Blog - Notícias Anteriores - Janeiro 2022
31/01/2022 -
Mobilização sindical garante vigência da NR 36
31/01/2022 -
Vagas sem carteira e trabalho autônomo sustentam
emprego, e rendimento cai ao menor nível histórico
31/01/2022 -
Covid-19: afastamento de até 10 dias do presencial
não exige atestado
31/01/2022 -
Mamata do cartão
corporativo: Bolsonaro gasta em 3 anos quase 20% a
mais que Dilma e Temer gastaram em 4
31/01/2022 -
‘Reforma’
trabalhista refletiu capitalismo exacerbado para
desconstruir sistema público de proteção social
31/01/2022 -
Falta de banheiro no trabalho gera dever de
indenizar, diz TST
28/01/2022 -
Centrais articulam Agenda unitária
28/01/2022 -
Lula segue na liderança e está perto de ganhar
eleição no 1º turno, diz pesquisa Ipespe
28/01/2022 -
Reajuste médio dos salários ficou abaixo do INPC em
dezembro
28/01/2022 -
Pochmann debate leis trabalhistas para as novas
relações de trabalho
28/01/2022 -
Teste de Covid pode ser deduzidos do IR
28/01/2022 -
Partidos de esquerda avançam na construção de uma
federação
27/01/2022 -
Corte no orçamento do INSS prejudica assegurados e
ameaça pedidos de aposentadoria
27/01/2022 -
Eletricitários fazem greve nacional
27/01/2022 -
Lula diz que chapa com Alckmin seria "boa para o
Brasil" e pede que PT entenda "necessidade"
27/01/2022 -
CAE retoma neste ano debate sobre privatização dos
Correios
27/01/2022 -
Projetos prontos para serem votados na CAS
beneficiam crianças e adolescentes
27/01/2022 -
Brumadinho lembra os três anos das 272 mortes
provocadas pela Vale
27/01/2022 -
Pequenas empresas são responsáveis por 70% dos novos
empregos
27/01/2022 -
STF dá 5 dias para secretário da Saúde explicar nota
antivacina
26/01/2022 -
Centrais Sindicais se reúnem nesta quarta (26)
26/01/2022 -
Covid-19: portaria altera regras para afastamento do
trabalho
26/01/2022 -
CAS pode votar nova regra para pai usufruir
licença-maternidade
26/01/2022 -
Trabalhador já pode consultar PIS/Pasep
26/01/2022 -
Desistência da ação não exime sindicato do pagamento
de honorários
26/01/2022 -
Economia no Governo Bolsonaro é a pior em 4 décadas
26/01/2022 -
Proposta prevê colocação de painéis em estações
rodoviárias com vagas de emprego
25/01/2022 -
Saudação à vida
25/01/2022 -
INSS será o maior prejudicado com vetos. Relator
classifica como “preocupante”
25/01/2022 -
Levantamento mostra que Centrão controla R$ 150
bilhões no governo
25/01/2022 -
Lula terá encontros com FHC e Boulos nesta semana
25/01/2022 -
Ideólogo do
bolsonarismo, escritor Olavo de Carvalho, 74, morre
nos Estados Unidos
25/01/2022 -
Bancada Feminina quer derrubar veto sobre
absorventes e garantir mais proteção à mulher
25/01/2022 -
Depósito do FGTS deve ser feito em conta vinculada
do empregado, diz TST
24/01/2022 -
Presidente
sanciona Orçamento de 2022, com vetos
24/01/2022 -
Espanha aposta
no resgate dos direitos trabalhistas para fortalecer
economia
24/01/2022 -
Trabalhador pode
se ausentar 14 dias por Covid
24/01/2022 -
Quase metade dos
acordos salariais ficou abaixo da inflação em 2021
24/01/2022 -
Brasil precisa
criar sistema de relações do trabalho que preserve
direitos e valorize negociação
31/01/2022 -
Mobilização sindical garante vigência da NR 36
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região
(TRT-10) concedeu uma liminar ao MPT (Ministério
Público do Trabalho) suspendendo a revisão da Norma
Regulamentadora 36, que trata das regras
trabalhistas em frigoríficos. A decisão impõe multa
diária de R$ 50 mil ao governo federal no caso de
descumprimento.
A decisão é uma vitória dos trabalhadores dos
frigoríficos, pois o objetivo da revisão é acabar
com as pausas de recuperação psicofisiológicas de 60
minutos por dia, o que comprometeria a saúde e
segurança dos trabalhadores.
Segundo o MPT, o governo pretendia concluir a
revisão da Norma em março de 2022. O presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA), Artur
Bueno de Camargo, comemora.
“Fundamental a posição da Justiça do Trabalho, no
sentido de obrigar o governo ao bom senso. É um
absurdo querer acelerar o processo de revisão,
atropelando toda e qualquer preocupação com os
trabalhadores”, afirma Artur.
Centrais – Em manifesto conjunto, as Centrais
Sindicais se posicionaram pelo adiamento da revisão
da NR 36, contra o atropelo do governo e as
propostas agressivas à saúde dos trabalhadores pelo
setor patronal.
“Vamos manter a nossa mobilização. Está em jogo o
destino de mais de 500 mil trabalhadores, em todo o
País”, concluiu Artur Bueno de Camargo.
Fonte: Agência Sindical
31/01/2022 -
Vagas sem carteira e trabalho autônomo sustentam
emprego, e rendimento cai ao menor nível histórico
País tem agora 12,4 milhões de desempregados. Em
12 meses, massa salarial perde R$ 6 bilhões
A taxa média de desemprego foi a 11,6% no trimestre
encerrado em novembro, com recuo tanto na comparação
com agosto (13,1%) como em relação a igual período
de 2020 (14,4%). Mas, em boa parte, isso se deve à
manutenção da informalidade no mercado de trabalho
brasileiro, que atinge 40,6% dos ocupados – ou 38,6
milhões de pessoas. Ou seja, trabalho precário, com
menor proteção. E o rendimento é o menor da série
histórica.
Assim, o país tem agora estimados 12,405 milhões de
desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na
sexta-feira (28) do IBGE. São menos 1,469 milhão em
três meses (-10,6%) e 2,109 milhões em um ano
(-14,5%). Ao mesmo tempo, o número de ocupados
(94,930 milhões) cresceu 3,5% e 9,7%,
respectivamente. “Esse crescimento também já pode
estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de
ano, período em que as atividades relacionadas
principalmente a comércio e serviços tendem a
aumentar as contratações”, diz a coordenadora de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Mas o aumento da população ocupada se dá,
principalmente, pelo trabalho informal. Por exemplo,
em 12 meses o emprego no setor privado com carteira
cresceu 8,4%, com mais 2,645 milhões de vagas
formais. No mesmo período, o emprego sem carteira
subiu duas vezes mais: 18,7%. Isso significa
acréscimo de 1,919 milhão de pessoas. Já o trabalho
por conta própria aumentou 14,3%, com 3,232 milhões
de autônomos a mais. E o trabalho doméstico teve
alta de 22,5%, principalmente o sem carteira
(25,1%).
Subutilizados e desalentados
Ao mesmo tempo, os chamados subutilizados agora somam
29,094 milhões. Queda de 7,1% no trimestre e de 11%%
em um ano. A taxa de subutilização caiu para 25%. Os
desalentados são 4,882 milhões – menos 6,8% e 14,4%,
respectivamente.
Os empregados com carteira somam 34,224 milhões, 36%
dos ocupados, quase no mesmo nível de um ano atrás
(36,5%). Os sem carteira (12,179 milhões) são 12,8%,
mais do que em igual período de 2021 (11,8%). E os
trabalhador por conta própria (25,841 milhões)
representam 27,2%, ante 26,1% há um ano.
Estimado em R$ 2.444, o rendimento médio caiu 4,5%
no trimestre e 11,4% em um ano. É o menor rendimento
da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em
2012, informa o IBGE. A massa de rendimentos soma R$
227,032 bilhões, queda de 2,6% em 12 meses. Isso
equivale a R$ 6 bilhões a menos na economia.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/01/2022 -
Covid-19: afastamento de até 10 dias do presencial
não exige atestado
Documento só é necessário caso afastamento dure
mais tempo
O Ministério do Trabalho e Previdência informou que
trabalhadores com sintomas de covid-19 ou com
diagnóstico confirmado para a doença não precisam
apresentar atestado médico às empresas e devem ser
afastados do trabalho presencial. De acordo com a
pasta, a apresentação de atestado só é necessária
caso o afastamento dure mais de 10 dias.
Portaria interministerial publicada esta semana
prevê que trabalhadores que tiverem contato com
pessoas com diagnóstico confirmado de covid-19
também devem ser afastados do trabalho presencial
sem a necessidade de apresentação de atestado
médico. "Contudo, se o trabalhador precisar ficar
afastado por mais tempo, o atestado se faz
necessário”, destacou o ministério à Agência Brasil.
Ainda de acordo com a portaria, a empresa pode
reduzir o período de afastamento das atividades
presenciais para sete dias desde que o trabalhador
esteja sem febre há 24 horas, sem uso de medicamento
antitérmicos e com remissão de sinais e sintomas
respiratórios. Deve ser considerado o primeiro dia
de isolamento o dia seguinte ao início dos sintomas
ou a data da coleta de teste RT-PCR ou de teste de
antígeno.
O texto também destaca que a empresa deve orientar
os empregados afastados a permanecerem em suas
residências, além de assegurar a manutenção da
remuneração durante o período de afastamento.
As medidas, segundo a pasta, foram adotadas com o
objetivo de evitar um aumento ainda maior de
infecções por covid-19 provocadas pela alta
incidência da variante Ômicron.
Fonte: Agência Brasil
31/01/2022 -
Mamata do cartão corporativo: Bolsonaro gasta em 3
anos quase 20% a mais que Dilma e Temer gastaram em
4
Presidente, que prometia acabar com a "mamata",
torrou somente em dezembro, durante suas férias,
R$1,5 milhão
A mamata não acabou. Apesar do discurso de campanha
de que iria cortar gastos e das críticas feitas no
passado às despesas da presidência da República, o
presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentou
consideravelmente os gastos com cartões
corporativos.
Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo,
entre janeiro de 2019, quando assumiu a presidência,
e dezembro de 2021, Bolsonaro gastou com os 29
cartões destinados a cobrir suas despesas pessoais e
de sua família R$ 29,6 milhões, valor 18,8% maior do
que os R$ 24,9 milhões gastos durante 4 anos entre
os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Para se ter uma ideia, somente em dezembro de 2021,
quando Bolsonaro tirou férias e foi curtir praias e
pescaria, os gastos com cartões corporativos somaram
R$ 1,5 milhão, maior valor para um único mês durante
os 3 anos de seu mandato.
Ao longo de todo o ano de 2021, foram torrados R$
11,8 milhões nestes cartões, o que representa o
maior valor nos últimos 7 anos.
Na última semana, ao falar sobre as críticas com
relação aos gastos com cartão corporativo, Bolsonaro
se irritou. “Cartão corporativo paga a alimentação
das emas, tá, pessoal? Pessoal fala: ‘Ah, gastou
tanto’. Eu tenho 50 emas aí, galinheiro, pato,
peixe, quatro cães. Uns 200 almoçam, jantam e tomam
café aí, por dia (…) Pessoal acha que peguei para
comprar leite condensado pra mim”, declarou.
O detalhamento das despesas dos cartões da família
presidencial, apesar de, no passado, Bolsonaro
defender transparência, estão sob sigilo.
Fonte: RevistaForum
31/01/2022 -
‘Reforma’ trabalhista refletiu capitalismo
exacerbado para desconstruir sistema público de
proteção social
Desembargadora, juíza e ex-ministro avaliam
necessidade de rever a lei que entrou em vigor em
2017: ‘Promessas que não se cumpriram’. Modelo
espanhol pode ser exemplo
A Lei 13.467, da “reforma” trabalhista, precisa ser
revista com urgência, porque piorou as condições de
trabalho e a qualidade de emprego no país. Desde
2017, predominou a criação de postos de trabalho
precários, aprofundando a desigualdade. Essas foram
algumas da avaliações apresentadas durante debate
transmitido neste sábado (29) pela TVT., sob
organização do grupo jurídico Prerrogativas, com
apoio da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e
da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia
(ABJD). As recentes mudanças na legislação
trabalhista da Espanha, a partir de um acordo
nacional, também são vistas como um possível exemplo
a ser analisado.
Para a desembargadora aposentada e pesquisadora
Magda Biavaschi, o “golpe institucional” de 2016
levou à “disrupção de todas as relações sociais”. No
caso trabalhista, houve um processo “de
desconstrução de um sistema público de proteção
social, que foi duramente constituído, com muita
luta”. E que prosseguiu, já no atual governo, com o
“ato simbólico” de extinção do Ministério do
Trabalho. A pasta foi recriada recentemente, mas
para acomodar aliados do governo.
Teto de gastos e reformas
Para a pesquisadora, o golpe foi fundamentado em um
programa cujos princípios s alinham a tendências
“exacerbadas” do capitalismo. “Sobretudo, a
mercantilização de todas as relações e a
concentração do poder, da riqueza, nas mãos de
muitos poucos”, comentou. “Isso se inicia com a
Emenda 95 e se expressa logo a seguir com as
reformas liberalizantes”, acrescenta Magda,
referindo-se ao chamado “teto de gastos” e às
reformas trabalhista (ainda no governo Temer),
previdenciária (no atual governo) e mesmo a
administrativa, que aparentemente foi derrotada.
A ideia central, prossegue, está na desconstrução do
sistema público de proteção social. “Que inclui
tanto as normas trabalhistas e os direitos sociais,
mas também as instituições públicas que operam no
mundo do trabalho: a Justiça do Trabalho, os
sistemas de fiscalização, o Ministério do Trabalho e
as organizações sindicais.” Tudo isso demonstra,
diz, a supremacia do privado sobre o público. Um
regresso à barbárie, resume.
Projeto à base de falácias
Para a juíza Ana Paula Alvarenga Martins (Tribunal
Regional do Trabalho – TRT da 15ª Região, em
Campinas-SP), a reforma trabalhista não foi um
projeto isolado. “É um projeto de destruição. Das
instituições públicas, do Direito do Trabalho. É um
projeto que foi elaborado a partir de falácias, de
falsas premissas, promessas que não se cumpriram”,
afirmou a magistrada, que também é professora e
integra o Comitê para a Erradicação do Trabalho
Escravo Contemporâneo e do Tráfico de Pessoas, da
Discriminação de Gênero, Raça, Etnia e Promoção de
Igualdade do TRT.
Ela lembra que a Lei 13.467 já está em vigor há mais
de quatro anos e nenhuma das promessas feitas por
seus defensores, como o crescimento do emprego, foi
cumprida. “E não seriam mesmo, porque se
fundamentaram em argumentos falaciosos sem qualquer
tipo de comprovação científica no âmbito econômico e
mesmo jurídico”, afirma Ana Paula.
A juíza defende que a atual lei deve ser substituída
por uma legislação “realmente protetiva”, que cumpra
sua função social e promova redução da desigualdade.
E este é um período propício para o debate, quando
os argumentos dos favoráveis àquela reforma devem
ser “desmascarados”, defendeu. Para ela, as mudanças
não produziram nenhum reflexo positivo no mundo do
trabalho e promoveu retorno a condições
“extremamente precárias” de contratação. Emprego,
sustentou, “se cria a partir de crescimento
econômico”.
País “devastado”
Para Miguel Rossetto, ex-ministro nos governos Lula e
Dilma (Desenvolvimento Agrário, Secretaria-Geral da
Presidência e Trabalho/Previdência), o momento é de
debate político “sobre o país que nós queremos”, em
contraponto ao atual projeto, de “devastação” em
todas as áreas. “Acho que o Lula acerta quando, com
a sua liderança, com sua autoridade, traz o tema do
trabalho para o centro do debate político do país”,
afirma.
Assim, também é importante notar o que acontece
agora na Espanha. “Foi um dos países na Europa que
mais avançou nessa desregulamentação do trabalho.”
Sem conseguir crescimento econômico e do trabalho,
acrescenta, apontando o que julgar ser o fim de um
ciclo neoliberal no mundo do trabalho. E agora o
país conseguiu construir uma maioria política que
expressa, segundo Rossetto, “a recusa da maioria da
sociedade a essa agenda”.
As mudanças na Espanha abrangem temas como contratos
temporários, aposentadorias, salário mínimo, cita o
ex-ministro. “Há todo um movimento de reposição da
importância do trabalho para uma estratégia de
desenvolvimento. Esse é um debate político que a
gente tem que refazer.” Segundo ele, a sociedade
brasileira tem como marcas a informalidade e a
rotatividade no trabalho, salários baixos e uma
“concentração de renda brutal”.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/01/2022 -
Falta de banheiro no trabalho gera dever de
indenizar, diz TST
A ausência de fornecimento de instalações sanitárias
apropriadas aos funcionários, ainda que se trate de
trabalho externo, em via pública, caracteriza ato
ilícito por omissão, uma vez que gera condições
precárias de trabalho.
Com esse entendimento, a 6ª do Tribunal Superior do
Trabalho condenou a concessionária de saneamento
ambiental de Jundiaí (SP) ao pagamento de
indenização por danos morais, no valor de R$ 15 mil,
a um ajudante geral que fazia a poda de árvores e
roça de calçadas sem contar com instalações
sanitárias.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Jundiaí havia
deferido indenização no valor de R$ 10 mil. A
sentença levou em conta depoimentos que demonstraram
que, na ausência de banheiros, os empregados "faziam
as necessidades fisiológicas pelo caminho" e tinham
de almoçar em praças, ruas e calçadas, pois também
não havia lugar adequado para as refeições. Seus
pertences ficavam no veículo da empresa que os
levava até os locais de trabalho e lá ficava
estacionado.
Segundo a juíza, os fatos constatados eram
potencialmente lesivos aos direitos de personalidade
do empregado, "que teve que lidar com as condições
precárias de trabalho".
Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região excluiu da condenação os danos morais, por
entender que, diante das características do
trabalho, desenvolvido em via pública, sem lugar
fixo, seria inviável o fornecimento de sanitários,
ainda que fosse do tipo químico. Para o TRT-15, o
ajudante poderia usar banheiros de restaurantes,
lanchonetes, postos de gasolina e outros
estabelecimentos, no horário do intervalo.
Prevaleceu, no julgamento do recurso de revista do
empregado, o voto do ministro Lelio Bentes Corrêa,
no sentido de que a inviolabilidade da intimidade,
da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
constitui direito social constitucionalmente
assegurado aos empregados.
Assim, segundo o ministro, ainda que se trate de
trabalho externo, a empresa deixou de observar a
integralidade da Norma Regulamentadora 24 do
Ministério do Trabalho, que trata das condições
sanitárias e de conforto nos locais de trabalho,
demonstrando que cometeu ato ilícito por omissão.
"Esse ato ilícito atinge a dignidade do trabalhador,
em razão da humilhação e do constrangimento
suportados, ao não dispor de um ambiente adequado
aos patamares mínimos de higiene e saúde necessários
para que o ser humano execute seu trabalho",
ressaltou.
O ministro salientou que, em caso análogo, o TST
firmou entendimento de que o não fornecimento de
instalações sanitárias pelo empregador configura
dano moral indenizável, ainda que o empregado
trabalhe em via pública.
12172-73.2017.5.15.0021
Fonte: Consultor Jurídico
28/01/2022 -
Centrais articulam Agenda unitária
Nesta quarta (26), aconteceu a primeira reunião
unitária das Centrais Sindicais de 2022, na União
Geral dos Trabalhadores. Participaram UGT, CUT,
Força Sindical, CTB, Nova Central e CSB. O encontro
serviu para debater e articular uma Agenda
trabalhista e política.
Debatidos e definidos: produção, lançamento e
entrega aos candidatos da Agenda da Classe
Trabalhadora 2022; realização da Conferência da
Classe Trabalhadora – Conclat/2022 em abril;
lançamento no Congresso Nacional da Agenda
Legislativa das Centrais e também no Supremo; além
da realização do 1º de Maio.
“O principal tema foi a Conclat 2022, em abril. A
Conferência aprovará e massificará a Agenda da
Classe Trabalhadora, aproveitando a proximidade do
1º de Maio”, adianta à Agência Sindical Miguel
Torres, presidente da Força.
Com o mote Emprego, Direitos, Democracia e Vida, a
Agenda classista popularizará as propostas junto às
categorias, entidades, mídia, além de candidatos
nacionais e estaduais. A entrega será nem meses
próximos às eleições. Miguel afirma: “Queremos que o
Brasil volte a crescer. Aliás, o povo brasileiro
quer isso, acima de tudo”.
Eleições – Assunto debatido na primeira
reunião foi a eleição presidencial. “Temos de ver,
conjuntamente, quem são os melhores candidatos para
o Brasil. Precisamos derrotar o projeto neoliberal,
sempre procurando soluções pelo diálogo e
mobilização das bases”, ressalta Ricardo Patah, da
UGT.
Mais – Sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
28/01/2022 -
Lula segue na liderança e está perto de ganhar
eleição no 1º turno, diz pesquisa Ipespe
Ex-presidente aparece com 44% das intenções de
voto, um ponto abaixo da soma dos outros candidatos;
leia a íntegra
O ex-presidente Lula (PT) pode ganhar a eleição
presidencial de outubro no 1º turno. É o que aponta
a segunda pesquisa do ano do Ipespe, encomendada
pela XP Investimentos, divulgada na manhã desta
quinta-feira (27).
No principal cenário testado, o petista aparece com
44% das intenções de voto. Os outros candidatos,
somados, têm 45%. Considerando a margem de erro (3,2
pontos percentuais para mais ou para menos), Lula
poderia vencer sem a necessidade de um 2º turno.
Na sequência, aparecem Jair Bolsonaro (PL), com 24%,
Sergio Moro (Podemos), com 8%, Ciro Gomes (PDT), com
8%, João Doria (PSDB), com 2%, e Simone Tebet (MDB)
e Alessandro Vieira (Cidadania) com 1%. Felipe
D'Ávila (Novo) não pontuou.
Nenhum dos candidatos variou acima da margem de
erro. O levantamento anterior do Ipespe foi
publicado em 14 de janeiro. O instituto realiza
pesquisas eleitorais quinzenalmente.
Em um cenário de 1º turno sem Moro na disputa,
Bolsonaro oscila dois pontos percentuais para cima
(26%), Ciro vai para 9% e Doria para 4%. Lula, com
44%, supera a soma das intenções de votos dos demais
candidatos (43%). Ou seja, venceria, dentro da
margem de erro, no 1º turno.
Nos cenários projetados de segundo turno, Lula vence
todos os outros candidatos. No segundo turno mais
provável, entre Lula e Bolsonaro, o petista registra
54% das intenções de voto e o atual chefe do governo
somente 30%.
O levantamento, realizado entre os dias 24 e 25 de
janeiro, ouviu 1.000 pessoas por telefone por meio
do sistema Cati Ipespe. A margem de erro é 3.2
pontos percentuais para mais ou para menos e o nível
de confiança de 95,5%. A pesquisa está registrada
nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
sob o número BR-06408/2022.
Fonte: Brasil de Fato
28/01/2022 -
Reajuste médio dos salários ficou abaixo do INPC em
dezembro
Dados são do boletim da Fipe
O reajuste médio dos salários obtidos nas
negociações salariais em dezembro foi de 9,5%,
ficando 1,5 ponto percentual (pp) abaixo do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado
dos últimos 12 meses, que foi de 11%. De acordo com
o boletim mensal da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) Salariômetro - Mercado de Trabalho
e Negociações Coletivas, 67,2% das negociações
ficaram abaixo do INPC, 19,7% foram iguais e 13,1%
ficaram acima. O piso salarial mediano foi de R$
1.346 e o piso médio foi de R$ 1.444.
O boletim mostra ainda que no ano de 2021 o reajuste
mediano foi de 6,5%, ficando abaixo da inflação,
enquanto nos anos de 2019 e 2020, o reajuste ficou
empatado com a inflação. A proporção de reajustes
abaixo do INPC foi de 50,2%, enquanto as iguais
foram 31,1% e as acima foram 18,6%. O piso salarial
mediano foi de R$ 1.338 e o piso médio foi de R$
1.435.
Segundo os dados, o setor do comércio conseguiu
reajuste de 7,6%, ficando 15,7% do INPC; a
construção civil e a indústria repetiram esses
números. A agropecuária obteve reajuste mediano de
6,2%, 30,9% a menos do que o INPC e o setor de
serviços reajustou em 5,5%, o que representa um
percentual 38,9% do INPC. Entre as regiões, a Sul
conseguiu reajuste mediano de 7,6%, o Sudeste, de
6,9%, o Norte, de 6%, o Centro-Oeste de 6% e o
Nordeste de 5,5%.
Fonte: Agência Brasil
28/01/2022 -
Pochmann debate leis trabalhistas para as novas
relações de trabalho
O mundo do trabalho está em constante mudança e com
a pandemia acelerou o processo de home office ou
trabalho híbrido, e que trouxe várias questões
pertinentes, como direitos e afins.
O ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), o economista Márcio Pochmann,
sugere a criação de uma legislação trabalhista
específica para as novas formas de trabalho.
“O mundo do trabalho de certa forma não se enquadra
mais na perspectiva salarial tradicional”, afirma
ele.
Pochmann atualmente é presidente do Instituto Lula
há cerca de um ano, tendo realizado na entidade
estudos sobre o assunto, ainda em fase inicial.
“É importante, dialogando com o futuro, ter algo que
dê conta das diferentes realidades que o país tem”,
afirma o economista, que também é professor da
Unicamp e da Universidade Federal do ABC.
As questões trabalhistas estão presentes desde o
início deste ano e os prováveis candidatos à
presidência têm colocado suas opiniões sobre o
assunto, principalmente a reforma trabalhista de
2017 durante o governo Temer, que já dita por Lula
que pode ser revogada.
Para Pochmann, a discussão que precisa ser feita é
até que ponto retornar ao status quo anterior
aumentará a massa de assalariados.
“Se vencer essa visão de que temos de desfazer tudo
e voltar a ser o que era em 2016, a situação do
emprego melhora?, questiona. “Significa o quê, para
o pessoal das plataformas digitais, dessa nova forma
de relação de trabalho?”.
Para ele, é importante olhar para frente para
oferecer respostas às mudanças drásticas nas
relações trabalhistas que envolvem os trabalhadores
por aplicativo e do home-office.
“A CLT é uma carta para quem trabalha fora de casa.
Mas a era digital impõe a possibilidade de trabalhar
em qualquer lugar. Por isso, é preciso uma carta do
trabalho que olhe isso também”, afirma.
Pochmann acredita que terá apelo essa demanda por
diversos segmentos da sociedade, em especial os
trabalhadores mais novos, que nunca tiveram uma
carteira assinada. “Temos uma parte da juventude
hoje que jamais teve relação salarial. Se você
acredita que é possível o assalariamento voltar a
crescer, tem que explicar como vai fazer isso”.
Com informações da Folha de São Paulo
Fonte: Mundo Sindical
28/01/2022 -
Teste de Covid pode ser deduzidos do IR
Com o avanço das variantes, principalmente a Ômicron,
que até o momento é a mais transmissível, a procura
por testes de Covid-19 está muito alta. Com isso,
muitas pessoas procuram laboratórios particulares,
já que nem sempre é simples conseguir fazer de forma
gratuita em postos de saúde.
Agora, a novidade é que os valores gastos com
testagem para a doença em 2021 poderão ser deduzidos
na declaração do Imposto de Renda.
Para a dedução ser válida, é necessário que o
contribuinte apresente a Nota Fiscal ou informe de
rendimento do plano de saúde. E também é possível
deduzir valores de testes de Covid-19 feitos por
dependentes.
Remédios – Os valores gastos com remédios, mesmo se
a pessoa teve Covid, não entram na dedução do
Imposto de Renda, pois medicamento não é considerado
despesa médica.
Fonte: Agência Sindical
28/01/2022 -
Partidos de esquerda avançam na construção de uma
federação
Dirigentes do PT, PSB, PCdoB e PV voltaram a se
reunir nesta quarta-feira (26), para dar
continuidade às negociações para a formação de uma
federação partidária. O encontro avançou nas
definições de como será o comando da federação que
essas legendas pretendem formar, para atuar em
conjunto pelos próximos quatro anos.
A direção da frente deve ser composta por 50
integrantes. A ideia é que seja estabelecido um
colegiado em que cada partido tenha um número de
representantes proporcional ao número de votos de
cada sigla na Câmara dos Deputados. Neste caso, o PT
ficaria com 27 cadeiras, o PSB, com 15, o PCdoB e o
PV teriam, cada um, 4 vagas. Para garantir que os
partidos pequenos sejam ouvidos, deve ser instituída
uma regra em que toda decisão precisará de um quórum
mínimo dois terços de votantes.
Além disso, a federação deve ter um presidente e
outros três vice-presidentes – totalizando uma vaga
para cada sigla. Os partidos ainda discutem se
adotarão um rodízio na presidência da federação, ou
seja, em cada ano uma legenda ficaria com a
presidência.
A presidente do PCdoB e vice-governadora de
Pernambuco, Luciana Santos, considerou que o
encontro foi exitoso, avançando em pontos
importantes da construção do bloco. “A reunião foi
muito produtiva no sentido de buscar entendimentos
acerca de uma formatação estatutária que reflita a
proporcionalidade dos partidos”, afirmou.
De acordo com Luciana, é importante a consolidação
de uma estrutura que garanta governabilidade na
direção, propiciando um ambiente favorável para o
“exercício da unidade política necessária no momento
tão adverso que a gente está passando no Brasil”.
Segundo o presidente do PSB, Carlos Siqueira, o
partido ainda não fechou questão sobre a federação,
porque sendo uma instituição nova não é uma coisa
simples. “Há um entendimento de todos os partidos de
predisposição de participar. No PSB, ainda há uma
discussão interna”, declarou.
Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o encontro
produziu “um acordo razoável”. “A regra geral é a
composição ser feita pelo número de votos na Câmara
dos Deputados, já que é a mesma regra que coordena
outras regras, como fundo eleitoral e tempo de TV”,
declarou.
A questão do prazo para negociação também preocupa
as agremiações. Por conta disso, os dirigentes
partidários devem protocolar no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) um recurso pedindo mais prazo para a
definição das federações partidárias.
Pela regra atual do TSE, as legendas têm até 1º de
março para solicitar o registro formal da criação
dessas associações. Porém, as siglas querem
prorrogar esse prazo pelo menos até abril – já que,
inicialmente, a legislação previa que o prazo se
estendesse até julho.
“Os prazos estão muito apertados. A lei define o
prazo como julho, mas admitimos que o TSE faça uma
modulação”, observou o líder do PCdoB na Câmara,
deputado Renildo Calheiros.
Os partidos deverão ter uma nova reunião até o final
de janeiro e também solicitarão audiência com o
presidente da corte, Luis Roberto Barroso.
Fonte: Portal Vermelho
27/01/2022 -
Corte no orçamento do INSS prejudica assegurados e
ameaça pedidos de aposentadoria
Aumento na demanda e falta de servidores pode
deixar população sem acesso aos direitos da
previdência
O Orçamento de 2022, sancionado pelo presidente Jair
Bolsonaro (PL), prevê o corte de R$ 988 milhões na
verba destinada ao Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). A redução no orçamento irá prejudicar
o atendimento aos assegurados e pode inviabilizar
novas solicitações de trabalhadores que buscam
acessar seus direitos, como aposentadorias, pensões
ou outros benefícios.
De acordo com o diretor do Sindicato dos
trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social
no Estado de São Paulo (Sinssp), Antônio Carlos
Lima, o corte do governo Bolsonaro no orçamento do
INSS é um “caos”, já que o serviço já sofre com um
desmonte nos últimos anos. “Estamos com agências
fechando pelo Brasil, sem contratação de servidores
e, no ano passado, tivemos 1,8 milhão de famílias
que tiveram seus benefícios represados. Esse corte
pode afetar ainda mais o atendimento que está longe
do que o trabalhador merece e paga por ele. Os
números de benefícios deverão ainda mais ser
reduzidos”, alertou, em entrevista ao jornalista
Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual, nesta
quarta-feira (26).
Os cortes podem comprometer o atendimento em um
cenário no qual a fila de espera por benefícios no
INSS chegou a 1,85 milhão de pedidos em novembro de
2021, dos quais 1,3 milhão com período de espera
acima de 45 dias. Entre os requerimentos parados na
fila de espera em novembro, a maior parte se referia
a pedidos de Benefício de Prestação Continuada (BPC)
voltados à pessoa de baixa renda com deficiência,
com 630.668 pedidos. Em seguida vinham aposentadoria
por idade (297.553) e aposentadoria por tempo de
contribuição (262.393).
Demanda na pandemia
O diretor do sindicato explica que, durante a a
pandemia, a demanda pelo atendimento do INSS
aumentou muito. Ele relata que boa parte do serviço
foi transferido para o atendimento remoto, o que
prejudicou uma parcela da população que não acesso à
internet. “Isso pode significar num aumento daquele
número de 1,8 milhão de pessoas que não puderam
acessar ainda seu direito”, disse Antônio Carlos. As
agências, segundo ele, tiveram foco na prescrição
médica e o corte no orçamento prejudicará o
funcionamento desses serviços.
“A demanda dos trabalhadores em home office aumentou
muito a demanda por atendimento, além disso, tivemos
um aumento grande de pensões por mortes por causa da
pandemia. Enquanto isso, nós não conseguimos atender
essa demanda, porque não temos servidores e
equipamentos suficientes. Não tem como melhorar a
situação sem investimento”, afirmou Lima.
Além do corte no orçamento do INSS, o governo
federal tenta impor a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 32, chamada de Reforma
Administrativa, que ameaça diretamente os servidores
públicos, além de provocar outros inúmeros prejuízos
para a sociedade brasileira. Na avaliação de Antônio
Carlos, a gestão Bolsonaro tenta inviabilizar o
funcionamento do serviço público.
“A estabilidade do servidor público garante o acesso
dos trabalhadores ao serviço. Imagine como seria a
pandemia sem servidores nos postos de saúde ou no
INSS. Porém, o governo busca a precarização dos
serviços para terceiriza-los, o que é ainda mais
lamentável e sem nenhuma preocupação com o povo”,
criticou.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/01/2022 -
Eletricitários fazem greve nacional
Eletricitários de todas as regiões do País estão em
greve por tempo indeterminado. O movimento mais
consistente é visto em Furnas, no Rio de Janeiro,
onde o movimento paredista teve início no dia 17 de
janeiro. Os trabalhadores lutam contra a
privatização do sistema Eletrobras e por direitos.
Segundo informa a Federação Nacional dos
Urbanitários (FNU), a direção de Furnas tenta
empurrar para as costas dos funcionários um aumento
abusivo na contribuição do plano de saúde – a
intenção é subir de 10% para 40% o valor.
Já os eletricitários de outras empresas, como a
Eletronorte Brasília e Companhia Hidrelétrica do São
Francisco, lutam também pelo pagamento da
Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), por
melhores condições de trabalho, contra as escalas
abusivas, contra a diminuição do valor de diárias de
viagens e pela aquisição de testes de Covid-19 nas
empresas.
Privatização – Esta luta, informa a FNU,
também é para mostrar a força da categoria diante da
tentativa do governo federal em privatizar o
sistema. O processo de entregar a Eletrobras à
iniciativa privada está em análise no Tribunal de
Contas da União (TCU). A intenção é aprovar o
projeto ainda neste ano e assegurar que a
privatização seja feita antes do período eleitoral
de 2022.
Segundo informa Fernando Pereira, secretário de
energia na FNU, a direção da empresa se recusa a
dialogar com os eletricitários. “Já solicitamos
reuniões diversas vezes, mas o presidente Rodrigo
Limp nos ignora”, ele diz.
São Paulo – Segundo Eduardo Annunciato (Chicão),
presidente do Sindicato dos Eletricitários de SP,
haverá assembleia no dia 27 aos funcionários da Enel
para discutir os rumos da luta pelo emprego. “O
enfrentamento à terceirização, o fim de algumas
atividades e a valorização do trabalhador serão
discutidos nessa assembleia”, explica o dirigente.
“Somos a categoria mais importante do País. Sem nós,
os hospitais não funcionam, as produções param. E
estão nos desvalorizando. Estão tirando a dignidade
do trabalhador”, ressalta Chicão.
Para o presidente dos Eletricitários de SP, o setor
empresarial tenta de todas as formas rebaixar o
custo do trabalhador. “Mas não somos custo, somos
necessidade”, ele reforça.
Mais – Acesse os sites da FNU e
Eletricitários de SP.
Fonte: Agência Sindical
27/01/2022 -
Lula diz que chapa com Alckmin seria "boa para o
Brasil" e pede que PT entenda "necessidade"
"Estou convencido de que voltar a governar o
Brasil será uma verdadeira guerra", diz
ex-presidente
O ex-presidente Lula (PT) disse que espera que "dê
certo" a conversa com o ex-governador Geraldo
Alckmin (sem partido) para a composição de uma chapa
para a disputa das eleições presidenciais em outubro
deste ano.
O petista voltou a tecer elogios ao ex-tucano em
entrevista concedida à Rádio CBN do Vale do Paraíba,
no interior de São Paulo, na manhã desta
quarta-feira (26). Alckmin tem forte influência
política na região.
“Espero que dê certo essa conversa, espero que o
Alckmin escolha o partido político adequado, que
faça aliança com o PT, espero que o PT compreenda a
necessidade de se fazer aliança e espero que o povo
brasileiro possa colher aquilo que tem como
expectativa em uma possível volta do PT”, afirmou.
"Uma chapa para presidente depende de dois fatores:
eu decidir ser candidato, o que farei entre
fevereiro e março, e a ida do Alckmin para um
partido que se alie com o PT. Eu, se voltar a
governar esse país, é pra fazer mais do que eu fiz."
Lula ainda fez críticas ao trabalho do presidente
Jair Bolsonaro (PL) e disse que o ex-ministro da
Saúde Eduardo Pazuello "deveria estar preso depois
da CPI".
"O Bolsonaro não conseguiu um único [ministro] que
significasse um cara interessado em cuidar do povo.
O último dele, o Pazuello, é uma vergonha. Deveria
estar preso depois da CPI, mas Bolsonaro fez um
decreto dando sigilo de 100 anos para as loucuras e
aberrações que Pazuello fez."
Outro tema abordado pelo petista foi a eleição para
a nova composição da Câmara dos Deputados e do
Senado: "Nós precisamos eleger em 2022 um conjunto
de deputados que tenham uma visão mais social e mais
humanista do país. Não podemos ter um Congresso que
transformou o presidente, um boquirroto que falou
besteiras na campanha eleitoral, em refém".
"Eu digo para todo mundo que o problema não é ganhar
as eleições, é ganhar e conseguir consertar o país.
Porque o Brasil está muito mais desestruturado do
que em 2003; a inflação está maior, o custo de vida,
o desemprego e os prejuízos salariais estão muito
maiores", disse Lula.
Fonte: Brasil de Fato
27/01/2022 -
CAE retoma neste ano debate sobre privatização dos
Correios
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) inicia o ano
legislativo com 124 projetos de lei na pauta — entre
eles, o que autoriza a privatização dos Correios e
atualiza o marco regulatório do Sistema Nacional de
Serviços Postais (SNSP).
Em novembro último, a CAE adiou a deliberação do
relatório do PL 591/2021, tendo em vista que o
relator, senador Marcio Bittar (PSL-AC), apresentou
complementação de voto ao projeto do Executivo. O
relatório pela aprovação da matéria já havia sido
lido na CAE, até então sem alterações ao texto
proveniente da Câmara, onde a matéria foi aprovada
em agosto de 2021.
A principal alteração proposta pelo relator agora é
o estabelecimento de um prazo mínimo em que agências
dos Correios continuem atuando em municípios com
população inferior a 15 mil habitantes em áreas
remotas da Amazônia Legal. A emenda propõe que, por
um prazo de 60 meses após a desestatização, ficará
vedado o fechamento das agências em áreas remotas da
Amazônia Legal. O texto a ser apreciado no Senado
autoriza a exploração de todos os serviços postais
pela iniciativa privada.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
27/01/2021 -
Projetos prontos para serem votados na CAS
beneficiam crianças e adolescentes
Ao retornar às atividades em fevereiro, a Comissão
de Assuntos Sociais (CAS) já tem 29 projetos de lei
prontos para serem votados. Quatro deles beneficiam
crianças e adolescentes. O PL 3.966/2019, do senador
licenciado Confúcio Moura (MDB-RO), permite que pais
se ausentem do trabalho para acompanhar filho atleta
menor de 16 anos em competições esportivas oficiais
em outra cidade. Uma proposta da senadora Mara
Gabrilli (PSDB-SP) garante a prorrogação da
estabilidade provisória e licenças maternidade e
paternidade em caso de recém-nascido com deficiência
(PL 242/2020). Outro projeto, do senador Paulo Paim
(PT-RS), concede ao pai o direito de usufruir o
período restante da licença-maternidade, quando a
mãe apresentar incapacidade psíquica ou física (PLS
442/2017). E o PL 1708/2019, do senador Izalci Lucas
(PSDB-DF), aumenta de dois para três anos o prazo
máximo de duração do contrato de aprendizagem.
Fonte: Agência Senado
27/01/2022 -
Brumadinho lembra os três anos das 272 mortes
provocadas pela Vale
Comunidade e familiares das vítimas denunciam
impunidade da mineradora e cobram justiça
Os familiares e moradores de Brumadinho prestaram
suas homenagens às 272 pessoas mortas pela lama
despejada pelo rompimento da barragem da Vale S.A.
na mina de Córrego do Feijão, distrito de
Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. O ponto alto
das homenagens e cobrança de justiça para as vítimas
aconteceu no Trevo do Letreiro, na entrada da
cidade, onde os oradores destacaram sobretudo a
impunidade em torno do crime.
Afinal, ninguém ainda foi preso ou levado ao banco
dos réus três anos depois. A impunidade gritante
acabou levando o caso para as barras da Justiça
alemã. Isso porque a empresa Tüv Süd considerou que
a represa não apresentava nenhum perigo de
rompimento. Com isso, em busca de indenizações,
pouco mais de mil pessoas atingidas pela lama no
Vale do Rio Paraopeba recorreram à Justiça alemã,
que pode dar seu parecer nos próximos meses.
Em Minas, por enquanto, a Vale S/A se limitou a
enfiar as mãos nos bolsos e destinar R$ 37 bilhões
ao governo de Minas, que agradeceu e usará a maior
parte dos recursos na construção de um Rodoanel que
nada tem a ver com a lambança provocada pela lama da
mineradora.
Enquanto isso, os restos mortais de seis vítimas
continuam desaparecidos.
Fonte: Portal Vermelho
27/01/2022 -
STF dá 5 dias para secretário da Saúde explicar nota
antivacina
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal
(STF), deu prazo de cinco dias para que o secretário
de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos
Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti
Neto, explique nota técnica na qual atesta
efetividade e segurança no uso de hidroxicloroquina
no tratamento contra coronavírus, mas não das
vacinas.
Angotti fez a nota técnica para rejeitar as
diretrizes terapêuticas aprovadas pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema
Único de Saúde (Conitec), que desautorizavam o uso
da cloroquina no tratamento da doença.
Fonte: Brasil247
27/01/2022 -
Pequenas empresas são responsáveis por 70% dos novos
empregos
Pesquisa, referente a novembro de 2021, é do
Sebrae
Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que as micro e
pequenas empresas seguem como as principais
geradoras de novas vagas de emprego. De acordo com
levantamento, feito com base no Caged, o setor foi
responsável por cerca de 76% das vagas de emprego no
país. Os dados correspondem ao mês de novembro de
2021.
Na avaliação do Sebrae, há 15 meses seguidos os
pequenos empresários geram a maioria das vagas de
emprego no Brasil. A média mensal do período é
superior a 70% de participação na criação de novas
vagas.
O comércio foi responsável pela abertura de 116,7
mil postos, seguido pelos setores de serviços (98,7
mil), construção (16,7 mil) e indústria (15,2 mil).
No caso das empresas de médio e grande porte, o
maior número de postos de trabalho foi gerado nas
firmas do setor de serviços (80,8 mil vagas),
seguido pelo comércio (21,3 mil). A agropecuária,
indústria e a construção apresentaram saldo negativo
de criação de novas oportunidades.
Fonte: Agência Brasil
26/01/2022 -
Centrais Sindicais se reúnem nesta quarta (26)
Nesta quarta, dia 26, ocorre a primeira reunião,
unificada, das Centrais Sindicais. Será na sede da
UGT, União Geral dos Trabalhadores, na região
central de São Paulo Capital.
A ideia dos dirigentes é unificar a pauta de lutas e
reivindicações, definir itens, eleger temas
pertinentes à realidade concreta dos trabalhadores,
esboçar a agenda legislativa de 2022 e agrupar
esforços visando às eleições deste ano.
“Será um primeiro encontro, com cinco Centrais.
Queremos, numa próxima reunião, contar com as 10
Centrais Sindicais”, afirma Clemente Ganz Lúcio,
assessor das entidades.
O tema ‘revisão da reforma trabalhista’ passa a
compor a agenda unitária das Centrais Sindicais,
tendo em vista o êxito da iniciativa na Espanha, no
início deste ano – que derrubou a reforma implantada
no país europeu em 2012 – e o fiasco das mudanças
feitas pelo ex-presidente Michel Temer. A reforma de
2017 não cumpriu com o que havia prometido, que era
a geração de empregos e ainda precarizou, duramente,
as relações de trabalho.
Setores sindicais também defendem a reorganização do
Ministério do Trabalho, fechado pelo presidente Jair
Bolsonaro no seu primeiro dia de governo, em 2019,
depois reaberto às pressas e agora vítima de novos
cortes orçamentários.
Mais – Acesse o site das Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
26/01/2022 -
Covid-19: portaria altera regras para afastamento do
trabalho
Teletrabalho pode ser adotado, a critério do
empregador
O Ministério da Saúde publicou nesta terça-feira
(25)
portaria diminuindo de 15 para dez dias o prazo
de afastamento dos trabalhadores com casos
confirmados do novo coronavírus, suspeitos ou que
tiveram contato com casos suspeitos. O texto,
assinado em conjunto com o Ministério do Trabalho e
Previdência, diz ainda que o período de afastamento
pode ser reduzido para sete dias, caso o funcionário
apresente resultado negativo em teste por método
molecular (RT-PCR ou RT-LAMP) ou teste de antígeno a
partir do quinto dia após o contato.
A redução para sete dias também vale para os casos
suspeitos desde que o trabalhador esteja sem
apresentar febre há 24 horas, sem tomar remédios
antitérmico e com a melhora dos sintomas
respiratórios.
As novas regras alteram uma portaria de junho de
2020, que trouxe regras para a adoção prioritária do
regime de teletrabalho, entre outros pontos. O
documento atual diz que, na ocorrência de casos
suspeitos ou confirmados da covid-19, o empregador
pode adotar, a seu critério, o teletrabalho com uma
das medidas para evitar aglomerações.
No caso dos trabalhadores com 60 anos ou mais ou que
apresentem condições clínicas de risco para
desenvolvimento de complicações da covid-19, o texto
diz que eles devem receber atenção especial e também
coloca a adoção do trabalho remoto como uma medida
alternativa para evitar a contaminação, a critério
do empregador. Antes, a indicação do governo era de
que o trabalho remoto deveria ser priorizado.
Pela portaria, as empresas devem prestar informações
sobre formas de prevenção da doença, como o
distanciamento social, e reforçar a necessidade de
procedimentos de higienização correta e frequente
das mãos com utilização de água e sabonete ou, caso
não seja possível a lavagem das mãos, com
sanitizante adequado como álcool a 70%.
As empresas também devem disponibilizar recursos
para a higienização das mãos próximos aos locais de
trabalho, incluído água, sabonete líquido, toalha de
papel descartável e lixeira, cuja abertura não
demande contato manual, ou sanitizante adequado para
as mãos, como álcool a 70%.
O texto diz que as empresas devem adotar medidas
para evitar aglomerações nos ambientes de trabalho,
como a manutenção da distância mínima de um metro
entre os trabalhadores e entre os trabalhadores e o
público e o uso de máscara.
A portaria determina ainda que as empresas devem
manter registro atualizado à disposição dos órgãos
de fiscalização das medidas tomadas para a adequação
dos ambientes de trabalho para a prevenção da covid-19
e também dos casos suspeitos; casos confirmados;
trabalhadores que tiveram contato com casos
confirmados no ambiente de trabalho.
Nessa última situação, os trabalhadores que tiveram
contato próximo de caso suspeito da covid-19 “devem
ser informados sobre o caso e orientados a relatar
imediatamente à organização o surgimento de qualquer
sinal ou sintoma relacionado à doença”.
Fonte: Agência Brasil
26/01/2022 -
CAS pode votar nova regra para pai usufruir
licença-maternidade
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) já tem 29
projetos prontos para votação, após a retomada dos
trabalhos, em fevereiro, com o fim do recesso
parlamentar. Entre eles, o projeto de Paulo Paim
(PT-RS) que assegura ao companheiro o período
remanescente da licença-maternidade, quando a mãe
não puder usufruí-la por incapacidade psíquica ou
física (PLS 442/2017). O relatório de Mara Gabrilli
(PSDB-SP) é pela aprovação da proposta.
Pelo texto, nos casos em que houver incapacidade
psíquica ou física da mãe, fica assegurado ao
cônjuge (inclusive companheira) o gozo por todo o
período da licença-maternidade, ou pelo tempo
restante a que teria direito a mãe. E este período
não poderá ser inferior a 30 dias.
A proposta ainda explicita que nos casos da
incapacidade psíquica ou física da mãe que não for
empregada ou segurada da Previdência Social, nos 120
dias seguintes ao parto ou da data de adoção, o pai
(companheiro ou companheira) terá direito ao período
da licença-maternidade remanescente.
Em todos estes casos, quem gozar a
licença-maternidade deverá informar os fatos ao
empregador, apresentando atestado médico, além de
informar o período de licença já gozado pela mãe, se
for o caso. O direito à licença-maternidade
remanescente estende-se ao empregado (companheiro ou
companheira) que obtiver a guarda judicial de
recém-nascido ou de menor por adoção, assim como
empregados ascendentes ou descendentes que,
comprovadamente, tiverem de assumir a guarda de
adotados ainda que provisoriamente, e façam jus ao
recebimento do salário-maternidade remanescente.
Participação do trabalhador no lucro
Também poderá ser votado o projeto de Sergio Petecão
(PSD-AC) que permite a aplicação de metas vinculadas
à prevenção de acidentes como critério na fixação de
direitos relativos à participação dos trabalhadores
nos lucros das empresas. Na CAS, Rogerio Carvalho (PT-SE)
apresentou um substitutivo aprovando o projeto (PL
3946/2019).
Pelo texto de Carvalho, as negociações coletivas não
poderão prever metas referentes à saúde e segurança
no trabalho inferiores a um índice de acidentes
definido na Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, do Ministério da Economia, por setor ou
atividade econômica.
Também fica proibida a concessão, às empresas que
não atingirem este índice mínimo, de créditos
oficiais de fomento, sendo-lhes proibida, também, a
participação em renegociações fiscais (REFIS) ou em
outros benefícios tributários da União.
O projeto ainda obriga o encaminhamento de relatório
anual da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes) aos órgãos de fiscalização do trabalho,
informando inclusive as Comunicações de Acidentes de
Trabalho (CAT) encaminhadas à Previdência Social. E
as metas referentes à saúde e segurança no trabalho
somente poderão ser ajustadas em negociação
coletiva, em se tratando das empresas nas quais
esteja em efetivo funcionamento a CIPA.
Fonte: Agência Senado
26/01/2022 -
Trabalhador já pode consultar PIS/Pasep
O governo liberou a consulta para o trabalhador
saber se têm direito a receber o PIS/Pasep. Quem vai
embolsar o benefício já poder verificar o valor do
abono salarial.
Os pagamentos começam a ser feitos no dia 8 de
fevereiro aos profissionais do setor privado e em 15
de fevereiro aos servidores públicos. O PIS é
destinado aos trabalhadores do setor privado e pago
na Caixa Econômica Federal, enquanto o Pasep é pago
para servidores públicos pelo Banco do Brasil.
O valor do abono salarial pode chegar a um salário
mínimo (R$ 1.212), de acordo com a quantidade de
meses trabalhados. Só recebe o valor total quem
trabalhou os 12 meses de 2020.
A consulta pode ser feita por meio do aplicativo
para celular Carteira de Trabalho Digital, pelo
portal gov.br ou pelo telefone 158.
Direito ao abono – Para ter direito ao benefício, é
preciso cumprir os seguintes requisitos: ter
recebido por pelo menos 30 dias de trabalho; ter
trabalhado com carteira assinada; ter recebido, em
média, até no máximo dois salários mínimos mensais;
estar inscrito no PIS-Pasep há pelo menos 5 anos; e
que o empregador tenha atualizado seus dados na
Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Confira o calendário do benefício.
Setor privado:
Nascidos em janeiro – 8 de fevereiro
Nascidos em fevereiro – 10 de fevereiro
Nascidos em março – 15 de fevereiro
Nascidos em abril – 17 de fevereiro
Nascidos em maio – 22 de fevereiro
Nascidos em junho – 24 de fevereiro
Nascidos em julho – 15 de março
Nascidos em agosto – 17 de março
Nascidos em setembro – 22 de março
Nascidos em outubro – 24 de março
Nascidos em novembro – 29 de março
Nascidos em dezembro – 31 de março
Servidores Públicos:
Finais de inscrição 0 e 1 – 15 de fevereiro
Finais de inscrição 2 e 3 – 17 de fevereiro
Final de inscrição 4 – 22 de fevereiro
Final de inscrição 5 – 24 de fevereiro
Final de inscrição 6 – 15 de março
Final de inscrição 7 – 17 de março
Final de inscrição 8 – 22 de março
Final de inscrição 9 – 24 de março
Fonte: Agência Sindical
26/01/2022 -
Desistência da ação não exime sindicato do pagamento
de honorários
O caso ocorreu na vigência da Lei da Reforma
Trabalhista
Mesmo depois de ter desistido da ação que havia
proposto, o Sindicato dos Empregados no Comércio
Hoteleiro e Similares de São Paulo terá de pagar
honorários aos advogados da Pizzaria Silva Telles
Ltda. De acordo com a Quinta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, os honorários são devidos
também nas situações em que o processo é extinto a
pedido da parte autora.
Sem vencedor
A ação tinha por objetivo obrigar a pizzaria a pagar
aos empregados o piso salarial previsto no acordo
coletivo da categoria. Após a empresa ter
demonstrado que encerrara as atividades e que não
tinha funcionários desde 2017, o sindicato requereu
a desistência. O juiz, então, extinguiu o processo,
sem estabelecer condenação ao pagamento dos
honorários advocatícios.
Ao analisar o recurso da empresa, o Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) entendeu que,
como o caso envolvia extinção de processo sem
julgamento de mérito, quando não há parte vencedora
na causa, seria impossível condenar o sindicato a
pagar os honorários.
Desistência
O relator do recurso de revista da pizzaria, ministro
Alberto Balazeiro, explicou que a Reforma
Trabalhista (Lei 13.467/2017) passou a
responsabilizar a parte perdedora do processo
(sucumbente) pelo pagamento dos honorários
advocatícios. Destacou, ainda, que a legislação em
vigor prevê o pagamento de honorários quando a parte
perde a causa, quando há desistência ou renúncia,
quando o processo é extinto sem julgamento de mérito
e quando o réu admite a procedência do pedido.
No caso, o relator considerou que, por qualquer
ângulo que se analise o conflito, o sindicato deve
ser condenado ao pagamento da parcela.
Cálculo
Em relação ao montante a ser pago, o ministro
assinalou que, se não for possível mensurar o ganho
econômico da parte vencedora nem houver quantia a
ser apurada na decisão, o cálculo deve ser feito
sobre o valor atualizado da causa. Nessas condições,
a Quinta Turma, em decisão unânime, fixou a
condenação em 5% sobre o valor da causa.
Processo: AIRR-1001241-71.2019.5.02.0025
Fonte: TST
26/01/2022 -
Economia no Governo Bolsonaro é a pior em 4 décadas
Levantamento realizado pelo economista Alex
Agostini, da Austin Rating, mostra que os quatro
anos do Governo Bolsonaro devem fechar com um PIB
médio de 0,78%, o menor percentual dos governos das
últimas duas décadas.
A pandemia atingiu em cheio a economia mundial e a
retomada econômica neste ano esbarra no avanço da
variante Ômicron e no aumento da inflação. Por aqui,
as projeções indicam que este será um ano de grandes
desafios, com o Produto Interno Bruto (PIB)
alcançando um dos piores desempenhos do mundo,
conforme relatório do Banco Mundial, divulgado pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre mais de 170 países, apenas Mianmar e Guiné
Equatorial terão desempenho mais fraco do que o
Brasil. A projeção é que o PIB brasileiro cresça
0,5% neste ano na comparação com o ano passado. O
resultado é 1,7 ponto percentual menor do que o
projetado pela ONU para o Brasil no relatório
anterior.
Com o baixo crescimento no último ano do governo do
presidente Jair Bolsonaro, a gestão dele aparece
como a que teve o menor crescimento do PIB em quatro
anos de mandato. Levantamento realizado pelo
economista Alex Agostini, da Austin Rating, mostra
que os quatro anos do Governo Bolsonaro devem fechar
com um PIB médio de 0,78%, o menor percentual dos
governos das últimas duas décadas.
Conforme o estudo, o Governo Temer tinha apresentado
o pior desempenho, com média do PIB de 1,32% no
período de 31 de agosto de 2016 a 31 de dezembro de
2018. Os dois últimos anos de Dilma Rousseff na
presidência contabilizaram um PIB de 1,92%.
No primeiro e segundo mandatos do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o PIB atingiu média de 3,58% e
5,58%, respectivamente. E o segundo mandato do FHC
contou com PIB médio de 3,05%.
O professor de macroeconomia do Insper, Eduardo
Correia, vai além e diz que o país caminha para o
pior crescimento desde a década de 1980, considerada
a década perdida. “Ainda não sabemos, oficialmente,
qual foi o crescimento do ano passado, mas juntando
2020 com 2021 praticamente dá crescimento zero. E
juntar isso com 2022, mesmo que seja positivo, será
abaixo de 1% e um pouquinho mais de 1% em 2019,
estamos falando de um crescimento total nos quatro
anos de governo de menos de 1%”, diz o professor.
“Vai ser o crescimento baixo desde a década de 1980,
que foi um desastre total”, diz. “Nos anos 1990, com
Plano Real, teve algum crescimento, e nos anos 2000,
a gente cresceu bem”, avalia o professor do Insper.
Correia considera que só no ano que vem o país deve
ter uma retomada do crescimento, mas que isso vai
depender dos próximos passos do presidente que for
eleito.
“Um problema grave para o Brasil é que é nosso setor
industrial tem tido queda de participação no PIB nos
últimos 10 anos”, diz. Em 2010, a participação da
indústria no PIB nacional era de 27,4%. No ano
passado caiu para 20,5%, menor patamar da série
histórica iniciada em 1947. Para se ter uma ideia,
em 1985, chegou a 48%.
Fonte: Monitor Mercantil
26/01/2022 -
Proposta prevê colocação de painéis em estações
rodoviárias com vagas de emprego
O Projeto de Lei 3089/21 determina que estações
rodoviárias e ferroviárias instalem painéis
(elétricos, eletrônicos ou manuais) para oferta de
vagas de emprego. O texto está em análise na Câmara
dos Deputados.
Conforme a proposta, os empregos previstos nos
painéis deverão estar localizados preferencialmente
no entorno da estação. O serviço será custeado pela
administração da unidade, e nada poderá ser cobrado
de quem oferecer as vagas.
“A ideia é facilitar a contratação de mão de obra
por empresários e facilitar a vida dos desempregados
que residem em região próxima aos locais definidos
nas ofertas”, disse o autor da proposta, deputado
Alexandre Frota (PSDB-SP).
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
25/01/2022 -
INSS será o maior prejudicado com vetos. Relator
classifica como “preocupante”
A sanção do presidente Jair Bolsonaro ao Orçamento
2022 veio acompanhada de um corte de R$ 3,2 bilhões,
cabendo a maior perda ao Ministério do Trabalho –
recriado em julho do ano passado. A pasta teve
vetado R$ 1 bilhão, dos quais R$ 988 milhões
deveriam ser repassados ao Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS).
O relator-geral do Orçamento 2022, o deputado Hugo
Leal (PSD-RJ) classificou como preocupante este
corte e disse o veto será “analisado com cuidado”
pelo Congresso.
“Alguns vetos são muito preocupantes –
principalmente aqueles que fazem cortes no orçamento
do INSS e Educação. Esses vetos serão analisados com
cuidado na Comissão de Orçamento, com a participação
dos líderes partidários e em conjunto com todos os
senadores e deputados”, disse.
O montante vetado o INSS seria aplicado ações da
administração nacional e serviços de processamento
de dados.
Em dezembro do ano passado, o Instituto de
Previdência mantinha cerca de 1,8 milhões pedidos de
aposentadoria, pensões e auxílio pendentes de
resposta. A falta de servidores para realização da
análise dos processos, o aumento da demanda e as
paralisações durante a pandemia estiveram entre os
motivos para o afunilamento do gargalo.
A maioria dos pedidos em análise diziam respeito ao
Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas
com deficiência.
Educação tem segundo maior volume de vetos
Depois do Ministério do Trabalho, a Educação foi a
pasta que sofreu com os maiores cortes. O MEC teve
vetados R$ 736,39 milhões, dos quais R$ 499 milhões
seriam alocados no Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE).
Para o deputado Fábio Trad (PSD-MT), ao se comparar
os vetos em Trabalho e Educação promovidos pelo
governo com os recursos assegurados para as RP-9, as
emendas de relator, vê-se que “Bolsonaro manipula o
orçamento como instrumento político”.
“Ao blindar os recursos RP-9 e reduzir drasticamente
recursos para a educação e o trabalho, Bolsonaro
manipula o orçamento como instrumento político para
a sua reeleição, mandando às favas prioridades como
emprego e educação, dois pilares que deveriam
merecer atenção em nível de estratégia de Estado em
face da pandemia”, disse.
Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF),
porém, o destino de tais emendas – para onde vão e
quem é o beneficiário – precisará agora ser mais bem
detalhado.
Fonte: Congresso em Foco
25/01/2022 -
Levantamento mostra que Centrão controla R$ 150
bilhões no governo
Levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que o
Centrão – grupo político comandado pelo ministro da
Casa Civil, Ciro Nogueira e pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – controla R$ 150
bilhões do Orçamento da União.
De acordo com o levantamento, PP, PL e Republicanos,
os partidos que dominam o Centrão, têm em suas mãos
32 cargos em postos-chave na administração federal.
Esses postos garantem aos três partidos o controle
sobre a destinação de R$ 149,6 bilhões.
Além disso, conforme O Globo, os deputados e
senadores desses partidos receberam R$ 901 milhões
de recursos de emendas de relator, as emendas RP-9
que compõem o chamado Orçamento secreto.
O valor comandado pelo Centrão é maior que todo o
Orçamento de alguns ministérios importantes. É maior
que o Orçamento do Ministério da Defesa (R$ 116,3
bilhões). Maior que as verbas destinadas ao
Ministério da Educação (R$ 137 bilhões).
Ligeiramente menor que todo o Orçamento do
Ministério da Saúde, base do enfrentamento da
pandemia da covid-19 (R$ 160 bilhões).
O PP é o partido com maior força de comando. Tem 16
dos 32 cargos-chave. PL – que é o partido ao qual
Jair Bolsonaro está filiado para disputar a
reeleição – e Republicanos têm, cada um, oito desses
cargos.
Dentre os cargos mais cobiçados, está a presidência
do Banco do Nordeste (BNB). Houve uma polêmica em
torno dessa nomeação no ano passado. O cargo está
ocupado interinamente por uma indicação do
presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O banco tem
um Orçamento de R$ 144 milhões, mas administra R$ 65
bilhões em ativos.
Fonte: Congresso em Foco
25/01/2022 -
Lula terá encontros com FHC e Boulos nesta semana
O ex-presidente Lula tem procurado ampliar cada
vez mais o diálogo com variados setores,
inclusive com representantes do PSDB, rival
histórico do PT
Em sua cruzada por ampliar cada vez mais o diálogo
com variados setores da política brasileira e
mundial, o ex-presidente Lula (PT) se encontrará
nesta semana com o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB). O petista também vai conversar com o
líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
e pré-candidato a governador de São Paulo pelo PSOL,
Guilherme Boulos. As informações são de Lauro
Jardim, do jornal O Globo.
Lula tem intensificado suas relações com membros do
PSDB. Além de FHC, que conversará com o petista
nesta semana, outros tucanos também já dialogaram
com o petista recentemente, como o ex-chanceler
Aloysio Nunes e o ex-ministro Arthur Virgílio Neto.
Lula tem inclusive um forte nome do PSDB cotado para
ser seu vice em sua chapa presidencial na campanha
deste ano. Apesar de ter deixado o tucanato há pouco
tempo, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
(sem partido) é um importante nome da sigla.
Em entrevista à mídia independente na última semana,
Lula defendeu a ampliação do diálogo para fazer
frente ao bolsonarismo. Ele pediu que as
divergências fiquem de lado e que sejam
privilegiadas as convergências, até mesmo para
garantir a governabilidade de seu eventual terceiro
governo.
Fonte: Brasil247
25/01/2022 -
Ideólogo do bolsonarismo, escritor Olavo de
Carvalho, 74, morre nos Estados Unidos
O astrólogo e escritor Olavo de Carvalho, 74 anos,
morreu na madrugada desta terça-feira nos Estados
Unidos, em Richmond, estado da Virgínia, onde estava
internado. A causa da morte não foi informada pela
família, mas dias atrás ele tinha sido diagnosticado
com Covid.
Nascido em Campinas em 1947 e considerado "guru" do
bolsonarismo mais radical, Olavo de Carvalho
apresentava-se como filósofo, sem ter formação na
área.
O presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte do
aliado em uma rede social. "Nos deixa hoje um dos
maiores pensadores da história do nosso país, o
filósofo e professor Olavo Luiz Pimentel de
Carvalho. Olavo foi um gigante na luta pela
liberdade e um farol para milhões de brasileiros",
disse.
Olavo de Carvalho, conhecido por sua feroz oposição
a posições de esquerda, foi adotado pelos
bolsonaristas mais radicais. Exemplo disso é um dos
filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
O escritor também foi responsável pela indicação do
primeiro ministro da Educação do atual governo,
Eduardo Vélez Rodrigues, depois substituído por
outro radical de direita, Abraham Weintraub. O
ex-chanceler Ernesto Araújo também foi influenciado
pelo discurso de direita disseminado por Carvalho.
Todos estão fora do governo e praticamente rompidos
com o bolsonarismo.
Fonte: Consultor Jurídico
25/01/2022 -
Bancada Feminina quer derrubar veto sobre
absorventes e garantir mais proteção à mulher
O início do ano legislativo deve ser marcado pela
votação de projetos que assegurem direitos e
proteção às mulheres. Essa é a expectativa da
Bancada Feminina no Senado, que elenca, entre as
medidas, a derrubada do veto do presidente Jair
Bolsonaro ao projeto que garantia a distribuição
gratuita de absorventes para estudantes de baixa
renda, pessoas em situação de rua e mulheres detidas
no sistema prisional (VET 59/2021). As senadoras
também defendem a aprovação de matérias que reforcem
medidas de proteção às mulheres vítimas de violência
doméstica.
Aprovado pelo Senado em setembro do ano passado, o
PL 4.968/2019 tem como objetivo o combate à pobreza
menstrual, que significa a falta de acesso ou a
falta de recursos para a compra de produtos de
higiene e outros itens necessários ao período da
menstruação feminina. De autoria da deputada Marília
Arraes (PT-PE), a matéria foi relatada no Senado por
Zenaide Maia (Pros-RN), que defendeu a derrubada do
veto.
“O Congresso precisa derrubar o veto de Bolsonaro
para demonstrar que, ao contrário dele, os
parlamentares se importam com o fato de que uma em
cada quatro meninas faltam aulas por não terem
acesso a absorventes”, declarou a senadora, quando o
presidente vetou o dispositivo.
A Bancada Feminina foi instituída no Senado em março
de 2021, por iniciativa das senadoras, e conta com
estrutura e prerrogativas de líderes de partido ou
bloco parlamentar, como participar do Colégio de
Líderes e orientar votações. A senadora Simone Tebet
(MDB-MS) foi eleita primeira líder da bancada.
Fonte: Agência Senado
25/01/2022 -
Depósito do FGTS deve ser feito em conta vinculada
do empregado, diz TST
A obrigação de recolher o FGTS não é cumprida
enquanto não for feito depósito em conta vinculada,
que permite inclusive a utilização desses aportes
para fim social que transcende o interesse
individual do trabalhador.
Com esse entendimento, a 6ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho considerou que o depósito do
valor correspondente ao FGTS diretamente na conta
bancária do trabalhador não quita a obrigação de
recolher o benefício. Com isso, determinou que uma
assessoria contábil deposite os valores devidos e a
multa de 40% na conta de um chefe de departamento.
Segundo o autor da reclamação trabalhista, ele havia
trabalhado para a empresa, como empregado, de 1990 a
2001, até ter sido obrigado a integrar o quadro
societário de uma segunda empresa, embora
continuasse com as mesmas atribuições, recebendo
cerca de R$ 12 mil por mês e uma parcela “por fora”
de R$ 967. Ele pedia, assim, o pagamento de diversas
parcelas, entre elas o depósito do FGTS e os 40%
devidos na rescisão contratual.
A empresa, em sua defesa, sustentou que não se
tratava de valor “por fora”, mas sim do
correspondente a 8% da remuneração, pago a título de
FGTS diretamente na conta bancária do chefe de
departamento e, durante um período, na de sua
esposa.
O juízo de primeira instância condenou a empresa ao
recolhimento do FGTS na conta vinculada do
trabalhador, com o entendimento de que o depósito em
sua conta-corrente não é a forma devida de pagamento
da parcela. Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho
da 2ª Região acolheu o argumento da empresa de que o
pagamento direto dizia respeito ao FGTS e, portanto,
não caberia novo recolhimento.
O relator do recurso de revista do trabalhador,
ministro Augusto César, explicou que, de acordo com
a Lei 8.036/1990, a obrigação de recolher o FGTS é
cumprida por meio de depósito em conta vinculada,
uma vez que os recursos do fundo são aplicados,
também, para fins sociais que transcendem o
interesse individual do trabalhador. “A tentativa de
fraudar o sistema do FGTS (por meio da ‘pejotização’)
não exonera a empresa de participar do fundo comum”,
afirmou.
Ainda de acordo com o relator, a parcela tem
natureza de salário-diferido, que não é pago
diretamente ao empregado, mas destinada, no caso, à
formação de um "fundo" que poderá garantir a sua
subsistência no caso de rescisão. O seu recolhimento
por via ilegal, portanto, passa a compor o salário,
simplesmente.
1000022-39.2019.5.02.0052
Fonte: Consultor Jurídico
24/01/2022 -
Presidente sanciona Orçamento de 2022, com vetos
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, o
Orçamento de 2022 aprovado em dezembro pelo
Congresso Nacional. O valor total da despesa –
previsto na Lei 14.303, publicada no Diário Oficial
da União de hoje (24) – é de R$ 4,73 trilhões. Deste
total, R$ 1,88 trilhão tem como destino o
refinanciamento da dívida pública federal.
O resultado primário previsto na Lei Orçamentária
Anual (LOA) de 2022 é de um déficit de R$ 79,3
bilhões, valor que encontra-se, segundo a
Secretaria-Geral da Presidência da República,
“inferior à meta prevista na LDO-2022,
correspondente aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União, no valor de R$ 170,5 bilhões”.
“Essa projeção do resultado primário presente na
LOA-2022 menor que aquela meta prevista na LDO-2022
decorre particularmente da elevação da estimativa de
receitas primárias realizadas pelo Congresso
Nacional”, informa a Secretaria.
(Mais informações: Agência Brasil)
Fonte: Agência Brasil
24/01/2022 -
Espanha aposta no resgate dos direitos trabalhistas
para fortalecer economia
Especialistas afirmam que experiência espanhola
coloca os direitos trabalhistas no centro da
discussão também no Brasil
No final do ano passado, sindicatos, empresários e o
governo da Espanha fecharam um acordo para revogar a
reforma trabalhista aprovada em 2012. Naquele país,
um decreto presidencial com as mudanças já está em
vigor, mas ainda precisam ser aprovadas
definitivamente no Parlamento. Após uma década, a
reforma resultou na precarização do mercado de
trabalho espanhol, com aumento da informalidade. O
aumento dos contratos temporários levou à estagnação
nos salários. Agora houve uma “correção de rumos”,
de acordo com sociólogo Clemente Ganz Lúcio,
ex-diretor técnico do Dieese. Nesse sentido, a
experiência espanhola também serviu para colocar o
resgate dos direitos trabalhistas no centro da
discussão no Brasil.
Dessa maneira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva indica que deve adotar caminho semelhante por
aqui, em um eventual novo governo. Na semana
passada, junto com representantes de seis centrais
sindicais brasileiras, Lula teve um encontro virtual
com os espanhóis, principalmente para detalhar as
mudanças que vem ocorrendo naquele país.
“O que ocorreu na Espanha é um acordo inédito de
recuperação de direitos trabalhistas”, destacou a
economista e pesquisadora do Centro de Estudos
Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade
Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp) Marilane
Teixeira. Clemente e Marilane participaram, nessa
segunda-feira (17), de um debate promovido pela
Fundação Perseu Abramo, traçando um paralelo entre
as experiências brasileira e espanhola. Ambos
apontaram inúmeras similaridades.
No Brasil, destruição
No Brasil, em 2017, a “reforma” trabalhista realizada
durante o governo Temer, alterou mais de 200
dispositivos da legislação trabalhista. Como na
Espanha, a promessa era que milhões de postos de
trabalho seriam criados nos anos seguintes. O que
também não aconteceu. Dentre as principais
inovações, formas precárias de contratação, como o
contrato temporário. Além disso, as empresas também
passaram a poder negociar diretamente com os
trabalhadores, sem a intermediação dos sindicatos.
“A reforma brasileira, ela foi grandemente inspirada
pela reforma espanhola. Tanto em relação à
prevalência dos acordos das empresas sobre os
acordos por categoria, como também na questão do fim
da ultratividade”, disse Marilane.
Essas formas precárias de contratação, segundo ela,
serviram apenas para aproximar a formalidade da
informalidade. “Os dados, no entanto, mostraram que,
de 2017 para cá, o que mais cresceu foi o trabalho
por conta própria e o trabalho informal. O que não
tem nada a ver com essas novas formas de
contratação.”
Na Espanha, valorização do emprego
Os especialistas destacaram a valorização do emprego
como eixo central da iniciativa espanhola. Contratos
com prazo indeterminado passarão ter prevalência
sobre os temporários. Assim, os espanhóis pretendem
limitar os contratos de curta duração a casos
específicos, como na substituição temporária dos
trabalhadores, afastados por questões de saúde, por
exemplo. Com duração, até mesmo, de dias, eram
formas “aviltantes” de contratação, segundo
Clemente. Um dos objetivos era eliminar as
responsabilidades das empresas do descanso
remunerado aos finais de semana.
Com efeito, o foco agora está colocado na criação de
empregos de qualidade. E, acima de tudo, na garantia
de estabilidade para os trabalhadores espanhóis.
“Além de ter o emprego, é preciso ter segurança de
que você não vai perde-lo daqui dois ou três meses”,
ressaltou Marilane. O que a reforma trabalhista
acarretou no Brasil, segundo ela, foi justamente o
contrário.
Para Clemente, os sindicatos espanhóis também saíram
valorizados com o novo acordo. Ele afirmou, assim,
que as negociações coletivas passaram a serem vistas
como forma de garantir a repartição dos ganhos de
produtividade entre capital e trabalho. Dessa
maneira, ele acredita que a massa salarial entre os
espanhóis deve aumentar nos próximos anos. Do mesmo
modo, em função do aumento do poder de compra dos
trabalhadores, os empresários devem ampliar os
investimentos.
“O que anima o investimento para ampliar sua
capacidade produtiva é a certeza de que a demanda na
sociedade crescerá. Essa certeza se dá se, ao olhar
para o futuro, a sociedade identifica que a
qualidade dos empregos e do crescimento dos salários
faz parte de um projeto de desenvolvimento”,
explicou.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/01/2022 -
Trabalhador pode se ausentar 14 dias por Covid
A explosão do número de casos de Covid-19,
provocados pela variante Ômicron, está obrigando
milhares de trabalhadores a se afastar de suas
atividades. E ao invés de cuidar da saúde, ampliar a
testagem e a vacinação da população, o governo de
Jair Bolsonaro reduziu o tempo de isolamento dos
infectados.
A medida é duramente criticada por autoridades da
área da saúde e representantes dos trabalhadores, já
que o isolamento social é crucial para evitar a
disseminação do vírus.
Estudos científicos demonstram que a
transmissibilidade do vírus, mesmo a partir do
quinto ou sexto dia, continua acontecendo. Outras
pesquisas comprovam a necessidade de um prazo mínimo
de 14 dias de isolamento. Um desses estudos,
realizado pela Plataforma Científica Pasteur-USP,
com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (Fapesp), afirma que esse período deve
ser cumprido à risca.
A orientação de especialistas é de que o atestado
para os afastamentos seja fornecido pelos médicos
seguindo essas recomendações. Eles ressaltam ainda
que essa decisão do governo visa atender aos
interesses das empresas em detrimento da saúde e da
segurança dos trabalhadores.
Direitos – Para evitar que os dias não trabalhados
não sejam descontados é necessário justificar com
atestado médico, que tem limite máximo de 14 dias.
Esse período é bancado pela própria empresa. Vale
para casos de sintomas de Influenza H3N2 ou Covid-19,
ainda que não haja a confirmação de infecção.
As orientações do Ministério da Saúde eram de tempo
de afastamento de 14 dias. Mas, no dia 10 de
janeiro, o titular da Pasta, Marcelo Queiroga,
anunciou a redução para cinco dias em casos com
sintomas leves. Se sua empresa quer obrigar você a
trabalhar doente, procure seu Sindicato.
Fonte: Agência Sindical
24/01/2022 -
Quase metade dos acordos salariais ficou abaixo da
inflação em 2021
Em ano de inflação elevada, também aumentaram os
reajustes parcelados
Dados preliminares analisados pelo Dieese mostram
que, em 2021, quase metade dos acordos salariais
(47,7%) ficou aquém da inflação (INPC-IBGE). Pelos
dados disponíveis, é o pior resultado em quatro
anos. A variação média dos reajustes foi de -0,86%.
Apenas 15,8% dos acordos tiveram ganho real,
enquanto 36,6% foram equivalentes à variação da
inflação oficial.
O Dieese lembra que os resultados podem ter
alterações, porque o Ministério do Trabalho e
Previdência deve acrescentar dados. Mas o cenário é
negativo. “Na comparação com os anos anteriores,
2021 registrou a menor proporção de reajustes iguais
ou acima do INPC-IBGE (52,3%)”, diz o instituto. “É
notória também a piora gradativa dos resultados no
período.”
Uma característica “marcante” das negociações
salariais do ano passado foi o de parcelamento de
reajustes. Essa tendência cresceu a partir de março,
ao mesmo tempo em que a inflação subia. Nos dois
primeiros meses de 2021, apenas 2% dos acordos
tiveram parcelamento. Esse número cresceu para 11,3%
em março, subiu para 15,8% em outubro e chegou a
26,1% em novembro. “Entre 2018 e 2020, os
percentuais de reajustes parcelados não
ultrapassaram 3%”, lembra o Dieese.
Inflação cresce
Há um ano, o reajuste necessário para repor a inflação
era 5,45%, percentual correspondente à variação do
INPC em 12 meses. No último mês de 2021, esse índice
havia subido para 10,96%.
Entre os setores de atividade, os acordos na
indústria foram os que tiveram mais reajustes com
aumento real: 21,5%, ante 15,4% no comércio e 11,5%
nos serviços. Assim, em torno de um terço das
negociações tiveram reajuste abaixo da inflação na
indústria e no comércio, chegando a 60% no setor de
serviços.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/01/2022 -
Brasil precisa criar sistema de relações do trabalho
que preserve direitos e valorize negociação
No início do primeiro governo Lula, país já teve
a chance de alterar de forma negociada o modelo
sindical e trabalhista, mas propostas naufragaram
Em agosto de 2003, no início do primeiro mandato de
Luiz Inácio Lula da Silva, o governo instalou o
Fórum Nacional do Trabalho (FNT), encarregado de
apresentar um novo sistema de relações trabalhistas,
mexendo tanto na legislação como na organização
sindical. Durante quase um ano e meio,
representantes do governo, trabalhadores e
empresários se reuniram para discutir e tentar
harmonizar pontos de vista às vezes bastante
divergentes. Desse esforço surgiram uma proposta de
emenda à Constituição e um anteprojeto de lei, que
não foram adiante. Uma tentativa de “concertação”
que fracassou, por vários fatores. Quase 20 anos
depois, o tema volta ao debate, com uma “reforma”
aprovada sem negociação e mudanças profundas no
mercado de trabalho.
Para o então coordenador do FNT, Osvaldo Bargas,
para apresentar mudanças efetivas os atores precisam
levar esses fatores em consideração. “Tem que fazer
um diagnóstico. O Brasil precisa construir um
sistema de relações do trabalho e não fazer reformas
pontuais”, afirma. O sistema atual está “falido”,
segundo ele. É preciso pensar tanto no modelo de
proteção social como na organização sindical.
Resistência dos dois lados
Secretário nacional de Relações do Trabalho no governo
Lula e coordenador do FNT, Bargas testemunhou
resistências a mudanças tanto de representantes dos
empresários como dos trabalhadores. Ele diz defender
um modelo que tenha por base a negociação coletiva.
Para isso, é preciso manter certo patamar de
direitos e criar condições para que as
representações sindicais tenham representação
efetiva.
O FNT era organizado em nove grupos temáticos:
organização sindical, negociação coletiva, sistema
de composição de conflitos, legislação do trabalho,
normas administrativas sobre condições de trabalho,
organização administrativa e judiciária,
qualificação e certificação profissional, micro e
pequenas empresas e autogestão e informalidade.
Todas as propostas eram encaminhadas a uma comissão
de sistematização e, por fim, submetidas a uma
plenária. Pelos trabalhadores, participaram
representantes de seis centrais sindicais e pelos
empresários, negociadores de cinco confederações.
Monopólio de representação
Uma das propostas era de estabelecer critérios de
representatividade para a existência e manutenção de
entidades sindicais. Uma desses critérios seria a
fixação de um percentual de trabalhadores filiados.
Bargas critica o modelo sindical então vigente: “O
Estado te dá o monopólio de representação. E não
precisa de sócios”. Havia o chamado imposto
sindical, compulsório, cobrado anualmente e
equivalente a um dia de trabalho (no caso dos
empregadores, a cobrança se dava com base no capital
social). E grande quantidade do que o ex-secretário
chama de “sindicatos de carimbo”, com existência
formal, mas sem representatividade.
A ideia era abolir gradualmente a contribuição
sindical – em três anos para entidades de
trabalhadores e cinco para empregadores. No primeiro
caso, a contribuição seria substituída por uma taxa
negocial, aprovada em assembleia e com limite
definido. Haveria prazo para estabelecer uma lei de
proteção à organização sindical e à negociação
coletiva, que pela proposta do fórum poderia ocorrer
por setor econômico ou ramo de atividade, em todos
os níveis (nacional, interestadual, estadual,
municipal, intermunicipal, por empresa ou grupo de
empresas). Como diz Bargas, seria criado um código
do trabalho “que pudesse nortear os direitos básicos
e os acordos coletivos”.
Políticas públicas
O modelo triparte adotado pelo FNT se repetiu
recentemente na Espanha, que rediscutiu seu sistema
trabalhista. Um debate que vem sendo acompanhado de
perto por Lula. “Agora o acordo espanhol recupera a
centralidade do diálogo tripartite para a formulação
das políticas públicas e fortalece a negociação
coletiva, retoma a valorização dos sindicatos e
afirma a prevalência dos contratos coletivos
setoriais sobre os acordos por empresa, ampliando
sua eficácia para todos os trabalhadores e
terceirizados”, afirma, em artigo, o sociólogo
Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese.
O secretário-geral da CCOO (central sindical
espanhola), Unai Sordo, considerou “ambicioso” o
acordo feito naquele país. Por abordar, segundo ele,
um leque de temas que nas últimas reformas
trabalhistas “haviam desregulamentado e precarizado
de maneira significativa”. Assim, diz ele, o
equilíbrio na negociação coletiva se torna um
elemento chave. O acordo permitiu a volta da chamada
ultratividade, princípio que permite a manutenção
dos acordos coletivos mesmo após sua vigência,
enquanto se discute um novo texto. No Brasil, a
ultratividade foi suspensa por decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Já a “reforma” feita em 2017 no Brasil, no governo
Temer, foi em grande parte inspirada em sugestões
patronais, particularmente as da Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Sem negociação
tripartite, flexibilizou direitos e enfraqueceu a
representação sindical, abolindo de uma vez o
imposto. À época, seus defensores afirmaram que as
mudanças trariam “segurança jurídica” e
proporcionariam a criação de milhões de empregos.
Mas as pendências legais prosseguiram e o desemprego
só não aumentou mais devido ao trabalho informal.
Distribuição de renda
São variáveis que precisam ser consideradas antes de
qualquer mudança, diz o ex-secretário, ele também um
ex-metalúrgico e diretor no sindicato do ABC na
mesma época de Lula. O mercado de trabalho atual tem
menos gente no setor industrial e mais pessoas em
ocupações precárias, com menos renda e proteção.
“Se o PT quer fazer uma discussão séria sobre isso,
tem que resolver o problema do sindicato”, afirma
Bargas, defendendo um modelo que permita a
sobrevivência das entidades, mas também atribua
responsabilidades de representação e negociação
efetivas. Disso também depende, sustenta o
ex-secretário, o próprio desenvolvimento econômico.
“Distribuição de renda se faz com sindicalismo, com
salário. Direitos como 13º, jornada, foi luta
sindical. Não é o parlamento quem conquista, são os
sindicatos. O parlamento ratifica.”
Fonte: Rede Brasil Atual
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