Publicação: 22/03/2018
Fator
Acidentário de Prevenção em Debate
Representantes da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no
Estado de Minas Gerais (URBANOS-MG), Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria (CNTI) e da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores (NCST) participaram do Seminário: “O Fator Acidentário de
Prevenção (FAP) em Debate”. O evento, produzido pela Fundacentro-MG,
aconteceu durante a terça-feira, 20/03/2018. O principal objetivo do
encontro foi criar um ambiente para avaliar a aplicação do FAP e buscar
respostas para melhorar e efetivar sua aplicação.
O Secretário de Educação da CNTI, José Reginaldo, apresentou para os
participantes uma breve palestra sobre a realidade dos trabalhadores
brasileiros, mostrando o contexto histórico, o cenário da segurança e
saúde no trabalho (SST), limites da legislação e os reflexos do
reformismo trabalhista na SST.
Segundo dados apresentados por Reginaldo, entre os anos de 2012 e 2017
foram registrados quase 1,5 milhão de afastamentos de trabalhadores,
sendo 64,76% por acidentes e 34,64% por doenças. Ainda sobre os dados
apresentados pelo Secretário da CNTI, em 2015 o Brasil contava com uma
população estimada em quase 205 milhões de habitantes, desse total cerca
de 37 milhões possuíam emprego com carteira assinada. “O FAP é um
símbolo histórico na Segurança do Trabalho. É uma chancela essencial”,
ressalta José Reginaldo.
O FAP, implantado desde 2010, é um mecanismo de estímulo às empresas a
investirem na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). É uma
possibilidade concreta e legal de as empresas reduzirem seus custos
sobre a folha de pagamento por meio da melhoria de suas próprias
práticas de gestão. O bom desempenho na prevenção de acidentes do
trabalho poderá ser premiado com uma redução do encargo previdenciário
(informações contidas no site fundacentro.gov.br).
Para o presidente da federação URBANOS/MG, Everson Tardeli, discussões
que visem aprimorar as formas de gestão em saúde e ambiente do trabalho
tornam-se primordiais na luta dos trabalhadores, afinal, como diria
Dejours, “A luta pela saúde, nesta época, identifica-se com a luta pela
sobrevivência: viver, para o operário, é não morrer.”
Fonte: http://urbanosmg.org.br
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