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04/07/2025 -
Deputados do PT propõem jornada semanal de 36h sem
corte de salário
Projeto veda trabalho aos sábados e exige
contratação após seis meses seguidos de horas
extras.
Deputados do PT protocolaram na quinta-feira (3) o
Projeto de Lei 3197/2025, que propõe uma reforma na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para reduzir
a jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas,
sem redução de salário. A medida também busca
proibir, por regra geral, o trabalho aos sábados e
reforça limites ao uso de horas extras.
O objetivo, segundo os autores, é ampliar o tempo
disponível para a vida pessoal e familiar da classe
trabalhadora.
O que muda na prática
- A jornada padrão passa a ser de segunda a
sexta-feira, com até 8 horas diárias e 36 semanais;
- Intervalos e deslocamentos em locais de difícil
acesso passam a ser computados como parte da
jornada;
- Horas extras aos fins de semana exigem negociação
coletiva e pagamento de no mínimo 100% acima do
valor normal;
- Mulheres grávidas a partir do 6º mês e lactantes até
6 meses após o parto não poderão fazer horas extras;
Caso o trabalhador realize horas extras por mais de
seis meses seguidos, a empresa terá de contratar
novos funcionários proporcionalmente.
Apesar de não proibir expressamente a jornada 6x1, o
projeto enfraquece esse modelo ao estabelecer como
regra geral o trabalho de segunda a sexta-feira.
Escalas que envolvam trabalho aos sábados ou
domingos só poderão ser adotadas mediante acordo
coletivo, respeitando o limite de 36 horas semanais.
Na prática, a medida tende a restringir o uso da
jornada de seis dias consecutivos, comum em setores
como comércio e serviços.
Plantões e compensações
O projeto também regulamenta os regimes de plantão e
compensação. Escalas de 12x36 continuam permitidas
por acordo coletivo, desde que a média de horas no
mês não ultrapasse o novo limite semanal de 36
horas.
Fonte: Agência Senado

04/07/2025 -
MPT lança guia de atuação contra os impactos das
mudanças climáticas no meio ambiente do trabalho
Documento reúne materiais sobre o tema elaborados
pela instituição
O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou guia
de atuação contra os impactos das mudanças
climáticas no meio ambiente do trabalho. A
publicação reúne artigo, diretrizes de atuação,
estudos sobre exposição ocupacional ao calor e à
fumaça de incêndios, recomendações para empresas,
autoridades públicas e sindicatos, além do documento
assinado durante o ato público “Por um futuro
sustentável no trabalho e no clima”.
Ondas de calor, incêndios, enchentes e secas
prolongadas são fenômenos cada vez mais frequentes e
intensos e colocam em risco a saúde e a segurança no
trabalho. Diante disso, o guia busca disseminar
conhecimento sobre o tema, estimular o diálogo
socioambiental e fortalecer a atuação institucional
diante dos desafios impostos pelas mudanças
climáticas.
A publicação é fruto das ações realizadas durante a
campanha Abril Verde 2025 do MPT, que neste ano
abordou os efeitos das mudanças climáticas no
trabalho e a necessidade de fazer adaptações na
rotina para garantir a proteção de profissionais.
Os materiais foram elaborados pela Coordenadoria
Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da
Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Codemat) e
pelo Grupo de Estudo Mudanças Climáticas e Impactos
no Meio Ambiente do Trabalho. A coordenadora
nacional da Codemat, Cirlene Zimmermann, destaca que
"a publicação do Guia é uma entrega do MPT para
subsidiar os debates sobre os rumos da política
climática global na 30ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30),
especialmente para reforçar a importância de se
considerar a necessidade de proteção do meio
ambiente do trabalho nos planos de ação climática".
A COP30 acontece em Belém/PA, em novembro.
Acesse o documento.
Fonte: MPT

04/07/2025 -
Investimento em tecnologia terá financiamento extra
de R$ 4 bi do FAT
Recursos foram liberados pelo Conselho Monetário
Nacional
As indústrias terão R$ 4,43 bilhões adicionais do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para
financiarem investimentos em tecnologia. Em reunião
extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN)
ampliou de 1,5% para 2,5% o limite de saldo do FAT
usado em linhas de crédito corrigidas pela Taxa
Referencial (TR).
Todo o incremento de 1 ponto percentual será
destinado exclusivamente a linhas de crédito para
investimentos e gastos em difusão tecnológica. Em
nota, o Ministério da Fazenda explicou que a medida
atende a pedido do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que constatou
demanda reprimida por financiamentos do tipo.
Por não envolver gastos primários da União, a medida
não terá impacto nas metas do arcabouço fiscal.
Segundo a Fazenda, a medida alavancará o apoio à
indústria e ampliará o acesso a crédito com melhores
condições financeiras, indexados à TR.
A medida faz parte do programa Nova Indústria Brasil
(NIB), lançado em 2023. A Missão 4 do NIB prevê
elevar para 90% o nível de digitalização na
indústria até 2033, por meio de investimentos em
pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Um dos principais instrumentos do NIB tem sido o
programa BNDES Mais Inovação, que prevê R$ 21
bilhões em financiamentos até 2026 com custo
indexado TR. O programa já obteve resultados
expressivos em 2023 e 2024, mas, segundo a Fazenda,
o teto de 1,5% de saldo do FAT, uma das fontes de
recursos do BNDES, era insuficiente para atender à
demanda apresentada.
O CMN é um órgão colegiado presidido pelo ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, e composto pelo
presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel
Galípolo, e pela ministra do Planejamento e
Orçamento, Simone Tebet.
Fonte: Agência Brasil

04/07/2025 -
Crédito consignado para trabalhador do setor privado
vai à sanção
O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a criação de
uma plataforma digital para centralizar a oferta de
crédito consignado a trabalhadores formais,
microempreendedores individuais (MEIs), empregados
domésticos e trabalhadores rurais prevista na Medida
Provisória (MP)
1.292/2025. A proposta, que recebeu votos
contrários de senadores da oposição, segue para
sanção presidencial.
O texto editado em março foi alterado pelo Congresso
na forma de um projeto de lei de conversão do
relator, Rogério Carvalho (PT-SE). O senador incluiu
os trabalhadores por aplicativo entre os que podem
ter acesso ao consignado no texto do PLV 1/2025.
Por meio dessa plataforma (chamada de Crédito do
Trabalhador), que está integrada à Carteira de
Trabalho Digital e foi lançada em 21 de março, é
possível comparar condições de financiamento entre
diferentes instituições financeiras habilitadas, com
regras específicas para cada categoria de
trabalhador.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a
plataforma já havia movimentado mais de R$ 14
bilhões, relativos a 25 milhões de contratos, até o
início de junho. Na ocasião, o ministério também
informou que cerca de 63% das operações estavam
concentradas em trabalhadores com renda de até
quatro salários mínimos.
Fonte: Agência Senado

04/07/2025 -
Duas faltas anuais ao trabalho para quem doar sangue
seguem para a Câmara
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (2) projeto que amplia o abono de falta
ao trabalho por motivo de doação de sangue (PL
4.400/2023). Hoje, a Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT) autoriza uma falta anual para
esse fim, sem desconto no salário. O autor, senador
Cleitinho (Republicanos-MG), propõe dois dias ao
ano, com seis meses de intervalo entre as doações. A
relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN) afirmou que
a mudança ajuda na manutenção dos estoques dos
hemocentros.
O PL 4.400/2023 segue diretamente para a Câmara dos
Deputados, a não ser que haja requerimento para
deliberação da matéria no Plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado

03/07/2025 -
Economia vai bem e Indústria se destaca
IBGE e Ministério do Trabalho e Emprego atestam bom
momento da economia. No trimestre terminado em maio,
desemprego foi de 6,2%, menor patamar desde 2012.
País gerou 1,05 milhão de postos com Carteira
assinada nos primeiros cinco meses do ano.
O Diretor de Relações Sindicais do Dieese, Victor
Pagani, destaca a robustez dos indicadores. Ele diz:
“Números mostram mercado de trabalho bastante
dinâmico. Há queda na taxa de desocupados e na
subutilização da força de trabalho. Tudo isso puxado
pelo aumento do emprego formal, o que é muito
positivo”.
Setor de Serviços lidera, com mais 562.984 empregos
no ano. Em seguida, vem a Indústria, que criou
209.685 postos de trabalho. Segundo o técnico do
Dieese, chama atenção o crescimento do ramo de
máquinas e equipamentos. “Quando ele se desenvolve é
porque há expectativa de crescimento de produção pra
atender a uma maior demanda. Isso mostra que a
economia vai bem”, afirma.
Causas – Victor Pagani destaca duas: a
política de valorização real do salário mínimo e a
reconstrução e ampliação das políticas de
transferência de renda, como o Bolsa Família. “Esses
fatores contribuem para o crescimento da economia,
que surpreende positivamente e se mantém acima das
expectativas do mercado”.
Investimentos – Outra causa é a retomada do
investimento público, por meio de programas como o
Novo PAC e a Nova Indústria Brasil. Destacam-se
ainda os financiamentos do BNDES, Caixa e Banco do
Brasil. O técnico acrescenta que “o investimento
também vem crescendo de forma consistente no setor
privado”.
Tendência – Victor Pagani avalia que a
economia está desacelerando com relação a 2024,
quando o crescimento foi de 3,4%. Porém, ele
acredita que o País seguirá crescendo com
consistência neste e no próximo ano. Em 2025,
mercado prevê crescimento de 2,2%. Pagani é mais
otimista, e projeta alta de pelo menos 2,5%.
Para 2026, ano eleitoral, o técnico acredita que
crescimento seguirá acima dos 2%, mas pondera: “Isso
depende muito da política de juros do Banco Central
e da relação do governo com o Congresso. A crise do
IOF mostrou que o Centrão quer reduzir o orçamento
pra investimentos públicos no próximo ano. Isso,
aliado ao cenário internacional instável, torna mais
difícil prever o comportamento da economia.”
Mais – Sites do Dieese, IBGE e Ministério do
Trabalho e Emprego.
Fonte: Agência Sindical

03/07/2025 -
Contra o trabalhador: 70% dos deputados são
contrários ao fim da escala 6×1, aponta Quaest
Levantamento revela ampla resistência no
Congresso à proposta que prevê redução da jornada
sem perda salarial
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Quaest nesta
quarta-feira (2) revelou que a maioria dos deputados
federais são contra o fim da escala 6×1 . Segundo o
levantamento, 70% dos parlamentares se opõem à
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba
com a jornada de seis dias de trabalho seguidos com
apenas um dia de descanso.
O estudo da Quaest mostra ainda que apenas 22% dos
parlamentares apoiam o fim da escala 6×1, enquanto
8% não souberam ou preferiram não responder.
Entre os deputados da oposição, o índice salta para
92%; 6% são favoráveis. A base do governo também
está dividida, com apoio à pauta declarado por 44%
dos parlamentares; outros 55% se posicionaram contra
a PEC. Já o grupo de deputados classificados como
“independentes” tem 74% dos deputados contrários à
redução da jornada de trabalho, e 23% favoráveis.
Quando o recorte é por espectro político, os dados
revelam que a PEC não tem maioria nem mesmo na
esquerda, com 49% favoráveis e 49% contrários; 2%
não souberam ou não responderam. No centro, o apoio
cai para 27%, e a rejeição à pauta fica em 70%;
outros 3% não souberam ou não responderam. Entre os
deputados de direita, a rejeição vai a 88%, com 10%
de apoio. A parcela dos que não sabem ou não
responderam é de 2%.
O levantamento ouviu 203 deputados (40% do total da
Câmara) com amostragem definida com base em extratos
de região e posicionamento ideológico dos partidos.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 7 de
maio e 30 de junho. A margem de erro estimada é de
4,5 pontos percentuais.
O projeto, de autoria da deputada federal Erika
Hilton (Psol), tem sido a principal bandeira de
mobilização dos movimentos populares e pretende
estabelecer a jornada máxima de trabalho de 36 horas
semanais em quatro dias por semana, sendo oito horas
de trabalho mais uma hora de almoço por dia.
PEC está parada na Câmara
A PEC que prevê o fim da escala 6×1 foi protocolada em
fevereiro de 2025, mas até agora não entrou em
tramitação. A proposta altera o artigo 7º da
Constituição Federal, que trata dos direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais.
O argumento central dos defensores da PEC é de que a
jornada de seis dias consecutivos compromete a saúde
física e mental da classe trabalhadora, sobretudo em
atividades operacionais e de serviços essenciais,
que exigem longas jornadas e grande esforço físico.
Na justificativa da PEC, a deputada Erika Hilton
afirma que a proposta “reflete um movimento global
em direção a modelos de trabalho mais flexíveis aos
trabalhadores, reconhecendo a necessidade de
adaptação às novas realidades do mercado de trabalho
e às demandas por melhor qualidade de vida dos
trabalhadores e de seus familiares”.
Já os setores empresariais e seus representantes no
Congresso alegam que o fim da escala 6×1 teria
impactos sobre a produtividade e os custos das
empresas.
A PEC partiu do movimento Vida Além do Trabalho (VAT),
iniciado pelo vereador do Rio de Janeiro, Ricardo
Azevedo, pelo Psol. Ele começou uma mobilização nas
redes sociais que angariou cerca de 1,5 milhão de
assinaturas em prol de um abaixo-assinado pelo fim
da escala atual de trabalho.
Fonte: Brasil de Fato

03/07/2025 -
Dispensa de reavaliação de aposentados por
incapacidade permanente agora é lei
Aposentados por incapacidade permanente,
irreversível ou irrecuperável estão dispensados de
reavaliações periódicas da condição de saúde que
justificou a concessão do benefício
previdenciário. Essa determinação foi confirmada
pela promulgação da
Lei 15.157, publicada no Diário Oficial da União
desta quarta-feira (2).
A norma é resultado da decisão do Congresso Nacional
de derrubar, em 17 de maio, o veto integral do
presidente Lula (VET 38/2024) ao Projeto de Lei
(PL) 5.332/2023. O texto modifica os Planos de
Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213, de
1991) e a organização da Assistência Social no
Brasil (Lei 8.742, de 1993).
Entre as medidas, o texto que agora se transformou
em lei dispensa o segurado do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) e quem recebe o Benefício
de Prestação Continuada (BPC) da reavaliação
periódica quando a incapacidade for permanente,
irreversível ou irrecuperável.
Em caso de suspeita de fraude ou erro nas dispensas
de reavaliação por quadros irrecuperáveis, o
segurado poderá ser convocado para análise, diz a
lei. A nova norma também determina a participação de
especialista em infectologia na perícia médica de
pessoa com HIV.
Fonte: Agência Senado

03/07/2025 -
Salário mínimo paulista sobe para R$ 1.804 a partir
desta terça (1º)
O salário mínimo regional do estado de São Paulo
passa a ser de R$ 1.804 a partir desta terça-feira,
1º de julho. O novo valor representa um reajuste de
10% em relação ao piso anterior, com ganho real
estimado em 5% acima da inflação, segundo o governo
estadual.
O reajuste vale para trabalhadores que não estão
cobertos por convenções ou acordos coletivos e
abrange a chamada primeira faixa salarial, que
inclui funções como auxiliares de limpeza,
atendentes, cozinheiros e operadores de máquinas. A
medida não se aplica a categorias com piso
estabelecido por legislação federal, como contratos
de aprendizagem, nem àquelas com convenções
coletivas específicas.
Com a atualização, aproximadamente 70 categorias
profissionais terão o piso salarial padronizado no
estado.
Além do novo salário mínimo regional, o governo
paulista sancionou duas leis que impactam
diretamente o funcionalismo público estadual. A
primeira concede reajuste de 5% aos servidores
ativos, aposentados e pensionistas de diversas
áreas. A segunda institui um abono complementar — um
valor extra que assegura que nenhum servidor receba
menos do que o novo mínimo estadual.
Segundo estimativas do governo, cerca de 91 mil
trabalhadores devem ser beneficiados com o abono,
incluindo servidores da ativa e inativos com direito
à paridade.
Comparativo com o piso nacional
O salário mínimo nacional em vigor desde janeiro de
2025 é de R$ 1.518, após reajuste de 7,5% em relação
ao ano anterior. O valor considera a inflação
acumulada e inclui ganho real de até 2,5%, conforme
a política de valorização salarial adotada pelo
governo federal.
Já os pisos regionais, como o de São Paulo, são
definidos por cada estado, com base em critérios
como custo de vida e realidade econômica local. No
Paraná, por exemplo, o salário mínimo regional varia
entre R$ 1.984 e R$ 2.275, conforme a categoria
profissional.
Fonte: Rádio Peão Brasil

03/07/2025 -
Paim questiona críticas ao IOF diante do aumento do
número de deputados
Durante pronunciamento no Plenário nesta terça-feira
(1º), o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a atual
política fiscal do país e argumentou que o sistema
tributário brasileiro favorece os setores de maior
renda e transfere a carga para os mais pobres. O
senador defendeu mudanças no sistema de cobrança de
tributos e alertou que o Brasil poderá deixar de
arrecadar R$ 620,8 bilhões em 2026, devido à
manutenção de benefícios que favorecem setores
privilegiados da economia.
— A elite econômica, política e social brasileira é
insaciável, nunca está saciada. Ela se recusa a
repartir o pão, mesmo frente a um povo que sofre e
que todo dia é humilhado. As reformas que interessam
ao povo não são as que cortam direitos. Não é a
reforma trabalhista, não é a reforma previdenciária;
têm que ser aquelas que estão garantindo os
bilionários. Eles têm que também contribuir com a
construção de um país diferente e colaborar para a
melhoria da qualidade de vida do nosso povo —
afirmou.
O senador questionou a coerência entre as críticas
relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) e a aprovação do projeto de lei complementar (PLP
177/2023), que prevê o aumento de 513 para 531 do
número de deputados federais. Segundo ele, é
contraditório discutir ajustes na arrecadação e
cortes de tributos, enquanto o Congresso amplia
despesas com mais cadeiras no Parlamento.
— Não é disso que o Brasil precisa. O Brasil é um
dos países do mundo que mais tem parlamentares. Não
tem sentido, num momento como este, ainda se aprovar
o aumento do número de deputados federais. A
população não pede mais parlamentares, ela pede
justiça social, igualdade de oportunidades e quer
viver com dignidade. É hora de nós todos fazermos o
dever de casa: por exemplo, taxar os super-ricos,
tributar lucros e dividendos, acabar com os
benefícios fiscais injustos. É preciso também
garantir a isenção do Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil e descontos — declarou.
Fonte: Agência Senado

03/07/2025 -
Julgamentos na Justiça do Trabalho superaram 4
milhões em 2024
Houve aumento de 14,3% em comparação com 2023.
Número é o maior dos últimos 20 anos
O Relatório Geral da Justiça do Trabalho 2024,
divulgado nesta terça-feira (1º), mostra que a
Justiça trabalhista julgou 4.000.793 processos no
ano passado. Isso representa um aumento de 14,3% na
comparação com o ano anterior. Ao longo dos últimos
20 anos, exceto de 2018 a 2020, o indicador vem
apresentando crescimento.
Nas Varas do Trabalho, a produtividade cresceu
12,6%; nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs),
17,8%; e, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o
aumento foi de 3,9%.
O relatório foi apresentado pelo presidente do TST,
ministro Aloysio Corrêa da Veiga, na sessão do Órgão
Especial que marcou o encerramento do semestre
judiciário.
Valores movimentados
O total pago a quem iniciou as ações e ganhou na
Justiça somou quase R$ 50 bilhões no ano. Desse
montante, 41,1% foram decorrentes de acordos, 45,1%
de execução e 13,8% de pagamento espontâneo.
Foram arrecadados para a União R$ 6,66 bilhões -
75,1% para a Previdência Social, 15,8% de Imposto de
Renda e 8,9% de custas e emolumentos.
Processos recebidos também superam os 4 milhões
O volume de processos recebidos aumentou 19,3% em
relação a 2023: foram 4.090.375, também o maior
volume dos últimos 20 anos. Nessas duas décadas,
exceto de 2018 a 2021, esse total cresceu de forma
consecutiva. Os números consideram casos novos e
recursos. Quando analisados somente os casos novos,
foram 3.599.940 novas ações.
Setor mais demandados e assuntos mais recorrentes
Os setores mais demandados nas novas ações foram
serviços diversos (27,9%), indústria (20,6%) e
comércio (13,1%). Já os assuntos mais recorrentes
foram adicional de insalubridade, verbas
rescisórias, FGTS, multa do artigo 477 da CLT e dano
moral.
Tempo médio entre início da ação e julgamento cai
Os processos trabalhistas levam em média 197 dias
entre o ajuizamento da ação e a sentença na fase de
conhecimento. Esse prazo caiu 8,4% desde 2020.
Naquele ano, o tempo médio era de 215 dias.
Confira a íntegra do relatório.
Fonte: TST

02/07/2025 -
Centrais alertam para retrocesso social
As Centrais Sindicais publicam Nota alusiva à
derrubada do IOF pela Câmara, dia 25 de junho. Elas
alertam que essa postura poupa os mais ricos,
deixando para os pobres a carga pesada dos tributos.
“A derrubada do IOF pode levar a cortes de R$ 12
bilhões, afetando programas de saúde, educação e
assistência aos mais vulneráveis. Repudiamos essa
postura e defendemos tributação justa, progressiva e
alinhada ao interesse público”, diz o documento
assinado pela CUT, Força, UGT, CTB, Nova Central e
CSB.
A decisão da Câmara, até certo ponto, surpreende,
uma vez que havia acordo sobre o tema. A Câmara,
para analistas, invadiu a competência do Executivo
sobre matéria financeira. Diante disso, o ministro
Fernando Haddad estudar cortar super-salários. Já a
direita parlamentar propõe o fim dos aumentos reais
de salário para o mínimo.
Aposentados – As entidades também criticam a
decisão dos parlamentares de interferir no crédito
consignado aos aposentados e pensionistas. Dizem as
Centrais: “O crédito consignado é uma das poucas
modalidades acessíveis aos beneficiários do INSS,
justamente por ter os juros limitados pelo Conselho,
que conhece de perto a sua realidade e com
participação dos trabalhadores. Colocar esse
controle nas mãos de um órgão com visão financista
pode levar a aumentos abusivos nas taxas,
restringindo o acesso ao crédito e prejudicando
milhões de brasileiros”.
A NOTA:
As Centrais Sindicais expressam discordância com as
recentes medidas aprovadas pela Câmara dos Deputados
em relação ao IOF e aos juros do crédito consignado
para aposentados e pensionistas do INSS. Ambas
representam retrocesso no caminho urgente que o País
precisa trilhar de combate à desigualdade e rumo à
justiça social.
Aposentados – As entidades também criticam a
decisão dos parlamentares de interferir no crédito
consignado aos aposentados e pensionistas. Dizem as
Centrais: “O crédito consignado é uma das poucas
modalidades acessíveis aos beneficiários do INSS,
justamente por ter os juros limitados pelo Conselho,
que conhece de perto a sua realidade e com
participação dos trabalhadores. Colocar esse
controle nas mãos de um órgão com visão financista
pode levar a aumentos abusivos nas taxas,
restringindo o acesso ao crédito e prejudicando
milhões de brasileiros”.
A decisão de derrubar os decretos que aumentavam as
alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras é
um grave desrespeito à autonomia do Poder Executivo
em arbitrar sobre tributos regulatórios, além de
demonstrar a incoerência entre discurso e prática do
Legislativo. Enquanto a medida buscava ampliar a
arrecadação sem onerar os mais pobres, o Congresso
prioriza a agenda de poucos em detrimento do
equilíbrio das contas públicas e de um ambiente de
justiça social.
É contraditório que parlamentares defendam o
“controle de gastos” enquanto mantêm intocáveis seus
próprios privilégios, como as crescentes emendas
parlamentares, e rejeitem medidas que poderiam
garantir recursos para políticas sociais essenciais.
A derrubada do IOF pode levar a cortes de R$ 12
bilhões, afetando programas de saúde, educação e
assistência aos mais vulneráveis. As Centrais
repudiam essa postura e defendem que a tributação
deve ser justa, progressiva e alinhada ao interesse
público.
Já a MP 1.292/25, cujo propósito era reformular as
regras do crédito consignado para trabalhadores CLT,
através do importante “Crédito do Consumidor”, foi
aprovada com um “jabuti” que retirou do Conselho
Nacional de Previdência Social a competência de
definir os juros do consignado para aposentados e
pensionistas do INSS, transferindo essa atribuição
ao Conselho Monetário Nacional.
Essa é mais uma medida preocupante, uma vez que o
CNM reiteradamente toma decisões alinhadas às
expectativas do mercado financeiro, o que tende a
priorizar os lucros dos bancos em vez das
necessidades dos aposentados e trabalhadores.
O crédito consignado é uma das poucas modalidades
acessíveis aos beneficiários do INSS, justamente por
ter os juros limitados por um Conselho que conhece
de perto a sua realidade e com participação dos
trabalhadores. Colocar esse controle nas mãos de um
órgão com visão financista pode levar a aumentos
abusivos nas taxas, restringindo o acesso ao crédito
e prejudicando milhões de brasileiros.
As Centrais esperam que o Senado rejeite a mudança e
mantenha a regulação sob um Conselho que priorize a
proteção social e reafirma compromisso com um
sistema tributário justo, que taxe os mais ricos e
garanta recursos para políticas públicas, e com um
sistema financeiro regulado em favor do povo”.
São Paulo, 27 de junho de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única
dos Trabalhadores). Miguel Torres, Força Sindical.
Ricardo Patah, presidente da UGT. Adilson Araújo,
presidente da CTB. Antonio Neto, presidente da CSB.
Moacyr Tesch , Nova Central
Fonte: Agência Sindical

02/07/2025 -
Brasil ultrapassa um milhão de empregos formais em
cinco meses de 2025
Somente em maio, foram gerados quase 149 mil
postos formais
O Brasil criou mais de 1 milhão de vagas de emprego
com carteira assinada nos cinco primeiros meses de
2025, segundo dados do Novo Caged, divulgados nesta
segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho. No
total, foram 1.051.244 vagas abertas entre janeiro e
maio, com saldo positivo nos setores da economia
avaliados.
Somente em maio, foram gerados quase 149 mil postos
formais.
O setor de serviços lidera o avanço no ano, com mais
de 560 mil vagas criadas, seguido pela indústria
(mais de 209 mil), construção civil (149.233),
agropecuária (72.650) e comércio (56.708). Na
indústria, o crescimento foi puxado principalmente
pelas áreas de alimentos, máquinas e equipamentos,
metalurgia e veículos.
Em relação aos estados, São Paulo, Minas Gerais e
Paraná tiveram os maiores saldos absolutos, enquanto
Goiás, Mato Grosso e Tocantins apresentaram o maior
crescimento proporcional.
Em maio, a geração de empregos também foi maior
entre mulheres, jovens de 18 a 24 anos,
trabalhadores com ensino médio e pessoas
autodeclaradas pardas. O saldo também foi positivo
para o grupo PCD, com 902 novos postos.
Fonte: Brasil247

02/07/2025 -
Contribuição assistencial de não sindicalizados
O Supremo Tribunal Federal (STF) avançou no
julgamento que define os critérios para cobrança de
contribuição assistencial de trabalhadores não
filiados, reforçando a decisão unânime tomada em
2023. Na ocasião, os ministros consideraram
constitucional a cobrança de taxas assistenciais
previstas em acordos ou convenções coletivas, desde
que garantido o direito de oposição por parte dos
trabalhadores.
Agora, o ministro Gilmar Mendes, acompanhado por
Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli,
complementou o entendimento ao vetar práticas de
interferência empresarial na manifestação de vontade
dos empregados.
Decisão de Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, ao acolher embargos de
declaração, estabeleceu limites à cobrança da
contribuição assistencial.
Em seu voto, determinou que: Não haverá
cobrança retroativa referente ao período em que o
STF entendia a contribuição como inconstitucional;
Será garantido o direito de oposição, sem
interferência de terceiros; O valor da contribuição
deverá ser razoável e compatível com a capacidade
econômica da categoria.
A decisão busca equilibrar os interesses dos
sindicatos, que dependem desses recursos para manter
sua estrutura, e os direitos dos trabalhadores, que
criticam a obrigatoriedade como um resquício do
corporativismo.
A posição foi motivada por um questionamento da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que alertou
para casos de práticas antissindicais em setores
industriais. O entendimento do STF visa assegurar
que os sindicatos mantenham sua sustentabilidade
financeira sem violar direitos constitucionais,
enquanto protege os trabalhadores de abusos.
Vista de Mendonça adia conclusão
O ministro André Mendonça pediu vista do processo,
interrompendo temporariamente o julgamento. Ele terá
até três meses para analisar a ação, que trata da
legalidade da cobrança de taxas assistenciais e dos
mecanismos de recusa. Não há consenso sobre os
motivos do pedido, mas a expectativa é que o tema
retorne ao Plenário ainda em 2025. Enquanto isso,
sindicatos e entidades empresariais aguardam a
definição, que impactará milhões de trabalhadores e
o modelo de financiamento das categorias.
Próximos passos
Com a vista de Mendonça, o julgamento permanece em
suspenso.
Fonte: Diap

02/07/2025 -
O
Brasil das hienas – Paulo Paim
A elite econômica, política e social brasileira é
insaciável. Ela se recusa a repartir o pão, mesmo
frente a um povo que sofre e que todo dia é
humilhado. Isso é histórico. A realidade das ruas é
muito triste. Milhões vivem em situação de
insegurança alimentar e passam fome. Milhões não têm
saneamento básico, moradia digna, acesso à saúde e à
educação e emprego decente. E, enquanto isso, as
hienas seguem rindo, saboreando o banquete que lhes
é oferecido.
O Congresso aprovou o aumento do número de deputados
federais. Não é disso que o Brasil precisa. A
população não pede mais parlamentares; pede justiça
social, igualdade de oportunidades e dignidade. É
hora de fazer o dever de casa: taxar os super-ricos,
tributar os lucros e dividendos, acabar com os
benefícios fiscais injustos, baixar as taxas de
juros que sufocam o setor produtivo e barram o
crescimento e o desenvolvimento, cortar os
supersalários e rever a pejotização que insulta o
trabalhador. É preciso também garantir a isenção do
Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e
descontos parciais para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7
mil. Tudo isso vai beneficiar os vulneráveis, os
pobres e a classe média.
Quantas e quantas vezes a ONU alertou que o Brasil é
um dos países mais desiguais do mundo e que possui
uma forte concentração de renda. Aqui, 1% da
população concentra quase 50% da riqueza. Nosso país
tem recursos para fazer as transformações
necessárias; mas tem também excesso de privilégios.
É preciso decisão política. As reformas que
interessam ao povo não são as que cortam direitos —
são as que garantem que os bilionários também
contribuam com a construção de um país melhor.
A contribuição dos empregadores para a previdência
pública deve ser sobre o faturamento, e não sobre a
folha de pagamento. Vejam o exemplo dos bancos. Eles
têm grandes lucros e empregam muito pouco. São os
que mais faturam e são os que menos empregam. Se
pagassem sobre o faturamento, a Previdência
arrecadaria muito mais e os empregadores que mais
empregam proporcionalmente pagariam menos.
Falam em congelar o salário mínimo por seis anos.
Isso é inaceitável. O salário mínimo é, muitas
vezes, a única fonte de renda de uma família
inteira. E querem tirar ainda mais? Também acenam
com nova reforma trabalhista e da Previdência, esta
com o perverso sistema de capitalização — sempre
contra os de baixo, sempre poupando os de cima. É o
velho truque das hienas: comem a carne e deixam os
ossos.
Não aceitamos ataques à CLT. Defendemos o Estatuto
do Trabalho. Defendemos a redução da jornada sem
redução de salários. Defendemos a valorização do
trabalhador do campo e da cidade, do servidor, da
agricultura familiar, dos professores. Queremos uma
indústria nacional forte e competitiva. É na força
do trabalho que o país se sustenta — não na
especulação financeira e do rentismo que só
enriquecem meia dúzia.
E como bem escreveu Milan Kundera, em A
Insustentável Leveza do Ser: “As hienas surgem
quando os leões dormem.” Onde está o nosso
despertar? Nossa população tem uma enorme força e,
no caso aqui, ela é os leões. É possível virar o
jogo e colocar na prática o que previu Stefan Zweig:
“Brasil, o País do Futuro”.
Um país que privilegia poucos e penaliza muitos está
condenado ao atraso, ao subdesenvolvimento, à falta
de perspectivas para os jovens, ao descaso com os
idosos e aposentados, à negação da própria
Constituição. Nossa democracia precisa ser
fortalecida. Com a democracia tudo, sem a democracia
nada. Um país que ouve o povo e que faz pelo povo —
esse sim é como a Fênix que renasce das próprias
cinzas.
Paulo Paim. Senador pelo PT-RS.
Fonte: Agência Sindical

02/07/2025 -
Supersalários no Judiciário custam R$ 10,5 bilhões
ao ano, diz levantamento
Levantamento aponta aumento de 49,3% nos
rendimentos líquidos de magistrados, puxado por
benefícios que driblam o teto constitucional
Os chamados "supersalários" pagos a magistrados no
Brasil cresceram 49,3% em 2023 e passaram a custar
R$ 10,5 bilhões aos cofres públicos. O dado faz
parte de um levantamento do Movimento Pessoas à
Frente em parceria com o pesquisador Bruno Carazza,
da Fundação Dom Cabral. O aumento, que supera em
quase dez vezes a inflação oficial do período
(4,83%), revela, segundo os autores, uma "corrida
para além do teto" no Judiciário. As informações são
do jornal O Globo.
A maior parte do crescimento nos rendimentos
líquidos de magistrados, segundo o estudo, se deve
ao pagamento de auxílios e benefícios classificados
como indenizatórios — os chamados "penduricalhos".
Esses valores, por não serem tratados como
remuneração oficial, ficam isentos de Imposto de
Renda e permitem que juízes ultrapassem o teto
constitucional de R$ 46.366,19, valor correspondente
ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Apesar de atingir um número restrito no
funcionalismo — cerca de 0,06% dos servidores
públicos — os supersalários são amplamente
prevalentes entre membros do Judiciário e do
Ministério Público. De acordo com dados da PNAD
Contínua de 2023, do IBGE, 93% dos magistrados e
91,5% dos promotores e procuradores estavam nessa
faixa de renda elevada.
O estudo também alerta para riscos na tramitação da
reforma administrativa em discussão na Câmara dos
Deputados. A organização afirma que a proposta atual
do grupo de trabalho, coordenado pelo deputado Pedro
Paulo (PSD-RJ), pode legitimar os penduricalhos ao
manter 32 exceções ao teto remuneratório — 14 delas
com impacto direto sobre os rendimentos. Entre os
itens listados estão adicional de férias,
gratificação por acúmulo de função,
auxílio-alimentação e auxílio-saúde, com impacto
fiscal estimado em R$ 3,4 bilhões por ano.
Além do Judiciário, o estudo pretendia analisar
também os rendimentos do Ministério Público. No
entanto, segundo os autores, a apuração foi
prejudicada pela “indisponibilidade e baixa
qualidade dos dados públicos referentes ao órgão”, o
que impediu uma análise completa dos gastos.
Fonte: Brasil247

01/07/2025 -
20 anos da Nova Central: Unicidade, Desenvolvimento
e Justiça Social a serviço dos trabalhadores
No dia 28 de junho de 2005, nascia, em Brasília, um
novo capítulo da história do sindicalismo
brasileiro: a Nova Central Sindical de Trabalhadores
– NCST. Fruto da união, coragem e ousadia de
lideranças de todo o país, a Nova Central foi
fundada com o firme propósito de ser uma alternativa
legítima de luta independente, autônoma e defensora
do sistema confederativo.
Construída na unidade e na solidariedade entre
Confederações, Federações e Sindicatos, sua criação
marcou uma grandiosa demonstração de organização e
compromisso coletivo. A Nova Central foi a primeira
Central Sindical com sede na capital federal,
Brasília, símbolo de sua vocação para o diálogo
institucional e sua proximidade com os centros de
decisão política do país.
Desde o início, guiada pelo lema Unicidade,
Desenvolvimento e Justiça Social, a Nova Central tem
se consolidado como uma voz ativa na defesa da
unicidade sindical, da contribuição compulsória, do
sistema confederativo de representação sindical e da
plena aplicação do Artigo 8º da Constituição
Federal. Em todos os momentos históricos, esteve ao
lado dos trabalhadores e trabalhadoras, defendendo
emprego, valorização do salário, desenvolvimento
econômico e taxas de juros mais justas, enfrentando
com firmeza os retrocessos sociais e os ataques à
organização sindical.
Essa trajetória foi iniciada sob a liderança do
presidente fundador José Calixto Ramos, figura
histórica do sindicalismo brasileiro, que nos
ensinou que “o sindicalismo é uma chama que nunca se
apaga”. Após seu falecimento, a Nova Central foi
conduzida interinamente por José Reginaldo,
atualmente diretor de Formação Sindical e
Qualificação Profissional da NCST, que assegurou a
continuidade do projeto com responsabilidade e
compromisso. Na sequência, o professor Oswaldo
Augusto de Barros (in memoriam) foi eleito
presidente da entidade, mas exerceu o cargo por
pouco tempo, vindo a falecer prematuramente. Ainda
assim, deixou um legado marcante, especialmente na
área de valorização da educação dos trabalhadores.
Atualmente, sob a presidência do experiente e
combativo Moacyr Auersvald, a Nova Central segue
escrevendo sua história com firmeza, espírito de
luta e compromisso com a classe trabalhadora.
Em um momento em que o movimento sindical enfrenta
sérios desafios — com a precarização das relações de
trabalho, o enfraquecimento das estruturas de
representação e o desrespeito aos direitos
históricos da classe trabalhadora —, a união e a
resistência seguem sendo os pilares da nossa luta. A
Nova Central reafirma, mais do que nunca, seu papel
como instrumento de transformação social e de
fortalecimento da democracia.
Nossos sinceros agradecimentos às unidades estaduais
da Nova Central, que, com empenho e dedicação,
ajudam a espalhar nossos ideais por todo o Brasil,
mantendo viva a chama do sindicalismo combativo,
solidário e voltado para a justiça social.
Celebrar os 20 anos da Nova Central é celebrar a
coragem, a esperança e a força coletiva de milhões
de trabalhadores. Que venham muitos outros anos de
conquistas, lutas e avanços rumo a um país mais
justo, igualitário e democrático!
Parabéns à Família Nova Central!
A Diretoria.
Fonte: NCST

01/07/2025 -
Instalação da comissão da MP que busca agilizar o
INSS está marcada para esta terça
Será instalada nesta terça-feira (1º), às 14h30, a
comissão mista que vai analisar a Medida Provisória
(MP) 1.296/2025, que cria um programa para melhorar
a gestão de benefícios do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e das perícias médicas feitas
pela Previdência Social.
A pauta prevê a eleição do presidente e do
vice-presidente do colegiado. Em seguida, poderão
começar os trabalhos de relatoria e discussão do
texto enviado pelo Executivo, editado em 15 de
abril. A comissão mista é formada por 26 senadores e
26 deputados titulares, além de igual número de
suplentes.
A reunião é uma retomada da sessão iniciada e
suspensa em 17 de junho. Após a instalação da
comissão e a eleição da presidência, deverá ser
indicado o relator da MP, que ficará responsável por
apresentar parecer a ser votado pelos parlamentares.
Fonte: Agência Senado

01/07/2025 -
Senado vai analisar isenção do IR para dois salários
mínimos
O Senado vai analisar, em breve, o projeto que
garante a isenção do Imposto de Renda (IR), a partir
de maio de 2025, para quem recebe até dois salários
mínimos — atualmente R$ 3.036 (PL 2.692/2025).
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na
quarta-feira (25). Ele foi apresentado pelo líder do
governo, deputado José Guimarães (PT-CE). Seu texto
repete a Medida Provisória (MP) 1.294/2025, que
perde a vigência em agosto deste ano.
O reajuste da tabela vai valer a partir de maio
devido à sanção do Orçamento de 2025 ter acontecido
apenas em abril. Os cidadãos que ganham até dois
salários mínimos já eram isentos em anos anteriores,
mas o governo precisou atualizar a tabela do IR em
razão do reajuste do salário mínimo no início do
ano.
A tabela do Imposto de Renda funciona de forma
progressiva, e o imposto a pagar aumenta conforme a
faixa de rendimento. A cobrança parte da alíquota de
7,5% e chega a 27,5% para a faixa dos maiores
rendimentos (acima de R$ 4.664,68).
Isenção para R$ 5 mil
No mês de março, o governo enviou ao Congresso um
outro projeto para isentar do IR quem recebe até R$
5 mil por mês e dar descontos para quem recebe entre
R$ 5 mil e R$ 7 mil. A medida alcançaria mais de 90
milhões de brasileiros (PL 1.087/2025). Para
compensar os cofres públicos, o projeto propõe a
tributação de lucros e dividendos em valor acima de
R$ 50 mil mensais, com alíquota de 10%.
A isenção para quem recebe até R$ 5 mil foi uma
promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. A proposta está em análise em uma comissão
especial da Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado

01/07/2025 -
Declaração de pobreza basta para gratuidade na
Justiça do Trabalho, defende Fachin
O benefício da Justiça gratuita deve ser concedido a
quem recebe salário igual ou inferior a 40% do teto
da Previdência (o que hoje significa cerca de R$ 3,3
mil mensais). E uma das formas válidas para
comprovar isso é a alegação de insuficiência de
recursos por autodeclaração. Foi o que defendeu o
ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, em voto apresentado nesta sexta-feira
(27/6).
Instantes após o início do julgamento virtual e a
manifestação de Fachin, a análise foi suspensa
devido a um pedido de vista do ministro Gilmar
Mendes.
A ação em debate foi movida pela Confederação
Nacional do Sistema Financeiro (Consif). A entidade
defende que a Justiça gratuita seja concedida
somente para quem comprovar renda de até 40% do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, cujo valor hoje é de
aproximadamente R$ 8,2 mil por mês.
Desde a reforma trabalhista de 2017, a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) prevê que a Justiça
gratuita pode ser concedida a quem recebe salário
igual ou inferior a esse teto, desde que seja
comprovada a “insuficiência de recursos para o
pagamento das custas do processo”.
Na prática, a discussão no STF é se a autodeclaração
de hipossuficiência econômica pode ser considerada
válida na Justiça do Trabalho. O Código de Processo
Civil (CPC) prevê que essa alegação é presumida
verdadeira.
Na visão da Consif, porém, a mera declaração não
basta. Mas a Súmula 463 do Tribunal Superior do
Trabalho, também de 2017, diz o contrário. No final
do último ano, o Pleno do TST reafirmou seu
entendimento.
A autora da ação apontou decisões que afastaram os
trechos da CLT e aplicaram a regra do CPC e a súmula
do TST.
Voto do relator
Fachin, relator do caso, considera que as alterações
trazidas pela reforma são constitucionais, mas ele
destacou que a regra do CPC também é aplicável à
Justiça do Trabalho e validou a súmula do TST.
Segundo o ministro, a reforma estabeleceu um
requisito objetivo e exigiu a comprovação da
insuficiência de recursos, “mas não tratou da forma
desta comprovação, nem tampouco vedou a
autodeclaração”.
Para ele, as mudanças não retiraram a presunção de
veracidade da autodeclaração, mas apenas fixaram um
limite salarial como critério de insuficiência, sem
detalhar como ele seria avaliado.
O magistrado lembrou que, na falta de normas sobre
processos trabalhistas, as regras do CPC devem ser
aplicadas. Isso está previsto no próprio Código.
Em contrapartida, Fachin ressaltou que as pessoas
podem ser responsabilizadas (inclusive
criminalmente) por alegações falsas de insuficiência
de recursos. O relator também destacou que a
autodeclaração de hipossuficiência pode sempre ser
contestada pela parte contrária.
Por fim, o ministro explicou que a Justiça gratuita
não é uma isenção absoluta. Mesmo em caso de
concessão do benefício, se a pessoa superar as
condições de insuficiência financeira, deverá pagar
as custas e outras despesas processuais.
Clique
aqui para ler o voto de Fachin
ADC 80
Fonte: Consultor Jurídico

01/07/2025 -
Confira os horários do TST em julho
De 2 a 31/7, expediente será das 13h às 18h
Em razão das férias coletivas dos ministros,
previstas no artigo 66, parágrafo 1º, da Lei
Orgânica da Magistratura (Lei Complementar 35/1979),
o expediente do Tribunal Superior do Trabalho, de 2
a 31 de julho, será das 13h às 18h (ATO GDGSET.GP.No
347, de 23 de junho de 2025).
Já a Ouvidoria do TST e do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT) manterá o atendimento da
Telefonia Geral do TST (no número 61 3043-4300) das
9h às 18h. Até as 13h, o atendimento será destinado
somente a consulta de ramais. Das 13h às 18h, o
funcionamento da Ouvidoria será normal (telefônico e
presencial).
A Secretaria-Geral Judiciária, a Coordenadoria de
Processos Eletrônicos, a Coordenadoria de
Cadastramento Processual e a Coordenadoria de
Classificação, Autuação e Distribuição de Processos
manterão plantão para atendimento ao público das 9h
às 18h.
Fale com a Ouvidoria
A Ouvidoria do TST e do CSJT pode ser acessada pelos
portais dos órgãos, pelo Disque-Ouvidoria
(0800-644-3444 opção 9 para telefonia fixa ou
61-3043-8600 opção 9 para telefonia móvel) ou pelo
e-mail ouvidoria@tst.jus.br.
Fonte: TST

30/06/2025 -
Congresso radicaliza a pauta antissindical
Recentes votações e projetos de lei apresentados
demonstram um Congresso totalmente alinhado ao
mercado. O veto do dia 25 ao Projeto de Lei de Lula,
que visava aplicar IOF sobre grandes transações
bancárias e especuladores, reforça o alinhamento do
Parlamento aos ditames do mercado e do grande
capital.
A palavra de ordem no Congresso é cortar gastos. Na
verdade, a direita quer cortar recursos do governo
destinados a programas sociais, agravando as
condições de vida dos mais pobres.
O Diap acompanha o passo a passo dos projetos,
tramitações e votações. Neuriberg Dias, jornalista,
analista político e diretor do Diap, é sintético na
avaliação: “As condições pioraram para as pautas de
interesse popular. Aí se incluem as demandas de
categorias profissionais e a Pauta Unitária das
Centrais”.
2026 – No horizonte dessa postura, afirma o analista
do Diap, estão as eleições de 2026. Ele alerta: “A
direita agora age em bloco, tentando formatar seu
projeto para o ano que vem. Consolidado o projeto,
vai-se encaixar o candidato ideal para os
conservadores e a extrema direita”. O grupo mais
extremista soma perto de 150 parlamentares. Para
Neuriberg, eles são claros na intenção de
enfraquecer ou mesmo desmontar o sindicalismo,
trazendo de novo à pauta o modelo Guedes/Bolsonaro.
No governo anterior, o Congresso era quase o mesmo
que aí está. À época, o sindicalismo conseguiu
conter iniciativas drásticas, como o da Carteira
Verde e Amarela. Na atual legislatura, foram
aprovados projetos importantes, tais como a
valorização do salário mínimo e a igualdade entre
homens e mulheres. Mas a queda do apoio popular a
Lula agrava o quadro e reduz o campo de ação dos
progressistas.
Segundo Neuriberg Dias, “a ação e a reação do bloco
oposicionista agora é mais objetiva”. E tem agenda
definida. “O clima entre os 350 oposicionistas
(número estimado) é fortemente alinhado a um
ambiente de negócios. Aí entra a disposição de
desmonte do movimento sindical”, avalia o diretor do
Diap.
E não vai faltar dinheiro para os candidatos da
direita. “Considerando-se os valores oficiais, a
Federação conservadora ficará com 80% dos recursos
originários do Fundo Eleitoral e do Partidário. À
Federação liderada pelo PT, cerca de 20%”. Tais
Fundos somam perto de R$ 6 bilhões.
Mais – Sites do Diap e da Agência Sindical.
Neuriberg (61) 98473.0298
Fonte: Agência Sindical

30/06/2025 -
Governo, trabalhadores e empregadores alinham ações
para a realização da Conferência Nacional do
Trabalho
Reunião tripartite define formato definido pelas
três bancadas, cronograma de etapas regionais e
retomada do Grupo de Trabalho Organizador com foco
em resultados concretos para o mundo do trabalho
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
conduziu na quinta-feira (26), em Brasília (DF), uma
reunião tripartite com representantes do governo
federal, das centrais sindicais e das confederações
de empregadores para definir o processo de
convocação e realização da Conferência Nacional do
Trabalho.
Durante o encontro, foram definidos, de forma
consensual entre as três bancadas, o formato da
Conferência, o cronograma das etapas regionais —
previstas até outubro de 2025 — e a retomada do
Grupo de Trabalho Organizador (GTO), responsável por
coordenar os encaminhamentos e garantir propostas
objetivas e viáveis para o mundo do trabalho.
O sociólogo e assessor das centrais sindicais,
Clemente Ganz Lúcio, destacou os desafios
contemporâneos que exigem novas diretrizes para as
políticas públicas de emprego, trabalho e renda. “As
políticas públicas devem responder às profundas
transformações no sistema produtivo, às inovações
tecnológicas e aos impactos da emergência
climática”, afirmou. Segundo ele, é urgente a
formulação de propostas voltadas à qualificação
profissional contínua, à intermediação de mão de
obra, à proteção ao emprego e ao apoio ao trabalho
autônomo. “Esse conjunto deve ser guiado pelo
fortalecimento do diálogo social, da negociação
coletiva e de entidades representativas sólidas,
pois isso também sustenta a democracia e o
desenvolvimento do país.”
Ganz Lúcio também ressaltou o comprometimento das
confederações na construção coletiva do evento. “Há
um compromisso das confederações de estarem juntas
na construção da conferência. Nossa experiência
mostra que é fundamental focar em temas concretos,
que tragam frutos reais para trabalhadores e
empregadores.”
Representando o presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Francisco Canindé Pegado reiterou
o apoio à realização da conferência e ressaltou a
importância de o debate sobre os detalhes do
processo ocorrer no âmbito do GTO. “Nós apoiamos a
realização da conferência e entendemos que o debate
de suas nuances deve ser feito dentro do GTO, que
pode ser convocado conforme o Ministério entender. A
sociedade brasileira espera uma resposta prática
deste encontro.”
Clóvis Veloso de Queiróz Neto, da CN Saúde, que
representou as confederações dos trabalhadores,
enfatizou a importância da definição clara dos temas
da conferência. “Os temas precisam ser bem
definidos, e a comissão organizadora deve atuar com
foco nos eixos temáticos que já estão sendo
construídos.”
O ministro Luiz Marinho reforçou a prioridade dada à
Conferência e a relevância do diálogo tripartite
para enfrentar os desafios do mundo do trabalho. “A
realização da Conferência Nacional do Trabalho é
prioridade. A expectativa é realizar as etapas
regionais até outubro deste ano e a etapa nacional
em março de 2026. O Ministério do Trabalho
coordenará a comissão organizadora, garantindo a
paridade entre as bancadas e foco na construção de
propostas objetivas.”
No encerramento da reunião, Luiz Marinho destacou:
“Queremos assegurar que esta conferência seja um
marco no fortalecimento do diálogo social no país. É
fundamental que trabalhadores, empregadores e
governo caminhem juntos para construir políticas que
promovam emprego digno, renda justa e adaptação às
transformações do mundo do trabalho. Temos
compromisso com um processo transparente, produtivo
e que gere resultados concretos para a sociedade
brasileira.”
Participantes da reunião tripartite sobre a
Conferência Nacional do Trabalho
Representando as centrais sindicais,
participaram:
- Sergio Aparecido Nobre — Central Única dos
Trabalhadores (CUT)
- Miguel Torres — Força Sindical (FS)
- Ricardo Patah — União Geral dos Trabalhadores
(UGT)
- Adilson Araújo — Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB)
- Antonio Neto — Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB)
- Moacyr Roberto Tesch Auersvald — Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST)
- Francisco Canindé Pegado — Coordenador da Bancada
dos Trabalhadores no CNT
- Clemente Ganz Lúcio — Assessor das centrais
sindicais
- Adriana Marcolino — Técnica do Dieese
Pelas confederações de empregadores, estiveram
presentes:
- Sylvia Lorena Teixeira — Confederação Nacional
da Indústria (CNI)
- Ivo Dall’Acqua Jr. — Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
- Rodrigo Hugueney do Amaral Mello — Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
- Frederico Toledo Melo — Confederação Nacional do
Transporte (CNT)
- Cleverson Massao Kaimoto — Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e
Afins (CNTA)
- Clóvis Veloso de Queiróz Neto — Confederação
Nacional de Saúde (CN Saúde)
- Valter Menegon — Confederação Nacional de Saúde (CNS)
- Bruno da Silva Vasconcelos — Confederação Nacional
das Cooperativas (CNCOOP)
- Mario Roberto Opice Leão — Confederação Nacional
das Instituições Financeiras (CONSIF)
- Nicolino Eugenio — Gerente de Relações
Trabalhistas e Sindicais da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban)
Fonte: MTE

30/06/2025 -
Desemprego recua para 6,2% em maio, o menor para o
período desde 2012
Número de trabalhadores com carteira atinge
recorde, diz IBGE
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio
de 2025 ficou em 6,2%. Esse patamar é o menor
registrado para o período desde o início da série
histórica, iniciada em 2012. Além disso, fica
"extremamente próximo" do menor índice já apurado,
6,1%, marca alcançada no trimestre terminado em
novembro de 2024.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27)
pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). No trimestre anterior, encerrado
em fevereiro, a taxa era de 6,8%. Já no mesmo
período do ano passado, 7,1%.
Além de ser recorde para o período, o IBGE aponta
que outros dados da pesquisa são também os melhores
já registrados, como o patamar de empregados com
carteira assinada, o rendimento do trabalhador, a
massa salarial do país e o menor nível de
desalentados - pessoas que, por desmotivação, sequer
procuram emprego - desde 2016.
A desocupação de 6,2% no trimestre representa 6,8
milhões de pessoas. Esse contingente fica 12,3%
abaixo do apurado no mesmo período do ano passado,
ou seja, redução de 955 mil pessoas à procura de
emprego. O Brasil terminou o período com 103,9
milhões pessoas ocupadas, alta de 1,2% ante o
trimestre anterior.
Fonte: Agência Brasil

30/06/2025 -
Movimento parado – João Guilherme Vargas Netto
Enquadrado na moldura das grandes e tradicionais
manifestações de massa em São Paulo, como a Marcha
para Jesus e a Parada LGBT+, o movimento sindical
não tem se mobilizado.
Com a exceção do ato unitário convocado pelas
Centrais contra os juros altos, que congregou
ativistas e dirigentes na Avenida Paulista, não há
registro de nenhuma mobilização externa às bases dos
trabalhadores.
E, mesmo nestas, a ação constante das direções em
defesa dos trabalhadores nas negociações coletivas –
em uma situação econômica favorável ao emprego e aos
salários – parece se dar sem grandes mobilizações,
obedecendo a uma estranha lei da gravidade do
“movimento parado” de José Sarney.
Historicamente, as grandes manifestações dos
trabalhadores, convocadas e organizadas pelas
direções sindicais, acontecem em conjunturas e
situações bem determinadas e provocadas por
acontecimentos fortes, capazes de sensibilizar
milhões e de movimentar milhares em resposta a uma
agressão visível ou às vésperas de uma conquista
iminente.
Mas, ao longo do tempo, o trabalho de acumulação de
forças depende da unidade, persistência e atitude
das direções sindicais, capazes de sustentar o
esforço dos trabalhadores e das trabalhadoras e lhes
dar o rumo necessário à sua manifestação maciça,
quando possível e necessário.
João Guilherme Vargas Netto. Consultor de
entidades sindicais de trabalhadores.
Fonte: Agência Sindical

27/06/2025 -
Acordos com ganhos reais diminuem
Negociações coletivas com reajustes salariais acima
da inflação seguem maioria, mas vêm caindo em
comparação a 2024, quando 85% dos acordos tiveram
ganhos reais. É o que mostra nova edição do Boletim
“De olho nas negociações”, do Dieese.
Em maio, 67,9% das negociações analisadas ficaram
acima do INPC, ante 61,8% em abril e 79,4% em março.
Atenção: os acordos que ficaram abaixo da inflação
vêm subindo; chegaram a 20,1% em maio. Em abril,
eram 18,2%, e, em março, foram 7,3%.
Luís Ribeiro, técnico do Dieese, avalia: “As
negociações coletivas alcançaram números excelentes
na primeira metade do governo Lula. Mesmo com a
queda nos últimos meses, a economia demonstra
resiliência. Prova disso é que a maior parte das
categorias segue conquistando aumento real”.
Causas – Luís acredita que o cenário externo
– com as tarifas impostas por Trump e as guerras no
Oriente Médio e na Ucrânia – impacta negativamente
as negociações coletivas, pois os empregadores
tendem a ficar mais cautelosos frente a um cenário
de incertezas. Outra causa é a inflação em 12 meses,
que subiu de 4,17%, em janeiro, pra 5,20%, em maio.
Juros – Segundo o técnico, a atual política
de juros do Banco Central também impacta as
negociações coletivas. Taxa Selic subiu em junho
para 15%, maior patamar desde 2006. “É uma política
equivocada, que coloca um freio na economia e age
como se a inflação no Brasil ocorresse por causa da
demanda, o que não é verdade. Para o preço dos
alimentos, por exemplo, a mudança climática e a
negociação na bolsa são fatores mais relevantes”,
analisa.
Maio – Foram analisadas 815 negociações.
Novos números serão agregados ao banco de dados ao
longo das próximas semanas, podendo alterar o
quadro. Mês apresenta cerca de 30% das negociações
coletivas, o que tem importância para os números
gerais do ano.
Semestre – A segunda metade do ano terá
negociações de setores com maior peso na economia,
como petroleiros, metalúrgicos, bancários e
químicos, o que pode ter consequências positivas.
“São categorias com maior poder de barganha, e isso
costuma resultar em acordos melhores”, projeta Luís
Ribeiro.
Clique aqui para ler a pesquisa completa.
Mais – Site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical

27/06/2025 -
Câmara aprova projeto que altera a tabela do Imposto
de Renda
Texto garante isenção para quem ganha até dois
salários mínimos; proposta vai ao Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(25) projeto de lei que altera a tabela mensal do
Imposto de Renda (IR) a fim de garantir a isenção
para quem recebe até dois salários mínimos
(atualmente R$ 3.036) a partir de maio de 2025. O
texto será enviado ao Senado.
De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o
Projeto de Lei 2692/25 repete a Medida Provisória
1294/25, que perde a vigência em agosto deste ano. O
texto foi relatado pelo deputado Arthur Lira
(PP-AL), que recomendou a aprovação sem mudanças,
apenas prevendo a revogação da MP. Todos os partidos
votaram a favor do projeto.
O texto corrige a primeira faixa da tabela e eleva o
limite de aplicação da alíquota zero, que passará de
R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80. Segundo o governo, o
reajuste para essa faixa implicará renúncia fiscal
de R$ 3,29 bilhões neste ano.
Devido à sanção do Orçamento de 2025 apenas em
abril, o reajuste da tabela vale a partir de maio.
Isenção
As pessoas que ganham até dois salários mínimos já
eram isentas em anos anteriores. No entanto, o
governo precisou atualizar a tabela do IR em razão
do reajuste do salário mínimo no início do ano.
"O acordo construído foi que esse projeto não
tivesse alteração alguma da medida provisória
[1294/25, com mesmo teor]. Para que ele não
machucasse o debate que vamos fazer, muito mais
amplo quando vier o projeto que isenta os R$ 5 mil
com as suas possíveis compensações", informou Arthur
Lira.
Lira afirmou que o projeto aprovado hoje faz parte
de um "combo", junto com a proposta que aumenta o
limite de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
por mês a partir de 2026 (PL 1087/25).
A tabela do Imposto de Renda funciona de forma
progressiva, e o imposto a pagar aumenta conforme a
faixa de rendimento, chegando a 27,5% para os
maiores salários.
Segundo Lira, no entanto, a proposta não enfrenta a
defasagem histórica da tabela do Imposto de Renda,
mas é uma medida pontual para sanar o efeito mais
imediato e nocivo da defasagem.
A deputada Chris Tonietto (PL-RJ), vice-líder da
oposição, defendeu a votação da proposta, mas disse
que só o aumento da isenção para pelo menos R$ 5 mil
vai trazer verdadeira dignidade. "Reafirmamos a
nossa defesa para que aumentemos o limite da
isenção, para que a gente consiga fazer com que as
pessoas sobrevivam neste Brasil em que existe essa
carga tributária altíssima."
A coordenadora da bancada feminina, deputada Jack
Rocha (PT-ES), destacou que desde o governo da
ex-presidente Dilma Rousseff não havia uma tabela de
correção. "Os governos que passaram por aqui, quase
9 anos, não se importaram em incluir essas pessoas
como faz hoje o governo do presidente Lula", disse.
Nova tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Física
Base de Cálculo (R$) |
Alíquota (%) |
Parcela a Deduzir do IR (R$) |
Até 2.428,80 |
0 |
0 |
De 2.428,81 até 2.826,65 |
7,5 |
182,16 |
De 2.826,66 até 3.751,05 |
15 |
394,16 |
De 3.751,06 até 4.664,68 |
22,5 |
675,49 |
Acima de 4.664,68 |
27,5 |
908,73 |
Fonte: MP1294/25
Fonte: Agência Câmara

27/06/2025 -
Indústria criou mais de 910 mil empregos em quatro
anos, aponta IBGE
Setor alimentício é o ramo industrial que mais
contratou
A indústria brasileira criou 910,9 mil vagas de
emprego no acumulado de 2019 a 2023. Esse dado
representa crescimento de 12% no número de postos de
trabalho e fez o setor alcançar o total de 8,5
milhões de pessoas ocupadas em 376,7 mil empresas.
A constatação faz parte da Pesquisa Industrial
Anual, divulgada nesta quarta-feira (25) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Os novos dados apontam curva de quatro anos seguidos
com aumento de trabalhadores e o maior número de
empregados desde 2015, quando a indústria ocupava
8,1 milhões de pessoas. No entanto, o nível de
emprego no setor em 2023 apresentou recuo de 3,1%
ante 2014, isto é, menos 272,8 mil pessoas ocupadas
em dez anos.
As informações consolidadas de 2023 foram passadas
pelas companhias no ano seguinte, de forma que os
pesquisadores concluíram o estudo apenas em 2025.
Matéria completa:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-06/industria-criou-mais-de-910-mil-empregos-em-quatro-anos-aponta-ibge
Fonte: Agência Brasil

27/06/2025 -
Câmara aprova MP que cria crédito consignado para
trabalhadores do setor privado
Texto havia sido editado em 12 de março e já
estava em vigor, mas perderá validade após 9 de
julho se não for aprovada também pelo Senado
A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória
que trata do empréstimo consignado para
trabalhadores do setor privado, nesta quarta-feira,
25. O texto havia sido editado em 12 de março e já
estava em vigor, mas perderá validade após 9 de
julho se não for aprovada também pelo Senado
Federal.
Antes, a MP havia sido aprovada por uma comissão
mista. O texto permite que empréstimos consignados
sejam feitos por trabalhadores do setor privado em
plataformas digitais, seja por canais dos bancos ou
pelo aplicativo da carteira de trabalho. Após
solicitar a proposta pela carteira, o trabalhador
recebe ofertas em até 24 horas.
Fonte: Estadão Conteúdo

27/06/2025 -
PDT questiona no STF descontos em aposentadorias sem
autorização
O Partido Democrático Trabalhista entrou com uma
ação no Supremo Tribunal Federal para pedir a
proibição do desconto automático, sem autorização
expressa do beneficiário, de mensalidades e
contribuições destinadas a entidades de classe de
aposentados e pensionistas. A ação direta de
inconstitucionalidade foi distribuída à ministra
Cármen Lúcia.
O PDT afirma que, ao permitir esse tipo de desconto,
trechos da Lei 8.213/1991 e do Decreto 3.048/1999
violam a Constituição e distorcem o papel do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para o
partido, a autarquia passou a atuar como
intermediária de cobranças privadas, quando deveria
se dedicar exclusivamente à gestão da Previdência
Social. Essa função indevida, segundo a legenda,
sobrecarrega a estrutura administrativa do órgão.
De acordo com o PDT, embora as normas do INSS e do
Ministério da Previdência exijam autorização
expressa, individual, voluntária e cancelável para
os descontos, na prática isso não ocorre. Segundo a
legenda, as autorizações são genéricas, sem
comprovação adequada e, muitas vezes, sem o
conhecimento do segurado, o que torna o processo
vulnerável a fraudes.
O partido também destaca que as investigações da
Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União
divulgadas em abril expuseram a fragilidade do
modelo de gestão do INSS. Para o PDT, a falta de
controles efetivos e a dificuldade para verificar a
autenticidade das autorizações facilitam a ação de
organizações oportunistas que utilizam a estrutura
pública para obter vantagens indevidas. Com
informações da assessoria de imprensa do STF.
Fonte: Consultor Jurídico

26/06/2025 -
PL 3015/2025 propõe volta da ultratividade de
acordos coletivos
A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) apresentou o
Projeto de Lei (PL) 3015/2025, que busca reverter
uma das mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista
de 2017 (Lei nº 13.467). A proposta visa
restabelecer a ultratividade das cláusulas de
convenções e acordos coletivos de trabalho –
mecanismo que garantia a continuidade desses
direitos até que novas negociações fossem firmadas
entre patrões e empregados.
O que muda com o PL 3015/2025?
Antes da Reforma Trabalhista, a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) permitia que normas acordadas em
convenções coletivas seguissem vigentes mesmo após o
fim do prazo do acordo, até que um novo pacto fosse
celebrado. Essa regra, conhecida como ultratividade,
foi extinta em 2017, passando a vigorar o princípio
da tempestividade – ou seja, os direitos previstos
nos acordos perdem validade assim que o prazo
termina, a menos que sejam renovados.
A proposta em debate visa restabelecer o equilíbrio
nas relações coletivas, reforçando o princípio da
obrigatoriedade da negociação coletiva (art. 616 da
CLT) e garantindo a efetividade do modelo sindical
constitucional, fundamentado na representação por
categorias.
Defesa da matéria
Rodrigo Britto, da direção do DIAP, também dirigente
Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e
presidente da Federação dos Trabalhadores em
Empresas de Crédito do Centro Norte - Fetec-CUT/CN,
defende o avanço do projeto. “A ultratividade
trabalhista é uma forma de garantir direitos e
conquistas historicamente negociadas entre entidades
laborais e patronais que regulam a vida dos
trabalhadores de diversas categorias profissionais
através dos acordos e convenções coletivas”, disse.
O PL 3015/2025 representa o fortalecimento do
diálogo e do processo negocial ao garantir
tranquilidade para as organizações sindicais pelo
fato de suprimir os riscos da perda e suspensão das
cláusulas dos acordos e convenções coletivas”,
explicou Britto.
Segundo Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos
Bancários do Distrito Federal, o PL 3015/2025
oferece segurança jurídica para as organizações
sindicais e para as relações de trabalho entre
empregados e empregadores.
“O fim da ultratividade dificultou a negociação
coletiva do ponto de vista dos trabalhadores, que
ficam pressionados a renovar os acordos e convenções
até o último dia do prazo da norma vigente, sob pena
de perderem todas as suas cláusulas. O PL 3015/2015
recoloca na pauta política o tema da ultratividade
das normas coletivas, para fortalecer a negociação
coletiva.”, afirmou.
Próximos passos
O PL 3015/2025 aguarda ser despachado para as
comissões para debate, entre elas a Comissão de
Trabalho da Câmara dos Deputados, que é uma das mais
importantes da casa legislativa onde tramita as
matérias de interesse dos trabalhadores na Casa.
Na comissão também tramitam matérias similares ao
tema como os Projetos de Lei 2699/2019 e 8112/2017,
de autoria do deputado Valtenir Pereira (MDB-MT) e
ex-deputado Marco Maia (PT-RS), respectivamente. O
relator dessas propostas é o deputado Daniel Almeida
(PcdoB-BA) que poderá apresentar favorável para
votação.
Fonte: Diap

26/06/2025 -
Movimento social tem de reagir ao lobby do mercado,
defendem economistas
Luiz Gonzaga Beluzzo e Paulo Kliass veem como
crucial a mobilização de movimento social e
sindicatos não só para influenciar na luta contra os
juros altos, mas também em defesa de um novo rumo
para a economia
Sob pressão no Congresso, o governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva encontra dificuldades para
aprovar medidas em direção a um sistema tributário
mais justo em que os pobres paguem menos e os
super-ricos contribuem com o que devem.
Em entrevista ao Portal Vermelho, os economistas
Luiz Gonzaga Beluzzo e Paulo Kliass veem como
fundamental a mobilização urgente dos sindicatos e
do movimento social não só para influenciar nessa
briga, mas em defesa de um novo rumo para a política
econômica.
Beluzzo diz que há uma relação de poder desfavorável
ao governo por conta do lobby do mercado financeiro.
“Você junta o mercado financeiro como um coletivo
que tem muito poder. O governo, na medida em que
está cercado, vai tentando convencer os que
participam do mercado que ele vai agir de forma
correta para não causar instabilidade”, disse o
professor.
De acordo com ele, para contornar a situação é
preciso maior poder político. “Como, na verdade, o
governo não consegue ganhar no Congresso, está sendo
bloqueado o tempo inteiro. Essa é a questão central,
porque não há nenhum caso de calote na dívida
pública”, lembra.
Segundo o experiente economista, os índices são
favoráveis ao governo, como a reserva cambial de US$
360 bilhões e a relação dívida Produto Interno Bruto
(PIB) em torno de 78%.
“A dívida líquida, na qual você tem que descontar as
reservas e mais alguma coisa, está em torno de 60%.
Por que ninguém fala da dívida líquida?”, diz
Beluzzo. “É um estratagema do mercado para enrolar
as pessoas. E o poderio deles não é só no Congresso
– eles têm a chamada mídia corporativa ao lado para
propagar corte de gasto e questão fiscal o tempo
inteiro.”
Por outro lado, o professor critica o compromisso
com a política econômica da meta de déficit zero, o
que prejudica os investimentos. “Você tem um
compromisso, digamos assim, de levar a inflação para
a meta. O sistema de meta é muito falho, muito
imperfeito”, critica.
Kliass concorda com Belluzo e também vê o mercado
financeiro extremamente beneficiado com o sistema da
dívida pública.
“Quando você aumenta a taxa Selic, o que que
acontece? Você provoca um aumento nas despesas
financeiras com os juros, porque a Selic é a taxa
referencial de juros. Ela é a referência pro
pagamento dos juros do estoque da dívida”, explica.
“Ao longo dos últimos 12 meses, o governo gastou
alguma coisa em torno de R$ 950 bilhões para
pagamento de juros, aproximando de despesas
financeiras na ordem de R$ 1 trilhão por ano.”
Na gestão Gabriel Galípolo, que assumiu a
presidência do Banco Central (BC) no governo Lula,
Kliass diz que o aumento da Selic foi de 2,75 pontos
percentuais, o que representa uma despesa anual
extra de juros de R$ 220 bilhões.
Em sua opinião, há um problema que nunca mudou desde
o primeiro mandato Lula: fazer uma diferença entre
despesas financeiras e as não financeiras. Desse
modo, o economista critica o equilíbrio fiscal
primário propagado pelo ministro da Fazenda,
Fernando Haddad.
“Esse adjetivo, ‘primário’, é toda a malandragem.
Pela definição metodológica, é uma tautologia. A
conta primária é a conta não financeira”, diz. “Se
quero fazer o equilíbrio fiscal primário, tudo você
consegue comprimindo despesas primárias, que são
saúde, educação, previdência, assistência social,
segurança pública, saneamento e salários de
servidores públicos em geral.”
Por isso, o economista vê como urgente o movimento
social pressionar o governo para mudar a política
econômica na questão dos juros e do corte de
despesas.
“Tem que começar ontem a fazer essa mudança, porque
se não a gente caminha para uma certeza de derrota
nas eleições de outubro do ano que vem”, projeta. “A
situação está muito grave e o comando tem de ser do
presidente Lula. Ele precisa tomar as rédeas e mudar
o eixo da política econômica.”
Fonte: Portal Vermelho

26/06/2025 -
INSS quer ressarcir vítimas de fraude a partir de 24
de julho
Proposta apresentada ao STF prevê devolução
integral dos valores descontados de forma irregular.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
pretende iniciar em 24 de julho os pagamentos para
vítimas de descontos irregulares nos benefícios de
aposentados e pensionistas. A estimativa foi
apresentada em audiência de conciliação no Supremo
Tribunal Federal, na última terça-feira, com apoio
da Advocacia-Geral da União e do Ministério da
Previdência Social.
A operação envolverá lotes quinzenais, cada um com
cerca de 1,5 milhão de beneficiários. Os valores
serão corrigidos pela inflação e não dependerão da
responsabilização prévia das associações envolvidas.
Até o momento, mais de 3,4 milhões de pessoas já
solicitaram ressarcimento por meio dos canais
oficiais do INSS.
Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, a
divisão em lotes respeita o prazo de 15 dias úteis
dado às entidades para responder às contestações dos
segurados. A devolução integral está assegurada, e o
governo avalia alternativas para ampliar o acesso,
como o uso de agências dos Correios e embarcações
flutuantes que atendem comunidades quilombolas e
indígenas.
A operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela
Polícia Federal e pela Corregedoria-Geral da União
(CGU) revelou que até 6 milhões de aposentados podem
ter sido lesados por associações que fraudaram
acordos técnicos com o INSS para realizar descontos
sem autorização. Estima-se que os valores desviados
somem cerca de R$ 6,3 bilhões, dos quais R$ 2,8
bilhões já foram bloqueados pela Justiça Federal.
A efetivação dos reembolsos ainda depende de
homologação judicial, mas a proposta do governo é
concluir os pagamentos até o fim de 2025. O
Executivo busca encontrar uma forma reparar os danos
causados sem sobrecarregar o orçamento, enquanto
ações judiciais seguem em curso para responsabilizar
os envolvidos.
Fonte: Congresso em Foco

26/06/2025 -
Comissão aprova direito a jornada reduzida de
trabalho para pessoas com deficiência
Projeto segue em tramitação na Câmara
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou projeto
de lei que garante à pessoa com deficiência a opção
por jornada de trabalho reduzida, sem prejuízo da
remuneração, desde que comprove necessidade de
redução do tempo por avaliação técnica.
O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que hoje prevê jornada de trabalho de até 8
horas.
O texto aprovado foi um substitutivo do relator,
deputado Duarte Jr. (PSB-MA), ao Projeto de Lei
3290/23, do deputado Bruno Ganem (Pode-SP). O texto
original reduzia a carga horária em uma hora; no
novo texto, o relator optou por tornar esse direito
facultativo e condicionado à comprovação de
necessidade.
"Nem todas as pessoas com deficiência desejam ou
necessitam de uma jornada reduzida", observou o
relator. "Muitos podem preferir a jornada integral
para preservar sua remuneração, sua progressão
funcional ou simplesmente por se sentirem plenamente
aptos ao exercício da função sem limitação de
tempo", complementou.
Próximos passos
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar
lei, o texto precisa ser aprovado pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara

26/06/2025 -
Comissão aprova pagamento de auxílio-alimentação
para empregado afastado por doença grave
Projeto segue em análise na Câmara dos Deputados
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou projeto de lei que prevê a manutenção do
pagamento do auxílio-alimentação durante o período
de licença médica do empregado afastado do trabalho
em razão de doenças graves. A medida, se virar lei,
será inserida na Consolidação das Leis do Trabalho.
O texto aprovado é a versão da relatora
(substitutivo), deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA),
ao Projeto de Lei 3253/24, apresentado pelos
deputados Amom Mandel (Cidadania-AM) e Duda Ramos (MDB-RR),
e ao apensado (PL 799/25).
“O afastamento por doença grave, além de comprometer
a saúde física e emocional do trabalhador, acarreta
impactos financeiros significativos, uma vez que o
benefício previdenciário, na maioria das vezes, é
inferior à remuneração habitual”, afirmou a
relatora.
“Sem esse suporte básico, o trabalhador pode
enfrentar dificuldades para ter a alimentação
adequada necessária para seu tratamento e
recuperação. Desse modo, a manutenção do auxílio
garante um mínimo de dignidade em momento de alta
vulnerabilidade”, acrescentou a deputada.
De acordo com o substitutivo, serão consideradas
doenças graves as previstas na lei que regulamenta a
Previdência Social: tuberculose ativa, hanseníase,
alienação mental, câncer, cegueira, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson e outras que a legislação ou o
médico perito do INSS considerar graves e
incapacitantes.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovado
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Fonte: Agência Câmara

25/06/2025 -
FENATEMA participa de ato unificado contra
privatizações em São Paulo
Participe do ato unificado contra privatizações
em São Paulo. Descubra a importância da mobilização
no dia 27 de junho
A FENATEMA (Federação Nacional dos Trabalhadores em
Energia, Água e Meio Ambiente) estará presente e
mobilizada no grande ato público contra as
privatizações, convocado pelas Centrais Sindicais
para o dia 27 de junho (sexta-feira), às 15 horas,
em frente ao MASP, na Avenida Paulista, em São
Paulo.
O protesto unificado denuncia a política de desmonte
dos serviços públicos promovida pelo governo de
Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já entregou
à iniciativa privada empresas estratégicas como a
Sabesp, e agora avança com projetos de privatização
no Metrô, CPTM, hospitais, parques estaduais e
centros de pesquisa ambiental.
Para o presidente da FENATEMA, Eduardo Annunciato
(Chicão), é urgente reagir:
“Privatizar é entregar o que é do povo para grupos
que só visam lucro. Não há benefício coletivo nisso.
Só quem perde é a população, que paga mais caro por
serviços piores. A FENATEMA está na luta pela
soberania dos serviços públicos e na defesa dos
direitos dos trabalhadores.”
A Federação reforça que a privatização de setores
essenciais como energia, água, saneamento e meio
ambiente compromete não apenas a qualidade dos
serviços, mas também ameaça empregos, precariza
condições de trabalho e aumenta a exclusão social.
Além da FENATEMA, a manifestação tem o apoio de
centrais como CTB, CUT, Força Sindical,
Intersindical, Pública, Nova Central, além das
frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
“As tarifas aumentam, os direitos somem e a lógica
do lucro substitui o bem comum. Por isso, neste dia
27, vamos às ruas para dizer NÃO À PRIVATIZAÇÃO e
exigir respeito à população e aos trabalhadores que
constroem o Brasil com suas mãos e sua energia,”
reforça Chicão.
Fonte: Rádio Peão Brasil

25/06/2025 -
Parte da Justiça do Trabalho vê CLT como única forma
de proteção, diz ministra
Por manter uma visão mais tradicional das relações
laborais, uma parcela dos magistrados nem sempre
aplica os precedentes fixados pelo Supremo Tribunal
Federal, postura que acaba se refletindo no número
de reclamações constitucionais propostas no STF
contra decisões da Justiça do Trabalho.
Essa análise é da ministra Maria Cristina Peduzzi,
do Tribunal Superior do Trabalho. Ela falou sobre o
assunto em entrevista à série Grandes Temas, Grandes
Nomes do Direito, na qual a revista eletrônica
Consultor Jurídico ouve alguns dos principais nomes
do Direito e da política sobre os temas mais
relevantes da atualidade.
“A Justiça do Trabalho tem uma visão mais
conservadora, no sentido de preponderantemente
entender que a única forma de proteção é a CLT. E
essa divergência de entendimentos, por parte da
Justiça do Trabalho — não de toda, mas de algumas
Turmas —, é motivo para não produzir o efeito que o
precedente (do STF) pretende, que é estancar o
número de reclamações”, disse a ministra.
Como STF e Justiça do Trabalho têm adotado
entendimentos diferentes sobre relações diversas
daquelas previstas na CLT, causas trabalhistas hoje
são o principal tema entre as reclamações que
ingressam na cúpula do Poder Judiciário, conforme
mostrou o Anuário da Justiça Brasil 2025.
Para Maria Cristina Peduzzi, os pedidos de revisão
das decisões proferidas por cortes e magistrados
trabalhistas de fato atingiram um volume
significativo.
“É uma realidade que tem sido muito expressivo o
número de reclamações que são propostas perante o
Supremo Tribunal Federal contra decisões da Justiça
do Trabalho — não só, claro, do Tribunal Superior do
Trabalho, mas de muitos Tribunais Regionais do
Trabalho”, disse a ministra.
Segundo ela, as reclamações têm sido propostas
porque, embora o STF tenha fixado muitos precedentes
obrigatórios, nem sempre a Justiça do Trabalho
aplica essas teses.
“Em algumas situações, ela aplica o chamado
distinguish, a distinção, para não aplicar
(determinado precedente) naquele caso concreto. E
isso tem gerado, sem dúvida, um número expressivo de
reclamações constitucionais para o Supremo Tribunal
Federal, objetivando que se aplique o precedente”,
explicou a ministra.
Clique
aqui para assistir à entrevista
Fonte: Consultor Jurídico

25/06/2025 -
Brasileiros defendem reeleição e ampliam apoio a
mandatos de cinco anos
Pesquisa do Datafolha mostra que 57% defendem
manter a reeleição para cargos do Executivo,
contrariando a proposta em discussão no Senado para
acabar com o modelo atual.
A maioria da população brasileira é contra o fim da
reeleição para cargos do Executivo. Segundo pesquisa
Datafolha, 57% dos entrevistados se posicionam a
favor da manutenção do direito de presidentes,
governadores e prefeitos concorrerem a um segundo
mandato consecutivo. O resultado vai na contramão da
proposta de reforma política em tramitação no
Senado, que pretende extinguir a reeleição.
O levantamento, divulgado neste sábado (21), revela
também que 59% dos brasileiros apoiam a ampliação
dos mandatos eletivos de quatro para cinco anos. A
mudança faz parte da mesma PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI),
que prevê ainda a unificação das datas das eleições.
Atualmente, a proposta precisa ser aprovada em dois
turnos no Senado e depois na Câmara, com quóruns
qualificados. Caso avance, as novas regras só
valeriam para eleições futuras, sem afetar o pleito
de 2026.
Além disso, o apoio à reeleição é mais expressivo
entre os jovens de 16 a 24 anos, os menos
escolarizados e os eleitores de baixa renda. Também
é mais alto entre quem avalia positivamente o
governo Lula (74%) e entre simpatizantes do PT
(71%). Já entre os eleitores alinhados ao PL, o
apoio cai para 48%.
Os números marcam uma mudança significativa de
opinião em relação a 2015, quando 67% dos
brasileiros eram contra a reeleição presidencial. O
cenário atual é semelhante ao de 2007, durante o
segundo mandato de Lula, quando 58% eram favoráveis.
Quanto ao aumento dos mandatos para cinco anos, o
apoio subiu de 53%, em 2019, para os atuais 59%.
Homens (63%), pessoas com maior escolaridade (65%) e
famílias com renda entre cinco e dez salários
mínimos (68%) lideram essa preferência.
O Datafolha ouviu presencialmente 2.004 pessoas em
136 municípios, entre os dias 10 e 11 de junho. A
margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho

25/06/2025 -
Comissão aprova medida provisória que regula o
empréstimo consignado para trabalhadores do setor
privado
Até 35% do salário poderá ser comprometido para o
pagamento das parcelas; texto precisa ser analisado
ainda pelos plenários da Câmara e do Senado
A comissão mista que analisou a Medida Provisória
(MP) 1292/25, que regula o empréstimo consignado
(modalidade de crédito em que as parcelas são
descontadas diretamente na folha de pagamento) para
trabalhadores do setor privado, aprovou o relatório
do senador Rogério Carvalho (PT-SE). A MP está em
vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso
Nacional até 9 de julho para não perder a validade.
O texto vai ser analisado agora pelo Plenário da
Câmara dos Deputados e, depois, pelo Plenário do
Senado.
Na avaliação do relator, a MP não trata da renúncia
de receitas ou aumento de despesas e, por isso, não
cria impacto fiscal. Ele propôs a aprovação do texto
na forma de um projeto de lei de conversão (PLV).
Entre as mudanças feitas pelo relator, está a
permissão para que motoristas de aplicativos peguem
empréstimos por meio de plataformas digitais com
descontos feitos no valor a ser recebido dos
aplicativos de transporte de passageiros.
Além dos trabalhadores com carteira assinada, a MP
permitiu empréstimo consignado apenas para
trabalhadores rurais, empregados domésticos e
microempreendedores individuais (MEI), até então
excluídos da consignação privada.
De acordo com a medida provisória, empréstimos
consignados podem ser feitos por trabalhadores do
setor privado em plataformas digitais, com o
objetivo de facilitar e ampliar o acesso a essa
modalidade.
Os empréstimos podem ser solicitados pelos canais
eletrônicos dos bancos ou pelo aplicativo da
carteira de trabalho digital (CTPS Digital). A
vantagem da carteira digital é concentrar, em um
mesmo aplicativo, propostas de todos os bancos
interessados, o que permite ao trabalhador
compará-las facilmente e escolher a mais vantajosa.
Matéria completa:
https://www.camara.leg.br/noticias/1171508-comissao-aprova-medida-provisoria-que-regula-o-emprestimo-
consignado-para-trabalhadores-do-setor-privado/
Fonte: Agência Câmara

25/06/2025 -
Ata do Copom prevê fim das altas e Selic em 15% ao
ano por mais tempo
Documento diz que inflação ainda exige política
monetária significativamente contracionista.
O Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que
deve encerrar o atual ciclo de alta dos juros, mas
manter a taxa Selic em patamar elevado por um
período prolongado. A mensagem está na ata divulgada
nesta terça-feira (24), após a decisão da semana
passada de elevar a Selic de 14,75% para 15% ao ano.
A projeção do comitê é que, mesmo sem novas
elevações, o nível atual dos juros precisa ser
mantido por mais tempo para forçar a inflação a
convergir para a meta. A expectativa do mercado para
o IPCA (índice oficial de inflação) de 2025 está em
5,24%, acima da margem da meta de 3%, com uma faixa
de tolerância de 1,5% a 4,5%.
O mercado, segundo o Boletim Focus, hoje espera que
a taxa Selic permaneça em 15% ao ano até o final de
2025.
Instabilidade
A ata reforça a preocupação do Copom com a
persistência inflacionária, sobretudo nos serviços,
e com o fato de que as expectativas de médio e longo
prazo continuam acima da meta. Segundo os diretores,
isso exige mais tempo de aperto.
O texto também ressalta o cenário internacional
incerto, especialmente por conta das políticas
monetária e fiscal nos Estados Unidos.
O Copom voltou a cobrar harmonia entre política
fiscal e monetária. Disse que incertezas sobre a
dívida pública e aumento de gastos com crédito
subsidiado podem elevar o juro neutro da economia,
exigindo um esforço maior para conter a inflação.
O comitê também demonstrou preocupação com a
volatilidade do câmbio, o cenário internacional
adverso e o impacto dos conflitos geopolíticos nos
preços de petróleo.
A próxima reunião do Copom está marcada para agosto.
Fonte: Congresso em Foco

24/06/2025 -
Fundacentro promove debate sobre o fim da escala 6x1
e a promoção da saúde dos trabalhadores
A Fundacentro realizará, no dia 27 de junho de 2025,
o evento “O fim da escala 6x1 e a promoção da saúde
dos trabalhadores”, com o objetivo de discutir os
impactos da jornada de trabalho na saúde, segurança
e qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros. O
encontro será presencial, no auditório da
Fundacentro, localizado na Rua Capote Valente, 710 –
Pinheiros – São Paulo/SP, e também contará com
transmissão on-line pelo canal da Fundacentro no
YouTube.
O evento acontece das 9h às 13h30, com
credenciamento a partir das 8h30. As inscrições para
participação presencial podem ser feitas até as 16h
do dia 26/06/2025 por meio do formulário disponível
no
Google Forms. Para a participação on-line, não é
necessário se inscrever, e haverá certificação
mediante avaliação e uso de palavra-chave divulgada
durante a
transmissão ao vivo pelo canal da instituição no
YouTube.
O debate é uma oportunidade para trabalhadores,
sindicatos, pesquisadores e gestores refletirem
sobre o papel da jornada de trabalho na construção
de uma sociedade mais justa e saudável. A presença
no evento (presencial ou virtual) dá direito a
certificado.
Matéria completa:
https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2025/junho/fundacentro-promove-debate-sobre-o
-fim-da-escala-6x1-e-a-promocao-da-saude-dos-trabalhadores
Fonte: Fundacentro

24/06/2025 -
Pesquisa mostra que 67% dos brasileiros preferem ter
carteira assinada
Os que acham melhor trabalhar sem registro somam
31%; 72% dos que recebem até dois salários mínimos
julgam o vínculo formal mais importante, mostra
Datafolha
É antiga a campanha do patronato e dos grandes
órgãos de imprensa contra os direitos trabalhistas.
Desde os primeiros — garantidos à classe
trabalhadora após muita luta e especialmente a
partir de Getúlio Vargas — até a reforma trabalhista
de 2017, passando agora pela valorização do
empreendedorismo que, em geral, esconde um profundo
processo de precarização, os ataques a esses
direitos seguem firmes. Ainda assim, é alto o
percentual dos brasileiros que preferem a CLT à
informalidade.
É o que aponta pesquisa Datafolha recém-divulgada.
De acordo com o levantamento, embora tenha caído dez
pontos percentuais desde 2022, os que preferem ter a
carteira assinada somam 67%.
A pergunta feita, no caso, foi: “Na sua opinião, o
que é mais importante: trabalhar com carteira
assinada, mesmo com remuneração menor, ou trabalhar
sem carteira assinada, mas com uma remuneração
maior”. Na ponta oposta, passou de 21% para 31% o
percentual dos que escolheram a segunda opção; 2%
não souberam responder.
Ainda segundo a pesquisa, a preferência por ser
autônomo atinge principalmente os mais jovens, mais
propensos a querer maior flexibilidade e mais
sujeitos a aceitarem jornadas mais longas e
condições mais adversas. Na faixa dos 16 aos 24
anos, 68% preferem essa opção, ante 29% mais
inclinados ao emprego formal. O gosto pela CLT é
maior entre os que têm 60 anos ou mais.
Além disso, a pesquisa aponta que a carteira
assinada é mais relevante para quem tem menor renda:
72% dos que recebem até dois salários mínimos julgam
o vínculo formal mais importante, contra 56% dos que
ganham mais do que dez salários mínimos. A pesquisa
foi realizada entre os dias 10 e 11 de junho com
2.004 pessoas em 136 municípios.
Cenário precarizado
O cenário trazido pelo levantamento reflete a
“glamourização” que passou a envolver os chamados
empreendedores nos últimos anos, especialmente após
a forte perda de direitos imposta pela reforma
trabalhista.
Embora haja aqueles que, de fato, sejam pequenos
empresários que optaram por ter seu próprio negócio,
é preciso colocar nessa equação alguns elementos
muitas vezes desconsiderados.
Primeiramente, é importante lembrar que muitos
desses empreendedores foram empurrados para essa
situação por falta de emprego e pelos salários
baixos oferecidos por boa parte das empresas nos
últimos anos.
Além disso, sob o guarda-chuva do empreendedorismo,
passou a entrar (convenientemente, diga-se de
passagem, para o sistema capitalista) todo tipo de
função “por conta própria” e precarizada, que
explodiu nos últimos anos com os serviços de
aplicativos, dentre os quais destacam-se os de
motoristas e os de entregadores.
Em que pese esse tipo de função oferecer maior
flexibilidade e não ter o patrão clássico
controlando o trabalhador, o fato é que para ter um
salário minimamente condizente com suas necessidades
básicas, esses trabalhadores — em geral, jovens — se
submetem a todo tipo de exploração.
Fazem parte desse “cardápio” desde as jornadas
exaustivas, a falta de direitos básicos que lhes
permitam exercer seu trabalho com algum conforto,
dignidade e segurança, até a ausência de qualquer
tipo de assistência em caso de acidente e problemas
de saúde. Soma-se a isso os prejuízos futuros à sua
aposentadoria.
Também entram aí os “pejotizados”, pessoas que
normalmente seriam CLT, mas acabam tendo de
trabalhar como pessoa jurídica por imposição das
empresas, uma modalidade que burla a contratação
formal e que também se alastrou com a reforma e com
a explosão das terceirizações.
Os dados da pesquisa, portanto, reforçam a
necessidade de haver, tanto por parte do poder
público — governos, parlamentos e judiciário —
quanto do empresariado, um olhar mais cuidadoso com
a classe trabalhadora, de maneira a garantir
direitos tanto aos que optaram por ser seu próprio
patrão quanto aos que gostariam de poder aderir à
formalidade.
Com o mercado de trabalho aquecido e um governo mais
sensível a essa pauta, abre-se também maior espaço
para o movimento sindical buscar novas formas de
mobilizar esses trabalhadores na luta por seus
direitos.
Fonte: Portal Vermelho

24/06/2025 -
Lula: entidades criadas na gestão Bolsonaro
facilitaram fraude do INSS
Presidente, em entrevista ao podcast Mano a Mano,
diz que as organizações viram uma oportunidade com a
mudança de governo e transformaram o esquema em uma
febre.
O presidente Lula afirmou que a fraude no INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social) foi facilitada
por entidades criadas no governo Bolsonaro, que
teriam visto uma janela de oportunidade para ampliar
o esquema com a troca de governo. A declaração foi
feita em entrevista ao podcast Mano a Mano.
"Nós descobrimos, através da Controladoria-Geral da
República e da Polícia Federal, que várias entidades
que foram criadas no governo Bolsonaro", disse o
presidente. "Na perspectiva da mudança de governo,
eles facilitaram com que os caras pudessem cobrar
dos aposentados", completou.
O esquema das fraudes no INSS veio a público no
final de abril, quando foi deflagrada uma operação
da Polícia Federal com a CGU. O presidente da
instituição foi afastado no mesmo dia por decisão
judicial. De lá para cá, a repercussão pelo caso
teve desdobramentos políticos expressivos, com a
demissão do então ministro da Previdência, Carlos
Lupi, e a leitura no plenário do Congresso do pedido
para uma CPI mista que investigue o caso.
O esquema de fraude vem de antes do governo Lula,
mas aumentou em escala durante a gestão do petista.
Na CPI, o mais provável é que haja disputa sobre a
culpa do caso: parlamentares da oposição devem
buscar "colar" o escândalo no atual presidente,
enquanto aliados vão buscar responsabilizar o
governo anterior de Jair Bolsonaro.
Na entrevista, Lula busca fazer exatamente isso,
citando entidades criadas no governo do antecessor.
"Isso virou uma febre", disse. "A gente não quis
fazer um espetáculo de pirotecnia porque a gente
queria chegar no bandido, a gente queria chegar no
chefe. E chegamos".
O presidente disse ainda que o governo vai ressarcir
os aposentados atingidos pelo esquema,
independentemente do ritmo das investigações: "Essas
pessoas certamente serão presas, as entidades que
cometeram o erro vão ter que perder o seu
patrimônio. Como a gente não pode esperar, nós vamos
antecipar o pagamento para os aposentados. Nós vamos
pegar as pessoas que foram inocentes e que não
assinaram para descontar e foi descontado, e, esses,
nós vamos assumir a responsabilidade de pagar, e
vamos pagar o mais rápido possível".
Fonte: Congresso em Foco

24/06/2025 -
Ecos do passado - João Guilherme Vargas Netto
Preocupado com a adversa correlação de forças dos
blocos políticos no Congresso Nacional nas questões
de interesse dos trabalhadores e do movimento
sindical e com as dificuldades na condução das
negociações com as lideranças, tenho sugerido que os
dirigentes de base do sindicalismo procurem
individualmente os senadores e os deputados em cada
Estado, argumentando com eles, ao defender nossas
posições e alertando-os sobre as consequências
eleitorais de seu posicionamento.
Uma preocupação semelhante, mas na época em relação
aos constituintes de 1946, podemos encontrar nas
resoluções do Primeiro Congresso Sindical dos
Trabalhadores do Estado de São Paulo, de janeiro de
1946 que ficou quase sem registro histórico e é
pouco documentado (mas possuo o folheto publicado).
O congresso, organizado pelo PTB e pelos comunistas
do MUT (Movimento Unificador dos Trabalhadores),
reuniu centenas de dirigentes sindicais e discutiu
dezenas de teses sobre os mais variados assuntos.
Defendeu a criação da CGT e procurou influir nas
discussões constituintes que se iniciariam logo a
seguir, em fevereiro de 1946, tendo sucesso em
vários pontos (jornada de trabalho, previdência
social, unicidade sindical e outros).
Transcrevo trechos da resolução final:
“Dirigindo-se aos constituintes, os trabalhadores de
São Paulo estão seguros de que encontrarão nos
representantes do povo, dignos defensores dos
interesses de seu país e de seus habitantes. Os
trabalhadores de São Paulo estarão sempre vigilantes
e com suas atenções voltadas para a assembleia
(constituinte) (…) Os trabalhadores de São Paulo
estão dispostos a aplaudir e incentivar todos
aqueles deputados e senadores que (…) se mostrarem
dignos dos mandatos que lhes foram outorgados. Mas
saberão também manifestar a sua veemente repulsa
àqueles que se deixarem arrebatar pelos interesses
das forças contrárias às aspirações do povo e do
bem-estar e grandeza do país”.
Faço estas minhas palavras.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil

24/06/2025 -
Brasil é o país com mais milionários da América
Latina e o mais desigual entre 56 países, diz
relatório do banco suíço UBS
Instituição avaliou as nações que, segundo ele,
têm 92% da riqueza mundial
O Brasil é o país com maior número de milionários na
América Latina e o mais desigual do mundo, segundo
um relatório do banco suíço UBS divulgado nesta
quarta-feira (18). Para elaboração do Relatório
Global da Riqueza de 2025 o UBS analisou dados de 56
países, que concentram 92% da riqueza mundial.
De acordo com o documento, o Brasil tem
aproximadamente 433 mil milionários, em
classificação feita em dólares. O México tem 399 mil
e é o segundo país latino-americano com mais
super-ricos.
No mundo, o Brasil é o 19º país com mais
milionários. Os Estados Unidos, com 23,8 milhões,
lideram o ranking. A China vem em seguida, com 6,327
milhões de milionários. Juntos, os dois países têm
54% dos super-ricos do mundo.
Segundo o UBS, em um ano, o EUA ganhou 379 mil novos
milionários em 2024. Isso significa que mais de mil
pessoas se tornaram super-ricas por dia no país. Em
todo o mundo, foram 684 mil pessoas.
A riqueza envolve bens e também aplicações
financeiras, descontadas as dívidas.
Ranking de países com mais ricos:
1. Estados Unidos: 23,831 milhões
2. China continental: 6,327 milhões
3. França: 2,897 milhões
4. Japão: 2,732 milhões
5. Alemanha: 2,675 milhões
6. Reino Unido: 2,624 milhões
7. Canadá: 2,098 milhões
8. Austrália: 1,904 milhões
9. Itália: 1,344 milhões
10. Coreia do Sul: 1,301 milhões
11. Países Baixos: 1,267 milhões
12. Espanha: 1,202 milhões
13. Suíça: 1,119 milhões
14. Índia: 917 mil
15. Taiwan: 759 mil
16. Hong Kong (RAE): 647 mil
17. Bélgica: 549 mil
18. Suécia: 490 mil
19. Brasil: 433 mil
20. Rússia: 426 mil
21. México: 399 mil
22. Dinamarca: 376 mil
23. Noruega: 348 mil
24. Arábia Saudita: 339 mil
25. Singapura: 331 mil
Desigualdade
Ainda segundo o relatório, o Brasil é o país mais
desigual entre todos os 56 analisados. Num índice
que vai de 0 a 1, o Brasil tem 0,82 em desigualdade,
junto com a Rússia. A Eslováquia é o mais
igualitário da amostra, com índice de 0,38.
O UBS aponta ainda que o Brasil é o segundo país do
mundo com maior valor de herança a ser distribuída
nos próximos 20 ou 25 anos, ficando atrás somente
dos EUA. Serão quase US$ 9 trilhões transferidos no
Brasil de pais para filhos, por exemplo – algo em
torno de R$ 50 trilhões na cotação atual do dólar.
Ranking de países mais desiguais:
1. Brasil
2. Rússia
3. África do Sul
4. Emirados Árabes Unidos
5. Arábia Saudita
6. Suécia
7. Estados Unidos
8. Índia
9. Turquia
10. México
11. Cingapura
12. Alemanha
13. Suíça
14. Israel
15. Holanda
16. Hong Kong
17. China
18. Portugal
19. Grécia
20. Taiwan
21. França
22. Reino Unido
23. Coreia do Sul
24. Polônia
25. Itália
Fonte: Brasil de Fato

23/06/2025 -
Xeque ao
movimento sindical
Neuriberg Dias*
Às vésperas de mais um ciclo de eleições gerais, o
Congresso Nacional avança com uma agenda legislativa
claramente direcionada ao enfraquecimento do
movimento sindical. Conduzida por setores da
oposição ao governo federal, essa ofensiva não
ocorre por acaso. Trata-se de uma ação estratégica
que visa reduzir a capacidade de organização,
mobilização e negociação dos trabalhadores em um
momento crucial da vida democrática do país.
Os sindicatos não são meras estruturas burocráticas.
São organismos vivos, essenciais para a mediação
entre capital e trabalho. Por meio de campanhas
salariais, greves, mobilizações, negociações
coletivas e ações judiciais, buscam equilibrar
relações historicamente marcadas por profundas
assimetrias de poder. Atacar essas entidades é minar
não apenas os direitos conquistados, mas o próprio
pacto democrático que regula as relações laborais. E
essa erosão se agrava quando ocorre em pleno
ambiente pré-eleitoral, justamente quando os canais
de representação e participação deveriam ser
ampliados.
Atualmente, três projetos de lei concentram os
ataques mais significativos ao sindicalismo. Um
aprovado recentemente na Câmara dos Deputados, o PL
1663/2023, que tramita agora no Senado Federal, com
os PLs 2099/2023 e 2830/2023, que seguem a mesma
linha, prevendo mudanças nas estruturas sindicais
que favorecem a enfraquecer as bases de
representação coletiva, a proteção de direitos dos
trabalhadores e que criam um cenário propício a
práticas antissindicais.
O PL 1663/2023, de autoria do deputado Fausto Santos
Jr. (União-AM), que tem como objetivo atualizar
dispositivos ultrapassados da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), adequando-os à Constituição
Federal e à nova legislação trabalhista vigente
desde a reforma de 2017. O texto recebeu dois
pareceres do relator, deputado Ossesio Silva
(Republicanos-PE): um favorável, na forma de
substitutivo, em relação ao texto original, e outro
pela rejeição das quatro emendas apresentadas.
Dentre essas emendas, foi incorporada a Emenda de
Plenário nº 1, de autoria do deputado Rodrigo
Valadares (União-SE), que gerou controvérsias por
propor a criação de mecanismos digitais para o
cancelamento da contribuição sindical.
A emenda estabelece que o pedido de cancelamento
possa ser feito por meio de portais ou aplicativos
do Governo Federal, como o “gov.br”, por plataformas
digitais mantidas pelos sindicatos, aplicativos de
empresas privadas autorizadas, ou até mesmo via
e-mail. Para garantir a autenticidade, seriam
exigidos mecanismos de validação como certificação
digital (ICP-Brasil), autenticação via “gov.br”,
outras formas eletrônicas legalmente reconhecidas ou
assinatura física acompanhada de documento oficial.
Embora apresentada como medida de modernização, a
proposta traz sérias contradições. Primeiramente,
insere um novo regramento em um projeto que visa
apenas revogar trechos obsoletos da CLT, ampliando
indevidamente o escopo da proposição. Em segundo
lugar, trata de uma matéria já resolvida pela
Reforma Trabalhista: desde 2017, a contribuição
sindical deixou de ser obrigatória, e qualquer
desconto só pode ocorrer mediante autorização prévia
e expressa do trabalhador. Assim, a criação de um
sistema de cancelamento soa redundante, ao pressupor
uma cobrança indevida generalizada que não
corresponde à atual realidade normativa.
E os PLs 2830/2023 e 2099/2023, em especial o
primeiro, que inicialmente tratava de temas
processuais na Justiça do Trabalho, ganhou contornos
com aprovação de uma emenda que igualmente impacta
diretamente a estrutura e organização sindical.
Ambas as propostas, de autoria do senador Styvenson
Valentim (PODEMOS-RN), foram originalmente
concebidas para reduzir de 45 para 15 dias o prazo
para protesto e inscrição de devedores trabalhistas
nos órgãos de proteção ao crédito.
No entanto, o relator da matéria na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador
Rogério Marinho (PL-RN), introduziu mudanças que
modificam profundamente a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) no que diz respeito à contribuição
sindical. Entre as alterações, está a ampliação do
direito de oposição dos trabalhadores à cobrança da
contribuição negocial. Na prática, isso incentiva a
não contribuição, mesmo quando os benefícios
negociados em convenções coletivas são usufruídos
por toda a categoria — filiados ou não — ao prever
que o trabalhador poderá manifestar oposição ao
desconto sindical: a) no ato da contratação; b) em
até 60 dias após o início da relação de trabalho ou
no prazo de 60 dias após a assinatura de acordo ou
convenção coletiva; c) ser feita pessoalmente ou por
qualquer meio, inclusive eletrônico.
Além disso, a cobrança de contribuição assistencial
será feita pelo sindicato exclusivamente por meio de
boleto bancário ou arranjo de pagamentos
instantâneos instituído pelo Banco Central do Brasil
(Pix), sendo vedada a atribuição de responsabilidade
ao empregador pelo pagamento, desconto em folha de
pagamento e repasse às entidades sindicais. Exceto a
critério do empregador, e desde que exista previsão
em acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
pagamento por meio de desconto em folha da
contribuição poderá ser fixado. E ainda, segundo o
texto, fica vedada a cobrança e o envio de boleto,
ou equivalente, à residência do empregado ou à sede
da empresa, em caso de oposição apresentada pelo
empregado.
A esse contexto se soma a crise enfrentada pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), marcada
por denúncias de descontos indevidos em benefícios
de aposentados e pensionistas. Embora esses débitos
estejam ligados a falhas administrativas e
operacionais, setores do Parlamento e da mídia têm
tentado transferir a responsabilidade para os
sindicatos. Essa narrativa, desconectada dos fatos,
tem sido usada como justificativa para avançar com
medidas legislativas que restringem ainda mais a
atuação sindical, explorando o desgaste público
gerado por problemas estruturais do sistema
previdenciário.
Diante dessa conjuntura, torna-se urgente uma
resposta coordenada, combativa e propositiva pelo
movimento sindical. É fundamental lançar uma
campanha nacional de valorização do papel das
entidades representativas. A iniciativa deve ter
como foco o combate à desinformação, o resgate da
relevância da representação coletiva, o diálogo com
as novas gerações de trabalhadores — inclusive os
inseridos em vínculos informais — e a promoção de um
diálogo qualificado e permanente no Congresso
Nacional onde o debate tem sido tratado de forma
desqualificada e superficial sobre o papel dos
sindicatos.
A tentativa de desarticulação sindical não é isolada
nem neutra — ela integra uma disputa mais profunda
sobre o modelo de país que está em jogo desde a
reforma trabalhista. Retirar o poder de ação das
entidades sindicais significa limitar a capacidade
de mobilização da classe trabalhadora e, com isso,
abrir espaço para o avanço de pautas regressivas que
se beneficiam da apatia social. Ainda não é um
xeque-mate, pois ainda há tempo para o movimento
sindical movimentar o tabuleiro.
*Jornalista, Analista Político e Diretor de
Documentação do DIAP.
Fonte: Diap

23/06/2025 -
Congresso derruba veto sobre dispensa de revisão
médico-pericial de aposentados por invalidez
O Congresso Nacional derrubou 12 vetos presidenciais
nesta terça-feira (17), entre os quais o veto total
ao projeto que dispensa o aposentado por invalidez e
quem recebe o Benefício de Prestação Continuada
(BPC) de passar por revisão médico-pericial. O
Projeto de Lei 8949/17 agora será publicado como
lei.
A dispensa ocorrerá se a incapacidade for
considerada permanente, irreversível ou
irrecuperável.
O texto também dispensa a revisão pericial, feita
por médico perito do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), para aposentados por invalidez ou
segurados em gozo do auxílio-doença que tenham mal
de Alzheimer, doença de Parkinson e Esclerose
Lateral Amiotrófica. A medida só não valerá se
houver suspeita de fraude.
Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), é uma
vergonha o beneficiário de doença definitiva ter de
voltar à perícia para comprovar a condição. "O
perito é ocupado duas vezes, a pessoa perde tempo, o
governo paga duas vezes a perícia, e quem tinha de
fazer a perícia perde a chance de fazer porque um
outro que já fez tem de fazer de novo", afirmou.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que não tem
cabimento quem estiver com incapacidade confirmada,
periciada e irreversível ser obrigado a fazer
avaliação periódica.
Fonte: Agência Câmara

23/06/2025 -
Julgamento do TST sobre gratuidade vai definir papel
e raio de ação de sindicatos
O julgamento em que o Tribunal Superior do Trabalho
vai definir os requisitos para a concessão da
gratuidade de Justiça a sindicatos tem potencial
para definir a representatividade judicial de parte
dessas entidades e pode promover uma onda de ações
coletivas.
Essa é a opinião da maioria dos especialistas
consultados pela revista eletrônica Consultor
Jurídico sobre o recurso repetitivo que discute o
assunto no TST.
No dia 15 de maio, o tribunal publicou edital para
que interessados se manifestem sobre o julgamento. A
questão discutida é se a concessão do benefício da
justiça gratuita a sindicato depende de prova
inequívoca de que a entidade não pode arcar com as
despesas do processo ou se basta a mera declaração
de hipossuficiência.
O advogado Ricardo Calcini, fundador do Calcini
Advogados, professor do Insper e colunista da ConJur,
explica que se o TST entender que basta uma mera
declaração de hipossuficiência econômica, a decisão
deve fomentar um crescente número de ações
coletivas.
“A confirmar o ajuizamento de novas ações pelos
sindicatos profissionais, as discussões na Justiça
do Trabalho assumirão um importante aspecto
coletivo, em detrimento da ordem individual hoje
preponderante em nosso sistema. Para além disso, na
condição de substituto processual, o sindicato
passará a tutelar direitos transindividuais da
categoria, que não necessariamente são abarcados
pelas ações individuais”, argumenta.
Segundo o especialista, poucos trabalhadores ajuízam
ações individuais após o término da relação
trabalhista, e o número é ainda menor durante a
vigência do pacto laboral. Diante disso, a atuação
coletiva via sindicato garantirá o cumprimento de
questões relacionadas ao meio ambiente do trabalho,
jornada, remuneração, dentre outros direitos sociais
que, não raras vezes, são desrespeitados por não
haver judicialização.
Uniformização necessária
O advogado Sergio Pelcerman, sócio da área trabalhista
do escritório Almeida Prado & Hoffmann, explica que
o julgamento do TST vai pacificar a controvérsia
surgida com a alteração dos artigos 578 e 579 da
CLT, que tornou facultativa a contribuição sindical.
“Isso impactou diretamente as receitas das entidades
sindicais e trouxe à tona a discussão sobre a
capacidade financeira dos sindicatos para suportar
os encargos processuais, sem prejuízo de suas
atividades institucionais”, avalia.
Pelcerman destaca que o recurso tem origem em
demanda ajuizada pelo Sindicato dos Profissionais
que Trabalham com Radiação, Auxiliares,
Ultrassonografia e Xeroradiografia de Minas Gerais,
que pleiteou a gratuidade da justiça.
O pedido formulado pelo sindicato encontra respaldo
no artigo 98 do CPC, que garante o direito à
gratuidade da justiça à pessoa natural ou jurídica
que comprove insuficiência de recursos para custear
as despesas processuais. Soma-se a isso a previsão
contida no artigo 87 do Código de Defesa do
Consumidor e no artigo 18 da Lei da Ação Civil
Pública (Lei 7.347/1985), que asseguram, nas ações
coletivas, isenção de custas e despesas, salvo
comprovada má-fé.
Esses fundamentos vêm sendo acolhidos por parte da
jurisprudência, como exemplifica a Súmula 60 do
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES). A
norma estabelece que, no exercício da substituição
processual, o sindicato faz jus à gratuidade de
justiça, aplicando-se as regras das ações coletivas,
condicionando-se eventuais condenações por custas e
honorários à demonstração de má-fé da entidade.
“A instauração do incidente pelo TST reflete,
portanto, a necessidade de uniformização da
jurisprudência trabalhista sobre o tema, haja vista
a existência de decisões divergentes, algumas
entendendo que basta a declaração de
hipossuficiência, enquanto outras exigem a efetiva
comprovação da incapacidade financeira da entidade
sindical. Essa definição é particularmente relevante
em razão das mudanças no financiamento sindical,
resultantes do fim da compulsoriedade da
contribuição, que afetou a sustentabilidade
financeira de diversas entidades”, diz.
Interesse coletivo
A advogada Evely Cavalcanti, do Serur Advogados,
acredita que o julgamento terá impactos relevantes,
já que a tese a ser firmada terá efeitos vinculantes
e influenciará diretamente a atuação dos sindicatos
em litígios coletivos.
“A tese vinculante no referido incidente terá
impacto e efeitos diretos sobre a atuação das
entidades sindicais no âmbito da Justiça do
Trabalho, notadamente nas demandas em que exercem a
substituição processual, quando representam os
interesses da categoria de trabalhadores,
independentemente de autorização expressa dos
substituídos”.
Opinião parecida tem Ana Carolina Aspar, do
escritório Gaia Silva Gaede Advogados. Apesar de ser
uma entidade jurídica de Direito Privado, ressalta,
os sindicatos, quando atuam em nome de Direito
Coletivo, ganham uma roupagem semelhante ao do
Ministério Público, no que diz respeito a defesa de
direitos homogêneos.
“Para o futuro, na ocasião de o TST pacificar o
entendimento de que haverá presunção de veracidade
quanto a alegação do sindicato de insuficiência de
recursos, é importante destacar que essa discussão
está restrita à ocasião em que os sindicatos
defendem direitos coletivos, isto é, não é qualquer
atuação sindical que terá a regra aplicada”,
esclarece.
O julgamento ainda não tem data definida, mas a
expectativa é que ele ocorra até a mudança da gestão
do TST, que ocorre em outubro.
Processo 0010502-23.2022.5.03.0097
Fonte: Consultor Jurídico

23/06/2025 -
Governo reserva 8% das contratações para mulheres
vítimas de violência
Decreto obriga inclusão de mulheres em situação
de violência em contratos públicos com dedicação
exclusiva.
O governo federal publicou nesta quarta-feira (18)
um decreto que determina a reserva de pelo menos 8%
das vagas de contratos públicos com dedicação
exclusiva de mão de obra para mulheres vítimas de
violência doméstica. A medida vale para licitações e
contratações diretas no âmbito da administração
pública federal.
A norma busca promover a inclusão social e econômica
dessas mulheres. O texto atualiza a Lei de
Licitações, de 2021.
Critérios de inclusão e sigilo
A nova regra prevê que a reserva de vagas também
abrange mulheres trans e travestis, e será
priorizada conforme a proporção de pretas e pardas
no estado onde o serviço for prestado. A indicação
das beneficiárias caberá às unidades responsáveis
pelas políticas de atenção a vítimas, por meio de
acordos de adesão com os ministérios da Gestão e das
Mulheres.
As empresas contratadas e os órgãos públicos não
poderão exigir das candidatas documentos que
comprovem a condição de violência. O sigilo das
informações será garantido por cláusulas específicas
nos acordos.
Fonte: Congresso em Foco

18/06/2025 -
Nova Central protesta contra juros altos em São
Paulo
Na manhã desta terça-feira (17), a Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST) participou
ativamente de um ato unificado das centrais
sindicais em frente à sede do Banco Central, na
Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação teve
como principal objetivo cobrar a redução imediata da
Taxa Selic, que segue em 14,75% ao ano, um patamar
considerado abusivo pelos representantes dos
trabalhadores.
A Nova Central, ao lado das centrais Força Sindical,
CUT, UGT, CTB e CSB, reforçou a urgência da redução
dos juros como medida essencial para estimular a
produção, o consumo e a geração de empregos.
Durante o ato, o presidente da NCST São Paulo, Luiz
Gonçalves (Luizinho), manifestou com firmeza a
insatisfação da entidade com os rumos da política
econômica do país: “Estou aqui para externar toda a
minha indignação com os banqueiros, que continuam
lucrando com uma Selic de 14,75% ao ano! Enquanto
isso, o povo trabalhador sofre com crédito caro,
desemprego e dificuldade para manter a dignidade. E
o Congresso Nacional segue sem cortar seus próprios
gastos ou reduzir o IOF. Basta! Chega de juros
abusivos! A Nova Central não se calará diante dessa
injustiça. Estamos nas ruas exigindo respeito ao
povo brasileiro.”
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, a
mobilização demonstrou a união e a força das
entidades sindicais na luta por uma economia mais
justa e voltada aos interesses da população.
Fonte: NCST

18/06/2025 -
Nota: Entrevista com Rei do Ovo reproduz estigmas,
preconceitos e desinformação
A entrevista do magnata do agro, Ricardo Faria, ou o
Rei do Ovo, no jornal Folha de São Paulo, nesta
segunda-feira (16), é um exemplo cabal da
mentalidade de uma elite partidária do atraso.
Um dos homens mais ricos do país, o empresário
encarna a caricatura do velho patrão que acumula
riqueza às custas da exploração e despreza o
compromisso social.
Ao afirmar que “os jovens não querem mais ter
relação trabalhista formal, carteira assinada” e que
“as pessoas estão viciadas no Bolsa Família”, Faria
não apenas reproduz estigmas e preconceitos — ele
espalha distorções perigosas e desrespeitosas.
Em primeiro lugar, trata-se de uma visão equivocada
sobre o trabalho formal. A história brasileira
demonstra que os direitos trabalhistas foram
instrumentos fundamentais de mobilidade social,
alçando milhões à classe média e sustentando
políticas públicas por meio da arrecadação
tributária e previdenciária. A juventude pode, sim,
desejar mais liberdade — e isso não é incompatível
com emprego formal, digno, com todos os direitos.
Pelo contrário: é justamente por meio da valorização
do trabalho que se constrói uma sociedade justa,
estável e próspera. E isso é plenamente possível em
um país rico como o Brasil.
Em segundo lugar, a fala sobre o Bolsa Família é não
apenas ofensiva, mas profundamente desinformada. O
programa é uma das mais bem-sucedidas políticas
sociais do mundo, responsável por tirar milhões de
brasileiros da miséria, da fome e da marginalização.
Seus impactos positivos são comprovados. Como
revelou matéria do jornal Valor Econômico
(20/08/2024), assinada pelos jornalistas Estevão
Taiar e Guilherme Pimenta, “quase dois terços dos
dependentes dos beneficiários do Bolsa Família não
faziam parte, uma década e meia depois de integrarem
o programa pela primeira vez, de nenhum programa
social do governo federal. Além disso,
aproximadamente metade desses dependentes atuou,
pelo menos uma vez, como trabalhadores formais nos
anos seguintes”.
A armadilha ideológica embutida no discurso de Faria
consiste em opor direitos e programas sociais ao
desenvolvimento econômico — como se fossem
excludentes. Essa é uma visão cínica e perversa,
própria de quem quer perpetuar a pobreza para manter
um exército de trabalhadores precarizados e baratos,
à disposição de capitalistas que ainda vivem com a
cabeça no século XIX. Isso, sim, é o retrato do
atraso.
Por fim, perguntamos: manterá a Folha de S. Paulo
seu compromisso com o pluralismo e a democracia,
oferecendo aos leitores um contraponto qualificado
que apresente os benefícios concretos dos programas
sociais e dos direitos trabalhistas como motores de
um desenvolvimento justo, sustentável e
verdadeiramente inclusivo?
São Paulo, 16 de junho de 2025
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: NCST

18/06/2025 -
Governo assumiu compromisso com corte de despesas,
diz Hugo
Presidente da Câmara relatou acerto com Executivo
na construção do ajuste fiscal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
(Republicanos-PB), afirmou na segunda-feira (16) que
o governo se comprometeu a apresentar uma agenda de
corte de despesas. Segundo ele, o Executivo entendeu
a insatisfação do Parlamento com medidas que
priorizam o aumento de arrecadação. "O que há do
governo é um compromisso de apresentar uma agenda de
propostas sobre o corte de despesas, nós estamos
aguardando", disse.
A declaração foi feita após reunião do Colégio de
Líderes, que também confirmou a inclusão em pauta do
requerimento de urgência para projeto de decreto
legislativo que derruba o recente aumento do Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF). Para Hugo, o
compromisso com o ajuste fiscal deve ser construído
em conjunto. "Não tem como se ter agenda de corte de
gastos no Brasil que o Executivo não participe. O
Legislativo está aqui pronto para apoiar, para
discutir."
O deputado afirma que o Congresso quer protagonizar
uma discussão estruturante, sem sacrificar o setor
produtivo. "O Brasil precisa continuar fazendo um
trabalho de transformação social, mas sem também
penalizar quem produz, quem gera emprego, quem gera
renda", afirmou.
Segundo Hugo Motta, "o governo está cada vez mais
compreendendo essa mensagem". Ele mencionou as
conversas que manteve com o presidente Lula e
ministros desde o fim de semana, destacando que há
disposição para diálogo contínuo.
O presidente da Câmara defendeu a postura do
Parlamento ao longo dos dois anos e meio de governo.
"O Congresso demonstrou muita responsabilidade com a
economia, responsabilidade com o país", disse. Para
ele, a lealdade entre os poderes inclui o direito de
discordar de propostas que não atendem ao interesse
público.
Fonte: Congresso em Foco

18/06/2025 -
Economia cresce, inflação cai e mercado refaz
projeções
Atividade econômica avança 0,2% e inflação
desacelera para 0,26% em abril. Cenário positivo
leva setor financeiro a novamente recalibrar
projeções do PIB para 2,2% em 2025
Contrariando mais uma vez o pessimismo do mercado, a
atividade econômica brasileira teve nova alta, de
0,2% em abril, fechando o quarto mês consecutivo de
avanço. No acumulado do ano, o indicador cresceu
3,5% e, em 12 meses, 4%. Quando comparado a abril do
ano passado, o aumento foi 2,5%. Os dados fazem
parte do Índice de Atividade Econômica do Banco
Central (IBC-Br), divulgados nesta segunda-feira
(16).
Outra informação relevante desse início de semana
foi a desaceleração da inflação, que fechou maio em
0,26%, ante 0,46% em abril. No acumulado em 12
meses, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo), divulgado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), soma 5,32%.
Os dados positivos que vêm marcando a economia
brasileira também fizeram com que, mais uma vez, o
Boletim Focus, do Banco Central, trouxesse nova
revisão de expectativas do setor financeiro na
edição desta segunda (16).
Pela segunda semana seguida, a evolução do Produto
Interno Bruto (PIB) foi reavaliada — e novamente,
ficou acima do projetado anteriormente. Se há uma
semana a expectativa de crescimento para 2025 era de
2,18%, agora passou para 2,20%.
Há quatro semanas, a expectativa de crescimento
estava em 2,02%. Para 2026, espera-se um PIB de
1,83% e de 2% em 2027.
Boa parte do resultado alcançado agora diz respeito
ao crescimento da agropecuária, que contribuiu para
um avanço de 1,4% da economia no primeiro trimestre
deste ano. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O
resultado representa o quarto ano seguido de
crescimento.
O mercado também reconsiderou sua projeção
inflacionária. A estimativa para o IPCA é de 5,25%
para este ano; há uma semana, o índice projetado era
de 5,44%. Para 2026 e 2027, as projeções permanecem
estáveis, em 4,5% e 4%, respectivamente.
Fonte: Portal Vermelho

18/06/2025 -
Negociação coletiva em favor da juventude: MTE e
DIEESE lançam terceiro boletim da série Boas
Práticas
Nova edição reúne cláusulas que promovem o
trabalho decente para jovens e reforçam a
importância do diálogo social na ampliação de
direitos e oportunidades
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em
parceria com o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE),
divulgou na segunda-feira (16) a terceira edição da
série Boas Práticas nas Negociações Coletivas. O
boletim destaca cláusulas voltadas à promoção de
direitos para a juventude, evidenciando o papel
estratégico da negociação coletiva na construção de
oportunidades e na garantia do trabalho decente para
jovens.
De acordo com a coordenadora-geral de Relações do
Trabalho, Rafaele Rodrigues, os boletins têm como
objetivo dar visibilidade a experiências concretas
viabilizadas pelo diálogo social, evidenciando o
potencial das negociações coletivas para promover
justiça social, diversidade e sustentabilidade nas
relações de trabalho. “As negociações permitem
avançar em temas fundamentais como a melhoria das
condições laborais, a redução das desigualdades, o
fortalecimento do trabalho decente, a inovação
social, a proteção ambiental e o protagonismo dos
trabalhadores”, destaca.
A publicação apresenta 15 exemplos de cláusulas
incluídas em acordos e convenções coletivas firmadas
em diferentes regiões do país, que ampliam direitos,
incentivam a formação profissional e fortalecem a
permanência dos jovens no mundo do trabalho. Os
temas abordados incluem abono de faltas para
estudantes, estímulo à contratação de aprendizes e
estagiários, proteção a jovens convocados para o
serviço militar obrigatório e políticas voltadas à
qualificação profissional.
Dados do Sistema Mediador indicam que, em 2023,
aproximadamente 47% das negociações coletivas
registradas incluíram ao menos uma cláusula voltada
à juventude. A maior parte dessas cláusulas trata do
abono de faltas para a realização de provas
escolares, mas também há iniciativas que promovem a
contratação de jovens por meio de cotas, ampliam
direitos e flexibilizam jornadas de trabalho,
facilitando a conciliação entre estudo e emprego.
O boletim ressalta que a inserção dos jovens no
mercado de trabalho no Brasil ainda enfrenta
desigualdades estruturais, como o elevado índice de
desemprego e a prevalência da informalidade. Nesse
contexto, a atuação sindical desempenha um papel
essencial ao propor instrumentos concretos que
contribuem para a inclusão produtiva com direitos e
oportunidades.
A série Boas Práticas nas Negociações Coletivas tem
como objetivo identificar e divulgar experiências
bem-sucedidas de diálogo entre sindicatos laborais e
patronais que resultam em avanços concretos para
diferentes segmentos de trabalhadores. Ao dar
visibilidade a essas iniciativas, o MTE e o DIEESE
buscam inspirar novos acordos que fortaleçam
relações de trabalho mais justas, inclusivas e
democráticas.
Acesse
aqui os últimos boletins divulgados, que
apresenta 15 exemplos de cláusulas firmadas em 2023
e reafirma o compromisso com a transformação social
por meio da negociação coletiva.
Fonte: MTE

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