Publicação: 27/09/2024
Palestra
sobre Sindicatofobia foi aula de defesa do trabalhador
José Reginaldo Inácio
Convidado da Contratuh para palestrar nos Seminários Regionais, o
recém-eleito presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI), José Reginaldo Inácio, foi um dos palestrantes dos
Seminários Regionais, na versão unificada realizada na última
quinta-feira, 26/9, pela rede virtual. Ele causou uma impressionante
satisfação em todos os participantes, que fizeram todos os tipos de
elogios à sua exposição.
Ele escolheu como tema o anti-sindicalismo latente hoje em todo o Brasil
e que se tornou um difusor do ódio, repugnância e resistência ao
movimento sindical nacional. Mas ele foi muito enfático ao alertar: “Sem
o direito sindical não há sobrevivência aos demais direitos”, lembrando
que a prática sindicalista nada mais é do que a união do lado frágil que
representa o trabalhador.
Para José Reginaldo, a finalidade do trabalho de base é “anunciar a
convivência solidária como alternativa à ganância, à competição e à
dominação”. E frisa: “É despertar a dignidade das pessoas e a confiança
nos seus valores e seu potencial. A pessoa se torna feliz e perigosa
quando começa a ser protagonista e andar com os próprios pés”.
Ele fez comparativos importantíssimos também entre a produção
legislativa nacional contra o trabalho de formiguinha dos sindicatos e a
relação de direitos através do trabalho coletivo-individual e o
sindicalismo.
Numa de suas citações lembrou a renomada filósofa espanhola Adela
Cortina, por suas contribuições à ética, filosofia política e ética
aplicada, destacando-se pelo compromisso com a justiça: “diz-se do ódio,
repugnância ou hostilidade ante o sindicato ou ao sindicalista, a
liderança que representa as classes operárias (trabalhadores em geral),
empregados ou não, prioritariamente, aos explorados na sua degradante
condição de pobreza, miséria, pois se encontram detidos no desemprego,
na informalidade, na intermitência e ou no desalento”.
Eleições
O ano eleitoral e o que ele representa para o
movimento sindical também foi muito bem lembrado, chamando a atenção
para o fato de “as eleições são o momento da organização e da ordem” e
por isso é que há um grande plano de assédio eleitoral em todas as
esferas do relacionamento entre patrão e empregado. A pouca
representatividade política que o movimento sindical tem hoje é uma das
questões agravantes. Lembra que nosso parlamento é composto, em sua
grande maioria de representantes da classe econômica e política
empresarial, contra pequenos núcleos trabalhistas, em que pese termos
hoje na presidência do país, o maior líder sindicalista nacional, o
presidente Lula.
José Reginaldo fez sacudir as visões dos dirigentes que participaram do
encontro e o presidente Wilson Pereira, da Contratuh e Moacyr Auersvald,
presidente da Nova Central, aprovaram em todo o conteúdo colocado aos
representantes do sindicalismo. “Precisamos cada vez mais fortalecer
essas ideias e compartilhar com nossos companheiros, atualizando
diuturnamente essas filosofias, pois só assim teremos uma classe forte e
representada a altura do que significa o movimento sindical”, destacou
Wilson.
Outros temas
O encontro serviu também para tratar da Tecnologia da
Informação, tema que vem se repetindo nos encontros da Contratuh, além
de um repleto índice de informações sobre questões que estão em debate à
nível parlamentar, jurídico e de sustentabilidade das entidades
sindicais, bem como sobre as ferramentas para esta sustentabilidade.
Jonas Dutz e Stefan Fellipe Klemz, da Direta Sistemas, estiveram mais
uma vez falando sobre esta empresa especializada em tecnologia de
informação, mostrando vários produtos que atendem o movimento sindical e
que facilitam a administração do setor, utilizando de plataformas e até
inteligência artificial para controlar cadastros e meios de proteção
antivírus que eliminam uma série de dificuldades que muitas vezes
atormentam a administração de pequenos e até gigantescas unidades
sindicais.
A forma de credenciamento, de preenchimento de cadastros e a utilização
para fins de divulgação e imediato contato com toda a rede de filiados,
que pode ser administrada até de um simples celular, facilitando ao
máximo o intercâmbio entre a cúpula sindical, filiados e seus
familiares.
Fonte: Contratuh
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