Blog - Notícias Anteriores - Janeiro 2020
31/01/2020 -
Paulo Guedes afirma que só terá estabilidade
servidor "aprovado pelo chefe"
31/01/2020 -
Maia aguarda governo para que reformas tenham
tramitação rápida
31/01/2020 -
Pauta unificada fortalece atuação de sindicatos ante
ataques a direitos
31/01/2020 -
Bolsonaro assina MP que eleva salário mínimo para R$
1.045
31/01/2020 -
DEM vê golpe duro e desleal de Bolsonaro em Onyx
Lorenzoni
31/01/2020 -
Novo presidente do INSS é defensor da privatização
da Previdência
31/01/2020 -
Moro já sonda pesquisas com seu nome para presidente
em 2022
31/01/2020 -
Governo decide acelerar queima de reservas
internacionais para segurar o dólar
31/01/2020 -
Pente-fino em benefícios por incapacidade atrasa com
fila do INSS
31/01/2020 -
CAS discute projeto que permite saque do FGTS para
comprar segundo imóvel
30/01/2020 -
Rodrigo Maia detona Weintraub: 'com esse ministro da
Educação, nosso país não tem futuro'
30/01/2020 -
Caos no INSS ainda deve piorar, avalia ex-ministro
da Previdência
30/01/2020 -
Precarização arrocha massa salarial, critica
Clemente Ganz
30/01/2020 -
Damares é alvo de protesto em conferência no Chile
30/01/2020 -
Aposentados e pensionistas podem pedir isenção de
IPTU
30/01/2020 -
Centrais Sindicais fazem ato na Cedae-RJ e preparam
greve geral
30/01/2020 -
Casamento: Regina Duarte aceita convite de Bolsonaro
e assume Secretaria de Cultura
30/01/2020 -
TST decide que estabilidade acidentária não se
estende a segundo emprego
30/01/2020 -
Proposta reduz jornada semanal de trabalho de 44
para 36 horas
29/01/2020 -
Bolsonaro demite presidente do INSS, após apagão da
Previdência
29/01/2020 -
Vargas Netto prega reação à queda salarial e ações
pela sindicalização
29/01/2020 -
Eleição 2020: o afastamento do dirigente sindical
29/01/2020 -
Lula nega convite para Flávio Dino se filiar ao PT:
‘tenho profundo respeito pelo PCdoB’
29/01/2020 -
Dívida pública sobe 9,5% em 2019 e chega a R$ 4,2
trilhões
29/01/2020 -
Fila do INSS pode aumentar após Dataprev anunciar
que entrará em greve
29/01/2020 -
Planalto rebate ação da CNT contra lei que limita
sindicatos em agência reguladora
29/01/2020 -
Com aumento das denúncias, entidades cobram mais
combate ao trabalho escravo
28/01/2020 -
Centrais vão protestar na porta da Fiesp contra
dirigente ‘que apoia desmonte na indústria’
28/01/2020 -
Com uma Fiesp fascista, a degeneração bolsonarista
pode ser permanente
28/01/2020 -
PGR entra com ação no STF contra MP do ‘emprego’
verde amarelo
28/01/2020 -
Lula quer Dino de volta ao PT para que ele possa
encabeçar chapa em 2022
28/01/2020 -
A participação do movimento sindical nas eleições
municipais
28/01/2020 -
Rombo nas contas externas sobe US$ 50,762 bilhões em
2019, diz Banco Central
28/01/2020 -
Projeto impede que auxílio-doença termine
automaticamente após 120 dias
27/01/2020 -
OIT aponta incapacidade de Guedes e Bolsonaro em
reduzir desemprego
27/01/2020 -
Paulinho da Força sugere volta do aumento real do
salário mínimo
27/01/2020 -
Portaria do governo regulamenta funcionamento do CNT
27/01/2020 -
Trabalhadores que sacaram FGTS estão com
seguro-desemprego bloqueado
27/01/2020 -
Êxito sindical: prioridade deve ser sindicalizar
27/01/2020 -
Bolsonaro quer acabar com promoções de servidores
públicos por tempo de serviço
27/01/2020 -
Governo deve editar MP para contratar empregados
aposentados do INSS
27/01/2020 -
Caged: país criou 644 mil novas vagas de trabalho em
2019
27/01/2020 -
Projeto garante dois intervalos para trabalhadora
alimentar bebê
27/01/2020 -
CAS analisa revogação de regra alterada pela reforma
trabalhista
14/01/2020 -
Governo edita normas complementares ao contrato de
trabalho verde e amarelo
14/01/2020 -
Governo eleva salário mínimo para R$ 1.045
13/01/2020 -
Teto do INSS aumenta para R$ 6.101,05 em 2020
12/01/2020 -
Agenda do Congresso terá novos ataques aos
trabalhadores em 2020
10/01/2020 -
Com resultado do INPC de dezembro, aumento do
salário mínimo fica abaixo da inflação
08/01/2020 -
Nova ação questiona no STF MP que cria contrato
Verde e Amarelo
03/01/2020 -
CCJ analisa projeto que reduz prazo de execução de
dívida trabalhista
02/01/2020 -
Reforma da Previdência é alvo de ações judiciais
31/01/2020 -
Paulo Guedes afirma que só terá estabilidade
servidor "aprovado pelo chefe"
O ministro da economia, Paulo Guedes, reafirmou que
pretende acabar com a estabilidade do servidor
público. "Nós estamos entrando agora na Reforma
Administrativa para valorizar o bom servidor. Não
atinge o direito de quem está lá. Para ganhar
estabilidade tem que provar que é um bom servidor,
ter espírito de equipe, ser aprovado pelo chefe",
disse o ministro. O relato dele foi publicado no
Twitter do ministério.
A equipe de Guedes deve enviar ao Congresso Nacional
um projeto de lei para regulamentar os desligamentos
de servidores estáveis por mau desempenho. A medida
está no pacote da reforma administrativa.
A ideia é mudar a Constituição para deixar claro que
o mau desempenho pode ser motivo para a saída dos
quadros. Levando em conta este modelo, só os novos
funcionários seriam atingidos pela mudança.
Fonte: Brasil247
31/01/2020 -
Maia aguarda governo para que reformas tenham
tramitação rápida
"Reformas administrativa e tributária têm a mesma
importância", disse
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
afirmou nesta quinta-feira (30) que aguarda
diligências do Poder Executivo Federal para que as
reformas tributária e administrativa tramitem com
mais rapidez no Congresso Nacional. Ele avalia que
ambas têm a mesma importância daquela promovida no
âmbito da Previdência, promulgada em novembro.
"Eu não tenho como avançar na reforma administrativa
sem que o governo encaminhe sua proposta. Nós vamos
tentar convencer o Supremo [Tribunal Federal] de que
ele deve participar, em conjunto conosco, da reforma
administrativa do sistema público, seja dos três
Poderes, mas a gente precisa que isso fique claro,
porque depois alguém pode entrar com uma ação no
Supremo, dizendo que a parte do Judiciário é
inconstitucional. Então, por que é que a gente ainda
não conseguiu avançar no administrativo? Porque há
essa compreensão, há um texto do governo a se enviar
e a gente está esperando", argumentou, no evento
Agenda econômica e as reformas de 2020, organizado
pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em São
Paulo.
"A gente precisa compreender de que forma o governo
vai organizar a administração pública da União, para
que possa organizar a dos servidores da Câmara. Nós
vamos fazer a nossa em conjunto", emendou Maia, que
declarou que foi reeleito justamente por ter sido
visto como um parlamentar capaz de garantir a
aprovação da reforma da Previdência.
Para Maia, os estremecimentos que abalaram a relação
com o presidente Jair Bolsonaro já foram resolvidos.
Ele acrescentou, ainda, que as eleições municipais
não deverão atrapalhar os planos do governo. A
previsão que apresentou é a de que uma minoria de
deputados federais deve fazer campanha para angariar
votos, de modo que a votação das principais matérias
no Congresso Nacional será minimamente afetada.
Também presente no evento, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, evitou definir datas para as votações
dos textos no Legislativo.
"O processamento político é do Congresso", disse,
classificando o empenho de Maia e do presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, como "brilhante".
Segundo Guedes, um dos momentos mais propícios para
que a tramitação fosse finalizada ocorreu no ano
passado, em meados de junho. Ele reconheceu que,
muitas vezes, o ritmo depende do sucesso do
Executivo em negociar votos com parlamentares
mediante a liberação de emendas.
"Nós vamos encaminhar tudo. Esse é o compromisso",
completou o ministro.
Privatização
No evento, o ministro Paulo Guedes também reiterou seu
posicionamento quanto à privatização. "Quando me
perguntam, quantas estatais você quer vender? Todas.
Em quanto tempo você chega? Não sei, mas tem que
correr nessa direção", declarou.
A colocação ganha especial força nesta quinta-feira,
quando o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) passa a
ser de responsabilidade do Ministério da Economia,
saindo da Casa Civil.
Fonte: Agência Brasil
31/01/2020 -
Pauta unificada fortalece atuação de sindicatos ante
ataques a direitos
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres
defende no "Entre Vistas", na TVT, que o movimento
sindical está amadurecendo para enfrentar projetos
do governo Bolsonaro
As centrais sindicais e os sindicatos de
trabalhadores devem manter e ampliar a unificação da
pauta de lutas neste ano, para enfrentar o desmonte
de direitos conduzido pelo governo de Jair
Bolsonaro. Essa perspectiva de luta ficará mais
clara a partir de fevereiro, com a retomada dos
trabalhos no Congresso Nacional. Projetos como o da
Medida Provisória 905 – chamada de MP da carteira
verde e amarela pelo governo, mas que precariza as
relações de trabalho a pretexto de criar novos
postos – e a reforma sindical vão exigir dos
trabalhadores a consolidação do esforço unificado
para enfrentar retrocessos.
“É muito positivo, o amadurecimento do movimento
sindical está levando a isso. É claro que tem
diferenças ainda grandes, se a gente for analisar
ponto por ponto, mas conseguimos definir uma pauta
única – essa pauta unifica as ações”, afirma o
presidente da Força Sindical Nacional, Miguel
Torres.
“Talvez a gente ainda não tenha o sucesso que
deveríamos ter tido, tanto na reforma trabalhista,
como na reforma da Previdência, mas as entidades
sindicais, as centrais, se unificaram e levaram a
mesma proposta, foram à luta, em manifestações
grandes no país. É lógico que a grande mídia não dá
vazão para isso, mas sabemos que fizemos. Não
ganhamos a maioria dos trabalhadores, da população,
por causa da guerra da comunicação, mas esse ponto
para nós hoje é primordial, manter a unidade de ação
das centrais sindicais”, defende Torres.
Nesta quinta-feira (30), a TVT apresenta nova edição
do programa Entre Vistas, conduzido pelo jornalista
Juca Kfouri, em que Miguel Torres faz um balanço do
movimento sindical neste momento. Participam também
do programa a secretária adjunta de combate ao
racismo da CUT, Rosana Souza, e a vice-presidente da
Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Mônica
Veloso.
Segundo Torres, também estará na pauta de luta dos
trabalhadores o desafio de recuperar a política de
aumento real do salário mínimo, abandonada pelo
governo Bolsonaro. “O governo fez duas MPs sem o
aumento real do mínimo, isso é um crime na
distribuição de renda e nós vamos tentar dentro do
Congresso emendas que retornem uma política de
valorização com aumento real. As centrais nos pontos
principais estão unidas”, afirma.
Torres explica que na questão da reforma sindical,
das seis grandes centrais hoje no país, quatro se
manifestaram em favor da reforma para poder avançar,
dar credibilidade ao movimento sindical e às
contribuições que tem de ser feitas à luta do
trabalhador. “São os trabalhadores que definem o seu
financiamento – não queremos a volta do imposto
sindical, nós queremos é que as contribuições passem
pelas negociações, tanto os acordos como convenções
coletivas. E o trabalhador decide o sindicato que
ele quer – se ele quer um sindicato que lute, que se
organize, que interfira e faça parte da discussão
nacional”.
Quem acompanhar a entrevista desta noite poderá
verificar questões como a importância da comunicação
entre as organizações sindicais e os trabalhadores,
que se mostra como um tema recorrente na entrevista,
e as estratégias para enfrentar a precarização do
trabalho, processo também chamado atualmente de
uberização, para o qual Torres defende o
fortalecimento das instituições para que se resgate
o mínimo de proteção social ao trabalho.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=GJ1c6RodLNw&feature=emb_logo
Fonte: Rede Brasil Atual
31/01/2020 -
Bolsonaro assina MP que eleva salário mínimo para R$
1.045
Medida provisória será publicada nesta
sexta-feira no Diário Oficial
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta
quinta-feira (30) a medida provisória (MP) que fixa,
a partir de fevereiro deste ano, o salário mínimo em
R$ 1.045. A mudança representa um aumento em relação
ao reajuste proposto no final do ano, já que o
índice oficial de inflação usado como referência
para o aumento foi maior do que o esperado.
"O valor do salário mínimo até então vigente era de
R$ 1.039,00 e fora calculado levando em conta a
projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
– INPC para o mês de dezembro de 2019. A alteração
se mostra necessária para adequar o valor do salário
mínimo à efetiva variação do INPC, divulgada em 10
de janeiro de 2020 pelo Banco Central. Assim o valor
de R$ 1.045, que passará a vigorar a partir de 1º de
fevereiro de 2020, manterá o real poder de compra do
salário mínimo para o corrente ano", informou o
Planalto, em nota.
Segundo o governo, a nova MP será publicada na
edição desta sexta-feira (31) do Diário Oficial da
União (DOU).
Até o ano passado, a política de reajuste do salário
mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela
inflação mais a variação do Produto Interno Bruto
(PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).
Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem
sempre houve aumento real nesse período porque o PIB
do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com
queda de 7% nos acumulado desses dois anos.
O governo estima que, para cada aumento de R$ 1 no
salário mínimo, as despesas elevam-se em R$ 355,5
milhões, principalmente por causa do pagamento de
benefícios da Previdência Social, do abono salarial
e do seguro-desemprego, todos atrelados ao valor do
mínimo.
Fonte: Agência Brasil
31/01/2020 -
DEM vê golpe duro e desleal de Bolsonaro em Onyx
Lorenzoni
O ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni disse
a aliados nesta quinta (30) ter ficado surpreso com
a decisão de Jair Bolsonaro de retirar a gestão do
PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) da
alçada de sua pasta e esvaziar ainda mais seus
poderes.
Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo,
Lorenzoni afirmou que precisava conversar com o
chefe para compreender o objetivo dele ao
enfraquecê-lo.
Integrantes da cúpula do DEM, partido do ministro,
viram no gesto um golpe duro e desleal e defendem
que o correligionário peça para sair.
Fonte: Brasil247
31/01/2020 -
Novo presidente do INSS é defensor da privatização
da Previdência
Com a crise no Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) que gerou uma filha de espera de quase 2
milhões de trabalhadores e trabalhadoras aguardando
liberação de benefícios como aposentadoria e
auxílios doença e maternidade, o presidente do
instituto, Renato Rodrigues Vieira pediu demissão e
para seu lugar foi nomeado o até então secretário de
Previdência do Ministério da Economia, Leonardo
Rolim.
Além de defender a chamada Nova Previdência, Rolim é
a favor do sistema de capitalização que obriga o
trabalhador a fazer uma poupança individual se
quiser se aposentar. A capitalização da previdência
já foi rejeitada pelo Congresso Nacional durante a
aprovação da Reforma da Previdência, mas o tema
continua na pauta do ministro da Economia, Paulo
Guedes e seus assessores.
Como lembra reportagem de Caroline Oliveira, do
Brasil de Fato, em maio de 2019, durante audiência
pública com foco na capitalização proposta na
reforma, Rolim defendeu que o sistema retiraria
subsídios dos mais ricos e garantiria os benefícios
para os mais pobres.
Ao contrário do que defender o novo presidente do
INSS, experiências de capitalização fracassaram em
outros países, onde idosos vivem na miséria porque a
aposentadoria não dá para viver com o mínimo de
dignidade.
A capitalização prevê que o único responsável por
uma aposentadoria futura, vinculada aos bancos, é o
próprio trabalhador. O contrário, do que ocorre pelo
sistema atual, conhecido como modelo solidário, onde
governo e empregadores também contribuem para a
aposentadoria.
Fonte: Agência Sindical
31/01/2020 -
Moro já sonda pesquisas com seu nome para presidente
em 2022
Ministro analisa cenários eleitorais em que Jair
Bolsonaro aparece como um de seus principais
adversários
O ministro da Justiça, Sergio Moro, recebe há seis
meses pesquisas eleitorais que colocam seu nome como
opção na disputa à Presidência da República em 2022.
Alguns cenários, inclusive, Moro enfrenta o atual
presidente, Jair Bolsonaro, na disputa pelo
Planalto. As pesquisas foram feitas por um instituto
sem divulgação pública.
Os questionários foram feitos com “perguntas
estimuladas”, em que os pesquisadores citam para o
entrevistado quais são as opções de resposta. De
acordo com a revista Época, desde os primeiros
levantamentos recebidos pelo ministro, ele já
aparecia bem colocado e com mais de 15% de intenções
de voto.
Além disso, em entrevista ao Roda Viva, da TV
Cultura, na segunda-feira (20), o ministro disse que
se negou a assinar um documento em que se
comprometeria a não concorrer nas eleições
presidenciais de 2022. De acordo com o ex-juiz, não
há pretensão de sua parte em assinar o acordo, pois
“muitas pessoas assinaram e depois rasgaram”.
A atitude do ministro foi de grande desgaste com o
presidente, mas este é um conflito que já vem se
acumulando desde meados do primeiro ano de mandato
do ex-capitão.
Em pouco mais de um ano, Moro viu seus poderes
esvaziados e hoje se equilibra para garantir sua
permanência no cargo. Ele já perdeu o Coaf, que
passou ao ficar sob responsabilidade do ministério
da Economia, e foi derrotado em algumas propostas
contidas no pacote anticrime.
Fonte: RevistaForum
31/01/2020 -
Governo decide acelerar queima de reservas
internacionais para segurar o dólar
A equipe econômica comandada por Paulo Guedes
decidiu acelerar a venda de reservas internacionais,
acumuladas nos governos Lula e Dilma, para tentar
fazer frente à disparada do dólar, que ontem chegou
a bater em R$ 4,27; só nesta sexta-feira serão
vendidos mais US$ 3 bilhões
O Banco Central fará nesta sexta-feira (31) um
leilão extraordinário de US$ 3 bilhões.
Chamado de leilão de linha, esse tipo de venda
caracteriza-se pelo caráter temporário. Os dólares
vendidos são recomprados pelo Banco Central depois
de alguns meses, retornando para as reservas
internacionais.
A última vez em que o BC tinha feito um leilão de
linha tinha sido em 18 de dezembro, quando a
autoridade monetária vendeu US$ 600 milhões com
compromisso de recompra.
Em meio ao receio do impacto do coronavírus sobre a
economia global, o dólar tem subido nos últimos
dias. Hoje, a moeda norte-americana chegou a
ultrapassar R$ 4,27, mas fechou o dia em R$ 4,259.
Esse foi o maior valor nominal desde 1994, quando o
real foi criado, informa a Agência Brasil.
Fonte: Brasil247
31/01/2020 -
Pente-fino em benefícios por incapacidade atrasa com
fila do INSS
A fila no atendimento do INSS já se tornou uma
situação vergonhosa e ultrajante. Diante desse
cenário, agora a operação pente-fino, que o governo
Bolsonaro pretende fazer em benefícios por
incapacidade e benefício de prestação continuada
(BPC), vão atrasar também.
O ano de 2019 ficou marcado por vários adiamentos no
início dessas revisões. A Secretaria da Previdência
informou que a intenção era iniciar agora, em
janeiro, mas isso não aconteceu.
Esse impasse ocorre pelas dificuldades que o INSS
tem enfrentado para disponibilizar funcionários para
testar e operar o novo sistema de agendamento de
perícias, desenvolvido recentemente pela Dataprev,
que é a empresa de tecnologia da Previdência.
Crise - A crise do INSS já se tornou uma situação
caótica. A redução de funcionários, que se
aposentaram nos últimos anos, junto com a não
reposição de servidores por meio de concursos
públicos e o crescimento na quantidade de pedidos de
benefícios, nos meses que antecederam a reforma da
Previdência, são os principais fatores que deixaram
chegar a esse ponto.
Fonte: Agora SP
31/01/2020 -
CAS discute projeto que permite saque do FGTS para
comprar segundo imóvel
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) analisa um
projeto de lei, do senador Irajá (PSD-TO), sobre a
permissão para o trabalhador sacar o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar um
segundo imóvel. Relator da proposta (PL
2.967/2019) , o senador Paulo Paim (PT-RS) defende
que o FGTS é uma poupança do trabalhador e não deve
ser liberado para qualquer fim. O senador Flávio
Arns (Rede-PR) defende a liberação dos valores em
caso de doença terminal. O projeto será tema de uma
audiência pública na comissão.
Fonte: Agência Senado
30/01/2020 -
Rodrigo Maia detona Weintraub: 'com esse ministro da
Educação, nosso país não tem futuro'
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
criticou o ministro da Educação, Abraham Weintraub,
e afirmou que o Brasil “não tem futuro” com uma
pessoa como ele no comando do Ministério.
Maia participou de um evento promovido pelo Credit
Suisse, em São Paulo, e disse que Weintraub
prejudica a imagem do país e disse que não tem
condições de atrair investimentos para o Brasil com
um “ministro da Educação desses”.
A reportagem do jornal Valor destaca que "o
presidente da Câmara criticou também o ministro do
Meio Ambiente, Ricardo Salles, e afirmou que o
titular da Pasta “perdeu condições de ser
interlocutor” com investidores. “Não sei o que o
governo vai fazer com o ministro do Meio Ambiente”,
declarou. “Perdeu condições de ser interlocutor.
Radicalizou demais”, reforçou."
Fonte: Brasil247
30/01/2020 -
Caos no INSS ainda deve piorar, avalia ex-ministro
da Previdência
O “caos” criado no INSS, com filas virtuais que
chegam a cerca de 2 milhões de pessoas, não vai ser
resolvido com a mudança do presidente do instituto.
A avaliação é do ex-ministro da Previdência Carlos
Gabas, que é funcionário de carreira e já dirigiu a
superintendência do INSS em São Paulo (2003-2005).
Nesta terça-feira (28), o governo anunciou o
secretário de Previdência do Ministério da Economia,
Leonardo Rolim, como novo chefe do órgão, em
substituição a Renato Vieira, que pediu demissão.
Mas a relação de Rolim com seus comandados também
não deve ser das mais fáceis, já que em março de
2019 ele afirmou em entrevista que os “servidores só
querem privilégios”.
A situação deve piorar, segundo o ex-ministro,
devido a redução no número de trabalhadores no INSS
e a privatização da Dataprev, com servidores em
greve por tempo indeterminado em mais de 20 estados
contra a medida. A convocação de militares da
reserva também não resolve, já que não contam com
qualificação adequada para a função, e sua atuação
deve ser apenas para “intimidar” aqueles que tentam
se aposentar e não conseguem.
Segundo dados do próprio INSS enviados ao antigo
ministério do Planejamento, ainda antes do início da
atual gestão, o órgão precisaria contratar 16.548
pessoas para suprir os trabalhadores que se
aposentaram.
Das 1.316 agências do país, 321 têm de 50% a 100% do
quadro dos servidores com pedidos de aposentadoria.
E com a aprovação da reforma da Previdência,
promulgada em novembro do ano passado, houve uma
corrida, tanto de servidores quanto dos
trabalhadores da iniciativa privada, para se
aposentarem.
“Nós tínhamos um plano de reposição da força de
trabalho. No nosso período, implementamos a inversão
do ônus da prova, certificamos o cadastro CNIS e
preparamos os servidores. Tínhamos o programa de
aposentadoria em 30 minutos. Hoje está demorando
mais de ano. É reflexo do abandono da gestão. Os
governos depois do golpe abandonaram tudo e estão
acabando com a Previdência como era antes, fechando
agências, reduzindo as agendas. Você não consegue
mais ligar 135 e agendar atendimento para o mesmo
dia, como era antes”, afirmou em entrevista à Rádio
Brasil Atual, nesta quarta-feira (29). Atualmente, o
prazo para o primeiro atendimento chega a até oito
meses.
Segundo o ex-ministro, a nova versão do aplicativo
Meu INSS não é de simples compreensão e manuseio. E
não são todos os trabalhadores que têm acesso a
smartphones com internet. “Nós investimos em
tecnologia, mas ampliamos as agências. As pessoas
ainda precisam ir nas agências. É um serviço que
muitas vezes necessita de um esclarecimento, da
presença do cidadão para entregar algum documento”,
explicou.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/01/2020 -
Precarização arrocha massa salarial, critica
Clemente Ganz
A diferença salarial entre demitidos e admitidos no
mercado de trabalho formal aumentou nos últimos
meses de 2019. Dados do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), em dezembro, apontam que o
salário médio de admissão estava em R$ 1.573,00
comparado a um salário médio de demissão de R$
1.785,00 - diferença de R$ 212,00.
A Agência Sindical ouviu o diretor-técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio, sobre as bases e
consequências dessa discrepância na remuneração.
O sociólogo observa que na origem do problema está o
desemprego, que segue em níveis elevados e leva à
contratação de trabalhadores com salários mais
baixos. Ou seja, o mercado encontra espaço pra
demitir, substituindo mão de obra mais cara por
gente barata.
“Essa situação é resultado de um conjunto de
fatores, que inclui fechamento de grandes empresas,
aumento de desempregados e também a geração de vagas
no setor de serviços, que tem salários mais baixos e
facilidade de optar por contratos intermitentes e
temporários”.
Os números do Caged, divulgados sexta (24), apontam
nessa direção. Em 2019, foram gerados 644 mil novos
postos de trabalho, 115 mil a mais que em 2018 – o
maior saldo com Carteira assinada em números
absolutos desde 2013.
Porém, do total de vagas criadas no ano passado, 106
mil (16,5%) foram nas modalidades de trabalho
intermitente ou de regime de tempo parcial, ou seja,
os “bicos” legalizados com a reforma trabalhista
(Lei 13.467/2017).
Impactos - O diretor do Dieese alerta que a
precarização do trabalho arrocha a massa salarial e
provoca consequências sociais e econômicas. “Não
temos no momento um mercado de trabalho que estimule
maior dinamismo do nosso parque produtivo, o que
acaba trazendo mais fragilidade ao setor
industrial”, observa.
Clemente Ganz Lúcio cobra ações efetivas pra conter
esse processo, ressaltando que numa sociedade tão
desigual, como a brasileira, não haverá mudança no
cenário das injustiças sociais que não seja pelo
crescimento da economia.“Essa situação só é boa ao
capital estrangeiro. País que perde a capacidade
econômica de se estruturar de forma independente, só
interessa a quem deseja controlá-lo”, adverte.
Fonte: Agência Sindical
30/01/2020 -
Damares é alvo de protesto em conferência no Chile
Durante a XIV Conferência Regional sobre mulheres da
América Latina e do Caribe, em Santiago, no Chile, a
ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares
Alves, foi alvo de protestos.
Ao ser anunciada, um grupo de mulheres que
participavam do evento deu as costas à ministra.
No discurso, Damares disse que o Brasil é o melhor
lugar para se nascer mulher.
O Ministério da Saúde registra que, no Brasil, a
cada quatro minutos, uma mulher é agredida por ao
menos um homem.
Fonte: Brasil247
30/01/2020 -
Aposentados e pensionistas podem pedir isenção de
IPTU
Aposentados e pensionistas do INSS, já podem
solicitar a isenção do IPTU. Por ser imposto
municipal, a isenção ou desconto no valor varia de
um município para outro, conforme legislação local.
Em São Paulo, por exemplo, a lei municipal concede
isenção do pagamento do IPTU para aposentados,
pensionistas e viúvas. Aposentados e pensionistas do
INSS com rendimento mensal entre três e cinco
salários mínimos contam com isenção do tributo.
Em Vitória, Estado do Espírito Santo, por exemplo,
não há isenção total do imposto. No entanto, o
município concede redução de 75% do valor do tributo
para pessoas acima de 60 anos ou aposentados por
invalidez.
Solicite - Interessados devem procurar a Prefeitura
do seu município e protocolar pedido de isenção no
Órgão.
Quem for solicitar a isenção deve estar munido dos
seguintes documentos:
- Documento de propriedade ou posse do imóvel
(matrícula atualizada);
- Documentos de identificação do proprietário
aposentado (RG ou CNH);
- Comprovante de residência do ano vigente;
- Comprovante de renda familiar;
- Extrato detalhado do benefício.
Os comprovantes de isenção são enviados aos imóveis
daqueles que recebem o benefício. Quando isso não
ocorre, é possível buscar o documento junto à
Secretaria da Fazenda.
Fonte: Agência Sindical
30/01/2020 -
Centrais Sindicais fazem ato na Cedae-RJ e preparam
greve geral
As Centrais Sindicais e movimentos sociais fizeram
uma manifestação em frente à sede da Companhia
Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae),
nesta terça (28), contra a atual situação da água no
Estado e a tentativa de privatização da empresa.
A situação alarmante e caótica da Cedae é resultado
do projeto entreguista do governo Federal, que
sucateia as empresas públicas para dar à iniciativa
privada, dizem os sindicalistas.
De acordo com a vice-presidente da CUT-RJ, Maria
Eduarda Quiroga, a ideia é construir um calendário
unificado de luta. "Realizamos atividade no INSS e
hoje da Cedae. A ideia é que essas pautas se
incorporem também à luta da educação, que está
sinalizada para fevereiro e março".
Fonte: Agência Sindical
30/01/2020 -
Casamento: Regina Duarte aceita convite de Bolsonaro
e assume Secretaria de Cultura
A atriz, que estava "noiva do governo", vai
assumir a função deixada em aberto após a demissão
do ex-secretário Roberto Alvim por conta de
publicação de vídeo nazista
A atriz Regina Duarte é a nova secretária Especial
de Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Depois de fazer um “estágio” na Esplanada dos
Ministérios para conhecer suas funções, Duarte
anunciou nesta quarta-feira (29) que disse “sim” ao
ex-capitão.
A atriz afirmou que aceitou o convite logo após uma
reunião que teve com Bolsonaro no Planalto na tarde
desta quarta-feira. “Sim, só que agora vão ocorrer
os proclamas antes do casamento”, declarou.
Ao chegar em Brasília para o encontro, ela havia
dito que o “noivado” com Bolsonaro está “excelente”.
“Estou começando a tomar pé. Dá um tempo aí, gente”,
afirmou, saindo rapidamente com assessores.
O anúncio encerra o período de “noivado” entre a
atriz e o ex-capitão. Duarte chega ao posto logo
após a demissão de Roberto Alvim, que publicou um
vídeo com estética e citações nazistas para divulgar
um prêmio elaborado pela pasta.
Fonte: RevistaForum
30/01/2020 -
TST decide que estabilidade acidentária não se
estende a segundo emprego
O dispositivo que garante a estabilidade por
acidente de trabalho (artigo 118 da Lei 8.213/91) é
claro ao vincular a manutenção do contrato de
trabalho ao acidentado à empresa em que houver
ocorrido o infortúnio.
Com esse entendimento, a 7ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho decidiu afastar a possibilidade
de aplicar a estabilidade acidentária de um porteiro
de Teresina (PI) a um contrato de trabalho
simultâneo firmado com outro empregador.
Na reclamação trabalhista, o porteiro explicou que
trabalhava no Edifício La Concorde Residence, no
regime 24/36, das 19h às 7h do dia seguinte. Em
2014, ele sofreu uma fratura no punho esquerdo e,
por isso, passou a receber auxílio-doença. Segundo
ele, em razão da gravidade do acidente, teria
direito à estabilidade de um ano a partir da alta no
INSS, mas fora dispensado antes do prazo e, por
isso, pretendia receber a indenização
correspondente.
Em depoimento ao juízo da 3ª Vara Trabalho de
Teresina (PI), o trabalhador reconheceu que também
trabalhava para o hospital São Marcos. O endereço do
local é o mesmo em que o porteiro havia sofrido o
acidente. Conforme as provas apresentadas, o
porteiro não havia trabalhado para o condomínio no
dia do acidente.
O ministro Cláudio Brandão, relator do recurso do
condomínio, explicou que o dispositivo que garante a
estabilidade por acidente de trabalho (artigo 118 da
Lei 8.213/91) é claro ao vincular a manutenção do
contrato de trabalho ao acidentado à empresa em que
houver ocorrido o infortúnio, “inclusive em se
tratando de acidente de trajeto”. Assim, o colegiado
deu provimento ao pedido para restabelecer a
sentença em que fora indeferido o pedido de
estabilidade acidentária. *Com informações da
assessoria de imprensa do TJ-DF.
0706798-46.2019.8.07.0018
Fonte: Consultor Jurídico
30/01/2020 -
Proposta reduz jornada semanal de trabalho de 44
para 36 horas
Texto altera a Constituição e prevê que a redução
da jornada esteja em vigor em dez anos
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 221/19
reduz de 44 para 36 horas a jornada semanal do
trabalhador brasileiro. A redução terá prazo de dez
anos para se concretizar.
O texto, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG),
tramita na Câmara dos Deputados.
Com a medida, o parlamentar espera atacar o
desemprego no País. “Em vários países, a redução da
jornada de trabalho sem redução salarial tem sido
discutida como um dos instrumentos para preservar e
criar empregos de qualidade e possibilitar a
construção de boas condições de vida”, afirma.
“Esta redução poderia impulsionar a economia e levar
à melhoria do mercado de trabalho. Isto permitiria a
geração de novos postos, diminuição do desemprego,
da informalidade, da precarização, aumento da massa
salarial e da produtividade. Teria como consequência
o crescimento do consumo.”
Reginaldo Lopes acredita que a redução proposta
poderá gerar mais de 500 mil novos empregos apenas
nas regiões metropolitanas.
Tramitação
Inicialmente, a PEC será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania quanto a seus
aspectos constitucionais e jurídicos. Se admitida,
será analisada por uma comissão especial a ser
criada e votada em dois turnos pelo Plenário da
Câmara.
Fonte: Agência Câmara
29/01/2020 -
Bolsonaro demite presidente do INSS, após apagão da
Previdência
Ministério da Economia anuncia a demissão de
Renato Vieira, que ficou um ano no cargo. Leonardo
Rolim será o substituto e terá de comandar a crise
da fila do INSS, que tem quase 2 milhões de pedidos
represados e foi o epicentro de um apagão no governo
O secretário especial da Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, demitiu o presidente do INSS,
Renato Vieira. O atual secretário de Previdência,
Leonardo Rolim, será o substituto e terá de comandar
a crise da fila com quase 2 milhões de pedidos
represados.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia,
comandado por Paulo Guedes. "Ele consolidou sua
disposição de sair do INSS a pedido. Foi uma
conversa amadurecida ao longo dos últimos 15 dias",
afirmou Rogério Marinho.
No último dia 10 de janeiro, o então presidente do
INSS Renato Vieira afirmou que os problemas com as
filas do INSS só seriam resolvidos em seis meses. O
governo chegou a anunciar a convocação de militares
da reserva, gerando críticas, por serem pessoas
pouco familiarizadas com o trabalho.
Fonte: Brasil247
29/01/2020 -
Vargas Netto prega reação à queda salarial e ações
pela sindicalização
Caiu o número de categorias que tiveram aumento real
nas negociações do ano passado. Segundo o
Salariômetro da Fipe, o percentual passou de 75% pra
50%, se comparado com 2018. E mesmo essas categorias
tiveram aumentos pequenos, da ordem de 1%.
Cerca de 25% das categorias não conseguiram repor a
inflação e amargaram arrocho salarial, enquanto 25%
só conquistaram a reposição da inflação.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical e do
Diap, trata do tema no artigo “Responsabilidades
maiores”. De acordo com Vargas, o resultado mostra
dificuldade imposta pela conjuntura política e
econômica, aliada à “deforma” trabalhista, pela Lei
13.467/2017.
Segundo o consultor, pra reverter esse quadro o
sindicalismo deve trabalhar em três eixos:
sindicalização, campanhas salariais e enfrentamento
da situação política. “Considero que a
sindicalização será uma das ações mais relevantes
deste ano, sem nos esquecermos das lutas
conjunturais”, ele diz.
Deterioração - Vargas Netto comenta os números do
mercado de trabalho que impactam nessa ação. “Houve
aumento na geração de emprego, o que é positivo. Mas
aumentaram os contratos intermitentes e temporários,
com prazo de trabalho determinado”, ele observa.
O consultor avalia que esse fator dificulta a ação
sindical, mas não a impossibilita. “O dirigente terá
que analisar e detectar as características atuais do
seu setor, pra fazer o trabalho de sindicalização, a
fim de diminuir a distância entre trabalhadores e
direções”, diz.
Para João Guilherme Vargas Netto, esses
trabalhadores também se aproximarão das entidades de
classe ao sentir o alto grau de “precarização do
trabalho”. “Perceberão que o Sindicato é o principal
instrumento de luta e defesa de seus direitos”,
conclui.
Fonte: Agência Sindical
29/01/2020 -
Eleição 2020: o afastamento do dirigente sindical
Apesar da existência de pensamento diverso,
esta é a recomendação do DIAP aos dirigentes
sindicais que desejarem se candidatar ao cargo de
prefeito, vice-prefeito ou de vereador na eleição
municipal de 2020.
Antônio Augusto de Queiroz*
Em atenção às várias consultas sobre a necessidade
ou não de afastamento do dirigente sindical para
concorrer ao pleito municipal, em outubro próximo,
resolvemos escrever este artigo para esclarecer o
tema, que é controverso em face da recente mudança
havida na forma de financiamento das entidades
sindicais.
O fundamento da dúvida, sobre a necessidade ou não
de licença (desincompatibilização) do dirigente
sindical no pleito municipal, decorre da perda do
caráter obrigatório ou compulsório da contribuição
sindical, que era utilizado como justificativa para
o afastamento dirigente sindical 4 meses antes da
eleição.
Em princípio, levando-se em consideração a
circunstância de que a contribuição sindical perdeu
seu caráter compulsório, não deveria haver mais a
necessidade de desincompatibilização, já que o que
motivava o afastamento temporário do dirigente, sob
pena de inelegibilidade, era o fato de a entidade de
classe receber contribuições impostas pelo Poder
Público ou arrecadados e repassados pela Previdência
Social, conforme explicita a alínea “g”, do inciso
II, do artigo 1º Lei Complementar 64/90, conhecida
como Lei de Inelegibilidade.
Entretanto, considerando que:
1) a contribuição sindical não foi extinta, mas
apenas perdeu seu caráter compulsório, podendo
continuar sendo arrecadada via ente do Estado, Caixa
Econômica Federal, desde que haja a concordância do
trabalhador;
2) continuam em vigor os dispositivos
constitucionais que autorizam a cobrança da
contribuição (artigos 8º e 149);
3) a alínea “g”, do inciso II, do artigo 1º da Lei
Complementar 64/90 não foi revogada; e
4) permanece vigente a Resolução do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) 18.019/92, que re-ratificam as
resoluções 17.964 e 17.966, sobre a necessidade de
licença, nos parece ser prudente pedido de
licença/desincompatibilização como forma de afastar
o risco de eventual inelegibilidade.
Trata-se de matéria que deve ser pacificada pelo
TSE, mediante revisão da resolução atualmente em
vigor, o que só ocorrerá se houver provocação por
parlamentar ou partido político, já que o tribunal
só se manifesta quando há consulta formal.
Assim, se não houver manifestação conclusiva do TSE
sobre a desnecessidade de afastamento do dirigente
sindical antes da data limite (3/06/2020), é
prudente pedir a licença do mandato sindical, até
porque se houver o recolhimento de uma única
contribuição sindical em favor da entidade no ano da
eleição poderá ser motivo suficiente para que
eventual adversário político peça a impugnação da
candidatura do dirigente que decidir concorrer ao
pleito municipal sem que tenha se afastado da
direção da entidade até 4 meses antes do pleito.
Por fim, registre-se que o afastamento do dirigente
sindical é temporário e não implica renúncia, apenas
licença durante esse período de
desincompatibilização, podendo reassumir seu posto
na entidade sindical tão loco termine o pleito,
tendo ou não sido eleito na eleição municipal.
Apesar da existência de pensamento diverso, esta é a
recomendação do DIAP aos dirigentes sindicais que
desejarem se candidatar ao cargo de prefeito,
vice-prefeito ou de vereador na eleição municipal de
2020. Assim, sem resolução do TSE que explicite a
desnecessidade da desincompatibilização, a prudência
recomenda o pedido de afastamento temporário,
inclusive como forma de evitar eventual impugnação,
com pedido de inelegibilidade.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
diretor de Documentação licenciado do Diap e
sócio-diretor das empresas “Queiroz Assessoria em
Relações Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”.
Fonte: Diap
29/01/2020 -
Lula nega convite para Flávio Dino se filiar ao PT:
‘tenho profundo respeito pelo PCdoB’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a
informação de que teria convidado o ex-governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para se filiar ao PT
com o objetivo de disputar a presidente da República
em 2022.
"Pelo profundo respeito que eu tenho pelo PCdoB,
pelo PT, pelo @FlavioDino e pelo @Haddad_Fernando,
jamais convidaria um membro do PCdo B para se filiar
ao PT", escreveu o ex-presidente Lula no Twitter.
De acordo com informações publicadas pelo jornal O
Globo, Lula sondou Flávio Dino para o governador
voltar ao PT, mas não houve um convite formal. Os
dois teriam conversado no último dia 18, com a
presença da presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffmann (PR), pouco antes de uma reunião na Central
Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.
A interlocutores, o governador afirma que sua
estratégia é não ficar restrito à bandeira do “Lula
Livre”.
Fonte: Brasil247
29/01/2020 -
Dívida pública sobe 9,5% em 2019 e chega a R$ 4,2
trilhões
Para este ano, a expectativa é que a dívida fique
entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões
A dívida pública fechou o ano passado em mais de R$
4,2 trilhões. O valor é recorde e foi 9,5% maior que
o registrado em 2018. Para este ano, a expectativa é
que a dívida fique entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75
trilhões, o que significará um novo recorde.
Nos últimos anos, o governo gastou mais do que
arrecadou. Isso é a dívida pública. Para ajudar a
fechar as contas, o Tesouro Nacional emitiu títulos
públicos que são vendidos no mercado financeiro.
A maior parte dos títulos que vencem até o fim deste
ano tem rendimento prefixado, ou seja, um valor
fixo, definido no momento da compra. Outros são
flutuantes e rendem de acordo com a variação da
inflação ou da taxa básica de juros, a Selic. Com a
inflação e a Selic em trajetória de queda, os
investidores têm dado preferência a títulos
prefixados.
A expectativa com o aquecimento da economia e o
consequente aumento da Selic e da inflação, provocou
aumento na procura por títulos flutuantes. A partir
do ano que vem eles devem ter grande participação
entre os títulos que vencem. O secretário do Tesouro
Nacional, Mansueto Almeida, avaliou que o desafio do
governo é conseguir pagar esses títulos e incentivar
o mercado a voltar para os prefixados, que demoram
mais tempo a vencer. Mansueto Almeida destacou que
as prioridades econômicas do governo no Congresso
Nacional são as propostas de independência do Banco
Central; a PEC Emergencial, que define uma série de
novos cortes de despesas na administração pública; e
a Reforma Tributária.
O secretário do Tesouro Nacional acrescentou que a
equipe econômica está preocupada com a situação das
contas fluminenses: se o governo do Rio de Janeiro
não conseguir pagar até o fim do ano as dívidas que
contraiu com os bancos, o valor deverá ser quitado
pela União que, em troca, assumiria o controle da
Cedae, a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio.
Fonte: Agência Brasil
29/01/2020 -
Fila do INSS pode aumentar após Dataprev anunciar
que entrará em greve
Os funcionários da Dataprev de São Paulo vão aderir
a greve que se inicia dia 30, junto de outras
unidades da estatal. Até o momento, Bahia, Brasília,
Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul e Sergipe já têm funcionários em
greve. Outros centros de atendimento também entrarão
em greve.
De acordo com representantes dos trabalhadores, a
greve deve afetar diretamente a fila do INSS, já que
novos pedidos poderão ficar paralisados.
Após denúncias de assédio moral e demissões em masa,
o Sindpud (Sindicato dos Trabalhadores em
Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do
Estado de São Paulo) realizou assembleia e os
funcionários tomaram a decisão de aderir à greve.
Em entrevista ao jornal Agora SP, o presidente do
Sindpud, Antonio Neto, diz que a greve é defesa da
população frente à incoerência de o governo fazer
uma força-tarefa com militares da reserva auxiliando
no atendimento, enquanto "enxuga os trabalhadores
que sabem fazer o trabalho".
Dataprev - A direção da empresa diz que
oferece incentivos ao desligamento dos empregados,
sob o Programa de Adequação de Quadro, lançado neste
ano.
Fonte: Agora SP
29/01/2020 -
Planalto rebate ação da CNT contra lei que limita
sindicatos em agência reguladora
Na ação, é questionada lei que veda indicação
para o Conselho ou Diretoria Colegiada pessoa que
tem cargo em sindicato
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao
Supremo Tribunal Federal (STF), neste fim de semana,
manifestação da Advocacia-Geral da União para
contestar ação de inconstitucionalidade com base na
qual a Confederação Nacional do Transporte (CNT)
pretende derrubar dispositivos da Lei 13.848/2019
que – ao alterar lei de 2000 sobre o regime
jurídicos das agências reguladoras– introduziu
restrições à indicação de representantes sindicais.
Na ADI 6.276, ajuizada no mês passado, a CNT
questiona os incisos III e VII do artigo 8º da nova
lei, que vedam a indicação para o Conselho Diretor
ou Diretoria Colegiada dessas agências de: “pessoa
que exerça cargo em organização sindical” e de
“membro de conselho ou de diretoria de associação,
regional ou nacional, representativa de interesses
patronais ou trabalhistas ligados às atividades
reguladas pela respectiva agência”.
O relator desta ação é o ministro Edson Fachin, que
adotou o rito de urgência para o julgamento pelo
plenário, em face da ‘‘relevância da matéria’’. Para
que o relator possa pedir inclusão em pauta do feito
falta ainda o parecer da Procuradoria-Geral da
República.
Razões do Planalto
Dentre as razões expostas nos pareceres selecionados
pela AGU e pela Consultoria-Geral da União
destacam-se as seguintes:
– ‘‘No Brasil, as agências reguladoras foram criadas
com a finalidade de conferir independência e maior
eficiência à regulação de determinados setores
estratégicos. As agências conferem também
estabilidade e previsibilidade a essa regulação, o
que incentiva a atividade privada, ao mesmo tempo em
que concilia os interesses das empresas, da
Administração Pública e dos consumidores.
Tem-se que as agências reguladoras, por escolha do
ordenamento jurídico, são criadas na forma de
autarquias, por isso, integrantes da Administração
Indireta. Feita essa opção, já definiu o legislador
que as agências reguladoras adotam característica
essencial ao conceito de autarquia: executam
atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada
e,consequentemente, autonomia em relação à própria
Administração que as criou’’.
– ‘‘A vedação legal (da nova Lei 13.848) não vulnera
direitos e garantias fundamentais. Tampouco se
configura como previsão discriminatória, violadora
da liberdade sindical e atentatória aos princípios
que regem a Administração Pública (art.37 da CF/88).
Um primeiro aspecto a ser de pronto rechaçado diz
respeito à alegada violação de direitos e garantias
fundamentais. A CNT afirma que a vedação de
indicação para Conselho Diretor ou para a Diretoria
Colegiada das Agências reguladoras daqueles que
exerçam o cargo em organização sindical viola o
princípio da igualdade previsto no art. 59 da
Constituição, constituindo-se em discriminação
desarrazoada.Tal afirmação está dissociada da
realidade e ignora arcabouço normativo voltado a
conferir maior transparência ao braço do Estado que
atua diretamente na regulação de atividade
econômica’’.
Fonte: Jota
29/01/2020 -
Com aumento das denúncias, entidades cobram mais
combate ao trabalho escravo
O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo,
celebrado em 28 de janeiro, foi marcado por
denúncias de impunidade e aumento do trabalho
análogo à escravidão.
A data, criada em homenagem aos Auditores-Fiscais do
Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João
Batista Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista
Aílton Pereira de Oliveira, assassinados em 2004,
durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG),
teve eventos com participação de diversas
instituições e entidades ligadas ao tema em todo o
País.
Segundo dados do Radar da Subsecretaria de Inspeção
do Trabalho (SIT) da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, em
111 dos 267 estabelecimentos fiscalizados no ano
passado, houve a caracterização da existência dessa
prática com 1.054 pessoas resgatadas em situações
desse tipo.
O levantamento aponta ainda que, em 2019, o número
de denúncias aumentou, totalizando 1.213 em todo o
País, enquanto o ano anterior registrou 1.127.
Os dados foram apresentados durante o Encontro
Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo:
Reforço de Parcerias Contributivas, realizado nesta
terça (28) na Procuradoria-Geral do Trabalho, em
Brasília.
Somente o Ministério Público do Trabalho (MPT) tem
hoje 1,7 mil procedimentos de investigação dessa
prática e de aliciamento e tráfico de trabalhadores
em andamento.
Protesto - Este ano, a Chacina de Unaí, como ficou
conhecido o crime que vitimou os quatro servidores
federais, completa 16 anos com os mandantes e
intermediários soltos.
O fato foi lembrado em ato público em frente ao
prédio do Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
localizado na Capital Federal, promovido pelo
Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho
(Sinait). A Corte julgará os recursos dos envolvidos
que respondem em liberdade.
Mais informações: MPT e Sinait
Fonte: Agência Sindical
28/01/2020 -
Centrais vão protestar na porta da Fiesp contra
dirigente ‘que apoia desmonte na indústria’
Dirigentes criticam alinhamento do presidente da
entidade ao governo, que também foi criticado no
meio empresarial
São Paulo –Na primeira reunião de 2020, representantes
das centrais sindicais definiram um calendário de
atividades que começa na próxima segunda-feira (3),
com protesto diante da sede da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na
Avenida Paulista. As entidades também decidiram
realizar novamente um ato unificado de 1º de Maio, a
exemplo do que ocorreu no ano passado.
Recentemente, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf,
publicou artigo em que explicita seu alinhamento a
Jair Bolsonaro, cujo governo estaria fazendo as
“reformas ” necessárias ao país, segundo ele. O
texto provocou reações contrárias inclusive no meio
empresarial. Dias depois, Horácio Lafer Piva –
ex-presidente da própria Fiesp –, Pedro Passos e
Pedro Wongtschowski escreveram artigos em que, sem
citar nomes, criticam a partidarização da federação.
E questionam: “O que fazem os presidentes de
sindicatos e os bons nomes que ocupam conselhos da
entidade, a com seu silêncio compactuar com o uso
político, partidário mesmo, escolhas duvidosas,
culto a personalidades?”.
Um articulista do jornal Folha de S. Paulo, o
servidor federal e sociólogo Celso Rocha de Barros
escreveu outro artigo, publicado no dia 6, com o
título A Fiesp é fascista?. Logo no início, afirma
que o fato de Skaf trabalhar na organização do
partido de Bolsonaro no estado “é uma vergonha para
a indústria brasileira e para São Paulo”.
Desmonte
Entre os dirigentes das centrais, o posicionamento do
executivo, que está no comando da Fiesp desde 2004,
também foi mal recebido. “Do jeito que que o Skaf
escreveu, ele está apoiando o desmonte na indústria.
É uma afronta, é diminuir a geração de empregos de
qualidade em nosso país”, afirma o secretário-geral
da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, que
participou da reunião desta segunda-feira (27), na
sede do Dieese, em São Paulo, que teve ainda
representantes de CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT,
Intersindical (as duas que levam esse nome) e da UGT.
A Nova Central não participou do encontro, mas
acompanha as resoluções.
O calendário aprovado hoje inclui atos em agências
do INSS, em 14 de fevereiro, em defesa da
Previdência Social. Em março, haverá atividades nos
dias 8 (Dia Internacional da Mulher) e 18
(mobilização em defesa do serviço público e das
empresas estatais). Estão previstas ainda
manifestações no Congresso.
Para Juruna, uma das questões centrais deste ano
será em torno da qualidade do emprego. Os dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgados na semana passada, mostram algum
crescimento do emprego formal em 2019, mas a maioria
das vagas é de baixa remuneração. E uma parcela é de
postos de trabalho intermitentes.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/01/2020 -
Com uma Fiesp fascista, a degeneração bolsonarista
pode ser permanente
Skaf entregou a Fiesp a Bolsonaro porque quer seu
apoio na eleição estadual de 2022. Não chega a ser
novidade que candidatos a cargos eletivos façam
conchavos. A questão relevante é se Skaf é
representativo do resto da elite econômica
Na primeira coluna do ano, perguntei se a Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo era fascista.
Na semana passada, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf,
respondeu que sim, a entidade apoia Bolsonaro
oficialmente. A Fiesp já havia apoiado governos
antes, mas nunca com esse grau de engajamento.
Skaf entregou a Fiesp a Bolsonaro porque quer seu
apoio na eleição estadual de 2022. Aparentemente,
concluiu que o eleitorado paulista é como a economia
global – um lugar onde sua turma não tem chance de
competir sem apoio do governo federal.
Não chega a ser novidade que candidatos a cargos
eletivos façam conchavos. A questão relevante é se
Skaf é representativo do resto da elite econômica. O
apoio do empresariado brasileiro a Bolsonaro é
sólido? Ou foi só uma gambiarra de última hora para
derrotar a esquerda em 2018?
Em outros termos, ainda não sabemos se o
empresariado nacional vai assinar a carteira de Jair
Bolsonaro. A esperança é que o voto da elite em
Bolsonaro tenha sido só mais um fenômeno da “gig
economy”, um Uber chamado às pressas para fugir da
esquerda, uma prestação de serviço fugaz que se
recompensa com aquelas estrelinhas idiotas. Nesse
cenário, Bolsonaro terá sido só uma daquelas
patinetes que se alugam pelo celular e se largam na
rua ao chegar no destino. A Presidência da
República, no caso, terá se unido à lista de
profissões que passaram a integrar o precariado
urbano.
Se for o caso, em 2022 os empresários brasileiros
escolherão outro candidato, que, sempre podemos
esperar, talvez não seja um defensor de torturadores
e milicianos que quer estrangular a imprensa livre e
aparelhar o Supremo Tribunal Federal.
Mas, se as reformas de Guedes garantirem a
estabilidade justamente ao pior servidor público
brasileiro de todos os tempos, as perspectivas para
a democracia brasileira se tornarão piores. Sei que
muita gente ficará chocada com o que direi agora,
mas, bom, os ricos são mais poderosos que os pobres.
Se colocarem seu poder a favor da extrema direita, a
degeneração bolsonarista pode se tornar permanente.
Com base no que vimos em 2018, esse cenário
pessimista é bem possível. Com poucas e honrosas
exceções, os empresários brasileiros passaram o ano
fingindo que não viam os ataques à democracia. Suas
entrevistas foram todas na linha “às vezes o
presidente, embora seja muito mais bem-intencionado
do que Madre Teresa, e apesar do fato de que seu
programa econômico é muito superior a qualquer coisa
que o espírito humano concebeu desde a invenção do
arado, e sempre levando em conta que Bolsonaro é,
admitamos, um totoso do papai, nossa, eu ia concluir
dizendo que o governo apesar disso tudo comete
alguns erros, mas acho que não suportaria o gosto de
fel que isso me deixaria na boca”.
Há vários argumentos morais que eu poderia
apresentar contra isso, mas, sejamos honestos, quem
prestaria atenção? Direi, pelo menos, isso: também é
possível que a Fiesp tenha cometido o erro de
comprar na alta para vender na baixa. Na mesma
semana em que Skaf entregou a Fiesp a Bolsonaro,
deflagrou-se uma guerra entre o presidente e seu
ministro mais popular, que está em campanha aberta
para 2022. Huck e Doria são candidatos fortes. A
esquerda pode se reorganizar. Skaf pode ter pago
preço de carro novo em corrida de Uber.
Fonte: Portal Vermelho
28/01/2020 -
PGR entra com ação no STF contra MP do ‘emprego’
verde amarelo
O procurador-geral da República, Augusto Aras,
apresentou uma ADI (Ação Direta de
Inconstitucionalidade), no STF (Supremo Tribunal
Federal), questionando dois trechos da Medida
Provisória 905/2019, que cria o contrato de trabalho
“Verde Amarelo”.
Aras pede uma “medida cautelar” contra os Artigos 21
e 28 da MP, que tratam da “destinação de valores de
multas e penalidades aplicadas em ações e
procedimentos da competência do MPT (Ministério
Público do Trabalho)”.
Ele argumenta na ação que os artigos limitam a
atribuição do MPT para firmar TACs (Termos de
Ajustamento de Conduta). O procurador afirma que a
medida “limita o uso de instrumentos postos à
disposição do Ministério Público para tutelar os
direitos coletivos trabalhistas”.
Conforme apontou o PGR, o Artigo 21 vincula ao
programa receitas oriundas da reparação de danos
morais coletivos ou multas por descumprimento de
TACs firmados pelo MPT. Segundo ele, a medida “reduz
o espaço de negociação, limitando formas menos
onerosas de composição em ação civil pública e em
procedimentos extrajudiciais”.
Aras também fez uma lista das implicações do Artigo
28:
1) limitou o prazo máximo de vigência de TAC em
matéria trabalhista a 2 anos, renovável por igual
período, desde que por relatório técnico
fundamentado;
2) determinou igualdade de valor das multas por
descumprimento de TACs em matéria trabalhista aos
valores atribuídos a penalidades administrativas
impostas a infrações trabalhistas, admitindo a
elevação das penalidades em caso de reincidência da
infração por três vezes;
3) proibiu que se firme TAC quando a empresa já
houver firmado qualquer outro acordo extrajudicial.
“O impacto sobre a atuação do Ministério Público do
Trabalho é imediato e atinge a efetividade da tutela
coletiva e inibitória, que visa à prevenção de
ilícitos e à reparação dos danos difusos ou
coletivos trabalhistas”, afirmou o PGR por meio da
ADI.
Esta é a quinta ADI contra a medida provisória. As
demais foram ajuizadas pelos partidos Solidarierade
(ADI 6.261) e PDT (ADI 6.265), pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores no Comercio (ADI 6.267) e
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos (ADI 6.285).
Com informações dos sites Poder360 e Conjur.
Fonte: Agência Sindical
28/01/2020 -
Lula quer Dino de volta ao PT para que ele possa
encabeçar chapa em 2022
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
foi sondado pelo ex-presidente Lula para voltar ao
PT, para ser o candidato do partido à Presidência da
República em 2022
As conversações entre Flávio Dino, do PCdoB e o PT,
sobre a candidatura à Presidência da República em
2022 se intensificaram nos últimos dias.
Embora não tivesse havido um convite formal, o
ex-presidente Lula e o governador do Maranhão se
encontraram no último dia 18, informa O Globo, com a
participação da presidente nacional do PT, a
deputada Gleisi Hoffmann (PR). Durante o encontro,
Lula fez a sondagem a Flávio Dino.
Em entrevista publicada na segunda-feira (27) pelo
jornal Valor Econômico, Gleisi disse que o partido
trabalha com a reedição da candidatura presidencial
do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, mas
afirmou também que considera o governador do
Maranhão como uma alternativa, ressaltando que ele
“sempre foi muito leal à causa” do ex-presidente
Lula.
Nas próximas semanas, Lula deve encontrar Dino no
Maranhão para uma agenda política. Segundo petistas,
o apreço do ex-presidente por Dino cresceu em razão
da defesa enfática de Lula que o governador fez
quando o petista estava preso em Curitiba. Também
pesa a favor de Dino seu apoio à ex-presidente Dilma
Rousseff durante o processo de impeachment.
Lula não comentou se fez o convite a Flávio Dino
para que se filie ao PT e se candidate à Presidência
da República pela legenda.
A interlocutores, o governador afirma que sua
estratégia é tirar a esquerda do isolamento e não
ficar restrito à bandeira do “Lula Livre”. Ele tem
dito que as forças progressistas precisam dialogar e
formar uma frente ampla em defesa da democracia.
Fonte: Brasil247
28/01/2020 -
A participação do movimento sindical nas eleições
municipais
Regras eleitorais mais rígidas podem beneficiar
entidades sindicais e sociais na disputa do pleito
municipal deste ano. Mas a disputa eleitoral no
município não vai ser apenas e tão somente de
narrativas. Há aí os problemas concretos das cidades
e suas populações, que precisam ser tratados com
realismo. Desse modo, construir propostas concretas
para os problemas concretos ajuda na sua elucidação.
André Santos*
Em outubro próximo, 153 milhões de eleitores devem
comparecer às urnas nos 5.570 municípios brasileiros
para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
O pleito municipal serve de termômetro para as
eleições gerais, quando disputam o poder político
nos País, candidatos à presidente da República e
vice, governador e vice, senador, deputado estadual
e distrital, no caso do Distrito Federal, e federal.
Estes, futuramente contarão com os eleitos nos
municípios para garantir suas eleições ou reeleições
no pleito geral, cuja disputa se dará em 2022.
Em 2020, algumas novas regras eleitorais entrarão em
vigor, como o fim das coligações nas candidaturas
proporcionais, neste caso, a de vereador. Os
candidatos às prefeituras, cargos majoritários,
podem contar com apoio de outras legendas, ou seja,
podem formar coligações para disputar as eleições.
Entre as novas regras, está também a proibição de
distribuição de qualquer tipo de material de
campanha, entre os quais: camisetas, chaveiros,
bonés, canetas, brindes, recurso muito utilizado nos
pleitos municipais anteriores. Ainda consta da lista
de restrições, as propagandas em lugares de grande
aglomeração de pessoas como cinemas, clubes, lojas,
centros comerciais, templos, ginásios e estádios.
Estão também fora próximas campanhas, pinturas em
muros, placas, faixas, cavaletes, bonecos, além de
fixação de material de campanha nos postes de
iluminação, semáforos, viadutos, passarelas, pontes
e paradas de ônibus, árvores, entre outros.
As restrições para as campanhas podem parecer
exagero, porém, observando o contexto político de
crise da representação, os candidatos serão
obrigados a estarem mais próximos do/a eleitor/a, da
sociedade, para debater suas plataformas de
campanhas e convencer o cidadão/eleitor da justeza
de suas propostas.
Nesse contexto, inserem-se também as redes sociais,
fenômeno que dominou as eleições de 2018, com
mentiras e verdades, e amplo alcance do eleitorado
médio. Vale destacar que no caso das mentiras, as
chamadas “fake news”, a legislação eleitoral passou
a criminalizar essa prática. Há de se registrar que
nas cidades mais interioranas, o uso das redes
sociais e da internet de modo geral ainda é precário
do ponto de vista tecnológico, muitas ainda utilizam
conexão 3G, mais lenta e o usuário não apresenta
tantas facilidades com o manuseio das redes. De
acordo coma Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua) de 2017, a concentração no uso
das redes sociais estava na mão dos jovens entre 20
e 24 anos e a internet chegava a 74,9% dos
domicílios, incluído nesse percentual a internet
discada e o 3G.
As eleições contarão ainda com regras de
financiamento eleitoral que possibilita, talvez,
mais e maior competitividade entre candidatos/as com
restrições em relação ao autofinanciamento e a
possibilidade do financiamento coletivo ou
crowdfunding, feito por pessoas físicas, além do
fundo eleitoral, espaço de rádio e TV tradicionais
nas campanhas políticas.
Sindicatos e movimentos sociais
Observando os dados elencados acima e avaliando o
atual cenário para o pleito de 2020, existe hiato
que deve ser preenchido pelos movimentos sociais —
sindicatos, movimentos estudantis e todas as
organizações que estão mais próximas das
necessidades do povo em sentido amplo.
O exemplo mais claro dessa necessidade passa pelo
índice decrescente de sindicalização dos
trabalhadores empregados, 14,4% em 2017. Em 2012,
esse percentual era de 16,2%, de acordo com o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Esse afastamento dos trabalhadores das entidades de
classe que defendem seus interesses e direitos
revela o distanciamento dessas do seu “cliente” — o
trabalhador. Sendo o sindicato 1 dos pilares da
democracia, tal dado é assustador, pois revela que a
tenra democracia brasileira está sob ameaças e
demonstra a necessidade urgente dessa reaproximação.
Este momento eleitoral serve para que essas
organizações se aproximem dos problemas reais das
cidades e suas comunidades e possam, por meio do
convencimento, do debate coletivo, do tratamento do
dia a dia das pessoas, buscar em conjunto soluções
para os problemas que são comuns à maioria dos
munícipes.
São desempregados que precisam de trabalho,
trabalhadores que necessitam de transporte de
qualidade com preço justo, estudantes que buscam
escolas, trabalhadoras que não encontram creches e
escolas para seus filhos, cidades sem tratamento de
esgoto, famílias sem acesso à lazer e cultura, entre
outras necessidades que passam por decisões
políticas dos ocupantes de cargos públicos.
Essa realidade, comum à grande maioria dos
municípios brasileiros, pode ser o centro dos
debates entre as organizações da sociedade e o
cidadão/ã. Construir esse diálogo é necessário e
urgente, aproximar-se da realidade dos
trabalhadores, da dona de casa, do estudante e fazer
a política local, com o objetivo de construir,
coletivamente, as soluções para as mazelas sociais
passa também pelas entidades sindicais e sociais,
cuja referência mais próxima é o sindicato, sendo
importante ator social coletivo nesse processo.
O momento é desafiador. A eleição municipal vai
exigir a necessidade de o movimento sindical
participar efetivamente desse processo, a fim de
ampliar força e alianças com outros setores ou
atores sociais para priorizar candidaturas
autenticas e comprometidas com os anseios da
sociedade, com propósito de garantir a busca sincera
da solução dos problemas urgentes e frear o avanço
da agenda conservadora e neoliberal também no âmbito
dos municípios.
(*) Jornalista, especialista em Política e
Representação Parlamentar e analista político do
Diap
Fonte: Diap
28/01/2020 -
Rombo nas contas externas sobe US$ 50,762 bilhões em
2019, diz Banco Central
O Banco Central divulgou nesta segunda (27) a
balança comercial de 2019 e os resultados são ruins.
As transações correntes do Brasil tiveram déficit de
US$ 50,762 bilhões (R$ 212 bilhões) no ano, o
equivalente a 2,76% do PIB. Em relação a 2018,
resultado teve alta de 22,2%.
Em 2015 havia sido registrado o maior rombo do
déficit, de US$ 54,472 bilhões (R$ 227,4 bilhões).
Mas apesar dessa piora, os investimentos diretos no
País alcançaram US$ 78,559 bilhões (R$ 328 bilhões).
O ano foi marcado pela desaceleração da economia na
Argentina, a peste suína que afetou a China e a
demanda por soja brasileira, além das tensões entre
Estados Unidos e China, que tomou o comércio mundial
por incertezas.
Já o superávit da balança comercial fechou 2019 com
US$ 39,404 bilhões (R$ 164,5 bilhões), o que
significou um recuo de 25,7% comparado com 2018. Já
as exportações tiveram queda de 6,3%, além da
diminuição de 0,8% nas importações, de acordo com o
BC.
Serviços - Os serviços brasileiros também
foram afetados. Houve redução nos gastos líquidos de
brasileiros no exterior e nas despesas líquidas de
aluguel de equipamentos.
Fonte: Folha de S. Paulo
28/01/2020 -
Projeto impede que auxílio-doença termine
automaticamente após 120 dias
Um projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS)
impede que o auxílio-doença termine automaticamente
após 120 dias — isso acontece, por exemplo, quando a
perícia não define uma duração para o auxílio no
momento de sua concessão. Paim defende a realização
de nova perícia para que sejam avaliadas as
condições do segurado para voltar ao trabalho. O
projeto (PLS 175/2017) está em análise na Comissão
de Assuntos Sociais (CAS). A relatora da matéria é a
senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que apresentou
voto favorável ao projeto.
Fonte: Agência Senado
27/01/2020 -
OIT aponta incapacidade de Guedes e Bolsonaro em
reduzir desemprego
A política econômica conduzida por Jair Bolsonaro e
Paulo Guedes é incapaz de reduzir o desemprego no
Brasil, segundo aponta a Organização Internacional
do Trabalho. Conforme a entidade, a taxa de
desemprego na maior economia da América Latina
declina de 12% em 2019 para 11,9% em 2020 e atinge
11,4% em 2025. O número de desempregados cairia de
12,8 milhões em 2019 para 12,6 milhões em 2024,
aponta de Assis Moreira, publicada no Valor.
“Não vemos um empurrão importante para permitir que
taxa (de desemprego) volte ao que existia em 2014 ”,
afirmou Stefan Kuhn, macroeconomista da OIT,
apontando menor demanda na economia global, entre
outros fatores. Em 2014, a taxa de desemprego era de
6,7% e o número de desempregados era de 6,7 milhões,
praticamente metade da cifra atual. O Brasil terá
assim por anos uma taxa de desemprego três vezes
maior que a média global de 5,4%.
O menor desemprego da história do Brasil foi
alcançado em dezembro de 2014 no governo da
ex-presidente Dilma Rousseff. Depois disso, PSDB e
MDB se uniram para conspirar contra a democracia,
promovendo a maior catástrofe econômica da história
do Brasil.
Fonte: Brasil247
27/01/2020 -
Paulinho da Força sugere volta do aumento real do
salário mínimo
O jornal Agora SP publicou, nesta sexta (24),
matéria falando sobre projeto de autoria do deputado
Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), Paulinho
da Força, para retomar a política de valorização do
salário mínimo vigente nos governos petistas. O
projeto deverá ser protocolado na Câmara dos
Deputados nos próximos dias pelo parlamentar.
A proposta de emenda à medida provisória 916/2019,
que reajustou o piso para R$ 1.039, prevê ajuste
anual pela soma da inflação ao crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Se
aprovada, a regra valeria até 2023.
“Essa política foi uma conquista das centrais
sindicais”, afirmou Paulinho. “Não é uma política do
PT.”
A proposta vai contra a intenção do governo de criar
regra de reajuste sem aumento acima da inflação. “A
emenda já tem um certo respaldo dentro da Câmara. É
uma política que deu certo”, disse Paulinho da
Força.
O aumento real foi implementado informalmente em
1994, por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). As
gestões petistas oficializaram a medida.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
estabeleceu a fórmula pela inflação mais a variação
do PIB de dois anos antes. Dilma Rousseff (PT)
transformou regra em lei com vigência de 2015 a
2019.
Fonte: Força Sindical
27/01/2020 -
Portaria do governo regulamenta funcionamento do CNT
A Secretaria Especial da Previdência e
Trabalho, do Ministério da Economia, sob o comando
do secretário Rogério Marinho, publicou na última
quarta-feira (15) no DOU (Diário Oficial da União),
a
Portaria 1.161, cujo
texto traz o regimento interno do CNT (Conselho
Nacional do Trabalho).
O CNT é grupo de trabalho tripartite, com
representantes do governo, dos trabalhadores e dos
empregadores, cuja finalidade é propor políticas e
ações para:
1) modernizar e democratizar as relações de
trabalho;
2) estimular a negociação coletiva e o diálogo
social como mecanismos de solução de conflitos; e
3) promover o entendimento entre trabalhadores e
empregadores e buscar soluções em temas estratégicos
relativos às relações de trabalho; entre outros.
Composição
Os representantes dos trabalhadores serão indicados
pelas centrais sindicais, sendo 6 conselheiros
titulares e 6 suplentes. As confederações patronais
indicarão também 6 titulares e 6 suplentes.
O Ministério da Economia indicará 4, sendo 2 pela
Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho; 1 pela Secretaria de
Previdência da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho; e 1 pela Secretaria Especial de
Produtividade, Emprego e Competitividade. Os
ministérios da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; e o da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos terão 1 cada.
Fonte: Diap
27/01/2020 -
Trabalhadores que sacaram FGTS estão com
seguro-desemprego bloqueado
Desde a segunda quinzena de dezembro, trabalhadores
reclamam que fizeram o saque imediato (de até R$ 998
por conta ativa e inativa) do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) após terem sido dispensados
e ficaram com a liberação do seguro-desemprego
travada.
Pelo procedimento tradicional, o benefício só é
automaticamente liberado quando o registro mais
recente nas bases de dados do FGTS indica demissão
sem justa causa. A consulta é feita para evitar
fraudes e assegurar se o empregado dispensado
realmente pode receber o benefício. Situações como
demissão por justa causa ou fim de contrato
temporário não dão direito ao seguro.
O problema, segundo o governo, ocorreu no caso de
trabalhadores cuja última movimentação na base de
dados estava relacionada ao saque imediato. O
sistema informático interpretou o registro como
indicativo de que o empregado não poderia ter acesso
ao seguro-desemprego. Nesses casos, os trabalhadores
seguiam a orientação do governo de entrar com um
recurso administrativo e esperar a liberação do
benefício, acarretando o atraso no pagamento de dois
a três meses.
O processo pode ser acompanhado pelo portal
www.gov.br ou pelo aplicativo da Carteira de
Trabalho Digital para quem tem smartphones e tablets.
O Ministério da Economia informou que, mesmo quem
não entrou com recurso, mas tiver o saque imediato
registrado após a demissão sem justa causa, terá o
benefício liberado automaticamente.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
informou que, desde que constatou o problema, os
técnicos estão trabalhando nas correções para
garantir a liberação automática para quem fez o
saque imediato pouco depois da demissão. O
ministério informou que a Caixa Econômica Federal,
que administra o FGTS, está participando das
soluções técnicas.
Pago a trabalhadores formais dispensados sem justa
causa, o seguro-desemprego dá direito de três a
cinco parcelas mensais, conforme o tempo trabalhado.
O valor varia do salário mínimo (R$ 1.039 atualmente
e R$ 1.045 a partir de fevereiro) a R$ 1.813,03.
Quem trabalhou de seis a 11 meses recebe três
prestações. Quem trabalhou de 12 a 23 meses tem
direito a quatro prestações. Apenas quem trabalhou
no mínimo 24 meses recebe as cinco parcelas.
Os trabalhadores com dificuldade de acesso ao
seguro-desemprego deverão ter o benefício liberado
até esta quarta-feira (22). A informação é da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia. Segundo a secretaria, até
lá, todos os pedidos e recursos serão reprocessados.
Os benefícios pedidos a partir de segunda-feira (20)
voltaram a ser liberados automaticamente.
Fonte: Agência Brasil
27/01/2020 -
Êxito sindical: prioridade deve ser sindicalizar
Sem esta primeira atitude corajosa a respeito da
necessidade de resistência e da própria
sobrevivência nunca se poderá ganhar os demais
diretores e ativistas para uma verdadeira batalha de
sindicalização, de ressindicalização e de
fidelização, oferecendo aos trabalhadores a
proteção, a representação, o acolhimento, bem como
novos serviços exigidos pela realidade e por eles.
João Guilherme Vargas Netto*
Das tarefas estritamente sindicais durante todo o
ano em curso a mais importante, decisiva e constante
é a sindicalização dos trabalhadores.
Sofrendo uma recessão longa e continuada e as
agressões aos sindicatos e trabalhadores o movimento
sindical viu cair — e muito — a taxa de
sindicalização depois dos desastres de 2015-2016.
A tradicional reta horizontal que, pelo menos desde
a democratização, mede o pertencimento dos
trabalhadores ao mundo associativo-sindical caiu da
altura dos 18% para 12% em 2018 e terá caído ainda
mais em 2019.
Tudo leva a crer que ao longo de 2020 o fenômeno
negativo se manifeste (já que todos os elementos
continuaram presentes, exceto um relativo alívio na
economia) e os dirigentes e ativistas serão
confrontados com a gritaria agourenta dos nossos
adversários sobre o anúncio dessa queda em 2019 e
com a percepção do que esteja acontecendo realmente
na atualidade.
Para enfrentar esse quadro clamoroso de
dessindicalização (passado e presente) e as
campanhas antissindicais que o acompanharão os
dirigentes devem, como atitude marcante, enfrentar o
problema como se fosse uma verdadeira disputa
eleitoral em que uma forte chapa de oposição os
confrontasse na base: a oposição é o antissindicato
e desalento.
Sem esta primeira atitude corajosa a respeito da
necessidade de resistência e da própria
sobrevivência nunca se poderá ganhar os demais
diretores e ativistas para uma verdadeira batalha de
sindicalização, de ressindicalização e de
fidelização, oferecendo aos trabalhadores a
proteção, a representação, o acolhimento, bem como
novos serviços exigidos pela realidade e por eles.
Ao buscarem a base convencendo os trabalhadores da
necessidade do sindicato e de seu papel devem ser
valorizados aqueles temas de mobilização locais e
específicos que interessam àquela empresa e àquele
local de trabalho, por pequenos que sejam. Neste
caso, o pequeno se torna grande pelo resultado.
Mais até que os indicadores de ganhos salariais os
números da sindicalização deverão ser o termômetro
do êxito sindical em 2020.
(*) Membro do corpo técnico do Diap. É consultor
sindical de diversas entidades
Fonte: Diap
27/01/2020 -
Bolsonaro quer acabar com promoções de servidores
públicos por tempo de serviço
Em seu projeto de reforma administrativa, o
governo Jair Bolsonaro quer proibir as promoções e
progressões exclusivamente por tempo de serviço. A
proposta também prevê que os concursos deixem de ser
a porta de entrada para o serviço público. Outra
medida é vedação das aposentadorias como forma de
punição
O governo Jair Bolsonaro pretende acabar com o
reajuste de salários retroativos, uma prática comum
no serviço público do País. A mudança, prevista na
reforma administrativa, atingirá as regras dos
servidores da União, dos Estados e dos municípios.
Também estão proibidas as promoções e progressões
exclusivamente por tempo de serviço. De acordo com o
Ministério da Economia, 11 Estados gastam com
pessoal mais que o limite de 60% da Receita Corrente
Líquida (RCL) permitido pela Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF). Juízes, procuradores e parlamentares
ficarão de fora do alcance das medidas da reforma
administrativa num primeiro momento.
A proposta prevê que os concursos deixem de ser a
porta de entrada para o serviço público. Quem passar
em concurso será efetivado como servidor público
depois de um período trabalhando. Nessa fase, ele
será avaliado para a aptidão ao cargo. O prazo para
avaliação está sendo definido entre dois e três
anos, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo.
Nada muda na prova técnica do concurso.
Outra medida no projeto de reforma é vedação das
aposentadorias como forma de punição. Atualmente,
quando algum servidor público comete uma infração
disciplinar, recebe uma “aposentadoria compulsória”,
com vencimentos proporcionais. Agora servidor pode
ser desligado sem remuneração.
Atualmente, quem passa no concurso e se torna
servidor efetivo faz antes um estágio probatório, no
qual só 0,2% são desligados. Os demais 99,8% dos
servidores que fazem o atual estágio probatório
permanecem como servidor.
A equipe econômica do governo também quer
uniformizar férias de 30 dias para todos os
servidores públicos brasileiros.
Fonte: Brasil247
27/01/2020 -
Governo deve editar MP para contratar empregados
aposentados do INSS
Objetivo é ajudar a reduzir o estoque de
benefícios em atraso
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse
sexta-feira (24) que o governo deve editar uma
medida provisória (MP) para que os empregados
aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) possam ser contratados temporariamente para
reforçar o atendimento nas agências e ajudar a
reduzir o estoque de pedidos de benefícios em
atraso.
Atualmente, o número de pedidos de benefícios
previdenciários com mais de 45 dias de atraso está
em cerca 1,3 milhão.
“A questão do Tribunal de Contas da União [TCU], que
está na mão do ministro Bruno Dantas, está
pacificado. A questão agora, o que tem que fazer,
uma vez que existe a ideia que sejam convocados os
funcionários do INSS que estão aposentados, isso só
pode ser por MP ou por projeto de lei, é diferente
do caso dos militares que é expedido”, disse ao
deixar o gabinete da vice-presidência, no Palácio do
Planalto, em Brasília.
Na semana passada, o governo anunciou que pretende
contratar temporariamente cerca de 7 mil militares
da reserva para atuar nos postos da previdência. E,
quinta (23), foi publicado decreto no Diário Oficial
da União que regulamenta a contratação de militares
inativos para atividades em órgãos públicos.
Mas a contratação direta dos militares pelo INSS foi
questionada pelo TCU, que considerou que o governo
poderia estar rompendo o princípio da impessoalidade
ao direcionar a contratação, exclusivamente, para o
grupo militar. Para Mourão, a contratação de civis
também estará garantida com a edição da MP para os
empregados aposentados da Previdência.
“Você pode até dizer que está dirigido para um
grupo, mas não são todos os militares que são
obrigados, está aberto o voluntariado, pode aparecer
que ninguém queira, eles não são obrigados. É
diferente de uma convocação para defesa nacional
onde os militares da reserva são obrigados a
comparecer. Os civis, eles serão cobertos por MP ou
projeto de lei, é isso que vai ser apresentado. O
ideal é que seja MP e que o Congresso vote
rapidamente”, explicou Mourão.
De acordo com o Palácio do Planalto, pelo decreto
publicado ontem, os militares poderão ser
contratados, por meio de um edital específico de
chamamento público, ganhando adicional com valor
igual a 30% sobre o salário recebido na inatividade.
Esse percentual está definido na lei que trata da
estrutura da carreira militar, aprovada em 2019 pelo
Congresso Nacional.
Fonte: Agência Brasil
27/01/2020 -
Caged: país criou 644 mil novas vagas de trabalho em
2019
É o maior saldo de emprego com carteira assinada
desde 2013
O Brasil registrou a criação de 644 mil vagas de
emprego formal no ano passado, 21,63% a mais que o
registrado em 2018. De acordo com o Ministério da
Economia, é o maior saldo de emprego com carteira
assinada em números absolutos desde 2013.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados sexta-feira (24),
mostram que o estoque de empregos formais chegou a
39 milhões de vínculos. Em 2018, esse número tinha
ficado em 38,4 milhões.
Todos os oitos setores da economia registraram saldo
positivo no último ano. O destaque ficou com o setor
de serviços, responsável pela geração de 382,5 mil
postos. No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e
na construção civil, 71,1 mil. O menor desempenho
foi o da administração pública, com 822 novas vagas.
No recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o
ano com saldo positivo. O melhor resultado absoluto
foi o da Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil
vagas. Na Região Sul, houve abertura de 143,2 mil
postos; no Nordeste, 76,5 mil; no Centro-Oeste, 73,4
mil; e no Norte, 32,5 mil. Considerando a variação
relativa do estoque de empregos, as regiões com
melhores desempenhos foram Centro-Oeste, que cresceu
2,30%; Sul (2,01%); Norte (1,82%); Sudeste (1,59%) e
Nordeste (1,21%).
Em 2019, o saldo foi positivo para todas as unidades
da federação, com destaque para São Paulo, com a
geração de 184,1 mil novos postos, Minas Gerais, com
97,7 mil, e Santa Catarina, com 71,4 mil.
De acordo com o Caged, também houve aumento real nos
salários. No ano, o salário médio de admissão foi de
R$ 1.626,06 e o salário médio de desligamento, de R$
1.791,97. Em termos reais (considerado o
deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor, o INPC), registrou-se crescimento de
0,63% para o salário médio de admissão e de 0,7%
para o salário de desligamento, na comparação com
novembro do ano passado.
Novas regras
Segundo os dados divulgados, em 2019 houve 220,5 mil
desligamentos mediante acordo entre empregador e
empregado. Os desligamentos ocorreram principalmente
em serviços (108,8 mil), comércio (53,3 mil) e
indústria de transformação (35 mil).
Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo
ficou positivo em 85,7 mil empregos. O melhor
desempenho foi do setor de serviços, que fechou 2019
com 39,7 mil novas vagas. No comércio, o saldo ficou
em 24,3 mil postos; na indústria da transformação,
10,4 mil; e na construção civil 10 mil. As
principais ocupações nessa modalidade foram
assistente de vendas, repositor de mercadorias e
vigilante.
Já no regime de tempo parcial, o saldo de 2019
chegou a 20,3 mil empregos. Os setores que mais
contrataram nessa modalidade foram serviços, 10,6
mil; comércio, 7,7 mil; e indústria de
transformação, 1,2 mil. As principais ocupações
foram repositor de mercadorias, operador de caixa e
faxineiro.
Fonte: Agência Brasil
27/01/2020 -
CAS analisa revogação de regra alterada pela reforma
trabalhista
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai dar a
palavra final sobre projeto (PLS 298/2017) que
revoga as modificações feitas pela reforma
trabalhista (Lei 13.467, de 2017) para as jornadas
de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso
ininterruptas. A proposta diz que no caso de
atividades insalubres a adoção desse tipo de jornada
voltará a depender de autorização prévia das
autoridades de saúde do trabalho. O senador Weverton
(PDT-MA) diz que a iniciativa, que tem como relatora
a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), vai proteger
dos trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
27/01/2020 -
Projeto garante dois intervalos para trabalhadora
alimentar bebê
Um dos projetos de lei que estão prontos para serem
votados em Plenário é o PLC 21/2018, que trata dos
intervalos durante o expediente a que as
trabalhadoras têm direito para alimentarem seus
filhos, inclusive os adotivos, de até seis meses.
Esse direito já existe na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), mas o projeto busca ampliá-lo para
também garantir o direito às mulheres que não podem
amamentar.
Fonte: Agência Senado
14/01/2020 -
Governo edita normas complementares ao contrato de
trabalho verde e amarelo
Portaria 950/20 foi publicada nesta terça-feira, 14.
O Ministério da Economia publicou a portaria 950/20,
que edita normas complementares ao contrato de
trabalho verde e amarelo.
De acordo com a portaria, as condições de
elegibilidade do trabalhador ao contrato de trabalho
verde e amarelo devem ser observadas no momento da
celebração do contrato, considerando o limite máximo
de idade de vinte e nove anos e a caracterização
como primeiro emprego do trabalhador.
A prorrogação do contrato poderá ocorrer até o dia
31 de dezembro de 2022 e enquanto o trabalhador
tiver idade inferior a trinta anos. O prazo máximo
de duração será de vinte e quatro meses, incluindo
prorrogações.
Para fins da caracterização como primeiro emprego, o
trabalhador deverá apresentar ao empregador
informações da carteira de trabalho digital
comprovando a inexistência de vínculos laborais
anteriores.
Confira a íntegra da portaria:
_______
PORTARIA Nº 950, DE 13 DE JANEIRO DE 2020
Edita normas complementares relativas ao Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo. (Processo nº
19964.109239/2019-01).
O SECRETÁRIO ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO DO
MINISTÉRIO DA ECONOMIA, no uso das atribuições que
lhe foram conferidas pelos incisos I e II, alínea
"b", do art. 71 do Anexo I, do Decreto nº 9.745, de
8 de abril de 2019, e considerando a Medida
Provisória nº 905, de 11 de novembro de 2019,
resolve
Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre normas
complementares relativas ao Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo, conforme previsto no art. 18 da
Medida Provisória nº 905, de 11 de novembro de 2019.
Art. 2º As condições de elegibilidade do trabalhador
ao Contrato de Trabalho Verde e Amarelo devem ser
observadas no momento da celebração do contrato,
considerando:
I - o limite máximo de idade de vinte e nove anos; e
II - a caracterização como primeiro emprego do
trabalhador.
§ 1º Observado o disposto no inciso I do caput, fica
assegurada a duração do contrato por até vinte e
quatro meses.
§ 2º A prorrogação do Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo pode ocorrer até o dia 31 de dezembro de
2022 e enquanto o trabalhador tiver idade inferior a
trinta anos.
§ 3º O prazo máximo do Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo é de vinte e quatro meses, incluindo as
prorrogações.
§ 4º Para fins da caracterização como primeiro
emprego, o trabalhador deve apresentar ao empregador
informações da Carteira de Trabalho Digital
comprovando a inexistência de vínculos laborais
anteriores.
§ 5º Para avaliar a caracterização de que trata o §
4º, o empregador deve desconsiderar os seguintes
vínculos laborais:
I - menor aprendiz;
II - contrato de experiência;
III - trabalho intermitente; e
IV - trabalho avulso.
Art. 3º Para aferição da média de que trata o art.
2º da Medida Provisória nº 905, de 2019, serão
considerados:
I - todos estabelecimentos da empresa; e
II - o número total de empregados a cada mês,
correspondendo à quantidade de vínculos ativos no
último dia daquele mês.
§ 1º A média de que trata o caput poderá ser
consultada, por estabelecimento, nos sítios
www.gov.br ou https://servicos.mte.gov.br/verdeamarelo.
§ 2º São considerados novos postos de trabalho as
contratações que tornem o total de empregados da
empresa superior à média de que trata o caput.
§ 3º A consulta a que se refere o §1º será realizada
mediante o uso de certificação digital.
Art. 4º Descaracteriza a modalidade Contrato Verde e
Amarelo a contratação de trabalhador em desrespeito
às regras de equiparação salarial de que trata o
art. nº 461 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, ou de trabalhador cujo piso salarial da
categoria ou o salário profissional for superior a
um salário-mínimo e meio nacional.
Art. 5º O pagamento das parcelas, a que se referem
os incisos I, II e III do art. 6º da Medida
Provisória nº 905, de 2019, será mensal, salvo
acordo entre as partes que estipule prazo menor.
§ 1º As parcelas referidas no caput são devidas ao
empregado independentemente do número de dias
trabalhados no mês.
§ 2º Em casos de celebração de acordo entre as
partes estipulando prazo menor de pagamento, não
haverá alteração do mês de referência para fins de
recolhimentos fundiários, tributários e
previdenciários.
Art. 6º Os empregados contratados na modalidade
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo têm direito ao
gozo de férias, devendo ser observadas as
disposições contidas no Decreto-Lei nº 5.452, de
1943, exceto quanto à forma de pagamento das
parcelas previstas no art. 6º da Medida Provisória
nº 905, de 2019.
Art. 7º A antecipação da indenização sobre o saldo
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,
acordada entre empregador e empregado na forma do
trata §1º do art. 6º, da Medida Provisória nº 905,
de 2019, deverá ser paga diretamente ao empregado,
sem necessidade de depósito em conta vinculada.
Parágrafo único. O valor a que se refere o caput,
deverá ser obrigatoriamente discriminado na folha de
pagamento.
Art. 8º Havendo conversão ou transformação do
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo em contrato de
trabalho por prazo indeterminado, nos termos do § 3º
do art. 5º ou do § 2º do art. 16 da Medida
Provisória nº 905, de 2019, o empregado fará jus:
I - ao gozo de férias após doze meses de trabalho,
nos termos do art. 134 do Decreto-Lei nº 5.452, de
1943, remuneradas com base no salário devido no mês
da concessão e abatidos os valores recebidos de
forma antecipada a título de férias proporcionais
com acréscimo de um terço;
II - ao décimo-terceiro salário pago da seguinte
forma:
a) adiantamento, até o mês de novembro,
correspondente à diferença entre a metade do valor
do décimo-terceiro, considerado o salário recebido
no mês anterior, e os valores recebidos
antecipadamente nos correspondentes meses
relativamente ao décimo-terceiro salário
proporcional; e
b) pagamento, até 20 de dezembro, correspondente à
diferença entre o salário do mês de dezembro e os
valores já recebidos a título de décimo-terceiro
salário.
III - na hipótese de despedida pelo empregador sem
justa causa, após a conversão de que trata o caput,
à indenização de quarenta por cento sobre o saldo do
FGTS prevista no art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de
maio de 1990, sobre:
a) o montante dos depósitos de FGTS realizados a
partir da data da conversão ou transformação, para o
empregado que fizer acordo para pagamento de forma
antecipada a que se refere o § 1º do art. 6º da MP
nº 905, de 2019;
b) o montante dos depósitos de FGTS realizados
relativos a todo o período de trabalho, para o
empregado que não fizer o acordo referido na alínea
"a" deste inciso.
Art. 9º Ocorrendo rescisão contratual, é devido o
pagamento:
I - do saldo de salário e demais parcelas salariais,
com base no valor do salário mensal no mês da
rescisão;
II - das parcelas de férias proporcionais com
acréscimo de um terço e do décimo-terceiro que não
tenham sido antecipadas;
III - do aviso prévio indenizado, quando for o caso;
e
IV - da indenização sobre o saldo do FGTS, a que se
refere o inciso I do art. 10 da Medida Provisória nº
905, de 2019, em conta vinculada do trabalhador, em
caso de rescisão antes do término da vigência do
contrato, por iniciativa do empregador;
§ 1º Independentemente do motivo da rescisão, não é
devida devolução ao empregador, dos valores das
parcelas mensalmente recebidas relativas ao
décimo-terceiro e às férias proporcionais a que se
referem os incisos II e III do art. 6º da Medida
Provisória nº 905, de 2019.
§ 2º A ocorrência de rescisão com férias pendentes
de gozo ou com período aquisitivo incompleto não
muda a natureza remuneratória dos valores pagos
mensalmente, relativos aos incisos II e III do art.
6º da Medida Provisória nº 905, de 2019.
Art. 10. Para efeito do disposto no artigo 17 da
Medida Provisória nº 905, de 2019, são considerados
submetidos à legislação especial os trabalhadores a
que alude o artigo 7º do Decreto-Lei nº 5.452, de
1943.
Art. 11. Constatado o descumprimento das regras da
modalidade do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo,
este contrato será desconstituído a partir da data
de início da irregularidade, sendo devidas toda as
verbas, encargos e tributos relativos ao contrato de
trabalho por tempo indeterminado.
Art.12. Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação.
ROGÉRIO MARINHO
Fonte: Migalhas
14/01/2020 -
Governo eleva salário mínimo para R$ 1.045
Reajuste decorre da inflação mais alta em 2019
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da
Economia, Paulo Guedes, anunciaram na tarde de hoje
(14), em Brasília, que o salário mínimo de 2020 será
elevado de R$ 1.039 para R$ 1.045. Uma medida
provisória (MP) será editada pelo presidente nos
próximos dias para oficializar o aumento.
"Nós tivemos uma inflação atípica em dezembro, a
gente não esperava que fosse tão alta assim, mas foi
em virtude, basicamente, da carne, e tínhamos que
fazer com que o valor do salário mínimo fosse
mantido, então ele passa, via medida provisória, de
R$ 1.039 para R$ 1.045, a partir de 1º de
fevereiro", afirmou Bolsonaro no Ministério da
Economia, ao lado de Guedes. O presidente e o
ministro se reuniram duas vezes ao longo do dia para
debaterem o assunto.
(Mais informações: Agência Brasil)
Fonte: Agência Brasil
13/01/2020 -
Teto do INSS aumenta para R$ 6.101,05 em 2020
O reajuste das aposentadorias acima do salário
mínimo (R$ 1.039) deve elevar o teto dos benefícios
do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de R$
5.839,45 para R$ 6.101,05 em 2020. O aumento é de
4,48%, referente ao INCP (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor), usado para reajustar benefícios
acima do mínimo. A portaria que oficializa o
reajuste dos benefícios para 2019 ainda precisa ser
publicada no DOU (Diário Oficial da União) pelo
governo federal para começar a valer.
Neste ano, o reajuste para aposentados e
pensionistas que ganham acima do mínimo será maior
do que o aumento para quem ganha 1 salário mínimo.
Isso acontece porque o ajuste do piso salarial é
publicado antes do resultado oficial da inflação.
Neste ano, o aumento foi de 4,10%, passando o mínimo
de R$ 998 para R$ 1.039. Nos anos anteriores, havia
regra diferente para reajuste do piso: projeção da
inflação mais o PIB (Produto Interno Bruto) de 2
anos anteriores.
A política de valorização e recuperação do salário
mínimo foi implementada no governo Lula, que
consistia em corrigir o piso nacional levando em
conta a inflação no ano anterior somada ao PIB de 2
anos antes, o que permitiu alta real do piso
nacional em períodos de crescimento econômico.
Tabelas de contribuição serão atualizadas
A alta do teto do INSS também reajusta a tabela de
contribuição de segurados que estão na ativa para a
Previdência. As faixas serão reajustadas em 4,48%,
sendo que as contribuições, relativas aos salários
de janeiro, deverão ser recolhidas apenas em
fevereiro, uma vez que, em janeiro, os segurados
pagam a contribuição referente ao mês anterior.
A Reforma da Previdência, que entrou em vigor em
novembro do ano passado, prevê tabela progressiva
para o INSS, diferente do que está em vigor
atualmente, que tem 3 faixas de valor: 8%, 9% e 11%.
Os percentuais variam de 7,5% a 14%, e são
progressivos, como no Imposto de Renda. Quem recebe
mais que o teto do INSS pagará contribuição maior do
que antes. A nova tabela, no entanto, começa a valer
em março.
Fonte: Diap
12/01/2020 -
Êxito sindical: prioridade deve ser sindicalizar
Sem esta primeira atitude corajosa a respeito da
necessidade de resistência e da própria
sobrevivência nunca se poderá ganhar os demais
diretores e ativistas para uma verdadeira batalha de
sindicalização, de ressindicalização e de
fidelização, oferecendo aos trabalhadores a
proteção, a representação, o acolhimento, bem como
novos serviços exigidos pela realidade e por eles.
João Guilherme Vargas Netto*
Das tarefas estritamente sindicais durante todo o
ano em curso a mais importante, decisiva e constante
é a sindicalização dos trabalhadores.
Sofrendo uma recessão longa e continuada e as
agressões aos sindicatos e trabalhadores o movimento
sindical viu cair — e muito — a taxa de
sindicalização depois dos desastres de 2015-2016.
A tradicional reta horizontal que, pelo menos desde
a democratização, mede o pertencimento dos
trabalhadores ao mundo associativo-sindical caiu da
altura dos 18% para 12% em 2018 e terá caído ainda
mais em 2019.
Tudo leva a crer que ao longo de 2020 o fenômeno
negativo se manifeste (já que todos os elementos
continuaram presentes, exceto um relativo alívio na
economia) e os dirigentes e ativistas serão
confrontados com a gritaria agourenta dos nossos
adversários sobre o anúncio dessa queda em 2019 e
com a percepção do que esteja acontecendo realmente
na atualidade.
Para enfrentar esse quadro clamoroso de
dessindicalização (passado e presente) e as
campanhas antissindicais que o acompanharão os
dirigentes devem, como atitude marcante, enfrentar o
problema como se fosse uma verdadeira disputa
eleitoral em que uma forte chapa de oposição os
confrontasse na base: a oposição é o antissindicato
e desalento.
Sem esta primeira atitude corajosa a respeito da
necessidade de resistência e da própria
sobrevivência nunca se poderá ganhar os demais
diretores e ativistas para uma verdadeira batalha de
sindicalização, de ressindicalização e de
fidelização, oferecendo aos trabalhadores a
proteção, a representação, o acolhimento, bem como
novos serviços exigidos pela realidade e por eles.
Ao buscarem a base convencendo os trabalhadores da
necessidade do sindicato e de seu papel devem ser
valorizados aqueles temas de mobilização locais e
específicos que interessam àquela empresa e àquele
local de trabalho, por pequenos que sejam. Neste
caso, o pequeno se torna grande pelo resultado.
Mais até que os indicadores de ganhos salariais os
números da sindicalização deverão ser o termômetro
do êxito sindical em 2020.
(*) Membro do corpo técnico do Diap. É consultor
sindical de diversas entidades
Fonte: Diap
12/01/2020 -
Agenda do Congresso terá novos ataques aos
trabalhadores em 2020
PEC Emergencial traz mecanismos para cortar
salários dos servidores e
carteira verde e amarela cria modalidade de emprego
sem direitos para os jovens
A classe trabalhadora brasileira acumulou muitas
derrotas em 2019, a principal delas a aprovação da
reforma da Previdência, que restringe o acesso e
reduz o valores das aposentadorias. Para 2020, são
pelos menos outros 20 projetos legislativos, segundo
o Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), a serem votados no Congresso
Nacional, que são de interesse do governo Bolsonaro
e atacam direitos dos servidores públicos e
trabalhadores da iniciativa privada, como, por
exemplo, os jovens que estão na busca pelo primeiro
emprego.
Assim que voltarem do recesso, deputados e senadores
devem apreciar o chamado Plano Mais Brasil, Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) que prevê alterações
na divisão de recursos entre União, estados e
municípios. Os parlamentares também devem votar a
chamada PEC Emergencial, que impõe gatilhos para o
caso de crise financeira na União, estados e
municípios, proibindo, por exemplo, endividamento
público para pagar as despesas correntes como os
salários do funcionalismo público, benefícios,
contas de energia e custeios similares. Há ainda a
PEC 438/18, que também prevê o controle sobre
despesas públicas obrigatórias.
“Vai possibilitar a redução do salário dos
servidores públicos. Outro efeito ainda mais nocivo
é a possibilidade de demissão de servidores a partir
de novos mecanismos de avaliação por insuficiência
de desempenho”, explica o analista do Diap Neuriberg
Dias, em entrevista à repórter Camila Piacese, para
o Seu Jornal, da TVT. “Dentro dessa reforma
administrativa, tem alguns assuntos bem complicados
de serem discutidos, como a reestruturação das
carreiras do Poder Executivo, a questão da demissão
dos servidores públicos, o fim da estabilidade. É a
rediscussão do Estado brasileiro e das suas
capacidades em fazer a política pública”, analisa o
cientista político Enrico Ribeiro.
Outro tema que deve ir à votação no primeiro
semestre é a Medida Provisória (MP) 905, que cria a
carteira de trabalho verde e amarela. Por essa
modalidade de contratação, jovens de 18 a 29 anos
receberão até um salário mínimo e meio. Além do
limite na remuneração, a MP prevê a redução do
recolhimento do Fundo de Garantia e a multa em caso
de demissão, cobra contribuição previdenciária de
7,5% do seguro-desemprego do trabalhador
desempregado, elimina pagamento por jornadas em dias
e horários extraordinários, inclusive fins de
semana, desonerando as empresas das contribuições
previdenciárias.
Também deve constar na pauta legislativa deste ano a
proposta de reforma sindical, que deve provocar uma
“uma mudança estruturante na organização dos
sindicatos, podendo pôr fim ao modelo de unicidade
sindical – que prevê sindicato único por categoria
para cada região –, o que enfraqueceria a
representação dos trabalhadores.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/01/2020 -
Com resultado do INPC de dezembro, aumento do
salário mínimo fica abaixo da inflação
O salário mínimo de R$ 1.039 para 2020 não repõe a
inflação em 2019, ano em que o Índice Nacional de
Preços ao Mercado (INPC) de 2019, de 4,48%,
divulgado nesta sexta-feira (10). O mínimo do ano
passado foi de R$ 998, um aumento de 4,1%.
Comandado por Paulo Guedes, o Ministério da Economia
não informou se o salário mínimo para 2020 poderá
ser revisado. Em 31 de dezembro, a pasta disse que o
valor usado para correção foi de R$ 999,91.
"Como a inflação efetiva de dezembro do ano passado
[de 2018] foi um pouco mais alta que a estimativa, o
governo corrigiu essa diferença. Especificamente foi
utilizado o valor de R$ 999,91 para calcular o
salário mínimo de 2020, ou seja, o reajuste foi
aplicado a partir de uma base mais alta do que o
salário mínimo vigente [de R$ 998]", afirmou o
ministério na ocasião.
Se a correção de 4,48% do INPC de 2019 fosse
aplicada sobre essa base, de R$ 999,91, o valor do
salário mínimo subiria para R$ 1.044,7.
Fonte: Brasil247
08/01/2020 -
Nova ação questiona no STF MP que cria contrato
Verde e Amarelo
A MP 905/19, que institui o contrato de
trabalho Verde e Amarelo, é objeto de ação direto de
inconstitucionalidade (ADI 6.285), com pedido de
liminar, ajuizada no STF (Supremo Tribunal Federal).
A ação, proposta pela CNTI (Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Indústria), questiona
dispositivos introduzidos na CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho) e a incidência de contribuição
previdenciária sobre o seguro-desemprego.
A medida já foi questionada anteriormente pelas ADI
6.265 e 6.261. Por prevenção, a ação foi distribuída
à ministra Cármen Lúcia, que, antes do recesso
forense, solicitou novas informações ao presidente
da República e ao presidente do Congresso para
subsidiar a análise de pedido de liminar.
Foram apresentadas ao texto 1.930 emendas, o que,
segundo a CNTI, demonstra o “completo descompasso”
entre o texto normativo do Poder Executivo e o
entendimento do Poder Legislativo sobre a matéria.
Ainda de acordo com a entidade, não foram cumpridos
os requisitos da urgência e da relevância para a
edição de MP nem apresentado estudo específico sobre
o impacto orçamentário e financeiro da medida.
A autora argumentou, também que, ao isentar as
empresas que contratarem na nova modalidade da
contribuição previdenciária, do salário-educação e
das contribuições sociais destinadas ao “Sistema S”,
o texto estabelece benefícios fiscais.
Além disso, a medida seria responsável pela criação
de nova categoria de trabalhadores que não terão
todos os direitos assegurados na legislação e na
Constituição, de modo que ficarão em situação de
desigualdade em relação aos demais funcionários da
empresa.
Tramitação
A proposta vai começar a ser debatida pela comissão
mista depois do recesso parlamentar, em fevereiro,
quando o Congresso retoma as atividades. O relator é
o deputado Christino Áureo (PP-RJ)Christino Áureo
(PP-RJ).
Depois de debatida e votada pela comissão mista, o
texto vai ser votado pelo plenário da Câmara e em
seguida pelo do Senado.
(Com portal Migalhas)
Fonte: Diap
03/01/2020 -
CCJ analisa projeto que reduz prazo de execução de
dívida trabalhista
O prazo de execução de dívidas trabalhistas pode
passar de 45 para 15 dias. Essa mudança é prevista
num projeto de lei (PL 2.830/2019) do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), já aprovado pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Para Styvenson,
créditos trabalhistas são fundamentais para a
sobrevivência do trabalhador e sua família e, por
isso, sua execução deve adotar prazos similares aos
já adotados no Código Civil (Lei 10.406, de 2002).
Na visão do senador Paulo Paim (PT-RS), ao
possibilitar um desfecho mais rápido às ações, a
proposta beneficia trabalhadores e empresários. A
proposta aguarda a escolha do relator na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ).
Fonte: Agência Senado
02/01/2020 -
Reforma da Previdência é alvo de ações judiciais
Apesar de aprovada em 2019, a reforma da Previdência
ainda não é uma página virada. Enquanto o
Legislativo ainda discutirá uma possível inclusão de
estados e municípios, o Poder Judiciário vai ter que
decidir sobre alguns pontos da reforma (Emenda
Constitucional 103) que foram alvos de
questionamentos judiciais.
O Sindicato Nacional dos Servidores do Banco
Central, por exemplo, já obteve uma decisão liminar
favorável impedindo a cobrança de contribuições
previdenciárias extraordinárias de servidores
ativos, aposentados e pensionistas da instituição.
Com a reforma, foi aberta a possibilidade de o
governo instituir cobrança de alíquotas
extraordinárias quando houver rombo nas contas
previdenciárias.
Além disso, cinco entidades que representam juízes,
promotores e procuradores em âmbito nacional também
propuseram ações, questionando, entre outros pontos
a progressividade da alíquota, a qual, segundo eles,
leva praticamente a um confisco dos salários.
A progressividade das alíquotas também foi alvo de
questionamento da Associação Nacional dos Auditores
Fiscais da Receita Federal (Anfip), que entrou com
uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo
Tribunal Federal (STF).
A Anfip sustenta que o aumento progressivo das
alíquotas de 11% para até 22% fere princípios
constitucionais, como o que impede a violação da
capacidade contributiva do cidadão e o que veda o
caráter confiscatório da tributação. O pleito está
sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.
Para o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), as
ações já eram previsíveis, visto que o governo
insistiu em pontos que eram flagrantemente
inconstitucionais, apesar dos alertas feitos pelos
oposicionistas ao longo de toda a tramitação da
reforma no Parlamento.
— É o caso da definição de alíquotas extraordinárias
para os servidores em momentos em que haja
desequilíbrio das contas. Além disso, o incremento
dessas alíquotas até atingirem percentuais de quase
22% do valor dos vencimentos, somado ao desconto do
Imposto de Renda, transforma-se num confisco de
quase 50% do salário. Essas e outras coisas não
encontram bases legal e constitucional e irão se
refletir em várias ações judiciais que tendem a ter
sucesso — opinou.
Por outro lado, para o governista Elmano Férrer (Podemos-PI),
é natural numa democracia que setores descontentes
com alguma medida do Estado recorram ao Poder
Judiciário; logo, estão no exercício regular do seu
direito.
— Mas o fato é que a reforma da Previdência foi
amplamente debatida com a sociedade brasileira,
envolvendo, inclusive, setores do Poder Judiciário.
Confiamos na Justiça e nas instituições do país. O
Brasil sabe e reconhece a importância dessas
reformas estruturantes para a saída da crise
econômica atual — avaliou.
Fonte: Agência Senado
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