O presidente Lula sancionou, na tarde desta
segunda-feira 03/07, o projeto de lei que garante
igualdade salarial entre homens e mulheres quando
exercerem as mesmas funções no mercado de trabalho.
O projeto foi o primeiro de autoria do Executivo
aprovado pelo Congresso.
A lei prevê aplicação de multa em caso de não
cumprimento da equiparação salarial. Empresas com
100 ou mais empregados terão que publicar relatórios
semestrais de transparência salarial e
remuneratória. Em caso de desigualdade, terão que
apresentar planos de ação para mitigar a
desigualdade com metas.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou
que as estatísticas demonstram que mulheres com
formação profissional e tempo de trabalho
equivalentes no mesmo setor e região têm salários
desiguais. Essa realidade muda a partir de hoje.
“Os estudos já comprovam que a igualdade salarial
impulsiona a economia e melhora o PIB”, acrescentou
a ministra. “E que quando as mulheres têm mais
dinheiro, também circula mais dinheiro, considerando
o importante fato de que elas são maiorias entre os
chefes de família nesse país.
A Secretaria Nacional de Mulheres da Força Sindical
Maria Auxiliadora usou da palavra representando o
Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das
Centrais Sindicais, "falou que estava emocionada e
que hoje é um dia histórico para a vida das mulheres
da trabalhadoras desse país , parabéns presidente
lula e a ministra Cida pela luta".
Durante seu discurso, o presidente Lula enfatizou o
esforço que o governo fará para o cumprimento da
legislação via fiscalização. “Não existe essa de lei
pegar ou não pegar. Na verdade tem governo que faz
cumprir a lei e tem governo que não faz cumprir a
lei. E nosso governo fará, teremos fiscalização, o
Ministério do Trabalho, da Mulher, o Ministério
Público do Trabalho”, destacou o presidente, que
também previu possíveis entraves.
“Acho que ainda vamos ter problemas. Podemos
ter empresário que cumpra e o que não cumpra. Nesse
governo, o empresário que não cumprir vai ter que
enfrentar a lei”, prometeu o presidente.
Durante a cerimônia, o presidente ainda sancionou
outros dois projetos de lei, um que estende o
pagamento da Bolsa Atleta a atletas gestantes e
puérperas, também de autoria do Executivo; e um que
altera o Estatuto da Advocacia para incluir o
assédio moral, o assédio sexual e a discriminação
entre as infrações ético-disciplinares, no âmbito da
Ordem dos Advogados do Brasil.
A Secretaria Nacional para Assuntos da Mulher da
CNTI/NCST, Sonia Zerino, e várias lideras sindicais
femininas participaram da solenidade de Sanção que
aconteceu no GTE da base aérea de Brasília-DF.