Publicação: 30/11/2023
Live debate Igualdade
Salarial entre Mulheres e Homens
Federação de Mulheres do Estado do
Paraná, CNTI, NCST, CTB, UPPA, UBM CMB e União das
Mulheres Colombo do Paraná, realizaram na tarde desta
quinta-feira das 14:30h às 17:00h uma Live
para debater:
Igualdade Salarial
entre Mulheres e Homens: Perspectivas e
Desafios. Estiveram
participando como palestrante a Dra Neusa Tito,
Secretária de Segurança de Trabalho e Renda do
Ministério da Mulher no ato representando a Ministra
da Mulher Sra. Cida Gonçalves e a Secretária
Nacional de Autonomia Econômica, Sra.Rosane Silva.
O encontro teve como objetivo discutir o tema da
igualdade salarial entre homens e mulheres e como a
legislação deve impactar o mundo do trabalho.
Participaram do evento e fizeram uso da palavra na
abertura a Sra Sonia Zerino, Secretaria Nacional
para Assuntos da Mulher da CNTI/NCST, Sra Alzimara
Bacellar, Presidente da Federação de Mulheres do
Paraná, Sr. Reinaldim Barbosa, Presidente da
FETRACONSPAR, Sr Denilson Pestana, Presidente da
NCST-PR, Sra Celina Áreas, Secretária Nacional de
Mulheres da CTB, Sra Elza Campos, presidente da UBM
do Paraná, Sr. Torres, Ex. Prefeito de Goioerê, Sra
Ivanete Paulino da Rede de Mulheres Negras e
Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da
Mulher do PR, Sra Rita, Secretária Estadual de
Mulheres da NCST-PR, Glauce Morelli, Presidente da
CMB, Sra Regina Cruz, Superintendente Regional do
Ministério do Trabalho-PR e Sra Rosa Maria, prefeita
do município de Pinhais. O evento contou com
participação expressiva de dirigentes sindicais de
várias categorias.
A Dra Neusa, em sua explanação destacou que o Brasil
vive um momento histórico e sem precedentes nas
relações de trabalho no país, que é a conquista da
obrigatoriedade da igualdade salarial entre homens e
mulheres que executam a mesma função. Ainda que o
salário igual para homens e mulheres já esteja
previsto há anos na lei, inclusive na própria CLT, a
lei 14.611/2023 sancionado no dia 3 de julho de
2023, pelo presidente Lula, traz um diferencial
muito importante: a obrigatoriedade dessa igualdade.
Destacou que a diferença de remuneração por gênero
vinha em queda no Brasil até 2020, mas voltou a
subir e chegou a 22% no fim de 2022, de acordo com
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Neusa ressaltou que a nova
legislação trará muito para as mulheres
trabalhadoras, pois prevê multa em caso de
descumprimento e institui a publicação de relatórios
de transparência salarial para empresas com mais de
100 colaboradores, oferecendo mais garantias.
A aprovação da lei é a conquista de uma construção
coletiva do governo Lula por meio do Ministério da
Mulher, Ministério do Trabalho e sindicalistas
comprometidos com essa bandeira. É fundamental que
nosso país valorize suas trabalhadoras, e a lei do
Trabalho Igual, Salário Igual favorece o
reconhecimento àquelas que são 51% da população”,
completa.
Ela ressalta ainda que as mulheres são sempre as
mais atingidas em momentos de crise principalmente
as mulheres negras, mas a igualdade salarial não
deve ser vista como uma pauta identitária. O salário
inferior para mulheres é, ainda, uma manobra usada
por muitos contratantes para pagarem menos para os
homens também, em uma equação onde é sempre a classe
trabalhadora que perde.
A lei 14.611/2023 da Igualdade Salarial entre Homens
e Mulheres, agora precisa que seja cada vez mais
divulgada para as trabalhadoras, efetivada e
fiscalizada sua aplicação nas empresas. O movimento
sindical tem um papel fundamental nesse processo de
implantação da lei. Destacou ainda a publicação em
edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na
quinta-feira (23/11/2023), o Decreto nº 11.795/2023
que regulamenta a Lei nº 14.611 deste ano e
estabelece a obrigatoriedade de igualdade salarial
entre mulheres e homens.
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