonçalves, chama a atenção,
no que tange à terceirização, que uma das
consequências poderá ser um rebaixamento
generalizado da massa salarial em todos os setores
da economia nacional.
Isso porque pela CLT um trabalhador não pode ter seu
salário rebaixado, o que passará a ser possível a
partir da contratação como terceirizado de quem até
a véspera prestava seus serviços como celetista.
- Se isso acontece hoje, o sindicato entra com uma
ação coletiva na Justiça do Trabalho e condena a
empresa. Mas se o texto como está passar, o que vai
valer é o acordo direto da empresa com o
trabalhador, eliminando o sindicato - alertou.
A reforma trabalhista também foi bastante criticada
pela representante do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela
Rassy. Ela lembrou que a maior parte dos casos de
acidentes de trabalho no país envolvem justamente
trabalhadores terceirizados, número que aumenta
conforme cresce a terceirização.
- Já são mais de 700 mil casos por ano, com cerca de
15 mil incapacitados de maneira definitiva e quase 3
mil mortos - citou Rassy, reforçando que hoje as
indenizações relacionadas a acidentes de trabalho já
chegam a quase R$ 200 bilhões, ou 4% do PIB.
Rosângela Rassy também chamou de "absurda" a
proposta que torna facultativo o fornecimento de
alimentação e serviços ambulatoriais aos
terceirizados, assim como o cumprimento do piso
salarial.
O representante da Coordenadoria Nacional de Combate
às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret),
Paulo Vieira, alerta ainda que o forte estímulo à "pejotização"
já presente na Lei 13.429 trará fortes prejuízos à
Previdência Social, diminuindo as contribuições de
patrões e empregados ao sistema.
Lembra ainda que o libera-geral nas terceirizações
deverá aumentar os casos de trabalhadores em
condição análoga à escravidão, uma vez que hoje
cerca de 80% dos resgatados nestas condições são
contratados por prestadoras de serviços.
Até mesmo o representante do Ministério do Trabalho
presente à audiência, Mauro Rodrigues, defendeu um
aprofundamento quadripartite (envolvendo governo,
legislativo, empresas e trabalhadores) nos debates
sobre a terceirização, vendo como algo preocupante o
regime de urgência dado à reforma trabalhista na
Câmara e a "excessiva flexibilidade" do texto.
Chacina em Colniza
Durante a reunião ainda foi respeitado um minuto de
silêncio em memória aos nove trabalhadores rurais
mortos após tortura em Colniza (MT), na quarta-feira
da semana passada. A CDH realizará na próxima
terça-feira (2) uma audiência para tratar da
tragédia, e Paim confirmou que fará uma visita à
região.
Fonte: Agência Senado
25/04/2017 -
Índice de Confiança da Indústria fica estável de
março para abril
A prévia de abril do Índice de Confiança da
Indústria (ICI) ficou em 90,8 pontos, 0,1 ponto
acima do resultado de março. Segundo a Fundação
Getulio Vargas (FGV), os números mostram uma
estabilidade do indicador, que é medido em uma
escala de zero a 200 pontos.
Caso a prévia seja confirmada no resultado fim de
abril, será o maior nível do índice desde maio de
2014 (92,2 pontos).
A prévia aponta para uma piora da avaliação dos
empresários da indústria em relação ao momento
atual. O Índice da Situação Atual caiu 0,3 ponto e
chegou a 88,2 pontos. No entanto, os empresários
estão mais confiantes em relação ao futuro, de
acordo com a prévia. O Índice de Expectativas subiu
0,5 ponto e atingiu 93,6 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da
Indústria também permaneceu estável na prévia de
abril (74,4%), um patamar ainda baixo em termos
históricos. Para a prévia de abril, foram
consultadas 783 empresas entre os dias 3 e 20 deste
mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na
próxima sexta-feira.
Fonte: Agência Brasil
25/04/2017 -
Reforma trabalhista é tema de novo debate na
Comissão de Assuntos Sociais
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) promove na
quarta-feira (26) audiência pública interativa para
discutir a proposta de reforma trabalhista enviada
pelo Executivo ao Congresso, em tramitação na Câmara
dos Deputados. A audiência pública, que integra
ciclo de debates promovido pela comissão, terá
início às 9h, na sala 9 da Ala Alexandre Costa.
A audiência pública, sobre o tema Representação dos
Trabalhadores e Representação Sindical, será
dividida em duas mesas. A primeira terá a
participação do presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST, ministro Ives Gandra da Silva Martins
Filho.
Para a segunda mesa, foram convidados o procurador
do Trabalho na 13ª região e secretário-adjunto de
Relações Institucionais do Ministério Público do
Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo Lima, e
representantes da Confederação Nacional das
Instituições Financeiras, da União Geral dos
Trabalhadores e da Embaixada do Reino Unido.
Essa será a segunda audiência pública sobre a
reforma trabalhista promovida pela CAS, presidida
pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). A primeira
audiência ocorreu no último dia 12.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa -
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania -
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
25/04/2017 -
Comissão de Educação pode aprovar novas regras para
liberação do FGTS
O trabalhador pode ser autorizado a sacar dinheiro
do seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
para pagar cursos e quitar empréstimos estudantis.
Essa proposta está em projeto de lei que a Comissão
de Educação, Cultura e Esporte (CE) pode aprovar na
próxima terça-feira (25), na sua sessão
deliberativa, marcada para as 11h.
O PLS 581/2007, do senador Paulo Paim (PT-RS), ainda
libera o acesso ao FGTS após um ano de inatividade
da conta (atualmente é necessário esperar três anos)
e antecipa o saque livre do fundo para o trabalhador
a partir dos 60 anos de idade (a regra atual diz 70
anos).
A relatora do projeto é a senadora Ana Amélia
(PP-RS), que acrescentou a possibilidade de uso do
saldo do FGTS para pagar mensalidades de curso
superior ou profissionalizante (para si mesmo ou
para familiares) e para quitar empréstimo contraído
com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Caso seja aprovado pela Comissão de Educação e
Cultura, o projeto ainda precisará passar pelas
Comissões de Assuntos Sociais (CAS), Serviços de
Infraestrutura (CI) e Assuntos Econômicos (CAE).
Fonte: Agência Senado
25/04/2017 -
Comissão aprova participação de sindicato em
negociação sobre lucro de empresas
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços aprovou o Projeto de Lei
3016/15, do deputado Laércio Oliveira (SD-SE), que
aumenta a transparência e a representatividade de
sindicatos e federações de trabalhadores nas
negociações envolvendo a participação deles em
lucros e resultados da empresa.
O objetivo do projeto é permitir que a participação
nos lucros e resultados possa ser tratada com o
sindicato, federação ou confederação de
trabalhadores que melhor represente a categoria
preponderante dos empregados.
Categoria predominante
Pelo texto atual da Lei de Participação nos Lucros das
Empresas (Lei 10.101/00), só pode integrar a
comissão paritária, formada por empregadores e
empregados, um representante indicado pelo sindicato
que represente a categoria predominante na sede da
empresa.
Havendo mais de um sindicato ou mais de uma unidade
de negócio, a empresa poderá negociar com o
sindicato que mais expresse a representação de seus
empregados ou ainda com a respectiva federação ou
confederação de trabalhadores. Os termos negociados
devem ser informados aos demais sindicatos
envolvidos.
Sem racionalidade
Para o relator na comissão, deputado Augusto Coutinho
(SD-PE), a multiplicidade de representação sindical
em grandes empresas impõe um enorme desafio. “Não é
racional que, no contexto de distribuição de lucros,
uma empresa faça ajustes distintos com categorias
e/ou localidades distintas.”
Coutinho afirmou que a proposta permite uma
representação mais justa nas negociações entre
empresas e seus empregados e diminui litígios
judiciais.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
25/04/2017 -
Hering obtém redução de indenização em ação civil
pública por descumprimento de normas
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reduziu para R$ 200 mil o valor da indenização por
dano moral coletivo devido pela Cia. Hering em
decorrência do descumprimento da legislação relativa
ao meio ambiente de trabalho em Goiás. Unanimemente,
a Turma considerou que o valor fixado anteriormente,
de R$ 400 mil, era excessivo para as circunstâncias
que ensejaram a condenação.
A ação civil pública foi proposta pelo Ministério
Público do Trabalho a partir de fiscalização da
Superintendência Regional do Trabalho (SRT) que
identificou na filial da empresa em Santa Helena
(GO) diversas irregularidades praticadas em cerca de
dois anos, como a não concessão de pausas para
descanso, não fornecimento de EPI, existência de
casos de doenças profissionais, descumprimento da
cota de aprendizes, não concessão de descanso
semanal de 24 horas consecutivas e ausência de
pagamento de horas de percurso, entre outras.
Para o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região
(GO), o valor estabelecido pelo juízo de primeiro
grau extrapolou os limites da equidade,
razoabilidade, proporcionalidade e dos mais
evidentes princípios de direito. Por isso, reduziu-o
para R$ 400 mil, a serem revertidos para o Corpo de
Bombeiros do Estado de Goiás.
No entendimento da relatora do recurso da empresa no
TST, ministra Dora Maria da Costa, rejeitou recurso
da Hering contra a condenação, por entender que
estão devidamente demonstrados os requisitos legais
para a sua responsabilização civil em face dos
diversos ilícitos apontados pelos auditores fiscais
do trabalho, ao longo de praticamente dois anos e em
relação a 400 trabalhadores, sendo a dimensão dos
descumprimentos suficientes para caracterizar a
lesão moral da coletividade.
Com relação ao valor, porém, considerou que a
indenização fixada pelo Tribunal Regional ainda se
revelava excessiva em face das circunstâncias que
ensejaram a condenação, e propôs sua redução para R$
200 mil. A ministra assinalou, entre outros pontos,
que as infrações noticiadas pela SRT foram
constatadas em uma única visita, e que a empresa
também foi condenada a tomar providências no prazo
de 30 dias a partir do trânsito em julgado da
sentença, com imposição de multa de R$ 10 mil por
mês, para cada obrigação descumprida. A decisão foi
unânime.
Processo: RR-10185-94.2016.5.18.0104
Fonte: TST
24/04/2017 -
Comissão especial inicia discussão do relatório da
reforma da Previdência nesta terça-feira
Após uma semana de discussões na comissão, a
votação do relatório deverá ocorrer no dia 2 de
maio, podendo se estender até o dia 3. Para ser
aprovado no colegiado, o relatório precisa da
maioria dos votos dos parlamentares presentes
A discussão do relatório do deputado Arthur Oliveira
Maia (PPS-BA) sobre a reforma da Previdência começa
na terça-feira (25), na comissão especial, com o
compromisso de não haver obstrução por parte da
oposição.
Os deputados oposicionistas preferiram negociar com
o governo mais tempo para debater o texto, deixando
de usar instrumentos como os requerimentos de
adiamento da discussão.
Mas eles prometem usar todos os outros instrumentos
regimentais, como, por exemplo, a necessidade de
presença mínima em plenário nas votações.
Alterações restritivas
A oposição reconheceu que o texto do relator trouxe
mudanças positivas em relação à proposta original
(PEC 287/16), mas ressaltaram também alterações mais
restritivas, como a redução do percentual inicial
para o cálculo do valor dos benefícios.
O deputado Pepe Vargas (PT-RS) disse que, embora
todos os que estão no sistema possam entrar nas
regras de transição, após 25 anos de contribuição, o
segurado teria apenas 70% do benefício, contra 76%
da proposta original.
Arthur Oliveira Maia afirmou porém que, com o novo
texto, a obtenção de 100% do benefício ocorreria com
40 anos de contribuição, contra 49 anos do texto
anterior.
Vários deputados também consideram alto o tempo
mínimo de contribuição de 25 anos, visto que hoje
ele é de 15 anos.
‘Tarefa necessária’
O presidente da comissão especial, deputado Carlos
Marun (PMDB-MS), disse que a tarefa de fazer a
reforma não é fácil, mas é necessária: "Nós não
podemos, aqui e agora, cada um querer botar uma
coisa nessa reforma pra chegar em casa e buscar o
aplauso rápido e fácil.”
“Nós temos que, com a reforma, buscar o
reconhecimento da população, que eu tenho certeza
que virá em tempo hábil, ainda a partir do
crescimento econômico que vai acontecer no Brasil em
função das medidas que nós estamos adotando",
afirmou o parlamentar.
Inconsistências
Já o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) promete voltar à
discussão sobre os motivos da reforma. Ele disse que
analisou as informações recebidas do governo e que
encontrou algumas inconsistências.
"Nós temos dados, e análises dos microdados, que
mostram o seguinte: a projeção do número de idosos
foi falsa, ela é 7 milhões a menos, pelo menos”,
afirmou Valente.
“E não só isso. A taxa de crescimento dos idosos vai
decair logo aí em seguida. Então a projeção é falsa,
para gerar terrorismo para a propaganda do governo",
acrescentou o parlamentar.
Votação em dois dias
O deputado Carlos Marun afirmou que, após esta semana
de discussões na comissão, o relatório deve ser
votado no dia 2 de maio, podendo se estender até o
dia 3.
A comissão especial tem 37 deputados titulares e
igual número de suplentes, que só votam na ausência
dos titulares. Para ser aprovada, o relatório sobre
a PEC 287/16 precisa de maioria simples do
colegiado, ou seja, metade mais um dos presentes à
votação.
No Plenário
Caso todos esses prazos sejam cumpridos, a leitura do
texto no Plenário da Câmara poderia acontecer no dia
8, com início das discussões no dia 15 de maio.
As emendas à Constituição precisam ser votadas duas
vezes para serem aprovadas e cada votação tem que
receber pelo menos três quintos do total dos votos
do Plenário (513 deputados), ou seja 308 votos
favoráveis, em duas votações.
Fonte: Agência Câmara
24/04/2017 -
Reforma trabalhista deve ser votada no Plenário na
quarta-feira
Antes disso, haverá votação do texto na comissão
especial. O relator, Rogério Marinho, apresentará
novo substitutivo em função das emendas apresentadas
Com tramitação em regime de urgência, o projeto de
reforma trabalhista (PL 6787/16) deve ser votado
nesta terça-feira (25) pela comissão especial e na
quarta-feira (26) no Plenário da Câmara.
O relator da proposta, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), deve apresentar novo substitutivo, ou
seja, uma proposta diferente da que apresentou há
duas semanas.
Como parte do acordo que resultou na aprovação da
urgência para o projeto, Marinho concordou em
aceitar emendas ao texto até o fim da tarde desta
segunda-feira (24).
"Nós vamos permitir emendamento, apesar de o regime
de urgência retirar essa possibilidade. Nós fizemos
um gesto no sentido de que haja emendas ao nosso
substitutivo no âmbito da comissão”.
Segundo o deputado, há mais de 200 emendas ao texto,
e a ideia é debater e votar um novo substitutivo que
será feito em função dessas emendas, sem prejuízo
das que ainda poderão ser apresentadas novamente no
Plenário.
O regime de urgência para a proposta impede que os
integrantes da comissão especial peçam vista do
projeto quando for apresentado novo substitutivo,
mas deputados de oposição querem debater mais o
tema, que altera pontos da Consolidação das Leis
Trabalhistas, a CLT.
Para o líder do PT, Carlos Zarattini (SP), o projeto
afeta os direitos dos trabalhadores e precisa ser
alterado. Uma das medidas criticadas por ele é a
regulamentação do chamado trabalho intermitente,
modalidade que permite que os empregados sejam pagos
por período trabalhado.
"No trabalho intermitente, a pessoa é contratada mas
não tem uma jornada definida. Ele vai trabalhar de
acordo com o interesse do patrão. Um dia ele
trabalha duas horas, outro, 10 outro oito",
exemplificou.
Negociado x legislado
O substitutivo apresentado por Marinho prevê que a
negociação entre empresas e trabalhadores prevaleça
sobre a lei em pontos como parcelamento das férias
em até três vezes, jornada de trabalho de até 12
horas diárias, plano de cargos e salários, banco de
horas e trabalho em casa.
Também acaba com o obrigatoriedade do imposto
sindical e com a exigência de os sindicatos
homologarem a rescisão contratual no caso de
demissão.
Rogério Marinho nega que o projeto retire direitos
dos trabalhadores e afirma que vai modernizar a
legislação e permitir a geração de empregos, ao dar
segurança jurídica aos empresários e colocar na
formalidade trabalhadores sem carteira assinada.
Manifestações
Para o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), a semana
deverá ser de confrontos no Plenário. “Não vamos
aceitar calados a retirada de direitos dos
trabalhadores, a pior de todas desde a aprovação da
CLT, em 1942, nas palavras de juízes procuradores do
Trabalho”.
O líder do governo no Congresso, deputado André
Moura (PSC-SE) defendeu as manifestações, desde que
pacíficas, e disse que os protestos não vão
atrapalhar as votações da reforma trabalhista e da
reforma da Previdência, que, segundo ele modernizam
a legislação.
"As manifestações, desde que sejam ordeiras,
pacíficas, são importantes e nós apoiamos porque
elas servem, acima de tudo, para abrir o diálogo. O
que não aceitamos são as manifestações que não são
ordeiras e pacíficas, mas de baderneiros, de
mal-educados, que não respeitam a democracia. Não
iremos com isso nos curvar ao que eles querem. Muito
pelo contrário".
Fonte: Agência Câmara
24/04/2017 -
Reforma trabalhista: relatório prevê demissão em
comum acordo com direito a FGTS
O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) incluiu a
possibilidade de demissão em comum acordo entre
trabalhador e empresa em seu relatório à proposta de
reforma trabalhista (PL 6787/16), o que não era
previsto no projeto original.
O contrato de trabalho poderá ser extinto, em caso
de consenso, com pagamento de metade do aviso prévio
e metade da multa de 40% sobre o saldo do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O empregado
poderá movimentar até 80% do valor depositado pela
empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao
seguro-desemprego.
A rescisão, atualmente, é feita a pedido do
trabalhador ou por decisão da empresa. No primeiro
caso, o empregado não recebe a multa de 40% sobre o
FGTS, nem tem acesso ao fundo de garantia. Essa
regra vale também quando a empresa demite com justa
causa.
Já nos casos de demissão sem justa causa, o
empregado tem direito a aviso prévio, multa de 40%
sobre FGTS e acesso a todo o depósito do fundo.
Cerca de 58% dos 10 milhões de processos na Justiça
do Trabalho, atualmente, tratam de rescisão do
contrato, de acordo com estudo do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ), de 2016.
O relatório foi apresentado no dia último dia 12 à
comissão especial. O documento, de 132 páginas,
amplia a proposta do governo sobre a prevalência da
negociação coletiva em relação à legislação.
Assistência
O relatório também limita a atuação da Justiça do
Trabalho na edição de súmulas e outras instrumentos
de jurisprudência. A súmula é uma decisão de um
tribunal sobre determinado tema que uniformiza
decisões para casos similares.
Pelo substitutivo, as súmulas só poderão ser
estabelecidas ou alteradas pelo voto de 2/3 dos
ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ou
seja, 18. Além disso, a matéria objeto da súmula
deve ter sido decidida de forma idêntica por
unanimidade em pelo menos seis das oito turmas do
TST em pelo menos dez sessões diferentes.
O texto também proíbe que súmulas restrinjam
direitos ou criem obrigações não previstas em lei.
Segundo Marinho, a medida busca limitar
interpretações “ampliativas e criativas” do TST e
garantir maior segurança jurídica nas relações de
trabalho.
Dano extrapatrimonial
No texto, é criada a figura do dano extrapatrimonial,
para disciplinar ações de danos morais, existenciais
e outros requeridos em processos trabalhistas.
São 12 critérios para orientar o juiz na avaliação
do pedido de dano extrapatrimonial como os reflexos
pessoais e sociais da ação ou omissão e a situação
social e econômica das partes envolvidas. A
indenização por esse tipo de dano poderá chegar, no
máximo, a 50 vezes o último salário do empregado
ofendido, para ofensas graves.
Segundo Marinho, a falta de critérios objetivos e a
discricionariedade dada a juízes traz insegurança
jurídica sobre a determinação dos valores de danos
morais.
O texto inclui a possibilidade de punição para as
partes que agirem de má-fé em processos
trabalhistas. Aqueles que mentirem, buscarem
objetivos ilegais ou apresentarem recursos somente
para retardar o julgamento, por exemplo, serão
multados e pagarão indenização à outra parte.
Gestante
O relatório muda a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) para permitir que a gestante ou lactante possa
trabalhar em ambiente insalubre, desde que apresente
atestado médico comprovando que olocal não afetará
sua saúde ou oferecerá risco à gestação ou
amamentação. A Lei 13.287/16 proibiu esse tipo de
atividades pela empregada nessas condições.
Tempo extra
O texto exclui da contagem de hora extra o tempo que o
empregado estiver na empresa para atividades como
higiene pessoal, alimentação, lazer ou quando buscar
proteção pessoal contra chuva ou evitar sair à rua
em horário mais arriscado, por exemplo.
Segundo Marinho, a mudança quer deixar claro que
esse tempo de atividades particulares, “sem qualquer
espécie de demanda do empregador”, não seja contado
para o pagamento de horas extras.
Fonte: Agência Câmara
24/04/2017 -
“O importante é aprovar”, diz Meirelles sobre
votação de reforma da Previdência
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
sexta-feira à noite (21) que um eventual atraso de
“uma semana ou duas” na votação do relatório da
reforma da previdência não fará diferença. “O
importante é aprovar a reforma”, disse.
Meirelles se reuniu pela manhã com ministros das
Finanças de países do G20 e, ao longo dos últimos
dois dias, em Washington, também teve encontros com
investidores. Segundo ele, há uma percepção positiva
do Brasil entre os investidores internacionais e um
consenso de que as reformas estão caminhando.
Com relação a eventuais temores de um aumento do
protecionismo devido a mudanças no comando de
potências mundiais, como França e Estados Unidos, o
ministro afirmou que isso não deve impactar
negativamente o Brasil, já que a pauta de
exportações do país é muito centrada em commodities,
e não em produtos manufaturados, que costumam ser o
principal alvo do protecionismo. Segundo ele, “os
riscos que se vê hoje na economia mundial não são
riscos que afetam o Brasil no médio prazo”.
Fonte: Agência Brasil
24/04/2017 -
Brasil reduz perda de empregos em março
O número de empregos formais no Brasil teve saldo
negativo de 63.624 vagas em março, apontam dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério do Trabalho. Apesar da queda
em março, a redução no mesmo mês do ano passado foi
quase dobro, quando registrou retração de 118 mil
postos de trabalho. No mês passado, o resultado
havia sido positivo em 35.612 vagas formais de
emprego.
Março apresentou uma variação negativa de -0,17% em
relação ao estoque do mês anterior. Foram
registradas 1.261.332 admissões contra 1.324.956
desligamentos. No acumulado do ano, a queda foi de
64.378 postos de trabalho, equivalente a -0,17%, em
relação ao estoque de dezembro de 2016, e, nos
últimos 12 meses, houve a redução de 1.090.429
postos de trabalho, correspondendo a uma retração de
-2,77% no total de empregados com carteira assinada
do país.
“Os dados de março do Caged mostram que fatores
sazonais e conjunturais influenciaram negativamente
o mercado de trabalho. O governo esperava uma
trajetória ascendente, positiva, no número de vagas
formais de trabalho, em razão do bom desempenho
verificado em fevereiro, mas os resultados gerais
foram negativos. Se não foi possível aumentar o
número de postos de trabalho no mês, pelo menos
indicadores apontam uma diminuição significativa no
ritmo de redução do emprego”, explica o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O comércio foi o setor que mais apresentou retração,
com -33.909 postos, seguido do setor de Serviços
(-17.086 postos), Construção Civil (-9.059 postos),
Indústria de Transformação (-3.499 postos) e
Agricultura (-3.471 postos). Apesar das quedas, a
Administração Pública apresentou desempenho positivo
(+4.574 postos), com expressiva participação do
estado de São Paulo (+2.756).
Tradicionalmente, os resultados de março sofrem
forte influência de fatores sazonais negativos. Um
exemplo é o comércio varejista, que se apresenta
negativo no mês de março, mesmo em anos de forte
crescimento econômico. A indústria de alimentos, a
construção civil e os serviços de alojamento e
alimentação também sofrem uma sazonalidade negativa
marcante, pelas características dessas atividades.
Apesar da redução geral, alguns estados registraram
bom desempenho. O maior saldo positivo de março foi
apresentado pelo estado do Rio Grande do Sul (+5.236
postos), puxado pelos setores da Indústria de
Transformação (+5.214 postos) e do Comércio (+1.454
postos), seguido de Goiás (+4.304 postos), devido à
expansão do setor da Agropecuária (+2.449 postos).
Fonte: MT
24/04/2017 -
Projeto estende benefícios de programas de
alimentação do trabalhador para microempresas
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
5491/16, que permite a dedução de valores gastos com
programas de alimentação do trabalhador por micro e
pequenas empresas tributadas na sistemática do
Simples Nacional e lucro presumido.
O projeto modifica a Lei 6.321/76, que hoje
restringe o aproveitamento do benefício fiscal a
empresas tributadas pelo lucro real que ofereçam
programa de alimentação ao trabalhador.
Segundo o autor da proposta, deputado Marinaldo
Rosendo (PSB-PE), as micro e pequenas empresas são
responsáveis por 84% dos empregos do País. “Na
verdade, a esmagadora maioria dos trabalhadores
brasileiros estão excluídos da política pública”,
afirma. Conforme ele, a proposta trará mais saúde e
bem-estar para os trabalhadores.
Tramitação
De caráter conclusivo, a proposta será analisada pelas
comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
24/04/2017 -
Empresa restituirá descontos de contribuição
negocial confederativa a empregado não sindicalizado
Cláusulas coletivas que estipulem a obrigação de
pagamento de contribuição a trabalhadores não
sindicalizados ferem o princípio constitucional que
assegura a liberdade de associação e sindicalização,
previsto no artigo 8º, V, da CF/88. Com esse
entendimento, a juíza Célia das Graças Campos, na
titularidade da Vara do Trabalho de Congonhas,
julgou favoravelmente o pedido de um motorista para
que lhe fossem restituídos os valores dos descontos
realizados em seu contracheque a título de
contribuição negocial confederativa.
Conforme explicou a magistrada, são admitidos quatro
tipos de contribuição para as entidades sindicais:
contribuição sindical (artigo 578 da CLT), a
contribuição confederativa (inciso IV, do artigo 8º
da CF/88), a contribuição assistencial (artigo 513
da CLT, alínea “e”) e a mensalidade sindical.
Contudo, somente a contribuição sindical é
obrigatória para toda a categoria, uma vez que as
demais somente podem ser descontadas dos empregados
associados.
No caso, a julgadora constatou, mediante consulta
aos holerites do trabalhador, que ele sofreu
desconto salarial referente à “Cont Negocial
Confederati”. Por sua vez, a empregadora não
comprovou a filiação sindical do trabalhador. Assim,
concluindo pela ilegalidade da imposição do desconto
para o empregado não sindicalizado, em face da
violação ao disposto nos artigos 5º, XX, e 8ª, ambos
da Constituição Federal, a juíza determinou que a
empresa devolva ao trabalhador os valores
descontados a esse título.
A empresa recorreu da decisão, que ficou mantida
pela 2ª Turma do TRT mineiro. O acórdão cita a
Súmula 666 do STF e o Precedente 119 do TST, pelo
qual, o desconto da contribuição assistencial em
favor do sindicato deve abranger apenas o
trabalhador sindicalizado.
Processo 02235-2014-054-03-00-5 (Fonte: TRT3)
Fonte: Âmbito Jurídico
20/04/2017 -
CONVOCAÇÃO - 28 DE ABRIL: VAMOS PARAR O BRASIL
COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS,
Convocamos todas as entidades sindicais filiadas e
sua base para uma manifestação pacífica pelas ruas
de todo o País, no próximo dia 28 de abril,
mostrando toda a nossa força contra esses absurdos
propostos pelo atual governo - com cartazes, faixas
e manifestações que chamem a atenção da população
brasileira para a tentativa de desmonte das leis
trabalhistas brasileiras. Nosso movimento não tem
uma cor, ele é a imagem do nosso Brasil. Vista a
camisa do seu sindicato, da sua federação,
confederação e da sua central. Mobilize toda a
categoria que você representa.
Nosso grito é de quem não compactua com essas
medidas, por entender que elas poderão precarizar os
direitos do trabalhador (a). Nossa posição é clara:
somente com investimento, qualificação e valorização
do trabalho voltaremos ao crescimento da economia,
com leis que protejam a integridade do trabalhador
(a), principal patrimônio brasileiro.
Continuaremos lutando para que os projetos que
flexibilizem a relação capital e trabalho sejam
combatidos e extintos, e que a Consolidação das Leis
Trabalhistas, direito adquirido após anos de lutas
da classe trabalhadora, movimentos sindicais e
sociais, seja fortalecida e prevaleça sobre
quaisquer circunstâncias.
POR NENHUM DIREITO A MENOS!
JOSÉ CALIXTO RAMOS
PRESIDENTE CNTI/NCST
Fonte: NCST
20/04/2017 -
Plenário aprova urgência para projeto da reforma
trabalhista
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 287
votos a 144, o regime de urgência para o projeto de
lei da reforma trabalhista (PL 6787/16). Na noite de
terça, o Plenário havia rejeitado o regime de
urgência por insuficiência de votos, pois o pedido
obteve o apoio de 230 parlamentares, quando o
necessário é 257.
Com a aprovação do regime de urgência, não será
possível pedir vista ou emendar a matéria na
comissão especial que analisa o substitutivo do
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
O relatório apresentado na comissão mantém a
prevalência dos acordos coletivos em relação à lei,
conforme previsto no texto original, e acrescenta
outras modificações, como regras para o teletrabalho
e o trabalho intermitente.
A oposição protestou contra a nova votação do
requerimento de urgência, um dia após sua rejeição
pela Casa.
CPI da Lei Rouanet
Como não houve acordo sobre pedido de prorrogação da
CPI da Lei Rouanet, o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, prorrogou, ad referendum do
Plenário, por mais 20 dias os trabalhos da CPI. Em
seguida, a sessão do Plenário foi encerrada.
Fonte: Agência Câmara
20/04/2017 -
Relatório da reforma da Previdência deve ser votado
na comissão especial dia 2
Com a leitura, nesta quarta-feira (19), pelo
deputado Arthur Maia (PPS-BA), de parte do relatório
sobre a proposta de reforma da Previdência na
comissão especial da Câmara, os parlamentares
definiram o calendário de tramitação da matéria. A
previsão é que o parecer de Maia seja votado na
comissão no dia 2 de maio.
O presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS),
fez um acordo com a oposição para que não houvesse
obstrução durante a leitura do parecer e se
comprometeu a fazer sessões de debate na próxima
semana. Segundo Marun, com a votação do relatório no
dia 2, a previsão é que a leitura no plenário da
Câmara ocorra no dia 8 de maio.
Perguntado por jornalistas se considera um
retrocesso o adiamento da previsão inicial de ter o
relatório votado na comissão próxima semana, Carlos
Marun, respondeu que não. “Não vejo nenhum
retrocesso, na verdade é uma otimização de tempo.
Poderíamos estar aí perdendo muito tempo e energia
para vencer a obstrução que a oposição certamente
faria, todavia, tendo celebrado um acordo, fico
feliz com esse resultado”, disse.
Arthur Maia iniciou a leitura do relatório por volta
do meio-dia. Com quase uma hora de apresentação, a
reunião foi suspensa para que os parlamentares
pudessem participar da ordem do dia no plenário da
Câmara. A expectativa é que a leitura seja retomada
ainda hoje na comissão especial.
No texto, o relator reduz a idade mínima para a
aposentadoria das mulheres de 65 anos para 62 anos
Outra alteração proposta em relação ao texto inicial
enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional é
reduzir de 60 anos para 55 anos a idade mínima de
aposentadoria para policiais policiais federais,
rodoviários federais, ferroviários federais,
policiais civis e os agentes penitenciários.
Fonte: Agência Brasil
20/04/2017 -
“Reforma” trabalhista: o que era ruim, ficou pior!
O relatório que o deputado Marinho apresentou é
um novo projeto, que trouxe algo inimaginável em
outro contexto. No atual, está configurado o “vale
tudo”, o “salve-se quem puder”, o “poder do mais
forte”, porque será isto que definirá os processos
negociais pós-CLT.
Marcos Verlaine*
O relator do projeto que trata da “reforma”
trabalhista (PL 6.787/16), deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), apresentou parecer, na forma de
substitutivo, à proposta do governo, no dia 12 de
abril. O que já era ruim, ficou muito pior. O
parecer é obra de catedráticos do mercado. Foi feito
a várias mãos. Cuidaram de tudo. Grosso modo, não
tem brechas ou erros que possam comprometê-lo.
O substitutivo dos catedráticos do mercado é de fato
uma reforma para o mercado e o capital, e o desmonte
para os trabalhadores e suas organizações protetivas,
os sindicatos. Trata-se, portanto, “da mais profunda
e extensa proposta de precarização das relações de
trabalho dos últimos 70 anos”, como preconiza nota
técnica sobre o substitutivo, elaborada pela LBS
Advogados, parceiro do DIAP.
Numa análise preliminar, vê-se que os trabalhadores
perderão com a aprovação do fim das proteções legais
aos direitos conquistados ao logo de mais de 70 anos
de lutas.
Para o mercado e o capital, a reforma fornece
“segurança jurídica” e propícia a tão propalada
“melhoria do ambiente de negócios”. Estes eufemismos
ancoram o desejo, há muito acalentado pelo mercado,
de acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) e desmontar o movimento sindical. E não pode
ser diferente, pois para cumprirem esse script
precisam destruir as organizações que irão se opor
ferrenhamente ao cenário devastado que surgirá
pós-CLT.
O relatório que o deputado Marinho apresentou é um
novo projeto, que trouxe algo inimaginável em outro
contexto. No atual, está configurado o “vale tudo”,
o “salve-se quem puder”, o “poder do mais forte”,
porque será isto que definirá os processos negociais
pós-CLT.
Negociado sobre o legislado
A coluna vertebral do projeto é a instituição do
negociado sobre o legislado. É como dissemos em
outras oportunidades, que não ficaria apenas nos
treze itens do projeto original. O relator ampliou
para quatro vezes mais o que o governo propôs.
Além da prevalência da negociação sobre a
legislação, o relator acrescentou que os acordos
poderão se sobrepor às convenções. Isto é, se alguma
convenção avançar o sinal, o acordo poderá
reduzi-la.
Comissão de representantes
O substitutivo apresentado propõe a instituição da
comissão de representantes no local de trabalho.
Pelo texto, essa comissão vai substituir as
prerrogativas e responsabilidades do sindicato,
inclusive com poder negocial.
A eleição da comissão não poderá sofrer
“interferência” da empresa e do sindicato da
categoria. E, ainda, “organizará sua atuação de
forma independente”. Os membros terão estabilidade.
O mandato será de um ano, com uma recondução, mas os
representantes não terão liberação.
Contribuição sindical
O texto do relator extingue, na prática, esta e outras
formas de custeio para os sindicatos e os
empregadores, que até poderão descontar a
contribuição dos empregados, “desde que por eles
devidamente autorizados”.
Veja a redação do substitutivo: “Art. 579. O
desconto da contribuição sindical está condicionado
à autorização prévia e expressa dos que participarem
de uma determinada categoria econômica ou
profissional, ou de uma profissão liberal, em favor
do sindicato representativo da mesma categoria ou
profissão ou, inexistindo este, na conformidade do
disposto no art. 591 desta Consolidação. (NR)”
Por esta orientação expressa, vê-se qual intenção
está por trás dessa lógica: asfixiar financeiramente
o movimento sindical. Sem recursos materiais e
financeiros, não poderá fazer frente ao desmonte da
CLT e a precarização das relações de trabalho que
advirá com o fim do mínimo exigido, que é a
legislação trabalhista.
Acordo extrajudicial
Outra mazela que compõe o cardápio de maldades
apresentado pelo relator é o acordo extrajudicial
irrevogável, que impede o trabalhador de ir à
Justiça buscar algum direito ou reparação de dano.
Esse acordo, pelo substitutivo apresentado, terá
termo de quitação anual das obrigações trabalhistas.
Isto é, uma vez feito não restará o que reclamar ou
buscar na Justiça.
Terceirização e novos contratos de trabalho
O substitutivo de Marinho atualiza a Lei da
Terceirização geral e fecha as brechas contidas na
Lei 13.429/17, sancionada no dia 31 de março. Além
disso, propõe novas formas de contratação, além dos
contratos de trabalho a tempo parcial e temporário.
O novo texto do relator institui o contrato de
trabalho intermitente e o teletrabalho. Estas
modalidades de relações precárias de trabalho
jogarão milhões de trabalhadores em condições
extremas. Sem a fiscalização do Estado, será de fato
a “melhoria do ambiente de negócios”, mas só para os
donos dos negócios.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
20/04/2017 -
Brasileiros estão mais otimistas em relação à queda
da inflação, diz CNI
O consumidor está mais otimista em relação à
expectativa de diminuição da inflação nos próximos
seis meses. É o que revela o Índice Nacional de
Expectativa do Consumidor, divulgado nesta
quarta-feira (19) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Depois da queda de 2,3% em março, o
índice aumentou 1,4% em abril e atingiu 103,4
pontos. Quanto maior o índice, maior é o número de
pessoas que esperam a queda da inflação.
O resultado ficou 6,1% acima do verificado em abril
do ano passado, quando foi de 97,5 pontos. Mesmo com
o aumento, o indicador continua abaixo da média
histórica, iniciada em março de 2001, que é de 108,6
pontos.
De acordo com a CNI, o crescimento é resultado da
melhora da perspectiva dos brasileiros em relação à
inflação, ao emprego, à renda pessoal, ao
endividamento e à situação financeira. “Melhoraram,
especialmente, as perspectivas sobre a evolução dos
preços”, diz nota da confederação.
Segundo a entidade, o consumidor, no entanto,
continua cauteloso na hora de comprar bens de maior
valor, como eletrodomésticos e móveis. O indicador
em abril registrou recuo: a queda na comparação com
março foi de 1,7% e, em relação a março de 2016,
alcançou 2,1%.
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor da
CNI, feito em parceria com o Ibope, ouviu 2.002
pessoas em 143 municípios entre os dias 7 e 11 de
abril.
Fonte: Agência Brasil
20/04/2017 -
Paulo Paim cita declarações de entidades contra as
reformas previdenciária e trabalhista
Em discurso nesta quarta-feira (19), o senador Paulo
Paim (PT-RS) informou que diversas entidades e
associações vêm entrando em contato com ele e outros
parlamentares para se posicionar contra as reformas
trabalhista e da Previdência.
O senador disse ter recebido uma delegação de
vereadores do estado da Paraíba que estão
capitaneando um movimento contrário às reformas.
Paim registrou também que recebeu nota pública
contrária à reforma da Previdência e à reforma
trabalhista assinada pelas seguintes entidades:
Associação Nacional dos Membros do Ministério
Público, Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho, Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho, Associação dos Juízes
Federais do Brasil, Associação dos Magistrados
Brasileiros, Associação do Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios, Associação Nacional
do Ministério Público Militar, Associação Nacional
dos Procuradores da República e Associação dos
Magistrados do Distrito Federal e Territórios.
O senador aproveitou para convidar todos os
trabalhadores do país a participarem da greve geral
convocada para o dia 28 de abril e informou que na
próxima semana será instalada a CPI da Previdência,
que vai investigar a situação financeira do setor.
Fonte: Agência Senado
20/04/2017 -
CNBB, OAB e Cofecon se manifestam contra a reforma
da Previdência
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e o Conselho Federal de Economia (Cofecon)
manifestaram-se nesta quarta-feira (19) contra a
reforma da Previdência. Em nota, as três entidades
disseram que é necessário que a sociedade brasileira
esteja atenta às “ameaças de retrocessos”.
“A PEC 287 [Proposta de Emenda à Constituição] vai
na direção oposta à necessária retomada do
crescimento econômico e da geração de empregos, na
medida em que agrava a desigualdade social e provoca
forte impacto negativo nas economias dos milhares de
pequenos municípios do Brasil”, diz a nota. “A ampla
mobilização contra a retirada de direitos,
arduamente conquistados, perceptível nas últimas
manifestações, tem forçado o governo a adotar
mudanças. Possíveis ajustes necessitam de debate com
a sociedade para eliminar o caráter reducionista de
direitos.”
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que
analisa a PEC 287/16 está reunida para a leitura do
parecer do relator, Arthur Maia (PPS-BA), sobre o
projeto. A previsão é que o texto seja votado na
comissão na próxima semana.
Para as entidades, nenhuma reforma que afete
direitos básicos da população pode ser formulada sem
a devida discussão com o conjunto da sociedade e
suas organizações. “A reforma da Previdência não
pode ser aprovada apressadamente, nem pode colocar
os interesses do mercado financeiro e as razões de
ordem econômica acima das necessidades da população.
Os valores ético-sociais e solidários são
imprescindíveis na busca de solução para a
Previdência”, dizem as entidades.
Para a CNBB, a OAB e a Cofecon, as mudanças nas
regras da seguridade social têm de garantir a
proteção aos vulneráveis, idosos, titulares do
Benefício de Prestação Continuada (BPC), enfermos,
acidentados, trabalhadores de baixa renda e
trabalhadores rurais. “As mulheres merecem atenção
especial, particularmente na proteção à
maternidade.”
As entidades pedem ainda uma auditoria na
Previdência Social que justifique a reforma
proposta.
“Sem números seguros e sem a compreensão clara da
gestão da Previdência, torna-se impossível uma
discussão objetiva e honesta, motivo pelo qual urge
uma auditoria na Previdência Social. Não é correto,
para justificar a proposta, comparar a situação do
Brasil com a dos países ricos, pois existem
diferenças profundas em termos de expectativa de
vida, níveis de formalização do mercado de trabalho,
de escolaridade e de salários. No Brasil, 2/3 dos
aposentados e pensionistas recebem o benefício
mínimo, ou seja, um salário mínimo, e 52% não
conseguem completar 25 anos de contribuição”,
argumentam as entidades.
Durante esta semana, o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, disse que a reforma da Previdência é uma
necessidade financeira e fiscal e que a medida irá
contribuir para a retomada do crescimento do país.
“A reforma não é uma questão de preferência ou de
opinião, é uma questão de necessidade matemática,
financeira, fiscal. Se o país não fizer uma reforma
no devido tempo, em primeiro lugar, as taxas de
juros brasileiras, ao invés de cair, vão voltar a
subir fortemente, vão faltar recursos para o
financiamento do consumo, do investimento, o
desemprego voltará a crescer e, ao mesmo tempo,
teremos a inflação de volta”, disse.
Fonte: Agência Brasil
20/04/2017 -
Ausência de anotação na carteira não descaracteriza
prorrogação do contrato de experiência
O contrato de experiência pode abranger vários
períodos, como, por exemplo, 30, 45, 60 dias. O
período de experiência pode ser renovado somente uma
vez, desde que a soma dos dois períodos não
ultrapasse 90 dias. Se o contrato de trabalho não
continuar, o patrão não precisa pagar verbas
específicas da dispensa sem justa causa, como aviso
prévio e 40% do FGTS. Já se o período de experiência
for ultrapassado, o contrato passará automaticamente
a ser considerado como de prazo indeterminado.
No caso analisado pelo juiz Cláudio Roberto Carneiro
de Castro, na Vara do Trabalho de Guaxupé, o
trabalhador pretendia ver reconhecido o contrato de
trabalho por prazo indeterminado, alegando que o
contrato de experiência firmado com a construtora
reclamada não teria previsto a prorrogação
automática, mas apenas a possibilidade de
prorrogação. Argumentou que o contrato por prazo
determinado exige certeza do período de sua vigência
e deve ser anotado na carteira, o que não ocorreu.
No entanto, o julgador não acatou a pretensão e
julgou improcedentes os pedidos de aviso prévio,
multa rescisória de 40% sobre o FGTS e retificação
da data de saída na carteira de trabalho.
De acordo com entendimento adotado na sentença, a
simples falta de anotação da prorrogação na carteira
não transforma, por si só, o contrato em prazo
indeterminado. O juiz explicou que o contrato de
experiência deve, obrigatoriamente, ser anotado na
carteira do empregado, nos termos do artigo 29 da
CLT, com suas correspondentes prorrogações. Porém,
considerou que o reclamante teve plena ciência de
que o contrato de experiência de 30 dias foi
prorrogado por mais 60 dias, ao assinar o termo de
prorrogação. Para o juiz sentenciante, ficou claro
que o trabalhador tomou conhecimento da data de
encerramento final do contrato de experiência, a
mesma em que foi dispensado.
O magistrado não encontrou qualquer prova da
existência de vício de consentimento ou que o
trabalhador tenha assinado o respectivo termo na
data de sua admissão, como alegou em manifestação.
“Por falta de prova robusta capaz de infirmar o
termo de prorrogação devidamente assinado pelo
reclamante, não há se falar em sua nulidade e
consequente reconhecimento da dispensa sem justa
causa”, registrou, ao rejeitar os pedidos.
A decisão foi confirmada pelo TRT de Minas. No
acórdão, a Turma julgadora registrou que a mera
ausência de anotação da prorrogação do contrato de
experiência na carteira de trabalho constitui
defeito formal que não descaracteriza a essência do
ato. Assim, os julgadores rejeitaram a nulidade do
contrato de experiência no caso.
Fonte: TRT3
20/04/2017 -
TRF-2ª confirma concessão de aposentadoria especial
a trabalhador exposto à tensão superior à tolerável
É possível converter em comum o tempo de serviço
especial prestado com exposição ao agente nocivo
eletricidade, mesmo que em momento posterior a
05/05/97, ainda que tal agente não conste do rol de
atividades do Decreto 2.172/97, por serem listas
exemplificativas. Sendo assim, a Primeira Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região (TRF2) confirmou a sentença que condenou o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a
conceder a aposentadoria especial a J.L.B..
O segurado procurou a Justiça Federal depois que o
INSS negou o reconhecimento da especialidade das
atividades exercidas por ele na L. – Serviços de
Eletricidade S/A. de 13/05/87 a 16/01/13, quando
teria estado exposto, habitual e permanentemente, a
tensões elétricas nocivas à sua saúde e integridade
física, pois eram índices superiores ao limite
estabelecido em lei. A intenção do autor é atingir o
número mínimo de contribuições exigidas para a
implantação do benefício de aposentadoria especial.
Na análise do juízo de 1º grau, o Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP) – emitido pela
L. S/A a partir de monitorações biológicas e de
laudo técnico das condições ambientais de trabalho –
demonstra que o autor, de 06/03/97 a 01/05/07 e
11/06/07 a 06/11/12, trabalhou como eletricista de
rede aérea, e que, de 02/04/10 a 06/11/12, atuou
como técnico de campo, estando, nos dois períodos,
exposto a tensões elétricas de 13.800 volts, de
25.000 volts e de 138.000 volts, portanto, em grau
superior ao fixado na legislação como tolerável (250
volts).
Em sua apelação ao TRF2, a autarquia pretendia
reformar a sentença, alegando a impossibilidade do
reconhecimento do caráter especial da eletricidade
após 05/03/1997, eis que tal agente deixou de ser
contemplado em ato normativo. E questiona ainda que
o uso de Equipamentos de Proteção Individual-EPI
neutralizaria o efeito do agente nocivo, de forma a
descaracterizar o período especial reconhecido.
Entretanto, no Tribunal, o juiz federal convocado
Antonio Henrique Correa da Silva relatou o processo
e votou pela confirmação da sentença, explicando
que, apesar de o enquadramento do agente nocivo
eletricidade não estar mais previsto no Decreto
2.172/97, ainda é possível o reconhecimento de tal
especialidade, já que a sua condição especial
permanece reconhecida pela Lei 7.369/85 e pelo
Decreto 93.412/86. Nesse sentido, ele citou também a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), no sentido de que os róis de atividades
constantes dos regulamentos são meramente
exemplificativos.
O magistrado citou novamente entendimento do STJ, ao
pontuar que o uso de EPI não anula o direito à
contagem especial. “O fato de a empresa fornecer ao
empregado o Equipamento de Proteção Individual – EPI,
ainda que tal equipamento seja devidamente
utilizado, não afasta, de per se, o direito ao
benefício da aposentadoria com a contagem de tempo
especial, devendo cada caso ser apreciado em suas
particularidades” (STJ. REsp. 200500142380. 5T. Rel.
Min. Arnaldo Esteves Lima. DJ. 10/04/2006. Pag.
279.). Processo: 0158990-32.2014.4.02.5101
Fonte: TRF2
19/04/2017 -
Câmara rejeita pedido de urgência à proposta de
reforma trabalhista
Parlamentares da oposição comemoraram a rejeição
da urgência, enquanto governistas defenderam a
necessidade de reforma
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta
terça-feira (18) o requerimento de urgência da
proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16). Foram
230 votos favoráveis, 163 contrários e uma
abstenção, mas eram necessários 257 votos para
aprovar a urgência.
O requerimento encurtaria os prazos para votação em
Plenário, possibilitando sua análise na próxima
quarta-feira. Agora, o projeto precisa seguir os
prazos regimentais na comissão que analisa o tema.
A rejeição da urgência foi comemorada por deputados
da oposição, que gritaram palavras de ordem e
criticaram a proposta. “Esta votação mostra que,
havendo mobilização da rua, se a sociedade lutar,
nós podemos derrotar os projetos deste governo.
Tentaram atropelar a votação da reforma trabalhista,
mas não conseguiram”, disse o deputado Paulo Pimenta
(PT-RS).
Vice-líder do governo, o deputado Darcísio Perondi
(PMDB-RS) minimizou o resultado. “Perdemos essa
votação, mas foi uma batalha. Não perdemos a guerra
e vamos transformar o País. Reforma se faz com
dificuldades e com muito foco. O relatório virá para
cá e nós vamos ganhar”, afirmou.
O relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN)
sobre a reforma trabalhista amplia o poder dos
acordos entre patrões e empregados sobre a
legislação; faz ressalvas à recém-aprovada lei sobre
terceirização (13.429/17); regulamenta o
teletrabalho; e retira da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) a obrigatoriedade da contribuição
sindical para trabalhadores e empregadores.
A proposta torna regra geral a prevalência dos
acordos coletivos, enquanto o texto original previa
a negociação mais forte que a lei em apenas 13
pontos. Agora, pelo texto de Marinho, o rol dos
casos de acordo coletivo maior que a legislação é
apenas exemplificativo e traz 16 temas, como banco
de horas, parcelamento de férias e plano de cargos e
salários. Por outro lado, Marinho acrescentou uma
lista de 29 direitos que não podem ser reduzidos por
negociação, como a liberdade sindical e o direito de
greve, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) e o salário mínimo.
Debate
Rogério Marinho disse que a proposta vai modernizar a
legislação. “Tivemos o marco de 1943. O segundo,
aconteceu com a Constituição de 1988. Agora, temos a
oportunidade de colocar a lei no espírito do tempo,
em 2017”, afirmou.
A proposta, no entanto, foi criticada pela oposição.
Para o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), haverá
perda de direitos com a prevalência dos acordos
coletivos. “Imaginem o trabalhador brasileiro ter os
seus direitos negociados por um sindicato corrompido
e comprado por um setor econômico. Isso vai ter mais
força do que a lei. O acordado já pode prevalecer
sobre legislado hoje, desde que seja melhor para o
trabalhador. Isso não está proibido, se for para
garantir mais direitos ao trabalhador, mas, se for
para garantir menos, está proibido”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
19/04/2017 -
Relator da reforma da Previdência prevê
escalonamento da idade mínima
A assessoria do deputado Arthur Oliveira Maia
(PPS-BA) divulgou nesta terça-feira (18) uma versão
resumida do seu relatório apresentado em café da
manhã com o presidente Michel Temer e líderes da
base do governo.
A apresentação do parecer na comissão especial da
Câmara que analisa a reforma da Previdência (PEC
287/16) foi adiada para esta quarta-feira (19).
Pelo resumo, a idade mínima de aposentadoria no
regime geral, o do INSS, será de 62 anos para as
mulheres e de 65 anos para os homens após um período
de transição de 20 anos. Quando a emenda for
promulgada, as idades serão inicialmente de 53 anos
e 55, respectivamente.
A manutenção da diferenciação de idade entre homens
e mulheres ainda é um dos pontos de controvérsia
dentro do governo, segundo o deputado Carlos Marun
(PMDB-MS), presidente da comissão especial da
Câmara.
O texto preliminar de Arthur Oliveira Maia também
muda as regras de transição. Uma das mudanças é no
“pedágio” que os trabalhadores terão de cumprir a
mais em relação ao tempo de contribuição atual (30
anos para mulheres e 35 para homens). O governo
previa um “pedágio” de 50%; o relator baixou para
30%.
Contribuição e cálculo
Arthur Oliveira Maia deve manter em 25 anos o tempo
mínimo de contribuição para acesso aos benefícios.
Para deputados da oposição, isso inviabiliza as
aposentadorias de pessoas de mais baixa renda que,
atualmente, costumam pedir o benefício com 15 anos
de contribuição.
Segundo o resumo, o valor das aposentadorias passará
a ser calculado a partir da média de todos os
salários de contribuição desde julho de 1994,
conforme previsto na proposta original. Pela regra
atual, a média é calculada a partir dos salários
mais altos – são considerados 80% do total.
No parecer do relator, o benefício mínimo, aos 25
anos de contribuição, equivaleria a 70% da média de
todos os salários – no texto do governo, o
percentual é menor, 51%. Após os 25 anos de
contribuição, cada ano seria contado a mais,
possibilitando a obtenção de 100% da média aos 40
anos de contribuição – e não aos 49 anos, como
antes.
Os trabalhadores rurais familiares devem ter idade
mínima menor, de 60 anos, com 20 de tempo de
contribuição. A alíquota individual de contribuição,
provavelmente de 5% sobre um salário mínimo, seria
cobrada dois anos após a promulgação da reforma.
Atualmente, a contribuição depende da produção
vendida.
Pensões e benefícios
Para as pensões, o relator prevê a possibilidade de
acúmulo de pensão e aposentadoria, mas com um teto
de dois salários mínimos. Pela proposta, o
interessado poderá optar pelo benefício maior, caso
seja mais vantajoso.
Em relação ao texto do governo, nada muda no cálculo
do valor da pensão. O benefício será de 50% da
aposentadoria mais 10% por dependente, mas o relator
manteve as regras atuais que estabelecem como piso o
valor de um salário mínimo.
No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC),
Arthur Oliveira Maia mantém a vinculação com o
salário mínimo, mas aumenta a idade mínima de 65
para 68 anos. A proposta original sugeria 70 anos.
Servidores públicos
No substitutivo do relator, os servidores acompanham
as mudanças feitas para INSS. Na regra de transição,
as idades mínimas para aposentar são maiores: 55
anos para as mulheres e 60 para os homens.
O valor dos benefício dependerá do ano que o
trabalhador entrou para o serviço público. Para os
que ingressaram após 2003, o cálculo é semelhante ao
do regime geral, começando em 70% da média de todos
os salários e podendo chegar a 100%.
Expectativa
Ao sair da reunião com Temer, o ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, disse que as mudanças feitas
pelo relator devem reduzir em 20% o impacto da
reforma no ajuste das contas da Previdência.
O deputado Arthur Oliveira Maia está reunido com
senadores no Palácio do Planalto. A ideia é evitar
alterações no texto que vier a ser aprovado pela
Câmara, de modo que não seja necessário retorno para
nova análise pelos deputados.
Fonte: Agência Câmara
19/04/2017 -
Paim cobra últimas indicações para instalação da CPI
da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou em Plenário
nesta terça-feira (18) as indicações que ainda
faltam para composição e instalação da CPI da
Previdência. Segundo o senador, faltam as indicações
do PMDB, que tem direito a duas vagas de titular e
uma de suplente, e do Bloco Democracia Progressista
(PP e PSD), que possuem uma vaga de titular e uma de
suplente.
— Faço um apelo para que esses dois partidos que não
indicaram. Dia 24 de abril faz um mês que o
requerimento de CPI foi lido. Eu fiz diversos apelos
da tribuna. Vossa Excelência, senador Eunício,
também os fez da Presidência. Só Vossa Excelência
poderá nos ajudar. Tenho certeza de que pode. E, a
partir daí, indicar uma data para a instalação da
nossa CPI, que visa ajudar no debate da Previdência
— pediu Paim ao presidente Eunício Oliveira.
Eunício reforçou o apelo para que os partidos
apresentem a complementação dos nomes.
Déficit
O pedido de criação da CPI foi protocolado com 60
assinaturas de senadores. A comissão quer investigar
a contabilidade e a situação fiscal da Previdência
Social. A intenção é verificar as dívidas de grandes
empresas com a Previdência, a sonegação e a
concessão de anistias, desonerações e desvinculações
tributárias que teriam provocado o desabastecimento
do caixa do setor nos últimos anos.
A comissão é formada de sete membros titulares e
cinco suplentes. O prazo de funcionamento da
comissão é de 120 dias, prorrogável por mais 120.
Ela terá uma dotação orçamentária de até R$ 100 mil
para custear suas despesas.
Fonte: Agência Senado
19/04/2017 -
Policiais fazem ato contra reforma da Previdência;
relator cogita mudanças favoráveis à categoria
Policiais em protesto contra a reforma da
Previdência tentaram invadir o Congresso Nacional
nesta terça-feira (18). Um grupo de 500 pessoas,
segundo estimativa da Polícia Legislativa, forçou
uma das entradas do prédio principal, quebrando
vidraças. A Polícia Legislativa usou bombas de gás
lacrimogêneo e spray de pimenta para expulsar os
manifestantes.
Uma das manifestantes que conseguiu entrar no
Congresso foi a agente da Polícia Civil do estado do
Ceará, Telma Pacheco. Ainda sob os efeitos do gás, a
servidora desabafou.
Ao contrário do que ocorreu em outras manifestações,
a Polícia Militar não acompanhou o protesto. Durante
o ato, um policial chegou a ser detido, mas em
seguida foi liberado. O departamento de Polícia
Legislativa informou que vai usar as imagens das
câmeras de segurança para identificar quem
participou da depredação do prédio. O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, lamentou o episódio.
O líder da oposição, deputado José Guimarães, do PT,
opinou que isso é consequência da falta de diálogo.
Durante a manifestação, o relator da reforma da
Previdência, Arthur Maia, do PPS, se reuniu com
lideranças sindicais dos policiais e sinalizou
mudanças em favor da categoria.
A manifestação reuniu policiais civis, federais,
rodoviários federais, além de agentes
penitenciários. Atualmente, os servidores da
segurança pública têm direito a uma aposentadoria
especial por causa dos riscos da profissão. Com a
reforma, eles teriam que contribuir mais para se
aposentar.
Fonte: Portal EBC
19/04/2017 -
Reforma da Previdência: 70% do texto original devem
ser mantidos, diz Meirelles
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
nesta terça-feira (18) que, apesar das mudanças na
proposta original de reforma da Previdência feitas
pelo relator da matéria na Câmara, deputado Arthur
Maia (PPS-BA), 70% do texto enviado pelo governo
federal serão mantidos.
“Dissemos que as mudanças não poderiam comprometer
uma percentagem muito grande do plano original,
tinha que ser algo que ficasse com um decréscimo de
30%, isto é, uma reforma superior a 70% daquela que
foi colocada no projeto original. Pelas nossas
expectativas, isso deve ser aprovado”, destacou, o
ministro após participar do encerramento de uma
conferência internacional promovida pelo Itaú em São
Paulo.
Entre as mudanças, que serão apresentadas no relatório
a ser lido hoej (19) por Maia, estão a redução de 49
para 40 anos do tempo de contribuição necessário
para ter direito ao teto da aposentadoria e a
diferenciação da idade mínima para que homens e
mulheres se aposentem: 65 anos para eles e 62 para
elas.
Segundo Meirelles, caso 70% do texto do governo não
sejam mantidos pelo Congresso, serão propostas
medidas complementares para alcançar o equilíbrio
das contas da Previdência. “As medidas não estão na
mesa no momento porque a reforma está andando
segundo o planejado.”
O ministro negou que as mudanças no texto até agora
representem derrotas para o governo e disse que as
alterações fazem parte do processo de negociação com
os parlamentares. “Não é uma questão de o governo
estar cedendo, não são atos do Executivo, é uma
decisão, em última análise, do Legislativo”,
ressaltou. “Estamos levando as argumentações,
mostrando que não poderia haver mudanças muito
grandes, que prejudicassem o ajuste fiscal e o
crescimento econômico, é um trabalho de diálogo e
esclarecimento da realidade fiscal do país.”
Meirelles tomou café da manhã com deputados da base
aliada para discutir a votação da reforma da
Previdência e se disse confiante na aprovação das
mudanças. “Nós nos reunimos hoje pela manhã com
quase 300 deputados, isso nos dá ainda maior
confiança de que a reforma deve, de fato, ser
aprovada, isso é muito importante porque é parte
crucial do nosso processo do ajuste fiscal do
Brasil.”
Fonte: Agência Brasil
19/04/2017 -
Suspensa decisão do TST que manteve ultratividade de
normas coletivas
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal
(STF), concedeu liminar na Reclamação (RCL) 26256
para suspender os efeitos de decisão do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) que manteve em curso
processo no qual foram preservados os efeitos de
decisão de instância inferior que aplica o princípio
da ultratividade das normas coletivas. De acordo com
o relator, em análise preliminar do caso, a decisão
parece ofender a liminar concedida pelo ministro
Gilmar Mendes na Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) 323, que determinou a
suspensão de todos os processos e efeitos de
decisões no âmbito da Justiça do Trabalho que tratem
da ultratividade de normas de acordos e convenções
coletivas.
A controvérsia se iniciou com a interpretação dada
pela Justiça do Trabalho em vários processos,
consolidada pela Súmula 277 do TST, no sentido de
que as cláusulas previstas em convenções ou acordos
coletivos integram os contratos individuais de
trabalho mesmo depois de expirada sua validade, e
somente poderão ser modificadas ou suprimidas
mediante nova negociação coletiva.
Na RCL ajuizada no Supremo, o Sindicato dos
Empregados no Comércio de Lagoa Vermelha (RS)
questiona decisão do TST que rejeitou recurso contra
acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região. O tribunal regional assegurou o pagamento de
piso salarial previsto na Convenção Coletiva de
Trabalho 2011/2013 até que nova negociação coletiva
modifique suas cláusulas, e afastou assim a
aplicação do piso salarial regional.
Liminar
Segundo o ministro Luiz Fux, a decisão do TST foi
tomada em 26/10/2016, enquanto a liminar do relator
da ADPF 323 foi publicada em 19/10 do mesmo ano.
Assim, entendeu que, havendo pertinência temática, o
TST deveria ter se pronunciado em observância à
decisão monocrática. “Contudo, ao negar provimento
ao agravo de instrumento, manteve os efeitos da
decisão emanada pela Corte Regional”, apontou.
Dessa forma, o ministro verificou que o TST manteve
em curso processo no qual foram preservados os
efeitos de decisão que aplica o princípio da
ultratividade das normas coletivas, o que, em
cognição sumária, parece contrariar a liminar
proferida na ADPF 323.
Fonte: STF
19/04/2017 -
Justiça do Trabalho se mobiliza em todo o país para
estimular acordos entre patrões e empregados
A solução de conflitos ou problemas não precisa,
necessariamente, passar por uma sentença judicial.
Empresas e trabalhadores podem optar pela mediação e
a conciliação, formas rápidas e eficazes para
resolver embates por meio de acordo. Neste sentido,
o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT)
promove de 22 a 26 de maio, a 3ª edição da Semana
Nacional da Conciliação Trabalhista, esforço
concentrado dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho
para solucionar o maior número de processos pela via
da conciliação.
Com o slogan “Para que esperar, se você pode
conciliar”, as peças da campanha ressaltam a ideia
de que uma ação trabalhista tradicional percorre
várias etapas, e a tramitação do processo pela via
judicial pode levar certo tempo. Já a conciliação é
uma alternativa para empresas e trabalhadores quem
querem concluir o processo de forma rápida e eficaz.
Inscrições
Empresas e trabalhadores que têm ação na Justiça e que
estão dispostos a tentar um acordo devem procurar as
Varas do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho,
dependendo de onde a ação está tramitando. Qualquer
empresa pode optar pela conciliação,
independentemente do porte ou do número de processos
existentes. Para isso, basta procurar o Tribunal
Regional do Trabalho no qual o processo tramita, os
Núcleos de Conciliação da Justiça do Trabalho.
O TST, especificamente, já encerrou o prazo
inscrições, e recebeu listas com mais de 2.500
processos que serão alvo de propostas de acordo.
Entre as empresas que apresentaram as listas estão
Caixa Econômica Federal, Santander, Itaú Unibanco,
Gol Linhas Aéreas, Claro, BRF Brasil, Contax, entre
outras. O montante equivale ao que um gabinete julga
por mês no Tribunal Superior do Trabalho.
Mutirões
Após o período de inscrições, as Varas do Trabalho e
os TRTs devem se organizar para realizar audiências
de conciliação simultâneas em todo país, num esforço
concentrado durante a semana, para promover uma
agenda de audiências e garantir o maior número de
acordos possíveis entre empresas e empregados.
A abertura da Semana Nacional da Conciliação
Trabalhista será sediada em Campinas (SP) no dia 22
de maio e o encerramento em Porto Alegre (RS), no
dia 26, com anúncio dos resultados parciais.
A conciliação na Justiça do Trabalho
A mediação e a conciliação são formas natas da Justiça
do Trabalho e reconhecidas como um meio rápido e
eficaz para resolver embates por meio de acordo
entre as partes.
Desde 2015, a Justiça do Trabalho, por meio da
Comissão Nacional de Promoção à Conciliação, promove
campanhas como a Semana Nacional de Conciliação
Trabalhista com o intuito de conscientizar e
estimular empresas e trabalhadores a optarem pelo
diálogo ao invés de uma ação judicial - o objetivo é
que patrões e empregados firmem acordos e solucionem
seus litígios trabalhistas, reduzindo o número de
processos que tramitam nos tribunais e varas.
Além disso, em 2016, a Justiça do Trabalho renovou o
compromisso de aumentar o número de casos
solucionados por meio da conciliação, em relação aos
períodos anteriores. A meta procura impulsionar a
desjudicialização de conflitos.
A edição anterior do evento, em 2016, realizou
68.374 audiências e atendeu 160.931 pessoas. Foram
homologados 26.840 acordos, arrecadando mais de 620
milhões de reais que foram convertidos aos
trabalhadores.
Fonte: Jusbrasil
19/04/2017 -
Trabalhador não comprova culpa da empresa por
acidente em que perdeu mobilidade da mão
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
não conheceu de recurso de um trabalhador contra
decisão que absolveu a Plásticos Mauá Ltda. da
condenação de indenizá-lo por ter sofrido perda
irreversível da mobilidade e da sensibilidade da mão
esquerda após acidente ao operar um torno mecânico.
Segundo a decisão, o acidente ocorreu por erro de
procedimento do empregado ao operar a máquina.
Na reclamação trabalhista, o operário relatou que
seu avental ficou preso ao torno, e atribuiu a culpa
à Mauá, alegando que não observava normas de
segurança e medicina do trabalho, como uniformes
adequados e dispositivos de segurança na máquina. O
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), ao
julgar recurso da empresa, verificou que esta
comprovou que o acidente aconteceu não porque o
avental se prendeu na chave do torno, ligando-o, mas
porque o trabalhador não fixou adequadamente a peça.
Com base nas provas e em depoimentos de testemunhas,
o Regional e afastou a condenação.
TST
O relator do recurso do trabalhador ao TST, ministro
Alexandre Agra Belmonte, rejeitou a tese recursal da
responsabilidade objetiva, pela ausência de
prequestionamento sobre a espécie de atividade
desenvolvida pela Mauá, e também a da
responsabilidade subjetiva. “O dever de o empregador
indenizar o empregado por eventuais danos
decorrentes de acidente do trabalho pressupõe
conduta antijurídica da empresa ou atividade que,
por sua própria natureza, exponha o trabalhador ao
risco”, explicou. No caso, o Regional registrou
expressamente que o acidente não ocorreu por culpa
da empregadora, mas por erro de procedimento do
próprio trabalhador. “A matéria é fática e não
comporta reexame nesta esfera recursal, nos termos
da Súmula 126 do TST”, concluiu. Após a publicação
do acórdão, o trabalhador opôs embargos de
declaração, ainda não examinados.
Processo: RR-2800-66.2009.5.02.0434
Fonte: TST
18/04/2017 -
Comissão vai alterar exigência de 49 anos para
receber teto da aposentadoria
O presidente da Comissão Especial da Reforma da
Previdência na Câmara dos Deputados, Carlos Marun
(PMDB-MS), disse nesta segunda-feira (17) que haverá
mudança na exigência de que o trabalhador contribua
por 49 anos para ter direito a receber o teto da
aposentadoria.
O presidente, no entanto, não detalhou qual será o
tempo de contribuição necessário para que o
trabalhador receba 100% da aposentadoria a que tem
direito. “Vai mudar a regra dos 49 anos, agora, não
sei o detalhe de como será. Tudo que vi nas
discussões que foram apresentadas sinaliza para uma
regra que considero inteligente, mas não tenho
detalhes. Que não vai ser 49 anos já está fechado”,
disse Marun em entrevista após participar de
seminário sobre a reforma da previdência.
A previsão é que o relatório sobre a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, sobre a
reforma da Previdência, seja apresentado nesta terça
(18) na comissão especial da Câmara.
Pelas regras propostas pelo Executivo na PEC, o
trabalhador precisa atingir a idade mínima de 65
anos e pelo menos 25 anos de contribuição para poder
se aposentar. Neste caso, ele receberá 76% do valor
da aposentadoria. Cada ano adicional de contribuição
dará direito a mais um ponto percentual. Desta
forma, para receber 100% da aposentadoria, o
trabalhador precisará contribuir por 49 anos, a soma
dos 25 anos obrigatórios e dos 24 adicionais.
Marun disse que, ao longo do dia, o relator da
proposta de reforma da Previdência, deputado Arthur
Maia (PPS-BA), vai acertar os últimos detalhes do
parecer com a equipe econômica do governo. A
intenção é que o relatório seja apresentado ao
presidente Michel Temer e a deputados da base aliada
cedo, antes da leitura na comissão especial da
Câmara.
“Trabalhamos para proteger e preservar os mais
vulneráveis tanto economicamente quanto pela sua
atividade e, além disso, estamos preservando o valor
do mínimo das aposentadorias e pensões em
conformidade com o salário mínimo. Outro ponto é
atacar de pronto os privilégios, por isso a
transição já começa com uma idade mínima para
aposentadoria. Um dos maiores privilégios que existe
hoje talvez sejam as aposentadorias precoces”, disse
Marun.
Idade Mínima
No seminário, o secretário da Previdência Social,
Marcelo Caetano, disse que o estabelecimento de uma
idade mínima para a aposentadoria é um dos pontos
centrais da reforma da Previdência. Segundo ele, no
continente americano apenas o Brasil e o Equador não
adotam esse padrão. Na proposta de reforma da
Previdência, o Executivo propõe a idade mínima de 65
anos para aposentadoria.
“O principal objetivo da reforma da previdência é
manter a Previdência. Ajustes são necessários e um
dos pontos que julgo central é o fato de no país não
haver uma idade mínima”, disse.
Fonte: Agência Brasil
18/04/2017 -
Fim do imposto sindical obrigatório terá
resistências, diz relator da reforma
O relator da proposta da reforma trabalhista na
Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB-RN),
disse nesta segunda-feira (17) que o fim da
contribuição sindical obrigatória deve ser o ponto
do projeto que mais vai enfrentar enfrentar
resistência.
Atualmente, o valor, equivalente a um dia de
salário, é descontado obrigatoriamente, uma vez por
ano, dos vencimentos dos trabalhadores e repassado
às entidades sindicais. “As críticas que tenho lido
e ouvido na imprensa referem-se à obrigatoriedade do
imposto sindical. Estamos tratando de uma série de
outros itens”, afirmou o deputado, antes de
participar de encontros com representantes de
organizações patronais.
Para Marinho, a mudança não deve enfraquecer os
sindicatos, que serão fundamentais para o
funcionamento de outros mecanismos da reforma,
incluindo a previsão de que os acordos coletivos
devem ter tanto valor quanto as normas legais.
“Para fortalecer o movimento sindical, aqueles que
têm representatividade fazem os acordos, e as
convenções coletivas defendem os interesses dos
trabalhadores e dos empresários. Certamente serão
financiados pelos associados. Aqueles que não têm
essa condição, vão perecer”, afirmou.
Na opinião do deputado, a mudança será o início de
uma reforma no sistema de representação organizada
dos trabalhadores. “É o início de uma reforma
sindical que, certamente, acontecerá mais adiante,
inclusive com a retirada de outra excrescência, que
é a unicidade sindical, que gera toda sorte de
distorções”, acrescentou Marinho, em referência à
previsão legal de haver apenas um sindicato por
categoria.
Delações
Marinho ressaltou que a reforma deverá ser votada
mesmo em situação política adversa, causada pela
divulgação do conteúdo das delações de ex-executivos
da Odebrecht, o que levou à abertura de 76
inquéritos para investigar deputados, senadores,
ministros e outras lideranças políticas. “Estamos
vivendo a pior crise econômica que o Brasil já
passou nos últimos anos. Então, não é possível
ficarmos inertes, na situação que nos encontramos. O
Parlamento fará a sua parte.”
O deputado espera a aprovação de um pedido de
urgência na Câmara para que o texto seja apreciado
ainda nesta semana, na comissão especial que cuida
do tema e chegue ao plenário da Casa na próxima
semana.
Fonte: Agência Brasil
18/04/2017 -
Reforma trabalhista é tema de audiência conjunta
nesta manhã
As comissões de Legislação Participativa e de
Trabalho, de Administração e Serviço Público
promovem audiência pública nesta terça-feira (18)
sobre a reforma trabalhista em tramitação na Câmara
dos Deputados (PL 6787/16).
“O projeto que o Poder Executivo enviou para a
Câmara dos Deputados irá prejudicar os trabalhadores
e regredir nas leis do trabalho”, critica o deputado
Assis Melo (PCdoB-RS), que pediu a realização do
debate. Melo cita cinco pontos do texto que, em sua
opinião, são “nocivos” para a população brasileira:
aumento da multa em caso de não registro dos
trabalhadores; alteração das disposições da CLT
quanto ao regime de tempo parcial de trabalho;
regulamentação da eleição para representantes dos
trabalhadores no local de trabalho; prevalência dos
acordos coletivos sobre as disposições legais; e
modificação dos dispositivos referentes ao contrato
de trabalho temporário.
Já a presidente da Comissão de Legislação
Participativa, deputada Flávia Morais (PDT-GO), que
também pediu a realização do debate, afirma que a
relação entre a geração de empregos e a
flexibilização das leis trabalhistas “não deve ser
um discurso para ‘seduzir’ parcela da sociedade e
garantir o avanço de uma reforma trabalhista que
venha somente retirar direitos dos trabalhadores”.
Votação na comissão especial
Na semana passada, o presidente da comissão especial
que analisa a reforma trabalhista, deputado Daniel
Vilela (PMDB-GO), disse que a proposta já poderia
ser votada nesta semana pelo colegiado. Para isso,
no entanto, é preciso aprovar um requerimento de
urgência em Plenário. Assim, os prazos de vistas
(duas sessões) e emendas ao substitutivo (cinco
sessões) apresentado pelo relator, deputado Rogério
Marinho (PSDB-RN), na quarta-feira passada, poderiam
ser dispensados.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto nesta terça:
- o representante do Ministério do Trabalho, Admilson
Moura dos Santos;
- a procuradora-chefe do Ministério Público do
Trabalho em Goiás, Janilda Guimarães de Lima;
- o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo;
- os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) da 1ª Região Gustavo Tadeu Alkmin e Vólia
Bomfim Cassar;
- o procurador do Trabalho da 13ª Região Carlos
Eduardo de Azevedo Lima;
- o presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Germano Silveira
de Siqueira;
- o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB),
Antônio Fernandes dos Santos;
- o presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos;
- o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da
Silva;
- o representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Lourenço Prado;
- a representante da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Maria das Graças Costa;
- a representante do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela Rassy; e
- o advogado trabalhista Luiz Antônio Calháo.
A audiência conjunta das comissões de Legislação
Participativa e de Trabalho será realizada no
plenário 1, a partir das 9 horas.
Fonte: Agência Câmara
18/04/2017 -
Relatório da MP do Programa Seguro-Emprego pode ser
votado nesta terça
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
761/16, que institui o Programa Seguro-Emprego (PSE)
e prorroga o seu prazo de vigência até 31 de
dezembro de 2018, reúne-se nesta terça-feira (18)
para votar o parecer do relator, senador Armando
Monteiro (PTB-PE).
O PSE, antigo Programa de Proteção ao Emprego (PPE),
permite que o governo economize recursos do
seguro-desemprego, preservando maior parte da
arrecadação sobre a folha de pagamento, além de
conter a queda no nível de emprego da economia.
Entre as principais mudanças contidas no PSE em
relação ao PPE estão a inclusão das micro e pequenas
empresas (MPEs) na prioridade de adesão ao programa;
previsão de auxílio do Sebrae às MPEs; e a definição
do Indicador Líquido de Emprego (ILE), que serve de
referência para demonstrar a dificuldade
econômico-financeira da empresa, em ato do Poder
Executivo.
A MP determina ainda que as empresas que queiram
aderir ao processo devam estar em conformidade
regulatória de tributos.
A comissão mista reúne-se às 15 horas, no plenário 7
da ala Alexandre Costa, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
18/04/2017 -
Meirelles: reforma da Previdência é necessidade
financeira e fiscal
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
nesta segunda-feira (17) que a reforma da
Previdência é necessidade financeira e fiscal e que
o relatório da proposta deve ser apresentado amanhã
(18) pelo deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA),
relator do texto na comissão especial da Câmara.
Domingo (16), parlamentares e ministros se reuniram
com o presidente Michel Temer para discutir detalhes
da reforma proposta pelo Executivo.
Meirelles disse que as mudanças feitas pelo relator
estão dentro da margem de negociação prevista pelo
governo e que as lideranças da base aliada estão
comprometidas com a aprovação da reforma. “Quero
dizer que as lideranças todas estão comprometidas a
aprovar o mais rápido possível”, disse, após
participar de seminário sobre a Previdência,
promovido pelo jornal Valor Econômico.
Segundo ele, ainda falta fechar no texto questões de
metodologia e detalhes como o do modelo do regime de
transição para as aposentadorias e questões
referentes a acúmulo de aposentadoria e pensão por
morte. “Existe aí uma série de coisas que ainda não
estão definidas. Até amanhã, o relatório estará
pronto e em condições de ser divulgado”, afirmou. E
completou “Estaremos durante todo o decorrer do dia
de hoje fazendo os cálculos para ter a segurança de
que os números estão dentro daqueles números que
asseguram o sucesso da reforma.”
Ao defender a necessidade da aprovação da reforma da
Previdência, Meirelles disse que a medida irá
contribuir para a retomada do crescimento do país.
“A reforma não é uma questão de preferência ou de
opinião, é uma questão de necessidade matemática,
financeira, fiscal. Se o país não fizer uma reforma
no devido tempo, em primeiro lugar as taxas de juros
brasileiras, ao invés de cair, vão voltar a subir
fortemente, vão faltar recursos para o financiamento
do consumo, do investimento, o desemprego voltará a
crescer e, ao mesmo tempo, teremos a inflação de
volta”, disse
A reunião de ontem com o presidente Temer durou
cerca de três horas e teve a participação dos
ministros da Fazenda, Henrique Meireles; da
Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy; da
Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco; e
de parlamentares como o relator da reforma da
Previdência Arthur de Oliveira Maia, relator da
reforma da Previdência, e de Carlos Marun (PMDB-MS),
presidente da comissão.
Seminário
Durante a apresentação no seminário, o ministro
Meirelles disse que circulam informações inverídicas
sobre a reforma, como a de que, caso fosse feita a
cobrança dos grandes devedores, seria possível pagar
o déficit da Previdência. Segundo ele, mais de 50%
da chamada dívida ativa com a previdência pública é
de companhias falidas e as demais dívidas são
cobradas seguindo os ritos judiciais.
Fonte: Agência Brasil
18/04/2017 -
Reforma trabalhista prevê demissão consensual
O substitutivo à proposta de reforma trabalhista (PL
6787/16) do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN)
incluiu a previsão de demissão em comum acordo. A
alteração permite que empregador e empregado, em
decisão consensual, possam extinguir o contrato de
trabalho.
A medida gera a obrigação ao empregador de pagar
metade do aviso prévio, quando indenizado, além de
indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS). Neste caso, o trabalhador
poderá movimentar 80% do FGTS depositado na sua
conta e não terá direito ao Programa do
Seguro-Desemprego.
Atualmente, a CLT prevê o pedido de demissão pelo
empregado, demissão por justa causa ou desligamento
sem justa causa. Apenas nesta última forma, o
trabalhador tem acesso aos recursos do FGTS, mais
multa de 40% em seu saldo e direito ao
seguro-desemprego, caso tenha tempo de trabalho
suficiente para receber o benefício. Dessa forma, é
comum o desligamento do trabalhador em um acordo
informal com o empregador para acessar os benefícios
concedidos a quem é demitido sem justa.
Segundo o relator Rogério Marinho, autor da
sugestão, “a medida visa a coibir o costumeiro
acordo informal, pelo qual é feita a demissão sem
justa causa para que o empregado possa receber o
seguro-desemprego e o saldo depositado em sua conta
no FGTS, com a posterior devolução do valor
correspondente à multa do Fundo de Garantia ao
empregador”.
Marinho apresentou parecer sobre a reforma
trabalhista na última quarta-feira (12). O deputado
consolidou em 132 páginas as sugestões e
contribuições ao texto enviado pelo governo federal.
O documento reúne parte das 842 emendas propostas
pelos parlamentares. A medida vai modificar a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em vigor
desde 1943.
Ao todo, a proposta recebeu 850 sugestões dos
deputados. Destas, oito foram retiradas pelos
próprios autores. Um grupo de parlamentares do PT,
PSOL e PCdoB decidiu não apresentar emendas ao PL
por não concordar com praticamente a totalidade das
novas regras.
Tramitação
O substitutivo do PL 6787/16 será apreciado pela
comissão especial que analisa a matéria, na próxima
terça-feira (18). A agenda de tramitação da proposta
depende ainda de definição de pedido de urgência
pelo plenário da Casa. Caso seja aprovado, a
primeira reunião deliberativa sobre o relatório deve
ocorrer ainda na terça-feira e o texto já poderia
ser votado na comissão no mesmo dia ou na
quarta-feira (19).
Sem a urgência, a comissão deve esperar o prazo de
cinco sessões para se reunir, o que deve ocorrer em,
pelo menos, duas semanas. O texto atualmente tramita
em caráter conclusivo. Isso quer dizer que, caso
aprovado na comissão, seguiria direto para o Senado
Federal, sem necessidade de passar pelo plenário da
Câmara. No entanto, acordo entre os parlamentares
definiu que a medida será apreciada pelos
parlamentares no plenário antes de seguir a
tramitação.
Fonte: Agência Brasil
18/04/2017 -
Projeto torna infração à CLT diferença salarial por
questão de gênero
Pagar salário inferior pelo exercício de mesma
função ou discriminar funcionários em razão do sexo
pode se tornar infração na Consolidação das Leis de
Trabalho (CLT). É o que estabelece o Projeto de Lei
do Senado (PLS) 59/2107, apresentado pelo senador
Benedito de Lira (PP-AL). A proposta também
determina o pagamento de multa administrativa
correspondente a 12 vezes o salário do contratado
para quem desrespeitar a regra.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em 2015, os rendimentos das
mulheres eram equivalentes a 76% dos recebidos pelos
homens em igual ocupação. Em cargos de gerência ou
direção, o salário médio das mulheres equivalia a
68% do valor pago aos homens que tinham a mesma
função.
Na justificativa da proposta, Benedito afirma que o
projeto visa incluir o princípio de igualdade entre
empregados homens e mulheres. O parlamentar
argumenta que a prática de discriminação salarial
contra as mulheres é recorrente e o objetivo da
proposta é tornar essa atitude "inadmissível".
"Não há mais como se tolerar esse tipo de aberração
em pleno século 21, sendo necessário que a igualdade
entre os sexos para a condição de empregado seja um
princípio geral do direito do trabalho", afirma o
senador.
O projeto aguarda designação de relator na Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa
(CDH). Após análise da CDH, a proposta seguirá para
a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá
em decisão terminativa.
Fonte: Agência Câmara
18/04/2017 -
Trabalhador pode denunciar FGTS irregular mesmo após
2 anos de seu desligamento
Muitos trabalhadores estão sendo pegos de surpresa
ao se dirigirem à Caixa para sacar seu Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de contas
inativas: FGTS depositado a menos em determinada
competência, falta de depósito em algumas
competências ou mesmo contas zeradas.
Ao verificar a existência de irregularidades, o
trabalhador pode formalizar denúncia contra a
empresa, e esta denúncia pode inclusive ser anônima.
“As fraudes provocam a perda de recursos destinados
a trabalhadores demitidos, que dependem do
seguro-desemprego até voltarem ao mercado de
trabalho. Estamos intensificando a fiscalização,
inclusive com a implantação do sistema antifraude no
Ministério do Trabalho, para defender os direitos
dos trabalhadores”, disse o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira.
De acordo com a chefe de fiscalização do FGTS na
Bahia, Liane Durão, o trabalhador pode procurar o
sindicato representante da categoria profissional ao
qual pertence ou uma superintendência, agência ou
gerência do Ministério do Trabalho na cidade dele.
O trabalhador também tem a opção de oferecer
denúncia ao Ministério Público do Trabalho ou
ingressar com reclamação na Justiça do Trabalho. Nos
casos em que a empresa não exista mais, o
trabalhador pode ingressar com uma ação na Justiça
do Trabalho e requerer o pagamento do FGTS devido.
Na Justiça do trabalho, o trabalhador pode entrar
com uma ação até dois anos após o desligamento da
empresa. "Mesmo após dois anos após o desligamento,
o trabalhador ainda tem como denunciar a
irregularidade no Ministério do Trabalho, pois a
fiscalização trabalhista pode cobrar o FGTS
irregular a qualquer tempo, não se restringindo ao
prazo prescricional da Justiça do Trabalho", afirma
a chefe do setor de FGTS na Bahia.
“É bom ressaltar também que o Ministério do Trabalho
pode cobrar até 30 anos de FGTS, pois a decisão do
STF que restringia a cobrança a cinco anos foi
modificada, ou seja, até 13 de novembro de 2019 este
órgão fiscalizador continua cobrando até 30 anos os
recolhimentos ao Fundo de Garantia do trabalhador",
explica Liane.
A rede de atendimento para todo o Brasil está
disponível no site do Ministério do Trabalho. Não
existe prazo para fazer a reclamação. Os documentos
necessários são apenas carteira de trabalho e número
do PIS. Em Salvador, a Superintendência Regional do
Trabalho fica na Rua Ewerton Visco, 190 - Caminho
das Árvores (atrás do Shopping Sumaré).
Aumento de denúncias - Com o início do saque das
contas inativas do FGTS, aumentou a movimentação de
trabalhadores no Ministério do Trabalho em todo o
Brasil. Já foram registradas 6.934 denúncias contra
empresas com irregularidades no FGTS em todo o país,
de 23 de dezembro de 2016 a 15 de março de 2017. Na
Bahia, foram recebidas 287 denúncias. Nacionalmente,
o aumento chega a 43%, em comparação ao mesmo
período do ano anterior, quando foram contabilizadas
4.831 queixas.
O que diz a lei - O depósito de FGTS está previsto
na Lei 8.036/1990, que determina que todos os
empregadores são obrigados a depositar, em conta
bancária vinculada, o correspondente a 8% da
remuneração do trabalhador no mês anterior. A lei
prevê ainda que os depósitos devem ocorrer
mensalmente até o dia 7 e, quando a data não cair em
dia útil, o recolhimento deverá ser antecipado. Além
disso, as empresas são obrigadas a comunicar
mensalmente os empregados sobre os valores
recolhidos.
Para verificar se o depósito está ocorrendo, o
trabalhador pode consultar um extrato atualizado da
conta vinculada do seu Fundo de Garantia. O
documento pode ser obtido em qualquer agência da
Caixa, apresentando o Cartão do Trabalhador ou a
Carteira de Trabalho (CTPS) e o cartão ou número do
PIS. Também é possível fazer a consulta baixando o
aplicativo do FGTS no smartphone.
Fonte: MT
17/04/2017 -
Nova Central reafirma defesa dos direitos dos
trabalhadores
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) vem
a público informar que enviou ao Ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, na manhã desta
sexta-feira (07), documento oficial em que reafirma
seu posicionamento divergente à proposta do governo
e das demais centrais (Força Sindical, UGT e CSB)
substitutiva ao atual texto da Reforma Trabalhista.
A NCST discorda de alguns itens por acreditar que
eles podem suprir direitos trabalhistas consolidados
e essenciais para qualidade de vida do trabalhador.
Entre estes itens, o parágrafo terceiro do Artigo
523-A, sobre a escolha de representante do sindicato
dentro da empresa, a Nova Central acredita que
somente a entidade sindical tem legitimidade para
atribuir tal função, com respaldo em sua
prerrogativa essencial, que é de proteger e
representar o trabalhador.
Outra questão que a NCST acredita ser de maior
importância e vital para o trabalhador, é que se
retire da proposta o artigo 611-A - que poderá
validar a negociação patrão-empregado sobrepondo ao
legislado. Acordos ou convenções coletivas devem
ampliar direitos, não retirar conquistas
consolidadas por anos. Aceitar que o trabalhador
perca direitos protetivos é um retrocesso.
Também é impensável o aumento da jornada de trabalho
parcial de 25 para 30 horas semanais, prevista no
artigo 58-A, bem como a aprovação da desobrigação de
pagamento do piso salarial da categoria.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores não
compactua com essas medidas, por entender que elas
poderão precarizar os direitos do trabalhador, bem
como esclarece que sua proposta substitutiva à
Reforma Trabalhista foi entregue formalmente ao
senhor Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho, no
dia 29 de março de 2017.
Não bastasse isso, foram apresentadas mais de 800
emendas ao PL 6787/2016. Segundo o relator do
Projeto, o seu Parecer será apresentado nos próximos
dias. Assim que tivermos acesso ao mesmo,
encaminharemos aos companheiros (as) e, ao mesmo
tempo, reforçaremos nosso trabalho junto ao
Congresso Nacional para fazer valer as
reivindicações de luta dos nossos filiados.
A NCST reafirma sua posição de que somente com
investimento, qualificação e valorização do trabalho
voltaremos ao crescimento da economia, com leis que
protejam a integridade do trabalhador, principal
patrimônio brasileiro. Por isso, continuará lutando
para que projetos que flexibilizem a relação capital
e trabalho sejam combatidos e extintos, e que a
Consolidação das Leis Trabalhistas, direito
adquirido após anos de lutas da classe trabalhadora,
movimentos sindicais e sociais, seja fortalecida e
prevaleça sobre quaisquer circunstâncias.
Ante ao exposto, e diante do cenário sombrio que
hora se apresenta, mais uma vez, reforçamos nossa
orientação de que todos (as) entrem em contato com
os parlamentares nos seus respectivos estados
angariando apoio contra essas tentativas de
usurpação dos direitos dos trabalhadores
brasileiros.
Fonte: NCST
17/04/2017 -
Reforma trabalhista: relator fortalece acordo
coletivo sobre legislação
O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) leu na
quarta-feira (12) seu relatório ao projeto de
reforma trabalhista (PL 6787/16). O documento, de
132 páginas, amplia a proposta do governo sobre a
prevalência da negociação coletiva em relação à
legislação.
O texto também traz salvaguardas ao trabalhador na
Lei da Terceirização (13.429/17) e retira o caráter
obrigatório da contribuição sindical.
Pelo substitutivo os acordos entre patrões e
empregados poderão prevalecer sobre a lei como regra
geral. O texto lista 16 temas para exemplificar esse
ponto, como banco de horas, parcelamento de férias e
plano de cargos e salários.
O projeto original limitava a prevalência a 13
pontos específicos. “Com isso, fica assentada a
ideia de se definir como regra a prevalência da
convenção coletiva e do acordo coletivo de trabalho,
e não como exceção, como se entende atualmente”,
disse.
Marinho acrescentou uma lista de 29 direitos que não
podem ser reduzidos ou suprimidos por negociação.
Entre eles estão liberdade sindical e o direito de
greve; FGTS; salário mínimo; 13º salário; hora
extra, seguro desemprego, salário família; licenças
maternidade e paternidade; aposentadoria; férias;
aviso prévio de 30 dias; e repouso semanal
remunerado.
O texto do Executivo vedava apenas a alteração por
acordo coletivo de normas de segurança e medicina do
trabalho.
Convenção trabalhista
O relator restringiu a análise da convenção
trabalhista pela Justiça do Trabalho à conformidade
dos elementos essenciais ao acerto do negócio
jurídico. O Executivo tinha sugerido a análise
preferencial desses pontos, mas sem excluir outros.
Pelo texto, a Justiça do Trabalho, ao analisar a
convenção trabalhista, deve seguir o princípio da
intervenção mínima na autonomia da negociação.
A vantagem compensatória ao trabalhador em caso de
flexibilização de algum direito previsto em lei por
negociação coletiva deixa de ser obrigatória e passa
a ser opcional com o substitutivo. Pelo relatório de
Marinho, a ausência de contrapartidas não torna nula
a convenção. Caso a flexibilização seja anulada pela
Justiça, também será anulada a vantagem
compensatória correspondente.
O sindicato que participar da convenção deverá
também ser parte na ação que queira anular cláusulas
da negociação.
Terceirização
O relatório também traz duas alterações à Lei da
Terceirização, sancionada em março. A primeira
estabelece uma quarentena de 18 meses entre a
demissão de um trabalhador e sua recontratação, pela
mesma empresa, como terceirizado.
A segunda garante ao terceirizado que trabalha nas
dependências da empresa contratante as mesmas
condições de alimentação em refeitórios, transporte,
atendimento médico e ambulatorial e treinamento
destinado aos demais empregados. A lei permite, mas
não obriga esse mesmo tratamento.
Quando o número de terceirizados for acima de 20% do
total de empregados diretos da empresa, ela poderá
oferecer serviços de alimentação e atendimento
ambulatorial em outro local, mas com o mesmo padrão.
O substitutivo também torna claro que a
terceirização alcança todas as atividades da
empresa, inclusive a atividade-fim. A Lei de
Terceirização não deixava expressa essa
possibilidade, o que poderia levar a uma
interpretação diferente pela Justiça.
Votação
O presidente da comissão especial que analisa a
matéria, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), disse que
a votação da proposta poderá acontecer já nesta
semana, caso seja aprovado um requerimento de
urgência em Plenário. Assim, os prazos de vistas
(duas sessões) e emendas ao substitutivo (cinco
sessões) poderiam ser dispensados.
O texto atualmente tramita em caráter conclusivo e,
caso aprovado na comissão, segue direto para o
Senado Federal.
Vilela descartou, porém, a votação pelo Plenário da
Câmara também na semana que vem. "Como quinta-feira
não tem havido quórum suficiente para uma votação
tão importante como essa, acho difícil no Plenário",
afirmou.
Segundo o deputado, se for votada a urgência, a
primeira reunião deliberativa sobre o relatório deve
ser na próxima terça-feira e o texto já poderia ser
votado na comissão neste mesmo dia ou na
quarta-feira (19). Sem a urgência, a comissão deve
esperar o prazo de cinco sessões para se reunir, o
que deve acontecer em, pelo menos, duas semanas.
Fonte: Agência Câmara
17/04/2017 -
Relatório da reforma da Previdência será apresentado
nesta semana
O deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) apresentará
o seu relatório sobre a reforma da Previdência (PEC
287/16) nesta terça-feira (18). Na última semana,
uma versão preliminar foi apresentada aos líderes de
partidos da base do governo e, de acordo com o
parlamentar, houve aprovação das alterações feitas.
Maia anunciou mudanças que eliminam a idade mínima
para que uma pessoa entre na regra de transição da
reforma; que era de 45 anos para a mulher e de 50
anos para o homem na proposta original. Na proposta
do governo, o cidadão teria que cumprir um pedágio
de 50% do tempo de contribuição calculado pelas
regras atuais.
Segundo Maia, sem idade mínima, cada um saberá se a
transição é mais favorável que as regras novas ou
não. De qualquer forma, todos teriam que obedecer a
uma idade mínima de aposentadoria logo após a
promulgação da reforma; uma idade que seria elevada
progressivamente até 65 anos.
De acordo com o presidente da comissão especial da
reforma, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o pedágio
deverá ser inferior a 50%. "Qualquer um que está no
sistema, a princípio, está apto a participar da
transição”, afirmou Marun, ressaltando, no entanto,
que, para as pessoas que ainda têm muito tempo de
contribuição para cumprir, o pedágio pode ser
desfavorável. “Acaba ficando até maior que os 65
anos.”
Aposentadorias especiais
O deputado Arthur Oliveira Maia também já tinha
adiantado que serão feitas mudanças nas regras
propostas para aposentadorias especiais de
professores e policiais, benefícios assistenciais,
pensões e trabalhadores rurais. Boa parte dos
policiais e professores já estão fora da reforma
porque o governo decidiu que os servidores
vinculados a estados e municípios serão tratados por
reformas locais.
No caso do benefício assistencial, a grande questão
é a sua desvinculação do salário mínimo. No caso das
pensões, também há desvinculação do salário mínimo;
mas o relator já informou que haverá mudança na
proibição de acumular aposentadoria com pensão.
Para os trabalhadores rurais, existem críticas em
relação à obrigatoriedade de uma contribuição
individual; mas principalmente contra a equiparação
da idade com o trabalhador urbano.
Aposentadoria de mulheres
Como ainda não houve uma sinalização de mudança na
ideia de equiparar as idades de aposentadoria de
homens e mulheres, a bancada feminina da Câmara –
composta por 55 deputadas – vem se mobilizando para
reivindicar a manutenção da diferença.
A coordenadora da bancada, deputada Soraya Santos
(PMDB-RJ), afirma que outros grupos conseguiram o
que queriam. “Eu percebi que a pressão da bancada
ruralista já avançou muito no relatório,
praticamente todos os pontos foram acolhidos.
Percebi que a ‘bancada da bala’, como chamam aqui na
Câmara, na defesa da aposentadoria dos policiais,
também já foi acolhida”, enumera Soraya, reclamando
que ainda não foram acolhidos os pontos em relação à
bancada feminina. “Precisamos deixar claro para
todos os líderes que esta bancada é suprapartidária
quando se toca na defesa da mulher.”
Próximos passos
Depois de apresentado, o relatório da reforma será
discutido e votado na comissão especial. Os
deputados podem, no entanto, pedir para votar em
separado algumas das 130 emendas apresentadas e que
não tenham sido acolhidas pelo relator.
A reunião da comissão especial para discutir o
parecer do relator está prevista para as 14 horas,
em local a definir.
Fonte: Agência Câmara
17/04/2017 -
Debate na Comissão de Assuntos Sociais mostra falta
de consenso sobre reforma trabalhista
Divergência de opiniões marcou a audiência pública
sobre a reforma trabalhista, com foco no tema
“Negociado sobre o Legislado”, na quarta-feira (12),
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Os senadores
da oposição e os representantes dos sindicatos e do
Ministério Público do Trabalho (MPT) afirmaram que a
reforma está retirando direitos dos trabalhadores.
Senadores da base do governo, no entanto, e
representantes da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) e do Ministério do Trabalho, disseram que é
preciso modernizar a legislação.
De acordo com o procurador do Trabalho, Renan
Bernardi Kalil, são equivocadas as premissas do
governo de que, com a aprovação do dispositivo que
assegura o “negociado sobre o legislado”, haveria um
aumento na geração de emprego e seria valorizada a
negociação trabalhista. Ele citou os exemplos de
Espanha e Portugal, onde medidas semelhantes foram
aprovadas, mas, um ano depois, como ressaltou, não
se verificou um aumento na geração de emprego.
Sobre a valorização da negociação coletiva, o
procurador disse que o ponto de partida deve ser o
entendimento de que piorar as condições trabalhistas
é uma medida inconstitucional.
- No Brasil já se tem a prevalência do negociado
sobre o legislado, desde que o negociado seja
superior ao que prevê a lei, desde que preveja
patamares mais elevados do que a lei prevê. O
princípio central do Direito do Trabalho, que dá a
sua razão de ser, é o princípio da norma mais
favorável – disse.
A visão de Edimilson Moreira dos Santos, assessor
especial do Ministério do Trabalho, é diferente.
Para ele, as premissas da reforma trabalhista
proposta pelo governo são a garantia da segurança
jurídica nas negociações coletivas e a preservação
dos direitos dos trabalhadores.
Edimilson afirmou que quem conduz a negociação são
os sindicatos e que o Brasil tem uma taxa elevada de
sindicalização se comparado a outros países. Ele
disse ainda que a modificação na lei trabalhista
deve deixar claro em quais situações a negociação
coletiva terá força de lei.
- A proposta que o governo trouxe à discussão não
coloca especificamente que o negociado deve
prevalecer em relação ao legislado. Muito pelo
contrário, diz que o negociado terá força de lei
naqueles 13 pontos ali colocados – afirmou.
Entre esses pontos, estão o parcelamento de férias,
o banco de horas, a jornada de trabalho, a
remuneração por produtividade e a ampliação do
contrato de trabalho temporário de 90 para 120 dias
e do regime parcial de trabalho de 25 para até 30
horas.
O representante da CNI, Pablo Rolim Carneiro,
mencionou como positiva a redução do intervalo de
almoço de 1 hora para 30 minutos, possibilitando que
o empregado saia mais cedo do trabalho e evite o
trânsito na volta para casa. Para ele, a reforma
trabalhista é muito importante para o setor
empresarial e a negociação coletiva é o principal
instrumento para buscar a modernização trabalhista.
Pablo disse ainda que a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) é importante mais é “tamanho único”,
ou seja, não contempla a diversidade de setores
produtivos e realidades trabalhistas do Brasil.
- Não se trata de dizer que vamos revogar ou acabar
com a CLT. De forma nenhuma. A proposta que tem sido
discutida é uma proposta que reconhece e fortalece o
instrumento que já existe. E os pontos que foram
colocados são os pontos que hoje costumeiramente são
negociados no Brasil – argumentou.
Para a representante da CUT, Maria das Graças Costa,
o governo precisa negociar com os trabalhadores essa
proposta. Ela disse não acreditar que a reforma
trabalhista vai gerar mais emprego, porque está
retirando direitos dos trabalhadores. No caso da
diminuição do intervalo de almoço, Maria das Graças
argumentou que pode até parecer uma boa proposta,
mas questionou se essa modificação não prejudicará a
saúde dos trabalhadores.
- É preciso que os parlamentares tenham muito
cuidado com as decisões que serão tomadas, porque
vão modificar a nossa vida, vão modificar nosso
trabalho e as relações de trabalho – disse. (Mais
informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
17/04/2017 -
Trabalho intermitente e teletrabalho são
regulamentados em substitutivo
O relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) à
proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16) permite
o trabalho intermitente, ou seja, com grandes
intervalos dentro da jornada, e regulamenta o
teletrabalho, possibilitando que o empregado preste
serviços da sua casa ou mesmo viajando, via internet
ou redes privadas.
No trabalho intermitente, pode haver a prestação de
serviços de forma descontínua, alternando períodos
em dia e hora, cabendo ao empregado o pagamento
pelas horas efetivamente trabalhadas.
Pelo texto, o contrato de trabalho intermitente deve
ser celebrado por escrito e conter o valor da hora
de serviço, que não pode ser inferior ao do salário
mínimo - atualmente R$ 4,26, de acordo com o Decreto
8.948/16 – ou do pago aos demais empregados,
intermitentes ou não.
O empregado deverá ser convocado para a prestação do
serviço com, pelo menos, três dias de antecedência e
responder em um dia útil. Ao final de cada período
de prestação de serviço o empregado receberá o
pagamento da remuneração, de férias e 13º
proporcionais, além do repouso semanal remunerado e
adicionais legais.
O empregador deverá recolher a contribuição
previdenciária e o FGTS.
Teletrabalho
O contrato deverá especificar quais atividades do
empregado poderão ser feitas na modalidade de
teletrabalho. A alteração do trabalho em casa para
presencial - na empresa - pode ser feita por acordo
mútuo entre empregado e empregador. Em caso de
decisão unilateral do empregado pelo fim do
teletrabalho, o texto prevê um prazo de transição
mínimo de 15 dias.
A compra e manutenção de equipamento para o chamado
home office devem ser definidas em contrato.
Para Marinho, a modalidade de trabalho é benéfica
para empregadores e empregados. "O teletrabalho
proporciona redução nos custos da empresa e maior
flexibilidade do empregado para gerenciar o seu
tempo", disse Marinho. Ele também ressaltou que esse
tipo de trabalho tende a reduzir o congestionamento
em centros urbanos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mais de quatro milhões de
brasileiros já trabalham em casa. Marinho afirmou
que o home office é uma realidade em inúmeros
países, empresas brasileiras e órgãos da
administração pública como o Tribunal Superior do
Trabalho, o Supremo Tribunal Federal e o Senado
Federal.
Trabalho temporário
Marinho retirou do texto as alterações de regras
relativas ao trabalho temporário. A Lei da
Terceirização (13.429/17), sancionada em março,
mudou as regras do tempo máximo de contratação, de
três meses para 180 dias, consecutivos ou não. Além
desse prazo inicial, pode haver uma prorrogação por
mais 90 dias, consecutivos ou não, quando
permanecerem as mesmas condições.
O prazo máximo de contratação poderá ser alterado
por meio de acordo ou convenção coletiva de
trabalho, de acordo com a nova redação da Lei do
Trabalho Temporário (6.019/74).
Fonte: Agência Câmara
17/04/2017 -
OAB e STJ garantem que nenhum advogado ficará sem
sustentação oral
Após acordo entre a OAB Nacional e o Superior
Tribunal de Justiça, ficou garantido que nenhum
advogado terá prejudicado seu direito à sustentação
oral naquela Corte. Os dois órgãos acertaram que
terão preferência os profissionais que apresentarem
requerimento à coordenadoria do órgão julgador até
dois dias úteis após a publicação da pauta de
julgamento, mas quem se cadastrar no início de cada
sessão também terá assegurada sua prerrogativa.
O acordo foi feito em reunião entre a diretoria da
OAB Nacional e diversos ministros do STJ em
fevereiro deste ano. Na época, a Ordem requereu o
cancelamento da emenda regimental n. 25 da Corte,
que regulamenta prazos para pedidos de sustentação
oral e poderia prejudicar o trabalho dos advogados.
Ficou acordado entre a OAB e o STJ que a medida não
poderá prejudicar o direito garantido pelo Novo CPC
e pelo Estatuto da Advocacia de sustentação oral dos
advogados, ou seja, mesmo que haja o cadastro prévio
de sustentações, quem requerer no dia não terá seu
direito prejudicado.
As preferências legais e regimentais foram mantidas.
Estão excetuadas da regra as hipóteses de recursos
com julgamento em mesa que admitam sustentação oral;
nesses casos, o requerimento deve ser feito até o
início da sessão.
Ministros e representantes da OAB acertaram promover
nova reunião em breve para analisar alternativas que
contemplem a previsibilidade de duração das sessões
e as inscrições para manifestações orais dos
advogados.
Na reunião de fevereiro participaram o presidente da
OAB, Claudio Lamachia; o secretário-geral da
entidade, Felipe Sarmento Cordeiro; a presidente do
STJ, ministra Laurita Vaz; o vice, Humberto Martins;
e os ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Luis
Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Raul Araújo,
Paulo de Tarso Sanseverino, Marco Aurélio Bellizze,
Assusete Magalhães, Sérgio Kukina, Regina Helena
Costa e Gurgel de Faria. Com informações do STJ
Fonte: Jusbrasil
12/04/2017 -
Relator diz que não haverá idade mínima para
transição na reforma da Previdência
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur
Maia (PPS-BA), disse nesta terça-feira (11) que seu
parecer sobre a proposta não terá idade mínima para
transição para as novas regras da aposentadoria. Na
proposta original do governo, homens com pelo menos
50 anos e mulheres com pelo menos 45 anos teriam um
pedágio de 50% sobre o tempo que falta para a
aposentadoria pelas atuais regras para obter o
benefício após a reforma. O relatório vai manter a
idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de
contribuição para ter direito à aposentadoria.
No parecer, Maia vai sugerir que todos possam aderir
à transição, independentemente da idade atual. “Não
teremos mais limite para a pessoa entrar na regra de
transição, mas continuará havendo um pedágio a ser
cobrado para que se consiga o benefício”, disse o
relator nesta terça-feira (11) após reunião com o
presidente Michel Temer, ministros e deputados da
base aliada que integram a Comissão Especial da
Reforma da Previdência na Câmara.
Segundo Maia, no entanto, ainda não ficou definido
qual será o novo percentual desse pedágio. “Haverá
pedágio, mas ele será menor do que 50%”, disse o
relator. “Todos podem aderir, mas certamente não
valerá à pena, por exemplo, para pessoas com 30 anos
ou menos. Você vai aplicando esse pedágio para trás,
até chegar a um ponto em que valha à pena entrar na
regra de transição”, acrescentou.
Votação
Maia disse que na reunião dois pontos já ficaram
praticamente acertados. O primeiro é que haverá
idade mínima para todos que queiram se aposentar. O
segundo é que o pedágio se estenderá para homens e
para mulheres. Em tom otimista, o presidente da
comissão especial, Carlos Marun (PMDB-MS), deixou a
reunião prevendo aprovação com folga do relatório de
Maia no colegiado. Depois da comissão, a reforma tem
que passar pelo plenário da Câmara, onde são
necessários 308 votos para aprovação. “Aprovaremos
com um número robusto de parlamentares. Falavam em
330 votos. Eu confio de que será um número acima de
350 votos”, disse.
“Não há dúvida de que as alterações feitas nos
colocam em posição para dizer quer o texto
desenhado, apesar de não consolidado, já aponta para
uma posição de convencimento dos líderes da base do
governo. Isso é motivo de comemoração e alegria
porque estamos construindo um pensamento que
representa a linha média da maioria dos deputados”,
acrescentou Arthur Maia.
Segundo o relator, haverá diferenciação na idade
mínima para aposentadoria de homens e mulheres no
começo da vigência das novas regras, mas com uma
equalização gradual. “Haverá diferenciação no
começo. Mas isso vai evoluir com o tempo. Começa com
uma diferença e, com o tempo, vai se igualando até
ficar 65 anos para os dois.”
Outros pontos que ainda estão sob estudo, segundo o
relator, são os limites para o acúmulo de pensões e
aposentadorias e a questão da aposentadoria rural.
“A ideia é preservar a idade mínima atual [para a
aposentadoria rural: 60 anos para homens e 55 anos
para mulheres]. O governo atua para que esse pleito
seja atendido.”
O relator disse que fará um “comunicado oficial” à
base do governo na segunda-feira (17), um dia antes
da apresentação oficial do relatório na comissão.
Fonte: Agência Brasil
12/04/2017 -
Reforma trabalhista: relator poderá apresentar
parecer nesta 4ª (12)
Foi convocada para esta quarta-feira (12), às 9h30,
no plenário 2 da Câmara dos Deputados, reunião
deliberativa da comissão especial da reforma
trabalhista (PL 6.787/16) destinada à apresentação
do parecer do relator, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN).
O projeto, do Poder Executivo, altera a legislação
trabalhista, permitindo o contrato temporário de
trabalho e a prevalência do negociado sobre o
legislado para alguns direitos, tais como:
parcelamento de férias, jornada de trabalho, banco
de horas, entre outros pontos.
Conforme apurado, Marinho deverá apresentar
substitutivo abordando entre outros temas, os
seguintes:
1) Estabelecimento de parâmetros e critérios para a
edição de súmulas trabalhistas;
2) Horas in itinere (trajeto casa trabalho e
vice-versa);
3) Parcelamento e fruição de férias;
4) Fim da obrigatoriedade da contribuição sindical;
5) Trabalho da mulher;
6) Trabalho intermitente;
7) Trabalho a tempo parcial;
8) Terceirização;
9) Teletrabalho ou trabalho remoto;
10) Prevalência do negociado sobre o legislado;
11) Jornada 12h x 36h e insalubridade;
12) Estabelecimento de teto para reparação por dano
moral;
13) Permissão de acordo extrajudiciais entre
empregador e empregado (jurisdição voluntária);
14) Arbitragem individual nas relações de trabalho com
base no valor da remuneração do trabalhador;
15) Distrato do contrato de trabalho;
16) Representante dos empregados na empresa;
17) Sucumbência recíproca;
18) Penalização pela litigância de má-fé.
Procedimentos para votação do parecer
Quanto aos procedimentos de votação e ao calendário de
tramitação do projeto, destaque-se os seguintes
aspectos:
A votação não acontecerá logo após a apresentação do
parecer. O relator deverá apresentar substitutivo ao
projeto original. Fato que, regimentalmente, forçará
a abertura do prazo de cinco sessões para a
apresentação de emendas ao substitutivo.
Entretanto, para burlar o regimento, Marinho poderá
apresentar parecer pela aprovação do projeto com
emendas, sem oferecer um substitutivo. Caso isso
ocorra, não será aberto prazo para apresentação de
emendas e deverá ser concedida vista coletiva de
duas sessões aos membros da comissão.
Caso se confirme a apresentação de substitutivo e
decorrido prazo para apresentação de emendas, ao
final desse prazo, o relator deverá apresentar novo
parecer observando as novas emendas. Após a leitura
do novo voto, deverá ser concedida vista coletiva de
duas sessões aos membros da comissão.
Emendas ao texto
Houve número recorde de emendas ao texto. Foram, ao
todo, apresentadas 850 emendas (sendo válidas 842,
já que oito foram retiradas). Destas, 80% são de
partidos da base do governo; de parlamentares
ligados diretamente ao setor empresarial (urbano ou
rural), de regiões com forte presença industrial e
agropecuária. Parte dessas emendas foram para
adicionar temas novos ou modificar os principais
temas, portanto, para ampliar a chamada reforma
trabalhista.
Das 850 emendas, 468 foram aditivas, 272
modificativas, 109 supressivas e um substitutivo
global.
A prevalência do negociado sobre o legislado —
centro do projeto e principal item da agenda
legislativa empresarial — foi o principal tema das
emendas apresentadas. Foram 155 emendas sobre o
assunto.
Foram apresentadas ainda 69 emendas sobre a
ampliação do trabalho temporário, outras 66 sobre
jornada de trabalho e 28 abordando o trabalho
parcial. Além desses tipos de contrato de trabalho —
temporário e parcial — novas modalidades como o
trabalho intermitente e o trabalho remoto receberam
emendas.
O tema “representação no local de trabalho” recebeu
52 emendas, 34 para “audiência de julgamento”, o
tema “rescisão contrato de trabalho” recebeu 27,
custas e emolumentos, 26, o tema férias, 23, e
intervalo para repouso e alimentação, 22.
Veja resumo sobre o substitutivo apresentado pelo
relator às lideranças partidárias
Fonte: Diap
12/04/2017 -
Governo quer manter prevalência de acordos coletivos
na reforma trabalhista
O governo não pretende abrir mão do ponto da reforma
trabalhista, encaminhada ao Congresso Nacional, que
garante que as negociações firmadas em acordos
coletivos entre trabalhadores e empregadores devem
ter força de lei. Segundo o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, o objetivo é dar segurança
jurídica aos contratos e evitar futuros processos
judiciais.
“Nós pretendemos que aquilo que a convenção coletiva
delibere nos termos da lei tenha força de lei. Para
que o bom empregador não fique com medo de
contratar, e que o acordo coletivo realizado com a
participação do sindicato seja respeitado”, explicou
o ministro nesta terça-feira (11).
Segundo ele, o governo quer preservar ao máximo o
texto da reforma trabalhista que foi encaminhado ao
Congresso Nacional. “Principalmente aquelas colunas
fundamentais que motivaram o governo a apresentar a
reforma, depois de um diálogo amplo com movimento
sindical dos trabalhadores e com instituições de
empregadores, para proporcionar a modernização
trabalhista”, diz.
No Congresso Nacional, a proposta recebeu 844
emendas nos 13 pontos abordados pela reforma e o
texto final deve ser apresentado hoje (12) pelo
relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). “A
nossa preocupação é de que alguma dessas emendas não
desconfigure a proposta original encaminhada pelo
governo”, diz o ministro.
Nogueira disse também que já há um acordo com o
relator da proposta para que a nova legislação
estabeleça proteções aos trabalhadores
terceirizados. “O Ministério do Trabalho vai
combater qualquer burla à legislação no sentido de
substituição de trabalhadores celetistas por pessoas
jurídicas”, garantiu Nogueira.
Modernização
Segundo o presidente do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), ministro Ives Gandra, há muitos pontos
defasados na legislação atual. “No meu modo de ver,
[a reforma trabalhista] não é retirar direitos, é
colocar aquilo que faltava na legislação e que a
Justiça do Trabalho acabava tendo que suprir aquilo
que era próprio do poder Legislativo”, disse o
ministro.
Para ele, também é importante haver leis específicas
para tratar sobre a terceirização do trabalho no
país. “Cada vez que nós vemos questões de
terceirização sendo discutidas em cima de uma única
sumula do TST, é importante que tenha um marco
regulatório mais amplo. E podemos ainda aperfeiçoar
esse marco”, disse.
Acidentes de trabalho
O ministro Ronaldo Nogueira e o presidente do TST
participaram hoje do lançamento da Campanha Nacional
de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que faz parte
do movimento Abril Verde, para dar visibilidade ao
tema da segurança e saúde no trabalho. Um dos
destaques da campanha neste ano é o setor de
Transportes Terrestres, que ocupa o primeiro lugar
em quantidade de óbitos e o segundo lugar em
incapacitações permanentes.
Nos últimos cinco anos foi registrada uma média de
710 mil acidentes de trabalho por ano. Destes, 2,8
mil resultaram em morte e 15 mil em sequelas
permanentes. As despesas anuais da Previdência
Social com acidentes de trabalho são de cerca de R$
11 bilhões.
“A campanha tem o objetivo de despertar uma
consciência educativa para promover um novo
comportamento, tanto do empregador como do próprio
trabalhador e a sociedade como um todo, para reduzir
esses números”, disse o ministro Ronaldo Nogueira.
Fonte: Agência Brasil
12/04/2017 -
Fachin autoriza 76 inquéritos contra políticos
citados em delações da Odebrecht
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin autorizou a abertura de 76 inquéritos para
investigar políticos com foro privilegiado citados
em depoimentos de delação premiada de ex-diretores
da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava
Jato. As decisões e os nomes dos investigados devem
ser divulgados oficialmente ainda hoje.
Fachin também determinou que 201 pedidos de
investigação que envolvem pessoas que não tem foro
privilegiado fossem remetidos para instâncias
inferiores. Os locais ainda não foram divulgados.
Sete pedidos de investigação foram arquivados.
A decisão do ministro foi assinada no dia 4 abril e
estava prevista para ser divulgada após o feriado de
Páscoa. No entanto, a divulgação foi antecipada para
hoje depois de publicadas pelo jornal O Estado de S.
Paulo, que teve acesso à integra das decisões.
As delações da Odebrecht foram homologadas em
janeiro pela presidente do STF, ministra Cármen
Lúcia, após a morte do relator, Teori Zavascki, em
acidente aéreo. Foram colhidos pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) 950
depoimentos de 77 delatores ligados à empreiteira.
Departamento da propina
Segundo investigações da força-tarefa de procuradores
da Operação Lava Jato, a Odebrecht mantinha dentro
de seu organograma um departamento oculto destinado
somente ao pagamento de propinas, chamado Setor de
Operações Estruturadas.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, havia
funcionários dedicados exclusivamente a processar os
pagamentos, que eram autorizados diretamente pela
cúpula da empresa.
Conforme as investigações, tudo era registrado por
meio de um sofisticado sistema de computadores, com
servidores na Suíça. O Ministério Público Federal
ainda trabalha para ter acesso aos dados, devido ao
rígidos protocolos de segurança do sistema.
Em março do ano passado, na 23ª fase da Lava Jato,
denominada Operação Acarajé, a Polícia Federal
apreendeu na casa do ex-executivo da Odebrecht
Benedicto Barbosa da Silva Júnior uma planilha na
qual estão listados pagamentos a mais de 200
políticos. A lista encontra-se sob sigilo.
Os esquemas ilícitos da empresa vão além da
fronteira brasileira. A Odebrecht é investigada pelo
menos em mais três países da América Latina: Peru,
Venezuela e Equador. Em um acordo de leniência
firmado com os Estados Unidos no final de dezembro,
a empresa admitiu o pagamento de R$ 3,3 bilhões em
propinas para funcionários de governos de 12 países.
Fonte: Portal EBC
12/04/2017 -
Relator da PEC da Reforma da Previdência pede apoio
a mudanças na aposentadoria
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287/2016, que trata da reforma da Previdência,
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), fez nesta terça-feira
(11) um apelo a entidades filantrópicas e a outros
deputados por apoio às mudanças na aposentadoria. As
entidades participavam de uma reunião na Câmara dos
Deputados para apresentar dados e defender a
imunidade tributária do setor.
Durante as audiências públicas na comissão especial
de análise da PEC da Reforma da Previdência, Maia
defendeu, diversas vezes, a revisão da imunidade
tributária de entidades filantrópicas. O argumento é
que essa isenção drena recursos que poderiam
financiar a Previdência.
Segundo Maia, nem toda entidade beneficiada exerce
atividades que se enquadram na definição de
filantropia. Além disso, na avaliação do relator,
Previdência e filantropia são coisas distintas e
deveriam ser financiadas de forma separada.
Representantes das instituições e parlamentares
vinham fazendo pressão para que Arthur Maia não
recomendasse o fim da imunidade em seu relatório
sobre a PEC 287, que será lido na comissão no dia
18. Na reunião de hoje o relator não adiantou qual
será a posição sobre o assunto ao relatar a matéria,
mas disse que “não se envergonha de corrigir erros”.
“Nós vamos fazer o relatório na semana que vem, mas
não me envergonho de corrigir os meus erros, nem de
mudar de opinião. Não há nenhum problema em mudar de
opinião, desde que você mude para melhor”, disse
Maia, que foi aplaudido nesse momento e, na
sequência, pediu o apoio das entidades filantrópicas
à reforma da Previdência.
“Me ajudem a aprovar essa reforma, porque essa
reforma é a favor do pobre. Ajudar a aprovação dessa
PEC é também ajudar as filantrópicas”, disse Maia.
Estavam presentes o coordenador do Fórum Nacional
das Instituições Filantrópicas (Fonif), Custódio
Pereira, e um grupo de instituições do setor, além
de deputados que apoiam a imunidade tributária à
filantropia.
Fonte: Portal EBC
12/04/2017 -
Proposta que institui contrato de trabalho
intermitente vai à CCJ e à CAS
Em pauta nesta terça (11) no Plenário, a proposta que
institui o contrato de trabalho intermitente, a ser
remunerado pelas horas trabalhadas, voltará para
análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Requerimentos nesse sentido foram aprovados pelos
senadores.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 218/2016, do
senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), inclui na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a modalidade
de contrato intermitente. Pelo texto, o contrato de
trabalho deve conter o valor da hora, que não poderá
ser inferior ao dos empregados em tempo integral que
exercerem a mesma função, e os períodos em que o
empregado prestará os serviços. Serão remuneradas as
horas em que o trabalhador estiver laborando ou à
disposição do empregador. Nos períodos livres, será
vedado ao empregado prestar serviços a outro
empregador sem a anuência patronal.
A presidente da CAS, senadora Marta Suplicy
(PMDB-SP), defendeu a discussão do projeto pela
comissão, por onde, historicamente, passam matérias
sobre o tema.
— A CAS está plenamente instruída para votar esse
projeto. Tivemos audiência pública. Tivemos o
relatório lido pelo senador Armando Monteiro
[PTB-PE]. Tivemos discussões. E [o projeto] foi
submetido à vista coletiva. Já temos toda a condição
de fazer essa tramitação no próximo dia 19 de abril
— afirmou.
Na CAS, o PLS recebeu parecer favorável do relator,
com algumas modificações. Entre as mudanças, estavam
a obrigatoriedade de que o contrato seja
estabelecido por escrito e a exigência de 24 horas
de antecedência para a convocação patronal para
prestação de serviços fora dos períodos previamente
combinados. O texto, porém, acabou tendo a votação
levada para Plenário. (Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
12/04/2017 -
Banco é condenado a pagar indenização R$ 50 mil por
prática de atos antissindicais
A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
10ª Região (TRT10) condenou um banco a pagar
indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais
coletivos por constranger empregados grevistas ao
realizar pesquisa para informações sobre a
negociação coletiva e a própria greve.
Em sua defesa, o banco alegou que a pesquisa
realizada junto aos empregados antes, durante e após
as negociações coletivas tinha o intuito apenas de
identificar elementos relevantes voltados às
políticas de recursos humanos da empresa e que não
tinha como objetivo controlar ou restringir a
liberdade sindical.
Constrangimento
A pesquisa realizada entre os trabalhadores indagava
informações sobre qual deveria ser o percentual de
reajuste salarial, qual seria a chance do banco
conceder aquele reajuste e ainda se o empregado
conversava no trabalho ou em redes sociais sobre a
mobilização e se havia sido contra ou à favor da
última greve realizada.
O relator do processo, desembargador Mário Macedo
Fernandes Caron, reconheceu a tentativa de
cerceamento da atividade sindical e constrangimento
dos empregados e afirmou que os temas da pesquisa
diziam respeito exclusivamente aos trabalhadores e
sua entidade representativa. “O processo de
construção da proposta coletiva de reajuste
remuneratório é conduzido pelo sindicato da
categoria, mediante ampla discussão entre os
trabalhadores, cabendo exclusivamente à entidade
manifestar tal proposta ao empregador”, observou.
Em seu entendimento, as perguntas poderiam gerar
constrangimento aos pesquisados e as respostas
poderiam ser utilizadas em prejuízo do próprio
trabalhador. “Não consigo vislumbrar uma única razão
plausível para o empregador, em momento de greve,
querer saber se o trabalhador vem comentando,
convidando ou incitando colegas a participarem do
movimento grevista via rede social, nem se foi
favorável ou contrário à última greve”, pontuou.
O magistrado afirmou em seu voto que as perguntas da
pesquisa manifestam claramente a interferência do
banco na atividade sindical e que é preocupante não
apenas o constrangimento gerado aos trabalhadores e
a clara inibição ao livre exercício do direito de
greve, mas também a possibilidade dos resultados
terem sido utilizados para tentar desacreditar a
entidade sindical. Sendo assim, mesmo entendendo que
o empregador tem o direito de realizar pesquisas
internas entre seu corpo funcional, ficou
evidenciado no processo abuso de direito e ato
antissindical. Por esse motivo, ele manteve o
pagamento da indenização no mesmo valor determinado
na primeira instância. Processo nº
0001589-68.2015.5.10.0011
Fonte: TRT10
11/04/2017 -
Para Marun, mudanças no texto da reforma da
Previdência são viáveis
Relatório deve ser apresentado na próxima semana e
votado na comissão especial até 27 de abril
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da
comissão especial que discute a reforma da
Previdência (PEC 287/16), afirmou nesta
segunda-feira (10) que as mudanças no texto original
apresentado pelo Executivo são viáveis. "Os
parlamentares estão sugerindo ajustes, muitos deles
estão sendo entendidos como pertinentes, e isso está
sendo incorporado ao texto”, disse Marun.
Ele informou que a previsão é que o relatório seja
apresentado no dia 18 de abril e o texto seja votado
na comissão especial até o dia 27. Para Marun, há
praticamente um consenso entre os parlamentares da
necessidade de uma reforma da Previdência e afirmou
que o governo não teme a rejeição da proposta pelos
deputados.
“Se é consenso de que é necessária uma reforma e se
o governo está entendendo como pertinentes os
ajustes propostos pelos parlamentares, não existe a
mínima razão para que nós tenhamos medo de uma não
aprovação”, explicou. “Vai ser aprovada por larga
margem na comissão e vai ser aprovada por margem
suficiente no Plenário", disse.
Fonte: Agência Câmara
11/04/2017 -
Audiência discute equiparação de idade para
aposentadoria de homens e mulheres
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher discute
nesta terça-feira (11) a equiparação entre homens e
mulheres, para fins de aposentadoria, promovida pela
proposta de reforma da Previdência enviada pelo
governo (PEC 287/16).
“Essa proposta se presta tão somente à retirada de
direitos da parcela menos abastada da população, que
são os milhões de trabalhadores brasileiros, de
todos os setores e ramos de atividade econômica”,
critica a deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), que
pediu a realização da audiência.
O texto do Executivo prevê que homens e mulheres
terão que ter 65 anos para se aposentar. O governo
argumenta que as alterações são importantes para
equilibrar as finanças da União.
“O aumento da idade mínima da aposentadoria e do
tempo de contribuição; a igual contribuição dos
trabalhadores urbanos e trabalhadores rurais; são,
entre outros, pontos de divergência ao anseio da
sociedade”, afirma a deputada. “Todavia, a proposta
de equiparação entre homes e mulheres é a mais
radical no texto da reforma e joga por terra o
preceito originário da política de proteção social,
bem como o princípio da igualdade que assegura que
pessoas em situações diferentes devem ser tratadas
de forma diferente.”
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto:
- o secretário da Previdência, Marcelo Caetano;
- da Comissão Nacional da Mulher Advogada da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Eduarda Mourão;
- do Departamento de Economia da UnB, Geovana Lorena
Bertussi; e
- da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), Alessandra da Costa Lunas.
A audiência será realizada no plenário 6 a partir
das 10 horas.
Fonte: Agência Câmara
11/04/2017 -
Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher será instalada na quarta
A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência
contra a Mulher realiza na quarta-feira (11), às
10h, reunião de instalação, com a eleição do
presidente e do vice-presidente. A instalação da
comissão estava prevista para a última quarta-feira
(5), mas a reunião foi cancelada por falta de
quórum.
Na mesma reunião será apresentado o relatório de
atividades realizadas pela comissão em 2016. O
documento será lido pela senadora Simone Tebet
(PMDB-MS), presidente da comissão no biênio
2015-2016, e pela deputada Luizianne Lins (PT-CE).
Também serão apresentados dados do Observatório da
Mulher contra a Violência coletados pela comissão.
Formada por 37 integrantes titulares, a Comissão
Mista de Combate à Violência contra a Mulher foi
criada em 2015 por recomendação da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência
Contra a Mulher, que funcionou em 2013 e 2014.
A reunião da comissão será na sala 15 da Ala Senador
Alexandre Costa, no Anexo II do Senado.
Fonte: Agência Senado
11/04/2017 -
Líder do PT critica alterações na Previdência
propostas pelo governo
O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado
Carlos Zarattini (SP), criticou as alterações
anunciadas pelo governo na proposta de reforma da
Previdência. Segundo ele, trata-se de uma jogada
política do Planalto para recuperar a maioria
perdida para aprovar o texto. “O povo não acredita
nessas propostas do governo, e temos certeza que
isso vai influenciar os deputados a votarem
contrariamente ao texto”, disse o parlamentar.
Para Zarattini, o governo trabalha com a tática de
disseminar o terror, se a reforma não for aprovada.
“O governo diz que o País vai quebrar, que nada mais
vai funcionar. Parece que a reforma da Previdência
vai resolver todos os problemas do Brasil. A gente
sabe que não é assim, e o povo sabe que não é
assim”, criticou.
Fonte: Agência Câmara
11/04/2017 -
Governo discute forma de alterar regra de transição
da reforma da Previdência
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e
parlamentares da base envolvidos nas negociações da
reforma da Previdência se reuniram nesta
segunda-feira (10) por quase três horas no Palácio
do Planalto. O tema do encontro foi como suavizar as
regras de transição previstas na proposta. "A
questão dos cinco pontos [que serão alterados] já
foi negociada. Agora, como fazer para evitar o
abismo, o modelo disso, é que está sendo discutido,
qual é o melhor formato”, disse o líder do governo
na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na saída da
reunião.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma
da Previdência considera a idade mínima de 65 anos
para aposentadoria e inclui nas regras de transição
apenas os trabalhadores que estão acima dos 50 anos,
no caso dos homens, e de 45 anos, no caso das
mulheres. O projeto prevê um pedágio de 50% para
cada ano que falta para a aposentadoria pelas regras
atuais. O governo aceitou negociar esse e outros
quatro pontos no texto da reforma para facilitar sua
aprovação.
Também estiveram presentes na reunião o presidente
da Comissão Especial de Reforma da Previdência,
deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o relator da
proposta, Arthur Maia (PPS-BA) e equipes técnicas da
comissão, do ministério da Fazenda e da pasta da
Previdência. Apesar da duração do encontro, os
participantes negaram ter saído com uma solução que
se ajustasse às demandas das bancadas.
“Está sendo definido ainda. Houve algumas sugestões,
foram debatidos os impactos. Temos compromisso com
três coisas: o ajuste fiscal, tentar preservar os
mais humildes e acabar com os privilégios. Tudo tem
que fazer conta”, disse Marun.
Hoje (11) de manhã o presidente Michel Temer vai se
reunir com os deputados titulares e suplentes da
comissão que discute a reforma. Nesse encontro,
segundo fontes próximas ao presidente, ele deve
mudar o tom da conversa e passar da fase de
negociações para cobrar fidelidade da base aliada.
Amanhã o governo deverá ter uma ideia de quantos
votos já tem favoráveis à aprovação do relatório –
ainda em construção – de Arthur Maia na comissão
especial.
Fonte: Agência Brasil
11/04/2017 -
Programa Seguro-Emprego tem novas adesões e evita
2,2 mil demissões
Em março, mais três empresas, duas em São Paulo e
uma no Paraná, aderiram ao Programa Seguro-Emprego (PSE)
para evitar a demissão de trabalhadores. Segundo
balanço divulgado nesta segunda-feira (10) pelo
Ministério do Trabalho, desde dezembro, quando o
programa foi anunciado pelo presidente Michel Temer,
sete companhias assinaram acordo com o governo
federal.
De acordo com o Ministério do Trabalho, mais de 2,2
mil trabalhadores que poderiam ser demitidos
mantiveram seus empregos após as empresas aderirem
ao programa.
Assinaram o PSE no mês passado as empresas Atlas
Copco Construction Technique Brasil, de Sorocaba, a
PS Logística e Promoções Armazéns Gerais, de
Barueri, e a SAS Automotive do Brasil, que atua na
cidade de São José dos Pinhais, no Paraná.
Conforme balanço da pasta, o governo federal irá
gastar R$ 394.471,85 com a complementação salarial
de 149 trabalhadores. Os sete contratos assinados no
programa em março terão custo de R$ 4.820.723 à
União. Ao aderir ao programa, as empresas
comprometem-se a não demitir pelo período de seis
meses, com possibilidade de renovação do prazo.
Lançado pela então presidenta Dilma Rousseff em
julho de 2015, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE)
foi uma tentativa do governo de frear o ritmo de
demissões diante da crise econômica. Em dezembro
passado, após edição de medida provisória do governo
Temer, a iniciativa passou a se chamar Programa
Seguro-Emprego.
O programa permite às companhias em dificuldade
financeira reduzir em até 30% a jornada de trabalho
dos empregados e diminuir proporcionalmente os
salários, desde que não demitam. Em contrapartida, o
governo federal complementa 50% do valor reduzido do
salário do empregado até o teto de 65% do valor da
parcela do seguro-desemprego.
Para aderir ao PSE, a empresa tem que celebrar o
acordo coletivo de trabalho específico com o
sindicato representante da categoria com maior
número de empregados em suas unidades, prevendo
redução de jornada e de salários. Depois, deve
enviar a documentação ao Ministério do Trabalho
Novas adesões
Ainda segundo o ministério, as quatro empresas que
haviam aderido ao PSE nos meses de janeiro e
fevereiro são do setor fabril, localizadas nos
estados do Amazonas, de Pernambuco e de São Paulo.
Com a lentidão da retomada da economia, 13 empresas
já manifestaram interesse em ingressar no programa e
os processos estão em análise no ministério.
Conforme estimativas da coordenação do grupo técnico
do comitê do programa, mais mil postos de trabalhos
poderão ser preservados caso as empresas
interessadas concluam o processo de adesão.
Podem aderir empresas de todos os setores, desde que
estejam passando por dificuldades financeiras
comprovadas. A adesão pode ser solicitada ao
Ministério do Trabalho até 31 de dezembro deste ano,
observado o prazo máximo de permanência de 24 meses.
Fonte: Agência Brasil
11/04/2017 -
Valor do salário mínimo será de R$ 979,00 em 2018
O valor do salário mínimo em 2018 será de R$ 979,00.
O novo valor foi anunciado pelo ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, e constará na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) para 2018, que será entregue até
o dia 15 de abril. O senador Paulo Paim (PT–RS)
lamenta que o governo não tenha estabelecido um
salário mínimo de R$ 1.000,00. Apesar de também
considerar baixo o reajuste, o senador Ataídes
Oliveira (PSDB–TO) ponderou que o salário mínimo foi
reajustado em índice maior do que a inflação, que,
segundo estimativas, deverá ser menor do que 4,5% em
2017.
Fonte: Agência Senado
11/04/2017 -
Reforma trabalhista é tema de debate em audiência
pública na Alesp
Deputados paulistas e representantes de sindicatos
patronais e de empregados participaram hoje (10), na
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), de
audiência pública sobre a reforma trabalhista. O
deputado Antonio Goulart (PSD-SP), primeiro
vice-presidente da comissão que discute o tema na
Câmara, disse que a expectativa é que o relator do
Projeto de Lei (PL) 6.787/16, Rogério Marinho
(PSDB-RN), finalize o trabalho até o dia 18. Ele
destacou a necessidade de mudança na lei por causa
de transformações da sociedade. “O trabalhador que
não se modernizar vai estar fora do mercado.”
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção Civil de São Paulo, Antonio
Ramalho, que é também deputado estadual pelo PSDB, é
a favor de mudanças na lei trabalhista. “O negociado
sobre o legislado, concordo plenamente desde que não
seja obrigado. Os sindicatos que têm condição de
negociar, tanto trabalhadores quanto empresários,
maravilha.”
Ramalho criticou, no entanto, o fim da contribuição
sindical. “Vai prejudicar todo mundo, inclusive
vocês, do patronal”, disse ele, dirigindo-se à
representante da Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp), Luciana Freire.
O deputa Orlando Silva (PCdoB-SP), por sua vez,
elogiou a iniciativa de trazer o tema ao debate, mas
criticou a proposta. “Dizer que, se não houver
modernização, não haverá geração de empregos, chega
a ser cruel. Em 2013, o Brasil tinha o que os
economistas chamam de pleno emprego, quando a taxa
fica abaixo de 5%. Qual era a lei? Esta lei de
hoje”, afirmou.
Para Orlando Silva, este é o pior momento para
propor uma reforma das leis trabalhistas. “Há 13
milhões de desempregados e, se observarmos os
subempregados, estaremos falando de 20 milhões de
brasileiros que vivem em condições muito difíceis. O
debate que fazemos é sobre esta realidade.”
A diretora executiva jurídica da Fiesp, Luciana
Freire, sustentou que o acordado entre patrão e
empregado sobre o legislado vai gerar empregos. “É
um instrumento de desburocratização e pode, sim,
gerar mais empregos, porque traria mais segurança na
relação entre trabalhador e empregador na
contratação e demissão. O empresário perde o medo de
empreender.”
Com maior presença de entidades patronais na mesa,
os participantes da audiência destacaram ainda a
necessidade de mudanças no encaminhamento dos
processos trabalhistas para conferir mais segurança
jurídica ao empregador, entre outras sugestões.
Fonte: Agência Brasil
11/04/2017 -
Governo Federal edita normas para funcionamento do
Conselho Nacional do Trabalho
Além do Executivo Federal, participam do conselho
trabalhadores e empregadores
O Governo Federal editou decreto sobre o
funcionamento do Conselho Nacional do Trabalho
(CNT). Este órgão colegiado, de natureza consultiva,
é composto por representantes dos trabalhadores, dos
empregadores e por membros do Governo Federal, sendo
presidido pelo Ministério do Trabalho.
“O Conselho Nacional do Trabalho vem para unir
forças para o avanço do emprego no país. É essencial
dar voz a todos os interessados, trabalhadores,
empregadores e Governo Federal”, afirmou Nogueira.
“É importante trazer trabalhadores e empregadores
para o centro deste debate”, acrescentou.
O CNT visa fortalecer a democratização das relações
de trabalho e a propositura de diretrizes para
políticas públicas de geração de emprego. O conselho
é composto por 30 membros, em tripartite entre
trabalhadores, empregadores e Governo Federal.
Representam o Executivo Federal, além do Ministério
do Trabalho, membros da Casa Civil, Ministério das
Relações Exteriores, Ministério da Fazenda,
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Ministério da Indústria Comercio Exterior e
Serviços, Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão e o Ministérios dos Diretos
Humanos.
Os trabalhadores serão representados por membros de
centrais sindicais e os empregadores por
confederações empresariais com registro ativo no
Cadastro Nacional de Entidades Sindicais com maior
número de filiados. De acordo com a portaria
publicada no Diário Oficial, o prazo para designação
dos membros de CNT é de 15 dias. Após isto
realizado, o Ministério do Trabalho realizará
reunião de instalação do Conselho para
estabelecimento de regimento interno e início do seu
funcionamento.
Fonte: MT
10/04/2017 -
Reforma trabalhista será debatida em três estados
nesta segunda
Representantes de empresários e trabalhadores
serão ouvidos em São Paulo, Santa Catarina e na
Bahia
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) promove três audiências públicas nos
estados antes da apresentação do relatório final do
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), prevista para
quarta-feira (12). Nesta segunda-feira (10), serão
realizados debates em Santa Catarina, na Bahia e em
São Paulo.
Em São Paulo, foram convidados a coordenadora
institucional da Associação Comercial do estado,
Marília de Castro; o presidente da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo
Skaf; o diretor Jurídico do Sindicato das Micro e
Pequenas Indústrias de São Paulo (Simpi), Rogério
Grof; e o presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
Segundo o deputado Goulart (PSD-SP), autor do
requerimento para realização da audiência, as
mudanças nas relações de trabalho precisam ser
discutidas em São Paulo porque o estado é o maior
polo industrial e comercial do País, com grande
influência no desenvolvimento da economia.
"É uma forma de melhor entender essa reforma,
ouvindo entidades legalmente reconhecidas e
vinculadas aos segmentos interessados”, disse. A
audiência será realizada na Assembleia Legislativa
de São Paulo, às 14 horas.
Bahia
Para a audiência em Salvador (BA), foram convidados a
presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho
da 5ª Região, Rosemeire Lopes Fernandes; o
presidente da Central Única dos Trabalhadores do
estado, Cedro Silva; o presidente da Central dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil da
Bahia, Aurino Pedreira; o coordenador-geral da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
da Bahia, Rosival Leite; o Claudio Bastos; e a
secretária estadual da Secretaria do Trabalho,
Olivia Santana.
Na avaliação dos deputados do PT Waldenor Pereira
(BA) e Robinson Alves (BA), que solicitaram a
audiência, ouvir representantes de vários órgãos e
especialistas possibilita conhecer melhor a
repercussão sobre os impactos que as mudanças terão
na vida dos trabalhadores e nas relações de mercado.
O debate ocorrerá na Assembleia Legislativa do
estado, às 14 horas.
Santa Catarina
Já para a audiência que será realizada em
Florianópolis (SC), solicitada pelo deputado Celso
Maldaner (PMDB-SC), foram convidados o presidente da
Assembleia Legislativa do estado, deputado Silvio
Dreveck, o presidente do Tribunal Regional do
Trabalho da 12ª Região, desembargador Gracio Ricardo
Petrone; o defensor público-geral do estado, Ralf
Zimmer Junior; e os presidentes das federações do
Comércio, Bruno Breithaupt; das Indústrias, Glauco
José Corte; da Agricultura e Pecuária, José Zeferino
Pedroso; o presidente da Contag, José Walter Drech;
e representantes de trabalhadores do comércio e dos
transportes.
O debate será na Assembleia Legislativa de Santa
Catarina, também a partir das 14 horas.
Fonte: Agência Câmara
10/04/2017 -
CAS debate prevalência de acordo coletivo sobre
legislação trabalhista
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) fará audiência
pública na quarta-feira (12) para debater o projeto
de lei que estabelece a prevalência dois acordos
coletivos de trabalho sobre a legislação
trabalhista. A audiência faz parte de ciclo de
debates da comissão sobre a reforma trabalhista, e
será realizada após a sessão deliberativa da CAS do
mesmo dia, marcada para as 9h.
O PL 6787/2016, que tramita em uma comissão especial
na Câmara dos Deputados regulamenta a força
normativa de convenções e acordos coletivos de
trabalho. Segundo o texto, essas deliberações terão
força de lei quando tratarem de parcelamento de
férias, cumprimento de jornada, participação nos
lucros da empresa, seguro-desemprego, planos de
cargos e salários, banco de horas e trabalho remoto,
entre outros temas. O objetivo da proposta é
fortalecer a autonomia das negociações entre
trabalhadores em empresa e dar a elas segurança
jurídica.
Foram convidados para a audiência pública o assessor
especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
Admilson Moreira dos Santos; o procurador Renan
Bernardi Kalil, da Coordenadoria Nacional de
Promoção da Liberdade Sindical do Ministério Público
do Trabalho; Sylvia Lorena Teixeira de Sousa,
gerente-executiva de Relações do Trabalho da
Confederação Nacional da Indústria (CNI); Maria das
Graças Costa, secretária nacional de Relações de
Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT); e
o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP),
presidente da Força Sindical.
A audiência será pública e interativa. Os cidadãos
interessados em participar podem fazê-lo através do
Portal e-Cidadania ou pelo telefone Alô Senado
(0800-612211). Ela terá lugar no plenário 9 da Ala
Senador Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
10/04/2017 -
Copom se reúne esta semana e pode reduzir novamente
a taxa Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) inicia para próxima terça-feira (11) a
terceira reunião de 2017 para definir a taxa básica
de juros, a Selic, atualmente em 12,25% ao ano. O
resultado da reunião será anunciado após o segundo
dia do encontro, na quarta-feira (12).
Com a inflação mais baixa, o BC tem indicado que
pode intensificar os cortes na taxa básica de juros.
Em fevereiro, o Copom anunciou o quarto corte
seguido na taxa. Por unanimidade, o colegiado
reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, de 13% ao
ano para 12,25% ao ano. Esse foi o segundo corte
seguido de 0,75 ponto percentual.
A redução da taxa Selic estimula a economia porque
juros menores impulsionam a produção e o consumo em
um cenário de baixa atividade econômica
Dinâmica da reunião
Na manhã do primeiro dia da reunião, o presidente do
BC, Ilan Goldfajn, e diretores do banco fazem a
análise de mercado. À tarde é feita a análise de
conjuntura.
No segundo dia, após análise da perspectiva para a
inflação e das alternativas para a Selic, a
diretoria do BC define a taxa e anuncia a decisão
para o mercado.
Fonte: Agência Brasil
10/04/2017 -
OIT: Brasil deve seguir convenções; ex-ministro
defende reforma trabalhista
Organização Internacional do Trabalho diz que
convenção ratificada pelo Brasil prevê que lei tenha
mais valor que acordo coletivo, enquanto reforma
prevê que negociações prevaleçam sobre a legislação.
Para Almir Pazzionatto, acordo coletivo é positivo
porque pode ser adaptado à crise
O diretor da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) Peter Poschen defendeu, na quinta-feira (6) na
Câmara, que o Brasil siga as mais de 80 convenções
da OIT ratificadas pelo País que estão em vigor,
entre elas as Convenção 98 e 154, sobre negociação
coletiva. Segundo ele, dentro dessas convenções, há
um princípio de que existe uma hierarquia de normas
legais: uma lei deve ter mais valor do que um acordo
coletivo.
Poschen participou da última audiência pública da
Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16). O projeto do governo prevê que as
negociações coletivas prevaleçam sobre a legislação.
Ele ressaltou que a OIT não tem posicionamento
favorável ou contrário sobre a reforma, mas disse
que a organização pode formular, a pedido do País,
parecer sobre a proposta. Conforme Poschen, uma
reforma deve seguir as normas internacionais do
trabalho e deve promover a concorrência leal, que
não seja baseada em más condições do trabalho e na
exploração do trabalhador. Ele defendeu ainda o
diálogo social sobre a proposta.
Desemprego
Já o ex-ministro do Trabalho (governo José Sarney) e
do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianotto,
defendeu a validade das negociações coletivas, que
já estão previstas na Constituição e nas convenções
da OIT, mas que muitas vezes são questionadas na
Justiça. Para ele, a negociação coletiva pode ser
“instrumento hábil de combate de desemprego”, porque
pode ser adaptada à uma realidade de crise. Na visão
dele, o acordo tem a vantagem de durar só um ou dois
anos, enquanto a lei tem duração indeterminada.
Pazzionatto defendeu a reforma trabalhista para que
o Brasil lide com seus 13,5 milhões de
desempregados. “Ninguém mais quer gerar empregos,
porque todo emprego encerra um passivo oculto”,
afirmou. O ex-ministro chamou a atenção para o alto
número de processos trabalhistas na Justiça. “Temos
uma legislação insegura”, ressaltou. “E um sistema
jurídico inseguro é imprestável”, completou.
Ele defendeu que o Congresso promova a adaptação da
legislação trabalhista para um mundo pós-industrial
e para a automação que atingiu o mercado de
trabalho. Segundo o ex-ministro, a Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), de 1943, foi feita para uma
época industrial.
Política econômica
O ex-ministro do Trabalho do governo Dilma Rousseff,
Miguel Rossetto, por sua vez, acredita que “o que
impede o empregador de gerar emprego não é a
legislação trabalhista”, já que há dois anos havia
geração de emprego, com a mesma legislação. Para
ele, é a política econômica errada o grande
empecilho para a geração de emprego.
Na opinião do ex-ministro, os direitos dos
trabalhadores estariam sendo atingidos para
compensar essa “política econômica profundamente
equivocada”. Os equívocos, em sua visão, incluiriam
uma política cambial errada, impedindo a exportação
e destruindo o emprego no País, e taxas de juros
elevadas, que impediriam o investimento. Conforme
ele, “fragilizar a relação de trabalho” não
provocará um aumento da eficiência e da
produtividade da economia brasileira. “A chaga deste
País não é um trabalhador reivindicar direitos, mas
os milhões de trabalhadores que trabalham sem
carteira assinada”, acrescentou.
Dificuldades para empregador
Na audiência, o 1º vice-presidente do Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região, desembargador
Ricardo Antônio Mohallem, defendeu a reforma. “A
legislação do trabalho no Brasil está esclerosada”,
opinou. “Ela retira do empregador a possibilidade de
gerir seu empreendimento de acordo com sua
necessidade de custos”, disse. “Ela cria empecilhos
para a administração sadia de uma empresa, por
exemplo, em relação ao intervalo para refeição, aos
turnos ininterruptos de revezamento”, complementou.
Na visão dele, existe uma indústria de ações
trabalhistas no País, e mesmo trabalhadores que
receberam todos os seus direitos entram com ações na
Justiça. O desembargador defendeu a prevalência das
negociações coletivas para lidar com o problema.
Além disso, Mohallem sugeriu a revitalização de
comissões de conciliação prévias para lidar com os
conflitos trabalhistas.
Fonte: Agência Câmara
10/04/2017 -
As mulheres na reforma da Previdência é tema de Nota
Técnica do Dieese
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) coloca disponível
Nota Técnica sobre a reforma da Previdência.
Trata-se do estudo "As mulheres na mira da Reforma
da Previdência".
Conforme o documento, a proposta de reforma da
Previdência e da Assistência enviada pelo Executivo
ao Congresso Nacional, na forma da Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 287/16, tem entre os
propósitos a correção de “distorções e
inconsistências do atual modelo”, criando regras
únicas de acesso à aposentadoria para todos os
trabalhadores.
Em outras palavras, a proposta pretende acabar com o
princípio da solidariedade social, que está presente
na concepção de Previdência desde a promulgação da
Constituição Federal (CF) de 1988 e que busca dar
tratamento diferenciado a segmentos populacionais
com condições desiguais de inserção no mercado de
trabalho.
Se essa estratégia de uniformização for aprovada, as
mulheres, em particular, serão muito penalizadas.
Com as novas regras, elas teriam que atender aos
mesmos critérios fixados para os homens e passariam
a ter direito de acesso à aposentadoria somente aos
65 anos de idade, desde que completassem 25 anos de
contribuição, pelo menos.
Ou seja, as mulheres seriam afetadas tanto pela
elevação da idade mínima quanto pelo aumento do
tempo mínimo de contribuição e, mais ainda, pela
combinação desses dois novos requisitos. Além disso,
o requisito de idade mínima valeria
independentemente do fato de as mulheres trabalharem
na área urbana ou rural, no serviço público ou na
iniciativa privada, na educação básica ou nas demais
ocupações.
Acesse a íntegra da Nota Técnica 171 de março de
2017
Fonte: Diap
10/04/2017 -
Relatório da reforma da Previdência deve ser
apresentado no dia 18
As alterações na reforma da Previdência devem ter um
impacto financeiro de 15 a 20% nos 10 primeiros
anos.
O relator da reforma, deputado federal Arthur Maia,
do PPS, anunciou alterações em cinco pontos da
proposta: os que tratam de regras de transição,
pensões, trabalhadores rurais, Benefício de
Prestação Continuada e aposentadorias especiais para
professores e policiais.
As mudanças devem reduzir a economia prevista
inicialmente com a reforma em 15 a 20%,nos 10
primeiros anos após a aprovação, caso ela ocorra. A
previsão foi feita pelo ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles. Com as alterações, Meirelles
calcula, uma queda na economia de 4 a 8%, nos
primeiros 5 anos.
O principal argumento do Executivo para propor a
reforma da previdência é o aumento do déficit no
sistema.
O governo calcula que em 2018 o Regime Geral da
Previdência Social terá um deficit de R$ 202
bilhões. O valor é 7% maior do que o previsto para
este ano. Arthur Maia se comprometeu a apresentar o
relatório final do texto no dia 18 de abril.
Fonte: Portal EBC
10/04/2017 -
TRF4 confirma atividade especial e revisão de
aposentadoria a segurado que trabalhava com carvão
Um segurado do Rio Grande do Sul (RS) que trabalhou
durante 9 anos com a extração de carvão obteve na
Justiça o reconhecimento de que exerceu atividade
especial e o direito de ter sua aposentadoria
recalculada. O julgamento da 6ª turma do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4) ocorreu no dia
23 de março.
Ele ajuizou ação após ter o pedido de revisão do
benefício previdenciário negado administrativamente.
A sentença de primeiro grau foi procedente e o INSS
recorreu ao tribunal.
O Instituto alega que o período não deve ser
considerado como atividade especial, pois não teria
ocorrido exposição habitual e permanente ao mineral.
Segundo o relator do caso, desembargador federal
João Batista Pinto Silveira, “a perícia constatou a
exposição habitual e permanente a carvão mineral e
seus derivados e a alegação do INSS não tem qualquer
respaldo probatório”.
O INSS tem 45 dias para implantar o benefício
recalculado com base nos novos critérios.
Fonte: TRF4
10/04/2017 -
Cópias de carnês de contribuição com autenticação
bancária devem ser consideradas provas de tempo de
serviço, afirma TRF4
O INSS deverá implantar a aposentadoria em 45 dias e
pagar os valores atrasados com juros e correção
monetária a partir da data do requerimento
administrativo.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
confirmou a concessão de aposentadoria por idade
rural urbana a um morador de Canguçu/RS que teve o
pedido negado administrativamente pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) sob o argumento de
que faltava tempo de carência. O segurado entrou com
o pedido em 2002, ao completar 65 anos e 126 meses
de contribuição, tempo reconhecido pela regra de
transição entre a CLPS/84 e a Lei 8.2013/91.
Entretanto, o INSS deixou de reconhecer 55 meses de
contribuição urbana porque o trabalhador não tinha
os carnês originais, mas apenas cópias destes. Foram
aceitos apenas 83 meses pelo instituto.
O Tribunal de Canguçu, que tem competência delegada,
concedeu o benefício e o processo foi remetido ao
tribunal para reanálise. Segundo o relator,
desembargador federal João Batista Pinto Silveira,
“na análise atenta da documentação que instrui o
feito, verifica-se que o autor já havia superado a
carência antes mesmo de atingir a necessária idade
para concessão do benefício”. Para o desembargador,
além dos 83 meses reconhecidos pelo INSS, a
documentação demonstrou que, de fato, houve
contribuições também nos períodos não reconhecidos.
“A cópia dos carnês das contribuições com
autenticação bancária constitui prova suficiente ao
reconhecimento da carência”.
O INSS deverá implantar a aposentadoria em 45 dias e
pagar os valores atrasados com juros e correção
monetária a partir da data do requerimento
administrativo. 0001703-65.2015.4.04.9999/TRF
Fonte: TRF4
10/04/2017 -
Dispensa de empregado membro da CIPA não garante
direito a indenização substitutiva, se o trabalhador
se recusa injustificadamente a retornar ao trabalho
Ao não justificar adequadamente a negativa de
retorno ao emprego, onde usufruía de estabilidade
provisória como integrante da CIPA (Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes), o trabalhador não tem
direito ao pagamento de indenização substitutiva,
conforme norma contida no artigo 496 da CLT. Com
este entendimento, a 1ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) negou provimento
ao recurso ordinário interposto pelo autor contra a
Civil Master Projetos e Construção Ltda.,
interpretando a negativa do funcionário como
renúncia à estabilidade provisória.
Designado para relatar o acórdão, o desembargador
Eduardo Pugliesi considerou que autor não apresentou
motivo plausível para fundamentar a negativa de
retornar ao emprego, nem tampouco comprovou
satisfatoriamente que houvesse qualquer
comportamento inadequado por parte do superior
hierárquico, capaz de dissuadi-lo nesse sentido. O
trabalhador admitiu que a empresa lhe enviou
telegramas e que telefonou para ele, mas
justificou-se afirmando que se sentia « humilhado »
e que era « perseguido » no ambiente de trabalho - a
companhia chegou a desligá-lo, mas voltou atrás e o
convocou de volta às suas funções.
Em relação à estabilidade do obreiro, amparada no
artigo 165 da CLT e no artigo 10, inciso II, alínea
« a », das Disposições Transitórias da Constituição
Federal de 1988, os desembargadores da 1ª Turma, por
maioria, entenderam que houve renúncia ao benefício
concedido ao emprego a membro da CIPA. Para o
colegiado, as provas documentais produzidas pela
empresa - consistente nos telegramas enviados ao
trabalhador, bem como na própria confissão do autor
- demonstram o reconhecimento, por parte da empresa,
de que a finalidade primordial da estabilidade
provisória é a garantia do emprego. Assim, « apenas
se o trabalho não se fizer possível é que se discute
o pagamento de indenização substitutiva, valendo-se,
para isso, da aplicação analógica do art. 496 da CLT
».
O desembargador relator ressaltou, ainda, que a 1ª
Turma do TRT já teve a oportunidade de apreciar caso
similar ao julgar um recurso ordinário interposto,
cujo acórdão foi por ele relatado, em que também se
decidiu pela renúncia à estabilidade provisória da
empregada gestante que se recusou a retornar ao
trabalho injustificadamente.
Fonte: TRT6
07/04/2017 -
Temer defende reforma da Previdência e diz que não
há espaço para privilégios
O Palácio do Planalto divulgou na noite desta
quinta-feira (6) um vídeo em seu canal no Youtube no
qual o presidente Michel Temer fala sobre a reforma
da Previdência. Em sua fala, Temer disse que o
Brasil “não tem mais espaço para privilégios” e
afirmou que a Previdência, com a reforma, será mais
rígida com os mais ricos.
“Estamos fazendo uma reforma que trará mais
igualdade para todos. A Previdência será mais justa
com os mais pobres e mais rígida com os mais ricos.
Por exemplo, políticos não terão mais aposentadoria
especial. Nem servidores públicos. Nosso país não
tem mais espaço para privilégios”.
Temer também procura falar à população que a reforma
não vai tirar direitos e que é importante para o
crescimento econômico do país. “Sem a reforma, não
teremos crescimento econômico. Não haverá criação de
novos empregos para tantos milhões de desempregados.
Tenho a mais absoluta certeza de que nossos filhos e
netos, num futuro breve, reconhecerão a coragem dos
que enfrentaram esse problema. Com a aprovação da
reforma, teremos crescimento e desenvolvimento
econômico, criação de empregos e novas oportunidades
para os brasileiros”, disse o presidente.
Para aqueles que já estão em idade de se aposentar
ou os já aposentados, Temer deu um recado direto e
disse que, nesses casos, nada mudará. “Quem está
aposentado, não perderá nada. Ninguém mexerá nos
seus direitos. Quem já tem direito a aposentar-se,
também não perderá nada. O seu direito continuará a
valer plenamente. Você não precisa correr para se
aposentar, porque não há mudança no seu caso”.
Com pouco mais de três minutos, no vídeo Temer diz
que os críticos da reforma têm “discordância
política” ou “desconhecimento da realidade” e
reitera a importância da reforma para o ajuste das
contas públicas. “Há críticos da reforma, por
discordância política ou por desconhecimento da
realidade, mas é necessário e urgente reformar nosso
sistema previdenciário. O rombo das contas aumenta a
cada ano. Nós tivemos a coragem de enfrentar esse
problema. Não é um desejo só meu, nem dos deputados
e senadores. É uma obrigação de todos”.
O vídeo foi feito após a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) liberar veiculação de publicidade
relativa à reforma da Previdência. A intenção,
segundo o governo, é esclarecer a população sobre os
pontos da reforma.
Negociação com o Congresso
A postagem do vídeo foi feita próximo das 20h e tinha
sido gravado, segundo a assessoria do presidente, na
tarde de hoje. Durante a manhã, Temer autorizou o
relator da reforma na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA),
a negociar cinco pontos do texto enviado ao
Congresso. O objetivo da flexibilização é conseguir
votos suficientes para a aprovação da proposta.
Horas depois, após um almoço com o rei e a rainha da
Suécia no Palácio do Itamaraty, o presidente negou
recuo do governo na questão e exaltou o trabalho
conjunto entre Congresso e Planalto. “Prestar
obediência ao que o Congresso Nacional sugere não
pode ser considerado recuo. Nós estamos trabalhando
conjugadamente”.
Fonte: Agência Brasil
07/04/2017 -
Relator anuncia mudanças em cinco pontos da reforma
da Previdência
O relator da proposta de reforma da Previdência na
Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), anunciou hoje
(5) que fará mudanças em cinco pontos do texto, com
o aval do presidente Michel Temer: os que tratam de
regras de transição, pensões, trabalhadores rurais,
Benefício de Prestação Continuada e aposentadorias
especiais para professores e policiais. As mudanças
foram negociadas em reunião esta manhã no Palácio do
Planalto.
O ministro da Secretaria do Governo, Antônio
Imbassahy, disse ver com naturalidade o fato de a
proposta sofrer alterações durante o trâmite no
Congresso Nacional, uma vez que trata-se de um dos
“mais complexos projetos” dos últimos anos. “O
Executivo enviou proposta. Com isso passa a ser o
Congresso o protagonista dos debates e das
deliberações. Seria até surpreendente que uma
matéria dessa natureza e complexidade tramitasse na
Câmara sem nenhum tipo de alteração” disse.
Segundo Imbassahy, as mudanças não devem comprometer
o papel da reforma no ajuste fiscal. “A equipe
econômica foi tendo convencimento de alterações
consequentes e responsáveis, cuidando dos mais
vulneráveis sem deixar de lado o equilíbrio das
contas. Portanto, as alterações estão sendo
acolhidas pelo Executivo, mas sempre preservando o
eixo principal, que é o fiscal”. As mudanças também
têm o aval do ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles.
O presidente da Comissão Especial de Reforma da
Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), também
disse achar natural que a proposta receba ajustes.
No entanto, por causas das alterações, Marun disse
que o prazo para apresentação e divulgação do
relatório sobre o texto foi postergado para o dia 18
de abril, “para que o relator tenha tempo mais
elástico para, com tranquilidade, discutir essas
questões”.
Mudanças
Segundo o relator da reforma, Arthur Maia, as mudanças
buscarão atender à população menos favorecida.
“Quando se fala em ajustes para trabalhadores
rurais, é para fazer com que, na reforma, eles
tenham seus direitos preservados. Quando se fala em
Benefício de Prestação Continuada, se fala de uma
das categorias menos favorecidas da sociedade.
Quando se fala em pensões, se fala em parceiros ou
filhos que perderam maridos ou pais e estão em
situação de vulnerabilidade”, argumentou.
“Professores e policiais são duas categorias que,
pelas características e pela história, estão sendo
contempladas em condições diferenciadas. Se
encontram historicamente em situação de diferença em
relação aos demais. Não há aí nenhum privilegio”,
acrescentou Maia. O relator disse que já está
negociando com lideranças do Senado um texto que
tenha mais chances de ser aprovado na Casa após
passar pela Câmara.
Sobre o estabelecimento de idade mínima de 65 anos
para ter direito à aposentadoria, Maia disse que
este ponto não tem sido alvo de questionamentos,
pelo menos em relação aos trabalhadores homens. “No
máximo o que se ouve, sobretudo da bancada feminina,
é relativo à idade das mulheres”.
Já a regra de transição é, segundo ele, um tema mais
complexo. A regra que consta na Proposta de Emenda à
Constituição da Reforma da Previdência considera
basicamente a idade de 65 anos para aposentadoria e
inclui na transição apenas as pessoas que estão
acima dos 50 anos, no caso dos homens, e de 45 anos,
no caso das mulheres. A proposta prevê um pedágio de
50% para cada ano que falta para a aposentadoria
pelas regras atuais.
O governo já acena com a possibilidade de aceitar a
ampliação dessa faixa de transição. De acordo com o
relator, um estudo feito pela Câmara mostra que
existem no mais 89 modelos diferentes de regras de
transição atualmente no país. “A PEC reduzirá isso
para duas ou três, dando racionalidade à questão”,
disse.
”Estamos trabalhando para ampliar o número de
trabalhadores [a serem incluídos na regra de
transição], para diminuir de 50 anos para, por
exemplo, 40 anos. Não temos ainda um modelo
definitivo. Esse número ainda está sendo estudados”,
disse Maia.
Fonte: Agência Brasil
07/04/2017 -
Congresso avalia decisão do governo de alterar
reforma da Previdência
Diante da resistência da base aliada para aprovar a
reforma da Previdência, o governo aceitou fazer
mudanças na proposta em cinco pontos. Entre eles, na
aposentadoria de trabalhadores rurais, nas
aposentadorias especiais, de professores e
policiais, e também na regra de transição. Mas não
especificou os detalhes dessas mudanças.
A oposição interpretou as alterações como um
reconhecimento da impossibilidade de se aprovar a
reforma no Congresso. A deputado Erika Kokay, do PT,
ressaltou que a manutenção dos 65 anos como idade
mínima para homens e mulheres se aposentarem ainda
desagrada boa parte dos parlamentares.
Crítico da reforma da Previdência, o líder do PMDB
no Senado, Renan Calheiros, comentou que o recuo do
governo mostra que é possível fazer uma reforma sem
penalizar os trabalhadores.
Já os governistas que defendem a reforma
argumentaram que as mudanças são um resultado
natural de um processo de negociação. O líder do
Democratas, deputado Efraim Filho, defende que com
os ajustes, o texto pode ser aprovado.
Previsto para ser apresentado no próximo dia 14 de
abril, com as alterações, o relator da reforma da
previdência, deputado Arthur Maia, do PPS, informou
que apresentará o relatório final no próximo dia 18.
Fonte: Portal EBC
07/04/2017 -
Relator confirma inclusão do fim da contribuição
compulsória aos sindicatos
O relator da Comissão Especial de Reforma
Trabalhista (PL 6787/16), deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), listou pontos que serão incluídos em seu
parecer à proposta do governo, após a última
audiência pública sobre o tema, nesta quinta-feira
(6). O relatório será apresentado na próxima
quarta-feira (12).
Segundo Marinho, trata-se de assuntos que surgiram
durante os debates, mas que não estão contemplados
no projeto. São eles:
- o fim da contribuição compulsória aos sindicatos,
tanto a patronal, como a de trabalhadores;- a
criação de filtros que prevejam a negociação antes
da judicialização, a fim de evitar o excesso de
ações trabalhistas na Justiça;
- a inclusão de novas formas de trabalho na
legislação, que surgiram após a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), que é de 1943, para combater
a precarização e a informalidade;- e a correção de
imperfeições no processo trabalhista.
A possibilidade de acabar com a contribuição aos
sindicatos já havia sido levantada pelo relator em
audiência na comissão. “A contribuição virou, por
sua natureza, um tributo que não é fiscalizado.
Estou falando de R$ 3,6 bilhões por ano, que são
recebidos pelos sindicatos e utilizados sem
prestação de contas”, justificou Marinho.
Para o relator, a medida vai permitir o
fortalecimento dos “sindicatos sérios – aqueles que
têm a capacidade de ter associados, pela sua
representatividade”. Ele ressaltou que o Brasil tem
hoje mais de 17 mil sindicatos.
Atualmente, cada empregado contribui com o
equivalente a um dia de trabalho para o sindicato.
Já o valor da contribuição sindical, para os
empregadores, é proporcional ao capital social da
empresa.
A proposta de reforma trabalhista recebeu 840
emendas dos deputados. “Foi o terceiro projeto mais
emendado, na Casa, nos últimos 14 anos”, destacou
Marinho. A comissão especial promoveu 12 audiências
públicas sobre o tema, além de nove seminários nos
estados.
Fonte: Agência Câmara
07/04/2017 -
Debatedores discordam de tese de que reforma
trabalhista vai gerar empregos
Na última audiência pública da Comissão Especial da
Reforma Trabalhista (PL 6787/16), debatedores
discordaram de um dos argumentos do governo para
promover a reforma: a de que a mudança nas leis
trabalhistas vai promover a geração de empregos. A
tese também foi defendida, na audiência, pelo
ex-ministro do Trabalho no governo José Sarney,
Almir Pazzianotto.
O advogado trabalhista Mauro de Azevedo Menezes
ressaltou que a modificação da legislação não traz
essa garantia de geração de empregos. “Não há nenhum
estudo que indique esta relação de causa e efeito”,
alertou. “Tanto é que muitos países fizeram reforma
trabalhista e voltaram atrás”, acrescentou.
Menezes acredita que a reforma será lesiva aos
direitos sociais do brasileiro. Ele observou que a
maior parte das ações trabalhistas hoje no Brasil
ainda é para receber direitos básicos, como os
direitos rescisórios. E criticou o fato de as
reformas no Brasil terem abrangência muito ampla,
incluindo ao mesmo tempo terceirização, fomento do
trabalho temporário e das negociações coletivas. O
advogado apontou que não há sindicatos fortes de
trabalhadores terceirizados e temporários,
prejudicando as negociações. “Como dar aos
sindicatos maiores responsabilidades, com a explosão
das formas atípicas de trabalho, onde não há
sindicalismo?”, questionou.
Menezes observou ainda que reforma trabalhista
ocorrida na França deixa claro que a negociação
coletiva não pode abranger jornada máxima de
trabalho, como prevê a proposta do governo
brasileiro. Para ele, a negociação deve ocorrer e
deve ser fomentada, mas respeitando base mínima de
direitos, como já ocorre hoje.
Para o representante do Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST) Artur Bueno, a possibilidade de
ampliação de jornada de trabalho de 8 horas para 12
horas, prevista na reforma, pode ajudar a aumentar o
desemprego, já que, ao implantar jornada de 12
horas, uma empresa pode não precisar de todos os
seus empregados atuais. Segundo ele, a ampliação da
jornada também poderá ampliar o número de acidentes
de trabalho e doenças ocupacionais. Hoje, segundo
ele, o número de acidentes já é elevado, e a maior
parte dos acidentes ocorre no fim do expediente.
Mudanças estruturais
O relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), por sua
vez, acredita que o Congresso Nacional não pode
ficar inerte diante das altas taxas de desemprego.
Ele afirmou que grandes mudanças estruturais
acontecem em momentos de crise. Para Marinho, o
Parlamento precisa legislar sobre as novas formas de
relações de trabalho, já que a legislação atual
(Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT) é de
1943.
O deputado disse ainda que a lei regulamentando a
terceirização, que foi aprovada pela Câmara no mês
passado, tem tido interpretações equivocadas. Para
Marinho, é positivo que haja uma lei regulamentado a
situação dos 3 milhões de trabalhadores
terceirizados, que hoje estariam no limbo jurídico.
“Não estou dizendo que esta lei é a ideal, mas hoje
existe uma norma”, afirmou. Antes da aprovação da
lei, a terceirização era regulamentada por uma
súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O
relator confirmou a apresentação de seu relatório
para a próxima quarta-feira (12).
O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) disse que a
legislação atual impede, sim, a contratação de
trabalhadores, porque não há segurança jurídica em
relação ao passivo trabalhista que o empregado pode
gerar.
Estímulo ao "bico
Para Wadih Damous (PT-RJ), a reforma trabalhista,
juntamente com a lei de terceirização sancionada
pelo governo, vai promover o “bico”, em vez do
emprego digno. Damous e outros deputados da bancada
do PT protestaram contra a apresentação do relatório
na próxima semana. Segundo Damous, isso contraria o
plano de trabalho do relator, que previa a
apresentação do parecer no início de maio. "Os
prazos foram consensuados dentro da comissão",
ressaltou.
Fonte: Agência Câmara
07/04/2017 -
STF recebe mais duas ações questionando a chamada
Lei da Terceirização
Chegaram ao Supremo Tribunal Federal mais duas ações
questionando a Lei 13.429/2017, a chamada Lei da
Terceirização, sancionada pelo presidente Michel
Temer em março e que libera a contratação indireta
de funcionários para todas as atividades das
empresas, inclusive a fim. Os autores das ações são
a Confederação Nacional das Profissões Liberais e os
partidos dos Trabalhadores e Comunista do Brasil.
Para a confederação, a terceirização “ampla e
irrestrita” ofende fundamentos previstos na
Constituição, entre eles o princípio da dignidade da
pessoa humana e o da consagração dos valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa.
Já os partidos políticos alegam também ofensa a
convenções da Organização Internacional do Trabalho
que criam parâmetros relacionados à dignidade das
relações de trabalho, incorporadas ao ordenamento
jurídica nacional. As ações estão sob relatoria do
ministro Gilmar Mendes, que já relata ação ajuizada
pela Rede Sustentabilidade contra a mesma norma.
Sobre o tema, o ministro Celso de Mello julgou
extintos os mandados de segurança 34.708, 34.711,
34.714 e 34.719, impetrados por parlamentares
federais contra a tramitação do projeto de lei que
deu origem à Lei da Terceirização. De acordo com o
decano do Supremo, a jurisprudência do STF entende
que, concluído o processo de elaboração legislativa
e dele havendo resultado a edição de lei, membros do
Congresso não têm legitimidade para questioná-la.
Ainda segundo o ministro, “promulgada e publicada
determinada espécie normativa, a única
possibilidade, em tese, de contestá-la reside na
instauração do concernente processo objetivo de
fiscalização abstrata de constitucionalidade”.
Mudança trabalhista
A Lei 13.429/2017 começou a valer no dia 31 de março e
permite que contratos existentes sejam modificados
caso as partes concordem. A norma só não se aplica a
empresas de vigilância e transporte de valores, que
devem seguir “as respectivas relações de trabalho
reguladas por legislação especial”.
O novo texto estabelece que, em casos de ações
trabalhistas, caberá à empresa terceirizada (que
contratou o trabalhador) pagar os direitos, se
condenada. Caso a terceirizada não tenha dinheiro ou
bens para arcar com o pagamento, a empresa
contratante (que contratou os serviços
terceirizados) será acionada e poderá ter bens
penhorados pela Justiça para o pagamento da causa
trabalhista.
É responsabilidade da contratante garantir condições
de segurança, higiene e salubridade dos
trabalhadores, quando o serviço for feito em suas
dependências ou em local já fixado no momento do
contrato.
Fica facultativo à contratante oferecer ao
terceirizado o mesmo atendimento médico e
ambulatorial dado aos seus empregados, incluindo
acesso ao refeitório. O contrato de prestação de
serviços deve informar o serviço que será prestado e
prazo para a realização das tarefas, quando
necessário. ADI 5.686, ADI 5.687.
Fonte: Consultor Jurídico
07/04/2017 -
Não incide IR sobre indenização por dano moral
negociada em acordo trabalhista
Valores negociados em acordo como indenização por
danos morais não sofrem incidência do Imposto de
Renda, pois só se enquadram no conceito de
“rendimento” valores que o trabalhador recebeu como
fruto do capital ou do trabalho. Com esse
entendimento, a 1ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao derrubar decisão que garantia à União o
direito de ficar com uma fatia do dinheiro negociado
entre as partes.
A autora, que atuava como gerente de uma empresa de
hospitalização domiciliar, recebeu R$ 25 mil depois
de alegar ter sido dispensada por justa causa sem
motivo. A União cobrou o imposto, e o Tribunal
Regional do Trabalho da 10ª Região entendeu que a
legislação tributária só isenta de IR indenizações
recebidas por acidentes de trabalho.
Já o desembargador convocado Marcelo Pertence,
relator do recurso, disse que a decisão regional
afrontou o artigo 43 do Código Tributário Nacional
(Lei 5.172/66), pois a isenção independe do fator
originário do dano.
“A literalidade dos dispositivos [...] evidencia a
impossibilidade de se enquadrar no conceito de
‘rendimento’ o valor percebido a título de
indenização por dano moral, visto que não resulta de
fruto oriundo do capital ou do trabalho, tampouco de
acréscimo patrimonial, já que decorrente de
compensação pelos danos imateriais sofridos pelo
obreiro”, afirmou.
Pertence citou uma série de precedentes do TST sobre
o tema e jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, consolidada em julgamento de recurso
repetitivo (REsp 1.152.764). O voto foi seguido por
unanimidade. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TST.
Fonte: Jusbrasil
07/04/2017 -
Trabalhadora que recebeu seguro-desemprego e
continuou trabalhando poderá ser responsabilizada
criminalmente
Uma trabalhadora que reconheceu em juízo que recebeu
o seguro-desemprego após uma dispensa fictícia e
continuou trabalhando poderá vir a responder
criminalmente pela fraude praticada. Com base no
artigo 40 do Código de Processo Penal, a juíza Maria
Tereza da Costa Machado Leão, titular da 25ª Vara do
Trabalho de Belo Horizonte, determinou a expedição
de ofício ao Ministério Público Federal e ao
Ministério do Trabalho, para as providências
cabíveis.
De acordo com o dispositivo em questão, juízes e
tribunais devem remeter ao Ministério Público as
cópias e os documentos necessários ao oferecimento
da denúncia quando constatarem a existência de crime
de ação pública. No caso, o recebimento do
seguro-desemprego enquanto estava trabalhando sem
carteira assinada foi informado pela trabalhadora em
depoimento prestado durante a instrução do feito. A
conduta pode vir a ser enquadrada como crime de
estelionato.
Nesse sentido, o artigo 171 do Código Penal prevê
como crime “obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou
qualquer outro meio fraudulento”. Por sua vez, o
parágrafo 3º estabelece que “a pena aumenta-se de um
terço, se o crime é cometido em detrimento de
entidade de direito público ou de instituto de
economia popular, assistência social ou
beneficência”.
Na tentativa de justificar a conduta, a trabalhadora
alegou na inicial que “não vislumbrou qualquer
impedimento ou irregularidade em sacar seu FGTS e
dar entrada no seguro-desemprego, cujo procedimento
ocorreu em 18/02/14”. Mas o argumento não convenceu
a juíza, que entendeu que ela deveria ter comunicado
ao Ministério do Trabalho a dispensa do benefício,
pois não estava de fato desempregada.
No processo, ficou demonstrado que a reclamante
trabalhou para a construtora reclamada no período de
15/5/11 a 24/1/14 com carteira assinada. A partir
daí, até 2/4/15, permaneceu trabalhando sem a
anotação da CTPS. Além da correção da data de saída
na carteira de trabalho, a juíza determinou que a
ex-empregadora cumpra obrigações relacionadas à
rescisão do contrato, deduzindo-se valores já pagos
relativamente ao período do aviso prévio indenizado
e projeções. Ainda cabe recurso da decisão.
Fonte: TRT3
06/04/2017 -
Comissão promove último debate sobre a reforma
trabalhista
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) realiza hoje a última audiência pública
para discutir o assunto. Desta vez foram convidado
para debater a proposta do governo:
- o ex-ministro do Trabalho e do Tribunal Superior do
Trabalho, Almir Pazzianotto;
- o 1º vice-presidente do Tribunal Regional do
Trabalho 3ª Região, Ricardo Antônio Mohallem;
- o ex-ministro do Trabalho, Miguel Rossetto;
- o presidente da Sociedade Brasileira de Economia
Política (SEP), Marcelo Dias Carcanholo;
- o presidente da Associação Brasileira de Estudos do
Trabalho (Abet), Marco Aurélio Santana;
- o diretor da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), Peter Poschen; e
- o advogado trabalhista Mauro de Azevedo Menezes.
Esse debate ocorrerá no plenário 1, a partir das 9
horas, a pedido do relator, deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), e dos deputados Leonardo Monteiro
(PT-MG), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Patrus Ananias
(PT-MG) e Waldenor Pereira (PT-BA).
Votação no dia 19
Ontem o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia, defendeu a aprovação da reforma trabalhista no
dia 19 de abril. “Este é o caminho que o Brasil
precisa trilhar para crescer já no final deste ano,
aprovando as reformas. Vamos aprovar a reforma
trabalhista no dia 19 de abril”, afirmou Maia.
O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator do
projeto, já adiantou que apresentará seu parecer à
comissão especial na próxima quarta-feira (12).
Fonte: Agência Câmara
06/04/2017 -
Rodrigo Maia diz que reforma trabalhista deve ser
aprovada no dia 19
Comissão especial realizou penúltima audiência
sobre o tema antes da votação do relatório, na
próxima semana
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
defendeu nesta quarta-feira (5) a aprovação da
reforma trabalhista (PL 6787/16) em 19 de abril,
daqui a duas semanas. O deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), relator do projeto, já adiantou que
apresentará seu parecer à comissão especial na
próxima quarta-feira (12).
“Este é o caminho que o Brasil precisa trilhar para
crescer já no final deste ano, aprovando as
reformas. Vamos aprovar a reforma trabalhista no dia
19 de abril”, afirmou Maia.
A proposta atualmente tramita em caráter conclusivo
e, se aprovada na comissão especial, segue
diretamente para o Senado. Mas o projeto pode ser
analisado pelo Plenário da Câmara caso haja recurso
de, pelo menos 51 deputados, ou aprovação de
requerimento para tramitação em regime de urgência.
Segundo Marinho, o relatório não vai abrir mão de
garantir a prevalência de acordos e convenções
coletivos entre patrões e empregados sobre a
legislação, como prevê o texto. Para o presidente do
colegiado, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), a
reforma não retira nenhum direito dos trabalhadores.
“Os direitos estão garantidos constitucionalmente.
Este é um projeto de lei, não emenda à Constituição.
Portanto, não é possível retirar direitos”, disse.
Crítica
Já para os participantes da penúltima audiência
pública da Comissão Especial da Reforma Trabalhista,
nesta quarta, a proposta do Executivo acaba com a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei
5.452/43).
Presidente nacional do PDT, o ex-ministro do
Trabalho Carlos Lupi disse que o projeto reflete a
ótica do patronato. “Reforma é conversa para boi
dormir. Isso aqui é puramente retirar direitos.”
Segundo Lupi, as mudanças vão gerar uma mobilização
contrária da sociedade. “A população vai chegar ao
seu limite porque a miséria e a fome tornam o ser
humano irracional”, disse. O ex-ministro afirmou
ainda que, em momentos de crise, o Estado deveria
garantir os direitos de trabalhadores e aposentados,
e não reduzi-los.
"Esta reforma acaba com a legislação trabalhista.
Precisamos modernizar a CLT sim, mas nunca partindo
da premissa de retirada de direitos.”
Mulheres
Para Tatau Godinho, ex-secretária de Políticas do
Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres do
Ministério da Justiça, a reforma vai prejudicar em
especial as trabalhadoras. “As discussões sobre
direito de trabalho são centrais. “Os setores de
comércio e serviço são onde se concentra a força de
trabalho feminina no Brasil, e eles defendem a
flexibilidade”, disse.
A liberdade de negociação sem amarras claras de
legislação que define direitos é pior para
categorias e setores menos privilegiados, avaliou.
Tatau Godinho disse também que mudanças da proposta
em relação ao trabalho em tempo parcial e ao
trabalho temporário vão gerar diminuição de empregos
com jornada integral e por tempo indeterminado. Ela
citou estudo da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) em que europeus afirmaram estar em
empregos temporários ou com jornada parcial não por
escolha, mas por necessidade. “As mulheres estão em
áreas de trabalho precário, de tempo parcial.”
Negociado x legislado
Para o advogado trabalhista e professor da Fundação
Getúlio Vargas Jorge Boucinhas Filho, a prevalência
do negociado sobre o legislado, como prevê a
proposta, desconstrói o princípio jurídico da norma
mais favorável ao trabalhador. “Não me parece a
melhor solução para valorizar a negociação
coletiva”, disse. Segundo ele, a negociação deve ser
vista como uma ideia de construção de direitos.
Fonte: Agência Câmara
06/04/2017 -
Relatório de projeto sobre reforma trabalhista será
apresentado no dia 12
O relator do projeto de reforma trabalhista (PL
6787/16), deputado Rogério Marinho (PSDB-RN),
informou que apresentará seu parecer sobre a
proposta no próximo dia 12. Marinho já adiantou que
deverá tratar de outros temas no texto, como o fim
da obrigatoriedade da contribuição sindical.
O deputado também defende a análise do texto pelo
Plenário da Câmara, mesmo o projeto tendo tramitação
conclusiva nas comissões.
Debate
Nesta terça-feira (4), a maioria dos convidados para a
audiência da Comissão Especial da Reforma
Trabalhista criticou a proposta enviada pelo
Executivo.
O professor de economia da Universidade Estadual de
Campinas Márcio Pochmann afirmou que a mudança na
legislação não resolverá o problema do emprego no
Brasil.
“Em um momento de enorme restrição fiscal, o risco
de uma legislação trabalhista reformulada é a
redução da receita do governo, seja com queda do
Imposto de Renda ou de contribuições
previdenciárias”, disse Pochmann, que presidiu o
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de
2007 a 2012.
Dados do Fórum Econômico Mundial de 2006 a 2015,
citados por Pochmann, indicam que países com mais
regulação trabalhista, como a Coreia do Sul, tiveram
maior média salarial e menor desemprego em relação a
outros que flexibilizaram a legislação, como a
Inglaterra.
Para a presidente da Federação Nacional das
Empregadas Domésticas, Luiza Pereira, a reforma vai
retroceder em direitos. “Já levamos uma grande
rasteira, que foi a terceirização. E agora temos a
reforma trabalhista”, afirmou.
Representantes de trabalhadores
Os desembargadores dos tribunais regionais do Trabalho
(TRTs) do Ceará e do Rio Grande do Norte elogiaram a
regulamentação da eleição de representantes de
trabalhadores para empresas, como prevê o projeto,
mas questionaram a extensão da medida. A figura do
representante está prevista na Constituição, mas não
foi regulamentada até hoje.
Segundo o desembargador José Gomes da Silva, do
Ceará, o papel do delegado sindical deve ser
restrito a questões individuais. “O papel de
negociar coletivamente é do sindicato”, afirmou.”
Centrais sindicais já criticaram a medida ao colocar
o representante em choque com a atividade do
sindicato. Pelo texto, o voto no representante será
secreto e podem se candidatar sindicalizados ou não.
Para o desembargador Bento Herculano Neto, do Rio
Grande do Norte, se a implementação da medida for
correta, os representantes poderão atuar junto aos
sindicatos. “Naturalmente teremos diminuição de
demandas trabalhistas. Esses comitês filtram as
demandas”, disse.
Futuro do trabalho
Já o presidente-executivo da Associação Brasileira das
Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação,
Sergio Paulo Gallindo, avaliou que a mudança da
legislação deve pensar o futuro do mundo do
trabalho. Segundo ele, isso prevê maior autonomia,
meritocracia, mobilidade e jornada flexível, como é
a dinâmica dos profissionais de tecnologia de
informação.
Para Gallindo, a reforma trabalhista e a Lei da
Terceirização (13.429/17) são muito bem-vindas. “São
dois instrumentos necessários para a modernização
das relações de trabalhos e dos ambientes de
negócios.”
Fonte: Agência Câmara
06/04/2017 -
Inflação para famílias com renda até 2,5 salários
mínimos é de 4,24% em 12 meses
Em todo o país, o Índice de Preços ao Consumidor -
Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias
com renda até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,56%
em março. A taxa é superior ao 0,07% de fevereiro.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-C1
acumula taxas de 1,18% no ano e 4,24% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em março ficou abaixo do Índice de
Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a
inflação para todas as faixas de renda e que ficou
em 0,47% naquele mês. No acumulado de 12 meses, no
entanto, a taxa do IPC-C1 ficou abaixo dos 4,55% do
IPC-BR.
Preços de alimentos sobem
O avanço do IPC-C1 entre fevereiro e março foi
impulsionado por acréscimos nas taxas de cinco das
oito classes de despesa que compõem o índice, com
destaque para alimentação, que passou de uma
deflação (queda de preços) de 0,45% para uma
inflação de 0,60%, e para habitação, cuja taxa
cresceu de 0,27% para 1,22%.
Também tiveram alta na taxa do IPC-C1, as classes de
despesa saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para
0,61%), vestuário (de -0,37% para 0,11%) e despesas
diversas (de 0,36% para 1,01%).
Três classes de despesa tiveram queda na taxa:
transportes (de 0,72% para -0,15%), comunicação (de
-0,02% para -1,53%) e educação, leitura e recreação
(de 0,67% para -0,19%).
Fonte: Agência Brasil
06/04/2017 -
Modernização das leis trabalhistas vai a votação em
abril, diz Rodrigo Maia
O projeto de Modernização Trabalhista entra em
votação ainda este mês; A garantia foi do presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele
e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, se
reuniram na manhã desta terça-feira (4) no gabinete
da presidência da Câmara.
O ministro entregou exemplares da cartilha com
perguntas e respostas sobre o projeto de lei ao
deputado Rodrigo Maia (acesse aqui a publicação).
Antes do encontro, Nogueira esteve no gabinete da
liderança do PTB, onde conversou com
correligionários e também distribuiu cartilhas com
os principais pontos do projeto de lei.
“O Brasil não pode mais esperar. A definição de uma
data para votar o projeto aponta para a modernização
das relações de trabalho. Tenho certeza que os
deputados saberão dar a resposta para as
necessidades do país analisando esse projeto, que
foi fruto de consenso e de um amplo debate com
centrais sindicais, federações e entidades
patronais”, disse o ministro.
O projeto de modernização da legislação trabalhista
foi concebido com a premissa de que não poderia
haver redução de nenhum direito trabalhista, disse o
ministro. “Pelo contrário, a proposta reafirma e
aprimora direitos assegurados na Constituição e na
Consolidação das Leis do Trabalho”, declarou.
Cartilha
A publicação do Ministério do Trabalho sobre a
modernização das leis do trabalho detalha todos os
pontos da proposta, entre eles um dos eixos centrais
do projeto, o artigo que dá força de lei às
convenções e acordos coletivos em 13 pontos
específicos, fracionamento de férias, que poderão
ser tiradas em até três períodos, desde que um deles
tenha no mínimo duas semanas, jornada padrão de 8
horas diárias e 44 semanais e acréscimo de pelo
menos 50% sobre o valor das horas do banco de horas.
A cartilha detalha cada um dos pontos do projeto de
lei de forma simples e didática, para esclarecer aos
trabalhadores e à sociedade as mudanças propostas. A
publicação tem 26 páginas e explica como funciona o
regime de tempo parcial de trabalho, horas “in
itinere”, inter e intrajornada e trabalho
temporário, além disso, revela as novas medidas de
combate à informalidade, com aumento do valor das
multas e ampliação do quadro de fiscais.
“O acesso total à informação é direito do cidadão,
com a cartilha pretendemos desmitificar temas que
envolvem a modernização trabalhista”, revela o
Ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira que já está
percorrendo o Congresso para promover amplo debate
sobre o tema.
Fonte: MT
06/04/2017 -
CCJ do Senado aprova documento único de
identificação nacional
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 19/2017, que propõe
reunir dados biométricos e civis, como Registro
Geral, Carteira Nacional de Habilitação e o título
de eleitor em um único documento, a Identificação
Nacional, foi aprovado nesta quarta-feira (5) pela
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)
do Senado. A proposta ainda precisa passar por
votação no plenário da Casa.
De acordo com o projeto, a Identificação Nacional
dispensará a apresentação dos documentos que lhe
deram origem ou nele mencionados e será emitido pela
Justiça Eleitoral, ou por delegação do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) a outros órgãos. O
documento será impresso pela Casa da Moeda e usará
como base de identificação o Cadastro de Pessoa
Física (CPF).
Conforme o texto, o documento único será emitido com
base na Identificação Civil Nacional, criada pelo
projeto com o objetivo de juntar informações sobre o
cidadão. A nova base de dados será gerida pelo TSE,
que garantirá o acesso à União, aos estados, ao
Distrito Federal, aos municípios e ao Poder
Legislativo.
O relator do projeto na CCJ, senador Antonio
Anastasia (PSDB-MG), ressaltou que há anos
discute-se um novo modelo de identificação civil
para unificar documentos. Segundo o parlamentar, se
convertida em lei, a mudança vai facilitar a vida do
cidadão.
“A matéria desburocratiza a vida do cidadão,
permitindo que um só documento sirva às mais
diversas situações do dia a dia, nas quais se exige
a comprovação de dados pessoais perante órgãos e
entidades públicos e privados”, disse Anastasia.
Fonte: Agência Brasil
06/04/2017 -
CCJ aprova projeto que proíbe valor mínimo para
depósitos ou retiradas da poupança
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
da Câmara dos Deputados aprovou proposta que veda a
exigência de valor mínimo para depósito ou retirada
de aplicações em caderneta de poupança. Atualmente,
não há regulamentação sobre valor mínimo do depósito
na abertura de poupanças.
A proposta (PL 5011/13), do Senado, recebeu parecer
favorável do relator na comissão, deputado Fábio
Sousa (PSDB-GO). Ele concordou com a solução dada
pela Comissão de Finanças e Tributação, que mudou a
lei a ser alterada pela proposta.
Dessa forma, o projeto passou a alterar a Lei
12.703/12, que estabelece regras para a desindexação
da economia. O texto original alterava a Lei
4.595/64, que dispõe sobre a política e as
instituições monetárias.
“Essa forma responde melhor à forma de fazer leis,
pois a Lei 12.703/12 trata precisamente de saldos e
de depósitos em contas de poupança em seu art. 3º. A
introdução do art. 3º-A, na sequência, vedando valor
mínimo para retirada ou para depósito em caderneta
de poupança, está, portanto, em conformidade com a
melhor técnica legislativa”, disse.
Tramitação
A proposta ainda será votada em Plenário.
Fonte: Agência Câmara
06/04/2017 -
Motorista que fez acordo em comissão de conciliação
prévia tem ação julgada improcedente
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
proveu recurso da Companhia de Bebidas das Américas
(Ambev) para julgar improcedente a reclamação
trabalhista de um motorista que assinou acordo em
comissão de conciliação prévia para o pagamento das
verbas rescisórias. Como não constou do documento
nenhuma ressalva e não houve prova de vício de
consentimento, os ministros concluíram que o ajuste
liberou a empresa de quaisquer outras obrigações do
contrato de emprego.
O juízo da 6ª Vara do Trabalho de Maceió (AL) tinha
condenado a Ambev a pagar horas extras,
gratificações mensais e outras parcelas, caso a
prestadora de serviço Conseil Logística e
Distribuição Ltda., empregadora do motorista, não
cumprisse a sentença. Em recurso, a companhia de
bebidas alegou que o acordo de cerca de R$ 9 mil,
ratificado por sindicatos, abrangia a quitação de
todos os direitos decorrentes do vínculo de emprego,
conforme uma das cláusulas.
A condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 19ª Região (AL), com o entendimento de
que a eficácia liberatória geral atribuída ao termo
de conciliação assinado perante a comissão abrange
apenas as parcelas discriminadas no acordo, sem
afetar as que não foram relatadas no documento. Para
o TRT acredita, a aceitação da quitação ampla retira
do trabalhador o direito de recorrer ao Judiciário,
em desacordo com o princípio do acesso à Justiça
(artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal).
Relator do recurso da Ambev ao TST, o ministro
Barros Levenhagen destacou o artigo 625-E, parágrafo
único, da CLT, que classifica o termo de conciliação
prévia como título executivo extrajudicial, com
eficácia liberatória geral, exceto quanto às
parcelas expressamente ressalvadas. O Regional não
apontou nenhuma condição restritiva mencionada no
acordo nem descobriu vício de vontade que o
invalidasse, portanto “o termo deve ser considerado
válido e eficaz, tendo efeito liberatório geral”,
concluiu o ministro. A decisão foi unânime.
Processo: RR-210-34.2010.5.19.0006
Fonte: TST
05/04/2017 -
Relatório da reforma trabalhista será apresentado
até dia 12
Esta é a última semana de debates da comissão que
trata da chamada reforma trabalhista (PL 6.787/16).
Na próxima semana, o foco estará na apresentação do
relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que
deve ser entregue, entre terça e quarta-feira (12).
Marinho já adiantou que deverá tratar de outros
temas em seu relatório, como o fim da
obrigatoriedade da contribuição sindical. Na próxima
semana, ainda estão programados dois seminários nas
assembleias legislativas de São Paulo e Santa
Catarina, na segunda-feira (10).
Fonte: Diap
05/04/2017 -
Paim: Contrato de trabalho por hora dá sequência a
'massacre' do trabalhador
O senador Paulo Paim (PT-RS) chamou a atenção do
Plenário do Senado para a votação do projeto de lei
que regulamenta na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) a modalidade de contrato intermitente, em que
o profissional recebe por hora trabalhada. Para ele,
a proposta, que será analisada na quarta-feira (5)
pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), dá
sequência ao “massacre” contra os direitos dos
trabalhadores.
- Você vai ganhar somente o salário por hora, mas
vai ficar à disposição do empregador se ele quiser
te chamar. Como é que ficam o 13º, as férias, a
licença-maternidade? Como você vai conseguir 49 anos
de contribuição se vai trabalhar algumas horas a
menos em certos dias? Como é que fica o pagamento
para a Previdência? Não fica - protestou o senador.
Paim afirmou que pedirá vista para impedir a votação
ainda nesta semana, e que apresentará um relatório
alternativo. O senador pretende refletir as
experiências e reivindicações de trabalhadores que
presenciou em viagens pelos estados. Ele voltou a
lamentar a sanção do projeto de lei que permite a
terceirização “sem limites”, e disse que a
legalização do contrato intermitente corresponderia
a “terminar o massacre” das leis trabalhistas.
Pelo texto do PLS 218/2016, esse tipo de contrato de
trabalho deve conter o valor da hora, que não poderá
ser inferior ao dos empregados em tempo integral que
exercerem a mesma função, e os períodos em que o
empregado prestará os serviços. Serão remuneradas as
horas em que o trabalhador estiver laborando ou à
disposição do empregador. Nos períodos livres, será
vedado ao empregado prestar serviços a outro
empregador sem a anuência patronal. O projeto é do
senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e tem como relator
o senador Armando Monteiro (PT-PE).
Fonte: Agência Senado
05/04/2017 -
Temer diz que poderá haver salvaguardas a
trabalhadores na terceirização
O presidente Michel Temer disse que poderá incluir
na reforma trabalhista "salvaguardas" aos
trabalhadores terceirizados. O governo sancionou na
semana passada projeto de lei aprovado na Câmara dos
Deputados que permite a terceirização nas empresas
sem restrição, incluindo as atividades-fim, tanto no
setor público quanto no privado. Temer participou
nesta terça-feira (4) da abertura da Feira
Internacional de Defesa e Segurança (Laad), no
Riocentro. Segundo o presidente, o projeto
recém-sancionado trata de flexibilização das regras
de contratos temporários, e não apenas de
terceirização.
“Eu achava que o projeto da terceirização era
complicadíssimo. É de uma leveza e simplicidade
extraordinárias. Aliás, ele não trata exatamente da
terceirização. Ele trata do trabalho temporário e só
lá no finzinho é que trata da terceirização. Nós
vetamos um ou outro artigo, que na verdade
prejudicava os trabalhadores. Mas eu vetei porque
isso já está previsto na Constituição”, disse Temer.
O presidente afirmou que, se for identificado
prejuízo à proteção ao trabalhador, o texto pode ser
alterado. “Se houver necessidade de salvaguarda,
outras além daquelas que já estão no texto da lei,
nós faremos. Temos a reforma trabalhista pela frente
e acredito que, se surgirem coisas importantes, nós
faremos. Pelo que eu pude verificar no exame do
projeto, não vi necessidade. Se houver, e o
Executivo se convencer, nós faremos. Não queremos
prejuízo nenhum para o trabalhador”, frisou.
Fonte: Agência Brasil
05/04/2017 -
IBGE: melhora nos indicadores da indústria ainda não
representa recuperação
O gerente de Análise e Estatísticas do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André
Macedo, disse nesta terça-feira (4) que a melhora
dos indicadores da indústria nos primeiros meses do
ano é positiva, mas ainda não caracteriza uma
tendência de recuperação.
Macedo destacou que o crescimento de 0,3% da
atividade industrial em janeiro e fevereiro mostra a
retomada do dinamismo no setor. No entanto, sinais
negativos nos indicadores de produção mantém a
indústria em alerta. “A própria comparação
interanual, que no mês anterior havia crescido 1,4%,
interrompendo sequência de 34 meses de taxas
negativas, voltou a registrar queda em fevereiro,
com predomínio de resultados negativos nesta base de
comparação”, ponderou.
“De uma forma geral, há sim uma melhora no nível de
estoque [de alguns segmentos], embora setores
importantes, como o automobilístico, por exemplo,
ainda estão com nível bem elevado”, acrescentou.
Apesar da cautela na análise, Macedo disse que é
possível comemorar a melhora gradual nos indicadores
de expectativa, tanto de empresários quanto de
consumidores. “E a indústria acaba acompanhando,
também refletindo este movimento, daí a
estabilização e o crescimento mais gradual do
setor.”
Segundo o analista do IBGE, a demora na recuperação
da indústria reflete o cenário de mercado de
trabalho ainda bastante desfavorável, com aumento da
taxa de desocupação.
Fonte: Portal EBC
05/04/2017 -
Dez regras do pacote de Temer que liquidam a
Previdência
Analisando as linhas gerais da PEC 287, artigo
reúne as consequências para a vida de trabalhadoras
e trabalhadores
1. Carência mínima para acesso à aposentadoria
“parcial” - 65 anos de idade e 25 anos de
contribuição: governo deseja que exista apenas
aposentadoria por idade aos 65 anos, que não
distinguirá entre homem ou mulher, trabalhador
urbano ou rural, servidor público ou trabalhador da
iniciativa privada. Além disso, passa-se a exigir do
trabalhador o mínimo de 25 anos de contribuição,
contra os atuais 15 anos. Acaba o acolhimento às
diferenças e proteção especial às mulheres e
trabalhadores rurais, que trabalham em condições
ainda mais duras que os homens das cidades.
2. Alongamento do tempo de contribuição e redução
do valor das aposentadorias: Além de maiores
carências de idade e tempo de contribuição, a PEC
propõe a redução no valor das aposentadorias ou,
mais precisamente, da taxa de reposição. O valor
passa a ser calculado em 51% do Salário de Benefício
mais um ponto percentual por ano de contribuição,
contra os atuais 70% mais um ponto por ano. Com as
novas regras, a aposentadoria “parcial” teria
patamar inicial de 76%; mas, para alcançar a
“aposentadoria integral” (100% do Salário de
Benefício), será preciso combinar 65 anos de idade e
49 anos de contribuição. Ou seja, o trabalhador só
terá direito a aposentadoria integral aos 65 anos,
se ele entrar no mercado de trabalho formal aos 16
anos, idade mínima para o trabalho, e contribuir
ininterruptamente por 49 anos –o que é quase
impossível. Nem em países desenvolvidos a regra é
tão dura.
3. Regra de transição só para o acesso à
aposentadoria: o governo tem feito um verdadeiro
carnaval sobre as “regras de transição”, como se
elas protegessem os que estão trabalhando
atualmente. É mentira. A única regra de transição
presente na PEC 287 refere-se às condições para o
trabalhador obter a aposentadoria. Enquadram-se
nessa regra o trabalhador com mais de 50 anos, se
homem; ou 45, se mulher, que poderão se aposentar
antes dos 65 anos, desde que cumpram o restante do
tempo de contribuição vigente com acréscimo de 50%.
Mas, como não há regra de transição para a fixação
do valor inicial dos benefícios, fica na prática
reduzido o direito esperado mesmo por quem esteja
acima da idade de corte. Com isso, a PEC na prática
acaba com o princípio constitucional do direito
adquirido. O STF vai barrar? Parece quase
impossível, pois o tribunal tornou-se um braço
auxiliar do governo neoliberal em vez de defensor da
Constituição.
4. Aposentadoria por invalidez foi dificultada e
com valor reduzido: só terá direito à
aposentadoria quem tiver incapacidade permanente
para o trabalho. O valor do benefício será reduzido,
se a PEC for aprovada: à exceção da invalidez por
acidente de trabalho, o cálculo seguirá a regra de
51% da média dos salários de contribuição, acrescido
de um ponto percentual por ano de contribuição. Nem
mesmo as situações de doenças profissionais serão
protegidas. As situações de doenças graves,
especificadas em lei, resultarão em aposentadorias
proporcionais e não mais integrais.
5. Aposentadoria especial virou miragem: com
a PEC 287, exige-se para a aposentadoria especial o
exercício de atividades que efetivamente prejudiquem
a saúde. A periculosidade deixa de ser critério para
concessão. Em vez de oferecer proteção, o texto da
reforma está exigindo o dano efetivo e a perda das
condições de saúde. Ademais, é proposta uma idade
mínima de 55 anos para esta modalidade de
aposentadoria, independentemente da insalubridade, o
que nunca existiu na lei brasileira. A proposta de
reforma fixa em 20 anos o tempo mínimo na atividade
prejudicial para a concessão do benefício, o que
representa aumento em alguns casos. Não bastassem
esses critérios mais exigentes, a PEC limita ao
máximo de cinco anos a diminuição do tempo de
serviço do trabalhador exposto às condições
prejudiciais à saúde, bem como reduz o valor das
aposentadorias, de 100% do salário de benefício,
para o percentual calculado segundo a regra geral
apontada anteriormente. A saúde deixará de ser a
referência para a aposentadoria especial, pois a
planilha de cálculos é quem definirá tudo, segundo o
desejo do governo.
6. Pensão por morte passa a ser castigo: a
PEC 287 quer uma forte redução no valor das pensões
a serem concedidas. Além da desvinculação ao salário
mínimo, o benefício passa a ser de 60% do valor da
aposentadoria que o segurado recebe ou receberia se
se aposentasse por invalidez no momento do óbito. A
esse benefício será concedido uma parcela de 10%
para cada dependente adicional, até o limite de
100%. Como a pensão será fixada a partir da regra
geral de cálculo da aposentadoria, a renda familiar
deverá sofrer uma redução significativa com o óbito
do segurado. Provavelmente, uma grande parcela dos
futuros pensionistas terá renda equivalente a 60% do
salário mínimo.
7. A demagogia da proibição de acumulação de
aposentadorias: o governo tenta convencer a
população que o veto à acumulação de mais de uma
aposentadoria por parte do mesmo segurado seria uma
medida quase que equivalente ao “combate à
corrupção”. É outra mentira, pois serão exatamente
os mais pobres aqueles que sairão perdendo. Só
poderá haver acumulação em casos raríssimos, e acaba
o direito a receber aposentadoria e pensão. Impedir
esse tipo de acumulação terá impactos bastante
severos sobre a população idosa de renda baixa, como
é o exemplo das trabalhadoras rurais que acumulam
aposentadoria rural com a pensão deixada pelos seus
cônjuges, ambas limitadas ao salário mínimo. A
crueldade não para: como a pensão poderá, com a
reforma, ter valor inferior ao salário mínimo, a
renda familiar poderá ser reduzida drasticamente no
momento do óbito do segurado.
8. Benefício assistencial: uma crueldade sem
limite com os idosos mais pobres: Temer e
Meirelles querem a elevação progressiva da carência
mínima de 65 para 70 anos para a concessão do
Benefício de Prestação Continuada (BPC), dirigido
aos idosos e portadores de deficiências, exatamente
a parcela da população socialmente mais vulneráveis,
com renda familiar per capita de até ¼ do salário
mínimo. Hoje, são protegidas mais de quatro milhões
de famílias (cerca de 16 milhões de pessoas). Com a
elevação da idade, idosos que aos 65 anos não
conseguirem se aposentar (por possuírem menos de 25
anos de contribuição), precisarão sobreviver até os
70 anos sem qualquer benefício que lhes garanta
renda.
9. Fim do piso do salário mínimo para o BPC e
pensões: mais uma vez, os mais pobres são o alvo
do governo Temer. Com o desejado fim da vinculação
dos benefícios ao piso do salário mínimo, proposto
para o BPC e para a pensão por morte, haverá uma
expansão da miserabilidade no país, exatamente entre
os mais indefesos –os idosos pobres. A PEC não
define como serão reajustados tais benefícios,
correndo-se o risco de que passem a ser arbitrados
em função dos interesses meramente fiscais e do
setor financeiro.
10. Os servidores públicos, especialmente os
pobres, serão obrigados a trabalhar até 75 anos:
a aposentadoria compulsória passa de 70 para 75 anos
de idade. Os servidores estaduais e municipais,
apesar de aparentemente favorecidos pelo recuo do
governo que os tirou da “reforma”, serão moeda de
troca nas negociações das dívidas de Estados e
Municípios e igualmente penalizados em breve.
*Este artigo faz parte do 5º artigo do documento
Previdência: Reformar para Excluir?, elaborado por
iniciativa da Associação Nacional dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip)
e do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Fonte: Jusbrasil
05/04/2017 -
Presidente da Câmara quer votar reforma política
ainda neste semestre
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
informou, nesta terça-feira (4), ao chegar à Casa
que pretende discutir e votar a reforma política
ainda neste semestre.
Maia adiantou ainda que pretende instalar, já na
próxima semana, a comissão especial que vai analisar
a Proposta de Emenda à Constituição aprovada no
Senado (PEC 282/16) que acaba com as coligações nas
eleições proporcionais e estabelece uma cláusula de
desempenho partidário.
Dessa maneira, dois colegiados vão analisar o
assunto: a Comissão da Reforma Política, já em
andamento na Câmara, e a comissão especial que
analisará a reforma sugerida pelos senadores.
Hoje o relator da matéria na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ),
deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), apresentou parecer
pela admissibilidade do texto do Senado.
Já o relator da Comissão Especial da Reforma
Política, deputado Vicente Candido (PT-SP), pretende
apresentar seu parecer, propondo alterações no
sistema eleitoral.
Segundo Maia, a apresentação do relatório de Candido
com antecedência mostra interesse da Câmara em
debater o assunto e esclarecer à sociedade sobre o
que será votado. “É importante ter um texto para que
não se fique com a impressão de que o relator quer
votar algo no afogadilho”, afirmou o presidente.
Maia também é contra discutir, na proposta de
reforma política, a criminalização do caixa dois
eleitoral. “Acho que esse tema nem tem que estar na
proposta porque nas dez medidas já foi votado”,
disse referindo-se ao Projeto de Lei 4850/16
aprovado pelos deputados e em análise no Senado.
Fonte: Agência Câmara
05/04/2017 -
Senadores aprovam MP do Programa Cartão Reforma
Foi aprovado nesta terça-feira (4) a Medida
Provisória (MP) 751/2016, que cria o Cartão Reforma,
uma linha de crédito para que famílias de baixa
renda comprem de materiais de construção destinados
à reforma, à ampliação, à promoção da acessibilidade
ou à conclusão de imóveis. O valor do benefício pode
chegar a R$ 9 mil por família.
Aprovada na Câmara na forma do Projeto de Lei de
Conversão (PLV) 2/2017, a matéria vai a sanção
presidencial.
Fonte: Agência Senado
05/04/2017 -
Caixa libera uso do FGTS como garantia para
empréstimo consignado
A Caixa Econômica Federal divulgou nesta
quarta-feira (4) as regras para uso do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia
para empréstimos consignados, com parcelas
descontadas diretamente na folha de pagamento dos
trabalhadores. A nova modalidade de crédito terá 48
meses de prazo para pagamento e taxas de até 3,5% ao
mês.
O FGTS assegura que o valor emprestado, ou pelo
menos parte dele, poderá ser imediatamente
recuperado caso o trabalhador perca o emprego.
De acordo com a Caixa, os valores emprestados pelos
bancos dependerão do quanto os trabalhadores têm
depositado na conta vinculada do FGTS. Pelas regras,
eles podem dar como garantia até 10% do saldo da
conta e a totalidade da multa de 40% em caso de
demissão sem justa causa, valores que podem ser
retidos pelo banco no momento em que o trabalhador
perde o vínculo com a empresa em que estava quando
fez o empréstimo consignado.
A utilização do Fundo de Garantia para crédito
consignado está prevista em lei aprovada em julho do
ano passado. O início das operações com o FGTS
dependia de regulamentação da Caixa.
Contas Inativas
Os saques do FGTS de contas inativas começam na
próxima segunda-feira (10). A expectativa da Caixa é
que 7,8 milhões de trabalhadores nascidos em março,
abril e maio saquem em torno de R$ 11 bilhões.
As retiradas poderão ser efetuadas até o dia 31 de
julho deste ano e apenas o trabalhador que pediu
demissão ou foi demitido por justa causa até o dia
31 de dezembro de 2015 pode sacar o saldo da conta
inativa.
Fonte: Portal EBC
05/04/2017 -
Mantida decisão que excluiu contribuição patronal em
favor de sindicato de empregados
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
negou provimento a agravo do Sindicato dos
Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de
Curitiba e Região (SIEMACO) contra decisão que
absolveu a Saneamento Ambiental Urbano LTDA. (SAU)
do pagamento de contribuição patronal em favor do
sindicato dos trabalhadores. A Turma preservou o
entendimento de que a cobrança, prevista em norma
coletiva, viola o direito à livre associação e
sindicalização, e ultrapassa o poder negocial entre
sindicato patronal e profissional, uma vez que impõe
ao empregador o dever de pagar uma contribuição em
favor de ente sindical que não é o da sua categoria.
Na ação de cobrança, o SIEMACO alegou que a empresa
descumpriu a convenção coletiva ao deixar de
contribuir com as mensalidades para custear o plano
básico de assistência médica (cota parte da empresa)
e o fundo de formação profissional, ambos mantidos
pelo sindicato profissional. A SAU, por sua vez,
sustentou que a cobrança era indevida, porque não
era associada ao SIEMACO nem participou ou concordou
com a cláusula convencional. Alegou ainda que o
sindicato não prestava assistência médica, e que
seus empregados nunca participaram de qualquer curso
ofertado pela entidade.
O juízo da 12ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR)
determinou que a SAU contribuísse com os valores
devidos, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª
Região (PR) reformou a sentença e excluiu a
condenação, por considerar violados os artigos 5º,
inciso XX, e 8º, inciso V, da Constituição Federal.
Para o TRT-PR, a contribuição do empregador em favor
do sindicato profissional “subverte o próprio
sistema de representação sindical, na medida em que
cria um vínculo direto de manutenção por meio de
contribuições advindas dos empregadores, que ocupam
posição oposta na relação trabalho x capital”.
No agravo de instrumento pelo qual buscava trazer a
discussão do mérito ao TST, o sindicato sustentou
que a contribuição patronal para os programas
assistenciais equivale às demais vantagens
negociadas, como vale alimentação e adicionais de
risco.
A desembargadora convocada Cilene Ferreira Amaro
Santos, relatora, no entanto, negou seguimento ao
recurso por entender que o acórdão regional não
violou dispositivo de lei e está em conformidade com
a jurisprudência do TST (Precedente Normativo 119 e
Orientação Jurisprudencial 17 da Seção Especializada
em Dissídios Coletivos do TST). A decisão foi
unânime. Processo: AIRR-628-88.2014.5.09.0012
Fonte: TST
04/04/2017 -
TSE começa a julgar ação que pede a cassação da
chapa Dilma-Temer
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar,
às 9h, a ação em que o PSDB pede a cassação da chapa
Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de
2014. O julgamento é considerado o mais importante
da história do tribunal.
Mesmo com o impeachment da presidenta Dilma
Rousseff, o processo continuou e pode terminar com a
convocação de eleições indiretas, presididas pelo
Congresso, caso a chapa seja cassada. O rito será o
mesmo utilizado na análise de outros processos, e a
suspensão do julgamento por um pedido de vista ou
para a concessão de mais prazo para a defesa se
manifestar não está descartado.
A sessão começará com a leitura do relatório, o
resumo de toda a tramitação do processo, pelo
relator, ministro Herman Benjamin. Em seguida, o
presidente do TSE, Gilmar Mendes, passará a palavra
aos advogados da ex-presidenta Dilma Rousseff, do
presidente Michel Temer e do PSDB. Após as
argumentações das defesas, o representante do
Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentará
parecer pela cassação da chapa, conforme adiantado
na semana passada pela imprensa.
Após todas as manifestações, a palavra volta para o
relator, que deverá analisar questões preliminares
apresentadas pelos advogados antes de proferir o
voto. O ministro deverá se pronunciar sobre a
aceitação da cassação e se as contas de Temer podem
ser julgadas separadamente, conforme pretende a
defesa. Em seguida, votam os ministros Napoleão
Nunes Maia, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Rosa
Weber, Luiz Fux e o presidente, Gilmar Mendes.
Em caso da cassação da chapa, o TSE deverá decidir
se eleições indiretas serão convocadas pelo
Congresso. Ao decidir eventualmente pela cassação, o
presidente poderá continuar com os direitos
políticos, ao contrário de Dilma, que ficará
inelegível por oito anos, por ser a mandatária da
chapa.
Processo
Após o resultado das eleições de 2014, o PSDB entrou
com a ação e o TSE começou a julgar suspeitas de
irregularidades nos repasses a gráficas que
prestaram serviços para a campanha eleitoral.
Recentemente, Herman Benjamin decidiu colocar no
processo os depoimentos dos delatores ligados à
empreiteira Odebrecht, investigados na Operação Lava
Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses
ilegais para a campanha presidencial.
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então
presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel
Temer, foram aprovadas com ressalvas e por
unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi
reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por
entender que há irregularidades nas prestações de
contas apresentadas por Dilma, que teria recebido
recursos do esquema de corrupção investigado na Lava
Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação
contábil da presidenta e do vice-presidente é
julgada em conjunto.
A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer
irregularidade e sustenta que todo o processo de
contratação das empresas e de distribuição dos
produtos foi documentado e monitorado. A defesa do
presidente Michel Temer sustenta que a campanha
eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos
suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem
conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento
dos serviços.
Composição do TSE
O TSE é formado por sete ministros, dois oriundos do
Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Luiz Fux;
dois do Superior Tribunal de Justiça, Herman
Benjamin e Napoleão Nunes Maia Filho; e dois da
advocacia, Luciana Lóssio e Henrique Neves. Nos
próximos dois meses, termina o mandato de Neves e
Luciana, que serão substituídos. O presidente Michel
Temer já indicou para ocupar a vaga de Henrique
Neves o advogado Admar Gonzaga, mais votado na lista
tríplice enviada pelo STF.
Fonte: Agência Brasil
04/04/2017 -
Relator da PEC da Previdência não pretende mudar
idade mínima para aposentadoria
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287/16, que trata da Reforma da Previdência,
deputado Arthur Maia (PPS-BA), defendeu a idade
mínima de 65 anos para aposentadoria, tanto para
homens quanto para mulheres. Para ele, essa é uma
questão fechada. “Eu continuo com essa ideia fixa em
relação à idade mínima. Se não tiver a idade mínima,
não há porque fazer a PEC. Eu, por exemplo, posso
antecipar: eu não pretendo mudar isso no meu
relatório”, disse.
Arthur Maia esteve nesta segunda-feira (3) no
Palácio do Planalto conversando com o ministro-chefe
da Casa Civil, Eliseu Padilha, e parlamentares da
base do governo sobre a reforma. O deputado disse
que deve concluir o relatório até quarta-feira da
semana que vem, quando o submeterá à comissão,
presidida por Carlos Marun (PMDB-MS).
Ao conversar com jornalistas na saída da reunião, o
relator inicialmente disse que a idade mínima para
aposentadoria, no caso dos homens, era algo
definido. Mas, ao ser questionado sobre a proposta
de ter a mesma idade para as mulheres, Arthur Maia
disse que vai ouvir as bancadas, embora entenda que
não deva haver diferenciação de gênero nos
requisitos para requerer o benefício.
Agora, a tarefa do relator é ouvir os partidos da
base aliada para saber se ainda há pontos da PEC que
encontram resistência. A ideia, segundo ele, é fazer
do relatório um documento que reflita o pensamento
da base aliada de Temer. “Esse relatório vai ser da
base do governo. Todos estaremos comprometidos com
esse relatório”, afirmou.
Para reforçar esse propósito, o senador Romero Jucá
(PMDB-RR) vai indicar três senadores que conversarão
com Arthur Maia sobre o relatório. Eles serão
responsáveis por levar o entendimento da base no
Senado para a proposta.
Além de conversar com os aliados, o relator também
disse estar disposto a dialogar com a oposição. Mas,
segundo ele, o único partido de fora da base que o
procurou foi o PSOL, por meio do deputado Ivan
Valente (SP). “Eu irei a todos aqueles que me
procurarem. O deputado Ivan Valente manifestou o
desejo de que eu vá à bancada do PSOL. Irei a toda
bancada que me convidar”.
Fonte: Portal EBC
04/04/2017 -
Comissão amplia estabilidade para mulher em
licença-maternidade
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou
projeto de lei (PL 6285/16) que compatibiliza a
licença-maternidade de seis meses concedida por
empresa participante do Programa Empresa Cidadã à
estabilidade no emprego das mulheres, que hoje é de
cinco meses, pela Constituição.
A proposta é de autoria do deputado Augusto Carvalho
(SD-DF) e recebeu parecer favorável do relator,
deputado Laercio Oliveira (SD-SE). O texto altera a
Lei 11.770/08, que criou o Empresa Cidadã.
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
prevê a estabilidade no emprego para as empregadas
gestantes até cinco meses após o parto. Isso
significa que, atualmente, as mulheres com
licença-maternidade de seis meses ficam um mês sem a
cobertura da estabilidade gestacional.
O relator explicou que recentes decisões judiciais
procuram compatibilizar os dois períodos
(estabilidade gestacional e licença-maternidade). O
projeto, segundo ele, resolve de vez a questão ao
fazer a mudança na lei.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será
analisada ainda pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Seguridade
Social e Família; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
04/04/2017 -
Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher será instalada na quarta
A Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher será instalada na quarta-feira (5), em
reunião a partir das 14h30, quando o novo comando do
colegiado será eleito.
Na segunda parte da reunião, haverá a apresentação
do relatório das atividades realizadas pela comissão
em 2016. O documento será lido pela senadora Simone
Tebet (PMDB-MS), que presidiu a comissão no biênio
2015-2016, e pela deputada Luizianne Lins (PT-CE).
O relatório dos dados coletados pelo Observatório da
Mulher contra a Violência (OMV) também serão
expostos na reunião. De acordo com o estudo, em 2014
houve 4,6% de assassinatos para cada 100 mil
mulheres no país. Do total de vítimas, 62% eram
negras ou pardas.
A Comissão Mista de Combate à Violência contra a
Mulher foi criada em 2015, atendendo à proposta da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da
Violência contra a Mulher, que investigou até 2012
as agressões diretamente relacionadas às mulheres. O
colegiado tem a atribuição de apresentar propostas
para a consolidação da Política Nacional de
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Fonte: Agência Senado
04/04/2017 -
Apenas 19% dos salários tiveram ganho real em 2016,
aponta Dieese
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou
levantamento mostrando como as negociações salariais
pioraram em 2016. Entre os reajustes analisados,
apenas 19% incorporaram ganhos reais aos salários.
Segundo o Dieese, é o menor patamar desde o início
da série dos balanços anuais dos reajustes, em 1996.
O percentual de negociações com reajustes acima da
inflação (INPC-IBGE) em 2015 chegou a 51%.
Os dados mostram que, em 2016, cerca de 44% dos
reajustes acompanharam o índice de inflação; os
demais 37% ficaram abaixo.
Setores - Os serviços registraram a maior proporção
de acordos abaixo da inflação no ano passado. Quase
a metade dos reajustes nesse setor (49%) não repôs
as perdas salariais. No entanto, cerca de 21% das
negociações conseguiram aumento real – índice acima
do geral. A indústria e o comércio tiveram
resultados semelhantes: reajuste igual a inflação
(53% e 50%, respectivamente) e abaixo (31% e 29%,
respectivamente).
Mais informações: www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
04/04/2017 -
Comissão pode votar fatiamento de férias e contrato
por hora trabalhada
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) delibera na
quarta-feira (4), a partir da 9h, sobre uma pauta
com 10 projetos de lei. Entre os que poderão ser
aprovados em caráter terminativo estão projetos que
modificam leis trabalhistas, para tratar do
fatiamento de férias e dos contratos por hora. A
reunião será na sala 9 da Ala Senador Alexandre
Costa.
O PLS 218/2016, do senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), inclui na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) a modalidade de contrato
intermitente, em que o profissional recebe por hora
trabalhada. Pelo texto, o contrato de trabalho deve
conter o valor da hora, que não poderá ser inferior
ao dos empregados em tempo integral que exercerem a
mesma função, e os períodos em que o empregado
prestará os serviços. Serão remuneradas as horas em
que o trabalhador estiver laborando ou à disposição
do empregador. Nos períodos livres, será vedado ao
empregado prestar serviços a outro empregador sem a
anuência patronal.
O projeto será votado com modificações feitas pelo
relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE). Entre as
mudanças, estão a obrigatoriedade de que o contrato
seja estabelecido por escrito e a exigência de 24
horas de antecedência para a convocação patronal
para prestação de serviços fora dos períodos
previamente combinados.
O PLS 411/2016, do senador suplente Deca (PSDB-PB),
também modifica a CLT, e permite que o trabalhador
divida os seus períodos de férias. A legislação
determina que o empregado tire um só período de
férias, depois de um ano de trabalho, exceto em
casos excepcionais mediante acordo escrito ou se o
beneficiado for menor de 18 ou maior de 50 anos.
A proposta permite a divisão do tempo de férias em
até três, com 30 dias de aviso prévio para cada um.
No caso de abono pecuniário (venda de 10 dias de
férias), a divisão poderá ser feita em até duas
vezes. O texto tem relatório favorável do senador
Wilder Morais (PP-GO).
Ambos os projetos poderão seguir para a Câmara dos
Deputados caso aprovados pela CAS e se não houver
recurso para que sejam votados pelo Plenário do
Senado.
Fonte: Agência Senado
04/04/2017 -
Utilização da capacidade instalada da indústria tem
primeira queda em 4 meses
A utilização da capacidade instalada da indústria
caiu em fevereiro, no primeiro recuo em quatro
meses, segundo a pesquisa Indicadores Industriais,
divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
Em fevereiro, a indústria operou, em média, com
77,3% da capacidade instalada, com recuo de 0,4
ponto percentual em relação a janeiro. Em outubro do
ano passado, o indicador tinha atingido o menor
nível da série histórica (76,1%), tendo subido para
76,2% em novembro, 76,7% em dezembro e 77,7% em
janeiro.
No mês retrasado, tanto o faturamento como o emprego
subiram 0,4% em relação a janeiro. No entanto, na
comparação com fevereiro do ano passado, o
faturamento acumula queda de 9,5%; e o emprego,
retração de 3,9%. Todos os números são livres de
efeitos sazonais (oscilações da economia conforme a
época do ano).
Em nota, a CNI informou que os dados da indústria
continuam sem apontar tendência clara de
recuperação. Segundo a nota, nos últimos meses, os
dados da indústria mostraram-se ambíguos, com o
crescimento de indicadores sucedidos por acomodações
ou quedas. "No entanto, a pesquisa sinaliza que a
longa e difícil trajetória de queda em todos os
indicadores da indústria parece ter se encerrado.
Contudo, ainda não há uma recuperação forte e
sustentada em curso”, destaca a entidade.
Trabalhadores
Os rendimentos dos trabalhadores da indústria
continuam em queda, mesmo com a leve recuperação do
emprego, o que indica que as contratações estão
ocorrendo com salários menores. Em fevereiro, a
massa salarial e o rendimento médio do trabalhador
da indústria caíram 0,7% em relação a janeiro.
De acordo com a CNI, os dois indicadores estão em
queda há cinco meses seguidos. Na comparação entre o
primeiro bimestre deste ano e o de 2016, a massa
salarial acumula queda de 6,2%; e o rendimento
médio, recuo de 2%.
Fonte: Portal EBC
04/04/2017 -
Rede recorre ao STF contra Lei da Terceirização
Em resposta à sanção da lei que libera a
terceirização para todas as atividades da economia,
o partido Rede Sustentabilidade decidiu recorrer ao
Supremo Tribunal Federal contra a entrada em vigor
da nova lei. Alguns senadores defendem a retomada da
votação do projeto em discussão no Senado que trata
da terceirização (PLC 30/2015). É o caso da senadora
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ela sustenta que “não
é porque uma lei foi aprovada ontem que não esteja
passível de modificações”. Outros avaliam que
aprovar um novo projeto sobre terceirização
provocaria insegurança jurídica. Essa é a opinião do
senador Pedro Chaves (PSC-MS). “Não vejo com bons
olhos você dar encaminhamento ao projeto de
terceirização que se encontra no Senado porque nós
já temos uma lei sancionada”, argumenta.
Fonte: Agência Senado
04/04/2017 -
Redução de juros para consignado em benefício
previdenciário entra em vigor
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
publicou nesta segunda-feira (3), no Diário Oficial
da União, portaria que altera o teto das taxas de
juros para operações de empréstimo consignado e
cartão de crédito em benefício previdenciário.
No caso de empréstimos, a taxa não poderá ser
superior a 2,14% ao mês e para cartão de crédito, o
limite é 3,06% ao mês.
Na última quinta-feira (30), o governo anunciou a
redução dos juros cobrados em empréstimos
consignados para servidores públicos federais,
aposentados e pensionistas. Desde que foi criado, em
2008, esta é a primeira vez que o teto desse tipo de
taxa de juros é reduzido para servidores públicos da
União.
Fonte: Agência Brasil
04/04/2017 -
Prova de dano não é necessária se for reconhecida a
jornada exaustiva
Nos casos em que o tribunal reconhece a existência
de jornada excessiva, o trabalhador deve receber
indenização por dano moral, independentemente de
prova do dano. De acordo com o Tribunal Superior do
Trabalho, o dano moral nesses casos decorre da
própria natureza do fato que restringe o tempo livre
do trabalhador.
O entendimento foi aplicado pela 2ª Turma do TST ao
condenar um consórcio responsável pela construção de
uma usina hidrelétrica em Mato Grosso a pagar R$ 14
mil por dano moral a um operário que trabalhava
cerca de 12 horas por dia, de segunda a sábado.
Em primeira instância, o pedido havia sido negado
pelo juízo da Vara do Trabalho de Colíder (MT) pois,
mesmo reconhecida a extrapolação da jornada, não
havia ofensa de natureza moral, sobretudo por
ausência da prova do dano. A sentença foi mantida
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região
(MT), para o qual caberia ao operador comprovar que
a situação lhe ocasionou sérios transtornos na
esfera íntima, o que não ocorreu.
A relatora do recurso do trabalhador ao TST,
ministra Delaíde Miranda Arantes, observou que o TST
tem entendido que a submissão à jornada excessiva
ocasiona dano existencial, pois a conduta da empresa
limita a vida pessoal do empregado, inibindo seu
convívio social e familiar e impedindo-o de investir
seu tempo em reciclagem profissional e estudos. Uma
vez reconhecida a jornada excessiva, ele tem direito
à reparação, e o dano não precisa ser comprovado,
derivando da própria natureza do fato.
Quanto ao valor da indenização Delaíde adotou
critérios previstos na doutrina e jurisprudência,
como capacidade econômica das partes, intensidade e
extensão do dano causado, repercussão da ofensa e
grau do dolo ou culpa do responsável, avaliando
razoável o valor pretendido, para fixá-lo em R$ 14
mil. Com informações da Assessoria de Imprensa do
TST. RR-297-29.2014.5.23.0041
Fonte: Consultor Jurídico
03/04/2017 -
Fortaleza sedia hoje debate sobre a reforma
trabalhista
A Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL
6787/16) promove um seminário estadual no Ceará
nesta segunda-feira (3). Os parlamentares vão
discutir a proposta do governo em análise na Câmara
e seus impactos para os trabalhadores e o mercado de
trabalho. O evento será realizado a partir das 9
horas, no auditório Murilo Aguiar da Assembleia
Legislativa em Fortaleza.
O deputado Cabo Sabino (PR-CE), que solicitou o
seminário, assinala que é preciso possibilitar à
sociedade a oportunidade de debater, conhecer melhor
e contribuir para o projeto.
Estão convidados para o evento:
- a presidente do Tribunal Regional do Trabalho
da 7ª Região, Maria José Girão;
- o presidente da Associação dos Magistrados do
Trabalho da 7ª Região CE, Antônio Gonçalves Pereira;
- o professor da Universidade Federal do Ceará e
procurador regional do Trabalho da PRT-7ª Região,
Francisco Gérson Marques de Lima;
- o presidente da OAB/CE, Marcelo Mota Gurgel do
Amaral;
- o presidente da Fecomércio-CE, Luiz Gastão
Bittencourt da Silva;
- a diretora Institucional da Fecomércio-CE, Cláudia
Maria Meneses Brilhante Maia;
- o presidente da Secovi-CE, Antônio Sérgio Porto
Sampaio;
- o diretor da regional Nordeste da Associação
Brasileira do Trabalho Temporário, Cristian Giuriato;
- o coordenador-geral do Sindicato dos Comerciários
de Fortaleza, Francisco Gonçalves;
- o presidente da Força Sindical do Ceará e
Sintepav-CE, Raimundo Nonato Gomes; e
- um representante do Ministério do Trabalho.
Audiências na Câmara
Na terça e na quarta-feira, a comissão fará audiências
públicas na Câmara para continuar debatendo a
reforma.
Fonte: Agência Câmara
03/04/2017 -
Sancionada lei da terceirização, mas Senado deve
votar projeto alternativo
Com três vetos, o presidente Michel Temer sancionou
nesta sexta-feira (31) a lei que libera a
terceirização em todas as atividades das empresas. O
texto, polêmico, amplia as possibilidades de
contratação de serviço terceirizado, que poderá ser
feita tanto na área meio quanto na atividade fim.
Por sua vez, o Senado tem em pauta projeto que
restringe essas possibilidades.
Do texto, aprovado em 22 de março pela Câmara dos
Deputados, foram mantidos os temas centrais, como a
possibilidade de as empresas terceirizarem sua
atividade principal, sem restrições, inclusive na
administração pública. As empresas de terceirização
poderão subcontratar empresas para realizar
serviços, e, em casos de ações trabalhistas, caberá
à empresa terceirizada pagar os direitos
questionados na justiça, se houver condenação.
O principal trecho vetado permitia a extensão do
prazo de 270 dias dos contratos temporários ou de
experiência. Segundo o Palácio do Planalto, isso
abriria a possibilidade de prorrogações indefinidas
do contrato temporário. Os outros vetos, segundo a
justificativa, são relativos a trechos que já
repetiam itens da Constituição.
A lei de terceirização tem sido alvo de críticas de
senadores, e sua sanção vai contra o pedido de parte
da bancada do PMDB na Casa. Em 28 de março, nove
senadores encaminharam uma carta a Michel Temer
alertando que, da forma como tinha sido aprovado, o
texto poderia agravar o desemprego e reduzir a
arrecadação. Na ocasião, o líder do partido, Renan
Calheiros (AL), criticou a decisão da Câmara de
resgatar um projeto antigo (PLC 3/2001), que havia
sido aprovado pelo Senado há 16 anos, em vez de
esperar a resolução de uma proposta mais moderna e
capaz de dar segurança jurídica aos terceirizados.
No mesmo dia, o presidente do Senado, Eunício
Oliveira, garantiu a representantes de centrais
sindicais que será votado em breve o projeto que
restringe a terceirização (PLC 30/2015). O relator
da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), disse que
seu parecer está pronto para ser debatido e votado.
O texto será enviado para análise da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e da
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e depois do
Plenário. O texto do Senado restringe a
possibilidade de terceirização às atividades meio —
aquelas de suporte, ou secundárias, como de limpeza
ou segurança.
Fonte: Agência Senado
03/04/2017 -
"Não desanimemos"
Prezados (as) Companheiros (as),
Não desanimemos. Perdemos uma batalha, mas não
perdemos a guerra. Devemos continuar mobilizados e
atentos para a grande mobilização do dia 28 de
abril. Ainda temos importantes batalhas para
enfrentarmos. Devemos combater a REFORMA DA
PREVIDÊNCIA, REFORMA TRABALHISTA e REFORMA SINDICAL,
além de outras tantas ameaças que certamente virão.
Chegou a hora de todos os sindicatos, federações,
confederações e centrais reforçarem suas lutas e
cada um efetivamente fazer sua parte neste momento
de embates em defesa dos seus representados. Agindo
assim estaremos construindo a greve que todos
almejamos. Na minha visão, a melhor greve seria a
greve silenciosa, como por exemplo: no dia 28
ninguém deveria sair de casa para o trabalho. Não
teríamos spray de pimenta nos olhos, jatos d’água,
uso de cassetetes pela polícia, quebra-quebra,
invasões, etc. Com certeza estaríamos oferecendo uma
valiosa lição ao Brasil e, possivelmente, ao mundo.
Estaríamos dando uma honrosa demonstração de
organização e unidade da gloriosa classe
trabalhadora.
Brasília (DF) 02 de abril de 2017.
JOSÉ CALIXTO RAMOS
Presidente - NCST
Fonte: NCST
03/04/2017 -
Nova Central Sindical repudia sanção da
terceirização no País
Brasília (DF), 31 de março de 2017 - A Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST), entidade que
representa trabalhadores em todos os segmentos, vem
a público apresentar de forma veemente a presente
nota de repúdio à sanção, na noite desta sexta-feira
(31/03), do PL 4302/98, que institui a terceirização
de forma irrestrita, inclusive no serviço público. A
aprovação do projeto na Câmara e a sanção pelo
presidente Michel Temer, sem salvaguarda nenhuma a
trabalhadores, não ouviram o clamor popular e
atropelaram todo o diálogo construído entre as
entidades sindicais e o governo, visando apresentar
uma Reforma Trabalhista justa e viável antes da
discussão do trabalho terceirizado.
A Nova Central aguarda ainda que o presidente Michel
Temer cumpra com sua promessa de enviar ao Congresso
Nacional uma Medida Provisória que dê mais
salvaguardas aos trabalhadores afetados pelas novas
regras da terceirização. A entidade sindical também
reafirma que não aceita a terceirização na atividade
fim e sem a responsabilidade solidária da empresa
contratante. Neste sentido, não medirá esforços para
que estes e outros pontos também nocivos aos
trabalhadores sejam revertidos, participando dos
atos do próximo dia 28 de abril por todo o Brasil,
caminhado ao lado do povo brasileiro e demonstrando
sua indignação às sucessivas ações de desmonte dos
direitos trabalhistas.
Para a NCST, a afirmação de que terceirização
aumentará o número de empregos no País é totalmente
falaciosa. Os altos índices de desemprego no Brasil
passam pela má condução da economia brasileira, o
abandono do tripé econômico e casos de corrupção que
desmantelaram estatais, fatores que causaram um
colapso em setores importantes para a geração de
postos de trabalho e nos levaram para a maior
recessão da história. Mas, como ocorre em toda
crise, a população é obrigada a pagar a conta da
ineficiência de governantes.
A terceirização, conforme permite o PL 4302/98,
também enfraquece a relação de trabalho e
desqualifica o trabalhador, o deixando exposto e sem
apoio em caso de demissão ou enfermidade. Pesquisas
do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos) apontam que oito em cada
dez acidentes de trabalho ocorrem com terceirizados.
Ainda segundo o estudo, neste tipo de relação
trabalhista o funcionário recebe cerca de 25% menos
e trabalha até três horas a mais que celetistas. Por
não ter a cobertura da CLT, cria-se ainda uma
relação empresa-empresa e o capital humano é
desprezado -- revivendo regras aplicadas no século
XIX, início da primeira revolução industrial. Em
outras palavras, os únicos beneficiados pela
terceirização serão os empregadores, que obterão
mais lucros em detrimento do trabalhador.
A NCST acredita que somente com investimento e a
qualificação e valorização do trabalho voltaremos ao
crescimento da economia, com leis que protejam a
integridade do trabalhador, principal patrimônio
brasileiro. Por isso, continuará lutando para que
projetos que flexibilizem a relação capital e
trabalho sejam combatidos e extintos, e que a
Consolidação das Leis Trabalhistas, direito
adquirido após anos de lutas de movimentos sociais e
sindicais, seja fortalecida e prevaleça sobre
quaisquer circunstâncias.
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores
Fonte: NCST
03/04/2017 -
Medida provisória acaba com desoneração da folha
para maioria dos setores
O Congresso Nacional recebeu nesta sexta-feira (31)
a Medida Provisória 774, que acaba com a desoneração
da folha de pagamento para a maioria dos setores
hoje beneficiados. Segundo o texto, voltam a
contribuir sobre a folha as empresas do ramo de
tecnologia da informação, teleatendimento (“call
center”), hoteleiro, comércio varejista e alguns
segmentos industriais, como de vestuário, calçados e
automóveis.
Essas empresas voltarão a contribuir pela folha de
pagamento, com alíquota de 20%, a partir de 1º de
julho. O prazo atende o princípio constitucional da
noventena, que impõe uma carência de 90 dias para
que a mudança em uma contribuição social passe a
vigorar.
A contribuição sobre a receita bruta mensal ficará
restrita apenas às empresas de transporte coletivo
de passageiros rodoviário, metroviário (metrô) e
ferroviário, construção civil e de obras de
infra-estrutura, e comunicação (como rádio, TV e
prestação de serviços de informação).
O governo alega que os setores preservados são
intensivos de mão de obra. A alíquota de
contribuição varia conforme o setor (veja quadro).
Além de mudanças na política de desoneração da
folha, a MP 774 revogou a cobrança do adicional de
1% sobre a alíquota da Cofins-Importação, instituída
pela Lei 10.865/04. A cobrança vinha sendo
questionada na justiça por diversas empresas, pois o
valor pago não podia ser creditado pelo importador.
Esforço fiscal
A desoneração da folha foi instituída pela Lei
12.546/11 como a principal política tributária do
governo da presidente Dilma Rousseff para estimular
a economia. A política substituiu a contribuição
sobre a folha de pagamento das empresas por uma
contribuição sobre a receita bruta. Os recursos
destinam-se ao financiamento da Seguridade Social.
A medida provisória integra o esforço do governo
para cumprir a meta fiscal de 2017, que é um deficit
primário de R$ 139 bilhões. A previsão de
arrecadação com a reoneração é de R$ 4,8 bilhões.
Além dessa medida, o governo anunciou um
contingenciamento de R$ 42,1 bilhões no Orçamento.
Tramitação
A MP 774 será analisada em uma comissão mista de
deputados e senadores. Depois, segue para votação
nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.
Fonte: Agência Câmara
03/04/2017 -
Terceirização de atividade-fim deve ser decidida no
STF, diz presidente do TST
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro Ives Gandra, disse sexta-feira (31) que a
regulamentação da terceirização da atividade-fim de
empresas deve ser decidida no Supremo Tribunal
Federal (STF). “Nós temos dois projetos que tratam
da mesma matéria. Se os dois conseguirem ser
aprovados você pode sim criar uma lei que assimile
as vantagens de cada um. Acho que a questão vai
acabar sendo resolvida pelo próprio STF”, disse.
No dia 22 de março, a Câmara dos Deputados aprovou o
projeto que trata da terceirização para qualquer
tipo de atividade de empresas privadas e do setor
público. Mas também está em tramitação no Senado
Federal uma alternativa ao projeto de lei aprovado
pelos deputados.
A aprovação do projeto pelos deputados ocorreu sob
forte protesto de representantes de centrais
sindicais e de parlamentares da oposição, que
tentaram sem sucesso obstruir a votação. Como o
projeto já tinha sido analisado pelo Senado, o texto
aprovado pelo plenário seguiu direto para a sanção
presidencial.
“Está se pensando realmente no projeto do Senado ser
utilizado para uma espécie de híbrido, pegando um
pouco de cada um. Eu acho muito difícil conseguir
isso”, disse o ministro.
Ives Gandra participou, em Brasília, do 9º Encontro
Interempresarial de Jurídico Trabalhista, em que
especialistas e representantes de empresas de mais
de 30 setores da economia discutiram a reforma
trabalhista. O evento foi organizado pelo Grupo
Interempresarial de Jurídico Trabalhista em parceria
com o Instituto Via Iuris de Direito de Trabalho.
Reforma trabalhista
O presidente do TST voltou a defender uma legislação
trabalhista enxuta, com direitos constitucionais
garantidos, e que prestigie as negociações
coletivas. “Se fossemos pensar em uma CLT
[Consolidação das Leis do Trabalho] ideal seria com
os direitos comuns a todos os trabalhadores, e tudo
o que diz respeito a condições de trabalho de cada
setor, aí teríamos as negociações coletivas, acordo
e convenções que são estabelecidas entre sindicatos
e cada uma das empresas dos setores de produção
específicos”, disse.
Para o ministro, a flexibilidade da legislação é a
garantia de emprego, principalmente em épocas de
crise. “Nesses momentos, o trabalhador quer uma
proteção real. Se deixar uma legislação muito
rígida, o empregador não tem condições de manter o
trabalhador. Se conseguir uma flexibilização através
de negociação coletiva, vai se resolver muito a
questão da empregabilidade. Não se dá, por exemplo,
um reajuste da inflação, mas se consegue a garantia
de emprego”, disse.
Segundo ele, às vezes, as indenizações deferidas aos
trabalhadores em processos trabalhistas e os
direitos criados pela jurisprudência acabam onerando
de tal forma a empresa que muitas vezes ela pensa
duas vezes antes de contratar o trabalhador. Gandra
explicou que, como está sendo proposto, a cada norma
flexibilizada há uma vantagem compensatória para o
trabalhador. “O patrimônio jurídico do trabalhador
como um todo é mantido”, ressaltou Gandra.
O Projeto de Lei 6.787/2016 altera a CLT e outros
dispositivos possibilitando que, nas negociações
entre patrão e empregado, os acordos coletivos
tenham mais valor do que o previsto na legislação,
permitindo, entre outros pontos, o parcelamento de
férias e mudanças na jornada de trabalho.
A proposta enviada pelo Executivo recebeu mais de
800 emendas na comissão especial da Câmara dos
Deputados criada para analisar a matéria. A previsão
é de que a proposta seja apreciada na primeira
quinzena de abril.
Para o conselheiro jurídico do Instituto Via Iuris
de Direito de Trabalho, Adalto Duarte, o número de
emendas é um sinal da importância do tema, mas que
não é o momento de uma grande reforma e sim de focar
nas ações emergenciais.
“O governo estava certo, enviou uma proposta de
minirreforma. O desafio agora é conseguir organizar
tudo isso e, em vez de aproveitar mais de 800
emendas, fazer com que sejam cerca de 30, mas que
tenha impacto na geração de emprego e renda, que
para as empresas signifique segurança jurídica e
para o trabalhador que não está empregado signifique
a possibilidade de retornar rapidamente ao mercado
de trabalho”, disse Duarte.
Fonte: Agência Brasil
03/04/2017 -
Governo reduz teto de juro do consignado para
aposentado e servidor
Governo anunciou na quinta-feira (30) a redução do
teto de juros cobrados nos empréstimos consignados
para servidores públicos da União, aposentados e
pensionistas.
Segundo o governo, a redução se deve à queda na taxa
básica de juros nos últimos meses e permitirá a
migração de dívidas mais caras para uma modalidade
mais barata e "até mesmo estimular novas
concessões".
Para os servidores, o percentual máximo passará de
34,5% para 29,8% ao ano. Ao mês, o teto passa de
2,5% para 2,2%. Segundo o governo, trata-se da
primeira redução desde a criação do teto em 2008.
Para aposentados e pensionistas, o teto do
empréstimo consignado foi reduzido de 32% para 28,9%
ao ano. Ao mês, o percentual caiu de 2,34% para
2,14%. O corte também valerá para operações
realizadas pelo cartão de crédito. A taxa passa de
48,7% para 43,6% ao ano.
Nesta modalidade de crédito, as parcelas são
descontadas mensalmente da folha de pagamento do
trabalhador, aposentado ou pensionista.
"Considerando que, neste ano, as concessões de
empréstimos consignados permaneçam no mesmo patamar
de 2016, estimamos que o pagamento de juros por
parte de servidores, aposentados e pensionistas nas
novas operações pode ser reduzido em até R$ 3,7 bi",
estimou o Ministério da Fazenda.
Em fevereiro de 2017, o saldo total de empréstimos
consignados atingiu R$ 291,4 bilhões, o que
corresponde a uma alta de 5,5% em 12 meses. Do valor
total contratado junto às instituições financeiras,
R$ 169 bilhões foram destinados a servidores
públicos e R$ 104 bilhões para aposentados e
pensionistas do INSS.
Fonte: Jusbrasil
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