Blog - Notícias Anteriores - Junho 2018

 

 

29/06/2018 - Primeiro voto no STF é pela contribuição sindical obrigatória


29/06/2018 - Pesquisa Ibope: Lula disparado na frente, com 33%; todos os demais somados têm 36%


29/06/2018 - Pesquisa CNI-Ibope aponta recuo na confiança do governo de 8% para 6%


29/06/2018 - Vanessa Grazziotin: resultado de pesquisa reflete o péssimo desempenho do governo Temer


29/06/2018 - Fiscalização do trabalho tem menor número de auditores em 20 anos


29/06/2018 - Temer assina decreto que reserva 30% de vagas de estágio para negros


29/06/2018 - Fachin libera para plenário do STF pedido de liberdade de Lula


29/06/2018 - Acordo judicial pode ser pago com cheque no último dia do prazo, diz TST


29/06/2018 - TST afasta incidência de IR sobre pensão mensal vitalícia de empregado


28/06/2018 - STF pode julgar hoje validade da reforma trabalhista


28/06/2018 - Sindicalismo se mobiliza para julgamento da reforma trabalhista no STF


28/06/2018 - Com Temer, 64 mil empresas fecharam as portas e demitiram 2 milhões


28/06/2018 - Dieese: revogação da 'reforma' trabalhista será tema do debate eleitoral


28/06/2018 - Após Reforma Trabalhista, despenca número de ações na Justiça


28/06/2018 - Comissão aprova isenção maior de Imposto de Renda para idosos


28/06/2018 - Orçamento do Fundo de Amparo ao Trabalhador em 2019 deverá ser de R$ 81 bi


27/06/2018 - ADI da contribuição sindical e do intermitente na pauta do STF


27/06/2018 - PGR dá parecer a favor do fim da contribuição sindical obrigatória


27/06/2018 - Privatização de Estatais causará mais desigualdade, diz sindicato


27/06/2018 - Desalento cresce rápido, com mercado de trabalho em desaceleração


27/06/2018 - Governo Temer é "moribundo" e entrave à economia, diz Pochmann


27/06/2018 - Farmacêuticos empregados de supermercado recolhem contribuição sindical como categoria diferenciada


27/06/2018 - Retiradas do PIS/Pasep alcançam R$ 792,4 milhões na primeira semana


26/06/2018 - Invalidação dos diretos do trabalhador é tendência de mercado, dizem debatedores


26/06/2018 - Supremo Tribunal decidirá sobre contribuição sindical


26/06/2018 - FST convoca congresso e tem nova presidente, Mônica Veloso, da CNTM


26/06/2018 - Fachin envia recurso de Lula ao plenário do STF


26/06/2018 - Ipea: perfil do desempregado é mulher, nordestina, entre 18 e 24 anos


26/06/2018 - Empresa deve indenizar por acabar com hora extra habitual, decide TST


26/06/2018 - INSS não deve ser ressarcido por acidente de trabalhador autônomo


25/06/2018 - CDH debaterá os efeitos da nova legislação trabalhista


25/06/2018 - Datafolha mostra Lula como preferido do eleitor para tirar o Brasil da crise


25/06/2018 - Brasil perdeu 1,3 milhão de empregos na indústria entre 2013 e 2016


25/06/2018 - TST aprova Instrução Normativa sobre normas processuais introduzidas pela Reforma Trabalhista


25/06/2018 - Proposta obriga assistência a trabalhador analfabeto durante demissão


25/06/2018 - TRF3 decide que profissão de marmorista deve ser reconhecida como atividade especial


25/06/2018 - Construtora pagará férias vencidas a carpinteiro afastado antes do período concessivo


21/06/2018 - NCST e centrais apresentam Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora ao Congresso Nacional


21/06/2018 - Mercado formal abre só 33 mil vagas em maio, 10% intermitentes


21/06/2018 - Copom mantém taxa de juros e aponta impacto de ação dos caminhoneiros


21/06/2018 - CNI: confiança do empresário industrial tem maior queda desde 2010


21/06/2018 - Justiça do Trabalho não pode multar empresa por descumprimento de decisão


21/06/2018 - Ministério do Trabalho e OIT avançam diálogo para cooperação técnica


21/06/2018 - Câmara aprova proposta que permite que advogado represente réu em audiência de conciliação


20/06/2018 - Palestras vão debater reforma trabalhista pelo país


20/06/2018 - A Agenda da Classe Trabalhadora para o desenvolvimento


20/06/2018 - Temer retira direitos do povo e beneficia os mais ricos


20/06/2018 - CAE rejeita PLC 30 e aprova que contratos de terceirizados sejam superiores a 4 anos


20/06/2018 - PIB caiu 0,4% no trimestre finalizado em abril, diz FGV


20/06/2018 - Samarco / Vale: Prefeito de Mariana desabafa e parte para o enfrentamento


20/06/2018 - STF absolve Gleisi e Paulo Bernardo de corrupção e lavagem


20/06/2018 - Rosa Weber é eleita presidente do TSE e fala em "disputa acirrada"


20/06/2018 - Falta de empregada à audiência não acarreta improcedência de pedido sobre horas extras


19/06/2018 - Evento na Câmara avalia o primeiro ano da reforma trabalhista


19/06/2018 - Neoliberalismo de Temer desmonta a indústria nacional


19/06/2018 - Mais odiado da história, Temer nega realidade


19/06/2018 - Temer sanciona lei que permite venda direta do óleo do pré-sal


19/06/2018 - Copom inicia hoje reunião para definir taxa Selic


19/06/2018 - Terceirização de longo prazo pode ser votada pela CAE


19/06/2018 - Paim cobra mais investimentos voltados aos jovens


19/06/2018 - Avança proposta de Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa Idosa


19/06/2018 - MPT anuncia acordo com fábricas para reduzir peso do saco de cimento


19/06/2018 - Empresas conseguem reduzir indenização a eletricista que teve falência múltipla dos rins


18/06/2018 - Saques do PIS/Pasep colocarão R$ 34,3 bilhões na economia


18/06/2018 - Indústria paulista fecha 3,5 mil postos de trabalho em maio


18/06/2018 - Brasil deixou de arrecadar R$ 354,7 bi com renúncias fiscais em 2017


18/06/2018 - Justiça manda Nestlé descontar contribuição sindical


18/06/2018 - Justiça determina que 12 empresas recolham contribuição sindical de trabalhadores


18/06/2018 - Empresa alimentícia é condenada a recolher contribuição sindical


18/06/2018 - TST invalida norma coletiva que prevê percentual menor que o de lei para adicional de periculosidade


18/06/2018 - Morte ocorrida por exposição a amianto gera indenização de R$ 450 mil


15/06/2018 - Sindicalismo deve reforçar divulgação da Agenda Prioritária, afirma Vargas Netto


15/06/2018 - Sistema de seguridade é fundamental para manutenção da ordem social, dizem debatedores


15/06/2018 - Privatização da Eletrobras retira recursos do país e pode aumentar conta de energia, dizem debatedores


15/06/2018 - Privatização de distribuidoras da Eletrobras está prevista para julho


15/06/2018 - PGR pede mais prazo para investigar Temer e ministros


15/06/2018 - Falta de recursos ameaça Defensoria Pública, adverte Paulo Paim


15/06/2018 - Juíza proíbe sindicato de coagir trabalhadores a entrar em greve


15/06/2018 - Cartões de ponto sem assinatura de empregado são válidos em processo sobre horas extras


15/06/2018 - Justiça pode determinar perícia em caso de conflito entre médicos do INSS e particulares


14/06/2018 - Lideranças sindicais participam de reunião com presidente da Câmara dos Deputados e parlamentares pela retomada do emprego


14/06/2018 - Centrais vão a reunião com Rodrigo Maia e debatem medidas contra desemprego


14/06/2018 - Regulamentado saque de contas inativas do PIS/Pasep a todas as idades


14/06/2018 - Caos econômico puxa rejeição a Temer


14/06/2018 - TCU aprova contas do governo com ressalvas e avisa que teto de gastos pode travar máquina pública


14/06/2018 - Deputados e sindicalistas criticam leilão de seis distribuidoras do sistema Eletrobras


14/06/2018 - Guardia: privatização de distribuidoras da Eletrobras é fundamental


14/06/2018 - Reserva de 30% de fundo de campanha para mulheres poderá alavancar candidaturas femininas, avaliam debatedoras


14/06/2018 - Agendamento não comprova recolhimento de custas


13/06/2018 - Ciro Gomes reafirma na Força Sindical que revogará lei trabalhista


13/06/2018 - Paim apresenta a agenda dos sindicatos para os candidatos à eleições


13/06/2018 - Mais de 72 mil pessoas pediram aposentadoria e salário-maternidade


13/06/2018 - Campanha marca o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil


13/06/2018 - Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia


13/06/2018 - Tributação sobre salário e produção é um erro, aponta Braga


13/06/2018 - TST reintegra trabalhador demitido no período pré-aposentadoria


13/06/2018 - Lei garante sustentação oral para pedido de liminar em mandado de segurança


12/06/2018 - Organização sindical assegura direitos trabalhistas, dizem debatedores


12/06/2018 - Sindicalistas defendem Estatuto do Trabalho


12/06/2018 - Pochmann: O Brasil que vai às urnas é um país dividido


12/06/2018 - Para 72%, economia piorou nos últimos meses, mostra Datafolha


12/06/2018 - AGU derruba liminar que proibiu leilão de distribuidoras da Eletrobras


12/06/2018 - Desembargadora manda empresa recolher contribuição sindical de empregados


12/06/2018 - Frente parlamentar defenderá interesses das pessoas idosas


12/06/2018 - Auxílio-alimentação não pode ter valor diferente para aprendizes e efetivos


11/06/2018 - Sistema sindical na proposta de Estatuto do Trabalho é tema de debate na CDH


11/06/2018 - Datafolha: Lula mantém eleitorado, Bolsonaro vai a 19% sem petista


11/06/2018 - Temer: aumento de reprovação eleva risco de nova denúncia


11/06/2018 - TST estabelece regras para paralisação de funcionários da Eletrobras


11/06/2018 - Produção industrial cresce em dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE


11/06/2018 - Dieese diz que custo de vida varia 0,07% em São Paulo


11/06/2018 - Câmara aprova projeto que exige advogado em conciliação e mediação


11/06/2018 - Empresa que não concedia intervalo para sua funcionária amamentar o filho deve pagar indenização por danos morais


11/06/2018 - Trabalhadora será indenizada por ter CTPS retida mesmo após decisão judicial


08/06/2018 - Temer é derrotado na OIT e terá de explicar 'reforma' trabalhista


08/06/2018 - PT lançará pré-candidatura de Lula nesta sexta, informa Gleisi


08/06/2018 - Custo da cesta básica sobe em 18 capitais e a mais cara é a do Rio


08/06/2018 - Brasil perde mais de 430 mil empregos na construção entre 2015 e 2016


08/06/2018 - Indicadores sobre mercado de trabalho da FGV pioram em maio


08/06/2018 - Depois de boom, ações despencaram logo após reforma trabalhista no TRT-15


08/06/2018 - Trabalhadora demitida a menos de um ano da aposentadoria será indenizada


07/06/2018 - Paulo Paim destaca 'condenação' do Brasil pela OIT


07/06/2018 - Centrais sindicais têm propostas para os presidenciáveis


07/06/2018 - Governo brasileiro quer aniquilar sindicatos, dizem centrais na OIT


07/06/2018 - Ministro afirma que boatos sobre redução do salário mínimo de 2019 não procedem


07/06/2018 - Incentivo para contratação de maiores de 55 anos é aprovado na CDH


07/06/2018 - TST restabelece reintegração de empregado demitido no período pré-aposentadoria


07/06/2018 - Intervalo para mulher na sobrejornada não pode ter limite de tempo, decide TST


07/06/2018 - Juíza concede liminar para dissolução de sindicato fantasma em Araraquara


07/06/2018 - Usuários do peticionamento eletrônico devem se cadastrar para utilizar novo sistema


06/06/2018 - Em nome dos trabalhadores, NCST denuncia governo brasileiro por violações a convenções internacionais da OIT


06/06/2018 - Reforma trabalhista é maior ataque a direitos sindicais no Brasil


06/06/2018 - Centrais lançam agenda prioritária dos trabalhadores


06/06/2018 - OIT decide se Brasil pode sair de lista de suspeitos de violações


06/06/2018 - Indústria brasileira cresce 0,8% de março para abril


06/06/2018 - Justiça do Trabalho suspende processo de privatização da Eletrobrás


06/06/2018 - Ferraço enterra PLC 30/15; prazo para contratos de terceirizados pode ser superior há 4 anos, segundo relator


06/06/2018 - Projeto que incentiva contratação de empregados acima de 55 anos está na pauta da CDH


06/06/2018 - Seguro-desemprego para trabalhadores extrativistas é aprovado na CAE


06/06/2018 - Supremo registra primeira ação a favor da reforma trabalhista


05/06/2018 - No auge do caos, um terço do país pedia por diretas já, segundo Ibope


05/06/2018 - Conferência OIT: entidades divulgam nota em defesa das normas internacionais, das instituições públicas e do acesso à Justiça


05/06/2018 - Paulo Paim acusa governo de enfraquecer Petrobras visando sua privatização


05/06/2018 - Ministério do Trabalho - Nota Oficial - Registros Sindicais


05/06/2018 - Juiz diz que fim do imposto sindical é “absurdo jurídico” e determina pagamento


05/06/2018 - Justiça quer que Congresso instale CPI da dívida pública


05/06/2018 - Faturamento da indústria cresce 1,5% em abril, aponta CNI


05/06/2018 - Mercado financeiro prevê menor crescimento do PIB e inflação maior


05/06/2018 - Semana da Conciliação na Justiça do Trabalho soma R$ 874 milhões em acordos


05/06/2018 - Costureira não terá de fazer exame anual para provar que está incapacitada para o trabalho


05/06/2018 - Demora em ajuizar ação não retira de membro da Cipa direito a indenização estabilitária


04/06/2018 - Centrais lançam “Nova Agenda da Classe Trabalhadora” dia 6 de junho


04/06/2018 - Fachin considera inconstitucional fim da contribuição sindical obrigatória


04/06/2018 - Governo dirá à OIT que 'modernização' não é precarização


04/06/2018 - Ministério do Trabalho suspende concessão de registros sindicais


04/06/2018 - Desemprego sobe para 17,5% na região metropolitana de São Paulo


04/06/2018 - Financiamentos públicos geraram mais de 79 mil postos de trabalho em 2017


04/06/2018 - Trabalhadores têm até 29 de junho para sacar abono salarial de 2016


04/06/2018 - Redução da jornada de trabalhador com filho deficiente é aprovada na CDH


04/06/2018 - Turma afasta limitação de tempo de sobrejornada para pagamento do intervalo a mulher


30/05/2018 - Centrais apoiam greve dos petroleiros que param em todo o País nesta quarta


30/05/2018 - STF recebe mais uma ação contra o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical


30/05/2018 - Supremo recebe nova ação contra trabalho intermitente previsto na Reforma Trabalhista


30/05/2018 - Mesmo com liminar do TST, petroleiros deflagram paralisação hoje


30/05/2018 - 87% dos brasileiros apoiam a greve dos caminhoneiros, diz Datafolha


30/05/2018 - Frentes populares convocam protestos contra a gestão Temer na Petrobras


30/05/2018 - Taxa de desemprego fica em 12,9% no trimestre encerrado em abril


30/05/2018 - Inflação de produtos na saída das fábricas fica em 1,56% em abril


30/05/2018 - Reforma trabalhista de Temer levou o Brasil à lista suja da OIT, acusa Vanessa Grazziotin


30/05/2018 - Acordo que prevê desconto de vale-alimentação como punição viola programa alimentar


29/05/2018 - Nota Oficial das centrais sindicais: Brasil na lista suja da OIT por causa da reforma trabalhista


29/05/2018 - Dia do Trabalhador é celebrado em sessão com críticas à Reforma Trabalhista


29/05/2018 - Comissão da Câmara adia seminário sobre a Reforma Trabalhista


29/05/2018 - Preso político, Lula lidera pesquisa com 39% das intenções de voto


29/05/2018 - A pedido de Temer, Parente negocia com petroleiros para evitar greve


29/05/2018 - Presidente do TST recebe representantes de confederações do Fórum Sindical dos Trabalhadores


29/05/2018 - Senado aprova MP que autoriza saque do PIS/Pasep


29/05/2018 - Projeto que incentiva a contratação de maiores de 55 anos pode ser votado na CDH


29/05/2018 - Trabalho aprova multa de mil reais para quem empregar menor ilegalmente


28/05/2018 - Centrais pedem diálogo e condenam uso da força contra caminhoneiros


28/05/2018 - Governo cede e aguarda fim da paralisação dos caminhoneiros


28/05/2018 - STF julgará ADI 5.794 e 5.826 em junho; contribuição sindical e trabalho intermitente


28/05/2018 - Petroleiros entrarão em greve pela redução de preços de combustíveis e gás de cozinha


28/05/2018 - Dia do Trabalhador será celebrado em sessão especial do Senado


28/05/2018 - Semana da Conciliação termina com mais de 15 mil acordos trabalhistas


28/05/2018 - STF decidirá se é possível a revisão de aposentadoria pela regra mais vantajosa


25/05/2018 - Calixto, da Nova Central, denunciará na OIT maldades da lei trabalhista


25/05/2018 - Em nota Nova Central e filiadas apoiam a greve dos caminhoneiros


25/05/2018 - Mesmo com acordo, caminhoneiros mantêm protestos nas rodovias federais


25/05/2018 - 'Brasil diz não a Temer', afirma frente de seis partidos pela soberania


25/05/2018 - Portaria ministerial estabelece regras para o trabalho intermitente


25/05/2018 - Empresa deve devolver a trabalhador desconto de IR por férias pagas na rescisão


25/05/2018 - Cláusula que estabeleceu turnos de 12h em jornada 15 dias consecutivos é considerada nula


25/05/2018 - Incide IR sobre auxílio-alimentação pago em dinheiro a celetista, define TRF-4


24/05/2018 - Centrais lançam dia 5 agenda sindical para interferir na eleição de 2018


24/05/2018 - Sem acordo, greve continua; Acuado, Temer convoca ministros


24/05/2018 - Ajuste da reforma trabalhista deve estar pronto em 15 dias, diz Yomura


24/05/2018 - Requerimento de criação da CPI do Setor Elétrico é apresentado em Plenário


24/05/2018 - Vanessa Grazziotin culpa governo pela crise dos combustíveis


24/05/2018 - TST valida acordo que prevê forma de contribuição sindical como "cota negocial"


24/05/2018 - TSE: partidos devem repassar 30% do fundo eleitoral para campanhas de mulheres


23/05/2018 - Parecer do TST reconhece que contribuição sindical é matéria de natureza tributária


23/05/2018 - Reforma compromete mercado de trabalho e a própria economia, diz professor


23/05/2018 - Temer desiste de concorrer e anuncia Meirelles à sua sucessão


23/05/2018 - Preço dos combustíveis é tema de debate na Câmara


23/05/2018 - MP que altera regras do setor elétrico não será votada, diz presidente da Câmara


23/05/2018 - ADI contra norma que permite trabalho de grávidas ou lactantes em atividades insalubres terá rito abreviado


23/05/2018 - Dados da Inspeção do Trabalho já estão disponíveis para consulta pelo cidadão


23/05/2018 - Juiz de Roraima homologa acordo trabalhista feito pelo aplicativo whatsapp


22/05/2018 - Centrais Sindicais lançam em junho agenda em defesa dos trabalhadores


22/05/2018 - Ciro critica Bolsonaro, diz que vai revogar medidas de Temer e sinaliza diálogo com tucanos


22/05/2018 - Para Bolsonaro, "é melhor menos direitos que perder o emprego"


22/05/2018 - TSE não pode tomar a iniciativa de proibir a candidatura de Lula, diz Cármen Lúcia


22/05/2018 - Comissão realiza debate sobre setor produtivo, papel do Estado e desnacionalização


22/05/2018 - Índice de confiança da indústria recua em maio pela segunda vez


22/05/2018 - DECISÃO: Falta de depósito na conta do trabalhador vinculada ao FGTS não é óbice para que MTE realize homologações rescisórias


22/05/2018 - Salário mínimo mesmo para trabalho intermitente


22/05/2018 - Ministério do Trabalho não precisa esperar depósito do FGTS para homologar rescisão


22/05/2018 - CAS pode votar proibição de juros maiores para aposentados


22/05/2018 - Comissão analisa projeto que estabelece isenção de carência em planos de saúde


21/05/2018 - Reforma Trabalhista: contribuições aos sindicatos, a sindical e as demais, como ficaram?


21/05/2018 - Sancionado com vetos novo marco legal do Sistema Nacional de Emprego


21/05/2018 - Saiba como pedir aposentadoria por idade pela internet ou telefone


21/05/2018 - Federação paulista garante homologação de comerciários nos Sindicatos


21/05/2018 - Comissão antecipa saque de conta do FGTS para 60 anos


21/05/2018 - Conselho aprova Programação Anual das Aplicações do FAT para 2018


21/05/2018 - Justiça reconhece 'revisão da vida toda' e aposentadoria sobe 33,8%


18/05/2018 - Comissão de ministros entrega parecer sobre a Reforma Trabalhista à Presidência do TST


18/05/2018 - Federação diz ao STF que, mesmo após reforma, contribuição sindical é devida


18/05/2018 - Reforma Trabalhista vai ser debatida na Comissão de Trabalho


18/05/2018 - Subutilização da força de trabalho atinge 27,7 milhões de pessoas


18/05/2018 - Banco Central define regras para portabilidade de conta-salário


18/05/2018 - Jorge Viana critica dois anos de governo Temer


18/05/2018 - CPC de 2015 garante a sindicato prazo para apresentar registros que comprovem sua legitimidade


17/05/2018 - CAS: trabalhadores poderão sacar FGTS mesmo que pedirem demissão


17/05/2018 - Vanessa Grazziotin acusa Temer de mentir ao fazer balanço de governo


17/05/2018 - Entidades empresariais criticam decisão de manter taxa Selic em 6,5%


17/05/2018 - INSS reduzirá agendamento presencial a partir do dia 21


17/05/2018 - Indústria paulista cria 9,5 mil postos de trabalho em abril


17/05/2018 - Criada subcomissão para propor atualização do Estatuto do Idoso


17/05/2018 - Quase 20 mil empresas são autuadas por falhas na prevenção a acidentes em 2017


17/05/2018 - MPT cria cadastro para trabalhadores do amianto pleitearem auxílio


17/05/2018 - Ação anterior à reforma isenta trabalhador de pagar sucumbência, decide TRT-4


17/05/2018 - Renda acima de R$ 50 mil pode ter alíquota de Imposto de Renda maior


16/05/2018 - Temer chama de avanço deterioração do mercado de trabalho


16/05/2018 - Novas regras trabalhistas se aplicam a todos os contratos celetistas


16/05/2018 - Associação de juízes questiona parecer sobre reforma trabalhista


16/05/2018 - Trabalho escravo persiste após 130 anos da sua abolição, denunciam debatedores


16/05/2018 - Paulo Rocha critica retrocessos na defesa dos trabalhadores


16/05/2018 - Vanessa Grazziotin critica balanço de Temer


16/05/2018 - Comissão debate futuro do setor elétrico no Brasil


16/05/2018 - CAE convidará ministro da Fazenda para detalhar privatização da Eletrobras


16/05/2018 - Orçamento do Fundo de Garantia para 2018 é ratificado e fica em R$ 85,51 bilhões


16/05/2018 - Atrasar salário de empregados gera dano moral presumido, diz TRT-5


15/05/2018 - Reforma Trabalhista gera desemprego e impede acesso à justiça, dizem debatedores


15/05/2018 - CNT/MDA: mesmo preso, Lula lidera folgado com 32,4%


15/05/2018 - ‘O BRASIL VOLTOU, 20 ANOS EM 2’, diz convite do governo Temer


15/05/2018 - Padilha: governo tem até dezembro para aprovar reforma da Previdência


15/05/2018 - Subcomissão para atualizar o Estatuto do Idoso será instalada nesta terça


15/05/2018 - STF decidirá competência para julgar causa sobre o recolhimento de contribuição sindical de servidores públicos


15/05/2018 - Sentença considera inconstitucional fim da contribuição sindical obrigatória


15/05/2018 - Aposentado por invalidez que exerce atividade remunerada deve restituir ao INSS todos os valores recebidos


15/05/2018 - Empresa que demitiu trabalhadora doente é condenada a indenizá-la


14/05/2018 - Seis meses da nova lei trabalhista: insegurança, dúvida e precarização


14/05/2018 - Reforma trabalhista derruba demanda ao TRT-2 em 40%, diz presidente da corte


14/05/2018 - Temer se diz disposto a suspender Intervenção Rio por Reforma da Previdência


14/05/2018 - Aprovação de MP que reestrutura o setor elétrico é criticada por Paulo Rocha


14/05/2018 - Seis meses da reforma trabalhista estarão em análise pela Comissão de Direitos Humanos


14/05/2018 - Ministro recebe líderes de centrais sindicais para discutir nova lei de gestão do Sine


14/05/2018 - Custo de vida fica estável em São Paulo


14/05/2018 - Danos morais: anotação de licença médica na CTPS é abusiva e prejudicial ao empregado


11/05/2018 - STF: Barroso vota por restringir artigos da reforma trabalhista


11/05/2018 - Subcomissão apresenta primeira versão do Estatuto do Trabalho


11/05/2018 - Após 6 meses de vigência, reforma trabalhista espera regulamentação


11/05/2018 - Reforma não beneficiou trabalhadores e aumentou desemprego, critica Vanessa


11/05/2018 - TRT-2 afasta aplicação da reforma trabalhista em processos antes da lei


11/05/2018 - Comissão aprova proposta que inclui na CLT a obrigatoriedade de teste de acuidade visual dos empregados


10/05/2018 - Juízes e advogados reagem a ataques de Gandra à Justiça do Trabalho


10/05/2018 - Subcomissão debaterá com especialistas contribuições para o Estatuto do Trabalho


10/05/2018 - Ministro aposta em geração de emprego em 2018, mesmo com cenário pior


10/05/2018 - Comissão mista aprova o relatório da MP que abre caminho para privatização da Eletrobras


10/05/2018 - Produção industrial cai em oito locais pesquisados pelo IBGE


10/05/2018 - Preço da cesta básica diminui em 16 capitais em abril, diz Dieese


10/05/2018 - Intérprete em ação trabalhista será pago por parte perdedora


09/05/2018 - NCST participa de reunião sobre custeio sindical da OAB-DF


09/05/2018 - Setor calçadista teme que redução da taxa de importação provoque desemprego


09/05/2018 - Paim apresentará relatório sobre o Estatuto do Trabalho na próxima quinta


09/05/2018 - Vanessa Grazziotin destaca críticas de juízes à reforma trabalhista


09/05/2018 - Joaquim Barbosa desiste de ser candidato a presidente


09/05/2018 - Trabalhador dos Correios cobra explicações sobre fechamento de unidades


09/05/2018 - Conselheiro fiscal de sindicato não tem estabilidade declarada por meio de mandado de segurança


08/05/2018 - Impacto social de redução do imposto de importação de calçados será debatido no Senado


08/05/2018 - Marun diz que governo não definiu opção após MP da reforma caducar


08/05/2018 - Com reforma trabalhista, sindicatos perdem 80% da receita no primeiro trimestre


08/05/2018 - Trabalhador ficou mais receoso após reforma trabalhista, avalia juíza


08/05/2018 - MPT lança campanha sobre importância da liberdade sindical


08/05/2018 - Paim anuncia leitura do Estatuto do Trabalho na próxima quinta


08/05/2018 - Sindicato que defende trabalhador hipossuficiente é isento de custas


08/05/2018 - Justa causa afasta o direito à estabilidade da trabalhadora gestante


07/05/2018 - Centrais Sindicais se reúnem e avaliam 1º de Maio Unificado em Curitiba


07/05/2018 - Reforma trabalhista só deve valer para ação posterior, decidem juízes


07/05/2018 - Subcomissão do Estatuto do Trabalho debate Direito Processual


07/05/2018 - Congresso da Anamatra aprova que juiz julgue reforma conforme convicção


07/05/2018 - MPT aponta que mudanças no custeio sindical são inconstitucionais


07/05/2018 - Comissão mista pode votar nesta terça-feira MP que permite privatização da Eletrobras


07/05/2018 - Projeto prevê não incidência de contribuição previdenciária em indenizações trabalhistas


07/05/2018 - Sindicato terá de restituir a empregado valores descontados na execução de sentença


04/05/2018 - Maio Lilás reforça importância de sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas


04/05/2018 - Ives Gandra admite divisão do TST na aplicação da reforma trabalhista


04/05/2018 - Produção industrial recua 0,1% de fevereiro para março


04/05/2018 - OAB-DF debate na terça (8) custeio sindical em café da manhã


04/05/2018 - Paulo Rocha critica reforma trabalhista


04/05/2018 - Número de acidentes de trabalho registra queda em 2017


04/05/2018 - Governo convoca 59 mil segurados para revisão de benefícios do INSS


04/05/2018 - Trabalhador demitido por justa causa não recebe 13º salário proporcional, diz TST


04/05/2018 - Turma rejeita limitação de páginas para envio eletrônico de documentos processuais


03/05/2018 - Lewandowski vota pela restrição ao foro; sessão é suspensa


03/05/2018 - Depois de cinco meses de alta, emprego na indústria cai 0,2%


03/05/2018 - Taxa de desemprego sobe para 13,1%, diz pesquisa do IBGE


03/05/2018 - Vanessa Grazziotin destaca ato em apoio a Lula no Dia do Trabalhador


03/05/2018 - Justiça do Trabalho não julgará ação sobre imposto sindical de estatutários


03/05/2018 - TRT-15 obriga prefeitura a recolher contribuição sindical de professores


03/05/2018 - Empregador tem responsabilidade objetiva no caso de pedreiro com hérnia por causa do trabalho


02/05/2018 - Dia do Trabalhador: 2º Meia Maratona reúne mais de 3.500 atletas


02/05/2018 - Centrais, movimentos sociais e partidos se unem em defesa de Lula


02/05/2018 - Fim da contribuição sindical obrigatória é inconstitucional, diz Conalis


02/05/2018 - Dieese aponta que vagas mal remuneradas refletem lei trabalhista


02/05/2018 - Justiça nega visita de sindicalistas a Lula na prisão


02/05/2018 - Neoliberalismo, o grande inimigo da valorização do trabalho


02/05/2018 - Empresas poderão ser obrigadas a divulgar diferença salarial entre homens e mulheres


02/05/2018 - Comissão aprova permissão para mais empresas deduzirem do IR gastos com alimentação do trabalhador


02/05/2018 - Estagiários deverão ser inscritos na Previdência Social, analisa CAS


 

 

29/06/2018 - Primeiro voto no STF é pela contribuição sindical obrigatória


Edson Fachin entende que lei não poderia modificar o tripé criado pela Constituição de 1988: unicidade, representação obrigatória e custeio. Ministro Fux divergiu. Julgamento continua nesta sexta


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou inconstitucional artigo da Lei 13.467 (de "reforma" trabalhista) que tornou opcional a contribuição sindical. Para ele, a cobrança deve ser obrigatória, como prevê a Constituição, pois a mudança desrespeitou um "tripé" definido pela Carta de 1988, que inclui unicidade sindical, representação sindical e custeio. "Entendo que a Constituição fez uma opção por definir-se em torno da obrigatoriedade da contribuição sindical nessa sistemática", disse Fachin, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.794, além de outras 17 sobre o mesmo tema. Na sequência, o ministro Luiz Fux divergiu, afirmando que os sindicatos têm "múltiplas formas de custeio". O julgamento foi interrompido e vai prosseguir nesta sexta-feira (29).


Em vigor desde 11 de novembro, a Lei 13.467, entre dezenas de alterações, estabeleceu que a contribuição sindical seria mantida, mas cobrada desde que autorizada pelo empregado, no caso das entidades de trabalhadores – também existe a taxa patronal. As entidades questionam a mudança do ponto de vista formal e alegam que a alteração causou perda abrupta de receita, contrariando argumento oficial de que a nova lei estimula a negociação coletiva.


Este é apenas um dos pontos polêmicos da lei da "reforma", aprovada em 2017. Há vários pontos em questionamento na Justiça. O próprio Fachin tem em mãos a ADI 5.826, na pauta do STF, contra o chamado trabalho intermitente.


Para Fachin, além de "fazer sucumbir o regime sindical reconhecido pela Constituição de 1988", a mudança na lei não considerou impacto orçamentário e financeiro, o que constitui uma inconstitucionalidade formal. O ministro sustentou que houve renúncia fiscal pela União, o que exigiria considerar o impacto orçamentário-financeiro, lembrando que 10% da contribuição sindical vai para o Ministério do Trabalho, "na base do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e constitui nesse particular receita pública".


Na leitura de seu voto, durante 45 minutos, o ministro fez uma digressão histórica, para considerar que a atual Constituição trouxe "inovações ao sistema sindical, que mitigaram o modelo corporativo altamente controlado pelo Estado, desde o Estado Novo", alterando a Carta "autoritária" de 1937, mas mantendo de forma "inequívoca" o tripé unicidade, representatividade e custeio. "A mudança de um desses pilares desestabiliza todo o regime sindical."


Ex-procurador-geral do Trabalho, agora advogando para uma entidade sindical, Luis Antonio Camargo de Melo citou, por exemplo, declaração do relator do projeto de "reforma" na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), para quem 70% dos sindicatos desapareceriam a partir do momento em que a lei entrasse em vigor. "Passei a acreditar então, e tenho motivos para isso, que o objetivo (do projeto) não era atacar a contribuição sindical obrigatória, e sim as entidades sindicais. Óbvio que as mudanças são necessárias, mas não de maneira abrupta, deixando do dia para a noite as entidades sindicais sem fonte de custeio", argumentou.


A advogada-geral da União Grace Mendonça afirmou que a lei não fere a Constituição, já que a Carta e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) preveem outras contribuições. E o advogado da Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão (Abert), Gustavo Binenbojm, também defensor da lei, disse o país vive uma "transição de um modelo corporativista para um modelo meritocrático", e os sindicatos que não se mostrarem representativos serão excluídos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

29/06/2018 - Pesquisa Ibope: Lula disparado na frente, com 33%; todos os demais somados têm 36%


A primeira pesquisa presidencial do Ibope do ano, contratada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), confirma: Lula segue disparado na frente, com 33% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, com 15%, Marina Silva, com 7%, Geraldo Alckmin, com 4%, e Ciro Gomes, com 4%; Lula, no entanto, vem sendo mantido como preso político em Curitiba para não disputar uma eleição que ele venceria com facilidade; todos os demais candidatos somados têm 36%, o que indica claramente a chance de vitória do ex-presidente no primeiro turno.


A pesquisa foi realizada entre 21 e 24 de junho com 2 mil eleitores em 128 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Sem Lula no cenário ofertado aos eleitores, as eleições tornam-se uma fraude: brancos e nulos ganham com os mesmos 33% do ex-presidente.


Veja os cenários da pesquisa estimulada (quando são apresentados os nomes dos candidatos):


Cenário com Lula:


Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 33%
Jair Bolsonaro (PSL): 15%
Marina Silva (Rede): 7%
Ciro Gomes (PDT): 4%
Geraldo Alckmin (PSDB): 4%
Álvaro Dias (Podemos): 2%
Manuela D'Ávila (PC do B): 1%
Fernando Collor de Mello (PTC): 1%
Flávio Rocha (PRB): 1%
Levy Fidelix (PRTB): 1%
João Goulart Filho: 0
Outro com menos de 1%: 2%
Branco/nulo: 22%
Não sabe/não respondeu: 6%

Cenário sem Luiz Inácio Lula da Silva:

Jair Bolsonaro (PSL): 17%
Marina Silva (Rede): 13%
Ciro Gomes (PDT): 8%
Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
Álvaro Dias (Podemos): 3%
Fernando Collor de Mello (PTC): 2%
Fernando Haddad (PT): 2%
Flávio Rocha (PRB): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
Levy Fidelix (PRTB): 1%
Manuela D' Ávila (PC do B): 1%
Rodrigo Maia (DEM): 1%
João Goulart Filho: 1%
Outro com menos de 1%: 1%
Branco/nulo: 33%
Não sabe/não respondeu: 8%

Fonte: Brasil247

 


 

29/06/2018 - Pesquisa CNI-Ibope aponta recuo na confiança do governo de 8% para 6%


A Pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quinta-feira (28), apontou que o percentual de confiança no governo Michel Temer recuou de março para junho, passando de 8% para 6%, assim como, em proporção inversa, cresceu o número de pessoas, de 67% para 74%, que acreditam que o restante do atual governo será ruim ou péssimo.


A insatisfação da população com o governo também aumentou. A porcentagem de pessoas que consideram o governo como ruim ou péssimo passou de 72% para 79%, entre os 2 mil entrevistados em 128 cidades brasileiras. Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, destacou que a maior insatisfação foi registrada na Região Nordeste e entre os jovens com idades entre 16 e 24 anos.


Segundo o levantamento, os índices que apontam a pior avaliação do governo são resultados de uma redução no volume de pessoas que consideravam a administração de Temer como regular, de 21% para 16%, nesse mesmo intervalo de tempo. A porcentagem de entrevistados que classificam como ótimo ou bom também caiu de 5% para 4%.


Mais de 75% dos entrevistados também desaprovaram as políticas e ações do governo em todas as nove áreas pesquisadas pela CNI. O levantamento apontou, nesse ponto, apenas uma mudança no ranking de melhores avaliadas, tendo a segurança pública assumido o terceiro lugar entre as melhores avaliadas, com 14% de aprovação, antecipada pelas áreas de meio ambiente (17%) e educação (15%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/06/2018 - Vanessa Grazziotin: resultado de pesquisa reflete o péssimo desempenho do governo Temer


A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou em Plenário nesta quinta-feira (28) os números da última pesquisa CNI-Ibope, revelando que 92% dos entrevistados não confiam no presidente da República, Michel Temer. O resultado ruim, segundo ela, é reflexo do péssimo desempenho de um governo responsável por perdas de direitos sociais, diminuição da renda dos trabalhadores e desemprego.


Em comparação ao governo anterior, acrescentou Vanessa, 63% acreditam que Michel Temer piorou muito a situação da população brasileira.


- Isto significa dizer que, naquela época, lá em 2016, perguntavam como uma presidente [Dilma Rousseff] poderia continuar governando se tinha apenas 10% do apoio popular. E agora? Eles já sabiam disso quando colocaram Michel Temer lá - disse, referindo-se aos congressistas que votaram a favor do impeachment.


A representante do Amazonas lembrou que a pesquisa fez também uma simulação sobre a intenção de votos para a Presidência da República. Luiz Inácio Lula da Silva tem 33%, contra 15% do segundo lugar, mesmo estando preso há quase dois meses.


- Isso sinaliza o quê? Sinaliza que o povo brasileiro quer a volta daquilo que tinha no governo Lula. O povo brasileiro quer a volta de um governo que olhe para ele, que volte a estabelecer políticas de valorização das pessoas, política de respeito às pessoas; que garanta o aumento real do salário, que garanta a abertura de postos de trabalho e o aumento da renda, junto com a possibilidade de uma moradia digna, com saúde e educação - opinou.

Fonte: Agência Senado

 


 

29/06/2018 - Fiscalização do trabalho tem menor número de auditores em 20 anos


Segundo o sindicato da categoria, situação compromete várias áreas de atuação, como combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil


Responsável por combater a prática de trabalho escravo e infantil, por atuar para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, fiscalizar a arrecadação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outras atribuições, a auditoria-fiscal do trabalho passa por uma situação difícil no país. De 3.644 cargos existentes, 1.317 estão vagos. O número atual de 2.327 profissionais é o menor em 20 anos.


Esse sucateamento, aliado a uma redução orçamentária praticada ano a ano, torna a fiscalização uma ação “para inglês ver, porque, na prática, não tem condições”, nas palavras da vice-presidenta do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge.


Segundo a entidade, a melhor condição de mão de obra da fiscalização do trabalho foi em 1996, quando a área chegou a ter 3.464 auditores. O atual número de cargos é o mesmo de 1984. O total de profissionais caiu até 2003, quando chegou a 2.837, e teve recuperação até 2007, atingindo 3.174. Desde então, o número foi drasticamente reduzido. E pode ser ainda mais nos próximos anos, já que cerca de 500 profissionais estão em condições de se aposentar e continuam em atividade recebendo um abono de permanência.


“O número é absolutamente insuficiente para dar conta das demandas que temos. O número de empresas aumentou muito, o de trabalhadores também. Parece mesmo uma estratégia de manter um quadro mínimo para mostrar à Organização Internacional do Trabalho (OIT) que se está cumprindo as convenções”, avalia Rosa Maria. “É uma situação de descaso descarado do governo brasileiro com os trabalhadores”, acrescenta.


Hoje o país tem uma população economicamente ativa de 104 milhões de trabalhadores, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. O artigo 10 da Convenção 81 da OIT estabelece que países devem manter “quantitativo suficiente de auditores-fiscais do trabalho em relação ao número de estabelecimentos, de trabalhadores, além de observar as exigências demandadas pela complexidade de suas legislações trabalhistas”.


Em 2014, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com ação na Justiça Federal exigindo que o governo federal realizasse concurso público para a contratação de 862 auditores-fiscais. O número correspondia aos cargos vagos naquele ano. O último concurso para área foi realizado em 2013, mas apenas 100 profissionais foram convocados.


Menos ações de fiscalização

Outra reclamação dos auditores é a redução do orçamento da fiscalização ano a ano. Em 2017, os cortes chegaram a paralisar as ações de combate ao trabalho escravo. Cerca de 70% da verba da fiscalização foi congelada. Isso tudo resultou na diminuição do número de ações e de trabalhadores resgatados. Em 2016 foram 773 resgatados. Já em 2017, foram 550. “Para complicar a situação, a MP (medida provisória) 839 (que redireciona recursos para subsidiar a redução no preço do Diesel combustível) retira quase R$ 2 milhões da fiscalização”, afirma a vice-presidenta do Sinait.


Os auditores já fizeram três denúncias contra o governo brasileiro na OIT por causa da situação da fiscalização. Na semana passada, realizaram um dia nacional de mobilizações para denunciar o desmantelamento do setor. “Queremos que o governo, mas também a sociedade, entenda os custos sociais do sucateamento da fiscalização do trabalho. A redução no combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil é muito grave. Mas também leva a um aumento nos acidentes de trabalho, cujos custos oneram o sistema de saúde e a previdência social”, conclui Rosa Maria.


Procurado, o Ministério do Trabalho não se manifestou.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

29/06/2018 - Temer assina decreto que reserva 30% de vagas de estágio para negros


Reserva se aplica à contratação de jovens aprendizes


O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira (28) que “a história é que vai registrar” o que aconteceu durante o período de seu governo no comando do país. Segundo Temer, ao assumir o cargo foram estabelecidos três conceitos fundamentais que são o diálogo, a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social.


A declaração foi feita no dia em que foi divulgada a pesquisa CNI-Ibope apontando que o percentual de confiança no governo Michel Temer recuou de março para junho, passando de 8% para 6%.


Temer discursou no evento de assinatura do decreto que prevê a reservada de 30% das vagas em processos de seleção de estágio e na contratação de jovens aprendizes no serviço público para estudantes negros.


Ao dizer que pediu aos dirigentes de empresas do governo federal que assinem o termo de compromisso da reserva de vagas, ele declarou: “A história é que vai registrar, que vai dizer o que aconteceu nesses dois anos, dois anos e meio de governo. Então, eu digo: as palavras voam, mas o escrito permanece. Por isso pedi a todos que assinassem esse documento”.


Segundo ele, ao longo de sua atuação no comando do país, foi feito muito mais que em anos anteriores. Ele citou ações na área social como a manutenção do Bolsa Família e os reajustes no valor do benefício. “Aqui no Brasil quando você tem um programa chega um novo governo e a tentativa é de destruir o que o governo anterior fez. Nós, pautados pela modernidade política, fizemos o contrário, os programas que são bons, continuamos”, disse.


Temer também mencionou o esforço para manter a responsabilidade fiscal com medidas como as reformas propostas pelo governo. Durante sua gestão foi aprovada a reforma trabalhista e proposta a reforma da Previdência, por exemplo.


Pelo decreto assinado por Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto, a reserva de 30% das vagas para jovens negros em estágios e programas de aprendizado será aplicada na administração pública, autarquias, fundações públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/06/2018 - Fachin libera para plenário do STF pedido de liberdade de Lula


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira (28) para entrar na pauta de julgamentos do plenário um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o dia 7 de abril em decorrência de sua condenação em segunda instância pelo caso do triplex no Guarujá.


Fachin já havia enviado o caso para julgamento do plenário, na última segunda-feira (25), mas havia também aberto prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentasse manifestação, o que inviabilizava a análise antes do recesso.


Nesta quinta, Fachin atestou que o caso pode ser julgado a qualquer momento, independentemente da manifestação da PGR.


Fica agora a cargo da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, decidir quando pautar o pedido. Há apenas uma sessão plenária, marcada para sexta-feira (29), antes do recesso do Judiciário. Os ministros só voltarão a se reunir em 8 de agosto. O prazo para Lula se registrar candidato à Presidência é 15 de agosto.


No pedido ao STF, a defesa quer que seja garantido a Lula o direito de recorrer em liberdade, nas instâncias superiores, contra a condenação. Esse direito já foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), motivo pelo qual a defesa repetiu o pedido ao Supremo.


Em paralelo, a defesa de Lula entrou nesta quinta também com uma reclamação contra a decisão que enviou o caso ao plenário, e não para a Segunda Turma, onde Fachin tem sofrido derrotas em casos da Lava Jato. Além dele, integram o colegiado os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Em abril, o plenário do STF negou um habeas corpus de Lula por 6 a 5.

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/06/2018 - Acordo judicial pode ser pago com cheque no último dia do prazo, diz TST


Não existindo vedação expressa, é válido pagar acordo judicial por cheque no último dia do prazo. A decisão é da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao reformar acórdão que havia condenado um condomínio a pagar multa por deixar de repassar R$ 30 mil a um antigo empregado.


O acordo previa multa de 100% caso não fosse quitado o valor. O representante do condomínio assinou cheque, mas a controvérsia surgiu porque isso foi feito no último dia do prazo. Em embargos à execução, o trabalhador pediu a aplicação da multa, alegando que só recebeu a verba seis dias depois da data ajustada, após a compensação bancária.


Por entender que o cheque equivale ao pagamento à vista, o juízo da execução rejeitou o pedido. O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF e TO), contudo, aplicou a incidência da multa. Segundo o TRT-10, o devedor que escolhe saldar a dívida em cheque deve se planejar para propiciar ao credor o resultado dentro do prazo combinado.


Em recurso ao TST, o condomínio argumentou que não havia no acordo nenhum impedimento expresso. Alegou ainda que obrigar a multa significaria enriquecimento sem causa do trabalhador.


O relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho, reconheceu a falta de previsão de pagamento em espécie e também disse que não houve prejuízo efetivo ao empregado. A demora entre o depósito do cheque e a liberação do valor não caracteriza inadimplência, diz o relator. O voto foi seguido por unanimidade. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

RR-188-76.2016.5.10.0018

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

29/06/2018 - TST afasta incidência de IR sobre pensão mensal vitalícia de empregado


Como a pensão mensal vitalícia corresponde a uma indenização paga pela incapacidade laborativa decorrente de lesão ou acidente de trabalho, não constitui acréscimo patrimonial. Com esse entendimento, a 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho afastou incidência de Imposto de Renda sobre a pensão mensal vitalícia de um bancário.


A empregadora havia sido condenada em primeiro e segundo graus porque o homem ficou incapacitado a partir de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho. Com fundamento na legislação que regulamenta o Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999), o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manteve o desconto sobre a pensão mensal, por entender se tratar de parcela de natureza continuada.


No recurso ao TST, o autor sustentou que a lei afasta a incidência do IR sobre as indenizações decorrentes de acidente de trabalho, o que inclui as referentes aos valores vincendos (a vencer) da pensão vitalícia. Segundo ele, tais verbas têm natureza jurídica indenizatória, e não de renda.


A relatora, ministra Maria de Assis Calsing, reconheceu que não incide Imposto de Renda sobre as indenizações por acidente de trabalho, nos termos do artigo 6º, inciso IV, da Lei 7.713/1988, inclusive a pensão mensal da incapacitação para o trabalho, que tem essa origem.


A ministra afirmou que a jurisprudência do TST já tem entendido que as indenizações por danos morais e materiais têm caráter de reparação e, por isso, não sofrem incidência do imposto. Por isso, considerou que a corte de origem violou a legislação.


Liberdade do juiz

O banco queria derrubar ordem de constituição de capital para garantir os repasses mensais. A ré disse que, por apresentar notória capacidade econômica, poderia substituir a medida pela inclusão do valor em folha de pagamento.


De acordo com a relatora, porém, o Código de Processo Civil de 2015 define que esse tipo de determinação decorre da mera faculdade atribuída ao julgador, quando devidamente requerido pelo exequente, em razão da necessidade de proteção aos interesses da vítima. Isso deve ser analisado independentemente da situação financeira da empresa, disse a ministra. O voto foi seguido por unanimidade. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. RR-1665-36.2012.5.09.0008

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

28/06/2018 - STF pode julgar hoje validade da reforma trabalhista


O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar hoje (28), a partir das 14h, ações protocoladas por diversos sindicatos de trabalhadores contra alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), feitas pela Lei 13.467/2017, a reforma trabalhista.


O primeiro item da pauta de julgamento será uma ação que trata de royalties de petróleo para Santa Catarina. Se o julgamento for concluído, as ações trabalhistas serão analisadas.


Entre os pontos contestados estão o fim da contribuição sindical obrigatória e o reconhecimento da prática do trabalho intermitente, modalidade de contratação de mão de obra autorizada pela nova legislação trabalhista.


As federações sindicais alegam que o fim do imposto sindical obrigatório viola a Constituição, pois inviabiliza suas atividades por extinguir repentinamente a fonte de 80% de suas receitas. Para os sindicatos, o imposto somente poderia ser extinto por meio da aprovação de uma lei complementar, e não uma lei ordinária, como foi aprovada a reforma.


No caso do trabalho intermitente, os sindicatos alegaram que a modalidade precariza a relação de emprego e ofende os princípios constitucionais da vedação ao retrocesso social e da dignidade humana.


Pelo trabalho intermitente, o trabalhador autônomo poderá prestar serviços a mais de um contratante, em horários distintos, mesmo que os contratantes atuem no mesmo segmento econômico. Com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, o contrato de trabalho autônomo afasta o vínculo empregatício permanente.


Entretanto, o período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador e nem será remunerado - hipótese em que restará descaracterizado o contrato de trabalho intermitente caso haja remuneração por tempo à disposição no período de inatividade.


Em parecer enviado ao STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer a favor das alterações.

Fonte: Agência Brasil

 


 

28/06/2018 - Sindicalismo se mobiliza para julgamento da reforma trabalhista no STF


Aumentam as expectativas quanto ao julgamento, nesta quinta-feira (28), pelo Supremo Tribunal Federal, das ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) 5.794 e 5.826. As ações questionam pontos da reforma trabalhista, mais especificamente o fim da contribuição sindical compulsória e o contrato de trabalho intermitente.


Com o fim da contribuição sindical, estima-se que a receita das entidades tenha caído em torno de 80%. Essa drástica redução do custeio afeta de tal forma as ações sindicais que coloca em perigo os direitos e conquistas dos trabalhadores.


O próprio relator das ações no STF, ministro Edson Fachin, afirmou que há elementos para suspender o caráter facultativo da contribuição, previsto na Lei 13.467/17. O tema é tratado na Adin 5.794, da Confederação dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário.


A criação do contrato de trabalho intermitente é alvo de ação movida pela Federação Nacional dos Frentistas. A modalidade envolve a prestação de serviço com subordinação, mas de forma não contínua, podendo ser determinada por hora ou dias, sem jornada fixa. A Fenepospetro, que também questiona o fim da contribuição, sustenta que esse tipo de contratação reduzirá salários e impedirá a subsistência de trabalhadores.


Para a Federação, as normas violam princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia e desrespeitam os incisos XIII e XVI do Artigo 7º da Constituição, que tratam da duração da jornada de trabalho e da remuneração do serviço extraordinário, além de prejudicar acesso a direitos sociais estabelecidos no Artigo 6º.


A Agência Sindical falou com o advogado Hélio Gherardi, que subscreve as Adins da Fenepospetro e de outras Confederações. “Há boas possibilidades de obtermos um resultado favorável. Estou confiante”, ele comenta.


O dr. Gherardi lembra que nota técnica divulgada em abril pelo Ministério Público do Trabalho considerou inconstitucional o fim da contribuição compulsória. “O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, também se manifestou neste sentido”, afirma.


“Acho que se o julgamento for suspenso, por pedido de vistas, por exemplo, pode haver uma decisão liminar por parte do relator, que já deu essa indicação”, aponta Gherardi.


Vigília - O julgamento mobiliza o sindicalismo. A CTB realiza vigília, a partir das 10 horas no STF. O presidente da Central, Adilson Araújo, adverte que setores da mídia tentam intimidar os ministros da Corte. “Seguem apostando as fichas para liquidar os direitos e conquistas da classe trabalhadora e por consequência as suas entidades de classe”, diz.


A coordenadora do Fórum Sindical dos Trabalhadores, Mônica Veloso, também chamou dirigentes das 22 Confederações e outras entidades do FST para acompanhar o julgamento em Brasília.


Mais informações: www.stf.jus.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

28/06/2018 - Com Temer, 64 mil empresas fecharam as portas e demitiram 2 milhões

 

Entre 2015 e 2016, o número de empresas registradas no Brasil caiu 1,3%, passando de 5.114.983 para 5.050.615.

No período, foram demitidos 4% dos trabalhadores


Depois do golpe que destituiu a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, 64.368 empresas brasileiras fecharam as portas e 2,13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram demitidos. Os setores mais prejudicados foram construção e indústria. Entre 2015 e 2016, o número de empresas registradas no Brasil caiu 1,3%, de 5.114.983 para 5.050.615. E o total de empregados caiu 4% – de 53.541.695 para 51.411.199. As informações são de Marize Muniz, do site da CUT.


O total de salários e remunerações pagas no país também teve queda (3%) – de R$ 1,66 trilhão para R$ 1,61 trilhão. O salário médio mensal registrou alta de 0,7% – de R$ 2.643,56 para R$ 2.661,18.


Os dados são do Cempre (Cadastro Central de Empresas) do IBGE, banco de dados que tem informações sobre todas as empresas formais constituídas no país, e foram divulgados nesta quarta-feira (27). Segundo o instituto, "houve redução em quase todas as variáveis analisadas, em decorrência da crise econômica, com exceção apenas do salário médio mensal".


Comércio

O setor de construção demitiu 20,5% dos trabalhadores e trabalhadoras entre 2015 e 2016, serviços (-15,6%), indústrias extrativas (-8,1%) e indústria de transformação (-5,1%).


Apenas cinco dos 20 setores analisados pelo IBGE registraram aumento no número de trabalhadores assalariados naquele ano: eletricidade e gás (+6,9%); entidades e organismos internacionais (+6,1%); o segmento de artes, cultura, esporte e recreação (+0,9%); educação (+0,3%) e as atividades financeiras, que incluem bancos, investimentos e seguros (+0,1).


Entre os setores que registram os maiores rendimentos médios, estão eletricidade e gás (R$ 7.263,19), atividades financeiras (R$ 5.916,33). Já os piores salários foram encontrados nos setores de serviços de alojamento e alimentação (R$ 1.363,30); atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.652,44) e comércio (R$ 1.753,80).


Escolaridade

Por escolaridade, o pessoal ocupado assalariado com nível superior cresceu 1,6% entre 2015 e 2016, enquanto o pessoal sem nível superior recuou 5,9%. A participação relativa do pessoal ocupado assalariado com nível superior passou de 20,4% para 21,7%, e o segmento sem nível superior recuou de 79,6% para 78,3%.


Houve aumento do pessoal com nível superior em 14 das 20 seções, com destaque para indústrias de transformação (14,0%), eletricidade e gás (11,4%), atividades administrativas e serviços complementares (10,9%), organismos internacionais e instituições extraterritoriais (7,2%) e atividades imobiliárias (6,4%).


O pessoal assalariado com nível superior (R$ 5.507,82) recebeu quase o triplo dos trabalhadores sem nível superior (R$ 1.866,89), o equivalente a 195% a mais.


A administração pública e as entidades empresariais apresentaram a maior proporção de assalariados com nível superior, 44,7% e 45,6%, respectivamente. Já o pessoal sem nível superior predominou nas entidades empresariais, com participação de 79,3%, enquanto eram 14,3% na administração pública e 6,5% nas entidades sem fins lucrativos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

28/06/2018 - Dieese: revogação da 'reforma' trabalhista será tema do debate eleitoral


Empresas têm se aproveitado da nova legislação para retirar direitos nas negociações coletivas.

Centrais defendem agenda de proteção ao mundo do trabalho


A dita "reforma" promovida pelo governo Temer, que prometia modernizar as relações de trabalho no país (Lei 13.467), vem produzindo precarização do emprego, com aumento da terceirização, da pejotização e contratações por períodos intermitentes. As negociações com os sindicatos ficaram mais "duras", com empresas que se aproveitam da nova legislação para promover agenda de redução de direitos. O acesso à Justiça do Trabalho também está mais limitado.


A avaliação é do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, após pouco mais de sete meses de aplicação das novas regras. Ele defende que a revogação da "reforma" trabalhista seja objeto de debate durante o processo eleitoral.


"A agenda prioritária da classe trabalhadora que as centrais elaboraram destaca a necessidade de uma revisão profunda ou muitas vezes de uma revogação de muitas dessas leis, especialmente essa da mudança trabalhista. Não necessariamente no sentido de voltar ao padrão anterior, mas de uma reforma que de fato faça uma modernização, para que tenhamos uma proteção para um mundo do trabalho que está em mudança", afirmou à Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (27).


Segundo Clemente, a "reforma" significa a regressão do "padrão civilizatório nas relações de trabalho". "O que precisamos é de uma mudança para incrementar esse padrão, para dar mais proteção aos trabalhadores e segurança às empresas. O que essa legislação faz não é necessariamente isso. Ela pode até aparentemente dar mais segurança às empresas, mas o faz com mecanismos que fragilizam e precarizam a proteção do trabalho. Não é isso que os trabalhadores e o movimento sindical querem", frisou.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

28/06/2018 - Após Reforma Trabalhista, despenca número de ações na Justiça


Dados divulgados pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) revelam uma redução de 39,3% de novas ações trabalhistas ingressadas no país entre os primeiros cinco meses de 2016, antes da reforma trabalhista, e o mesmo período de 2018. No portal do jornal Brasil de Fato


Além disso, os números apontam que, no fim do ano passado, havia 1,8 milhão de ações à espera de julgamento em todo o país; em maio deste ano, eram 1,5 milhão de processos.


A redução é atribuída à Reforma Trabalhista, imposta pelo grupo político que apoia o governo de Michel Temer (MDB) em novembro de 2017, que retirou 1 série de direitos dos trabalhadores e criou obstáculos para a judicialização de questões trabalhistas.


Entre as mudanças instauradas pela reforma, por exemplo, está exigência de que, em caso de derrota, o trabalhador pague os honorários do advogado da empresa, mesmo quando reconhecido juridicamente como pobre — na prática, anulando dispositivo legal que isenta de custos processuais a parte que declarar não poder arcar com as despesas da ação judicial.


Para especialistas, a queda no número de ações representa o medo e a falta de informação dos trabalhadores e sindicatos em relação às mudanças na legislação. É o que destaca o analista político e assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Marcos Verlaine.


"Quando a Reforma Trabalhista foi pensada, o objetivo dos patrões era, efetivamente, diminuir o número de ações na Justiça do Trabalho. Então, é natural que nesse primeiro momento o trabalhador e o sindicato recorram menos à Justiça do Trabalho para garantir direitos, em função de desconhecimento da lei e de medo de perder a ação. A rigor, não há o que comemorar", diz Marcos Verlaine.


Insegurança

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, destaca que nunca viveu período de tanta insegurança na Justiça do Trabalho.


"A reforma foi pouco discutida, teve poucos meses de tramitação, veio uma medida provisória em seguida e confundiu ainda mais as coisas. Dos 20 anos de magistratura que eu tenho, nunca houve tempo de tanta insegurança jurídica, porque há várias lacunas, contradições no texto da nova CLT", afirma Feliciano.


Além da oneração dos trabalhadores, a reforma também acabou com a obrigação de os sindicatos ou o Ministério do Trabalho revisarem a rescisão dos trabalhadores — e isso também teve efeito na Justiça do Trabalho.

 

As verbas rescisórias historicamente representam a maioria das ações trabalhistas. O relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que, em 2014, elas representaram 44% das ações ingressadas no Judiciário. No relatório de 2017, já foram apenas 16,29% do total.


"O trabalhador não tem dinheiro para pagar advogado e ingressar com essa ação na justiça, então a relevância do sindicato é que ele fazia esse trabalho gratuitamente. Além disso, na medida em que o sindicato não participa, a negociação se dá de maneira muito desigual, tende muito mais para o lado patronal, que tem assessoria jurídica", explica Verlaine.


Diante das polêmicas nas mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista, na última quinta-feira (21), o TST aprovou Instrução Normativa (IN TST 41/18) que define marco temporal para a aplicação das novas regras da CLT. A instrução define que as medidas não atingem situações iniciadas ou consolidadas antes da vigência da lei.


Contatada, a assessoria de imprensa do TST informou que não há porta-voz do órgão para comentar o tema.


Futuro

Na opinião do analista político Marcos Verlaine, o número de ações trabalhistas voltará a crescer com o tempo.


"Eu avalio que essa redução é momentânea, assim que o movimento sindical tiver mais conhecimento do conteúdo da lei, com todas as suas brechas inconstitucionais, a tendência é o número de ações aumentar, porque o objetivo dessa legislação é justamente suprimir direitos. Então, com o tempo, as ações terão que compensar o ônus de uma legislação que privilegia o patrão em detrimento do trabalhador", afirmou.


A opinião é compartilhada pelo presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano.


"Os escritórios de advocacia estão em processo de espera. Quando as dúvidas jurídicas forem superadas, provavelmente o volume de ações vai voltar ao que era antes, se não superar esse número, porque alguns dispositivos da reforma facilitam a multiplicação de ações".

Fonte: Diap

 


 

28/06/2018 - Comissão aprova isenção maior de Imposto de Renda para idosos


A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (25) o Projeto de Lei 5338/09, do Senado, que isenta de Imposto de Renda (IR) a aposentadoria e a pensão até o limite mensal de R$ 3,8 mil para contribuintes com mais de 70 anos.


O texto ainda prevê a isenção parcial e progressiva do tributo para idosos a partir dos 66 anos. Com essa idade, o cidadão terá desconto de 20% no IR que incide no valor da aposentadoria até R$ 3,8 mil mensais. O desconto vai subir 20 pontos percentuais por ano até a isenção total aos 70 anos.


Legislação atual

Atualmente, apesar de a Lei 11.482/07 assegurar a isenção total de Imposto de Renda aos aposentados e pensionistas com mais de 65 anos, o benefício atinge apenas quem recebe até o dobro do teto de isenção assegurado a todos os contribuintes, que hoje é de R$ 1.566,61. Portanto, pela lei atual a isenção total é apenas para os aposentados, pensionistas e militares reformados que recebem até R$ 3.133,22.


A legislação atual (Lei 11.052/04) ainda garante isenção total de IR para aposentadorias de beneficiários que passaram à inatividade em razão de acidente em serviço ou para aquelas concedidas a portadores de moléstias profissionais, tuberculose, esclerose múltipla, câncer e outras doenças graves.


Para o relator, deputado Fábio Trad (PSD-MS), os idosos precisam de incentivos financeiros que os auxiliem em uma fase da vida em que, em regra, os gastos com saúde aumentam muito. “Tal medida vai ao encontro da Constituição, que elenca como dever da família, da sociedade e do Estado o amparo das pessoas idosas, defendendo sua dignidade e bem-estar”, disse.


O deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) defendeu a aprovação do texto. "O governo provavelmente vá criar dificuldades ao projeto. Mas acho que não se reduz arrecadação em um projeto como esse", afirmou.


Rejeitadas

Outras nove propostas apensadas (PLs 2890/08, 3382/08, 5018/09, 5373/09, 5761/09, 6447/09, 334/11, 2047/11 e 1538/11) foram rejeitadas pela comissão.


Algumas das propostas queriam que o início da isenção fosse aos 60 anos. Trad rejeitou a diminuição, afirmando que o próprio Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) prevê idade mínima de 65 para benefícios como o transporte gratuito. Outras propostas rejeitadas queriam estender a isenção para outros rendimentos além das aposentadorias e pensões.


“As propostas criam benefícios que, apesar de justos, não podem ser suportados por um Estado já tão carente de recursos”, afirmou Trad.


Tramitação

O projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

28/06/2018 - Orçamento do Fundo de Amparo ao Trabalhador em 2019 deverá ser de R$ 81 bi


A previsão é que sejam destinados R$ 61,1 bilhões para pagamento dos benefícios do Abono Salarial e Seguro-Desemprego


O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) poderá contar com um orçamento de R$ 81 bilhões em 2019. O valor foi definido nesta terça-feira (26) em reunião do Conselho Deliberativo do Fundo (Codefat) realizada na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília. O valor será usado, principalmente, em benefícios aos trabalhadores.


“O FAT é o responsável pela liberação de recursos para pagamento do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial aos brasileiros, além de fomentar políticas de geração de emprego e renda, qualificação profissional e intermediação de mão de obra”, lembrou o presidente do Codefat, Luiz Henrique dos Santos Machado, assessor Especial de Controle Interno do Ministério do Trabalho, que coordenou a reunião.


A previsão é que sejam desembolsados R$ 41,9 bilhões com o pagamento do Seguro-Desemprego a 7,6 milhões de pessoas e R$ 19,1 bilhões com o pagamento do Abono Salarial para 23,6 milhões de trabalhadores, em 2019. Juntos, os benefícios custarão R$ 61,1 bilhões ao Fundo.


O Codefat também aprovou a liberação de R$ 135 milhões a serem aplicados em qualificação profissional para o próximo orçamento de 2019. Desse valor, R$ 102 milhões serão destinados às diversas modalidades do Programa de Qualificação Social e Profissional – Qualifica Brasil e R$ 33 milhões para modalidade de qualificação à distância (QAD) por meio da Escola do Trabalhador.


Para o Sistema Nacional de Emprego (Sine) foi aprovado recurso no valor de R$ 154,3 milhões a serem aplicados na manutenção, modernização e ampliação da rede em todo País, com o objetivo de melhorar o atendimento ao trabalhador. Nas operações por intermédio do Sine, o Ministério do Trabalho realiza parcerias com estados e municípios, permitindo que eles possam executar os serviços prestados ao trabalhador, como intermediação de mão de obra, pedidos de seguro-desemprego, inscrição para cursos de qualificação e emissão de carteiras de trabalho.


Ao BNDES, o FAT vai repassar R$ 19 bilhões. Esta transferência está vinculada ao artigo 239 da Constituição, que destina 40% da arrecadação do Fundo ao banco. As demais aplicações de recursos serão destinadas a despesas como funcionamento das Superintendências Regionais do Trabalho nos estados, serviços de atendimento e informação aos trabalhadores e manutenção dos registros administrativos como a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


A maior parte dos recursos do FAT, R$ 47,6 bilhões, é proveniente da arrecadação da contribuição PIS/PASEP pago pelas empresas; R$ 16,5 bilhões são de remunerações e R$ 356,8 milhões de outras receitas patrimoniais. No orçamento aprovado já estão previstos os 30% da Desvinculação de Receitas da União (DRU).


A manutenção do montante aprovado pelo Conselho Deliberativo do FAT nesta terça-feira depende de sua inclusão no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), elaborado pelo Ministério do Planejamento, a ser ratificado por meio da Lei Orçamentária Anual de 2019.

Fonte: MTb

 


 

27/06/2018 - ADI da contribuição sindical e do intermitente na pauta do STF


STF pode julgar ADI 5.794 e 5.826 nesta quinta (28); contribuição sindical e trabalho intermitente


A presidência do Supremo Tribunal Federal incluiu no calendário de julgamentos do plenário as ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) 5.794 e 5.826. Estas ações questionam pontos da Reforma Trabalhista, mais especificamente, o fim da contribuição sindical compulsória e o contrato de trabalho intermitente. A previsão é que entrem na pauta desta quinta-feira (28), em sessão que vai começar às 14 horas.


A ADI 5.794 é de autoria da Confederação dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário (Conttmaf). E a ação 5.826 é da Federação dos Trabalhadores de Postos (Fenepospetro), cujo relator é o ministro Luiz Edson Fachin.


Contribuição sindical compulsória

O fim da contribuição compulsória impactou a estrutura sindical. Informações dão conta que a receita dos sindicatos caiu algo em torno de 80%. O que afetou sobremodo a organização e as ações sindicais em todo o Brasil. Obviamente, que redução financeira tão drástica assim colocou ainda mais em perigo os direitos e conquistas dos trabalhadores. Já que os sindicatos foram enfraquecidos.


Como ficou a contribuição sindical compulsória na “Reforma” Trabalhista?*


Inicialmente temos que deixar bem claro que a Contribuição Sindical não foi extinta, o que mudou foi a forma de cobrança. Com isso, a contribuição sindical, correspondente a um dia de trabalho por ano, que antes tinha caráter compulsório (obrigatório), passa a ser voluntária, pois depende da prévia e expressa autorização do trabalhador, no caso das categorias profissionais, e da empresa, no caso das categorias econômicas.


A contribuição não foi extinta, mas condicionado o desconto à autorização prévia e expressa das categorias profissionais e econômicas.


Isto significa que o desconto automático da contribuição deixa de existir, perdendo seu caráter parafiscal, e a entidade sindical só receberá essa modalidade de contribuição se o trabalhador, no caso dos sindicatos de empregados, e o empregador, no caso das empresas, autorizarem expressa e previamente o desconto.


Em nosso entendimento, porém, a autorização poderá vir através da assembleia da respectiva categoria; seja profissional, seja econômica; convocada especificamente para tal fim, ou na própria Pauta de Reivindicações, como cláusula específica.


Trabalho intermitente

O novo contrato de trabalho intermitente precariza ainda mais as relações de trabalho, pois essa modalidade contratual, além de gerar profunda insegurança para o trabalhador, tem remuneração muito baixa. Na semana passada, o Ministério do Trabalho editou portaria que regulamentou esse modelo de contratação.


O que é trabalho intermitente, como se dá sua contratação e qual é a forma de remuneração?*


Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua – ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade – sendo determinado em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.


Trata-se de uma modalidade de contrato individual de trabalho – que poderá ser acordada tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito – pela qual o trabalhador se compromete a prestar serviços a um empregador, sem garantia de continuidade, de jornada pré-estabelecida nem de remuneração fixa, sempre que for convocado com pelo menos três dias de antecedência, podendo recusar, por ação ou silêncio, no prazo de um dia útil. O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.


Aceita a oferta, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra, no prazo de 30 dias, multa de 50% da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.


O contrato precisa especificar o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em outro contrato, intermitente ou não, e ao final de cada prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:

1) remuneração;

2) férias proporcionais com acréscimo de 1/3;

3) 13º salário proporcional;

4) repouso semanal remunerado; e

5) adicionais legais.


Por fim, o recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas e o empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do FGTS, com base nos valores pagos no período mensal. A cada 12 meses, o empregado adquire direito a usufruir férias, porém sem remuneração. Férias, para este efeito, significa não poder ser convocado pelo empregador durante esse período.


As regras para a prática do trabalho intermitente estão nos artigos 443, 452-A e 611-A da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467/17, mas negociação coletiva, com prevalência sobre a lei, pode dispor de modo distinto sobre o tema, conforme previsto no inciso VIII, do artigo 611-B da CLT.


Deve-se verificar que o trabalhador não pode, por exemplo, trabalhar 2 horas e esperar 2 horas; trabalhar novamente 2 horas e esperar novamente 2 horas; pois configuraria o tempo à disposição e fraude às demais disposições da CLT.


(*) Estas perguntas são da Cartilha “Reforma Trabalhista e seus reflexos sobre os trabalhadores e suas entidades representativas” produzida pelo DIAP para contribuir com o debate e enfrentamento da lei regressiva e restritiva aos direitos dos trabalhadores.

Fonte: Diap

 


 

27/06/2018 - PGR dá parecer a favor do fim da contribuição sindical obrigatória


A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta terça-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor do fim da contribuição sindical obrigatória. Para a PGR, é constitucional a alteração promovida pela reforma trabalhista, aprovada no ano passado e que tornou opcional o desconto de um dia de trabalho por ano em favor do sindicato da categoria.


O parecer foi motivado pelo julgamento da validade de parte das alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), previsto para ocorrer nesta quinta-feira (28).


“A supressão da compulsoriedade extinguiu a natureza tributária até então conferida pelo STF à contribuição sindical, ensejando a instituição de uma nova espécie de contribuição que, embora com idêntico título, passou a constituir mera doação patrimonial, que não obriga sequer os associados à entidade sindical. A ausência de manifestação de vontade, quanto ao recolhimento, configura recusa tácita, em nada alterando a situação jurídica do contribuinte", argumentou a procuradoria.


A volta da obrigatoriedade da contribuição foi pedida ao STF por dezenas de confederações e federações sindicais, que alegam que o fim do tributo viola a Constituição, pois inviabiliza suas atividades por extinguir repentinamente a fonte de 80% de suas receitas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

27/06/2018 - Privatização de Estatais causará mais desigualdade, diz sindicato


O Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal emitiu uma nota criticando a política entreguista de Michel Temer, ao dizer, por exemplo, que "permitir a privatização das estatais do setor elétrico é promover maior desigualdade social e negar o acesso à energia para a população mais pobre do Brasil".


"De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a venda da Eletrobras vai resultar em um aumento inicial na tarifa de energia de 16,7%, no mínimo. Alguns especialistas apontam reajustes superiores a 70%", diz o texto. "Para o Brasil voltar a ganhar é preciso resistir ainda mais. A venda das seis distribuidoras, marcada inicialmente para dezembro passado, não aconteceu devido à constante luta das entidades sindicais, parlamentares e trabalhadores".


Leia a íntegra da nota:


Em dois anos os brasileiros perderam direitos, empregos. Perderam o acesso à universidade pública, acesso à saúde. O Brasil perdeu com a entrega a toque de caixa de bilhões de barris de petróleo para empresas estrangeiras. A lista de retrocessos é grande.


Para o governo de Michel Temer não há limites para o desmonte do Estado. A Petrobras está sendo fatiada e doada à iniciativa privada. O projeto do governo em minimizar a atuação do estado em setores estratégicos como o petrolífero e elétrico corre a passos largos e podemos perder novamente com a privatização das seis distribuidoras controladas pela Eletrobras.


Na Câmara dos Deputados, a base governista tenta a todo custo votar a urgência do Projeto de Lei 10.332/2018, que viabiliza a venda das distribuidoras localizadas nos estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Alagoas e Piauí, os três últimos estão entre os estados com menores IDH do país.


A privatização por si só traz uma série de prejuízos ao país e a população, no caso da Eletrobras a situação piora, cada estatal vai ser vendida por R$ 50 mil, preço de um carro popular. Além disso, a holding vai assumir uma dívida de mais de R$ 11 bilhões das distribuidoras para garantir ao novo proprietário uma base maior de lucro.


Permitir a privatização das estatais do setor elétrico é promover maior desigualdade social e negar o acesso à energia para a população mais pobre do Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a venda da Eletrobras vai resultar em um aumento inicial na tarifa de energia de 16,7%, no mínimo. Alguns especialistas apontam reajustes superiores a 70%.


Para o Brasil voltar a ganhar é preciso resistir ainda mais. A venda das seis distribuidoras, marcada inicialmente para dezembro passado, não aconteceu devido à constante luta das entidades sindicais, parlamentares e trabalhadores.


Como alternativa à privatização das empresas, o Coletivo Nacional dos Eletricitários propõem a criação de uma empresa brasileira de distribuição que abarcaria as seis distribuidoras.

Fonte: Brasil247

 


 

27/06/2018 - Desalento cresce rápido, com mercado de trabalho em desaceleração


O desalento com o mercado de trabalho - que representa as pessoas que desistiram de procurar emprego - bateu recorde no início do ano. No primeiro trimestre, atingiu 4,1% da força de trabalho, ou 4,6 milhões de pessoas. Significa um aumento de 511 mil no período de um ano. Os dados são da Carta de Conjuntura do Ipea, que mostra ainda uma perda de dinamismo no ritmo de recuperação do emprego, "dando margem a dúvidas quanto ao ritmo e à qualidade dessa recuperação".


De acordo com os dados da PNADC/ IBGE, após apresentar um aumento no primeiro trimestre de 2018, em relação ao observado no último trimestre de 2017, a taxa de desocupação voltou a desacelerar em abril e se mantém praticamente estável nos últimos meses, em torno de 12,5%, o que reflete na desaceleração do crescimento da população ocupada.


"Essa acomodação da taxa de desemprego é explicada, sobretudo, pela desaceleração no ritmo de crescimento da população ocupada (PO). De fato, a taxa de crescimento da PO passou de 2,1% no trimestre móvel encerrado em janeiro, ante igual trimestre do ano anterior, para 1,7% em abril. Na análise, com ajuste sazonal, a população ocupada está praticamente estável desde o início de 2018", diz o Ipea.


Segundo a Carta de Conjuntura, embora na comparação interanual o número de desocupados esteja recuando, desde o fim de 2017, aumentou o tempo de permanência no desemprego.


Apesar de registrar queda em dois trimestres consecutivos, o número dos trabalhadores que se mantiveram desocupados durante o primeiro trimestre de 2018 voltou a crescer, atingindo o maior patamar da série. Dados do IBGE mostram também que vem crescendo a proporção de trabalhadores que espera mais de dois anos procurando por um emprego. Em 2015, o percentual era de 17% e saltou para 23% no primeiro trimestre de 2018.


O desalento, por sua vez, cresceu em 2018. A análise do instituto mostra que isso aconteceu por causa de uma transição maior de trabalhadores que saíram da ocupação e migraram para o desalento, não passando ou ficando pouco tempo na desocupação.


Desalentados são os trabalhadores que não procuram emprego, mas poderiam trabalhar e aceitariam a vaga se alguém oferecesse. Em geral, são pessoas que não procuram porque acham que não conseguiriam obter emprego.Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.


Segundo o levantamento, o desalento cresceu no primeiro trimestre a partir de pessoas que perderam mais recentemente seus empregos. Existem duas hipóteses: uma pessoa foi demitida e tornou-se imediatamente desalentada, sem sequer tentar buscar emprego; ou o trabalhador deixou o emprego, ficou menos de três meses procurando uma vaga e desistiu.


Mesmo se for esse o caso, são pessoas que ficaram curto período no desemprego, reportando, logo em seguida, que não estão mais buscando por considerar ter poucas chances de sucesso.


"Logo, isso não condiz com a hipótese mais natural de que o desalento seria alimentado por um influxo de pessoas que passam um longo período no desemprego. Sendo assim, os microdados da Pnad Contínua permitem que se descarte essa hipótese", avalia a nota.

 

Do Portal Vermelho, com Ipea

Fonte: Portal Vermelho

 


 

27/06/2018 - Governo Temer é "moribundo" e entrave à economia, diz Pochmann


O Banco Central decidiu usar as reservas internacionais do Brasil, acumuladas nas gestões Lula e Dilma, para tentar conter a alta do dólar. Para o economista Marcio Pochmann, trata-se de “baixar a febre, sem curar suas causas”. Segundo ele, com um governo “moribundo e incapaz”, a economia segue frágil e vulnerável a ataques especulativos. “Enquanto durar esse governo, não há solução”, afirma. E fala inclusive na possibilidade de antecipar a posse no novo presidente

Por Joana Rozowykwiat


“Não há fortalezas que evitem irmos no sentido do ataque e da especulação, porque a economia brasileira está muito frágil hoje. Há um governo incapaz de governar o país. Eu nem descartaria, por exemplo, a necessidade de haver uma antecipação da posse do presidente eleito”, aponta, em entrevista ao Portal Vermelho.

 

De acordo com ele, o governo comandado por Michel Temer está enfraquecido, e não há perspectiva de a economia se recuperar este ano, o que abre brecha, por exemplo, para ataques especulativos.


“O governo Temer é moribundo. O transtorno de retirá-lo agora é justamente lançar mais instabilidade sobre a viabilidade eleitoral. Por isso, vai seguir esse governo semi-morto até as eleições, para que, pela soberania popular, se possa consagrar um governo que tenha capacidade de levar avante o país. Não descarto, num aprofundamento da gravidade da economia, desse problema social gravíssimo que vivemos, termos que antecipar a posse”, reitera.


Swaps x reservas

Com o dólar subindo demais, o Banco Central anunciou uma mudança na forma de negociar a moeda. A estratégia agora é tirar dinheiro das reservas internacionais – atualmente em US$ 382,5 bilhões – e vender o dólar já no mercado, ao invés de fazer uma venda futura, como acontecia até então, com swaps cambiais.


Na prática, o BC quer aumentar a quantidade da moeda norte-americana circulando e, assim, conter a sua alta. Pois, com mais dólar disponível na economia, o seu preço deve ser menor.


Ao ser questionado sobre a nova medida do BC, Pochmann afirmou que a autoridade monetária pode ter identificado um ataque especulativo, que não seria enfrentado apenas pelas swaps cambiais.


Segundo ele, os contratos de swaps vinham sendo usados quando se tinha a percepção de que a desvalorização do real era fruto de um movimento de defesa de empresas nacionais que possuem dívidas ou despesas em dólar. Sem saber como evoluirá o câmbio, essas empresas terminam comprando a moeda norte-americana antecipadamente, contra o risco de terem que pagar um valor mais alto adiante.


“Em função disso, o governo utiliza as swaps, porque aí você dá um papel dizendo que vai entregar o dólar, num determinado período à frente, por uma taxa de câmbio que foi comprada no período anterior. Então é dar garantia para quem vai precisar, por exemplo, pagar uma despesa em dólar daqui a dois meses e está com medo que até lá a taxa de câmbio tenha levado o dólar muito para cima. Então eu compro agora e o BC me garante que vai me vender daqui a dois meses no preço em que está hoje. Isso permite ao BC amenizar o ataque à moeda nacional”, explica.


De acordo com o economista, quando o Banco Central anuncia que vai utilizar as reservas, é porque, na verdade, a demanda por dólar não é decorrente dessa instabilidade para atender a determinados compromissos.


“Na verdade, você tem um ataque em relação à moeda. Talvez o Banco Central tenha detectado que há uma circunstância mais grave que não poderia ser resolvida apenas por swaps. Agora identifica que as características são mais decorrentes desse ataque especulativo, numa economia que não cresce e que tem problemas”, diz.


Colchão de segurança, herança do PT

Pochmann ressalta que as reservas internacionais, que foram acumuladas durante as gestões Lula e Dilma desmentem o discurso corrente de que os governos do PT “geraram a crise, desorganizaram a economia e causaram uma desordem nas finanças públicas”.


“As reservas são o que impede o Brasil de estar na situação em que se encontra atualmente a Argentina. O principal ativo que o governo tem hoje é a herança das reservas. Isso dá uma segurança para enfrentar um momento como este”, defende.


Só a política salvará a economia

Para Pochmann, o problema com a nova estratégia do BC está no fato de as reservas vão ajudar a curar o sintoma da alta do dólar, não a doença que está por trás. “As reservas vão ser utilizadas num país que não tem perspectiva, ao menos nesse ano, de superar os entraves e as razões que talvez estejam ensejando esse adicional de especulação”, coloca.


Na sua avaliação, a alta do dólar tem a ver com questão externas, como a alta dos juros norte-americanos, mas também com o fato de que não há incentivos à vinda de dólares para o Brasil, o que poderia compensar a saída de capitais.


“A instabilidade interna pode ser um elemento que estimule a especulação para além do que é a lógica de funcionamento do mercado financeiro”, resume.


Segundo ele, Temer perdeu a capacidade de impor o que o próprio mercado desejava e passou a ser fortemente questionado desde então. E, por mais que a equipe econômica seja identificada com o mercado financeiro, já não é capaz de mostrar que pode levar adiante as mudanças esperadas.


De acordo com o economista, o país assiste a mais uma demonstração de que “o que pode salvar a economia brasileira é a política, tão desacreditada e questionada, justamente por aqueles que querem fazer dela algo distante da população”.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

27/06/2018 - Farmacêuticos empregados de supermercado recolhem contribuição sindical como categoria diferenciada


A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que a contribuição sindical de farmacêuticos contratados pelo Bompreço Supermercados do Nordeste Ltda. deve ser destinada ao Sindicato dos Farmacêuticos do Estado da Paraíba. A existência de categoria profissional diferenciada excepciona a regra do enquadramento sindical pela atividade predominante do empregador.


De 2010 a 2014, a rede de supermercados, que engloba as lojas Bompreço, Walmart e Todo o Dia, contratou 68 farmacêuticos na Paraíba. As contribuições sindicais, no entanto, foram recolhidas majoritariamente em prol do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campina Grande e de João Pessoa.


O Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (PB) julgou improcedente a ação de cobrança ajuizada pelo Sindicato dos Farmacêuticos. No recurso de revista ao TST, a entidade sustentou que a legislação prevê o recolhimento do imposto para o sindicato da categoria diferenciada.


A relatora do recurso, ministra Delaíde Miranda Arantes, citou diversos precedentes em que se reconheceu que o recolhimento da contribuição sindical de empregados de categoria diferenciada vai para a entidade representativa da respectiva categoria. “Esse entendimento prevalece independentemente de a empresa estar representada em norma coletiva pelo órgão de classe do trabalhador”, afirmou.


Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso e determinou que as contribuições sindicais do período em discussão sejam recolhidas em favor do Sindicato dos Farmacêuticos da Paraíba, conforme pedido na ação de cobrança.

Processo: RR-130831-54.2015.5.13.0025

Fonte: TST

 


 

27/06/2018 - Retiradas do PIS/Pasep alcançam R$ 792,4 milhões na primeira semana


Saques para trabalhadores com mais de 57 anos vão até sexta-feira


Na primeira semana do novo cronograma de saques de contas inativas dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) foram sacados R$ 792,4 milhões, informou o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. A pasta ressalta que a medida tem potencial para injetar R$ 39,3 bilhões na economia, considerando os públicos de todas as idades, com impacto potencial no Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 0,55 ponto percentual.


Durante a primeira semana de liberação, entre os dias 18 e 22 de junho, foram atendidos 613.814 cotistas. Considerando apenas os que são contemplados pelo Projeto de Lei de Conversão 8/2018, que permitiu o pagamento do benefício para os cotistas que têm mais de 57 anos e que trabalharam de 1971 a 1988, os saques somaram R$ 596,4 milhões. Esse valor representa o atendimento de 489.879 trabalhadores.


A primeira etapa deste calendário de saques termina nesta sexta-feira (29). Quem não sacar neste período, somente poderá receber o recurso a partir de agosto, recebendo os valores referentes à remuneração do fundo dos meses de junho e julho. Segundo o ministério, ainda não se sabe o percentual, mas no exercício anterior o ajuste foi de 8,9%. Em julho, haverá pausa operacional do Fundo PIS/Pasep.

(Mais informações:Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

26/06/2018 - Invalidação dos diretos do trabalhador é tendência de mercado, dizem debatedores


A tendência do mercado de trabalho é eliminar os diretos do trabalhador para transformá-lo em autônomo e utilizá-lo como fator de produção. A constatação foi destacada pelos convidados da audiência pública realizada na Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET) nesta segunda-feira (25). A reunião abordou a jornada de trabalho, o trabalho extraordinário e o salário mínimo mediante o novo Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018).


Segundo o relator da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), a iniciativa foi construída coletivamente com entidades que têm compromisso com o social.


- Trata-se de um texto técnico, legitimado por uma visão social, econômica e humanitária que nasce da própria sociedade e dos maiores especialistas brasileiros em legislação trabalhista. Queremos resgatar os direitos do trabalhador que só perderam com a Reforma Trabalhista - disse.


A SUG 12/2018 propõe que a jornada de trabalho passe de 44 horas para 40 horas semanais e para 30 horas para trabalhadores em condições perigosas e insalubres. Segundo Paula Freitas, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit/Unicamp), a proposição é válida, porque a jornada de trabalho não é restrita apenas à relação de trabalho.


- É algo que se expande e vai para as relações sociais, que definem quem somos nós. O trabalhador precisa ter tempo para educar seus filhos ou se qualificar de acordo com a demanda do mercado, por exemplo. A definição da jornada de trabalho diz respeito à qualidade de vida desse trabalhador – salientou.


A sugestão em análise na CDH também estabelece como infrações graves o aumento da jornada de trabalho e a redução do salário mínimo. Para Lucas Reis, representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), o desrespeito a esses elementos atinge diretamente o cerne da legislação trabalhista.


- Atacar esses elementos é atacar o vinculo empregatício com um todo. Além disso, esses elementos estão intimamente ligados à saúde pública. O Brasil é o quarto país que mais mata os trabalhadores no ambiente de trabalho. Essa chacina acontece, pois as pessoas estão trabalhando demais e sem proteção – ressaltou.


Para Ludmilla Abílio, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit/Unicamp), além do salário mínimo não corresponder às necessidades mínimas do trabalhador, a Reforma Trabalhista garante o recebimento de um valor ainda menor.


- O salário mínimo é importante não só no trabalho formal. É também um farol para os trabalhadores informais, pois é, culturalmente, aceito como o valor mínimo para a remuneração de um trabalhador. Com a reforma, o trabalho intermitente garante o rebaixamento do valor da força de trabalho. Ou seja, as pessoas podem ganhar, por lei, um valor inferior ao salário mínimo – criticou.

Fonte: Agência Senado

 


 

26/06/2018 - Supremo Tribunal decidirá sobre contribuição sindical


O julgamento no STF — seja no colegiado, seja por decisão provisória individual, em liminar do relator — não poderá ter outra decisão que não a de declarar inconstitucional a regra que torna facultativas a contribuição sindical e outras formas de custeio fixadas por assembleia.


Antônio Augusto de Queiroz*


O Supremo Tribunal Federal, quando for analisar a constitucionalidade ou não da Lei 13.467/17, no aspecto em que trata da contribuição sindical, terá que examinar a matéria à luz do tripé da Constituição de 1988 que dá sustentação à organização sindical, formado pela unicidade sindical (art. 8º, II), a representatividade compulsória (art. 8º, III) e a contribuição sindical (art. 8º, IV, parte final).


O constituinte, ao tratar da organização sindical, estruturou a representação dos trabalhadores e empregadores com base em 3 princípios:


1) o da unicidade, que consiste em não admitir mais de uma entidade representativa da mesma categoria profissional ou econômica, numa mesma base territorial, que não será inferior ao município;


2) o do sistema confederativo, que consiste em organizar a representação por categoria profissional; e


3) o da contribuição sindical, que consiste na garantia de forma compulsória de custeio por força do monopólio de representação sindical de associados e não-associados.


Para maior clareza, reproduzimos a seguir os 3 incisos do art. 8º da Constituição Federal:


“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


....


II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um município;


III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;


IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;


...........”


Considerando que o sistema sindical, com seus 3 pilares, é inseparável, a pergunta que se impõe é se seria possível, por via de lei, alterar apenas 1 desses pilares, ignorando que todo o sistema foi estruturado constitucionalmente para funcionar como conjunto?


Ora, a Reforma Trabalhista, em nossa visão, não poderia, sem levar em consideração o modo como a estrutura foi organizada constitucionalmente, mexer num desses pilares, porque tornaria a estrutura sindical insustentável.


Assim, numa interpretação sistêmica da Constituição, o STF não teria alternativa a não ser declarar inconstitucional, nesse aspecto, a Lei 13.467, sob pena de descompensar todo o sistema sindical.


A alegação de que não se trata de extinção, mas apenas de tornar facultativo o desconto, condicionando a previa e expressa autorização do empregado, no caso de categoria profissional, ou da empresa, no caso da categoria econômica, também não faria sentido, tanto pela redação da Constituição, que “petrifica” a lei então existente, quanto em relação à vedação de que a assembleia pudesse substituir a prévia e expressa autorização.


A redação do inciso IV do art. 8º da Constituição Federal é absolutamente clara no sentido de garantir fontes de custeio das entidades sindicais, desmembradas em 2 comandos inquestionáveis.


O 1º diz respeito às contribuições fixadas em assembleia. O texto dá plena autonomia à assembleia para fixar contribuição em favor da entidade sindical e obriga o empregador a fazer o desconto em folha, portanto, não comporta qualquer nova exigência, como a fixada pela Reforma Trabalhista, que passou a condicionar o desconto a previa e expressa autorização do trabalhador.


O 2º se refere à contribuição compulsória, com caráter de imposto, expressamente autorizada pelo artigo 149 da Constituição, que igualmente não está condicionada constitucionalmente à autorização prévia e expressa, senão não teria o caráter parafiscal.


Aliás, a redação diz, textualmente, que as fontes de custeio das entidades sindicais serão definidas em assembleia, “independentemente da contribuição prevista em lei”, logo da pré-existente, dando a esta lei o mesmo status de texto constitucional, que não poderá ser modificado ou extinto por lei ordinária.


Ao STF, portanto, caberá analisar esses 3 aspectos constitucionais. Primeiro, se é possível modificar, separadamente, apenas 1 dos 3 pilares de sustentação da entidade sindical. Segundo, se é possível, por lei ordinária, desconsiderar o comando constitucional, que determina que “será descontada em folha” a contribuição fixada pela assembleia. E, terceiro, se é possível tornar facultativa uma contribuição parafiscal, garantida em uma regra constitucional (arts. 8º, inciso IV, e 149 da CF), que determina que seja mantida a lei pré-existente.


O julgamento no STF — seja no colegiado, seja por decisão provisória individual, em liminar do relator — não poderá ter outra decisão que não a de declarar inconstitucional a regra que torna facultativas a contribuição sindical e outras formas de custeio fixadas por assembleia. Ou será assim ou o sistema sindical constitucional ficará manco, desarmônico e insustentável, por meio de 1 lei ordinária no sentido literal do termo.


(*) Jornalista, consultor, analista político e diretor de Documentação do Diap

Fonte: Diap

 


 

26/06/2018 - FST convoca congresso e tem nova presidente, Mônica Veloso, da CNTM


Reunido na última quarta-feira (20), em Brasília, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), integrado por 22 confederações nacionais laborais, públicas e privadas, urbanas e rurais, e de aposentados, decidiu convocar o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora para o dia 9 de agosto, no município de Praia Grande (SP). No portal da Radio Peão Brasil


A atividade pretende reunir centenas de lideranças sindicais de todo país, de todas as categorias profissionais, com o objetivo de deliberar sobre documento a ser encaminhado aos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018.


O documento conterá as propostas dos trabalhadores para questões relacionadas à política econômica, com o objetivo da retomada do desenvolvimento soberano da economia, com justiça social, e o combate ao desemprego que continua muito elevado.


Enfatizará, também, as medidas de combate à precarização das relações do trabalho, como a revogação da “Reforma” Trabalhista (Lei 13.467/17), o fim das terceirizações nas atividades-fim das empresas públicas e privadas e o fortalecimento das entidades laborais.


O Fórum pretende, ainda, abordar questões relacionadas à retomada dos investimentos públicos, destacando a revogação da Emenda Constitucional 95/16 de controle de gastos que engessa tais investimentos em áreas essenciais como saúde, segurança e educação, deixando livre o custo financeiro do governo.


Contribuição sindical e trabalho intermitente

Os representantes das confederações também discutiram a estratégia a ser adotada durante a discussão e votação das Ações Diretas de Constitucionalidade (ADI) que estão na pauta do Supremo Tribunal Federal na sessão convocada para quinta-feira (28) e que tratam, respectivamente, da contribuição sindical e dos contratos intermitentes de trabalho.


Coordenação

Em razão do afastamento de Artur Bueno de Camargo da coordenação nacional do FST, por motivo de desincompatilização para a disputa de cargo eletivo de deputado federal este ano em São Paulo, a vice-presidente da CNTM, Mônica Veloso, assumiu a coordenação do Fórum até a conclusão do atual mandato, previsto para novembro de 2018.


Na ocasião, Artur Bueno agradeceu o apoio recebido durante sua gestão, resgatou o papel desempenhado pelo FST na resistência ao desmonte da CLT e à reforma previdenciária, quando foram cumpridas agendas em todo território nacional, e destacou a necessidade de o movimento sindical priorizar a agenda política para promover uma verdadeira e real mudança no país, especialmente no Congresso Nacional.


Por sua vez, Mônica Veloso agradeceu a indicação para assumir a coordenação do Fórum e ressaltou o papel do órgão nas lutas em defesa dos interesses dos trabalhadores. A dirigente sindical colocou-se à disposição de todos para dar continuidade ao trabalho, especialmente nessa hora em que os direitos dos trabalhadores encontram-se ameaçados, assim como as estruturas das entidades sindicais.

Fonte: Diap

 


 

26/06/2018 - Fachin envia recurso de Lula ao plenário do STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu nesta segunda-feira (25) enviar o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para julgamento no plenário da Corte.


A decisão do ministro foi motivada por uma petição feita, mais cedo, pelos advogados de Lula. Os defensores pediram que o ministro reconsidere decisão que rejeitou analisar o caso, na sexta-feira (22). Além disso, a defesa também pretendia que a questão fosse julgado pela Segunda Turma do tribunal, formada por Fachin e os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello.


Com a decisão do ministro, o caso deverá ser julgado somente em agosto, após o recesso de julho na Corte. Nesta semana, o plenário fará as duas últimas sessões antes do recesso e as pautas de julgamento já foram definidas. Antes disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá enviar parecer sobre a questão. Após a tramitação formal, caberá à presidente do STF, Cármen Lúcia, pautar o pedido.


Pedido rejeitado

Na sexta-feira (22), Fachin rejeitou o pedido protocolado pela defesa do ex-presidente para aguardar em liberdade o julgamento de mais um recurso contra a condenação na Operação Lava Jato. Com a decisão, Lula continuou preso.


A decisão foi tomada após a vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Maria de Fátima Freitas Labarrère, rejeitar pedido para que a condenação a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP), um dos processos da operação, fosse analisado pela Corte.


No novo pedido, a defesa alega que Lula está preso ilegalmente há 80 dias e pede urgência no julgamento. “O dano concreto que se objetiva cessar é dirigido à liberdade do Agravante, custodiado na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba há 80 dias, mesmo a liberdade sendo bem jurídico de primeira importância em qualquer Estado Democrático de Direito”, sustentam os advogados.

Fonte: Agência Brasil

 


 

26/06/2018 - Ipea: perfil do desempregado é mulher, nordestina, entre 18 e 24 anos


O desempregado no Brasil tem um perfil: é mulher, nordestina, e com idade entre 18 e 24 anos. Ela tem ensino fundamental incompleto e mora em regiões metropolitanas. É o que consta da seção Mercado de Trabalho, da Carta de Conjuntura, divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).


Tendo por base dados obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estudo identifica um comportamento distinto da ocupação, dependendo da idade do trabalhador e de seu grau de instrução. De acordo com o Ipea, o recuo da taxa de desocupação ocorre “de modo disseminado em todas as categorias, sendo mais significativo nas regiões Norte e Centro-Oeste e no grupo de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, com ensino médio incompleto e não residente nas regiões metropolitanas”.


Na comparação com os números obtidos em 2017, os estados que registraram aumento da desocupação foram Piauí, Sergipe, Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro. Já os estados que apresentaram queda mais acentuada no índice de desemprego foram Amazonas, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.


Idoso

A população ocupada com idade superior a 60 anos aumentou em 8%, percentual bem acima ao do registrado na população de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, que aumentou 0,9% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017. Entre os com ensino médio incompleto, a ocupação aumentou 10%. Já entre os com ensino fundamental, a ocupação recuou 9%.


Na avaliação do Ipea, o crescimento dos mais idosos na força de trabalho tem ocorrido pelo fato de a parcela de idosos que decidem deixar a força de trabalho e ir para a inatividade vem recuando, e não devido ao aumento do número desses trabalhadores que estão saindo da inatividade e retornando ao mercado de trabalho.


Alguns fatores são citados pelos pesquisadores como relevantes para explicar a permanência dos mais velhos no mercado de trabalho. Um deles está relacionado à busca por um aumento na renda. O outro fator está relacionado ao aumento de expectativa de vida do brasileiro.


Desemprego

Citando números divulgados pelo PNADC, o estudo mostra que em abril o desemprego voltou a cair, após ter apresentado aumento no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017. Se comparado aos números de abril do ano passado, o recuo do desemprego ficou em 0,7 ponto percentual (p.p.). A construção civil apresentou saldos mensais positivos mas, no acumulado de 12 meses, o setor continua apresentando “destruição de empregos”, segundo o Ipea.


“Em maio de 2018, esse setor abriu mais de 3 mil vagas com certeira assinada, apresentando um resultado bem superior ao observado no mesmo mês de 2017”. O setor que apresentou maior dinamismo foi o de serviços, com um saldo positivo líquido próximo a 190 mil novos postos de trabalho nos 12 meses até maio.


Autora da pesquisa, Maria Andréia Lameiras avalia que apesar de o mercado ter apresentado sinais de melhora nos últimos trimestres, dados recentes apontam uma estabilidade que “coloca em dúvida o ritmo da recuperação”. Devido à desaceleração do crescimento da população ocupara, a taxa de desocupação vem se mantendo em torno de 12,5%. “Viemos de um período de retração muito grande. Nossa recuperação apresenta bases ainda frágeis, com muita informalidade, o que traz alta volatilidade para o setor, tanto em termos de ocupação, quanto de rendimento”, explicou a pesquisadora do Ipea por meio de nota.


No primeiro trimestre de 2018, o grupo instituído pelos chamados desalentados – pessoas que não procuram emprego por não acreditarem na possibilidade de conseguir uma vaga – voltou a avançar “de forma mais significativa, correspondendo a quase 3% do total da população em idade ativa”. De acordo com o Ipea, o aumento desse grupo “ocorreu por conta da migração de trabalhadores que até então estavam ocupados, mas ao perderem seus postos de trabalho transitaram diretamente para o desalento, ao invés de permanecerem na desocupação”, não estando, portanto, relacionado a pessoas que estavam sem emprego e desistiram de procurar emprego.

Fonte: Agência Brasil

 


 

26/06/2018 - Empresa deve indenizar por acabar com hora extra habitual, decide TST


Acabar com as horas extras do trabalhador que já está habituado a recebê-las gera direito de indenização, pois causa impacto na renda familiar. Com este entendimento, a 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) a pagar indenização a um portuário pela supressão do trabalho suplementar por Termos de Ajuste de Conduta (TAC).


A corte se baseou na Súmula 291 do TST, que assegura ao empregado o direito à compensação pelo impacto financeiro da supressão das horas extras prestadas com habitualidade. O ministro relator Caputo Bastos afirmou que o fato das horas terem sido suprimidas por meio de TAC não muda o direito do trabalhador.


“Entende-se que, conquanto realizada em cumprimento à Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público, ou mesmo em decorrência de decisão judicial, a supressão do trabalho suplementar tem o condão de impactar a renda familiar do empregado, a ensejar a compensação a que alude a Súmula 291”, disse Caputo.


O portuário relatou na ação trabalhista ajuizada na 1ª Vara do Trabalho de Paranaguá (PR) que ingressou na empresa em 1990 por meio de concurso público. Segundo sua versão, sempre trabalhou em turnos de revezamento e parte expressiva de sua remuneração correspondia a horas extras.


Em 2013, a APPA firmou TACs com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e com o Ministério Público do Trabalho. Os ajustes foram motivados pela entrada em vigor da nova Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), que previa a retirada da APPA das atividades portuárias e sua atuação predominantemente na fiscalização das operações. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

26/06/2018 - INSS não deve ser ressarcido por acidente de trabalhador autônomo


Empresas privadas não podem ser responsabilizadas por imprudência exclusiva de trabalhador autônomo. Com esse entendimento, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou o pedido do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para ter ressarcida a pensão por morte de trabalhador.


O caso aconteceu em janeiro de 2012, quando o trabalhador caiu de um prédio em construção, em Curitiba, onde estava instalando banners. Ele foi contratado diretamente pela empresa que fez o anúncio para uma imobiliária que vendia os apartamentos.


O INSS ajuizou ação na 1ª Vara Federal de Curitiba solicitando o ressarcimento pela pensão por morte, alegando que o acidente teria ocorrido por culpa dos contratantes, que não garantiram ao trabalhador equipamentos de segurança.


Depois que o pedido foi julgado improcedente, o Instituto recorreu ao tribunal. Sustentou que, mesmo que o trabalhador seja autônomo, se houver negligência da empresa quanto às às condições de segurança no ambiente de trabalho, a pretensão regressiva movida contra os responsáveis deve ser julgada procedente.


A relatora do caso, desembargadora federal Vânia Hack de Almeida, manteve o entendimento da primeira instância. Para ela, quando trata-se de trabalhador autônomo “que, nas horas vagas, faz ‘bicos’, dentre os quais o de afixar ‘banners’ em altura, se a queda ocorrer por imprudência exclusiva sua, não cabe responsabilizar a empresa que imprime o material publicitário e indica tal profissional, a dona da obra ou mesmo a imobiliária contratada para fazer a venda dos apartamentos”. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.

Processo: 5058042-32.2015.4.04.7000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

25/06/2018 - CDH debaterá os efeitos da nova legislação trabalhista


A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho, ligada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), realiza nesta segunda-feira (25), às 9h, uma audiência pública para debater os efeitos na nova legislação trabalhista, aprovada em agosto passado, sobre a jornada de trabalho, o chamado trabalho extraordinário e o valor do salário mínimo.


O requerimento, do senador Paulo Paim (PT-RS), teve como base uma série de denúncias sobre abusos cometidos a trabalhadores, que estão sendo obrigados a exceder suas jornadas contratadas, sob ameaça de demissão.


- Eu continuo defendendo que devemos aprovar o Estatuto do Trabalho para consertar o estrago que a pretensa reforma trabalhista criou no sistema brasileiro. Essa situação pós-reforma gerou uma insegurança jurídica que prejudica os trabalhadores e os patrões - frisou Paim.


Foram convidados a participar magistrados, procuradores, auditores, economistas, professores universitários e representantes da OAB. A audiência ocorrerá no Plenário nº 6 da Ala Senador Nilo Coelho e será transmitida pela TV e Rádio Senado, com possibilidade de participação por meio do portal e-Cidadania e do serviço Alô Senado.

Fonte: Agência Senado

 


 

25/06/2018 - Datafolha mostra Lula como preferido do eleitor para tirar o Brasil da crise


Pesquisa também revela que subiu o número de brasileiros que acham que Lula vai participar das eleições de outubro. Maioria defende o direito do ex-presidente de se apresentar como candidato

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerado pelos eleitores o mais preparado para acelerar o crescimento econômico do país, segundo pesquisa Datafolha. Ele foi o escolhido por 32% dos entrevistados em levantamento divulgado nesta sexta-feira (22).


Atrás de Lula, os eleitores apontaram, na sequência, os pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSL), com 15%, e Marina Silva (Rede), com 8%. Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) aparecem com 7%, seguidos por Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), ambos com 3%. Fernando Haddad (PT), Fernando Collor (PTC), Rodrigo Maia (DEM) e Flávio Rocha (PRB) têm 1%.


Os números do Datafolha também revelam que aumentou o número de brasileiros que acreditam que Lula irá disputar as eleições de outubro. No levantamento anterior, em abril, 34% acreditavam que o ex-presidente participaria do pleito. Agora, 40% acreditam que o nome de Lula constará nas urnas. Inversamente, o que acham que líder petista estará fora da disputa caiu de 62% para 55%.


Além dos que acreditam ou não que o ex-presidente estará na disputa, 49% dos entrevistados afirmam que ele deveria participar, ante 48% que dizem que não. Em abril, os que queriam Lula fora (50%) superavam os que defendiam a participação do petista no pleito.


Preocupações e prioridades

Saúde e corrupção aparecem empatados com 18% entre os temas que mais preocupam os brasileiros. Em segundo, os eleitores apontaram o desemprego (14%), seguido pela violência (9%), economia (8%) e educação (8%).


Sobre qual deve ser a prioridade do próximo governante, saúde (41%) e educação (20%) foram os temas mais citados. Na sequência, aparecem desemprego (8%), a violência (7%) e a economia (5%). O combate à corrupção está no final da fila, como prioridade para 2% dos entrevistados.


O instituto ouviu 2.824 pessoas entre os dias 6 e 7. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

25/06/2018 - Brasil perdeu 1,3 milhão de empregos na indústria entre 2013 e 2016


A crise econômica em 2014, 2015 e 2016 levou a indústria brasileira ao menor número de empregados desde 2007. No fim de 2016, o setor empregava 7,7 milhões de pessoas – 1,3 milhão a menos que o pico atingido em 2013, quando mais de 9 milhões de pessoas trabalhavam nas indústrias do país.


Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA Empresa), que foi divulgada quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).


Para o gerente da pesquisa, Jurandir Oliveira, os resultados mostram uma queda substancial no emprego em 2016. A retração anual foi a terceira consecutiva no número de vagas e teve uma intensidade menor que a de 2015. Depois do pico atingido em 2013, o Brasil perdeu 2,55% das vagas em 2014, em relação a 2013; 7,46% em 2015/2014; e 4,92% em 2016/2015. Se comparado a 2013, 2016 soma uma queda de 14,3%.


Em números absolutos, a atividade industrial que mais fechou vagas foi a fabricação de produtos minerais não metálicos. A perda de 56,5 mil vagas foi influenciada pela queda da demanda do setor de construção civil, também relacionada à crise econômica, explica Jurandir Oliveira.


Em números relativos, no entanto, a pesquisa informa que a indústria naval teve uma queda de 49% do pessoal ocupado em apenas dois anos. O setor tinha 61,5 mil vagas em 2014 e fechou 2016 com 31,5 mil. Grande parte dessa queda ocorreu no estado do Rio de Janeiro, onde 23 mil vagas foram fechadas, e o contingente de 31 mil trabalhadores caiu para apenas 8 mil.


"O pessoal ocupado hoje representa 26% do que tínhamos em 2014. É pouco mais de um quarto do que foi medido em 2014", disse Jurandir, que acrescentou dados sobre o valor gerado pelo setor. "A produção de 2016 é 29% da produção de 2014. É uma queda de pouco mais de 70% na produção".


A atividade da indústria com o maior número de empregados em 2016 continuou sendo a Fabricação de Produtos Alimentícios, que tinha 1,7 milhão de postos de trabalho em 2016, após um crescimento de 0,75% sobre 2015. A indústria de alimentos responde por 22% das vagas da indústria, e, segundo Jurandir Oliveira, é mais resistente a condições econômicas desfavoráveis.


"A indústria de alimentos sofre uma influência muito grande do próprio crescimento da população. Esse setor é mais resistente porque a demanda é sempre crescente independentemente até das condições mais econômicas. Ela cresce quase que vegetativamente".


Em termos de valor produzido pela indústria, a fabricação de produtos alimentícios é a que mais agrega à economia na maior parte dos estados, incluindo São Paulo, onde responde por 18,2% do total. Somente no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pernambuco essa atividade não está entre as três mais importantes da indústria.


Menos empresas e investimentos

Outro dado que mostra a crise no setor é a queda no número de empresas, que chegou a 323,3 mil, depois de quatro anos seguidos de retração. Em 2013, o Brasil tinha 334,9 mil empresas ativas na indústria.


Entre 2015 e 2016, a redução do número de indústrias de extração de minerais não metálicos chegou a mais de um quinto (21,02%). Por outro lado, as indústrias de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos tiveram um aumento percentual de 13,62% no número de empresas ativas.


Os dados gerais também mostram queda nos investimentos, que recuaram de R$ 193,3 bilhões em 2015 para R$ 185,9 bilhões em 2016. Dois anos antes, em 2014, a indústria brasileira investiu R$ 245,9 bilhões.


Para o ano de 2017, Jurandir explica que a expectativa dos pesquisadores é que os resultados da pesquisa acompanhem os números da economia. No ano passado, o PIB interrompeu a trajetória de queda e cresceu 1%, mas o crescimento foi puxado pelo crescimento de 13% na agropecuária, que teve uma safra recorde. A indústria ficou estável, sem crescimento ou queda no valor que adiciona à economia.


"A tendência é que a pesquisa de 2017 vá refletir o que a conjuntura já demonstrou, tanto para o lado do PIB quanto as estatísticas setoriais da indústria que a gente divulga mensalmente".

Fonte: Agência Brasil

 


 

25/06/2018 - TST aprova Instrução Normativa sobre normas processuais introduzidas pela Reforma Trabalhista


O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho aprovou na quinta-feira (21) a Instrução Normativa 41/2018, que explicita normas de direito processual relativas à Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista). De acordo com o texto aprovado, a aplicação das normas processuais previstas pela reforma é imediata, sem atingir, no entanto, situações iniciadas ou consolidadas na vigência da lei revogada. Assim, a maioria das alterações processuais não se aplica aos processos iniciados antes de 11/11/2017, data em que a Lei 13.467 entrou em vigor.


O documento aprovado é resultado do trabalho de uma comissão composta de nove ministros do TST instituída em fevereiro para analisar as alterações introduzidas na CLT. As instruções normativas não têm natureza vinculante, ou seja, não são de observância obrigatória pelo primeiro e pelo segundo graus. Contudo, elas sinalizam como o TST aplica as normas por elas interpretadas.


Direito processual

Segundo o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, que presidiu os trabalhos da comissão, o foco foram as questões de direito intertemporal, ou seja, a definição do marco inicial para a aplicação da nova lei. “O objetivo foi assegurar o direito adquirido processual, o ato jurídico processual perfeito e a coisa julgada”, afirmou.


Seguindo essa metodologia, a Instrução Normativa trata das alterações da CLT em temas como prescrição intercorrente (artigo 11-A), honorários periciais (artigo 790-B) e sucumbenciais (artigo 791-A), responsabilidade por dano processual (artigos 793-A a 793-C), multa a testemunhas que prestarem informações falsas (artigo 793-D), fim da exigência de que o preposto seja empregado (artigo 843, parágrafo 3º) e condenação em razão de não comparecimento à audiência (artigo 844, parágrafo 2º).


O documento refere-se também a diversos dispositivos relativos à fase de execução, como a não exigência de garantia a entidades filantrópicas (artigo 884, parágrafo 6º).


Em relação à transcendência, a IN prevê que o exame seguirá a regra já fixada no artigo 246 do Regimento Interno do TST, incidindo apenas sobre acórdãos de Tribunais Regionais publicados a partir de 11/11/2017.


As questões de direito material serão discutidas caso a caso, no julgamento no primeiro e no segundo graus, bem assim no julgamento dos recursos sobre os temas que chegarem ao TST. A parte do direito material constante da reforma é a que trata de temas como férias, tempo à disposição do empregador, teletrabalho, reparação por dano extrapatrimonial, trabalho intermitente e extinção do contrato por comum acordo. “Em relação a esses temas, deverá haver uma construção jurisprudencial a partir do julgamento de casos concretos”, explica o ministro Aloysio.


Comissão

A comissão responsável pela proposta da Instrução Normativa é composta dos ministros Aloysio Corrêa da Veiga (presidente), Maria Cristina Peduzzi, Vieira de Mello Filho, Alberto Bresciani, Walmir Oliveira da Costa, Mauricio Godinho Delgado, Augusto César Leite de Carvalho, Alexandre Agra Belmonte e Douglas Alencar Rodrigues.


Em abril, a comissão apresentou suas conclusões, em documento entregue ao presidente do TST, ministro Brito Pereira. “Estivemos desde então estudando, discutindo e aprimorando o texto”, destacou o presidente, ao cumprimentar os nove ministros por terem aceitado o encargo. O presidente saudou também os demais ministros do Tribunal pelas contribuições que ofereceram à comissão no período de elaboração desse trabalho.

Fonte: TST

 


 

25/06/2018 - Proposta obriga assistência a trabalhador analfabeto durante demissão


A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga a assistência a empregado analfabeto no ato de demissão ou de rescisão do contrato de trabalho. O objetivo é que o empregado receba orientações sobre a existência e a regularidade de vários documentos necessários para a realização do ato.


Pelo texto, esse auxílio deverá ser prestado pelo sindicato, por autoridade do Ministério do Trabalho ou, na ausência desses, por representante do Ministério Público, da Defensoria Pública ou por juiz de paz. Sem a assistência, o ato não será considerado válido.


A medida constava na Sugestão 153/18 de autoria do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus (RJ).


Com a aprovação no colegiado, a proposta foi transformada no Projeto de Lei (PL) 10467/18 que insere a nova regra na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).


Antes da reforma trabalhista (Lei nº 13.467/17), a CLT previa a assistência do sindicato ou de autoridade do Ministério do Trabalho como requisito de validade da rescisão contratual, no caso de empregados com mais de um ano de serviço. Com as alterações na legislação, empregado e empregador estarão desobrigados da homologação junto ao sindicato, podendo acordar em formalizar o desligamento na própria empresa, independentemente do tempo de serviço do empregado.


Relator na comissão, o deputado Felipe Bornier (Pros-RJ) defendeu a proposta, mas fez uma alteração para retirar a obrigatoriedade de assistência a trabalhadores maiores de 60 anos, que estava prevista na versão original.


“O corte por idade não é equiparado ao analfabetismo. Ao contrário, a idade favorece o trabalhador, pois lhe acrescenta conhecimento de vida e experiência, favorece a maturidade intelectual e emocional, além de consolidar sua inserção social e rede de relacionamentos”, justificou Bornier.

Fonte: Agência Câmara

 


 

25/06/2018 - TRF3 decide que profissão de marmorista deve ser reconhecida como atividade especial


O marmorista faz acabamentos polimentos, por intermédio de máquinas ou manualmente, efetua colagem com massa plástica, corta com disco diamantado, faz colocação em pisos e paredes, em fim executa todo serviço da marmoraria.


O desembargador federal Nelson Porfírio, da Décima Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), reconheceu como especial o tempo de serviço de um segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que desempenhou a profissão de marmorista em diversos períodos entre 1968 e 1971.


O magistrado entendeu comprovado que o autor trabalhou como marmorista, conforme anotações em sua carteira de trabalho (CTPS), “sendo indiscutível que, no exercício da referida atividade, o trabalhador encontra-se exposto a agentes insalubres ocasionados não só pelo ruído, mas também pela inalação de pó de mármore e poeiras minerais oriundas do corte e polimento das pedras”.


Como consequência, o desembargador reconheceu a natureza especial das atividades exercidas nos períodos relacionados, conforme código 1.2.10 do Decreto n.º 53.531/64 e código 1.2.12 do Decreto n.º 83.080/79. No TRF3, a ação recebeu o Nº 0004334-84.2011.4.03.6107/SP.

Fonte: TRF3

 


 

25/06/2018 - Construtora pagará férias vencidas a carpinteiro afastado antes do período concessivo


Um carpinteiro da Trato Construções Ltda., de São Paulo (SP), receberá indenização relativa às férias vencidas que não foram pagas por ele ter se aposentado por invalidez quando o contrato de trabalho estava suspenso por motivo de doença. Segundo a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, trata-se de direito adquirido do empregado.


A empresa sustentou que as férias não foram pagas porque o período concessivo ainda não havia se esgotado quando o empregado foi afastado do trabalho por doença, em março 2013. No ano seguinte, ainda durante o afastamento, ele foi aposentado por invalidez.


O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) manteve a sentença que julgou improcedente o pedido de indenização. Para o TRT, a aposentadoria por invalidez resulta na suspensão do contrato de trabalho pelo prazo fixado nas normas de Direito Previdenciário. Assim, o empregador não poderia ser obrigado ao pagamento de férias vencidas quando o período concessivo não se completou.


No exame do recurso de revista do marceneiro ao TST, o relator, ministro Alexandre Luiz Ramos, lembrou que, de acordo com a jurisprudência do Tribunal, a aposentadoria por invalidez durante o período concessivo de férias não impede o pagamento de férias vencidas, por constituir direito adquirido do empregado.


Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso para condenar a empresa ao pagamento da indenização correspondente às férias referentes ao período de 2011/2012, acrescidas do terço constitucional. Processo: RR-663-70.2015.5.02.0024

Fonte: TST

 


 

21/06/2018 - NCST e centrais apresentam Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora ao Congresso Nacional


O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, José Calixto Ramos; o vice-presidente da entidade, Fernando Ferreira Anunciação; o diretor de Assuntos Parlamentares da entidade, Luiz Gonzaga de Negreiros; e a presidente da NCST/DF, Vera Leda Ferreira de Morais, participaram, nesta quarta-feira (20), de ato de entrega da Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora às presidências do Senado e da Câmara dos Deputados. O documento, assinado pelas centrais NCST, CSB, CTB, CUT, Intersindical e UGT, apresenta propostas de uma agenda socioeconômica de transformação orientada pelo combate a todas as formas de desigualdade e pela promoção do emprego de qualidade, pela liberdade, pela democracia, soberania nacional e justiça social.


Entre as medidas emergenciais, estão ações de combate ao desemprego, com retomada de obras de infraestrutura e políticas de apoio aos desempregados. Os sindicalistas também querem a revogação das leis 13.467, de "reforma" trabalhista, e 13.429, da terceirização ilimitada, além da Emenda Constitucional 95, que fixou teto para gastos públicos. O texto foi discutido durante meses entre as centrais, sob coordenação do Dieese.


“O país atravessa momentos difíceis, com desemprego crescente e desvalorização das rendas do trabalho. Pra complicar, diante do aperto financeiro que os trabalhadores estão submetidos, muitos passam, por necessidade, a procurar a estrutura pública de saúde, de educação e de proteção social; todas áreas essenciais com investimentos congelados por 20 anos na esteira da aprovação da enfadonha Emenda 95. A Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora aponta cominhos seguros para a retomada do nosso desenvolvimento econômico com progresso social. Não há absolutamente nada que, com boa vontade política, seja inviável de ser aplicado. Temos soluções concretas para os problemas que nos acometem e iremos perseguir, neste ano eleitoral, o apoio político necessário para sua implementação”, afirmou Calixto.


“A agenda do governo revelou-se um fracasso absoluto em seus objetivos econômicos e sociais. Não hã razão para a continuidade do desmonte do arcabouço de leis de proteção ao trabalho e a descontinuidade das políticas públicas de inclusão social. Propomos a retomada do desenvolvimento por meio da valorização do trabalho e fortalecimento do mercado consumidor interno; pilares imprescindíveis para ampliação da oferta de empregos e o resgate da dignidade da população brasileira”, argumentou Anunciação.


Para o diretor de Assuntos Parlamentares da NCST, o Brasil está mais atento aos movimentos de sua representação política. “Se enganam aqueles que ainda acreditam que podem atacar direitos trabalhistas e sociais sem consequências políticas/eleitorais. Há uma maioria silenciosa disposta a ajustar a pontaria para os adversários da classe trabalhadora e colaborar com seus autênticos aliados. 2018 reserva muitas surpresas aos que não estão atentos às brutais mudanças de atenção e comportamento dos eleitores brasileiros em relação à classe política”, reforçou Negreiros.


“O peso político/eleitoral do documento que entregamos hoje será confirmado durante as campanhas. O compromisso de cada candidato com essa agenda que apresenta alternativas simples e eficazes aos principais problemas que enfrentamos, revelará, de maneira absolutamente incontestável, seu comprometimento com os verdadeiros anseios da nação. Asseguraremos transparência e visibilidade aos nossos apoiadores e adversários. Eventuais omissões também não serão esquecidas. Estamos atentos e preparados para esse embate”, concluiu a presidente da NCST/DF, Vera Leda.


Confira as propostas:

 

Agenda prioritária da classe trabalhadora

 

1. Criar políticas, programas e ações imediatas para enfrentar o desemprego e o subemprego crescentes, que já atingem 28 milhões de trabalhadores:

 

a. Criar frentes de trabalho como medida emergencial, com atenção especial para os jovens;


b. Retomar as obras de infraestrutura;


c. Políticas de amparo aos desempregados: aumento das parcelas do seguro-desemprego, vale-transporte para o desempregado, vale-gás, subsídio de energia elétrica, entre outros.


2. Democratizar o sistema de relações de trabalho, fundado na autonomia sindical, visando incentivar as negociações coletivas, promover solução ágil dos conflitos, garantir os direitos trabalhistas, o direito à greve e coibir as práticas antissindicais; favorecendo a reestruturação da organização sindical para ampliar a representatividade e a organização em todos os níveis, estimulando a cooperação sindical entre os trabalhadores, inclusive com o financiamento solidário democraticamente definido em assembleia.


3. Regular o direito de negociação coletiva para os servidores públicos, em todas as esferas de governo, segundo os princípios da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).


4. Renovar, para o próximo quadriênio (2020 a 2023), a política de valorização do salário mínimo.


5. Definir a jornada de trabalho em 40 horas semanais.


6. Revogar todos os aspectos negativos apontados pelos trabalhadores da Lei 13.467 (Reforma Trabalhista) e da Lei 13.429 (Terceirização), que precarizam os contratos e condições de trabalho, na perspectiva da construção de um novo estatuto, com valorização do trabalho.


7. Combater a informalidade, a rotatividade, o trabalho análogo ao escravo e eliminar o trabalho infantil, no campo e na cidade.


8. Regulamentar o inciso 27º do artigo 7º da Constituição, que garante proteção trabalhista para os impactos das transformações tecnológicas e econômicas.


9. Assegurar o direito e o acesso ao Sistema Público de Seguridade e Previdência Social, promovendo a universalização; garantir, diante das mudanças no mundo de trabalho e da transição demográfica, a sustentabilidade financeira do Sistema, com permanente participação social na gestão.


10. Revogar a Emenda Constitucional 95/2016, que congela os gastos públicos por 20 anos, e criar uma norma coerente com o papel do Estado no desenvolvimento do País, cuja elaboração inclua participação social, que integre também a avaliação permanente da regra orçamentária.


11. Promover reforma tributária orientada pela progressividade dos impostos, revisão dos impostos de consumo e aumento dos impostos sobre renda e patrimônio (tributação sobre herança e riqueza, lucros e dividendos), visando à simplificação, à transparência e ao combate à sonegação.


12. Reestruturar, fortalecer e ampliar a capilaridade do Sistema Público de Emprego voltado para a proteção do emprego e o combate à demissão imotivada; articulando e ampliando a proteção aos desempregados, os programas de formação profissional, a intermediação de mão de obra e o microcrédito produtivo; recuperando a capacidade de financiamento do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador; investindo na efetividade dos conselhos em todos os níveis.


13. Universalizar o acesso à educação de qualidade em todos os níveis, orientada pelos princípios da liberdade, da cidadania e para o aprendizado e o conhecimento, em um mundo em mudança; rever e reorganizar o ensino médio e profissionalizante, com políticas voltadas ao ingresso do jovem no mercado de trabalho.


14. Fortalecer o Sistema Único de Saúde, com integralidade e universalidade, ampliando a oferta de serviços e garantindo o financiamento público; promover a política de saúde do trabalhador e de segurança no trabalho.
 

15. Promover e articular uma política de desenvolvimento produtivo ambientalmente sustentável, orientada para o readensamento das cadeias produtivas, com enfoque estratégico para a indústria, as empresas nacionais, a presença no território nacional, a diversidade regional, a geração de emprego de qualidade e com relações de trabalho democráticas.


16. Fortalecer a engenharia nacional e reorganizar o setor da construção para dinamizar e materializar os investimentos estratégicos em infraestrutura econômica, social, urbana e rural.


17. Garantir às micro, pequenas, médias empresas e à economia solidária e popular acesso ao sistema de inovação tecnológica, favorecer a integração aos mercados internos e externos, fornecer assistência para a gestão e promover acesso ao crédito.


18. Fortalecer o papel estratégico das empresas públicas (sistema da Eletrobras, Petrobras, bancos públicos, entre outros) para a promoção e sustentação do desenvolvimento econômico e social.


19. Investir e ampliar o sistema de ciência, tecnologia e inovação, em articulação com a estratégia de investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social, urbana e rural.


20. Fortalecer e ampliar as políticas sociais de combate à pobreza, miséria e redução da desigualdade social e de renda.


21. Fortalecer as políticas voltadas para a Agricultura Familiar, a Reforma Agrária e o desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão no campo.


22. Ampliar e efetivar políticas, programas e ações para promover a igualdade para mulheres, negros, jovens, LGBTQI e migrantes.

 

Clique AQUI  e baixe a íntegra da Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora.

Fonte: NCST

 


 

21/06/2018 - Mercado formal abre só 33 mil vagas em maio, 10% intermitentes


Apesar da propaganda oficial, estoque de empregos com carteira assinada é menor do que o de maio de 2016, quando Dilma foi afastada. E contratados seguem ganhando menos que demitidos


O mercado formal abriu 33.659 vagas em maio, o que significa uma quase estabilidade no estoque, com variação de 0,09%, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no final da tarde desta quarta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. O resultado, inferior ao de maio do ano passado e também abaixo do esperado por "analistas" de mercado, se concentrou na agricultura e nos serviços, já que indústria e comércio fecharam vagas. O estoque de empregos é de 38,249 milhões, menos do que em maio de 2016, quando a então presidenta, Dilma Rousseff, foi afastada (38,786 milhões).


Do saldo de quase 34 mil postos de trabalho com carteira assinada, aproximadamente 10% (3.220) são da modalidade intermitente, com menor proteção, criada com a "reforma" da legislação trabalhista (Lei 13.467). Foram 4.385 contratações e 1.165 demissões em 1.261 estabelecimentos. Segundo o ministério, 25 empregados celebraram mais de um contrato.


Dos 3.220 contratos intermitentes, mais da metade (1.388) foi no setor de serviços. As ocupações mais constantes foram as de vigilante (193), atendente de lojas e mercados (161), embalador a mão (147), mecânico de manutenção de máquinas (137) e recepcionista (133).


Outro dado do Caged revela que, mais uma vez, o mercado "troca" trabalhadores pagando menos. O salário médio de admissão no mês passado foi de R$ 1.527,11, enquanto os demitidos recebiam R$ 1.684,34.


Ainda em maio, o setor de serviços abriu 18.577 vagas, com crescimento de 0,11%. Mas o destaque foi a agropecuária, com 29.302 (1,88%). A construção civil criou 3.181 postos de trabalho (0,16%). A indústria de transformação cortou 6.464 vagas (-0,09%) e o comércio, 11.919 (-0,13%).


No ano, o Caged mostra saldo de 381.166, expansão de 1,01%, com 6,661 milhões de contratações e 6,279 milhões de demissões. Os serviços se destacam, com 272.732 (1,63%). Em 12 meses, chega a 284.785 (0,75%).

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

21/06/2018 - Copom mantém taxa de juros e aponta impacto de ação dos caminhoneiros


Comitê afirma que haverá efeitos "significativos e temporários" de alta na inflação


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 6,50% ao ano, conforme decisão unânime anunciada no início da noite desta quarta-feira (20). "A paralisação no setor de transporte de cargas no mês de maio dificulta a leitura da evolução recente da atividade econômica", afirmou o Copom em comunicado.


Para o comitê, os próximos indicadores deverão refletir o impacto do movimento dos caminhoneiros. O BC avalia que "o cenário básico contempla continuidade do processo de recuperação da economia brasileira, em ritmo mais gradual", com o cenário externo "mais desafiador".


Ainda segundo o Copom, no curto prazo a inflação deverá ter impacto, para cima, da paralisação, com efeitos "significativos e temporários".


Na reunião de maio, o comitê já havia interrompido um período de cortes na Selic, ao decidir pela manutenção em 6,50%. A decisão de hoje, ao contrário da anterior, já era esperada.


A Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) calcula em 290,43% os juros anuais com cartão de crédito e 290,85% com cheque especial.


Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão foi acertada, "especialmente diante da fraca recuperação da economia brasileira, das incertezas em relação às eleições de outubro e das mudanças no cenário internacional".


Já a Força Sindical afirma que o governo "presta um desserviço à classe trabalhadora" e à sociedade, atendendo "apenas aos interesses dos banqueiros e dos especuladores".

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

21/06/2018 - CNI: confiança do empresário industrial tem maior queda desde 2010


Índice caiu 5,9 pontos em junho frente a maio


A paralisação do transporte rodoviário de cargas e as medidas adotadas para solucionar a crise, como o tabelamento do frete, abalaram a confiança do empresário em junho, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) teve queda de 5,9 pontos frente a maio e atingiu 49,6 pontos em junho, no maior recuo da série mensal, que começou em 2010.


Quando o indicador fica abaixo da linha dos 50 pontos, há falta de confiança dos empresários. Índice acima de 50 pontos indica otimismo. Desde janeiro de 2017, o índice estava acima dos 50 pontos.


O índice sobre as condições atuais da economia brasileira foi de 48,3 pontos em maio para 37,1 pontos em junho. O indicador de expectativas para a economia passou de 54,1 pontos para 46,6 pontos no período.


A CNI explica que o Icei é um indicador que ajuda a entender as tendências da indústria e da economia. Empresários confiantes tendem a ampliar a produção e os investimentos, o que estimula o crescimento da economia.


A pesquisa foi feita entre 4 a 14 e junho, com 2.779 empresas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

21/06/2018 - Justiça do Trabalho não pode multar empresa por descumprimento de decisão


A Justiça do Trabalho não pode obrigar uma empresa a cumprir decisão, referente a pagamento de execução, em determinado número de dias sob pena de multa. Isso porque o artigo 880 da CLT determina o pagamento da condenação na fase de execução, mas não fixa multa por descumprimento da sentença nos processos trabalhistas. Com esse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou decisão que obrigava o pagamento.


O caso trata de uma funcionária que pediu na Justiça o pagamento de adicional de insalubridade (por trabalhar em ambiente resfriado artificialmente), o reconhecimento das horas in itinere, honorários periciais e multa por litigância de má-fé e por descumprimento da decisão.


No primeiro grau, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) decidiu que a BRF, uma das gigantes do ramo alimentício, deveria apresentar cálculo de liquidação e efetuar o pagamento espontâneo do débito em até cinco dias, após o trânsito em julgado, sob pena da incidência da multa de 20%.


O advogado Rafael Lara Martins, em defesa da empresa, recorreu da decisão, pedindo a reforma do acórdão para que seja afastada a multa em caso de descumprimento da decisão. Segundo o advogado, há violação do artigo 880 da CLT, que não prevê a possibilidade da incidência da multa.


“Sabe-se que a execução é um dos grandes gargalos da Justiça do Trabalho. Porém, as varas do Trabalho não podem, no afã de resolver a questão, criar mecanismos não previstos na legislação. Processo é procedimento e, portanto, deve estar sempre regulamentada qualquer medida de expropriação de bens ou aumento da pena”, defendeu.


Com isso, a turma seguiu o voto do ministro Maurício Godinho Delgado e deu provimento ao recurso. “Demonstrado no agravo de instrumento que o recurso de revista preenchia os requisitos do art. 896 da CLT, dá-se provimento ao agravo de instrumento para melhor análise da alegada violação do art. 880 da CLT”, decidiu o ministro.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

21/06/2018 - Ministério do Trabalho e OIT avançam diálogo para cooperação técnica


Foco será na saúde e segurança no trabalho e na capacitação de técnicos


O ministro do Trabalho, Helton Yomura, se reuniu nesta quarta-feira (20) com o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Martin Hahn, com objetivo de estreitar o relacionamento e ampliar o diálogo com a organização. Para tanto, estudam o desenvolvimento de agenda conjunta de cooperação técnica com foco na segurança e saúde do trabalhador.


“Na nova gestão da Inspeção do Trabalho, o foco será a prevenção. Para tanto, queremos melhorar ações fiscalizatórias nas áreas de saúde e segurança no trabalho. Uma das ações é investir em qualificação técnica. E a OIT pode construir conosco uma agenda positiva, por meio de um diálogo transparente e propositivo ”, afirmou Yomura.


De acordo com Martin Hahn, a OIT tem grande preocupação com essa temática e acredita poder compartilhar a expertise da organização na área e também aprender com o conhecimento que o Ministério tem sobre o assunto.


“Podemos fazer um intercâmbio de qualificação, por exemplo. Acho que temos condições de ajudar muito e de receber também muitas informações do Ministério do Trabalho que possam contribuir com o nosso trabalho”, destacou.


O secretário de Inspeção do Trabalho, Claúdio Secchin, informou que o novo direcionamento de gestão é desenvolver ações mais contundentes de fiscalização preventiva nos setores de siderurgia, portos, extração de minérios e transportes de cargas.


“O país tem um custo altíssimo com acidentes no trabalho. A prevenção é fundamental para reduzirmos as estatísticas. É um trabalho que traz muito benefício para toda a sociedade”, argumentou Secchin.


Ele disse que esta primeira reunião com a OIT foi importante para sinalizar o interesse do MTb e da OIT em construir um canal de diálogo e com grandes oportunidades de colaboração mútua.


O diretor da organização ratificou que a comunidade internacional reconhece o trabalho duro do governo brasileiro no combate ao trabalho escravo e infantil. “Apesar das grandes extensões e diversidades, o Brasil é visto como país exemplo de boas práticas nessa área e tem muito a mostrar para o mundo”, disse.

Fonte: MTb

 


 

21/06/2018 - Câmara aprova proposta que permite que advogado represente réu em audiência de conciliação


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, nesta quarta-feira (20), proposta que muda as regras para que o juiz decrete revelia, que ocorre quando alguém não comparece à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento.


O texto aprovado é o substitutivo do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) ao Projeto de Lei 1060/15 do deputado Tenente Lúcio (PR-MG). A proposta muda a Lei 9.099/95, que trata dos juizados especiais cíveis e criminais.


A versão de Delgado estabelece que a revelia não deverá ser decretada quando o réu, não comparecendo à audiência de conciliação, se fizer representar por advogado. A proposta original previa que, nos casos de audiências em outro estado ou município, não fosse considerada revel a parte que não comparecer à sessão de conciliação, caso apresentasse, até a hora da sessão, a devida contestação.


O autor buscava reduzir os custos ao requerido em processo perante os juizados especiais cíveis. Mas Delgado considerou que “a audiência de conciliação constitui momento do processo judicial que permite às partes, mediante diálogo intermediado por um conciliador devidamente capacitado, alcançarem uma solução conjunta e que signifique o encerramento sumário do processo”, o que economiza recursos.


Portanto, para o relator, pular essa parte poderia significar, no final das contas, um aumento de custo. Segundo Delgado, a previsão da presença do advogado desonera o requerido de comparecer pessoalmente à audiência de conciliação, “sem, contudo, esvaziar o momento da conciliação”.


O projeto foi aprovado em caráter conclusivo e segue agora para análise do Senado, a não ser que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

Fonte: Agência Câmara

 


 

20/06/2018 - Palestras vão debater reforma trabalhista pelo país


Jornadas Brasileiras de Relações de Trabalho foi lançada na Câmara


Uma série de palestras pelo país vai esclarecer e tirar dúvidas sobre a nova legislação trabalhista brasileira, sancionada em julho de 2017. Lançada nesta terça-feira (19), na Câmara dos Deputados, as Jornadas Brasileiras de Relações de Trabalho vai discutir a reforma trabalhista em 14 estados com membros do Ministério Público do Trabalho, advogados, auditores-fiscais do Trabalho, professores e alunos de direito.


O coordenador-geral das Jornadas e ex-ministro do Trabalho, deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), disse que a iniciativa tem o objetivo de debater de forma técnica a aplicação da reforma trabalhista.


“A modernização, aqui no Brasil, foi discutida com as próprias centrais sindicais. Houve um consenso no que diz respeito a trazer segurança jurídica de acordos coletivos de trabalho. A modernização trouxe os seus resultados, que é o principal: proteção de direitos, segurança jurídica e geração de empregos”, argumentou Nogueira.


Saldo positivo

Segundo o ministro do Trabalho, Helton Yomura, em abril deste ano, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou 4.523 admissões em trabalho intermitente, com saldo positivo de 3.600 vagas de emprego. A expectativa da pasta é que o Caged referente ao mês de maio apresente o quinto mês consecutivo de resultados positivos na criação de empregos no país.


“A modernização da legislação trabalhista brasileira trouxe modificações importantes para a recuperação da economia do nosso país. Destacam-se alguns pontos como a criação do trabalho intermitente e o trabalho autônomo”, disse o ministro.


Ao rebater críticas sobre a reforma trabalhista, Yomura disse que a nova legislação “não feriu direitos dos trabalhadores, está fundamentada em três eixos trabalhista e não feriu direito dos trabalhadores”. “Ela foi fundamentada em três eixos: proteção de direitos, segurança jurídica e geração de empregos”.


Exclusão de trabalhadores

Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Alexandre Agra Belmonte, a revolução tecnológica excluiu trabalhadores do ambiente de trabalho. “Esperamos que essa legislação possa se adequar às transformações sociais, fazendo com que empregadores e trabalhadores se tornem parceiros no desenvolvimento do país”, disse.


Os eventos serão realizados pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (Ibec). O calendário com a programação e os locais em que serão realizadas as Jornadas podem ser acessados na página do instituto. Segundo o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca, as Jornadas fazem parte de ação estratégica do governo para explicar detalhadamente a reforma trabalhista para a sociedade.


Reforma Trabalhista

Aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Michel Temer em julho do ano passado, a chamada Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017.


As novas regras alteram a legislação atual e trazem novas definições sobre pontos como férias, jornada de trabalho e a relação com sindicatos das categorias. Ao todo, foram alterados mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e criadas duas modalidades de contratação: trabalho intermitente (por jornada ou hora de serviço) e o chamado home office (trabalho à distância).


A nova legislação trabalhista se aplica a todas as categorias regidas pela CLT e também àquelas que dispõem de legislações específicas – como trabalhadores domésticos, atletas profissionais, aeronautas, artistas, advogados e médicos – no que for pertinente.

Fonte: Agência Brasil

 


 

20/06/2018 - A Agenda da Classe Trabalhadora para o desenvolvimento


O desemprego atinge mais de 13 milhões de pessoas, o desalento cresce entre os trabalhadores e 1/4 da mão de obra é subutilizada, mal aproveitada em ocupações parciais, informais e com remunerações baixas.


Por Clemente Ganz*


A economia tem dificuldade para sair da recessão e anda de lado, sem dinamismo. As estimativas de crescimento do PIB para 2018 são continuadamente revisadas para baixo. O governo vende as empresas públicas e as reservas naturais; e as multinacionais compram tudo, inclusive as companhias privadas brasileiras.


Nesse quadro, as eleições de outubro carregam, para muitos, a expectativa de construção de uma saída para reorientar a estratégia de desenvolvimento, fortalecendo as instituições e recuperando os fundamentos constitucionais.


Por isso, mais uma vez, as Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB e Intersindical) tomaram a iniciativa, de forma unitária, de apresentar uma agenda para o redirecionamento da estratégia de desenvolvimento do país. São propostas que indicam que o caminho é outro, diferente deste que hoje é trilhado.


A iniciativa reafirma a importância dos sindicatos e da luta dos trabalhadores, que visa promover o bem-estar, a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental para todos.


A “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora –democracia, soberania e desenvolvimento com justiça social: trabalho e emprego no Brasil“, lançada em 6 de junho , apresenta 22 propostas estratégicas para recolocar o Brasil na trajetória do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Entre os itens destacados estão o emprego, a reforma tributária, a prioridade para a educação, a atenção à saúde e o combate às desigualdades.


O objetivo da Agenda é mobilizar trabalhadores e sindicatos para o debate sobre diversas questões e propostas que, na sequência, devem ser apresentadas aos candidatos aos legislativos e executivos estaduais, bem como aos que concorrem à Presidência da República, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.


É uma Agenda que busca o diálogo –sustentado pelo interesse em pensar estrategicamente o desenvolvimento do país– e o debate público –para a nação, de maneira soberana, decidir o rumo que quer tomar.


O desemprego –hoje estrutural– é o problema que demanda medidas mais urgentes e que produzam efeitos em curtíssimo prazo. Entre as iniciativas que poderiam ser implementadas está a criação de ocupações visando à retomada de serviços e pequenas obras públicas, hoje paralisados. Esse tipo de determinação teria grande impacto sobre o emprego na cadeia da construção civil.


O diálogo social deve ser a aposta para firmar compromissos em torno de um projeto de desenvolvimento em cuja base haja um sistema de relações de trabalho democrático, com sindicatos representativos e autônomos, direito de negociação para os servidores públicos e garantia de organização sindical desde o local de trabalho.


A legislação laboral requer uma reestruturação que elimine todos os aspectos que precarizam os direitos dos trabalhadores e enfraquecem os sindicatos, a fim de valorizar as negociações e a solução ágil dos conflitos.


O papel do Estado como articulador das políticas públicas e dos investimentos, inclusive com empresas públicas fortalecidas, precisa ser recuperado, com a mudança na lei do teto do gasto público, na gestão e governança das estatais.


É essencial que as políticas públicas de emprego, trabalho e renda, bem como de seguridade e previdência social, sejam remodeladas de acordo com o mundo do trabalho em mudança –novas ocupações, predominância dos serviços, uso de tecnologia etc – e orientadas para a construção de proteção universal dos cidadãos durante a vida laboral e a aposentadoria.


As propostas da Agenda consideram que as saídas da crise serão tomadas no campo da política, essa prática milenar de luta e diálogo que delineia caminhos na complexidade da diversidade humana de interesses, visões e poder.


Do lado sindical, existe a certeza de que só um movimento capaz de promover mobilizações propiciará um novo campo de diálogo e possibilidade de entendimento e acordo. Estamos distantes, mas o desafio é intensificar a ação em busca da aproximação.


Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, professor universitário e diretor técnico do Dieese desde 2003.


Fonte: Poder 360

 


 

20/06/2018 - Temer retira direitos do povo e beneficia os mais ricos


O governo golpista continua alardeando, passados mais de seis meses de sua imposição, aquilo que julga como as virtudes da reacionária “reforma” trabalhista. O balanço das contratações e demissões revela quem realmente ganhou com tal “reforma”. Levantamento feito pelo jornal Valor Econômico a partir de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho) mostra quem perdeu desde a vigência da lei: os trabalhadores.


As empresas tiveram uma economia de até R$ 157,4 milhões. Beneficiadas pela “reforma”, pagaram menos com avisos prévios e multas do FGTS. Também não entrou no bolso dos trabalhadores a quantia de R$ 255,3 milhões equivalentes à redução do seguro desemprego. Isto é, em apenas seis meses, os trabalhadores perderam R$ 412,7 milhões somente com verbas rescisórias e seguro desemprego. Portanto, a lei disse a que veio: retirar direitos trabalhistas. Some-se a isso os milhões de trabalhadores que perderam o emprego ou que vivem no subemprego desde que Temer tomou a Presidência da República.


Além de perder diretamente com a redução de verbas rescisórias e seguro desemprego, perdem também com os cortes do governo golpista que se acumulam e, no orçamento de 2018, aparecem com toda sua crueza. As reduções de verbas públicas para a área social se acumulam, para qualquer lado que se olhe.


O programa Minha Casa Minha Vida quase acabou - perdeu 94,9% de suas verbas desde 2015: o orçamento era de 23,55 bilhões, e caiu para R$ 1,2 bilhão em 2018.


No PAA (Programa de Aquisição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social), que permite a compra pelo governo de gêneros da agricultura familiar, a queda foi de 91% em relação a 2016. Houve queda grave também no programa Luz Para Todos, com diminuição de 79% no mesmo período.


Pilhagem da mesma dimensão ocorreu no Programa Universidade para Todos (Prouni), iniciado em 2004 e que beneficiou, até o segundo semestre de 2016, mais de 1,9 milhão de estudantes, dos quais 70% tiveram bolsas integrais. Em 2016, no primeiro ano do governo golpista, foram cortadas 80 mil bolsas integrais. Segundo o IBGE, mais de 170 mil estudantes abandonaram seus cursos em 2017 por não poderem pagá-los. E a situação se agrava. Entre 2013 e 2016, a desistência era de 5% dos alunos; aumentou para 7,4% em 2017 – em conseqüência do empobrecimento da população causado pelo desemprego e queda de renda. E da redução no financiamento estudantil devido aos cortes no Fies.


O cenário é desolador em relação às universidades federais. Em 2015, orçamento para elas era de R$ 15 bilhões. Em 2017 proliferaram os atrasos nos salários de professores e terceirizados, paralisação de obras, falta de insumos básicos, como materiais de higiene e limpeza. Em 2018 o governo prevê um orçamento de somente R$ 5 bilhões para as universidades – um terço do que foi o orçamento de 2015.


Em outra área social de enorme importância para o bem-estar dos brasileiros – a saúde – os cortes são dramáticos e prejudicam mesmo a vacinação de bebês, com a ameaça da volta de doenças que se julgava erradicadas, havendo notícias de graves surtos de febre amarela, malária, dengue e outras epidemias de impacto nocivo. Os programas de vacinação do governo podem desaparecer, à míngua de recursos. A cobertura vacinal de crianças e bebês cai desde 2017 e chega ao mais baixo nível desde 2002. A meta oficial de vacinação é de 95% das crianças menores de um ano de idade – mas agora mal alcança 80% — e somente uma vacina, a BCG, chega perto da meta e alcança 91,4% das crianças. Entre as vacinas que tiveram sua cobertura diminuída estão as que protegem contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, varicela, rotavírus e meningite. "São os menores níveis já registrados", diz a coordenadora do programa, Carla Domingues.


Uma das primeiras providências do governo de Michel Temer, contra o povo e contra o Brasil, foi a imposição da PEC dos Gastos, que prevê o congelamento por 20 anos das despesas do governo nas áreas sociais e em investimentos produtivos.


Mudança constitucional feita sob medida para a pilhagem dos recursos públicos, que passam a ser destinados prioritariamente para a satisfação da especulação financeira. Nestas condições, Temer planeja gastar em 2018 três vezes mais com juros da dívida pública do que com Saúde e Educação. Em 2018 há a previsão de que o governo vai abrir mão de R$ 283 bilhões em renúncia fiscal, beneficiando igualmente o grande capital –soma que supera a prevista para Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia, que alcançará R$ 250 bilhões.


Isto é, o governo Temer empobrece os brasileiros e fragiliza o Brasil, e ao mesmo tempo torna os ricos mais ricos.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

20/06/2018 - CAE rejeita PLC 30 e aprova que contratos de terceirizados sejam superiores a 4 anos


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (19), pela manhã, o parecer do relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 195/15, e pela rejeição do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/15, e dos projetos de Lei do Senado (PLS) 87/10, 447/11, e 339/16.


No parecer, Ferraço julgou ter havido perda de objeto dos referidos projetos (PLC 30/15 e dos PLS 87/10, 447/11, e 339/16), porque tratam de mudanças que já foram feitas, segundo o relator, pelo Congresso Nacional em 2017 com Lei da Terceirização (Lei 13.429/17) e depois com a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17).


O PLC 195/15, aprovado pela CAE, permite que contratos de prestação de serviços celebrados entre empresas, seja superior a 4 anos, limite estabelecido pelo artigo 598 do Código Civil.


Tramitação

A matéria segue agora para apreciação da Comissão de Constituição de Justiça.

Fonte: Diap

 


 

20/06/2018 - PIB caiu 0,4% no trimestre finalizado em abril, diz FGV


O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 0,4% no trimestre encerrado em abril deste ano, em relação ao trimestre anterior (encerrado em janeiro). Na comparação com abril do ano passado, no entanto, o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,3%. Os dados são do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV).


Considerando-se apenas o mês de abril, o PIB cresceu 0,1% na comparação com março deste ano e 2,9% na comparação com abril do ano passado. Em 12 meses, o PIB acumula crescimento de 1,6%.


Na comparação do trimestre encerrado em abril com o trimestre encerrado em janeiro, apenas a agropecuária teve alta (0,1%). A indústria recuou 0,4% e o setor de serviços caiu 0,1%. A principal queda foi observada na indústria da transformação (0,9%). Nos serviços, os maiores recuos foram nos transportes, serviços de informação e serviços de intermediação financeira (todos com quedas de 0,4%).


Sob a ótica da demanda, tiveram crescimento o consumo das famílias (0,1%) e as exportações (3,8%). Por outro lado, caíram o consumo do governo (0,3%) e formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (0,2%).


O PIB calculado mensalmente pela FGV não é o indicador oficial para medir o ritmo econômico brasileiro, mas serve como uma prévia do índice oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é divulgado trimestralmente.

Fonte: Agência Brasil

 


 

20/06/2018 - Samarco / Vale: Prefeito de Mariana desabafa e parte para o enfrentamento


Cansado de esperar por providência e pela retomada da atividade econômica prometida pela Samarco e já liberada pela justiça e pelos órgãos de regulação, o prefeito de Mariana , Duarte Jr., partiu para o enfrentamento. Ele denuncia o descaso governamental e a indiferença dos empresários responsáveis pela mineradora. Situação de Mariana desde o desastre é crítica.A seguir, trechos das declarações de Duarte Jr.:


“A Samarco não retornou ainda porque não existe interesse da Vale e BHP de retomar o trabalho com ela. Vale e BHP têm todas as licenças necessárias para começar a preparar a cava. Eles têm essa licença há sete meses e até hoje não começaram a preparar a cava, porque quando estiver com a cava preparada aí você chama o Estado e o Estado fala assim: ok, a cava atende e agora vou te dar a LOP, que é a licença de operação.


O que está acontecendo é que principalmente a Vale pegou São Luis do Maranhão e investiu lá mais de R$ 100 milhões, botou a usina de lá para rodar, atendeu todo seu mercado consumidor e não está preocupado com a responsabilidade social. O presidente da Vale, quando assumiu, disse que teria responsabilidade social com a região.


Quero saber onde está essa responsabilidade social porque investe um valor alto em São Luis e esquece de Mariana, de onde tirou riqueza por 44 anos, onde gerou desemprego, onde gerou uma tragédia, o maior derramamento de lama do mundo e nesse momento está com a licença debaixo do braço esperando cada dia mais a valorização da ação para ver quando vai querer ou não voltar com a empresa Samarco.”

Fonte: Brasil247

 


 

20/06/2018 - STF absolve Gleisi e Paulo Bernardo de corrupção e lavagem


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (19) pela absolvição da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A Segunda Turma da Corte julgou nesta terça-feira a ação penal na qual a senadora foi acusada de receber R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010.


Segundo a acusação, o valor foi desviado no esquema de corrupção na Petrobras e negociado por intermédio de Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kluger Rodrigues, que também é réu. Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para embasar a acusação.


Seguindo voto do relator, Edson Fachin, o colegiado entendeu que há divergências nos depoimentos de Youssef e de Costa e que não há provas suficientes para comprovar que Paulo Bernardo solicitou o dinheiro, muito menos que a senadora teria dado apoio ao ex-diretor para mantê-lo no cargo em troca da suposta propina.


Apesar de votar pela absolvição, Fachin ficou vencido ao propor a condenação da senadora pelo crime eleitoral de caixa dois por não ter declarado à Justiça Eleitoral R$ 250 mil que teriam sido recebidos pela sua campanha. No entanto, o voto foi seguido somente por Celso de Mello.


Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela absolvição integral de Gleisi e Paulo Bernardo, por falta de provas.


No início do julgamento, a defesa da senadora e de Paulo Bernardo alegou que a PGR usou somente depoimentos de delações premiadas ao denunciar os acusados e não apresentou provas de que o recurso teria origem nos desvios da Petrobras.

Fonte: Agência Brasil

 


 

20/06/2018 - Rosa Weber é eleita presidente do TSE e fala em "disputa acirrada"


O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu nesta terça-feira (19) a ministra Rosa Weber para ocupar a presidência da Corte. A ministra já faz parte do tribunal e vai suceder Luix Fux no comando da Corte em agosto, quando Fux deixará o posto após dois anos no cargo.


Rosa Weber, que também é ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), vai presidir as eleições de outubro e deverá ficar no cargo até maio de 2020 ."Eu sei da enorme responsabilidade que me aguarda neste ano de 2018, em que o país se encontra em meio a uma disputa tão acirrada, com tantas divisões”, disse a ministra após a votação.


A ministra nasceu em Porto Alegre e fez carreira como magistrada da Justiça do Trabalho. O TSE é composto por sete ministros. A presidência é ocupada por ordem de antiguidade entre os três ministros do STF que também compõem o tribunal eleitoral. Dois ministros oriundos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois membros da advocacia completam a composição do TSE.

Fonte: Agência Brasil

 


 

20/06/2018 - Falta de empregada à audiência não acarreta improcedência de pedido sobre horas extras


A ausência de uma operadora de telemarketing à audiência de instrução não afastou a obrigação da Fleury S.A. de apresentar controles de frequência para comprovar o pagamento de horas extras. Com esse entendimento, a Segunda Turma do TST determinou o retorno do processo à 3ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro para que julgue os pedidos da operadora.


O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) haviam entendido que, por não ter comparecido à audiência, a profissional se tornou confessa quanto aos fatos apresentados pela empregadora. Ou seja, concluíram como verdade processual as alegações da Fleury, que não anexou ao processo os cartões de ponto.


No exame do recurso de revista da empregada, o relator, ministro José Roberto Freire Pimenta, assinalou que o entendimento do TST quanto às consequências da aplicação da confissão ficta não conduz necessariamente à improcedência dos pedidos. Segundo ele, a presunção de veracidade dos fatos alegados pela empresa é apenas relativa e pode ser cotejada com outras provas já reunidas no processo, nos termos do item II da Súmula 74 do TST.


Por outro lado, o ministro destacou que caberia à empresa, que tem mais de 10 empregados, apresentar os registros de horário, conforme prevê o artigo 74, parágrafo 2º, da CLT. Trata-se, a seu ver, de caso de “confissão recíproca”, em que a empregada não compareceu à audiência na qual deveria depor e a empregadora não juntou os controles de jornada. Nessa situação, o posicionamento do TST é o da presunção em sentido contrário, ou seja, em favor da empregada (item I da Súmula 338).


Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso e determinou o retorno do processo ao primeiro grau.

Processo: RR-10724-30.2014.5.01.0031

Fonte: TST

 


 

19/06/2018 - Evento na Câmara avalia o primeiro ano da reforma trabalhista


A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados lança nesta terça-feira (19) a Campanha Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho.


A intenção do evento é debater e dar efetiva divulgação aos principais pontos da nova lei trabalhista (13.467/17).


Entre as alterações da reforma está a criação do trabalho intermitente, em que o trabalhador é contratado por período determinado, podendo prestar serviços para outra empresa em seu tempo de folga; o trabalho remoto, que poderá ser realizado na casa do trabalhador; e a rescisão contratual, que poderá ser feita fora do sindicato, como acontece atualmente.


Foram convidados para a solenidade de lançamento, marcada para as 17 horas, no Salão Nobre, o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região, desembargador Bento Herculano Duarte Neto, e a presidente do Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (Ibec), Marisa Almeida, entre outros.

Fonte: Agência Câmara

 


 

19/06/2018 - Neoliberalismo de Temer desmonta a indústria nacional

 

Continuidade do processo entreguista do presidente ilegítimo protagonizado pela privatização do setor produtivo estatal

destrói empregos e a economia nacional

 

por Marcio Pochmann*


A construção de um dos parques industriais mais avançados e integrados do mundo permitiu ao Brasil abandonar, a partir de 1930, a condição de atraso imposta pela antiga e longeva sociedade agrária. Ainda que tardio, o avanço do capitalismo industrial transcorreu concomitante com o estabelecimento de uma nova e complexa sociedade urbana rica, porém permeada por significativa desigualdade econômica, social e de poder.


A permanente postergação da realização das reformas clássicas do capitalismo contemporâneo, como a agrária, tributária e social, impossibilitou que a elevação ao patamar dos 10 países mais ricos fosse acompanhada por uma sociedade justa e democrática. Com isso, a prevalência de enorme concentração de pobres e camadas de trabalhadores informais, a maioria dependente da oferta de serviços às famílias ricas (piscineiros, domésticos, passeadores de cães, seguranças, motoristas particulares, jardineiros, manicure, pedicure, personal trainer, entre outros).


Por outro lado, a ascensão do receituário neoliberal durante os governos dos Fernandos (Collor, 1990-1992 e Cardoso, 1995-2002) impôs inegável inflexão à anterior trajetória industrializante da economia nacional. A consequência direta foi a precoce transição para a sociedade de serviços em decorrência da simultânea queda relativa da produção, da renda e do emprego na agropecuária e indústrias de transformação e construção civil.


A transição antecipada da sociedade industrial para a de serviços terminou não sendo mais a abrupta e intensa diante dos governos liderados pelo PT (2003-2016) que buscaram recuperar o parque industrial através das políticas de conteúdo nacional, de financiamentos produtivos, desoneração fiscal, entre outras iniciativas. Assim, as indústrias de petróleo e gás, naval, fármacos, automobilístico, da construção civil, entre outras, voltaram a ganhar proeminência na produção, emprego e renda.


Apesar disso, a volta da aplicação do receituário neoliberal pelo governo Temer desde o golpe de 2016, passou a produzir significativa retomada do desmonte do parque industrial brasileiro. Isso é que se pode constatar diante da profusão de exemplos associados à generalizada regressão econômica vislumbrada no complexo de petróleo e gás, na indústria naval, na construção civil e outros.


Também no setor químico podem ser constatadas importantes transformações no Brasil, como a fusão dos grupos Du Pont e Dow Chemical. Além disso, o recente anúncio da negociação de venda da petroquímica Braskem pela Odebrecht para uma corporação transnacional com sede na Holanda (LyondellBasell) impõe esvaziamento ainda maior na participação da presença do capital privado nacional no setor produtivo. Somente a aquisição da Braskem pode levar os seus 8 mil empregos distribuídos por 40 fábricas pela multinacional holandesa que detém 13 mil ocupados dispersos em suas 55 fabricas instaladas em 17 países.


Diante disso, percebe-se como o governo Temer se especializa no desmonte da industrialização nacional. Para tanto, põe fim ao antigo tripé de capitais que havia permitido o salto econômico que consolidou um dos parques de manufatura mais importante do lado sul do planeta Terra.


A continuidade do processo entreguista da nação pelo governo Temer protagonizado pela privatização do setor produtivo estatal encontra maior eco com o avanço da desnacionalização da indústria empossada pelo capital privado nacional. Tudo isso, com o possível fechamento das empresas operando no país (como no caso da venda da Embraer), a transferência de tecnologia nacional para estrangeiro (como no caso da exploração da camada do pré sal pela Petrobrás), o que compromete ainda mais as possibilidade de manutenção da soberania nacional.


* Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), ambos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

19/06/2018 - Mais odiado da história, Temer nega realidade


Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (18) que a última pesquisa Datafolha “não é verdadeira”. De acordo com o levantamento, divulgado no último domingo (10), apenas 3% dos eleitores aprovam a gestão do emedebista e 82% consideram o governo ruim ou péssimo. Temer é o mais impopular ocupante da presidência da República desde a redemocratização do País.


“Em primeiro lugar, a pesquisa não é verdadeira”, disse Temer em entrevista, após a cúpula do Mercosul, na região metropolitana de Assunção, capital do Paraguai.


Procurando se esquivar da pesquisa, Temer preferiu falar sobre o governo.


“Nestes últimos tempos, estou falando de três semanas para cá, em conversas que tive com o presidente [do Senado] Eunício Oliveira, nós aprovamos seis ou sete medidas provisórias numa única noite. Ademais disso, naquela noite aprovou-se a urgência para chamada reoneração que foi votada no dia seguinte no Senado Federal”, afirmou. “Na Câmara, em face conversas que tive com o presidente Rodrigo Maia [DEM-RJ], aprovou-se cadastro positivo, duplicata eletrônica. Agora para esta semana já está ajustada a questão das distribuidoras”, acrescentou.


O emedebista também foi o primeiro ocupante do Planalto denunciado por corrupção - foram duas vezes no ano passado, sendo a primeira por corrupção passiva e a segunda por organização criminosa e obstrução judicial. Também corre o risco de sofrer outra denúncia no âmbito das investigações que apuram suposto recebimento de propina por causa de favorecimentos a empresas setor portuário, com a edição do Decreto dos Portos, no ano passado.

Fonte: Brasil247

 


 

19/06/2018 - Temer sanciona lei que permite venda direta do óleo do pré-sal


Após aprovação pelo Senado e Câmara dos Deputados, já está em vigor a lei que autoriza a venda direta de óleo do pré-sal sem a necessidade de agentes intermediários. A venda será feita pela estatal Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA), que poderá negociar diretamente com outras empresas a parte de óleo devida à União, tendo como base o regime de partilha, vigente desde 2010.


Antes da lei era obrigatória a contratação de agentes de comercialização para vender o petróleo. A Medida Provisória 811, agora transformada em lei, foi editada pelo governo em dezembro do ano passado, mas para continuar em vigor precisava ser aprovada pela Câmara e pelo Senado, processo que se encerrou no dia 23 de maio. Na última quinta-feira (14), o presidente Michel Temer sancionou o texto, sem vetos.


A partir de agora, a PPSA deverá comercializar os óleos preferencialmente na modalidade de leilão, observando a política estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e o preço de referência fixado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sendo que só poderá ser realizada por preço inferior ao de referência caso não haja interessados na compra. Nessa hipótese, os preços deverão ser compatíveis com os de mercado.


A expectativa do governo é que cerca de 5 milhões de barris de petróleo da parcela que a União tem direito poderão ser comercializados em 2018 e 2019. A equipe econômica estima que nos próximos cinco anos o comércio decorrente de contratos de partilha do Campo de Libra e de acordo de individualização de outros campos gere uma receita bruta de R$ 5,34 bilhões à União.


A nova lei também regulamenta a distribuição dos recursos da venda destinados a um fundo social, criado em 2010 para financiar programas nas áreas da educação, cultura, esporte e saúde pública, dentre outros. Segundo a lei sancionada, os valores serão repassados ao fundo somente após a dedução de tributos e gastos relacionados à comercialização dos produtos.

Fonte: Agência Brasil

 


 

19/06/2018 - Copom inicia hoje reunião para definir taxa Selic


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (19), em Brasília, reunião para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (20), às 18h, após a segunda parte da reunião, o comitê anunciará a decisão.


Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a Selic deve ser mantida no atual patamar – 6,5% ao ano até o final de 2018. Em maio, após um ciclo de 12 quedas consecutivas, o Copom decidiu manter a Selic no atual patamar, o menor nível histórico. Para 2019, as intuições financeiras esperam por aumento da Selic, encerrando o período em 8% ao ano.


A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.


Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic. Segundo o BC,, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.


Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.


A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.


Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.


Ao definir a taxa Selic, o BC considera a meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.


Para o mercado financeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar o ano abaixo do centro da meta, em 3,88%. Para 2019, a estimativa é 4,10%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

19/06/2018 - Terceirização de longo prazo pode ser votada pela CAE


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar na terça-feira (19) o projeto que aumenta o tempo limite para os contratos de prestação de serviços entre empresas. O PLC 195/2015 tramita em conjunto com outras quatro propostas que tratam de terceirização.


Atualmente, o Código Civil prevê que o contrato de prestação de serviços não pode exceder quatro anos. No caso de obras em andamento, ainda que o empreendimento não esteja concluído, o contrato termina quando o limite de prazo é atingido. O projeto em análise na CAE cria no texto do código uma exceção ao prever que o contrato pode exceder esse tempo se for firmado entre empresas e tiver função econômica relacionada com a exploração de atividade empresarial. Nesse caso, não haverá limite de duração.


De acordo com o autor do projeto, deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) , a limitação temporal hoje existente é inspirada no Código Civil Português de 1867, quando o contratado para prestar serviços era usualmente pessoa física. A intenção era evitar a servidão humana, preocupação que não se justificaria atualmente.


Para o relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), os contratos de longo prazo são benéficos para a economia, já que trazem segurança jurídica e estimulam o investimento, tanto físico como em capital humano. Ele ressaltou que o texto somente permite a elaboração de contratos de longo prazo para empresas e mantém o limite para pessoas físicas.


O relatório sugere a aprovação do PLC 195/2015 e a rejeição dos outros quatro textos (PLC 30/2015, PLS 87/2010, PLS 447/2011 e PLS 339/2016). De acordo com Ferraço, todos esses textos perderam o objeto porque tratam de mudanças que já foram feitas pelo Congresso Nacional em 2017 com Lei da Terceirização e depois com a reforma trabalhista.

Fonte: Agência Senado

 


 

19/06/2018 - Paim cobra mais investimentos voltados aos jovens


Em pronunciamento nesta segunda-feira (18), o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que as ações públicas destinadas aos jovens com idade entre 18 e 29 anos são insuficientes.


Para ele, quando não há investimentos em educação e emprego, uma das consequências é a falta de perspectiva entre os jovens, o que pode levar ao aumento da criminalidade.


De acordo com o mais recente Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, o Infopen, 55% dos 726 mil presos no país são jovens com idade entre 18 e 29 anos, o que representa 400 mil pessoas, lamentou Paim.


E o que é pior, acrescentou o senador, é que muitos desses jovens, quando deixam a prisão, acabam retornando. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o índice de retorno entre os homens é de 71%. Entre as mulheres, de 60%.


Paulo Paim acredita que é de redução a tendência dos investimentos em ações voltadas aos jovens. E o motivo é a emenda constitucional que limita os gastos públicos. Segundo o senador, a nova regra não levou em conta o crescimento da população ao longo dos anos.


— Como o crescimento populacional não estagnou, a verba per capita para a educação, a saúde e outros serviços sociais caiu.

Fonte: Agência Senado

 


 

19/06/2018 - Avança proposta de Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa Idosa


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou a criação do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa Idosa (PLC 170/2017). A matéria teve origem na Câmara dos Deputados e altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) para permitir a criação do banco de dados. De acordo com o relator, senador Paulo Paim (PT-RS), a ideia é conhecer o perfil dos idosos brasileiros e saber as principais dificuldades que eles tem para exercer plenamente os direitos.

Fonte: Agência Senado

 


 

19/06/2018 - MPT anuncia acordo com fábricas para reduzir peso do saco de cimento


O Ministério Público do Trabalho fechou um acordo, nesta segunda-feira (18/6), com 33 empresas cimenteiras para reduzir o peso dos sacos comercializados nacionalmente de 50 para 25 quilos. As fabricantes precisam se adequar à medida em dez anos, até 31 de dezembro de 2028.


As regras foram assinadas pelo procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, e também pelos presidentes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).


O termo de compromisso prevê a aplicação de multas diárias de até R$ 10 mil para companhias que descumprirem o acordo. Embalagens com pesos diferentes só serão permitidas aos produtos com destino à exportação.


Segundo o documento, o MPT e o Ministério do Trabalho serão os órgãos responsáveis pela fiscalização. O argumento é que a medida beneficiará trabalhadores, "com o objetivo de aproximar a indústria brasileira das normas constitucionais e internacionais referentes à proteção da saúde do trabalhador".

 

Em nenhum momento, no entanto, o documento se refere às possíveis mudanças nos preços do produto que podem afetar tanto o trabalhador quanto o consumidor final.


"Dez anos é um prazo razoável para que todos os setores desta indústria possam se adequar. Isso irá evitar problemas da ordem competitiva entre as diversas empresas", afirmou Alexandre Barreto, presidente do Cade sobre a redução do peso do saco de cimento.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

19/06/2018 - Empresas conseguem reduzir indenização a eletricista que teve falência múltipla dos rins


A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reduziu de R$ 500 mil para R$ 150 mil a indenização a ser paga a um eletricista por danos morais decorrentes de doença renal desenvolvida no contato com produto químico nefrotóxico. Ficou mantida, no entanto, a reparação por danos materiais na forma de pensão mensal vitalícia.


O eletricista prestava serviços terceirizados para a Henkel Ltda., indústria química de São Bernardo do Campo (SP). Segundo relatou na reclamação trabalhista, aos 27 anos apresentou os primeiros sintomas da doença. A evolução do quadro o levou a fazer diálise durante quatro anos até receber um transplante de rim, doado por sua irmã.


O laudo pericial registrou nexo de causalidade entre a falência dos rins e o contato do eletricista com tolueno, substância nefrotóxica. Segundo o perito, o trabalhador não era submetido a monitorização biológica, nem ficou comprovado que recebia proteção respiratória.


O juízo de primeiro grau condenou a prestadora e a tomadora de serviços ao pagamento da indenização por danos morais. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) deferiu também a pensão mensal, correspondente a 30% do salário.


O recurso de revista da Henkel contra as indenizações não foi recebido pelo TST, que entendeu haver o dever de indenizar. No entanto, a Turma concluiu que o valor de R$ 500 mil fixado no primeiro e no segundo grau era desproporcional à gravidade da culpa da empresa e ao dano.


A relatora, ministra Cristina Peduzzi, observou que, apesar de reconhecer o nexo de causalidade, o laudo constatou que a redução da capacidade para o trabalho foi parcial, e que o eletricista havia obtido outro emprego na sua profissão. A redução para R$ 150 mil seguiu precedentes da Turma em situações similares. A decisão foi unânime. Processo: ARR-131-98.2014.5.02.0261

Fonte: TST

 


 

18/06/2018 - Saques do PIS/Pasep colocarão R$ 34,3 bilhões na economia


A partir de hoje (18), os brasileiros com mais de 57 anos, que são titulares de contas inativas dos fundos dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), poderão sacar esses recursos.


Entre os dias 14 e 28 de setembro, a autorização será ampliada para todas as idades, diferentemente do que ocorria até então, quando o saque total só podia ser feito quando o trabalhador completasse 70 anos, se aposentasse, tivesse doença grave ou invalidez ou fosse herdeiro de titular da conta.


A mudança da regra ocorreu na última semana, quando o presidente Michel Temer assinou decreto que amplia as possibilidades de saque até o dia 28 de setembro. A estratégia do governo é impulsionar a economia, seguindo o modelo adotado na liberação de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que representaram cerca de R$ 43 bilhões em movimentação.


Pelas contas do governo, 28,7 milhões de pessoas serão beneficiadas. Em cifras, são R$ 34,3 bilhões disponíveis para saque no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Isto porque 3,6 milhões de pessoas já resgataram R$ 5 bilhões em recursos dos dois programas.


Quem tem direito

Tem direito ao saque servidores públicos e pessoas que trabalharam com carteira assinada de 1971, quando o PIS/Pasep foi criado, até 1988. Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque.


Isso ocorre porque a Constituição, promulgada naquele ano, passou a destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode acessar os sites www.caixa.gov.br/cotaspis e www.bb.com.br/pasep.

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/06/2018 - Indústria paulista fecha 3,5 mil postos de trabalho em maio


A indústria paulista fechou 3,5 mil postos de trabalho em maio, o que representou queda de 0,16% em relação a abril, sem o ajuste sazonal. O levantamento do nível de emprego em São Paulo foi divulgado sexta-feira (15) pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).


Foi a primeira vez no ano que o índice apresentou resultado negativo, após quatro altas consecutivas. No acumulado do ano, o saldo é positivo, com 28,5 mil vagas criadas.


Para o presidente em exercício da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, o resultado é preocupante. "Estamos diante de um cenário político e econômico de incertezas. Temos problemas no câmbio, as empresas têm dificuldade de acesso ao capital de giro e a taxa de crescimento do PIB será menor, o que reflete no emprego. É preocupante. O ano de 2017 foi ruim e tínhamos a perspectiva de um 2018 ótimo, o que não está acontecendo. Diante deste cenário, nossa perspectiva para o fechamento do ano é de emprego negativo", disse.


Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa, oito ficaram positivos, seis ficaram estáveis e oito, negativos. Entre os setores positivos, o destaque é para o de produtos alimentícios, que gerou 859 postos de trabalho. No campo negativo, o setor que mais fechou postos de trabalho foi o de couro e calçados, com menos 1.728 vagas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/06/2018 - Brasil deixou de arrecadar R$ 354,7 bi com renúncias fiscais em 2017


Com meta de déficit primário de R$ 159 bilhões neste ano e com um teto de gastos pelas próximas duas décadas, o governo teria melhores condições de sanear as contas públicas, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), concedendo menos incentivos para determinados setores da economia. O relatório do TCU das contas do governo em 2017, aprovadas com ressalvas na última quarta-feira (13), revelou que as renúncias fiscais somaram R$ 354,7 bilhões no ano passado.


O montante equivale a 30% da receita líquida do governo no ano e supera os déficits da Previdência Social e do regime de aposentadorias dos servidores federais, que somaram R$ 268,8 bilhões em 2017. Segundo o TCU, 84% das renúncias têm prazo indeterminado, o que faz a perda de arrecadação ser incorporada às contas do governo.


A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que cada renúncia fiscal seja custeada com alguma receita, seja com o aumento de outros tributos ou com a alta da arrecadação gerada pelo desenvolvimento da economia. O TCU, no entanto, constatou que 44% dos incentivos fiscais não são fiscalizados por nenhum órgão, o que levou o ministro Bruno Dantas a recomendar que os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil montem um grupo de trabalho para verificar a eficácia das renúncias fiscais.


Segundo a Receita Federal, as desonerações (que compõem uma parte das renúncias fiscais) estão estabilizadas em 2018, depois de caírem levemente em 2017. De janeiro a abril deste ano, segundo os dados mais recentes, somaram R$ 27,577 bilhões, contra R$ 27,631 bilhões no mesmo período do ano passado. Os números da Receita são inferiores aos do TCU porque o Fisco leva em conta apenas as renúncias mais recentes e incorpora ao fluxo normal de arrecadação as perdas com regimes especiais instituídos há bastante tempo.


Ineficácia

Tributarista do escritório Peixoto & Cury Advogados, Renato Faria diz que a equipe econômica precisará, em algum momento, rediscutir as renúncias fiscais para continuar a fornecer serviços públicos num cenário de restrição cada vez maior de recursos. “Um dado importante é que o valor da renúncia fiscal que se estimava ter com desoneração da folha de pagamentos superava o investimento da pasta da saúde. Tudo isso quando temos um SUS [Sistema Único de Saúde] deficitário”, critica.


Além das desonerações, o advogado critica os sucessivos programas de renegociação de dívidas de contribuintes, apelidados de Refis, que representam perda de arrecadação por causa dos descontos nas multas e nos juros aprovados pelo Congresso. “Nos últimos anos, muitas empresas passaram por dificuldades para quitar impostos, mas as renegociações sistemáticas nos últimos 15 anos premiam o sonegador e punem o empresário que paga os tributos em dia e tem a competitividade prejudicada”, reclama.


Tributarista do escritório Simões Advogados, Thiago Taborda Simões defende o aumento na fiscalização de contrapartidas por parte das empresas de setores beneficiados por regimes especiais. “A fiscalização não deveria se restringir ao pagamento de impostos, mas também abranger o cumprimento das condições para receberem o incentivo, como geração de empregos, investimentos em tecnologia”, cita.


Segundo ele, a isenção de impostos no meio da cadeia produtiva não beneficia a sociedade. “Esse tipo de isenção bagunça o sistema tributário e cria distorções, porque o custo é assumido pelo setor seguinte da cadeia e repassado para o consumidor, que no fim é quem paga a conta no preço final”, acrescenta.


Reversão

Parte dos benefícios fiscais foi diminuída em maio, para custear a redução de tributos para o diesel após a greve dos caminhoneiros. No total, R$ 4,01 bilhões de desonerações foram revertidos da seguinte forma: R$ 2,27 bilhões da redução do Reintegra (programa de apoio a exportadores), R$ 830 milhões com a reoneração da folha de pagamentos, R$ 740 milhões com o aumento de imposto sobre preparados para a elaboração de refrigerantes e R$ 170 milhões com a revogação do regime especial de produtos destinados à indústria petroquímica.


A disposição em avançar na retirada de incentivos enfrenta resistência da equipe econômica. Em estudo divulgado no fim do ano passado, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) informou ser contrária à retomada da tributação sobre lucros e dividendos e à reversão parcial do Simples Nacional, regime especial para micro e pequenas empresas que fez o governo perder R$ 13,7 bilhões no ano passado. Para a pasta, as medidas resultariam em elevação da carga tributária e reduziriam a competitividade do Brasil.

Fonte: Agência Brasil

 


 

18/06/2018 - Justiça manda Nestlé descontar contribuição sindical


O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, determinou à unidade da Nestlé de Cordeirópolis, interior de São Paulo, que respeite a decisão da assembleia dos trabalhadores, que aprovou o recolhimento coletivo da contribuição sindical.


A decisão foi do desembargador Luis Henrique Rafael, que negou recurso contra liminar obtida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região.


Em sua sentença, o juiz destacou o caráter irregular do fim da obrigatoriedade da cobrança. Ele abordou o caráter tributário da contribuição, que não poderia ter sido alterada por meio de lei ordinária – no caso, a Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista). A Constituição determina que assuntos relacionados a tributos devem ser tratados por lei complementar.


“A aprovação do fim da obrigatoriedade por meio de lei ordinária justifica a medida liminar, enquanto o mérito é debatido”, ressalta a advogada do Sindicato, Yoko Taira.


O magistrado menciona na sentença análise do procurador do Trabalho, Guilherme Duarte da Conceição, que aponta perigo à sustentabilidade do Sindicato na defesa dos trabalhadores.


“Os valores serão revertidos para a defesa dos interesses da categoria, em momento crucial decorrente da reforma trabalhista, que enseja ampla atuação da entidade sindical, principalmente na negociação coletiva que é de interesse de toda a categoria, inclusive dos não associados”, diz o despacho.

Fonte: Agência Sindical

 


 

18/06/2018 - Justiça determina que 12 empresas recolham contribuição sindical de trabalhadores


Para desembargador que deferiu a liminar, reforma trabalhista é inconstitucional no ponto em que desobriga a contribuição.


O desembargador Renato Mário Simões, do TRT da 5ª região, deferiu liminar determinando que 12 empresas descontem um dia de trabalho de todos os seus trabalhadores referente à contribuição sindical. Na decisão, O magistrado considerou que a reforma trabalhista é inconstitucional no ponto em que desobriga a contribuição.


O Sindicato dos Empregados no Comércio de Feira de Santana ingressou com ação para pedir que algumas empresas descontassem do pagamento de seus servidores o valor correspondente à contribuição sindical. No entanto, o juízo da 6ª vara do Trabalho de Feira de Santana/BA indeferiu o pleito de tutela de urgência sob o argumento de que ele não deve determinar o recolhimento de forma antecipada ao julgamento do mérito da sentença.

 

"Se faz necessário o contraditório, instrução processual e o trânsito em julgado da decisão do mérito no caso em tela. Observe que em se recolhendo, de logo, a contribuição sindical como requer o autor, em caso de improcedência da ação restará difícil a devolução dos valores recebidos."


Diante da decisão, o sindicato recorreu ao TRT da 5ª região alegando que a alteração da legislação trabalhista retirou a obrigatoriedade da contribuição sindical de forma inconstitucional, pois, por se tratar de tributo, a sua alteração só poderia ter sido feita mediante lei complementar.


O sindicato também pediu que o Sindicato do Comércio de Feira de Santana seja compelido a orientar todas as empresas do comércio a descontarem as contribuições sindicais dos empregados.


Entendimento

Ao analisar o caso, o desembargador Renato Mário Simões, relator, ressaltou a natureza de tributo da contribuição sindical. Para ele, por se tratar de tributo, jamais poderiam ser realizadas modificações que submetessem a sua eficácia à concordância das partes com a sua cobrança ou não, conforme estabelecidos nos dispositivos da CLT, com a reforma trabalhista. O relator apontou que emerge absoluta inconstitucionalidade.

 

“Não há possibilidade de se admitir tributo "facultativo".


Renato Simões afirmou que a reforma trabalhista retirou o custeio assegurado constitucionalmente, previsto em lei complementar, "garantidor da sobrevivência dos sindicatos e do sistema sindical, sem observância do devido processo legislativo".


Assim, o desembargador reputou ilegal a decisão monocrática que reconheceu a constitucionalidade das alterações promovidas pela reforma trabalhista quanto aos artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT.


O magistrado concedeu a liminar para que as empresas procedam imediatamente ao desconto de um dia de trabalho de todos os seus trabalhadores sob pena de multa diária a cada um pelo descumprimento. O desembargador determinou que o valor seja depositado à disposição do juízo impetrado até o julgamento.


Sobre o pedido referente ao Sindicato do Comércio de Feira de Santana, o magistrado não atendeu. Para o magistrado, a pretensão de que ele seja compelido a orientar todas as empresas do comércio a descontarem as contribuições sindicais dos empregados caracterizaria intervenção do Poder Público na orientação sindical, o que é manifestamente vedado pela CF. Processo: 0000702-53.2018.5.05.0000

Fonte: Migalhas

 


 

18/06/2018 - Empresa alimentícia é condenada a recolher contribuição sindical


Juiz declarou a inconstitucionalidade incidental das alterações da reforma trabalhista.


Empresa de refeições industriais terá de fazer o repasse da contribuição sindical deste ano ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas do Estado do Ceará, sob pena de multa diária. Assim determinou o juiz do Trabalho substituto Jaime Luis Bezerra Araujo, da 2ª vara de Sobral/CE.


O magistrado acolheu o argumento do sindicato segundo o qual a alteração da reforma trabalhista sobre a referida contribuição, por se tratar de tributo, não poderia ter sido feita por lei ordinária, mas somente por lei complementar, conforme o art. 146 da CF.


Assim, declarou a inconstitucionalidade incidental das alterações constantes nos artigos 545, 578, 579, 582, 583 e 602, da CLT, ao exigir a autorização prévia e expressa dos integrantes das categorias profissional para o desconto da contribuição sindical. Julgou, ainda, procedentes os pedidos do sindicato para condenar a empresa reclamada a proceder o desconto e o repasse da contribuição sindical, sob pena de multa diária.


Para o advogado Ronaldo Tolentino, do escritório Ferraz dos Passos Advocacia e Consultoria, que representou o sindicato, a sentença traz maior segurança jurídica. Processo: 0000386-66.2018.5.07.0038

Fonte: Migalhas

 


 

18/06/2018 - TST invalida norma coletiva que prevê percentual menor que o de lei para adicional de periculosidade


A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho considerou inválidas as cláusulas de norma coletiva de trabalho da Telefônica Brasil S. A. que estabeleciam o pagamento de adicional de periculosidade em percentual menor que o previsto na lei. Com a decisão, o processo retornará à Quarta Turma do TST, para prosseguir no exame de recurso de um ex-empregado da empresa.


A norma coletiva previa o pagamento do adicional no percentual de 22,5% para a função de cabista desempenhada pelo empregado. O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) condenou a empresa ao pagamento das diferenças do adicional em relação ao percentual de 30% previsto em lei.


Em 2010, a Quarta Turma do TST afastou a condenação, acolhendo recurso de revista da empresa e julgando prejudicado o do cabista. A decisão se baseou no item II da Súmula 364, que assegura o reconhecimento de cláusula de acordo ou da convenção coletiva que fixa percentual diferente do legal para o recebimento do adicional de periculosidade.


Em embargos à SDI-1, o cabista alegou que o adicional de periculosidade é medida de higiene e de segurança do trabalho e, por isso, não pode ser pago em percentual inferior ao estabelecido em lei. Sustentou também que as normas coletivas têm prazo de vigência determinado e não se incorporam ao contrato de trabalho.


No exame dos embargos, o relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, explicou que, em 2011, o TST cancelou o item II da Súmula 364, levando em consideração as limitações constitucionais à flexibilização dos direitos trabalhistas por meio de negociação coletiva. Outro ponto considerado, segundo o ministro, foi a necessidade de resguardar os preceitos que tutelam a redução dos riscos do trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança do trabalhador.


“Nesse contexto, são inválidas as cláusulas de acordo ou de convenção coletiva de trabalho que fixam o pagamento do adicional de periculosidade em percentual inferior ao legal”, afirmou. “Tais disposições estão em inequívoco confronto com o arcabouço jurídico-constitucional de tutela do trabalho, em se tratando de direito infenso à negociação coletiva”.


Por unanimidade, a SDI-1 deu provimento aos embargos para restabelecer o acórdão do Tribunal Regional e determinar o retorno do processo à Quarta Turma para que prossiga no exame do recurso de revista do ex-empregado. Processo: ED-RR-8900-73.2005.5.15.0027

Fonte: TST

 


 

18/06/2018 - Morte ocorrida por exposição a amianto gera indenização de R$ 450 mil


Uma empresa de produção de louças foi condenada a indenizar em R$ 450 mil, por danos morais, a esposa de um funcionário morto por doença ocupacional decorrente de exposição ao amianto. A decisão é da juíza do Trabalho Mariane Bastos Scorsato, substituta da 31ª VT do Rio de Janeiro/RJ.


O trabalhador ingressou com ação contra a empresa alegando que adquiriu doença pulmonar em razão da exposição contínua à poeira de amianto, à qual teria ficado exposto durante o período em que laborou na companhia, entre 1964 e 1991. A empresa, por sua vez, alegou que o funcionário era fumante, e que o tabagismo teria sido a causa principal do surgimento de placas pleurais no autor. Durante o trâmite do processo, o trabalhador faleceu, e passou a ser representado por sua esposa.


Ao analisar o caso, a juíza do Trabalho Mariane Bastos Scorsato considerou que, por causa da exposição ao amianto e do tabagismo, houve nexo concausal entre o labor desempenhado e a doença que acometeu o trabalhador. No entanto, a concausa, segundo a magistrada, não exclui a relação entre a moléstia e o trabalho, já que a doença fundada em causas múltiplas não perde o enquadramento como patologia ocupacional.


A magistrada ressaltou que as atividades da empresa eram de risco e que não ficou comprovado que o autor foi informado pela companhia sobre os riscos a que estava sujeito no ambiente laboral.


Com essas considerações, a magistrada condenou a empresa ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 450 mil à esposa do trabalhador falecido.


"A conduta representa alta reprovabilidade social, devendo ser arbitrada indenização que apresente caráter compensatório (sabe-se que o dano é irreversível, mas a indenização representa, ainda que indiretamente, alguma reparação para os sucessores) e pedagógico (necessidade de a indenização atingir valor que represente reprimenda da conduta, até porque o trabalho deve ser meio de atingir a dignidade e não de retirá-la)."


A representante do trabalhador foi patrocinada na causa pelo advogado Leonardo Amarante, do escritório Leonardo Amarante Advogados Associados. Processo: 0100221-84.2016.5.01.0031

Fonte: Jusbrasil

 


 

15/06/2018 - Sindicalismo deve reforçar divulgação da Agenda Prioritária, afirma Vargas Netto


Dia 6 de junho, as Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB e Intersindical lançaram, em São Paulo, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora. O documento, de base desenvolvimentista, também destaca a importância da democracia e da soberania. No campo específico do sindicalismo, coloca a geração de emprego em primeiro lugar.


Desde a divulgação do documento, produzido pelo sindicalismo e o Dieese, o consultor sindical João Guilherme Vargas Neto bate na tecla da massificação da Agenda. Ele vai além, e, tomando emprestada expressão contemporânea, ligada às redes sociais, propõe o desafio de “viralizar” a Agenda. Aliás, “Viralizar a Agenda” é justamente o título de seu sempre preciso artigo semanal.


Entrevista - O jornalista João Franzin, da Agência Sindical, conversou com Vargas Neto. Ele sugere que o sindicalista leia e incorpore os 22 pontos da Agenda. “Para massificar, difundir, divulgar, entre o próprio movimento, junto a candidatos e, principalmente, nas bases, é preciso conhecer o teor da Agenda e sua estrutura”, ele afirma. Essa síntese, argumenta, se expressa nas palavras unidade, resistência e emprego. Porém a viralização, alerta, só virá se a Agenda for apoderada pelos ativistas e pela base. “As ideias, na medida em que entram na cabeça das pessoas, passam a ter força e eficácia”, ele destaca.


Histórico - Vargas Neto observa que a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora sintetiza e atualiza o que foi definido na Conclat de 2010 e reafirma a linha do manifesto “Compromisso pelo Desenvolvimento”, lançado em dezembro de 2015 pelo sindicalismo e entidades do setor produtivo.


Para o consultor, é recomendável que dirigentes e ativistas sindicais elaborem um resumo da Agenda e massifiquem seus pontos mais urgentes e ligados às questões do trabalho. E viralizem esse conteúdo - resumido ou completo -, mobilizando suas equipes de comunicação e os meios que as redes sociais propiciam – sites, WhatsApp e outros recursos. Ele recomenda tópicos, como “Geração de emprego”, “Preservação de direitos” e “Valorização do salário mínimo”, entre outros pontos.


João Guilherme Vargas Neto entende que a unidade sindical geradora da Agenda se dará em torno do próprio documento, que visa, de imediato, levar a questão trabalhista e desenvolvimentista para dentro do debate eleitoral. “Na entrega da Agenda no Senado e Câmara, dia 20, os dirigentes precisam ter domínio do conteúdo do documento, a fim de mostrar força e convencimento”, recomenda. E completa: “A força da unidade pode se tornar a unidade da força, como ocorreu recentemente com os professores da rede particular de São Paulo”.


Para Vargas, o brasileiro hoje está confuso devido à própria situação econômica. “Dos 100 milhões de brasileiros produtivos, 30 milhões se encontram desempregados ou desalentados”, sublinha. A trava na economia e a insegurança advindas desse quadro produzem mais instabilidade ainda, como as flutuações do câmbio e a desorientação política.


Tarefa - Seu artigo transmite a missão: “Cada dirigent@ sindical e cada ativist@ – dos Sindicatos, Federações, Confederações – deve se transformar em soldad@ da boa causa, tendo a Agenda como arma e regimento”.

Fonte: Agência Sindical

 


 

15/06/2018 - Sistema de seguridade é fundamental para manutenção da ordem social, dizem debatedores


A seguridade social precisa ser tratada como peça fundamental para a manutenção da ordem social do país. Essa foi a conclusão a que chegaram os convidados da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta quinta-feira (14).


O senador Paulo Paim (PT-RS), que pediu o debate, apontou a importância da Constituição Federal nesse assunto.


- A Constituição Cidadã é um documento fundamental para a distribuição de renda, para o social e principalmente para a seguridade social. Nela, está o apontamento de fontes de recursos para manter essa seguridade, que infelizmente não tem sido cumprida – disse.


De acordo com a Carta Magna, a seguridade social compreende a saúde, a previdência e a assistência social. Entre outras coisas, a Previdência Social atende a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; a proteção à maternidade e ao trabalhador em situação de desemprego involuntário.


No entanto, para os debatedores, a evolução do resultado da seguridade social tem sido apontada pelo governo como deficitária. Segundo o representante da Sociedade Brasileira de Previdência Social (SBPS), Luiz Alberto dos Santos, as causas do deficit estão relacionadas aos juros e amortizações da dívida pública.


- As verdadeiras causas desse deficit são queda no PIB, queda na arrecadação, aumento da informalidade, renúncias fiscais de R$ 271 bilhões em 2016, sonegação e baixa eficiência da cobrança dos tributos e aumento da despesa. É preciso observar que os juros da divida pública são uma parcela essencial no resultado, pois é maior que o custo da seguridade social – explicou.


O vice-presidente da Comissão de Seguridade Social da Ordem dos Advogados (OAB) do Distrito Federal, Diego Cherulli, criticou a Reforma da Previdência e defendeu a seguridade social como forma de manutenção da economia.


- A Reforma da Previdência é fundamentada no empirismo. A mídia, o governo e os interesses de mercado estão jogando a informação de que tem deficit para que a população fique com medo e faça um plano de previdência privada. Porém, a seguridade social pública é fundamental para a manutenção da ordem social. Sem ordem social, nenhuma economia funciona – defendeu.


Falta de pessoal

Os debatedores ainda discutiram a necessidade de recomposição urgente do quadro de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a representante da Comissão de Aprovados do INSS, Thayane Queiroz, o órgão realizou concurso público em 2015, porém ainda não nomeou nenhum dos 2.580 aprovados. Há preocupação porque o prazo previsto no edital para convocação dos selecionados expira em 5 de agosto deste ano.


- Esse cenário de escassez dos servidores está acarretando aumento de demandas judiciais. É preciso recompor o quadro de servidores para atendimento a sociedade de forma minimamente satisfatória nas várias agências do INSS. É inadmissível que os segurados esperem durante meses o atendimento nas enormes filas virtuais – argumentou.


Uma auditoria realizada em 2013 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que mais de 10 mil servidores (26% do efetivo) possuíam condições de aposentadoria e estavam usufruindo do abono permanência. Em 2016, já havia um deficit de aproximadamente 750 funcionários.


Homenagem

Durante a reunião, o líder da Associação dos Prestadores de Serviço do Senado Federal, Waldemiro de Sousa, entregou uma placa ao senador Paim, em homenagem a sua luta pelos direitos humanos e em favor dos trabalhadores terceirizados.

Fonte: Agência Senado

 


 

15/06/2018 - Privatização da Eletrobras retira recursos do país e pode aumentar conta de energia, dizem debatedores


A privatização da Eletrobras, em discussão na Câmara dos Deputados, retirará recursos estratégicos do país e deve gerar aumento nas tarifas de energia elétrica para o consumidor, de acordo com participantes de audiência pública feita nesta quinta-feira (14) pela Comissão Senado do Futuro (CSF). O objetivo foi discutir o PL 9.463/2018, que regulamenta a desestatização do setor de energia no Brasil.


Na prática, o projeto permite que mais ações da Eletrobras sejam colocadas no mercado à disposição de investidores privados, fazendo com que a participação da União na estatal fique menor. Outro texto (PL 10.332/18), também em análise na Câmara, viabiliza a venda de seis distribuidoras da Eletrobras nas regiões Norte e Nordeste.


Agenor de Oliveira, representante da organização não governamental Instituto Ilumina, afirmou que a hidroeletricidade, em qualquer lugar do mundo, é estatal. De acordo com o especialista, o único país a privatizar o setor foi o Japão, onde essa matriz representa apenas 7% do total. Para ele, manter a hidroeletricidade nas mãos do Estado não é uma questão de ideologia, mas de segurança.


— Se fosse ideológica, nos Estados Unidos seria diferente do que ocorre na Rússia, e não é. Nem os russos nem os americanos privatizam sua hidroeletricidade por uma razão muito simples: o provimento da energia elétrica é uma política de Estado, não de governo, circunstancial. A política energética tem como objetivo fundamental dar segurança energética para as pessoas a preços razoáveis, que possibilitem o desenvolvimento desses países — argumentou.


O Diretor de Distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB), Mauro Martinelli, lembrou que os reservatórios permitem o armazenamento da água e a geração de energia no momento mais adequado e não de maneira intermitente, de acordo com a natureza, como acontece, por exemplo, com a energia solar e a eólica.


— A Eletrobras tem 50% dos reservatórios brasileiros. Imagine o poder que uma empresa como essa vai ter, num momento de transição em que estamos aumentando a geração solar e eólica e necessitamos da energia firme dos reservatórios? É por isso que o Brasil não pode, em hipótese alguma, abrir mão de continuar com a Eletrobras estatal — defendeu.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

15/06/2018 - Privatização de distribuidoras da Eletrobras está prevista para julho

 

A privatização de seis distribuidoras da Eletrobras, nas regiões Norte e Nordeste, está prevista para ocorrer em julho, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). A data provável é dia 26, mas os detalhes devem ser confirmados nesta sexta-feira (15), com a expectativa de publicação do edital do leilão no Diário Oficial da União.


De acordo com a estatal, as distribuidoras que serão vendidas são as seguintes: Eletrobras Distribuição Acre (Eletroacre), Eletrobras Distribuição Alagoas (Ceal), Eletrobras Distribuição Amazonas (Amazonas Energia), Eletrobras Distribuição Piauí (Cepisa), Eletrobras Distribuição Rondônia (Ceron) e Eletrobras Distribuição Roraima (Boa Vista).


“O processo de desestatização das nossas distribuidoras faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos [PPI], com o objetivo de reforçar a coordenação das políticas de investimentos em infraestrutura por meio de parcerias com o setor privado. A desestatização permitirá que um novo acionista especializado em distribuição de energia elétrica otimize os recursos das empresas e realize os investimentos necessários para torná-las mais eficientes”, informou a estatal em sua página na internet.


Segundo a Eletrobras, as distribuidoras abrangem uma área de 2,4 milhões de quilômetros quadrados, correspondente a 29% do território nacional, onde vivem 13 milhões de habitantes.

Fonte: Agência Brasil

 


 

15/06/2018 - PGR pede mais prazo para investigar Temer e ministros


A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quinta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais 60 dias do inquérito que tem o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) como investigados.


A prorrogação será decidida pelo relator do caso, ministro Edson Fachin. O caso envolve o suposto favorecimento da empresa Odebrecht durante o período em que Padilha e Moreira Franco foram ministros da Secretaria da Aviação Civil, entre os anos de 2013 e 2015. Na época, Temer era vice-presidente da República.


De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB, atualmente MDB.


Após ser incluindo no inquérito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, o presidente Temer enviou uma carta à PGR defendendo que o presidente da República deve responder somente “por atos que guardem estrita relação com o exercício do mandato”.


O Palácio do Planalto informou que não irá comentar o pedido da PGR.

Fonte: Agência Brasil

 


 

15/06/2018 - Falta de recursos ameaça Defensoria Pública, adverte Paulo Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou ao Plenário nesta quinta-feira (14) um documento da Defensoria Pública da União (DPU) alertando para o corte orçamentário que está restringindo o trabalho do órgão. Segundo o parlamentar, a situação se agravou com a aprovação da Emenda Constitucional 95/2016, conhecida como Emenda do Teto dos Gastos.


De acordo o senador, os prejuízos atingirão principalmente a população pobre, público atendido pela DPU. Conforme o texto, a instituição atende apenas 29% da área coberta pelo Poder Judiciário e deveria estar em 100%, sendo necessário expandir a instituição, o que é impossível diante do aperto orçamentário.


— A Defensoria precisa triplicar sua cobertura e foi surpreendida com a limitação de seus gastos e investimentos — lamentou o representante do Rio Grande do Sul.


O documento destaca ainda o fato de o orçamento anual da DPU ser de R$ 550 milhões, muito inferior ao do Ministério Público da União (MPU), por exemplo, que é de R$ 6,7 bilhões. Também a título de comparação, o texto afirma que Supremo Tribunal Federal (STF) tem 1.135 cargos na carreira de apoio enquanto a DPU tem apenas 490.


— A situação é gravíssima. o Brasil está perdendo a condição de fazer justiça aos mais necessitados e carentes, num momento em que aumenta o numero de desempregados e de miseráveis. A emenda está implodindo a Defensoria Pública. É uma situação inaceitável — afirmou o parlamentar, lembrando que a Comissão de Direitos Humanos (CDH) já realizou audiência pública sobre o tema.

Fonte: Agência Senado

 


 

15/06/2018 - Juíza proíbe sindicato de coagir trabalhadores a entrar em greve


Nenhum sindicato pode coagir trabalhadores a faltarem ao trabalho, como forma de protesto. Com esse entendimento, a juíza Valéria Cândido Peres, da Vara do Trabalho de Caraguatatuba (SP), proibiu um sindicato de impedir o acesso de empregados em uma empresa de engenharia.


A companhia, que presta serviços para a Petrobras, alegou que o sindicato da classe passou a usar meios não pacíficos para impedir que os trabalhadores executem o serviço.


A juíza afirma que não há qualquer impedimento para os trabalhadores fazerem greve, desde que sem agressão física ou abuso de persuasão. Ela concedeu liminar em interdito proibitório, por ver risco de danos ao patrimônio da empresa.


“Em caso de incitamento de trabalhadores exercido por sindicato de classe, bem com o exercício de coação sobre os empregados não aderentes a movimento paredista, vislumbra-se a possibilidade de risco de dano ao patrimônio da empresa, justificando-se, por conseguinte, o manejo de interdito proibitório, o qual tem o condão de evitar consequências danosas para todos os envolvidos, bem como os efeitos indesejáveis para a comunidade”, disse a juíza.


Responsável pela defesa da empresa, a advogada Cristina Buchignani, da banca Costa Tavares Paes Advogados, afirma que tem visto a Justiça mais atenta à essas ameaças. “Antes, era muito difícil juntar provas que convencessem os juízes sobre essas condutas dos líderes de sindicatos”, avalia. 0010436-54.2018.5.15.0063

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

15/06/2018 - Cartões de ponto sem assinatura de empregado são válidos em processo sobre horas extras


A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho validou os cartões de ponto de um cabista da Serede – Serviços de Rede S.A., apesar da falta da sua assinatura nos registros. Para os ministros, essa ausência não torna inválido o controle de jornada, porque a CLT não exige que o empregado firme esses documentos.


Em decisão anterior, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) deferira horas extras com base na jornada relatada pelo cabista (das 8h às 18h de segunda a sexta-feira, estendendo-se até às 19h30 três vezes por semana). Ele afirmou ainda que trabalhava dois fins de semana ao mês, das 8h às 17h, com uma hora para refeição e descanso.


A Serede apresentou cartões de ponto para comprovar que o empregado, na verdade, atuava de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, com duas horas de intervalo. Aos sábados, conforme a empresa, a jornada era das 8h às 12h. Eventuais horas extras também estavam registradas.


O cabista chegou a declarar que anotava todas as horas extras nos cartões de ponto. Mas, para o TRT, a comparação entre os controles de jornada apresentados e a versão das testemunhas evidenciou que os serviços extraordinários não eram registrados corretamente. O Tribunal Regional considerou inválidos os cartões, pois faltava a assinatura.


A empresa, então, recorreu ao TST, com o argumento de que a decisão do segundo grau violou o artigo 74, parágrafo 2º, da CLT. O relator, ministro Douglas Alencar Rodrigues, observou que o dispositivo exige que o empregador com mais de dez empregados controle a jornada mediante sistema de registro. A norma, contudo, não prevê a obrigatoriedade de que os cartões de ponto sejam assinados pelo trabalhador.


Nos termos do voto do relator, a Quinta Turma deu provimento ao recurso de revista da Serede. Com a declaração de validade dos cartões de ponto, os autos retornaram ao TRT para o exame das horas extras. Processo: RR-10092-41.2015.5.01.0072

Fonte: TST

 


 

15/06/2018 - Justiça pode determinar perícia em caso de conflito entre médicos do INSS e particulares


A Câmara analisa projeto que permite à Justiça determinar a realização de perícia médica quando houver conflito entre a perícia realizada pelo INSS e por médicos particulares em relação à capacidade laboral do trabalhador (PL 9155/17). A proposta, do deputado Francisco Floriano (DEM-RJ), prevê ainda que o benefício só seja concedido após a conclusão da perícia em juízo.


De acordo com o parlamentar, o objetivo é reduzir as fraudes contra o INSS, em especial, em relação ao benefício de aposentadoria por invalidez. Floriano explica que muitas vezes pessoas forjam doenças para conseguir a aposentadoria por invalidez.


“O pior é que, muitas vezes, essas pessoas estão amparadas por laudos médicos particulares que atestam a existência da doença incapacitante. Ocorre que, parte considerável desses laudos é contestada pelos peritos do INSS que alegam que, os mesmos não comprovam a necessidade de afastamento das atividades para o tratamento indicado”, diz o Floriano.


Tramitação

O projeto, que tramita conclusivamente, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/06/2018 - Lideranças sindicais participam de reunião com presidente da Câmara dos Deputados e parlamentares pela retomada do emprego


Representantes da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST participaram, nesta terça-feira (12/06), de reunião com parlamentares, integrantes das entidades patronais e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O encontro teve como objetivo apontar alternativas para a retomada de um novo ciclo de geração empregos no país. Na oportunidade, o presidente da NCST, José Calixto Ramos, acompanhado do diretor de Finanças da entidade, João Domingos Gomes dos Santos; apresentou impactos negativos da chamada “reforma” trabalhista que, após implementada, resultou no enfraquecimento do mercado consumidor interno; na persistente redução da demanda por produtos e serviços; bem como na diminuição da arrecadação tributária resultante do dramático encolhimento dos postos de trabalho, sobretudo, entre os de maior estabilidade. Fatores que, segundo o líder sindical, criam um ambiente de pessimismo e imprevisibilidade que acabam por afastar investimentos no setor produtivo.


“A reforma trabalhista precarizou, em nosso país, as relações entre o capital e o trabalho. Além do mais, dificultou o trabalho das entidades em geral, quando, na prática, lhes retirou o único recurso compulsório que elas tinham para trabalhar. Hoje essas entidades receberam, em média, o equivalente a 8% da receita financeira em relação ao ano passado. Os trabalhadores encontram-se em uma situação tão delicada que, hoje, já não se fala em contrato de trabalho por prazo indeterminado. O resultado prático das alterações realizadas, são contratos de trabalho precários, como os de trabalho intermitente; o tele-trabalho e assim sucessivamente. Não existe para o trabalhador nenhuma garantia de permanência no seu emprego. É um tanto paradoxal flexibilizar e precarizar as relações de trabalho e depois nos convidar para estudar maneiras de estimular a geração de empregos. Na nossa avaliação, a intenção da expressiva maioria do Congresso Nacional com o apoio do poder Executivo, foi exatamente a de sufocar financeiramente as entidades sindicais trabalhistas, última trincheira de resistência aos retrocessos em curso. Ao autorizar que o empregador resolva suas avenças diretamente com o empregado, o governo e sua base política impõem à representação sindical da classe trabalhadora um papel secundário, transformando-as em instituições de 2ª categoria. De qualquer forma, no período em que ainda dispomos de escassos recursos para trabalhar, não nos refutaremos em colaborar com o que for necessário para a retomada de um ambiente favorável à geração de empregos e desenvolvimento nacional”, argumentou o presidente da NCST, José Calixto Ramos, na ocasião do encontro.

Fonte: NCST

 


 

14/06/2018 - Regulamentado saque de contas inativas do PIS/Pasep a todas as idades


A liberação do pagamento deve injetar R$ 39,5 bilhões na economia


O presidente Michel Temer sancionou nesta quarta-feira (13) a lei e assinou o decreto que regulamentam os saques das contas inativas dos fundos dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), para todas as pessoas quem tenham o benefício. O pagamento das cotas deve injetar R$ 39,5 bilhões na economia. O impacto potencial no PIB é na ordem de 0,55 ponto percentual.


Temer pediu à equipe do governo que haja uma ampla divulgação da medida, nas redes sociais, televisão e jornais, para que todas as pessoas que tenham direito possam sacar o dinheiro. “São valores depositados até 1988 e estão lá paralisados, engordando um pouco a Caixa e o Banco do Brasil, enquanto devem engordar financeiramente aqueles que são beneficiários, os trabalhadores”, disse.


O objetivo, segundo o presidente, é movimentar a economia brasileira, assim como ocorreu com o saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que injetou cerca de R$ 43 bilhões na economia. “E são valores preciosos”, ressaltou Temer. “Aqui são R$ 39 bilhões que podem não só satisfazer aqueles que vão buscá-los, mas também inserir isso na economia brasileira.”


Quem tem direito

Tem direito ao saque servidores públicos e pessoas que trabalharam com carteira assinada de 1971, quando o PIS/Pasep foi criado, até 1988. Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque. Isso ocorre porque a Constituição, promulgada naquele ano, passou a destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


A partir da próxima segunda-feira (18) até o dia 28 de setembro, qualquer pessoa titular de conta do PIS/Pasep ou seu herdeiro podem sacar os recursos. Quem puder aguardar para resgatar o dinheiro a partir de agosto, poderá ganhar um pouquinho a mais, pois o reajuste dos valores nas contas para o exercício 2017/2018 será feito em julho. No exercício passado, o reajuste foi de 8%.


O Projeto de Lei de Conversão 8/2018, decorrente da Medida Provisória (MP) 813/2017, que permitiu os saques, foi aprovado pelo Senado, no dia 28 de maio.


Desde a criação do PIS/Pasep, em 1971, o saque total só podia ser feito quando o trabalhador completasse 70 anos, se aposentasse, tivesse doença grave ou invalidez ou fosse herdeiro de titular da conta. No segundo semestre do ano passado, o governo já tinha enviado ao Congresso duas MPs reduzindo a idade para o saque a partir de 60 anos, sem alterar as demais hipóteses de acesso a esses recursos.


Beneficiados

O público total beneficiado pela medida é de 28,7 milhões de pessoas e, dessas, cerca de 3,6 milhões já fizeram o saque até maios de 2018. Do total dos recursos, R$ 5 bilhões já foram resgatados pelos cotistas e R$ 34,3 bilhões ficarão disponíveis para serem sacados no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal.


Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode acessar os sites www.caixa.gov.br/cotaspis e www.bb.com.br/pasep.


Nos próximos dias, o Ministério do Planejamento detalhará os cronogramas de saques. Aqueles que tiverem conta-corrente na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil terão o depósito feito automaticamente a partir de 8 de agosto. Os demais cotistas poderão fazer os saques diretamente nas agências da Caixa e Banco do Brasil ou solicitar a transferência sem ônus para suas contas em outros bancos.

Fonte: Agência Brasil

 


 

14/06/2018 - Caos econômico puxa rejeição a Temer


Dono da maior impopularidade já registrada, Michel Temer começa a ser tratado pelos institutos de pesquisa como um caso raro digno de estudo aplicado. O Datafolha procurou saber por que Temer provoca tanta repulsa e se surpreendeu: não é pela corrupção, mas sim pela péssima gestão da economia. Das 2.824 pessoas ouvidas pelo Instituto, 82% rejeitam o governo e, desses, 51% atribuem o desastre ao caos econômico.


Essa rejeição recorde a Temer se deve, portanto, à insatisfação com o desempenho do governo em geral, sobretudo, na economia. O Datafolha aponta que a imagem pessoal do presidente e o desgaste causado por escândalos de corrupção que o envolvem são laterais.


O Datafolha também perguntou ao entrevistado sobre os motivos da repulsa a Temer, sem apresentar alternativas. Entre aqueles que reprovam Temer, 51% citaram espontaneamente sua gestão na economia como razão para o descontentamento. Os aspectos mais criticados foram o desemprego (13%), os preços dos combustíveis (13%) e os impostos (10%). Não aprovam o desempenho do presidente de forma geral 21%, alegando motivos como ele "não ter feito nada pelos pobres" (7%) e despreparo ou incompetência (5%).


“Entre os entrevistados, 15% mencionaram corrupção e desonestidade como fundamentos da má avaliação, sendo que 7% classificaram Temer como corrupto ou ladrão. Os homens se incomodam mais com esses problemas (18%) do que as mulheres (12%).


A imagem do emedebista foi citada por 5% da totalidade dos entrevistados como base da reprovação. Em contraste com os atuais 82% de Temer, o governo Dilma Rousseff (PT) era considerado ruim e péssimo por 28% em junho de 2014, o que foi suficiente para a então presidente ser vaiada na Copa do Mundo, realizada no Brasil.”

Fonte: Brasil247

 


 

14/06/2018 - TCU aprova contas do governo com ressalvas e avisa que teto de gastos pode travar máquina pública


O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou, em relatório apresentado nesta quarta-feira (13), a aprovação com ressalvas das contas do governo relativas a 2017. O relator, ministro Vital do Rêgo, alertou, no documento aprovado por unanimidade, que se a emenda constitucional que estabelece um teto para os gastos públicos não sofrer alterações, a máquina pública pode ser paralisada em seis anos.


O relatório aponta que, com o crescimento das despesas com pessoal e previdenciárias, as despesas com educação e saúde, além de investimentos e manutenção de serviços públicos teriam de ser zerados em março de 2024 para que o governo consiga cumprir o teto de gastos.


“Efetivamente com os gastos limitados e com o crescimento das despesas com pessoal e previdenciárias você tem de diminuir as despesas discricionárias, muitas vezes em investimentos. Essas despesas discricionárias estão em numa escala muito grande de queda podendo inclusive paralisar o País, a máquina pública em março de 2024”, disse o ministro Vital do Rêgo após entregar o relatório ao presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE). É competência do Congresso aprovar ou não as contas governamentais.


Na avaliação do TCU, disse o ministro, é necessário realizar reformas estruturantes na emenda constitucional. “O teto de gastos, a Regra de Ouro e outras [regras constitucionais] que estão em vigor fazem parte das reformas que esse Congresso atual deve, pode fazer e efetivamente vai analisar dentro do seu próprio calendário”.


O documento traz 22 ressalvas e critica a alta renúncia fiscal do governo, que compromete o equivalente a cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: Congresso em Foco

 


 

14/06/2018 - Deputados e sindicalistas criticam leilão de seis distribuidoras do sistema Eletrobras


Ministério de Minas e Energia e Agência Nacional de Energia Elétrica informam em audiência pública que foi a estatal quem decidiu não renovar contratos, e a lei atual obriga a União a buscar novo controlador para essas empresas


Representantes dos sindicatos de urbanitários de seis estados criticaram nesta quarta-feira (13) o processo de venda de distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras. Conforme a legislação em vigor, a União precisa privatizar ou liquidar essas empresas até 31 de julho. Os trabalhadores avaliam que a medida coloca em risco a prestação de serviços na Amazônia e no Nordeste.


O debate na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle foi proposto pelo deputado Leo de Brito (PT-AC), para discutir o Projeto de Lei 10332/18, do Executivo, que separa as atividades de geração e transmissão das de distribuição. Essa proposta incorpora alguns pontos da Medida Provisória 814/17, retirada de pauta por falta de consenso entre os parlamentares, e objeto de um requerimento de urgência que pode ser analisado nesta noite pelo Plenário da Câmara.


O presidente do Sindicato dos Urbanitários de Amazonas, Edney Martins, questionou os argumentos do governo, de que a venda deverá garantir investimentos. “Nenhum acionista terá retorno com a distribuição de energia para tribos indígenas e sitiantes”, afirmou. Para ele, o desfecho do caso está indefinido. “Se mudar o governo, se mudar a lei, muda tudo.”


Durante a audiência pública, Martins e o vice-presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Nailor Gato, disseram que há uma proposta alternativa ainda em discussão entre os trabalhadores: a criação da Empresa Brasileira de Distribuição, uma estatal que substituiria as seis companhias da Eletrobras. Segundo eles, seria uma empresa pública com compromisso social de fornecer energia para as populações rural e pobre da Amazônia e do Nordeste.


O presidente do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Fernando Barbosa do Nascimento, alertou que os custos de manutenção da rede elétrica na Amazônia são elevados. Para ele, um controlador privado poderá optar por reduzir a prestação de serviços. “Quando defendemos a Eletroacre como estatal, não é corporativismo, estamos pensando no bem-estar da sociedade.”

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/06/2018 - Guardia: privatização de distribuidoras da Eletrobras é fundamental


O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, espera que o projeto de lei da privatização de seis distribuidoras da Eletrobras, pela Câmara dos Deputados, seja aprovado na próxima semana. “É fundamental, não só para o fornecimento de energia elétrica em seis regiões do país, mas também para avançar na solução de melhoria da Eletrobras”, declarou.


Guardia participou, na capital paulista, da posse da diretoria da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).


O processo de privatização das distribuidoras da Eletrobras inclui a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Boa Vista Energia, Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia), Companhia Energética do Piauí (Cepisa) e Companhia Energética de Alagoas (Ceal).


Para viabilizar a venda no curto prazo, no entanto, o governo precisa que seja aprovado um requerimento de urgência para a tramitação do Projeto de Lei 10332/2018, apresentado pelo Executivo. Esse PL substitui a Medida Provisoria 814/17, que alterava as leis do setor elétrico e já previa a privatização das distribuidoras, mas que perdeu a validade no último dia 31 de maio.


O ministro destacou, em seu discurso, a atuação do governo federal durante a greve dos caminhoneiros. “A greve exigiu decisões difíceis por parte do governo e, mesmo neste momento de intensa dificuldade, conseguimos preservar, plenamente, o lado fiscal. Existe um total compromisso do presidente [Michel] Temer, e da equipe econômica, com a disciplina fiscal”, ressaltou.


Dyogo Oliveira, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também presente no evento, disse que o país entra numa nova era na economia, dos juros baixos. “Não tenho nenhuma dúvida de que veio para ficar”, avaliou. Para ele, o último passo para o avanço da agenda de produtividade é alcançar o equilíbrio fiscal.

Fonte: Agência Brasil

 


 

14/06/2018 - Reserva de 30% de fundo de campanha para mulheres poderá alavancar candidaturas femininas, avaliam debatedoras


Debatedoras avaliaram que as candidaturas femininas poderão ser alavancadas nas eleições de 2018 pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de maio deste ano, que garante a aplicação de no mínimo 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e do tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV para as mulheres candidatas. A participação feminina na política foi debatida em seminário promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (13).


O fundo totaliza R$ 1,7 bilhão para as eleições de outubro. Alguns partidos políticos estão recorrendo da decisão do TSE. Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha definido a aplicação mínima de 30% dos recursos de outro fundo - o Fundo Partidário - para as candidatas mulheres.


Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a deputada Ana Perugini (PT-SP), que pediu o seminário, destacou que hoje as mulheres ocupam apenas cerca de 10% das vagas na Câmara dos Deputados e que nenhum país conseguiu avançar em representatividade feminina no Legislativo sem a aprovação de uma cota.


Porém, lembrou que, durante a discussão da reforma política no ano passado, o Congresso não aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 134/15, que garante um mínimo de 10% de mulheres em cada casa legislativa, inclusive nos estados e municípios.


Danielle Fermiano, assessora da Secretaria da Mulher da Câmara, destacou que o Brasil ocupa a 154ª posição em participação feminina no Parlamento, em ranking elaborado pela União Inter parlamentar que conta com 193 países (dados de maio de 2018). Conforme ela, existem bons exemplos na América Latina em que o Brasil pode se mirar.


“Cuba, por exemplo, ocupa o segundo lugar no mundo em representatividade feminina no Parlamento, com 53,2% de mulheres; a Bolívia ocupa o terceiro lugar, com 53,1% de mulheres; e a Nicarágua, o sexto lugar, com 45% de mulheres”, disse. Ela observou que Bolívia e Nicarágua têm regras de paridade de gênero, em sistema de lista fechada, para as eleições para o Legislativo.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/06/2018 - Agendamento não comprova recolhimento de custas


O Superior Tribunal de Justiça publicou a Resolução STJ/GP 6, de 8 de junho de 2018, para esclarecer que o recibo de agendamento bancário não é aceito como comprovante de recolhimento de custas judiciais e de porte de remessa e retorno de autos.


A nova resolução, publicada nessa terça-feira (12) no Diário de Justiça Eletrônico, altera a Resolução STJ/GP 2, de 1º de fevereiro de 2017, que dispõe sobre o pagamento de custas e porte de remessa e retorno, mas apenas para esclarecer alguns procedimentos. Nada mudou em relação à tabela de valores, que foi atualizada em janeiro de 2018 e permanece em vigor.


A comprovação do recolhimento deve ser feita no momento do protocolo da ação originária ou no ato da interposição do recurso. No entanto, muitos advogados agendam o pagamento no site do banco e juntam o respectivo comprovante ao processo, o que não atende à exigência de prova inequívoca do recolhimento.


A Resolução STJ/GP 6 também esclarece aos operadores do direito que “a data de vencimento gerada no momento da emissão da guia da GRU Cobrança possui efeitos meramente bancários, devendo o recolhimento das custas judiciais e do porte de remessa e de retorno ser realizado no prazo definido em lei”.


Muitas vezes, o vencimento indicado na guia, por seguir regras do sistema bancário, ultrapassa a data prevista na legislação processual, o que pode levar a parte a perder o prazo de recolhimento.

Fonte: STJ

 


 

13/06/2018 - Ciro Gomes reafirma na Força Sindical que revogará lei trabalhista


“A lei trabalhista é selvagem e vai ser revogada”. O compromisso foi reafirmado por Ciro Gomes, pré-candidato do PDT a presidente da República, na manhã desta terça (12), em São Paulo, durante debate na Força Sindical. O encontro abre a série que a Central vai realizar com os presidenciáveis, a fim colocar a pauta trabalhista no centro do debate eleitoral deste ano. A conversa com o pedetista foi coordenada pelo secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna).


Com o plenário lotado por sindicalistas de diversas categorias profissionais, como metalúrgicos, vestuário, químicos e portuários, o trabalhista voltou a defender a reindustrialização do País e a retomada urgente do crescimento econômico. Em sua opinião, a indústria brasileira não está sendo apenas desnacionalizada. Está em curso um processo de devastação do nosso parque produtivo. Para Ciro, “o setor privado, os trabalhadores e o Estado serão as forças ativas dessa retomada”.


Ciro criticou a dependência ao capital estrangeiro. “Todos os países que se desenvolveram construíram sua força econômica com base na poupança interna e em capital próprio”, afirma. Segundo o ex-governador cearense, o fortalecimento do mercado interno – com salários compatíveis, respeito a direitos, entre outras garantias – é indispensável para esse objetivo.


Reforma - Ciro Gomes reiterou que vai revogar a nova legislação trabalhista, que classifica de “selvageria” contra a classe trabalhadora. Ciro adiantou que pretende conversar com os diversos setores da sociedade, para encaminhar ao Congresso Nacional, com urgência, uma nova lei trabalhista.


Estado - Para o presidenciável, a presença estatal é indispensável nos setores estratégicos da economia, como óleo, gás e petróleo. Com relação ao acordo que está sendo negociado entre a Embraer e a Boeing, foi enfático: “Essa empresa não pode ser vendida ao capital estrangeiro”.


Ciro Gomes respondeu a todas as perguntas e ouviu reivindicações de cunho sindical, como a implantação da jornada de 40 horas; isonomia salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho; e erradicação do trabalho infantil.


Debates - Além de Ciro, a Força convidou mais sete pré-candidatos. Aldo Rebelo (Solidariedade) deve ser o próximo.


Mais informações: Juruna (99974.3547) e Vicente (assessor do Ciro) 97738.5617.

Fonte: Agência Sindical

 


 

13/06/2018 - Paim apresenta a agenda dos sindicatos para os candidatos à eleições


O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou as reivindicações das centrais sindicais aos candidatos das eleições de outubro próximo. Segundo afirmou o senador em Plenário nesta terça-feira (12), os sindicatos querem democracia, soberania, desenvolvimento com justiça social, trabalho e emprego.


— 22 propostas tem como base a retomada da geração de emprego, do crescimento econômico, da dignidade do trabalhador, da participação do Estado, entre outras, como por exemplo, a revogação imediata da Reforma Trabalhista, com aprovação de um novo estatuto, uma nova CLT — explicou o senador.


As reivindicações das centrais sindicais preveem ainda, de acordo com Paim, a definição de jornada de trabalho de 40 horas semanais, o que pode gerar três milhões de novos empregos; a retomada de obras de infraestrutura e a renovação da política de valorização do salário mínimo.


Paim registrou ainda que as lideranças dos trabalhadores marcaram para 10 de agosto o Dia Nacional de Mobilização, com atos nos estados e no Distrito Federal.

Fonte: Agência Senado

 


 

13/06/2018 - Mais de 72 mil pessoas pediram aposentadoria e salário-maternidade


Com 18 dias em funcionamento, o serviço de concessão automática do INSS já tinha recebido mais de 72 mil pedidos automáticos de aposentadorias (32 mil) e salário-maternidade (40 mil) urbanos. Deste total, 10,5 mil benefícios foram concedidos imediatamente. Os outros 62,5 mil ainda precisam passar por análises técnicas. A expectativa do instituto é que, em até dois meses, a maior parte desses pedidos sejam concluídos.


O serviço oferecido pelo INSS digital está funcionando em todo o país desde 21 de maio. O último levantamento foi 07 de junho. Jair Guerra, chefe substituto de Divisão de Atendimento do órgão, explicou que esse volume, ainda em avaliação, pode ser liberado imediatamente nos próximos dias. Mas, ainda há regiões onde a demanda já vinha represada a meses ou situações em que um documento específico precisará ser entregue.


Um outro gargalo deste período de acomodação do novo modelo é o acesso às informações alimentadas no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (SIRC). “O INSS está ajustando o sistema. Ainda há casos de demora na leitura de certidões de nascimento do SIRC”, explicou. Sem a comprovação de todos os quesitos, como o caso da maternidade, o pedido fica suspenso em análise.


Pelos números atualizados, a meta inicial do governo de reduzir entre 15% a 20% o atendimento presencial nas agências já começa a ser cumprida. Mas o levantamento em base de dados geral não permite uma avaliação regional ou diagnóstico sobre dificuldades dos beneficiários com o sistema.


Essa modernização do procedimento vem como uma promessa de agilização e desafogamento das agências físicas. Guerra explica que a intenção não é eliminar outros meios de atendimento, mas criar alternativas para quem tiver acesso às formas digitais, consiga obter o benefício mais rapidamente, abrindo espaço para os que ainda sentem a necessidade de um atendimento presencial.


A crítica da especialista Diana Vaz de Lima, professora de ciências contábeis do setor previdenciário da Universidade de Brasília (UnB), recai justamente sobre variáveis como a democratização do acesso da população à internet. Segundo ela, enquanto, por um lado, o governo acerta em buscar alternativas para diminuir a pressão no sistema que tende a aumentar diante das perspectivas de envelhecimento da população, por outro lado, seria preciso considerar variáveis como a baixa escolaridade e conectividade ainda presentes em muitas regiões do país.


“É um primeiro passo mas é preciso dar um passo maior que é pela democratização do acesso à internet. No site, com o INSS digital, os beneficiários têm a possibilidade de reduzir o caminho, mas, o acesso à internet ainda não é uma realidade para todos os brasileiros. Estudos do IBGE mostram que não é democrático”, disse. Levantamento do IBGE desse ano aponta que 40% dos municípios brasileiros ainda apresentam alto deficit de acesso à banda larga, como Piauí, Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Sergipe e Maranhão.


Diana Vaz também apontou a renda e escolaridade como fatores que podem dificultar o entendimento de algumas pessoas e defendeu ajustes “para criar uma linguagem mais amigável”. “Acredito que os próximos 180 dias serão muito importantes para a equipe do INSS entender as dificuldades dos brasileiros e ter a oportunidade de fazer esse diagnóstico para aperfeiçoar o sistema. Houve apenas uma transposição de burocracia, porque não diminuiu todo o procedimento que era feito".


O posicionamento do INSS é o de que a concessão automática ainda é voltada para um público urbano, que tem maior facilidade de acesso digital. O órgão ainda reitera que o serviço não elimina os outros atendimentos presenciais. A concessão automática foi criada para que o cidadão passe a receber o benefício imediatamente, mediante a checagem de documentação disponível em bancos de dados checados pelo instituto. Os pedidos podem ser feito via internet, aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/06/2018 - Campanha marca o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil


Nesta terça-feira (12), no Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) lança a campanha Não proteger a infância é condenar o futuro, uma parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).


O foco são as modalidades chamadas de "piores formas" de trabalho, como tarefas relacionadas à agricultura, atividades domésticas, tráfico de drogas, exploração sexual e trabalho informal urbano. Em razão dos riscos e prejuízos, o emprego de meninos e meninas nessas tarefas é proibido até os 18 anos.


Nas demais situações, o trabalho é permitido a partir dos 16 anos, sendo possível também a partir dos 14 anos caso ocorra na função de aprendiz.


De acordo com a assessora do fórum, Tânia Dornellas, mais de 2 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham no Brasil. “Qual o futuro que essas crianças vão ter? Uma criança que trabalha não tem a mesma concentração e energia que precisa para estudar. Só o fato de o Estado não garantir educação pública de qualidade para todos já é uma agressão. Quando aliado à iniciação precoce ao trabalho, você condena essas crianças”, afirmou.


A consequência é a falta de competência e qualificação necessárias para inserção no mercado de trabalho e, provavelmente, aposentadoria precoce devido às sequelas adquiridas, ligadas às atividades de risco.


Houve aumento, nos últimos anos, no número de crianças de 5 a 9 anos trabalhando na agricultura, uma das piores formas de trabalho infantil, segundo Tânia Dornellas. “Embora o número absoluto de trabalho infantil seja no meio urbano. Do ponto de vista relativo, nas áreas rurais há menor concentração, mas é onde elas mais trabalham”, disse.


A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) mostra que, em 2015, havia 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalhando irregularmente.


O objetivo da campanha é chamar a atenção de órgãos públicos, empresas, organizações civis e da sociedade em geral para o problema e fomentar ações que contribuam para o combate a prática, especialmente as de maior impacto para meninos e meninas. As ações da campanha ocorrem de forma descentralizada em vários locais do país.


Dados

Brasil não cumpriu o compromisso da Convenção 182,T da OIT, de erradicar todas as piores formas de trabalho infantil até 2016. O compromisso foi revisto e a meta agora é de erradicar todas as formas da prática até 2025, conforme preveem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. “Dificilmente vamos atingir a meta”, disse a assessora. "O Estado precisa se voltar para um projeto político que privilegie a inclusão social e reforce a educação de qualidade."


“O que percebemos,nos últimos anos, com a crise política e econômica em que o país entrou, foi um impacto, em toda a sociedade, sobretudo nas famílias em vulnerabilidade social. E uma das causas para o trabalho infantil é a desigualdade social e a pobreza. Mas o que temos visto, com o próprio redirecionamento das políticas públicas, é um enfoque maior no resgate econômico do que na inclusão social”, afirmou.


De acordo com o Sistema Nacional de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, foram registradas 236 mortes de meninos e meninas em atividades perigosas entre 2007 e 2017. O sistema recebeu, no mesmo período, notificações de 40 mil acidentes de pessoas de 5 a 17 anos. Deste total, mais de 24 mil foram graves, resultando em fraturas ou membros amputados.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/06/2018 - Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia


Os dez dias de greve dos caminhoneiros custarão R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), informou nesta terça-feira (12) o Ministério da Fazenda. De acordo com a pasta, o ministro Eduardo Guardia repassou a estimativa segunda (11) em reunião com investidores em São Paulo.


Por causa da paralisação, a previsão oficial de 2,5% de crescimento do PIB para este ano poderá ser revista para baixo. O número só será divulgado no fim de julho, e o ministro não informou mais detalhes.


Na última edição do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada todas as semanas pelo Banco Central, os analistas de mercado estimavam que a economia crescerá apenas 1,94% em 2018. Essa foi a sexta semana consecutiva de queda nas projeções. Há um mês, a projeção estava em 2,51%.


O ministro não informou o impacto que a greve dos caminhoneiros terá sobre a inflação, por causa da escassez de alimentos e da alta temporária do preço dos combustíveis provocadas pela paralisação. Segundo o boletim Focus, a previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,65% para 3,82% em 2018. As projeções do Ministério da Fazenda para a inflação também só serão divulgadas no fim de julho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/06/2018 - Tributação sobre salário e produção é um erro, aponta Braga


Em debate na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre as distorções do sistema tributário nacional, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) disse que na verdade o Brasil não tributa a renda, mas o salário, o que pode ser facilmente visto quando se compara a carga tributária incidente conforme a renda familiar. Além disso, lembrou, não há tributação sobre fortunas, mas há sobre a produção, o que transforma em castigo produzir no Brasil.


— Quem ganha até dois salários mínimos sente o peso de 48,9% de carga tributária. Quem ganha mais de 30 salários, apenas 26,3%. Ora, como como criar mercado consumidor se a base da pirâmide paga 48% de tributo? Quanto custa para essa família de até dois salários para financiar bens duráveis de consumo? — indagou, o senador.


O representante do Amazonas aproveitou para defender a tributação sobre recurso natural não renovável que é exportado in natura. Segundo ele, são recursos que nunca mais voltarão e o que fica para o país e para os estados exportadores é o impacto ambiental, muitas vezes irrecuperável.


— E nós não somos capazes de criar uma tributação de 1% sobre a exportação de bens naturais não renováveis? E não vejo a Receita e nem ninguém apresentar essa questão. Desse jeito nunca vamos conseguir agregar valor para deixarmos de ser exportadores de produtos in natura para produtos elaborados — afirmou.


Desigualdades

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por sua vez, criticou o governo de Michel Temer, o qual segundo ele, é uma verdadeira plutocracia, cujo resultado é a devastação social e a volta da desigualdade.


— Hoje é o seguinte: não temos um sistema tributário justo e também não há proposta para o andar de cima. O ajuste é todo feito para cima dos pobres. O nome disso é Robin Hood às avessas, retirando dos pobres para dar aos ricos — afirmou.


Depois de considerar a reforma tributária como a "mãe de todas as reformas", a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) criticou o ajuste fiscal promovido pelo governo Temer e a Emenda Constitucional 95, conhecida como Emenda do Teto de Gastos, aprovada pelo Congresso no ano passado.


— A austeridade desse governo é somente para tirar direito dos mais pobres e, inclusive contando com boa parte do Congresso Nacional. Quando se aprova uma Emenda de Teto dos Gastos, como vamos suspender pisos mínimos destinados a politicas sociais, como saúde e educação. Ao mesmo tempo, vemos um festival de benesses tributárias. Não consigo nem contar quantas medidas provisórias passaram aqui para ricos e setores poderosos — lamentou.


A audiência, que contou com a participação de especialistas, além de representantes da indústria e do governo, foi presidida pelo senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), que destacou o fato de as discrepâncias do sistema tributário serem uma das responsáveis pela "vergonhosa distribuição de renda no Brasil".

Fonte: Agência Senado

 


 

13/06/2018 - TST reintegra trabalhador demitido no período pré-aposentadoria


Trabalhador que precisa de mais três anos para se aposentar tem direito à estabilidade no emprego se isso for estipulado em norma coletiva. Com esse entendimento, a Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho restabeleceu liminar concedida pelo juízo da Vara do Trabalho de São Roque (SP) que havia determinado a reintegração imediata de um empregado demitido.


A decisão, que volta a surtir efeito agora, havia sido revogada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, ao julgar mandado de segurança impetrado por uma empresa de alumínio. O TRT não constatou os requisitos para a antecipação da tutela, uma vez que o empregado não comprovou perante o empregador o tempo de serviço que garantiria o direito à estabilidade no prazo previsto no acordo coletivo.


Ainda conforme a corte, a norma coletiva contém disposição expressa de que o empregado deve comunicar formalmente à empresa que se encontra no período de estabilidade pré-aposentadoria.


Ao apreciar o recurso do empregado, o relator, ministro Emmanoel Pereira, assinalou que a jurisprudência do TST considera não haver direito líquido e certo do empregador contra decisão que, em antecipação de tutela, determina a reintegração com base na plausibilidade da alegação do pedido, como no caso do detentor de estabilidade provisória prevista em lei e em norma coletiva.


Ele considerou ainda os efeitos prejudiciais da demora da decisão sobre a manutenção do emprego, com base em diversos princípios protetivos do Direito do Trabalho (continuidade da relação de emprego, proteção ao trabalho, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa).


“Sendo incontroversa a situação do empregado de poder ser enquadrado em norma coletiva com previsão de estabilidade no emprego, mostra-se mais consentânea com a ordem jurídica a manutenção da decisão que determina a imediata reintegração do empregado”, concluiu.


Por maioria, a SDI-2 deu provimento ao recurso ordinário para restabelecer a sentença. Ficaram vencidos os ministros Renato de Lacerda Paiva, Douglas Alencar Rodrigues e Alexandre Luiz Ramos. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Processo RO-5151-12.2017.5.15.0000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

13/06/2018 - Lei garante sustentação oral para pedido de liminar em mandado de segurança


A partir desta terça-feira (12/6), advogados têm reconhecido o direito de fazer sustentação oral em julgamento do mérito ou de liminar nos mandados de segurança. A Lei 13.676/2018, sancionada pelo presidente Michel Temer (MDB), foi publicada no Diário Oficial da União.


A norma altera o artigo 16 da Lei dos Mandados de Segurança (Lei 12.016/2009), que agora passa a ter o seguinte caput:


Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento do mérito ou do pedido liminar.


O relator do projeto de lei, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), afirma que a iniciativa é positiva por reforçar princípios essenciais ao exercício da justiça.


“O direito à sustentação oral em sessões de julgamento nos tribunais é manifestação do direito de influir decisivamente no resultado do julgamento do processo, também visto como manifestação do princípio do contraditório", diz.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

12/06/2018 - Organização sindical assegura direitos trabalhistas, dizem debatedores


As organizações sindicais possibilitam a democratização e a autonomia dos direitos trabalhistas. A avaliação foi feita pelos participantes da audiência pública realizada pela Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho nesta segunda-feira (11). Requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a reunião debateu o sistema sindical no anteprojeto da Reforma Trabalhista (SUG 12/2018).


Paim defendeu a atuação do movimento sindical como medida importante para a democracia e o diálogo sobre os direitos trabalhistas.


- O governo atual resolveu que seu inimigo número um é o movimento sindical. O que é totalmente equivocado. Os sindicatos são importantes para qualquer país capitalista, pois são responsáveis por fazer as negociações e buscar o entendimento.


Segundo o secretário nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle, além de desregular o mercado de trabalho, a Reforma Trabalhista enfraqueceu os sindicatos nos processos de defesa de direitos e negociações coletivas.


- A reforma dificultou o autofinanciamento dos sindicatos, estabelecendo a autorização expressa de contribuições firmadas em convenções coletivas e retirando das assembleias o fórum de decisão dos trabalhadores.


Dentre os aspectos sindicais priorizados na proposta do Estatuto do Trabalho, os debatedores ainda discutiram questões relacionadas à liberdade de negociação coletiva, contribuição sindical e direito à greve.


Contribuição sindical

Para a presidente da Comissão de Direito Sindical e Associativo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Denise de Oliveira, a “nova CLT” precisa explicitar a compulsoriedade da contribuição sindical destinada ao financiamento de negociação coletiva.


- Enquanto um trabalhador está se beneficiando e é filiado, o outro não é filiado, mas mesmo assim é beneficiado. No mínimo, a pessoa precisa contribuir com aquilo que a está beneficiando.


Direito de greve

Ricardo Lourenço Filho, membro da Comissão de Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), afirmou que é importante a incorporação da lei atual de greve na SUG 12/2018.


- O artigo nono da Constituição Federal não define a greve. É um texto que garante um proceder sobre a greve. Garante aos trabalhadores decidir quando e por que exercer a greve. Isso é importante porque não faria sentido, em termos constitucionais, permitir ao poder judiciário ou ao legislador restringir esse poder de decisão dos trabalhadores.

Fonte: Agência Senado

 


 

12/06/2018 - Sindicalistas defendem Estatuto do Trabalho


O fim da contribuição sindical obrigatória e as novas regras previstas na reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, foram criticados nesta segunda-feira (11) por especialistas e representantes de sindicatos em audiência pública na Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho, que funciona no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).


Autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), explicou que o Estatuto do Trabalho pretende substituir a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que teve a maioria dos seus dispositivos alterados pelas novas regras trabalhistas, o que, segundo ele, gerou o aumento do desemprego, do trabalho “precarizado” e a "queda da massa salarial”. A primeira versão do estatuto tramita na subcomissão temporária por meio da Sugestão (SUG) 12/2018.


A pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp, Paula Freitas, que participou da elaboração do estatuto, disse que a proposta "resgata o espírito da Constituição, ao renovar os votos de democratização e autonomia sindical, além do fortalecimento da negociação coletiva".


Na avaliação do subprocurador geral do Trabalho, Rogério Rodriguez, o estatuto vai realinhar o Brasil às normas internacionais, entre elas a Declaração dos Direitos Humanos, segundo a qual todo ser humano tem direito ao trabalho com remuneração justa que lhe assegure uma existência digna.


Presidente da Comissão de Direito Sindical e Associativo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Denise Aparecida Oliveira, disse que reformulações trabalhistas devem ser precedidas de diálogo social, conforme preveem convenções internacionais de que o Brasil é signatário. Ela afirmou que o texto básico do estatuto apresenta "lastro democrático", ao contrário da reforma trabalhista em vigor.


Já o Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ângelo Fabiano Farias da Costa, disse que o estatuto trará proteção ao trabalhador e equilíbrio nas relações de trabalho. Em sua avaliação, o Brasil hoje viola convenções internacionais com a vigência das novas regras trabalhistas.


Secretário de Relações Institucionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Miguel Salaberry Filho apontou a falta de renovação no movimento sindical, que teve a sua estrutura prejudicada pela nova legislação trabalhista. Ele afirmou ainda que o “Congresso Nacional que está aí é ilegítimo, defende apenas os empresários, e não os empresários e os trabalhadores”.


Membro da Comissão de Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), o juiz Ricardo Machado Lourenço Filho disse que o estatuto representa uma “contrarreforma e a melhoria da estrutura sindical brasileira”.


Estrutura sindical

Secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle disse que a reforma trabalhista desregulou o mercado de trabalho, quebrou financeiramente a estrutura sindical em vigor e criou condições para a classe patronal interferir no processo sindical. Ele destacou ainda que as novas regras trabalhistas favorecem a adoção de contratos precários e o controle dos sindicatos pelo Ministério do Trabalho.


Representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Alex Myller Duarte Lima apontou a relação entre sindicalismo e a sociedade democrática. Segundo ele, as organizações sociais são indispensáveis à institucionalização da prática democrática.


Diretor de Assuntos Parlamentares da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Luiz Gonzaga de Negreiros disse que os parlamentares não têm compromisso com temas importantes ligados aos trabalhadores. Em sua avaliação, o presidente Michel Temer “achou um legado consolidado de 74 anos e foi convencido pelo sistema financeiro a destruir direitos”.


Já o representante da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), Jeferson Pinto Ferreira disse que o estatuto vai corrigir e modernizar a CLT. Ele defendeu o sistema confederativo para o fortalecimento sindical, e ressaltou que, com o fim da contribuição obrigatória dos trabalhadores, “ficou difícil sobreviver sem essa finança automática”.

Fonte: Agência Senado

 


 

12/06/2018 - Pochmann: O Brasil que vai às urnas é um país dividido


Neste ano, o Brasil realizará a oitava eleição presidencial que tende a ser a mais importante para o futuro do país de todas as realizadas desde a retomada do regime democrático na segunda metade da década de 1980. Tal como na eleição presidencial de 1930, quando a nação se dividiu em dois polos distintos, a de 2018 também aponta para a necessidade de profundas mudanças de rota política, econômica e social.


Destaca-se que no passado distante, a Grande Depressão iniciada pela quebra da Bolsa de Valores, em 1929, terminou por desmontar a política do café com leite vigente por 32 anos entre os governos de Campos Salles (1898-1902) e de Washington Luiz (1929-1930). Apesar disso, o candidato à presidência da República Júlio Prestes, que representava a concentração conservadora, buscou atenuar a sangria da crise defendendo que a laranja substituiria o café com a manutenção da política econômica liberal e, assim, a postergação da velha e arcaica sociedade agrária.


Por outro lado, o candidato Getúlio Vargas, ainda que herdeiro do antigo agrarismo, apresentou-se impulsionado por novas ideias da sociedade urbana e industrial, protagonizado por aliança política que mudou radicalmente o curso do Brasil em apenas três décadas. No ano de 1960, por exemplo, o país havia se transformado em sociedade urbana, profundamente diferente do primitivismo vigente na longeva sociedade agrária.


Em 2018, os sinais de transição para a nova sociedade de serviços são evidentes, porém ainda desconectados plenamente do mundo da política e da economia que segue contaminado pelo padrão prevalecente da sociedade urbana e industrial. De um lado, o bloco conservador fundado nas candidaturas presidenciais atraídas pelo discurso de defesa do estancamento da sangria fiscal em torno do discurso e programa de continuidades do receituário neoliberal, como uma espécie de prolongamento do governo Temer.


Em geral, a prevalência de políticas econômicas e sociais que desconstroem o sistema produtivo e a estrutura de classes herdadas da sociedade urbana e industrial, ao mesmo tempo em que generalizam o pânico frente ao visível rebaixamento das condições de vida da maioria da população. O candidato presidencial mais competitivo no interior do conjunto e variado bloco político conservador é o que se assemelha ao de delegado policial a defender a ordem a qualquer preço, mesmo que distante de qualquer alternativa de progresso econômico e social, pois depositório do programa neoliberal.


De outro lado, o bloco político de oposição, cujo discurso e programa apontam para a salvação da sociedade urbana e industrial, ainda sem muita conexão com a própria necessidade da reconfiguração política, econômica e social da nova sociedade de serviços no Brasil. Destaca-se que desde as eleições de 2014, a quantidade de eleitores com 60 anos e mais de idade supera a do segmento de 18 a 24 anos de idade, enquanto em 2002, por exemplo, havia 2 eleitores jovens para cada um idoso.


Somente esse fato recoloca importantes temas presentes na agenda da sociedade de serviços. Uma população com idade mais longeva, a relação da vida com a sociabilidade, a educação, o trabalho entre outros aspectos tendem a se alterar profunda e dramaticamente.


Diante do desconhecido rumo da nova sociedade de serviços, o país se polariza entre o conservadorismo do programa neoliberal com a versão do medo a valorizar a retórica velha da ordem a qualquer preço e a esperança a buscar na segurança do progresso e do conforto material em oposição ao desmonte da sociedade urbana e industrial.


* Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas

Fonte: Portal Vermelho

 


 

12/06/2018 - Para 72%, economia piorou nos últimos meses, mostra Datafolha


Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (11) mostra que sete de cada dez brasileiros avaliam que a situação econômica do país se deteriorou nos últimos meses. Os números são bem mais negativos do que os da pesquisa anterior do instituto, feita na primeira quinzena de abril. Na ocasião, 52% dos entrevistados apontavam deterioração no ambiente econômico. Agora, esse contingente soma 72%. Apenas 6% enxergam atualmente uma melhora.


Em abril os que demonstravam otimismo superavam os pessimistas. De acordo com a última pesquisa Datafolha, 32% acreditam que a situação vá piorar nos próximos meses. Dois meses atrás, eles eram 26%.


Também cresceu a percepção de que a situação econômica pessoal dos entrevistados piorou: de 42%, há dois meses, para 49%. Somente 10% declararam que suas condições melhoraram. Presidente pior avaliado da história do país desde a redemocratização, Temer tem enfrenta o maior índice de mau humor do brasileiro com a economia.

Fonte: Brasil247

 


 

12/06/2018 - AGU derruba liminar que proibiu leilão de distribuidoras da Eletrobras


Leilão tinha sido suspenso por decisão da Justiça do Rio de Janeiro


A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta segunda-feira (11) que conseguiu derrubar na Justiça do Rio de Janeiro a decisão que impediu o leilão de seis distribuidoras da Eletrobras.


Na semana passada, o leilão foi suspenso por decisão da juíza Raquel de Oliveira Maciel da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, na última terça-feira (5), no âmbito de uma ação civil pública movida por sindicatos de trabalhadores.


Ao recorrer da decisão, na segunda instância da Justiça do Trabalho do Rio, a AGU afirmou que se o leilão não foi realizado até 31 de julho, a Eletrobras seria obrigada a liquidar as distribuidoras, fato que seria mais prejudicial aos trabalhadores.


A advocacia também afirmou que os direitos dos empregados das distribuidoras estão garantidos pela lei trabalhista e não serão afetados pelo processo de desestatização.


"Claro está que o legislador cuidou de ponderar a possibilidade de alteração do controle acionário das empresas, garantindo aos trabalhadores a preservação dos direitos previstos em normas coletivas e nos contratos de trabalho”, defendeu a AGU.

Fonte: Agência Brasil

 


 

12/06/2018 - Desembargadora manda empresa recolher contribuição sindical de empregados


Para que atue de forma eficiente, melhorando as condições de trabalho e vida da categoria que representa, sindicatos devem ser financiados por todos os profissionais que se beneficiam de suas conquistas sociais e econômicas.


Assim entendeu a desembargadora Carina Rodrigues Bicalho, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, ao conceder liminar determinando o recolhimento da contribuição sindical de funcionários de uma rede de materiais de construção, mesmo sem autorização prévia dos próprios empregados — como determina a CLT, a partir da reforma trabalhista.


Ela atendeu a mandado de segurança do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro contra decisão de primeiro grau. O juiz Robert de Assunção Aguiar, da 60ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, havia indeferido, em ação civil pública, pedido para que fosse declarado inconstitucional trecho da Lei 13.467, na parte em que tornou facultativa a contribuição sindical.


A falta de receita, segundo a entidade, a impediria de exercer de forma satisfatória “todos os ônus impostos em lei”. O sindicato apresentou cerca de 30 ações contra empresas da região, conseguindo vitória nesse caso específico.


A relatora no TRT-1 assinou liminar para que sejam descontadas as contribuições referentes ao mês de março. Também decidiu que, caso o sindicato autor fique vencido no mérito da ACP, deverá ressarcir os valores recolhidos diretamente aos empregados.


Carina Bicalho citou a Convenção de 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na qual está disciplinado que os trabalhadores deverão ter proteção adequada contra “quaisquer atos atentatórios à liberdade sindical”.


Falsa liberdade

Para a desembargadora, os artigos 578 e 611 da CLT conferem uma “falsa liberdade” aos trabalhadores e aos sindicatos. Isso porque, em seu entendimento, não é possível dissociar a liberdade de contribuir da liberdade de ter seus direitos assegurados por meio dessas organizações sindicais, sem que isso afronte a liberdade do grupo de constituir um sindicato com estruturas e funcionalidades.


“Ora, se liberdade não há para aderir aos termos das convenções e acordos coletivos celebrados, que se aplicam a todas as relações individuais de trabalho de sócios ou não sócios do Sindicato, é falaciosa a liberdade de previamente autorizar o desconto da contribuição sindical, sob pena da liberdade individual ferir a liberdade sindical, que em si é a liberdade de organização dos trabalhadores e do todo em detrimento do indivíduo — protegida pela convenção 98 da OIT”, afirmou a magistrada.


De acordo com a decisão, um sindicato só pode ser eficiente quando financiado. “A supressão da contribuição sindical, sem uma forma alternativa de fonte de custeio e mantida a unicidade sindical (e as obrigações do sindicato, tal como a assistência jurídica), por óbvio, enfraquece a entidade sindical e, assim, inviabiliza não apenas a organização dos trabalhadores, como a liberdade sindical — no exercício limitado permitido pela unicidade —, além de comprometer a existência e atuação da pessoa coletiva na defesa de condições de trabalho para a categoria que representa”, concluiu a juíza.


Debate constitucional

Uma série de decisões pelo país já determinou descontos de contribuição, considerando inconstitucional o fim do “imposto” sindical obrigatório. Só no Supremo Tribunal Federal, são 15 ações contra a nova regra e uma a favor.


Relator dos processos, o ministro Luiz Edson Fachin já assinou despacho sinalizando que votará pela inconstitucionalidade do trecho. Como o caso está pautado para ser julgado no dia 28 de junho no Plenário, ele preferiu esperar análise dos demais ministros.


Ainda assim, adiantou que a Lei 13.647/2017 retira um dos pilares do modelo de sindicalismo fixado pela Constituição: tripé formado por unicidade sindical, representatividade obrigatória e custeio das entidades por meio de um tributo. Processo 0100959-97.2018.5.01.0000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

12/06/2018 - Frente parlamentar defenderá interesses das pessoas idosas


2018 é o Ano de Valorização e Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa


Será lançada nesta terça-feira (12) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Integridade e Prioridade Absoluta da Pessoa Idosa.


O novo colegiado, que deve ser coordenado pelo deputado Roberto de Lucena (Pode-SP), pretende promover debates para conscientizar o povo brasileiro sobre as questões que envolvem a integridade e a dignidade da pessoa idosa.


Foram convidados para a cerimônia de lançamento, entre outros, o diretor da Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério do Desenvolvimento Social, Leonardo Milhomem; e o secretário da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI), Bahij Amin Aur.


O lançamento ocorrerá às 9 horas, no auditório Nereu Ramos.

Fonte: Agência Câmara

 


 

12/06/2018 - Auxílio-alimentação não pode ter valor diferente para aprendizes e efetivos


Empregados efetivos e aprendizes não podem receber auxílio-alimentação com valores diferentes. Com este entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) conceda auxílio-alimentação em igual valor a todos os seus empregados.


A decisão ainda condenou a empresa a pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 200 mil, por violação ao princípio constitucional da isonomia ao fixar aos aprendizes auxílio equivalente a apenas 25% do que empregados efetivos recebiam.


Em ação civil pública, o Ministério Público do Trabalho sustentou que a Dataprev, como filiada ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), cometeu discriminação injustificada. Já a Dataprev alegou não haver qualquer imposição legal de fornecimento de auxílio-alimentação aos seus empregados.


O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região julgou improcedente o pedido com o entendimento de que o contrato de aprendizagem é um tipo especial de contrato de trabalho.


Liberalidade

O relator no TST, ministro Alexandre Agra Belmonte, afirmou que a Dataprev, ao fornecer o benefício, seja por liberalidade, por previsão em norma coletiva ou por força de filiação ao PAT, passa a se sujeitar aos regramentos previstos em lei. Entre eles, citou o artigo 2º da Lei 6.321/1976, que estabelece que os programas de alimentação deverão conferir prioridade ao atendimento dos trabalhadores de baixa renda.


O ministro disse que a legislação que rege o PAT não admite, “sob qualquer pretexto”, excluir do direito ao benefício trabalhadores que tenham jornada de trabalho reduzida. Também não se identifica na lei, segundo ele, autorização para exclusão em virtude da modalidade de contratação. “Ainda que não contemple o aprendiz com as cláusulas ajustadas em norma coletiva, a Dataprev não poderia excluí-los do PAT, do qual ela participa”, afirmou.


Para Belmonte, a conduta da empresa viola o princípio constitucional da isonomia. Com esse fundamento, a turma, por unanimidade, condenou a Dataprev a conceder auxílio em igual valor a todos os seus empregados, “abstendo-se, assim, de dar tratamento diferenciado aos trabalhadores que ostentem a condição de aprendiz”. O valor da condenação por dano moral deve ser revertido ao Fundo da Infância e da Adolescência (FIA). Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. Processo RR-11329-33.2014.5.01.0012

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

11/06/2018 - Sistema sindical na proposta de Estatuto do Trabalho é tema de debate na CDH


“O Sistema Sindical no Estatuto do Trabalho” é o tema da audiência interativa que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove na segunda-feira (11), às 9h, na sala 6 da Ala Senador Nilo Coelho.


A iniciativa é do senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH e relator da proposta do Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018), em tramitação na comissão.


Paim afirma que a Reforma Trabalhista (Lei13.467/2017) promoveu alterações significativas no sistema sindical brasileiro. Uma das principais mudanças, observa o parlamentar, é o fim da contribuição sindical compulsória, que vem sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). Na proposta de Estatuto do Trabalho, há um extenso capítulo regulamentando as organizações sindicais. O tema, na opinião de Paim, é importante e deve ser debatido.


Para o debate foram convidados o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa; a pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp, Paula Freitas; o secretário nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle; o subprocurador-geral do Trabalho Rogério Rodriguez Fernandez Filho; e o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar) Sergio Luiz Leite.


Também foram convidados representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e representantes de centrais sindicais.


Participe: http://bit.ly/audienciainterativa

Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania

Alô Senado (0800-612211)

Fonte: Agência Senado

 


 

11/06/2018 - Datafolha: Lula mantém eleitorado, Bolsonaro vai a 19% sem petista


Dois meses após prisão, ex-presidente tem 30% das intenções de voto. Mesmo número de eleitores afirma que votaria em seu candidato


Uma nova pesquisa Datafolha mostra que Lula manteve a mesma fatia do eleitorado que detinha logo após sua prisão. Em abril, tinha 31% das intenções de voto. Na pesquisa realizada na quarta-feira 6 e na quinta-feira 7, ela se manteve no mesmo patamar: 30%. O instituto também mostra que seus eleitores votariam "com certeza" no candidato que ele vier a apoiar caso a Justiça barre sua participação.


Na sexta-feira 8, o PT lançou Lula à presidência. O partido deverá registrar seu nome na Justiça Eleitoral, mas corre grande risco de ver a candidatura ser impugnada com base na Lei da Ficha Limpa, que impede condenados em segunda instância de participar de eleições.


Realizado após a greve dos caminhoneiros, o levantamento indica um sutil crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas do instituto. No cenário com Lula, o ex-militar tem 17% das intenções de voto. Na ausência do ex-presidente, chega a 19%.


Em pesquisa de abril, realizada pouco após a prisão de Lula, Bolsonaro tinha 15% no cenário com o petista e 17% em caso de ausência. Como a margem de erro do novo levantamento é de dois pontos percentuais, não é possível garantir, porém, o novo patamar do pré-candidato do PSL.


Caso a Justiça impeça Lula de concorrer, há um pelotão disputado atrás de Bolsonaro. Segundo o Datafolha, Marina Silva, da Rede, tem 15% e Ciro Gomes chega a 10%. O pré-candidato do PDT ganha fôlego quando Lula não participa da disputa: com ele, Ciro tem 6%.


Geraldo Alckmin segue estacionado nas pesquisas. Tem 6% no caso de Lula disputar, e 7% no cenário sem o petista. O tucano tem buscado atacar Bolsonaro, ao chamá-lo para debates e criticá-lo por falta de propostas.


O Datafolha mediu dois cenários com candidatos petistas alternativos. O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad registrou 1%, o mesmo patamar de Jaques Wagner, ex-governador da Bahia.


Pouco conhecidos pela população, as alternativas petistas tem potencial de crescimento, porém. O instituto não apresentou o nomes de Haddad ou de Wagner como possíveis "candidatos de Lula", mas mediu que 30% dos entrevistados votariam "com certeza" no nome escolhido pelo ex-presidente, enquanto outros 17% talvez o façam. Outros 51% afirmam que não votariam.


Uma pesquisa da XP Investimentos divulgada na quinta-feira 7 indica que um nome apoiado por Lula assume um patamar competitivo. Haddad foi de 3% a 11% quando apresentado como candidato do ex-presidente.

Fonte: Carta Capital

 


 

11/06/2018 - Temer: aumento de reprovação eleva risco de nova denúncia


Sem a tradicional rede de proteção dos partidos, governistas se dividem sobre o caminho a seguir se Michel Temer for alvo de uma terceira denúncia criminal, no momento em que sua impopularidade alcança um nível inédito. Parte considerável do Congresso acredita que, com apenas 3% de aprovação, Temer não teria força para resistir a outra ofensiva da Procuradoria-Geral da República.


"Quem vê riscos para o presidente em caso de nova denúncia acredita que ela poderia mobilizar a sociedade e parte das elites contra Temer, como ocorreu com a paralisação dos caminhoneiros, que levou industriais e ruralistas a criticar o governo. O grupo que não enxerga vantagem em votar nova acusação contra o emedebista diz que, a essa altura, uma denúncia poderia tumultuar a eleição e aumentar a fragilidade das instituições.


Em agosto do ano passado, quando a Câmara barrou a primeira denúncia da PGR contra Temer, o governo era aprovado por 7% dos brasileiros. Em outubro, quando os deputados rejeitaram a segunda denúncia, só 5% apoiavam o presidente."

Fonte: Brasil247

 


 

11/06/2018 - TST estabelece regras para paralisação de funcionários da Eletrobras


A Justiça trabalhista determinou que ao menos 75% dos trabalhadores de cada uma das empresas do grupo Eletrobras deverão trabalhar normalmente caso a paralisação de 72 horas anunciada para começar à zero hora desta segunda-feira (11) se concretize


A determinação é do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Mauricio Godinho Delgado. Embora considere legítimo o direito da categoria à greve, o ministro considerou que, dada a essencialidade do serviço, o percentual mínimo proporcional às funções dos empregados deve ser respeitado. Se a decisão for descumprida, as entidades sindicais que representam a categoria poderão ser multadas em até R$ 100 mil diários.


Relator do dissídio coletivo de greve, instaurado na última sexta-feira (8), o ministro Godinho admitiu que o pedido da Eletrobras para que a greve seja considerada abusiva ainda voltará a ser discutido no curso do processo.


“Viés político”

Ao analisar a alegação de que o movimento tem “viés político”, o ministro apontou que, além de observar as diretrizes da Lei de Greve, os profissionais têm interesse legítimo na preservação da empresa, dos postos de trabalho e das condições profissionais e contratuais.


Uma das motivações dos eletricitários ao paralisar as atividades por 72 horas é protestar contra os planos do governo federal de privatizar a estatal.


A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) alega que a transferência das distribuidoras de energia do grupo para a iniciativa privada vai resultar no aumento das tarifas de energia elétrica, ameaçando a soberania nacional no planejamento e na operação da matriz energética.


Segundo a FNU, o movimento deve parar, até a 0h de quarta-feira (13), as áreas administrativas e atividades fins, como operação e manutenção de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia: Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletrobras e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), além das distribuidoras do Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas. De acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), os serviços essenciais não serão afetados.


A Eletrobras garantiu que está providenciando as medidas necessárias para assegurar aos empregados que não aderirem à paralisação o livre acesso a seus postos de trabalho.


Privatização

Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) a publicação do edital de privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras.


A intenção do governo é finalizar o processo até 31 de julho, mas uma decisão da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo. Segundo o governo, a privatização da Eletrobras vai elevar o nível de eficiência e levar dinamismo à empresa.


Atualmente, o governo federal detém 63% do capital total da Eletrobras, sendo 51% da União e outros 12% do BNDESPar. A empresa responde pela gestão de 32% da capacidade de geração de energia instalada no país, atuando na distribuição em seis estados das regiões Norte e Nordeste.


Além disso, o grupo é responsável por 47% das linhas de transmissão de energia do país e possui usinas de vários tipos, como hidrelétricas, eólica, nuclear, solar e termonuclear.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/06/2018 - Produção industrial cresce em dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE


A produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de março para abril deste ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, os principais avanços foram registrados na Bahia (7%) e no Rio de Janeiro (6%).


Outros estados com alta foram Minas Gerais (4,4%), Paraná (3,3%), Rio Grande do Sul (2,2%), Pernambuco (2,1%), Santa Catarina (1,9%), Espírito Santo (1,4%) e São Paulo (0,3%). A Região Nordeste, que é analisada em seu conjunto, teve avanço de 5,6%.


Os estados com queda na produção industrial de março para abril foram Pará (-8,1%), Amazonas (-4,1%), Goiás (-1,5%), Ceará (-1,3%) e Mato Grosso (-0,1%).


Na comparação com abril do ano passado, foram registradas altas em 13 locais, com destaque para os estados de São Paulo (14,8%), Santa Catarina (14,6%) e Mato Grosso (14,4%). Os locais com queda foram Espírito Santo (-2,1%) e Pará (-0,7%).


No acumulado do ano, foram registrados crescimentos em 13 locais. A maior alta foi observada no Amazonas (21,5%).


No acumulado de 12 meses, houve alta em 13 lugares, com destaque para Pará (10,2%) e Amazonas (10,1%). A queda atingiu dois locais: Espírito Santo (-1,3%) e Pernambuco (-0,2%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/06/2018 - Dieese diz que custo de vida varia 0,07% em São Paulo


O Índice do Custo de Vida variou 0,07% entre abril e maio em São Paulo, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).


A taxa acumulada entre junho de 2017 e maio de 2018 foi de 2,50% e, nos primeiros cinco meses do ano, de 1,15%.


A pesquisa também apontou crescimento nos grupos de alimentação (0,35%), educação e leitura (0,07%), habitação (0,06%), saúde (0,04%), despesas pessoais (0,03%) e despesas diversas (0,03%).


As variações negativas atingiram os grupos equipamento doméstico (-1,05%), recreação (-0,92%), transporte (-0,20%) e vestuário (-0,10%).


No grupo alimentação, registraram aumento os subgrupos produtos in natura e semielaborados (0,53%), alimentação fora do domicílio (0,32%) e indústria da alimentação (0,13%).


Combustível

A pesquisa Dieese, entre abril e maio, encontrou uma queda no preço do álcool de -5,68% por conta da safra da cana.


Paralelamente, a gasolina aumentou 1,16% e o diesel, 4,40%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

11/06/2018 - Câmara aprova projeto que exige advogado em conciliação e mediação


A Comissão de Constituição e Justiça e da Câmara dos Deputados aprovou proposta para tornar obrigatória a presença de advogados na solução consensual de conflitos, como conciliação e mediação.


O projeto de lei (PL 5.511/2016) busca alterar o Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) e foi analisado nesta terça-feira (5/6). Se não houver recurso, será enviado ao Senado sem precisar passar pelo Plenário da Casa de origem.


A proposta foi apresentada em 2016 pelo deputado José Mentor (PT-SP). Na justificativa do projeto, ele afirmou que métodos alternativos de pacificação de conflitos são fundamentais, mas dispensar advogados desse tipo de instrumento afronta o direito ao contraditório e à ampla defesa.


Mentor atendeu a pedido do presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa. Em São Paulo, há vários anos existe uma controvérsia porque o Tribunal de Justiça considera facultativa a presença de profissionais da área nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadanias (Cejuscs).


“Trata-se de um passo importante em direção ao reconhecimento legal da importancia da presença da advocacia como garantia de que as conciliações serão conduzidas sem que haja prejuízo para os cidadãos”, afirma Marcos da Costa.


Em maio, o presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, levou líderes das seccionais de todo o país a Brasília para conversar com deputados e tentar destravar o projeto. O texto já havia sido aprovado pela CCJ em setembro de 2017, mas foi analisado novamente. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

11/06/2018 - Empresa que não concedia intervalo para sua funcionária amamentar o filho deve pagar indenização por danos morais


Uma empresa de vigilância foi condenada a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a uma funcionária, mãe, por não conceder intervalo para amamentar a criança.


A autora da ação havia sido demitida injustamente, quando já estava grávida. Após o ajuizamento de reclamatória trabalhista, foi readmitida. Ocorre que, após o nascimento da criança, a reclamada não concedia o intervalo para amamentar o filho, previsto no artigo 396 da CLT.


Ingressou com nova reclamatória trabalhista requerendo, entre outros direitos (horas-extras, adicionais de insalubridade e periculosidade, férias não gozadas, etc.) indenização por danos morais em razão de ser proibida de amamentar seu filho. A ação foi julgada parcialmente procedente pelo juiz titular da 3ª Vara do Trabalho de Porto Alegre.


O magistrado entendeu que o conjunto probatório demonstrou que a reclamante efetivamente não usufruiu os dois intervalos de trinta minutos para amamentar o filho, o que lhe deveria ter sido concedido desde o retorno da licença maternidade. Ao fundamentar a condenação, explanou que “a conduta da ré foi ilícita, pois retirou da empregada Direito conferido por lei, inclusive a dignidade da autora e de seu filho, caracterizando dano moral passível de reparação”.


Os advogados Marcos Longaray e Jacques Vianna Xavier atuam em nome da reclamante. Ainda cabe recurso da decisão.

(Processo nº 0020995-33.2016.5.04.0003)

Fonte: Jusbrasil

 


 

11/06/2018 - Trabalhadora será indenizada por ter CTPS retida mesmo após decisão judicial


Reter carteira de trabalho mesmo após decisão judicial estabelecendo que ela seja devolvida gera dever de indenizar. Com esse entendimento, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma operadora de telecomunicação a pagar R$ 1 mil a uma executiva de vendas.


Segundo o relator, ministro Vieira de Mello Filho, a retenção do documento configura ato ilícito e culposo, "ofensivo à dignidade da trabalhadora”.


Dispensada em fevereiro de 2012, a profissional ajuizou a reclamação trabalhista em março daquele ano, com pedido de antecipação de tutela para garantir a devolução da carteira e o recebimento das guias de acesso ao seguro-desemprego e ao FGTS. Segundo ela, ao buscar os documentos, recebia sempre a mesma resposta da empresa: que deveria esperar, pois havia excesso de trabalho administrativo interno.


A liminar foi deferida em março de 2012 para que a empresa, no prazo de cinco dias, devolvesse a CTPS com a anotação da rescisão contratual e entregasse as guias para saque do FGTS. A carteira só foi devolvida, no entanto, em maio.


Ofensa ínfima

Ao examinar o mérito do pedido, o juízo da 3ª Vara do Trabalho de Blumenau (SC) condenou a empresa a pagar R$ 1 mil pelos danos morais causados à empregada. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), no entanto, reformou a sentença por considerar “ínfimo” o potencial ofensivo do atraso.


Entre os fundamentos, o TRT indicou que a gerente não comprovou ter deixado de conseguir outro emprego por não estar portando o documento nem demonstrou outro dissabor decorrente do fato. Destacou ainda que a CLT (artigos 29 e 53) não prevê nenhuma indenização por retenção indevida da carteira de trabalho.


Ato grave

Já o relator do recurso no TST, ministro Vieira de Mello Filho, observou que o artigo 29 da CLT prevê prazo de 48 horas para o empregador fazer as anotações na CTPS do empregado, e o artigo 53 institui sanção administrativa em caso de descumprimento. "Isso é suficiente para demonstrar a gravidade do ato”, ressaltou.


"Independentemente da prova de que a trabalhadora tenha sofrido prejuízo de ordem material, a devolução da CTPS no prazo previsto é obrigação do empregador", afirmou.


Segundo o relator, sem o documento, que registra toda a sua vida profissional, o trabalhador fica impossibilitado de exercer atividade subordinada e de comprovar o tempo de serviço para fins previdenciários. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Processo RR-1237-74.2012.5.12.0039

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

08/06/2018 - Temer é derrotado na OIT e terá de explicar 'reforma' trabalhista


Comissão de Normas da Organização Internacional do Trabalho questiona restrição da nova lei a princípios da negociação coletiva e direito de sindicalização


A Organização Internacional do Trabalho (OIT) cobra novas explicações do governo brasileiro sobre a "reforma" trabalhista. Durante a 107ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, o governo, por meio do ministro do Trabalho, Helton Yomura, tentou desqualificar as críticas à nova lei brasileira por entidades do Brasil de do mundo. Mas não ganhou apoio.


"A organização incluiu o Brasil na lista de países suspeitos de descumprir normas internacionais de proteção aos trabalhadores, passou a analisar o caso brasileiro e a mais explicações. O governo terá que responder antes de novembro deste ano, quando acontece a próxima reunião do Comitê de Peritos da OIT.


Segundo a decisão, o Brasil precisa explicar principalmente o fato de a nova lei pôr em xeque princípios da negociação coletiva entre empregadores e empregados. No início do ano, o Comitê do Peritos expressou o entendimento de que a "reforma" viola a Convenção nº 98 da OIT, sobre direito de sindicalização e de negociação coletiva, ratificada pelo Brasil.


A reforma trabalhista estabelece a possibilidade de o negociado prevalecer sobre o legislado, inclusive para redução de direitos. Prevê também a "livre" negociação entre empregador e empregado com diploma de nível superior e que receba salário igual ou superior a duas vezes o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).


A OIT também cobra explicações sobre a falta de consulta aos interlocutores sociais, durante a tramitação da reforma.


A falta de diálogo social, a aprovação açodada da reforma e a violação à Convenção 98 foram alguns dos pontos alertados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) durante todo o processo de tramitação da reforma trabalhista no Congresso e após sua promulgação. As entidades sindicais de representação de trabalhadores tampouco foram ouvidas.


O Procurador-Geral do Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, que foi a Genebra, destaca os alertas feitos pela instituição. "Lamento a exposição internacional do Brasil, que poderia ter sido evitada se as nossas ponderações fossem consideradas", disse, em nota.


Manifestação das centrais

Nas conclusões da Comissão de Normas ficou determinado que o governo brasileiro permanecerá na chamada “lista suja” dos 24 países que afrontam as normas trabalhistas internacionais. E o governo terá de enviar informações para a OIT sobre a aplicação dos princípios da negociação coletiva livre e voluntária até novembro.


Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, a decisão da comissão reforça a vergonha que governo brasileiro passou após agredir os peritos da comissão e a própria Organização: “Em nenhum momento o governo conseguiu apresentar argumentos que justificassem a reforma trabalhista”, observou Lisboa.


Em nota, seis centrais sindicais reconhecidas dizem que será difícil para o governo ilegítimo de Temer explicar o inexplicável, uma vez que a “Lei 13.467\2017 é o pior ataque sofrido pelos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.”


As centrais rebateram a intervenção do ministro do Trabalho em Genebra. "Depois do anúncio da decisão da Comissão de Normas, o ministro Helton Yomura foi, mais uma vez, equivocado e infeliz ao agredir os membros da Comissão de Peritos, demonstrando constrangedor desconforto."


Com informações do Ministério Público do Trabalho e de Tatiana Melim, da CUT


Confira íntegra


NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS BRASILEIRAS


Depois da agressão do Ministro do Trabalho, governo brasileiro sofre nova derrota na OIT e terá que dar explicações à Comissão de Peritos


A Comissão de Aplicação de Normas da Organização Internacional do Trabalho-OIT apresentou hoje, em Genebra, o Projeto de Conclusão sobre o Caso Brasil, pela qual o governo Temer terá que encaminhar à Comissão de Peritos da organização, até novembro deste ano, explicações sobre a reforma trabalhista, respondendo à denúncia de que a Lei 13.467\2017 fere a Convenção 98, que trata do direito de negociação coletiva e de organização sindical dos trabalhadores e trabalhadoras.


Assim, além de permanecer na chamada “lista suja” dos 24 países que afrontam as normas trabalhistas internacionais, o Brasil terá que encaminhar explicações ao Comitê de Peritos da OIT fundamentando a sua defesa de que o governo não desrespeitou a Convenção 98.


A denúncia apresentada à OIT partiu do entendimento das centrais sindicais brasileiras de que, com a lei 13.467\2017, o governo brasileiro criou dispositivos que interferem na negociação coletiva, ao facultar a negociação individual; precariza as relações de trabalho, com a adoção do trabalho intermitente, trabalho autônomo sem vínculo empregatício, ferindo princípios do trabalho decente.


A defesa do governo na Comissão de Aplicação de Norma através do Ministro do Trabalho, Helton Yomura, não se ateve aos aspectos técnicos do caso, mas descambou para agressões às entidades sindicais brasileiras e aos membros da Comissão de Peritos, numa intervenção completamente equivocada em relação aos métodos de diplomacia que regem o diálogo social na OIT.


O governo não conseguiu apresentar argumentos que justificassem a reforma trabalhista, em especial quanto a ausência das centrais sindicais nos debates, rompendo com o princípio do tripartismo. O xingatório do ministro mereceu censura até mesmo de outros governos, como se deu com representantes do Reino Unido, considerando que faltou cordialidade ao Ministro do Trabalho.


Portanto, longe de se livrar do problema, o governo brasileiro sofreu derrota internacional, terá que se explicar à Comissão de Peritos apresentando as suas alegações até o mês de novembro, atendo-se exclusivamente aos aspectos técnicos do caso. Será, de fato, uma situação difícil para o governo, explicar o inexplicável. A denúncia apresentada, com sólidos e fartos dados concretos, sem qualquer viés partidário, aponta o desastre que significa a Lei 13.467\2017, o pior ataque sofrido pelos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.


Na sua fala, depois do anúncio da decisão da Comissão de Normas, o ministro Yomura foi, mais uma vez, equivocado e infeliz ao agredir os membros da Comissão de Peritos, demonstrando constrangedor desconforto.


Genebra, 7 de junho de 2018.


CENTRAL DOS SINDICATOS BRASILEIROS – CSB

CENTRAL DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL – CTB

CENTRA ÚNICA DOS TRABALHADORES – CUT

FORÇA SINDICAL – FS

NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES - NCST

UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES - UGT

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

08/06/2018 - PT lançará pré-candidatura de Lula nesta sexta, informa Gleisi


A pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República será lançada na noite desta sexta-feira (8), em Contagem (MG), com o apoio de senadores, deputados, governadores e líderes do Partido dos Trabalhadores. Foi o que anunciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, em discurso no Plenário nesta quinta-feira (7).


A senadora disse que a prisão de Lula foi apressada e injusta, que sua condenação foi política, que ele é inocente e que o partido não vai desistir do maior líder popular do país, lançando-o à Presidência, sem plano B ou C. Na opinião de Gleisi, os direitos políticos de Lula não estão cassados porque a decisão que o condenou ainda não transitou em julgado.


- Reafirmamos e dizemos ao povo brasileiro, estamos firmes com o presidente, podem confiar, vamos registrar o presidente Lula – disse.


Ela anunciou já ter arrecadado na “Vaquinha virtual do Lula” mais de R$ 700 mil, em um único dia no ar. Agradeceu aos contribuintes e observou que, na gestão petista, o Brasil tinha paz social, desenvolvimento econômico, emprego, renda, crédito, acesso a bens e serviços básicos para sua vida.


- Não tinha fome, tinha gasolina, gás e diesel barato, recursos para financiamentos e uma política externa altiva. Agora é só ódio, intolerância e desemprego - afirmou.


Para Gleisi, somente Lula conseguirá trazer estabilidade de volta ao país e, por esse motivo, o Judiciário precisa soltá-lo, para “não deixar o povo sofrendo” e permitir que o petista reconduza o Brasil para fora da crise.


- Ele vai ganhar mesmo preso – disse ainda.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/06/2018 - Custo da cesta básica sobe em 18 capitais e a mais cara é a do Rio


O custo da cesta básica aumentou em 18 capitais em maio, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).


As maiores altas ocorreram em Campo Grande (5,22%), Florianópolis (3,49%), João Pessoa (3,17%) e Fortaleza (3,12%). Houve reduções em Manaus (-0,82%) e Belo Horizonte (-0,39%).


A cesta básica mais cara é do Rio de Janeiro (R$ 446,03), seguida por Florianópolis (R$ 441,62), São Paulo (R$ 441,16) e Porto Alegre (R$ 437,73). As menores foram encontradas em Salvador (R$ 327,56) e Recife (R$ 336,36).


Os preços médios da cesta básica caíram em quase todas as capitais entre maio de 2017 e maio de 2018, com destaque para Recife (-11,34%), João Pessoa (-9,74%) e Belém (-8,74%).


Mais números da pesquisa

As maiores altas foram registradas em Campo Grande (0,77%) e no Rio de Janeiro (0,78%).


Nos cinco primeiros meses do ano, a tendência de queda inverteu, com todas as capitais mostrando aumento acumulado, com variações entre 1,27%, em Recife, e 8,70%, em Campo Grande.


O custo da cesta de alimentos básicos na cidade de São Paulo foi de R$ 441,16 em maio, com alta de 1,46% em relação a abril. Em 12 meses, a variação anual foi de -3,87% e, nos cinco primeiros meses de 2018, de 3,96%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/06/2018 - Brasil perde mais de 430 mil empregos na construção entre 2015 e 2016


A crise econômica que atingiu o país nos últimos anos levou a indústria da construção a perder 432 mil empregos formais entre 2015 e 2016, uma retração de 19% que se deu em todos os segmentos, principalmente na infraestrutura, onde o recuo foi de 15%.


Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção 2016 (Paic). O estudo indica que, naquele ano, a atividade da construção somou R$ 318,7 bilhões em incorporações, obras e serviços da construção.


O valor das obras e serviços da construção atingiu R$ 299,1 bilhões, sendo que 31,5% provenientes de obras contratadas por entidades públicas (R$ 94,1 bilhões) e o restante por pessoas físicas e/ou entidades privadas.


As empresas ativas da indústria da construção com mais de uma pessoa ocupada totalizaram 127 mil, ocupando cerca de dois milhões de pessoas em 2016. O gasto com salários, retiradas e outras remunerações atingiu R$ 58,5 bilhões e o salário médio mensal pago na atividade foi de R$ 2.235,2.


Para o gerente da pesquisa, José Carlos Guabyraba, em 2016, “vários setores reduziram muito as suas atividades e o que mais sofreu foi o de infraestrutura com menor aporte e redução drástica de investimentos, principalmente do estado, que parou ou diminuiu os investimentos principalmente nas usinas, rodovias e ferrovias, o que vinha sendo mantido pelos governos anteriores a 2016”.


“Foi um fenômeno que atingiu todos os níveis de empresas com cinco ou mais empregados ou com menos de cinco, com a média de redução entre elas registrando uma recuo de 15%”.


Ainda assim, em 2016, a atividade de obras de infraestrutura foi a que anotou a maior média de pessoal ocupado por empresa (45) e o maior salário médio (3,3 salários mínimos mensais), ambos acima da média do total da indústria da construção.


O IBGE destaca que, entre os produtos e/ou serviços oferecidos pelas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, as obras residenciais foram as que mais ganharam participação no ranking, passando da quinta posição (15,1%) em 2007 para a primeira (26,7%), em 2016.


A construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais, que representava a primeira colocação em 2007 (21,4%), caiu para a segunda posição 18,4% em 2016.


Importante fonte de dados setoriais para compreender o segmento empresarial da atividade da construção no país, a Paic é realizada pelo IBGE desde 1990. As informações são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico de empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo. (Mais informações: Ag.Brasil)

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/06/2018 - Indicadores sobre mercado de trabalho da FGV pioram em maio


Os dois indicadores sobre mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV), Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) e Indicador Coincidente de Desemprego, apresentaram piora de abril para maio. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro.


O Indicador Antecedente de Emprego, que busca antecipar a tendência futura do mercado de trabalho, com base nas sondagens da indústria, de serviços e de consumidores, recuou 2,5 pontos e atingiu 101,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Essa foi a terceira queda consecutiva, algo que não ocorria desde o início de 2005.


Segundo a FGV, os últimos dados da economia brasileira “surpreenderam negativamente” e o Iaemp reflete a percepção de que tanto a situação dos negócios quanto a disposição de contratar alguém tendem a ser menores nos próximos meses.


Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), calculado com base na percepção dos trabalhadores em relação ao mercado de trabalho, aumentou (ou seja, piorou, já que uma maior pontuação significa um resultado mais desfavorável) 2,3 pontos. O ICD acumula 96,5 pontos em uma escala de zero a 200 pontos (200 pontos representam o pior resultado).


Para a FGV, o menor otimismo quanto ao crescimento da economia em 2018 já está afetando a percepção dos trabalhadores quanto à melhora do mercado de trabalho. Mesmo com a queda suave da taxa de desemprego, “os trabalhadores continuam reticentes com relação ao futuro”.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/06/2018 - Depois de boom, ações despencaram logo após reforma trabalhista no TRT-15


Depois de um boom nas semanas que antecederam a entrada em vigor da reforma trabalhista, o número de ações caiu vertiginosamente nas semanas seguintes no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP).


A Lei 13.647/2017 passou a valer em 11 de novembro do ano passado. Com uma média semanal de 5,5 mil processos ajuizados na primeira instância, o aumento no número de ações já era sentido na 15ª Região desde o final de outubro de 2017. Porém, na última semana antes de a reforma entrar em vigor o salto foi maior, de cerca de 400% (27,4 mil ações).


Depois do dia 11 de novembro, a queda foi significativa. Na primeira semana pós-reforma trabalhista, o número de ações ajuizadas em primeira instância foi de 2,5 mil processos. No total daquele mês, a primeira instância do TRT-15 recebeu 38,9 mil ações, e em dezembro, 13,7 mil.


A queda na entrada de novas reclamações no período alcançou todas as regiões do país e reduziu a quantidade de processos em 50% na maioria dos TRTs. Advogados consultados pela ConJur consideram que o cenário sinaliza represamento: espera até que os tribunais definam suas jurisprudências para voltarem a processar.


Em 2018, os números praticamente voltaram ao normal no TRT-15. No primeiro quadrimestre, a primeira instância recebeu cerca de 70 mil ações, o que representa uma média de 17 mil ações por mês. Já em segundo grau, foram pouco mais de 50 mil ações, o que representa 31% a mais do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram ajuizados 38,6 mil processos.


Congresso trabalhista

A aplicação da reforma trabalhista, que ainda gera muitas dúvidas, será um dos temas centrais do 18ª Edição do Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, promovido pelo TRT-15.


O evento acontece nesta quinta-feira (7/6) e sexta-feira (6/6), em Paulínia (SP). Além da reforma, o evento abordará também os 30 anos da Constituição Federal. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Batista Brito Pereira, participará da abertura do evento.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

08/06/2018 - Trabalhadora demitida a menos de um ano da aposentadoria será indenizada


A Semp Toshiba vai pagar R$ 29.951,16 a uma trabalhadora demitida quando faltava menos de um ano para a aposentadoria, conforme sentença confirmada pela Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região - AM/RR (TRT11). O montante refere-se a dez meses de salários do período da estabilidade pré-aposentadoria assegurada em norma coletiva (R$ 18.634,00), indenização por danos morais (R$ 10 mil) e juros desde a data de ajuizamento da ação (R$ 1.317,16).


Em decisão unânime, os julgadores acompanharam o voto da desembargadora relatora Ormy da Conceição Dias Bentes, que rejeitou o recurso da empresa e manteve a condenação, que inclui ainda o pagamento de honorários advocatícios de assistência sindical fixados em 20%.


Dispensada sem justa causa em outubro de 2015, a empregada exercia a função de ajustadora eletrônica e contava com 17 anos de serviço na Semp Toshiba quando faltavam exatamente 9 meses e 28 dias para sua aposentadoria, conforme certidão de tempo de contribuição emitida pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).


De acordo com a relatora, a reclamante preenchia os dois requisitos exigidos pela cláusula 31ª da Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2015, que garantia o emprego aos trabalhadores da indústria de aparelhos elétricos, eletrônicos e similares de Manaus no período pré-aposentadoria. Com mais de três anos na mesma empresa e a menos de 12 meses de implementar o tempo de contribuição previdenciária, a empregada tinha direito à estabilidade provisória.


Ao recorrer da decisão de primeira instância, a Semp Toshiba buscava ser absolvida sob o argumento de que a autora não pediu sua reintegração ao emprego, o que resultaria na desistência dos direitos decorrentes da estabilidade, além de sustentar que a despedida ocorreu de forma regular por desconhecimento da condição de pré-aposentadoria.


Com base em todas as provas apresentadas na ação ajuizada em março de 2017, a relatora ressaltou a nulidade da dispensa e o dever da recorrente de respeitar o direito garantido por norma coletiva, o que causou prejuízos de ordem material e moral à empregada, tudo nos termos da sentença proferida pelo juiz titular da 13ª Vara do Trabalho de Manaus, Alberto de Carvalho Asensi.


A desembargadora Ormy Bentes esclareceu que o período estabilitário já transcorrido inviabilizou a reintegração da autora, restando à empresa o dever de indenizá-la. Conforme comprovantes juntados aos autos e informação contida na petição inicial, a reclamante efetuou por conta própria o recolhimento dos meses que faltavam para implementar o tempo de contribuição previdenciária, utilizando o dinheiro oriundo das verbas rescisórias. A Semp Toshiba não recorreu da decisão de segunda instância. Processo nº 0000484-52.2017.5.11.0013

Fonte: Jusbrasil

 


 

07/06/2018 - Paulo Paim destaca 'condenação' do Brasil pela OIT


Em pronunciamento em Plenário nesta quarta-feira (6), o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a inclusão do Brasil na lista suja da Organização Internacional do Trabalho (OIT), devido à aprovação da Reforma Trabalhista. Ele informou que a classificação foi adotada pelo órgão internacional graças aos esforços conjuntos das centrais sindicais brasileiras.


Paim disse que a Reforma fez o Brasil praticamente retroagir à época da escravidão, eliminando uma série de direitos dos trabalhadores. O senador gaúcho anunciou que vários candidatos à Presidência da República já se comprometeram a revogar essa legislação, caso sejam eleitos, entre eles Luís Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos.


— Nós iremos além: logo que concluirmos o relatório da nova CLT, do novo Estatuto do Trabalho, nós pretendemos encaminhar a todos os presidenciáveis, onde o artigo primeiro é pela revogação da dita Reforma Trabalhista e vamos ver a posição de cada um.

Fonte: Agência Senado

 


 

07/06/2018 - Centrais sindicais têm propostas para os presidenciáveis


Em ato político bastante concorrido, as centrais sindicais — CSB, CTB, CUT, Intersindical Força Sindical, Nova Central e UGT — lançaram, na manhã desta quarta-feira (6), na sede do Sindicato dos Químicos do estado de São, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora. Trata-se, pois, de documento com 22 propostas que serão entregues aos candidatos à Presidência da República, nas eleições de outubro próximo.


A 1ª ação, a partir dessa agenda, será no dia 10 de agosto. “Será o ‘Dia Nacional de Luta’ para enfrentar este momento que estamos vivenciando, de crise e desemprego avassalador. O trabalhador só tem o sindicato como última trincheira. Está em nossas mãos, é nossa responsabilidade enfrentar esta situação unidos em torno da nossa pauta”, afirmou Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical.


Entre as principais diretrizes da agenda, está a revogação da chamada Reforma Trabalhista, da Emenda à Constituição 95, que congelou os gastos públicos por 20 anos e da Terceirização, além de combater o trabalho precário. Consta ainda, na proposta, garantir a universalização do sistema previdenciário e sua sustentabilidade.


Manifesto

Na apresentação da agenda, os presidentes das centrais assinaram manifesto, em que destacaram que “os trabalhadores criaram o sindicalismo para se tornarem protagonistas do próprio futuro e, neste momento, no Brasil, a luta é para recolocar o País na trajetória do desenvolvimento, com geração de empregos de qualidade, crescimento dos salários, combate à informalidade, à precarização e à insegurança no trabalho, e promover a proteção social e trabalhista para todos.”


Os presidentes das centrais sindicais enfatizaram também que as eleições são primordiais para a construção de compromissos com a futura agenda de desenvolvimento do País e reafirmam o compromisso com a unidade de ação sindical para combater a agenda regressiva do governo Temer.

Fonte: Diap

 


 

07/06/2018 - Governo brasileiro quer aniquilar sindicatos, dizem centrais na OIT


Na conferência de Genebra, representantes dos trabalhadores acusam Executivo de reduzir direitos e promover mudanças sem qualquer consulta a sindicalistas, juízes, advogados e procuradores


Enquanto o governo brasileiro tenta neutralizar a denúncia de violar convenções internacionais, as centrais sindicais continuam denunciando o país pelas consequências de sua "reforma" trabalhista. O delegado dos trabalhadores brasileiros na 107ª Conferência Internacional do Trabalho, José Calixto Ramos, afirmou que o governo, além de reduzir direitos e tentar flexibilizar o conceito de trabalho escravo, tem como propósito "a aniquilação dos sindicatos, indo na contramão da OIT, que reconhece a existência de sindicatos fortes, atuantes e bem estruturados como imprescindível para o equilíbrio das relações trabalhistas".


Presidente da Nova Central, Calixto citou em seu discurso à conferência "uma crise política, econômica e ética que já produziu até o momento 13,7 milhões de desempregados, 6,2 milhões de subocupados e 7,8 milhões de pessoas que poderiam, mas não estão trabalhando, arrastando 27 milhões de homens e mulheres para condições indignas", citando dados do IBGE e lembrando que é um número maior que a população de muitos países. "Infelizmente, nosso quadro tende a se agravar pelo descumprimento das convenções da OIT ratificadas pelo Brasil", acrescentou.


Segundo o representante das centrais, as leis da "reforma" trabalhista (13.467) e da terceirização ilimitada (13.429) afrontam a Convenção 98, sobre o direito à negociação coletiva, "motivo pelo qual o Brasil teve que se explicar perante a comunidade internacional" na conferência da OIT. O país foi incluído na chamada "lista curta", relação de 24 nações apontadas como descumpridoras de convenções internacionais. Amanhã, deve sair uma decisão no caso brasileiro. O governo fala em "politização" do tema, em discurso afinado com a delegação patronal.


"Dos absurdos criados, citamos a permissão para que gestantes e lactantes laborem em condições insalubres, pondo em risco a vida dessas mulheres e de seus futuros bebês", apontou Calixto. "Novas normas desrespeitam a liberdade sindical, o direito à proteção e representação do trabalhador, precarizam as relações de trabalho, permitem a terceirização ampla e irrestrita em todas as atividades da empresa, entre outros. Todas essas mudanças foram feitas sem que se respeitasse a negociação coletiva e o diálogo social."


Além disso, prosseguiu o sindicalista, o governo brasileiro quer "flexibilizar conceitos de trabalho escravo e ampliar sua tolerância com o trabalho infantil". E estaria ferindo o princípio da autonomia sindical "ao eliminar nossa principal fonte de financiamento, sem diálogo com as entidades sindicais". A referência é a um item da "reforma" que tornou opcional a contribuição sindical – a mudança provocou uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que começou a ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


"No setor público, o governo, mesmo tendo ratificado a Convenção 151, insiste em não regulamentá-la e os trabalhadores em serviço público no Brasil continuam sem poder exercer o seu direito à negociação coletiva", prosseguiu Calixto, citando ainda a proposta de "reforma" da Previdência Social. Segundo ele, o Executivo "ameaça fazer mudanças que irão prejudicar todos os trabalhadores brasileiros".


Ao pedir apoio internacional, o sindicalista brasileiro também falou em resistência. "Primando pelo diálogo, insistiremos para que esses temas sejam revistos. É preciso que o tripartismo atinja nosso país para coletivamente encontrarmos um modelo capaz de conciliar o capital e os meios de produção com os direitos fundamentais, com a dignidade e com a valorização do trabalho, sem o que, viveremos em eterno conflito."


Durante os debates na conferência, o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa, disse que o ataque oficial e empresarial à Comissão de Peritos representava uma ofensiva contra a própria OIT. "A nova legislação constitui o mais grave ataque aos direitos sindicais dos trabalhadores em toda a história do Brasil", afirmou.


"O processo que culminou com a aprovação da reforma trabalhista em julho de 2017 foi marcado por absoluta falta de consulta tanto aos representantes dos trabalhadores como de outros setores vinculados com o mundo do trabalho, como a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas", acusou Lisboa. "A nova lei promove o enfraquecimento geral de todo o sistema de proteção dos trabalhadores, atacando a organização sindical e o direito de recorrer à Justiça para preservar suas demandas, impondo pesados ônus financeiros àqueles que o fazem."

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

07/06/2018 - Ministro afirma que boatos sobre redução do salário mínimo de 2019 não procedem


O ministro do Planejamento, Esteves Colnago Junior, afirmou que não está confirmada a redução do valor previsto para o salário mínimo do próximo ano. Segundo o ministro, a equipe econômica pode realmente fazer uma revisão das projeções para 2019 ainda no segundo semestre. Mas, no momento, não é possível afirmar que haverá redução:


— Não há uma definição final do crescimento econômico que norteia o valor do salário mínimo. Assim, está valendo a grade de parâmetros de 15 de março, que prevê um salário mínimo de R$1.002. A especulação de redução para R$ 998 não procede.


O ministro esteve nesta quarta-feira (6) na Comissão Mista de Orçamento para falar sobre as previsões econômicas apresentadas no projeto da Lei das Diretrizes Orçamentárias de 2019. No projeto, que tramita como PLN 2/2018, há uma série de projeções econômicas para o que o ministro chama de “cenários”. Pelo ministro, o Brasil poderá sair do déficit orçamentário-fiscal entre 2011 e 2024, dependendo do cenário.


Colnago afirmou que para cumprir a regra de ouro de não gastar mais do que arrecada, dois itens são fundamentais para a contabilidade de 2018 fechar:


- A devolução antecipada de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional e o cancelamento de R$ 20 bilhões em restos a pagar.


O ministro afirmou que esses restos não foram processados por não terem empenho ou seja, não teriam sido contratados ou executados.


Em relação à cobertura dos R$ 13,5 bilhões do acordo do óleo diesel entre o governo e os caminhoneiros, o ministro explicou que terá de usar de novos impostos ou a retirada de benefícios tributários. Citou a reoneração das folhas de pagamento de 15 setores, a revogação do regime especial para a indústria química e o fim dos descontos do programa de incentivo às exportações como formas de compensar o acordo.


O ministro declarou que o atual governo não está deixando uma situação fiscal descontrolada para o governo que assumir em janeiro de 2019:


— A emenda do teto dos gastos nos dá credibilidade. Ela é uma âncora de segurança.

Fonte: Agência Senado

 


 

07/06/2018 - Incentivo para contratação de maiores de 55 anos é aprovado na CDH


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (6) projeto que estabelece cotas e políticas de incentivo às empresas para a contratação de trabalhadores com mais de 55 anos de idade.


Pelo PLS 236/2017, do senador licenciado Cidinho Santos (PR-MT), a cota para as empresas que tenham entre 51 e 100 empregados será de cinco pessoas de 55 anos ou mais. E nas companhias com mais de 100 funcionários, a cota será de 5% das vagas. O projeto veda o uso desses funcionários em atividades insalubres de grau máximo. Eles também não poderão ter seus contratos rescindidos sem justa causa se faltarem menos de 6 meses para obtenção da aposentadoria.


Incentivos

O texto, que tem voto favorável do relator, senador Paulo Rocha (PT-PA), prevê a adoção de duas políticas de incentivo às empresas para contratarem trabalhadores com 55 anos ou mais. A primeira reduz em 50% o encargo com o vale-transporte. A segunda reduz em 50% a contribuição devida pela empresa sobre a folha salarial desses empregados. A contribuição reduzida, no entanto, só terá validade quando o crescimento do PIB anual for inferior a 2%.


No relatório, Paulo Rocha aponta a grande dificuldade que os trabalhadores na faixa etária acima de 55 anos têm de conseguir emprego. "A renúncia fiscal neste caso é defensável, pois mantém o trabalhador na condição de empregado, ainda que com contribuição menor da empresa, em vez de admitir passivamente que passe à condição de desempregado beneficiário. No que se refere às contas públicas, é melhor receber um pouco menos do que gastar muito mais", aponta.


A matéria segue agora para a análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que dará a palavra final sobre o projeto se não houver recursos para votação em Plenário.

Fonte: Agência Senado

 


 

07/06/2018 - TST restabelece reintegração de empregado demitido no período pré-aposentadoria


A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho restabeleceu liminar concedida pelo juízo da Vara do Trabalho de São Roque (SP) que havia determinado a reintegração imediata de um empregado demitido a menos de três anos da aposentadoria. Para a SDI-2, a situação do empregado pode ser enquadrada em norma coletiva que prevê estabilidade no emprego.


A decisão, que volta a surtir efeito agora, havia sido revogada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP), ao julgar mandado de segurança impetrado pela Companhia Brasileira de Alumínio. O TRT não constatou os requisitos para a antecipação da tutela, uma vez que o empregado não comprovou perante o empregador o tempo de serviço que garantiria o direito à estabilidade no prazo previsto no acordo coletivo. Ainda conforme o Tribunal Regional, a norma coletiva contém disposição expressa de que o empregado deve comunicar formalmente à empresa que se encontra dentro do período estabilitário pré-aposentadoria.


Ao apreciar o recurso do empregado, o relator, ministro Emmanoel Pereira, assinalou que a jurisprudência do TST considera não haver direito líquido e certo do empregador contra decisão que, em antecipação de tutela, determina a reintegração com base na plausibilidade da alegação do pedido, como no caso do detentor de estabilidade provisória prevista em lei e norma coletiva. Ele considerou ainda os efeitos prejudiciais da demora da decisão sobre a manutenção do emprego, com base em diversos princípios protetivos do direito do trabalho (continuidade da relação de emprego, proteção ao trabalho, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa). “Sendo incontroversa a situação do empregado de poder ser enquadrado em norma coletiva com previsão de estabilidade no emprego, mostra-se mais consentânea com a ordem jurídica a manutenção da decisão que determina a imediata reintegração do empregado”, concluiu.


Por maioria, a SDI-2 deu provimento ao recurso ordinário para restabelecer a sentença. Ficaram vencidos os ministros Renato de Lacerda Paiva, Douglas Alencar Rodrigues e Alexandre Luiz Ramos. Processo: RO-5151-12.2017.5.15.0000

Fonte: TST

 


 

07/06/2018 - Intervalo para mulher na sobrejornada não pode ter limite de tempo, decide TST


O direito a horas extras decorrentes do intervalo de 15 minutos (antigo artigo 384 da CLT), válido até entrar em vigor a reforma trabalhista, existe sempre que houver extrapolação da jornada contratual, independentemente do tempo de trabalho extraordinário. Assim entendeu a 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao reconhecer o benefício a uma auxiliar de uma empresa do setor alimentício.


O artigo 384, revogado posteriormente pela Lei 13.467/2017, previa o período de descanso para mulheres entre o término da jornada habitual e o início das horas extras. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) havia reconhecido o pagamento apenas quando o tempo de sobrejornada ultrapassasse 30 minutos da jornada habitual.


Para a corte regional, na ausência desse parâmetro, "o benefício se traduziria em prejuízo à trabalhadora, que demoraria muito mais para sair do trabalho quando necessitasse de alguns minutos para acabar seu serviço”.


A auxiliar recorreu ao TST, alegando que o intervalo era devido independentemente do tempo ou da quantidade de horas extras feitas no dia. A relatora, ministra Dora Maria da Costa, deu razão à empregada, destacando que o artigo 384 assegurava intervalo mínimo e obrigatório de 15 minutos em caso de prorrogação da jornada normal “sem fazer nenhuma limitação ao período de duração da sobrejornada”.


A relatora disse que a norma, inserida no capítulo relativo à proteção do trabalho da mulher, representa uma medida de higiene, saúde e segurança do trabalho e, portanto, não poderia ser suprimida. O voto foi seguido por unanimidade.

Processo ARR-339-21.2015.5.09.0013

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

07/06/2018 - Juíza concede liminar para dissolução de sindicato fantasma em Araraquara


Ainda que a Constituição Federal proíba a interferência do poder público nas organizações sindicais, essas entidades ficam suscetíveis às medidas judiciais quando houver vícios e erros das administrações. Com esse entendimento, a 1ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP) determinou a dissolução de um sindicato “fantasma”.


A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho contra o Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos de Araraquara e Região, com pedido de tutela de urgência para interromper as atividades sindicais. O MPT argumentou que a ré, mesmo com existência formalizada, jamais atuou na defesa da categoria e é administrada por uma família especializada em se apossar de entidades para lucrar com as contribuições.


Consta nos autos que os mesmos familiares que gerenciam o sindicato das domésticas também controlavam o Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade de Araraquara e Região, que teve intervenção judicial decretada após inquérito, e o Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios em Geral de São Carlos, do qual foram judicialmente afastados.


Na defesa, os responsáveis alegam que o sindicato das empregadas e dos trabalhadores domésticos é “regularmente constituído” e que os interesses da categoria são defendidos “apesar das dificuldades estruturais”.


A juíza Camila Trindade Válio Machado concedeu a liminar por constatar risco de dano imediato irreparável ou de difícil reparação se o sindicato continuar com suas atividades. Foi decretado prazo de dez dias para que a decisão seja cumprida, sob risco de multa diária de R$ 1 mil limitada a R$ 20 mil.


Sem teto

A juíza afirmou que, apesar de a Constituição proibir a interferência e intervenção na organização sindical, ficou evidente que o réu nunca chegou a funcionar como entidade sindical.


O sindicato, segundo a sentença, “não demonstrou possuir sede, não elegeu regularmente os membros de sua diretoria, não promoveu homologação de rescisões contratuais, ou seja, não cumpriu o seu mister constitucional de promover a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”.


“O poder público não pode intervir ou interferir na organização sindical via ato administrativo, contudo, poderá reprimir vícios e erros das administrações das organizações sindicais através de medidas judiciais, principalmente para submetê-las aos pressupostos do regime democrático, da legitimidade e legalidade, como qualquer entidade de direito privado, bem como para resguardar a liberdade individual dos integrantes da categoria”, disse Camila Machado.


“A existência de um sindicato inoperante inviabiliza o surgimento de uma entidade sindical legitimamente comprometida com a defesa dos interesses da categoria, revelando-se uma flagrante lesão aos direitos dos trabalhadores”, concluiu. Cabe recurso ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Trabalho.

Processo 0010032-77.2018.5.15.0006

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

07/06/2018 - Usuários do peticionamento eletrônico devem se cadastrar para utilizar novo sistema


O peticionamento eletrônico no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ganhou um upgrade que vai facilitar consideravelmente a rotina de trabalho dos profissionais que utilizam a ferramenta.


A Central do Processo Eletrônico, que, além do peticionamento, inclui a visualização de processos e o gerenciamento personalizado, será lançada ainda em junho no portal do STJ. É um espaço que vai unificar diversos serviços relacionados ao processo eletrônico.


Para o primeiro acesso, o usuário deve se cadastrar (usando um computador) e criar login e senha. No caso do advogado, o certificado digital será solicitado durante esse procedimento (uma única vez) e os dados serão validados no cadastro da Ordem dos Advogados do Brasil, de forma automática.


A partir de então, o computador poderá ser substituído por outro dispositivo, como um tablet e até um smartphone com internet. Com apenas o login e a senha, será possível não apenas peticionar, como também gerenciar os próprios processos e demais conteúdos nesse espaço que foi pensado e idealizado para o cliente externo do STJ – advogados, partes, defensores públicos, procuradores, tribunais, Ministério Público e entes públicos.


Entes públicos

Os representantes dos entes públicos não credenciados devem encaminhar ofício e formulário padronizado – juntamente com os documentos nele indicados (digitalizados) – à Secretaria dos Órgãos Julgadores (SOJ), por meio do endereço eletrônico soj@stj.jus.br.


Será fornecida uma senha ao administrador indicado pelo órgão, ao qual compete cadastrar os demais usuários para acesso à Central do Processo Eletrônico.


Em caso de dúvidas, entre em contato pelo telefone (61) 3319-8410 ou pelo e-mail informa.processual@stj.jus.br.

Fonte: STJ

 


 

06/06/2018 - Em nome dos trabalhadores, NCST denuncia governo brasileiro por violações a convenções internacionais da OIT


Representando a toda delegação sindical dos trabalhadores brasileiros na 107ª Conferencia Internacional da Organização Internacional do Trabalho – OIT, o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, José Calixto Ramos, discursou, nesta terça–feira (05/06), sobre as frequentes violações de convenções internacionais conduzidas pelo governo. Líder sindical destacou situação de calamidade que assola a classe trabalhadora em consequência da aprovação de “reformas” que aniquilam arcabouço de leis sociais e de proteção ao trabalho resultantes da Constituição de 1988.

 

Confira: https://www.youtube.com/watch?v=J7ANNGtgi80

Fonte: NCST

 


 

06/06/2018 - Reforma trabalhista é maior ataque a direitos sindicais no Brasil


Representantes dos trabalhadores reforçaram denúncia contra a reforma trabalhista brasileira nesta terça-feira (5) durante a 107ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra (Suíça). Debate na Comissão de Aplicação de Normas Internacionais do Trabalho da OIT analisa a inclusão do Brasil entre os 24 países violadores de normas internacionais do trabalho. Relatório sobre o debate é aguardado para ser divulgado nesta quinta-feira (7).


Presente em Genebra, o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) José Calixto confirmou que a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita violaram a Convenção 98 da OIT, que prevê a proteção à organização sindical. O dirigente enumerou alguns itens da Lei 13.467/2017 apresentada no Congresso e sancionada pelo governo de Michel Temer.


Calixto mencionou a autorização dada pela nova lei para que mulheres gestantes e lactantes trabalhem em locais insalubres e também a admissão de contratos terceirizados para quaisquer áreas da empresa. O sindicalista também mencionou a retirada da obrigatoriedade da contribuição sindical que, com a nova lei, passou a ser facultativa.


“Todas essas mudanças foram feitas sem respeito à negociação coletiva e ao diálogo social. O propósito do governo é a aniquilação dos sindicatos, na contramão da OIT, que reconhece a existência de sindicatos fortes, além de bem estruturados para não prejudicar os trabalhadores brasileiros”, discursou Calixto.


O dirigente lembrou ainda o contingente de 27 milhões de desempregados e subocupados no Brasil. “Número maior do que a população de muitos países”, comparou Calixto. Na opinião dele, esse quadro tende a se agravar com o descumprimento da Convenção 98 da OIT incentivada pela reforma trabalhista.

 

Mais grave ataque a direitos sindicais

O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, enfatizou que a reforma trabalhista permite acordos individuais o que, segundo o dirigente, exclui trabalhadores da representação dos sindicatos. Ele citou pesquisa da Universidade de São Paulo que apontou queda de 34% no número de acordos coletivos nos primeiros meses deste ano.


“Este caso [aprovação da reforma trabalhista] é o mais grave ataque aos direitos dos trabalhadores em toda a história de nosso país e é o mais grave ataque aos direitos sindicais da história brasileira. É, ainda, uma grave violação às Convenções 98 e 154 e, consequentemente, um grave desrespeito à OIT e seus órgãos de controle”, destacou Lisboa. Ele ainda enfatizou que a reforma formalizou contratações precárias.


Anamatra critica ataque do governo brasileiro à OIT

A postura do ministro do Trabalho na Conferência da OIT demonstrou o desinteresse pelo diálogo ao atacar a credibilidade dos técnicos da Organização sobre a inclusão do país na lista suja da entidade internacional, afirmou Noemia Porto, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalhado (Anamatra).


Ela acompanhou os debates desta terça e afirmou que a fala do ministro Helton Yomura não rebateu com objetividade o relatório da entidade que levou o país a se explicar na conferência. Segundo Noemia, o relatório é feito por “técnicos independentes que pertencem ao comitê de aplicação de normas internacionais”.


A diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, Luciana Conforti, completou que os argumentos técnicos são baseados em dados objetivos e nas normas internacionais do trabalho, especialmente a Convenção 98 da OIT.


“Lamentável os ataques ao Comitê de Peritos e à própria OIT, que possui histórico inegável na evolução e proteção internacional ao Direito do Trabalho. Acusações sobre a parcialidade dos peritos e de que a OIT está sendo instrumentalizada politicamente não esclareceram o que era essencial: a reforma trabalhista permite negociações coletivas que piorem as condições de trabalho e isso viola a Convenção 98 da OIT”, analisou.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

06/06/2018 - Centrais lançam agenda prioritária dos trabalhadores


Sob ataque feroz do capital e do mercado, as centrais sindicais lançam, nesta quarta-feira (6), por meio do Fórum das Centrais, a partir das 10h, a chamada “agenda prioritária da classe trabalhadora”. Trata-se de pauta com 22 itens que vai ser apresentada aos candidatos às eleições deste ano.


Assinada pelas centrais — CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT — a agenda vai ser divulgada em evento na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Trata-se de documento com “propostas para o desenvolvimento do Brasil”, afirmam as entidades. O texto foi discutido durante meses entre as centrais, sob coordenação do Dieese.


As centrais sindicais irão apresentar “propostas para uma agenda socioeconômica de transformação, orientada pelo combate a todas formas de desigualdade, pela promoção do emprego de qualidade, pela liberdade, democracia, soberania nacional e justiça social.”


Entre as medidas emergenciais, estão ações de combate ao desemprego, com retomada de obras de infraestrutura e políticas de apoio aos desempregados. Os sindicalistas também querem a revogação da Lei 13.467, que trata da Reforma Trabalhista.

Fonte: Diap

 


 

06/06/2018 - OIT decide se Brasil pode sair de lista de suspeitos de violações


Entidade analisa quinta-feira as explicações sobre reforma trabalhista


O Comitê de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra (Suíça) decide na próxima quinta-feira (7) se aceita as explicações do governo brasileiro que a reforma trabalhista respeita os acordos e negociações coletivas, conforme determina a chamada Convenção 98. A decisão ocorre no momento em que o Brasil foi incluído na relação de países suspeitos de violação dos direitos trabalhistas.


Os especialistas avaliam três possibilidades sobre o caso brasileiro. A primeira é que a reforma trabalhista, aprovada no final do ano passado, segue os princípios da Convenção 98. Os especialistas podem ainda pedir que o governo apresente mais esclarecimentos e, por fim, há, ainda a possibilidade de definir que uma comissão de especialistas seja enviada ao Brasil para analisar de perto o que define a reforma.


Na semana passada, a OIT incluiu o Brasil na lista dos 24 casos considerados como mais graves de suspeitas de violações de direitos trabalhistas pela Comissão de Normas por dúvidas envolvendo a reforma trabalhista, principalmente, as negociações coletivas. O foco das críticas está na Convenção 98 da OIT.


Convenção 98

Estabelecida em 1949, a Convenção 98 da OIT tem o objetivo de promover negociações livres e irrestritas, o que está previsto também na legislação trabalhista brasileira em vigor desde novembro de 2017. O Brasil ratificou a convenção em 1952.


Em setembro do ano passado a Central Única dos Trabalhadores (CUT) entrou com uma representação de contestação na OIT levantando dúvidas sobre se a reforma trabalhista, que seria aprovada em dezembro, poderia romper com acordos coletivos trabalhistas e retirar direitos dos trabalhadores.


Dois meses depois, em novembro de 2017, o Comitê de Peritos da Organização, formado por 20 especialistas internacionais – advogados, direito do trabalho, direito internacional e direito comparado – analisou o recurso da CUT e pediu esclarecimentos ao Brasil.


Nas primeiras análises, o comitê informou que observava “com preocupação” a reforma e que as mudanças poderiam gerar a “derrogação de direitos” - levar à anulação os acordos anteriores. Em seguida, o Ministério do Trabalho apresentou explicações.


Questionamentos

Na sessão da OIT realizada nesta terça-feira (5), representantes do governo brasileiro, no caso o ministro do Trabalho, Helton Yomura, do setor empresarial e dos patrões, além dos empregados apresentaram suas explicações por cerca de quatro horas.


Para o governo brasileiro, o Comitê de Peritos agiu politicamente, pois não havia tempo hábil para analisar os impactos da reforma trabalhista em setembro do ano passado, uma vez que foi aprovada apenas em dezembro de 2017. O governo federal defende que uma análise ocorra a partir de 2 anos de vigência das novas regras.


As centrais sindicais alegam que a reforma trabalhista retirou direitos consolidados dos trabalhadores, pois haveria a possibilidade do negociado prevalecer sobre o legislado para retirar ou reduzir direitos e de ocorrer negociação direta entre trabalhador e empregador, sem a presença sindical.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/06/2018 - Indústria brasileira cresce 0,8% de março para abril


A produção industrial brasileira teve um crescimento de 0,8% de março para abril deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta veio depois de uma queda de 0,1% em março.


Na comparação com abril de 2017, a indústria cresceu 8,9%, sua 12ª alta consecutiva e a mais acentuada desde abril de 2013 (9,8%).


A produção industrial também acumula altas de 4,5% no ano e de 3,9% em 12 meses. No acumulado de 12 meses, a indústria teve o maior desempenho desde maio de 2011 (4,5%).


passagem de março para abril, as quatro grandes categorias econômicas tiveram alta, com destaque para os bens de consumo duráveis (2,8%). Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram crescimento de 1,4%.


Bens de consumo

Os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados do setor produtivo, anotaram aumento de 1%. Os bens de consumo semi e não duráveis avançaram 0,5%.


Metade dos 26 ramos industriais pesquisados teve alta na produção, entre eles, os segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), produtos alimentícios (1,4%) e outros equipamentos de transporte (14%).


Por outro lado, onze ramos reduziram a produção em abril. Os principais responsáveis por frear o crescimento da indústria foram os setores de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-7,3%), máquinas e equipamentos (-3,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4%) e produtos de borracha e de material plástico (-2%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/06/2018 - Justiça do Trabalho suspende processo de privatização da Eletrobrás


A Eletrobrás foi informada de decisão de tutela de urgência do juízo da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro (Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região), determinando que a companhia e distribuidoras se abstenham do processo de desestatização para que apresentem estudo de impacto sobre os contratos de trabalho. Em fato relevante, a empresa diz que “analisará as medidas cabíveis e manterá o mercado informado.”


As demais rés são Amazonas Energia, Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e Companhia Energética do Piauí (Cepisa). As empresas devem apresentar individualmente ou de forma coletiva no prazo de até 90 dias estudo sobre o impacto da privatização nos atuais contratos de trabalho.


Como publicado pelo Broadcast no último dia 1º (sexta-feira), segundo fontes, a privatização da Eletrobrás não deve sair este ano. O desgaste do governo, acentuado pela greve dos caminhoneiros, e a proximidade do calendário eleitoral inviabilizaram a aprovação, ainda neste ano, do projeto que permite a desestatização.


Responsável por colocar o projeto em votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já admite nos bastidores que dificilmente a medida será votada antes das eleições. O projeto foi enviado no dia 22 de janeiro, mas está emperrado em comissão especial da Câmara, de onde ainda precisaria seguir ao plenário da Câmara.


Propostas legislativas

Tramitam no Congresso Nacional 2 proposições que visam privatizar a Eletrobras. Trata-se da MP 814/17, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse não iria votar.

A outra, também de iniciativa do governo, é o PL 9.463/18, que está pronto para votação do parecer favorável, com substitutivo do relator, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), na comissão especial. (Com Estadão)

Fonte: Diap

 


 

06/06/2018 - Ferraço enterra PLC 30/15; prazo para contratos de terceirizados pode ser superior há 4 anos, segundo relator


O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) apresentou, na última segunda-feira (4), parecer favorável ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 195/15, do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), que altera o Código Civil para dispor sobre a estipulação do prazo do contrato de prestação de serviço entre empresas — terceirizados — que poderá ser superior a 4 anos.


O texto do projeto altera o Código Civil (Lei 10.406/02) sob a justificativa de que, como não existe entre empresas pessoalidade nem subordinação, não se justifica estipular a limitação de 4 anos para a duração do contrato como consta atualmente no Código Civil.


Em junho de 2016, o projeto havia entrado na pauta do plenário. Mas, na ocasião, requerimento de adiamento de discussão do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) retirou a matéria da agenda de votações.


O relator, senador Ricardo Ferraço, apresentou voto favorável ao PLC 195, com a rejeição do PLC 30/15, e dos PLS 87/10, 447/11 e 339/16.


No parecer, Ferraço julga ter havido perda de objeto dos projetos supracitados. Com posições mais ou menos favoráveis à terceirização, “os projetos versam sobre assunto já longamente debatido e decidido pelo Congresso Nacional com a aprovação da Lei 13.429, de 31 de março de 2017, que ampliou a terceirização para as atividades-fim da empresa; e da Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, que trata da chamada Reforma trabalhista.”


Na prática, o relator inviabiliza, em seu parecer, qualquer revisão na questão da terceirização e ainda aumenta o prazo de validade do contrato de prestação de serviços pelos terceirizados.


Tramitação

O parecer está pronto para votação na Comissão de Assuntos Econômicos. Caso seja aprovado nessa, decisão mais provável, a matéria segue para apreciação da Comissão de Constituição de Justiça.

Fonte: Diap

 


 

06/06/2018 - Projeto que incentiva contratação de empregados acima de 55 anos está na pauta da CDH


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove reunião na quarta-feira (6), a partir das 14h, com 16 itens na pauta de votações. Entre eles, o PLS 236/2017, do senador licenciado Cidinho Santos (PR-MT), que estabelece cotas e políticas de incentivo às empresas para a contratação de trabalhadores com mais de 55 anos de idade.


De acordo com o texto, que tem o parecer pela aprovação feito pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), empresas com número de funcionários entre 26 e 50 deverão ter ao menos um com no mínimo 55 anos de idade. Esta cota sobe para 5 nas empresas que tenham entre 51 e 100 empregados. E naquelas que possuem mais de 100 funcionários, a cota será de 5% das vagas. O projeto veda o uso desses funcionários em atividades insalubres de grau máximo. Eles também não poderão ter seus contratos rescindidos sem justa causa caso faltem menos de 6 meses para a obtenção da aposentadoria.

Fonte: Agência Senado

 


 

06/06/2018 - Seguro-desemprego para trabalhadores extrativistas é aprovado na CAE


Assim como acontece com pescador profissional durante o período de defeso, os seringueiros, produtores de açaí e outros extrativistas vegetais que exerçam atividade profissional ininterruptamente, de forma artesanal ou em regime de economia familiar, poderão ter direito a receber seguro-desemprego enquanto estiverem impedidos de trabalhar. É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado 156/2018, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), aprovado nesta terça-feira (5) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).


A matéria, que segue para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), altera a Lei 10.779/2003, que garantiu o benefício de Seguro Desemprego ao Pescador durante o período do defeso. A nova redação proposta por Vanessa estende ao trabalhador extrativista vegetal o pagamento de um salário mínimo (hoje, R$ 954,00), no período em que a atividade for considerada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como estando imprópria ou não recomendável.


— Como ocorre na pesca, o extrativismo vegetal sofre com a quebra na regularidade da renda e também envolve um significativo contingente populacional, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. No extrativismo vegetal, as atividades, além de caracterizadas pela sazonalidade, devem ser, muitas vezes, limitadas ou mesmo proibidas por normas legais, como forma de assegurar sua sustentabilidade – argumentou Vanessa Grazziotin.


Só terá direito ao seguro-desemprego o trabalhador extrativista vegetal que não tenha outra renda. O projeto ainda determina que o trabalhador extrativista beneficiário não poderá, no mesmo ano, receber mais de um benefício de seguro-desemprego decorrente de impedimentos de atividade extrativista relativos a espécies distintas. (Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

06/06/2018 - Supremo registra primeira ação a favor da reforma trabalhista


A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) ajuizou a primeira ação declaratória de constitucionalidade envolvendo a reforma trabalhista, pedindo que o Supremo Tribunal Federal reconheça dispositivo que passou a exigir autorização prévia e expressa do trabalhador para o desconto da contribuição sindical.


O relator do processo, ministro Edson Fachin, já determinou que a ADC seja apensada aos autos de uma ação contra o mesmo trecho da Lei 13.467/2017 (ADI 5.794, na pauta do Plenário no dia 28 de junho).


Fachin é relator de outras 15 ações contra o fim do “imposto” obrigatório. A Abert busca exatamente o contrário: “Se o trabalhador é livre para se sindicalizar — e para se manter assim — deve igualmente ter o direito de decidir se deseja, ou não, contribuir para o custeio do sistema sindical ao qual se vincula”, afirma a entidade.


Para a autora da nova ação, a mudança desafia o entendimento tradicional acerca da natureza jurídica da contribuição sindical e do papel dos sindicatos. Sustenta o cabimento da ADC diante de existência de controvérsia judicial relevante, com ações em trâmite nas mais diversas instâncias — propostas inclusive contra várias de suas emissoras filiadas.


A associação diz que já existem decisões com entendimentos antagônicos pelo país, ora privilegiando o novo estatuto, ora afastando sua aplicação por suposta incompatibilidade com a Constituição Federal.


Sentido oposto

Fachin já sinalizou que votará pela inconstitucionalidade do trecho que tornou facultativa a contribuição sindical. Em despacho no dia 30 de maio, o relator adiantou que a reforma trabalhista retira um dos pilares do modelo de sindicalismo fixado pela Constituição: tripé formado por unicidade sindical, representatividade obrigatória e custeio das entidades por meio de um tributo.


Para o ministro, o legislador acabou com a cobrança sem oferecer um período de transição para a implantação de novas regras relativas ao custeio de sindicatos e também permitiu à União promover renúncia fiscal sem analisar o impacto financeiro.


Além das ADIs sobre a contribuição sindical, tramitam outras oito questionando diversos trechos da Lei 13.647/2017, que mudou mais de 100 artigos da CLT. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

05/06/2018 - No auge do caos, um terço do país pedia por diretas já, segundo Ibope


Em pesquisa encomendada ao Ibope pelo próprio governo, um terço da população brasileira manifestou o desejo pelas eleições Diretas Já. A intenção do governo foi aferir as reações ao ‘Caos do Parente’ que provocou uma das maiores e mais caóticas greves já realizadas no país. Outro terço manifestou apoio à intervenção militar como solução para a falta de comando institucional, revelando a fissura democrática por que passa a compreensão do golpe.


“No auge da crise, um terço dos brasileiros, de acordo com as sondagens, defendia intervenção militar imediata no país. Outro percentual equivalente queria a realização de eleições antecipadas, e imediatas, para debelar a crise.


A sondagem foi feita pelo Ibope e entregue à equipe de comunicação do presidente Michel Temer.”

Fonte: Brasil247

 


 

05/06/2018 - Conferência OIT: entidades divulgam nota em defesa das normas internacionais, das instituições públicas e do acesso à Justiça


A Anamatra, com outras entidades, como os representantes do Ministério Público do Trabalho, de auditores fiscais do Trabalho e de advogados trabalhistas entregaram, nesta segunda-feira (4), em Genebra (Suíça), durante a 107ª Conferência Internacional da OIT, nota em defesa das normas internacionais, das instituições públicas e do acesso à Justiça. No portal da Anamatra


O documento, entregue ao integrante do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho da OIT Horacio Guido, rechaça as manifestações dos representantes do governo e do patronato brasileiros, seja em plenário, seja no documento denominado Information Supllied by Governments on the Application of Ratified Conventions (defesa do governo), porquanto em contrariedade com os números oficiais divulgados no Brasil, no tema do desemprego e da desafiliação social, assim como com as previsões das normativas internacionais com as quais as instituições se comprometeram.


Alerta da Anamatra

A Anamatra participa do evento como observadora, por intermédio de sua vice-presidente, Noemia Porto, e da diretora de Cidadania e Direitos Humanos, Luciana Conforti. O teor da nota também foi objeto de documento alerta, de autoria da Anamatra, entregue pelas magistradas durante a Conferência. Acesse as versões do documento em português e inglês.


A presidente da Associação Latino Americana de Advogados Trabalhistas (Alal), Luiza Fernanda Gomes Duque, em seu pronunciamento, também referiu o problema de acesso à justiça que consta na carta aberta divulgada pela Anamatra.

Fonte: Diap

 


 

05/06/2018 - Paulo Paim acusa governo de enfraquecer Petrobras visando sua privatização


O senador Paulo Paim (PT-RS) considera muito difícil explicar para a sociedade porque o combustível é tão caro no Brasil. Em pronunciamento nesta segunda-feira (4), se valeu de um esclarecimento vindo do professor Assis, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


Segundo Paim, o professor explicou as diferenças entre os valores de custo e preço praticados pela Petrobras. De acordo com Assis, o custo médio para a estatal produzir um litro de óleo diesel é de R$ 0,93. No entanto, por pressão do governo federal, o mesmo litro é vendido a R$ 2,33.


Além disso, os preços dos combustíveis sofrem com uma considerável carga tributária e há ainda outros valores, como os de transporte e de comercialização nos postos. Dessa maneira, o consumidor paga muito caro se considerado o custo de produção.


O senador acrescentou que a política de preços de combustíveis do governo de Michel Temer visa enfraquecer a Petrobras de maneira a facilitar a privatização da empresa. E lembrou que a margem de lucro da empresa entre a produção e a venda do diesel é de 150%.


- Essa margem extorsiva é uma imposição do governo que pretende elevar os preços praticados no mercado nacional independente de seus custos reais a um patamar que inviabilize a Petrobras diante de seus concorrentes - reiterou.

Fonte: Agência Senado

 


 

05/06/2018 - Ministério do Trabalho - Nota Oficial - Registros Sindicais

 

 - A respeito das ações decorrentes da operação Registro Espúrio, realizada pela Polícia Federal com o propósito de apurar eventuais crimes cometidos na concessão de registros sindicais, o Ministério do Trabalho informa que:


1) Por determinação do ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi aberta sindicância administrativa para apurar responsabilidades e punir os envolvidos nas irregularidades, mediante a aplicação das penalidades cabíveis.


2) O ministro Helton Yomura solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Facchin acesso à relação de servidores do Ministério que são alvo das investigações, para dar agilidade aos procedimentos da sindicância.


3) O secretário de Relações de Trabalho do Ministério, Eduardo Anastasi, determinou, por meio da Portaria nº 32/2018, a suspensão de todas as análises, publicações de pedidos, publicações de deferimento e cancelamentos de registro sindical pelo período de 30 dias. Determinou ainda que a Coordenação-Geral de Registro Sindical, a Coordenação-Geral de Relações do Trabalho e a Coordenação-Geral de Informações de Relações do Trabalho e Contribuição Sindical informem, no prazo de 10 dias, todos os processos acautelados em seus setores nos últimos 30 dias, em ordem cronológica, informando a data de entrada dos mesmos, sendo que, para os processos acautelados com mais de 60 dias, deverá ser informado o nome do responsável pelo processo, bem como a justificativa pela demora em sua distribuição e análise. O secretário solicitou ainda que forneçam lista de todas as cartas sindicais emitidas ou recusadas nos últimos 30 dias, indicando o número de processo das mesmas.


4) Os servidores envolvidos nas investigações foram dispensados dos cargos de confiança que ocupavam na Pasta.


5) O Ministério do Trabalho reitera seu compromisso com a legalidade, com a moralidade e com a ética, que devem permear as ações da Administração Pública, e informa que colaborará de forma irrestrita com as investigações. Aguardamos, dentro do tempo próprio da Justiça, que os fatos arrolados na investigação sejam devidamente apurados, em conformidade com o ambiente de isenção próprio do Estado de Direito. Verificadas as responsabilidades, este órgão não se eximirá de aplicar as penalidades previstas nos normativos vigentes.


6) Reforçamos ainda que, ao longo de seus 88 anos de existência, o Ministério do Trabalho se notabilizou como instituição que sempre primou pela modernização das relações de trabalho no Brasil e pela qualificada representatividade dos interesses maiores dos trabalhadores brasileiros. Nesse sentido e com esse espírito, continuará atuando com o máximo de rigor e transparência para esclarecer os fatos ora imputados a agentes públicos que fizeram ou ainda fazem parte de seu quadro, em absoluta sintonia e cooperação com as autoridades.


7) Ademais, resguardaremos e valorizaremos sempre a missão social de suma importância cumprida pela Secretaria de Relações de Trabalho, reguladora dos registros sindicais, para que a prestação de serviços por aquele setor seja realizada com o mais elevado grau de transparência e qualidade.

Fonte: MTb

 


 

05/06/2018 - Juiz diz que fim do imposto sindical é “absurdo jurídico” e determina pagamento


Magistrado diz que Congresso não poderia retirar caráter compulsório da cobrança


O juiz Volnei Mayer, da Vara do Trabalho de Estância Velha (RS), condenou a cidade de Dois Irmãos a pagar a contribuição sindical ao sindicato dos servidores públicos ligados àquele município. Na decisão, o magistrado sustenta que a contribuição é um tributo e, por isso, o Congresso Nacional não poderia retirar o caráter compulsório da cobrança, “sob pena de criar um tributo facultativo – já que não revogou a lei – o que caracteriza um absurdo jurídico”.


Mayer sustenta, ainda, que é necessário conceder uma liminar à entidade por ser “crível” garantir ao sindicato sua fonte de custeio. “A supressão poderá trazer prejuízos irreparáveis, porquanto a contribuição tem destinação assistencial que se desenvolve pela atuação sindical”, diz.


Segundo o magistrado, com o fim do tributo, filhos de trabalhadores poderão ficar sem creche, sem serviços médicos, dentários, farmacêuticos, atividades de lazer, prestação de serviços jurídicos, entre outros serviços.


Destaca, também, que a unicidade sindical está prevista na Constituição. “Com efeito, se houvesse pluralidade sindical haveria a possibilidade de escolha por parte dos trabalhadores de um sindicato com condições financeiras ou com condições de manter a defesa e os interesses da categoria profissional. Na unicidade, não há opção. A representação é compulsória”, alega.


Na ação, o sindicato, representado pelo escritório Britto e Lemmertz Advogados Associados, alegou que o não pagamento do imposto poderia causar danos irreversíveis à entidade. “A não concessão da tutela resultaria no esvaziamento da principal fonte de custeio da entidade sindical e todo o sistema de representação, causando danos extremos ao funcionamento do sindicato e, por conseguinte, à prestação da assistência aos trabalhadores, que são, ao mesmo tempo, contribuintes e usuários do serviço prestado pelo sindicato”, sustentou.

Fonte: Jota

 


 

05/06/2018 - Justiça quer que Congresso instale CPI da dívida pública


O juiz Waldermar Cláudio de Carvalho, da Justiça Federal de Brasília, determinou que o Congresso instale Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para realizar auditoria da dívida pública brasileira. O magistrado atendeu pedido da Associação Auditoria Cidadã da Dívida, que representa dezenas de entidades, principalmente sindicatos de servidores. No jornal Hora do Povo


No pedido, a entidade diz que em 2016 a dívida pública alcançou R$ 4,5 trilhões, e vem crescendo apesar do pagamento de “juros extorsivos”, remuneração de bancos privados e prejuízos ao Banco Central em operações de câmbio. Em 2017 foram pagos somente a título de juros R$ 400 bilhões.


Na decisão, o juiz federal Waldermar Cláudio de Carvalho mandou notificar o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para instalar a comissão em 30 dias, sob pena de pagamento de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. A CPI terá até o final da atual legislatura, que termina em fevereiro de 2019, para concluir os trabalhos.


“A população brasileira tem sofrido há quase três décadas com os inúmeros contingenciamentos do orçamento público para pagamento da dívida, em evidente prejuízo às diversas políticas públicas que deixaram de ser promovidas pelos últimos governos em razão da escassez de recursos financeiros, em especial, na área da saúde, da educação e da segurança pública”, diz a decisão.


Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que recorrerá contra a decisão. “A AGU sustenta que a decisão afronta a separação dos poderes, razão pela qual deve ser revogada”, acrescentou o órgão.


O recurso irá para a própria Justiça Federal ou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramita ação com o mesmo objetivo, de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que tem como relator o ministro Luís Roberto Barroso.

Fonte: Diap

 


 

05/06/2018 - Faturamento da indústria cresce 1,5% em abril, aponta CNI


O faturamento da indústria aumentou 1,5% em abril na comparação com março, informou a Confederação Nacional da Indústria nesta segunda-feira (4), por meio do relatório Indicadores Industriais. O dado é referente à série livre de influências sazonais. Com esse resultado, o indicador de faturamento industrial fechou o quadrimenstre (de janeiro a abril) com alta de 6,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos reais, o faturamento atual é 12,2% superior ao registrado há 12 meses.


"Os Indicadores Industriais de abril indicam que a indústria retomou sua recuperação, embora esse processo seja lento e ainda esteja longe de ser concluído", diz um trecho do relatório.


Ainda de acordo com a pesquisa, as horas trabalhadas na produção também aumentaram 2,2% em abril, após uma sequência de duas quedas consecutivas, em fevereiro e março. A utilização da capacidade instalada ficou praticamente estável em 78%, com leve recuo de 0,1 ponto percentual em abril na comparação com março. Conforme a CNI, a utilização média da capacidade instalada no primeiro quadrimestre é 1,2 ponto percentual superior à do mesmo período de 2017.


Já o emprego na indústria cresceu 0,1% em abril na comparação com março, na série dessazonalizada. Foi o oitavo mês consecutivo de crescimento do emprego, que registra uma expansão de 0,7% no primeiro quadrimestre na comparação com o mesmo período de 2017.


Baixas

A massa real de salários caiu 0,4% e o rendimento médio real dos trabalhadores também diminuiu 0,4% em abril frente a março, na série dessazonalizada. Segundo a CNI, o resultado mostra "que o mercado de trabalho ainda segue em fase de ajustes". Apesar disso, na comparação do primeiro quadrimestre com o mesmo período de 2017, a massa real de salários aumentou 1,8% e o rendimento médio real do trabalhador subiu 1,1%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

05/06/2018 - Mercado financeiro prevê menor crescimento do PIB e inflação maior


O mercado financeiro continua reduzindo a projeção para o crescimento da economia e aumentando a estimativa de inflação.


De acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada na internet todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2,37% para 2,18%. Essa foi a quinta redução seguida. Para 2019, a previsão permanece em 3% há 18 semanas consecutivas.


A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,60% para 3,65% neste ano no terceiro aumento seguido. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4% para 4,01%.


Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta, que é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.


Taxa básica de juros

Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.


Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.


Para cortar a Selic, o BC precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera que alterações anteriores foram suficientes para chegar à meta.


Para o mercado, a Selic deve permanecer em 6,50% ao ano até o fim de 2018 e subir ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.


Dólar

A previsão para a cotação do dólar no fim do ano subiu de R$ 3,48 para R$ 3,50. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,47 para R$ 3,50.


A projeção para o superávit comercial subiu de US$ 57,15 bilhões para US$ 57 bilhões neste ano, e de US$ 49,80 bilhões para US$ 49,30 em 2019.

Fonte: Agência Brasil

 


 

05/06/2018 - Semana da Conciliação na Justiça do Trabalho soma R$ 874 milhões em acordos


A 4ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, promovida em maio, registrou a homologação de 30,4 mil conciliações no período e acordos de R$ 874 milhões (incluindo R$ 27 milhões para os cofres públicos, com recolhimento previdenciário e Imposto de Renda).


Os números representam aumento na comparação com a edição de 2017, quando os 24 tribunais regionais do Trabalho validaram 26,5 mil acordos e arrecadaram R$ 787,8 milhões (sem correção monetária).


Neste ano, as audiências de primeiro grau resultaram em R$ 694 milhões, enquanto em segunda instância os valores somaram R$ 141 milhões. Durante a Semana da Conciliação, foram feitas cerca de 33% a mais de audiências em relação a uma semana normal. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

05/06/2018 - Costureira não terá de fazer exame anual para provar que está incapacitada para o trabalho


A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu de decisão judicial a determinação para que uma costureira da Calçados Hispana Ltda. se submetesse a exames médicos periódicos como condição para a manutenção de pensão mensal vitalícia decorrente de doença profissional. Segundo a Turma, não há previsão em lei para a renovação da indenização por dano material em caso de incapacidade para o trabalho.


A conclusão supera o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) sobre o caso. O TRT confirmara sentença em que a Hispana havia sido condenada a pagar pensão mensal à costureira, que ficou incapacitada total e permanentemente para o trabalho em decorrência de doenças causadas por esforços repetitivos. No entanto, determinou que ela apresentasse em juízo, anualmente, exames periódicos que atestassem a manutenção da incapacidade. Caso não comparecesse, a empresa ficaria desonerada do pagamento da pensão e das despesas de tratamento até que a empregada fizesse a comprovação.


Em recurso de revista ao TST, a costureira questionou a necessidade do exame, e a decisão lhe foi favorável. O relator, ministro Mauricio Godinho Delgado, disse que o artigo 950 do Código Civil, ao prever o pagamento da pensão em decorrência da depreciação da capacidade de trabalho, não estabeleceu requisito para renovar a indenização pelo dano material. O valor da reparação cobre as despesas com tratamento e os salários que deixaram de ser recebidos em função da inatividade causada pela doença.


Para o relator, a obrigação imposta pelo TRT não é razoável. "Se, nos termos do laudo pericial, a empregada se encontra total e permanentemente incapacitada para o trabalho, a presunção de continuidade de tal situação milita a seu favor”, afirmou. De acordo com o ministro, no caso de mudança no estado de saúde da costureira, com o restabelecimento de sua capacidade para o serviço, “cabe à empresa provocar o Judiciário para o reexame da questão”.


Por unanimidade, os integrantes da Terceira Turma acompanharam o voto do relator. A Turma também negou provimento a embargos de declaração opostos pela indústria de calçados. Processo: ARR-10500-26.2006.5.20.0005

Fonte: TST

 


 

05/06/2018 - Demora em ajuizar ação não retira de membro da Cipa direito a indenização estabilitária


A Concremat Engenharia e Tecnologia S.A. terá de pagar a um técnico mecânico os salários relativos ao período de estabilidade a que ele tinha direito como membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Para a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, a demora no ajuizamento da ação não retira o direito à indenização substitutiva, que corresponde aos salários do período compreendido entre a data da dispensa e a do final da estabilidade.


Demitido em agosto de 2013, o técnico informou, na reclamação trabalhista, que fora eleito para a Cipa em dezembro de 2012 e que até o fim de 2014 não poderia ser dispensado. Pediu, assim, a reintegração ao emprego ou a indenização pelo tempo restante da estabilidade.


A empresa, em sua defesa, disse que o técnico havia pedido demissão, renunciando assim à garantia de emprego, por estar ciente de que seria dispensado por justa causa em razão de faltas e de indisciplina. Mas, para não prejudicar seus direitos, a empregadora teria preferido demiti-lo sem justa causa.


O depoimento do preposto da Concremat confirmou, para o juízo da 4ª Vara do Trabalho de Parauapebas (PA), que a dispensa se deu em razão do término do contrato. O mesmo preposto afirmou ter ciência da vedação legal à dispensa. Com base na Súmula 396 do TST e no artigo 10, inciso II, alínea "a", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o juízo de primeiro grau condenou a Concremat ao pagamento da indenização substitutiva.


O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AM), no entanto, no exame de recurso ordinário, julgou improcedente a indenização. Para o TRT, a estabilidade do cipeiro é direito da categoria, e não vantagem pessoal do empregado. A decisão considerou também que o técnico ajuizou a ação quase um ano depois de receber as verbas rescisórias, o que configuraria renúncia tácita à estabilidade pretendida.


O relator do recurso de revista do empregado ao TST, ministro Mauricio Godinho Delgado, assinalou que, de acordo com a Súmula 396, item I, após o término do período de estabilidade, o empregado não tem assegurada a reintegração, mas lhe são devidos os salários correspondentes. "Não existe lei que imponha ao empregado o ônus de ajuizar a ação antes de terminado o período de estabilidade a que tem direito", afirmou, lembrando que, não raro, a tramitação das ações trabalhistas excede o prazo de garantia do emprego.


O ministro atentou também para o caráter sancionador da medida. "Se o empregador, violando a garantia, dispensa o empregado detentor de estabilidade, a sanção é a reintegração ou a indenização supletiva", concluiu.


Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso de revista para restabelecer a sentença em que a empresa havia sido condenada ao pagamento da indenização substitutiva. Processo: RR-1941-45.2014.5.08.0131

Fonte: TST

 


 

04/06/2018 - Centrais lançam “Nova Agenda da Classe Trabalhadora” dia 6 de junho


O documento, parte de ação conjunta das centrais sindicais (CTB, CSB, CUT, Nova Central, Força Sindical, UGT e Intersindical) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), contém 20 pontos sobre os desafios do Brasil de hoje, sobretudo após a agenda regressiva implementada por Michel Temer em 2 anos de gestão ilegítima. No portal Rádio Peão Brasil


O secretário-geral da Força Sindical João Carlos Gonçalves, Juruna, ressalta que o momento exige reflexão e atitude dos dirigentes sindicais com relação às mudanças nas relações de trabalho, nas formas de produção e comércio, e no financiamento sindical.


“Voltamos 20 anos em 2 e o objetivo do documento é apresentar as propostas da classe trabalhadora para a próxima etapa da luta. Com esse documento, o Fórum das Centrais ratifica que não aceitará nenhum projeto que não esteja comprometido com um projeto de país que tenha como centro a retomada do crescimento, com geração de emprego, valorização do trabalho e distribuição de renda”, ressaltou Adilson Araújo, presidente da CTB.


Ele indicou que o documento também será lançado no Congresso Nacional. “Faremos um corpo a corpo com os parlamentares em torno desta nova agenda”, emendou.


Francisco Pereira de Souza Filho, Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT destaca que o momento é propício para que os trabalhadores reafirmem a posição diante dos teus interesses. “Estamos em ano eleitoral e o movimento sindical precisa apresentar uma pauta que contenha as principais reivindicações dos trabalhadores. A pergunta que fica é, como o próximo governo vai encarar a questão do financiamento sindical? E consequentemente as relações trabalhistas, já que os sindicatos são mediadores nas negociações entre os trabalhadores e patrões para garantir os direitos já existentes e conquistar ganhos reais”.


O lançamento da “Agenda prioritária da Classe Trabalhadora 2018” vai começar às 10 horas, na sede do Sindicado dos Químicos de São Paulo, na Rua Tamandaré, 348, na Liberdade.

Fonte: Diap

 


 

04/06/2018 - Fachin considera inconstitucional fim da contribuição sindical obrigatória


Ao acabar com a obrigatoriedade da contribuição sindical sem criar um debate profundo sobre o sistema de sindicalização, a reforma trabalhista coloca em risco um direito garantido pela Constituição. Esse é o posicionamento do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, relator de 15 ações diretas de inconstitucionalidade contra o fim do repasse compulsório.


Fachin considerou grave a nova regra da Lei 13.647/2017, em despacho assinado nesta quarta-feira (30/5). Ainda assim, rejeitou pedido de liminar para suspender dispositivos do texto, porque a ADI está pautada para julgamento no dia 28 de junho, no Plenário da corte.


Ele se manifestou na segunda ação contra a reforma e a primeira questionando a contribuição facultativa (ADI 5.794), proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos. Dezenas de entidades e sindicatos atuam como amicus curiae no processo.


O ministro traçou um histórico sobre o Direito sindical brasileiro e afirmou que o modelo de sindicalismo criado pela Constituição sustenta-se em um tripé formado por unicidade sindical, representatividade obrigatória e custeio das entidades sindicais por meio de um tributo. Este último é a contribuição sindical, expressamente autorizada pelo artigo 149, e imposta pela parte final do inciso IV, do artigo 8º, da Constituição da República.
“Assim sendo, na exata dicção do texto constitucional, é preciso reconhecer que a mudança de um desses pilares pode ser desestabilizadora de todo o regime sindical”, afirma o ministro.


Para o julgador, o legislador não observou o quadro geral da situação sindical ao acabar com o tributo sem oferecer um período de transição para a implantação de novas regras relativas ao custeio das entidades sindicais.


“Assim, sob a perspectiva da inconstitucionalidade material, o argumento também ganha relevo em face da real possibilidade de frustrar e fazer sucumbir o regime sindical reconhecido como direito fundamental social pelo constituinte de 1988”, diz.


Fachin declarou que “admitir a facultatividade da contribuição, cuja concepção constituinte tem sido historicamente da obrigatoriedade, pode, ao menos em tese, importar um esmaecimento dos meios necessários à consecução dos objetivos constitucionais impostos a estas entidades”.


O ministro considerou ainda que a mudança no tributo representa renúncia fiscal pela União, que por isso deveria ter expressamente indicado a estimativa do impacto orçamentário e financeiro aos cofres públicos, com base no artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.


Outro debate

O Supremo já começou a julgar outra ação contra a Lei 13.647/2017, na qual a Procuradoria-Geral da República quer derrubar trecho que obriga a quem perder litígios pagar custas processuais e honorários advocatícios e periciais de sucumbência, mesmo se a parte for beneficiária da Justiça gratuita.


Assim como na análise sobre a contribuição sindical, Luiz Edson Fachin considerou inconstitucional qualquer mudança legislativa que restrinja o acesso à Justiça.


Para o ministro Luís Roberto Barroso, relator desse outro processo, os dispositivos questionados pela PGR são válidos por fazerem com que trabalhadores sejam mais responsáveis antes de procurar a Justiça do Trabalho. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Luiz Fux.


Clique aqui para ler o despacho. ADI 5.794

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

04/06/2018 - Governo dirá à OIT que 'modernização' não é precarização


Assessor do Ministério do Trabalho critica "politização" do caso


São Paulo – O governo brasileiro pretende afirmar perante a Organização Internacional do Trabalho (OIT) que a "reforma" trabalhista aprovada no ano passado não fere convenções internacionais, insistindo no termo "modernização" para se referir à Lei 13.467. No início da Conferência Internacional do Trabalho, nesta semana, em Genebra, o Brasil foi um dos 24 países incluídos na chamada short list, a lista curta, para dar explicações sobre as consequências da nova lei.


"O texto da Convenção 98 da OIT tem o objetivo de promover negociações livres e irrestritas, precisamente o que a modernização da legislação trabalhista buscou assegurar, sem descuidar das proteções legais aos trabalhadores, que tiveram todos os seus direitos previstos em Constituição assegurados pela nova lei", afirmou o ministro do Trabalho, Helton Yomura. Ele participará da conferência na semana que vem. O Ministério do Trabalho passou meses sem um titular, depois de tentativas fracassadas de emplacar a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Yomura, então, passou de interino a efetivo.


As centrais sindicais, que participam do encontro em Genebra, destacaram a inclusão do Brasil na também chamada lista suja da OIT. Os dirigentes defendem a revogação da lei.


O chefe da Assessoria Internacional do ministério, Ney Canani, afirmou que a questão foi "politizada" e se queixou que o caso foi antecipado por pressão das centrais, "sem justificação objetiva, transparente e adequada para tanto, desrespeitando o ciclo regular do processo". Ele afirmou que o governo responderá aos questionamentos no prazo previsto. "As centrais estão usando isso politicamente, para tentar fazer parecer que o Brasil está sendo condenado pela OIT, o que absolutamente não é o caso."

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

04/06/2018 - Ministério do Trabalho suspende concessão de registros sindicais


O Ministério do Trabalho suspendeu sexta-feira (1º) por 30 dias as análises, publicações de pedidos, publicações de deferimento e cancelamentos de registro sindical. A portaria com a medida foi publicada no Diário Oficial da União.


Caso haja necessidade administrativa, a suspensão pode ser prorrogada por mais 30 dias. Estão excluídos da medida os processos com determinação judicial para cumprimento imediato.


A publicação ocorreu depois que, na quarta-feira (30), a Polícia Federal realizou operação para investigar a existência de um esquema de concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho, obtidos mediante a indicação de políticos.


Os gabinetes dos deputados federais Jovair Arantes (PTB-GO), Wilson Filho (PTB-PB) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP) foram alvos de busca e apreensão.


Deputados negam participação

Os parlamentares afirmam que não participaram do esquema de indicações no Ministério do Trabalho. Desde 2016, o titular da pasta é indicado pelo governo após consultas ao PTB.


Na portaria, o Ministério do Trabalho dá dez dias para que a Coordenação-Geral de Registro Sindical, a Coordenação-Geral de Relações do Trabalho e a Coordenação-Geral de Informações de Relações do Trabalho e Contribuição Sindical informem todos os processos acautelados em seus setores, informando data de entrada e a ordem cronológica de datas assinadas nos últimos 30 dias.


Mandado de prisão

O atual secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Leonardo José Arantes, segundo na hierarquia da pasta, está na lista dos que tiveram mandados de prisão expedidos no âmbito da Operação Registro Espúrio.


Ele só não foi preso no último dia 30 pela Polícia Federal (PF) porque está na Inglaterra, em viagem de trabalho, como informou em sua página nas redes sociais. Segundo o Ministério do Trabalho, a previsão é que Arantes retorne no fim de semana.


A PF diz que está em contato com Arantes, que está em missão oficial no exterior, e que a expectativa é que ele se entregue às autoridades até domingo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

04/06/2018 - Desemprego sobe para 17,5% na região metropolitana de São Paulo


Pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com a colaboração do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), indica um crescimento na taxa de desemprego de 16,9% em março para 17,5% em abril na região metropolitana de São Paulo.


O desemprego aberto, que reúne os que procuram trabalho durante o mês, subiu de 13,6% para 14,5%, e o desemprego oculto, agrupando os que não procuram vagas, caiu de 3,3% para 3,0%.


O número de desempregados foi estimado em 1,943 milhão, crescimento de 83 mil em relação a março.


A taxa de desempregou subiu na capital paulista, passando de 16,3% em março para 16,8% em abril. Na região de Guarulhos e Mogi das Cruzes, ela foi de 20,5% para 21,9%, e ficou estável no ABC Paulista (de 16,6% para 16,5%).


O nível de ocupação não variou (0,1%) e o contingente de ocupados foi estimado em 9,159 milhões de pessoas.


O número de assalariados ficou estável, com aumento da carteira de trabalho assinada (0,7%) no setor privado. O total de trabalhadores autônomos também aumentou 0,7% e de empregados domésticos, subiu 3,1%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

04/06/2018 - Financiamentos públicos geraram mais de 79 mil postos de trabalho em 2017


Os programas de fomento a empresas e microempresários movimentaram quase R$ 5 bilhões em investimentos no país


Programas de fomentos de geração de emprego renda do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foram responsáveis por 79.613 empregos diretos e indiretos em 2017. Para estimular essas contratações e movimentar a economia, foram aplicados R$ 4,7 bilhões em operações de crédito com empreendimentos de pequeno porte por meio do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger).


Dos investimentos operacionalizados em 2017, o Proger Urbano Capital de Giro contratou R$ 962,4 milhões em 13.344 operações. Enquanto o Proger Urbano Investimentos desembolsou R$ 310,5 milhões em 4.626 contratos.


Para os pequenos empreendedores, a linha FAT PNMPO (Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado) financiou R$ 197 milhões em 34.240 operações de crédito.


Empregos - Os financiamentos públicos na geração de empregos tiveram mais impacto na Construção Civil, com 19.945 contratações diretas e 7.367 indiretas. Seguido pelo Comércio, com 7.896 empregos diretos e 1.318 indiretos. Em terceiro, o setor de máquinas e equipamentos, inclusive, manutenção e reparos, com 3.123 diretos e 5.759 postos ocupados indiretamente.


“O Proger já é reconhecido como importante instrumento de política pública, que se faz mediante a concessão de crédito financeiro a setores da economia para fomentar a manutenção e a geração de emprego e renda por meio de linhas especiais de crédito, aprovadas pelo Codefat”, explica o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes.


O Proger está presente em 4.899 cidades de todos os estados. Desde a sua criação em 1995, já foram aplicados mais de R$ 211 bilhões perfazendo mais de 21,8 milhões de operações realizadas.


O programa é financiado pelas aplicações do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e operacionalizados pelas instituições financeiras oficiais federais (Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, e Financiadora de Estudos e Projetos - Finep). Essas instituições financeiras seguem normas definidas pelas Resoluções do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e diretrizes da Programação Anual da Aplicação do FAT em Depósitos Especiais (PDE).

Fonte: MTb

 


 

04/06/2018 - Trabalhadores têm até 29 de junho para sacar abono salarial de 2016


Os trabalhadores que ainda não sacaram o abono salarial ano-base 2016 têm até o dia 29 de junho para retirar o dinheiro. Mais de dois milhões de pessoas com direito ao benefício ainda não resgataram o recurso. Elas representam cerca de 10% do total e a quantia disponível chega a R$ 1,75 bilhão. De acordo com Ministério do Trabalho, o prazo não será prorrogado.


Os empregados da iniciativa privada, vinculados ao Programa de Integração Social (PIS), sacam o dinheiro nas agências da Caixa Econômica Federal. Para os funcionários públicos vinculados ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), a referência é o Banco do Brasil.


O abono salarial de 2016 começou a ser pago em 27 de julho de 2017. Desde então, 22,14 milhões de trabalhadores receberam o dinheiro. Até 30 de abril, os valores sacados somam R$ 16,38 bilhões.


Quase metade do valor ainda disponível está na região Sudeste, onde mais de um milhão de trabalhadores não sacaram o recurso. A segunda região com maior número de pessoas com valores a receber é o Nordeste.


Os valores destinados ao abono salarial que não forem sacados retornarão para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para pagamento de seguro-desemprego e do abono salarial do próximo ano.


Quem tem direito

Para ter direito ao abono do PIS/Pasep é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos um mês em 2016 com remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, o trabalhador já deveria estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).


A quantia que cada trabalhador tem para receber é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente no ano-base, e varia de R$ 80 a R$ 954. Quem trabalhou durante todo o ano recebe o valor cheio. Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

04/06/2018 - Redução da jornada de trabalhador com filho deficiente é aprovada na CDH


O trabalhador do setor público e da iniciativa privada que tenha filho deficiente poderá ter sua jornada de trabalho reduzida. Esse é o teor do Projeto de Lei do Senado (PLS) 110/2016, aprovado nesta quarta-feira (30) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A matéria segue para análise terminativa na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).


De autoria do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), o projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para que o trabalhador que possua filho com deficiência tenha sua jornada de trabalho reduzida em 10% sem prejuízo de sua remuneração.


O texto considera pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que a incapacita para a vida independente e para o trabalho.


A redução da jornada de trabalho se dará mediante requerimento escrito formulado perante o empregador, devidamente instruído com laudo médico elaborado pelos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e certidão de nascimento do filho com deficiência.


O benefício terá que ser renovado a cada dois anos. A redução da jornada de trabalho será considerada como tempo de efetivo exercício para todos os fins legais – ou seja, não poderá ter interferência nas férias ou na aposentadoria.


De acordo com o senador Moka, a mudança na lei dá plena efetividade aos princípios constitucionais que protegem a dignidade humana e a família. Ele argumenta que a redução de jornada é um ônus que deve ser suportado pela sociedade e destaca que o percentual sugerido não vai gerar “muitos contratempos e transtornos para o empregador”. Segundo o autor, seu projeto busca proteger a pessoa com deficiência, além de colaborar para que o Brasil seja realmente uma República que respeita seus cidadãos.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

04/06/2018 - Turma afasta limitação de tempo de sobrejornada para pagamento do intervalo a mulher


A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a uma auxiliar da Mondelez Brasil Ltda. o direito a horas extras decorrentes do intervalo de 15 minutos do artigo 384 da CLT sempre que houve extrapolação da jornada contratual, independentemente do tempo de trabalho extraordinário. O artigo 384 prevê o período de descanso para mulheres entre o término da jornada habitual e o início das horas extras.


Ao prover o recurso de revista da auxiliar, a Turma reformou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) que havia deferido o pagamento do intervalo apenas quando o tempo de sobrejornada ultrapassasse 30 minutos da jornada habitual. Para o TRT, na ausência desse parâmetro, "o benefício se traduziria em prejuízo à trabalhadora, que demoraria muito mais para sair do trabalho quando necessitasse de alguns minutos para acabar seu serviço”.


No recurso ao TST, a auxiliar sustentou que o intervalo era devido independentemente do tempo ou da quantidade de horas extras realizadas no dia. A relatora, ministra Dora Maria da Costa, deu razão à empregada, destacando que o artigo 384 assegura um intervalo mínimo e obrigatório de 15 minutos em caso de prorrogação da jornada normal “sem fazer nenhuma limitação ao período de duração da sobrejornada”.


Ainda segundo a relatora, a norma, inserida no capítulo relativo à proteção do trabalho da mulher, representa uma medida de higiene, saúde e segurança do trabalho e, portanto, não pode ser suprimida. A decisão foi unânime. Processo: ARR-339-21.2015.5.09.0013

Fonte: TST