Blog - Notícias Anteriores - Junho 2017
29/06/2017 -
Nova Central não servirá de palanque para discursos
oportunistas
29/06/2017 -
Reforma trabalhista passa na CCJ e segue para o
Plenário
29/06/2017 -
Comissão aprova MP que acaba com desoneração sobre
folha de pagamento
29/06/2017 -
Renan Calheiros deixa liderança do PMDB e critica
governo
29/06/2017 -
Grande São Paulo registra 2,12 milhões de
desempregados em maio
29/06/2017 -
Fachin pede que Cármen Lúcia envie denúncia contra
Temer à Câmara, sem defesa prévia
29/06/2017 -
Com placar de 9 a 1, STF adia novamente decisão
final sobre delação da JBS
29/06/2017 -
Comissão Senado do Futuro vai discutir o futuro da
Previdência Social
29/06/2017 -
Empresa é condenada a pagar dano moral por atraso de
salário de ex-empregado
28/06/2017 -
Debatedores divergem sobre legalidade da reforma
trabalhista
28/06/2017 -
CCJ recebe dois votos em separado contra a reforma
trabalhista e um a favor
28/06/2017 -
Temer diz que denúncia é ataque "injurioso e
infamante" à sua dignidade
28/06/2017 -
PGR vai ao Supremo contra lei que libera
terceirização de atividade-fim
28/06/2017 -
Janot defende denúncia sobre Temer e diz que ninguém
está acima da lei
28/06/2017 -
Para Paulo Paim, projeto da reforma trabalhista
acaba com a liberdade
28/06/2017 -
Sindicatos e magistrados apoiam projeto de
negociação coletiva no serviço público
28/06/2017 -
Mais de dois milhões de carteiras de trabalho
emitidas este ano
28/06/2017 -
Sindicato é obrigado a prestar assistência judicial
gratuita
27/06/2017 -
IV Congresso da Nova Central debate conjuntura
social-político-econômica
27/06/2017 -
NCST elege diretoria em congresso nacional e
presidente convoca para a greve geral
27/06/2017 -
PGR denuncia Temer por crime de corrupção passiva
27/06/2017 -
Produção industrial cresce e emprego cai em maio,
diz CNI
27/06/2017 -
Pesquisadores criticam dados do governo para
justificar reforma da Previdência
27/06/2017 -
Defesa dos Direitos da Mulher aprova regra para
cálculo do salário-maternidade
27/06/2017 -
Atrasos reiterados nos salários gera rescisão
indireta do contrato de trabalho
27/06/2017 -
Câmara analisa retenção de 20% do valor do contrato
com terceirizada para pagamento de multas e FGTS
27/06/2017 -
Mantida condenação de construtora por morte de
eletricista em reforma no TJ-MA
26/06/2017 -
Comissão de Constituição e Justiça deve votar
reforma trabalhista na quarta-feira
26/06/2017 -
Paim apresenta à CCJ voto pela inconstitucionalidade
da reforma trabalhista
26/06/2017 -
Reforma trabalhista: tendência de voto na CCJ do
Senado
26/06/2017 -
Centrais Sindicais reafirmam protestos contra
reformas, dia 30 de junho
26/06/2017 -
Câmara analisa projeto que iguala dirigentes de
associações aos de sindicatos
26/06/2017 -
Terceira Turma decide que aposentada não tem direito
a participação em plano de saúde
26/06/2017 -
Fíbria Celulose vai fornecer desjejum a empregados
admitidos antes da supressão do benefício
23/06/2017 -
Para sindicalistas, diálogo com ministro do Trabalho
não inibe mobilizações
23/06/2017 -
Em audiência pública, magistrados defendem melhor
gestão da Previdência
23/06/2017 -
STF: Sete ministros confirmam validade de delações
da JBS; julgamento é suspenso
23/06/2017 -
Fachin abre prazo de cinco dias para PGR decidir se
denuncia Temer
23/06/2017 -
Eduardo Braga apresenta voto em separado contra a
reforma trabalhista
23/06/2017 -
Confiança da Indústria cai 2,3 pontos em prévia da
FGV
23/06/2017 -
CNI: Confiança do empresário cai no mês de junho
23/06/2017 -
Projeto reserva vaga de trabalho para menor aprendiz
com deficiência
23/06/2017 -
Câmara rejeita projeto do governo que criava funções
comissionadas
22/06/2017 -
Diretoria da Nova Central parabeniza senadores pela
rejeição da Reforma Trabalhista
22/06/2017 -
87% dos brasileiros querem eleição direta, aponta
pesquisa
22/06/2017 -
Paim diz que base do governo está 'constrangida' com
reformas
22/06/2017 -
CCJ confirma votação da reforma trabalhista dia 28
22/06/2017 -
Fábio Ramalho defende aprovação de idade mínima na
reforma da Previdência
22/06/2017 -
Senado aprova prioridade especial para idosos com
mais de 80 anos
22/06/2017 -
Ministro diz que geração de empregos em maio
confirma recuperação econômica
22/06/2017 -
Pelo 2º mês consecutivo, Brasil tem desempenho
positivo na geração de empregos
22/06/2017 -
Auditoria em benefícios sociais evita prejuízo de R$
9 bilhões aos cofres públicos
21/06/2017 -
CAS rejeita relatório sobre projeto da reforma
trabalhista
21/06/2017 -
Rejeição da reforma trabalhista em comissão do
Senado repercute no Plenário da Câmara
21/06/2017 -
Sindicalismo unido faz passeata e panfletagem no
Centro de São Paulo
21/06/2017 -
Plenário do Senado pode votar reforma trabalhista
até o final do mês
21/06/2017 -
Temer diz que confia na aprovação da reforma
trabalhista no plenário do Senado
21/06/2017 -
Relator da MP propõe adiar fim das desonerações
sobre folha de pagamento
21/06/2017 -
TRT3: Trabalhador que cumpria jornada de mais de 13
horas diárias será indenizado por dano existencial
21/06/2017 -
Participação nos lucros depositada em plano de
previdência poderá ser isenta de IR
21/06/2017 -
Trabalhador litigante de má-fé poderá ser condenado
20/06/2017 -
Reunião de Centrais e Sindicatos define em SP o
esquenta desta terça
20/06/2017 -
Participantes de audiência afirmam que não há apoio
da OIT à reforma trabalhista
20/06/2017 -
Paim critica reforma trabalhista e destaca acusações
contra Michel Temer
20/06/2017 -
Sindicatos prometem ir à OIT contra proposta de
reforma trabalhista
20/06/2017 -
Bancos que devem à Previdência afirmam que recursos
estão em disputa judicial
20/06/2017 -
Comissão aprova interrupção de prazo de prescrição
para ação trabalhista
20/06/2017 -
Quem não é membro de sindicato não deve pagar
contribuição assistencial
20/06/2017 -
Ministério do Trabalho vai notificar empresas que
não cumprem cota de aprendizagem
19/06/2017 -
Reforma trabalhista deve ser votada pela CAS nesta
terça-feira (20)
19/06/2017 -
CDH vai debater reformas trabalhista e
previdenciária com sindicatos
19/06/2017 -
Trabalhadores negam deficit e criticam reforma da
Previdência
19/06/2017 -
Comissão de Trabalho vai promover debate sobre
negociação coletiva na administração pública
19/06/2017 -
Temer e Lula repudiam acusações de Joesley; OAB
reforça pedido de impeachment
19/06/2017 -
Indústria paulista fecha 3 mil postos de trabalho em
maio, diz Fiesp
19/06/2017 -
Reforma trabalhista é reação a ativismo do TST, diz
Ives Gandra, presidente da corte
19/06/2017 -
Médico do paciente não pode emitir laudo para fins
de aposentadoria por invalidez
14/06/2017 -
Antônio Queiroz: Temer renunciará ou será
'renunciado'?
14/06/2017 -
Após 7 horas, oposição conclui leitura de votos
contrários à reforma trabalhista
14/06/2017 -
Posição da OIT sobre reforma trabalhista é motivo de
divergência na CAS
14/06/2017 -
Central sindical propõe MP para corrigir efeitos da
reforma trabalhista
14/06/2017 -
Indústria têxtil critica MP que acaba com
desoneração da folha de pagamentos
14/06/2017 -
TRT/AL nega recurso a trabalhador que alegou ter
adquirido doença ocupacional na empresa
13/06/2017 -
O movimento sindical para além das “reformas” de
Temer
13/06/2017 -
CPI ouve sindicatos e confederações sobre reforma da
Previdência nesta quarta
13/06/2017 -
Entidades de trabalhadores sugerem alternativas à
reforma da Previdência
13/06/2017 -
Relatório da reforma trabalhista deve ser lido hoje
em comissão do Senado
13/06/2017 -
Paim quer revogar limite de tempo para pagamento de
auxílio-doença
13/06/2017 -
PSDB decide continuar na base de apoio do governo,
mas fará avaliações diárias
13/06/2017 -
Fachin concede mais cinco dias para PF concluir
inquérito sobre Temer
13/06/2017 -
Emprego deve aumentar este ano, diz Meirelles em
rede social
13/06/2017 -
Auxiliar sem intervalo para descanso não invalida
norma coletiva que ampliou jornada
12/06/2017 -
Relator apresenta voto sobre reforma trabalhista à
CAS nesta terça-feira
12/06/2017 -
CPI da Previdência ouve representantes de centrais
sindicais
12/06/2017 -
Paim dará voto favorável ao projeto que pune a
exploração do trabalho infantil
12/06/2017 -
Agências da Caixa abrem duas horas mais cedo até
quarta para saques do FGTS
12/06/2017 -
TSE recusa cassação da chapa Dilma-Temer; Gilmar
Mendes desempatou votação
12/06/2017 -
Brasil é denunciado em Genebra por desrespeitar
Convenções da OIT
12/06/2017 -
Intenção de investimentos da indústria cresce 7,9
pontos
12/06/2017 -
Comissão aprova contagem de prazos de processos
trabalhistas em dias úteis
12/06/2017 -
Câmara rejeita a dispensa de acordo coletivo para
trabalhar aos domingos e feriados
09/06/2017 -
Eunício: passada nas comissões, reforma trabalhista
irá de imediato a Plenário
09/06/2017 -
Acordo político estabelece calendário de votações da
reforma trabalhista
09/06/2017 -
Nova Central critica aprovação da reforma
trabalhista na CAE do Senado
09/06/2017 -
Com reforma trabalhista, 89% temem não sustentar
família, diz pesquisa
09/06/2017 -
TSE deve encerrar hoje julgamento do pedido de
cassação da chapa Dilma-Temer
09/06/2017 -
Trabalhador com câncer poderá ter estabilidade no
emprego
09/06/2017 -
Validade de negociação direta entre empregados e
Braskem depende de prova de recusa de sindicato
09/06/2017 -
TST mantém entendimento de que é ilegal determinação
de depósito prévio para realização de perícia
08/06/2017 -
Nova Central repudia aprovação da Reforma
Trabalhista na CAE do Senado
08/06/2017 -
Centrais definem agenda do 20 de junho e reforçam
ações para a greve geral
08/06/2017 -
CAS começa a analisar proposta de reforma
trabalhista nesta quinta-feira
08/06/2017 -
Eunício diz que reforma trabalhista só vai ao
plenário depois de passar pela CAS
08/06/2017 -
Senadores da CAS realizarão diligências para
verificar situação de trabalhadores
08/06/2017 -
Debatedores são contrários à ampliação das
possibilidades de saques do FGTS
08/06/2017 -
9ª Turma: é cabível a reparação por dano moral mesmo
antes da celebração do contrato
08/06/2017 -
Costureira que adquiriu LER e DORT em confecção será
indenizada
07/06/2017 -
Por 14 votos a 11, CAE aprova reforma trabalhista
07/06/2017 -
Presidente da Câmara volta a defender aprovação da
reforma da Previdência
07/06/2017 -
Empresários preveem desemprego com a MP que acaba
com a desoneração
07/06/2017 -
CAS deverá votar projeto que protege trabalhador de
demissão sem justa causa
07/06/2017 -
Cesta básica fica mais barata em 16 capitais em
maio, aponta Dieese
07/06/2017 -
Mantida sentença que negou aposentadoria por idade à
costureira
07/06/2017 -
Turma admite flexibilização da hora noturna por
norma coletiva mediante aumento do adicional
07/06/2017 -
Comissão rejeita contribuição adicional de empresa
ao seguro-desemprego
06/06/2017 -
Nota de Esclarecimento da Nova Central Sindical de
Trabalhadores
06/06/2017 -
CAE deve votar nesta terça (6) relatório sobre
reforma trabalhista
06/06/2017 -
Centrais definem calendário de luta e propõem greve
geral dia 30 de junho
06/06/2017 -
Paim disse esperar que a CAE rejeite o projeto da
reforma trabalhista
06/06/2017 -
CPI da Previdência: 'Reforma é desumana', afirmam
juízes e procuradores
06/06/2017 -
Julgamento da chapa Dilma-Temer será retomado no TSE
nesta terça-feira
06/06/2017 -
Para trabalhadores e economistas, reforma da
Previdência pode empobrecer o interior
06/06/2017 -
Mais de 1,8 milhão de trabalhadores ainda não
sacaram abono salarial de 2015
06/06/2017 -
INSS deve reconhecer o direto ao benefício
previdenciário na data do requerimento
06/06/2017 -
Desistência da ação antes do recebimento da defesa
pelo juiz independe de concordância do empregador
05/06/2017 -
CAE deve votar nesta terça relatório sobre reforma
trabalhista
05/06/2017 -
Ação sindical no Senado contra reformas requer
abordagem focada e pontual
05/06/2017 -
Produção da indústria cresce 0,6% em abril
05/06/2017 -
CPI da Previdência ouve representantes de juízes e
procuradores
05/06/2017 -
Comissão debate MP que acaba com desoneração da
folha de pagamento
05/06/2017 -
Comissão aprova convenção coletiva para definir
trabalho no domingo e feriado
05/06/2017 -
“Maior rentabilidade é resposta a um pedido dos
trabalhadores”, diz Ronaldo Nogueira
05/06/2017 -
Repetitivo discute prazo de decadência para revisão
de concessão de benefício previdenciário do regime
geral
05/06/2017 -
Turma afasta aplicação concomitante de acordo e
convenção coletiva a empregado da Souza Cruz
02/06/2017 -
Urgente: Fenatema protocola pedido de impeachment do
Presidente Michel Temer
02/06/2017 -
Governo e oposição divergem sobre calendário da
reforma da Previdência
02/06/2017 -
Crescimento do PIB indica tendência de melhora da
vida do brasileiro, diz Temer
02/06/2017 -
Vanessa Grazziotin critica crescimento do desemprego
02/06/2017 -
Reformas do governo retiram direitos e dificultam
aposentadoria, dizem sindicalistas
02/06/2017 -
Governo instala Conselho Nacional do Trabalho
02/06/2017 -
3ª Semana Nacional da Conciliação bate recorde e
contabiliza R$ 750 milhões em acordos
02/06/2017 -
Exposição a níveis de ruído insalubres gera
aposentadoria especial
02/06/2017 -
Cláusula de acordo que alterou pagamento para décimo
dia do mês é considerada nula
01/06/2017 -
Taxa de desemprego fica em 13,6% no trimestre
encerrado em abril
01/06/2017 -
Reforma trabalhista será analisada por mais duas
comissões
01/06/2017 -
Comissão do Senado aprova PEC da Eleição Direta
01/06/2017 -
Copom reduz juros básicos da economia para 10,25%,
menor nível em três anos
01/06/2017 -
Centrais sindicais indicam nova greve geral para fim
de junho
01/06/2017 -
Comissão Mista da MP 774 aprova plano de trabalho
sobre fim da desoneração
01/06/2017 -
Projeto concede incentivos a empresa que contratar
idosos
01/06/2017 -
Senado aprova fim do foro privilegiado, mas com
ressalvas; PEC segue para Câmara
01/06/2017 -
Relator diz que reforma da Previdência é
"irreversível"
01/06/2017 -
Beneficiária por invalidez não tem direito à pensão
por morte recebida pela mãe
01/06/2017 -
Auxílio-doença é negado à pessoa com doença
preexistente ao ingresso no Regime Geral da
Previdência
29/06/2017 -
Nova Central não servirá de palanque para discursos
oportunistas
A afirmação foi feita pelo presidente José Calixto
Ramos aos delegados do IV Congresso Nacional da Nova
Central Sindical de Trabalhadores. Ele criticou a
falta de unidade das centrais e as reuniões
individuais de dirigentes com o governo. Segundo
ele, a cada reunião surge uma nova versão sobre
posicionamento em relação à reforma trabalhista, que
depois é amplamente divulgada pela mídia como
decisão de todas. “A Nova Central não se prestará a
esse papel. Não será bucha de canhão, nem servirá de
palanque para discursos de ninguém”, disse, ao
recusar convite do ministro do Trabalho e Emprego,
Ronaldo Nogueira, para reunião no Palácio do
Planalto com parte das centrais, nesta quarta-feira.
O presidente da NCST disse não haver entendimento
perfeito entre as centrais sobre pontos específicos
da reforma, como a contribuição sindical
compulsória. Segundo Calixto, para evitar o estrago
que pretendem impor ao movimento que defende os
trabalhadores temos que mobilizar as bases e
pressionar os legisladores. “Tarefa árdua já que
dois terços da Câmara estão sendo investigados e
onde não há certezas. Hoje dizem uma coisa e amanhã
fazem outra, recebendo ou vendendo privilégios, mas
não será com o fim da contribuição compulsória que
vão nos derrotar. Sobreviveremos mesmo que essa
decisão seja tomada por aqueles que detêm o poder da
caneta”, ressaltou.
Calixto falou dos ataques que o movimento sindical
vem sofrendo e rechaçou as críticas de que a
contribuição sindical garante recursos exorbitantes
para manter a organização em defesa dos
trabalhadores. “Quem afirma isso não sabe da nossa
realidade”. Segundo ele, a contribuição cobriria
somente cerca de 20% das necessidades dos sindicatos
e é paga pelo trabalhador para assegurar o
funcionamento da estrutura. “Sem a participação dos
trabalhadores no custeio das entidades não haveria
sindicatos, federações, confederações e,
consequentemente, as centrais sindicais”.
José Calixto lembrou que há mais de 40 anos trabalha
em defesa do movimento sindical e da contribuição e
que a Nova Central nasceu com o espírito combativo,
da honestidade, da moral e da ética. “Vivemos um
momento crucial para os trabalhadores, mas a partir
das dificuldades que querem nos impor, daremos um
novo passo para a reengenharia sindical, enfrentando
a nova realidade”.
O presidente enfatizou aos delegados que o Brasil
vive um momento crítico e que é preciso estarem
atentos. “A República ruiu e em meio ao caos querem
jogar em nossas costas o ônus por tudo de ruim por
que passa o país. Estão orquestrando em várias
frentes o desmantelamento do movimento sindical, mas
se depender da Nova Central não conseguirão tal
intento”, sentenciou.
Fonte: NCST
29/06/2017 -
Reforma trabalhista passa na CCJ e segue para o
Plenário
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
nesta quarta-feira (28) o projeto da reforma
trabalhista (PLC 38/2017). Foram 16 votos a favor e
9 contra o relatório do senador Romero Jucá
(PMDB-RR). Houve uma abstenção. A CCJ aprovou ainda
um requerimento de urgência para a votação da
matéria no Plenário do Senado.
A reunião durou quase 14 horas. A oposição
apresentou um requerimento para tentar adiar a
decisão para o dia 5 de julho, mas a comissão
rejeitou o pedido. A CCJ também derrubou três
destaques, que pretendiam retirar do texto principal
artigos sobre trabalho intermitente; afastamento de
gestantes e lactantes de locais insalubres; e a
prevalência do negociado sobre o legislado.
Antes da votação, Romero Jucá, que também é líder do
Governo, leu uma carta em que o presidente Michel
Temer pede a aprovação da matéria. Para tentar
convencer os parlamentares, Temer diz que “haveria a
possibilidade” de vetar pontos da reforma
trabalhista e editar uma medida provisória para
atender às sugestões dos senadores.
Jucá listou os pontos que poderiam ser alterados
pelo Palácio do Planalto: critérios mais claros para
o trabalho intermitente; novas regras para o
pagamento de indenizações; jornada de 12 horas de
trabalho por 36 de descanso apenas por acordo
coletivo; participação dos sindicatos em
negociações; proibição de trabalho insalubre para
gestantes e lactantes; impedimento de cláusulas de
exclusividade para trabalhadores autônomos; e
extinção gradual da contribuição sindical.
— Acho que isso atende a 90% das sugestões dos
senadores. Elas serão levadas em conta para dar
melhores condições de empregabilidade para o
trabalhador e mais segurança jurídica para o
empregador — disse Jucá.
A oposição criticou a proposta de Michel Temer. O
líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), disse
que a Casa deveria aprovar as mudanças que julgasse
necessárias.
— Todos os 81 senadores querem modificar o projeto.
Quando deixamos de cumprir nosso papel, nos
enfraquecemos ainda mais. Por que não podemos fazer
modificações? Qual o problema de a reforma
trabalhista voltar para a Câmara? Nenhum — disse
Lindbergh.
O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que Michel
Temer foi denunciado esta semana pela
Procuradoria-Geral da República pelo crime de
corrupção passiva. Para o petista, Temer não teria
como honrar o compromisso de vetar pontos da reforma
trabalhista.
— Quem vai vetar essa matéria? Quem de nós tem a
certeza de que este presidente da República vai
estar exercendo a Presidência daqui a 30 dias? Não
sabemos — afirmou Humberto.
Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM),
aceitar o acordo com o Palácio do Planalto seria
“assinar um cheque em branco”. O senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) disse que a palavra do governo
neste momento “vale tanto quanto uma nota de três
reais”.
Até senadores do partido de Michel Temer ficaram
reticentes com a proposta que chegou do Poder
Executivo. A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse
que “chegou a se animar” com a possibilidade de um
acordo. Mas destacou que o documento apresentado por
Romero Jucá foi subscrito apenas por senadores – não
traz a assinatura do presidente da República.
— Não sei quem eles querem enganar com esse acordo?
Esse não é um acordo de quem tem a caneta. É apenas
para comover algumas pessoas. É um acordo de ninguém
com ninguém. Acordo de quê? — questionou Kátia
Abreu.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) classificou como
“loucura” o projeto que muda a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT).
— Sem fazer as críticas que meus companheiros já
fizeram à exaustão, que é essa loucura de mudanças
na CLT, estamos no caminho errado. Temos
oportunidade de fazer uma mudança consequente:
paralisar esse processo e estudar com
responsabilidade o que podemos fazer — disse
Requião.
O senador Lasier Martins (PSD-RS), que apresentou um
voto em separado para manter pontos da reforma
trabalhista, pediu mais tempo para a CCJ analisar a
proposta do Palácio do Planalto. Ele se absteve de
votar na CCJ.
— Precisamos de um pouco mais de tempo. Podemos
votar antes do recesso. Mas precisamos agora pegar
esse compromisso, ler calmamente e verificar até que
ponto o presidente está se comprometendo — afirmou
Lasier.
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) defendeu o
acordo. Ela considerou um avanço a mudança na regra
para que gestantes e lactantes trabalhem em locais
com insalubridade de grau médio ou mínimo. Pelo
texto original, as mulheres poderiam trabalhar em
locais insalubres, a menos que apresentassem
atestado médico determinando o afastamento. Na
proposta do governo, o laudo deve ser assinado por
um médico do trabalho.
— Se o local é insalubre, não é negociável. Mas,
pensando naquelas mulheres que teriam condição de
trabalhar em locais de média ou mínima
insalubridade, que médico faria isso? O médico da
empresa? Isso seria um desastre absoluto. Então, foi
colocado o médico do trabalho. Isso melhorou muito —
disse Marta.
O senador Roberto Rocha (PSB-MA) defendeu a reforma
trabalhista. Para ele, as mudanças na CLT vão gerar
empregos.
— Estamos falando de uma lei que tem um século. Ouço
muito falar aqui em direitos que estamos arrancando
das pessoas. Mas qual é a maior obra social que pode
existir? É o emprego. E esse é o pano de fundo da
proposta: reduzir o custo do trabalho e permitir que
pelo menos 65% dos brasileiros possam trabalhar —
afirmou Roberto Rocha.
Além da CCJ, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
deu parecer favorável ao texto. A Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) decidiu pela rejeição do
projeto.
Fonte: Agência Senado
29/06/2017 -
Comissão aprova MP que acaba com desoneração sobre
folha de pagamento
A Comissão Mista da Medida Provisória 774/2017
aprovou, nesta quarta-feira (28), relatório
favorável à matéria. A MP restabelece o cálculo das
contribuições previdenciárias devidas pelas empresas
sobre a folha de pagamento e não mais sobre a
receita bruta da companhia. Entre os setores
reonerados estão a indústria têxtil, de autopeças e
de transporte de cargas. Para o senador Airton
Sandoval (PMDB-SP), relator da matéria, retirar
recursos da Previdência Social é uma forma indireta
de dificultar as coisas para o INSS. Apesar desse
entendimento, Airton Sandoval decidiu manter a
desoneração para alguns setores como, tecnologia de
informação, calçados, transporte coletivo e
indústria da defesa.
Fonte: Agência Senado
29/06/2017 -
Renan Calheiros deixa liderança do PMDB e critica
governo
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) comunicou nesta
quarta-feira (28) ao plenário do Senado o seu
afastamento da liderança do PMDB. Em um discurso
contra o governo, Renan afirmou que está deixando a
liderança por não concordar com as reformas
trabalhista e previdenciária e poder se posicionar
com mais independência contra elas.
“Sempre compreendi que mais ajuda aos governantes
quem faz críticas. Críticas responsáveis como fiz em
algumas oportunidades. Convencido de que o problema
para o governo é o líder do PMDB, sou eu, me afasto
da liderança para expressar meu pensamento e exercer
minha função com total independência”, disse.
“O Brasil precisa atualizar a legislação trabalhista
e previdenciária, é verdade. Mas deve se afastar de
reformas sem critérios que atendam apenas ao sistema
financeiro e parte do empresariado, ampliando
desigualdades e sofrimentos”, afirmou.
No discurso, Renan Calheiros lembrou o episódio em
que o ex-senador Sérgio Machado gravou conversa com
o atual líder do governo, senador Romero Jucá
(PMDB-RR), em que os dois citaram Renan Calheiros e
o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
O senador voltou a dizer que Eduardo Cunha mantém
influência sobre o governo.
Os senadores do PMDB fazem reunião hoje à noite para
definir o nome do novo líder.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2017 -
Grande São Paulo registra 2,12 milhões de
desempregados em maio
A região metropolitana de São Paulo atingiu em maio
2,12 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa de
Emprego e Desemprego divulgada nesta quarta-feira
(28) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de
Dados e pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos. O número
representa uma ligeira alta no percentual de
desocupados, que passou de 18,6% em abril para
18,8%.
Em comparação a maio de 2016, o resultado apresenta
um crescimento de 7,2% no número de desempregados, o
que representa 142 mil pessoas. O município de São
Paulo teve uma pequena queda entre abril e maio
passando de 18,6% para 18,3%. Na sub-região leste,
que incluí as cidades de Guarulhos e Mogi das
Cruzes, houve um crescimento de 19,9% para 21,8%, no
mesmo período.
A construção civil fechou 17 mil postos de trabalho
entre abril e maio, registrando uma queda de -2,8%
no nível de atividade. No setor de serviços os
cortes registraram 39 mil vagas, uma retração de
0,7%.
As quedas foram compensadas pela geração de 38 mil
empregos na indústria de transformação, uma elevação
de 2,9%. O comércio e reparação de veículos
automotores teve 11 mil vagas, um crescimento de
0,7%.
Os rendimentos médios dos trabalhadores registram
queda de -2,7% em abril deste ano em comparação com
o mesmo mês de 2016, ficando em R$ 2.002. A
indústria de transformação teve a maior queda na
média das remunerações (-7,5%), que ficou em R$
2.028.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2017 -
Fachin pede que Cármen Lúcia envie denúncia contra
Temer à Câmara, sem defesa prévia
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin
encaminhou nesta quarta-feira (28) à presidente da
Corte, Cármen Lúcia, a denúncia contra o presidente
Michel Temer e pediu que o documento fosse enviado à
presidência da Câmara dos Deputados, sem que a
defesa de Temer seja ouvida previamente.
No despacho, Fachin afirma que cabe ao presidente se
manifestar apenas na Câmara dos Deputados. O
ministro entendeu que a primeira etapa para
manifestação das partes não deve ser feita no STF
porque a tramitação da denúncia depende de
autorização prévia dos deputados.
Dessa maneira, Fachin nega o pedido da
Procuradoria-Geral da República, que solicitou que a
defesa se manifestasse ao Supremo em um prazo de até
15 dias antes de a denúncia ser enviada à Câmara.
Nessa terça-feira (27), em coletiva de imprensa, o
advogado de Temer Gustavo Guedes já havia sinalizado
que faria a manifestação apenas na Câmara, já que
isso daria mais agilidade, pois o Supremo entra em
recesso esta semana.
Para a instauração do processo no STF, é necessário
que 342 dos 513 deputados sejam favoráveis.
Fonte: Agência Senado
29/06/2017 -
Com placar de 9 a 1, STF adia novamente decisão
final sobre delação da JBS
Após três sessões, o Supremo Tribunal Federal (STF)
não conseguiu finalizar nesta quarta-feira (28) o
julgamento sobre a validade das delações da JBS e a
manutenção do ministro Edson Fachin como relator dos
processos. Até o momento, o placar da votação está 9
a 1, a maioria dos ministros votou pela permanência
de Edson Fachin como relator dos casos na Corte e
pela competência dele para homologar as delações. O
julgamento será retomada amanhã, a partir das 14h.
Apesar da maioria formada, os debates seguiram
intensos e a sessão desta quarta-feira se prolongou.
Além do relator, Edson Fachin, votaram pela
validação da homologação das delações da JBS e pela
manutenção do relator os ministros Alexandre de
Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux,
Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio,
Celso de Mello. Falta o voto da presidente do STF,
Cármen Lúcia.
Apesar dos votos proferidos, o placar do julgamento
pode mudar porque os ministros podem revisar suas
manifestações.
Divergência
Gilmar Mendes votou a favor da manutenção da Fachin na
relatoria dos processos da JBS, mas entendeu que a
Justiça pode rever acordos de delação premiada
assinados pelo Ministério Público que sejam
considerados ilegais.
Em seu voto, Mendes disse que há delações firmadas
nas quais o delator é incentivado a entregar provas,
entre outros atos ilegais. Dessa forma, segundo o
ministro, o Judiciário não pode deixar de avaliar a
legalidade dos acordos. Citando a Operação Lava
Jato, Gilmar disse que o “combate ao crime não pode
ser feito cometendo crimes”.
Julgamento
O Supremo julgou os limites da atuação dos juízes, que
são responsáveis pela homologação das delações
premiadas. O julgamento foi motivado por uma questão
de ordem apresentada pelo ministro Edson Fachin,
relator dos processos que tiveram origem nas
delações da JBS.
Os questionamentos sobre a legalidade dos acordos
com a JBS foram levantados pela defesa do governador
de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, um dos
citados nos depoimentos dos executivos da empresa.
As delações premiadas assinadas com investigados na
Operação Lava Jato e nas apurações envolvendo a JBS
estão baseadas na Lei 12.850/2013, conhecida como
Lei das Organizações Criminosas. De acordo com o
Artigo 4º da norma, o acordo deve ser remetido ao
juiz para homologação. Cabe ao magistrado verificar
a regularidade, legalidade e voluntariedade da
delação.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2017 -
Comissão Senado do Futuro vai discutir o futuro da
Previdência Social
A Comissão Senado do Futuro vai realizar um ciclo de
debates para discutir as perspectivas para a
Previdência Social pelos próximos 50 anos. A
iniciativa é do presidente do colegiado, senador
Hélio José (PMDB-DF). Além de presidente da Comissão
Senado do Futuro, Hélio José é relator da CPI da
Previdência. o senador justificou a necessidade do
ciclo de debates, porque a reforma da Previdência,
em discussão no Congresso, está fundada, segundo
ele, “em previsões totalmente furadas", segundo
convidados que participaram de audiências públicas
na CPI da Previdência.
Fonte: Agência Senado
29/06/2017 -
Empresa é condenada a pagar dano moral por atraso de
salário de ex-empregado
A 3ª Vara do Trabalho de Mossoró (RN) condenou a
Behring Segurança Privada Ltda. e, subsidiariamente,
o Estado do Rio Grande do Norte, a pagar danos
morais no valor de R$ 2 mil a um vigilante, que foi
demitido sem justa causa e não recebeu verbas
rescisórias e salários atrasados.
A empresa confessou que não havia pago salário
atrasado, parcela do FGTS e verbas rescisórias em
virtude da falta de repasse do Estado do RN,
contratante dos seus serviços.
Para o juiz do trabalho Vladimir Paes de Castro, a
empresa está equivocada em sua alegação, pois,
segundo o princípio da alteridade (CLT, art.2º), a
empresa não pode "transferir ao empregado os riscos
da atividade econômica, próprios do empregador".
O trabalhador teve os salários retidos de setembro
de 2016 a janeiro de 2017 e sua dispensa ocorreu em
fevereiro do mesmo ano.
O juiz considerou que o atraso nos salários, 13º
salário e o não pagamento das verbas rescisórias fez
como que o trabalhador sofresse diversas situações
vexatórias, já que lhe foi retirada a capacidade
financeira de honrar seus compromissos e sustentar a
sua família.
"Assim, resta configurado a lesão ao patrimônio
moral do reclamante, sendo que o sistema jurídico
impõe a proteção ao patrimônio moral da vítima
através de indenização compensatória a ser paga pela
empregadora", explicou o magistrado.
Contudo, o juiz alertou que a reparação do dano
moral, por meio de uma condenação em dinheiro,
traduz uma ideia de permuta para suavizar a dor da
vítima, tentar punir o empregador e desestimular que
o ato ilícito se repita.
"Levando em conta a natureza do dano, suas
circunstâncias e as condições econômicas do ofensor
e do ofendido, e tendo em vista o efeito pedagógico
da reparação, acolho pedido para condenar a ré ao
pagamento de indenização por danos morais no valor
de R$ 2 mil, decidiu Vladimir Paes de Castro.
Com a condenação, o vigilante vai receber os
salários retidos, aviso prévio proporcional
indenizado, 13º salário de 2016 e proporcional de
2017, férias vencidas 2015/2016 e proporcionais de
2017, além dos valores referentes ao FGTS em atraso,
multa de 40% sobre o FGTS de todo o pacto e multas
do art.467 e 477 da CLT. Processo nº
0000300-20.2017.5.21.0013
Fonte: Jusbrasil
28/06/2017 -
Debatedores divergem sobre legalidade da reforma
trabalhista
Em mais uma audiência pública sobre a reforma
trabalhista (PLC 38/2017) na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realizada na
tarde desta terça-feira (27), quatro debatedores
defenderam que a proposta tem muitos pontos
inconstitucionais, principalmente os que preveem a
flexibilização de direitos trabalhistas. Entretanto,
outros dois convidados defenderam a legalidade do
projeto e afirmaram que as mudanças previstas vão
aumentar o número de postos de trabalho.
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados
do Trabalho (Anamatra), Guilherme Guimarães
Feliciano, mencionou a nota técnica divulgada por
diversas entidades que lista as
inconstitucionalidades presentes no PLC 38. Ele
disse que o projeto tem dispositivos que contrariam
frontalmente o art. 7º da Constituição, que trata
dos direitos sociais dos trabalhadores urbanos e
rurais. Para o juiz, a flexibilização de direitos
prevista no projeto vai ser negociada sempre em
prejuízo do trabalhador.
Em seguida, o presidente da Central dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Adilson Gonçalves de Araújo, afirmou que a população
brasileira ainda não está suficientemente
esclarecida e informada sobre as inúmeras mudanças
previstas na reforma trabalhista. Ele disse que
essas mudanças vão acabar por aprofundar as
desigualdades sociais e enfraquecer os sindicatos.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa,
também tachou a reforma de inconstitucional por
retirar direitos trabalhistas previstos na
Constituição e a chamou de “retrocesso social". Como
exemplo, ele citou a previsão de que trabalhadoras
gestantes e lactantes poderão trabalhar em situações
insalubres, o que a Constituição proíbe, disse. O
procurador também criticou o estímulo do PLC ao
trabalho autônomo e levantou a hipótese de que
empresas vão acabar por demitir seus empregados para
recontratá-los como autônomos, trabalhadores
intermitentes, terceirizados ou como pessoa jurídica
individual, a chamada pejotização.
Representando a presidência do Partido Socialista
Brasileiro (PSB), Ulisses Borges de Resende também
disse estar convicto que a reforma trabalhista em
análise pelo Senado é inconstitucional. Para ele, as
mudanças previstas não vão ajudar os 14,2 milhões de
desempregados do país. Ele também sugeriu que o
imposto sindical seja extinto de maneira gradual e
não abruptamente.
— O Partido Socialista Brasileiro defende a rejeição
do projeto pelo Congresso Nacional — afirmou.
O juiz do trabalho do Paraná, Marlos Augusto Melek,
argumentou que o PLC não acaba com o imposto
sindical, mas apenas o torna opcional, o que, em seu
entender, vai valorizar os sindicatos realmente
representativos. Defendeu ainda o instituto do
trabalho intermitente que, em sua opinião, pode
funcionar como uma porta de entrada para o mercado
de trabalho para os 54 milhões de brasileiros que
ainda estão na informalidade. Para ele, não há nada
de inconstitucional no PLC 38.
Informalidade
O professor da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap),
Antônio Galvão Peres, defendeu a reforma
trabalhista, afirmando que a mesma busca regular
muitas situações que já acontecem atualmente mas sem
regulamentação. Para ele, a proposta vai reduzir a
insegurança jurídica na área trabalhista e vai
reforçar o poder dos verdadeiros sindicatos. Na
opinião do professor, a intenção do chamado trabalho
intermitente é trazer para o mercado de trabalho os
milhões de trabalhadores que ainda estão na
informalidade.
A audiência pública foi conduzida pelo presidente da
CCJ, senador Edison Lobão (PMDB-MA), e contou com a
participação dos senadores Paulo Paim (PT-RS),
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Antônio Carlos
Valadares (PSB-SE), Regina Sousa (PT-PI), Lídice da
Mata (PSB-BA), Fátima Bezerra (PT-RN) e Lindbergh
Farias (PT-RJ). Fora Lobão, todos os senadores
defenderam a rejeição da reforma trabalhista pelo
Senado. Também puderam opinar sobre a reforma
trabalhista representantes da Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical, Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST) e Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
Fonte: Agência Senado
28/06/2017 -
CCJ recebe dois votos em separado contra a reforma
trabalhista e um a favor
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) recebeu nesta terça-feira (27) mais três votos
em separado (relatórios alternativos) ao projeto da
reforma trabalhista (PLC 38/2017). Dois deles, das
senadoras Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM), defendem a rejeição completa
do projeto. O terceiro, do senador Lasier Martins
(PSD-RS), é favorável, porém remove dispositivos do
texto.
A CCJ deve votar a reforma trabalhista nesta
quarta-feira (28). Durante a sessão serão lidos os
votos em separado, que já totalizam cinco – além dos
três apresentados nesta terça , já estão na comissão
os votos dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e
Paulo Paim (PT-RS), ambos contrários à proposta.
Todos os votos em separado serão lidos na sessão
desta quarta-feira antes da votação da reforma
trabalhista na CCJ. Após receber o parecer da
comissão, ela seguirá para o Plenário do Senado. O
relatório oficial, do senador Romero Jucá (PMDB-RR),
recomenda a aprovação integral do projeto, sem
alterações.
Inconstitucional
Lídice da Mata e Vanessa Grazziotin alegam que o PLC
38 é inconstitucional porque vulnerabiliza as
relações de trabalho e põe sob ameaça direitos
consolidados. Lídice afirma que a reforma introduz
“um cardápio de contratos precários”. Para Vanessa,
o projeto “atende unicamente aos interesses dos maus
empregadores”.
As senadoras consideram que a reforma retira dos
trabalhadores direitos como a remuneração do tempo
de deslocamento para o trabalho, a gratificação por
tempo de função, a garantia de acesso gratuito à
Justiça do Trabalho e a proteção sindical diante da
rescisão contratual.
Além disso, Lídice e Vanessa apontam a possível
fragilização das estruturas sindicais, através do
fim da contribuição obrigatória dos trabalhadores
aos sindicatos e da sobreposição dos acordos
individuais à negociação coletiva.
Mudanças
Lasier Martins afirma, em seu voto em separado, ser
favorável à aprovação da reforma trabalhista, mas
sugeriu emendas ao texto para remover pontos
polêmicos. Segundo ele, são críticas que “se
tornaram consenso entre a maioria dos
parlamentares”.
O senador propõe a retirada do projeto o trabalho
intermitente (contrato por hora) e a jornada de 12
horas de trabalho por 36 horas de descanso. Ele
também rejeita a flexibilização das regras que
restringem a atividade de mulheres grávidas em
condições insalubres e a previsão de que negociações
coletivas possam se sobrepor à lei trabalhista. Por
fim, Lasier propõe que a contribuição sindical
obrigatória seja extinta num prazo de quatro anos,
em vez de imediatamente.
Fonte: Agência Senado
28/06/2017 -
Temer diz que denúncia é ataque "injurioso e
infamante" à sua dignidade
O presidente Michel Temer fez um pronunciamento no
qual contestou a denúncia apresentada segunda-feira
(26) pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo
ele, “reinventaram o Código Penal” e inventaram uma
nova categoria, a denúncia por ilação. No
pronunciamento, Temer disse que está sofrendo um
ataque “injurioso, indigno e infamante” à sua
dignidade pessoal.
“Fui denunciado por corrupção passiva, sem jamais
ter recebido valores, nunca vi o dinheiro e não
participei de acertos para cometer ilícitos. Afinal,
onde estão as provas concretas de recebimento desses
valores? Inexistem”.
Segunda (26), Janot denunciou o presidente Michel
Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime
de corrupção passiva. A acusação está baseada nas
investigações iniciadas a partir do acordo de
delação premiada da JBS. Esta é a primeira vez que
um presidente no exercício do mandato é denunciado
ao STF por corrupção.
Ficção
O presidente classificou a denúncia de ficção.
"Criaram uma trama de novela. A denúncia é uma
ficção", disse.
Gravação é ilícita
Sobre a gravação da conversa que teve com o empresário
Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, Temer afirmou
que a gravação é uma prova ilícita e não pode ser
aceita pela Justiça.
A denúncia de Janot foi enviada ao ministro Edson
Fachin, relator da investigação envolvendo o
presidente, e só poderá ser analisada pelo Supremo
após a aceitação de 342 deputados federais o
equivalente a dois terços do número de deputados da
Câmara. O advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz,
afirmou que presidente é inocente das acusações de
prática de corrupção.
Fonte: Agência Brasil
28/06/2017 -
PGR vai ao Supremo contra lei que libera
terceirização de atividade-fim
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot,
entrou com ação direta de inconstitucionalidade no
Supremo Tribunal Federal contra a Lei 13.429, que
libera a terceirização em atividade-fim. Sancionado
em 31 de março pelo presidente da República, Michel
Temer, o projeto de lei aprovado na Câmara dos
Deputados neste ano fere a Constituição Federal e,
além disso, teve vícios na tramitação no
Legislativo, sustenta a PGR.
Por prevenção, o ministro Gilmar Mendes foi
escolhido relator da ADI, com pedido de medida
cautelar para sustar a eficácia da nova legislação.
A possibilidade de contratar funcionários
terceirizados para funções essenciais às empresas
viola o regime constitucional de emprego, a função
social constitucional das contratantes e o princípio
isonômico, defende a PGR.
Também há, segundo ele, inconstitucionalidade formal
na matéria. O projeto de lei de autoria da
Presidência da República foi apresentado no
Congresso Nacional em 1998 e aprovado, até 2002, na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Quando retornou à Câmara para deliberação final, no
entanto, houve a troca de governos e, em 2003, o
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou
com um requerimento de retirada de projeto de lei.
A Mesa-Diretora do Legislativo da época determinou
que o pedido do Executivo fosse apreciado pelo
Plenário da Casa. Segundo Janot, entretanto, isso
nunca ocorreu. O parlamento retomou a tramitação do
PL neste ano, e o deputado Léo de Brito (PT-AC)
chegou a solicitar a análise do requerimento, negada
pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A recusa de apreciação, diz Janot, “vulnerou
gravemente o princípio da divisão funcional do
poder, violou o poder de iniciativa legislativa
extraparlamentar previsto no artigo 61 da
Constituição e feriu reflexamente a norma do artigo
104 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados”.
O poder parlamentar de alteração do projeto,
sustenta o PGR, não altera sua titularidade nem
invalida a prerrogativa de manifestação de
desistência por seu autor. Também apresentam vício
de inconstitucionalidade os artigos da lei que
promovem ampliação “ilegítima e desarrazoada do
regime de locação de mão de obra temporária”.
Janot ataca o que ficou conhecido como trabalho
intermitente. Para ele, essa pretensão é
inconstitucional, pois fere a garantia de proteção
da relação de emprego. ADI 5.735
Fonte: Consultor Jurídico
28/06/2017 -
Janot defende denúncia sobre Temer e diz que ninguém
está acima da lei
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
divulgou nota à imprensa na qual afirma que cumpre
“à risca o comando constitucional” e que ninguém
está acima da lei. A manifestação foi motivada pelas
declarações dadas pelo presidente Michel Temer em
pronunciamento na tarde desta terça-feira (27). Em
seu discurso, Temer criticou a denúncia apresentada
por Janot e a validade das provas, entre elas a
gravação da conversa com o empresário Joesley
Batista, classificada pelo presidente como ilícita.
“Rodrigo Janot cumpre à risca o comando
constitucional de que ninguém está acima da lei ou
fora do seu alcance, cuja transgressão requer o
pleno funcionamento das instituições para buscar as
devidas punições. Se assim não fosse, não haveria um
Estado Democrático de Direito”, diz a nota.
Na manifestação, Janot diz ainda que a denúncia
apresentada contra Temer é composta por provas
colhidas durante à investigação e segue a tramitação
prevista na Constituição.
“A denúncia é pública e baseada em fartos elementos
de prova, tais como laudos da Polícia Federal,
relatórios circunstanciados, registro de voos,
contratos, depoimentos, gravações ambientais,
imagens, vídeos, certidões, entre outros documentos,
que não deixam dúvida quanto à materialidade e a
autoria do crime de corrupção passiva. A peça foi
submetida à análise do Supremo Tribunal Federal e
seguirá o trâmite previsto na Constituição Federal”.
Sobre as declarações do presidente Temer a respeito
do ex-procurador da República Marcello Miller, que
deixou o Ministério Público para atuar em um
escritório da advocacia que trabalhou no acordo de
leniência do Grupo JBS, a PGR informou que ele não
atuou enquanto procurador no acordo de delação
premiada que gerou a investigação contra o
presidente.
“Ele integrou a Assessoria Criminal do
procurador-geral da República de setembro de 2013 a
maio de 2015. De maio de 2015 a julho de 2016, ele
foi designado para integrar o Grupo de Trabalho da
Operação Lava Jato na PGR, em Brasília. A partir de
4 de julho de 2016, ele voltou a ser lotado na
PR-RJ, com processos distribuídos ao seu ofício,
atuando junto ao Grupo de Trabalho somente como
membro colaborador”, disse.
Fonte: Agência Brasil
28/06/2017 -
Para Paulo Paim, projeto da reforma trabalhista
acaba com a liberdade
O senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a protestar em
Plenário contra as reformas propostas pelo governo
do presidente da República, Michel Temer. Ele também
afirmou que mais de 100 milhões de brasileiros serão
prejudicados, comparou o PLC 38/2017 a “uma
revogação da Lei Áurea”.
Segundo Paim, mesmo os parlamentares que defendem a
reforma Trabalhista, por exemplo, estão querendo
mudanças no texto aprovado pela Câmara dos
Deputados. O único consenso, disse o senador, é o de
que o Senado precisa cumprir seu papel de Casa
revisora, aprovando alterações na matéria.
Ao citar madre Tereza de Calcutá, falecida em 1997,
Paim questionou se o mundo perdeu sua capacidade de
amar. Ele declarou que a vida só vai evoluir por
meio da compreensão de que não vale a pena o
isolamento e destacou que a humanização do trabalho
melhora a qualidade de vida, dando aos cidadãos o
direito de viver, trabalhar e morrer com dignidade.
— Se esta reforma for aprovada, fica decretado: a
liberdade deixa de existir. Os livres, agora são
cativos. Isso é a desumanização da ação política. O
homem deixa de ser o centro do universo e
transforma-se no opressor de si mesmo.
Fonte: Agência Senado
28/06/2017 -
Sindicatos e magistrados apoiam projeto de
negociação coletiva no serviço público
Representantes de entidades sindicais e da Justiça
do Trabalho apoiaram nesta terça-feira (27) a
aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de
lei do Senado que regulamenta a negociação coletiva
na administração pública (PL 3831/15). O projeto
está na pauta da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público desta quarta-feira
(28).
Pela proposta, servidores e empregados públicos
poderão, por meio de negociação coletiva mediada por
sindicatos, tratar com representantes do Estado de
questões relativas a planos de carreira,
remuneração, condições de trabalho, aposentadoria,
planos de saúde, política de recursos humanos, entre
outros assuntos.
A vice-presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),
Noêmia Porto, defendeu a aprovação do projeto sem
ressalvas. Para ela, poucas vezes se viu um projeto
tão bem articulado e que vem em tão boa hora.
“A tese da Anamatra é que a negociação coletiva é um
conteúdo essencial da liberdade sindical dos
servidores públicos civis e isso tem uma matriz
constitucional muito clara”, sustentou Noêmia Porto.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
28/06/2017 -
Mais de dois milhões de carteiras de trabalho
emitidas este ano
Minas Gerais é o estado com o maior número de
emissões em maio
O Ministério do Trabalho (MTb) emitiu
aproximadamente 2,1 milhões de carteiras de trabalho
até maio deste ano. Esse número só foi possível
graças aos mais de 2.190 postos de atendimentos da
rede conveniada e do MTb no país.
"Temos uma rede de atendimento expressiva que nos
possibilita uma boa cobertura nacional. A carteira
de trabalho é muito importante para a cidadania, não
apenas para garantir emprego e direitos sociais, mas
também como documento de identificação”, destacou o
ministro Ronaldo Nogueira.
Em maio, Minas Gerais foi o estado que mais emitiu
carteiras de trabalho. Ao todo, foram emitidos
48.803 documentos no mês. Entretanto, no acumulado
do ano, o estado de São Paulo ocupa o primeiro lugar
no ranking, com 466.771 documentos emitidos. Já o
estado mineiro ficou em segundo lugar, no acumulado
do ano, com 243.875 emissões.
De acordo com o coordenador de Identificação e
Registro Profissional, Sérgio Barreto, os números
apresentados estão dentro da média do ano passado.
Ele informa ainda que esse balanço é parcial e não
inclui o número de carteiras manuais.
Nova parceria - O município de Esplanada, na Bahia,
é o mais novo parceiro da Superintendência Regional
do Trabalho (SRT-BA) para a emissão da carteira de
trabalho. Graças ao convênio firmado entre a
Superintendência e a Prefeitura de Esplanada, 39 mil
habitantes da cidade podem contar, a partir de
agora, com o serviço oferecido pelo Ministério do
Trabalho.
Fonte: MTb
28/06/2017 -
Sindicato é obrigado a prestar assistência judicial
gratuita
O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Passo
Fundo celebrou, em 13 de junho, termo de ajuste de
conduta (TAC) com o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Alimentação (STIA) de Marau. No
documento extrajudicial, o Sindicato comprometeu-se,
dentre outras obrigações, a “prestar assistência
judiciária integral, mediante credenciamento de
advogados, na forma dos art. 14 e seguintes da Lei
nº 5.584/70, a todos os trabalhadores da categoria,
filiados ou não, que dela necessitarem, sem qualquer
ônus ou pagamento de honorários por parte dos
trabalhadores, direta ou indiretamente”. A pena é o
pagamento de multa de R$ 20 mil por obrigação
descumprida, além de R$ 3 mil por trabalhador
prejudicado.
A procuradora do Trabalho Priscila Dibi Schvarcz,
responsável pelo procedimento, explica que
"verificou-se no inquérito civil (IC) que o STIA de
Marau, através dos advogados credenciados, cobrava
honorários contratuais dos trabalhadores assistidos.
É o dever do sindicato da categoria prestar
assistência judiciária ao trabalhador, associado ou
não, tendo em vista que ao sindicato compete a
defesa dos interesses individuais e coletivos da
categoria, nos termos do artigo 8º, inciso III, da
Constituição Federal de 1988 (CF/88), sendo a
prestação da assistência judiciária gratuita um
exemplo desta defesa de interesses".
A Lei n. 5.584/1970, em seu artigo 14, caput,
determina que a assistência judiciária, a que se
refere a Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será
prestada pelo sindicato da categoria profissional a
que pertencer o trabalhador, bem como a regra do
artigo 18 da mesma lei garante esse direito ao
trabalhador integrante da categoria profissional,
independentemente de sua associação ao sindicato.
Dessa forma, a legislação brasileira não admite a
cobrança de honorários do trabalhador assistido, por
contrariar seu próprio espírito.
Fonte: Jusbrasil
27/06/2017 -
IV Congresso da Nova Central debate conjuntura
social-político-econômica
Com o tema central Desenvolvimento com Justiça
Social - Sem Nenhum Direito a Menos, teve início
nesta segunda-feira, 26, o IV Congresso Nacional da
Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST. O
evento, que acontece em Luziânia (GO), prossegue até
a próxima quarta-feira, e reúne cerca de mil
dirigentes sindicais e trabalhadores das indústrias,
transportes, turismo e hospitalidade, educação e
cultura e servidores públicos de todo o país.
Além dos temas relativos à atual conjuntura
político-social-econômica, incluindo as propostas de
reformas trabalhista e previdenciária em tramitação
no Poder Legislativo, o Congresso tem na pauta a
eleição da diretoria e definição das ações e
atividades da gestão para o quadriênio 2017-2021. Os
temas serão debatidos em comissões e,
posteriormente, em plenária geral para elaboração do
documento do IV Congresso. Os eleitos tomarão posse
em solenidade ao final do evento.
A palestra de abertura do IV Congresso e de
instalação das comissões de trabalho, nesta
quarta-feira, a ser proferida pelo diretor-técnico
do Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos - Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, vai abordar a conjuntura do mundo do
trabalho. Outros temas envolvem a Previdência Social
e a Dívida Pública, com a auditora aposentada da
Receita Federal, Maria Lúcia Fatorelli; e conjuntura
nacional, com o economista e professor da Unicamp,
Marcio Pochmann.
Expectativas e desafios
O presidente da Nova Central e candidato à reeleição,
José Calixto Ramos, ressalta o momento de desafios
por que passa a organização sindical, ante as
ameaças de redução e até extinção de direitos
conquistados a duras penas ao longo dos anos. “Há
necessidade de o movimento sindical estar atento à
tramitação das propostas e unido na luta contra as
reformas, que representam enorme retrocesso dos
direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e
para a organização dos trabalhadores. Existe um
trabalho orquestrado para acabar com a relação entre
capital e trabalho e demolir a estrutura sindical
que conservamos até hoje”.
Para o secretário-geral da Nova Central e presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Turismo e Hospitalidade - CONTRATUH, Moacyr Roberto
Tesch Auersvald, o IV Congresso ocorre em momento
crítico e desafiador. “O movimento sindical tem uma
bancada desfavorável no Congresso nacional e as
propostas em debate, usando o jargão da modernidade,
têm uma voracidade para tirar direitos trabalhistas
e previdenciários, trazendo perda de conquistas
inimagináveis”, ressalta.
Segundo ele, são propostas que, se aprovadas, vão
retirar direitos que os trabalhadores levarão anos e
anos para recuperar. “É preciso que o movimento
sindical como um todo se conscientize de que uma
grande articulação deve ser feita nos estados e
municípios e dentro do Legislativo. O IV Congresso
acontece em momento importante para solidificar a
história da Central e, principalmente, o
posicionamento político forte diante das reformas e
tentativas de desmonte do movimento sindical”.
Durante o domingo e toda a manhã desta segunda-feira
chegaram caravanas de todos os estados e categorias
da base da Nova Central.
Fonte: NCST
27/06/2017 -
NCST elege diretoria em congresso nacional e
presidente convoca para a greve geral
Ao abrir os trabalhos do IV Congresso Nacional da
Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST, o
presidente José Calixto Ramos convocou a todos para
a greve geral. Segundo o presidente, há uma
tentativa “deslavada” de desmobilização dos
trabalhadores para o ato marcado para o dia 30 deste
mês. A plenária de abertura do evento contou, ainda,
com a eleição da diretoria para a gestão 2017-2021,
por aclamação; palestra sobre o mundo do trabalho,
com o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lucio; e instalação das comissões temáticas.
O evento teve início nesta segunda-feira e vai até
amanhã, dia 28, no Centro de Treinamento Educacional
- CTE, da Confederação Nacional Trabalhadores na
Indústria - CNTI, em Luziânia (GO), reunindo cerca
de mil delegados representantes das confederações,
federações e sindicatos da base da Nova Central, que
vieram de todas as partes do Brasil. O Congresso
reúne trabalhadores da indústria, dos transportes
terrestres, do turismo e hospitalidade, da
construção, da educação e cultura e dos serviços
públicos.
“O IV Congresso da Nova Central debate formas de
lutas para barrar a aprovação das reformas
trabalhista e previdenciária no Poder Legislativo.
São propostas que visam por fim às legislações de
proteção do trabalho, destruir a espinha dorsal dos
direitos trabalhistas rumo ao sucateamento da CLT,
enfraquecimento da democracia e da Constituição
Federal”, afirmou o presidente.
Segundo Calixto, as reformas propostas pelo
Executivo e ampliadas no Legislativo, sem diálogo
com as entidades sindicais e a sociedade, num ato de
intransigência do governo e do Congresso Nacional,
se distanciaram do plano de governo apresentado aos
eleitores em 2014, refletindo na rejeição recorde do
presidente Michel Temer e descrédito do Legislativo.
Ele alertou para a responsabilidade de escolha de
representantes nas próximas eleições de 2018.
“É necessário que neste grave momento que registra a
trágica marca de mais de 14 milhões de desempregados
no Brasil que rejeitemos essa atitude brutal e
insensível e são as entidades sindicais as únicas
instituições democráticas fora dos poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, capazes de
impedir as medidas retrógradas”, disse.
Fonte: NCST
27/06/2017 -
PGR denuncia Temer por crime de corrupção passiva
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
denunciou nesta segunda-feira (26) o presidente
Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo
crime de corrupção passiva. A acusação está baseada
nas investigações iniciadas a partir do acordo de
delação premiada da JBS. O áudio da conversa gravada
pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da
empresa, com o presidente, em março, no Palácio do
Jaburu, também é uma das provas usadas no processo.
Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto
ainda não se manifestou sobre a denúncia.
O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR)
também foi denunciado pelo procurador pelo mesmo
crime. Loures foi preso no dia 3 de junho por
determinação do ministro Edson Fachin. Em abril,
Loures foi flagrado recebendo uma mala contendo R$
500 mil, que teria sido enviada pelo empresário
Joesley Batista, dono da JBS.
Para o procurador, Temer usou Rocha Loures para
receber vantagens indevidas. "Entre os meses de
março a abril de 2017, com vontade livre e
consciente, o Presidente da República Michel Miguel
Temer Lulia, valendo-se de sua condição de chefe do
Poder Executivo e liderança política nacional,
recebeu para si, em unidade de desígnios e por
intermédio de Rodrigo Santos da Rocha Loures,
vantagem indevida de R$ 500.000 ofertada por Joesley
Batista, presidente da sociedade empresária J&F
Investimentos S.A., cujo pagamento foi realizado
pelo executivo da J&F Ricardo Saud", diz a denúncia
apresentada por Janot.
Câmara precisa autorizar
Mesmo com a chegada da denúncia, o STF não poderá
analisar a questão antes de uma decisão prévia da
Câmara dos Deputados. De acordo com a Constituição,
a denúncia apresentada contra Temer somente poderá
ser analisada após a aceitação de 342 deputados, o
equivalente a dois terços do número de deputados da
Câmara.
A denúncia foi enviada ao gabinete do ministro Edson
Fachin, relator da investigação envolvendo o
presidente. O ministro poderá conceder prazo de 15
dias para manifestação da defesa antes de enviá-la
para a Câmara. A formalidade de envio deverá ser
cumprida pela presidente do STF, Cármen Lúcia.
Se a acusação for admitida pelos parlamentares, o
processo voltará ao Supremo para ser julgado. No
caso de recebimento da denúncia na Corte, o
presidente se tornará réu e será afastado do cargo
por 180 dias. Se for rejeitada pelos deputados, a
denúncia da PGR será arquivada e não poderá ser
analisada pelo Supremo.
A regra está no Artigo 86 da Constituição Federal.
“Admitida a acusação contra o presidente da
República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade”.
Durante a investigação, a defesa de Temer questionou
a legalidade das gravações e os benefícios
concedidos ao empresário Joesley Batista pela PGR na
assinatura do acordo de delação premiada. Os
advogados de Loures afirmam que a prisão é ilegal e
que o ex-deputado não fará delação premiada.
"Nada nos destruirá"
Em discurso no Palácio do Planalto, na manhã desta
segunda-feira (26), o presidente Michel Temer disse
que a agenda de reformas proposta pelo governo é a
"mais ambiciosa" dos últimos tempos. "Não há plano
B. Há que seguir adiante. Portanto nada nos
destruirá. Nem a mim nem a nossos ministros”, disse.
Fonte: Agência Brasil
27/06/2017 -
Produção industrial cresce e emprego cai em maio,
diz CNI
A produção industrial cresceu em maio, alcançando
53,8 pontos, divulgou nesta segunda-feira (26) a
Confederação Nacional da Indústria (CNI), na
pesquisa Sondagem Industrial. No entanto, o emprego
industrial segue em queda, tendo alcançado um índice
de 48,1 pontos no mês passado. Os indicadores da
pesquisa Sondagem Industrial variam de zero a cem
pontos. Resultados acima da linha divisória dos 50
pontos indicam melhora no cenário, enquanto abaixo
indicam piora.
A CNI destacou que, de forma geral, os indicadores
de maio são positivos. Apesar de o emprego continuar
em queda, o índice subiu 1,1 ponto percentual em
relação ao do mês passado. Já a produção industrial
cresceu significativamente na comparação com maio de
2016, quando estava em 45,5 pontos, bem abaixo da
linha divisória dos 50 pontos.
A CNI informou ainda que a utilização média da
capacidade instalada da indústria ficou em 66% em
maio, 3 pontos percentuais acima do que foi
registrado em abril, o que sinaliza queda na
ociosidade do parque industrial. Os estoques ficaram
dentro do planejado pelos empresários. O índice de
evolução de estoques ficou em 50,7 pontos e o índice
de estoque efetivo em relação ao planejado, em 49,8
pontos.
Na avaliação da entidade, a reação no mês de maio
pode ser devida à alta quantidade de feriados no mês
de abril e não a uma efetiva recuperação do setor.
"A reação veio depois de um mês atípico, com muitos
feriados. É cedo para dizer que a recuperação de
maio vai se sustentar nos próximos meses", analisou
Marcelo Azevedo, economista da CNI.
Também de acordo com a pesquisa, os empresários da
indústria ainda mostram pouca disposição para
investir. O indicador de intenção de investimento
ficou em 46,5 pontos, acima dos 41,2 pontos
registrados no ano passado, mas abaixo da linha
divisória dos 50 pontos.
Fonte: Agência Brasil
27/06/2017 -
Pesquisadores criticam dados do governo para
justificar reforma da Previdência
Pesquisadores criticaram, em audiência pública da
CPI da Previdência, nesta segunda-feira (26), as
estimativas populacionais e financeiras adotadas
pelo governo para definir o déficit da Previdência
Social. Segundo os pesquisadores, os critérios
usados pelo governo para as projeções registram
vícios e podem comprometer os cálculos finais.
O pesquisador Carlos Renato Lisboa Frances, da
Universidade Federal do Pará (UFPA), integrou uma
equipe que estudou as projeções governamentais, com
base nos documentos da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) entre 2002 e 2017. Ele criticou
os critérios usados pelo governo para as projeções
previdenciárias. Conforme divulgado pela imprensa, o
governo aponta que o peso do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) no produto interno bruto (PIB),
em 2060, poderá ser de 17,5% ou até de 23%. Daí,
segundo o governo, a necessidade da reforma.
- As inconsistências nos modelos de projeção do
governo descredenciam qualquer avaliação séria sobre
esses números – criticou Frances.
O professor Carlos Patrick da Silva também
participou da pesquisa e criticou os dados
inconsistentes nos registros dos benefícios do INSS,
a falta de memória dos cálculos nos documentos da
LDO e a ausência de descrição dos cálculos da
reforma previdenciária. Como exemplo, Carlos da
Silva disse que a equipe identificou uma diferença
de 6.638 registros no espaço de um ano apenas para
homens de 65 anos aposentados por idade que recebem
acima do piso. Segundo o pesquisador, essa diferença
compromete a credibilidade dos cálculos do governo.
- A reforma da Previdência não pode ser baseada nas
projeções do governo, pois há muitos erros nos
cálculos – alertou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
27/06/2017 -
Defesa dos Direitos da Mulher aprova regra para
cálculo do salário-maternidade
Cálculo deverá levar em conta a média salarial
dos 12 últimos meses, em vez de seis meses, como é
atualmente
A Comissão dos Direitos da Mulher aprovou na
terça-feira (20) proposta que altera a Lei de
Benefícios da Previdência Social (8.213/91) para
estabelecer que o salário-maternidade será calculado
pela média salarial dos 12 últimos meses sempre que
a remuneração da segurada empregada for variável.
Foi aprovado o Projeto de Lei 3860/15, do deputado
Carlos Bezerra (PMDB-MT). O autor lembra que
atualmente a Consolidação das Leis do Trabalho
(Decreto-Lei 5.452/43) já prevê que, para essas
trabalhadoras, o salário-maternidade deve ser
equivalente à média dos últimos seis meses de
trabalho.
Direito conquistado
Relatora no colegiado, a deputada Laura Carneiro
(PMDB-RJ) defendeu a aprovação do projeto, que segue
a orientação de instrução normativa já aplicada pela
Previdência Social, e destacou que a novidade é a
ampliação do prazo de apuração da média salarial,
que hoje é de seis meses, para doze meses. (INSS/PRES
77/15).
“A aprovação permitirá que as mulheres mantenham o
seu padrão salarial enquanto usufruem de um direito
arduamente conquistado”, disse.
Tramitação
O projeto será ainda analisado conclusivamente pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças
e Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
27/06/2017 -
Atrasos reiterados nos salários gera rescisão
indireta do contrato de trabalho
Por conta dos atrasos reiterados no pagamento do
salário mensal e do não pagamento das horas extras
laboradas com frequência, o juiz Jonathan Quintão
Jacob, titular da 17ª Vara do Trabalho de Brasília,
reconheceu a rescisão indireta do contrato de
trabalho de um empregado de empresa de comércio de
alimentos do Distrito Federal. Na sentença, o
magistrado ainda condenou a empresa a indenizar o
trabalhador, por danos morais, em R$ 5 mil.
Diz o trabalhador, na reclamação, que a empresa
descumpriu, sem qualquer justificativa, várias de
suas obrigações contratuais, principalmente as de
efetuar o pagamento dos salários em dia, uma vez que
o pagamento saia sempre com atraso de 3 a 5 dias, e
a de pagar as horas extras habitualmente
trabalhadas. Segundo o autor, ele trabalhava das 7
às 20 horas, de segunda a sábado, com uma hora de
intervalo intrajornada. Diante desses fatos, o
trabalhador conta que considerou seu contrato
rescindido com a empresa, diante da falta grave
cometida pelo empregador, conforme prevê o artigo
483 (alínea ‘d’) da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Em defesa, a empresa negou o
pagamento dos salários em atraso e afirmou que
pagava regularmente as verbas salariais do autor da
reclamação.
Na sentença, o magistrado ressaltou que os
contracheques juntados aos autos revelam que houve,
realmente, pagamento em atraso, reiterado, do
salário. Quanto às horas extras, disse que
testemunha ouvida em juízo confirmou que o autor da
reclamação trabalhava das 7 às 19 horas diariamente,
com uma hora de intervalo intrajornada. O magistrado
considerou verdadeiro que o autor da reclamação
laborou, em media, de 7h às 19h, com 1 hora de
intervalo intrajornada, de 2ª feira a sábado, o que
configura prestação habitual de labor
extraordinário. Neste ponto, o magistrado, que
considerou existirem motivos para reconhecimento da
rescisão indireta do contrato de trabalho, explicou
que não há necessidade de a testemunha declarar a
mesma jornada informada pelo autor, uma vez que o
autor pode ter postulado menos horas extras do que
aquelas devidas.
Além de condenar a empresa ao pagamento das verbas
rescisórias devidas, o magistrado arbitrou em R$ 5
mil o valor da indenização por danos morais a ser
paga ao autor da reclamação. “O pagamento pontual do
salário é obrigação fundamental derivada do contrato
de trabalho. As condições sócio-econômicas no tempo
atual não são fáceis, sendo que a falta de pagamento
pontual do salário causa inegável prejuízo ao
empregado, configurando, sim, constrangimento
moral”, concluiu o magistrado. Processo nº
0000325-61.2016.5.10.0017
Fonte: TRT10
27/06/2017 -
Câmara analisa retenção de 20% do valor do contrato
com terceirizada para pagamento de multas e FGTS
A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei que
prevê que empresa contratante de serviços
terceirizados retenha, da empresa contratada, 20% do
valor do contrato de prestação de serviços. O
objetivo é garantir o pagamento de verbas
rescisórias e depósitos no FGTS dos empregados.
A proposta estabelece que o valor retido será
devolvido ao final do contrato, quando a contratada
comprovar os depósitos no FGTS e o pagamento das
rescisões de contratos homologadas pelo Ministério
do Trabalho ou pelo sindicato da categoria.
Proposta de sindicato
A proposta, ainda não numerada, foi elaborada e
aprovada pela Comissão de Legislação Participativa a
partir de uma sugestão (SUG 145/14) apresentada pelo
Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais
Onshore e Offshore do Rio de Janeiro.
Atualmente, a legislação (Lei 13.429/17) estabelece
que a empresa contratante é subsidiariamente
responsável pelas obrigações trabalhistas referentes
ao período em que ocorrer a prestação de serviços,
mas não é obrigada a fiscalizar o cumprimento das
obrigações trabalhistas da empresa contratada.
Problema recorrente
O sindicato entende que, ao final dos contratos de
terceirização, os empregados não recebem as verbas
rescisórias das empresas contratadas e são forçados
a recorrer ao Judiciário para reclamar contra a
empresa contratante.
O texto foi relatado pela deputada Benedita da Silva
(PT-RJ), que defendeu o mérito do projeto “por
abordar um problema recorrente nos contratos de
terceirização”, que são as dívidas trabalhistas não
pagas.
“A medida é uma forma de proteger o trabalhador
terceirizado em relação ao recebimento de todos os
direitos trabalhistas e sociais, sobretudo na
extinção do contrato de trabalho em virtude do
término do contrato de terceirização”, afirmou a
parlamentar.
Tramitação
A proposta será numerada e analisada por comissões
técnicas da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
27/06/2017 -
Mantida condenação de construtora por morte de
eletricista em reforma no TJ-MA
A mãe de um eletricista da Construtora Peniel
Indústria e Comércio Ltda. vai receber R$ 25 mil de
indenização pela morte do filho por eletrocussão
durante a reforma do Tribunal de Justiça do Estado
do Maranhão, realizada pela empresa. Por
unanimidade, a Sexta Turma do Tribunal Superior do
Trabalho afastou a alegação da construtora de que o
acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, uma
vez que o trabalhador não usava os materiais de
segurança necessários.
O acidente ocorreu quando o eletricista instalava
canaletas para os pontos telefônicos junto com um
colega. Embora tivesse ordens para não subir ao
forro, o eletricista foi até lá e levou um choque
que resultou na sua morte.
A empresa, em sua defesa, argumentou que forneceu os
equipamentos de proteção individual (EPIs)
necessários para as atividades que realizaria
naquele dia, nas quais não estaria exposto à
corrente elétrica. Acrescentou ainda que ele assinou
a um documento de análise preliminar de tarefa (ATP)
que o proibia de subir no forro, onde somente o
supervisor poderia ir.
O Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA)
entendeu que houve culpa concorrente da empresa e do
empregado. Por um lado, o eletricista foi ao forro
sem autorização, para realizar serviço que não tinha
relação com as atividades que vinha desenvolvendo.
Por outro, uma das testemunhas informou que ele
recebeu apenas um par de luvas de algodão, não
compatível com sua atividade, enquanto os outros
empregados usavam chaves de fenda isoladas e alicate
profissional. Levando em conta o pequeno porte da
empresa, o Regional estabeleceu a condenação à mãe
em R$ 25 mil.
O relator do recurso da Peniel ao TST, ministro
Augusto César Leite de Carvalho, concluiu pela
impossibilidade de reforma da decisão condenatória.
Além do quadro descrito pelo Regional, ele ressaltou
que não era possível afirmar que a distância entre o
forro e o local de trabalho do empregado era segura
o suficiente para não colocar sua vida em risco e,
portanto, para afastar a necessidade de uso de
equipamentos de segurança específicos para
trabalhadores expostos à corrente elétrica. A
decisão foi unânime. Processo:
RR-41500-12.2012.5.16.0016
Fonte: TST
26/06/2017 -
Comissão de Constituição e Justiça deve votar
reforma trabalhista na quarta-feira
A proposta de reforma trabalhista, contida no
Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017, será
submetida a mais uma votação no Senado. Agora é a
vez de os integrantes da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) opinarem. A reunião está
marcada para 10h de quarta-feira (28). Um dia antes,
haverá duas audiências públicas, pela manhã e à
tarde.
Conforme ficou acertado com o líder do governo, Romero
Jucá (PMDB-RR), os oposicionistas prometeram não
fazer manobras para atrasar a votação ou obstruir os
trabalhos. Ainda assim, o senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), relator da proposta nas comissões de
Assuntos Sociais e Assuntos Econômicos, já avisou
que a votação vai ocorrer, mesmo que a reunião entre
pela madrugada.
— Acredito [que entre pela madrugada] até pelo
debate que vamos fazer. É natural, é do processo
democrático que todos expressem suas convicções e
divergências. Mas vamos esgotar esse tema na
Comissão de Justiça na quarta-feira — afirmou
Ferraço em entrevista à Rádio Senado.
Oposição
Animados pela recente vitória na Comissão de Assuntos
Sociais, quando derrubaram o relatório de Ferraço,
os oposicionistas acreditam que poderão virar o jogo
também na CCJ ou, posteriormente, no Plenário.
O senador Paulo Paim (PT-RS) já está elaborando seu
voto em separado, com a ajuda de entidades
representativas de especialistas, advogados e
juízes, advertindo que se trata de um projeto que
fere a Constituição.
— Na CAS ganhamos por um voto. O voto da
consciência, da humanização e da esperança. Semana
que vem é na CCJ. Antes, vamos ouvir juristas,
empresários e sindicalistas. Quero ver um só que
tenha coragem de defender esse projeto como está
aqui — afirmou Paim nesta sexta-feira (23).
Até agora, oficialmente, a CCJ recebeu apenas um
voto em separado. É de Eduardo Braga (PMDB-AM), que
opina pela rejeição. O senador aponta itens do
projeto que vão contra os direitos do trabalhador,
na opinião dele, e por isso afirma que a proposta
não merece a chancela do parlamento. Braga é mais um
peemedebista a se manifestar contra a reforma, a
exemplo de Renan Calheiros (AL), Roberto Requião
(PR) e Hélio José (DF). Também em entrevista à Rádio
Senado, o senador Hélio José (PMDB-DF) afirmou que
se o relatório de Jucá continuar semelhante ao
apresentado na CAS, ele novamente votará contra.
Pesquisa
Tema de grande interesse nacional, a reforma
trabalhista tem sido avaliada pela população na
consulta pública aberta no e-Cidadania, na página do
Senado na internet. Até a manhã desta sexta-feira,
129,5 mil pessoas se manifestaram contra a proposta.
Apenas 5,7 mil participantes registraram voto a
favor.
Segundo Paim, essa rejeição é óbvia e reflete a
perversidade da proposição:
— É a desumanização da ação política. O homem se
transforma num opressor. O país passa a ser uma
grande senzala, desta vez não só de negros, mas com
brancos, idosos, mulheres, trabalhadores do campo e
da cidade. Não podemos aceitar. Isso não é um
processo natural do mundo do trabalho. Não é
natural. É desumano.
Fonte: Agência Senado
26/06/2017 -
Paim apresenta à CCJ voto pela inconstitucionalidade
da reforma trabalhista
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou nesta
sexta-feira (23) à Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania (CCJ) um voto em separado contra a
reforma trabalhista (PLC 38/2017). Para Paim, a
proposta do governo Temer deve ser integralmente
rejeitada por ser inconstitucional e ameaçar o
“projeto de sociedade” que se consolidou no Brasil
ao longo do último século.
O voto de Paim é o segundo recebido pela CCJ nesta
semana que defende a rejeição completa da reforma
trabalhista. O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) havia
feito o mesmo na quinta-feira (22). O relatório
oficial, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), argumenta
em favor da aprovação do projeto, sem alterações.
A CCJ deve votar a reforma trabalhista na próxima
quarta-feira (28). Antes da votação, todos os votos
em separado, que divergem do relatório, serão lidos
pelos seus autores. Independente da decisão final da
comissão, o PLC 38 seguirá, depois, para o Plenário
do Senado.
Direitos
Em seu voto, Paim argumenta que a Constituição Federal
de 1988 sacramenta uma “sociedade de direitos”,
concluindo um processo que se iniciou, segundo ele,
com a outorga da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), de 1943.
“O que se [exprime] é a intenção clara de fazer dos
direitos sociais um objeto em permanente construção,
em que à consolidação de um direito seguiria a
incorporação de outro. Esse projeto se encontra sob
ataque. Os grupos que não se conformam com esse
projeto de sociedade para todos, que preferem a
sociedade em benefício de alguns e exclusão de
muitos, se mobilizam para modificar drasticamente
esse modelo”, alerta ele em seu texto.
O senador também destacou que a reforma, desde o seu
início na Câmara dos Deputados, não passou por
“amplo debate” com a sociedade civil e tramitou com
“invulgar celeridade”. Segundo ele, a maioria das
intervenções que o texto promove sobre a CLT foi
apresentada “de forma surpresa” pelo relator na
Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Para
Paim, a reforma trabalhista sofre de “déficit
democrático”.
Inconstitucionalidades
Devido ao que percebe como ausência de diálogo com os
trabalhadores, Paulo Paim afirma que o PLC 38/2017 é
inconstitucional por violar duas convenções da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) das
quais o Brasil é signatário. Essas convenções
preveem a discussão de quaisquer modificações da
legislação trabalhista com representantes dos
empregados e dos patrões.
Paim também diz ver inconstitucionalidades nos
pontos do projeto que tratam da regulamentação do
contrato intermitente — no qual o trabalhador é
contratado por um número específico de horas e pago
por hora trabalhada. Para o senador, esse modelo de
contratação viola o direito constitucional ao
salário mínimo, uma vez que o trabalhador pode
receber menos do que esse valor se for convocado
para trabalhar por poucas horas em um mês.
A ampliação da terceirização e a diferenciação entre
trabalhador autônomo e empregado regular, outras
propostas da reforma, retiram direitos ao não
garantir ao trabalhador um contrato regular
integral, afirma Paim. Também representa
inconstitucionalidade, na visão do senador, a
previsão de que negociações coletivas possam tomar
decisões que contrariem a legislação trabalhista —
fenômeno chamado de “negociado sobre legislado”.
Outro dispositivo que Paim questiona é a modificação
de regras para o acesso gratuito à Justiça do
Trabalho. Na visão do senador, a versão apresentada
pela reforma tira de muitos trabalhadores o direito
à gratuidade, uma vez que remove da CLT essa
garantia a quem apenas declarar não ter condições de
arcar com os custos processuais.
União
O senador Paulo Paim afirma que a existência de mais
de um voto em separado contra a reforma, não tornará
"difusa" a resistência a ela, pelo contrário. Ele
lembrou que, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS),
onde a proposta foi rejeitada, também havia mais de
um voto contrário, mas a oposição de uniu e
conseguiu fazer prevalecer um deles — no caso, o de
Paim.
— Eu acho que todos os votos em separado que sejam
apresentados vão na mesma linha. No caso da CAS o
nosso capitaneou, mas mediante um amplo acordo.
Entendo que vai acontecer a mesma coisa na CCJ. O
importante para nós é rejeitar esse monstro que veio
da Câmara e aprovar o voto da oposição — disse o
senador nesta sexta-feira.
Paim disse que o seu voto foi preparado em
colaboração com a Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), a Associação Brasileira dos Advogados
Trabalhistas (Abrat), o Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e membros do
também de contribuições do Ministério Público do
Trabalho (MPT).
Fonte: Agência Senado
26/06/2017 -
Reforma trabalhista: tendência de voto na CCJ do
Senado
O projeto de reforma trabalhista-sindical (PLC
38/17) deu mais um passo, nesta quarta-feira (21),
com a leitura do parecer favorável do relator,
senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). Foi aprovado na semana
passada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e
rejeitado, na terça-feira (20), na de Assuntos
Sociais (CAS).
ENTRE EM CONTATO COM OS MEMBROS DA CCJ DO SENADO
Numa análise prévia da composição da CCJ, cuja
maioria é governista, mantida a lealdade dos
integrantes da base, pode-se chegar à conclusão, em
princípio, que o Planalto poderá ter 15 ou 16 votos
favoráveis ao texto aprovado pela Câmara.
A oposição, que tem sido muito aguerrida no combate
à matéria, pode ter 10 ou 12 votos. O comportamento
dos integrantes do DEM é incerto, embora faça parte
da base aliada. O senador Ronaldo Caiado (GO), tem
tido uma postura oposicionista ao governo. E a
senadora Maria do Carmo (SE), sequer votou na CAS.
A votação da matéria está prevista para a próxima
quarta-feira (28). Antes, o colegiado vai realizar,
na terça (27), duas audiências públicas. Uma pela
manhã e outra à tarde.
Há duas vagas a serem preenchidas na CCJ. Uma de
titular no Bloco Social Democrata (PSDB, DEM) e a
outra de suplente no Bloco Parlamentar da
Resistência Democrática (PDT, PT).
PMDB, PP e PSD
A vitória na CAS deu vitalidade e abriu mais
possibilidades de derrotar o governo, desde que se
amplie as articulações com os senadores do PMDB, PP
e PSD. São destes partidos que podem sair os votos
capazes de reverter a tendência de aprovação do
projeto no colegiado.
A base, em particular, os integrantes destes três
partidos no Senado estão inseguros quanto a
continuidade do governo Temer e também se encontram
em final de mandato. Por isso, estão sensíveis às
pressões de suas bases eleitorais. Explorar essa
contradição objetiva vai ajudar muito no trabalho
contra a tendência de aprovação do projeto.
Sendo aprovado na CCJ, o texto segue para o
plenário. Veja a seguir a tendência de voto de cada
um dos senadores.
Quem deve votar a favor - 15 votos:
1) Edison Lobão (PMDB-MA)
2) Simone Tebet (PMDB-MS)
3) Valdir Raupp (PMDB-RO)
4) Jader Barbalho (PMDB-PA)
5) José Maranhão (PMDB-PB) – Jucá votará no lugar do
senador
6) Antonio Anastasia (PSDB-MG)
7) Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
8) Ronaldo Caiado (DEM-GO)
9) Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
10) Armando Monteiro (PTB-PE)
11) Eduardo Lopes (PRB-RJ)
12) Magno Malta (PR-ES)
13) Wilder Morais (PP-GO)
14) Benedito de Lira (PP-AL)
15) Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – cargo vago, do bloco
PSDB-DEM
Quem deve votar contra - 11 votos:
1) Jorge Viana (PT-AC)
2) José Pimentel (PT-CE)
3) Fátima Bezerra (PT-RN)
4) Gleisi Hoffmann (PT-PR)
5) Paulo Paim (PT-RS)
6) Marta Suplicy (PMDB-SP)
7) Acir Gurgacz (PDT-RO)
8) Lasier Martins (PSD-RS)
9) Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
10) Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
11) Eduardo Braga (PMDB-AM)
Indefindo
1) Roberto Rocha (PSB-MA)
Fonte: Diap
26/06/2017 -
Centrais Sindicais reafirmam protestos contra
reformas, dia 30 de junho
As Centrais Sindicais se reuniram nesta sexta (23),
na sede do Dieese, em São Paulo, e divulgaram Nota
Conjunta em que conclamam parar o Brasil contra a
reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da
aposentadoria.
A Agência Sindical cobriu a reunião e repercute a
Nota e declarações de sindicalistas.
O texto enfatiza que as Centrais têm acompanhado os
desdobramentos da crise econômica, política e
social, bem como a tentativa de retirada dos
direitos dos trabalhadores, através das reformas
trabalhista e da Previdência.
O texto também exalta a ação unitária, que tem
resultado em grandes mobilizações em todo o País,
como nos dias 8 de março, 15 de março, na Greve
Geral em 28 de abril e no Ocupa Brasília dia 24 de
maio. Como resultado do amplo movimento,
conseguiu-se frear a tramitação da Reforma da
Previdência e tivemos uma primeira vitória na
reforma trabalhista, com a reprovação na Comissão de
Assuntos Sociais do Senado.
Mas, destaca a Nota, ainda não enterramos essas
reformas, e por esse motivo, continuamos em luta.
Nesse contexto, as Centrais reunidas nesta sexta
(23) conclamaram as entidades de trabalhadores a
construir o dia 30 de junho de 2017 e o seguinte
calendário de luta:
Dia 27: audiência dos presidentes das Centrais
Sindicais no Senado; 27 a 29: ações nos aeroportos,
nas bases dos senadores e no Senado; dia 30: parar o
Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos
direitos e da aposentadoria.
OUTRAS - No dia da votação da reforma trabalhista no
Senado, mobilização em Brasília.
Para as Centrais, a unidade de ação é crucial na
luta, sobretudo em momentos conturbados como o
atual.
Assinam a Nota CUT, Força Sindical, UGT, Nova
Central, CTB, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas e
CGTB.
A Agência falou com alguns dirigentes, que
reafirmaram a expectativa de um protesto forte dia
30. Segundo o secretário-geral da Força Sindical,
João Carlos Gonçalves (Juruna), disse que as
Centrais seguem na “para influenciar o que será
decidido no Congresso Nacional”. “Vamos mobilizar
para que os trabalhadores paralisem suas atividades
e pressionar o Senado, não vamos dar espaço para
aprovação das reformas”, afirma.
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da
Intersindical, destaca que o clima de unidade e luta
prevalece entre as Centrais. “Vamos ampliar a
mobilização e o diálogo com a população. Dia 30
vamos parar o brasil contra as reformas”, frisa.
O diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio,
destaca que o cronograma das Centrais está voltado
para a pressão no Senado, visando influir no
processo de votação. “Esperamos obter no plenário
uma votação contrária à aprovação da reforma
trabalhista”, comenta.
Mais informações: sites das Centrais
Fonte: Agência Sindical
26/06/2017 -
Câmara analisa projeto que iguala dirigentes de
associações aos de sindicatos
A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei que
iguala os dirigentes e representantes de associações
de trabalhadores aos dirigentes sindicais.
A proposta, ainda não numerada, foi elaborada pela
Comissão de Legislação Participativa a partir de uma
sugestão (86/16) apresentada pela Associação dos
Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil.
A proposição estende aos representantes das
associações as garantias dadas aos dirigentes
sindicais pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT – Decreto-Lei 5.452/43), que é alterada pelo
projeto.
Transferência ou dispensa
Entre essas garantias, está a de não poder ser
impedido do exercício de suas funções nem
transferido para lugar que dificulte o desempenho
das atribuições sindicais.
A lei vigente também proíbe a dispensa do empregado
sindicalizado ou associado em cargo de direção ou
representação de entidade sindical ou de associação
profissional.
Livre organização
O texto foi relatado pela deputada Erika Kokay (PT-DF)
e aprovado no último dia 13 pela Comissão de
Legislação Participativa. Segundo a parlamentar, a
medida favorece a livre organização e amplia os
mecanismos de defesa coletiva dos trabalhadores.
“Dada a similaridade da atuação dos representantes
das associações de trabalhadores com a atuação dos
dirigentes sindicais, é justo que se estendam as
garantias que a ordem jurídica trabalhista já coloca
à disposição das organizações sindicais”, afirmou
Kokay.
Tramitação
A proposta será numerada e analisada por comissões
técnicas da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
26/06/2017 -
Terceira Turma decide que aposentada não tem direito
a participação em plano de saúde
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) decidiu, por unanimidade, que uma ex-empregada
do Banco Bradesco, já aposentada, não pode continuar
a usufruir do plano de saúde fornecido pela empresa
por tempo indeterminado e nas mesmas condições de
quando estava na ativa.
Os ministros levaram em conta que o plano era custeado
totalmente pela empregadora e que isso não
caracterizava o pagamento de salário indireto –
portanto, a ex-empregada não contribuía para o plano
de saúde.
A aposentada, que trabalhou por 22 anos no banco,
argumentou que, desde a sua admissão, participava do
plano de saúde e que passou a arcar integralmente
com seu pagamento após a aposentadoria.
TJSP
Com base no artigo 31 da Lei 9.656/98, o acórdão de
segunda instância decidiu que ela teria direito a
permanecer com a cobertura que possuía enquanto na
ativa se arcasse com a totalidade dos custos, ou
seja, se pagasse a sua parcela e a que era suportada
pela ex-empregadora.
O Bradesco alegou que a aposentada nunca pagou pelo
plano de saúde e que sua contribuição é requisito
legal para manter a condição do ex-empregado como
beneficiário, “nas mesmas condições de cobertura
assistencial de que gozava quando da vigência do
contrato de trabalho, desde que assuma seu pagamento
integral” (artigo 30 da Lei 9.656/98).
No entanto, o acórdão proferido pelo Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJSP) entendeu que não há
necessidade de contribuição de forma direta, pois o
pagamento do plano tem natureza de salário e,
portanto, seria custeado de forma indireta pelos
empregados.
Sem natureza salarial
No entendimento da relatora do processo, ministra
Nancy Andrighi, a ex-empregada não contribuiu de
forma direta para o plano de saúde e, por isso, não
atendeu aos requisitos legais necessários para
usufruir dele após a extinção do contrato de
trabalho.
Segundo a ministra, benefícios como assistência
médica, hospitalar e odontológica – prestada
diretamente ou mediante seguro-saúde –, não têm
natureza de salário in natura, conforme previsto no
artigo 458 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
“Os benefícios do parágrafo segundo do artigo 458 da
CLT, entre os quais estão o oferecimento de planos
de assistência médica e odontológica, não devem ser
tratados como salário, mas sim um incentivo aos
empregadores para colaborar com o Estado na garantia
mínima dos direitos sociais dos trabalhadores”,
explicou a relatora. Esta notícia refere-se ao(s)
processo(s): REsp 1627049
Fonte: STJ
26/06/2017 -
Fíbria Celulose vai fornecer desjejum a empregados
admitidos antes da supressão do benefício
A Fibria Celulose S.A., do Espírito Santo, foi
absolvida pela Terceira Turma do Tribunal Superior
do Trabalho da condenação ao fornecimento de
desjejum aos empregados contratados após a empresa
ter determinado a supressão do benefício, por não se
tratar de obrigação legal, mas manteve o benefício
aos empregados que já trabalhavam antes da
supressão, por entender que a vantagem já estava
incorporada ao contrato de trabalho.
A questão foi levantada em ação civil coletiva
ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Extrativas de Madeira e Atividades
Florestais nos Municípios de Aracruz, Ibiraçú,
Fundão, João Neiva, Serra, Colatina e Santa Tereza,
na qual pedia o restabelecimento do fornecimento da
refeição, composta por pão com manteiga e leite. O
desjejum, segundo o sindicato, sempre foi servido
gratuitamente aos empregados industriais, florestais
e portuários, mas foi suprimido em 14/2/2015.
Condenada em primeira e segunda instâncias a
fornecer a refeição a todos os empregados, a Fibria
recorreu ao TST, sustentando que a refeição era
fornecida por mera liberalidade, que pode ser
suprimida a qualquer tempo, e conseguiu a reforma
parcial da decisão do Tribunal Regional do Trabalho
da 17ª Região (ES) que manteve a sentença.
Segundo o relator do apelo empresarial, ministro
Alberto Bresciani, a empresa deve manter o
fornecimento aos empregados contratados antes da
supressão, uma vez que o benefício era concedido
habitualmente e não podia ser alterado, suprimido ou
mesmo revogado por norma posterior (artigo 468 da
CLT e Súmula 51 do TST), já estando incorporado ao
contrato de trabalho do empregado.
Por outro lado, como não se trata de obrigação
prevista em lei, o relator afirmou que não há
sentido em deferir o desjejum aos trabalhadores
contratados após a supressão do benefício. Por
unanimidade, a Turma proveu parcialmente o recurso.
Após a publicação do acórdão, houve a interposição
de recurso extraordinário, que visa levar a
discussão ao Supremo Tribunal Federal. A
admissibilidade desse recurso cabe à
Vice-Presidência do TST. Processo: ARR-285-97.2015.5.17.0121
Fonte: TST
23/06/2017 -
Para sindicalistas, diálogo com ministro do Trabalho
não inibe mobilizações
Sindicalistas consideraram positivo o encontro da
quarta (21), em Brasília, entre Força Sindical, UGT,
Nova Central, CSB e o ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira. Na pauta, os possíveis vetos ao texto da
reforma trabalhista, caso aprovada no Senado sem
alterações.
A Agência Sindical ouviu o secretário de Organização
Políticas Sindicais da UGT, Chiquinho Pereira, e o
secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna). De acordo com Juruna, “a ideia é
seguir o diálogo, sem abrir mão das mobilizações nas
bases e da pressão junto aos senadores”.
Segundo Chiquinho, o titular do Trabalho se
comprometeu a intermediar, junto a Temer, medidas
que amenizem efeitos nocivos da reforma. “O ministro
se mostrou sensível, principalmente ante temas como
o negociado sobre o legislado, trabalho
intermitente, trabalho insalubre de grávidas,
homologações nas empresas e outros itens”, afirma.
Para o ugetista, não se pode fazer reformas dessa
magnitude sem ampla discussão. “O governo quer
aprovar de qualquer maneira as reformas. E nós
queremos debater. Mas sem imposições. Tem de haver
uma discussão mais responsável, porque isso mexe com
toda a população”, alerta.
Chiquinho, que também preside o Sindicato dos
Padeiros de São Paulo, enfatiza que a reunião foi
mais um gesto para tentar reduzir o impacto do PLC
38/17. Ele confirma a informação de Ricardo Patah,
presidente da UGT, da possibilidade de reunião com
Temer nas próximas semanas. “A luta segue. A decisão
na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) indica que
senadores começam a entender o prejuízo da reforma
aos trabalhadores. Vamos manter a mobilização”.
Resposta - Juruna informa que o ministro
Nogueira deve enviar às Centrais um conjunto de
propostas relativas à reforma, resgatando conversas
anteriores à votação do relatório nas Comissões.
Fonte: Agência Sindical
23/06/2017 -
Em audiência pública, magistrados defendem melhor
gestão da Previdência
Representantes do Poder Judiciário e da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) manifestaram-se contrários
à reforma da Previdência e disseram que é preciso
mudar a legislação em relação ao parcelamento de
dívidas com a Previdência e melhorar a gestão das
contribuições.
No início da audiência pública da Comissão
Parlamentar de Inquérito da Previdência nesta
quinta-feira (22), o relator da CPI, senador Hélio
José (PMDB-DF), disse que tem sido ameaçado para
atender aos interesses do governo na comissão, mas
assegurou que não se submeterá ao “balcão de
negócios”.
- Nosso compromisso aqui é com a verdade. Nosso
compromisso com a CPI é demonstrar e desmascarar
essa conta fascista que está sendo colocada,
querendo somar regime próprio social com Regime
Geral da Previdência - afirmou Hélio José.
A comissão vinha ouvindo, nas últimas audiências
públicas, representantes das instituições que mais
devem à Previdência. A audiência com representantes
do Poder Judiciário, nesta quinta-feira teve como0
objetivo discutir os melhores caminhos para
solucionar a questão previdenciária.
A magistrada do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, que trabalha com previdência social, Vanessa
Vieira de Melo, afirmou que o problema da
Previdência é a retirada de valores para o pagamento
de juros da dívida ativa. Segundo a magistrada,
atualmente 30% dos recursos pagos para a Previdência
não vão para o pagamento de aposentadorias e
benefícios.
- Há toda uma campanha na sociedade de desinformação
e de lesão àqueles que trabalham e que sustentam
esse regime previdenciário. Atualmente, 30% dos
recursos pagos para a Previdência são passados hoje,
na verdade, para pagamentos outros que não sabemos.
Porque tudo fica muito vago para a sociedade, fica
tudo infelizmente mal explicado - afirmou.
O magistrado do Tribunal Regional Federal da 5ª
Região Flávio Roberto Ferreira de Lima afirmou que é
preciso melhorar a legislação para que a arrecadação
ocorra de forma mais regular e intensa, de acordo
com a capacidade dos agentes econômicos. Ele
criticou a facilidade e liberdade de parcelar
dívidas com a Previdência.
- O empresário que não quer pagar, ele olha: “Não!
Eu não vou recolher”, mesmo tendo capacidade
econômica, porque daqui a pouco vem um Refis, um
parcelamento. E aquele que paga, que tem dificuldade
de competir, ele, que é o mais sofrido, ele se sente
como? Esse tipo de parcelamento tem que ser
alterado, com critérios mais rigorosos. Talvez por
lei complementar em vez de lei ordinária- sugeriu
Flávio.
Para o presidente da Associação dos Magistrados do
Distrito Federal e Territórios, Fábio Francisco
Esteves, o Brasil já mostrou maturidade suficiente
para que os cidadãos participem do processo
legislativo, especialmente quando se trata de
matérias de grande repercussão. Para ele, a CPI pode
ter um papel relevante ao tornar transparentes as
informações acerca da Previdência.
- As associações ligadas à magistratura e ao
Ministério Público tentaram, nas poucas
possibilidades que tiveram de participação na
comissão especial. Pudemos perceber o quanto se
debateu acerca de Previdência - afirmou.
O representante da OAB-DF, Manoel de Medeiros
Dantas, disse que conviveu com o resultado da
ineficiência do INSS ao ter sido procurador da
instituição. Segundo ele, é preciso uma melhoria nos
processos administrativos do INSS, para evitar a
judicialização de problemas dos segurados.
O presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS),
chamou a atenção para um dado do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), trazido
pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), de que
100 milhões de pessoas serão prejudicadas com a
reforma da Previdência.
- Deputados e senadores, pensem bem. Pensem bem no
impacto que vai ter na sociedade e na própria
economia - disse Paim.
Fonte: Agência Senado
23/06/2017 -
STF: Sete ministros confirmam validade de delações
da JBS; julgamento é suspenso
Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
votaram nesta quinta-feira (22) pela permanência do
ministro Edson Fachin como relator dos processos
sobre as delações da JBS. A maioria também
acompanhou o voto proferido pelo relator a favor da
validade das delações já homologadas pela Corte.
Apesar da maioria formada, a sessão foi suspensa e
será retomada na próxima quarta-feira (28).
Até o momento, seguiram o relator os ministros
Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Para eles, na fase de homologação, cabe ao
Judiciário verificar somente a legalidade do acordo,
sem interferência nos benefícios da delação e nas
declarações dos investigados ao Ministério Público.
Na próxima sessão, vão proferir seus votos Gilmar
Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e a
presidente, Cármen Lúcia.
O julgamento foi motivado por uma questão de ordem
apresentada pelo ministro Edson Fachin, que teve
origem nas delações da empresa. Os questionamentos
sobre a legalidade dos acordos da JBS foram
levantados pela defesa do governador de Mato Grosso
do Sul, Reinaldo Azambuja, um dos citados nos
depoimentos dos executivos da empresa. A defesa
contesta a remessa do processo a Fachin, além dos
benefícios concedidos ao empresário Joesley Batista,
um dos donos da JBS.
Fonte: Agência Brasil
23/06/2017 -
Fachin abre prazo de cinco dias para PGR decidir se
denuncia Temer
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), decidiu nesta quinta-feira (22) abrir prazo
para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestar sobre o inquérito aberto para investigar
o presidente Michel Temer, a partir das delações da
JBS. A partir da intimação, a PGR terá prazo legal
de cinco dias para decidir sobre eventual denúncia
contra o presidente e outros citados nas
investigações, entre eles, o ex-deputado federal
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Na decisão, o ministro não se pronunciou sobre o
pedido de Policia Federal (PF) para prorrogar por
mais cinco dias o inquérito aberto para investigar o
presidente e Loures. Com a decisão, a PF deverá
anexar as diligências que ainda faltam, como o laudo
das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista
com o presidente, nos próximos dias.
No início do mês, a investigação já foi prorrogada
pela primeira vez a pedido da PF, que alegou
necessidade de mais tempo para concluir as
investigações, iniciadas a partir das citações do
nome do presidente nas delações dos executivos da
JBS.
Na sexta-feira (9), o advogado Antônio Mariz de
Oliveira, representante de Temer, informou ao
ministro que o presidente decidiu não responder às
perguntas enviadas pela Polícia Federal no
inquérito. Além disso, a defesa pediu o arquivamento
das investigações e fez críticas ao teor do
questionário enviado pelos delegados.
Para a defesa de Temer, o questionário é um “acinte
à sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa” e
atenta contra os “direitos individuais inseridos no
texto constitucional”. “ O presidente e cidadão
Michel Temer está sendo alvo de um rol de abusos e
de agressões aos seus direitos individuais e à sua
condição de mandatário da nação que colocam em risco
a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio
Estado Democrático de Direito”, destaca o documento.
Fonte: Agência Brasil
23/06/2017 -
Eduardo Braga apresenta voto em separado contra a
reforma trabalhista
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou o
primeiro voto em separado (relatório alternativo)
contra a reforma trabalhista na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A votação
do projeto de lei da Câmara (PLC 38/2017) na
comissão está prevista para a próxima quarta-feira
(28).
Para que o voto em separado de Eduardo Braga seja
submetido a votação, os senadores precisariam
rejeitar o voto do relator na CCJ, senador Romero
Jucá (PMDB-RR). Líder do governo no Senado, Jucá
defende o texto aprovado pela Câmara dos Deputados.
Nas dez páginas do voto em separado, Eduardo Braga
afirma que a reforma trabalhista fere a
Constituição, a legislação trabalhista e o Regimento
Interno do Senado. Ele critica a pressa para a
aprovação da matéria.
O PLC 38/2017 recebeu 678 emendas nas Comissões de
Assuntos Econômicos, Assuntos Sociais e
Constituição, Justiça e Cidadania. Mas nenhuma
emenda foi aceita pelos relatores Ricardo Ferraço
(PSDB-ES) e Romero Jucá.
Para Eduardo Braga, o texto do jeito que está
provoca um desequilíbrio nas relações entre
empregadores e empregados.
– O que se tem verificado é a completa submissão do
trabalhador aos interesses do empresariado. A
matéria tem sido discutida de forma açodada. Em que
pese as inúmeras sugestões enviadas pelas diversas
representações dos trabalhadores e da sociedade
civil, não houve qualquer alteração do conteúdo do
projeto de lei em exame, como se ele refletisse os
anseios de patrões e empregados – disse Eduardo
Braga.
O senador apresentou 16 emendas ao texto. Todas
rejeitadas. Segundo ele, eram tentativas de sanar
violações à Constituição previstas na reforma
trabalhista. No voto em separado, Eduardo Braga
lista sete dessas violações.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
23/06/2017 -
Confiança da Indústria cai 2,3 pontos em prévia da
FGV
O Índice de Confiança da Indústria apresentou uma
queda de 2,3 pontos na prévia de junho, na
comparação com o resultado consolidado de maio,
chegando a 90 pontos, em uma escala de zero a 200
pontos. Caso o resultado se confirme na pesquisa
consolidada deste mês, será a primeira queda do
indicador depois de três altas consecutivas. A
pesquisa foi feita pela Fundação Getúlio Vargas.
A prévia mostra que os empresários estão menos
confiantes em relação tanto ao presente quanto ao
futuro. O Índice de Expectativas recuou 3,2 pontos,
chegando a 92,5 pontos, e o Índice da Situação Atual
(ISA) diminuiu 1,3 ponto, atingindo 87,7 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da
Indústria (NUCI) recuou 0,1 ponto percentual na
prévia de junho, indo para 74,6%. O resultado
manteria o NUCI relativamente estável em relação ao
mês anterior.
Para a prévia de junho de 2017 foram consultadas 786
empresas entre os dias 1º e 20 deste mês. O
resultado final da pesquisa será divulgado no dia 28
próximo.
Fonte: Agência Brasil
23/06/2017 -
CNI: Confiança do empresário cai no mês de junho
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(ICEI) caiu para 51,9 pontos em junho, uma redução
de 1,8 ponto na comparação com maio. O indicador cai
pela primeira vez após quatro meses de estabilidade,
de acordo com a Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Na análise da entidade, o país ainda enfrenta
dificuldades para superar a crise. "Como ainda
mantém-se acima da linha divisória de 50 pontos, o
ICEI revela que os empresários permanecem
confiantes, mas a confiança se reduziu entre maio e
junho", diz o estudo divulgado nesta quinta-feira
(22).
Os indicadores da pesquisa variam em uma escala que
vai de zero a 100 pontos. De acordo com o estudo,
quando o índice fica acima de 50 pontos, os
empresários estão confiantes. A CNI observa, no
entanto, que o índice de junho é insuficiente para
estimular o investimento industrial. Embora esteja
6,2 pontos acima do registrado em junho do ano
passado, a confiança do empresário continua abaixo
da média histórica de 54 pontos.
"Com a queda de junho, a confiança fica ainda mais
distante do nível necessário para a recuperação da
economia", afirma o economista da CNI Marcelo
Azevedo, em nota divulgada pela entidade.
A confiança é maior nas grandes empresas, segmento
em que o ICEI alcançou 54,1 pontos. Nas pequenas
empresas, o indicador ficou em 48,8 pontos, abaixo
da linha divisória dos 50 pontos, que separa o
otimismo do pessimismo. A indústria extrativa foi o
segmento que apresentou a maior queda em relação a
maio, passou de 57,6 para 52,7.
O indicador de expectativas caiu de 57,4 pontos em
maio para 54,9 pontos em junho, o que mostra a
redução do otimismo dos empresários em relação à
situação da economia brasileira e das empresas nos
próximos seis meses. Já o indicador que revela a
percepção dos industriais sobre a situação atual das
empresas e da economia ficou estável, em 46 pontos,
indicando, de acordo com o estudo, que o empresário
ainda percebe piora do ambiente corrente de
negócios.
A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de junho, com
2.958 empresas. Dessas, 1.173 são pequenas, 1.112
são médias e 673 são de grande porte. O ICEI
antecipa tendências de produção e de investimento.
Fonte: Agência Brasil
23/06/2017 -
Projeto reserva vaga de trabalho para menor aprendiz
com deficiência
Proposta em análise na Câmara dos Deputados assegura
ao menor aprendiz com deficiência até metade das
vagas reservadas em empresas a pessoas com
necessidades especiais. É o que prevê o Projeto de
Lei 5260/16, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT).
Atualmente, a lei que define os Planos de Benefícios
da Previdência Social (8.213/91) obriga empresas com
mais de cem empregados a preencher de 2% a 5% dos
seus postos de trabalho com funcionários
reabilitados ou com deficiência.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – 5.452/43)
também obriga as empresas a reservarem de 5 a 15% de
suas vagas para aprendizes. “Não há, entretanto,
obrigatoriedade de reserva de vagas para pessoas com
deficiência”, explica o parlamentar.
“Tal restrição não se justifica, considerando que a
aprendizagem é, sem dúvida, uma relação de trabalho
que merece ser estimulada, especialmente por sua
finalidade de formação técnico-profissional,
dirigida aos jovens iniciantes no mercado”, defende
o autor do projeto.
Segundo a CLT, o contrato de aprendizagem é aquele
em que o empregador se compromete a assegurar ao
aprendiz formação técnico-profissional e o aprendiz,
a executar com dedicação as tarefas necessárias a
essa formação.
Bezerra explicou ainda por que decidiu limitar as
contratações de aprendizes à metade do número total
de vagas para pessoas com deficiência na empresa.
“Se não houver esse limite, a finalidade da norma
poderá ser desvirtuada com a utilização da
aprendizagem para o preenchimento de todas as vagas
reservadas a pessoas com deficiência, em prejuízo
aos contratos de emprego”, completou.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Desenvolvimento
Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de Defesa
dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
23/06/2017 -
Câmara rejeita projeto do governo que criava funções
comissionadas
A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou projeto
do governo (PL 3429/08) que cria funções de
confiança denominadas Funções Comissionadas do Poder
Executivo (FCPE). O colegiado seguiu o parecer do
relator da proposta, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA),
que recomendou a rejeição por inadequação
orçamentária.
Pelas regras da Câmara dos Deputados, a rejeição por
inadequação orçamentária implica o arquivamento do
projeto. A proposta foi apresentada pelo governo do
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governo alegou que o objetivo do projeto de lei é
criar 2.477 FCPEs em substituição aos cargos em
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores (DAS), sem impacto orçamentário. Mas o
relator afirmou que o texto não demonstra que a
criação das funções não elevará as despesas
públicas.
Dotação orçamentária
Rocha afirmou que o projeto não atende aos requisitos
determinados pela Constituição, que exige, para a
criação de cargos e funções no serviço público,
prévia dotação orçamentária suficiente para atender
às projeções de despesas, e a autorização em anexo
da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o que não
aconteceu.
Além disso, o projeto elevaria o limite de gasto do
governo sem propor corte de outras despesas, como
determina a Emenda Constitucional 95, que criou o
teto de gastos públicos.
O deputado Hildo Rocha afirmou ainda que a Medida
Provisória 731/16, convertida na Lei 13.346/16,
transformou parte dos cargos em comissão do DAS
(níveis 1 a 4) em FCPEs.
Fonte: Agência Câmara
22/06/2017 -
Diretoria da Nova Central parabeniza senadores pela
rejeição da Reforma Trabalhista
A diretoria e o presidente da Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos
parabeniza os senadores que rejeitaram terça-feira
(20), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do
Senado, o relatório da Reforma Trabalhista elaborado
pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que é
favorável ao desmonte da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
Por 10 votos a 9, a maioria dos membros da comissão
mostraram que ouviram o apelo dos trabalhadores (as)
e do povo brasileiro. O resultado também é um
esforço das Centrais Sindicais, num permanente
processo de diálogo com congressistas, mostrando os
riscos da aprovação deste texto para a qualidade de
vida da classe trabalhadora brasileira.
“Entre os votos contrários, agradecemos
especialmente, o senador Paulo Paim (PT-RS), que leu
seu voto em separado, apresentou documento em defesa
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e em
substitutivo ao texto de Ferraço, posicionamento
este, que foi seguido de forma coerente e
inteligente pela maioria dos senadores da CAS: Hélio
José (PMDB-DF), Ângela Portela (PDT/RR), Humberto
Costa (PT/PE), Paulo Rocha (PT/PA), Regina Sousa
(PT-PI), Eduardo Amorim (PMDB-SE), Otto Alencar
(PSD-BA), Lídice da Mata (PSB-BA) e Randolfe
Rodrigues (REDE-AP)”, relata Calixto.
Apesar da vitória, a luta pela manutenção dos
direitos trabalhistas deve continuar. O relatório do
senador Paim será avaliado pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) e, por fim, pelo
plenário do Senado. Por isso, de acordo com o
presidente Calixto a Nova Central seguirá sua luta
para que a Reforma Trabalhista seja completamente
rejeitada.
“Manteremos nos firmes na luta contra a
flexibilização direitos da população brasileira,
adquiridos após anos de lutas da classe
trabalhadora, movimentos sindicais e sociais, e
conclamamos toda a sociedade para uma nova Greve
Geral, no dia 30 de junho, para pressionar nossos
congressistas contra as reformas Trabalhista e da
Previdência”, concluiu.
Fonte: NCST
22/06/2017 -
87% dos brasileiros querem eleição direta, aponta
pesquisa
Pesquisa do DataPoder360 realizada de 17 a 19 de
junho de 2017, aponta que 87% querem eleições
diretas para escolher um novo presidente e 79%
acreditam que Michel Temer não tem mais condições de
governar e deve renunciar.
A pesquisa foi feita para avaliar o impacto das
revelações trazidas pela delação premiada do
empresário Joesley Batista, da JBS.
Temer é rejeitado por 75% dos brasileiros, sendo que
apenas 2% consideram o governo positivo.
Considerando que em maio deste anos, Temer tinha 65%
de avaliação negativa, esse é um aumento
significativo num curto espaço de tempo.
Fonte: Portal Vermelho
22/06/2017 -
Paim diz que base do governo está 'constrangida' com
reformas
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta
quarta-feira (21) que os senadores que compõem a
base do governo estão “constrangidos” a votar as
reformas trabalhista (PLC 38/2017) e da Previdência.
Para Paim, as propostas são “violentas” e mesmo as
lideranças governistas não estão confortáveis com
elas.
— Eu vejo os senadores votando constrangidos. Não
tem um senador, na minha avaliação, que defenda
essas duas reformas. O relator [Ricardo Ferraço
(PSDB-ES)] já não defende. O próprio líder do
governo [Romero Jucá (PMDB-RR)] diz que é obrigado a
encaminhar por obrigação de ofício, mas você vê na
fala dele que não há alma, não há sentimento.
Paim lembrou que Ferraço criticou pontos da reforma
trabalhista e sugeriu que o presidente da República,
Michel Temer, os solucionasse com vetos. Paim,
porém, avalia essa ideia como inviável porque não se
sabe “quem será o presidente no próximo mês”, devido
à crise política. Paim pediu que o Senado “assuma
sua responsabilidade” e modifique o projeto.
O senador afirmou que apresentará um voto em
separado pela rejeição da reforma na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que a
colocará em pauta na semana que vem. O texto,
segundo ele, está sendo elaborado em parceria com
juízes e procuradores do Trabalho. Ele também fez um
apelo ao presidente do Senado, Eunício Oliveira,
para que reúna os líderes e relatores e costure um
acordo.
— Esse 'tudo ou nada' não é bom para ninguém —
argumentou.
Fonte: Agência Senado
22/06/2017 -
CCJ confirma votação da reforma trabalhista dia 28
O PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista, vai
ser votado no próximo dia 28 na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). A confirmação foi
feita na reunião desta quarta-feira (21), depois de
quase duas horas de discussão entre oposicionistas e
o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que
também é o relator da proposta no colegiado. Ficou
definido ainda que haverá duas audiências públicas
sobre o tema em 27 de junho.
Conforme o acordo, no dia 28 haverá uma reunião
extraordinária com início às 9h45 para leitura dos
votos em separado ao relatório lido nesta quarta que
forem apresentados. A leitura será feita até às 16h;
a partir daí, será iniciada a fase de debates, com
dez minutos de discussão para cada senador. A
seguir, será feita a votação, que será precedida dos
encaminhamentos.
A preocupação do líder governista era não deixar que
os trabalhos fossem atrasados ou que a votação não
ocorresse no dia 28. A oposição, por sua vez,
insistia na importância de se garantir aos
parlamentares tempo para discussão de um tema
considerado tão relevante.
Embates
A reunião desta quarta-feira foi aberta com senadores
alegando que a pauta deveria ter sido publicada ao
menos dois dias úteis de antecedência, conforme
prevê o Regimento Interno. Eles também pediram a
realização de audiências públicas para tratar de
questões ligadas à constitucionalidade da proposta.
— As outras comissões [Assuntos Sociais e Assuntos
Econômicos], abordaram só o mérito. Aqui estamos
para analisar aspectos constitucionais. Essa
comissão se diferencia das duas outras — alegou
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Outro impasse foi quanto ao dia da leitura dos votos
em separado. A oposição queria ler os votos na
próxima quarta-feira, dia 28, o que foi negado
inicialmente pelo líder Romero Jucá (PMDB-RR).
— O problema é que os votos em separado agora são
diferentes dos que foram apresentados na CAS e na
CAE. Queremos ler na quarta porque o país vai parar.
Haverá mobilizações em todo o Brasil — afirmou
Lindbergh Farias (PT-RJ).
Romero Jucá lembrou que houve um acordo que permitiu
a dispensa do interstício regimental de dois dias
úteis para publicação da pauta. Além disso, ele
inicialmente insistiu para que a leitura dos votos
em separado não se tornasse meio de obstrução dos
trabalhos.
— Vir para cá na quarta-feira e ficar lendo voto até
a noite não é razoável. O Regimento não obriga a ler
voto em separado. Basta que seja apresentado,
justamente para não servir de instrumento de
postergação. Senão alguém pode passar três dias
lendo voto para obstruir os trabalhos da casa —
afirmou.
Jucá afirmou ainda que, se os governistas detectarem
a intenção deliberada para atrasar ou impedir a
votação, ele usará o Regimento para encerrar a
discussão.
— Para deixar bem clara minha posição: se houver
entendimento da base do governo de que está havendo
algum tipo de prejuízo para não se votar no dia 28,
usarei mão do Regimento. Depois não venham dizer que
quebrei acordo [...] Nosso compromisso é votar
dentro do princípio da razoabilidade. Serei fiador e
executor desse compromisso — afirmou.
A afirmação foi entendida como ameaça pelo líder do
PT, Lindbergh Farias, que reagiu:
— Saiba que se Vossa Excelência vier com seu trator,
estamos prontos para resistir aqui dentro —
retrucou.
Mediação
Com a mediação do presidente em exercício da CCJ,
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), os senadores
finalmente chegaram a um acordo de que não haverá
obstrução, e a votação será feita em horário
considerado razoável.
Os convidados para as duas audiências públicas ainda
serão definidos. A intenção dos senadores é ouvir
juristas sobre questões processuais trabalhistas e
constitucionais. Anastasia recomendou a oitiva de
seis convidados pela manhã e seis à tarde.
Fonte: Agência Senado
22/06/2017 -
Fábio Ramalho defende aprovação de idade mínima na
reforma da Previdência
O presidente da Câmara em exercício, Fábio Ramalho,
defendeu nesta quarta-feira (21) que o Congresso
aprove uma idade mínima na reforma da Previdência
(PEC 247/16). Ele sugeriu 65 anos para homens e 62
para mulheres, com regras de transição, e propôs que
outras alterações nas aposentadorias e pensões sejam
apresentadas pelo próximo governo, em 2019.
“A Previdência tem que ser encarada de frente, mas
temos que resguardar o direito de cada pessoa ter
uma aposentadoria e saber de onde vão sair os
recursos. Penso que avançar agora na idade é
urgente. No próximo governo, daqui a um ano e sete
meses, começa-se uma conversa e um entendimento com
toda a população sobre a necessidade da reforma”,
afirmou.
Segundo Ramalho, mesmo em um contexto de crise
política, as instituições estão funcionando
normalmente, e as propostas são tratadas cada uma no
seu tempo. Ele deu como exemplo a reforma política e
defendeu a aprovação de uma proposta até setembro,
para que possa valer nas eleições de 2018. Ramalho
também explicou que as festas juninas diminuíram o
ritmo de votações nesta semana e que, na próxima, a
Câmara volta à normalidade.
Fonte: Agência Câmara
22/06/2017 -
Senado aprova prioridade especial para idosos com
mais de 80 anos
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (21)
o projeto (PLC 47/2015) que altera o Estatuto do
Idoso para garantir às pessoas com mais de 80 anos
prioridade especial sobre os demais idosos, ou seja,
aqueles acima de 60 anos. Essa preferência vai valer
para processos judiciais e atendimentos de saúde,
exceto em situações de emergência. A relatora da
proposta na Comissão de Direitos Humanos, senadora
Regina Sousa (PT-PI), defende a distinção entre as
faixas de idade pelas dificuldades de mobilidade e
maior vulnerabilidade dos octogenários. A matéria
segue para sanção presidencial.
Fonte: Agência Senado
22/06/2017 -
Ministro diz que geração de empregos em maio
confirma recuperação econômica
Os números positivos do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) do mês de maio reforçam o
otimismo em relação à recuperação da economia
brasileira. A avaliação é do ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, que apresentou os dados nesta
terça-feira (20) à tarde, na sede do Ministério do
Trabalho, em Brasília. Ele destacou que, pelo
segundo mês consecutivo e pela terceira vez este
ano, o país tem números positivos na abertura de
vagas. “Depois de dois anos consecutivos de números
negativos, agora podemos constatar que a economia
volta a dar sinais de recuperação, e um dos
indicadores fundamentais que comprovam a recuperação
econômica é a geração de empregos”, afirmou.
O Caged mostra que 34.253 novos postos de trabalho
formal foram abertos em maio, o que representa
aumento de 0,09% em relação a abril. No acumulado do
ano, o crescimento foi de 48.543 postos de trabalho
– uma diferença significativa em relação ao mesmo
período dos dois anos anteriores. O ministro lembrou
que os números foram negativos nos acumulados de
janeiro a maio de 2016 (-448.011 empregos) e de 2015
(-243.948 postos de trabalho).
Setores - Outro sinal de recuperação apontado por
Ronaldo Nogueira é que, dos oitos principais setores
da economia, quatro tiveram resultados positivos em
maio – Serviços, Indústria da Transformação,
Administração Pública e Agropecuária. “Acreditamos
que a economia se consolida mês a mês e os setores
vêm apresentando sinais de recuperação”, disse.
De acordo com o ministro, mesmo nos setores em que
houve queda, como comércio e algumas áreas
industriais, a redução foi menor, quando comparada
com os meses de maio de 2016 e 2015. Além disso,
essas são áreas em que, normalmente, a geração de
vagas é menor, nessa época do ano.
Tendência positiva - Ronaldo Nogueira salientou que
a redução do desemprego no primeiro semestre é vista
“com bons olhos” pelo governo. A tendência, segundo
ele, é de continuidade na abertura de postos de
trabalho nos próximos meses.
A expectativa é sustentada pelo histórico do
mercado. O Caged de anos anteriores indica que os
meses de maio a julho costumam ser de estabilidade,
sem grandes saltos para cima ou para baixo. “O pico
ocorre nos meses de agosto, setembro e outubro,
quando temos uma maior geração de empregos. É uma
tendência”, explicou o ministro. “Até porque o
Brasil tem uma capacidade extraordinária de superar
as dificuldades.”
Fonte: MTb
22/06/2017 -
Pelo 2º mês consecutivo, Brasil tem desempenho
positivo na geração de empregos
Em maio, 34.253 novos postos de trabalho formal
foram criados no país
Pelo segundo mês consecutivo, e pela terceira vez
este ano, o Brasil teve saldo positivo na geração de
empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta
terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho, 34.253
novos postos de trabalho formal foram abertos em
maio, um aumento de 0,09% em relação a abril. O
resultado também foi positivo se considerados os
números de janeiro a maio. No acumulado do ano,
houve um crescimento de 48.543 postos de trabalho,
representando uma expansão de 0,13% em relação ao
estoque de empregos que havia em dezembro de 2016.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, avalia
que, aos poucos, o país vem recuperando os empregos
fechados nos últimos anos devido às crises econômica
e política registradas no país. “O governo federal
tem feito um esforço grande e constante para adotar
medidas que incentivem a geração de empregos. E o
resultado nós temos visto no desempenho do Caged
desde o ano passado, mas, sobretudo, nos últimos
meses”, afirma.
Setores
Dos oito principais setores da economia, quatro
tiveram desempenho positivo. O principal foi a
Agropecuária, que gerou 46.049 novos postos de
trabalho, um crescimento de 2,95%. As culturas
responsáveis por esse resultado foram o café,
sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo;
e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de
Janeiro.
Os outros setores com performance positiva foram os
Serviços, que tiveram acréscimo de 1.989 postos
(+0,01%); a Indústria de Transformação, com 1.433
vagas a mais (+0,02%); e a Administração Pública,
que gerou 955 vagas formais (+0,11%). Tiveram saldo
negativo os setores do Comércio, que fechou 11.254
postos (-0,13%); da Construção Civil, com 4.021
vagas a menos (-0,18%); da Indústria Extrativa
Mineral, com resultado negativo de 510 postos
(-0,26%); e dos Serviços Industriais de Utilidade
Pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).
Desempenho regional
A região que mais gerou empregos em maio foi o
Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho
formal. Os estados que se destacaram foram Minas
Gerais, que teve saldo positivo de 22.931 postos, e
São Paulo, que gerou 17.226 novas vagas. Esses
resultados se devem principalmente ao aumento na
oferta de vagas formais na Agropecuária, Serviços e
Indústria.
A segunda região com maior crescimento no nível de
emprego foi o Centro-Oeste, com acréscimo de 6.809
postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de
372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas
regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595).
Fonte: MTb
22/06/2017 -
Auditoria em benefícios sociais evita prejuízo de R$
9 bilhões aos cofres públicos
Monitoramento realizado pelo Ministério da
Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU)
conseguiu, nos últimos doze meses (maio de 2016 a
maio de 2017), evitar um prejuízo de R$ 9,32 bilhões
aos cofres públicos. O montante resulta,
principalmente, de recomendações oriundas de
trabalhos de auditoria e fiscalização, como
avaliação contínua de programas sociais, revisão das
regras e suspensão de benefícios indevidos.
Em quatro políticas públicas, a CGU orientou os
ministérios gestores pela atualização das
informações cadastrais e cessação do pagamento de
benefícios com indícios de concessão ou manutenção
irregulares. Após a adoção das providências
cabíveis, foi possível contabilizar uma economia
potencial: Auxílios-Doença e Aposentadorias por
Invalidez do INSS (R$ 4,5 bilhões); Benefícios de
Prestação Continuada – BPC (R$ 2,2 bilhões);
Seguro-Defeso do Pescador Artesanal (R$ 1,6 bilhão);
e Bolsa-Família (R$ 1,02 bilhão).
De forma geral, para fiscalizar o cumprimento dos
requisitos dos programas sociais, a CGU realiza
cruzamento das informações declaradas pelos
beneficiários em várias bases de dados
governamentais, a exemplo da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais); Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged); Sistema de
Controle de Óbitos (Sisobi); Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS); Sistema Integrado de
Administração de Recursos Humanos (Siape); Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); entre outras.
As recomendações foram expedidas pela CGU em
relatórios de Auditorias Anuais de Contas ou de
Avaliação da Execução de Programas de Governo,
posteriormente encaminhados aos órgãos responsáveis;
bem como debatidas em grupos de trabalhos entre os
órgãos do Governo Federal. No caso do Bolsa Família,
por exemplo, a exclusão de benefícios indevidos
permitiu zerar a fila de espera para acesso ao
Programa.
Trabalho conjunto
O prejuízo evitado resulta de um trabalho conjunto
do Ministério da Transparência (CGU) e dos órgãos e
entidades do Poder Executivo Federal. Além dos
benefícios financeiros, que são quantificados
monetariamente, há aqueles que geraram impacto
positivo na gestão, tais como a melhoria nos
controles internos, aprimoramento de normativos e
aperfeiçoamento da prestação de serviços públicos e
promoção de sustentabilidade ambiental.
Desde 2012, a economia decorrente da atuação da CGU
é de quase R$ 18 bilhões. O valor inclui o
cancelamento de licitação/contrato com objeto
desnecessário; recuperação de valores pagos
indevidamente; redução nos valores
licitados/contratados; elevação da receita; e
eliminação de desperdícios ou redução de custos
administrativos, entre outras medidas.
Fonte: Jusbrasil
21/06/2017 -
CAS rejeita relatório sobre projeto da reforma
trabalhista
O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
sobre o projeto da reforma trabalhista (PLC 38/2017)
foi rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) no início da tarde desta terça-feira (20). Por
um placar de 10 votos contrários ao relatório e 9 a
favor o texto deixou de constituir o parecer da
comissão. Com a rejeição do relatório de Ferraço, a
presidente Marta Suplicy (PMDB-SP) pôs em votação o
voto em separado de Paulo Paim (PT-RS), que foi
aprovado em votação simbólica. O parecer segue agora
para a CCJ.
Fonte: Agência Senado
21/06/2017 -
Rejeição da reforma trabalhista em comissão do
Senado repercute no Plenário da Câmara
A rejeição da reforma trabalhista nesta terça-feira
(20) pela Comissão de Assuntos Sociais, do Senado,
repercutiu na Câmara. O colegiado derrotou parecer
do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), por 10 a 9, e
aprovou o voto em separado do senador Paulo Paim
(PT-RS), que recomenda a rejeição do texto do Poder
Executivo aprovado pelos deputados.
Durante sessão extraordinária no Plenário da Câmara,
parlamentares da oposição e da base governista
apresentaram nesta tarde avaliações divergentes
sobre a votação na comissão do Senado.
Os deputados Pedro Uczai (PT-SC), Assis Mello
(PCdoB-RS) e Ivan Valente (Psol-SP) comemoraram o
resultado.
“É uma esperança da mobilização que deveremos fazer
para pressionar o Senado e derrotar essa famigerada
e criminosa reforma trabalhista, que é o desmonte da
CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], da Justiça
do Trabalho e do movimento sindical”, disse Uczai.
“Foi uma grande e importante vitória que os
trabalhadores tiveram no Senado. Não só derrotamos o
relatório do senador Ferraço, como foi aprovado o
voto em separado do senador Paim. Portanto, voltam
as coisas, ou pelo menos há um sinal disso, à
normalidade no País”, afirmou Mello.
“Preparem-se para a greve geral do dia 30. Se não
passa a reforma trabalhista, não passa a da
Previdência, que precisa de mais votos”, avaliou
Valente. Como se trata de uma Proposta de Emenda à
Constituição, a reforma da Previdência exige, para
ser aprovada, 308 votos na Câmara e 49 no Senado.
Aposta no Plenário
Já os deputados Mauro Pereira (PMDB-RS) e Silvio
Torres (PSDB-SP) minimizaram o resultado na Comissão
de Assuntos Sociais e afirmaram que a proposta do
governo será aprovada no Plenário do Senado.
“O processo democrático é assim mesmo, está passando
por uma comissão no Senado, depois vai para outra,
depois vai para o Plenário. Temos que dar
oportunidade para os patrões gerarem empregos com
tranquilidade, que tenham segurança jurídica”,
defendeu Pereira.
“O resultado da votação da reforma trabalhista em
uma das comissões do Senado de forma nenhuma vai
impedir o avanço da modernização das leis no
Brasil”, disse Torres. “Confio no Senado, que será,
sem dúvida, vitorioso na votação contra o atraso.”
Durante a viagem que faz à Rússia, o presidente
Michel Temer seguiu na mesma linha ao comentar a
derrota da reforma trabalhista. “Isso é muito
natural. Passa por várias comissões, ganha numa
perde na outra. O que importa é o Plenário”, disse
Temer a jornalistas.
A proposta (PL 6787/16 na Câmara, PLC 38/17 no
Senado) segue a tramitação normal e será apreciada
agora pela Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania antes de ir ao Plenário do Senado. Se
modificado naquela Casa, o texto retornará à Câmara.
Fonte: Agência Câmara
21/06/2017 -
Sindicalismo unido faz passeata e panfletagem no
Centro de São Paulo
As Centrais Sindicais promoveram na manhã desta
terça (20) manifestação, passeata e panfletagem
pelas ruas do Centro de São Paulo. Foi o início do
Esquenta Greve Geral na capital paulista, que terá
manifestações durante todo o dia contra as reformas
neoliberais de Temer.
Os manifestantes se concentraram na Praça do
Patriarca e seguiram pelo Centro Velho, abordando as
pessoas e explicando as maldades das reformas
propostas pelo governo.
Força - O secretário-geral da Força Sindical,
João Carlos Gonçalves (Juruna), disse que a
mobilização mostrou a força do trabalhador.
"Mostramos que unidos temos grande poder. O próximo
passo será o Ocupa Senado, que está mantido para o
dia 28. Vamos avaliar se faremos uma greve geral ou
um Dia Nacional de Lutas", explica.
CTB - Para Adilson Araújo, presidente da CTB,
o esquenta de hoje foi muito positivo. "Faltou
quentão para aquecer ainda mais a manifestação".
Para ele, é preciso manter as mobilizações.
"Tudo que fizermos é válido. Se não der para ocupar
o Senado, faremos uma vigília em Brasília. E mesmo
que o governo atropele e aprove a reforma
trabalhista, temos outras lutas, como a Previdência
e a derrubada desse governo. É preciso colocar esse
País nos trilhos e a greve geral pode ser uma
saída", ressalta Adilson.
CSP- Conlutas - Luiz Carlos Prates (Mancha)
contou que a da CSP-Conlutas segue trabalhando nas
bases, para conscientizar os trabalhadores. "Hoje,
pela manhã, fizemos diversos encontros nas nossas
bases. Não podemos baixar a guarda. Essa
manifestação mostra que o a classe trabalhadora
segue mobilizada", diz.
Nova Central - O presidente da NCST São
Paulo, Luiz Gonçalves, destaca que com a
manifestação desta terça "o trabalhador mostrou sua
indignação”. “Temos que continuar a pressionar.
Vamos avaliar esse esquenta e partir para o Ocupa
Senado dia 28. A greve geral do dia 30 está
mantida", afirmou.
O Esquenta Greve Geral está ocorrendo em todo o
País, nas principais capitais brasileiras. O
sindicalismo também promoveu atividades em vários
aeroportos, para sensibilizar os parlamentares que
embarcavam para Brasília.
Ainda em São Paulo, às 17 horas, ocorre Ato Político
na Praça da Sé; e, às 18h30, o “Arraial Contra as
Reformas" esquenta o final de tarde dos paulistanos,
com shows e apresentações culturais.
Reunião - As Centrais se reúnem na sexta
(23), às 14h30, na sede do Dieese, para avaliar o
esquenta e traçar os próximos passos no combate às
reformas.
Fonte: Agência Sindical
21/06/2017 -
Plenário do Senado pode votar reforma trabalhista
até o final do mês
Depois da votação na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), os pareceres das três
comissões responsáveis pela analise do projeto da
reforma trabalhista (PLC 38/2017) seguirão para o
Plenário do Senado. Pelo Regimento Interno, o
Plenário é soberano para decidir como deve votar a
matéria. Os pareceres são considerados “opiniões”
para instruir a proposta. O relatório divergente
também pode ser considerado. No entanto, geralmente,
o Plenário vota nos termos da comissão mais
pertinente que, neste caso, é a CCJ.
O relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a
reforma trabalhista será debatido e votado na CCJ no
próximo dia 28. O parecer de Ricardo Ferraço
(PSDB-ES) – que mantém o texto da Câmara dos
Deputados – já foi aprovado na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), mas rejeitado, nesta terça-feira
(20), pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que
aprovou voto em separado (relatório alternativo) do
senador Paulo Paim (PT-RS).
Paim votou pela rejeição total do projeto. Jucá já
adiantou que seu voto será pela constitucionalidade
da proposta e que manterá, no mérito, o texto de
Ferraço, ao qual dará prioridade. Junto ao relatório
a ser lido nesta quarta-feira (21) na CCJ, também
será pedido regime de urgência para a matéria.
– E será votado aquele que o Plenário entender que
tem prioridade. Portanto, não muda nada, não muda a
posição do governo, não muda o plano de aprovar a
reforma trabalhista, porque é importante para o
Brasil. Agora, o embate político vai ocorrer em cada
fase, é natural, é legítimo. A oposição tem que
fazer o jogo dela mesmo, a gente respeita – disse
Jucá.
A previsão do presidente do Senado, Eunício
Oliveira, é de que a matéria chegue ao Plenário
ainda no próximo dia 28.
– O meu compromisso com os líderes e com o país é
que ela seja votada ainda neste semestre. Está
dentro do calendário. Eu não vou atropelar. Não há
requerimento de urgência enquanto ela não tramitar
nas três comissões que por mim foram designadas –
informou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
21/06/2017 -
Temer diz que confia na aprovação da reforma
trabalhista no plenário do Senado
O presidente Michel Temer minimizou a rejeição do
parecer da reforma trabalhista nesta terça-feira
(20) na Comissão de Assuntos sociais (CAS) do
Senado. Temer disse não ter sido surpreendido pela
rejeição do relatório do senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), que era defendido pela base governista.
“Isso é muito natural. Passa por várias comissões,
ganha numa perde na outra. O que importa é o
plenário”, disse o presidente ao falar com
jornalistas durante a viagem que faz à Rússia.
Temer lembrou que durante a tramitação da proposta
na Câmara ocorreu algo similar. “Vocês se recordam
que, no caso da Câmara dos Deputados, também houve
um primeiro momento em que a urgência não chegou a
ser votada ou aprovada. E que depois foi a plenário
e ganhamos com muita facilidade”, disse o
presidente. “Agora [no Senado] vai ser votada no
plenário, e o plenário vai decidir. Lá o governo vai
ganhar. A estratégia é maioria simples e vai
ganhar”, acrescentou.
Com a rejeição do relatório do senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES) pelo placar de 10 a 9, o voto em
separado apresentado por Paulo Paim (PT-RS) segue
agora para a Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), onde o relator é o senador Romero Jucá
(PMDB-RR).
Fonte: Agência Brasil
21/06/2017 -
Relator da MP propõe adiar fim das desonerações
sobre folha de pagamento
O senador Airton Sandoval (PMDB-SP) propôs adiar o
fim das desonerações de contribuições
previdenciárias de julho de 2017 para janeiro de
2018. O fim das desonerações da folha de pagamento
consta da Medida Provisória 774/2017, da qual ele é
o relator na comissão mista que analisa a matéria. A
MP acaba com a permissão para o recolhimento com
base nas receitas brutas das empresas, que voltarão
a contribuir sobre a folha de pagamentos.
— A vigência [da mudança] no meio do exercício
financeiro é o que mais me incomodou – afirmou o
senador, avaliando que a medida editada pelo governo
pode gerar prejuízos para o planejamento das
empresas.
A decisão sobre a MP ficará para a próxima semana,
depois da leitura do relatório de Sandoval, ao qual
foi concedida vista coletiva. A ideia é que até lá o
relator e o governo possam chegar a um acordo sobre
a matéria, que o Executivo considera importante no
esforço de ajuste fiscal. Airton Sandoval, no
entanto, demonstrou preocupação com o impacto da
medida sobre os níveis de emprego.
O senador defende a manutenção do benefício pelo
menos para os setores inicialmente contemplados com
a desoneração, em 2011: tecnologia da informação,
teleatendimento, calçados e vestuário. A estimativa
dos empresários ouvidos pela comissão mista que
analisa a MP é de 280 mil desempregados com o fim da
desoneração apenas nesses setores. O relatório
também mantém o benefício paras indústrias de
defesa. “O propósito é assegurar as condições para a
instalação e desenvolvimento internos de tecnologias
sensíveis e estratégicas”, explica o relator.
Sandoval espera que a retomada da atividade
econômica desestimule as demissões. Ele admitiu que
o adiamento da entrada em vigor da desoneração, de
julho deste ano para janeiro de 2018, pode trazer
alguma dificuldade adicional para o governo atingir
a meta de déficit primário estimada em R$ 138
bilhões. Ainda assim, ele entende que um aumento de
receitas da Previdência não pode se basear no
sacrifício de empresas e trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
21/06/2017 -
TRT3: Trabalhador que cumpria jornada de mais de 13
horas diárias será indenizado por dano existencial
Um trabalhador que cumpria jornada extensa na
distribuidora de bebidas onde trabalhou por mais de
dois anos conseguiu obter o direito a uma
indenização por dano existencial no valor de R$ 10
mil. A decisão é da 4ª Turma do TRT de Minas, ao
reformar a sentença que havia indeferido o pedido.
A juíza sentenciante reconheceu que a jornada
trabalhada era de segunda a sábado, das 7h às 20h30
min, com 15 minutos de intervalo. Por esta razão,
condenou a distribuidora ao pagamento de horas
extras, mas indeferiu a reparação por dano
existencial, pretendida com base no mesmo contexto.
No entanto, ao julgar o recurso apresentado pelo
trabalhador, a desembargadora Paula Oliveira
Cantelli chegou à conclusão diversa. Dando razão aos
argumentos apresentados na inicial, entendeu que o
cumprimento de uma jornada diária de mais de treze
horas prejudicava a capacidade do trabalhador de
exercer as demais funções da vida em sociedade.
Considerando o período de sono do homem médio de 8
horas por dia, ponderou que restavam a ele duas
horas e 30 minutos para as demais atividades, como,
higiene pessoal, deslocamento casa-trabalho-casa,
convívio com a família e os amigos, estudos, dentre
outros.
"O dano existencial é uma espécie de dano moral
decorrente de uma frustração que impede a realização
pessoal do trabalhador, afetando negativamente sua
qualidade de vida. Os projetos pessoais e as
relações sociais dos trabalhadores são frustrados
devido a condutas ilícitas praticadas por seus
empregadores", explicou.
A decisão amparou-se na Constituição Federal, que
reconhece como direitos sociais a educação, a saúde,
a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, entre
outros. Ainda conforme registrado, a Constituição
limita a jornada a oito horas e a carga semanal a 44
horas. Já a CLT dispõe, no artigo 59, que "a duração
normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas)¿.
De acordo com ela, trata-se de norma de
interpretação restritiva e limitadora e que tem por
objetivo a proteção da saúde do trabalhador.
"O direito fundamental do trabalhador à saúde,
perpassa, necessariamente, pelo respeito à limitação
da jornada, como corolário da dignidade humana, do
valor social do trabalho e da função social da
empresa, não descurando-se, ainda, que a saúde tem a
sua base fundamental no direito à vida. O
trabalhador, enquanto ser que aliena a sua força de
trabalho, tem direito à desconexão", registrou.
Diante desse contexto, a julgadora deu provimento ao
recurso para deferir a reparação por dano
existencial. A indenização foi arbitrada em R$10
mil, valor considerado apto pela Turma julgadora a
reparar as lesões sofridas pelo autor em sua esfera
imaterial.
Fonte: Jusbrasil
21/06/2017 -
Participação nos lucros depositada em plano de
previdência poderá ser isenta de IR
Os recursos de participação nos lucros ou resultados
(PLR) depositados pela empresa no plano de
previdência complementar dos seus empregados estarão
isentos do pagamento do Imposto de Renda da Pessoa
Física (IRPF). É o que determina o Projeto de Lei
5398/16, em tramitação na Câmara dos Deputados.
O projeto foi apresentado pelos deputados Goulart
(PSD-SP) e Rogério Rosso (PSD-DF) e altera a Lei
7.713/88, que trata do IRPF.
O PLR foi regulamentado pela Lei 10.101/00. A norma
prevê a possibilidade de os empregados receberem das
empresas participação nos seus resultados
financeiros, segundo a negociação entre estes. É
comum, segundos os deputados, que o PLR seja
depositado, em nome do empregado e com a
concordância dele, no plano de previdência
complementar patrocinado pela empresa.
Ausência legal
Os parlamentares explicam que a legislação tributária
não define a forma de tributação do PLR depositado.
A Lei 7.713 restringe-se a isentar do IRPF os
depósitos do empregador no plano de previdência
complementar do empregado, sem mencionar a origem. O
projeto visa resolver de vez a questão.
“Dessa forma, os recursos depositados pela empresa,
no plano de benefícios previdenciários, qualquer que
seja a sua origem ou justificativa, mesmo que
decorrentes de pagamento de PLR, estarão isentos.
Isso afastará a insegurança jurídica que atualmente
paira sobre o tema”, disseram os deputados na
justificativa do PL 5398.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões
de Seguridade Social e Família; Finanças e
Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
21/06/2017 -
Trabalhador litigante de má-fé poderá ser condenado
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei
5187/16, da deputada Gorete Pereira (PR-CE), que
inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT,
Decreto-lei 5.452/43) a condenação ao trabalhador
litigante de má-fé.
De acordo com o Código de Processo Civil (CPC, Lei
13.105/15), pode ser punido pela litigância de má-fé
quem, durante um processo judicial, apresentar
recursos meramente protelatórios, alterar a verdade
dos fatos ou se utilizar de processos para conseguir
objetivos ilegais, entre outras ações. A proposta
reproduz a previsão do CPC para a CLT.
O texto estabelece multa para o litigante de má-fé
de 1% do valor da causa, a mesma prevista no CPC.
Além da multa, o trabalhador deverá indenizar a
empresa, além de pagar os honorários dos advogados
patronais. O valor da indenização será de, no
máximo, 20% do valor da causa.
Segundo Gorete Pereira, a Justiça do Trabalho
dificilmente condena o trabalhador ao pagamento de
multa e indenização por perdas e danos, ainda que
sejam verificados indícios de ocorrência de má-fé e
de crime de falso testemunho. “As empresas são,
muitas vezes, induzidas a celebrar acordos em
reclamações que não têm qualquer fundamento fático
ou jurídico”, disse.
Advogado
O advogado também pode ser solidariamente responsável
por perdas e danos se tiver ajudado no pedido de
má-fé. “Não seria justo atribuir a responsabilidade
apenas à parte, reclamante ou reclamada, salvo na
hipótese de ela ter induzido o seu procurador em
erro, o que, obviamente, pode excluir a
responsabilidade”, disse Pereira.
O texto prevê que o trabalhador beneficiário da
assistência judiciária gratuita deverá pagar os
honorários de perícia se perder a causa. Atualmente,
a CLT isenta o beneficiário desse custo.
Renúncia a direito
A proposta estabelece que, caso o trabalhador não
compareça à audiência, estará renunciando ao direito
postulado. Atualmente, a CLT prevê apenas o
arquivamento da reclamação, que pode ser pedida
novamente depois.
A proposta limita ao interessado na ação a execução
dos títulos executivos extrajudiciais, como nota
promissória ou crédito pela causa ganha. Atualmente,
o juiz ou tribunal onde a causa foi julgada também
pode executar o título.
“O impulso processual deve ser dado pela parte, e a
parte deve zelar pelo comparecimento, evitando que a
Justiça do Trabalho seja assoberbada por ações
repetitivas, injustificadas, fruto de mera
facilitação”, disse Pereira.
Pelo projeto, o Ministério Público deverá oferecer,
se for o caso, em 30 dias a denúncia por crime de
falso testemunho nos casos de litigância por má-fé,
após requisição judicial.
Quando o processo ficar mais de dois anos sem
movimentação por inação de uma das partes, incidirá
a prescrição intercorrente, que estabelece o fim do
prazo.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo, e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania (inclusive quanto ao mérito).
Fonte: Agência Câmara
20/06/2017 -
Reunião de Centrais e Sindicatos define em SP o
esquenta desta terça
Centrais e vários Sindicatos se reuniram nesta
segunda (19), na sede dos Motoristas e Trabalhadores
em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, bairro
da Liberdade, para discutir a organização do
“esquenta greve” de terça (20) em todo o País.
As lideranças confirmaram panfletagem e
intensificação das conversas com trabalhadores em
portas de fábricas, garagens de ônibus, comércios,
aeroportos e com pedestres em pontos variados da
cidade. O esquenta, que começa à meia-noite e segue
terça adentro, prepara lideranças e bases para a
greve geral do dia 30 contra as reformas e ataques a
direito dos trabalhadores.
Determinação - O presidente da CGTB, Ubiraci
Dantas (Bira), lembrou que desde a greve geral, em
28 de abril, a situação do emprego só piorou, as
condições de permanência do governo ilegítimo de
Michel Temer também, com novas denúncias de
corrupção. Bira destacou que não se pode mais frear
a determinação do trabalhador para a greve: “Não dá
pra substituir a vontade do povo. A greve tem de
sair de qualquer jeito”, reiterou.
Resistência - O presidente da CTB, Adilson
Araújo, avaliou que Temer continua no cargo de
presidente porque o golpe só terá valido a pena se
as reformas forem aprovadas. “Não temos outra
alternativa, temos de resistir”, disse. Concluiu:
“Vamos fazer o dia 30 de luta, de muita
resistência”, garantiu.
Insatisfação - Já o secretário da Executiva
Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates
(Mancha), ressaltou o descontentamento da classe
trabalhadora com as medidas recessivas de Temer e do
Congresso: “Na base existe uma insatisfação muito
grande e a insatisfação cresce. É preciso
transformar insatisfação em ação. É por isso que é
importante a ação das Centrais Sindicais no sentido
de fazer o esquenta, ir pra base das categorias,
colocar em votação a greve geral e deixar as
assembleias decidirem.”
Luizinho - Mediador do encontro, o presidente
da Nova Central SP Luiz Gonçalves (Luizinho) lembrou
que muitas categorias representadas pelas Centrais,
presentes na plenária dos Condutores, farão
assembleias nos próximos dias para confirmar
participação na paralisação geral. “Eu acredito que
teremos um movimento muito forte dia 30. As
manifestações do dia 20 com certeza serão bem
representativas e haverá aprovação de documento
referendando o calendário de mobilização. A
conjuntura é difícil, mas não existe
desmobilização”, garantiu.
Também participaram da reunião, pela CUT: Vagner
Freitas (presidente nacional), Douglas Izzo (CUT
SP), Paulo Estausia (Confederação Nacional
Trabalhadores em Transporte e Logística); Antônio
Carlos Cordeiro (Intersindical); Wagner Farjado (Fenametro);
Chiquinho Pereira (secretário de Organização
Sindical da UGT); Vilson Mesquita da Silva (Simtratecor);
Kátia Rodrigues (FESSP); Ilda Fiori (CMB), Leonildo
Bittencourt Canabrava (Sindicato dos Trabalhadores
da Central do Brasil, que representa os funcionários
da Linha 11-Coral), entre outros.
Fonte: Agência Sindical
20/06/2017 -
Participantes de audiência afirmam que não há apoio
da OIT à reforma trabalhista
Convidados de audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos (CDH), nesta segunda-feira (19),
apon taram como falsas as afirmativas de que o
projeto da reforma trabalhista (PLC 38/2017) obteve
a chancela da Organização Internacional do Trabalho
(OIT). Para os convidados, além de nunca ter
existido manifestação de apoio de qualquer instância
da OIT à proposta, as linhas da reforma colidem
frontalmente com princípios consagrados nas
convenções internacionais criadas a partir dos
esforços dessa agência, braço da Organização das
Nações Unidas (ONU) para questões de trabalho.
Foi lembrado que a OIT, por meio de sua Comissão de
Peritos, divulgou relatório após a recente
Conferência de Genebra no qual condena a aplicação
da negociação coletiva com o objetivo de
flexibilizar direitos definidos em lei, na linha que
estaria sendo seguida pela reforma brasileira. De
acordo com o representante do Ministério Público do
Trabalho, Renan Bernardi Kalil, o comitê deixou
claro que a negociação coletiva foi concebida para
estabelecer condições de trabalho mais favoráveis do
que aquelas estabelecidas em lei, “não para rebaixar
direitos”.
- Cria-se uma situação em que trabalhadores não vão
mais querer usar a negociação coletiva. O
instrumento terá sua credibilidade afetada diante da
sociedade, ficando prejudicado o processo de
pacificação social, que é, afinal, o que se deseja –
criticou.
A vice-presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho, Noemia Aparecida
Garcia Porto, foi enfática ao dizer que o projeto
afronta tanto a Constituição como as Convenções da
OIT, a exemplo da Convenção 98, que trata do direito
de organização e de negociação coletiva. Observou
que o texto acaba com o sistema obrigatório de
financiamento dos sindicatos, mas sem definir
transição ou soluções alternativas. Na prática,
concluiu, haverá o desmantelamento da representação
dos trabalhadores, uma “ofensa à liberdade
sindical”.
- Preponderaria, sem dúvida, um sistema anômalo,
muito mais grave para a liberdade sindical do que o
atualmente vigente - afirmou.
Para Noemia, o resultado geral da reforma é a
descaracterização do "caráter protetivo" do Direito
do Trabalho no Brasil. Como exemplo, destaca a
precarização das normas relativas à segurança e
saúde no trabalho, com a admissão da possibilidade
de negociação sobre o grau de insalubridade, o
pagamento por produtividade e a prorrogação da
jornada em ambientes insalubres sem licença prévia
dos órgãos competentes.
Críticas a relator
A audiência foi sugerida pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), que também dirigiu os trabalhos. O objetivo
foi debater as reformas previdenciária e
trabalhista, esta com base em princípios definidos
em diversas convenções da OIT. Logo no início foi
lembrado que a suposta chancela da OIT ao projeto da
reforma trabalhista constou do relatório do senador
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) à Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), onde a matéria já foi aprovada.
Ferraço também é o relator na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), que deve votar a proposta nesta
terça-feira (20).
Antônio Lisboa, da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), disse que habitualmente a OIT relaciona casos
para debate durante suas conferências e que, a
partir de denúncia feita pelas centrais sindicais, a
reforma trabalhista brasileira chegou a ser cogitada
para entrar na lista desse ano, mas acabou ficando
de fora dos 24 casos finalmente abordados. A seu
ver, por “ignorância ou estupidez”, o relator
Ferraço interpretou que essa exclusão significou o
arquivamento do caso e uma espécie de aval da
entidade ao projeto.
- O que posso assegurar é que a imagem do governo
brasileiro, se já era ruim, piorou ao se expor a
organização internacional desse modo – afirmou.
Lisboa reconheceu que, de todo modo, a reforma em
debate no país motiva atenção no exterior. Segundo
ele, o “capital internacional” tem profundo
interesse na aprovação, pois o que passar no Brasil
servirá de modelo para outras partes do mundo. Mas
salientou que as centrais sindicais continuam firmes
no propósito de derrubar a reforma, inclusive
renovando a denúncia já feita à OIT caso o projeto
seja aprovado.
Álvaro Egea, da Central dos Sindicato Brasileiros
também condenou a afirmativa de que a OIT apoia a
reforma trabalhista. Disse que a proposta tem “vício
de origem”, pois não passou pelo “diálogo social”.
Segundo ele, as mudanças só atendem ao empresariado,
interessado em acabar com as leis trabalhistas para
restabelecer o “regime de escravidão” no país.
Greve geral
Paim, em diversos momentos, disse que o presidente
Michel Temer não tem credibilidade para liderar
reformas que afetam tão profundamente os direitos
dos brasileiros. No caso da Previdência, voltou a
condenar os argumentos de que o sistema seja
deficitário, apontando como problema maior os
desvios e a falta de gestão. Pediu para que os
eleitores pressionem os senadores de seus estados
para rejeitar a proposta, além de pedir apoio à
próxima greve geral contra as reformas, programada
para 30 de junho.
- Temer é quem está capitaneando as duas reformas.
Faz delas seu ‘cavalo de Troia’, vendendo uma imagem
bonita para liquidar os interesses do povo, tanto de
quem trabalha quanto de quem um dia quer se
aposentar – acusou Paim.
Para Alexandre Caso, da Intersindical - Central da
Classe Trabalhadora, o que está acontecendo no país
é continuidade de um “golpe”. Observou que os
brasileiros que elegeram a chapa da presidente Dilma
Rousseff não votaram no programa de reformas que
agora Temer, o vice “traidor”, trabalha para
aprovar.
Fonte: Agência Senado
20/06/2017 -
Paim critica reforma trabalhista e destaca acusações
contra Michel Temer
O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou em discurso a
votação da reforma trabalhista (PLC 38/2017) do
governo Temer, que está marcada para esta
terça-feira (20) na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS). Paim disse que, ao não revistar o texto que
saiu da Câmara dos Deputados, o Senado deixa de
exercer seu papel constitucional. Ele lembrou que
até o relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), já
reconheceu que o projeto tem trechos inadequados.
Segundo Paim, muitos senadores se recusam a alterar
o PLC 38/2017 por causa de um acordo com o Palácio
do Planalto, para votar a proposta rapidamente, sem
alterações. O problema, disse Paim, é que o acordo
foi firmado com um presidente da República que está
sendo acusado "de chefe de quadrilha" pelo
empresário Joesley Batista em entrevista à revista
Época.
— E eu falo com senador, eu falo com relator, e
todos dizem que [a reforma trabalhista] tem
problema, mas dizem que o chefe mandou. Eu estou
preocupado, não estou fazendo a acusação contra
ninguém aqui. ‘Não, mas o presidente mandou’. E quem
é o presidente? É o chefe — disse Paim em Plenário
nesta segunda-feira (19), mostrando a capa da
revista.
"Prisão arbitrária"
Paim também classificou de arbitrária a prisão de
Jeferson Fernandes, deputado estadual gaúcho e
presidente da Comissão de Direitos Humanos da
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Segundo
o senador, o deputado estadual, que é do PT, foi
preso, na última quarta-feira (14), durante operação
da Brigada Militar em ação de reintegração de posse
de terreno ocupado por famílias sem moradias de
Porto Alegre.
Para o senador, essa é mais uma ação contra os
movimentos sociais que lutam, nas mais diversas
frentes, pela manutenção de direitos e por melhorias
nas condições de vida de pessoas.
— Parece que a violência vai no aspecto físico e
também no aspecto de mudar a legislação com essa
reforma da Previdência e trabalhista. Como eles
estão percebendo que está havendo uma reação da
população, começam a botar a força de repressão. A
que ponto nós estamos chegando?
Fonte: Agência Senado
20/06/2017 -
Sindicatos prometem ir à OIT contra proposta de
reforma trabalhista
Representantes sindicais prometeram, em audiência
pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) nesta segunda-feira (19), fazer
uma denúncia junto à Organização Internacional do
Trabalho (OIT) se a reforma trabalhista (PLC
38/2017), em análise no Senado, passar da forma como
está.
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), ainda é cedo para
formalizar uma queixa. Paim alertou para o fato de
que não houve concordância da OIT em relação ao
texto em votação no Senado.
Fonte: Agência Senado
20/06/2017 -
Bancos que devem à Previdência afirmam que recursos
estão em disputa judicial
Em sessão esvaziada, a CPI da Previdência no Senado
ouviu nesta segunda-feira os representantes dos
cinco bancos que mais devem a Previdência Social.
Juntos, o valor da dívida alcança mais de R$ 1,3
bilhões , segundo dados da Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional.
Todos os representantes dos bancos alegam que as
instituições têm o direito de recorrer na Justiça de
cobranças que acreditam serem irregulares. Eles
questionam o pagamento do imposto para o INSS de
verbas como auxílio-creche, vale transporte ou
alimentação e o terço constitucional de férias.
O diretor do Bradesco, Marcelo Santos, argumentou
que não poderia ser cobrado imposto previdenciário
sobre esses recursos.
O relator da CPI, senador Hélio José, do PMDB,
criticou o que chamou de jeitinho dos bancos para
não pagar o imposto.
O presidente da Comissão, senador Paulo Paim, do PT,
disse que a saída é dar suporte para a Receita
cobrar a dívida na Justiça.
Os cinco maiores bancos devedores do INSS são
Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil
e Caixa Econômica Federal. Como a sessão estava
esvaziada, os representantes dos bancos não foram
questionados por parlamentares e ficaram de
responder as perguntas feitas pelo relator até a
próxima sessão da comissão.
Fonte: Portal EBC
20/06/2017 -
Comissão aprova interrupção de prazo de prescrição
para ação trabalhista
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou proposta que interrompe o prazo de
prescrição de dois anos, após a demissão, para
reivindicar direito trabalhista quando for ajuizada
ação civil pública sobre o mesmo direito.
O projeto (PL 6650/13) foi apresentado pelo deputado
Carlos Bezerra (PMDB-MT) e recebeu parecer favorável
da relatora, deputada Flávia Morais (PDT-GO). A
proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT, Decreto-lei 5.452/43).
A deputada elogiou a proposta. “A medida proposta
representa economia processual, privilegiando ações
coletivas”, disse Morais.
Tramitação
O PL 6650/13 tramita em caráter conclusivo e será
analisado agora na Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
20/06/2017 -
Quem não é membro de sindicato não deve pagar
contribuição assistencial
Mesmo com previsão em convenção coletiva, a
contribuição assistencial não pode ser cobrada
compulsoriamente do empregado não associado ao
sindicato da categoria. Seguindo esse entendimento,
a 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu,
por unanimidade, que os empregados da Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo não precisam
pagar a "contribuição". A decisão reformou
entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região (SP).
Na reclamação trabalhista, o Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde
de Campinas sustentava que a Irmandade, apesar de
fazer o desconto em folha de todos os empregados,
não estava repassando as contribuições assistenciais
de alguns deles. Pedia o recolhimento dos meses não
repassados, acrescidos de multa e juros de mora.
Em sua defesa, a entidade argumentou que a
contribuição assistencial não poderia ser cobrada
compulsoriamente do empregado não associado ao
sindicato da categoria profissional.
O pedido foi julgado improcedente em primeiro grau,
mas o Regional considerou que, por haver previsão em
convenção coletiva, a contribuição assistencial
poderia ser exigida de toda a categoria e possui
amparo legal no artigo 513, alínea “e”, da CLT. Para
o TRT-2, é “inadmissível” a oposição do trabalhador
que se beneficia com as intervenções do sindicato,
mas se recusa a pagar a contribuição em retribuição
ao esforço da entidade de classe. A decisão trata a
situação como “injusta, que privilegia o exacerbado
individualismo em detrimento da solidariedade que
sempre foi a marca do sindicalismo”.
Livre associação sindical
O relator do recurso da Santa Casa, ministro Augusto
César Leite de Carvalho, observou em seu voto que o
TST tem entendido que as cláusulas coletivas que
obrigam trabalhadores não sindicalizados a recolher
contribuições em favor de sindicatos são nulas, por
violar o direito à livre associação. Esse
entendimento está previsto na Orientação
Jurisprudencial 17 e no Precedente Normativo 119 da
Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST.
O relator explicou que, diferentemente da
contribuição sindical, que é compulsória e tem
origem e natureza tributária determinadas pela
Constituição Federal, a contribuição assistencial
não constitui tributo e, portanto, quando instituída
por norma coletiva, “deverá ser cobrada tão somente
dos filiados ao sindicato, segundo jurisprudência
dominante”, não podendo ser imposta àqueles que não
quiserem se filiar.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Processo 152400-08.2009.5.02.0291
Fonte: Consultor Jurídico
20/06/2017 -
Ministério do Trabalho vai notificar empresas que
não cumprem cota de aprendizagem
"Vamos notificar, a partir da próxima semana, as
empresas que não cumprem a cota aprendizagem a
apresentarem documentação na Gerência Regional do
Trabalho em Campinas. O auditor fiscal do trabalho,
que atender a empresa, vai tirar todas as dúvidas
com relação ao cumprimento de cotas de aprendizes.
Não havendo o cumprimento da legislação, no prazo
estipulado pela fiscalização, as empresas serão
autuadas", alertou a chefe do Setor de Inspeção do
Trabalho da Gerência Regional do Trabalho de
Campinas, Elvira Aparecida Tomazin.
Na última semana, o Ministério do Trabalho (MTb), em
parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT)
e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 15ª
Região, promoveu uma audiência pública sobre
aprendizagem, na cidade paulista, para orientar os
empresários que não cumprem a legislação. O evento
fez parte da 2ª Semana Nacional de Aprendizagem e
teve como foco a conscientização sobre a importância
da contratação de jovens e adolescentes, e a
erradicação do trabalho infantil.
A Lei da Aprendizagem proíbe totalmente o trabalho
no Brasil antes dos 16 anos, a não ser na condição
de aprendiz, a partir dos 14 anos. Pela lei, as
empresas de médio e grande porte devem contratar um
número de aprendizes equivalente a um índice de 5% a
15% do quadro de trabalhadores, em funções que
demandem formação profissional. “A aprendizagem
profissional combina educação e qualificação no
trabalho, dando garantias trabalhistas, além de
segurança e remuneração justa, afastando os jovens
do trabalho infantil”, explica o ministro Ronaldo
Nogueira.
A gerente regional do Trabalho em Campinas (SP),
Liliane Carraro, explicou o papel no MTb na
fiscalização do estrito cumprimento da legislação.
“O programa é, na verdade, de inclusão social, pois
não foca apenas no cumprimento das cotas, mas na
formação de mão de obra qualificada. Não basta
apenas cumprir uma determinação legal. É preciso,
também, difundir a cultura da responsabilidade
social”, completou Liliane.
Foram convidadas a participar da audiência 60
empresas da região, que não estão adequadas à
legislação. Segundo Elvira, cerca de 50% das
empresas presentes no evento já possui aprendizes em
seus quadros funcionais, porém, não atingem a cota
legal, enquanto as demais não possuem aprendizes
contratados.
Erradicação do Trabalho Infantil – O Dia Mundial de
Combate ao Trabalho Infantil foi celebrado em 12 de
junho, por essa razão, os organizadores do evento,
MTB, MPT e TRT 15, assinaram a Carta de Campinas.
Este documento contém uma série de compromissos, na
finalidade de estimular a adoção de medidas para a
erradicação do trabalho infantil. Além disso, a
carta defende que a promoção da aprendizagem
profissional, como política pública, é um importante
aliado no combate desta prática.
Fonte: MTb
19/06/2017 -
Reforma trabalhista deve ser votada pela CAS nesta
terça-feira (20)
O projeto que pretende modificar a legislação
trabalhista brasileira (PLC 38/2017) deve ser
votado, nesta terça-feira (20), na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS). O relator, senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES), manteve o texto aprovado pela
Câmara dos Deputados e pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), com sugestões à Presidência da
República de vetos e aperfeiçoamentos por meio de
medida provisória.
Pelo acordo firmado, os parlamentares terão pelo
menos uma hora e meia para se manifestar sobre a
matéria antes da votação. Um dia depois da votação
na CAS, será a vez de Romero Jucá (PMDB-RR) ler seu
relatório na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ). A previsão é que a passagem pelas
comissões se encerre no dia 28, com a votação na
CCJ. A partir daí, o PLC 38/2017 estará pronto para
análise no Plenário. A intenção do governo é votá-lo
até o início de julho. A oposição quer adiar a
votação para o segundo semestre, no retorno das
atividades legislativas.
Acordos coletivos
O eixo da reforma trabalhista é a prevalência do
negociado sobre o legislado, com reforço aos acordos
coletivos e novo enfoque nas negociações individuais
entre patrão e empregado em vários pontos, como o
acúmulo e uso de banco de horas, horas extras,
compensação de jornada e horários de descanso para a
mulher.
Ricardo Ferraço destaca em seu relatório estudos
sobre os malefícios da rigidez na lei trabalhista,
que o projeto pretende flexibilizar. Segundo ele,
leis excessivamente duras têm efeitos deletérios no
nível de emprego e no crescimento econômico, pois a
regulação pesada dessas relações vem, a seu ver,
associada a “uma economia informal maior, a uma
baixa taxa de participação na força de trabalho e
alto desemprego, atingindo especialmente os jovens”.
O senador também frisa que há salvaguardas e limites
para a prevalência da negociação sobre a lei no
próprio texto do PLC 38, como a manutenção da
participação dos sindicatos nesses acertos. Na
opinião dele, o fim da contribuição sindical
obrigatória cria um poderoso incentivo para que os
sindicatos atendam de fato aos interesses dos
trabalhadores, que só vão contribuir para as
entidades se estiverem satisfeitos com a
representação. Além disso, argumenta, o rol de itens
que não podem em nenhuma hipótese ser negociados —
salário mínimo, 13º salário, remuneração de hora
extra, repouso semanal remunerado, férias e garantia
de pagamento do adicional de um terço do salário,
entre outros — também dá segurança ao empregado.
Vetos
Ricardo Ferraço manteve as recomendações de veto a
seis pontos do PLC, como o trabalho insalubre para
gestantes e lactantes, o acordo individual para
estabelecer a jornada de 12 horas de trabalho por 36
de descanso e a jornada intermitente, apesar de
defender a contratação de trabalhadores por esse
novo formato. Ele disse, em entrevista veiculada em
suas redes sociais, que a contratação diferenciada
para determinados setores da economia, como bares,
hotéis e restaurantes, é a ideal. Mas, para valer de
verdade, exige regras mais detalhadas que podem ser
editadas por uma medida provisória.
— É possível e necessário que você possa contratar
pessoas para trabalhar sexta-feira, sábado e domingo
e a pessoa possa receber proporcionalmente, com
todos os direitos assegurados, carteira de trabalho,
formalização e assim por diante — defendeu.
Votos em separado
Os parlamentares da oposição apresentaram quatro votos
em separado, todos pedindo a rejeição completa do
PLC 38/2017. Durante a reunião da CAS, na última
terça-feira (13), o senador Paulo Paim (PT-RS)
chegou a fazer um apelo para que os senadores
busquem um texto de consenso sobre a reforma
trabalhista, aprimorando o que veio da Câmara, sem
que o Senado abra mão de seu papel de Casa revisora.
— É possível fazer um grande pacto pelo povo
brasileiro, é dever do Senado. Não pode vir um
projeto que altera a CLT em 117 artigos aqui para a
Casa e a gente só carimbar, sabendo que a Câmara
cometeu absurdos. Qualquer pessoa séria, ao ler
aquele projeto, acha aquilo inaceitável. Vamos pegar
os votos em separado, os quatro da oposição e o
[texto] do relator, vamos sentar e ver o que é
possível construir. É possível construir um grande
entendimento, aí o projeto volta para a Câmara e ela
ratifica ou não. Isso é bom senso, o razoável,
ninguém está dizendo que não é para fazer reforma
nenhuma, nós tiraríamos todos os absurdos — disse
Paim, em entrevista à Agência Senado nesta
sexta-feira (16).
Fonte: Agência Senado
19/06/2017 -
CDH vai debater reformas trabalhista e
previdenciária com sindicatos
A convenção da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) que trata da liberdade sindical e da proteção
do direito sindical será o ponto de partida para a
discussão das reformas trabalhistas (PLC 38/2017) e
previdenciárias em audiência pública na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH)
nesta segunda-feira (19). A iniciativa da audiência
é do senador Paulo Paim (PT-RS).
Foram convidados para a audiência pública o
presidente da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores, José Calixto Ramos; o presidente da
Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João
Domingos Gomes dos Santos; a vice-presidente da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho, Noemia Aparecida Garcia Porto; o
vice-coordenador nacional de Promoção da Liberdade
Sindical do Ministério Público do Trabalho, Renan
Bernardi Kalil; e o presidente do Sindicato dos
Policiais Rodoviários Federais no Distrito Federal,
José Nivaldino Rodrigues.
Também estarão presentes representantes da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio,
da Central dos Sindicatos Brasileiros, da Fenafisco,
da Confederação Nacional das Profissões Liberais e
da Central Pública do Servidor.
A audiência está marcada para às 9h e será
interativa, com possibilidade de participação
popular, com comentários ou perguntas, que podem ser
feitos por meio do Portal e-Cidadania
(www.senado.leg.br/ecidadania), e do Alô Senado,
através do número 0800612211.
A audiência será realizada na sala 6 da Ala Nilo
Coelho.
Fonte: Agência Senado
19/06/2017 -
Trabalhadores negam deficit e criticam reforma da
Previdência
Sindicatos e confederações que representam
trabalhadores criticaram na quarta-feira (14) a
Proposta de Emenda à Constituição enviada ao
Congresso Nacional pelo presidente da República com
mudanças na Previdência. As entidades participaram
de uma audiência pública interativa promovida pela
CPI do Senado que investiga a contabilidade da
Previdência Social. A PEC 287/16 está na Câmara dos
Deputados.
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo, Moacyr Auersvald, afirmou
que a Previdência não tem déficit. Ele disse que o
setor faz parte da Seguridade Social – sistema de
proteção que inclui as áreas de saúde e assistência
e conta com diversas fontes de financiamento.
Citando dados da Associação Nacional dos Auditores
Fiscais, Moacyr Auersvald afirmou que a Previdência
fechou 2015 com saldo de R$ 24 bilhões. Para o
governo, o déficit naquele ano foi de R$ 85,8
bilhões.
– A questão é a falácia da Previdência. Uma mentira
falada diversas vezes acaba virando verdade. O
governo está fazendo isso. E fazendo muito bem. A
gente anda na rua e está cheio de out door dizendo
que a Previdência está quebrada – disse Moacyr
Auersvald.
O representante da Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Indústria, Vilson Romero, afirmou
que, antes de mexer na Previdência, o governo
federal precisa ser mais eficiente na recuperação
das dívidas dos grandes devedores. De acordo com
ele, o governo só consegue reaver 1,5% do total dos
débitos a cada ano.
– Não há instituição no Brasil que seja mais
saqueada do que a Previdência Social. Os 500 maiores
devedores devem juntos R$ 426 bilhões. Precisamos de
mais procuradores, mudar a legislação e rever os
Códigos de Processo Civil e Penal, que não dão
ferramentas para recuperar um valor expressivo com
mais agilidade – disse Vilson Romero.
O diretor da Federação Nacional do Fisco, Pedro
Lopes de Araújo, criticou as renúncias fiscais
concedidas pela União. Elas representaram quase 30%
do déficit de R$ 149,7 bilhões apurado pelo governo
nas contas da Previdência em 2016. Pedro de Araújo
destacou o impacto dessas desonerações sobre os
sistemas próprios de previdência de estados e
municípios.
– A partilha da União para estados e municípios se
dá sobre o Imposto de Renda e o Imposto sobre
Produtos Industrializados. Nesse caso específico,
44% vão para estados e municípios. Quando a União
abre mão de R$ 58,2 bilhões em 2017, os estados e
deixam de receber R$ 12,9 bilhões, e os municípios,
R$ 14,1 bilhões em virtude dessa desoneração – disse
Pedro de Araújo.
O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Saúde, Mário Jorge dos Santos Filho, afirmou que
a intenção do governo com a reforma é transferir a
exploração da Previdência para a iniciativa privada.
– A estratégia é sucatear a máquina pública para
entregar tudo aos empresários estrangeiros. É
preciso que a gente faça frente a essa propaganda
enganosa que o governo federal está financiando nas
mídias. A Previdência não é deficitária. O que falta
é boa vontade do governo para botar a máquina para
funcionar com eficiência – disse Mário Jorge.
O representante da Federação dos Trabalhadores em
Instituições de Ensino Superior Públicas, Mozart
Simões, criticou a pressa do governo em aprovar a
matéria no Congresso Nacional.
– No Brasil, parece que reivindicar é crime. A
reforma da Previdência é feita a toque de caixa.
Essa CPI vai apontar o que todo mundo já sabe: a
Previdência não é deficitária. Vamos parar a votação
da reforma enquanto temos uma CPI. Depois, a gente
analisa se vai em frente ou não – disse Mozart
Simões.
O senador Lasier Martins (PSD-RS) afirmou que, ao
final das investigações, a CPI da Previdência
precisa apresentar respostas:
– Qual é o verdadeiro débito da Previdência? Por que a
Previdência se endividou? Que critérios são seguidos
para a cobrança? Por que há tanta demora para a
recuperação dos débitos? Porque há privilegiados?
Haverá no Brasil órgão mais fraudado do que a
Previdência? Se essa sangria fosse contida, quem
sabe não precisaríamos disso que está preocupando
tanto a sociedade brasileira, pela severidade e pela
forma cruel com que se propõe a reforma da
Previdência – disse Lasier Martins.
O presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS),
adiantou pontos que devem constar no relatório do
senador Hélio José (PMDB-DF):
– No relatório final, vamos apresentar uma série de
sugestões no campo da gestão da Previdência. Porque
o que temos muito claro é que a questão é de gestão,
fiscalização, combate à sonegação, não dar mais
chance de renegociação de dívidas e que o dinheiro
da Previdência fique efetivamente com a Previdência
– disse Paulo Paim.
Fonte: Agência Senado
19/06/2017 -
Comissão de Trabalho vai promover debate sobre
negociação coletiva na administração pública
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados realiza audiência
pública no dia 27 de junho para tratar de projeto
(PL 3831/15) do Senado que regulamenta a negociação
coletiva na administração pública.
De acordo com o texto, os servidores e empregados
públicos poderão, por meio de negociação coletiva
mediada por sindicatos, tratar com representantes do
Estado sobre questões relativas a planos de
carreira, padrões remuneratórios, condições de
trabalho, aposentadoria, planos de saúde e política
de recursos humanos, entre outros assuntos.
A negociação coletiva no serviço público já foi
prevista em uma lei, mas teve sua
inconstitucionalidade decidida pelo Supremo Tribunal
Federal. Na época, o argumento era que os órgãos
públicos não poderiam negociar acordos que, por
exemplo, impactassem os orçamentos sem ferir outras
leis.
Desta forma, o texto proposto busca delimitar os
acordos de forma a que eles não ultrapassem outros
dispositivos como a Lei de Responsabilidade Fiscal
Lei Complementar 101/00) ou o teto de gastos. A
ideia é evitar, porém, que boa parte dos problemas
dos servidores sejam decididos na Justiça.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), relatora do
projeto na Comissão de Trabalho, disse que vai
apresentar parecer favorável ao texto. Ela explicou
que estados e municípios devem fazer outras normas
com base na proposta assim que ela for sancionada.
“Sabemos que as três esferas do setor público nos
estados, municípios e no Distrito Federal são
replicadas as leis aqui aprovadas. Portanto, é
matéria pacificada no Senado, negociada entre as
entidades. O relatório que está pronto, trabalhado,
é o mesmo oriundo do Senado."
Alice Portugal afirmou que as entidades sindicais
convidadas para a audiência são favoráveis ao
projeto e a reunião seria mais uma deferência à
Comissão de Trabalho.
A proposta, que tem 12 outros projetos tramitando em
conjunto, também será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e Cidadania. Se for aprovada,
deve seguir diretamente para a sanção presidencial.
Estão convidados para o debate:
Presidente do Conselho Executivo da Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil (Anfip), Vilson Antonio Romero;
Presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do
Banco Central (Sinal), Jordan Alisson Pereira;
Presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e
Distrital (Fenafisco), Charles Johnson Da Silva
Alcantara;
Presidente da Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil (CSPB), João Domingos;
Presidente Fórum Nacional Permanente de Carreiras
Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques;
Coordenador-Geral da Federação de Sindicatos de
Trabalhadores Técnico-Administrativos em
Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra),
Rogério Fagundes Marzola;
Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Guimarães
Feliciano;
Presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araujo; e
Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Wagner Freitas.
A audiência está marcada para as 14 horas, no
plenário 14.
Participação popular
A audiência pública será interativa. Os cidadãos podem
participar enviando perguntas e comentários pelo
portal e-Democracia.
Fonte: Agência Câmara
19/06/2017 -
Temer e Lula repudiam acusações de Joesley; OAB
reforça pedido de impeachment
Em entrevista concedida neste final de semana à
revista Época, o empresário Joesley Batista fez
graves acusações de corrupção contra o presidente
Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e o senador afastado Aécio Neves, entre outros
políticos.
Temer alega que Joesley desfia mentiras e informou
que irá ingressar com ação na Justiça contra o
empresário. O ex-presidente Lula também repudia as
acusações e afirma que a entrevista de Joesley faz
parte do contexto de negociação do mais generoso
acordo de delação premiada da história.
Diante da entrevista de Joesley, no entanto, a Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) reforçou neste sábado
(17) o pedido para a Câmara analise o pedido de
impeachment de Temer.
Fonte: Portal EBC
19/06/2017 -
Indústria paulista fecha 3 mil postos de trabalho em
maio, diz Fiesp
A indústria paulista fechou 3 mil postos de trabalho
em maio na comparação com abril, representando uma
queda de 0,13%, revela Pesquisa de Nível de Emprego
da Federação das Indústria de São Paulo (Fiesp),
divulgada quarta-feira (14), na capital paulista.
Com ajuste sazonal, o recuo é de 0,3%. Em relação a
maio do ano passado, a queda chega a 4,07% com o
fechamento de 92,5 mil vagas.
O decréscimo nas contratações do setor de açúcar e
álcool no último mês teve maior peso para o
resultado. De acordo com a Fiesp, isso se deve ao
fim do período da safra agrícola, quando as
contratações começam a perder força. Em maio, as
usinas contrataram 1.077 trabalhadores. Em abril, o
número de vagas abertas chegou a 7,7 mil.
Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas
e Estudos Econômicos da Fiesp (Depecon), aponta que
o resultado seria ainda pior se não fossem as
contratações das usinas de açúcar e álcool ao longo
do ano.
“Ainda não existe sinal de recuperação do emprego na
indústria paulista, como se esperava. Excluindo as
usinas de açúcar e álcool, teríamos um saldo de
apenas mil contratações ao longo dos cinco meses
deste ano”, disse. No acumulado de 2017, o setor
industrial de São Paulo está positivo, com a criação
de 19,5 mil vagas.
Setores
Dos 22 setores analisados na pesquisa, oito tiveram
resultado positivo. Entre os destaques estão os
segmentos de produtos diversos (1,04%), móveis
(0,85%) e produtos têxteis (0,81%). Em números
absolutos, o setor alimentício foi o que criou mais
vagas: 878 contratações.
Oito setores apresentaram recuo. Os destaques
negativos são: artefato de couro, calçados e artigos
para viagem (-1,4%), máquinas e equipamentos
(-1,17%) e outros equipamentos de transporte
(-0,84%). O segmento de máquinas foi o que mais
fechou vagas de trabalho, com redução de 1.932
postos.
Fonte: Agência Brasil
19/06/2017 -
Reforma trabalhista é reação a ativismo do TST, diz
Ives Gandra, presidente da corte
Para cada ação há uma reação. Citando a terceira lei
de Newton, o presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, ministro Ives Gandra Martins Filho,
afirmou que a proposta de reforma trabalhista em
discussão no Congresso é uma reação ao ativismo da
Justiça do Trabalho.
O ministro participou na terça-feira (13/6) de um
debate em Washington sobre a reforma trabalhista.
Também participou do evento a ministra do TST Maria
Cristina Peduzzi.
De acordo com o jornal Valor Econômico, Ives Gandra
disse que, entre 2011 e 2012, o TST legislou ao
alterar 34 precedentes para criar e estender
direitos aos trabalhadores, sem que houvesse mudança
na lei.
Essa ação do TST gerou reação do Supremo Tribunal
Federal e do Congresso, disse o ministro durante
evento em Washington, Estados Unidos O primeiro
reduzindo a jurisdição da corte trabalhista.
“Perdemos jurisdição sobre servidores públicos,
sobre pensões complementares, sobre greves de
trabalhadores públicos. A cada cinco anos, a nossa
jurisdição está caindo e não fazemos relação entre
as causas e os efeitos.”
Já a reação do Congresso, segundo o ministro, veio
pela reforma trabalhista. Durante sua exposição,
Ives Gandra apresentou um gráfico mostrando que,
devido a esse ativismo judicial do TST, os direitos
trabalhistas são maiores que os previstos na
legislação. Com a reforma trabalhista, o gráfico
fica mais próximo do tamanho da legislação.
Ao tratar do conteúdo da reforma trabalhista, o
ministro elogiou a preferência à negociação entre
trabalhadores e empregadores. Outro ponto
considerado positivo pelo ministro é a alteração na
forma de representação sindical. Para o presidente
do TST, o pluralismo na representação sindical será
positivo para o país.
Fonte: Consultor Jurídico
19/06/2017 -
Médico do paciente não pode emitir laudo para fins
de aposentadoria por invalidez
A Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, por unanimidade, julgou prejudicados os
recursos de apelação do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) e de uma aposentada, interpostos
contra a sentença do Juízo da Comarca de Francisco
Sá/MG, que condenou a Autarquia Federal à concessão
e pagamento das prestações passadas do benefício de
aposentadoria por invalidez devido à parte autora.
Em seu recurso, o INSS requereu a reforma da
sentença sustentando que a autora já possuía a
enfermidade antes de ingressar no Regime Geral de
Previdência Social (RGPS).
Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal
Francisco Neves da Cunha, observou que o perito
designado pelo juízo para realização da prova
pericial foi médico particular da requerente,
conforme alegação do próprio profissional de saúde,
onde ressalta, que a “paciente sempre foi atendida
por mim, no consultório e hospital há mais ou menos
12 anos”.
O magistrado destacou que, conforme estabelece o
artigo 138, inciso III, do Código de Processo Civil,
aplicam-se aos peritos os motivos de suspeição e
impedimento previstos no referido diploma legal. Já
o Código de Ética Médica do Conselho Federal de
Medicina (CFM) determina em seu art. 93 que é vedado
ao médico ser perito ou auditor do próprio paciente,
de pessoa de sua família ou de qualquer outra com a
qual tenha relações capazes de influir em seu
trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado.
Segundo o desembargador Francisco Neves da Cunha,
ficou clara a necessidade de ser determinada a
realização de nova perícia médica para o
esclarecimento dos fatos.
Diante do exposto, o Colegiado deu parcial
provimento à remessa oficial para anular o processo
a partir do laudo oficial, para que nova perícia
seja produzida, agora por perito imparcial, devendo
o mesmo, responder de maneira conclusiva os quesitos
elaborados nos autos. Prejudicados os recursos de
apelação. Processo nº. 0010594-34.2015.4.01.9199/MG
Fonte: TRF1
14/06/2017 -
Antônio Queiroz: Temer renunciará ou será
'renunciado'?
O governo do presidente Temer só não caiu ainda
porque conta com uma base política forte, cujo
principal sustentáculo é o PSDB, e porque o mercado:
1) espera a aprovação da reforma trabalhista, e 2)
ainda não achou um nome de consenso para sucedê-lo
em eleição indireta.
Antônio Augusto de Queiroz*
A situação do presidente Michel Temer está ficando
de tal modo insustentável que, ou ele renuncia por
vontade própria ou será “renunciado” no sentido de
que o Congresso irá conduzir as ações do governo ou
será forçado a renunciar por pressão da sociedade,
do mercado e da mídia. Nem mesmo a absolvição no
processo de cassação da chapa pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) conseguiu aliviar ou distensionar o
ambiente político.
Vamos às causas. Duas dimensões foram determinantes
para o afastamento da presidente Dilma e a assunção
e efetivação de Michel Temer na Presidência da
República: a ético-moral e a econômico-fiscal.
A primeira, pelo menos do ponto de vista da
mobilização popular, foi a que motivou o apoio ao
processo de impeachment da ex-presidente Dilma. Esse
foi o pretexto utilizado: 1) pelos veículos de
comunicação para denunciar, 2) pela população para
se mobilizar, e 3) pelo Congresso para afastá-la da
Presidência da República.
A segunda, essa restrita ao interesse do mercado e
seus defensores, foi a que motivou o setor
empresarial e alguns órgãos de fiscalização e
controle do Estado a apoiar a derrubada da
presidente, que era vista como intervencionista na
economia, especialmente nos marcos regulatórios de
infraestrutura, e também como suspostamente
irresponsável do ponto de vista fiscal, por ter
feito “pedaladas” e ampliado o gasto público,
principalmente na área social.
O presidente Temer, ao montar seu governo, priorizou
a dimensão econômico-fiscal, propondo uma agenda de
reformas e formando uma equipe econômica do agrado
do mercado, mas negligenciou o aspecto ético-moral.
Ora, um governante que sucede alguém destituído sob
o fundamento de praticar ou permitir desvio de
conduta, não pode, em hipótese alguma, deixar margem
para qualquer questionamento nesse campo, sob pena
de igualmente ser afastado de suas funções pelos
mesmos motivos.
A explicação para tanto é simples. Se parcela
expressiva da sociedade apoiou o processo de
impeachment de Dilma por suposta degradação
ético-moral de seu governo, por que razão iria ser
indiferente às mesmas práticas pelo governo Temer?
Quem militou a favor do afastamento da presidente
anterior teria, por uma questão de coerência e até
com mais razão, também que militar a favor do
afastamento de seu sucessor, se este fosse acusado,
como de fato vem sendo - e com provas irrefutáveis
-, das mesmas práticas de sua antecessora.
A prova de que o governo Temer padece de acusações,
e até mais graves do que aquelas feitas à
ex-presidente, está no fato de que ele levou para
sua assessoria amigos e conselheiros que estavam ou
estão associados, por iniciativa própria ou a
serviço do presidente, a denúncias por prática de
irregularidades.
Entre estes colaboradores, formais ou informais,
pode-se mencionar: os ex-deputados Eduardo Cunha,
Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo
Rocha Loures, Tadeu Filipelli, Moreira Franco,
Eliseu Padilha, José Yunes, além do coronel João
Batista Lima Filho.
A foto exibida na edição de 7 de junho de 2017 no
Jornal Nacional da Rede Globo, quando o então
vice-presidente Michel Temer e seus auxiliares e
aliados diretos assistiam à votação do processo de
impeachment da Dilma, foi devastadora porque a quase
totalidade dos presentes ou já foram presos ou estão
respondendo a denúncia de desvio de conduta.
Se esse fato, por si só, já seria desabonador, o
aparecimento de outros, como a delação dos irmãos
Batista, do grupo JBS; a provável denúncia do
Ministério Público contra o presidente; e as
possíveis delações do doleiro Lúcio Funaro e de
Rocha Loures, comprometem ainda mais a credibilidade
do governo.
Registre-se que a delação da JBS, além de ter levado
à prisão de um dos principais auxiliares do
presidente Temer, de sua “mais estrita confiança”,
como ele mesmo declarou, resultou na divulgação de
áudios com diálogos comprometedores envolvendo o
próprio presidente, cuja repercussão foi demolidora
para o governo.
Além disso, uma denúncia ou pedido de abertura de
processo contra o presidente pelo Ministério Público
é tida como certa, e isso terá uma repercussão
extremamente negativa, a ponto de levar ao
afastamento de vários partidos da base do governo, a
começar pelo principal deles, o PSDB.
Por fim, uma possível delação do doleiro, operador
de figuras importantes do PMDB, como o ex-deputado
Eduardo Cunha, e de Rocha Loures, homem “da mais
estrita confiança” do presidente, filmado recebendo
e carregando uma mala de dinheiro, não deixará pedra
sobre pedra.
Não bastasse tudo isso, o governo ainda é acusado de
manobrar para blindar ou dar foro privilegiado a
aliados enrolados, como Moreira Franco e Rocha
Loures, e de fazer concessões exageradas a uma base
fisiológica em troca do apoio às reformas e à
rejeição a pedido de impeachment ou do Ministério
Público para cassar ou processar o Presidente. Para
isso, tem até mesmo passado por cima da
Constituição, reeditando medidas provisórias com
grave desvio de finalidade.
Aliás, o governo do presidente Temer só não caiu
ainda porque conta com uma base política forte, cujo
principal sustentáculo é o PSDB, e porque o mercado:
1) espera a aprovação da reforma trabalhista, e 2)
ainda não achou um nome para sucedê-lo em eleição
indireta que reúna as seguintes condições: i) tenha
votos no Congresso para se eleger, ii) mantenha a
equipe econômica, iii) defenda a agenda de reformas,
especialmente a reforma da previdência, iv) não seja
investigado ou responda processo no âmbito da
Lava-Jato, e v) tenha maturidade e equilíbrio
emocional para exercer, nesse momento de crise, as
funções de Líder da Nação, Chefe de Estado e Chefe
de Governo.
Portanto, mesmo saindo vitorioso no TSE, a
continuidade do governo Temer depende de uma série
de variáveis de difícil controle, entre as quais: 1)
da não saída do PSDB da base; 2) da continuidade das
reformas; 3) da não-denúncia do Ministério Público;
4) da não-delação de Rocha Loures e de Lúcio Funaro;
5) de baixa pressão popular; e 6) da ausência de
consenso sobre um nome para sucedê-lo em eleição
indireta.
Com tantos problemas, se conseguir terminar o
mandato é porque Michel Temer foi “renunciado”, ou
seja, entregou a administração do País à equipe
econômica e pagou o preço cobrado pelos partidos de
sua base no Congresso não mais para aprovar
reformas, mas para evitar a autorização para
abertura de processo no Supremo Tribunal Federal ou
para evitar a abertura de processo de impeachment. É
esta a situação do presidente Temer!
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação do Diap
Fonte: Diap
14/06/2017 -
Após 7 horas, oposição conclui leitura de votos
contrários à reforma trabalhista
Após mais de sete horas de leitura, os senadores da
oposição concluíram a apresentação dos votos em
separado contrários ao texto da reforma trabalhista
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
Somente a leitura do voto do senador Paulo Paim
(PT-RS) durou quatro horas. Após o petista, foi a
vez de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA)
fazerem a exposição de seus votos pela rejeição
total do texto da reforma.
Acordo firmado pelos integrantes da oposição e da
base aliada do governo na CAS prevê que o relatório
do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), apresentado
pela manhã, seja votado na comissão na próxima
semana.
A senadora do PSB apresentou seu voto nos mesmos
moldes do que já tinha feito na votação da Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE), na última semana.
Lídice voltou a se posicionar contra a proposta e
defendeu que, ao prever o fim da obrigatoriedade do
imposto sindical, o texto se converte em
"preconceito ideológico contra os sindicatos e os
trabalhadores".
“Isso aqui, juntando-se à retirada do financiamento
dos sindicatos, atinge de morte os sindicatos
brasileiros. É a expressão mais cruel do conteúdo
ideológico contra o trabalho e contra o trabalhador
e contra a sua organização sindical”, afirmou.
Todos os quatro parlamentares da oposição
apresentaram voto pela rejeição do relatório de
Ferraço. Ainda pela manhã, o senador Paim, ao longo
das quatro horas de leitura, fez críticas às
mudanças propostas na legislação trabalhista como a
possibilidade de alterações na jornada de trabalho,
na rescisão dos contratos de trabalho e a adoção do
trabalho intermitente.
Já a leitura do voto de Randolfe durou cerca de 40
minutos. Ele fez críticas a pontos como a
prevalência do negociado sobre o legislado, ou seja,
que o acordo coletivo seja prevalente à legislação.
“A legislação brasileira atual já permite que o
negociado prevaleça sobre o legislado para o
benefício do trabalhador, mas a proposta permite que
isso ocorra inclusive em prejuízo do trabalhador”,
disse.
Vanessa Grazziotin também destacou em seu voto
alguns pontos do projeto considerados por ela
prejudiciais ao trabalhador. A senadora citou, por
exemplo, artigos que tratam da prestação de horas
extras, da intrajornada e do parcelamento de férias.
Parecer
No início da reunião, o relator do projeto da reforma
trabalhistas na CAS, Ricardo Ferraço (PSDB-ES),
apresentou seu parecer favorável à proposta. No
texto, o relator defende que a reforma trabalhista
aperfeiçoa leis para que o mercado de trabalho gere
oportunidades para todos. “Essa é uma reforma para o
conjunto da sociedade, para manter as conquistas e
os direitos daqueles que possuem emprego formal e
dos 55 milhões [de desempregados] que vivem em
insegurança sem saber como vão pagar as contas no
próximo mês”, disse.
Após ser votado na CAS, o projeto ainda deve passar
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes
de seguir para votação no plenário da Casa.
Fonte: Agência Brasil
14/06/2017 -
Posição da OIT sobre reforma trabalhista é motivo de
divergência na CAS
A posição da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) sobre o projeto de reforma trabalhista (PLC
38/2017) é mais um elemento de divergência entre
aqueles favoráveis e contrários à proposta de
reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) afirma em seu
relatório apresentado na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) que a OIT teria excluído o Brasil da
lista de possíveis infratores das normas
trabalhistas internacionais durante a 106ª
Conferência Internacional do Trabalho que ocorre
desde o início do mês me Genebra (Suiça). Mas a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que a
posição de Ferraço é equivocada.
Ela alegou que o projeto de reforma trabalhista foi
denunciado à OIT pelo Ministério Público do Trabalho
durante a Conferência Internacional do Trabalho, mas
ainda não foi analisado pela organização. Gleisi
pediu a anexação ao projeto de nota emitida pela
OIT, que conforme a senadora esclarece a questão.
— A OIT não tem parecer sobre isso. Vai analisar e
suas convenções são claras dizendo que o
convencionado não pode se sobrepor sobre o legislado
se for para trazer prejuízos aos trabalhadores.
A presidente da CAS, senadora Marta Suplicy
(PMDB-SP) concordou com a incorporação da nota ao
projeto. Ricardo Ferraço, contudo, manteve sua
posição:
— Houve sim uma denúncia formal por parte do
Ministério Público do Trabalho junto a OIT, mas não
houve a inclusão do nosso país na 106ª reunião
anual. A exclusão do país desta lista é uma
declaração clara de que a reforma não viola as
normas trabalhistas internacionais.
— afirmou.
Fonte: Agência Senado
14/06/2017 -
Central sindical propõe MP para corrigir efeitos da
reforma trabalhista
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, disse nesta terça-feira (13) que os
possíveis efeitos negativos da reforma trabalhista
poderão ser amenizados por meio de medida provisória
(MP) editada pelo governo.
Patah se reuniu nesta terça-feira com o presidente
Michel Temer, no Palácio do Planalto. “Viemos buscar
alternativas para a construção de uma MP que corrija
alguns dos efeitos que esse projeto poderá trazer”,
disse o sindicalista ao deixar o encontro com o
presidente. Em entrevista à imprensa, ele reiterou o
descontentamento da central sindical com a proposta
de reforma trabalhista em análise no Congresso
Nacional.
Para o presidente da UGT, se aprovadas, as mudanças
impedirão, por exemplo, que os trabalhadores façam a
homologação da rescisão contratual por meio dos
sindicatos. “Ou seja, é a empresa quem vai resolver,
decidir e acertar com o próprio trabalhador as
verbas rescisórias”, disse o sindicalista. Segundo
ele, há, por parte da central sindical, a
expectativa de que a MP para amenizar os efeitos da
reforma seja elaborada com a ajuda de lideranças
parlamentares, de centrais sindicais e confederações
patronais.
Ricardo Patah também se manifestou sobre o ponto que
trata da escolha de interlocutor de trabalhadores em
negociações coletivas. “Outra questão é a eleição
dos trabalhadores em estabelecimentos de mais de 200
funcionários. Hoje há impedimento da participação do
movimento sindical [nessas eleições]. Com isso a
empresa poderá nomear quem vai ser o interlocutor
nas negociações coletivas”, disse ele. Segundo Patah,
isso representará “uma tragédia” para com os
trabalhadores, caso seja aprovado. “Atualmente esse
projeto permite a negociação individual do
empresário como trabalhador, ferindo os princípios
constitucionais na relação capital e trabalho”.
O sindicalista criticou também o trecho da proposta
que prevê o trabalho intermitente, por possibilitar,
no entendimento dele, que o trabalhador fique por
horas na empresa, à disposição, sem que seja
remunerado por isso. “A coisa está tão flexibilizada
que permite que o trabalhador vá à empresa, fique em
uma antessala por horas, e somente quando for
ativado, cinco ou seis horas depois, é que ele
começara a receber salário. Isso também vai
fragilizar e muito a relação do trabalhador diante
do capital."
Na avaliação do sindicalista, Temer demonstrou
entender que as questões apresentadas durante a
reunião são “equilibradas” e, por isso, pretende
construir, com a ajuda de líderes do Congresso, uma
MP que “elimine atividades como essas e, também,
como a da mulher [gestante ou lactante] trabalhando
em local insalubre”.
Contribuição sindical
Ricardo Patah disse que a questão do custeio sindical
não foi o “tema principal” do encontro com o
presidente Temer. A proposta de reforma trabalhista
prevê o fim da contribuição sindical obrigatória.
“Mas não há dúvida de que não se pode, de uma hora
para outra, acabar com o imposto sindical, e ter o
assistencial já sob xeque por causa da interpretação
do Supremo Tribunal Federal. Todos sabem que o
movimento sindical tem basicamente três formas de
custeio: a mensalidade, o assistencial, por conta
das negociações coletivas, e o imposto sindical. Não
pode, em um período muito curto, dois elementos
deixarem de existir do mundo sindical”, argumentou.
O sindicalista reiterou que a UGT é uma central que
defende reformas. “Só que as reformas que
priorizamos não são essas duas [trabalhista e da
Previdência]. São as do Estado. O Brasil precisa de
reformas política e tributária profundas. Nós
queremos valorizar os sindicatos. Não queremos essa
reforma que foi trazida tirando o movimento sindical
do âmbito, inclusive, da negociação. Nunca vi como
valorizar a negociação coletiva sem a estrutura
sindical”, disse.
A proposta de reforma trabalhista foi aprovada no
plenário da Câmara em abril. Atualmente, o texto
tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Fonte: Agência Brasil
14/06/2017 -
Indústria têxtil critica MP que acaba com
desoneração da folha de pagamentos
Associação do setor prevê aumento de custos e
consequente reajuste de preços para o consumidor
Representantes da indústria têxtil criticaram nesta
terça-feira (13) a proposta que põe fim à
desoneração sobre a folha de pagamento (MP 774/17).
Eles discutiram o assunto em encontro da Frente
Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Indústria
Têxtil.
A MP 774 acaba com a desoneração da folha de
pagamento para vários setores, entre os quais
vestuário, calçados e automóveis, empresas do ramo
de tecnologia da informação, teleatendimento (call
center), hoteleiro e comércio varejista. A política
de desoneração da folha de salários das empresas foi
instituída em 2011 e hoje envolve 56 setores, mas
deve ser restringida para apenas 4 a partir de
julho.
Para o presidente da Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), entidade que
representa mais de 30 mil empresas, Fernando
Pimentel, a medida pune um setor que já voltou a
empregar, deixando de fora outros menos
competitivos. “Não houve diálogo, houve uma decisão
do Poder Executivo, pegando as empresas no meio do
seu ano de trabalho, impactando seus custos,
deixando outros setores de fora, sem explicação”,
criticou.
Se a oneração não for repassada aos clientes,
Pimentel calcula em torno de R$ 300 milhões o custo
adicional do setor têxtil com a medida. Caso haja o
repasse, a estimativa é que os preços sejam
reajustados entre 3,5% e 4%.
Ele destacou ainda que o segmento já criou 16,7 mil
novos postos de trabalho em 2017, tendo crescido
4,5%. “É um setor que é pioneiro e que dá
resultados”, frisou.
Mudança na MP
Coordenador da Frente Parlamentar Mista pelo
Desenvolvimento da Indústria Têxtil, o deputado
Vanderlei Macris (PSDB-SP) disse que já articula com
o relator da MP, senador Airton Sandoval (PMDB-SP),
a permanência do setor de têxteis e vestuários na
política de desonerações. Segundo ele, o aumento da
tributação sobre o setor não terá impactos
significativos para cobrir o rombo no orçamento.
“Todas as desonerações que agora foram realizadas
são da ordem de R$ 4,5 bilhões. Mas só o setor
têxtil de confecções é muito menos do que isso, não
vai criar dificuldade para o ajuste fiscal do
governo”, disse Macris.
Fonte: Agência Câmara
14/06/2017 -
TRT/AL nega recurso a trabalhador que alegou ter
adquirido doença ocupacional na empresa
A 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª
Região (TRT/AL) negou, por unanimidade, recurso de
um ex-empregado da empresa HC Pneus S.A, que
requereu indenização por danos morais ao alegar ter
contraído doença ocupacional por conta das
atividades exercidas no ambiente de trabalho.
A relatora do processo, desembargadora Vanda
Lustosa, destacou que o nível de ruído averiguado
pelo perito, em torno de 78 a 82 decibéis, estava
dentro dos limites estabelecidos pela legislação e
não foi suficiente para provocar a perda auditiva do
reclamante. "Como se vê, a perícia atestou que não
existe nexo causal entre a doença e o ambiente de
trabalho na reclamada, não admitindo nem mesmo como
concausa", ressaltou.
O pedido de pagamento de horas extras também foi
indeferido pela relatora. Na ação, o reclamante
frisou que seus horários de trabalho e os registros
de ponto não eram registrados corretamente, bem como
não espelhavam sua real jornada diária de trabalho.
Todavia, ao prestar depoimento na audiência,
confessou que a jornada era registrada em cartão de
ponto e, quando trabalhava além do limite acordado,
fazia o registro nos controles. Ainda reconheceu que
o intervalo para descanso e refeição também era
devidamente registrado.
"Na hipótese, a empresa juntou aos autos registros
de jornadas válidos, assim como contracheque,
assinado pelo reclamante, onde consta o regular
pagamento de horas extras eventualmente
trabalhadas", observou a relatora.
Fonte: Âmbito Jurídico
13/06/2017 -
O movimento sindical para além das “reformas” de
Temer
Estamos sob uma complexa disputa de narrativas,
se o movimento sindical não se elaborar para fazer
essa e outras disputas sucumbirá em meio às
transformações tecnológicas existentes, que se
aprofundarão com as reformas de cunho neoliberal em
curso. Diante disso, é preciso força e vitalidade,
ampliação da representatividade e formação de
quadros.
Marcos Verlaine*
O movimento sindical está em evidência, talvez como
nunca estivesse nos últimos 20 ou 30 anos. Atacado
pelos três poderes precisa construir sua própria
agenda.
É fato que a chamada reforma trabalhista-sindical (PLC
38/17 - PL 6.787/16), em debate no Congresso
Nacional, cuja proposta — aprovada pela Câmara e em
vias de ser chancelada pelo Senado — criará mais
adversidades para o movimento sindical, precisa ser
confrontada à altura pelos trabalhadores e suas
organizações políticas e sociais.
O objetivo das profundas mudanças introduzidas no
texto pela Câmara — para além do aumento da
exploração da mão de obra e da maximização do lucro
— é tornar o movimento sindical irrelevante, incapaz
de agir e reagir à ampliação dos desequilíbrios que
a “reforma” vai produzir nas relações de trabalho.
Mais que combater as “reformas” do governo Temer,
que visam liquidar o Direito do Trabalho, dificultar
e até inviabilizar o direito à aposentadoria e o
acesso a outros benefícios previdenciários para a
maioria da população, o movimento sindical precisa
se valer dessa evidência para construir a sua agenda
positiva e propositiva.
Defender-se e atacar
Trata-se, pois, de um jogo de xadrez. Defender-se dos
ataques, que não são poucos, desferidos de todos os
lados, e atacar, construindo uma agenda nacional
para livrar-se do isolamento que o mercado quer
impor à organização sindical.
É preciso, é necessário construir essa agenda
nacional para fortalecer o movimento sindical. Do
sindicato à central.
Em meio à crise de representação, originária da
descrença nas instituições da democracia, e o
sindicalismo faz parte disso, o movimento sindical
pode colocar em curso uma grande campanha de
sindicalização, com vistas ao fortalecimento da
representatividade política, social e econômica das
entidades.
O primeiro passo é sair da agenda defensiva. Sair
não é abandonar. Sair significa construir pontes
para a superação da crise.
O segundo passo é construir alternativas viáveis e
consistentes para esse fortalecimento, que passa
pela formação política dos dirigentes à base.
Estamos numa disputa de narrativas, se o movimento
sindical não se elaborar para fazer essa e outras
disputas sucumbirá em meio às transformações
tecnológicas existentes, que se aprofundarão com as
reformas de cunho neoliberal, resgatadas pelo
Consenso de Washington, que, por sua vez, foi
resgatado pelo governo Temer.
A força e importância do sindicalismo
“O movimento sindical, como instrumento de defesa dos
direitos e interesses da coletividade, em geral, e
da classe trabalhadora, em particular, foi uma das
conquistas do processo civilizatório, de um lado
porque atua para promover melhor distribuição de
renda, combatendo a desigualdade social, dentro do
regime democrático no sistema capitalista, e, de
outro, porque reconhece a existência do conflito e
permite a sua solução de forma negociada, mediante
regras e procedimentos quase sempre protegidos por
lei.”
“O sindicalismo, como organização de luta e
representação dos trabalhadores, surgiu no início do
século 19 na Inglaterra, o país capitalista mais
desenvolvido do mundo à época, com dupla motivação
integrada: 1ª) revolta com o modo de produção
capitalista e 2ª) necessidade de solidariedade,
união e associativismo de ajuda mútua, base da
formação da identidade política da classe
trabalhadora, a partir da qual houve necessidade de
ter e de projetar lideranças”. Introdução da
cartilha atualizada e ampliada “Para que serve e o
que faz o movimento sindical”, elaborada pelo DIAP,
que visa contribuir com a formação política do
movimento sindical, entre outras com esse propósito.
Superexploração sem proteção legal
As crises econômica, política, social e ético-moral
não irão acabar com a aprovação das “reformas” pelo
Congresso Nacional. Talvez, pelo contrário, elas se
aprofundarão e com componentes novos: 1) a
superexploração da mão de obra, como jamais visto; e
2) sem proteções legais.
Assim, o movimento sindical precisa colocar-se à
altura do desafio atual e dos que advirão no futuro
bem próximo, com as transformações que não se
anunciam alvissareiras para a classe trabalhadora!
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
13/06/2017 -
CPI ouve sindicatos e confederações sobre reforma da
Previdência nesta quarta
A CPI da Previdência promove audiência pública nesta
quarta-feira (14) com participação de sindicatos e
confederações de trabalhadores para discutir o
déficit da Previdência Social. Em funcionamento
desde abril, a CPI já realizou dez audiências sobre
o tema.
Para o debate desta quarta foram convidados o
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh),
Moacyr Roberto Tesch Auersvald; o diretor de
Assuntos Legislativos da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde (CNTS), Mário Jorge dos
Santos Filho; e representantes da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Transportes e
Logística (CNTTL), do Fórum Sindical dos
Trabalhadores e da Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins
(CNTA).
A audiência está marcada para 14h30, na sala 19 da
Ala Alexandre Costa.
Requerimentos
Nesta terça-feira (13), a partir de 9h, a CPI vota
requerimentos. Na pauta estão o pedido de
informações aos frigoríficos JBS, Marfrig Global
Foods, Swift Armour, Margen e Nicolini, do senador
Lasier Martins (PSD-RS), e o pedido de convocação de
representantes de alguns frigoríficos para explicar
débitos com a Previdência Social, de iniciativa do
senador Hélio José (PMDB-DF).
Também devem ser analisados pedidos de novas
audiência pública do senador Paulo Paim (PT-RS),
presidente da CPI, e do relator Hélio José.
A reunião será na sala 7 da Ala Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
13/06/2017 -
Entidades de trabalhadores sugerem alternativas à
reforma da Previdência
Representantes de entidades ligadas aos
trabalhadores propuseram, nesta segunda-feira (12),
sugestões para arrecadação de recursos e medidas
para impedir a continuidade da reforma da
Previdência, que está sendo analisada pela Câmara
dos Deputados. Os representantes dos trabalhadores
participaram de audiência pública da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que
investiga a contabilidade da Previdência Social.
O vice-presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros, Flávio Werneck Meneguelli defendeu a
suspensão da tramitação do projeto de reforma até
que sejam esclarecidas algumas questões. Para ele, o
governo precisa indicar para onde foram os valores
superavitários arrecadados nos últimos 15 anos e
mostrar qual é o impacto dos seguidos parcelamentos
de débitos tributários (Refis) no pagamento e
saneamento das dívidas com a Previdência.
─ O que se sabe hoje é que, por conta dos seguidos
Refis, nós temos um insistente ─ para usar um termo
suave ─ não pagamento de débitos previdenciários no
Brasil. O que era pra ser exceção vira regra.
Ninguém paga para esperar o próximo Refis. Qual é a
influência dessas empresas que devem seguidamente e
que aplicam seguidamente o Refis na aprovação desses
refinanciamentos aqui nas Casas parlamentares? -
indagou.
Meneguelli, que é policial federal, se colocou à
disposição da CPI e sugeriu a colaboração de
policiais aposentados nas investigações. O
presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS),
aceitou a sugestão e pediu que ele enviasse à
comissão todas as sugestões de perguntas que fez
sobre a situação da Previdência.
Contabilidade
O Secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Aleir Ertle afirmou
que a Previdência Social e superavitária, se
consideradas as contribuições sociais que o governo
não inclui na conta. Para ele, não se trata de um
problema contábil, mas sim de um problema político e
social, com a imposição de reformas de interesse da
elite e dos rentistas.
Aleir Ertle sugeriu que, caso uma auditoria
independente aponte a necessidade de ajustes, há
várias opções que poderiam ser consideradas antes de
uma reforma. Entre elas está a retomada da cobrança
de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos,
extinta em 1995 pelo governo de Fernando Henrique
Cardoso. Além disso, sugeriu, poderia ser criada uma
contribuição social sobre grandes fortunas e sobre
os rendimentos em aplicações financeiras.
Para o representante do Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora (Intersindical),
Antônio Carlos Cordeiro, várias entidades já
mostraram dados que comprovam a falácia do déficit
da Previdência. Na visão dele, não existe déficit,
mas sim um processo de sonegação brutal que envolve
bilhões de reais. Cordeiro também sugeriu que a
tramitação da reforma seja suspensa até que a CPI
termine suas investigações.
Direitos Humanos
De acordo com Rosana Colen Moreno, representante da
Nova Central Sindical dos Trabalhadores e da
Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, para
quase 75% dos idosos brasileiros, a aposentadoria e
a pensão são as principais fontes de renda e, para
23,4%, a renda ainda não é suficiente para atender
todas as necessidades dos aposentados. Em mais da
metade dos casos (59,7%), eles são os principais
responsáveis pelo sustento financeiro da família.
Rosana Colen Moreno apontou vários pontos em que a
reforma fere convenções relativas e direitos a
humanos e ao trabalho e propôs que sejam feitas
denúncias a organizações como o Alto Comissariado
dos Direitos Humanos da ONU e o Comitê para os
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Tanto ela quanto Waldemir Soares, representante da
Central Sindical e Popular, afirmaram que é preciso
promover a resistência civil, por meio de greves. Os
representantes dos trabalhadores anunciaram uma nova
greve geral para o dia 30 de junho.
Fonte: Agência Senado
13/06/2017 -
Relatório da reforma trabalhista deve ser lido hoje
em comissão do Senado
O relatório da reforma trabalhista (PLC 38/2017)
deve ser lido hoje (13) na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) do Senado, após acordo entre os
senadores da oposição e da base aliada do governo. O
relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é favorável à
reforma e mantém o texto como foi aprovado na Câmara
dos Deputados.
Na reunião também devem ser lidos os votos em
separado apresentados por integrantes da comissão. A
expectativa é de que a votação do relatório na
comissão ocorra dia 21 de junho.
A reforma trabalhista foi aprovada na Comissão de
Assuntos Econômicos no último dia 6 e o relator
também foi o senador Ricardo Ferraço. Na CAE, o
relatório foi aprovado por 14 votos favoráveis e 11
contrários sem que fossem feitas alterações no texto
vindo da Câmara. A proposta de reforma ainda deve
passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
antes de seguir para votação no plenário da Casa.
Apesar de não propor alterações no texto aprovado
pela Câmara, o relator Ricardo Ferraço sugere que o
presidente Michel Temer vete seis pontos, entre eles
o trabalho intermitente, a jornada de 12 horas de
trabalho por 36 horas de descanso e a possibilidade
de atividade insalubre para gestantes mediante
atestado médico. Segundo Ferraço, alguns dos vetos
sugeridos estão acordados com o presidente Temer.
Senadores da oposição discordam e dizem que assim a
Casa está abrindo mão de melhorar a proposta.
Fonte: Agência Brasil
13/06/2017 -
Paim quer revogar limite de tempo para pagamento de
auxílio-doença
Um projeto de lei apresentado pelo senador Paulo
Paim (PT-RS) muda a lei que trata dos Planos de
Benefícios da Previdência Social (PLS 175/2017). O
senador quer revogar uma alteração feita por medida
provisória que estipula um prazo máximo de quatro
meses de pagamento do auxílio-doença quando o tempo
não estiver determinado pela perícia. Na opinião de
Paulo Paim, essa mudança cria mais um entrave para o
beneficiário adoecido. O projeto está em análise na
Comissão de Assuntos Sociais.
Fonte: Agência Senado
13/06/2017 -
PSDB decide continuar na base de apoio do governo,
mas fará avaliações diárias
O presidente nacional interino do PSDB, senador
Tasso Jereissati (CE), disse na noite desta
segunda-feira (12) que o partido segue na base de
apoio ao governo Michel Temer, mas que serão feitas
avaliações diárias dos cenários políticos.
"Vamos avaliar diariamente. Todos os dias têm
surgido fatos novos e vamos estar atentos", disse o
senador ao final da reunião da executiva nacional,
que durou mais de seis horas.
Segundo Jereissati, não houve deliberação do partido
sobre a permanência no governo, mas a maioria da
legenda entende que um eventual desembarque agora
iria prejudicar as reformas. "O partido está unido,
mas tem divergências. O partido não tem dono, nem é
autoritário. Quem é mais velho lembra que ja tivemos
crise e no momento exato seguiremos unidos", disse.
TSE
Sobre o resultado do julgamento da chapa Dilma-Temer
pelo TSE, o presidente nacional interino do PSDB
defendeu que o partido recorra da decisão. Ele disse
que os advogados do partido, no entanto, entendem
ser melhor aguardar a publicação do acórdão e depois
submeter a decisão à executiva.
"Eu, como presidente, penso que devemos recorrer. O
advogado quer esperar a publicação [do acórdão].
Vamos continuar no governo Temer, sem deixar de lado
as nossas convicções. E eu estou convicto de que
houve corrupção na eleição de 2014".
Perguntado se essa posição não seria incoerente, o
tucano reconheceu que sim, mas que prefere seguir
suas convicções. "Com certeza há uma incoerência
nisso, mas foi a história que nos impôs. Esse não é
o meu governo, nem o governo dos meus sonhos. Não
votei nele [Temer] nem nela [Dilma]. Estamos juntos
para dar a estabilidade que o país precisa. Estaria
mais confortável com alguém do PSDB [na
Presidência]".
Sobre uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da
República contra o presidente Michel Temer,
Jereissati disse que o partido não fechará questão e
os deputados ficarão livres para votar ( a Câmara é
quem decide se autoriza a abertura do processo de
investigação contra o presidente). "Vai ser uma
decisão da Câmara e cada deputado vai votar da
maneira que quiser. Não existe nada de fechar
questão em relação a isso. A bancada tem opiniões
diferente, vai ser um voto de consciência e não uma
decisão partidário. Se tiver um acontecimento muito
grave, a opinião vai ser diferente e vamos chamar a
bancada e conversar sobre isso", disse.
Fonte: Portal EBC
13/06/2017 -
Fachin concede mais cinco dias para PF concluir
inquérito sobre Temer
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin decidiu nesta segunda-feira (12) prorrogar
por mais cinco dias o prazo para a Polícia Federal
encerrar a investigação sobre o presidente Michel
Temer. O pedido de prorrogação foi solicitado pela
PF, que alegou necessidade de mais tempo para
concluir as investigações, iniciadas a partir das
citações ao nome do presidente nas delações dos
executivos da JBS.
Na sexta-feira (9), o advogado Antônio Mariz de
Oliveira, representante de Temer, informou ao
ministro que o presidente decidiu não responder às
perguntas enviadas pela Polícia Federal no
inquérito. Além disso, a defesa pediu o arquivamento
das investigações e fez críticas ao teor do
questionário enviado pelos delegados. Na mesma
decisão de hoje, Fachin concedeu o mesmo prazo de
cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR)
se manifestar sobre o pedido de arquivamento.
Para a defesa de Temer, o questionário é um “acinte
à sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa” e
atenta contra os “direitos individuais inseridos no
texto constitucional”. “ O presidente e cidadão
Michel Temer está sendo alvo de um rol de abusos e
de agressões aos seus direitos individuais e à sua
condição de mandatário da nação que colocam em risco
a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio
Estado Democrático de Direito”, destaca o documento.
Fonte: Portal EBC
13/06/2017 -
Emprego deve aumentar este ano, diz Meirelles em
rede social
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
nesta segunda-feira (12) que há previsão de aumento
do emprego este ano. “Previsões econômicas são de
aumento do emprego durante o ano, retomada dos
investimentos e manutenção dos gastos sociais”,
afirmou o ministro em sua conta no Twitter.
Meirelles postou as declarações após participar,
pela manhã, de teleconferência com investidores
organizada pelo Bank of America Merril Lynch.
“Fiz uma análise da situação atual das perspectivas
da economia brasileira. Mostramos [aos investidores]
que medidas adotadas no último ano garantiram fim da
recessão, queda da inflação e juros – o que preserva
a renda dos brasileiros”, escreveu o ministro na
rede social.
Segundo ele, “agora é hora de garantir as condições
para o investimento, que trará emprego e
oportunidade para todos”. Meirelles disse estar
“comprometido” com esse objetivo.
O ministro da Fazenda criou um perfil no Twitter no
último dia 7 de junho. Desde então, tem feito posts
comentando a situação econômica do país.
Fonte: Agência Brasil
13/06/2017 -
Auxiliar sem intervalo para descanso não invalida
norma coletiva que ampliou jornada
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
proveu recurso da International Paper do Brasil
Ltda. contra decisão que invalidou norma coletiva
que ampliava, de seis para oito horas, a jornada de
turnos ininterruptos de revezamento. A nulidade
ocorreu por causa da falta de intervalo intrajornada
para alimentação e repouso. De acordo com os
ministros, a invalidade apenas seria declarada se
houvesse prestação de horas extras, situação que não
foi comprovada, apesar de o tempo do intervalo
suprimido ser remunerado com adicional de 50%.
A conclusão da Turma superou o entendimento do
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(Campinas/SP), que reformou sentença para deferir o
pedido de um auxiliar de produção para receber a
sétima e a oitava horas como extras. Para o TRT, o
simples fato de o empregado não ter gozado uma hora
de intervalo invalidou o acordo de compensação de
jornada, firmado entre o sindicato da categoria e a
empresa. Apesar da existência do acordo coletivo, o
Regional ressaltou que não se cumpriu norma de
proteção ao trabalhador.
Relator do recurso da International Paper ao TST, o
ministro Douglas Alencar Rodrigues explicou que a
Constituição Federal prevê jornada de seis horas
para turnos de revezamento, mas permite a ampliação
por meio de negociação coletiva (artigo 7º, inciso
XIV). Também afirmou que, se for estabelecida
jornada superior a 6h e limitada a 8h mediante
regular convenção ou acordo coletivo, os empregados
submetidos a esse tipo de turno ininterrupto não têm
direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras
(Súmula 423).
No contexto da falta do intervalo para repouso e
alimentação, o relator disse que apenas a prestação
habitual de serviço além do tempo regular implica a
invalidação da norma coletiva, não produzindo os
mesmos efeitos jurídicos a ausência do intervalo,
que, não necessariamente, acarreta extrapolação da
jornada. “Sem a realização constante de horas
extras, é válido o acordo coletivo que aumentou a
jornada de seis para oito horas, razão pela qual é
indevido o pagamento da sétima e da oitava horas
como extras”, concluiu.
Por unanimidade, a Sétima Turma restabeleceu a
sentença que indeferiu a remuneração pelo suposto
trabalho extraordinário.
Processo: RR-1677-53.2013.5.15.0071
Fonte: TST
12/06/2017 -
Relator apresenta voto sobre reforma trabalhista à
CAS nesta terça-feira
O forte embate entre governo e oposição deverá
marcar, mais uma vez, as discussões acerca do
Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017, que contém a
reforma trabalhista. O relatório do senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES) será lido nesta terça-feira (13),
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), mas a
oposição já prometeu apresentar textos alternativos.
Apesar de o item ser único na pauta, a expectativa é
de que a reunião seja longa, a exemplo do que
ocorreu na passagem do PLC pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE). Só a leitura do relatório e a
discussão dos votos em separado levaram mais de seis
horas.
Mesmo com o acordo fechado sobre o calendário de
andamento do projeto pelas comissões, não há
consenso sobre o teor do texto e o caminho escolhido
pelo relator para se manifestar. Enquanto Ferraço
prefere não sugerir alterações e recomendar vetos
nos pontos mais polêmicos ao presidente Michel
Temer, evitando assim o retorno do projeto à Câmara,
a bancada oposicionista, sob o comando de Paulo Paim
(PT-RS), acredita que o relator está abrindo mão do
direito do Senado de balizar melhor a proposta.
Indicações de veto
Os pontos mais polêmicos do texto receberam indicação
de veto de Ferraço, como a previsão para que
gestantes e mães que amamentam possam trabalhar em
ambientes insalubres se o médico assim o permitir.
Outro veto a ser imposto é à possibilidade de
negociação individual para o estabelecimento da
jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de
descanso, hoje aplicada a algumas categorias
profissionais, por acordo coletivo.
No entanto, outros itens considerados temerários
receberam o aval do relator, apesar de os
integrantes da oposição acreditarem que eles são
prejudiciais e precarizam as condições de trabalho
dos assalariados.
Um dos eixos principais da reforma é a prevalência
do “acordo sobre o legislado”, que segundo Ferraço,
tornará os contratos mais eficientes, além de
melhorar as condições de trabalho. O relator afirma
que há um cenário de insegurança jurídica que deve
ser combatido:
— A reforma trabalhista tem o objetivo de proteger
as leis e a própria Constituição de uma ofensiva de
decisões judiciais que invadem a competência do
Congresso — apontou Ferraço em seu relatório na CAS.
Para Lídice da Mata (PSB-BA) a reforma abre a
possibilidade de flexibilizar direitos conquistados
pelos trabalhadores ao longo de décadas.
— As propostas do projeto, para negociação coletiva,
em vez de valorizá-la, irão, na verdade,
restringi-la, ao estimular negociações individuais e
fragmentadas por empresa e permitir que o piso de
direitos seja o teto, o qual, inclusive, pode ser
rebaixado. O que se pretende aqui é o negociado
sobre o legislado para retirar direitos —afirmou
Lídice, no texto alternativo que apresentou na CAE.
Imposto sindical
Senadores também divergem sobre o imposto sindical. A
reforma torna a contribuição sindical facultativa.
Hoje, o pagamento, que equivale a um dia de
trabalho, é obrigatório e recai tanto sobre os
empregados sindicalizados quanto os que não são
associados às entidades de classe. Segundo Ferraço,
a medida vai fortalecer os sindicatos que tem
representatividade. Para Paim, contudo, o projeto
deveria prever outra fonte de financiamento dessas
entidades.
Teletrabalho
A regulamentação do trabalho em casa, o chamado
teletrabalho, é outro ponto que divide opiniões.
Para Ferraço a falta de regras mais detalhadas gera
insegurança jurídica para 15 milhões de brasileiros
que se encontram nessa situação.
— A regulamentação do teletrabalho possibilitará que
os brasileiros e brasileiras fiquem menos tempo no
trânsito das grandes cidades. Isso significa mais
tempo em casa. Prestigia-se novamente o convívio
familiar — frisou em seu texto.
Mas Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pondera que o tema
merece ampla discussão. Ela observa, em seu voto em
separado que a proposta não se debruça sobre os
custos suportados por aqueles que trabalham em casa
e que deveriam ficar na conta do empregador como por
exemplo, a internet, a manutenção do computador e
outros instrumentos necessários.
Rescisão
Outro dispositivo que carece de unanimidade é a
possibilidade da rescisão do contrato de trabalho de
comum acordo entre empregado e empregador, mediante
pagamento pela metade do aviso prévio. Para Ferraço
é uma conquista inquestionável.
— Hoje, quem recebe uma oportunidade de emprego
melhor e resolve trocar de posto não tem direito ao
FGTS nem a indenizações. É uma conquista
inquestionável — disse.
Mas Lídice da Mata (PSB-BA) avalia que é preciso
considerar que as relações de poder entre patrão e
empregado são assimétricas, e o estabelecimento de
"comum acordo" é uma opção que pode significar
perdas para o trabalhador, que será levada, em
muitos casos, a aceitar essa modalidade de rescisão
contratual. Paim concorda.
— Eles me demitem, e só vou receber metade do aviso
prévio? Estou com fome, a família está com fome, e o
cara fala que tenho direito a R$1 mil. "Quer receber
agora ou daqui a 30 dias?" "Poxa, estou desesperado!
Quero receber agora." "Então, leva 500 paus, vai
para casa e não precisa esperar os 30 dias —
argumentou.
Consulta
A consulta pública a respeito do projeto de reforma
trabalhista continua aberta no e-Cidadania, portal
de participação popular do Senado. Até a manhã desta
sexta-feira, 128.828 internautas eram contrários à
proposta e apenas 5.666 se posicionaram
favoravelmente ao texto.
Fonte: Agência Senado
12/06/2017 -
CPI da Previdência ouve representantes de centrais
sindicais
A CPI da Previdência reúne-se nesta segunda-feira
(12), às 14h30, para ouvir representantes de
centrais sindicais, associações e confederações de
trabalhadores. Esta será a décima audiência pública
da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado
destinada a investigar a contabilidade da
Previdência Social e esclarecer com precisão as
receitas e despesas do sistema, bem como os desvios
de recursos.
Devem participam da audiência Nílton Paixão,
presidente da Central Pública do Servidor; Rosana
Colen Moreno, da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores e da Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil; Valeir Ertle, secretário
nacional de assuntos jurídicos da Central Única dos
Trabalhadores (CUT); Antônio Carlos Cordeiro, da
Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da
Classe Trabalhadora; e Mário Teixeira, da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; além de
representantes da Central dos Sindicatos
Brasileiros; da União Geral dos Trabalhadores; e da
Central Sindical e Popular.
Frigoríficos
Na segunda parte da sessão deve ser votado
requerimento do senador Lasier Martins (PSD-RS) com
pedido de informações aos representantes dos
frigoríficos JBS, Marfrig Global Foods, Swift Armour,
Margen e Nicolini, que estão entre os maiores
devedores previdenciários, conforme divulgado pela
Procuradoria-Geral da Fazenda. Representantes desses
frigoríficos participaram da última audiência
pública promovida pela CPI.
O senador solicita respostas, com documentação
anexada, sobre a composição do débito
previdenciário, com detalhamento do montante devido;
demonstração do valor discutido judicialmente e a
fase em que se encontram as ações judiciais; valores
discutidos administrativamente, além dos supostos
créditos e suas origens.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
12/06/2017 -
Paim dará voto favorável ao projeto que pune a
exploração do trabalho infantil
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou que vai
apresentar relatório com voto favorável à aprovação,
na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa, do projeto que pune a exploração do
trabalho infantil. O PLS 53/2016, de autoria do
ex-senador Marcelo Crivela, estabelece pena de dois
a quatro anos de reclusão a quem explorar o trabalho
infantil. Paim considera esse um crime contra a
humanidade, que vai atingir as gerações presentes e
futuras. Segundo o IBGE, existem no Brasil mais de 3
milhões de crianças, com menos de 14 anos,
trabalhando.
Fonte: Agência Senado
12/06/2017 -
Agências da Caixa abrem duas horas mais cedo até
quarta para saques do FGTS
As mais de duas mil agências da Caixa Econômica
Federal, em todo o país, vão abrir com duas horas de
antecedência nesta segunda, terça e quarta-feira. A
decisão foi tomada pela instituição financeira para
ajudar os titulares de contas inativas do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), no processo de
orientação e de saques.
As agências, que abririam às 11h, passam a funcionar
às 9h. Para as unidades que já abrem rotineiramente
às 9h, o atendimento começa as 8h e se estende até
uma hora a mais. Embora o funcionamento destine-se
aos nascidos entre setembro e novembro, quem nasceu
em meses anteriores e ainda não realizou o saque,
também pode comparecer.
Até agora, Caixa Econômica Federal já pagou mais de
R$ 27 bilhões das contas inativas FGTS a 81% dos
cerca de 20 milhões de trabalhadores nascidos entre
janeiro e agosto, que têm direito ao benefício.
A meta é contemplar mais 30 milhões de trabalhadores
com o saque de contas inativas, totalizando a
liberação de R$ 40 bilhões até 31 de julho.
Fonte: Portal EBC
12/06/2017 -
TSE recusa cassação da chapa Dilma-Temer; Gilmar
Mendes desempatou votação
O Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, decidiu nessa
sexta-feira (09) não cassar a chapa Dilma Rousseff e
Michel Temer, de de 2014. A maioria dos ministros
rejeitou as delações da Odebrecht e dos marqueteiros
da campanha como provas e, por 4 votos a 3, manteve
os direitos políticos de Dilma e o atual mandato de
Temer.
Saiu derrotada a posição do ministro-relator, Herman
Beijamin, que pediu a cassação por abuso de poder
político e econômico e se negou a excluir as
delações do processo.
O primeiro a divergir do relator foi o ministro
Napoleão Nunes Maia. Ele argumentou que a Lava Jato
mostrou uma série de irregularidades, mas não
eleitorais e sim criminais, a serem investigadas por
outra área do judiciário, neste caso, a criminal.
Em seguida os ministros Admar Gonzaga e Tarcísio
Vieira também votaram contra a cassação. O ministro
Admar ressaltou que os crimes descobertos pelas
delações não poderiam entrar no caso porque não
estavam na petição inicial feita pelo PSDB em 2014.
O argumento foi rebatido pelos ministros Luiz Fux e
Rosa Weber, que pediram a cassação da chapa. O
ministro Fux pediu para não excluir as delações.
Quando a votação empatou em 3 a 3 foi a vez do
presidente do TSE, o ministro Gilmar Mendes. Ele
defendeu que que não considerar as delações as
delação como provas não é um detalhe processual.
Com a decisão do TSE, a chapa eleita em 2014 não foi
cassada e o presidente Michel Temer permanece no
cargo.
Fonte: Portal EBC
12/06/2017 -
Brasil é denunciado em Genebra por desrespeitar
Convenções da OIT
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST,
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
– CTB, Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB,
União Geral dos Trabalhadores – UGT, Central Única
dos Trabalhadores – CUT Brasil e Força Sindical,
presentes na 106ª Conferência Internacional do
Trabalho da Organização Internacional do Trabalho –
OIT, conseguiram a incluir o Brasil na lista de
casos de países que violam normas internacionais do
trabalho.
Este ano o Brasil consta da “lista longa” de 40
casos por violar a convenção 98 da OIT que trata
sobre o direito de sindicalização e de negociação
coletiva. Porém o caso brasileiro não foi incluído
na chamada “lista curta” dos 24 casos a serem
analisados na Comissão de Aplicação de Normas da OIT
nesta Conferência.
Diferentemente do que disse o relator da proposta de
reforma trabalhista, deputado federal Rogerio
Marinho (PSDB), em Genebra, Suíça e divulgado pela
imprensa brasileira, a OIT, por meio da Comissão de
Peritos e do seu Departamento de Normas declarou que
a proposta de reforma trabalhista infringe, sim, as
Convenções 98, 151 e 154, ao prever que negociações
entre patrões e empregados se sobreponham a lei.
A denúncia que as centrais brasileiras fizeram ecoou
na Comissão de Aplicação de Normas da OIT, tendo
amplo apoio de organizações de trabalhadores de
diversos países. Além disso, o caso não será
arquivado, como falsamente foi divulgado pela
imprensa. Pelo contrário, ele será retomado em
qualquer um dos órgãos de controle da OIT e caso o
projeto de lei de reforma trabalhista seja aprovado,
se consolidará como nova denúncia na próxima
Conferência da OIT em 2018.
A OIT é uma organização tripartite e a inclusão na
lista de casos a serem analisados é feita sempre por
consenso entre as representações de todo o mundo. A
posição defendida pelo setor patronal e o governo
brasileiro em conjunto com o capital internacional
para que o Brasil não entrasse na lista de casos da
OIT deste ano comprova a estratégia de desregulação
e precarização das relações de trabalho no Brasil e
no mundo, estratégia que tem sido constantemente
denunciada pelas centrais brasileiras e
confederações sindicais internacionais.
Vale destacar que frente ao grave cenário de ataques
a direitos sociais, trabalhistas e sindicais, as
centrais brasileiras convocaram um ato público e
unitário para o dia 12 de junho, às 18 horas, em
frente à Organização das Nações Unidas – ONU na
Place des Nations em Genebra, Suiça ainda no marco
da Conferencia Internacional do Trabalho da OIT. O
ato denunciará os ataques aos direitos da classe
trabalhadora, a organização sindical e a crescente
violência promovida pelo Estado brasileiro.
Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST;
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
– CTB; Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB;
União Geral dos Trabalhadores – UGT; Central Única
dos Trabalhadores – CUT Brasil e Força Sindical.
Fonte: NCST
12/06/2017 -
Intenção de investimentos da indústria cresce 7,9
pontos
O Indicador de Intenção de Investimentos da
Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas,
avançou 7,9 pontos no segundo trimestre deste ano,
na comparação com o trimestre anterior. Com o
resultado, o indicador atingiu 107,9 pontos, em uma
escala de zero a 200, o maior patamar desde o
terceiro trimestre de 2014 (109,3 pontos). Quando o
indicador fica acima de 100 pontos, indica otimismo.
A proporção de empresas prevendo investir mais nos
12 meses seguintes (25,6%) superou o percentual
daquelas que projetam investir menos (17,7%). Esse
saldo positivo não ocorria desde o primeiro
trimestre de 2015, quando os percentuais haviam sido
de 28,5% e 27,7%. No trimestre anterior, esses
percentuais haviam se igualado em 19,9%.
Em relação à execução de seu plano de investimentos,
25% das empresas estão certas de que o farão,
enquanto 21,3% estão incertas. No trimestre
anterior, os resultados haviam sido de 29,2% e
22,7%, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
12/06/2017 -
Comissão aprova contagem de prazos de processos
trabalhistas em dias úteis
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público, da Câmara dos Deputados, aprovou proposta
que a estabelece que a contagem de prazos nos
processos trabalhistas, como já ocorre no Código de
Processo Civil (CPC, Lei 13.105/15), passe a ser em
dias úteis em vez de dias corridos.
O texto também inclui na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43), a suspensão
dos prazos processuais entre 20 de dezembro e 20 de
janeiro. Nesse período não serão realizadas
audiências ou sessões de julgamento.
Porém, juízes, membros do Ministério Público, da
Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os
auxiliares da Justiça continuarão com as atividades.
A proposta aprovada é o substitutivo do deputado
Jorge Côrte Real (PTB-PE) que unifica cinco
propostas que tramitam apensadas (PLs 2176/15,
4540/16, 4750/16, 5039/16 e 6823/17). O texto
original somente estabelecia a contagem em dias
úteis.
Prorrogação
Pelo texto, os prazos podem ser prorrogados pelo tempo
estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em
virtude de força. Atualmente, a lei estabelece que
os prazos que vencerem em sábado, domingo ou dia
feriado terminam no primeiro dia útil seguinte.
Para Côrte Real, as propostas atualizam o processo
do trabalho, incorporando dispositivos previstos no
CPC. “Tais medidas atendem a pleito dos advogados
trabalhistas, sujeitos a prazos mais curtos e sem
direito a férias ou recesso de final de ano.”
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada ainda pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito.
Fonte: Agência Câmara
12/06/2017 -
Câmara rejeita a dispensa de acordo coletivo para
trabalhar aos domingos e feriados
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público rejeitou a dispensa de acordo coletivo
prévio para abertura de estabelecimentos aos
domingos e feriados, quando a atividade da empresa
tiver permissão permanente para abertura nesses
dias.
O assunto é tratado no Projeto de Lei 3737/15, do
deputado Herculano Passos (PSD-SP), que prevê a
inclusão dessa disposição na Lei de Participação nos
Lucros das Empresas (10.101/00), mas recebeu parecer
pela rejeição da relatora, deputada Erika Kokay
(PT-DF).
A matéria será arquivada por tramitar em caráter
conclusivo e ter sido rejeitada na única comissão de
mérito que a analisou, a menos que haja recurso
aprovado para que seja votada pelo Plenário.
Hotéis e restaurantes
As regras vigentes autorizam o trabalho aos domingos e
feriados no comércio em geral, observada a
legislação municipal. O trabalho nos feriados deverá
ser autorizado em convenção coletiva de trabalho.
O objetivo de Passos é facilitar o funcionamento de
estabelecimentos como hotéis e restaurantes, pois,
segundo ele, o TST tem exigido, em todos os casos, a
prévia autorização em norma coletiva para o trabalho
aos domingos.
Condições dos trabalhadores
Segundo Erika Kokay, a lei vigente, ao exigir a norma
coletiva, pretendeu tratar das condições em que esse
trabalho seria realizado. “Sem interferir na lógica
empresarial ou consumidora da acelerada sociedade
contemporânea, posto que não há restrição ou
obstáculo ao funcionamento, o que se pretende é que
haja prévia definição das condições para esses
trabalhadores, a fim de evitar desamparo a seus
direitos”, explicou a relatora.
Parecer vencedor
A deputada Erika Kokay foi relatora do parecer
vencedor, uma vez que o parecer original, do
deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), pela aprovação
do projeto, foi rejeitado pela comissão. O parecer
de Maranhão tornou-se, então, voto em separado.
Fonte: Agência Câmara
09/06/2017 -
Eunício: passada nas comissões, reforma trabalhista
irá de imediato a Plenário
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, reafirmou
nesta quinta-feira (9) que a reforma trabalhista (PLC
38/2017) será votada, mas sem pressa. Ele defendeu
um amplo debate sobre a proposta.
— À medida que eu distribuí a matéria para ir a três
comissões, é natural que eu defenda que passem nas
três comissões. Eu acho que o debate e o
posicionamento de cada senador e de cada partido são
naturais neste processo. Não há açodamento para essa
matéria. O Congresso vai funcionar, pelo menos, até
o dia 14 de julho. Nós temos prazo até lá. Essa
matéria tem que tramitar, tem que ser debatida,
discutida — afirmou Eunício.
O presidente do Senado falou ainda que a proposta
será pautada para o Plenário tão logo seja aprovada
nas comissões.
— A matéria, passada nas três comissões, vem para o
Plenário e, assim como eu já disse, não tem motivo
para eu não pautá-la de imediato. A minha
responsabilidade com o país é pautar essa matéria.
Desde a primeira entrevista, eu disse que votaria
assim que ela chegasse pronta para o Plenário —
afirmou Eunício.
Fonte: Agência Senado
09/06/2017 -
Acordo político estabelece calendário de votações da
reforma trabalhista
Os integrantes da Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
firmaram, nesta quinta-feira (8), um acordo sobre a
tramitação do Projeto de Lei da Câmara (PLC)
38/2017, da reforma trabalhista. Na próxima
terça-feira (13), o relatório do senador Ricardo
Ferraço (PMDB-ES) será lido na comissão, assim como
os votos em separado a serem apresentados pela
oposição. A votação do texto deve ocorrer no próximo
dia 20.
Na sequência, na quarta-feira (21), o texto será
lido na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), assim como prováveis textos
alternativos da oposição. A votação na comissão está
agendada para a reunião do dia 28 de junho. A partir
daí, a matéria seguirá para análise do Plenário.
— [Pode ser votado] a partir do dia 28 no Plenário,
mas quem pauta o Plenário é o presidente Eunício
Oliveira. A partir do dia 28 estará disponível —
disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR) à Agência
Senado.
Paulo Paim (PT-RS), que esteve à frente da
elaboração deste calendário, ao lado de Jucá,
destacou que firmar um entendimento para o
encaminhamento da análise, independentemente do
resultado da proposição, é bom para o Parlamento. A
oposição temia que o processo legislativo fosse
abreviado, e que o texto fosse analisado em regime
de urgência, sem passar por todas as comissões
previstas.
— É positivo para as boas relações, independente do
resultado. E que no voto se decida — afirmou.
Calendário
A intenção inicial era que o relatório de Ricardo
Ferraço, que não fez alterações ao texto aprovado na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na última
terça-feira (6), já fosse lido nesta quinta-feira
(7). Mas os senadores da oposição questionaram o
cumprimento dos prazos.
Apesar de estar na pauta desde a terça-feira, o
relatório só foi incluído na quarta à tarde. A
oposição exigia que houvesse um intervalo de pelo
menos 48 horas desde a inclusão. A presidente da
CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), frisou que a
montagem da pauta é uma prerrogativa sua e que não
havia irregularidade em pautar o projeto.
Fonte: Agência Senado
09/06/2017 -
Nova Central critica aprovação da reforma
trabalhista na CAE do Senado
O presidente da Nova Central, José Calixto Ramos,
repudiou a aprovação na terça (6) da reforma
trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
do Senado, mantendo o conteúdo do texto aprovado
pela Câmara.
“Com esse posicionamento, a maioria dos senadores
que integram a CAE mostra desprezo pelos anseios da
classe trabalhadora e total falta de diálogo com o
povo brasileiro, que já mostrou nas ruas sua
insatisfação com as reformas defendidas pelo governo
Temer”, destaca nota assinada por Calixto no site da
Central.
O presidente da Nova Central avaliou, em entrevista
à Agência Sindical, que o placar de 14 votos contra
11 demonstra a necessidade da uma atuação maior do
sindicalismo dentro do Congresso Nacional e do
diálogo com os parlamentares da base.
Pressão - "Faltaram apenas dois votos. Foi
por muito pouco. Acho que podemos tirar por lição e
nos empenharmos ainda mais no corpo a corpo com os
senadores. Temos que ir na base de cada um dos
parlamentares", ressalta Calixto.
Ele espera que nas comissões de Assuntos Sociais e
de Constituição e Justiça, que são os próximos
passos da tramitação do projeto, as coisas mudem.
“Vamos intensificar as ações. Não vamos esmorecer.
Temos que continuar a luta contra esse desmonte da
CLT", diz.
Mais informações: www.ncst.org.br
Fonte: NCST
09/06/2017 -
Com reforma trabalhista, 89% temem não sustentar
família, diz pesquisa
Levantamento aponta ainda que 69% não consideram
possível se aposentar a partir da aprovação das
regras propostas pelo governo
A rejeição dos trabalhadores às reformas pretendidas
pelo governo de Michel Temer está associada à
insegurança deles em relação ao futuro. O temor de
que as mudanças possam levar ao empobrecimento das
famílias brasileiras é generalizado.
Um dos recortes da pesquisa CUT/Vox Populi divulgada
em primeira mão por CartaCapital aponta que, com a
reforma trabalhista e a eventual aprovação do
contrato de trabalho intermitente, 89% preveem não
conseguir sustentar suas famílias a partir das
mudanças. Realizado entre 2 e 4 de junho, o
levantamento revela que 75% dos entrevistados
reprovam o desempenho de Temer à frente da
Presidência.
A pesquisa questionou os entrevistados sobre pontos
específicos das reformas do governo. Além do alto
número de brasileiros que preveem serem incapazes de
sustentar suas famílias com o contrato de trabalho
intermitente, 90% afirmam que não teriam coragem de
fazer um crediário ou financiamento para comprar uma
casa, um carro ou um eletrodoméstico se o contrato
de trabalho for temporário.
A rejeição à prevalência da negociação coletiva
sobre o disposto na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), outro item da reforma trabalhista
atualmente em tramitação no Senado, também é alta. O
levantamento aponta que 68% consideram a proposta
mais favorável aos patrões e menos aos empregados.
Quando o tema é a reforma da Previdência de Temer,
69% dos entrevistados avaliam que não conseguirão se
aposentar a partir da aprovação das novas regras.
Entre aqueles que ainda acreditam poder recorrer à
Previdência, 21% acham possível garantir o benefício
mínimo após 25 anos de contribuição. Em relação à
obtenção do benefício máximo, apenas 3% acreditam
que conseguirão se aposentar depois de 40 anos de
contribuição.
Fonte: Carta Capital
09/06/2017 -
TSE deve encerrar hoje julgamento do pedido de
cassação da chapa Dilma-Temer
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve concluir
hoje (9) o julgamento da ação em que o PSDB pede a
cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das
eleições de 2014. A sessão está marcada para começar
às 9h, com a finalização do voto do relator,
ministro Herman Benjamin. Ficou acertado que, após o
voto do relator, cada ministro terá cerca de 20
minutos para proferir o voto.
Na primeira parte de seu voto, Herman Benjamin
afirmou que a campanha da chapa praticou abuso de
poder político e econômico por ter recebido propina
como doação eleitoral. Ele ponderou, no entanto, que
os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram
praticados por outros partidos.
Na sessão de ontem (8), a Corte também debateu o
pedido feito pelos advogados da chapa para retirar
do processo as delações de executivos da Odebrecht.
Para os advogados, fatos que não constam na petição
inicial, protocolada pelo PSDB em 2014, não podem
ser alvo do julgamento. Apesar da manifestação do
relator contra a retirada, quatro dos sete ministros
indicaram que devem votar a favor das defesas, mas a
deliberação deve ser confirmada somente hoje.
Após o relator, deverão votar os ministros Napoleão
Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa
Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar
Mendes.
Ação
Depois do resultado das eleições de 2014, o PSDB
entrou com a ação, e o TSE começou a julgar
suspeitas de irregularidade nos repasses a gráficas
que prestaram serviços à campanha eleitoral de Dilma
e Temer. Recentemente, o relator Herman Benjamin
decidiu incluir no processo o depoimento dos
delatores ligados à empreiteira Odebrecht
investigados na Operação Lava Jato. Os delatores
relataram que fizeram repasses ilegais para a
campanha presidencial.
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então
presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel
Temer, foram aprovadas com ressalvas e por
unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi
reaberto porque o PSDB questionou a aprovação.
Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da
presidente e do vice-presidente é julgada em
conjunto.
Defesa
A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer
irregularidade e sustenta que todo o processo de
contratação das empresas e de distribuição dos
produtos foi documentado e monitorado. A defesa do
presidente Michel Temer diz que a campanha eleitoral
do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos.
De acordo com os advogados, não se tem conhecimento
de qualquer irregularidade no pagamento dos
serviços.
Fonte: Agência Brasil
09/06/2017 -
Trabalhador com câncer poderá ter estabilidade no
emprego
Por unanimidade, a Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) aprovou projeto de lei (PLS 14/2017) do
senador Eduardo Amorim (PSC-SE) que concede garantia
de emprego por um ano, no mínimo, ao segurado da
Previdência Social com câncer que receber
auxílio-doença. O relator, senador Paulo Paim
(PT-RS), apresentou parecer pela aprovação da
proposta.
A proposta foi aprovada em decisão terminativa na
CAS. Assim, se não houver recurso para análise pelo
Plenário do Senado, o PLS 14/2017 seguirá
diretamente para a Câmara dos Deputados.
O autor do projeto pretende estender ao segurado com
câncer, após o término do auxílio-doença, a garantia
de permanência no emprego estabelecida pela Lei
8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência
Social). O benefício da estabilidade seria
assegurado ao trabalhador mesmo que a doença seja
anterior a sua filiação no sistema previdenciário e
independentemente de ele ter sofrido, ou não,
acidente de trabalho.
Eduardo Amorim ressaltou que a pessoa acometida pelo
câncer já passa por um momento difícil da sua vida e
não deveria ter mais um sofrimento com a perda do
emprego.
No parecer, Paim ressaltou a “pertinência e
oportunidade” da proposta. Ele observou que, na
falta de regramento legal sobre a questão, decisão
do Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem
assegurado o direito à reintegração para os casos de
dispensa de empregados acometidos por câncer.
“A dispensa injustificada, além de representar um
ato discriminatório, pode ocasionar nesse
trabalhador sérios transtornos, como o de levá-lo a
desenvolver uma depressão profunda. Esse projeto
corrige, portanto, grave lacuna de nossa legislação
trabalhista tendo em vista que o trabalhador apto
para o retorno às atividades tem iguais condições de
produzir e de contribuir para a empresa”, considerou
Paim no parecer.
Fonte: Agência Senado
09/06/2017 -
Validade de negociação direta entre empregados e
Braskem depende de prova de recusa de sindicato
A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais
do Tribunal Superior do Trabalho determinou que o
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
verifique a existência ou não de provas de que o
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Química e
Petroquímica de Triunfo (Sindipolo) teria se
recusado a participar de negociação com a Braskem
S/A, resultando na celebração de acordo coletivo
diretamente com a comissão de empregados. Segundo o
relator, ministro João Oreste Dalazen, somente essa
circunstância pode afastar a exigência da tutela
sindical na negociação coletiva.
O acordo, que vigorou de 1997 a 1999, alterou o
regime vigente até então, de cinco turnos contínuos
de revezamento de oito horas cada, para quatro de 12
horas cada, com descanso de 24 horas. O Sindipolo
ajuizou ação tentando anular o acordo, firmado sem
sua participação, e o pagamento das horas extras
excedentes à sexta diária e reflexos.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
declarou a invalidade do acordo e deferiu as horas
extras. A decisão baseou-se no inciso XIV, artigo
7º, da Constituição Federal, que garante aos
trabalhadores jornada de seis horas para trabalho em
turnos ininterruptos de revezamento, “salvo
negociação coletiva”, e no inciso VI do artigo 8º da
CLT, que prevê a obrigatoriedade da participação
sindical.
A Braskem recorreu pedindo a análise da
constitucionalidade do artigo 617 da CLT, segundo o
qual os empregados que decidirem celebrar acordo com
as empresas devem dar ciência ao sindicato para que
este assuma a direção dos entendimentos. A decisão,
no entanto, foi mantida tanto pelo Regional quanto
pela Segunda Turma do TST.
SDI-1
Nos embargos à SDI-1, a Brasken insistiu que o artigo
617 da CLT confere validade ao acordo firmado
diretamente entre empresa e empregados.
Segundo o ministro João Oreste Dalazen, relator dos
embargos da Brasken, a questão a ser discutida pela
SDI-1 diz respeito somente à compatibilidade do
artigo 617 da CLT com a Constituição Federal. E, no
seu entendimento, o dispositivo foi recepcionado
pela Constituição. “A exigência constitucional
inafastável é de que o sindicato seja instado a
participar e participe da negociação coletiva, ainda
que para recusar a proposta patronal”, afirmou. “A
resistência, em tese, da cúpula sindical em
consultar as bases, todavia, não constitui empecilho
a que os próprios interessados, regularmente
convocados, firmem diretamente o pacto coletivo com
a empresa, na forma da lei”, afirmou.
No entanto, o relator assinalou que não é suficiente
“o simples envio de missivas e o decurso de prazo
diminuto” para que se dispense a intermediação do
sindicato no acordo entre empregados e empresa. “A
grave exceção à garantia de tutela sindical só se
justifica quando sobressaem a livre manifestação de
vontade dos empregados e a efetiva recusa da
entidade profissional em representar a coletividade
interessada”, destacou.
Nesse sentido, Dalazen observou que a SDI-1 não tem
elementos para decidir se houve ou não a recusa. De
um lado, o Sindipolo afirma que não se recusou a
negociar e, pelo contrário, discutiu a proposta em
assembleia, com a recusa expressa da categoria em
aceitar a mudança dos turnos. De outro, a empresa
aponta a omissão do sindicato e a ausência de
realização de assembleia geral para debater a
questão. Por isso, propôs o retorno dos autos ao
Regional, para a verificação dos fatos e provas.
A decisão foi por maioria, vencidos os ministros
Vieira de Mello Filho, Augusto César Leite de
Carvalho, José Roberto Freire Pimenta e Hugo Carlos
Scheurmann. Processo: RR-1134676-43.2003.5.04.0900
Fonte: TST
09/06/2017 -
TST mantém entendimento de que é ilegal determinação
de depósito prévio para realização de perícia
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu provimento
a recurso ordinário interposto pela BRF S.A. que
questionava decisão do juízo da Vara do Trabalho de
Mineiros, em Goiás, que havia determinado que a
empresa adiantasse honorários periciais. Ao julgarem
o recurso, os ministros da Subseção II Especializada
em Dissídios Individuais (SBDI-2) concederam o
mandado de segurança que havia sido negado pelo
segundo grau e cassaram a decisão de primeiro grau,
autorizando a realização de perícia,
independentemente do depósito.
Eles entenderam que a Orientação Jurisprudencial nº
98 da SBDI-2 continua em vigor mesmo após a vigência
do Código de Processo Civil de 2015. A OJ diz ser
ilegal a exigência de depósito prévio para custeio
dos honorários periciais em razão de
incompatibilidade com o processo do trabalho, pois
contraria o princípio da proteção ao trabalhador.
Em seu voto, o relator do processo, ministro Vieira
de Mello Filho, afirmou que o art. 790-B da CLT
estabelece que a responsabilidade pelo pagamento dos
honorários periciais é da parte sucumbente na
pretenção objeto da perícia, não havendo, portanto,
como adiantar honorários ao perito. Ele salientou
que, nesse sentido, o art. 95 do CPC de 2015 “não se
revela compatível com as normas e princípios do
Direito Processual do Trabalho”.
Vieira de Mello acrescentou que o caráter gratuito e
alimentar das ações que tramitam na Justiça do
Trabalho é incompatível com a obrigação de
adiantamento dos referidos honorários pelo
reclamante que, em regra, é o que solicita a
realização de perícia. O ministro ressaltou, ainda,
que no processo trabalhista as despesas do processo
são pagas ao final pelo vencido, conforme estabelece
o art. 789, § 1º, da CLT, ao contrário da dinâmica
prevista no antigo e no novo Código de Processo
Civil em que a regra é o pagamento antecipado para a
realização de cada ato processual.
Desta forma, a Subseção manteve o entendimento de
que é ilegal a determinação de antecipação de
honorários periciais, conforme estabelece a OJ nº
98, que permanece em vigor mesmo após a vigência do
novo CPC. Processo: TST-RO-10430-29.2016.5.18.000
Fonte: Jusbrasil
08/06/2017 -
Nova Central repudia aprovação da Reforma
Trabalhista na CAE do Senado
Brasília, 07 de junho de 2017 - A Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST) lamenta e repudia o
parecer da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do
Senado, que seguiu a relatoria do senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES) favorável à Reforma Trabalhista,
mantendo todo o conteúdo do texto aprovado pela
Câmara. Com esse posicionamento, a maioria dos
senadores que integram a CAE mostra desprezo pelos
anseios da classe trabalhadora e total falta de
diálogo com o povo brasileiro, que já mostrou nas
ruas sua insatisfação com as reformas defendidas
pelo governo Temer e seus apoiadores.
Toda a sociedade brasileira e os movimentos sociais
e sindicais esperam agora que a Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) do Senado, para onde o texto deve
seguir, tenha a sensibilidade de entender o quão
prejudicial esta reforma é para os trabalhadores e
as trabalhadoras. A única intenção desse projeto é
rasgar a CLT e retirar direitos adquiridos durante
anos de lutas.
O resultado de 14 votos contra 11 reafirma a
necessidade da atuação dentro do Congresso Nacional
e do diálogo com os parlamentares da base.
Agradecemos os 11 parlamentares que votaram pela
manutenção dos direitos dos trabalhadores, em
especial aos senadores Paulo Paim (PT-RS), Lídice da
Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que
fizeram a leitura do voto em separado.
Que possamos renovar nosso espírito de luta e
mobilização até que a proposta chegue à sua fase
final no Senado, o plenário da Casa.
Por nenhum direito a menos!
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Fonte: NCST
08/06/2017 -
Centrais definem agenda do 20 de junho e reforçam
ações para a greve geral
As Centrais Sindicais definiram na manhã da quarta
(7), durante reunião na sede do Dieese, em São
Paulo, organizar uma série de atividades em todo o
País dia 20 de junho – data indicada para um grande
esquenta rumo à greve geral do dia 30.
A orientação às Confederações, Federações e
Sindicatos é fazer grandes panfletagens e agitação
com carro de som, a fim de seguir no trabalho de
conscientização dos trabalhadores e da população
sobre o que está em jogo com as reformas trabalhista
e previdenciária.
Mobilização - “Será o esquenta para a greve
geral dia 30. Aqui em São Paulo vamos fazer
panfletagens em terminais de ônibus, estações de
metrô e trens, circular com carros de som pelos
bairros e realizar atividade cultural na avenida
Paulista no final da tarde. Será o Arraiá Contra as
Reformas", explica o presidente da Nova Central SP,
Luiz Gonçalves (Luizinho).
“Vamos organizar as bases de todas as Centrais e
ocupar as ruas em todo o Brasil, para construir uma
grande greve", acrescenta Onofre Gonçalves,
presidente da CTB/SP.
As Centrais voltam a se reunir nesta sexta (9), às
10 horas, na sede do Dieese. Na pauta, o
detalhamento das ações para o esquenta e a
elaboração de um jornal eletrônico, que será
veiculado nos sites das entidades sindicais.
Agenda
Dia 20 de junho:
- Panfletagens unificadas nas estações do Metrô e
Terminais de Ônibus;
- Realização de assembleias nas bases e locais de
trabalho;
- Agitação nos bairros com carro de som para denunciar
a retirada dos direitos;
- Atos em todos os aeroportos e nas bases dos
Senadores e Deputados para pressionar contra as
reformas.
São Paulo
Manhã
- Caminhada pelas ruas do Centro de São Paulo,
concentração às 10h30, na Praça da Sé.
Tarde
- Arraial Contra as Reformas na avenida Paulista.
Fonte: Agência Sindical
08/06/2017 -
CAS começa a analisar proposta de reforma
trabalhista nesta quinta-feira
A proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017)
começa a ser discutida na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) nesta quinta-feira (8). O senador
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) deve apresentar o mesmo
relatório já aprovado na terça-feira (6) na Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE), que mantém o projeto
encaminhado pela Câmara dos Deputados.
A proposta de reforma trabalhista altera mais de 100
pontos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
O texto estabelece, por exemplo, que os acordos
coletivos de trabalho terão força de lei. Com isso,
poderão ser negociados temas como parcelamento de
férias, cumprimento de jornada e trabalho remoto.
O relatório de Ferraço recomenda o veto a seis
pontos da proposta. Entre eles, o trabalho
intermitente, a jornada de 12 horas de trabalho por
36 horas de descanso e a possibilidade de atividade
insalubre para gestantes mediante atestado médico.
Fonte: Agência Senado
08/06/2017 -
Eunício diz que reforma trabalhista só vai ao
plenário depois de passar pela CAS
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse hoje
(7) que só levará ao plenário o texto da reforma
trabalhista, depois de a proposta ter passado, pelo
menos, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O
relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) pode
ser lido nesta quinta-feira (8) no colegiado e
somente depois será votado. Ao ser questionado se
com a aprovação de um requerimento de urgência o
texto poderia ser votado no plenário antes de
terminar o trâmite na CAS, o senador disse que seria
uma atitude “açodada”.
“Eu espero que, pelo menos, passe nas comissões de
mérito. Não fiz um compromisso com o governo, nem
com a liderança nem com ninguém, mas tenho um
compromisso comigo mesmo de que devemos valorizar as
comissões e, como presidente da Casa, ao definir o
encaminhamento para duas comissões de mérito, eu vou
aguardar. Se houver um requerimento de urgência, eu
vou pedir paciência”, disse Eunício ao comentar a
possibilidade de o governo protocolar um
requerimento para apressar a votação.
No início de maio, o plenário do Senado aprovou um
requerimento determinado que a reforma trabalhista
proposta pelo governo federal fosse analisada pelas
comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Assuntos
Sociais (CAS) e também pela Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Na terça-feira (6) o mérito da proposta foi aprovado
na CAE e agora tramita na CAS.
O presidente do Senado disse que não há motivo para
ter pressa na votação, pois Congresso deve funcionar
pelo menos até o dia 13 de julho, antes do recesso
parlamentar. “Para que o açodamento para votar essa
matéria? Por que não permitir que a oposição
exponha, dispute, reclame, faça o papel da própria
oposição e os que discordam tenham o seu
posicionamento?”, disse.
Apesar de defender que seja seguido o roteiro,
Eunício Oliveira acenou com a possibilidade de que o
texto da reforma trabalhista não seja debatido na
CCJ, segundo ele por não se tratar de uma comissão
que vai analisar o mérito da matéria. “A CCJ não
analisa o mérito, é a constitucionalidade. Assim
pode ser nomeado um relator para proferir um parecer
sobre a constitucionalidade diretamente no
plenário”, disse.
A reforma trabalhista altera diversos dispositivos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre
eles o que possibilita a prevalência do acordado
sobre o legislado; o fim da contribuição sindical
obrigatória e a ajuda do sindicato na rescisão
trabalhista, além da regulamentação do teletrabalho,
com prestação de serviços fora das dependências do
empregador.
TSE
O senador Eunício Oliveira reafirmou que o julgamento
da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), iniciado na terça-feira (6), não atrapalhará
as votações no Senado. O mesmo disse o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia. Mas durante a manhã não houve
votação importante nas duas casas.
“Foi normal. Eu tinha que dar espaço para votar
outra matéria que é a matéria do momento, da
discussão do Brasil inteiro, que é a reforma
trabalhista”, disse.
Ao ser que questionado sobre o encerramento das
atividades na noite de terça-feira, logo após o
início do julgamento no TSE, Eunício Oliveira disse
que os senadores estavam cansados. “Abri o plenário,
fechei, e depois reabri às 19h em outra sessão
extraordinária. Mas em razão da discussão na CAE, os
senadores estavam todos cansados depois de terem
passado o dia todo sentados ali discutindo. Eu não
tinha mais o quórum qualificado, e preciso de pelo
menos 65 senadores presentes no plenário para votar
matérias nominais que precisam de maioria de 41
votos”, explicou.
Fonte: Agência Senado
08/06/2017 -
Senadores da CAS realizarão diligências para
verificar situação de trabalhadores
Os integrantes da Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
realizarão diligências para verificar a situação de
trabalhadores do campo e da cidade, para embasar o
debate sobre a reforma trabalhista (PLC 38/2017). A
sugestão foi feita nesta quarta-feira (7) pelo
senador Paulo Paim (PT-RS) e os senadores fizeram um
acordo para que as diligências não estejam
vinculadas à votação da proposta, que chega nesta
quinta-feira (8) à comissão.
O requerimento propõe que os senadores da CAS, e
também os integrantes das comissões de Direitos
Humanos (CDH) e de Assuntos Econômicos (CAE),
visitem um acampamento quilombola, uma propriedade
de agricultura familiar, uma propriedade rural, uma
fundição, uma indústria de produtos químicos e um
frigorífico.
Inicialmente, Paim havia pedido que a votação do
projeto ocorresse apenas após a realização das
diligências. O líder do governo, senador Romero Jucá
(PMDB-RR), disse, no entanto, que encaminharia
votação contrária ao requerimento, caso as
diligências estivessem vinculadas à votação do
projeto.
- Se esse requerimento tiver o condão de paralisar a
discussão da matéria aqui na CAS, eu encaminharei
contra o requerimento. Se o requerimento não tiver o
condão de paralisar, eu não tenho problema de que a
comissão possa discutir o ano todo essa matéria onde
quiser. Acho que é importante. Até porque a reforma
trabalhista não se esgota com a votação desse
projeto - disse Jucá.
Paim concordou em desvincular as diligências da
votação do projeto, e contou experiência recente
quando passou um dia numa propriedade rural. Para o
senador, foi um choque de realidade, pelo qual seria
bom que os demais senadores passassem.
- Para nós que estamos no Parlamento há tantos anos,
visitar uma propriedade rural, a estrebaria das
vacas, onde ficam os porcos, onde ficam as galinhas,
foi muito gratificante e eu queria dividir a
experiência com um grupo de senadores - afirmou
Paim.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que
as diligências podem ser céleres e, para isso,
sugeriu que sejam feitas em Goiás, estado mais
próximo do Distrito Federal.
- Poderíamos fazer já no início da semana que vem.
Para que a gente tome um choque de realidade e venha
debater com um espírito mais aberto essa matéria tão
importante que vai impactar tanto a vida das pessoas
- disse Vanessa.
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) afirmou que não é
contrário a quem queira visitar, mas observou que
não precisa da experiência, porque viveu isso na
infância e na adolescência. O senador disse que
preferia estar discutindo a reforma tributária à
trabalhista, mas ponderou que a realidade dos
brasileiros é essa e não deve atrapalhar a condução
do processo legislativo.
Durante a reunião, foram lidos mais dois
requerimentos de audiência pública sobre a reforma
trabalhista, ambos da senadora Vanessa Grazziotin.
Os pedidos devem ser votados na próxima reunião da
CAS, nesta quinta-feira (8).
Fonte: Agência Senado
08/06/2017 -
Debatedores são contrários à ampliação das
possibilidades de saques do FGTS
Todos os debatedores convidados para a audiência
pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento
Urbano da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira
(7), foram contrários à ampliação das possibilidades
de saque do FGTS para compra de imóveis.
O Projeto Lei 3519/15, que já está pronto para
votação na comissão, propõe a possibilidade de saque
para a compra de um segundo imóvel e para a
construção da casa própria.
Outro projeto (PL 5049/16) que tramita em conjunto
permite a liquidação de saldo devedor de imóvel
comercial que tenha finalidade residencial.
O deputado Angelim (PT-AC), relator dos projetos, é
favorável à aprovação, mas o deputado Carlos Marun
(PMDB-MS), que propôs a audiência, acredita que as
propostas vão prejudicar as finalidades do fundo.
Déficit habitacional
A secretária nacional de Habitação, Maria Arantes,
disse que existe um déficit habitacional de 6
milhões de unidades e que seria um erro beneficiar
quem já tem uma casa.
Ela lembrou que o FGTS serve de base para financiar
moradias para famílias de baixa renda. Para 2017, a
expectativa é que sejam financiadas 440 mil unidades
com recursos do fundo.
Especulação
Já o autor de um dos projetos, deputado Vitor Valim
(PMDB-CE), afirma que o trabalhador deveria decidir
o que fazer com o seu dinheiro.
"O cidadão tem o seu direito, tem um dinheiro do
FGTS, que é dele, porque ele trabalhou. Ele não pode
propiciar isso para um membro da família para que
assim ele não pague aluguel? É isso que move esse
parlamentar nesse projeto. Acho que está sendo
adquirido imóvel que também demanda mão-de-obra e
acho que é essa a visão do FGTS", argumentou.
Vitor Valim afirmou, porém, que poderá pedir
alterações do projeto para evitar que as pessoas
comprem um segundo imóvel apenas para especulação
imobiliária.
Arrecadação menor
Henrique José Santana, da Caixa Econômica Federal,
explicou que o FGTS tem arrecadado cada vez menos em
relação aos saques anuais. Em 2013, o saldo foi de
R$ 18,7 bilhões e, em 2016, de R$ 10,2 bilhões.
"O fundo não tem mais condição, até gerar novas
disponibilidades, ele não tem mais capacidade de
sustentar um aumento de hipóteses de saque. Ele não
tem mais caixa”, afirmou Santana.
“Ter patrimônio não significa ter caixa. E a gente
já está tendo dificuldades de manter o volume de
investimentos – do orçamento do FGTS –, e uma nova
hipótese de saque nos traria mais dificuldades",
acrescentou.
Mais de cem propostas
Por causa da crise, o governo permitiu este ano saques
de contas inativas dos trabalhadores. Mas, segundo
Henrique José Santana, além dos dois projetos
discutidos na comissão, existem outros 116 em
tramitação na Câmara e no Senado, ampliando as
hipóteses de saque do FGTS. Hoje, o principal motivo
de saque do FGTS é a demissão sem justa causa.
Fonte: Agência Câmara
08/06/2017 -
9ª Turma: é cabível a reparação por dano moral mesmo
antes da celebração do contrato
A recusa da empresa em contratar trabalhador por não
aceitar conta-salário para pagamento de salários
enseja o pagamento de indenização por dano moral.
Esse foi o entendimento adotado pela 9ª Turma do TRT
da 2ª Região para negar provimento ao recurso
ordinário interposto pela reclamada contra a
sentença de mérito que julgara procedente o pedido
de indenização por danos morais decorrente da falsa
promessa de trabalho.
O reclamante participou de processo seletivo da
reclamada para exercer a função de desentupidor de
esgoto. Por ter o comprometimento da empresa de que
seria admitido, o autor dispensou, orientado pela
ré, uma vaga de fiscal de piso em outra empresa. No
entanto, a contratação não foi efetivada porque a
reclamada exigiua abertura de conta corrente no
banco indicado por ela para pagamento do salário, e
o autor apresentou os dados de uma conta-salário. Ao
ter a negativa da empresa, o reclamante retornou ao
banco e conseguiu apenas abrir conta conjunta com a
esposa, o que também foi recusado pela reclamada. A
empresa, então, devolveu-lhe a documentação, e disse
que a contratação não seria possível.
A decisão (sentença) de primeira instância julgou
procedente o pedido de indenização por danos morais,
fixando-a em R$ 5.000,00. De acordo com o
julgamento, "o valor ora arbitrado se pauta pela
extensão dos danos sofridos, pela capacidade
econômica da reclamada e pelo caráter pedagógico da
condenação ora imposta".
Inconformadas com o julgamento, as partes
recorreram. No recurso ordinário interposto, a
reclamada alegou inexistência da indenização por
dano moral, ou a redução do seu valor. O reclamante
recorreu adesivamente requerendo, dentre outras
matérias, a majoração do valor arbitrado quanto à
indenização por dano moral.
A 9ª Turma do TRT-2 negou, por unanimidade de votos,
provimento aos recursos interpostos pelas partes,
mantendo na íntegra a sentença. Os magistrados
entenderam que foge à razoabilidade o fato de a
reclamada não admitir conta-salário para pagamento
de salários. Constaram ainda a "incontroversa
obrigação pré-contratual", ficando provado o
processo anormal e consumada a lesão moral.
O acórdão, de relatoria da juíza convocada Eliane
Pedroso, enfatizou que a negligência da empresa
inferiorizou o reclamante, "pois muito se empenhou
para nada, eis que não prestou serviço algum e ainda
perdeu a busca de oportunidade em outro
estabelecimento profissional". Os magistrados
ressaltaram ainda que não se tratava apenas de mera
possibilidade de vaga, mas de efetiva intenção de
contratar, devendo o princípio da boa-fé estar
presente mesmo antes da celebração do contrato.
(Processo nº 10012623120165020614)
Fonte: Âmbito Jurídico
08/06/2017 -
Costureira que adquiriu LER e DORT em confecção será
indenizada
Uma costureira que desenvolveu LER/DORT (lesões por
esforços repetitivos e distúrbios osteo musculares
relacionados ao trabalho) será indenizada pela
empresa por danos morais e materiais decorrentes da
doença ocupacional. A decisão foi por maioria dos
membros da Primeira Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 24ª Região, que julgou o recurso das
partes.
A trabalhadora foi contratada em 2007 para exercer a
função de ajudante geral (costureira) numa confecção
de roupas, sendo afastada pelo INSS em 2013 com
problemas nos ombros e cotovelos. Alegou que a
empresa negligenciou normas de segurança no ambiente
de trabalho, sendo culpada pela doença da reclamante
que atualmente se encontra impossibilitada para
exercer funções que exijam esforços físicos e
movimentos repetitivos.
De acordo com a perícia, a doença teve origem
laboral e foi ocasionada pelos trabalhos realizados
com esforço físico repetitivo, com uso
principalmente de força física dos ombros, cotovelos
e punhos. Além disso, o perito também apontou os
fatores de risco ocupacionais como causa pelo
adoecimento da costureira e sua incapacidade total e
definitiva.
Já a empresa negou a culpa pela doença, afirmando
que cumpriu as normas de segurança e medicina do
trabalho e que devido ao histórico funcional da
autora e a idade em que começou a trabalhar, não há
prova contundente do nexo causal laboral. Além
disso, alegou que a reclamante tem obesidade
moderada, o que certamente contribuiu como concausa
para as doenças apresentadas.
Segundo o relator do recurso, Desembargador Nicanor
de Araújo Lima, não há provas nos autos que
desmereçam o laudo pericial nem que comprovem que a
empresa cumpria as normas de segurança e medicina do
trabalho, como exames médicos periódicos, concessão
de pausas para descanso e análise ergonômica do
trabalho.
Ainda de acordo com o magistrado, a limitação
laboral decorrente da doença ocupacional em caráter
definitivo “gera efeitos psicológicos e sociais
lesivos a qualquer indivíduo”, sendo justa a
indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil.
A sentença também deferiu o pagamento de indenização
por dano material, em parcela única, correspondente
à pensão vitalícia equivalente ao salário integral,
desde o afastamento previdenciário até a
trabalhadora completar 73 anos de idade. Processo nº
0025053-80.2014.5.24.0007
Fonte: TRT24
07/06/2017 -
Por 14 votos a 11, CAE aprova reforma trabalhista
Mais um passo foi dado para a implantação da reforma
trabalhista com a aprovação do relatório favorável
do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) ao projeto de
lei da Câmara (PLC) 38/2017 na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE). Foram 14 votos favoráveis e 11
contrários após mais de nove horas de debates nesta
terça-feira (6). Todas as mais de 240 emendas foram
rejeitadas.
Pelo acordo firmado entre governo e oposição, de
seguir os trâmites normais do processo legislativo,
a matéria agora será analisada na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS). Ela ainda precisará ser
discutida na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) antes de seguir para o Plenário.
O texto do relator foi aprovado na íntegra, sem
mudanças em relação ao parecer aprovado pela Câmara
dos Deputados no fim de abril. Ferraço fez apenas
sugestões de vetos à Presidência da República em
temas polêmicos. Esta postura foi criticada pela
oposição, que acusou o senador de abrir mão do
direito do Senado de modificar e melhorar o projeto.
O relator afirmou à imprensa que o PLC deve ser
votado no plenário do Senado entre os dias 20 e 23
de junho. Até lá, disse Ferraço, o presidente Michel
Temer deverá esclarecer quais pontos serão realmente
vetados.
O texto aprovado possibilita a prevalência do
“acordado sobre o legislado”, o fim da contribuição
sindical obrigatória e da ajuda do sindicato na
rescisão trabalhista, e a regulamentação do
teletrabalho, com prestação de serviços fora das
dependências do empregador.
A reforma trabalhista também permite a extinção do
contrato de trabalho por acordo entre empregado e
empregador, o que dará direito ao recebimento de
metade do aviso prévio e da indenização sobre o
saldo do FGTS; revoga o artigo da CLT que condiciona
a validade da rescisão do contrato de trabalho à
homologação do sindicato ou da autoridade do
Ministério do Trabalho; e acaba com a obrigação de a
empresa pagar ao trabalhador a chamada hora in
itinere, ou seja, o tempo despendido pelo empregado
desde a sua residência até a efetiva ocupação do
posto de trabalho e para o seu retorno, com
transporte fornecido pelo empregador, entre outros
pontos.
O parecer promove a maior alteração à Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) desde a sua criação, pelo
Decreto-Lei 5.452/1943. Segundo a senadora Fátima
Bezerra (PT-RN), são alterados 97 artigos e 320
dispositivos da CLT, cinco artigos e 13 dispositivos
da Lei do Trabalho Temporário (Lei 6.019/1974) e um
dispositivo da Lei do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), além de cinco dispositivos da Lei
8.212/1991, o regime jurídico dos servidores
públicos.
Sugestões de vetos
Ricardo Ferraço decidiu não modificar o texto para que
o mesmo não retornasse à Câmara. Como justificou na
sessão de discussão da matéria, no último dia 31,
preferiu evitar o risco de que pontos polêmicos
fossem alterados no Senado, mas fossem ignorados
pelos deputados, que manteriam o texto elaborado
anteriormente. Ele preferiu firmar um acordo com o
Palácio do Planalto para vetar temas polêmicos e que
merecem mais estudos e debates, em sua opinião. A
ideia é que pontos como o trabalho intermitente, a
jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso e
a permissão para que grávidas e lactantes trabalhem
em ambientes insalubres sejam regulamentados por
projeto de lei ou medida provisória.
Fonte: Agência Senado
07/06/2017 -
Presidente da Câmara volta a defender aprovação da
reforma da Previdência
Segundo Rodrigo Maia, a Câmara vai definir a
melhor data para a votação no Plenário; ainda não há
consenso entre parlamentares da base governista e da
oposição.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
defendeu nesta terça-feira (6) a necessidade de
aprovação da proposta de reforma da Previdência (PEC
287/16), a fim de ajudar a recuperação da economia
do País.
“A gente precisa falar a verdade, olhando olho no
olho. Para voltar a ter emprego, recuperar a renda e
ter uma taxa de juros abaixo de dois dígitos é
preciso, de forma radical, a reforma da
Previdência”, disse.
De acordo com o presidente da Câmara, o deficit da
Previdência Social é crescente e inviabiliza
investimentos, o que aprofunda a recessão. A reforma
é, para Maia, o caminho necessário para garantir um
Estado equilibrado.
Segundo Rodrigo Maia, a Câmara vai definir a melhor
data para iniciar a votação do texto no Plenário.
Ainda não há consenso entre parlamentares da base
governista e da oposição.
Fonte: Agência Câmara
07/06/2017 -
Empresários preveem desemprego com a MP que acaba
com a desoneração
Audiência pública reuniu nesta terça-feira (6)
representantes de oito setores da economia
beneficiados pela política de desoneração da folha
de pagamento adotada em 2011. Todos, sem exceção,
criticaram duramente a Medida Provisória 774/2017,
editada em 31 de março, e que acaba com a permissão
para o recolhimento de contribuição previdenciária
com base na receita bruta das empresas, e não sobre
a folha de pagamentos. Os empresários pediram que a
medida tenha a sua vigência suspensa – a data
prevista de início é 1º de julho.
O efeito da MP, conforme afirmaram os empresários,
será desemprego e diminuição nas exportações.
- O setor [de tecnologia da informação] cresceu
vigorosamente durante a desoneração, contratando 95
mil profissionais com crescimento da remuneração
2,3% ao ano acima da evolução da receita. A
reoneração provocará a eliminação de 83 mil postos
de trabalho até 2019; o setor retroagirá dez anos -
estimou Sérgio Paulo Gallindo, presidente da
Associação das Empresas de TI e Comunicação.
Outra crítica feita ao texto da MP é que a proposta
– que mantém a desoneração apenas para empresas de
construção civil e infraestrutura, de transporte
coletivo de passageiros e jornalísticas e de
radiodifusão – penaliza fortemente os setores
exportadores. De acordo com Helcio Honda, diretor
jurídico da Fiesp, a MP também distorce o
planejamento e deteriora a situação financeira das
empresas, exatamente em um momento de crise
econômica no país.
- A MP afeta os contratos já firmados das empresas
com seus clientes, principalmente os contratos de
exportação, que geralmente são de até 5 anos de
fornecimento – explicou.
Negociação
A senadora Ana Amélia (PP-RS) citou os setores
calçadistas, têxtil e de tecnologia como
especialmente sensíveis à reoneração da folha de
pagamento. Além disso, mudanças feitas de forma
abrupta prejudicam o planejamento das empresas.
- É muito preocupante mudar as regras [tributárias]
para setores que empregam muito, como o moveleiro,
calçadista, têxtil e a indústria de TI – criticou a
senadora.
O relator da MP, senador Airton Sandoval (PMDB-SP),
manifestou preocupação com uma eventual piora nos
níveis de emprego. Ele disse que vai continuar
negociando o texto com o governo.
- Juntos vamos encontrar a solução de forma a que
fique bem, especialmente para o trabalhador, sem que
haja aumento do desemprego que é o que está se
vislumbrando na vida nacional nesse momento – disse
o relator.
Veio exatamente do governo a única voz em defesa da
proposta. O chefe do Centro de Estudos Tributários
da Receita Federal, Claudemir Malaquias, que a
renúncia fiscal, decorrente da desoneração, não foi
compensada por outras receitas que viriam com o
crescimento econômico. Ele disse também que a
preocupação do governo, em primeiro lugar, é o
ajuste das contas públicas. Sem isso, acredita, o
país não poderá retomar o crescimento econômico.
Fonte: Agência Senado
07/06/2017 -
CAS deverá votar projeto que protege trabalhador de
demissão sem justa causa
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) pode votar
projeto de lei que estabelece regras de proteção
contra a demissão sem justa causa - caracterizada
como aquela que não pode ser justificada por falta
grave do trabalhador ou por motivos econômicos
relevantes. A proposta está na pauta da reunião
desta quarta-feira (7), a partir das 9 h. Na
quinta-feira (8), no mesmo horário, a comissão faz
outra reunião deliberativa.
O PLS 274/2012, do ex-senador Pedro Taques (PDT-MT),
determina que a Justiça do Trabalho pode ser
acionada para fazer o empregador justificar a
demissão. Caso ele não o faça, o trabalhador deverá
ser readmitido e receber os salários devidos
referentes ao período em que ficou afastado. Também
deverá ser assegurada a recomposição do seu Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Outra opção, em vez da readmissão, é a preservação
dos seus direitos e benefícios (salário, plano
médico, vale-transporte, FGTS, entre outros) por um
mínimo de seis meses, para que o trabalhador busque
outro emprego. Nesse caso, o trabalhador fará jus
também a uma indenização no valor de um mês e meio
de salário para cada ano trabalhado (ou fração de
ano superior a seis meses).
Para o trabalhador readmitido, fica assegurado o
direito de optar pela rescisão do contrato até 60
dias após a reintegração. Caso ele siga esse
caminho, deverá receber indenização nos mesmos
moldes da paga ao trabalhador não readmitido.
O descumprimento dessas disposições sujeitará o
empregador a pagamento de multa equivalente ao dobro
dos valores devidos até a readmissão ou ao dobro da
indenização.
A proposta recebeu relatório favorável do senador
José Pimentel (PT-PE).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
07/06/2017 -
Cesta básica fica mais barata em 16 capitais em
maio, aponta Dieese
O custo da cesta básica diminuiu em 16 capitais
brasileiras no mês de maio e aumentou em 11 cidades,
aponta levantamento mensal do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta
terça-feira (6).
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos, as maiores quedas foram registradas em
Fortaleza (-4,39%), Palmas (-4,25%) e Salvador
(-4,18%). O valor da cesta ficou mais caro, por
outro lado, para quem mora no Recife (2,89%), em São
Paulo (2,83%) e Aracaju (1,96%).
Nos últimos 12 meses, 16 cidades acumulam alta, com
destaque para Natal (8,14%), Fortaleza (7,83%) e
Aracaju (7,59%). As principais reduções nesse
período foram verificadas em Belo Horizonte
(-4,38%), Brasília (-4,32%) e Manaus (-2,89%).
Porto Alegre segue como a cidade com a cesta mais
cara, com um total de R$ 460,65. Em seguida estão
São Paulo (R$ 458,93), Florianópolis (R$ 446,52) e
Rio de Janeiro (R$ 442,56). Os moradores de Rio
Branco (R$ 333,15) e Salvador (R$ 351,31) são os que
pagam, em média, o menor valor.
Alimentos
A batata teve predominância de alta de abril para
maio. O tubérculo é coletado no Centro-Oeste, Sul e
Sudeste. Cidades como São Paulo (26,09%), Curitiba
(16,89%), Porto Alegre (16,61%), Brasília (14,59%) e
Belo Horizonte (13,00%) tiveram alta expressiva. “As
chuvas e a oferta controlada da batata fizeram com
que o preço da batata tivesse elevação em todas as
cidades”, diz nota do Dieese.
A manteiga também está entre os produtos com
destaque de alta. Em maio, o preço foi mais alto em
24 cidades. Recife (12,23%) teve o maior aumento.
Apenas Goiânia (-1,57%), Palmas (-1,13%) e Rio
Branco (-1,07%) registraram queda no preço. Nos
últimos 12 meses, o produto apresenta elevação em
todas as capitais, chegando a 58,73% em Goiânia.
O preço do café aumentou em 19 cidades neste mês,
variando entre 0,31%, em Teresina, a 2,44%, em
Manaus. Entre as capitais com redução, os destaques
foram Fortaleza (-7,75%) e Goiânia (-4,45%). “Alguns
motivos explicam o aumento: chuvas volumosas,
valorização do dólar diante do real, maior demanda e
retração dos vendedores em relação às incertezas
econômicas e políticas do país”, explica a entidade.
O preço do óleo, por sua vez, caiu em 27 capitais em
maio. O recuo mais expressivo foi verificado em Belo
Horizonte (-10,54%). De acordo com o Dieese, o preço
do produto se mantém em tendência de queda, apesar
do aumento da exportação e da demanda por óleo
biodiesel. O açúcar também ficou mais barato na
maioria das cidades. Apenas em São Paulo, o valor se
manteve estável, e em Maceió houve acréscimo de
0,69%.
Salário mínimo
O Dieese calcula o valor que o salário mínimo deveria
ter para suprir despesas básicas do trabalhador com
base no custo da maior cesta. Em maio, o valor de
referência foi o de Porto Alegre. Nesse
levantamento, o salário mínimo necessário para a
manutenção de uma família de quatro pessoas deveria
ser de R$ 3.869,92. O valor é 4,13 vezes o mínimo
atual de R$ 937,00. Em abril, o mínimo necessário
era de R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo vigente.
Fonte: Agência Brasil
07/06/2017 -
Mantida sentença que negou aposentadoria por idade à
costureira
Por unanimidade, a Segunda Câmara Regional
Previdenciária de Minas Gerais (CRP/MG), do TRF1,
negou provimento à apelação de uma Costureira,
contra decisão da 1ª Instância que julgou
improcedente seu pedido de aposentadoria por idade
urbana.
Inconformada, a autora recorreu ao Tribunal
sustentando ter trabalhado como costureira autônoma
durante o período de 1981 a 2006, sem, contudo, ter
efetuado o recolhimento das contribuições
previdenciárias respectivas. Alegou também a
possibilidade de efetuar o referido pagamento com
atraso para a obtenção da aposentadoria.
Ao apreciar o recurso, o relator, juiz federal
convocado Hermes Gomes Filho, destacou que, conforme
previsto no art. 27, II da Lei n.° 8.213/1991 – em
sua redação vigente à época do requerimento
administrativo – o caso em questão, por se tratar de
contribuinte individual, as contribuições efetuadas
com atraso não podem ser computadas para efeito de
carência.
O magistrado ressaltou ainda que, diferentemente do
alegado pela trabalhadora, a aplicação do princípio
constitucional da universalidade da cobertura
previdenciária, não lhe assegura a concessão do
benefício, uma vez que ela não preencheu os
requisitos legais previstos na legislação. Segundo o
relator, também mostra-se equivocada a invocação do
princípio da solidariedade, pois a concessão do
benefício à segurada autônoma que deixou de recolher
as contribuições no momento oportuno “frustraria a
concretização da solidariedade social que rege o
sistema previdenciário”.
Diante do exposto, o Colegiado entendeu que não pode
ser reconhecido o pleito da costureira à
aposentadoria por idade urbana e manteve a sentença
negando provimento à apelação, nos termos do voto do
relator. Processo nº 0074711-73.2011.4.01.9199/MG
Fonte: Âmbito Jurídico
07/06/2017 -
Turma admite flexibilização da hora noturna por
norma coletiva mediante aumento do adicional
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a validade da fixação da hora noturna em
60 minutos por meio de norma coletiva e absolveu a
Kaefer Agro Industrial Ltda., do Paraná, da
condenação ao pagamento de horas extras a um
auxiliar de produção. A decisão segue entendimento
pacificado pelo TST no sentido da possibilidade de
flexibilizar a hora noturna, mediante compensação no
percentual do adicional noturno.
De acordo com o artigo 73 da CLT, a hora do trabalho
noturno, entre as 22h de um dia e as 5h do dia
seguinte, será computada como de 52min30s (parágrafo
1º), e remunerada com acréscimo de pelo menos 20% em
relação à hora diurna. No caso da Kaefer, até
janeiro de 2007 as convenções coletivas estabeleciam
que a hora noturna era de 60min, e adicional
compensatório de 40%. Para o auxiliar, a hora
noturna não pode ser objeto de negociação coletiva,
por se tratar de benefício ao trabalhador que atua
nesse período. Por isso, pedia o pagamento da
diferença.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Cascavel julgou
improcedente o pedido, por entender que o ajuste era
mais benéfico ao trabalhador, que receberia o
adicional em dobro e aumento de menos de 15% da
jornada. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª
Região (PR), no entanto, declarou inválida a norma
coletiva e deferiu as diferenças. Segundo o TRT, a
redução da hora noturna é uma ficção legal a fim de
tornar desaconselhável, “pelo aspecto meramente
econômico, o trabalho noturno”, mas mesmo o
adicional superior ao dobro do legal, como no caso,
não compensa os prejuízos que o trabalho noturno
pode causar à saúde do empregado.
No recurso ao TST, a empresa argumentou que o
Regional, ao afastar a validade da norma coletiva,
negou vigência ao artigo 7º, inciso XXVI, da
Constituição da República, que reconhece as
convenções e acordos coletivos de trabalho.
O relator do recurso, ministro José Roberto Freire
Pimenta, destacou que a Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal, julgando
recurso a respeito do tema, pacificou o entendimento
da validade da norma coletiva que aumenta a hora
noturna prevista na CLT, mas determinado o pagamento
do adicional noturno em percentual maior do que os
20%. Naquele julgamento, o entendimento foi o de que
não se trata de renúncia de direito indisponível
quando a negociação coletiva alcançou o objetivo da
norma, que é o de remunerar melhor o empregado pela
redução ficta da hora noturna, pela flexibilização
dos direitos com o pagamento de vantagem. A decisão
foi unânime.
Processo: RR-478-38.2011.5.09.0069
Fonte: TST
07/06/2017 -
Comissão rejeita contribuição adicional de empresa
ao seguro-desemprego
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços rejeitou a instituição de
critério suplementar de financiamento do
seguro-desemprego prevista no Projeto de Lei
1579/15, do deputado André Figueiredo (PDT-CE).
A proposta estabelece a cobrança de adicional de
25%, 50%, 75% ou 100% sobre a alíquota devida pelas
empresas ao PIS/Pasep nos casos em que a
rotatividade de funcionários supere a rotatividade
média do setor econômico, no respectivo estado, em
25%, 50%, 75% e 100%.
Por outro lado, em caso de rotatividade na empresa
menor que a média do estado, a alíquota devida seria
reduzida em 25%. Com a proposta, André Figueiredo
pretende corrigir as distorções no sistema de
seguro-desemprego. O benefício é financiado pelo
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que recebe
aportes do PIS/Pasep.
O relator na comissão, deputado Jorge Côrte Real
(PTB-PE), recomendou a rejeição da matéria sob o
argumento de que ela possui um intuito arrecadatório.
“Seria mais adequado promover um melhor
aproveitamento dos recursos existentes, em vez de
aumentar a já alta carga tributária brasileira”,
ponderou.
Ainda segundo Côrte Real, ao propor a taxação da
rotatividade, o projeto pode gerar o enrijecimento
do mercado de trabalho, dificultando a entrada de
trabalhadores em empregos formais.
“Para não impactar o aumento da taxa, as empresas
tendem a se tornar cada vez mais rígidas no processo
de abertura de vagas e de contratação, direcionando
seus esforços para a mecanização de atividades ou
para formas de trabalho que melhor aproveitem a mão
de obra já contratada”, afirmou.
Por orientação do relator, a comissão também
rejeitou o PL 3800/15, que tramita em conjunto e
cria contribuição adicional para o financiamento do
FAT.
Tramitação
O projeto ainda será analisado, em caráter conclusivo,
pelas comissões de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
06/06/2017 -
Nota de Esclarecimento da Nova Central Sindical de
Trabalhadores
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST,
mais uma vez, foi surpreendida pela publicação de
nota veiculada na última quarta-feira (31/05), no
blog "Radar On-Line", do portal da Veja, intitulada
"Temer vai criar um novo imposto sindical",
afirmando que, “em reunião no Planalto, o presidente
Michel Temer chegou a um acordo com as centrais
sindicais. No encontro ficou acertado que o imposto
sindical atual deixa de existir com a reforma
trabalhista, mas que o governo se compromete a
soltar uma MP criando um novo imposto sindical, de
livre negociação, uma semana após a medida”.
A Nova Central reafirma que jamais participou de
qualquer reunião no Palácio do Planalto ou em
qualquer outro lugar que tivesse por objetivo
subtrair direitos dos trabalhadores. Destacamos
ainda que nenhum dos representantes oficiais da Nova
Central foi procurado para repercutir tais
afirmações que, reiteramos, são equivocadas. Desde
que foram apresentadas as pretensas reformas
Trabalhista e Previdenciária, a Nova Central
colocou-se frontalmente contrária às mesmas da forma
que foram apresentadas, por considerá-las medidas
voltadas somente para suprimir os já combalidos
direitos trabalhistas.
Por nenhum direito a menos!
Brasília (DF), 05 de junho de 2017.
JOSÉ CALIXTO RAMOS
Presidente – NCST
Fonte: NCST
06/06/2017 -
CAE deve votar nesta terça (6) relatório sobre
reforma trabalhista
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar,
nesta terça-feira (6), a partir das 10h, a proposta
de reforma trabalhista-sindical do governo federal (PLC
38/17). O relatório do senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES) é favorável à aprovação da matéria, sem
fazer alterações no texto recebido da Câmara dos
deputados, mas recomenda seis vetos ao presidente
Michel Temer.
Depois de examinado pela CAE, o projeto ainda
passará pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS), e
de Constituição e Justiça (CCJ), respectivamente. Na
primeira, o relator é também o senador Ricardo
Ferraço; na segunda, é o senador Romero Jucá
(PMDB-RR). Será, por fim, apreciada pelo plenário.
Vetos
O relator rejeitou as mais de 200 emendas apresentadas
ao projeto e não fez mudanças no texto recebido da
Câmara dos Deputados, para garantir que a matéria
não retorne àquela Casa. No entanto, Ferraço
recomendou que seis pontos do texto sejam vetados
pelo presidente da República, Michel Temer.
O relator avaliou que são temas polêmicos e que
merecem mais estudos e debates. Caso sejam vetados,
eles poderão ser novamente apreciados pelo
Parlamento, sugeriu Ferraço, por meio de projetos de
lei específicos ou de medidas provisórias editadas
pelo Poder Executivo.
Ação sindical
As centrais sindicais irão atuar para tentar garantir
que o projeto não seja chancelado como foi aprovado
pela Câmara. Vários senadores das bancadas do PMDB,
PSB e PSD se mostram sensíveis às alterações no
projeto para que a Casa cumpra seu papel de
revisora.
É importante destacar que o trabalho agora consiste
em procurar os senadores para conversar e mostrar os
pontos negativos do projeto.
Relatório alternativo
Vários senadores irão apresentar relatórios
alternativos. O senador Paulo Paim (PT-RS) informou
ao programa Senado em Revista, da Rádio Senado, que
vai apresentar voto em separado (relatório
alternativo) na comissão pela derrubada da reforma
trabalhista-sindical.
Contribuição sindical
Para garantir a aprovação do projeto, o presidente
Michel Temer deverá vetar o artigo que acaba com a
contribuição sindical obrigatória. Segundo o
vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra
Coelho (PSB-PE), a medida teria como objetivo
reduzir as resistências dos sindicalistas à
proposta.
Apesar do compromisso do Planalto, o relator do
texto no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) defende o
fim da contribuição sindical de uma vez. Segundo
ele, é preciso dar liberdade e autonomia para que as
pessoas possam decidir e autorizar a contribuição.
Fonte: Diap
06/06/2017 -
Centrais definem calendário de luta e propõem greve
geral dia 30 de junho
Em reunião conjunta nesta segunda (5), as Centrais
Sindicais definiram um calendário de luta para o mês
de junho, com indicativo de greve geral dia 30. A
reunião, realizada na sede da Nova Central São
Paulo, contou com representantes da CUT, Força
Sindical, UGT, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas e
CSB.
As entidades esperam que a data seja referendada
pelas categorias em plenárias e assembleias
estaduais por todo o Brasil, previstas para
acontecerem entre 6 e 23 de junho. Ficou definido,
também, 20 de junho como o Dia Nacional de
Mobilização rumo à greve.
Em nota conjunta as Centrais afirmam que “irão
colocar força total na mobilização da greve em
defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra
as reformas trabalhista e previdenciária, contra a
terceirização indiscriminada".
CUT - O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre disse
no site da entidade que as Centrais e seus
sindicatos estão preparadas para o caso de uma
antecipação da votação das reformas: "Se o Congresso
Nacional, mesmo com tudo que temos feito, tentar
essa manobra, vamos antecipar também as
mobilizações", diz o sindicalista.
UGT - Já o presidente da UGT, Ricardo Patah, não
acredita que o Congresso conseguirá adiantar a
votação, mas disse que a greve geral acontecerá de
qualquer forma: “Mesmo que haja votação antecipada,
manteremos a paralisação para mostrar à sociedade a
indignação da classe trabalhadora”, afirmou.
Para o dirigente ugetista as Centrais devem
aproveitar as plenárias e assembleias para “explicar
detalhadamente onde o trabalhador perde. Muitos
ainda não têm esclarecimento sobre o que vai
acontecer com seus direitos”, avalia.
Nova reunião - Ficou agendada nova reunião com
organização da greve nesta quarta (7), às 10 horas,
na sede do Dieese, região central da capital
paulista. No encontro, deve ser definida a
elaboração de um jornal unitário com quatro páginas,
que vai circular em todo o País.
Fonte: Agência Sindical
06/06/2017 -
Paim disse esperar que a CAE rejeite o projeto da
reforma trabalhista
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse em Plenário que
espera que a Comissão de Assuntos Econômicos rejeite
a proposta de reforma trabalhista, cuja votação está
marcada para esta terça-feira (6).
O senador voltou a afirmar que, geralmente, essas
reformas consistem em cancelar direitos, reduzir
salários, aumentar a jornada de trabalho e impor
contratos precários, além de reduzir o número de
funcionários. Mas não é demitindo e prejudicando os
mais vulneráveis que o governo vai resolver os
problemas da economia do país, afirmou Paim.
- Eu espero que amanhã a reforma trabalhista não
seja aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos.
Mas temos ainda a Comissão de Assuntos Sociais e a
CCJ [Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania]
e vamos fazer o debate em todas as comissões,
destaques, emendas e votos em separado - disse o
senador.
Fonte: Agência Senado
06/06/2017 -
CPI da Previdência: 'Reforma é desumana', afirmam
juízes e procuradores
Representantes de associações de juízes federais e
de membros do Ministério Público classificaram a
reforma da Previdência proposta pelo governo Temer
de desumana e indigna. Eles foram ouvidos em
audiência pública da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Previdência nesta segunda-feira
(5). Foi a oitava audiência da CPI.
Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB), Jayme Martins de Oliveira Neto afirmque a
reforma, que ainda tramita na Câmara, destrói os
princípios sociais da Constituição e não é nociva
somente à magistratura ou ao Ministério Público, mas
a todos. Ele negou que a reforma seja fundamental
para a sobrevivência econômica do país.
— É uma reforma em que se procura estabelecer uma
guerra sistemática entre números desconsiderando que
atrás deles existe um povo, o povo brasileiro —
lamentou.
O jurista declarou que a reforma previdenciária
ignora a realidade no serviço público e procura
colocar o servidor como o "grande vilão". O
representante da AMB lembrou que vários servidores
que estão próximos da aposentadoria já estão
cumprindo um regime de transição — resultante da
última reforma previdenciária, durante o primeiro
mandato de Lula — e ponderou que a reforma da
Previdência deveria ocorrer somente para os novos
ingressantes no sistema.
— O que se está fazendo, e por isso eu insisto que
ela é desumana, é alcançando as pessoas que estão no
meio do caminho, que não tiveram a oportunidade de
fazerem as escolhas, porque a escolha foi feita
quando o sistema previdenciário era bem outro —
explicou.
Antonio Rodrigues da Silva, presidente da Associação
Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos
Federais (Anprev) destacou que a reforma, além de
não conter nenhum novo benefício aos contribuintes,
ataca os três fundamentos para sua concessão: a
idade mínima, que é aumentada, o tempo de
contribuição, que é ampliado, e o valor do
benefício, que é diminuído.
Diante de tantas "perversidades" constantes na
reforma, ele destacou a redução do acesso ao
benefício de prestação continuada para o idoso e a
ampliação do prazo de carência para acesso ao
benefício previdenciário de 15 para 25 anos. O
representante da Anprev citou dados do INSS segundo
os quais com o novo prazo de carência em vigor,
apenas 24% dos atuais aposentados por idade estariam
em gozo de benefício e 76% não teriam conseguido
comprovar os 25 anos de carência.
— A PEC 287 tem por objetivo privatizar a
previdência pública. Ela está sendo feita para
atender aos desejos dos bancos e seguradoras
privadas. Não tem qualquer preocupação de natureza
social — protestou.
Para Antonio Rodrigues da Silva, se o objetivo for
corrigir distorções e promover a inclusão de novos
beneficiários, é possível promover reformas sem
necessariamente cortar ou reduzir direitos.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
06/06/2017 -
Julgamento da chapa Dilma-Temer será retomado no TSE
nesta terça-feira
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
vão analisar se a chapa cometeu abuso de poder
econômico e político na campanha de 2014.
Em abril, o julgamento do caso foi adiado após os
ministros aceitarem um pedido dos advogados de
Dilma, que solicitaram mais tempo para apresentar
defesa.
Mas, nesses dois meses, o cenário mudou com a
delação da JBS, onde o empresário Joesley Batista
afirmou que Temer teria dado aval para a compra do
silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. A partir
dessa denúncia, cresceu a expectativa em relação ao
resultado do julgamento.
É possível que o julgamento seja suspenso por um
pedido de vista, quando um ministro pede mais tempo
para analisar o caso, o que arrastaria o processo
por alguns meses.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
ministro Gilmar Mendes, convocou quatro sessões para
o julgamento. Ele já afirmou que o processo exige da
Justiça Eleitoral um grande esforço e admitiu que
pode haver um pedido de vista.
O processo que pede a cassação da chapa Dilma/Temer
foi movido pelo PSDB e pela coligação Muda Brasil,
que teve como candidato a presidente o senador
afastado Aécio Neves.
Fonte: Portal EBC
06/06/2017 -
Para trabalhadores e economistas, reforma da
Previdência pode empobrecer o interior
Para os representantes dos trabalhadores rurais, a
reforma da Previdência proposta pelo governo federal
"é incompatível" com a economia da agricultura
familiar e gerará exclusão social, empobrecimento e
desemprego em amplas regiões no interior do país,
podendo contribuir para a ocorrência de um novo
êxodo rural. Eles participaram, nesta segunda-feira
(5), de audiência pública na Comissão de Direitos
Humanos e Legislação participativa (CDH) que
discutiu os impactos da reforma da Previdência sobre
os trabalhadores rurais.
Uma das participantes da audiência, Juliane
Schneider, pequena agricultora na cidade de Selbach
(RS), postou um vídeo nas redes sociais convidando
parlamentares a "passarem pelo menos um mês
trabalhando na roça" antes de votarem a reforma.
Para ela, a proposta (PEC 287/2016 - ainda em
análise na Câmara dos Deputados) prejudica os
trabalhadores da agricultura familiar, que ela vê
como um dos "alicerces do país". Um dos pontos mais
criticados pela trabalhadora é o que estabelece
contribuições mensais individuais por parte de cada
trabalhador no setor.
- Isso vai totalmente contra a lógica da nossa
atividade, sujeita o tempo todo a sazonalidades, a
intempéries climáticas que afetam diretamente a
produção e ao caráter coletivo que possui o trabalho
na roça - disse Juliane, ressaltando também que a
medida afeta o acesso à renda e cria uma dificuldade
estrutural para a sucessão familiar, ao dificultar
as aposentadorias.
Fonte: Agência Senado
06/06/2017 -
Mais de 1,8 milhão de trabalhadores ainda não
sacaram abono salarial de 2015
Termina no dia 30 deste mês o prazo para o saque do
abono salarial ano-base 2015. Segundo o Ministério
do Trabalho, até esta segunda-feira (5) mais de 1,8
milhão de trabalhadores ainda não retiraram o
benefício. O número representa 7,58% dos 24,2
milhões de pessoas com direito ao saque e equivale a
R$ 1,2 bilhão que não foram retirados. No total, já
foram liberados R$ 15,7 bilhões.
“Quem tem direito ao saque tem que ficar atento para
não perder o prazo, porque os recursos não ficam
acumulados de um ano para o outro”, disse o ministro
do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Os trabalhadores
podem consultar o site do ministério para saber se
têm recursos disponíveis.
Para isso, o trabalhador, munido do número do CPF e
do PIS e da data de nascimento, pode acessar a opção
Abono Salarial e na sequência clicar em Consulta
Abono Salarial. O abono está sendo pago a quem
trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30
dias em 2015 e teve remuneração média de até dois
salários mínimos.
De acordo com o ministério, poderá retirar o
dinheiro quem está inscrito no PIS/Pasep há pelo
menos cinco anos e a empresa ter informado os dados
do trabalhador corretamente na Relação Anual de
Informação Social (RAIS).
O benefício está disponível nas agências da Caixa e
do Banco do Brasil. A Caixa paga os trabalhadores da
iniciativa privada, vinculados ao PIS. Quem tem o
Cartão do Cidadão e registrou senha pode retirar o
benefício em caixas eletrônicos e casas lotéricas.
Quem ainda não tem o cartão deve se dirigir a uma
agência da Caixa. O Banco do Brasil paga os
servidores públicos, vinculados ao Pasep.
"Se o trabalhador atende aos critérios, mas seu nome
não consta entre os que podem fazer o saque, deve
verificar se o crédito foi feito diretamente na
conta. Se ainda tiver dúvidas, poderá ligar para o
número 158, ou se dirigir aos postos da
Superintendência Regional do Trabalho, além das
agências da Caixa e do Banco do Brasil", alerta o
ministério.
Fonte: Agência Brasil
06/06/2017 -
INSS deve reconhecer o direto ao benefício
previdenciário na data do requerimento
A Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, por unanimidade, deu parcial provimento à
apelação interposta por um segurado do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) contra a sentença,
parcialmente procedente, que, apesar de condenar a
autarquia federal a conceder ao autor o benefício de
aposentadoria por invalidez, determinou o pagamento
do benefício a partir da data do ajuizamento da
ação.
Em suas alegações recursais, o segurado, pleiteia,
resumidamente, que o termo inicial da concessão do
benefício seja fixado na data de indeferimento do
requerimento administrativo.
Analisando o caso, o relator, desembargador federal
João Luiz de Sousa, destacou que consta dos autos
laudo pericial demonstrando que o início da
incapacidade do segurado para o trabalho se deu em
abril de 2008 e que é incabível a concessão do
benefício em data anterior.
O magistrado ressaltou que o início do benefício
deve ser fixado na data do requerimento
administrativo, ou seja, em 08/05/2008, época em que
o ente público deveria ter reconhecido o direito do
requerente à percepção do benefício previdenciário.
Diante do exposto, o Colegiado, acompanhando o voto
do relator, deu parcial provimento à apelação.
Processo nº: 0007476-79.2017.4.01.9199/MG
Fonte: TRF 1ª Região
06/06/2017 -
Desistência da ação antes do recebimento da defesa
pelo juiz independe de concordância do empregador
A 10ª Turma do TRT mineiro, acompanhando voto do
juiz convocado Frederico Leopoldo Pereira, julgou
favoravelmente o recurso apresentado por três
ex-empregados da CBTU para, declarando nula a
decisão de 1º grau, homologar o pedido de
desistência da ação formulado pelos trabalhadores.
O juiz de 1º grau havia rejeitado o pedido, por
entender ser impossível a homologação da desistência
da ação diante da discordância da empresa.
Inconformados, os ex-empregados insistiram no
pedido, alegando que desistiram da ação antes que
lhes fosse concedida vista da defesa para
impugnação.
Examinando o caso, o relator deu razão aos
trabalhadores. Lembrando que o pedido de desistência
da ação é ato da parte, sendo facultado aos
trabalhadores desistirem da ação quando não mais
pretenderem a sua continuidade, o julgador ponderou
que a legislação veda aos trabalhadores desistirem
da ação sem o consentimento da empresa depois de
decorrido o prazo para a defesa (art. 485, §4º, do
NCPC). Ele pontuou que, no processo trabalhista, a
apresentação da defesa é ato de audiência (arts. 846
e 847 da CLT) e que, embora no processo eletrônico
se permita que a parte anexe a defesa antes da
realização da audiência (Lei 11.419/2006), esta
seria recebida pelo juiz de 1º grau somente após a
realização da tentativa de acordo (art. 847/CLT),
tendo em vista que até esse momento ainda não teria
ocorrido a efetiva formação da lide.
E, no caso analisado, os trabalhadores formularam o
pedido de desistência da ação logo após ter sido
registrado que não houve acordo, isto é, antes do
recebimento da defesa pelo juiz de 1º grau. Nesse
contexto, o juiz considerou que o pedido em questão
foi formulado no momento oportuno, sendo respeitado
o disposto no art. 485, §4.
Ou seja, embora a contestação tenha sido apresentada
antes da audiência inaugural, como determina a
legislação do processo eletrônico e, portanto, em
época anterior ao requerimento da desistência da
ação, ela ainda não havia sido recebida pelo juiz,
fato esse que ocorreria apenas durante a realização
da primeira audiência, depois da primeira proposta
de conciliação. Diante disso, o juiz concluiu que a
homologação do pedido não implica qualquer prejuízo
à parte contrária e independe do consentimento da
empresa.
Por essas razões, o julgador homologou o pedido de
desistência da ação, declarando nula a sentença e,
por consequência, extinguiu o processo sem resolução
do mérito, nos termos do artigo 485, VIII, do NCPC.
Processo PJe: 0011627-82.2016.5.03.0114 (RO)
Fonte: Âmbito Jurídico
05/06/2017 -
CAE deve votar nesta terça relatório sobre reforma
trabalhista
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar
nesta terça-feira (6), a partir das 10h, a proposta
de reforma trabalhista do governo federal (PLC
38/2017). O relatório do senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES) é favorável à aprovação da matéria, sem
fazer alterações no texto recebido da Câmara dos
deputados, mas recomenda seis vetos ao presidente
Michel Temer.
Senadores de oposição apresentaram três votos em
separado (relatórios alternativos) defendendo a
rejeição completa da proposta. Um deles é assinado
por cinco representantes do PT na comissão: Fátima
Bezerra (RN), Gleisi Hoffmann (PR), Lindbergh Farias
(RJ), Paulo Paim (RS) e Regina Sousa (PI). Os outros
foram apresentados individualmente pelas senadoras
Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM).
O presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE),
deve conceder a palavra, no início da reunião, para
que os senadores oposicionistas leiam seus votos em
separado. Com isso, a reunião pode se prolongar,
pois os votos são acompanhados de justificações
extensas para concluir pela rejeição integral da
proposta.
Depois da votação na CAE, a reforma trabalhista
passará por outras duas comissões antes de chegar ao
Plenário do Senado: Assuntos Sociais (CAS) e
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A ordem de
apreciação nessas duas comissões foi invertida a
partir de um requerimento aprovado na última
quarta-feira (31), de modo que a CCJ será o último
colegiado a dar parecer sobre a proposta antes da
análise em Plenário.
Acordo
A base do governo e a oposição firmaram um acordo na
semana passada para garantir a discussão da reforma
trabalhista na CAE antes da votação. Ricardo Ferraço
leu o seu relatório na última terça-feira (30) e os
membros da comissão puderam fazer comentários. A
sessão foi reservada apenas para o debate, deixando
a votação para a semana seguinte.
Mesmo com o acordo, a oposição ainda questiona o
andamento da proposta. A senadora Vanessa Grazziotin
cobra o envio do projeto para a Mesa do Senado a fim
de que seja analisado o seu requerimento de anexação
de outras propostas que tratam de mudanças na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O pedido
foi rejeitado pela CAE, mas ela informou que vai
recorrer da decisão ao Plenário.
A passagem da reforma pela comissão tem sido
polêmica. A leitura do relatório foi impedida pelos
oposicionistas na primeira vez que ele entrou em
pauta, numa reunião tumultuada. Depois disso, o
presidente Tasso Jereissati deu o texto como lido e
determinou o prosseguimento da tramitação, mas a
decisão foi revertida com o acordo feito com a
oposição.
Vetos
O relator Ricardo Ferraço rejeitou as mais de 200
emendas apresentadas ao projeto e não fez mudanças
no texto recebido da Câmara dos Deputados, para
garantir que a matéria não retorne àquela Casa. No
entanto, Ferraço recomendou que seis pontos do texto
sejam vetados pelo presidente da República, Michel
Temer.
O relator avaliou que são temas polêmicos e que
merecem mais estudos e debates. Caso sejam vetados,
eles poderão ser novamente apreciados pelo
Parlamento, sugeriu Ferraço, por meio de projetos de
lei específicos ou de medidas provisórias editadas
pelo Poder Executivo.
Fonte: Agência Senado
05/06/2017 -
Ação sindical no Senado contra reformas requer
abordagem focada e pontual
Entre segunda e terça (5 e 6), o PLC da reforma
trabalhista deve ser votado na Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado. O movimento sindical,
coordenado pelas Centrais e Confederações, concentra
esforços junto aos 27 membros da CAE. As entidades
tentam evitar o avanço da matéria, que agride os
trabalhadores e ataca o custeio sindical.
Diap - A Agência Sindical ouviu nesta sexta (2)
Marcos Verlaine, jornalista e assessor do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar). Ele observa que os apoiadores de Temer
atuam com habilidade e coordenação. “Romero Jucá e
outros senadores da base governista não são meros
jogadores de dama. Eles conversam, ouvem nossas
razões, ponderam, mas não perdem de vista seus
objetivos”, comenta.
Verlaine observa que a pressão ruidosa nessa fase
não ajuda. “Isso o sindicalismo já fez dia 24 de
maio. A hora, agora, é de conversa, de expor nossos
argumentos e defender as teses ponto a ponto”,
orienta. Verlaine alerta: “O capital está buscando
garantir os apoios dos senadores. Nós temos que
garantir os apoios que já temos e buscar outros”.
CTB - A Central mobiliza sua base. Haverá corpo a
corpo nos aeroportos e vigília, na Capital Federal.
“A militância estará nos aeroportos desde esta
segunda (5), abordando senadores. Em Brasília, vamos
reforçar o contato com os parlamentares e acompanhar
a votação", diz o secretário-geral Wagner Gomes.
Ele também antecipou à Agência que o comando
sindical volta a se encontrar segunda (5), na Nova
Central, em SP, para avançar nas definições de uma
nova greve geral. “Somente com luta conseguiremos
preservar os direitos trabalhistas das perversas
reformas de Temer", destaca o presidente da CTB,
Adilson Araújo, no site da entidade. Para Ele, as
reformas trabalhista e previdenciária só agravam a
crise.
Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT,
Valeir Ertle, a Central segue com as ações
regionais, para sensibilizar os parlamentares a
rejeitarem a matéria. “Seguiremos nas ruas e
aeroportos, lembrando que quem votar nas reformas
não volta ao Congresso”, afirma.
Luiz Carlos Prates (Mancha), da CSP-Conlutas, disse
à Agência que a Central orientou a militância a
atuar junto às bases dos senadores da CAE durante o
final de semana. “Segunda e terça vamos pro corpo a
corpo no Senado”, frisa.
Fonte: Agência Sindical
05/06/2017 -
Produção da indústria cresce 0,6% em abril
A produção industrial brasileira fechou abril com
crescimento de 0,6% frente a março. É o melhor
resultado para o mês de abril desde 2013, quando a
pesquisa registrou 0,9%. No entanto, o resultado
acumulado nos primeiros quatro meses do ano é
negativo: 0,7%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal –
Produção Física Brasil, divulgados sexta-feira (2),
no Rio de Janeiro, e indicam que a alta de abril, na
série livre de influências sazonais, elimina parte
da queda de 1,3% verificada em março.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) indicam, por outro lado, que,
quando comparado com abril de 2016, o total da
indústria apontou recuo de 4,5%, registrando a queda
mais intensa nesta base de comparação desde os -7,5%
de outubro do ano passado.
O crescimento de 0,6% anotado entre março e abril
deste ano reflete, segundo o IBGE, expansão em três
das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos
24 ramos da indústria pesquisados.
Fonte: Portal EBC
05/06/2017 -
CPI da Previdência ouve representantes de juízes e
procuradores
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência
reúne-se nesta segunda-feira (5), a partir das
14h30, para ouvir representes de associações de
juízes federais e de membros do Ministério Público.
A reunião acontece na sala 19 da Ala Senador
Alexandre Costa.
Serão ouvidos Antonio Rodrigues da Silva, presidente
da Associação Nacional dos Procuradores e Advogados
Públicos Federais (Anprev); Antônio José de Carvalho
Araújo, vice-presidente da 5ª Região da Associação
dos Juízes Federais do Brasil; e Paulo Penteado
Teixeira Junior, representante da Associação
Paulista do Ministério Público (APMP) e da
Associação Nacional dos Membros do Ministério
Público (Conamp).
A CPI destina-se a investigar a contabilidade da
Previdência Social e esclarecer possíveis problemas
com as receitas e despesas do sistema, inclusive
discutindo os desvios de recursos e a situação dos
grandes devedores. A CPI é presidida pelo senador
Paulo Paim (PT-RS) e tem como relator o senador
Hélio José (PMDB-DF).
Requerimentos
Também serão analisados requerimentos, entre eles,
convites aos presidentes da Associação dos Membros
do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (AMPDFT) e da Associação dos Magistrados
do Distrito Federal e Territórios (Amagis) para
participarem de audiências públicas. A CPI deve
votar ainda o pedido de compartilhamento de
informações sobre o sistema de cálculos atuariais do
Regime Geral da Previdência Social.
Fonte: Agência Câmara
05/06/2017 -
Comissão debate MP que acaba com desoneração da
folha de pagamento
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
774/17, que acaba com a desoneração da folha de
pagamento para vários setores, promove na
terça-feira (6), às 14h30, a terceira audiência
pública interativa sobre o tema.
Os integrantes da comissão vão ouvir representantes
do Ministério da Fazenda, do Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Sócioeconômicos (Dieese), da Federação das
Indústrias de São Paulo (Fiesp), da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), da Associação
Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação
e Comunicação, da Associação Brasileira de
Telesserviços, da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção, da Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados, da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos, do Instituto
Brasileiro de Planejamento e Tributação, da
Associação Brasileira da Indústria de Artigos e
Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e
de Laboratórios, do Sindicato da Indústria de
Calçados de Franca e da Associação Brasileira das
Empresas de Software.
A reunião é interativa, com participação de cidadãos
que pode ser feita por meio do portal e-Cidadania.
De acordo com a MP 774/17, perdem o benefício as
empresas do ramo de tecnologia da informação,
teleatendimento (call center), hoteleiro, comércio
varejista e alguns segmentos industriais, como de
vestuário, calçados e automóveis. O presidente da
comissão mista que analisa a MP o texto é o deputado
federal Pedro Vilela (PSDB-AL).
A reunião será realizada no plenário 6 da ala
Senador Nilo Coelho, anexo 2.
Fonte: Agência Câmara
05/06/2017 -
Comissão aprova convenção coletiva para definir
trabalho no domingo e feriado
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços aprovou parecer do deputado
Herculano Passos (PSD-SP) que permite o trabalho aos
domingos e feriados no comércio, desde que
autorizado em convenção coletiva de trabalho e
respeitada a legislação municipal.
O parecer aprovado altera a Lei 605/49, que
disciplina o repouso semanal remunerado, e foi
apresentado pelo deputado ao relatar o Projeto de
Lei 2321/15, do deputado André Figueiredo (PDT-CE).
O projeto permite o trabalho continuado aos domingos
para algumas categorias, desde que previamente
acordado em convenção coletiva. Atualmente, a
legislação determina que o empregado deve ter um
domingo de descanso a cada três trabalhados.
Herculano Passos optou por acolher o substitutivo
aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e
Serviço Público no ano passado, mas apresentou uma
emenda. A versão da Comissão de Trabalho trata
apenas do trabalho aos feriados nas atividades do
comércio em geral. A emenda estende para domingos e
feriados.
Tramitação
O projeto tramita de forma conclusiva e será analisado
agora na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
05/06/2017 -
“Maior rentabilidade é resposta a um pedido dos
trabalhadores”, diz Ronaldo Nogueira
Tem direito ao dinheiro extra todo o trabalhador
com saldo positivo nas contas do FGTS em 31 de
dezembro de 2016
O trabalhador brasileiro passa a contar com uma
maior rentabilidade nas contas vinculadas do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Com a
aprovação da Lei nº 13.446, a estimativa é de que a
correção das contas do FGTS passe de 3 % ao ano para
4,8% ao ano, ficando acima da inflação prevista para
2017.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, essa
mudança é uma conquista dos trabalhadores. "A
rentabilidade do fundo era uma reivindicação antiga
dos trabalhadores. Com a lei, encontramos uma forma
de atender ao pedido, mantendo a solidez e a saúde
financeira do FGTS", afirmou o ministro.
Com a lei, metade do resultado do fundo será
creditado automaticamente, todos os anos, em agosto,
nas contas vinculadas, de forma a aumentar a
remuneração. Tem direito ao valor os trabalhadores
com valores em contas do FGTS em 31 de dezembro de
2016. A apuração do resultado ocorrerá nos meses de
junho e julho.
“O resultado ainda não está fechado. A estimativa é
de que o fundo tenha R$ 15 bilhões em 2016”, disse o
secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS,
Bolivar Moura Neto. Metade desse valor estimado (R$
7,5 bilhões) será creditada nas contas dos
trabalhadores proporcionalmente, como estabelece a
Lei 13.446.
Para sacar esse dinheiro extra, as modalidades de
saque permanecem as previstas em lei.
Acesse aqui: http://www.fgts.gov.br/perguntas/trabalhador/pergunta07.asp.
Contas Inativas – Se o trabalhador sacou todo o
dinheiro de uma conta inativa, mas ela estava com
saldo positivo em 31 de dezembro de 2016, essa conta
continua existindo, e será feito por meio dela o
pagamento do rendimento do FGTS. O rendimento será
depositado em agosto de 2017. Para sacar, as
modalidades permanecem as previstas em lei. Acesse
aqui. http://www.fgts.gov.br/perguntas/trabalhador/pergunta07.asp.
"O FGTS vem contribuindo para o Brasil. Com o
pagamento das contas inativas serão injetados R$ 43
bilhões na economia. O fundo também é importante
para a habitação e o saneamento, e essa medida veio
para melhorar a vida dos trabalhadores", afirmou
Bolivar Neto.
Fonte: MTb
05/06/2017 -
Repetitivo discute prazo de decadência para revisão
de concessão de benefício previdenciário do regime
geral
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) admitiu dois recursos para julgamento, sob o
rito dos recursos repetitivos, de tese relativa à
incidência do prazo decadencial sobre o direito de
revisão do ato de concessão de benefício
previdenciário do regime geral (artigo 103 da Lei
8.213/91), nas hipóteses em que o ato administrativo
do INSS não apreciou o mérito do pedido de revisão.
A afetação foi decidida em questão de ordem
submetida ao colegiado pelo relator dos recursos,
ministro Herman Benjamin. O tema foi cadastrado com
o número 975 e está disponível no sistema de
repetitivos do STJ.
Temas diferentes
Ao propor a afetação, o ministro ressaltou que os
recursos discutem tema diferente daquele registrado
sob o número 966, cuja controvérsia está na
possibilidade da concessão de benefício sob regime
jurídico anterior ao deferido administrativamente,
com consequente retroação à data em que se iniciou o
benefício.
“Já no presente caso, não se discute a concessão
diferenciada, mas simplesmente se aquilo que não foi
submetido ou apreciado pelo INSS no ato de concessão
do benefício pode ser alcançado pela decadência”,
explicou o ministro.
Para julgamento da questão controvertida, o
colegiado decidiu suspender, em todo o território
nacional, os processos individuais ou coletivos que
discutam o assunto.
Recursos repetitivos
O CPC/2015 regula nos artigos 1.036 a 1.041 o
julgamento por amostragem, mediante a seleção de
recursos especiais que tenham controvérsias
idênticas. Conforme previsto nos artigos 121-A do
RISTJ e 927 do CPC, a definição da tese pelo STJ vai
servir de orientação às instâncias ordinárias da
Justiça, inclusive aos juizados especiais, para a
solução de casos fundados na mesma controvérsia.
A tese estabelecida em repetitivo também terá
importante reflexo na admissibilidade de recursos
para o STJ e em outras situações processuais, como a
tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a
improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).
Leia as decisões de afetação nos recursos especiais
1.648.336 e 1.644.191.
Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1648336
REsp 1644191
Fonte: STJ
05/06/2017 -
Turma afasta aplicação concomitante de acordo e
convenção coletiva a empregado da Souza Cruz
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
proveu recurso da Souza Cruz S. A. contra decisão
que admitiu a aplicação concomitante de cláusulas
insertas nas convenções e nos acordos coletivos em
reclamação trabalhista movida por um motorista de
entregas. A decisão segue a jurisprudência do TST no
sentido de que, no caso de haver mais de uma norma
coletiva, deve prevalecer aquela que, em seu sentido
global, for mais favorável ao trabalhador.
No período contratual, havia duas normas em vigor:
as convenções coletivas firmadas entre o Sindicato
dos Empregados em Transporte Rodoviário de Carga
Seca do Rio Grande do Sul (Sinecarga/RS) e o
Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do
Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), e os acordos
coletivos celebrados entre a Souza Cruz e o
Sinecarga. Na reclamação trabalhista, o motorista
pleiteia diversas verbas trabalhistas previstas
nesses instrumentos, entre elas o piso salarial
previsto na convenção coletiva, superior ao do
acordo.
O juízo da 10ª Vara do Trabalho de Porto Alegre
determinou a aplicação concomitante dos acordos e
convenções, observando o que fosse mais benéfico ao
trabalhador. No caso do piso, a decisão foi pela
adoção do previsto na convenção. O Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região manteve a sentença nesse
ponto, por considerar a norma mais benéfica ao
trabalhador.
No recurso ao TST, a Souza Cruz sustentou que
deveria ser prestigiada a chamada teoria do
conglobamento, prevalecendo o instrumento mais
favorável ao trabalhador em seu conjunto. Pedia,
assim, a aplicação do acordo coletivo em sua
totalidade.
Diante do conflito de normas autônomas, o relator,
ministro Walmir Oliveira da Costa, explicou que o
artigo 620 da CLT dispõe que "as condições
estabelecidas em convenção, quando mais favoráveis,
prevalecerão sobre as estipuladas em acordo". A
jurisprudência do TST, por sua vez, entende que a
verificação da condição mais benéfica deve ser feita
na avaliação de cada uma como um todo.
No caso, o TRT manteve a sentença e registrou que
“são aplicáveis não apenas os acordos coletivos mas
também as convenções, quando mais benéficas ao
trabalhador”. Para o relator, esse entendimento é
contrário ao artigo 620 da CLT, “que prestigia o
princípio do conglobamento ou da incindibilidade
para a solução de conflitos de aplicabilidade de
instrumentos coletivos”.
Por unanimidade, a Turma proveu o recurso e
determinou o retorno dos autos ao Tribunal Regional,
a fim de que, julgando aplicável ao caso a norma
coletiva mais favorável ao empregado em seu
conjunto, examine o recurso ordinário da Souza Cruz.
Processo: RR-389-65.2013.5.04.0010
Fonte: TST
02/06/2017 -
Urgente: Fenatema protocola pedido de impeachment do
Presidente Michel Temer
A FENATEMA – Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Geração, Transmissão e Distribuição de
Energia, Transmissão de Dados via rede elétrica,
abastecimento de veículos automotores elétricos,
tratamento de água e meio ambiente, entidade que
representa mais de 250 mil trabalhadores em todo o
território nacional, através de seu presidente
Eduardo Annunciato “Chicão” decide, diante dos fatos
conhecidos por todos os brasileiros, protocolar no
dia 01 de junho de 2017, pedido de Impeachment do
Presidente da República Federativa do Brasil,
Excelentíssimo Senhor Michel Miguel Elias Temer
Lulia.
Este, ao nosso ver cometeu crime de
responsabilidade, Tráfico de influência, improbidade
administrativa, ilegalidade ao não relatar o
ocorrido a outro poder e agiu de forma indecorosa ao
cargo de presidente.
Diante dos fatos tornado público o presidente fez
pronunciamento e não negou sua culpa, apenas tentou
desqualificar o seu delator afim de mitigar sua
grande omissão, irresponsabilidade criminosa ao
acobertar tão graves relatos feitos pelo dono da JBS
e ainda demonstrar tamanho entrosamento com o
criminoso.
No site da FENATEMA leia as informações dos
argumentos para ingresso da FENATEMA com denúncia
contra o Presidente da República, instaurando-se o
processo de Impeachment.
Fonte: Fenatema
02/06/2017 -
Governo e oposição divergem sobre calendário da
reforma da Previdência
Presidente da Câmara anunciou na semana passada
que pretende iniciar as discussões da reforma em
Plenário no período entre 5 e 12 de junho
O calendário da reforma da Previdência ainda não tem
consenso entre parlamentares da base governista e da
oposição. Embora os partidos tenham chegado a um
acordo para a aprovação de diversos projetos ao
longo desta semana, esse entendimento não alcançou a
proposta de reforma previdenciária que está em
análise na Câmara dos Deputados (PEC 287/16).
Para o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), vice-líder
do partido na Câmara, o aumento de 1% do Produto
Interno Bruto (PIB) em relação ao 4º trimestre do
ano passado, divulgado pelo IBGE, é um sinal da
recuperação da economia. Nesse cenário, ele sugere
que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, paute a
reforma da Previdência para o fim de junho.
"Entendemos que, iniciando essa votação até o dia 25
ou 26 de junho, há tempo para votar em primeiro e
segundo turno na Câmara até o dia 15 de julho. Essa
seria uma data limite para que pudéssemos votar aqui
em primeiro turno. O PIB divulgado é prova de que
essa conspiração asquerosa, mais do que um ataque ao
governo, é um ataque à economia brasileira e um
ataque ao Brasil", afirmou Marun.
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder
da Minoria na Câmara, destacou que, apesar do
aumento do PIB, a economia piorou na gestão Temer.
Para ele, o Planalto não tem votos para aprovar a
reforma da Previdência.
"A minha avaliação é que a economia brasileira só
tem piorado ao longo deste ano de governo Temer. O
principal indicador dessa piora é que o Brasil
perdeu 2 milhões de empregos durante este último
ano. Nesta semana, eles mantiveram as votações,
porque eram projetos de acordo. O governo Temer não
consegue aprovar a reforma da Previdência, tanto é
que tem medo de pautar", disse Fontana.
Fonte: Agência Câmara
02/06/2017 -
Crescimento do PIB indica tendência de melhora da
vida do brasileiro, diz Temer
O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira
(1º) que o resultado positivo do Produto Interno
Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano favorece
a confiança do Brasil e, com isso, ajuda na geração
de empregos. Em entrevista exclusiva ao programa A
Voz do Brasil, Temer voltou a comemorar o
crescimento de 1% do PIB em comparação com os
últimos três meses de 2016. Segundo o presidente, a
notícia traz mais “confiança” para os investimentos
no país.
Em um tom didático, o presidente explicou o que
significa o aumento do índice que, segundo ele,
indica uma tendência de “melhorar a vida do
brasileiro”. “Qual é a vantagem quando o índice do
PIB aumenta, portanto aumentam as riquezas
nacionais? É a tendência de melhorar a vida do
brasileiro, porque na verdade os preços ficam mais
em conta, a confiança do Brasil cresce, isso gera
empregos. Isto é que significa ter um Produto
Interno Bruto elevado”, destacou.
Assim como escreveu no Twitter mais cedo, Temer
disse que o Brasil deixa a “maior recessão dos
últimos tempos”. “[O crescimento do PIB] traz mais
confiança para novos investimentos e reforça a
importância das medidas adotadas pelo governo para
recuperação da economia e para gerar oportunidades
mais dignas de vida aos brasileiros, entre as quais
o emprego. Temos muitos desempregados e tudo isso
que nós falamos a respeito do Produto Interno Bruto
é para permitir a geração de empregos. É para isso
que o nosso governo trabalha”, afirmou.
O presidente também voltou a afirmar que a inflação
continuará caindo, como havia feito mais cedo, em
vídeo divulgado nas redes sociais.
Fonte: Agência Brasil
02/06/2017 -
Vanessa Grazziotin critica crescimento do desemprego
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) comentou as
manchetes dos jornais desta quinta-feira (1º) que
trouxeram os dados do aumento do desemprego no país
e as pesquisas que mostram como a população apoia as
eleições diretas e reprovam o atual governo de
Michel Temer.
Ela citou que nos últimos 12 meses, o Brasil perdeu
2 milhões e 600 mil postos de trabalho. No seu
pronunciamento, Vanessa também disse que 90.6% da
população defende as eleições diretas para
presidente da República como saída para a crise
política e que o governo de Temer tem 84% de
reprovação.
— Não está havendo união para superar a crise
econômica. Só para combater a crise política, para
combater a [Operação] Lava Jato e para continuar no
poder. E para quê? Para aprovar as reformas
trabalhista e da Previdência, para prejudicar
aqueles que não tem culpa nenhuma da crise, aqueles
que vivem com um ou dois salários mínimos —,
criticou.
Vanessa avaliou ainda que o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) em 1% não pode ser considerado
positivo. Ao comentar a análise feita pelo jornal
Valor Econômico, a senadora afirmou que o
crescimento ocorreu devido aos setores agropecuário
e de exportações.
— Não foi o consumo interno, das famílias, nem os
investimentos que aumentaram. Houve queda na demanda
interna. As famílias estão mais pobres e comprando
menos —, explicou.
Fonte: Agência Senado
02/06/2017 -
Reformas do governo retiram direitos e dificultam
aposentadoria, dizem sindicalistas
A audiência pública promovida, nesta quinta-feira
(1º), pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) para debater as reformas
previdenciária e trabalhista foi marcada por várias
críticas de representantes das entidades sindicais,
associações, confederações e federações. Eles
apontaram uma relação direta entre as duas reformas,
que ao retirar direitos do trabalhador tornam ainda
mais difícil a possibilidade de aposentadoria.
— O enfraquecimento do trabalhador tende a minar a
própria Previdência pública na medida em que menos
pessoas estão propensas a contribuir para essa
Previdência, uma vez que a suas condições de
trabalho e renda estarão degradadas em função da
reforma trabalhista — analisou Clóvis Sherer,
coordenador adjunto de Relações Institucionais do
Departamento Intersindical de estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
A exigência de 25 anos de contribuição para a
aposentadoria foi identificada por Sherer como um
dos “mecanismos de exclusão” da reforma da
Previdência. Ele ainda apontou a redução nos valores
dos benefícios e cobrou do governo que apresente uma
avaliação do impacto social dessas mudanças.
Mais esclarecimentos sobre as contas da Previdência
também foram cobrados pelo representante da
Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas
e Idosos (Cobap), Moacir Meirelles.
— A Cobap defende a convocação das equipes técnicas
da Previdência Social nesse âmbito da Comissão para
que apresente publicamente informações financeiras
tais como orçamento da seguridade social, fluxo de
caixa do INSS, a DRU e as fraudes — disse.
Impopular
Luís Carlos Prates, da Central Sindical e Popular (CSP
– Conlutas) destacou a impopularidade das reformas
propostas pelo governo.
— Todas as pesquisas feitas até agora demonstram que
a maioria da população está contra. Apesar da
propaganda do governo dizendo que é para salvar a
economia e garantir crescimento, a reforma é para
agradar o mercado, grandes empresas e grandes
bancos. Todo esse argumento falacioso da livre
negociação é uma farsa, porque quer fazer com que os
trabalhadores reduzam seus direitos — afirmou.
Para Graça Costa, secretária de relações do Trabalho
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é preciso
ampliar o debate em defesa da classe trabalhadora.
Ela ressaltou a importância da mobilização popular
contra as propostas do governo.
— O povo não quer essa reforma. É natural que esse
povo se organize para não votar mais em quem está
votando contra nós — alertou.
Rolando Malvásio, da Federação dos Sindicatos de
Trabalhadores Técnico-Administrativos em
Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra
Sindical), afirmou que a reforma “ataca
violentamente” mulheres, trabalhadores rurais e
jovens.
— Categorias que têm sindicatos fortes estarão
protegidas, mas e as que não têm? Portanto,
parlamentares que votam contra os direitos dos
trabalhadores não são traidores, são inimigos de
classe — avaliou.
Inaceitáveis
O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH,
lembrou que o próprio Ricardo Ferraço (PSDB-ES),
relator do projeto de reforma trabalhista (PLC
38/2017), reconheceu que há seis pontos
“inaceitáveis” na proposta, incluídos pelos
deputados. Entre eles, o que permite que grávidas ou
mulheres que estão amamentando trabalhem em
condições insalubres.
— Se ele reconhece que são inaceitáveis, por que não
alterar logo o relatório? Por que a base do governo
recomenda o veto do presidente a esses pontos só
depois? Não tem lógica o Senado abrir mão do seu
poder de legislar, não decidir no voto e não mandar
de volta para a Câmara — argumentou o senador.
Fonte: Agência Senado
02/06/2017 -
Governo instala Conselho Nacional do Trabalho
O governo federal instalou nesta quinta-feira (1º),
em Brasília, o Conselho Nacional do Trabalho, um
colegiado que tem como objetivo debater questões
envolvendo o mundo do trabalho no Brasil. O órgão
tem natureza consultiva e as decisões tomadas pelo
conselho servirão de base para a elaboração de
políticas públicas de emprego no país.
A solenidade de instalação foi presidida pelo
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Com a
participação de 10 entidades representantes de
trabalhadores, 10 de empregadores e 10
representantes do Executivo federal, a instalação do
conselho foi bem recebida pelos trabalhadores e
empregadores presentes.
Além do Ministério do Trabalho, o conselho conta com
a Casa Civil da Presidência da República e os
ministérios das Relações Exteriores; Fazenda;
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Indústria,
Comércio Exterior e Serviços; Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão; Turismo e o dos Direitos
Humanos.
O ministro Ronaldo Nogueira lembrou que a instalação
desse conselho pode servir como modelo de diálogo
social para o mundo. “Hoje, o Brasil dá uma
demonstração muito importante para o mundo, pois as
nossas mazelas nós não escondemos, nós tratamos de
forma pública, em diálogo permanente, possibilitando
que a sociedade possa participar da discussão e das
soluções”, afirmou.
O representante da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Valeir Ertle, disse que acreditar que a
pluralidade do grupo lhe permitirá apresentar
soluções efetivas. “É a primeira vez que temos um
grupo assim tão grande de debate sobre o mundo do
trabalho, com vários ministérios envolvidos.
Acredito que, com isso, conseguiremos fazer uma
discussão mais produtiva”, disse ele.
A primeira reunião do Conselho está marcada para 6
de julho, em Brasília. Nesse encontro, será debatido
o regimento interno do grupo e definida a agenda de
trabalho.
Fonte: Agência Brasil
02/06/2017 -
3ª Semana Nacional da Conciliação bate recorde e
contabiliza R$ 750 milhões em acordos
A Justiça do Trabalho bateu mais uma vez recordes
durante a terceira edição da Semana Nacional da
Conciliação Trabalhista. Em cinco dias, a união dos
esforços do Conselho Superior da Justiça do Trabalho
(CSJT) e dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho fez
com que 71.940 audiências fossem realizadas em todo
o país, resultando em 26.527 acordos entre patrões e
empregados que colocaram um fim em processos
judiciais. No total, mais de R$ 749,2 milhões foram
arrecadados e beneficiarão diretamente 198.470
pessoas.
Os resultados superam os resultados dos anos
anteriores: em 2015, o valor dos acordos celebrados
chegou a R$ 446 milhões e, em 2016, a R$ 620
milhões. Com a ação também foram arrecadados aos
cofres públicos R$ 3,6 milhões em imposto de renda e
R$ 16,6 milhões em recolhimento previdenciário para
o INSS.
Para o vice-presidente do Tribunal Superior do
Trabalho e do CSJT e coordenador da Comissão
Nacional de Promoção à Conciliação, ministro
Emmanoel Pereira (foto), os números demonstram a
força do trabalho em equipe. “Em um ano de crise
econômica, o fato de termos superado em quase R$ 130
milhões o valor obtido no ano passado é
significativo, temos que comemorar,” ressaltou. “A
conciliação é o caminho mais eficiente, célere e
viável para a solução de conflitos".
Esforço concentrado
Realizada anualmente, a Semana é um esforço
concentrado dos 24 TRTs que se engajam para
solucionar o maior número de processos pela via da
conciliação. Durante o mutirão, foram realizadas
cerca de 25% a mais de audiências em relação à média
obtida nas semanas tradicionais em 2017. O ministro
Emmanoel Pereira inaugurou também, ao longo da
Semana, três Centros Judiciários de Métodos
Consensuais de Solução de Disputas da Justiça do
Trabalho (Cejusc-JT), em Campinas (SP), Brasília
(DF) e Porto Alegre (RS). “São ambientes propícios
para trabalhador e patrão, confortavelmente,
buscarem a solução rápida que não teriam pela via
judicial”, afirmou.
Conciliação continua
Para quem não conseguiu se inscrever nesta semana
temática, não é necessário esperar até 2018. A
mediação e a conciliação são formas natas da Justiça
do Trabalho e reconhecidas como um meio rápido e
eficaz para resolver embates por meio de acordo
entre as partes. Dessa forma, a Justiça do Trabalho
está disponível o ano inteiro para receber aqueles
que querem conciliar. Empresas e trabalhadores que
têm ação na Justiça e que estão dispostos a tentar
um acordo devem procurar as Varas do Trabalho e
Tribunais Regionais do Trabalho, dependendo de onde
a ação está tramitando.
Fonte: TST
02/06/2017 -
Exposição a níveis de ruído insalubres gera
aposentadoria especial
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apelou
ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região contra a
sentença, da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária
de Ipatinga/MG, que concedeu a segurança para
reconhecer como de atividade especial os períodos
laborados por um beneficiário, ora parte impetrante,
e determinou a concessão de aposentadoria especial
ao requerente.
O pedido do benefício havia sido indeferido pelo
INSS com base no entendimento de que a exposição a
agentes nocivos, na forma como relatada nos
documentos, não caracterizaria a natureza especial
das atividades profissionais.
O demandante, então, procurou a Justiça alegando que
foi submetido a uma exposição oscilante entre o
nível máximo de ruído permitido para as condições de
saúde do trabalhador e os níveis de ruídos
insalubres.
Em seu recurso, o ente público argumentou, dentre
outras razões, que seria necessária a comprovação
efetiva da exposição aos agentes agressivos de forma
permanente, habitual e não intermitente para o
reconhecimento da especialidade e que o uso eficaz
dos equipamentos de proteção individual (EPI) e
coletivo afastariam a insalubridade.
O TRF1, por intermédio da Segunda Câmara Regional
Previdenciária de Minas Gerais, à unanimidade, negou
provimento à apelação do INSS.
Em seu voto, o relator, juiz federal convocado
Hermes Gomes Filho, esclareceu que a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal (STF) é no sentido de
que em relação à exposição ao ruído, de forma
habitual e permanente, acima dos limites de
tolerância estabelecidos na legislação pertinente
sempre haverá caracterização da atividade como
especial, independentemente de a utilização ou não
de EPI. O magistrado afirmou que a sentença não
merece reparo quanto aos períodos enquadrados como
especiais e que “o tempo de contribuição do
impetrante, na data do requerimento administrativo
(06/02/2012), superava 25 (vinte e cinco) anos, a
concessão da aposentadoria especial é devida”.
Processo: 0002143-78.2012.4.01.3814/MG
Fonte: TRF1
02/06/2017 -
Cláusula de acordo que alterou pagamento para décimo
dia do mês é considerada nula
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
rejeitou recurso da Associação de Ensino de Marília
Ltda. contra decisão que invalidou cláusula de
acordo coletivo que alterou a data de pagamento dos
salários dos seus empregados do quinto dia útil para
o décimo dia do mês seguinte ao trabalhado. A
decisão se deu no curso de ação trabalhista ajuizada
por um professor que reclamou do atraso do pagamento
após ser dispensado.
Para o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(Campinas-SP), a alteração da data de pagamento
viola o artigo 459, parágrafo único, da CLT e, por
isso, é nula. O Regional ainda observou que, segundo
documentos apresentados, até mesmo o prazo previsto
no acordo coletivo foi desrespeitado. Com esses
fundamentos, condenou o estabelecimento de ensino ao
pagamento de multas normativas e convencionais pelo
atraso.
No recurso para o TST, a associação sustentou a
possibilidade de ampliação do prazo para pagamento
de salários mediante norma coletiva, argumentando
que "a Constituição Federal permite a flexibilização
dos direitos trabalhistas, diante das situações de
excepcionalidade comprovada, reconhecendo
expressamente a validade da pactuação coletiva, até
mesmo para efeito de redução salarial".
Mas o relator, ministro Walmir Oliveira da Costa,
afirmou que, em situações semelhantes, o TST já
firmou o entendimento de que é inválida a negociação
coletiva relativa ao prazo legal para pagamento de
salários, sem contrapartida ou condição grave de
crise econômica. Em precedentes envolvendo a mesma
associação, a Primeira Turma manteve sentença em
ação civil pública que determinou que o pagamento
fosse feito no quinto dia útil e que o Sindicato dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de
Marília se abstivesse de pactuar cláusula de
instrumento coletivo nesse sentido, sob pena de
multa. Por unanimidade, a Turma não conheceu do
recurso. Processo: RR-72900-93.2007.5.15.0033
Fonte: TST
01/06/2017 -
Taxa de desemprego fica em 13,6% no trimestre
encerrado em abril
A taxa de desocupação no país foi estimada em 13,6%
no trimestre móvel encerrado em abril, ficando 1
ponto percentual acima da taxa do trimestre
imediatamente anterior (novembro a janeiro), quando
havia fechado em 12,6%. Os dados foram divulgados
nesta quarta-feira (31), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua – Pnad Contínua.
Com a alta do último trimestre, a população
desocupada em abril chegou a 14 milhões, uma alta de
8,7% em relação ao trimestre encerrado em janeiro.
Assim, houve um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas
no número de desempregados.
Dados comparativos
Na comparação com igual trimestre de 2016, o total de
desocupados subiu 23,1%, o que significa um aumento
de 2,6 milhões em um ano no número de desempregados.
Quando a comparação se dá com o mesmo trimestre do
ano passado (novembro de 2015/janeiro de 2016,
quando a taxa de desemprego estava em 11,2%), houve
crescimento de 2,4 pontos percentuais no desemprego.
Já a população ocupada no trimestre encerrado em
abril era de 89,2 milhões de pessoas, uma queda de
0,7%, quando comparada com o trimestre de novembro
de 2016 a janeiro de 2017 (89,9 milhões de pessoas).
Em comparação com igual trimestre de 2016, quando o
total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, em
janeiro deste ano o número de desempregados aumentou
1,4 milhão de pessoas – uma queda na taxa de
desemprego de 1,5%.
Carteira assinada
Entre as 14 milhões de pessoas que perderam o emprego
entre os trimestres encerrados em janeiro e em
abril, 572 mil fazem parte do contingente com
emprego formal, ou seja, com carteira de trabalho
assinada.
Os dados fazem parte da Pnad Contínua e indicam que
havia em abril, quando do fechamento do trimestre,
33,3 milhões de pessoas com carteira assinada, uma
queda de 1,7% na comparação com o trimestre de
novembro a janeiro, quando havia 33,9 milhões de
pessoas com carteira assinada.
Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, a
queda é de 3,6%, o que significa que em um ano
aproximadamente 1,2 milhão de pessoas com carteira
assinada perderam emprego.
Rendimento médio real
Apesar da alta taxa de desemprego, a maior da história
do país, o rendimento médio real pago ao trabalhador
brasileiro vem se mantendo estável, tanto em relação
ao trimestre encerrado em janeiro quanto ao mesmo
trimestre do ano passado.
Os dados da Pnad Contínua indicam que o rendimento
médio real habitualmente recebido em todos os
trabalhos no trimestre fechado em abril era de R$
2,107 mil; no trimestre móvel finalizado em janeiro
o valor era de R$ 2,095 mil; e de R$ 2,052 mil em
igual trimestre do ano passado.
Também a massa de rendimento real habitualmente
recebida em todos os trabalhos ficou estável no
trimestre fechado em abril: R$ 183,3 bilhões; no
semestre encerrado em janeiro era de R$ 183,5
bilhões; e frente ao mesmo trimestre do ano
anterior, de R$ 181,2 bilhões.
Fonte: Agência Brasil
01/06/2017 -
Reforma trabalhista será analisada por mais duas
comissões
Foi aprovado em Plenário nesta quarta-feira (31),
requerimento do líder do governo no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR) e da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP)
para que a tramitação do Projeto de Lei da Câmara (PLC)
38/2017, que trata da reforma trabalhista seja
modificada.
Após a deliberação da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), a matéria agora seguirá para a
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e, finalmente,
para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ).
Fonte: Agência Senado
01/06/2017 -
Comissão do Senado aprova PEC da Eleição Direta
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (31), por
unanimidade, a admissibilidade da Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 67/16, que prevê a realização
de eleição direta para presidente e vice-presidente
da República se os cargos ficarem vagos nos três
primeiros anos anos de mandato.
Atualmente, a Constituição admite eleição direta
apenas se a vacância ocorrer nos dois primeiros
anos. Após esse período, deve ser realizada eleição
indireta pelo Congresso Nacional, em até 30 dias.
Com a mudança proposta na PEC, a realização de
eleição indireta para presidente e vice-presidente
ficará restrita ao último ano do mandato.
A PEC será encaminhada para votação no plenário do
Senado e, se aprovada, seguirá para a Câmara dos
Deputados.
O relator da PEC, Lindbergh Faria (PT-RJ), havia
apresentado substitutivo à proposta e o senador
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) apresentou hoje voto em
separado pela rejeição do texto do relator e pela
aprovação do texto original do senador Reguffe (sem
partido-DF). Ferraço argumentou que o substitutivo
de Lindbergh tem inconstitucionalidades.
Lindbergh Farias disse que quis deixar claro em seu
texto que, se aprovada a PEC nas duas casas
legislativas, a nova regra passaria a valer de
imediato, com eleições diretas em 90 dias no caso de
vacância do cargo de presidente da República dentro
do prazo previsto.
Já Ferraço argumentou que a Constituição prevê que
qualquer mudança eleitoral deve entrar em vigor um
ano após a aprovação, por isso o relatório de
Lindbergh é inconstitucional e, segundo ele, há
deliberação do Supremo Tribunal Federal (STF) nesse
sentido. “O Artigo 16 da Constituição determina que
qualquer mudança eleitoral só possa acontecer com 12
meses de antecedência e há farta jurisprudência por
parte do STF que o Artigo 16 é um direito
fundamental de quem vota e é votado”, disse.
Após entendimento entre Lindbergh e Ferraço, foi
colocada em votação a proposta original apresentada
por Reguffe. Mesmo com a aprovação do texto
original, Lindbergh disse acreditar que há
jurisprudência para que a nova regra passe a valer
imediatamente após aprovada. “Estamos convencidos da
vigência imediata da PEC. Tem uma vasta
jurisprudência no STF. E o fato político é grande,
aprovar por unanimidade na CCJ.”
Lindbergh disse que o trabalho agora será de
articulação para que o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), paute a PEC para votação no
plenário do Senado. A votação de uma PEC é feita em
dois turnos de discussão (1º turno tem cinco sessões
e 2ª turno tem três sessões) e a aprovação depende
de votos favoráveis de três quintos dos
parlamentares, ou seja, 49 senadores.
Fonte: Agência Brasil
01/06/2017 -
Copom reduz juros básicos da economia para 10,25%,
menor nível em três anos
Pela sexta vez seguida, o Banco Central (BC) baixou
os juros básicos da economia. Por unanimidade, o
Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta
quarta-feira (31) a taxa Selic em 1 ponto
percentual, de 11,25% ao ano para 10,25% ao ano. A
decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Com a redução de hoje, a Selic chega ao menor nível
desde janeiro de 2014, quando estava em 10% ao ano.
De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi
mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história,
e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar
14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro
do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros
básicos da economia.
Em comunicado, o Copom destacou que a inflação
continua em queda e que o cenário internacional
segue favorável para o Brasil. O Banco Central, no
entanto, informou que o aumento das incertezas em
relação ao clima político e ao andamento das
reformas pode levar à redução do ritmo de corte da
taxa Selic nas próximas reuniões.
“O Copom ressalta que a extensão do ciclo de
flexibilização monetária dependerá, dentre outros
fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural
da economia brasileira. O comitê entende que o
aumento recente da incerteza associada à evolução do
processo de reformas e ajustes necessários na
economia brasileira dificulta a queda mais célere
das estimativas da taxa de juros estrutural e as
torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a
ser reavaliadas pelo comitê ao longo do tempo”,
informou o colegiado em nota.
(Mais informações: Ag. Brasil)
Fonte: Agência Brasil
01/06/2017 -
Centrais sindicais indicam nova greve geral para fim
de junho
Lideranças das centrais sindicais se reuniram, nesta
segunda-feira (29), em São Paulo, onde avaliaram
como positivas as manifestações ocorridas em
Brasília, no dia 24 de maio. Os sindicalistas falam
em "grande união da classe trabalhadora e adesão
maciça da população" contra as reformas
trabalhista-sindical (PLC 38/17 – PL 6.787/16) e
previdenciária (PEC 287/16) propostas pelo governo.
Os representantes das centrais também aproveitaram
para organizar nova greve geral, que deve ocorrer na
última semana de junho, mas ainda sem data definida.
Na próxima segunda-feira (5), às 10h, as centrais
sindicais farão uma nova reunião na sede da Nova
Central, em São Paulo, para definir os próximos
passos do movimento sindical contra as reformas do
governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Participam da reunião a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Central Única
dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Sindical e
Popular (Conlutas) e Central Geral dos Trabalhadores
do Brasil (CGTB).
Situação das reformas
A trabalhista-sindical (PLC 38/17 - PL 6.787/16) está
em discussão no Senado, na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), onde foi lido e debatido o parecer
favorável do relator, senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES), nesta terça-feira (30).
A previdenciária (PEC 287/16) aguarda inclusão na
pauta do plenário para votação em primeiro turno. O
governo ainda não reúne os votos necessários para
aprovar a proposta. O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) anunciou que pretende pautar a matéria
para o início de junho.
Fonte: Diap
01/06/2017 -
Comissão Mista da MP 774 aprova plano de trabalho
sobre fim da desoneração
Parlamentares da comissão mista que analisa a Medida
Provisória (MP) 774/14 aprovaram nesta quarta-feira
(31) o plano de trabalho.
A MP 774/17 acaba com a desoneração da folha de
pagamento para vários setores. Segundo o texto,
perdem o benefício as empresas do ramo de tecnologia
da informação, teleatendimento (call center),
hoteleiro, comércio varejista e alguns segmentos
industriais, como de vestuário, calçados e
automóveis.
O plano de trabalho foi apresentado pelo relator,
senador Airton Sandoval (PMDB-SP), e prevê também a
realização de uma audiência pública na próxima
terça-feira (6). A discussão e votação do relatório
será na quarta-feira (7).
Serão convidados para participar da audiência:
- presidente Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), Paulo Skaf;
- presidente Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Robson Braga de Andrade;
- presidente-executivo da Associação Brasileira das
Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação,
Sérgio Paulo Galindo;
- presidente Associação Brasileira de Telesserviços
Cássio Rocha de Azevedo;
- presidente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção, Fernando Valente Pimentel;
- presidente da Associação Brasileira das Indústrias
de Calçados, Heitor Klein;
- presidente-executivo da Associação Brasileira de
Máquinas e Equipamentos, José Veloso Dias Cardoso;
além de representante do Ministério da Fazenda.
O presidente do colegiado que analisa o texto é o
deputado Pedro Vilela (PSDB-AL).
Fonte: Agência Câmara
01/06/2017 -
Projeto concede incentivos a empresa que contratar
idosos
Projeto de lei do senador Pedro Chaves (PSC-MS)
concede incentivos fiscais para a contratação de
empregados com idade igual ou superior a 60 anos.
Nesses casos, o empregador poderá deduzir da
contribuição social paga pela empresa o valor de um
salário mínimo para cada semestre de contrato de
trabalho de empregado idoso. Além disso, a empresa
poderá deduzir da base de cálculo da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido, o total da remuneração
paga ao empregado com idade igual ou superior a 60
anos. Pedro Chaves explica que o objetivo do PLS
154/2017 é diminuir a taxa de desemprego nesta faixa
etária.
Fonte: Agência Senado
01/06/2017 -
Senado aprova fim do foro privilegiado, mas com
ressalvas; PEC segue para Câmara
O Senado Federal aprovou em segundo turno, nessa
quarta-feira (31), a Proposta de Emenda em
Constituição que acaba com o foro privilegiado de
autoridades no país. Foram 69 votos favoráveis,
nenhum contrário e uma abstenção. Além de ministros,
governadores, prefeitos e parlamentares também podem
perder o foro privilegiado as autoridades do
Ministério Público, do Judiciário e dos Tribunais de
Contas.
O privilégio só foi mantido para os presidentes da
República, da Câmara, do Senado e do Supremo
Tribunal Federal em casos de crimes relacionados ao
mandato.
O relator, senador Randolf Rodrigues, da Rede, disse
que precisou mudar o texto para aprovar a PEC. Ele
manteve a prerrogativa dos Plenários da Câmara e
Senado de revogar prisões de parlamentares do
Congresso Nacional.
A PEC ainda precisa ser aprovada, em dois turnos,
por, no mínimo, 2/3 dos deputados da Câmara Federal.
O relator da matéria, Randolfe Rodrigues, ressaltou
que não será fácil aprovar a PEC na outra casa
legislativa.
O senador sem partido, Reguffe, do Distrito Federal,
comentou que a aprovação da PEC é uma surpresa para
muita gente.
Dados divulgados pela Consultoria do Senado mostram
que no Brasil há, atualmente, mais de 54 mil
autoridades com foro privilegiado.
Fonte: Portal EBC
01/06/2017 -
Relator diz que reforma da Previdência é
"irreversível"
O relator da reforma da Previdência, na Câmara,
deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse hoje (31) que a
aprovação da matéria é "algo irreversível,
independente da atual crise política". Ele
participou do Fórum de Investimentos Brasil 2017, na
capital paulista.
“Estamos vivendo uma crise política causada pelas
recentes delações da JBS e pela expectativa que o
país vive em torno do julgamento [da cassação da
chapa Dilma-Temer] no Tribunal Superior Eleitoral.
Espero que a crise seja rapidamente superada. Nossa
expectativa é que o presidente Temer possa governar
o Brasil, fazer as reformas que o país precisa.”
Segundo ele, a base governista na Câmara foi mantida
mesmo com a crise e, em seus cálculos, mais de 280
deputados irão votar a favor da reforma. “Todos nós
temos a clara noção de que estamos lutando por uma
questão, que é um assunto de Estado”, disse.
Para Maia, mesmo que o TSE decida pelo afastamento
do presidente Michel Temer, seu eventual substituto
“terá obrigação de conduzir as reformas”. “Qualquer
presidente que tenha responsabilidade com o Brasil
tratará este assunto como prioritário”, afirmou.
O deputado afirmou que, no caso de um afastamento de
Temer, o país poderá entrar em mais um momento
difícil. “No pico de uma crise, ninguém decide um
assunto como a Previdência Social. Caso contrário,
teremos que superar este assunto e continuar com as
reformas”, ressaltou.
Maia disse que o Congresso não interromperá as
votações, mesmo diante de possíveis pedidos de vista
do processo, no TSE. “Não podemos ficar reféns de
uma circunstância que não tem prazo determinado e
fazer com que o parlamento fique de braços”, disse.
Fonte: Agência Brasil
01/06/2017 -
Beneficiária por invalidez não tem direito à pensão
por morte recebida pela mãe
A 2ª Câmara Previdenciária de Minas Gerais, por
unanimidade, negou provimento à apelação de uma
beneficiária do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), aposentada por invalidez, contra a sentença,
da Comarca de Cataguases/MG, que julgou improcedente
o pedido da requerente de concessão de pensão por
morte da sua mãe que recebia o benefício deixado por
seu marido falecido.
Insatisfeita com a decisão, a autora recorreu ao
TRF1 sob a alegação que ela faz jus à pensão, pois
além de ser inválida, devido à esquizofrenia e à
bipolaridade, seu genitor faleceu quando ela tinha
12 anos de idade e, com isso, a requerente seria
dependente do pai.
Ao analisar o caso, o relator, juiz federal
convocado Grigório Carlos dos Santos, esclareceu que
o pedido não tem amparo legal, uma vez que a mãe da
requerente não era a instituidora de pensão, mas,
sim, dependente de segurado, o pai da autora.
O magistrado destacou, ainda, que conforme o laudo
pericial constante dos autos, a alegada invalidez
ocorreu após o falecimento do pai, quando a
requerente já tinha 22 anos, estando, assim, a
autora na maioridade.
Em razão do apresentado, o Colegiado, nos termos do
voto do relator, negou provimento à apelação.
Processo nº: 0011965-04.2013.4.01.9199/MG
Fonte: Jusbrasil
01/06/2017 -
Auxílio-doença é negado à pessoa com doença
preexistente ao ingresso no Regime Geral da
Previdência
A 1ª Câmara Regional Previdenciária de Juiz de
Fora/MG, por unanimidade, deu provimento à apelação
do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS)
contra a sentença, do Juízo de Direito de
Cruzília/MG, que julgou procedente o pedido de uma
mulher, parte autora, para condenar a autarquia a
conceder à requerente aposentadoria por invalidez
desde a data da citação.
O ente público, ora apelante, sustenta a ausência da
qualidade de segurada da requerente e a falta de
preenchimento da carência necessária à concessão do
benefício; argumenta que a autora contribuiu na
qualidade de contribuinte individual até 31/08/2004,
sendo que após esta data não efetuou nenhum outro
recolhimento. Eventualmente, requer a concessão
apenas do auxílio-doença e que os juros e correção
monetária incidam nos termos da Lei nº 9.494/1997.
Ao examinar o caso, o relator, juiz federal
convocado José Alexandre Franco, destacou que a
aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença
exigem a qualidade de segurado, a carência de 12
meses (art. 25, I, Lei nº 8.213/91) e a incapacidade
para o trabalho habitual, embora suscetível de
recuperação.
O magistrado afirmou que o laudo oficial, realizado
em 02/09/2010, concluiu que a autora é acometida de
gastrite, hipertensão arterial, e tumoração
abdominal a esclarecer, e, que em razão da caquexia
e anemia, está total e permanentemente incapaz para
o trabalho devido ao quadro avançado. Verificou o
juiz, em seu voto, que o diagnóstico de anemia e
caquexia em quadro avançado evidencia que, na
verdade, a requerente já apresentava a moléstia
antes de ingressar no Regime Geral da Previdência,
em setembro de 2003, e que as contribuições foram
feitas justamente para gerar o direito ao primeiro
benefício em 08/10/2004. Além disso, o relator
esclareceu que a segurada ingressou no sistema da
previdência em 1º/09/2003, contribuiu até 31/08/2004
e recebeu auxílio-doença em 08/10/2004, benefício
que perdurou até 31/08/2005.
Ressaltou o juiz convocado que admitir o ingresso
simulado quando o indivíduo já se encontra com a sua
saúde debilitada, muitas vezes diante de orientações
de profissionais habilitados, que calculam com
precisão a questão conectada ao risco social, seria
vulnerar frontalmente o princípio da equidade na
forma de participação do custeio da previdência
social.
Desse modo, concluiu o magistrado, não será devido
auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social quando já tiver sido
acometido da doença ou da lesão invocada como causa
para o benefício, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento
dessa doença ou lesão (Lei nº 8.213/1991, art. 59,
parágrafo único, revogado pela MPv 664, de 2014).
Como a autora já apresentava a moléstia antes de
ingressar no Regime Geral da Previdência, a
concessão do benefício não é cabível.
Nesses termos, o Colegiado, acompanhando o voto do
relator, deu provimento à apelação. Processo nº:
0044789-84.2011.4.01.9199/MG
Fonte: Jusbrasil
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