As centrais sindicais se reuniram, na sexta-feira
(08/12), para definir as diretrizes do calendário de
ações para a jornada de lutas contra a “reforma” da
Previdência.
Foi declarado estado de greve permanente, em todo o
país, para derrubar a tentativa de votação do
governo. “Iremos pressionar nossos deputados, ocupar
o Congresso Nacional e pressionar as bases dos
parlamentares. Não daremos descanso até que o
governo perca todos os votos", avisou o presidente
da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado
de São Paulo - NCST/SP, Luiz Gonçalves "Luizinho".
A orientação, até a data da votação, é de
panfletagem e mobilizações diárias para alertar a
população das perversidades que a "reforma" da
Previdência tenta impor na vida do povo brasileiro.
Para os sindicatos e demais entidades, a
recomendação é que promovam assembleias com todas as
respectivas categorias representadas para aprovar
"estado de greve" contra o desmonte do sistema
previdenciário do país. “É preciso que as bases
estejam preparadas para paralisação imediata, pois,
se colocar pra votar, o Brasil vai parar!" Reafirmou
Luizinho.
LEIA ABAIXO A NOTA OFICIAL DAS CENTRAIS SINDICAIS:
Centrais Sindicais: Se colocar para votar, o Brasil
vai parar!
As centrais sindicais repudiam e denunciam como
mentirosa e contrária aos interesses do povo
brasileiro a campanha que o governo Michel Temer vem
promovendo para aprovar a contrarreforma da
Previdência.
A Proposta enviada pelo Palácio do Planalto ao
Congresso Nacional não tem o objetivo de combater
privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai
retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o
valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores
e trabalhadoras de todo o Brasil, bem como abrir
caminho para a privatização do sistema
previdenciário, o que contempla interesses alheios
aos do nosso povo e atende, sobretudo, aos
banqueiros.
Quem de fato goza de privilégios neste país são os
banqueiros e os grandes capitalistas, que devem mais
de 1 trilhão de reais ao INSS, não pagam e, pior,
não são punidos.
Os atuais ocupantes do Palácio do Planalto servem a
essas classes dominantes. Tanto é verdade que o
governo já havia desistido de aprovar a sua
contrarreforma neste ano. Voltou atrás por pressão
do chamado “mercado”, ou seja, do empresariado e
seus porta-vozes na mídia.
A fixação da idade mínima para aposentadoria aos 65
anos para homens e 62 anos para mulheres, assim como
outras alterações nas regras da Previdência pública,
vão prejudicar milhões de trabalhadores e
trabalhadoras do campo e da cidade.
A contrarreforma do governo é inaceitável para a
classe trabalhadora e as centrais sindicais; e tem
custado caro aos cofres públicos. Por esta razão é
rejeitada pela maioria dos brasileiros e
brasileiras.
É falsa a ideia de que existe déficit da
Previdência. Para melhorar as contas públicas, é
preciso cobrar mais impostos dos ricos, fazer com
que os empresários paguem o que devem à Previdência,
taxar as grandes fortunas, os dividendos e as
remessas de lucros ao exterior.
A centrais reafirmam a posição unitária da classe
trabalhadora e de todo movimento sindical contra a
proposta do governo e convocam os sindicatos e o
povo à mobilização total para derrotá-la.
Calendário de Luta e Mobilização
JORNADA DE LUTAS CONTRA O DESMONTE DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL E EM DEFESA DOS DIREITOS
● Plenária do setor dos transportes segunda feira
11/12, às 15h, na sede do Sindicato dos Condutores
de São Paulo, para organizar a paralisação quando
(se) for votada a reforma;
● Pressão sobre os deputados em atividades públicas,
aeroportos e no Congresso Nacional;
● Realização de plenárias, assembleias e reuniões
com sindicatos para construir calendário de luta;
● Dia Nacional de Luta, em 13/12, contra a "reforma"
da Previdência;
● Próxima reunião das centrais para o dia 14/12;
● Elaborar panfleto e organizar panfletagem
esclarecendo sobre os riscos da "reforma" da
Previdência para disputar narrativa com a grande
imprensa;
● Fazer campanha nas redes sociais contra a
"reforma" da Previdência;
● Construir mobilizações e atos com o movimento
social, em conjunto com as frentes Brasil Popular e
Povo Sem Medo.
- Adilson Araujo, presidente da Central dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil - CTB;
- Antonio Neto,
presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros - CSB;
- Paulo Pereira da Silva, presidente da Força
Sindical;
- José Calixto Ramos, presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores - NCST;
- Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores - UGT
- Vagner Freitas, presidente da Central Única
dos Trabalhares - CUT;
- Carlos Prates, Central Sindical e Popular -
CSP Conlutas
- Edson Carneiro Indio, Central da Classe
Trabalhadora - Intersindical;
- Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil - CGTB
- Nilton Paixão, presidente da Pública Central
dos Servidores.
SE COLOCAR PRA VOTAR, O BRASIL VAI PARAR!