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19/11/2024 -
Centrais repudiam cortes sociais
Ao ensejo do G20 Social, no Rio de Janeiro, as
Centrais Sindicais divulgaram Carta ao Presidente
Lula. Basicamente, o documento defende a proteção
social aos mais pobres, cobra taxação dos mais ricos
e critica as bilionárias isenções fiscais a setores
monopolistas.
Desde o 1º de Maio fraco deste ano, Lula tem se
mantido distante do sindicalismo. A Carta, portanto,
aguarda resposta.
O TEXTO:
Os dirigentes das diversas regiões e dos diversos
setores, reunidos durante o G20 Social, afirmam que
o equilíbrio fiscal deve ser alcançado com a
tributação dos ricos, a redução significativa das
desonerações e isenções fiscais, bem como a redução
do custo da dívida pública e o permanente cuidado
com a qualidade dos gastos e dos investimentos
públicos.
As desonerações somam R$ 540 bilhões e o custo anual
das dívidas chega aos R$ 700 bilhões – a mais de 12%
do PIB.
Viabilizar um orçamento fiscal equilibrado para
promover investimentos em ciência, inovação,
infraestrutura social e econômica, educação e saúde,
além do combate à fome e à pobreza, é essencial pra
garantir um crescimento econômico que gere empregos
de qualidade e justiça social.
É hora dos muito ricos pagarem impostos progressivos
na proporção de sua riqueza e deixar de receber os
bilhões de subsídios fiscais sem contrapartida
social. Do mesmo modo, a política monetária e as
metas inflacionárias não podem continuar impondo um
freio ao crescimento com uma das maiores taxas de
juros do planeta.
Também destacamos a necessidade de promover maior
transparência nos recursos do orçamento destinados
ao Legislativo, alocados por meio de emendas. Esses
recursos devem ser discutidos com o Executivo,
garantindo que sua aplicação esteja relacionada às
áreas prioritárias e seja distribuída de forma
equilibrada entre todas as regiões.
Apoiamos e saudamos o Presidente Lula quando afirma
que os recursos para o equilíbrio fiscal não virão
do povo pobre e da classe trabalhadora. Não serão
oriundos de cortes nos direitos sociais,
trabalhistas e previdenciários, nem da saúde e da
educação.
Manifestamos também a nossa solidariedade ao
Presidente, aos Ministros do Supremo, ao Congresso
Nacional e às demais instituições da República,
diante de mais um ataque terrorista dia 13/11. Fique
claro que a defesa da democracia se fará
investigando, julgando e condenando os golpistas e
terroristas que continuam diuturnamente atuando
contra o Estado Democrático de Direito.
Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2024.
Sérgio Nobre, CUT. Miguel Torres, Força Sindical.
Ricardo Patah, UGT. Adilson Araújo, CTB. Moacyr
Tesch Auersvald, Nova Central. Antonio Neto, CSB.
Nilza Pereira, Intersindical. José Gozze, Pública.
Fonte: Agência Sindical
19/11/2024 -
Origem da PEC 6x1, que reacendeu debate sobre
redução da jornada de trabalho
Fazia tempo, no Brasil, talvez desde 2010, que algum
tema relevante e geral do mundo do trabalho fazia
parte, positivamente, da pauta política nacional. Na
última semana, finalmente, isso ocorreu. E pode
iniciar discussão orgânica no Congresso, em
particular, na Câmara dos Deputados.
Eis que pauta cara e histórica da esquerda e do
movimento sindical entrou na agenda do noticiário
nacional e mobilizou as redes¹, as ruas² e o debate
político nacional³ — a Escala 6x1 —, com a
apresentação da PEC (proposta de emeda à
Constituição), pela deputada Erika Hilton (PSol-SP),
cujo objetivo é extinguir a jornada em que o
trabalhador labuta 6 dias e descansa apenas 1.
A proposta (PEC) ultrapassou o número mínimo de
assinaturas (171) para ser protocolada na Câmara dos
Deputados e iniciar debates na Casa. Isso pode
ocorrer nesta semana.
Conteúdo da PEC
No lugar da Escala 6x1, a deputada propõe, por meio da
PEC, duração da jornada de trabalho de até 8 horas
diárias e 36 semanais, com jornada de 4 dias por
semana e 3 de descanso.
Movimento VAT
O movimento VAT (Vida Além do Trabalho) foi iniciado
pelo influenciador digital, Rick Azevedo, 30 anos.
Ele foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro,
pelo PSol. E é considerado fenômeno eleitoral no
Rio.
Ele foi o vereador do PSol com menos investimentos e
mais votos. O próprio partido se surpreendeu.
Do anonimato para a relevância
Para Rick, os 29,3 mil votos que recebeu vêm da força
do VAT, que defende o fim da jornada de 6 dias de
trabalho para 1 de folga (6x1), “dando voz a
trabalhadores que muitas vezes não se veem
representados por estruturas tradicionais”.
“O movimento sindical tem uma relevância histórica
enorme, sendo responsável por muitas das conquistas
que temos hoje”, diz Azevedo. “No entanto, acredito
que ele precisa de uma atualização para se adaptar à
realidade dos trabalhadores atuais, especialmente
daqueles que estão em condições precarizadas ou em
setores informais”, avalia.
_________________
¹
Após viralizar nas redes sociais, protestos por fim
da escala 6x1 passa por primeiro teste nas ruas -
https://www.youtube.com/watch?v=wObXVZzJaGA -
acesso em 17.11.24
² Fim da escala 6x1: manifestantes fazem ato na
Avenida Paulista -
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/11/15/fim-da-escala-6x1-manifestantes-fazem-ato-na-avenida-paulista.ghtml
- acesso em 17.11.24
³ Proposta de redução da jornada de trabalho e fim
da escala 6x1 gera debates no plenário da Câmara -
https://www.camara.leg.br/noticias/1110526-proposta-de-reducao-da-jornada-de-trabalho-e-fim-da-escala-6x1-gera-debates-no-plenario-da-camara/
- acesso em 17.11.24
Fonte: Diap
19/11/2024 -
Todo apoio ao fim da jornada de trabalho 6×1
O
Sindicato dos Eletricitários de São Paulo fez um
cálculo básico que para pagar aluguel, conta de
água, conta de luz, comprar botijão de gás, enfim,
as coisas básicas de um dia a dia para uma família
de quatro pessoas, o mínimo para se viver em
qualquer metrópole, em qualquer cidade grande do
nosso País é de R$ 2.889,60. Portanto, o Salário
Mínimo deveria ser este valor.
A Constituição Federal diz, em seu Art. 7º, inciso
IV, “Salário Mínimo, fixado em lei, nacionalmente
unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;”.
Sendo assim, a Carta Magna determina os parâmetros
desejados para a definição do Salário Mínimo – os
quais, muitas vezes, são desprezados pelos poderes
(legislativo e executivo), no ato de definição do
seu valor. Esta afirmação é facilmente constatada na
flagrante desvalorização do Salário Mínimo e na sua
incapacidade de cumprir sua função constitucional.
O valor atual de R$ 1.412,00 e a proposta de R$
1.509,00 que está por vir, são um erro grave, uma
vergonha nacional.
FIM DA 6X1 – Agora surge uma discussão pelo fim da
jornada de trabalho 6×1, estabelecendo melhor
dignidade para classe trabalhadora. Estamos na luta
pela escala de 4×3, trabalha quatro dias e folga
três. Esse é o ideal para qualquer cidadão manter a
sua dignidade e ter a capacidade de buscar melhorias
nos seus estudos, no seu lazer, na sua cultura, e se
aprimorar para vida, para o dia a dia e ter sua
dignidade plena.
Por isso, eu apoio o fim da jornada 6×1 mas com
aumentos efetivos e ganho real nos salários.
Eduardo Annunciato - Chicão
Secretário de Educação da CNTI
Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores
em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA e do
Sindicato dos Eletricitários de São Paulo – STIEESP
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/11/2024 -
DIEESE: Quase 90% dos acordos salariais fechados em
setembro garantem ganho real
Um levantamento do Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
revelou que 89,2% das 166 negociações salariais com
data-base em setembro resultaram em aumentos reais,
ou seja, acima da inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE). Esse é
o segundo melhor desempenho do ano, superado apenas
pelo mês de maio, de acordo com o boletim divulgado
pelo órgão.
Em relação às negociações realizadas ao longo de
2024, até setembro, o estudo mostrou que 86,3% dos
12.145 acordos analisados também resultaram em
reajustes acima da inflação. Entre as demais, 10,3%
registraram reajustes que acompanharam o INPC,
enquanto apenas 3,4% não conseguiram repor as perdas
inflacionárias. A média de ganho real dos reajustes
do ano está em 1,49% acima da inflação, consolidando
um cenário positivo para os trabalhadores.
Fonte: Mundo Sindical
19/11/2024 -
Redução da jornada -João Guilherme Vargas Netto
Com a agitação provocada nas redes sociais sobre a
jornada 6×1 (que ofuscou a discussão sobre o corte
de gastos do governo), quero fazer uma pergunta
retórica: se a PEC aprovada determinasse quatro dias
de trabalho por semana o que fariam milhões de
trabalhadores e trabalhadoras nos outros dias?
Suspendamos, por ora, a resposta e procuremos
entender a situação. A reivindicação de redução
geral da jornada é histórica no movimento sindical e
foi alcançada em várias ocasiões e em vários países
ao longo do tempo, a começar pela jornada de oito
horas diárias, luta no próprio berço do
sindicalismo.
Esta redução geral pode passar por sucessivas e
continuadas reduções em muitos locais de trabalho e
em setores específicos da produção, como aconteceu,
aqui no Brasil, na Constituição de 1988, limitando a
jornada semanal a 44 horas. O somatório produziu o
resultado (a luta fez a lei) e reforçou um lema, até
hoje válido, por uma redução constitucional sem
redução de salário.
(Perdemos uma oportunidade em 2010, quando Michel
Temer era presidente da Câmara, de obter uma redução
constitucional gradual até 42 horas.)
Quando se interrompe o processo sem a conquista
geral, o resultado pode ser contraproducente como
aconteceu na Alemanha, nos finais do século passado.
O patronato quebrou as negociações nacionais e o
movimento sindical avançou a redução em várias
negociações setoriais e regionais; mas, no fim das
contas, contabilizado o saldo de uma década, a
jornada média trabalhada tinha aumentado. As
empresas se reposicionaram mais rápido que os
trabalhadores, garantindo a exploração e o lucro.
Aproveitando-se, com a inteligência, da agitação
criada agora pelo debate 6×1, o movimento sindical
deve manter alta a sua bandeira pela redução
constitucional da jornada, sem redução dos salários,
obtendo reduções parciais em muitos Acordos e
Convenções.
Quanto à resposta, à pergunta retórica podemos citar
o caso dos vigilantes, de vinte anos atrás, em que a
jornada 12 X 36 fez com que setores do patronato
criassem novas empresas pra continuar explorando os
mesmos trabalhadores que tiveram folgas no tempo de
trabalho e ficaram com jornadas aumentadas.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical
Fonte: Agência Sindical
18/11/2024 -
Redução da
Jornada Já!
Nós, dirigentes das centrais sindicais brasileiras,
nos somamos ao clamor nacional pelo fim da jornada
6x1 e insistimos, como temos feito em toda a nossa
história, na redução da jornada de trabalho sem
redução de salários.
A mais recente redução da jornada que tivemos no
Brasil, quando passou de 48 para 44 horas semanais,
ocorreu na Constituição de 1988. A mudança na
legislação resultou das campanhas salariais de
novembro de 1985, quando diversos sindicatos
conquistaram a redução da jornada em suas convenções
coletivas. A conquista virou lei e foi nacionalizada
através da Constituição Cidadã.
Desde então temos lutamos por uma redução gradual,
viável, respeitando os acordos em cada categoria e
que esteja em consonância com um projeto de um
desenvolvimento com justiça social.
Com o avanço da automação e mudanças tecnológicas no
processo de produção, o mundo do trabalho já não é o
mesmo de 1988. Já está mais do que na hora de
reajustar essa jornada, sem reduzir os salários e os
empregos.
Diferentes propostas de Emenda Constitucional que
visam a redução da jornada sem redução dos salários
e até pela implantação da Semana de 4 Dias tramitam
no Congresso Nacional.
A “viralização”, como se diz no jargão das redes
sociais, do tema “fim da escala 6x1” (conforme
proposta de PEC, da deputada federal Érika Hilton -
Psol), mostra que se trata de um forte anseio da
classe trabalhadora. Os brasileiros querem mais
qualidade de vida, bem-estar e menos doenças
ocupacionais. Querem, enfim, trabalhar com base em
relações mais humanizadas. Isso é possível e é mais
do que justo.
E experiências, como a semana de 4 dias, já
implementadas em outros países e em algumas empresas
brasileiras, mostram que a jornada reduzida aumenta
a produtividade do trabalho e estimula a criação de
novos postos. No Brasil poderá estimular o
surgimento de até seis milhões de vagas de trabalho.
Nossa luta é para que a automação resulte em mais
tempo livre e nunca em desemprego. É pela
valorização do trabalho formal, com registro em
carteira, para que mais trabalhadores sejam
contemplados com as conquistas sindicais e legais. E
é pelo fortalecimento das entidades sindicais, que
garantirão na prática do dia a dia, a implementação
dos direitos trabalhistas conquistados à base de
muita luta e resistência.
São Paulo, 13 de novembro de 2024
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: NCST
18/11/2024 -
Lula prorroga programa de enfrentamento à fila do
INSS até fim de 2024
Em setembro, tempo médio para obter benefícios
previdenciários voltou a subir, para 41 dias
Diante da piora da fila do INSS, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória
para prorrogar o Programa de Enfrentamento à Fila da
Previdência Social até o fim deste ano. A MP 1.273
foi publicada em edição extra do Diário Oficial da
União (DOU) na quinta-feira (14).
O programa foi instituído em novembro do ano passado
por nove meses, podendo ser prorrogado por mais três
meses – com fim nesta semana. O objetivo é reduzir o
tempo de análise de processos administrativos de
reconhecimento inicial, de manutenção, de revisão,
de recurso, de monitoramento operacional de
benefícios e de avaliação social de benefícios
administrados pelo INSS.
Como mostrou o InfoMoney na quarta-feira (13), a
fila de espera do INSS voltou a crescer em setembro.
Ao longo de 2024, não houve mês em que a fila para a
concessão dos benefícios previdenciários fosse
inferior a um milhão de pessoas, mas houve uma
diminuição do tamanho entre janeiro e junho, antes
de voltar a crescer e alcançar o maior tamanho do
ano.
No mês de setembro, último dado disponível do INSS,
a fila de espera chegou a quase 1,8 milhão – são
1.093.835 pessoas aguardando há menos de 45 dias e
outras 705.051 há mais de 45 dias. São 1.479.055
pessoas aguardando retornos do INSS ou perícia, ao
passo que só 319.831 segurados é que precisam
cumprir alguma exigência documental.
Fonte: InfoMoney
18/11/2024 -
Ipea: alta de preços foi maior para famílias de
renda mais baixa
No acumulado de 12 meses, taxa inflacionária da
faixa chegou a 4,99%
A inflação acelerou em outubro para quase todas as
faixas de renda, na comparação com o mês de
setembro. A exceção foi para as famílias de renda
alta. Para os domicílios com renda muito baixa, a
taxa de inflação avançou de 0,58%, em setembro, para
0,75%, em outubro, enquanto as famílias de renda
mais alta passaram de 0,33% para 0,27% no mesmo
período.
Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Faixa
de Renda, divulgado nesta terça-feira (12) pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A faixa de renda baixa é a que registrou a maior
alta inflacionária no acumulado do ano (4,17%),
enquanto o segmento de renda alta tem a taxa menos
elevada (3,20%). Já no acumulado em 12 meses, as
famílias de renda alta apresentam a menor taxa de
inflação (4,44%), ao passo que a faixa de renda
muito baixa aponta a taxa mais elevada (4,99%).
“Embora os grupos alimentos e bebidas e habitação
tenham sido os principais pontos de descompressão
inflacionária para todos os estratos de renda, o
impacto de alta vindo destes dois segmentos foi
proporcionalmente mais forte nas classes de rendas
mais baixas, dado o maior percentual do gasto com
esses bens e serviços no orçamento dessas famílias."
Mesmo com as deflações registradas em diversos
alimentos in natura, como tubérculos (-2,5%),
hortaliças (-1,4%) e frutas (-1,1%), os impactos da
forte alta das carnes (5,8%), do frango (1,0%) e do
leite (2,0%), além dos reajustes do óleo de soja
(5,1%) e do café (4,0%), explicam a contribuição
positiva desses grupos à inflação de outubro.
"Já o baixo nível dos reservatórios fez com que
fosse adotada a bandeira vermelha patamar 2 nas
tarifas de energia elétrica em outubro, gerando um
reajuste de 4,7% e contribuindo para a pressão do
grupo habitação”, diz a nota do Ipea.
Em contrapartida, houve melhora no desempenho do
grupo transportes, refletida principalmente pelas
quedas das tarifas de transporte público, como
ônibus urbano (-3,5%), trem (-4,8%) e metrô (-4,6%),
além da deflação de 0,17% dos combustíveis. Com
isso, houve um alívio inflacionário para todas as
classes em outubro.
As famílias de renda alta sentiram uma descompressão
inflacionária ainda mais forte da inflação dada a
queda de 11,5% das passagens aéreas e de 1,5% no
transporte por aplicativo, anulando, inclusive, a
pressão exercida pelo grupo despesas pessoais,
refletindo, especialmente, os reajustes de 1,4% dos
serviços de recreação e lazer.
Fonte: Agência Brasil
14/11/2024 -
PEC sobre fim da jornada de trabalho 6x1 ultrapassa
mínimo de assinaturas necessárias para tramitação na
Câmara
Proposta da deputada federal Érika Hilton
alcançou 194 assinaturas, bem acima do mínimo
necessário de 171 apoios para uma PEC
Após forte mobilização nas redes sociais, a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a
escala de trabalho 6x1 ganhou tração e conquistou o
número mínimo de assinaturas para tramitar no
Congresso Nacional, destaca o jornal O Globo. O
movimento, capitaneado pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP)
e inspirado por uma campanha de seu correligionário,
o vereador paulistano Rick Azevedo (PSOL), alcançou
rapidamente 194 assinaturas, bem acima do mínimo
necessário de 171 apoios para uma PEC.
A proposta sugere o fim do regime de seis dias
consecutivos de trabalho com um dia de folga, em que
trabalhadores com jornadas semanais de 44 horas
cumprem expedientes diários de sete horas. Esta
iniciativa enfrentou resistência especialmente entre
deputados de partidos à direita, com a maioria dos
signatários oriundos das bancadas do PSOL e do PT.
Do lado conservador, apenas Fernando Rodolfo (PL-PE)
subscreveu a proposta, destacando-se como exceção em
sua bancada.
Defensores da PEC argumentam que a escala 6x1 afeta
negativamente a saúde mental dos trabalhadores,
promovendo um ambiente de trabalho extenuante. Na
Comissão de Direitos Humanos, Hilton declarou que a
medida busca modernizar as condições de trabalho no
Brasil. “A lógica do trabalho seis por um deteriora
a saúde mental dos trabalhadores, enquanto países
mais desenvolvidos já evoluíram em direção a
políticas mais humanas”, afirmou.
Nas redes sociais, o tema ganhou forte adesão de
perfis progressistas e de influenciadores digitais,
como Nath Finanças, que ironizou a oposição ao
projeto com um meme sobre deputados federais que
dizia: “trabalhamos 3x4 e somos contra a PEC pelo
fim da escala 6x1”. A mensagem captou o
descontentamento popular com as disparidades no
regime de trabalho dos parlamentares e da população
em geral, ajudando a impulsionar a visibilidade da
pauta.
Agora, a PEC segue para análise nas comissões
responsáveis, onde o modelo de jornada alternativo
será debatido.
Fonte: Brasil247
14/11/2024 -
Proposta de redução da jornada de trabalho e fim da
escala 6x1 gera debates no Plenário da Câmara
A deputada Erika Hilton (SP) busca 171
assinaturas para proposta que estabelece jornada de
quatro dias por semana e três de descanso
O fim da jornada de seis dias de trabalho para um
dia de descanso (6x1) foi defendido em Plenário por
deputados da base do governo, mas criticada por
parlamentares da oposição, que defenderam a
negociação direta entre empregado e empregador.
A deputada Erika Hilton (SP), líder do Psol, busca
conseguir 171 assinaturas para poder apresentar a
proposta de emenda à Constituição (PEC) que
estabelece a duração do trabalho de até oito horas
diárias e 36 semanais, com jornada de quatro dias
por semana e três de descanso.
Outra proposta já em tramitação na Câmara (PEC
221/19), do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), reduz
de 44 para 36 horas a jornada semanal do trabalhador
brasileiro. Essa redução terá prazo de dez anos para
se concretizar. O texto do deputado está na Comissão
de Constituição e Justiça à espera de um relator
desde março.
Atualmente, a Constituição estabelece que a jornada
deva ser de até 8 horas diárias e até 44 horas
semanais, o que viabiliza o trabalho por seis dias
com um dia de descanso.
Jornada pesada e injusta
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que a
escala 6x1, no século 21, é muito pesada, injusta e
explorativa. "A vida não é só o exercício pesado,
cotidiano e necessário do trabalho – que tem que ser
remunerado condignamente–, mas também o lazer, a
cultura, o descanso”, disse.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que a
carga de trabalho média do brasileiro (39 horas
semanais) é maior que a média mundial, de 38,2
horas. "Trazendo para humanização a jornada de
trabalho, teremos trabalhador mais satisfeito e
rendendo muito mais", disse.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a
jornada 6x1 já não é mais aceita pelos trabalhadores
brasileiros. "[A redução da jornada] evita o
esgotamento dos trabalhadores e gera mais emprego
para outras mulheres e homens deste país", disse.
"Essa jornada é muito danosa para o trabalhador",
afirmou o deputado Kiko Celeguim (PT-SP). "Não
podemos esquecer que os trabalhadores desse regime
6x1 percorrem grandes distâncias até o trabalho".
Segundo ele, não é possível deixar esse tipo de
negociação para os sindicatos, que estão
"fragilizados".
O deputado Sidney Leite (PSD-AM) afirmou que boa
parte da população brasileira já cumpre jornada de
40 horas. "É uma luta justa e coerente dos
trabalhadores", disse. Porém, ele comentou que o
tema vai impor custos para áreas como a previdência
desses trabalhadores.
Discussão caso a caso
Na opinião do deputado Luiz Lima (PL-RJ), a mudança de
jornada tem de ser discutida caso a caso. "Para uma
faxineira que trabalha seis dias na semana, uma
senhora de 40 ou 50 anos de idade, a jornada de 5
para 2 seria bacana", afirmou. Porém, segundo Lima,
obrigar o trabalhador que quer produzir a ficar 3
dias em casa ou pôr em risco estabelecimentos
comerciais "é uma temeridade".
Para o deputado Zé Trovão (PL-SC), é preciso pensar
no impacto que isso traria para o Brasil, para quem
produz e quem gera emprego. "É a turminha da 'lacrolândia'!
São os meninos e as meninas que querem fazer bonito
para os seus eleitores e ouvintes, e isso vai
destruindo o Brasil", disse.
O deputado Mauricio Marcon (Pode-RS) defendeu que
cada pessoa tenha liberdade para trabalhar o quanto
quiser e não ficar presa em um sistema de 1940, ao
citar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "Eu
poderia apresentar uma PEC determinando que o
Governo tem que colocar R$ 1 milhão na conta de cada
trabalhador. Apresentar coisas que não deram certo
em lugar nenhum do mundo não passa de proselitismo
político", disse, ao falar sobre exemplos em países
com população menor.
Já o deputado General Girão (PL-RN) afirmou que a
solução não deve vir por alteração legal, mas por
negociação entre empregador e empregado.
Posição do governo
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,
afirmou que a redução de jornada é uma "tendência no
mundo inteiro" pelo avanço tecnológico e que "cabe à
sociedade e ao Congresso debater o tema". Ele
comentou o tema durante entrevista no Azerbaijão,
onde chefia a delegação brasileira da Conferência do
Clima das Nações Unidas, a COP 29.
Fonte: Agência Câmara
14/11/2024 -
Terceirização da atividade fim não impede
reconhecimento de vínculo
O Supremo Tribunal Federal entendeu que a
terceirização da atividade-fim não impede que seja
reconhecida a relação de emprego, quando no caso a
prática serviu à dissimulação de quem seria o
verdadeiro empregador.
No caso julgado, o STF negou seguimento à reclamação
60.454, movida por uma rede de varejo contra decisão
do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
que reconheceu a relação de emprego entre a
companhia e funcionários de uma oficina de costura
contratada por uma empresa terceirizada.
O ministro Flávio Dino, relator da ação, afirmou em
seu voto que a jurisprudência do STF que permite a
terceirização não impede que seja reconhecida a
relação de emprego nos casos em que esse tipo de
contratação foi utilizado de forma fraudulenta.
“O que houve foi a conclusão de que, no caso
concreto, estão presentes a dissimulação de quem
seria o verdadeiro empregador e a verificação dos
atributos específicos caracterizadores da relação de
emprego”, afirmou o ministro em seu voto.
“Pontuo que nenhum dos precedentes vinculantes
invocados impede o reconhecimento de relação de
emprego em cada caso concreto. O vínculo
empregatício não é compulsório, tampouco foi banido
da ordem jurídica. Trata-se de análise específica,
de lide com contornos próprios, e não de debate
abstrato sobre tese jurídica”, sustenta o voto do
ministro.
O julgamento na 1ª Turma do STF foi decidido por
unanimidade, com os demais quatro ministros da Turma
acompanhando o voto do relator.
AGU aponta fraude
A Advocacia-Geral da União atuou no processo e
sustentou que houve fraude na terceirização das
atividades de costura, o que levou à
descaracterização desse tipo de contrato.
Dessa forma, a reclamação da empresa não poderia ser
aceita pelo Supremo pois, no caso, não houve afronta
à jurisprudência da Corte sobre a possibilidade de
terceirização da atividade-fim, segundo defendeu a
AGU em manifestação no processo. A reclamação é um
tipo de ação apresentada quando decisões de outros
tribunais contrariam o entendimento do STF.
Fiscalização do Grupo de Combate ao Trabalho Escravo
Urbano da Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego de São Paulo constatou que a empresa
terceirizada não possuía capacidade produtiva, como
maquinário, capital social e funcionários, e passou
a subcontratar oficinas de costura irregulares para
confeccionar peças de roupa de linhas próprias da
companhia varejista.
Além disso, os fiscais do Ministério do Trabalho e
Emprego averiguaram que as oficinas não estavam
registradas em órgãos públicos e utilizavam mão de
obra em condição análoga à escravidão, com
trabalhadores estrangeiros sem documentação,
aliciados em seu país de origem, mantidos em
situação de servidão por dívidas e submetidos a
condições degradantes de trabalho.
Relação de emprego
A decisão do TRT-2 que reconheceu a relação de emprego
relata que a companhia possuía o controle sobre
todas as etapas de produção da empresa terceirizada
e que, de acordo com relatório de fiscalização, 90%
da produção da empresa terceirizada era destinada à
rede de varejo.
Com isso a Justiça do Trabalho reconheceu a presença
de subordinação e dependência econômica, critérios
necessários ao reconhecimento da relação de emprego.
A AGU atuou no processo representando a União na
defesa dos atos praticados pelos auditores do
trabalho que lavraram auto de infração contra a
empresa varejista.
A advogada da União Priscila Piau,
coordenadora-geral do Departamento de Controle
Difuso da Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT),
ressalta a importância da decisão.
“Essa decisão representa uma vitória para a União ao
garantir os direitos dos trabalhadores,
especialmente se considerarmos o cenário
jurisprudencial desfavorável que parecia estar se
desenhando no âmbito do STF para casos envolvendo
reclamações sobre terceirização”, afirma a advogada.
“Conseguimos demonstrar falta de estrita correlação
entre a decisão reclamada e a apontada como
paradigma nos casos em que caracterizada abuso no
uso da terceirização.” Com informações da assessoria
de imprensa do Advocacia Geral da União.
Rcl 60.454
Fonte: Consultor Jurídico
13/11/2024 -
Ministério do Trabalho apoia redução da jornada de
trabalho
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) afirmou
nesta segunda-feira (11) que considera “plenamente
possível e saudável” a redução da jornada semanal de
trabalho, atualmente incluída em 44 horas para
trabalhadores que seguem a escala 6×1. A Pasta
sugere que o tema seja batido em convenções e
acordos coletivos entre empresas e empregados.
Em nota, o MTE ressaltou que a questão exige uma
“discussão aprofundada” e o envolvimento de todos os
setores, levando em conta as particularidades de
cada área, especialmente em setores que operam de
forma ininterrupta.
A pauta tem gerado debate nas redes sociais e, o
Palácio do Planalto acompanha de perto a mobilização
em torno da proposta de mudança.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego escreveu
no X incentivando a negociação coletiva, por acordo
ou convenção entre sindicato dos trabalhadores e
empresas. Disse que “Como dito em nota, o @MTE
entende que a questão da escala de trabalho 6×1 deve
ser tratada em convenções e acordos coletivos de
trabalho. A pasta considera, contudo, que a redução
da jornada para 40H semanais é plenamente possível e
saudável, quando resulte de decisão coletiva.”
A discussão foi impulsionada pela Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) da deputada Érika Hilton (PSOL-SP),
que propõe a extensão da escala 6×1, que permite uma
folga a cada seis dias de trabalho. A deputada
defende que a medida visa ampliar o período de
repouso e melhorar as condições de trabalho.
Para que a PEC comece a tramitar no Congresso
Nacional, são permitidas as assinaturas de pelo
menos 171 dos 513 deputados ou de 27 dos 81
senadores.
Fonte: Rádio Peão Brasil
13/11/2024 -
Cresce o número de assinaturas pelo fim da escala
6×1 no Brasil
Para que a proposta comece a tramitar na Câmara,
é necessário o apoio de ao menos 171; PEC já conta
com 134 assinaturas
O número de assinaturas em apoio à Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a
jornada de trabalho no Brasil quase dobrou,
registrando expressivo crescimento na quantidade de
deputados favoráveis. Durante o final de semana, a
proposta, apresentada pela deputada federal Erika
Hilton (PSOL-SP), contava com 70 assinaturas. Na
noite desta segunda-feira (11), o número de
apoiadores subiu para 134, conforme comunicado da
própria parlamentar.
Para iniciar a tramitação formal na Câmara dos
Deputados, a PEC precisa de, no mínimo, 171
assinaturas entre os 513 parlamentares. A proposta
busca extinguir a atual escala de trabalho de seis
dias com um de folga (6×1), estabelecendo uma nova
jornada semanal de quatro dias.
Entre os principais apoiadores do projeto,
destacam-se deputados do PT e do PSOL, partidos da
base governista do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, com 65 e 12 deputados favoráveis,
respectivamente. No entanto, um deputado do PL,
Fernando Rodolfo (PE), manifestou apoio ao tema até
o momento, tornando-se o único parlamentar do
partido do ex-presidente Jair Bolsonaro a aderir à
proposta.
Repercussão do fim da jornada 6×1
Com a repercussão nas redes sociais, o Palácio do
Planalto passou a acompanhar de perto o debate sobre
a proposta. Em nota, o Ministério do Trabalho
declarou que considera “plenamente possível e
saudável” a redução da jornada de 44 horas semanais,
que atualmente é comum para trabalhadores que seguem
a escala 6×1. A pasta destacou, no entanto, a
necessidade de uma discussão aprofundada que
considere as particularidades de cada setor
econômico, especialmente aqueles que operam
continuamente.
No último domingo (10), o fim da escala 6×1 figurou
entre os tópicos mais discutidos nas redes sociais,
chegando ao primeiro lugar nos trending topics da
rede social X, antigo Twitter.
“Escola 6×1 é desumana”, afirma Erika Hilton
Para Erika Hilton, a escala 6×1 é desumana. “Isso tira
do trabalhador o direito de passar tempo com sua
família, de cuidar de si, de se divertir, de
procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar
para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e
é incompatível com a dignidade do trabalhador”,
disse a deputada nas redes sociais.
A proposta que propõe o fim da jornada de trabalho
6X1 é do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT),
liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ).
De acordo com a legislação atual, prevista na
Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), a jornada não pode exceder oito horas diárias
e 44 horas semanais, havendo possibilidade de
compensação de horários ou redução da jornada por
meio de acordos ou convenções coletivas. A PEC,
contudo, pretende reformular essa estrutura,
buscando alinhar a legislação trabalhista brasileira
com demandas de maior equilíbrio entre trabalho e
vida pessoal.
Fonte: TVTNews
13/11/2024 -
Senador Paulo Paim confirma que não é candidato em
2026
Em encontro com a Executiva do PT-RS, nesta
segunda-feira (11), o senador Paulo Paim (PT-RS)
confirmou, como havia anunciado em 2022, que não
será candidato em 2026.
Ele destacou que a extensa trajetória política, que
inclui 4 mandatos como deputado federal e 3 como
senador da República. Constituinte em 1988, o
senador Paulo Paim (PT-RS) teve papel ativo na
elaboração da Constituição Cidadã, e destacou-se em
defesa dos direitos sociais.
Trata-se de perda relevante. Já que não será fácil
substituí-lo à altura das demandas do povo
brasileiro. O senador Paulo Paim não 1 político
qualquer. Dedica-se há 40 anos em defender os
trabalhadores no Congresso Nacional. Seja como
deputado quanto agora como senador.
Os participantes do encontro recordaram momentos
importantes da carreira e ressaltaram o trabalho na
criação de leis que impactaram profundamente a vida
dos brasileiros, como os Estatutos do Idoso, da
Pessoa com Deficiência, da Juventude e da Igualdade
Racial.
Foram destacados os esforços do senador na luta pelo
salário mínimo digno, pelos direitos dos
trabalhadores e dos aposentados e pensionistas e no
combate aos preconceitos e ao racismo.
O mandato do senador se encerra em janeiro de 2027.
Frente Ampla
Em sua fala, Paim reforçou a importância de a
construção de Frente Ampla pelo Brasil, projeto que
vem sendo construído ao longo dos anos, com o
objetivo de unir forças em prol do bem comum.
O senador também aproveitou a ocasião para reiterar
a defesa da Previdência Pública e dos direitos dos
trabalhadores do campo e da cidade, temas centrais
em sua atuação legislativa.
O reconhecimento ao trabalho do senador veio em
forma de aplausos, lembranças e agradecimentos dos
presentes.
3 recomendações
Encerrando sua fala, Paim deixou 3 recomendações que
considera fundamentais: construir uma Frente Ampla;
manter a humildade; e
defender causas, e não coisas e interesses pessoais.
O evento foi 1 momento de celebração da trajetória
de Paulo Paim e de reafirmação do compromisso dele
com a defesa dos direitos sociais e da democracia.
“Cabeça” do Congresso
O DIAP, anualmente, avalia o desempenho parlamentar em
publicação histórica e tradicional — “Os ‘Cabeças’
do Congresso Nacional” — e o senador é o único
parlamentar que aparece em todas as edições do
levantamento, que completou 31 anos em 2024.
São 150 deputados e senadores, num colégio de 594
parlamentares – 513 deputados e 81 senadores. São
100 “Cabeças” e 50 em “ascensão”.
Na visão do DIAP, para ser “Cabeça” é preciso ter
capacidade de conduzir debates, negociações,
votações, articulações e formulações, seja pelo
saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura
da realidade, que é dinâmica, e, principalmente,
facilidade para conceber ideias, constituir
posições, elaborar propostas e projetá-las para o
centro do debate, liderando a repercussão e tomada
de decisão. (Com informações do portal GZH -
Gazeta Zero Hora)
Fonte: Diap
13/11/2024 -
Governo Lula é aprovado por 67,6% dos brasileiros,
mostra pesquisa CNT/MDA
Percentual leva em conta os brasileiros que
consideram a gestão federal "ótima", "boa" ou
"regular". Os que desaprovam somam 30,8%
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT), em parceria com o instituto MDA,
aponta que 67,6% dos brasileiros aprovam o governo
Lula (PT), considerando sua gestão “ótima”, “boa” ou
“regular”. O levantamento, divulgado nesta
terça-feira (12), revela que 30,8% dos entrevistados
classificam o governo de forma negativa, seja como
“ruim” ou “péssimo”, o maior percentual desde o
início do atual mandato.
Conforme os dados da pesquisa, o índice de aprovação
se distribui entre 12,2% que consideram a gestão
"ótima" e 23,3% que a avaliam como "boa". Outros
32,1% dos brasileiros avaliam o governo como
"regular", reforçando uma base de aprovação ampla,
mas com diferenciações no nível de entusiasmo com as
políticas atuais. Esses números indicam que, apesar
dos desafios enfrentados pela administração federal,
ainda há um nível significativo de apoio,
especialmente em setores que mantêm uma visão
moderada e esperançosa sobre a gestão.
Metodologia - O instituto MDA entrevistou 2.002
pessoas presencialmente em diversas regiões do
Brasil, entre os dias 6 e 9 de novembro, com uma
margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais
ou para menos e um nível de confiança de 95%.
Fonte: Brasil247
13/11/2024 -
Que fim terá o chamado pacote “anti-STF” no
Congresso
A despeito da sanha da bancada bolsonarista na
Câmara dos Deputados contra o STF (Supremo Tribunal
Federal), o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL),
não deve acelerar a tramitação das proposições que
limitam a atuação da Corte.
Marcos Verlaine*
Aprovadas pela CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) da Câmara dos Deputados — 2 PEC (propostas
de emenda à Constituição) e 2 PL (projetos de lei) —
pelo menos 3 dessas proposições colidem com a Corte
Suprema.
As PEC — 28/24, permite ao Congresso suspender
decisões do Congresso, e a 8/21, que inadmite que
norma aprovada pelo Legislativo seja derrubada por
decisão monocrática de ministros do Supremo —, esta,
inclusive, já foi aprovada pelo Senado e tem o apoio
do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). E o
da Câmara indicou que a tramitação da proposta vai
ocorrer em breve.
Tramitação das PEC
Ambas, para irem ao plenário terão de passar antes por
comissão de mérito (especial). Mas sem acordo para
que caminhem na Casa, a tramitação é lenta e
truncada. Primeiro é preciso criar os colegiados por
meio de ato do presidente.
Em seguida, os líderes precisam indicar os membros
do colegiado para a instalação, com a eleição da
mesa diretora dos trabalhos — presidente e vice —,
cujo primeiro indica o relator.
Entre a aprovação do calendário dos trabalhos, com a
realização de audiências públicas, até a chancela ou
não do parecer do relator, isso não ocorre num prazo
inferior de no mínimo 2 meses. Portanto, neste ano a
chance dessas propostas serem aprovadas — sem acordo
— é zero.
Projetos de lei
Os PL (projetos de Lei) 658/22, do ex-deputado Paulo
Eduardo Martins, e o 4.757/16, do deputado Sóstenes
Cavalcante (PL-RJ) tratam de novas hipóteses de
impeachment de ministros do Supremo. Entre essas,
usurpar as competências do Legislativo e violar a
imunidade parlamentar em votos e decisões.
Crime de responsabilidade
O PL 658 estabelece novas hipóteses para impeachment
de ministros da Corte.
Uma dessas inclui como crime de responsabilidade os
ministros manifestarem, em qualquer meio de
comunicação, opinião sobre processo pendente de
julgamento.
Impeachment de ministro
O PL 4.757 estabelece a possibilidade de impeachment
de ministros do STF que “usurpem competência do
poder Legislativo ou Executivo”.
A proposta cria prazo de 15 dias para que o
presidente do Senado analise pedidos de impeachment
de ministros do Supremo. Hoje, não existe prazo, e
os processos costumam ser engavetados.
“Velocidade política”
A explicação sobre como o tema vem sendo tratado na
Câmara dá conta de que o timing de tramitação das
propostas segue o que se pode chamar de “velocidade
política”. Isto é, os projetos são vistos como
trunfo do Congresso no embate com o Judiciário sobre
o direito de os parlamentares continuarem dando as
cartas no repasse de recursos da União por meio de
emendas ao Orçamento.
Como a questão das emendas ao Orçamento está, em
princípio, pacificada com a aprovação pela Câmara do
PLP (Projeto de Lei Complementar) 175/24, na forma
de substitutivo do relator, deputado Elmar
Nascimento (União-BA), e encaminhado ao exame do
Senado, a tensão com o STF tende a se dissipar.
Elmar Nascimento ressaltou que o projeto é
fundamental para a execução do Orçamento. “O novo
marco fortalece a transparência, a eficiência e o
controle no uso dos recursos públicos”, disse. Estas
são as orientações da Corte para validar e liberar
as modalidades de emendas dos parlamentares ao
Orçamento público.
Segundo ele, o texto estabelece estrutura clara e
organizada para disciplinar as emendas
parlamentares, com diretrizes específicas para
emendas de bancada, individuais e de comissão.
Presidências da Câmara e do Senado
Em fevereiro de 2025, a Câmara e o Senado irão eleger
as novas mesas diretoras das casas legislativas. Na
Câmara, o favorito Hugo Motta (Republicanos-PB)
recebeu apoio do PT e do governo. Está por trás
disso, o veto às pautas bolsonaristas.
Ademais, em 2025, a CCJ será presidida por deputado
ou deputada do PT. Daí que proposições como o pacote
“anti-STF” não terão mais vez na próxima sessão
legislativa.
No Senado, a candidatura que caminha para ser
consensual, inclusive com apoio do PL, é a de Davi
Alcolumbre (União-AP), que é aliado do governo. O PT
e o Planalto também irão fechar com o pleito do
União Brasil. Assim, os movimentos de ataque ao
Planalto e/ou ao STF não terão tração ou impulso na
Casa.
Resumo da ópera
Finalmente, diante de todo esse enredo acima
contextualizado, das 4 proposições aprovadas pela
CCJ da Câmara, a única que pode prosperar é a PEC
8/21, sobre as decisões monocráticas de ministros do
Supremo, já aprovada pelo Senado em 2023.
Esta, salvo melhor juízo, não agride ou confronta o
Supremo. Ao contrário. Deve fortalecê-lo, pois impõe
à Corte reunir o colegiado para apreciar decisões do
Congresso.
O que não tira ou desfigura o poder de corte
constitucional — órgão judiciário ou não, cuja
principal função é zelar pela correta interpretação
e aplicação da Constituição, ou seja, julgar se
determinado tema é constitucional ou
inconstitucional — do STF.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
12/11/2024 -
Seguro-desemprego deve ficar fora dos cortes
Desde que começaram as especulações acerca do pacote
contra gastos, pelo governo federal, o
seguro-desemprego entrou na mira da área econômica.
O sindicalismo reagiu de pronto, ainda em outubro, e
as Centrais publicaram Nota em defesa do benefício.
A Nota voltou a circular sexta (8), a fim de alertar
o governo a não alterar a conquista, prevista na
própria Constituição.
No mesmo dia 8, o Valor Econômico relembrou a ameaça
do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, de
deixar o cargo se o benefício entrar no pacote. O
objetivo do ministro e do sindicalismo é deixar o
seguro fora dos cortes de gastos que Lula deve
enviar ao Congresso, a fim de manter o arcabouço
fiscal. O assunto voltaria a debate, no âmbito do
governo, ainda na sexta, dia 8.
Governo – Ideia em avaliação pelo Ministério
do Planejamento e Orçamento é que o critério de
concessão seja a renda familiar per capita e que o
benefício se limite a um por família. Hoje, duas ou
mais pessoas do mesmo grupo familiar podem
recebê-lo.
Constituição – Seguro-desemprego integra a
Seguridade Social. Sua finalidade é prover
assistência financeira temporária a empregado
dispensado sem justa causa.
Advogado – A Agência Sindical ouviu o dr.
Marcílio Penachioni, que há décadas atua na
assistência trabalhista e atende metalúrgicos de
Guarulhos e Região. Ele argumenta: “Trata-se de
direito Constitucional, assegurado no Artigo VII,
Inciso II”. Marcílio também entende ser direito
adquirido, “porque, quando contratado, o empregado
já sabe que, em caso de dispensa sem justa causa,
contará com esse aporte”.
Para o dr. Marcílio Penachioni, “cortar o seguro,
num quadro onde não haja pleno emprego, é medida
antissocial.”
Nota –
Clique aqui e leia a Nota das Centrais
Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
12/11/2024 -
Trabalho justo e sustentável é pauta das centrais
sindicais para o G20
CUT, Força Sindical e Dieese participam de
debates do G20 Social
Pensar o mundo do trabalho a partir das mudanças
tecnológicas, da emergência ambiental e da justiça
social. Esses são os pilares das demandas que as
centrais sindicais brasileiras vão levar para a
Cúpula Social do G20, prevista para o ocorrer entre
os dias 14 e 16 de novembro, na região da Praça
Mauá, no Rio de Janeiro.
Os dois primeiros dias de evento terão atividades
autogestionadas, ou seja, organizadas pelas
entidades da sociedade civil. A atividade promovida
pelos sindicatos ocorre no dia 14, entre 13h30 e
16h. Ao fim do dia, será aprovado um texto chamado
“Transições no mundo do trabalho: garantir empregos
de qualidade e promover a redução das
desigualdades”. Ele vai ser apresentado ao lado das
propostas das outras entidades civis no dia 16,
quando vai ser produzido um documento síntese da
Cúpula Social.
O encontro das centrais sindicais tem como
organizadoras: CSB (Central dos Sindicatos
Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil), Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Intersindical,
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
Pública, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
“Nos outros encontros do G20 que ocorreram pelo
mundo, o debate ficou restrito aos chefes de Estado.
Os movimentos sindical e social ficaram à margem,
tentando fazer atividades paralelas para ser
ouvidos. No G20 do Brasil, a sociedade está
integrada, vai poder debater e apresentar suas
propostas. Nós temos a expectativa de contribuir com
um documento único e entregar ao presidente Lula,
para que ele possa ler diante dos outros chefes de
Estado. É uma oportunidade extraordinária de
apresentar uma pauta ampla em relação a temas que
são urgentes”, diz Sérgio Nobre, presidente nacional
da CUT.
Futuro do trabalho
O documento das centrais sindicais parte do
entendimento de que os impactos climáticos globais
intensificam o deslocamento de refugiados e
aprofundam as disparidades sociais. Há preocupação
com a perda de empregos devido ao estresse térmico,
em setores como agricultura, construção civil,
turismo e comércio de rua. Eles são considerados
mais vulneráveis pela maior exposição ao calor ou
frio excessivos, pela escassez hídrica, por
enchentes, queimadas, e outras condições extremas.
Baseadas em informações da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), as centrais apoiam uma economia
sustentável, com redução de emissões de gases de
efeito estufa, que seja capaz de gerar inclusão
social e criar até 60 milhões de empregos a mais do
que a economia convencional.
Há também preocupação de que o crescimento da
digitalização e do uso de inteligência artificial
(IA) promovam mudanças no mercado de trabalho e
acelerem a obsolescência profissional. A automação é
um sinal de alarme principalmente em países com
predomínio de empregos de baixa renda, porque pode
aprofundar problemas de desemprego, precarização e
desigualdades. As centrais destacam o aumento dos
trabalhos com menos direitos, sem proteção social,
com obstáculos à organização sindical, jornada de
trabalho extensa e desregulamentada, instabilidade
da renda e sobrecarga de tarefas.
“Nesse mundo mais sustentável que desejamos, é
importante que a gente garanta que ninguém fique
para trás. Nem os trabalhadores, nem comunidades
tradicionais, nem as mulheres negras, juventude. Por
isso, ele deve ter como eixo estrutural a redução
das desigualdades. E, nesse sentido, a classe
trabalhadora reivindica postos de trabalho
ambientalmente sustentáveis, com condições de
trabalho dignas, orientadas pelo conceito de
trabalho decente da OIT”, diz Adriana Marcolino,
socióloga e diretora técnica do Dieese.
Demandas ao G20
Para as centrais sindicais, o G20 é a oportunidade
única de ampliar vozes e demandas dos trabalhadores.
A expectativa é que o encontro dos chefes de estado
aborde mais do que questões macroeconômicas, e
inclua também temas sociais. Um dos caminhos
defendidos é o de que seja possível reduzir as
desigualdades que se manifestam mesmo entre os
países do bloco, como diferentes legislações e
condições trabalhistas.
“É importante que o debate leve em conta os
interesses de todos. E busque parâmetros
internacionais. A OIT tem um papel fundamental nessa
discussão, para que possamos ter um modelo unitário
de legislação trabalhista e espaço de produção.
Hoje, temos regras diferentes de um lugar para o
outro. Há alguns com ambientes insalubres de
produção, sem jornadas de trabalho regulamentadas.
Muitas vezes, uma multinacional sai de um país e vai
para o outro, buscando aquilo que ela pode subverter
na lei de outro país. A concorrência baseada nessa
precarização prejudica os trabalhadores e o meio
ambiente”, analisa João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical.
Dessa forma, o documento que será apresentado na
Cúpula Social do G20 pelas centrais sindicais
brasileiras terá, ao menos, 20 demandas:
1 - Implementação de políticas de desenvolvimento
econômico socialmente justo e ambientalmente
sustentável, com redução das diferentes dimensões
das desigualdades.
2 - Garantia de acesso público, universal e de
qualidade à saúde, educação, aos serviços de cuidado
e seguridade para as populações ao longo de toda a
vida.
3 - Garantia de direitos trabalhistas,
previdenciários e sindicais, revertendo processos de
precarização do trabalho difundidos ao redor do
mundo, revendo o estabelecimento de contratos de
trabalho precários.
4 - Fortalecimento da liberdade de organização
sindical e a negociação coletiva nos setores público
e privado, combate de práticas antissindicais e
garantia de autonomia dos trabalhadores na definição
do sistema de financiamento sindical.
5 - Implementação da política de valorização
salarial.
6 - Ampliação da adesão às Convenções da OIT, como a
convenção 156, sobre a adoção de medidas para
impedir que demandas familiares dificultem o acesso
ao emprego e o crescimento profissional; criação de
convenções que tratem das novas formas de trabalho
mediadas pela digitalização e pelo uso da
Inteligência Artificial.
7 - Ampliação das oportunidades orientadas pelos
princípios do trabalho decente para mulheres,
população negra, juventude, LGBTQIA+ e pessoas com
deficiência, além de combater o trabalho escravo e
erradicar o trabalho infantil.
8 - Atualização das regulações da jornada laboral de
modo a limitar a fragmentação do tempo de trabalho
por meio das novas tecnologias.
9 - Garantia de formação profissional permanente e
de qualificação profissional para novos postos de
trabalho em casos de empresas afetadas pela
automação.
10 - Eliminação de processos produtivos prejudiciais
à saúde dos trabalhadores garantindo saúde e
segurança no trabalho.
11 - Garantia de proteção aos desempregados através
de políticas como seguro-desemprego, formação
profissional, intermediação de mão de obra e
programas de transferência de renda.
12 - Instituição da renda básica universal como
direito social, complementar aos direitos do
trabalho.
13 - Implementação de tributação progressiva sobre
renda e patrimônio e o aumento da tributação sobre
grandes heranças e fortunas, lucros e dividendos
para a criação de um fundo mundial para transição
energética e o combate à pobreza e às desigualdades.
14 - Implementação de políticas de transição,
recuperação e preservação ambiental que incluam a
geração de trabalho decente e amparo para todas as
comunidades afetadas.
15 - Garantia da valorização da agricultura
familiar, da agroecologia, da economia circular e
redução da poluição nas cidades e no campo.
16 - Implementação de investimentos em energia
limpa, renovável e acessível, garantindo que a
população tenha acesso a padrões de vida dignos e
mobilidade.
17 - Ampliação dos investimentos em infraestrutura
para uma produtividade ancorada em ciência e
tecnologia e criação de empregos formais de
qualidade e sustentáveis.
18 - Estabelecer infraestrutura econômica, social e
ambiental para uma industrialização sustentável,
revertendo o processo de reprimarização em países da
periferia.
19 - Regulamentação do uso de tecnologias que
impactam negativamente os postos e as condições de
trabalho, de forma que as inovações sejam elementos
de promoção e melhoria da vida em sociedade.
20 - Compartilhamento dos ganhos de produtividade
advindos de avanços tecnológicos com os
trabalhadores (por meio da redução da jornada de
trabalho e da valorização dos salários) e com o
Estado (arrecadação de tributos).
Fonte: Agência Brasil
12/11/2024 -
Proposta sobre fim da jornada 6×1 movimenta redes
sociais
"Escala 6x1 é desumana", diz deputada que
apresenta PEC
O fim da jornada de trabalho de 6 dias trabalhados
por um dia de descanso ganhou destaque domingo (10)
nas redes sociais. O debate sobre a proposta ficou
em primeiro lugar nos assuntos mais discutidos pelos
internautas na rede social X, antigo Twitter.
A extinção da jornada 6×1 faz parte de uma Proposta
de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela
deputada Érica Hilton (PSOL-SP) na Câmara dos
Deputados.
A parlamentar tem se engajado nas redes sociais para
pressionar os deputados a assinarem o requerimento
de apoio à PEC, que precisa de 171 assinaturas para
ser apresentada oficialmente. Até o momento, Érica
conseguiu metade dos apoiamentos necessários.
“Escala 6 x1 é desumana”
Segundo a deputada, a escala 6×1 é desumana. “Isso
tira do trabalhador o direito de passar tempo com
sua família, de cuidar de si, de se divertir, de
procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar
para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e
é incompatível com a dignidade do trabalhador”,
disse a deputada nas redes sociais.
A proposta do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT),
liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ),
recebeu o apoio da deputada para pressionar os
parlamentares. O movimento já conseguiu a adesão de
1,3 milhão de assinaturas da petição online em
defesa da proposta.
Pelo texto da Constituição e da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não
pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas
semanais, sendo facultada a compensação de horários
e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
(Agência Brasil)
Fonte: TVTNews
11/11/2024 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,61%
No acumulado de 12 meses, INPC ficou com taxa de
4,60%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a variação da cesta de compras para
famílias com renda até cinco salários mínimos,
registrou inflação de 0,61% em outubro deste. A taxa
ficou acima do 0,48% de setembro deste ano e do
0,12% de outubro do ano passado.
O INPC ficou acima do registrado pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que
mede a inflação oficial do país e que ficou em 0,56%
no período. No acumulado do ano, o INPC registrou
taxa de 3,92%, também acima do IPCA (3,88%).
No acumulado de 12 meses, no entanto, o INPC, com
taxa de 4,60%, ficou abaixo do IPCA (4,76%).
Em outubro, os produtos alimentícios tiveram
inflação de 1,11%, enquanto os não alimentícios
tiveram alta de preços de 0,45%.
Fonte: Agência Brasil
11/11/2024 -
Centrais sindicais apresentarão documento unitário
no G20 Social
Conheça os 20 pontos do documento das centrais
sindicais para o G20 Social. Saiba mais sobre o
evento no Rio de Janeiro em 2024.
As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central, CSB, Intersindical e Pública
participarão do G20 Social, de 14 a 16 de novembro
de 2024, no Rio de Janeiro.
Para isso foi preparado um documento unitário
elaborado junto com o DIEESE, que servirá como base,
no qual destacam a importância de garantir empregos
de qualidade na transição para uma economia mais
sustentável e em um ambiente onde a tecnologia pode
representar uma ameaça.
O documento afirma que:
“Uma transição justa exige medidas para a adaptação
aos fenômenos em curso, inclusão social, trabalho
decente, com direitos, representação sindical,
valorização salarial, saúde e segurança no trabalho,
mecanismos de redistribuição dos ganhos de
produtividade entre empregadores, trabalhadores e
Estado, além da modernização do parque industrial
com oferta de energia limpa e matéria-prima
sustentável.
Os sindicatos, pela capilaridade e pelo conhecimento
de cada categoria, podem proporcionar a introdução
de medidas sustentáveis e de proteção aos
trabalhadores nos locais de trabalho por meio das
convenções coletivas, dos acordos salariais, de
cursos de qualificação profissional e das ações
políticas que defendem os interesses da classe
trabalhadora”.
E lista 20 pontos que “buscam contribuir diretamente
com propostas relacionadas ao mundo do trabalho,
considerando as temáticas da transição justa, o
combate às desigualdades e à pobreza, e a busca por
uma nova governança global”.
Leia aqui o documento
Centrais Sindicais no G20: Transições no mundo do
trabalho
Fonte: Rádio Peão Brasil
11/11/2024 -
Inflação oficial sobe para 0,56% em outubro, diz
IBGE
Taxa é maior do que as observadas no mês anterior
(0,44%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa
de 0,56% em outubro deste ano. A taxa é maior do que
as observadas no mês anterior (0,44%) e em outubro
de 2023 (0,24%). O dado foi divulgado nesta
sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA acumula taxa de inflação de
4,76% em 12 meses, acima dos 4,42% observados em
setembro e acima do teto da meta de inflação
(4,50%), estabelecido pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) para este ano. Nos dez primeiros
meses do ano, o IPCA acumula taxa de 3,88%.
A taxa de inflação em agosto foi puxada
principalmente pelos gastos com habitação e com
alimentos. O grupo de despesas habitação teve alta
de preços de 1,49%, influenciada pelo avanço do
custo da energia elétrica, que subiu 4,74%, com a
implementação da bandeira tarifária vermelha 2, a
partir de 1º de outubro.
O grupo alimentação e bebidas teve variação de
preços de 1,06%, puxada principalmente pelo aumento
das carnes (5,81%). Entre os tipos de carne com
altas mais elevadas destacam-se acém (9,09%),
costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra
(5,79%). Outros alimentos com altas de preços foram
tomate (9,82%) e café moído (4,01%).
Os transportes foram o único grupo de despesas com
deflação (queda de preços): -0,38%. O resultado do
grupo foi influenciado por recuos nos preços das
passagens aéreas (-11,50%), trem (-4,80%), metrô
(-4,63%), ônibus urbano (-3,51%), etanol (-0,56%),
óleo diesel (-0,20%) e gasolina (-0,13%).
Fonte: Agência Brasil
11/11/2024 -
Justiça do Trabalho, Direitos Sociais
Constitucionais e as Decisões do STF
A recente atuação do Supremo Tribunal Federal (STF)
em questões trabalhistas tem despertado reflexões
importantes sobre o papel da Justiça do Trabalho e a
necessidade de equilíbrio entre a modernização das
relações laborais e a preservação dos direitos
conquistados muitos deles pela atuação do movimento
sindical.
Ao longo das últimas décadas, a Justiça do Trabalho
tem desempenhado uma função essencial não só na
proteção dos trabalhadores que é a parte mais fraca
da relação capital X trabalho, mas especialmente das
relações de trabalho, garantindo que os princípios
constitucionais da dignidade, segurança e igualdade
no ambiente de trabalho sejam efetivamente
respeitados.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC),
filiada à Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), por meio de seu presidente Tarcísio Melo,
observa que a Constituição Federal e o ordenamento
jurídico brasileiro atribuem à Justiça do Trabalho a
responsabilidade de resolver conflitos decorrentes
das relações de trabalho, aplicando de forma
criteriosa e especializada as normas da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT). Este sistema é
fundamental para a segurança jurídica de
trabalhadores e empregadores.
O Supremo Tribunal Federal, ao revisar decisões da
Justiça do Trabalho, especialmente, em temas como
terceirização, "pejotização" e flexibilização das
regras contratuais, tem suscitado um relevante
debate sobre os limites de sua atuação no campo
trabalhista, especialmente à luz da Reforma
Trabalhista de 2017. Embora muitos desses temas
estejam contemplados pela legislação reformista,
cabe ao Judiciário alinhar essas mudanças aos
princípios constitucionais que norteiam a proteção
social, mantendo sua função de preservar direitos
trabalhistas fundamentais.
Algumas decisões do Supremo Tribunal Federal, que
legitimam práticas como a terceirização irrestrita,
têm gerado questionamentos em diversos setores da
sociedade sobre os possíveis impactos dessas medidas
na proteção dos direitos trabalhistas. Embora o
discurso em favor da modernização e da
flexibilização das relações de trabalho tenha
ganhado terreno, persiste a necessária preocupação
de que tais práticas possam levar à precarização e à
perda de garantias laborais fundamentais.
Nesse contexto, o STF ao privilegiar a autonomia
contratual e a eficiência econômica, enfrenta o
desafio de equilibrar essas perspectivas com o
histórico de proteção social que caracteriza o
direito do trabalho brasileiro.
Diante desse cenário, surge uma reflexão natural:
seria o momento de revisar a legislação vigente para
que reflita essas novas realidades e assegure que as
relações de trabalho permaneçam justas e
equilibradas?
A possibilidade de alterações legislativas poderia,
quem sabe, responder melhor às demandas
contemporâneas sem comprometer a segurança e a
dignidade do trabalhador, permitindo que as mudanças
estruturais ocorram de forma democrática e com a
participação de todos os setores envolvidos.
Para isso, o diálogo entre os Poderes Executivo,
Legislativo, Judiciário e a sociedade civil torna-se
imprescindível, garantindo que a modernização das
normas trabalhistas seja acompanhada de uma análise
criteriosa sobre seus impactos práticos.
Nesse contexto, a Justiça do Trabalho segue como um
pilar essencial na manutenção do equilíbrio entre
inovação e proteção, e é fundamental que suas
decisões sejam respeitadas e aprimoradas, promovendo
um processo contínuo de adaptação que leve em conta
as transformações sociais e econômicas do país.
Ao invés de se limitar as críticas, o momento requer
uma análise profunda e construtiva que considere
tanto a importância histórica da proteção ao
trabalhador quanto a necessidade de atualização
normativa. Dessa forma, o Brasil pode continuar
avançando, de forma consistente, ajustando-se às
novas realidades sem comprometer a justiça social e
a dignidade no trabalho.
A CNTEEC acompanha atentamente essa situação e, há
algum tempo, vem promovendo debates sobre o tema. A
entidade reforça que toda discussão deve ocorrer no
âmbito legislativo, evitando limitar-se a críticas à
atuação do STF, e buscando uma abordagem
construtiva.
Com esse compromisso, o presidente Tarcísio Melo
pretende propor ao Fórum Sindical dos Trabalhadores
(FST), que reúne diversas confederações de
trabalhadores de várias categorias, que participe
ativamente dessa discussão, especialmente no que se
refere à proposição de alterações legislativas
necessárias. A construção de soluções adequadas para
as relações de trabalho deve ser realizada de
maneira democrática e fundamentada, sempre
respeitando o papel institucional do STF e do TST,
bem como as competências de cada instância na defesa
de uma justiça trabalhista equilibrada, eficaz e que
promova a dignidade do trabalhador.
Fonte: CNTEEC
11/11/2024 -
Multa aplicada a carro de som durante greve não é
ato antissindical, decide TST
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que o
município de Cachoeira Paulista (SP) não praticou
conduta antissindical ao aplicar multas de trânsito
ao carro de som usado pelo Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais da cidade durante greve da
categoria.
Para o colegiado, os agentes de trânsito atuaram no
cumprimento de seus deveres funcionais ao lançar as
infrações, devidamente fundamentadas no Código de
Trânsito Brasileiro.
A greve foi anunciada para outubro de 2022 e, no
processo de dissídio coletivo no Tribunal Regional
do Trabalho da 15ª Região (interior de São Paulo),
município e sindicato chegaram a um consenso para a
assinatura de um acordo.
Dias depois, porém, o sindicato disse que foi
surpreendido com o recebimento de 14 multas de
trânsito do carro de som, aplicadas nos dias da
greve, no total de R$ 20 mil. Segundo os autos das
infrações, o carro ultrapassou o limite de ruído
permitido, circulou pela cidade transportando
pessoas na parte externa e de carga e estacionou em
vagas para idosos.
Alegando se tratar de conduta antissindical, a
entidade pediu a suspensão do acordo. Segundo o
sindicato, após a saída do carro de som, a própria
prefeitura colocou um ônibus de sua frota para
ocupar as vagas, sem a aplicação de multa.
O município, por seu lado, disse que manteria as
multas porque diziam respeito a excessos cometidos
durante a greve. E argumentou também que não houve
punição ao sindicato, já que as multas foram
aplicadas ao titular do veículo.
Diante do impasse, o TRT concluiu que as multas
foram uma represália à paralisação, considerando que
várias delas foram aplicadas no mesmo dia e horário,
ao mesmo veículo e por diversos fundamentos. Com
isso, determinou que o município cancelasse as
penalidades e pagasse R$ 50 mil ao sindicato por
conduta antissindical.
Agentes de trânsito cumpriram dever
No recurso ao TST, o município argumentou que conduta
antissindical é a que visa constranger o movimento e
impedir que ele aconteça, o que não se deu no caso,
em que a greve transcorreu normalmente. Ele
sustentou ainda que os agentes de trânsito não têm
liberdade para deixar de agir e que a fiscalização,
com a punição aos infratores, não visa apenas punir,
nem arrecadar dinheiro, mas garantir a segurança do
trânsito.
O relator do recurso, ministro Agra Belmonte,
observou que, conforme a documentação do processo,
os agentes de trânsito atuaram no cumprimento dos
seus deveres funcionais, na qualidade de servidores
públicos. “Ao longo de três dias, as multas foram
lançadas, cada uma com uma justificativa,
devidamente fundamentadas no Código de Trânsito
Brasileiro”, afirmou ele. “Afinal, por exemplo,
estacionar o veículo nas vagas reservadas às pessoas
com deficiência ou idosos, sem credencial que
comprove essa condição, é considerado infração
gravíssima, sujeitando o autor a multa e a remoção
do veículo.”
Segundo Agra Belmonte, a liberdade sindical e o
direito de greve não são desculpas para a prática de
outras infrações ou outros delitos previstos em lei.
“Não cabe, portanto, a obrigação atribuída ao
município de cancelar as multas de trânsito.”
Por unanimidade, a SDC retirou a multa de R$ 50 mil
por conduta antissindical aplicada ao município. Com
informações da assessoria de comunicação do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
Processo ROT-7882-05.2022.5.15.0000
Fonte: Consultor Jurídico
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