Blog - Notícias Anteriores - Janeiro 2023
31/01/2023 -
Dezembro foi o melhor mês nas negociações coletivas
31/01/2023 -
Nova Central na defesa dos direitos dos
trabalhadores das Americanas
31/01/2023 -
Deputados acompanham situação da Americanas para
garantir direitos trabalhistas
31/01/2023 -
Pacheco vê estímulo de Bolsonaro em ações golpistas
e diz que sua candidatura representa democracia
31/01/2023 -
Legado de Bolsonaro: Trabalhadores demoram até 3,5
anos a mais para se aposentar
31/01/2023 -
Governo Lula anuncia mesa de negociação com
servidores públicos
30/01/2023 -
Ministro do Trabalho debate com sindicalistas
situação das Lojas Americanas nesta segunda (30)
30/01/2023 -
Cerca de 40% das negociações salariais não cobriram
a inflação em 2022
30/01/2023 -
Bolsonaro deixa R$ 255 bi de despesas pendentes para
governo Lula
30/01/2023 -
Haddad prevê Reforma Tributária sem aumento de carga
e aprovação no 1° semestre
30/01/2023 -
STF afirma que governo Bolsonaro descumpriu ordens
sobre povo Yanomami
30/01/2023 -
Lula diz a governadores que o Brasil precisa voltar
à normalidade
30/01/2023 -
Dispensas coletivas precisam de intervenção sindical
27/01/2023 -
Lupi estabelece mesa de negociação com FST
27/01/2023 -
Centrais vão à Justiça para garantir direitos dos
trabalhadores do grupo Americanas
27/01/2023 -
Antiga base de Bolsonaro forma bloco para apoiar
Marinho contra Pacheco no Senado
27/01/2023 -
Bolsonaro veste a carapuça após Temer ser chamado de
golpista por Lula
27/01/2023 -
Bancada do PT declara apoio à reeleição de Rodrigo
Pacheco na presidência do Senado
27/01/2023 -
Deputados eleitos em outubro tomam posse no dia 1º e
elegem a nova Mesa Diretora da Câmara
26/01/2023 -
Correção na tabela do Imposto de Renda será gradual,
diz Luiz Marinho
26/01/2023 -
Ações trabalhistas crescem em SP; horas extras, FGTS
e insalubridade lideram calotes
26/01/2023 -
Como recuperar as indústrias no Brasil?
26/01/2023 -
Ministros do TSE enxergam ambiente favorável para
tornar Bolsonaro inelegível
26/01/2023 -
Prova de vida passará a ser responsabilidade do INSS
26/01/2023 -
Gleisi isenta governo de alta da gasolina e fala em
“fim da dolarização”
26/01/2023 -
Trabalho escravo: 2.575 pessoas foram resgatadas em
2022
25/01/2023 -
Luiz Marinho e as mudanças no salário mínimo,
Imposto de Renda, FGTS e trabalho em aplicativos
25/01/2023 -
Na Celac, Lula defende “construção de uma ordem
mundial pacífica”
25/01/2023 -
IBGE: prévia da inflação ficou em 0,55% em janeiro
25/01/2023 -
INSS começa a pagar benefícios com reajuste
25/01/2023 -
Trabalhadores podem usar o FGTS para quitar até seis
prestações da casa própria
24/01/2023 -
TSE dá prazo de 5 dias para Bolsonaro se manifestar
sobre atos golpistas e postagem contra resultado das
eleições
24/01/2023 -
Sindicato forte e representativo para garantir
direitos
24/01/2023 -
Correção da tabela do IR beneficiaria 30 milhões de
trabalhadores
24/01/2023 -
STF: funcionário não tem de pagar honorários se
perder ação trabalhista
24/01/2023 -
Governo vai ouvir entregadores por aplicativo
24/01/2023 -
Tribunal confirma condenação de banco por prática de ato
antissindical
24/01/2023 -
Alexandre abre mais 6 inquéritos sobre atos
terroristas de bolsonaristas no 8/1
23/01/2023 -
Quase 40% dos acordos de 2022 perderam da inflação,
segundo pior resultado em cinco anos
23/01/2023 -
Bolsonaro está prestes a se tornar réu em processo
criminal
23/01/2023 -
Ministro quer acabar com saque-aniversário e
'ignora' bancos: "Ninguém mandou emprestar"
23/01/2023 -
Ministro do TSE aceita abertura de ação eleitoral
contra Bolsonaro
23/01/2023 -
"Não tratamos do dia 8. Isso está com a Justiça",
diz Múcio após reunião com Lula e comandantes das
Forças Armadas
23/01/2023 -
Tribunal leiloa carro, imóveis e outros bens para
pagamento de dívidas trabalhistas
23/01/2023 -
Deputados do PT
entram com representação criminal contra Bolsonaro
23/01/2023 -
Trabalhos legislativos do Congresso recomeçam em 2
de fevereiro
23/01/2023 -
Valor bloqueado de financiadores golpistas sobe para
R$ 18,5 milhões
20/01/2023 -
Desemprego cai com desempenho dos serviços. Trabalho
sem carteira cresce mais
20/01/2023 -
Nova Central participa de reunião com Carlos Lupi em
Brasília
20/01/2023 -
Lula se opõe à criação de CPI para investigar atos
golpistas
20/01/2023 -
Lula reforça valor dos trabalhadores
20/01/2023 -
Trabalhadora dispensada por justa causa perde
direito a férias e 13º salário
20/01/2023 -
Centrais vão entregar ao governo perfil sobre
trabalho em aplicativos para discutir regras de
proteção social
20/01/2023 -
Governo começa articulação política para aprovar
reforma tributária no Congresso
19/01/2023 -
Lula cria GT para debater valorização do salário
mínimo e diz que vai regular aplicativos
19/01/2023 -
Senador Paim faz mais um gol de placa com a sanção
da Lei do Crime Racial
19/01/2023 -
Trabalho por aplicativo beira a escravidão, diz Luiz
Marinho
19/01/2023 -
Governo sanciona Orçamento de 2023 com vetos
19/01/2023 -
Seguro-desemprego já tem novo valor para 2023
19/01/2023 -
Trabalhador demitido que tem CNPJ ativo pode receber
seguro-desemprego
19/01/2023 -
O que o empregador precisa saber: mudanças no
eSocial
18/01/2023 -
Pesquisa mostra que 64% consideram que primeiras
medidas de Lula estão no caminho certo
18/01/2023 -
PL lança Rogério Marinho como candidato à
presidência do Senado
18/01/2023 -
Justiça dá três dias para Bolsonaro explicar minuta
do golpe
18/01/2023 -
Salário mínimo é 1ª batalha do movimento sindical
sob o governo Lula
18/01/2023 -
Piso nacional dos professores sobe para R$ 4.420,55
18/01/2023 -
Lula criará grupos de trabalho para aprimorar
legislação trabalhista e fixar nova regra para
aumento real do salário mínimo
18/01/2023 -
Projeto isenta de Imposto de Renda a participação
nos lucros destinada a empregados
17/01/2023 -
Lula e sindicalistas se reúnem quarta
17/01/2023 -
Confira regras para se aposentar
17/01/2023 -
Alckmin nega que Lula revogará reformas trabalhista
e previdenciária
17/01/2023 -
Lira diz que todos serão chamados à
responsabilidade, inclusive parlamentares
17/01/2023 -
PT quer acelerar no TSE ações que podem tornar
Bolsonaro inelegível
17/01/2023 -
Torres continua preso e deve depor sobre atos
golpista nesta semana
17/01/2023 -
Governo Bolsonaro decretou 1.108 sigilos de 100 anos
durante seu governo, mostra estudo
16/01/2023 -
Centrais se reunirão com Lula para discutir política
de valorização do salário mínimo. Reajuste beneficia
a economia, mostra Dieese
16/01/2023 -
Apesar da queda nacional, indústria cresce em nove
estados em novembro
16/01/2023 -
PL considera que aumentou o risco de Bolsonaro se
tornar inelegível e ser preso
16/01/2023 -
Pacheco vai até Aras para cobrá-lo por providências
contra terroristas bolsonaristas
16/01/2023 -
PGR aciona STF
para que Bolsonaro seja investigado por atos
terroristas
16/01/2023 -
Bolsonaro é
incluído em inquérito sobre autoria de atos
golpistas
16/01/2023 -
Bolsa Família
com adicional de R$ 150 por criança começa em março
16/01/2023 -
Juiz federal bloqueia R$ 6,5 milhões dos envolvidos
em atos golpistas
16/01/2023 -
A pedido da PGR, STF determina abertura de inquérito
contra Ibaneis Rocha e Anderson Torres
13/01/2023 -
Maioria considera Bolsonaro responsável pelos
ataques aos três poderes em Brasília
13/01/2023 -
Lula diz que “mercado não tem coração” e que governo
precisa parar de utilizar a palavra “gasto”
13/01/2023 -
Bolsonaro gastou R$ 27 milhões no cartão corporativo
em quatro anos
13/01/2023 -
Polícia Federal encontra na casa de ex-ministro
minuta para Bolsonaro mudar resultado da eleição
13/01/2023 -
Trabalhadores que ganham menos de um salário mínimo
e meio pagarão Imposto de Renda
13/01/2023 -
Prova de vida automática será feita pelo INSS a
partir deste mês, aponta ministério
13/01/2023 -
Ministério da Justiça, MPF e PF tem canais para
denúncia de golpistas
12/01/2023 -
Mais de cem entidades convocam nova manifestação em
defesa da democracia
12/01/2023 -
Impactos da Reforma Trabalhista na Espanha – por
Clemente Ganz Lúcio
12/01/2023 -
Aposentadorias terão reajuste de 5,93%. Teto vai
para R$ 7.507,49
12/01/2023 -
Projetos de bolsonaristas na Câmara querem anistiar
terroristas e financiadores de atos golpistas
12/01/2023 -
Empresas já estudam demitir bolsonaristas radicais
por justa causa
12/01/2023 -
Parlamentares entregam a Lula decreto de intervenção
na segurança do DF
12/01/2023 -
Senado pode criar comissão externa para investigar
ataques na Praça dos Três Poderes
11/01/2023 -
INPC tem inflação de 0,69% em dezembro e fecha 2022
em 5,93%
11/01/2023 -
Manifesto à Democracia
11/01/2023 -
Poderes se uniram mais!
11/01/2023 -
PDT protocola notícia-crime contra Jair Bolsonaro na
PGR
11/01/2023 -
Moraes: terroristas não ficarão em "colônia de
férias" e todos serão punidos, inclusive
"incentivadores"
11/01/2023 -
Pacheco diz que minoria golpista não vai impor sua
vontade por meio da barbárie
11/01/2023 -
Ministério Público junto ao TCU pede bloqueio de
bens de Bolsonaro, Ibaneis e Anderson Torres
10/01/2023 -
Após reunião, Lula e presidentes dos demais Poderes
assinam nota conjunta contra terrorismo
10/01/2023 -
Interventor no DF, Cappelli anuncia a retomada da
área militar que abrigou terroristas bolsonaristas
10/01/2023 -
Senadores já têm assinaturas para criar CPI dos Atos
Antidemocráticos
10/01/2023 -
Governo criará programa para atender endividados
10/01/2023 -
Senado quer isentar de IR a participação de
trabalhadores nos lucros das empresas
10/01/2023 -
INSS divulga calendário de pagamento de
aposentadorias e pensões
10/01/2023 -
Projeto eleva de 5 para 8 as parcelas de
seguro-desemprego na demissão sem justa causa depois dos
50 anos
09/01/2023 -
Lula decreta
intervenção federal na segurança do Distrito Federal
09/01/2023 -
Exigimos medidas
enérgicas e exemplares contra atos terroristas;
dizem centrais sindicais
09/01/2023 -
Governo Lula III
e a pauta da classe trabalhadora
09/01/2023 -
Salário mínimo
“vai ser pago normalmente”, diz Haddad
09/01/2023 -
Pacheco: fala de
Lula indica respeito ao Congresso e capacidade de
união
09/01/2023 -
Luiz Marinho
ressalta importância do movimento sindical em sua
posse
09/01/2023 -
Projeto
estabelece reajustes acima da inflação para o
salário mínimo
31/01/2023 -
Dezembro foi o melhor mês nas negociações coletivas
A recomposição salarial seguiu em alta no fim do
ano. O boletim 28 do Dieese – “De Olho nas
negociações”- aponta que, das 48 negociações em
dezembro, 81,2% conseguiram aumentos acima da
inflação medida pelo INPC do IBGE.
Houve reajustes iguais ao INPC em 16,7%. Apenas 2,1%
ficaram abaixo da inflação. Trata-se do melhor
resultado pra uma data-base em 2022 e também quanto
ao último trimestre de 2021.
O supervisor-técnico do Escritório Regional do
Dieese em São Paulo, Victor Pagani, avalia: “A queda
na taxa de desemprego, apontada pela Pnad, atrelada
à desaceleração da inflação, contribuiu para o
resultado positivo. É o melhor do ano”. Victor
também aponta a queda significativa do INPC como
fator importante. “Isso favoreceu os Sindicatos e
Federações de trabalhadores nas mesas de negociações
com o patronato”, afirma.
Setores – Comércio e indústria tiveram os
melhores resultados nas negociações. No setor de
serviços, onde as relações de trabalho tendem a ser
mais precárias, os resultados foram inferiores. As
Regiões Sul e Sudeste tiveram melhores resultados.
Nelas, a industrialização está acima da média
nacional.
Lula – Outro fator apontado pelo economista
do Dieese é a derrota de Jair Bolsonaro. Ele
comenta: “O novo cenário traz aos Sindicatos e
trabalhadores a perspectiva de retomada da política
de valorização do salário mínimo, assim como ganhos
salariais em geral. Essa mudança de perspectiva
impactou as negociações de dezembro”.
Categorias – As negociações por categoria,
que resultam em convenções coletivas, registram
resultados melhores (69%) do que as realizadas por
empresa (57%), em acordos coletivos. “Isso mostra
que a fragmentação da negociação não favorece o
trabalhador. Já negociações mais abrangentes e
fortes tendem a obter melhores resultados”, afirma o
técnico do Dieese.
Boletim – Clique
aqui e acesse.
Mais – No site do
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
31/01/2023 -
Nova Central na defesa dos direitos dos
trabalhadores das Americanas
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu com os presidentes das centrais sindicais e
sindicalistas, nesta segunda-feira (30), na sede da
Força Sindical, para tratar sobre o caso dos
trabalhadores das Lojas Americanas, que entrou em
recuperação judicial.
Para os dirigentes sindicais, o importante é
priorizar os direitos dos empregados antes que as
demissões aconteçam. Por isso, propuseram a criação
de uma mesa redonda entre a diretoria da empresa e o
Movimento Sindical para resguardar os mais de 44 mil
trabalhadores que estão ameaçados por uma demissão
em massa.
Marinho aceitou a criação da mesa e se mostrou
disposto a agir no caso que envolve toda uma cadeia
produtiva, já que a empresa também gera milhares de
empregos indiretos.
Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores de São Paulo
(NCST/SP), e Cristiano Meira, assessor jurídico da
Nova Central Nacional, pediram pela garantia dos
direitos dos trabalhadores e ação direta do governo
nas negociações.
Na sexta-feira (03) já está marcado um ato unificado
das Centrais. A mobilização será realizada, na
Cinelândia, na cidade do Rio de Janeiro, em defesa
dos empregos e direitos dos trabalhadores das
Americanas.
Fonte: NCST
31/01/2023 -
Deputados acompanham situação da Americanas para
garantir direitos trabalhistas
Varejista emprega 40 mil trabalhadores e anunciou
recentemente um rombo de R$ 20 bilhões em suas
contas
A situação da Americanas, que entrou em recuperação
judicial, vem sendo acompanhada de perto por alguns
deputados, principalmente no sentido de garantir os
direitos dos mais de 40 mil trabalhadores da
empresa. A varejista pediu recuperação judicial no
dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de
R$ 20 bilhões.
O deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que é
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Comércio, já participou de reunião
com dirigentes sindicais e representantes da empresa
e prevê uma intensa negociação nos próximos dias.
Ele destacou que as centrais sindicais estão unidas
em defesa dos trabalhadores. E comentou a
participação da empresa na reunião:
“Participou uma pessoa que é responsável pelas
relações sindicais da Americanas e nos tranquilizou
que, até o momento, não foi feita nenhuma demissão.
Os salários estão sendo pagos em dia, também os
recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). As pessoas que tinham férias
previstas estão tirando e recebendo os seus
direitos, o um terço. O que nos preocupa é daqui
para a frente”, explicou o deputado.
Proposta legislativa
Luiz Carlos Motta disse que pretende apresentar
projeto de lei para aperfeiçoar a participação dos
sindicatos nos processos de recuperação judicial.
“Para que nestas recuperações judiciais e nas
falências, a gente tenha uma maior participação dos
sindicatos que representam os trabalhadores. Para
que nestes momentos possamos garantir principalmente
e primeiramente o direito dos trabalhadores”, disse.
O deputado afirmou ainda que vai acompanhar a
investida de bancos credores contra os principais
investidores da Americanas. Motta deve se reunir
também com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho,
para tratar da situação dos trabalhadores.
Já o deputado André Fufuca (PP-MA) está reunindo
assinaturas para protocolar um pedido de Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a
empresa.
Fonte: Agência Câmara
31/01/2023 -
Pacheco vê estímulo de Bolsonaro em ações golpistas
e diz que sua candidatura representa democracia
"Houve a pretensão concreta da ruptura
institucional e da implantação de uma ditadura",
afirma
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
afirma que o conjunto de ações antidemocráticas, que
teve como ápice o ato golpista de 8 de janeiro e a
descoberta de uma minuta para decretar estado de
defesa, mostra que houve preparação para uma ruptura
institucional.
"Eu considero que essa posição firme do Senado em
defesa da democracia é o grande legado que o Senado
deixa para essa quadra histórica e triste do Brasil,
em que houve a pretensão concreta da ruptura
institucional e da implantação de uma ditadura",
afirma em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Pacheco vai disputar a presidência do Senado com um
ex-ministro do governo Bolsonaro, Rogério Marinho.
Seu nome é o mais forte para vencer o pleito.
“A minha candidatura é a que representa a defesa do
Estado de Direito e o fortalecimento da democracia
no país. É a candidatura que acredita nas urnas
eletrônicas, na ciência, que respeita os pares, que
busca a união do país, que busca respeitar as demais
instituições, que busca estabelecer limites através
da legislação e não do revanchismo, da retaliação a
outro Poder”, argumenta.
Fonte: Brasil247
31/01/2023 -
Legado de Bolsonaro: Trabalhadores demoram até 3,5
anos a mais para se aposentar
Se não morrer antes, trabalhadores demoram, em
média 2,8 anos a mais para se aposentar, depois da
reforma da Previdência de Bolsonaro. No caso dos
homens, o tempo a mais de contribuição é de 3,5 anos
Quando não morrem antes, trabalhadores e
trabalhadoras estão demorando, em média, 2,8 anos a
mais para se aposentar, depois da reforma da
Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PL) ser
aprovada pelo Congresso Nacional, em 2019. No caso
dos homens são 3,5 anos a mais de contribuição ao
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No caso
das mulheres são 2 anos a mais, segundo estudo feito
pelo Ministério da Previdência ainda na gestão
anterior.
A reforma acabou com a aposentadoria por tempo de
contribuição e instituiu as idades mínimas de
aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para
mulheres. No papel, a alteração valeria apenas para
novos trabalhadores. Na prática, quem já estava no
mercado de trabalho está sendo prejudicado também
porque paga pedágio para se aposentar, de acordo com
as diferentes regras de transição.
Com o discurso de que quem se aposentava com R$ 2,2
mil era rico, e que o país quebraria se não acabasse
com o déficit da Previdência Social, a dupla
Bolsonaro/Paulo Guedes [ex-ministro da Fazenda]
aprovou uma reforma que atinge principalmente os
mais pobres, que podem morrer antes de conseguir
cumprir os critérios para se aposentar e os
dependentes dos trabalhadores.
“A reforma da Previdência penaliza os pobres porque
eles começam a trabalhar com 15, 16 anos para ajudar
no sustento de suas famílias, ao contrário da classe
média que começa a trabalhar por volta dos 25 anos,
após se formar na universidade”, explica o
Secretário-Adjunto de Relações Internacionais da
CUT, Quintino Severo, ex-integrante do Conselho da
Previdência formado por representantes do governo,
dos trabalhadores, dos empresários e dos
aposentados.
“Com a idade mínima, o jovem pobre vai trabalhar 50
anos para se aposentar, contra os 40 da classe
média. O mesmo vale para as mulheres”, ressalta
Quintino.
Reforma tira pão da boca de viúvas e herdeiros
A reforma de Bolsonaro também atingiu em cheio viúvas,
viúvos ou herdeiros. O valor médio do benefício caiu
de R$ 1.784,79, em 2019, já considerada a inflação,
para R$ 1.594,92 em setembro de ano passado, último
dado disponível.
Tirou o pão da boca de viúvas e herdeiros e gerou
economia para os cofres públicos de R$ 156,1 bilhões
desde 2020.
A nova lei prevê que as pensões por morte não são
mais de 100% do valor do benefício recebido pelo
trabalhador falecido. As viúvas, viúvos e órfãos têm
direito a somente 60% do valor do benefício.
Nos casos das viúvas e viúvos com filhos menores de
21 anos, não emancipados, é pago um adicional de 10%
por dependente. O valor é limitado a 100% do
benefício ou quatro filhos menores. O filho ou a
filha que atingir a maioridade deixa de receber os
10%. A viúva ou viúvo receberão apenas os 60% a que
têm direito.
Se o trabalhador que faleceu não era aposentado, a
viúva ou viúvo terá direito a 60% da média de todos
os salários do falecido, a partir de 1994, e não
sobre os 80% maiores salários, como era antes.
Quanto mais trabalhador contribui, mas receita
tem o INSS
De acordo com reportagem da Folha de S Paulo, o
objetivo dos técnicos que fizeram o estudo sobre
quanto tempo o trabalhador estava demorando para se
aposentar, era estimar os primeiros efeitos da
reforma sobre a idade média de aposentadoria,
variável considerada peça-chave para o que chamam de
maior sustentabilidade do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS).
Quanto maior é essa idade, mais tempo o trabalhador
contribui para sua aposentadoria, gerando receitas
ao INSS. Consequentemente, ele fica menos tempo
recebendo o benefício, o que reduz a despesa futura
do governo. E ainda tem a chance do trabalhador
morrer antes o que geraria mais economia, ainda mais
se não tiver herdeiros.
Segundo os resultados, revela o jornal, a idade
média de aposentadoria dos homens passou de 58,7
para 62,2 anos entre 2019 e 2021. Entre as mulheres,
o patamar passou de 57,3 para 59,3 anos.
Fonte: CUT
31/01/2023 -
Governo Lula anuncia mesa de negociação com
servidores públicos
Para o movimento sindical, a prioridade é
garantir a recomposição salarial dos servidores
federais, que estão sem aumento há sete anos e ainda
acumulam perdas.
A pedido de entidades sindicais ligadas ao
funcionalismo público federal, o governo Lula vai
instalar, em 7 de fevereiro, a Mesa Nacional de
Negociação Permanente dos Servidores Públicos. As
reuniões terão participação de representantes do
governo e dos trabalhadores, sob coordenação de
Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em
Serviços Públicos.
Além de Esther, participarão da abertura da Mesa os
ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet
(Planejamento), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento),
Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macedo
(Secretaria-Geral), Luiz Marinho (Trabalho), Carlos
Lupi (Previdência), Camilo Santana (Educação) e
Nísia Trindade (Saúde). Os servidores serão
representados pelo Fonacate (Fórum das Carreiras de
Estado) e pelo Fonasefe (Fórum das Entidades
Nacionais dos Servidores Públicos Federais).
Para o movimento sindical, a prioridade é garantir a
recomposição salarial dos servidores federais, que
estão sem aumento há sete anos e ainda acumulam
perdas. A instalação da Mesa é vista como uma
vitória. “Nos governos anteriores, foram necessários
meses de pressão para que as entidades fossem
recebidas”, apontou a Fasubra Sindical (Federação de
Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos
em Instituições de Ensino Superior Públicas do
Brasil).
Porém, segundo o Valor Econômico, as entidades devem
endurecer com o governo. “Além do congelamento dos
vencimentos, a pressão dos servidores sobre o
Executivo intensificou-se com a sanção, no dia 10 de
janeiro, dos reajustes dos salários dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e dos servidores do
Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público
Federal, da Defensoria Pública da União e do
Tribunal de Contas da União. Essas categorias
obtiveram aumento de 18%, escalonado em três
parcelas de 6% em 2023, 2024 e 2025”, indica o
Valor.
O Fonasefe e o Fonacate convocaram para terça-feira
(31), às 9 horas, o Dia Nacional de Mobilização pelo
Reajuste Salarial, que será realizado de modo
virtual. Não bastasse o longo congelamento dos
salários, os servidores federais sofrem – segundo as
entidades – com “perdas salarias pelo aumento das
alíquotas previdenciárias. Dentro do período de
congelamento, a inflação já foi capaz de corroer 40%
das remunerações das categorias”.
No Orçamento 2023 do governo federal, R$ 11,5
bilhões estão destinados aos servidores – mas a peça
não detalha como esse valor será usado. Para a
Fonasefe, “o que se pode assegurar é que ele (o
recurso) não é suficiente para garantir, ainda este
ano, 9% linear a ativos, aposentados e pensionistas,
percentual que chegou a ser apontado pelo relator do
Orçamento como possível”. Nos cálculos das
entidades, só a mera reposição das perdas já demanda
um montante de R$ 20 bilhões.
Fonte: Portal Vermelho
30/01/2023 -
Ministro do Trabalho debate com sindicalistas
situação das Lojas Americanas nesta segunda (30)
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho vai se reunir,
nesta segunda-feira (30), com lideranças das
centrais sindicais, da Contracs e da CNTC para
conversar sobre a situação dos trabalhadores das
Lojas Americanas.
O encontro será realizado, a partir das 7:30hs, na
sede da Força Sindical, Rua Galvão Bueno,782, 12º
andar, no bairro da Liberdade.
Fonte: Força Sindical
30/01/2023 -
Cerca de 40% das negociações salariais não cobriram
a inflação em 2022
Em 2021, essa proporção era de 49,7%
Os reajustes salariais que ficaram abaixo da
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), diminuíram entre 2021 e 2022,
aponta balanço anual do Salariômetro, pesquisa da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No ano passado, 40,6% dos reajustes não recompuseram
as perdas salariais pela alta de preços. Já em 2021,
essa proporção era de 49,7%.
Foram feitas 32.319 negociações em 2022, com valor
mediano de reajuste de 10,5%. No ano anterior, foram
27.759 negociações, com valor mediano de 7,08%. O
piso salarial no ano passado ficou em R$ 1.481, ante
R$ 1.352 em 2021.
Os dados mostram ainda uma redução generalizada da
presença e dos valores dos benefícios e complementos
salariais. O adicional noturno aparece em 11.409 dos
mais de 32 mil acordos assinados em 2022. O
adicional de sobreaviso está em 880 e o de hora
extra, pouco mais de 16 mil.
Em dezembro, o índice médio dos reajustes negociados
em dezembro ficou em 6,5%. Os reajustes acima do
INPC seguem predominando, com 74,6% do total. Para a
prévia de janeiro, a estimativa é que 82,4% das
negociações estabeleçam acordos acima da inflação. O
piso médio no mês ficou em R$ 1.524.
Metodologia
O acompanhamento das negociações coletivas é feito por
meio de acordos e convenções registrados no Mediador
do Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no
sistema, tabula e organiza os valores observados
para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos
em acordos e convenções e também por atividade
econômica e setores econômicos.
Fonte: Agência Brasil
30/01/2023 -
Bolsonaro deixa R$ 255 bi de despesas pendentes para
governo Lula
Desse total, R$ 33 bilhões foram bloqueados.
Órgãos da administração farão pente-fino para
verificar o que de fato precisa ser mantido para
reduzir dívida
A cada dia, uma nova bomba deixada pelo “patriota”
Jair Bolsonaro ao país vem à tona. Agora, o governo
Lula terá de lidar com R$ 255,2 bilhões de despesas
contratadas e não pagas para 2023. A cifra é R$ 21,6
bilhões maior do que a que deixada na virada de 2021
para 2022.
Para verificar o que de fato precisa ser mantido
desse montante e reduzir despesas, o Tesouro
Nacional informou ao jornal O Estado de S.Paulo que
R$ 33,7 bilhões de restos a pagar foram bloqueados,
tendo como base decreto do governo Lula determinando
que os ministérios e órgãos públicos façam uma
avaliação da necessidade de manter ou não esses
contratos.
O subsecretário de Contabilidade Pública do Tesouro,
Heriberto Henrique Vilela do Nascimento, informou
que “independentemente do bloqueio já feito, todos
os órgãos terão de fazer uma revisão de contratos e
convênios”. Segundo ele, a expectativa é que “boa
parte dessas despesas bloqueadas sejam canceladas”.
Tanto o bloqueio quanto o pente-fino a ser feito por
todos órgãos para avaliar tais despesas fazem parte
do pacote de medidas recém-anunciado pelo ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, no qual está prevista a
possibilidade de redução de despesas da ordem de R$
50 bilhões em 2023, R$ 25 bilhões com efeito
permanente de revisão de contratos e programas.
De acordo com a publicação, uma parte dos restos a
pagar não pode ser bloqueada por imposições legais,
assim como não pode haver alterações nos gastos que
já foram processados e liquidados. O total desse
grupo é de R$ 81,8 bilhões. Da mesma forma, não
podem ser bloqueadas despesas obrigatórias, emendas
parlamentares impositivas, do Ministério da Saúde e
das fundações e autarquias da administração pública
indireta.
Fonte: Portal Vermelho
30/01/2023 -
Haddad prevê Reforma Tributária sem aumento de carga
e aprovação no 1° semestre
Para ministro, impostos sobre o consumo no Brasil
já estão suficientemente altos; ele acredita que
Câmara pode aprovar texto em abril
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que
a Reforma Tributária que o governo pretende
apresentar e aprovar ainda neste primeiro semestre
não prevê aumento de carga de impostos. Ao jornal
Valor Econômico, o ministro disse que os impostos
sobre o consumo no Brasil já estão suficientemente
altos.
“Se nos queremos nos aproximar das boas práticas
internacionais, faz todo o sentido adotar o IVA
(Imposto sobre o Valor Agregado) e nenhum sentido em
aumentar a carga a partir do IVA. Seria um
contrassenso”, afirmou.
Haddad disse ainda que pensa em mudar a estrutura
tributária em duas etapas. A primeira é exatamente
aprovar um IVA sem aumento de carga. “Se nós formos
bem-sucedidos, na segunda etapa podemos até rever
alíquotas da primeira. É assim que está organizado o
debate”, comentou.
Ele acredita ser possível votar uma Reforma
Tributária no Congresso até abril, pelo menos na
Câmara dos Deputados, isso se houver uma boa
negociação e o entendimento dos líderes partidários
de que a proposta está madura.
Ele disse ainda ver mérito nas duas propostas hoje
em tramitação no Congresso e que o atua governo tem
a felicidade de conta com o secretário Bernard Appy
para ajudar a solucionar entraves técnicos e
políticos para a aprovação.
Ele também afirmou que faz sentido enviar tanto a
proposta da Reforma como a do novo arcabouço fiscal
concomitantemente para a apreciação dos
parlamentares.
Fonte: InfoMoney
30/01/2023 -
STF afirma que governo Bolsonaro descumpriu ordens
sobre povo Yanomami
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, afirmou que as operações colocadas em
prática pelo governo de Jair Bolsonaro para proteger
o povo Yanomani não seguiram o planejamento aprovado
pela corte e foram feitas com deficiências.
"O STF detectou descumprimento de determinações
judiciais e indícios de prestação de informações
falsas à Justiça, que serão apuradas. Em caso de
identificação dos responsáveis, sofrerão o devido
processo legal para punição", diz a nota divulgada
pelo ministro.
Barroso havia determinado, por exemplo, a criação e
a execução de um plano de enfrentamento à Covid-19
entre os povos indígenas. A medida iria complementar
ações de segurança alimentar e de atenção à saúde
daquela população, além de criar barreiras
sanitárias e priorizar a vacinação.
Em fevereiro do ano passado, o ministro ordenou que
o governo federal protegesse terras indígenas não
homologadas.
Outra decisão do STF — que tramita em sigilo —
ordenou a execução de um plano para expulsão de
garimpeiros e madeireiros ilegais da Terra Indígena
Yanomami e outras seis reservas indígenas.
O Ministério da Saúde declarou no sábado (21/1)
emergência em saúde pública na terra indígena
Yanomami, em Roraima, devido ao atual surto de
malária e à situação crítica de subnutrição da
população. A medida foi anunciada após recomendações
emitidas pelo Ministério Público Federal.
Fonte: Consultor Jurídico
30/01/2023 -
Lula diz a governadores que o Brasil precisa voltar
à normalidade
No encontro, entre outros assuntos, cada
governador apresentará três demandas prioritárias ao
presidente, sendo uma delas de alcance regional
Em reunião com os governadores nesta sexta-feira
(27), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva disse que o Brasil “precisa
voltar à normalidade”, garantir ao povo que a
disseminação do ódio acabou e a barbárie, que
aconteceu no domingo, 8 de janeiro, não vai mais
ocorrer, pois a democracia será recuperada.
No encontro, entre outros assuntos, cada governador
apresentará três demandas prioritárias ao
presidente, sendo uma delas de alcance regional.
“A reunião que está acontecendo hoje é para
estabelecermos uma nova relação entre os entes
federados, tentar trazer o Brasil de volta à
normalidade, onde se queixar e reivindicar não é
proibido. Depois de ganhar as eleições, você deixa
de ser candidato e vira governante”, declarou Lula.
O presidente disse que a democracia será recuperada
num ambiente em que se possa falar sem obstruir o
direito do outro de se manifestar.
Ele também defendeu uma nova relação entre os
poderes e pediu para seus aliados que deixem de
recorrer das decisões tomadas pelo parlamento.
“É preciso parar com esse método de fazer política
porque isso faz com que o Judiciário adentro ao
Poder Legislativo e fique legislando no lugar do
próprio Congresso Nacional”, afirmou.
Lula prometeu aos governadores e prefeitos um
tratamento especial. Disse que as portas do Palácio
do Planalto e dos ministérios estarão abertas a eles
e o mesmo tratamento espera receber da parte dos
chefes do executivo estadual.
“Da minha parte, não há nenhum veto a qualquer
governador que quiser conversar. A porta do Palácio
do Planalto está aberta. E vamos mostrar ao Brasil
que governar de forma civilizada é muito importante.
A disseminação do ódio acabou”, disse.
O presidente ressaltou que cada governador deve ter
uma obra na cabeça que é a prioritária para a sua
região. “E nós vamos ver como fazer essas obras. O
BNDES voltará a ser um banco de investimento. Os
governadores têm que ter acesso a recursos para
fazer as obras prioritárias”, assegurou.
“Precisamos ouvir os governadores, cada um tem as
suas demandas locais. A questão da compensação do
ICMS deve estar na cabeça de todos vocês. E não
vamos deixar de discutir nada. Queremos saber o que
é prioritário para o povo de cada Estado”, disse.
O presidente também mandou um recado aos prefeitos:
“Vamos reconstruir a sala dos prefeitos na Casa
Civil e uma sala dos prefeitos na Caixa Econômica,
para que os prefeitos do interior possam ser
recebidos e bem atendidos para apresentarem projetos
e pedirem recursos”.
Fonte: Portal Vermelho
30/01/2023 -
Dispensas coletivas precisam de intervenção sindical
Por Carlos Américo Freitas Monteiro Pinho
O anúncio da demissão de 10 mil funcionários pela
Microsoft aumenta a tensão causada no mundo
empresarial pela redução de quadros das big techs,
logo após o desligamento em massa de 18 mil
colaboradores da Amazon. Eles ampliam o alerta
disparado nos estertores de 2022, quando dispensas
coletivas promovidas pelas gigantes empresas de
tecnologia multinacionais pegaram de surpresa todos
os envolvidos: dos profissionais específicos aos
investidores internacionais, passando por uma imensa
cadeia econômica ligada direta ou indiretamente à
área.
Tidas como locais de empregos dos sonhos, por
estímulo à criação, altos salários e, ainda, um
ambiente de trabalho em que terno e gravata eram os
últimos itens de vestuário a serem exigidos,
empresas como Twitter e Meta (controladora do
Facebook e do Instagram) iniciaram processos de
demissões e de redução de custos que abalaram suas
estruturas no mercado financeiro.
Tema recorrente que sucedeu a Reforma Trabalhista de
2017, as dispensas plúrimas, ou coletivas, ganharam
notoriedade com a pandemia da Covid-19. A crise
econômica gerada pela necessidade do isolamento
social provocou verdadeiro factum principis,
obrigando empregadores a efetuarem desligamentos em
massa de seus colaboradores.
O que ocorre hoje, no entanto, é diferente de 2020 e
2021, pois o cenário macroeconômico mudou.
Consumidores não estão mais confinados, nem têm
somente o comércio eletrônico como opção de consumo
para uma extensa gama de bens e serviços. Ao mesmo
tempo, as taxas de juros subiram, levando empresas a
rever suas estruturas, o que causa um novo motivo
para as dispensas em massa de trabalhadores.
No momento, já não há mais factum principis, mas um
novo ajuste. Mais uma vez, a conjuntura econômica é
capaz de criar novas formas de relação de trabalho –
o que, no Brasil, parece ser uma tendência.
Entretanto, as dispensas coletivas por aqui tomaram
outro rumo. Não obstante o artigo 477-A da CLT — que
as equipara às dispensas individuais —, o STF fixou
tese de repercussão geral, em junho de 2022. A
decisão foi de que "a intervenção sindical prévia é
exigência procedimental imprescindível para dispensa
em massa de trabalhadores que não se confunde com a
autorização prévia por parte da entidade sindical ou
celebração de convenção ou acordo coletivo de
trabalho".
O argumento utilizado pela Suprema Corte é de
encontrar soluções alternativas ao rigor das
dispensas coletivas, evitar a incidência de multas e
contribuir para recuperação e crescimento da
economia — além da valorizar o trabalho, cumprindo
de modo efetivo sua função social. Destes
princípios, vem a necessidade da participação dos
sindicatos.
Não se trata de retirar do empregador o seu poder
diretivo sobre o negócio, mas de uma preocupação com
os impactos sociais e econômicos causados por esse
tipo de dispensa, como bem analisado pelos ministros
do STF.
Neste contexto, os empregadores também não devem
andar por si sós. Ainda que não se trate de
autorização sindical, mas de intervenção prévia,
empresas que se depararem com tal situação devem
utilizar a prerrogativa do artigo 617, da CLT,
solicitando o apoio de sua respectiva representação
sindical.
O que se discute em uma dispensa em massa é a defesa
dos direitos sociais e a empregabilidade. Portanto,
deve-se ter em mente que o impacto transcende as
partes envolvidas — razão pela qual a intervenção
sindical passou a ser legalmente tratada como
condição essencial. Para que tudo fique em pé de
igualdade, portanto, nada é mais correto do que o
empregador também se representar por sua entidade
sindical.
O que se defende por aqui é o princípio da isonomia,
para que as duas partes estejam devidamente
assistidas por suas entidades de classe. Embora o
artigo 477-A da CLT não coloque diferença entre as
dispensas, o certo é que, estando ambas
representadas, reforça-se o papel negocial nas
relações de trabalho, dando prevalência do negociado
sobre o legislado, impedindo discussões futuras
sobre nulidades do ato empresarial.
Carlos Américo Freitas Monteiro Pinho é advogado
especialista em Direito do Trabalho e consultor da
Fecomércio-RJ.
Fonte: Consultor Jurídico
27/01/2023 -
Lupi estabelece mesa de negociação com FST
Proveitosa a reunião entre o ministro da
Previdência, Carlos Lupi e o Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST), quarta, 25, em Brasília.
Ficou definida Mesa de Negociação Permanente sobre
questões relacionadas à reestruturação do Instituto
Nacional e Seguridade Social, que sofreu grave
desmonte no governo Bolsonaro.
A avaliação positiva é do diretor Edvard Pereira de
Souza, que representou a Confederação dos
Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins). “Poucos
dias após assumir a Pasta, o ministro nos recebeu e
já fixamos um calendário de reuniões. Segue o
diálogo”, comenta o sindicalista.
Os dirigentes entregaram pauta que inclui celeridade
na análise de benefícios represados pelo INSS (cerca
de cinco milhões), reforço do atendimento presencial
nas agências e concursos (déficit de Servidores
chega a 23 mil), entre outros temas.
Próxima reunião, 27 de fevereiro. “O ministro
ressaltou a importância das Confederações no apoio a
seu trabalho, que será o de reconstruir o INSS após
seis anos de destruição”, diz Edvard, que também
preside a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias
da Alimentação de Goiás e Tocantins.
Para o dirigente, agilizar os mais de cinco milhões
de pedidos de aposentadorias e pensões represados,
“vai requerer contratar pessoal e peritos, pois há
muita gente aguardando perícia. É urgente”, alerta.
Segundo Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA
Afins, as tratativas com Carlos Lupi girarão em
torno de reconstruir o INSS e reverter o desmonte
bolsonarista. “Seremos propositivos, sem esquecer a
defesa dos aposentados”, garante Artur.
Documento –
Clique aqui e leia.
Mais – Acesse o site da
CNTA Afins e do
FST.
Fonte: Agência Sindical
27/01/2023 -
Centrais vão à Justiça para garantir direitos dos
trabalhadores do grupo Americanas
CUT, UGT, CTB, Força, CSB, NCST, Contracs-CUT e
CNTC ajuizaram Ação Civil Pública perante a 8ª Vara
do Trabalho de Brasília objetivo de garantir os
direitos dos mais de 44 mil trabalhadores do Grupo
Americanas
As centrais sindicais brasileiras ajuizaram, nesta
quarta-feira (25), uma Ação Civil Pública na 8ª Vara
do Trabalho de Brasília para garantir os direitos
dos mais de 44 mil trabalhadores do Grupo Americanas
em todo o país. Na ação, os dirigentes sindicais,
reivindicam também os direitos de outros milhares de
trabalhadores que atualmente lutam na Justiça do
Trabalho para o receber seus créditos trabalhistas.
Ajuizaram a ação a Central Única dos Trabalhadores
(CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), a Força Sindical (FS), a Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST), a Confederação dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT)
e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio (CNTC).
Na nota em que anunciam a ação judicial, os
dirigentes sindicais alertam que há risco iminente
de insolvência e calote nos trabalhadores, não
apenas nos credores e pequenos acionistas, desde que
executivos das Lojas Americanas comunicaram os
acionistas que o grupo tinha um rombo bilionário,
que passa de R$ 43 bilhões, creditaram o rombo a
"inconsistências contábeis" e pediram recuperação
judicial.
“Com a ameaça de descumprimento dos direitos de
trabalhadores e de trabalhadoras, a ação civil
pública busca garantir que o patrimônio pessoal dos
acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Carlos
Alberto Sicupira e Marcel Telles possa ser executado
independentemente do processamento da recuperação
judicial”, diz trecho da nota dos dirigentes
sindicais.
“Além da defesa do emprego e dos direitos dos mais
de 44 mil empregados do Grupo Americanas, que estão
espalhados em mais de 1.700 lojas, a ação também
busca garantir que aquelas pessoas que lutam na
Justiça do Trabalho para conseguir receber seus
direitos não se prejudiquem com o processo de
recuperação judicial ou com eventual falência”,
segue a nota.
“Há quase 17 mil ações trabalhistas em curso contra
empresas do Grupo Americanas, representando um valor
total de R$ 1,53 bilhão”, afirma trecho do
documento.
Os dirigentes explicam que “a ação visa
desconsiderar a personalidade jurídica da Americanas
e responsabilizar os acionistas de referência pela
fraude contábil que se desenrolou durante anos na
Companhia e que inflou artificialmente não só o
lucro, mas os dividendos distribuídos aos
acionistas, sendo os três bilionários os maiores
beneficiários da fraude”.
“Além disso, a ação pede o bloqueio do valor de R$
1,53 bilhão na conta pessoal dos sócios
majoritários, com o fim de garantir que os
trabalhadores que lutam na Justiça por seus direitos
possam receber sem demora os seus créditos”.
“É essencial que a Justiça do Trabalho desconsidere
a personalidade jurídica da Americanas e
responsabilize solidariamente aqueles que mais se
beneficiaram da fraude durante todos esses anos. É a
única forma de garantir que o Grupo não dê calote
nos trabalhadores e que cumpra com suas obrigações”,
diz Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos
da CUT.
A ação não discute a recuperação judicial e por isso
não se submete à decisão proferida naquele processo.
Fonte: CUT
27/01/2023 -
Antiga base de Bolsonaro forma bloco para apoiar
Marinho contra Pacheco no Senado
PL, Progressistas e Republicanos reúnem 23
assentos do Senado Federal na próxima legislatura –
o que equivale a pouco mais de 28% do total
O presidente nacional do Partido Liberal (PL),
Valdemar Costa Neto, fechou, na última quarta-feira
(25), um acordo para a formação de um bloco
parlamentar com Republicanos e Progressistas no
Senado Federal. O grupo reedita aliança construída
durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e nas
últimas eleições presidenciais, quando a coligação
foi derrotada pela chapa de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT).
O acerto foi comunicado após reunião entre Valdemar,
o deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente
nacional do Republicanos, e a senadora eleita Tereza
Cristina (MS), ex-ministra da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento de Bolsonaro e que será líder do
Progressistas na casa legislativa.
O anúncio formal ocorrerá no próximo sábado (28), na
sede do PL, também com a presença do senador Ciro
Nogueira (PP-PI), que foi ministro-chefe da Casa
Civil no governo de Bolsonaro e está em viagem.
A construção do bloco busca dar musculatura à
candidatura do senador eleito Rogério Marinho
(PL-RN) para o comando da casa legislativa. Ele
enfrentará o atual presidente, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), tido como favorito nos bancos de apostas.
Considerando o quadro após o resultado das urnas, em
outubro de 2022, os três partidos somam 23 assentos
no Senado Federal – o que equivale a pouco mais de
28% do total.
O PL havia conquistado 15 posições, mas perdeu uma
com a saída de Jorginho Mello, que assumiu o governo
de Santa Catarina. Sua primeira suplente, a senadora
Ivete da Silveira é filiada ao MDB.
Favorito na disputa, Rodrigo Pacheco conta com o
apoio do Palácio do Planalto e aliados do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma disputa que
pode reacender a polarização das últimas eleições
gerais. Para angariar apoios, Marinho adota um
discurso de independência e protagonismo da casa.
As eleições para cargos da mesa diretora do Senado
Federal pelo próximo biênio ocorrem em 1º de
fevereiro, quando se inicia a nova legislatura, com
a posse dos 27 senadores eleitos em 2022. Vence quem
conquistar ao menos 41 votos (ou seja, a maioria
absoluta dos senadores).
Fonte: InfoMoney
27/01/2023 -
Bolsonaro veste a carapuça após Temer ser chamado de
golpista por Lula
Conselheiro de Bolsonaro nos momentos de crise,
Temer recebeu "solidariedade" do ex-mandatário
Jair Bolsonaro, apontado como o mentor dos atos
terroristas de seus apoiadores radicais que
tentaram, sem sucesso, encampar um golpe de Estado,
vestiu a carapuça e tomou as dores de Michel Temer
após o emedebista ser chamado de golpista pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante sua passagem pelo Uruguai nesta quarta-feira
(25), Lula usou o termo para se referir a Temer, que
assumiu o poder em 2016 após o processo fraudulento
de impeachment contra a ex-presidenta Dilma
Rousseff. "Eu herdei um país semidestruído. Quase
tudo que nós fizemos de benefício social no meu
país, em 13 anos, foi destruído em seis anos, ou
melhor, em sete anos: três do golpista Michel Temer
e quatro do governo Bolsonaro", declarou o
mandatário. Um dia antes, na Argentina, Lula já
havia se referido a Temer como golpista.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo,
Bolsonaro, que está nos EUA desde que fugiu do
Brasil, em 30 de dezembro de 2022, então, entrou em
contato com Temer e prestou "solidariedade" àquele
que atuou como seu conselheiro nos momentos de crise
de seu mandato.
Temer, por sua vez, reagiu à declaração de Lula com
uma nota publicada nas redes sociais, debochando do
impeachment de Dilma e afirmando que o que houve
naquela ocasião no país, na verdade, foi um "golpe
de sorte".
Fonte: RevistaForum
27/01/2023 -
Bancada do PT declara apoio à reeleição de Rodrigo
Pacheco na presidência do Senado
A bancada do PT no Senado anunciou, nesta
quinta-feira (26), apoio à reeleição de Rodrigo
Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa, informa O
Antagonista.
Pacheco disputa a presidência do Senado com os
bolsonaristas Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo
Girão (Podemos-CE).
Com o apoio do PT, o atual presidente da Casa terá o
voto dos nove senadores que representarão a bancada
do partido na legislatura 2023-2026. Trata-se da
quarta maior bancada do Senado, atrás de PL, PSD e
União Brasil.
A eleição está prevista para 1 de fevereiro de 2023.
Fonte: Brasil247
27/01/2023 -
Deputados eleitos em outubro tomam posse no dia 1º e
elegem a nova Mesa Diretora da Câmara
Os 513 deputados federais eleitos em outubro do ano
passado tomarão posse no próximo dia 1º em sessão
marcada para as 10h, no Plenário Ulysses Guimarães.
No mesmo dia, às 16h30, começa a sessão destinada à
eleição do novo presidente e da Mesa Diretora para o
biênio 2023/2024. Veja o roteiro completo do dia:
- 10h - posse
- 13h - fim do prazo para a formação de blocos
parlamentares
- 14h - reunião de líderes para a escolha dos cargos
da Mesa
- 15h30 - fim do prazo para o registro das
candidaturas e sorteio da ordem dos candidatos na
urna eletrônica
- 16h30 - início da sessão destinada à eleição da
Mesa
Os blocos partidários determinam a composição da
Mesa. Quanto maior o bloco, maior o número de
cargos. Os cargos são distribuídos entre os partidos
integrantes de cada bloco. Se preferirem, os
partidos podem atuar sozinhos, sem integrar nenhum
bloco.
Embora sejam desfeitos alguns dias após a eleição da
Mesa, os blocos formados no dia 1º de fevereiro
valem também para a distribuição das presidências e
da composição das comissões pelos quatro anos da
legislatura. Já para a eleição da Mesa Diretora, que
é feita a cada dois anos, podem ser formados novos
blocos.
O andamento das eleições é coordenado pelo deputado
mais idoso com o maior número de legislaturas. A
votação só será iniciada quando houver, pelo menos,
257 deputados no Plenário.
Iniciado o processo, cada deputado registra seus 11
votos de uma só vez na urna eletrônica, que traz as
fotos dos candidatos e tem tela sensível ao toque. A
votação é secreta e realizada em cabines
eletrônicas.
A apuração é realizada por cargo, iniciando-se pelo
presidente da Câmara. Para ser eleito, o candidato
precisa de maioria absoluta dos votos em primeira
votação ou ser o mais votado no segundo turno.
Depois de eleito o novo presidente, serão apurados
os votos dos demais integrantes da Mesa, nesta
ordem: dois vice-presidentes; quatro secretários; e
quatro suplentes.
Mesa Diretora
A Mesa é responsável pela direção dos trabalhos
legislativos e dos serviços administrativos da Casa.
Entre suas atribuições, também está a promulgação de
emendas à Constituição, juntamente com o Senado.
A Mesa Diretora compõe-se da Presidência (presidente
e dois vice-presidentes) e da Secretaria — formada
por quatro secretários e quatro suplentes.
Fonte: Agência Câmara
26/01/2023 -
Correção na tabela do Imposto de Renda será gradual,
diz Luiz Marinho
Em entrevista à TVT, ministro afirmou estar
mantida a promessa de Lula de isentar de impostos
quem ganha até R$ 5 mil mensais.
O novo governo Lula (PT) retomará o “compromisso
histórico” de atualizar a tabela do Imposto de Renda
(IR), que não é reajustada desde 2015. Mas a
correção será feita de modo gradual, segundo o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Em entrevista nesta segunda-feira (23) à TVT,
Marinho – que foi presidente da CUT e prefeito de
São Bernardo – afirmou estar mantida a promessa de
Lula de isentar de impostos quem ganha até R$ 5 mil
mensais. Hoje, apenas quem tem renda de até R$
1.903,98 não precisa pagar IR.
As gestões Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL)
foram “irresponsáveis” – segundo Martinho – e não
fizeram nenhuma correção nos últimos oito anos,
deixando uma defasagem acumulada na tabela. A isso
se soma o rombo bilionário que Bolsonaro impôs às
contas do governo, o que, na visão do ministro,
inviabiliza uma revisão à altura de uma só vez.
“Tudo vai ser feito com muita responsabilidade, pé
no chão, para proteger o trabalho e para que a
economia cresça e possa gerar os empregos de que o
País precisa”, afirmou Marinho. De acordo com ele,
Lula tem credibilidade porque, em mandatos
anteriores, seguiu essa diretriz.
Sob os dois primeiros governos de Lula, Marinho
esteve à frente dos ministérios do Trabalho
(2005-2007) e da Previdência Social (2007-2008).
“Fizemos naquele momento a correção da tabela do
Imposto de Renda”, lembra.
Outra prioridade do governo é retomar a política de
valorização do salário mínimo. No último dia 18, em
encontro com as centrais sindicais, Lula criou um
grupo de trabalho específico sobre o tema.
Falta definir qual fórmula será adotada para
definir, ano a ano, o reajuste do piso salarial dos
trabalhadores brasileiros. “Vamos construir esses
conceitos, mas essa é a grande baliza que nós vamos
apresentar”, diz Marinho.
“Até maio, teremos a conclusão desse trabalho para
submeter ao presidente Lula. Se houver condições, se
observamos que há espaço fiscal para agregar alguma
correção ainda este ano, será feito a partir desse
trabalho técnico”, conclui o ministro.
Fonte: Portal Vermelho
26/01/2023 -
Ações trabalhistas crescem em SP; horas extras, FGTS
e insalubridade lideram calotes
Total de processos nas Varas de primeira
instância superou 331 mil. Segundo o TRT, pagamento
de dívidas trabalhistas somou R$ 4,7 bilhões
O número de ações trabalhistas na primeira instância
cresceu 12% em 2022, para um total de 331.386. Os
dados referem-se à área do Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que abrange a Grande
São Paulo e a Baixada Santista. Já na segunda
instância, foram 215.565 processos, crescimento de
25%.
Com isso, segundo o TRT, o pagamento de dívidas
decorrente de ações trabalhistas no ano passado
somou R$ 4,7 bilhões, também acima de 2021 (R$ 4,3
bilhões). O total inclui acordos, execução e
pagamentos espontâneos.
Ainda de acordo com o tribunal, o direito mais
reivindicado foi o relativo à multa de 40% do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em demissões
sem justa causa. Em seguida, vêm adicional de
insalubridade, adicional de horas extras, multa do
artigo 477 da CLT (multa sobre verba rescisória) e
aviso prévio. Entre as áreas, destaque para serviços
diversos, comércio, indústria, transporte, turismo,
hospitalidade e alimentação.
A 2ª Região solucionou 361.063 processos
trabalhistas em primeiro grau (Varas do Trabalho) e
183.544 na segunda instância (TRT), com crescimento
sobre 2021 nos dois casos. O número de conciliações
subiu para 164.761.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/01/2023 -
Como recuperar as indústrias no Brasil?
O presidente Lula tem destacado a necessidade de
recuperar as indústrias em nosso país, para gerar
empregos formais com qualidade. A estratégia de
indicar o vice-presidente, Geraldo Alckmin, para o
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústrias,
Comércio e Serviços) teve, sem dúvida, o objetivo de
dar relevância maior à pasta. Hoje, Geraldo é o
segundo na hierarquia governamental do país.
Penso ser fundamental uma política de
reindustrialização, mas não vejo sucesso se não
houver mudanças nas políticas de exportação de
produtos in natura.
O agro brasileiro exportou o equivalente a US$ 1
trilhão na última década. Entretanto, quando
checamos o tipo de produtos exportados, verificamos
que a esmagadora maioria deles é exportada in
natura, o que não agrega valor ao país.
Um bom exemplo disso é o caso da soja. São US$ 46,7
bilhões de soja exportados só no ano de 2022,
enquanto o óleo de soja, item processado, exportou
apenas US$ 3,95 bilhões de dólares.
Evidentemente, o produtor busca vender seu produto
para o mercado mais atrativo financeiramente,
visando obter mais lucro. Porém, cabe ao governo
adotar políticas que proporcionem equilíbrio entre a
exportação in natura, e o desenvolvimento da
indústria no país – inclusive estimulando a produção
de alimentos industrializados para o mercado
interno. Assim, elas agregarão mais valor, gerarão
empregos de qualidade e a população brasileira terá
um melhor poder aquisitivo, passando a consumir
mais. O que consequentemente levará as indústrias a
também produzirem mais (um ciclo vantajoso para
ambas as partes).
Reconheço que Lula encontrará grandes dificuldades
para mudar as políticas adotadas nos últimos dois
governos, que só beneficiaram alguns grupos, em
detrimento da maior parte da população. Eu acredito,
porém, que com o apoio da sociedade, podemos
construir políticas que proporcionem condições
dignas de vida a todos.
Artur Bueno de Camargo é presidente da CNTA
Fonte: Agência Sindical
26/01/2023 -
Ministros do TSE enxergam ambiente favorável para
tornar Bolsonaro inelegível
A ação mais promissora é a que questiona a
reunião de Bolsonaro com embaixadores para atacar o
sistema eleitoral e as urnas eletrônicas
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
ouvidos por Andréia Sadi, do g1, enxergam um
ambiente favorável neste momento para julgar ações
que podem culminar na inelegibilidade de Jair
Bolsonaro (PL).
São 16 ações que miram o ex-ocupante do Palácio do
Planalto, mas, na avaliação dos magistrados, a mais
promissora é a que questiona a reunião de Bolsonaro
com embaixadores estrangeiros. Na ocasião, Bolsonaro
fez quase que uma palestra - baseada em informações
falsas - para explicar por que o sistema eleitoral
brasileiro e as urnas eletrônicas não seriam
confiáveis.
O entorno de Bolsonaro acredita que ele pode sim
ficar inelegível. E mais: teme sua prisão. Ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE, no
entanto, avaliam que a prisão ainda não deve
ocorrer.
"Existe uma corrida contra o tempo nos bastidores do
TSE para colocar em pauta essas ações por causa de
uma questão de composição da corte: em maio,
Lewandowski se aposenta e, além do STF, deixa a vaga
de titular do TSE. Para a vaga, hoje, assumiria
Kassio Nunes Marques, aliado de Bolsonaro e que,
entre outras ações, poderia pedir vista e
interromper esse julgamento caso o tema fosse jogado
para o segundo semestre. Circula nos bastidores do
STF uma avaliação de que, diante da gravidade dos
acontecimentos de 8 de janeiro, o julgamento
tornou-se prioridade e que é possível um outro
arranjo para que Nunes Marques não assuma a vaga de
Lewandowski", explica a reportagem.
Fonte: Brasil247
26/01/2023 -
Prova de vida passará a ser responsabilidade do INSS
Comprovação será feita por meio de cruzamento de
dados
Procedimento essencial que garante o pagamento de
aposentadorias e pensões, a prova de vida deixará de
ser feita pelo segurado. De agora em diante, caberá
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fazer
a comprovação por meio de cruzamento de dados.
A determinação consta de portaria assinada nesta
terça-feira (24) pelo ministro da Previdência,
Carlos Lupi, durante evento que comemorou os 100
anos da Previdência Social.
Com a medida, o INSS terá dez meses, a partir da
data de aniversário do beneficiário, para comprovar
que o titular está vivo. Se o órgão não conseguir
fazer a comprovação nesse período, o segurado
ganhará mais dois meses para provar que está vivo.
Nesse caso, o beneficiário será notificado pelo
aplicativo Meu INSS, por telefone pela Central 135 e
pelos bancos para identificar-se e informar o
governo.
Segundo o ministro, o novo sistema é mais justo com
os segurados porque evita o sacrifício de idosos com
dificuldades físicas. “Por que o cidadão tem que
provar que está vivo, e não o INSS? Muitos não têm
condições físicas ou quem os leve a um posto ou
banco para provar a sua vida”, questionou.
Apesar de deixar de ser obrigatória para o
beneficiário, a não ser após o cruzamento de dados
não revelar nada, a prova de vida pode continuar a
ser feita pelo segurado. Basta ele seguir os
procedimentos tradicionais, indo a uma agência
bancária ou se manifestando no aplicativo Meu INSS.
O Ministério da Previdência divulgou estatísticas
sobre a prova de vida. Neste ano, o órgão deverá
comprovar a situação de cerca de 17 milhões de
benefícios, entre aposentadorias, pensão por morte e
benefícios por incapacidade.
Fonte: Agência Brasil
26/01/2023 -
Gleisi isenta governo de alta da gasolina e fala em
“fim da dolarização”
“Riquezas da estatal deverão ser partilhadas com
o povo brasileiro, que é o seu dono”, disse a
presidente nacional do PT
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann,
criticou o aumento do preço da gasolina anunciado na
quarta-feira (24) pela Petrobras e isentou o governo
federal de responsabilidade pelo reajuste.
“Reajuste da gasolina acontece antes de Jean Paul
assumir a Petrobras. Notícia é de que foi pressão
dos acionistas”, disse a deputada federal pelo
Paraná ao destacar que a alta acontece antes de
Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), assumir o comando da estatal.
Ainda segundo ela, o governo vai trabalhar pela
mudança da atual política de preços da empresa, que
atrela os reajustes aos valores praticados
internacionalmente, em dólar.
“Nosso compromisso é por fim à dolarização e à
política de venda dos ativos. Riquezas da estatal
deverão ser partilhadas com o povo brasileiro, que é
o seu dono”, afirmou.
A Petrobras anunciou que o preço médio de venda de
gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08
para R$ 3,31 por litro. O aumento de 23 centavos por
litro equivale a um reajuste de 7,46%.
A alta é a primeira do governo Lula, mas vale
lembrar que a atual direção da companhia não foi
trocada pelo novo presidente e permanece a mesma
deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fonte: InfoMoney
26/01/2023 -
Trabalho escravo: 2.575 pessoas foram resgatadas em
2022
Dados do Ministério do Trabalho indicam 462
fiscalizações
No ano passado, 2.575 trabalhadores foram resgatados
de condições análogas às de escravo, um terço a mais
que em 2021. Do total de resgates em 2022, 35 eram
crianças e adolescentes. Os dados são da Secretaria
de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.
Ao todo, foram realizadas 462 fiscalizações que
resultaram em mais de R$ 8 milhões em verbas
salariais e rescisórias. Como algumas ações ainda
estão em andamento, esse valor pode ser corrigido.
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel realizou um
terço das ações e encontrou práticas de trabalho
análogo ao de escravo em 17 estados. Entre os 20
estados fiscalizados, apenas Alagoas, Amazonas e
Amapá não registraram casos de escravidão
contemporânea.
Minas Gerais foi o estado com mais ações, tendo mais
de mil trabalhadores resgatados. A maior delas
ocorreu no município Varjão de Minas, onde 273
trabalhadores foram encontrados em condições
degradantes na atividade de corte de cana-de-açúcar.
Dados do seguro-desemprego mostram que nove em cada
dez vítimas eram homens, quase um terço tinha entre
30 e 39 anos, e mais da metade eram nordestinos.
Cerca de 80% do total de resgatados eram negros ou
pardos.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 148
vítimas eram migrantes de outros países, sendo dois
terços do Paraguai. Ao todo, o número de
estrangeiros resgatados dobrou em relação a 2021.
Entre as principais atividades econômicas
fiscalizadas usando mão de obra análoga à de
escravo, estão: cultivo de cana-de-açúcar; produção
de carvão vegetal; cultivo de alho, café, maçã e
soja; extração de pedras e madeira; criação de
bovinos; construção civil; em restaurantes e
confecção de roupas.
As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem
ser enviadas pela internet, ao site do Sistema Ipê.
Fonte: Agência Brasil
25/01/2023 -
Luiz Marinho e as mudanças no salário mínimo,
Imposto de Renda, FGTS e trabalho em aplicativos
Ministro do Trabalho detalhou primeiros passos de
medidas que serão implementadas, algumas ainda neste
ano
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, foi
um dos convidados do Podcast do Conde, na TVT, nesta
segunda-feira (23). Marinho detalhou ao apresentador
Gustavo Conde as políticas e propostas que começaram
a ser delineadas nestas três primeiras semanas de
governo. As que mais despertam atenção da mídia
tradicional envolvem o salário mínimo e o Imposto de
Renda, além do FGTS. Outra negociação importante, já
iniciada, é pela busca de uma regulamentação para o
trabalho por meio de aplicativos.
Marinho, foi ministro do Trabalho (2005-2007) e da
Previdência (2007-2008) no próprio governo Lula. E
lembra que, naquela época, só aceitou deixar a
presidência da CUT com a garantia de poder
implementar uma política efetiva de valorização do
salário mínimo – que virou lei, também no governo
Dilma. “Junto com isso, fizemos naquele momento a
correção a tabela do Imposto de Renda”, observou o
ministro. No caso do salário mínimo, a fórmula
adotada previa reajuste pela inflação do ano
anterior e ganho real a partir do crescimento do PIB
de dois anos antes.
Trabalho técnico
Agora, foi formado um grupo interministerial, com
participação de centrais sindicais e do Dieese, para
discutir uma nova política, abandonada nas gestões
Temer e Bolsonaro. “Vamos construir esses conceitos,
mas essa é a grande baliza que nós vamos
apresentar.”
Assim, disse o ministro, o objetivo é concluir o
trabalho em 90 dias – 45 prorrogáveis por igual
período. “Até maio nós teremos a conclusão desse
trabalho para submeter ao presidente Lula.” Sobre o
valor deste ano, fixado em R$ 1.302, a questão ainda
está em aberto. “Se houver condições, se observamos
que há espaço fiscal para agregar alguma correção
ainda este ano, será feito a partir desse trabalho
técnico.”
Negociação coletiva
Foram formados outros dois grupos de trabalho, sobre
valorização da negociação e contração
coletiva/organização sindical e sobre o trabalho em
aplicativos. “Entre tantas outras políticas que nós
vamos na sequência construir, com representações de
empregadores e trabalhadores.”
Já a correção da tabela do Imposto de Renda é
“compromisso histórico” do presidente Lula, afirmou
o ministro do Trabalho. Ele lembrou que as gestões
Lula e Dilma fizeram a correção, ao contrários de
Michel Temer e Jair Bolsonaro, que ele chamou de
“irresponsáveis”. Por isso, há uma enorme defasagem
acumulada, considerado o período iniciado em 1996.
Se não é possível fazer a correção toda de uma vez,
isso será feito gradativamente, segundo Marinho.
“Tudo vai ser feito com muita responsabilidade, pé
no chão. Para proteger o trabalho e para que a
economia cresça e possa gerar os empregos que o país
precisa.”
Proteção social
Sobre os aplicativos, Marinho considera que os
trabalhadores no setor estão hoje “abandonados à
própria sorte, sem absolutamente nenhuma proteção”.
Nesse sentido, é preciso encontrar para obter uma
regulamentação que garanta proteção em vários níveis
– de saúde, trabalhista e previdenciária.
O ministro lembrou ainda que foi ele, ainda na CUT,
que sugeriu criar o crédito consignado. “Naquele
momento foi muito importante para a economia
brasileira.” Já o saque-aniversário tem dois
problemas, segundo ele: “Enfraquece o Fundo (de
Garantia) e cria problema na eventualidade de perder
o emprego, você fica impedido de sacar o seu saldo.”
Por isso, ele pretende propor mudanças na próxima
reunião do Conselho Curador.
Luiz Marinho contou ainda a Conde que o desmonte do
Ministério do Trabalho, extinto no governo anterior,
é “uma coisa desastrosa”. Como exemplo, lembrou que
em sua gestão a Superintendência de São Paulo tinha
111 gerências, e hoje são apenas 47, “funcionando
precariamente por falta de servidores”. Será
preciso, diz, “reconstruir das cinzas”.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/01/2023 -
Na Celac, Lula defende “construção de uma ordem
mundial pacífica”
“É com alegria e satisfação muito especiais que o
Brasil está de volta à região – e está pronto para
trabalhar lado a lado com todos vocês”, declarou
Lula. Além do Brasil, a Celac reúne mais 32 países
do continente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou
nesta terça-feira (24) que o País está “de volta” à
luta pela integração da América Latina e Caribe. Ao
participar da abertura da 7ª Cúpula da Celac
(Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos), na Argentina, Lula também defendeu a
“construção de uma ordem mundial pacífica”.
“É com alegria e satisfação muito especiais que o
Brasil está de volta à região – e está pronto para
trabalhar lado a lado com todos vocês, com um
sentido muito forte de solidariedade e proximidade”,
declarou o presidente. Além do Brasil, a Celac reúne
mais 32 países do continente.
Em seu discurso, Lula criticou o boicote do governo
Jair Bolsonaro (PL) à região. “Ao longo dos
sucessivos governos brasileiros desde a
redemocratização, nos empenhamos com afinco e com
sentido de missão em prol da integração regional e
na consolidação de uma região pacífica, baseada em
relações marcadas pelo diálogo e pela cooperação. A
exceção lamentável foram os anos recentes, quando
meu antecessor tomou a inexplicável decisão de
retirar o Brasil da Celac”, condenou o presidente.
Segundo Lula, o mundo convive hoje com “múltiplas
crises”, tais como “pandemia, mudança do clima,
desastres naturais, tensões geopolíticas, pressões
sobre a segurança alimentar e energética”, além de
“ameaças à democracia”. Todos esses problemas
agravam os quadros de “desigualdades, pobreza e
fome”, demonstrando, em contrapartida, “o valor da
integração”.
Lula afirma que a superação desse cenário passa por
uma ordem mundial “baseada no diálogo, no reforço do
multilateralismo e na construção coletiva da
multipolaridade”. A consolidação da integração
latino-americana é o ponto de partida para esse
avanço. “Temos de unir forças em prol de melhor
infraestrutura física e digital, da criação de
cadeias de valor entre nossas indústrias e de mais
investimentos em pesquisa e inovação em nossa
região. Nossa estratégia de desenvolvimento deve
caminhar passo a passo com a redução da desigualdade
em suas diversas dimensões”, disse Lula.
Conforme o brasileiro, os países do continente são
marcados por pontos comuns, como “nosso passado
colonial, a presença intolerável da escravidão” e
“as tentações autoritárias que até hoje desafiam
nossa democracia”. Ao mesmo tempo, agregou Lula,
sobressai “a imensa riqueza cultural dos nossos
povos indígenas e da diáspora africana, as
diversidades de raças, origens e credos, a história
compartilhada de resistência e de luta por
autonomia”.
O presidente brasileiro lembrou a necessidade de
fortalecer todos as iniciativas que contribuam para
a integração. “O Brasil volta a olhar para seu
futuro com a certeza de que estaremos associados aos
nossos vizinhos bilateralmente, no Mercosul, na
Unasul e na Celac”, declarou Lula. “É com esse
sentimento de destino comum e de pertencimento que o
Brasil regressa à Celac, com a sensação de quem se
reencontra consigo mesmo.”
Fonte: Portal Vermelho
25/01/2023 -
IBGE: prévia da inflação ficou em 0,55% em janeiro
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi
5,87%
A prévia da inflação de janeiro teve alta de 0,55%,
após o índice de 0,52% registrado em dezembro. O
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15), divulgado hoje (24) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra
que os maiores impactos vieram dos setores da saúde
e cuidados pessoais (1,10%), alimentação e bebidas
(0,55%), com 0,14 ponto percentual (p.p.) e 0,12
p.p. respectivamente.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de
5,87%, abaixo dos 5,90% observados nos 12 meses
imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, o
índice ficou em 0,58%.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
25/01/2023 -
INSS começa a pagar benefícios com reajuste
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a
pagar aposentadorias, pensões e auxílios no valor do
salário mínimo vigente, de R$ 1.302, a partir desta
quarta-feira (25).
Como nesta quarta será feriado municipal na cidade
de São Paulo, o pagamento começará apenas na quinta
(26) para beneficiários da capital paulista,
informou a Febraban (Federação Brasileira de
Bancos).
Para as demais localidades sem feriado, segue
valendo o calendário nacional, com início na quarta
para beneficiários com NIS (Número de Identificação
Social) final 1. No total, há cerca de 37 milhões de
beneficiários no país.
O INSS explica que o calendário de pagamentos de
2023 é válido em todo o território nacional. Porém,
se há algum feriado municipal em que os bancos não
funcionam, segue-se para o próximo dia útil, por
conta do banco.
Os pagamentos de benefícios iguais ao salário mínimo
serão feitos até o dia 7 de fevereiro -cerca de 70%
dos segurados. O piso previdenciário é o valor
mínimo que o INSS paga em aposentadorias,
auxílios-doença, pensões por morte, aposentadorias
de aeronautas e BPC (Benefício de Prestação
Continuada), devido a idosos e pessoas com
deficiência de baixa renda.
Para confirmar o dia que irá receber a renda
previdenciária em cada mês, o segurado deve conferir
o número do seu benefício, que tem dez dígitos e
aparece no seguinte formato: 999.999.999-9, e
considerar o penúltimo número. Segundo o INSS, para
quem um benefício há algum tempo, vale a data
habitual.
ACIMA DO PISO – Já os benefícios acima do
piso salarial serão depositados entre os dias 1º e 7
de fevereiro, com o reajuste de 5,93%, equivalente
ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
acumulado em 2022. Com o reajuste, o teto dos
benefícios pagos pelo INSS é de R$ 7.507,49 em 2023.
Para quem se aposentou a partir de fevereiro de
2022, o primeiro reajuste é proporcional e varia
conforme a data de início do benefício.
O prazo para saque dos benefícios com cartão vai até
o final do mês seguinte (aproximadamente 60 dias) ao
da liberação do valor na conta. Se não for sacado, o
benefício volta para o INSS, e o beneficiário
precisa fazer uma solicitação pelo Meu INSS para uma
nova data de depósito.
MAIS – Acesse o site
Meu INSS
Fonte: Agência Sindical
25/01/2023 -
Trabalhadores podem usar o FGTS para quitar até seis
prestações da casa própria
A nova medida não altera as demais regras de uso
do Fundo que visam a aquisição de imóveis próprios
Trabalhadores que realizaram financiamento para
aquisição da casa própria e estão inadimplentes
podem, a partir deste ano, utilizar o Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para negociar
até seis prestações em atraso.
A nova medida foi emitida pelo Conselho Curador do
FGTS e não altera as demais regras de uso do Fundo
que visam a aquisição de imóveis próprios, como
liquidação, amortização ou adiantamento de parte das
parcelas.
Para quitar as parcelas com o valor disponível do
FGTS, o trabalhador deve contribuir para o Fundo por
pelo menos três anos, de forma ininterrupta ou não.
O interessado deve se dirigir ao banco em que
realizou o financiamento da casa própria e autorizar
a movimentação financeira do Fundo de Garantia. Cada
parcela poderá ser abatida em até 80% do valor
total.
Vale ressaltar que a medida só é válida para aqueles
trabalhadores que não tenham outro financiamento
ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Além
disso, entram na negociação os imóveis avaliados em
até R$1,5 milhão.
O trabalhador também não pode ter em seu nome outro
imóvel que esteja situado no mesmo município ou
região metropolitana em que ele vive ou trabalha.
Se o trabalhador já utilizou o saldo do FGTS para
quitar outras prestações, ele não poderá utilizar
novamente o recurso, até que se passe dois anos da
última negociação feita.
É importante ressaltar que caso a medida não tivesse
sido aprovada, em 2023, o FGTS só poderia servir
para abater o valor de até três parcelas.
Segundo dados divulgados pelo Conselho Curador do
FGTS, cerca de 80 mil trabalhadores possuem mais de
três parcelas do financiamento da casa própria em
atraso e deste total, metade possui direito ao Fundo
de Garantia.
Fonte: Brasil de Fato
24/01/2023 -
TSE dá prazo de 5 dias para Bolsonaro se manifestar
sobre atos golpistas e postagem contra resultado das
eleições
Além de Bolsonaro, também serão notificados o
ex-ministro da Defesa Braga Netto, o senador Flávio
Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministro Benedito Gonçalves, deu prazo de
cinco dias para que Jair Bolsonaro se manifeste
sobre uma postagem em rede social questionando o
resultado das eleições de 2022 e também sobre os
atos terroristas contra as sedes dos Três Poderes,
em Brasília, informa o G1.
O prazo começa a contar a partir da notificação. O
despacho de Gonçalves é do último sábado (21) e
atende a um pedido da campanha de Lula à Presidência
da República.
Além de Bolsonaro, também serão notificados o
ex-ministro da Defesa Braga Netto, o senador Flávio
Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O pedido foi feito dentro do processo sobre uso
indevido dos meios de comunicação social e abuso de
poder político.
Logo apos os ataques golpistas do dia 8 de janeiro,
Bolsonaro fez uma postagem nas redes sociais
questionando o resultado das eleições dde 2022. A
postagem foi apagada após cerca de duas horas no ar.
Durante os atos de terrorismo do dia 8 de janeiro,
os golpistas bolsonaristas gritavam contra o
resultado das eleições e acusavam os Poderes de
terem fraudado a eleição de Lula, embora não haja
qualquer indício de que isso tenha acontecido.
Fonte: Brasil247
24/01/2023 -
Sindicato forte e representativo para garantir
direitos
A luta por desenvolvimento com valorização do
trabalho atinge um novo patamar.
por Nivaldo Santana
Depois de seis anos as centrais sindicais
brasileiras voltaram ao Palácio do Planalto. Cerca
de 500 lideranças realizaram uma reunião plenária,
no último dia 18 de janeiro, com a presença do
presidente Lula e do ministro do Trabalho, Luís
Marinho.
A plenária tratou de dois pontos: política de
valorização do salário mínimo e fortalecimento
sindical. Nestas matérias, a posição unitária das
centrais foi construída na Conferência da Classe
Trabalhadora (Conclat) realizada em abril do ano
passado.
A pauta da Conclat aprovou a defesa de uma política
de valorização do salário mínimo que reponha as
perdas inflacionárias e incorpore aumento real. O
objetivo é garantir o atendimento das necessidades
básicas dos trabalhadores e de suas famílias.
Na questão do fortalecimento das negociações, há uma
premissa importante. Só sindicatos fortes e
representativos reúnem as condições básicas para
negociar. Para tanto, há que se revogar os marcos
regressivos da legislação trabalhista.
O documento da Conclat diz que a legislação precisa
assegurar liberdade e autonomia sindical,
obrigatoriedade de participação dos sindicatos nas
negociações coletivas, direito de greve e combate às
práticas antissindicais.
O objetivo, com essas medidas, é ampliar a
representatividade e a organização dos sindicatos,
estimular a cooperação e respeitar as decisões das
assembleias, inclusive no financiamento solidário e
democrático da estrutura sindical.
No pronunciamento dos presidentes das Centrais,
essas questões tiveram lugar de destaque. Os
dirigentes também elogiaram o revigoramento do
Ministério do Trabalho e foram unânimes na
condenação dos atentados golpistas do dia 8 de
janeiro.
Em resposta às centrais sindicais, o ministro
Marinho adiantou que o presidente Lula aprovou a
constituição de dois grupos de trabalho para
elaborar propostas que tratem tanto do salário
mínimo quanto da organização sindical.
No seu pronunciamento, o presidente Lula reafirmou
que seu governo estará sempre aberto ao diálogo com
o sindicalismo. Durante a realização da plenária,
formalizou a constituição das comissões tripartites
que tratarão das demandas das Centrais.
O presidente Lula antecipou que a posição do governo
é de construir uma nova política de valorização do
salário mínimo. Além da relevância social, o aumento
salarial fortalece o mercado interno e impulsiona o
crescimento da economia.
Quanto à organização sindical, a proposta do governo
é elaborar uma nova legislação que permita
fortalecer os sindicatos, evitar a fragmentação,
aprimorar a negociação coletiva e criar mecanismos
que assegurem o financiamento solidário das
entidades.
São os novos tempos do Brasil com o fim do governo
de extrema-direita. A luta por desenvolvimento com
valorização do trabalho atinge um novo patamar. Um
sindicalismo forte e mobilizado é condição essencial
para viabilizar essas conquistas.
Fonte: Portal Vermelho
24/01/2023 -
Correção da tabela do IR beneficiaria 30 milhões de
trabalhadores
Pelos cálculos da Unafisco, só quem ganha mais de
R$ 4.719,34 ao mês deveria pagar o imposto e não R$
1.903,98 como é atualmente
Dados divulgados pela Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco)
revelam que a correção inflacionária da tabela do
Imposto de Renda (IR) beneficiaria cerca de 30
milhões de trabalhadores, aposentados e
pensionistas.
De acordo com a entidade, só quem ganha mais de R$
4.719,34 ao mês deveria pagar o imposto e não R$
1.903,98 como é atualmente.
Bolsonaro prometeu zerar o imposto de renda de quem
ganhava até cinco salários mínimos, mas não cumpriu
a promessa. Já o presidente Lula assegurou que quem
ganha até R$ 5 mil estaria livre do imposto.
A última atualização parcial da tabela foi feita em
2016 durante o governo Dilma, quando a faixa de
isenção passou de R$ 1.787,77 para os atuais R$
1.903,98.
A Unafisco diz que o último ajuste integral ocorreu
em 1996, o que gerou uma defasagem acumulada de
148,1% em janeiro/2023. Caso isso fosse atualizado,
os trabalhadores que ganham até R$ 4.719,34 não
precisariam pagar o IR, ou seja, cerca de 30 milhões
de trabalhadores.
Por outro lado, os cálculos demonstram que haveria
uma redução de R$ 239,3 bilhões na arrecadação da
União.
“Temos a noção de que um reajuste integral exige um
esforço fiscal gigantesco e não é trabalho para um
único governo fazer de uma vez só. Porém, entendemos
que é possível dar um primeiro passo especialmente
considerando que foi promessa de campanha não
cumprida do governo Bolsonaro e também foi promessa
do governo Lula”, afirmou ao InfoMoney o presidente
da Unafisco, Mauro Silva.
Para diminuir a carga tributária para os mais
pobres, o governo precisaria taxar lucros e
dividendos dos bilionários na reforma tributária.
O diretor-adjunto de Estudos Técnicos do Sindifisco
Nacional, Marcelo Lettieri, afirmou que a tributação
de lucros e dividendos e o fim da dedução dos juros
sobre capital próprio são mudanças necessárias para
que a correção da tabela seja uma realidade.
Fonte: Portal Vermelho
24/01/2023 -
STF: funcionário não tem de pagar honorários se
perder ação trabalhista
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiram na quarta-feira (19) anular trechos da
reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer
que obrigavam trabalhadores derrotados em ações
fossem obrigados a pagar honorários do advogado da
parte vencedora, mesmo em caso de benefício de
gratuidade pela Justiça.
No entanto, o STF manteve válido o pagamento de
custas pelo beneficiário que faltar à audiência
inicial sem apresentar justificativa.
Na avaliação do advogado Cláudio Lima Filho,
especialista em direito do trabalho, a decisão do
STF é um retrocesso para a Justiça brasileira e para
as empresas, embora reconheça que seja positiva para
os trabalhadores. Para Lima Filho, a reforma tinha
como principal objetivo diminuir o ajuizamento de
ações, mas a decisão segue o rumo contrário.
“Julgar inconstitucionais esses dispositivos faz com
que nós voltemos para antes da reforma trabalhista.
Ou seja, mesmo que o direito dele não seja
plausível, terá a possibilidade de ajuizar ação,
porque, na pior das hipóteses, perderá a ação, sem
qualquer custo”, disse.
“A alteração da lei é positiva para o trabalhador,
pois ele nunca terá de arcar com os honorários da
parte vencedora ao acionar a Justiça Trabalhista com
uma ação na qual não terá seus direitos
reconhecidos”, afirmou o advogado, que é sócio da
Dias, Lima e Cruz Advocacia.
A contestação da reforma trabalhista chegou ao
Supremo após ação movida pelo ex-procurador-geral da
República, Rodrigo Janot. Ainda há outros pontos da
norma a serem analisados pelo STF.
Fonte: Exame
24/01/2023 -
Governo vai ouvir entregadores por aplicativo
O Brasil, estima o Dieese, tem hoje entre 4 e 4,5
milhões de entregadores em aplicativos (APPs).
Muitos, diretamente ligados a plataformas. Outros,
em empresas que, para executar suas tarefas,
recorrem a aplicativos. A condição que identifica
esses trabalhadores é idêntica: precariedade.
Mas só agora, com a posse de Lula, começam
iniciativas no âmbito governamental buscando regular
esse mercado. Clemente Ganz Lúcio, assessor do Fórum
das Centrais Sindicais, participa dos trabalhos.
Nesta semana, ele informa, já houve a primeira
reunião do Grupo de Trabalho que cuidará de buscar
soluções para o segmento.
Clemente informa: “Segundo o próprio Dieese,
passa de 4 milhões o número de trabalhadores nesse
segmento. No setor de entregas, variadas, calcula-se
em cerca de 1,5 milhão”. A precariedade é
generalizada. “O próprio pagamento salarial é
incerto e incompleto”, ele diz.
Esses trabalhadores, com cara e coragem, enfrentam
sol e chuva sem proteção trabalhista ou
previdenciária. Quando a moto ou bicicleta quebra, o
próprio trabalhador arca com os prejuízos. Quando se
acidenta, não tem seguro ou cobertura pela
Previdência.
Mesa – Por enquanto, as discussões se iniciam
entre representantes de trabalhadores e do governo.
Mas o segmento empresarial será também chamado. “A
ideia é formar uma mesa tripartite para tratar das
questões, que são muitas”, observa Clemente Ganz
Lúcio.
A complexidade do setor e as inúmeras variáveis em
torno do segmento indicam que a solução para os
problemas não será rápida. “Vai ser demorado, porque
a abordagem é múltipla”, ele diz.
Só a questão trabalhista, ou seja, formas de
contratação, jornadas, pagamento pelo serviço
prestado, responsabilidades do contratante e do
tomador do serviço, mostra que há um enorme desafio
pela frente. “O objetivo é até março formamos a mesa
de negociações”, afirma Clemente.
Mais – Acesse o site do
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
24/01/2023 -
Tribunal confirma condenação de banco por prática de
ato antissindical
Justiça ficou pagamento de R$ 100 mil por dano
moral coletivo
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) confirmou decisão que condenou o Banco do
Nordeste por práticas consideradas antissindicais. A
ação civil pública se originou na Bahia. O valor,
por dano moral coletivo, foi fixado em R$ 100 mil. E
“deverá ser revertido para instituição e/ou campanha
que atue na defesa de direitos e garantias dos
trabalhadores bancários alcançados pela
discriminação”.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) daquele
estado havia constatado práticas atentatórias à
liberdade sindical. “Uma das acusações é que o
banco, por perseguição, negou a um empregado
dirigente sindical direitos expressamente previstos
no acordo coletivo e estendidos a todos os
trabalhadores em condição similar”, informa o TST.
Na primeira instância – 33ª Vara do Trabalho de
Salvador –, os pedidos foram negados. Aquele juízo
considerou que não ficou demonstrada a existência de
discriminação constante. Já a 2ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região condenou o
Banco do Nordeste a se abster de promover condutas
discriminatórias por motivo de filiação ou atividade
sindical. Assim, fixou multa de R$ 10 mil por dia, a
ser revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT). Além disso, determinou o pagamento de R$ 100
mil por dano moral coletivo.
O banco recorreu, então, ao TST. A relatora da
Segunda Turma, ministra Maria Helena Mallmann,
manteve a condenação na íntegra e foi seguida pelos
colegas. “O TRT concluiu que a prova produzida
demonstrou que o banco dificultou o exercício da
liberdade de organização e de sindicalização, ao
deixar de enquadrar corretamente o dirigente
sindical, impedindo o pagamento das diferenças
correlatas, em inequívoca conduta antissindical”,
afirmou a magistrada.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/01/2023 -
Alexandre abre mais 6 inquéritos sobre atos
terroristas de bolsonaristas no 8/1
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, determinou, nesta segunda-feira (23/1), a
abertura de mais seis inquéritos para ampliar as
investigações sobre os atos terroristas
antidemocráticos praticados por bolsonaristas no
último dia 8/1, na Praça dos Três Poderes, em
Brasília.
Um dos procedimentos investiga as condutas dos
financiadores e participantes por auxílio material.
O segundo apurará a responsabilidade dos autores
intelectuais e instigadores dos ataques. Um terceiro
inquérito é voltado aos executores dos crimes que
não foram presos em flagrante — os demais já são
investigados em outro processo.
Outros três inquéritos foram instaurados para
apurar, individualmente, as condutas de três
deputados supostamente envolvidos na convocação dos
golpistas. Os nomes desses parlamentares ainda não
foram divulgados.
A instauração dos inquéritos atende a pedido da
Procuradoria-Geral da República. O órgão considerou
a necessidade de otimização dos recursos, pois
existem requisitos específicos para
responsabilização penal por autoria intelectual e
por instigação, diferentes dos requisitos aplicáveis
aos executores materiais, financiadores e
auxiliadores.
As investigações se referem aos delitos de
terrorismo, associação criminosa, tentativa de
abolição violenta do Estado democrático de Direito,
tentativa de golpe de Estado, ameaça, perseguição e
incitação ao crime. Com informações da assessoria de
imprensa do STF.
Inq 4.920 - Inq 4.921 - Inq 4.922 - Inq 4.917 - Inq
4.918 - Inq 4.919
Fonte: Consultor Jurídico
23/01/2023 -
Quase 40% dos acordos de 2022 perderam da inflação,
segundo pior resultado em cinco anos
Resultado só foi melhor do que 2021, quando a
inflação foi mais alta
Dados preliminares divulgados pelo Dieese mostram
que 2022 foi o segundo pior ano, dos últimos cinco,
para as negociações de acordos salariais. Fica aquém
de 2018, 2019 e 2020 e só mostra melhora em relação
ao ano imediatamente anterior. Contribuiu para esse
resultado o fato de a inflação de 2022 ter sido
menor que a de 2021, mas os preços dos alimentos
subiram bem acima da média.
Assim, de um total de 19.370 reajustes, 39,5%
ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE,
que costuma ser usado como referência nos acordos
trabalhistas. Foram 24,3% acima do índice e 36,2%
equivalente ao INPC acumulado nos 12 meses
anteriores. O Dieese observa que várias categorias
ainda não concluíram negociações.
Segundo o levantamento, o pior ano foi 2021, com
45,8% de reajustes firmados em acordos salariais
inferiores à inflação e apenas 15,2% acima. Os dados
disponíveis são de 2018 em diante, quando o Dieese
passou a acompanhar acordos e convenções registrados
no sistema Mediador, do Ministério do Trabalho.
Pisos acima do salário mínimo
Dessa forma, na média, a variação real média dos
acordos é negativa: -0,78%. As categorias com ganhos
reais tiveram, em média, 0,81% acima do INPC. Entre
os setores, houve mais aumentos reais na indústria
(32,6%) e mais perdas nos serviços (50%). No
comércio, a maioria (51,4%) teve reajuste
equivalente à inflação.
No ano, o valor médio dos pisos nos acordos
coletivos foi de R$ 1.547,98, ou 27,7% acima do
salário mínimo de 2022 (R$ 1.212). O maior era o de
setor de serviços (R$ 1.575,20) e o menor, na área
rural (R$ 1.467,75).
O levantamento completo do Dieese pode ser visto
aqui.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/01/2023 -
Bolsonaro está prestes a se tornar réu em processo
criminal
Procuradores estão pressionando o chefe da PGR a
abrir uma ação criminal contra o ex-presidente por
incitar atos golpistas
O procurador-geral da República, Augusto Aras, está
sendo pressionado para abrir ação criminal contra
Bolsonaro por incitação aos atos golpistas que
resultaram na invasão e depredação dos prédios da
Praça dos Três Poderes.
Se isso acontecer e for aceito pelos Supremo
Tribunal Federal (STF), o ex-presidente pode ser
tornar, pela primeira vez, réu em processo criminal.
De acordo com a coluna Painel da Folha de S.Paulo, a
pressão está sendo feitas por diversos procuradores
que fazem parte do grupo estratégico criado pela PGR
após os atos golpistas.
Eles solicitaram informações do ministro do STF
Alexandre Moraes sobre a publicação para avaliar o
alcance e as circunstâncias da postagem no Facebook
de um vídeo do ex-presidente colocando, mais uma
vez, em dúvida o resultado das eleições. A postagem
foi feita dois dias depois dos atos golpistas em
Brasília.
“O subprocurador-geral da República Carlos
Frederico, que assina a representação, pediu que
seja determinado à Meta (dona do Facebook) a
preservação do vídeo apagado e os metadados
referentes à postagem, como data e IP, para ‘melhor
auferir sua autoria’. Também quer saber informações
a respeito do alcance do vídeo, como o número de
compartilhamentos e comentários”, diz a coluna.
“Dezenas de procuradores cobraram o chefe da PGR
abertura de investigação criminal contra Bolsonaro
por incitação ao golpe logo depois da destruição dos
prédios da República. Genocida não vai ter como
escapar dos crimes que cometeu, a ficha corrida é
longa”, escreveu no Twitter a deputada Gleisi
Hoffmann (PR), presidente nacional do PT.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), diz que Bolsonaro não pode
ficar impune. “Sem impunidade! Cerca de 80
Procuradoras e Procuradores da República
apresentaram hoje uma representação ao PGR contra
Bolsonaro por incitação ao CRIME em relação a atos
criminosos após as eleições. As nossas instituições
FUNCIONAM e vão mostrar a força democrática do
Brasil”, postou.
Fonte: Portal Vermelho
23/01/2023 -
Ministro quer acabar com saque-aniversário e
'ignora' bancos: "Ninguém mandou emprestar"
Luiz Marinho diz que modalidade, usada em
operações de crédito, deixa o trabalhador "na rua da
amargura"
Ministro do Trabalho e Emprego do governo Lula, Luiz
Marinho (PT) quer enterrar a modalidade de
saque-aniversário do FGTS. O modelo permite que o
beneficiário resgate anualmente parte dos recursos
do fundo.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Marinho
avaliou que essa opção prejudica o fundo e "cria um
trauma".
"Quem é demitido não pode sacar o saldo. Deixa o
trabalhador na rua da amargura no momento em que ele
mais precisa sacar. Ele é opcional, mas está errado.
Se o salário não está dando, tem que ir lá fazer
campanha, não sacar um fundo para proteger quando da
demissão", afirmou.
A modalidade é também usada como garantia em
operações de crédito, como o empréstimo consignado.
Embora preocupe as instituições financeiras, Marinho
não parece considerar essa demanda um fator para a
proposta.
"O fundo não é para isso. Para lastrear empréstimo
consignado já tem a folha de pagamento", pontuou
Marinho. "Problema é dos bancos, não é problema meu.
Ninguém mandou emprestar".
Apesar de votar para acabar com a modalidade, o
ministro ponderou que haverá discussão com o
Conselho Curador do FGTS em março.
"Podemos chegar, se esse for o entendimento
construído no diálogo, [a uma proposta] de brecar
daqui para frente. Isso nós vamos construir. Os
bancos não se preocupem, por enquanto".
Marinho destacou ainda que, embora se preocupe com
os trabalhadores, não com os bancos, haverá um
diálogo para que não se crie traumas na economia.
Mas os bancos, afirmou, podem encontrar um jeito de
"segurar a onda".
Fonte: Terra
23/01/2023 -
Ministro do TSE aceita abertura de ação eleitoral
contra Bolsonaro
Ex-presidente é acusado de suposta prática de
abuso de poder
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Benedito Gonçalves decidiu quinta-feira (19) aceitar
a abertura de uma ação de investigação eleitoral
contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela suposta
prática de abuso de poder nas eleições de 2022.
A ação foi solicitada pelo PT e demais partidos que
formaram a coligação para apoiar a candidatura do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No processo, a
coligação acusa o ex-presidente de realizar eventos
nas dependências dos palácios da Alvorada e do
Planalto no segundo turno da campanha eleitoral. O
partido cita reuniões com governadores e cantores
sertanejos para anúncio de apoios à candidatura.
Ao analisar a petição inicial, o ministro entende
que existem indícios suficientes para autorizar a
abertura do processo. Em caso de condenação, uma das
punições pode ser a decretação da inelegibilidade de
Bolsonaro.
“Extrai-se do material analisado que espaços
tradicionalmente usados para a realização de
coletivas pelo presidente da República, no
desempenho de sua função de chefe de Estado,
serviram de palco para a realização de atos
ostensivos de campanha, nos quais se buscou projetar
uma imagem de força política da candidatura de Jair
Bolsonaro”, afirmou.
Pelo menos 16 processos contra o ex-presidente estão
em tramitação no TSE.
Fonte: Agência Brasil
23/01/2023 -
"Não tratamos do dia 8. Isso está com a Justiça",
diz Múcio após reunião com Lula e comandantes das
Forças Armadas
"Nós tratamos da capacidade de geração de emprego
que o Brasil tem na indústria de Defesa", declarou
ministro da Defesa
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto após a
reunião com o presidente Lula (PT) e os comandantes
das Forças Armadas nesta sexta-feira (20), o
ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que não
foram discutidos os atentados terroristas de
bolsonaristas em Brasília no dia 8, mas sim "os
investimentos da indústria de Defesa brasileira."
“Foi para tratar dos investimentos da indústria de
Defesa do Brasil. Se os senhores me perguntarem se
nós tratamos do dia 8, não tratamos. Isso está com a
Justiça. Nós tratamos da capacidade de geração de
emprego que o Brasil tem na indústria de Defesa. E
teve a presença do presidente da Fiesp, Josué
Alencar, e de outros cinco empresários, todos
propondo soluções para que nós coloquemos recursos
na indústria de Defesa brasileira para gerar
empregos, gerar divisa, investir na tecnologia. São
benefícios a curtíssimo prazo e que nós precisamos
criar mecanismos, que tenha dinheiro
extra-orçamentário para que nós possamos fazer essas
coisas”. declarou Múcio.
Minimizando rumores de atritos, o ministro da Defesa
ressaltou que as Forças Armadas sabem que Lula
sempre lhes deu importância em seus mandatos: “ele
foi o presidente da República que talvez mais
investiu nas Forças Armadas. Ele tem consciência, e
as Forças Armadas também, da atenção que ele deu às
Forças Armadas. Ele quis renovar essa confiança.
Evidentemente que nós não poderíamos ficar com essa
agenda última. A gente tem que pensar para frente,
pacificar esse país, governar. A conversa seria só
no final de janeiro, início de fevereiro, mas como
os relatórios que ele pediu a cada comandante
ficaram prontos, eu pedi ao presidente que antes da
viagem dele à Argentina que nós apresentássemos os
resultados que cada comandante encontrou".
Questionado sobre o recado que o presidente passou
aos comandantes, Múcio relatou que o recado foi de
"entusiasmo, de fé no trabalho deles" e voltou a
falar sobre o terrorismo bolsonarista do dia 8,
tratando o assunto como questão superada em relação
aos militares: "todos se indignaram com aquilo. De
maneira que o presidente disse que acreditava no
trabalho deles, tanto que nós hoje tratamos de uma
agenda totalmente diferente".
Fonte: Brasil247
23/01/2023 -
Tribunal leiloa carro, imóveis e outros bens para
pagamento de dívidas trabalhistas
Atividade será on-line e tem apartamento na Rua
Oscar Freire, com lance de R$ 1 milhão, BMW (R$ 21
mil) e cervejeira (R$ 1,2 mil). No ano passado,
foram arrecadados quase R$ 147 milhões
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2,
que abrange a Grande São Paulo e a Baixada Santista)
faz nas próximas terça e quinta (24 e 26) seu
primeiro leilão on-line do ano. A atividade, feita
regularmente pelo tribunal há mais de uma década, se
destina a arrecadar recursos para pagamento de
dívidas trabalhistas.
Nesses leilões são oferecidos bens que foram
apreendidos judicialmente dos devedores. Incluem
terrenos, imóveis, carros e máquinas, entre outros.
Segundo o TRT, estão previstos 12 leilões no
primeiro semestre.
Desta vez, entre os itens à venda no leilão do TRT
estão um apartamento na Rua Oscar Freire, no bairro
dos Jardins, em São Paulo, com lance inicial de R$ 1
milhão. Há ainda um automóvel BMW (R$ 21 mil). E
também uma cervejeira (R$ 1,2 mil). Os lotes dos
dois dias podem ser conferidos aqui e também neste
link. Para participar, é preciso fazer o cadastro
até 48 horas úteis antes do evento, na página do
leiloreiro.
No ano passado, o tribunal realizou 42 leilões para
pagamento de dívidas e arrecadou quase R$ 147
milhões. Perto de 19% foram retirados de pauta
devido a acordos ou quitação do processo.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/01/2023 -
Deputados do PT entram com representação criminal
contra Bolsonaro
Acusação é de genocídio de indígenas
Quatro deputados federais do Partido dos
Trabalhadores protocolaram neste domingo (22) uma
representação criminal na Procuradoria-Geral da
República (PGR) contra o ex-presidente Jair
Bolsonaro e a ex-ministra da Mulher, Família e
Direitos Humanos e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF)
por suspeita de crime de genocídio contra os povos
Yanomami em Roraima.
“Crianças e adultos em situação de elevada
subnutrição, cadavéricas, numa realidade que não
deveria existir num país que ano após ano tem
recordes na sua produção agrícola e alimenta
diversas nações e povos”, diz o documento. “A
responsabilidade por essa tragédia é conhecida no
Brasil e no mundo. Na verdade, além da omissão
dolosa, o primeiro representado [Jair Bolsonaro] é
diretamente responsável por autorizar, incentivar e
proteger o garimpo ilegal nas terras indígenas
Yanomami e em várias regiões da Amazônia”,
acrescenta.
Os deputados afirmam que a atitude de Bolsonaro
contribuiu de maneira decisiva para a "contaminação
dos rios (mercúrio) e, consequentemente, resultou
nos impactos na alimentação (pesca) e nas condições
de sanitárias (saúde) dos povos tradicionais que
vivem e sobrevivem nas áreas onde não deveria haver
garimpos, legais ou ilegais".
A representação também inclui todos os
ex-presidentes da Funai durante o governo Bolsonaro
– no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.
Assinam a representação os parlamentares Alencar
Santana (SP), Maria do Rosário (RS), Reginaldo Lopes
(MG) e Zeca Dirceu (PR).
Na representação, os deputados defendem que esses
gestores são "diretamente responsáveis, por ação ou
omissão, pelas mortes e infortúnios vivenciados
pelos povos Yanomami e outras comunidades indígenas
e deverão ser qualificados e responsabilizados".
Fonte: Agência Brasil
23/01/2023 -
Trabalhos legislativos do Congresso recomeçam em 2
de fevereiro
Os trabalhos legislativos do Congresso Nacional
recomeçam em 2 de fevereiro. Na sessão solene de
reabertura, deve ser apresentada a mensagem
presidencial, que poderá ser lida pessoalmente pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ausência
dele, a leitura caberá ao primeiro-secretário da
nova Mesa do Congresso, que será definida no dia
anterior, após a posse dos deputados e senadores
eleitos em 2022. Também são esperadas mensagens dos
Poderes Judiciário e Legislativo.
Fonte: Agência Senado
23/01/2023 -
Valor bloqueado de financiadores golpistas sobe para
R$ 18,5 milhões
A Justiça Federal autorizou neste sábado (21) novos
bloqueios de bens de suspeitos de financiar os atos
golpistas que resultaram na depredação dos prédios
dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. O
valor que era de R$ 6,5 milhões subiu para R$ 18,5
milhões.
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a quantia
deverá ser utilizada para ressarcir os cofres
públicos pelos prejuízos aos edifícios, no caso de
condenação definitiva dos envolvidos.
(Mais Informações: Ag. Brasil)
Fonte: Agência Brasil
20/01/2023 -
Desemprego cai com desempenho dos serviços. Trabalho
sem carteira cresce mais
País tem agora 8,7 milhões de desempregados e
38,8 milhões de trabalhadores informais
A taxa de desemprego foi de 8,1% no trimestre
encerrado em novembro, recuando tanto em relação ao
período anterior como em um ano. Segundo o IBGE, que
divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua neste quinta-feira (19),
foi a menor taxa desde abril de 2015 (também 8,1%),
no governo Dilma.
Pela pesquisa, o número de desempregados agora é
estimado em 8,741 milhões, queda de 29,5% em 12
meses. Os ocupados somam 99,693 milhões, aumento de
5% e recorde da série, iniciada em 2012. Além disso,
os dados mostram que os resultados recentes tiveram
mais influência de áreas ligadas ao setor de
serviços e à administração pública.
Com e sem carteira
Mas o emprego sem carteira ainda sobe acima do formal.
Os empregados com carteira assinada no setor privado
somam 36,791 milhões, crescimento de 7,5% em um ano.
Os sem carteira são 13,309 milhões, aumento de 9,3%.
Já no setor público, enquanto o número de
trabalhadores registrados (1,361 milhão) cresce 10%,
o de sem carteira (3,129 milhões) sobe 28,4%.
Ainda assim, a taxa de informalidade no país segue
próxima dos 40%. No trimestre encerrado em novembro,
foi de 38,9% dos ocupados. Isso equivale a 38,8
milhões de trabalhadores informais. Há um ano,
40,6%.
Conta própria
Já o serviço doméstico, que cresce 4,5% em um ano e
abrange 5,864 milhões de trabalhadores. Os que não
têm carteira são maioria: 4,371 milhões, alta de
2,9% em 12 meses. Nesse caso, os registrados (1,493
milhão) crescem mais (9,7%). Os trabalhadores por
conta própria (25,499 milhões) têm queda de 1,3%.
O chamado nível de ocupação, que considera as
pessoas ocupadas em relação à população em idade de
trabalhar, foi estimado em 57,4%. Era de 55,1% há um
ano. E a taxa de subutilização (de pessoas que
gostariam de trabalhar mais) passou de 25% para
18,9% no mesmo período. Essa população é estimada em
21,930 milhões.
Menos desalentados
A população fora da força de trabalho é de 65,282
milhões, estável na comparação anual. Por sua vez,
os desalentados (4,064 milhões) caíram 16,7% em
relação a igual período de 2021.
Estimado em R$ 2.787, o rendimento médio cresceu
7,1% em 12 meses. A massa de rendimentos soma R$ 272
bilhões, aumento de 13%.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/01/2023 -
Lula se opõe à criação de CPI para investigar atos
golpistas
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (18), o
presidente Lula (PT) se declarou contrário à
implementação de uma CPI na Câmara dos Deputados ou
no Senado para investigar os responsáveis pelos atos
golpistas que ocorreram na Esplanada dos Ministérios
no dia 8 de janeiro. Lula afirmou que, tendo em
vista a existência de uma investigação em curso por
parte das autoridades policiais, uma apuração
paralela por parte do legislativo pode atrapalhar o
trabalho investigativo.
“O que nós podemos investigar em uma CPI que a gente
não possa investigar aqui e agora? Nós estamos
investigando, já têm mais de 1,3 mil pessoas presas.
Estamos ouvindo depoimentos, pegando telefones
celulares, (…) já sabemos quem foi negligente, quem
não foi negligente. Eu não sei o que a gente vai
ganhar com uma CPI”, declarou o presidente. Poucas
horas antes da entrevista, a Câmara Legislativa do
Distrito Federal instaurou uma CPI com esse
objetivo.
O presidente também teceu críticas ao aparato de
inteligência do governo federal, incluindo das três
forças armadas, por não o terem alertado sobre o
risco de invasões às sedes dos três poderes. “Eu saí
daqui [de Brasília] com a informação de que só havia
150 pessoas no acampamento, que estava tudo muito
tranquilo. (…) Depois que tudo aconteceu, você vai
ver nas redes sociais que isso estava sendo
convocado há mais de uma semana. (…) Nenhuma
inteligência serviu para avisar ao presidente da
república que isso poderia ter acontecido”,
desabafou.
Outro alvo de críticas de Lula foi o ex-presidente
Jair Bolsonaro, visto por ele como um fomentador dos
atos tanto por conta de suas declarações ao longo do
mandato, hostis às instituições, quanto por conta da
recusa em reconhecer o resultado das eleições. “O
silêncio dele, mesmo depois do que aconteceu, me deu
a impressão de que ele sabia de tudo o que estava
acontecendo. Obviamente o que vai provar isso são as
investigações”, avalia.
Sua impressão sobre os ataques aos três poderes é de
que se tratava do “início de um golpe de Estado”, e
que Jair Bolsonaro estaria “esperando voltar ao
Brasil na glória de um golpe”. Essa possibilidade
foi inclusive um dos motivos que o levaram a
convidar os governadores de todos os estados e os
presidentes dos demais poderes para uma reunião no
Palácio do Planalto no dia seguinte.
Esforço internacional
Além de acompanhar as investigações sobre os
responsáveis pelos atos golpistas no Brasil, Lula
manifestou preocupação com o crescimento de
movimentos e partidos de extrema direita ao redor do
mundo, em especial após a vitória eleitoral de
Donald Trump nos Estados Unidos em 2016. A política
estadunidense, a propósito, será um dos tópicos de
sua conversa com o presidente Joe Biden em
fevereiro, por conta dos indícios de fortalecimento
da ala radical do partido republicano e de
enfraquecimento do partido democrata.
Lula também planeja tratar de políticas de
enfrentamento ao autoritarismo ao se reunir com o
primeiro-ministro alemão Olaf Scholz. “É um
movimento internacional essa extrema direita. Por
isso eu vou propor uma unidade do pessoal
progressista e democrático do mundo. Vamos fazer uma
reunião para estabelecer uma ação de enfrentamento
para não permitir o ressurgimento do nazismo e do
fascismo. Precisamos ter competência para convencer
a sociedade de que o regime democrático é melhor”,
anunciou.
Fonte: Congresso em Foco
20/01/2023 -
Lula reforça valor dos trabalhadores
Bolsonaro passou quatro anos e nunca recebeu os
sindicalistas. Já Lula, no 18º dia de seu governo,
realizou plenária com todas as Centrais Sindicais,
no Palácio do Planalto, nesta quarta. Ele falou:
“Vocês não têm aqui apenas um presidente da
República, mas um sindicalista que virou presidente
da República do Brasil por causa de vocês”.
No palco, presidentes de 10 Centrais Sindicais e uma
plenária lotada de dirigentes, de todo o País. Os
representantes das Centrais falaram no evento, de
acordo com tema previamente tratado entre as
próprias entidades.
Ministro do Trabalho, Luiz Marinho comandará o Grupo
de Trabalho, com a participação dos sindicalistas.
“A ideia é estimular a participação sindical nos
debates sobre salário mínimo e outras questões de
interesse da classe trabalhadora”, afirmou. Para
Adilson Araújo, da CTB, “essa questão não pode ser
pautada pelo Deus mercado, porque foi o que ocorreu
nos governos Temer e Bolsonaro, com graves prejuízos
para os trabalhadores”.
Emprego – Segundo Sérgio Nobre, da CUT, “o
novo Ministério deve atuar em conjunto com outras
Pastas, a fim de gerar novos postos de trabalho,
proteger o emprego e reduzir o nível de precariedade
existente”.
A questão do emprego também foi lembrada por Ricardo
Patah, da UGT. Ele citou a situação dos
trabalhadores de aplicativo, observando “que essa
parcela representa a imensa massa submetida hoje a
condições precárias e de exploração”.
Força – Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, defendeu um novo modelo de negociação
coletiva. Para ele, as assembleias devem ser
soberanas, “propiciando ao trabalhador decidir sobre
as políticas de seu Sindicato e o custeio das
entidades”.
Imposto – O presidente em exercício da Nova Central,
Moacyr Tesch Auersvald, o reajuste na tabela do
Imposto de Renda é urgente, como forma de promover
“a desoneração dos mais humildes”.
Lula – “Neste País, quem paga imposto de
renda de verdade é o assalariado. Quem ganha R$ 3
mil paga mais do que quem recebe R$ 100 mil. Prometi
e vou garantir isenção de imposto de renda pra quem
ganha até R$ 5 mil”, assegurou o Presidente da
República.
Supremo – Após plenária com Lula, os dirigentes
tiveram audiência com a ministra Rosa Weber,
presidente do Supremo Tribunal Federal, o alvo mais
atacado pelos terroristas bolsonaristas dia 8 de
janeiro.
Fonte: Agência Sindical
20/01/2023 -
Trabalhadora dispensada por justa causa perde
direito a férias e 13º salário
Não há previsão legal para pagamento de férias e 13º
salário proporcionais quando o fim do contrato de
emprego ocorre por justo motivo. Assim, a 8ª Turma
do Tribunal Superior do Trabalho excluiu tais verbas
da condenação de uma microempresa em uma ação movida
por uma controladora de acesso dispensada por justa
causa.
Na reclamação trabalhista, a empregada buscava
reverter a justa causa. Segundo ela, o motivo da
dispensa seria um suposto histórico de indisciplina,
que não corresponderia à realidade.
Em sua defesa, a empresa disse que a funcionária
teve faltas injustificadas, deixou de fazer
monitoramento, saiu do trabalho sem comunicar seu
superior e usou o Facebook durante o expediente, Em
sete meses de serviço, ela recebeu sete
advertências.
A Vara do Trabalho de Esteio (RS) reconheceu a falta
grave da empregada ao agir com negligência. Porém,
condenou a empresa a pagar diferenças salariais,
incluindo férias e 13º salário proporcionais. O
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região manteve a
sentença.
O ministro Agra Belmonte, relator do recurso da
empresa, lembrou da Súmula 171 do TST, segundo a
qual as férias proporcionais não são devidas quando
há dispensa por justa causa. Ele ainda destacou que
o artigo 3º da Lei 4.090/1962 restringe o pagamento
do 13º salário aos trabalhadores dispensados sem
motivo justificado. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Processo 20755-49.2017.5.04.0281
Fonte: Consultor Jurídico
20/01/2023 -
Centrais vão entregar ao governo perfil sobre
trabalho em aplicativos para discutir regras de
proteção social
Depois da reunião de quarta (18) com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, desta vez dirigentes de
centrais sindicais foram recebidos pelo ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. A conversa no
gabinete, na manhã desta quinta-feira (19), foi para
tratar especificamente de uma possível regulação
para o trabalho em aplicativos. Tema que enfrenta
resistência empresarial e decisões judiciais
conflitantes.
Marinho disse ainda ontem que é preciso encontrar
alguma forma de proteção para esses trabalhadores,
submetidos, como afirmou, a jornadas diárias
extensas e sem garantias trabalhistas ou
previdenciárias. “Isso, no meu conceito de trabalho,
beira o trabalho escravo”, afirmou.
Assim, o primeiro passo é estabelecer uma espécie de
perfil do setor. “A base é muito pulverizada”,
observou após a audiência o presidente da Força
Sindical, Miguel Torres. Agora, até o próximo dia 13
cada central vai consultar suas entidades para
colher sugestões e propostas, que serão discutidas
em uma reunião conjunta no dia 17. O que for
consenso será sistematizado pelo Dieese e
encaminhado ao governo. “Queremos discutir pontos
mínimos de regulação”, disse Miguel. Uma ideia da
central é criar um cadastro nacional para os
trabalhadores nesse setor.
Antagonismo patronal
“Vamos tentar construir algo que possa conciliar o
antagonismo entre o setor patronal e os
trabalhadores”, disse o presidente da UGT, Ricardo
Patah. Segundo ele, a central tem entre seus
filiados “quase todos” os sindicatos ligados à Uber
e os principais que reúnem motoboys. Hoje, não há
consenso entre as centrais, e o primeiro desafio é
buscar o entendimento interno.
“Cada central, dentro de suas estruturas, vai
debater o que se pensa e tentar construir alguns
projetos para poder superar certas situações da
vida. De segurança, seguridade e outros temas. Vamos
tentar superar no diálogo”, afirmou Patah. “Eu
costumo dizer que (os trabalhadores em aplicativos)
são o principal exemplo de trabalho precário hoje no
Brasil, os verdadeiros miseráveis de Victor Hugo.” A
referência é ao famoso romance do escritor francês,
do século 19.
Greve suspensa
Também ontem, representantes da Associação dos
Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil
se reuniram com o novo secretário de Economia
Solidária do MTE, Gilberto Carvalho. Além disso, uma
greve que estava sendo articulada foi suspensa após
o início das negociações.
No final de 2021, pesquisa feita em parceria entre a
CUT e a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
mostrou a complexidade do tema e o desafio de se
estabelecer direitos mínimos para a atividade
profissional. Na Justiça do Trabalho, há decisões em
todas as instâncias que reconhecem e não reconhecem
o vínculo empregatício.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/01/2023 -
Governo começa articulação política para aprovar
reforma tributária no Congresso
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu o
pontapé inicial
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deu
início às articulações políticas para abrir caminho
ao avanço da reforma tributária no Congresso
Nacional ainda no primeiro semestre.
A construção de um ambiente favorável a essa agenda
passa pela nova composição das mesas do Legislativo,
cuja eleição ocorrerá em 1º de fevereiro.
O PT já costurou apoio à reeleição do atual
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL. Outros
partidos também se movimentam na mesma direção, como
por exemplo o MDB, que tem a reforma tributária como
tema prioritário para o partido.
A PEC (proposta de emenda à Constituição) 45 é de
autoria do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP),
presidente nacional da legenda. A proposta unifica
uma série de tributos sobre o consumo, como
PIS/Cofins e IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) e tem hoje a preferência de Haddad
nas discussões, aponta reportagem da Folha de
S.Paulo.
Desde o início do governo, o ministro da Fazenda tem
reforçado a intenção de priorizar a aprovação da
reforma, com ênfase na simplificação dos tributos
sobre o consumo. A avaliação é que a medida pode
ajudar a destravar o ambiente de negócios e
impulsionar o crescimento.
Segundo interlocutores, o presidente da Câmara tem
demonstrado estar empenhado na priorização dessa
agenda no Congresso.
Fonte: Brasil247
19/01/2023 -
Lula cria GT para debater valorização do salário
mínimo e diz que vai regular aplicativos
Anúncio foi feito em reunião com centrais
sindicais nesta quarta; pontos da reforma
trabalhista também serão revistos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou
nesta quarta-feira (18) uma portaria criando um
grupo de trabalho interministerial para estudo de
uma política de valorização do salário mínimo. O
grupo vai trabalhar por 45 dias, podendo ter suas
atividades prorrogadas pelo mesmo período.
A portaria foi assinada numa cerimônia realizada no
Palácio do Planalto com a presença de representantes
das centrais sindicais do país. Foi a primeira vez
que sindicalistas foram recebidos no palácio em seis
anos.
A recriação de uma política de valorização do
salário mínimo, encerrada pelo ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), é uma promessa de campanha de Lula.
Ele, quando foi presidente, criou uma regra para
cálculo do reajuste do piso nacional para conceder
aumentos sempre acima da inflação acumulada – ou
seja, aumentos reais de salário.
A criação da antiga política de valorização do
mínimo foi resultado de pressões de centrais
sindicais sobre o governo. Garantiu que o piso fosse
reajustado com base na inflação acrescida do
percentual do crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) do ano anterior.
Centrais sindicais esperam que uma fórmula
semelhante seja adotada.
Lula disse que a nova proposta será debatida também
com os sindicalistas. Reforçou que a intenção de
garantir aumentos reais ao salário mínimo: "o mínimo
é a melhor forma de fazer distribuição de renda no
país".
O presidente lembrou que, durante a ditadura
militar, a economia do Brasil chegou a crescer 14%
e, mesmo assim, o trabalhador ficou mais pobre. Isso
aconteceu porque esse crescimento não foi
distribuído em forma de aumentos salariais.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou
durante a cerimônia que, enquanto o grupo de
trabalho funcionar, o valor do piso seguirá o
vigente: R$ 1.302. Isso contraria reivindicações das
centrais, que defendem R$ 1.342. Contraria também a
promessa do governo, que pediu a aprovação da
chamada PEC da Transição para elevar o piso para R$
1.320.
Sindicatos e aplicativos
Marinho anunciou também que, em até 30 dias, serão
criados outros dois novos grupos de trabalho. Um
deles vai discutir a valorização do papel dos
sindicatos em negociações coletivas e outro a
regulamentação dos trabalho via plataforma ou
aplicativos.
"Acompanhamos a angústia de quem trabalha até 16
horas por dia para seu sustento. Isso beira o
trabalho escravo", disse Marinho, fazendo referência
a entregadores. "Quem protege esses trabalhadores? É
uma questão que precisamos resolver."
Já Lula afirmou que o governo quer construir uma
nova política sindical no país adaptada à nova
realidade do mundo do trabalho. "Vai ser diferente
da política dos anos 80 porque o mundo do trabalho
mudou muito."
O presidente ressaltou que os sindicatos são
importantes em todas as democracias. Disse que é
preciso buscar alternativas para a sustentabilidade
financeira das entidades e criticou pontos da
reforma trabalhista que comprometeram isso.
"Tirar dos trabalhadores o direito de decidir sobre
a contribuição [para os sindicatos] foi um crime",
afirmou Lula.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, havia
reclamado dessa questão em discurso antes da fala de
Lula. Torres destacou, entretanto, que sindicalistas
não querem a volta do Imposto Sindical, eliminado
pela reforma trabalhista.
Reforma tributária
Lula também afirmou que vai trabalhar para que a
proposta de reforma tributária em tramitação no
Congresso seja aprovada ainda neste semestre.
Prometeu também que vai trabalhar por mudanças no
Imposto de Renda.
"Quem ganha R$ 3 mil paga mais proporcionalmente do
que quem ganha R$ 100 mil. Temos que mudar a
lógica", disse Lula.
A fala de Lula sobre o imposto foi muito aplaudida
por sindicalistas, que lotaram o salão do Palácio do
Planalto. Todos os presidentes das centrais
discursaram antes do presidente. Oswaldo Augusto de
Barros, da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), afirmou que a volta de Lula à Presidência
representa o "retorno do diálogo" com trabalhadores.
Fonte: Brasil de Fato
19/01/2023 -
Senador Paim faz mais um gol de placa com a sanção
da Lei do Crime Racial
Na última semana, o presidente Lula sancionou a Lei
14.532/23, que aumentou a pena para a injúria
relacionada a raça, cor, etnia ou procedência
nacional. A nova lei promoveu mudanças na Lei do
Crime Racial e no Código Penal. Uma vitória
histórica que contou com a participação do senador
Paulo Paim (PT/RS), figura atuante contra o racismo
no Congresso Nacional.
O crime de injúria passa a ser inafiançável,
imprescritível e prevê detenção de dois a cinco anos
para quem o praticar. Anteriormente, a injúria
racial era prevista no código penal dissociada do
crime de racismo, com reclusão de um a três anos
mais multa.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
parabeniza Paim, autor do substitutivo que incluiu,
em maio do ano passado, agravantes para o crime de
injúria racial. “ É inadmissível uma pessoa ser
menosprezada pela cor da sua pele. O Brasil precisa
começar a punir, de fato, quem insiste em cometer
tal atrocidade. E Paulo Paim fez mais um gol de
placa ao incluir a injúria racial no crime de
racismo. Para nós é motivo de muito orgulho tê-lo
como aliado do Movimento Sindical”, enfatizou o
presidente interino da NCST, Moacyr Roberto Tesch
Auesvald.
Parlamentar comprometido com o povo
Um dos senadores mais bem avaliados no País, Paulo
Paim tem uma longa história em defesa das minorias
sociais. Já recebeu por sete vezes o Prêmio
Congresso em Foco. Em resumo, é autor dos estatutos
do Idoso, da Igualdade Racial, da Pessoa com
Deficiência, dentre outras participações. Quando
ainda era deputado, ganhou destaque nacional ao
defender a adoção do salário mínimo de cem dólares.
Sempre em defesa dos trabalhadores, ele institui o
fim do fator previdenciário, dentre outras políticas
públicas. Presidente de diversas comissões nas Casas
Legislativas, o gaúcho de Caxias do Sul, lutou até
pela libertação do líder negro Nelson Mandela, em
1989.
Fonte: NCST
19/01/2023 -
Trabalho por aplicativo beira a escravidão, diz Luiz
Marinho
Ministro do Trabalho criticou longa jornada dos
trabalhadores de aplicativos
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, comparou a
situação de trabalhadores de aplicativos com a de
escravos.
"Nós acompanhamos a angústia dos trabalhadores de
aplicativos, que muitas vezes têm que trabalhar 14h,
16h por dia para poder levar pão e leite para casa.
Isso, no meu conceito de trabalho, beira o trabalho
escravo", disse Marinho, durante cerimônia com
representantes de centrais sindicais realizado no
Palácio do Planalto, com a presença do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na terça-feira (17), motoentregadores tiveram a
primeira reunião com o governo federal, representado
pelo secretário de economia solidária do Ministério
do Trabalho e Emprego, Gilberto Carvalho. Segundo o
presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de
Aplicativos e Autônomos do Brasil), Edgar Francisco
da Silva, o governo reconheceu a necessidade de
legitimar os entregadores na discussão de regras
para os aplicativos.
A paralisação de entregadores programada para o
próximo dia 25 foi suspensa.
Fonte: Brasil247
19/01/2023 -
Governo sanciona Orçamento de 2023 com vetos
Dos R$ 4,266 bilhões vetados, R$ 4,18 bilhões
eram direcionados ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou,
com vetos, nesta terça-feira (17), a Lei
Orçamentária Anual (LOA) para 2023 (Lei 14.535/23).
Foram vetados R$ 4,266 bilhões em despesas
propostas, além do provimento de 512 cargos
federais.
A maior parte dos recursos vetados (R$ 4,18 bilhões)
iria para o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT), para ações de
fomento de pesquisa, contratos com organizações
sociais e obras. O motivo do veto, segundo o
Executivo, é um descumprimento da proporção entre
operações reembolsáveis e não reembolsáveis, algo
que é exigido pela legislação que regulamenta o
FNDCT.
Outros R$ 60 milhões iriam para o Ministério da
Economia, para fomento ao associativismo e ao
cooperativismo. O argumento para o veto é que essas
áreas estão sob a competência do Ministério do
Trabalho.
O veto também incide sobre verbas destinadas ao
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) – R$ 15 milhões; ao Fundo Geral de Turismo (Fungetur)
– R$ 8 milhões; e ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen)
– R$ 250 mil.
Cargos vetados
Lula também vetou a previsão de provimento de 512
cargos, sendo 417 em seis universidades federais de
cinco estados e 95 na Agência Nacional de Mineração
(ANM). Outros 1.829 cargos nas mesmas universidades
que seriam criados também foram vetados.
A justificativa para o veto aos cargos nas
universidades é que essa medida impactaria
“significativamente” o planejamento e a gestão do
quadro de pessoal permanente do Executivo.
No caso da ANM, o Planalto lembrou que dispositivos
que embasavam aumento de despesa com pessoal na
agência haviam sido vetados em uma lei de 2022. Pela
mesma razão, o presidente Lula vetou a destinação de
R$ 59,2 milhões para reajuste salarial nas carreiras
da ANM.
Bolsa Família
O texto sancionado mantém a previsão de pagamento
do Bolsa Família de R$ 600 durante todo o ano de
2023, mais um pagamento adicional no valor de R$ 150
mensais por criança de até 6 anos, conforme aprovado
pelo Congresso em dezembro.
Fonte: Agência Câmara
19/01/2023 -
Seguro-desemprego já tem novo valor para 2023
O seguro-desemprego já teve o valor reajustado para
2023. O pagamento máximo das parcelas passou para R$
2.230,97. Aumento de R$ 124,89 em relação ao ano
anterior. A mudança entrou em vigor 10, com a
divulgação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) de 2022, que ficou em 5,93%.
O valor recebido pelos trabalhadores demitidos
depende da média salarial dos últimos três meses
anteriores à demissão. O valor da parcela não pode
ser menor do que o salário mínimo vigente (R$
1.302).
Os novos valores já serão aplicados para quem ainda
vai requerer o benefício, como também para quem já
recebe o seguro-desemprego, sendo corrigidas as
parcelas que faltam ser pagas.
“É uma grande ajuda para quem perdeu o emprego, até
que o trabalhador encontre uma nova oportunidade de
vaga. Quem precisar deve entrar no site do
Ministério do Trabalho e seguir todos os
procedimentos para receber o quanto antes o
benefício”, informa Márcio Ayer, presidente do
Sindicato dos Comerciários.
Direito – O seguro-desemprego é um direito
dos trabalhadores que foram demitidos sem justa
causa ou que pediram demissão. Porém, não é
permitido receber qualquer outro benefício
trabalhista em paralelo ao seguro e nem ser sócio em
empresas.
O trabalhador recebe o benefício de 3 a 5 parcelas,
de acordo com o tempo de trabalho. Tem direito a 3
parcelas trabalhadores com no mínimo 6 meses de
trabalho; 4 parcelas com no mínimo 12 meses de
trabalho; e 5 parcelas a partir de 2 anos de
trabalho.
Solicitação – Acesse o
Portal
Emprega Brasil. O procedimento é totalmente
on-line. Para solicitar o seguro-desemprego pela
primeira vez é necessário ter registro em regime de
Carteira de Trabalho há pelo menos 12 meses.
Fonte: Agência Sindical
19/01/2023 -
Trabalhador demitido que tem CNPJ ativo pode receber
seguro-desemprego
TRF-1 considerou que o fato de o trabalhador
possuir um CNPJ não necessariamente resulta em
recebimento de renda.
Um trabalhador que foi dispensado e que possuía CNPJ
ativo conseguiu, na Justiça, o direito de receber o
benefício do seguro-desemprego. A decisão é da 1ª
turma do TRF da 1ª região, ao reformar sentença do
juízo da 2ª vara Federal da subseção Judiciária de
Anápolis/GO.
De acordo com os autos, o trabalhador ingressou com
pedido de recebimento do seguro-desemprego junto ao
ministério do Trabalho e Previdência, o que lhe foi
negado sob a alegação de que o apelante compõe o
quadro societário de uma empresa.
A negativa levou o trabalhador a ingressar com o
processo na Justiça Federal. Após ter seu pedido
negado na 1ª instância, o apelante recorreu ao
tribunal alegando que, embora constasse na condição
de sócio de uma empresa, não recebeu qualquer
remuneração advinda desse vínculo.
O relator, desembargador Federal Gustavo Soares
Amorim, ao analisar o caso, destacou que "o fato de
a parte autora estar vinculada ao CNPJ do qual não
resulte a obtenção de renda, na condição de
empresário ou sócio de sociedade empresária, não
configura óbice ao recebimento do seguro-desemprego,
notadamente em razão de o art. 3º, inciso V, da lei
7.998/90, que regula o seguro-desemprego, não impor
essa restrição, mas, tão somente exigir, para a
concessão deste benefício, entre outras condições,
que o requerente não possua renda própria de
qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de
sua família".
Com isso, o colegiado, por unanimidade, deu
provimento à apelação do trabalhador, nos termos do
voto do relator
Processo: 1005244-28.2019.4.01.3502
Informações: TRF da 1ª região.
Fonte: Migalhas
19/01/2023 -
O que o empregador precisa saber: mudanças no
eSocial
Em 16 de janeiro de 2023, as empresas passaram a ter
que inserir no eSocial os dados das condenações
definitivas na Justiça do Trabalho. E também
precisará informar os acordos firmados com seus
ex-empregados no âmbito da Justiça do Trabalho.
Conforme consta no manual do eSocial (na versão
S-1.1) também deverão ser registradas as ações e
acordos celebrados nas Comissões de Conciliação
Prévia (CCP) e nos Núcleos Intersindicais (Ninter),
que forem concluídos a partir de 1 de janeiro de
2023.
Importante destacar que as empresas também devem
informar dados dos processos em que houve condenação
solidária ou subsidiária. E serão exigidas outras
informações básicas da relação de emprego, tais como
o tempo que o colaborador trabalhou na empresa,
remuneração mensal, quais foram os pedidos do
processo, o conteúdo da condenação e também bases de
cálculo do FGTS e contribuição previdenciária.
Deve-se ficar atento com o prazo para apresentação
dessas informações no sistema: se o trânsito em
julgado da decisão da fase de conhecimento ou a
homologação do acordo ou dos cálculos de liquidação
em fase de execução se der a partir de 1 de janeiro
de 2023, o prazo para envio de tais informações é
até o dia 15 do mês subsequente.
Com todos esses dados que passam a ser de informação
obrigatória pelas empresas, a União passa a ter mais
meios de fiscalização e controle das contribuições
fundiárias e previdenciárias incidentes sobre
condenações e acordos judiciais, o que se espera que
aumentem as fiscalizações sobre as empresas agora em
âmbito judicial, que praticamente não acontecia
antes.
No caso de descumprimento dessas novas exigências,
as empresas podem ser multadas em até R$ 42.564,00,
valor este que pode ser dobrado em caso de
reincidência.
Mais do que nunca é necessário um suporte do
jurídico em atuação com o setor de recursos humanos
das empresas para o levantamento dessas informações
e repasse dentro do prazo estabelecido pelo eSocial.
Fonte: Consultor Jurídico
18/01/2023 -
Pesquisa mostra que 64% consideram que primeiras
medidas de Lula estão no caminho certo
Levantamento divulgado pelo Ipec revela também
que para 55% da população o governo Lula será melhor
do que o anterior
Pesquisa Ipec divulgada segunda (16) traz números
positivos sobre as expectativas da população após o
início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o levantamento, 64% dos entrevistados
consideram que as medidas adotadas pelo governo até
aqui estão no caminho certo. Para 26%, o governo
está no caminho errado e 9% não souberam ou não
quiseram responder.
O total de pessoas que consideram que o governo está
no caminho certo subiu em relação à pesquisa
anterior, realizada em 5 de dezembro, quando havia
sido de 58%.
A pesquisa também perguntou sobre as expectativas com
o governo. Nesse quesito, 55% dos entrevistados
disseram acreditar que o mandato de Lula será ótimo
ou bom, contra 21% que acreditam que será ruim ou
péssimo. Para 18%, o governo será regular.
Da mesma forma, o número dos que acreditam que a
administração de Lula será ótima ou boa subiu em
relação à pesquisa anterior, quando havia sido de
50%.
A maioria dos brasileiros também acredita que o novo
governo será melhor do que o de Jair Bolsonaro (PL).
Para 55% dos entrevistados, o governo Lula será mais
positivo do que o anterior, enquanto 25% acreditam
que a gestão será pior do que a do político de
extrema-direita. Outros 14% esperam um governo igual
e 6% não souberam responder.
Os nordestinos formam a maior parte daqueles que
veem um futuro positivo com Lula no poder, chegando
a 75%. Na sequência, estão aqueles que estudaram até
o ensino fundamental, com 65%, e os que ganham até
um salário mínimo, com 62%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 10, com 2
mil pessoas de 156 municípios brasileiros. A margem
de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou
para menos.
Com informações do Brasil de Fato e TV Cultura
Fonte: Rede Brasil Atual
18/01/2023 -
PL lança Rogério Marinho como candidato à
presidência do Senado
O PL, principal partido da oposição ao governo Lula
(PT), confirmou o lançamento do nome de Rogério
Marinho (RN) para concorrer ao cargo de presidente
do Senado Federal e, por consequência, do Congresso
Nacional. Ex-ministro do Desenvolvimento do governo
Jair Bolsonaro, Marinho é o terceiro nome anunciado
para o pleito, e o segundo aliado do ex-presidente a
se oferecer ao cargo.
O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) é candidato à reeleição, e terá na disputa
o apoio dos partidos aliados do atual governo Lula.
Pelo menos até o momento, os oposicionistas
dividem-se entre duas candidaturas. Além de Marinho,
também lançou seu nome o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Pacheco conta com o apoio das bancadas do PT e PSD,
que somam 20 senadores contra os 14 da bancada do
PL. O partido presidido por Valdemar Costa Neto, ao
qual Bolsonaro está filiado, afirma ter o apoio
também do PP e do Republicanos. O Podemos, de Girão,
já conta com apenas seis parlamentares. Em vídeo, o
presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirma estar
confiante na vitória.
Para o governo, a manutenção de Pacheco é
estratégica: a Câmara tende a ser presidida por
Arthur Lira (PP-AL), quadro alheio à influência do
PT. Já para o PL, emplacar um quadro próprio na
presidência do Senado garantiria o poder de abrir
processos de impeachment contra ministros do Supremo
Tribunal Federal, onde o partido enfrenta processos
tanto contra parte de seus parlamentares quanto
contra a própria executiva nacional.
Fonte: Congresso em Foco
18/01/2023 -
Justiça dá três dias para Bolsonaro explicar minuta
do golpe
Benedito Gonçalves incluiu o documento em ação
que pede a cassação dos direitos políticos de
Bolsonaro.
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), incluiu a minuta do decreto
golpista nos autos de uma ação contra Jair Bolsonaro
e deu o prazo de três dias para que o ex-presidente
e seu vice na chapa, Walter Braga Netto, se
manifestem sobre o conteúdo do documento.
Considerado institucional, a minuta foi encontrada
pela Polícia Federal durante ação de busca e
apreensão na residência do Anderson Torres,
ex-secretário de Segurança do DF.
“Ante o exposto, admito a juntada do documento e
determino a abertura de vista aos réus [Jair
Bolsonaro], pelo prazo de três dias, para que se
manifestem sobre seu teor.”, diz o corregedor.
A decisão desta segunda-feira (16) atende a um
pedido do PDT para que a minuta fosse anexada às
investigações referentes à reunião que Bolsonaro fez
com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de
2022, quando atacou, sem provas, o sistema eleitoral
e as urnas eletrônicas.
A ação do PDT, oficializada em agosto do ano
passado, defende a inelegibilidade de Bolsonaro pela
prática de abuso de poder político e uso indevido
dos meios de comunicação. A reunião com os
embaixadores teve transmissão da TV Brasil.
Bolsonaro foi também incluído pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) na lista das pessoas investigadas
pelos atos de 08 de janeiro, suspeito de incitar
apoiadores instigador dos ataques feitos por
extremistas aos prédios dos três poderes, em
Brasília.
Ao todo, tramitam no TSE 16 ações que podem afastar
Bolsonaro de disputar eleições pelos próximos oito
anos. Todas elas estão sob a relatoria de Benedito
Gonçalves, que tem sido considerado “linha dura”
pelos bolsonaristas.
com informações de agências
Fonte: Portal Vermelho
18/01/2023 -
Salário mínimo é 1ª batalha do movimento sindical
sob o governo Lula
Com a cesta básica estimada em R$ 802,36 neste
mês de janeiro, o salário mínimo atual equivale a
1,62 cesta básica. Em 2017, um salário mínimo
correspondia a 2,16 cestas básicas.
O destino do salário mínimo está em disputa. Para
debater o tema, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) vai instalar uma Mesa Nacional, formada
por representantes dos trabalhadores, dos
empresários e do próprio governo federal. A luta
para valorizar o mínimo é a primeira grande batalha
dos sindicalistas sob o novo governo.
Na quinta-feira (12), durante a posse da nova
presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano,
Lula defendeu a retomada da política de valorização
permanente do salário mínimo. De acordo com o
presidente, há hipocrisia nas críticas do mercado à
medida.
“Tudo que a gente faz é gasto”, ironizou. “Se eu
compro comida é gasto, se compro para o pobre é
gasto, se coloco dinheiro na saúde é gasto, na
educação é gasto. A única coisa que não é tratada
como gasto neste país é o dinheiro que a gente paga
de juros para o sistema financeiro.” Para Lula, “o
mercado não tem coração, não tem sensibilidade, não
tem humanismo”.
Além de tratar do salário mínimo, caberá à Mesa
Nacional abordar outros dois tópicos: a regulação do
trabalho por aplicativos e a negociação coletiva.
Como esse fórum terá duração de 90 dias, suas
deliberações, uma vez avalizadas por Lula, podem ser
anunciadas pelo governo até 1º de Maio, Dia do
Trabalhador.
A Mesa é uma das pautas da reunião de Lula e do
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com o movimento
sindical, nesta quarta-feira (18), no Palácio do
Planalto, em Brasília. Já na reunião, os
sindicalistas devem cobrar a valorização do salário
mínimo. Hoje, cerca de 60,3 milhões de brasileiros –
entre trabalhadores, aposentados e pensionistas –
têm rendimento referenciado no piso salarial
nacional.
No primeiro dia de 2023, o mínimo passou de R$ 1.212
para R$ 1.302 – um reajuste nominal de 7,42%. Porém,
como a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor) foi de 5,93% no ano passado, o
aumento real (acima da inflação) ficou em apenas
1,41%.
Um novo reajuste está previsto para este ano.
Enquanto a equipe econômica propõe que o piso do
trabalhador brasileiro chegue a R$ 1.320, as
centrais sindicais defendem o valor de R$ 1.342.
Na visão dos sindicalistas, o mínimo sofre com uma
grave defasagem acumulada desde o golpe de 2016, que
levou o governo federal a abandonar a política de
valorização. De volta ao Planalto, Lula se
comprometeu em retomar os reajustes reais anuais,
mas sem fixar, ainda, uma fórmula para os aumentos.
Nota técnica divulgada na semana passada pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) aponta que “em uma conjuntura de
inflação alta, nos últimos anos, o salário mínimo
estagnou”, comprometendo a renda dos brasileiros:
“Enquanto a inflação aumenta mensalmente, o SM real
vai ficando menor, o que reduz o poder de compra –
que somente será recuperado lá na frente, na
reposição da inflação. O aumento real ameniza essa
situação”.
Ainda segundo o Diesse, “mesmo com a reposição da
inflação, houve perda de poder de compra em relação
aos preços dos alimentos, que tiveram aumento
considerável e pesam muito no orçamento familiar da
classe trabalhadora”. Com a cesta básica estimada em
R$ 802,36 neste mês de janeiro, o salário mínimo
atual equivale a 1,62 cesta básica. Em 2017, um
salário mínimo correspondia a 2,16 cestas básicas.
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), afirmou que o objetivo das centrais,
no encontro com o presidente, é ir além do reajuste
em 2023. O mais importante, segundo o dirigente, é
viabilizar a volta da política de valorização dos
salários. “Irão 600 pessoas (na reunião). Cada
central vai falar um minuto, e o Lula vai nos
comentar sobre a política do salário mínimo e sobre
a democracia. Não dá para ser reunião para
especificar temas”, declarou Patah ao Poder360.
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil) avalia que a busca de consensos deve
orientar a discussão a respeito do novo salário
mínimo, bem como de outros pontos de debate entre os
setores patronal, trabalhista e governamental.
Conforme destaca o presidente da CTB, Adilson
Araújo, “a unidade das centrais sindicais e dos
movimentos sociais e a construção da frente ampla
foram fundamentais para êxito da vitória política
eleitoral”. É preciso, diz Adilson, manter essa
unidade.
“Preservada a nossa autonomia e independência de
governos e patrões, teremos a responsabilidade de
lutar pela governabilidade do projeto que ajudamos
eleger, ao tempo que reforçamos a unidade, a
mobilização e a luta por mudanças emergenciais. Um
grande pacto com o povo e um pacto entre a produção
e o trabalho sinalizam uma condição necessária para
retomada da reindustrialização do País”, afirma o
sindicalista. “Essa tarefa demandará grande
capacidade de articulação política, centralidade e
atenção da nossa parte.”
Fonte: Portal Vermelho
18/01/2023 -
Piso nacional dos professores sobe para R$ 4.420,55
Portaria foi assinada pelo ministro da Educação,
Camilo Santana
O piso nacional dos professores subirá para R$
4.420,55 em 2023, um reajuste de 15% em relação ao
piso do ano passado, que era de R$ 3.845,63. A
portaria com o novo valor foi assinada hoje (16) à
noite pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
"A valorização dos nossos profissionais da educação
é fator determinante para o crescimento do nosso
país", escreveu o ministro, ao anunciar o novo valor
nas redes sociais.
O piso nacional do magistério representa o salário
inicial das carreiras do magistério público da
educação básica para a formação em nível médio. O
valor considera uma jornada de 40 horas semanais na
modalidade normal de ensino.
A cada ano, o piso do magistério deve ser corrigido
todos os anos pelo crescimento do valor anual mínimo
por aluno referente aos anos iniciais do ensino
fundamental urbano, estabelecido pelo Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Para 2023, o Fundeb estabelecia o reajuste de 15% no
valor.
Fonte: Agência Brasil
18/01/2023 -
Lula criará grupos de trabalho para aprimorar
legislação trabalhista e fixar nova regra para
aumento real do salário mínimo
Os grupos discutirão protocolos para contratação
de motoristas e entregadores por aplicativo e para
negociação coletiva entre trabalhadores e empresas
O presidente Lula (PT) anunciará nesta quarta-feira
(18), segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, a criação
de três grupos de trabalho que discutirão e
apresentarão propostas para mudanças na legislação
trabalhista e uma regra fixa para reajuste do
salário mínimo.
As equipes serão montadas em reunião de Lula com o
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e presidentes de
dez centrais sindicais.
O primeiro grupo será instalado no mesmo dia e
tratará do reajuste salarial. Sindicalistas propõem
fixar o aumento do salário mínimo baseado no cálculo
que leva em consideração a inflação do período mais
a média do PIB brasileiro nos últimos dois anos, o
que garantiria aumento real para os trabalhadores.
Os outros dois grupos serão montados dentro de 30
dias e discutirão ajustes na legislação trabalhista.
Empresários também participarão dos debates.
Uma das equipes elaborará regras para contratação de
trabalhadores por aplicativo, garantindo seus
direitos. Centrais sindicais destacam a necessidade
de garantir a estes profissionais um seguro de vida
em caso de acidente.
O outro grupo ficará responsável por elaborar novas
regras para a negociação coletiva entre
trabalhadores e empresas. "sindicalistas pedem, por
exemplo, a volta da homologação trabalhista, quando
o processo de demissão é acompanhado por sindicatos
e órgãos estatais antes de ser formalizado", conclui
a reportagem.
Fonte: Brasil247
18/01/2023 -
Projeto isenta de Imposto de Renda a participação
nos lucros destinada a empregados
Texto confere aos trabalhadores o mesmo
tratamento fiscal dado a sócios e acionistas no
momento da distribuição de lucros ou dividendos
O Projeto de Lei 581/19 isenta os trabalhadores de
Imposto de Renda (IR) sobre lucros ou resultados das
empresas. O texto em análise na Câmara dos Deputados
altera a Lei de Participação nos Lucros das
Empresas para conferir aos empregados o mesmo
tratamento fiscal dado a sócios e acionistas no
momento da distribuição de lucros ou dividendos.
“Se o resultado da empresa é obtido pela combinação
de capital e trabalho e se parte dos lucros é
destinada aos trabalhadores, parece claro que o
tratamento tributário deve ser, necessariamente,
igual àquele dispensado à remuneração do capital”,
afirmou o autor da proposta, senador Alvaro Dias (Podemos-PR).
“Aquela lei, ao instituir a participação dos
empregados nos lucros e resultados da empresa,
incorreu em inexplicável injustiça ao determinar a
incidência de IR na fonte”, criticou Alvaro Dias. “A
mudança proposta dará tratamento equitativo entre as
parcelas do lucro apropriadas pelo capitalista e
pelo trabalhador”, disse.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
17/01/2023 -
Lula e sindicalistas se reúnem quarta
Quarta (18), dirigentes ligados às Centrais
Sindicais se reunirão com o presidente Lula, às 10
horas, no Palácio do Planalto, Brasília. Eles vão
entregar ao Presidente o documento – Pauta da Classe
Trabalhadora – aprovado na Conclat, em abril.
As tratativas deverão girar em torno de três temas.
OU seja, implementação de propostas e reivindicações
da Conclat 2022, incluindo a política de aumento
real pro salário mínimo, a reconstrução do
Ministério do Trabalho e o fortalecimento das
entidades laborais.
Moacyr Tesch, presidente em exercício da Nova
Central Sindical, participará. “Precisamos de um
Ministério do Trabalho forte e representativo e
também que as nossas negociações coletivas tenham
autonomia”, afirma.
O governo Bolsonaro excluiu o sindicalismo de
qualquer debate nas decisões relacionadas aos
trabalhadores. Moacyr Tesch observa: “É fundamental
dialogar sobre a questão trabalhista. No governo
anterior, apenas empresários foram ouvidos. Por
isso, comemoramos o retorno do diálogo e das
negociações”.
Para o dirigente, a classe trabalhadora, o governo e
o País ganham com o diálogo. Ele ressalta: “Sempre
defenderemos o melhor para o povo brasileiro, ou
seja, qualidade de vida e melhores salários”.
Mínimo – Quinta (12), o ministro da Fazenda
Fernando Haddad garantiu que o valor será negociado
com as Centrais Sindicais. O movimento sindical tem
expectativas quanto a aumento real.
“Salário mínimo mais forte, mercado interno
robusto”, argumenta João Carlos Gonçalves, Juruna,
secretário-geral da Força Sindical.
Juruna, que também é dirigente dos Metalúrgicos de
São Paulo, afirma: “A classe trabalhadora apoia o
fortalecimento dos meios de negociação, porque isso
virá também fortalecer os Sindicatos”.
“O resultado concreto desse avanço, ele diz, é a
possibilidade ampliar as conquistas dos
trabalhadores da ativa e aposentados”.
Mais – Acesse o site das Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
17/01/2023 -
Confira regras para se aposentar
Quem está prestes a se aposentar precisa ficar
atento. A reforma da Previdência estabeleceu regras
automáticas de transição, que mudam a concessão de
benefícios a cada ano.
A pontuação para a aposentadoria por tempo de
contribuição e por idade sofreu alterações. Confira
abaixo as mudanças que começam a vigorar neste ano.
Por idade – A regra de transição estabelece o
acréscimo de seis meses a cada ano para as mulheres,
até chegar a 62 anos em 2023. Na promulgação da
reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade
mínima estava em 60 anos, passando para 60 anos e
meio em janeiro de 2020. A idade mínima para
aposentadoria das mulheres aumentou para 61 anos em
2021, 61 anos e meio em 2022 e agora chegou ao valor
estabelecido pela reforma.
Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos
desde 2019. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de
contribuição exigido é de 15 anos.
Por tempo de contribuição – A reforma da
Previdência estabeleceu quatro regras de transição,
das quais duas previram modificações na virada de
2021 para 2022. Na primeira regra, que estabelece um
cronograma de transição para a regra 86/96, a
pontuação composta pela soma da idade e dos anos de
contribuição subiu em janeiro: para 90 pontos
(mulheres) e 100 pontos (homens).
Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa
para quem tem longo tempo de contribuição, a idade
mínima para requerer o benefício passou para 58 anos
(mulheres) e 63 anos (homens). A reforma da
Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas
a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65
anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo
mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as
mulheres e 35 anos para homens.
Direito adquirido – Quem alcançou as
condições para se aposentar por alguma regra de
transição em 2022, mas não entrou com pedido no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no ano
passado, não precisa se preocupar. Por causa do
conceito de direito adquirido, eles poderão se
aposentar conforme as regras de 2022.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do fim
da década de 90, o momento para conquistar o direito
à aposentadoria ocorre quando o trabalhador alcança
as condições, independentemente de data do pedido ou
da concessão do benefício pelo INSS. Isso beneficia
os segurados que enfrentam longas filas no INSS para
ter os processos analisados.
Mais – Acesse o site do
INSS
Fonte: Agência Sindical
17/01/2023 -
Alckmin nega que Lula revogará reformas trabalhista
e previdenciária
Vice-presidente defendeu que o caminho agora é a
reforma tributária
O vice-presidente e ministro da Indústria e
Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), disse, nesta
segunda-feira (16), que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) não revogará as reformas
trabalhista e previdenciária já aprovadas no
Congresso Nacional e defendeu que o caminho agora é
realizar uma reforma tributária.
“Foi feita a reforma trabalhista, o presidente Lula
tem colocado, não vai revogar nem trabalhista nem
previdenciária, o que você pode é aprimorar, até
porque o mundo é rápido, é dinâmico”, disse Alckmin
durante uma reunião com a diretoria da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na sede da
entidade na capital paulista.
“O caminho é avançarmos na terceira reforma –feita a
trabalhista e a previdenciária– é a reforma
tributária. E aí o papel da sociedade civil
organizada será fundamental para a gente poder
caminhar”, acrescentou.
Em sua fala inicial na reunião da entidade, Alckmin
também destacou oportunidades de investimento em
infraestrutura para melhorar a logística, assim como
na área que chamou de “economia verde”.
Fonte: InfoMoney
17/01/2023 -
Lira diz que todos serão chamados à
responsabilidade, inclusive parlamentares
Presidente inclui "parlamentares que postaram
vídeos publicando inverdades sobre as agressões ao
prédio da Câmara"
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que todos os agentes públicos que
tiveram alguma responsabilidade nos atos de
vandalismo cometidos no dia 8 de janeiro contra os
prédios públicos dos três Poderes serão
responsabilizados, mesmo se forem parlamentares.
Lira chamou a atenção ainda que para o fato de haver
parlamentares divulgando informações inverídicas de
que não houve invasão à Câmara e destacou que esses
deputados responderão por essas falas.
Lira fez uma visita ao prédio do Batalhão da Polícia
Militar, que pertence à Câmara, e fica localizado
próximo à Praça dos Três Poderes acompanhado da
governadora do Distrito Federal em exercício, Celina
Leão, e o interventor federal na segurança do DF,
Ricardo Capelli.
Questionado pela imprensa se ele acredita que o
ex-presidente Bolsonaro deva ser responsabilizado
pelos atos por instigar seus apoiadores a
radicalizar, Lira afirmou que cada um responde por
seus atos e discursos. “Meu CPF é um, o do
presidente Bolsonaro é outro. Temos que investigar
todos os aspectos. Minha fala não muda: todos que
praticaram algum ato de vandalismo devem ser
punidos”, disse Lira.
“Todos que tiveram responsabilidades serão punidos,
inclusive parlamentares que postaram vídeos
publicando inverdades sobre as agressões ao prédio
da Câmara. Todos viram, foi gravíssimo. Um
parlamentar eleito não pode divulgar informações que
não condizem com a realidade”, afirmou.
Posse
Lira afirmou ainda que está discutindo com a segurança
pública do Distrito Federal sobre a posse dos
parlamentares no dia 1º de fevereiro. Segundo ele, é
importante que todos tenham um plano de segurança
bastante rígido.
“Nosso pedido é para que todos tenham tranquilidade,
será um dia bastante emblemático no início do ano do
poder”, destacou o presidente.
Fonte: Agência Câmara
17/01/2023 -
PT quer acelerar no TSE ações que podem tornar
Bolsonaro inelegível
Atos terroristas em Brasília enfraqueceram
Bolsonaro e abriram caminho para que o TSE o afaste
das próximas eleições. Membros do PL fazem a mesma
avaliação
Com o país ainda se recuperando após os atos
terroristas promovidos por bolsonaristas no último
dia 8 em Brasília, em uma verdadeira tentativa de
golpe de estado, o PT quer acelerar no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) o julgamento de ações que
podem tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos
próximos oito anos.
O objetivo, segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo,
é que a decisão saia já no primeiro semestre de
2023. "A avaliação entre aliados de Lula é a de que
os recentes acontecimentos enfraqueceram Bolsonaro,
diminuíram seu capital político e abriram caminho
para que ele seja declarado inelegível pelo TSE.
Logo, o melhor é condená-lo o quanto antes".
Apesar de não admitirem em público, integrantes do
PL fazem a mesma avaliação, reconhecendo a situação
delicada do ex-ocupante do Palácio do Planalto.
Ao longo de 2023 o TSE passará por mudanças em sua
composição, o que preocupa o PT.
As ações contra Bolsonaro, hoje sob a relatoria do
corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro
Benedito Gonçalves, considerado “linha dura” por
bolsonaristas, passarão para as mãos de Raul Araújo.
"O temor no PT é se Raul Araújo terá o mesmo empenho
que Benedito Gonçalves quando herdar os processos do
colega".
Fonte: Brasil247
17/01/2023 -
Torres continua preso e deve depor sobre atos
golpista nesta semana
Ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário de
Segurança do DF deve esclarecer a suposta omissão e
conivência com os atos golpistas na Praça dos Três
Poderes
O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e
ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF)
Anderson Torres deve depor ainda nesta semana para
esclarecer a suposta omissão e conivência dele com
os atos golpistas do domingo (8), em Brasília, e
sobre o documento encontrado na sua residência
chamado de “minuta do golpe”.
O depoimento será marcado pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A prisão
dele foi mantida em audiência virtual de custódia no
sábado (14) pelo juiz Airton Vieira, instrutor de
Moraes.
Torres foi preso no mesmo dia ao desembarcar na
capital federal vindo dos Estados Unidos. O juiz
considerou que a detenção, determinada pelo STF a
pedido da Polícia Federal (PF) e da Advocacia-Geral
da União (AGU), foi legal e não houve a violação dos
direitos do preso.
O ex-ministro é considerado um arquivo vivo, pois se
encontra juridicamente numa situação muito delicada
e, caso resolva falar, pode comprometer Bolsonaro.
De acordo com o que já foi apurado, ele estaria se
sentindo abandonado pelo ex-presidente, o que pode
resultar numa delação.
Depois dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes,
a PF encontrou na casa do ex-ministro um documento
pelo qual permitiria Bolsonaro mudar o resultado das
eleições presidenciais de 2022. A chamada minuta do
golpe permitiria decretar Estado de Defesa no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), medida
anticonstitucional.
Repercussão
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a prisão de
Torres foi exemplar. “Com serenidade e dentro da
legalidade, para o bem do país, os agentes que
concorreram para a tentativa de golpe devem ser
processados e punidos. Sem perseguição, mas com
firmeza”, defendeu.
Sobre a minuta do golpe, o deputado disse que se
trata de uma “prova cabal de que Bolsonaro tentou
dar um golpe de Estado! Lugar de golpista é na
cadeia!”.
“A prisão de Anderson Torres foi mais um recado
àqueles que passaram os últimos quatro anos
desrespeitando a lei e conspirando contra o país.
Agora não cabe desculpas, cabe responsabilização. O
Brasil está dizendo ao mundo que não dará espaço
para o golpismo”, afirmou o líder do governo no
Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Fonte: Portal Vermelho
17/01/2023 -
Governo Bolsonaro decretou 1.108 sigilos de 100 anos
durante seu governo, mostra estudo
Segundo o estudo da Transparência Brasil, 37% dos
sigilos impostos desde 2015 são indevidos. Esse
índice chega a 80% no governo Bolsonaro
Segundo pesquisa da ONG Transparência Brasil, o
governo de Jair Bolsonaro (PL) decretou 1.108
sigilos de 100 anos durante seu mandato, o
equivalente a 80% dos 1.379 sigilos decretados pelo
governo federal entre 2015 e 2022. O ano de 2021
registrou o maior número de sigilos de um século.
Foram 342, 12 vezes mais do que 2015 (27), ano a
partir do qual os dados foram disponibilizados. O
levantamento foi divulgado pelo portal UOL.
O sigilo é imposto por autorização do artigo 31 da
Lei de Acesso à Informação (LAI) para proteger
informações pessoais sem interesse público. Os dados
pessoais dizem respeito “à intimidade, vida privada,
honra e imagem” e terão o acesso restrito “pelo
prazo máximo de 100 anos a contar da sua data de
produção, a agentes públicos legalmente autorizados
e à pessoa a que elas se referirem”, diz a norma.
Sigilos indevidos
Segundo o estudo da Transparência Brasil, 37% dos
sigilos de 100 anos impostos desde 2015 são
indevidos. Esse índice chega a 80% no governo
Bolsonaro: 413 das 513 irregulares foram decretadas
em seu governo.
À reportagem do UOL, a diretora de programas da
Transparência Brasil, Marina Atoji, afirmou que o
órgão envolvido com o sigilo deveria ocultar os
dados pessoais do envolvido e dar acesso às
informações públicas. O recorde de sigilos indevidos
foi em 2019 (140), primeiro ano do governo
Bolsonaro. De acordo com ela, o fato de haver dados
pessoais de alguém não justifica a decretação do
sigilo.
A LAI foi sancionada durante o governo de Dilma
Rousseff (PT) e entrou em vigor em maio de 2012. A
legislação preserva a intimidade de acordo com a
Constituição de 1988.
Na semana passada, o governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) retirou o sigilo de 100
anos relativos à visitas feitas à agora
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Palácio da
Alvorada.
Michelle Bolsonaro
Segundo os documentos, houve 565 registros de entrada
no Palácio da Alvorada entre dezembro de 2021 e
dezembro de 2022, o equivalente aos últimos 13 meses
do governo Bolsonaro. As visitas mais frequentes à
esposa de Bolsonaro registradas foram de Nídia
Limeira de Sá, que atuava como diretora de
Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do
Ministério da Educação (51 vezes durante um ano), o
pastor Claudir Machado (31 visitas) e a cabeleireira
Juliene Cunha (24).
Fonte: Rede Brasil Atual
16/01/2023 -
Centrais se reunirão com Lula para discutir política
de valorização do salário mínimo. Reajuste beneficia
a economia, mostra Dieese
Governo Lula e Dilma tiveram leis de reajuste do
piso nacional. Inflação e fim dos aumentos reais
reduziram o poder de compra
A recente política de valorização do salário mínimo,
praticamente abandonada pelo governo anterior,
voltou à pauta com a eleição de Luiz Inácio Lula da
Silva. Na semana que vem, representantes de centrais
sindicais vão discutir o tema com o presidente e o
ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Conforme
previsto em medida provisória, o piso nacional deste
ano foi fixado em R$ 1.302, reajuste de 7,42%,
enquanto a inflação (INPC-IBGE) somou 5,93% no ano
passado.
Os sindicalistas, no entanto, acreditam ser possível
negociar um valor maior. Há resistências dentro do
governo, inclusive porque houve aumento acima do
normal na concessão de aposentadorias nos últimos
meses de 2022. E a maior parte dos benefícios tem o
mínimo como base. De acordo com o Dieese, a correção
para R$ 1.302 significa um custo adicional de R$ 29
bilhões/ano para a Previdência.
Redução da desigualdade
Nota técnica divulgada pelo Dieese mostra que a
política de valorização favoreceu todos os que
recebem salário mínimo. A conta inclui assalariados,
servidores, beneficiários da Previdência e quem
recebe benefícios como abono e BPC. Além disso, a
elevação do piso nacional “contribuiu para reduzir
as desigualdades salariais entre homens e mulheres,
negros e não negros, entre regiões”.
O instituto lista outros efeitos positivos dos
reajustes sistemáticos, que nos governos Lula e
Dilma chegaram a se tornar lei. Entre eles, impacto
sobre os pisos salariais de várias categorias
profissionais, melhora da renda dos trabalhadores
sem carteira e ampliação do mercado consumidor.
Acordo salarial nacional
“Constitui um dos fatores mais importantes para o
aumento da renda da população mais pobre e marca o
sucesso de uma luta que promoveu um grande acordo
salarial na história do país”, afirma o Dieese. “A
política estabeleceu, ao mesmo tempo, uma regra
permanente e previsível, promovendo a recuperação
gradativa e diferida no tempo, com referência para
os aumentos reais e estímulo ao crescimento da
economia.”
O Dieese lembra ainda que a retomada da política de
valorização foi compromisso de campanha. E começará
a ser discutida com as centrais, “negociação que
pode ou não alterar o atual valor”.
Redução do poder de compra
Nos dois últimos anos, a partir do segundo semestre de
2020, lembra o Dieese, a inflação acumulou alta,
basicamente, em itens ligados ao orçamento familiar:
alimentação, habitação e transporte. “Isso significa
que os trabalhadores com renda muito próxima ao
valor do SM foram os mais afetados com o
rebaixamento drástico do poder de compra. Nada mais
justo e correto que fossem compensados com algum
ganho real de salário (via aumento real do salário
mínimo) para enfrentar 2023, mas o aumento de 1,41%
é insuficiente para colocar o piso salarial nacional
em rota de recuperação, como ocorria até 2016.”
Em 2015, o mínimo comprava 2,07 cestas básicas. Em
dezembro do ano passado, apenas 1,53.
Nos últimos 20 anos, o salário mínimo acumulou
reajuste de 551%. Nesse período, a inflação somou
258,8%. O que resultou em aumento real de 81,4%, em
grande parte concentrado de 2005 a 2015 (Lula e
Dilma).
Fonte: Rede Brasil Atual
16/01/2023 -
Apesar da queda nacional, indústria cresce em nove
estados em novembro
Maiores altas foram observadas no Paraná e
Espírito Santo
Apesar de ter apresentado uma variação negativa de
0,1% na média nacional, de outubro para novembro de
2022, a produção industrial cresceu em nove dos 15
locais pesquisados, no período. Os dados são da
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
Regional, divulgada sexta-feira (13) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As maiores altas foram observadas no Paraná (8,5%) e
Espírito Santo (7,6%). Outros estados com
crescimento da indústria em novembro foram Ceará
(4,3%), Mato Grosso (3,8%), Bahia (3,5%), São Paulo
(3,1%), Minas Gerais (2,2%), Santa Catarina (0,3%) e
Amazonas (0,1%).
Por outro lado, seis locais tiveram queda no
período, incluindo a Região Nordeste (-1,3%), única
região a ter seus dados consolidados divulgados pela
pesquisa. A maior queda foi observada no Pará
(-5,2%). Também apresentaram perdas os estados de
Pernambuco (-2%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Rio de
Janeiro (-0,9%) e Goiás (-0,3%).
Fonte: Agência Brasil
16/01/2023 -
PL considera que aumentou o risco de Bolsonaro se
tornar inelegível e ser preso
Para integrantes do partido de Bolsonaro, a
chance de o ex-presidente manter seus direitos
políticos é próxima de zero
Integrantes do PL avaliam que o documento apreendido
pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson
Torres, pelo qual seriam tomadas medidas golpistas
de decretação de estado de defesa sobre o TSE, será
usado para abrir uma investigação contra Jair
Bolsonaro e torná-lo inelegível, informa Bela Megale
no jornal O Globo.
O documento vai se somar a outros indícios contra o
ex-ocupante do Palácio do Planalto constantes em
ações que correm na Justiça Eleitoral e deve dar
celeridade ao processo de inelegibilidade de
Bolsonaro.
Para integrantes do partido de Bolsonaro, após os
atos terroristas contra os prédios dos Três Poderes,
a chance de o ex-presidente manter seus direitos
políticos é próxima de zero. Eles também avaliam que
o risco de Bolsonaro ser preso aumentou.
Fonte: Brasil247
16/01/2023 -
Pacheco vai até Aras para cobrá-lo por providências
contra terroristas bolsonaristas
Entre as sugestões apresentadas pelo Senado, está
o sequestro de bens e bloqueios de ativos dos
terroristas para custear a restauração dos danos
provocados pelos criminosos
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
entregou nesta sexta-feira (13) ao procurador-geral
da República, Augusto Aras, uma representação com
informações sobre terroristas que invadiram o
Congresso Nacional no último domingo (8), cobrando
punição aos bolsonaristas envolvidos nos atos
golpistas.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.
Paulo, o documento, que é sigiloso, pede a abertura
de ação contra 38 invasores. Além de dados dos
criminosos, a peça contém sugestões, elaboradas pela
Advocacia-Geral do Senado, de punições e reparação
dos prejuízos causados pela minoria bolsonarista
radical.
Pacheco sugere, inclusive, o sequestro de bens e
bloqueios de ativos dos terroristas para custear a
restauração dos danos provocados pelos criminosos.
O PGR informou que a representação será apresentada
até o dia 17/01. Caberá a Aras decidir se o sigilo
do documento será ou não mantido.
Fonte: Brasil247
16/01/2023 -
PGR aciona STF para que Bolsonaro seja investigado
por atos terroristas
Órgão atendeu a pedido feito por mais de 80
procuradores para que ex-presidente seja incluído
nas investigações sobre o levante golpista em
Brasília
A Procuradoria-Geral da República (PGR), através do
subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, enviou
nesta sexta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal
(STF) um ofício em que pede para que Jair Bolsonaro
seja incluído nas investigações que apuram os atos
terroristas promovidos por bolsonaristas no domingo
(8) em Brasília.
Ao enviar a solicitação ao STF, a PGR atendeu a um
pedido feito por mais de 80 procuradores, que querem
investigação de Bolsonaro por incitação ao crime no
âmbito das apurações dos atos terroristas. Essa é a
primeira vez que o ex-presidente é diretamente
citado em uma ação sobre os ataques às sedes oficias
dos Três Poderes na capital federal.
Bolsonaro teria cometido incitação ao crime, segundo
a PGR, por ter publicado em suas redes sociais, dois
dias após os atos antidemocráticos em Brasília, um
vídeo golpista em que um procurador questiona a
eleição do presidente Lula, afirmando que o petista
"não foi eleito" mas, sim "escolhido pelo STF e
TSE". A postagem inflamou bolsonaristas, que no
mesmo dia estavam planejando novos atos terroristas.
O pedido da PGR é para que Bolsonaro seja
investigado em um dos braços da apuração que vem
sendo feita, mais especificamente o que trata dos
"mentores intelectuais" dos atos antidemocráticos.
Cabe, agora, à ministra Rosa Weber decidir se abre
ou não a investigação.
Fonte: RevistaForum
16/01/2023 -
Bolsonaro é incluído em inquérito sobre autoria de
atos golpistas
Pronunciamento postado pelo ex-presidente em redes
sociais, ‘em tese’, atentou de forma criminosa
contra as instituições, diz ministro.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo
Tribunal Federal), determinou a inclusão do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito sobre
a autoria dos atos golpistas que resultaram na
invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Ele
decidiu na noite desta sexta-feira (13) acolher o
pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O inquérito mira “autores intelectuais” e instigadores
dos atos do último domingo (8). Moraes entendeu que
um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois
apagado das redes sociais no dia 10 de janeiro, foi
mais uma das situações em que o ex-presidente se
posicionou, “em tese”, de forma criminosa contra as
instituições. No vídeo, Bolsonaro volta a contestar
as eleições, dias depois do ato golpista em
Brasília.
A PGR apresentou mais cedo um pedido para incluir
Bolsonaro na investigação depois de receber uma
representação assinada por mais de 80 integrantes do
Ministério Público Federal. O grupo de procuradores
cobrava uma investigação contra o ex-presidente por
incitação ao crime.
Moraes também afirmou que, oportunamente, será
analisado o pedido de interrogatório de Bolsonaro,
já que, no momento, ele está fora do país. O
advogado de Bolsonaro divulgou uma nota em que
afirma que o ex-presidente sempre repudiou atos
ilegais e criminosos e foi um defensor da
Constituição e da democracia.
Fonte: Portal Vermelho
16/01/2023 -
Bolsa Família com adicional de R$ 150 por criança
começa em março
Famílias com crianças até seis anos de idade terão o
pagamento com acréscimo no valor do benefício.
O novo Bolsa Família com acréscimo de R$150 por
criança de até 6 anos começará a ser pago no mês de
março, anunciou o ministro do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS),
Wellington Dias (PT), na quarta-feira (11) após
reunião com o presidente Lula (PT).
“Teremos o pagamento, a partir de março, do ‘novo
Bolsa Família’ acrescido dos R$ 150 por criança com
até 6 anos, para famílias beneficiárias que
preenchem os requisitos”, afirmou Wellington Dias.
Segundo o ministro, neste processo está a
reestruturação da Rede SUAS (Sistema Único de
Assistência Social) e a atualização do Cadastro
Único (CadÚnico), que em indícios de irregularidade
em mais de 10 milhões de inscrições.
Na coletiva de anúncio, Dias indicou que a
atualização do CadÚnico servirá não só para observar
quem possa estar recebendo benefícios de forma
irregular, mas sim para reestabelecer justiça social
e oferecer aos que realmente precisam alguma forma
de auxílio.
Para isso, as equipes de assistência social nos
municípios irão fazer buscas ativas para encontrar
pessoas elegíveis para os programas do governo.
“Também teremos o início do agendamento e da busca
ativa para cadastrar e efetivar quem estiver fora do
programa, muitos passando fome, e que preenchem os
requisitos”, disse o ministro.
Fonte: Portal Vermelho
16/01/2023 -
Juiz federal bloqueia R$ 6,5 milhões dos envolvidos
em atos golpistas
Magistrado, que acatou pedido da AGU, considerou
previsível que bolsonaristas raivosos pudessem
descambar para atos de violência
Atendendo ao pedido da Advocacia-Geral da União
(AGU), o juiz Francisco Alexandre Ribeiro, da 8ª
Vara Federal do Distrito Federal, autorizou o
bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e
sete empresas que teriam financiado os atos
golpistas que resultaram na depredação dos prédios
na Praça dos Três Poderes no domingo (8).
“Ainda que os referidos réus, aparentemente, não
tenham participado diretamente dos mais recentes
atos e manifestações antidemocráticas, incluindo o
inusitado acampamento em frente ao Quartel General
em Brasília, é absolutamente plausível a tese da
União de que eles, por terem financiado o transporte
de milhares de manifestantes que participaram dos
eventos ilícitos, fretando dezenas de ônibus
interestaduais, concorreram para a consecução dos
vultosos danos ao patrimônio público, sendo
passíveis, portanto, da bastante responsabilização
civil”, diz a decisão.
De acordo com o magistrado, era previsível que
bolsonaristas reunidos por causa de uma pauta
“exclusivamente raivosa e hostil ao resultado das
eleições” pudessem descambar para atos de violência.
O prejuízo calculado considera apenas a estimativa
de danos de R$ 3,5 milhões no prédio do Senado e R$
3,03 milhões no da Câmara dos Deputados. De acordo
com a AGU, ainda não há estimativas para os
prejuízos causados nos palácios do Planalto e do
STF. São alvos dos bloqueios imóveis, veículos,
valores financeiros em contas e outros bens.
No pedido de cautelar apresentado à Justiça, a AGU
sustentou que os envolvidos devem responder pelos
danos solidariamente com os depredadores efetivos,
nos termos do Código Civil, uma vez que a
aglomeração de pessoas com fins não pacíficos só foi
possível graças ao financiamento e atuação das
pessoas listadas no polo passivo, o que culminou nos
atos de vandalismo às dependências dos três Poderes
da República.
“A Advocacia-Geral também argumentou que a medida
cautelar era necessária considerando a gravidade dos
fatos praticados e nos quais os réus se envolveram,
uma vez que, além de lesar o patrimônio público
federal, os atos implicaram ameaça real ao regime
democrático brasileiro”, diz nota da AGU.
Fonte: Portal Vermelho
16/01/2023 -
A pedido da PGR, STF determina abertura de inquérito
contra Ibaneis Rocha e Anderson Torres
Investigação sob supervisão do STF vai apurar
condutas relacionadas à invasão da sede dos Três
Poderes em Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou a instauração de inquérito
contra o governador afastado do Distrito Federal,
Ibaneis Rocha, os ex-secretários de Segurança do DF
Anderson Torres e Fernando de Sousa Oliveira
(interino à época dos fatos) e o ex-comandante-geral
da Polícia Militar do DF Fábio Vieira, para
investigar eventual responsabilidade dessas
autoridades em relação aos atos de vandalismo nos
prédios do Palácio do Planalto, do Congresso
Nacional e do STF em 8/1.
A decisão se deu nos autos do Inquérito (INQ) 4879
(atos antidemocráticos) e atendeu pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que busca a
coleta de provas de eventuais ações ou omissões dos
investigados nos atos criminosos contra o Estado
Democrático de Direito.
Segundo o ministro, alguns fatos revelam a omissão e
conivência de diversas autoridades da área de
segurança e inteligência do DF, como a ausência do
necessário policiamento, em especial do Comando de
Choque da PMDF, durante os atos; a autorização para
que mais de cem ônibus ingressassem livremente em
Brasília, sem qualquer acompanhamento policial,
mesmo sendo fato notório que praticariam atos
violentos e antidemocráticos; e a total inércia no
encerramento do acampamento criminoso na frente do
QG do Exército, em Brasília, mesmo "quando patente
que o local estava infestado de terroristas, que
inclusive tiveram suas prisões temporárias e
preventivas decretadas".
Tragédia anunciada
Para o ministro Alexandre de Moraes, a omissão das
autoridades públicas, além de potencialmente
criminosa, é “estarrecedora”, pois os atos de
terrorismo se revelam como verdadeira tragédia
anunciada, pela absoluta publicidade da convocação
das manifestações ilegais pelas redes sociais e
aplicativos de troca de mensagens, como o WhatsApp e
o Telegram.
O ministro explicou ainda que objeto do novo
inquérito será, em um primeiro momento, a apuração
da conduta das autoridades públicas responsáveis
pela segurança do território do Distrito Federal,
sem prejuízo de inclusão e novos investigados,
especialmente porque a investigação também irá
apurar o suposto crime de associação criminosa.
Fonte: STF
13/01/2023 -
Maioria considera Bolsonaro responsável pelos
ataques aos três poderes em Brasília
Pesquisa Datafolha mostra que para 55% atos de
vandalismo no domingo (8) têm influência do
ex-presidente fascista. Para 64%, presidente Lula
irá conter novos atos e 93% repudiam as ações dos
bolsonaristas
Jair Bolsonaro (PL) é considerado responsável pelos
ataques golpistas em Brasília por 55% da população,
segundo pesquisa Datafolha, divulgada quarta (11).
Os brasileiros com essa opinião se dividem entre os
que acham que o ex-presidente teve muita
responsabilidade (38%) e os que consideram que teve
um pouco (17%). Para 39%, ele não teve nenhuma
responsabilidade nos ataques; 6% não sabem
responder.
Bolsonaro disse em rede social que depredações
“fogem à regra” da democracia e comparou o atentado
a protestos da esquerda, em meio à discussão de que
insuflou a rebelião por ter indicado apoio a
manifestações de apoiadores diante de quartéis e
jamais ter reconhecido abertamente a derrota
eleitoral.
O levantamento do instituto mostra ainda que 45% das
pessoas concordam com a afirmação do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) de que Bolsonaro (a quem
se referiu como “genocida”) estimulou os atos
violentos. Desses, 34% concordam totalmente com o
petista, e 11% o fazem apenas em parte.
Manifestações golpistas
A maioria dos brasileiros acredita que o governo Lula
irá conter qualquer escalada nas manifestações
golpistas contra sua posse e governo. Para 64%, o
petista tem condições de fazê-lo, enquanto 29% acham
que ele irá fracassar no intento.
A pesquisa do Datafolha foi feita na terça (10) e
ontem, na esteira da explosão de vandalismo e
violência que se abateu no centro do poder federal
no domingo (8), com ampla depredação das principais
sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Mais
de mil pessoas seguem presas.
Não souberam avaliar a capacidade de Lula ante novos
atos 6%. A totalização dos dados não chega a 100%
porque há arredondamentos. Com efeito, entre os
eleitores de Lula, a crença em que ele vá conter o
golpismo futuro é de 87%, índice que cai a 36%
quando são ouvidos aqueles que votaram em Bolsonaro
em outubro passado.
A imensa maioria dos brasileiros repudia os ataques
golpistas ao coração dos três Poderes em Brasília.
Segundo o Datafolha, 93% são contra a ação, enquanto
3% se dizem favoráveis a ela.
O instituto ouviu 1.214 pessoas com mais de 16 anos,
ou seja, aptas a votar, em pesquisa telefônica por
todo o Brasil. A margem de erro é de três pontos
percentuais, para mais ou menos.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Rede Brasil Atual
13/01/2023 -
Lula diz que “mercado não tem coração” e que governo
precisa parar de utilizar a palavra “gasto”
Em café da manhã com jornalistas, Lula disse que
em todas as crises foi o Estado que salvou a
economia e destacou superávits em mandatos
anteriores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a
criticar o marcado financeiro nesta quinta-feira
(12), durante café da manhã com jornalistas, no
Palácio do Planalto.
No encontro, o mandatário disse que o mercado “não
tem coração, sensibilidade e humanismo” e que
construiu uma narrativa de que “qualquer dinheiro
que não seja para pagar juros é gasto”.
“Às vezes fico muito irritado”, reconheceu Lula.
“Peço desculpas, porque o mercado não tem coração,
não tem humanismo. O governo precisa cuidar das
pessoas mais necessitadas e pronto”, afirmou.
Lula tem sustentado que é preciso distinguir
despesas públicas com investimentos em programas
sociais, como o Bolsa Família, e em áreas como Saúde
e Educação de outros gastos do governo.
“Qualquer dinheiro que vai para saúde, educação,
aumento de salário é gasto. Qualquer coisa que não
seja pagamento de juro é gasto. Eles não falam que o
governo não pode pagar tanta taxa de juros. Temos
que tratar como investimento, dinheiro para Bolsa
Família é investimento”, frisou.
“Quanto custou ao país não fazer as coisas no
momento certo na pandemia?”, questionou. “Eu nunca
vi a Febraban [Federação Brasileira de Bancos] dar
uma parte do dinheiro que gasta com juros para o
padre Júlio Lancellotti alimentar as pessoas”.
O petista também disse que em todas as crises foi o
Estado que salvou a economia e voltou a afirmar que
o país teve superávits primários em seus outros dois
mandatos à frente do Poder Executivo federal.
“O Estado é responsável por quase tudo que acontece
nesse País. Tem muita gente aprendeu a negar o
Estado, acha que o Estado é ruim. Nos últimos dez
anos as grandes crises que aconteceram no mundo quem
salvou foi o Estado”, disse.
(com agências)
Fonte: InfoMoney
13/01/2023 -
Bolsonaro gastou R$ 27 milhões no cartão corporativo
em quatro anos
A Secretaria Geral da Presidência da República
divulgou nesta quinta-feira (12) os gastos do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o Cartão de
Pagamento do Governo Federal (CGPF), popularmente
conhecido como cartão corporativo. De acordo com os
dados, em quatro anos de mandato, Bolsonaro gastou
R$ 27.621.657,23.
As informações foram publicadas após um pedido
feito, via Lei de Acesso à Informação (LAI), pela
agência Fiquem Sabendo, especializada no acesso a
informações públicas. Os dados do cartão estavam em
sigilo até o fim do mandato de Bolsonaro.
Os gastos do ex-presidente incluem hospedagens em
hotéis, alimentação, compras em mercado, pedágios de
rodovias e farmácias. Somente em alimentação, as
despesas de Bolsonaro somam R$ 10,2 milhões. Desse
total, R$ 581 mil foram gastos em padarias, R$ 408
mil em peixarias e R$ 8,6 mil em sorveterias.
A maior despesa com alimentação registrada foi no
dia 26 de outubro de 2021, em Boas Vista (RR). Na
ocasião, o ex-presidente gastou R$ 109.266 no
restaurante Sabor de Casa Delivey. O valor empenhado
pela Presidência da República compraria mais de 2,1
mil pratos de frango assado com farofa e baião,
prato mais caro do estabelecimento, no valor de R$
50. Os outros pratos da casa são a marmita econômica
(R$17) e a marmita tradicional (R$23).
Segundo o manual de solicitação do cartão
corporativo divulgado pelo Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade), o cartão é utilizado
para efetuar despesas em que não é possível aplicar
o empenho direto ao fornecedor ou prestador,
precedido de licitação ou sua dispensa.
O manual afirma que o cartão deve ser utilizado com
a “interpretação mais rigorosa e a conduta mais
cautelosa”. A cartilha também recomenda que não
devem ser realizados gastos em restaurantes, em
eventos, com aquisição de gêneros alimentícios para
preparo na própria repartição ou fora desta, com
refeições prontas, “salvo se houverem justificativas
plausíveis para atendimento da finalidade pública”.
Fonte: Congresso em Foco
13/01/2023 -
Polícia Federal encontra na casa de ex-ministro
minuta para Bolsonaro mudar resultado da eleição
De acordo com o texto, o objetivo era mudar o
resultado da eleição, em que Lula ganhou
A Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro
da Justiça Anderson Torres uma minuta (proposta)
para Jair Bolsonaro (PL) decretar um estado de
defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o texto, o objetivo era mudar o
resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) ganhou. A medida seria inconstitucional.
De acordo com informações publicadas nesta
quinta-feira (12) pela Folha de S.Paulo, o documento
foi encontrado no armário do ex-ministro durante
busca e apreensão na última terça-feira (10). "O
material dá indicação de ter sido feito após a
realização das eleições", destacou a reportagem do
jornal paulista.
Antes de terminar o mandato, Bolsonaro defendeu a
participação das Forças Armadas na apuração do
resultado das eleições. Nos últimos anos, ele também
tentou passar para a população a mensagem de que o
Poder Judiciário atrapalha o governo.
Partidos de oposição denunciaram publicamente a
hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe.
Em novembro do passado, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após
o partido questionar a confiança das urnas
eletrônicas.
Fonte: Brasil247
13/01/2023 -
Trabalhadores que ganham menos de um salário mínimo
e meio pagarão Imposto de Renda
Trabalhadores que ganham menos de um salário mínimo
e meio pagarão Imposto de Renda a partir deste ano,
com uma alíquota de 7,5%. Isso porque a faixa de
isenção do IR está congelada em R$ 1.903 desde 2016
e, a partir deste mês, o salário mínimo passou a ser
de R$ 1.302.
Sem a correção da tabela e com o avanço da inflação,
que serve de base de cálculo para reajuste do
salário mínimo e ficou em 5,79% em 2023, é cada vez
maior o número de trabalhadores com renda tributada.
Se a faixa de isenção fosse totalmente corrigida
pela inflação, assim como acontece com o salário
mínimo, ela saltaria para R$ 4.683,95, de acordo com
levantamento do Sindifisco Nacional, sindicato dos
auditores da Receita Federal. Com isso, 13 milhões
de pessoas deixaram de pagar o Imposto de Renda.
Os auditores do Sindifisco defendem que a correção
da tabela seja acompanhada de outras medidas que
compensem a perda de arrecadação que ela
significaria se fosse feita sozinha.
“A isenção de lucros e dividendos, por exemplo, que
é uma particularidade do Brasil, precisa ser
revista. Para que quem ganha mais também passe a
pagar mais”, afirma Tiago Barbosa, 1º
vice-presidente do Sindifisco Nacional.
No momento, a defasagem da tabela do Imposto de
Renda é de 148,1%. Segundo o estudo, o IPCA variou
420% de 1996 a 2022, enquanto os reajustes nas
faixas de cobrança somaram 109,63%.
Isso significa que, enquanto a faixa de isenção
beneficiava quem recebia até nove salários mínimos
em 1996, o número foi caindo ano a ano até chegar a
1,57 salário mínimo em 2022 e, agora, 1,46, casa não
haja correção ao longo do ano.
Já foi aprovado pela Câmara dos Deputados um projeto
que isenta trabalhadores em regime CLT que recebem
até R$ 2,5 mil por mês e reajusta as demais faixas e
propõe a volta da tributação sobre lucros e
dividendos. O projeto ainda precisa ser aprovado
pelo Senado e sancionado pelo presidente para entrar
em vigor.
Fonte: G1
13/01/2023 -
Prova de vida automática será feita pelo INSS a
partir deste mês, aponta ministério
Cruzamento de dados de diferentes órgãos vai
comprovar que o segurado está vivo
O Ministério da Previdência Social, do governo Lula
(PT), anunciou que estrutura os últimos detalhes
para que o INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) passe a fazer a prova de vida de forma
automática ainda a partir deste mês.
Sob a nova regra, o segurado não será mais obrigado
a sair de casa para provar que está vivo e continuar
recebendo as parcelas do benefício previdenciário,
como aposentadoria e pensão.
O ato é obrigatório a todos que recebem benefícios
previdenciários e serve para evitar fraudes e manter
os pagamentos em dia. Menos burocrático, o novo
procedimento será realizado por meio do cruzamento
de dados de órgãos do governo.
O governo afirma que os segurados não terão seus
benefícios bloqueados por falta de prova de vida. O
procedimento estará sob o guarda-chuva do INSS ainda
neste mês.
Por meio de comunicado, o ministério disse que
“estuda os últimos detalhes para que a
regulamentação da medida seja publicada. A
regulamentação trará detalhes de como o INSS fará os
cruzamentos de dados e de como o segurado deve agir,
caso sua prova de vida não seja realizada de modo
automático”.
Novo procedimento
A prova de vida poderá ser comprovada com diversos
documentos, como registros de vacinação, consultas
no SUS, comprovante de votação das eleições, emissão
de passaporte, carteira de identidade ou CNH.
O governo diz que se não conseguir informações sobre
um segurado, a partir das movimentações e documentos
citados, o INSS irá pessoalmente à casa do cidadão.
Vale lembrar que a prova de vida já usava a base de
dados de órgãos como o Denatran (Departamento
Nacional de Trânsito) ou TSE (Tribunal Superior
Eleitoral). O governo, então, ampliou o cruzamento
de dados para facilitar o acesso à prova de vida
digital.
A prova de vida ficou suspensa entre março de 2020 e
maio de 2021 diante dos riscos da pandemia de
Covid-19. Em junho, o procedimento foi retomado, mas
em outubro de 2021 acabou suspenso novamente, depois
de o Congresso Nacional derrubar um veto de
Bolsonaro a uma lei que retirava a obrigatoriedade
da prova de vida em 2021. Em 2022, a prova de vida
voltou a ser obrigatória.
Fonte: InfoMoney
13/01/2023 -
Ministério da Justiça, MPF e PF tem canais para
denúncia de golpistas
E-mail criado pelo Ministério da Justiça recebeu
mais de 50 mil denúncias em pouco mais de 24 horas;
saiba como denunciar os envolvidos na depredação
Os golpistas de extrema-direita que participaram dos
atos antidemocráticos no domingo (8), em Brasília,
cometeram diversos crimes, entre eles o de incitação
ao golpe militar, danos e roubos do patrimônio
público, além do emprego da violência.
Alguns criminosos que invadiram o Palácio do
Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal
Federal foram capturados e mais de mil e duzentos
bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General
do Exército, em Brasília, foram detidos.
Mas as ações identificação dos golpistas continua. O
Ministério da Justiça e Segurança Pública criou o
e-mail denuncia@mj.gov.br para que sejam denunciados
os criminosos que participaram ou financiaram os
atos.
Podem ser enviados fotos, vídeos ou mesmo capturas
de tela que indiquem os participantes para que sejam
investigados. Isto porque muitos dos que depredaram
os prédios e o patrimônio público postaram nas
próprias redes sociais, mas agora apagam com medo
das punições.
Outros canais para denúncias também foram abertos.
Confira todas as formas para realizar as denúncias:
Ministério da Justiça
Pelo e-mail:
denuncia@mj.gov.br
Ministério Público Federal
Pela Sala de Atendimento ao Cidadão:
https://aplicativos.mpf.mp.br/ouvidoria/app/cidadao/manifestacao/cadastro/2
Polícia Federal
Pelo e-mail:
denuncia8janeiro@pf.gov.br
Ministério Público do DF e Territórios
Pelo e-mail:
falecom@mpdft.mp.br
Mais de 50 mil denúncias
Em pouco mais de 24 horas desde a sua criação, o
endereço criado pelo Ministério da Justiça recebeu
“50 mil e-mails com links de páginas de redes
sociais, vídeos, anexos e outras informações sobre
os invasores e apoiadores”. A informação foi
informada pela pasta em nota.
No mesmo texto é indicado que a “Secretaria Nacional
de Acesso à Justiça analisará as denúncias e todos
os casos serão apurados junto às autoridades
competentes”.
Fonte: Portal Vermelho
12/01/2023 -
Mais de cem entidades convocam nova manifestação em
defesa da democracia
Grupo convoca nova manifestação em defesa da
democracia para o próximo domingo (15), em Brasília.
Horário ainda não está definido.
Representantes de mais de 100 movimentos sindicais e
populares com atuação nacional participaram, nesta
segunda-feira (09), de reunião ampliada para
discutir iniciativas de “vigilância e mobilização
social” em defesa da democracia, após apoiadores de
Jair Bolsonaro (PL) depredarem o Palácio do
Planalto, o STF e o Congresso Nacional e destruírem
patrimônios históricos no último domingo (8), em
Brasília.
Diante da situação de agravo, o grupo convoca nova
manifestação em defesa da democracia para o próximo
domingo (15), em Brasília, afirmando que é preciso
“fortalecer a organização e a mobilização sindical e
popular” a fim de combater “ataques criminosos
praticados contra a democracia” pela extrema-direita
golpista. O horário ainda não foi definido.
As entidades pedem ainda a “punição dos responsáveis
pelos ataques às instituições e pela conivência das
forças de segurança e defesa” ao não conter os
extremistas.
O grupo também pretende construir, em diálogo com
lideranças de outras organizações, “um ato de
desagravo da sociedade civil brasileira em defesa da
democracia e do Estado de direito” que deverá
acontecer em Brasília mas sem data definida.
Leia a íntegra:
Realizamos nesta segunda-feira (09) reunião ampliada
com a participação de mais de uma centena de
movimentos sindicais e populares com atuação
nacional com o objetivo de discutir as iniciativas
de vigilância e mobilização social em defesa da
democracia e das instituições frente aos atos
golpistas e criminosos que depredaram a sede dos
três poderes da república no último domingo em
Brasília.
Abaixo uma síntese da discussão e dos
encaminhamentos:
1 - Saudamos, em primeiro lugar, a pronta resposta e
mobilização dos movimentos populares, sindicais e da
militância social do campo democrático e
progressista que realizaram importantes
manifestações na noite desta segunda-feira (9) em
mais de 100 cidades no Brasil e no exterior, em
defesa da democracia no Brasil e da punição dos
responsáveis pelos crimes praticados no último
domingo.
2 - Reafirmamos o mais veemente repúdio de toda a
sociedade civil brasileira comprometida com os
valores democráticos diante dos atos golpistas e
criminosos praticados no último domingo (8) em
Brasília, como a manutenção do estado de vigilância
e mobilização permanente em defesa da democracia, do
governo eleito pelo voto popular e da punição dos
responsáveis pelos ataques às instituições e pela
conivência das forças de segurança e defesa.
3 - Orientamos a representação das organizações nos
estados a promover plenárias amplas e unitárias a
fim de fortalecer a organização e a mobilização
sindical e popular, bem como intensificar o diálogo
com a população e a classe trabalhadora nas redes,
territórios e locais de trabalho e a denúncia dos
ataques criminosos praticados contra a democracia
que explicitam o caráter fascista e autoritário da
extrema-direita brasileira.
4 - Convocar, conforme definição dos partidos e
organizações sindicais e populares do Distrito
Federal, nova manifestação em defesa da democracia
para o próximo domingo (15) a realizar-se em
Brasília no Eixão Sul na altura da Superquadra 108.
5 - Construir, em diálogo com lideranças dos três
poderes e demais organizações da sociedade civil, um
ato de desagravo da sociedade civil brasileira em
defesa da democracia e do Estado de direito a
realizar-se em Brasília em data a definir.
6 - Os representantes das operativas dos espaços de
articulação unitária devem voltar a se reunir na
próxima semana para atualização desses
encaminhamentos.
Brasília, 10 de janeiro de 2023.
Fórum das Centrais Sindicais
Frente Brasil Popular
Frente Povo Sem Medo
Coalizão Negra por Direitos
Convergência Negra
Fonte: Portal Vermelho
12/01/2023 -
Impactos da Reforma Trabalhista na Espanha – por
Clemente Ganz Lúcio
Completou um ano que a Espanha celebrou o acordo de
mudança na legislação trabalhista e na negociação
coletiva. Depois de nove meses, encerrados em
dezembro de 2021, o governo espanhol, as entidades
sindicais (CCOO e UGT) e empresarias (CEOE e CEPYME),
chegaram a um acordo ambicioso, que mudou a
trajetória do sistema de regulação laboral e de
relações de trabalho naquele país. Referendado pelo
Conselho de Ministros, o acordo foi aprovado em 25
de janeiro de 2022 pelo Congresso de Deputados da
Espanha (Decreto 32/2021).
Essa nova legislação recolocou os sindicatos como
protagonistas do jogo social e econômico para
disputar a regulação das condições de trabalho e dos
salários, valorizando as negociações coletivas
setoriais e impedindo que acordos por empresas
reduzam os patamares fixados setorialmente. Garantiu
aos sindicatos o direito de representação de todos
os trabalhadores com a ampliação do âmbito de
negociação e de cobertura dos acordos para os
serviços terceirizados na cadeia produtiva das
empresas.
Outra diretriz estruturante da nova legislação é a
concepção da qualidade do emprego, do direito e da
dignidade da pessoa que vive do trabalho. O combate
à cultura da temporalidade, até então predominante
nas formas de contratação e com graves impactos
sobre as taxas de rotatividade, abriu caminho para o
sistema produtivo gerar empregos estáveis e,
portanto, abandonar a flexibilidade que precariza os
postos de trabalho e gera vulnerabilidade na
condição de vida dos trabalhadores.
Para isso, a diretriz base da reforma determinou que
o contrato de trabalho de prazo indeterminado é a
forma prevalente de inserção laboral. De outro lado,
colocou limites ao contrato de prazo determinado, em
especial ao de curtíssima duração, eliminando a
possibilidade dos contratos de empreitada ou de
serviço, a forma mais perversa do contrato de
trabalho. Para os setores com sazonalidade cíclica
recorrente, regulou-se o contrato fixo descontínuo.
Outro aspecto muito importante foi a regulação dos
empregos para os jovens, com medidas que passaram a
normatizar de maneira mais equânime os direitos
trabalhistas vinculados ao primeiro emprego e os
contratos de experiência.
Muitos argumentaram que essas medidas que alteraram
mais de 50 reformas laborais, feitas durante 40
anos, realizadas no sentido da flexibilização,
vulnerabilidade, precarização e redução do custo do
trabalho, ampliariam os graves problemas do mundo do
trabalho na Espanha. Pois bem, durante o último ano
as novas regras estiveram em vigor e o que se
observa?
Os dados publicados recentemente pelos Ministério do
Trabalho e Ministério do Previdência Social revelam
que os contratos de prazo indeterminado com jornada
completa aumentaram em cerca de 5 milhões em relação
ao ano anterior (2021). De outro lado reduziu-se em
mais de 9 milhões o volume de contratos temporários.
Observa-se a redução do desemprego continuamente ao
longo do último ano, representando uma queda 8,6%
nesse período. Apesar da desaceleração do
crescimento econômico global, das incertezas e da
pressão inflacionária, os dados mostram um novo
dinamismo do mercado de trabalho espanhol e uma
resistência diferenciada da economia advinda nos
empregos gerados, da renda do trabalho sustentando a
demanda e o consumo das famílias.
Observa-se também impactos positivos sobre as contas
públicas como, por exemplo, o aumento continuado da
contribuição para a previdência social. São os
melhores resultados dos últimos 15 anos.
Entre os jovens há melhora da qualidade da
contratação e chega-se aos menores níveis de
desemprego juvenil dos últimos 26 anos.
Nesse contexto de crise, o mercado de trabalho
espanhol mostrou-se mais resiliente, revelando que
as regras que induziram uma dinâmica virtuosa de
contratação, que combate a precariedade, que reduz
os contratos de curtíssima duração, que preserva os
empregos, revelou-se um escudo protetivo muito
importante para toda a economia.
Observa-se também uma mudança na qualidade dos
contratos temporários pois, a sua duração aumentou
em média 52 dias em relação ao ano anterior. De
outro lado, os contratos com menos de 30 dias
tiveram uma redução de 3,3 milhões.
Os impactos positivos foram observados em todos os
setores econômicos.
Esses resultados são sinalizações importantes para o
nosso país que, desde 2017, insistiu em copiar as
dezenas de reformas liberais espanholas, também aqui
legalizando a precarização.
Agora a hora é de mudar e voltarmos a mobilizar um
crescimento econômico virtuoso, industrializante,
com geração de empregos de qualidade, crescimento
dos salários e proteções sociais, trabalhistas,
sindicais e previdenciárias. Para isso, teremos os
desafios de modernizar a legislação trabalhista,
fortalecendo e valorizando a negociação coletiva,
realizada por sindicatos de ampla base de
representação e de representatividade, com autonomia
organizativa e capacidade para dar tratamento aos
conflitos laborais.
Clemente Ganz Lúcio é Sociólogo, assessor do
Fórum das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do
Dieese
Fonte: Agência Sindical
12/01/2023 -
Aposentadorias terão reajuste de 5,93%. Teto vai
para R$ 7.507,49
Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) com benefícios acima do salário
mínimo (de R$ 1.212 até 31 de dezembro de 2022)
terão reajuste de 5,93% neste ano. O aumento será
aplicado integralmente a aqueles que já estavam
recebendo seus pagamentos em 1º de janeiro de 2022.
A Lei 8.213, de 1991, estabelece que o valor dos
benefícios pagos pelo INSS será reajustado,
anualmente, com base no INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor), que mede o impacto da
variação de preços para as famílias com renda entre
um e cinco salários mínimos.
O INPC de 2022, divulgado na terça, 10, pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
também é usado para reajustar o teto do INSS, valor
máximo dos benefícios previdenciários e das
contribuições recolhidas à Previdência Social. Dos
atuais R$ 7.087,22, o teto deve subir para R$
7.507,49 em 2023.
Nesta quarta,11, o Ministério da Previdência
publicou no Diário Oficial da União (DOU), portaria
determinando que as aposentadorias e pensões não
terão valores inferiores a R$ 1.302,00, a partir de
1º de janeiro de 2023.
Com informações das Agências
Fonte: Agência Sindical
12/01/2023 -
Projetos de bolsonaristas na Câmara querem anistiar
terroristas e financiadores de atos golpistas
Projetos foram apresentados antes mesmo das cenas
de terrorismo vistas em Brasília no domingo e
preveem anistia também a militares, policiais e
funcionários públicos envolvidos
Dois projetos de lei que tramitam na Câmara, criados
por deputados bolsonaristas antes mesmo do episódio
de terrorismo do último domingo (8) em Brasília,
pretendem anistiar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)
que participaram de atos antidemocráticos nos
últimos meses. A informação é da coluna do Lauro
Jardim no jornal O Globo.
O primeiro foi apresentado em 24 de novembro pelo "ultrabolsonarista"
Major Vitor Hugo (PL) e "pede que sejam anistiados
manifestantes que tenham protestado a partir de 30
de outubro de 2022".
Já o segundo foi apresentado em 12 de dezembro pelo
"megabolsonarista" José Medeiros (PL), ampliando a
anistia para todos aqueles que participaram de
manifestações golpistas desde 1 de junho do ano
passado. A anistia também seria estendida a
policiais, militares e funcionários públicos
envolvidos por "ação ou omissão", de acordo com a
coluna.
"Anistia (...) a todos aqueles que, no período entre
1º de junho de 2022 até a data de entrada em vigor
desta Lei, tenham se manifestado, por meio de atos
individuais ou coletivos, ou tenham financiado ou
participado de tais manifestações e protestos,
relacionados às eleições de 2022 e temas a ela
pertinentes", diz um trecho do projeto de lei
apresentado por Medeiros.
Fonte: Brasil247
12/01/2023 -
Empresas já estudam demitir bolsonaristas radicais
por justa causa
Artigo 492 da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) prevê a justa causa em situações de
“incontinência de conduta ou mau procedimento”, bem
como “atos atentatórios à segurança nacional”.
A prisão e o indiciamento são apenas as primeiras
punições para apoiadores do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) que participaram, no domingo (8), de
atos terroristas em Brasília. Em todo o Brasil,
empresas estudam meios para demitir funcionários
envolvidos em atentados golpistas, como a invasão às
sedes dos Três Poderes.
Na visão de advogados trabalhistas consultados pelo
jornal Valor Econômico, esses bolsonaristas mais
radicais podem ser demitidos por justa causa, na
medida em que seus nomes forem associados à imagem
das empresas. Se a demissão nesses termos se
concretizar, o trabalhador atingido não terá mais
direito a aviso prévio, 13º salário, multa do FGTS e
seguro-desemprego.
O artigo 492 da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) prevê a justa causa em situações de
“incontinência de conduta ou mau procedimento”, bem
como “atos atentatórios à segurança nacional”.
Algumas demissões, porém, só podem ser efetivadas
mediante inquérito administrativo.
“Nesses casos – atentar contra os três Poderes –, a
gravidade é tão grande que invade a relação de
emprego”, explica José Carlos Wahle, sócio da área
trabalhista do Veirano Advogados. “Não se trata de
manifestação política e oposição democrática – mas
de atos de vandalismo e invocação de golpe militar.”
Juliana Bracks, sócia do Bracks Advogados,
acrescenta que demissões por justa causa não
precisam ser precedidas por condenação criminal
transitada em julgado. “Se a empresa vendo os
vídeos, as imagens, os posts no Instagram, no
Facebook, entende que o funcionário está cometendo
atos que ferem os princípios empresariais, sua
conduta, seu código de ética, ela pode demitir por
justa causa”, afirma.
Ela dá como exemplo o gerente de uma loja “que todo
mundo conhece na cidade e está lá com seu vídeo
estampado nas redes sociais quebrando o patrimônio
público”. Para Juliana, “se isso pode fazer com que
a loja perca credibilidade ou é incompatível com os
valores da empresa, não preciso esperar inquérito ou
processo criminal. Basta ter provas robustas
suficientes para caracterizar a incontinência de
conduta”.
Já servidores públicos podem sofrer exoneração em
caso de participação em atos golpistas ou
terroristas. Em alguns casos, porém, é necessário
abrir um processo administrativo disciplinar ou
aguardar que a sentença seja transitada em julgado.
Fonte: Portal Vermelho
12/01/2023 -
Parlamentares entregam a Lula decreto de intervenção
na segurança do DF
Uma comitiva de senadores e deputados entregou nesta
quarta-feira (11) ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, no Palácio do Planalto, o decreto de
intervenção na segurança pública do DF. A medida,
decretada pelo Poder Executivo no domingo, foi
aprovada pela Câmara e pelo Senado e promulgada na
terça-feira (PDL 1/2023). O vice-presidente do
Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB),
representou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), que não pode comparecer por estar com
sintomas virais.
Fonte: Agência Senado
12/01/2023 -
Senado pode criar comissão externa para investigar
ataques na Praça dos Três Poderes
O senador Omar Aziz (PSD-AM) sugeriu a criação de
uma comissão externa para acompanhar as
investigações sobre os atos de vandalismo que
ocorreram na Praça dos Três Poderes no último
domingo (8). “É o momento de a gente mostrar que a
democracia está em pé. E não são vândalos,
terroristas, que vão derrubar a democracia", afirmou
o senador. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
considerou a iniciativa “bem-vinda” e cobrou a
punição dos envolvidos nos atos antidemocráticos.
Fonte: Agência Senado
11/01/2023 -
INPC tem inflação de 0,69% em dezembro e fecha 2022
em 5,93%
No acumulado do ano, os alimentos tiveram taxa de
11,91%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a variação da cesta de compras das famílias
com renda até cinco salários mínimos, registrou
inflação de 0,69% em dezembro e fechou o ano com
alta de preços de 5,93%. As taxas ficaram acima das
registradas pelo IPCA, que mede a inflação oficial,
no período, respectivamente de 0,62% e 5,79%.
A taxa de dezembro ficou acima da observada pelo
INPC em novembro, de 0,38%, mas abaixo da registrada
pelo indicador em dezembro de 2021, de 0,73%. Em
2021, o INPC acumulado ficou em 10,16%.
Em dezembro, os produtos alimentícios registraram
alta de preços de 0,74%, enquanto os não
alimentícios tiveram inflação de 0,67%. No acumulado
do ano, os alimentos tiveram taxa de 11,91%,
enquanto os não alimentícios variaram 4,08%.
Fonte: Agência Brasil
11/01/2023 -
Manifesto à
Democracia
A Nova Central vem a público manifestar veemente
repúdio aos atos terroristas, golpistas e
antidemocráticos, ocorridos no dia 08 de janeiro de
2023. Planejados, desencadeados e executados, em
grande parte, por apoiadores/as fanáticos/as e
extremistas aliados do ex-presidente Jair Messias
Bolsonaro e, que, sob nenhuma hipótese podem ser
confundidos ou tratados com auras constitucionais da
liberdade de expressão e manifestação.
De igual forma, destacamos o seguinte trecho da
decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF) proferida nos autos do Inq
4879/DF que decidiu pelo afastamento do Governador
do DF: "Absolutamente nada justifica a omissão e
conivência do secretário de Segurança Pública e do
governador do Distrito Federal com criminosos que,
previamente, anunciaram que praticariam atos
violentos contra os Poderes constituídos".
Diante do disposto na referida decisão manifestamos
total indignação à leniência, omissão e conivência
do governo do Distrito Federal (GDF) e das forças de
segurança por ele comandada, o que permitiu
vandalizar e destruir, pela prática de atos
terroristas, parte de um dos principais patrimônios
público e arquitetônico do planeta, além de tentar
impor uma fissura emblemática de fraqueza na
estrutura democrática brasileira ao invadir e
depredar, externa e internamente, os símbolos
(sedes) da República expressos na praça dos Três
Poderes.
A truculência histórica a sindicalistas e líderes
populares se contrastou com a intimidade da PM do
GDF com terroristas golpistas. Cenas repercutidas,
espalhadas mundialmente, com selfies e vídeos
carinhosos, ternos, revelam um acinte, um deboche à
Democracia e aos preceitos constitucionais. A
desmoralização consciente das forças de segurança
pública fica para a história como uma mácula, um
desserviço que o GDF e sua polícia, pedagogicamente,
fez ao país, uma vergonha Nacional.
Sabemos que o movimento sindical surge e permanece
entre as principais trincheiras ativas para garantir
a Democracia. Junto com o sufrágio universal, o
sindicalismo é um agente social determinante para
que o Estado possibilite a soberania popular, cumpra
o seu papel, elimine ou impeça extremismos golpistas
– ditaduras e tiranias – e jamais permita qualquer
pacto social no qual a crueldade da desigualdade e
da injustiça prevaleçam como uma realidade estatal
imposta, prevalente desde o processo golpista, em
2016, e, que, novamente, toma expressão como um
devir nos atos terroristas de 08/01/2023, razão pela
qual:
Nossa solidariedade incondicional e plena ao povo
brasileiro e o compromisso pela manutenção da
unidade sindical e classista na manutenção e no
fortalecimento da Democracia;
Nossa solidariedade cívica e institucional às
lideranças e membros dos Três Poderes da República,
externando, desde já, apoio às iniciativas e medidas
ora tomadas, além de outras que se fizerem
necessárias e urgentes para se restabelecer o bem
comum, o pleno equilíbrio e condições dignas ao
convívio social;
Que em toda ação com vistas à garantia da soberania
popular, o primado constitucional vigore e demarque
a efetividade do pleno exercício da Democracia e não
a sua conflagração;
Que todos os/as envolvidos/as com o terrorismo,
vandalismo e atos golpistas, principalmente as
lideranças empresariais financiadoras e mandantes –
diversas criminalmente já praticantes de assédio
eleitoral em 2022 – e àqueles/as com prerrogativas
de proteger e garantir a Lei e ordem social, sejam
punidas exemplarmente na forma da Lei e da
Constituição, arcando integralmente com a reparação
e os danos causados ao erário e ao patrimônio
público;
Que a soberania do voto se constitua uma marca das
determinações vigentes e futuras, porque nela está
manifesto o anseio popular que elegeu o presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o
Congresso Nacional.
Por fim, a Nova Central, suas entidades filiadas, as
lideranças que a compõem e os milhões de
trabalhadores e trabalhadoras que representam, com a
ciência de que 90% da população brasileira é
contrária a qualquer ato golpista, terrorista ou
afronta à democracia, têm total convicção de que ao
se depredar as estruturas físicas do Estado, não se
deteriora o poder e a força constituída que
estabeleceu e estabelece a história da Democracia,
por isso se somam a unidade das forças e
instituições que primam por uma nação soberana e
verdadeiramente democrática.
Brasília, 09 de janeiro de 2023
Pela Diretoria
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente Interino da NCST
Fonte: NCST
11/01/2023 -
Poderes se
uniram mais!
A democracia está mais forte ou mais fraca após os
ataques terroristas de domingo em Brasília, pelas
falanges bolsonaristas?
A Agência Sindical fez a pergunta a Antônio Augusto
de Queiroz (Toninho do Diap), consultor político,
com décadas de experiência em assessoria
parlamentar.
Sua resposta: “Os Três Poderes estão mais unidos. As
instituições resistiram aos ataques e saíram mais
fortes. Com isso, a democracia também fica mais
robusta”.
Trechos da entrevista:
. Instituições – “As instituições resistiram
aos ataques extremistas, se uniram e saíram
fortalecidas, o que, por consequência, fortalece a
democracia”.
. Resistência – “Quando os Poderes passaram a
atuar de forma coordenada, inclusive mobilizando a
Polícia Federal e a PRF, a desordem foi contida”..
Terrorismo – “Sim. Conforme a lei, cometeram
terrorismo, que é crime imprescritível e para o qual
não cabe pagamento de fiança pelo acusado.”
. Prisões – “Creio que ultrapassarão mil
presos, até por força da intervenção, que tira o
governador Ibaneis de cena. Ele foi, no mínimo,
imprudente e omisso”.
. Punições – “A lei vai ser aplicada. Isso
passa à sociedade ideia de funcionamento dos
Poderes, repúdio a atos violentos e efetividade do
Estado de Direito”.
. Congresso – “Entre os parlamentares, a
indignação é geral. Mesmo parlamentares mais
afinados com Bolsonaro”.
. Internacional – “De todas as partes do
mundo chegaram manifestações contra a barbárie, em
defesa da democracia e de apoio a Lula”.
. Financiadores – “Governo já rastreou parte
dos financiadores dos ataques. O Estado tem todas as
condições de apurar isso tudo”.
. Governo – “Controlada a situação, o governo
precisa agir, governar com medidas esperadas pela
população”.
Brasília – Nesta quarta (11), o movimento
sindical atuará em Brasília, junto aos Poderes, para
reafirmar apoio à ordem democrática e reforçar o
repúdio ao radicalismo bolsonarista.
Mais – Acesse o site do
DIAP.
Fonte: Agência Sindical
11/01/2023 -
PDT protocola notícia-crime contra Jair Bolsonaro na
PGR
O Partido Democrático Trabalhista protocolou na
Procuradoria-Geral da República notícia-crime contra
o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A
representação, assinada pelo presidente da legenda,
o ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirma que o
ex-mandatário incitou os atos de terrorismo do
último domingo (8/1) que culminaram na depredação
dos prédios do Supremo Tribunal Federal, do
Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, em
Brasília.
O partido sustenta que Bolsonaro deixou explícito
que não reconheceu o resultado das urnas, o que
desaguou no pedido esdrúxulo formulado pelo PL que
questionou a integridade das urnas. Lembra ainda
que, inconformado com a derrota, o ex-presidente
fugiu pra os EUA e não transmitiu a faixa
presidencial para Lula, o presidente eleito.
“Demonstra-se, com isso, que Jair Bolsonaro sempre
agiu com o cerne de avivar os ânimos dos seus
apoiadores contra o regime democrático, no que
apesar de verbalizar que nada tem a ver com o
ocorrido em Brasília, sua culpa ressoa inconteste,
sobretudo porque nenhum ato de terrorista tal qual
ocorreu recentemente é gestado do nada”, afirma o
PDT.
Além disso, o partido aponta que está demonstrado
nexo de causalidade entre os atos praticados por
Bolsonaro e os atos de terrorismo em Brasília. Por
fim, pede que a PGR determine o retorno imediato do
ex-presidente ao Brasil.
Clique
aqui para ler a petição
Fonte: Consultor Jurídico
11/01/2023 -
Moraes: terroristas não ficarão em "colônia de
férias" e todos serão punidos, inclusive
"incentivadores"
"As instituições não são feitas só de mármore. As
instituições são feitas de pessoas, de coragem, e
irão punir todos os responsáveis. Todos", garantiu o
ministro do STF
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de
Moraes enviou um recado aos terroristas
bolsonaristas durante a posse de Andrei Passos
Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal. O
magistrado afirmou que "todos" os responsáveis pelos
atos criminosos vistos em Brasília no domingo (8)
serão punidos, inclusive aqueles que "financiaram"
ou "incentivaram, por ação ou omissão", os ataques
aos prédios dos Três Poderes.
Ele também afirmou que as instituições brasileiras
não se restringem às paredes do Congresso Nacional,
do Palácio do Planalto e do Supremo. "Não há
apaziguamento nas instituições brasileiras. Se o
apaziguamento tivesse dado certo, não teríamos tido
a II Guerra Mundial. A ideia do apaziguamento ou é
por covardia ou por interesses próprios. Nós temos
que combater firmemente o terrorimo, as pessoas
antidemocráticas, que querem dar um golpe, que
querem um regime de exceção. Não é possível
conversar com essas pessoas de forma civilizada.
Essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que
fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso
Nacional e, com muito mais raiva e ódio, no Supremo
Tribunal Federal. Mas as instituições não são feitas
só de mármore, de cadeiras, de mesas. As
instituições são feitas de pessoas, de coragem, de
cumprimento da lei".
O ministro prometeu que os criminosos não ficarão em
"colônia de férias". "Não achem esses terroristas
que até domingo faziam baderna e crimes e agora
reclamam porque estão presos, querendo que a prisão
seja uma colônia de férias, não achem que as
instituições irão fraquejar. O Judiciário, o Supremo
Tribunal Federal, com absoluta certeza, com apoio
dentro da legalidade, dentro da Constituição, da
Polícia Federal, as instituições irão punir todos os
responsáveis. Todos. Aqueles que praticaram os atos,
aqueles que planejaram os atos, aqueles que
financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por
ação ou omissão. A democracia irá prevalecer".
Fonte: Brasil247
11/01/2023 -
Pacheco diz que minoria golpista não vai impor sua
vontade por meio da barbárie
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, inspecionou
nesta terça-feira (10) os danos causados pelos
vândalos nas dependências da Casa. Pacheco afirmou
que a minoria golpista não vai impor sua vontade por
meio da barbárie e que todos serão responsabilizados
pelos seus atos. O prejuízo causado pelos vândalos
no Senado foi calculado entre R$ 3 milhões e R$ 4
milhões.
Fonte: Agência Senado
11/01/2023 -
Ministério Público junto ao TCU pede bloqueio de
bens de Bolsonaro, Ibaneis e Anderson Torres
O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado cita o
"vandalismo ocorrido no Distrito Federal" e
"inúmeros prejuízos ao erário federal" para
justificar o pedido
O Ministério Público de Contas pediu ao Tribunal de
Contas da União, segundo Daniela Lima, da CNN
Brasil, o bloqueio de bens de Jair Bolsonaro (PL),
do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis
Rocha (MDB), e do ex-ministro e ex-secretário de
Segurança Pública do DF Anderson Torres.
"Ao Excelentíssimo senhor Presidente do Tribunal de
Contas da União, ministro Bruno Dantas, em razão de
processo de tomada de contas e do vandalismo
ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de
2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário
federal, solicito que seja decretada a
indisponibilidade de bens dos senhores Jair Messias
Bolsonaro, ex-presidente da República, do governador
afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha, bem como
do senhor Anderson Torres, secretário de segurança
do Distrito Federal exonerado, bem como de outros
responsáveis, sobretudo de financiadores de
mencionados atos ilegais", diz o pedido, assinado
por Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do
Ministério Público junto ao TCU.
Fonte: Brasil247
10/01/2023 -
Após reunião, Lula e presidentes dos demais Poderes
assinam nota conjunta contra terrorismo
Documento garante união para tomada de
providências contra bolsonaristas que invadiram e
depredaram prédios públicos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os
chefes dos poderes Legislativo e Judiciário
publicaram nesta segunda-feira (9) um documento
conjunto condenando os atos golpistas de seguidores
do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último
domingo (8) em Brasília. O texto afirma que os
poderes estão "unidos para que as providências
institucionais sejam tomadas, nos termos das leis
brasileiras" (confira no fim do texto a íntegra do
documento).
A manifestação foi publicada após reunião das
cúpulas do governo federal, do Congresso e do
Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta à
barbárie registrada na véspera. Além de Lula,
assinam a carta a presidente do Supremo, ministra
Rosa Weber; o presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL); e o presidente do Senado em
Exercício, senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB).
O presidente efetivo do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) estava em viagem de férias na França e está
a caminho do Brasil.
O encontro desta segunda contou ainda com os
ministros do STF Luis Roberto Barroso e Dias Toffoli;
o vice-presidente e ministro da Indústria e
Comércio, Geraldo Alckmin; e outros ministros de
governo, como José Múcio (Defesa), Flávio Dino
(Justiça e Segurança Pública), Fernando Haddad
(Fazenda), Alexandre Padilha (Relações
Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo
Pimenta (Secretaria da Comunicação Social).
Leia, na íntegra, a nota divulgada pelos chefes dos
três poderes nesta segunda:
Os Poderes da República, defensores da democracia e
da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos
terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas
que aconteceram na tarde de ontem em Brasília.
Estamos unidos para que as providências
institucionais sejam tomadas, nos termos das leis
brasileiras.
Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em
defesa da paz e da democracia em nossa pátria.
O país precisa de normalidade, respeito e trabalho
para o progresso e justiça social da nação.
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República
Senador Veneziano Vital do Rêgo
Presidente do Senado em Exercício
Deputado Federal Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados
Ministra Rosa Maria Pires Weber
Presidente do Supremo Tribunal Federal
Fonte: Brasil de Fato
10/01/2023 -
Interventor no DF, Cappelli anuncia a retomada da
área militar que abrigou terroristas bolsonaristas
"A área foi retomada e não será permitida a volta
de 'manifestantes'", afirmou o secretário executivo
do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli
O secretário executivo do Ministério da Justiça,
Ricardo Garcia Cappelli, anunciou nesta
segunda-feira (9) que áreas militares ocupadas por
apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o
portal G1, cerca de 1.200 pessoas foram detidas em
consequência do terrorismo cometido por
bolsonaristas na capital federal.
"Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos
atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem. Todas
as barracas serão retiradas. A área foi retomada e
não será permitida a volta de 'manifestantes'. Todos
os elementos foram encaminhados para a PF. A lei
será cumprida", disse Cappelli.
Cappelli foi nomeado interventor pelo decreto
assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
que determinou, neste domingo (8), intervenção
federal na área de segurança pública no Distrito
Federal.
Fonte: Brasil247
10/01/2023 -
Senadores já têm assinaturas para criar CPI dos Atos
Antidemocráticos
O pedido foi feito pela senadora Soraya Thronicke
(união Brasil-MT) que já teria 28 assinaturas de
apoio dos colegas, uma a mais do que o necessário
A senadora Soraya Thronicke (união Brasil-MT)
ingressou com pedido de criação da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos
Antidemocráticos a fim de investigar a ação
terrorista que resultou na depredação dos prédios
dos três Poderes neste domingo (8). O requerimento
tem 28 assinaturas de apoio, uma a mais do que o
necessário.
“Alcançamos agora um número maior do que o
necessário para a abertura da CPI dos Atos
Antidemocráticos no Senado. Agradeço a todos os
colegas que apoiaram a iniciativa. A democracia é
sagrada! Muitos percebem somente depois que a
perdem. No nosso Brasil ela sobreviverá!”, escreveu
a senadora na sua conta no Twitter.
Líderes na Casa estiveram reunidos nesta
segunda-feira (9) com o presidente do Senado em
exercício, Veneziano Vital do Rego (MDB), para
debater o assunto.
A expectativa é que o presidente da Casa, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), que interrompeu férias na França,
posso ler o documento, em breve, no plenário. Após
essa fase, o colegiado poderia ser instalado com a
indicação de nomes pelos lideranças dos partidos.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a CPI será um
importante instrumento de reação. “O parlamento dará
uma reposta aos terroristas e a todos aqueles que,
de alguma forma, participaram das ações que
mancharam a imagem da nação”, disse o líder na sua
conta do Twitter.
“Minha assinatura e meu total apoio à abertura de
uma CPI para apurar as responsabilidades pelo
vandalismo em Brasília. Uma afronta à democracia e
aos três poderes da União”, afirmou o líder do MDB,
senador Eduardo Braga (AM).
“Além da CPI, como senador pedi também ao STF a
inclusão de Jair Bolsonaro no inquérito dos atos
antidemocráticos como investigado e, se necessária,
sua prisão preventiva dada sua condição de
fugitivo”, informou o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Em apoio à CPI, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE)
disse que o momento exige a suspensão do recesso
parlamentar e a adoção de medidas imediatas para
apuração dos fatos.
Fonte: Portal Vermelho
10/01/2023 -
Governo criará programa para atender endividados
O Governo Federal vai criar um programa para atender
as pessoas endividadas. Entre elas, aquelas que
contraíram empréstimo consignado oferecido pelo
Auxílio Brasil em 2022, modalidade implantada para
permitir a inclusão de pessoas inadimplentes de
volta à economia.
O anúncio foi feito dia 4 pelo ministro do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome, Wellington Dias. A iniciativa,
batizada de Desenrola Brasil, ainda está em fase de
elaboração.
De acordo com o ministério, a estimativa é de que
sejam atendidas 80 milhões de pessoas inadimplentes,
sendo cerca de 3,5 milhões de pessoas endividadas
com o consignado e que recebem o Auxílio Brasil. As
dívidas somam R$ 9,5 bilhões.
Segundo o ministro, o novo programa será
desenvolvido em parceria com outros ministérios.
“É grave o problema dos endividados do Auxílio
Brasil ou do Bolsa Família, o chamado consignado.
Primeiro, já do ponto de vista da própria
legalidade. O programa foi usado, no período de
eleição, com objetivos claramente eleitorais. O
presidente Lula já demonstrou sensibilidade com o
tema desde a campanha”, disse Wellington Dias.
Fonte: Agência Brasil
10/01/2023 -
Senado quer isentar de IR a participação de
trabalhadores nos lucros das empresas
O Senado aprovou projeto de lei que concede isenção
fiscal para a participação dos trabalhadores nos
lucros ou resultados de empresas. A proposta (PL
581/2019) iguala o tratamento tributário
existente hoje para a distribuição de lucros e
dividendos. O relator, senador Irajá (PSD-TO), diz
que é justo dar à participação de trabalhadores nos
lucros ou resultados o mesmo tratamento concedido à
distribuição de lucros ou dividendos de empresas.
Fonte: Agência Senado
10/01/2023 -
Lula deve indicar três ministros para o STF durante
seu mandato
Em 2023, duas vagas serão abertas com a
aposentadoria compulsória dos ministros Ricardo
Lewandowski e Rosa Weber,
ambos completarão 75 anos
Com a aposentadoria compulsória dos ministros
Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, ambos completarão
75 anos, o presidente Lula deve indicar, em 2023,
dois nomes para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma terceira vaga deve abrir com a antecipação da
aposentadoria de Luís Roberto Barroso, que vai
presidir a Corte este ano e depois do mandato (dois
anos) entraria na inatividade.
Com isso, as especulações em torno de nomes para
substituir os ministros já começaram. De acordo com
a colunista Bela Megale, do O Globo, Cristiano Zanin
é um dos favoritos para vaga. O advogado de defesa
do presidente no processo da Lava Jato pôs fim nas
27 ações contra o ex-presidente.
Outro nome ventilado é o de Manoel Carlos de Almeida
Neto, que foi secretário-geral do STF e do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) quando Lewandowski esteve
no comando das duas cortes.
A Constituição exige que os ministros do STF sejam
indicados pelo presidente da República e passem por
sabatina e aprovação no Senado para, então, tomarem
posse.
Fonte: Portal Vermelho
10/01/2023 -
INSS divulga calendário de pagamento de
aposentadorias e pensões
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
divulgou nesta segunda (8), em Brasília, o
calendário de pagamento de 2023. Mais de 37 milhões
de aposentados e pensionistas recebem benefícios do
órgão.
Para quem recebe um salário mínimo, os depósitos
referentes a janeiro serão feitos entre os dias 25
de janeiro e 7 de fevereiro. Segurados com renda
mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos
creditados a partir de 1º de fevereiro.
Os valores já serão pagos com o reajuste do salário
mínimo, que ainda não foi definido para o ano que
vem.
Para saber quando o pagamento será depositado, basta
ver o número final do cartão de benefício, sem
considerar o último dígito verificador, que aparece
depois do traço.
Segundo o INSS, para aqueles que recebem seu
benefício há algum tempo, vale a data habitual.
Mais – Acesse o site do
INSS.
Fonte: Agência Sindical
10/01/2023 -
Projeto eleva de 5 para 8 as parcelas de
seguro-desemprego na demissão sem justa causa depois
dos 50 anos
Vínculo empregatício tem que ter sido de no
mínimo 24 meses
O Projeto de Lei 2761/22 aumenta de cinco para oito
o número de parcelas do seguro-desemprego a ser
recebida pelo trabalhador demitido sem justa causa
após os 50 anos de idade. O texto em análise na
Câmara dos Deputados altera a Lei 7.998/90, que
regulamentou o Programa do Seguro-Desemprego.
Conforme a proposta, para ter direito a oito
parcelas do benefício, o trabalhador terá de
comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica
ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24
meses no período de referência.
“A ideia é atenuar os impactos de uma demissão na
terceira idade. O seguro-desemprego poderá
contribuir para que o trabalhador busque
qualificação e continue pagando a contribuição
previdenciária”, disseram os autores da proposta, o
deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) e outros oito
parlamentares.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
09/01/2023 -
Lula decreta intervenção federal na segurança do
Distrito Federal
O interventor será Ricardo Garcia Cappelli, atual
secretário-executivo do Ministério da Justiça e da
Segurança Pública
O presidente Lula assinou decreto determinando
intervenção na segurança pública do Distrito Federal
(DF) por causa dos atos terroristas de bolsonaristas
que invadiram neste domingo (8) dependências do
Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do
Superior Tribunal Federal (STF).
O interventor será Ricardo Garcia Cappelli, atual
secretário-executivo do Ministério da Justiça e da
Segurança Pública.
O anuncio foi feito em Araraquara (SP) onde o
presidente examina os danos causados pela chuva no
local.
Lula lembrou que golpistas estavam sendo escoltados
por policiais militares (PMs) do DF antes de
chegarem a Esplanada dos Ministérios. “Houve
incompetência, má vontade e má fé das autoridades do
Distrito Federal”, criticou o presidente.
“Vocês devem ter acompanhado a barbárie em Brasília
hoje. Aquelas pessoas que chamamos de fascistas, o
que há de mais abominável na política, invadiram a
sede do palácio e o Congresso. Achamos que houve
falta de segurança”, disse.
Lula também prometeu punição: “Quem fez isso será
encontrado e punido. A democracia garante o direito
de livre expressão, mas também exige que as pessoas
respeitem as instituições. Não tem precedente na
história do país o que fizeram hoje. Por isso devem
ser punidos”.
Fonte: Portal Vermelho
09/01/2023 -
Exigimos medidas enérgicas e exemplares contra atos
terroristas; dizem centrais sindicais
Confira íntegra da nota unitária das centrais
sindicais
Exigimos medidas enérgicas e exemplares contra
atos terroristas
Sindicatos devem atuar para proteger estado
democrático de direito
As centrais sindicais, representando os
trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, repudiam
veementemente a ação terrorista no Distrito Federal,
implementada através da invasão e depredação do
Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.
Trata-se de um complô golpista que visa desacreditar
o Estado de Direito e que, de forma criminosa,
contou com a leniência do governo do Distrito
Federal.
Isso é inaceitável! O Brasil não pode continuar sob
o caos e a desordem que marcaram os últimos quatro
anos.
Exigimos ação enérgica do governo para garantir a
soberania popular, o cumprimento da Constituição e o
pleno exercício da democracia. Soberania que através
do voto, elegeu o presidente da República e o
Congresso Nacional.
Expressamos nossa solidariedade aos membros do três
Poderes da República e manifestamos nosso apoio às
iniciativas e medidas necessárias e urgentes para
ocuparmos a nossa institucionalidade rapidamente,
com a intervenção federal no GDF.
Orientamos todas as entidades sindicais e seus
dirigentes que se mantenham vigilantes, atentos às
iniciativas que tomaremos e cientes que a democracia
é um bem valioso, conquistado pelos trabalhadores e
por toda a sociedade.
São Paulo, 8 de janeiro de 2023
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Nilza Pereira de Almeida, Secretária-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
09/01/2023 -
Governo Lula III e a pauta da classe trabalhadora
Precisamos de marco regulatório de ampla proteção
social, trabalhista e previdenciária; políticas
ativas de geração de trabalho e renda, capazes de
enfrentar o desemprego
por Nivaldo Santana
No dia 7 de abril de 2022 foi realizada a nova
Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat 2022),
convocada por nove centrais sindicais. A Conclat
aprovou a Pauta da Classe Trabalhadora ancorada em
quatro pontos: emprego, direitos, democracia e vida.
Em um representativo ato político, o Fórum das
Centrais Sindicais entregou a Pauta da Conclat aos
pré-candidatos Lula e Alckmin. Os dirigentes
sindicais enfatizaram, na ocasião, a necessidade de
revogar os marcos regressivos da legislação
trabalhista e previdenciária.
Três prioridades dessa Agenda foram encaminhadas
antes mesmo da posse dos eleitos. Com a aprovação da
PEC da Transição, ficaram assegurados o pagamento do
Bolso-Família de 600 reais, o aumento real do
salário mínimo e o fim do teto de gastos.
Depois da posse, outros itens foram contemplados.
Destaque para a revogação das privatizações,
retomada dos Conselhos e Conferências e
reestruturação do Ministério do Trabalho e Emprego
para coordenar a ação do governo nesta área
estratégica.
Foi um bom começo e abre perspectivas positivas para
um novo projeto nacional de desenvolvimento com
valorização do trabalho. Para tanto, é essencial
“implementar um marco regulatório de ampla proteção
social, trabalhista e previdenciária”.
Nesse rumo, e em conformidade com a Pauta aprovada,
o movimento sindical deve lutar por “políticas
ativas de geração de trabalho e renda para enfrentar
o desemprego, o subemprego, a rotatividade e a
informalidade crescentes”.
Tudo isso deve vir acompanhado do fortalecimento
sindical. Para que haja negociação digna do nome os
trabalhadores precisam de sindicatos fortes, com
garantia dos direitos trabalhistas, direito de greve
e de financiamento solidário aprovado em assembleia.
A Pauta aprovada é ampla. Trata da jornada de
trabalho, proteção frente às inovações tecnológicas,
trabalho igual, salário igual, direito de negociação
do setor público, restrição às demissões imotivadas
e políticas para favorecer a entrada dos jovens no
mercado de trabalho.
A definição do novo ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, com raízes no movimento sindical, gera uma
grande expectativa de que a obra de reconstrução e
transformação nacional coloque o trabalho no topo
das prioridades e reverta a degradação trabalhista
no Brasil.
Fonte: Portal Vermelho
09/01/2023 -
Salário mínimo “vai ser pago normalmente”, diz
Haddad
Valor de R$ 1.320 depende de edição de medida
provisória
O salário mínimo “vai ser pago normalmente”, disse
sexta-feira (6) o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, pouco antes de embarcar para São Paulo. Ele,
no entanto, não informou quando o governo pretende
editar a medida provisória que fixará o valor em R$
1.320 que consta no Orçamento Geral da União de
2023.
Atualmente, o salário mínimo para este ano está em
R$ 1.302, conforme
medida provisória editada em meados de dezembro
pelo governo anterior. Esse valor considera apenas a
reposição pela inflação, sem ganhos reais para o
trabalhador.
A publicação de uma nova medida provisória depende
de uma avaliação do ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, sobre a suficiência de recursos para bancar
o salário mínimo de R$ 1.320 neste ano. Isso porque
a forte liberação de benefícios do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) no segundo semestre
do ano passado pode comprometer a capacidade de o
governo bancar o salário mínimo acima da inflação
neste ano.
O pronunciamento do Ministério do Trabalho e Emprego
originalmente estava previsto para hoje, mas foi
adiado para segunda-feira (9) após a primeira
reunião ministerial do novo governo, no Palácio do
Planalto.
Apesar de a emenda constitucional da Transição ter
assegurado R$ 6,8 bilhões para bancar o salário
mínimo de R$ 1.320, a forte liberação de
aposentadorias e pensões do INSS nos últimos meses
do ano passado pode resultar em um impacto fiscal
maior que o previsto. Nesse caso, o governo terá de
remanejar dinheiro de todos os ministérios para
bancar esse valor.
Fonte: Agência Brasil
09/01/2023 -
Pacheco: fala de Lula indica respeito ao Congresso e
capacidade de união
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se
manifestou sobre a fala do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva após a primeira reunião ministerial do
novo governo, ocorrida nesta sexta-feira (6). Para
Pacheco, a fala de Lula foi uma demonstração de sua
capacidade de aglutinação e de respeito ao Congresso
Nacional.
“O presidente Lula demonstra, com essa fala,
experiência e capacidade de aglutinação. De fato, o
Congresso merece respeito porque tem compromisso com
as soluções para o país. O presidente e seus
ministros poderão contar com isso. Vamos trabalhar
muito para que a independência entre os poderes seja
a mais harmônica possível”, afirmou Pacheco pelo
Twitter.
Na sua fala na abertura da reunião ministerial, Lula
afirmou que os integrantes do governo precisam saber
que o Executivo não manda no Congresso, ao
contrário, precisa do Parlamento. O presidente
indicou que trabalhará para manter uma boa relação
com a Câmara e com o Senado nos quatro anos de
mandato.
A união entre os Poderes tem sido tema de
pronunciamentos de Pacheco ao longo dos últimos dois
anos. Em meio a crises e desentendimentos, ele
sempre defendeu a harmonia e o diálogo entre o
Executivo, o legislativo e o Judiciário para a
construção de soluções para o Brasil.
A sinalização de um trabalho conjunto entre governo
e Congresso já havia sido feita, também, nos
discursos durante a posse do novo presidente, quando
Lula agradeceu ao Congresso o empenho pela aprovação
da PEC da Transição e Pacheco assegurou que o
Congresso está aberto ao diálogo com o governo,
também citando a Emenda Constitucional 126, de 2022,
oriunda da PEC.
Fonte: Agência Senado
09/01/2023 -
Luiz Marinho ressalta importância do movimento
sindical em sua posse
Na terça-feira (3), o novo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, tomou posse e firmou
compromissos importantes com trabalhadores e as
entidades sindicais. “Essa é a missão que recebi do
Presidente Lula: contribuir para transformar esse
nosso Brasil em um país desenvolvido, com empregos
dignos, bons salários, proteção social, trabalhista,
sindical e previdenciária para todos. Um país onde o
trabalho voltará a ser instrumento fundamental para
acabar com a fome, superar a pobreza e combater
todas as formas de desigualdades ”, afirmou Marinho
que ocupa pela segunda vez o cargo de ministro.
Segundo Marinho, o ministério estará “comprometido
com a valorização do diálogo social e da negociação
coletiva. Compreendemos que as partes interessadas,
trabalhadores e empresários, devem ter autonomia
para investirem em um sistema de relações do
trabalho que valorize e incentive a negociação
coletiva e a solução voluntária de conflitos”.
“Negociação coletiva fundada em boas práticas de
diálogo social requer sindicatos fortes, com ampla
base de representação, com representatividade e
capacidade autônoma de se organizar e de se
financiar”, completou.
Marinho ainda afirmou que a pasta irá apresentar ao
Congresso Nacional uma política de valorização
permanente do salário mínimo e uma proposta de
regulação de aplicativos. Descartou também a
revogação completa da reforma trabalhista e o
retorno do imposto sindical. Mas irá retirar
integralmente o projeto da Carteira Verde e Amarela
do Congresso.
Centrais Sindicais
Luiz Marinho pediu a participação de todo movimento
sindical em especial das centrais. “Espero uma
atuação vigorosa e propositiva das Centrais
Sindicais nesse diálogo social amplo, sendo elas a
voz de todos os trabalhadores e trabalhadoras,
conectados com os desafios e a promoção de um
desenvolvimento econômico e socioambiental
sustentável, observando com muita atenção das
questões da transição justa”, disse.
CLIQUE AQUI E LEIA A ÍNTEGRA DO DISCURSO DE LUIZ
MARINHO
Fonte: NCST
09/01/2023 -
Projeto estabelece reajustes acima da inflação para
o salário mínimo
A retomada da política de valorização real do
salário mínimo é o objetivo de um projeto
apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS). A
política de valorização acima da inflação, que
vigorou até 2019, deixou de ser aplicada e os
últimos reajustes apenas repuseram as perdas
inflacionárias. Pela regra prevista no projeto, além
da inflação, o reajuste anual levará em conta também
a variação do Produto interno Bruto (PIB).
“Apresentamos o
Projeto de Lei 1.231/2022, que institui a
Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo
de longo prazo, extensiva aos benefícios dos
aposentados e pensionistas. Salário mínimo
valorizado gera emprego e renda, desenvolve o
comércio, todos ganham”, disse o senador nesta
quinta-feira (5) pelo Twitter. Para ele, os
trabalhadores brasileiros merecem ter uma política
de valorização do salário mínimo definitiva, que
seja uma política de Estado, não sujeita à vontade
dos governantes.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.320. O
projeto de Paim, apresentado em 2022, previa para
2023 um salário mínimo de R$ 1.300, mais o aumento
adicional correspondente ao dobro da variação real
positiva do PIB acumulado nos quatro trimestres em
2022. O PIB do quarto trimestre só será divulgado em
março, mas as projeções indicam que a variação será
acima de 3%. Esse índice multiplicado por dois
resultaria em um salário mínimo de R$ 1378 para este
ano.
Fonte: Agência Senado
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