Blog - Notícias Anteriores - Outubro 2017
31/10/2017 -
Convocatória para o Dia Nacional de Mobilização em
Defesa dos Direitos
Prezados (as) Companheiros (as),
Com a aprovação da reforma trabalhista que entra em
vigor a partir de dia 11 de novembro, conquistas
históricas da classe trabalhadora serão subtraídas e
muitas das suas entidades de representação serão
imediatamente aniquiladas.
Definitivamente, a situação é extremamente crítica,
praticamente uma questão de vida ou morte. Somente
uma mobilização ampla e irrestrita de trabalhadores,
sindicatos, federações, confederações e centrais
sindicais será capaz de reverter o cenário nebuloso
que ora se apresenta.
Diante disso, está confirmado para o dia 10 de
novembro do corrente ano, o Dia Nacional de
Mobilização em Defesa dos Direitos, que ocorrerá em
todo o país, em especial nas capitais – às véspera
da implementação definitiva das normas inseridas na
“reforma” trabalhista.
Portanto companheiros (as), no dia 10 de novembro,
estaremos diante daquele que, muito provavelmente,
será o dia mais importante de toda a nossa
trajetória sindical. Será o dia de reafirmarmos
nosso compromisso histórico com a classe
trabalhadora e a soberania do nosso povo. Será o dia
em que todos os nossos esforços e décadas de lutas
estarão à prova.
Nesse sentido, convocamos todas as entidades
filiadas à NCST para participar dessa grande
mobilização com o intuito de mais uma vez demonstrar
todo o descontentamento e indignação dos
trabalhadores em face dessa covarde usurpação dos
históricos direitos trabalhistas. Para tanto, a NCST
nacional sugere que as suas representações
estaduais, sindicatos, federações e confederações
filiadas, dentro das suas possibilidades, mobilizem
o máximo de companheiros (as) possíveis para
reforçarem as fileiras nessa grandiosa luta.
Sendo o que há para o momento, desde já contamos com
a mobilização e compreensão de todos, ao tempo em
que ficamos à disposição para eventuais
esclarecimentos.
Atenciosamente,
JOSÉ CALIXTO RAMOS
Presidente - NCST
Fonte: NCST

31/10/2017 -
Meirelles diz que novo valor do salário mínimo é
baseado em lei
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
nesta segunda-feira (30) que o novo valor do salário
mínimo para 2018, anunciado pelo Ministério do
Planejamento, é determinado pela aplicação da lei, e
não por escolha política. Meirelles destacou ainda
que o montante depende do resultado do Produto
Interno Bruto (PIB) do país e da inflação.
“O salário-mínimo ele basicamente está definido por
lei. A questão é apenas como calcular exatamente a
aplicação dos índices de inflação. Porque o
salário-mínimo é definido por crescimento do PIB e
inflação. Então é meramente uma questão de definir
esses itens”, disse, após participar de uma palestra
na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), na capital
paulista.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou
hoje a revisão do Orçamento de 2018 com a previsão
de redução de R$ 4 no valor do salário mínimo para o
próximo ano, que passa de R$ 969 para R$ 965. O
valor, segundo o governo, menor ocorre devido a
redução da previsão do Índice de Preços ao
Consumidor (INPC).
“Isso aí não é uma questão de escolha, muito menos
de escolha política. É uma questão de cálculo
matemático. E eventualmente a inflação cai, isso
pode gerar um salário-mínimo um pouquinho menor, mas
o fato concreto é que temos todos que seguir a lei”,
disse Meirelles.
Por lei, até 2019, o salário mínimo é definido com
base no crescimento da economia dos dois anos
anteriores somado à inflação pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) também do ano anterior.
Em outubro, o governo já havia divulgado uma
previsão para o salário mínimo de 2018. O valor de
R$ 979 que constava na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) então foi reduzido para R$ 969.
Hoje, uma nova diminuição na previsão foi anunciada,
agora para R$ 965.
Fonte: Portal EBC

31/10/2017 -
Michel Temer assina medidas provisórias do ajuste
fiscal
O presidente Michel Temer assinou nesta
segunda-feira (30) duas Medidas Provisórias (MP)
para cumprir o ajuste fiscal. A informação foi
confirmada pelo ministro do Planejamento, Orçamento
e Gestão, Dyogo Oliveira, em entrevista à imprensa.
Juntas, as medidas devem injetar nos cofres da União
cerca de R$ 13,2 bilhões.
Uma das medidas é a alteração na contribuição
previdenciária, de 11% para 14%, para servidores
públicos com salários acima de R$ 5 mil. Quem ganha
acima desse valor terá uma nova tributação, mas
somente em referência ao valor que ultrapassar o
limite estipulado. Assim, se o servidor ganha R$ 6
mil, a nova tributação incidirá apenas sobre R$ 1
mil.
Na mesma medida provisória, está previsto o
adiamento do reajuste para servidores públicos em
2018. “Há uma medida que traz postergação dos
reajustes previstos para 2018 para o conjunto de
categorias do governo federal que são as mais bem
remuneradas e que tinham anteriormente feito um
acordo de reajuste por um período de quatro anos”,
disse o ministro.
A outra MP altera a tributação do Imposto de Renda
(IR) sobre fundos financeiros fechados, chamados de
fundos exclusivos. Destinados a grandes clientes,
esses fundos, que são fechados e não têm livre
adesão, pagavam, até meados de agosto, Imposto de
Renda apenas no fechamento ou no resgate das cotas.
O imposto, então, passou a ser cobrado todos os
anos, como ocorre com os demais fundos de
investimento. Agora, haverá um aumento nessa
tributação.
“A tributação dos fundos exclusivos têm impacto de
R$ 10,3 bilhões bruto. No entanto, como se trata de
imposto de renda, uma parte tem que ser
compartilhada com estados e municípios através do
FPM e FPE [Fundos de Participação de Estados e
Municípios]. Portanto, restando um saldo líquido
para a União de R$ 6 bilhões”, explicou Oliveira.
Somados a isso, a União prevê uma economia de R$ 5
bilhões com a postergação dos reajustes, além de um
aumento de receitas de R$ 2,2 bilhões com o aumento
da contribuição previdenciária.
Refis
Também está prevista uma Medida Provisória para
prorrogar a adesão ao Programa Especial de
Regularização Tributária (Pert), conhecido como novo
Refis. O Palácio do Planalto confirmou que a MP será
assinada pelo presidente, o que precisa ocorrer até
amanhã (31), quando termina o prazo de adesão.
Michel Temer continua em São Paulo, onde se recupera
de um procedimento cirúrgico.
Fonte: Agência Brasil

31/10/2017 -
Paim destaca relatório da CPI da Previdência e cobra
combate à sonegação
A Previdência Social é superavitária e os problemas
existentes são consequência da má gestão, afirmou
nesta segunda-feira (30) em Plenário o senador Paulo
Paim (PT-RS), apontando para os resultados da CPI da
Previdência, que presidiu. O relatório da CPI é do
senador Hélio José (PMDB-DF).
Paim afirmou que nos últimos 20 anos mais de R$ 2
trilhões deixaram de entrar nos cofres do INSS. Boa
parte disso é resultado da sonegação de empresas que
não recolhem os benefícios. E o governo federal,
disse Paim, não cobra.
Na avaliação do senador, a CPI demonstrou não haver
qualquer necessidade de uma reforma nas regras
previdenciárias.
— Não interessa a ninguém. A ninguém. A não ser,
claro, aos banqueiros. O debate sobre o suposto
déficit foi desmistificado. Isso ficou claro quando
da apresentação de estudos e de farta documentação.
A CPI da Previdência funcionou por seis meses. Neste
período foram realizadas 33 reuniões, 26 audiências
públicas, tendo sido ouvidas mais de 140 pessoas.
Fonte: Agência Senado

31/10/2017 -
Projeto permite o uso do FGTS para o pagamento de
pensão alimentícia
Projeto do senador Lasier Martins permite o uso do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o
pagamento de pensão alimentícia. O PLS 415/2017
autoriza o uso do FGTS quando o responsável pelo
pagamento do auxílio não dispuser de outro recurso
financeiro. Lasier sustenta que “a finalidade
alimentar é preponderante sobre qualquer outra
coisa”. O projeto está na Comissão de Assuntos
Sociais do Senado (CAS), aguardando o recebimento de
emendas.
Fonte: Agência Senado

31/10/2017 -
Empresas já oferecem vagas pela nova CLT
Anúncios preveem contrato de trabalho
intermitente, com jornada flexível
A menos de duas semanas da entrada em vigor da
reforma trabalhista, empresas já começam a oferecer
vagas para trabalhadores intermitentes — um dos
novos tipos de contrato previstos pela nova
legislação. Em sites de busca de empregos e anúncios
em jornal, já é possível encontrar oportunidades
para a modalidade, que prevê o pagamento por hora e
jornada flexível. A reforma trabalhista começa a
valer no dia 11 de novembro.
Uma busca pelo termo “intermitente” na site Vagas,
por exemplo, já mostra pelo menos um anúncio de
oportunidade nesses moldes. A empresa GrandVision by
Fototica, especializada na venda de óculos, procura
um consultor de vendas e promete jornada flexível.
Segundo a postagem, o funcionário pode trabalhar só
“quando quiser ou puder”.
A empresa não quis comentar. Parte de um grupo
holandês, informou que as diretrizes internacionais
da marca não permitem comentários sobre políticas
internas de vagas e contratações.
Outra oferta semelhante se espalhou por redes
sociais nos últimos dias. Um suposto anúncio promete
70 vagas de trabalho intermitente na região de
Vitória, no Espírito Santo. A publicação seria do
grupo empresarial Sá Cavalcante e oferece
oportunidades em franquias de redes como Bob’s e
Spoleto. A remuneração é de R$ 4,45 por hora, para
contrato de trabalho intermitente e jornada de 5
horas aos sábados e domingos.
O Grupo Sá Cavalcante foi procurado, mas não
respondeu aos questionamentos. Já algumas franquias
citadas no anúncio se pronunciaram. O Spoleto
considerou que a rede franqueada de Vitória “agiu de
forma precipitada e não alinhada com a marca e os
mais de 360 restaurantes no Brasil”. Disse ainda
que, apesar de a lei permitir esse tipo de contrato,
desautoriza o franqueado a adotar o modelo nos
restaurantes da marca. O Bob’s disse que o anúncio
foi feita diretamente pelo Sá Cavalcante, sem que a
franqueadora tivesse conhecimento.
Especialistas explicam que empregadores podem
oferecer vagas prevendo as mudanças na legislação,
mas a assinatura de contratos do tipo só poderá ser
feita com a nova lei em vigor.
Para a advogada trabalhista Maria Lúcia Benhame, do
escritório Benhame, as empresas estão enfrentando um
período de adaptação às novas regras. Um dos
cuidados, ela alerta, é não confundir modalidades de
trabalho. Um contrato intermitente não pode, por
exemplo, prever os dias em que o funcionário terá
que comparecer:
— A empresa, por exemplo, que contrata um
trabalhador por jornada intermitente não poderá
prever os dias que ele irá ser chamado. Isso seria
jornada parcial. A diferença entre eles é que esse
profissional terá que comparecer obrigatoriamente
nos dias contratados pela jornada parcial. Já no
contrato intermitente o empregador precisa comunicar
que vai precisar do serviço com três de antecedência
e o funcionário tem um dia útil para responder se
poderá ou não comparecer.
Pela lei, o trabalhador intermitente tem acesso aos
mesmos direitos, incluindo salário mínimo
proporcional, estipulado em R$ 4,26 por hora para
este ano. Após o serviço prestado, o trabalhador
recebe o salário, férias e décimo terceiro
proporcionais. A contribuição ao INSS e FGTS deve
ser feita mensalmente, pelo empregador. (Colaborou
Marcello Corrêa)
Fonte: O Globo

31/10/2017 -
TST reconhece estabilidade a recepcionista que pediu
demissão sem saber da gravidez
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu
o direito à estabilidade provisória a uma
recepcionista do Laboratório de Patologia Clínica e
Análises Clínicas Carlos Chagas Ltda., de Patos de
Minas (MG), que pediu demissão sem saber que estava
grávida. O fundamento da decisão foi o fato de a
rescisão contratual ter sido homologada sem a
assistência do sindicato ou do Ministério do
Trabalho.
A trabalhadora deixou o emprego por livre e
espontânea vontade, após oito meses de serviço, e
quis retornar quando soube da gravidez, mas não
conseguiu. Depois que seu pedido de reintegração foi
indeferido na primeira instância, ela recorreu ao
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG),
sustentando que a garantia prevista no artigo 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) é irrenunciável,
e que a ruptura do contrato por iniciativa da
gestante só é válida quando há assistência do
sindicato da categoria profissional, o que não
ocorre no seu caso, como prevê o artigo 500 da CLT
para os empregados estáveis.
O TRT-MG decretou a improcedência da ação,
baseando-se na premissa de que a própria gestante
pediu demissão e de que não houve vício de
consentimento que pudesse invalidar o ato. Contra
essa decisão, ela recorreu ao TST e a Quarta Turma
não conheceu do recurso de revista, em decorrência
da Súmula 126. O colegiado destacou que o TST vem
considerando válido o pedido de demissão de
empregada gestante, afastando a estabilidade, quando
não se tratar de dispensa arbitrária ou imotivada.
SDI-1
No recurso de embargos, a recepcionista alegou que a
decisão da Quarta Turma diverge da jurisprudência
majoritária do Tribunal, no sentido de que a
assistência sindical prevista na CLT, no caso de
gestante, é uma formalidade “essencial e
imprescindível, sem a qual o ato jurídico não se
perfaz e, como consequência, presume-se a dispensa
sem justa causa”.
O ministro Hugo Carlos Scheuermann, relator dos
embargos, deu razão à trabalhadora observando que o
artigo 500 da CLT não faz distinção entre as
estabilidades existentes no direito. Por isso, a
interpretação mais adequada seria a da sua
aplicabilidade às gestantes.
Com essa fundamentação, a SDI-1 deu provimento ao
recurso da trabalhadora e determinou à empresa o
pagamento de indenização substitutiva ao período de
estabilidade, correspondente aos salários desde a
dispensa até cinco meses após o parto. A decisão foi
unânime, com ressalvas de entendimento do ministro
Augusto César Leite de Carvalho. Processo: E-ARR-603-26.2015.5.03.0071
Fonte: TST

31/10/2017 -
Câmara aprova cadastro de inclusão do idoso
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
da Câmara dos Deputados aprovou proposta que cria o
Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa Idosa (PL
5678/16).
Trata-se de um banco de dados informatizado que será
administrado pelo Executivo Federal e reunirá
informações de todas as políticas públicas voltadas
aos idosos e as coletadas em censos relacionados ao
público dessa faixa da população.
Apresentado pela deputada Leandre (PV-PR), o projeto
acrescenta dispositivos ao Estatuto do Idoso (Lei
10.741/03). Pelo texto, os dados do cadastro só
poderão ser utilizados para:
- formular, gerir, monitorar e avaliar políticas
públicas para a pessoa idosa;
- identificar as barreiras que impedem a realização de
seus direitos; e
- realizar estudos e pesquisas.
Por tramitar em caráter conclusivo, a matéria segue
para o Senado. A análise na CCJ ficou restrita aos
aspectos constitucionais, jurídicos e de técnica
legislativa. O relator, deputado Evandro Gussi
(PV-SP), recomendou a aprovação.
Emendas
O texto que vai ao Senado inclui as emendas acatadas
anteriormente na Comissão de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa.
A primeira modificação assegura que os dados
colhidos serão obtidos e disponibilizados
resguardando-se o direito à privacidade da pessoa
idosa. A segunda emenda inclui, no cadastro,
informações relativas às Instituições de Longa
Permanência de Idosos.
Fonte: Agência Câmara

31/10/2017 -
Conhecimento de embargos de declaração define
redução de prescrição para réu idoso
O exame dos embargos de declaração tempestivos e
considerados admissíveis integra o julgamento de
mérito da ação penal, razão pela qual, nesses casos,
o marco temporal a ser considerado, para se aplicar
a redução do prazo de prescrição em favor de réu que
atinge 70 anos de idade, nos termos do artigo 115 do
Código Penal, é o da publicação da decisão que
conheceu dos embargos opostos contra a sentença
condenatória.
A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça firmou
esse entendimento ao analisar um caso em que a ré
não havia completado 70 anos na época da sentença
condenatória, mas atingiu a senilidade antes do
julgamento dos embargos de declaração julgados
admissíveis.
Segundo o relator do caso, ministro Felix Fischer, a
ré deve ser beneficiada pela redução do prazo de
prescrição, já que o marco temporal a ser
considerado é a data da publicação da decisão que
conheceu dos embargos, e não a data da prolação da
sentença.
De acordo com o ministro, como a ré já havia
completado 70 anos na data em que os embargos foram
julgados parcialmente admissíveis, ocasião em que
foram adicionados fundamentos à sentença
condenatória, “o prazo prescricional de oito anos
deve ser reduzido pela metade, vale dizer, em quatro
anos, nos termos do artigo 109, inciso IV, e artigo
115, ambos do Código Penal”.
A consequência foi a incidência da prescrição
retroativa, já que entre o recebimento da denúncia
(setembro de 2005) e o julgamento dos embargos
(setembro de 2011) transcorreu prazo superior ao
previsto em lei. A turma concedeu o Habeas Corpus
para declarar a extinção da punibilidade.
Precedentes do STF
Felix Fischer citou precedentes do Supremo Tribunal
Federal no sentido de que, para fazer jus à redução
do prazo prescricional, o réu deve ter 70 anos na
data da sentença condenatória, e não do acórdão de
segundo grau que a confirma.
No entanto, para o STF, os embargos de declaração
admitidos em primeiro grau integram o julgamento de
mérito da ação penal. Dessa forma, cabe a redução do
prazo prescricional em razão de o réu ter atingido
70 anos antes do julgamento dos embargos. Com
informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
Fonte: Consultor Jurídico

30/10/2017 -
Protesto do FST contra reformas do governo Temer
agita capital paulista
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) realizou na
manhã desta sexta (27), em São Paulo, mais um
protesto do ‘Movimento Resistência – Por um Brasil
Melhor’. A manifestação ocorreu em frente ao Teatro
Municipal de São Paulo, na praça Ramos de Azevedo,
com participação de representantes de Sindicatos,
Federações e Confederações de várias categorias.
Desde que foi lançado, no início de setembro, o
Movimento já realizou atos contra a implementação da
reforma trabalhista e aprovação da reforma da
Previdência em 14 Estados.
O coordenador do FST e presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA
Afins), Artur Bueno de Camargo, destaca que o
trabalho está crescendo e, cada vez mais, integrando
diferentes categorias. “Isso é fundamental, para que
possamos fazer a grande luta de classe no nosso
País”, explica.
Ele destacou que o Movimento Por um Brasil Melhor
vai reforçar as manifestações do Dia Nacional de
Mobilização em defesa dos direitos, marcado para o
dia 10 de novembro. “Vamos apoiar e participar”,
enfatiza Artur.
Para Miguel Torres, presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação da
categoria, a gestão de Michel Temer está tentando
enfraquecer a luta coletiva dos trabalhadores, mas
com unidade de ação o sindicalismo vai enfrentar os
ataques aos direitos. “É um governo que já caiu, mas
continua mandando. Comprando deputados e alienando a
população e nós não podemos admitir mais isso",
frisa.
"Nós precisamos trazer consciência ao trabalhador,
que está anestesiado com tantos problemas que essa
‘deforma’ produziu”, destaca o presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC),
Oswaldo de Barros.
Elenildo Queiroz Santos (Nildo), diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região,
destaca: “A classe trabalhadora precisa mostrar sua
indignação com essas medidas, que atacam direitos
dos que produzem para beneficiar poderosos”. Ele
destaca que o movimento sindical está unido e não
vai aceitar perda de conquistas obtidas em anos de
luta.
Núcleo - Após o ato, às 14 horas, os
sindicalistas voltaram a se reunir na sede da
Federação dos Trabalhadores na Alimentação do Estado
de São Paulo (Fetiasp), para criar o núcleo local do
Movimento. O FST também organiza um abaixo-assinado
para colher mais de 1 milhão de assinaturas a um
projeto de iniciativa popular, visando revogar a
reforma trabalhista.
Fonte: Agência Sindical

30/10/2017 -
Governo do presidente Temer: um castelo de areia
Diante dessa nova reconfiguração, o protagonismo
na condução política do País ficará (ou continuará)
por conta do Congresso Nacional, sob a coordenação
dos presidentes da Câmara e do Senado e de alguns
destacados parlamentares que conduzem a pauta de
votações e os acordos no Poder Legislativo, e buscam
as garantias necessárias para sanção pela
Presidência da República.
André Santos*
A votação da segunda denúncia contra o presidente
Michel Temer (PMDB) poderá trazer para sua base de
apoio no Congresso Nacional mais prejuízos do que a
sensação de fortalecimento político, que transparece
com as dissidências e ausências dentro dos partidos
governistas e a redução de votos obtidos comparados
à primeira denúncia.
As principais pautas do Planalto poderão ter
dificuldade de tramitação nas Casas Legislativas; em
primeiro lugar, porque algumas dessas matérias
dependem de quórum qualificado, como é o caso da PEC
287/16, que trata da reforma da Previdência, parada
na Câmara.
O segundo ponto é a falta de compromisso
programático (democrático) do governo, que responde
a interesses de sua base, como exemplo: a atual
Portaria 1.129/17, publicada pelo Ministério do
Trabalho (MTE), sobre trabalho escravo e exigências
do mercado em troca de apoio político para poder
finalizar o seu mandado.
Em terceiro, a proximidade das eleições gerais de
2018 coloca deputados e senadores em plena campanha
eleitoral, fazendo com que parlamentares ditos
aliados iniciem seu desembarque da base de Temer, em
especial pela baixa avaliação do governo nesse novo
contexto político.
Diante dessa nova reconfiguração, o protagonismo na
condução política do País ficará (ou continuará) por
conta do Congresso Nacional, sob a coordenação dos
presidentes da Câmara e do Senado e de alguns
destacados parlamentares que conduzem a pauta de
votações e os acordos no Poder Legislativo, e buscam
as garantias necessárias para sanção pela
Presidência da República.
Servidores
O alvo nesse final de ano poderá ser direcionado para
os servidores públicos. As ameaças constantes de
inviabilizar a recomposição salarial de algumas
carreiras e os debates sobre teto de remuneração e
piso para ingresso no serviço público são alertas do
governo, mas com apoio dentro dos demais poderes,
Legislativo e Judiciário.
No Legislativo, o debate sobre a possibilidade de
demissão por insuficiência de desempenho no Senado (PLS
116/17), além do PLP 248/98, na Câmara, e a
discussão do projeto de lei em tramitação sobre o
teto de remuneração dos servidores (PL 6.726/16) são
indicativos desse cenário. No Judiciário, os
movimentos em relação aos aumentos sem a devida
previsão orçamentária — (RE) 905357 — que poderá ser
julgado pelo Supremo Tribunal Federal também servem
de alerta para este grupo.
“Pauta social”
Os presidentes das Casas — Senado e Câmara — devem
resgatar as agendas “positivas”. O deputado Rodrigo
Maia (DEM-RJ) já anunciou a possibilidade de criação
de uma “pauta social”. Seu objetivo é apresentar
propostas para votação até o final do ano, mas que
tenham impacto na sociedade. Maia deverá concentrar
seus esforços em projetos na área de segurança como
forma de alavancar sua própria campanha no Rio de
Janeiro e a possível candidatura de seu pai ao
Palácio da Guanabara.
Ainda existe a possibilidade de até o final do ano,
o governo, por pressão de entidades sindicais de
trabalhadores e de parlamentares ligados a esse
segmento, editar medida provisória ou projeto de lei
com urgência constitucional para recompor perdas dos
trabalhadores e dos sindicatos com a Lei 13.467/17,
conhecida como a Lei da Reforma Trabalhista.
(*) Analista político do Diap
Fonte: Diap

30/10/2017 -
Paim acusa governo de 'brincar com pólvora no paiol
lotado'
O senador Paulo Paim (PT-RS) advertiu que o governo
“está brincando com um rastilho de pólvora e o paiol
lotado de dinamite” ao cogitar levar adiante a
Reforma da Previdência. Paim lembrou que o relatório
da CPI da Previdência, apresentado esta semana e
aprovado por unanimidade, concluiu pela inexistência
do deficit alegado pelo governo.
— É inadmissível. Eu não acredito que o povo
brasileiro vai aceitar qualquer tipo de Reforma da
Previdência que venha a retirar direitos. Vamos
mandar esse relatório para todos os senadores.
Relatório que ninguém contestou — afirmou o senador
gaúcho.
Avicultura e energia
Paim aproveitou o pronunciamento para encaminhar um
pleito do setor da avicultura do Rio Grande do Sul.
Os produtores querem que o governo interceda junto
ao Chile para que cesse o embargo ao setor avícola
do estado, iniciado em 2006 devido a uma epidemia
viral em aves de fundo de quintal.
O senador manifestou ainda apoio à instalação de uma
usina termelétrica na cidade de Rio Grande. Segundo
ele, seriam gerados cerca de 5 mil empregos diretos
e indiretos, compensando em parte a perda de postos
de trabalho devido à crise do polo naval do
município.
Fonte: Agência Senado

30/10/2017 -
Participantes de audiência denunciam sucateamento da
fiscalização do trabalho
Participantes de audiência pública realizada nesta
sexta-feira (27), pela subcomissão que irá propor um
Estatuto do Trabalho para ser analisado pelo Senado
denunciaram um processo — que eles entendem ser
deliberado por parte do governo — de sucateamento da
fiscalização do trabalho.
Os fiscais Ana Luísa Horcades e Francisco Luís Lima
apontaram que o setor tem sofrido com falta de
estrutura, orçamento e pessoal, especialmente na
área rural, para que a missão seja cumprida de
acordo com as necessidades verificadas.
A auditora ainda teme que a postura do governo
esteja já provocando uma mudança cultural por parte
do setor empresarial brasileiro, que estaria se
sentindo hoje "quase inimputável". Relatou que
recentemente, durante fiscalização em Petrópolis
(RJ), ouviu do responsável por uma obra que ela
fizesse como o ministro Ronaldo Nogueira (do
Trabalho) e "agisse com bom senso" ao verificar as
condições de salubridade dos trabalhadores,
inclusive às relacionadas ao risco de morte.
Cumprindo a Constituição
O procurador do trabalho Raymundo Lima Júnior e o
desembargador Mario Caron (do TRT - 10ª Região)
apontaram ainda que diversos artigos da reforma
trabalhista deverão ser contestados em casos
concretos na Justiça, por no entender deles ferirem
direitos e princípios fundamentais da Constituição.
Dignidade do trabalhador
O advogado Guilherme da Hora, da Central dos
Trabalhadores do Brasil, comparou na audiência a
portaria do Ministério do Trabalho para fiscalização
do trabalho escravo (MTB 1.129/2017) com o Manual de
Boas Práticas Agropecuárias para Bovinos de Corte,
elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e direcionado ao agronegócio.
O advogado leu trechos em que a Embrapa aponta aos
produtores rurais que o bem-estar animal é lucrativo
e deve ser respeitado "do nascimento ao abate". Com
base em estudos da Organização Mundial de Saúde
Animal, recomenda aos produtores a adoção de uma
série de procedimentos para que o gado de corte não
sofra desconforto físico, térmico, emocional e
alimentar, que resultarão ao final em maior produção
e resultados econômicos.
— Sou um defensor visceral do bem-estar animal, mas
é sintomático que o governo edite um documento como
este e atribua mais dignidade ao gado de corte do
que ao trabalhador — concluiu.
Os efeitos da portaria MTB 1.129 acabaram sendo
suspensos pela ministra Rosa Weber, do Supremo
Tribunal Federal (STF), na terça-feira (24), por
entender que a norma fere princípios fundamentais da
Constituição e acordos internacionais assinados pelo
Brasil.
— É espantoso que soframos tantas restrições para
lutar para que os trabalhadores tenham condições que
estão bem abaixo das recomendadas ao gado de corte —
lamentou a fiscal Ana Luísa Horcades, também fazendo
questão de frisar que defende o bem-estar animal.
Fonte: Agência Senado

30/10/2017 -
CNI: Índice de ociosidade da construção civil está
em 42%
A construção civil apresentou, em setembro, um nível
de ociosidade alto, com 42% das máquinas e
equipamentos e pessoal parados. De acordo com a
Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta
sexta-feira (27) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), a ociosidade “é fruto da baixa
atividade do setor”.
O levantamento mostra que o nível de utilização da
capacidade de operação do setor de construção civil
ficou em 58% em setembro. De acordo com a CNI, o
índice de evolução do nível de atividade ficou em
46,4 pontos em uma escala de 0 a 100 pontos. O
resultado obtido em setembro é 0,3 ponto inferior ao
registrado no mês de agosto.
Ainda segundo a sondagem, o indicador relativo ao
número de empregados recuou para 45,2 pontos,
ficando 0,6 ponto abaixo do de agosto. Nessas
escalas, valores abaixo de 50 pontos indicam queda
na atividade e no emprego.
As dificuldades, no entanto, não parecem ter
prejudicado a confiança dos empresários, uma vez que
o Índice de Confiança do Empresário da Construção
aumentou pelo terceiro mês seguido, ficando acima de
50 pontos – margem que separa o otimismo do
pessimismo – em outubro. Nesse quesito, o índice
ficou em 53,8 pontos. O resultado está acima da
média histórica, de 52,6 pontos. Na avaliação da
CNI, o indicador demonstra otimismo do empresariado
com as condições da economia e das empresas nos
próximos seis meses.
“A alta é explicada pela melhor avaliação do
componente de expectativa, que aumentou 0,6 ponto
entre setembro e outubro, passando de 57 pontos para
57,6 pontos. O indicador referente às condições
atuais manteve-se estável, em 46,1 pontos, e
continua a indicar piora das condições correntes de
negócios”, diz o levantamento da CNI.
Em nota, a economista da CNI Flávia Ferraz considera
a redução dos juros e a recuperação gradual da
economia decisivas para a melhora da confiança dos
empresários do setor. "A construção depende muito de
financiamentos e, com a queda dos juros, caem os
custos dos empréstimos para os compradores de
imóveis e para as empresas que precisam de
financiamentos", afirma Flávia.
Segundo a CNI, os empresários estão apostando na
recuperação das atividades do setor, com o indicador
de intenção de investimentos subindo para 30,4
pontos, valor 2,8 pontos superior ao registrado em
outubro de 2016.
Entre os problemas apontados pela pesquisa estão a
carga tributária, com 32,3% das menções; a demanda
interna insuficiente (30,6%); a falta de capital de
giro (27,7%.); e a taxa de juros elevada (27,2%). A
Sondagem Indústria da Construção de setembro foi
feita entre 2 e 17 de outubro com 615 empresas (204
de pequeno porte; 287 de médio; e 124 de grande
porte.
Fonte: Agência Brasil

30/10/2017 -
Mais de 150 mil trabalhadores já foram encaminhados
para entrevistas de emprego
Ferramenta que facilita acesso dos trabalhadores
a vagas de emprego pode ser instalada no telefone
Desde que foi lançado, em maio, o aplicativo Sine
Fácil já ajudou 150 mil trabalhadores a conseguirem
entrevistas de emprego. Pela ferramenta, que
funciona em qualquer smatphone que usa o sistema
operacional Android e pode ser instalada
gratuitamente a partir de lojas de aplicativos, os
trabalhadores estão conseguindo acessar as vagas de
emprego disponíveis no Sine de todo o país e se
candidatarem a elas – tudo pelo telefone.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, lembra que
o objetivo do governo é facilitar cada vez mais o
acesso dos trabalhadores às vagas de emprego. “Nós
identificamos que havia vagas de emprego disponíveis
no Sine e pessoas desempregadas que não sabiam
dessas vagas. O que fizemos foi criar uma ferramenta
para facilitar o acesso dos trabalhadores a esses
postos de trabalho”, explica.
O estado com o maior número de encaminhamentos pelo
Sine Fácil foi São Paulo, com 53.574 agendamentos. O
segundo foi o Paraná, com 18.792 pessoas
encaminhadas para vagas de emprego, e o terceiro foi
a Bahia, com 13.466. Ceará e Goiás também
encaminharam um número considerável de
trabalhadores: 11.555 e 8.655, respectivamente.
O Sine Fácil foi desenvolvido pela Dataprev. Por
enquanto, está disponível apenas na versão para
Android, mas, em breve, deverá ser lançado para quem
usa o sistema iOS. Para poder utilizá-lo, o
trabalhador precisa ter um código de acesso (QR Code),
que pode ser obtido no portal Emprega Brasil (https://empregabrasil.mte.gov.br/)
ou nas unidades de atendimento do Sine.
Fonte: MTb

30/10/2017 -
TRF4 uniformiza entendimento sobre contagem do
período de auxílio-doença como tempo especial
A 3ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF4) julgou dia 25/10 o oitavo Incidente de
Demandas Repetitivas (IRDR) admitido pela corte. Com
a decisão, o tribunal estabeleceu tese jurídica em
matéria previdenciária que deve passar a ser adotada
em toda a Justiça Federal da 4ª Região.
Com a decisão, que foi unânime, o período de
auxílio-doença de natureza previdenciária,
independentemente de comprovação da relação da
moléstia com a atividade profissional do segurado,
deve ser considerado como tempo especial quando o
trabalhador exercia atividade especial antes do
afastamento.
O IRDR foi proposto por haver divergência
jurisprudencial entre a Turma Regional de
Uniformização (TRU) e o TRF4. As turmas
especializadas em Direito Previdenciário do tribunal
vinham aplicando o artigo 57 da LBPS/91, que trata
da aposentadoria especial, de forma restritiva. Com
essa interpretação, somente moléstias relacionadas à
atividade profissional especial deveriam ser
reconhecidas como tempo especial para fins de
concessão do benefício.
Para o relator do IRDR, desembargador federal Paulo
Afonso Brum Vaz, essa interpretação para a concessão
do benefício, “estaria excedendo o poder
regulamentar e restringindo indevidamente a proteção
especial devida pela Previdência Social ao
trabalhador sujeito a condições especiais que
prejudiquem sua saúde ou integridade física”.
Conforme Brum Vaz, “não é possível limitar a
contagem do tempo especial àquelas hipóteses de gozo
de auxílio-doença decorrentes de enfermidades
explicitamente vinculadas ao trabalho para o
reconhecimento de tempo especial, haja vista que as
condições clínicas e imunológicas do ser humano não
se restringem àquelas apresentadas no momento em que
estiver acometido de determinada moléstia”.
O desembargador frisou que o estado de saúde do
segurado compreende todo o histórico clínico, o grau
de comprometimento funcional dos órgãos e do sistema
imunológico após anos de submissão a agentes
nocivos. Como exemplo, Brum Vaz citou os
trabalhadores de minas de carvão que, quando
acometidos por gripes, não têm a mesma capacidade de
recuperação de pessoas que trabalham em ambientes
livres de poluição.
Para ele, são inúmeras as dificuldades probatórias
impostas aos segurados para demonstrar, por ocasião
do requerimento de aposentadoria especial, que os
períodos pretéritos de incapacidade contidos no seu
histórico tenham correlação direta ou indireta com a
atividade profissional.
“Negar ao segurado a possibilidade de cômputo de
tempo de serviço de forma diferenciada, tão somente
em razão da natureza do afastamento de suas
atividades laborais, configura afronta ao princípio
da contrapartida”, concluiu Brum Vaz.
Voto-vista
O desembargador federal Celso Kipper apresentou
voto-vista complementando o entendimento de Brum
Vaz. Ele ressaltou a importância de considerar a
influência dos agentes agressivos por ocasião do
desempenho da atividade especial na deterioração
geral de saúde.
“Muitas vezes há, de fato, dificuldade em se
constatar que a doença incapacitante decorreu da
sujeição do segurado a agentes nocivos à saúde
durante o exercício de atividade laboral, ainda
quando tal efetivamente ocorra. Isso se dá naquelas
situações em que não se consegue estabelecer uma
relação evidente entre a atividade profissional e a
moléstia, embora a relação de causa e efeito exista,
em razão, por exemplo, de a doença incapacitante ter
se instalado em face de o segurado estar debilitado
pela sujeição aos agentes nocivos”, ponderou Kipper.
Segundo o desembargador, “a dificuldade de se
estabelecer um nexo causal entre os agentes
agressivos a que esteve sujeito o segurado durante
sua jornada laboral e os males ensejadores da
incapacidade que propiciou o gozo do auxílio-doença
decorre de uma série de fatores, entre os quais se
inclui “o conhecimento insuficiente quanto aos
efeitos para a saúde associados com a exposição em
questão”.
Como exemplo, Kipper citou a relação de causa e
efeito entre a exposição ao amianto e o câncer antes
de se ter conhecimento de que aquele agente era
causa desta doença, o que foi revelado no documento
Critério de Saúde Ambiental 203 do Programa de
Segurança Química da Organização Mundial da Saúde.
“Não bastassem tais aspectos, há outros relevantes,
como o de que o Regulamento dos Benefícios
Previdenciários considera como tempo de serviço
especial o período de recebimento de auxílio-doença
decorrente de acidente de trabalho ocorrido no
trajeto, por exemplo, entre a residência e o
trabalho do segurado, mesmo que nenhuma relação
direta haja entre os males incapacitantes e os
agentes agressivos”, completou.
Fonte: TRF4

30/10/2017 -
Comissão permite dedução de despesas com
medicamentos de IR de idosos
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
aprovou o Projeto de Lei 7898/10, do deputado Manoel
Junior (PMDB-PB), que permite a aposentados e
pensionistas com 60 anos ou mais deduzir do Imposto
de Renda as despesas com medicamentos para uso
próprio.
Pelo texto, o gasto deverá ser comprovado com
receituário médico e nota fiscal em nome do
beneficiário. A proposta altera a Lei 9.250/95, que
trata do Imposto de Renda, na parte que lista as
deduções possíveis. Atualmente, podem ser deduzidos
da declaração pagamentos efetuados a médicos e
dentistas e a outros profissionais da saúde, entre
outras despesas.
O parecer do relator, deputado Geraldo Resende
(PSDB-MS), foi favorável à proposta. “A
possibilidade de as pessoas idosas reduzirem a base
de cálculo do imposto de renda, com o cômputo das
despesas com medicamentos, além de garantir melhores
condições para o tratamento das enfermidades que
surgem com o passar dos anos, promove alívio nos
seus orçamentos familiares, numa situação em que
podem ter a sua capacidade de gerar renda limitada
com o avanço da idade”, disse.
“Trata-se de despesa médica tão essencial quanto
aquelas com consultas e exames, já consideradas
dedutíveis pela legislação tributária em vigor”,
completou.
Tramitação
Já aprovada pela Comissão de Seguridade Social e
Família, a proposta segue para análise conclusiva
das comissões de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

27/10/2017 -
Centrais reafirmam protesto dia 10 de novembro. Ato
mais forte deve ser em SP
CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central se
reuniram nesta quinta (26) na UGT, em São Paulo,
quando definiram mobilizações até 10 de novembro -
Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos.
As entidades distribuirão informativo à população
sobre as ações em todo o Brasil, além de cartilha
unitária para denunciar as maldades da reforma
trabalhista. O material será distribuído em todo o
País, especialmente em São Paulo no Metrô, terminais
de ônibus e outros pontos de concentração popular,
dias 30 e 31 de outubro e em 7 de novembro.
Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova
Central - São Paulo, destaca a mobilização no
transporte. "Dia 10 de novembro, nossa categoria
protestará em garagens. Também vamos reforçar o ato
na Praça da Sé e depois seguir até a avenida
Paulista. O movimento sindical e os trabalhadores
não aceitarão corte de direitos", ressalta.
Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos
Padeiros de São Paulo e secretário de Organização e
Políticas Sindicais da UGT, disse à Agência Sindical
que a categoria está apreensiva. "Estamos
mobilizando a base. Apesar das dificuldades, pois
temos mais de seis mil estabelecimentos na Capital.
Faremos mobilizações nas indústrias de panificação.
As reformas não atacam a categoria A, B ou C. Elas
atingem todos os trabalhadores", afirma.
Luiz Carlos Motta, presidente da UGT São Paulo e da
Fecomerciários, alerta para as dificuldades nas
negociações coletivas. Ele diz: "O patronato quer
antecipar a nova lei e impor retrocessos nas
Convenções. As negociações estão mais complicadas.
Por isso, é importante que os trabalhadores se unam
e no dia 10 de novembro repudiem as reformas".
Amplo - As Centrais buscam ampliar a
resistência. Para tanto, pretendem convidar
Confederação Nacional dos Bispos do Brasil,
Associação Brasileira de Imprensa, Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho,
Organização Internacional do Trabalho, OAB-nacional
e Ministério Público do Trabalho.
Eixos - João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical, aponta à Agência
os três eixos de resistência: combate à lei
trabalhista, repúdio à Portaria que facilita o
trabalho escravo e resistência à reforma
previdenciária.
Fonte: Agência Sindical

27/10/2017 -
FST faz protesto hoje, em São Paulo, contra desmonte
trabalhista de Temer
A campanha nacional ‘Movimento Resistência – Por um
Brasil Melhor’, coordenado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), realiza na manhã desta sexta
(27), em São Paulo, mais um ato em defesa dos
direitos trabalhistas, sindicais, sociais e
previdenciários da classe trabalhadora.
O protesto ocorre em frente ao Teatro Municipal, na
Praça Ramos de Azevedo, Centro, a partir das 10
horas, e terá a participação de representantes de
Sindicatos, Federações e Confederações de 22
categorias que integram o Fórum. Desde que foi
lançado no início de setembro, o Movimento já
realizou atos em 14 Estados contra a implementação
da reforma trabalhista e aprovação da reforma da
Previdência.
A Agência Sindical falou ontem com Artur Bueno de
Camargo, coordenador do FST e presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Alimentação (CNTA Afins), que tinha acabado de
participar do protesto em Belo Horizonte.
“Foi um grande ato, que reuniu mais de três mil
pessoas na Praça Sete, a mais movimentada da cidade
e tradicional ponto de manifestações sociais e
políticas. Tivemos a presença de sindicalistas da
várias categorias, mostrando que começa a se formar,
de forma efetiva, um movimento de classe contras as
propostas recessivas deste governo”, conta.
Sucesso - Artur Bueno avalia que as
atividades desenvolvidas pelo Movimento estão
“superando as expectativas”. “Estamos captando um
sentimento de que as bases estavam esperando a voz
de comando das entidades de grau superior, para se
movimentar”, comenta.
Com relação à receptividade das pessoas nas
manifestações, ele destaca que uma grande parte
ainda não tem consciência “do estrago que esta
reforma trabalhista vai causar, a partir de 11 de
novembro quando entrar em vigor”. “Mas, quando
explicamos o que significam estas mudanças, a
resposta é uma grande indignação”, afirma.
São Paulo - Artur está otimista em ralação ao
protesto. “Estamos com a expectativa de fazer um
grande ato, além de montar uma estrutura robusta
para continuar o trabalho no Estado. Isso é
importante, porque São Paulo é a locomotiva do
Brasil”. Após a manifestação, haverá reunião com
sindicalistas, a fim de criar o núcleo local do
Movimento.
Assinaturas - O Fórum também organiza um
abaixo-assinado para colher mais de 1 milhão de
assinaturas a um projeto de iniciativa popular para
revogar a reforma trabalhista.
Fonte: Agência Sindical

27/10/2017 -
Pesquisa da CNI mostra que período de demissões na
indústria está perto do fim
O fim das demissões na indústria está perto do fim.
A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), que divulgou hoje (26) a Sondagem Industrial
de setembro. O indicador registra que o número de
empregados na indústria alcançou 49 pontos em
setembro, valor próximo aos 49,1 pontos registrados
em agosto.
O índice varia de zero a 100 pontos e, quando está
abaixo dos 50 pontos, mostra queda no emprego. Como
está próximo da linha divisória, o índice indica que
o fim das demissões está se consolidando, diz a CNI.
A pesquisa mostra também que, depois da forte alta
de agosto, a produção diminuiu em setembro,
registrando 48,1 pontos. “Embora ainda esteja abaixo
da linha divisória dos 50 pontos, o índice é
superior aos 45,8 pontos registrados no mesmo mês do
ano passado”.
Quanto à capacidade instalada da indústria, embora
os resultados indiquem que a indústria está em
recuperação, a utilização média da capacidade
instalada ficou em 66% em setembro, um ponto
percentual abaixo do registrado em agosto.
Perspectivas
A pesquisa mostra ainda que as perspectivas dos
empresários do setor industrial para os próximos
seis meses são positivas. “Os indicadores de
expectativas para a demanda, a compra de
matérias-primas e as exportações continuam acima dos
50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo. Isso
indica, avalia a CNI, que os “empresários esperam o
aumento da demanda, da compra de matérias-primas e
da quantidade exportada nos próximos seis meses”.
Fonte: Agência Brasil

27/10/2017 -
Cidinho defende cota nas empresas para trabalhadores
acima dos 55 anos
O senador Cidinho Santos (PR-MT) defendeu na tribuna
o Projeto de Lei do Senado (PLS) 236/2017, de sua
autoria, que reserva vagas nas empresas para pessoas
de idade igual ou superior aos 55 anos. A ideia,
segundo o senador, é “estabelecer uma reflexão sobre
o alto índice de desemprego dos trabalhadores” nessa
faixa etária.
O número de vagas previsto no projeto de Cidinho
varia conforme o tamanho da empresa. Nas empresas
com 25 a 50 empregados, seria reservado um posto;
nas de 50 a 100 empregados, cinco vagas; naquelas
com mais de 100 empregados, 5% das vagas.
Para incentivar as empresas em um momento de crise
financeira, haveria uma redução de 50% sobre os
encargos com vale-transporte e sobre a contribuição
sobre a folha salarial referentes a esses
empregados. A redução, porém, só ocorreria nos anos
em que o crescimento anual do Produto Interno Bruto
for inferior a 2%.
— Todos ganham, pois o trabalhador tem maior
estímulo para retomar sua atividade e o empregador
terá mais estímulo para contratar pessoas com mais
de 55 anos. A Previdência Social também ganha, pois
volta a arrecadar de um segmento que estava fora do
mercado de trabalho, ainda que com a alíquota
temporariamente um pouco menor — afirmou Cidinho.
Fonte: Agência Senado

27/10/2017 -
Inflação de produtos na saída das fábricas fica em
1,5% em setembro
A inflação dos produtos na saída das fábricas,
medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP),
ficou em 1,5% em setembro deste ano. A taxa é
superior às registradas no mês anterior (0,29%) e em
setembro de 2016 (0,47%). De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
índice acumula taxas de 0,48% no ano e de 2,68% no
período de 12 meses.
Entre as quatro grandes categorias econômicas da
indústria, apenas os bens de capital, isto é, as
máquinas e equipamentos, tiveram deflação (queda de
preços) no mês de setembro, de 0,29%. Entre as
outras três categorias, os bens intermediários, isto
é, os insumos industriais para o setor produtivo,
tiveram a maior taxa de inflação (2,24%). Os bens de
consumo duráveis tiveram taxa de 0,48% e os bens de
consumo semi e não duráveis, de 0,88%.
Entre as 24 atividades industriais, 19 apresentaram
alta de preços, com destaque para as indústrias
extrativas, que tiveram taxa de inflação de 14,05%.
Outras atividades com inflação alta foram os
derivados de petróleo e biocombustíveis (4,47%),
perfumaria e sabões (2,64%) e outros químicos
(2,35%).
Cinco atividades tiveram queda de preços, entre elas
informática (-0,96%), máquinas e equipamentos
(-0,91%) e metal (-0,32%).
Fonte: Portal EBC

27/10/2017 -
Justiça do Trabalho debate novas regras para
homologação de acordos trabalhistas extrajudiciais
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT)
realizou, nesta quarta-feira (25) sua primeira
audiência pública para discutir a normatização do
funcionamento da jurisdição voluntária trabalhista.
No encontro, idealizado pelo vice-presidente do CSJT
e do Tribunal Superior do Trabalho, ministro
Emmanoel Pereira, ministros do TST, desembargadores
e juízes do trabalho, advogados, especialistas em
resolução de disputas e juristas abordaram as
alterações promovidas pela Lei 13.467/2017 (Reforma
Trabalhista), que entra em vigor no próximo dia
11/11, sobre os acordos trabalhistas extrajudiciais.
Na abertura da audiência, o presidente do TST e do
CSJT, ministro Ives Gandra Martins Filho, observou
que tanto o novo Código de Processo Civil quanto a
reforma trabalhista preveem a possibilidade de a
Justiça do Trabalho homologar acordos firmados
extrajudicialmente. A iniciativa da audiência,
assim, visa colher subsídios por parte de todos os
que estão diretamente envolvidos com a temática
(juízes, advogados, procuradores, partes, agentes
econômicos, profissionais de empresas) para que o
Conselho possa regulamentar algumas normas com a
entrada em vigor da reforma trabalhista do ponto de
vista dos procedimentos, das estatísticas e de uma
orientação geral para toda a Justiça do Trabalho.
Ives Gandra Filho aponta algumas incógnitas em
função das novas regras – se vai demandar um
trabalho diferenciado dos juízes do trabalho, ou se
vai gerar grande quantidade de processos.
“Exatamente para que possamos dimensionar o que nos
espera é que se faz essa audiência pública”,
afirmou.
O presidente disse que fez questão de comparecer à
abertura para mostrar sua preocupação em relação ao
tema. “Queremos humildemente ouvir como a sociedade,
a magistratura, o Ministério Público, a advocacia,
os patrões e os empregados como veem a questão da
jurisdição voluntária trabalhista”, afirmou. O
ministro espera que os subsídios colhidos ajudem o
CSJT a “dar um norte seguro” para todo o Judiciário
Trabalhista. “Com isso, antecipamos eventuais
questionamentos”, concluiu.
Responsabilidade
Para o ministro Emmanoel Pereira, a proposta da
convocação da audiência é a de tornar o mecanismo da
jurisdição voluntária um meio de pacificação social
e de saudável contenção de demandas no Judiciário.
Ele lembrou que a criação do mecanismo não partiu da
Comissão Nacional de Promoção da Conciliação do
CSJT, coordenada por ele, nem da Justiça do Trabalho
ou do movimento pela conciliação atuante na JT.
“Definitivamente não foi fruto da nossa inciativa,
porém temos a responsabilidade de criar condições
para o seu funcionamento da forma mais adequada,
pensando em aspectos como o respeito da autonomia da
vontade, principalmente do trabalhador
hipossuficiente, e o respeito da ordem pública, para
evitar que os acordos extrajudiciais sejam geradores
de fraudes de qualquer natureza”.
Para Emmanoel Pereira, a disposição dos
participantes de uma audiência pública que tem por
objetivo a coleta de informações e subsídios voltada
para construção de uma norma ou uma política pública
é, antes de tudo, “um ato de cidadania, de
contribuição com o Estado e com a sociedade
brasileira”. O vice-presidente do TST e do CSJT
ressaltou que se trata da primeira iniciativa do
CSJT nesse sentido. “Estamos ajudando a democratizar
ainda mais o Conselho, imprimindo-lhe mais
eficiência ao procurar ouvir pessoas que muito têm a
contribuir sobre a matéria”, afirmou.
Fonte: TST

27/10/2017 -
Proporcionalidade do aviso prévio só se aplica a
favor do empregado, decide TST
A proporcionalidade do aviso prévio, cujo período
mínimo de 30 dias pode aumentar de acordo com o
tempo de serviço, vale apenas para os casos em que a
empresa demite o funcionário sem justa causa. Quando
é o próprio empregado que pede para sair do
trabalho, o empregador só pode exigir que ele cumpra
o aviso, previsto na CLT para diminuir o impacto da
extinção do contrato sobre a parte surpreendida, por
no máximo 30 dias.
O entendimento, unânime, foi firmado recentemente
pela Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho. No
caso analisado pelo colegiado, a empresa foi
condenada a pagar ao seu ex-funcionário três dias de
trabalho a mais — prestados indevidamente no período
do aviso prévio.
O relator do recurso foi o ministro Hugo Carlos
Scheuermann. Para ele, a proporcionalidade do aviso
prévio, de acordo com a Lei 12.506/2001, que
regulamentou a questão, apenas pode ser exigida da
empresa.
“Entendimento em contrário, qual seja, exigir que
também o trabalhador cumpra aviso prévio superior
aos originários 30 dias, constituiria alteração
legislativa prejudicial ao empregado, o que, pelos
princípios que norteiam o ordenamento jurídico
trabalhista, não se pode admitir”, afirmou o
ministro.
Em outras palavras, Scheuermann acrescentou que a
norma relativa ao aviso prévio proporcional não
guarda a mesma bilateralidade característica da
exigência de 30 dias, essa, sim, obrigatória a
qualquer das partes que queira encerrar o contrato
de emprego. RR-1964-73.2013.5.09.0009
Fonte: Consultor Jurídico

27/10/2017 -
Orçamento do FGTS prevê 6,7 milhões de vagas de
trabalho até 2021
Os investimentos com recursos do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS) gerarão 6,7 milhões de
empregos diretos no Brasil, nos próximos quatro
anos. A previsão faz parte da Peça Orçamentária
2018-2021, apresentada durante reunião do Conselho
Curador do FGTS, na terça-feira (24), em Brasília.
“Esses recursos serão alocados de forma a contribuir
significativamente na retomada do crescimento do
país, ajudando na recuperação da economia e da
geração de empregos para os trabalhadores
brasileiros”, afirmou o ministro do Trabalho e
presidente do Conselho Curador, Ronaldo Nogueira.
Durante o encontro, na sede do Ministério do
Trabalho, foram aprovados os orçamentos operacional,
financeiro e econômico do FGTS para 2018 e o
orçamento plurianual de aplicação para o período
2019-2021. Juntos, os investimentos chegam a R$ 330
bilhões nas áreas de habitação, saneamento e
infraestrutura urbana (veja em http://trabalho.gov.br/noticias/5164-fgts-vai-injetar-r-330-bilhoes-na-economia-em-4-anos).
Segundo a proposta, a aplicação dos recursos gerará
1.749.891 empregos já em 2018. Nos anos seguintes, a
estimativa é de 1.659.900 empregos para 2019,
expectativa que se repete em 2020. Para 2021, o
Conselho prevê a abertura de 1.648.350 vagas no
mercado de trabalho, totalizando 6.718.041 empregos
nos quatro anos. “São dados que também contribuem
para a volta do otimismo nos setores produtivo, de
comércio e de serviços, com a tendência consolidada
de recuperação do mercado de trabalho”, disse
Ronaldo Nogueira.
PAC e Habitação - A proposta aprovada pelo
Conselho Curador considera as diretrizes e metas
estabelecidas para a continuidade do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), além de novas
seleções de projetos que receberão recursos do FGTS.
No setor de habitação, em 2018, os recursos para o
Programa Minha Casa, Minha Vida chegarão a R$ 52,5
bilhões, destinados à liberação de financiamentos a
pessoas físicas e jurídicas. Outros R$ 9 bilhões se
referem a descontos nos financiamentos para pessoas
físicas; R$ 500 milhões são para o Programa
Pró-Moradia; R$ 5 bilhões para o Programa
Pró-Cotista; e R$ 1,5 bilhão para operações
especiais.
O total atinge R$ 68,5 bilhões somente no ano que
vem. Já os valores para o orçamento plurianual de
contratações 2019-2021 na área de habitação somam R$
203,5 bilhões. Juntos, esses recursos devem
responder pela geração de 1,39 milhão de empregos em
2018; 1,36 milhão em 2019 e, também, em 2020; e mais
1,35 milhão em 2021.
Como a maioria dos recursos será para investimentos
em habitação popular, o setor gerará a maior parte
dos empregos, com estimativa de mais de 1,22 milhão
de vagas anuais nos próximos quatro anos. “Os
recursos estão sendo alocados principalmente para a
habitação popular, que é o grande foco do FGTS.
Portanto, esse setor deve viver um novo período de
oportunidades de emprego nos próximos anos”, pontuou
o ministro.
Mobilidade e transportes - Na área de
infraestrutura urbana, o orçamento do FGTS é de R$ 7
bilhões para 2018, recursos que serão aplicados em
empreendimentos de melhoria da circulação das
pessoas e de qualidade do transporte público
coletivo, de acordo com a Política Nacional de
Mobilidade Urbana. O processo seletivo conta com
previsão inicial de R$ 3,7 bilhões, tendo como
público-alvo os governos municipais, estaduais e
Distrito Federal.
Outros R$ 3 bilhões serão alocados no Programa de
Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo
Urbano (Refrota), destinados à aquisição de ônibus
pelo setor privado. O saldo restante, de R$ 300
milhões, destina-se a propostas, também do setor
privado, para sistemas de mobilidade urbana.
No plano plurianual de contratações 2019-2021, o
montante global da área de infraestrutura urbana é
de R$ 21 bilhões, prevendo o fomento continuado em
melhorias da mobilidade urbana no País com recursos
do financiamento Pró-Transporte.
A expectativa é de que esses recursos do Fundo de
Garantia impulsionem a abertura de cerca de 191 mil
vagas, somente em 2018. Nos três anos seguintes, a
previsão é de 164 mil empregos anuais em
infraestrutura urbana.
Saneamento básico – Já a área de saneamento
básico teve orçamento aprovado de R$ 6 bilhões para
o próximo ano. Os recursos vão atender a um processo
seletivo do setor público no valor de R$ 2,2
bilhões, que podem ser redefinidos em mais R$ 1
bilhão.
Ainda em 2018, devem ser atendidas demandas da ordem
de R$ 1,65 bilhão, entre operações habilitadas,
enquadradas ou em análise no Ministério das Cidades
(MCidades). O Conselho Curador do FGTS também levou
em consideração a crescente procura do setor
privado, que já conta com aproximadamente R$ 1,16
bilhão em empreendimentos protocolados, pleiteando
contratação.
Para os três anos seguintes, o orçamento do Fundo
prevê R$ 18 bilhões a fim de atender à necessidade
do Programa Saneamento para Todos. “São recursos
importantes para dar continuidade ao fomento da
política pública de saneamento no País e que também
vão contribuir para a geração de empregos no setor”,
disse Ronaldo Nogueira.
Segundo as estimativas do Conselho Curador, serão
151 mil empregos em 2018, refletindo os
investimentos com recursos do FGTS em saneamento
básico. De 2019 a 2021, a média prevista é de 132
mil vagas anuais.
Fonte: MTb

26/10/2017 -
FST fará nesta sexta-feira (27) protesto em São
Paulo contra ‘reformas’ de Temer
A campanha nacional ‘Movimento Resistência – Por um
Brasil Melhor’, coordenado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), realiza nesta sexta (27), às 10
horas, manifestação em frente ao Teatro Municipal de
São Paulo, na Praça Ramos de Azevedo, Centro.
O protesto visa informar e mobilizar a população
contra as reformas trabalhista e a previdenciária,
que tiram direitos da classe trabalhadora e
prejudicam toda a sociedade brasileira. Também
haverá coleta de assinaturas para um projeto de lei
de iniciativa popular, visando revogar a reforma
trabalhista.
Atos - Formado por 22 Confederações, o FST é
coordenado por Artur Bueno de Camargo, que também
preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Alimentação (CNTA Afins). Nos últimos dias, o
movimento realizou atos em Porto Alegre (RS), na
sexta (20); e Cuiabá (MT), no domingo (22). Nesta
quinta (26), o protesto ocorre em Belo Horizonte.
Amanhã, além de São Paulo, serão realizadas
manifestações em São Luiz (MA) e Curitiba (PR).
A Agência Sindical falou quarta (25) com Moacyr
Roberto Tesch, presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh),
que representou o FST no Rio Grande do Sul. “Mais de
600 pessoas participaram do ato, que reuniu
dirigentes de todas as Centrais Sindicais e 27
Confederações”, contou.
Alerta - Segundo Moacyr Tesch, representantes
de classe dos magistrados também se uniram ao Fórum
na capital gaúcha, para denunciar as medidas do
governo – entre eles, a juíza Valdete Severo, da 4ª
Vara do Trabalho. Os manifestantes distribuíram
cartilhas, alertando a população para os retrocessos
das reformas e também criticaram a portaria do
Ministério do Trabalho, que impõe limites à
fiscalização do trabalho escravo.
“Estamos correndo o Brasil inteiro, levando essa
mensagem de resistência. A gente não consegue
engolir a seco essa deformação trabalhista que estão
tentando nos impor. Queremos mostrar à população
como essas reformas do governo Temer são absurdas e
usam o mentiroso argumento de geração de empregos
para retirar a proteção da classe trabalhadora”,
completa Moacyr.
Fonte: Agência Sindical

26/10/2017 -
Câmara não autoriza processo por organização
criminosa contra Temer e dois ministros
O Plenário da Câmara dos Deputados recusou nesta
quarta-feira (25) a autorização (SIP 2/17) para o
Supremo Tribunal Federal (STF) processar, por crime
comum, o presidente da República, Michel Temer, e os
ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira
Franco (Secretaria-Geral).
Com 251 votos a 233, o Plenário acompanhou o
relatório da Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJ), de autoria do deputado Bonifácio de
Andrada (PSDB-MG). O pedido de autorização irá ao
arquivo.
Houve 2 abstenções e 25 deputados estiveram
ausentes. O presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, não votou por ocupar a presidência dos
trabalhos no momento da votação, conforme prevê o
Regimento Interno.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR)
acusa Temer e os ministros de organização criminosa
com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$
587 milhões. O presidente é acusado ainda de
obstrução de Justiça. O Planalto nega todas as
acusações.
Com isso, somente após Temer deixar o mandato é que
ele responderá pelas acusações perante a primeira
instância. Já os ministros também responderão pelas
acusações quando deixarem seus cargos.
O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro
privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha,
Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo
da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o
executivo Ricardo Saud, ambos da J&F.
Em 2 de agosto, o Plenário rejeitou, por 263 votos a
227 e 2 abstenções, a primeira denúncia da
Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer,
por crime de corrupção passiva (SIP 1/17).
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara

26/10/2017 -
Banco Central reduz juros básicos para 7,5% ao ano;
decisão era esperada pelo mercado
Pela nona vez seguida, o Banco Central (BC) baixou
os juros básicos da economia. Por unanimidade, o
Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta
quarta-feira (25) a taxa Selic em 0,75 ponto
percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. A
decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Com a redução de hoje, a Selic iguala-se ao nível de
maio de 2013, quando também estava em 7,5% ao ano.
De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi
mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história,
e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar
14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro
do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros
básicos da economia.
Fonte: Portal EBC

26/10/2017 -
CPI da Previdência aprova relatório final por
unanimidade
A CPI que investigou a contabilidade da Previdência
Social aprovou nesta quarta-feira (25), por
unanimidade, o relatório do senador Hélio José (PROS-DF).
Além de apontar a real situação das contas da
Previdência e afirmar que o Orçamento da Seguridade
Social não é deficitário, como alega o governo, o
relatório traz soluções e propostas para o setor.
Hélio José afirma que o governo tem sido brando com
empresas devedoras, criando mecanismos de isenção
fiscal e perdão de dívidas. O relatório sugere ainda
a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição
que impeça o governo de retirar recursos do
Orçamento da Seguridade Social por meio da
Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Fonte: Agência Senado

26/10/2017 -
NCST participa de debate na CIDH e denuncia
regressão de direitos e violação de Convenções da
OIT ratificadas pelo país
O Diretor de Relações Internacionais da Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST, Geraldo Ramthun,
representou a central Sindical em reunião da
Comissão Interamericana de Direitos Humanos - CIDH
da Organização dos Estados Americanos – OEA. Os
debates ocorreram em audiência pública no Palácio
Legislativo – Parlamento Uruguaio –; dia 23 de
outubro, na capital Montevidéu. Na ocasião, as
centrais sindicais brasileiras dividiram tempo e
temas a serem debatidos com a Associação Nacional
dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Anamatra,
com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho - Sinait e com representantes da
Procuradoria Geral do Ministério Público do Trabalho
– MPT. "Reforma" trabalhista; portaria que muda
regras de combate ao trabalho escravo; trabalho
autônomo; perseguição a determinadas categorias do
Judiciário e problemas de fiscalização foram alguns
dos temas de destaque na reunião da Organização dos
Estados Americanos - OEA.
As denúncias relacionadas por lideranças sindicais
somaram-se a um pedido formal à CIDH para uma visita
“in-loco” ao Brasil com objetivo de apurar e
confirmar a veracidade dos alertas apresentados pela
representação sindical brasileira no encontro
internacional. O representante da Nova Central,
Geraldo Ramthun, apresentou fundamentos da
Constituição brasileira – cláusulas pétreas - no
tocante à dignidade da pessoa humana e os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa. O líder
sindical, em discurso (saiba mais), alertou para a
retirada de direitos consagrados na legislação, bem
como violações recorrentes do governo brasileiro aos
direitos humanos e às normas e tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário.
“Com a aprovação da reforma trabalhista, houve a
retirada de direitos já consagrados na legislação
Brasileira, o desrespeito às normas dos organismos
internacionais e a violação dos direitos humanos”,
denunciou Ramthun.
O representante da NCST seguiu relacionando diversos
convênios da Organização Internacional do Trabalho -
OIT que estão sendo violados pelo Estado brasileiro,
e finalizou: “Portanto esperamos contar com o apoio
dos comissionados desta comissão para que a OEA
investigue e que haja o processamento perante a
Corte Interamericana de Direitos Humanos”.
Após a reunião na OEA, a representação sindical
brasileira seguiu para a sede do Plenário
Intersindical de Trabalhadores–Convenção Nacional
dos Trabalhadores - PIT-CNT (central sindical
uruguaia), onde trocaram experiências e alternativas
para desafios comuns com diversos sindicalistas da
Argentina e do Uruguai.
Fonte: NCST

26/10/2017 -
Justiça determina publicação imediata da Lista Suja
do Trabalho Escravo
O Ministério do Trabalho e a União terão de publicar
a nova versão do Cadastro de Empregadores que tenham
submetido trabalhadores a condições semelhantes à de
escravo, conhecido como Lista Suja do Trabalho
Escravo.
A decisão é da Justiça do Trabalho do Distrito
Federal, e o governo não pode mais recorrer da
determinação. Precisa cumprir imediatamente a
sentença. O descumprimento da medida, pelo
Ministério do Trabalho, está sujeito à aplicação de
multa diária no valor de R$ 10 mil.
Nessa terça-feira (24), a ministra do Supremo
Tribunal Federal Rosa Weber suspendeu, em decisão
liminar, a portaria do Ministério do Trabalho que
modificava regras de combate e fiscalização do
trabalho escravo.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República
recomendou 10 dias para que o Governo revogasse a
portaria por vício de ilegalidade. Na recomendação o
MPF diz, ainda, ao alterar as regras de publicação
do cadastro de empregados infratores, que a portaria
fragiliza o um importante instrumento de
transparência dos atos governamentais que contribui
significativamente para o combate ao trabalho
escravo contemporâneo.
Em nota, o ministério do trabalho informou que a
portaria tem como objetivo aprimorara as ações de
combate ao trabalho escravo no país, o que só seria
alcançado com a segurança jurídica na divulgação da
chamada lista suja. O ministério afirma que vi
cumprir a liminar e que eventuais demais medidas
jurídicas serão tomadas pela Advocacia-Geral da
União.
Fonte: Portal EBC

26/10/2017 -
Comissão mista aprova MP dos royalties da mineração
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral
é cobrada das empresas como forma de
indenizar o estado pelos danos causados por suas
atividades, que representam 4% do PIB
A comissão mista que analisou a Medida Provisória
789/17, dos royalties da mineração, aprovou o
relatório nesta quarta-feira (25). O texto não
contempla o aumento do percentual a ser recebido
pelos municípios não-produtores que também são
impactados pela exploração.
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral é
cobrada das empresas mineradoras como forma de
indenizar o estado pelos danos causados por suas
atividades. O setor de mineração tem uma
participação de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) e
emprega diretamente cerca de 200 mil pessoas.
Conforme o texto aprovado, os royalties da mineração
passam a ser distribuídos da seguinte forma: 60%
para os municípios produtores; 20% para os estados
produtores; e 10% para divisão entre órgãos de
mineração e meio ambiente do Poder Executivo.
Municípios não-produtores, mas impactados, teriam
direito a 10% – e não a 20%, como chegou a ser
proposto em um dos destaques apresentados à MP.
Resíduos
Além de tratar da distribuição desses royalties entre
União, estados e municípios produtores e afetados, a
MP 789 aumenta as alíquotas da compensação
incidentes sobre a exploração de minerais como o
ouro, o nióbio e o diamante. Rochas, areia e outros
minerais usados na construção civil tiveram redução
de alíquota.
O relatório aprovado na comissão mista inclui parte
de uma alteração proposta pelo senador Lasier
Martins (PSD-RS) que considera como bens minerais os
rejeitos que possibilitem lavra. O relator, deputado
Marcus Pestana (PSDB-MG), esclareceu que, neste
caso, a alíquota será menor, para estimular o
processamento desses resíduos. “Demos uma alíquota
privilegiada porque ambientalmente é importante
estimular o processamento de rejeitos”, explicou.
Fonte: Agência Câmara

26/10/2017 -
Em nove meses, baixa de processos supera
distribuição em 34%
De janeiro a setembro deste ano, o número de
processos baixados pelo Superior Tribunal de Justiça
(STJ) aos tribunais de origem superou em 34% a
quantidade distribuída aos gabinetes dos ministros.
Em valores absolutos, foram baixados 222.582
processos recursais nesse período, enquanto 165.673
novos recursos eram distribuídos aos julgadores (a
baixa ocorre após o fim da tramitação do processo no
tribunal).
Apurados pela Coordenadoria de Gestão da Informação
do STJ, os dados confirmam o aumento de
produtividade da corte e a tendência de redução do
seu acervo processual, que já haviam sido captados
no anuário Justiça em Números 2017, produzido pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com base em
informações de 2016.
Na comparação dos nove primeiros meses de 2017 com
igual período do ano passado, o número de processos
baixados pelo STJ aumentou em pouco mais de 13%.
Entre janeiro e setembro de 2016, o tribunal havia
distribuído 179.408 processos e baixado 196.298.
Seções
De acordo com a Coordenadoria de Gestão da Informação,
a Primeira Seção se destacou entre os órgãos
julgadores especializados do STJ com o maior aumento
percentual de processos baixados em 2017 até
setembro. O colegiado diminuiu o acervo, composto
por matéria de direito público, baixando 76% a mais
do que a quantidade de processos distribuídos.
A Segunda Seção, especializada em direito privado,
baixou 71% mais processos do que o volume
distribuído no período de janeiro a setembro de
2017.
Na Terceira Seção, que é o colegiado especializado
em matéria penal, composto pelos ministros da Quinta
e Sexta Turmas, em 2016 o número de processos
baixados foi 14% maior do que o volume distribuído.
Já em 2017, a baixa superou a distribuição em 40%.
Fonte: STJ

26/10/2017 -
Benefícios pagos indevidamente ou além do devido
pelo INSS serão inscritos em dívida ativa
A partir de hoje a Procuradoria-Geral Federal poderá
inscrever em Dívida Ativa os créditos constituídos
pelo Instituo Nacional do Seguro Social -INSS em
razão de benefícios previdenciários ou assistenciais
pagos indevidamente ou além do devido.
O procedimento está previsto na Lei nº 13.494, de 24
de outubro de 2017, publicada no Diário Oficial da
União de 25/10/2017, fruto da conversão da Medida
Provisória nº 780, de 19 de maio de 2017.
Na prática, a lei inseriu um parágrafo 3º no art.
115 da Lei de Benefícios (8.213/91), nos seguintes
termos:
Art. 11. O art. 115 da Lei no 8.213, de 24 de julho
de 1991, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:
“Art. 115 § 3º Serão inscritos em dívida ativa pela
Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos
pelo INSS em razão de benefício previdenciário ou
assistencial pago indevidamente ou além do devido,
hipótese em que se aplica o disposto na Lei no
6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução
judicial.” (NR)
Dessa forma, será possível inscrever em dívida ativa
segurados que vinham recebendo benefícios com
valores acima do devido, conforme apuração da
autarquia, ou após as datas em que estes deveriam
ter sido cessados, como por exemplo nos casos de
recebimento de benefícios após o óbito do titular.
Enquanto isso, o STJ julgará em sede de recurso
repetitivo (Tema 979) se é devida a devolução de
valores recebidos de boa-fé, a título de benefício
previdenciário, por força de interpretação errônea,
má aplicação da lei ou erro da Administração da
Previdência Social.
Fonte: Jusbrasil

25/10/2017 -
MP trabalhista empaca, e sindicalistas discutem
projeto
Proposta prevê criação de uma contribuição
negocial
Prometida pelo governo como uma compensação para
amenizar efeitos da "reforma" trabalhista, a medida
provisória não apareceu até agora e dá sinais de que
não será mesmo apresentada. Em seu lugar, por
enquanto, dirigentes de algumas centrais retomam
projeto sobre contribuição sindical, para garantir
recursos a partir do ano que vem, já que a Lei
13.467, de "reforma" trabalhista, tornou o atual
imposto opcional – a lei entrará em vigor a partir
de 11 de novembro.
Relatado pelo deputado Bebeto (PSB-BA), dirigente da
Força Sindical, o texto já passou por uma comissão
especial e foi aprovado em 2016. Agora, alguns itens
foram reformulados para tentar agilizar a
tramitação. Há um pedido de urgência sendo
analisado.
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP),
presidente da Força, a proposta inclui fixação de
uma contribuição negocial, que seria descontada de
todos os trabalhadores da base, com limite definido.
Para tentar aumentar a aceitação na Câmara,
incluiu-se um dispositivo que prevê quórum de 10% da
base para aprovar a contribuição. Esse percentual,
que pode ser elevado em sindicatos de maior porte,
considera a realização de mais de uma assembleia.
Outro item incluído prevê suspensão do sindicato que
não firmar acordo ou convenção coletiva durante dois
anos seguidos. "Há 4 mil sindicatos que não fazem
acordo há três anos", diz Paulinho.
Pela proposta em discussão, os sindicatos ficariam
com 80% da contribuição negocial. Do valor restante,
seriam 7% para federações, 5% para confederações, 5%
para centrais, 2,5% para um Conselho Nacional de
Autorregulação Sindical e 0,5% para o Dieese.
Atualmente, no caso de sindicatos de trabalhadores,
as principais fontes de receita são as contribuições
sindical (correspondente a um dia de trabalho no
ano) e assistencial (de percentual variado, fixado
no acordo coletivo), além das mensalidades dos
sócios. O imposto sindical é dividido da seguinte
forma: 60% para os sindicatos, 15% para as
federações, 5% para as confederações, 10% às
centrais sindicais e 10% para o Ministério do
Trabalho. A parte das centrais surgiu após aprovação
de lei em 2008. Até então, o governo ficava com 20%.
O Projeto de Lei 5.795/2016 está pronto para ir a
plenário.
Fonte: Rede Brasil Atual

25/10/2017 -
Ministra Rosa Weber suspende portaria sobre trabalho
escravo
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal
(STF), concedeu liminar (decisão provisória)
suspendendo os efeitos da Portaria 1.129, do
Ministério do Trabalho, que alterou a conceituação
de trabalho escravo para fins de concessão de
seguro-desemprego.
A decisão da ministra foi dada em uma Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) aberta
pela Rede na semana passada. Rosa Weber acatou os
argumentos do partido de que a referida portaria
abre margem para a violação de princípios
fundamentais da Constituição, entre eles, o da
dignidade humana, o do valor social do trabalho e o
da livre iniciativa.
Para a ministra, ao “restringir” conceitos como o de
jornada exaustiva e de condição análoga à de
escravo, “a portaria vulnera princípios basilares da
Constituição, sonega proteção adequada e suficiente
a direitos fundamentais nela assegurados e promove
desalinho em relação a compromissos internacionais
de caráter supralegal assumidos pelo Brasil e que
moldaram o conteúdo desses direitos”.
“A conceituação restritiva presente no ato normativo
impugnado divorcia-se da compreensão contemporânea
[sobre o trabalho escravo], amparada na legislação
penal vigente no país, em instrumentos
internacionais dos quais o Brasil é signatário e na
jurisprudência desta Suprema Corte”, argumenta a
ministra.
Rosa Weber determinou que a suspensão vigore até que
o caso seja apreciado em caráter definitivo, mais
aprofundadamente, o que deve ser feito pelo plenário
do STF. A ministra também é relatora de outras duas
ações contra a portaria, mais uma ADPF, aberta pela
Confederação Nacional dos Profissionais Liberais, e
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
protocolada segunda-feira (23) pelo PDT.
Entenda o caso
Há uma semana, o Ministério do Trabalho publicou no
Diário Oficial da União (DOU) a Portaria 1.129,
assinada pelo ministro Ronaldo Nogueira, na qual
dispõe sobre os conceitos de trabalho forçado,
jornada exaustiva e condições análogas de escravo,
com o objetivo de disciplinar a concessão de
seguro-desemprego a pessoas libertadas.
Além de acrescentar a necessidade de restrição da
liberdade de ir e vir para a caracterização da
jornada exaustiva, por exemplo, a portaria também
aumentou a burocracia da fiscalização e condicionou
à aprovação do ministro do Trabalho a publicação da
chamada lista suja, com os nomes dos empregadores
flagrados reduzindo funcionários a condição análoga
à escravidão.
A portaria gerou reações contrárias de entidades
como a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Conanda).
Fonte: Agência Brasil

25/10/2017 -
Comissão debate saúde e segurança no ambiente de
trabalho
A saúde e a segurança no ambiente de trabalho serão
tema de audiência pública interativa promovida pelo
Senado na sexta-feira (27), com início às 9h, na
sala 6 da ala Nilo Coelho. O debate é uma iniciativa
da Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho,
que funciona no âmbito da Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa (CDH). A
subcomissão é presidida pelo senador Telmário Mota
(PTB-RR).
Para o debate foram convidados o juiz diretor de
Prerrogativas e Assuntos Jurídicos da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), Luiz Antonio Colussi; o procurador do
Trabalho da 20ª Região Raymundo Lima Ribeiro Júnior;
a presidente da Associação Nacional de Medicina do
Trabalho (ANAMT), Márcia Bandini; e o auditor fiscal
do trabalho Francisco Luís Lima.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado

25/10/2017 -
Governo já planeja retomar Reforma da Previdência
depois de votação da denúncia
O governo demonstra confiança para a votação da
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer,
prevista para ocorrer nesta quarta-feira (25). Tanto
é que já fala novamente na Reforma da Previdência,
assunto prioritário para o governo até virem à tona
as acusações contra Temer após os depoimentos do
empresário Joesley Batista e a divulgação de uma
conversa gravada entre os dois. Segundo garantiu o
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, na
saída de um jantar em homenagem a Temer, nesta
noite, as negociações em torno da reforma já
recomeçam esta semana.
“Começa essa semana [as conversas sobre a Reforma da
Previdência]. Nós queremos ter essa condição [de
votar ainda esse ano]. Claro que a vontade do
governo depende, a partir de agora, da disposição da
Mesa da Câmara. O presidente Rodrigo Maia vai
conduzir esse processo e temos certeza que ele tem a
mesma vontade do presidente Michel Temer de fazermos
a reforma de que o Brasil precisa”, disse Padilha.
O jantar foi promovido pelo deputado Fábio Ramalho
(PMDB-MG), vice-líder da Câmara. Assim como na
véspera da votação da primeira denúncia, Ramalho
ofereceu um jantar para Temer e os aliados do
governo em seu apartamento. O presidente chegou com
Padilha às 22h45. O ministro, no entanto, ficou
apenas 20 minutos no local e foi embora. Temer ficou
mais tempo, onde foi recebido com aplausos pelos
deputados presentes.
Ainda sobre a Reforma da Previdência, Padilha
reiterou o discurso de que a reforma é importante
para o país e não para o governo Temer. Segundo ele,
a reforma precisa ser feita, mesmo que não seja a
ideal. “Nós já teremos um ano de 2018 com relativa
tranquilidade para podermos navegar até 31 de
dezembro de 2018. Mas o Brasil não pode entrar em
2019 sem ter uma Reforma da Previdência. Tem que se
fazer a reforma ideal. A ideal, não sendo possível,
tem que se fazer a possível”.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil

25/10/2017 -
Confiança da indústria avança 1,9 ponto na prévia de
outubro da FGV
O Índice de Confiança da Indústria teve alta de 1,9
ponto, de acordo com a prévia de outubro do
indicador, medido pela Fundação Getulio Vargas
(FGV). Caso a prévia se confirme, o índice chegará a
94,7 pontos neste mês, em uma escala de zero a 200
pontos, o maior patamar desde abril de 2014 (97
pontos).
A alta do indicador foi provocada por aumento na
confiança do empresariado da indústria no momento
presente. O Índice da Situação Atual subiu 4,4
pontos e atingiu 95 pontos. Já o Índice de
Expectativas, que avalia o otimismo do empresário em
relação ao futuro, caiu 0,4 ponto e ficou em 94,5
pontos.
O resultado preliminar de outubro indica alta de 0,7
ponto percentual no Nível de Utilização da
Capacidade Instalada da Indústria (Nuci), que sobe
para 74,6%. Para a prévia de outubro, foram
consultadas 788 empresas entre os dias 2 e 19 deste
mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na
próxima terça-feira, dia 31 de outubro.
Fonte: Agência Brasil

25/10/2017 -
MP que cria Agência Nacional de Mineração é aprovada
em comissão mista
A MP 791/17, que cria a Agência Nacional de
Mineração (ANM) e extingue o Departamento Nacional
de Produção Mineral (DNPM), foi aprovada nesta
terça-feira (24) pela comissão mista que analisou a
matéria. A medida integra a reformulação do marco
legal da mineração e segue agora para apreciação dos
Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.
O texto aprovado é o projeto de lei de conversão
proposto pelo relator, deputado Leonardo Quintão
(PMDB-MG). “Nossa intenção e criar uma agência que
tenha estrutura para atender as demandas dos
trabalhadores e das empresas do setor mineral. Será
uma agência altamente superavitária. Nunca faria
‘teatro’ criando uma agência só para trocar o nome
de DNPM para ANM”, destacou Quintão.
Entre as mudanças na MP original, estão novos
critérios de cálculo da Taxa de Gestão de Recursos
Minerais (TGRM), inicialmente denominada Taxa de
Fiscalização de Atividades Minerárias. Quintão
propôs o pagamento da taxa conforme o porte do
empreendimento, com base no faturamento anual do
exercício anterior. “A lógica é: quem fatura mais,
paga mais e quem fatura menos e explora área menor,
paga menos”, explicou.
O valor da taxa varia de R$ 600 a R$ 2,8 milhões,
dependendo da fase em que se encontra o
empreendimento mineral (pesquisa, concessão,
licenciamento ou permissão). O texto recebeu mais de
100 emendas, e o relator acolheu parcialmente 25
delas. A maior parte sugeria mudanças na taxa.
O relator também alterou no projeto de lei de
conversão os cargos que compõem a estrutura
organizacional da ANM para garantir cargos de
direção comissionados. “O governo reduzia cargos
comissionados na proposta original, mas isso
inviabilizaria a ocupação de cargos de direção”,
justificou.
A proposta aprovada pela comissão mista também
estabelece que a ANM deverá comunicar à autoridade
policial competente a ocorrência de extração mineral
ilegal ou de lavra não autorizada, para fins de
apreensão das substâncias minerais, bens e
equipamentos. “Entendemos que essa alteração
possibilita uma atuação mais segura para a
fiscalização da ANM”, argumentou o relator.
Outra emenda aprovada prevê que no desempenho de
suas funções, a ANM poderá delegar, mediante
convênio, competências a Estados e Municípios e
deverá atuar articuladamente com os órgãos e
entidades federais, estaduais, distrital e
municipais.
Fonte: Agência Câmara

25/10/2017 -
Procuração enviada eletronicamente com assinatura
digital de outorgado é válida
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
considerou válido um documento de substabelecimento
(pelo qual um advogado transfere poderes a outro
para atuar num processo) enviado aos autos por meio
eletrônico com assinatura digital do advogado a quem
foi outorgado o mandato. O colegiado afastou a
irregularidade de representação e determinou o
retorno do processo ao Tribunal Regional do Trabalho
da 1ª Região (TRT-RJ), para que prossiga no exame de
recurso ordinário.
Apesar de afirmar que a legislação garante a
equivalência entre um documento eletrônico com
assinatura digital e um documento em papel com
assinatura manuscrita, o TRT-RJ ressaltou que, no
caso de instrumento do mandato (inclusive
substabelecimento), o documento tem de ser assinado
por quem está conferindo os poderes (outorgante ou
substabelecente), e não por aquele que recebe a
autorização para a prática do ato (outorgado ou
substabelecido). No caso analisado, foi o advogado
substabelecido que assinou digitalmente o recurso
adesivo do trabalhador e as contrarrazões ao recurso
do empregador, e, por essa razão, o TRT-RJ entendeu
que o instrumento de mandato não tinha validade.
No recurso de revista ao TST, o trabalhador
sustentou que não há nenhuma regra no ordenamento
jurídico que nulifique ou tome imprestável o
substabelecimento enviado por meio do peticionamento
eletrônico (e-DOC). Por isso, alegou que o TRT
violou os artigos 5º, inciso LV, da Constituição da
República e 7º, 11 e 18 da Lei 11.419/2006, que
dispõe sobre a informatização do processo judicial.
Para o relator do recurso, ministro Brito Pereira,
não há irregularidade de representação quando consta
dos autos do processo instrumento regular de mandato
no qual a parte recorrente outorgou poderes ao
advogado que subscreveu o recurso. “É válida também
a representação processual cujo instrumento de
mandato (ou substabelecimento) foi enviado aos autos
por meio eletrônico assinado pelo advogado
outorgado”, concluiu.
A decisão foi unânime. Processo: RR -
25300-41.2009.5.01.0051
Fonte: TST

25/10/2017 -
TRT3 - Juíza converte pedido de demissão para
rescisão indireta por atraso de salários e falta de
depósitos de FGTS
Uma trabalhadora buscou a Justiça do Trabalho
alegando que só pediu demissão porque a empregadora,
uma indústria de armários, estava descumprindo
obrigações do contrato de trabalho. Nesse sentido,
apontou que o FGTS não estava sendo depositado e os
salários estavam sendo pagos com atraso. Diante
desse contexto, pediu que fosse reconhecida a
rescisão indireta do contrato de trabalho. Nesta
forma de desligamento, o empregado tem direito às
mesmas verbas devidas na dispensa sem justa causa,
inclusive indenização de 40% sobre o FGTS.
Ao apreciar o caso na 21ª Vara do Trabalho de Belo
Horizonte, a juíza Luciana Jacob Monteiro de Castro
acolheu a pretensão. Na sentença, explicou como
funciona essa forma de cessação do contrato de
trabalho, também chamada de “dispensa indireta”.
Segundo apontou, a rescisão indireta é prevista no
artigo 483 da CLT e se dá por decisão do empregado
em virtude da justa causa praticada pelo empregador.
Ao requerê-la na Justiça do Trabalho, ele deve
provar a irregularidade praticada pelo patrão. Só
assim para conseguir receber o equivalente às verbas
a que faria jus no caso de resilição unilateral por
parte do empregador, as chamadas “despedidas sem
justa causa”.
Ainda de acordo com a julgadora, a Lei (parágrafo 3º
do artigo 483) prevê que o funcionário pode
permanecer ou não no serviço até final decisão do
processo. Se ele optar por ficar, será fixada na
sentença a data em se dará por resolvido o contrato
de trabalho.
No caso, a magistrada deu razão à trabalhadora. É
que as empresas envolvidas no contrato deixaram de
comparecer à audiência e oferecer defesa, mesmo após
terem sido regularmente notificadas. Assim, houve
revelia e a juíza aplicou a confissão, presumindo
verdadeira a versão da empregada. Além do mais,
ficou comprovado por meio de documentos que a
empregadora, de fato, deixou de recolher o FGTS a
partir de maio de 2015. O “pedido de demissão”
somente foi formulado em julho de 2017.
“A meu sentir, o atraso no pagamento de salários e a
ausência de recolhimento de FGTS configuram
descumprimento de obrigações contratuais apto a
autorizar a resolução do contrato de trabalho, nos
termos do art. 483, ‘d', da CLT”, registrou na
sentença. Por se convencer de que a empregadora não
estava cumprindo as normas mínimas quanto ao
contrato de trabalho (artigo 483, alínea d, da CLT),
decidiu julgar procedente o pedido de reversão da
demissão em rescisão indireta do contrato de
trabalho. Como consequência, deferiu parcelas como
aviso prévio indenizado e multa de 40% do FGTS, bem
como determinou a anotação da carteira e entrega de
guias do FGTS e do seguro-desemprego, tudo conforme
explicitado na decisão.
Para a juíza, as condutas do patrão feriram a
dignidade da trabalhadora, expondo-a a situação
constrangedora. Considerando necessária a punição do
ofensor, como medida pedagógica da penalidade,
deferiu à empregada, ainda, indenização por danos
morais, arbitrada em R$2.500,00.
Não houve recurso.
Fonte: Jusbrasil

25/10/2017 -
Período que servidor ficou afastado não conta para
aposentadoria
Não é possível contar como tempo de serviço período
em que o servidor público demitido durante o governo
Collor ficou afastado até ser posteriormente
readmitido nos quadros do serviço público federal
por meio da Lei 8.878/94.
Foi o que decidiu a 3ª Turma Recursal da Justiça
Federal do Distrito Federal ao evitar que um
servidor nesta situação obtivesse o benefício. O
pedido do servidor para que fosse computado o tempo
de serviço, bem como para que a União fosse
condenada a recolher as contribuições
previdenciárias relativas ao período do afastamento,
já havia sido negado na primeira instância.
Durante julgamento de recurso interposto pelo
servidor contra a sentença, a Advocacia-Geral da
União relembrou que o artigo 6º da Lei 8.878/94 –
que readmitiu parte dos demitidos durante o governo
Collor – veda expressamente o pagamento de qualquer
espécie de remuneração retroativa aos servidores
anistiados. A AGU destacou, ainda, que este também
já é o entendimento pacificado no Superior Tribunal
de Justiça que já analisou casos semelhantes em
diversas oportunidades anteriores.
A 3ª Turma Recurso da Justiça Federal do Distrito
Federal concordou com os argumentos da AGU e negou
provimento ao recurso. A decisão assinalou que “a
anistia não teve o objetivo de anular o ato de
demissão praticado no governo Collor, mas tão
somente o de restabelecer vínculo laboral antes
existentes”. Com informações da Assessoria de
Imprensa da AGU.
Fonte: Consultor Jurídico

24/10/2017 -
Governo desiste de negociar financiamento sindical
em MP da reforma trabalhista
O governo só vai se movimentar em relação à medida
provisória (MP) que deve mudar alguns pontos da
reforma trabalhista após a votação da denúncia
contra o presidente Michel Temer por obstrução de
justiça e organização criminosa. A acusação, que
envolve ainda dois ministros do presidente, está
pautada para ser votada pelo plenário da Câmara dos
Deputados na próxima quarta-feira. Segundo
interlocutores do Palácio do Planalto, o texto deve
passar apenas por alguns ajustes e qualquer
discussão sobre uma alternativa para o financiamento
dos sindicatos ficará de fora.
Esse ponto era uma demanda das centrais sindicais,
uma vez que a reforma trabalhista tornou opcional a
contribuição sindical. Qualquer mudança nesse tema,
no entanto, desagrada fortemente a Câmara dos
Deputados, responsável por incluir o fim da
obrigatoriedade do imposto no texto.
A edição de uma medida provisória para acertar
alguns pontos do projeto foi acordada com o Senado
Federal. Os senadores demandavam mudanças no texto,
mas aceitaram que isso fosse feito por MP para
agilizar a votação e evitar que o texto tivesse que
voltar para a Câmara, o que acontece quando
alterações são feitas.
À época, o presidente Michel Temer chegou a enviar
uma carta aos senadores se comprometendo com as
mudanças acertadas. Por isso, o entendimento é de
que não há como não editar a MP. Além disso,
técnicos a par das discussões apontam que o
Executivo será obrigado a ajustar a lei porque ela
tem artigos divergentes e que podem gerar
interpretação dúbia.
O acordo feito com o Senado pretende, por exemplo,
abrandar as normas do contrato intermitente (jornada
descontínua, paga por hora trabalhada). O texto
acordado prevê que, caso o empregador não convoque o
empregado em um ano, o contrato poderá ser
interrompido. Além disso, exclui punição de 50% da
remuneração, previsto no texto original da reforma
trabalhista, em casos em que o empregado se
comprometer com o serviço e não comparecer. E
estipula também uma quarentena de 18 meses entre a
demissão de um trabalhador e sua recontratação, pelo
mesmo empregador, em jornada intermitente.
O acordo também quer estabelecer que a jornada de
12h de trabalho por 36h de descanso só poderá ser
definida por acordo coletivo e não individualmente
entre patrão e empregado. E retira a cláusula de
exclusividade para trabalhadores autônomos, por
exemplo.
Nem todos esses itens são bem aceitos pela Câmara e,
por isso, são discutidos em um grupo de trabalho.
Como a reforma só entra em vigor em 11 de novembro,
no entanto, o grupo está parado há meses. Isso
porque os técnicos do governo e do Congresso
entenderam que é impossível enviar ao Legislativo
uma MP (que começa a vigorar tão logo é editada)
para mudar uma lei que ainda não está em vigor.
Fonte: O Globo

24/10/2017 -
Relatório de CPI do Senado diz que Previdência
Social não tem déficit
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
da Previdência, senador Hélio José (PROS-DF),
apresentou nesta segunda-feira (23) o relatório
final dos trabalhos ao colegiado, com a conclusão de
que a Previdência Social não é deficitária, mas,
sim, alvo de má gestão.
Segundo o senador, "está havendo manipulação de
dados por parte do governo para que seja aprovada a
reforma da Previdência". Ele acrescentou que "quando
o assunto é Previdência, há uma série de cálculos
forçados e irreais".
Em 253 páginas, o relatório destaca que o "maior e
mais grave problema da Previdência Social vem da
vulnerabilidade e da fragilidade das fontes de
custeio do sistema de seguridade social". No
documento, o relator destaca que, "antes de falar em
déficit, é preciso corrigir distorções".
Outro trecho do documento ressalta que "a lei, ao
invés de premiar o bom contribuinte, premia a
sonegação e até a apropriação indébita, com
programas de parcelamento de dívidas (Refis), que
qualquer cidadão endividado desse país gostaria de
poder acessar.
Proposta
Ao contrário da maioria das CPIs, que, segundo Hélio
José, ao final costumam pedir o indiciamento de
pessoas, desta vez, o relatório é apenas
propositivo. Nesse sentido, sugere dois projetos de
lei (PLS) e três propostas de emenda constitucional
(PECs). Uma delas proíbe a aplicação da
Desvinculação de Receitas da União às receitas da
seguridade social.
Votação
Após um pedido de vista coletiva - mais tempo para
analisar o parecer – o relatório precisa ser votado
até o dia 6 de novembro, quando termina o prazo de
funcionamento da comissão. Antes da votação final os
membros da CPI podem sugerir mudanças no documento.
Histórico
Instalada no fim de abril , em pouco mais de seis
meses, a CPI realizou 26 audiências públicas e ouviu
mais de 140 pessoas entre representantes de órgãos
governamentais, sindicatos, associações, empresas,
além de membros do Ministério Público e da Justiça
do Trabalho, deputados, auditores, especialistas e
professores. A comissão é presidida pelo senador
Paulo Paim (PT-RS), e é formada por seis senadores
titulares e cinco suplentes.
A Agência Brasil procurou a Secretaria de da
Previdência, que até o momento não se manifestou
sobre o relatório da CPI.
Fonte: Agência Brasil

24/10/2017 -
CNPL ingressa no Supremo com ADPF contra a nova
regra do trabalho escravo
A Confederação Nacional das profissões Liberais –
CNPL, ingressou com ação de controle constitucional
junto ao Supremo Tribunal Federal – STF, contra a
Portaria do Ministério do Trabalho nº 1.129/17 que
modifica o conceito de trabalho escravo no Brasil e
restringe a chamada Lista Suja. A arguição de
descumprimento de preceito fundamental (ADPF 491)
ingressada tem como objetivo reverter imediatamente
o cenário instituído pela Portaria, de violações à
legislação nacional e aos compromissos
internacionais firmados pelo país.
A CNPL argumenta na ação ingressada que, as novas
regras estabelecidas pela portaria ferem os
princípios da dignidade humana, da proibição do
retrocesso social, da proporcionalidade e da
eficiência; e os direitos fundamentais à liberdade,
à igualdade, e à não recepção de tratamento desumano
ou degradante. A ação da CNPL será relatada pela
ministra do STF, Rosa Weber.
Em abril do ano passado, a tese “A escravidão
contemporânea e sua incidência sobre os
profissionais liberais no Brasil e no Mundo”, de
autoria da entidade, foi apresentada e aprovada no
18º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (CONAMAT).
O advogado da CNPL, Amadeu Garrido de Paula,
destaca, na ADPF 491, ao inciso II do artigo 1º da
Portaria, que define “jornada exaustiva” como
“submissão do trabalhador, contra sua vontade e com
privação do direito de ir e vir”. Além de incluir
decisões já tomadas pelo STF referentes ao artigo
149 do Código Penal. Segundo o jurista, a escravidão
moderna é mais sutil do que a do século XIX e o
cerceamento da liberdade pode decorrer de diversos
constrangimentos econômicos e não necessariamente
físicos.
Tese CNPL
O combate ao trabalho escravo contemporâneo é uma das
bandeiras prioritárias da Confederação, em diversas
frentes de luta. Em abril do ano passado, a tese “A
escravidão contemporânea e sua incidência sobre os
profissionais liberais no Brasil e no Mundo”, de
autoria da entidade, foi apresentada e aprovada no
18º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (CONAMAT), com o objetivo de denunciar e
tipificar o conceito de exploração e precarização
das relações de trabalho dos profissionais liberais,
conhecido como escravidão contemporânea.
O documento também demonstra o novo tipo de
escravidão contemporânea que avança, de forma
expressiva, em todo o mundo, atingindo os
profissionais com formação técnica ou nível
superior, como é o caso dos profissionais liberais.
A luta contra o trabalho escravo exercido pela CNPL
também abrange iniciativas na Jornada Mundial pelo
Trabalho Decente, organizada pela Confederação
Sindical Internacional (CSI) e projetos inéditos,
com foco na transformação social, como o Programa
Preparando para o Futuro, que incentiva a
contratação de adolescentes e jovens aprendizes em
entidades sindicais, inspirado no Programa
Adolescente Aprendiz, instituído pelo TST, em
parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
A CNPL reitera seu posicionamento contra a violação
do direito ao trabalho decente. Os dirigentes da
Confederação entendem que privar alguém da sua
liberdade e dignidade, tratando-o como coisa e não
como pessoa humana, remete a intenso abuso de
direitos básicos.
Fonte: Diap

24/10/2017 -
Campanhas salariais em tempos de crise
Necessitamos de trabalho decente e salários
dignos. Nossa data-base é uma vez por ano, e não
podemos ter nossos vencimentos achatados, nossos
direitos suprimidos, e o sustento de nossas famílias
ameaçado por conta de uma crise pela qual não somos,
nem de longe, responsáveis.
João Carlos Gonçalves (Juruna)*
As campanhas salariais deste ano foram, e continuam
sendo, muito complexas. Desemprego, falta de
investimentos, produção e consumo em baixa, juros
altos, crédito caro e o já costumeiro hábito dos
patrões de culpar a recessão econômica para não
fechar bons acordos. Trabalhadores de todos os
setores de atividade têm, igualmente, passado por
isto. Nem mesmo a leve retomada do emprego formal
trouxe algum alento durante as negociações das
datas-bases.
Além da situação econômica ainda deteriorada, e do
consequente “empate técnico”, hoje comum ao término
das negociações, persiste o receio do trabalhador
em, de repente, ser demitido e ter agravada sua já
delicada situação. O que os patrões fingem não
perceber é que, se as coisas não estão boas para
eles, estão piores para o conjunto dos
trabalhadores, sempre o lado mais vulnerável do cabo
de guerra capital/trabalho.
Um trabalhador descontente, acuado, pressionado,
ganhando menos do que merece e trabalhando mais do
que deveria, com dívidas acumuladas, problemas de
relacionamento familiar provocados pelo quadro que
enfrenta e, ainda, com a angústia e o medo de ser
dispensado, acaba por tornar-se incapaz de produzir
o que dele esperam e, consequentemente, é um
seríssimo candidato ao desemprego.
Já um trabalhador satisfeito com a segurança de seu
emprego, que não se sinta ameaçado de demissão, que
receba, em dia, salário compatível com a função que
exerce, vai trabalhar melhor, produzir mais e, desta
forma, trazer mais lucro para a empresa,
reaquecendo, assim, a economia. Um círculo virtuoso
de fácil compreensão!
Nós, sindicalistas e trabalhadores, temos de ser
protagonistas desta luta por dias melhores para
todos e pela retomada econômica do Brasil.
Necessitamos de trabalho decente e salários dignos.
Nossa data-base é uma vez por ano, e não podemos ter
nossos vencimentos achatados, nossos direitos
suprimidos, e o sustento de nossas famílias ameaçado
por conta de uma crise pela qual não somos, nem de
longe, responsáveis.
Não podemos arcar com este pesado fardo!
(*) Secretário-geral da Força Sindical. Publicado
originalmente no portal Poder360
Fonte: Diap

24/10/2017 -
Dívida pública sobe para R$ 3,4 trilhões em
setembro, informa Tesouro
A Dívida Pública Federal – que inclui o
endividamento interno e externo do Brasil –
registrou aumento em setembro. O estoque da dívida
subiu 0,79%, passando de R$ 3,404 trilhões, em
agosto, para R$ 3,430 trilhões em setembro, informou
hoje (23) a Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda.
Esse crescimento da dívida ocorreu devido aos gastos
com juros no valor de R$ 27,15 bilhões. Por outro
lado, em setembro, os resgates de títulos pelos
investidores foram superiores às emissões de
títulos, em R$ 320 milhões. Esse resultado foi
impactado pela devolução de R$ 15 bilhões em títulos
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) ao Tesouro Nacional, no final do mês
passado. Outros R$ 18 bilhões foram devolvidos em
dinheiro em espécie. Por isso, não impactou a divida
mobiliária, mas apenas a dívida bruta do setor
público. De acordo com o Tesouro, esses recursos são
usados exclusivamente para pagamento da dívida
pública.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi),
que é a parte da dívida pública que pode ser paga em
reais, teve seu estoque ampliado em 0,78%, ao passar
de R$ 3,286 trilhões para R$ 3,311 trilhões. Segundo
o Tesouro, esse aumento é devido ao pagamento de
juros de R$ 25,98 bilhões, compensado em parte pelo
resgate líquido, ou seja, mais resgates do que
emissões de títulos públicos, no valor total de R$
46 milhões.
O estoque da Dívida Pública Federal Externa, captada
do mercado internacional, teve aumento de 1,22%,
encerrando o mês passado em R$ 118,88 bilhões (US$
37,53 bilhões).
A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer
por meio da oferta de títulos públicos em leilões
pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão
direta. Além disso, pode ocorrer assinatura de
contratos de empréstimo.
Neste caso, o Tesouro toma empréstimo de uma
instituição ou de um banco de fomento, destinado a
financiar o desenvolvimento de uma determinada
região. Já a redução do endividamento se dá, por
exemplo, pelo resgate de títulos.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF),
a dívida pública poderá fechar este ano entre R$
3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões.
Fonte: Agência Brasil

24/10/2017 -
Confiança do empresário industrial atinge maior
nível em mais de quatro anos
Em alta pelo terceiro mês consecutivo, a confiança
do empresário industrial atingiu, em outubro, o
maior nível em mais de quatro anos. O Índice de
Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) somou
56 pontos no último mês, no maior nível desde março
de 2013 (57,1 pontos).
O indicador varia de 0 a 100 pontos. Quando estão
acima de 50 pontos indicam empresários confiantes.
De acordo com a CNI, este é o segundo mês
consecutivo em que o índice está acima da média
histórica de 54 pontos.
A confiança é mais alta nas grandes indústrias, onde
o Icei de outubro atingiu 58,6 pontos. O índice
somou 54,3 pontos nas médias empresas e 52,3 pontos
nas pequenas indústrias. Nas expectativas para os
próximos seis meses, o Icei aumentou 0,4 ponto,
fechando outubro em 58,8 pontos. De acordo com a
CNI, a tendência é que o indicador repita o
desempeno nos próximos meses.
Formado pelas avaliações dos empresários em relação
às condições atuais e futuras das empresas e da
economia, o Icei, segundo a confederação, antecipa
tendências de investimento na indústria. Para a CNI,
o aumento do otimismo indica que os empresários
estão mais dispostos a investir, criando empregos e
contribuindo para a retomada do crescimento
econômico.
Feita entre 2 e 17 de outubro, a pesquisa ouviu
3.097 empresários industriais em todo o país. Desse
total, 1.208 são empresas pequenas, 1.175 são
médias, e 714 são de grande porte.
Fonte: Portal EBC

24/10/2017 -
Comissão aprova acréscimo de dias de férias para
trabalhador idoso
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
aprovou proposta que dá tratamento diferenciado para
as férias de empregados com mais de 60 anos de
idade, por meio do acréscimo de dias de descanso em
seu período de férias regulamentares.
A medida consta no Projeto de Lei 1782/15, do
deputado Diego Andrade (PSD-MG), que acrescenta
dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-lei
5.452/43).
De acordo com a proposta, o empregado que comprovar
35 anos de contribuição e 65 anos de idade, se
homem; e 30 anos de contribuição e 60 anos de idade,
se mulher, terá as férias acrescidas de um dia para
cada ano adicional de trabalho com carteira
assinada.
O autor afirma que o objetivo da proposta é
incentivar os profissionais mais experientes a
continuarem trabalhando, tendo em vista o benefício
cumulativo que obteriam com o passar dos anos em
atividade.
O parecer do relator, deputado Angelim (PT-AC), foi
favorável à proposta. Para ele, a medida “gera
benefícios para o trabalhador idoso, economia para
os cofres públicos e benefícios também para o
empregador, que poderá contar com profissionais mais
experientes por mais tempo, sem elevação
considerável de custos”.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo,
pelas comissões de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

24/10/2017 -
Projeto amplia multas para empresas que não
depositarem FGTS do trabalhador
A Câmara dos Deputados analisa proposta que eleva a
multa para o empregador que não depositar na conta
vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) os recursos a que o trabalhador tem direito.
Segundo o Projeto de Lei 7586/17, as multas serão de
R$ 100 a R$ 300, por trabalhador prejudicado, para a
empresa que omitir as informações sobre a conta
vinculada ou apresentar informações erradas ao
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
A multa será maior para a empresa que não depositar
mensalmente o valor, que deixar de computar parcela
componente da remuneração ou que deixar de efetuar o
depósito após notificado pela fiscalização: de R$
500 a R$ 1 mil por empregado. Além disso, os valores
da multa serão depositados na conta vinculada do
trabalhador prejudicado.
De acordo com o projeto, a multa que não for
recolhida no prazo legal será atualizada
monetariamente, até a data de seu efetivo pagamento,
pela Taxa Referencial (TR), a mesma que atualiza a
poupança.
Incentivo
O autor do projeto, ex-deputado Severino Ninho
(PSB-PE), afirma que as multas atuais aplicadas pela
fiscalização do Ministério do Trabalho variam de R$
10,64 a R$ 106,40 por empregado prejudicado, valor
que considera muito baixo. Além disso, ele ressalta
que o ministério não tem fiscais em número
suficiente para atuar em todo o País. “Isso
incentiva o empregador a deixar de cumprir a sua
obrigação, prejudicando enormemente o trabalhador”,
critica.
A situação ficou mais evidente, segundo ele, quando
o governo autorizou o saque dos recursos das contas
inativas do FGTS, a partir de março deste ano.
“Muitos trabalhadores constataram que as empresas
não fizeram os devidos depósitos”, diz Ninho.
Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
citados por Ninho, apontam que 198,8 mil empresas
estão inscritas em dívida ativa por débitos no FGTS.
Cerca de 7 milhões de trabalhadores não tiveram o
depósito do fundo feito corretamente.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões
de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

24/10/2017 -
TJSC Decide - INSS não pode exigir que trabalhador
se submeta a cirurgia para evitar aposentadoria
O trabalhador vítima de infortúnio laboral, com
registro de redução da capacidade de trabalho, mesmo
que indicada a necessidade de cirurgia para
recuperação, não precisa obrigatoriamente se
submeter à intervenção para obter o benefício
acidentário. Com esse entendimento, a 2ª Câmara de
Direito Público do TJ confirmou sentença que
concedeu aposentadoria por invalidez e declarou que
o termo inicial do benefício será o dia seguinte ao
da cessação do auxílio-doença anteriormente deferido
em benefício do trabalhador.
"Assim, por se tratar de incapacidade definitiva,
impedindo a reabilitação para o exercício de
atividade que garanta subsistência ao autor, e ante
a impossibilidade de obrigá-lo a se submeter à
cirurgia, restam preenchidos todos os requisitos
para a concessão da aposentadoria por invalidez,
fazendo prejudicados os demais benefícios
pretendidos", analisou o desembargador João Henrique
Blasi, relator da matéria.
Perito médico constatou que o trabalhador é portador
de lombociatalgia secundária à hérnia discal lombar
e que sua situação atual aponta para incapacidade
definitiva porque, mesmo que possa exercer
atividades que não exijam nenhum esforço físico, ele
poderia apresentar dificuldades em razão do quadro
doloroso apresentado. Mesmo o tratamento cirúrgico,
acrescentou o experto, não garantiria o retorno do
paciente à atividade laborativa. Exames e atestados
médicos acostados aos autos apontam que a
incapacidade laborativa iniciou em setembro de 2016.
A decisão da câmara, baseada em precedentes do
próprio TJ, foi unânime (...).
Fonte: Jusbrasil

23/10/2017 -
Nova Central repudia novas regras da lista do
trabalho escravo
A Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST vem,
por meio desta nota, expressar todo o seu
inconformismo e estranheza à Portaria 1129/2017 do
Ministério do Trabalho, que dificulta o acesso à
lista suja do trabalho escravo no Brasil, aplicando
novas regras que protegem empregadores que exploram
e mantém trabalhadores em situações degradantes. De
acordo com as novas regras, a lista com o nome de
empregadores autuados passará a ser divulgada apenas
com determinação expressa do ministro do trabalho,
uma autoridade política dentro da estrutura do
Estado. Antes essa ação cabia à área técnica da
pasta, o que dava total seriedade ao processo, livre
de intervenções políticas ocasionais.
Além de proteger o escravagista, a Portaria também
tira a fé pública do fiscal do trabalho, que perde o
poder de decidir se o ambiente inspecionado se
encaixa nos padrões análogos ao da escravidão,
obrigando que este agente seja acompanhado de um
policial e da confecção de um boletim de ocorrência,
para que suas afirmações tenham força perante a
justiça - o que, em muitos casos, dificulta ou
inviabiliza ações fiscalizatórias.
Com mais essa decisão, o Brasil vive um momento
obscuro e alarmante, passando por regressões severas
aos direitos trabalhistas e o sucateamento da
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Desta
forma, fica claro que todas as lutas de movimentos
sociais e sindicais são ignoradas no atual cenário
político. Não podemos admitir que em pleno século
XXI o governo retorne com medidas já superadas pela
sociedade. A conjuntura atual em seu contexto
mundial repudia tais atos que possam retornar às
práticas predadoras da civilização antiga.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores acredita
que é preciso resistir e buscar a força dos
movimentos sociais e sindicais, além de
parlamentares engajados em promover a qualidade de
vida dos brasileiros e brasileiras, para reverter
mais essa medida que retira direitos e permite que
trabalhadores sejam escravizados. A NCST também
reforça seu comprometimento à proteção da população,
como entidade sindical e, consequentemente,
instituição democrática fora do eixo dos poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário capaz de fazer
um embate contra medidas que retiram direitos da
classe trabalhadora.
JOSÉ CALIXTO RAMOS
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST)
Fonte: NCST

23/10/2017 -
Nota das centrais sindicais: O Brasil não pode
voltar a ser escravagista
As centrais sindicais brasileiras; União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Força Sindical (FS), Central
Única dos Trabalhadores (CUT) Central Sindical
Brasileira (CSB), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST) repudiam, de forma
veemente, a decisão do Governo Federal que, ao
publicar a portaria 1.129/2017 retira da definição
brasileira os conceitos de condição degradante e
jornada exaustiva, dificultando a fiscalização e a
punição de empresas flagradas com mão de obra
escrava ou condições análogas.
Tal decisão atende a interesses espúrios de uma
pequena parcela de maus empresários, principalmente
do setor ruralista e do agronegócio, em detrimento à
milhares de trabalhadores e trabalhadoras que neste
momento estão vulneráveis a todo o tipo de
exploração de mão-de-obra, o que contraria,
inclusive, normas internacionais nas quais o Brasil
é signatário.
Esta ação unilateral e sem a promoção de qualquer
tipo de diálogo com a sociedade é a mais clara
demonstração de que este Governo virou as costas
para os cidadãos. Não se importa com os interesses
do coletivo para agradar somente os representantes
do lado mais perverso do capitalismo selvagem.
As centrais sindicais brasileiras, ao longo de
muitas décadas, vêm promovendo inúmeras ações pelo
fortalecimento do conceito de trabalho decente, para
enfrentar as práticas análogas a escravidão e o
trabalho infantil, o que vinha mostrando um bom
resultado graças às duras medidas que eram adotadas
contra as empresas ou locais de trabalho que eram
flagrados com irregularidades.
Agora, ao dificultar a punição e a fiscalização para
esse crime e juntando essa ação às já aprovadas Leis
Trabalhista e da Terceirização, o Governo promove
uma inversão no sentido do que é o direito do
trabalhador para construir uma legislação de ampla
proteção à empresa e ao empregador.
Desde a criação do Grupo Especial de Fiscalização
Móvel, em 1995, período em que mais de 50 mil
pessoas foram resgatadas de modelos predatórios de
exploração de mão de obra existente desde os tempos
da Colônia e do Império, o Brasil se tornou
referência mundial no combate ao trabalho escravo.
Assim, o conjunto das centrais sindicais
brasileiras, vem a público denunciar junto aos
tribunais internacionais a ação do Governo
Brasileiro, e exigir a revogação deste decreto que
tanto prejudica os trabalhadores e principalmente a
camada mais pobre da sociedade.
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiro
CTB – Central dos Trabalhadores e das
Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhares
Força Sindical
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
UGT – União Geral dos Trabalhadores
Fonte: NCST

23/10/2017 -
Crise financeira nas entidades sindicais: que fazer?
O momento atual exige que as entidades,
simultaneamente, planejem estrategicamente,
aprofundem a compreensão de suas finanças
relacionando-as com os objetivos estratégicos, façam
adequações mantendo princípios de solidariedade com
dirigentes e funcionários, aumentem suas receitas
principalmente focando na sindicalização e na
formação dos dirigentes, dos funcionários, dos
militantes sindicais e dos trabalhadores em geral.
Augusto César Petta*
As entidades sindicais estão com atenção voltada
para enfrentar o golpe violento desferido pelo
capital contra o trabalho, por meio da chamada
Reforma Trabalhista. As forças do capital
introduziram na legislação o fim da contribuição
sindical e, por meio do STF, impediram o desconto
das taxas assistencial e confederativa dos não
filiados. Aprofunda-se assim, uma crise reestrutural,
desemprega, precariza condições de trabalho,
dificulta ao máximo a ação sindical.
O CES tem debatido — por meio de cursos e palestras,
nos convênios que mantem com a CTB e outras
entidades — essa crise financeira. No início de
outubro, por convênio com Apropuc de Campinas, Seaac
e Sinpro Campinas e Região, foi realizada palestra
com o assessor técnico do Dieese Victor Pagani,
tendo como tema “Administração Sindical em Tempos de
Crise — formas de enfrentamento”.
Sem ter a pretensão de ter propostas definitivas
para o enfrentamento da crise atual, relacionamos
algumas que, se aplicadas, poderão trazer bons
frutos:
1) Realizar Seminário de Planejamento Estratégico
Situacional (PES) — que permite às entidades
estabelecer objetivos, levantar problemas,
estabelecer metas, definir projetos prioritários,
construir projetos que orientem as ações, definir
calendário anual das atividades.
2) Fazer levantamento geral dos recursos financeiros
obtidos regularmente e de como ficará a partir dos
cortes relativos ao não recolhimento das taxas acima
citadas.
3) Fazer levantamento geral de como os recursos
financeiros são gastos. Não devemos concordar com
cortes precipitados, inclusive com os que têm como
objetivo principal atingir diretores e funcionários
que não são dóceis aos que comandam a estrutura
sindical.
4) Fazer levantamento das dívidas da entidade, assim
como das dívidas que outros têm com a entidade. Aqui
estão incluídos débitos das empresas que recolhem
quantias relativas às taxas sindicais e não repassam
aos sindicatos, ou repassam quantia menor do que
arrecadam. Neste caso, é necessário encaminhar
processos na Justiça.
5) Tendo essa visão de conjunto com os dados
disponíveis à diretoria da entidade, estabelecer um
processo de discussão democrática, para verificar
que gastos são supérfluos e que podem imediatamente
ser cortados. Não se deve começar com cortes que
atinjam emprego dos funcionários e liberação dos
diretores, seja porque não devemos contribuir para
aumentar o desemprego, seja porque o trabalho
desenvolvido pela entidade precisa ser
intensificado.
6) Realizar campanha de sindicalização pela
necessidade de envolver os trabalhadores e
trabalhadoras na luta e de obter recursos para a
ação sindical.
7) Assumir trabalho de base, constituição de
Organizações por Local de Trabalho (OLT), eleição de
delegados sindicais, atuação nas Cipas, enfim,
aproximar-se dos trabalhadores , ouvindo-os e
envolvendo-os na luta econômica, política e
ideológica.
8) Intensificar trabalho de comunicação , por meio
das redes sociais, do jornal, dos boletins, dos
meios de comunicação disponíveis, tendo como
objetivo a elevação do nível de consciência
política.
9) Intensificar processo de formação política e
sindical com a realização de cursos, palestras,
seminários envolvendo dirigentes, militantes e
trabalhadores da base. É fundamental neste momento,
que haja uma compreensão da importância do sindicato
como instrumento de organização e mobilização na
luta contra os interesses do capital.
10) Realizar planejamento financeiro baseado no PES
e nos dados obtidos nos levantamentos de recursos e
gastos indicados acima, com dotação de recursos para
os vários setores (secretarias, departamentos, áreas
de atuação, etc.), de acordo com as necessidades e
possibilidades que a entidade apresenta.
Em síntese, o momento atual exige que as entidades,
simultaneamente, planejem estrategicamente,
aprofundem a compreensão de suas finanças
relacionando-as com os objetivos estratégicos, façam
adequações mantendo princípios de solidariedade com
dirigentes e funcionários, aumentem suas receitas
principalmente focando na sindicalização e na
formação dos dirigentes, dos funcionários, dos
militantes sindicais e dos trabalhadores em geral.
Presença ativa nas bases deve ser palavra de ordem!
(*) Professor, coordenador-técnico do CES,
ex-presidente do Sinpro Campinas e região e
ex-presidente da Contee
Fonte: Diap

23/10/2017 -
Mais de R$ 1 bilhão de abono salarial de 2015 ainda
não foram sacados
Mais de R$ 1 bilhão referente ao abono salarial do
PIS/Pasep ano-base 2015 ainda não foram sacados.
Segundo o governo federal, o dinheiro pertence a
1,46 milhão de trabalhadores, mas eles ainda não
procuraram uma agência bancárias para retirar o
benefício. Esse saque poderá ser feito até o dia 28
de dezembro.
Servidores públicos devem procurar o Banco do
Brasil. Já trabalhadores da iniciativa privada, a
Caixa Econômica Federal. Tem direito ao abono quem
trabalhou com carteira assinada por, pelo menos, um
mês em 2015, teve remuneração média de até dois
salários mínimos e está inscrito no PIS/Pasep há
pelo menos cinco anos. Além disso, deve ter tido
seus dados informados corretamente pelo empregador
na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
A lista de pessoas com direito a receber o recurso
pode ser consultada no site [http://trabalho.gov.br/abono-salarial/consulta-abono-salarial]
do Ministério do Trabalho. Também é possível se
informar sobre o benefício procurando as agências.
O pagamento começou a ser efetivado em novembro do
ano passado e o prazo máximo para a retirada já
passou por prorrogações, o que não deve ocorrer
novamente, segundo o ministério. O órgão aponta que
metade de todo o recurso ainda pendente de saque
está no Sudeste, principalmente em São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais. O valor pago varia de R$ 79
a R$ 937.
Fonte: Agência Brasil

23/10/2017 -
Comissão mista votará relatório da MP que cria a
Agência Nacional de Mineração
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
791/2017 reúne-se na terça-feira (24), às 14h, para
votar o relatório do deputado Leonardo Quintão
(PMDB-MG). A MP cria a Agência Nacional de Mineração
(ANM) para substituir o Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), que regula a atividade
desde 1994.
Quintão apresentou o relatório na última
quarta-feira (18). De acordo com o texto, a ANM vai
executar a política nacional para a mineração,
fiscalizar a atividade, definir normas para o
aproveitamento dos recursos e arrecadar tributos. A
agência também será responsável pela outorga da
exploração mineral e pela mediação de conflitos no
setor.
O diretor-geral e os quatro diretores da ANM terão
mandatos de cinco anos. Serão nomeados pelo
presidente da República depois da aprovação das
indicações pelo Senado. Eles devem comprovar
experiência em regulação e formação acadêmica
compatível com o cargo. Não podem ser indicados
membros de associações patronais e de trabalhadores
do setor mineral ou pessoas que tenham atuado em
partido político nos seis meses anteriores.
Taxa de Gestão
A MP 791 também cria a Taxa de Gestão de Recursos
Minerais (TGRM), que deve ser paga pelas empresas de
mineração até o dia 30 de abril de cada ano. O texto
recebeu mais de 100 emendas, e o relator acolheu
parcialmente 25 delas. A maior parte sugere mudanças
na TGRM.
Leonardo Quintão criou faixas para a cobrança do
tributo, de acordo com o tamanho da propriedade e do
faturamento. A tabela vai de R$ 600 a R$ 2,8
milhões, dependendo da fase em que se encontra o
empreendimento mineral (pesquisa, concessão,
licenciamento ou permissão).
A ANM também vai decidir sobre direitos minerários e
outros requerimentos de outorga da atividade de
mineração. Na prática, segundo o relator, isso vai
permitir a regularização de garimpeiros que
atualmente atuam na ilegalidade.
O Brasil tem mais de 8 mil minas em atividade. Elas
geram cerca de 180 mil empregos diretos e respondem
por cerca de 4% do produto interno bruto (PIB) e por
21% das exportações brasileiras.
A comissão mista da MP é presidida pelo senador
Lasier Martins (PSD-RS).
Fonte: Agência Senado

23/10/2017 -
CNI e CNT contra-atacarão juízes que não aplicarem
reforma trabalhista
As confederações de empresas da indústria e dos
transportes se preparam para se defender dos juízes
que não pretendem aplicar a reforma trabalhista aos
processos pelos quais são responsáveis. A lei foi
sancionada em julho deste ano e entra em vigor no
dia 11 de novembro, mas diversos juízes e entidades
da magistratura do Trabalho já anunciaram que não
concordam com a edição da lei nem com as mudanças
que ela fez na CLT.
Em reuniões com suas associadas, a CNT, dos
transportes, tem orientado as federações a irem ao
Conselho Nacional de Justiça sempre que se depararem
com a “rebeldia” da magistratura trabalhista.
“Nenhum setor pode ficar à margem da lei”, diz o
presidente da entidade, Clésio Andrade. A CNT chama
a reforma trabalhista de “Lei da Modernização
Trabalhista” e tem distribuído panfletos para
elogiar as mudanças trazidas pelo texto.
A CNI, da indústria, prefere esperar os
posicionamentos dos juízes para estudar as medidas
cabíveis. A entidade cogita ir ao Supremo Tribunal
Federal com ações de controle concentrado de
constitucionalidade, para que os juízes fiquem
vinculados ao que a corte decidir. A medida mais
provável em cogitação pela assessoria jurídica da
CNI é uma ação declaratória de constitucionalidade (ADC),
instrumento usado para pedir que o Supremo declare a
conformidade de uma lei com a Constituição Federal
sem discutir um caso concreto.
Foram inúmeras as manifestações da magistratura
trabalhista contra a reforma, e a predisposição de
juízes e tribunais de não seguir o que diz a lei foi
deixada clara diversas vezes. Na semana passada, em
evento organizado pela associação dos juízes do
Trabalho (Anamatra), foi aprovado enunciado com
teses contrárias à lei da reforma, considerando-a
inconstitucional e em desacordo com tratados
internacionais assinados pelo Brasil.
Fonte: Consultor Jurídico

23/10/2017 -
Privatização vai trazer dinamismo e eficiência para
a Eletrobras, diz ministro
O ministro de Minas e Energia em exercício, Paulo
Pedrosa, defendeu que a privatização da Eletrobras
vai elevar o nível de eficiência e trazer dinamismo
à empresa. Pedrosa participou sexta-feira (20) de
workshop de energia promovido pela Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na
capital paulista.
Segundo o ministro, o objetivo do governo não é
arrecadar com a venda, mas possibilitar a competição
da empresa em um setor elétrico hoje altamente
competitivo. “O antigo modelo esgotou. As estatais
estão em situação dificílima. A Eletrobras perdeu R$
175 bilhões em 13 anos. A Eletrobras não tem
investido, a sua participação no setor caminha para
ser irrelevante”, disse ele.
A Eletrobras ainda é a maior elétrica do Brasil,
responsável por 32% da geração e quase metade das
linhas de transmissão do sistema integrado, que
transfere energia de uma região para outra do país.
Para Pedrosa, o sucesso do leilão das quatro usinas
hidrelétricas operadas pela Companhia Energética de
Minas Gerais (Cemig), realizado no mês passado,
trouxe otimismo. “Sem esse leilão da Cemig, não
teríamos a condição de avançar também na
Eletrobras”, disse.
O ministro afirmou que a incapacidade de o governo
federal injetar recursos na empresa reduz o seu
poder de competição. Além disso, de acordo com ele,
esgotou-se a capacidade do país de financiamento
pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) a
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 0,5% para a
geração de energia.
Quanto à tarifa de energia aos consumidores, Pedrosa
admitiu a possibilidade de aumento. “Mas não adianta
ter energia barata e encargos enormes pagos por
fora. Teremos um preço justo, transparente, da
energia”, afirmou.
Segundo ele, o modelo de cotas ilude a sociedade,
pois apresenta a cota a baixo preço, que pode ser
encarecido devido ao risco hidrológico associado.
Fonte: Agência Brasil

23/10/2017 -
Comissão aprova proposta que submete demissão em
empresas públicas a sindicância e processo
disciplinar
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou proposta que obriga empresas
públicas a abrirem sindicância e a instaurarem
processo administrativo disciplinar (PAD) antes de
demitirem empregados públicos. Foi aprovado o
Projeto de Lei 4149/15, do deputado Augusto Carvalho
(SD-DF).
O autor observa que atualmente o empregado público
não tem proteção alguma contra a demissão arbitrária
ou mesmo baseada em coação praticada por superior
hierárquico.
Relator no colegiado, o deputado Walney Rocha (PEN-RJ)
concordou com o autor e apresentou parecer pela
aprovação com emendas apenas de redação.
“O capital humano das empresas públicas precisa ser
valorizado. Regras que possibilitam demissões
imotivadas precisam ser revistas sem que se criem
mecanismos de blindagem de maus empregados ou de
condutas lesivas à sociedade”, ponderou.
Regras
Pelo texto, a sindicância poderá ser instalada para
verificar: infração disciplinar; violação de
deveres; violação de proibições; entre outras
circunstâncias definidas em lei. A sindicância
poderá resultar em arquivamento do processo;
aplicação de advertência ou suspensão por até 30
dias; e instauração de processo disciplinar.
No caso da instauração de PAD, como medida cautelar,
a autoridade poderá determinar o afastamento do
empregado público por até 45 dias, sem prejuízo de
sua remuneração.
O processo disciplinar será conduzido por comissão
com três empregados públicos ocupantes de cargo
efetivo superior ou de mesmo nível do indiciado.
Tramitação
O projeto ainda será analisado conclusivamente pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

23/10/2017 -
Comissão aprova obrigatoriedade de realização de
audiências públicas com transmissão via internet
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou proposta que torna obrigatória a
realização de audiências públicas com transmissão em
tempo real pela internet como mecanismo de
participação popular na gestão da administração
pública. A medida está prevista no Projeto de Lei
1869/15, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ).
O autor argumenta que o projeto reforça a Política
Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema
Nacional de Participação Social (SNPS). Segundo
Bornier, o objetivo é incentivar um mecanismo de
participação popular que garanta: acesso à
informação; publicidade e transparência aos atos
administrativos; o direito ao contraditório; e a
regulação dos serviços de utilidade pública
privatizados.
A deputada Flávia Morais (PDT-GO), que relatou o
projeto na comissão, observou que a internet já tem
demonstrado ser eficiente como instrumento de
transparência no setor público e recomendou a
aprovação do texto.
“Aproveitar-se de forma eficaz dos instrumentos
tecnológicos que o mundo contemporâneo nos apresenta
é, inquestionavelmente, medida que se impõe ao poder
público. Entendo que a proposta está em perfeita
consonância com os princípios que norteiam a
administração pública”, disse.
Tramitação
O projeto será ainda analisado conclusivamente pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

20/10/2017 -
SP: Centrais sindicais se reúnem para ajustar
detalhes da “Marcha da Classe Trabalhadora” na
capital paulista
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
participou, nesta quinta-feira (19/10), de reunião
das centrais sindicais, na sede do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos – Dieese, na capital paulista, com
objetivo de traçar detalhes para grande manifestação
programada para o dia 10 de novembro a partir da
Praça da Sé até a Avenida Paulista. A "Marcha da
Classe Trabalhadora" reivindica revogação da Lei
13.467/2017 (“reforma” trabalhista); a interrupção
do trâmite da “reforma” da Previdência no Congresso
Nacional e a retirada da Portaria do Ministério do
Trabalho (MT) que retira dispositivos indispensáveis
à execução das atividades fiscais de combate ao
trabalho escravo no país.
Centrais sindicais, na ocasião, firmaram compromisso
para a elaboração de um “ofício denúncia” a ser
encaminhado à Organização Internacional do Trabalho
(OIT), nas unidades de Brasília e Genebra,
denunciando os retrocessos na legislação trabalhista
do país conduzidos pelo governo Temer.
As entidades sindicais tiraram como prioridade,
também, encaminhar às associações de classe e
organizações sociais que já se posicionaram contra o
desmonte da legislação laboral do país, participação
nas discussões a respeito da formação de um Fórum
Nacional contra a implementação e execução da Lei
13.467, em defesa do contrato social resultante da
Constituição da Constituição de 1988.
Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor
Nacional de comunicação da Nova Central lembrou que
a campanha de desgaste da imagem do Movimento
Sindical é sistemática, bem estruturada nos Meios de
Comunicação de Massa. Citou as matérias veiculadas
em 2015 pelo Jornal O Globo que teve repercussão
negativa.
“Na ocasião, fomos acusados de eternizar no poder;
de existir uma elite de 8.500 sindicalistas
privilegiados com estabilidade no emprego e muitos
com mais de dez anos de mandatos; casos de
enriquecimentos ilícitos; falta de transparências
nas administrações das entidades, foram algumas das
afirmações feitas na imprensa”, relatou Porreta.
Participaram da reunião representantes das
respectivas centrais:
- Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST;
- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-
CTB;
- Central Única dos Trabalhadores – CUT;
- Força Sindical;
- Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB;
- União Geral dos Trabalhadores – UGT.
Fonte: NCST

20/10/2017 -
Confederação questiona fim da obrigatoriedade da
contribuição sindical
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Transporte Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos
(CONTTMAF) ajuizou no Supremo Tribunal Federal a
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5794,
para questionar regras da Lei 13.467/2017 (Reforma
Trabalhista) relativas à contribuição sindical. O
artigo 1º da lei altera diversos dispositivos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que tratam
do imposto sindical, condicionando o desconto à
autorização prévia e expressa dos trabalhadores. Na
redação atual, a contribuição sindical é compulsória
de todos os trabalhadores, independentemente de
autorização ou de vinculação ao sindicato da
categoria.
A confederação observa que o antigo imposto
sindical, atualmente denominado contribuição
sindical, foi recepcionado pela Constituição de 1988
como gênero de contribuição parafiscal, elencada, no
artigo 149, na espécie de interesse das categorias
profissionais e econômicas. E, nesse sentido, o
artigo 146, inciso III, alínea “a”, por sua vez,
prevê que a instituição de tributos parafiscais e
suas definições, espécies, bases de cálculo, fatos
geradores e contribuintes devem ser feitas por meio
de lei complementar. Além desse argumento, a
supressão da contribuição foi instituída por meio de
lei geral, enquanto o artigo 150, parágrafo 6º, da
Constituição exige explicitamente que a matéria seja
regulada por meio de lei tributária específica.
Ainda segundo a autora, a alteração legislativa
viola comandos do artigo 5º da Constituição da
República, principalmente os que tratam do acesso à
Justiça, do direito ao contraditório e à ampla
defesa e à assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos e
ainda os direitos à educação, à saúde, à
alimentação, ao trabalho, à moradia, ao transporte,
ao lazer, à segurança. “Milhões de trabalhadores
carentes (a grande maioria da população
economicamente ativa) restará sem assistência
judiciária integral e gratuita”, argumenta a
entidade. “A menos que o paquidérmico Estado
brasileiro se disponha a contratar milhares de
defensores públicos ou rábulas para atender os mais
de 6,5 milhões de trabalhadores que acorrem à
Justiça a cada ano, a lei perpetrará um enorme
retrocesso social”.
Ao pedir liminar para a suspensão do dispositivo (e,
consequentemente, da nova redação dos artigos 545,
578, 579, 582, 583 587 e 602 da CLT), a confederação
aponta a proximidade da entrada em vigor da reforma
trabalhista (a partir de 11/11) e sustenta que a
supressão abrupta de recursos dos entes sindicais
inviabiliza a assistência jurídica a seus
representados. “A milhões de trabalhadores seria
sonegado o direito fundamental de acesso à justiça
estampado nos incisos XXXV e LXXIV, artigo 5º, de
nossa Carta”, afirma.
No mérito, a CONTTMAF pede a declaração definitiva e
a retirada dos dispositivos do ordenamento jurídico
brasileiro. O relator da ADI é o ministro Edson
Fachin.
Fonte: STF

20/10/2017 -
Com mais 34 mil vagas, setembro é o sexto mês de
saldo positivo de emprego
O mês de setembro registrou aumento de 34.392 vagas
nos postos de trabalho com carteira assinada. Os
dados são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira
(19) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este é o
sexto mês seguido em que foram abertas mais vagas de
trabalho formal.
No acumulado do ano, o saldo positivo chega a
208.874 empregos, um aumento de 0,5% em relação ao
estoque de empregos de 2016.
A Região Nordeste novamente foi a que gerou mais
postos de trabalho com 29.644 vagas. Em seguida, vêm
as regiões Sul, com 10.534, e Norte, com 5.349. Já
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, houve redução
nos postos, com quedas respectivas de 8.987 e 2.148
empregos.
Entre as 27 unidades federativas, 20 tiveram saldo
positivo. Pernambuco foi o estado que teve melhor
resultado, com 13.992 vagas abertas. Em seguida,
aparecem Santa Catarina, com 8.011; Alagoas, com
7.411; Pará, com 3.283, Paraná, com 2.801, Bahia,
com 2297 e Ceará, com 2.161.
Os destaques negativos foram o Rio de Janeiro, com
redução de 4.769 vagas; Minas Gerais, com menos
4.291, e Goiás ,com menos 3.493 postos.
Dos oito setores pesquisados, os números do Caged
mostram que, em setembro, quatro registraram aumento
nos postos de trabalho. No mês passado, o setor da
indústria de transformação puxou a geração de
empregos, com 25.684 postos. No mês anterior, a
liderança foi do setor de serviços. Destacaram-se
também em setembro, comércio, com 15.040 vagas;
serviços, com 3.743 e construção civil, com 380.
Houve retração nos setores de agropecuária (menos
8.372 vagas); serviços, indústrias de utilidade
pública (menos 1.246); administração pública (menos
704) e extrativo mineral (menos 133).
Fonte: Agência Brasil

20/10/2017 -
Ministro reitera compromisso do governo com o
combate ao trabalho escravo
Ronaldo Nogueira recebeu presidente do sindicato dos
auditores fiscais em audiência nesta quarta (18), em
Brasília.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recebeu,
nesta quarta-feira (18), em Brasília, o presidente
do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da Silva Filho, e
diretores da entidade. A pauta da reunião foi sobre
os efeitos da Portaria 1.129/2017.
Ronaldo Nogueira reiterou o compromisso do governo
com a continuidade das ações de combate ao trabalho
escravo. O ministro afirmou que o objetivo da
portaria é dar segurança jurídica para a efetiva
criminalização e prisão de quem comete o que ele
classificou de “barbárie” contra os trabalhadores
brasileiros.
Segundo o ministro, a ação de combate ao trabalho
escravo não deve ser uma iniciativa no sentido de se
receber aplausos sem resultados práticos. “O
resultado prático que se deve almejar é a produção
de efeitos inibidores e corretivos com a prisão e
criminalização dos infratores”, disse.
“Quero que os trabalhadores tenham a certeza de que
o combate ao trabalho escravo é uma política pública
permanente que continuará recebendo toda a atenção
deste ministério”, afirmou.
Fonte: MTb

20/10/2017 -
Relatório da CPI da Previdência deve ser apresentado
na segunda-feira
O senador Hélio José (PROS-DF) vai apresentar na
segunda-feira (23), em reunião marcada para as 9h,
seu relatório sobre os trabalhos da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência. A
comissão foi instalada no final de abril e seu prazo
de funcionamento termina no dia 6 de novembro.
Nesse período, a CPI promoveu 26 audiências públicas
sobre a atual situação e perspectivas do sistema
previdenciário brasileiro.
Mais de 140 pessoas foram ouvidas e participaram dos
debates, como representantes de órgãos
governamentais, sindicatos, associações, empresas,
além de membros do Ministério Público e da Justiça
do Trabalho, deputados, auditores, especialistas,
professores e outros.
A comissão é presidida pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), e é formada por seis senadores titulares e
cinco suplentes. A reunião ocorrerá na sala 19 da
Ala Alexandre Costa do Senado Federal.
Fonte: Agência Senado

20/10/2017 -
Portaria 1129 é um retrocesso no combate ao trabalho
escravo, diz Paim
Em pronunciamento, nesta quinta-feira (19), o
senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a Portaria
1129/2017, do Ministério do Trabalho, que modifica
as regras para fiscalização do trabalho escravo no
país. Segundo Paim, ela praticamente revoga a Lei
Áurea ao alterar profundamente o conceito de
trabalho escravo no Brasil, dificultando a
fiscalização.
Para o senador, a medida evidencia a falta de
compromisso do governo no combate à prática no país.
– O trabalho escravo é a face mais cruel do
tratamento desumano e a forma mais vil de atacar a
dignidade da nossa gente, do trabalhador.
Infelizmente, apesar de todo o esforço, ainda
convivemos num Brasil com essa prática nefasta –
lamentou.
Segundo os dados do Ministério do Trabalho, nos
últimos 20 anos quase 50 mil trabalhadores foram
resgatados de situações análogas à escravidão. Paim
acredita que na verdade há um número muito maior de
pessoas que permanecem em condições desumanas. Ele
citou ainda, um estudo realizado pelo economista e
professor da Universidade de Harvard, Siddharth Kara,
sobre a escravidão moderna, que é 30 vezes mais
lucrativa que a escravidão praticada nos séculos
XVIII e XIX.
– O lucro total conseguido por esse mercado infame,
desumano, cruel e assassino, eu diria, porque muitos
morrem sob a escravidão, atinge a cifra anual de US$
150 bilhões, dos quais 50% provêm do trabalho
escravo sexual, de mulheres e crianças.
O senador afirmou que esta semana diversas entidades
no país e no mundo se manifestaram contra a decisão
do governo, indagando o retrocesso que essa portaria
representa no combate ao trabalho análogo à
escravidão. Ele também saudou a postura da
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que
pediu ao ministro do Trabalho a revogação da
portaria no prazo de dez dias.
Fonte: Agência Senado

20/10/2017 -
Fiscais e procuradores vão ignorar mudanças na CLT
Depois dos juízes, agora é a vez dos auditores fiscais
do trabalho e procuradores do Ministério Público do
Trabalho (MPT) declararem que não vão cumprir os
principais pontos da reforma trabalhista aprovada
pelo Congresso. A alegação é que a reforma viola
princípios constitucionais, outras leis e normas da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Entre as mudanças que serão ignoradas estão a
predominância do negociado sobre o legislado, a
terceirização ampla, a não inexistência de vínculo
empregatício do trabalhador autônomo, a contratação
de trabalhador intermitente por qualquer setor, a
limitação de valores de indenização por danos morais
e a autorização da jornada de 12 horas de trabalho,
por 36 de descanso, mediante acordo individual.
As empresas que seguirem os preceitos da reforma,
previstos na Lei nº 13.467, que entrará em vigor em
11 de novembro, poderão ser autuadas pelos fiscais e
sofrer ações civis públicas. A reação à reforma foi
iniciada pela Associação Nacional dos Magistrados do
Trabalho, que, na semana passada, formulou 125
enunciados que limitam o alcance de dispositivos da
nova legislação. “Nenhuma lei pode ser interpretada
isoladamente. Tem que ser considerado o contexto
geral, a legislação trabalhista como um todo, a
Constituição e as convenções da OIT”, disse Alex
Myller, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais
do Trabalho.
Para o presidente do Conselho de Relações do
Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, a postura de
juízes, fiscais e procuradores é de uma “minoria”.
“Deve atrasar ainda mais o país, ao fazer um debate
ideológico, baseado no que eles chamam de justiça
social, sem fazer a aplicação da lei”, criticou. De
acordo com Furlan, a reforma contraria a
jurisprudência da Justiça do Trabalho, que, por
isso, não quer aplicar a lei. O próximo passo,
advertiu, pode ser o Legislativo pedir o fim da
Justiça do Trabalho.
Fonte: Valor Econômico

20/10/2017 -
Participantes de audiência pública sugerem medidas
parar conter violência financeira contra idosos
Representantes dos poderes Executivo e Judiciário e
da sociedade civil debateram na Comissão de Defesa
dos Direitos da Pessoa Idosa denúncias de que idosos
são convencidos a fazerem empréstimos consignados
(aqueles com desconto em folha) para quitar débitos
ou comprar bens para filhos e netos. Além do
pagamento das prestações do empréstimo, eles acabam
contraindo outras dívidas com financiamentos e a
renda fica comprometida. É a chamada violência
financeira.
Muitos casos vão parar na Justiça, mas, geralmente,
o endividado não quer ver os familiares punidos e
desiste de seguir com os processos.
O coordenador do Núcleo de Apoio ao Superendividado
do Procon de São Paulo, Diógenes Silva, lembrou que
o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)
proíbe fornecedores de produtos ou serviços de se
valerem da fraqueza ou da ignorância do consumidor
decorrentes da idade. Ele sugeriu a criação de
barreiras para as negociações entre aposentados e
agentes financeiros, como a definição de um limite
de endividamento.
"[A sugestão é] que os órgãos concessores de
crédito, bancos e financeiras, não tivessem tanta
facilidade assim para emprestar dinheiro para o
consumidor, que houvesse limites. Se ele já tem 30%
no INSS, com o consignado, qual seria o fator ideal
respeitando a sua idade, o seu salário", exemplifica
Silva.
Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) apresentados na
audiência, há mais de 17 milhões de famílias
brasileiras em que a renda principal é a do idoso.
Fraudes
O representante do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) Alberto Alegre chamou atenção para
irregularidades na concessão dos empréstimos
consignados. Segundo ele, atualmente são pagos
mensalmente 34 milhões de benefícios, num total de
R$ 491 bilhões. Um volume de dinheiro que, na
avaliação de Alegre, interessa muito às instituições
financeiras. "Havendo comprovação de que há abuso,
essas instituições são excluídas de fazer novos
movimentos financeiros", explicou.
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), que sugeriu o
debate, ressaltou ainda a necessidade de se combater
também os casos em que a pessoa recebe ligações das
instituições financeiras com propostas de
empréstimos antes mesmo de o processo de
aposentadoria ser concluído.
"De onde estão saindo essas informações?”, questiona
a deputada. “As agências que fazem financiamentos
consignados não podem ter acesso ao cadastro e aos
dados pessoais das pessoas que estão se
aposentando", criticou.
Alberto Alegre informou que, além do INSS, o
Dataprev (que faz o processamento dos dados) e os
bancos também têm acesso às informações sobre
aposentadorias.
Com a intenção de diminuir o endividamento dos
idosos, os debatedores sugeriram ainda a realização
de campanhas de esclarecimento sobre os riscos dos
empréstimos e a proibição de fazer essas operações
em caixas eletrônicos, obrigando o tomador do
crédito a procurar pessoalmente a instituição
financeira.
Fonte: Agência Câmara

20/10/2017 -
Suspensão de prazos em feriado local deve ser
comprovada, decide STJ
Comemorado em 28 de outubro, o Dia do Servidor
Público foi instituído pelo artigo 236 da Lei
8.112/90 como data comemorativa, mas não como
feriado nacional. Por isso, suspensão de prazos
nesse dia deve ser comprovada a recursos interpostos
a outros tribunais. É o que manda o parágrafo 6º do
artigo 1.003 do Código de Processo Civil, conforme
entendeu a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça.
O tribunal não conheceu de recurso interposto à
Presidência do STJ em que não foi demonstrada a
suspensão de prazos no Dia do Servidor. Em análise
de agravo interno contra a decisão da presidência, o
ministro Ricardo Villas Bôas Cueva lembrou que, nos
termos do artigo 219 do CPC, a contagem dos prazos
processuais considera apenas os dias úteis. Além
disso, conforme prevê o artigo 1.003, todos os
recursos devem ser interportos no prazo de 15 dias,
exceto os embargos de declaração.
O ministro também lembrou que, de acordo com o CPC,
o recorrente deve comprovar a ocorrência de feriado
local no ato de interposição.
Comprovação
O relator destacou que, ao contrário do alegado pelo
recorrente, o Dia do Servidor não é considerado
feriado nacional pelo STJ. Dessa forma, é necessária
a comprovação de suspensão de expediente forense na
instância de origem.
“Desse modo, considerando-se a disposição expressa
do artigo 1.003, parágrafo 6º, do Código de Processo
Civil de 2015 acerca da comprovação da ocorrência de
feriado local para fins de aferição da
tempestividade do recurso, conclui-se pela
intempestividade do recurso especial ora em exame”,
concluiu o relator ao manter a decisão da
presidência. Com informações da Assessoria de
Imprensa do STJ.
Fonte: Consultor Jurídico

19/10/2017 -
Está pronto relatório da MP que define marco
regulatório da mineração
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) entregou à
Comissão Mista da Medida Provisória 790/2017 o seu
relatório à proposta que altera o Código Brasileiro
de Mineração. Entre as mudanças, estão a
obrigatoriedade de seguro contra acidentes para
barragens e facilidades para o pequeno minerador.
Uma das mudanças permite que o pequeno minerador
atue em área concedida para grande empresa, quando
ela não tenha interesse na área. A votação está
marcada para a próxima terça-feira (24).
Fonte: Agência Senado

19/10/2017 -
Ministro é convidado a explicar portaria sobre
trabalho escravo
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, foi
convidado nesta quarta-feira (18) pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) a
explicar a portaria do governo que mudou as regras
para a fiscalização do trabalho escravo. A portaria
nº 1.129/2017 foi publicada no Diário Oficial da
União na segunda (16) determinando que jornadas
extenuantes e condições degradantes, a partir de
agora, só serão consideradas trabalho análogo à
escravidão se houver restrição de locomoção do
trabalhador.
A portaria prevê que a lista suja de empregadores
será divulgada pelo ministro do Trabalho, e não mais
pelo corpo técnico do Ministério. O documento
determina que a fiscalização só poderá ser feita com
a presença de policiais.
A audiência pública deverá ser realizada no dia 8 de
novembro e atende a um pedido do senador Paulo Paim
(PT-RS). Ele integra um grupo de senadores
apresentou um projeto de decreto legislativo para
anular a portaria. O parlamentar gaúcho afirmou que
a portaria é uma revogação da Lei Áurea.
— Precisamos dialogar e quem sabe o ministro
decidirá retirar essa portaria — disse.
A presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI)
também criticou a mudança feita pelo governo Michel
Temer.
— Essa portaria é uma agressão. É liberar o trabalho
escravo, que já existe no Brasil mesmo proibido.
Agora a fiscalização só vai valer se houver
policial. A polícia não está dando conta nem de
outras questões. É uma agressão, um retrocesso —
enfatizou.
Fonte: Agência Senado

19/10/2017 -
Plenário pode analisar urgência para texto que susta
portaria sobre trabalho escravo
Está programada para a sessão plenária desta
quinta-feira (19) a leitura de requerimento de
urgência para o projeto que susta a portaria que
altera as regras de fiscalização do trabalho escravo
(MTB 1.129/2017). O senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
é autor tanto do projeto (PDS 190/2017) quanto do
requerimento.
O Ministério do Trabalho diz que a nova portaria
“aprimora e dá segurança jurídica à atuação do
Estado Brasileiro”. A medida, no entanto, tem sido
alvo de críticas de fiscais do trabalho, do
Ministério Público, de representantes da sociedade
civil e de vários senadores.
Antes da portaria, o trabalho para ser considerado
escravo precisava envolver servidão por dívida,
condições degradantes, jornada exaustiva e trabalho
forçado. Segundo os críticos, a nova medida
dificulta a fiscalização ao acrescentar à definição
de serviço análogo ao escravo critérios como “o
cerceamento do uso de qualquer meio de transporte
por parte do trabalhador”, ou “a manutenção de
segurança armada com o fim de reter o trabalhador no
local de trabalho em razão de dívida contraída com o
empregador”.
Críticas
Ao longo desta quarta-feira (18), a portaria foi tema
recorrente nos discursos em Plenário. Na visão de
Lindbergh Farias, depois de mais de 300 anos de
escravidão na história do país, a elite brasileira
ainda tem mentalidade escravocrata. Ele pediu o
apoio de todos os partidos para aprovar a sustação
da portaria. O senador Paulo Paim (PT-RS) também fez
duras críticas à medida. Ele chegou a dizer que a
portaria faria parte de um pacote do presidente
Michel Temer para conseguir que a Câmara dos
Deputados rejeite a denúncia da Procuradoria-Geral
da República contra ele pelos crimes de obstrução de
Justiça e organização criminosa.
- A portaria, praticamente, em outras palavras,
revoga a Lei Áurea, porque desestrutura tudo que nós
temos até hoje - afirmou Paim.
A senadora Ângela Portela (PDT-RR) disse que, com a
portaria, houve retrocesso no modo pelo qual é
incluído o nome de pessoas e empresas na chamada
"lista suja" do trabalho escravo. Ela criticou a
exigência de que o relatório de fiscalização de
trabalho em condição análoga a de escravo seja
lavrado por autoridade policial, o que limitaria a
atuação dos auditores fiscais do trabalho.
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), a medida
humilha o Brasil internacionalmente. O senador
afirmou que a portaria leva o país a deixar de ser
referência na luta contra a escravidão junto à
Organização Internacional do Trabalho (OIT), em um
exemplo negativo diante do mundo. A senadora Regina
Sousa (PT-PI) classificou a nova orientação como uma
“lástima”.
— É chocante o que está escrito lá: só é trabalho
escravo se tiver segurança armada vigiando os
trabalhadores. Quer dizer que se tiver um feitor com
um chicote na mão, pode, não é trabalho escravo.
Isso é um absurdo tão grande que a gente apela ao
presidente que revogue essa portaria – registrou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado

19/10/2017 -
Ameaças aos servidores em tramitação no Congresso
Levantamento do DIAP aponta as principais
proposições em tramitação no Congresso Nacional que
afetam os servidores públicos. Seis temas devem ser
encaminhados pelo Executivo ao Legislativo entre os
meses de outubro e novembro.
Dentre as proposições, merecem destaque: 1) o
aumento de contribuição previdenciária de 11% para
14%; 2) adiamento de reajuste dos servidores; 3)
reestruturação de carreiras; 4) extinção de cargos;
5) piso inicial de salário de servidor no valor de
R$ 5 mil; e 6) revisão de pagamentos de verbas como
auxílio-alimentação.
PDV e insuficiência de desempenho
O Programa de Desligamento Voluntário (PDV) destinado
ao servidor da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional. Trata-se da Medida
Provisória 792/17 que também abarca a licença sem
remuneração, inclusive, prevendo que seja por
interesse público, e ainda inclui a jornada de
trabalho reduzida.
Outros temas da agenda negativa para os servidores
já estão em discussão, em particular, no Senado
Federal, que aprovou na CCJ, o PLS 116/17, da
senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), que prevê a
demissão do cargo por insuficiência de desempenho do
servidor público.
Na Câmara, encontra-se o PLP 248/98, em estágio
bastante avançado de tramitação. O projeto da era
FHC aguarda votação no plenário da Câmara dos
Deputados. Caso seja aprovada essa proposta, o texto
segue para sanção presidencial.
Reforma da Previdência
A PEC 287/16, do Poder Executivo, que prejudica os
servidores públicos poderá ter sua discussão
retomada na Câmara dos Deputados. O relator,
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) e a equipe de
governo, diante da dificuldade de aprovar a proposta
deve apresentar um texto alternativo e consensual
com os partidos da base do governo.
Caso seja colocado em votação, a proposta deve ser
apreciada em dois turnos no plenário da Câmara dos
Deputados sendo necessários 308 votos em cada turno
e depois segue para exame no Senado Federal, cuja
discussão inicia-se pela Comissão de Constituição e
Justiça; e depois no plenário da Casa, com exigência
de votação em dois turnos, sendo necessários 49
votos em cada turno.
Segue abaixo quadro resumido das principais ameaças
e logo ao final apontamos também a título de
informação, as oportunidades que estão no
Legislativo:
AMEAÇAS
1) Dispensa por insuficiência de desempenho (PLP
248/98 - Câmara);
2) Estabelece critérios de valorização do mérito no
Regime Jurídico dos servidores públicos da União,
suas autarquias e fundações públicas (PLS 288/15 -
Senado);
3) Remuneração variável para servidores públicos com
base no mérito em todos os níveis de administração
(PEC 400/14 - Câmara)
4) Perda do cargo público por insuficiência de
desempenho do servidor público estável (PLS 116/17 -
Senado);
5) Estabelecimento de limite de despesa com pessoal
(PLP 1/07 - Câmara);
6) Regulamentação das Fundações Estatais (PLP 92/07
- Câmara);
7) Regulamentação do direito de greve dos servidores
(PLS 710/11 e PLS 327/14 - Senado; e PL 4.497/01 -
Câmara);
8) Extinção do abono de permanência para o servidor
público (PEC 139/15 - Câmara);
9) Reforma da Previdência (PEC 287/16 - Câmara);
10) Critérios para concessão de remuneração variável
a servidor da União, dos estados e munícipios (PEC
400/14 - Câmara);
11) Programa de Desligamento Voluntário destinado ao
servidor da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional / licença sem remuneração /
jornada de trabalho reduzida (MP 792/17 - Comissão
Mista do Congresso);
12) Fiscalização administrativa pelo setor privado (PLS
280/17 - Senado);
13) Orçamento 2018, com suspensão de concursos e
contratação de aprovados (Ploa 20/17 - Congresso);
14) Aumento de contribuição previdenciária de 11%
para 14% (Em elaboração pelo governo);
15) Adiamento de reajuste (Em elaboração pelo
governo, necessário alterar a legislação aprovada);
16) Reestruturação de carreiras (Em elaboração pelo
governo);
17) Extinção de cargos (Em elaboração pelo governo);
18) Piso inicial de salário de servidor no valor de
R$ 5 mil (Em elaboração pelo governo); e
19) Revisão de pagamentos de verbas como
auxílio-alimentação (Em elaboração pelo governo).
OPORTUNIDADES
1) Regulamentação da Convenção 151 da OIT -
Negociação coletiva no serviço público (PL 3.831/15
- Câmara; PLS 121/13 e PLS 287/13);
2) Direito de Greve (PLS 120/13 e PLS 287/13 -
Senado)
3) Extinção da contribuição de inativos (PEC 555/06
- Câmara);
4) Definição de assédio moral no serviço público (PL
8.178/14 - Câmara);
5) Estabelecimento de aposentadoria em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou integridade
física (PLP 472/09 - Câmara);
6) Definição de aposentadoria especial para
atividade de risco (PLP 330/06 - Câmara);
7) Garantia de aposentadoria por invalidez com
proventos integrais (PEC 56/14 - Senado);
8) Correção de distorções da reforma da Previdência
e extensão da paridade (PEC 441/05 - Câmara);
9) Revogação do decreto que permite a substituição
de servidores grevistas (PDC 641/12 - Câmara);
10) Regulamentação de direito de greve dos
servidores públicos (PLS 287/13 - Senado);
11) Normas de equidade de gênero e raça, de
igualdade de condições de trabalho, de oportunidade
e de remuneração no serviço público (PL 38/15 -
Câmara);
12) Estabelecimento de data certa para a revisão
geral anual da remuneração dos servidores públicos
(PEC 260/16 - Câmara);
13) Criação do Vale-Cultura para o servidor público
federal (PLS 69/17 - Senado); e
14) Revisão geral anual não inferior à variação
inflacionária (PEC 220/16 - Câmara).
Fonte: Diap

19/10/2017 -
IBGE: número de trabalhadores em empresas de grande
porte cai 29% em um ano
O número de trabalhadores ocupados em
empreendimentos de grande porte (com 50
trabalhadores ou mais) caiu 29% em relação a 2015. A
informação é do primeiro módulo da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua
2012-2016) - Características Adicionais do Mercado
de Trabalho, divulgado nesta quarta-feira (18) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A publicação indica ainda que 26% da população
ocupada (empregadores, trabalhadores por conta
própria e empregados, desconsiderando o setor
público e os trabalhadores domésticos) trabalhava em
empreendimentos de grande porte em 2016. Em 2012,
eram no total 72,4 milhões pessoas ocupadas, número
que saltou para 75 milhões em 2015, vindo
posteriormente a cair para os 73,7 milhões do ano
passado – o último ano da pesquisa.
Na publicação deste mês, a Pnad Contínua apresenta
dados estruturais do mercado de trabalho, referentes
ao intervalo entre os anos de 2012 a 2016, e não
apenas os conjunturais, divulgados mensalmente . A
pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy disse que o o
objetivo desse primeiro módulo da pesquisa é
exatamente o de “investigar algumas características
que têm o perfil mais estrutural e menos conjuntural
do mercado de trabalho no país, como os indicadores
associados à filiação a sindicato, turno de
trabalho, cooperativas de trabalho ou produção,
registro no CNPJ e o tamanho do empreendimento”.
O percentual daqueles que trabalhavam em
empreendimentos de pequeno porte (com até 5 pessoas)
subiu de 48,1% para 50,1% entre 2015 e 2016. “Nesse
período em que nós observamos, por exemplo, queda na
ocupação da indústria – até mesmo as de grande porte
tiveram dispensas de trabalhadores –, os
empreendimentos de menor porte estavam sendo
formados absorvendo pessoas ocupadas”, ressaltou
Adriana.
Dados por região
O percentual de pessoas ocupadas (exceto empregados no
setor público e trabalhadores domésticos) em
empresas de pequeno porte foi maior nas Regiões
Norte e Nordeste que nas demais regiões em todos os
anos da pesquisa. Em 2016, foram 68% no Norte, 61,7%
no Nordeste, 51% no Centro-Oeste, 47,1% no Sul e
42,1% no Sudeste. No período 2012-2016, o percentual
aumentou Grandes Regiões, sobretudo no Norte (11,8%)
e no Centro-Oeste (10,9%).
Em relação ao percentual de ocupados (excluídos
empregados no setor público e trabalhadores
domésticos) em empreendimentos com 50 ou mais
pessoas, o Sudeste foi a região com maior percentual
(31,8%) e o Norte, com o menor, 14,7%. Houve redução
de percentual ocupado neste modelo de empresa em
todas as regiões, principalmente na Norte (queda de
29,3%).
Formalização via CNPJ
A Pnad Contínua 2012-2016 constatou também o aumento
da formalização do emprego via Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ), tanto entre os ocupados por
conta própria quanto entre os empregadores. Segundo
os dados de 2016, 18,9% dos trabalhadores por conta
própria e 82% dos empregadores estavam em
empreendimentos registrados no CNPJ . Em 2012, os
percentuais eram de 14,9% e 75,6%, respectivamente.
A pesquisa aponta também que a formalização
profissional é maior entre as mulheres. Em 2016, o
percentual de mulheres que trabalhavam por conta
própria em empreendimentos com CNPJ era de 20,3%,
ante 18,2% dos homens. Já as empregadoras
formalizadas eram 86,1% no mesmo ano, enquanto os
homens empregadores formalizados chegavam a 80,2%.
Em 2016, 30% das mulheres ocupadas como empregadoras
ou trabalhadoras por conta própria tinham registro
no CNPJ, enquanto esse percentual para os homens era
de 28,4%.
Em 2016, o aumento do registro no CNPJ ocorreu em
todas as Grandes Regiões, contudo em menor
intensidade na Norte (3,3% apenas). A Região
Nordeste foi a que apresentou o maior aumento no
percentual de registrados no CNPJ entre 2012 e 2016,
33,1%, seguida pela Sudeste, com aumento de 21,1%.
Adriana Beringuy destacou a formalização dos
trabalhadores via registro no CNPJ. “Muitos podem
ser até na função de microempreendedores através do
MEI [microempreendedor individual, legislação que dá
cidadania empresarial: CNPJ, direitos e benefícios],
facilitando o acesso desses trabalhadores conta
própria à sua formalização – um prestador de serviço
com direito a emitir sua nota fiscal, ter sua
própria contabilidade”, explicou.
Sindicatos e cooperativas
A Pnad indica ainda que 12,1% das pessoas ocupadas ou
que estiveram ocupadas estavam associadas a algum
sindicato em 2016. Eram 16,9 milhões de
sindicalizados frente a um total de 139,1 milhões.
Segundo o IBGE, é o menor percentual da série que
iniciou em 2012 com 13,6% de sindicalizados.
O percentual de sindicalizados era maior entre
homens do que entre mulheres: em 2016, foram
respectivamente 13,1% de homens ante 11,2% de
mulheres sindicalizadas. Houve uma queda maior na
sindicalização entre homens do que entre mulheres:
em 2012, os percentuais eram respectivamente 15,3% e
11,9%. “Entre 2012 e 2016 foi registrado movimento
de redução da sindicalização em todas as Grandes
Regiões do país”, afirma o IBGE.
Cooperativas
Apesar do aumento de 11,3% no total de pessoas
ocupadas como empregadores ou trabalhadores por
conta própria no período analisado, houve redução no
percentual de associados a cooperativas, de 6,4% em
2012 para 5,9% em 2016.
A associação a cooperativas de trabalho ou produção
era maior entre homens do que entre mulheres.
Contudo, essa diferença entre sexos se reduziu de
2,7 pontos percentuais (pp) em 2012 para 1,7 pp em
2016. No ano passado, enquanto 6,4% dos homens
ocupados como empregadores ou trabalhadores por
conta própria estavam em cooperativas, a proporção
entre mulheres era de 4,7%.
Fonte: Agência Brasil

19/10/2017 -
Maioria que conclui ensino superior ganha salário
abaixo de R$ 3 mil
Em todo o país, entre os profissionais que
concluíram o ensino superior nos últimos dois anos,
a maior parte recebe salário inferior a R$ 3 mil,
segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira
(18), em São Paulo, pelo Sindicato das Mantenedoras
de Ensino Superior (Semesp). A pesquisa aponta ainda
a desvalorização da licenciatura - enquanto 50% dos
profissionais dos cursos de bacharelado recebem
abaixo de R$ 3 mil, na licenciatura o percentual
sobe para 88%.
Dos oriundos da rede pública, 21,8% ganham menos de
R$ 1 mil, 54,4% têm salário entre R$ 1 mil e R$ 3
mil, 16,8% recebem entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e 6,1%
têm renda acima de 5 mil. Entre os egressos da rede
pública, 23,1% ganham menos de R$ 1 mil, 48,1% estão
com faixa salarial de R$ 1 mil a R$ 3 mil, 22,1%
recebem de R$ 3 mil a R$ 5 mil e 6,8% têm salário
acima de R$ 5 mil.
Para Rodrigo Capelato, diretor do Semesp, a
diferença salarial entre aqueles que estudaram em
rede pública e particular não é substancial entre
recém-formados. Segundo ele, o grande desafio dos
cursos de graduação é elevar a renda de quem já
trabalha e estuda para melhorar de vida. “As pessoas
estão se formando e os salários não estão subindo
tanto assim”, explicou.
A maioria dos alunos ainda se matricula em carreiras
clássicas do bacharelado, 40% optam por direito,
administração, engenharias e ciências sociais. Na
comparação entre os salários, os engenheiros têm os
de melhor renda: 32,1% ganham entre R$ 3 mil e R$ 5
mil, sendo que 10% recebem de R$ 10 mil a R$ 15 mil.
Entre os formados em administração, 15,99%
encontram-se na faixa salarial entre R$ 3 mil e R$ 5
mil.
Empregabilidade
Segundo o levantamento, 47,09% trabalham na área de
formação, 34,3% dos egressos não trabalham e 18,7%
atuam em uma área diferente da sua formação. A
pesquisa também indicou que 38% entre aqueles que
responderam que não trabalham dedicam-se à
pós-graduação. Já 12% estão fazendo outro curso de
graduação e 48,3% não têm ocupação.
Egressos de entidades privadas e públicas concordam
que as instituições de ensino precisam fazer mais
parcerias com empresas, investir em aulas práticas e
fomentar estágios. O levantamento ouviu 1.445
participantes de 135 cursos diferentes de todo o
país, sendo 1.089 formados e 356 pessoas que
abandonaram o curso ou ainda estudam. A margem de
erro é de três pontos percentuais para mais ou para
menos.
Fonte: Agência Brasil

19/10/2017 -
TST decidirá sobre estabilidade de grávida em
contrato temporário
O Tribunal Superior do Trabalho está com inscrições
abertas para interessados em se manifestar na ação
que discute a garantia provisória de emprego à
grávida contratada no regime de trabalho temporário.
De acordo com o edital, assinado no dia 9 de outubro
pelo ministro Vieira de Mello Filho, podem se
inscrever pessoas, órgãos e entidades. O prazo para
inscrição é de 15 dias, mesmo período no qual o TST
receberá os pedidos de admissão no feito como amicus
curiae.
O tema será examinado pelo Tribunal Pleno por meio
de incidente de assunção de competência. Previsto no
artigo 947 do novo Código de Processo Civil, o
incidente é suscitado diante de questão relevante de
direito com grande repercussão social, a fim de se
formar um precedente obrigatório a ser observado nos
demais processos sobre o tema.
No caso, a Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais do TST (SDI-1) decidiu, em agosto,
acolher a proposta de instauração do incidente
apresentada pelo ministro Alexandre Agra Belmonte,
submetendo sua admissibilidade à deliberação do
Tribunal Pleno.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
(IAC-5639-31.2013.5.12.0051)
Fonte: Consultor Jurídico

18/10/2017 -
Senado derruba decisão do STF contra Aécio
Senado decide por 44 votos a 26 derrubar a decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e mantê-lo
em recolhimento noturno (OF S/70/2017). Com isso, o
senador, que estava afastado da Casa desde 26 de
setembro, pode voltar a exercer o mandato. A votação
foi aberta e nominal.
Aécio Neves foi denunciado pela Procuradoria-Geral
da República (PGR) por corrupção passiva e obstrução
de Justiça, com base em delações premiadas da
empresa J&F. A maioria dos senadores entendeu, no
entanto, que as medidas contra o parlamentar não
poderiam ser tomadas pela 1ª Turma do Supremo.
Na discussão da matéria, cinco parlamentares
defenderam a derrubada das medidas cautelares: os
senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Telmário Mota
(PTB-RR), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha
(PSDB-MA) e Romero Jucá (PMDB-RR).
Já os senadores Alvaro Dias (PODE-PR), Ana Amélia
(PP-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Reguffe (sem
partido-DF) e Humberto Costa (PT-PE) discursaram
favoravelmente à decisão do STF.
Fonte: Agência Câmara

18/10/2017 -
TST lança série de vídeos sobre as principais
mudanças da Reforma Trabalhista
A um mês da entrada em vigor da Lei 13.467/2017, que
trata da reforma trabalhista, o canal do TST no
Youtube lançou uma série de vídeos com as principais
alterações na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). A lei, sancionada em julho, muda diversas
regras sobre jornada de trabalho e férias, entre
outros temas.
A série “Antes e Depois da Reforma Trabalhista”
conta com 14 vídeos, cada um sobre um ponto
específico da nova lei. A proposta é mostrar de
forma objetiva como o assunto era abordado
anteriormente e como passará a ser tratado com a
reforma. Uma maneira de empregado e empregador se
informarem sobre as mudanças nos direitos
trabalhistas.
A série de vídeos foi produzida pela Coordenadoria
de Rádio e TV do tribunal, sob a supervisão da
Secretaria de Comunicação Social, e já está
disponível no
canal do TST no Youtube.
Fonte: TST

18/10/2017 -
Temer diz que "nada atrapalha" análise de denúncia
pela Câmara
O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira
(17) que “nada atrapalha” a análise pela Câmara da
denúncia apresentada contra ele pela
Procuradoria-Geral da República (PGR). A Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara iniciou hoje
a discussão sobre o parecer do relator Bonifácio de
Andrada (PSDB-MG), que recomendou a
inadmissibilidade da denúncia apresentada contra
Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira
Franco.
Temer deu a declaração ao ser questionado por
jornalistas se a divulgação dos vídeos do depoimento
de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro poderia
prejudicar a análise da denúncia. O presidente
participou, no início da tarde, de almoço na casa do
deputado Heráclito Fortes (PSB-PI).
A denúncia da PGR acusa Temer de tentativa de
obstrução de justiça e liderança de uma organização
criminosa que teria a atuação de parlamentares do
PMDB e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha,
e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira
Franco. A acusação só poderá ser investigada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) se autorizada pela
Câmara dos Deputados. Para isso precisa dos votos
favoráveis, em plenário, de ao menos 342 dos 513
deputados.
Segunda (16), o presidente enviou uma carta aos
parlamentares em que se defende da denúncia. No
texto, Temer afirma haver uma “conspiração” para
derrubá-lo do cargo.
Fonte: Agência Brasil

18/10/2017 -
Parlamentares reagem a mudanças na caracterização do
trabalho análogo à escravidão
A decisão do governo de alterar as regras para
caracterização de trabalho análogo à escravidão e
para a atualização do cadastro de empregadores
envolvidos nessa prática levou à apresentação de 13
projetos de decreto legislativo que buscam cancelar
a medida. O Ministério Público Federal e o
Ministério Público do Trabalho também pedem a
revogação da portaria do Ministério do Trabalho que
promoveu as alterações.
Ao lembrar nesta terça-feira que 17 de outubro é o
Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, o
deputado Bacelar (Pode-BA) lamentou em Plenário que
o governo de Michel Temer tenha se preocupado em
rever o conceito de trabalho análogo à escravidão.
“Com isso, o Executivo atende a uma reivindicação da
bancada ruralista”, disse.
Para Roberto de Lucena (PV-SP), “é um equívoco
fragilizar o combate à exploração dos trabalhadores”
– área em que o Brasil já foi referência mundial,
lembrou Chico D’Angelo (PT-RJ). Segundo Arolde de
Oliveira (PSC-RJ), é absurda a portaria do
Ministério do Trabalho. “Trata-se de uma medida que
faz o Brasil voltar no tempo”, afirmou Pompeo de
Mattos (PDT-RS).
Também em Plenário, Valdir Colatto (PMDB-SC) e Mauro
Pereira (PMDB-RS) defenderam o governo. “Há mais de
dez anos, peço uma lei regulamentando o que é
trabalho escravo”, declarou Colatto, para quem a
portaria trará segurança jurídica aos produtores
rurais. Segundo Pereira, é preciso ter cuidado na
divulgação da chamada “lista suja do trabalho
escravo”, já que, posteriormente a uma acusação,
pode ficar provado que o produtor rural é inocente.
Mudanças
Pelo Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), é crime
submeter alguém a trabalho forçado ou jornada
exaustiva, quer sujeitando a pessoa a condições
degradantes, quer restringindo, por qualquer meio, a
locomoção em razão de dívida contraída. A pena varia
de 2 a 8 anos de reclusão, mais multa.
A portaria do Ministério do Trabalho publicada ontem
no Diário Oficial da União diz que, para integrar a
chamada “lista suja do trabalho escravo”, é
necessário que seja comprovada a existência de
trabalho análogo ao da escravidão. Para isso,
conforme o texto, além de jornada exaustiva ou
condição degradante, é necessário que haja privação
do direito de ir e vir – o que, no Código Penal, não
é obrigatório para caracterizar o crime.
Ainda de acordo com essa portaria, a divulgação da
“lista suja” passa a ficar a cargo do ministro do
Trabalho, com atualização restrita a duas vezes ao
ano, em junho e novembro. Antes, a tarefa cabia a
uma divisão do Ministério do Trabalho, e a
atualização poderia ocorrer a qualquer momento.
Fonte: Agência Câmara

18/10/2017 -
Subcomissão do Estatuto do Trabalho se reúne na
quinta-feira
A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho,
ligada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) vai discutir na quinta-feira
(19), a partir das 14h, a sistematização do novo
Estatuto do Trabalho e a reavaliação do cronograma
de reuniões.
Instalada em agosto, a subcomissão tem o objetivo de
debater a reforma trabalhista recentemente aprovada
e criar um Estatuto do Trabalho. O colegiado é
presidido pelo senador Telmário Mota (PTB-RR).
Foram convidados para o debate representantes da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (ANAMATRA), do Ministério Público do
Trabalho (MPT), do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (SINAIT) e do Centro de Estudos
Sindicais e Economia do Trabalho (CESIT/UNICAMP).
Também irão participar representantes da Associação
Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), da
Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT)
e da Associação Nacional dos Procuradores do
Trabalho (ANPT).
Fonte: Agência Senado

18/10/2017 -
Comissão adia leitura do relatório da MP que trata
dos royalties da mineração
A comissão mista que analisa a medida provisória que
trata dos royalties da mineração (MP 789/17) adiou
para esta quarta-feira (18) a leitura e discussão do
parecer do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) sobre o
tema.
A MP amplia a base de cálculo da Compensação
Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM),
que passará, regra geral, do faturamento líquido
para receita bruta de venda do minério, excluídos os
tributos incidentes sobre a comercialização. Com
isso, o governo espera incrementar a arrecadação com
o royalty do setor, que somou R$ 1,8 bilhão em 2016.
A compensação será paga pelo titular do direito de
exploração mineral (ou para quem ele ceder o
direito), pelo primeiro adquirente dos minérios
extraídos sob o regime de permissão de lavra ou pelo
comprador do minério em leilão público.
A reunião está marcada para as 15h00, no plenário
15, da Ala Senador Alexandre Costa, no Senado.
A comissão mista é presidida pelo senador Paulo
Rocha (PT-PA). A vice-presidente é a deputada
Elcione Barbalho (PMDB-PA).
Fonte: Agência Senado

18/10/2017 -
Servidores públicos defendem que projeto de lei
sobre negociação coletiva seja sancionado já
Na opinião de lideranças, proposta evitaria
demandas no Judiciário e traria economia para o
governo.
Pelo texto, a negociação poderá tratar de todas as
questões relacionadas ao mundo do trabalho
Representantes de servidores públicos defenderam
nesta terça-feira (17), na Câmara dos Deputados, a
sanção presidencial imediata do projeto de lei que
disciplina a negociação coletiva no serviço público
das três esferas administrativas (União, estados e
municípios).
Originária do Senado, a proposta (PL 3831/15) foi
aprovada em caráter conclusivo na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da
Câmara em setembro passado e já poderia ir à sanção.
No entanto, um recurso apresentado pelo deputado
Alberto Fraga (DEM-DF) pede que a matéria seja mais
amplamente discutida e votada também pelo Plenário.
A retirada do recurso foi um dos principais pontos
discutidos em audiência pública na Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público
realizada a pedido da deputada Erika Kokay (PT-DF),
entre outros parlamentares. Kokay disse que
trabalhará com a perspectiva de que deputados que
apoiaram o recurso retirem suas assinaturas para
permitir o envio da proposta ao presidente Michel
Temer.
A parlamentar lembrou que o projeto trata de um
compromisso assumido internacionalmente pelo Brasil
junto à Organização Internacional do Trabalho
(Convenção 151 da OIT). “Desde 1988, com a
Constituição, temos assegurado o direito de greve,
mas não a negociação. Um processo negocial pode
evitar a greve”, observou Erika Kokay.
Economia
Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de
Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei
Marques, o recurso apresentado é um retrocesso para
com a construção de um texto possível, feita no
Senado e na Câmara.
A proposta, segundo ele, traz economia para o
Estado. “Hoje, um processo administrativo custa em
torno de R$ 50 mil. O PL 3831 garante uma mesa
permanente de resolução de conflitos. Com isso, se
elimina esse gasto desnecessário”, contabilizou.
Este também é o argumento da vice-presidente da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), Noemia Porto. Segundo ela, a
aprovação do projeto evitaria e preveniria demandas
no Judiciário, “já tão abarrotado” com os processos
trabalhistas. Os termos do projeto, continuou, não
destoam da experiência internacional em termos de
negociação coletiva.
Já segundo Adriana de Faria, coordenadora jurídica e
parlamentar da Federação Nacional dos Trabalhadores
do Judiciário Federal e Ministério Público da União
(Fenajufe), a negociação formal regulamentada é
fundamental para o serviço público e garantiria
também o direito de greve. “Mesmo aprovando o
projeto de negociação coletiva, temos várias
iniciativas que pretendem limitar o direito de greve
do servidor público”, disse.
Apesar de ver o projeto de lei como algo positivo
por fortalecer o diálogo com os servidores, o
coordenador de negociação sindical no setor público
do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, José Borges de Carvalho Filho, pontuou
algumas observações em relação à matéria.
Direito de greve
Em primeiro lugar, ele entende que a negociação
coletiva deve ser acompanhada da regulamentação
também do direito de greve do servidor público
previsto na Constituição. Um outro projeto em
análise na Câmara dos Deputados (PL 4497/01)
regulamenta o exercício desse direito pelos
servidores. Essa proposta aguarda parecer na CCJ,
mas depende de votação do Plenário.
No texto do projeto da negociação coletiva
especificamente, Carvalho citou, por exemplo, um
item que trata do contraditório administrativo “como
se fosse algo que conferisse ao processo de
negociação uma obrigação legal”.
“É uma forma de burocratizar mais ainda a
negociação. O contraditório é inerente ao processo,
não há necessidade de estabelecer que tem que ter. O
contraditório já existe. Em uma mesa, administração
de um lado, servidores do outro, todos têm o direito
de contradizer o que está sendo dito”, ponderou.
Em resposta, Erika Kokay disse que o projeto de lei
foi amplamente discutido na Câmara e no Senado e
que, até então, o ministério não havia se
manifestado contrariamente a ele, vindo a fazê-lo
agora.
“Quando Temer assumiu a presidência, houve um
mutismo. O Ministério do Planejamento não opinou.
Agora vem opinar sobre um projeto que, em um
processo de discussão suprapartidária, ele se negou
a fazê-lo?”, questionou a parlamentar.
Negociação
O PL 3831/15 propõe que a negociação coletiva seja a
regra permanente de solução de conflitos no serviço
público. Atualmente, não se trata de uma prática
corrente. O Executivo federal possui canais
permanentes de negociação, mas sem previsão legal.
Segundo o projeto, a negociação poderá tratar de
todas as questões relacionadas ao mundo do trabalho,
como plano de carreira, criação de cargos, salário,
condições de trabalho, estabilidade, saúde e
política de recursos humanos.
Fonte: Agência Câmara

18/10/2017 -
Paulo Paim defende projeto que regulamenta punições
ao trabalho escravo
O senador Paulo Paim (PT-RS) informou em Plenário
que um grupo de senadores do Partido dos
Trabalhadores apresentou um projeto de decreto
legislativo para anular a portaria do Ministério do
Trabalho que traz novas regras para a caracterização
do trabalho escravo.
Paim explicou que está em análise no Senado um
projeto que tem o objetivo regulamentar o artigo 243
da Constituição, que prevê a expropriação das
propriedades, tanto rurais quanto urbanas, onde
houver a exploração de trabalho escravo, sem o
pagamento de indenização.
O senador disse que a nova portaria do Ministério do
Trabalho foi criticada por várias entidades da
sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do
Brasil.
— A portaria, na verdade, desfigura a PEC do
Trabalho Escravo, que foi uma ampla negociação que
esta Casa fez. Eles [OAB] estão suscitando que seja
revogada essa portaria e que a gente se debruce
sobre o projeto que eu estou relatando, que busca
uma saída técnica e jurídica e vai proibir o
trabalho escravo — explicou.
Fonte: Agência Senado

18/10/2017 -
Ministério do Trabalho libera quarto lote de
pagamento do Abono Salarial nesta quinta
Poderão sacar o benefício trabalhadores privados
nascidos em outubro e servidores públicos com final
de inscrição 3
O Ministério do Trabalho libera a partir desta
quinta-feira (19) o pagamento do Abono Salarial do
PIS/ Pasep ano-base 2016 para os trabalhadores da
iniciativa privada nascidos no mês de outubro.
Também a partir dessa data serão pagos os servidores
públicos com final da inscrição 3. Esse é o quarto
lote de pagamento. Os trabalhadores vinculados ao
PIS retiram o dinheiro nas agências da Caixa ou
casas lotéricas de todo o país. Os vinculados ao
Pasep sacam o benefício no Banco do Brasil.
O Abono Salarial ano-base 2016 começou a ser pago em
27 de julho deste ano. Já foram liberados os
recursos para os trabalhadores privados nascidos em
julho, agosto e setembro e para os servidores com
finais de inscrição 0, 1 e 2. Até 31 de setembro,
tinham procurado uma agência bancária para receber o
dinheiro 5,49 milhões de trabalhadores, o que
corresponde a 22,48% do total de pessoas com direito
ao benefício. O valor pago soma quase R$ 4,05
bilhões.
A região com maior taxa de cobertura até este
momento é a Nordeste, onde 23,24% dos trabalhadores
sacaram o benefício. A menor procura foi registrada
no Centro-Oeste, onde esse percentual é de 21,71%. O
valor que cada trabalhador tem para receber é
proporcional a quantidade de meses trabalhados
formalmente no ano-base e varia de R$ 79 a R$ 937.
Para ter direito ao benefício é necessário ter
trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em
2016 com remuneração média de até dois salários
mínimos no período trabalhado. Além disso, o
trabalhador tinha de estar inscrito no PIS/Pasep há
pelo menos cinco anos e ter tido seus dados
informados corretamente pelo empregador na Relação
Anual de Informações Sociais (Rais).
Fonte: MTb

17/10/2017 -
Temer envia carta a parlamentares e fala em
"conspiração" para derrubá-lo
O presidente Michel Temer escreveu uma carta a
deputados e senadores se defendendo de acusações
contra ele. No texto, Temer diz que é vítima de “uma
campanha implacável com ataques torpes e mentirosos”
e que há uma “conspiração” para derrubá-lo do cargo.
A carta foi enviada por Temer a parlamentares da
base aliada e da oposição no momento em que a
segunda denúncia da Procuradoria-geral da República
(PGR) contra ele está sendo analisada na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos
Deputados.
Temer inicia a carta, entregue nesta segunda-feira
(16), dizendo que a “indignação” é o que o faz se
dirigir a eles. “São muitos os que me aconselham a
nada dizer a respeito dos episódios que atingiram
diretamente a minha honra. Mas para mim é
inadmissível. Não posso silenciar. Não devo
silenciar”, escreveu.
O presidente diz aos parlamentares que “afirmações
falsas, denúncias ineptas alicerçadas em fatos
construídos artificialmente sustentaram as
inverdades que foram divulgadas” e que “a armação
está sendo desmontada”.
Ao longo de quatro páginas, Temer cita os áudios das
conversas entre os dirigentes da JBS Joesley Batista
e Ricardo Saud e diz que neles fica claro que o
objetivo era derrubar o presidente da República. Faz
menção também à delação premiada do doleiro Lúcio
Funaro, cujos vídeos foram divulgados pela imprensa
nos últimos dias. “Agora trazem de volta um
delinquente conhecido de várias delações premiadas
não cumpridas para mentir, investindo contra o
presidente, contra o Congresso Nacional, contra os
parlamentares e partidos políticos”, defende na
carta.
Temer ainda faz críticas à atuação do
ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e
cita o ex-deputado Eduardo Cunha ao dizer que, em
uma entrevista, Cunha relatou que sua delação não
foi aceita porque o procurador-geral exigia que ele
incriminasse o presidente da República.
“Jamais poderia acreditar que houvesse uma
conspiração para me derrubar da Presidência da
República. Mas os fatos me convenceram. E são
incontestáveis”, diz Temer aos parlamentares.
Temer finaliza o texto citando dados positivos da
economia como a redução da inflação, criação de
emprego e ações como a aprovação da reforma
trabalhista. Ele diz aos parlamentares que a
retomada do crescimento no país foi alcançada com o
“apoio decisivo” da Câmara e do Senado.
A partir desta terça (17), os deputados se
concentrarão na análise, discussão e votação na CCJ
da Câmara da denúncia contra Temer e os ministros
Eliseu Padilha e Moreira Franco. O parecer sobre a
peça foi apresentado na última terça-feira (10) pelo
relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG),
que recomendou a rejeição do prosseguimento da
denúncia, afirmando que ela se baseia em “delações
espúrias, sem credibilidade não havendo justa causa
para o prosseguimento da ação penal”.
Fonte: Agência Senado

17/10/2017 -
DIAP lança cartilha com perguntas e respostas sobre
a Reforma Trabalhista
Prestes a entrar em vigor, a Lei 13.476, que trata
da Reforma Trabalhista, ainda é uma incógnita para
as organizações sindicais e os trabalhadores. Cheia
de inconstitucionalidades e armadilhas, a chamada
Reforma Trabalhista é um Novo Código do Trabalho,
que substitui a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) para regulamentar restrições e
desregulamentar direitos outrora conquistados pelos
trabalhadores.
Com o objetivo de tornar a lei mais clara e
acessível ao conjunto do movimento sindical, o DIAP
vai lançar no final de outubro e início de novembro
cartilha com perguntas e respostas sobre os
principais pontos da lei que vai entrar em vigor no
dia 11 de novembro.
Com fundamento na Lei 13.476, a publicação, que faz
parte da série “Educação Política”, traz 50
perguntas e respostas sobre o sugestivo título:
“Reforma Trabalhista e seus reflexos sobre os
trabalhadores e suas entidades representativas”.
Elaborada pelo diretor de Documentação do DIAP,
Antônio Augusto de Queiroz, a cartilha pretende
“denunciar as principais perversidades da reforma e
ao mesmo tempo fornecer ao movimento sindical
sugestões e dicas de lutas e ações para resistir ao
desmonte dos direitos trabalhistas e sindicais no
Brasil”, diz o presidente da DIAP, professor Celso
Napolitano.
A nova publicação do DIAP se junta, dentro da série
“Estudos Técnicos”, ao livro que este Departamento
teve o prazer de publicar “A face sindical da
reforma trabalhista”, de autoria da advogada e
membro do corpo técnico deste órgão, Zilmara
Alencar.
Fonte: Diap

17/10/2017 -
Temer faz agrado a bancada ruralista e altera
conceitos de 'trabalho escravo'
Mudanças sobre definições de "jornada exaustiva",
"condição degradante" e "trabalho forçado"
dificultarão o resgate de trabalhadores e a punição
dos envolvidos
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, por meio
da Portaria nº 1.129, publicada nesta segunda-feira
(16) no Diário Oficial da União, alterou os
conceitos que definem o trabalho escravo no Brasil.
As mudanças atendem a antigas reivindicações da
bancada ruralista e, coincidentemente, são
publicadas em meio as articulações do presidente
Michel Temer para escapar da segunda denúncia contra
ele apresentada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR).
De acordo com as novas definições, a “jornada
exaustiva” e a “condição degradante” agora dependem
da privação da liberdade do trabalhador para serem
caracterizadas, ao contrário do entendimento que
prevalecia até então e aplicado de acordo com o
artigo 149 do Código Penal. A portaria publicada
pelo governo Temer altera ainda o conceito de
“trabalho forçado”, incluindo a necessidade de
concordância do empregado com a sua situação de
trabalho. A nova definição contraria o entendimento
até hoje aplicado pelas operações de resgate de
trabalhadores em situação análoga à escravidão, para
quem a anuência ou não do empregado sobre sua
situação é irrelevante.
"O governo está de mãos dadas com quem escraviza.
Não bastasse a não publicação da lista suja, a falta
de recursos para as fiscalizações, a demissão do
chefe do departamento de combate ao trabalho
escravo, agora o ministério edita uma portaria que
afronta a legislação vigente e as convenções da
OIT", afirma Tiago Muniz Cavalcanti, coordenador da
Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho
Escravo (Conaete), do Ministério Público do Trabalho
(MPT).
O vice-coordenador nacional da Conaete, Maurício
Ferreira Brito, disse que a portaria do governo é um
“instrumento normativo inadequado”, além de
desregulamentar a publicação da lista suja do
trabalho escravo. De acordo com a Portaria nº 1.129,
a lista com os nomes das empresas envolvidas com
trabalho escravo passa a ser divulgada apenas quando
houver “determinação expressa do Ministro do
Trabalho”, o que pode comprometer sua efetivação.
"O Ministério Público do Trabalho não ficará inerte
diante de mais uma ilegalidade e está reunido, junto
com outras entidades, públicas e privadas, para a
adoção das medidas judiciais e extrajudiciais na sua
esfera de atuação", anunciou Maurício Brito. Ele
observa que a mudança dos conceitos acontece dias
depois da demissão do chefe da Divisão de
Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae)
do Ministério do Trabalho, André Roston, e no
contexto de outras ações “com natureza de
retrocesso, relativas ao combate ao trabalho
escravo".
Fonte: Rede Brasil Atual

17/10/2017 -
Portaria de ministério sobre trabalho escravo é alvo
de críticas em audiência
O auditor fiscal do Trabalho Renato Bigmani afirmou
que uma portaria publicada nesta segunda-feira (16)
no Diário Oficial vai praticamente inviabilizar o
combate ao trabalho escravo no país. Segundo ele, a
norma parte uma concepção ultrapassada de que tal
prática criminosa se restringe ao cerceamento da
liberdade do trabalhador.
Bigmani foi um dos convidados da audiência pública
realizada pela subcomissão temporária formada no
âmbito da Comissão de Direitos Humanos para elaborar
um Estatuto do Trabalho. A portaria dispõe sobre os
conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e
condições análogas à de escravo para fins de
concessão de seguro-desemprego ao trabalhador
resgatado em ações de fiscalização do Ministério do
Trabalho.
— É uma portaria que nos pegou de surpresa. Foi
forjada no gabinete do ministro por pessoas que não
conhecem a realidade do enfrentamento ao trabalho
escravo e que certamente não vai contribuir para o
combate ao problema. Só vai causar mais conflito,
por partir de uma concepção ultrapassada, que põe o
Brasil na contramão da história — opinou.
A pedido do auditor, o senador Paulo Paim (PT-RS),
vice-presidente da subcomissão, informou que o
colegiado vai questionar formalmente o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, sobre o assunto.
Chaga
Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Lelio
Bentes Correa, iniciativas que propõem a revisão do
conceito de trabalho escravo seriam trágicas,
inclusive em âmbito judicial. O magistrado chamou
atenção para o fato de o trabalho escravo ser uma
chaga que atinge 40 milhões de pessoas no mundo e
ter virado a segunda atividade ilícita mais rentável
do planeta, atrás apenas do tráfico de drogas.
Segundo ele, o Brasil ainda é visto
internacionalmente como uma nação que combate o
crime, mas surgem preocupações, como o esvaziamento
orçamentário da fiscalização trabalhista:
— Para assegurar o combate este tipo de crime, é
preciso se pensar numa posição mais autônoma para a
inspeção do trabalho. Não se pode ficar à mercê de
conjuntura política. Tem que ser um compromisso
permanente e irreversível com a promoção da
cidadania no ambiente de trabalho.
Missão
A subcomissão pretende elaborar um Estatuto do
Trabalho em contraponto com a recente reforma
aprovada pelo governo Temer. A previsão do colegiado
é apresentar um anteprojeto em abril do ano que vem.
Fonte: Agência Senado

17/10/2017 -
Papel timbrado de sindicato comprovou assistência
sindical prestada a empregada
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu que uma procuração em papel timbrado do
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de
Saúde do Estado do Piauí comprovou a assistência
sindical prestada a uma funcionária estadual. A
decisão foi fundamentada na jurisprudência do
Tribunal.
O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região havia
excluído da condenação imposta ao estado os
honorários advocatícios e os depósitos de FGTS, sob
o entendimento de que não houve a necessária outorga
de poderes pelo presidente do sindicato para
configurar a assistência sindical.
O relator do recurso da entidade ao TST, ministro
Márcio Eurico Vitral Amaro, explicou que, na Justiça
do Trabalho, o pagamento de honorários advocatícios
não decorre simplesmente da sucumbência, devendo a
parte estar assistida por sindicato da categoria e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro
do salário mínimo ou encontrar-se em situação
econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo
do seu sustento ou da sua família. No caso, no
entanto, a reclamação trabalhista e a procuração
foram firmadas em papel timbrado do sindicato, o que
comprova a assistência sindical.
O relator assinalou que a jurisprudência do Tribunal
já firmou o entendimento de que a procuração em
papel timbrado do sindicato é suficiente para
comprovação da assistência sindical, pois a Lei
5.584/70 não estabelece nenhuma forma específica
para a comprovação dessa assistência. “Estando a
trabalhadora assistida por entidade sindical, o
indeferimento dos honorários advocatícios implica
contrariedade à Súmula 219 do TST”, concluiu.
Por unanimidade, a Turma proveu o recurso e
restabeleceu a sentença em relação aos honorários
advocatícios.
Processo: RR-394-07.2013.5.22.0004
Fonte: TST

17/10/2017 -
Decisão da JT-MG prestigia negociação coletiva que
estabeleceu tolerância de 10 minutos para marcação
de ponto
A 6ª Turma do TRT mineiro, em voto da relatoria da
juíza convocada Gisele de Cássia Vieira Dias Macedo,
confirmando decisão de 1º grau, negou provimento ao
recurso apresentado por um trabalhador que pretendia
receber, como extras, o tempo de deslocamento entre
a portaria da siderúrgica e o relógio de ponto, na
entrada e saída do trabalho.
No caso, a cláusula coletiva aplicável estabeleceu
uma tolerância de dez minutos no início e término da
jornada para a marcação de ponto. E, de acordo com o
resultado da inspeção judicial realizada, o tempo de
deslocamento entre a portaria e o relógio de ponto,
na entrada e saída do trabalho, computava, em média,
20 minutos no total.
Nesse contexto, a julgadora destacou que a decisão
recorrida que prestigiou a negociação acerca da
jornada está em estrita consonância com o atual
julgamento do STF, no sentido de que as convenções e
os acordos coletivos são instrumentos legítimos de
prevenção e de autocomposição dos conflitos
trabalhistas. Assim, na visão da relatora, o
pactuado pelos entes representativos das categorias
profissional e econômica deve ser respeitado,
inclusive para a redução de direitos trabalhistas,
por força do disposto no inciso XXVI do artigo 7º da
CR/88.
Por essas razões, a relatora manteve o entendimento
de que o tempo de deslocamento não poderia ser
considerado como tempo à disposição. O entendimento
foi acompanhado pela maioria dos julgadores.
Processo PJe: 0010033-62.2016.5.03.0072 (RO)
Fonte: TRT3

17/10/2017 -
Aposentadoria especial de eletricitário extingue
contrato de trabalho com empregadora
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou
embargos de um eletricitário da Copel Distribuição
S.A., do Paraná, que pretendia anular a rescisão
contratual decorrida da concessão de aposentadoria
especial. A decisão foi fundamentada na
jurisprudência da subseção no sentido de que a
concessão de aposentadoria especial – concedida em
função do trabalho em condições prejudiciais à saúde
– acarreta a extinção do contrato por iniciativa do
empregado.
O eletricitário atuou na empresa por 30 anos, e ao
obter a concessão da aposentadoria especial pelo
INSS seu contrato foi rescindido. Na reclamação
trabalhista, pediu a nulidade da rescisão contratual
com a pretensão de permanecer no emprego. O Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) deferiu o
pedido, por entender que a aposentadoria, mesmo
especial, não implica a extinção do contrato de
trabalho.
Em recurso ao TST, a Copel argumentou que o
empregado que se aposenta na área de risco não pode
continuar exercendo a mesma função pela qual se
aposentou. Sustentou ainda que não seria obrigada a
mudar o empregado de função em razão de sua
aposentadoria especial, e que a sua realocação em
outro cargo seria medida de constitucionalidade
duvidosa, devido à exigência de concurso público.
O recurso foi examinado inicialmente pela Terceira
Turma, que deu razão à empresa. O relator, ministro
Alberto Bresciani, lembrou que a aposentadoria
especial visa proteger o trabalhador de condições
deterioradas do seu ambiente de trabalho. Assim, no
seu entendimento, a contagem diferenciada do tempo
de serviço somente se justifica em razão da não
continuidade do trabalho. “Se o objetivo da lei é
preservar o trabalhador do ambiente nocivo, não
podemos admitir que a mesma lei seja interpretada
para mantê-lo no ambiente nocivo”, assinalou.
No julgamento dos embargos do eletricista à SDI-1, o
relator, ministro Hugo Carlos Scheuermann, destacou
que a subseção já firmou entendimento no sentido de
que a concessão da aposentadoria especial acarreta a
extinção do contrato de trabalho. Esse precedente (E-ED-RR-87-86.2011.5.12.0041)
explica que a lei, “por razões óbvias” relacionadas
à preservação da integridade do empregado, veda
categoricamente a sua permanência no emprego após a
concessão, ao menos na função que ensejou a condição
de risco à saúde, sob pena de automático
cancelamento do benefício. Assim, o relator concluiu
que a decisão da Turma está em harmonia com a
jurisprudência da SDI-1, e negou provimento aos
embargos do empregado. A decisão foi unânime.
Processo: E-ARR-607-93.2010.5.09.0678
Fonte: TST

17/10/2017 -
Portador de neoplasia maligna tem direito à isenção
do IR ainda que não tenha se aposentado
Portador de neoplasia maligna tem direito subjetivo
à isenção do imposto de renda sobre seus
rendimentos, ainda que esteja em atividade. Essa foi
a tese adotada pela 8ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região para reformar sentença que
havia rejeitado o pedido do autor ao fundamento de
que não há isenção se o contribuinte, conquanto seja
portador de uma das moléstias previstas em lei, não
se aposentou.
Na apelação, o recorrente alegou, em síntese, ser
portador de neoplasia maligna tendo, assim, direito
à isenção do imposto de renda desde a comprovação da
doença, em maio de 2007, nos termos da Lei nº
7.713/88. Ele também sustentou que a jurisprudência
do TRF1 é no sentido de que a isenção é concedida
tanto na atividade como na inatividade.
O relator, desembargador federal Novély Vilanova,
destacou em seu voto que o recorrente está certo em
seus argumentos. O magistrado alertou que o Supremo
Tribunal Federal, no REsp 1.116.620-BA, estendeu o
benefício da isenção do imposto de renda para o
servidor/empregado em atividade, levando em conta o
fim social a que se destina o artigo 6º da Lei
7.713/88. A decisão foi unânime.
Nº do Processo: 0053179-75.2010.4.01.3800
Fonte: TRF1

16/10/2017 -
Congresso terá semana com foco em denúncia contra
Temer e retorno de Aécio
Para sobreviver ao fim da obrigatoriedade do imposto
sindical, com a entrada em vigor da reforma
trabalhista no próximo mês, alguns sindicatos querem
receber a contribuição assistencial de todos os
trabalhadores.
O plano vai contra decisão Nesta semana, as atenções
de deputados e senadores estarão voltadas
principalmente à análise pela Câmara da denúncia
contra o presidente Michel Temer e os ministros
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria-Geral), além da decisão sobre o futuro
de Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do mandato pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir de terça-feira (17), quando retornam a
Brasília depois do feriado prolongado do dia 12 de
outubro, os deputados se concentrarão na análise,
discussão e votação na Comissão de Constituição e de
Justiça (CCJ) da Câmara da denúncia do Ministério
Público Federal contra o presidente Temer e
ministros. O parecer sobre a peça foi apresentado na
última terça-feira (10) pelo relator, deputado
Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a
rejeição do prosseguimento da denúncia, afirmando
que ela se baseia em “delações espúrias, sem
credibilidade não havendo justa causa para o
prosseguimento da ação penal”.
Como foi concedido pedido de vista coletivo, o
presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco
(PMDB-MG), marcou para terça-feira (17), a partir
das 10h, o início das discussões da denúncia e do
parecer do relator. Pacheco informou que seguirá os
mesmos procedimentos adotados na apreciação da
primeira denúncia contra o presidente: cada membro
da CCJ terá 15 minutos de fala – 66 titulares e 66
suplentes. Serão concedidos ainda 10 minutos para
não membros da comissão, contra e a favor do
prosseguimento da denúncia, com até 20 em cada
grupo. Cada advogado dos denunciados terá 20 minutos
para o pronunciamento final.
A votação do parecer na CCJ poderá ocorrer na quarta
ou na quinta-feira, a depender do ritmo das
discussões. Qualquer que seja o resultado da votação
na comissão, o parecer será encaminhado para
discussão e votação em plenário da Câmara, prevista
para terça (24) ou quarta-feira (25). Para que a
Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a
investigar o presidente e os ministros, serão
necessário 342 votos favoráveis de deputados ao
prosseguimento da denúncia.
Senado
Enquanto a Câmara se dedica à analise da denúncia, os
senadores devem deliberar já na terça-feira (17)
sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
que afastou do mandato o senador Aécio Neves. Na
última semana, os ministros da Corte decidiram que
caberá à Casa Legislativa confirmar ou não as
medidas cautelares determinadas pelo STF a
parlamentares, como o afastamento do mandato, o
recolhimento noturno, dentre outras. Na sessão de
terça-feira, os senadores devem decidir sobre o
retorno de Aécio ao mandato, revogando ou não a
medida cautelar adotada contra ele. A grande
polêmica, ainda sem definição, é se essa votação
será feita de forma aberta ou secreta.
Fonte: Agência Brasil

16/10/2017 -
Governo ainda não fechou texto de MP para alterar
Reforma Trabalhista
Prestes a entrar em vigor, a Reforma Trabalhista
foi aprovada pelo Congresso em julho, após o governo
se comprometer a enviar modificações abrandando a
versão acolhida pelos parlamentares
O governo ainda não fechou o texto da medida
provisória que vai alterar a Reforma Trabalhista. A
afirmação foi feita nesta terça-feira (10) pelo
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Ele
participou de audiência pública na Comissão de
Fiscalização Financeira da Câmara.
A Reforma Trabalhista [Lei 13.467/2017] foi aprovada
pelo Congresso em julho, após o governo se
comprometer a enviar modificações abrandando a
versão acolhida por deputados e senadores. Ronaldo
Nogueira disse que o assunto será discutido até se
chegar a um texto que tenha apoio do governo, do
Congresso, de empregados e empregadores:
"Estamos ainda dialogando no âmbito do Ministério do
Trabalho, Casa Civil, o movimento sindical,
empregadores e com a base do governo. [...] Estamos
trabalhando no sentido de elaborar um texto de
consenso. Assim como foi no encaminhamento da
modernização trabalhista, com consenso entre as
partes, assim será também nessa possível medida
provisória."
O ministro também disse que a medida provisória não
vai tirar direitos dos trabalhadores.
Ronaldo Nogueira afirmou que o texto que está sendo
estudado poderá criar uma contribuição sindical para
substituir o imposto sindical. A reforma trabalhista
tornou o pagamento do imposto opcional a partir de
2018:
"O que nós estamos avaliando é uma contribuição para
subsidiar as despesas da convenção coletivas, que é
a contribuição dos acordos coletivos. [...] Não tem
data ainda. Nós pretendemos o quanto antes concluir
o texto."
O imposto sindical tem sido a principal forma de
financiamento dos sindicatos brasileiros. Todos os
anos, no mês de março, os trabalhadores tinham um
dia de salário descontado de seu pagamento. O valor
era partilhado entre os sindicatos, federações,
confederações e centrais sindicais.
A criação da contribuição tem apoio das principais
centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical.
Fonte: Agência Câmara

16/10/2017 -
Opinião de Fernando H. Cardoso: A nova lei
trabalhista
Não se podem estancar as mudanças que as novas
maneiras de produzir acarretam. Mas os que temos
consciência democrática e preocupação sincera com a
desigualdade devemos estar atentos e atuar para que
a modernização tecnológica não sirva de álibi para
enfraquecer o poder de barganha dos trabalhadores.
Fernando Henrique Cardoso*
Vivemos um novo momento da História no qual as
inovações e a transformação das relações de trabalho
ocasionadas pelas novas tecnologias dão o compasso
da vida nas empresas. É compreensível, portanto, que
se busque modificar a legislação trabalhista
preexistente.
Há que se reconhecer, porém, que se, por um lado, as
transformações tecnológicas aumentam a produtividade
e impulsionam a acumulação de capitais, por outro,
reduzem a empregabilidade e a força dos
trabalhadores. Isso ocorre porque elas diminuem a
demanda por mão-de-obra, mesmo a mais qualificada,
substituída por “máquinas inteligentes”, e porque
permitem dispersar e diversificar as formas de
inserção no mundo do trabalho. Aumentam, portanto, o
poder de barganha dos controladores do capital e
fragilizam a organização sindical dos trabalhadores,
acentuando as desigualdades.
É preciso, consequentemente, fortalecer os
sindicatos para que se tenha um “capitalismo
civilizado”, o único compatível com o regime
democrático. O fim da contribuição sindical
obrigatória é uma oportunidade para esse
fortalecimento. A sua existência levou à
proliferação excessiva de sindicatos e a que parte
deles se acomodasse no financiamento garantido, sem
se esforçar por aumentar o número de associados ou
mesmo sem cumprir suas funções básicas na defesa dos
interesses dos trabalhadores.
Ser a favor do fim da contribuição obrigatória não
significa descuidar da questão central do
financiamento dos sindicatos. É justa a
reivindicação de que, mesmo os trabalhadores não
sindicalizados, devem contribuir para os sindicatos
quando a categoria a que pertencem conquista
aumentos salariais ou outros benefícios que
favorecem a todos os membros dessa categoria. Qual o
percentual dessa contribuição e qual o tamanho
mínimo do quórum necessário para aprová-la é matéria
a ser negociada. Mas o financiamento dos sindicatos
não pode depender exclusivamente da aprovação
individual de cada um dos membros da categoria, por
uma razão óbvia: se eu me beneficiarei do acordo
coletivo, independentemente de contribuir ou não
para o sindicato, por que abriria mão de parte do
meu salário em benefício do coletivo?
Para que essa contribuição “negocial” tenha
legitimidade, é conveniente fixar um quórum
relativamente alto para sua aprovação. Com os meios
eletrônicos hoje disponíveis, é factível obter a
anuência de parte significativa de uma categoria sem
ter de reunir seus membros em assembleias. Penso que
a introdução do voto pela internet, como uma opção
não excludente ao voto com presença física em
assembleias, seria um avanço no fortalecimento dos
sindicatos.
Também nessa direção me parece importante que a
representação sindical seja obrigatória em empresas
de menor porte e não se limite àquelas com mais de
200 funcionários. E que se restabeleça a
obrigatoriedade de a representação no local de
trabalho estar ligada ao sindicato da categoria.
Não se podem estancar as mudanças que as novas
maneiras de produzir acarretam. Mas os que temos
consciência democrática e preocupação sincera com a
desigualdade devemos estar atentos e atuar para que
a modernização tecnológica não sirva de álibi para
enfraquecer o poder de barganha dos trabalhadores.
(*) Sociólogo, ex-presidente da República.
Publicado originalmente no portal Rádio Peão Brasil
Fonte: Diap

16/10/2017 -
CDH debate formas inaceitáveis de trabalho
Formas consideradas inaceitáveis de trabalho, como o
escravo, o infantil e outras relações laborais que
sejam indignas, serão debatidas, nesta segunda-feira
(16), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH). O autor do pedido, senador
Paulo Paim (PT-RS), também quer discutir as
alterações feitas à Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) que permitem inovações como o
trabalho intermitente e o autônomo exclusivo que
são, a seu ver, degradantes.
A audiência é uma iniciativa da subcomissão da CDH
criada para discutir e formatar uma nova legislação
trabalhista ou um Estatuto do Trabalho, como propôs
o senador.
— Vamos dialogar nesse espaço para que a gente
consiga ter uma legislação decente, porque a que
está aí, depois dessa reforma, é indecente. Vão
tentar aplicá-la a partir de novembro, mas a
resistência é muito grande, muitos juízes do
trabalho que conheço dizem que ela é inaplicável —
afirmou Paim, na aprovação do requerimento, no
último dia 3.
Para a audiência, foram convidados o ministro Lélio
Bentes Corrêa, do Tribunal Superior do Trabalho
(TST); Renato Bignami, auditor fiscal do Trabalho;
Marinalva Cardoso Dantas, chefe da Divisão de
Fiscalização do Trabalho Infantil do Ministério do
Trabalho; e Noemia Porto, vice-presidente da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra).
A reunião será na sala 6 da ala senador Nilo Coelho,
a partir das 9h.
Fonte: Agência Senado

16/10/2017 -
Comissão deve examinar relatório da MP dos royalties
da mineração
A comissão mista responsável pela análise e parecer
da medida provisória que trata dos royalties da
mineração (MPV) 789/2017 deve apreciar relatório do
deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), nesta terça-feira
(17).
A medida trata da Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Com o
aumento de várias alíquotas sobre minérios como ouro
(de 1% para 2%), o governo pretende aumentar a
arrecadação em um momento de crise fiscal.
O ferro terá alíquota entre 2% e 4%, dependendo do
preço na cotação internacional. Os minérios
restantes terão as seguintes alíquotas: 0,2% para
aqueles extraídos sob o regime de lavra garimpeira;
2% para aqueles cuja alíquota será definida com base
na cotação internacional do produto; e 3% para
bauxita, manganês, diamante, nióbio, potássio e
sal-gema.
As alíquotas passarão a incidir sobre a receita
bruta, excluídos os impostos, e não mais sobre a
receita líquida. Para compensar, os agregados de
construção civil, como brita e areia, por outro
lado, terão os royalties reduzidos (de 2% para
1,5%).
Fonte: Agência Senado

16/10/2017 -
Comissão do Trabalho discute direito de greve e
negociação coletiva
Audiência pública da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público debate nesta
terça-feira (17) negociação coletiva e direito de
greve.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), autora do
requerimento de audiência junto com Alice Portugal
(PCdoB- BA) e Daniel Almeida (PCdoB- BA), explica
que, em função das inúmeras propostas de mudança nas
legislações que dizem respeito diretamente ao
conjunto de servidores e ao serviço público no País,
é urgente o debate sobre temas como negociação
coletiva, direito de greve, combate ao assédio moral
no ambiente de trabalho e o Regime Próprio de
Previdência, entre outros..
O debate terá a presença de representantes de
associações de servidores públicos e de especialista
sobre o tema.
A audiência está marcada para o plenário 12, às 9
horas.
Fonte: Agência Câmara

16/10/2017 -
Comissão acaba com exigência de depósito para
interposição de recurso em processo trabalhista
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou o Projeto de Lei 7679/10, do
deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que acaba com
a exigência de depósito recursal de 50% do valor da
causa para a apresentação de agravo de instrumento
nos processos trabalhistas.
Em vez disso, a proposta determina que o juiz poderá
aplicar multa de até 10% do valor da ação, caso
perceba que o recurso pretende unicamente protelar a
decisão da Justiça. Essa punição não se aplicará a
micro e pequenas empresas.
Arnaldo Faria de Sá explica que a exigência de
depósito tão elevado para a apresentação de agravo
foi introduzida na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT, Decreto-Lei 5.452/43) pela Lei 12.275/10, com
o objetivo de reduzir a interposição de recursos
"meramente protelatórios".
No entanto, em sua opinião, essa alteração, além de
presumir a má-fé de todos os recorrentes em
processos trabalhistas, inviabiliza "o exercício da
ampla defesa" pelas micro e pequenas empresas.
Parecer aprovado
Inicialmente o projeto recebeu parecer favorável, com
emendas, do deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE). As
emendas retiravam do projeto a previsão de multa,
mantendo apenas o fim da exigência do depósito
recursal.
Esse relatório foi rejeitado, e o deputado Leonardo
Monteiro (PT-MG), designado relator do parecer
vencedor. O parecer dele foi pela aprovação do
projeto original.
“A revogação da imposição do depósito recursal para
o agravo de instrumento só poderia decorrer de
alguma outra forma de desestimular o uso inadequado
desse recurso, por exemplo, com a aplicação de multa
pecuniária, como disposto no projeto principal”,
disse.
Tramitação
A proposta terá análise conclusiva da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Senado

16/10/2017 -
Aprovada na CCJ proposta que regula contagem de
prazos na Justiça do Trabalho
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) aprovou nesta quarta-feira (11) projeto que
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
para regular a contagem de prazos processuais na
Justiça do Trabalho. A proposta recebeu parecer
favorável do relator, senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG) e segue para análise do Plenário.
O projeto de lei da Câmara (PLC 100/2017) determina
que, na contagem de prazo processual em dias, serão
contabilizados apenas os dias úteis, excluindo-se o
dia do começo e incluindo-se o dia de vencimento.
Estabelece ainda a prorrogação do prazo pelo juiz ou
tribunal pelo tempo estritamente necessário ou em
virtude de força maior.
A proposta estipula ainda a suspensão do prazo
processual no período de 20 de dezembro a 20 de
janeiro, quando acontece o recesso forense. E
estende a interrupção dos trabalhos, nesse
intervalo, em relação a audiências e sessões de
julgamento.
Para Anastasia, as mudanças trazidas pelo PLC
100/2017 evitam prejuízos às partes do processo:
“A proposição incorpora ao texto as inovações
trazidas pelo Código de Processo Civil,
uniformizando, portanto, a contagem de prazos no
processo do trabalho e no processo civil. Evitam-se,
com isso, prejuízos às partes, em virtude da perda
do momento oportuno para a prática de importantes
atos processuais, como a interposição de recursos,
por exemplo. Garante-se, assim, o pleno exercício do
contraditório e da ampla defesa”, avaliou o relator
no parecer.
Anastasia observou ainda que, no que se refere à
suspensão dos prazos processuais durante o recesso
forense, o PLC 100/2017 insere na legislação
entendimento já constante de norma interna do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). A medida é
vista, portanto, como um avanço pelo relator, já que
questionamentos sobre perda de prazo processual
costumam congestionar o tribunal.
Fonte: Agência Senado

16/10/2017 -
Trabalho aprova direito de requerer nova perícia e
continuar com auxílio-doença
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou proposta que garante ao segurado da
Previdência Social o direito de requerer nova
perícia médica sempre que o primeiro laudo
determinar um prazo para a volta ao trabalho. Pelo
texto, o segurado continuará a ter direito ao
benefício do auxílio-doença no período entre o
pedido de nova perícia médica e a sua realização.
Foi aprovado o parecer do relator, deputado
Vicentinho (PT-SP), ao Projeto de Lei 2221/11, do
Senado, e ao PL 5975/13, apensado, nos termos do
substitutivo adotado pela Comissão de Seguridade
Social e Família, com subemendas de redação. O
substitutivo altera a Lei 8.213/91, que trata do
Planos de Benefícios da Previdência Social.
Hoje o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
implementa a chamada “alta programada” – ou seja, o
INSS estima, a partir de avaliação médico-pericial,
qual é o prazo que entende suficiente para que o
segurado readquira a capacidade laboral sem a
necessidade de nova perícia médica.
“Esse sistema é, a nosso ver, injusto, pois pode
vedar o recebimento de benefício pelo segurado que
ainda permaneça incapacitado para o trabalho”,
afirmou Vicentinho. “Assim, o cancelamento do
benefício deverá ser necessariamente precedido de
perícia médica”, completou. Segundo ele, o
Judiciário vem se posicionando sistematicamente
contra essa regra desfavorável aos segurados.
Mudança
O projeto original veda a fixação de prazo para a
recuperação da capacidade para o trabalho do
segurado, ou seja, veda o cancelamento do
auxílio-doença antes da realização de nova perícia.
A Comissão de Seguridade Social preferiu
flexibilizar a regra atual, garantindo ao segurado o
direito de optar por solicitar nova perícia médica,
caso entenda que não se encontre apto para o retorno
ao trabalho ao final do período determinado.
Vicentinho ressaltou que, após o exame da matéria
pela Comissão de Seguridade Social, foi aprovada a
Lei 13.135/15, que alterou a Lei 8.213/91. Com essa
alteração, hoje a legislação já prevê uma fórmula
que minora os prejuízos dos beneficiários, ao
permitir que a perícia médica seja feita por médico
que não seja perito do INSS.
“No entanto, apesar do avanço, a norma acima citada
não resolve de todo o problema”, afirmou o
parlamentar. Segundo ele, a proposta em análise
complementa a Lei 13.135/15.
Tramitação
O texto aprovado será analisado ainda, em caráter
conclusivo, pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

11/10/2017 -
Ministro diz que novos contratos de trabalho vão
gerar 2 milhões de empregos
O Brasil poderá gerar dois milhões de empregos, nos
próximos dois anos, com o trabalho intermitente, a
jornada parcial e a remuneração por produtividade. A
afirmação foi feita nesta terça-feira (10) na Câmara
dos Deputados pelo ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, em audiência pública da Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle.
As três modalidades de contrato foram criadas pela
recente reforma trabalhista (Lei 13.467/17) e
objetivam reduzir o custo de contratação de mão de
obra. A norma foi publicada em julho e deve entrar
em vigor em novembro.
O contrato intermitente permite que o trabalhador
seja pago pelo período trabalhado, alternando
períodos de prestação de serviços e de inatividade.
O contrato de trabalho por tempo parcial possibilita
uma jornada de até 30 horas semanais, sem horas
extras, ou de 26 horas semanais, com até seis horas
extras. Já a remuneração por produtividade autoriza
empregadores e empregados a negociar um salário
abaixo do piso da categoria ou do salário mínimo.
Para o ministro, essas mudanças, além de modernizar
a legislação trabalhista, vão estimular os agentes
econômicos a investir, trazendo benefícios para os
trabalhadores. Ele afirmou que, mesmo ainda não
tendo entrado em vigor, a reforma já foi capaz de
melhorar a confiança do mercado na economia.
“Estamos gerando uma média de 30 mil postos de
trabalho por mês”, disse Nogueira. Segundo o
ministro, a criação de postos de trabalho neste ano
reverteu o movimento que perdurou entre 2014 e 2016,
quando o País perdeu, em média, 100 mil postos por
mês.
O otimismo do ministro foi criticado pelo deputado
Jorge Solla (PT-BA). Para ele, as mudanças
trabalhistas aprovadas pelo Congresso vão precarizar
o mercado de trabalho. “Não acredito que tornar a
contratação da força de trabalho mais barata gerará
mais emprego. O histórico de outros países é muito
contundente. O trabalho intermitente representa o
esfacelamento total da segurança do trabalhador”,
argumentou.
Medida provisória
O ministro falou que ainda não há previsão de envio,
para o Congresso Nacional, da medida provisória que
vai alterar pontos da reforma trabalhista. O
encaminhamento de uma MP abrandando pontos da lei
foi negociado pelo governo com o Senado, em julho,
como condição para que o projeto fosse aprovado
pelos senadores sem modificações.
Nogueira também afirmou que o governo ainda estuda a
criação da contribuição que vai substituir o imposto
sindical, que deixou de ser obrigatório com a
reforma trabalhista. A medida tem apoio das centrais
sindicais do País. “O que nós estamos avaliando é
uma contribuição para subsidiar as despesas da
convenção coletivas, que é a contribuição dos
acordos coletivos. Não tem data ainda. Nós
pretendemos o quanto antes concluir o texto”,
comentou.
Audiências
O debate com Ronaldo Nogueira integra um conjunto de
audiências públicas que a Comissão de Fiscalização
Financeira vem fazendo neste ano com ministros do
governo Michel Temer.
Os ministros vêm falar sobre os projetos das suas
pastas. Já foram ouvidos os titulares dos
ministérios da Saúde (Ricardo Barros); Educação
(Mendonça Filho); Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (Gilberto Kassab); Minas e Energia
(Fernando Coelho Filho) e Planejamento (Dyogo
Oliveira).
O presidente da comissão, deputado Wilson Filho
(PTB-PB), informou que na próxima semana será ouvido
o ministro da fazenda, Henrique Meirelles.
Fonte: Agência Câmara

11/10/2017 -
FST marca ato do movimento de resistência às
reformas dia 27 em SP
A campanha nacional ‘Movimento Resistência - Por um
Brasil Melhor’, coordenado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), realiza em São Paulo no dia 27
de outubro (sexta) mais um ato contra as reformas
neoliberais do governo Temer. O protesto ocorrerá a
partir das 10 horas, na praça Ramos de Azevedo
(Teatro Municipal), região central da capital.
A manifestação foi definida nesta terça (10), em
reunião na sede da Federação dos Trabalhadores na
Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp). O
encontro reuniu cerca de 80 pessoas, entre
representantes das Confederações que integram o FST,
presidentes de Sindicatos e outras entidades de
classe.
O coordenador do Fórum, Artur Bueno de Camargo,
declarou que o ato é uma preparação da manifestação
geral marcada para 10 de novembro, dia que antecede
o início da vigência da reforma trabalhista.
“É fundamental agregarmos o maior número possível de
entidades. Ou nos unimos ou vamos ser massacrados
por esse presidente ilegítimo. Ao contrário do que
pensa, Temer está fazendo com que o movimento
sindical se unifique. Vamos ficar mais
fortalecidos”, declarou.
Após o protesto do dia 27, haverá reunião na Fetiasp
para a criação de um núcleo com dirigentes para
avaliação do ato e continuidade ao trabalho.
Assinaturas - Além das manifestações contra
as reformas implementadas pelo governo federal, o
Movimento Resistência organiza um abaixo-assinado
para colher 1 milhão de assinaturas a um projeto de
iniciativa popular para revogar a reforma
trabalhista.
“Quero dizer que não fomos derrotados na reforma,
porque não jogamos no campo que o Michel Temer
jogou, que é o campo da corrupção. Jogamos no campo
democrático. No campo da discussão. Queríamos
discutir uma reforma que realmente atendesse ao
País. Não fomos derrotados. O que houve foi uma
compra de votos”, declarou Artur.
Unidade - Os representantes das Confederações
demonstraram união em prol da classe trabalhadora
durante os debates da reunião.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura (CNTEEC), Oswaldo Augusto de Barros, o
momento é de buscar soluções. “Temos que nos
articular. Colher o maior número de assinaturas
possível. Fazer vários movimentos. É hora de pensar
na classe trabalhadora”, afirma.
A vice-presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Mônica Veloso,
disse que a entidade está mobilizando os
trabalhadores da base contra as reformas em todo o
País. “É hora de sensibilizar a juventude e as
mulheres que serão os maiores prejudicados”,
enfatiza.
O diretor da Confederação dos Servidores Públicos
Municipais (CSPM), Araken Lunardi, parabenizou o
Movimento de Resistência. “É uma ótima iniciativa.
Temos que mostrar que existe sim resistência contra
essas reformas impostas por Temer. Vamos obter cinco
milhões de assinaturas”, pontuou.
Fonte: Agência Sindical

11/10/2017 -
Indústria paulista gerou 2 mil vagas em setembro
A indústria paulista gerou 2 mil vagas de emprego em
setembro, 0,08% a mais do que em agosto, sem ajuste
sazonal. Este é o primeiro setembro positivo desde
2013, quando a taxa foi de 0,03% e o saldo de
profissionais contratados chegou a 1 mil.
Com ajuste sazonal, o número de empregos gerados
também subiu (5%), revela a Pesquisa de Nível de
Emprego do Estado de São Paulo, divulgada nesta
terça-feira (10) pela Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Segundo os dados da pesquisa, entre os 22 setores
acompanhados, cinco apresentaram resultado positivo,
seis ficaram estáveis e 11 negativos. Entre os
positivos, os destaques foram a indústria de
alimentos, que gerou 910 postos de trabalho, seguida
de confecção de artigos do vestuário e acessórios
(578). Entre os negativos os destaques foram coque,
derivados do petróleo e biocombustíveis (-560) e
produtos diversos (-497).
De acordo com o levantamento, que também apura a
situação de emprego nas grandes regiões do estado e
em 36 diretorias regionais do ciesp, a variação foi
positiva também na região metropolitana da capital
(0,01%) e no interior paulista (0,10%).
Entre as 36 diretorias regionais, 16 tiveram alta,
influenciada principalmente pelo setor de confecção
de artigos do vestuário (9,88%) e minerais não
metálicos (3,95%), em Santos (1,57%); por produtos
têxteis (2,08%) e confecção de artigos do vestuário
(0,80%) em Santa Bárbara d’Oeste (1,09%), e por
produtos alimentícios (2,20%) e máquinas e
equipamentos (0,88%), em Matão (0,86%).
Já entre os setores negativos a influência foi da
indústria de coque, petróleo e biocombustíveis
(-46,70%) e produtos alimentícios (- 0,77%), em Jaú
(-3,18%); de confecção de artigos vestuários (-
37,50%) e outros equipamentos de transporte (-
2,82%), em Jacareí; e artefatos de couro e calçados
(-1,25%), coque, petróleo e biocombustível (-1,08%),
em Araçatuba.
Fonte: Agência Brasil

11/10/2017 -
Pesquisa diz que 36% dos brasileiros com mais de 50
anos ainda trabalham
Pesquisa sobre o perfil de pessoas com 50 anos ou
mais indica que 36% estão presentes no mercado de
trabalho. Desses, 36% trabalham por conta própria,
32% são empregados do setor privado, 15% são
funcionários públicos, 9% são domésticos e 8%
empregadores. Os dados foram apresentados nesta
terça-feira (10), em São Paulo, pelo Instituto
Locomotiva.
Segundo o levantamento, 36% têm sua renda vinda da
aposentadoria e 51% dependem da renda do trabalho.
Entre os que estão no mercado de trabalho, 35% têm
medo do desemprego.
“No momento em que se discute a mudança da
aposentadoria, que os governantes se preocupem com a
empregabilidade das pessoas com 50 anos ou mais. Do
contrário, parece que eles são culpados pela
situação ruim que vivemos atualmente”, disse Renato
Meirelles, presidente do instituto.
Apesar de atuantes no mundo corporativo, 81%
acreditam existir preconceito contra os mais velhos.
Entre os entrevistados, 65% responderam que
trabalham mais que 30 horas semanais e 55% acreditam
que trabalham numa intensidade igual ou maior do que
anos atrás.
Na vida pessoal, 61% acreditam que a vida hoje está
melhor do que há 10 anos e 69% avaliam o Brasil como
ótimo lugar para se viver. Além disso, 47% viajam
igual ou mais que há 10 anos.
Saúde preocupa 70%
Entre o público na faixa etária acima de 50 anos, um
quarto tem plano de saúde. O estudo mostra ainda que
70% estão mais preocupados com a saúde atualmente do
que há 10 anos, 34% têm medo de ficar doente e 26%
admitem medo de morrer.
As pessoas com 50 anos ou mais movimentam R$ 1,6
trilhão por ano. “É o principal mercado consumidor
do nosso país, que vai comprar móveis, notebook,
tablet, fazer viagens nacionais e que não se enxerga
nas propagandas”, disse Meirelles. A pesquisa aponta
que 75% do público nessa faixa etária não se
identificam com jovens vistos em propagandas de
televisão e que 78% dos atores e figurantes têm
menos de 50 anos de idade.
A maioria (59%), acredita que paga muitos impostos e
79% avaliam que os impostos são muito mais altos do
que deveriam ser. Além disso, 77% preferem ter
melhores serviços do que pagar menos impostos.
Mundo digital muda a vida para melhor
A internet mudou para melhor a vida de 87% dos
internautas com 50 anos ou mais. Nos últimos oito
anos, o Brasil ganhou mais de 4 milhões de usuários
nessa faixa etária.
Participar de redes sociais é a maior preferência
desse público, com 98% de acessos ao Facebook e 40%
ao Whatsapp. O smartphone é preferência de 20% dos
mais velhos.
Fonte: Agência Brasil

11/10/2017 -
Registradas mais de três milhões de emissões de
carteiras de trabalho em 2017
Foram 243.182 mil trabalhadores a mais com o
documento, 8% superior ao mesmo período de 2016
As redes de atendimento do Ministério do Trabalho e
os conveniados foram responsáveis por 3.472.106
emissões de carteiras de trabalho até agosto deste
ano. Resultado 8% ou 243.182 mil superior ao mesmo
período de 2016.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirma que
as unidades do Ministério do Trabalho e as
conveniadas formam uma rede de atendimento
expressiva que possibilita uma boa cobertura
nacional com mais de 2.190 postos de atendimentos.
“Estamos empenhados em levar os serviços do
Ministério do Trabalho a todos os trabalhadores. Por
isso, é importante o apoio dos conveniados. Eles
possibilitam que todos os brasileiros, mesmo os que
estão mais distantes, tenham assegurado o seu
direito à carteira de trabalho e acesso aos outros
serviços oferecidos", enfatiza o ministro.
Para o ministro, o aumento das emissões de carteiras
de trabalho em período de dificuldade econômica
representa o otimismo dos trabalhadores na retomada
do emprego, que já vem ocorrendo no país.
"É um dado importante, pois nos mostra trabalhadores
confiantes na retomada do crescimento econômico e na
volta dos postos de trabalho, já que a carteira de
trabalho é o documento necessário para acesso ao
mercado de trabalho formal", observa o ministro.
Fonte: MTb

11/10/2017 -
Ministério do Trabalho terá manual de boas práticas
em conciliação trabalhista
O Ministério do Trabalho irá elaborar um manual de
orientação sobre como devem ser conduzidas as
mediações de conflito entre trabalhadores e
empregadores no Brasil, sindicalizados ou não. O
documento será distribuído às superintendências de
todos os estados brasileiros e se chamará Manual de
Boas Práticas em Conciliação Trabalhista.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reuniu-se
nesta terça-feira (10) com a Assessoria Técnica do
Ministério para tratar do tema. “Queremos
estabelecer normas para que a atuação do Ministério
do Trabalho nas situações de mediação seja a melhor
possível. E vamos trabalhar para que ela seja
uniforme em todo o país”, disse o ministro.
Para orientar as superintendências será realizado um
seminário nos dias 23 e 24 de novembro. O local
ainda será definido.
Fonte: MTb

11/10/2017 -
Juízes aprovam teses contrárias à aplicação da
reforma trabalhista
A reforma trabalhista é ilegítima tanto no sentido
formal quanto material, além de ser incompatível com
as convenções da Organização Internacional do
Trabalho. Essa é uma das teses aprovadas pelo
plenário de evento da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho que reuniu, nesta
segunda (9/10) e terça-feira (10/10), dez ministros
do Tribunal Superior do Trabalho, 344 juízes
trabalhistas, 70 auditores fiscais do trabalho, 30
procuradores e 120 advogados, entre outros
profissionais do Direito.
Os presentes se dividiram em oito comissões
temáticas e definiram propostas de enunciados sobre
as mudanças nas leis que regem as relações entre
patrão e empregado. As sugestões estão sendo
submetidas ao plenário de mais de 600 inscritos no
evento nesta terça. Entre as teses que já foram
aprovadas, há várias posições contrárias a pontos
centrais da Lei 13.467/17, que institui a reforma.
No primeiro dia do evento, ministros e
representantes de associações de profissionais da
área fizeram duras críticas à reforma e avisaram:
vários pontos da reforma não se tornarão realidade,
pois desrespeitam a Constituição Federal e tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário.
As propostas das comissões vão na mesma linha. A
ideia é que os enunciados aprovados pelo plenário
sirvam de parâmetro hermenêutico para a aplicação da
nova legislação. Aprovada pelo Congresso Nacional e
sancionada pela Presidência da República, a reforma
começa a vigorar em 11 de novembro, quando passará a
ser discutida pelos magistrados nos tribunais país
afora.
Um dos enunciados classifica como autoritária e
antirrepublicana qualquer tipo de pressão para que
os magistrados interpretem de maneira literal a nova
legislação, pois é competência do Judiciário
analisar os direitos do trabalhador caso a caso.
Vincular o cálculo da indenização por danos morais
ao salário é inconstitucional e é necessário que os
operadores do Direito trabalhista apliquem outras
normas do ordenamento jurídico que possam resguardar
o princípio da dignidade da pessoa humana, concordou
a maioria dos presentes.
A permissão para instituir jornada de trabalho de 12
por 36 horas mediante acordo individual viola a
Constituição Federal e também deveria ser proibida,
assim como a aplicação do regime complessivo para o
pagamento de feriados e prorrogação de jornada
noturna.
A vice-presidente a Anamatra, Noemia Porto, explica
que a maioria dos participantes considera que há
ampla inconvencionalidade na Lei 13.467/2017. A
magistrada lembra que no próprio relatório da
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos
Deputados constaram questões de
inconstitucionalidade com recomendação de vetos, que
não foram acolhidas.
“A maioria considerou que seria importante avançar
para outros horizontes e possibilidades
interpretativas da lei, diante da complexidade da
reforma e da independência funcional que marcam
essas carreiras”, completa. A reforma representa a
maior alteração da Consolidação das Leis do Trabalho
desde sua criação.
Ainda serão analisadas propostas de tese sobre as
dificuldades que a reforma poderia impor no acesso à
Justiça, prevendo que o trabalhador não seja
condenado ao pagamento de honorários sucumbenciais
em processos que já estejam tramitando. A questão do
acordado prevalecer sobre o legislado também será
discutida, entre outras questões.
Fonte: Consultor Jurídico

11/10/2017 -
MPF disponibiliza peticionamento eletrônico para
cidadão e advogados
O serviço visa receber requerimentos, respostas,
recursos e outras demandas que sejam vinculadas
a um procedimento específico, seja da área
administrativa ou seja da área extrajudicial
Agora o cidadão poderá solicitar informações sobre
procedimentos em andamento, assinar um Termo de
Ajuste de Conduta (TAC) ou encaminhar documentação
ao MPF por meio do sistema de peticionamento
eletrônico. Para isso é preciso acessar o Portal do
peticionamento eletrônico (https://apps.mpf.mp.br/spe),
preencher um cadastro e depois comparecer à
instituição para entregar os documentos pessoais
solicitados e receber, por e-mail, a senha para
acessar o sistema online.
Depois desse contato inicial não será mais preciso
enviar um documento físico via correio ou comparecer
presencialmente ao protocolo de uma unidade do MPF,
pois o envio de seu documento será no formato
eletrônico, bastando para isso a indicação do número
do procedimento em que deseja peticionar.
O serviço visa receber requerimentos, respostas,
recursos e outras demandas que sejam vinculadas a um
procedimento específico, seja da área administrativa
ou seja da área extrajudicial.
O cidadão ganha agilidade e maior transparência no
acompanhamento do seu documento, uma vez que poderá
fazer isso por meio do portal. Além disso, o cidadão
poderá assinar eletronicamente os documentos que
enviar ao MPF.
Essa é mais uma iniciativa do MPF para trabalhar de
forma digital visando reduzir gastos e dar maior
celeridade no trâmite dos seus procedimentos.
Com informações da Secretaria de Comunicação do MPF.
Fonte: Jusbrasil

10/10/2017 -
Se Constituição fosse respeitada, País estaria bem
melhor, diz Calixto
“A Constituição brasileira, chamada com acerto de
cidadã por Ulysses Guimarães, é boa. Os ataques que
estamos sofrendo hoje, por parte do Congresso
Nacional, decorrem da iniciativa própria dos
parlamentares e nada têm a ver com a Constituição”.
A afirmação de José Calixto Ramos foi feita à
Agência Sindical quinta, dia 5, por ocasião dos 29
anos da nossa Carta, completados naquela data.
Atual presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores e já à frente da CNTI (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria) à época da
Constituinte (1987-1988), Calixto Ramos chama
atenção para o respeito à Constituição. Ele afirma:
“Se o seu teor fosse respeitado, a situação do
Brasil seria muito mais equilibrada e nós não
precisaríamos passar por tantos desgastes, inclusive
em âmbito internacional”.
Diap - Calixto, cuja Confederação teve
atuação ativa no processo Constituinte, destaca o
papel do Diap (Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar). “Foi uma instituição de
fundamental importância, porque serviu como uma
espécie de correia de transmissão entre a
Constituinte e as entidades dos trabalhadores. A
própria manutenção da contribuição sindical decorreu
muito desse entendimento do Diap”, lembra.
Lado - O dirigente conta que os sindicalistas
não podiam entrar no recinto dos debates, mas a
assessoria do Diap estava sempre lá. Ele relembra:
“A gente ficava fora do plenário, mas o Diap podia
entrar e fazer essas discussões, gerando
entendimento para os textos que depois vieram
integrar a Constituição”.
Oposto - Para José Calixto Ramos, o Congresso
Nacional atual, a exemplo dos constituintes, também
faz leis, muda leis, reforma leis, substitui leis.
Mas o objetivo agora é outro. Ele critica: “Não é
mais no sentido de progredir, avançar e proteger.
Adotam agora o caminho do retrocesso e da proteção
total ao setor empresarial”.
Eleições - Na avaliação do presidente da Nova
Central, a mudança qualitativa no Congresso e nas
leis dependerá de melhoria na composição
parlamentar. Calixto orienta: “Precisamos eleger uma
bancada sindical maior e mais parlamentares que
dialoguem com as entidades. Se não, vamos ficar na
mão de políticos como esse relator (da reforma
trabalhista na Câmara) Rogério Marinho. Ele disse
que era questão de honra acabar com a contribuição
sindical”.
Fonte: Agência Sindical

10/10/2017 -
Fórum Sindical organiza protesto em São Paulo contra
‘reformas’ de Temer
A campanha nacional ‘Movimento Resistência - Por um
Brasil Melhor’, coordenado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), realiza nesta terça (10), a
partir das 9 horas, reunião na sede da Federação dos
Trabalhadores na Alimentação do Estado de São Paulo
(Fetiasp).
O encontro, que terá representantes das
Confederações que integram o FST e outras entidades
de classe, tem como pauta a organização do
lançamento da campanha contras as “reformas” do
governo Temer em São Paulo. Além disso, a reunião
vai debater como intensificar a coleta de
assinaturas em prol do projeto de lei de iniciativa
popular para revogar a reforma trabalhista.
A Agência Sindical falou com o coordenador do Fórum,
Artur Bueno de Camargo, que também preside a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Alimentação (CNTA Afins). “A ideia é fazer uma
reunião preliminar, como temos feito em todos os
Estados. Nossa intenção é sair deste encontro com
definição de data e local, para o ato de lançamento
da campanha em São Paulo. Estamos pensando em fazer
um grande protesto na capital paulista”, explica.
Lançado em setembro, o movimento já realizou
protestos em Rondônia, Mato Grosso do Sul e Minas
Gerais. Dia 3, o FST reuniu as Confederações em
Brasília, para fazer um balanço do trabalho
desempenhado nos primeiros 30 dias de atividade. Os
dirigentes também debateram a organização de um ato
unitário – possivelmente no dia 8 de novembro – para
a entrega das assinaturas ao projeto de lei na
Câmara dos Deputados.
Unidade - Para o secretário-geral do
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Jorge
Carlos de Morais (Arakém), o momento é de união de
todas as categorias, para enfrentar o desmonte da
legislação trabalhista.
"A situação pela qual o País está passando é grave.
Será ainda mais grave quando a reforma (trabalhista)
entrar em vigor, em novembro. Nós temos que unir
forças em torno do objetivo maior que é defender a
classe trabalhadora e o movimento sindical. Do
contrário, não teremos mais empregos decentes nem
quem defenda os trabalhadores. A luta é de todos
nós", afirma.
Fonte: Agência Sindical

10/10/2017 -
Aumento do trabalho informal debilita previdência e
assistência social
“Os dados só comprovam a denúncia que a CTB vem
fazendo de que as reformas têm como um dos seus
objetivos desmantelar a Previdência Social e
condená-la à privatização”, alertou o presidente da
CTB, Adilson Araújo, ao avaliar o impacto do aumento
do trabalho informal apresentados pela Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE.
O dirigente destaca que “a reforma trabalhista vai
minar a Previdência ao asfixiar suas fontes de
sustentação e impactando, negativamente, a saúde e a
sobrevivência de cerca de 4 mil municípios”.
O aumento do trabalho informal acende deverá
comprometer a sustentabilidade do regime
previdenciário. O número de trabalhadores fora do
mercado formal cresceu 2,6% nos últimos dois anos e
a taxa de informalidade é hoje a mais alta já
registrada pela série histórica da Pnad, do IBGE,
desde 2012.
Informações publicadas pela Secretaria de
Previdência do Ministério da Fazenda apontam que
72,5% da população ocupada com idade de 16 a 59 anos
está socialmente protegida pela previdência.
Dados Da Pnad de 2015 mostram que parte dos
desprotegidos, com capacidade contributiva, está no
mercado informal, principalmente em áreas como a
construção civil e serviços.
A pesquisa também alerta que a assistência social
pode ser ainda mais afetada. Com o avanço da
precarização os trabalhadores e trabalhadoras
informais de baixa renda poderão se enquadrar nos
requisitos do Benefício de Prestação Continuada
(BPC), que não exige contribuição ao longo da vida.
Junto com as rendas mensais vitalícias, esse
benefício social representou 0,8% do PIB em 2016. De
modo geral, idosos com mais de 65 anos ou pessoas
com deficiência podem ter acesso a um salário
mínimo, caso a renda por pessoa do grupo familiar
seja menor do que 1/4 do salário mínimo vigente.
Fonte: Portal da CTB

10/10/2017 -
MP que aumenta royalties da mineração será debatida
na quarta-feira
A comissão mista da Medida Provisória (MPV) 789/2017
promove na quarta-feira (11) audiência pública
interativa sobre a matéria, que aumenta os royalties
da mineração. A audiência terá início após a
apreciação de requerimentos pelo colegiado, marcada
para as 14h, na sala 6 da Ala Senador Nilo Coelho.
Para o debate, foram convidados o presidente do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), Luís Carlos de Oliveira; o
professor de Direito da Universidade Federal do Pará
(UFPA), Fernando Facury Scaff; o professor do
Instituto de Geociências da Universidade de Campinas
(Unicamp), Iran Ferreira Machado; o especialista em
Direito Minerário, William Freire; e a coordenadora
do Programa de Política e Direito Socioambiental do
Instituto Socioambiental, Adriana de Carvalho
Barbosa Ramos.
Deverão participar também do debate a
secretária-executiva da Associação Nacional dos
Municípios Sede das Usinas Hidrelétricas (Amusuh),
Terezinha Sperandio; a presidente do Consórcio dos
Municípios dos Corredores Multimodais do Maranhão (Comefc),
Karla Batista Cabral; o diretor do Centro de
Tecnologia Mineral (Cetem), Fernando Antonio Freitas
Lins; o ex-diretor geral interino do Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM), Telton Elber
Correa; e a assessora política do Instituto de
Estudos Socioeconômicos (Inesc), Alessandra Cardoso.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) é o presidente da
comissão mista, que tem como relator o deputado
Marcus Pestana (PSDB-MG).
Fonte: Agência Câmara

10/10/2017 -
Privatização do setor elétrico será discutida em
audiência nesta terça
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público realiza audiência pública nesta terça-feira
(10) para discutir a privatização do setor elétrico.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), que propôs o
debate, o recente anúncio do governo federal, da
adoção de uma política de privatizações no setor com
a venda de ativos da Eletrobras e a possível venda
de distribuidoras estaduais, deverá marcar o início
de uma fase que poderá trazer grandes prejuízos para
a população e para o País.
“Vários setores da sociedade concentram-se na luta
contra privatização, considerando que prejudicará a
população com aumento ainda maior de tarifas para os
consumidores; colocará em risco o fornecimento de
energia para os municípios do interior, já que uma
empresa privada visará exclusivamente o lucro e não
terá obrigações sociais com a população mais pobre;
aumentará o desemprego; sem contar a questão da
soberania nacional, já que permitiria a livre
entrada do capital estrangeiro”, disse Kokay, que é
coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do
Setor Elétrico Brasileiro.
O deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que também pediu a
audiência sobre o tema, destacou que o processo de
privatização "costuma ser peça-chave de programas de
ajuste fiscal, mas quando são analisados os
resultados do processo de privatização do setor
elétrico brasileiro da década de 1990, é possível
verificar a precarização dos serviços e das
condições de trabalho e o aumento das tarifas acima
dos índices de inflação”.
Convidados
Foram convidados para discutir o assunto com os
parlamentares:
- a representante do Coletivo Nacional dos
Eletricitários, Fabíola Latino Antezana;
- o vice-presidente da Federação Nacional dos
Urbanitários (FNU), Nailor Gato;
- o representante do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Gustavo Teixeira;
- o diretor-executivo suplente da Federação
Interestadual dos Sindicatos dos Engenheiros (Fisenge),
Gunter Angelokorte Dieéa; e
- representante do Ministério de Minas e Energia.
Participação Popular
A audiência será interativa e está marcada para as 9
horas, no plenário 12. Os cidadãos podem participar
enviando perguntas e comentários pelo e-Democracia.
Fonte: Agência Câmara

10/10/2017 -
Trabalhadores dos Correios aceitam proposta do TST e
voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (9)
As entidades representantes dos trabalhadores da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
informaram na sexta-feira ao vice-presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, ministro Emmanoel
Pereira, que as assembleias da categoria aceitaram a
proposta apresentada por ele na quarta-feira (4)
para encerrar o impasse que deu origem à greve,
deflagrada no dia 20/9. Os trabalhadores devem
retornar ao trabalho a partir de segunda-feira (9)
e, na terça-feira, o acordo deve ser homologado no
TST. “É a vitória do equilíbrio, da boa vontade e da
boa-fé”, afirmou o vice-presidente, que vem há meses
negociando com a categoria e a ECT.
Um dos principais pontos da proposta é o reajuste
salarial de 2,07%, equivalente ao Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) apurado nos 12 meses
anteriores a julho. O aumento, retroativo a agosto,
deve ser pago nas folhas de outubro e novembro. Dos
dias não trabalhados em função da greve, oito serão
compensados. Um aspecto bastante enfatizado pelo
vice-presidente é a manutenção das cláusulas sociais
do acordo coletivo anterior. A questão relativa ao
plano de saúde permanecerá em processo de mediação
no TST.
A solenidade de assinatura do acordo, a partir das
14h da terça-feira (10), será transmitida ao vivo
pelo canal do TST no YouTube.
Processo: DCG-1000135-77.2017.5.00.0000
Fonte: TST

10/10/2017 -
CSJT promove discussão sobre jurisdição voluntária
após a Reforma Trabalhista
A Vice-Presidência do Conselho Superior da Justiça
do Trabalho (CSJT) vai promover uma audiência
pública para discutir questões técnicas,
científicas, econômicas e sociais relativas à
realização de acordos trabalhistas extrajudiciais a
partir das alterações promovidas pela Lei
13.467/2017 (Reforma Trabalhista). A audiência será
no dia 25/10, das 14h às 18h, na sede do Tribunal
Superior do Trabalho (TST).
Segundo a nova lei, as Varas do Trabalho terão
competência para decidir quanto à homologação de
acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho (artigo 652, inciso IV, alínea
“f”, da Lei 13.467/2017). Contudo, até a entrada em
vigor da legislação, em 11/11, acordos
extrajudiciais firmados entre empregados e patrões
não têm sido reconhecidos judicialmente. A partir da
vigência, esses acordos firmados extrajudicialmente
serão permitidos e submetidos à homologação
judicial.
“Trata-se de uma mudança substancial no processo”,
afirma o vice-presidente do CSJT e do TST, ministro
Emmanoel Pereira. “A Lei, no que tange à jurisdição
voluntária trabalhista, não esmiuçou algumas
questões técnicas. Por isso, é necessário que
ouçamos especialistas com a finalidade de,
posteriormente, emitir nova resolução ou alterar a
vigente (Resolução 174/2016)”.
No encontro, os expositores abordarão a sistemática
de distribuição para homologação dos acordos
extrajudiciais e a necessidade de normatização
específica do tratamento estatístico desses acordos,
dentre outras questões. Outro tema a ser tratado é a
inserção, de forma viável e pertinente, da
jurisdição voluntária trabalhista no contexto dos
métodos de resolução adequada de disputas.
O credenciamento dos expositores poderá ser
realizado até 13/10, mediante inscrição no portal
eletrônico do CSJT.
Fonte: TST

10/10/2017 -
Febraban adia para 2018 recebimento de boletos
vencidos em qualquer banco
A possibilidade de pagar boletos vencidos com
valores abaixo de R$ 2 mil em qualquer banco foi
adiada para o próximo ano. A Federação Brasileira de
Bancos (Febraban) estendeu o prazo de implementação
do novo sistema por causa da grande quantidade
documentos bancários no país.
Em julho, a Febraban iniciou a implementação de novo
sistema de pagamento de boletos, de forma
escalonada. Na primeira etapa, os bancos passaram a
aceitar o pagamento de boletos vencidos com valores
a partir de R$ 50 mil. No mês passado, o valor
mínimo foi reduzido para R$ 2 mil. Ontem (9),
deveriam começar a ser recebidos em qualquer banco
os boletos vencidos a partir de R$ 500 e, segundo o
cronograma inicial, em novembro, haveria nova
redução para o valor mínimo de R$ 200. Em dezembro,
todos os documentos vencidos passariam a ser aceitos
em qualquer banco.
“Em função do volume elevado de documentos que irão
trafegar pelo novo sistema – cerca de quatro bilhões
de boletos por ano, montante comparável à capacidade
das grandes processadoras de cartões de crédito do
mundo – o setor bancário decidiu rever o cronograma
original, que previa a inclusão de todos os boletos
na Nova Plataforma de Cobrança já a partir de
dezembro”, disse a federação em nota.
As novas datas das próximas etapas do cronograma
serão divulgadas posteriormente.
Segundo a Febraban, o novo sistema garante o
registro de todos os boletos e o compartilhamento de
informações sobre emissores e pagadores pelos bancos
e por isso elimina o risco de pagamento em
duplicidade: quando um boleto é apresentado em algum
banco, o sistema informa se ele já tiver sido pago,
evitando novo pagamento por engano. “O novo sistema
reduz inconsistências de dados e permite a
identificação do emissor e do pagador do boleto,
facilitando o rastreamento de pagamentos e redução
das fraudes, fonte de preocupação permanente para
todo o sistema bancário”, destaca a entidade.
Fonte: Portal EBC

09/10/2017 -
O Movimento Resistência do FST organiza ato no Mato
Grosso contra a Reforma Trabalhista
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), parte
integrante do - Movimento Resistência por um Brasil
melhor - promoveu, quinta-feira (05/10), no
auditório do Hospital Regional de Cáceres/MT,
palestra sobre “Reforma Trabalhista e estratégias
para resistência”. Nailton Francisco de Souza
(Porreta), diretor de Comunicação da Nova Central
Nacional palestrou sobre o tema.
Durante sua exposição esclareceu que o FST em maio,
formalizou denúncia na OIT (Organização
Internacional do Trabalho) contra iniciativas do
presidente Michel Temer (PMDB), referente compras de
votos no Congresso Nacional para aprovar a Lei
13.467/2017 que retirou direitos dos trabalhadores
(as) e promove o desmonte do movimento sindical
brasileiro com o fim da Contribuição Sindical
compulsória.
Disse que por conta dessas medidas impopulares
adotadas por este governo, as pessoas de Norte a Sul
do Brasil passaram a dizer e reconhecer que
atravessamos múltiplas crises, que se divide em 5
etapas: Econômica; de Governo; Política; de Colapso
das Políticas Públicas e por fim de Convivência
Social.
De maneira detalhada, fez um breve histórico sobre
as etapas da reforma trabalhista, iniciadas no
governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello
que através do então ministro do Trabalho, Antônio
Rogério Magri propôs a extinção desta contribuição e
se cogitou modificar a estrutura sindical. E após
forte pressão dos Sindicatos a proposta foi
abandonada.
Ressaltou que nos mandatos FHC (Fernando Henrique
Cardoso) houve inúmeras transformações na legislação
trabalhista, que foram arrefecidas nos governos de
Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) e Dilma Rousseff.
“Nos governo de Lula e Dilma, a pauta
antitrabalhista foi para a geladeira. Só após a
posse definitiva de Temer, que se inicia a cruzada
para aniquilar as conquistas sociais e trabalhistas
obtidas ao longo dos anos”, afirmou Nailton.
Relatou que o movimento sindical já passou por
outros momentos difíceis, e agora sofre, com efeito,
3D: Desânimo, Desconfiança e Desesperança.
“Não só o movimento sindical como a população em
geral, infelizmente, enfrenta esta realidade. Por
isso lembro que nosso papel nunca foi fácil na
história e independente do governo de plantão é
necessário que estejamos preparados para enfrentar o
embate contra o capital e contra o poder econômico.
Precisamos ainda nos firmar como instituição
democrática e acima de tudo, com consciência de
classe”, concluiu.
O evento teve apoio da Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil (CSPB), da Nova Central, da
Federação Sindical dos Servidores Públicos e do
Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior,
ambos do Mato Grosso. No encerramento foi
distribuído o abaixo assinado, pró o Projeto de Lei
de Iniciativa Popular que visa revogar a reforma e
resguardar as leis de proteção ao trabalhador e o
contrato social resultante da Constituição de 1988.
Fonte: NCST

09/10/2017 -
Câmara começa a analisar nesta semana segunda
denúncia contra Temer
Em uma semana mais curta por causa do feriado de 12
de outubro, a Câmara dos Deputados começará a
análise da segunda denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o
presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução da
justiça e organização criminosa. A acusação de
organização criminosa é imputada também aos
ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da
Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
Por se tratarem de autoridades com foro
privilegiado, a denúncia só pode ser analisada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) com a autorização da
Câmara. A investigação só pode ocorrer se dois
terços dos 513 deputados votarem em plenário
favoravelmente à continuidade do processo na
Justiça.
Antes de ser analisada em plenário, a denúncia deve
passar pela Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) da Câmara. A primeira reunião da
comissão está marcada para a próxima terça-feira
(10), a partir das 10h, quando está prevista a
leitura do parecer elaborado pelo relator Bonifácio
de Andrada (PSDB-MG).
Após a apresentação do parecer, ainda na
terça-feira, os advogados dos três acusados poderão
se manifestar oralmente para expor os argumentos de
defesa contra a denúncia. Os membros da comissão
poderão pedir o prazo de duas sessões para analisar
o parecer e a manifestação dos acusados.
Plenário
Na pauta do plenário, consta uma medida
provisória que altera procedimentos administrativos
dotando o Banco do Brasil e a Comissão de Valores
Mobiliários, “de instrumentos mais efetivos de
supervisão e aplicação de penalidades” cometidas por
instituições financeiras.
Na sessão deliberativa de terça, o plenário pode
começar a discutir a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 134/2015, que institui cotas para
mulheres no Legislativo. A proposta passou pelo
Senado, já foi aprovada em duas comissões da Câmara
e aguarda, desde o ano passado, votação pelos
deputados em plenário.
A proposta chegou a ser pautada na última semana
entre as medidas de reforma política, mas permaneceu
pendente de votação. A sugestão de mudança
constitucional estabelece a reserva de 10% das vagas
das câmaras de vereadores de todos os municípios,
assembleias legislativas estaduais e da Câmara
Federal para candidatas mulheres.
Por se tratar de uma proposta de emenda à
Constituição, são necessários pelo menos 308 votos
favoráveis no plenário para que a PEC seja aprovada.
Segundo a relatora da proposta, deputada Soraya
Santos (PMDB-RJ), a maior parte da bancada feminina
da Câmara considera tímida a cota de 10%, quando
muitos países, entre os quais o Chile, já aprovaram
reservas de 30 a 40%. Soraya destaca, entretanto,
que a aprovação da PEC seria um passo importante
para acabar com a sub-representação feminina no
Parlamento e com a fraude de usar mulheres como
“laranjas” para ajudar a eleger homens.
Fonte: Agência Brasil

09/10/2017 -
Recursos residuais do imposto sindical vão financiar
combate ao trabalho escravo
As centrais sindicais, o Ministério do Trabalho, a
Advocacia-Geral da União (AGU) e a Caixa Econômica
Federal firmaram um acordo para aplicar parte de
recursos do imposto sindical no combate ao trabalho
escravo e infantil.
O acordo, intermediado pelo Ministério Público do
Trabalho, foi feito com base na devolução de
recursos do imposto sindical que deixaram de ser
repassados pelo governo federal a centrais
sindicais, federações e alguns sindicatos entre 2008
e 2015.
O valor da dívida ainda será contabilizado pelo
Ministério do Trabalho, mas as centrais informaram
que pretendem repassar 15% do que receberem para
ações de combate ao trabalho escravo e ao trabalho
infantil.
O acordo estabelece que é de responsabilidade do
Ministério do Trabalho, junto com a Caixa, fazer o
levantamento dos valores que não foram repassados às
entidades sindicais. O primeiro ato será a revogação
de uma portaria que paralisou a tramitação de cerca
de 500 processos de restituição.
Segundo o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, a
análise será retomada e a restituição obedecerá a
ordem cronológica para o pagamento. O governo também
vai elaborar, junto com as centrais, uma portaria
para disciplinar a forma de pagamento dos valores
retidos.
Fonte: Portal EBC

09/10/2017 -
Inflação para famílias de baixa renda tem menor taxa
em quase duas décadas
A inflação para as famílias de menor renda, entre um
e cinco salários mínimos, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou em
setembro praticamente estável ao registrar alta de
apenas 0,02%, assim como o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) também teve a menor alta
desde a deflação de 0,31%.
O índice é também inferior em 0,18 ponto percentual
ao IPCA, que mede a variação de preços para as
famílias com renda entre um e 40 salários e que
fechou setembro com alta de 0,16%. Os dados são do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Em setembro de 2016, o INPC registrou 0,08%.
Eles indicam que também as variações acumuladas pelo
INPC no ano e em 12 meses tiveram baixas recordes:
são as menores para o mês de setembro desde a
implantação do Plano Real. No ano, o acumulado foi
1,24%, bem abaixo dos 6,18% registrados em igual
período do ano passado; enquanto a dos últimos 12
meses fechou com alta de 1,63%, ficando abaixo do
1,73% registrado nos 12 meses imediatamente
anteriores.
Assim como no caso do IPCA, o resultado foi também
fortemente influenciado pela variação dos preços dos
produtos alimentícios, que tiveram queda de 0,57% em
setembro. Em agosto, o resultado havia sido de
-1,18%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com
variação de 0,22%, abaixo da taxa de 0,48% de
agosto.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e tem
praticamente a mesma metodologia do IPCA, embora
abrange uma faixa de renda diferente da outra
pesquisa.
Fonte: Agência Brasil

09/10/2017 -
Sindicatos criticam fechamento de agências de bancos
públicos em pequenos municípios
Representantes de entidades sindicais e deputados
que participaram de debate na Câmara apontaram
prejuízos à população com a extinção de agências
bancárias, principalmente para quem precisa de
financiamento agrícola ou recebe benefícios sociais
como o Bolsa Família
O presidente da Associação dos Empregados do Banco
da Amazônia, Sílvio Kanner Pereira Farias,
questionou nesta quinta-feira (5) o fechamento de
agências de bancos públicos. “O único sentido para a
retirada de agências bancárias das regiões carentes,
como as agências do Banco da Amazônia, é de
afastamento das prioridades previstas na política de
desenvolvimento nacional”, afirmou.
“A retirada de agências bancárias das regiões
carentes é o descumprimento da função de um banco. É
preciso ter uma política forte. É preciso ter
agências nos lugares em que a população mais
precisa”, continuou Farias, ao participar de
audiência pública na Comissão de Integração
Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da
Câmara dos Deputados.
O deputado Valadares Filho (PSB-SE), presidente da
comissão e um dos parlamentares que solicitaram o
debate, disse que os bancos públicos possuem funções
sociais determinantes para as regiões onde atuam.
“Eles são detentores de políticas do financiamento
agrícola e pagamento de Bolsa Família, por exemplo”,
declarou.
O diretor administrativo e financeiro da Federação
Nacional das Associações do Pessoal da Caixa
Econômica Federal, Clotário Cardoso, ressaltou que
os bancos públicos são indutores do desenvolvimento
nacional, regional e municipal. “Nos bancos
públicos, os investimentos possuem papel anticíclico
em períodos de crise econômica, além de ser uma
forma de opção eficiente e barata das políticas
públicas”, completou.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara

09/10/2017 -
Mesmo em recuperação, empresa deve quitar verbas
trabalhistas dentro de prazo
A recuperação judicial não impede que empresas
paguem obrigações trabalhistas, uma vez que a
atividade econômica permanece em continuidade. Assim
entendeu a 9ª Câmara do Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP) ao determinar
que uma fabricante de eletrodomésticos pague multas
por ter atrasado repasses a uma ex-funcionária.
A empresa havia sido condenada em primeiro grau por
ter descumprido dois dispositivos da CLT (artigos
467 e 477) que exigem o pagamento de indenizações e
das verbas rescisórias que são incontroversas.
Em recurso, a ré alegou que só deixou de quitar os
valores dentro dos prazos legais porque na mesma
época estava entrando em recuperação judicial:
assim, qualquer repasse deveria aguardar a aprovação
do plano pela assembleia de credores.
Já relatora do recurso ordinário, desembargadora
Thelma Helena Monteiro de Toledo Vieira, rejeitou os
argumentos. Ela disse que só massas falidas ficam
isentas das multas fixadas nos artigos 467 e 477 da
CLT, conforme a Súmula 388 do Tribunal Superior do
Trabalho.
Segundo a relatora, a recuperação em nenhum momento
“obsta a quitação de obrigações trabalhistas, uma
vez que a atividade econômica permanece em
continuidade e a empresa devedora não fica privada
da administração da empresa”.
A regra, afirma, é expressa no artigo 49, parágrafo
segundo, da Lei 11.101/2005, que regula a
recuperação judicial, extrajudicial e a falência. O
voto foi seguido por unanimidade. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRT-15.
0001546-43.2013.5.15.0018
Fonte: Consultor Jurídico

09/10/2017 -
MEC libera R$ 6,1 milhões para cursos de formação
profissional
O Ministério da Educação liberou R$ 6,1 milhões para
cursos de formação profissional de trabalhadores no
âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec). Os recursos serão
destinados para a conclusão dos cursos já em
andamento em cinco estados: Amazonas, Tocantins,
Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás.
Segundo o MEC, o público é formado por desempregados
que ainda estão recebendo o seguro-desemprego e
jovens aprendizes. Serão contempladas 4.480 pessoas
em 52 cidades, totalizando 72 formações.
Todos os cursos são de formação inicial e
continuada, ou seja, de qualificação profissional, e
oferecidos na modalidade presencial, entre eles, os
de assistente administrativo, eletricista
industrial, encanador, maquiador, padeiro e
recepcionista.
Fonte: Agência Brasil

09/10/2017 -
Câmara responsabiliza União por honorários de
peritos para beneficiários da justiça gratuita
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
aprovou, em caráter conclusivo, proposta do deputado
Carlos Manato (SD-ES) que responsabiliza a União
pelo pagamento de honorários periciais quando a
parte que perdeu a ação for beneficiária da
assistência judicial gratuita. O projeto (PL
2124/15) segue para análise do Senado.
O texto inclui artigo na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT - Lei 5.452/43), que atualmente
determina que a responsabilidade pelo pagamento dos
honorários periciais é da parte chamada de
sucumbente na ação – ou seja, que perdeu a ação.
Porém, já existe jurisprudência do Tribunal Superior
do Trabalho (TST) sobre a responsabilidade da União
pelo pagamento dos honorários de perito no caso de o
sucumbente ser beneficiário da assistência judicial
gratuita A ideia do autor é consolidar essa
jurisprudência em lei.
O parecer do relator, deputado Benjamin Maranhão (SD-PB),
foi favorável à proposta, com emenda para
aperfeiçoar a técnica legislativa. Ele destaca que a
Constituição determina que o Estado deverá prestar
assistência jurídica integral e gratuita aos que não
tiverem recursos suficientes para as demandas
judiciais.
“Daí que os ônus de qualquer perícia judicial
prestada aos comprovadamente desprovidos de recursos
financeiros devem ser suportados pelo Poder
Público”, conclui.
Fonte: Agência Câmara

09/10/2017 -
Finanças rejeita recolhimento retroativo de
contribuição previdenciária
A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou o
Projeto de Lei 2146/11, apresentado pelo ex-deputado
Eudes Xavier e outros oito parlamentares, que
permite ao trabalhador pagar retroativamente as
contribuições previdenciárias que deixou de recolher
por ter ficado desempregado. O texto rejeitado
altera as leis 8.212/91 e 8.213/91.
A rejeição foi pedida pelo deputado Julio Lopes
(PP-RJ), relator do projeto na Comissão de Finanças.
Lopes alegou que a proposta acarreta aumento de
despesas públicas e não contém medidas
compensatórias e nem a estimativa de impacto
orçamentário, como determina a Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) e
as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs). Também
não foi apresentada emenda adequando o texto às
normas legais.
Um ofício da Secretaria de Políticas de Previdência
Social, do Ministério do Trabalho, indica que a
aprovação do projeto, em 2016, elevaria as despesas
federais em R$ 118 milhões em 2017 e de R$ 83
milhões em 2018.
Tramitação
O parecer da Comissão de Finanças por inadequação
orçamentária é terminativo, ou seja, o projeto é
arquivado. No entanto, o deputado Carlos Zarattini
(PT-SP) apresentou um recurso para que a proposta
continue tramitando. O recurso precisa ser votado no
Plenário da Câmara. Até que isso aconteça, o projeto
terá a tramitação interrompida.
Fonte: Agência Câmara

09/10/2017 -
Processos recebidos na Justiça do Trabalho já são
100% eletrônicos
A Justiça do Trabalho está 100% eletrônica. O marco
foi alcançado nesta sexta-feira (6), com a
inauguração do Sistema do Processo Judicial
Eletrônico (PJe) nas Varas de Abaetetuba (PA) - as
duas últimas que, até então, não contavam com a
tecnologia. O presidente do Tribunal Superior do
Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho (CSJT), ministro Ives Gandra da Silva
Martins Filho, fez questão de comparecer ao
município para celebrar a conquista.
Para o ministro, é um momento histórico. “Há cinco
anos e dez meses atrás, inaugurávamos a primeira
Vara do Trabalho totalmente informatizada em
Navegantes (SC), e agora, concluindo a instalação do
sistema aqui em Abaetetuba, conseguimos fazer com
que neste país de dimensões continentais se torne
pequeno, porque estaremos ‘conversando’, através do
Pje, com advogados, juízes, procuradores e com a
sociedade”, afirmou, lembrando o pioneirismo da
Justiça do Trabalho na entrada do Judiciário na era
digital. “Isso só foi possível graças ao esforço de
muitos”, assinalou, destacando o papel do comitê
gestor nacional do PJe.
Segundo o presidente do TST, o Pje tem a virtude de
reduzir distâncias. “Aqui, agora, inauguramos o
sistema com uma petição. Essa petição poderia ter
sido assinada em qualquer lugar. Nós hoje falamos a
mesma linguagem em todo o Brasil", destacou.
Dificuldades
A presidente do Tribunal Regional do Trabalho a 8ª
Região, desembargadora Suzy Elizabeth Cavalcante
Koury, lembrou os obstáculos enfrentados pelo
Regional para a instalação do sistema em toda a sua
jurisdição, devido às longas distâncias, à
dificuldade de acesso e à falta de infraestrutura, e
ressaltou o empenho do CSJT para que se chegasse a
esse marco. “Foi preciso muita compreensão e apoio,
porque nossa Região é difícil”, afirmou. “Em
determinados lugares não havia internet, tivemos que
consegui-la, alugando ou fazendo convênios com o
Governo do Estado. Sem o apoio do CSJT e do Comitê
Gestor, não teríamos conseguido inaugurar o sistema
nessas Varas aqui hoje”.
A desembargadora observa que, no Pará, a chegada do
Pje tende a melhorar as comunicações do local e a
facilitar o acesso à internet de mais qualidade. ““É
o futuro que chegou a Abaetetuba”, assinala. “Os
advogados terão condições de acessar mais facilmente
os processos, onde quer que estejam, vão poder
peticionar quando quiserem, receber intimações,
etc.”.
O esforço para superar as dificuldades de
infraestrutura também é ressaltado pelo coordenador
nacional do PJe na Justiça do Trabalho e juiz
auxiliar da Presidência do TST e do CSJT, Fabiano
Coelho de Souza. “O esforço do TRT-8 para vencê-las
marca a união de toda a Justiça do Trabalho em torno
do projeto”, afirma.
Progresso
Abaetetuba é um município do Nordeste do Pará, a cerca
de 120km de Belém, fundada em 1724 e com
aproximadamente 153 mil habitantes. Instaladas em
1973 e 2006, respectivamente, a 1ª e 2ª Varas de
Abaetetuba, que têm jurisdição também em Baião,
Barcarena, Cametá, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru,
Mocajuba, Moju e Muaná, receberam, em 2016, 3.568
processos. A partir de agora, a tramitação será
totalmente eletrônica, dispensando papel,
economizando energia e tornando a rotina de
advogados e do jurisdicionado mais rápida e menos
burocrática.
Os ganhos da conquista tecnológica, no entanto, vão
além do âmbito judiciário. “Além do marco histórico,
trazer a presença do Estado gera uma reação em
cadeia de desenvolvimento para a cidade”, assinala
Maximiliano Carvalho, integrante da coordenação
nacional do PJe na Justiça do Trabalho e juiz
auxiliar da Presidência do TST e do CSJT. “Só em
função do PJ-e é que a cidade tem agora um cabo
ótico que traz internet de alta velocidade”.
A infraestrutura, explica o juiz, vai beneficiar
toda a população, que terá mais acesso à informação,
à educação (ainda que a distância), a outros
serviços do Estado, como FGTS, dados da Previdência,
e-Social e alguns serviços de cartório. “A presença
do Estado é o maior benefício que a Justiça do
Trabalho está trazendo especialmente para a
população de Abaetetuba”, afirma.
Vantagens
Além da economia de recursos naturais, a utilização do
processo eletrônico melhora o cotidiano de quem o
utiliza, principalmente para aqueles que moram em
cidades distantes da sede da Vara do Trabalho. O
acesso é feito por qualquer computador ligado à
internet, dispensando o advogado de se deslocar com
centenas de páginas impressas para ajuizar a ação ou
recursos na Vara ou Tribunal, aumentando a
produtividade e racionalizando o tempo.
Só em papel a economia representa, nacionalmente,
mais de R$ 10 milhões por ano, fora a diminuição de
impressões, cartuxos de tintas e grampos. A economia
em gastos com gasolina e veículos também é grande,
já que antes o transporte dos processos era feito de
forma física.
No Brasil, mais de 12 milhões processos tramitam
especificamente pelo Processo Judicial Eletrônico na
Justiça do Trabalho. São aproximadamente 450 mil
advogados, 42 mil servidores e 4,7 mil magistrados
que utilizam o sistema.
Fonte: Agência Câmara

06/10/2017 -
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL - Ministério e centrais firmam
acordo sobre saldo residual
Termo de mediação prevê destinação de parte dos
recursos para ações de combate ao trabalho infantil
e ao trabalho escravo
O ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, participou
na manhã desta quinta-feira (5) de uma reunião com
as centrais sindicais, mediada pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT), para sanar questões
referentes a recursos aferidos a partir da
contribuição sindical, não distribuídos às
entidades. Na audiência, realizada na sede do MPT em
Brasília, foi firmado um termo de mediação com os
ritos de atuação do Ministério do Trabalho e das
centrais sindicais.
Ronaldo Nogueira destacou o importante papel
desempenhado pelo MPT na mediação do conflito. “As
centrais sindicais apresentaram suas reivindicações
e ocorreu certo litígio sobre a destinação dos
recursos oriundos do resíduo de saldo de
contribuições sindicais. A mediação trouxe
pacificação do entendimento, dentro dos parâmetros
de legalidade. Iniciativas como esta têm de ser
incentivadas e valorizadas”, afirmou o ministro.
Histórico – Na ocasião do recolhimento da
contribuição sindical, por parte de empresas, no
período de 2008 a 2015, ocorreram erros no
preenchimento de códigos identificadores das
entidades de representatividade. Por essa razão, os
recursos recolhidos permaneciam em conta específica
do Ministério do Trabalho, resultando no resíduo
hoje requerido pelas centrais sindicais.
No termo assinado nesta quinta-feira está prevista a
formação de um Grupo de Trabalho (GT) responsável
pela edição de uma portaria contendo os ritos para
aferição de recursos e sua devida destinação. Esse
GT deverá incluir, no mínimo, um representante de
cada central sindical, um representante da Caixa
Econômica Federal e um representante da Advocacia
Geral da União, a serem indicados pelas
instituições. Ficou definido o dia 28 de outubro
para publicação da portaria.
Em relação ao saldo residual de contribuição, seus
beneficiários, quando identificados, receberão os
valores devidos; quando não identificados, os
recursos deverão ser divididos proporcionalmente
entre as entidades de representação. Outra medida
decidida foi a revogação de ato normativo que
suspendia a análise de processos de pedidos de
restituição de contribuição sindical, retomando o
curso de processos em ordem cronológica de
representação. Cerca de 500 processos terão seu rito
de análise retomado.
Destinação de recursos – Parte importante do acordo
se deu em atendimento a uma solicitação do MPT. As
centrais sindicais concordaram em destinar 15% do
valor do saldo residual da contribuição sindical a
programas de erradicação do trabalho infantil e
ações de combate ao trabalho escravo.
“O grande ganho desta mediação foi a destinação de
parte dos recursos para ações de combate ao trabalho
escravo e ao trabalho infantil”, afirmou Ronaldo
Nogueira, que destacou ainda o acolhimento da
proposta do MTP pelas entidades. “É necessário
enaltecer o gesto das centrais sindicais, que abrem
mão de recursos que eram de direito para o
investimento em programas que são importantíssimos
para o país”, salientou o ministro.
Participaram da audiência representantes da
Advocacia Geral da União e da Caixa Econômica
Federal.
Fonte: MTb

06/10/2017 -
FST promove nesta sexta (6) ato em Teresina (PI)
contra as ‘reformas’
O Movimento Resistência - Por um Brasil Melhor,
lançado no início de setembro pelo Fórum Sindical
dos Trabalhadores (FST) – que congrega 22
Confederações, realiza nesta sexta (6) ato na
capital do Piauí. A campanha nacional tem a intenção
de barrar o avanço das “reformas” de Temer e o
desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O evento inclui coleta de assinaturas para o projeto
de lei de iniciativa popular, que prevê a revogação
da reforma trabalhista.
Em entrevista à Rádio Web Agência Sindical, Artur
Bueno de Camargo Junior, vice-presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Alimentação (CNTA Afins), falou sobre a repercussão
do movimento.
"É importante dizer que esses atos que fazemos
marcam o início das atividades em cada região. Nós
montamos comitês locais, para que as ações na base
não parem. Nos dois primeiros eventos, em Porto
Velho e Campo Grande, o retorno foi excelente.
Trabalhadores e população começam a entender como
essa reforma irá prejudicar a todos", diz Artur.
Segundo o dirigente é preciso combater a reforma de
todas as maneiras. "A hora é de resistir. Essa lei
nos foi imposta por esse governo ilegítimo, a
serviço do capital. Não houve diálogo, não houve
debate. Os trabalhadores e o movimento sindical, que
serão os mais prejudicados, não foram ouvidos e não
tiveram nenhuma chance de se manifestar. Então é
desobediência civil. Vamos pagar com a mesma moeda a
aprovação dessa lei", afirma Artur.
Balanço - Na terça (3), o FST reuniu em
Brasília várias Confederações, a fim de avaliar o
trabalho desempenhado pelo Movimento nos primeiros
30 dias de atividade. Nesse período, ocorreram ações
em Rondônia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os
dirigentes também debateram a organização de ato
unitário – possivelmente no dia 8 de novembro – para
a entrega das assinaturas na Câmara dos Deputados.
São Paulo - Na próxima terça (10), às 9
horas, haverá reunião na sede da Federação dos
Trabalhadores na Alimentação do Estado de São Paulo
(Fetiasp). Na pauta, a organização do ato na capital
paulista.
"Quero fazer um convite a todas as categorias
indiscriminadamente, para que compareçam a esse
encontro. Vamos definir data, horário e local da
grande manifestação que faremos na cidade. Por isso
estamos chamando todo o movimento sindical",
ressalta Artur Junior.
Fonte: Agência Sindical

06/10/2017 -
Câmara e Supremo assinam acordo para regulamentação
de dispositivos constitucionais
O presidente da Câmara informou que criará uma
comissão, que incluirá deputados constituintes em
1988,
para analisar projetos prioritários que busquem
suprir omissões
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministra Cármen Lúcia, assinaram nesta quinta-feira
(5) protocolo de intenções para regulamentação de
dispositivos constitucionais.
O evento marcou o início das comemorações dos 30
anos da Constituição, a serem completados em 5 de
outubro de 2018. Participaram o presidente do
Senado, Eunício Oliveira; ministros do Supremo; a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge; e
vários parlamentares.
Alguns dos presentes foram constituintes, como os
deputados Átila Lira (PSB-PI), Benito Gama (PTB-BA),
Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), Miro Teixeira (Rede-RJ),
Paes Landim (PTB-PI), Roberto Balestra (PP-GO),
Roberto Freire (PPS-SP) e Simão Sessim (PP-RJ).
Também participou Mauro Benevides (PMDB-CE), que,
como senador, foi vice-presidente da Constituinte e
hoje é deputado suplente.
Comissão
O presidente da Câmara informou que criará uma
comissão para analisar projetos prioritários que
busquem suprir omissões ainda não regulamentadas no
texto constitucional. Ele também defendeu que os
deputados que foram constituintes tenham
participação ativa nesse colegiado, devido à
experiência acumulada.
Maia afirmou que a regulamentação vai permitir a
consolidação e a efetivação de direitos
constitucionais. “Trabalhar pela efetividade da
Constituição é trabalhar pela realização da vocação
democrática e inclusiva no Brasil”, disse. “Fora da
política não haverá solução para o País.”
Eficácia
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou
que a regulamentação dos dispositivos
constitucionais tornará as leis mais eficazes,
evitando ainda recursos ao Judiciário para resolver
omissões. “Acreditar na Constituição é acreditar no
Brasil e na democracia”, disse.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou
que as comemorações dos 30 anos da Constituição
mostram que as instituições funcionam no País. Ele
defendeu uma vigília permanente em defesa do texto
constitucional.
Fonte: Agência Câmara

06/10/2017 -
Parecer na CCJ sobre denúncia contra Temer e
ministros deve ser lido na próxima terça-feira
Como é esperado um pedido de vista – com prazo de
duas sessões do Plenário –, a discussão na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
só deve começar na semana seguinte
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG),
anunciou nesta quinta-feira (5) que o relatório do
deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) sobre a
denúncia contra o presidente da República, Michel
Temer, deve ser lido na próxima terça-feira (10) a
partir das 10 horas.
Logo após a leitura do parecer as defesas e Temer e
dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira
Franco (Secretaria-Geral), acusados no mesmo
processo (SIP 2/27), terão direito a tempo igual
para expor seus argumentos.
Como é esperado um pedido de vista – com prazo de
duas sessões do Plenário –, a discussão da denúncia
na CCJ só deve começar na semana seguinte, na
terça-feira (17).
Cada integrante da comissão – 66 titulares e 66
suplentes – terá 15 minutos para falar. Deputados
não membros poderão discutir por 10 minutos cada um,
até o número máximo de 20 favoráveis e 20 contrários
ao parecer do relator.
Na primeira denúncia contra Temer, a discussão na
CCJ levou dois dias inteiros. A votação do parecer
aconteceu no segundo dia. Por acordo, a votação da
segunda denúncia não ocorrerá durante a madrugada.
Denúncia
Segundo a Procuradoria-Geral da República, Temer e
políticos do PMDB, entre eles Eliseu Padilha e
Moreira Franco, participaram de um suposto esquema
com objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos
da administração pública. O Supremo Tribunal Federal
pede à Câmara autorização para processar Temer e os
ministros pelos crimes de organização criminosa e
obstrução da Justiça.
Caberá à CCJ votar o parecer sobre o caso, elaborado
pelo relator Bonifácio de Andrada. Independentemente
desse parecer, o Plenário deverá decidir se autoriza
ou não a abertura de processo no STF contra Temer,
como determina a Constituição.
Fonte: Agência Câmara

06/10/2017 -
Projeto que exclui despesas com saúde da
contribuição ao INSS está na pauta da CAS
Em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o
projeto de lei do Senado (PLS) 216/2011, do senador
Eunício Oliveira (PMDB-CE), altera a Lei Orgânica da
Seguridade Social para estabelecer que não integra o
salário de contribuição da Previdência o valor
relativo à assistência prestada por serviço médico
ou odontológico, próprio da empresa ou por ela
conveniado, inclusive o reembolso de despesas com
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
despesas médico hospitalares e outras similares.
A relatora, senadora Lídice da Mata (PSB-BA),
argumenta que a Justiça do Trabalho não considera os
gastos com saúde como remuneração do trabalhador,
“sendo plenamente justificável que a legislação
previdenciária siga a mesma orientação”.
Fonte: Agência Senado

06/10/2017 -
Trabalhadores reclamam de desamparo após acidente em
serviço
Audiência discutiu impasse gerado quando
trabalhador sofre acidente no trabalho,
o INSS avalia que ele pode retornar ao trabalho,
mas a empresa não o recebe de volta
Trabalhadores lesionados reclamaram ontem, em
audiência pública na Câmara, da falta de amparo
quando o funcionário sofre algum tipo de acidente no
trabalho, o INSS avalia que o cidadão ainda tem
condições de trabalhar, mas a empresa diz que ele
não tem condições de voltar a exercer sua função.
Quando nem a Previdência assume o trabalhador
lesionado para receber o seguro social e nem a
empresa aceita essa pessoa de volta, alegando que
ela ainda não tem condições de trabalhar, o
funcionário fica num “limbo previdenciário”.
O analista de políticas sociais da Secretaria da
Previdência, do Ministério da Fazenda, Orion Sávio
Santos de Oliveira, reconhece que o limbo existe,
mas afirma que a responsabilidade é da empresa que
tem de receber o trabalhador que foi habilitado pelo
INSS. "O perito do INSS tem soberania para julgar a
incapacidade ou não para fins de concessão de
benefícios previdenciários", afirmou Oliveira
durante debate promovido pela Comissão de Defesa dos
Direitos das Pessoas com Deficiência.
2 milhões de lesionados
Segundo o vice-presidente da Associação em Defesa dos
Lesionados no Trabalho, Fábio da Silva, há 2 milhões
de trabalhadores nessa situação no Brasil. Ele mesmo
faz parte desse grupo e conta que já está há 8 meses
sem receber o benefício do governo e sem poder
voltar para a empresa em que trabalhava. "A empresa
não me quer lá, o INSS não me dá o benefício. Isso é
uma covardia! O Ministério do Trabalho não faz a
parte dele de fiscalizar [as empresas] e o INSS nem
sequer me dá a oportunidade de me reabilitar",
reclama.
“A secretaria de inspeção do trabalho tem programas
de inspeção para análises de segurança dos ambientes
de trabalho, mas infelizmente a gente não consegue
atender toda a demanda da população brasileira. A
crítica é justa”, lamenta a auditora fiscal do
trabalho, da Secretaria de Inspeção do Ministério do
Trabalho, Fernanda Di Cavalcanti.
Ela lembra que o Brasil tem menos da metade de
profissionais necessários para a realizar o trabalho
de fiscalização. Segundo a Organização Internacional
do Trabalho (OIT), o País deveria ter 6 mil
auditores do trabalho, mas atualmente há apenas
2.370 inspetores para fiscalizar cerca de 7 milhões
de estabelecimentos.
Além disso, Fernanda Di Cavalcanti afirma que muitas
empresas se negam a receber os profissionais
reabilitados e a participar do processo de
reabilitação deles.
Associação em Defesa dos Lesionados no Trabalho
pediu aos parlamentares a criação de parcerias para
a reabilitação desses trabalhadores e a revogação da
Lei 13.457/17, que alterou a concessão de benefícios
do INSS.
Já o deputado Assis do Couto (PDT-PR), que solicitou
a audiência pública, disse que a comissão vai tentar
retomar um grupo de trabalho para a reabilitação
integral, cuja criação estava prevista num decreto
presidencial de 2016, mas que ainda não foi posto em
prática.
"Num momento de alto desemprego, de queda da
economia, essas questões tendem a se alarmar. Nosso
compromisso aqui é primeiro ver o que a gente pode
alterar na legislação e pedir ao Ministério do
Trabalho, da Fazendo que reconstitua esse grupo de
trabalho".
Fonte: Agência Câmara

06/10/2017 -
Comissão do Senado aprova fim da estabilidade para
servidores públicos nos primeiros cinco anos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
aprovou, nesta quarta-feira (4), a proposta que
acaba com a estabilidade no serviço público para
servidores com baixo desempenho nas atividades
desenvolvidas. Relator do projeto de lei que, na
prática, acaba com a vitaliciedade no serviço
público, o senador Lasier Martins (PSD-RS) defendeu
a mudança e ressaltou que o texto foi amplamente
debatido. “Nós debatemos com profundamente com a
área legislativa e constatamos que não há nenhuma
inconstitucionalidade”, afirmou. A matéria já passou
por audiências públicas e foi submetida a consulta
pública no site do Senado.
Na Casa, o texto ainda passará pela Comissão de
Assuntos Sociais, Comissão de Direitos Humanos e
Comissão de Transparência e Governança antes de
seguir para o plenário do Senado. De natureza
complementar, a matéria regulamenta o artigo 41,
parágrafo primeiro, da Constituição. Esse
dispositivo já determina que o servidor estável – já
transposto o período de três anos de estágio
probatório – fica sob risco de perder seu posto de
concursado em caso de resultado insatisfatório
“mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa”. O que o texto em discussão promove é
a definição de normas mais específicas para a
execução de tais testes, com pontuação por
desempenho.
Um dos defensores da matéria, o senador Armando
Monteiro (PTB-PE) frisou que “para merecer a
proteção da estabilidade é preciso que do ponto de
vista social se justifique através da avaliação”.
Em seu parecer, Lasier flexibilizou a redação
concebida por Maria do Carmo (DEM-SE), por exemplo,
ao dobrar o período de testes a que o servidor
concursado com desempenho considerado insuficiente
deverá ser submetido – em vez de exame a cada seis
meses, o senador propôs sabatina anual. O senador
também aumentou de um para três o número de
avaliadores – no primeiro texto, a tarefa cabia
apenas ao chefe de departamento, situação que
poderia suscitar casos de perseguição.
De acordo com a proposta aprovada, essa espécie de
banca examinadora passaria a contar com um
profissional de nível e setor equivalentes ao do
servidor examinado e outro do departamento de
recursos humanos. Segundo Lasier, trata-se de um
mecanismo de aprimoramento do funcionalismo com o
máximo de garantias ao servidor estável – eles
terão, de acordo com o relatório, até cinco anos
para tentar se aperfeiçoar e, em caso de êxito,
reverter a desconfiança em torno de sua proficiência
profissional. Caso a situação não mude depois de
todo esse período, destaca Lasier, o servidor deve
ser submetido ao processo de exoneração.
Entre outras providências, o texto fixa uma escala
de notas de desempenho para avaliar servidores
considerados pouco produtivos. Esse funcionário
poderá ser demitido, segundo o relatório de Lasier,
caso não alcance nota superior a 2,9, em dois anos
de avaliação, ou maior que 4,5, em cinco anos. Os
efeitos da legislação proposta valem para União,
estados, municípios e Distrito Federal.
Fonte: Congresso Em Foco

06/10/2017 -
Adolescente consegue indenização decorrente de
estabilidade para gestante em contrato de
aprendizagem
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
admitiu o recurso de uma adolescente contratada como
aprendiz pela Camp Pinheiro Centro Assistencial de
Motivação Profissional, em São Paulo, capital, para
deferir o pagamento de indenização equivalente à
estabilidade provisória da empregada gestante. Na
função de assistente administrativo, ela ficou
grávida sete meses antes do fim do contrato de
aprendizagem.
A decisão da Turma reforma acórdão do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), que julgou
improcedente o pedido de indenização por entender
que o contrato de aprendizagem é “diferenciado e tem
caráter educativo”. Segundo a decisão, o contrato de
aprendizagem, regido pela Lei 10.097/2000, “não é um
contrato comum de trabalho em que o empregador tem
liberalidade para contratar. Ao contrário, o
empregador, por uma imposição legal, é obrigado a
manter nos seus quadros a função de aprendiz”. O
Regional entendeu também que o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) “visa primordialmente o caráter
educativo ao invés do aspecto produtivo”, e
equiparar o contrato de aprendizagem ao de emprego
“viola não só o ECA, mas também a Lei do Aprendiz”.
No recurso ao TST, a aprendiz alegou que a previsão
constitucional, para fins de concessão da
estabilidade à empregada gestante, não estabeleceu
distinção entre contratos a prazo determinado ou
indeterminado. Sustentou ainda que a decisão do TRT
contrariou a Súmula 244 do TST, que garante a
proteção à gestante também em contratos por prazo
determinado.
A ministra Maria Helena Mallmann, relatora do
recurso, assinalou que as normas relativas à
estabilidade gestante são normas de ordem pública,
que visam amparar a saúde da trabalhadora e proteger
o nascituro, garantindo o seu desenvolvimento a
partir da preservação de condições econômicas
mínimas necessárias à tutela da sua saúde e de seu
bem-estar. “Portanto, não poderia a empregada, mesmo
contratada como aprendiz, sequer dispor desse
direito”, afirmou.
Para Mallmann, o Regional não poderia chegar a uma
interpretação contrária a um dos fundamentos da
República – a dignidade da pessoa humana – “neste
caso, do nascituro”. A decisão foi unânime.
Processo: AIRR-1977-38.2014.5.02.0072
Fonte: TST

05/10/2017 -
Avançam junto a Temer e Maia tratativas para projeto
de lei do custeio sindical
Crescem as possibilidades de restabelecimento do
custeio sindical, cortado pela reforma trabalhista,
cuja lei entra em vigor dia 11 de novembro. As
tratativas, pilotadas pelo deputado Paulo Pereira da
Silva (SD), o Paulinho da Força, incluem conversas
com o presidente Temer e também Rodrigo Maia,
presidente da Câmara, além de lideranças
partidárias.
Ontem, dia 3, o assunto avançou. Primeiro, durante
encontro informal com Maia. Depois, por volta das 11
horas, em reunião oficial com Temer, no Palácio do
Planalto. A promessa do governo é de regulamentação
da Contribuição de Negociação Coletiva, com envio do
projeto no prazo de 15 dias.
Estiveram com Temer, além de Paulinho, o
secretário-geral da Força Sindical João Carlos
Gonçalves (Juruna), Sergio Luiz Leite (Serginho),
presidente da Federação dos Químicos do Estado de
SP, e Paulo Ferrari, que preside o Sindicato dos
Trabalhadores em Edifícios de São Paulo. O ministro
Antônio Imbassahy, ministro-chefe da Secretaria de
Governo, participou da reunião.
Juruna - A Agência Sindical conversou com
Juruna. Sua fala:
Custeio - “Explicamos ao presidente que a
falta de um mecanismo que garanta o custeio trará
graves dificuldades não só para a ação sindical, mas
também quanto à própria sobrevivência de muitos
Sindicatos”.
Urgência - “Ficou tratado que a matéria será
encaminhada por meio de PLC - Projeto de Lei
Complementar - em caráter de urgência urgentíssima.
Daí a importância de se conversar com Rodrigo Maia e
os presidentes de partidos, para não descuidarmos da
tramitação da matéria no Congresso Nacional”.
Conteúdo - “O que conversamos sobre o
eventual PLC é que seu conteúdo tratará apenas da
questão do financiamento sindical”.
Validade - “Uma vez aprovada em assembleia, a
taxa da Contribuição será devida por toda a
categoria, como se faz num condomínio”.
Distribuição - “O esboço do futuro projeto
prevê a distribuição dos recursos também para o
sistema sindical, ou seja, Federações e
Confederações”.
Fonte: Agência Sindical

05/10/2017 -
Paim espera que reforma da Previdência seja feita
pelo próximo governo
Em pronunciamento nesta quarta-feira (4), o senador
Paulo Paim (PT-RS) comentou uma carta que ele
recebeu da Confederação das Mulheres do Brasil,
mostrando o descontentamento das brasileiras em
relação às reformas Trabalhista e da Previdência.
Na carta, a instituição relata ao senador que está
apreensiva com a aplicação da lei a partir de 6 de
novembro, especialmente no que se refere à perda de
direitos dos trabalhadores e ao desmonte da
Previdência Social.
Paulo Paim ressaltou que, ao contrário do que
aconteceu, as reformas sempre são feitas no início
dos mandatos, que podem ser renovados ou não,
mediante o voto popular.
Ao concordar com a posição da Confederação das
Mulheres, o senador declarou que não tem o objetivo
de fazer oposição a nenhum governo especificamente,
porque vem tratando desses temas ao longo dos
últimos 20 anos.
— Eu tenho dito a elas que espero que a reforma da
Previdência não aconteça este ano e que o governo
eleito, com a força das urnas, pelo voto popular,
seja qual for o resultado, e um novo Congresso
também, que eles possam então, daí sim, aprofundar o
debate sobre a Previdência.
Fonte: Agência Senado

05/10/2017 -
Temer diz que micro e pequenos empresários são
responsáveis por volta do emprego
O presidente Michel Temer comemorou nesta
quarta-feira (4) a participação dos micro e pequenos
empresários na economia e na geração de empregos no
país. Ele se manifestou em seu perfil na rede social
Twitter, para lembrar o Dia Nacional da Micro e
Pequena Empresa.
Segundo o presidente, eles representam mais de 98%
das empresas brasileiras, 27% do PIB e são
responsáveis por quase 60% do emprego. “São pessoas
que não saem na TV, não dão entrevistas, mas
trabalham, cada um, 24 horas por dia por uma vida
melhor. E coletivamente por Brasil melhor. Vamos
comemorar o que todo brasileiro quer e merece: o
Brasil, definitivamente, voltou a empregar”, disse.
Para Temer, quando alguém conquista o emprego, além
do dinheiro, aumenta também a auto-estima e a
dignidade da família. “E dignidade é o que se tem de
maior valor na vida. O meu trabalho é esse, devolver
os empregos e a dignidade aos brasileiros. É só o
começo”, escreveu Temer na rede social.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na
semana passada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego
do país caiu 0,8 ponto percentual em relação ao
trimestre encerrado anterior. O índice fechou o
período maio a julho deste ano em 12,8%. No
trimestre encerrado em abril a taxa de desemprego
havia sido de 13,6%.
Os dados indicam que o país ainda tem 13,3 milhões
de desempregados e a queda na taxa de desemprego é
influenciada, principalmente, pelo aumento da
informalidade no mercado de trabalho.
Fonte: Agência Brasil

05/10/2017 -
Brasil fecha 5 mil empresas de 2014 para 2015
O total de empresas no país caiu 0,1% de 2014 para
2015 com 5 mil empreendimentos a menos, segundo
dados da pesquisa Demografia das Empresas, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), divulgada nesta quarta-feira (4). Em 2015,
foram contabilizadas 4,552 milhões de empresas
ativas no Brasil.
Nessas empresas, trabalhavam 40,2 milhões de
pessoas, sendo 33,6 milhões (83,6%) como
assalariadas e 6,6 milhões (16,4%) na condição de
sócio ou proprietário. Em comparação a 2014, houve
queda de 4,5% no pessoal ocupado assalariado, o que
equivale a 1,6 milhão de postos a menos. Esta foi a
primeira queda no pessoal assalariado desde o início
da série, em 2008, segundo o IBGE.
Os salários e outras remunerações pagos pelas
empresas totalizaram R$ 982,4 bilhões em 2015, com
um salário médio mensal de R$ 2.168,91, o
equivalente a 2,8 salários mínimos.
Do total de empresas ativas em 2015, 15,6% (708,6
mil) correspondiam a empresas que entraram no
mercado. Por outro lado, saíram do mercado 713,6 mil
empresas, o que representa 15,7% do total de
empresas no país em 2015. Segundo o IBGE, a taxa de
sobrevivência foi a maior da série e registrou valor
de 84,4%, representando 3,8 milhões de empresas que
continuaram ativas de 2014 para 2015.
As atividades econômicas que mais se destacaram nas
entradas de empresas no mercado em 2015 foram
comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas com 276,1 mil empreendimentos (39%).
Em 2015, 37,8% das empresas criadas em 2010 ainda
estavam ativas no mercado. Nesse período, as
atividades que apresentaram as mais altas taxas de
sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais
(54,8%) e atividades imobiliárias (50,8%). A
pesquisa indica que a taxa de sobrevivência do
comércio está entre as mais baixas no período
(36,1%).
Fonte: Agência Brasil

05/10/2017 -
Decisão do STF sobre Ficha Limpa pode cassar
mandatos de prefeitos e deputados
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
validou nesta quarta-feira (4) a aplicação da Lei da
Ficha Limpa para casos anteriores a 2010 pode
provocar a cassação do mandato de centenas de
vereadores, pelo menos 20 prefeitos, além de
deputados estaduais e federais. Ainda não há um
levantamento oficial da Justiça Eleitoral sobre a
situação dos eleitos, mas os números foram citados
pelo ministro Ricardo Lewandowski durante o
julgamento.
Diante da situação provocada pela decisão, o alcance
do resultado do julgamento deve ser discutido pela
Corte na sessão desta quinta-feira (5), motivada
pela preocupação do ministro, que proferiu um dos
votos contrários a aplicação retroativa.
“Fui informado por um grupo de parlamentares que
centenas de vereadores já no exercício do mandato,
cerca de 20 prefeitos na mesma situação, alguns
deputados federais, incontáveis estaduais podem ter
os seus mandatos cassados por esta decisão
retroativa, afetando inclusive o coeficiente
eleitoral”, disse o ministro.
Com a decisão do STF, por 6 votos a 5, o
entendimento que prevaleceu é no sentido de que é no
momento do registro de candidatura na Justiça
Eleitoral que se verifica os critérios da
elegibilidade do candidato. Dessa forma, quem foi
condenado por abuso político e econômico, mesmo que
anterior à lei, está inelegível por oito anos e não
poderá participar das eleições do ano que vem.
O processo, que tem repercussão geral, e cuja tese
se aplicará a centenas de casos que se acumulam na
Justiça Eleitoral, foi motivado pelo recurso do
vereador Dilermando Soares, de Nova Soure, na Bahia,
que foi condenado por abuso de poder econômico e
compra de votos em 2004, quando ficou inelegível por
três anos, conforme a regra vigente à época. Após a
Ficha Limpa, entretanto, ele teve seu registro
negado nas eleições de 2012.
Fonte: Portal EBC

05/10/2017 -
Custos industriais crescem 0,8% no segundo trimestre
de 2017, aponta CNI
Os custos industriais fecharam o segundo trimestre
do ano com crescimento de 0,8%, em relação ao
primeiro trimestre, na série livre de influenciais
sazonais, puxados pelos aumentos de 5,8% no custo
com produtos intermediários importados; de 3,5% no
custo tributário, e de 2,4% no custo com pessoal.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (4)
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
fazem parte da pesquisa Indicador de Custos
Industriais.
Segundo avaliação da CNI, o crescimento dos custos
industriais só não foi maior neste segundo trimestre
em razão das retrações no custo com capital de giro,
que caiu 7,5% entre um trimestre e outro; da
energia, com queda de 1,1%; e com produtos
intermediários domésticos, cuja retração foi de
0,9%.
O estudo apurou que o componente que apresentou
maior impacto no custo total foi o custo tributário,
cujo aumento de 3,5%, associado ao alto peso desse
componente no custo total, influenciou para cima o
indicador no trimestre.
Selic
O Indicador de Custos Industriais indica que os
sucessivos cortes na Selic (a taxa básica de juros),
que vêm sendo promovidos pelo Banco Central (BC)
reduziram os custos do capital de giros neste
segundo trimestre do ano, uma vez que vêm sendo
repassados às empresas, e tem contribuído para a
contenção dos custos industriais totais.
A queda do custo com capital de giro chegou a 7,5%
no segundo trimestre, em relação ao primeiro, e
acumula retração de 19,5% em relação ao segundo
trimestre de 2016. Já a desvalorização do real, que
seguiu o agravamento da crise política, foi
responsável pelo aumento de 5,8% no custo com bens
intermediários importados.
Fonte: Agência Brasil

05/10/2017 -
Custo da cesta básica cai em 20 capitais em
setembro, segundo o Dieese
A cesta básica ficou mais barata em setembro em 20
das 21 capitais brasileiras analisadas pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socieconômicos (Dieese). Segundo a Pesquisa Nacional
da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta
quarta-feira (4), as reduções mais expressivas no
custo da cesta básica ocorreram na região Nordeste
do país: Maceió (-5,22%), Fortaleza (-4,85%) e João
Pessoa (-4,62%). A única alta ocorreu em Campo
Grande (1,17%).
A cesta básica mais cara é a encontrada em Porto
Alegre, ao custo médio de R$ 436,68, seguida por São
Paulo (R$ 421,02) e Florianópolis (R$ 419,17). Já as
mais baratas são as de Salvador (R$ 318,52), Natal
(R$ 323,90) e Recife (R$ 328,63).
Considerando a determinação constitucional que
estabelece que o salário mínimo deve suprir as
necessidades de uma pessoa e de sua família com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese
estimou que o salário mínimo, em setembro, deveria
ser de R$ 3.668,55, valor 3,92 vezes superior ao
mínimo atual de R$ 937.
Fonte: Agência Brasil

05/10/2017 -
Descumprimento de medidas protetivas da Lei Maria da
Penha pode passar a ser crime
Projeto que torna crime o descumprimento das medidas
protetivas previstas na Lei Maria da Penha (Lei
11.340/2006) avançou mais uma etapa na tramitação
nesta quarta-feira (4). O texto, aprovado pela
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ),
estabelece que, por desobediência à decisão
judicial, o infrator seja punido com pena de
detenção de três meses a dois anos. O PLC 4/2016
segue para decisão final do Plenário.
As medidas protetivas podem ser impostas por juízes
para proteger mulheres vítimas de algum tipo de
violência doméstica ou familiar. O objetivo
principal é afastar o agressor do lar ou do local de
convivência com a mulher. Normalmente, o magistrado
também fixa um limite mínimo de distância entre o
agressor e a vítima. Entre as medidas, inclui-se
também suspender ou restringir o direito do agressor
ao porte de armas, caso ele disponha dessa licença.
Como havia divergências nas decisões dos juízes, o
Superior Tribunal de Justiça (STJ) pacificou o
entendimento de que o descumprimento de medida
protetiva não é conduta penal tipificada. Nessas
condições, não ocorreria o crime de desobediência à
ordem judicial, o que impede na prática, por
exemplo, a prisão em flagrante do agressor que
contrariar decisão judicial para que se mantenha
distante da vítima.
Fonte: Agência Senado

05/10/2017 -
INSS inicia concessão de aposentadoria por telefone
Cinco mil segurados em todo o país já podem se
aposentar por idade com apenas um telefonema, sem
precisar ir a uma agência do INSS, informou na
sexta-feira (29), o presidente do órgão, Leonardo
Gadelha.
Os segurados autorizados a ter o benefício por
telefone, sem precisar sair de casa, foram
comunicados por cartas e, caso queiram aceitar a
aposentadoria, devem confirmar o interesse com uma
ligação para a central 135, conforme previsto nas
regras da concessão automática, publicadas em 28 de
julho.
O instituto prevê oferecer essa possibilidade para
todos os segurados com informações cadastrais
consideradas completamente corretas, inclusive para
concessão de outros benefícios, como a aposentadoria
por tempo de contribuição.
"Estamos validando esse modelo, por isso, expedimos
um número ainda pequeno de cartas", disse Gadelha,
que participou na sexta da inauguração da agência da
Previdência em Biritiba Mirim (Grande SP).
"Mas a gente vai entregar, em pouco tempo, um
sistema automático, que permita ao cidadão se
aposentar sem sequer ser necessária a sua ida até a
agência", disse. Por enquanto, só o benefício por
idade é automático.
Agência Digital
A agência inaugurada em Biritiba Mirim será a primeira
a trabalhar apenas com documentos digitalizados, ou
seja, sem manter arquivos em papel, originais ou
cópias, de carteiras profissionais, carnês de
recolhimento e outros documentos dos segurados,
segundo o superintendente do INSS em São Paulo, José
Carlos Oliveira.
"A agência nasce digital. O segurado não vai
precisar trazer cópia de documentos."
O sistema de digitalização de processos também
permitirá ao INSS instalar postos de atendimento em
grandes empresas e sindicatos, possibilitando
concessões de benefícios nesses locais. Em São
Paulo, bancos e montadoras de veículos deverão ser
os primeiros a adotar o novo modelo.
Fonte: Folha Online

05/10/2017 -
Acordo entre INSS e sindicatos deve agilizar
aposentadoria
Cerca de 500 mil trabalhadores paulistas de quatro
categorias profissionais terão a opção de pedir
aposentadoria e outros benefícios diretamente aos
seus sindicatos, sem precisar encarar meses de
espera por atendimento da Previdência Social.
Os primeiros sindicatos a assinarem os acordos de
cooperação com o INSS são: Sindpd (trabalhadores de
tecnologia da informação), Sinpro-SP (professores de
escolas privadas), SindMetal (metalúrgicos de Osasco
e região) e Saesp (administradores do Estado de São
Paulo).
O atendimento aos associados dessas entidades deverá
começar a funcionar até o final deste ano,
beneficiando imediatamente 228 mil trabalhadores já
sindicalizados. Se considerados aqueles que ainda
não estão filiados, poderão ser atendidos até 513
mil profissionais, de acordo com as entidades.
O segurado que optar por solicitar a aposentadoria
diretamente ao sindicato terá a documentação
digitalizada por um profissional treinado pelo INSS.
As imagens serão enviadas para técnicos do órgão,
que farão a análise para uma eventual concessão.
Estratégia
Os acordos de cooperação fazem parte da tentativa do
INSS de aumentar as opções de atendimento e, ao
mesmo tempo, reduzir a espera para concessão de
benefícios. "A intenção é melhorar o atendimento nas
agências para os segurados que mais precisam de
orientação", disse o superintendente do INSS em São
Paulo, José Carlos Oliveira.
Um segurado que pede uma aposentadoria por tempo de
contribuição ao INSS espera, em média, 165 dias pelo
resultado. Para a aposentadoria por idade, a espera
média é de 116.
A ajuda ao trabalhador que pretende se aposentar já
é oferecida por alguns sindicatos aos seus
associados. Os novos acordos de cooperação com o
INSS deverão, no entanto, melhorar essa prestação de
serviço devido à integração com os sistemas da
Previdência Social.
Nos sindicatos onde já existe a assessoria
previdenciária, os associados recebem ajuda para
enviar seus documentos ao INSS. Mas o serviço não é
integrado, explica Antonio Fernandes dos Santos
Neto, presidente do Sindpd (Sindicato dos
Trabalhadores de Processamento de Dados e Tecnologia
da Informação do Estado de São Paulo). "Foi uma
surpresa positiva saber que o INSS estava disposto a
trazer a sua tecnologia para dentro da estrutura do
sindicato", disse Neto.
Além de sindicatos, os acordos de cooperação serão
estendidos a grandes empresas e associações. A ideia
é desburocratizar o processo para que a concessão
dos benefícios saia mais rápido. (Folha Online)
Fonte: Jusbrasil

04/10/2017 -
Senado aprova PEC que veda coligações e cria
cláusula de desempenho
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (3),
em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição
(PEC) que acaba com a coligação de partidos para
eleições proporcionais e estabelece a cláusula de
desempenho, que gradativamente impede a propaganda
de rádio e TV e o repasse de dinheiro do fundo
partidário a partidos pequenos.
Aprovada na semana passada pela Câmara, a emenda
constitucional será promulgada pelo Congresso
Nacional nos próximos dias para que possa valer nas
eleições de 2018. No caso das coligações
partidárias, a proibição valerá a partir de 2020.
Com aprovação unânime, as discussões entre os
senadores foram rápidas, já que o projeto é
originário do próprio Senado. Na Câmara, após várias
semanas de debates, os deputados aprovaram a PEC
282/2016 (convertida no Senado em PEC 33/2017) mas,
como a proposta foi alterada, precisou ser votada
novamente no Senado. Até o momento, esta é a única
proposição sobre a reforma política que valerá para
o próximo pleito.
Desempenho
A emenda cria uma cláusula de desempenho para que os
partidos só tenham acesso aos recursos do Fundo
Partidário e ao tempo de propaganda gratuita no
rádio e na televisão se atingirem um patamar mínimo
de candidatos eleitos em todo o país.
A partir de 2030, somente os partidos que obtiverem
no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo
menos um terço dos estados, terão direito aos
recursos do Fundo Partidário. Para ter acesso ao
benefício, os partidos também deverão ter elegido
pelo menos 15 deputados distribuídos em pelo menos
um terço dos estados.
O mesmo critério será adotado para definir o acesso
dos partidos à propaganda eleitoral gratuita no
rádio e na televisão. A mudança, no entanto, será
gradual, começando pelo piso de 1,5% dos votos
válidos e nove deputados federais eleitos nas
eleições de 2018; chegando a 2% e 11 deputados
eleitos, em 2022; a 2,5% e 13 eleitos em 2026, até
alcançar o índice permanente de 3% e 15 eleitos em
2030.
Dois turnos
No primeiro turno, a PEC foi aprovada por 62 votos
favoráveis e nenhum contrário. Com a quebra de
interstício, que previa um intervalo mínimo de
sessões para que a proposição fosse analisada
novamente, os senadores confirmaram por 58 votos a 0
a aprovação da matéria.
"Nós, hoje, acabamos com essa coisa esdrúxula
chamada coligações partidárias proporcionais. Também
criamos a cláusula de desempenho, que vai moralizar
a vida pública brasileira, diminuindo essa
quantidade enorme de partidos", disse o presidente
do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Segundo ele,
a nova emenda será promulgada até a próxima
quinta-feira (5).
Fonte: Agência Brasil

04/10/2017 -
Indústria fecha primeiros oito meses do ano com
crescimento de 1,5%, diz IBGE
A produção industrial brasileira encerrou o mês de
agosto com queda de 0,8%, frente a julho, na série
com ajuste sazonal, mas fechou os primeiros oito
meses do ano (janeiro-agosto) com crescimento de
1,5%. A queda de julho para agosto frente ao mês
imediatamente anterior interrompe quatro meses
consecutivos de expansão na produção, período em que
a indústria acumulou crescimento de 3,3%.
Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física – Brasil foram divulgados nesta
terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que na
série sem ajuste sazonal, confronto com igual mês do
ano anterior, a indústria cresceu 4% em agosto deste
ano, após também registrar taxas positivas em maio
(4,5%), junho (0,9%) e julho (2,9%).
A taxa acumulada nos últimos 12 meses, no entanto,
contínua negativa e fechou agosto em -0,1%,
prosseguindo com a redução no ritmo de queda
iniciada em junho de 2016, quando o setor fechou com
queda de -9,7%.
Queda após quatro meses de alta
A queda de 0,8% na produção industrial do país de
julho para agosto deste ano teve como principal
contribuição o setor de produtos alimentícios que
chegou a retrair 5,5% e , depois de três meses
consecutivos de crescimento, foi o que mais
contribuiu para a queda do índice, seguido por
máquinas e equipamentos (3,8%); coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%) e
indústrias extrativas (1,1%).
A produção de açúcar foi determinante para a
retração do setor alimentício em agosto, como
explicou o gerente da pesquisa, André Macedo. Para
ele, o produto foi determinante tanto para as altas
para as altas registradas anteriormente na indústria
de alimentos quanto para a queda de agosto.
“O açúcar é um produto com peso nesse setor. Sua
produção foi favorecida pela antecipação da moagem
da cana, em decorrência do clima seco que predominou
nas regiões Centro-Oeste e Sudeste nos últimos
meses”.
Fonte: Agência Brasil

04/10/2017 -
CNI diz que recuperação da indústria prossegue, mas
com oscilações
Os Indicadores da Indústria de agosto mostram que a
recuperação do setor segue com oscilações, embora a
tendência de aquecimento apontada em julho tenha se
mantido, mesmo com menos força, principalmente em
decorrência da queda do faturamento. A avaliação é
da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que
divulgou nesta terça-feira (3), no Rio de Janeiro, a
Sondagem Industrial de agosto.
A publicação indica que a indústria dá sequência aos
bons resultados de julho e afasta preocupações
sugeridas pela última edição da pesquisa. “O índice
de evolução da produção superou 50 pontos pelo
segundo mês consecutivo, o que não acontecia desde
outubro de 2013. O índice de evolução do número de
empregados mostra que o emprego industrial está
praticamente estável e o setor não vive a
expectativa de novas demissões" diz a publicação.
Massa salarial tem aumento de 0,2%
Os números indicam, ainda, que a massa salarial real
teve aumento de 0,2%, as horas trabalhadas na
produção também subiram 0,2%, o rendimento médio
real foi 1,2% maior do que o de julho e a utilização
da capacidade instalada ficou 0,3 ponto percentual
acima de julho.
O único indicador a cair foi o faturamento real da
indústria, com retração de 1% em agosto frente a
julho. Quando comparado com agosto do ano passado,
há expansão de 4,5%, embora no resultado acumulado
nos primeiros oito meses de 2017 ainda esteja
negativo em 3,5%.
“A perda de intensidade no processo de recuperação é
decorrência, principalmente, da queda do faturamento
industrial, que manteve a trajetória recente de
variações positivas e negativas”, ressaltou a CNI.
Apesar do emprego industrial ter permanecido estável
na passagem de julho para agosto, o indicador mostra
que, nos primeiros oito meses do ano, houve queda de
3,6% na comparação com o período de janeiro a agosto
de 2016.
Fonte: Agência Brasil

04/10/2017 -
Em 2016, país teve mais greves contra demissões e
falta de pagamento, diz Dieese
Mudou a "percepção de futuro", aponta o Dieese.
Enquanto cenário favorável da economia propiciou
aumento de paralisações de 2012 a 2015, piora da
economia causou impacto no movimento sindical ano
passado
O número de greves no país atingiu 2.093 no ano
passado, a maioria (53%) no setor público, segundo
levantamento do Dieese. O instituto avalia que o
cenário favorável da economia propiciou um período
de aumento de paralisações de 2012 a 2015, atingindo
mais categorias, na medida em que os trabalhadores
apostavam na continuidade do momento positivo. Já em
2016 a piora recente da economia teve impacto no
movimento sindical, "mas, talvez, a dimensão exata
dessas alterações seja apreensível de maneira mais
segura somente daqui a alguns anos".
De imediato, se constata que as greves passam a
ocorrer "no campo do imediato, do urgente", contra
demissões e atraso no pagamento de salários. No
período anteriores, mais do que indicadores
favoráveis o ritmo de greves aumentou devido a uma
"percepção de futuro" mais positiva. De 2012 para
2013, por exemplo, o número de paralisações subiu de
877 para 2.050.
Um sinal da possível mudança de perfil está no fato
de que 81% das greves em 2016 foram defensivas,
contra descumprimento de direitos e/ou por
manutenção das condições vigentes. As greves com as
chamadas reivindicações propositivas, para melhorar
condições de trabalho, estiveram presentes em pouco
mais de um terço dos casos. Em 38,5% das
paralisações, a principal reivindicação era
regularização do pagamento – e mais 10% reclamavam
de atraso no 13º salário.
Apenas no setor privado, o atraso de salário era a
principal reivindicação (52,5%). O protesto contra
falta de pagamento do 13º motivou 15% das
paralisações e contra demissões, 8,1%.
A maioria das greves no setor privado foi do setor
de serviços, 71% do total. E 28% se concentrou na
indústria. "É importante ressaltar que parte
expressiva dos trabalhadores em serviços atuam como
terceirizados; ou seja, são contratados por empresas
que vendem serviços a outras empresa", observa o
Dieese.
De um total de 864 greves em que foi possível
constatar o resultado, 80% tiveram atendimento total
(34%) ou parcial (46%) das reivindicações. Nas
demais, as negociações prosseguiram ou a pauta foi
rejeitada.
Das 2.093 greves apuradas em 2016, 1.100 foram no
setor público (sendo 66% nos municípios) e 986, no
privado, com outras sete envolvendo as duas áreas. O
total de horas paradas chegou a 140.214 – 74% na
esfera pública.
Quase 30% das paralisações foram de "advertência" e
dois terços, por tempo indeterminado. Pouco menos da
metade (47%) tiveram duração de até um dia, 25% de
dois a cinco dias e 18%, mais de 10 dias. De 572
greves em que foi possível obter esse dado, 53%
tinham até 200 trabalhadores envolvidos. Apenas 2%
tinham mais de 5 mil.
Fonte: Rede Brasil Atual

04/10/2017 -
Aumento dos royalties da mineração é criticado por
representantes do setor
A comissão mista que analisa a Medida Provisória
789/2017, que trata do aumento da Compensação
Financeira pela Exploração de Minério (Cefem), ouviu
nesta terça-feira (3) representantes de diversas
áreas ligadas à indústria mineral para falar sobre
os impactos da proposta. A medida aumenta a alíquota
de royalties pagos aos municípios onde há exploração
de minerais.
Segundo empresários do setor de mineração, os
valores de contribuição apresentados no texto
original impactam a atividade e, em alguns casos, a
taxação pode acabar com a indústria em determinadas
cidades.
Eles discordam da cobrança de até 4% de alíquota
sobre a receita bruta das empresas de mineração como
compensação. Hoje, o pagamento de até 3%, é cobrado
sobre a receita líquida das indústrias.
O relator do texto, deputado Marcus Pestana
(PSDB-MG), afirmou que a diferenciação das
atividades mineradoras serão levadas em conta.
- É preciso combinar a justiça e a compensação
devida aos municípios e estados mineradores. Todos
haverão de reconhecer que é uma atividade que tem
peculiaridades, agressiva ao meio ambiente, uma
atividade que requer uma série de salvaguardas -
afirmou.
O presidente da comissão, senador Paulo Rocha
(PT-PA), lembrou que o deputado Marcus Pestana tem
15 dias para apresentar o seu relatório.
- Que o Plenário analise e no final aprove uma
legislação capaz de realmente alavancar a nossa
indústria de mineração, mas que seja parceira no
processo de desenvolvimento do nosso país, dos
nossos estados e dos nossos municípios – defendeu.
Fonte: Agência Senado

04/10/2017 -
Aprovado regimento interno do Conselho Nacional do
Trabalho
Os integrantes do Conselho Nacional do Trabalho
aprovaram, nesta terça (3), o regimento interno do
órgão. O documento deverá ser publicado no Diário
Oficial da União (DOU) nos próximos dias. Com isso,
o grupo está apto a iniciar as discussões para
buscar soluções ao desemprego no Brasil.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comemorou a
aprovação do regimento, que era pré-requisito para
os debates. E lembrou que as sugestões apresentadas
no conselho servirão de base para a elaboração das
políticas públicas de emprego no país. "A missão
desse grupo é muito importante porque ele irá
contribuir muito com o futuro do emprego no Brasil",
afirmou.
Os conselheiros também decidiram, nesta terça,
incluir as câmaras técnicas do Ministério do
Trabalho (MTb) no conselho. Elas são três: da
construção civil, dos portos e de eletroeletrônicos
e tecnologia da informação. Formadas por
representantes de empregadores e trabalhadores, as
câmaras têm como objetivo debater soluções para os
problemas desses setores a fim de que eles consigam
gerar mais empregos.
Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do
Trabalho, Carlos Lacerda explicou que muitos dos
problemas dos empresários desses setores afetam
diretamente os empregos. “Calcula-se, por exemplo,
que a pirataria tire dois milhões de empregos
formais do mercado. Então, precisamos tratar disso”,
exemplificou.
O Conselho Nacional do Trabalho tem a participação
de 10 representantes de trabalhadores, 10 de
empregadores e 10 do governo federal. A presidência
é do Ministério do Trabalho.
Fonte: MTb

04/10/2017 -
TST anula cláusula que previa mesmo tempo de serviço
para equiparação salarial
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do
Sindicato dos Empregados no Comércio de Sarandi (RS)
contra o indeferimento de cláusula que proibia
diferença de salários entre empregados desde que
tivessem o mesmo tempo de serviço. Os julgadores
entenderam que a cláusula revela restrição de
direitos se comparada com a CLT, que garante a
equiparação salarial entre trabalhadores cuja
diferença de tempo de serviço não for superior a
dois anos.
Em sua redação, a cláusula proíbe a desigualdade
salarial por motivo de sexo, idade, cor ou estado
civil “quando se presta serviço ao mesmo empregador,
exercendo função idêntica e com o mesmo tempo de
serviço”. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região (RS), ao julgar o dissídio coletivo da
categoria, entendeu que a cláusula trata de matéria
regulada em lei, e qualquer alteração do já previsto
só pode ser alcançada mediante acordo entre as
partes.
No recurso julgado pela SDC, o sindicato disse que a
cláusula merecia ser deferida a fim de ressaltar a
busca e a efetivação de justiça social,
“extirpando-se do ordenamento jurídico qualquer
chance que persista ao tratamento discriminatório de
grupos de trabalhadores”. Segundo a entidade, “o que
se busca é simplesmente o cumprimento da
Constituição Federal, uma vez que, embora estando
expressa em lei, na maioria das vezes não é
observada”.
A relatora dor recurso, ministra Kátia Magalhães
Arruda, observou que a parte inicial da cláusula,
que trata da não discriminação, tem um conteúdo
programático de extrema relevância ao assegurar a
isonomia salarial entre os empregados sem que ocorra
tratamento desigual por motivo de sexo, idade, cor
ou estado civil, “na linha dos preceitos da
Constituição Federal”.
No entanto, a parte final, relativa ao mesmo tempo
de serviço, restringe direito garantido na
legislação infraconstitucional, que assegura a
equiparação quando o tempo de serviço não for
superior a dois anos (artigo 461, parágrafo 1º, da
CLT). “Em razão da restrição de direito revelada na
regra, a cláusula não deve ser fixada”, concluiu a
relatora.
Por unanimidade, o recurso foi desprovido nesse
ponto.
Processo: RO-6778-67.2011.5.04.0000
Fonte: TST

04/10/2017 -
Normas de empresa só retroagem para beneficiar
empregado acusado de desvio
As normas internas de uma empresa para apurar
desvios e punir empregados só retroagem para
favorecer os acusados, assim como a lei penal. Dessa
forma, a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
da 10ª Região (DF e TO) manteve sentença segundo a
qual funcionários dos Correios serão processados na
forma prevista na data da contratação e não da
instauração da sindicância contra eles.
Os trabalhadores receberam sanção administrativa
após a apuração de irregularidades em sindicância
interna da empresa. Eles apresentaram recurso
administrativo contra a decisão, mas a empresa
aplicou disposição do Manual de Controle Disciplinar
(Mancod) que não prevê o efeito suspensivo ao
recurso.
Eles então acionaram a Justiça do Trabalho para
contestar a aplicação do novo manual, alegando que
deveria ser aplicado ao caso o regulamento vigente à
época de suas admissões — o Manual de Controle
Interno (Mancin) —, que previa a suspensão da
aplicação da penalidade até o julgamento do mérito
do recurso. Pediram ainda a condenação da empresa ao
pagamento de indenização por danos morais.
A juíza de primeira instância julgou parcialmente
procedente a reclamação trabalhista, determinando
que fosse usado o manual vigente à época das
admissões dos empregados, e não o novo manual. A
magistrada negou, contudo, o pedido de indenização
por danos morais feito pelos trabalhadores.
A empresa recorreu ao TRT-10 contra a decisão de
primeira instância, requerendo a aplicação, no caso,
das regras previstas no novo manual, uma vez que
esse era o procedimento vigente à época do processo
de sindicância instaurado contra os trabalhadores.
De acordo com os Correios, o Mancod era o
regulamento vigente à época dos fatos apurados no
processo administrativo. Como o citado manual tem
como finalidade regulamentar o procedimento de
apuração disciplinar, argumentou a empresa, sua
natureza é processual e, portanto, de incidência
imediata.
Em seu voto, o relator do caso na 2ª Turma,
desembargador Mario Caron, ressaltou que, conforme
já dito pela juíza de origem, a regra segundo a qual
as normas processuais têm aplicação imediata
referem-se aos processos judiciais, e não às normas
criadas pelo empregador para regulamentar seu poder
disciplinar. De acordo com o desembargador, o
Tribunal Superior do Trabalho já pacificou o
entendimento, consolidado na Súmula 51, no sentido
de que os regulamentos empresariais aderem ao
contrato de trabalho do empregado, "tornando-se
imunes a alterações unilaterais prejudiciais".
Os regulamentos internos de uma empresa, ainda que
versem sobre o poder disciplinar do empregador,
aderem ao contrato de trabalho e não podem ser
alterados, salvo em benefício do trabalhador,
conforme prevê o artigo 468 da Consolidação das Leis
do Trabalho, resumiu o desembargador. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-10.
Fonte: Consultor Jurídico

03/10/2017 -
Centrais repudiam matéria tendenciosa do Jornal
Estadão sobre Custeio Sindical
Reunidos na manhã de segunda (02/10) na sede da
Força sindical em São Paulo, membros das Centrais
Sindicais (Nova Central, CUT, Força, UGT, CTB e CSB)
criticaram a matéria de capa do Jornal O Estado de
São Paulo (Estadão) que de forma tendenciosa
distorce os fatos e acusam o movimento sindical de
querer cobrar “novo imposto” dos trabalhadores (as).
De acordo com Nailton Francisco de Souza (Porreta),
diretor Nacional de Comunicação da Nova Central a
afirmação do Jornal de que: Sindicatos começam a
aprovar nova forma de financiamento antes mesmo de a
cobrança ser regulamentada por medida provisória
prometida pelo governo, não é verdadeira.
“As entidades que estão em Campanhas Salariais já
realizavam, antes da lei 13.467/2017, assembleias
específicas para aprovar a pauta de reivindicações e
um valor denominado de contribuição negocial para
custear a luta por melhores salários e condições de
trabalho. E tudo que é conquistado beneficia todos
da categoria e não só os associados”, diz.
Nailton afirma que um dos objetivos da “nova lei” é
enfraquecer a organização sindical e desequilibrar o
processo de negociações salariais, a favor dos
patrões. E se os trabalhadores (as) não se
mobilizarem em torno de seus sindicatos, assistirão
seus direitos e conquistas serem subtraídos um a um,
pela ganância dos patrões.
“Patrocinada por banqueiros e empresários a
propostas de Reforma Trabalhista foi apresentada
pelo Governo Temer (PMDB) com 6 modificações na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), com o argumento
de modernizá-la e gerar empregos, só que saiu
aprovada do Congresso Nacional com mais de 100
alterações. Todas prejudiciais à classe
trabalhadora”, relata Souza.
Lembra que quando foi instituída em 1943, a CLT
tinha a missão de assegurar direitos trabalhistas e
equilibrar a conflituosa relação (Capital X
Trabalho). Com a reforma direitos constitucionais
foram retirados e abriu o caminho para os
empresários explorar os trabalhadores (as) com mais
facilidade e amparados na legislação.
“Esses absurdos, propositalmente o jornal
simplesmente os esconde de seus leitores e da
população. Também não era pra menos, pois a origem e
o DNA do Estadão remontam à aristocracia e a
oligarquia brasileira. Por isso faz este papel de
querer desqualificar a importância dos Sindicatos no
tripé da Democracia”, lamenta Porreta.
Fonte: NCST

03/10/2017 -
Centrais reforçam ações contra privatizações e
definem Dia Nacional de Paralisações
As Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova
Central e CSB se reuniram segunda (2), na sede da
Força Sindical, em São Paulo, a fim de debater
agenda de ações nos próximos dias e a realização do
Dia Nacional de Paralisações marcado para 10 de
novembro.
As ações começarão nesta terça (3), com uma grande
manifestação nacional contra a privatização de
empresas estratégicas como Eletrobras e Petrobras. O
ato principal ocorrerá no Rio de Janeiro, organizado
por petroleiros, eletricitários e bancários (Caixa,
BB, BNDES), entre outras categorias.
"Serão realizadas manifestações nas cidades onde há
representações da Petrobras ou da Eletrobras. No Rio
de Janeiro, os trabalhadores sairão da Eletrobras em
passeata até a sede da Petrobrás", comenta o
secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna).
O dirigente disse à Agência Sindical que as
campanhas salariais deste segundo semestre também
serão reforçadas. "Temos que fortalecer as campanhas
em cada setor, esclarecendo os trabalhadores sobre a
importância desses atos. É preciso que as categorias
se insiram nas manifestações", ressalta.
Para o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, o
momento é de resistência, organização e ampliação de
diálogo para a construção de caminhos que fortaleçam
o movimento sindical. O sindicalista destacou a
importância de uma nova paralisação nacional.
"É preciso conversar e construir isso com todos os
setores. Um setor estratégico para as lutas do dia
10 de novembro será o setor de transportes. Vamos
procurar a categoria para externar nossa posição e
propor uma grande plenária com todos os modais, de
modo a organizar a luta de forma coletiva e ampla",
explica.
Dieese - Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico
do Dieese, disse que as Centrais decidiram apoiar a
campanha de arrecadação de recursos da entidade. De
acordo com ele serão feitas diversas ações. "É
preciso mostrar a importância do Dieese. Essas ações
serão levadas para a grande mídia reforçando a
necessidade de se ter uma entidade como a nossa",
explicou.
Fonte: Agência Sindical

03/10/2017 -
Vanessa Grazziotin associa intenções de voto em Lula
às reformas de Temer
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) associou o
elevado número de intenções de voto no ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva à rejeição popular do
governo de Michel Temer e a seu programa de
reformas.
Citando pesquisa do Datafolha, a senadora disse que
Temer atingiu o mais baixo índice de aprovação de um
presidente desde a redemocratização, acrescentando
que 89% da população apoia a abertura de processo
contra o presidente.
Vanessa Grazziotin afirmou que o governo federal
demonstra incapacidade política e degradação moral,
e que Michel Temer só chegou ao poder com o objetivo
de retirar direitos dos trabalhadores e tentar parar
as investigações da Lava Jato. A senadora citou
“provas fartas” do envolvimento de Temer com a
corrupção e pediu uma grande mobilização para
antecipar a eleição de um governo com legitimidade.
A senadora chamou a atenção para o crescimento do
conceito de Lula como candidato em 2018. Para ela,
apesar da “autocrítica” necessária às
irregularidades nos governos do PT e do noticiário
negativo sobre Lula, os avanços sociais de seu
governo são incontestáveis e despertam lembranças
positivas entre os eleitores.
- A população brasileira lembra a prioridade que ele
deu durante seu governo à população mais simples, à
população mais carente. É essa a leitura que nós
temos que fazer em primeiro lugar. Em segundo lugar,
a população brasileira não admite impunidade; vamos
deixar ao Judiciário o que é do Judiciário, e vamos
fazer nós a nossa parte - disse.
Fonte: Agência Senado

03/10/2017 -
Temer garante que governo fará Reforma da
Previdência e simplificação tributária
O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira
(2) que vai seguir em frente com a Reforma da
Previdência, ao falar na cerimônia de abertura do
Futurecom 2017, evento de telecomunicações e
tecnologias da informação e comunicação na capital
paulista. O evento reuniu representantes do governo,
operadoras e provedores de internet e especialistas.
“Nós temos que fazer a Reforma da Previdência,
porque é evidente que os dados da Previdência, que
gera um deficit extraordinário, estão pautados por
esse período em que o homem vivia até os 60 anos, 65
anos. Hoje ele vive 80 ou mais anos. Daqui a pouco,
viverá 140 anos, então é preciso fazer reformulações
permanentes do sistema previdenciário e nós vamos
fazê-la”, disse.
Segundo ele, esta é a quarta das reformas realizadas
pelo seu governo. Antes vieram as reformas
trabalhista, do teto de gastos e do ensino médio. Ao
citar reclamações que recebe de empresários, ele
disse que o governo federal está empenhado também na
execução de uma reforma tributária, o que chamou de
“simplificação tributária”.
“Nós estamos colocando o Brasil no século 21. Nós
desburocratizamos em vários ministérios muitas
medidas inteiramente desnecessárias que foram
sedimentadas ao longo do tempo e que dificultam a
atividade empresarial, isso é muito inadequado para
o nosso país”, disse.
Economia
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esteve no
evento e disse que a recuperação econômica do país
está sólida, apesar da avaliação de alguns
analistas. “Estamos vivendo uma recuperação sólida
que, cada vez mais, vai surpreender a maioria dos
analistas pela sua força e pelo seu vigor. Os dados
disponíveis de como a economia tem se comportado no
terceiro trimestre nos trazem, primeiro, a convicção
de que nós não estamos apenas retomando o caminho do
crescimento, mas avançando em um ritmo mais forte do
que todos imaginávamos há algum tempo”, disse.
Ele citou alguns setores que estariam crescendo
desde o início deste ano. “No primeiro trimestre, o
crescimento esteve concentrado na agricultura, que
teve, de fato, um desempenho extraordinário, com uma
safra 30% superior ao ano anterior”.
“Entre abril e junho, o crescimento se espalhou por
vários setores econômicos. O consumo das famílias
foi um destaque, avançou 1,4% em um trimestre
apenas. Esse crescimento pode ser explicado pela
queda da inflação e também pela liberação do FGTS,
isso complementou o processo”, avaliou Meirelles.
Segundo ele, o início do terceiro trimestre trouxe
dados importantes da indústria e do comércio,
citando aumento no consumo de energia, na produção e
venda de automóveis.
Emprego
O ministro destacou que, estatisticamente, o emprego
costuma reagir com mais atraso em relação a outros
setores da economia, mas disse que já houve certa
recuperação. “A projeção da maioria dos analistas é
a de que o desemprego só iria começar a cair no
terceiro trimestre do ano, alguns meses depois da
retomada do crescimento da atividade econômica. Mas
todos tiveram uma surpresa positiva, a virada
ocorreu antes do que se esperava, ainda em abril. O
desemprego, que estava em 13,2 em março, já caiu
para 12,5% em agosto”, disse.
Além disso, segundo ele, os analistas consultados
pelo Banco Central projetam, cada vez, um
crescimento maior. Para este ano, o crescimento
médio deve ser de 0,7%. “No entanto, mais importante
do que o crescimento médio, é comparar a taxa de
expansão comparando o último trimestre de 2017 com o
último trimestre de 2016. Por essa medida, nosso
crescimento será superior a 2%, podendo chegar até a
2,5%”, acrescentou.
Estiveram presentes à cerimônia o ministro da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,
Gilberto Kassab; o ministro da Cultura, Sérgio de Sá
Leitão; e o presidente da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros.
Fonte: Agência Brasil

03/10/2017 -
Comissões debatem segurança e medicina do trabalho
As Comissões de Legislação Participativa e de
Trabalho, de Administração e Serviço Público da
Câmara promovem audiência pública nesta quinta-feira
(5) para discutir a conjuntura política da segurança
e medicina do trabalho.
Autor do requerimento para o debate, o deputado
Rôney Nemer (PP-DF), acatou sugestão da Associação
Nacional dos Petroleiros Pedevistas (CONREPPV). “É
importante a discussão sobre as normas que têm como
objetivo evitar doenças e acidentes do trabalho”,
afirmou Nemer.
Foram convidados para a audiência, o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira; o presidente da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Adilson Gonçalves de Araújo; presidente da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas; entre
outros.
O debate ocorre às 9h30, no plenário 3. Confira a
relação completa dos participantes aqui. O evento
será interativo pelo e-Democracia.
Fonte: Agência Câmara

03/10/2017 -
Comissão discute parecer sobre licença-maternidade
em partos prematuros na quarta
A comissão especial que analisa mudanças na
licença-maternidade em caso de bebê prematuro (PEC
181/15) reúne-se nesta quarta-feira (4) para
discutir e votar o parecer do relator, deputado
Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP).
A PEC, do Senado, traz apensada uma proposta que já
tramitava na Câmara (PEC 58/11), de autoria do
deputado Dr. Jorge Silva (PHS-ES). Ambos os textos
preveem que o tempo de licença de 120 dias seja
ampliado, para garantir a convivência entre mãe e
filho fora do hospital.
Aborto
A comissão especial poderá ainda incluir na
Constituição uma regra clara sobre aborto. Criado em
dezembro, o colegiado surgiu como resposta a uma
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
eventualmente abrirá precedentes para
descriminalizar o aborto realizado nos primeiros
três meses de gestação.
A reunião está marcada para as 14h30, em local a ser
definido.
Fonte: Agência Câmara

03/10/2017 -
Desaposentação - Somente lei pode criar benefícios e
vantagens previdenciárias
Por unanimidade, a 1ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região negou ao autor o pedido de
desaposentação para que, então agregadas novas
contribuições de atividade laboral ulterior, lhe
fosse concedida a reaposentação, com a consequente
majoração dos proventos mensais. Em seu voto, a
relatora, desembargadora federal Gilda Sigmaringa
Seixas, destacou que por seu nível de repetição a
demanda se enquadra como “caso-tipo”.
A magistrada aplicou ao caso entendimento do Supremo
Tribunal Federal (STF) no sentido de que “no âmbito
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
somente lei pode criar benefícios e vantagens
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão
legal ao direito à desaposentação, sendo
constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei
8.213/91”.
Quanto à eventual devolução dos valores recebidos
pelo autor por força das decisões judiciais, a
relatora destacou que o STF já decidiu que o
benefício previdenciário recebido de boa-fé pelo
segurado, em decorrência de decisão judicial, não
está sujeito à repetição de indébito, em razão de
seu caráter alimentar e em face da caracterização de
boa-fé. Processo nº 0013375-90.2016.4.01.3800/MG
Fonte: TRF1

03/10/2017 -
Não é devido auxílio transporte para quem utiliza
meio próprio para se deslocar até o trabalho
A juíza titular do 1º Juizado da Fazenda Pública do
DF julgou improcedente pedido de servidor distrital
ao recebimento de auxílio-transporte, uma vez que
não preenchia os requisitos para tanto. O servidor
apelou da sentença, mas a 3ª Turma Recursal do TJDFT
confirmou a decisão.
O autor, servidor público integrante da carreira dos
agentes penitenciários distritais, ajuizou ação
pleiteando a inclusão de auxílio-transporte em sua
folha de pagamento, bem como o pagamento retroativo
de valores devidos desde outubro de 2010, quando
teve suspenso o recebimento de tal benefício.
Ao analisar os autos, a julgadora originária
observou que o autor forneceu declaração ao DF em
novembro de 2010, na qual informou a não utilização
de transporte coletivo para deslocamento até o local
de trabalho e deste para sua residência, noticiando
que fazia uso de meio de transporte próprio com tais
objetivos.
A magistrada lembra que “a Lei Complementar n.
840/2011, estatuto dos servidores públicos do
Distrito Federal, prevê a concessão do
auxílio-transporte, a ser pago em pecúnia ou
vale-transporte em favor do servidor, condicionada à
apresentação de declaração deste, no sentido de que
realiza despesas com transporte coletivo para o
deslocamento até o local de exercício de suas
atividades e deste para a sua residência (art. 110,
LC 840/2011)”.
Desse modo, conclui, a julgadora, “restando
evidenciada a declaração do servidor público em
sentido contrário à condicionante estabelecida no
art. 110 da Lei Complementar n. 840/2011,
verifica-se não assistir razão à parte autora quanto
aos seus pleitos”.
Em sede recursal, a Turma ratificou a sentença,
acrescentando que o argumento de que o serviço de
transporte disponível para o trajeto em questão (PDF-1
e Unaí-MG) não oferece horário compatível com a
jornada do recorrente não macula a sentença
proferida.
Processo: 0706932-84.2016.8.07.0016
Fonte: Jusbrasil

03/10/2017 -
TST afasta norma coletiva que fixava remuneração
diferenciada para menores aprendizes
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho excluiu cláusula de
acordo coletivo que previa remuneração distinta a
menores aprendizes. Segundo a seção, a diferenciação
baseava-se exclusivamente no critério de idade, o
que contraria a Orientação Jurisprudencial 26 da SDC,
segundo a qual empregados menores não podem ser
discriminados em cláusula que fixa salário mínimo
profissional para a categoria.
A decisão foi proferida no julgamento de recurso
ordinário interposto pelo Ministério Público do
Trabalho (MPT) contra a homologação, pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), de acordo
entre os sindicatos dos trabalhadores e das
indústrias da Construção e do Mobiliário de Pelotas
para vigorar de 2016 a 2017. A cláusula em discussão
fixou piso diferenciado para as funções de servente,
servente-aprendiz, meio-oficial e oficial em valores
entre R$ 4,35 e R$ 6,38 por hora trabalhada, e, para
os menores e jovens aprendizes, de R$ 3,90.
Segundo o MPT, os aprendizes também deveriam ter
assegurado o valor mínimo nacional por hora
trabalhada. O recurso se fundamentou no artigo 428
da CLT, que versa sobre o contrato de aprendizagem
e, em seu parágrafo 2º, garante o recebimento do
salário mínimo hora, salvo condição mais favorável.
Outro argumento foi o de que o TST proíbe distinção
de remuneração de trabalhadores em razão da idade.
Para a relatora do recurso, ministra Maria de Assis
Calsing, não resta dúvida de que o item questionado
deveria ser retirado da norma coletiva. A seu ver,
na falta de regra específica, deve ser aplicado ao
menor aprendiz o mesmo piso estabelecido para os
demais empregados, em conformidade com as atividades
exercidas na empresa. Além de contrariar a OJ 26 da
SDC, a cláusula afronta também o artigo 7º, inciso
XXX, da Constituição Federal, que proíbe diferença
de salários, de exercício de funções e de critério
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado
civil.
Ao decidir pela exclusão do item da cláusula
relativo aos aprendizes, a ministra explicou que,
embora o pedido do MPT fosse no sentido da aplicação
do salário mínimo nacional, e embora tenha havido
acordo entre as entidades sindicais, em se tratando
de dissídio coletivo de natureza econômica a Justiça
do Trabalho deve exercer seu poder normativo, “até
porque está sendo privilegiado aqui o princípio da
isonomia”.
A decisão foi unânime. Processo:
RO-20700-05.2016.5.04.0000
Fonte: TST

03/10/2017 -
PL que obriga presença de advogado em conciliação é
aprovado na Câmara
A presença obrigatória de advogado na solução
consensual de conflitos, tais como conciliação e
mediação, está mais perto de se tornar realidade. O
Projeto de Lei 5.511/2016 foi aprovado na
quinta-feira (28/9), pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania da Câmara Federal, e, se não
houver recurso, já seguirá para o Senado Federal.
O projeto aprovado em caráter terminativo na Câmara
atende a uma iniciativa da seccional paulista da
Ordem dos Advogados do Brasil, sendo que o texto
altera a redação do Estatuto da Advocacia (Lei
8.906/1994), acrescentando ao artigo 2º a seguinte
redação: “§ 4º É obrigatória a participação do
advogado na solução consensual de conflitos, tais
como a conciliação e mediação, ressalvado o disposto
no art. 791 da Consolidação das Leis do Trabalho”.
Em 2015, o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa,
havia contatado o deputado federal José Mentor,
então relator do PL 1.028/2011, que tratava de
conciliações nos Núcleos Especiais Criminais (Necrim),
pedindo para que se tornasse obrigatória a presença
da advocacia não apenas nos Necrim, mas também nos
Centros Judiciários de Solução de Conflitos e
Cidadania (Cejuscs).
“Naquela época, o deputado acolheu nosso pedido e
acrescentou, como relator, a presença da advocacia
no Necrim, mas, por técnica legislativa, preferiu
apresentar outro projeto (PL 5511/2016) para as
demais conciliações e mediações, esse que, agora,
foi aprovado na Câmara dos Deputados”, relembra o
dirigente da OAB SP.
Fonte: Jusbrasil

02/10/2017 -
Rendimento médio do trabalhador fica estável no
trimestre encerrado em agosto
O rendimento médio real habitual do trabalhador
ficou em R$ 2.105 no trimestre encerrado em agosto
deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua)
divulgados sexta-feira (29). De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o valor é estatisticamente estável em
relação aos trimestres encerrados em maio deste ano
(R$ 2.116) e agosto de 2016 (R$ 2.066).
Na comparação com maio, o rendimento manteve-se
estável em todas posições na ocupação (emprego com
carteira assinada, sem carteira, conta própria etc)
e em todos os grupamentos de atividades (indústria,
comércio, construção etc).
Já na comparação com agosto, houve alta de 3% nos
rendimentos dos empregos do setor privado com
carteira assinada, enquanto as demais posições
mantiveram-se estáveis. Entre os grupamentos de
atividades, houve crescimento de 9,4% na
agricultura, enquanto os trabalhadores dos demais
setores mantiveram seus rendimentos estáveis.
Fonte: Agência Brasil

02/10/2017 -
Taxa de desemprego fica em 12,6% no trimestre
encerrado em agosto
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,6% no
trimestre encerrado em agosto deste ano. No
trimestre encerrado em maio, a taxa havia ficado em
13,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Em agosto de 2016, a taxa havia
sido de 11,8%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada sexta-feira
(29) pelo IBGE.
A população desocupada caiu 4,8% em relação ao
trimestre encerrado em maio e chegou a 13,1 milhões
de pessoas. Na comparação com o trimestre encerrado
em agosto de 2016, no entanto, houve alta de 9,1%,
já que na época havia apenas 12 milhões de
desempregados.
A população ocupada chegou a 91,1 milhões de pessoas
no país, um crescimento de 1,5% (1,4 milhão de
pessoas) na comparação com maio e de 1% na
comparação com agosto do ano passado.
O aumento da população ocupada foi influenciado pelo
crescimento do mercado de trabalho informal, já que
mais da metade do 1,4 milhão de empregos criados foi
sem carteira assinada ou por conta própria.
Foram criados 286 mil postos de trabalho sem
carteira assinada de maio a agosto, totalizando 10,8
milhões de pessoas. O aumento chegou a 2,7% em
relação a maio e 5,4% na comparação com agosto do
ano passado. O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo,
explica que é comum após crises econômicas o
primeiro passo da recuperação se dar por meio da
informalidade.
Outros 472 mil postos foram criados na categoria de
trabalho por conta própria de maio a agosto. O
número de trabalhadores nessa categoria chegou a
22,8 milhões em agosto, 2,1% a mais do que maio e
2,8% a mais do que em agosto.
O número de empregados com carteira de trabalho
assinada, de 33,4 milhões, ficou estável ante maio e
caiu 2,2% ante agosto de 2016, já que foram
encerrados 765 mil postos nesse período.
Fonte: Agência Brasil

02/10/2017 -
Sem reforma da Previdência, país terá “incêndio
fiscal”, diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse sexta-feira (29) que o país pode passar por um
“incêndio fiscal” se não a reforma da Previdência
não for feita. Maia reconheceu que a aprovação é
difícil, mas necessária, e que a proposta
eventualmente aprovada será menos completa que a
reforma esperada pelo governo.
“Vamos ver o que a gente consegue aprovar a partir
de final outubro. Não é fácil. Não é simples”,
afirmou.
Segundo Maia, o Orçamento da União é pressionado
pelos gastos impostos pelo deficit previdenciário e
outras áreas não são contempladas por causa da falta
de recursos do governo federal.
“O que eu digo, que vai ter um incêndio fiscal, é
quando a gente vê o aumento dos gastos primários do
governo, os gastos obrigatórios, que não vão parar
de crescer. Os gastos com a Previdência não vão
parar de crescer”, afirmou.
Segundo o presidente da Câmara, de 2017 a 2018, o
déficit da Previdência vai aumentar em R$ 50
bilhões, valor que, segundo ele, falta a muitas
instituições e órgãos em crise, como universidades
federais.
“Quando a gente fala que o déficit da Previdência
atrapalha a vida das pessoas é isso. Quando a gente
fala disso, a gente diz o seguinte: cada vez que o
deficit da Previdência aumenta R$ 50 bilhões por
ano, é menos investimento em ciência e tecnologia,
menos investimento na educação da população
brasileira. É isso que eu chamo de incêndio fiscal”,
disse.
Denúncia
Rodrigo Maia disse que a segunda denúncia contra o
presidente Michel Temer só deve chegar ao plenário
da Casa no dia 23 de outubro, após votação na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O parlamentar reafirmou que tem agido com árbitro do
processo, com distanciamento. “Meu papel vai ser de
presidente da Câmara, árbitro desse processo, de
distância de qualquer posição contra ou a favor, é o
papel que eu cumpri na primeira [denúncia] e vou
cumprir na segunda”.
Fonte: Portal EBC

02/10/2017 -
Comissão aprova prioridade para ações de indenização
por acidente de trabalho
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou o Projeto de Lei (PL) 6545/16, do
deputado Marco Maia (PT-RS), que prevê prioridade
para o julgamento de ações de indenização por
acidente de trabalho.
O projeto acrescenta artigo à Consolidação das Leis
do Trabalho (Decreto-lei 5.452/43).
Relator da matéria, o deputado Assis Melo (PCdoB-RS)
apresentou parecer favorável à proposta. Ele citou
dados que mostram 312 mil ações de indenização por
acidente de trabalho pendentes nas varas
trabalhistas do País, em 2016.
Melo ainda contabilizou 62 mil ações em tramitação
nos tribunais regionais e quase 122 mil no Tribunal
Superior do Trabalho, o que, segundo ele, reforça a
necessidade de prioridade para o trabalhador
acidentado.
“As ações desse tipo demoram muito a serem julgadas,
e os trabalhadores doentes não conseguem sobreviver
apenas com o benefício previdenciário, caso ainda
preencham os requisitos exigidos para obtê-lo”,
salientou.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

02/10/2017 -
Paim elogia decisão do governo de desistir de
comissão de juristas para nova CLT
O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou nesta
sexta-feira (29) a decisão do Ministério do Trabalho
de desistir de criar uma comissão especial de
juristas para estudar a elaboração de uma nova
consolidação das leis trabalhistas, nos moldes da
CLT. Em audiência pública nesta sexta-feira (29), o
parlamentar lembrou que tal tarefa já tem sido feita
no Senado pela Subcomissão Temporária do Estatuto do
Trabalho, da qual ele é presidente.
Além disso, Paim questionou a iniciativa, tendo em
vista que o governo acabou de aprovar uma reforma
recentemente prejudicando os trabalhadores de todo o
país.
— A não ser que o governo tenha chegado à conclusão
que tenha que jogar no lixo esse reforma
[trabalhista] que ele criou [...] De qualquer forma,
temos atuado muito há mais de dois meses, esta já é
nossa sexta audiência e estamos até com seminário
marcado para 10 de novembro. O governo pode
participar, não há problema nenhum. Não excluímos
ninguém. Nós queremos um estatuto do trabalho ou uma
nova CLT ouvindo todos os seguimentos —disse o
senador, que chegou a ligar para o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, pedindo que ele revisse
a decisão.
O procurador do Trabalho Alessandro Santos de
Miranda considerou um contrassenso a intenção do
governo de criar uma comissão de especialistas,
visto que há uma reforma aprovada que sequer entrou
em vigor.
— Os convidados indicados pelo governo são bem
vindos aqui para contribuir com o debate, desde que
ocorra com todos os segmentos interessados —
afirmou.
Audiência
A reunião da subcomissão desta sexta-feira foi para
tratar do grupo de trabalho que seria criado pelo
Poder Executivo. Como a ideia foi abortada, os
convidados debateram a precarização dos direitos
trabalhistas no país e a reforma aprovada pelo
Congresso.
O representante da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Leandro Allan, lembrou que em
2017 completam-se cem anos da primeira greve geral
realizada no Brasil e lamentou a falta de informação
dos brasileiros sobre as mudanças na legislação
trabalhista que estão por vir.
O representante da Central dos Trabalhadores do
Brasil (CTB), Guilherme da Hora Pereira, e a
vice-presidente da Associação Brasileira de
Advogados Trabalhistas, Alessandra Martins, foram na
mesma linha. Segundo eles, está em jogo mais do que
a perda de direitos; mas algo maior que atenta
contra princípios constitucionais e até contra
instituições, como a Justiça Trabalhista, o
Ministério Público do Trabalho e entidades
sindicais:
— A legislação do trabalho não pode ser discutida
superficialmente. O direito do trabalho está
perdendo seu objeto, que é a tutela do trabalhador.
Vamos pensar o estatuto ou uma nova CLT com base nos
paradigmas da emancipação e dignificação do
trabalhador ou na sua domesticação? — indagou
Guilherme.
Fonte: Agência Senado

02/10/2017 -
Ministros e governadores são chamados para discutir
mineração
As comissões mistas que analisam as medidas
provisórias (MP) 789/2017 e (MP) 790/2017 agendaram
para a manhã da terça-feira (3) uma audiência
pública com governadores de Estados mineradores e
ministros das áreas afins.
Foram chamados os governadores de Minas Gerais,
Fernando Pimentel e do Pará, Simão Jatene, além dos
ministros Fernando Coelho Filho (das Minas e
Energia) e Sarney Filho (do Meio Ambiente).
A audiência está prevista para ser iniciada às 10h,
e pode contar com participações e perguntas dos
internautas através do portal e-Cidadania.
As MPs 789 e 790, conjuntamente com a MP 791, fazem
parte do pacote de medidas do governo federal que
busca estabelecer um novo marco regulatório ao setor
de mineração no país, com o objetivo declarado de
atrair novos investimentos, aumentar a arrecadação e
gerar empregos.
A MP 789 modifica a política de royalties
relacionada à Compensação Financeira pela Exploração
Mineral (CFEM), e a MP 790 atualiza o Código de
Mineração.
Fonte: Agência Senado

02/10/2017 -
CDH debate trabalho para menores de 14 anos
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) realiza
audiência pública na próxima terça-feira (3), às
14h, para discutir projeto (PLS 231/2015) do senador
Valdir Raupp (PMDB-RO) que regulamenta o trabalho de
menores de 14 anos que atuam em atividades
artísticas e desportivas. Hoje, o Estatuto da
Criança e do Adolescente veda esse tipo de registro
profissional.
O requerimento para a realização da audiência é da
relatora, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Foram
convidados para o debate representantes do
Ministério Público do Trabalho, Universidade de São
Paulo, Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho de
Goiás, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão, Ministério do Desenvolvimento Social e
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado

02/10/2017 -
Saiba quem tem direito a saque antecipado do
PIS/Pasep e veja calendário
O saque dos recursos das contas do PIS/Pasep trará
uma diferença em relação ao saque das contas
inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). Desta vez, os beneficiários correntistas do
Banco do Brasil ou da Caixa Econômica receberão o
dinheiro automaticamente nas contas.
Calendário dos saques
O governo anunciou nesta quinta-feira (28) o
calendário de saque de recursos das contas do PIS/Pasep,
que foi antecipado para beneficiar os cotistas
idosos. As retiradas começam no dia 19 de outubro
para os cotistas com mais de 70 anos. A partir de 17
de novembro, serão disponibilizados os recursos para
os aposentados.
Em dezembro, a partir do dia 14, o saque será
liberado para mulheres a partir de 62 anos e os
homens de 65 anos, ou mais. Antes, o saque poderia
ser feito apenas pelos que Já tivessem completado 70
anos.
Bancos
Os cotistas que preenchem os requisitos para receber
os recursos e são clientes do Banco do Brasil, seja
com conta corrente ou poupança, vão receber o valor
antecipado em suas contas. O crédito será feito
automaticamente dois dias antes da abertura do
calendário de pagamento estabelecido.
Quem não for correntista do Banco do Brasil e tiver
até R$ 2,5 mil poderá fazer, sem custo, uma
transferência para outro banco usando a internet e
terminais de autoatendimento.
O Banco do Brasil é responsável pelo pagamento do
Pasep, que é relativo aos servidores públicos O
fundo contabiliza 4,6 milhões de cotas que totalizam
R$ 7,1 bilhões. Pelas condições anteriores, 807,4
mil cotistas teriam direito a sacar R$ 2,5 bilhões
este ano. Com a antecipação, serão 1,6 milhão de
pessoas, e o valor, de R$ 4,7 bilhões.
No caso da Caixa, os correntistas também vão receber
o dinheiro automaticamente dois dias antes do início
dos pagamentos. Os não correntistas que receberem
até R$ 1,5 mil vão poder sacar apenas com Senha
Cidadão, nos terminais de autoatendimento. Para
valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, é necessário o
Cartão Cidadão e a senha. Acima de R$ 3 mil é
preciso ir até uma agência do banco. Quem não tem
senha ou Cartão Cidadão poderá ir a uma agência da
Caixa para realizar o saque.
A Caixa é responsável pelo pagamento do PIS, que
abrange os servidores da iniciativa privada e vai
pagar a cerca de 6,4 milhões de cotistas,
totalizando R$ 11,2 bilhões em recursos.
A exemplo do que ocorreu no saque das contas
inativas do FGTS, o dinheiro depositado em conta não
poderá ser usado pelos bancos para pagar dívidas de
correntistas com saldo devedor.
Quem tem direito
Só tem direito aos recursos o trabalhador do setor
público ou privado que tenha contribuído para o PIS
ou Pasep até 4 de outubro de 1988 e que não tenha
feito o resgate total do saldo do fundo. Quem
começou a contribuir depois dessa data não tem
direito ao saque.
Fonte: Agência Brasil

02/10/2017 -
Empregado divide com empresa culpa por acidente sob
efeito de remédio prescrito no trabalho
Um representante comercial da Brasilcenter
Comunicações Ltda. que sofreu acidente de moto após
ingerir medicação prescrita pela médica da empresa
será indenizado por danos morais e materiais. A
Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho,
concluindo que houve culpa recíproca da empresa e do
trabalhador pelo acidente, reduziu os valores
fixados na segunda instância.
Na reclamação trabalhista, o representante comercial
disse que, devido a fortes dores de cabeça, foi
encaminhado ao posto médico da empresa e recebeu um
comprimido da médica, que o liberou sem qualquer
orientação especial. Ao voltar para casa de
motocicleta, chocou-se contra o poste. Segundo ele,
a colisão ocorreu em razão dos efeitos colaterais do
medicamento e, portanto, se tratava de acidente de
trabalho.
Em sua defesa, a empresa sustentou que o medicamento
prescrito foi um antibiótico, que não tem efeito
sedativo, alucinógeno ou de tonturas. Afirmou ainda
que o trabalhador só deixou a empresa duas horas
depois da consulta e estava lúcido quando saiu. Como
recebia vale-transporte, argumentou que ele assumiu
conscientemente o risco ao dirigir a motocicleta.
O juízo de primeiro grau não acatou os pedidos do
empregado. Apesar de a bula do antibiótico
aconselhar que o paciente não dirija, a perícia
judicial informou que, na prática médica, tais
efeitos não são observados. A sentença levou em
conta também que a médica não sabia que ele estava
de motocicleta naquele dia, nem que fosse para casa
dirigindo após sentir fortes dores de cabeça.
O Tribunal Regional do Trabalho da 17 ª Região (ES),
no entanto, deferiu a indenização, entendendo que a
médica deveria ter alertado o empregado sobre os
efeitos colaterais para não por em risco a saúde e a
integridade física. Concluiu, assim, que a empresa
deveria ser responsabilizada pelo acidente, que
considerou de percurso. Para o Regional, o fato de o
trabalhador ser beneficiário de vale-transporte não
afastava a responsabilidade da empresa, pois também
haveria riscos de se acidentar no transporte público
devido à sonolência e à desatenção causadas pela
medicação. Com isso, fixou a indenização por danos
morais em R$ 8 mil e os danos materiais em R$ 45
mil.
O relator do recurso da Brasilcenter ao TST,
ministro Augusto César Leite de Carvalho, observou
que, apesar da falta de alerta pela médica da
empresa, o trabalhador se locomoveu em veículo
próprio no dia do acidente, mesmo tendo ciência de
que não tinha totais condições de dirigir. Assim,
“contribuiu também, e de forma relevante, para seu
próprio infortúnio” – sobretudo levando-se em conta
que era optante pelo vale-transporte. Reconhecida a
culpa concorrente, votou no sentido de estabelecer
indenização proporcional sobre o dano, reduzindo
pela metade os valores fixados no TRT. A decisão foi
por maioria. Processo: RR-2200-69.2005.5.17.0013
Fonte: TST

02/10/2017 -
Câmara aprova prazo de validade unificado de 120
dias para certidões federais
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
aprovou, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei
(PL) 712/11, que prevê prazo de validade unificado
de 120 dias para certidões emitidas por órgãos
federais. O projeto segue diretamente para o Senado,
caso não haja recurso para análise pelo Plenário.
O prazo valerá para:
- o Certificado de Regularidade do FGTS, emitido pela
Caixa Econômica Federal;
- a Certidão Negativa de Débito, emitida pelo
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS);
- a Certidão Negativa de Inscrição da Dívida Ativa da
União, emitida pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional;
- e a Certidão Negativa de Débitos de Tributos e
Contribuições Federais, emitida pela Secretaria da
Receita Federal.
O projeto original, do deputado Jorge Côrte Real
(PTB-PE), fixava em 180 dias o prazo de validade
dessas certidões, mas esse prazo foi alterado
durante a tramitação da proposta na Casa.
O parecer do relator na CCJ, deputado Alceu Moreira
(PMDB-RS), foi pela constitucionalidade,
juridicidade e técnica legislativa do projeto, na
forma do substitutivo da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público e da subemenda da
Comissão de Finanças e Tributação, com subemenda
aperfeiçoando a técnica legislativa.
Atualmente, o Certificado de Regularidade do FGTS é
válido por 30 dias. Já a Certidão Negativa de Débito
vale 60 dias. A Certidão Negativa de Inscrição da
Dívida Ativa da União e a Certidão Negativa de
Débitos de Tributos, por sua vez, têm validade de
180 dias.
Fonte: Agência Câmara

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