Publicação: 07/08/2018
NCST e centrais
sindicais participam de reunião
com Ministro do Trabalho
Representantes da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST e demais
centrais sindicais reuniram-se, nessa terça-feira (07), com o novo
Ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello. Na
oportunidade – a primeira com o comandante da pasta -, as lideranças
sindicais denunciaram os trágicos impactos sociais resultantes da
chamada “reforma” trabalhista e solicitaram o resgate do respeito, do
protagonismo e do pragmatismo do Ministério do Trabalho. Participaram da
reunião o presidente da NCST, José Calixto Ramos; o secretário-geral da
NCST, Moacyr Roberto Tesch Auersvald e o diretor de finanças da
entidade, João Domingos Gomes dos Santos.
As entidades sindicais elencaram, também, a precarização do trabalho e
cobraram ações do governo para frear retrocesso.
Avaliação da NCST
“Esse é o primeiro contanto que estamos tendo com o
ministro. Aproveitamos a oportunidade para apresentar barbaridades da
chamada reforma trabalhista implementada pelo governo. O resultado
prático pode ser verificado com a precarização das relações entre
capital e trabalho e o enfraquecimento da representação sindical da
classe trabalhadora por meio do corte abrupto do único recurso
compulsório que essas entidades dispunham para trabalhar. O novo
ministro assume em uma situação espinhosa, com o Ministério do Trabalho
devassado pelas investigações da Polícia Federal, simultaneamente a um
intervalo de mandato muito curto para sanar problemas de outros
ocupantes do cargo. Desejamos a retomada do respeito, do protagonismo,
do pragmatismo e, no que for possível, colaborar para o resgate da
credibilidade deste Ministério junto a classe trabalhadora”, argumentou
Calixto.
“A importância estratégica da reunião de hoje, lembrando que foi uma
iniciativa do próprio ministro, é de grande relevância para a classe
trabalhadora e o movimento sindical. Ele tinha uma visão do Ministério
do Trabalho somente pela ótica patronal. Pelas primeiras iniciativas e
atos, como a portaria publicada na data de hoje, fica nítido que ele
agia somente na dimensão do capital. Hoje houve um resultado concreto no
sentido de dizer que é impossível tratar das coisas das relações de
trabalho sem considerar a ótica o trabalho. O ministro assumiu o
compromisso de rever atos recentemente editados, no sentido da inclusão
do campo do trabalho no âmbito das negociações junto ao Ministério. A
abertura de diálogo com as representações trabalhistas resgata a
normalidade tripartite entre governo, patrões e empregados”, avaliou
Domingos.
“Para nós, os trabalhadores, essa mesa aqui é a mesa mais importante que
nós temos; é a mesa do Ministério do Trabalho. O apelo que faço a Vossa
Excelência, é que nos represente com dignidade junto à Presidência da
República, a dignidade que o trabalhador merece. Alguns ministros que
aqui passaram, venderam a dignidade do trabalhador. Atropelaram a
representação sindical dos trabalhadores e fizerem a reforma do jeito
que eles queriam. Vossa Excelência sabe muito bem que o projeto
encaminhado pelo governo continha entre 7 a 8 itens que, ao chegar ao
Congresso Nacional, saiu com mais de 100 alterações, entre elas, o fim
do movimento sindical brasileiro. Vossa Excelência tem um currículo
invejável e sua experiência poderá ser muito útil. Tenha certeza de que
iremos te apoiar desde que esse apoio seja recíproco. Como iremos apoiar
alguém que está nos enfiando uma faca nas costas? Espero que isso não
aconteça e que o senhor consiga colocar ordem na casa. Isso é o que nós
pedimos de coração e, esperamos, inauguraremos um novo ciclo de respeito
mútuo entre a classe trabalhadora e este Ministério”, concluiu o
secretário-geral da NCST, Moacyr Tesch.
* Serviço fotográfico de Júlio Fernandes
Imprensa NCST com colaboração da jornalista Ruth de Souza, assessora de
comunicação da CTB
Fonte: NCST
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