Neste domingo (22) a Fetiesc (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias
do Estado de Santa Catarina) em parceria com a CNTI (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria) realizou a 16ª edição do
Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora.
Mais de 400 mulheres de todo o estado de Santa Catarina participaram do
encontro representando 19 sindicatos filiados à Fetiesc. O encontro teve
como tema a “Violência Contra a Mulher”, que é amplamente discutido pela
Secretaria da Mulher da Fetiesc nestes 16 anos da sua existência. Nesta
semana o Disque 180 do Governo Federal divulgou o aumento de casos dos
mais diversos tipos de violência contra a mulher registrados pela
central de atendimento especializada. Por isso, faz-se necessário
debater o tema com as mulheres trabalhadoras.
O Presidente da CNTI, José Calixto Ramos prestigiou o evento e ressaltou
a importância da mulher para o movimento sindical “este é um mês de
glória onde no dia 8 de março se comemora do Dia Internacional da
Mulher, isso porque 130 mulheres lutaram pelos seus direitos, foram
trancadas em uma fábrica de tecidos e morreram queimadas. Elas
reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 16h para 14h diárias.
Vejam que as mulheres foram precursoras desta grande luta que travamos
até hoje, como a redução de 44h para 40h semanais de trabalho’’.
O Secretário da 2ª Região Sul da CNTI e Presidente da Fetiesc, Idemar
Antonio Martini ressalta a importância da participação da mulher no
movimento sindical e na política, “a Secretaria da Mulher da Fetiesc se
preocupa em construir mecanismos de igualdade entre homens e mulheres na
sociedade e no movimento sindical. Não aceitamos a desigualdade e a
violência pois elas enfraquecem a nossa vida e a nossa luta’’ E
completa, “os dados da violência contra a mulher subiram nos últimos
anos, e nós temos que debater e encontrar mecanismos dos quais elas
possam se prevenir das agressões e saibam onde e a quem recorrer caso
venha acontecer. Essa é uma luta de todos nós, não aceitamos que as
mulheres sejam tratadas de tal forma”.
A palestrante Delegada da Mulher do estado do Piauí, Doutora Vilma Alves
abordou sobre a violência contra a mulher e como ela trabalha o tema no
estado do Piauí. A delegada afirmou que ”não importa se é pobre, se é
rico, se tem formação ou não, eu sigo a Lei Maria da Penha e coloco na
cadeia homem que bate em mulher”.
Em seguida abriu-se espaço para perguntas e um bate-papo com a presença
da Advogada Dra. Dilma Marquetti, da Sônia Maria Zerino da Silva da CNTI
e da própria Delegada Vilma Alves, onde tiraram diversas dúvidas das
mulheres trabalhadoras, enriquecendo ainda mais o encontro. Ao meio-dia
foi servido um coquetel com música onde as participantes puderam
descontrair durante a tarde.
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