Blog - Notícias Anteriores - Dezembro 2021
17/12/2021 -
Desemprego continua elevado mesmo com custo menor do
trabalho
17/12/2021 -
“Martelo já foi batido” sobre chapa Lula e Alckmin,
diz jornalista
17/12/2021 -
Pesquisa CNT: Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro e
vence em todos os cenários do 2º turno
17/12/2021 -
Movimentos vão a Brasília contra cortes
orçamentários que atacam a educação
17/12/2021 -
Aprovado salário-maternidade à trabalhadora grávida
na pandemia
17/12/2021 -
Uber: TST forma maioria e reconhece vínculo de
emprego entre app e motoristas
16/12/2021 -
Bolsonaro perde mais da metade dos eleitores de 2018
para Lula e Moro
16/12/2021 -
Ipea: inflação desacelera em novembro para todas as
faixas rendas
16/12/2021 -
IPEC: 55% avaliam governo Bolsonaro como ruim ou
péssimo
16/12/2021 -
Alvo de ação da PF, Ciro Gomes agradece
solidariedade de Lula
16/12/2021 -
IGP-10 recua 0,14% em dezembro, diz FGV
16/12/2021 -
"A gente quer também fazer aliança com partidos de
centro", diz Lula
16/12/2021 -
Trabalhadores na EBC suspendem greve e vão aguardar
mediação
15/12/2021 -
NCST mobiliza
entidades no Natal do Trabalhador
15/12/2021 -
Centrais
sindicais: Repúdio aos novos ataques de Bolsonaro à
imprensa e à democracia
15/12/2021 -
Projeto sobre
‘desaposentadoria’ passa em comissão do Senado e
segue para a Câmara
15/12/2021 -
PF intima
Bolsonaro a explicar vazamento de documentos
sigilosos
15/12/2021 -
Ipec: Lula
venceria no primeiro turno com 56% dos votos válidos
15/12/2021 -
CAS aprova
projeto que disciplina retorno de gestantes ao
trabalho presencial
15/12/2021 -
Greve na EBC
completa 19 dias sem sinalização de acordo. TST
tenta conciliação
14/12/2021 -
Presidente e vice-presidentes da NCST reúnem-se com
lideranças estaduais e lançam campanha ‘Natal sem
Fome’
14/12/2021 -
Desafios para o sindicalismo a partir de 2022
14/12/2021 -
Dono vai sortear triplex que Moro dizia ser de Lula
por menos de R$ 20
14/12/2021 -
Estudo do governo propõe fim da multa do FGTS e
liberar trabalho todo domingo
14/12/2021 -
Pesquisa ICL: para 51%, Bolsonaro prejudica os
trabalhadores; para 68%, favorece os banqueiros
13/12/2021 -
NCST apoia ações do MPT contra a precarização do
trabalho nas plataformas digitais
13/12/2021 -
Efeito Bolsonaro: Para 70% dos brasileiros, economia
está ruim ou péssima, diz CNI
13/12/2021 -
Bolsonaro faz chacota de Miguel Reale ao falar de
impeachment
13/12/2021 -
Alexandre
suspende ação sobre fracionamento de intervalo
intrajornada
13/12/2021 -
Passaporte da
Vacina: Barroso torna documento obrigatório
13/12/2021 -
Entenda as
mudanças para regras no vale-alimentação e no
vale-refeição
13/12/2021 -
IBGE: inflação para família de renda mais baixa sobe
0,84% em novembro
13/12/2021 -
Confiança da indústria volta a subir, após três
meses de queda
10/12/2021 -
60% dos brasileiros desaprovam governo Bolsonaro,
diz pesquisa PoderData
10/12/2021 -
Ricardo Patah propõe unidade sindical
10/12/2021 -
Produção industrial cai puxada por cinco estados,
diz IBGE
10/12/2021 -
Câmara aprova projeto que anula multa a empresa por
atraso na entrega de guia do FGTS
10/12/2021 -
Grupo de juristas apresenta novo pedido de
impeachment de Jair Bolsonaro
10/12/2021 -
Senadores vão a Haia entregar relatório final da CPI
da Pandemia ao Tribunal Penal Internacional
10/12/2021 -
CNI diz que alta da Selic é excessiva e põe
recuperação econômica em risco
10/12/2021 -
Aprovada urgência para proposta que prevê auxílio
aluguel à vítima de violência doméstica vulnerável
09/12/2021 -
Centrais mobilizam contra a fome no Natal
09/12/2021 -
Medida Provisória cria benefício extraordinário de
R$ 400 para famílias de baixa renda
09/12/2021 -
Servidores da Cemig estão há nove dias em greve
09/12/2021 -
Em encontro com centrais sindicais, Lula critica
"perversidade" das elites e diz que país precisa de
outro governo
09/12/2021 -
Lula venceria eleição presidencial em todos os
cenários de primeiro e segundo turno, segundo
pesquisa Quaest
09/12/2021 -
TST anula acordo firmado por sindicato sem anuência
de trabalhadores
09/12/2021 -
Congresso
promulga ‘fatia’ da PEC dos Precatórios que abre R$
65 bi no Orçamento 2022
08/12/2021 -
Jurídico da NCST avalia como ‘absurdos’ os
relatórios do GAET
08/12/2021 -
Brasil perdeu 480 mil postos formais em 2020; 96%
das demissões foram de mulheres
08/12/2021 -
Renda média dos 10% mais ricos do Brasil é 29 vezes
maior que a dos 50% mais pobres, aponta relatório
08/12/2021 -
Preço da cesta básica de alimentos sobe em nove
cidades
08/12/2021 -
Ministério Público defende extinção do caso do
triplex da Lava Jato contra Lula
08/12/2021 -
Centrais aprovam Conclat pra 2022
08/12/2021 -
STF dá 48 horas para o governo Bolsonaro se
manifestar sobre passaporte da vacina
08/12/2021 -
Proposta regulamenta o regime de trabalho híbrido
07/12/2021 -
Nova proposta de reforma trabalhista desmantela
sindicalismo
07/12/2021 -
Centrais repudiam desmonte da CLT
07/12/2021 -
Governo quer legalizar locaute
07/12/2021 -
Otimismo de Paulo Guedes sobre economia reforça
‘mundo encantado’ dos mais ricos
07/12/2021 -
Comissão de Assuntos Sociais debate desaposentadoria
na quarta-feira
07/12/2021 -
Indicador do mercado de trabalho atinge menor nível
desde abril
06/12/2021 -
A saga
trabalhista e sindical vai continuar? Opinião de
Clemente Ganz Lucio
06/12/2021 -
Lula tem 42% das intenções de voto contra 19% de
Bolsonaro, diz pesquisa
06/12/2021 -
Novo decreto
trabalhista é equivocado sobre fiscalização do
trabalho
06/12/2021 -
Desemprego, queda de renda e pobreza, elevam
dependência de programas sociais no Brasil
06/12/2021 -
Produção industrial cai 0,6%, revela pesquisa do
IBGE
06/12/2021 -
CDH faz
audiência pública sobre boas práticas no combate à
violência contra a mulher
03/12/2021 -
PIB recua 0,1% no 3º trimestre, e Brasil entra em
recessão
03/12/2021 -
Deputado pede suspensão de decreto de minirreforma
trabalhista
03/12/2021 -
Eletricitários da Cemig estão de greve
03/12/2021 -
Senado aprova PEC dos Precatórios em dois turnos;
texto volta para a Câmara
03/12/2021 -
CNI: sete em cada 10 indústrias têm dificuldades
para comprar insumo
03/12/2021 -
‘Um flanelinha no Leblon ganha R$ 4 mil por mês’,
diz ministro Rogério Marinho
03/12/2021 -
Câmara aprova que direitos de entregadores de
aplicativos serão garantidos durante a pandemia; vai
ao Senado
02/12/2021 -
Posse da nova diretoria da NCST
02/12/2021 -
Em outra revisão, ‘novo’ Caged agora elimina vagas
em 2020
02/12/2021 -
Poder de compra do rendimento médio real retrocede
quase uma década
01/12/2021 -
Propostas do Gaet do MTP aprofundam Reforma
Trabalhista
01/12/2021 -
Nova agenda trabalhista de Bolsonaro é golpe contra
trabalhador, entende deputado
01/12/2021 -
Trabalhador autônomo e sem carteira ganham espaço.
Desemprego cai, mas renda despenca
01/12/2021 -
O que deve tensionar o sindicalismo agora e para o
ano
01/12/2021 -
Chegada de Bolsonaro ao PL provoca debandada na
sigla em todo o país
01/12/2021 -
CAS aprova isenção de multa a trabalhador dispensado
de adesão ao INSS
17/12/2021 -
Desemprego continua elevado mesmo com custo menor do
trabalho
O economista e professor de universitário Marcio
Pochmann afirma que Bolsonaro quer legalizar a
fraude contra o trabalhador
Em 2014, o custo do trabalho no Brasil equivalia a
36% do pago pelos patrões nos EUA. Com a “deforma
trabalhista de Temer”, tuíta o economista e
professor de Economia Marcio Pochmann, o custo caiu
para 24%, em 2019, “sem elevar o nível de emprego
assalariado formal, que atualmente responde somente
por 1/3 do total da ocupação nacional no setor
privado”.
Mas, determina a Lei de Murphy, não há nada tão ruim
que não possa piorar. “Enquanto a deforma
trabalhista de Temer buscou legalizar a
informalidade, a proposta atual de Bolsonaro trata
de legalizar a fraude nos contratos de trabalho. Não
terá força para elevar o nível de emprego,
favorecendo só o patronato, com a liberação da
precarização no trabalho”, completa o economista.
Em outro tuíte, Pochmann compara: “Da União Europeia
vem a posição oficial de que o trabalhador de
aplicativo deva ser compreendido como empregado,
portanto sindicalizável. Já no Brasil, o Governo
Bolsonaro trata da liberalização do patronato para
substituir a relação salarial pela relação
crédito-débito.”
Fonte: Monitor Mercantil
17/12/2021 -
“Martelo já foi batido” sobre chapa Lula e Alckmin,
diz jornalista
A jornalista Mônica Bergamo, na coluna Painel da
Folha de S.Paulo desta quinta-feira (16), afirma que
“o martelo já foi batido” para a formação da chapa
com Lula (PT) e Geraldo Alckmin (Sem partido) para a
disputa das eleições presidenciais em 2022.
“As coisas só mudariam no caso de uma alteração
radical na conjuntura política”, diz a jornalista,
citando fontes dos dois políticos. O anúncio, no
entanto, não deve ser feito agora para evitar uma
reação dos adversários, segundo Mônica.
No jornal O Globo, Bela Megale afirma porém que
“Lula e o PT ainda fazem os cálculos sobre ter
Alckmin como candidato a vice na chapa do
ex-presidente em 2022”, apesar da “empolgação” de
Márcio França, presidente estadual do PSB e virtual
candidato ao governo de São Paulo.
Nesta quarta-feira (15), Alckmin oficializou a sua
saída do PSDB, partido que ajudou a criar e serviu
de berço para suas eleições ao governo paulista e o
abrigou em uma aventura à Presidência em 2018,
quando terminou com pouco mais de 4% dos votos.
O político foi pessoalmente à sua zonal da legenda
para entregar carta de desfiliação e telefonou para
Bruno Araújo, presidente da sigla.
A saída de Alckmin do partido em que estava há 33
anos e em que forjou sua carreira política já era
dada como certa. O ex-governador perdeu espaço
diante do “novo PSDB”, uma reformulação no
direcionamento da legenda capitaneada por figuras
como o atual governador de São Paulo, João Doria.
“É um novo tempo! É tempo de mudança! Nesses mais de
33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o
melhor de mim. Um soldado sempre pronto para
combater o bom combate com entusiasmo e lealdade.
Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um
novo caminho”, escreveu Alckmin em nota.
“Jamais esqueci a lição do meu pai. Respeito às
pessoas, lealdade aos princípios e firmeza de
caráter. Só com esses valores é possível construir
uma vida pública decente”, prosseguiu o
ex-governador.
Fonte: RevistaForum
17/12/2021 -
Pesquisa CNT: Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro e
vence em todos os cenários do 2º turno
O ex-juiz Sergio Moro também conseguiu se
distanciar mais do candidato do PDT, Ciro Gomes,
mas segue longe de Bolsonaro e ainda mais de Lula
Nova pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quinta-feira
(16) mostra que o ex-presidente Lula (PT) ampliou
sua vantagem sobre os outros candidatos na busca
pela eleição ao Palácio do Planalto.
O petista, que tinha 41,3%, pulou para 42,8% das
intenções de votos, enquanto Jair Bolsonaro (PL)
caiu de 26,6% para 25,6%.
O candidato do Podemos, o ex-juiz Sergio Moro,
declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), se distanciou ainda mais do candidato do PDT,
Ciro Gomes. Moro agora tem 8,9% das intenções de
votos e Ciro, 4,9%.
No segundo turno, Lula segue sendo o favorito,
ganhando em todos os cenários.
Contra Bolsonaro, o petista teria quase o dobro da
votação. Lula registra 52,7% das intenções de voto e
Bolsonaro 31,4%.
O levantamento foi realizado em parceria com o
Instituto MDA, de 9 a 11 de dezembro.
Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, em
137 municípios de 25 unidades da federação. A margem
de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de
nível de confiança.
Fonte: Brasil247
17/12/2021 -
Movimentos vão a Brasília contra cortes
orçamentários que atacam a educação
Entre as preocupações, está o PL 3.776, que
atualiza o piso salarial dos professores pelo INPC.
Profissionais também protestam contra aprovação da
PEC que desobriga gestores de cumprir investimento
mínimo
De olho nas consequências que dois projetos podem
trazer para a educação e os professores, a
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE) e movimentos civis se mobilizam para barrar a
aprovação de propostas que tramitam no Congresso
Nacional. De acordo com as entidades, elas atacam
diretamente a educação pública e seus profissionais.
Entre as preocupações, está o Projeto de Lei (PL)
3.776/2008. A proposta determina que a atualização
do piso salarial da categoria seja feita pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O que para
os trabalhadores é motivo de apreensão. Assim como a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2021. Ela
anistia gestores públicos que não cumpriram o
investimento constitucional mínimo em educação
durante a pandemia. Ou seja, entre 2020 e 2021.
“Os prefeitos foram para Brasília mobilizados para que
seja aprovado o PL 3.776. Ela muda o artigo 5º da
lei do piso, trazendo o reajuste só para inflação do
ano anterior, medida pelo INPC do IBGE. E isso
também ataca a meta 17 da Lei 13.005/2014, que é a
Lei do Plano Nacional de Educação. A meta 17 do
plano diz que o Estado brasileiro tem que equilibrar
a média salarial do professor com a média salarial
de outras profissões com a mesma formação e com a
mesma carga horária”, aponta o presidente da CNTE,
Heleno Araújo.
Mobilização tem avanços
A preocupação dos movimentos pela educação é também
quanto à PEC 23/2021, dos precatórios do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A avaliação dos trabalhadores é que a proposta trará
prejuízos às políticas sociais e de educação. Nessa
quarta-feira (15), a chamada PEC dos Precatórios foi
aprovada em segundo turno pela Câmara. Os deputados
aprovaram destaque que anula o cronograma feito
pelos senadores para o pagamento de precatórios –
dívidas – do extinto Fundef, substituído pelo Fundeb,
que destinava 60% dos recursos para pagamento de
salários de profissionais da educação. Pelo projeto,
o pagamento desse tipo de dívida do governo com
sentença judicial definitiva será pago em três
parcelas anuais a partir de sua expedição: 40% no
primeiro ano, 30% no segundo e 30% no terceiro ano.
Os movimentos ligados à educação que foram esta
semana a Brasília continuam, contudo, pressionando
os parlamentares para que essas medidas não sejam
aprovadas. Ainda ontem, entidades como a CNTE, a
Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE) e a
Fineduca conseguiram a regulamentação do Fundeb no
Senado sem a transferência de recursos ao Sistema S.
De acordo com informações do educador e coordenador
da CNDE, Daniel Cara, também foi criada uma comissão
especial para analisar a PEC 13. O que impediu sua
votação nesta quinta-feira (16).
Para os trabalhadores, os estudantes e os
profissionais da educação já sofreram muito nos
últimos meses por causa da pandemia de covid-19. “É
possível sim fazer um país com justiça social e com
vida digna para todas as pessoas. Agora é preciso
que a gente reaja e condene o que está acontecendo
aí”, sugere Heleno.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/12/2021 -
Aprovado salário-maternidade à trabalhadora grávida
na pandemia
O Plenário aprovou nesta quinta-feira (16) projeto
que garante o pagamento de salário-maternidade às
trabalhadoras grávidas que não puderem fazer
trabalho a distância. O texto retorna à Câmara dos
Deputados.
O PL 2.058/2021 disciplina o trabalho das gestantes
não imunizadas contra o coronavírus, quando a
atividade não puder ser feita a distância, situação
que atinge, entre outras categorias, as empregadas
domésticas e não era abarcada pela Lei 14.151, de
2021.
A autoria é do deputado federal Tiago Dimas (Solidariedade-TO). O
relator foi Luis Carlos Heinze (PP-RS), que defendeu
o pagamento do salário-maternidade, por considerar
que os empregadores podem deixar de contratar
mulheres jovens, temendo que fiquem grávidas.
O texto afirma que a gravidez será considerada de
risco até a imunização e a gestante terá direito ao
salário-maternidade, pago pela Previdência, do
início do afastamento até 120 dias após o parto. O
empregador fica dispensado de pagar o salário. Se a
trabalhadora retornar ao trabalho presencial antes
do fim da gravidez, o empregador voltará a pagar o
salário.
Ajuste
Foi acolhida, como ajuste de redação, alteração
constante de emenda da senadora Zenaide Maia (Pros-RN),
lida em Plenário pela senadora Nilda Gondim (MDB-PB)
e defendida ao longo da tramitação por outras
integrantes da bancada feminina. Pela emenda, o
retorno das lactantes ao trabalho observará
critérios e condições definidos pelo Ministério da
Saúde, ouvido o Ministério da Previdência Social e
do Trabalho. O texto original da emenda mencionava
como órgão a ser ouvido o Conselho Nacional de
Saúde, indevidamente, segundo o relator Heinze.
Pronunciando-se remotamente, o senador Paulo Paim
(PT-RS) elogiou o acolhimento da emenda:
— Da forma como estava [o texto original], temíamos
prejuízo às mulheres gestantes — explicou.
Fonte: Agência Senado
17/12/2021 -
Uber: TST forma maioria e reconhece vínculo de
emprego entre app e motoristas
Para os ministros, os condutores preenchem os
requisitos para serem enquadrados como funcionários
da empresa
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) formou maioria
e reconheceu o vínculo de emprego entre a Uber e o
motorista. No entendimento dos ministros, os
motoristas que prestam serviços para o aplicativo
preenchem os requisitos que os enquadram como
funcionários da empresa. O julgamento foi suspenso
por um pedido de vista.
O ministro Alberto Luiz Bresciani, que se aposenta
neste ano, abriu a sessão com o voto favorável e
seguiu o entendimento do relator do processo,
ministro Mauricio Godinho Delgado, que havia
proferido o seu voto em dezembro de 2020.
Todavia, o ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte
apresentou pedido de vista, ou seja, mais tempo para
analisar a questão e o julgamento foi suspenso.
Até este momento, duas de oito turmas da Corte, a 4ª
e a 5ª, haviam deliberado sobre a questão em quatro
processos, que resultaram favoráveis a Uber.
Porém, a decisão da 3ª turma, de reconhecer o
vínculo empregatício entre a Uber e o motorista,
pode abrir uma importante divergência.
Aplicativo e trabalho
Apesar da discussão travada pela 3ª turma ser a
respeito da relação de emprego entre um motorista e
a Uber, ela pode abrir precedente e ser aplicada
para outros aplicativos com relação de trabalho
semelhante.
Para os ministros do TST estão preenchidos os
requisitos para enquadrar um motorista com
funcionário da Uber: pessoalidade, não eventualidade
(constância e periodicidade) e subordinação (o
emprego está submetido às regras da empresa).
Fonte: RevistaForum
16/12/2021 -
Ipea: inflação desacelera em novembro para todas as
faixas rendas
A inflação desacelerou para todas as faixas de renda
em novembro. A constatação faz parte da análise do
Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgada
nesta quarta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). No segmento de renda mais
baixa, a taxa saiu de 1,35% em outubro para 0,65% em
novembro. Já para as famílias de renda média e
média-alta o ritmo da queda foi menor e passou de
1,1% para 1,08%.
De acordo com o Ipea, ainda que tenha ocorrido
desaceleração em novembro, a inflação acumulada nos
12 meses para as famílias que recebem menos de R$
1.808,79 atingiu 11%, o que significa um percentual
maior que o das famílias que ganham mais de R$
17.764,49, que alcançaram 9,7% na inflação acumulada
em 12 meses.
As maiores pressões inflacionárias no acumulado do
ano ficaram com as famílias de renda média-baixa,
que têm rendimentos mensais de R$ 2.702,88 a R$
4.506,47; e as de renda média com rendimentos entre
R$ 4.506,47 e R$ 8.956,26. Para a faixa de renda
média-baixa, as variações acumuladas ficaram em 9,6%
e na de renda média foram de 9,5%.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
16/12/2021 -
Bolsonaro perde mais da metade dos eleitores de 2018
para Lula e Moro
De acordo com a reportagem da Agência O Globo,
adversários são os principais herdeiros dos votos do
chefe do Executivo, que tem a preferência de 33% dos
evangélicos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) assiste a um
derretimento da base eleitoral que o levou à
Presidência em 2018, com mais da metade apresentando
intenção de mudar de voto. Os principais
beneficiários seriam o ex-presidente Lula (PT) e o
ex-juiz Sergio Moro (Podemos), seus desafetos, de
acordo com números da pesquisa Ipec divulgada ontem.
Dentre os entrevistados que disseram ao Ipec ter
votado no atual presidente na última eleição, 45%
manifestam intenção de votar novamente em Bolsonaro
em 2022, enquanto 55% citam outras opções. Segundo a
pesquisa, 22% dizem hoje pretender votar em Lula, e
10% mostram preferência por Moro.
O levantamento mostra ainda que, entre os eleitores
que dizem não se recordar ou não quiseram responder
em quem votaram em 2018, amostra que corresponde a
pouco menos de um décimo dos entrevistados, Lula é
escolhido por 54%, e Bolsonaro fica com 9%.
O ex-presidente também concentra a preferência atual
de cerca de metade dos entrevistados que declaram
voto branco ou nulo, ou que disseram não ter
comparecido à votação.
Os melhores números de Bolsonaro aparecem entre os
evangélicos, estrato em que o presidente tem 33% das
intenções de voto, segundo o Ipec. Recentemente, em
mais um aceno a este segmento, Bolsonaro indicou
para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) o
nome “terrivelmente evangélico”, em suas palavras,
de André Mendonça, aprovado pelo Senado no último
mês. Entre os evangélicos, Bolsonaro fica em
situação de empate técnico com Lula, que é citado
por 34%.
O petista chega a 57% das intenções de voto entre
eleitores com renda de até um salário mínimo, e
marca 63% no Nordeste. Moro tem seus melhores
desempenhos na região Sul, onde fica com 11%, e
entre aqueles com renda familiar acima de cinco
salários mínimos, segmento em que chega a 13% das
intenções de voto.
Fonte: Agência O Globo
16/12/2021 -
IPEC: 55% avaliam governo Bolsonaro como ruim ou
péssimo
Segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira
(14/12), os que desaprovam o governo são 68% e que
não confiam nele, 70%.
Na pesquisa sobre a sucessão presidencial realizada
pelo Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria,
que também avaliou a administração do presidente
Jair Bolsonaro, 55% dos entrevistados afirmam que o
governo está sendo ruim ou péssimo, ante 53% que o
avaliavam dessa forma em setembro.
Os que consideram o governo de Jair Bolsonaro como
ótimo ou bom oscilam de 22% para 19%, enquanto a
avaliação regular passa de 23% para 25%. O governo
de Jair Bolsonaro segue desaprovado pela maioria
(68%, mesmo percentual da pesquisa de setembro). A
maioria também não confia no atual presidente (70%).
Fonte: Portal Vermelho
16/12/2021 -
Alvo de ação da PF, Ciro Gomes agradece
solidariedade de Lula
O ex-ministro também recebeu apoio do governador
do Maranhão, Flávio Dino (PSB), e do deputado
Orlando Silva (PCdoB-SP)
O candidato à Presidência da República pelo PDT,
Ciro Gomes, agradeceu ao ex-presidente Lula que lhe
prestou solidariedade após a Polícia Federal (PF)
ter feito busca e apreensão na sua residência nesta
quarta-feira (15).
“Obrigado presidente @LulaOficial. O estado policial
de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os
democratas. Me considero na obrigação de dar todos
os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo
brasileiro, e o farei”, escreveu no Twitter o
ex-ministro.
A operação visava apurar suposto desvio de recursos
públicos nas obras do estádio Castelão, em Fortaleza
(CE), para a Copa do Mundo de 2014, e também
envolveu o senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão de
Ciro.
“Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid
Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes,
que tiveram suas casas invadidas sem necessidade,
sem serem intimados para depor e sem levar em conta
a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem
ser respeitados”, disse Lula.
No Twitter, Ciro disse que a ação teve motivo
eleitoral. Não tenho dúvida de que esta ação tão
tardia e despropositada tem o objetivo claro de
tentar criar danos à minha pré-candidatura à
Presidência da República. Da mesma forma tentaram 15
dias antes do primeiro turno da eleição de 2018”,
disse.
O vice-líder do PCdoB na Câmara dos Deputados,
Orlando Silva (SP), também se solidarizou com o
ex-ministro: “Minha ativa solidariedade ao amigo
Ciro Gomes e seu irmão senador Cid Gomes, alvos de
operação orquestrada por setores da Polícia Federal.
Parece encomenda para desviar o foco da bandalheira
que cerca Bolsonaro e seus filhos. Estrutura do
Estado a serviço da campanha antecipada.”
“Minha solidariedade a Ciro Gomes. Não vi, pelos
fundamentos até aqui revelados, razão para medidas
coercitivas decretadas, entre as quais busca e
apreensão para apurar fatos supostamente ocorridos
há 8 anos. Investigações podem ocorrer, mas sempre
observando as garantias legais”, reagiu o governador
do Maranhão, Flávio Dino (PSB).
Fonte: Portal Vermelho
16/12/2021 -
IGP-10 recua 0,14% em dezembro, diz FGV
No ano, o índice acumulou alta de 17,3%
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou
deflação (queda de preços) de 0,14% em dezembro
deste ano. A taxa é inferior à observada em novembro
deste ano, que teve inflação de 1,19%, e em dezembro
de 2020, com inflação de 1,97%.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador
acumulou taxa de inflação de 17,30% em 12 meses,
abaixo dos 24,16% de dezembro de 2020.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede
o atacado, teve deflação de 0,51% em dezembro. Em
novembro, foi registrada inflação de 1,31%. O Índice
Nacional de Custo da Construção (INCC) também teve
queda na taxa de novembro para dezembro, mas
continuou registrando inflação, ao passar de 0,95%
para 0,54%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o
varejo, por outro lado, teve alta na taxa, ao subir
de 0,79% em novembro para 1,08% em dezembro.
Fonte: Agência Brasil
16/12/2021 -
"A gente quer também fazer aliança com partidos de
centro", diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
lidera todas as pesquisas de intenção de voto para a
Presidência da República, defendeu nesta
quarta-feira (15), em entrevista à Rádio Clube de
Blumenau, que o PT faça alianças com partidos do
centro e afirmou que ainda não definiu quem será seu
vice. “Eu não posso discutir vice se ainda não sou
candidato. Na hora certa, quando eu for candidato,
vou indicar um vice para me ajudar a governar e
reconstruir esse país”, afirmou.
“Vamos fazer uma aliança preferencial com os
partidos, mas a gente quer também fazer aliança com
os partidos de centro. Queremos juntar as pessoas
que são democráticas, que são civilizadas, as
pessoas que são e bem, pessoas que são contra armas
e são favoráveis a livros, que são contra o ódio e
são favoráveis ao amor e à fraternidade. Tem muita
gente boa que não está no espectro da esquerda e que
pode contribuir para a gente recuperar o Brasil, dar
o orgulho que o Brasil merece e dar ao povo a
qualidade de vida que o povo merece. Na hora certa
vai sair o meu vice, destacou.
“Meu vice será indicado para ajudar a governar este
país e fazer uma revolução social. Quero que pobres
voltem para as universidades, que os negros e índios
voltem para as universidades, que as pessoas possam
viajar de avião, que possam comprar carros”,
completou.
Na entrevista, Lula citou como exemplo de alianças a
chapa encabeçada por ele em 2002 e que teve o
empresário José de Alencar como vice. “A política de
aliança do PT todos conhecem. Fui eleito presidente
em 2002 com José Alencar de vice, que era um
empresário que tinha 17 mil trabalhadores. Eu mesmo
contribuí para ele se filiar ao PL para ser meu
candidato a vice. Eu já tenho 22 vices sem definir
que sou candidato ainda. No momento certo a gente
vai dizer quem vai ser o vice”, disse.
Fonte: Brasil247
16/12/2021 -
Trabalhadores na EBC suspendem greve e vão aguardar
mediação
Ministério Público do Trabalho vai promover
reunião na quinta-feira. TST também deve marcar
audiência
Depois de 19 dias, trabalhadores na Empresa Brasil
de Comunicação (EBC) decidiram suspender a greve,
enquanto aguardam mediação. De acordo com os
sindicatos de Jornalistas e Radialistas do Distrito
Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, foi a maior
paralisação na história da empresa, criada em 2008.
“Demos uma demonstração de luta”, afirmou a
coordenadora geral do Sindicato dos Jornalistas do
DF, Juliana Nunes, após assembleia realizada na
tarde desta terça-feira (14).
Ontem, o ministro Emmanoel Pereira, do Tribunal
Superior do Trabalho (que assumirá a presidência do
TST em 2022), concedeu liminar à EBC, determinando
manutenção de 60% do efetivo nos locais de trabalho,
entre outros itens. Esse foi um dos motivos que
levaram os trabalhadores a suspender o movimento,
apostando também na negociação. Nesta quinta (16),
às 15h, haverá reunião mediada pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT). O próprio TST vai marcar
audiência de conciliação nos próximos dias.
“Queremos denunciar as práticas antissindicais da
empresa”, disse Juliana. Para ela, a postura mais
intransigente da EBC está em “sintonia com esse
processo de desmonte, censura, perseguição”. O atual
governo planeja privatizar a empresa, enquanto os
sindicalistas resistem e tentam barrar o processo,
inclusive por via judicial.
Acordo coletivo
Segundo a coordenadora do sindicato, a EBC não quis
prorrogar o acordo coletivo, mas afirmou que
manteria as cláusulas, com exceção das econômicas, o
que acabou não acontecendo. A intransigência e a
recusa em negociar levou à greve dos trabalhadores
da EBC. Entre os itens atingidos, estão estabilidade
para mães que acabaram de retornar da
licença-maternidade, o auxílio a pessoas portadoras
de deficiência, redução de hora noturna e liberações
sindicais.
Depois de iniciar as negociações sem oferecer
reajuste, a EBC chegou aos 11%, não retroativos – a
data-base é 1º de novembro. Os sindicalistas
calculam as perdas em 20%, considerando que não
houve aumento em 2020.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/12/2021 -
NCST mobiliza entidades no Natal do Trabalhador
Crescem entre o sindicalismo as iniciativas
solidárias por ocasião do Natal. Na terça (13), a
direção da Nova Central Sindical dos Trabalhadores
se reuniu e, entre as deliberações, decidiu
arrecadar cestas para famílias necessitadas, informa
Oswaldo Augusto de Barros, presidente.
O professor explica: “Pedimos que se busque o que
for útil. Pode ser cesta básica, alimento
não-perecível, doação em dinheiro que comprará
cestas, brinquedos ou mesmo camisetas de encontros e
seminários”.
Ainda em convalescença devido a período de
internação, o presidente da entidade retoma aos
poucos suas funções. Ele avalia: “Tanto na direção
nacional, quanto nas estaduais e Sindicatos, vejo
muita disposição em partilhar”.
Sociedade – Para Oswaldo Augusto de Barros, a
miséria de boa parte dos brasileiros requer se
adotem ações práticas e solidárias. Ele também vê na
iniciativa um meio de aproximar sindicalismo e
sociedade. Para o dirigente, a ação sindical do
Natal se justifica pela própria força da data e ante
a necessidade de acudir os necessitados. Oswaldo
conclui: “No que me couber, sempre estimularei ações
sociais pelas entidades de classe”.
SP – Segundo Luiz Gonçalves, Luizinho,
presidente da Regional Estado de SP, as ações
solidárias começaram de pronto. “A receptividade tem
sido muito boa”, ele conta.
Serviço – NATAL SEM FOME – Arrecadação nos
Sindicatos e Regionais da Nova Central – Brasília
(61) 99153.2680. SP (11) 94031.2290.
Mais – Site da NCST.
Fonte: Agência Sindical
15/12/2021 -
Centrais sindicais: Repúdio aos novos ataques de
Bolsonaro à imprensa e à democracia
Confira íntegra da nota das centrais sindicais
Repúdio aos novos ataques de Bolsonaro à imprensa e
à democracia
O caráter autoritário e truculento do governo Jair
Bolsonaro voltou a ficar evidente no último domingo
(12), durante a visita do presidente ao município de
Itamaraju, no interior da Bahia, devastado pelas
enchentes provocadas pelas fortes chuvas dos últimos
dias.
Repórteres e cinegrafistas da TV Aratu/SBT e da TV
Bahia/Rede Globo, que estavam cobrindo a tragédia,
foram agredidos pelos guarda costas de Bolsonaro. As
cenas foram registradas e amplamente divulgadas na
imprensa e nas redes sociais em mais denúncia do
descalabro que o Brasil vive sob este governo. Nos
registros fica evidente que o próprio presidente deu
de ombros para a violência.
Isso é mais do que um traço de sua personalidade. É
uma violação aos direitos constitucionais do acesso
à informação. Valorizar a imprensa livre é um dos
pilares da democracia. Quem perde com a repressão ao
jornalismo é a população brasileira, que ficará à
mercê das fantasias do presidente e sua equipe!
As centrais sindicais se solidarizam com as equipes
de reportagem que foram alvo do bolsonarismo e
repudiam veementemente os novos ataques desse
governo. Sob a liderança de Bolsonaro, o governo é,
por si só, uma ameaça diuturna ao Estado Democrático
de Direito.
São Paulo, 14 de dezembro de 2021
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/12/2021 -
Projeto sobre ‘desaposentadoria’ passa em comissão
do Senado e segue para a Câmara
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado
aprovou, nesta terça-feira (14), projeto de lei que
permite a renúncia à aposentadoria a qualquer tempo
— a chamada “desaposentadoria”. Projeto (PLS 172/14)
deve seguir diretamente para análise na Câmara dos
Deputados, a não ser que seja apresentado recurso
solicitando análise no plenário do Senado.
O autor do projeto é o senador Paulo Paim (PT-RS).
A decisão da comissão é terminativa, salvo recurso
em contrário, que determine que o texto seja
examinado pelo plenário. Todavia, diferentemente da
Câmara dos Deputados, no Senado, antes de examinar o
projeto propriamente dito, o plenário vota e aprova
ou não o recurso.
De qualquer maneira, seguindo direto para Casa
revisora (Câmara), ou indo ao plenário do Senado,
por meio de recurso, o texto só deverá ‘caminhar’ na
próxima sessão legislativa, pois Congresso deve
entrar em recesso nesta semana. E os trabalhos só
serão retomados em 2 de fevereiro próximo.
Conteúdo do projeto
O texto torna possível a chamada ‘desaposentadoria’ de
segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) que foram aposentados por idade, tempo de
contribuição ou regime especial.
Pelo projeto, quem aderir à desaposentadoria não
perde o tempo já contado na concessão da
aposentadoria, nem é obrigado a devolver o benefício
recebido à Previdência Social.
O projeto também prevê a possibilidade de
solicitação de nova aposentadoria a qualquer tempo,
levando-se em conta os valores de contribuição
anteriores à aposentadoria original e os posteriores
à desaposentação. Além disso, o texto prevê a
aplicação desse critério de cálculo à pensão devida
aos beneficiários do segurado desaposentado.
Contas da Previdência
O relator da matéria foi o senador Flávio Arns (Podemos-PR).
No que tange às contas públicas, ele pondera que a
aprovação do projeto não leva, necessariamente, à
extensão ou à majoração do benefício anterior.
E argumentou que o tempo adicional de contribuição,
com o reingresso do ‘ex-aposentado’ no mercado de
trabalho, representa na prática fonte de
financiamento proporcional.
“Todos os governos foram contrários à desaposentação,
defendendo que a aposentadoria é irretratável. Mas
não observamos os efeitos atuariais alegados: o
desaposentado deixa de receber o benefício e passa,
exclusivamente, a contribuir para a Previdência,
representando, portanto, um alívio às contas”,
disse.
“E se é verdade que o trabalho durante o período da
desaposentadoria pode representar um aumento no
valor final do benefício, também é real que isso nem
sempre pode ocorrer, dado o tempo da desaposentação
e o valor do salário de contribuição ainda serem,
muitas vezes, baixos”, acrescentou Arns.
Sair da ativa mais cedo, oneração e aumento do
benefício futuro
Segundo o relator, 3 aspectos estimulam a
resistência do governo em relação à chamada ‘desaposentadoria’:
1) interpretação de que a possibilidade da reversão
da aposentadoria incentivaria o trabalhador a sair
da ativa cedo;
2) de que o tempo da aposentadoria já pago
representaria perda aos cofres públicos; e
3) de que o tempo de contribuição gerado pela volta
à ativa poderá levar a aumento do benefício futuro.
Apesar das críticas, Arns destacou que, atualmente,
já se admite que o aposentado volte a trabalhar e
acumule a renda de seu novo emprego com a da
aposentadoria.
Ele ressalta também que no serviço público já existe
a reversão, que permite o retorno do aposentado ao
trabalho e o cancelamento do benefício até então
recebido, sem exigência de devolução de valores.
Fonte: Diap
15/12/2021 -
PF intima Bolsonaro a explicar vazamento de
documentos sigilosos
A apuração foi aberta depois que o presidente
divulgou na rede social, em 4 de agosto, que havia
uma investigação para apurar um suposto ataque ao
sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
em 2018
A Polícia Federal (PF) intimou Bolsonaro a depor no
inquérito que investiga o vazamento de documentos
sigilosos. A apuração foi aberta depois que o
presidente propagou na rede social, em 4 de agosto,
que havia uma investigação para apurar um suposto
ataque ao sistema interno do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) em 2018.
Bolsonaro divulgou cópia do inquérito e distorceu as
informações para alegar suposta fraudes nas eleições
presidenciais. Na época, o tribunal explicou que não
houve qualquer risco às eleições e pediu
investigação sobre o vazamento ao Supremo Tribunal
Federal (STF). No mesmo mês, ministro Alexandre de
Moraes determinou a abertura do inquérito.
“Bolsonaro foi intimado pela PF para prestar
depoimento no inquérito sobre o vazamento de dados
de uma investigação sobre um ataque hacker aos
sistemas do Tribunal Superior Eleitoral em 2018.
Terá que se explicar”, escreveu no Twitter a
ex-deputada Manuela D´Ávila (PCdoB).
O senador Paulo Rocha (PA), líder do PT, diz que na
Presidência da República há um criminoso. O líder do
partido na Câmara, Bohn Gass (RS), afirmou que
Bolsonaro tentou dizer que continha provas da
violação das urnas eletrônicas. “Mentiu! Tanto que,
depois, teve de admitir que não tinha prova nenhuma.
Agora, foi intimado para explicar como teve acesso
ao inquérito sigiloso. É um criminoso!”, disse o
líder.
“Alguém duvida da interferência de Bolsonaro na
Polícia Federal? Dados sigilosos do inquérito que
apura suposto ataque ao sistema do TSE foram
divulgados pelo presidente nas redes sociais. Agora,
Bolsonaro terá que explicar”, afirmou o deputado
Henrique Fontana (PT-RS).
“A PF intimou Bolsonaro para depor sobre o vazamento
de documentos sigilosos no inquérito que investiga
um suposto ataque ao TSE. No desespero de defender o
voto impresso, Bolsonaro divulgou o teor da
investigação em suas redes sociais. O genocida vai
ter que se explicar!!!”, postou a vice-líder do PSOL,
Fernanda Melchionna (RS).
Fonte: Portal Vermelho
15/12/2021 -
Ipec: Lula venceria no primeiro turno com 56% dos
votos válidos
Os dados registrados são desastrosos para Jair
Bolsonaro, em queda livre em todos os cenários
O Ipec – Instituto de Pesquisas e Comunicação –,
empresa formada no ano passado por executivos e
técnicos remanescentes do antigo Ibope, divulgou no
fim da tarde de hoje uma pesquisa de avaliação de
governo e de intenção de voto. Os dados registrados
são desastrosos para Jair Bolsonaro, em queda livre
em todos os cenários, e revelam um crescimento
consistente da intenção de voto dos brasileiros no
ex-presidente Lula (PT).
No 1º cenário do IPEC, se as eleições fossem hoje,
Lula teria 48% dos votos, Bolsonaro 21% Moro, 6%,
Ciro Gomes, 5%, João Doria 2% e André Janones, 2%.
No 2º cenário, com João Doria, o ex-presidente Lula
teria 49%, Bolsonaro 22%, Moro 8%, Ciro 5% e Doria,
3%. Com esses percentuais, 49% e 48%, o petista Luiz
Inácio Lula da Silva venceria em primeiro turno com
o cálculo sendo restrito apenas aos votos válidos –
sistemática usada pelas regras eleitorais
brasileiras. Ele teria, então, 56,3% dos votos, mais
do que Fernando Henrique Cardoso obteve nas duas
eleições em que venceu no 1º turno, em 1994 e 1998.
Nos índices de avaliação de governo Jair Bolsonaro
colhe um desastre absoluto. 55% dos brasileiros
dizem que a gestão dele é “ruim ou péssima”. Apenas
19% a classificam como “ótima ou boa” e 25%
cravam-na como “regular”. Ainda se verifica, segundo
o IPEC, que 68% desaprovam Bolsonaro como presidente
e apenas 27% o aprovam. Além disso, o IPEC revela
que 70% dos brasileiros não confiam em Jair
Bolsonaro como presidente da República e escassos
27% dizem confiar nele.
O levantamento do IPEC foi feito entre 9 e 13 de
dezembro e ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios. A
pesquisa foi face a face. A margem de erro dela é de
dois pontos percentuais e o nível de confiança, de
95%. A partir do dia 2 de janeiro todas as pesquisas
de intenções de voto terão de ser registradas no
Tribunal Superior Eleitoral.
Fonte: Brasil247
15/12/2021 -
CAS aprova projeto que disciplina retorno de
gestantes ao trabalho presencial
Por 11 votos favoráveis e sete contrários, a
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta
terça-feira (14), o projeto que disciplina o retorno
ao trabalho presencial de gestantes, inclusive
empregadas domésticas (PL 2.058/2021). O projeto
altera a lei que garante o afastamento de gestantes,
com remuneração integral, durante a pandemia.
Segundo a proposta, caso o empregador não opte em
manter a trabalhadora em atividade remota, as
grávidas, inclusive as empregadas domésticas,
deverão voltar ao trabalho presencial. Para isso
precisam estar vacinadas contra a covid-19. A
proposta segue para análise do Plenário.
Fonte: Agência Senado
15/12/2021 -
Greve na EBC completa 19 dias sem sinalização de
acordo. TST tenta conciliação
Empresa suspendeu o acordo coletivo. MPT também
deve promover reunião
A greve dos trabalhadores na Empresa Brasil de
Comunicação (EBC) completa 19 dias nesta terça-feira
(14), sem perspectiva de acordo. A paralisação é
pela manutenção do acordo coletivo, que acaba de ser
suspenso, e reajuste salarial, que não ocorre há
dois anos. Jornalistas e radialistas reclamam de
intransigência da EBC na negociação.
Na semana passada, a empresa entrou com pedido de
dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST),
pedindo decretação de abusividade da greve. O
relator, ministro Emmanoel Pereira (futuro
presidente do TST, eleito recentemente), concedeu
liminar à empresa. Ele determinou manutenção de 60%
do efetivo e liberação da circulação de pessoas,
especialmente não grevistas. E ainda que os
funcionários “se abstenham de causar dano ao
patrimônio”.
“Nas negociações com as entidades sindicais, que se
arrastam há mais de um ano, a empresa quer impor um
banco de horas e se recusa a reajustar os salários
pela inflação”, afirma a Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj). “A empresa também não concedeu
a progressão de carreira aos trabalhadores, com a
justificativa de que não pode aumentar os gastos,
enquanto comprou novela bíblica da Record, contratou
novos apresentadores e outros funcionários
comissionados.” Segundo a entidade, já é a maior
greve da história da EBC.
Tentativa de conciliação
Com 1.635 funcionários em agosto (último dado
disponível), a EBC reúne a TV Brasil, a Agência
Brasil, Rádio MEC e Radioagência Nacional. Com sede
em Brasília e trabalhadores em São Paulo e no Rio de
Janeiro, tem 33 afiliadas de TV e 11 de rádio.
No mesmo despacho, de segunda (13), o ministro do
TST dá cinco dias úteis de prazo para que as partes
informem se querem audiência de conciliação. O
Ministério Público do Trabalho (MPT) deve promover
uma reunião ainda nesta semana.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/12/2021 -
Desafios para o sindicalismo a partir de 2022
A hegemonia neoliberal é o movimento
estrutural de incontáveis iniciativas mundiais que
se materializou no contexto histórico de cada país e
nação e que promoveu uma crescente dinâmica
transformadora multidimensional nas cinco últimas
décadas. Mais recentemente a crise econômica de 2008
expos contradições dessa dinâmica e colocou
obstáculos para sua continuidade.
Clemente Ganz Lúcio*
A esquerda somente poderá tirar partido disso se
souber remediar a pane de imaginação que vem
sofrendo.
Se quisermos ultrapassar o neoliberalismo, abrindo
uma perspectiva positiva, temos que desenvolver uma
capacidade coletiva que ponha a imaginação política
para trabalhar a partir das experimentações e das
lutas do presente.
(Pierre Dardot & Christian Laval, “A Nova Razão do
Mundo”)
Para superar a “pane de imaginação” que Dardot e
Laval analisam no ótimo livro citado acima, o
movimento sindical está desafiado a analisar e
debater os graves problemas que vivemos para
subsidiar um trabalho coletivo de criação para a
superação do atual contexto.
Trata-se de imaginar e desenhar a utopia que nos
une, as estratégias para promovê-la, as políticas e
os projetos que a materializam. Esse artigo pretende
contribuir no debate para essa grande construção,
procurando destacar os desafios futuros e indicar
diretrizes de ação no contexto dos próximos dois
anos (2022-2023).
A construção da utopia (aquilo que ainda não é ou
que não existe, mas que podemos construir) abre-se
para as asas da imaginação para formularmos e
implementarmos novos modelos, projetos e políticas.
EIS O ARTIGO NA ÍNTEGRA
Fonte: Diap
14/12/2021 -
Dono vai sortear triplex que Moro dizia ser de Lula
por menos de R$ 20
Apartamento gerou uma condenação contra Lula,
posteriormente anulada pelo STF, que considerou Moro
parcial no julgamento
O “famoso” triplex no Guarujá, apartamento naquela
cidade do litoral paulista que a Lava Jato atribuiu
ao ex-presidente Lula para condená-lo no processo
que o retirou das eleições de 2018, será sorteado
pela internet no dia 30 de março do ano que vem. A
decisão foi tomada pelo empresário Fernando Gontijo,
que arrematou o apartamento via leilão. Segundo o
próprio Gontijo. o sorteio será usado para promover
um site de “prêmios” lançado por ele. Poderão
participar do sorteio as pessoas que assinarem a
plataforma Pancadão, ao custo de 19 reais mensais.
Ao jornal Folha de S.Paulo, o empresário do setor
imobiliário do Distrito Federal, disse que comprou o
triplex “mais famoso do Brasil” por considerá-lo “um
investimento excelente”. Ele garantiu que quem for
sorteado vai ter a propriedade do imóvel sem
desembolsar um centavo a mais além do preço da
assinatura. Gontijo pagou R$ 2,2 milhões pelo
apartamento.
Apesar da falta de evidência, o ex-juiz Sergio Moro
condenou Lula a 8 anos e 10 meses de prisão, seis
meses antes das eleições presidenciais de 2018. No
entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF), que
considerou o ex-juiz parcial no julgamento do
tríplex do Guarujá, anulou a condenação. Na última
quarta-feira (7), o Ministério Público Federal
considerou o caso prescrito e pediu seu
arquivamento.
Fonte: RBA e Brasil de Fato
14/12/2021 -
Estudo do governo propõe fim da multa do FGTS e
liberar trabalho todo domingo
A última reforma trabalhista (Lei 13.467/2017)
completou quatro anos no último dia 11 de novembro
deste ano. O conjunto de mudanças na CLT promovido
pelo governo de Michel Temer suscitou intenso debate
jurídico e muitas questões judicializadas ainda
serão discutidas pelo Supremo Tribunal Federal.
Diante desse cenário, a notícia de que o governo de
Jair Bolsonaro (PL) estuda promover novas alterações
no regramento trabalhista divide opiniões.
No centro do debate está um estudo elaborado pelo
Grupo de Altos Estudos do Trabalho. O Gaet foi
dividido em quatro partes para elaborar propostas
sobre economia e trabalho; Direito do Trabalho e
segurança jurídica; trabalho e previdência e
liberdade sindical.
O eixo dedicado a estudar propostas relacionadas aos
direitos trabalhistas, por exemplo, é liderado por
Ives Gandra Filho, ministro do Tribunal Superior do
Trabalho. O voltado a elaborar mudanças sobre
economia do trabalho é encabeçado pelo economista
Ricardo Paes de Barros.
O resultado do trabalho desses especialistas é um
documento de 262 páginas. O estudo propõe 330
alterações em dispositivos da CLT que vão desde a
inclusão de 110 regras, a alteração de 180 e a
revogação de 40 delas. Um dos pontos mais sensíveis
regula o trabalho via aplicativos de economia
compartilhada. O grupo defende que o artigo 3º da
CLT determine expressamente que essa modalidade de
serviço prestado entre trabalhador e empresas de
tecnologia não constitui vínculo empregatício.
A regulação do trabalho no âmbito da gig economy, ou
economia de "bicos" representa um desafio
regulatório e, no Brasil, é tema de controvérsia
jurisprudencial. A determinação proposta pelo Gaet
visa disciplinar a questão. Segundo os estudiosos,
ainda não existe em nosso ordenamento jurídico
nenhuma norma que verse expressamente sobre o tema.
"É importante ter em mente um aspecto relevante no
cenário onde essa intermediação entre consumidores e
prestadores de serviço for desempenhado apenas por
empresas privadas. Essas empresas tendem a ser
remuneradas por uma parcela do que o cliente paga ao
prestador de serviço. Quanto maior o poder de
mercado das empresas que fazem a intermediação maior
tende a ser essa parcela. Logo, o estímulo a um
ambiente de concorrência entre essas empresas tende
a ser uma ação do governo que protegeria o
trabalhador que presta serviços por conta própria
via intermediação privada", diz trecho do documento.
Outro ponto polêmico é sugestão de alteração do
artigo 67 da CLT para determinar que "não há vedação
ao trabalho em domingos, desde que ao menos uma
folga a cada sete semanas do empregado recaia nesse
dia".
Conforme o regramento atual, para se trabalhar aos
domingos, é preciso estar na estar na lista de
atividades autorizadas pela Secretaria Especial do
Trabalho ou possuir autorização de entidade
sindical, mediante convenção ou acordo coletivo.
Também é necessário que, em atividades comerciais, o
trabalho aos domingos não viole legislações
municipais. Isso, conforme o Gaet, serve como uma
barreira injustificada ao trabalho aos domingos.
"Certo é que em uma sociedade digital em crescente
movimento, cada vez mais, as pessoas esperam que as
empresas atendam suas expectativas de bem-estar,
moldando seus serviços e horários de atendimento às
suas necessidades", diz trecho da justificativa.
FGTS e seguro desemprego
Outra mudança proposta é o fim do pagamento de multa
rescisória para o trabalhador e a criação de um
fundo único composto pelo FGTS e o
seguro-desemprego. Ao invés do seguro ser pago após
a demissão, os recursos passariam a ser depositados
ao longo dos primeiros 30 meses de trabalho do
empregado.
Os trabalhadores que recebem um salário-mínimo
teriam que contribuir com 16% do valor recebido, o
dobro da contribuição exigida dos empregadores para
o FGTS. "Esse subsídio púbico, entretanto, deve ser
focalizado, de tal forma que seu valor deve variar
inversamente com o nível da remuneração recebida
pelo trabalhador. A focalização, novamente, faz com
que os subsídios públicos beneficiem exclusivamente
os trabalhadores em situação mais vulnerável
contribuindo, dessa forma, para a redução na
desigualdade de renda", justificam os especialistas.
Segurança jurídica
Advogados divergem quanto à garantia de segurança
jurídica das normas propostas. O Para o advogado
Cláudio Lima Filho, especialista em Direito
Trabalhista e sócio do escritório Dias, Lima e Cruz
Advocacia, o estudo apresenta pontos importantes
para o empresariado brasileiro.
"A proibição do reconhecimento de vínculo de
prestadores de serviço de aplicativos acaba dando
segurança jurídica aos aplicativos, aumentando o
faturamento e consequentemente a aderência de novos
prestadores desse tipo de serviço", explica o
advogado.
Cláudio ressalta que essa reforma não impede que o
prestador de serviço ajuíze uma ação trabalhista
demonstrando a existência de vínculo empregatício.
"Este ponto do estudo só desestimula o ajuizamento
de ações, mas não impede que elas aconteçam e muito
menos de que elas sejam indeferidas, se os
requisitos trabalhistas foram demonstrados",
completa.
Já o advogado Pedro Maciel, sócio da Advocacia
Maciel, o conjunto de propostas da nova reforma
trabalhista causaria muita revolta nos trabalhadores
ao permitir que a folga aos domingos ocorra apenas
uma vez a cada sete semanas.
"Seria um grande retrocesso da legislação, estaria
se minorando a remuneração dos trabalhadores frente
a um dia que é tido como de descanso. Dessa forma, a
referida medida pode vir a ocasionar uma grande
mudança na própria vida social do trabalhador",
declarou.
Com relação à ausência de vínculo de motorista por
aplicativo, o advogado declara que é uma mudança
muito sensível. "Há diversos tipos de aplicativos
com diversas funções em sua organização. Generalizar
este aplicativo seria tentar acabar com a
insegurança jurídica que é caracterizada pela
incerteza acerca do vínculo empregatício de forma
preguiçosa, sem uma correta análise do caso."
O advogado acredita que uma medida mais acertada
seria criar uma espécie de regulamentação especial
para este tipo de trabalhador, e não só os equiparar
a autônomos, pois eles têm uma característica que
não se enquadra em nenhuma forma de contratação
presente na CLT.
Clique
aqui para ler o estudo na íntegra
Fonte: Consultor Jurídico
14/12/2021 -
Pesquisa ICL: para 51%, Bolsonaro prejudica os
trabalhadores; para 68%, favorece os banqueiros
Levantamento feito presencialmente mostra ainda
que 41% dos brasileiros avaliam o desempenho de
Guedes na Economia como "ruim ou péssimo". Metade o
considera corrupto
O governo Jair Bolsonaro desfavorece os
trabalhadores, dizem 51% dos brasileiros segundo
levantamento do Instituto Conhecimento Liberta (ICL),
dirigido pelo economista Eduardo Moreira, divulgado
nesta segunda-feira (13) por Chico Alves, do UOL.
A pesquisa "Conjuntura Política e corrupção
financeira" ouviu presencialmente 2.685 pessoas,
entre os dias 10 e 26 de novembro. O trabalho foi
coordenado pelo sociólogo Jessé Souza, ex-presidente
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Dos entrevistados, 69% disseram que Bolsonaro
favorece os grandes empresários e 68% avaliam que
beneficia os banqueiros.
Quando questionados sobre pontos negativos da atual
gestão federal, os mais mencionados foram o fracasso
no enfrentamento da pobreza e das desigualdades e o
mau desempenho no combate à pandemia. Ambos foram
lembrados por 44% dos entrevistados.
Sobre os pontos positivos, 43% disseram não haver
nenhum aspecto digno de elogio e 28% citaram o
combate à corrupção.
Reconheceram haver no Brasil uma crise econômica
86%. 90% acreditam que os mais pobres são os
principais prejudicados.
Em relação aos principais pontos negativos
relacionados à economia, 45% citaram o custo de
vida/política de preços, 43% o controle da inflação
e 39% a deficiência na geração de empregos.
O desempenho do ministro da Economia, Paulo Guedes,
é avaliado como ruim ou péssimo por 41% dos
pesquisados, enquanto 23% consideram bom ou ótimo.
O ministro foi ainda considerado corrupto por metade
da amostra, contra 30% que o acham. honesto. 52%
opinam que ele é incompetente, enquanto 31% dizem o
contrário. Para 60% dos entrevistados, a atuação de
Guedes favorece principalmente os mais ricos e os
bancos privados (57%).
Fonte: Brasil247
13/12/2021 -
Efeito Bolsonaro: Para 70% dos brasileiros, economia
está ruim ou péssima, diz CNI
Levantamento da Confederação Nacional da
Indústria aponta, também, que 61% dos entrevistados
sentem medo de perder o emprego
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
aponta que 70% dos brasileiros classificam a
situação econômica do Brasil, em tempo de Jair
Bolsonaro e Paulo Guedes, como ruim ou péssima. O
levantamento foi realizado pelo Instituto FSB.
Do total de entrevistados, 47% entendem que o
cenário econômico do país é péssimo, 23% acham que
está ruim, 21% dizem que está regular, 7% afirmam
estar bom e somente 1% vê como ótimo.
O resultado é reflexo do panorama de inflação,
desemprego, volta da fome, baixo crescimento
previsto para 2022, entre outros fatores.
Em relação à inflação, 73% dos consultados avaliam
que os preços subiram, 15% acreditam que estão
iguais, 8% afirmam que diminuíram e 3% não souberam
dizer. Para 54%, a inflação deve aumentar ainda mais
e 74% afirmam que tiveram de reduzir gastos.
Além disso, 61% dos entrevistados apontaram que
sentem medo de perder o emprego. Para 16%, o receio
é muito grande, para 24%, é grande e para 21%,
médio. O índice dos que não têm medo atinge 21%.
Maioria entende que a economia piorou nos últimos
seis meses
No que se refere aos últimos seis meses, 56% acreditam
que a economia piorou e 22% acham que melhorou. A
perspectiva para os próximos seis meses está
dividida: 34% acreditam que a situação irá melhorar
e 32% entendem que vai piorar ainda mais.
A pesquisa ouviu, presencialmente, 2.016 pessoas,
com idade a partir de 16 anos, em todos os estados,
entre os dias 18 e 23 de novembro. A margem de erro
é de dois pontos percentuais para mais ou para
menos.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: RevistaForum
13/12/2021 -
Bolsonaro faz chacota de Miguel Reale ao falar de
impeachment
Durante sua live semanal, o presidente Jair
Bolsonaro fez chacota da idade do jurista Miguel
Reale Júnior enquanto comentava sobre o seu mais
recente pedido de impeachment. Em sua fala, afirmou
que Reale estava “embalsamado, parecendo o
Tutancâmon”. Bolsonaro também tentou imitar a fala
do professor de direito penal e chamá-lo de
“marionete da esquerda”.
Miguel Reale foi co-autor do 140º pedido de
impeachment protocolado na Câmara dos Deputados
contra Jair Bolsonaro, foi autor do pedido que
derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff e foi
consultor jurídico da CPI da Covid-19. Além de
atacar a idade do jurista, Bolsonaro negou a
seriedade do pedido. “Tudo balela, tudo palhaçada.
Não tem impeachment sem povo na rua, cadê a denúncia
por corrupção?”, vociferou.
Fonte: Congresso em Foco
13/12/2021 -
Alexandre suspende ação sobre fracionamento de
intervalo intrajornada
Por entender que ato do Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região em processo que versa sobre a
validade de norma coletiva de fracionamento de
intervalo intrajornada afrontou decisão do Supremo
no julgamento do Tema 1.046, o ministro Alexandre de
Moraes acolheu reclamação de uma empresa do setor
farmacêutico e suspendeu o processo.
Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes lembrou que
decisão do ministro Gilmar Mendes determinou a
suspensão de todos os processos de pactos coletivos
que limitam ou restringem direito trabalhista não
assegurado constitucionalmente.
"Posteriormente ao decidido no ARE 1.121.633 e a
despeito da determinação de suspensão de todos os
processos que versem sobre essa matéria, a
autoridade reclamada, em inconteste afronta a esta
decisão, denegou pedido de sobrestamento do
processo", escreveu Alexandre na decisão.
Diante disso, o magistrado determinou a suspensão do
andamento do processo na Justiça do Trabalho, já que
a matéria em discussão é alcançada pelo objeto do
paradigma de controle determinado pelo Supremo.
Clique
aqui para ler a decisão
Rcl 50.882
Fonte: Consultor Jurídico
13/12/2021 -
Passaporte da Vacina: Barroso torna documento
obrigatório
A medida do ministro do STF é válida para todos os
viajantes que chegarem do exterior ao Brasil
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso determinou a obrigatoriedade do
passaporte da vacina para todos os viajantes que
vierem do exterior ao Brasil.
A medida de Barroso possui algumas exceções: serão
dispensados de apresentar o passaporte vacinal por
conta de razões médicas e que, comprovadamente,
venham de países que não tenham vacina ou por razão
de questão humanitária.
Em sua decisão, Barroso declarou que há urgência
para o tema por causa do aumento de viagens neste
período do ano.
O ministro também alertou que o Brasil corre o risco
de se tornar um destino turístico antivacina.
Por fim, Barroso afirmou que vai encaminhar a sua
decisão ao plenário da Corte para uma sessão
virtual.
“O ingresso diário de milhares de viajantes no país,
a aproximação das festas de fim de ano, de eventos
pré-carnaval e do próprio carnaval, aptos a atrair
grande quantitativo de turistas, e a ameaça de se
promover um turismo antivacina, dada a imprecisão
das normas que exigem sua comprovação, configuram
inequívoco risco iminente, que autoriza o
deferimento da cautelar”, escreve Barroso na
decisão.
Barroso também destacou as milhares de vidas que já
foram perdidas para a Covid-19. “São mais de 600 mil
vidas perdidas e ainda persistem atitudes
negacionistas”, criticou o ministro.
Por fim, Barroso afirmou que a portaria editada pelo
Ministério da Saúde “apresenta ambiguidades e
imprecisões que podem dar ensejo a interpretações
divergentes, em detrimento dos direitos
constitucionais à vida e à saúde em questão”.
Fonte: RevistaForum
13/12/2021 -
Entenda as mudanças para regras no vale-alimentação
e no vale-refeição
Decreto assinado em novembro flexibilizou uso de
benefícios
Assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em 10 de
novembro, o decreto nº. 10.854/21 agregou e
simplificou algumas instruções trabalhistas, entre
elas o uso de vale-alimentação e refeição.
Segundo o novo instrumento, estabelecimentos que
aceitam receber vale-alimentação não devem fazer
distinção entre as bandeiras das operadoras dos
cartões. A norma diz também que as empresas não
podem firmar parcerias economicamente vantajosas,
como descontos em taxas ou recebimento antecipado de
valores, com as operadoras e bandeiras de cartões.
Uma novidade é a portabilidade de créditos para
empresas que usam o Programa de Alimentação do
Trabalhador (PAT). Na prática, funcionários que
acumularem valores não utilizados em seus cartões
poderão, caso haja mudança na bandeira do cartão,
transferir todo o dinheiro para a nova bandeira sem
pagar taxas.
O prazo de adaptação para as novas regras é de 18
meses. Para empresas que já possuem contratos
vigentes com bandeiras e operadoras de cartão,
haverá a necessidade de alteração dos termos
contratuais, que devem passar a obedecer às novas
exigências.
Na prática, as mudanças permitirão que funcionários
utilizem os créditos tanto do vale-alimentação
quanto do vale-refeição em mais estabelecimentos.
As obrigações para os usuários também permanecem.
Trabalhadores que recebem o benefício não poderão
usá-lo para comprar bebidas alcoólicas nem converter
o saldo por dinheiro em espécie.
Fonte: Agência Brasil
13/12/2021 -
IBGE: inflação para família de renda mais baixa sobe
0,84% em novembro
Índice ficou abaixo dos observados em outubro
deste ano (1,16%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, registrou taxa de 0,84% em
novembro deste ano. O índice ficou abaixo dos
observados em outubro deste ano (1,16%) e novembro
do ano passado (0,95%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o INPC também ficou abaixo da
inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou
alta de preços de 0,95% no mês.
Apesar disso, o INPC acumulado no ano (9,36%) e em
12 meses (10,96%) ficou acima daqueles registrados
pelo IPCA: 9,26% no ano e 10,74% em 12 meses.
Em novembro, segundo o INPC, os produtos
alimentícios tiveram deflação (queda de preços) de
0,03%. Já os não alimentícios tiveram inflação de
1,11%.
Fonte: Agência Brasil
13/12/2021 -
Confiança da indústria volta a subir, após três
meses de queda
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
avançou 0,7 ponto em dezembro de 2021 em relação a
novembro, ao subir de 56 para 56,7.
A alta interrompe uma sequência de três quedas,
quando o Icei recuou 7,2 pontos. Esse índice varia
entre 0 e 100, tendo uma linha de corte em 50
pontos. Dados acima de 50 indicam confiança e abaixo
falta de confiança. Foram entrevistadas 1.471
empresas entre 1º e 7 de dezembro.
O indicador está acima da média histórica de 54,1
pontos.
No entanto, na comparação com dezembro do ano
passado há um recuo. O Icei caiu de 63,1 para 56,7.
“Essa queda releva que a confiança está menos
disseminada e intensa do que no final de 2020”, diz
a CNI.
A percepção para os próximos seis meses está 60,1
pontos, o que, segundo a CNI, mostra que o otimismo
para o próximo semestre está mais forte e
disseminado.
Fonte: Agência Brasil
10/12/2021 -
60% dos brasileiros desaprovam governo Bolsonaro,
diz pesquisa PoderData
A diferença entre a aprovação e a desaprovação
avançou para 29 pontos percentuais, na última rodada
era de 23 pontos
Pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira (9),
aponta que 60% dos brasileiros desaprovam o governo
Bolsonaro, ante 56% da última pesquisa realizada há
15 dias. A diferença entre a aprovação e a
desaprovação avançou para 29 pontos percentuais, na
última rodada era de 23 pontos. Entre analistas,
essa variação é conhecida como “boca de jacaré”, que
abre e fecha de acordo com os acontecimentos.
Na avaliação sobre o desempenho do presidente, a
pesquisa fez recortes por sexo, idade, região e
escolaridade. Eis os destaques:
Sexo – 29% dos homens acham Bolsonaro “ótimo” ou
“bom” ; entre as mulheres, taxa é de 17%;
Idade – 35% dos que têm de 16 a 24 anos considera o
presidente “regular” ;
Região – 64% do Nordeste dizem que Bolsonaro é
“ruim” ou “péssimo”; no Sul, 28% o acham “ótimo” ou
“bom” ;
Escolaridade – 27% dos que cursaram até o ensino
médio considera o presidente “ótimo” ou “bom”.
Essa pesquisa foi realizada no período de 6 a 8 de
dezembro de 2021 pela divisão de estudos
estatísticos do Poder360 . Foram 3.000 denominados
em 489 municípios das 27 unidades da Federação. A
margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para mais
ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo
este texto.
Para chegar a 3.000 identificar que preencham
proporcionalmente (conforme aparecer na sociedade)
os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e
localização geográfica, o PoderData faz dezenas de
números de telefonesmas. Muitas vezes, mais de 100
mil ligações até que sejam encontrados os
entrevistados que representam de forma fiel o
conjunto da população.
Fonte: Poder 360
10/12/2021 -
Ricardo Patah propõe unidade sindical
O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores),
Ricardo Patah, participou quarta ( 8 ) do
encerramento do 9º Congresso Nacional da Força
Sindical. O evento contou também com a participação
da CUT, CTB e Intersindical, além do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante seu discurso, Patah pregou a união entre as
entidades sindicais objetivando a mudança nos rumos
da política brasileira. “Temos que lutar pelo Brasil
que queremos, com justiça social, inclusão,
educação. Precisamos ter a capacidade de união pra
buscarmos o caminho de um País cidadão”, afirmou o
líder ugetista.
Ainda segundo o presidente da UGT, o cenário
político nacional pode ser classificado como um
momento trágico na história. “Para o governo, são
apenas números, mas pra muitos de nós, que perdemos
familiares e amigos, estamos de luto, não são
números. Milhares de pessoas estão desempregadas e
desalentadas, com muita gente passando fome”,
ressaltou.
Mudança – Ricardo Patah lembrou que, durante
os governos do ex-presidente Lula, o líder petista
tirou essas pessoas da extrema miséria. “E esse
governo atual colocou essas pessoas de volta abaixo
da linha da pobreza extrema”, prosseguiu o dirigente
sindical.
Sindicalismo – “A reforma trabalhista de 2017
foi um grave atentado ao movimento sindical e
enfraquecimento das instituições. Agora, o objetivo
é exterminar as entidades sindicais. Esse governo
atual tem o intuito de exterminar o movimento
sindical, mas não existe democracia no mundo que não
tenha no seu pilar um sindicalismo forte”, conclui
Patah.
Força – Além do presidente da UGT, estiveram
presentes os presidentes Sérgio Nobre (CUT) e
Adilson Araújo (CTB), além do secretário-geral Edson
Carneiro Índio (Intersindical). Miguel Torres foi
eleito presidente da Força Sindical com 95,58% dos
votos para a gestão 2021-2025.
Mais – Acesse o site da UGT e da Força
Sindical.
Fonte: Agência Sindical
10/12/2021 -
Produção industrial cai puxada por cinco estados,
diz IBGE
Recuo em São Paulo foi de 3,1%
Cinco estados foram os responsáveis pela queda de
0,6% da produção da indústria nacional na passagem
de setembro para outubro deste ano, entre eles São
Paulo, maior parque industrial do país, com um recuo
de 3,1%. Os outros locais foram Santa Catarina
(-4,7%), Pará (-4,2%), Minas Gerais (-3,9%) e
Espírito Santo (-1%). Os dados foram divulgados
nesta quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A queda nacional não foi maior porque nove dos 15
locais pesquisados tiveram alta na produção no
período, com destaque para Nordeste (5,1%), Mato
Grosso (4,8%) e Ceará (4,1%). Goiás manteve-se
estável.
Na comparação com outubro de 2020, 13 dos 15 locais
pesquisados tiveram recuo, sendo os maiores deles
observados no Pará (-14,2%), Santa Catarina
(-12,5%), São Paulo (-12,3%) e Amazonas (-11,9%).
Rio de Janeiro e Espírito Santo foram os únicos
estados com alta, respectivamente de 6,6% e 6,1%.
Em alta
No acumulado do ano, dez dos 15 locais analisados
tiveram alta, com destaque para Santa Catarina
(13,8%), Minas Gerais (12%) e Paraná (11,2%). Dos
cinco locais em queda, Bahia apresentou a maior
retração: -13,1%.
Altas em dez dos 15 locais também foram registradas
no acumulado de 12 meses, também com destaque para
Santa Catarina (13,9%), Minas Gerais (11,9%) e
Paraná (12%). E a Bahia, mais uma vez, teve a maior
queda (-10,8%), entre os cinco locais com perda na
produção.
Fonte: Agência Brasil
10/12/2021 -
Câmara aprova projeto que anula multa a empresa por
atraso na entrega de guia do FGTS
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto
de Lei 4157/19, do deputado Laercio Oliveira (PP-SE),
que anistia as empresas multadas por atrasarem a
entrega de informações sobre o recolhimento do FTGS
à Receita Federal. A matéria vai à sanção
presidencial.
O relator, deputado Lucas Vergilio (Solidariedade-GO),
deu parecer favorável ao substitutivo do Senado para
o texto aprovado pela Câmara em 2018 (antigo PL
7512/14).
A principal diferença é que os senadores restringem
a anistia de multa e da infração fiscal apenas aos
meses em que a empresa não precisou recolher o FGTS
mas apenas repassar dados ao INSS. Por outro lado,
as situações abrangidas vão até a data de publicação
da futura lei.
O texto da Câmara, aprovado pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) em
caráter conclusivo, previa a anistia para o período
de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2013 e
para todas as situações.
Fonte: Agência Câmara
10/12/2021 -
Grupo de juristas apresenta novo pedido de
impeachment de Jair Bolsonaro
Um grupo de juristas encabeçado por Miguel Reale
Júnior protocolou nesta quarta-feira (8/12) mais um
pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a petição, o chefe do Executivo "deu causa à
proliferação dos males que levaram milhares de
brasileiros à morte e a perigo de morte em vista de
terem contraído o vírus Covid-19". É o 142º pedido
de deposição de Bolsonaro, um recorde na história da
República.
O documento afirma ainda que é do atual mandatário a
responsabilidade "pela imensa dimensão que tomou a
pandemia, que não teria sido dessa grandeza não
fosse a arquitetada política e o comportamento
adotados pelo presidente de República".
Além de Reale Júnior, assinam o pedido, entre
outros, Sylvia Helena de Figueiredo Steiner,
ex-juíza da Corte Penal Internacional; Helena Regina
Lobo da Costa, advogada e professora de Direito
Penal da USP; Floriano de Azevedo Marques, diretor
da mesma instituição; José Rogério Cruz e Tucci,
advogado e também professor na USP; José Carlos
Dias, presidente da Comissão Arns; o criminalista
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira; Walter
Fanganiello Maierovitch, desembargador aposentado do
TJ-SP; e José Eduardo de Oliveira Faria, professor
titular do Departamento de Filosofia do Direito, na
USP.
Compõem essa "arquitetada política" episódios como a
adoção de um projeto de imunidade de rebanho,
contrariando as recomendações científicas; a
conspiração contra medidas sanitárias; o estímulo ao
uso de medicação sem eficácia comprovada; o caos
gerado em Manaus, no fim de 2020; a desassistência
dos povos indígenas; e a demora para a compra de
vacinas.
Valendo-se do relatório final da CPI da Epidemia, o
documento conclui que Bolsonaro desrespeitou o
direito à vida e à saúde de um número indeterminado
de pessoas, o que configura crime de
responsabilidade (artigo 85 da Constituição e artigo
7º, 9, da Lei 1.079/1950, a lei do impeachment).
Além disso, faltou com decoro no exercício do cargo,
o que também é conduta passível de deposição.
Clique
aqui para ler o documento
Fonte: Consultor Jurídico
10/12/2021 -
Senadores vão a Haia entregar relatório final da CPI
da Pandemia ao Tribunal Penal Internacional
A Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH)
aprovou nesta quinta-feira (9) uma missão oficial
aos Países Baixos, em janeiro. O objetivo é
entregar o relatório final da CPI da Pandemia ao
Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. O texto
pede o indiciamento do presidente Bolsonaro por
crimes contra a humanidade, que são julgados pelo
TPI. A data da entrega ainda não está confirmada.
A missão atende a pedido do senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da
comissão parlamentar de inquérito. De acordo com o
senador, a comissão obteve provas sólidas de que as
políticas oficiais do governo para enfrentar a
pandemia foram implementadas com base na constante e
pública negação dos riscos, com desvio e falta de
repasse de fundos, falta de assistência às
comunidades mais vulneráveis e atraso deliberado dos
acordos para compra de vacinas.
“É, portanto, da maior importância que o povo
brasileiro esteja ciente do seguimento dado pela
comissão parlamentar de inquérito à conclusão do seu
relatório, não só o apresentando perante as
instâncias brasileiras competentes, como também ao
Tribunal Penal Internacional, para que tomem
conhecimento e providências sobre a existência de
crimes contra a humanidade cometidos pelo presidente
Jair Messias Bolsonaro", apontou o senador.
A composição da delegação será definida por Humberto
Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos
Humanos.
Fonte: Agência Senado
10/12/2021 -
CNI diz que alta da Selic é excessiva e põe
recuperação econômica em risco
Para a Confederação Nacional da Indústria,
decisão desta quarta-feira (8/12) que levou ao
aumento da taxa básica de juros é equivocada
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a
decisão desta quarta-feira (8/12) que levou a mais
um aumento da taxa básica de juros, a Selic, é
equivocada. Em nota, a organização afirmou que
considera o aumento que levou a taxa para 9,25% um
motivo que inibirá o crescimento econômico do país
no próximo ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu
aumentar a taxa Selic (tarifa básica da economia e
que regula os juros) em 1,5 ponto percentual,
elevando o índice de 7,75% para 9,25% ao ano. A
sétima alta consecutiva eleva o indicador ao maior
patamar em pouco mais de quatro anos – em julho de
2017, a Selic estava em 10,25%.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de
Andrade, os últimos dois trimestres de retração do
Produto Interno Bruto (PIB) deixaram evidente o
quadro adverso da atividade econômica no país, que,
segundo ele, se agravará com o aumento da taxa de
juros e resultará no desestímulo ainda maior do
consumo.
Fonte: Brasil247
10/12/2021 -
Aprovada urgência para proposta que prevê auxílio
aluguel à vítima de violência doméstica vulnerável
A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência
para o Projeto de Lei 4875/20, que permite a
concessão de auxílio aluguel, por até seis meses,
para as vítimas de violência doméstica em situação
de vulnerabilidade social e econômica. Caberá à
Justiça a decisão sobre a concessão do benefício e o
valor. O texto altera a Lei Maria da Penha.
O projeto é da deputada Marina Santos (PL-PI) e
poderá ser votado nas próximas sessões do Plenário.
Fonte: Agência Câmara
09/12/2021 -
Centrais mobilizam contra a fome no Natal
As Centrais Sindicais se uniram aos movimentos
populares e organizações da sociedade civil na luta
contra a fome no Natal. Em Nota emitida nesta
semana, as entidades informam que, de 10 de dezembro
a 6 de janeiro, se integrarão à campanha nacional
“Natal sem Fome: cultivando a solidariedade”,
impulsionada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra.
Segundo o documento, o objetivo desta ação integrada
é arrecadar recursos financeiros e alimentos para
montagem de cestas básicas com produtos da
agricultura familiar, a fim de que sejam doadas às
famílias em situação de insegurança alimentar, além
de apoiar as cozinhas comunitárias e as marmitas
solidárias que atendem desempregados e população de
rua.
“O Brasil, sob o desastroso governo de Jair
Bolsonaro, chega ao final de 2021 em meio à sua mais
grave crise social e econômica, o pior momento da
história recente para a classe trabalhadora”, diz a
Nota das Centrais.
Situação – Hoje, no País, 59,3% da população,
cerca de 125,6 milhões, sofrem algum grau de
insegurança alimentar. Desses, chega a 20 milhões de
brasileiros que têm fome. A causa, dizem as Centrais
Sindicais, é o desemprego recorde, a pandemia da
Covid-19 e a alta geral nos preços dos alimentos.
Fraternidade – “A proximidade das celebrações
de final de ano e o agravamento da crise social
exigem que nossas ações sejam intensificadas. Não
bastasse a fome e o desemprego, vemos
intensificarem-se as ameaças de despejo de famílias
em ocupações no campo e na cidade”, diz a Nota das
Centrais.
“A solidariedade da classe trabalhadora nunca foi
tão necessária e o movimento sindical responderá,
como sempre tem respondido, junto ao povo e pelo
povo”, conclui o documento divulgado pelos
sindicalistas.
LEIA – Clique
aqui e leia a Nota na íntegra.
MAIS – Acesse os sites das Centrais
Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
09/12/2021 -
Em encontro com centrais sindicais, Lula critica
"perversidade" das elites e diz que país precisa de
outro governo
"Quando eu era presidente da República, chegou a
ser a sexta economia do mundo, hoje este país é a
13ª economia do mundo”, disse
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o
que chamou de "perversidade” das elites econômica e
política brasileiras e os retrocessos resultantes do
golpe que tirou a presidente eleita Dilma Rousseff
em 2016 e da política econômica implantada pelo
governo Jair Bolsonaro. Ele participou nesta
quarta-feira (8) da plenária de encerramento do 9º
Congresso da Força Sindical, realizado em São Paulo.
O evento contou com a participação dos presidentes
das principais centrais sindicais do país.
“Este país, quando eu era presidente da República,
chegou a ser a sexta economia do mundo, hoje este
país é a 13ª economia do mundo”, disse Lula.
“Quando era presidente da República, e os
metalúrgicos sobretudo se lembram disso, retomamos
mais de um milhão de postos de trabalho na categoria
no Brasil inteiro. Enquanto os EUA e Europa
desempregaram 100 milhões de pessoas, no mesmo
período, neste país, criamos 20 milhões de pessoas
com carteira profissional assinada”, disse o
petista.
Fonte: Brasil247
09/12/2021 -
Medida Provisória cria benefício extraordinário de
R$ 400 para famílias de baixa renda
Benefício terá caráter provisório e será pago
enquanto não entrar em vigor o Auxílio Brasil e a
PEC dos Precatórios
A Medida Provisória 1076/21, publicada na noite
desta terça-feira (7), institui o Benefício
Extraordinário destinado às famílias beneficiárias
do Programa Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa
Família. O benefício garante o pagamento mínimo de
R$ 400 para todas as famílias a partir deste mês.
Conforme o texto da MP, o Benefício Extraordinário
será calculado a partir da soma dos benefícios
financeiros do Auxílio Brasil, complementando a
quantia necessária para que o valor chegue a R$ 400
por família. Em novembro, o valor médio do Auxílio
Brasil foi de R$ 225.
O Benefício Extraordinário terá caráter provisório e
será pago enquanto não entrar em vigor a medida
provisória que criou o Programa Auxílio Brasil (MP
1061/21) e a PEC dos Precatórios, que vai
disponibilizar os recursos necessários para
viabilizar o novo programa social do governo.
A MP já foi aprovada pela Câmara e pelo Senado e
deve ir agora à sanção presidencial. Já a PEC foi
aprovada definitivamente apenas em parte pelas duas
Casas, que deve ser promulgada nesta quarta.
Tramitação
Em razão da pandemia do novo coronavírus, a medida
provisória deverá ser analisada diretamente pelos
Plenários da Câmara e do Senado.
Fonte: Agência Câmara
09/12/2021 -
Servidores da Cemig estão há nove dias em greve
Trabalhadores da Companhia Energética do Estado de
Minas Gerais (Cemig) entraram no nono dia de
paralisação das atividades. Liderados pelo
Sindieletro-MG, os Servidores são contra a
privatização da empresa e retirada de direitos.
Sindieletro é o Sindicato dos Trabalhadores da
Indústria Energética em Minas.
Neste nono dia de paralisação, os diretores da
entidade visitaram filiais da Cemig na Grande BH e
no interior do Estado. Nota do Sindicato diz:
“Informamos questões jurídicas e debatemos os
próximos passos do movimento”.
Reivindicações – A pauta da categoria tem 34
itens e a Cemig se nega a negociar. Os trabalhadores
reivindicam renovação do Acordo Coletivo de Trabalho
(ACT), com manutenção das conquistas anteriores.
Eles também pedem recomposição salarial de acordo
com a variação do INPC para o período de 1º de
novembro de 2020 a 31 de outubro de 2021. Pedem
aumento real sobre os salários reajustados pelo
INPC, além de reajuste dos itens econômicos.
Denúncia – O Sindicato denuncia que a direção
da empresa atua pela privatização. “A estatal está
sendo desmontada pra ser privatizada. E é alvo de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que aponta
várias irregularidades cometidas pelos gestores
indicados pelo governador”, informa a entidade.
Mais – O Sindicato atualiza o site
diariamente com informações da greve. Clique aqui e
saiba mais na seção “Notícias”.
Fonte: Agência Sindical
09/12/2021 -
Lula venceria eleição presidencial em todos os
cenários de primeiro e segundo turno, segundo
pesquisa Quaest
No cenário com sete pré-candidatos, Lula teria
46% dos votos; Bolsonaro, 23%
A nova pesquisa Genial/Quaest mostra o ex-presidente
Lula liderando com folga a disputa pela Presidência
da República, se aproximando de uma vitória no
primeiro turno. O petista lidera em todos os
cenários, em primeiro e segundo turnos. Já Jair
Bolsonaro permanece em segundo lugar, mas é
derrotado em qualquer cenário de segundo turno.
No cenário com sete pré-candidatos, Lula teria 46%
dos votos; Bolsonaro, 23%; Sergio Moro viria em
terceiro, com 10%; Ciro Gomes, na quarta posição,
com 5%; João Doria (PSDB), com 2%; e Rodrigo Pacheco
(PSD) e Felipe D’Ávila empatados com 1%. O número de
brancos e nulos é de 7% e o de indecisos, 5%.
Nas simulações de segundo turno, Lula vence em todas
as situações: 55% dos votos contra 31% de Bolsonaro;
53% contra 29% de Sergio Moro; 54% contra 21% de
Ciro Gomes; 57% contra 14% de João Doria; e 58%
contra 13% de Rodrigo Pacheco.
O levantamento foi feito presencialmente, com 2.037
entrevistas em 120 municípios nos 26 estados e no
Distrito Federal, entre 2 e 5 de dezembro. O nível
de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro
é de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
(Com informações do Extra).
Fonte: Brasil247
09/12/2021 -
TST anula acordo firmado por sindicato sem anuência
de trabalhadores
A anulação diz respeito a 62 empregados que não
assinaram a concordância.
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho
desconstituiu acordo firmado entre a Nexans Brasil
S.A., de Lorena (SP), e o sindicato da categoria em
relação a 62 empregados que não assinaram declaração
de anuência. Segundo o colegiado, o sindicato não
pode atuar na defesa dos direitos dos trabalhadores
substituídos por ele sem sua autorização expressa,
nem mesmo sob a alegação de que o acordo teria sido
aprovado em assembleia.
Ação coletiva
O caso teve origem com uma ação coletiva ajuizada pelo
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de
Campinas e outros municípios contra a empresa,
requerendo, entre outros, o pagamento do adicional
de periculosidade e do intervalo intrajornada
suprimido. O juízo de primeiro grau julgou a ação
parcialmente procedente.
Ajustes acordados
As partes recorreram e, antes do julgamento do recurso
interposto ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região (Campinas/SP), celebraram um acordo, por meio
do qual a Nexans se comprometia a pagar 70% do valor
bruto do adicional de periculosidade apurado na ação
trabalhista originária, mais 15 minutos, a cada
empregado, pela supressão do intervalo intrajornada.
O acerto, homologado em juízo, envolvia mais de 600
empregados.
Limites
Após o esgotamento das possibilidades de recurso
(trânsito em julgado), o Ministério Público do
Trabalho ajuizou ação rescisória, com o argumento de
que o sindicato teria ultrapassado os limites legais
de sua atuação, adotando conduta que exigiria
autorização expressa de cada substituído. Segundo o
MPT, para a validade da transação, seria
imprescindível a autorização individual de cada
empregado, que contara com a presença de apenas 108
trabalhadores.
Em sua defesa, a empresa e o sindicato sustentaram
que, além da votação em assembleia, cada substituído
teria assinado declaração individual de anuência com
os termos do acordo, à exceção de 62 que não teriam
sido localizados.
A ação rescisória foi julgada improcedente pelo TRT,
levando o MPT a interpor recurso ordinário ao TST.
Renúncia a direitos
O relator, ministro Dezena da Silva, observou que, a
partir da leitura dos termos do acordo, conclui-se
que ele envolve renúncia a direitos dos
trabalhadores pelo sindicato. Em relação ao
adicional de periculosidade, reconhecido em dois
laudos periciais, o ente sindical abriu mão de 30%
da parcela. Quanto ao intervalo intrajornada
reduzido para 15 minutos, o ministro destacou que a
legislação vigente na época impunha o pagamento de
uma hora em caso de redução parcial, além de fixar a
natureza salarial da parcela, tornando devida a sua
repercussão nas demais parcelas.
Quitação ampla
Segundo o relator, embora o pagamento do acordo
estivesse restrito aos trabalhadores catalogados em
planilha anexada ao processo matriz, a quitação
ampla e geral alcançava todos os trabalhadores
ativos e inativos. “Nesse contexto, o sindicato não
poderia dispor do direito material dos substituídos,
cuja titularidade lhes pertence única e
exclusivamente”, explicou.
Autorização
O ministro assinalou, ainda, que o sindicato pode
atuar na defesa dos direitos dos substituídos, mas
não sem sua autorização expressa, nem mesmo sob a
alegação de que o acordo teria sido aprovado em
assembleia sindical. Na sua avaliação, essa
aprovação não estende seus efeitos sobre
trabalhadores que não participaram da votação,
porque o votante é titular apenas do seu direito
material e não tem legitimidade para, com seu voto,
deliberar sobre direitos de terceiros.
Por maioria, a SDI-2 desconstituiu a sentença
homologatória do acordo judicial em relação aos
trabalhadores que não consentiram com ele,
determinando o prosseguimento da reclamação
trabalhista originária. Quanto aos demais, o vício
de consentimento não se caracteriza.
Ficaram vencidos as ministras Delaíde Miranda
Arantes e Maria Helena Mallmann e o ministro Evandro
Valadão, que entendiam que os trabalhadores
eventualmente insatisfeitos com o acordo poderiam
recorrer individualmente à Justiça.
Processo: RO-5049-58.2015.5.15.0000
Fonte: TST
09/12/2021 -
Congresso promulga ‘fatia’ da PEC dos Precatórios
que abre R$ 65 bi no Orçamento 2022
Trecho que entra em vigor viabiliza Auxílio Brasil.
A parte que torna o benefício permanente,
introduzida pelo Senado, ainda será apreciada pela
Câmara. Sessão expôs tensão entre senadores Rodrigo
Pacheco e Simone Tebet
O Congresso Nacional promulgou, no final da tarde
desta quarta-feira (8), a Emenda Constitucional n°
113, a tradução do “fatiamento” da PEC dos
Precatórios (n° 23/21). Os trechos promulgados foram
os aprovados na Câmara dos Deputados não alterados
pelo Senado. Na próxima terça-feira (14) os
deputados devem apreciar e votar as mudanças em
outra PEC que já tramita na casa. O texto que já
entra em vigor garante espaço de R$ 64,882 bilhões
no Orçamento de 2022 para ser utilizado no programa
Auxílio Brasil e em despesas de saúde e previdência.
Entre as inovações aprovadas pelos senadores (que
não fazem parte da emenda promulgada) estão a que
transformou o novo benefício – que substituiu o
Bolsa Família – em permanente. Na versão inicial do
governo, vigoraria até dezembro de 2022, e seria
extinto logo após as eleições. O Senado também
estabeleceu limite para pagamento de precatórios até
2026. Pela proposta aprovada na Câmara, os limites
anuais seriam até 2036. Todos esses pontos serão
objeto de nova votação dos deputados.
Alguns senadores protestaram contra possíveis
prejuízos ao texto acordado e aprovado na semana
passada que garante a vinculação de espaço fiscal de
106 bilhões à seguridade social, para despesas
previdenciárias e com saúde. Antes da promulgação, o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em
reação incomum, bateu boca com a senadora Simone
Tebet (MDB-MS). Ela o acusou de não cumprir acordo
firmado com as lideranças na semana passada.
Tebet x Pacheco
Segundo a emedebista, o acordo descumprido era de que
todos os espaços fiscais da PEC dos Precatórios
seriam vinculados ao pagamento de seguridade social,
salvo R$ 15 bilhões para a vacina contra covid. O
presidente do Senado explicou que Câmara e Senado
concordaram em promulgar o que era consensual devido
à urgência de garantir recursos para o projeto de
lei orçamentária de 2022 e para o Auxílio Brasil.
Tebet afirmou que “nunca” um acordo foi descumprido
dessa maneira.
Foi quando Pacheco – normalmente diplomático e calmo
– se alterou, acusando a senadora de fazer discurso
eleitoreiro. “Vai me desculpar, não sei qual a
intenção de vossa excelência”, disse o presidente do
Senado. “Não descumpri acordo. Há partes comuns
(entre as duas Casas), e isso é quase cartesiano, é
matemático. Eu também defendo a vinculação. Esse
discurso de que nunca viu isso na Casa, vai me
desculpar… Essa discussão de cunho sabe-se lá o quê,
de cunho eleitoral”, continuou.
Disputa por terceira via
Simone Tebet lançou hoje sua pré-candidatura à
presidência da República em evento realizado em
Brasília. A senadora tenta ocupar espaço justamente
entre os candidatos de uma terceira via. Rodrigo
Pacheco também está colocado entre os postulantes
desse espaço para disputar as eleições de 2022.
No final, o presidente da Câmara também se
pronunciou e disse que não leria o discurso “pronto”
que tinha preparado porque “ficou desconectado com o
momento”. Em tom também duro, ele rebateu os termos
“PEC do Calote”, “PEC Paralela” e outros. “A pior
coisa que pode acontecer no Congresso são as
versões”, disse Arthur Lira.
“O que importa é o que esta PEC vai gerar de
segurança jurídica para o excesso de precatórios que
existem no Brasil. Toda dívida tem que ser paga e
reconhecida, mas absolutamente dentro de um limite
de teto de gastos que temos que enfrentar”,
acrescentou. Na semana passada o Senado aprovou a MP
que cria Auxílio Brasil.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/12/2021 -
Brasil perdeu 480 mil postos formais em 2020; 96%
das demissões foram de mulheres
Números da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais) foram ainda mais dramáticos do que os
divulgados pelo Caged
Após revisão dos dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) indicar que o
número de empregos criados em 2020 foi metade do
celebrado pela equipe de Jair Bolsonaro (PL), a
Relação Anual de Informações Sociais (Rais), outra
base do governo, aponta que o Brasil perdeu 480,3
mil trabalhos formais no primeiro ano de pandemia.
Segundo informações do Valor Econômico, 96,4% das
demissões foram de mulheres. Com isso, a proporção
de mulheres no estoque de empregos formais em 2020
(43,6%) foi a menor desde 2014 (43,2%), após ganho
contínuo de espaço na última década.
De acordo com a Rais, foram encerrados, no ano
passado, 254,2 mil postos celetistas, 215,1 mil
estatuários (servidores da administração pública
direta ou indireta, não efetivos etc.) e 11 mil
“outros”.
O número de estabelecimentos sem nenhum empregado, a
chamada “Rais Negativa”, também aumentou de 4,1
milhões para 4,4 milhões entre 2019 e 2020. Houve
também o fechamento de 53,3 mil estabelecimentos no
ano passado.
Apenas o setor da construção registrou criação
(3.795 novos estabelecimentos). Comércio e serviços
foram os que tiveram a maior quantidade de negócios
encerrados (26,6 mil e 20,3 mil estabelecimentos,
respectivamente).
Fonte: RevistaForum
08/12/2021 -
Renda média dos 10% mais ricos do Brasil é 29 vezes
maior que a dos 50% mais pobres, aponta relatório
Relatório “Desigualdade Mundial" aponta, ainda,
que os 10% mais ricos ficam com 59% da renda
nacional, contra 10% dos 50% mais pobres
O Relatório “Desigualdade Mundial”, divulgado nesta
terça-feira (7) pelo laboratório de mesmo nome e que
tem o economista francês Thomas Piketty como um dos
seus coordenadores, aponta que os 10% mais ricos do
Brasil possuem uma renda média 29,25 vezes superior
que os 50% mais pobres da população.
De acordo com o jornal O Globo, o documento destaca
que a renda média anual da população adulta
brasileira é de € 14.000 (cerca de R$ 43.680). Nesta
linha, os 50% mais pobres ganham em média € 2.800
(cerca de $ 8.800) enquanto a parcela mais rica
recebe € 81.900, ou R$ 255.760, no período de doze
meses.
Ainda conforme o levantamento, os 10% dos
brasileiros mais ricos ficam com 59% de toda a renda
nacional, enquanto os 50% da base da pirâmide social
registram apenas 10% deste montante. Nos Estados
Unidos, os 10% mais bem aquinhoadas ficam com 45%,
na China, 42%, 43% na Argentina e 59% no Chile.
“Tivemos um crescimento da renda dos mais pobres
desde 2000 muito por causa dos programas sociais.
Mas, ao mesmo tempo, o financiamento desses
programas não foi feito de uma forma progressiva. O
1% mais rico não foi demandado para financiar esses
programas na extensão de sua riqueza. A classe média
contribuiu muito e o 1% ficou intocável”, diz um dos
autores do relatório e coeditor do laboratório,
Lucas Chancel.
Fonte: Brasil247
08/12/2021 -
Preço da cesta básica de alimentos sobe em nove
cidades
Pesquisa foi feita pelo Dieese em 17 capitais
O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou
em nove cidades brasileiras, de acordo com a
pesquisa de novembro do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores altas foram registradas em cidades do
Norte e do Nordeste, como Recife (8,13%), Salvador
(3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%),
Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju (1,96%).
O estudo levou em consideração os preços em 17
capitais.
A elevação também foi percebida em Florianópolis
(1,40%) e Goiânia (1,33%). As reduções mais
importantes ocorreram em Brasília (-1,88%), Campo
Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).
Cestas mais caras
Segundo a pesquisa, a cesta mais cara foi a de
Florianópolis (R$ 710,53), seguida por São Paulo (R$
692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$
668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60). Apesar da alta
em novembro, as capitais do Norte e Nordeste
obtiveram valores menores: Aracaju (R$ 473,26),
Salvador (R$ 505,94) e João Pessoa (R$ 508,91).
Em relação a novembro de 2020, a cesta básica subiu
em todas as capitais, com maiores percentuais
anotados em Curitiba (16,75%), Florianópolis
(15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém
(13,18%). No acumulado de janeiro a novembro deste
ano, todas as capitais também registraram alta.
Salário mínimo
O Dieese estima que o salário mínimo necessário para
manter uma família no país deveria ser R$ 5.969,17,
o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional
vigente: R$ 1.100,00. Em outubro, o valor deveria
ter sido de R$ 5.886,50.
Fonte: Agência Brasil
08/12/2021 -
Ministério Público defende extinção do caso do
triplex da Lava Jato contra Lula
O MPF cita a decisão do Supremo Tribunal Federal
que anulou as condenações do ex-presidente Lula e
transferiu o caso para Brasília
O Ministério Público Federal reconheceu a prescrição
do processo contra o ex-presidente Lula referente ao
triplex do Guarujá, citando a decisão do Supremo
Tribunal Federal que anulou as condenações dele e
transferiu o caso para Brasília. O MPF defende o
arquivamento do processo.
Segundo o MPF, “inexiste pressuposto processual para
o oferecimento ou ratificação da denúncia”.
“Analisando as penas, tem-se que Luiz Inácio Lula da
Silva teve a pena reformada pelo STJ, tornando-a
definitiva pelo crime de lavagem de dinheiro em 3
anos e 4 meses de reclusão e pelo crime de corrupção
passiva em 5 anos, 6 meses e 20 dias. Aplica-se, no
caso, o prazo prescricional previsto o art. 109,
incisos II e III, do Código Penal, reduzidos pela
metade, restando prescrita a pretensão punitiva
estatal.”
“Desse modo, inexiste pressuposto processual para o
oferecimento ou ratificação da denúncia quanto aos
fatos imputados a (…) Luiz Inácio Lula da Silva”,
completou.
Fonte: Brasil247
08/12/2021 -
Centrais aprovam Conclat pra 2022
Representantes das Centrais Sindicais se reuniram
nesta segunda (6), na sede da CUT, em SP. Em pauta,
a discussão de realização da Conferência Nacional da
Classe Trabalhadora (Conclat), em abril de 2022. Os
sindicalistas aprovaram a realização do evento e
definiram o lema: “Emprego, Direitos, Democracia e
Vida”.
Ainda não há local definido a ser realizada a nova
Conclat. Porém, há o desejo de que seja feita
novamente no estádio Paulo Machado de Carvalho, o
Pacaembu, em São Paulo. Assim como ocorreu em 2010.
De acordo com Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, a ideia é fortalecer a unidade do
movimento sindical. “Precisamos reforçar a união do
sindicalismo e chegar a 2022 com uma pauta unitária
voltada para o emprego, os direitos, a renda e a
inclusão social”, afirma.
Objetivo – A próxima Conclat servirá para
aprovar a Agenda da Classe Trabalhadora, que também
terá o objetivo de servir como base para o
sindicalismo nas eleições de 2022. O documento
extraído da Conferência será apresentado aos
candidatos à Presidência da República.
A primeira versão deste documento deverá ser lançada
em fevereiro, com propostas ligadas à geração de
emprego, investimentos públicos e direitos da classe
trabalhadora e de toda a sociedade.
Mais – Acesse o site das Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
08/12/2021 -
STF dá 48 horas para o governo Bolsonaro se
manifestar sobre passaporte da vacina
Especialistas alertam que Brasil corre risco de
se transformar em paraíso de turistas antivacina,
que podem disseminar rapidamente a nova variante do
Sars-Cov2 no país
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o
governo Bolsonaro se manifeste a respeito da
exigência do passaporte da vacina e também sobre a
quarentena obrigatória para a entrada de viajantes
ao Brasil. A determinação abrange os ministérios da
Casa Civil, Justiça, Saúde e Infraestrutura.
“Determino a oitiva das autoridades das quais emanou
a Portaria nº 658/2021, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas, tendo em vista a aproximação do
recesso. Transcorrido o prazo, os autos devem
retornar à conclusão, para apreciação das
cautelares”, disse Barroso no despacho.
Especialistas têm alertado que o Brasil corre risco
de se transformar em “paraíso” de turistas
antivacina, que podem disseminar rapidamente a nova
variante do Sars-Cov2 no país.
Inércia
Hoje, o Brasil só exige a apresentação de teste RT-PCR
negativo para autorizar a entrada de viajantes que
chegam ao Brasil por via aérea, além da Declaração
de Saúde do Viajante, que o passageiro assina se
concordar com as medidas sanitárias a serem
cumpridas durante a estadia no Brasil.
Na decisão, em que o ministro responde a pedido da
Rede, Barroso diz que há “inércia” do governo na
questão.
O governo Bolsonaro cancelou reunião com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estava
agendada para esta segunda-feira (6), na qual seriam
discutidos protocolos sobre a entrada de
estrangeiros no país, em decorrência do surgimento
da variante ômicron. O motivo do cancelamento não
foi informado.
A agência defende a adoção do chamado “passaporte da
vacina” ou quarentena obrigatória para os
estrangeiros. Bolsonaro e o próprio ministro da
Saúde – em nome da “liberdade individual” – se dizem
contra a medida.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/12/2021 -
Proposta regulamenta o regime de trabalho híbrido
O Senado pode avaliar o PL 4.098/2021, que
regulamenta o regime híbrido de jornada de trabalho.
No modelo de trabalho híbrido, há alternância de
períodos de prestação de serviço de forma remota (em
casa) ou nas dependências da empresa. O projeto
determina a modalidade de jornada deverá constar
expressamente no contrato de trabalho. Além disso, o
empregador deverá manter um controle de horas
trabalhadas e do tempo de repouso quando o empregado
estiver fora das dependências da empresa.
Apresentada pela senadora Maria Eliza (MDB-RO), a
proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT — Decreto Lei 5,452, de 1º de maio de
1943). Pelo texto, poderá ser efetuada a alteração
de regime híbrido de trabalho para o trabalho de
forma presencial, mas deve haver um consenso entre o
funcionário e o empregador. O trabalhador deve
assinar termo de responsabilidade para
comprometer-se a seguir as instruções
disponibilizadas pelo empregador.
Ainda de acordo com a proposta, caso o funcionário
não tenha os equipamentos nem condições para
trabalhar de forma híbrida, o empregador poderá
fornecer os equipamentos necessários além de pagar
por serviços de internet que possibilite a
realização do trabalho. O pagamento dos custos do
trabalhador não deve se enquadrar em verba de
natureza salarial.
O texto estabelece também que o uso de softwares, de
ferramentas digitais ou de uso de internet fora das
dependências do empregador e da jornada de trabalho
normal do funcionário, não constitui tempo à
disposição do funcionário à empresa.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
07/12/2021 -
Nova proposta de reforma trabalhista desmantela
sindicalismo
No plano da organização sindical, a ideia do
governo é propor liberdade sindical ampla, por meio
de PEC (proposta de emenda à Constituição).
Descartar como obrigatório o uso de conceitos de
categorias e sistema confederativo para conceituação
de sindicatos. E admitir sindicatos por empresa ou
setor produtivo (pode-se manter os conceitos de
categorias e sistema confederativo).
Estudo encomendado pelo governo Jair Bolsonaro para
subsidiar nova reforma trabalhista propõe, entre
outras medidas, trabalho aos domingos e proíbe o
reconhecimento de vínculo de emprego entre
prestadores de serviço e aplicativos.
As sugestões para uma série de mudanças na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) e na
Constituição foram elaboradas por um grupo
instituído pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência. O texto já foi concluído e está sob
avaliação.
São ao menos 330 alterações em dispositivos legais.
Há a inclusão de 110 regras — entre artigos,
parâmetros, incisos e alíneas —, a alteração de 180
e a revogação de 40 delas.
EIS A MATÉRIA
DA FOLHA NA ÍNTEGRA
Fonte: Diap
07/12/2021 -
Centrais repudiam desmonte da CLT
As Centrais Sindicais emitiram Nota nesta segunda
(6) em repúdio à proposta do governo de Jair
Bolsonaro de tentar impor o desmonte da CLT. Segundo
as entidades, a modificação em 330 dispositivos
legais e a inclusão de 110 regras fortalece o
patronal, ao invés de equilibrar as forças nas
negociações. Dentre as mudanças, a principal é a
legalização do locaute, penalizando trabalhadores e
sociedade.
“A alegação é a mesma de sempre. Promover ampla
liberdade e, segundo eles, fortalecer a negociação.
Ampla liberdade aqui, cabe dizer, é o livro
exercício da lei do mais forte, em sua expressão
mais selvagem. Fortalecem os patrões, ao invés de
equilibrar as forças nas negociações”, denunciam as
Centrais.
Os sindicalistas denunciam que o governo trabalhou
por mais de dois anos sem assegurar o diálogo e a
participação dos trabalhadores por meio de suas
entidades sindicais. Agora, essas mudanças na CLT
serão prejudiciais à classe trabalhadora.
“Ao invés de modernizar, estão restabelecendo a
mentalidade da República Velha, a perversa lógica
escravista e o predomínio da força ao invés do
entendimento nas relações de trabalho”, criticam os
sindicalistas.
As Centrais ressaltam que essa nova proposta de
desmonte da CLT visa dar amplos poderes ao capital e
minar ainda mais as instituições, como as entidades
sindicais e a Justiça do Trabalho. “Que funcionam
como freios e contrapesos para que o sistema
econômico seja mais justo”, ressalta o documento.
Mais – Leia a Nota na íntegra abaixo.
Repudiamos a nova proposta indecente do
governo
Na contramão de países engajados no crescimento,
como EUA, Alemanha e China, o governo brasileiro
insiste em tirar direitos da classe trabalhadora
deixando o povo cada vez mais pobre e com menos
recursos.
O novo relatório do Grupo de Altos Estudos do
Trabalho – GAET, complementando o desmonte da CLT
iniciado em 2017, propõe a modificação de “ao menos
330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de
110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e
alíneas—, a alteração de 180 e a revogação de 40
delas”, conforme noticiou o jornal Folha de SP.
Entre as medidas estão a desregulamentação do
trabalho aos domingos, deixando a gerencia do
serviço à bel prazer do patrão, a descarada
proibição do reconhecimento de vínculo empregatício
entre prestadores de serviço e aplicativos e a
legalização do locaute, institucionalizando o lobby
empresarial, penalizando de forma nefasta os
trabalhadores e a sociedade.
A alegação é a mesma de sempre: “promover ampla
liberdade” e, segundo eles, “fortalecer a
negociação”. Ampla liberdade aqui cabe dizer o livre
exercício da “lei do mais forte” em sua expressão
mais selvagem. Fortalecem os que já são fortes, os
patrões, ao invés de equilibrar as forças nas
negociações.
Trabalharam mais de dois anos sem assegurar o
diálogo social e a participação dos trabalhadores
por meio de seus sindicatos, federações,
confederações e centrais sindicais. Agora, propõem
mudanças imensas na legislação trabalhista, de novo
em prejuízo da classe trabalhadora. Ao invés de
modernizar estão restabelecendo a mentalidade da
República Velha, a perversa lógica escravista, e o
predomínio da força ao invés do entendimento nas
relações de trabalho.
Uma mentalidade contrária aos ajustes sociais que
visam minimizar as desigualdades. O mundo, após
pagar um alto preço pela fase de extravagâncias
neoliberais, caminha para retomar uma maior
regulação do trabalho. Isso porque, ao contrário dos
que defendem o indefensável: a desregulamentação e o
salve-se quem puder, as leis e os direitos
trabalhistas garantem maior segurança tanto ao
empregado quanto ao empregador.
No fim de novembro foi noticiado que “Greves e
pedidos de demissão em massa: o movimento que pode
resultar em ‘CLT’ nos EUA”. Em maio de 2021,
motoristas de Uber foram reconhecidos pela Suprema
Corte do Reino Unido como trabalhadores legalizados.
Na Alemanha, o novo primeiro ministro, Olaf Scholz,
tomou a decisão de aumentar o salário mínimo para
aumentar o consumo e diminuir o desemprego. No
Brasil o TRT-4 reconheceu ,em setembro, o vínculo
entre motorista e a empresa Uber. São exemplos que
mostram que há uma tendência à regulamentação e que
a precarização causa problemas sociais.
Mas a intenção do governo, ao que parece, é aumentar
o exército industrial de reserva , que é aumentar o
desemprego, que no Brasil sempre foi grande, para
daí normatizar a exploração e a precarização. É
criar dificuldade para vender facilidade. Neste
caso, criar miséria absoluta para vender pobreza. A
nova proposta de desmonte da CLT visa dar amplos
poderes ao capital e minar ainda mais instituições
como as entidades sindicais e a Justiça do Trabalho,
que funcionam como freios e contrapesos para que o
sistema econômico seja mais justo.
Reiteramos que o desenvolvimento e a geração de
empregos e renda vêm de investimentos no setor
produtivo e do consumo garantido por segurança,
direitos, salários valorizados e programas sociais.
Não aceitaremos imposições arbitrárias.
Estamos vigilantes. A luta é de toda a Classe
Trabalhadora!
São Paulo, 6 de dezembro de 2021
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Auersvald, vice-presidente da CST (Central
Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Agência Sindical
07/12/2021 -
Governo
quer legalizar locaute
O governo de Jair Bolsonaro segue atacando direitos
da classe trabalhadora, precarizando as relações de
trabalho e permitindo que o setor empresarial atue
livremente a fim de precarizar e prejudicar
empregados e entidades sindicais. Agora, uma
proposta de reforma sindical quer legalizar o
locaute, além de limitar o poder da Justiça do
Trabalho.
Segundo o texto formulado, a ideia é de modificar a
negociação entre empresários e funcionários, além de
autorizar o sindicato por empresa. Para
sindicalistas, essas mudanças podem esvaziar as
entidades.
Hoje, o locaute é proibido por lei. Esse tipo de
greve do setor patronal poderá ser permitido. A
Justiça do Trabalho também teria sua atuação
modificada. Hoje, os Tribunais do Trabalho colocam
fim a conflitos, define direitos, permite o reajuste
salarial, gratificações. Com a mudança, seria
permitido apenas declarar se as greves de
trabalhadores ou locautes seriam abusivos.
Segundo o presidente da Força Sindical, Miguel
Torres, a greve do setor patronal poderá ser usada
como uma espécie de instrumento de pressão sobre os
trabalhadores. “Vai institucionalizar o lobby pra
reajuste de contratos”, alerta Miguel.
As sugestões de mudanças foram produzidas pelo Gaet
(Grupo de Altos Estudos do Trabalho) e enviadas ao
Ministério do Trabalho e da Previdência, a pedido da
Pasta, a fim de que seja formalizada uma reforma
trabalhista.
Para Ricardo Patah, presidente da UGT, o locaute
terá como efeito a satisfação do interesse
empresarial. “Não advém do interesse do trabalhador,
mas de pressão política muito forte”, explica o
dirigente.
Mais – Clique
aqui e acesse matéria completa do jornal Folha
de S. Paulo.
Fonte: Agência Sindical
07/12/2021 -
Otimismo de Paulo Guedes sobre economia reforça
‘mundo encantado’ dos mais ricos
Dieese afirma que enquanto ministro diz que
“economia irá crescer”, PIB coloca país em retração
O otimismo do ministro Paulo Guedes sobre a economia
do Brasil, diante do aumento da fome e a diminuição
da renda do brasileiro, mostra que o integrante do
governo Bolsonaro só olha na perspectiva dos mais
ricos, criando um “mundo encantado” próprio. A
avaliação crítica é do diretor técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior.
Segundo Guedes, ao citar a arrecadação de impostos
federais, a economia “está decolando” e o Brasil irá
“crescer ainda mais”. Enquanto o ministro projeta um
país em crescimento, a economia nacional segue em
retração, após divulgação do último Produto Interno
Bruto (PIB).
O diretor do Dieese afirma que o PIB, ao apontar o
encolhimento da economia, reflete em algo sentido
pela população há bastante tempo. “A economia está
longe de ser pujante, como o ministro tenta mostrar.
Estamos com uma queda em relação aos meses
anteriores, vivendo uma recessão técnica”, afirmou
Fausto, em entrevista ao jornalista Glauco Faria, da
Rádio Brasil Atual.
“É um período econômico aquém da necessidade do
Brasil. A falta de crescimento econômico vem
impactando a vidas das famílias. O desemprego está
alto e a capacidade de compra está cada vez menor.
Por isso, o Brasil voltou a ver a fome assolando
casas e a insegurança alimentar atingir metade do
país. No mundo encantado do Paulo Guedes, onde só se
olha para os mais ricos, está tudo bem”,
acrescentou.
Menos direitos, menos dinheiro
Sem uma renda que ajude a pagar todas as contas de
casa, o brasileiro pode ser numa situação ainda
pior, em breve. Um estudo encomendado pelo governo
busca subsidiar nova reforma trabalhista, que
propõe, entre outras medidas, trabalho aos domingos
e proibir o reconhecimento de vínculo de emprego
entre prestadores de serviço de aplicativos.
Na avaliação de Fausto, novamente o governo federal
coloca as fichas na ideia do trabalhador escolher
entre trabalho e direitos. Para ele, a questão dos
aplicativos precisa ser olhada com cuidado. “Querem
tirar da discussão trabalhista, colocando os
trabalhadores como ‘empreendedores’. Há controle de
jornada, controle de remuneração. Isso tudo define o
vínculo empregatício”, alertou.
“Para piorar, esse relatório fala sobre diminuição
da Justiça do Trabalho e alteração na legislação
sindical. Novamente, vemos uma redução da proteção
do trabalhador, limitando a fiscalização, longe de
ser uma proposta para lidar com os desempregados e
informais. O governo está tirando direitos e
colocando o capital como referência de tudo.”
Fonte: Rede Brasil Atual
07/12/2021 -
Comissão de Assuntos Sociais debate desaposentadoria
na quarta-feira
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) promove
audiência pública na quarta-feira (8), às 10h30,
sobre desaposentadoria. A medida permite que o
trabalhador possa renunciar a uma aposentadoria já
concedida para voltar a trabalhar, sem a necessidade
de devolução dos valores recebidos do benefício
anterior.
O tema está previsto no Projeto de Lei do Senado (PLS)
172/2014, do senador Paulo Paim (PT-RS). De acordo
com o texto, as aposentadorias por tempo de
contribuição, especial e por idade podem ser
renunciadas a qualquer momento. A matéria assegura a
contagem do tempo de contribuição que serviu de base
para a concessão do benefício originário. O relator
da matéria é o senador Flávio Arns (Podemos-PR).
A audiência pública foi sugerida pelos senadores
Paulo Paim e Eduardo Gomes (MDB-TO). O debate deve
contar com representantes do Ministério do Trabalho
e Previdência, do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), da Comissão de Seguridade Social da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do
Sul, da Associação Confederativa Brasileira da
Advocacia e da Sociedade Brasileira de Previdência
Social.
Fonte: Agência Senado
07/12/2021 -
Indicador do mercado de trabalho atinge menor nível
desde abril
Recuo foi de 4,1 pontos de outubro para novembro
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 4,1
pontos de outubro para novembro. Assim, ele atingiu
83 pontos, o menor patamar desde abril deste ano
(78,9 pontos).
O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de
trabalho no país nos próximos meses, com base em
entrevistas com consumidores e com empresários da
indústria e dos serviços.
Em novembro, os sete componentes do Iaemp tiveram
queda, com destaque para a situação atual dos
negócios no setor de serviços e o emprego previsto
na indústria.
Fonte: Agência Brasil
06/12/2021 -
A saga trabalhista e sindical vai continuar? Opinião
de Clemente Ganz Lucio
Publicado em Poder360
São inúmeras as iniciativas que empregadores e
prepostos, Justiça e governo realizam para
implementar e consolidar as transformações que a
Reforma Trabalhista viabilizou desde a sua aprovação
em 2017. Encantados com os resultados já observados
daquela “modernização normativa”, vislumbram
oportunidades e sonham com a sua continuidade. A
fantasia deles é pesadelo para os trabalhadores,
nessa disputa que expressa, na dimensão normativa, o
conflito distributivo do produto econômico do
trabalho de todos.
Agora, mais um lance nesse jogo social. Acaba de ser
apresentado no Conselho Nacional do Trabalho, órgão
tripartite vinculado ao Ministério do Trabalho e
Previdência, o relatório do Grupo de Altos Estudos
do Trabalho – GAET, criado pela Portaria 1001 de
04/09/19 e coordenado pelo ministro do Tribunal
Superior do Trabalho, Ives Gandra, que já atuou com
o então Deputado Rogério Marinho, na elaboração da
reforma trabalhista contida na Lei 13.467/2017. A
composição dos grupos expressa intencional exclusão
de profissionais e intelectuais que atuam a partir
do campo dos trabalhadores.
O relatório disponibilizado na íntegra no site do
Ministério do Trabalho e Previdência[1] está
estruturado em quatro partes correspondentes aos
subgrupos que responderam a escopos temáticos
pré-definidos pela Portaria.
Os distintos relatórios contêm diagnósticos, indicam
diretrizes para a solução do problema identificado,
aportam referências da literatura ou da legislação,
nacional e internacional, bem como, e
principalmente, apontam medidas, propostas e
projetos a serem adotados, muitos já no formato de
projeto de lei ou de emenda constitucional.
O Grupo Economia e Trabalho tratou da eficiência do
mercado de trabalho e das políticas públicas para os
trabalhadores; informalidade; rotatividade; futuro
do trabalho e novas tecnologias. A abordagem declara
o direito ao trabalho e à remuneração adequados para
todos, em particular aos mais pobres, e exige
crescimento econômico assentado no aumento da
produtividade do trabalho. Consideram que as
políticas públicas do trabalho devem ser instrumento
para distribuir o incremento da produtividade.
Indicam que no Brasil as políticas do mundo do
trabalho não atingem o objetivo distributivo, e
mais, criam desvios e disfuncionalidades.
As propostas do Grupo vão na linha de garantia de
renda ao trabalhador diante do desemprego ou
desocupação. Para isso propõe um rearranjo
estrutural do FGTS, Seguro Desemprego, Abono
Salarial, Programas de Transferência de Renda e
Assistência, entre outros programas, criando
mecanismo para a manutenção da renda do trabalho.
As políticas de emprego deveriam conter,
prioritariamente, programa de certificação de
competências que orientasse a política de formação
profissional, bem como indicam a reestruturação do
sistema de intermediação de mão-de-obra.
Trataram das questões que relacionam tecnologia e
trabalho. Consideram que nessa dinâmica de
transformações a tendência é de aumento do
trabalhador por conta própria. Propõe medidas para a
contratação e geração de postos de trabalho para os
salários mais baixos (até 1,5 salários mínimos).
O Grupo de Trabalho denominado Direito do Trabalho e
Segurança Jurídica abordou a simplificação e
desburocratização de normas legais, a segurança
jurídica e a redução da judicialização. Seu objetivo
é o de aperfeiçoar e criar regras para fazer um
ajuste fino da Reforma Trabalhista de 2017.
As propostas partem de uma concepção de pluralismo
sindical por empresa e indicam os conteúdos da
“Carteira Verde e Amarela e do emprego legal” de
forma ampla e extensa. O trabalho apresenta projetos
que alteram mais de uma centena de artigos da CLT ou
de leis complementares. Esse capítulo, que ocupa
quase metade do relatório, também indica 15
prioridades para iniciativas governamentais como o
teletrabalho, o trabalho por plataformas, as
proteções jurídicas dos empregadores frente às
mazelas da covid e frente às execuções judiciais.
Trata-se de um projeto articulado para completar a
reforma trabalhista na linha da flexibilidade
laboral, segurança jurídica ao empregador e a
legalização do trabalho precário, muitas das
propostas já contidas em Medidas Provisórias
editadas e derrotadas.
O Grupo Trabalho e Previdência respondeu às questões
relacionadas a insalubridade e periculosidade; as
regras de notificação de acidentes de trabalho; o
nexo técnico epidemiológico; os efeitos
previdenciários de decisões da Justiça do Trabalho;
os direitos do trabalhador decorrentes de benefícios
previdenciários.
O Grupo enveredou por proposições para tratar do
direito de defesa das empresas nos processos
administrativos e judiciais previdenciários; abordou
os conflitos de competência e decisão entre os
juízes do trabalho, juízes federais e juízes
estaduais (competência acidentária e delegada); as
falhas e dificuldades na operação do nexo técnico
epidemiológico previdenciário; as falhas na
estrutura das comunicações dos acidentes do
trabalho; a insegurança jurídica na tributação
(contribuição previdenciária) de verbas
trabalhistas; e os efeitos da concessão de
benefícios previdenciários nas relações de trabalho.
O último Grupo, Liberdade Sindical, enfocou o
sistema de negociação coletiva e o sistema sindical.
A abordagem faz uma revisão de literatura
selecionada, com comparativo internacional. A
presença de especialistas da área das relações de
trabalho do lado patronal e com larga experiência
profissional expressou-se em uma proposta que
investe no sistema de negociação coletiva para
tratar dos conflitos laborais. Apresentam ao final
uma proposição que organiza um novo sistema
sindical, de relações de trabalho e de negociação
coletiva assentado na liberdade sindical e autonomia
das partes interessadas.
Sem maiores spoilers dos conteúdos, a recomendação é
para a leitura atenta dos enredos indicados para as
novas temporadas da saga trabalhista e sindical
iniciada em 2017. Para os sujeitos que são atores no
jogo real, desejo coragem para a leitura.
Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, coordenador do Fórum
das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do
DIEESE. (2clemente@uol.com.br).
[1]
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/noticias-e-conteudo/trabalho/2021/arquivos/nota-de-apresentacao-dos-relatorios-final.pdf
Fonte: Rádio Peão Brasil
06/12/2021 -
Lula tem 42% das intenções de voto contra 19% de
Bolsonaro, diz pesquisa
Instituto realizou o levantamento entre os dias
19 e 22 de novembro; Sergio Moro e Ciro Gomes
empatam com 5%.
Uma pesquisa nacional finalizada nesta semana por um
grande instituto nacional mostra que Lula continua
liderando as pesquisas com folga, segundo informa a
Revista Veja.
Pela pesquisa, Lula tem 42% das intenções de voto,
na pesquisa estimulada, contra 19% de Jair
Bolsonaro. Sergio Moro e Ciro Gomes aparecem na
terceira posição com 5% das intenções de voto.
Apesar de não estar mais no jogo presidencial, José
Luiz Datena é listado no levantamento, feito entre
os dias 19 e 22 de novembro, e tem 4%. João Doria
tem 2%. Já Pacheco e Simone Tebet não pontuam.
Fonte: Coluna Radar/Veja Online
06/12/2021 -
Novo decreto trabalhista é equivocado sobre
fiscalização do trabalho
Por Janaina Ramon
Decreto diz que fiscalização da proteção ao
trabalho compete exclusivamente a auditores fiscais,
mas sindicatos e MPT também têm atuação
constitucional
Segundo o artigo 16 do recém-publicado Decreto nº
10.854, de 10 de novembro de 2021, que busca
regulamentar disposições relativas à legislação
trabalhista, “compete exclusivamente aos
Auditores-Fiscais do Trabalho do Ministério do
Trabalho e Previdência, autoridades trabalhistas no
exercício de suas atribuições legais (…) a
fiscalização do cumprimento das normas de proteção
ao trabalho e de saúde e segurança no trabalho”.
Não à toa destacamos o ‘exclusivamente’, pois
equivocado. A proteção do trabalhador é prevista
constitucionalmente e vários órgãos são legitimados
para acompanhar seu cumprimento, fiscalizando
empregadores e denunciando irregularidades e
ilegalidades cometidas. Dentre esses, podemos
destacar os dois principais, que atuam
conjuntamente, mas de forma independente, com o
Ministério do Trabalho e Emprego: os sindicatos e o
Ministério Público do Trabalho.
Aos sindicatos, segundo o artigo 8º da Constituição
Federal, dentre outras prerrogativas e deveres,
“cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos
ou individuais da categoria, inclusive em questões
judiciais ou administrativas” e, para fazer cumprir
essa obrigação, por certo devem fiscalizar o
cumprimento da legislação e dos acordos e convenções
coletivas de trabalho negociados com a categoria,
junto aos empregadores.
Não é incomum, inclusive, a divulgação nos sites dos
sindicatos de fiscalizações que realizaram e levaram
à adoção de medidas judiciais, denúncias e
celebração de novos acordos para ver cessar medidas
errôneas adotadas pelos empregadores. Assim, não há
dúvidas que os sindicatos, exatamente por
representarem a categoria num todo e não apenas os
sindicalizados, têm a prerrogativa de assim atuar.
De igual modo, é sabido que um dos principais órgãos
existentes no país de proteção e acompanhamento dos
trabalhadores é o Ministério Público do Trabalho.
Como órgão independente e desvinculado dos
principais poderes (Legislativo, Executivo e
Judiciário), sua atribuição é “fiscalizar o
cumprimento da legislação trabalhista quando houver
interesse público, procurando regularizar e mediar
as relações entre empregados e empregadores”,
inclusive para apurar quando são “desrespeitados
direitos sociais constitucionalmente garantidos aos
trabalhadores” (informações destacadas são do
próprio MPT).
Assim, atribuir exclusividade ao Ministério do
Trabalho e Emprego, mediante decreto, de fiscalizar
as atividades dos empregadores para fins de
cumprimento da legislação trabalhista, não só é
equivocada, para se dizer o mínimo, como pode ser
questionada por inconstitucionalidade, caso seu
cumprimento seja exigido com o rigor do texto
atualmente em vigor. Auditores fiscais não podem
barrar outros representantes dos órgãos mencionados
de realizar as respectivas fiscalizações que
entenderem pertinentes ou decorrentes de denúncias,
ou mesmo considerarem irregulares os procedimentos
adotados, com base nesses termos do Decreto.
Portanto, para proteger a parte mais fraca da
relação trabalhista, ou seja, o trabalhador, não
cabe exclusividade de proceder, e sim parcerias e
independência dos órgãos, diante de suas
especificidades e interesses.
Janaina Ramon é advogada trabalhista em Crivelli
Advogados
Fonte: Rede Brasil Atual
06/12/2021 -
Desemprego, queda de renda e pobreza, elevam
dependência de programas sociais no Brasil
Sem benefícios, desigualdade e pobreza seriam
ainda maiores. País tem 12 milhões na extrema
pobreza e 51 milhões na pobreza, segundo o IBGE
Com emprego e renda em queda em 2020, a desigualdade
e a pobreza no Brasil só não aumentaram devido aos
programas sociais, que o governo implementou sob
pressão. A queda na renda fez aumentar a dependência
de benefícios. De acordo com a Síntese de
Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta
sexta-feira (3) pelo IBGE, a proporção da população
em situação de extrema pobreza caiu para 5,7% no ano
passado (12,046 milhões de pessoas), mas sem os
programas teria aumentado para 12,9%.
O mesmo teria ocorrido com as pessoas em situação de
pobreza, que poderiam chegar a 32,1% da população.
Ainda assim, representam quase um quarto (24,1%).
São 50,953 milhões de brasileiros nessa situação.
A participação do rendimento do trabalho na renda
total caiu de 74,4%, em 2019, para 72,8%. Já o peso
dos programas sociais saltou de 1,7% para 5,9%. O
levantamento do IBGE já mostra queda drástica da
presença do Bolsa Família, que o atual governo acaba
de extinguir.
Desigualdade
No caso do índice de Gini, que mede a desigualdade,
havia tendência de queda ate 2015. Naquele ano, o
indicador estava em 0,540 (quanto mais próximo de 0,
menor a desigualdade), sem considera os programas
sociais. Passou a subir em 2016 (ano do
impeachment), estacionou em 2019 e subiu no ano
passado, quando chegou a 0,573.
Incluídos benefícios de programas sociais, o índice
de Gini vai a 0,524 em 2015, repetindo esse
comportamento. Em 2020, voltou ao mesmo nível.
No caso da extrema pobreza, o melhor resultado dos
10 últimos anos também foi em 2014 (antes do
impeachment): 4,7% da população com e 7,3% sem
benefícios sociais. O mesmo acontece em relação à
pobreza, que naquele ano somava 23,8% e 26,2%,
respectivamente.
Metade fora do mercado
De acordo com o IBGE, a queda no emprego repercutiu
também na da renda. O rendimento médio domiciliar
per capita caiu 4,3% de 2019 a 2020, para R$ 1.349.
Sem os programas sociais, recuaria 6%, para R$
1.269. “O décimo da população com a menor
remuneração teria perdido 75% de seus rendimentos.”
Com a pandemia, o nível de ocupação caiu para 51%, o
menor nível da série. Isso significa que quase
metade da população em idade de trabalhar estava
fora da força de trabalho. A taxa média de
desemprego foi de 13,8% em 2020, quase o dobro do
registrado em 2014 (7%). Até pela queda na ocupação,
a informalidade caiu para 38,8% dos ocupados – mas o
dado mais recente, divulgado nesta semana, já mostra
alta (40,6%).
O total de ocupados no país, na média, foi de 86,873
milhões em 2020. Houve queda de 8,7% na comparação
com o ano anterior (94,956 milhões). Em serviços de
alojamento e alimentação (que inclui bares e
restaurantes, por exemplo), essa queda foi de 21,9%.
Em serviços domésticos, de 19,6%. A ocupação caiu 7%
na agropecuária, 8,5% na indústria e 10,1% na
construção civil.
Brancos ganham até 73% mais
A SIS mostra enorme diferença na remuneração. A
população ocupada branca teve rendimento médio de R$
3.056, 73,3% maior que a de pretos e pardos
(classificação do IBGE): R$ 1.764. No recorte por
gênero, homens (R$ 2.608) ganhavam, em media, 28,1%
a mais que as mulheres (R$ 2.037). “Com a pandemia,
18,6% dos trabalhadores foram afastados do trabalho.
Esse afastamento foi maior entre as mulheres (23,5%)
do que entre os homens (15,0%)”, informa o
instituto.
Considerando o rendimento médio por hora, a
diferença é de 69,5% entre brancos (R$ 18,40) e
pretos/pardos (R$ 10,9). Entre trabalhadores com
ensino superior completo, fica em 44,2% – R$ 33,8 e
R$ 23,4, respectivamente.
Home office
O trabalho remoto (home office) envolvia 8,7% dos
ocupados em novembro de 2020. Permaneceu acima de
10% de maio até agosto. Entre as mulheres, chegou a
12% em novembro e a 14% em agosto. No caso dos
homens, de 6,3% (novembro) a 8,4% (maio).
Outro efeito da pandemia foi a alta expressiva do
número de mortes no Brasil. De 2019 para 2020, o
crescimento foi de 15%, para 1,6 milhão de óbitos.
Nos 10 anos anteriores, de 2010 a 2019, a média
anual foi de 1%.
Na questão da moradia, a Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF), do IBGE, aponta 10,3% da população
em domicílios sujeito a inundação. Na região
metropolitana do Rio de Janeiro, esse percentual
sobe para 28,2%. Também no Grande Rio, mais de um
quarto (26,2%) dos trabalhadores demoravam mais de
uma hora para se deslocar de casa ao serviço. Na
região metropolitana de São Paulo, eram 22,8%. Para
26,9% da população branca, a moradia tinha pouco
espaço. Entre pretos e pardos, 38,2%.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/12/2021 -
Produção industrial cai 0,6%, revela pesquisa do
IBGE
Na comparação com outubro de 2020, queda é de
7,8%
A produção industrial nacional recuou 0,6% na
passagem de setembro para outubro deste ano. É a
quinta queda consecutiva do indicador, que acumula
perda de 3,7% no período. Os dados da Pesquisa
Industrial Mensal foram divulgados sexta (3), no Rio
de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Na comparação com outubro de 2020, a queda chegou a
7,8%. Apesar disso, a indústria acumula altas na
produção de 5,7% no ano e no período de 12 meses.
A retração de setembro para outubro foi provocada
por perdas na produção em 19 das 26 atividades
pesquisadas pelo IBGE. Os principais recuos foram
observados nos ramos de indústrias extrativas
(-8,6%) e produtos alimentícios (-4,2%).
Também tiveram perdas relevantes os setores de
máquinas e equipamentos (-4,9%), de máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (-5,6%), de produtos
têxteis (-7,7%), de metalurgia (-1,9%) e de
manutenção, reparação e instalação de máquinas e
equipamentos (-21,6%).
Fonte: Agência Brasil
06/12/2021 -
CDH faz audiência pública sobre boas práticas no
combate à violência contra a mulher
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove na
segunda-feira (6) uma audiência pública sobre boas
práticas no combate à violência contra a mulher. O
debate, marcado para as 10h, foi sugerido pela
senadora Leila Barros (Cidadania-DF).
As boas práticas de enfrentamento ao problema são o
tema deste ano da Campanha Mundial dos 16 Dias de
Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O
início da campanha foi marcado por sessão solene do
Congresso, em 25 de novembro.
Devem participar da audiência os seguintes
convidados:
- Luiza Trajano, presidente do grupo Mulheres do
Brasil;
- Anastasia Divinskaya, representante da ONU
Mulheres;
- Gabriela Moreira de Azevedo Soares,
diretora-executiva do Departamento de Pesquisas
Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça;
- Adriane Reis de Araújo, procuradora do Trabalho e
coordenadora de Promoção da Igualdade de
Oportunidades e Eliminação da Discriminação no
Trabalho;
- Cristiane Britto, secretária de Políticas para
Mulheres;
- Otavio Luiz Rodrigues, presidente da Comissão de
Defesa de Direitos Fundamentais do Conselho Nacional
do Ministério Público;
- Ilana Trombka, diretora-Geral do Senado;
- deputada Tereza Nelma, procuradora da Mulher da
Câmara dos Deputados;
- deputada Celina Leão, coordenadora da Bancada
Feminina da Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
03/12/2021 -
PIB recua 0,1% no 3º trimestre, e Brasil entra em
recessão
É o segundo trimestre seguido de retração. Em
relação ao mesmo período de 2020 país registra
crescimento de 4%
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu
0,1% no terceiro semestre deste ano em relação aos
três meses anteriores, divulgou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
quinta-feira (02).
O recuo é o segundo consecutivo, após a economia ter
retrocedido 0,4% no segundo trimestre, o que
significa que o país entrou em recessão técnica,
pela definição de economistas (dois semestres
seguidos de queda). O resultado do segundo
trimestre, antes estimado em -0,1%, foi revisado
para baixo.
Em comparação com o mesmo período de 2020, no
entanto, a maior economia da América Latina avançou
4% no terceiro trimestre deste ano.
No acumulado de 12 meses até setembro, houve uma
expansão de 3,9% frente aos quatro trimestres
imediatamente anteriores.
A retração no terceiro trimestre foi puxada por um
encolhimento de 8% na atividade agropecuária. A
indústria se manteve estável, enquanto os serviços
cresceram 1,1%, e o consumo das famílias teve leve
alta de 0,9%.
O resultado do PIB é compatível com projeções tanto
do governo quanto de economistas de que, apesar da
estagnação econômica atual, o Brasil encerrará 2021
com um crescimento de cerca de 4,8% após ter sofrido
uma retração histórica de 4,1% em 2020 em
consequência da crise gerada pela pandemia de covid-19.
Após uma recuperação iniciada já no terceiro
trimestre de 2020, quando o PIB avançou 7,8% na
comparação com o período anterior, o ritmo da
economia voltou a diminuir a partir de abril deste
ano. Nos primeiros três meses de 2021, ainda havia
sido registrada uma leve expansão, de 1,3%.
Fonte: Brasil de Fato
03/12/2021 -
Deputado pede suspensão de decreto de minirreforma
trabalhista
O decreto de Bolsonaro prejudica os trabalhadores
em relação ao vale refeição e descontos por faltas.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP)
apresentou projeto (PDL 1074/21) para suspender o
decreto 10.854/21, pelo qual Bolsonaro faz uma
minirreforma trabalhista. Segundo avaliação das
centrais sindicais e do parlamentar, o decreto
prejudica trabalhadores a pretexto de simplificar
regras.
Segundo o parlamentar, o decreto acaba com
incentivos fiscais para as empresas e coloca em
risco o vale refeição e o vale alimentação de
milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Além
disso, altera regras, em prejuízo dos empregados,
sobre descontos por faltas não justificadas e de
aviso prévio.
“Além de ser um duro golpe do governo em quem
trabalha, a norma é flagrantemente ilegal, pois não
se pode alterar leis através de decretos”, diz
Orlando.
Fonte: Portal Vermelho
03/12/2021 -
Eletricitários da Cemig estão de greve
Os eletricitários da Companhia Energética de Minas
Gerais (Cemig) estão em greve desde segunda (29), em
protesto contra a intransigência do governador do
Estado, Romeu Zema (Novo), que se recusa a negociar
as reivindicações da campanha salarial.
Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores da
Indústria Energética em Minas (Sindieletro-MG), os
funcionários da estatal buscam a renovação do Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT). A pauta de
reivindicações geral é composta por 34 itens. Dentre
eles, reajuste salarial de acordo com a inflação
medida pelo INPC, de 1º de novembro de 2020 a 31 de
outubro de 2021, e a manutenção dos direitos já
estabelecidos.
A direção da empresa, porém, se recusa a negociar
qualquer item da pauta enviada pelo Sindieletro. A
Cemig chegou a enviar contraproposta retirando uma
série de direitos e conquistas dos eletricitários.
Em Nota, o Sindicato denuncia que a direção da
empresa atua pela privatização. “A estatal está
sendo desmontada pra ser privatizada. E é alvo de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que aponta
várias irregularidades cometidas pelos gestores
indicados pelo governador”, informa a entidade.
O Sindieletro denuncia também que, enquanto a
política da empresa é de manter a intransigência
para a não renovação do ACT e não conceder reajuste
salarial, a alta cúpula se beneficia de remuneração
milionária, com salários e rendimento variável, além
de contrato para fornecimento de refeições aos
diretores.
Segundo os cálculos realizados pelo Sindicato da
categoria, a refeição diária para cada diretor custa
R$ 350,00. O valor total do contrato é de R$ 1,2
milhão ao ano. No documento emitido pelo Sindieletro,
a entidade apoia a CPI e defende o afastamento do
presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho.
Mais – Acompanhe a greve na Cemig pelo site
do Sindieletro.
Fonte: Agência Sindical
03/12/2021 -
Senado aprova PEC dos Precatórios em dois turnos;
texto volta para a Câmara
Por 61 votos a 10, o plenário do Senado Federal
aprovou a PEC dos Precatórios em segundo turno. A
análise e votação da proposta teve início às 10h
desta quinta-feira. Mais cedo, a proposta foi
aprovada em primeiro turno pelos senadores por 64
votos favoráveis e 13 contra.
Para garantir a aprovação, o líder do governo abriu
mão de alguns pontos da proposta. Entre as
principais alterações no novo parecer está a
vinculação de todo espaço fiscal aberto com o
“subteto” para o pagamento de precatórios ao Auxílio
Brasil e à Seguridade Social.
Com as alterações, o texto deverá voltar para a
análise dos deputados na Câmara, onde os
parlamentares também estudam a possibilidade de
promulgar separadamente apenas os pontos consensuais
entre as duas Casas.
Novo relatório
No início da sessão o líder Fernando Bezerra
apresentou um novo parecer para votar a proposta em
plenário. O texto sofreu alterações para entrar em
acordo com os parlamentares. O novo texto limita o
pagamento de precatórios até 2026 e não mais até
2036, como firmado antes.
O relator justifica que a mudança dará “tempo
suficiente para o Poder Executivo melhor acompanhar
o processo de apuração e formação dos precatórios e
seus riscos fiscais, mas sem criar um passivo de
ainda mais difícil execução orçamentária”.
Outra alteração se dá pelo vínculo de recursos que
serão gerados pelo espaço fiscal para custear o
programa do Auxílio Brasil, substitutivo do Bolsa
Família em 2022. A brecha gira em torno de R$ 106
bilhões e vai custear gastos do governo que são
reajustados pela inflação.
As mudanças foram parte de negociações individuais
liderados por nas últimas 48 horas para conquistar
votos de senadores resistentes à proposta, como os
da bancada do PSDB, PSD, de Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
e Simone Tebet (MDB-MS).
Fonte: Congresso em Foco
03/12/2021 -
CNI: sete em cada 10 indústrias têm dificuldades
para comprar insumo
88% das indústrias dizem que a normalização de
insumos só virá em 2022
As dificuldades de abastecimento de insumos e de
matérias-primas afetaram em média 68% das empresas
das indústrias extrativa e de construção, em outubro
de 2021, de acordo com pesquisa da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta
quinta-feira (2).
O percentual é menor do que o de fevereiro deste
ano, quando 73% das empresas relataram o problema.
“Apesar da ligeira queda, a situação está bastante
complicada e mais da metade das indústrias avalia
que esse desajuste só terá fim a partir de abril de
2022”, informou a CNI.
Segundo a pesquisa, em 18 dos 25 setores da
indústria de transformação consultados, mais de dois
terços das empresas afirmaram que, mesmo em
negociações com o valor acima do habitual, está mais
difícil obter os insumos no mercado doméstico.
Esse problema atinge 90% do setor de calçados; 88%
das indústrias de couro, 85% dos fabricantes de
móveis; 79% da indústria química; 78% do vestuário e
78% das madeireiras, além de 77% das indústrias de
equipamentos de informática e produtos eletrônicos e
76% do setor de bebidas, por exemplo.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
03/12/2021 -
‘Um flanelinha no Leblon ganha R$ 4 mil por mês’,
diz ministro Rogério Marinho
A reportagem da Agência o Globo destaca que
Rogério Marinho disse que o Brasil tem
historicamente um grande número de pessoas
trabalhando na informalidade e que análise deve
levar em conta as diferenças regionais
Ao ser questionado sobre a taxa de trabalho informal
no país, o ministro do Desenvolvimento Regional,
Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira que um
flanelinha no Leblon pode ganhar até R$ 4 mil por
mês.
Em painel no 93º Encontro Nacional da Indústria de
Construção, Marinho estava argumentando que há sim
um grande número de pessoas na informalidade e que a
análise deve levar em conta as diferenças regionais.
“Um flanelinha no Leblon ganha R$ 3 mil, R$4 mil por
mês, o flanelinha, mas alguém que tá em Jucurutu no
interior do meu estado (Rio Grande do Norte)
tangendo animais, ganha R$ 200. É uma realidade
completamente diferente, as pessoas têm que
compreender isso para poder entender o país” disse o
ministro na oportunidade.
Marinho ressaltou que no Brasil sempre houve uma
grande massa de pessoas que trabalha na
informalidade.
“Nós sempre tivemos pelo menos metade da nossa mão
de obra na informalidade, isso não é nenhuma
novidade”, disse.
O ministro se filiou ao PL nesta terça-feira junto
com o presidente Jair Bolsonaro e pretende concorrer
nas eleições do próximo ano.
O IBGE divulgou nesta terça-feira que o desemprego
caiu no terceiro trimestre em relação ao segundo,
mas ainda há 13,5 milhões de pessoas em busca de uma
vaga. Além disso, a remuneração média teve uma queda
histórica.
Outras falas polêmicas
A afirmação de Rogério Marinho se soma a outras falas
polêmicas de integrantes do governo Bolsonaro
durante esses últimos anos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no
início de 2020 que quando o dólar estava valendo
menos empregadas domésticas estavam indo para a
Disney e classificou a época como uma “festa
danada”.
O mesmo ministro também disse, mais de um ano
depois, que Fies bancou universidade “até para filho
de porteiro que zerou o vestibular”.
Em outra ocasião, Guedes classificou servidores
públicos como parasitas. Recentemente, a fala foi
lembrada pelo próprio ministro, que negou ter
xingado funcionários públicos.
Fonte: Agência O Globo
03/12/2021 -
Câmara aprova que direitos de entregadores de
aplicativos serão garantidos durante a pandemia; vai
ao Senado
De autoria do deputado Ivan Valente (PSol-SP),
foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados,
nesta quarta-feira (1º), o PL 1.665/20, trata sobre
os direitos dos entregadores que prestam serviços a
aplicativos de entrega durante o estado de
calamidade pública decorrente da pandemia do
coronavírus (covid-19). O projeto, agora, vai ao
exame do Senado Federal.
O relator do PL (Projeto de Lei) 1.665/20, deputado
Fábio Trad (PSD-MS), afirmou que o texto aprovado em
plenário garante direitos básicos a entregadores de
aplicativos durante a pandemia, mas “sem onerar
sobremaneira as empresas”.
O texto aprovado “limita o esquadro temporal à
pandemia, porque é este o objetivo do projeto de
lei.”
A discussão acerca do estabelecimento de direitos de
caráter permanente para esses trabalhadores se dará
em momento distinto, haja vista o grande número de
proposições sobre o tema em tramitação nesta Casa”,
disse Trad.
Fábio Trad apresentou substitutivo que aproveita
trechos das 11 propostas que tramitam em conjunto
com o PL 1.665/20.
Trabalho essencial
O relator considera os entregadores uma das categorias
profissionais mais atingidas pela pandemia, com o
agravante de que o trabalho é tido como essencial
por causa da necessidade de isolamento da população
para evitar a disseminação do coronavírus.
“A demanda pela entrega de produtos aumentou
exponencialmente, elevando consequentemente o risco
do trabalho”, observou.
Medidas de proteção
O autor do PL 1.665/20, deputado Ivan Valente,
ressaltou que há mais de 1,5 milhão de entregadores
no País. “Na pandemia, eles se tornaram
fundamentais. Estavam nas ruas todos os dias
trabalhando sem vacina”, destacou.
“Esses trabalhadores colocam uma mala nas costas com
comida e não comem o dia todo. Não têm material de
higiene, luvas ou proteção. O projeto tem ganhos,
mas ainda não é suficiente”, lembrou.
Fonte: Agência Senado
02/12/2021 -
Em outra revisão, ‘novo’ Caged agora elimina vagas
em 2020
Primeiro, o governo comemorou 143 mil vagas.
Depois, cortou quase pela metade. Agora, anuncia
redução
Em 28 de janeiro, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, comemorou o fato de o pais ter fechado o
“terrível” ano de 2020 com aumento no emprego
formal. Agora, sob silêncio oficial, o Ministério do
Trabalho e Previdência informa que no ano passado o
país, na verdade, fechou vagas com carteira.
Conforme os dados do “novo” Caged (Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados), foram eliminados
191.502 postos de trabalho formais. O resultado é a
diferença entre 15.810.936 demissões e 15.619.434
admissões em 2020.
No início do ano, Guedes e o governo celebraram um
saldo de 142.690 empregos formais em 2020. Neste
mês, o número, após revisão, já havia caído para
75.883. Agora, os dados mostram que houve redução de
vagas. Entre o número inicial e o atual, uma
diferença superior a 334 mil.
O setor de serviços fechou 310.496 vagas, queda de
1,68% no estoque. Já o comércio eliminou 67.110
(-0,73%). A indústria teve pequeno saldo, de 51.226
(0,69%). Os melhores resultados foram obtidos na
agropecuária (saldo de 36.880, crescimento de 2,36%)
e, principalmente, na construção civil (98 mil e
4,88%).
Também nesta terça-feira (30), o Ministério do
Trabalho e Previdência anunciou saldo de 253.083
vagas no “novo” Caged em outubro, crescimento de
0,62% no estoque (41,2 milhões). Com isso, no
acumulado do ano teriam sido criados 2.645.974
empregos com carteira. Ainda hoje, o IBGE apontou
redução da taxa de desemprego, mas com crescimento
da informalidade e queda acentuada da renda.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/12/2021 -
Poder de compra do rendimento médio real retrocede
quase uma década
Dados da PNAD mostram que inflação também corrói
a massa salarial. “Apesar do desemprego ter caído, a
combinação de salários estagnados com inflação alta
cria as bases para um crescimento tímido ao longo de
2021 e 2022”, analisa André Perfeito.
Embora a população ocupada no país tenha aumentado
no terceiro trimestre enquanto as taxas de
desemprego e de subutilização melhoraram, os dados
da PNAD Contínua, divulgados hoje pelo IBGE, mostram
o rendimento médio real dos brasileiros assim como a
massa salarial corroídos pela inflação.
“Tivemos boas notícias nas primeiras linhas, mas a
abertura dos dados não sustentam o bom humor. A boa
notícia é que a taxa de desemprego caiu mais uma vez
saindo de 14,20% no trimestre anterior para 12,60%
agora. Além disso tivemos aumento na população
ocupada (4%) e queda na taxa de subutilização
composta (-2%). No entanto ao observarmos os
rendimentos e a massa salarial o mal estar se revela
mais uma vez”, diz o economista-chefe da Necton,
André Perfeito, no comentário “Entre o Real e o
Nominal”.
O Rendimento Médio Real Habitual caiu 4% em relação
ao trimestre anterior. “Para se ter uma ideia o
poder de compra do rendimento médio real está no
mesmo patamar de 2012, ou seja, retrocedeu o poder
de compra ao que se consumia há quase uma década
atrás”, afirma o economista no texto, acrescentando
que o que chama mais atenção é o comportamento da
massa salarial.
Segundo explica Perfeito em sua análise, a massa
salarial pode ser entendida em “quanto dinheiro tem
na mesa”, ou seja, o quanto de dinheiro tem em
circulação para fazer a máquina econômica rodar.
“Quando abrimos os dados reais (ajustados pela
inflação) e os dados nominais (os valores correntes)
fica evidente o tamanho da desaceleração”, afirma.
Enquanto a massa nominal subiu 8,83% em relação ao
trimestre encerrado em igual período do ano passado
a massa real teve queda de 0,75%. “A massa real
praticamente não saiu do lugar desde o início da
pandemia e apesar do desemprego ter caído a
combinação de salários estagnados com inflação alta
cria as bases para um crescimento tímido ao longo de
2021 e 2022 (vale notar que em 2021 o PIB deve
avançar 4,8%, mas sobre uma base frágil)”, prevê.
Os dados demonstram que a economia ainda está com o
freio de mão puxado e, portanto, precisa ser contido
o atual ritmo da escalada dos juros pelo Comitê de
Política Monetária (Copom). “Vemos os dados como
ruins e como costumo dizer ‘a boa notícia é que está
ruim’. Uma vez que a atividade está fraca a alta da
Selic (taxa básica de juros da economia) será menor
que o projetado pelo mercado. Mantemos nossa
projeção de 9,25% para a taxa básica este ano e de
11,5% o ano que vem”, conclui o economista.
Fonte: Portal Vermelho
01/12/2021 -
Propostas do Gaet do MTP aprofundam Reforma
Trabalhista
Ministério do Trabalho e Previdência apresentou,
nesta segunda-feira (29), em reunião do CNT
(Conselho Nacional do Trabalho),
estudo elaborado pelo Gaet (Grupo de Altos
Estudos do Trabalho), que tragicamente aprofunda a
Reforma Trabalhista, instituída pela Lei 13.467, de
2017.
O grupo foi instituído pela Portaria SEPRT/ME 1.001,
de 4 de setembro de 2019, cujo objetivo é avaliar o
mercado de trabalho brasileiro sob a ótica, na
concepção do governo, da “modernização das relações
trabalhistas e matérias correlatas” em 4 áreas
temáticas:
1) economia do trabalho; 2) direito do trabalho e
segurança jurídica; 3) trabalho e previdência; e 4)
liberdade sindical.
No relatório, foi observado que “deve-se ressalvar,
que os documentos não contam, necessariamente, com a
concordância, integral ou parcial, deste Ministério
do Trabalho e Previdência ou mesmo do governo
federal”.
No entanto, indica grande possibilidade de o governo
adotar as sugestões feitas no relatório como forma
de dar respostas aos atuais índices que colocam o
Brasil entre os países do mundo com maior taxa de
desemprego e desigualdade social.
O DIAP antecipou em artigos publicados essa
tendência de nova tentativa de dar continuidade à
Reforma Trabalhista pós-pandemia. Este é o mais
recente: “Nova
Agenda Trabalhista pós-pandemia da covid-19”.
Em breve vai ser disponibilizada análise comparativa
das propostas sugeridas pelos grupos temáticos em
relação à legislação atual e o que já se encontra em
tramitação no Congresso Nacional.
Fonte: Diap
01/12/2021 -
Nova agenda trabalhista de Bolsonaro é golpe contra
trabalhador, entende deputado
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) apresentou o PDL
(Projeto de Decreto Legislativo) 1.074/21 para
suspender a novas alterações na legislação
trabalhista pretendida pelo governo Bolsonaro no
Decreto 10.854/21.
O texto do governo federal prejudica os
trabalhadores brasileiros ao acabar, por exemplo,
com incentivos fiscais para empresas, colocando em
xeque benefícios como vale refeição e alimentação.
“A pretexto de simplificar regras, Bolsonaro dá mais
um duro golpe nos trabalhadores brasileiros. O
decreto acaba com incentivos fiscais para as
empresas e coloca em risco o vale refeição e o vale
alimentação de milhões de trabalhadores e
trabalhadoras”, entende Orlando Silva.
“Além disso, altera regras, em prejuízo dos
empregados, sobre descontos por faltas não
justificadas e de aviso prévio. A norma é
flagrantemente ilegal, pois não se pode alterar leis
através de decretos. Vamos lutar e defender os
direitos duramente conquistados”, pontificou o
deputado.
No projeto, o deputado afirma que a minirreforma de
Bolsonaro aprofunda a Reforma Trabalhista iniciada
no governo Temer, em prejuízo dos trabalhadores, por
meio do decreto para “evitar o desgaste e as
incertezas do processo legislativo, passando ao
largo desta Casa do Povo, para perpetrar contra ele
e contra o conjunto dos trabalhadores, mais uma
maldade”.
Fonte: Diap
01/12/2021 -
Trabalhador autônomo e sem carteira ganham espaço.
Desemprego cai, mas renda despenca
Segundo o IBGE, informalidade supera os 40% da
mão de obra. Rendimento médio cai 11% em um ano
A redução da taxa de desemprego, para 12,6% no
trimestre encerrado em setembro, apesar de ser uma
boa notícia, inclui um dado socioeconômico
preocupante: parte dessa melhoria se deve ao avanço
da informalidade no mercado de trabalho. Agora,
segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, o número de
desempregados é estimado em 13,453 milhões. São
menos 1,378 milhão no trimestre (-9,3%) e menos
1,144 milhão (-7,8%) em relação a igual período do
ano passado. A taxa de informalidade subiu para
40,6% da mão de obra.
Também em relação a setembro de 2020, a força de
trabalho tem 8,393 milhões de pessoas a mais,
crescimento de 7,6%. Mas enquanto o emprego com
carteira assinada no setor privado sobe 8,6%, o sem
carteira aumenta 23,1%. E o trabalho conta própria
sobe 18,7%, segundo a Pnad Contínua.
Trabalho doméstico cresce
Assim, os empregados com carteira (33,508 milhões)
somam 31,5% da força de trabalho (106,430 milhões),
mesmo percentual de um ano atrás. Os com carteira
(11,691 milhões) passaram de 9,7%, em 2020, para
11%. E aqueles por conta própria (25,461 milhões)
foram de 21,9% para 23,9%.
Categoria caracterizada por postos de trabalho mais
precários, os trabalhadores domésticos chegaram a
5,357 milhões. Houve aumento de 9,2% no trimestre e
de 21,3% em um ano. Quase 76% deles não têm carteira
assinada.
Renda diminui
A chamada taxa de subutilização recuou para 26,5%.
Ficou menor tanto em relação a junho (28,5%) como na
comparação com setembro de 2020 (30,4%). Os
subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar
mais, somam 30,7 milhões.
Já os desalentados, pessoas que desistiram de
procurar emprego, agora são 5,1 milhões, ante 5,9
milhões há um ano. Eles representam 4,6% da força de
trabalho.
Estimado em R$ 2.459, o rendimento médio caiu 4% no
trimestre. E despencou (11,1%) em 12 meses. Com o
aumento da ocupação, a massa de rendimentos (R$
223,5 bilhões) ficou estável.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/12/2021 -
O que deve tensionar o sindicalismo agora e para o
ano
Há 2 temas que devem tensionar os
trabalhadores e as lideranças sindicais, além é
claro, do próximo pleito em que estarão em jogo a
eleição de novos deputados estaduais, federais,
senadores, governadores e presidente da República.
Não é pouca coisa!
Miguel Torres*
Os temas ou pautas são: a estagflação, que vai
certamente pautar o debate econômico pré-eleitoral e
também as campanhas salariais dos trabalhadores; e o
“novo pacote trabalhista” que o governo deve
encaminhar ao Congresso.
Estagflação
Os meios de comunicação têm evitado tratar sobre o
assunto abertamente. Não querem assumir
explicitamente a situação, pois teriam que dizer
porque o País está mergulhado nessa profunda crise,
mesmo depois de ter sido feito todas as “reformas”
salvadoras: Teto de Gastos, Terceirização,
Trabalhista, previdenciária, autonomia do BC. E a
inconclusa, Administrativa.
A crise é anterior à covid-19, que a pandemia
turbinou. Portanto, tentar colocar a culpa no vírus
é querer falsear o debate. Mas uma coisa é certa: a
gestão Bolsonaro catapultou-a. A CPI do Senado
deixou isto evidente.
Sobre a estagflação, o JN (Jornal Nacional) tratou
sobre o assunto no início deste mês. Todavia, o tema
não voltou à pauta, a fim de que fosse aprofundado.
A pauta não é nova.
No final do ano passado, o G1 tratou sobre o tema e
o insuspeito economista, de orientação neoliberal,
José Roberto Mendonça de Barros apontou: “cenário
para o ano que vem [2021] é de estagflação”. O
movimento sindical e a oposição devem denunciar esse
quadro econômico de paralisia, que prejudica
sobretudo, os trabalhadores e os mais pobres.
Mais: sindicalismo deve orientar o debate em torno
das pautas de negociações coletivas sob essa
realidade.
Do ciclo vicioso para o virtuoso
A oposição, em particular a esquerda, e o movimento
sindical, devem ter a coragem de pautar o debate
econômico, a fim de sair deste ciclo vicioso de, na
crise, mais arrocho. Para sair da crise, é preciso o
contrário, na lógica keynesiana.
Para sair da crise é preciso baixar o “freio de mão”
da economia. Do contrário, com “freio de mão”
puxado, a economia continuará estagnada.
É preciso, então, valorizar as negociações
coletivas, com propósito de elevar salário, para
entrar no ciclo virtuoso: com melhores salários, os
trabalhadores compram mais. Isso ativa o comércio e
a indústria, que terão de contratar mais mão de
obra.
Novo pacote trabalhista
“Barbas de molho”. Vem aí novo pacote trabalhista.
Diante da crise, orienta o neoliberalismo, mais
arrocho e menos direitos. Esse novo pacote
antitrabalhador não é invirtude de Bolsonaro. É
parte do projeto ou script neoliberal.
Portanto, não se estingue com o fim do ano e o
prenúncio de novas eleições ou até mesmo a derrota
de Bolsonaro.
Em artigo esclarecedor, cujo linque está ali em
cima, o assessor do DIAP, Neuriberg Dias tratou
sobre o assunto e destrinchou o tema. A
justificativa para lançar a “nova agenda
trabalhista”, segundo Neuriberg, é o fato de o
Brasil estar posicionado na “4ª maior taxa de
desemprego e 9ª em desigualdade social no mundo”.
“As propostas, por sua vez, não serão recebidas com
surpresa pelos trabalhadores e sindicatos que têm
combatido várias tentativas de ampliar as
contrarreformas Trabalhista e Sindical, configurada
na Lei 13.467/17”, escreve ele.
Ainda segundo Neuriberg, as “propostas [do governo]
não são conhecidas”. “Mas é possível antecipar que o
tema do Direito do Trabalho, Segurança Jurídica e
Liberdade Sindical, a partir do histórico de
tentativas centradas na Carteira Verde e Amarela,
são prioritários e, em linhas gerais, devem ser
elaboradas minutas que vão tratar dos seguintes
assuntos:
1) definir a responsabilidade subjetiva do
empregador no caso da covid-19 (para evitar a
responsabilidade objetiva); 2) regulamentar o
teletrabalho; 3) regulamentar o trabalho em
plataformas digitais; 4) definir a correção
monetária e os juros nos débitos trabalhistas; 5)
estabelecer temas processuais como a edição de
súmulas e enunciados; 6) limitar a substituição
processual para beneficiar os associados, como
forma, no entendimento, de estimular a
sindicalização; 7) regulamentar a jornada de
trabalho do bancário; 8) definir hora noturna de
modo que volte a ter 60 minutos, com limitações; 9)
estabelecer que os acordos judiciais sejam
homologados ou não homologados, sem possibilidade de
o juiz examinar para homologar uma parte e não
homologar outra; 10) reconhecer o conflito como
inerente às relações capital x trabalho; 11) definir
negociação coletiva como preponderante; 12)
regulamentar liberdade sindical como fundamento; 13)
estabelecer representação e proteção dos não
assalariados e das novas formas de contratação; e
14) unificar os programas e fundos como
Seguro-Desemprego, Fundo de Garantia e Bolsa Família
(Auxílio Brasil) para mais bem focalizar,
simplificar com transparência, unificar, dar
incentivos e aumentar a eficácia.”
O próximo ano já se apresenta preocupante. A Luta
faz a Lei!
(*) Presidente da Força Sindical, da CNTM
(Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos) e do Sindicato do Metalúrgicos de São
Paulo e Mogi das Cruzes.
Fonte: Diap
01/12/2021 -
Chegada de Bolsonaro ao PL provoca debandada na
sigla em todo o país
O vice-presidente da Câmara dos Deputados,
Marcelo Ramos (AM), e mais quatro deputados deixarão
a sigla
A lua de mel de Bolsonaro com o PL não será um mar
de rosas. Com o casamento efetivado nesta
terça-feira (30), o partido deve ter baixas em todo
o país. Entre as quais a do vice-presidente da
Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (AM), e a do
ex-ministro Mauricio Quintella, que preside o
diretório do PL em Alagoas e é atual secretário de
infraestrutura no governo de Renan Filho (MDB).
“Torna incompatível a minha presença no partido.
Muito difícil a minha permanência”, admitiu o
deputado amazonense ao UOL. De acordo com ele, a
legenda também vai perder integrantes fiéis e sairá
com uma bancada menos disciplinada. Com a saída, o
parlamentar diz que pode se filiar ao PSB, PSD ou
Republicanos. “Só falarei sobre o que farei após a
filiação amanhã. Hoje é dia de festa do PL e eu
respeitarei isso”, disse ao Vermelho.
O ex-superintendente da Suframa coronel Alfredo
Menezes, que deixará o Patriota do Amazonas para
disputar uma vaga ao Senado pelo PL, deixou claro
que Ramos não terá espaço na legenda no estado.
“Vamos nos filiar ao PL e seremos candidatos pelo
partido. Esperamos tirar as imundícies do partido,
tirar as imundícies que precisam ser limpas. Com
certeza, quem não for Bolsonaro vai ser convidado a
sair creio eu”, declarou o bolsonarista.
Além de Ramos, devem deixar a sigla mais quatro
nomes na Câmara dos Deputados. São eles: os
deputados Junior Mano (CE), aliado dos irmãos Ciro e
Cid Gomes (PDT); Fabio Abreu (PI), aliado do
governador Wellington Dias (PT); Sergio Toledo (AL),
que já foi do PSB e PDT; e Cristiano Vale (PA),
aliado do governador Helder Barbalho (MDB).
Para frear a debandada nos estados, o presidente do
PL, Valdemar Costa Neto, vai usar a decisão tirada
na reunião do último dia 17 com os dirigentes
regionais, segundo a qual ele tem carta branca para
decidir sobre a sucessão presidencial e nos estados.
Sendo assim, anunciou que a legenda terá candidato
ao governo de São Paulo, o que o possibilitará
desfazer um acordo para que o partido apoiasse a
candidatura de Rodrigo Garcia, do PSDB, ao governo
paulista.
Bolsonaro quer seus aliados mais fiéis disputando
cargos nos estados como o atual ministro da
Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e ex-ministro
do Meio Ambiente Ricardo Salles ao governo e Senado
por São Paulo, respectivamente.
Na filiação de Bolsonaro nesta terça na capital, no
Complexo Brasil 21, ingressaram no partido junto ele
o filho 01, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ),
o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério
Marinho, e o ministro do Trabalho e Previdência,
Onyx Lorenzoni.
No seu discurso, o presidente fez crítica veladas ao
Supremo Tribunal Federal (STF): “Alguns extrapolam
aqui na região, na Praça dos Três Poderes. Mas essa
pessoa vai ser enquadrada, vai se enquadrando, vai
vendo que a maioria somos nós. Nós aqui, que temos
votos, em especial, é que devemos conduzir o destino
da nossa nação.”
Fonte: Portal Vermelho
01/12/2021 -
CAS aprova isenção de multa a trabalhador dispensado
de adesão ao INSS
Trabalhadores rurais que pretendam aderir ao Regime
Geral de Previdência Social (RGPS) poderão ficar
isentos da multa imposta a segurados que decidam
efetuar contagem recíproca do tempo de serviço
(migração de um sistema previdenciário para outro).
O benefício é defendido pelo Projeto de Lei do
Senado (PLS) 793/2015, de autoria do senador Paulo
Paim (PT-RS), aprovado nesta terça-feira (30) pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Antes de entrar no mérito da proposta, Paim observou
que a legislação brasileira condiciona a passagem de
um regime previdenciário para outro ao pagamento de
uma indenização pelo tempo de serviço prestado. A
cobrança teria o objetivo de manter o equilíbrio
financeiro de sistemas distintos, como a previdência
pública e a privada. A questão é que o trabalhador
rural era um segurado facultativo do RGPS antes de
1991, sendo livre para aderir ou não ao sistema.
“Efetivamente, tendo sido desvinculado do regime
geral de Previdência, a contagem desse tempo é
operação que depende, necessariamente, de sua
vontade. Somente a partir de sua manifestação é que
passa a existir a obrigação de recolher o valor da
indenização. Não existe, no caso, a quebra de uma
obrigação legal ou contratual que determine a
imposição da multa: o trabalhador reconhece a dívida
porque quer, não era obrigado a efetuar a contagem
daquele tempo de serviço, e só o faz por seu
exclusivo interesse”, argumenta Paim na justificação
do projeto.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
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