Blog - Notícias Anteriores - Julho 2025
04/07/2025 -
Deputados do PT propõem jornada semanal de 36h sem
corte de salário
Projeto veda trabalho aos sábados e exige
contratação após seis meses seguidos de horas
extras.
Deputados do PT protocolaram na quinta-feira (3) o
Projeto de Lei 3197/2025, que propõe uma reforma na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para reduzir
a jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas,
sem redução de salário. A medida também busca
proibir, por regra geral, o trabalho aos sábados e
reforça limites ao uso de horas extras.
O objetivo, segundo os autores, é ampliar o tempo
disponível para a vida pessoal e familiar da classe
trabalhadora.
O que muda na prática
- A jornada padrão passa a ser de segunda a
sexta-feira, com até 8 horas diárias e 36 semanais;
- Intervalos e deslocamentos em locais de difícil
acesso passam a ser computados como parte da
jornada;
- Horas extras aos fins de semana exigem negociação
coletiva e pagamento de no mínimo 100% acima do
valor normal;
- Mulheres grávidas a partir do 6º mês e lactantes até
6 meses após o parto não poderão fazer horas extras;
Caso o trabalhador realize horas extras por mais de
seis meses seguidos, a empresa terá de contratar
novos funcionários proporcionalmente.
Apesar de não proibir expressamente a jornada 6x1, o
projeto enfraquece esse modelo ao estabelecer como
regra geral o trabalho de segunda a sexta-feira.
Escalas que envolvam trabalho aos sábados ou
domingos só poderão ser adotadas mediante acordo
coletivo, respeitando o limite de 36 horas semanais.
Na prática, a medida tende a restringir o uso da
jornada de seis dias consecutivos, comum em setores
como comércio e serviços.
Plantões e compensações
O projeto também regulamenta os regimes de plantão e
compensação. Escalas de 12x36 continuam permitidas
por acordo coletivo, desde que a média de horas no
mês não ultrapasse o novo limite semanal de 36
horas.
Fonte: Agência Senado

04/07/2025 -
MPT lança guia de atuação contra os impactos das
mudanças climáticas no meio ambiente do trabalho
Documento reúne materiais sobre o tema elaborados
pela instituição
O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou guia
de atuação contra os impactos das mudanças
climáticas no meio ambiente do trabalho. A
publicação reúne artigo, diretrizes de atuação,
estudos sobre exposição ocupacional ao calor e à
fumaça de incêndios, recomendações para empresas,
autoridades públicas e sindicatos, além do documento
assinado durante o ato público “Por um futuro
sustentável no trabalho e no clima”.
Ondas de calor, incêndios, enchentes e secas
prolongadas são fenômenos cada vez mais frequentes e
intensos e colocam em risco a saúde e a segurança no
trabalho. Diante disso, o guia busca disseminar
conhecimento sobre o tema, estimular o diálogo
socioambiental e fortalecer a atuação institucional
diante dos desafios impostos pelas mudanças
climáticas.
A publicação é fruto das ações realizadas durante a
campanha Abril Verde 2025 do MPT, que neste ano
abordou os efeitos das mudanças climáticas no
trabalho e a necessidade de fazer adaptações na
rotina para garantir a proteção de profissionais.
Os materiais foram elaborados pela Coordenadoria
Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da
Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Codemat) e
pelo Grupo de Estudo Mudanças Climáticas e Impactos
no Meio Ambiente do Trabalho. A coordenadora
nacional da Codemat, Cirlene Zimmermann, destaca que
"a publicação do Guia é uma entrega do MPT para
subsidiar os debates sobre os rumos da política
climática global na 30ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30),
especialmente para reforçar a importância de se
considerar a necessidade de proteção do meio
ambiente do trabalho nos planos de ação climática".
A COP30 acontece em Belém/PA, em novembro.
Acesse o documento.
Fonte: MPT

04/07/2025 -
Investimento em tecnologia terá financiamento extra
de R$ 4 bi do FAT
Recursos foram liberados pelo Conselho Monetário
Nacional
As indústrias terão R$ 4,43 bilhões adicionais do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para
financiarem investimentos em tecnologia. Em reunião
extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN)
ampliou de 1,5% para 2,5% o limite de saldo do FAT
usado em linhas de crédito corrigidas pela Taxa
Referencial (TR).
Todo o incremento de 1 ponto percentual será
destinado exclusivamente a linhas de crédito para
investimentos e gastos em difusão tecnológica. Em
nota, o Ministério da Fazenda explicou que a medida
atende a pedido do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que constatou
demanda reprimida por financiamentos do tipo.
Por não envolver gastos primários da União, a medida
não terá impacto nas metas do arcabouço fiscal.
Segundo a Fazenda, a medida alavancará o apoio à
indústria e ampliará o acesso a crédito com melhores
condições financeiras, indexados à TR.
A medida faz parte do programa Nova Indústria Brasil
(NIB), lançado em 2023. A Missão 4 do NIB prevê
elevar para 90% o nível de digitalização na
indústria até 2033, por meio de investimentos em
pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Um dos principais instrumentos do NIB tem sido o
programa BNDES Mais Inovação, que prevê R$ 21
bilhões em financiamentos até 2026 com custo
indexado TR. O programa já obteve resultados
expressivos em 2023 e 2024, mas, segundo a Fazenda,
o teto de 1,5% de saldo do FAT, uma das fontes de
recursos do BNDES, era insuficiente para atender à
demanda apresentada.
O CMN é um órgão colegiado presidido pelo ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, e composto pelo
presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel
Galípolo, e pela ministra do Planejamento e
Orçamento, Simone Tebet.
Fonte: Agência Brasil

04/07/2025 -
Crédito consignado para trabalhador do setor privado
vai à sanção
O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a criação de
uma plataforma digital para centralizar a oferta de
crédito consignado a trabalhadores formais,
microempreendedores individuais (MEIs), empregados
domésticos e trabalhadores rurais prevista na Medida
Provisória (MP)
1.292/2025. A proposta, que recebeu votos
contrários de senadores da oposição, segue para
sanção presidencial.
O texto editado em março foi alterado pelo Congresso
na forma de um projeto de lei de conversão do
relator, Rogério Carvalho (PT-SE). O senador incluiu
os trabalhadores por aplicativo entre os que podem
ter acesso ao consignado no texto do PLV 1/2025.
Por meio dessa plataforma (chamada de Crédito do
Trabalhador), que está integrada à Carteira de
Trabalho Digital e foi lançada em 21 de março, é
possível comparar condições de financiamento entre
diferentes instituições financeiras habilitadas, com
regras específicas para cada categoria de
trabalhador.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a
plataforma já havia movimentado mais de R$ 14
bilhões, relativos a 25 milhões de contratos, até o
início de junho. Na ocasião, o ministério também
informou que cerca de 63% das operações estavam
concentradas em trabalhadores com renda de até
quatro salários mínimos.
Fonte: Agência Senado

04/07/2025 -
Duas faltas anuais ao trabalho para quem doar sangue
seguem para a Câmara
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (2) projeto que amplia o abono de falta
ao trabalho por motivo de doação de sangue (PL
4.400/2023). Hoje, a Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT) autoriza uma falta anual para
esse fim, sem desconto no salário. O autor, senador
Cleitinho (Republicanos-MG), propõe dois dias ao
ano, com seis meses de intervalo entre as doações. A
relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN) afirmou que
a mudança ajuda na manutenção dos estoques dos
hemocentros.
O PL 4.400/2023 segue diretamente para a Câmara dos
Deputados, a não ser que haja requerimento para
deliberação da matéria no Plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado

03/07/2025 -
Economia vai bem e Indústria se destaca
IBGE e Ministério do Trabalho e Emprego atestam bom
momento da economia. No trimestre terminado em maio,
desemprego foi de 6,2%, menor patamar desde 2012.
País gerou 1,05 milhão de postos com Carteira
assinada nos primeiros cinco meses do ano.
O Diretor de Relações Sindicais do Dieese, Victor
Pagani, destaca a robustez dos indicadores. Ele diz:
“Números mostram mercado de trabalho bastante
dinâmico. Há queda na taxa de desocupados e na
subutilização da força de trabalho. Tudo isso puxado
pelo aumento do emprego formal, o que é muito
positivo”.
Setor de Serviços lidera, com mais 562.984 empregos
no ano. Em seguida, vem a Indústria, que criou
209.685 postos de trabalho. Segundo o técnico do
Dieese, chama atenção o crescimento do ramo de
máquinas e equipamentos. “Quando ele se desenvolve é
porque há expectativa de crescimento de produção pra
atender a uma maior demanda. Isso mostra que a
economia vai bem”, afirma.
Causas – Victor Pagani destaca duas: a
política de valorização real do salário mínimo e a
reconstrução e ampliação das políticas de
transferência de renda, como o Bolsa Família. “Esses
fatores contribuem para o crescimento da economia,
que surpreende positivamente e se mantém acima das
expectativas do mercado”.
Investimentos – Outra causa é a retomada do
investimento público, por meio de programas como o
Novo PAC e a Nova Indústria Brasil. Destacam-se
ainda os financiamentos do BNDES, Caixa e Banco do
Brasil. O técnico acrescenta que “o investimento
também vem crescendo de forma consistente no setor
privado”.
Tendência – Victor Pagani avalia que a
economia está desacelerando com relação a 2024,
quando o crescimento foi de 3,4%. Porém, ele
acredita que o País seguirá crescendo com
consistência neste e no próximo ano. Em 2025,
mercado prevê crescimento de 2,2%. Pagani é mais
otimista, e projeta alta de pelo menos 2,5%.
Para 2026, ano eleitoral, o técnico acredita que
crescimento seguirá acima dos 2%, mas pondera: “Isso
depende muito da política de juros do Banco Central
e da relação do governo com o Congresso. A crise do
IOF mostrou que o Centrão quer reduzir o orçamento
pra investimentos públicos no próximo ano. Isso,
aliado ao cenário internacional instável, torna mais
difícil prever o comportamento da economia.”
Mais – Sites do Dieese, IBGE e Ministério do
Trabalho e Emprego.
Fonte: Agência Sindical

03/07/2025 -
Contra o trabalhador: 70% dos deputados são
contrários ao fim da escala 6×1, aponta Quaest
Levantamento revela ampla resistência no
Congresso à proposta que prevê redução da jornada
sem perda salarial
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Quaest nesta
quarta-feira (2) revelou que a maioria dos deputados
federais são contra o fim da escala 6×1 . Segundo o
levantamento, 70% dos parlamentares se opõem à
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba
com a jornada de seis dias de trabalho seguidos com
apenas um dia de descanso.
O estudo da Quaest mostra ainda que apenas 22% dos
parlamentares apoiam o fim da escala 6×1, enquanto
8% não souberam ou preferiram não responder.
Entre os deputados da oposição, o índice salta para
92%; 6% são favoráveis. A base do governo também
está dividida, com apoio à pauta declarado por 44%
dos parlamentares; outros 55% se posicionaram contra
a PEC. Já o grupo de deputados classificados como
“independentes” tem 74% dos deputados contrários à
redução da jornada de trabalho, e 23% favoráveis.
Quando o recorte é por espectro político, os dados
revelam que a PEC não tem maioria nem mesmo na
esquerda, com 49% favoráveis e 49% contrários; 2%
não souberam ou não responderam. No centro, o apoio
cai para 27%, e a rejeição à pauta fica em 70%;
outros 3% não souberam ou não responderam. Entre os
deputados de direita, a rejeição vai a 88%, com 10%
de apoio. A parcela dos que não sabem ou não
responderam é de 2%.
O levantamento ouviu 203 deputados (40% do total da
Câmara) com amostragem definida com base em extratos
de região e posicionamento ideológico dos partidos.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 7 de
maio e 30 de junho. A margem de erro estimada é de
4,5 pontos percentuais.
O projeto, de autoria da deputada federal Erika
Hilton (Psol), tem sido a principal bandeira de
mobilização dos movimentos populares e pretende
estabelecer a jornada máxima de trabalho de 36 horas
semanais em quatro dias por semana, sendo oito horas
de trabalho mais uma hora de almoço por dia.
PEC está parada na Câmara
A PEC que prevê o fim da escala 6×1 foi protocolada em
fevereiro de 2025, mas até agora não entrou em
tramitação. A proposta altera o artigo 7º da
Constituição Federal, que trata dos direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais.
O argumento central dos defensores da PEC é de que a
jornada de seis dias consecutivos compromete a saúde
física e mental da classe trabalhadora, sobretudo em
atividades operacionais e de serviços essenciais,
que exigem longas jornadas e grande esforço físico.
Na justificativa da PEC, a deputada Erika Hilton
afirma que a proposta “reflete um movimento global
em direção a modelos de trabalho mais flexíveis aos
trabalhadores, reconhecendo a necessidade de
adaptação às novas realidades do mercado de trabalho
e às demandas por melhor qualidade de vida dos
trabalhadores e de seus familiares”.
Já os setores empresariais e seus representantes no
Congresso alegam que o fim da escala 6×1 teria
impactos sobre a produtividade e os custos das
empresas.
A PEC partiu do movimento Vida Além do Trabalho (VAT),
iniciado pelo vereador do Rio de Janeiro, Ricardo
Azevedo, pelo Psol. Ele começou uma mobilização nas
redes sociais que angariou cerca de 1,5 milhão de
assinaturas em prol de um abaixo-assinado pelo fim
da escala atual de trabalho.
Fonte: Brasil de Fato

03/07/2025 -
Dispensa de reavaliação de aposentados por
incapacidade permanente agora é lei
Aposentados por incapacidade permanente,
irreversível ou irrecuperável estão dispensados de
reavaliações periódicas da condição de saúde que
justificou a concessão do benefício
previdenciário. Essa determinação foi confirmada
pela promulgação da
Lei 15.157, publicada no Diário Oficial da União
desta quarta-feira (2).
A norma é resultado da decisão do Congresso Nacional
de derrubar, em 17 de maio, o veto integral do
presidente Lula (VET 38/2024) ao Projeto de Lei
(PL) 5.332/2023. O texto modifica os Planos de
Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213, de
1991) e a organização da Assistência Social no
Brasil (Lei 8.742, de 1993).
Entre as medidas, o texto que agora se transformou
em lei dispensa o segurado do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) e quem recebe o Benefício
de Prestação Continuada (BPC) da reavaliação
periódica quando a incapacidade for permanente,
irreversível ou irrecuperável.
Em caso de suspeita de fraude ou erro nas dispensas
de reavaliação por quadros irrecuperáveis, o
segurado poderá ser convocado para análise, diz a
lei. A nova norma também determina a participação de
especialista em infectologia na perícia médica de
pessoa com HIV.
Fonte: Agência Senado

03/07/2025 -
Salário mínimo paulista sobe para R$ 1.804 a partir
desta terça (1º)
O salário mínimo regional do estado de São Paulo
passa a ser de R$ 1.804 a partir desta terça-feira,
1º de julho. O novo valor representa um reajuste de
10% em relação ao piso anterior, com ganho real
estimado em 5% acima da inflação, segundo o governo
estadual.
O reajuste vale para trabalhadores que não estão
cobertos por convenções ou acordos coletivos e
abrange a chamada primeira faixa salarial, que
inclui funções como auxiliares de limpeza,
atendentes, cozinheiros e operadores de máquinas. A
medida não se aplica a categorias com piso
estabelecido por legislação federal, como contratos
de aprendizagem, nem àquelas com convenções
coletivas específicas.
Com a atualização, aproximadamente 70 categorias
profissionais terão o piso salarial padronizado no
estado.
Além do novo salário mínimo regional, o governo
paulista sancionou duas leis que impactam
diretamente o funcionalismo público estadual. A
primeira concede reajuste de 5% aos servidores
ativos, aposentados e pensionistas de diversas
áreas. A segunda institui um abono complementar — um
valor extra que assegura que nenhum servidor receba
menos do que o novo mínimo estadual.
Segundo estimativas do governo, cerca de 91 mil
trabalhadores devem ser beneficiados com o abono,
incluindo servidores da ativa e inativos com direito
à paridade.
Comparativo com o piso nacional
O salário mínimo nacional em vigor desde janeiro de
2025 é de R$ 1.518, após reajuste de 7,5% em relação
ao ano anterior. O valor considera a inflação
acumulada e inclui ganho real de até 2,5%, conforme
a política de valorização salarial adotada pelo
governo federal.
Já os pisos regionais, como o de São Paulo, são
definidos por cada estado, com base em critérios
como custo de vida e realidade econômica local. No
Paraná, por exemplo, o salário mínimo regional varia
entre R$ 1.984 e R$ 2.275, conforme a categoria
profissional.
Fonte: Rádio Peão Brasil

03/07/2025 -
Paim questiona críticas ao IOF diante do aumento do
número de deputados
Durante pronunciamento no Plenário nesta terça-feira
(1º), o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a atual
política fiscal do país e argumentou que o sistema
tributário brasileiro favorece os setores de maior
renda e transfere a carga para os mais pobres. O
senador defendeu mudanças no sistema de cobrança de
tributos e alertou que o Brasil poderá deixar de
arrecadar R$ 620,8 bilhões em 2026, devido à
manutenção de benefícios que favorecem setores
privilegiados da economia.
— A elite econômica, política e social brasileira é
insaciável, nunca está saciada. Ela se recusa a
repartir o pão, mesmo frente a um povo que sofre e
que todo dia é humilhado. As reformas que interessam
ao povo não são as que cortam direitos. Não é a
reforma trabalhista, não é a reforma previdenciária;
têm que ser aquelas que estão garantindo os
bilionários. Eles têm que também contribuir com a
construção de um país diferente e colaborar para a
melhoria da qualidade de vida do nosso povo —
afirmou.
O senador questionou a coerência entre as críticas
relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) e a aprovação do projeto de lei complementar (PLP
177/2023), que prevê o aumento de 513 para 531 do
número de deputados federais. Segundo ele, é
contraditório discutir ajustes na arrecadação e
cortes de tributos, enquanto o Congresso amplia
despesas com mais cadeiras no Parlamento.
— Não é disso que o Brasil precisa. O Brasil é um
dos países do mundo que mais tem parlamentares. Não
tem sentido, num momento como este, ainda se aprovar
o aumento do número de deputados federais. A
população não pede mais parlamentares, ela pede
justiça social, igualdade de oportunidades e quer
viver com dignidade. É hora de nós todos fazermos o
dever de casa: por exemplo, taxar os super-ricos,
tributar lucros e dividendos, acabar com os
benefícios fiscais injustos. É preciso também
garantir a isenção do Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil e descontos — declarou.
Fonte: Agência Senado

03/07/2025 -
Julgamentos na Justiça do Trabalho superaram 4
milhões em 2024
Houve aumento de 14,3% em comparação com 2023.
Número é o maior dos últimos 20 anos
O Relatório Geral da Justiça do Trabalho 2024,
divulgado nesta terça-feira (1º), mostra que a
Justiça trabalhista julgou 4.000.793 processos no
ano passado. Isso representa um aumento de 14,3% na
comparação com o ano anterior. Ao longo dos últimos
20 anos, exceto de 2018 a 2020, o indicador vem
apresentando crescimento.
Nas Varas do Trabalho, a produtividade cresceu
12,6%; nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs),
17,8%; e, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o
aumento foi de 3,9%.
O relatório foi apresentado pelo presidente do TST,
ministro Aloysio Corrêa da Veiga, na sessão do Órgão
Especial que marcou o encerramento do semestre
judiciário.
Valores movimentados
O total pago a quem iniciou as ações e ganhou na
Justiça somou quase R$ 50 bilhões no ano. Desse
montante, 41,1% foram decorrentes de acordos, 45,1%
de execução e 13,8% de pagamento espontâneo.
Foram arrecadados para a União R$ 6,66 bilhões -
75,1% para a Previdência Social, 15,8% de Imposto de
Renda e 8,9% de custas e emolumentos.
Processos recebidos também superam os 4 milhões
O volume de processos recebidos aumentou 19,3% em
relação a 2023: foram 4.090.375, também o maior
volume dos últimos 20 anos. Nessas duas décadas,
exceto de 2018 a 2021, esse total cresceu de forma
consecutiva. Os números consideram casos novos e
recursos. Quando analisados somente os casos novos,
foram 3.599.940 novas ações.
Setor mais demandados e assuntos mais recorrentes
Os setores mais demandados nas novas ações foram
serviços diversos (27,9%), indústria (20,6%) e
comércio (13,1%). Já os assuntos mais recorrentes
foram adicional de insalubridade, verbas
rescisórias, FGTS, multa do artigo 477 da CLT e dano
moral.
Tempo médio entre início da ação e julgamento cai
Os processos trabalhistas levam em média 197 dias
entre o ajuizamento da ação e a sentença na fase de
conhecimento. Esse prazo caiu 8,4% desde 2020.
Naquele ano, o tempo médio era de 215 dias.
Confira a íntegra do relatório.
Fonte: TST

02/07/2025 -
Centrais alertam para retrocesso social
As Centrais Sindicais publicam Nota alusiva à
derrubada do IOF pela Câmara, dia 25 de junho. Elas
alertam que essa postura poupa os mais ricos,
deixando para os pobres a carga pesada dos tributos.
“A derrubada do IOF pode levar a cortes de R$ 12
bilhões, afetando programas de saúde, educação e
assistência aos mais vulneráveis. Repudiamos essa
postura e defendemos tributação justa, progressiva e
alinhada ao interesse público”, diz o documento
assinado pela CUT, Força, UGT, CTB, Nova Central e
CSB.
A decisão da Câmara, até certo ponto, surpreende,
uma vez que havia acordo sobre o tema. A Câmara,
para analistas, invadiu a competência do Executivo
sobre matéria financeira. Diante disso, o ministro
Fernando Haddad estudar cortar super-salários. Já a
direita parlamentar propõe o fim dos aumentos reais
de salário para o mínimo.
Aposentados – As entidades também criticam a
decisão dos parlamentares de interferir no crédito
consignado aos aposentados e pensionistas. Dizem as
Centrais: “O crédito consignado é uma das poucas
modalidades acessíveis aos beneficiários do INSS,
justamente por ter os juros limitados pelo Conselho,
que conhece de perto a sua realidade e com
participação dos trabalhadores. Colocar esse
controle nas mãos de um órgão com visão financista
pode levar a aumentos abusivos nas taxas,
restringindo o acesso ao crédito e prejudicando
milhões de brasileiros”.
A NOTA:
As Centrais Sindicais expressam discordância com as
recentes medidas aprovadas pela Câmara dos Deputados
em relação ao IOF e aos juros do crédito consignado
para aposentados e pensionistas do INSS. Ambas
representam retrocesso no caminho urgente que o País
precisa trilhar de combate à desigualdade e rumo à
justiça social.
Aposentados – As entidades também criticam a
decisão dos parlamentares de interferir no crédito
consignado aos aposentados e pensionistas. Dizem as
Centrais: “O crédito consignado é uma das poucas
modalidades acessíveis aos beneficiários do INSS,
justamente por ter os juros limitados pelo Conselho,
que conhece de perto a sua realidade e com
participação dos trabalhadores. Colocar esse
controle nas mãos de um órgão com visão financista
pode levar a aumentos abusivos nas taxas,
restringindo o acesso ao crédito e prejudicando
milhões de brasileiros”.
A decisão de derrubar os decretos que aumentavam as
alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras é
um grave desrespeito à autonomia do Poder Executivo
em arbitrar sobre tributos regulatórios, além de
demonstrar a incoerência entre discurso e prática do
Legislativo. Enquanto a medida buscava ampliar a
arrecadação sem onerar os mais pobres, o Congresso
prioriza a agenda de poucos em detrimento do
equilíbrio das contas públicas e de um ambiente de
justiça social.
É contraditório que parlamentares defendam o
“controle de gastos” enquanto mantêm intocáveis seus
próprios privilégios, como as crescentes emendas
parlamentares, e rejeitem medidas que poderiam
garantir recursos para políticas sociais essenciais.
A derrubada do IOF pode levar a cortes de R$ 12
bilhões, afetando programas de saúde, educação e
assistência aos mais vulneráveis. As Centrais
repudiam essa postura e defendem que a tributação
deve ser justa, progressiva e alinhada ao interesse
público.
Já a MP 1.292/25, cujo propósito era reformular as
regras do crédito consignado para trabalhadores CLT,
através do importante “Crédito do Consumidor”, foi
aprovada com um “jabuti” que retirou do Conselho
Nacional de Previdência Social a competência de
definir os juros do consignado para aposentados e
pensionistas do INSS, transferindo essa atribuição
ao Conselho Monetário Nacional.
Essa é mais uma medida preocupante, uma vez que o
CNM reiteradamente toma decisões alinhadas às
expectativas do mercado financeiro, o que tende a
priorizar os lucros dos bancos em vez das
necessidades dos aposentados e trabalhadores.
O crédito consignado é uma das poucas modalidades
acessíveis aos beneficiários do INSS, justamente por
ter os juros limitados por um Conselho que conhece
de perto a sua realidade e com participação dos
trabalhadores. Colocar esse controle nas mãos de um
órgão com visão financista pode levar a aumentos
abusivos nas taxas, restringindo o acesso ao crédito
e prejudicando milhões de brasileiros.
As Centrais esperam que o Senado rejeite a mudança e
mantenha a regulação sob um Conselho que priorize a
proteção social e reafirma compromisso com um
sistema tributário justo, que taxe os mais ricos e
garanta recursos para políticas públicas, e com um
sistema financeiro regulado em favor do povo”.
São Paulo, 27 de junho de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única
dos Trabalhadores). Miguel Torres, Força Sindical.
Ricardo Patah, presidente da UGT. Adilson Araújo,
presidente da CTB. Antonio Neto, presidente da CSB.
Moacyr Tesch , Nova Central
Fonte: Agência Sindical

02/07/2025 -
Brasil ultrapassa um milhão de empregos formais em
cinco meses de 2025
Somente em maio, foram gerados quase 149 mil
postos formais
O Brasil criou mais de 1 milhão de vagas de emprego
com carteira assinada nos cinco primeiros meses de
2025, segundo dados do Novo Caged, divulgados nesta
segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho. No
total, foram 1.051.244 vagas abertas entre janeiro e
maio, com saldo positivo nos setores da economia
avaliados.
Somente em maio, foram gerados quase 149 mil postos
formais.
O setor de serviços lidera o avanço no ano, com mais
de 560 mil vagas criadas, seguido pela indústria
(mais de 209 mil), construção civil (149.233),
agropecuária (72.650) e comércio (56.708). Na
indústria, o crescimento foi puxado principalmente
pelas áreas de alimentos, máquinas e equipamentos,
metalurgia e veículos.
Em relação aos estados, São Paulo, Minas Gerais e
Paraná tiveram os maiores saldos absolutos, enquanto
Goiás, Mato Grosso e Tocantins apresentaram o maior
crescimento proporcional.
Em maio, a geração de empregos também foi maior
entre mulheres, jovens de 18 a 24 anos,
trabalhadores com ensino médio e pessoas
autodeclaradas pardas. O saldo também foi positivo
para o grupo PCD, com 902 novos postos.
Fonte: Brasil247

02/07/2025 -
Contribuição assistencial de não sindicalizados
O Supremo Tribunal Federal (STF) avançou no
julgamento que define os critérios para cobrança de
contribuição assistencial de trabalhadores não
filiados, reforçando a decisão unânime tomada em
2023. Na ocasião, os ministros consideraram
constitucional a cobrança de taxas assistenciais
previstas em acordos ou convenções coletivas, desde
que garantido o direito de oposição por parte dos
trabalhadores.
Agora, o ministro Gilmar Mendes, acompanhado por
Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli,
complementou o entendimento ao vetar práticas de
interferência empresarial na manifestação de vontade
dos empregados.
Decisão de Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, ao acolher embargos de
declaração, estabeleceu limites à cobrança da
contribuição assistencial.
Em seu voto, determinou que: Não haverá
cobrança retroativa referente ao período em que o
STF entendia a contribuição como inconstitucional;
Será garantido o direito de oposição, sem
interferência de terceiros; O valor da contribuição
deverá ser razoável e compatível com a capacidade
econômica da categoria.
A decisão busca equilibrar os interesses dos
sindicatos, que dependem desses recursos para manter
sua estrutura, e os direitos dos trabalhadores, que
criticam a obrigatoriedade como um resquício do
corporativismo.
A posição foi motivada por um questionamento da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que alertou
para casos de práticas antissindicais em setores
industriais. O entendimento do STF visa assegurar
que os sindicatos mantenham sua sustentabilidade
financeira sem violar direitos constitucionais,
enquanto protege os trabalhadores de abusos.
Vista de Mendonça adia conclusão
O ministro André Mendonça pediu vista do processo,
interrompendo temporariamente o julgamento. Ele terá
até três meses para analisar a ação, que trata da
legalidade da cobrança de taxas assistenciais e dos
mecanismos de recusa. Não há consenso sobre os
motivos do pedido, mas a expectativa é que o tema
retorne ao Plenário ainda em 2025. Enquanto isso,
sindicatos e entidades empresariais aguardam a
definição, que impactará milhões de trabalhadores e
o modelo de financiamento das categorias.
Próximos passos
Com a vista de Mendonça, o julgamento permanece em
suspenso.
Fonte: Diap

02/07/2025 -
O
Brasil das hienas – Paulo Paim
A elite econômica, política e social brasileira é
insaciável. Ela se recusa a repartir o pão, mesmo
frente a um povo que sofre e que todo dia é
humilhado. Isso é histórico. A realidade das ruas é
muito triste. Milhões vivem em situação de
insegurança alimentar e passam fome. Milhões não têm
saneamento básico, moradia digna, acesso à saúde e à
educação e emprego decente. E, enquanto isso, as
hienas seguem rindo, saboreando o banquete que lhes
é oferecido.
O Congresso aprovou o aumento do número de deputados
federais. Não é disso que o Brasil precisa. A
população não pede mais parlamentares; pede justiça
social, igualdade de oportunidades e dignidade. É
hora de fazer o dever de casa: taxar os super-ricos,
tributar os lucros e dividendos, acabar com os
benefícios fiscais injustos, baixar as taxas de
juros que sufocam o setor produtivo e barram o
crescimento e o desenvolvimento, cortar os
supersalários e rever a pejotização que insulta o
trabalhador. É preciso também garantir a isenção do
Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e
descontos parciais para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7
mil. Tudo isso vai beneficiar os vulneráveis, os
pobres e a classe média.
Quantas e quantas vezes a ONU alertou que o Brasil é
um dos países mais desiguais do mundo e que possui
uma forte concentração de renda. Aqui, 1% da
população concentra quase 50% da riqueza. Nosso país
tem recursos para fazer as transformações
necessárias; mas tem também excesso de privilégios.
É preciso decisão política. As reformas que
interessam ao povo não são as que cortam direitos —
são as que garantem que os bilionários também
contribuam com a construção de um país melhor.
A contribuição dos empregadores para a previdência
pública deve ser sobre o faturamento, e não sobre a
folha de pagamento. Vejam o exemplo dos bancos. Eles
têm grandes lucros e empregam muito pouco. São os
que mais faturam e são os que menos empregam. Se
pagassem sobre o faturamento, a Previdência
arrecadaria muito mais e os empregadores que mais
empregam proporcionalmente pagariam menos.
Falam em congelar o salário mínimo por seis anos.
Isso é inaceitável. O salário mínimo é, muitas
vezes, a única fonte de renda de uma família
inteira. E querem tirar ainda mais? Também acenam
com nova reforma trabalhista e da Previdência, esta
com o perverso sistema de capitalização — sempre
contra os de baixo, sempre poupando os de cima. É o
velho truque das hienas: comem a carne e deixam os
ossos.
Não aceitamos ataques à CLT. Defendemos o Estatuto
do Trabalho. Defendemos a redução da jornada sem
redução de salários. Defendemos a valorização do
trabalhador do campo e da cidade, do servidor, da
agricultura familiar, dos professores. Queremos uma
indústria nacional forte e competitiva. É na força
do trabalho que o país se sustenta — não na
especulação financeira e do rentismo que só
enriquecem meia dúzia.
E como bem escreveu Milan Kundera, em A
Insustentável Leveza do Ser: “As hienas surgem
quando os leões dormem.” Onde está o nosso
despertar? Nossa população tem uma enorme força e,
no caso aqui, ela é os leões. É possível virar o
jogo e colocar na prática o que previu Stefan Zweig:
“Brasil, o País do Futuro”.
Um país que privilegia poucos e penaliza muitos está
condenado ao atraso, ao subdesenvolvimento, à falta
de perspectivas para os jovens, ao descaso com os
idosos e aposentados, à negação da própria
Constituição. Nossa democracia precisa ser
fortalecida. Com a democracia tudo, sem a democracia
nada. Um país que ouve o povo e que faz pelo povo —
esse sim é como a Fênix que renasce das próprias
cinzas.
Paulo Paim. Senador pelo PT-RS.
Fonte: Agência Sindical

02/07/2025 -
Supersalários no Judiciário custam R$ 10,5 bilhões
ao ano, diz levantamento
Levantamento aponta aumento de 49,3% nos
rendimentos líquidos de magistrados, puxado por
benefícios que driblam o teto constitucional
Os chamados "supersalários" pagos a magistrados no
Brasil cresceram 49,3% em 2023 e passaram a custar
R$ 10,5 bilhões aos cofres públicos. O dado faz
parte de um levantamento do Movimento Pessoas à
Frente em parceria com o pesquisador Bruno Carazza,
da Fundação Dom Cabral. O aumento, que supera em
quase dez vezes a inflação oficial do período
(4,83%), revela, segundo os autores, uma "corrida
para além do teto" no Judiciário. As informações são
do jornal O Globo.
A maior parte do crescimento nos rendimentos
líquidos de magistrados, segundo o estudo, se deve
ao pagamento de auxílios e benefícios classificados
como indenizatórios — os chamados "penduricalhos".
Esses valores, por não serem tratados como
remuneração oficial, ficam isentos de Imposto de
Renda e permitem que juízes ultrapassem o teto
constitucional de R$ 46.366,19, valor correspondente
ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Apesar de atingir um número restrito no
funcionalismo — cerca de 0,06% dos servidores
públicos — os supersalários são amplamente
prevalentes entre membros do Judiciário e do
Ministério Público. De acordo com dados da PNAD
Contínua de 2023, do IBGE, 93% dos magistrados e
91,5% dos promotores e procuradores estavam nessa
faixa de renda elevada.
O estudo também alerta para riscos na tramitação da
reforma administrativa em discussão na Câmara dos
Deputados. A organização afirma que a proposta atual
do grupo de trabalho, coordenado pelo deputado Pedro
Paulo (PSD-RJ), pode legitimar os penduricalhos ao
manter 32 exceções ao teto remuneratório — 14 delas
com impacto direto sobre os rendimentos. Entre os
itens listados estão adicional de férias,
gratificação por acúmulo de função,
auxílio-alimentação e auxílio-saúde, com impacto
fiscal estimado em R$ 3,4 bilhões por ano.
Além do Judiciário, o estudo pretendia analisar
também os rendimentos do Ministério Público. No
entanto, segundo os autores, a apuração foi
prejudicada pela “indisponibilidade e baixa
qualidade dos dados públicos referentes ao órgão”, o
que impediu uma análise completa dos gastos.
Fonte: Brasil247

01/07/2025 -
20 anos da Nova Central: Unicidade, Desenvolvimento
e Justiça Social a serviço dos trabalhadores
No dia 28 de junho de 2005, nascia, em Brasília, um
novo capítulo da história do sindicalismo
brasileiro: a Nova Central Sindical de Trabalhadores
– NCST. Fruto da união, coragem e ousadia de
lideranças de todo o país, a Nova Central foi
fundada com o firme propósito de ser uma alternativa
legítima de luta independente, autônoma e defensora
do sistema confederativo.
Construída na unidade e na solidariedade entre
Confederações, Federações e Sindicatos, sua criação
marcou uma grandiosa demonstração de organização e
compromisso coletivo. A Nova Central foi a primeira
Central Sindical com sede na capital federal,
Brasília, símbolo de sua vocação para o diálogo
institucional e sua proximidade com os centros de
decisão política do país.
Desde o início, guiada pelo lema Unicidade,
Desenvolvimento e Justiça Social, a Nova Central tem
se consolidado como uma voz ativa na defesa da
unicidade sindical, da contribuição compulsória, do
sistema confederativo de representação sindical e da
plena aplicação do Artigo 8º da Constituição
Federal. Em todos os momentos históricos, esteve ao
lado dos trabalhadores e trabalhadoras, defendendo
emprego, valorização do salário, desenvolvimento
econômico e taxas de juros mais justas, enfrentando
com firmeza os retrocessos sociais e os ataques à
organização sindical.
Essa trajetória foi iniciada sob a liderança do
presidente fundador José Calixto Ramos, figura
histórica do sindicalismo brasileiro, que nos
ensinou que “o sindicalismo é uma chama que nunca se
apaga”. Após seu falecimento, a Nova Central foi
conduzida interinamente por José Reginaldo,
atualmente diretor de Formação Sindical e
Qualificação Profissional da NCST, que assegurou a
continuidade do projeto com responsabilidade e
compromisso. Na sequência, o professor Oswaldo
Augusto de Barros (in memoriam) foi eleito
presidente da entidade, mas exerceu o cargo por
pouco tempo, vindo a falecer prematuramente. Ainda
assim, deixou um legado marcante, especialmente na
área de valorização da educação dos trabalhadores.
Atualmente, sob a presidência do experiente e
combativo Moacyr Auersvald, a Nova Central segue
escrevendo sua história com firmeza, espírito de
luta e compromisso com a classe trabalhadora.
Em um momento em que o movimento sindical enfrenta
sérios desafios — com a precarização das relações de
trabalho, o enfraquecimento das estruturas de
representação e o desrespeito aos direitos
históricos da classe trabalhadora —, a união e a
resistência seguem sendo os pilares da nossa luta. A
Nova Central reafirma, mais do que nunca, seu papel
como instrumento de transformação social e de
fortalecimento da democracia.
Nossos sinceros agradecimentos às unidades estaduais
da Nova Central, que, com empenho e dedicação,
ajudam a espalhar nossos ideais por todo o Brasil,
mantendo viva a chama do sindicalismo combativo,
solidário e voltado para a justiça social.
Celebrar os 20 anos da Nova Central é celebrar a
coragem, a esperança e a força coletiva de milhões
de trabalhadores. Que venham muitos outros anos de
conquistas, lutas e avanços rumo a um país mais
justo, igualitário e democrático!
Parabéns à Família Nova Central!
A Diretoria.
Fonte: NCST

01/07/2025 -
Instalação da comissão da MP que busca agilizar o
INSS está marcada para esta terça
Será instalada nesta terça-feira (1º), às 14h30, a
comissão mista que vai analisar a Medida Provisória
(MP) 1.296/2025, que cria um programa para melhorar
a gestão de benefícios do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e das perícias médicas feitas
pela Previdência Social.
A pauta prevê a eleição do presidente e do
vice-presidente do colegiado. Em seguida, poderão
começar os trabalhos de relatoria e discussão do
texto enviado pelo Executivo, editado em 15 de
abril. A comissão mista é formada por 26 senadores e
26 deputados titulares, além de igual número de
suplentes.
A reunião é uma retomada da sessão iniciada e
suspensa em 17 de junho. Após a instalação da
comissão e a eleição da presidência, deverá ser
indicado o relator da MP, que ficará responsável por
apresentar parecer a ser votado pelos parlamentares.
Fonte: Agência Senado

01/07/2025 -
Senado vai analisar isenção do IR para dois salários
mínimos
O Senado vai analisar, em breve, o projeto que
garante a isenção do Imposto de Renda (IR), a partir
de maio de 2025, para quem recebe até dois salários
mínimos — atualmente R$ 3.036 (PL 2.692/2025).
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na
quarta-feira (25). Ele foi apresentado pelo líder do
governo, deputado José Guimarães (PT-CE). Seu texto
repete a Medida Provisória (MP) 1.294/2025, que
perde a vigência em agosto deste ano.
O reajuste da tabela vai valer a partir de maio
devido à sanção do Orçamento de 2025 ter acontecido
apenas em abril. Os cidadãos que ganham até dois
salários mínimos já eram isentos em anos anteriores,
mas o governo precisou atualizar a tabela do IR em
razão do reajuste do salário mínimo no início do
ano.
A tabela do Imposto de Renda funciona de forma
progressiva, e o imposto a pagar aumenta conforme a
faixa de rendimento. A cobrança parte da alíquota de
7,5% e chega a 27,5% para a faixa dos maiores
rendimentos (acima de R$ 4.664,68).
Isenção para R$ 5 mil
No mês de março, o governo enviou ao Congresso um
outro projeto para isentar do IR quem recebe até R$
5 mil por mês e dar descontos para quem recebe entre
R$ 5 mil e R$ 7 mil. A medida alcançaria mais de 90
milhões de brasileiros (PL 1.087/2025). Para
compensar os cofres públicos, o projeto propõe a
tributação de lucros e dividendos em valor acima de
R$ 50 mil mensais, com alíquota de 10%.
A isenção para quem recebe até R$ 5 mil foi uma
promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. A proposta está em análise em uma comissão
especial da Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado

01/07/2025 -
Declaração de pobreza basta para gratuidade na
Justiça do Trabalho, defende Fachin
O benefício da Justiça gratuita deve ser concedido a
quem recebe salário igual ou inferior a 40% do teto
da Previdência (o que hoje significa cerca de R$ 3,3
mil mensais). E uma das formas válidas para
comprovar isso é a alegação de insuficiência de
recursos por autodeclaração. Foi o que defendeu o
ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, em voto apresentado nesta sexta-feira
(27/6).
Instantes após o início do julgamento virtual e a
manifestação de Fachin, a análise foi suspensa
devido a um pedido de vista do ministro Gilmar
Mendes.
A ação em debate foi movida pela Confederação
Nacional do Sistema Financeiro (Consif). A entidade
defende que a Justiça gratuita seja concedida
somente para quem comprovar renda de até 40% do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, cujo valor hoje é de
aproximadamente R$ 8,2 mil por mês.
Desde a reforma trabalhista de 2017, a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) prevê que a Justiça
gratuita pode ser concedida a quem recebe salário
igual ou inferior a esse teto, desde que seja
comprovada a “insuficiência de recursos para o
pagamento das custas do processo”.
Na prática, a discussão no STF é se a autodeclaração
de hipossuficiência econômica pode ser considerada
válida na Justiça do Trabalho. O Código de Processo
Civil (CPC) prevê que essa alegação é presumida
verdadeira.
Na visão da Consif, porém, a mera declaração não
basta. Mas a Súmula 463 do Tribunal Superior do
Trabalho, também de 2017, diz o contrário. No final
do último ano, o Pleno do TST reafirmou seu
entendimento.
A autora da ação apontou decisões que afastaram os
trechos da CLT e aplicaram a regra do CPC e a súmula
do TST.
Voto do relator
Fachin, relator do caso, considera que as alterações
trazidas pela reforma são constitucionais, mas ele
destacou que a regra do CPC também é aplicável à
Justiça do Trabalho e validou a súmula do TST.
Segundo o ministro, a reforma estabeleceu um
requisito objetivo e exigiu a comprovação da
insuficiência de recursos, “mas não tratou da forma
desta comprovação, nem tampouco vedou a
autodeclaração”.
Para ele, as mudanças não retiraram a presunção de
veracidade da autodeclaração, mas apenas fixaram um
limite salarial como critério de insuficiência, sem
detalhar como ele seria avaliado.
O magistrado lembrou que, na falta de normas sobre
processos trabalhistas, as regras do CPC devem ser
aplicadas. Isso está previsto no próprio Código.
Em contrapartida, Fachin ressaltou que as pessoas
podem ser responsabilizadas (inclusive
criminalmente) por alegações falsas de insuficiência
de recursos. O relator também destacou que a
autodeclaração de hipossuficiência pode sempre ser
contestada pela parte contrária.
Por fim, o ministro explicou que a Justiça gratuita
não é uma isenção absoluta. Mesmo em caso de
concessão do benefício, se a pessoa superar as
condições de insuficiência financeira, deverá pagar
as custas e outras despesas processuais.
Clique
aqui para ler o voto de Fachin
ADC 80
Fonte: Consultor Jurídico

01/07/2025 -
Confira os horários do TST em julho
De 2 a 31/7, expediente será das 13h às 18h
Em razão das férias coletivas dos ministros,
previstas no artigo 66, parágrafo 1º, da Lei
Orgânica da Magistratura (Lei Complementar 35/1979),
o expediente do Tribunal Superior do Trabalho, de 2
a 31 de julho, será das 13h às 18h (ATO GDGSET.GP.No
347, de 23 de junho de 2025).
Já a Ouvidoria do TST e do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT) manterá o atendimento da
Telefonia Geral do TST (no número 61 3043-4300) das
9h às 18h. Até as 13h, o atendimento será destinado
somente a consulta de ramais. Das 13h às 18h, o
funcionamento da Ouvidoria será normal (telefônico e
presencial).
A Secretaria-Geral Judiciária, a Coordenadoria de
Processos Eletrônicos, a Coordenadoria de
Cadastramento Processual e a Coordenadoria de
Classificação, Autuação e Distribuição de Processos
manterão plantão para atendimento ao público das 9h
às 18h.
Fale com a Ouvidoria
A Ouvidoria do TST e do CSJT pode ser acessada pelos
portais dos órgãos, pelo Disque-Ouvidoria
(0800-644-3444 opção 9 para telefonia fixa ou
61-3043-8600 opção 9 para telefonia móvel) ou pelo
e-mail ouvidoria@tst.jus.br.
Fonte: TST

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