Publicação: 20/09/2019
NCST debate Previdência e
Trabalho
com foco nos
eletricitários e categorias da área de segurança
O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST, José
Calixto Ramos, acompanhado do vice-presidente da entidade, José
Reginaldo Inácio; da diretora de Assuntos da Mulher, Sônia Zerino; e do
secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
- CNTI, Aprígio Guimarães; representaram ambas entidades na audiência
pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH)
do Senado Federal, que discutiu as consequências da chamada “reforma” da
Previdência para as categorias dos eletricitários, dos vigilantes, dos
guardas municipais e dos agentes de trânsito. Na oportunidade, os
representantes da NCST apresentaram avaliações técnicas em torno do tema
e relacionaram os prejuízos que se acumularão à estas categorias caso o
texto da chamada “reforma” da Previdência seja mantido e aprovado.
Reginaldo ocupou a mesa de debatedores e apresentou estudos que atestam
a impossibilidade de aposentadoria para milhões de trabalhadores,
sobretudo às categorias que se submetem a atividades com alto grau de
periculosidade.
Coordenada pelo senador “Paulo Paim (PT-RS), a audiência reuniu
representantes sindicais das categorias, especialistas e parlamentares.
Paim abriu a audiência alertando para a eliminação prática do termo
“periculosidade” que ignora os riscos laborais dessas categorias e que,
“criminosamente”, preserva as alterações da Câmara dos Deputados - no
texto da PEC 06/2018 - das regras para aposentadoria, saltando de 25
para 40 anos de contribuição destes profiSsionais para receberem o
benefício. “Isso para categorias que não gozam de estabilidade e que,
portanto, estão impossibilitadas da continuidade perene da contribuição,
excluído milhões de trabalhadores do acesso à aposentadoria”, alertou o
senador.
Representando a categoria dos eletricitários, o vice-presidente da NCST,
Reginaldo Inácio, realizou exposição com estudos, estatísticas e vídeo.
Na apresentação, Reginaldo relacionou as altas taxas de letalidade desta
categoria profissional, bem como a insensibilidade da Câmara dos
Deputados em não reconhecer a necessidade de Emendas Supressivas que
retirariam, como o sindicalista afirmou, as “injustificadas crueldades
preservadas no texto.”
Acompanhe a apresentação do líder sindical da NCST e CNTI:
https://www.youtube.com/watch?v=-_sk8lGYF2U
O presidente da NCST, José Calixto Ramos, foi convidado pelo senador
Paulo Paim para usar a palavra na plenária da CNH. Calixto, emocionado,
registrou indignação frente a insensibilidade do governo junto à classe
trabalhadora e surpresa com a postura do líder do Executivo que, em sua
avaliação, seria corrigida diante das atribuições e responsabilidades do
cargo. O líder sindical reafirmou, na ocasião, solidariedade às
reivindicações das categorias de atividades com alto grau de
periculosidade.
Assista a participação do presidente da NCST e da CNTI:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=cjf4Iqni5qo
A audiência foi marcada por exposições de vídeos e estudos técnicos que
auxiliaram compreensão dos parlamentares, participantes, telespectadores
e internautas sobre as distinções dessas carreiras que, fora as mortes
por acidentes de trabalho, apresentam alto grau de transtornos mentais,
stress, depressão e, em consequência desse acúmulo de fatores, taxas bem
acima da média de suicídio. Os elevados índices de desligamento desses
profissionais dos quadros de suas respectivas categorias, destacaram,
revelam a evidente periculosidade dessas atividades, circunstância que
colabora com a descontinuidade da contribuição previdenciária destes
profissionais.
Nas considerações finais, Reginaldo Inácio chamou atenção de que,
durante peregrinação para articulação política com demais diretores da
NCST e da CNTI nos gabinetes do Senado, ele e seus companheiros
sindicais questionaram senadores se algum profissional da Polícia
Legislativa ou demais categorias do Congresso Nacional chegou a óbito em
função, exclusivamente, de suas respectivas atividades profissionais. A
resposta unânime, segundo revelou o sindicalista, foi não! “Estamos
diante de uma injustiça social explícita, uma indignidade ampla. O
Congresso irá avalizar essa criminosa reforma do Executivo sem um mínimo
de sensibilidade para com seus eleitores? Infelizmente a abordagem
política está se revelando insuficiente. O que estes senhores esperam?
Apelo para a sensibilidade dos nossos parlamentares. São pais e mães de
família que, em desespero, podem reagir de maneiras distintas. Algumas
dessas reações podem ser bem menos tranquilas e civilizadas que um
embate no campo do debate político. Vidas serão ceifadas, e quando vidas
estão em risco, as consequências são imprevisíveis. Sejamos razoáveis,
aproveitemos a oportunidade para corrigir abusos da PEC da Previdência e
evitar, no mínimo, tragédias sociais de grandes dimensões”, finalizou o
representante da NCST.
Assista a íntegra da audiência:
https://www.youtube.com/watch?v=prXGjRPENe8
Fonte: NCST
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