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09/05/2025 -
Emenda pelo fim da contribuição assistencial vai ao
plenário do Senado
Nesta quarta-feira (7), o Senado votou a emenda do
senador Rogério Marinho (PL-RN), que extingue a
contribuição assistencial e estabelece que os
sindicatos não podem cobrar nenhuma taxa dos
trabalhadores. O senador Paulo Paim apresentou uma
emenda para modificar a proposta de Marinho, mas
esta foi completamente rejeitada pelo autor. Agora,
o projeto de Marinho, sob regime de urgência,
seguirá para votação no plenário do Senado.
Diante disso, as entidades sindicais precisam se
mobilizar amplamente para evitar que o movimento
sindical brasileiro seja inviabilizado pela extinção
definitiva de seus recursos.
O diretor da Nova Central e presidente da Contratuh,
Wilson Pereira, acompanhado de outros diretores da
entidade, esteve na manhã desta quarta-feira no
Senado e na Câmara dos Deputados, dialogando com
parlamentares e se posicionando contra a aprovação
da medida. Wilson lamentou profundamente que o
senador Rogério Marinho siga atuando como um dos
principais opositores da classe sindical, promovendo
iniciativas que restringem os direitos dos
trabalhadores e contando com o apoio da ala
conservadora do Congresso para fragilizar o
movimento sindical.
Detalhes da emenda
A proposta de Rogério Marinho amplia as opções
disponíveis para empresas recorrerem antes de sofrer
protestos ou inscrições em órgãos de proteção ao
crédito, o que pode atrasar o pagamento de dívidas
trabalhistas e dificultar a rápida execução de
decisões judiciais.
Além disso, a emenda reduz algumas penalidades para
empregadores que não cumprem decisões judiciais
dentro do prazo de 15 dias. Isso pode diminuir a
pressão sobre empresas inadimplentes e enfraquecer a
eficácia da cobrança de dívidas trabalhistas.
Fim da contribuição assistencial
Embora a emenda de Rogério Marinho não esteja
diretamente relacionada ao artigo 883-A, ela foi
incorporada ao projeto. Seu objetivo é limitar a
cobrança da contribuição assistencial pelos
sindicatos, o que pode comprometer o financiamento
dessas entidades e reduzir sua capacidade de atuação
na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Impactos para os trabalhadores
Com mais possibilidades de recurso para empregadores,
os trabalhadores podem enfrentar processos mais
longos para receber indenizações e salários
atrasados.
A flexibilização das penalidades também pode
diminuir a pressão sobre empresas inadimplentes,
tornando a cobrança de dívidas trabalhistas menos
eficaz e dificultando a punição de empregadores que
não cumprem decisões judiciais.
A extinção da contribuição assistencial pode
enfraquecer financeiramente os sindicatos,
dificultando a organização de greves, negociações
coletivas e outras ações de defesa dos direitos
trabalhistas.
Oposição à proposta
As emendas de Rogério Marinho enfrentam forte
resistência entre sindicatos e parlamentares que
defendem os direitos trabalhistas. Há um movimento
para barrar essas alterações e preservar o projeto
original, sem as mudanças propostas pelo senador. No
entanto, neste primeiro “round”, a força da
representação conservadora no Congresso prevaleceu.
Agora, os sindicalistas intensificam sua mobilização
para tentar convencer os parlamentares a rejeitarem
essas medidas.
Geraldo alerta
O secretário geral da Contratuh, Geraldo Gonçalves de
Oliveira Filho, conversando com o presidente Wilson
Pereira, comentou que o momento é de mobilização
geral das bases trabalhadoras a fim de conversar com
os parlamentares. “É preciso que os nossos
dirigentes sindicais vão, nos seus estados a cada
parlamentar, a fim de eles possam apoiar a ideia da
emenda de Paulo Paim, a fim de não desestruturar de
vez o movimento sindical brasileiro”. Há uma grande
confiança, ainda, de que a decisão possa demover o
parlamento de uma atitude tão radical e tão nociva
ao trabalhador e às representações sindicais.
Fonte: Imprensa Contratuh

09/05/2025 -
Maio Lilás reflete sobre o trabalho com campanha
‘CLT: Quem conhece, defende’
A iniciativa Maio Lilás busca ampliar o
conhecimento sobre os direitos previstos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entenda
Neste mês de maio, o Ministério Público do Trabalho
(MPT) dá início à campanha Maio Lilás, que neste ano
traz o slogan “CLT: Quem conhece, defende”. A ação
convida especialmente os jovens a refletirem sobre o
papel do emprego formal na construção de relações de
trabalho mais estáveis, protegidas e justas. Entenda
na TVT News.
A iniciativa busca ampliar o conhecimento sobre os
direitos previstos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e estimular espaços de diálogo e
construção coletiva sobre o futuro do trabalho.
A campanha inclui uma série de ações, como conteúdos
nas redes sociais do MPT, uma edição especial da
Revista MPT em Quadrinhos — dedicada à
conscientização sobre práticas antissindicais — e um
evento nacional em celebração aos 16 anos da
Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical e do Diálogo Social (Conalis). As
atividades pretendem aproximar diferentes públicos
da discussão sobre proteção social e caminhos
possíveis para garantir um trabalho digno em tempos
de mudanças profundas nas formas de contratação.
CLT protetora no Maio Lilás
Se de um lado a chamada “nova economia” oferece
promessas de autonomia e flexibilidade, do outro, a
realidade de milhares de trabalhadores é marcada
pela ausência de direitos e pela vulnerabilidade. É
o que aponta uma pesquisa recente da ONG Ação da
Cidadania, divulgada em abril. Segundo o
levantamento, 41% dos entregadores de comida por
aplicativo já sofreram acidentes de trabalho; entre
esses, 38,8% afirmaram ter sofrido acidentes graves,
com afastamento. Além disso, 56,7% dos entrevistados
disseram trabalhar todos os dias da semana — o que
evidencia a precariedade por trás da aparente
liberdade.
Para a procuradora regional do Trabalho Viviann
Brito Mattos, coordenadora nacional da Conalis, a
proposta do Maio Lilás deste ano é abrir caminhos
para que a juventude se aproxime da ideia de
trabalho formal como uma forma de proteção, e não de
limitação.
“Para muitos jovens, o trabalho formal parece
antiquado ou sem ambição. Mas essa visão ignora o
que realmente está em jogo. A CLT não limita — ela
protege. Ter carteira assinada não é sinônimo de
mediocridade, é sinal de que há uma rede de direitos
que sustenta quem trabalha. Com a campanha deste
ano, queremos abrir espaço para que a juventude
reconheça o valor da proteção coletiva e participe
ativamente das conversas sobre o futuro do
trabalho”, afirma.
A vice-coordenadora nacional da Conalis, Priscila
Moreto de Paula, também procuradora do Trabalho,
reforça que a CLT ainda é essencial, mesmo diante
das transformações nas formas de produção.
“Se o modo de produção ainda é o capitalista, o
mundo do trabalho não mudou. A grande maioria das
pessoas depende de sua força de trabalho para
sobreviver, e as condições de trabalho ofertadas,
quando ausente qualquer regulamentação, produzem
miséria, privações e sofrimento. O trabalho
protegido, compreendido como aquelas condições de
trabalho minimamente dignas previstas na CLT e no
Texto Constitucional, é fruto de luta da classe
trabalhadora e sua aplicação, se o mundo do trabalho
não mudou, deve ser para toda e qualquer relação de
trabalho. A CLT é uma conquista que continua fazendo
sentido — e que pode ser aplicada junto com as novas
formas de trabalhar.”
Maio Lilás
Criada em 2017, a campanha Maio Lilás acontece
anualmente para promover o diálogo social e
fortalecer a luta pela liberdade sindical. A cor
lilás, símbolo da campanha, é um tributo às 129
mulheres trabalhadoras que foram trancadas e
queimadas vivas em uma fábrica têxtil em Nova
Iorque, em 8 de março de 1857, após reivindicarem
melhores condições de trabalho. No momento do
incêndio criminoso, confeccionava-se um tecido lilás
— símbolo que, até hoje, representa resistência e
luta por dignidade no trabalho.
Fonte: TVTNews

09/05/2025 -
Impactos da 'pejotização' serão tema de audiência
pública na CAS
Os impactos da "pejotização" — quando a empresa
contrata o trabalhador como pessoa jurídica (PJ), e
não como empregado com carteira assinada — serão
discutidos em audiência pública na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS), em data a ser confirmada.
A audiência foi solicitada pelo senador Paulo Paim
(PT-RS) por meio de um requerimento: o REQ 27/2025 -
CAS, que foi aprovado pela CAS nesta quarta-feira
(7).
“Ao contratar um profissional como se ele fosse uma
empresa, ou seja, um prestador de serviços, em
substituição a um empregado formal, pode haver a
supressão de direitos trabalhistas e a precarização
das condições de trabalho. Além disso, o fenômeno
pode acarretar em desigualdade entre os
trabalhadores e promover a insegurança jurídica”,
afirma Paim em seu requerimento.
O senador lembra que recentemente o Supremo Tribunal
Federal suspendeu todos os processos judiciais que
discutem a "pejotização" no país em busca de uma
interpretação definitiva sobre o tema.
Fonte: Agência Senado

09/05/2025 -
Câmara cria subcomissão para analisar PEC do fim da
escala 6x1
O deputado Luiz Gastão, relator do texto, afirmou
que buscará o diálogo com diversos setores para
harmonizar interesses e apresentar um texto que
contemple as particularidades de cada segmento
econômico.
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
instaurou, nesta quarta-feira (7) uma subcomissão
para avaliar a proposta de emenda à Constituição
(PEC) 8/25, que propõe o fim da escala de trabalho
6x1. O grupo, presidido pela deputada Erika Hilton (Psol-SP),
autora da proposta, e com relatoria do deputado Luiz
Gastão (PSD-CE), tem como objetivo discutir o texto
e formular sugestões.
A PEC da deputada pretende acabar com a escala 6x1,
aquela em que se trabalha seis dias para folgar um.
O texto prevê a instituição de uma jornada semanal
de 36 horas. Atualmente, o limite é de 44 horas
semanais, respeitada a carga horária diária de 8
horas de trabalho.
A maioria dos parlamentares presentes na reunião
demonstrou concordância com a redução da jornada de
trabalho, considerada ultrapassada e prejudicial aos
trabalhadores. Contudo, reconhecem a necessidade de
ajustes para atender às demandas empresariais. O
deputado Luiz Gastão afirmou que buscará o diálogo
com diversos setores para harmonizar interesses e
apresentar um texto que contemple as
particularidades de cada segmento econômico.
"Há empresas em que a relação folha de pagamento com
o faturamento dá mais de 40% a 50%, ao passo que tem
outros segmentos da atividade econômica em que a
relação folha de pagamento e faturamento é 10%, 5%.
Nessas empresas, o impacto da folha não é tanto".
A deputada Erika Hilton destacou pesquisas que
indicam a aprovação de quase 70% da população
brasileira à redução da jornada. Ela defendeu a
construção de um consenso que atenda aos diferentes
setores.
"Nós não chegamos aqui com as respostas prontas de
qual será o texto final dessa proposta, nós
precisamos trabalhar em cima desse texto, ouvindo,
colhendo, criando esse consenso para que nós
possamos encaminhar uma saída digna, humana,
possível, ao conjunto dos trabalhadores", disse.
Contrário à proposta, o líder da oposição, deputado
Zucco (PL-RS), a classificou como inviável,
argumentando que geraria aumento de custos para os
empresários, especialmente os de pequeno e médio
porte. Ele prevê, como consequência, aumento do
desemprego e da inflação, devido à transferência dos
custos adicionais para o consumidor final.
O deputado Vicentinho (PT-SP) lembrou que a última
redução da jornada de trabalho no Brasil ocorreu em
1988, de 48 para 44 horas semanais. Para prosseguir,
a PEC precisa ter sua admissibilidade aprovada pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e,
posteriormente, ser analisada por uma comissão
especial.
Fonte: Agência Câmara

08/05/2025 -
Emenda protege financiamento sindical em meio a
mudanças na CLT
O Projeto de Lei 2830/2019, atualmente em tramitação
no Senado Federal, tem gerado intensos debates sobre
o futuro da organização sindical no Brasil. De
autoria do senador Styvenson Valentim (PODEMOS-RN),
a proposta visa reduzir de 45 para 15 dias o prazo,
a partir da citação do executado, para que haja
protesto e inscrição de nome em órgãos de proteção
ao crédito em decorrência de decisões da Justiça do
Trabalho.
Contudo, o projeto recebeu alterações significativas
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), por iniciativa do relator, senador Rogério
Marinho (PL-RN). As mudanças afetam diretamente a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ao
introduzir novas barreiras à cobrança da
contribuição negocial. As alterações preveem, entre
outras medidas, a ampliação do direito de oposição
dos trabalhadores, estimulando, inclusive, a não
contribuição às entidades representativas.
As entidades sindicais têm reiterado em audiências
com senadores que essas medidas podem fragilizar
significativamente a estrutura sindical brasileira.
E alertam que os trabalhadores poderão ser
pressionados e desestimulados, de forma recorrente,
a não contribuir financeiramente com sindicatos,
federações, confederações e centrais — comprometendo
a atuação dessas entidades nas negociações
coletivas.
Em paralelo, o Projeto de Lei 2099/2023, em análise
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), segue linha
semelhante. Já aprovado na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), o texto também é relatado por
Rogério Marinho e propõe mecanismos que dificultam a
filiação sindical dos trabalhadores.
Frente a esse cenário, o senador Paulo Paim (PT-RS)
apresentou uma emenda ao PL 2830/2019 com o objetivo
de preservar a contribuição assistencial — também
conhecida como contribuição negocial. Segundo a
proposta, esse tipo de contribuição é de natureza
solidária e pode ser aplicada tanto a filiados
quanto a não filiados, desde que esteja prevista em
convenção ou acordo coletivo e que seja respeitado o
direito de oposição dos não associados o que
determina a Constituição e as próprias decisões do
Supremo Tribunal Federal (STF).
O texto da emenda sugere a inclusão do artigo 513-A
na CLT, com a seguinte redação:
“Art. 513-A. A contribuição assistencial ou de
negociação coletiva é de natureza solidária,
condicionada à sua instituição pela celebração de
convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de
trabalho, de caráter normativo e aplicação para
filiados e não filiados das entidades de
trabalhadores ou empresariais, desde que assegurada
manifestação e respeitado o direito de oposição de
não filiados.”
Para o senador Paim, é fundamental garantir que os
sindicatos tenham os meios necessários para
representar os interesses dos trabalhadores de forma
efetiva na relação capital-trabalho. Ele defende que
as mudanças propostas nas duas proposições
legislativas sejam discutidas de maneira mais ampla,
com a participação dos trabalhadores, empregadores,
do governo e do parlamento.
“O que está em jogo é o futuro do sistema sindical
brasileiro e sua capacidade de garantir equilíbrio
nas relações de trabalho com direitos. Não podemos
permitir que decisões açodadas enfraqueçam as
entidades que dão voz aos trabalhadores”, afirmou
Paim.
Acompanhe a tramitação das propostas:
PL 2830/2019 e
PL 2099/2023;
Emenda apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS)
Fonte: Diap

08/05/2025 -
Economia está madura para redução da jornada de
trabalho máxima, diz ministro
A proposta está em tramitação no Congresso
Nacional por meio de diferentes projetos
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
afirmou que vê com “bons olhos” a redução da jornada
máxima de trabalho no Brasil e que “a economia está
madura” para isso. As declarações ocorreram nesta
quarta-feira, 7, em sessão da Comissão de Trabalho
na Câmara dos Deputados.
Marinho disse que há papéis diferenciados do governo
e do Legislativo nesse debate. Cabe a ele, como
ministro, dialogar com empregadores e trabalhadores
para chegar a um “patamar saudável”, afirmou. “Eu
vejo, pessoalmente, e também como ministro, que a
economia está madura para uma redução da jornada
máxima no Brasil. Hoje, nós temos 44 horas
semanais”, declarou.
Marinho prosseguiu: “Nós temos que ter serenidade,
mas a minha opinião é que esse é o pior turno de 44
horas semanais. É um turno cruel, em especial para
as trabalhadoras. Portanto, nós enxergamos com muito
bons olhos a gente conseguir um processo gradativo
que saia dessa crueldade aos trabalhadores e chegue
num patamar saudável no ambiente de trabalho.”
O ministro afirmou ainda ter preocupação com o
desenvolvimento de problemas psíquicos nos
trabalhadores por conta do tamanho da jornada. “O
ambiente hostil do trabalho leva a problemas
mentais”, disse.
A proposta de redução da jornada de trabalho foi
defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, em pronunciamento em TVs e rádios em
30 de abril. “Nós vamos aprofundar o debate sobre a
redução da jornada de trabalho vigente no País, em
que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias
no serviço e têm apenas um dia de descanso. A
chamada jornada 6 por 1”, declarou o petista, na
ocasião.
A proposta está em tramitação no Congresso Nacional
por meio de diferentes projetos. O último foi
protocolado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP),
na forma de proposta de emenda à Constituição (PEC).
Fonte: Estadão Conteúdo

08/05/2025 -
Arthur Lira apresenta plano de trabalho para projeto
da isenção do IR
Relator planeja entregar o texto da isenção do IR
para quem recebe até R$ 5 mil antes do recesso de
julho.
O relator do projeto de lei 1087/2025, deputado
Arthur Lira (PP-AL), apresentou nesta terça-feira
(6) o plano de trabalho para análise da proposta que
amplia a isenção do Imposto de Renda para quem
recebe até R$ 5 mil. O documento foi entregue à
comissão especial presidida pelo deputado Rubens
Pereira Junior (PT-MA).
A proposta foi enviada ao Congresso pelo governo em
março e prevê duas mudanças principais: a isenção
para a faixa mais baixa de rendimentos e a criação
de um novo modelo de tributação sobre altas rendas,
chamado IRPFM (Imposto de Renda da Pessoa Física
Mínimo).
Segundo o plano apresentado, a nova faixa de isenção
beneficiaria diretamente cerca de 10 milhões de
pessoas. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil
mensais também teria redução proporcional no
imposto. A expectativa do governo é estimular o
consumo e movimentar a economia com o aumento da
renda disponível para as classes C, D e E.
O projeto também cria o IRPFM, que incidirá sobre
lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil pagos por
uma mesma empresa a uma pessoa física no mês. A
alíquota será de 10%. Quem tiver rendimentos acima
de R$ 600 mil ao ano também será tributado, com
alíquota progressiva até chegar a 10% para quem
ultrapassar R$ 1,2 milhão.
Pontos de atenção
O plano de trabalho aponta questões que exigem atenção
da comissão. Entre elas, a ausência no projeto da
atualização da tabela do IR, tratada separadamente
em medida provisória. Isso dificulta o cálculo real
do impacto fiscal, que pode superar R$ 85 bilhões em
2026.
O texto também alerta para perdas na arrecadação de
estados e municípios. Com menos imposto retido na
fonte, governos locais devem enfrentar queda de até
R$ 9 bilhões, segundo estimativas preliminares.
Próximos passos
O plano de Lira propõe audiências públicas até 20 de
junho, com participação de técnicos do governo,
especialistas em tributação e representantes do
setor produtivo. O relatório final deve ser entregue
em 27 de junho, com votação na comissão até 16 de
julho.
Fonte: Congresso em Foco

08/05/2025 -
Setor mineral fatura R$ 73,8 bi no 1º trimestre de
2025, aponta Ibram
Minério de ferro segue como carro-chefe e
responde por mais da metade da receita, apesar da
queda nas exportações e nos preços
O setor mineral brasileiro teve faturamento de R$
73,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de
8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (6/5) pelo
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que
também estima investimentos de US$ 68,4 bilhões para
o período de 2025 a 2029, um crescimento de 6,6% em
relação à projeção anterior.
Apesar do aumento na receita, as exportações do
setor recuaram 13% em valor, totalizando US$ 9,3
bilhões. Em volume, houve estabilidade, com
embarques de 87,7 milhões de toneladas. O minério de
ferro segue como carro-chefe, com participação de
53% no faturamento (R$ 38,8 bilhões) e 63,9% nas
exportações. Porém, a queda nos preços
internacionais da commodity influenciada pela
desaceleração da economia chinesa derrubou o valor
exportado em 26%.
O Ibram, que reúne as grandes mineradoras em
operação no país, destacou que o minério de ferro
segue cotado abaixo de US$ 100 por tonelada, com uma
média trimestral 15,7% inferior à registrada no
primeiro trimestre de 2024. Já as importações
minerais também caíram, com retração de 17% em valor
e 6,3% em volume. O saldo da balança mineral foi de
US$ 7,7 bilhões, 13% menor do que o registrado no
mesmo período do ano passado.
Minas Gerais, Pará e Bahia foram os estados que mais
faturaram no período, respondendo juntos por 78% da
receita do setor. O estudo aponta ainda a geração de
2 mil novos empregos, elevando o total de postos de
trabalho diretos para 223 mil. A arrecadação de
tributos, por sua vez, subiu 8%, para R$ 25,5
bilhões, enquanto a CFEM (Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais) somou R$ 2
bilhões, avanço de 1,2%.
Fonte: Correio Braziliense

08/05/2025 -
Copom eleva juros básicos da economia para 14,75% ao
ano
Taxa Selic sobe para maior nível em 19 anos
A alta do preço dos alimentos e da energia e as
incertezas em torno da economia global fizeram o
Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em
0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano. A decisão
era esperada pelo mercado financeiro.
Essa foi a sexta alta seguida da Selic. A taxa está
no maior nível desde agosto de 2006, quando também
estava em 14,75% ao ano.
Em comunicado, o Copom não deu pistas sobre o que
deve ocorrer na próxima reunião, na metade de junho.
Apenas afirmou que o clima de incerteza permanece
alto e exigirá prudência da autoridade monetária,
tanto em eventuais aumentos futuros como no período
em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.
Matéria completa:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-05/copom-eleva-juros-basicos-da-economia-para-1475-ao-ano
Fonte: Agência Brasil

07/05/2025 -
Agenda de 5 a 9/05: contribuição negocial volta à
pauta
Retorna a pauta do plenário da Câmara dos Deputados
nesta semana o PL 1663/23, que revoga dispositivos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O
projeto que já passou pelas comissões conta com
emendas de plenário que tratam do financiamento
sindical entre outros pontos abordados na legislação
trabalhista. Há também uma série de destaques para
votar partes do texto em separado que contam com
divergência do parecer do relator, deputado Ossésio
Silva (Republicanos-PE).
Matéria completa:
https://diap.org.br/index.php/noticias/agencia-diap/92221-revogacao-da-artigos-da-clt-e-proposta-que-altera-composicao-da-camara-estao-na-pauta
Fonte: Diap

07/05/2025 -
Motta defende alternativas de arrecadação para
aprovar a isenção do Imposto de Renda
Governo propôs aumento de taxação para altos
salários; presidente da Câmara cita também bancos e
empresas
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB),
disse que a isenção de Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil mensais será aprovada pelo
Congresso. “O Congresso vai aprovar sim, ela é boa,
mas não pode ser danosa para a economia. Outras
saídas [compensações] podem ser encontradas e isso
está sendo discutido, como, por exemplo, cobrar um
pouco mais de bancos, de pessoas jurídicas e não
apensas de pessoas físicas”, afirmou.
Para compensar a perda de receitas que o aumento da
isenção trará, o governo propõe um imposto mínimo de
até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o
equivalente a R$ 600 mil por ano. Segundo Hugo
Motta, uma das ideias a serem discutidas é cobrar
também de bancos e empresas. A afirmação foi feita
em entrevista ao Bom Dia, Paraíba (TV Globo), nesta
segunda-feira (5).
A proposta do governo (PL 1087/25) está sendo
discutida em comissão especial e depois será enviada
para o Plenário. “O trabalho da comissão especial é
para isso: para ouvir a sociedade, ouvir o setor
produtivo, ouvir economistas e membros do governo
para que se encontre o melhor texto possível, e
aprová-lo até o final do ano”, afirmou Motta.
Fonte: Agência Câmara

07/05/2025 -
PGR é contra divulgação de salários prevista na Lei
da Igualdade Salarial
Para Paulo Gonet, exigência de relatórios
semestrais sobre remuneração para empresas fere
princípios constitucionais
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestou contra um trecho da Lei da Igualdade
Salarial que obriga empresas com cem ou mais
empregados a divulgarem relatórios de transparência
sobre os salários.
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF)
na última terça (29), o procurador-geral Paulo Gonet
afirma que a exigência fere os princípios da
privacidade, da intimidade e da proteção de dados
pessoais, além de afetar a livre iniciativa e a
livre concorrência.
Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) em julho de 2023, a lei estabelece que empresas
com mais de cem funcionários devem garantir
igualdade salarial entre homens e mulheres que
ocupam o mesmo cargo. Para permitir a fiscalização,
também determina o envio de relatórios semestrais de
transparência ao Ministério do Trabalho.
A norma é alvo de questionamentos no STF em duas
ações, apresentadas pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A
publicação de relatórios salariais é um dos pontos
de questionamento.
Segundo as entidades, mesmo com a exigência de
anonimato, seria possível identificar
individualmente os empregados por meio da associação
entre cargo e valor do salário — o que violaria
direitos fundamentais como a intimidade, a proteção
de dados, a livre concorrência e a
proporcionalidade.
A PGR concordou com a argumentação. Para Paulo Gonet,
a regra “possibilita a identificação de dados de
empregados a partir da simples correlação entre
cargo e valor do salário, com ofensa aos princípios
da proteção da privacidade, da intimidade e dos
dados pessoais.”
As duas ações estão sob relatoria do ministro
Alexandre de Moraes que ainda precisa proferir
decisão sobre o tema, concordando ou não com a PGR.
Fonte: CNNBrasil

07/05/2025 -
INSS quer apresentar plano de ressarcimento até a
próxima semana
Presidente do instituto diz que pretende iniciar
os pagamentos o quanto antes. Governo tenta bloquear
bens de entidades suspeitas para obter os recursos
necessários.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior,
afirmou nesta segunda (5) que o plano de
ressarcimento a aposentados e pensionistas vítimas
de descontos indevidos será apresentado até a
próxima semana. O cronograma depende de aprovação na
Casa Civil e do aval do Supremo Tribunal Federal,
Ministério Público Federal, Defensoria Pública da
União e Conselho Nacional de Justiça.
Em entrevista à GloboNews, Waller disse que, para
obter os recursos necessários ao ressarcimento, o
plano inicial é de recuperar os valores junto às
entidades investigadas por envolvimento na fraude.
"Prioritariamente vamos buscar de quem se
enriqueceu. Depois, se o dinheiro não for suficiente
para poder arcar com essa questão, daí vamos buscar
outras fontes", declarou.
O INSS e a Advocacia-Geral da União (AGU) firmaram
na sexta-feira (2) uma parceria para trabalhar com a
responsabilização dos envolvidos nas fraudes do
INSS. Os dois órgãos também trabalham juntos na
elaboração do plano de ressarcimento às vítimas.
Gilberto Waller antecipou que ainda no domingo (4),
foram abertos 13 processos de responsabilização de
pessoas jurídicas investigadas por enriquecimento
ilícito.
Waller também planeja implementar novas medidas de
segurança antes da reabertura de programas que
envolvam descontos sobre as aposentadorias. As
associações deverão apresentar dados de
reconhecimento facial e cruzamento de dados por
geolocalização.
Fonte: Congresso em Foco

07/05/2025 -
Comissão aprova projeto que prevê novo cálculo da
aposentadoria de quem volta a trabalhar
Medida beneficia quem contribuiu por mais 60
meses, pelo menos
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou projeto de lei que prevê recálculo
do benefício para os aposentados do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) que continuou trabalhando
ou voltou a trabalhar e contribuiu por pelo menos
mais 60 meses.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora,
deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), para o Projeto de
Lei 2567/11, do Senado, e 30 apensados.
A versão original do Senado ampliava benefícios a
aposentados que voltam a trabalhar, mas o parecer
mantém apenas direito, se for o caso, a
salário-família e reabilitação profissional.
“As contribuições adicionais do segurado aposentado
poderão ser aproveitadas mediante procedimento
administrativo de recálculo do valor da renda
mensal, observadas determinadas condições”, explicou
Laura Carneiro.
Mais 60 meses
Assim, pelo substitutivo aprovado, as pessoas que
continuaram ou voltaram a trabalhar e contribuíram
por mais 60 meses para a Previdência Social poderão
pedir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
um novo cálculo da aposentadoria.
Cada segurado poderá fazer pedidos similares até
duas vezes.
A futura regra não valerá para todas as
aposentadorias. Casos de incapacidade permanente e
aposentadoria especial, por exemplo, ficarão de
fora. Por outro lado, pensionistas também terão
direito a pedir o recálculo.
Desaposentação
Laura Carneiro aproveitou a maior parte de um texto
aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa, que abria a possibilidade de um
segurado renunciar a benefício já concedido pelo
RGPS – a chamada desaposentação.
“A aposentadoria é um ato jurídico perfeito, e a
tese da desaposentação implica a renúncia e o
consequente cancelamento de benefício em manutenção,
além do questionamento sobre eventual devolução dos
valores pagos”, disse a relatora.
Em 2016, sob argumento de que não havia lei a
respeito, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
pela inconstitucionalidade da desaposentação. A
decisão foi reiterada pela Corte em 2020.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e
pelo Senado, que analisará as alterações feitas
pelos deputados.
Fonte: Agência Câmara

07/05/2025 -
Sistema Mediador de Negociação Coletiva do Brasil é
modelo para a América Latina
O Sistema de Negociação Coletiva de Trabalho
(Mediador) do Ministério do Trabalho e Emprego, uma
ferramenta importante para a negociação coletiva no
Brasil, construída a partir dos princípios da
Constituição da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), tem se tornado referência para os
países da América Latina, não apenas porque
moderniza e agiliza os processos de negociação
coletiva no Brasil, mas também por se consolidar
como um modelo a ser seguido internacionalmente,
contribuindo para a construção de um ambiente de
trabalho mais justo e democrático em todo o
continente.
No período de 2023 a 2025, foram mais de 90.5 mil
instrumentos de negociação coletiva registrados no
Sistema Mediador, sendo desse total mais de 75 mil
acordos coletivos, além de mais de 16 mil convenções
coletivas.
De acordo com a especialista em Relações do Trabalho
e Diálogo Social da OIT para América Latina, Maria
Carolina Martins da Costa, a negociação coletiva é
um direito fundamental do trabalho, reconhecido na
Constituição da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e reafirmado na Declaração da OIT de
1998 sobre Princípios e Direitos Fundamentais no
Trabalho. Ela afirma que é um direito essencial para
a construção de relações trabalhistas justas,
permitindo que empregadores e trabalhadores
estabeleçam, por meio do diálogo social, salários e
condições de trabalho adequados. “Na América Latina
e no Caribe, todos os países ratificaram a Convenção
Nº 98 da OIT, que trata do direito de se organizar e
participar de negociações coletivas, formando a base
do diálogo social. Para apoiar os constituintes da
OIT a aprimorar as relações coletivas de trabalho
por meio do diálogo social, a OIT criou a Iniciativa
Regional para Fortalecimento do Diálogo Social e das
Relações Coletivas de Trabalho na América Latina e
Caribe (IRDS). Essa Iniciativa tem como objetivo
fornecer assistência técnica baseada em evidências,
compilar e sistematizar práticas bem-sucedidas e
promover a liberdade de associação e a negociação
coletiva em toda a região”, explica Carolina.
Matéria completa:
https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/noticias-e-conteudo/2025/maio/sistema-mediador-de-negociacao-coletiva-do-brasil-e-modelo-para-a-america-latina
Fonte: MTE

06/05/2025 -
Centrais Sindicais se unem em ato contra juros altos
Nesta terça-feira (06), as principais centrais
sindicais — Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), Força Sindical, Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) e Intersindical — vão promover
manifestações em diversas capitais brasileiras para
protestar contra a política de juros altos adotada
pelo Banco Central.
Em São Paulo, o ato principal ocorreu em frente à
sede do Banco Central, na Avenida Paulista, reunindo
centenas de trabalhadores e lideranças sindicais. O
protesto, intitulado "Ato contra a alta dos Juros",
tem como objetivo pressionar o Comitê de Política
Monetária (Copom), para deliberar sobre a taxa
Selic, então fixada em 14,25% ao ano.
Os sindicalistas argumentam que a manutenção de
juros elevados prejudica o crescimento econômico,
encarece o crédito, reduz o consumo e afeta
diretamente a geração de empregos. Segundo eles, a
política monetária atual favorece o rentismo e
penaliza a produção e os trabalhadores.
Fonte: NCST

06/05/2025 -
Oito anos após reforma, Brasil tem mais de 32
milhões de informais
Em 2017, reforma trabalhista abriu a porteira
para a precarização e o corte de direitos; luta por
trabalho decente segue entre as prioridades do
movimento sindical
Um dos pontos que compõem a pauta da classe
trabalhadora deste ano — entregue pelas centrais
sindicais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no
dia 29 — é a luta para ampliar as políticas de
geração de trabalho decente, um dos maiores desafios
do mundo moderno, que tem passado por um forte e
contínuo processo de precarização.
O documento entregue pela representação dos
trabalhadores defende a necessidade de enfrentar o
desemprego, o subemprego, o trabalho intermitente e
os impactos da automação e da inteligência
artificial.
Presente à entrega da pauta, Adilson Araújo,
presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou: “Razão de
ser do movimento sindical, a valorização do trabalho
deve ser compreendida como uma fonte de
desenvolvimento nacional, como por sinal sugere a
Constituição Brasileira, que consagrou este objetivo
subjacente à luta de classes moderna como um dos
fundamentos da nossa República”, afirmou.
Nesse sentido, a luta pela valorização do trabalho e
por direitos também está ligada à busca por garantir
melhores condições aos informais e autônomos. De
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), atualmente existem cerca de 32,5
milhões de pessoas atuando como autônomas de modo
informal (ou seja, sem CNPJ) ou empregadas sem
carteira assinada no setor privado.
Esses números, referentes ao primeiro trimestre
deste ano, não consideram os 4,3 milhões de
trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os
2,8 milhões de trabalhadores do setor público sem
carteira nem os 816 mil empregadores sem CNPJ.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano
passado, observam-se aumentos tanto no número
absoluto de autônomos informais e trabalhadores de
setor privado sem carteira (32,3 milhões) quanto na
sua proporção em relação ao total da população
ocupada (31,5%).
Ainda segundo esses dados, em cinco anos, o
contingente de trabalhadores nessas situações
cresceu quase 10%, já que, no primeiro trimestre de
2020, eles somavam 29,7 milhões.
Tal cenário reflete tanto processos que vêm
ocorrendo no capitalismo global como, no caso do
Brasil, a piora resultante da reforma trabalhista de
2017. E o movimento sindical tem lutado para, ao
menos, garantir direitos básicos a esses segmentos.
Nesse universo, um dos grupos que mais cresceram foi
o dos trabalhadores por plataforma, como
entregadores e motoristas, por exemplo. Embora a
pauta reconheça que houve esforços por parte do
governo para a regulação e proteção de parte desse
segmento, também aponta a necessidade de seguir
nesse caminho com a aprovação do PLC 12/24, que
regulamenta os direitos trabalhistas,
previdenciários e sindicais dos trabalhadores de
aplicativos de transporte.
“A plataformização do trabalho representou
claramente uma precarização do trabalho. Comparando
a ocupação de motoristas e entregadores antes e
depois da introdução das plataformas, você percebe
justamente uma menor renda, mais horas trabalhadas e
menor contribuição previdenciária, ou seja, essas
ocupações eram menos precárias antes da introdução
dessas plataformas de aplicativos”, disse, à Agência
Brasil, o técnico de planejamento e pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Sandro Sacchet de Carvalho.
Outra categoria que cresceu especialmente com a
reforma trabalhista foi a dos autônomos com CNPJ, os
pejotizados, que engloba desde profissionais
liberais até trabalhadores fixos de empresas que
fazem esse tipo de contratação por ser mais barata
do que os custos de um trabalhador CLT.
“A maioria dessa ‘pejotização’ representa uma perda
de direitos associada à carteira de trabalho. Então
ela gera um crescimento forte da insegurança do
trabalhador no emprego. A pessoa pode ser demitida
de forma mais fácil, sem direito às verbas
indenizatórias, sem direito ao acesso ao
seguro-desemprego. E fica mais difícil dizer quem é
o responsável em caso de risco de acidente, porque
você está tratando uma contratação de serviço. E
isso não consegue ser compensado por um maior
salário”, ressalta o pesquisador do Ipea.
Com Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho

06/05/2025 -
Estudo aponta que Brasil já está preparado para
redução da jornada de trabalho
Pesquisa da Unicamp e Cesit destaca impactos da
escala 6x1 na saúde mental. Em 2024, foram
registrados 470 mil afastamentos por saúde mental, o
maior número em dez anos
O Brasil está preparado para reduzir a jornada de
trabalho para 36 horas semanais, com adoção da
escala 4×3 (quatro dias trabalhados e três de
descanso). É o que revela estudo publicado pelo
centro de pesquisa Transforma, da Universidade de
Campinas (Unicamp), em parceria com o Centro de
Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit).
A pesquisa combina dados socioeconômicos e
entrevistas com lideranças sindicais. O documento
afirma que a mudança traria avanços na qualidade de
vida, redução da desigualdade de gênero e
crescimento econômico.
“A diminuição da jornada sem redução salarial é um
passo fundamental contra a exploração da classe
trabalhadora”, diz o estudo. “É uma pauta histórica
da luta popular e sindical pela dignidade no
trabalho.”
Estudo aponta carga excessiva e desigualdade de
gênero
Os dados revelam um cenário de sobrecarga. Em 2024,
foram registrados 470 mil afastamentos por saúde
mental, o maior número em dez anos. O total
representa aumento de 68% em relação a 2023.
A jornada 6×1 está associada a altos níveis de
insatisfação e rotatividade, especialmente nos
setores de comércio e telemarketing. Cerca de 20,88
milhões de brasileiros — 20% da população ocupada —
trabalham além do limite legal de 44 horas semanais.
Homens negros representam 36,7% desse grupo.
Mulheres acumulam, em média, 11 horas de trabalho
diário entre funções remuneradas e tarefas
domésticas. A redução da jornada poderia equilibrar
essa carga e ampliar a inclusão feminina no mercado
formal.
Setores mais afetados e rotatividade alta
Os piores indicadores estão nos setores de transporte,
comércio, telemarketing, alojamento e alimentação.
Nestes últimos, 30% dos trabalhadores estão em
sobrejornada.
No telemarketing, 72% dos profissionais são
mulheres. Elas enfrentam metas abusivas e uma taxa
de rotatividade de 55,7%.
A economista Marilane Teixeira, coautora do estudo,
destaca: “Essa medida pode gerar novos postos de
trabalho e reduzir o desemprego e a informalidade.”
Proposta tramita no Congresso
A PEC das 36 horas foi protocolada, em fevereiro de
2025, pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP). A
proposta altera a Constituição para limitar a
jornada a 8 horas diárias e 36 semanais. A
implementação será gradual, em até um ano.
A medida pode beneficiar diretamente 38,4 milhões de
trabalhadores formais, cerca de 37% da força ativa.
Haveria também impacto indireto sobre o setor
informal.
“A jornada reduzida tem respaldo internacional e
promove saúde ocupacional, geração de empregos e
estabilidade”, afirma o relatório.
Produtividade e bem-estar podem caminhar juntos
O estudo, assinado por Marilane Teixeira, Clara Saliba,
Carolina Lima e Lilia Bombo, afirma que a redução da
jornada “não é apenas viável, mas essencial”.
Empresas que adotaram modelos mais curtos mantiveram
a produtividade e melhoraram o bem-estar dos
funcionários.
“O mundo já debate isso, e o Brasil não pode ficar
para trás”, conclui Saliba, coordenadora do
Transforma-Unicamp.
Leia a
íntegra do estudo.
Fonte: Extra Classe

06/05/2025 -
Fraude no INSS: devolução de descontos ilegais pode
começar nos próximos dias
Proposta deve prever cronograma de pagamentos,
canal para segurados e contestações sem
intermediários
O governo federal promete apresentar nesta semana um
plano de devolução dos valores descontados
ilegalmente dos benefícios de aposentados e
pensionistas do INSS. A medida é uma resposta à
operação da Polícia Federal que revelou fraudes
bilionárias envolvendo entidades associativas e
descontos sem autorização dos beneficiários.
A proposta, segundo o governo, incluirá um
calendário de pagamento, um sistema para contestação
das autorizações e a criação de um canal direto para
formalização de pedidos, sem a necessidade de
advogados ou intermediários.
A Controladoria-Geral da União estima que os
prejuízos com os descontos indevidos possam chegar a
R$ 6,3 bilhões. A expectativa do Executivo é
realizar a devolução aos segurados e,
posteriormente, cobrar os valores das entidades
envolvidas nas irregularidades.
As investigações apontam que os recursos recebidos
do INSS eram repassados a empresas ligadas a
laranjas. A perícia é conduzida pela Polícia Federal
e os delegados à frente do caso afirmam que as
associações foram montadas com documentos
adulterados.
No Congresso, a oposição tenta emplacar uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o
caso. A substituição do ministro da Previdência,
Carlos Lupi, por Wolney Queiroz, ainda não diminuiu
a crise. Queiroz era o número dois da pasta e
participou da reunião de junho de 2023 do Conselho
Nacional da Previdência Social em que o então
ministro foi alertado sobre os indícios de fraude.
Fonte: InfoMoney

06/05/2025 -
Saiba quem é Wolney Queiroz, novo ministro da
Previdência
Novo titular da pasta substitui Carlos Lupi, que
caiu após escândalo bilionário de fraudes no INSS.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou
nesta sexta-feira (2) a nomeação de Wolney Queiroz
como novo ministro da Previdência Social. Ele
substitui Carlos Lupi, que pediu demissão após uma
investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e
e da Polícia Federal (PF) desmontar um esquema
bilionário de fraudes no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), que é vinculado à pasta.
Atual secretário-executivo do ministério - na
prática, o nº 2 da pasta -, Queiroz já vinha atuando
em decisões estratégicas. O novo ministro esteve ao
lado de Lupi na gestão da Previdência desde o início
do atual governo e participou de reuniões nas quais
foram relatadas as fraudes, ainda em 2023. É filiado
ao PDT, partido presidido por Carlos Lupi.
Trajetória política
Natural de Caruaru (PE), Wolney Queiroz Maciel nasceu
em 12 de dezembro de 1972 e ingressou na política
ainda jovem, aos 19 anos, quando se filiou ao PDT.
No ano seguinte, elegeu-se vereador em sua cidade
natal. Já em 1994, foi eleito deputado federal,
cargo que exerceu por seis mandatos consecutivos.
Durante sua trajetória parlamentar, Queiroz ocupou
postos de liderança na bancada do PDT, como a
vice-liderança do partido na Câmara e, mais
recentemente, a liderança da oposição ao governo
Jair Bolsonaro em 2022. Naquele ano, porém, não
conseguiu se reeleger para o Congresso Nacional.
Atualmente, além de ministro, preside o PDT em
Pernambuco.
Crise no INSS e saída de Lupi
A troca no comando do Ministério da Previdência ocorre
durante a crise provocada pela revelação de um
esquema de fraudes em benefícios pagos pelo INSS.
Segundo investigações da Polícia Federal e da
Controladoria-Geral da União, associações
cadastravam beneficiários sem autorização,
utilizando assinaturas falsas para descontar
mensalidades dos valores pagos a aposentados e
pensionistas.
O prejuízo estimado com a fraude pode chegar a R$
6,3 bilhões, com vítimas identificadas desde 2019.
Parte do esquema teria se mantido até 2024, já no
atual governo. A revelação das irregularidades levou
ao afastamento e posterior demissão do então
presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de
outros cinco servidores. Seis pessoas ligadas a uma
associação de Sergipe foram presas.
Fonte: Congresso em Foco

05/05/2025 -
Lula cita fim da escala 6x1 e fraude no INSS em
discurso do 1º de Maio
Presidente diz que vai "aprofundar o debate"
sobre redução da jornada e menciona desmonte do
esquema na Previdência como conquista do seu
governo.
O presidente Lula deu destaque ao debate sobre o fim
da escala de trabalho 6x1 em seu tradicional
pronunciamento anual na TV e no rádio sobre o Dia do
Trabalho. Em vídeo transmitido em rede nacional na
noite desta quarta-feira (30), véspera do feriado, o
presidente colocou o debate sobre o assunto com uma
de "duas medidas muito importantes" de seu governo,
ao lado da reforma do imposto de renda que foi
enviada ao Congresso.
"Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da
jornada de trabalho de gente no país em que o
trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no
serviço e têm apenas um dia de descanso, a chamada
jornada 6x1", anunciou Lula. "Está na hora do Brasil
dar esse passo, ouvindo todos os setores da
sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida
profissional e o bem-estar de trabalhadores e
trabalhadoras".
O debate sobre o fim da escala 6x1 ganhou tração a
partir da deputada Érika Hilton (Psol-SP), que
protocolou uma proposta de emenda à Constituição (PEC)
sobre o assunto que, se aprovada, acabaria com esse
tipo de trabalho. O pronunciamento de Lula indica
que o governo se propõe a dar um apoio mais firme à
aprovação do projeto. De acordo com o presidente da
Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o debate sobre
o assunto deve avançar nos próximos dias.
No pronunciamento, Lula listou uma série de medidas
e marcos de sua terceira gestão na Presidência da
República, como o crescimento anual do PIB acima de
3%, o retorno do país ao ranking das 10 maiores
economias do mundo e programas como o Acredita e o
Contrata+. O presidente citou ainda, como conquista
de seu governo, o desmonte do esquema de fraudes no
INSS que resultou na queda do presidente do
instituto, Alessandro Stefanutto: "Na última semana,
o nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da
União e da Polícia Federal, desmontou um esquema
criminoso de cobrança indevida contra aposentados e
pensionistas que vinha operando desde 2019".
O esquema de desvios na Previdência Social vem sendo
citado por parlamentares de oposição para criticar o
governo petista. A operação ilegal começou em 2019,
mas os desvios chegaram a R$ 2,8 bilhões, seu
patamar mais alto, em 2024, com Lula presidente. Na
última quarta-feira, foi protocolado na Câmara um
requerimento do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que investigue os desvios.
Fonte: Congresso em Foco

05/05/2025 -
Redução da jornada de trabalho será debatida na CDH
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) fará audiência
pública nesta segunda-feira (5), a partir das 9h,
como parte do ciclo de debates sobre o novo Estatuto
do Trabalho (SUG 12/2018). O encontro terá como foco
principal a redução da jornada de trabalho no
Brasil. O colegiado pretende aprofundar a discussão
sobre as mudanças nas relações trabalhistas, novas
tecnologias e os impactos da inteligência artificial
no mundo do trabalho.
O requerimento para o debate (REQ 20/2025) é do
senador Paulo Paim (PT-RS), relator da SUG 12/2018.
Ele é o autor da proposta de criação da Subcomissão
Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET),
instituída na CDH em 2016.
A SUG 12/2018 é resultado dos debates promovidos
pela subcomissão entre 2016 e 2018 e foi apresentada
por quatro entidades ligadas à Justiça do Trabalho e
à fiscalização das relações trabalhistas: a
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), a Associação Latino-Americana
de Juízes do Trabalho (ALJT), a Associação Nacional
dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e o Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
As entidades propuseram a criação de um novo
Estatuto do Trabalho com o objetivo de regulamentar
os direitos sociais previstos na Constituição e
atualizar a legislação trabalhista diante das
transformações no mundo do trabalho.
No Senado, a sugestão legislativa é uma forma de
participação popular que permite a qualquer cidadão
ou entidade apresentar propostas de leis. Caso uma
ideia receba mais de 20 mil apoios no portal
e-Cidadania, ela é encaminhada à CDH, que pode
transformá-la em sugestão legislativa para
tramitação como projeto.
Participantes com presença confirmada:
- Luciana Paula Conforti – Juíza do Trabalho e
presidente da ANAMATRA
- Shakti Prates Borela – Assessora técnica da
Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do
Trabalho e Emprego
- Ana Virgínia Moreira – Diretora regional da OIT para
América Latina e Caribe
- Edmilson Santos dos Santos – Coordenador-geral de
Direitos Humanos e Empresas do MDHC
- Adriana Marcolino – Diretora técnica do DIEESE
- Luiz de Souza Arraes – Coordenador nacional do Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), diretor-secretário
da CNTC e presidente da FEPOSPETRO
- Cirlene Luiza Zimmermann – Procuradora do Trabalho e
coordenadora nacional de Defesa do Meio Ambiente do
Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
do MPT
- Ubiraci Dantas de Oliveira – Vice-presidente
nacional da CTB – participação por videoconferência
Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar
perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria
do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal
e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos
pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado
oferece uma declaração de participação, que pode ser
usada como hora de atividade complementar em curso
universitário, por exemplo. O Portal
e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos
sobre os projetos em tramitação no Senado, além de
sugestões para novas leis.
Fonte: Agência Senado

05/05/2025 -
Mais de 4 milhões de pessoas foram vítimas das
fraudes no INSS, estima instituto
Os beneficiários têm contratos associativos
ativos com as 11 entidades investigadas pelo esquema
ilegal
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estimou
que cerca de 4,1 milhões de beneficiários podem ter
sido prejudicados por descontos não autorizados em
aposentadorias e pensões. Os desvios chegam a R$ 6,3
bilhões, de acordo com as investigações da Polícia
Federal.
Os mais de 4 milhões representam os usuários que têm
contratos associativos ativos com as 11 entidades
investigadas por fraudes. Conforme a
Controladoria-Geral da União (CGU), 97,6% dos
beneficiários ouvidos não autorizaram os descontos
mensais que foram aplicados diretamente no
contracheque.
O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e
o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, ainda
anunciarão como será feito o ressarcimento às
vítimas do esquema.
O desconto na folha de pagamentos do INSS em favor
de entidades é previsto em lei desde 1991. A
mensalidade pode ser cobrada somente com autorização
dos segurados. Caso concordem com o desconto, eles
podem ter acesso a benefícios como auxílio
funerário, assistência odontológica e psicológica,
consultoria jurídica e academia.
Fonte: Brasil247

05/05/2025 -
Desconhecimento de direitos básicos é desafio para
trabalhadores
Benefícios garantidos em negociação coletiva são
pouco conhecidos
O desconhecimento dos direitos trabalhistas,
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
ainda segue como um desafio para os trabalhadores.
Pagamento correto de horas extras, os bancos de
horas e normas de proteção à saúde e à segurança de
quem trabalha, por exemplo, são alguns dos aspectos
que geram dúvidas entre eles.
Muitos direitos que formam a base trabalhista
continuam desconhecidos pela população em geral. “Há
toda uma geração que não sabe o que é 13º salário; o
que são férias e direito a pausas no trabalho”,
afirmou o advogado José Eymar Loguercio,
especializado em direito trabalhista e assessor
jurídico de entidades sindicais.
Loguercio acrescenta que o desconhecimento se
estende a outros temas, como reajustes salariais,
auxílio ou tíquete alimentação, planos de saúde ou
auxílio-doença.
“Os sindicatos têm que furar a bolha da
representação, buscar conversar e se aproximar das
pessoas que estão em atividade, ou querendo entrar
em uma atividade e não sabem sequer que são
portadoras de direitos e que merecem respeito.”
No entanto, o advogado afirma que há dificuldades em
“furar a bolha” diante do novo cenário das empresas
e do mundo do trabalho como um todo.
“Os sindicatos se constituíram para organizar
solidariedade em ambientes produtivos muito
estruturados e hierarquizados, como eram as fábricas
de antigamente ou os escritórios de negócios. Essa
fábrica está cada vez menos estruturada e o trabalho
cada vez mais realizado em tentáculos e por variadas
formas”, disse.
O advogado Antonio Megale, assessor jurídico da
Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sócio da LBS
Advogadas e Advogados, ressaltou outro ponto.
“O que me chama muito a atenção, além do
desconhecimento dos direitos garantidos em
legislação, é o desconhecimento dos trabalhadores
dos direitos garantidos em negociação coletiva, em
acordo ou convenção coletiva de trabalho, assinado
entre empresas e sindicatos.”
Os direitos menos conhecidos, segundo Megale, seriam
aqueles ligados aos acidentes de trabalho. “Em caso
de acidente na empresa, por exemplo, o próprio
empregado pode emitir a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT). A responsabilidade é da empresa, mas
ele pode fazê-lo, ou o sindicato, no
site
ou aplicativo Meu INSS”, segundo o advogado.
Direitos
Para saber quais os principais direitos trabalhistas,
o
espaço do trabalhador no Ministério do Trabalho
traz uma lista com explicações sobre cada um deles.
Nele, o trabalhador conta com informações sobre o
registro na carteira profissional (CTPS), pagamento
de salário, férias, 13º salário, férias,
vale-transporte, horas extras, entre outros.
Fonte: Agência Brasil

05/05/2025 -
Novo Caged: País gera mais de 654 mil novos postos
de trabalho no acumulado do ano
Dados de março mostram crescimento significativo
no setor de serviços e indústria no ano, com
destaque para São Paulo e Minas Gerais, e saldo
positivo de 71.576 vagas no mercado de trabalho no
mês
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) de março, divulgados
nesta quarta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, em coletiva à imprensa
demostram que o Brasil criou 654.503 postos de
trabalho com carteira assinada no acumulado de
janeiro a março deste ano. Somente em março, foram
71.576 novas vagas, fazendo com que o número de
empregos com carteira assinada no país chegasse a
47.857 vínculos.
O crescimento foi verificado em quatro dos cinco
principais setores da economia. O setor de Serviços
foi o que mais gerou empregos, com 362.866 postos
criados. A Indústria também teve bom desempenho,
criando 153.868 vagas, especialmente em áreas como
Abate e Fabricação de Produtos de Carne (+14.517),
Abate de Aves (+6.505), Processamento de Fumo
(+10.835) e Confecção de Artigos de Vestuário
(+9.539). O setor da Construção Civil também gerou
100.371 novos empregos.
No nível regional, São Paulo se destacou com a
criação de 209.656 postos de trabalho (+1,46%),
seguido por Minas Gerais, com 75.896 novas vagas
(+1,55%), e Rio Grande do Sul, com 66.490 postos
criados (+2,35%).
Emprego em Março
Em março, o Brasil registrou um saldo positivo de
71.576 novos postos de trabalho, com 2.234.662
admissões e 2.163.086 desligamentos no mês. Deste
total, 48.922 vagas foram preenchidas por mulheres e
22.654 por homens. O setor de Serviços foi o que
mais gerou empregos no mês, com 52.459 postos,
seguido pela Construção Civil (21.946 postos) e pela
Indústria (13.131 postos).
O saldo positivo de março foi registrado em quatro
das cinco regiões do Brasil, com destaque para São
Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169) e Santa
Catarina (+9.841). Se computado os últimos 12 meses
(de abril de 2024 a março de 2025), o Brasil gerou
1.613.752 empregos, mostrando uma recuperação
contínua no mercado de trabalho. Desde de 2003,
foram geradas mais de 3.7 milhões de vagas de
trabalho com carteira assinada na economia. Números
demonstram que o Brasil está avançando na geração de
empregos formais, com crescimento em diferentes
setores e regiões do país.
As informações completas podem ser acessadas na
página do
Programa de Disseminação das Estatísticas do
Trabalho (PDET)
Fonte: MTE

05/05/2025 -
Associações defendem Justiça do Trabalho e criticam
suspensão de casos sobre pejotização
A Associação Nacional das Magistradas e dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a
Associação Nacional dos Procuradores e das
Procuradoras do Trabalho (ANPT) e a Associação
Brasileira da Advocacia Trabalhista (Abrat)
divulgaram, nesta quinta-feira (1º/5), um manifesto
em que defendem a competência da Justiça do Trabalho
para analisar casos sobre pejotização e criticam a
suspensão da tramitação de processos trabalhistas
sobre o tema.
No último mês, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, determinou a suspensão nacional de
todos os processos que tratam da licitude da
contratação de trabalhador autônomo ou pessoa
jurídica para a prestação de serviços.
Ele afirmou que a controvérsia sobre tais contratos
tem sobrecarregado o STF, que vem recebendo um
número elevado de reclamações contra decisões da
Justiça do Trabalho contrárias à pejotização.
Competência constitucional
As associações argumentam que a Emenda Constitucional
45/2004 previu a competência da Justiça do Trabalho
para julgar todas as ações decorrentes de relações
de trabalho privadas, e não apenas sobre vínculos
formais de emprego, com carteira assinada.
De acordo com Anamatra, ANPT e Abrat, isso não
significa que a Justiça do Trabalho necessariamente
vai reconhecer vínculo de emprego em casos de
pejotização.
Mas as entidades defendem que essa prática não pode
ser permitida com base apenas em um contrato formal,
sem uma análise sobre a realidade da prestação de
serviços. Para elas, a falta de uma análise do tipo
pode precarizar as relações de trabalho e afastar
direitos como férias, 13º salário, FGTS, jornada
limitada etc.
Por isso, as associações consideram que a suspensão
dos processos sobre pejotização “ameaça a
efetividade dos direitos trabalhistas” e atinge os
trabalhadores mais vulneráveis.
O manifesto será reiterado em um ato público que
será promovido pelas entidades na próxima
quarta-feira (7/5), no Foro Trabalhista de Brasília.
Com informações da assessoria de imprensa da
Anamatra.
Clique
aqui para ler o manifesto
Fonte: Consultor Jurídico

01/05/2025 -
Centrais entregam pauta da classe trabalhadora a
Lula
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, juntamente
com os presidentes das demais centrais sindicais,
entregou, na tarde desta terça-feira (29), a Pauta
da Classe Trabalhadora 2025 ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. A entrega fez parte da intensa
agenda de mobilização em Brasília e representa um
momento estratégico na luta por direitos e justiça
social.
Entre os pontos de destaque da pauta estão a redução
da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim
da escala 6x1, a isenção do imposto de renda para
quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.
A NCST teve participação ativa em todas as etapas de
construção e defesa dessas propostas, reforçando seu
compromisso histórico com a valorização do trabalho
e a ampliação de direitos.
Moacyr Auersvald reforçou a urgência de atender às
demandas apresentadas, especialmente diante do
agravamento das desigualdades e da precarização das
relações de trabalho. “Essa pauta é fruto do diálogo
com as bases e expressa os anseios reais da classe
trabalhadora brasileira. Esperamos que o governo
avance na construção de políticas públicas que
valorizem o trabalho decente, promovam justiça
fiscal e garantam dignidade para quem constrói
diariamente o nosso país”, afirmou.
Participaram também do encontro o vice-presidente da
República e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; a
ministra-chefe da Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República, Gleisi
Hoffmann; o ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Márcio Macêdo; e o ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho.
CLIQUE AQUI E ACESSE A PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA
Fonte: NCST

01/05/2025 -
Ministro Luiz Marinho se reúne com centrais
sindicais e reforça convite para a Semana do
Trabalho
Evento será realizado de 5 a 9 de maio, na
Esplanada dos Ministérios, com serviços, atividades
culturais e valorização dos trabalhadores
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu nesta terça-feira, 29 de abril, com os
presidentes das principais centrais sindicais do
país, em Brasília. Durante o encontro, ele convidou
os representantes para participarem da Semana do
Trabalho, que acontece de 5 a 9 de maio, na
Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A Semana do Trabalho é uma iniciativa do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) em homenagem ao Dia do
Trabalhador e da Trabalhadora. O evento contará com
cinco dias de programação diversificada, oferecendo
serviços gratuitos, atividades culturais, exposições
e feiras voltadas ao público trabalhador.
Durante o evento, o público poderá: emitir
documentos; buscar atendimento sobre a Carteira de
Trabalho Digital; obter informações sobre o Programa
de Crédito ao Trabalhador; tomar vacinas; fazer
exames de saúde, entre outros. Além disso, haverá
apresentações culturais, exposições sobre o mundo do
trabalho e feiras com produtos da economia
solidária.
A Semana do Trabalho é uma oportunidade para a
população se aproximar dos serviços do Ministério,
conhecer seus direitos e participar de um momento de
valorização do trabalho.
Durante o encontro com os representantes sindicais,
o ministro Luiz Marinho destacou a importância de
fortalecer o diálogo social e as mesas de negociação
tripartite — com a participação de trabalhadores,
empregadores e governo — como instrumentos
fundamentais para promover o desenvolvimento com
inclusão e justiça social. Participaram da reunião
os presidentes das principais centrais sindicais do
país: Sérgio Aparecido Nobre, da Central Única dos
Trabalhadores (CUT); Adilson Araújo, da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
Antônio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB); Miguel Torres, da Força Sindical; Moacyr
Auersvald, da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST); e Ricardo Patah, da União Geral dos
Trabalhadores (UGT).
Fonte: MTE

01/05/2025 -
Rendimento médio das famílias bate novo recorde,
aponta IBGE
O número chegou a R$ 3.410, com alta de 1,2% no
trimestre e de 4,0% na comparação anual
O rendimento médio das famílias brasileiras alcançou
o maior patamar da série histórica em março de 2025,
aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30)
pelo IBGE. Segundo o levantamento, o valor chegou a
R$ 3.410, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na
comparação anual.
O resultado positivo vem mesmo em um cenário de
inflação acima da meta estipulada pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), e indica que a recuperação
da renda tem resistido às oscilações do mercado de
trabalho.
Já a taxa de desemprego subiu para 7% no período,
uma leve alta em relação aos 6,8% registrados até
fevereiro. Apesar do aumento, o índice ainda
representa o menor nível para o mês de março desde
2012.
Segundo o IBGE, a população em busca de trabalho
cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em
dezembro, somando mais 891 mil pessoas. Já o número
de ocupados caiu 1,3% no mesmo período, o que
significa menos 1,3 milhão de brasileiros
empregados.
Outros dados mostram uma estabilidade no número de
trabalhadores com carteira assinada no setor
privado, que permanece em 39,4 milhões. No entanto,
houve queda de 5,3% entre os empregados sem carteira
assinada, com redução de 751 mil pessoas nesse
grupo.
Fonte: Brasil247

01/05/2025 -
Movimento sindical: agenda legislativa e prioridades
para 2025
Em cenário político e institucional repleto de
oportunidades e ameaças, marcado por significativas
reconfigurações — tanto estruturais quanto
conjunturais — torna-se necessária atuação
permanente nos Poderes Legislativo e Executivo, a
fim de manter o diálogo em defesa de agenda positiva
para os trabalhadores, nas cidades e no campo.
Neuriberg Dias*
Com esse propósito, o DIAP e o Fórum das Centrais
Sindicais apresentam a 4ª edição da Agenda
Legislativa das Centrais Sindicais no Congresso
Nacional.
O ambiente político nacional é caracterizado por
governo de frente ampla, que herdou cenário
econômico e social desafiador. As reformas
implementadas nos últimos anos continuam a impactar
o presente, tornando essencial compreender esse
legado para projetar a capacidade de avanço na
agenda de direitos no atual Congresso Nacional.
Desde 2021, quando foi lançada a primeira edição da
agenda legislativa, tem-se revelado a importância do
trabalho articulado das centrais sindicais, com
avanços obtidos na aprovação de propostas que
beneficiaram os trabalhadores e a sociedade em
geral.
Desde a primeira edição, foram priorizadas,
respectivamente, 24 proposições em 2021, 36 em 2022
e 33 em 2024, que tramitaram no Congresso Nacional.
Dentre essas, 10 matérias consideradas positivas
foram aprovadas; 15, tidas, na maioria, como
prejudiciais aos trabalhadores, foram rejeitadas ou
arquivadas; e cerca de 22 seguem em tramitação.
Entre as proposições aprovadas, destacam-se o
auxílio emergencial de R$ 600; a Lei da Igualdade
Salarial — devolvida pelo Executivo e coube à Câmara
a revisão das alterações realizadas pelo Senado, mas
aprovada em definitivo no governo Lula; e o avanço
da Reforma Tributária — PEC 45/19 —, promulgada em
2023, que garantiu a isenção da cesta básica e o
mecanismo de cashback.
Além disso, houve a retomada de programas sociais, e
as leis de retomada de valorização do salário mínimo
e das aposentadorias, do reajuste da tabela do
Imposto de Renda e dos servidores públicos,
programas como desenrola, entre outras conquistas,
instituídas por meio de lei.
Por outro lado, foram rejeitadas, por exemplo, as
medidas provisórias 1.045 e 1.046, que pretendiam
tornar permanentes medidas trabalhistas excepcionais
adotadas durante a pandemia. Também houve recuos
importantes, como na tramitação da PEC 32/20, da
Reforma Administrativa — ainda em análise na Câmara
dos Deputados —, e de diversos projetos que buscavam
aprofundar as reformas Trabalhista e Sindical,
incluindo propostas que dificultariam o
financiamento sindical como o PL 1.663, que se
encontra na Câmara e os PL 2.099 e 2.830, ambos em
tramitação no Senado.
Em 2025, o contexto político passa por mudanças
relevantes, a começar pela eleição de novos
presidentes das casas legislativas: Hugo Motta (Republicanos-PB),
na Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União-AP),
no Senado Federal.
Essa renovação representa sólida união em torno
dessas novas lideranças e gera expectativas quanto à
maior previsibilidade das pautas, funcionamento das
comissões permanentes e à retomada das comissões
mistas que examinam as medidas provisórias, que
indicam nova postura institucional e maior
participação social no processo legislativo.
O calendário parlamentar será influenciado pelas
eleições gerais, que ocorrerão apenas em outubro de
2026. No entanto, até abril do próximo ano haverá a
chamada “janela partidária”, com fusões e
reconfigurações partidárias, o que afetará o ritmo e
o conteúdo das pautas debatidas entre governo e
oposição.
A interdependência entre os Poderes ganhou ainda
mais relevância após o fim do teto de gastos e sua
substituição pelo novo arcabouço fiscal, fator que
exige consenso para o avanço de medidas econômicas e
sociais. As eleições municipais indicaram o
fortalecimento de forças de centro e centro-direita,
consideradas estratégicas para o cenário das
eleições presidenciais. Soma-se a isso a expectativa
de reforma ministerial, que poderá apontar novos
rumos para a condução política do governo Lula.
A Agenda Legislativa de 2025 baseia-se, então, em
atuação permanente em defesa das prioridades,
considerando esse contexto estrutural e conjuntural.
Seu objetivo é organizar e facilitar o diálogo com o
Congresso Nacional e com as bases parlamentares,
promovendo articulações em torno de temas
conjunturais e estratégicos.
Para a definição das proposições prioritárias, o
DIAP adotou critérios como: probabilidade de
tramitação em 2025; impacto social e trabalhista;
origem governamental ou apoio de setores relevantes;
necessidade regulatória ou previsão legal; decisões
judiciais anteriores, entre outros critérios
técnicos específicos.
Entre os temas prioritários da agenda destacam-se:
isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até
R$ 5 mil; redução da jornada de trabalho; garantia
de direitos para trabalhadores de aplicativos;
fortalecimento da negociação coletiva para
trabalhadores e servidores públicos; e
regulamentação da IA (inteligência artificial).
Essas propostas refletem a preocupação com a justiça
fiscal, a modernização das relações de trabalho e a
atualização do marco normativo frente aos desafios
da transformação digital.
A atuação estratégica no Congresso Nacional exigirá
unidade do movimento sindical e sensibilidade em
relação ao ambiente político e econômico. Mais do
que nunca, será fundamental a capacidade de
articulação e a clareza das prioridades de
negociação. A Agenda Legislativa de 2025 representa
esforço coordenado para assegurar avanços sociais em
período politicamente desafiador.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. Sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política
Fonte: Diap

30/04/2025 -
Emprego formal no setor privado cresceu 4,2% em
2024, diz Dieese
Saiba como o emprego formal no setor privado
cresceu 4,2% em 2024 e quais setores mais
contribuíram para esse crescimento.
O número de empregos formais no setor privado
cresceu 4,2%, em 2024, com a geração de 1,589 milhão
de postos de trabalho no país. O total passou de
38,266 milhões para 39,855 milhões. É o que aponta o
levantamento do Dieese.
De acordo com o estudo, apenas 10 setores
responderam por 56,0% do estoque total de vagas no
país, com o comércio varejista à frente, (7,280
milhões de empregos).
Ainda de acordo com o levantamento, os segmentos com
maior crescimento do emprego formal foram:
- serviços de escritório, de apoio administrativo e
outros serviços prestados às empresas (8,3%);
- atividades de atenção à saúde humana (4,9%);
- comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas (4,8%); e
- serviços para edifícios e atividades paisagísticas
(4,8%).
A remuneração média dos empregos formais, contudo,
cresceu só 0,3% em 2024, passando de R$ 3.168 para
R$ 3.176, em valores atualizados.
No setor de serviços de escritório, de apoio
administrativo e outros serviços prestados às
empresas, apesar do crescimento do emprego, a
remuneração média diminuiu 0,5%. No segmento de
atividades de atenção à saúde humana, a variação
negativa da remuneração foi de 0,2%.
Cerca de 80,5% dos reajustes têm ganhos reais, em
Março de 2025
O
Caderno de Negociações do Dieese aponta que as
negociações coletivas da data-base março, 80,5% dos
reajustes registrados no Mediador até 4 de abril
resultaram em ganhos reais aos salários, na
comparação com a inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
O levantamento aponta ainda que outras 10,4% tiveram
resultados iguais à inflação e 9,1% ficaram abaixo
dela. A variação real média da data-base março é,
até o momento, de 0,81% acima do INPC.
Destaca para os trabalhadores nos transportes e na
construção e mobiliário alcançaram ganhos reais em
mais de 90% dos casos, nos últimos 12 meses.
Por outro lado, menos da metade das negociações dos
trabalhadores em empresas de comunicação e dos
profissionais liberais conseguiu esse resultado.
O maior valor médio dos pisos é dos profissionais
liberais (R$ 3.477) e o menor, o dos trabalhadores
em comunicação e nas indústrias têxteis (R$ 1.638 em
ambas).
Fonte: Rádio Peão Brasil

30/04/2025 -
Desaprovação a Lula registra forte queda em abril,
aponta pesquisa
Avaliação do governo também melhorou, segundo
pesquisa AtlasIntel realizada em parceria com a
Bloomberg
A desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) diminuiu em abril em comparação ao mês
anterior, segundo pesquisa AtlasIntel realizada em
parceria com a Bloomberg e divulgada nesta
segunda-feira (28) pela Carta Capital.
De acordo com o levantamento, 50,1% dos brasileiros
desaprovam o desempenho de Lula, enquanto 46,1%
aprovam sua gestão. No levantamento anterior,
realizado em março, a desaprovação era de 53,6%,
contra uma aprovação de 44,9%.
A avaliação do governo também melhorou, segundo a
pesquisa. Ele é visto como ruim ou péssimo para
47,7% (eram 49,6%), bom ou ótimo para 40,2% (eram
37,4%) e regular para 9,6% (eram 12,5%).
O instituto contou com 5.419 respondentes pela
Internet, via Recrutamento Digital Aleatório, entre
20 e 24 de abril. A margem de erro é de 1 ponto
percentual, com um nível de confiança de 95%.
Fonte: Brasil247

30/04/2025 -
MTE divulga dados do Novo Caged de março nesta
quarta-feira (30)
Coletiva de imprensa será realizada em Brasília,
com transmissão ao vivo e divulgação dos dados no
site oficial
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
apresenta nesta quarta-feira (30) os resultados do
Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Novo Caged), referentes ao mês de março de 2025.
A coletiva de imprensa será realizada às 14h30, na
sala de reuniões 433, 4º andar do Edifício Sede do
MTE, em Brasília, com a participação da
subsecretária de Estudos do Trabalho, Paula
Montagner, e da equipe técnica.
Jornalistas podem participar presencialmente ou
acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal oficial
do MTE no YouTube.
Após a coletiva, as informações completas estarão
disponíveis no Painel de Informações do Novo Caged,
no site do MTE.
Serviço: Coletiva de Divulgação dos Dados do
Novo Caged – Março de 2025
Data: 30 de abril (quarta-feira)
Horário: 14h30
Local: Sala de reuniões 433 – 4º andar,
Edifício Sede do Ministério do Trabalho e Emprego
(Brasília/DF)
Fonte: MTE

30/04/2025 -
Deputada propõe triplicar folgas para trabalhadores
que doarem sangue
Atualmente, doadores têm direito a uma folga
anual; proposta de Rosana Valle (PL-SP) também prevê
folga bimestral para doação de plaquetas.
A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) apresentou
na Câmara uma proposta para ampliar de uma para até
três as folgas anuais justificadas no trabalho para
quem doar sangue. O projeto de lei 1.862/2025 altera
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e garante
o direito a uma ausência justificada por ano para
cada doação realizada, com o limite máximo de três
doações no período de 12 meses. Além da doação de
sangue, o texto também estende o direito a
trabalhadores que doarem plaquetas. Neste caso, o
doador teria direito a uma folga a cada dois meses.
Segundo a deputada, a intenção é reconhecer a
importância social da doação de sangue e incentivar
o gesto entre os trabalhadores. A parlamentar
destacou a dificuldade enfrentada por hemocentros
para manter estoques adequados, especialmente em
períodos críticos: "Nos últimos anos, diversos
hemocentros enfrentaram situações críticas de
desabastecimento. O da Santa Casa de Misericórdia de
São Paulo, por exemplo, chegou a operar com menos de
30% do estoque ideal em períodos de férias e em
feriados prolongados. Já o hemocentro da Fundação
Pró-Sangue, também de São Paulo, teve armazenamento
abaixo de 22% para os tipos O e B. O ajuste é
urgente".
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 1,4% da
população brasileira se enquadrava como doadora
regular de sangue até 2022, o equivalente a 14
pessoas a cada mil habitantes. São cerca de 3,1
milhões de doações por ano no Sistema Único de Saúde
(SUS). Apesar de o índice estar dentro do parâmetro
mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), entre 1% e 3% da população, a taxa ainda é
considerada insuficiente para atender à demanda.
Para Rosana, é necessário criar estímulos concretos
para ampliar a adesão à doação. "Ao permitir a
ausência no trabalho por um dia a cada quatro meses
para doação de sangue e a cada 60 dias para doação
de plaquetas, criamos estímulos concretos. Vale
lembrar que cada doação pode salvar até quatro
vidas", argumenta a deputada. Ela também defende que
a apresentação de uma declaração emitida pelo
hemocentro seja obrigatória para assegurar o
controle da medida e evitar abusos.
O projeto foi protocolado na última quinta-feira
(25) e deverá tramitar pelas comissões temáticas da
Câmara dos Deputados antes de ser analisado, se
necessário, pelo Plenário.
Fonte: Congresso em Foco

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