Publicação: 06/12/2018

 

 

FST reúne filiadas com objetivo abrir agenda

junto ao novo governo


Entidades buscam diálogo com Poder Executivo em favor do crescimento econômico, da geração de empregos e da valorização do trabalho. Confederações filiadas à NCST participaram do encontro.

 


por Valmir Ribeiro


Entidades integrantes do Fórum Sindical dos Trabalhadores - FST reuniram-se, nesta quarta-feira (05/12), com objetivo de elaborar agenda a ser apresentada ao novo governo eleito. Na pauta, discussões em torno de ideias e propostas que potencializem a retomada do crescimento econômico, da geração de empregos e da valorização do trabalho. A reunião ocorreu no auditório da sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura - CNTEEC, em Brasília-DF.

 


Conduzida pelo coordenador geral do FST, diretor da Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST e presidente da CNTEEC, Oswaldo Augusto de Barros, as discussões iniciaram-se debatendo a convecção de um documento conjunto das entidades com detalhes sobre as respectivas categorias representadas, o impacto econômico/social de suas atividades e suas proposições junto à Presidência da República.


“Nosso papel não é ser ideológico ou partidário, temos disponibilidade e interesse no diálogo. A extinção do Ministério do Trabalho já apresenta um forte revés político no trato e na mediação de eventuais conflitos nas relações de trabalho. Apresentar alternativas e soluções é nosso papel institucional”, argumentou Oswaldo.

 


O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB, João Domingos Gomes dos Santos, reforçou o posicionamento da entidade de sempre dialogar com o governo, sem o viés de rivalidades ideológicas, com foco em assuntos realmente relevantes aos trabalhadores do setor público.


“Já recolhemos junto à nossa base filiada, os elementos necessários para colaborar com o documento final do FST. Fizemos um esforço de análise de conjuntura de maneira a encontrar os melhores caminhos de atuação sindical e de relacionamento com o governo eleito. A compreensão de que o movimento sindical é elemento basilar indispensável nas negociações e mediações das relações de trabalho, fará com que o governo o enxergue como um aliado imprescindível à pacificação e retomada do desenvolvimento nacional. Propomos em nosso documento a crição de um órgão de autoregulação do movimento sindical, tal qual previsto no § 1º do artigo 8º da Constituição Federal. A propositura da CSPB tornou-se um tanto mais necessária na medida em que, na falta de um órgão próprio como prevê o texto constitucional, o Estado está interferindo e intervindo no nas entidades sindicais; e o tem feito sempre no sentido de aniquilar o movimento sindical dos trabalhadores, numa relação estranhamente assimétrica com as entidades patronais. A proposta de extinção do Ministério do Trabalho e a pulverização de suas atribuições junto a pastas distintas do governo, resulta na triste consequência das organizações sindicais ficarem à mercê do subjulgo de pastas alheias às relações de trabalho”, reforçou Domingos.

 

José Calixto Ramos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI e presidente da NCST, ponderou que ninguém pode separar do sindicalismo o seu protagonismo de classe.

 


“É necessário iniciarmos uma reengenharia do movimento sindical, sair da zona de conforto e frequentar as bases. O governo existente hoje, de uma tacada, atingiu dois objetivos: desmantelar a estrutura sindical e encerrar contratos de trabalho programados, ambos com impactos sociais e econômicos severamente nocivos a qualquer possibilidade de retomada do desenvolvimento. Ao se abrir ao diálogo, o novo governo abre a possibilidade de escapar dessa armadilha, que se provou catastrófica e inviável para o país”, alertou Calixto.


O diretor da CSPB e da NCST, Luiz Gonzaga Negreiros, reiterou a necessidade de apresentar ao governo a relevância da unicidade sindical como um poderoso mecanismo facilitador nas mediações de conflitos. “Fortalecer a autoridade sindical, eleita por suas respectivas categorias, socializa a complexa responsabilidade de apresentar soluções a problemas resultantes de interesses em conflito, seja entre empregos e empregadores; seja entre o Estado e seu quadro de servidores. Não acredito que o governo irá abdicar dessa experiência, sobretudo em um país que necessita se reorganizar para enfrentar os gargalos que entravam nosso desenvolvimento”, disse o líder sindical.


A reunião prosseguiu com apresentação de alternativas ao custeio da estrutura e das atividades sindicais do FST. As entidades integrantes apresentaram suas respectivas parcelas de colaboração; sejam financeiras, respeitando limites orçamentários que cada entidade enfrenta sobretudo após o fim da contribuição sindical; sejam com colaborações relevantes à agenda de trabalhos a serem executados pelo FST e demais filiadas.

Fonte: NCST

 


 

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