Publicação: 17/06/2024
Criança não é mãe! CNTI
diz não ao PL 1904/24
A Confederação Nacional de Trabalhadoras na Indústria
- CNTI repudia a tramitação do Projeto de Lei 1904/24, de
autoria do Deputado Federal Sóstenes Cavalcante (PL/RJ) na Câmara dos
Deputados, por representar um atraso civilizatório para a vida das
mulheres e reforçar a cultura do estupro no Brasil.
O projeto de lei, que ficou conhecido como o PL da gravidez infantil,
tem por objetivo criminalizar a realização do aborto legal em casos
acima de 22 semanas de gestação e equiparar a pena para esse
procedimento à pena de homicídio simples.
O PL, portanto, altera a legislação vigente desde 1940, atingindo
aquelas que são mais vulneráveis, ao restringir o aborto legal,
obrigando mulheres e meninas estupradas, que correm risco de vida, a
gestar e parir.
Vivemos em um país em que, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança
Pública, se constatou o maior número de registros de estupro e estupro
de vulnerável da história, com 74.930 vítimas, em 2022. Destas, 6 em
cada 10 vítimas são vulneráveis, com idades entre 0 e 13 anos, em sua
maioria vítimas de familiares e outros conhecidos.
Nesse mesmo sentido, o Atlas da Violência estima que ocorram na
realidade 822 mil casos de estupro por ano no Brasil, dos quais apenas
8,5% chegam ao conhecimento da polícia e apenas 4,2% são notificados ao
sistema de saúde. Serão essas as mulheres afetadas por essa alteração
legal.
Diga não à cultura do estupro. Criança não é mãe!
Abaixo o PL 1904/04! A CNTI pede o arquivamento imediato dessa
atrocidade.
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