CNTI SETORIAL NACIONAL

 

Ocorreu entre os dias 13 e 14 de novembro de 2017 o Congresso Nacional Setorial da CNTI dos grupos profissionais Têxtil, Extrativa e Cerâmica/Vidro, que debateram a economia de cada setor, dentre outros temas.

 

Na quarta-feira (14) foi realizado o 2º Encontro de Advogados das Entidades Sindicais da CNTI cujo tema  ser abordado foi a Reforma Trabalhista – Lei 13.4767/2017. Programação.

 


 

CARTA DE BRASÍLIA

 

Os(as) trabalhadores(as) industriários(as) do Plano da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI, num total de 210 participantes, de  sindicatos e federações, presentes neste ato, CNTI Setorial Nacional, reunidos no 12º Congresso Nacional dos(as) Trabalhadores(as) nas Indústrias de Fiação e Tecelagem, no 4º Congresso Nacional dos(as) Trabalhadores(as) nas Indústrias Extrativas, no 2º Encontro Nacional dos(as) Trabalhadores(as) nas Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça, Porcelana e Ótica, e no 2º Encontro Nacional dos(as) Advogados(as) das Entidades Sindicais do Plano da CNTI, realizado na Fazenda Taveira, município de Luziânia, Estado de Goiás, no Centro de Treinamento Educacional da CNTI – CTE/CNTI, nos dias 13, 14 e 15 de novembro de 2017, após intenso trabalho, debateram e expressaram, veementemente, as adversidades e as contradições enfrentadas pela sociedade, sobretudo pela classe trabalhadora, tendo como direcionamento os quatro eixos temáticos do evento: 1) Politica: crise, consequências (castigo) e eleições 2018; 2) Direitos do(a) trabalhador(a): Reforma trabalhista (Leis 13.467/17, 13.429/17 e MP 808/17) e estrutura sindical; 3) Previdência Social: reforma da previdência e dívida pública; e, 4) Conjuntura Econômica Setorial das Indústrias: Têxtil; Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça, Porcelana e Ótica; Extrativas Mineral e Vegetal.

 

Nesta ocasião, foi intensamente lembrado que não se pode, nesse dia, 15 de novembro, comemorar a Proclamação da República, sem mencionar que os preceitos reveladores de sua presença em uma nação, aqui no Brasil, estão ruídos. Vivemos uma profunda ruptura da Democracia no País, afinal o Estado Democrático de Direito, sob a tutela dos Três Poderes, está em processo contínuo de degradação. A plenitude, a independência e a imparcialidade, que são atributos, dos agentes do Estado, a regar todos os ritos para a ampliação, garantia e a manutenção das leis e da Constituição, atualmente são constructos que imolam a sociedade brasileira, principalmente as trabalhadoras e os trabalhadores e suas entidades representativas, em proveito e satisfação plena dos pleitos das classes dominantes.

 

O que, de fato, está em jogo com as Leis 13.429/17, 13.467/17, a MP 808/17, é o fim de toda estrutura sindical e estatal de fiscalização e de proteção social dos direitos e do ambiente de trabalho, às quais, com o impacto da Emenda Constitucional 95/16 e a sinistra possibilidade de votação exitosa da PEC 287/16, retrocedem a história para momentos de extrema indignidade e sofrimento da humanidade, inclusive há muitos superados.

 

A crueldade imposta ao sindicalismo de trabalhadores, com a quebra de sua autonomia representativa, com o fim do custeio compulsório para a sustentação de sua estrutura e da defesa da classe trabalhadora, exatamente num momento de acirramento da relação capital/trabalho com forte e intencional ruptura e destruição de todas as formas de proteção social laboral, até mesmo sem nenhum precedente na história, deixa nítida a intensão geral dos representantes do Legislativo e do Executivo federal, além de parte relevante do Judiciário, principalmente em suas instâncias superiores, não nos restando escolha senão aquela que impõe como alternativa derradeira a resistência à ordem numa luta sem trégua, em todas as trincheiras, espaços e ocasiões, até que a desigualdade e a injustiça social não mais faça parte da vida do povo brasileiro, especialmente daqueles(as) que viveram e vivem do trabalho.

  

Enfim, todos(as) os(as) presentes, depois de intensos e calorosos debates, diante desse cenário, em que estão evidentes a eclosão de imagens cruéis da violência social diuturnamente refletidas a partir das desigualdades e das injustiças que assolam o País, agravadas pelas políticas defendidas e impostas ao povo pelo governo federal, tornando, assim, ainda mais dramática a caótica crise estrutural, política, econômica e ética na qual atravessa a Nação, evidenciando-se à urgência para que, hoje, mais do que nunca, os(as) sindicalistas façam a sua parte, apontando rumos ou alternativas para a retomada do protagonismo sindical no curso da história brasileira, bem como apresentem ações e indicativos que apontem uma mudança radical nos rumos políticos vindouros e possam nortear à possibilidade concreta da existência de um desenvolvimento verdadeiro, com emprego e renda dignos, propiciador para a geração perene de postos de trabalho onde a saúde e a vida da classe trabalhadora seja preservada, consagrando-se, por fim, como corolário de políticas vívidas da igualdade e da justiça social, por unanimidade, proclamam a CARTA DE BRASÍLIA, em 15 de novembro de 2017, com as seguintes deliberações, sugestões e observações: Aguardem!

 

Fotos do Evento:

 

 

 

 

 

 

 

 

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