Blog - Notícias Anteriores - Setembro 2017
29/09/2017 -
CDH discute criação de nova consolidação das leis
trabalhistas pelo governo
29/09/2017 -
Paim condena intenção de novas alterações na
legislação trabalhista
29/09/2017 -
FST segue com agenda de ações do Movimento
Resistência - Por um Brasil Melhor
29/09/2017 -
Popularidade de Temer tem 3% de aprovação, diz
pesquisa CNI/Ibope
29/09/2017 -
TST declara greve dos Correios abusiva e determina
retorno imediato ao trabalho
29/09/2017 -
Comissão aprova suspensão de portaria que autorizou
leilão de usinas hidrelétricas operadas pela Cemig
29/09/2017 -
Denúncia contra Temer será votada até dia 23 de
outubro, afirma Maia
29/09/2017 -
Temer destaca que saque do PIS/Pasep vai estimular o
consumo
29/09/2017 -
Indústria de transformação paulista interrompe
sequência de altas
29/09/2017 -
Procuração com prazo de validade expirado leva ao
desprovimento de agravo de empresa
28/09/2017 -
Mulheres sindicalistas realizam ato em repúdio à
reforma da Previdência
28/09/2017 -
PLS 116/17: demissão de servidor público estável
está na pauta da CCJ
28/09/2017 -
Denúncia contra Temer e ministros não será
desmembrada; oposição promete recorrer
28/09/2017 -
Debatedores pedem fortalecimento da política mineral
28/09/2017 -
Correios ingressam com ação de dissídio coletivo
contra greve de trabalhadores
28/09/2017 -
Deputados e sindicato prometem recorrer contra
aprovação da reforma da previdência do DF
28/09/2017 -
Indústria apresenta sinais mais consistentes de
recuperação, aponta CNI
28/09/2017 -
Leilão de usinas da Cemig vai aumentar eficiência,
diz ministro da Fazenda
28/09/2017 -
Exame positivo de gravidez no fim do aviso-prévio
garante estabilidade a operadora de caixa
27/09/2017 -
Leitura de denúncia contra Temer e ministros dura
mais de 5 horas na Câmara
27/09/2017 -
Paulo Paim alerta para possível fim da Justiça
Trabalhista
27/09/2017 -
Câmara aprova negociação coletiva no serviço público
27/09/2017 -
Desemprego cai para 17,9% na Grande São Paulo,
segundo o Dieese
27/09/2017 -
Para Ciro Gomes, crescimento do País dependerá da
reindustrialização
27/09/2017 -
Comissão para analisar MP que libera saques do FGTS
será instalada nesta quarta
27/09/2017 -
Riachuelo é acusada pelo MP por usar terceirização
para precarizar trabalhadores
27/09/2017 -
OAB vai ao Supremo para que prazos processuais sejam
contados em dias úteis
27/09/2017 -
TRF4 determina que o INSS conceda 180 dias de
licença adotante à perita médica
26/09/2017 -
Centrais articulam calendário de lutas contra
reformas e privatizações
26/09/2017 -
Especialistas pedem Estatuto do Trabalho que garanta
dignidade humana
26/09/2017 -
Paulo Paim diz que reforma da Previdência só
atingirá os pobre e a classe média
26/09/2017 -
CAS analisa projeto que estabelece prazo para
concessão de salário-maternidade
26/09/2017 -
Criação de empregos ajudará a reduzir desigualdade,
diz Meirelles
26/09/2017 -
Comissão promove novos debates sobre mudanças em
regras de mineração
26/09/2017 -
Uso de transporte particular também configura
acidente de trajeto
26/09/2017 -
Falha na digitalização de documento dá a seguradora
direito a novo julgamento de recurso
25/09/2017 -
Centrais protestam e distribuem flores e manifesto
na Primavera de Lutas
25/09/2017 -
Subcomissão discute princípios do Estatuto do
Trabalho
25/09/2017 -
Denúncia contra Temer pode ser lida nesta
segunda-feira no plenário da Câmara
25/09/2017 -
Empresários da indústria estão mais confiantes, diz
CNI
25/09/2017 -
Legislação Participativa debate extinção do serviço
social do INSS
25/09/2017 -
Nova lei trabalhista não exime empresas de
responsabilidade, diz juiz
25/09/2017 -
Sindicato terá de indenizar advogado acusado de
reter valor de ação de associada
25/09/2017 -
Viúva de trabalhador contaminado com amianto
receberá reparação de R$ 300 mil
25/09/2017 -
Aprovado PL que garante honorários assistenciais em
ação coletiva trabalhista
22/09/2017 -
FST monta bases por todo o Brasil na resistência ao
desmonte trabalhista
22/09/2017 -
Chega à Câmara segunda denúncia contra Michel Temer
22/09/2017 -
Agosto registra 35,45 mil novas vagas de trabalho
formal no país
22/09/2017 -
Caged: Região Nordeste foi a que mais criou empregos
em agosto
22/09/2017 -
CPI da Previdência debate situação de devedores do
INSS
22/09/2017 -
Paulo Rocha diz que privatização da Eletrobras é
mais um retrocesso do governo Temer
22/09/2017 -
Trabalho em feriado compensado com folga em outro
dia não é remunerado em dobro
22/09/2017 -
TRF-4 admite IRDR sobre prova de eficácia de
Equipamento de Proteção Individual
22/09/2017 -
Rejeição de terceirizada para contratação direta é
considerada conduta antijurídica
21/09/2017 -
Maioria do STF vota pelo envio de denúncia contra
Temer para a Câmara
21/09/2017 -
Comissão aprova repasse de multa do FGTS para
fiscalização do trabalho
21/09/2017 -
Ministro do Trabalho e procurador-geral do MPT
discutem ações
21/09/2017 -
STJ vai decidir sobre adicional de 25% a aposentado
que precisa de assistência permanente
21/09/2017 -
Nova súmula do TRT-RS prevê indenização para
trabalhador obrigado a cumprir aviso-prévio
proporcional
21/09/2017 -
Sindicato não pode renunciar ao seu direito de
representar trabalhadores
21/09/2017 -
Sugestão de lei sobre crimes contra previdência é
entregue ao senador Paulo Paim
21/09/2017 -
DIAP e Zilmara lançam livro sobre Reforma
Trabalhista
20/09/2017 -
Novo Código do Trabalho exige “novo sindicalismo”
20/09/2017 -
Pesquisa CNT: 3,4% aprovam governo Temer e 75,6%
reprovam
20/09/2017 -
Gleisi Hoffmann aponta rejeição de Temer e aceitação
de Lula na pesquisa da CNT
20/09/2017 -
Fachin rejeita pedido da defesa de Temer e mantém
denúncia no STF
20/09/2017 -
CPI da Previdência promove audiência pública nesta
quinta-feira
20/09/2017 -
Ministério orienta sobre o que fazer quando o
empregador não realiza o depósito
20/09/2017 -
Salário mínimo não é base para cálculo de
insalubridade, decide juiz
20/09/2017 -
Petroleiro consegue adesão ao PDV negada antes do
pedido de demissão
19/09/2017 -
Maia e Gilmar Mendes buscam consenso em torno da
reforma política
19/09/2017 -
Trabalhadores querem discutir com o Ministério
Público proteção ao emprego na JBS
19/09/2017 -
Meirelles diz ser prejudicial começar 2018 com
reforma previdenciária pendente
19/09/2017 -
INSS tem R$ 1 bi a receber de bancos por pagamento a
segurados já falecidos
19/09/2017 -
Subcomissão de Previdência Social será instalada
nesta quarta
19/09/2017 -
Audiência discute concessão de benefícios a idosos e
portadores de deficiência
19/09/2017 -
Privatização de usinas hidrelétricas é tema de
audiência na quinta
19/09/2017 -
Falta de recolhimento do FGTS permite rescisão
indireta de contrato de trabalho
19/09/2017 -
CJF - TNU fixa tese sobre salário-maternidade em
caso de demissão sem justa causa
19/09/2017 -
TJSC prorroga licença-maternidade à mãe de prematuro
18/09/2017 -
Orçamento de Temer para 2018 empurra Brasil ao caos,
alerta diretor do Diap
18/09/2017 -
Deputados devem retomar discussão da reforma
política; saiba como será a semana no Congresso
18/09/2017 -
Mercado de trabalho dá sinais de recuperação no
segundo trimestre, diz Ipea
18/09/2017 -
Ministros de Minas e Energia e Fazenda falam sobre
royalties da mineração
18/09/2017 -
Plano de trabalho da Comissão de Combate à Violência
contra a Mulher deve ser apresentado na terça-feira
18/09/2017 -
Parecer sobre licença-maternidade em partos
prematuros pode ser votado nesta quarta
18/09/2017 -
Adicional de periculosidade para vigilantes é devido
somente após publicação de portaria do MT
18/09/2017 -
Empresa deve arcar com metade dos valores pagos a
título de pensão por morte em caso de culpa em
acidente de trabalho
18/09/2017 -
Mídia - Dieese lança dossiê sobre desafios do
sindicalismo brasileiro
15/09/2017 -
Janot denuncia Michel Temer por organização
criminosa e obstrução de Justiça
15/09/2017 -
Deputados começam a avaliar impacto de nova denúncia
contra Michel Temer
15/09/2017 -
Palestrantes em audiência da CPI da Previdência
condenam os Refis
15/09/2017 -
Inflação medida pela FGV ficou em 0,39% em setembro
15/09/2017 -
Trabalhador sindicalizado ganha salário maior e
sofre menos desemprego
15/09/2017 -
Jovens são os mais afetados pela crise econômica,
diz Ipea
15/09/2017 -
TRT-RN: Trabalhador não pode acumular os adicionais
de periculosidade e insalubridade
14/09/2017 -
Por unanimidade, Supremo rejeita suspeição de Janot
para atuar contra Temer
14/09/2017 -
Centrais defendem alternativas rumo à retomada do
emprego e crescimento
14/09/2017 -
Trabalhadores no vestuário decidem manter
contribuição ao Sindicato
14/09/2017 -
Paulo Paim condena iniciativa de privatização da
Eletrobrás
14/09/2017 -
Ângela Portela pede mudanças na reforma trabalhista
14/09/2017 -
Trabalhadores nascidos em setembro podem receber o
abono do PIS-Pasep
14/09/2017 -
Reforma trabalhista vai desafogar Justiça, diz
ministro Ives Gandra
14/09/2017 -
TRT3: Contratação de menor aprendiz por empresa
responsável pela aprendizagem não gera vínculo com a
tomadora dos serviços
14/09/2017 -
Justiça Federal garante atendimento prioritário à
advocacia em agências do INSS
13/09/2017 -
Entidades trabalhistas e patronais apresentam
propostas para a retomada do desenvolvimento com
geração de empregos
13/09/2017 -
Ministro Barroso, do STF, abre inquérito para
investigar Temer e Loures
13/09/2017 -
Comissão que analisa a MP dos royalties da mineração
define plano de trabalho
13/09/2017 -
Mesmo com protestos, governo francês reafirma
reforma trabalhista
13/09/2017 -
Demissão de servidor público estável está na pauta
da CCJ
13/09/2017 -
Aplicativo está ajudando mais de 400 mil
trabalhadores na busca por um emprego
13/09/2017 -
Acordos resolvem 12% dos conflitos levados à Justiça
12/09/2017 -
MP que altera reforma trabalhista deve sair em
outubro, diz presidente da UGT
12/09/2017 -
Centrais Sindicais e empresários cobram de Michel
Temer retomada do emprego
12/09/2017 -
Reforma trabalhista será aplicada à luz de direitos
constitucionais, diz ministra do TST
12/09/2017 -
PF diz ter provas de crimes cometidos por Temer e
cúpula do PMDB; citados negam
12/09/2017 -
Emprego na indústria paulista tem queda, mas no
acumulado do ano é positivo
12/09/2017 -
Maioria dos empregos criados em julho foi na linha
de produção da indústria
12/09/2017 -
Paulo Paim afirma que sistema previdenciário é
viável
12/09/2017 -
Comissão exclui incidência de contribuição
previdenciária sobre aviso prévio em demissão sem
justa causa
12/09/2017 -
Seguridade aumenta prazo para revisão de benefício
previdenciário quando houver demora da Justiça
11/09/2017 -
Temer discute ajuste fiscal e reforma da Previdência
após almoço com ministros
11/09/2017 -
Centrais: Ato dia 22 pela retomada do crescimento e
defesa do emprego
11/09/2017 -
Para Paulinho, existe margem de negociação com o
Congresso Nacional
11/09/2017 -
MP que altera 'royalty' da mineração define plano de
trabalho
11/09/2017 -
Janot denuncia ao STF senadores do PMDB por
organização criminosa
11/09/2017 -
Subcomissão do Trabalho debaterá legislação da OIT e
Constituição Brasileira
11/09/2017 -
Secretaria de Relações do Trabalho percorre estados
11/09/2017 -
Conselho define regulamento para iniciar debates
sobre políticas de emprego
11/09/2017 -
Exigência de acordo para ajuizar dissídio coletivo é
inconstitucional, diz TRT-8
06/09/2017 -
Fórum Sindical mobiliza para ampliar pressão nas
bases contra reformas
06/09/2017 -
CAS analisa prazo de 30 dias para pagamento de
salário-maternidade
06/09/2017 -
Comissão aprova audiências públicas para debater MP
da Mineração
06/09/2017 -
Indústria cresce 0,8% entre junho e julho deste ano
06/09/2017 -
Preço da cesta básica diminui em 21 capitais, aponta
Dieese
06/09/2017 -
Projeto muda prazos para que segurados mantenham
benefícios previdenciários
06/09/2017 -
PF reprime fraude que causou R$ 10 milhões de
prejuízo à Previdência
06/09/2017 -
Ministério do Trabalho edita nova portaria sobre
registro sindical
06/09/2017 -
Trabalho feito sob exposição a fonte natural de
calor é especial, define TNU
05/09/2017 -
Centrais afinam unidade e trabalham por MP que
melhore a reforma trabalhista
05/09/2017 -
Fórum lança movimento de resistência ao desmonte da
CLT e assalto a direitos
05/09/2017 -
Rodrigo Maia diz que reforma da Previdência pode ser
votada em outubro
05/09/2017 -
Vanessa Grazziotin cobra do governo mudanças em
pontos da reforma trabalhista
05/09/2017 -
Investigação poderá rever acordo de delação premiada
dos executivos da JBS
05/09/2017 -
Empresa sem empregados não é obrigada a pagar
contribuição sindical
05/09/2017 -
PLR é isento de contribuição previdenciária se
sindicato negociou, decide CARF
05/09/2017 -
Prazos para MP e Defensoria contam a partir do
recebimento dos autos, define STJ
05/09/2017 -
Gari ganha na justiça direito de receber adicional
de insalubridade
04/09/2017 -
Impacto da reforma trabalhista será debatido em
seminário
04/09/2017 -
Centrais se reúnem hoje para definir ações de
combate às reformas
04/09/2017 -
Temer diz que ainda acredita na aprovação da reforma
da Previdência
04/09/2017 -
Crescimento do PIB mostra recuperação no consumo das
famílias
04/09/2017 -
Vamos atacar a reforma nas Convenções Coletivas, diz
Luizinho da Nova Central
04/09/2017 -
MP que atualiza Código de Mineração define plano de
trabalho nesta terça
04/09/2017 -
Projeto da Lei Orçamentária Anual para 2018 chega ao
Congresso
04/09/2017 -
Gilmar Mendes suspende processo sobre ultratividade
de acordo coletivo
04/09/2017 -
Técnica de enfermagem receberá horas extras por
intervalo de amamentação não concedido
01/09/2017 -
Centrais se reúnem em Brasília com presidente
interino Rodrigo Maia
01/09/2017 -
Entidades sindicais e CNBB se unem na luta pela
revogação da "reforma" trabalhista
01/09/2017 -
Mineração pode gerar até dois milhões de empregos em
2018, prevê relator de MP
01/09/2017 -
Governo suspende processos sobre Reserva do Cobre e
abre debate sobre mineração
01/09/2017 -
Trabalhador poderá ter direito de acompanhar filho
em consultas médicas
01/09/2017 -
Desemprego volta a cair e vai a 12,8%, influenciado
pela informalidade
01/09/2017 -
André Fufuca confirma votação da reforma política na
próxima semana
01/09/2017 -
Calendário de saques do PIS/Pasep sairá até o dia 15
29/09/2017 -
CDH discute criação de nova consolidação das leis
trabalhistas pelo governo
A criação, pelo Ministério do Trabalho, de uma
comissão de juristas para elaborar uma nova
consolidação das leis trabalhistas será tema de
audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) nesta sexta-feira
(29), às 9h.
Foram convidados representantes de centrais
sindicais. O requerimento é do senador Paulo Paim
(PT-RS). A audiência pública é uma iniciativa é da
subcomissão temporária da CDH criada para tratar da
reforma trabalhista aprovada pelo governo e da
criação de um Estatuto do Trabalho.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
29/09/2017 -
Paim condena intenção de novas alterações na
legislação trabalhista
Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (28), o
senador Paulo Paim (PT-RS) disse que soube da
intenção do Ministério do Trabalho de criar uma
comissão especial de juristas para discutir uma nova
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O senador
disse estranhar essa iniciativa, já que o discurso
do governo era de que a recente reforma trabalhista
“era uma legislação moderna”. O projeto da reforma
trabalhista foi aprovado no Senado no último mês de
julho e deve entrar em vigor em novembro.
Paim lembrou que foi criada a Subcomissão Temporária
do Estatuto do Trabalho, dentro da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH),
para discutir uma nova legislação que seja uma
alternativa à reforma trabalhista do governo. Ele
disse que a subcomissão tem promovido audiências e
feito um profundo debate sobre os direitos e deveres
do patrão e do empregado e pretende apresentar uma
proposta até o dia 1º de maio do ano que vem.
O senador explicou que a ideia da subcomissão é
construir uma legislação que coloque o Brasil em um
novo patamar nas relações laborais, com direitos e
benefícios equilibrados para todos. Na visão de
Paim, a reforma aprovada pelo Congresso transformou
a CLT na “CLT do empregador” — uma lei que “ninguém
está entendendo o que vai acontecer”. Ele
acrescentou que a proposta da subcomissão vai buscar
revogar a reforma já aprovada.
— Estamos construindo um estatuto ou uma CLT, o nome
não importa, para nos contrapormos àquilo que foi
votado — declarou o senador, que também criticou a
proposta do governo de reforma previdenciária.
Fonte: Agência Senado
29/09/2017 -
FST segue com agenda de ações do Movimento
Resistência - Por um Brasil Melhor
A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) aprovada
pelo Congresso e sancionada por Michel Temer deverá
entrar em vigor em novembro deste ano. Até lá,
diversas entidades sindicais preparam a resistência
contra a sua implantação.
A campanha "Movimento Resistência - Por um Brasil
Melhor", lançada no início do mês pelo Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), vem realizando
atos em todo o País para organizar a resistência à
reforma trabalhista. O objetivo é reforçar a
resistência contra os ataques aos direitos dos
trabalhadores e ao movimento sindical.
O coordenador do FST, Artur Bueno de Camargo, falou
nesta quinta (28) à Rádio Web Agência Sindical sobre
o roteiro de eventos da campanha.
"Fizemos atos dia 14 em Porto Velho (RO), com
passeata e coleta de assinaturas ao Projeto de Lei
de Iniciativa Popular que pretende anular a reforma
trabalhista. Dia 22, o segundo ato ocorreu em Campo
Grande (MS). Na terça (26), fizemos uma reunião para
organizar a manifestação em Belo Horizonte (MG),
marcada para dia 26 de outubro", conta.
Artur, que também preside a Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Alimentação e Afins (CNTA
Afins), ressaltou a unidade das entidades sindicais.
"Os ataques que esse governo vem promovendo contra
os trabalhadores e os Sindicatos despertou o
movimento sindical. Hoje, temos a consciência que,
isoladamente, as categorias se tornam fracas. Mas
quando se unem tornam-se extremamente fortes", diz.
Plenária da indústria - "Estou chamando as
nossas Confederações a comparecerem à Plenária
Nacional dos Trabalhadores na Indústria, que será
realizada nesta sexta (29) em São Paulo. Eu estarei
lá. O momento é de unir forças, sem olhar categoria
ou ideologia. Temos que apoiar todas as iniciativas.
Deixou de ser uma luta de categoria isolada. Agora é
a luta da classe trabalhadora", enfatiza Artur.
Agenda - A organização da campanha definiu
datas para mais alguns atos. Dia 6 de outubro, em
Teresina (PI); dia 16 em Florianópolis (SC); 17 em-
Recife (PE); e 26 de outubro em Belo Horizonte. "Na
terça (3), faremos reunião de avaliação em Brasília
e, no dia 10, faremos a reunião de preparação do ato
em São Paulo, na sede da Federação dos Trabalhadores
na Alimentação (Fetiasp)", explica Artur.
Fonte: Agência Sindical
29/09/2017 -
Popularidade de Temer tem 3% de aprovação, diz
pesquisa CNI/Ibope
A popularidade do presidente Michel Temer continua
em queda, segundo a Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Este é o quarto trimestre
consecutivo de piora na avaliação do governo Temer.
A pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quinta-feira
(28) mostrou que apenas 3% da população consideram o
governo Temer ótimo ou bom. Já 77% consideram ruim
ou péssimo; 16% avaliam com regular e 3% não sabem
ou não responderam.
Na pesquisa anterior, a popularidade de Temer já
havia caído a seu nível mais baixo entre os
ex-presidentes. Em julho deste ano, 5% dos
entrevistados avaliaram o governo como ótimo ou bom,
21% como regular, 70% como ruim ou péssimo e 3% não
souberam ou não responderam.
A popularidade do presidente Michel Temer caiu a seu
nível mais baixo. Segundo a CNI, a avaliação do
governo como ótimo ou bom é a pior desde o final do
governo de José Sarney, em julho de 1989, que foi
7%.
Segundo a pesquisa da CNI, o aumento da
impopularidade também foi registrado pelo número de
pessoas que dizem não aprovar a maneira do
presidente governar ou que não confiam no
presidente. O percentual dos entrevistados que
confiam em Temer caiu de 10%, em julho, para 6%, em
setembro. Já 92% não confiam no presidente; na
última avaliação, esse percentual era de 87%.
O índice que desaprova a maneira do presidente Temer
governar também subiu de 83% para 89%. Entre os que
aprovam a maneira de governar, eram 11% em março,
agora são apenas 7%.
Entre as notícias mais lembradas pela população
estão as que tratam da corrupção no governo, da
Operação Lava Jato e a liberação para exploração
mineral na Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca)
exploração de minério. Para 68% dos entrevistados, o
noticiário recente é desfavorável ao governo;
enquanto 9% avaliam que as notícias recentes têm
sido favoráveis; e para 12% elas não são favoráveis,
nem desfavoráveis.
Para o gerente-executivo de Pesquisa e
Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a
popularidade muito baixa nesse momento tem dois
componentes. “Nessa mudança [da avaliação] de julho
para setembro, o debate todo em torna da Amazônia
afetou essa avaliação. E, por mais que se tenha
indicadores mostrando a evolução gradual da
economia, a população não está percebendo isso
ainda, não vê melhoras”, disse, explicando que a
questão econômica é sempre muito atrelada à
avaliação do governo.
A aprovação do atual governo caiu mais entre os
entrevistados com renda familiar mais alta. Das
pessoas com renda familiar acima de cinco salários
mínimos - faixa mais alta de classificação da
pesquisa - o percentual dos que o consideram ruim ou
péssimo subiu de 75% para 86%. Ainda assim, na
comparação com os diferentes estratos de renda
familiar, esse é o grupo onde a popularidade do
governo é mais elevada (12%).
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
29/09/2017 -
TST declara greve dos Correios abusiva e determina
retorno imediato ao trabalho
O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), ministro Emmanoel Pereira, declarou nesta
quinta-feira (29) como abusiva a greve dos Correios,
iniciada no dia 19 de setembro.
Segundo o ministro, a greve foi deflagrada com a
negociação ainda não encerrada, o que determinou a
abusividade do movimento paredista.
Neste caso, de acordo com o magistrado, cabe aos
Correios adotar as providências que entender
pertinentes, conforme sua conveniência, partindo da
premissa de que para tais trabalhadores não há
greve, mas simplesmente ausência ao trabalho.
Com a decisão, os empregados que aderiram à
paralisação devem retornar aos seus postos de
trabalho imediatamente.
De acordo com os Correios, mais de 91 mil
funcionários estão trabalhando normalmente, o que
corresponde a 84,1% do total de empregados.
Fonte: Agência Brasil
29/09/2017 -
Comissão aprova suspensão de portaria que autorizou
leilão de usinas hidrelétricas operadas pela Cemig
A Comissão de Minas e Energia aprovou na
quarta-feira (13) a suspensão de duas portarias do
Executivo que delegaram à Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) a realização de leilão de
concessões de quatro usinas hidrelétricas operadas
pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) (PDC
727/17).
A proposta, do deputado Patrus Ananias (PT-MG),
tenta sustar as duas portarias editadas pelo
Ministério de Minas e Energia em abril e maio deste
ano. De acordo com Ananias, o contrato prevê a
renovação automática da concessão por mais 20 anos,
desde que a empresa manifeste seu interesse ou que o
poder competente (no caso, o governo federal) não se
pronuncie a respeito.
O relator, deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA),
recomendou a aprovação da proposta. “Não há dúvidas
de que o contrato de concessão celebrado entre o
poder concedente e a Cemig deve ter seus termos
respeitados, não podendo haver entendimento diverso
do Executivo sobre a possibilidade de prorrogação
das concessões de que tratam o contrato”, afirmou.
Nesta quarta-feira (27), o governo federal arrecadou
R$ 12,1 bilhões com o leilão de quatro usinas
hidrelétricas operadas pela Cemig. O montante será
usado pelo governo para tentar fechar as contas
deste ano, com deficit previsto de R$ 159 bilhões. A
decisão gerou protestos de deputados da bancada
mineira no Plenário da Câmara.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
29/09/2017 -
Denúncia contra Temer será votada até dia 23 de
outubro, afirma Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta quinta-feira (28) que “com certeza” a
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e
os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira
Franco (Secretaria-Geral da Presidência) será votada
em plenário até o dia 23 de outubro.
Maia deu a declaração após se reunir, pela segunda
vez nesta semana, com a presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. Ele, no
entanto, voltou a negar que o tema tenha sido
discutido no encontro.
Quarta-feira (27), o presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo
Pacheco (PMDB-MG), descartou que a denúncia seja
fatiada, com votações separadas para presidente e
ministros. Ele acrescentou que está encontrando
“dificuldades” para escolher um relator.
Denúncia
Na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da
República (PGR), Temer é acusado de tentar obstruir
a Justiça e liderar organização criminosa.
Na peça, o ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que
deixou o cargo no último dia 17, sustenta que o
presidente e os ministros Eliseu Padilha, chefe da
Casa Civil e Moreira Franco, da Secretaria-geral da
Presidência, ambos do PMDB, foram os responsáveis
por liderar esquema de corrupção envolvendo
integrantes do partido na Câmara, com o objetivo de
obter vantagens indevidas em órgãos da administração
pública.
A defesa de Michel Temer contestou as acusações e
apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido
para que a denúncia fosse devolvida à PGR. Mas o
plenário da Corte decidiu encaminhar a denúncia para
a Câmara, à qual cabe autorizar ou não o
prosseguimento da investigação na Justiça.
Fonte: Portal EBC
29/09/2017 -
Temer destaca que saque do PIS/Pasep vai estimular o
consumo
O presidente Michel Temer comemorou nesta
quinta-feira (28) as projeções do aumento do consumo
a partir do saque das contas do PIS/Pasep. A medida
já havia sido anunciada no final de agosto, mas
ontem o governo divulgou o calendário para saque do
benefício. O presidente também lembrou da medida que
liberou o saque das contas inativas do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que ocorreu
entre março e julho deste ano, para destacar as
políticas de estímulo à economia do seu governo.
“Já temos um calendário para essa regra [do PIS/Pasep].
Se somarmos a essas medidas as contas inativas do
fundo de garantia vamos chegar a quase R$ 60 bilhões
injetados na economia neste período”, disse o
presidente. Com a medida, homens a partir de 65 anos
e mulheres a partir de 62 anos poderão fazer o
saque. Antes, a idade mínima, tanto para homens
quanto para mulheres, era de 70 anos.
O saque antecipado de recursos das contas do PIS/Pasep
para os idosos começa no dia 19 de outubro. A partir
desta data, poderão sacar os cotistas com mais de 70
anos. A partir de 17 de novembro serão
disponibilizados os recursos para os aposentados. Em
14 de dezembro será a vez das mulheres a partir de
62 anos e os homens a partir de 65 anos realizarem
os saques.
“Todos nós do governo esperamos que os recursos que
liberamos possam ajudá-los a tornar realidade alguns
de seus projetos”, disse o presidente aos
beneficiários durante discurso.
Crédito consignado
O presidente ainda anunciou a segunda queda da taxa de
juros nos empréstimos consignados para servidores
públicos federais, aposentados ou pensionistas. A
primeira queda ocorreu em março. Os empréstimos
consignados têm parcelas descontadas diretamente na
folha de pagamento dos trabalhadores.
“A segunda notícia boa do dia é que foi possível
reduzir o teto dos juros do crédito consignado. É a
segunda redução este ano. O Brasil continua nos
trilhos do desenvolvimento. A opção [do governo] é
pela responsabilidade e pelo bem-estar do povo
brasileiro”, disse o presidente.
Para servidores públicos, a taxa de juros vai cair
de 2,20% para 2,05% ao mês. Para aposentados e
pensionistas, a queda será de 2,14% para 2,05% ao
mês. Segundo o ministro do Planejamento, Orçamento e
Gestão, Dyogo Oliveira, essa redução representa uma
redução de R$ 5 bilhões ao ano no pagamento de
empréstimos consignados.
“Isso representa uma diminuição de dois pontos
percentuais ao ano. E essa redução significa uma
economia de pagamento de juros de R$ 5 bilhões ao
ano. Isso é mais dinheiro que fica para o aposentado
e para o servidor usar para suas necessidades”,
disse o ministro.
Fonte: Portal EBC
29/09/2017 -
Indústria de transformação paulista interrompe
sequência de altas
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria
de transformação paulista apresentou queda de 0,6%
em agosto, na comparação com o mês anterior, depois
de quatro avanços seguidos. Foram constatadas
retrações de 1,7% nas vendas e de 0,5 ponto
percentual no Nível de Utilização da Capacidade
Instalada (NUCI). Já as horas trabalhadas na
produção permaneceram estáveis.
Os dados são da pesquisa do Departamento de
Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da
Federação e Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp/Ciesp). Por meio de nota, o diretor do
Depecon, Paulo Francini, explicou que, apesar de
negativo, o resultado não é preocupante porque há um
movimento de retomada da economia. “Não significa
que a tendência de crescimento não será mantida.
Apesar de ainda lenta, a economia está em
recuperação”.
Entre os setores com bom desempenho em agosto estão
a indústria de produtos farmacêuticos, com
crescimento de 1,5% na produção e alta nas vendas de
7,8% e a indústria automobilística, com aumento de
4,7% nas horas trabalhadas e de 6,6% nas vendas. Em
posição oposta, o setor de celulose, papel e
produtos de papel recuou 2,1% com queda de 2,4% nas
vendas.
Fonte: Agência Brasil
29/09/2017 -
Procuração com prazo de validade expirado leva ao
desprovimento de agravo de empresa
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
desproveu agravo de instrumento da Fundação Vale do
Rio Doce de Seguridade Social (Valia) e da Vale S.A.
contra decisão que trancou seu recurso de revista
porque o instrumento de mandato concedido às suas
advogadas já estava com prazo de validade expirado
quando a reclamação trabalhista foi ajuizada. A
regularidade da representação é um dos requisitos
para a admissão do recurso.
Segundo o relator, ministro Augusto César Leite de
Carvalho, apesar de conter cláusula estabelecendo a
prevalência dos poderes das advogadas para defender
as empresas, acompanhando-as em todas as fases até a
decisão judicial final e sua execução, a procuração
tinha validade até 31/12/ 2009, e a ação trabalhista
foi ajuizada em 3/3/2010. Assim, não se aplica ao
caso o entendimento da Súmula 395, item I, do TST,
que pressupõe a existência da reclamação trabalhista
antes do fim do período de vigência da procuração.
A Turma seguiu unanimemente o voto do relator e
negou provimento ao agravo de instrumento.
Processo: AIRR-454-39.2010.5.03.0060
Fonte: TST
28/09/2017 -
Mulheres sindicalistas realizam ato em repúdio à
reforma da Previdência
O Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das
Centrais Sindicais realizou terça (26) um ato para
denunciar os prejuízos com a reforma da Previdência.
O evento correu em frente ao prédio do INSS, no
viaduto Santa Ifigênia, em São Paulo.
A manifestação, realizada em conjunto por Força
Sindical, CTB, CUT, NCST e UGT, contou com a
presença de cerca de 200 sindicalistas de diversas
categorias, que ocuparam as ruas para dizer não à
reforma previdenciária.
Além da reforma da previdência, as trabalhadoras
denunciaram também a reforma trabalhista, que entra
em vigor no dia 11 de novembro.
"Foi um ato muito bonito, organizado e importante
para marcar a presença da mulher trabalhadora na
luta contra essas reformas neoliberais do governo
Temer. Nós vamos sofrer ainda mais com essa reforma
trabalhista. A mulher é a mais prejudicada por
exercer jornada dupla, tripla e até quádrupla, sem
qualquer reconhecimento", disse à Rádio Web Agência
Sindical, Kátia Rodrigues, que é secretária da
Mulher da Nova Central São Paulo e da Federação dos
Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São
Paulo.
Pesquisa - Durante a atividade, o fórum
realizou uma pesquisa entre os que passavam pela
região, para saber a opinião da população em relação
a reforma da Previdência o resultado será divulgado
posteriormente. Além de São Paulo, o protesto também
ocorreu em outras cidades, como Salvador e Rio de
Janeiro.
Fórum Estadual - Kátia Rodrigues faz parte do
Fórum Estadual das Mulheres das Centrais (FEMC). Ela
contou que a entidade foi criada em 18 de setembro.
O Fórum é composto por diretoras estaduais das
Centrais Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CTB
e CSB.
Fonte: Agência Sindical
28/09/2017 -
PLS 116/17: demissão de servidor público estável
está na pauta da CCJ
Atenção! O projeto de lei que trata da demissão de
servidor público estável (PLS 116/17) está na pauta
da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A
tramitação do projeto de autoria da senadora Maria
do Carmo Alves (DEM-SE) teve nova revisão de
despacho para exame nas comissões.
Desse modo, a CCJ poderá apreciar, nesta
quarta-feira (27), o parecer favorável ao texto, do
senador Lasier Martins (PSD-RS).
Pelo texto a ser votado, as regras para a punição
máxima ao servidor concursado e estável deverão ser
seguidas não somente pela Administração Pública
federal, mas também nos âmbitos estadual, distrital
e municipal.
Parâmetro para a eventual demissão, o desempenho
funcional dos servidores deverá ser apurado
anualmente por comissão avaliadora, garantindo-se o
direito ao contraditório e à ampla defesa.
Comissão avaliadora
A proposta original estabelece avaliação de desempenho
a cada seis meses, delegando ao chefe imediato do
servidor o poder de executá-la. Lasier resolveu
ampliar esse prazo por julgar um semestre “lapso
temporal muito curto para a avaliação”.
O relator também justificou, no parecer, a decisão
de transferir a responsabilidade pela avaliação de
desempenho do chefe imediato para uma comissão.
Tramitação
A proposição, assim, vai ser examinada inicialmente
pela CCJ, depois pelas comissões de Assuntos
Sociais; de Direitos Humanos e Legislação
Participativa; e de Transparência, Governança,
Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor,
respectivamente.
Fonte: Diap
28/09/2017 -
Denúncia contra Temer e ministros não será
desmembrada; oposição promete recorrer
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara, Rodrigo Pacheco, decidiu que não é
possível desmembrar a denúncia do Ministério Público
contra o presidente Michel Temer e seus ministros
Eliseu Padilha e Moreira Franco. A decisão foi
anunciada na noite desta quarta-feira por Pacheco.
O deputado Alessandro Molom, da Rede, autor do
pedido de desmembramento, vai recorrer da decisão.
Temer e Padilha e Moreira Franco foram notificados
sobre andamento da denúncia na Câmara na tarde desta
quarta-feira, como explica primeiro-secretário da
Câmara, deputado Fernando Giacobo.
O prazo de dez sessões já começou a contar a partir
da noite desta quarta-feira.
Fonte: Portal EBC
28/09/2017 -
Debatedores pedem fortalecimento da política mineral
Debatedores defenderam nesta quarta-feira (27), em
audiência pública promovida pela comissão mista que
analisa a Medida Provisória (MP) 790/2017 , o
fortalecimento da política mineral, com o governo
aportando mais recursos para os órgãos competentes e
para pesquisas em ciência, tecnologia e inovação no
setor.
A MP 790/2017 altera a Lei 6.567/1978 e o Código de
Mineração (Decreto-Lei 227/1967) em diversos pontos.
A maioria deles se refere às normas para a pesquisa
no setor, como a execução dos trabalhos necessários
à definição da jazida, a sua avaliação e à
determinação do seu aproveitamento econômico. A MP
disciplina as obrigações, concessões de trechos,
multas e outras sanções, bem como desonerações e
regras para o relatório final da pesquisa.
Uma das alterações é a ampliação do prazo para a
realização de pesquisa mineral, que será de dois a
quatro anos. Hoje é de um a três anos.
A medida provisória também estabelece expressamente
a responsabilidade do minerador de recuperar as
áreas ambientalmente degradadas, bem como eleva o
valor das multas aplicadas para quem desrespeitar as
normas do Código de Mineração, que vai variar de R$
2 mil a R$ 30 milhões. Atualmente, o limite é de R$
2,5 milhões.
A medida é complementar a outras duas proposições
que tramitam no Congresso e tratam da mineração: a
MP 789/2017, que prevê aumento nas alíquotas da
Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM),
e a MP 791/2017, que transforma o Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Agência
Nacional de Mineração (ANM).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
28/09/2017 -
Correios ingressam com ação de dissídio coletivo
contra greve de trabalhadores
Um dia após o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
determinar que sindicatos filiados à Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e
Telégrafos e Similares (Fentect) garantam ao menos
80% dos trabalhadores em atividade durante a greve
decretada na última sexta-feira (22), os Correios
informaram hoje (27) que ingressarão com ação de
dissídio coletivo, ação proposta à Justiça do
Trabalho para solucionar questões não resolvidas em
negociação direta.
De acordo com a estatal, a medida foi tomada após os
trabalhadores ligados aos sindicatos ligados à
Federação Interestadual dos Sindicatos dos
Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect)
anunciarem adesão à paralisação na noite de terça
(26).
Em nota, a empresa informou que levantamento feito
hoje mostra que 90.607 empregados em todo o país
estão trabalhando, o que corresponde a 83,45% do
total. Mesmo assim, a empresa manteve em prática as
ações do Plano de Continuidade de Negócios, que
prevê o deslocamento de empregados entre as unidades
e a realização de horas extras. As medidas, segundo
os Correios, visam reduzir os impactos da greve para
a população.
Por conta da paralisação, serviços com hora marcada
como o Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta
e Logística Reversa Domiciliária estão suspensos.
Segundo os Correios, a greve não afetou a rede de
atendimento em todo o país: as unidades estão
funcionando e serviços como o Sedex e o PAC
continuam disponíveis para os consumidores.
Negociações
Os Correios propõem reajuste de 3% nos salários
e benefícios a partir de janeiro de 2018 e
manutenção das demais cláusulas do Acordo Coletivo
de Trabalho 2016/2017. Na última sexta-feira, os
trabalhadores ligados à Fentect decretaram greve.
Fonte: Agência Brasil
28/09/2017 -
Deputados e sindicato prometem recorrer contra
aprovação da reforma da previdência do DF
Depois de mais de dez horas de debates na Câmara
Legislativa, finalmente os deputados distritais
aprovaram na madrugada desta quarta-feira o
substitutivo ao projeto de lei da Reforma da
Previdência dos Servidores Públicos do Distrito
Federal.
O texto aprovado prevê a criação de uma previdência
complementar para novos funcionários públicos. Eles
terão que contribuir para ganhar acima do teto da
previdência.A proposta ainda estabelece a criação de
um fundo solidário garantidor, que será abastecido
por fontes extras de receitas.
O projeto também garante que as contribuições
descontadas na folha de pagamento dos servidores
irão para um novo fundo unificado e não para dois
como ocorre atualmente. Então, com este processo
será possível eliminar o prejuízo de um dos fundos,
pois o dinheiro de ambos poderá ser utilizado.
O governador Rodrigo Rollemberg, esclarece como
funciona hoje.
Mas os parlamentares da oposição, Cláudio Abrantes,
atualmente sem partido e Wasny de Roure, do PT,
prometem entrar ainda nesta quarta-feira com ações
no Ministério Público questionando a aprovação do
projeto.
Cláudio deve alegar número de deputados
insuficientes para votação e Wasny, vício de
inconstitucionalidade.
O SINDSER- Sindicato dos Servidores Públicos do
Distrito Federal também garante que vai recorrer
contra a aprovação da proposta. O presidente do
órgão, André Luiz da Conceição, argumenta.
O Governo do Distrito Federal afirmou que com a
aprovação da Reforma da Previdência não haverá mais
o parcelamento dos salários dos servidores no
próximo mês. Também informou que estuda voltar a
pagar os funcionários no dia 30 de cada mês.
Fonte: Portal EBC
28/09/2017 -
Indústria apresenta sinais mais consistentes de
recuperação, aponta CNI
O setor industrial começa a apresentar sinais mais
consistentes de recuperação, avaliou nesta
quarta-feira (27) a Confederação Nacional da
Indústria CNI). De acordo com a pesquisa Sondagem
Industrial, o índice de evolução da produção do
setor chegou a 54,8 pontos. O desempenho marca, a
primeira vez desde outubro de 2013, alta na produção
por dois meses consecutivos.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100
pontos. Números acima dos 50 pontos indicam expansão
e, abaixo deste patamar, retração.
Segundo a CNI, indicadores de continuidade da
melhora na indústria também surgem em relação ao
emprego, após mais de dois anos de encolhimento no
número de postos de trabalho. “O índice de evolução
do número de empregados, por sua vez, mostra que o
emprego industrial esta praticamente estável. Além
disso, não ha expectativa de novas demissões”, diz o
estudo.
Em agosto, o indicador de evolução de empregados
atingiu 49,1 pontos. Em julho, estava em 48,2 pontos
e em agosto de 2016, em 46,3 pontos.
A pesquisa da CNI mostra, ainda, que duas fontes de
preocupação apresentadas na edição de julho tiveram
melhora. Primeiro, o desajuste no nível dos
estoques, que havia registrado 51,1 pontos, foi
corrigido e chegou a exatos 50 pontos, demonstrando
equilíbrio entre o volume efetivo ante o planejado.
Por fim, a utilização da capacidade instalada chegou
a 67%, alta de 2 pontos percentuais em relação ao
mês anterior, e de 1 ponto percentual ante o mesmo
mês de 2015 e de 2014.
Expectativa
O empresário industrial também está mais otimista
quanto ao próximo semestre. Pelo quarto mês
consecutivo, o índice de expectativa de demanda
apresentou alta, chegando a 56,9 pontos, nível mais
elevado desde março de 2014. A perspectiva de
aumento na produção, nos próximos meses, também é
confirmada por nova alta no índice de expectativa de
compras de matérias primas, que subiu 0,8 ponto,
para 54,5 pontos, maior valor desde abril de 2014.
Em relação ao emprego, os dados mostram que o
período de demissões na indústria está perto do fim.
Em agosto, o índice de expectativa de número de
empregados apresentou nova melhora, chegando a 49,6
pontos. Neste patamar, situando-se praticamente
sobre a linha divisória de 50 pontos, sinaliza-se
que não há expectativa de novas quedas no emprego
industrial.
De acordo com a CNI, com sinais mais disseminados de
melhora, cresce também a disposição do empresário
industrial de investir. De acordo com a sondagem, o
índice de intenção de investimento cresceu pelo
terceiro mês consecutivo, em setembro, chegando a
49,4 pontos. Este é o maior índice desde março de
2015 e está 6 pontos acima do registrado em setembro
de 2016.
Esta edição da Sondagem Industrial foi realizada
entre 1 e 15 de setembro com 2.376 empresas
industriais de todo país. Destas, 978 são pequenas,
867 são médias e 531 são grandes.
Fonte: Agência Brasil
28/09/2017 -
Leilão de usinas da Cemig vai aumentar eficiência,
diz ministro da Fazenda
As concessões das quatro usinas hidrelétricas
operadas pela Companhia Energética de Minas Gerais
(Cemig), leiloadas nesta quarta (27), vão gerar mais
investimentos, com maior eficiência para a
população, segundo o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles.
“Outros leilões vão ocorrer nos próximos meses
dentro do plano de concessões que irá modernizar os
serviços no país”, disse o ministro pelo Twitter
após o resultado do leilão. “A retomada da economia
começa a dar frutos também ao criar ambiente para a
atração dos investimentos estrangeiros”, destacou.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, destacou
a participação de grupos internacionais no leilão, o
que, segundo ele, “demonstra confiança na economia
do país”. Também por meio do Twitter, Oliveira
acrescentou que o “resultado do leilão reforça que
governo tem adotado projeções seguras a respeito das
receitas”.
O governo federal arrecadou R$ 12,1 bilhões com o
leilão das usinas da Cemig. O primeiro lote, da
hidrelétrica de São Simão, em Goiás e Minas Gerais,
foi arrematado pelo grupo chinês Spic Pacif Energy
PTY, única proposta oferecida, por R$ 7,18 bilhões,
com ágio de 6,51%. Venceu a disputa pelo segundo
lote, referente à hidrelétrica Jaguara, em Minas
Gerais e São Paulo, o Consórcio Engie Brasil Minas
Geração, por R$ 2,17 bilhões, ágio de 13,59%. O
Consórcio Engie também arrematou o terceiro lote, da
hidrelétrica de Miranda, em Minas Gerais, por R$
1,36 bilhão, ágio de 22,42%.
O último lote, de Volta Grande, em Minas Gerais e
São Paulo, foi arrematado pela Enel Brasil S.A., com
ágio de 9,84% e valor de R$ 1,4 bilhão. Todos os
contratos têm prazo de 30 anos.
O montante arrecadado será usado pelo governo para
tentar fechar as contas deste ano, com o déficit
previsto de R$ 159 bilhões.
Disputa
O processo de leilão das usinas tem sido marcado por
disputas envolvendo a Cemig e o governo. As
concessões das hidrelétricas serão encerradas este
ano, mas, para o governo estadual, os contratos em
vigor preveem a renovação automática. Em agosto, o
governo de Minas Gerais e a Cemig lançaram uma
campanha virtual contra o leilão das hidrelétricas
São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande. Sob o
slogan Mexeu com Minas, mexeu comigo, a iniciativa
convidava os mineiros a se engajarem na disputa para
que a Cemig pudesse renovar as concessões de suas
usinas.
Fonte: Agência Brasil
28/09/2017 -
Exame positivo de gravidez no fim do aviso-prévio
garante estabilidade a operadora de caixa
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho condenou a
Léo Madeiras, Máquinas & Ferragens Ltda., de Santo
André (SP), a pagar indenização compensatória da
estabilidade provisória da gestante a uma empregada
que engravidou no período de aviso-prévio. A decisão
considera que o tempo de aviso prévio integra o
contrato de trabalho e, portanto, a concepção
ocorreu durante a sua vigência.
Dispensada do emprego em 24/5/2010, com aviso-prévio
indenizado, ela realizou exame dois dias depois, em
26/5/2010, que apresentou resultado negativo para
gestação. Mas no dia 23/6/2010, a gravidez foi
constatada por ultrassonografia.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP),
ao indeferir o pedido de indenização estabilitária,
registrou que a empresa não demitiu a empregada por
causa da gravidez, que, no seu entendimento, seria o
que a norma visaria a coibir. A Oitava Turma do TST,
por sua vez, não conheceu do recurso de revista da
trabalhadora, destacando que, de acordo com o quadro
descrito pelo Regional, que não pode ser revisado
pelo TST (Súmula 126), não se poderia concluir de
forma inequívoca que ela empregada durante o
contrato de trabalho.
SDI-1
Nos embargos à SDI-1, a profissional sustentou que as
provas da gestação já estavam nos autos, e “bastaria
apenas uma melhor apreciação destas provas” para se
concluir que a gestação ocorreu no curso do contrato
de trabalho. De acordo com a ultrassonografia
realizada em 23/6/2010, a gravidez contava com cinco
semanas e seis dias e, portanto, ocorreu durante o
aviso-prévio, o qual deve ser considerado para todos
os fins.
O ministro José Roberto Freire Pimenta, relator dos
embargos, deu razão à trabalhadora. “Embora o TRT
registre que a gravidez foi constatada mais de
quatro semanas após a dispensa, e em que pese a
omissão sobre as datas de início e término do
aviso-prévio, está claro que este estava em curso
quando o exame foi realizado”, afirmou. “Logo, o
exame da matéria não depende de reexame da valoração
do conteúdo fático-probatório dos autos”.
Segundo o relator, não procede o entendimento da
Turma de que, baseada no quadro registrado pelo TRT,
não se poderia concluir que a empregada engravidou
durante o pacto laboral. “Bastaria um exame mais
acurado da narrativa regional para se chegar a um
entendimento diverso. A questão é jurídica e não
depende de prova”, salientou.
No exame do mérito, o ministro destacou que, pela
Orientação Jurisprudencial 82 da SDI-1, a data de
saída a ser anotada na carteira de trabalho é a do
término do aviso-prévio, ainda que indenizado.
Lembrou ainda que, de acordo com a jurisprudência do
Tribunal (Súmula 244), o desconhecimento do estado
gravídico pelo empregador não afasta o direito à
indenização pela estabilidade. A decisão foi
unânime.
Processo: E-ED -RR - 124700-79.2010.5.02.0434
Fonte: TST
27/09/2017 -
Leitura de denúncia contra Temer e ministros dura
mais de 5 horas na Câmara
A denúncia contra o presidente Michel Temer e os
ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da
Secretaria-geral, Moreira Franco, foi lida na tarde
desta terça-feira (26) no plenário da Câmara dos
Deputados. Agora, caberá à Câmara notificar o
presidente e os ministros sobre a denúncia, o que só
deve ocorrer nesta quarta-feira (27). A leitura da
peça, que tem 260 páginas, durou cerca de cinco
horas e meia.
Coube a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO),
segunda-secretária da Mesa da Câmara, fazer a maior
parte da leitura da peça. A outra parte foi lida
pelo deputado JHC (PSB-AL), que é o terceiro
secretário da Câmara. A denúncia elaborada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o
presidente, ministros e outros peemedebistas é pelos
supostos crimes de organização criminosa e obstrução
da Justiça. A peça foi apresentada pelo
ex-procurador Rodrigo Janot e encaminhada ao Supremo
Tribunal Federal (STF), que a aceitou e encaminhou a
denúncia à Câmara.
A notificação ao presidente e aos ministros ocorrerá
de forma individualizada, ou seja, cada um será
notificado e receberá uma cópia da peça. O Palácio
do Planalto informou que, a exemplo do que ocorreu
na notificação da primeira denúncia contra o
presidente, caberá ao subchefe de Assuntos Jurídicos
da Casa Civil, Gustavo do Valle Rocha, receber as
três notificações.
As notificações deverão ser entregues nesta
quarta-feira, uma vez que ainda é necessário fazer a
cópia do material da denúncia encaminhada à Câmara
pelo STF. Ainda não está definido quem fará a
entrega das notificações, mas na primeira denúncia o
documento foi levado ao Palácio do Planalto pelo
primeiro secretário da Câmara, deputado Giacobo
(PR-PR).
Depois que os denunciados forem notificados, será
encaminhado uma cópia da peça também à Comissão de
Constituição e de Justiça (CCJ) da Câmara, onde a
denúncia será apreciada. Os denunciados têm até 10
sessões plenárias da Casa para apresentarem suas
defesas. A partir daí, a CCJ tem cinco sessões para
apreciar a matéria, votar e encaminhar a deliberação
ao plenário da Câmara.
Fonte: Agência Brasil
27/09/2017 -
Paulo Paim alerta para possível fim da Justiça
Trabalhista
Em pronunciamento nesta terça-feira (26), o senador
Paulo Paim (PT-RS) citou um artigo escrito pela
Juíza do Trabalho da 4ª Região Valdete Souto Severo
que afirma que não passam de "discurso vazio" as
afirmações de que a reforma trabalhista veio para
modernizar a legislação e gerar mais emprego.
Paim ressaltou que, para a magistrada, as mudanças
nas normas das relações de trabalho são ilegais,
imorais e inconstitucionais e seguem a lógica de um
capitalismo predatório, que visa fazer do Brasil um
novo Haiti.
O senador disse que a juíza também alertou que,
mesmo antes da reforma, o empregado já era vítima de
uma situação de muita desigualdade em relação ao
empregador e que a tendência é de ficar muito pior.
Paim advertiu ainda sobre o desejo de se extinguir a
justiça trabalhista.
— A extinção da Justiça do Trabalho é objetivo
perseguido pelo capital desde que foi instituída e o
movimento por sua destruição cresce a partir da
década de 90. É isso que eles pretendem: acabar com
a Justiça do Trabalho — afirmou.
Fonte: Agência Senado
27/09/2017 -
Câmara aprova negociação coletiva no serviço público
Atualmente, a negociação coletiva não é uma
prática corrente no serviço público.
O Executivo federal possui canais permanentes de
negociação, mas sem previsão legal
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
( CCJ) aprovou nesta terça-feira (26) projeto de lei
que disciplina a negociação coletiva no serviço
público das três esferas administrativas (União,
estados e municípios).
A proposta (PL 3831/15) é originária do Senado, onde
foi aprovada em 2015. O texto recebeu parecer
favorável do relator, deputado Betinho Gomes
(PSDB-PE), para quem a negociação coletiva deveria
acompanhar o direito de greve dos servidores. "Hoje,
no Brasil, garante-se ao servidor público o direito
de greve, sem lhe assegurar, contudo, o direito de
negociação coletiva, o que é um contrassenso, até
mesmo porque a negociação coletiva é corolário do
direto de greve e do direito de sindicalização",
disse.
Como também foi aprovado pela Comissão de Trabalho,
de Administração e Serviço Público, e tramita em
caráter conclusivo, a proposta está aprovada pela
Câmara e deve seguir para a sanção da Presidência da
República.
Atualmente, a negociação coletiva não é uma prática
corrente no serviço público. O Executivo federal
possui canais permanentes de negociação, mas sem
previsão legal.
Regra
O PL 3831/15 propõe que a negociação coletiva seja a
regra permanente de solução de conflitos no serviço
público, abarcando órgãos da administração direta e
indireta (autarquias e fundações), de todos os
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), além
do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Segundo o projeto, a negociação poderá tratar de
todas as questões relacionadas ao mundo do trabalho,
como plano de carreira, criação de cargos, salário,
condições de trabalho, estabilidade, saúde e
política de recursos humanos. A abrangência da
negociação será definida livremente pelas duas
partes. Poderá, por exemplo, envolver todos os
servidores do estado ou município ou de apenas um
órgão.
Caberá ao ente público definir o órgão que o
representará na mesa de negociação permanente, e
fornecer os meios necessários para a efetivação da
negociação coletiva, como espaço, infraestrutura e
pessoal.
A participação na mesa de negociação será paritária.
Se os servidores públicos não possuírem um sindicato
específico, eles poderão ser representados por uma
comissão de negociação, criada pela assembleia da
categoria.
Um dos pontos importantes do projeto é a permissão
para que os dois lados da negociação solicitem a
participação de um mediador, para resolver a questão
em debate.
O texto aprovado prevê punição para os dois lados da
mesa de negociação quando houver desinteresse em
adotar as medidas acordadas. Para o representante de
órgão público, esse tipo de conduta poderá ser
enquadrado como infração disciplinar. Já os
representantes dos empregados poderão ser multados
em valor proporcional à condição econômica do
sindicato.
Acordo
O PL 3831 determina que será elaborado um termo de
acordo após a conclusão da negociação. O texto
deverá identificar as partes, o objeto negociado, os
resultados obtidos, a forma de implementação e o
prazo de vigência. O documento, assinado pelas duas
partes, deverá designar o titular do órgão
responsável pelo sistema de pessoal.
As cláusulas do termo de acordo serão encaminhadas
aos órgãos para imediata adoção. Se a efetivação da
cláusula depender de lei – como ocorre em reajustes
salariais –, elas serão encaminhadas ao titular da
iniciativa da lei (por exemplo, presidente da
República ou governador), para que as envie, na
forma de projeto, ao Poder Legislativo. O texto
poderá tramitar com urgência, sempre que se julgar
necessário.
Fonte: Agência Câmara
27/09/2017 -
Desemprego cai para 17,9% na Grande São Paulo,
segundo o Dieese
A taxa de desemprego nos 39 municípios da região
metropolitana de São Paulo passou de 18,3%, em
julho, para 17,9% da População Economicamente Ativa
(PEA) em agosto. A queda representa um recuo de
2,2%.
Desde maio, têm-se registrado ligeiras quedas na
taxa, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)
do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), que
foi divulgada nesta quarta-feira (27).
No entanto, as chances de se encontrar um emprego
estão abaixo do verificado nos dois últimos anos. Em
agosto de 2016, havia 17,2% de desempregados e, em
2015, 13,9%. Em agosto deste ano, foram estimadas
1,988 milhão de pessoas desempregadas, número
inferior a julho em 63 mil pessoas.
Apesar de as empresas terem demitido mais do que
contrataram, o desemprego diminuiu porque 102 mil
pessoas saíram do mercado de trabalho por motivos
diversos. O saldo de postos criados ficou negativo
(-0,4%) com o fechamento de 39 mil vagas.
O pior quadro foi constatado no comércio, que
efetuou um corte de 61 mil empregados (-3,7%). A
indústria, por sua vez, eliminou outros 15 mil
trabalhadores (-1,1%). Os efeitos só não foram
maiores porque as contratações superaram as
demissões na construção civil e nos serviços. Na
construção, surgiram 7 mil empregos, uma alta de
1,2% e, nos serviços, 40 mil, um aumento de 0,7%.
A pesquisa aponta ainda que o setor público enxugou
mais o seu quadro de pessoal (-4,3%) do que o setor
privado (-0,3%) e que houve uma melhora na qualidade
dos empregos criados. Os contratos sem carteira
assinada caíram 1,6% e manteve-se praticamente
estável o número de trabalhadores registrados
(-0,1%).
O Dieese registra ainda queda de 2% no total de
autônomos e crescimento de 2,8% nas oportunidades de
emprego doméstico.
Em relação aos ganhos, ocorreu recuperação de 1,7%
entre junho e julho com os assalariados passando a
receber a média de R$ 2.137. Em relação aos
ocupados, o rendimento aumentou 2% ,com a média de
R$ 2.076.
Fonte: Agência Brasil
27/09/2017 -
Para Ciro Gomes, crescimento do País dependerá da
reindustrialização
Ciro Gomes foi breve e claro em sua fala sábado (23)
de manhã, durante ato de filiação ao Partido
Democrático Trabalhista (PDT) de sindicalistas
ligados a várias categorias profissionais. O evento
aconteceu no hotel Jaraguá, na região central de São
Paulo.
Para o provável candidato a presidente pelo PDT, “o
País não pode mais conviver com 14 milhões de
desempregados, quatro milhões só no Estado de São
Paulo, e mais 10 milhões de pessoas vivendo de
biscates e bicos”. Ele apontou que o caminho para a
recuperação nacional está na indústria. “O Brasil
precisa se reindustrializar e isso deve começar pelo
Estado de São Paulo. O peso da indústria no PIB caiu
pra 8%. Voltamos ao patamar de 1910”, observou.
Quanto à reforma trabalhista, criticada no evento,
ele elogiou entidades que adotaram a prática de
aprovar descontos em assembleias para o custeio
sindical.
O provável presidenciável pelo PDT também lamentou a
radicalização política. Para Ciro, “a política é um
meio de civilizar os conflitos e as divergências”.
Reencontro - A filiação dos dirigentes faz
parte de esforço do partido de adensar sua base
sindical. O PDT já tem um movimento sindical
nacional e reorganiza a seção estadual, sob
coordenação do metalúrgico de Guarulhos Heleno
Benedito da Silva.
Fonte: Agência Sindical
27/09/2017 -
Comissão para analisar MP que libera saques do FGTS
será instalada nesta quarta
O Congresso Nacional instala nesta quarta-feira (27)
comissão mista para analisar a Medida Provisória
797/17, que libera o saque de contas do PIS/Pasep
para homens a partir de 65 anos e mulheres a partir
dos 62 anos de idade.
Pelo texto da MP, o pagamento do FGTS será iniciado
em outubro e encerrado em março de 2018, seguindo um
calendário a ser divulgado pela Caixa Econômica
Federal (quanto ao PIS) e pelo Banco do Brasil (Pasep).
O crédito será feito de forma automática para quem
tem conta nos dois bancos.
A MP altera a Lei Complementar 26/75, que
regulamenta o Fundo PIS-Pasep. A lei prevê o saque
das contas individuais nos casos de aposentadoria,
transferência para a reserva remunerada ou reforma
(militares), invalidez e casamento. Apenas esta
última hipótese foi excluída pela medida provisória.
A instalação da comissão, com eleição de presidente
e vices, está marcada para as 14h50, no plenário 6
da ala senador Nilo Coelho, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
27/09/2017 -
Riachuelo é acusada pelo MP por usar terceirização
para precarizar trabalhadores
Empresas já estão usando as novas regras
trabalhistas para precarizar a situação dos
trabalhadores. Com a nova lei de terceirização e as
mudanças na legislação, companhias consideram que
não precisam garantir os direitos dos empregados. O
exemplo mais recente é o da rede de lojas Riachuelo.
A empresa é acusada pelo Ministério Público do
Trabalho de deturpar a terceirização e, por esse
motivo, responde a uma ação civil pública.
A ação foi ajuizada com base em um caso ocorrido no
Rio Grande do Norte, onde o Ministério Público
denunciou que a empresa varejista terceiriza seus
serviços têxteis por meio da contratação de 50
pequenas confecções situadas em 12 municípios no
interior potiguar.
De acordo com o Ministério Público, em nota, os
funcionários são contratados com menor remuneração,
menos direitos trabalhistas e condições mais
precárias de trabalho do que os empregados que
trabalham diretamente para a Riachuelo.
O juiz do Trabalho de Jundiaí, em São Paulo, Jorge
Luiz Souto Maior lembra que as novas regras
trabalhistas não eximem as empresas da
responsabilidade social. “Do ponto de vista do
Direito do Trabalho, que está previsto
constitucionalmente, a responsabilidade social do
capital e da propriedade não pode ser excluída por
meio de mecanismos que tentam afastar, distanciar o
capital do trabalho. Essa produção em rede é só uma
aparência, no fundo quem explora o trabalho não é a
pequena, aquela lá ao final”, explica.
Por isso, os trabalhadores que tiveram seus direitos
negados podem entrar com ação de reparação contra a
empresa responsável pela atividade. Souto Maior
explica que há uma tentativa de eliminar a
responsabilidade de quem detém os meios de produção
e transferem a produção para empresas
subcapitalizadas:
“É nesse sentido que essas ações vislumbram, essa
perspectiva da subordinação em rede e estabelecer a
responsabilidade de quem efetivamente detém o
capital pelo qual ele ela explora essas empresas. Na
verdade, a grande empresa está explorando não só os
trabalhadores, mas também as subsidiárias do
processo de produção”, afirma. Na ação, o MPT pede
indenização de R$ 37,7 milhões por danos morais
coletivos argumentando que as facções funcionam como
“verdadeiras unidades de produção em
estabelecimentos de terceiros”. Esse valor
corresponde a parte do lucro com as facções, que, em
2016, foi de R$ 317,6 milhões. Segundo o Ministério,
centenas de ações individuais já foram propostas por
empregados demitidos, cobrando parcelas rescisórias
não foram pagas e, inclusive, alegando a
responsabilidade da Guararapes pelo pagamento dessas
verbas.
Em resposta à reportagem, a empresa Guararapes, dona
da marca Riachuelo, disse que “as empresas
terceirizadas se comprometem a cumprir algumas
obrigações, inclusive a respeitar integralmente a
legislação trabalhista". A companhia de varejo disse
também que realiza fiscalizações periódicas nas
confecções menores e criticou o Ministério Público
por não acionar" as demais empresas participantes do
Pró-Sertão, que também mantêm contratos com as
oficinas de costura, tais como Hering, Toli e RM Nor
".
Fonte: Jusbrasil
27/09/2017 -
OAB vai ao Supremo para que prazos processuais sejam
contados em dias úteis
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
foi ao Supremo Tribunal Federal pedir que os prazos
da Justiça sejam contados em dias úteis — e não
corridos —, como prevê o artigo 219 do novo Código
de Processo Civil.
Em Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental, distribuída para o gabinete do ministro
Luiz Fux, a entidade afirma que a nova regra está
sendo desrespeitada por juizados especiais (nas
áreas cível, federal e da Fazenda Pública) no país.
No caso dos juizados cíveis, estados como Paraná,
Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo, continuam a
contar os prazos em dias corridos. “Tem-se,
portanto, uma assídua divergência quanto à forma de
contagem processual, o que acarreta graves prejuízos
à segurança jurídica”, sustenta a OAB.
Essa situação, segundo a petição, viola preceitos
constitucionais fundamentais, como o da ampla
defesa, da legalidade, da tripartição dos poderes,
da segurança jurídica, do devido processo legal e do
direito ao repouso semanal (no caso, dos operadores
do Direito).
No pedido de liminar, no sentido de determinar que
seja imediatamente adotada a contagem dos prazos em
dias úteis nos processos em tramitação nos juizados
especiais nas três esferas, a entidade de classe
fundamenta a urgência sobretudo em razão de que os
prazos processuais, caso descumpridos, “acarretam
perecimento de direitos”, e sua supressão indevida
caracteriza cerceamento da plenitude do direito à
ampla defesa. Com informações da Assessoria de
Imprensa do STF.
Fonte: Consultor Jurídico
27/09/2017 -
TRF4 determina que o INSS conceda 180 dias de
licença adotante à perita médica
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
confirmou sentença que determinou que o Instituto
Nacional da Seguridade Social (INSS) de Novo
Hamburgo (RS) conceda 180 dias de
licença-maternidade a uma perita médica que adotou
uma criança de onze anos. Conforme a decisão da 3ª
Turma, na última semana, não se pode diminuir o
período de licença com base na idade da criança
adotada.
A perita ajuizou ação após ter sido concedido
somente 30 dias, prorrogados por mais de 15 dias.
Ela alega que 45 dias é um período muito curto para
adaptação, considerando a idade da criança, que
precisa deste tempo de convivência integral para que
se conheçam e construam uma relação de mãe e filha.
A autora então ajuizou na 1ª Vara Federal do
município mandado de segurança contra a Gerência do
INSS para obter a licença-maternidade pelo prazo de
120 dias, mais a prorrogação por 60 dias. O pedido
foi deferido e o processo foi remetido ao tribunal
para reexame.
Segundo a relatora do caso, desembargadora federal
Marga Inge Barth Tessler, o Supremo Tribunal Federal
(STF), tem decidido nesse sentido, citando
jurisprudência do órgão em seu voto: 'Os prazos da
licença adotante não podem ser inferiores aos prazos
da licença gestante, o mesmo valendo para as
respectivas prorrogações. Em relação à licença
adotante, não é possível fixar prazos diversos em
função da idade da criança adotada’.
Fonte: Jusbrasil
26/09/2017 -
Centrais articulam calendário de lutas contra
reformas e privatizações
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB se
reuniram nesta segunda (25), na sede da CUT, em São
Paulo, para debater uma agenda de lutas contra a
reforma da Previdência e contra os impactos da
reforma trabalhista.
Os dirigentes também definiram algumas ações em
defesa de empresas nacionais estratégicas, que estão
ameaçadas com a possibilidade de privatização, como
Eletrobras e Petrobras.
Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova
Central São Paulo, falou à Agência Sindical sobre o
que foi tratado no encontro. "Nós estamos
construindo um calendário para o próximo período,
tentando juntar as iniciativas de todas as Centrais
e unificar as ações. Vamos manter a luta contra a
reforma trabalhista e intensificar as mobilizações
contra a reforma da Previdência", conta.
Agência Sindical ouviu também João Carlos Gonçalves
(Juruna), secretário-geral da Força Sindical. Ele
disse que serão feitas diversas ações para denunciar
privatizações de empresas estratégicas, pretendidas
pelo governo Temer.
"Dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro, haverá um ato
em frente à sede da Eletrobras e em seguida uma
passeata até a Petrobras. Em todas as cidades onde
haja uma representação dessas empresas, haverá
manifestações contrárias à privatização", explica
Juruna.
Cartilha - Segundo o dirigente forcista, as
Centrais pretendem manter a mobilização entre os
trabalhadores com uma cartilha, que esclarece as
maldades da reforma trabalhista. “O encontro tratou
também da necessidade de fortalecimento das
entidades sindicais e da proposta de abaixo-assinado
para um projeto de lei que anule a Lei 13.467/17",
diz.
A próxima reunião das Centrais será na próxima
segunda, dia 2 de outubro, às 08h30. O local é a
sede da Força Sindical, no bairro da Liberdade.
Fonte: Agência Sindical
26/09/2017 -
Especialistas pedem Estatuto do Trabalho que garanta
dignidade humana
Em audiência pública interativa da Subcomissão
Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET), nesta
segunda-feira (25), especialistas defenderam uma
nova legislação trabalhista, que respeite princípios
como a dignidade da pessoa humana.
A CDHET é uma subcomissão da Comissão de Direitos
Humanos (CDH). O Estatuto é uma proposta do senador
Paulo Paim (PT-RS) para substituir as atuais leis
trabalhistas, sobretudo a recém-aprovada reforma
(Lei 13.467/2017), que entra em vigor em novembro,
alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Paim, relator da subcomissão, prometeu para 1º de
maio a primeira versão do projeto do Estatuto do
Trabalho, após a realização de outras audiências
como a desta segunda.
— A intenção é deixar a sociedade debater para votar
[o projeto] só no próximo Congresso, eleito em 2018.
Porque com este aqui não temos a mínima chance de
aprovar nada decente — previu Paim.
Para Cristiano Paixão, procurador regional do
Trabalho da 10ª Região, o Estatuto do Trabalho, ou
qualquer legislação trabalhista que venha a suceder
a atual, “tem que resgatar e reafirmar o compromisso
da Constituição de 1988 com o valor social do
trabalho, a dignidade da pessoa humana e a redução
das desigualdades”. Francimary Oliveira Michiles,
diretora do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais
do Trabalho (Sinait), também citou a dignidade da
pessoa como um dos princípios “basilares” para o
projeto de estatuto.
Os participantes da audiência criticaram a lei
recém-sancionada, apontando o que consideram
incoerências e inconstitucionalidades. Segundo
Augusto César Leite de Carvalho, ministro do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando a lei
entrar em vigor haverá situações em que os juízes
terão que aplicar em suas decisões o Direito Civil,
e não o novo texto legal. Ele deu como exemplo o
caso de um empregado em regime de teletrabalho (ou
seja, que trabalha a distância, em casa) cuja
jornada ultrapasse o previsto em contrato:
— O que vamos aplicar é o princípio da primazia da
realidade, o artigo 167 do Código Civil: quando há
uma simulação de contrato, o que vale é contrato
dissimulado. A lei não pode mudar a realidade —
afirmou.
Para Paulo da Cunha Boal, diretor legislativo da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), o governo iludiu os
empresários, fazendo-os crer que alguns itens da
nova lei acabam com o risco de ações trabalhistas –
por exemplo, ao excluir da jornada de trabalho os
minutos gastos para vestir o uniforme ou a caminho
do serviço, em meio de transporte fornecido pela
empresa (as chamadas “horas in itinere”):
— Estão vendendo algo que não podem entregar.
Entregaram ao empresariado um projeto dizendo:
'Resolvemos todos os problemas que vocês tinham.' E
tudo isso é uma falácia.
Graça Costa, secretária de relações do trabalho da
CUT, e Anjuli Tostes, representante da Intersindical
(central de trabalhadores), afirmaram que os
sindicatos lutarão para que a reforma sancionada
seja anulada:
— Estamos nos organizando para olhar cada item da
lei. Aquilo que pode ser questionado nós vamos
questionar. Vai ter um processo de resistência
também no âmbito judicial. A luta vai ser árdua —
disse Graça.
Fonte: Agência Senado
26/09/2017 -
Paulo Paim diz que reforma da Previdência só
atingirá os pobre e a classe média
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a proposta de
reforma da Previdência por considerar que as medidas
só atingirão os pobres e a classe média. Ao
ressaltar que a Previdência tem R$ 1 trilhão a
receber em tributos, o senador sugeriu que a reforma
deveria cobrar os bancos e os grandes devedores,
além de melhorar a gestão previdenciária.
Paulo Paim lembrou que a população da Suíça,
consultada em referendo, rejeitou a mudança nas
regras de aposentadoria. O senador disse esperar que
os trabalhos da CPI da Previdência convençam a
opinião pública de que as reformas não são
necessárias.
- Nós vamos mostrar que a questão da Previdência no
Brasil é de gestão, é de fiscalização, é de combate
à corrupção. Se garantirmos que isso seja feito, com
certeza a nossa Previdência vai dar superávit por
décadas - afirmou.
Paim também leu mensagem da prefeita de Pelotas, no
Rio Grande do Sul, que chama atenção para os cortes
de recursos federais para o sul do estado. Segundo a
prefeita, a redução de repasses para instituições
federais na região podem levar a uma diminuição da
qualidade dos serviços públicos e causar aumento do
desemprego e da insegurança.
Fonte: Agência Senado
26/09/2017 -
CAS analisa projeto que estabelece prazo para
concessão de salário-maternidade
Saúde, segurança nos locais de trabalho, respeito e
dignidade! O movimento Sindical luta neste momento
de virada, na correlação de forças. Precisamos
mostrar orgulhosamente a nossa garra, lutar
incansavelmente e ter a capacidade de ousar. É um
novo parâmetro de luta do movimento sindical. Uma
nova época, uma nova missão. A Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) analisa, na quarta-feira (27), projeto
que estabelece prazo de 30 dias para concessão do
salário-maternidade pela Previdência Social.
De acordo com o projeto (PLS) 296/2016), após esse
prazo o benefício será concedido automaticamente, na
forma provisória. Confirmado o preenchimento dos
requisitos, o benefício será convertido para forma
definitiva. Caso contrário, ocorrerá a sua cessação
imediata.
A proposta é de autoria do senador Telmário Mota
(PTB-RR). Para o parlamentar, a definição de um
prazo é importante, pois a finalidade do benefício é
substituir a renda que a contribuinte receberia se
permanecesse no trabalho, durante o período da
licença-maternidade. No texto original, o prazo era
de 15 dias, mas foi estendido por emenda do relator,
senador Hélio José (PMDB-DF).
A matéria tramita em caráter terminativo na CAS e,
se aprovada na comissão, segue diretamente para a
Câmara dos Deputados, sem passar pelo Plenário do
Senado, a menos que haja recurso para tanto.
Fonte: Agência Senado
26/09/2017 -
Criação de empregos ajudará a reduzir desigualdade,
diz Meirelles
A criação de condições para que o Brasil crie mais
empregos é essencial para que o país comece a
reduzir a desigualdade, disse nesta segunda-feira
(25) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em
entrevista a jornalistas após uma palestra em
Londres, cujo áudio foi divulgado pela assessoria do
ministério, Meirelles disse que as reformas
propostas pelo governo têm o objetivo de fazer o
país voltar a crescer de forma sustentada.
“O que nós estamos construindo é um Brasil que
cresça mais, que crie mais empregos e que possa
distribuir mais a renda. Existem diversas formas de
distribuir renda. Uma delas é a mais eficaz de todas
é criar emprego. Segundo, criar empregos cada vez
melhores. Terceiro, criar condições macroeconômicas
que baixem a inflação, porque a inflação penaliza os
de renda menor”, disse o ministro ao comentar
relatório da organização não governamental britânica
Oxfam que apontou a forte desigualdade no Brasil.
Segundo o estudo, os seis maiores bilionários
brasileiros têm o mesmo patrimônio que os 100
milhões mais pobres. O levantamento mostrou também
que os super-ricos pagam menos tributos que os 10%
da população brasileira que ganham menos.
De acordo com Meirelles, o levantamento revela uma
situação histórica no Brasil, e o caminho para
redistribuir renda é ter um governo mais enxuto e
que gaste com mais racionalidade. Mesmo assim, o
ministro ressaltou que os programas sociais estão
sendo expandidos.
“O Brasil aumentar o custo da sua máquina não
distribui renda. Os programas sociais estão
mantidos, na verdade estão sendo expandidos. O que
precisamos é ter um governo mais eficiente e enxuto.
Isso vai gerar mais recursos para consumo,
investimentos e empregos, na medida em que se possam
ter discussões mais aprofundadas [sobre a
distribuição de renda]”, declarou o ministro.
Meirelles citou estudos recentes segundo os quais o
crescimento econômico dos últimos anos não melhorou
significativamente a redistribuição de renda no
Brasil. Para ele, o aumento dos gastos públicos não
é a forma mais eficaz de combater a desigualdade. “O
crescimento do governo nos últimos anos não melhorou
a distribuição de renda no Brasil. O importante é
fazer o contrário: criar mais emprego, menos
inflação, menos juros e mais renda”, acrescentou.
Reforma da Previdência
Segundo o ministro, a aprovação da reforma da
Previdência é essencial para que o país não enfrente
desequilíbrios graves nas contas públicas nos
próximos anos. Ele ressaltou que o governo está
empenhado em fazer a proposta avançar no Congresso,
mas não se comprometeu com um prazo de votação.
“Agora é uma questão de discussão. O projeto foi
apresentado, discutido pela comissão especial e
aprovado lá com modificações. Agora está preparado
para ser discutido em plenário. O importante é que
estamos enfrentando esse problema”.
Os juros e a inflação, ressaltou Meirelles, só estão
caindo por causa da expectativa da aprovação das
reformas. Segundo ele, a população está sentindo o
benefício, principalmente por meio da reação do
emprego, que voltou a crescer nos últimos meses.
“Os juros no Brasil estão caindo. A inflação está
caindo. Isso está beneficiando a população de uma
forma muito importante. Uma das razões é exatamente
a expectativa das reformas, principalmente desta
reforma [da Previdência]. É muito importante que o
Brasil comece a criar empregos. Já começou a criar.
É importante que esse número cresça”, disse.
Meirelles advertiu que, se a reforma da Previdência
não for aprovada logo, sobrará menos dinheiro para
despesas fundamentais do governo, como saúde,
educação e obras públicas, por causa do teto de
gastos. Segundo ele, a aprovação do limite de gastos
e da reforma trabalhista indica que o Congresso tem
condições de aprovar as mudanças na Previdência e
permitir que o país volte a crescer.
“Se a reforma não for feita, dentro de um tempo 80%
do Orçamento público será usado para a Previdência.
Não teremos dinheiro para a saúde, a educação e
investimentos. Nas minhas conversas com
parlamentares, de todos os partidos, com exceção da
oposição, a estratégia que estou usando é dizer a
verdade e esclarecer o que precisa ser feito pelo
país”, declarou.
Fonte: Agência Brasil
26/09/2017 -
Comissão promove novos debates sobre mudanças em
regras de mineração
A comissão mista que analisa a medida provisória
790/17, que altera 23 pontos do Código de Mineração
(Decreto-lei 227/67), promove novas audiências nesta
terça (26) e quarta-feira (27). O governo alega que
as mudanças visam atualizar o código para reduzir a
burocracia e estimular a atividade de exploração
mineral.
Foram convidados para participar da discussão nesta
terça: representantes do Ministério de Minas e
Energia, do Departamento Nacional de Produção
Mineral, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
Mineral, da Secretaria de Meio Ambiente do Pará e o
advogado Adriano Drummond Cançado Trindade.
Já na quarta, a MP será discutida com representantes
do Centro de Tecnologia Mineral; do Sindicato da
Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do
Espírito Santo (Sindirochas); do Movimento Nacional
pela Soberania Popular Frente à Mineração; do
Ministério Público Federal; da WWF Brasil; do
Greenpeace Brasil; entre outros.
Multas e prazos
O texto aumenta o valor das multas das empresas que
desrespeitarem o Código de Mineração. Os valores
poderão variar de R$ 2 mil a R$ 30 milhões. O teto
hoje é de R$ 2,5 milhões, segundo o governo.
A MP também cria três novos tipos de sanções: a
multa diária, a suspensão temporária (parcial ou
total) das atividades e a apreensão dos minérios,
equipamentos e bens. Foram mantidas as sanções hoje
existentes (advertência, multa e caducidade do
direito).
Além disso, a MP amplia o prazo para realização de
pesquisa mineral, que será de dois a quatro anos.
Hoje é de um a três anos. Esse prazo poderá ser
prorrogado sucessivamente, desde que o titular do
direito comprove a dificuldade de acesso à área ou a
não obtenção da licença ambiental por motivo alheio
a ele.
Outras MPs
Ao todo o Congresso Nacional analisa três medidas
provisórias (789, 790 e 791/17) que alteram o marco
legal do setor mineral e os percentuais da
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais (CFEM), e criam a Agência Nacional de
Mineração.
Audiência interativa
As duas audiências serão interativas e os cidadãos
poderão participar enviando perguntas e comentários
pelo site e-Cidadania.
Ambas as reuniões estão marcadas para as 16 horas,
no plenário 9 da ala Nilo Coelho, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
26/09/2017 -
Uso de transporte particular também configura
acidente de trajeto
Pouco importa para a configuração do acidente de
trajeto se o fato ocorreu com uso de transporte
público ou particular. Foi o que decidiu a 10ª Turma
do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ)
ao julgar o recurso de um trabalhador que sofreu um
acidente quando dirigia sua moto a caminho do local
onde prestava serviços, apesar de receber
vale-transporte. O colegiado manteve a sentença
proferida pela juíza Roseana Mendes Marques, da 4ª
Vara do Trabalho.
A primeira instância julgou parcialmente procedente
a ação do trabalhador e condenou o Condomínio do
Edifício Ana Luiza a pagar indenização por danos
morais no valor de R$ 5 mil por não ter emitido o
Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), assim como
a fazê-lo a partir da decisão, sob pena de multa
diária. A decisão também obriga o empregador a
depositar os valores de Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço devidos a partir de 17 de setembro de
2011, data em que ocorreu o acidente.
O condomínio recorreu ao TRT-1. Alegou que, no dia
do acidente, o empregado não estava a caminho do
trabalho, pois era sábado, seu dia de folga. Além
disso, argumentou que o trabalhador assumiu os
riscos pelo ocorrido porque recebia vale-transporte,
razão pela qual não deveria ter usado a moto.
O relator do acórdão, desembargador Flávio Ernesto
Rodrigues Silva, não acolheu a tese da empresa. Na
avaliação dele, caberia ao empregador juntar os
controles de ponto, escalas de horário ou mesmo
contrato com previsão no sentido de que o
trabalhador teria sua folga semanal aos sábados.
Além disso, em seu depoimento, a síndica do
condomínio confessou não saber se no dia do acidente
o empregado estaria ou não de folga.
Para o relator, o acidente de trabalho in itinere é
configurado pelo deslocamento do trabalhador entre o
local de serviço e sua residência. E não importa,
neste caso, qual o meio de transporte foi utilizado.
A decisão foi unânime. Mas ainda cabe recurso. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-1.
Fonte: Jusbrasil
26/09/2017 -
Falha na digitalização de documento dá a seguradora
direito a novo julgamento de recurso
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
determinou que o Tribunal Regional do Trabalho da
18ª Região (GO) realize novo julgamento de recurso
da Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A.
rejeitado porque o substabelecimento, documento pelo
qual um advogado outorga poderes a outro, não
permitia a identificação do outorgante. A conclusão
foi a de que houve erro de digitalização do
documento no Regional.
O TRT entendeu que havia irregularidade na
representação da advogada da Mafre, pois o carimbo
de identificação do advogado que a ela substabeleceu
poderes no processo estava ilegível, “constando
apenas uma rubrica, o que torna inexistente o
respectivo dado”.
Digitalização
No recurso, a empresa disse ter protocolado o
substabelecimento com a assinatura e carimbo
legíveis, “tudo de forma física”. Acrescentou que o
documento foi depois digitalizado e inserido no
sistema eletrônico pelos servidores da Vara de
Trabalho de Luziânia (GO), e que dessa forma não
poderia ser responsabilizada e prejudicada por
eventual erro do servidor que digitalizou o
documento. A decisão do Regional sobre a
irregularidade de representação, segundo a Mapfre,
afrontou o princípio do contraditório e da ampla
defesa.
O relator, ministro Cláudio Brandão, analisou o
documento digitalizado e a cópia do original
apresentado pela empresa e concluiu que houve mesmo
falha na digitalização. Segundo ele, o
substabelecimento apresentado fisicamente atende aos
requisitos do artigo 654, parágrafo 1º, do Código
Civil e da Súmula 456 do TST, especialmente quanto à
identificação do outorgante e da signatária do
instrumento de mandato.
Com o provimento do recurso, este agora deverá
retornar ao TRT para a realização de novo
julgamento. Processo: RR-692-85.2011.5.18.0131
Fonte: TST
25/09/2017 -
Centrais protestam e distribuem flores e manifesto
na Primavera de Lutas
Sindicalistas de várias Centrais ocuparam nesta
sexta (22) o vão livre do Masp, na avenida Paulista,
principal centro financeiro de São Paulo, com ato #PrimaveraDeLutas.
O primeiro dia da estação foi escolhido para marcar
a luta da classe trabalhadora em defesa do emprego e
contra as maldades das “reformas” trabalhista e
previdenciária.
Além de flores, os ativistas distribuíram o
manifesto "Pelo emprego e em defesa do futuro do
nosso povo", assinado pelas Centrais Sindicais. O
documento destaca a importância da unidade do
movimento sindical e valorização do trabalho com
geração de emprego.
"No Brasil não há espaço para modelos econômicos
focados na financeirização e na privatização de suas
riquezas. A redução dos juros é importante, mas sem
a ampliação dos investimentos públicos e privados no
setor produtivo nacional ela torna-se mero adjetivo.
Precisamos de ações mais consequentes que promovam o
desenvolvimento e a geração de empregos e que levem
em conta os anseios da nação e suas necessidades
mais emergentes. Somente com desenvolvimento real e
inclusivo recolocaremos o País nos rumos de uma
sociedade mais igual e humana", diz o texto.
A manifestação aconteceu simultaneamente em sete
Estados, destacando os direitos sociais e
trabalhistas e a valorização do trabalho, da
soberania e da indústria brasileiras.
O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo, lembrou
que a referência à primavera neste momento é muito
simbólica – já que é preciso "apostar na esperança e
na mudança".
"O Brasil vive uma profunda instabilidade política.
É no curso dessa instabilidade que a sociedade vem
tomando conhecimento dessa realidade e reagindo. Nós
estamos agonizando o drama da crise política. Nós
buscamos uma saída que propicie a geração de emprego
e a retomada do desenvolvimento. Essa unidade das
Centrais segue nessa direção", afirma.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João
Carlos Gonçalves (Juruna), o ato serviu para o
movimento sindical agitar suas bandeiras e chamar
toda a sociedade a participar da empreitada pela
retomada do desenvolvimento econômico e a
recuperação dos empregos.
“Acho que é fundamental as Centrais Sindicais
seguirem unidas, porque muitos assuntos ainda serão
debatidos. Nós temos no Congresso Nacional duas
pautas: a trabalhista e vai entrar a da Previdência.
As Centrais sindicais unidas e os Sindicatos em
mobilização são quem podem garantir nossos
direitos", enfatiza Juruna.
Fonte: Agência Sindical
25/09/2017 -
Subcomissão discute princípios do Estatuto do
Trabalho
A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho vai
discutir nesta segunda-feira (25), a partir das 9 h,
os princípios para o estatuto e os princípios da
CLT. A audiência será realizada em caráter
interativo, com participação popular pelo Portal
e-Cidadania e pelo Alô Senado (0800-612211). O
requerimento para o debate é do senador Paulo Paim
(PT-RS), vice-presidente do colegiado.
Devem participar do debate o ministro Augusto César
Leite de Carvalho, do Tribunal Superior do Trabalho
(TST); o procurador regional do Trabalho Cristiano
Paixão; o diretor legislativo da Associação Nacional
dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Paulo da
Cunha Boal; e a diretora do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho, Francimary Oliveira
Michiles.
Instalada em agosto, a subcomissão tem o objetivo de
debater a reforma trabalhista, recentemente
aprovada, e criar um Estatuto do Trabalho. O
colegiado é presidido pelo senador Telmário Mota
(PTB-RR) e é integrado também por Valdir Raupp
(PMDB-RO). A subcomissão funciona no âmbito da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH).
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
25/09/2017 -
Denúncia contra Temer pode ser lida nesta
segunda-feira no plenário da Câmara
A denúncia contra o presidente Michel Temer deve ser
lida do plenário da Câmara dos Deputados nesta
segunda-feira (25). Para isso, é preciso que ao
menos 51 deputados registrem presença no plenário.
Em seguida, a denúncia deve ser encaminhada para
análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
o que também deve ocorrer nesta semana. A
Procuradoria Geral da República (PGR) acusa Temer de
obstrução da Justiça e formação de organização
criminosa.
Em meio a isso, os parlamentares devem tentar
concluir as votações da reforma política. Câmara e
Senado discutem paralelamente regras para distribuir
os recursos do fundo público de financiamento das
campanhas. Assim como um teto para os gastos dos
candidatos.
Também devem entrar na pauta mais uma proposta para
que o voto distrital misto seja adotado em 2018 e
outra para abrir um novo período permitindo que os
parlamentares troquem de partido sem correr risco de
perder o mandato.
Nas comissões, o ponto alto da semana deve ser a
audiência pública para debater a privatização da
Eletrobras e a extinção da Reserva Nacional do Cobre
e Associados, a Renca. A reunião será feita em
conjunto por seis comissões e a presença do ministro
de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, está
confirmada.
Fonte: Portal EBC
25/09/2017 -
Empresários da indústria estão mais confiantes, diz
CNI
Os empresários estão mais confiantes, segundo
pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
divulgada sexta-feira (21) pela internet. O Índice
de Confiança do Empresário Industrial (Icei)
alcançou 55,7 pontos em setembro, o maior nível
desde março de 2013, antes do início da crise
econômica.
Com o aumento de 3,1 pontos em relação a agosto, o
indicador deste mês é superior à média histórica de
54 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero
a cem pontos. Quando ficam acima de 50 pontos,
mostram que os empresários estão confiantes.
A confiança é maior nas grandes indústrias, segmento
em que o índice alcançou 57,4 pontos. Nas pequenas
empresas, o indicador ficou em 53,4 pontos e, nas
médias, foi de 54,7 pontos.
O índice de confiança sobre as condições atuais
aumentou 4 pontos em relação a agosto e alcançou
50,5 pontos.
Foi a primeira vez, desde novembro de 2012, que o
indicador ficou acima da linha divisória dos 50
pontos, informou a CNI. A pesquisa foi realizada
entre 1º e 15 deste mês com 2.966 indústrias em todo
o país.
Fonte: Agência Brasil
25/09/2017 -
Legislação Participativa debate extinção do serviço
social do INSS
A perspectiva de extinção do serviço social no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será
debatida nesta terça-feira (26) em audiência pública
na Comissão de Legislação Participativa.
Autora do requerimento para a realização do debate,
a deputada Flávia Morais (PDT-GO) afirma que a mídia
está noticiando a extinção desse serviço.
“Regulamentado na Lei 8.213/91, o serviço social é
um direito do trabalhador, criado no Governo Getúlio
Vargas, ainda em 1944”, afirma.
Segundo ela, o governo federal já elaborou minuta de
portaria propondo a retirada do serviço da estrutura
do INSS e deve publicá-la nas próximas semanas, o
que torna urgente o debate. “Diariamente, esse
serviço é realizado por centenas de assistentes
sociais nas agências do INSS, que informam aos
trabalhadores sobre seus direitos, como benefícios e
aposentadorias", lembra Flávia Morais
Convidados
Foram convidados para a audiência o secretário de
Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo
Caetano; o presidente do INSS, Leonardo de Melo
Gadelha; a presidente do Conselho Federal do Serviço
Social, Josiane Soares Santos; e o secretário de
Formação Política e Sindical da Federação Nacional
de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho,
Previdência e Serviço Social, Carlos Roberto dos
Santos.
O debate está marcado para as 14h30, em plenário a
definir.
Fonte: Agência Câmara
25/09/2017 -
Nova lei trabalhista não exime empresas de
responsabilidade, diz juiz
Empresas já estão usando as novas regras
trabalhistas para precarizar a situação dos
trabalhadores. Com a nova lei de terceirização e as
mudanças na legislação, companhias consideram que
não precisam garantir os direitos dos empregados. O
exemplo mais recente é o da rede de lojas Riachuelo.
A empresa é acusada pelo Ministério Público do
Trabalho de deturpar a terceirização e, por esse
motivo, responde a uma ação civil pública.
A ação foi ajuizada com base em um caso ocorrido no
Rio Grande do Norte, onde o Ministério Público
denunciou que a empresa varejista terceiriza seus
serviços têxteis por meio da contratação de 50
pequenas confecções situadas em 12 municípios no
interior potiguar.
De acordo com o Ministério Público, em nota, os
funcionários são contratados com menor remuneração,
menos direitos trabalhistas e condições mais
precárias de trabalho do que os empregados que
trabalham diretamente para a Riachuelo.
O juiz do Trabalho de Jundiaí, em São Paulo, Jorge
Luiz Souto Maior lembra que as novas regras
trabalhistas não eximem as empresas da
responsabilidade social. “Do ponto de vista do
Direito do Trabalho, que está previsto
constitucionalmente, a responsabilidade social do
capital e da propriedade não pode ser excluída por
meio de mecanismos que tentam afastar, distanciar o
capital do trabalho. Essa produção em rede é só uma
aparência, no fundo quem explora o trabalho não é a
pequena, aquela lá ao final”, explica.
Por isso, os trabalhadores que tiveram seus direitos
negados podem entrar com ação de reparação contra a
empresa responsável pela atividade. Souto Maior
explica que há uma tentativa de eliminar a
responsabilidade de quem detém os meios de produção
e transferem a produção para empresas
subcapitalizadas:
“É nesse sentido que essas ações vislumbram, essa
perspectiva da subordinação em rede e estabelecer a
responsabilidade de quem efetivamente detém o
capital pelo qual ele ela explora essas empresas. Na
verdade, a grande empresa está explorando não só os
trabalhadores, mas também as subsidiárias do
processo de produção”, afirma.Na ação, o MPT pede
indenização de R$ 37,7 milhões por danos morais
coletivos argumentando que as facções funcionam como
“verdadeiras unidades de produção em
estabelecimentos de terceiros”. Esse valor
corresponde a parte do lucro com as facções, que, em
2016, foi de R$ 317,6 milhões. Segundo o Ministério,
centenas de ações individuais já foram propostas por
empregados demitidos, cobrando parcelas rescisórias
não foram pagas e, inclusive, alegando a
responsabilidade da Guararapes pelo pagamento dessas
verbas.
Em resposta à reportagem, a empresa Guararapes, dona
da marca Riachuelo, disse que “as empresas
terceirizadas se comprometem a cumprir algumas
obrigações, inclusive a respeitar integralmente a
legislação trabalhista". A companhia de varejo disse
também que realiza fiscalizações periódicas nas
confecções menores e criticou o Ministério Público
por não acionar "as demais empresas participantes do
Pró-Sertão, que também mantêm contratos com as
oficinas de costura, tais como Hering, Toli e RM Nor".
Fonte: Portal Vermelho
25/09/2017 -
Sindicato terá de indenizar advogado acusado de
reter valor de ação de associada
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Químicas de Porto Alegre e região (Sindiquímica)
deverá indenizar em quase R$9 mil um ex-advogado da
entidade acusado por uma cliente associada de ter
sacado os valores recebidos de ação trabalhista sem
repassá-los a ela. A Sexta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho entendeu por manter a decisão
do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS),
que concluiu, pelos depoimentos e por um recibo
anexado ao processo, que o advogado repassou o valor
ao sindicato, mas este não o repassou à associada.
Na reclamação trabalhista, o advogado informou que é
prática comum o repasse dos valores sacados através
de alvará ao sindicato, que, por sua vez, entrega as
importâncias recebidas aos respectivos titulares.
Ele se disse surpreso com a ação de prestação de
contas ajuizada contra ele pela ex-cliente, pela
qual pedia a restituição de R$ 1.630 referentes à
execução de sentença trabalhista favorável a ela.
Segundo o profissional, a cobrança e a condenação na
esfera cível causaram abalos de ordem moral.
Fraude
O sindicato, em sua defesa, afirmou que o recibo
anexado ao processo foi forjado, pois nunca
autorizou os advogados a sacar valores junto aos
bancos, e nenhum empregado pode receber valores de
reclamantes. O que houve, segundo a argumentação,
foi que uma funcionária fraudou o documento e passou
para o advogado a fim de ajudá-lo na reclamação
trabalhista que ele moveu contra o sindicato. Para a
entidade, a conduta foi criada pelo advogado para se
eximir de sua responsabilidade.
A tese foi rechaçada pelo o TRT-RS, que afirmou não
haver indicativos de fraude praticada em relação ao
documento anexado. No recurso para o TST, o
sindicato desqualificou a testemunha apresentada
pelo advogado, que teria sido ouvida apenas como
informante. Sustentou ainda não haver prova de ato
ilícito de sua parte, e insistiu na tese de que os
recibos anexados ao processo foram fraudados.
Para o relator, ministro Augusto César Leite de
Carvalho, a decisão do TRT está em conformidade com
o princípio da persuasão racional do magistrado,
inscrito no artigo 131 do CPC de 1973, que diz que o
juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda
que não alegados pelas partes, mas deverá indicar,
na sentença, os motivos que Ihe formaram o
convencimento. Sem ofensa ao dispositivo apontado, o
recurso não foi conhecido. Processo:
TST-RR-20-36.2011.5.04.0012
Fonte: TST
25/09/2017 -
Viúva de trabalhador contaminado com amianto
receberá reparação de R$ 300 mil
A Eternit S.A. terá de pagar R$ 300 mil à viúva de
um trabalhador que desenvolveu asbestose, doença
pulmonar causada pela respiração do pó do amianto
diagnosticada três meses antes de sua morte, por
acidente automobilístico. A Terceira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho rejeitou agravo da
empresa contra a condenação, diante da prova do
dano, do nexo causal e do descumprimento de normas
de saúde e segurança no trabalho.
A viúva tentava receber indenização atribuindo à
Eternit a responsabilidade pela doença do ex-marido,
que trabalhou na empresa por 35 anos e, segundo ela,
não recebia equipamentos de proteção adequado,
embora estivesse sempre em contato com amianto.
Conforme seu relato, ao preparar massa para telhas e
caixas d’água e operar guindaste, o pó o cobria todo
e entrava nos olhos e boca.
O juízo da 15ª Vara do Trabalho de São Paulo (SP),
ao condenar a empresa, levou em conta, entre outras
provas, que o trabalhador foi acompanhado pela
Fundacentro por 11 anos e teve a doença confirmada
em 2007. Outro documento que fundamentou a sentença
foi um relatório do Ministério do Trabalho que
atestava a existência de amianto no local de
trabalho em quantidade acima do limite legal. A
condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (SP).
No agravo pelo qual tentava trazer a discussão ao
TST, a Eternit sustentou que não foram comprovados o
nexo de causalidade e sua culpa pela doença. Mas o
relator, ministro Alberto Bresciani, observou que,
segundo o TRT, a empresa descumpriu as normas de
saúde e segurança no trabalho, o que configura
culpa, e que o TST não reexamina fatos e provas, por
força da Súmula 126.
Bresciani assinalou que, cientes dos riscos do
amianto à saúde do trabalhador e ao meio ambiente,
60 países já baniram seu uso e, no Brasil, tramitam
várias ações a respeito da matéria. Em julgamento
recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu
pela constitucionalidade de leis estaduais que
proíbem a sua fabricação e comercialização. Segundo
o relator, hoje há consenso sobre a natureza
cancerígena do mineral e sobre a inviabilidade de
seu uso de forma segura, sendo esse o entendimento
oficial dos órgãos nacionais e internacionais sobre
o tema. Por fim, lembrou que o Brasil é signatário
da Convenção 162 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), promulgada no Decreto 126/1991, que
trata da utilização do amianto com segurança. Por
unanimidade, a Turma negou provimento ao agravo,
inclusive quanto ao valor da indenização.
Processo: AIRR-272300-37.2009.5.02.0015
Fonte: TST
25/09/2017 -
Aprovado PL que garante honorários assistenciais em
ação coletiva trabalhista
O projeto de lei que explicita a obrigação de pagar
honorários assistenciais em ações coletivas
trabalhistas foi aprovado pela Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Agora, o PL 6.570/2016 segue agora para análise do
Senado.
A proposta revoga o 16 artigo da Lei 5.584/1970, que
define o repasse dos os honorários pagos pela parte
vencida ao advogado do sindicato à entidade
sindical. O texto também inclui os parágrafos 6º e
7º no artigo 22 do Estatuto da Advocacia (Lei
8.906/1994). Os dispositivos, se aprovados sem
alterações, terão a seguinte redação:
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se aos
honorários assistenciais, compreendidos como os
fixados em ações coletivas propostas por entidades
de classe em substituição processual, sem prejuízo
aos honorários convencionais.
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de
classe para atuação em substituição processual
poderão prever a faculdade de indicar os
beneficiários, que optando em adquirir os direitos
assumirão as obrigações decorrentes do contrato
originário, a partir do momento em que este foi
celebrado, sem a necessidade de maiores
formalidades.”
Para relator da proposta, deputado Thiago Peixoto
(PSD-GO), o projeto vai reafirmar que o advogado é o
titular dos honorários sucumbenciais, que são
fixados em ações coletivas propostas por entidades
de classe em substituição processual.
“Apesar de previsto na Constituição, a
jurisprudência atual da Justiça do Trabalho tem
entendimento em sentido contrário, contra o Estatuto
da Advocacia e da OAB [Lei 8.906/94] e de súmula
[vinculante 47] do Supremo Tribunal Federal”,
justificou o parlamentar.
Segundo ele, essa jurisprudência foi formada a
partir do argumento que os advogados de sindicatos
já recebem seus honorários contratuais. “O texto
está diferenciando duas espécies de verbas
honorárias (sucumbencial assistencial e contratual)
e confirmando a possibilidade do recebimento
cumulativo de ambas pelo advogado”, disse.
Peixoto afirmou que o problema não está nos
sindicatos, que têm legitimidade extraordinária para
promover demandas coletivas. “Mas os honorários
sucumbenciais assistenciais são devidos ao advogado
representante da entidade de classe legitimada, e
não se confundem com os honorários convencionais (ou
contratuais)”, disse.
“Os honorários assistenciais possuem idêntica
natureza dos honorários sucumbenciais fixados nos
moldes do Código de Processo Civil de 2015 [Lei
13.105], sendo devido pelo vencido ao advogado
vencedor da causa”, complementou o autor da
proposta, o também deputado federal Rogério Rosso
(DF). Com informações da Agência Câmara.
Fonte: Consultor Jurídico
22/09/2017 -
FST monta bases por todo o Brasil na resistência ao
desmonte trabalhista
A campanha nacional "Movimento Resistência - Por um
Brasil Melhor", lançada dia 5 de setembro pelo Fórum
Sindical dos Trabalhadores, em Brasília, intensifica
a mobilização por todo o País na luta para barrar a
aplicação da Lei 13.467/17 (reforma trabalhista) e o
avanço das medidas neoliberais do governo Temer,
como a "reforma" previdenciária.
O primeiro ato estadual da campanha foi realizado
dia 14 em Porto Velho (RO), com passeata e coleta de
assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular
que pretende anular a reforma trabalhista. Nesta
sexta (22), o segundo ato ocorre em Campo Grande
(MS), a partir das 9 horas, na Praça Ary Coelho,
Centro da capital. Dia 6 de outubro, às 9 horas, tem
programação em Teresina (PI).
Em entrevista à Agência Sindical, seu coordenador
Artur Bueno de Camargo, fez uma avaliação positiva
da ação em Rondônia. "Foi um grande evento. Após a
passeata reunimos um grupo de dirigentes, que
ficarão atuando permanentemente. Em todos os estados
serão formados esses grupos, para que as ações não
parem", afirma.
O Fórum agrega 22 Confederações e atua de maneira
coordenada em várias frentes de resistência. Artur,
que preside a Confederação Nacional dos
Trabalhadores na alimentação (CNTA Afins), adiantou
que as articulações para estabelecer o Comitê
dirigente em São Paulo estão avançadas. Dia 10 de
outubro, haverá reunião com lideranças sindicais na
sede da Federação dos Trabalhadores na Alimentação.
Ato - "Nós estaremos reunidos na Fetiasp, na
capital paulista, a partir das dez da manhã, para
organizar a manifestação no Estado. Vamos definir a
data e local do ato, provavelmente na região
central. É preciso chamar a atenção dos paulistanos
para o que está acontecendo", diz.
Segundo o dirigente, a unidade do sindicalismo será
o ponto forte da campanha, que prega o início de um
levante nacional pela soberania e pelo
desenvolvimento. "O Fórum vem defendendo essa
unidade, estimulando a resistência ao retrocesso nos
direitos, principalmente nas negociações coletivas”,
enfatiza.
Indústria - Ele também elogiou a mobilização
dos metalúrgicos, que realizaram na semana passada
um Dia Nacional de Luta. "Conversei com o Miguel
Torres. Dia 29 de setembro farei de tudo para estar
na plenária nacional, que reunirá os trabalhadores
da indústria. Estamos apoiando a iniciativa dos
metalúrgicos", explica.
Fonte: Agência Sindical
22/09/2017 -
Chega à Câmara segunda denúncia contra Michel Temer
Chegou à Câmara dos Deputados na noite desta
quinta-feira (21) a segunda denúncia feita contra o
presidente da República, Michel Temer, pelo
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Temer é acusado de organização criminosa e obstrução
da Justiça. Em nota, o Palácio do Planalto rechaçou
as acusações.
A denúncia precisará agora ser lida em sessão do
Plenário. Depois da leitura, caberá ao presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, determinar a notificação de
Temer e o envio da denúncia à Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Na CCJ, Temer terá prazo de dez sessões do Plenário
para apresentar sua defesa. Depois disso, a comissão
deverá, no prazo de cinco sessões do Plenário, votar
o parecer do relator, a ser designado.
Independentemente do parecer da CCJ, o Plenário
deverá decidir se autoriza ou não a abertura de
processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o
presidente da República, por crime comum.
Rodrigo Maia e o presidente da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado
Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), adiantaram que, nesse
caso, atuam como árbitros e não se manifestam sobre
o teor da denúncia. “Vamos ter uma tramitação muito
semelhante à da primeira denúncia, com os mesmos
direitos e garantias acordados por todos os
integrantes da CCJ”, disse Pacheco.
Primeira denúncia
Em agosto, o Plenário da Câmara negou autorização ao
STF para processar Temer por crime de corrupção
passiva, objeto da primeira denúncia de Janot contra
Temer.
Fonte: Agência Câmara
22/09/2017 -
Agosto registra 35,45 mil novas vagas de trabalho
formal no país
Em agosto, o número de novas vagas de trabalho com
carteira assinada somou 35.457, conforme dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado nesta quinta-feira (22) pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o Caged,
agosto foi o quinto mês seguido com mais vagas de
trabalho formal abertas do que fechadas no país.
No mês anterior, julho, foram gerados mais 35.900
postos de trabalho com carteira assinada.
De janeiro a agosto deste ano, o mês de abril foi o
que apresentou melhor resultado: 71.193 novas vagas
em postos de trabalho formal.
No entanto, dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o
desemprego continua alto. De acordo com a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), no
trimestre de maio a julho, 12,8% dos brasileiros
estavam desocupados, número que representa um
quantitativo de 13,3 milhões de pessoas.
Fonte: Agência Brasil
22/09/2017 -
Caged: Região Nordeste foi a que mais criou empregos
em agosto
Em agosto, o número de novas vagas de trabalho com
carteira assinada somou 35.457, conforme dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado nesta quinta-feira (22) pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o Caged,
agosto foi o quinto mês seguido com mais vagas de
trabalho formal abertas do que fechadas no país.
No mês anterior, julho, foram gerados mais 35.900
postos de trabalho com carteira assinada.
De janeiro a agosto deste ano, o mês de abril foi o
que apresentou melhor resultado: 71.193 novas vagas
em postos de trabalho formal.
Regiões
A Região Nordeste foi a que gerou mais postos de
trabalho com 19.964 vagas. Em seguida, vêm a Região
Sul, com 5935 vagas; o Centro-Oeste, com 4655; o
Norte, com 3.275; e o Sudeste 1628 postos.
De acordo com o ministério, a média salarial de
admissão no país ficou em R$ 1.482,07. A Região
Sudeste aparece com a maior média (R$ 1.600,31). Em
seguida, aparecem as regiões Sul (R$ 1441,12);
Centro-Oeste (R$ 1.369,69), Norte (R$ 1293,60) e
Nordeste (R$ 1.246,48).
No acumulado do ano, o saldo é de 163,4 mil novos
postos, um aumento de 0,43% em relação ao estoque de
dezembro de 2016. Os setores de serviços, com 23.299
postos; indústria de transformação, com 12.873, e
comércio, com 10.721, puxaram a alta. Em seguida,
vêm construção civil, com 1.017 vagas, e
administração pública, com 528 postos.
O crescimento no setor de serviços foi puxado pelos
subsetores de ensino; serviços médicos,
odontológicos e veterinários; administração de
imóveis e serviços técnicos.
Já os setores de agricultura, serviços industriais
de utilidade pública e indústria extrativa mineral
apresentaram queda no número de vagas. Foram
reduzidos 12.412 postos na agricultura, 434 em
serviços industriais de utilidade pública e 135 na
indústria extrativa mineral.
Fonte: Agência Brasil
22/09/2017 -
CPI da Previdência debate situação de devedores do
INSS
O caso dos devedores contumazes do INSS foi alvo de
audiência pública da CPI da Previdência nesta
quinta-feira (21). Participaram do debate
representantes do Ministério do Trabalho e da
Receita Federal, que criticaram ações como o perdão
de dívidas de empresas por meio de Refis. Segundo os
participantes, há registros de delitos de diversos
tipos, como sonegação, desvio e fraudes.
O diretor da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
(PGFN), Cristiano Neuenschwander, informou que 85%
das empresas brasileiras estão com os tributos em
dia. Das 15% que estão em débito, menos de 1% são
devedores contumazes, que usam diversos recursos
para deixar de pagar os tributos devidos, como, por
exemplo, as campanhas do Refis.
A comissão recebeu ainda a colaboração de diversas
associações para a elaboração de seu relatório, como
a Associação Nacional dos Juízes Federais e a
Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho. O
senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que, depois de 31
audiências públicas e a compilação de mais de 300
documentos, a comissão vai se concentrar agora em
elaborar o seu relatório.
- A nossa preocupação, quase concluindo os trabalhos
da CPI, é na linha de que se a nossa Previdência
fosse administrada com responsabilidade e seriedade,
nós teríamos um fundo de no mínimo dois trilhões de
reais - declarou o senador.
Paim disse ainda que a expectativa é que o relatório
da CPI seja apresentado no final de outubro.
Fonte: Agência Senado
22/09/2017 -
Paulo Rocha diz que privatização da Eletrobras é
mais um retrocesso do governo Temer
O senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou nesta
quinta-feira (21) que a possível privatização do
sistema elétrico é mais um retrocesso do "governo
ilegítimo" de Michel Temer. Na opinião do
parlamentar, trata-se de uma gestão que "pensa
somente em satisfazer aos interesses do mercado e do
capital internacional".
A curto prazo, segundo Paulo Rocha, a privatização
vai gerar o aumento das tarifas, principalmente para
pequenos empresários e para os consumidores
residenciais. A médio e longo prazos, disse ele,
pode haver um sério desabastecimento, a exemplo do
apagão de 2001.
Para Paulo Rocha, o principal objetivo dessas vendas
é fazer caixa para diminuir o deficit nas contas
públicas. Todavia, argumentou, as privatizações não
têm sido garantia de redução da dívida pública:
- No governo FHC, foram privatizadas empresas
importantes, como a Vale, o setor de telefonia e
várias companhias de energia, mas a dívida líquida
do setor público explodiu de 32% do Produto Interno
Bruto (PIB) em 1994 para 56% em 2002 - advertiu.
O senador afirmou ainda que a Eletrobras vale muito
mais do que os R$ 20 bilhões que o governo federal
pretende arrecadar. Disse também que os rios do país
vão virar um grande negócio para as empresas
compradoras:
- Privatizar a Eletrobras é transferir às empresas
privadas o direito de vida ou morte sobre os rios
brasileiros. Embora tenhamos um sistema de
gerenciamento de recursos hídricos, quem está na
ponta sabe a importância do setor elétrico nesta
questão - afirmou.
Fonte: Agência Senado
22/09/2017 -
Trabalho em feriado compensado com folga em outro
dia não é remunerado em dobro
A lei garante o direito do empregado ao descanso em
dias de feriado ou a remuneração em dobro pelos
feriados trabalhados e não compensados (artigo 9º da
Lei 605/49). Assim, se o trabalho no feriado for
compensado com folga em outro dia da semana, o
empregador não estará obrigado ao pagamento da
dobra. Com esse fundamento, a 3ª Turma do TRT-MG
julgou desfavoravelmente o recurso de uma
trabalhadora e manteve a sentença que rejeitou o
pedido de remuneração em dobro pelo trabalho nos
feriados. É que foi constatado que o serviço da
empregada nesses dias era compensado com folga aos
sábados.
A reclamante sustentou que os controles de
frequência comprovaram o trabalho em feriados, sem o
pagamento devido. Disse que a lei determina que o
trabalho em feriados civis e religiosos sejam pagos
em dobro e que a existência de compensação não
exclui o direito. Mas, segundo o relator, o juiz
convocado Danilo Faria, cujo voto foi acolhido pela
Turma, a existência de folga compensatória pelo
trabalho nos feriados desonera o empregador do
pagamento da remuneração de forma dobrada. E, no
caso, em depoimento pessoal, a própria reclamante
reconheceu que “se o feriado recaísse nos dias de
semana, de segunda a sexta-feira, a folga era no
sábado”, fato também comprovado pelos cartões de
ponto. Por isso, a conclusão foi de que ela não tem
direito à dobra pretendida.
O entendimento do relator foi fundamentado na Súmula
n. 146 do TST, segundo a qual: “O trabalho prestado
em domingos e feriados, não compensado, deve ser
pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa
ao repouso semanal.” Ou seja, havendo trabalho em
feriado, será devido o pagamento do dia trabalhado
de forma dobrada; havendo compensação, não será
devida a dobra, mas apenas a remuneração relativa ao
repouso. Na hipótese, “se havia folga compensatória
do feriado trabalhado, nada é devido a este título”,
arrematou o juiz convocado.
Processo PJe: 0010088-39.2017.5.03.0052 (RO)
Fonte: Âmbito Jurídico
22/09/2017 -
TRF-4 admite IRDR sobre prova de eficácia de
Equipamento de Proteção Individual
Para uniformizar o entendimento sobre o que deve ser
considerado prova para estabelecer a eficácia do
equipamento de proteção individual (EPI), a 3ª Seção
do Tribunal Regional Federal da 4ª Região admitiu um
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR).
O novo IRDR pretende afastar o reconhecimento do
tempo especial, após a decisão do Supremo Tribunal
Federal no ARE 664.335, que tratou do tema. Conforme
o STF, o direito à aposentadoria especial pressupõe
a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo à
sua saúde, de modo que se o EPI for realmente capaz
de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à
concessão constitucional de aposentadoria especial.
O incidente foi suscitado pelo autor de um processo
que tramita em uma turma recursal dos Juizados
Especiais Federais (JEF) da 4ª Região. Segundo o
autor, há divergências entre as decisões das Turmas
Regionais dos JEFs e os julgados do tribunal.
Uma das vertentes jurisprudenciais entende que a
simples declaração unilateral do empregador, no
Perfil Profissionográfico Previdenciário, de
fornecimento de equipamentos de proteção individual,
serviria para a comprovação efetiva da neutralização
do agente nocivo.
Na outra corrente, entende-se que a eficácia do EPI
só ficará demonstrada se comprovada, por laudo
técnico, a sua real efetividade, e demonstrado nos
autos o seu uso permanente pelo empregado durante a
jornada de trabalho.
Segundo o relator do IRDR, desembargador federal
Paulo Afonso Brum Vaz, a matéria é sobre direito
processual probatório, havendo necessidade de
uniformização jurisprudencial a respeito dos meios
probatórios a serem admitidos para a comprovação do
tempo de trabalho especial.
Brum Vaz, entretanto, modulou o efeito suspensivo da
decisão devido às dificuldades operacionais em
selecionar os milhares de processos em andamento na
4ª Região sobre o tema. Ele determinou que os
processos de primeiro grau sigam em trâmite até a
conclusão para sentença, devendo ser suspensos
somente os já sentenciados ou já remetidos ao TRF-4
ou às Turmas Recursais. Quanto às tutelas
provisórias, também devem seguir tramitando
normalmente. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRF-4. Processo
50543417720164040000/TRF
Fonte: Consultor Jurídico
22/09/2017 -
Rejeição de terceirizada para contratação direta é
considerada conduta antijurídica
A Votorantim Cimentos Brasil S.A., no Paraná, foi
obrigada a reconhecer o vínculo de emprego de uma
vendedora interna terceirizada e a pagar R$ 2,5 mil
de indenização por dano moral por ter voltado atrás
depois de dizer que ela seria contratada
diretamente. A conduta foi considerada antijurídica,
desrespeitando os princípios de probidade, lealdade
e boa-fé. A empresa tentou afastar a condenação, mas
a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
não conheceu do seu recurso.
Na reclamação trabalhista, a vendedora disse que foi
contratada em agosto de 2011 pela SIP Soluções
Integradas e Personalizadas Ltda. para trabalhar no
setor de televendas da Votorantim. Segundo seu
relato, antes de ser dispensada, no mês seguinte, a
tomadora de serviço confirmou que ela seria
contratada diretamente para as mesmas funções.
De acordo com uma das testemunhas, o anúncio da
contratação foi comemorado por todos os funcionários
do setor, e a supervisora do departamento chegou a
enviar um e-mail de felicitações. Contudo, no exame
admissional, realizado dias depois, ela foi
considerada inapta, “sem nenhuma justificativa
plausível”.
O pedido de indenização por dano moral foi julgado
improcedente pelo juízo de primeiro grau, mas o
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região concluiu
que houve abuso no exercício do direito por parte da
Votorantim, violando os limites impostos por seu fim
social. Para o TRT, na hipótese dos autos, a empresa
adotou conduta antijurídica e contrária aos
princípios que regem os contratos, de acordo com o
artigo 422 do Código Civil. Dos elementos de prova
colhidos nos autos, o Regional concluiu que a
empresa, mediante seus próprios empregados, já havia
"vazado" a contratação para, depois, rejeitar sua
admissão com base num exame médico “duvidoso, sem
qualquer justificativa médica para tanto”, inclusive
porque ela já trabalhava para a Votorantim como
terceirizada.
A empresa recorreu ao TST contra a decisão regional,
sustentando a inexistência de motivação para o
pagamento de indenização tendo em vista a
inocorrência de ato ilícito e de nexo de
causalidade. O relator do recurso, ministro
Alexandre Agra Belmonte, destacou que o Tribunal
Regional decidiu com base no conjunto
fático-probatório dos autos, sendo vedado ao TST
reexaminar as provas, nos termos da Súmula 126 do
TST. Belmonte acrescentou ainda que as decisões
trazidas pela Votorantim para demonstrar divergência
de tese não tratavam da mesa, hipótese, o que
inviabiliza o conhecimento do recurso (Súmula 296,
item I). Por unanimidade, a Turma não conheceu do
recurso.
Processo: RR-82-76.2013.5.09.0009
Fonte: TST
21/09/2017 -
Maioria do STF vota pelo envio de denúncia contra
Temer para a Câmara
Após cerca de cinco horas de sessão, sete ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram
favoravelmente pelo envio da segunda denúncia
apresentada pelo ex-procurador-geral da República
Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer à
Câmara dos Deputados. O julgamento foi interrompido
e deve ser finalizado nesta quinta-feira (21).
Até o momento, o placar da votação está em 7 votos a
1 pelo envio da denúncia. A maioria da Corte segue o
voto proferido pelo relator do caso, ministro Edson
Fachin, que entende que cabe ao STF encaminhar a
denúncia contra o presidente diretamente à Câmara
dos Deputados, conforme determina a Constituição,
sem fazer nenhum juízo sobre as acusações antes da
deliberação da Casa sobre o prosseguimento do
processo no Judiciário.
O entendimento da Corte contraria pedido feito pela
defesa do presidente Michel Temer, que pretendia
suspender o envio da denúncia para esperar o término
do procedimento investigatório iniciado pela PGR
para apurar ilegalidades no acordo de delação da
J&F, além da avaliação de que as acusações se
referem a um período em que o presidente não estava
no cargo, fato que também poderia sobrestar o envio.
Votos
Durante sua manifestação, Fachin ressaltou que
coautores ou pessoas que foram delatadas não podem
questionar a legalidade dos acordos de delação
premiada. No entendimento do ministro, os citados
podem somente questionar provas e depoimentos
durante o andamento de processo. O entendimento de
Fachin também foi acompanhado pelos ministros
Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandoski e Dias Toffoli.
Em seu voto, Alexandre de Moraes criticou a postura
de Joesley Batista e Ricardo Saud, delatores da J&F,
que são acusados de esconderem da Procuradoria-Geral
da República provas e gravações que deveriam ser
entregues às investigações, conforme acordo de
colaboração.
Ao analisar o caso, Roberto Barroso também disse que
não é possível interferir na prerrogativa da Câmara
dos Deputados e impedir que os deputados possam dar
aval para o Supremo analisar o mérito das acusações.
"Neste momento a palavra está com a Câmara dos
Deputados. Saber se há ou não interesse público, se
há ou não interesse do país em saber se esses fatos
verdadeiramente aconteceram para que se possa
absolver os inocentes e, eventualmente, condenar os
culpados, se houver", disse Barroso.
Faltam os votos dos ministros Marco Aurélio, Celso
de Mello e da presidente, Cármen Lúcia.
Divergência
O ministro Gilmar Mendes divergiu da maioria e
entendeu que a denúncia contra o presidente Temer
deveria ser devolvida à PGR. Segundo o ministro, as
acusações constantes na denúncia se referem a fatos
que teriam ocorrido no período em que o presidente
não estava no cargo.
“Se o procurador acredita que a denúncia é
minimamente viável, deveria tê-la formulado com
conteúdo que possa ser recebido, senão não deveria
ter formulado denúncia alguma”, disse Gilmar Mendes.
O prosseguimento da primeira denúncia apresentada
pela PGR contra o presidente, pelo suposto crime de
corrupção, não foi autorizado pela Câmara. A
acusação estava baseada nas investigações iniciadas
a partir do acordo de delação premiada de executivos
da J&F. O áudio da conversa entre Joesley Batista e
o presidente Temer, gravada pelo empresário, também
foi uma das provas usadas no processo.
Tramitação
Com a chegada da denúncia ao STF, a Câmara dos
Deputados precisará fazer outra votação para decidir
sobre a autorização prévia para o prosseguimento do
processo na Suprema Corte.
O Supremo não poderá analisar a questão antes de uma
decisão prévia da Câmara. De acordo com a
Constituição, a denúncia apresentada contra Temer só
poderá ser analisada após a aceitação de 342
deputados, o equivalente a dois terços do número de
parlamentares que compõem a Casa.
A autorização prévia para processar o presidente da
República está prevista na Constituição. A regra
está no Artigo 86: “Admitida a acusação contra o
presidente da República, por dois terços da Câmara
dos Deputados, será ele submetido a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos
crimes de responsabilidade. ”
Fonte: Agência Brasil
21/09/2017 -
Comissão aprova repasse de multa do FGTS para
fiscalização do trabalho
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou o Projeto de Lei 462/15, do deputado
Padre João (PT-MG), que destina percentual das
multas aplicadas a empregadores por infrações
relacionadas à falta de depósito do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de
equipamentos e a modernização dos setores de
fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
Esse percentual, segundo a proposta, deverá ser
definido em regulamento. O projeto modifica a Lei
8.036/90, que regula o FGTS. Atualmente, as multas
aplicadas entram para o saldo geral do fundo e
servem para o financiamento de programas sociais.
O parecer do relator, deputado Leonardo Monteiro
(PT-MG), foi favorável ao PL 462. “Os órgãos
fiscalizadores somente poderão atuar com eficiência
e eficácia se estiverem devidamente aparelhados e
organizados”, disse. Segundo Monteiro, qualquer
recurso que venha a ser destinado, no orçamento do
fundo, para investimentos na fiscalização
trabalhista “tem o potencial de multiplicar
receitas”.
Tramitação
A proposta será analisada agora, em caráter
conclusivo, pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
21/09/2017 -
Ministro do Trabalho e procurador-geral do MPT
discutem ações
Durante encontro realizado nesta terça-feira (19)
foi discutida a formalização de um
termo de cooperação técnica para aprimoramento de
operações conjuntas
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reuniu-se
nesta terça-feira (19) com o procurador-geral do
Ministério Público do Trabalho (MPT), Ronaldo Curado
Fleury, na sede do MPT em Brasília. Eles discutiram
a formalização de um termo de cooperação técnica
entre os órgãos, visando facilitar o encaminhamento
de denúncias de trabalhadores e sindicatos sobre o
descumprimento da legislação trabalhista. Além
disso, o termo contemplaria o aprimoramento de ações
que são afins entre eles, como o combate ao trabalho
escravo, ao trabalho infantil e à informalidade.
Ronaldo Nogueira destacou o empenho do órgão
parceiro em ações conjuntas. “O MPT tem atuado de
uma forma extraordinária no sentido de cooperar com
o Ministério do Trabalho, em especial no que diz
respeito a ações de combate ao trabalho escravo, ao
trabalho infantil e à informalidade e em ações para
garantir a saúde e a segurança do trabalhador”,
afirmou.
Ronaldo Fleury enalteceu a atuação conjunta
desenvolvida como o Ministério do Trabalho. “O MPT
tem relacionamento muito estreito e produtivo com o
Ministério do Trabalho, e tenho certeza de que esses
encontros de articulação trazem muitos benefícios à
sociedade e, em especial, aos trabalhadores do
Brasil”, ressaltou.
Ao fim do encontro, Ronaldo Nogueira reiterou o
compromisso do Ministério do Trabalho com a
continuidade das ações de combate ao trabalho
escravo: “Semanalmente, estamos proporcionando
aporte de recursos necessários para que essas ações
não sejam prejudicadas em razão do contingenciamento
do orçamento. Isso é prioridade. Nós estaremos, sim,
garantindo a continuidade das ações. E não serão
reduzidas; ao contrário: serão potencializadas”,
garantiu o ministro do Trabalho.
Fonte: MTb
21/09/2017 -
STJ vai decidir sobre adicional de 25% a aposentado
que precisa de assistência permanente
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) determinou que seja suspensa em todo o
território nacional a tramitação de processos
individuais ou coletivos que discutam se o adicional
de 25%, previsto para o segurado aposentado por
invalidez que precisa da assistência permanente de
outra pessoa – na forma do artigo 45 da Lei 8.213/91
–, pode ser estendido, ou não, a outros aposentados
que, apesar de também necessitarem da assistência
permanente de terceiros, sejam beneficiários de
outras espécies de aposentadoria, diversas da
aposentadoria por invalidez.
A decisão foi tomada pelo colegiado ao determinar a
afetação do Recurso Especial 1.648.305 para
julgamento pelo rito dos recursos repetitivos
(artigo 1.036 do novo Código de Processo Civil). A
relatora do processo é a ministra Assusete
Magalhães.
O tema está cadastrado sob o número 982 no sistema
de recursos repetitivos, com a seguinte redação:
"Aferir a possibilidade da concessão do acréscimo de
25%, previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91, sobre o
valor do benefício, em caso de o segurado necessitar
de assistência permanente de outra pessoa,
independentemente da espécie de aposentadoria."
A suspensão do trâmite dos processos não impede a
propositura de novas ações ou a celebração de
acordos.
Recursos repetitivos
O novo Código de Processo Civil (CPC/2015) regula nos
artigos 1.036 a 1.041 o julgamento por amostragem,
mediante a seleção de recursos especiais que tenham
controvérsias idênticas. Conforme previsto nos
artigos 121-A do RISTJ e 927 do CPC, a definição da
tese pelo STJ vai servir de orientação às instâncias
ordinárias da Justiça, inclusive aos juizados
especiais, para a solução de casos fundados na mesma
controvérsia.
A tese estabelecida em repetitivo também terá
importante reflexo na admissibilidade de recursos
para o STJ e em outras situações processuais, como a
tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a
improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).
Na página de repetitivos do STJ, é possível acessar
todos os temas afetados, bem como saber a
abrangência das decisões de sobrestamento e as teses
jurídicas firmadas nos julgamentos, entre outras
informações.
Fonte: STJ
21/09/2017 -
Nova súmula do TRT-RS prevê indenização para
trabalhador obrigado a cumprir aviso-prévio
proporcional
O Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região aprovou nesta segunda-feira a Súmula nº 120.
Conforme o texto, é nula a exigência de trabalho,
pelo empregador, no aviso-prévio proporcional.
Assim, o empregado despedido sem justa causa e
obrigado pelo empregador a cumprir o aviso-prévio
proporcional deverá receber indenização referente
aos dias desse período. Para os desembargadores, o
aviso-prévio proporcional é um direito do empregado,
e não do empregador.
O aviso-prévio de 30 dias é garantido ao trabalhador
com até um ano de serviço. A partir daí, passa-se a
contar o aviso-prévio proporcional, que consiste no
acréscimo de três dias a cada ano trabalhado na
mesma empresa, até o limite de 60 dias.
Portanto, de acordo com a nova súmula, caso um
empregado com 10 anos de empresa seja obrigado pelo
empregador a trabalhar os 57 dias de aviso-prévio
(30 + 27 proporcionais), ele deverá receber, além da
remuneração de todo o período, uma indenização
relativa aos 27 dias de aviso-prévio proporcional.
Este foi o verbete aprovado:
AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL TRABALHADO. A exigência de
trabalho durante a proporcionalidade do aviso prévio
é nula, sendo devida a indenização do período de que
trata a Lei no 12.506/2011.
Antes de entrar em vigor, o texto deverá ser
publicado três vezes no Diário Eletrônico da Justiça
do Trabalho.
Fonte: Secom/TRT4
21/09/2017 -
Sindicato não pode renunciar ao seu direito de
representar trabalhadores
Publicado por Portal Nacional do Direito do
Trabalho
O Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE)
obteve, junto à Justiça do Trabalho, a anulação de
cláusula de convenção coletiva de trabalho contra o
Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do
Estado de Sergipe (Sindesp- SE) e do Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas de Segurança e Vigilância
do Estado de Sergipe (Sindivigilante-SE), na qual os
sindicatos consentiam que o Sindivigilante
renunciaria o seu dever de representar os
trabalhadores, em causas passadas e futuras, no
tocante ao adicional noturno.
A sentença julgou procedente a ação do MPT-SE por
considerar que, apesar da Constituição Federal
consagrar o reconhecimento das convenções e acordos
coletivos, não se poderia, com a aprovação da
entidade, retirar a figura sindical da prerrogativa
constitucional do acesso à jurisdição, pois isso
implicaria na violação dos direitos sociais,
privando o trabalhador de um forte instrumento na
defesa de seus interesses.
O Sindivigilante entrou com recurso ordinário
perante o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o
qual teve, por unanimidade, o seu provimento negado,
mantendo, portanto, a decisão regional que declarou
a nulidade da cláusula sexta, parágrafo segundo, da
Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2015.
Fonte: Jusbrasil
21/09/2017 -
Sugestão de lei sobre crimes contra previdência é
entregue ao senador Paulo Paim
Publicado por Associação Nacional dos Membros do
Ministério Público
A presidente da CONAMP, Norma Cavalcanti, o 1º
vice-presidente, Victor Hugo Azevedo e o assessor da
entidade, Paulo Penteado, indicado para tratar da
reforma da previdência, participaram nesta
quarta-feira (20) de reunião com o senador, Paulo
Paim (PT/RS), presidente da CPI da previdência.
Na oportunidade, foi entregue ao parlamentar a
sugestão de anteprojeto de lei sobre os crimes
contra a Previdência e a Seguridade Social, como
havia sido prometido em audiência realizada no dia
15 de setembro na Assembleia Legislativa de São
Paulo.
Paulo Paim foi ainda convidado a participar do XXII
Congresso Nacional do Ministério Público, que será
realizado de 27 a 29 de setembro, em Belo Horizonte
(MG).
Fonte: Jusbrasil
21/09/2017 -
DIAP e Zilmara lançam livro sobre Reforma
Trabalhista
O livro “A face sindical da Reforma Trabalhista”, de
autoria da advogada e membro do corpo técnico do
DIAP, Zilmara Alencar, que faz parte da série
“Estudos Técnicos do DIAP”, vai ser lançada na
próxima terça-feira (26). Talvez seja, até o
momento, a mais completa análise sobre a Lei
13.467/17, que vai entrar em vigor em meados de
novembro.
A publicação, que será enviada para todas as
entidades filiadas ao DIAP, traz comparações entre a
CLT e a nova lei, com comentários para os dirigentes
sindicais; a fim de que possam entender a
profundidade e extensão das mudanças nas relações de
trabalho que o novo Código do Trabalha deverá impor
aos trabalhadores e suas organizações.
“O livro da doutora Zilmara Alencar auxilia não só
na compreensão do real alcance e perversidade das
mudanças mas, também, a organizar a resistência à
precarização do trabalho diante das alterações
trazidas pela Lei 13.467/17, que afetarão de forma
negativa a vida do cidadão, que está sendo
‘encurralado’ a pactuar isoladamente”, escreveu o
presidente do DIAP, professor Celso Napolitano, na
apresentação do livro.
A reforma trabalhista afeta as três fontes do
Direito do Trabalho: 1) a lei, em sentido amplo; 2)
a sentença normativa; e, 3) a negociação coletiva.
Além disso, dificulta o acesso à Justiça do
Trabalho, fragiliza política e financeiramente as
entidades sindicais, além de retirar a proteção
trabalhista e sindical de milhares de trabalhadores,
desequilibrando, em favor do capital, as relações de
trabalho.
Este livro, portanto, tem o propósito de esclarecer
a ajudar a entender a profunda e extensa mudança que
o novo Código de Trabalho vai impor às relações de
trabalho e à organização sindical.
Venda
Aqueles que quiserem adquirir o livro entrar em
contato com escritório de Zilmara Alencar: (61)
3033-8835; celular/whatsapp: +55 (61) 98198-7910; o
no endereço: SCN, Q. 2, Lote D, Ed. Liberty Mall,
Bloco B, Sala 930.
Fonte: Diap
20/09/2017 -
Novo Código do Trabalho exige “novo sindicalismo”
Refiro-me ao resgate do sindicalismo de classe em
detrimento do sindicalismo de categoria. Porque o
Novo Código de Trabalho que vai substituir a CLT, a
partir de novembro, confronta não essa ou aquela
categoria de trabalhadores, mas toda a classe
trabalhadora.
Marcos Verlaine*
A nova lei que vai passar a valer a partir de meados
de novembro, que altera profunda e extensamente as
relações de trabalho e a organização dos
trabalhadores, impõe ou exige “novo tipo” de
sindicalismo. Novo tipo, assim entre aspas, porque
em grande medida esse “novo” ao qual me refiro não é
novo. É até bastante antigo. É que foi abandonado e
precisa ser resgatado, a fim de reinventar o
sindicalismo brasileiro.
O sindicalismo que perdura até o momento e levou
xeque-mate com a aprovação da Lei 13.467/17, que
entre outras mazelas, restringe o acesso à Justiça
do Trabalho, retira poderes e atribuições dos
sindicatos, amplia a negociação coletiva sem o
limite ou a proteção da lei e adota novos modelos de
contratos de trabalho, em especial, o autônomo
exclusivo e o intermitente — é resultado de décadas
de práticas viciadas, que retiraram o conteúdo de
classe social do movimento sindical.
Para entender os problemas que levaram à derrota do
sindicalismo no Congresso Nacional, com a aprovação
da Reforma Trabalhista, recorro ao sociólogo,
cientista social e professor da Unesp (Universidade
Estadual de São Paulo) Campus de Marília (SP),
Giovanni Alves. Ele, que foi dirigente sindical
bancário na década de 1980, diz que a prática no
movimento sindical ainda é “artesanal”. Esta crítica
é de 2010.
Em evento que participamos como palestrantes em
Maceió em 2010, o professor fez uma exposição em que
elencou o que chamou de “misérias do sindicalismo”:
1) a fragmentação, 2) o corporativismo, 3) o
burocratismo e 4) o economicismo. Todos estes “ismo”
levaram ao aprofundamento da crise que ora acomete o
sindicalismo brasileiro.
Estes desvios minaram o movimento sindical. A
fragmentação tirou a força e vitalidade dos
trabalhadores e suas organizações; o
corporativismo exauriu o sentido de classe da
luta dos assalariados fazendo-os olhar apenas para
os problemas da categoria profissional ou econômica;
o burocratismo diminuiu consideravelmente a
ação sindical na base e fez as organizações menos
presentes nas lutas mais sensíveis dos
trabalhadores; e o economicismo despolitizou
a luta ou agenda sindical fazendo com que os
trabalhadores se comportassem apenas como categorias
e não como classe social, em busca apenas de
recuperar perdas ou ampliar vantagens econômicas.
Agendas legítimas, mas sempre insuficientes no tempo
e nos espaços políticos e sociais da classe
trabalhadora.
Estas mazelas (todas juntas e misturadas) fizeram o
sindicalismo atuar e movimentar-se sem conteúdo
político, sem consciência e organização de classe,
que redundou no seu enfraquecimento nos planos
social e político. Talvez o exemplo mais evidente
disto seja a perda de representação política nas
casas legislativas — câmaras de vereadores
(municípios), assembleias legislativas (estados) e o
Congresso Nacional (deputados e senadores). Ao mesmo
tempo em que vimos os representantes dos empresários
aumentarem exponencialmente, em particular no
Legislativo federal.
Enfrentar os problemas
Sair do “muro das lamentações” e enfrentar essas
“misérias” pode ser as primeiras iniciativas para o
movimento sindical iniciar a transição para o “novo
sindicalismo”, que repito, não é novo. É o
sindicalismo que foi abandonado e precisa agora ser
resgatado e revigorado.
Refiro-me ao resgate do sindicalismo de classe em
detrimento do sindicalismo de categoria. Porque o
Novo Código de Trabalho que vai substituir a CLT, a
partir de novembro, confronta não essa ou aquela
categoria de trabalhadores, mas toda a classe
trabalhadora e suas organizações, do sindicato à
central sindical.
O sindicalismo pós Reforma Trabalhista precisa
entender o que está efetivamente em disputa. A
burguesia brasileira, cuja face se faz conhecida
pelo que chamamos eufemisticamente de mercado, não
aceita mais que o Estado financie políticas públicas
de empoderamento dos mais pobres. O orçamento
público, na compreensão do mercado, não mais será
para financiar políticas sociais para diminuir o
profundo e extenso fosso social que separa os ricos
dos pobres. O fim da política de atualização e
recuperação do salário mínimo é um bom exemplo.
O “novo sindicalismo” vai precisar enfrentar a
contradição entre o coletivo e o individual. A luta
dos trabalhadores será cada vez mais coletiva, em
contraposição a um código que quer impor negociações
individuais, especificas, separadas e descoladas das
organizações, os sindicatos. E de outras agendas,
como a que congela, em termos reais, os gastos
públicos por 20 anos. Questionar e confrontar esta
agenda regressiva faz parte da luta do movimento
sindical. Mostrar aos trabalhadores que essa agenda
nos enfraquece é tarefa urgente e fundamental.
O que quero dizer é que a luta dos metalúrgicos, por
exemplo, interessa aos comerciários, que interessa
aos bancários, que interessa a todos os
trabalhadores, porque uma retroalimenta a outra
economicamente e politicamente. Trocando em miúdos.
A vitória econômica dos metalúrgicos fortalece os
comerciários, pois aquece a economia. E se bem
organizada e politizada fortalece a classe para uma
disputa mais avançada, que é a disputa
político-eleitoral para eleger representantes às
casas legislativas, espaços cujos trabalhadores
estão sub-representados e que, portanto, carecem de
serem ocupados por representantes dos assalariados,
para defender a agenda da classe trabalhadora, em
particular, e a do povo em geral.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
20/09/2017 -
Pesquisa CNT: 3,4% aprovam governo Temer e 75,6%
reprovam
A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte
(CNT) com o Instituto MDA, divulgada nesta
terça-feira (19), indica que 3,4% dos brasileiros
entrevistados consideram positivo o governo do
presidente Michel Temer e 75,6% o avaliam como
negativo. Para 18% dos entrevistados, o governo é
regular e 3% não responderam ou não souberam opinar.
Na pesquisa divulgada em fevereiro, 10,3% avaliaram
o governo Temer como positivo e 44,1% como negativo.
Os que consideraram o governo regular foram 38,9%
dos entrevistados e 6,7% não souberam opinar.
O levantamento traz avaliações do governo federal e
do desempenho pessoal do presidente Michel Temer,
além de expectativas da população sobre emprego,
renda, saúde, educação e segurança. A edição também
aborda as eleições de 2018, a reforma política, a
Operação Lava-Jato e os hábitos de consumo de
notícias no Brasil, entre outros temas.
A CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de
25 Unidades Federativas, das cinco regiões do país,
entre os dias 13 a 16 de setembro. A pesquisa
completa está disponível na página da CNT.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
20/09/2017 -
Gleisi Hoffmann aponta rejeição de Temer e aceitação
de Lula na pesquisa da CNT
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou, em
discurso no Plenário, pesquisa da Confederação
Nacional do Transporte (CNT) sobre o desempenho do
governo, a crise política e intenção de votos para a
eleição presidencial de 2018, ressaltando que a
aprovação do presidente Michel Temer é de apenas
3,4%.
Gleisi Hoffmann destacou que as projeções para a
eleição do ano que vem trazem o ex-presidente Lula
como líder em todos os cenários. Na opinião da
senadora, o motivo pelo qual isso acontece é porque
o povo não esquece que vivia melhor no governo Lula.
A senadora afirmou que Lula só não vencerá as
eleições se não puder concorrer, acrescentando que é
por isso que os processos contra ele correm mais
rápido do que o normal na Justiça. Ela disse ainda
que Lula tem a terceira menor rejeição entre os
possíveis candidatos à Presidência da República.
- Se o PT foi tão nefasto para este país, se Lula
foi tão ruim para o Brasil, por que ele continua
sendo a preferência do povo brasileiro, e os arautos
da moralidade e do golpe ficam lá atrás, na
lanterna? - indagou a senadora.
Fonte: Agência Senado
20/09/2017 -
Fachin rejeita pedido da defesa de Temer e mantém
denúncia no STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin decidiu nesta terça-feira (19) não atender ao
pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer
para que a denúncia contra o ele e integrantes do
PMDB seja devolvida à Procuradoria-Geral da
República (PGR). Na decisão, Fachin entendeu que não
cabe uma decisão sobre o pedido porque a questão
deverá ser discutida na sessão desta quarta-feira
(20) na Corte.
Na petição, a defesa de Temer pediu que a denúncia,
feita na semana passada pelo ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot, fosse devolvida antes da
decisão do plenário, que deve analisar a suspensão
do caso. Para os advogados do presidente, o processo
deve ficar paralisado até a decisão final sobre a
validade das delações da JBS.
Na petição, o advogado Antonio Claudio Mariz,
representante de Temer, alegou que as acusações
referem-se a um período em que presidente não estava
no cargo. De acordo com a Constituição, o presidente
da República não pode ser alvo de investigação sobre
fatos que aconteceram antes de assumir a chefia do
governo.
Fonte: Agência Brasil
20/09/2017 -
CPI da Previdência promove audiência pública nesta
quinta-feira
A CPI da Previdência promove nesta quinta-feira
(21), a partir das 9h, mais uma audiência pública
interativa para discutir o deficit do setor no país.
A CPI é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Em quatro meses de trabalho, já realizou 24
audiências públicas e ouviu sobre o tema mais de 100
representantes de diferentes áreas: sindicalistas,
professores, advogados, empresários e autoridades
públicas, entre outros.
Desta vez, o debate contará com a participação do
procurador-geral adjunto de Gestão da Dívida Ativa
da União e do FGTS, Cristiano Neuenschwander; da
secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do
Trabalho e Emprego, Maria Teresa Pacheco Jansen; do
subsecretário de Fiscalização da Receita Federal do
Brasil, Iágaro Jung Martins, e da
subprocuradora-Geral da República, Luíza Cristina
Fonseca Frischeisen.
A CPI da Previdência foi instalada para investigar a
contabilidade da Previdência Social a fim de
verificar a sustentabilidade da área, esclarecendo a
situação de receitas e despesas do sistema. A
comissão teve o prazo de funcionamento prorrogado e
deve concluir os trabalhos até o dia 7 de novembro.
A audiência será no Plenário 19 da Ala Senador
Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
20/09/2017 -
Ministério orienta sobre o que fazer quando o
empregador não realiza o depósito
Trabalhador tem um conjunto de alternativas para
assegurar o seu direito
Muitos trabalhadores se perguntam como proceder em
caso de falta de depósito do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) por parte do empregador. O
Ministério do Trabalho orienta que todo empregado
que possui carteira assinada mantenha controle de
seu extrato de FGTS para conferir se seu direito
está sendo respeitado. Caso seja constatada a
ausência de depósitos, existem algumas alternativas.
Cabe a quem se sentir prejudicado a escolha de uma
delas. O trabalhador poderá apresentar denúncia ao
sindicato que representa a sua categoria
profissional. Também pode comparecer às
superintendências regionais do Trabalho para
formalizar denúncia (os dados do denunciante são
mantidos em sigilo). Existe também a opção de
oferecer denúncia ao Ministério Público do Trabalho
ou até ingressar com reclamação na Justiça do
Trabalho, esta última sendo a única opção possível
no caso da empresa não existir mais (falência).
Ainda não há como registrar denúncias por meio
eletrônico.
Para a formalização da denúncia é importante que o
trabalhador tenha em mãos comprovante de que os
depósitos não estão sendo realizados. Essa
comprovação pode ser realizada com o extrato
atualizado da conta vinculada do FGTS, obtida em
qualquer agência da Caixa Econômica Federal. O
trabalhador deve apresentar o cartão do trabalhador,
carteira de trabalho e o cartão ou número do PIS.
Não existe prazo para que a reclamação seja aceita.
Tão logo o funcionário constatar a ausência de
depósitos – sejam os mensais, seja o decorrente de
rescisão de contrato de trabalho – já pode ingressar
com a denúncia. Cabe informar que o sistema
informatizado da Caixa Econômica Federal precisa de
alguns dias após o recolhimento pela empresa para
que os valores depositados apareçam no extrato do
trabalhador.
É importante salientar que mesmo quando não existem
denúncias, o Ministério do Trabalho, por meio de sua
auditoria-fiscal, realiza regularmente o cruzamento
de informações dos diversos sistemas informatizados
(Rais, Caged, eSocial, Seguro-Desemprego) com as
informações da Caixa Econômica Federal relativas aos
depósitos realizados mensalmente pelos empregadores.
Isso é importante para que sejam apurados indícios
de débitos e seja possível notificar as empresas
para efetuarem ou comprovarem os depósitos e
cumprirem com as determinações legais.
O FGTS é um direito do trabalhador. De acordo com a
Lei 8.036/1990, todo empregador deve depositar em
conta vinculada o valor correspondente a 8% do
salário pago no mês anterior, incluídos os valores
relativos a comissões, gorjetas e gratificações e
afins, bem como a gratificação de Natal. Esses
depósitos devem ser realizados mensalmente até o dia
7 do mês seguinte, e as empresas devem comunicar aos
seus empregados os valores recolhidos a título de
FGTS.
Para consultar a rede de atendimento do Ministério do
Trabalho, basta acessar o endereço http://trabalho.gov.br/rede-de-atendimento.
Fonte: MTb
20/09/2017 -
Salário mínimo não é base para cálculo de
insalubridade, decide juiz
A lei é clara ao definir que, para servidores de
fundações públicas federais, a base de cálculo de
adicional de insalubridade é o piso salarial da
categoria, não o salário mínimo. Assim, o Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região acolheu ação civil
pública do Sindicato dos Trabalhadores no Combate as
Endemias e Saúde Preventiva do Estado do Rio de
Janeiro contra a Fundação Nacional de Saúde.
Em 2010, mudou o parâmetro utilizado para definir o
pagamento do benefício aos funcionários do órgão,
ignorando a Súmula Vinculante 4 do Supremo Tribunal
Federal, que determina: “Salvo os casos previstos na
Constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de
servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial”.
Na decisão, o juiz Marcel da Costa Bispo,
considerando que até 2010 os servidores recebiam o
adicional com base no vencimento do cargo efetivo,
essa forma de calcular não poderá ser modificada,
"tendo em vista a vedada alteração contratual
lesiva". O juiz condenou a Funasa a ressarcir aos
funcionários as diferenças do benefício pagas de
fevereiro entre 2010 e novembro de 2014, com
reflexos em 13º salários, férias acrescidas do terço
constitucional e FGTS a recolher.
O advogado Ferdinando Nobre, que atua em parceria
com o escritório Cezar Britto & Advogados
Associados, representou o sindicato na ação e
elogiou a decisão do juízo. “A lei é clara: aos
servidores civis das fundações públicas federais, a
base de cálculo do adicional de insalubridade é o
piso salarial fixado pela administração. Pois a
norma não faz distinção quanto à natureza do cargo,
mas apenas determina que aos servidores civis, de
forma genérica, é devido o adicional de
insalubridade com base no vencimento de sua
titularidade, sem vinculação com salário mínimo”,
argumentou. Ação civil pública
0101867-57.2016.5.01.0055
Fonte: Consultor Jurídico
20/09/2017 -
Petroleiro consegue adesão ao PDV negada antes do
pedido de demissão
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
desproveu agravo de instrumento da Petróleo
Brasileiro S.A. – Petrobras contra decisão que
determinou a inclusão de um empregado no Plano de
Incentivo à Demissão Voluntária (PDV) após seu
pedido de demissão. A empresa alegava ofensa aos
princípios da boa-fé e da isonomia, mas, para a
Turma, não houve as violações apontadas.
O petroleiro disse que foi admitido em 1985 e, em
dezembro de 2013, conseguiu o reconhecimento de seu
direito a aposentadoria especial, mas o INSS demorou
a expedir a carta. Em fevereiro de 2014, tentou
aderir ao PDV (que tinha como alvo os trabalhadores
já aposentados que continuavam trabalhando), mas seu
pedido foi rejeitado pela não comprovação da
aposentadoria. Ele ajuizou então a reclamação
trabalhista pleiteando sua inclusão no plano e, em
junho de 2014, pediu desligamento da empresa.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região
(BA), que determinou a aceitação do pedido de adesão
e o pagamento dos benefícios previstos no PDV, a
decisão do INSS que deferiu a aposentadoria
especial, não mais passível de recurso, foi
publicada em dezembro de 2013 – portanto, em momento
anterior ao fim do período de adesão. “O mero atraso
na emissão da carta de aposentadoria pelo INSS não
afasta o fato de que o autor tinha, desde a época do
requerimento, em 2011, até a data da formulação da
inscrição no PDV, direito à concessão do benefício
previdenciário”, afirmou.
Para o Regional, o trabalhador não pode ser
prejudicado pelo fato de o INSS ter negado a
concessão da aposentadoria à qual ele efetivamente
já tinha direito desde a época do seu requerimento.
O acórdão também considera indiferente se o
petroleiro pediu demissão posteriormente ao
indeferimento da adesão, já que ajuizou a ação no
prazo prescricional a fim de salvaguardar o direito
violado.
A relatora do recurso pelo qual a Petrobras
pretendia trazer a discussão ao TST, ministra Maria
de Assis Calsing, ressaltou o entendimento regional
de que a empresa não poderia ter prejudicado o
trabalhador mediante interpretação restritiva da
norma interna, “especialmente quando a carta de
aposentadoria não foi expedida a tempo por culpa da
autarquia previdenciária”. Assim, afastou a alegação
da empresa de violação do artigo 5º da Constituição
da República, segundo o qual todos são iguais
perante a lei. “Esse dispositivo não trata da
concessão do benefício, nem se vislumbra desrespeito
ao princípio da isonomia ao se entender preenchidos
os requisitos para o seu deferimento”, concluiu. A
decisão foi unânime.
Fonte: Âmbito Jurídico
19/09/2017 -
Maia e Gilmar Mendes buscam consenso em torno da
reforma política
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Gilmar Mendes, voltaram a conversar nesta
segunda-feira (18) sobre a reforma política.
Nas conversas, Maia e Gilmar Mendes buscam encontrar
um consenso que possa viabilizar a aprovação de
alguns pontos da proposta de reforma política para
que entrem em vigor nas eleições do ano que vem.
Para tanto, as alterações que são estudadas devem
ser feitas até o dia 7 de outubro deste ano, um ano
antes do pleito de 2018, conforme determina a
Constituição.
Ao deixar a reunião, Rodrigo Maia disse que fará
reuniões com líderes da Casa em busca da aprovação
de questões que enfrentam menos resistência dos
parlamentares, como a cláusula de desempenho dos
partidos no Parlamento para ter acesso ao dinheiro
do fundo para custear as campanhas.
Perguntado por jornalistas sobre o que pode ser
aprovado rapidamente, Maia, que está no exercício da
Presidência da República, afirmou: “a cláusula de
desempenho, sim, tem a lei do Senado que trata do
fundo [de financiamento das campanhas], retirando
receitas já existentes. Os programas eleitorais já
têm um pouco mais de polêmica. A gente está
tentando, vamos tentar até o último minuto”.
Para Gilmar Mendes, uma proposta de reforma sempre
vai encontrar resistências no campo político e no
Judiciário. O ministro lembrou a decisão do Supremo
que, em 2006, julgou inconstitucional a cláusula de
barreira, aprovada em 1995.
”Essa é uma dificuldade que a gente já conhece, que
é fazer a reforma, especialmente, na décima hora. É
difícil aqueles que chegaram por um sistema, ter que
modificá-lo. Há sempre essa resistência”, avaliou
Mendes.
Fonte: Portal EBC
19/09/2017 -
Trabalhadores querem discutir com o Ministério
Público proteção ao emprego na JBS
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) proporá à Procuradoria-Geral da
República (PGR) a criação de um grupo de trabalho
para definir medidas de proteção ao emprego e ao
trabalhador no âmbito do acordo de leniência fechado
com a JBS. O encaminhamento foi tomado nesta
segunda-feira (18) após audiência que discutiu o
tema.
Segundo o vice-presidente da CDH, Paulo Paim
(PT-RS), a comissão proporá ao Ministério Público
que técnicos indicados pela própria JBS, pelo
Ministério do Trabalho, pelas confederações
sindicais e pelo Ministério Público do Trabalho
façam parte desse colegiado. Também deverão compor o
grupo o próprio Paim e um representante da PGR.
— É preciso que se estabeleçam medidas
compensatórias aos trabalhadores em caso de venda ou
fechamento das unidades — pontuou o senador.
Salvaguardas
O advogado Marthius Savio Cavalcante Lobato, da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
de Alimentação (Contac), disse que o acordo de
leniência do Ministério Público (MPF) com a JBS não
prevê medidas de proteção ao emprego ou salvaguardas
aos trabalhadores.
Lobato e outros participantes da audiência pública
lembraram que a gigante do setor de proteína animal
recebeu nos últimos anos aportes bilionários de
recursos públicos, por meio de políticas de fomento
e até de associação, fazendo com que hoje 27% das
ações estejam em nome da Caixa Econômica e do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
Para Lobato, estas políticas tornam obrigatório que
se protejam os mais de 120.000 empregados diretos da
empresa, que fazem da JBS a maior empregadora
privada do país. Somam-se a este número os seis
postos indiretos que cada um dos empregos diretos
movimenta na cadeia de produção.
— O estado concede 25 anos para a empresa pagar uma
multa de R$ 10,3 bilhões, e nenhuma cláusula
relacionada ao emprego. Como pode isso, depois de
ter na prática concedido à JBS um monopólio de
mercado sem nenhuma contrapartida? — criticou o
advogado.
Ele também criticou o MPF por ter estabelecido 49
áreas de aplicação de R$ 2,3 bilhões desta multa.
Para Lobato, o órgão não tem a competência para
definir políticas sociais por conta própria, sem
diálogo institucional dos três Poderes e do próprio
Ministério Público com a sociedade.
Demissões
Outros participantes, como Siderlei Silva (presidente
da Contac), Ernane Garcia (da Federação dos
Trabalhadores em Alimentação do Paraná), Vilson
Gimenes (da Federação dos Trabalhadores em
Alimentação do Mato Grosso do Sul) e Celio Elias
(vereador e presidente do Sindicato de Alimentação
de Criciúma-SC) fizeram relatos sobre demissões em
massa praticadas pela JBS em diversos estados,
fazendo com que o número de empregados diminuísse em
dezenas de milhares desde 2015.
Segundo eles, quadro este de desemprego que pode se
agravar diante do grande endividamento e das
investigações em torno da companhia, cuja cúpula é
alvo de diversas apurações envolvendo corrupção na
relação da empresa com setores da administração
pública.
Fonte: Agência Senado
19/09/2017 -
Meirelles diz ser prejudicial começar 2018 com
reforma previdenciária pendente
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
nesta segunda-feira (18) que é preciso aprovar a
reforma da Previdência para que o país possa iniciar
um novo capítulo com equilíbrio fiscal e
estabilidade econômica de forma a seguir a rota de
crescimento sustentável nos próximos anos. Meirelles
disse ainda que seria prejudicial começar 2018 com a
aprovação da reforma pendente.
“O país tem o direito e a expectativa de que a
reforma da Previdência seja votada agora e seja
aprovado nos seus pontos fundamentais para que
entremos num novo capítulo, um capítulo com
equilíbrio fiscal, com estabilidade econômica e que
possa garantir ao país uma rota de crescimento
sustentável nos próximos anos”, disse o ministro da
Fazenda a jornalistas após a cerimônia de posse da
procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Sobre a possibilidade de a nova denúncia apresentada
pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal,
contra o presidente Michel Temer, atrapalhar o
andamento da reforma, Meirelles disse esperar que “
tudo seja mantido e votado no seu devido tempo”.
“Os parlamentares estão conscientes disso. O Brasil
precisa deixar esse capítulo para trás; não podemos
continuar discutindo a reforma da Previdência,
porque se ela não for feita agora, terá que ser
feita no futuro próximo”, disse Meirelles.
O relatório da reforma da Previdência já foi
aprovado em comissão especial da Câmara e aguarda
votação em plenário.
Fonte: Agência Brasil
19/09/2017 -
INSS tem R$ 1 bi a receber de bancos por pagamento a
segurados já falecidos
Auditores do Ministério da Transparência e
Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram
irregularidades e inconsistências na prestação de
contas anual do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), entre as quais, o pagamento indevido de
benefício a segurados já mortos.
Segundo o relatório de auditoria produzido pela
Secretaria Federal de Controle Interno da CGU, os
problemas identificados “comprometeram os resultados
qualitativos” do pagamento de benefícios aos
segurados do Regime Geral de Previdência Social nas
áreas urbanas e rurais.
No entanto, não foi constatada ocorrência de danos
ao erário – ainda que o INSS enfrente dificuldades
para recuperar, junto aos bancos, mais de R$ 1
bilhão em pagamentos de benefícios liberados após a
morte dos segurados.
O número de casos de pagamento indevido de
benefícios pós-óbito é incerto, mas dados do INSS
reunidos pela CGU apontam a existência de 73.556
processos de solicitação de devolução e de cobrança
administrativa pós-óbito.
Somados, os processos totalizavam um montante de R$
1,01 bilhão, que o INSS tenta reaver junto a vários
bancos públicos e privados. Apenas 12%, ou R$ 119
milhões, foram devolvidos até o momento.
“A ineficiência do processo de cobrança acarreta o
aumento da dívida”, mostra o relatório da CGU.
“A situação presente é resultado da progressiva
perda de capacidade de governança do instituto. Em
poucos anos, o INSS perdeu controle sobre a
concessão, a manutenção e a cessação de benefícios e
também sobre a prevenção de erros e recuperação de
valores”.
Além do indicativo obtido a partir do número de
processos de solicitação e de cobrança
administrativa, o cruzamento da folha de pagamentos
do INSS, com a base de dados do Sistema
Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi), revela
que ao menos 101.414 pessoas já constavam como
mortas antes de receber um ou mais benefícios
previdenciários entre janeiro e agosto de 2016.
As pessoas teriam recebido pouco mais de R$ 460
milhões em benefícios indevidos, divididos em
441.498 pagamentos (cada registro suspeito
identificado gerou, em média, quatro pagamentos
mensais). Entre esses indícios de irregularidades,
há 1.256 beneficiários que, embora supostamente
mortos desde 2005, recebiam benefícios ainda em
2016.
Em 2016, a liberação de recursos a beneficiários das
áreas urbana e rural movimentaram, respectivamente,
R$ 386,3 bilhões e R$ 109,3 bilhões, totalizando R$
495,7 bilhões, ou 88% de todas as despesas
liquidadas pela autarquia durante o ano.
Em 2015, essa soma atingiu R$ 428,54 bilhões,
enquanto, em 2014, as despesas com benefícios pagos
aos segurados do meio urbano e rural efetivamente
liquidadas totalizou R$ 390 bilhões.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
19/09/2017 -
Subcomissão de Previdência Social será instalada
nesta quarta
A Comissão de Seguridade Social e Família instala
nesta quarta-feira (20) a Subcomissão Permanente de
Previdência Social.
Após a instalação, serão eleitos o presidente e o
vice-presidente do colegiado.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, cada
comissão pode ter até três subcomissões permanentes
e três especiais.
A solenidade de instalação está marcada às 13 horas,
em local a definir.
Fonte: Agência Câmara
19/09/2017 -
Audiência discute concessão de benefícios a idosos e
portadores de deficiência
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
discute nesta quarta-feira (20) o Projeto de Lei
6892/10, que prevê o pagamento do Benefício de
Prestação Continuada (BPC) a idosos com 70 anos ou
mais, a pessoas com deficiência em situação de
vulnerabilidade financeira e a pessoas com
impedimento de longo prazo que carecem de auxílio
permanente de terceiros para realização de tarefas
da vida diária, independentemente de sua condição
financeira e de estar inserido no mercado de
trabalho.
A proposta, de autoria do ex-deputado Roberto
Santiago, aguarda votação na Comissão da Pessoa
Idosa, onde está sob a relatoria da deputada Carmen
Zanotto (PPS-SC).
Outros 17 projetos estão apensados a este.
“Considerando que todas as proposições em análise de
modo geral contribuem para garantir o BPC às pessoas
com deficiência e idosos em situação de
vulnerabilidade financeira, sugerimos a realização
dessa audiência”, explica Carmen Zanotto.
Foram convidados para discutir o assunto,
representantes do Ministério do Desenvolvimento
Social, do Ministério da Fazenda e da Previdência
Social.
A audiência será realizada no plenário 16 a partir
das 15h30.
Fonte: Agência Câmara
19/09/2017 -
Privatização de usinas hidrelétricas é tema de
audiência na quinta
As comissões de Finanças e Tributação; e de Minas e
Energia discutem nesta quinta-feira (21) a possível
privatização de usinas hidrelétricas. “Segundo
notícias recentes na imprensa brasileira o governo
federal está analisando a possibilidade de
privatizar até 14 usinas hidrelétricas antigas
pertencentes às subsidiárias Chesf, Furnas e
Eletronorte”, afirma o deputado Mário Negromonte Jr.
(PP-BA), que pediu a realização do debate.
Dentre os ativos que podem ser vendidos, ressalta o
parlamentar, está a Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco (Chesf), principal geradora e transmissora
de energia para o Nordeste.
“Além de afetar as contas de luz de todos os
brasileiros, a ideia em questão vai gerar uma
receita extra para as contas públicas com as
outorgas e tem grande potencial de reforçar o caixa
da estatal e melhorar as contas do governo", avalia
Negromonte Jr.
No último dia 23, o governo anunciou a inclusão de
57 novos projetos no Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI), no âmbito do qual são feitas as
privatizações. Do pacote, constam estradas, portos,
aeroportos, e empresas públicas como a Eletrobras e
a Casa da Moeda.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto:
- o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho
Filho;
- o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira;
- o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior;
e
- o presidente da Chesf, Sinval Zaidan Gama.
A audiência será realizada a partir das 10 horas, em
local a definir.
Fonte: Agência Câmara
19/09/2017 -
Falta de recolhimento do FGTS permite rescisão
indireta de contrato de trabalho
O dever patronal de recolher o FGTS é grave o
suficiente para garantir a rescisão indireta do
contrato de trabalho em caso de descumprimento,
conforme dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho.
Assim entendeu, por unanimidade, a 2ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho ao julgar ação movida
por uma farmacêutica contra a maternidade na qual
trabalhava.
Na reclamação, a trabalhadora alegou que a
empregadora deixou de cumprir suas obrigações ao não
recolher, por vários meses, o FGTS. O hospital
admitiu a ausência de alguns depósitos, mas defendeu
que o caso não autoriza o reconhecimento da rescisão
indireta, pois procurou a Caixa Econômica Federal
para parcelar a dívida.
O juízo da 1ª Vara de Brusque (SC) negou o pedido da
trabalhadora por entender que a ausência dos
recolhimentos, de maneira isolada, não é suficiente
para justificar a rescisão indireta. Para o juiz de
primeiro grau, a ruptura contratual poderia ser
reconhecida caso o prejuízo direto pelo
inadimplemento fosse comprovado, o que, segundo a
sentença, não ocorreu.
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC)
manteve a decisão, ressaltando que o acesso às
parcelas em atraso só ocorreria quando o contato
fosse rescindido nas hipóteses previstas na lei,
como a demissão sem justa causa. No recurso ao TST,
a farmacêutica sustentou que a decisão regional
violou o artigo 483, alínea “d”, da CLT, reafirmando
que a ausência do recolhimento do FGTS acarreta
prejuízo ao trabalhador e autoriza a rescisão
indireta do contrato de trabalho.
Para a 2ª Turma, mesmo havendo acordo de
parcelamento da dívida entre a empresa e a Caixa
Econômica Federal (CEF), órgão gestor do FGTS, o
descumprimento da obrigação legal é suficiente para
a aplicação da chamada justa causa empresarial,
quando o trabalhador se demite, mas tem direito às
verbas rescisórias devidas na dispensa imotivada.
O ministro José Roberto Freire Pimenta, relator, ao
prover o recurso, ressaltou que o descumprimento do
dever patronal de recolher o FGTS é grave o bastante
para permitir a rescisão indireta. “O fato de a
empresa ter parcelado o débito na CEF demonstra
apenas o cumprimento de um dever legal, não servindo
para justificar a continuidade do contrato de
trabalho, ou para impedir a rescisão contratual e,
assim, afastar a rescisão indireta”, concluiu.
Após a publicação do acórdão, foram opostos embargos
declaratórios, ainda não julgados. Com informações
da Assessoria de Imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
19/09/2017 -
CJF - TNU fixa tese sobre salário-maternidade em
caso de demissão sem justa causa
A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados
Federais (TNU) firmou a tese de que o pagamento de
indenização trabalhista à empregada demitida sem
justa causa, em valor comprovadamente correspondente
a todos os salários relativos ao período em que a
gestante gozaria de estabilidade, exclui a
necessidade de concessão do benefício de
salário-maternidade. O entendimento foi
estabelecido, por unanimidade, na sessão do último
dia 14 de setembro, realizada na Seção Judiciária de
Maceió, em Alagoas.
O pedido de uniformização foi apresentado por uma
segurada contra acórdão da Primeira Turma Recursal
de Santa Catarina, que manteve sentença de primeira
instância negando o pedido de concessão de
salário-maternidade. Segundo a segurada, a decisão
contraria entendimento das Segunda e Décima Turmas
Recursais de São Paulo, de que é possível a
concessão do benefício, independentemente do
recebimento de indenização no valor referente ao
período de estabilidade.
Em seu voto, o juiz federal Fábio Cesar dos Santos
Oliveira, relator do caso na TNU, observou que,
conforme a legislação em vigor, o
salário-maternidade é benefício devido à segurada da
Previdência Social durante 120 dias, com início no
período entre 28 dias antes do parto e a data de
ocorrência dele, que deve ser pago à empregada pela
empresa. Também por força legislativa, apesar de
realizar os pagamentos, o empregador deve receber
posteriormente as compensações do Instituto Nacional
de Seguro Social (INSS), entidade responsável pelo
benefício, segundo já decidiu o Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
No pedido de uniformização apresentado à TNU, a
autora impugnou decisão que entendeu como suficiente
a indenização paga pela empresa, em valor
correspondente à totalidade dos salários-maternidade
do período de 120 dias determinado em lei. “O
pagamento de indenização trabalhista à empregada
demitida sem justa causa, correspondente ao período
em que a gestante gozaria de estabilidade, exclui o
fundamento racional do pagamento do benefício de
salário-maternidade, caso reste demonstrado que a
quantia paga pelo ex-empregador abrange os salários
que deveriam ser recebidos pela segurada no período
da estabilidade”, argumentou Santos Oliveira, ao
negar o pedido.
O entendimento do relator foi seguido pelos demais
integrantes da Turma Nacional de Uniformização, que
fixou a tese sobre a matéria. A TNU determinou ainda
o retorno dos autos à Turma Recursal de Santa
Catarina para adequação do julgado, para aferir se o
valor da indenização trabalhista paga correspondia
aos salários devidos no período de estabilidade.
Processo: 5010236-43.2016.4.04.7201/SC
Fonte: Conselho da Justiça Federal
19/09/2017 -
TJSC prorroga licença-maternidade à mãe de prematuro
Na última sexta-feira (15/09/17), o Tribunal de
Justiça de Santa Catarina concedeu liminar em
mandado de segurança, prorrogando a
licença-maternidade de servidora pública estadual
que deu à luz com apenas 32 semanas de gestação.
Em razão da prematuridade, o bebê necessitou de
internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal,
além de acompanhamento médico especial devido a
restrição de crescimento. A prorrogação da licença
em caráter excepcional visava assegurar o direito do
infante ao aleitamento materno.
Conforme argumentado pelo advogado da servidora, "a
licença-maternidade tem por escopo proporcionar um
período mínimo de convivência entre mãe e filho,
necessário ao pleno desenvolvimento dos laços
familiares e da saúde e bem-estar do bebê. Ocorre
que, na hipótese dos autos, tal período de
convivência foi reduzido por razões médicas alheias
à vontade da impetrante".
A decisão, inédita na Corte Catarinense, teve amparo
no art. 227 da Constituição Federal, que estabelece:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela
Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
No entendimento do Desembargador Luiz Fernando
Boller - relator do processo -, "os primeiros meses
de vida de um nascituro demandam prioritária atenção
dos genitores, em especial da mãe - responsável por
prover o aleitamento em intervalos frequentes -,
especialmente quando a infante necessita de
acompanhamento intensivo". O magistrado, ainda,
ressaltou ser papel do Judiciário fazer prevalecer a
proteção de direitos fundamentais.
Além do período de internação hospitalar na UTI
neonatal, o Desembargador levou em consideração o
fato de que, em razão do nascimento prematuro, a
idade real do recém-nascido é de 2 (dois) meses a
menos do que a cronológica, havendo expressa
recomendação médica para que seja mantido o
aleitamento materno exclusivo até os 6 (seis) meses
de idade corrigida, o que equivaleria a 8 (oito)
meses de idade cronológica.
Mandado de Segurança n.0309359-90.2017.8.24.0023
Fonte: Jusbrasil
18/09/2017 -
Orçamento de Temer para 2018 empurra Brasil ao caos,
alerta diretor do Diap
Afiado conhecedor do Congresso Nacional e do governo
federal, o jornalista Antônio Augusto de Queiroz
(Toninho), diretor de Documentação do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar), alerta sobre outro forte ataque do
governo Michel Temer ao Estado brasileiro. Após
examinar a proposta governamental do Orçamento da
União de 2018, ele afirma enfaticamente: “O Brasil
vai para a beira do caos”.
Para Toninho, os cortes em verbas de custeio e
programas sociais significam abandono dos pobres e
carregamento de recursos para os rentistas. Toninho
diz: “Em vez de usar os poderes do Estado e do
Orçamento pra promover inclusão e reduzir
desigualdades regionais, o governo cuida da
preservação de contratos, das propriedades e da
moeda”.
Tragédia - Segundo Antônio Augusto de Queiroz,
haverá menos recursos para a igualdade racial, os
direitos das mulheres, o Bolsa Família, a reforma
agrária e o atendimento aos índios. O impacto urbano
também será drástico, pois o Ministério das Cidades
cortará 86% nos seus recursos. Ou seja, a Pasta
contará com apenas 14% do que teve este ano. “É
tragédia”, ele diz.
Em entrevista à Agência Sindical, o diretor do Diap
diz haver “uma opção deliberada do governo no
sentido de desproteger os mais vulneráveis”. Ele
cita, como exemplo, a opção por canalizar os
recursos arrecadados compulsoriamente da sociedade
para os compromissos das dívidas interna e externa.
Segundo o jornalista, isso afetará duramente o
atendimento da população em demandas básicas por
Educação, Saúde e Segurança.
Toninho alerta: “Há o risco concreto de o País parar
e ocorrer um colapso do Estado brasileiro”.
ÍNTEGRA - A fala de Toninho foi veiculada quinta
(14), à noite, no programa Repórter Sindical na Web,
na TV Agência Sindical. O programa também é
veiculado nas TVs Comunitárias de Guarulhos e
Brasília. O conteúdo entrou, ainda, na programação
da Rádio Web e demais veículos da nossa rede de
comunicação.
Clique aqui e
ouça.
Fonte: Agência Sindical
18/09/2017 -
Deputados devem retomar discussão da reforma
política; saiba como será a semana no Congresso
Esta deve ser uma semana de indefinição no
Congresso. No plenário da Câmara dos Deputados, está
prevista a retomada das votações sobre a reforma
política. Esta será a sétima semana de discussão das
propostas que mudam o sistema político para
distritão em 2018, criam o fundo de financiamento
público de campanha e acabam com as coligações.
A denúncia contra o presidente Michel Temer por
obstrução de Justiça e formação de organização
criminosa não deve chegar à Câmara antes da
quinta-feira (21), por decisão do ministro Edson
Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim, a
avaliação é que o assunto trave as demais
discussões.
O deputado Arthur Maia, do PP, relator da reforma da
previdência, disse que diante da denúncia, a
negociação em torno das mudanças na aposentadoria
vai seguir parada. A denúncia também deve atrasar o
calendário de votação do projeto de lei orçamentária
de 2018.
Os senadores podem se adiantar aos deputados e votar
medidas que mudam as regras para as próximas
eleições. Na terça-feira (19), eles devem analisar
uma proposta que acaba com a propaganda política
gratuita no rádio e na televisão e direciona o
dinheiro que seria gasto com isso para o fundo
público de financiamento de campanhas.
Na quarta-feira (20), a Comissão de Desenvolvimento
regional do Senado faz uma audiência pública para
debater a privatização da Eletrobras.
Fonte: Portal EBC
18/09/2017 -
Mercado de trabalho dá sinais de recuperação no
segundo trimestre, diz Ipea
A Carta de Conjuntura, divulgada quinta-feira (14)
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), sinaliza o surgimento de novo ânimo no
mercado de trabalho, ou seja, evidencia que está
começando a ocorrer uma reversão do cenário negativo
no setor. A economista do Ipea, Maria Andréia
Parente, observou que o cenário do mercado de
trabalho, que vinha piorando, deu uma “estacionada”
há dois meses e agora, no segundo trimestre, começou
a dar sinais de que está se recuperando.
“De forma agregada, a gente viu uma taxa de
desocupação caindo, combinando (com) um aumento da
ocupação, porque até então você tinha que a ocupação
começou a cair menos”. Já no último trimestre móvel
até julho, apesar de a ocupação mostrar variação
pequena (+0,2%), essa é a primeira variação positiva
em dois anos, destacou Maria Andréia. “Então, já é
um sinal”.
O aumento da ocupação está ocorrendo no mercado
informal. Mas quando se olha o mercado formal, com
carteira assinada, há indicativos que o quadro está
também melhor. Segundo a economista, um indicativo
disso é a redução do ritmo de demissões. “O mercado
formal já está demitindo menos. Ele ainda não
contrata no agregado. A população ocupada dele ainda
está caindo, mas ele está reduzindo o ritmo de
demissão”. A taxa de desemprego registrada no
trimestre encerrado em julho teve queda de 12,8%.
Maria Andréia salientou que outro sinal positivo do
mercado formal é dado pelo rendimento. A análise dos
rendimentos por vínculo de ocupação mostra que está
no mercado formal a maior alta de rendimentos
(3,6%). Por isso, disse que o mercado formal está
dando alguns indicativos de que está melhor agora do
que no passado recente.
O desalento também caiu, embora com intensidade
reduzida; mas já é um sinal positivo. A Carta de
Conjuntura mostra que a parcela dos inativos
desalentados que achavam que não conseguiriam
emprego foi de 44,7% no segundo trimestre, número
2,5% menor que o observado no trimestre anterior.
Isso indica aumento da esperança ou confiança em
alcançar uma vaga.
”Nesse momento, mais importante do que a
intensidade, é a mudança de direção. A taxa de
ocupação recua pouco, mas já recua. A ocupação
cresce pouco, mas já cresce. O desalento cai pouco,
mas cai. Vinha em uma trajetória crescente. Cada vez
era maior o número de pessoas que saiam do mercado
porque achavam que não tinham condições de conseguir
um emprego. O desalento cai no segundo trimestre”,
explicou.
Desemprego
Maria Andréia Parente disse que o desemprego melhora
em todas as regiões brasileiras. Quando se abrem os
dados, verifica-se um comportamento difuso. No
Sudeste, por exemplo, o desemprego é relativamente
alto porque está contaminado pelo Rio de Janeiro.
“Você vê que ele (desemprego) cai em todas as
regiões, mas dentro de cada região tem alguns
comportamentos difusos. O Rio de Janeiro é um dos
poucos estados que não conseguem reduzir a taxa de
desemprego. Pelo contrário. A cada trimestre que
vem, nova alta de desemprego”. A taxa de desemprego
no Rio de Janeiro evoluiu de 14,5% para 15,7%.
De modo geral, a Carta de Conjuntura do Ipea analisa
que o desemprego recuou no país em termos de
regiões, de gênero, de escolaridade. Entre os mais
jovens, a taxa de desocupação também recuou.
Entretanto, mesmo recuando, a taxa de desocupação
entre os jovens é a mais alta de todos os grupos,
apontou a economista. Os mais jovens formam a
população que tem mais dificuldade de sair do
desemprego e de conseguir uma nova colocação. “E
esse percentual tem aumentado”.
Quando se olha os jovens que estão ocupados, esse é
o grupo que apresenta maior chance de ser demitido.
Proporcionalmente, os jovens formam a maior parcela
dos trabalhadores que estão ocupados e foram
demitidos, disse Maria Andréia. Dos desempregados na
faixa etária de 18 a 24 anos de idade, somente 25%
conseguiram nova colocação no segundo trimestre.
Entre 2012 e 2017, o percentual de trabalhadores com
18 a 24 anos que foram dispensados cresceu de 5,3%
para 7,3%, revela o estudo do Ipea. “Era muito mais
fácil um jovem conseguir um emprego em 2012 do que é
hoje”, comentou. No segundo trimestre de 2017, o
país tinha cerca de 13,5 milhões de desocupados, dos
quais 65% com idade inferior a 40 anos.
Remuneração
Houve melhora em termos de remuneração, à exceção dos
mais jovens, ressaltou Maria Andréia. Esse é o único
grupo que, na comparação entre o segundo trimestre
deste ano e o mesmo período do ano passado, não
mostra crescimento. Na verdade, apresenta pequena
queda de salário (-0,5%). No caso dos maiores de 60
anos de idade, houve expansão de 14% no rendimento
em relação ao segundo trimestre de 2016, com
remuneração média de R$ 2.881.
As pessoas com maior qualificação recebem mais. A
média no último trimestre foi remuneração de R$
4.889, o que significa quase três vezes mais que o
trabalhador com ensino médio e 4,2 vezes mais que o
empregado sem o ensino fundamental completo.
Setores
A recuperação do emprego está ocorrendo em todos os
setores da economia. De maneira geral, indústria,
comércio e serviços mostram desempenho melhor do que
estavam no último trimestre. Os três setores
geraram, respectivamente, 12,3 mil, 10,2 mil e 7,7
mil novos postos com carteira assinada.
A exceção é vista em alguns segmentos, como a
construção civil, devido ao estoque grande de
imóveis e à vacância também significativa. Além
disso, a economista do Ipea lembrou que na parte
pública, o governo tem poucos recursos para investir
em obras, devido ao esforço de equilíbrio fiscal.
“Vai demorar um pouco mais de tempo para poder
melhorar”.
Fonte: Agência Brasil
18/09/2017 -
Ministros de Minas e Energia e Fazenda falam sobre
royalties da mineração
A comissão mista criada para analisar a Medida
Provisória (MP) 789/2017, que trata dos royalties da
mineração, vai fazer uma audiência pública nesta
terça-feira (19), a partir das 14h30. Foram
convidados o diretor-geral do Departamento Nacional
de Produção Mineral, Victor Bicca, e dois ministros
de Estado: Henrique Meirelles, da Fazenda, e
Fernando Coelho Filho, de Minas e Energia.
A medida provisória enviada ao Congresso em julho
passado eleva as alíquotas da Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem).
Prevista na Constituição de 1988, trata-se de uma
espécie de royalty pago pelas empresas mineradoras
em decorrência da exploração dos recursos. O
dinheiro vai para estados, União, municípios e
Distrito Federal.
Atualmente, as alíquotas são aplicadas sobre o
faturamento líquido obtido por ocasião da venda do
produto mineral e variam de acordo com a substância.
Para o ferro, por exemplo, é de 2%. A MP eleva para
até 4%, de acordo com a cotação internacional.
A MP 789 foi elaborada pelo governo juntamente com
outras duas medidas mudando regras do setor de
mineração: 790 e 791. Além de alterações das
alíquotas da Cfem, as propostas criam uma agência
reguladora e mudam regras de pesquisa no setor.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
18/09/2017 -
Plano de trabalho da Comissão de Combate à Violência
contra a Mulher deve ser apresentado na terça-feira
A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência
contra a Mulher (CMCVM) deve se reunir nesta
terça-feira (19) para a discussão do plano de
trabalho, que será apresentado pela relatora,
deputada Luizianne Lins (PT-CE). Também está
prevista para o encontro a exposição das atividades
do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) e
a apresentação da pesquisa Violência doméstica e
familiar contra a mulher realizada pelo DataSenado
em parceria com o OMV.
Requerimentos de realização de audiências públicas,
apresentados pela deputada Luizianne Lins, também
devem ser deliberados na reunião. A deputada propõe
que seja debatida a violência obstétrica, aquela
praticada contra a mulher no momento do parto.
Um outro requerimento pede a discussão dos desafios
e possibilidades da guarda compartilhada frente à
realidade da violência doméstica.
A Comissão foi reinstalada no mês de maio com a
eleição da deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) para
presidente e da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES)
para vice. Desde 2014, a CMCVM trabalha promovendo
debates sobre o combate às formas de violência
contra a mulher e a conquista e manutenção de
direitos femininos.
A reunião está marcada para às 15h, na sala 2 da Ala
Nilo Coelho, no Anexo 2 do Senado.
Fonte: Agência Senado
18/09/2017 -
Parecer sobre licença-maternidade em partos
prematuros pode ser votado nesta quarta
A comissão especial que analisa mudanças na
licença-maternidade em caso de bebê prematuro (PEC
181/15) reúne-se na próxima quarta-feira (29) para
discutir e votar o parecer do relator, deputado
Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP). A votação estava
marcada para quarta-feira passada, mas um pedido de
vista adiou a análise da proposta.
A PEC, do Senado, traz apensada uma proposta que já
tramitava na Câmara (PEC 58/11), de autoria do
deputado Dr. Jorge Silva (PHS-ES). Ambos os textos
preveem que o tempo de licença de 120 dias seja
ampliado, para garantir a convivência entre mãe e
filho fora do hospital.
Aborto
A comissão especial poderá ainda incluir na
Constituição uma regra clara sobre aborto. Criado em
dezembro, o colegiado surgiu como resposta a uma
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
eventualmente abrirá precedentes para
descriminalizar o aborto realizado nos primeiros
três meses de gestação.
A reunião está marcada para as 14h30, mas o local
ainda não foi definido.
Fonte: Agência Câmara
18/09/2017 -
Adicional de periculosidade para vigilantes é devido
somente após publicação de portaria do MT
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
absolveu a Observe Segurança Ltda. de condenação ao
pagamento de diferenças de adicional de
periculosidade a vigilantes relativas a período
anterior à publicação da Portaria 1.885/2013 do
Ministério do Trabalho (MT).
Em ação movida pelo Sindicato de Trabalhadores em
Serviços de Segurança e Vigilância de Ribeirão Preto
e Região, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região (Campinas-SP) havia manteve sentença da 6ª
Vara do Trabalho de Ribeirão Preto (SP) que deferiu
o pagamento do adicional aos trabalhadores que
prestam serviços de vigilância pessoal e patrimonial
a partir de 2012, sob o entendimento de que o inciso
II do artigo 193 da CLT, acrescentado pela Lei
12.740/12, teria eficácia imediata.
Em recurso para o TST, a empresa alegou que o
adicional de periculosidade passou a ser devido, nos
termos do inciso II do artigo 193 da CLT, somente
após a regulamentação da matéria pela Portaria
1.885, em 3/12/2013. Segundo a defesa, a Lei
12.740/12 não era autoaplicável, e necessitava de
regulamentação para sua aplicação.
O recurso foi examinado sob a relatoria do ministro
Fernando Eizo Ono, que observou que a questão se
refere à definição do marco inicial para o pagamento
do adicional de periculosidade à categoria – se é a
Lei 12.740/2012 ou a Portaria 1.885/12.
O ministro assinalou que o artigo 193 da CLT dispõe
que as atividades de segurança pessoal ou
patrimonial, previstas no inciso II, são
consideradas perigosas "na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego". A
portaria, por sua vez, dispõe, no artigo 3º, que os
efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em
condições de periculosidade serão devidos a partir
da data de sua publicação. “Dessa forma, é devido o
adicional de periculosidade aos vigilantes somente a
partir de 3/12/2013”, concluiu. Por unanimidade, a
Turma proveu o recurso e julgou improcedente o
pedido do sindicato. Processo:
RR-1120-14.2013.5.15.0153
Fonte: TST
18/09/2017 -
Empresa deve arcar com metade dos valores pagos a
título de pensão por morte em caso de culpa em
acidente de trabalho
A 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF1) deu parcial provimento à apelação de uma
empresa de eletricidade e negou provimento à
apelação do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), contra sentença que condenou a empresa ao
pagamento dos valores relativos aos benefícios
previdenciários concedidos aos dependentes de um
homem que sofreu um acidente de trabalho na empresa.
O empregado, que era eletricista, realizaria
desconexão de “estai” em poste de energia elétrica
perto da rede energizada, o qual não se encontrava
desligada no momento da consecução da atividade, não
tendo o encarregado da empresa ter realizado prévio
teste de ausência de tensão.
O INSS requereu parcial reforma da sentença
recorrida. Já a empresa apelou alegando que o
acidente decorreu de culpa exclusiva do empregado,
excluindo qualquer responsabilidade de sua parte,
pois o falecido possuía todos os cursos para atuação
na área, tendo recebido adequado treinamento e
Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A empresa
também sustentou que o Seguro Acidente do Trabalho
(SAT) pago pela empresa presta-se justamente a
situações como a descrita nos autos, não havendo que
se falar em ressarcimento ao INSS.
Para que exista o direito de regresso em favor do
INSS, como salientado na sentença, faz-se necessária
a comprovação de conduta negligente por parte da
empresa ré, configurando ato ilícito, passível de
responsabilização. Para a relatora do caso, juíza
federal convocada Maria da Penha Fontenele, a
conduta negligente da ré pode ser constatada pela
Análise de Acidente do Trabalho, realizada por
auditoras fiscais do trabalho, pois a instalação
elétrica deveria ter sido desativada ou bloqueada no
momento da realização do serviço.
A relatora salientou que tanto a prova testemunhal
como a prova documental colacionada aos autos
atestam que o falecido também contribuiu para
ocorrência do acidente em que foi vitimado. Isso
porque as testemunhas, de maneira uníssona,
confirmaram que, apesar da experiência que ele tinha
no trabalho e do emprego de equipamentos de proteção
individual, ele se expôs desnecessariamente ao
risco, tendo se aproximado de maneira indevida de
chave elétrica que se encontrava aberta no local.
O Colegiado, por unanimidade, acompanhando o voto da
relatora, negou provimento à apelação do INSS, e deu
parcial provimento ao apelo da empresa de
eletricidade, reconhecendo a existência de culpa
concorrente da vítima, a fim de que a empresa seja
responsabilizada apenas pela metade do benefício
acidentário pago aos dependentes do falecido.
Processo nº: 0003327-03.2011.4.01.4300/TO
Fonte: Jusbrasil
18/09/2017 -
Mídia - Dieese lança dossiê sobre desafios do
sindicalismo brasileiro
A edição de agosto da Revista Ciência do Trabalho,
publicação semestral e bilíngue (português e inglês)
da faculdade do Dieese, está no ar na plataforma
issuu de publicações digitais. A publicação traz
como destaque: o Dossiê Desafios do Movimento
Sindical.
A revista ainda traça um panorama da ação sindical
do Brasil no século 21 e um levantamento sobre as
desigualdades de gênero no ambiente de trabalho.
Acesse
aqui.
Fonte: Agência Sindical
15/09/2017 -
Janot denuncia Michel Temer por organização
criminosa e obstrução de Justiça
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova
denúncia contra o presidente Michel Temer. Nesta
segunda denúncia, Janot acusa o presidente dos
crimes de organização criminosa e obstrução de
Justiça.
De acordo com o procurador, Temer e parlamentares do
PMDB, que também constam na denúncia, participaram
de um suposto esquema de corrupção envolvendo
integrantes do partido na Câmara dos Deputados com
objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos da
administração pública.
Na acusação sobre obstrução de Justiça, Janot
sustenta que Temer atuou para comprar o silêncio do
doleiro Lúcio Funaro, um dos delatores nas
investigações e que teria sido o operador do suposto
esquema. A suposta interferência teria ocorrido por
meio dos empresários da JBS, Joesley Batista e
Ricardo Saud, que também são acusados do mesmo
crime.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
15/09/2017 -
Deputados começam a avaliar impacto de nova denúncia
contra Michel Temer
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma que,
quando o Supremo Tribunal Federal encaminhar o
material,
rito de tramitação será cumprido, como ocorreu com
iniciativa anterior
Deputados começaram nesta quinta-feira (14) a
avaliar o impacto e as medidas que poderão ser
adotadas em relação à nova denúncia contra o
presidente da República, Michel Temer. Nesta tarde,
o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
denunciou Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pelos crimes de organização criminosa e de obstrução
de Justiça. Em nota, o Palácio do Planalto rechaçou
as acusações.
É a segunda denúncia de Janot contra Temer em
decorrência de investigações na Operação Lava Jato.
Em agosto, o Plenário da Câmara negou autorização ao
STF para processar Temer por crime de corrupção
passiva. Em acusação por crime comum, a Constituição
prevê que o presidente da República só pode ser
processado após autorização da Câmara.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse hoje
que, neste momento, é preciso esperar o envio da
denúncia. “Eu sou árbitro. Meu papel não é avaliar o
mérito da denúncia, é respeitar a decisão da
Procuradoria-Geral da República e do Supremo. Se a
decisão do STF foi enviar a denúncia à Câmara, vou
cumprir o regimento”, afirmou.
A nova denúncia de Janot será analisada pelo
ministro Edson Fachin, responsável no STF pela
Operação Lava Jato, como aconteceu no caso anterior.
Quando o Supremo encaminhar a denúncia à Câmara,
caberá a Maia enviar o caso à Comissão de
Constituição e Justiça, para que analise e elabore
parecer, e notificar o Palácio do Planalto.
Pedido de suspensão
Fachin decidiu que só encaminhará a denúncia depois da
próxima quarta-feira (20). Nesse dia está previsto o
julgamento de um pedido para suspensão de denúncias
de Janot até que o Supremo analise a validade de
informações decorrentes da delação premiada do
empresário Joesley Batista e de pessoas ligadas ao
grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e outras
empresas.
Foi uma gravação feita por Joesley em conversa com
Temer que motivou a primeira denúncia de Janot. O
empresário repassou o material ao obter um acordo de
delação premiada – que previa imunidade plena. Esse
acordo foi rescindido agora, em decorrência da
descoberta de omissão de informações sobre crimes.
Joesley e o executivo da JBS Ricardo Saud, que
também se beneficiava do acordo, estão presos desde
o último domingo (10).
“Eu conversei com o advogado de Michel Temer,
Antonio Cláudio Mariz. Logicamente ele quer
paralisar isso, porque o procurador-geral não pode
formular uma denúncia com algumas provas de fitas
que estão sendo investigadas”, afirmou o vice-líder
do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP).
Já o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) avaliou que
esta segunda denúncia contra Temer é “extremamente
forte” por também incluir informações de Lúcio
Funaro, apontado como operador financeiro de um
esquema envolvendo o PMDB na Câmara. “Funaro
confessou ter aceito proposta de R$ 100 milhões para
ocultar os crimes”, ressaltou.
Suposto esquema
De acordo com a nova denúncia, Temer e políticos do
PMDB participaram de um suposto esquema de corrupção
com objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos
da administração pública.
Janot sustenta ainda que Temer atuou para comprar o
silêncio de Funaro – que, depois de supostas
ameaças, resolveu fazer um acordo de delação
premiada. Os intermediários na tentativa de
silenciar Funaro foram, segundo a denúncia, Joesley
Batista e Ricardo Saud. Ambos agora são acusados
pelos mesmos crimes de organização criminosa e de
obstrução de Justiça.
Na denúncia, além de Temer, são citados os
ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e
o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Os três estão
presos, em decorrência de outras fases da Operação
Lava Jato.
A denúncia cita ainda os ministros Eliseu Padilha
(Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e o
ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, flagrado em São
Paulo recebendo uma mala com R$ 500 mil após reunião
com Saud.
Fonte: Agência Câmara
15/09/2017 -
Palestrantes em audiência da CPI da Previdência
condenam os Refis
Durante audiência pública realizada nesta
quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo (Alesp), A maioria dos
palestrantes condenou os programas de regularização
tributária, os chamados Refis.
Paulo Penteado Teixeira Junior, da Associação
Paulista do Ministério Público, disse que esses
programas criam um círculo vicioso e se configuram
“como um incentivo ao não pagamento dos tributos”.
Para Heleno Torres, professor de Direito Tributário
da Universidade de São Paulo (USP), o Brasil está
refém do modelo de parcelamento, “o que dá aos maus
pagadores poderes para não pagar. O contribuinte não
paga e fica esperando o próximo Refis”.
O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CPI da
Previdência, apontou o devedor contumaz da
Previdência Social, como “o grande causador do
deficit previdenciário”.
Participaram da audiência pública representantes do
Judiciário, do Ministério Público e de centrais
sindicais. Todos se posicionaram contra o projeto de
reforma da Previdência Social e foram unânimes em
apontar a má gestão dos recursos públicos como a
principal causa do déficit da Previdência Social.
A Desvinculação de Receitas União (DRU) foi apontada
pelo professor Heleno Torres como uma distorção que
drena 30% dos recursos da Previdência. Já o deputado
federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) definiu como
“uma guerra desleal” a luta em defesa da Previdência
Social, e garantiu: “Não vamos deixar passar a
reforma”.
Maiores devedores
O juiz federal Renato Lopes Becho propôs que os
débitos com a Previdência Social inferiores a R$ 20
mil sejam encaminhados às empresas de cobrança e aos
cartórios de protestos como forma de reduzir o
acúmulo de processos nas varas da Justiça Federal.
Reclamou ainda da Receita Federal e do Ministério do
Público Federal, que não estariam cumprindo o prazo
de 180 dias para encaminhar à Justiça Federal as
ações de execução contra os devedores.
Becho propôs a criação de um Conselho Nacional da
Advocacia Pública para apurar os casos de não
cumprimento da legislação por parte dos advogados
públicos. Em sua opinião, “o advogado público faz
chicana no Ministério Público”.
O procurador-chefe da Dívida Ativa da 3ª. Região,
Wellington Vitorino de Oliveira, informou que soma
mais de R$ 1 trilhão o total das dívidas ativas
inscritas na Justiça Federal. Na lista dos maiores
devedores, em primeiro lugar, estão os frigoríficos,
em especial o grupo JBS, com dívida superior a R$ 1
bilhão. Em segundo lugar está o setor bancário, que
se caracteriza pela litigiosidade. Em terceiro, as
instituições de ensino e, em seguida, as empresas de
terceirização de mão de obra.
Segundo o procurador Wellington Vitorino de
Oliveira, os chamados entes federativos também
ocupam lugar de destaque entre os maiores devedores
da Previdência Social e, como exemplo, citou o
governo do estado de São Paulo. Ele lembrou que os
estados só pagam através de precatórios e “pagar
assim, é não pagar” – declarou.
Silvana Abramo Margherito Ariano, secretária-geral
da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho, defendeu a realização de um plebiscito
para que a sociedade se manifeste sobre a reforma da
Previdência. Ela revelou preocupação com a
automatização dos processos produtivos, “o que está
provocando uma dispensa massiva de trabalhadores”.
Para Silvana Abramo, as empresas com maior grau de
automatização devem pagar uma contribuição para o
INSS como forma de compensar o aumento dos gastos
com o salário-desemprego.
Fonte: Agência Senado
15/09/2017 -
Inflação medida pela FGV ficou em 0,39% em setembro
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10)
ficou em 0,39% em setembro deste ano. A taxa,
divulgada pela Fundação Getulio Vargas, é superior
às registradas em agosto deste ano (-0,17%) e em
setembro do ano passado (0,36%). Apesar da alta de
preços em setembro, o indicador acumula deflações
(quedas de preço) de 2,03% no ano e de 1,66% em 12
meses.
Os preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços
ao Produtor Amplo, tiveram inflação de 0,55% em
setembro, ante deflação de 0,42% em agosto. O Índice
Nacional de Custo da Construção também registrou
inflação (0,35%) em setembro, acima da taxa de
agosto (0,27%).
Fonte: Portal EBC
15/09/2017 -
Trabalhador sindicalizado ganha salário maior e
sofre menos desemprego
No momento em que o sindicalismo busca ampliar a
sindicalização - até como resistência à reforma
trabalhista - o Valor Econômico publica matéria que
reforça o acerto da iniciativa. Segunda (11),
matéria no primeiro caderno mostra os ganhos do
sindicalizado.
O enfoque do jornal é o ganho econômico do
sindicalizado e também o maior acesso a benefícios
em salários indiretos. Diz a matéria de Cristiane
Bonfanti: “Em setembro de 2015, enquanto não
sindicalizados ganhavam, em média, R$ 1.675,68, os
associados de Sindicatos recebiam R$ 2.237,86”.
Dados do IBGE.
Resiliência - Além da vantagem econômica, há outros
ganhos. O consultor sindical João Guilherme Vargas
Neto, há tempos, aponta o que chama de resiliência
no emprego. “Posso dizer, de forma empírica, que o
sindicalizado resiste mais ao desemprego”, diz. Para
Vargas Neto, há várias razões. “O sindicalizado,
geralmente, integra um setor mais qualificado, é
mais próximo ao Sindicato, é também uma pessoa mais
informada e engajada”, aponta.
Segundo o consultor, embora os dados econômicos
apontados pelo Valor sejam corretos, o sindicalismo
não discrimina. “Não existe essa distinção entre
quem é ou não é sindicalizado. A ação sindical, na
prática, beneficia a todos”, observa.
Metalúrgico - O dirigente metalúrgico de Guarulhos,
José Pereira dos Santos, também aponta as vantagens
da sindicalização. Seu artigo, em jornal da cidade,
destaca: “Para nós, não existe trabalhador de
primeira ou segunda classe. O que fazemos é um
esforço permanente de ampliar o quadro associativo,
mesmo em meio à recessão que desemprega em massa. Em
nossa Convenção Coletiva, os direitos e benefícios
valem pra toda a base”.
E completa: “Neste momento em que o governo tenta
nos deixar sem sustentação financeira, a
sindicalização ganha importância. Eu digo que o
sindicalismo traz progresso e paz social”.
FEAAC - “A participação do trabalhador no Sindicato
sempre foi importante, pois assim ele tem muito mais
condições de conhecer seus direitos. Com a reforma,
o trabalhador terá que participar ainda mais do
Sindicato pra evitar perdas salariais e também
evitar que lhe sejam impostas condições de trabalho
desfavoráveis” - Lourival Figueiredo Melo,
presidente da FEAAC.
Fonte: Agência Sindical
15/09/2017 -
Jovens são os mais afetados pela crise econômica,
diz Ipea
Os movimentos do mercado de trabalho mostram que a
crise econômica atinge com mais intensidade os
jovens, que têm mais dificuldade de conseguir
emprego e mais chance de serem demitidos. A
informação foi divulgada nesta quinta-feira (14)
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), na seção Mercado de Trabalho do blog da
Carta de Conjuntura.
De abril a junho deste ano, apenas 25% dos
desempregados com idade entre 18 e 24 anos foram
recolocados no mercado, atingindo um nível bem
abaixo do observado no início da pesquisa em 2012,
de 37%.As análises são feitas com base nos
microdados extraídos da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Os pesquisadores destacam que, além disso, entre os
que perderam o emprego, o segmento dos mais jovens
forma o grupo com maior perda percentual de
ocupação. De 2012 a 2017, os trabalhadores com idade
entre 18 e 24 anos que estavam ocupados e foram
dispensados, passou de 5,2% para 7,2%.
“Os dados salariais revelam que, além de receber as
menores remunerações, o grupo dos trabalhadores mais
jovens apresenta queda de salário [de 0,5% na
comparação com o mesmo período de 2016]. Na outra
ponta, os empregados com mais de 60 anos elevaram em
14% seus ganhos salariais, na mesma base de
comparação”, diz o documento.
De abril a junho deste ano, enquanto os empregados
com mais de 60 anos receberam, em média, R$ 2.881,
aqueles com idade entre 18 e 24 anos obtiveram
remuneração média de R$ 1.122.
Segundo o Ipea, no segundo trimestre, o país tinha
aproximadamente 13,5 milhões de desocupados, entre
os quais 65% com idade inferior a 40 anos.
Melhora no setor formal
De acordo com o documento, embora ainda apresente um
cenário ruim, os dados mais recentes da Pnadc mensal
sinalizam melhora no mercado de trabalho brasileiro.
No trimestre móvel de maio a julho de 2017, a taxa
de desemprego no país ficou em 12,8%, apresentando a
quarta queda consecutiva. “De um modo geral, a
melhora recente da ocupação é decorrente tanto de um
aumento no número de pessoas que conseguiram uma
vaga no mercado de trabalho quanto de uma queda do
número de ocupados que perderam os seus empregos.”,
dizem os pesquisadores.
No segundo trimestre deste ano, 31,7% dos
trabalhadores que estavam desocupados no trimestre
anterior conseguiram voltar ao mercado de trabalho,
ou seja, uma expansão de quase 3 pontos percentuais
quando comparada ao observado no mesmo trimestre de
2016. Na outra ponta, o percentual de pessoas que
ficaram desempregadas recuou de 3,6% no segundo
trimestre do ano passado para 3,4% no mesmo período
de 2017.
“A melhora do mercado de trabalho no segundo
trimestre de 2017 foi decorrente de um maior
dinamismo do mercado informal, que, sozinho.
respondeu por 1 milhão de um total de 1,3 milhão de
trabalhadores incorporados à população ocupada. De
fato, dentre os trabalhadores que estavam
desempregados e conseguiram nova ocupação, 43% foram
incorporados pelo mercado informal, 28% obtiveram
uma vaga formal, 28% se tornaram conta própria e 1%
viraram empregadores”, diz o estudo do Ipea.
Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que, se por
um lado, o mercado de trabalho formal vem perdendo o
dinamismo ao longo dos últimos trimestres, no que se
refere à criação de vagas, por outro, ele vem
reduzindo o ritmo de demissões e expandindo seus
rendimentos a taxas superiores às dos demais.
De abril a junho passado, de todos os trabalhadores
que foram demitidos, 32% estavam empregados no
mercado formal, percentual este que é 10 pontos
percentuais menor que o observado há dois anos.
Adicionalmente, a alta de 3,6% dos salários pagos
pelo setor privado com carteira assinada é maior que
a dos informais, que teve queda de 2,9%, e a dos
trabalhadores por conta própria, que recuou 1,2%.
No caso do setor informal, observa-se uma
estabilidade ao longo do tempo – 38% desses
trabalhadores perdem o emprego a cada trimestre –,
sinalizando que o setor informal recebeu o maior
número de desempregados.
“Em termos agregados, o mercado formal continua
sendo o principal empregador do país, com um
contingente ocupado de 44 milhões de trabalhadores,
o que corresponde a 49% de toda a ocupação. Em
relação às demais categorias, observa-se que ao
longo dos últimos anos, vem crescendo o número de
trabalhadores por “conta própria”, enquanto o
contingente de empregados no mercado formal
mantém-se estável. Como consequência, a participação
relativa dos trabalhadores informais no total da
ocupação recuou 2 pontos percentuais entre 2012 e
2017 – de 23% para 21%, e a do “conta própria”
avançou de 22% para 25%”, dizem os pesquisadores.
Expectativas
Segundo a publicação, a expectativa para os próximos
meses é de que a taxa de desemprego continue
diminuindo lentamente, com a retomada gradual do
crescimento da economia. “No entanto, a queda do
desalento pode exercer pressões adicionais sobre a
PEA [População Economicamente Ativa], impedindo um
recuo da taxa de desemprego mesmo em um cenário de
expansão da ocupação”, diz o documento.
A redução da taxa de desemprego (que está em 12,8%)
só não foi maior porque entrou mais gente na PEA:
alta de 1,6% no trimestre encerrado em julho.
Segundo o Ipea, a parcela dos inativos desalentados,
que achavam que não conseguiriam emprego, foi de
44,7% no segundo trimestre. Esse número é 2,5% menor
que o registrado no trimestre anterior, o que indica
aumento da confiança em alcançar uma vaga.
Quanto aos salários, os pesquisadores afirmam que as
perspectivas são de continuidade de aumento dos
rendimentos, principalmente em um cenário de
inflação baixa. “Dessa forma, a tendência é que a
massa salarial real continue a acelerar,
contribuindo positivamente para a continuidade da
retomada do crescimento do consumo das famílias”,
diz a análise do Ipea.
Fonte: Agência Brasil
15/09/2017 -
TRT-RN: Trabalhador não pode acumular os adicionais
de periculosidade e insalubridade
A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho manteve
decisão da 1ª Vara do Trabalho de Macau (RN) e negou
o pagamento acumulado dos adicionais de
periculosidade e insalubridade para um ex-empregado
da Salinor - Salinas do Nortes S/A.
O trabalhador prestou serviço para a Salinor entre
março de 1987 e março de 2016, na função de chefe de
lubrificação, recebendo o adicional de
periculosidade por estar exposto a perigos que
poderiam atingir sua integridade física.
No processo, ele pede, também, o recebimento do
adicional de insalubridade pela exposição a agentes
nocivos a sua saúde.
Ao negar recurso do chefe de lubrificação contra a
decisão da vara, o desembargador José Rêgo Júnior,
relator do processo no TRT-RN, baseou-se no artigo
193, §2º, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que "proíbe o pagamento acumulado dos
adicionais de insalubridade e periculosidade,
facultando ao empregado optar entre um dos dois
adicionais ".
No caso, a empresa não negou que o chefe de
lubrificação estava exposto também a agentes
insalubres. No entanto, alegou que o ex-empregado
sempre utilizou Equipamento de Proteção Individual (EPI)
e que a legislação impede que haja o pagamento
simultâneo dos dois adicionais.
A Salinor Argumentou, ainda, que o trabalhador
recebera o valor do adicional que lhe era mais
benéfico.
Como não houve contestação quanto a exposição do
ex-empregado à agentes insalubres, José Rêgo
ressaltou que a controvérsia "restringe-se
unicamente à possibilidade ou não do recebimento
acumulado dos adicionais de insalubridade e
periculosidade", o que é vetado pela CLT.
O desembargador também apresentou, em seu voto,
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), nesse sentido.
Processo nº 0000591-30.2016.5.21.0021
Fonte: Âmbito Jurídico
14/09/2017 -
Por unanimidade, Supremo rejeita suspeição de Janot
para atuar contra Temer
Por 9 votos a 0, o Supremo Tribunal Federal (STF)
rejeitou nesta quarta-feira (13) pedido feito pela
defesa do presidente Michel Temer para que seja
declarada a suspeição do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, para atuar nas
investigações relacionadas ao presidente, iniciadas
a partir das delações da JBS.
Os ministros seguiram o voto proferido pelo relator
do caso, ministro Edson Fachin, que negou o mesmo
pedido antes de o recurso chegar ao plenário. No
voto proferido na sessão desta tarde, o relator
disse que não há indícios de que Janot atuou de
forma imparcial e com “inimizade” em relação a
Temer.
Segundo Fachin, declarações do procurador à imprensa
não podem ser consideradas como causa de suspeição.
Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra
na qual Janot disse que "enquanto houver bambu, lá
vai flecha", fazendo referência ao processo de
investigação contra o presidente.
"A emissão de opinião por parte do chefe do
Ministério Público da União, por si só, não se
qualifica como hipótese de inimizade capital. Mais
que isso, a explicitação das ações desencadeadas
pelo Ministério Público afigura-se conduta
potencialmente consentânea com a transparência que
deve caracterizar o agir republicano,", disse Fachin.
(Mais informações: Ag. Brasil)
Fonte: Agência Brasil
14/09/2017 -
Centrais defendem alternativas rumo à retomada do
emprego e crescimento
Centrais Sindicais e empresários do setor produtivo
estiveram nesta terça (12) com o presidente Michel
Temer, no Palácio do Planalto, para entregar
documento com propostas emergenciais que apontem
para a retomada da economia do País.
Em cerimônia com participação de ministros e líderes
do Congresso, sindicalistas e representantes da
indústria defenderam a adesão de medidas
emergenciais, como ampliação do crédito e a redução
dos juros como fatores determinantes a uma mudança
no horizonte.
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores, defendeu, por exemplo, a
retomada de obras públicas para alavancar a
construção civil e impulsionar a geração de
empregos.
“Torna-se urgente a retomada das obras públicas
paralisadas e a construção de novas moradias
populares, isso trará de volta os milhares de
trabalhadores da construção civil que estão
desempregados. Note-se que é o setor da economia que
mais gera emprego, porém em 2016 foram perdidos
358.679 empregos, em 2017, já perdemos 33.164
empregos”, destaca.
Em contato com a Agência Sindical, Calixto comentou
que o foco da conversa foi econômico, focando a
retomada da economia e do emprego. “Nosso anseio é
sempre pela diminuição da taxa de juros. Desejamos
que o governo trabalhe de forma equilibrada”,
acrescenta.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, reforçou a importância da concessão
de crédito e a necessidade de facilitar o acesso
para micro e pequenas empresas. “É fundamental que
os recursos não sejam apenas para grandes empresas”,
diz.
“A Nação reclama respostas urgentes para o drama do
desemprego. A quem interessa o Brasil da maneira que
está? Um consenso nacional nos trouxe aqui para
dizer que é possível encontrar alternativas para
retomada do emprego e desenvolvimento”, frisa
Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Paulo Pereira da Silva, deputado federal e
presidente da Força Sindical, ressaltou que o
governo precisa fomentar a economia e gerar
empregos. O sindicalista reforçou, ainda, a
necessidade de acelerar a queda da taxa de juros,
que segue em patamar inaceitável.
“Precisamos rever a questão da importação, retomar
as obras públicas, investir nas obras paralisadas e
implantar a renovação da frota”, completa Paulinho.
Temer encerrou a cerimônia destacando a importância
do diálogo entre governo, empresários e
sindicalistas. Ele manifestou interesse em repetir a
iniciativa, apontando para a instalação de uma ampla
comissão com representantes de todos os setores para
conduzir esse diálogo.
Fonte: Agência Sindical
14/09/2017 -
Trabalhadores no vestuário decidem manter
contribuição ao Sindicato
Apesar da reforma trabalhista ter aprovado o fim do
imposto sindical, os trabalhadores na indústria do
vestuário de Guarulhos decidiram autorizar o
desconto de um dia de trabalho sobre os salários de
março do ano que vem – a título de contribuição para
o financiamento da atividade sindical. A decisão foi
adotada em assembleia na sede do Sindicato da
categoria.
Segundo o presidente do Sindvestuário, Alvaro Egea,
a contribuição não acabou. O que ocorreu foi apenas
uma mudança na forma de desconto. "Nós entendemos
que a reforma não extinguiu a contribuição sindical.
O texto fala da exigência de prévia e expressa
autorização dos trabalhadores. Por isso, nos
adiantamos à vigência. A categoria decidiu favorável
à contribuição", disse à Agência Sindical.
Desconto - Ele ressalta ainda que notificará
empresários e trabalhadores para que o desconto seja
realizado em março. “Vamos notificar as empresas
para cumprirem com a decisão dos trabalhadores. Essa
é a vontade da nossa categoria. O que foi aprovado
trata exclusivamente da contribuição sindical e não
faz parte de Convenção ou acordo coletivo”, destaca.
Mais informações: www.sindvestuario.org.br
Fonte: Agência Sindical
14/09/2017 -
Paulo Paim condena iniciativa de privatização da
Eletrobrás
"A privatização da Eletrobras é um atentado à
soberania nacional", disse em Plenário nesta
quarta-feira (13) o senador Paulo Paim (PT-RS).
Na opinião do senador, apesar de o governo alegar
que a estatal é inviável, em 2016, a Eletrobrás foi
considerada a melhor empresa do setor elétrico
brasileiro e a quinta maior do país em patrimônio
líquido, segundo o jornal Valor Econômico e a
Fundação Getúlio Vargas.
Paim relatou que a Eletrobrás gera 31% da energia
brasileira, sendo responsável por 50% das linhas de
transmissão. São 233 usinas que geram energia
incluindo Furnas, com 12 hidroelétricas e duas
termoelétricas, além da Companhia Hidroelétrica de
São Francisco (CHESF), disse o senador.
O senador gaúcho citou o lançamento da Rede
Parlamentar em Defesa da Soberania Energética
Nacional, cujo objetivo é criar no Congresso
Nacional e nos legislativos estaduais e municipais a
campanha "Energia não é Mercadoria". Isto porque a
venda da estatal, segundo Paulo Paim, vai aumentar o
preço da conta de luz, a ser paga pelos brasileiros.
— A privatização da Eletrobras é um atentado à
soberania nacional. Eu não tenho dúvida alguma que a
população brasileira é que vai pagar a conta com a
privatização da Eletrobras.
Fonte: Agência Senado
14/09/2017 -
Ângela Portela pede mudanças na reforma trabalhista
Em pronunciamento nesta quarta-feira (13), a
senadora Ângela Portela (PDT-RR) defendeu alterações
na reforma trabalhista recentemente aprovada pelo
Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da
República, Michel Temer.
Ela criticou o governo por não ter cumprido a
promessa de apresentar medida provisória para vetar
trechos da nova lei trabalhista e prometeu voltar à
tribuna do Senado ao longo dos próximos dias para
cobrar a medida.
Ao classificar a reforma trabalhista como “perversa
do início ao fim”, Ângela Portela disse que a MP
prometida por Michel Temer será uma segunda
oportunidade para que os parlamentares voltem a
debater os efeitos negativos da medida para os
trabalhadores, para a Previdência Social e para o
desenvolvimento nacional. Para a senadora, a
principal razão de ser do governo Temer e de seus
aliados é servir ao capital financeiro em prejuízo
ao trabalhador brasileiro.
— É o triste resumo de uma verdadeira tragédia
social que se abate sobre o Brasil e que tende a se
agravar com o tempo. Nós não podemos aceitar que um
governo que tem 5% de aprovação consiga retirar
tantos direitos do nosso povo.
Fonte: Agência Senado
14/09/2017 -
Trabalhadores nascidos em setembro podem receber o
abono do PIS-Pasep
O Ministério do Trabalho libera a partir de hoje
(14) o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep,
ano-base 2016, para os trabalhadores nascidos no mês
de setembro. O benefício ficará disponível para
saque nos bancos até 30 de junho de 2018.
A partir desta data, os servidores públicos com
inscrição de final 2 já poderão retirar o benefício
no Banco do Brasil e os trabalhadores da iniciativa
privada poderão sacar em qualquer agência da Caixa
ou casas lotéricas de todo o país.
Quem trabalhou formalmente por pelo menos um mês no
ano passado, com remuneração média de até dois
salários mínimo, tem direito ao benefício. O valor
vai depender de quanto tempo a pessoa trabalhou em
2016.
Quem esteve empregado formalmente durante todo o ano
vai receber R$ 937, o valor do salário mínimo. Quem
trabalhou apenas um mês, receberá um doze avos dessa
quantia, e assim sucessivamente. O site da Caixa
Econômica Federal disponibiliza a tabela de
exemplos, com base no salário mínimo.
O Ministério do Trabalho identificou 24,34 milhões
de brasileiros com direito ao PIS/Pasep, ano-base
2016. O calendário de pagamentos foi aberto em julho
deste ano. Até o final de agosto, 3,6 milhões de
trabalhadores tinham sacado o benefício, o que
corresponde a 14.85% do total. O último lote do
abono será liberado em março de 2018.
Fonte: Agência Brasil
14/09/2017 -
Reforma trabalhista vai desafogar Justiça, diz
ministro Ives Gandra
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
ministro Ives Gandra Filho, afirmou nesta
quarta-feira (13) que a reforma trabalhista deve
desafogar a tramitação de processos nas diversas
instâncias da Justiça do trabalho.
Durante café da manhã com jornalistas no Tribunal, o
ministro informou que, dos 16 mil juízes que atuam
em todo país, um quarto deles, isto é 4 mil, atuam
na Justiça trabalhista e teriam analisado 3 milhões
de processos no ano passado. No TST, a média é de
250 a 300 mil ações por ano, número que representa,
comparativamente, mil vezes mais que o volume
registrado na Itália, por exemplo.
Os críticos à reforma, sancionada em julho pelo
presidente Michel Temer, argumentam que a nova
legislação precariza as condições de trabalho. O
ministro Ives Gandra, no entanto, argumentou que a
reforma confere flexibilidade às negociações entre
empregado e patrão.
"A reforma trabalhista, na parte processual, está
sendo fantástica. A principal vocação do juiz
trabalhista é conciliar. Se conseguir conciliar,
promove a paz social", disse o ministro.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
14/09/2017 -
TRT3: Contratação de menor aprendiz por empresa
responsável pela aprendizagem não gera vínculo com a
tomadora dos serviços
O contrato de aprendizagem é especial e difere do
contrato de trabalho comum, na medida em que este
visa apenas à prestação de serviços, enquanto o
primeiro objetiva a aprendizagem e formação
técnico-profissional do menor aprendiz. Para que um
contrato seja caracterizado como de aprendizagem é
preciso que estejam presentes alguns requisitos
legais, como, por exemplo: ele sempre deve ser
ajustado por escrito e por prazo determinado. O
empregador deve se comprometer a assegurar ao maior
de 14 e menor de 24 anos inscrito em programa de
aprendizagem uma formação técnico-profissional
metódica, compatível com o seu desenvolvimento
físico, moral e psicológico. Por seu turno, o
aprendiz, se compromete a executar com zelo e
diligência as tarefas necessárias a essa formação.
Tendo em vista essa finalidade pedagógica, a lei
dispõe que a contratação do aprendiz pode ser
efetivada pela empresa onde se realizará a
aprendizagem e, nesse caso, não há vínculo de
emprego com a empresa tomadora de serviços, como
dispõe o artigo 431 da CLT. Foi com base nesse
dispositivo legal que a juíza Alessandra Duarte
Antunes dos Santos, em sua atuação na 4ª Vara do
Trabalho de Juiz de Fora, rejeitou o pedido de
reconhecimento de vínculo de emprego de uma aprendiz
com o Banco Bradesco, líder do grupo econômico do
qual as tomadoras de serviço faziam parte.
No caso, a aprendiz pediu o reconhecimento do
vínculo diretamente com a tomadora, alegando
tratar-se de terceirização ilícita. Mas, conforme
constatou a magistrada, a própria trabalhadora
confessou a existência do contrato de aprendizagem,
afirmando ter sido contratada em 11/09/2013, como
menor aprendiz, tendo o contrato perdurado até 2013.
As atividades exercidas corroboram a função desse
contrato especial. Além do mais, a prova documental
confirmou a validade do contrato, revelando sua
devida formalização, com redução da carga horária.
Diante desse quadro, a julgadora concluiu que o
contrato não gera vínculo com a tomadora de
serviços, nos expressos termos da lei (artigo 431 da
CLT), razão pela qual rejeitou o pedido de vínculo
de emprego e os dele decorrentes.
A trabalhadora entrou com recurso, mas a decisão foi
confirmada pelo TRT de Minas. No acórdão, foi
destacado que as atividades desempenhadas pela
aprendiz eram destinadas à formação
técnico-profissional, sendo compatíveis com o seu
desenvolvimento e aprendizagem, ficando demonstrado
que ela não desenvolvia atividades típicas e
rotineiras do bancário. Assim, comprovada a regular
celebração do contrato de aprendizagem, executado de
acordo com a lei e sem qualquer demonstração de
fraude, a Turma julgadora descartou a terceirização
ilícita de serviços.
Fonte: Jusbrasil
14/09/2017 -
Justiça Federal garante atendimento prioritário à
advocacia em agências do INSS
A Justiça Federal rejeitou embargos de declaração do
INSS em ação da OAB e restabeleceu liminar que
garante atendimento prioritário a advogados e
advogadas em agências da instituição. A decisão deve
ser aplicada em até 30 dias, sob pena de multa de R$
50 mil/dia. “Esta é uma grande conquista para
milhares de colegas que viam suas prerrogativas
constantemente desrespeitadas nas agências do INSS
de todo o país”, afirmou o presidente nacional da
OAB, Claudio Lamachia. A atuação da OAB foi por meio
da Procuradoria Nacional de Defesa das
Prerrogativas.
Para o presidente da OAB, é necessário fazer cumprir
a determinação de atendimento prioritário garantido
por lei à advocacia. “Prerrogativas não são meros
direitos, elas não são opcionais ou discricionárias.
Logo, não cabe ao órgão decidir se o advogado deve
ou não ter atendimento diferenciado”, aponta.
Em 2015, a OAB Nacional ingressou com Ação Civil
Pública em face do INSS por desrespeito a
prerrogativas da advocacia. Após receber diversas
reclamações de advogados e de advogadas de todo o
país, por meio das Seccionais da entidade, a Ordem
exigiu e conseguiu, liminarmente, que o INSS
garantisse aos advogados atendimento diferenciado
nas suas agências.
A liminar garante, por exemplo, atendimento sem
agendamento prévio, em local próprio e independente
de distribuição de senhas, durante o horário de
expediente. O INSS também deve se abster de impedir
os advogados de protocolizarem mais de um benefício
por atendimento, bem como de obrigar o protocolo de
documentos e petições apenas por meio de agendamento
prévio e retirada de senha.
Na época, a Justiça Federal suspendeu os efeitos da
decisão após embargos do INSS. Nesta semana, o juiz
federal João Carlos Mayer Soares, da 17ª Vara, no
Distrito Federal, julgou que não cabem embargos de
declaração na ação e restabeleceu os efeitos da
liminar.
Em reunião com o juiz em 2016, o procurador nacional
de defesa das prerrogativas, Charles Dias, explicou
que “a questão do atendimento dos profissionais nas
agências do INSS é central para toda a advocacia”.
“Nosso Estatuto nos garante prioridade porque,
afinal de contas, representamos os interesses dos
cidadãos”, afirma.
Para Dias, o requerimento da OAB é também uma
sugestão para conferir mais agilidade e eficiência
nos atendimentos. “Um advogado que representa três
segurados chega ao INSS e tem que retirar três
senhas diferentes, para agendar três visitas. Seria
muito mais descomplicado garantir que, em uma mesma
visita, ele possa tratar de mais de um processo, de
modo a facilitar as coisas à advocacia, ao segurado
e ao próprio órgão”, disse.
Fonte: Jusbrasil
13/09/2017 -
Entidades trabalhistas e patronais apresentam
propostas para a retomada do desenvolvimento com
geração de empregos
A Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST em
conjunto com dirigentes sindicais integrantes da
malha orgânica da entidade, participou, nesta
terça-feira (12/09), de reunião das centrais
sindicais CTB; Força Sindical; UGT; CSB e de
representantes empresariais, para a entrega de
propostas que visam a retomada do desenvolvimento
com geração de empregos. A reunião ocorreu após uma
prévia das entidades, no Clube do Golfe, em
Brasília-DF, para os últimos acertos em relação às
sugestões que foram posteriormente encaminhadas à
Presidência da República.
Na esteira de diversas reuniões entre representantes
patronais e da classe trabalhadora, ressaltou-se, na
ocasião, a necessidade de, em plena crise, reforçar
os pontos convergentes entre as entidades
trabalhistas e patronais, de modo a assegurar a
retomada de uma pauta positiva para o país.
A pauta conjunta entregue à Presidência da
República, estabelece a retomada do crédito; das
obras públicas paralisadas; da revisão de normas do
seguro-desemprego; desburocratização da
administração; recuperação de passivos fiscais;
renovação da frota de veículos e maquinário
industrial; construção de moradias populares; e
promoção do entendimento entre os agentes de
petróleo, gás e energia, visando o cumprimento das
normas de conteúdo local de forma a destravar os
investimentos do setor e gerar demanda para os
segmentos nacionais que possuem capacidade de
fornecimento com custos e prazos adequados.
O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; o ministro
do Planejamento, Dyogo Oliveira; o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira; o presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia, o presidente do BNDES,
Paulo Rebello de Castro, bem como demais integrantes
da equipe ministerial do governo participaram do
encontro.
Reunião no Planalto
Na ocasião do evento, Paulo Skaff apresentou as linhas
gerais das propostas encaminhadas e reafirmou a
necessidade da retomada imediata de investimentos do
estado como mecanismo central de estímulo ao
crescimento. "Hoje, aqui, não há divergência entre
nós. O que buscamos nessa oportunidade é essa união
das centrais e das organizações empresariais em prol
da retomada do emprego. Temos, hoje, a necessidade
de administrar nossas divergências e reforçar essa
necessária aliança em torno do desenvolvimento do
país", destacou o presidente da FIESP, representante
do segmento empresarial.
Os presidentes das centrais sindicais que assinaram
o documento tiveram três minutos de intervenção
durante o encontro.
O presidente da NCST, José Calixto Ramos, reforçou o
apoio às propostas contidas no documento e destacou
a necessidade de o governo trabalhar de forma
equilibrada, apoiando trabalhadores e empresários,
com medidas urgentes que façam com que volte a
geração de empregos no País. "São cerca de 14
milhões de desempregados no Brasil. Se considerarmos
que cada trabalhador ou trabalhadora tem sob sua
responsabilidade mais três pessoas, teremos então 56
milhões de pessoas que não recebem nenhum tipo de
salário no fim do mês, não têm poder de compra e,
consequentemente, enfraquencem a economia em todas
as suas áreas. Para mudar essa realidade, precisamos
reativar setores importantes, como o da construção
civil, com a retomada de obras públicas paradas, bem
como novas moradias populares, trazendo de volta os
milhares de trabalhadores da construção", avalia
Calixto. O dirigente também ressaltou o aumento das
parcelas do seguro desemprego, medida que afirmou
ser "extremamente necessária" e que precisa ser
avaliada pelo governo. "Aumentar essas parcelas do
seguro desemprego, criando mecanismos pra que
desempregado possa ter acesso a esse importante
instrumento. Esse tipo de questão o governo pode
resolver através do Fundo de Amparo ao Trabalhador",
finalizou.
O presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil - CTB, Adilson Araújo,
reafirmou a necessidade de um grande pacto nacional
a partir de um melhor diálogo entre o governo com a
sociedade civil organizada e as entidades
representativas de trabalhadores e empreendedores do
setor produtivo. "A agenda comum torna-se urgente
diante da necessidade de combater o alto nível de
desemprego que nos acomete. Essa abertura de diálogo
mostra a disponibilidade das representações da
classe trabalhadora em propor e colaborar com
soluções práticas para a superação da crise que
enfrentamos", afirmou o presidente da CTB.
Henrique Meirelles disse que ouviu com atenção as
intervenções de todos os representantes. No entanto,
reforçou a continuidade da política econômica do
governo que, segundo ele, torna-se imprescindível
para o controle inflacionário e a manutenção da
tendência de queda nas taxas de juros para patamares
"civilizados", dentro dos padrões internacionais.
Durante o discurso, Meirelles afirmou que os
indicadores econômicos apontam para uma recente
"retomada do crescimento". O ministro aproveitou a
ocasião para apresentar "resultados positivos" à
partir do ajuste fiscal conduzido pelo governo. "O
que precisamos é trabalhar e realizar um esforço
conjunto para viabilizar um novo ciclo de
desenvolvimento. Para isso, contamos o empenho de
cada um de vocês para assegurar os pilares
necessários para a superação dos desafios que se
deparam", reforçou o ministro da Fazenda.
O presidente Temer encerrou o encontro firmando
compromisso para a criação de uma comissão
intersetorial para discutir, em conjunto com
representantes sindicais; empresariais; do governo;
do Senado e da Câmara dos Deputados, uma agenda
positiva para o incremento do nível de emprego.
Temer, tal como Meirelles, apresentou números
daquilo que ele considera "ganhos econômicos"
atribuídos à sua gestão. "Essa foi uma reunião de
trabalho extremamente produtiva e consolida o início
de um ciclo de novas reuniões para a viabilização
desta comissão que irá debater soluções práticas no
combate ao desemprego", concluiu o presidente.
Fonte: NCST
13/09/2017 -
Ministro Barroso, do STF, abre inquérito para
investigar Temer e Loures
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso decidiu nesta terça-feira (12) abrir
inquérito para investigar o presidente Michel Temer
e o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, além
de mais dois empresários, por suspeitas de crimes de
corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
O pedido de abertura de investigação foi feito pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para
apurar suspeitas de recebimento de vantagens
indevidas dos envolvidos pelo suposto favorecimento
da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do
Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).
O pedido de abertura do inquérito chegou ao Supremo
em junho e foi remetido ao ministro Edson Fachin. Ao
receber o processo, o ministro entendeu que o caso
deveria ser redistribuído a outro integrante da
Corte por não ter conexão com o inquérito que
envolve Temer a partir das delações da JBS.
Nesta semana, a presidente da Corte, ministra Cármen
Lúcia, determinou uma nova distribuição e Barroso
foi escolhido o novo relator.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
13/09/2017 -
Comissão que analisa a MP dos royalties da mineração
define plano de trabalho
A comissão mista responsável pela análise da Medida
Provisória (MPV) 789/2017, aprovou seu plano de
trabalho nesta terça (12). A MP muda as alíquotas da
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais (Cfem), os royalties da mineração. Pelo
texto editado pelo governo, as alíquotas devem
incidir sobre a receita bruta, e não mais sobre a
receita líquida, como antes.
De acordo com o cronograma, haverá audiências
públicas entre os dias 13 de setembro e 13 de
outubro. Já a apresentação e a análise do relatório
estão previstas para o período de 17 a 24 de
outubro.
A agenda foi apresentada pelo relator, deputado
Marcus Pestana (PSDB-MG). As reuniões da comissão
mista ocorrerão às terças e haverá audiências
públicas no Congresso Nacional e eventos regionais
para debater a MP. Serão convidados representantes
dos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda e da
Agência Nacional de Mineração (ANM), além de
autoridades e dirigentes de associações de estados e
municípios produtores de bens minerais.
Royalties
Pela MP, as alíquotas da Cfem, que é o royalty cobrado
das empresas que atuam neste setor, terão variação
entre 0,2% e 4%. O ferro terá alíquota entre 2% e
4%, dependendo do preço na cotação internacional.
Já os minérios restantes terão as seguintes
alíquotas: 0,2% para os extraídos sob regime de
lavra garimpeira; 1,5% para rochas, areias,
cascalhos, saibros e demais substâncias minerais
para uso imediato na construção civil; 2% para
aqueles cuja alíquota será definida com base na
cotação internacional do produto; e 3% para bauxita,
manganês, diamante, nióbio, potássio e sal-gema.
No caso de venda, a Cfem incidirá na receita bruta,
deduzidos os tributos incidentes sobre a
comercialização. Já no caso de consumo, incidirá
sobre a receita calculada, considerado o preço
corrente do minério, de seu similar no mercado ou o
preço de referência definido pela ANM.
Nas exportações para países com tributação
favorecida, a Cfem recairá sobre a receita
calculada. Em leilões públicos, sobre o valor de
arrematação. E no caso de extração sob regime de
permissão de lavra garimpeira, sobre o valor da
primeira aquisição do minério.
Fonte: Agência Senado
13/09/2017 -
Mesmo com protestos, governo francês reafirma
reforma trabalhista
O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe,
destacou a vontade de levar adiante a reforma
trabalhista, que deverá estar em vigor no fim de
setembro, após o primeiro dia de mobilização contra
as mudanças, organizado nessa terça-feira (12) por
vários sindicatos. A informação é da Agência EFE.
"O mandato que nos deu o povo francês, vamos colocar
em prática", afirmou Philippe, em entrevista ao
canal France 2, lembrando que a reforma trabalhista
estava no programa do presidente, Emmanuel Macron,
quando foi eleito em maio.
"Aqueles que estão preocupados, que se inquietam e
se opõem a esse texto, argumentou, têm perfeitamente
esse direito. Mas me permito lembrar que os
franceses se manifestaram com seu voto e também têm
direito ao respeito".
"A reforma que implementamos foi anunciada pelo
presidente da República no momento das eleições
presidenciais", acrescentou.
As quase 200 manifestações na França reuniram ontem
400 mil pessoas, segundo a Confederação Geral do
Trabalho (CGT). A polícia, porém, estimou esse
número em 223 mil. As greves tiveram impacto
limitado.
A CGT programou outra jornada de mobilizações para o
dia 21, às vésperas da reunião do Conselho de
Ministros, que adotará os decretos que
flexibilizarão o mercado de trabalho. No dia 23,
haverá outra manifestação em Paris, organizada pela
França Insubmissa, o partido da esquerda radical.
Fonte: Agência Brasil
13/09/2017 -
Demissão de servidor público estável está na pauta
da CCJ
A demissão de servidor público estável por
insuficiência de desempenho está na pauta da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A medida é regulada em projeto de lei (PLS 116/2017
– Complementar) da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-RN).
O texto tem voto favorável do relator, senador
Lasier Martins (PSD-RS), na forma de um
substitutivo. A CCJ tem reunião agendada para a
quarta-feira (13), às 10h.
Pelo texto a ser votado, as regras para a punição
máxima ao servidor concursado e estável deverão ser
seguidas não somente pela administração pública
federal, mas também nos âmbitos estadual, distrital
e municipal. Parâmetro para a eventual demissão, o
desempenho funcional dos servidores deverá ser
apurado anualmente por uma comissão avaliadora,
garantindo-se o direito ao contraditório e à ampla
defesa.
A proposta original estabelece uma avaliação de
desempenho a cada seis meses, delegando ao chefe
imediato do servidor o poder de executá-la. Lasier
resolveu ampliar esse prazo por julgar um semestre
“lapso temporal muito curto para a avaliação”. O
relator também justificou, no parecer, a decisão de
transferir a responsabilidade pela avaliação de
desempenho do chefe imediato para uma comissão.
“Nem sempre o chefe imediato será um servidor
estável, podendo ser um servidor comissionado sem
vínculo efetivo. Além disso, concordando com parte
das preocupações das entidades representativas dos
servidores [expostas em debate na CCJ], não
consideramos adequado deixar exclusivamente a cargo
da chefia imediata uma avaliação da qual poderá
resultar a exoneração do servidor estável, pois isso
comporta o risco de que uma decisão de tamanha
gravidade seja determinada por simpatias ou
antipatias no ambiente de trabalho”, ponderou Lasier.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
13/09/2017 -
Aplicativo está ajudando mais de 400 mil
trabalhadores na busca por um emprego
Mais de 400 mil trabalhadores estão acessando o Sine
em todo o Brasil pelo telefone, sem precisar sair de
casa. Em pouco mais de três meses de funcionamento
do aplicativo Sine Fácil, o número de instalações já
chegou a 433.269. E graças a essa ferramenta, 79.552
pessoas foram encaminhadas a entrevistas de emprego.
O Sine Fácil foi lançado em 23 de maio para
facilitar a vida dos trabalhadores que estão
procurando um trabalho no mercado formal. Ele
permite que as pessoas acompanhem, em tempo real, as
vagas disponibilizadas no Sine em todo o território
nacional, e se candidatem a elas quando tiverem
interesse – tudo pelo aplicativo.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a
ferramenta tem alcançado seu objetivo. “Nossas ações
são sempre para beneficiar os trabalhadores, para
que cada vez mais pessoas tenham acesso aos serviços
do Ministério do Trabalho e a uma vaga de emprego.
Esses números mostram que estamos no caminho certo”,
avalia.
O estado com o maior número de encaminhamentos pelo
Sine Fácil foi São Paulo, com 27.688 agendamentos. O
segundo foi o Paraná, com 10.422 pessoas
encaminhadas para vagas de emprego, e o terceiro foi
a Bahia, com 7.114.
O Sine Fácil foi desenvolvido pela Dataprev. Por
enquanto, está disponível apenas na versão para
Android, mas, em breve, deverá ser lançado para quem
usa o sistema iOS. Para poder utilizá-lo, o
trabalhador precisa ter um código de acesso (QR Code)
que pode ser obtido no portal Emprega Brasil ou nas
unidades de atendimento do Sine.
Fonte: MTb
13/09/2017 -
Acordos resolvem 12% dos conflitos levados à Justiça
Para cada 100 processos judiciais julgados em 2016
(com sentença ou decisão terminativa), 12 conflitos
foram resolvidos por meio de acordo entre as partes
em disputa.
A conciliação é, particularmente, mais exitosa na
Justiça do Trabalho, ramo do Poder Judiciário em que
o número de conflitos encerrados após uma negociação
entre as partes corresponde a 26% de todas as ações
julgadas no ano passado.
O desempenho da política nacional da conciliação em
2016 está na publicação “Justiça em Números 2017”,
lançada segunda-feira (4/9) pelo CNJ.
O Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região
(TRT19) é o recordista nacional no uso da
autocomposição como estratégia de resolução de
conflitos no Judiciário. No estado de Alagoas, as
conciliações propostas encerraram pacificamente 36%
dos litígios trabalhistas, de acordo com o anuário
estatístico produzido pelo CNJ.
Ao optar pela via da conciliação, as partes
prescindem da participação de advogados e do juiz,
que atua apenas na validação formal dos acordos que
foram negociados anteriormente entre os diretamente
interessados.
Na Justiça Estadual, os Tribunais de Justiça do
Ceará (25%), do Maranhão (23,1%), de Sergipe (20,3%)
se destacaram. O Tribunal Regional Federal da 5ª
Região (TRF5) e o Tribunal Regional Eleitoral do
Mato Grosso do Sul (TRE-MS) registram índices de
conciliação de 8,7% e 11,1%, respectivamente.
Com a edição da Resolução CNJ n. 125, em 2010, o CNJ
criou a Política Judiciária de Tratamento de
Conflitos e estabeleceu como princípios
estruturantes da conciliação a informalidade, a
simplicidade, a economia processual, a celeridade, a
oralidade e a flexibilidade processual.
Resultados
De acordo com o Justiça em Números 2017, quanto
maior a informalidade da instância, a disputa tem
mais chances de ser resolvida por meio de acordo.
Nos Juizados Especiais, em que a presença de um
advogado não é exigida, 16% das divergências
terminaram na chamada via da conciliação em 2016. O
percentual cai quando o processo chega ao primeiro
grau para 13,6% e para apenas 0,4% na segunda
instância.
O índice de conciliação também é maior na fase de
conhecimento: 17% dos casos foram encerrados por
meio de acordos em 2016 nessa fase, em que são
ouvidas testemunhas e recolhidas provas. Apenas 5%
dos acordos ocorreram durante a fase de execução,
quando um devedor é cobrado por suas dívidas, por
exemplo.
Novo CPC
Em vigor desde março de 2016, o novo texto do Código
de Processo Civil (CPC) prevê que a conciliação seja
tentada antes de o conflito ser judicializado. Por
isso, a nova orientação da lei não se refletiu na
quantidade de conciliações realizadas após o início
formal dos processos. O crescimento do número de
autocomposições de 2015 para 2016 foi de apenas 0,8
ponto percentual.
CEJUSCs
Para implantar a Política Judiciária de Tratamento de
Conflitos, a Resolução CNJ n. 125/2010 também previu
a criação dos Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania (CEJUSCs).
O Justiça em Números 2017 registrou que o país tinha
905 CEJUSCs instalados na Justiça Estadual até o ano
passado – 191 deles são vinculados ao Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJSP). É a maior quantidade
entre os cinco maiores tribunais de Justiça do país.
Entre os tribunais de médio porte, destacam-se o do
Ceará (TJCE) e o da Bahia (TJBA), com 112 e 97
centros, respectivamente. Dos tribunais de pequeno
porte, Rondônia e Acre são os que mais têm CEJUSCs:
26, cada.
Fonte: Jusbrasil
12/09/2017 -
MP que altera reforma trabalhista deve sair em
outubro, diz presidente da UGT
Após audiência com presidente Michel Temer, o
presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, disse nesta segunda-feira (11) que a
medida provisória (MP) que vai alterar pontos da
reforma trabalhista deve ser editada pelo governo em
outubro, antes da entrada em vigor da nova
legislação, prevista para novembro.
De acordo com Patah, de agora até outubro, haverá um
amplo debate entre centrais sindicais e partidos
políticos sobre os pontos a serem modificados pela
MP. “A medida provisória deve sair, a meu ver, em 30
dias. É o tempo necessário para haver uma conversa
com todas as lideranças”, disse o sindicalista.
“A ideia é que, nos próximos dias, a minuta da
medida provisória seja colocada em debate pelas
lideranças partidárias, que deverão fazer algumas
ponderações”, acrescentou. Além de Temer, também
estavam na audiência os ministros da Fazenda,
Henrique Meirelles, do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,
Gilberto Kassab.
O presidente da UGT disse que defende mudanças na
regra de homologação das demissões, na eleição dos
representantes dos trabalhadores em empresas com
mais de 200 funcionários, nas normas do trabalho
intermitente e na possibilidade de as mulheres
trabalharem em locais insalubres, bem como na
questão do custeio dos sindicatos com o fim da
obrigatoriedade da contribuição sindical.
“Queremos construir, dentro do legislado sobre o
negociado, que nas assembleias os trabalhadores
decidam se vão dividir as férias em três períodos,
se vai ter a hora intermitente reduzida e quanto
eles vão contribuir para o sindicato, federação,
confederação e centrais sindicais”, acrescentou
Patah.
Fonte: Agência Brasil
12/09/2017 -
Centrais Sindicais e empresários cobram de Michel
Temer retomada do emprego
Força Sindical, CSB, CTB, UGT e Nova Central e
dirigentes empresariais se encontram nesta terça
(12), às 11 horas, com o presidente Michel Temer. A
audiência, no Palácio do Planalto, tratará propostas
emergenciais para a retomada do emprego no País.
As Centrais Sindicais, entidades representativas de
diversos setores e empresários entregarão ao
presidente o documento “Uma Pauta para Retomada do
Desenvolvimento Econômico e da Geração de Emprego” –
com propostas de medidas de curto prazo, visando
acelerar o processo de retomada do crescimento. A
pauta é resultado do encontro entre empresários e
Centrais Sindicais realizado em 21 de agosto na sede
da Fiesp, em São Paulo.
Segundo comunicado conjunto, o “grande objetivo
nacional” da atualidade é tirar a economia
brasileira da maior crise econômica de sua história.
“O PIB teve queda próxima a 8%, gerando um saldo de
14 milhões de brasileiros desempregados, provocando
o fechamento de milhares de empresas, deixando
famílias e empresas endividadas”, diz o texto.
Pauta - “Temos pressa na retomada do
desenvolvimento econômico e na criação de empregos,
e é por isso que nós, do setor produtivo, reunimos
representantes dos trabalhadores e das empresas e
construímos um conjunto de propostas de curto prazo
para acelerar a retomada do crescimento”, ressalta o
documento.
Mais informações: sites das Centrais
Fonte: Agência Sindical
12/09/2017 -
Reforma trabalhista será aplicada à luz de direitos
constitucionais, diz ministra do TST
Maior alteração da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) desde sua criação, a Reforma Trabalhista (Lei
13.467/17), que passará a valer no dia 11 de
novembro, poderá não ser aplicada exatamente como
foi aprovada. Magistrados, procuradores e advogados
afirmaram durante audiência pública promovida nesta
segunda-feira (11) pela Subcomissão Temporária do
Estatuto do Trabalho que a norma está contaminada
por inúmeras inconstitucionalidades e retrocessos.
Como a reforma trabalhista é uma lei ordinária,
magistrados afirmam que ela não poderá se sobrepor
aos direitos e garantias assegurados pela
Constituição nem tampouco violar convenções globais
das quais o Brasil é signatário. Entre os pontos
considerados inconstitucionais, está a prevalência
do negociado sobre o legislado, princípio central da
reforma, que contrariaria o artigo 7º da
Constituição Federal na avaliação de participantes
do debate.
— Fizemos um juramento de julgar e vamos aplicar a
lei ordinária que aprovou a reforma trabalhista, mas
não vamos aplicá-la isoladamente. É uma lei
trabalhista que se insere à luz da proteção
constitucional e à luz da legislação internacional -
afirmou a ministra do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) Delaíde Arantes.
Pressa
Apresentado em dezembro pelo governo federal, o
projeto de reforma levou sete meses para virar lei.
Por se tratar de um tema complexo, a reforma
trabalhista deveria ter passado por um debate mais
amplo na opinião dos participantes do debate. O
texto sofreu mudanças na Câmara dos Deputados, mas
não foi modificado no Senado após um acordo com o
Palácio do Planalto. Em carta lida pelo líder do
governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente
Michel Temer comprometeu-se a editar uma medida
provisória para modificar alguns pontos da reforma,
como a questão que envolve a não obrigatoriedade do
imposto sindical e a permissão do trabalho de
gestantes e lactantes em condições insalubres.
— Um projeto como esse não pode prescindir de um
debate amplo. Não é admissível que tenhamos um rito
legislativo como nós tivemos nesta Casa – criticou o
advogado trabalhista Luis Carlos Moro.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que conduziu a
reunião, e a presidente da Comissão de Direitos
Humanos (CDH), senadora Regina Sousa (PT-PI),
queixaram-se da pressa com que a base governista
levou o projeto à votação na Casa.
Retrocessos
O procurador do Trabalho, Helder Amorim, condenou a
possibilidade de trabalhadores e empregadores
negociarem livre e diretamente seus interesses, de
modo que a Justiça do trabalho não possa anular
acordos. Segundo Amorim, o “negociado sobre o
legislado” ignora que o trabalhador é
hipossuficiente, ou seja, é mais frágil nas relações
de trabalho:
— Trata-se de uma reforma que pode ser exterminadora
dos direitos dos trabalhadores. São direitos que
foram conquistados no longo processo histórico de
afirmação dos direitos coletivos – argumentou.
Para Gabriela Delgado, professora da Universidade de
Brasília (UnB), é um mito afirmar que a reforma
promoverá a modernização da legislação trabalhista.
— É uma grande falácia. Como se a autonomia da
vontade dos contratos individuais pudesse garantir
uma posição de maior proteção ao trabalhador –
afirmou.
Maximiliano Nagl Garcez, diretor para Assuntos
Legislativos da Associação Latino Americana de
Advogados Laboralistas, disse que o trabalhador, sem
uma proteção minimamente adequada, será transformado
em mercadoria durante o tempo de trabalho.
Fonte: Agência Senado
12/09/2017 -
PF diz ter provas de crimes cometidos por Temer e
cúpula do PMDB; citados negam
Inquérito da Polícia Federal (PF) concluído nesta
segunda-feira (11) apresenta indícios da prática de
crimes por parte do presidente Michel Temer e demais
integrantes do chamado “grupo do PMDB da Câmara”,
segundo nota divulgada nesta segunda-feira pela PF.
De acordo com as investigações, o grupo seria
composto pelos ministros da Casa Civil, Eliseu
Padilha, e da Secretaria de Governo, Moreira Franco,
além dos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique
Eduardo Alves, e do ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha.
De acordo com a PF, a cúpula do PMDB mantinha
“estrutura organizacional com o objetivo de obter,
direta e indiretamente, vantagens indevidas em
órgãos da administração pública direta e indireta”.
Ainda segundo o inquérito, que será enviado ao
Supremo Tribunal Federal (STF), o grupo praticou os
crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de
dinheiro, fraude em licitação e evasão de divisas.
Outro lado
Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social
da Presidência da República informou que Temer “não
participou e nem participa de nenhuma quadrilha”. “O
presidente tampouco fez parte de qualquer estrutura
com o objetivo de obter, direta ou indiretamente,
vantagens indevidas em órgãos da administração
pública. O presidente Temer lamenta que insinuações
descabidas, com intuito de tentar denegrir a honra e
a imagem pública, sejam vazadas à imprensa antes da
devida apreciação pela Justiça”, diz a nota.
A assessoria de imprensa do ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, informou que ele só irá se
pronunciar “quando e se houver acusação formal
contra ele que mereça resposta”
Também por meio da assessoria de imprensa, o
ministro Moreira Franco afirmou que jamais
participou de qualquer grupo para a prática de ato
ilícito. “Repudio a suspeita. Responderei de forma
conclusiva quando tiver acesso ao relatório do
inquérito. Lamento que tenha que falar sobre o que
ainda não conheço. Isto não é democrático”, diz a
nota.
Henrique Eduardo Alves divulgou nota em que diz que
faz parte do PMDB há mais de 40 anos e não de uma
organização criminosa. “A tentativa de criminalizar
a atividade política enfraquece a democracia e a sua
inocência será provada ao longo do processo”, disse.
Defesas de Geddel e Cunha foram procuradas e não
responderam a reportagem até o fechamento desta
edição
Presos
Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira
Lima estão presos após investigações da Operação
Lava Jato. Cunha está preso em Curitiba, por ordem
do juiz Sérgio Moro, desde 19 de outubro de 2016. Em
março de 2017 foi condenado a 15 anos e quatro meses
de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem
de dinheiro e evasão de divisas e, em 18 de maio de
2017, teve novo mandado de prisão expedido pela
Justiça.
Eduardo Alves foi preso preventivamente no dia 6 de
junho de 2017 pela Polícia Federal na Operação Manus,
que investigava corrupção ativa e passiva e lavagem
de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em
Natal.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima voltou a ser preso,
na última sexta-feira (8), em Salvador, três dias
após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 51
milhões, atribuídos a ele, em um apartamento.
Anteriormente, ele havia sido preso preventivamente
no dia 3 de julho de 2017, na Operação Greenfield,
que investiga desvio de fundos de pensão.
Fonte: Agência Brasil
12/09/2017 -
Emprego na indústria paulista tem queda, mas no
acumulado do ano é positivo
O emprego na indústria paulista registrou ligeira
queda (-0,11%) em agosto em relação a julho, segundo
o levantamento divulgado nesta segunda-feira (11)
pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp). É a quarta retração consecutiva. O
percentual significa o fechamento de 2,5 mil postos
de trabalho, representando ainda uma queda de 3,27%
em comparação com agosto de 2016.
No acumulado de janeiro a agosto, no entanto, o
saldo de geração de emprego no setor industrial de
São Paulo é positivo, com 5,5 mil novas vagas, um
crescimento de 0,26% em relação ao mesmo período do
ano passado.
Para o diretor do Departamento de Pesquisas
Econômicas da Fiesp, Paulo Francin, o resultado
indica estabilidade no nível de emprego da
indústria. "A produção industrial mostra
recuperação, apesar de ainda não ser vigorosa, é
contínua, refletindo na manutenção dos postos de
trabalho”, ressaltou.
Na avaliação do economista, pode ainda levar um
tempo para que as empresas voltem a fazer
contratações de modo que o emprego volte a crescer
no setor. “A geração de novos empregos é a última
variável a reagir. Ainda temos muita capacidade
ociosa, o que deve levar as empresas a resistir a
novas contratações por um tempo", acrescentou.
Dos 22 setores acompanhados para o levantamento, 14
tiveram fechamento de postos de trabalho, quatro
apresentaram crescimento e quatro ficaram estáveis.
A maior expansão na quantidade de empregos foi do
setor de alimentos, que gerou 1.060 novas vagas, um
crescimento de 0,26% em comparação com julho. No
acumulado do ano, o ramo alimentício registra alta
de 3,31% no número de postos de trabalho.
O setor de máquinas e equipamentos teve crescimento
de 0,56% em agosto, com a abertura de 947 postos. No
saldo de janeiro a agosto, no entanto, o ramo tem
queda de -0,56%.
O maior fechamento de vagas ocorreu no setor de
veículos automotores, reboque e carroceria, como
corte de 1.171 postos, uma retração e -0,52%. Nos
primeiros oito meses do ano, o ramo teve redução de
-1,18% no nível de emprego.
A indústria de confecção e artigos de vestuário
perdeu 708 vagas entre julho e agosto (-0,48%). No
acumulado do ano, o ramo tem queda de -0,14% no
número de postos de trabalho.
Fonte: Agência Brasil
12/09/2017 -
Maioria dos empregos criados em julho foi na linha
de produção da indústria
A recuperação da Indústria da Transformação trouxe
com ela a volta das contratações no setor. Em julho,
de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), foram criados 12.594 empregos
com carteira assinada nessa área. O alimentador de
linha de produção foi o profissional com o melhor
desempenho.
A atividade aparece na primeira colocação no ranking
por ocupação do saldo de empregos do mês, com a
criação de 12.002 vagas e salário médio de admissão
de R$ 1,2 mil. Elas estão principalmente nas
empresas da indústria de produtos alimentícios e das
do material de transporte, subsetor que inclui a
produção automobilística.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esse
é mais um sinal de que a economia está se
equilibrando e, com ela, os empregos. “Quando vemos
vagas novas surgindo em setores que não dependem
tanto da sazonalidade, podemos respirar um pouco
mais aliviados porque isso mostra estabilidade”,
avalia.
Alimentação de linha de produção é uma atividade
importante que está presente em diferentes etapas da
fabricação de produtos alimentares e bebidas,
artigos de borracha e plástico, máquinas,
equipamentos e aparelhos de material elétrico. Mas
ainda é majoritariamente masculina. Das mais de 12
mil vagas criadas para essa ocupação em julho, 84%
foram ocupadas por homens, a maioria jovens. Do
total de contratados, 55% tinham entre 18 e 24 anos
e 16% entre 25 e 29. Os empregados na faixa dos 30
aos 39 anos ocuparam 23% do saldo de empregos.
Já a escolaridade predominante foi o ensino médio
(completo ou incompleto), que respondeu por 75% do
saldo de empregos no mês. Os empregados com até o
ensino fundamental completo foram 22% do total.
Trabalhadores com nível superior foram minoria, com
apenas 3% das novas contratações.
Outras ocupações
O ranking das ocupações para julho mostra também um
índice alto de contratação nas atividades
relacionadas à agricultura, como trabalhador volante
no campo e no cultivo de árvores frutíferas. Elas
figuram na segunda e terceira colocações,
respectivamente, e somam 9.628 novos postos.
Em quarto lugar, ficou outra ocupação importante
para os resultados positivos da economia: a de
servente de obras, com saldo de 4.458 postos. Ela
reflete o desempenho da Construção Civil, que, após
33 meses de desempenhos negativos, criou 724 vagas
formais em julho. A última vez que o saldo de
empregos formais havia sido positivo no setor foi em
setembro de 2014, quando tinham sido abertos 8.437
postos.
Fonte: MTb
12/09/2017 -
Paulo Paim afirma que sistema previdenciário é
viável
Em pronunciamento nesta segunda-feira, o senador
Paulo Paim (PT-RS) criticou a reforma da Previdência
que tramita no Congresso e afirmou que a sociedade
está muito preocupada com as frequentes denúncias de
corrupção ocorridas no país.
Segundo Paim, enquanto os cidadãos se revoltam, o
governo federal insiste em falar da reforma da
Previdência. Para o senador, Michel Temer e
ministros parecem ignorar os casos de corrupção
divulgados diariamente pelos veículos de
comunicação.
Paulo Paim também informou que o relatório final da
CPI da Previdência vai provar que o sistema é
viável, sem necessidade de uma reforma.
— Não é necessário fazer essa reforma. O que é
preciso nós vamos apresentar o caminho: mudar,
melhorar, aperfeiçoar a gestão da Previdência. Quem
deve para a Previdência terá que pagar — frisou.
Fonte: Agência Câmara
12/09/2017 -
Comissão exclui incidência de contribuição
previdenciária sobre aviso prévio em demissão sem
justa causa
A Comissão de Finanças e Tributação aprovou proposta
que exclui explicitamente da Lei Orgânica da
Seguridade Social (8.212/91) a incidência de
contribuição previdenciária sobre o aviso prévio
indenizado, que é pago pelo empregador ao
funcionário demitido sem justa causa.
O relator da matéria, deputado João Paulo Kleinübing
(PSD-SC), concluiu que a medida, prevista no Projeto
de Lei 5574/09, do deputado Afonso Hamm (PP-RS), não
implica aumento ou diminuição de receita ou despesa
públicas.
“O projeto não possui impacto financeiro e
orçamentário”, afirmou Kleinübing.
Mesmo não cabendo manifestação quanto ao mérito, o
relator argumenta no parecer que a inclusão do aviso
prévio indenizado na base de cálculo da contribuição
previdenciária “contraria o texto constitucional,
desconsidera a jurisprudência dos tribunais
superiores, aumenta o encargo tributário do
empregador e, por consequência, desestimula a
contratação de novos empregados”.
Compensação
O aviso prévio indenizado é uma compensação paga pelo
empregador quando este decide demitir sem justa
causa o funcionário contratado por tempo
indeterminado, sendo o mesmo liberado de imediato de
comparecer à empresa.
Conforme o entendimento dos tribunais, o aviso
prévio não se caracteriza como uma retribuição
recebida pelo empregado por uma atividade
efetivamente realizada.
Tramitação
O projeto segue para análise da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania; depois,
precisa ser votado ainda pelo Plenário.
Fonte: Agência Câmara
12/09/2017 -
Seguridade aumenta prazo para revisão de benefício
previdenciário quando houver demora da Justiça
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou
proposta que concede aos aposentados e pensionistas
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) um
prazo maior para requerer a revisão do valor do seu
benefício, nas situações em que houver demora da
Justiça para chegar a uma decisão sobre reclamações.
Atualmente, esse prazo é de dez anos em qualquer
caso, contados a partir da concessão do benefício.
Porém, nas situações de demora judicial, tal prazo
começará a contar do trânsito em julgado, desde que
a reclamação trabalhista tenha sido apresentada
dentro dos dez anos iniciais.
Alterações
A medida está prevista no substitutivo apresentado
pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) aos projetos de
lei 2804/11, do Senado, e 3768/12, do deputado Luis
Tibé (PTdoB-MG), que tramitam em conjunto e tratam
do assunto.
Originalmente o projeto do Senado, que é o
principal, acaba com o prazo de dez anos previsto
hoje na Lei de Benefícios da Previdência Social
(8.213/91). Jorge Solla, no entanto, resolveu manter
o prazo por entender que dez anos é um período
razoável para que o segurado perceba qualquer erro
no cálculo do seu benefício.
Por outro lado, o relator considerou as situações em
que o beneficiário não foi responsável pela
ocorrência do fim do prazo sem que a revisão tenha
ocorrido. “Basta imaginar a pessoa que, após o
pedido de benefício previdenciário, ingressou na
Justiça do Trabalho para discutir verbas
trabalhistas, como um aumento de salário que não foi
registrado em carteira. Caso a ação judicial demore
mais de dez anos, mesmo obtendo um resultado
favorável, ela não poderá pedir a revisão do
benefício previdenciário”, exemplificou.
Prescrição
Assim como a proposta original, o substitutivo mantém
o atual prazo de cinco anos para a prescrição do
direito ao recebimento de eventuais diferenças, a
contar da data em que o benefício foi ou deveria ter
sido pago.
A prescrição (cinco anos) não se aplica a benefícios
concedidos a menores, incapazes e ausentes. Essa
regra já existe na lei e é mantida pelo
substitutivo.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
11/09/2017 -
Temer discute ajuste fiscal e reforma da Previdência
após almoço com ministros
O presidente Michel Temer reuniu-se sábado (9) com
alguns ministros para debater a agenda econômica a
ser implementada nos próximos meses. De acordo com o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, um dos
participantes da reunião, o governo decidiu retomar
agora, “com toda a ênfase”, a discussão que trata da
aprovação da reforma da Previdência Social no
Congresso Nacional.
Meirelles disse que é “fundamental” que se aprove as
mudanças na Previdência neste ano para que o Brasil
entre em 2018 com a reforma feita, o que aumentará a
confiança na recuperação econômica. Na opinião do
ministro, será possível concluir a votação da
reforma em outubro, mesmo com o atual cenário
político que o Brasil vive.
“A agenda da reforma da Previdência e de outras
reformas econômicas vai muito além de um governo, de
um determinado momento do país. Está claro que, a
manter a presente trajetória fiscal, o Brasil terá
problemas importantes e sérios nos próximos anos”,
declarou o ministro. Para Meirelles. os
parlamentares que pretendem concorrer nas eleições
de 2018 e participar do governo em 2019 são os
maiores interessados na aprovação da reforma da
Previdência neste ano.
Segundo o ministro, a situação fiscal demanda
preocupações, mas existe um grande grau de confiança
no mercado expresso pela alta das bolsas e pela
queda do câmbio e dos juros. “A gente pressupõe que
as reformas fundamentais estão sendo aprovadas e que
o teto de gastos está sendo implementado, mas
evidentemente, para que isso se consolide, a reforma
da Previdência é fundamental”, advertiu.
Ajuste fiscal
O ministro Henrique Meirelles informou que as medidas
provisórias relativas ao ajuste fiscal ainda não têm
data para serem publicadas. “Essas medidas estão
sendo processadas, e eu não tenho a informação do
dia especifico que serão editadas”, informou. Para
cumprir a meta de déficit primário (resultado
negativo nas contas do governo desconsiderando os
juros da dívida pública) de R$ 159 bilhões em 2018,
o governo pretende antecipar a cobrança de Imposto
de Renda dos fundos exclusivos de investimento,
adiar os aumentos de salário dos servidores públicos
por um ano e aumentar, de 11% para 14%, a
contribuição dos servidores federais para a
Previdência do serviço público.
As declarações do ministro Meirelles foram feitas à
imprensa após almoço no Palácio do Jaburu com o
presidente Michel Temer. Também participaram do
almoço os presidentes da Câmara, deputado Rodrigo
Maia; do Senado, senador Eunício Oliveira; os
ministros da Justiça, Torquato Jardim; da
Secretaria-Geral, Moreira Franco; da Secretaria de
Governo, Antônio Imbassahy, e da integração
Nacional, Helder Barbalho.
Meirelles disse que a reunião teve dois momentos: o
almoço e o debate da agenda econômica. Segundo o
ministro, além dele e de Temer, os ministros Moreira
Franco e Antonio Imbassahy participaram das
discussões das medidas para a economia.
Fonte: Agência Brasil
11/09/2017 -
Centrais: Ato dia 22 pela retomada do crescimento e
defesa do emprego
Pela retomada do crescimento, em defesa do emprego e
contra a retirada dos direitos, as centrais
sindicais (CTB, UGT, Força Sindical, Nova Central e
CSB) realizarão no próximo dia 22 de setembro, às
10h, na frente do Masp, na Avenida Paulista, uma
manifestação lúdica para marcar o início da
Primavera. Clique AQUI
para acessar o evento do ato no facebook.
Já nomeada como "Primavera de Lutas", as centrais
sindicais ofertarão flores e denunciaram a agenda
regressiva que não tem sinalizado saídas para a
crise e nem caminhos para o combate ao desemprego,
que já assombra mais de 26 milhões de brasileiros e
brasileiras. "Esse ato compõe uma ampla agenda de
ação das centrais sindicais e tem como objetivo
denunciar a onda de retirada de direitos, que tanto
tem aprofundado a crise no Brasil", indicam as
centrais.
Atos pelo Brasil
"A CTB orienta toda a sua base a relaizar atos no
mesmo dia nas capitais de todo o Brasil. A complexa
conjuntura cobra vigilância e organicidade. O que
nos une é a luta em defesa de direitos, de um
projeto de retomada do crescimento e o
fortalecimento do movimento sindical", indicou o
presidente Nacional da CTB, Adilson Araújo, ao
convocar toda a base classista para mais essa
jornada.
E completou: "A CTB seguirá vigilante e mobilizada,
focada da construção de para enfrentar os desafios
da luta política em curso".
Serviço:
São Paulo: Primavera de Lutas: "Pela retomada
do crescimento, em defesa do emprego e contra a
retirada dos direitos"
Quando: Dia 22 de Setembro, às 10 horas.
Onde: Avenida Paulista, na frente do Masp.
Fonte: Portal Vermelho
11/09/2017 -
Para Paulinho, existe margem de negociação com o
Congresso Nacional
Segunda, dia 4, as Centrais Força Sindical, UGT,
CTB, Nova Central e CSB se reuniram em São Paulo
para debater meios de enfrentar a reforma
trabalhista e de assegurar custeio sindical.
A Agência Sindical entrevistou Paulo Pereira da
Silva (Paulinho), presidente da Força Sindical e
deputado federal pelo Solidariedade-SP. A íntegra:
Agência Sindical - Paulinho, a reunião das
Centrais aqui na UGT, hoje, tratou do quê?
Paulinho - Tratamos de dois assuntos. Na
semana que vem, haverá entrega de um importante
documento dos trabalhadores e do empresariado de São
Paulo. É um documento que cobra a volta do
crescimento econômico, a volta do emprego. Estamos
fazendo uma série de propostas ao governo para que o
Brasil volte a crescer e a ter empregos. Isso é uma
coisa importante. Na terça-feira (12), vamos
entregar o documento ao presidente da República.
Também tratamos do futuro do sindicalismo. Do jeito
que está, do jeito que ficou a reforma trabalhista,
praticamente todos os direitos dos trabalhadores vão
ser extintos. Aqui, as cinco Centrais discutiram
também a sustentação dos direitos dos trabalhadores,
a sustentação dos Sindicatos, porque o financiamento
das entidades é o que nos dá meios de continuar a
luta por direitos.
AS - Há um clima hostil com os trabalhadores
no Congresso Nacional. Você acha que é possível
reverter esse clima e construir uma solução
negociada?
Paulinho - Acho que sim. Sempre tem espaço
pra se fazer isso. Eu acho que o movimento sindical,
de certo modo, pecou em algum período no
enfrentamento com a política nacional, com o
Congresso Nacional.
Eu acho que a gente já percebeu isso. Fizemos várias
paralisações, uma paralisação geral no Brasil, uma
das maiores que o País já teve, no dia 28 de abril.
Acho que isso equilibrou o jogo. Então, agora temos
que entrar no período de negociação e diálogo com
cada um dos líderes dos partidos, com o próprio
governo, pra que a gente possa voltar a garantir os
direitos dos trabalhadores.
AS - Essa negociação se daria em torno de uma
Medida Provisória do Executivo?
Paulinho - É nisso que estamos trabalhando.
Nós estamos talvez na reta final desta Medida
Provisória, que o governo já tinha se comprometido
conosco. Estamos discutindo os detalhes dessa MP,
quais as questões que podem modernizar e moralizar o
movimento sindical e manter aquele sindicalismo que
realmente defende os interesses dos trabalhadores. É
dentro disso que está sendo editada a nova Medida
Provisória.
AS - Tem prazo para que a MP seja publicada?
Paulinho - Eu acho que tem que ser já, porque
nós estamos no mês de setembro. Agora, começam as
campanhas das principais categorias. Se você não
tiver financiamento para essas entidades, esses
Sindicatos teriam que passar um ano sem recurso
nenhum. E se passarem um ano sem recurso, com
certeza, quebram. E quem vai perder com isso são os
trabalhadores.
Só da Força, temos 4,7 milhões de trabalhadores no
Estado de São Paulo com data-base no segundo
semestre. Então, nós precisamos dessa Medida
Provisória pra agora.
Fonte: Agência Sindical
11/09/2017 -
MP que altera 'royalty' da mineração define plano de
trabalho
A comissão mista que vai analisar a Medida
Provisória (MP) 789/2017, que trata da Compensação
Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem)
reúne-se nesta terça-feira (12), às 14h30, para
votar o plano de trabalho a ser proposto pelo
relator, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
Pela MP, as alíquotas da Cfem, que é o royalty
cobrado das empresas que atuam neste setor, terão
variação entre 0,2% e 4%. O ferro terá alíquota
entre 2% e 4%, dependendo do preço na cotação
internacional.
Já os minérios restantes terão as seguintes
alíquotas: 0,2% para aqueles extraídos sob regime de
lavra garimpeira; 1,5% para rochas, areias,
cascalhos, saibros e demais substâncias minerais
para uso imediato na construção civil; 2% para
aqueles cuja alíquota será definida com base na
cotação internacional do produto; e 3% para bauxita,
manganês, diamante, nióbio, potássio e sal-gema.
A MP também determina que as alíquotas deverão
incidir sobre a receita bruta, e não mais sobre a
receita líquida, como é hoje.
No caso de venda, a Cfem incidirá na receita bruta,
deduzidos os tributos incidentes sobre a
comercialização. Já no caso de consumo, incidirá
sobre a receita calculada, considerado o preço
corrente do minério, de seu similar no mercado ou o
preço de referência definido pela Agência Nacional
de Mineração.
Nas exportações para países com tributação
favorecida, a Cfem recairá sobre a receita
calculada. Em leilões públicos, sobre o valor de
arrematação. E no caso de extração sob regime de
permissão de lavra garimpeira, sobre o valor da
primeira aquisição do minério.
Fonte: Agência Senado
11/09/2017 -
Janot denuncia ao STF senadores do PMDB por
organização criminosa
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
apresentou sexta-feira (8) denúncia ao Supremo
Tribunal Federal (STF) contra senadores do PMDB pelo
crime de organização criminosa. Foram denunciados os
senadores Renan Calheiros (AL), Edison Lobão (MA),
Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho
(PA), além do ex-senador José Sarney.
A íntegra da denúncia ainda não foi divulgada, mas
está relacionada com a delação premiada do
ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, empresa
subsidiária da Petrobras.
Segundo a PGR, os parlamentares são acusados de ter
recebido R$ 864 milhões em propina, por meio de
desvios na Petrobras. Os desvios, de acordo com a
denúncia, geraram prejuízo de R$ 5,5 bilhões para a
estatal e de R$ 113 milhões para a Transpetro.
“As ações ilícitas voltaram-se inicialmente para a
arrecadação de recursos da Petrobras por meio de
contratos firmados no âmbito da Diretoria de
Abastecimento e da Diretoria Internacional, assim
como da Transpetro. O aprofundamento das apurações
levou à constatação de que, no mínimo entre os anos
de 2004 e 2012, as diretorias da sociedade de
economia mista estavam divididas entre os partidos
políticos responsáveis pela indicação e manutenção
dos respectivos diretores ”, diz nota do MPF.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
11/09/2017 -
Subcomissão do Trabalho debaterá legislação da OIT e
Constituição Brasileira
A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho
promove audiência pública, na segunda-feira (11), a
partir das 9h, para debater os princípios da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da
Constituição Brasileira para o trabalho.
Foram convidados Gabriela Neves Delgado, professora
da Universidade de Brasília (UnB); Helder Amorim,
procurador do Trabalho; Luis Carlos Moro, advogado
trabalhista; e representantes da OIT, do Centro de
Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesist/Universidade
de Campinas) e do Tribunal Superior do Trabalho
(TST).
A audiência, requerida pelo vice-presidente do
colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), será no
Plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho.
Instalada em agosto, a subcomissão — que funciona no
âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) — tem o objetivo de discutir a
reforma trabalhista, recentemente aprovada, e criar
um Estatuto do Trabalho. Presidido pelo senador
Telmário Mota (PTB-RR), o grupo, formado por três
senadores titulares e três suplentes, tem reuniões
quinzenais e pretende apresentar o anteprojeto do
Estatuto em 1º de maio de 2018, Dia do Trabalhador.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
11/09/2017 -
Secretaria de Relações do Trabalho percorre estados
A Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) já
esteve em oito estados desde o lançamento do projeto
SRT Itinerante em Minas Gerais
Oito estados brasileiros já receberam a equipe da
Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do
Ministério do Trabalho desde o lançamento do projeto
SRT Itinerante, em 2016. A meta é visitar todos os
26 estados da federação até o final de 2018.
"Mensalmente, deixamos Brasília e percorremos
estados a fim de resolver conflitos, dirimir dúvidas
das centrais sindicais e sindicatos laborais e
patronais, levar soluções. O objetivo é fornecer
atendimento rápido, igualitário e eficiente a todos
os usuários de nossos serviços no país", explica o
secretário de Relações do Trabalho, Carlos
Cavalcante Lacerda.
O secretário e mais cinco técnicos formam a equipe
da SRT Itinerante, que já passou por Fortaleza,
Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo. O próximo estado
a ser visitado será Mato Grosso do Sul, no final do
mês.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esta
iniciativa é inovadora e importante para dinamizar o
atendimento e promover aproximação entre o órgão
federal e a população. "É uma ação facilitadora. O
esforço da equipe SRT Itinerante visa evitar que
trabalhadores e empresários se desloquem de seus
estados para Brasília desnecessariamente. Podemos
atender um número maior de pessoas e com mais
qualidade", observa.
Entre os atendimentos realizados pela SRT
Itinerante, estão a atualização de diretoria
sindical, fundamental para as convenções coletivas,
e instrução sobre registro sindical. Além disso, a
equipe está colhendo outras informações para a
aplicação e desenvolvimento de programas do
Ministério do Trabalho.
"Em visita no Pará, por exemplo, percebemos que,
apesar de o estado ser o maior produtor de minério,
não há uma siderúrgica na região. Também estamos
fazendo um raio-x dos programas de qualificação do
Ministério para que os cursos sejam mais adequados à
realidade de cada região brasileira", comenta
Lacerda.
Fonte: MTb
11/09/2017 -
Conselho define regulamento para iniciar debates
sobre políticas de emprego
Aberta pelo ministro Ronaldo Nogueira, reunião
foi realizada nesta terça-feira (5), em Brasília
O Conselho Nacional do Trabalho, instalado pelo
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em 1º de
junho deste ano, concluiu as discussões sobre o
regimento interno do grupo nesta terça-feira (5), em
Brasília. Agora, será produzido um documento para
análise jurídica e, a partir daí,os integrantes do
Conselho já poderão iniciar os debates em torno das
grandes questões envolvendo o mundo do trabalho no
Brasil.
O ministro, que abriu a reunião desta terça, lembrou
que todas as deliberações do Conselho serão levadas
em conta na elaboração das políticas públicas de
emprego no país. “Neste momento que o país vive,
este pode ser considerado um dos conselhos mais
importantes da República. Ele é fundamental para o
Brasil hoje”, afirmou.
O secretário de Relações do trabalho do Ministério
do Trabalho, Carlos Lacerda, lembrou que o Conselho
tem representantes de todas as pessoas envolvidas e
diretamente atingidas pelas políticas de emprego do
país. O grupo tem a participação de 10 entidades
representantes de trabalhadores, 10 de empregadores
e nove ministérios. “Estamos trazendo a sociedade
para dentro do governo para que ela participe
ativamente de decisões que a afetam diretamente”,
avaliou.
Fonte: MTb
11/09/2017 -
Exigência de acordo para ajuizar dissídio coletivo é
inconstitucional, diz TRT-8
O artigo 114 da Constituição prevê que se
empresários ou empregados se recusarem a fazer
negociação coletiva ou a levar a discussão para
arbitragem, podem, de comum acordo, ajuizar um
dissídio coletivo de natureza econômica. Para o
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA e
AP), no entanto, a expressão "de comum acordo" é
inconstitucional.
O Pleno do tribunal entendeu, por maioria de votos,
que a expressão, introduzida pela Emenda
Constitucional 45/2004, enfraqueceu o poder
normativo e os dissídios coletivos passaram a ser
sistematicamente arquivados por falta de aceitação
da parte contrária.
Com a inconstitucionalidade declarada, diz o TRT-8,
os processos de dissídio coletivo de natureza
econômica não serão mais extintos sem resolução do
mérito por falta de aceitação de uma das duas
partes.
A declaração de inconstitucionalidade foi suscitada
pelo desembargador Georgeonor Franco Filho e foi
definida em processo de dissídio coletivo relatado
pela desembargadora Francisca Formigosa. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-8.
Fonte: Consultor Jurídico
06/09/2017 -
Fórum Sindical mobiliza para ampliar pressão nas
bases contra reformas
Do começo de setembro até o dia 10 de novembro, o
Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) ampliará o
leque de ações contra as maldades da reforma
trabalhista e sindical de Temer.
Nesta terça (5), o Fórum, que agrega 22
Confederações, reuniu em Brasília 71 entidades, além
do Dieese, Diap, OAB e Anamatra, para definir ações
conjuntas. Além da mobilização sindical e das ações
com outras entidades, o FST, segundo seu coordenador
Artur Bueno de Camargo, atua no âmbito da OIT -
Organização Internacional do Trabalho.
Dia 28 de agosto, dirigentes do FST entregaram em
Genebra ao diretor-geral da OIT, Guy Ryder,
documento apontando que a reforma desrespeita
Convenções das quais o Brasil é signatário – 98, 154
e 155. O próximo passo é reunir-se com o
representante da OIT no Brasil, Peter Poschen.
Base - Para Artur, que também preside a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Alimentação (CNTA Afins), é preciso aumentar a
pressão da base trabalhadora.
“Todas as ações que fizemos até agora são
importantes. Mas nossa orientação é ir pra base,
esclarecer o trabalhador a respeito do impacto
violento da reforma, da perda de direitos”, afirma.
“A pressão mais forte será essa, com as bases
conscientes e mobilizadas”, argumenta Artur em
entrevista à Rádio Web Agência Sindical.
CNBB - O Fórum, que já está fazendo
abaixo-assinado para tornar nula a lei trabalhista
de Temer, deve se reunir em breve com a coordenação
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. De
acordo com Artur Bueno de Camargo, já houve um
primeiro encontro. Ele diz: “Agora, queremos fazer
uma reunião mais ampla, para tratar de ações no
campo sindical e também na questão dos direitos
sociais e humanos”.
Metalúrgicos - Embora tenha ato já agendado
para Rondônia, o FST deverá participar do protesto
metalúrgico, na manhã de 14 de setembro, como forma
de engrossar as fileiras do movimento Brasil
Metalúrgico, coordenado por Sindicatos, Federações e
Confederações filiadas à Força Sindical, CUT, UGT,
CTB, Intersindical e CSP-Conlutas.
Fonte: Agência Sindical
06/09/2017 -
CAS analisa prazo de 30 dias para pagamento de
salário-maternidade
O salário-maternidade deverá ser pago em até 30 dias
após o pedido ao Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). É o que estabelece projeto (PLS 296/2016)
que pode ser votado nesta quarta-feira (6) pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Segundo o autor
da proposta, senador Telmário Mota (PTB–RR), a
definição de um prazo é fundamental para manter a
renda familiar durante a licença-maternidade.
Fonte: Agência Senado
06/09/2017 -
Comissão aprova audiências públicas para debater MP
da Mineração
Em acordo entre governo, oposição, representantes de
ONGs, mineradoras e municípios, a comissão mista de
deputados e senadores que examina a Medida
Provisória 790/2017, que altera o Código da
Mineração, aprovou nesta terça-feira (5) seu plano
de trabalho. Dia 12 de setembro, ocorrerá a primeira
audiência pública, sobre mineração e desenvolvimento
sustentável. No dia 19 de setembro, ocorrerá a
segunda, sobre mineração e sociedade; dia 26 de
setembro, ocorrerá o terceiro debate, sobre outorga
de direitos minerais; e no dia 3 de outubro,
ocorrerá a última audiência, sobre incentivo à
mineração.
O relator da matéria, senador Flexa Ribeiro
(PSDB-PA), disse que poderão ser realizadas,
lembrando a importância do tema para o país.
- Nós propusemos, no plano de trabalho que foi
aprovado, quatro audiências públicas. Mas tenho a
tranquilidade de saber que teremos outras. O tema é
da maior importância para o nosso país. Você tem que
ter condicionantes de compensar o município, a
sociedade do município, pela instalação desse
projeto, que traz demanda de saúde, de segurança, de
educação, e para que ao final da exploração você
tenha a área totalmente recuperada - defendeu.
Os parlamentares pretendem compartilhar as
audiências públicas com as comissões mistas das MPs
789 e 791, que também tratam de temas ligados à
mineração. A ideia é unificar os convites ao
ministro de Minas e Energia e aos representantes de
órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
(Ibama) para que em uma única reunião possam ser
debatidas as três medidas provisórias conjuntamente.
Fonte: Agência Senado
06/09/2017 -
Indústria cresce 0,8% entre junho e julho deste ano
A produção industrial brasileira cresceu 0,8% na
passagem de junho para julho deste ano. Esta é a
quarta alta consecutiva do indicador nesse tipo de
comparação. Na passagem de maio para junho, o
aumento havia sido de 0,2%. Os dados, da Pesquisa
Mensal Industrial – Produção Física (PIM-PF), foram
divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com julho de 2016, a indústria cresceu
2,5% e, no acumulado do ano, avançou 0,8%. No
entanto, no acumulado de 12 meses, a produção da
indústria acumula queda de 1,1%.
Na passagem de junho para julho, as quatro grandes
categorias econômicas tiveram alta: bens de consumo
duráveis (2,7%), bens de consumo semi e não duráveis
(2%), bens de capital, isto é, máquinas e
equipamentos (1,9%), e bens intermediários, isto é,
insumos industrializados para o setor produtivo
(0,9%).
Nesse mesmo tipo de comparação, foram observadas
altas em 14 das 24 atividades industriais
pesquisadas. O destaque ficou com os produtos
alimentícios, que, com um crescimento de 2,2% na
produção, tiveram o maior impacto na indústria
nacional no período.
Em seguida, aparecem as atividades de produtos
derivados de petróleo e biocombustíveis (1,9%) e
equipamentos de informática e produtos eletrônicos
(5,9%).
Entre as dez atividades em queda, os destaques
ficaram com as indústrias extrativas (-1,5%),
perfumaria e produtos de limpeza (-1,8%) e
metalurgia (-2,1%).
Fonte: Agência Brasil
06/09/2017 -
Preço da cesta básica diminui em 21 capitais, aponta
Dieese
O custo dos alimentos que compõem a cesta básica caiu,
no mês de agosto, em 21 das 24 capitais brasileiras
pesquisadas pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O
relatório divulgado nesta terça-feira (5) mostra
queda em Campo Grande (-7,09%), Salvador (-7,05%),
Natal (-6,15%) e no Recife (-5,84%). As altas foram
registradas em Goiânia (0,04%), Maceió (0,91%) e Boa
Vista (1,40%).
Tiveram as cestas mais caras as cidades de Porto
Alegre (R$ 445,76), São Paulo (R$ 431,66) e
Florianópolis (R$ 426,30). Os menores valores foram
observados em Salvador (R$ 332,10), Natal (R$
336,12) e no Recife (R$ 340,54). A maioria das
capitais registrou queda de preços, principalmente
do óleo de soja, açúcar, tomate, feijão, leite e
carne bovina de primeira.
Nos últimos 12 meses, o valor da cesta caiu em todas
as cidades pesquisadas. A principal queda ocorreu em
Campo Grande (-19,46%) e a menor foi em Aracaju
(-4,55%). Entre janeiro e agosto, o custo da cesta
teve queda em 23 capitais, com destaque para Campo
Grande (-12,98%), Cuiabá (-1,79%), Manaus (-9,39%) e
Belém (-8,50%). A única alta foi registrada em
Aracaju (1,19%).
Salário Mínimo
Com base no custo da cesta brasileira mais cara, a de
Porto Alegre, o salário mínimo necessário para uma
família de quatro pessoas deveria ser de R$
3.744,83. O valor estimado corresponde a quatro
vezes o mínimo vigente, que é R$ 937,00. No mês
anterior, o piso mínimo necessário foi calculado em
R$ 3.810,36. Em agosto do ano passado, o mínimo
ficou em R$ 3.991,40.
Fonte: Agência Brasil
06/09/2017 -
Projeto muda prazos para que segurados mantenham
benefícios previdenciários
A Câmara dos Deputados analisa proposta que reduz os
prazos previstos em lei para que beneficiários da
Previdência Social, independentemente de
contribuições, mantenham a qualidade de segurado. É
o que determina o Projeto de Lei 5257/16, do
deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que altera a Lei
de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/91).
Uma das mudanças mexe na regra geral e determina que
manterá a qualidade de segurado apenas quem estiver
em gozo de benefício que substitua o salário de
contribuição ou o rendimento do trabalho, como o
salário-maternidade.
“Defendemos a corrente jurisprudencial que acredita
que mantêm a qualidade de segurado apenas aqueles
que recebem benefício que substitua a remuneração,
uma vez que, nessa hipótese, estão impossibilitados
de exercer atividade laboral, por motivo de doença,
invalidez ou maternidade”, diz Leite.
Pela lei vigente, quem está usufruindo de qualquer
benefício, como o auxílio-doença, mantém a qualidade
de segurado durante todo o período do benefício.
Doença
Outra alteração proposta reduz de 12 meses para 3
meses o período em que o segurado acometido de
doença segregante ou o segurado preso ou recluso,
mantêm a qualidade de segurado após o fim da
segregação ou da reclusão.
Já o segurado facultativo, segundo o projeto,
manterá a qualidade de segurado até 3 meses após o
encerramento das contribuições. Atualmente, esse
prazo é de 6 meses.
Por fim, o projeto permite a prorrogação da
qualidade de segurado, por até 24 meses após o fim
das contribuições, do beneficiário que já tiver pago
mais de 120 contribuições mensais sem interrupção ou
estiver desempregado. Atualmente, mantém a qualidade
de segurado, por até 12 meses após o fim das
contribuições, o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada ou estiver suspenso ou
licenciado sem remuneração.
A qualidade de segurado da Previdência Social
assegura aos inscritos no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) o direito de receber
aposentadorias, pensões, auxílios-doença,
auxílio-maternidade e outros benefícios nos períodos
em que estejam impedidos de trabalhar.
A perda da qualidade de segurado ocorre no dia
seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de
Custeio da Seguridade Social para recolhimento da
contribuição.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
06/09/2017 -
PF reprime fraude que causou R$ 10 milhões de
prejuízo à Previdência
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverá
suspender o pagamento de 109 benefícios,
submetendo-os a procedimento de auditoria.
Suspeita-se que tais benefícios façam parte de um
esquema de fraude previdenciária que causou prejuízo
de R$ 10 milhões à instituição. O anúncio foi feito
hoje (5) pela Polícia Federal, que integra a
Força-Tarefa Previdenciária junto com a Secretaria
de Previdência e o Ministério Público Federal (MPF).
A força-tarefa deflagrou na manhã desta terça-feira
a Operação Fantôme, com a finalidade de reprimir
crimes previdenciários. Ao todo, foram cumpridos 14
mandados judiciais: dois de prisão preventiva e 12
de busca e apreensão, além do sequestro de bens
imóveis e de veículos em poder dos principais
investigados.
Segundo a Polícia Federal, as investigações
começaram em 2012. Os criminosos falsificavam
documentos públicos para receber benefícios de
Amparo Social ao Idoso. Os pagamentos eram feitos a
pessoas fictícias, daí o nome da operação, Fantôme,
fantasma em francês. Além de criar beneficiários
fantasmas, o grupo recebia indevidamente benefícios
previdenciários após o falecimento do segurado.
A organização criminosa contava com o apoio de um
funcionário de uma instituição bancária em Timbiras,
no Maranhão, e outro da agência dos Correios em
Codó, no mesmo estado. Eles eram responsáveis pela
abertura de contas correntes, realização da prova de
vida e renovação de senha bancária. Fazia parte,
ainda, um servidor do INSS, atualmente aposentado,
além de intermediários e agenciadores.
Os investigados presos serão indiciados pelos crimes
de estelionato previdenciário, organização criminosa
e lavagem de capitais. A operação foi realizada nas
cidades de Codó, Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra
e São Luis, no Maranhão, e em Teresina, capital
piauiense.
Fonte: Agência Brasil
06/09/2017 -
Ministério do Trabalho edita nova portaria sobre
registro sindical
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) editou,
nesta terça-feira (5), a Portaria 1.043, que
substitui a 326, de 11 de março de 2013, sobre os
pedidos de registro das entidades sindicais de
primeiro grau no ministério. A portaria entra em
vigor em 30 dias.
A advogada trabalhista, Zilmara Alencar, que é
membro do corpo técnico do DIAP, elaborou quadro
comparativo entre as portarias 326 e 1.043 para
que se possa entender as alterações.
PORTARIA Nº 1.043, DE 4 DE SETEMBRO DE 2017
MINISTÉRIO DO TRABALHO
GABINETE DO MINISTRO
DOU de 05/09/2017 (nº 171, Seção 1, pág. 47)
Altera a Portaria nº 326, de 11 de março de 2013,
que dispõe sobre os pedidos de registro das
entidades sindicais de primeiro grau no Ministério
do Trabalho.
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO, no uso das suas
atribuições legais e tendo em vista o disposto no
art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, no Título V da Consolidação das Leis
do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943, e na Súmula nº 677, do Supremo
Tribunal Federal, resolve:
Art. 1º - Dar nova redação ao inciso X do art. 18,
ao art. 20, aos §§ 9º e 10 do art. 23, ao inciso III
do art. 25, ao inciso IV do art. 28, ao art. 43 e ao
§ 2º do art. 45, nos seguintes termos:
Art. 18 -
.............................................
X - caso o Ministério do Trabalho seja notificado da
resolução do(s) conflito(s) por meio do acordo a que
se refere o art. 20. (NR)
Art. 20 - As impugnações que não forem arquivadas,
conforme disposto no artigo 18 serão remetidas ao
procedimento de mediação previsto na Seção IV. (NR)
Art. 23 -
.............................................
§ 9º - Encerrado o processo de mediação e não
havendo acordo ou ausentes quaisquer dos
interessados, o processo do impugnado ficará
suspenso pelo período máximo de 180 (cento e
oitenta) dias, contados a partir da publicação. (NR)
§ 10 - Esgotado o prazo previsto no parágrafo
anterior e o Ministério não seja notificado acerca
do acordo, o processo do impugnado será arquivado. (NR)
Art. 25 -
.............................................
III - se a entidade impugnada resolver o(s)
conflito(s) por meio de acordo, nos termos do art.
20. (NR)
Art. 28 -
.............................................
IV - durante o prazo previsto para resolução dos
conflitos, conforme prazo previsto no art. 20; (NR)
Art. 43 - Os processos administrativos de registro
sindical e de registro de alteração estatutária
deverão ser concluídos no prazo máximo de 1 (um)
ano, contados do recebimento dos autos na CGRS,
ressalvados os prazos para a prática de atos a cargo
do interessado, devidamente justificados nos autos.
(NR)
Art. 45 -
.............................................
§ 2º - As decisões de abertura de prazo para
impugnação, arquivamento de impugnação,
encaminhamento para mediação, suspensão,
deferimento, indeferimento e revisão desses atos
serão publicadas pela Secretaria de Relações do
Trabalho no DOU. (NR)
Art. 2º - Revogar o art. 19 e §§ 1º e 2º.
Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor 30 (trinta)
dias após a publicação.
RONALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA
Fonte: Diap
06/09/2017 -
Trabalho feito sob exposição a fonte natural de
calor é especial, define TNU
O trabalho exposto a fonte natural de calor tem
natureza especial, conforme definiu a Turma Nacional
de Uniformização dos Juizados Especiais Federais
(TNU). Na última sessão de julgamento, no dia 30 de
agosto, o órgão entendeu que depois do Decreto
2.172/97 se tornou possível o reconhecimento das
condições especiais do trabalho exercido sob
exposição ao calor proveniente de fontes naturais,
de forma habitual e permanente.
Essa exposição acontece se comprovada a superação
dos patamares estabelecidos no Anexo 3 da Norma
Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho e
Emprego, calculado pelo Índice de Bulbo Úmido –
Termômetro de Globo (IBUTG), de acordo com a fórmula
prevista para ambientes externos com carga solar.
A discussão, iniciada pelo voto da juíza Gisele
Chaves Sampaio Alcântara num pedido de uniformização
de interpretação de lei federal (Pedilef), foi
retomada pelo colegiado no voto-vista do juiz
federal Fábio Cesar dos Santos Oliveira, acompanhado
pela maioria, no recurso do INSS.
A entidade de seguridade social foi à Justiça contra
acórdão da Segunda Turma Recursal de Pernambuco, que
havia reconhecido como especial o intervalo em que a
parte autora, na função de trabalhador rural,
exerceu atividade em uma empresa agroindustrial, por
enquadramento à categoria profissional, em período
anterior ao advento da Lei 9.032/95 e o período em
que a parte autora exerceu atividade exposta a calor
proveniente de fontes naturais, após 05/03/97.
O magistrado acolheu parcialmente os argumentos da
autarquia previdenciária para que a especialidade do
trabalho só possa ser reconhecida se ficar
demonstrada que a exposição do trabalhador a fonte
natural de calor foi habitual e permanente.
“Entendo assistir razão à autarquia no que concerne
à necessidade de a exposição ao calor, por fonte
natural, ser habitual e permanente, a partir de
29/04/1995, de acordo com o disposto pelo art. 57,
§3º, da Lei n. 8.213/91, com a redação que lhe foi
conferida pela Lei n. 9.032/95”, disse ele.
De acordo com Fábio Cesar dos Santos Oliveira, “a
intermitência da incidência da radiação solar não
implica a impossibilidade de o calor, nessa
hipótese, ser agente nocivo para o trabalhador que
esteja em situação de sobrecarga térmica, pois os
efeitos prejudiciais à saúde podem perdurar em
períodos de insolação menos intensa”. O juiz federal
também destacou que “o escopo técnico dessa
mensuração, para a qual concorrem as variáveis
presentes no ambiente de trabalho, pode ser balizada
pela média da exposição ou nas medições feitas em
períodos de maior intensidade, o que não se opõe à
exigência de habitualidade e permanência, a qual é
apenas contraposta à situação em que calor seja
fator de risco ocasional ou estranho à rotina do
trabalhado desenvolvido”.
O entendimento adotado foi em sentido contrário ao
do relator do caso, juiz federal Márcio Rached
Millani, que conhecia e dava provimento ao recurso
para firmar a tese no sentido de que, “no que se
refere ao agente agressivo calor, apenas as fontes
artificiais ensejam o reconhecimento de tempo
especial”.
Após fixar a tese, nos termos do voto divergente, a
Turma Nacional determinou o retorno dos autos à
Turma Recursal de Pernambuco, nos termos da Questão
de Ordem n. 20 da TNU, para a que se proceda novo
julgamento. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRF-4.
Fonte: Consultor Jurídico
05/09/2017 -
Centrais afinam unidade e trabalham por MP que
melhore a reforma trabalhista
Força, UGT, CTB, Nova Central e CSB, com o Dieese,
reuniram-se segunda (4), na sede da UGT, para
definir o enfrentamento à reforma trabalhista.
Também foram debatidos itens da nova lei, que entra
em vigor dia 12 de novembro, e meios de minimizar
seus efeitos, com uma eventual medida provisória a
ser editada por Temer.
Ricardo Patah, presidente da UGT, avaliou
positivamente o encontro e ressaltou a união das
entidades. Segundo o dirigente, “esse tipo de
encontro, com o debate franco, mostra a
solidariedade, unidade e compreensão do momento
grave que a classe trabalhadora brasileira está
vivenciando”.
“Debatemos temas como homologação, eleições em
empresas com mais de 200 funcionários, a questão da
gestante trabalhar em local insalubre, acordo
individual e também custeio. Esses itens deverão
constar em futura medida provisória”, destacou Patah
à Agência Sindical.
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, o
momento é grave e requer ações concretas. O
cetebista avalia que as Centrais vêm cumprindo seu
papel no esforço de construir a unidade na
diversidade. “A agenda ultraliberal que depõe contra
os interesses da classe trabalhadora, sobretudo com
a reforma trabalhista e uma reforma da Previdência a
toque de caixa, exige muita determinação de nossa
parte”, alerta.
Medida - O presidente da Força Sindical e
deputado federal, Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
vê possibilidade a hostilidade que se criou em
Brasília contra o sindicalismo. O momento é de
negociação. Paulinho afirma: “É preciso dialogar com
as lideranças dos partidos e o próprio governo. Só
assim podemos garantir direitos. A negociação
envolve uma medida provisória que está em fase final
de elaboração”. Nos debates, Paulinho lembrou que
não basta uma MP bem redigida. Em sua avaliação, a
escolha do relator será decisiva.
Fiesp - Pela manhã, dirigentes da Força, UGT,
CTB e Nova Central e empresários se reuniram na
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo,
para discutir estratégias pró-retomada do
crescimento e a geração do emprego. Centrais e
empresários farão ação conjunta dia 12, em Brasília.
“Pretendemos levar uma grande delegação e entregar
documento que sensibilize o governo com alternativas
para crescimento do País, como mais crédito, retorno
de obras paralisadas, entre outras”, adianta Patah.
Mais informações: fsindical.org.br,
portalctb.org.br/site/ www.ugt.org.br,
www.ncst.org.br, csb.org.br
Fonte: Agência Sindical
05/09/2017 -
Fórum lança movimento de resistência ao desmonte da
CLT e assalto a direitos
O Fórum Sindical dos Trabalhadores lança nesta terça
(5), às 10 horas, o Movimento Nacional de
Resistência às Reformas, que articulará uma série de
iniciativas em todo o País visando à mobilização da
classe trabalhadora e da população em geral contra a
implementação da reforma trabalhista (Lei 13467/17)
e a precarização de direitos.
O evento, no auditório do Hotel Nacional, em
Brasília, reunirá dirigentes das 22 Confederações
que integram o FST, além de representantes de
entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), Associação Nacional dos Magistrados do
Trabalho (Anamatra) e Ministério Público do
Trabalho.
A Agência Sindical conversou com o Coordenador do
FST, Artur Bueno de Camargo. “O objetivo central é
informar a classe trabalhadora sobre os impactos da
reforma trabalhista, mostrando o quanto ela é
prejudicial aos trabalhadores. Mas queremos ir
adiante, conscientizando a classe trabalhadora e a
população da necessidade de mudanças urgentes na
representação política do País”, explica.
O lançamento da campanha marca o início de um
cronograma de atividades que serão coordenadas por
meio dos cinco comitês que atuarão nos Estados,
coordenado o trabalho das entidades sindicais.
Segundo Artur, apesar do movimento ter surgido na
base das Confederações, a proposta é incorporar
outras entidades aos núcleos que de base estadual.
“Queremos promover uma integração maior dos
movimentos da classe trabalhadora, para ampliar as
lutas contra a exploração. Acreditamos que o FST tem
um papel importante nesse processo de integração,
indispensável para barrar esses ataques aos direitos
e avançarmos na construção de um País justo e digno,
com desenvolvimento e emprego”, ressalta.
Os comitês atuarão nos Estados, com assessoramento
do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), ficarão
responsáveis pela distribuição de materiais de
divulgação e pelas estratégias resistência à
precarização dos direitos. Além disso, coordenarão a
coleta de assinaturas para viabilizar um Projeto de
Lei de Iniciativa Popular com vista a revogar a
"reforma" trabalhista aprovada no Congresso
Nacional.
Fonte: Agência Sindical
05/09/2017 -
Rodrigo Maia diz que reforma da Previdência pode ser
votada em outubro
O presidente da República em exercício, deputado
Rodrigo Maia, disse nesta segunda-feira (4) que a
previsão na Câmara dos Deputados é votar em outubro
a reforma da Previdência. Segundo ele, a maior
dificuldade será conseguir os votos necessários para
a aprovação em primeiro turno no Plenário.
“O problema não é a data, é ter voto para votar.
Hoje tem menos votos do que antes”, declarou. Ele
calcula que, atualmente, não será possível alcançar
mais que 280 votos, quantidade abaixo dos 308
necessários para a aprovação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da
Previdência.
“É questão de trabalhar e mostrar a urgência para os
parlamentares”, disse Maia. Ele afirmou que atua
todos os dias no convencimento dos deputados no tema
que, segundo ele, ainda é polêmico. “Aprovada a
reforma da Previdência ainda neste ano, o impacto na
economia ano que vem vai ser muito forte e vai
colaborar com a eleição de 2018”, disse.
Reformas
Em São Paulo, Rodrigo Maia participou nesta manhã do
Fórum Exame, voltado a empresários. Ele defendeu a
privatização de empresas públicas. “Não precisamos
privatizar para zerar o deficit público”, mas
porque, em sua opinião, “nas mãos do setor privado
[as empresas] são mais eficientes”, disse.
Maia levantou também a questão da estabilidade do
emprego no setor público. “Existem áreas em que será
necessária alguma estabilidade, em outras não”. O
presidente em exercício citou como argumento para
uma possível mudança no status dos servidores a
falta de recursos para a Previdência pública não
apenas em âmbito federal, mas também nos estados.
Denúncia
Sobre uma eventual nova denúncia contra o presidente
da República, Michel Temer, Rodrigo Maia disse que é
importante que a questão se encerre rapidamente para
não prejudicar a agenda de reformas no Congresso
Nacional.
Maia declarou que respeitará as decisões da
Procuradoria-Geral da República, mas que, se não
houver embasamento, a denúncia deverá arquivada.
“Temos que começar a separar as coisas”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
05/09/2017 -
Vanessa Grazziotin cobra do governo mudanças em
pontos da reforma trabalhista
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) cobrou a
edição de uma medida provisória para modificar
alguns pontos da reforma trabalhista, aprovada em
julho pelo Senado. Ela lembrou que durante a votação
do texto foi fechado um acordo entre os próprios
integrantes da bancada governista, segundo o qual
Temer faria correções na proposta por meio vetos e
de medidas provisórias.
A senadora lembrou que há 53 dias a sociedade
aguarda por essas providências do Poder Executivo.
Vanessa Grazziotin informou ainda ter ouvido do
líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
que as regras da reforma trabalhista só passarão a
valer em novembro próximo. Por isso a medida
provisória ainda não teria sido enviada ao Congresso
Nacional.
Na avaliação da senadora, não há razão para esperar
por novembro, uma vez que as empresas já estão se
organizando para atender às novas normas. Disse
também ser necessário garantir segurança jurídica a
empregados e empregadores.
— O acerto foi que se aprovaria do jeito que estava
porque haveria a edição de uma medida provisória. E
essa medida provisória é necessária para corrigir
inúmeras arbitrariedades. Há tanta imoralidade
contra o trabalhador que o próprio Ministério
Público Federal entrou com uma ação de
inconstitucionalidade, já da lei que recém foi
aprovada.
Fonte: Agência Senado
05/09/2017 -
Investigação poderá rever acordo de delação premiada
dos executivos da JBS
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot,
anunciou na noite desta segunda-feira (05) que abriu
investigação para rever o acordo de delação premiada
de Joesley Batista, Francisco de Assis e Silva, e
Ricardo Saud, executivos da JBS.
Isso pode levar a rescisão do acordo de delação.
Segundo Janot, a suspeita é que eles teriam omitido
fatos criminosos durante os depoimentos prestados ao
Ministério Público Federal.
Janot também disse que a revisão da delação não vai
interferir na possível nova denúncia que ele deve
apresentar contra o presidente Michel Temer.
O que deu origem à investigação foi uma nova leva de
documentos entregues pela defesa dos empresários da
JBS ao Ministério Público na última quinta-feira.
Isso fazia parte do cronograma de cumprimento do
acordo.
Um dos nomes citados é o de Marcelo Miller,
ex-procurador da república que deixou o cargo e
passou a atuar no escritório de advogacia que
negociou o acordo de leniência da JBS.
O áudio não está sob sigilo, mas como revela a
intimidade de pessoas, inclusive autoridades, o
procurador-geral preferiu enviar o material para
análise do STF, para que os ministros decidam o que
deve ser divulgado.
Os empresários da JBS, Marcelo Miller e os advogados
envolvidos serão ouvidos pela procuradoria ainda
nesta semana.
Fonte: Portal EBC
05/09/2017 -
Empresa sem empregados não é obrigada a pagar
contribuição sindical
Somente empresas que possuem empregados são
obrigadas ao pagamento da contribuição sindical
patronal. Esse foi o entendimento aplicado pela
juíza Cláudia Bueno Rocha Chiuzuli, 1ª Vara do
Trabalho de São Carlos (SP), ao afastar a cobrança
de uma empresa que não possui empregados.
No caso, a empresa que trabalha com compra e venda
de imóveis próprios foi surpreendida pela cobrança
da contribuição sindical feita pelo sindicato do
ramo imobiliário.
Diante disso, representada pelo advogado Augusto
Fauvel de Moraes, ingressou com ação declaratória
para que fosse reconhecia a inexigibilidade da
contribuição. De acordo com o advogado, por não
possuir funcionários, a empresa não pode ser
considerada empregadora. Logo, a contribuição seria
inexigível. Por sua vez, o sindicato sustentou que a
cobrança era válida, ainda que não houvesse
empregados registrados na empresa.
Seguindo a jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho, a juíza Cláudia Chiuzuli concedeu o pedido
para afastar a cobrança. "Pela interpretação
sistemática dos artigos 2º, 579, 580, I, II e III,
da CLT, há a clara conclusão que somente empresas
que possuem empregados são obrigadas ao pagamento da
contribuição sindical patronal, sobretudo porque
esse valor se destina à manutenção do sindicato
representativo da categoria e à sua atuação na
proteção dos direitos dos empregados e
empregadores", concluiu.
Processo 0010508-46.2017.5.15.0008
Fonte: Consultor Jurídico
05/09/2017 -
PLR é isento de contribuição previdenciária se
sindicato negociou, decide CARF
Se ficar provado que sindicato participou de
diversas reuniões com empresa para a discussão de
acordo de participação nos lucros, o documento é
válido, por mais que a entidade não o tenha
assinado.
Com base nesse entendimento, a 2ª Câmara da 1ª Turma
Ordinária do Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (Carf) aceitou parcialmente recurso da
gerenciadora de energia Eaton e excluiu os
dividendos da incidência de contribuição
previdenciária.
A empresa foi autuada porque o sindicato que
representa seus empregados não assinou o acordo que
regulamentou o PLR. Assim, o Fisco entendeu que os
valores pagos aos funcionários não tinham natureza
de lucro, e sim de remuneração. Portanto, a Eaton
deveria pagar contribuição previdenciária sobre
eles.
Mas para a conselheira Ana Cecília Lustosa da Cruz,
autora do voto vencedor, ficou provado que a
entidade participou das reuniões que fixaram o PLR.
Segundo ela, permitir a descaracterização desse
benefício sob o argumento de que o sindicato não
assinou o acordo “seria admitir a possibilidade de
comportamentos abusivos das entidades sindicais”.
Isso porque a instituição participou dos encontros,
não dando chance à Eaton de recorrer ao mecanismo do
artigo 617, parágrafo 1º, da Consolidação das Leis
do Trabalho. Este dispositivo permite a convocação
da federação e da confederação da categoria em caso
de ausência do sindicato.
Além disso, Ana Cecília destacou que o excesso de
formalidades desvirtua o objetivo do PLR.
“Destaca-se que que a intenção do legislador
constituinte, ao tratar do plano de PLR, foi
incentivar as empresas a distribuírem seus lucros
com os empregados, perfazendo com isso uma melhor
distribuição de renda no país e socializando os
lucros. Assim, cercar o instituto com excessos de
exigências formais o desvirtualiza e desincentiva as
empresas a fazê-lo, tendo em vista, principalmente,
a realidade fática do caso concreto sob análise”.
Dessa maneira, a conselheira entendeu que os valores
pagos constituíam, sim, PLR. Logo, não integram a
remuneração, e sobre eles não incide contribuição
previdenciária, conforme jurisprudência do Carf. O
voto dela foi seguido pela maioria dos integrantes
da 2ª Câmara.
Fonte: Jusbrasil
05/09/2017 -
Prazos para MP e Defensoria contam a partir do
recebimento dos autos, define STJ
Os prazos para que o Ministério Público e a
Defensoria Pública se pronunciem em processos só
começam a contar a partir da data do recebimento dos
autos. Foi o que decidiu pela 3ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça em recurso repetitivo.
Ficou definida a seguinte tese: “O termo inicial da
contagem do prazo para impugnar decisão judicial é,
para o Ministério Público, a data da entrega dos
autos na repartição administrativa do órgão, sendo
irrelevante que a intimação pessoal tenha se dado em
audiência, em cartório ou por mandado”.
A tese vale também para a Defensoria devido às
semelhanças institucionais e legais. No recurso
especial, a apelação interposta pelo Ministério
Público foi considerada intempestiva porque o prazo
recursal foi contado a partir da intimação em
audiência.
Segundo o relator, ministro Rogério Schietti Cruz, o
tratamento diferenciado ao MP e à Defensoria Pública
garante o contraditório e o cumprimento dos
objetivos constitucionais dessas instituições. O
magistrado citou decisão do Supremo Tribunal
Federal, de relatoria do ministro Francisco Rezek,
para sustentar que não se trata de um tratamento
diferente para a acusação e a defesa, mas, sim, de
uma distinção necessária entre a Justiça pública e a
advocacia particular.
Tal distinção é decorrência lógica, segundo Schietti,
da dinâmica de trabalho dessas instituições.
“Não se pode comparar, sequer remotamente, a
quantidade de processos sob a responsabilidade de um
membro do Ministério Público — normalmente calculada
em centenas ou milhares — com a que normalmente
ocupa a carteira de um escritório de advocacia,
contada, se tanto, em dezenas”, justificou.
Para Schietti, “parece irrazoável exigir que um
promotor de Justiça, que realiza dezenas de
audiências criminais, já tenha o prazo recursal
correndo em seu desfavor a partir dessas tantas
audiências em série”.
Seguindo o voto do relator, os ministros da 3ª Seção
estabeleceram uma separação entre o ato da intimação
(comunicação de ato praticado) e o marco inicial da
contagem de prazos para que as partes pratiquem atos
processuais, desvinculando uma coisa da outra.
Rogerio Schietti citou trechos da legislação que
trata das prerrogativas do MP e da Defensoria
Pública em que há menção expressa à intimação
pessoal de seus membros.
A definição desse precedente em recurso repetitivo,
segundo o relator, é importante porque a intimação
pessoal pode ser concretizada por cinco formas
diferentes, o que gerou no passado decisões em
sentidos contrários à necessidade do MP e da DP.
Para o ministro, a remessa dos autos ao órgão é o
procedimento de intimação que atende da melhor forma
aos objetivos dessas duas instituições públicas.
Além disso, o relator destacou os princípios da
indivisibilidade e unidade que regem as
instituições, o que significa, nos casos práticos,
que nem sempre o membro que participa da audiência
será o autor da próxima peça processual, sendo
razoável aguardar a remessa dos autos para o início
da contagem dos prazos.
Além do recurso especial sobre a tempestividade da
apelação do MP, o colegiado julgou em conjunto um
habeas corpus que discutia o prazo para a Defensoria
Pública. Com informações da Assessoria de
Imprensa do STJ.
Fonte: Consultor Jurídico
05/09/2017 -
Gari ganha na justiça direito de receber adicional
de insalubridade
O município de Padre Bernardo deverá pagar adicional
de insalubridade, no percentual de 40%, sobre o
salário base do gari Aurino Moreira dos Santos. Além
disso, o trabalhador ganhou o direito de receber as
diferenças salariais, acrescidas de juros e correção
monetária. A decisão é da 4ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que
manteve sentença de primeiro grau. A relatoria é do
desembargador Kisleu Dias Maciel Filho.
Conforme os autos, Aurino Moreira é concursado do
município, onde ocupa o cargo de gari. Ele relatou,
durante o processo, que a função que exerce junto a
prefeitura é insalubre, uma vez que tem contato com
vários produtos químicos e biológicos, os quais
acarretam dano à saúde.
Além disso, alegou que a prefeitura insiste em não
deferir o respectivo adicional de insalubridade a
todos que ocupam a mesma função dele. Diante disso,
moveu ação judicial, tendo por objetivo a
procedência do pedido. O juízo da comarca de Padre
Bernardo concedeu o benefício. Entretanto, o
município de Padre Bernardo, por sua vez, interpôs
recurso.
A prefeitura defende que o adicional de
insalubridade somente deve ser concedido mediante
prévio laudo técnico de engenheiro de segurança do
trabalho ou médico do trabalho, conforme prevê a Lei
Municipal nº 873/2011.
Sustentou, ainda, que fornece equipamentos de
proteção individual suficientes para neutralizar a
insalubridade e adota medidas de ordem geral que
conserva o ambiente de trabalho de seus servidores
públicos. Ressaltou, que os servidores já recebem o
referido benefício na cifra de 10%.
Ao analisar os autos, o magistrado argumentou ser
desnecessária a prova pericial técnica, uma vez que
foi comprovado por meio de junta médica o grau
máximo de insalubridade para a atividade laboral,
uma vez que o funcionário tem contato direto com
lixo de toda natureza.
“A realização da prova pericial não teria condão de
modificar o grau de insalubridade devida à parte
autora, uma vez que já existe a Norma
Regulamentadora de nº 15, do Ministério do Trabalho,
determinando o grau máximo de adicional de
insalubridade”, explicou o desembargador.
De acordo com Kisleu Dias, o referido laudo,
confirmado por profissional médico perito, concluiu
que o gari faz jus ao recebimento do adicional de
insalubridade em seu grau máximo, cujo percentual é
de 40%.
Fonte: Jusbrasil
04/09/2017 -
Impacto da reforma trabalhista será debatido em
seminário
A Subcomissão Temporária encarregada de elaborar o
Estatuto do Trabalho vai promover um seminário para
discutir o impacto da reforma trabalhista. O
encontro acontecerá nos dias 10 e 11 de novembro, às
vésperas da entrada em vigor da nova legislação. O
vice-presidente da subcomissão, senador Paulo Paim
(PT-RS), informa que será divulgado um documento ao
final do encontro explicando a reforma.
Fonte: Agência Senado
04/09/2017 -
Centrais se reúnem hoje para definir ações de
combate às reformas
A reforma trabalhista (Lei 13467/17), aprovada e
sancionada por Temer em julho, começa a vigorar em
novembro. Ao mesmo tempo, no Congresso Nacional,
tramita a PEC 287/16 que trata da reforma da
Previdência.
Diante desse cenário, CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central e CSB se reúnem nesta segunda (4), a
fim de avaliar e debater ações que serão adotadas
para combater os ataques que o governo federal vem
fazendo contra os trabalhadores.
"Todos os presidentes das Centrais confirmaram
presença. Será uma reunião importante, pois serão
discutidos temas como a medida provisória que muda
pontos da reforma trabalhista, a reforma da
Previdência e as ações junto às bases”, destaca o
secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna).
O dirigente disse à Agência Sindical que o
sindicalismo precisa articular ações que reforcem o
ambiente de repúdio à reforma trabalhista. “Muitas
categorias estão em campanha salarial e algumas
delas com data-base em 1º de novembro, às vésperas
da nova lei entrar em vigor. Por isso, é preciso
definir como combatê-la através das Convenções
Coletivas”, destaca.
Mobilização - Adilson Araújo, presidente da
CTB, também comenta que, após o encontro com Rodrigo
Maia em Brasília, na última quarta-feira (30), é
preciso que as Centrais se articulem. "O momento é
de união. É preciso preparar e definir quais ações
faremos com relação à nova lei trabalhista, focando
nas Convenções Coletivas. Além disso, vem aí a
reforma da Previdência. Precisamos nos mobilizar,
tentar modificar e até barrar essa PEC no
Congresso", lembra.
A reunião das Centrais será nesta segunda (4), às
14h30, na sede da UGT em São Paulo.
Fonte: Agência Sindical
04/09/2017 -
Temer diz que ainda acredita na aprovação da reforma
da Previdência
O presidente Michel Temer disse neste sábado (4), em
entrevista ao Jornal da Band, que acredita que o
governo ainda vai conseguir colocar em pauta e
aprovar a reforma da Previdência no Congresso
Nacional.
De acordo com ele, os últimos 90 dias, apesar de
"muito tumulto político", foram um período de
notícias positivas na economia, como a criação de
empregos e o crescimento do PIB, o Produto Interno
Bruto. Como altera a Constituição, a proposta
precisa ser aprovada em dois turnos, na Câmara e no
Senado, com alto quórum [308 deputados e 49
senadores].
Citando a vitória do governo em outros assuntos
tratados pelo Planalto como reformas estruturais,
como a emenda que institui um teto para os gastos
públicos e a mudança de leis da CLT, a Consolidação
das Leis do Trabalho,Temer disse estar disposto a
levar adiante as alterações ao acesso à
aposentadoria e, posteriormente, promover uma
reforma tributária. "Penso que ainda vamos conseguir
aprovar a reforma da Previdência", afirmou.
Temer está na China desde quinta-feira (31) e cumpre
uma agenda que envolve encontros com investidores,
empresários, o presidente Xi Jinping e a
participação na 9ª Cúpula do Brics (grupo formado
pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do
Sul).
Sobre a possível segunda denúncia contra ele, a ser
oferecida pelo procurador-geral da República, o
presidente disse não temer qualquer tipo de
acusação. Segundo Temer, quem deve cuidar do assunto
é o seu advogado.
"Eu não temo. Eu tenho absoluta convicção de que, se
vier, será de uma absoluta singeleza, para não dizer
uma inépcia tão grande. Eu não tenho nenhuma
preocupação com qualquer hipótese de denúncia. Estou
preocupado em levar o Brasil adiante, que é o que
estamos fazendo", afirmou.
Na entrevista, o presidente comentou também a
relação do Brasil com os chineses. Segundo ele, a
parceria dos dois países envolve não apenas a área
comercial. Citou, como exemplo, um acordo assinado
para a instalação de escolas de futebol na nação
asiática e a instalação de escritórios de concessão
de visto.
Na sexta-feira (1º), o ministro da Agricultura,
Blairo Maggi, anunciou que os chineses pretendem
ampliar a compra de carnes do Brasil.
Fonte: Agência Brasil
04/09/2017 -
Crescimento do PIB mostra recuperação no consumo das
famílias
O PIB brasileiro, a soma de todas as riquezas
produzidas no Brasil, cresceu 0,2% no segundo
trimestre de 2017 em relação ao mês anterior. Se
comparado com o mesmo período de 2016, o crescimento
é de 0,3%. Mas no acumulado dos últimos 12 meses, a
economia ainda registra uma retração de 1,4% do PIB.
Entre os dados mais positivos, está a volta do
crescimento do consumo das famílias que aumentou
1,4% no trimestre após nove quedas consecutivas. Por
outro lado, um dado ainda negativo é o da taxa de
investimentos, que retraiu 1,2% se comparado com o
mesmo período do ano passado.
O diretor do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, José Ronaldo Souza, explica que o setor da
construção civil puxou para baixo a taxa de
investimentos.
Apesar de alguns setores estarem ainda no negativo,
o especialista do Ipea acredita que a tendência do
PIB mudou.
O setor da indústria continuou apresentando queda no
PIB e ficou com uma retração de 0,5% em relação ao
trimestre anterior. O economista da CNI,
Confederação Nacional da Indústria, Marcelo Azevedo,
comentou o resultado.
Para o presidente do Conselho Federal de Economia,
Júlio Miragaia, o crescimento do consumo das
famílias ocorreu por causa da liberação dos recursos
do FGTS e da queda na inflação. E para o economista
a redução na taxa de investimento ainda mostra um
cenário de estagnação.
E o agronegócio teve variação de 0% no segundo
trimestre em relação ao primeiro de 2017. Segundo a
CNA, Confederação Nacional da Agricultura, o número
é positivo porque manteve a alta produção do
primeiro período do ano.
Fonte: Portal EBC
04/09/2017 -
Vamos atacar a reforma nas Convenções Coletivas, diz
Luizinho da Nova Central
O Programa da Sexta, na Rádio Web Agência Sindical,
recebeu sexta-feira (1º) o presidente da Nova
Central no Estado de São Paulo, Luiz Gonçalves
(Luizinho). Ele fez um balanço do atual cenário
econômico e sindical ante a iminente vigência da
reforma trabalhista.
O dirigente falou também sobre o plano de lutas que
será adotado pela Central em conjunto com outras
entidades. Para o sindicalista, Temer mente e engana
trabalhadores e população quando defende a reforma
trabalhista. “O governo diz que não haverá perdas
com a reforma. É mentira! Essa lei vai acabar com
tudo que levamos anos para conquistar”, disse.
Luizinho citou também a propaganda negativa que
fazem dos Sindicatos. “Dizem que os Sindicatos são
ricos e que recebem recursos bilionários. Isso é
outra mentira! Se colocarmos na ponta do lápis, para
os Sindicatos não chega um terço do que vai para
partidos políticos ou para o sistema S. Estes sim
ganham muito dinheiro à custa dos trabalhadores”,
enfatiza.
Ações - De acordo com sindicalista, a Nova
Central vem orientando os Sindicatos filiados a
combaterem o que ele chama de “deforma trabalhista”.
“Se pela nova lei vale o negociado sobre o
legislado, então vamos colocar itens que impeçam a
implantação da reforma nas Convenções e acordos
coletivos”, ressalta.
Luizinho destaca também as ações de esclarecimento
para trabalhadores e sindicalistas. “Estamos
elaborando uma cartilha unificada, em parceria com o
Dieese, Diap e outras Centrais. Nela, explicamos
tudo que muda a partir de novembro. O trabalhador
precisa saber as dificuldades que vai enfrentar e
entender que precisa de um Sindicato forte”,
conclui.
Fonte: Agência Sindical
04/09/2017 -
MP que atualiza Código de Mineração define plano de
trabalho nesta terça
A comissão mista formada para análise da medida
provisória 790/2017 reúne-se nesta terça-feira (5)
para definir o plano de trabalho. A MP atualiza o
Código de Mineração (Decreto-lei 227/1967) e é
complementar às MPs 789 e 791/2017, que tratam do
mesmo tema. A comissão é presidida pela deputada
Geovania de Sá (PSDB-SC) e tem como relator o
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
O texto da MP 790 altera vários pontos do Código de
Mineração, entre eles, amplia o prazo para a
realização de pesquisa mineral, que será de dois a
quatro anos. Hoje é de um a três anos. O governo
alega que esta e outras mudanças visam atualizar o
código para reduzir a burocracia e estimular a
atividade de exploração mineral.
Prorrogação do prazo
A pesquisa mineral é a primeira fase da atividade de
exploração e tem como objetivo definir a jazida e o
seu aproveitamento econômico. O prazo da pesquisa
poderá ser prorrogado sucessivamente, desde que o
titular do direito comprove dificuldade de acesso à
área ou não obtenção da licença ambiental por motivo
alheio a ele.
A MP 790 determina que o titular poderá continuar os
trabalhos, inclusive em campo, após o término da
fase de pesquisa para o aproveitamento econômico da
mina. Os dados obtidos pós-pesquisa terão que ser
comunicados à agência reguladora.
A medida provisória estabelece também que o
responsável poderá ser obrigado a apresentar, duas
vezes por ano, relatório de progresso da pesquisa.
Outro ponto importante da norma é a previsão
expressa da responsabilidade do minerador de
recuperar as áreas ambientalmente degradadas e a
obrigatoriedade de executar o plano de fechamento da
mina, quando houver essa necessidade.
Desoneração de área
O texto estabelece um novo critério para as chamadas
“áreas desoneradas”, que são aquelas que estavam
ligadas a um direito de pesquisa ou exploração e
tornaram-se disponíveis.
A redação proposta pelo governo determina que
qualquer fase ou exigência não cumprida pelo titular
do direito pode tornar a área disponível para
disputa por meio de leilão eletrônico, no qual vence
a oferta de maior valor.
Multas
Outra mudança é a ampliação do valor das multas
aplicadas para quem desrespeitar as normas do Código
de Mineração, que vai variar de R$ 2 mil a R$ 30
milhões. Hoje, o teto é de R$ 2,5 milhões, segundo o
governo.
A MP prevê ainda três novos tipos de sanção: multa
diária, suspensão temporária (parcial ou total) das
atividades minerais e apreensão de minérios, bens e
equipamentos. Foram mantidas as demais sanções
(advertência, multa e caducidade do direito).
A reunião está marcada para as 14h30 e deve ocorrer
na sala 15 da Ala senador Alexandre Costa.
Fonte: Agência Senado
04/09/2017 -
Projeto da Lei Orçamentária Anual para 2018 chega ao
Congresso
O Congresso Nacional recebeu na quinta-feira (31) o
projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2018,
de autoria do Poder Executivo (PLN 20/2017). Na
proposta, ainda consta a meta de resultado primário
com déficit de R$ 129 bilhões, previsão já alterada
pelo próprio governo para R$ 159 bilhões negativos.
O documento prevê um crescimento de 2% do Produto
Interno Bruto (PIB) em 2018 e de 2,5% em 2019.
Ainda de acordo com a projeção do governo, o ano de
2017 terminará com inflação de 3,7% e taxa Selic por
volta de 10%. Para o final de 2018 a inflação
prevista é de 4,2% e a Selic de 8%. O governo espera
ainda que o dólar fique por volta de R$ 3,40 no fim
de 2018. A receita total da União para 2018 será de
R$ 3,6 trilhões, segundo o documento, sendo o
orçamento fiscal de R$ 1,43 trilhão e o orçamento
para investimentos de R$ 68,8 bilhões.
Desta vez, o Legislativo recebeu a proposta de
orçamento com a previsão de receita e despesa
defasada, uma vez que deputados e senadores ainda
não terminaram de aprovar o projeto que atualiza a
meta fiscal, modificando a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2017 e de 2018. O texto
principal foi aprovado na madrugada desta
quinta-feira, mas ainda faltam dois destaques, que
serão votados na próxima semana.
Após a aprovação da nova meta, o governo deve mandar
uma mensagem modificativa ao projeto da LOA. Ou
seja, o Orçamento ainda vai mudar consideravelmente
em relação à versão entregue ontem, que atende ao
prazo de entrega previsto.
A revisão aumenta a meta fiscal de 2017 e 2018 para
déficit de R$ 159 bilhões em cada ano. A meta
anterior era de R$ 139 bilhões para este ano (LDO
2017) e de R$ 129 bilhões para 2018 (LDO 2018).
Despesas obrigatórias
O governo alega que a medida é necessária porque as
despesas obrigatórias (aquelas determinadas pela
Constituição ou por lei) estão crescendo, enquanto
as receitas estão em queda, colocando em xeque as
metas atuais das LDOs. Desde 2016, os gastos
obrigatórios estão acima da receita líquida da
União.
Nesta terça, a Secretaria do Tesouro Nacional
divulgou o resultado primário do governo. Nos 12
meses encerrados em julho, o saldo das contas do
governo é negativo em R$ 183,7 bilhões. É o pior
desempenho da série histórica das contas primárias,
iniciada em 1997.
Histórico
A última vez que o governo fechou as contas com
superávit primário foi em 2013. Naquele ano, o saldo
primário ficou positivo em R$ 75,3 bilhões. No ano
passado, o déficit primário chegou a R$ 159,5
bilhões.
O acúmulo de déficits primários tem como principal
consequência a elevação do endividamento público. A
dívida bruta do governo federal saltou de 49,3% do
Produto Interno Bruto (PIB), em 2013, para 69,1% do
PIB em junho, percentual que equivale a R$ 4,4
trilhões. A dívida bruta é o conceito mais amplo
sobre o endividamento do governo e inclui, entre
outras, as dívidas mobiliária e bancária, e as
operações compromissadas do Banco Central.
Tramitação
A Lei Orçamentária contém a previsão de receita que
deve ser arrecadada pelo governo durante o ano e
fixa esse mesmo valor como teto máximo para as
despesas a serem executadas.
Segundo a Constituição, o presidente da República
deve encaminhar ao Congresso Nacional o projeto até
o dia 31 de agosto. O Legislativo tem a tarefa de
analisar, propor alterações e votar o texto até o
dia 22 de dezembro de cada ano. Antes de ser votado
pelo Plenário, a proposição passar pela Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização
(CMO).
Fonte: Agência Senado
04/09/2017 -
Gilmar Mendes suspende processo sobre ultratividade
de acordo coletivo
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
suspendeu um processo que tramitava no Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região sobre
ultratividade de acordo coletivo.
Contrariando decisão anterior do próprio Gilmar
Mendes, que determinou a suspensão de todos os
processos sobre o assunto, o TRT-9 manteve a
validade de acordo coletivo com vigência expirada.
Diante desta decisão do TRT, a Companhia Municipal
de Transporte Coletivo de Araucária ingressou com
reclamação no STF alegando que ela estava em
desconformidade com a liminar proferida pelo
ministro Gilmar Mendes na Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 323.
Na ADPF, o ministro determinou a suspensão dos
processos que discutem a possibilidade de
incorporação, ao contrato individual de trabalho, de
cláusulas normativas pactuadas em acordos coletivos,
nos termos da Súmula 277 do Tribunal Superior do
Trabalho.
Ao julgar o pedido de liminar na reclamação, lembra
que foi determinada a suspensão de todos os
processos sobre o tema por entender que a mudança de
posicionamento do TST na nova redação da Súmula 277
ocorreu “sem nenhuma base sólida, mas fundamentada
apenas em suposta autorização advinda de mera
alteração redacional de dispositivo constitucional”.
Segundo o ministro, no caso analisado o TRT aplicou
o entendimento da Súmula 277 do TST, mesmo que não
tenha feito isso expressamente. “Desse modo, numa
análise preliminar, observo que o juízo reclamado,
ao manter a validade de acordo coletivo com vigência
expirada, assentando sua ultratividade, afrontou a
decisão desta Corte na ADPF 323, a despeito da
expressa determinação de suspensão dos seus
efeitos.” Com informações da Assessoria de
Imprensa do STF. Rcl 27.972
Fonte: Consultor Jurídico
04/09/2017 -
Técnica de enfermagem receberá horas extras por
intervalo de amamentação não concedido
A SSMR Saúde Ocupacional Ltda. deverá pagar como
horas extras o período correspondente ao intervalo
destinado a amamentação não concedido a uma técnica
de enfermagem. O pedido, negado na primeira e na
segunda instâncias da Justiça do Trabalho, foi
deferido pela Primeira Turma do Tribunal Superior do
Trabalho.
Na reclamação trabalhista, a trabalhadora comprovou
o nascimento do filho em 20/12/2005 e afirmou, com
base no artigo 396 da CLT, que tinha direito ao
intervalo de uma hora para amamentação até
20/6/2006. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região (SC), no entanto, entendeu que, ao emendar a
licença-gestante com férias, ela ficou afastada por
quase cinco dos seis meses previstos na lei para a
amamentação. Assim como o juízo de primeiro grau, o
Regional concluiu que ela deveria ter demonstrado a
necessidade de continuar amamentando, pois o direito
ao intervalo estaria condicionado a essa
necessidade.
No recurso ao TST, a técnica alegou que o artigo 396
da CLT não exige a comprovação da necessidade de
amamentação durante os primeiros seis meses após o
nascimento, tratando-se, assim, de um “direito
incondicionado”. Segundo sua argumentação, a
necessidade só deve ser demonstrada no caso de
dilatação desse período, quando a saúde do filho o
exigir.
O relator do recurso, ministro Walmir Oliveira da
Costa, assinalou que, de fato, a norma que
estabelece dois descansos especiais, de meia hora
cada, até que a criança complete seis meses de
idade, não condiciona o direito à demonstração da
necessidade de continuar amamentando após o retorno
da mãe ao trabalho. “A amamentação abrange o ato de
alimentar o recém-nascido, propiciando-lhe um
desenvolvimento saudável”, afirmou.
Segundo o ministro, a regra que garante o intervalo
é norma de ordem pública, e sua aplicação é
irrestrita e incondicional, com a finalidade de
assegurar a proteção à maternidade e à infância. Por
isso, ministro, a jurisprudência do TST vem firmando
entendimento de que a não concessão assegura à
empregada o direito ao pagamento desse tempo como
horas extras, por aplicação analógica do artigo 71,
parágrafo 4º, da CLT.
Por unanimidade, a Turma condenou a empresa a pagar
uma hora extra diária, desde o retorno da empregada
ao trabalho até a data em que o seu filho completou
seis meses de idade, com reflexos.
Fonte: TST
01/09/2017 -
Centrais se reúnem em Brasília com presidente
interino Rodrigo Maia
Dirigentes das Centrais Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central e CSB estiveram reunidas na noite da
quarta (30/08), em Brasília, com o presidente interino
Rodrigo Maia. Na pauta, entre outros temas, a
questão do custeio do sindicalismo brasileiro ante
da nova lei trabalhista.
Os representantes das entidades ouviram de Maia o
reconhecimento da importância de Sindicatos
atuantes, que garantam conquistas aos trabalhadores.
Segundo dirigentes que participaram do encontro, ele
entende a necessidade do financiamento.
Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), disse
à Agência Sindical, que a reunião transcorreu em
clima de tranquilidade e que o deputado se mostrou
sensível aos pleitos das Centrais.
"O ambiente no Congresso está muito conturbado. O
Maia demonstrou preocupação de que as medidas não
asfixiem as entidades sindicais. De nossa parte,
entendemos que, se existe o negociado sobre o
legislado, queremos que os trabalhadores decidam, em
assembleia, se querem ou não sua entidade forte. Mas
isso tem que ser uma decisão da categoria", avalia.
MP - Segundo Adilson, Rodrigo Maia se
comprometeu a intermediar diálogos com a presidência
e também com a Câmara. "Assim que o Temer voltar da
China, ele disse que vai chamar os líderes
partidários e encaminhar a condução dos debates e a
aprovação da medida provisória na Câmara dos
Deputados", diz o dirigente.
Fonte: Agência Sindical
01/09/2017 -
Entidades sindicais e CNBB se unem na luta pela
revogação da "reforma" trabalhista
Entidades firmam compromisso para viabilização de
Projeto de Iniciativa Popular com vistas a revogar
desmonte da legislação trabalhista e apoiar
campanhas sociais lideradas pelo papa Francisco.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
conjuntamente com demais entidades sindicais
representativas da classe trabalhadora, reuniram-se,
nesta quinta-feira (31/08), na sede da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com objetivo
de engajar as entidades na viabilização do Projeto
de Iniciativa Popular (saiba
mais) com vista a revogar a
"reforma" trabalhista aprovada no Congresso
Nacional. A reunião foi conduzida pelo
secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de
Brasília, Leonardo Ulrich Steiner.
"Compreendemos que para lograrmos êxito nessa grande
missão, consideramos como indispensável a
participação da CNBB no esforço para colher as
assinaturas necessárias para encaminhar, junto ao
Congresso Nacional, Projeto de Iniciativa Popular
com objetivo de revogar a lei que desmonta nossa
legislação trabalhista", argumentou José Calixto
Ramos, presidente da NCST.
"Torna-se imprescindível o engajamento da sociedade
civil organizada das organizações sociais para uma
forte reação à agenda de desmonte do Estado
brasileiro. Estamos conscientes de que a agenda
política em curso trará prejuízos incalculáveis,
sobretudo, para todos aqueles que dependem de
serviços públicos essenciais para a própria
subsistência. Justamente a camada da população que,
proporcionalmente, é a que paga a maior parcela de
uma carga tributária perversa na relação
custo/beneficio, circunstância que assegura um nível
de desigualdade social injustificável para um país
rico em recursos e de dimensões continentais como o
Brasil", alertou diretor de Finanças da NCST e
presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos.
João relatou seu encontro, em 2016, com o papa
Francisco; ocasião que, de acordo com o líder
sindical, foi apresentada proposta para a
visibilidade de um novo modelo de desenvolvimento: o
Estado Democrático e Social de Direito. Domingos
descreveu a disposição do líder máximo da Igreja
Católica em apoiar a iniciativa, em coerência com os
discursos e a condução política do pontífice.
O secretário-geral da CNBB informou que os
encaminhamentos da entidade levam, até a deliberação
final, um período mais lento do que ocorre em
organizações sindicais. No entanto, o bispo Leonardo
Ulrich prometeu empenho para a consolidação do
apoio, tendo em vista a compreensão dos nocivos
impactos sociais da chamada “reforma”. O líder
religioso deu sugestões, diante de experiências
pregressas da CNBB, para que as lideranças sindicais
possam atingir sucesso na empreitada.
"Os meios de comunicação propagam a importância da
geração de empregos, sem reforçar que a reforma
trará como consequência a precarização das relações
de trabalho em prejuízo da parte mais vulnerável: os
trabalhadores. Precisamos elaborar um documento
autoexplicativo, que não exija nenhum esforço de
esclarecimento junto aos coletores das assinaturas.
Precisamos ousar! Nós estamos em um momento em que
está em cheque a própria democracia. Não podemos
permitir que a política caia em descrédito. É o
único caminho em que injustiças intrínsecas ao
sistema podem ser reparadas. Ao abdicar da política,
abrimos espaço para o totalitarismo, o fascismo e
todas as demais experiências que resultaram em
tragédias humanitárias", reforçou o bispo.
Calixto, interlocutor das lideranças sindicais no
encontro, reforçou que, ao atacar as fontes de
custeio das entidades sindicais, se ataca também a
renda de milhares de trabalhadores contratados por
estas entidades, agravando, ainda mais a crise e o
desemprego no país.
Outros interventores acrescentaram os dramáticos
impactos sociais à partir da aplicação da nova
legislação laboral, corroborando com o discurso de
Calixto. E recordaram a declaração do papa Francisco
que, ao reforçar o discurso: "nenhum trabalhador sem
direito, nenhum cidadão sem teto e nenhum camponês
sem terra”, assume o compromisso histórico da Igreja
em favor e em defesa das camadas sociais mais
vulneráveis da população".
Ao final do encontro, o bispo Leonardo Ulrich
Steiner informou que, em setembro, terá um encontro
com o papa Francisco; ocasião em que fará o convite
ao pontífice para participar de reunião na
Organização Internacional do Trabalho (OIT) com a
finalidade de dar encaminhamento ao pleito que for
acordado entre CNBB e as entidades sindicais
brasileiras.
Fonte: Agência Sindical
01/09/2017 -
Mineração pode gerar até dois milhões de empregos em
2018, prevê relator de MP
O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), relator da MP
791/17, acredita que o setor de mineração é o que
vai gerar mais empregos no Brasil, podendo chegar a
dois milhões de postos de trabalho em 2018.
Ele fez a afirmação durante reunião da comissão
mista que analisa a matéria, nesta quarta-feira
(30), para aprovação do plano de trabalho e de seis
audiência públicas.
O parlamentar explicou que isso será possível com a
aprovação das MPs 789/17, 790/17 e 791/17, que
tratam da modernização da legislação do setor, em
vigor há mais de 40 anos.
A MP 791 acaba com o Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM) e cria a Agência Nacional de
Mineração (ANM), que vai regular todas as atividades
e a política de mineração no País. A medida
provisória tem que ser votada até 28 de novembro,
quando perde a vigência, segundo informou o senador
Flecha Ribeiro (PMDB-PA), presidente da comissão
mista.
Compensação financeira
As comissões mistas para exame das MPs 789/17 e 790/17
também se reuniram nesta quarta-feira para escolher
seus respectivos presidentes e relatores.
Foi escolhido o senador Paulo Rocha (PT-PA) para
presidir a comissão mista da MP 789/17, que altera
as Leis 7.990/89 e 8.001/90 para dispor sobre a
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais (Cfem), o royalty cobrado das empresas que
atuam no setor. E, como relator, foi escolhido o
deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). A próxima reunião
para apreciar o plano de trabalho foi marcada para o
dia 12.
Código de Mineração
A deputada Geovânia de Sá (PSDB-SC) foi escolhida como
presidente da comissão mista criada para exame da
Medida Provisória 790/17, que altera a Lei 6.567/78
e o Código de Mineração (Decreto-Lei 227/67) em
diversos pontos. O relator será o senador Flecha
Ribeiro (PSDB-PA).
A maioria das alterações é referente às normas para
a pesquisa no setor. Trata também da execução dos
trabalhos necessários à definição da jazida, da sua
avaliação e da determinação do seu aproveitamento
econômico. A MP disciplina as obrigações, concessões
de trechos, multas e outras sanções, desonerações e
regras para o relatório final da pesquisa.
Proposta tímida
Ao comentar a MP 790, o deputado Leonardo Quintão
disse que a proposta do governo é muito tímida
porque ela apenas modifica o Código de Mineração,
que vem desde a década de 1960.
Ele acredita que agora o País "terá a oportunidade
de estar na vanguarda de uma legislação moderna que
garanta os direitos do povo e venha inibir a
especulação”. O parlamentar quer garantir mais
direitos às cooperativas de garimpeiros, que hoje
não conseguem concorrer com as grandes empresas do
setor.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
01/09/2017 -
Governo suspende processos sobre Reserva do Cobre e
abre debate sobre mineração
Por meio de nota, na noite desta quinta-feira (31),
o ministro de minas e energia, Fernando Coelho
Filho, anunciou que decidiu, após conversar com o
presidente Michel Temer, paralisar todos os
procedimentos sobre direitos de mineração na Reserva
Nacional do Cobre e Associados, Renca. Os dois estão
em viagem à China.
A nota afirma que, em respeito às legítimas
manifestações da sociedade, o ministério dará início
a um amplo debate com a sociedade sobre as
alternativas para a proteção da região. Uma
conclusão será apresentada depois de 120 dias. De
acordo com o Ministério de Minas e Energia, uma
portaria ministerial será publicada em breve com
mais detalhes.
Desde o último dia 23, quando foi publicado o
decreto extinguindo a reserva mineral, que fica
entre os estados de Pará e Amapá, a decisão tem
causado desgaste para o governo. Ambientalistas,
artista e até parlamentares da base aliada
criticaram a extinção, que teve repercussão
internacional.
Nesta terça-feira, a Justiça Federal em Brasília
concedeu uma liminar suspendendo qualquer ato do
Executivo Federal com objetivo de extinguir a
Reserva Nacional do Cobre. A Advocacia-Geral da
União anunciou que deve recorrer.
Fonte: Portal EBC
01/09/2017 -
Trabalhador poderá ter direito de acompanhar filho
em consultas médicas
Os trabalhadores poderão se ausentar do serviço para
acompanhar o filho menor de 18 anos em consultas
médicas sem ter descontos no salário. Projeto (PLS
92/2017) com este objetivo, da senadora Rose de
Freitas (PMDB-ES), está em análise na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS).
Favorável ao projeto, o relator, senador Paulo Paim
(PT-RS), argumenta que a Constituição estabelece que
o Estado e a sociedade devem garantir à criança e ao
adolescente o direito à saúde. Paim também
argumentou que o benefício já existe no serviço
público.
Fonte: Agência Senado
01/09/2017 -
Desemprego volta a cair e vai a 12,8%, influenciado
pela informalidade
Influenciada pelo aumento da informalidade no
mercado de trabalho, a taxa de desemprego do país
caiu 0,8 ponto percentual, em relação ao trimestre
encerrado em abril e fechou o período maio a julho
deste ano em 12,8%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)
divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que
indica ainda que o país tem 13,3 milhões de
desempregados.
No trimestre imediatamente anterior, encerrado em
abril, a taxa de desemprego havia sido de 13,6%. Na
comparação com o mesmo trimestre móvel do ano
anterior, houve alta de 1,2 ponto percentual na
desocupação.
Os dados representam uma queda de 5,1% no desemprego
frente ao trimestre anterior (menos 721 mil
pessoas). Mas em relação a igual trimestre 2016, o
desemprego cresceu 12,5% (mais 1,5 milhão de
pessoas).
A população ocupada do país em julho era de 90,7
milhões de pessoas, aumento de 1,6% em relação ao
trimestre encerrado em abril. O dado atual não
apresenta alteração em relação ao mesmo trimestre de
2016.
Fonte: Agência Brasil
01/09/2017 -
André Fufuca confirma votação da reforma política na
próxima semana
O presidente interino da Câmara, André Fufuca,
confirmou que, mesmo com o feriado da independência,
o Plenário deve tentar votar a reforma política na
próxima semana.
“Nós temos o projeto de, na semana que vem, pautar a
reforma política. É uma questão que a sociedade está
ansiosa, o Congresso tem de mostrar uma resposta, e
nós iremos tentar na próxima semana”, disse.
As votações devem ocorrer de segunda a quarta, por
causa do feriado na quinta-feira (7), Dia da
Independência. Haverá sessão a partir de segunda
(4), às 16 horas, até quarta (6), às 13 horas.
O presidente do Congresso, Eunício Oliveira, também
convocou sessão para continuar a votação da proposta
de nova meta fiscal (PLN 17/17). Será às 19 horas da
próxima terça-feira (5).
Propostas
Uma das propostas em análise (PEC 77/03) cria um fundo
público para custear campanhas eleitorais e altera
as regras para eleição de deputados e vereadores. A
votação começou na quarta-feira (23), quando os
deputados decidiram analisar o texto por temas.
As divergências sobre o fundo eleitoral e o novo
sistema eleitoral, no entanto, podem levar os
deputados a discutir outra proposta (PEC 282/16),
que mantém o sistema proporcional, mas extingue as
coligações entre partidos a partir de 2018 e cria
uma cláusula de desempenho para as legendas.
Qualquer mudança só será aprovada se houver o voto
favorável de 308 deputados, em dois turnos de
votação. Para valer já nas próximas eleições, as
propostas precisam ser votadas pela Câmara e pelo
Senado até o início de outubro, um ano antes do
pleito.
Denúncia
Questionado sobre a hipótese de que uma nova denúncia
contra o presidente da República, Michel Temer, seja
apresentada na próxima semana, André Fufuca disse
não acreditar que isso paralise os trabalhos da
Câmara.
“Não estamos com expectativa de paralisação. Se a
denúncia for feita enquanto eu estiver na
interinidade, nós daremos prosseguimento ao que diz
o Regimento Interno”, disse o presidente interino da
Câmara.
Fonte: Agência Câmara
01/09/2017 -
Calendário de saques do PIS/Pasep sairá até o dia 15
O governo vai divulgar até o dia 15 de setembro o
calendário de saque do PIS/Pasep (Programa de
Integração Social e Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público) para homens a partir
de 65 anos e mulheres a partir dos 62 anos. Segundo
o Ministério do Planejamento, a prioridade será dada
a quem tem mais idade. O pagamento será iniciado em
outubro.
Pelos cálculos do governo, a liberação deve injetar
cerca de R$ 16 bilhões na economia brasileira, o que
representa 0,25% do Produto Interno Bruto do País
(PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos
no Brasil. A medida vai atingir 8 milhões de
pessoas, sendo que a maioria tem saldo na conta do
PIS/Pasep em torno de R$ 750.
Segundo o ministério, a Medida Provisória 797/2017,
que libera o saque, elevará o volume mensal de
saques do Fundo PIS/Pasep em 26 vezes, de acordo com
as projeções iniciais elaboradas com os dados dos
agentes administradores, Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal.
No último exercício financeiro do fundo (de julho de
16 ao mês passado), a média mensal de saques do
fundo estava em R$ 104 milhões. Após a medida
provisória, os bancos se preparam para receber
solicitações que totalizam, pelo menos, R$ 2,6
bilhões por mês, informou o ministério.
Saques devem somar 1,3 milhão por mês
Em número de atendimentos, a expectativa é que os
bancos recebam um volume de solicitação de saques da
ordem de 1,3 milhão por mês: 23 vezes acima da média
de 56 mil atendimentos por mês, realizados até junho
passado, acrescentou o Ministério do Planejamento.
“Esse salto no volume de saques exige um
planejamento apropriado para que seja garantido o
atendimento de maneira adequada a todos os cotistas.
A formulação do calendário de atendimento está sendo
feita para que os recursos sejam disponibilizados o
mais rápido possível, porém, de forma organizada
para evitar transtornos aos beneficiados”, explicou
o governo.
O ministério lembrou que os saques por falecimento,
invalidez e doenças continuam sendo feitos
imediatamente conforme os critérios vigentes, ou
seja, independentemente do calendário.
O ministério destaca ainda que será possível fazer
consulta eletrônica sobre existência de saldo, por
meio de telefone ou internet, evitando visitas às
agências; haverá depósito direto na conta do
beneficiário ou crédito direto na folha de
pagamentos; e será possível fazer transferência para
outros bancos sem custo.
“Os sites eletrônicos dos bancos já estão se
preparando e várias informações já podem ser
encontradas em www.bb.com.br/pasep, para os cotistas
do Pasep, e em www.caixa.gov.br/cotaspis, para os
cotistas do PIS”, concluiu o ministério.
Fonte: Agência Brasil
|