Blog - Notícias Anteriores - Janeiro 2019
31/01/2019 -
20 de fevereiro: Assembleia Nacional da Classe
Trabalhadora
31/01/2019 -
Movimento sindical exige punição à Vale pela
tragédia em Brumadinho
31/01/2019 -
Militares entrarão na reforma da previdência, diz
secretário subordinado a Guedes
31/01/2019 -
Previdência deve ter idade diferente para homem e
mulher, diz prefeito
31/01/2019 -
Trinta dias de governo Bolsonaro: 2 MP e 33 decretos
31/01/2019 -
Bastaram dois dias de Mourão para o clã Bolsonaro
começar guerra
31/01/2019 -
Preços nas saídas das fábricas fecham 2018 com alta
de 9,76%
30/01/2019 -
Congresso retoma atividades com maior renovação da
história recente
30/01/2019 -
Texto da Previdência será apresentado ainda em
fevereiro, diz Marinho
30/01/2019 -
Sindicalistas contestam que regulação das
mineradoras trava postos de trabalho
30/01/2019 -
Entidades Sindicais adotarão medidas judiciais de
defesa dos trabalhadores da Vale de Brumadinho e
buscam atuar em conjunto com o Ministério Público do
Trabalho
30/01/2019 -
País tem apenas 35 fiscais de barragem de mineração
30/01/2019 -
Vale vai desativar mais 10 barragens em Minas Gerais
30/01/2019 -
Índice de Confiança da Indústria tem maior nível
desde agosto de 2018
30/01/2019 -
Nova regra do governo dificulta repasse do INSS a
entidades de aposentados
30/01/2019 -
Plano não é obrigado a manter preços em migração de
coletivo para individual
29/01/2019 -
'É a maior tragédia trabalhista do Brasil', diz
procurador-geral do Trabalho
29/01/2019 -
Justiça do Trabalho determina bloqueio de R$ 800
milhões da Vale
29/01/2019 -
Das 24 mil barragens do Brasil, apenas 780 passaram
por fiscalização
29/01/2019 -
A política de valorização do salário mínimo precisa
prosseguir
29/01/2019 -
MP 871 dificulta acesso de trabalhadores rurais à
Previdência Social
29/01/2019 -
Mercado já começa a ver economia patinando sob
Bolsonaro
29/01/2019 -
Justiça do Trabalho discute se tempo de troca de
uniforme deve ser remunerado
28/01/2019 -
NOTA: Nova Central e CNTI se solidarizam com
familiares das vítimas de Brumadinho/MG
28/01/2019 -
Reforma Trabalhista beneficia Vale em indenizações
por Brumadinho
28/01/2019 -
Centrais Sindicais farão encontro unificado em 20 de
fevereiro
28/01/2019 -
'Modernização trabalhista' fecha vagas em vez de
criá-las
28/01/2019 -
Número de processos trabalhistas despenca. Ações
somam R$ 30 bi
28/01/2019 -
Contratos anteriores à reforma trabalhista devem ser
rescindidos com sindicato
28/01/2019 -
Proposta altera e revoga itens da CLT modificados
pela reforma trabalhista
26/01/2019 -
Vale divulga lista de 413 funcionários sem contato
após tragédia
24/01/2019 -
Sindicalistas, governo e empresários debatem
tributação do vale-refeição
23/01/2019 -
Proposta altera regras para formulação de
jurisprudência nos Tribunais do Trabalho
17/01/2019 -
Fux suspende investigação sobre movimentações de
Queiroz
17/01/2019 -
Proposta amplia casos de isenção para concessão de
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
16/01/2019 -
Benefícios do INSS acima do salário mínimo terão
reajuste de 3,43
15/01/2019 -
Centrais confirmam unidade, orientam lutas para 2019
e definem plenária
11/01/2019 -
Governo estuda enviar proposta única de reforma da
Previdência
10/01/2019 -
Reduzir encargos trabalhistas é prioridade, diz
secretário da Receita
09/01/2019 -
Toffoli rejeita ação contra extinção do Ministério
do Trabalho
08/01/2019 -
Associações repudiam ataques à Justiça do Trabalho
feitos por Bolsonaro
07/01/2019 -
Proposta define limites para negociação entre patrão
e empregado
03/01/2019 -
Primeiro decreto de Bolsonaro fixa salário mínimo em
R$ 998
31/01/2019 -
20 de fevereiro: Assembleia Nacional da Classe
Trabalhadora
20 de fevereiro
Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, em São
Paulo (SP) e Dia Nacional de mobilização com
atividades, eventos e manifestações nas cidades,
categorias e locais de trabalho.
1. As Centrais Sindicais decidiram realizar um
processo nacional de mobilização nas bases sindicais
para preparar a ASSEMBLEIA NACIONAL DA CLASSE
TRABALHADORA.
2. A Assembleia será em 20 de fevereiro, às 10h, na
Praça da Sé, em São Paulo (SP), data em que deve
ocorrer o Dia Nacional em Defesa da Previdência
Pública e contra o fim da Aposentadoria.
3. Pauta: Defesa da Previdência Pública,
Aposentadoria e Seguridade Social – propostas e
formas de luta
4. Processo de mobilização:
a. Realização de debates com os trabalhadores nos
locais de trabalho
b. Realização de assembleias e eventos sindicais com
as categorias
c. Realização de plenárias sindicais
5. Objetivo do processo de mobilização:
a. Analisar a questão da Previdência e Seguridade
Social e as iniciativas de reforma propostas pelo
governo
b. Indicar o posicionamento do movimento sindical
c. Indicar propostas
d. Indicar as lutas a serem seguidas
6. Em 20 de fevereiro, além da Assembleia Nacional
em São Paulo, o movimento sindical deve organizar
atividades em todas as bases, apresentando a agenda
que será definida na Assembleia Nacional.
7. As Centrais Sindicais, ouvindo e sistematizando
as propostas que serão enviadas pelas bases,
elaborarão o documento que será avaliado e definido
na Assembleia Nacional.
8. Cada Central Sindical definirá as formas de
mobilização junto aos sindicatos, federações e
confederações.
9. Foram definidas e distribuídas metas de
mobilização para cada Central visando à realização
da Assembleia.
Fonte: NCST
31/01/2019 -
Movimento sindical exige punição à Vale pela
tragédia em Brumadinho
O movimento sindical reagiu com indignação às
declarações da Vale de que a empresa “não vê
responsabilidade” na tragédia da Mina Feijão, em
Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.
A mineradora atribuiu a catástrofe a um “caso
fortuito” que ela ainda está apurando. O
diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman,
alegou que a segurança da barragem que rompeu tinha
sido, inclusive, atestada “por especialistas
internacionais de renome”.
A Federação Nacional do Engenheiros, observou em
Nota que os profissionais brasileiros têm capacidade
técnica para dar segurança às barragens, criticando
o fato de que o “atestado de baixo risco” tenha sido
encomendado pela Vale a uma empresa alemã
não-especializada.
“Está claro hoje que tal aferição ficou aquém do
mínimo necessário”, lamenta a nota da entidade, que
tem como presidente o engenheiro Murilo Pinheiro.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop-MG),
representante dos terceirizados da Vale que operam
as barragens, o desastre de Brumadinho “não é
situação isolada”.
“O acidente é um crime porque, apesar das evidências
do alto impacto em caso de ruptura, dos reiterados
alertas e denúncias feitas, a Vale não vem cumprindo
a legislação e as normativas de segurança no
ambiente de trabalho”, denuncia o Sindicato.
A Agência Sindical falou com Eduardo Armond,
assessor do Siticop-MG, que reiterou a negligência e
as más condições impostas pela Vale. “A gente vem
denunciando a falta de segurança nas barragens da
Vale e outras empresas há mais de três anos. São
frequentes também excesso de jornada e outras
infrações trabalhistas”, afirma.
Ele critica ainda a falta de diálogo da Vale, que se
recusa a receber e a ouvir os Sindicatos das
categorias que atuam nas atividades da mineradora. O
assessor cita mais de 400 processos trabalhistas
contra a empresa, que se arrastam com sucessivos
recursos. “Isso inclui ações relacionadas à tragédia
de Mariana, que teve 15 barrageiros entre as 19
vítimas fatais”, informa.
Para o Sindicato, acontecimentos graves como os de
Brumadinho e Mariana, só ocorreram porque a Vale, há
muito, não vem cumprindo suas obrigações nas áreas
de segurança e de saúde no trabalho e muito menos
vem sendo devidamente fiscalizada.
“Isso tende a piorar, se prevalecer essa lógica
maluca do governo Bolsonaro de flexibilizar as
exigências ambientais. Não podemos admitir
conivência com a irresponsabilidade das empresas que
operam no setor de mineração”, frisa Armond.
Centrais - Todas as Centrais Sindicais
emitiram nota com duras críticas à Vale e à omissão
dos órgãos públicos.
Fonte: Agência Sindical
31/01/2019 -
Militares entrarão na reforma da previdência, diz
secretário subordinado a Guedes
Em um dos típicos anúncios que precedem recuos
posteriores, o governo Bolsonaro encena um 'martelo
batido' e afirma que as novas regras da previdência
valerão para todos os segmentos, inclusive para os
militares. O secretário especial de Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, disse, com todas as
letras, que nenhum segmento da sociedade, inclusive
a ala militar, será poupado na reforma das regras de
aposentadoria.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"ele [Marinho] espera que a proposta seja aprovada
pela Câmara e pelo Senado até meados de julho. 'Uma
outra determinação do nosso presidente [Jair
Bolsonaro] foi que todos têm que contribuir. Todos
têm que contribuir. Esse é o esforço de salvarmos o
sistema previdenciário e apresentarmos uma nova
Previdência no Brasil. Então a responsabilidade é de
todos. Todos os segmentos têm que dar sua
contribuição nesse processo', afirmou a uma plateia
de parlamentares."
O secretário ainda disse: "ninguém vai ficar de
fora. O governo vai apresentar um projeto que vai
levar em consideração todos os segmentos da
sociedade brasileira (...) Ele [Bolsonaro] falou em
Davos uma frase que era bom lembrar: o governo se
faz com exemplo; se dá exemplo quando se lidera.
Então é evidente que ele está sinalizando que os
militares vão entrar no processo. Isso está sendo
dito pelos vários líderes do Exército, das Forças
Armadas."
A matéria ainda aponta que "Marinho espera que o
governo consiga aprovar a proposta de mudanças nas
regras de aposentadorias na Câmara e no Senado até
meados de julho, quando se inicia o recesso
parlamentar. Ele reafirmou que o governo pretende
aproveitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
da reforma da Previdência já enviada pelo
ex-presidente Michel Temer para acelerar a
tramitação. Dessa forma, a proposta em elaboração
pelo governo Bolsonaro pode ser votada já pelo
plenário da Câmara, sem precisar passar por
comissões da Casa."
Fonte: Brasil247
31/01/2019 -
Previdência deve ter idade diferente para homem e
mulher, diz prefeito
Informação foi passada após reunião com ministro
Paulo Guedes
A proposta de reforma da Previdência a ser enviada
ao Congresso Nacional nas próximas semanas deverá
fixar a idade mínima de aposentadoria em 62 anos
para homens e 57 anos para mulheres, disse há pouco
o prefeito de Campinas e presidente da Frente
Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette (PSB).
Ele participou de uma reunião com o ministro da
Economia, Paulo Guedes, que discutiu o apoio dos
municípios à reforma.
“O ministro chegou a detalhar alguns pontos da
reforma ainda não publicamente divulgados. A dúvida
é se vai mexer na idade de forma mais rápida ou mais
demorada. Deve haver uma diferença na idade mínima
de homem para mulher. É aquela idade que a gente
ouviu comentar: 57 anos para mulher e 62 anos para
homem, mas [Guedes] disse que está fazendo os
últimos ajustes porque o presidente Bolsonaro teria
feito algumas sugestões”, declarou.
Segundo o presidente da FNP, o texto da proposta
está passando pelos ajustes finais antes de ser
encaminhado ao Congresso Nacional. Ele disse que o
ministro Paulo Guedes informou que o principal ponto
a ser definido é a velocidade da transição para as
novas regras. “Os municípios querem uma transição
que seja rápida o bastante para não jogar para o
futuro uma reforma que é necessária para agora”,
declarou.
Os prefeitos pediram a Guedes que a proposta de
reforma da Previdência valha automaticamente para
estados e municípios. Segundo ele, muitas
prefeituras, principalmente de grandes capitais,
estão com dificuldades financeiras e usam quase toda
ou toda a arrecadação do Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU) para cobrir o déficit da
Previdência dos servidores locais. “Uma reforma
previdenciária é muito importante para sustentar as
aposentadorias futuras”, disse o presidente da FNP.
O encontro reuniu prefeitos de quatro capitais:
Nelson Marchezan (PSDB), de Porto Alegre; Firmino
Filho (PSDB), de Teresina; Edvaldo Nogueira (PCdoB),
de Aracaju, e Socorro Neri (PSB), de Rio Branco. Os
vice-prefeitos de São Luís e de Curitiba também
compareceram à reunião.
Pacto federativo
A FNP também pediu a Guedes a revisão nos critérios de
autorização para as prefeituras contraírem
financiamentos com autorização do Tesouro Nacional.
Segundo Donizette, o antigo Ministério da Fazenda
endureceu o critério para aprovar os financiamentos.
Em vez de privilegiar prefeituras com baixo
endividamento, a pasta passou a autorizar os
empréstimos apenas para os municípios sem
dificuldade no fluxo de caixa.
“Temos casos com municípios com projetos em
andamento, que tiveram a liberação aprovada num
primeiro momento, mas foram afetados pela mudança de
regras”, ressaltou Donizette. A Frente Nacional dos
Prefeitos, explicou, defende uma proposta híbrida,
em que os dois critérios – estoque de dívida e fluxo
de caixa – sejam analisados.
A entidade também pediu a liberação de recursos
prometidos aos municípios, mas retidos pela União
nos últimos anos. De acordo com Donizette, o
ministro Guedes prometeu enviar, logo após a
aprovação da reforma da Previdência, uma proposta
para mudar a distribuição dos recursos da
arrecadação federal. Atualmente, a União fica com
55% dos tributos arrecadados, contra 25% para os
estados e 20% para os municípios. Guedes informou a
intenção de destinar 60% da arrecadação aos
municípios, 30% aos estados e apenas 10% com a
União. “O ministro repetiu o slogan do presidente
Bolsonaro de mais Brasil e menos Brasília”, declarou
o presidente da FNP.
Fonte: Agência Brasil
31/01/2019 -
Trinta dias de governo Bolsonaro: 2 MP e 33 decretos
O governo do presidente Bolsonaro completa seu 1º
mês, nesta quinta-feira (31), e já coleciona grande
número de polêmicas, indefinições no campo
econômico, problemas com as denúncias que envolvem
seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ), fragilidade na articulação política do
governo no Congresso e com falhas na comunicação
interna.
Dentre as decisões do presidente, destaque para as 2
medidas provisórias — MP 870 e 871/19. A 1ª
reestruturou os ministérios, com a extinção de
alguns, como o do Trabalho e criou novas pastas, com
destaque para o superministério da Economia. A 2ª
criou regras mais duras para acessar os benefícios
no INSS, com objetivo, segundo o governo, de
combater fraudes na concessão dos benefícios.
Com o retorno das atividades no Congresso Nacional,
a partir desta sexta-feira (1º), se inicia a
contagem dos prazos para a tramitação das MP. O
prazo de emendas vai até o dia 11 de fevereiro.
Diante das polêmicas causadas com as medidas, se
espera grande quantidade de emedas, com objetivo de
alterar ou suprimir partes das propostas do governo.
O passo seguinte, que deve ocorrer só após o
Carnaval, será a criação e funcionamento das
comissões mistas para análises das MP.
Decretos
Dos 33 decretos editados pelo governo, no 1º mês da
nova gestão, parte trata da reestruturação do modelo
institucional do Poder Executivo e outros passam
pelas “promessas’’ de campanha e 1 trata do aumento
do salário mínimo.
O Decreto 9.661/19, trata do reajuste do salário
mínimo. Seguindo os parâmetros estabelecidos pela
Lei 13.152/15, que estabelecia a política de
valorização do salário mínimo, o reajuste elevou o
piso nacional de R$ 954 para R$ 998, diferente do
previsto no orçamento encaminhado à sanção do
governo pelo Congresso Nacional, que era R$ 1.006.
Segundo o ministro-Chefe da Casa Civil, Onxy Lorenzoni,
o Decreto 9.685/19, que trata da posse e venda de
armas e munição, a edição é compromisso feito pelo
presidente na campanha e honrado com a edição do
decreto. O então deputado Chico Alencar (PSol-RJ),
apresentou requerimento de informação questionando o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio
Moro, da necessidade e viabilidade da publicação do
ato facilitando a compra de armas de fogo como forma
de combater o ambiente de insegurança presente no
País. Até o momento ainda não houve resposta.
Fonte: Diap
31/01/2019 -
Bastaram dois dias de Mourão para o clã Bolsonaro
começar guerra
O protagonismo do vice-presidente, general Hamilton
Mourão (PRTB), vem incomodando o núcleo familiar e
político do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e
alavancou uma guerra surda no interior do governo.
As críticas foram engrossadas devido às posições
tomadas por Mourão nos dois períodos em que esteve à
frente da Presidência da República onde conseguiu se
posicionar como uma espécie de contraponto as ideias
defendidas por Bolsonaro. Um dos filhos de Bolsonaro
teria chegado a comentar com pessoas próximas que o
general tentava se firmar como uma pessoa preparada
na possibilidade de alguma desestabilização do
governo.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as cabeçadas
entre Mourão e Bolsonaro, porém, começaram ainda na
campanha eleitoral. Após o atentado a faca sofrido
por Bolsonaro durante um ato de campanha em Minas
Gerais, Mourão tentou assumir as rédeas da campanha
e quis ocupar o lugar de Bolsonaro nos debates. A
atitude, contudo, foi prontamente afastada pelos
três filhos do ex-capitão. O então candidato à
presidência chegou a impedir Mourão de falar em nome
da campanha.
Na semana passada, ao assumir interinamente o
comando do Executivo devido a uma viagem de
Bolsonaro ao Fórum Econômico Mundial, de Davos, na
Suíça, Mourão disse que a flexibilização do porte de
armas, uma das principais bandeiras de campanha de
Bolsonaro, não tem efeito prático no combate à
violência e que a aprovação da medida teria sido uma
forma de agradar a sua base. A negativa feita pelo
general sobre a transferência da embaixada do Brasil
em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, algo que
também havia sido prometido por Bolsonaro à bancada
evangélica, também teria causado desconforto entre
aliados e familiares do presidente.
No chamado núcleo duro do governo, os ministros da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria Geral da
Presidência, Gustavo Bebianno, também estariam
demonstrando um certo incômodo com os constantes
questionamentos feitos por Mourão e outros membros
militares do governo, como os generais do Gabinete
de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da
Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos
Cruz.
Mourão também vem defendendo uma apuração rigorosa
em torno das suspeitas da movimentação financeira do
senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do
presidente, e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
Para Mourão, que afirmou que o que pesa nas
suspeitas é o sobrenome de Flávio, o caso pode vir a
se tornar um problema de governo.
Um outro ponto de atrito está ligado ao tratamento
dado por Mourão à imprensa, que o vem tratando com
simpatia. Enquanto Bolsonaro seleciona apenas as
emissoras governistas - Record e SBT - para dar
entrevistas, além de atacar a mídia em função de
matérias críticas, Mourão trata os jornalistas de
forma amigável.
O ponto alto da cizânia foi a declaração de Mourão,
nesta terça-feira 29, de que apoiaria uma decisão
para que o ex-presidente Lula deixasse a carceragem
da Polícia Federal em Curitiba, onde é mantido como
preso político, para acompanhar o velório do irmão.
"Questão de humanidade", disse Mourão. Pelo visto, o
mal-estar deve continuar.
Fonte: Brasil247
31/01/2019 -
Preços nas saídas das fábricas fecham 2018 com alta
de 9,76%
Os preços de produtos industrializados, medidos na
saída das fábricas, fecharam 2018 com uma taxa de
inflação de 9,76%, segundo dados do Índice de Preços
ao Produtor (IPP), divulgados nesta quarta-feira
(30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O indicador fechou 2017 com taxa
de 4,18%.
Das 24 atividades industriais pesquisadas, apenas o
setor de bebidas fechou 2018 com deflação (queda de
preços), de 2,79%.
Os setores com maiores altas de preços foram
indústrias extrativas (26,58%), outros produtos
químicos (19,70%), outros equipamentos de transporte
(15,89%) e metalurgia (13,94%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, a
maior alta de preços foi observada entre os bens
intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo (13,25%). Os bens de
capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram
inflação de 10,86%.
Também tiveram inflação os bens de consumo duráveis
(6,05%) e os bens de consumo semi e não duráveis
(2,98%).
Dezembro
Apesar de fechar o ano em alta, o IPP registrou
deflação (queda de preços) de 1,46% em dezembro de
2018. Em novembro, o índice também teve deflação, de
1,62%.
Treze das 24 atividades pesquisadas tiveram
inflação, com destaque para outros equipamentos de
transporte (2,18%) e alimentos (2,01%). Já entre as
11 atividades com deflação, destacam-se refino de
petróleo e produtos de álcool (-9,36%), indústrias
extrativas (-8,13%) e outros produtos químicos
(-2,96%).
Entre as grandes categorias econômicas, os bens de
capital tiveram inflação de 1,17% e os bens de
consumo duráveis, de 0,49%. Por outro lado, tiveram
deflação os bens intermediários (-2,66%) e os bens
de consumo semi e não duráveis (-0,05%).
Fonte: Agência Brasil
30/01/2019 -
Congresso retoma atividades com maior renovação da
história recente
Em dois dias, recomeçam as atividades legislativas
na Câmara dos Deputados e no Senado. A nova
legislatura é marcada por um dos maiores índices de
renovação desde a redemocratização. No Senado, das
54 vagas em disputa, 46 serão ocupadas por novos
nomes, uma renovação de mais de 87%. Na Câmara dos
Deputados, a taxa chegou a 52% dos parlamentares
eleitos.
Com mais partidos representados e menos
parlamentares conhecidos na composição, o Senado
terá nomes distribuídos em 21 legendas. Em 2015,
eram 15. As novidades incluem o Podemos, PSL, PHS,
Pros, PRP, PTC e o Solidariedade – que não tinham
representantes em 2015 –, agora têm um cada.
A Rede, representada até então pelo senador Randolfe
Rodrigues (AP), reeleito, cresceu e agora terá mais
quatro nomes. Já o PCdoB e PSOL ficaram sem
representantes.
Câmara
Na Câmara, o percentual de renovação só foi
ultrapassado duas vezes desde 1990, na eleição
daquele ano, quando o índice foi de 62%, e em 1994,
quando a renovação foi de 54%. Tomarão posse 243
deputados "novos" (de primeiro mandato); outros 270
já integraram a Câmara em outras legislaturas.
O PSL foi o partido que ganhou mais deputados
novatos na legislatura 2019-2023: 47 de uma bancada
de 52 parlamentares. Em segundo lugar, ficou o PRB
(18 parlamentares), seguido pelo PSB (16), PT (15),
PSD (14), PP e PDT (12 cada) e DEM (10). Os outros
partidos elegeram menos de dez novos deputados.
O PT foi o partido que mais reelegeu deputados. Dos
56 eleitos pela legenda em 2018, 40 foram reeleitos,
seguido pelo PMDB (25 reeleitos), PP (23), PR (22),
PSD (20), DEM (19), PSDB (16), PSB (14), PDT (14) e
PRB (11). As demais legendas reelegeram menos de 10
deputados.
Fonte: Agência Brasil
30/01/2019 -
Texto da Previdência será apresentado ainda em
fevereiro, diz Marinho
O texto da reforma da Previdência deverá ser enviado
ao Congresso Nacional até a terceira semana de
fevereiro. A informação foi confirmada nesta
terça-feira (29) por Rogério Marinho, secretário
especial da Previdência e Trabalho, que participou
de uma reunião entre o ministro da Economia, Paulo
Guedes, e o presidente do Tribunal de Contas da
União (TCU), José Múcio Monteiro, em Brasília.
"A ideia é que no mês de fevereiro, na segunda ou
terceira semana, isso [a proposta de reforma da
Previdência] vá ao plenário da Casa", disse Marinho.
Segundo ele, a área política do governo deverá
articular a tramitação do texto com os líderes do
governo e os próximos presidentes da Câmara e do
Senado.
"O ministro da Casa Civil [Onyx Lorenzoni] deverá
conversar com o ministro da Economia [Paulo Guedes],
o futuro líder do governo, os presidentes da Câmara
e do Senado, que serão eleitos a partir de 1º de
fevereiro. É necessário que haja uma combinação
entre todas as partes para que não haja ruído",
acrescentou.
O governo pretende aproveitar o texto da proposta de
emenda à Constituição (PEC) apresentada ainda
durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, para
agilizar a tramitação, uma vez que já avançou na
Câmara. A diferença é que o texto de Temer não prevê
a criação de um regime previdenciário em que cada
trabalhador faça a própria poupança (capitalização),
como o governo deverá apresentar em fevereiro, o que
pode gerar questionamentos por parte da oposição.
De acordo com Rogério Marinho, o presidente Jair
Bolsonaro tem acompanhado a discussão do tema e dado
orientações sobre o que espera da proposta de seu
governo. "Não tenho dúvida que a proposta terá
alcance fiscal e será justa, no sentido de que
aqueles que podem vão contribuir mais do que aqueles
que podem menos", disse.
Fonte: Agência Brasil
30/01/2019 -
Sindicalistas contestam que regulação das
mineradoras trava postos de trabalho
"Tem como manter o emprego seguro e com
segurança, depende de um conjunto das autoridades e
dos governos", defende presidente da Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Minas
Gerais
O presidente da Federação dos Trabalhadores nas
Indústrias Extrativas do Estado de Minas Gerais,
José Maria Soares, rebateu em entrevista ao
jornalista Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual, os
argumentos que colocam em lados opostos a luta por
melhores condições trabalhistas e ambientais, e a
garantia dos postos de trabalho dentro de cidades
mineiras que dependem economicamente das indústrias
de mineração. Para Soares, a tragédia em Brumadinho
ocasionada pelo rompimento de barragens
administradas pela Vale, revelam o descompasso entre
as empresas mineradoras com a fiscalização pública.
"Tem como manter o emprego seguro e com segurança,
depende de um conjunto das autoridades e dos
governos. Há ainda outros projetos (de leis) que têm
e que podem ser apresentados, mas que dependem do
Congresso, das assembleias legislativas e estaduais
que tratam de como fazer essas barragens com
segurança, de forma que se mantenham os postos de
trabalho, o desenvolvimento e progresso da região,
do Brasil e do mundo", afirma.
O presidente do Sindicato Metabase de Brumadinho,
Augustinho José de Sales, que também acompanhava a
entrevista, acrescentou ao crime ambiental como uma
tragédia trabalhista e relembrou que a situação
poderia ter sido evitada com a transferência da área
administrativa para outra região, mais distante da
barragem, proposta, segundo Sales, há três anos.
"Não aconteceu porque a empresa não liberou recurso,
porque foi gananciosa."
Fonte: Rede Brasil Atual
30/01/2019 -
Entidades Sindicais adotarão medidas judiciais de
defesa dos trabalhadores da Vale de Brumadinho e
buscam atuar em conjunto com o Ministério Público do
Trabalho
O Sindicato METABASE de Brumadinho e a Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Minas
Gerais (FTIEMG) irão atuar em várias frentes na
defesa dos trabalhadores da VALE, com vistas à
responsabilização da empresa pelo rompimento da
barragem de rejeitos de minério. Medidas judiciais
coletivas deverão ser impetradas em harmonia com a
atuação do Ministério Público do Trabalho, que já
impetrou Ação Civil Pública. Tais iniciativas se
somarão a outras, no campo político e junto aos
órgãos de governo, para que se possa garantir que
novas tragédias como a que ocorreu na última sexta
(25), em Brumadinho, não se repitam.
O METABASE Brumadinho, sindicato que representa os
trabalhadores da VALE na localidade, informa que, há
pelo menos dois anos, cobrava da empresa a mudança
de local das instalações administrativas e do
refeitório. Em reunião, representantes da VALE
disseram que existia um projeto pronto para a
transferência, o que não ocorreu a tempo de evitar
essa tragédia.
As entidades sindicais acompanham de perto o
trabalho das autoridades competentes. Quatro
diretores do METABASE Brumadinho continuam
desaparecidos, assim como familiares de diretores.
A FTIEMG e o METABASE Brumadinho irão tomar todas as
medidas cabíveis para cobrar a responsabilidade dos
culpados por este odioso crime trabalhista e
ambiental, que mais uma vez atinge a sociedade
brasileira.
Somente com os dados disponíveis até o momento,
relativos ao número de vítimas fatais e
desaparecidos, já é possível afirmar que o
rompimento da barragem da VALE é o maior acidente do
trabalho desse tipo em todo o mundo.
O presidente da FTIEMG, José Maria Soares,
encontra-se à disposição para outros esclarecimentos
à imprensa no celular/Whatsapp (31) 99981-1455
30/01/2019 -
País tem apenas 35 fiscais de barragem de mineração
A segurança básica para a manutenção e funcionamento
das barragens no país conta com apenas 35 fiscais em
todo o território nacional. A Agência Nacional de
Mineração (ANM), responsável pela fiscalização,
mobiliza esses parcos profissionais para atuar nas
790 barragens de rejeitos de minérios – semelhantes
às do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e à do
Fundão, em Mariana – em todo Brasil.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca
que "o governo federal usa só laudos produzidos
pelas próprias mineradoras ou por auditorias
contratadas. São elas que atestam a segurança das
suas estruturas. A autorregulamentação é definido na
Lei Federal 12.334, de 2010, e é adotado também em
outros países. São previstos dois tipos de inspeção:
a regular, feita pela própria empresa, e a especial,
realizada por equipe multidisciplinar contratada
pela empresa, de acordo com orientações da ANM."
E acrescenta: "o risco é potencialmente mais alto se
não houver fiscalização, dizem especialistas. 'É
claro que não dá pra fazer nem uma fiscalização por
ano em cada uma', diz o geólogo Paulo Ribeiro de
Santana, da ANM. Segundo ele, os 35 fiscais não
trabalham exclusivamente com barragens de rejeitos.
'Há outras atividades relacionadas à mineração
também, como fiscalização de minas, pesquisa
mineral, muitas coisas'."
Fonte: Brasil247
30/01/2019 -
Vale vai desativar mais 10 barragens em Minas Gerais
A mineradora Vale vai suspender por até três anos as
atividades no entorno de barragens semelhantes as
que romperam nas cidades de Brumadinho e Mariana,
ambas em Minas Gerais.
São 19 estruturas conhecidas como barragens à
montante, que também ficam em Minas Gerais. Elas
começaram a ser desativadas após a tragédia em
Mariana, há pouco mais de três anos. Agora, serão
descomissionadas, como explicou o presidente da Vale
Fábio Schvartsman.
“Descomissionar significa devolver à natureza. Elas
deixam de ser barragens. Ou são esvaizadas ou são
integradas ao meio ambiente. Elas deixam de ter
característica de barragem.”
Das 19 barragens, nove já haviam passado pelo
processo de descomissionamento. Para as outras dez,
o que inclui a barragem do Córrego do Feijão, que
rompeu em Brumadinho, a Vale vai apresentar um
projeto aos órgãos ambientais. E espera começar os
trabalhos em 45 dias.
O procedimento de descomissionamento deve custar
cerca de R$ 5 bilhões. Além da mina Córrego do
Feijão, que também passará pelo procedimento, as
operações serão suspensas nas unidades de Jangada,
Fábrica, Segredo, João Pereira, Alto Bandeira, e no
complexo Vargem Grande, que inclui as unidades de
Vargem Grande, Abóboras, Capitão do Mato e Tamanduá.
De acordo com o presidente da Vale, a suspensão
temporária dos trabalhos reduz o risco de acidentes.
“Paralisar as operações é pra acelerar o
descomissionamento. Porque se nós fizéssemos o
descomissionamento com a operação em andamento,
haveria um enorme risco, aí sim, de causar um
desmoronamento.”
Juntas, as 10 unidades afetadas pela suspensão dos
trabalhos vão deixar de extrair 40 milhões de
toneladas de minério de ferro, o que representa 10%
da produção anual da Vale.
Em um comunicado aos investidores, divulgado no fim
da noite dessa terça-feira (30), a mineradora
informou que vai aumentar a produção de ferro em
outras minas, para compensar a redução.
E acrescentou que os 5 mil trabalhadores da Vale e
terceirizados que atuam nessas minas terão os
empregos preservados.
Fonte: Portal EBC
30/01/2019 -
Índice de Confiança da Indústria tem maior nível
desde agosto de 2018
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,6 pontos de
dezembro de 2018 para janeiro. Com a alta, o
indicador atingiu para 98,2 pontos em uma escala de
zero a 200, o maior nível desde agosto do ano
passado.
A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais
pesquisados. O Índice de Expectativas, que mede a
confiança dos empresários da indústria em relação ao
futuro, avançou 4,3 pontos e atingiu 99,5, o maior
nível desde agosto de 2017 (100,6 pontos).
O principal componente para a alta do Índice de
Expectativas foi o ímpeto de contratações do setor
nos próximos três meses, que cresceu 6,3 pontos.
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança dos
empresários da indústria em relação ao momento
presente, subiu 1 ponto, indo para 97 pontos, a
terceira alta consecutiva. A alta foi puxada
principalmente pelo grau de satisfação com o nível
da demanda atual, que subiu 1,6 ponto.
Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., o
setor industrial dá sinais de esperar uma retomada
nos próximos meses, após a expressiva desaceleração
do segundo semestre do ano passado.
“As expectativas avançaram bem em janeiro, com
melhores previsões para a produção e o emprego no
horizonte de três meses e otimismo com relação à
evolução do ambiente de negócios no horizonte de
seis meses”, disse.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou
0,5 ponto percentual em janeiro, para 74,3%, o menor
nível desde setembro de 2017 (74,0%).
Fonte: Agência Brasil
30/01/2019 -
Nova regra do governo dificulta repasse do INSS a
entidades de aposentados
Na medida provisória editada para combater
irregularidades, foi inserido um dispositivo que
exigirá a autorização anual do aposentado para que o
"imposto sindical" seja feito
O governo decidiu fechar a porta para repasses do
INSS a entidades que representam os aposentados, uma
espécie de "imposto sindical" cobrado de alguns
segurados da Previdência Social e que é um dos
canais de fraudes identificados pelo governo. Na
medida provisória editada para combater
irregularidades, foi inserido um dispositivo que
exigirá a autorização anual do aposentado para que o
desconto seja feito.
Muitas vezes os aposentados assinam a autorização
para o desconto da mensalidade para essas entidades,
na hora em que se aposentam, sem perceber - o valor
chega a ser embutido em consignados - ou nem sabem
que estão efetuando esse pagamento. Uma vez
autorizado, o repasse é feito de forma permanente
até que haja o pedido de cancelamento. O controle é
dificultado porque os aposentados não recebem
contracheque, que fica disponível apenas online.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do
Grupo Estado) solicitou ao INSS dados sobre os
valores envolvidos nesses repasses, mas não obteve
retorno até o fechamento desta edição. O problema
foi tratado em reunião do Conselho Nacional de
Previdência Social (CNPS) de setembro de 2018. Na
ocasião, o então presidente do INSS, Edison Garcia,
mencionou uma média de R$ 3 milhões ao mês pagos a
cada uma das 18 entidades que representam os
aposentados - um repasse mensal superior a R$ 50
milhões.
Na mesma reunião, o CNPS decidiu notificar o
Ministério Público Federal e a Polícia Federal sobre
denúncias de irregularidades envolvendo associações
de aposentados. Essa notificação foi emitida em
novembro de 2018.
O CNPS é formado por representantes do governo,
entre eles a Secretaria de Previdência e o INSS, e
da sociedade civil. Na reunião de setembro,
representantes da Confederação Brasileira de
Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) afirmaram
que havia associações fantasmas se valendo do
mecanismo para recolherem dinheiro dos aposentados.
O desconto pode chegar a 2% do benefício.
No mesmo encontro, o então presidente do INSS,
Edison Garcia, endossou as preocupações e falou na
necessidade de se "consertar" o problema. "Fazendo
uma conta simples de 18 entidades, a média é de R$ 3
milhões de receita para cada uma ao mês, só que eu
sei que tem gente que ganha mais do que isso. A
receita de uma que eu sei é de R$ 6 milhões por mês.
É uma verba razoável para pagar custeio e manutenção
de associação.
Então vamos trabalhar juntos, eu estou à disposição,
e vamos consertar isso aí", disse Garcia, segundo
ata da reunião.
Mudança
A MP editada pelo governo diz que a autorização para o
desconto das mensalidades deverá ser revalidada
anualmente, conforme regulamentação ainda a ser
editada. O secretário de Previdência, Leonardo
Rolim, afirma que a ideia é que a permissão "não
seja eterna". "Ele tem de renovar essa autorização
periodicamente. Como qualquer coisa que você faz na
vida, você precisa repensar e autorizar. A ideia é
ter segurança de que a pessoa quer de fato continuar
fazendo o desconto."
Segundo Rolim, esse desconto e o consequente repasse
para as entidades movimentam recursos vultosos,
principalmente de segurados especiais (modalidade
que abarca trabalhadores rurais familiares e
pescadores artesanais).
"Geralmente, o sindicato foi quem deu o documento
que permitiu àquela pessoa se aposentar (pela
modalidade rural). Então, por gratidão, ela permite
ao sindicato descontar, e isso fica pela vida
inteira. Ela vai ter de renovar essa decisão",
explica o secretário. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Fonte: Correio Braziliense
30/01/2019 -
Plano não é obrigado a manter preços em migração de
coletivo para individual
O segurado que desejar manter os serviços
assistenciais da antiga operadora tem o direito de
migrar para plano de saúde individual ou familiar,
desde que aceite as novas regras e valores de
mensalidades da nova modalidade escolhida. Com esse
entendimento, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino,
do Superior Tribunal de Justiça, deu provimento ao
recurso de uma operadora.
A empresa, defendida pelo Bhering Cabral Advogados,
ajuizou recurso contra decisão do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, que considerou que houve
falha na prestação de serviço, porque a operadora
não forneceu aos autores um plano de saúde
individual ou familiar com valores compatíveis aos
anteriormente pagos.
A operadora alegou violação aos artigos 535, do
CPC/73, argumentando que a corte foi omissa quanto à
inaplicabilidade da Resolução Normativa 254 da
Agência Nacional de Saúde, bem como sobre o valor da
mensalidade do plano individual.
No mérito, disseram ferido o artigo 478 do Código
Civil, uma vez que ficou assegurado aos autores da
ação a migração para um plano individual pelo mesmo
valor do plano coletivo extinto, desconsiderando o
desequilíbrio econômico financeiro dada a
significativa redução de beneficiários.
O ministro, ao acatar a tese da operadora, afirmou
que o próprio STJ vem decidindo que "aos planos
coletivos empresariais é inaplicável a vedação à
resilição unilateral prevista no artigo 13,
parágrafo único, inciso II, da Lei 9.656/1998".
Dessa forma, depois de um ano de vigência do plano,
os contratos coletivos de assistência médica podem
ser rescindidos sem motivo mediante prévia
notificação ao segurado e disponibilização de
possibilidades de migração para outro plano
individual ou familiar sem cumprimento de novos
prazos ou carência.
"Assim, o segurado que desejar manter os serviços
assistenciais da antiga operadora tem o direito de
migrar para plano de saúde individual ou familiar, o
que implica aceitar as novas regras e valores de
mensalidades inerentes à essa modalidade
contratual", explicou o relator.
REsp 1.642.329
Fonte: Consultor Jurídico
29/01/2019 -
'É a maior tragédia trabalhista do Brasil', diz
procurador-geral do Trabalho
Para Ronaldo Fleury, o país vive um processo de
"sub-humanização" dos trabalhadores, e o caso
ocorrido em Brumadinho é exemplo disso
O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury,
afirmou que o ocorrido em Brumadinho (MG) é não
apenas um desastre ambiental e humanitário, mas "a
maior tragédia trabalhista do Brasil, da nossa
história". Segundo ele, o caso deve superar o
ocorrido em fevereiro de 1971 em Belo Horizonte,
quando o desabamento de um pavilhão de exposições em
obras deixou 65 operários mortos. O episódio ficou
conhecido como a "tragédia da Gameleira", bairro da
capital mineira.
Para Fleury, que participou na manhã desta
segunda-feira (28) de um evento sobre trabalho
escravo, o Brasil vive um processo de
"sub-humanização dos trabalhadores", e o exemplo de
Brumadinho é óbvio. Em alguns casos, afirmou, a dor
será "definida" pela Justiça. "E a dor dos que
estavam trabalhando? Essa dor está limitada pela
reforma trabalhista." Ele se referia a item da Lei
13.467 que fixa limite à indenização em 50 vezes o
salário do empregado. Esse dispositivo está sendo
questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.050, da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho. O relator é o ministro Gilmar Mendes.
Fleury lembrou que o Ministério Público do Trabalho
(MPT) em Minas ajuizou ontem uma ação cautelar na
Vara do Trabalho de Betim (MG) solicitando bloqueio
das contas da Vale no total de R$ 1,6 bilhão. A
liminar foi deferida parcialmente, com determinação
do bloqueio de R$ 800 milhões. "O ser humano está na
centralidade da nossa Constituição", disse o
procurador-geral.
O objetivo, segundo ele, é garantir, além de uma
futura indenização por danos morais e materiais, o
pagamento dos salários dos trabalhadores – tanto os
desaparecidos como os resgatados. "A nossa ação visa
que as famílias não fiquem desamparadas neste
momento. A fonte de renda deve ser preservada", diz
a procuradora Elaine Noronha Nassif, que assina a
cautelar juntamente com Geraldo Emediato de Souza.
Além do bloqueio, o MPT quer que a empresa siga
pagando os salários, arque com despesas de funeral,
traslado de corpos e sepultamento. Além disso,
solicita que a Vale apresente, em 10 dias úteis,
documentos como programa de gerenciamento de riscos,
convenção ou acordo coletivo e relação nominal de
empregados diretos e terceirizados. "A Vale é
reincidente", afirmou Geraldo Emediato, referindo-se
à tragédia de Mariana, três anos atrás. "É preciso
arcar com as consequências da negligência",
acrescentou.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/01/2019 -
Justiça do Trabalho determina bloqueio de R$ 800
milhões da Vale
A pedido do Ministério Público do Trabalho em Minas
Gerais (MPT-MG), a Justiça do Trabalho autorizou o
bloqueio de R$ 800 milhões da mineradora Vale,
responsável pela barragem na mina Córrego do Feijão,
em Brumadinho (MG), que se rompeu na tarde de
sexta-feira (25). Até o momento, a Justiça já
determinou o bloqueio de R$ 11,8 bilhões das contas
da mineradora.
Segundo o MPT, a quantia será destinada ao pagamento
de direitos trabalhistas, assegurando “as
indenizações necessárias a todos os atingidos,
empregados diretos ou terceirizados, pelo rompimento
da barragem na mina”. Segundo o último balanço
oficial divulgado, o número de mortos na tragédia já
chega a 60 e 292 pessoas continuam desaparecidas.
Na decisão, a juíza Renata Lopes Vale, do Tribunal
Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3), também
obriga a Vale a continuar pagando os salários dos
trabalhadores desaparecidos a seus parentes e
familiares. A medida deverá vigorar “até a resolução
da situação pendente em que se encontram
(constatação efetiva ou jurídica de vida ou de
óbito)”.
A empresa também deverá arcar com despesas de
funeral, translado de corpo, sepultamento de todos
os trabalhadores mortos em função do rompimento da
barragem. A Vale tem 10 dias, a partir da
notificação, para apresentar cópia de seu Programa
de Gerenciamento de Riscos, entre outros documentos.
A Justiça mineira determinou o terceiro bloqueio de
valores da mineradora Vale, desde o rompimento das
barragens da Mina Córrego do Feijão, no município de
Brumadinho (MG), na tarde de sexta-feira (25).
No sábado (26), a Justiça de Minas Gerais já havia
bloqueado R$ 10 bilhões da mineradora. Por
determinação da juíza Perla Saliba Brito, a fim de
garantir recursos para medidas emergenciais e a
reparação de danos ambientais decorrentes do
rompimento da barragem, R$ 5 bilhões foram
bloqueados. Horas depois, a Justiça mineira
determinou o bloqueio de mais R$ 5 bilhões para
ressarcir danos e perdas às vítimas em geral.
Ainda no sábado (26), o juiz Renan Chaves Carreira
Machado, responsável pelo plantão judicial do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo
Horizonte, ordenou o bloqueio de R$ 1 bilhão da
mineradora.
Fonte: Agência Brasil
29/01/2019 -
Das 24 mil barragens do Brasil, apenas 780 passaram
por fiscalização
Relatório mais atualizado da Agência Nacional de
Águas (ANA) foi produzido com base em dados de 2017
No Brasil, existem 790 barragens de rejeitos de
mineração como a de Brumadinho (MG) que se rompeu na
última sexta-feira (25), e que fazem parte das
24.092 analisadas no relatório da Agência Nacional
de Águas (ANA), órgão do governo federal. A maioria
das barragens, 9.827, ou 41% do total, são de
irrigação, sem relação com a mineração.
Segundo o relatório divulgado pela ANA, referente a
2017, apenas 780 das 24 mil barragens passaram pela
vistoria de algum órgão de fiscalização naquele ano
– ou seja, pouco mais de 3%. Ao todo, são 43
entidades de fiscalização de barragens, das quais
quatro são federais e 39, estaduais.
O documento da ANA revela que 723 barragens são
classificadas como "de alto risco". Outras 45 estão
com as estruturas comprometidas. O relatório não
especifica se elas são barragens de irrigação ou se
contêm rejeitos da exploração de minérios.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o professor Luiz
Jardim, especialista em barragens de rejeitos de
mineração, declarou que, apesar de ser mais barato e
atender à lógica do capitalismo, o modelo de
barragem de rejeitos líquidos, com risco
considerável de rompimento, não é a única
alternativa.
Jardim também ponderou que, mesmo a estocagem de
rejeitos em blocos sólidos, após o processamentos da
parte líquida resultante da extração de minérios,
apresenta riscos à saúde e ao meio ambiente.
O relatório da ANA foi divulgado em novembro do ano
passado. Em relação a 2016, o total de barragens de
fiscalizadas caiu 16% em 2017.
Fonte: Brasil de Fato
29/01/2019 -
A política de valorização do salário mínimo precisa
prosseguir
A continuidade da política de valorização do
salário mínimo, entretanto, representa grande
desafio para o desenvolvimento brasileiro.
Por Clemente Ganz*
O SM (salário mínimo) foi instituído no Brasil na
Constituição de 1934, para garantir aos
trabalhadores condições econômicas de satisfazer as
próprias necessidades.
A Constituição de 1946 determinou que o SM deveria
atender também à família do trabalhador e a de 1988
renovou esse direito a todos os trabalhadores
urbanos e rurais, definindo no artigo 7º, parágrafo
IV: um “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim”.
Há décadas, o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima o
valor do salário mínimo necessário para atender a
uma família de 2 adultos e duas crianças.
Atualmente, a quantia é de cerca de R$ 4.000, ou
seja, 4 vezes o valor atual desta remuneração.
O movimento sindical luta para que o salário mínimo
se aproxime dos valores indicados pelo Dieese. Há
alguns anos, as Centrais Sindicais iniciaram uma
ação nacional de mobilização, com as Marchas da
Classe Trabalhadora, a partir de 2004. Essa
mobilização construiu a Agenda da Classe
Trabalhadora, pauta propositiva para o
desenvolvimento nacional formulada com questões e
prioridades do mundo do trabalho. Um dos destaques
era a necessidade de implantação de uma política de
valorização do salário mínimo.
O movimento gerou uma complexa negociação que
resultou, inicialmente, em um acordo entre as
Centrais Sindicais e o governo do então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, e, depois, em 2011,
avançou para a legislação (Lei 12.382, de 25/02/11 e
Lei 13.152, de 29/07/15).
Os critérios definidos para a valorização do piso
nacional foram o reajuste correspondente à inflação
anual medida pelo INPC-IBGE (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) e o aumento real
correspondente à variação do PIB (Produto Interno
Bruto). Desde 2010, a data de definição do novo
salário mínimo é 1º de janeiro.
Em maio de 2004, o valor do salário mínimo era de R$
260,00. Com a política de valorização, além da
reposição da inflação, houve aumento real de 74,33%
até janeiro de 2019 (quando passa a valer R$
998,00).
A política de valorização promoveu, no período
2004-2019, aumento real acumulado, portanto,
crescimento acima da reposição inflacionária, de R$
425,00. Se não tivessem sido concedidos os aumentos
reais, somente com a reposição da inflação, o valor
atual do salário mínimo seria de R$ 573,00.
Para um trabalhador que ganha salário mínimo, o
aumento real conquistado com a política adicionou
cerca de R$ 5.525,00 à renda bruta anual, elevando-a
de R$ 7.449,00 (R$ 573,00 X 13 salários) para R$
12.974,00 (R$ 998,00 X 13 salários). Ainda é muito
pouco, evidentemente, muito distante daquilo que
previa o preceito constitucional. Mas sem a política
de valorização, a diferença em relação ao salário
mínimo calculado pelo DIEESE, que leva em conta os
direitos previstos na Constituição, seria de 7
vezes.
Considerando que cerca de 48 milhões de pessoas
recebem remuneração correspondente ao salário mínimo
–assalariados, aposentados e pensionistas,
trabalhadores por conta-própria, domésticos–, a
política de valorização aumentou a massa salarial,
fortaleceu a capacidade de consumo dos trabalhadores
e estimulou a produção econômica, para que desse
conta da demanda decorrente do crescimento salarial.
Em 2019, o aumento acumulado nesse período
adicionará cerca de R$ 265 bilhões à massa de
rendimentos do trabalho, ajuda consistente e
virtuosa para a dinâmica econômica.
O governo do presidente Jair Bolsonaro deverá
definir qual será a política para o salário mínimo a
partir de janeiro de 2020. O movimento sindical
defende a manutenção da atual política,
considerando, entre outros aspectos, a evolução do
valor da remuneração; o poder aquisitivo em relação
ao previsto em Constituição; a importância do SM
como instrumento de promoção de bem-estar social; a
resistente e profunda desigualdade social existente
no país. O processo de elevação contínua e rápida do
salário mínimo é um instrumento para propiciar a
elevação do padrão civilizatório no país.
A continuidade da política de valorização do salário
mínimo, entretanto, representa grande desafio para o
desenvolvimento brasileiro. Primeiro, porque precisa
estar acompanhada de um ambiente de crescimento
econômico e de produtividade que sustente os
aumentos. Segundo, porque os reflexos sobre toda a
economia exigem mudanças que precisam ser combinadas
para consolidar novo patamar da base salarial no
país, de redistribuição de renda e de combate às
desigualdades econômicas e sociais.
O país precisa que se dê continuidade à política de
valorização do salário mínimo, assim como precisa
que haja vontade política para dialogar, celebrar
acordos e implementar ações que nos levem ao
crescimento e à redução das injustiças sociais. O
movimento sindical brasileiro, em inúmeras lutas e
negociações, já demonstrou que tem propostas para o
país e disposição para conversar e construir
soluções conjuntas.
*Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e professor
universitário. Atua como diretor técnico do Dieese
desde 2003. É membro do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social.
Fonte: Poder360
29/01/2019 -
MP 871 dificulta acesso de trabalhadores rurais à
Previdência Social
Sob o argumento de combate à fraude, governo
Bolsonaro ataca os segmentos mais vulneráveis da
sociedade
A Medida Provisória (MP) 871, editada no último dia
18, pelo governo Bolsonaro, a pretexto de combater
fraudes no sistema previdenciário, irá prejudicar o
acesso de trabalhadores rurais à aposentadoria. De
acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Agricultura Familiar (Contraf-Brasil), além de
inconstitucional, a medida deixará milhares de
aposentados sem o benefício.
Marcos Rochinski, coordenador geral da entidade,
explica que, sob o argumento de combate à fraude e
ao desperdício de recursos públicos, o governo
Bolsonaro ataca os segmentos mais frágeis da
sociedade.
Uma das mudanças mais criticadas pelos trabalhadores
rurais é a exclusão dos sindicatos como fornecedores
de Declaração de Atividade Rural, o que irá
dificultar o acesso de milhares de trabalhadores ao
benefício. "Hoje, a grande maioria dos agricultores
familiares, principalmente nas regiões mais pobres,
acabam não guardando toda a documentação. É a
entidade que junta esses documentos e ajuda na
elaboração da declaração", explica, em entrevista ao
jornalista Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual.
O coordenador da Contraf-Brasil também explica que,
na prática, a MP 871 penaliza as populações mais
pobres e vulneráveis, que possuem mais dificuldade
em ter acesso à informação. "Quando você faz um
processo desses, sem estabelecer uma relação direta
com o beneficiário, em inúmeros casos de benefícios
revistos o aposentado vai perceber só quando for
receber", questiona.
Marcos ainda lembra que a medida é inconstitucional.
"Medida Provisória é feita para situações
emergenciais, isso não era o caso", critica.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/01/2019 -
Mercado já começa a ver economia patinando sob
Bolsonaro
Expectativa dos agentes do mercado, registrada no
Relatório Focus, mostrou que estimativa para alta no
PIB de 2019 caiu de 2,53% para 2,50%; no início do
ano passado, o mesmo relatório previa crescimento do
PIB para 2018 na ordem de 2,60%. No meio do ano, a
previsão já tinha caído para 1,6% e deve fechar 2018
com indíce ainda menor, abaixo de 1,5%. Com a
política neoliberal de Bolsonaro-Guedes, há chances
do fiasco se repetir
Os analistas das instituições financeiras baixaram a
estimativa de inflação para este ano, e também
passaram a prever uma alta menor do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2019.
As previsões constam no boletim de mercado, também
conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta
segunda-feira (28) pelo Banco Central (BC). O
relatório é resultado de levantamento feito na
semana passada com mais de 100 instituições
financeiras.
Para 2019, os economistas do mercado financeiro
diminuíram a expectativa de inflação de 4,01% para
4%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o
intervalo de tolerância do sistema de metas varia de
2,75% a 5,75%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou
de 2,53% para 2,50% na semana passada. Foi a segunda
queda seguida do indicador.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país e serve para medir a evolução da
economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado
financeiro para expansão da economia recuou de 2,60%
para 2,50%.
Os economistas dos bancos não alteraram a previsão
de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que
continuou em 2,50% para os dois anos.
Fonte: G1
29/01/2019 -
Justiça do Trabalho discute se tempo de troca de
uniforme deve ser remunerado
Continua o debate na Justiça do Trabalho sobre se o
tempo gasto por um empregado colocando uniforme deve
ser remunerado. Em decisão recente, a 3ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO)
manteve sentença que reconheceu a remuneração pelo
tempo gasto na troca de uniforme.
O acórdão considerou como "serviço efetivo" o tempo
em que o empregado estiver à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens,
conforme o artigo 4º da CLT.
Jurisprudência em construção
O tema é recorrente com frigoríficos. Em 2018, a 3ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região
decidiu que este tempo deve ser remunerado. No mesmo
ramo, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª região
(SC) decidiu da mesma forma.
Porém, no Tribunal Superior do Trabalho o
entendimento pode ser outro. Em 2010, a 1ª Turma do
TST decidiu que a Perdigão não precisa pagar as
horas extras utilizadas para a troca de uniforme. No
caso, os ministros validaram acordo coletivo que
dispunha sobre o período de vestir o uniforme.
Em outro caso no TST, também envolvendo
frigoríficos, a decisão foi para outro lado. A 7ª
Turma do TST aplicou sua Súmula 366 no julgamento da
ação ajuizada por uma empregada que levava 12
minutos para efetuar a troca de uniforme e não tinha
o tempo registrado no ponto.
A relatora do caso, ministra Delaíde Miranda
Arantes, conheceu do recurso por violação à Súmula
366 e, no mérito, deu razão à empregada, condenando
a empresa ao pagamento de horas extras. "É pacífico
nesta corte o entendimento de que as variações de
horário do registro de ponto que excederem cinco
minutos no começo e/ou término da jornada laboral
devem ser consideradas como horas extras", explicou.
Tempo à disposição
No recente caso de Goiás, o operador de máquinas
trabalhava na empresa desde 2007 e somente a partir
de março de 2017 a empresa passou a efetuar o
pagamento do tempo despendido com a troca de
uniforme mais o adicional legal de 50%.
No julgamento de primeiro grau, o Juízo da 4ª Vara
do Trabalho de Rio Verde condenou a empresa ao
pagamento das diferenças a título de “tempo troca
uniforme” desde o início do período imprescrito até
fevereiro de 2017 incidente sobre o valor pago nos
contracheques, além dos devidos reflexos legais.
No recurso ao Tribunal, a empresa alegou que houve
extrapolação dos limites da lide (julgamento extra
petita), segundo ela porque o trabalhador não havia
pedido pagamento de diferenças (adicional) a título
de tempo à disposição, mas somente o tempo diário
despendido com a troca de uniformes (18 minutos).
O relator do processo, desembargador Elvecio Moura,
em seu voto, seguiu o mesmo entendimento adotado no
primeiro grau, no sentido de que, tratando-se de
tempo à disposição, na forma do art. 4º da CLT, e
por ultrapassar a jornada contratual, deve ser
remunerado como extraordinário, ou seja, com o
acréscimo do adicional legal de 50%. Com informações
da Assessoria de Imprensa do TRT-18.
Processo 0010650-35.2018.5.18.0104
Fonte: Consultor Jurídico
28/01/2019 -
NOTA: Nova Central e CNTI se solidarizam com
familiares das vítimas de Brumadinho/MG
José Calixto Ramos, presidente de ambas entidades,
cobra das autoridades soluções permanentes
para que tragédias dessas dimensões não se repitam.
Companheiros e companheiras,
É com grande pesar que tomamos conhecimento da
fatídica tragédia que acometeu milhares de famílias,
nesta sexta-feira (25), no Município de
Brumadinho/MG. Consideramos inconcebível que uma
nova tragédia de proporções incalculáveis possa se
repetir após o ocorrido em Mariana/MG, em novembro
de 2015. A repetição inexplicável desse erro
trágico, em um intervalo de apenas três anos, coloca
em xeque incontáveis argumentos favoráveis à
privatização que, antes, ao longo de muitos anos sob
controle estatal, jamais se observou circunstâncias
do tipo.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST e a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
- CNTI, se solidarizam com todos os habitantes de
Brumadinho que, diante da negligência de quem
deveria zelar pela sustentabilidade e segurança de
um sistema que já se demonstrou vulnerável, hoje
chora a perda de familiares e do patrimônio familiar
acumulado ao longo de muitos anos de trabalho e
sacrifícios financeiros.
Exigimos das autoridades providências que, de fato,
intimidem a repetição de situações semelhantes. A
impunidade financeira e penal, na nossa avaliação,
serve como prêmio para que tragédias similares se
repitam. Precisamos criar instrumentos eficazes que
inibam a sucessão inexplicável de erros grotescos,
que resultam em mortes, prejuízos econômicos,
ambientais e patrimoniais.
Aguardamos respostas rápidas e eficazes às
necessidades e expectativas das milhares de famílias
desoladas pelo ocorrido.
José Calixto Ramos
Presidente da NCST e da CNTI
Fonte: NCST
28/01/2019 -
Reforma Trabalhista beneficia Vale em indenizações
por Brumadinho
Em seu blog, o jornalista Leonardo Sakamoto lembra
que por causa da Reforma Trabalhista, os
trabalhadores da Vale vitimados pelo desastre
causado pelo rompimento da barragem da Vale terão
indenizações em valor limitado.
Segundo Sakamoto, por conta de uma mudança aprovada
na Reforma Trabalhista, a indenização por danos
morais aos trabalhadores vítimas do rompimento da
barragem da Vale, em Brumadinho (MG), está limitada
a 50 vezes o salário que recebiam atualmente. A
regra, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada
pelo ex-presidente Michel Temer, passou a valer em
novembro de 2017. Antes, a indenização por dano
moral poderia ser maior.
Na Reforma Trabalhista, o artigo 223-G da lei
13.467/2017 estabeleceu que haveria uma gradação
para a concessão do dano moral que levaria em conta
uma série de fatores. E, com base em uma escala de
gravidade, ficou estabelecido patamares de
indenização. Para danos morais gravíssimos, o teto é
de 50 salários do trabalhador. A limitação para 50
vezes o último salário da vítima é duramente
criticada por sindicatos, procuradores e juízes. Em
dezembro, a Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra) entrou com uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade 5870 contra esse
teto no Supremo Tribunal Federal. A
procuradora-geral da República Raquel Dodge
pronunciou-se no caso a favor do pedido da Anamatra,
ou seja, pela inconstitucionalidade da regra.
O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes. "A
Anamatra vinha alertando que, nos casos envolvendo
acidentes de elevada gravidade, as limitações
estabelecidas pela Reforma Trabalhista para as
indenizações extrapatrimoniais gerariam um quadro de
extrema injustiça. Com esse horrível quadro de
Brumadinho, a reforma passa a representar um
contexto de iniquidade às famílias que pretendam
reclamar em juízo pelos óbvios danos morais
decorrentes da morte de seus entes queridos", afirma
o presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano.
Segundo ele, isso reforça a inconstitucionalidade
dessa regra ao ferir o princípio da dignidade
humana, a independência técnica do magistrado para
fixar indenização em relação aos elementos concretos
do caso e a isonomia de medir as pessoas por seu
salário.
Fonte: Portal Vermelho
28/01/2019 -
Centrais Sindicais farão encontro unificado em 20 de
fevereiro
Reunidas na quinta (24), as centrais sindicais (CTB,
CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central,
Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB) afinaram as
propostas de agenda e aprovaram a organização de uma
grande Assembleia da Classe Trabalhadora no próximo
Dia 20 de Fevereiro, na Praça da Sé, em São Paulo.
A atividade fará parte do calendário de ações do Dia
Nacional de luta contra o fim da Aposentadoria e em
defesa da Previdência Pública. As centrais também
indicaram que serão organizados atos em todas as
capitais do país em defesa da aposentadoria.
"A ideia é que os estados intensifiquem a
mobilização e diálogo com a base para que ocupemos
as ruas neste dia e alerte o nosso povo sobre o que
está em jogo com a ameaça de Reforma da Previdência
que, desde a gestão Michel Temer, vem sofrendo com
sucessivos ataques˜, destacou Wagner Gomes,
secretário geral da CTB Nacional.
Ele informou que por enquanto o Fórum das Centrais
aprovou a orientação de mobilização de todas das
bases, com realização de assembleias e plenárias.
O Fórum das Centrais ainda aprovou a elaboração de
um documento em conjunto com o Dieese que será
aprovado na grande assembleia pública que será
realizada em São Paulo.
Orientação da CTB
Ao avaliar os primeiros 24 dias de governo Jair
Bolsonaro, o presidente nacional da CTB, Adilson
Araújo, destacou que "atravessamos uma etapa de
grandes desafios e sem paralelo na história, seja
pelos ataques aos nossos direitos, seja pela
confusão e bate cabeça do governo". Um cenário,
segundo ele, "complexo e que cobra de nós vigilância
ainda maior e atuação rápida contra os ataques".
“Nossa jornada até aqui, ainda que com brutais
ataques, galvanizou uma base e resistência
fundamental e na batalha da Reforma da Previdência é
preciso analisar no detalhe, construir e propor
saídas, reforçar nosso diálogo e atuação no
Congresso para, assim, enfrentar a disputa de
narrativa nas redes e nas ruas e revelar o brutal
ataque que esconde essa reforma e o projeto de
governo de Jair Bolsonaro”, orientou Adilson.
Ele lembrou que será preciso reforçar a luta em
torno da “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”
como veículo de conscientização do conjunto da
classe trabalhadora. “Precisamos enfrentar o canto
da sereia com debate político, muita mobilização e
trabalho”.
E completou: “Repensar, hoje, significa dialogar,
impulsionar o ânimo nas bases e mostrar qual o papel
histórico do movimento sindical”.
São Paulo
Entre as bandeiras que serão levadas para a rua no dia
20 de fevereiro está o alerta de privatização e fim
da Previdência Social pública, o perdão da dívida
dos devedores e as denúncias de abusos nas operações
pente-fino das gestões Temer e Bolsonaro que tem
condenado trabalhadores e trabalhadoras a voltar ao
trabalho sem condições clínicas adequadas.
"A mobilização da CTB São Paulo começa a partir de
agora. Iremos fazer uma intenso corpo a corpo em
nossa base, conversar com cada um e com cada uma
sobre o que está em jogo. Lembrando que nossa luta
não é somente contra a proposta de Guedes e
Bolsonaro, temos também aqui duas lutas que correm
juntas com esta: o SampaPrev e a ameaça de
privatização do Metrô. OS servidores públicos e os
metroviários convocaram greves, dia 4 e 5 de
fevereiro, respectivamente, aços que serão um
esquenta para o Dia 20.
Mobilização ampliada
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as propostas
sinalizadas pela equipe econômica do governo, como o
aumento da idade mínima e a capitalização da
Previdência, praticamente acabam com o direito à
aposentadoria de milhões de brasileiros e
brasileiras. “E isso nós não podemos permitir. Vamos
construir a resistência, organizar os trabalhadores
e trabalhadoras, além de dialogar com a sociedade
sobre os riscos das propostas sinalizadas pelo
governo”, diz Vagner.
A resistência, segundo o presidente da CUT, deve ser
construída a partir da base e os Sindicatos têm o
papel central na construção desse processo. “Os
Sindicatos devem construir essa resistência e foi
isso que debatemos hoje. Agora, os Sindicatos devem
ir para as bases, marcar as Assembleias, construir a
organização da luta. E as demandas e as deliberações
dos trabalhadores serão a base do que iremos definir
no dia 20”.
A batalha contra a reforma da Previdência, na
avaliação do presidente da CUT, é o que definirá
como será a luta de resistência da Classe
Trabalhadora no atual governo.
“Por isso, é importante dialogar também com todos os
setores da sociedade. E as mobilizações do dia 8 de
março, Dia Internacional da Mulher, e do 1º de maio,
Dia do Trabalhador, serão fundamentais para
estabelecer esse diálogo”.
Com informações da CTB e CUT
Fonte: Portal Vermelho
28/01/2019 -
'Modernização trabalhista' fecha vagas em vez de
criá-las
Demissões via "acordo" entre patrão e empregado
superam quantidade de vagas abertas por trabalho
intermitente ou parcial
O Ministério da Economia festejou o saldo de 529,5
mil vagas com carteira assinada em 2018, o primeiro
resultado positivo em quatro anos. Mas a
contribuição da "reforma" trabalhista foi nula – e
mesmo negativa, conforme mostram os dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged). Apontadas como "solução", as modalidades
criadas pela Lei 13.467, na verdade, causaram
redução de postos de trabalho. E o salário médio
caiu.
No chamado trabalho intermitente, uma das novidades
da "modernização" trabalhista – como o governo se
refere à lei –, houve 69,9 mil contratações e 19,9
mil demissões ao longo do ano, com saldo de 50 mil
empregos, ainda que precários. Do total, 21,8 mil
(43,7%) foram no setor de serviços e 12,2 mil
(24,5%) no comércio.
Já no trabalho parcial, o Caged registrou 68,9
admissões e 47,5 mil desligamentos no ano passado,
com saldo de 21,3 mil vagas, sendo mais da metade
(12,1 mil, ou 56,7%) nos serviços.
Mas outra criação da lei, a demissão decorrente de
"acordo" entre patrão e empregado, em que este abre
mão de parte de seus direitos, teve 163,7 mil
ocorrências. Quase metade (48,9%) nos serviços, com
80,1 mil, e praticamente um quarto (24,6%) no
comércio, com 40,2 mil.
Assim, enquanto os trabalhos intermitente e parcial
foram responsáveis por 71.300 vagas em 2018, as
demissões por acordo representaram mais que o dobro,
resultando em diminuição de 92.400 vagas.
Como ocorreu ao longo do ano, o salário médio de
admissão em dezembro (calculado em R$ 1.531,28) foi
interior ao de desligamento (R$ 1.729,51) –
diferença, para menos, de 11,5%. Na comparação com
igual mês de 2017, o primeiro teve ganho real (acima
da inflação) de 0,21% e o segundo, perda real de
1,39%.
Antes sob responsabilidade do Ministério do
Trabalho, extinto pelo governo Bolsonaro, o Caged
agora é divulgado pela Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.
Seu titular é Rogério Marinho, deputado do PSDB
potiguar não reeleito. Ele é justamente o autor do
substitutivo que resultou na Lei 13.467.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/01/2019 -
Número de processos trabalhistas despenca. Ações
somam R$ 30 bi
Primeira instância recebeu 1,7 milhão de ações,
quase 1 milhão a menos do que no ano anterior.
"Reforma" inibe acesso do trabalhador à Justiça.
Processo recuperaram de R$ 30 bilhões, diz TST
As Varas do Trabalho, correspondente à primeira
instância, receberam 1.726.009 processos em 2018,
uma queda de 34% em relação ao ano anterior, quase 1
milhão a menos (2.630.522), segundo dados divulgados
pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A diminuição significativa se relaciona com a Lei
13.467, de "reforma" da legislação, que dificultou o
acesso ao Judiciário. De acordo com a "reforma", o
trabalhador poderá ter de arcar com as custas do
processo, valor geralmente fixado pelo juiz, caso
perca uma ação movida contra o empregador que violou
seus direitos.
Ainda segundo o relatório do TST, em 2018 os
reclamantes receberam mais de R$ 30,3 bilhões em
razão de sentenças da Justiça do Trabalho. Foram
arrecadados R$ 430,8 milhões de custas, R$ 8,1
bilhões de contribuições previdenciárias e R$ 418,9
milhões de imposto de renda. "A Justiça do Trabalho
contribui em grande medida para o custeio da
Previdência Social", diz o presidente do tribunal e
do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT),
ministro Brito Pereira.
Se no primeiro grau a quantidade caiu, na última
instância, o próprio TST, o número de processos
recebidos aumentou: foram 322.831, ou 15,8% a mais
do que em 2017. O Tribunal Regional do Trabalho da
2ª Região (TRT-2), que abrange a Grande São Paulo e
a Baixada Santista, foi responsável por 41.410. Da
3ª (Minas Gerais) vieram 30.535 e da 15ª
(Campinas-SP), 25.232.
No ano passado, o TST julgou 319.727 processos,
crescimento de 11,9%, com média de 30.274 ações por
mês. A maior parte (63,3%) era de agravos de
instrumento, um recurso para questionar decisões –
muitas vezes usado para ganhar tempo. Em 31 de
dezembro, o tribunal contava com 253.409 processos
em tramitação, 0,8% a menos do que um ano antes.
Entre os temas mais comuns das ações, estão arguição
de nulidade por negativa de prestação jurisdicional
(uma alegação, por exemplo, de que não houve direito
a ampla defesa), horas extras, intervalo
intrajornada e indenização por dano moral.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/01/2019 -
Contratos anteriores à reforma trabalhista devem ser
rescindidos com sindicato
A 1ª Seção de Dissídios Individuais do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região manteve decisão
liminar que determina que as rescisões contratuais
de bancários do Itaú admitidos antes de 11 de
novembro de 2017, quando entrou em vigor a reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017), devem ser homologadas
no sindicato da categoria.
A decisão foi proferida em uma ação civil pública
ajuizada pelo Sindicato dos Bancários de Porto
Alegre e Região. A entidade informou que o banco,
desde janeiro de 2018, vinha realizando a rescisão
do contrato de trabalho dos seus empregados sem a
assistência sindical. Pediu, liminarmente, que o
banco mantenha a realização das homologações na
entidade representativa dos trabalhadores.
A liminar foi concedida pela juíza Gabriela Lenz de
Lacerda, da 2ª Vara do Trabalho de Porto Alegre. Ela
mencionou que a nova redação do artigo 477 da CLT,
alterado pela reforma, tornou facultativa a
homologação da rescisão no sindicato, mas ponderou
que esse dispositivo não pode ser aplicado a
contratos de trabalho que já estavam em curso antes
do dia 11 de novembro de 2017, quando a nova
legislação entrou em vigor.
De acordo com a magistrada, a aplicação do novo
dispositivo aos contratos de trabalho que tiveram
início antes da Lei 13.467 seria contrária ao artigo
468 da CLT, que impede a alteração contratual lesiva
ao trabalhador, e ao artigo 5º, inciso XXXVI da
Constituição Federal, que prevê que a lei não
prejudicará o direito adquirido.
Além disso, a juíza entendeu que a demora do
processo traria prejuízos aos trabalhadores que
tiveram o contrato rompido sem a assistência do
sindicato, o que justificaria a concessão antecipada
do pedido. Com essa interpretação, a magistrada
determinou liminarmente que o banco realize no
sindicato da categoria a homologação das rescisões
contratuais referentes a contratos de trabalho
iniciados antes da Reforma Trabalhista, sob pena de
multa no valor de R$ 5 mil por empregado.
O caso chegou à 1ª SDI do TRT-RS por meio de um
mandado de segurança impetrado pelo Itaú para
afastar a decisão da magistrada, mas o pedido da
instituição financeira foi negado. A relatora do
acórdão, desembargadora Angela Rosi Almeida Chapper,
manteve o entendimento da juíza Gabriela Lenz de
Lacerda, e avaliou que a aplicação do novo
dispositivo da CLT fere direitos adquiridos e traz
risco de prejuízo aos trabalhadores contratados
antes da entrada em vigor da reforma trabalhista.
A magistrada ressaltou, acompanhada por unanimidade
pelos membros do colegiado, que “são evidentes os
benefícios da assistência sindical por ocasião da
extinção contratual, garantindo a autenticidade da
vontade do trabalhador e a correção no pagamento das
verbas rescisórias”. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TRT-4. Processo
0022008-08.2018.5.04.0000
Fonte: Consultor Jurídico
28/01/2019 -
Proposta altera e revoga itens da CLT modificados
pela reforma trabalhista
O Projeto de Lei 10818/18, do deputado Nelson
Pellegrino (PT-BA), pretende alterar e revogar
artigos incluídos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) pela reforma
trabalhista aprovada em 2017 (Lei 13.467/17).
“A reforma trabalhista representou, em muitos
aspectos, um retrocesso para o direito do trabalho
no Brasil”, afirma Nelson Pellegrino.
“Nas modificações que promoveu na CLT, desconsiderou
o caráter protetivo do direito do trabalho, de
importância essencial em uma sociedade ainda tão
desigual quanto a brasileira”, continua.
Assim, a proposta propõe que o direito comum seja
fonte subsidiária do direito do trabalho “naquilo em
que não for incompatível com os princípios
fundamentais deste”, expressão suprimida da CLT pela
reforma trabalhista. O texto sugere ainda a
revogação de dois outros dispositivos incluídos em
2017 que tratam de súmulas e jurisprudência da
Justiça Trabalhista e do exame de convenções e
acordos coletivos.
Outro trecho que pretende revogar trata da redução
do prazo para processo trabalhista contra sócio que
deixou a empresa. A reforma trabalhista limita em
dois anos, mas, segundo Nelson Pellegrino, isso está
em conflito com a Constituição, que estabelece prazo
de cinco anos.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
26/01/2019 -
Vale divulga lista de 413 funcionários sem contato
após tragédia
A lista é atualizada em tempo real conforme as
pessoas são localizadas; justiça bloqueou R$ 1 bi da
empresa
A mineradora Vale divulgou na manhã deste sábado
(26) uma lista com os nomes de funcionários da
empresa que ainda não conseguiu nenhum contato. Ao
todo, são 413 trabalhadores, sendo 90 terceirizados.
A lista está sendo atualizada em tempo real,
conforme as pessoas são localizadas.
Até o momento, 9 mortes foram confirmadas e 189
pessoas foram resgatadas com vida. O rejeito da
barragem do Córrego Feijão chega ao Rio Paraopeba, e
a lama pode chegar a 19 municípios, comprometendo o
abastecimento de água de cerca de 1 milhão de
pessoas.
O Tribunal de Justiça do estado determinou nesta
sexta-feira (25) o bloqueio de R$ 1 bilhão das
contas da Vale, após pedido da Advocacia-Geral de
Minas Gerais. Com a decisão, o estado pode utilizar
a verba bloqueada em ações de reparação emergencial.
Os recursos serão disponibilizados em uma conta
judicial.
A decisão determina ainda que a Vale apresente em
até 48 horas um relatório de amparo às vítimas,
mapeie áreas de risco, comece a retirada da lama,
adote medidas para não contaminar nascentes, elabore
um plano de controle de pragas, entre outros.
A cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, foi
atingida pelo rompimento da barragem do Córrego do
Feijão, da mineradora Vale, no início da tarde desta
sexta-feira (25). A Vale é a mesma empresa
responsável pela barragem de Fundão, que rompeu em
novembro de 2015 e assolou a bacia do Vale do Rio
Doce e a cidade mineira de Bento Rodrigues, em
Mariana.
Fonte: Brasil de Fato
24/01/2019 -
Sindicalistas, governo e empresários debatem
tributação do vale-refeição
A Receita Federal quer taxar os vales refeição e
alimentação, cobrança de contribuições
previdenciárias de empresas e empregados sobre o
valor do benefício. A decisão agitou o movimento
sindical, que se mobilizou para barrar mais esse
ataque.
O resultado de uma consulta feita ao órgão, no final
do ano passado, levou sindicalistas, governo e
empresários a se reunirem na quarta (23), em
Brasília, para debater o assunto.
Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA
Afins), participou do encontro. Ele falou à Agência
Sindical sobre o que foi tratado na reunião.
“Começamos a traçar um caminho. Nós queremos
conversar com o governo e expor a ele as
consequências drásticas que isso pode trazer”,
conta.
De acordo com o documento do Fisco, somente os
alimentos in natura (no caso fornecimento de cesta
básica), ou de a empresa possuir refeitório,
estariam isentos de tributação. "Mais uma vez os
trabalhadores sofrerão”, destaca o sindicalista.
"A Receita diz que, sobre os vales refeição e
alimentação pagos em tickets, cartão ou em dinheiro
tem que incidir contribuição social. Mas nós não
concordamos", afirma. Segundo o dirigente, há o
temor de que as futuras negociações coletivas fiquem
comprometidas. "Se as empresas pensavam em retirar o
benefício, terão um excelente motivo pra isso. O
‘Leão’ quer ficar com 20% dos empresários e 8% do
trabalhador", explica Artur.
Isenção - O dirigente argumenta que uma solução
seria o governo apresentar um decreto, isentando os
benefícios de qualquer tributação.
Mais informações: www.cntaafins.org.br
Fonte: Agência Sindical
23/01/2019 -
Proposta altera regras para formulação de
jurisprudência nos Tribunais do Trabalho
O Projeto de Lei 10816/18 pretende modificar as
regras para edição de enunciados de jurisprudência
pelos Tribunais do Trabalho. A ideia é que isso seja
definido em Regimento Interno – conjunto de regras
que regulamentam o funcionamento de cada tribunal.
O texto altera dispositivos da Lei 7.701/88, que
trata da especialização de turmas desses tribunais,
e revoga artigo introduzido na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) pela
reforma trabalhista aprovada no ano passado (Lei
13.467/17).
Segundo o autor da proposta, deputado Nelson
Pellegrino (PT-BA), a reforma trabalhista impôs
exigências para que os tribunais trabalhistas
estabeleçam ou alterem súmulas e enunciados,
limitando a atuação nas funções de consolidação e
uniformização da jurisprudência. “Essas novas regras
desrespeitam, ainda, o princípio constitucional da
autonomia dos tribunais”, disse o parlamentar.
A reforma trabalhista introduziu na CLT dispositivo
segundo o qual para estabelecer ou alterar súmulas e
outros enunciados de jurisprudência uniforme nos
tribunais trabalhistas é necessário “o voto de pelo
menos dois terços dos membros, caso a matéria já
tenha sido decidida de forma idêntica por
unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas em
pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas,
podendo, ainda, por maioria de dois terços dos
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou
decidir que só tenha eficácia a partir da publicação
no Diário Oficial”.
Para Pellegrino, “como disposto hoje na CLT, apenas
os tribunais trabalhistas teriam que seguir o
injustificável procedimento estabelecido pela
reforma trabalhista”. O deputado alerta que nem o
Supremo Tribunal Federal sujeita-se a tantas
exigências para a edição de súmulas vinculantes.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
17/01/2019 -
Fux suspende investigação sobre movimentações de
Queiroz
O ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), suspendeu as investigações
sobre movimentações financeiras suspeitas de
Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-policial militar,
que era lotado no gabinete do deputado estadual e
senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A decisão
é temporária.
Fux, que responde pelo plantão judicial do Supremo
até o início do mês que vem, suspendeu a
investigação até análise do relator, ministro Marco
Aurélio Mello, sobre uma reclamação protocolada no
STF pela defesa do deputado estadual e senador
eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). O processo corre
em segredo de Justiça.
Responsável pelo procedimento de investigação
criminal sobre o caso, o Ministério Público do Rio
de Janeiro (MPRJ) disse - por meio de nota – que,
“pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto
sigilo, reiterado na decisão do STF, o MPRJ não se
manifestará sobre o mérito da decisão”.
Na decisão, Fux entendeu que ao assumir o mandato de
senador em fevereiro, Flávio passará a ter foro
privilegiado, e por isso seria melhor esperar a
definição pelo STF sobre qual deve ser o responsável
por conduzir as investigações.
Um relatório do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf) apontou que em um mesmo ano houve
a movimentação de R$ 1,2 milhão por parte de
Queiroz.
O MPRJ informou que, pelo fato tramitar sob
“absoluto sigilo”, não se manifestará sobre o mérito
da decisão.
Esclarecimentos
O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do
Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf)
que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão
em uma conta em nome do ex-assessor. O documento
integrou a investigação da Operação Furna da Onça,
desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que
prendeu deputados estaduais no início de novembro.
O MPRJ marcou duas vezes o depoimento de Queiroz.
Ele não compareceu, justificando problemas de saúde.
A mulher Márcia Oliveira de Aguiar e as filhas dele
Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz
também faltaram ao depoimento, alegando que o
acompanhavam em tratamento em São Paulo.
Na semana passada, o deputado estadual e senador
eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do
presidente da República, afirmou - por meio das
redes sociais - que se comprometia a comparecer para
prestar esclarecimentos em novo dia e horário. Como
parlamentar, ele tem a prerrogativa legal de
combinar previamente a data e horário para depor.
Fonte: Agência Brasil
17/01/2019 -
Proposta amplia casos de isenção para concessão de
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
O Projeto de Lei 10718/18, do Senado, pretende
incluir as formas incapacitantes das doenças
reumáticas, neuromusculares e osteoarticulares
crônicas ou degenerativas entre as hipóteses de
isenção do prazo de carência (um ano) para concessão
de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez.
O autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS),
destaca que várias dessas doenças são graves e
incuráveis, podem prejudicar a capacidade de
trabalho do doente e até mesmo levar à morte.
Segundo ele, pessoas com esclerose múltipla, artrite
reumatoide ou esclerose lateral amiotrófica (ELA)
poderão ser beneficiadas caso o texto seja aprovado.
O projeto altera a Lei de Benefícios da Previdência
Social (8.213/91). Atualmente, entre outros casos,
essa lei já prevê o direito a segurados que têm
doença de Parkinson, câncer, hanseníase, alienação
mental, tuberculose ativa e aids.
A lei prevê que, para ter direito ao benefício, é
preciso que a doença tenha provocado incapacidade
para o trabalho. Outra condição é que o paciente
tenha se filiado ao Regime Geral da Previdência
Social (RGPS) antes da manifestação da doença.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/01/2019 -
Benefícios do INSS acima do salário mínimo terão
reajuste de 3,43
Os segurados da Previdência que recebem acima do
salário mínimo terão seus benefícios reajustados em
3,43%, conforme o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC).
O índice foi oficializado por meio de portaria do
Ministério da Economia, publicada nesta quarta-feira
(16), no Diário Oficial da União (DOU). O reajuste é
retroativo a 1º de janeiro de 2019.
O teto dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) passa a ser de R$ 5.839,45
(antes era de R$ 5.645,80). As faixas de
contribuição ao INSS (Instituto do Seguro Social)
dos trabalhadores empregados, domésticos e
trabalhadores avulsos também foram atualizadas.
O INSS informou que as alíquotas são de 8% para aqueles que ganham até
R$ 1.751,81; de 9% para quem ganha entre R$ 1.751,82 e R$ 2.919,72; e de
11% para os que ganham entre R$ 2.919,73 e R$ 5.839,45. Essas alíquotas,
relativas aos salários de janeiro, deverão ser recolhidas apenas em
fevereiro, uma vez que, em janeiro, os segurados pagam a contribuição
referente ao mês anterior.
Valores definidos
O piso previdenciário, valor mínimo dos benefícios do INSS
(aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte) e das aposentadorias
dos aeronautas, será de R$ 998,00. O piso é igual ao novo salário mínimo
nacional, fixado em R$ 998 por mês em 2019.
Para aqueles que recebem a pensão especial devida às vítimas da síndrome
da talidomida, o valor sobe para R$ 1.125,17, a partir de 1º de janeiro
de 2019.
No auxílio-reclusão, benefício pago a dependentes de segurados presos em
regime fechado ou semiaberto, o salário de contribuição terá como limite
R$ 1.364,43.
O Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência
Social - destinado a idosos e a pessoas com deficiência em situação de
extrema pobreza -, a renda mensal vitalícia e as pensões especiais para
dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade de Caruaru (PE) também
sobem para R$ 998,00. Já o benefício pago a seringueiros e a seus
dependentes, com base na Lei nº 7.986/89, passa a valer R$ 1.996,00.
A cota do salário-família passa a ser de R$ 46,54 para o segurado com
remuneração mensal não superior a R$ 907,77, e de R$ 32,80 para quem tem
remuneração mensal superior a R$ 907,77 e inferior ou igual a R$
1.364,43.
Fator de reajuste dos benefícios concedidos de acordo com as respectivas
datas de início, aplicável a partir de janeiro de 2019.
Fonte: Agência Brasil
15/01/2019 -
Centrais confirmam unidade, orientam lutas para 2019
e definem plenária
As Centrais CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central,
CSB, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas voltaram a
se reunir nesta terça (15), na sede do Dieese em São
Paulo. O objetivo foi definir um calendário de lutas
para 2019, começando pelo enfrentamento da nova
ofensiva pela aprovação de uma reforma neoliberal da
Previdência.
As entidades emitiram uma nota conjunta, na qual
anunciam a realização, dia 20 de fevereiro, da
“Plenária Unitária das Centrais em defesa da
Previdência e contra o fim da aposentadoria”.
O evento deve ser precedido de plenárias estaduais e
assembleias nas entidades de base dos trabalhadores.
O objetivo, segundo a nota, é “construir a
mobilização, decidir formas de luta e paralisações
para enfrentar as propostas do governo e alertar os
trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da
Previdência e ataques aposentadoria”.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse
que a proposta de reforma da Previdência, que ainda
não foi oficializada pelo governo, mas vem sendo
divulgada aos poucos, não atende aos trabalhadores,
não acaba com o déficit e privilegia os bancos com a
tal da capitalização. “Tudo isso precisa ser levado
aos trabalhadores”, afirma o dirigente.
CTB - Adilson Araújo, presidente da CTB, destacou a
união das Centrais. Ele lembrou as propostas
aprovadas por Temer como a PEC 95, terceirização e a
reforma trabalhista, que atacou diretamente os
Sindicatos. “Agora, esse governo quer consagrar o
regime de capitalização na Previdência Social”,
critica. E completa: “É preciso aprofundar o debate,
resgatar a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora
e ser protagonista nessa nova situação”.
CUT - Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, há
sintonia entre as Centrais. “Precisamos criar uma
Frente Nacional em Defesa dos Trabalhadores e da
Democracia. É extremamente importante voltarmos às
bases, para esclarecer os trabalhadores”, afirma.
Fonte: Agência Sindical
11/01/2019 -
Governo estuda enviar proposta única de reforma da
Previdência
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
disse nesta sexta-feira (11) que a tendência do
governo é apresentar uma única proposta de reforma
da Previdência para o Congresso. Com isso, não
seriam levadas propostas avulsas para categorias
específicas. “Estamos discutindo dentro da equipe
técnica e a tendência é uma única proposta
preparando o sistema para o futuro. É a tendência
nesse momento”, disse o ministro após solenidade no
Clube do Exército.
Isso não significa que os militares serão incluídos
na reforma preparada pelo governo Jair Bolsonaro. A
possibilidade ainda está em estudo pela equipe
técnica coordenada pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes. O novo comandante do Exército, general Edson
Leal Pujol, que assumiu o posto nesta segunda-feira,
é contrário à inclusão dos militares na reforma da
Previdência.
Na opinião do general, o sistema previdenciário das
Forças Armadas não deveria ser modificado na reforma
da Previdência. “A intenção minha, como comandante
do Exército, se me perguntarem, [é que] nós não
devemos modificar o nosso sistema”.
Segundo Lorenzoni, haverá uma “reunião preparatória”
na próxima segunda-feira (14) para tratar da
reforma, mas a proposta só será levada para
apreciação do presidente na semana seguinte. Ele
acrescentou que o governo trabalha por uma reforma
que “não sacrifique ninguém”.
“Queremos uma reforma que não sacrifique ninguém.
Onde salvemos o sistema previdenciário brasileiro,
que seja possível o equilíbrio fiscal do Brasil.
Vamos apresentar uma reforma que, ao mesmo tempo,
permita o equilíbrio fiscal mas é fraterna, tem
olhar humano para todos os brasileiros”.
Fonte: Agência Brasil
10/01/2019 -
Reduzir encargos trabalhistas é prioridade, diz
secretário da Receita
O secretário especial da Receita Federal, Marcos
Cintra, afirmou na quinta-feira (10) estuda medidas
para reduzir os encargos trabalhistas, incluindo a
incidência de tributos sobre a folha salarial de
empregados. Ele citou o índice de 13 milhões de
desempregados para defender um estímulo fiscal para
contratações trabalhistas.
"A incidência muito pesada de tributos sobre a folha
de salários é uma primeira preocupação que se coloca
como um dos primeiros itens da nossa pauta. Estamos
trabalhando muito nisso, como desonerar a folha de
salários, como reduzir os encargos trabalhistas e
fazer com que a economia brasileira gere empregos",
afirmou Cintra, ao sair de uma reunião com o
ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da
União (TCU). Eles conversaram sobre sistemas de
governança na administração pública.
Perguntado sobre a pouca efetividade que as
desonerações tributárias tiveram na geração de
emprego em gestões anteriores, Cintra ponderou que a
proposta em análise é diferente, mais ampla e
abrangente. Segundo ele, tudo é qiestão de como as
coisas são feitas. "A desoneração das folhas de
salário aconteceu [nos governos anteriores] muito em
cima de demandas específicas, pontuais, mas queremos
fazê-las de maneira geral, ampla, sistêmica.
Exatamente essas simulações que estamos tentando
fazer."
Para compensar eventuais perdas de arrecadação com a
desoneração sobre a folha de salários, Cintra disse
que poderia haver uma "tributação adicional em
outras bases", inclusive sobre tributos indiretos.
Ele citou também o aumento da arrecadação com maior
faturamento das empresas.
Sem CPMF
Questionado, Cintra descartou totalmente a hipótese de
resgatar a Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF).
"A CPMF é um tributo que tem uma característica que
nós evitamos. O presidente já disse que não haverá
CPMF. É um tributo que foi implantando de maneira
equivocada, veio como um tributo a mais, para
aumentar a carga tributária. [Queremos] a
racionalização do sistema tributário e, tendo em
vista o esforço de ajuste fiscal, a redução da carga
tributária, e não o incremento dela", afirmou.
Alíquotas do IR
Sobre a possibilidade de mexer na tabela do Imposto de
Renda (IR), para reduzir o número de alíquotas
incidentes no tributo, Marcos Cintra disse que o
assunto está em pauta, mas que será trabalhado com
um prazo maior, já que a prioridade imediata da
equipe econômica é a reforma da Previdência.
"A reforma do Imposto de Renda está na nossa pauta,
mas não é ainda uma prioridade imediata. A
prioridade do governo, hoje, é trabalhar na reforma
previdenciária, o que me dá, evidentemente, algum
tempo para desenvolver um projeto que envolva não só
Imposto de Renda, mas reforma tributária como um
todo. A Receita Federal está muito empenhada nisso",
acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
09/01/2019 -
Toffoli rejeita ação contra extinção do Ministério
do Trabalho
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, rejeitou na quarta-feira (9)
pedido feito pela Federação Nacional dos Advogados
para suspender a decisão do governo federal que
extinguiu o Ministério do Trabalho e determinou a
redistribuição das atribuições da pasta entre outros
ministérios.
Na decisão, Toffoli entendeu que a federação não tem
legitimidade legal para entrar no Supremo com uma
ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)
para questionar a extinção. Na ação, a federação
alegou que as medidas dissolveram a estrutura de
proteção ao trabalho.
"No âmbito das organizações sindicais, apenas as
confederações sindicais estão legitimadas à
propositura de ações de controle concentrado.
Sindicatos e federações, ainda que possuam
abrangência nacional, não se inserem no rol dos
legitimados a tanto", decidiu o ministro.
A redistribuição de parte das atribuições da pasta
foram definidas pela Medida Provisória (MP)
870/2019, que repassou ao Ministério da Economia a
maioria das funções.
Dentro da pasta comandada pelo ministro Paulo
Guedes, a Secretaria Especial de Fazenda comandará o
Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e o Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo aos Trabalhadores (Codefat), que administra o
seguro desemprego e o abono salarial, entre outras
atribuições.
A área de qualificação profissional ficará a cargo
da Secretaria Especial de Produtividade. No entanto,
a concessão de registros sindicais passará para o
Ministério da Justiça.
Fonte: Agência Brasil
08/01/2019 -
Associações repudiam ataques à Justiça do Trabalho
feitos por Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro sinalizar que pode colocar em
pauta o fim da Justiça do Trabalho, a Frente
Associativa da Magistratura e do Ministério Público
(Frentas) – associação que integra entidades da
magistratura e do Ministério Público – divulgou nota
repudiando a fala do presidente.
O documento da entidade, que reúne 40 mil juízes,
promotores e procuradores, alerta que a "supressão"
ou a "unificação" da Justiça do Trabalho representa
"grave violação" à independência dos Poderes. A nota
diz ainda que "não é real a recorrente afirmação de
que a Justiça do Trabalho existe somente no Brasil".
"A Justiça do Trabalho existe, com autonomia
estrutural e corpos judiciais próprios, em países
como Alemanha, Reino Unido, Suécia, Austrália e
França. Na absoluta maioria dos países há
jurisdição trabalhista, ora com autonomia
orgânica, ora com autonomia procedimental, ora com
ambas", destaca o texto.
Segundo a nota, a justiça trabalhista tem
desempenhado importante papel na pacificação social
nos últimos de setenta anos.
Para o presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),
Guilherme Feliciano, "nenhum açodamento será
bem-vindo". Ele ressaltou que os juízes do Trabalho
"têm competência constitucional para conhecer e
julgar os litígios trabalhistas" à luz da legislação
em vigor e em função das condições econômicas do
País.
Ataque - Na primeira entrevista após a posse,
exibida dia 3 no SBT, Bolsonaro sinalizou que pode
vir a discutir o fim da Justiça do Trabalho e também
afirmou que quer aprofundar a reforma da legislação
trabalhista. De acordo com o presidente, há um
"excesso de proteção" aos trabalhadores.
Mais informações: www.anamatra.org.br
Fonte: Agência Sindical
07/01/2019 -
Proposta define limites para negociação entre patrão
e empregado
O Projeto de Lei 10572/18 altera a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) para
redefinir as possibilidades de negociação individual
ou coletiva. De autoria do deputado Patrus Ananias
(PT-MG), a proposta está em análise na Câmara dos
Deputados.
No caso da negociação individual, a proposta
estabelece que o empregado deverá ser assistido por
entidade sindical e que o resultado na negociação
com o patrão não terá preponderância sobre acordo ou
convenção.
Na regra atual, tem eficácia sobre o instrumento
coletivo todo acordo individual feito por empregado
portador de diploma de nível superior que perceba
salário mensal ou superior a duas vezes o limite
máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência
Social.
No âmbito coletivo, a proposta de Patrus Ananias
revê o princípio da superioridade do negociado sobre
o legislado. Assim, o texto do deputado estabelece
que a prevalência da convenção coletiva e do acordo
coletivo sobre a lei deve ser interpretada
estritamente conforme a Constituição, que proíbe a
supressão ou redução de direitos – exceto no caso de
redução de salário que preserve emprego.
Patrus Ananias afirma que a reforma trabalhista (Lei
13.467/17) “impôs uma exacerbada e desproporcional
valorização das negociações no mundo do trabalho”,
contrariando princípios do direito do trabalho e da
Constituição.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/01/2019 -
Primeiro decreto de Bolsonaro fixa salário mínimo em
R$ 998
O primeiro decreto assinado pelo presidente Jair
Bolsonaro reajustou o valor do salário mínimo de R$
954 para R$ 998 em 2019. Apesar do aumento, o mínimo
ficou abaixo da estimativa aprovada pelo Congresso
no Orçamento Geral da União, de R$ 1.006 reais. A
explicação para a diferença é que a fórmula
utilizada leva em conta a variação do PIB e a
inflação de 2018, que deve ficar abaixo do esperado.
O senador José Medeiros (Pode-MT) disse que o
governo agiu com responsabilidade. A atual política
de valorização do salário mínimo, iniciada em 2006,
acaba neste ano, e o Congresso Nacional deve voltar
a discutir o assunto. O senador Paulo Paim (PT-RS)
defendeu uma proposta em análise na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) que prorroga as regras de
reajuste até 2023.
Fonte: Agência Senado
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