Blog - Notícias Anteriores - Janeiro 2024
31/01/2024 -
MTE amplia prazo para atualização sindical
31/01/2024 -
STF retomará quinta-feira julgamento sobre revisão
da vida toda
31/01/2024 -
Brasil criou 1,48 milhão de empregos formais em
2023, aponta Caged
31/01/2024 -
Com Lula e sem teto de gastos, investimentos do
governo crescem 81%
31/01/2024 -
Sem prova de culpa do empregado em acidente, TRT-15
eleva indenização por morte
31/01/2024 -
Precatórios e redução da fila do INSS ampliaram
déficit da Previdência, diz secretário do Tesouro
30/01/2024 -
Operação contra Carlos Bolsonaro foi autorizada por
Moraes e contou com apoio da PGR
30/01/2024 -
Déficit na Previdência dos servidores chega a R$ 6
trilhões e investimento cai
30/01/2024 -
Confiança da indústria cresce em janeiro para o
maior nível desde agosto de 2022
30/01/2024 -
Veto de Lula a emendas aumenta impasse sobre a MP da
Reoneração
30/01/2024 -
Senado analisa medidas de combate ao trabalho
escravo
30/01/2024 -
Projeto amplia para 20 anos prazo para vítima de
assédio sexual no trabalho pedir reparação civil na
Justiça
30/01/2024 -
MTE promove evento 'Política de Combate ao Trabalho
Análogo à Escravidão: balanço e perspectivas’
29/01/2024 -
Entidades
empresariais seguem as centrais e manifestam apoio à
política industrial do governo
29/01/2024 -
INSS cria política de enfrentamento ao assédio e
violência
29/01/2024 -
Tragédia de
Mariana: mineradoras terão de pagar indenização
bilionária
29/01/2024 -
Barroso
reconhece insegurança jurídica nas áreas da saúde,
tributária e trabalhista
29/01/2024 -
Projeto concede
parcelas rescisórias a aposentado por incapacidade
permanente
29/01/2024 -
Prazo para
relatório sobre equiparação salarial para mulheres
finda em fevereiro
26/01/2024 -
Governo, empresas e sindicatos chegam a acordo sobre
trabalho nos feriados
26/01/2024 -
Justiça anula parte da reforma trabalhista de Milei
em dia de greve nacional
26/01/2024 -
Moraes autoriza acesso da CGU às investigações
contra Bolsonaro
26/01/2024 -
Polarização – João Guilherme Vargas Netto
26/01/2024 -
Construtora não poderá fazer dispensa em massa sem
participação sindical
26/01/2024 -
Projeto estabelece que injúria racial contra
trabalhador caracteriza justa causa cometida pelo
empregador
26/01/2024 -
28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate ao
Trabalho Escravo
25/01/2024 -
Ninguém esquece um desastre em curso permanente
25/01/2024 -
“Nova política industrial é essencial para o
Brasil”, dizem centrais
25/01/2024 -
Em entrevista a CNN, procuradora do trabalho elogia
contribuição assistencial
25/01/2024 -
Orçamento 2024 é sancionado com veto a R$ 5,6 bi em
emendas de comissão
25/01/2024 -
Revisão da vida toda, correção do FGTS, pejotização:
o que o STF vai julgar em 2024?
25/01/2024 -
Brumadinho tem mais de 23 mil acordos de indenização
fechados
24/01/2024 -
Definição sobre MP da Reoneração deve sair até
semana que vem, diz Haddad
24/01/2024 -
Sindicato é responsável por advogado que age de
forma indevida em ação de filiado
24/01/2024 -
Falso empreendedorismo: empresas contratam MEIs para
retirar direitos
24/01/2024 -
"Nesse país, quem vive de dividendo não paga Imposto
de Renda, e quem vive de salário paga", critica Lula
24/01/2024 -
Milei mantém ameaças sobre o movimento sindical em
semana de greve geral
24/01/2024 -
Varas do Trabalho já podem fazer novas anotações na
Carteira de Trabalho Digital
24/01/2024 -
Governo Lula tem 43% de avaliação positiva, diz
CNT/MDA
23/01/2024 -
Nova Central apoia greve geral de trabalhadores
argentinos
23/01/2024 -
Governo anuncia nova política para desenvolvimento
da indústria
23/01/2024 -
Empresas com mais de 100 funcionários precisam
entregar dados sobre salários de homens e mulheres
23/01/2024 -
Isolado, Moro pode enfrentar sequência de reveses no
Judiciário em 2024
23/01/2024 -
Carteira de Trabalho Digital teve 685 milhões de
acessos e 14 milhões de novos usuários em 2023
23/01/2024 -
Projeto aumenta licença-maternidade para 180 dias
23/01/2024 -
Pacheco anuncia compromisso do governo de reeditar
MP da reoneração
23/01/2024 -
Congresso analisa em fevereiro MP que prorrogou
prazo do Desenrola Brasil
22/01/2024 -
Defasagem da tabela do IRPF tira dinheiro dos
trabalhadores para manter privilégios
22/01/2024 -
Redução da jornada de trabalho deve voltar à pauta
do Senado em 2024
22/01/2024 -
Em 2023, 77% dos acordos coletivos tiveram reajustes
salariais acima da inflação
22/01/2024 -
Comissão aprova novos prazos para o INSS analisar
pedidos de benefícios e aposentadorias
22/01/2024 -
Lula retoma refinaria Abreu Lima
22/01/2024 -
Disparidade salarial entre homens e mulheres cresce
pelo quarto mês consecutivo
19/01/2024 -
Governo divulga prazo para preenchimento de
relatório de transparência salarial
19/01/2024 -
Lula sanciona lei que cria política de trabalho
digno para população de rua
19/01/2024 -
A pedido da PF e com parecer favorável da PGR, STF
autoriza operação contra investigados por atos
antidemocráticos
19/01/2024 -
O enrosco das desonerações – João Guilherme Vargas
Netto
19/01/2024 -
Sindicato não pagará honorários por perder ação
sobre adicional de periculosidade
19/01/2024 -
Entra em vigor lei que cria o Ministério do
Empreendedorismo
19/01/2024 -
Comissão aprova projeto que facilita aposentadoria
por idade para mães
18/01/2024 -
Desoneração emperrou, diz Miguel
18/01/2024 -
Pagamentos de janeiro já virão com as correções do
mínimo e do INPC
18/01/2024 -
Comissão do Idoso aprova projeto que regulamenta
desaposentação no INSS
18/01/2024 -
Indenização a vítimas de barragens não será
considerada renda, diz nova lei
18/01/2024 -
FGV: mais ricos estão concentrando cada vez mais
renda no Brasil
18/01/2024 -
Empregador tem responsabilidade objetiva por
violência contra empregado
17/01/2024 -
Bolsonaro diz que Valdemar vai ‘implodir’ o PL com
elogios rasgados a Lula
17/01/2024 -
Líder do governo no Senado diz que MP da reoneração
não será devolvida
17/01/2024 -
Salário mínimo tem impacto nacional
17/01/2024 -
Inteligência artificial afetará 40% dos empregos em
todo o mundo, estima FMI
17/01/2024 -
PJe ficará indisponível para implantação de nova
versão
17/01/2024 -
Custo “nem-nem”: Brasil perde com jovens que não
estudam nem trabalham
16/01/2024 -
Toffoli abre inquérito contra Sergio Moro, que nega
fraude em delação de Tony Garcia
16/01/2024 -
Termina prazo de testes do FGTS Digital
16/01/2024 -
Desoneração vai sobrecarregar a Previdência e forçar
nova reforma, adverte advogado
16/01/2024 -
INSS começa a utilizar inteligência artificial para
combater fraudes em benefícios
16/01/2024 -
Juíza autoriza penhora de 20% do saldo de FGTS de
devedor
16/01/2024 -
Norma coletiva que ampliou tempo sem remuneração é
invalidada
15/01/2024 -
Publicada portaria que reajusta benefícios do INSS
acima do mínimo
15/01/2024 -
Brasil vai no rumo certo, diz consultor
15/01/2024 -
Ministério do Trabalho é protagonista na defesa do
emprego
15/01/2024 -
Juros do consignado para beneficiários do INSS são
reduzidos para 1,76%
15/01/2024 -
Ministério do Trabalho atualiza valores do
seguro-desemprego para 2024
15/01/2024 -
Para a CGU, cada vida perdida em Brumadinho só vale
R$ 67
15/01/2024 -
Comissão aprova salário-família para trabalhador de
baixa renda com filho menor de 16 anos
12/01/2024 -
INPC tem alta de 0,55% em dezembro e fecha 2023 com
alta de 3,71%
12/01/2024 -
Centrais conversam com Luiza Trajano para discutir
estímulo à negociação coletiva
12/01/2024 -
Ricardo Lewandowski aceita convite de Lula e
assumirá o Ministério da Justiça
12/01/2024 -
2024: Ano da Sindicalização – João Guilherme Vargas
Netto
12/01/2024 -
TRE-PR julga no dia 25 caso que pode levar à
cassação do mandato de Sergio Moro
12/01/2024 -
Comissão aprova contribuição previdenciária
facultativa de 5% para quem recebe seguro-desemprego
12/01/2024 -
MPF recorre ao STJ contra absolvição de Temer por
corrupção envolvendo porto
11/01/2024 -
Marinho inicia diálogo com as centrais sindicais
sobre a MP da reoneração da folha de pagamento
11/01/2024 -
Governo Lula cogita ir ao STF pela MP da Reoneração
11/01/2024 -
Nova renegociação dará desconto de até 70% para
dívida ativa
11/01/2024 -
Centrais debatem sobre a industrialização com
Geraldo Alckmin
11/01/2024 -
Desemprego global deve voltar a crescer em 2024,
após ligeira recuperação, diz OIT
11/01/2024 -
CEREST pode fiscalizar e penalizar patrão infrator;
decisão do STF
10/01/2024 -
INSS: aposentados que ganham além do mínimo não
terão aumento real
10/01/2024 -
Congresso: resistência à agenda do movimento
sindical
10/01/2024 -
Saiba quando começa a valer o novo reajuste do
salário mínimo de 2024
10/01/2024 -
Desoneração de folha de pagamento gera impasse entre
setores e Fazenda
10/01/2024 -
Maioria dos brasileiros quer ver Bolsonaro preso por
atos golpistas
09/01/2024 -
Em artigo, Lula defende a economia como garantia
para a democracia
09/01/2024 -
Marinho: Trabalhador não deve ter direito individual
de rejeitar contribuição obrigatória ao sindicato
09/01/2024 -
Dieese: preço da cesta básica diminuiu em 15
capitais em 12 meses
09/01/2024 -
Confira as principais datas das eleições 2024
09/01/2024 -
Alckmin elogia exportações brasileiras
09/01/2024 -
Acordos em processos trabalhistas no TST ultrapassam
R$ 418 milhões em 2023
08/01/2024 -
Centrais
sindicais lançam nota sobre 8/1
08/01/2024 -
Central repudia
congelamento salarial
08/01/2024 -
Marcos Verlaine:
Onde está a pauta do movimento sindical?
08/01/2024 -
STF determina ao
Congresso regulamentação da licença-paternidade
08/01/2024 -
Produção
industrial brasileira cresce 0,5% em novembro
31/01/2024 -
MTE amplia prazo para atualização sindical
Alteração na Portaria MTE 3472/23, do Registro
Sindical estendeu o prazo para entidades fazerem a
atualização sindical até 30/9/2024
O Ministério do Trabalho e Emprego promoveu uma
alteração na
Portaria MTE 3472/23, do Registro Sindical, para
ampliar o prazo de encerramento da campanha de
atualização sindical.
Prazo para atualização sindical estendido
O prazo que era até 31/3/2024 mudou para 30/9/2024.
De acordo o o MTE, tal alteração foi feita devido às
dificuldades enfrentadas pelas organizações
sindicais em acessar o sistema CNES.
As solicitações partiram de diversos setores do
sindicalismo dos trabalhadores e empregadores por
mais prazo para efetuar a atualização.
De acordo com o MTE, uma nova nova funcionalidade da
Atualização Sindical (SR) do Cadastro Nacional de
Entidades Sindicais (CNES) será colocada no ar os
mais breve possível.
A ferramenta possibilita a utilização através de
qualquer navegador de Internet, inclusive pelos
telefones celulares.
A Portaria MTE nº 102, de 29/1/2024, foi publicada
no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira
(30).
Acesse a
plataforma de atualização sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
31/01/2024 -
STF retomará quinta-feira julgamento sobre revisão
da vida toda
Sessão foi suspensa em dezembro do ano passado
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar na
próxima quinta-feira (1°) o julgamento sobre a
revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). O julgamento foi
suspenso em dezembro do ano passado e será um dos
processos previstos para análise em fevereiro.
Em 2022, o Supremo validou a revisão da vida toda e
permitiu que aposentados que entraram na Justiça
possam pedir o recálculo do benefício com base em
todas as contribuições feitas ao longo da vida.
Pela decisão da Corte, ficou reconhecido que o
beneficiário pode optar pelo critério de cálculo que
renda o maior valor mensal, cabendo ao aposentado
avaliar se o cálculo da vida toda pode aumentar ou
não o benefício.
Segundo o entendimento, a regra de transição que
excluía as contribuições antecedentes a julho de
1994, quando o Plano Real foi implementado, pode ser
afastada caso seja desvantajosa ao segurado.
Apesar do entendimento do STF, a revisão da vida
toda ainda não é aplicada devido a um recurso do
INSS. O órgão entrou com o recurso para restringir
os efeitos da validade da revisão.
O INSS quer excluir a aplicação da revisão a
benefícios previdenciários já extintos, decisões
judiciais que negaram direito à revisão conforme a
jurisprudência da época e proibição de pagamento de
diferenças antes de 13 de abril de 2023, data na
qual o acórdão do julgamento do STF foi publicado.
Placar
O último andamento do processo ocorreu no dia 1° de
dezembro do ano passado, quando o ministro Alexandre
de Moraes interrompeu o julgamento no plenário
virtual da Corte. Com a decisão, o julgamento foi
suspenso e terá continuidade na modalidade
presencial na próxima quinta-feira.
Antes do pedido de destaque que suspendeu o
julgamento, o placar estava indefinido sobre qual
posicionamento deve prevalecer.
Os ministros Fachin, Rosa Weber (votou antes da
aposentadoria) e Cármen Lúcia votaram para
estabelecer como marco para o recálculo o dia 17 de
dezembro de 2019, data na qual o Superior Tribunal
de Justiça (STJ) reconheceu o mesmo direito de
revisão a um segurado do INSS.
Os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Luís
Roberto Barroso votaram pela anulação da decisão do
STJ.
Fonte: Agência Brasil
31/01/2024 -
Brasil criou 1,48 milhão de empregos formais em
2023, aponta Caged
Maior crescimento do emprego formal ocorreu no
setor de serviços
O Brasil registrou saldo positivo de 1.483.598
empregos formais em 2023, segundo o Novo Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. No acumulado do ano (janeiro a
dezembro), foram registradas 23.257.812 admissões e
21.774.214 desligamentos.
O maior crescimento do emprego formal em 2023
ocorreu no setor de serviços, com a criação de
886.256 postos. No comércio, foram criados 276.528
postos; na construção 158.940; na indústria,
127.145; e na agropecuária, o saldo foi de 34.762
postos.
O salário médio de admissão foi R$ 2.037,94.
Nas 27 unidades federativas ocorreram saldos
positivos, com destaque para São Paulo (390.719
postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%)
e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). Nas regiões,
as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726.327),
Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O maior
crescimento foi verificado no Nordeste, 5,2%, com
geração de 106.375 postos no ano.
A maioria das vagas criadas em 2023 foram
preenchidas por homens (840.740). Mulheres ocuparam
642.892 novos postos. A faixa etária com maior saldo
foi a de 18 a 24 anos, com 1.158.532 postos.
Resultado em dezembro
Em dezembro, o Brasil registrou saldo negativo de
430.159 postos de trabalho com carteira assinada. No
mês passado, foram 1.502.563 admissões e 1.932.722
demissões, segundo o Caged. Segundo o Ministério do
Trabalho e Emprego, a queda ocorreu devido ao ajuste
sazonal realizado no mês.
No último mês de 2023, os cinco grandes grupamentos
de atividades econômicas registraram saldos
negativos: serviços (-181.913 postos); indústria
(-111.006 postos); construção (-75.631 postos);
agropecuária(-53.660 postos) e comércio (-7.949
postos).
Fonte: Agência Brasil
31/01/2024 -
Com Lula e sem teto de gastos, investimentos do
governo crescem 81%
Em 2023, os investimentos chegaram a R$70,66
bilhões e se aproximaram de patamar que antecede o
golpe contra Dilma Rousseff
Em
nota técnica do IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), que trata sobre o panorama
fiscal de 2023, os números trazidos pelos
pesquisadores revelam que o governo federal ampliou
os recursos para investimentos, que chegaram a
R$70,66 bilhões em 2023. Os investimentos tem como
eixo principal as obras do Novo PAC no terceiro
mandato de Lula.
O aumento destacado pelo Poder360 revela um
crescimento de 81% nos investimentos, uma vez que em
2022, ainda sob Bolsonaro, a despesa foi de R$ 39,15
bilhões no ano.
Com isso, o Brasil se aproxima do patamar de 2016,
ano do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, que
teve R$ 75,27 de bilhões em investimentos. No ano
seguinte, já sob Temer e o teto de gastos, foi
iniciado o congelamento dos valores que durou até
2022.
A partir do documento, que ressalta que 2023 teve
queda real de arrecadação e expressivo aumento real
da despesa, entende-se que foi a PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) da Transição que permitiu
avançar nos investimentos para a retomada do
desenvolvimento do país, sendo que o teto de gastos
impunha uma série de condições impeditivas.
O furo no teto de R$ 170 bilhões, portanto, permitiu
não só pagar o bolsa família como aumentou os
investimentos que foram estabelecidos em apenas R$
22 bilhões para 2023 pelo governo Bolsonaro, quando
foi enviado o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA),
ainda em 2022.
Fonte: Portal Vermelho
31/01/2024 -
Sem prova de culpa do empregado em acidente, TRT-15
eleva indenização por morte
A 4ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região (interior de São Paulo) afastou, de forma
unânime, a tese de culpa concorrente atribuída a um
empregado falecido em um acidente de trabalho,
reconhecendo, assim, a responsabilidade exclusiva da
empresa contratante. Com a reformulação da sentença,
o valor da indenização por danos morais foi
aumentado para R$ 100 mil, mantendo-se a quantia de
R$ 160 mil para danos materiais.
O trabalhador perdeu a vida ao capotar o veículo que
conduzia enquanto estava no expediente de trabalho.
O boletim de ocorrência destacou que chovia no dia
do acidente e que a análise dos vestígios materiais
não revelou marcas de pneus no pavimento. Diante dos
fatos, não foi possível determinar o fator que
contribuiu de forma determinante para a ocorrência
do evento.
Já o laudo apresentado pelo assistente da empresa
apontou derrapagens e excesso de velocidade como
possíveis causas do acidente, contradizendo a
análise da Polícia Rodoviária Federal. O relator do
acórdão, o juiz convocado Carlos Eduardo Oliveira
Dias, reconheceu que “diante da inconsistência do
laudo, prevalece a análise policial realizada, pois
tem presunção de veracidade”.
A decisão colegiada considerou que a dinâmica do
acidente não foi devidamente comprovada pela
empresa, destacando a falta de evidências que
demonstrassem culpa por parte do trabalhador. O
relator afirmou ainda que “o autor foi empregado por
nove anos e não há nos autos qualquer prova de que
ele conduzia o veículo com imprudência, negligência,
tampouco foram registradas multas ou outras
sanções”.
O acórdão determinou que o trabalho feito pelo
empregado era de risco, conforme jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho, devendo a
responsabilidade da ré ser objetiva, nos termos do
parágrafo único do artigo 927 do Código Civil e tese
vinculante do Supremo Tribunal Federal que determina
“a responsabilização objetiva do empregador por
danos decorrentes de acidentes de trabalho, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida, por sua natureza,
apresentar exposição habitual a risco especial, com
potencialidade lesiva e implicar ao trabalhador ônus
maior do que aos demais membros da coletividade”.
Processo 0012116-76.2022.5.15.0017
Fonte: Consultor Jurídico
31/01/2024 -
Precatórios e redução da fila do INSS ampliaram
déficit da Previdência, diz secretário do Tesouro
Previdência registrou déficit de R$ 306 bilhões
em 2023; Ceron destaca força-tarefa do governo para
encontrar "brechas" e economizar com aposentadorias
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron,
afirmou nesta segunda-feira (29) que o aumento no
déficit da Previdência Social em 2023 é explicado
pelo pagamento dos precatórios, mas que a conta
também cresceu devido à política de redução das
filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O resultado da Previdência foi um déficit de R$
306,206 bilhões no ano passado. O secretário também
disse que existe uma força-tarefa dentro do governo,
para encontrar “brechas” e promover economias nos
gastos com aposentadoria, e ressaltou que “erros”
precisam ser sanados.
“Há um aumento do déficit da Previdência e está
muito explicado pelo pagamento de precatórios”,
disse em coletiva sobre os dados do Tesouro. “A
Previdência é uma despesa que tem crescimento
vegetativo e tem estoque, uma fila de beneficiário.
Sendo contemplado, gera crescimento vegetativo maior
que o natural. Isso tem efeito que de fato merece
ser acompanhado”.
Ceron disse ainda que a folha de pagamento dos
servidores ficou congelada nos últimos anos e que o
reajuste de 2023 foi feito pelo governo em
reconhecimento a uma situação “dramática”. Ele
também destacou a realização de novos concursos pelo
Executivo, devido à situação de “colapso” enfrentada
por alguns órgãos por falta de servidores.
Restos a pagar
O secretário também disse que o governo acompanha o
montante que está nos restos a pagar, mas não vê os
números com preocupação neste momento. Ele ressaltou
que parte desse montante é um reflexo natural da
execução orçamentária e que outra parte decorre da
recomposição de investimentos, com o aumento do
gasto discricionário.
Relatório aponta que o montante de restos a pagar
pagos até dezembro de 2023 correspondeu a R$ 170,5
bilhões, contra R$ 152,3 bilhões em 2022. Já os
cancelamentos até dezembro de 2023 somaram R$ 11,6
bilhões, frente a R$ 11,3 bilhões no ano anterior.
Para o exercício deste ano, o estoque de restos a
pagar é de R$ 248,8 bilhões, uma alta de 11,7% (R$
29,8 bilhões) ante 2023, dos quais R$ 26,3 bilhões
são despesas financeiras.
Fonte: InfoMoney
30/01/2024 -
Operação contra Carlos Bolsonaro foi autorizada por
Moraes e contou com apoio da PGR
A operação foi solicitada pela PF e busca
desvendar se Carlos Bolsonaro era um dos
destinatários das informações obtidas ilegalmente
pela 'Abin paralela'
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (29)
mais uma operação para apurar o esquema de
espionagem ilegal da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. Desta vez,
o principal alvo é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ),
filho de Jair Bolsonaro (PL). A ação foi solicitada
pela Polícia Federal e autorizada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), sendo o
ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, o
responsável por assinar a autorização para os
mandados, informa Daniela Lima, do g1.
A suspeita da Polícia Federal recai sobre a atuação
da Abin durante o mandato de Jair Bolsonaro. A
agência teria atuado como um braço de coleta de
informações ilegais, sem autorização judicial. Além
disso, a agência também teria sido apontada como
fonte de informações falsas, posteriormente
disseminadas por perfis de extrema direita com o
intuito de difamar instituições e autoridades. Outra
frente da investigação aponta que a Abin teria sido
acionada para proteger os filhos de Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
30/01/2024 -
Déficit na Previdência dos servidores chega a R$ 6
trilhões e investimento cai
O déficit dos funcionários aposentados do setor
público está próximo dos R$ 6 trilhões. Hoje, este é
considerado um dos principais motivos para a queda
da taxa de investimentos no Brasil.
Em pouco mais de 30 anos, a despesa previdenciária
da União foi de 19,2% dos gastos totais para 51,8%.
As informações são da Folha de S.Paulo.
Por outro lado, o gasto discricionário (que pode ser
usado de forma livre) do governo federal caiu de
33,7% do total para 3,1%. Os investimentos foram os
principais afetados: caíram de 16% para 2,2%. No
mesmo período, houve aumento em despesas com saúde,
educação e assistência social.
O cenário de pouco investimento público e grandes
déficits causa também uma retração no setor privado
e uma consequente queda do crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB). Entre 1980 e 2022, a taxa de
investimento público em infraestrutura caiu de 5,1%
para 0,6% do PIB.
Os quase R$ 6 trilhões de déficit na Previdência
pública equivalem a 93% do total da dívida líquida
do setor público (R$ 6,4 trilhões).
Desde 2006, o gasto previdenciário com os servidores
apresentou taxa média de crescimento real de 12,5%
ao ano nos municípios, 5,9% nos estados e 3,1% na
União.
A reforma da Previdência de 2019 deixou estados e
municípios de fora das novas regras, que
dificultaram as aposentadorias. Mas a norma lhes
permitiu aprovar depois, de forma separada, em
câmaras e assembleias locais, a adoção dos novos
mecanismos.
Conforme dados do governo federal, dos 2.146
municípios e estados que têm regimes próprios de
Previdência para seus servidores, apenas 732 (34,1%)
adotaram ao menos 80% das regras para os benefícios
fixados na reforma.
Fonte: Consultor Jurídico
30/01/2024 -
Confiança da indústria cresce em janeiro para o
maior nível desde agosto de 2022
Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado
pela FGV, avançou 1,8 ponto no mês, para 97,4
pontos, na quarta alta consecutiva
A confiança da indústria do Brasil voltou a subir em
janeiro, em meio a melhora tanto na percepção dos
empresários sobre o momento atual quanto nas
expectativas para os próximos meses, informou nesta
segunda-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,8
ponto no mês, para 97,4 pontos, na quarta alta
consecutiva e no melhor resultado desde agosto de
2022, quando ficou em 100,0.
O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o
sentimento dos empresários sobre o momento presente
do setor industrial, ganhou 2,8 pontos, para 97,8
pontos, também na máxima desde setembro de 2022
(100,3).
Segundo Stéfano Pacini, economista da FGV, isso é
“resultado do aumento da demanda e do movimento de
escoamento de estoques que alcançam o nível neutro
pela primeira vez desde 2022”.
Já o Índice de Expectativas (IE), que capta a
percepção sobre os próximos meses, avançou 0,8
ponto, para 97,0 pontos.
“Há uma melhora das expectativas sobre o ambiente de
negócios e produção prevista de forma disseminada
entre segmentos da indústria. Essa evolução parece
estar relacionada a um cenário de facilitação de
crédito, controle da inflação e de melhora na
demanda durante o ano que se inicia”, disse Pacini.
A taxa Selic encerrou o ano passado a 11,75%, após
quatro cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual
pelo Banco Central, e a expectativa do mercado é de
que os juros sejam cortados novamente nessa
magnitude no encontro desta semana do Comitê de
Política Monetária (Copom).
Enquanto isso, dados do IBGE da semana passada
mostraram que o IPCA-15 iniciou 2024 com
desaceleração e bem mais fraco do que o esperado,
após a inflação ter voltado a ficar abaixo do teto
da meta em 2023.
Fonte: Reuters
30/01/2024 -
Veto de Lula a emendas aumenta impasse sobre a MP da
Reoneração
Prestes a recomeçar os trabalhos em um novo ano
legislativo, o Congresso Nacional enreda em um mesmo
impasse duas pautas consideradas fundamentais na
costura da nova estrutura econômica do país
desenhada pelo governo Lula: o veto de R$ 5,6
bilhões das verbas destinadas a emendas de comissão
e a chamada MP da Reoneração.
As duas medidas tecidas pelo governo não foram bem
recebidas no Parlamento, onde os deputados e
senadores não escondem a insatisfação. No caso da MP
da Reoneração, ainda que o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, diga que um consenso será costurado
em diálogo com o Congresso, a demora do governo em
divulgar qual seria a solução formal para o impasse
– se a medida provisória será revogada e reenviada
em formato de projeto de lei, por exemplo –
desagrada ainda mais aos parlamentares.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com
quem o próprio Haddad tem conversado diretamente, já
chamou os líderes partidários para tratar do assunto
nesta segunda-feira (29), e não se mostra disposto a
ceder às investidas do governo, sobretudo após a
publicação, na última terça-feira (23), do Orçamento
de 2024, com um veto de R$ 5,6 bilhões das verbas
destinadas a emendas de comissão.
Ao ser aprovado no Congresso, o Orçamento indicava o
montante de R$ 16,7 bilhões para as emendas de
comissão. O veto de parte do valor deve abrir mais
uma via de tensão e negociação do governo Lula com o
Congresso. No texto publicado, o governo alega que o
veto ocorreu devido à redução de dotações de
despesas primárias que haviam sido programadas pelo
Poder Executivo durante a tramitação do Orçamento no
Congresso Nacional.
Lira, com olhos voltados para as eleições
municipais, já afirmou a aliados ouvidos pelo
Congresso em Foco que as emendas são parte do
“pacote” e que ele próprio “não vai aceitar
alterações feitas pelo governo”. A batalha, mais uma
vez, está iniciada.
Em ano eleitoral como este de 2024, as emendas são,
mais do que nunca, uma forma de deputados e
senadores enviarem verbas e apoiarem programas,
ações e obras em seus redutos eleitorais, seja nos
estados ou nos municípios. Os parlamentares não
querem abrir mão de uma cifra maior, e contam com o
apoio de Lira para a medida. A tendência é que, se o
governo não recuar, o veto de Lula seja derrubado
pela maioria dos votos do Congresso Nacional, que
reúne Câmara e Senado.
O Orçamento de 2024 contou com recorde de emendas em
comparação com os anos anteriores. O Congresso
definiu um montante de R$ 53 bilhões para as emendas
parlamentares. A tesourada do governo atingiu, na
maior parcela, os ministérios comandados pelos
partidos do centrão, como do Turismo e o da
Integração Nacional, ambos sob o comando do União
Brasil, e o Esportes, comandado pelo PP.
Os R$ 16,7 bilhões destinados às emendas de comissão
representam um salto em relação aos R$ 7,5 bilhões
definidos no Orçamento de 2023. Agora, Lula definiu
o valor em cerca de R$ 11 bilhões. Além das
comissões, as bancadas ficaram com R$ 11,3 bilhões,
enquanto as emendas individuais tiveram valor de R$
25 bilhões.
Fonte: Congresso em Foco
30/01/2024 -
Senado analisa medidas de combate ao trabalho
escravo
O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo é
celebrado em 28 de janeiro em homenagem a quatro
auditores e um motorista do Ministério do Trabalho
assassinados durante operação de fiscalização em
fazendas de Unaí (MG). Conhecido nacionalmente como
Chacina de Unaí, o homicídio quádruplo foi cometido
em 28 de janeiro de 2004 a mando de fazendeiros da
região. Nos últimos anos, medidas foram apresentadas
no Senado no sentido de reforçar a fiscalização,
aumentar as penalidades e tentar impedir a prática
do crime.
Uma das iniciativas é o projeto de lei (PL
5.970/2019) que regulamenta a expropriação de
imóveis urbanos e rurais em que for constatada a
exploração de trabalho em condições análogas às de
escravidão. A medida não exclui outras sanções já
previstas em lei.
Apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
o texto determina que serão expropriados imóveis
urbanos e rurais onde for constatada a exploração de
mão de obra análoga à escrava, após o trânsito em
julgado de sentença. O projeto ainda estabelece que
a condenação também será aplicada em sentença no
âmbito da Justiça Trabalhista e não apenas na Penal.
Além disso, qualquer bem de valor econômico
apreendido em decorrência da exploração de trabalho
em condições análogas às de escravo, conforme o
texto, será confiscado e se reverterá ao Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT).
Entre as características consideradas como análogas
à escravidão, segundo o projeto, estão a submissão a
trabalho forçado, exigido sob ameaça de punição, com
uso de coação ou com restrição da liberdade pessoal;
a adoção de medidas para reter a pessoa no local de
trabalho (como o isolamento geográfico ou o
cerceamento do uso de qualquer meio de transporte
por parte do trabalhador), inclusive em razão de
dívida contraída com o empregador ou preposto; a
manutenção de vigilância ostensiva no local de
trabalho ou a apropriação de documentos ou objetos
pessoais do trabalhador.
A matéria, já aprovada na Comissão de Direitos
Humanos (CDH), tramita na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) sob a relatoria do senador Paulo Paim
(PT-RS) e terá votação terminativa na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
30/01/2024 -
MTE promove evento 'Política de Combate ao Trabalho
Análogo à Escravidão: balanço e perspectivas’
Ministério do Trabalho e Emprego vai promover no dia
31 de janeiro o painel 'Política de Combate ao
Trabalho Análogo à Escravidão: balanço e
perspectivas’, em alusão ao dia 28 de janeiro e aos
20 anos da Chacina de Unaí (MG), quando 3 auditores
fiscais do Trabalho e 1 motorista foram brutalmente
executados no exercício de suas funções durante uma
fiscalização rural. O evento, com presença de várias
autoridades, acontece a partir das 14 horas, no
auditório do MTE, em Brasília.
A data marca ainda o Dia do Auditor Fiscal do
Trabalho e do Combate ao Trabalho Escravo no Brasil,
em memória a tragédia de Unaí. O evento inicia com
uma homenagem aos servidores mortos e contará com
dois painéis que abordarão o tema: "Combate ao
trabalho análogo a escravidão: resultados da
política pública em 2023" e “Combate à escravidão
contemporânea: perspectivas para 2024”, ambos com
moderador e convidados, que vão promover debates ao
final, O cineasta Renato Barbieri, diretor do
documentário ‘Servidão’, que retrata o trabalho
escravo contemporâneo no Brasil, vai estar presente
nos debates. O filme, narrado pela cantora Negra Li,
mostra depoimentos de trabalhadores rurais
escravizados no Norte do país e chega este mês às
salas de cinema do país.
O caso - Há 20 anos, três auditores e um motorista
do Ministério do Trabalho foram executados em uma
estrada vicinal em Unaí. As investigações apontaram
como responsáveis, Antério Mânica e José Alberto de
Castro, além de Norberto Mânica (irmão de Antério e
empresário) e Hugo Alves Pimenta (contratante), que
seguem foragidos.
Homenagem - Durante o evento serão homenageados os
auditores-fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida
Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da
Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira,
que faziam parte da fiscalização.
Programação do evento
Data: 31 de janeiro
14h – Abertura
14h30 – 20 anos da chacina em Unaí-MG: homenagem aos
servidores
14h40 – Participação do cineasta Renato Barbieri,
diretor do documentário ‘Servidão’ sobre o trabalho
análogo à escravidão
15h – Painel 01 - "Combate ao trabalho análogo a
escravidão: resultados da política pública em 2023"
15h45 – Painel 02 - “Combate à escravidão
contemporânea: perspectivas para 2024”
Fonte: MTE
30/01/2024 -
Projeto amplia para 20 anos prazo para vítima de
assédio sexual no trabalho pedir reparação civil na
Justiça
O Projeto de Lei 5811/23 fixa em 20 anos o prazo de
prescrição para a vítima de assédio sexual no
trabalho pedir reparação civil na Justiça. O prazo
será contado a partir do fim do vínculo trabalhista.
Apresentado pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS),
o projeto altera o Código Civil , que hoje fixa esse
prazo em três anos, contados a partir do fato.
“A vítima acaba por ser duplamente violentada: no
assédio propriamente dito e na impossibilidade de
responsabilizar seus agressores”, afirma a autora.
“Ter como marco inicial de contagem da prescrição do
crime de assédio o momento do fato é obrigar a
vitima a fazer uma escolha impossível:
responsabilizar o agressor ou manter o emprego”,
avalia.
Mulheres negras são maiores vítimas
Ela cita pesquisa do LinkedIn e da organização Think
Eva, mostrando no Brasil o assédio sexual atinge
principalmente mulheres negras (52%), da região
Norte (63%) e com renda entre 2 e 6 salários mínimos
(49%).
“Grupos que historicamente são mais vulneráveis
acabam por sofrer mais com a prescrição de seus
casos”, destaca Melchionna. “Portanto, a mudança no
início do prazo da prescrição para o assédio sexual,
estabelecendo-o no fim do contrato de trabalho, é
uma forma de proteger a vítimas, evitando que
precisem escolher entre buscar justiça e manter seu
sustento”, acrescenta.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
29/01/2024 -
Entidades empresariais seguem as centrais e
manifestam apoio à política industrial do governo
Para Fiesp, CNI e associações, país reconhece a
importância do setor para impulsionar a economia
Além das centrais sindicais, entidades empresariais
manifestaram apoio à política industrial anunciada
no início da semana pelo governo. Para a Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), por
exemplo, a iniciativa “é a demonstração de que o
governo federal reconhece a importância da indústria
de transformação para colocar a economia brasileira
entre as maiores do mundo”.
“Uma indústria de transformação forte, inovadora,
sustentável e competitiva é fundamental para que o
Brasil deixe de ser uma economia de renda média e se
transforme em um país desenvolvido, resolvendo
nossos problemas econômicos e sociais”, prossegue a
entidade, em nota. A Fiesp lembra ainda que vários
países estão retomando as políticas industriais “e o
Brasil não pode ficar para trás”.
Crescimento sustentável
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq) vai na mesma linha. “A grande
maioria dos países desenvolvidos acordou para a
importância da indústria de transformação para um
crescimento sustentável com inovação, produtividade
e competitividade e, por isso, tem lançado mão de
Políticas industriais. Acerta o governo brasileiro
em priorizar a indústria”, diz a entidade.
Para a Abimaq, essa política deve ser articulada e
promover “a transformação da estrutura industrial,
com a melhoria na formação bruta de capital fixo, o
avanço da digitalização, da transformação nos
modelos de negócios das empresas para que resulte
num forte aumento da produtividade da economia”.
Além disso, o combate ao chamado “Custo Brasil” deve
continuar.
“Com uma indústria mais produtiva e competitiva, com
equilíbrio fiscal, ganham o Brasil e a sociedade.
Apoiamos a implementação das ações propostas com
responsabilidade, metas claras preestabelecidas e
transparência, de forma que o Brasil avance com uma
nova estrutura produtiva que possa contribuir para a
resolução de nossos graves problemas econômicos e
sociais”, acrescenta a associação.
Ações efetivas
Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Ricardo Alban, vê uma caminho consistente
para revitalizar o setor. “Como podemos entender que
as diversas nações estão buscando desenvolver suas
políticas industriais, inclusive com ferramentas já
conhecidas, e nós ficamos discutindo conceitos
ideológicos?”, questiona. É hora de somarmos e
transformamos políticas públicas em ações efetivas e
desenvolvermos o nosso país. (…) Ainda é muito pouco
para o verdadeiro hiato que existe na
industrialização, mas já é um passo importante.”
Já a Anfavea, associação das montadoras de veículos,
avalia que o plano do governo traz previsibilidade
para investimentos e consequente criação de
empregos. “Neste momento de rápidas mudanças
tecnológicas, com foco no meio ambiente, a Anfavea
saúda e celebra esta importante iniciativa do
governo”, diz a entidade, ressaltando a chamada
descarbonização. “Estão contemplados, por exemplo, a
sustentabilidade da frota automotiva, o estímulo à
produção de novas tecnologias de mobilidade, a
compra de máquinas nacionais para agricultura
familiar, além da produção e uso do biodiesel.” No
ano passado, o governo anunciou um novo regime
automotivo, chamado de Mover.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/01/2024 -
INSS cria política de enfrentamento ao assédio e
violência
Objetivo é criar um fluxo de denúncia e
acolhimento à vítima
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
consolidou nesta sexta-feira (26) uma Política de
Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e Violência no
Ambiente de Trabalho e Relações Institucionais. A
publicação das regras no Diário Oficial da União é
resultado de debates que tiveram início em 2023, com
o objetivo de criar um fluxo de denúncia,
acolhimento e proteção das vítimas, além de
uniformizar o encaminhamento para as punições por
condutas ilegais.
As medidas entrarão em vigor em 1º de fevereiro,
determinando os procedimentos para o acolhimento,
escuta, acompanhamento e orientação aos
trabalhadores e estagiários. Também criam o Comitê
Permanente de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e
Violência que conduzirá as ações relativas à nova
política.
O colegiado será constituído por representantes das
diretorias de gestão de pessoas e de governança,
controladoria, ouvidoria e comissão de ética. Também
atuará em conjunto com os profissionais de saúde
capacitados para promover o cuidado integral às
pessoas afetadas por situação de assédio e violência
na relação de trabalho.
O comitê será responsável ainda pelo canal de
acolhimento, suporte e acompanhamento dos
trabalhadores, e poderá recomendar ações imediatas
para preservar a saúde e a integridade física e
moral das pessoas afetadas. Também encaminhará à
Corregedoria os casos que configurarem violações de
deveres e proibições legais.
Entre as atribuições dos participantes estão a
realização de um diagnóstico institucional, com
alerta sobre práticas que favoreçam violência,
assédio e discriminação no INSS, e a solicitação de
providências para apuração de casos, proteção das
vítimas, preservação das provas e sigilo.
Para institucionalizar ambientes de trabalho mais
seguros e saudáveis, estão previstas medidas que
tornem a gestão participativa, pautada na confiança,
no respeito mútuo, na equidade de tratamento e na
garantia da dignidade. A política propõe ainda a
promoção da melhoria contínua e sustentável nas
estruturas física, social, psicológica e
organizacional que compõem o ambiente de trabalho,
por meio de espaços de fala e escuta nas relações.
Aos gestores do INSS foram atribuídas a
responsabilidade pela análise crítica e revisão dos
métodos de organização do trabalho, a melhoria de
competência relacional e de gestão, além do
compromisso de solicitar suporte em busca de
resolução de conflitos e ao enfrentamento do assédio
e da violência nas relações de trabalho.
Fonte: Agência Brasil
29/01/2024 -
Tragédia de Mariana: mineradoras terão de pagar
indenização bilionária
Além de 19 mortes, rompimento de barragem
provocou impactos ambientais graves e afetou cerca
de 2 milhões de pessoas
A Justiça Federal de Minas Gerais condenou na
quinta-feira (25) a mineradora Samarco e suas
acionistas Vale e BHP a pagarem uma indenização
bilionária por danos morais coletivos aos atingidos
pela tragédia de Mariana (MG). Em novembro de 2015,
o rompimento da barragem de Fundão, de propriedade
da Samarco, liberou 39 milhões de metros cúbicos de
rejeitos, devastou comunidades e provocou a morte de
19 pessoas.
Além das perdas humanas, a tragédia teve impactos
ambientais graves. A lama de rejeitos chegou a
alcançar a foz do Rio Doce, no Espírito Santo,
afetando cerca de 2 milhões de pessoas. A decisão
judicial reconhece a “ofensa sistêmica a direitos
fundamentais da coletividade, o que inclui,
evidentemente, a fruição do bem ambiental”.
As ações civis públicas contra as mineradoras – que
cobravam reparação dos danos ambientais e
socioeconômicos – foram apresentadas por cinco
instituições: Ministério Público Federal, Ministério
Público de Minas Gerais, Ministério Público do
Espírito Santo, Defensoria Pública de Minas Gerais e
Defensoria Pública do Espírito Santo.
Conforme a Justiça, as empresas condenadas terão de
pagar R$ 47,6 bilhões em indenizações a serem usadas
exclusivamente nas áreas impactadas. Embora caiba
recurso, a Samarco – uma joint-venture que é fruto
da parceria entre a brasileira Vale e a australiana
BHP – sabe a dimensão de crise.
Segundo Vinícius Cobucci Sampaio, juiz substituto da
4ª Vara Federal Cível e Agrária, de Belo Horizonte,
“Vale e BHP dispõem de recursos para arcar com a
condenação, pois são as duas maiores mineradoras do
planeta”. Um dos argumentos da ação era o de que,
devido à extensão dos danos à coletividade, a
punição teria efeito “preventivo e pedagógico”.
“O estado de coisas anterior ao desastre não
retornará. As perspectivas de desenvolvimento das
comunidades e seus integrantes que então existiam à
época do rompimento não mais subsistem”, registrou
Vinícius. “Além do sofrimento individual de cada
vítima, o ideal de coletividade – enquanto elemento
que une as pessoas das comunidades atingidas e o
ambiente em que viviam – foi impactado
negativamente.”
Ainda há mais de 80 mil processos judiciais contra
as mineradoras. Uma das queixas mais frequentes se
relaciona aos valores irrisórios de indenização.
Estima-se que o total de prejuízos causados pela
tragédia seja de R$ 155 bilhões.
O valor da condenação pelo dano moral coletivo foi
proporcional à indenização pelo dano material,
conforme precedentes do STJ (Superior Tribunal de
Justiça). O juiz admitiu o atraso da decisão e citou
a tragédia de Brumadinho (MG), que ocorreu há cinco
anos e deixou 270 mortos: “A ausência de resposta
jurídica adequada (à tragédia de Mariana), no
momento oportuno, possivelmente contribuiu para o
rompimento da barragem em Brumadinho em 2019.”
Vinícius também criticou as mineradoras pelo
cumprimento enviesado do Termo de Transação e
Ajustamento de Conduta (TTAC) firmado em 2016 entre
as empresas e os governos federal, mineiro e
capixaba. A medida deu origem à Fundação Renova, que
financia 40 programas para comunidades do curso do
Rio Doce.
Segundo o magistrado, parte do dinheiro “não se
converteu em ações em favor dos atingidos e há
gastos muito questionáveis como os milhões de reais
gastos em publicidade que, na verdade, aparentava
contornos de uma campanha de marketing”. Além disso,
falta transparência à Fundação, que toma medidas sem
consultar os envolvidos.
“Houve a privatização do direito da coletividade ao
permitir que uma comissão apócrifa de atingidos
pudesse atuar em nome de todos, sem a participação
necessária do MP. Acordos foram levados à
homologação, sem a prévia manifestação dos atores
envolvidos no TTAC e sem a observância de seus
ritos, técnica bastante utilizada pela Renova”,
concluiu o juiz.
Fonte: Portal Vermelho
29/01/2024 -
Barroso reconhece insegurança jurídica nas áreas da
saúde, tributária e trabalhista
Em evento ocorrido em Zurique, na Suíça, o
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Luís Roberto Barroso, afirmou que é equivocada a
impressão de que o Brasil vive uma crise de
insegurança jurídica. O magistrado, porém, admitiu
que há três áreas em que o problema é real: a da
saúde, a tributária e a trabalhista.
“Há uma certa lenda de que haveria insegurança
jurídica no Brasil. Em matéria de estabilidade da
legislação e da não retroatividade das leis, eu não
veria, em sentido amplo, um problema relevante no
Brasil”, afirmou Barroso.
O presidente do Supremo, na sequência, falou sobre
os setores em que o país precisa avançar no tema da
segurança jurídica. “É preciso reconhecer que nós
temos três áreas em que temos uma insegurança
jurídica, e isso precisa ser equacionado. As três
áreas são: trabalhista, tributária e da saúde.”
Conforme lembrou Barroso em sua fala no evento,
dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) informam que o número de
reclamações assistenciais e não assistenciais
recebidas entre janeiro e outubro de 2023 teve
aumento de 49,7% em comparação com o mesmo período
do ano anterior.
O ministro também mencionou que o país tem
atualmente cerca de cinco milhões de reclamações
trabalhistas que requerem atenção, um “número
estratosférico, que dificulta o ambiente de negócios
e faz com que só se saiba o custo da relação
trabalhista depois que ela termina e vem a
reclamação”.
Segundo Barroso, o ano de 2023, em que ele assumiu a
presidência do Supremo, foi bom para o Brasil. O
ministro destacou a aprovação do arcabouço fiscal e
da renovação dos compromissos com a responsabilidade
fiscal; a aprovação da reforma tributária, que vai
simplificar o “mais complexo compliance tributário
do mundo”; o recuo do desemprego (para 7,5%, menor
taxa desde 2014); o controle da inflação (IPCA de
4,62% no ano passado, dentro da meta do Banco
Central) e a tendência de queda da Selic; e a
diminuição das tensões políticas no país.
Fonte: Consultor Jurídico
29/01/2024 -
Projeto concede parcelas rescisórias a aposentado
por incapacidade permanente
O Projeto de Lei 3319/23 permite que o empregado
aposentado por incapacidade permanente, e contrato
de trabalho suspenso, receba parcelas rescisórias
(férias vencidas, acrescido do terço constitucional,
e 13º salário) em até dez dias após a concessão da
aposentadoria. O texto tramita na Câmara dos
Deputados.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
permite a suspensão do contrato de trabalho do
empregado aposentado por incapacidade permanente,
mas não trata especificamente dessas parcelas
rescisórias.
A suspensão ocorre porque a aposentadoria pode ser
cancelada a qualquer tempo, no caso de o empregado
readquirir a capacidade laborativa. Na hipótese de
recuperação dessa capacidade, com demissão após o
cancelamento da aposentadoria, o projeto estabelece
que as verbas pagas serão abatidas dos valores
devidos na quitação.
Regra atual
O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), autor da
proposta, afirma que a regra atual impede que o
empregado receba as parcelas rescisórias
proporcionais ao ter o contrato suspenso.
“Assim, estaríamos prestigiando o caráter protetivo
da legislação trabalhista e dando a devida
importância à realidade social que perpassa boa
parte dos segurados”, disse Lindenmeyer.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
29/01/2024 -
Prazo para relatório sobre equiparação salarial para
mulheres finda em fevereiro
Empresas com mais de 100 funcionários têm até 29 de
fevereiro para preencher o relatório de
transparência remuneratória, em cumprimento de regra
prevista na Lei da Igualdade Salarial entre Homens e
Mulheres (Lei 14.611/2023). Caso a empresa não
publique o relatório, terá que pagar multa de até 3%
da folha de pagamento, com limite de cem salários
mínimos. No Senado, o projeto que deu origem à lei (PL
1085/2023) teve como relatoras as senadoras Zenaide
Maia (PSD-RN) e Teresa Leitão (PT-PE).
Fonte: Agência Senado
26/01/2024 -
Governo, empresas e sindicatos chegam a acordo sobre
trabalho nos feriados
Nova portaria será publicada depois do carnaval,
especificando setores que podem funcionar sem
negociação coletiva
Governo, empresários e trabalhadores chegaram a um
acordo sobre a regulamentação do trabalho no
comércio nos feriados. O anúncio foi feito
quarta-feira (24) à noite. Segundo o ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a nova portaria
está em fase final de redação e deverá ser publicada
em 19 de fevereiro, logo depois do carnaval.
“Nós não estamos falando de eliminar atividades,
estamos tratando de estabelecer a necessidade de
negociação coletiva, e as partes envolvidas estão
plenamente de acordo”, afirmou o ministro. No final
do ano passado, o governo publicou uma portaria
(3.665) tornando sem efeito a anterior (671, de
2021), que havia liberado o trabalho aos feriados
sem a devida negociação coletiva. Assim, afirma
Marinho, com o novo texto estava sendo corrigida uma
ilegalidade.
Houve, então, um pedido de reconsideração, e as
partes sentaram-se à mesa para negociar. Segundo o
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs,
filiada à CUT), Julimar Roberto, será publicado
anexo indicando quais setores poderão funcionar
independentemente da negociação coletiva – como
postos de gasolina e farmácias. “Existem alguns
tipos de trabalhos que precisam funcionar por conta
do atendimento à população exemplo, que pode salvar
a vida de uma pessoa. É primordial”, comentou o
sindicalista.
Segundo Ivo Dall’Acqua, representante da
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC), a lista de exceções deve passar de
200. “A lei não contempla bares e restaurantes, que
são do grupo de turismo e hospitalidade”, afirmou.
Segundo ele, a nova portaria estabelecerá categorias
que poderão funcionar sete dias da semana, como
hotéis e outras atividades. “A lei diz respeito à
parte do comércio que cuida do atacado e varejo,
comércio de mercadorias, compra e venda.”
Com informações do MTE
Fonte: Rede Brasil Atual
26/01/2024 -
Justiça anula parte da reforma trabalhista de Milei
em dia de greve nacional
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) celebrou a
decisão como uma vitória inicial
Uma juiza do tribunal do trabalho, Liliana Rodríguez
Fernández, declarou a nulidade de seis artigos do
Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) do governo
de Javier Milei, em uma decisão anunciada nesta
quarta-feira (24). A medida foi tomada em resposta à
greve nacional convocada pelas centrais sindicais
argentinas contra o DNU e o projeto da Lei de Bases.
A juíza de primeira instância destacou que as
alterações só serão válidas se forem ratificadas
pelo Congresso.
A juíza “deferiu parcialmente a ação de proteção” da
Confederação Geral do Trabalho (CGT), declarando a
nulidade dos artigos 73, 79, 86, 87, 88 e 97 do DNU
70/2023. No entanto, ela esclareceu que a validade
desses artigos será restabelecida se forem
ratificados pelo Congresso no prazo das sessões
extraordinárias em curso, ou perderão sua validade
automaticamente.
Os artigos em questão abordam alterações
significativas nas leis trabalhistas, incluindo
condições de retenção da contribuição sindical,
regras para negociação coletiva, validade das
cláusulas obrigatórias, direito de realizar
assembleias, prorrogação de cláusulas em acordos
coletivos expirados, ações proibidas durante
protestos e regulação de serviços mínimos em
situações de conflitos coletivos.
A decisão da juíza limitou-se aos artigos do DNU
que, em sua visão, impactam diretamente os
interesses sindicais ao afetar os direitos coletivos
dos trabalhadores. Segundo fontes judiciais, a juíza
argumentou que essas mudanças não apresentam uma
justificativa adequada de necessidade e urgência.
“Não faço juízo de valor sobre a eventual
necessidade de qualquer uma das reformas propostas,
mas é evidente que não está estabelecida a urgência
invocada no caso de todas elas”, esclareceu a juíza
em sua decisão. Esta interpretação vai contra a
prática usual de que decretos de necessidade e
urgência só podem ser invalidados se rejeitados por
ambas as câmaras do Congresso.
Além disso, a juíza observou que o Congresso está em
funcionamento e que o próprio Poder Executivo
incorporou a discussão sobre a ratificação do DNU
nas sessões extraordinárias. Ela destacou que a
necessidade e urgência da reforma não parecem
devidamente justificadas, especialmente em relação
aos problemas macroeconômicos citados no decreto.
Anteriormente, medidas cautelares já haviam sido
concedidas contra as reformas mencionadas na
decisão, envolvendo temas sensíveis como a não
obrigatoriedade de contribuições aos sindicatos e
mudanças nas condições para a realização de
assembleias.
A decisão incluiu uma crítica ao tratamento dado ao
DNU no Congresso, sugerindo que as Câmaras deveriam
concentrar-se no tratamento do DNU 70/2023 durante
as sessões extraordinárias, uma vez que o prazo da
Comissão Bicameral expirou.
A decisão da Justiça ocorre em meio a protestos e
debates intensos sobre as reformas econômicas
propostas pelo governo de Milei. A CGT celebrou a
decisão como uma vitória inicial, enquanto críticos
alertam para possíveis implicações econômicas e
incertezas nas relações trabalhistas. O Congresso
agora enfrenta a decisão de ratificar ou não as
mudanças propostas pelo governo.
Cronologia dos Artigos Invalidados:
- Artigo 73: Modifica a redação da alínea c) do
artigo 132 da Lei do Contrato de Trabalho.
- Artigo 79: Incorpora o artigo 197 bis à Lei
nº 20.744, tratando de acordos coletivos de
trabalho.
- Artigo 86: Modifica o artigo 6º da Lei nº
14.250, referente à validade de acordos coletivos de
trabalho.
- Artigo 87: Adiciona o artigo 20 bis à Lei
nº 23.551, garantindo o direito de realizar
assembleias e congressos sindicais.
- Artigo 88: Adiciona o artigo 20 ter à Lei
nº 23.551, estabelecendo ações proibidas durante
protestos.
- Artigo 97: Modifica o artigo 24 da Lei nº
25.877, tratando de garantias de prestação de
serviços mínimos em conflitos coletivos.
Fonte: Portal Vermelho
26/01/2024 -
Moraes autoriza acesso da CGU às investigações
contra Bolsonaro
Compartilhamento inclui informações sobre aliados
do ex-presidente
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (24) o
compartilhamento com a Controladoria-Geral da União
(CGU) das investigações abertas contra o
ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados na
Corte.
Com a decisão, a CGU vai receber cópias das
investigações que envolvem os atos golpistas de 8 de
janeiro de 2023; fraude nos cartões de vacina de
Bolsonaro; joias doadas pelo governo da Arábia
Saudita; uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
para espionar opositores; interferência da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022 e
sobre a atuação de milícias digitais para atacar a
democracia brasileira.
Apesar de autorizar o compartilhamento dos dados,
Moraes não permitiu que delações premiadas sejam
enviadas ao órgão.
"Neste momento processual, se revelaria
absolutamente prematuro, em razão da pendência de
finalização das diversas diligências determinadas",
entendeu o ministro.
O pedido de acesso às investigações foi feito pela
CGU, que pretende apurar a conduta de servidores
públicos envolvidos nos fatos investigados.
Fonte: Agência Brasil
26/01/2024 -
Polarização – João Guilherme Vargas Netto
Um livro – Biografia do Abismo – de dois autores –
Felipe Nunes e Thomas Traumann – publicado
recentemente procura mostrar como a polarização
divide famílias, desafia empresas e compromete o
futuro do Brasil.
Para os autores o antagonismo induz à polarização,
primeiro no terreno das disputas eleitorais (o que é
normal), depois radicaliza no “nós contra eles”,
calcifica-se (tornando-se permanente) e transborda
para a sociedade acicatada pelo bolsonarismo.
Este transbordamento é analisado pelos autores na
sala de aula, nas relações sociais e familiares, no
consumo (com o boicote a empresas e produtos), nos
esportes, na religião com a reiterada busca do
dissenso.
Embora o tratamento dos temas pelos autores seja
abrangente e baseado em várias pesquisas em nenhum
momento o fenômeno é reconhecido e apontado no
movimento sindical dos trabalhadores, que passa
imune por todo o texto. Uma única menção aparece
quando em uma pesquisa em ambiente de trabalho
revela-se que 77% dos entrevistados disseram
preferir um ambiente com pessoas “dos dois
lados/tudo misturado” sem conflitos.
Como se trata de buscar a normalização da vida
nacional sem calcificações ou transbordamentos
agressivos, a responsabilidade do movimento sindical
cresce, como ativo para o bom cumprimento desta
meta.
A rigor, no movimento sindical dos trabalhadores,
existem as vezes disputas eleitorais ferozes (que
são raras), mas os únicos aspectos de uma
polarização abusiva são dados pelas empresas que
estimulam entre os trabalhadores as famosas “cartas
de oposição” aos sindicatos, iniciativas que têm
sido repudiadas e denunciadas pelo próprio
Ministério Público do Trabalho e pelas direções
sindicais dos trabalhadores que se mantêm unidas,
refletindo a unidade de seus representados.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
26/01/2024 -
Construtora não poderá fazer dispensa em massa sem
participação sindical
3ª Turma aplicou tese de repercussão geral do STF
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
proibiu a Torre Empreendimentos Rural e Construções
Ltda. de promover dispensa coletiva sem negociar
previamente com o sindicato da categoria. O
colegiado aplicou ao caso tese de repercussão geral
do Supremo Tribunal Federal, que julgou
imprescindível a participação sindical para a
dispensa em massa.
Demissão coletiva
Em junho de 2017, a empresa de Aracaju (SE) dispensou
mais de 100 trabalhadores sem negociação prévia com
o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da
Construção Pesada, Portos, Aeroportos, Barragens,
Canais, Dutos, Eclusas, Estradas, Ferrovias,
Hidrelétricas, Metrôs, Pavimentação e Terraplenagem
do Estado de Sergipe (Sintepav-SE).
A situação levou o Ministério Público do Trabalho
(MPT) a ajuizar ação civil pública para impedir a
dispensa e prevenir futuras medidas semelhantes sem
discutir os critérios e as formas com o sindicato.
A empresa, em sua defesa, sustentou que as dispensas
são legalmente permitidas e poderiam ser
questionadas individualmente na Justiça pelos
trabalhadores envolvidos.
Validade
O juízo da 9ª Vara do Trabalho de Aracaju deferiu os
pedidos do MPT, mas o Tribunal Regional do Trabalho
da 20ª Região (SE) afastou as obrigações impostas à
empresa. Para o TRT, o artigo 477-A da CLT,
introduzido pela Reforma Trabalhista (Lei
13.467/2017), são lícitas as dispensas imotivadas
individuais e coletivas, mesmo sem prévia
autorização da entidade sindical ou previsão em
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Diálogo prévio
Ao examinar o recurso de revista do MPT, o ministro
Alberto Balazeiro destacou que, conforme tese de
repercussão geral (Tema 638) fixada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), “a intervenção sindical
prévia é exigência procedimental imprescindível para
a dispensa em massa de trabalhadores”. Segundo o
ministro, apesar de a dispensa coletiva não estar
condicionada à autorização prévia do sindicato, “a
existência de um diálogo prévio, leal e efetivo
entre o empregador e a categoria é requisito
imperativo de validade“.
Multa
Além de vedar a dispensa, o colegiado, por
unanimidade, impôs multa diária de R$ 10 mil por
trabalhador a cada constatação de descumprimento.
Processo: RR-487-33.2018.5.20.0009
Fonte: TST
26/01/2024 -
Projeto estabelece que injúria racial contra
trabalhador caracteriza justa causa cometida pelo
empregador
O Projeto de Lei 2200/23 estabelece que a prática de
discriminação ou injúria racial contra o empregado
ou familiares dele caracteriza justa causa cometida
pelo empregador para a rescisão do contrato de
trabalho.
A justa causa do empregador, também conhecida como
rescisão indireta, ocorre quando o empregador comete
uma falta grave que torna inviável ou inconveniente
a manutenção do vínculo empregatício. A rescisão
indireta é um direito do empregado. O empregado pode
considerar rescindido o contrato de trabalho e
solicitar na Justiça do Trabalho as verbas relativas
à dispensa imotivada, como a multa de 40% sobre os
depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
“Embora já seja possível interpretar a CLT de modo a
reconhecer que a discriminação ou a injúria racial
caracteriza a hipótese de justa causa do empregador,
entendo pertinente deixar isso expresso na lei”,
disse o autor da proposta, deputado Jonas Donizette
(PSB-SP), ao defender a mudança.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
26/01/2024 -
28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate ao
Trabalho Escravo
No próximo domingo (28) é celebrado o Dia Nacional
de Combate ao Trabalho Escravo. Essa data faz
referência a um episódio ocorrido em 2004, quando
três auditores fiscais do trabalho e um motorista
foram assassinados durante averiguação sobre
denúncias de trabalho escravo em fazendas de Unaí
(MG). Está em análise no Senado, o projeto (PL
5970/2019), do senador Randolfe Rodrigues (AP),
que pretende regulamentar o confisco de bens
utilizados na exploração do trabalho escravo.
Fonte: Agência Senado
25/01/2024 -
Ninguém esquece um desastre em curso permanente
O que não pode ser esquecido no caso do
rompimento da barragem da Vale S.A em Brumadinho e
como foram aplicados os R$ 400 milhões pagos pela
empresa na esfera trabalhista pelo dano moral
coletivo causado
Nesta quinta-feira, 25, completam-se 5 anos do
colapso da barragem da Mina de Córrego do Feijão, da
mineradora Vale S.A, no município de Brumadinho. O
grave acidente tirou a vida de 272 pessoas, 250
empregados diretos ou indiretos da Vale S/A e 22
pessoas da comunidade ou turistas de Brumadinho.
Três pessoas ainda estão desaparecidas. Em seis
meses, de janeiro a junho de 2019, a atuação do
Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG),
para buscar reparação aos danos causados aos
trabalhadores, foi concluída com um acordo para
indenização individual e coletiva. Leia a seguir
como está sendo feita a aplicação do dano moral
coletivo fixado em R$ 400 milhões e o que não pode
ser esquecido no caso Brumadinho, na visão dos
integrantes do Grupo Especial de Atuação Finalística
do MPT (GEAF-MPT).
Um dos pontos mais discutidos nos meses que seguiram
ao acidente foi a imprevisibilidade de suas
repercussões tanto em amplitude, quanto em espaço
temporal. É o que vem se confirmando ao longo dos
anos. "A amplitude deste acidente, que resultou na
morte já confirmada de 250 trabalhadores no ambiente
de trabalho, o coloca na posição de maior acidente
de trabalho registrado no Brasil. Para
especialistas, um "acidente ampliado", é aquele em
que: "as consequências da tragédia na vida e na
saúde física e mental dos familiares dos
trabalhadores mortos, e dos trabalhadores que, por
sorte, sobreviveram à tragédia, são inestimáveis,
exponenciais e continuadas", enfatizou o juiz
Ordenísio dos Santos, em uma das sentenças que
proferiu no caso.
"Na minha opinião, em primeiro lugar, o que não pode
ser esquecido nunca é o elevado número de mortes.
São 272 mortes, 272 joias que morreram neste grave
acidente. Isso nunca pode ser esquecido e o que não
pode ser esquecido para o setor da mineração, e,
também todos os outros setores da nossa economia, é
a necessidade de uma atuação mais firme do poder
público e a necessidade de os empreendedores focarem
na prevenção, isto tem que ser o ponto principal que
não pode ser esquecido por parte dos empregadores. A
prevenção tem que ser objeto de grandes
investimentos, mediante contratação de auditorias
qualificadas, que possam indicar todas as medidas
capazes de evitar ocorrência de acidentes de
trabalho tão grave como este que vai ficar para
sempre na memória dos mineiros e de todo o Brasil",
defende a procuradora do Trabalho Sônia Toledo
Gonçalves (GEAF-MPT).
A negligência com a prevenção não é motivada por
ausência de normas, enfatizam os procuradores e
procuradoras do Trabalho que integram o Grupo
Especial de Atuação Finalística em Brumadinho (GEAF-MPT):
"existe todo um arcabouço jurídico brasileiro sobre
segurança nas atividades minerárias, incluindo
barragens de rejeitos, como as convenções 174 e 176
da OIT, ratificadas pelo Brasil, a lei 12.334/2010,
que estabelece a Política Nacional de Segurança de
Barragens, além da NR-22 do então Ministério do
Trabalho".
A procuradora do Trabalho Luciana Coutinho (GEAF-MPT)
enfatiza que a origem da tragédia jamais pode ser
esquecida. "Temos que aprender com essas tragédias
para tentar evitar que novas ocorrências semelhantes
aconteçam. A causa disso foi uma negligência com as
condições e o meio ambiente de trabalho. Então nós
temos que ter, todos enquanto sociedade, sistema de
justiça... uma atenção e vigilância constante com o
poder público, mas também com o setor privado
empresarial para que todos cumpram obrigações
trabalhistas que geram um ambiente de trabalho mais
salubre, menos perigoso, que não exponha os
trabalhadores, as trabalhadoras a risco de morte,
risco a sua integridade física, risco a sua saúde
mental. Eu acredito que isso não pode ser
esquecido."
A dimensão do grave acidente motivou a instauração
de processos comunicacionais também ampliados, que
foram muito além da mera prestação de informações e
colocaram a escuta dos atingidos em protagonismo,
como descreve Luciana Coutinho: "a interação e a
oitiva das vítimas foi uma meta perseguida pelo
grupo de procuradores e procuradoras, pelo GEAF que
atuou no caso. De buscar essa oitiva qualificada de
forma horizontal. Todas as assembleias, e as
reuniões que fizemos com os sindicatos, com os
familiares; a criação de um grupo de WhatsApp para
poder ter uma interação mais rápida com essas
famílias. O atendimento à telefonemas, a troca de
e-mails, tudo isso foi muito importante. Sobretudo,
essas assembleias públicas realizadas na Câmara
municipal de Brumadinho, onde além de dar as
orientações e explicar o caso para aquelas pessoas
diretamente atingidas, os familiares dos
trabalhadores e das trabalhadoras mortos, nós também
ouvíamos muito e considerávamos a opinião dessas
pessoas. O próprio acordo judicial que foi firmado
nesse caso na ação civil pública foi aprovado em uma
dessas assembleias ocorridas na Câmara municipal de
Brumadinho".
Matéria Completa:
https://www.prt3.mpt.mp.br/procuradorias/prt-belohorizonte/2946-ninguem-esquece-um-desastre-em-curso-permanente
Fonte: MPT MG
25/01/2024 -
“Nova política industrial é essencial para o
Brasil”, dizem centrais
As lideranças das centrais sindicais afirmaram em
nota conjunta que a nova política industrial é
essencial para o Brasil
As centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT.
CTB, Nova Central e CSB – divulgaram nota conjunta,
nesta quarta-feira (24) afirmando que o lançamento
da política Nova Indústria Brasil (NIB), pelo
governo Lula, marca um momento decisivo no esforço
de reverter a marcha da desindustrialização do país.
Essencial para o Brasil
De acordo com as lideranças sindicais, o projeto
aponta na direção de uma indústria mais inovadora,
digital, verde, exportadora e produtiva.
“A iniciativa está em sintonia com as melhores
práticas adotadas pelos países que investem no
desenvolvimento produtivo com inovação e geração de
empregos de qualidade.”
Os sindicalistas consideram a Nova Indústria Brasil
(NIB), uma das prioridades indicadas na Pauta da
Classe Trabalhadora lançada em 2022, na Conferência
Nacional da Classe Trabalhadora – CONCLAT.
“A reindustrialização do país é fundamental para o
crescimento econômico, a geração de emprego e o
enfrentamento das desigualdades.”
Confira a seguir a nota na íntegra:
A nova política industrial é essencial para o Brasil
e está em sintonia com as melhores práticas
internacionais
O lançamento da política Nova Indústria Brasil (NIB)
pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Vice
Presidente e Ministro do Desenvolvimento, Industria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin marca um
momento decisivo no esforço de reverter a marcha da
desindustrialização do país e aponta na direção de
uma indústria mais inovadora, digital, verde,
exportadora e produtiva. A inciativa está em
sintonia com as melhores práticas adotadas pelos
países que investem no desenvolvimento produtivo com
inovação e geração de empregos de qualidade.
Trata-se de uma política industrial moderna,
orientada por missões de amplo alcance que buscam
atender as expectativas de integração produtiva em
todos os setores e tamanho de empresa, gerar
empregos e o bem-estar das pessoas, mobilizando
atores e recursos públicos e privados, indicando
aporte de R$ 300 bilhões de investimento para os
próximos quatro anos.
O papel indutor, articulador e coordenador dessa
política pelo Estado, o financiamento pelos bancos
públicos, em especial pelo BNDES, é essencial para
alavancar o investimento produtivo e engajar o
investimento privado na nova revolução industrial e
tecnológica em curso.
As Centrais Sindicais consideram a Nova Indústria
Brasil (NIB), uma das prioridades indicadas na Pauta
da Classe Trabalhadora lançada em 2022, na
Conferência Nacional da Classe Trabalhadora –
CONCLAT, uma chave essencial e estratégica para o
desenvolvimento sustentável do Brasil dos pontos de
vista social, econômico e ambiental. A
reindustrialização do país é fundamental para o
crescimento econômico, a geração de emprego e o
enfrentamento das desigualdades. Um país
industrializado é um país com soberania, com
desenvolvimento e com mais e melhores oportunidades
para os trabalhadores e trabalhadoras.
São Paulo, 24 de janeiro de 2024
Sérgio Nobre
Presidente da Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antônio Fernandes dos Santos Neto
Presidente da Central Sindical do Brasil
Fonte: Rádio Peão Brasil
25/01/2024 -
Em entrevista a CNN, procuradora do trabalho elogia
contribuição assistencial
Muito importuna e democrática, a declaração da
procuradora e coordenadora nacional de Promoção da
Liberdade Sindical e do Diálogo Social do MPT
(Ministério Público do Trabalho), Vivian Brito
Mattos.
Em entrevista a CNN Brasil, a procuradora afirmou
que “a contribuição assistencial tem a finalidade de
financiar a negociação”. Segundo ela, a decisão do
STF (Supremo Tribunal Federal) que liberou cobrança
de não sindicalizados já tem validade e assembleia
de trabalhadores é soberana para definir regras.
Vale lembrar que a decisão do STF que validou a
cobrança de contribuição assistencial a sindicatos
por todos os trabalhadores, inclusive os não
sindicalizados, já está em vigor e tem amparado a
inclusão do dispositivo em acordos de trabalho pelo
país. Acordos feitos pelos sindicatos, vale
ressaltar, beneficiam milhões de trabalhadores.
“A decisão do STF é uma vitória dos trabalhadores. A
assembleia vai definir a pauta de reivindicação e é
a assembleia que vai definir a contribuição. É uma
forma democrática de financiar as entidades
sindicais.”, afirmou Miguel Torres, presidente da
Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo.
Fonte: Força Sindical
25/01/2024 -
Orçamento 2024 é sancionado com veto a R$ 5,6 bi em
emendas de comissão
O presidente Lula sancionou a lei orçamentária de
2024 (Lei 14.822/2024) com veto de R$ 5,6 bi no
valor das emendas parlamentares destinadas às
comissões. Com o veto, o valor dessas emendas
diminuiu para R$ 11 bilhões. O relator do projeto da
Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso, deputado
Luiz Carlos Motta (PL-SP), informou que a Comissão
Mista de Orçamento (CMO) deve se reunir com a
ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
para chegar a um acordo sobre os recursos vetados
para as comissões. A LOA confirmou o salário mínimo
de R$ 1.412 e o fundo eleitoral de quase R$ 5 bi
para as eleições municipais deste ano. O Orçamento
prevê ainda a meta de zerar o déficit federal nesse
ano, ou seja, com o governo gastando apenas o que
arrecadar.
Fonte: Agência Senado
25/01/2024 -
Revisão da vida toda, correção do FGTS, pejotização:
o que o STF vai julgar em 2024?
Veja as principais pautas que não foram decididas
em 2023 que deverão entrar em discussão na mais alta
Corte do judiciário brasileiro
2024 será movimentado no STF (Supremo Tribunal
Federal). A maior Corte do judiciário brasileiro
também vai aproveitar o novo ano para resolver
pendências não solucionadas em 2023 que vão mexer
diretamente na vida dos brasileiros.
Uma das ações que aguarda desfecho é a que discute a
revisão da vida toda para aposentadoria do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), que está pronta
para ser julgada no plenário físico, e só foi
suspensa porque o ministro Alexandre Moraes pediu
destaque do processo.
Em dezembro do ano passado, o Supremo validou a
revisão da vida toda e permitiu que aposentados que
entraram na Justiça possam pedir o recálculo do
benefício com base em todas as contribuições feitas
ao longo da vida.
A Corte reconheceu que o beneficiário pode optar
pelo critério de cálculo que renda o maior valor
mensal, cabendo ao aposentado avaliar se a conta da
vida toda pode ou não aumentar o benefício. Segundo
o entendimento, a regra de transição que excluía as
contribuições antecedentes a julho de 1994, quando o
Plano Real foi implementado, pode ser afastada caso
seja desvantajosa ao segurado.
Outra decisão importante que foi jogada para este
ano é a questão sobre o vínculo empregatício entre
trabalhadores de aplicativos e as plataformas de
serviços. Essa decisão, segundo advogados
trabalhistas consultados pelo Infomoney, pode criar
jurisprudência que mudará as decisões em toda a
Justiça do Trabalho. Muitos consideram que isso
ajudará a efetivar de uma vez a Reforma Trabalhista,
que em novembro de 2023 completou seis anos.
“Trata-se de uma questão relevante, do ponto de
vista econômico e social, porque evidencia os novos
formatos de trabalho que se impõem a uma conjuntura
convencional e já superada”, diz Vera Chemim,
advogada especialista em direito constitucional e em
direito público.
O STF também deverá julgar outro tema trabalhista
que vem provocando inúmeros questionamentos: a
chamada “pejotização”. Segundo a advogada da área
trabalhista do Costa Tavares Paes Advogados, Lígia
Terezinha Cassano, a contratação de pessoas para
atividades fins por meio de empresa constituída é
matéria polêmica e tem sido objeto de um
considerável número de reclamações. “Por esse motivo
espera-se que o STF pacifique o entendimento”.
Lígia Cassano lembra ainda da aguardada decisão
sobre o fator de correção do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS). A decisão do índice de
correção monetária do FGTS foi suspensa com pedido
de vista do ministro Cristiano Zanin. “Os votos
proferidos até o momento apontam que a correção do
FGTS seja a mesma da caderneta de poupança”, diz a
advogada.
Vera Chemim lembra ainda da pauta de
responsabilização de empresas do mesmo grupo
econômico na execução trabalhista, que trata da
viabilidade da integração de empresas do mesmo grupo
econômico nas execuções trabalhistas, ainda que tais
companhias não tenham sido parte na ação durante a
fase de conhecimento do processo. O julgamento foi
suspenso após pedido de vista do ministro Alexandre
de Moraes para análise da questão. “A temática é de
grande importância, pois o posicionamento do STF
poderá interferir no andamento de inúmeras execuções
trabalhistas. A decisão terá impacto na segurança
jurídica”, explica.
Nova formação
O ano de 2024 marca mudança na composição da Corte. A
ida de Flávio Dino ao STF, ex-ministro da Justiça e
Segurança Pública do governo Lula, pode alterar a
rota em alguns processos já em andamento. Isso
porque novos ministros costumam pedir vista para
analisar temas complexos.
Entre os principais desafios do Supremo em 2024
também está incluída a implantação do juiz de
garantia. Em agosto do ano passado, o Plenário
considerou a norma de aplicação obrigatória e deu
prazo de 12 meses, prorrogável por igual período,
para sua implementação.
Pautas sensíveis
Há ainda pautas sensíveis para a sociedade como a
descriminalização do porte de drogas e a legalidade
do aborto de feto de 12 semanas. “Estas são pautas
que deveriam estar sendo decididas pelo Poder
Legislativo, mas como são sensíveis demais, e os
políticos não querem perder votos, acabam sendo
deixadas para que o Judiciário decida”, explica Vera
Chemim.
Decisões que afetam a administração pública, como a
limitação para indicação de políticos para cargos em
estatais, vão entrar na pauta do Supremo neste ano.
A advogada explica que, independentemente de
questões ideológicas, é indispensável que se
preserve a boa governança de todas as empresas que
compõem a administração pública indireta, no sentido
de evitar atos que remetam aos desvios de finalidade
e especialmente, afrontem os princípios da
impessoalidade, moralidade e eficiência daquelas
empresas. Outra questão esperada pelo setor agrícola
será o julgamento, previsto para fevereiro, sobre
isenção de ICMS para insumos utilizados na produção.
Fonte: InfoMoney
24/01/2024 -
Definição sobre MP da Reoneração deve sair até
semana que vem, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na
segunda-feira (22) que o governo deve chegar a uma
solução a respeito da MP da Reoneração até semana
que vem. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV
Cultura, Haddad disse que um consenso será costurado
em diálogo com o Congresso, mas não adiantou qual
será a solução formal para isso – se a medida
provisória será revogada e reenviada em formato de
projeto de lei, por exemplo.
“Penso que agora, nessa semana ou na próxima, vamos
ter uma decisão a esse respeito”, disse Haddad. Em
outro momento, falou que “ninguém vai dar murro em
ponto de faca” e “vamos sentar e construir um
princípio justo”.
A MP da Reoneração é um ponto de tensão entre
Executivo e Legislativo na abertura do segundo ano
deste mandato de Lula. A medida, enviada pelo
governo no final de 2023, estabelece o fim gradual
da desoneração da folha, um benefício fiscal que
beneficia 17 setores da economia, permitindo que
eles troquem um imposto sobre os salários por uma
taxação sobre a receita bruta.
A edição da MP foi vista como uma afronta por
setores do Congresso. Naquele mesmo ano, as duas
Casas legislativas haviam aprovado a prorrogação do
benefício até 31 de dezembro de 2027.
Segundo Haddad, a MP foi necessária por “coerência”,
seguindo as determinações do Tribunal de Contas da
União (TCU). “Aprovamos [em 2023] uma lei
orçamentária que não prevê a desoneração da folha”,
disse. “Nós não tínhamos sequer opção”.
O ministro ainda relativiza as tensões com o
Congresso a respeito do tema. “Você pega várias leis
do ano passado: foram como MP, e depois enviamos
projeto de lei”, disse.
Fonte: Congresso em Foco
24/01/2024 -
Sindicato é responsável por advogado que age de
forma indevida em ação de filiado
O trabalho de advogado vinculado à sindicato em
ações que envolvem filiados gera responsabilidade
solidária da instituição, e, na hipótese de atuação
indevida em processos, há dever de indenizar.
Sob esse entendimento, 3ª Turma do Superior Tribunal
de Justiça negou, por unanimidade, um recurso do
Sindicato dos Motoristas e Servidores da Prefeitura
Municipal de São Paulo (Simoserv), condenado a
indenizar em primeira e segunda instâncias por ter
indicado advogado a filiado que, posteriormente, se
apropriou indevidamente de verba rescisória na ação.
O processo diz que um funcionário da Prefeitura de
São Paulo entrou com uma ação trabalhista contra o
Executivo municipal, requerendo auxílio do sindicato
para constituir advogado no caso. O sindicato então
indicou uma profissional, que representou o homem no
processo.
Ele venceu a ação, mas a advogada não repassou as
verbas rescisórias ao trabalhador, que, então,
ajuizou processo contra o sindicato por conta da
atuação da causídica.
Para a ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, o
sindicato tem permissão para indicar advogados na
defesa de seus associados, e a atuação é
“previamente determinada” pela instituição. Dessa
forma, fica evidente o vínculo entre os dois, o que
gera incidência do artigo 932 do Código Civil, que
afirma que “empregador ou comitente” também são
responsáveis pela reparação civil.
“Na hipótese em exame, a advogada vinculada ao
sindicato recorrente representou o recorrido em ação
trabalhista. A ação foi julgada procedente e a
causídica se apropriou indevidamente dos valores
depositados no processo. Tendo sido a advogada
contratada pelo sindicato, há entre eles um vínculo
de preposição, circunstância que os torna
solidariamente responsáveis pelos danos suportados
pelo recorrido”, escreveu a ministra.
Sendo assim, o sindicato foi condenado a pagar R$ 10
mil a título de danos morais por conta da atuação da
advogada indicada.
Clique
aqui para ler a decisão
REsp 2.080.224
Fonte: Consultor Jurídico
24/01/2024 -
Falso empreendedorismo: empresas contratam MEIs para
retirar direitos
Maioria dos 9 milhões de MEI não é de
microempreendedores – mas, sim, de trabalhadores
vítimas da “pejotização”
Em 2009, o governo Lula criou uma modalidade de
pessoa jurídica, o MEI (microempreendedor
individual), voltada a trabalhadores autônomos. Era
uma forma de estimular a formalização de milhões de
profissionais que, mesmo exercendo atividade
econômica, estavam na informalidade.
Pode-se dizer que, passados 15 anos, o programa foi
bem-sucedido. Até 2019, havia 9 milhões de MEIs no
Brasil, que podiam faturar até R$ 81 mil por ano.
Ao mesmo tempo, esse expediente passou a ser usado
por empresas para burlar a legislação, retirar
direitos e precarizar o trabalho. Embora contratem
profissionais como autônomos, os empregadores forçam
esses trabalhadores a exercerem uma jornada fixa ou
trabalho contínuo, como no regime CLT (com carteira
assinada).
É o que revela um estudo da economista Bruna
Alvarez, professora da Escola de Economia de São
Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV). De
acordo com a pesquisa, a maioria dos 9 milhões de
MEI registrados em 2019 não é de microempreendedores
– mas, sim, de trabalhadores vítimas da “pejotização”.
Eles prestam serviços como se fossem trabalhadores
formais comuns, mas são contratados como MEIs e,
assim, não recebem direitos. É um falso
empreendedorismo, o que, segundo Bruna, prejudica
não apenas o profissional. “Se não existisse o MEI,
as empresas produziriam mais e haveria maior
arrecadação de impostos”, resume a economista em
entrevista ao Blog do Fernando Dantas.
Um trabalhador com carteira assinada tende a se
aproximar do chamado “trabalho decente”. Segundo a
OIT (Organização Internacional do Trabalho),
trata-se do “trabalho adequadamente remunerado,
exercido em condições de liberdade, equidade e
segurança, capaz de garantir uma vida digna”.
Porém, ao ser contratado irregularmente como MEI – e
não como celetista –, o trabalhador deixa de receber
direitos como férias e 13º salário. A empresa troca
a qualidade do trabalho pela precarização, de olho
na redução de custos.
Fonte: Portal Vermelho
24/01/2024 -
"Nesse país, quem vive de dividendo não paga Imposto
de Renda, e quem vive de salário paga", critica Lula
Presidente garantiu que vai rever novamente a
faixa de isenção do Imposto de Renda. Com o reajuste
para R$ 1.412, quem ganha até dois salários mínimos
voltará a ser tributado
O presidente Lula (PT), em entrevista nesta
terça-feira (23) ao jornalista Mário Kertész,
garantiu que o governo federal revisará novamente
neste ano a faixa de isenção do Imposto de Renda.
Com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.412 em
2024, quem ganha até dois salários mínimos voltará a
ser tributado.
No entanto, o presidente garantiu que o ajuste na
faixa de isenção será feito e renovou a promessa de
que até o final de seu mandato, a faixa de isenção
será ampliada para todos que ganham até R$ 5 mil. "A
gente resolveu desonerar as pessoas que ganhavam até
R$ 2.640. Com reajuste do salário mínimo, as pessoas
parecem que vão voltar a pagar Imposto de Renda mas
não vão, porque nós vamos fazer a mudança agora.
Tenho o compromisso de chegar ao final do meu
mandato isentando as pessoas que ganham até R$ 5
mil. Nesse país, quem vive de dividendo não paga
Imposto de Renda, e quem vive de salário paga
Imposto de Renda. O Haddad sabe que temos que fazer
esses ajustes. Eles são difíceis, porque nós
precisamos saber que na hora em que a gente abre mão
de um dinheiro a gente tem que saber da onde vai
pegar o outro dinheiro".
Fonte: Brasil247
24/01/2024 -
Milei mantém ameaças sobre o movimento sindical em
semana de greve geral
Governo argentino diz que vai manter o “protocolo
anti-piquetes” que obriga manifestantes protestarem
nas calçadas. São esperadas mais de 100 mil pessoas
nos protestos
Na semana em que o movimento sindical argentino
deflagra uma greve geral de 12 horas, o governo do
presidente Javier Milei anunciou, na segunda (22),
que vai manter o protocolo “anti-piquetes” em que
manifestantes são proibidos de ocupar as ruas, além
de ameaçar cortar o ponto de funcionários públicos
que aderirem.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina
convocou a paralisação para esta quarta (24), a
partir do meio dia, contra o Decreto de Necessidade
de Urgência (DNU) 70/2023 e a Lei Ônibus, que
desregularizam a economia, enfraquecem o Estado e
fortalecem o mercado.
Os sindicalistas se opõem também às alterações na
legislação trabalhista trazidas pelos textos, que
enfraquecem as negociações laborais em favor do
patronato, enfraquece o movimento sindical ao
desregular financiamento e restringe o direito a
greve para categorias como saúde e educação.
A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, uma das
expoentes da truculência do novo governo de
extrema-direita, afirmou que nesta quarta o
“protocolo anti-piquetes” voltará a funcionar e que
o governo fará “todo o possível” para que “todo
argentino que queira trabalhar” durante a greve
geral da CGT “não se sinta intimidado”.
Sindicalistas asseguraram que a manifestação será
“multitudinária e pacífica”, e responsabilizou a
ministra da Segurança por qualquer inconveniente que
possa ocorrer.
O protocolo foi colocado em prática pela primeira
vez em dezembro, quando ocorreram as primeiras
mobilizações em meio aos anúncios das medidas
neoliberais de Milei. Historicamente, no entanto, as
mobilizações da CGT reúnem muito mais pessoas do que
outros coletivos e movimentos.
A Casa Rosada trabalha com a possibilidade de mais
100 mil pessoas participarem dos atos. Um dos
dirigentes da CGT e secretário do Sindicato dos
Caminhoneiros, Pablo Moyano, assegurou que 40 mil
sindicalizados da categoria estarão nas ruas de
Buenos Aires.
Moyano contestou as ameaças de Bullrich. “A ditadura
militar não conseguiu parar os trabalhadores, e ela
vai vir e ameaçar os sindicatos dos quais muitos
dirigentes deram a vida para obter acordos coletivos
de trabalho?”, disse o dirigente sindical durante
uma entrevista coletiva.
“Faz parte do show midiático que ela quer impor, mas
ninguém vai nos impedir, nem com multas nem com a
quantidade de milicos que vão colocar na rua”,
prometeu Moyano.
“Somos trabalhadores, não somos ogros e nem
pertencemos a grupos paramilitares. Queremos
manifestar o nosso descontentamento com estas
medidas que estão a ser aplicadas. Será uma
mobilização pacífica”, disse.
Trabalhadores de diversas categorias ligadas aos
transportes já anunciaram a adesão a greve. A
Confederação Argentina dos Trabalhadores em
Transportes (CATT, na sigla em espanhol), que reúne
os sindicatos do Sindicato dos Ferroviários,
Sindicato dos Bondes Automotivos (UTA, na sigla em
espanhol), Táxis, Caminhoneiros, Dragagens e
Balizas, Rodoviárias, Pedágios e Aeronáuticos,
cruzarão os braços nesta quarta.
As companhias áreas que operam com serviços aéreos
entre Brasil e Argentina já cancelaram voos entre os
dois países durante a greve.
O sindicato dos metroviários, agremiação integrada
pelos trabalhadores do subte da capital argentina,
comunicaram a adesão a paralisação.
Além deles, outras categorias de funcionários
públicos também anunciaram a participação nos atos
desta quarta, como a Associação dos Trabalhadores do
Estado (ATE, na sigla em espanhol) e a União dos
Trabalhadores Civis da Nação (UPCN, na sigla em
espanhol).
Em resposta, o governo de extrema-direita prometeu
descontar o dia dos funcionários do estado que se
juntem à manifestação. Exceção aos trabalhadores do
Estado da província de Buenos Aires, cujo
governador, Axel Kicillof, anunciou que respeitará o
direito greve, não descontando o dia.
Fonte: Portal Vermelho
24/01/2024 -
Varas do Trabalho já podem fazer novas anotações na
Carteira de Trabalho Digital
O novo módulo do eSocial é uma parceria da
Justiça do Trabalho com o Ministério do Trabalho e
Emprego
Um novo módulo Web-Judiciário do eSocial, lançado em
dezembro, em parceria do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho com o Ministério do Trabalho e
Emprego, permite que as Varas do Trabalho façam
novas anotações na Carteira de Trabalho Digital
decorrentes de decisões judiciais, como data de
admissão, alteração salarial ou de cargo e
afastamentos. Antes dessa nova versão, as Varas
conseguiam efetuar apenas a baixa do vínculo de
emprego na CTPS Digital.
Web-Judiciário
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em
meio eletrônico, ou Carteira de Trabalho Digital,
foi lançada em 2019, inclusive para vínculos que já
estavam em vigor. De acordo com a Portaria ME/SEPRT
1.195/2019, as anotações devem ser feitas no eSocial,
em regra, pelo próprio empregador. Mas o artigo 39
da CLT autoriza a Justiça do Trabalho a anotar o
vínculo, caso ele não cumpra essa obrigação.
Nesse sentido, inicialmente foi implementado no
eSocial a Baixa Judicial do Vínculo, que permitia ao
Judiciário Trabalhista enviar informações sobre o
término de contratos reconhecidos em juízo. Na nova
versão, a Anotação Judicial do Vínculo permite aos
usuários cadastrados como “operadores do judiciário”
enviar informações relativas a todo o período do
vínculo trabalhista reconhecido em juízo.
Concomitantemente, o novo módulo WEB-Judiciário
passou a contar com as funcionalidades necessárias
para envio de ambos os eventos.
Ofícios
Antes dessa nova versão, as Varas do Trabalho tinham
de enviar ofícios a setores do Ministério do
Trabalho e Emprego, INSS ou outro órgão do Poder
Executivo para que os trabalhadores pudessem ter
seus direitos anotados formalmente em suas carteiras
de trabalho digitais, o que muitas vezes poderia
levar muito tempo até ser efetivado.
Agora, esse procedimento poderá ser feito de forma
automatizada, pela web, diretamente pelos servidores
da Justiça do Trabalho, com benefícios imediatos aos
trabalhadores.
Fonte: TST
24/01/2024 -
Governo Lula tem 43% de avaliação positiva, diz
CNT/MDA
Resultado representa oscilação positiva de 2
pontos percentuais em relação ao último
levantamento, feito em setembro de 2023.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
tem 43% de avaliação ótima ou boa, mostrou nesta
terça-feira (23) pesquisa do instituto MDA,
contratada pela Confederação Nacional do Transporte
(CNT), que no levantamento anterior, em setembro,
mostrava avaliação positiva de 41% do governo.
O levantamento apontou que 28% dos entrevistados têm
avaliação negativa do governo, ante 27% em setembro,
ao passo que 28% enxergam o governo como regular,
contra 30% na pesquisa anterior.
A pesquisa mostrou ainda que 55% dos entrevistados
aprovam a atuação de Lula, mesmo patamar do
levantamento realizado em setembro, enquanto 40%
desaprovam, ante 39% na pesquisa anterior realizada
pelo instituto.
O MDA ouviu 2.002 pessoas presencialmente entre os
dias 18 e 21 de janeiro. A margem de erro da
pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Fonte: Reuters
23/01/2024 -
Governo anuncia nova política para desenvolvimento
da indústria
Estão previstos R$ 300 bilhões em financiamentos
até 2026
O governo federal aprovou um plano de ações para
estimular o desenvolvimento do setor industrial
brasileiro. Chamado Nova Indústria Brasil (NIB), o
plano tem, como centro, metas e ações que, até 2033,
pretendem estimular o desenvolvimento do país por
meio de estímulos à inovação e à sustentabilidade em
áreas estratégicas para investimento.
Tudo a partir, segundo o Planalto, de um “amplo
diálogo entre o governo e o setor produtivo”, em
direção à chamada neoindustrialização - modernização
e evolução da indústria -. O texto da NIB foi
oficialmente apresentado ao presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (22)
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial
(CNDI).
Lula iniciou sua fala comparando o CNDI ao Conselho
de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS),
mais conhecido como Conselhão. Segundo ele, ambos
têm ajudado significativamente o governo na
formulação de políticas e diretrizes voltadas ao
desenvolvimento econômico, social e sustentável do
país.
“Tenho dito que a capacidade de trabalhos
apresentados pelo Conselhão foi tão extraordinária
que o que me preocupa é saber como conseguir
implementar aquilo tudo que foi, ali, produzido
intelectualmente. Agora, fico também surpreso com a
participação do CNDI. Um país com essa quantidade de
gente tão inteligente não precisa de inteligência
artificial”, discursou o presidente.
Lula, no entanto acrescentou que as propostas
apresentadas são apenas o começo de um desafio ainda
maior. “O problema não termina aqui. Ele começa
aqui. Temos agora 3 anos pela frente, para termos
uma coisa concreta”, disse.
“Para se tornar mais competitivo, o Brasil tem de
financiar algumas das coisas que ele quer exportar.
Essa reunião mostra que finalmente o Brasil juntou
um grupo de pessoas que vai fazer com que aconteça
uma política industrial. E que muito dela virá por
meio de parcerias entre a iniciativa privada e o
poder público. Que a gente possa cumprir isso que a
gente escreveu no papel”, acrescentou.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
23/01/2024 -
Empresas com mais de 100 funcionários precisam
entregar dados sobre salários de homens e mulheres
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
as informações serão utilizadas para a verificação
da existência de diferenças salariais entre homens e
mulheres que ocupam o mesmo cargo. O prazo para
entrega dos dados começa nesta segunda 22 e vai até
29 de fevereiro
Começou nesta segunda-feira (22) o prazo para
empresas com mais de 100 funcionários preencherem ou
retificarem o chamado Relatório de Transparência
Salarial e de Critérios Remuneratórios relativo ao
primeiro semestre. A medida é ainda em caráter
experimental. Os empregadores têm até 29 de
fevereiro para entregar as informações no site do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O MTE e o Ministério das Mulheres lembram que a
iniciativa cumpre determinação do Decreto 11.795,
publicado em novembro. Essa norma foi feita para
regulamentar a Lei 14.611, de 2023, assinada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho, que
estabelece igualdade salarial entre mulheres e
homens que exercem a mesma função.
“As informações serão utilizadas para a verificação
da existência de diferenças salariais entre homens e
mulheres que ocupam o mesmo cargo”, diz o MTE. Os
relatórios semestrais de transparência utilizarão os
dados de salários e ocupações de homens e mulheres
já informados pelas empresas pelo eSocial, e as
empresas estão sendo solicitadas a prestar algumas
informações adicionais sobre critérios de
remuneração e ações que apoiem a contratação e a
promoção de mulheres nas empresas.”
Informações públicas
Assim, posteriormente, todas as informações serão
consolidadas em relatório pelo Ministério do
Trabalho e Emprego e tornadas públicas. A multa para
não entrega dos dados pelas empresas pode chegar a
3% da folha de pagamento, com limite de 100 salários
mínimos (R$ 141.200,00 pelo atual valor do piso
nacional).
Além disso, a lei prevê indenização por danos morais
em situações de discriminação por sexo, raça, etnia,
origem ou idade. “Para fins de fiscalização e
averiguação cadastral, o MTE pode solicitar às
empresas informações complementares àquelas que
constam no relatório.” Em caso de desigualdade, as
empresas podem regularizar a situação por meio de um
plano de ação elaborado pelo ministério.
As informações dos relatórios devem estar de acordo
com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
A divulgação será semestral, em março e setembro.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/01/2024 -
Isolado, Moro pode enfrentar sequência de reveses no
Judiciário em 2024
Ex-juiz suspeito poder ter o mandato de senador
cassado pelo TRE-PR e enfrenta uma ação criminal
junto ao STF
A proximidade do julgamento que poderá resultar na
perda do mandato de senador Sérgio Moro (União
Brasil-PR) pelo Tribunal Regional Eleitoral do
Paraná (TRE-PR) e o processo criminal que ele
enfrenta junto ao Supremo Tribunal Federal (STF)
mostra o isolamento cada vez maior do ex-juiz
suspeito e o ocaso da Operação Lava Jato. “Os
processos contra Moro tramitam em um contexto de
isolamento do senador tanto no Legislativo quanto no
Judiciário em Brasília”, destaca a Folha de S.
Paulo.
Mesmo que Moro consiga uma vitória junto ao TRE,
existe a possibilidade de recurso junto ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que possui uma composição
ainda mais restritiva em relação a ele. “No auge da
popularidade da Lava Jato, os tribunais superiores
referendavam praticamente todas suas decisões e a
classe política temia fazer críticas à operação.
Agora, o ambiente é o oposto, o que amplia a chance
de o ex-juiz sofrer reveses nas ações a que
responde”, destaca um trecho da reportagem.
Além do processo eleitoral impetrado pelo PT e PL -
onde Moro é acusado por caixa dois e suposto abuso
de poder econômico nas eleições de 2022 - o ex-juiz
suspeito também enfrenta uma investigação criminal
perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro
Dias Toffoli determinou a abertura de um inquérito
para apurar a atuação de Moro em um acordo de
delação premiada firmado com o empresário Tony
Garcia, datado de 2004, no caso do Banestado. A
presença de Toffoli como relator aumenta a tensão
para Moro, considerando que o ministro já impôs
derrotas significativas à Lava Jato no passado.
Garcia afirma que foi usado pelo então magistrado
para atuar como uma espécie de “agente infiltrado”
para chantagear, com objetivos políticos,
magistrados, empresários e parlamentares. O caso foi
trazido a público pela primeira vez em 12 de junho
do ano passado, quando a TV 247 veiculou, por mais
de três horas, programa intitulado "Exclusivo: A
Entrevista-Bomba de Tony Garcia". O subtítulo
expandia a informação: "Empresário Delata Moro e
Procuradores de Curitiba".
Desde sua saída da magistratura para se tornar
ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL),
Moro tem enfrentado uma série de derrotas no STF. A
anulação das condenações contra Lula foi uma das
mais simbólicas, gerando repercussões políticas
importantes.
Em meio a esse cenário, Moro, inicialmente cotado
para concorrer à Presidência da República, recuou e
optou por uma candidatura ao Senado no Paraná, onde
saiu vitorioso nas eleições. “Agora, o ex-juiz tem
afirmado a interlocutores que pretende concorrer ao
governo paranaense na próxima eleição, em uma
sinalização de que não irá a presidente e não
oferece risco aos projetos nacionais de poder em
curso, numa tentativa de aliviar a pressão sobre sua
situação perante a Justiça”, diz a reportagem.
Fonte: Brasil247
23/01/2024 -
Carteira de Trabalho Digital teve 685 milhões de
acessos e 14 milhões de novos usuários em 2023
Desde o seu lançamento, em 2019, a Carteira de
Trabalho Digital já teve mais de 1.8 bilhão de
acessos
A Carteira de Trabalho (CTPS) Digital registrou mais
de 685,2 milhões de acessos em 2023, somando um
total de mais de 1.8 bilhão de acessos, desde o seu
lançamento em 2019. Os acessos virtuais ocorreram
tanto por meio do aplicativo quanto pelo portal
Gov.br. No mês de dezembro, o aplicativo atingiu a
marca de 70 milhões de trabalhadores habilitados,
tendo 14 milhões de novos usuários no ano.
O aplicativo da Carteira de Trabalho Digital reúne
os principais serviços do Ministério do Trabalho e
Emprego, disponibilizando ao cidadão sua
qualificação civil, o acompanhamento da sua vida
laboral, permitindo-o fiscalizar as movimentações de
seus contratos de trabalho e, no momento de
desligamento de seu vínculo, realizar a solicitação
do Seguro-Desemprego.
De dezembro/2019 a dezembro/2023, foram realizados
27,1 milhões de requerimentos de seguro-desemprego,
sendo 67% deles (18,2 milhões) por meios eletrônicos
(aplicativo e site). Só em 2023, do total de 7,1
milhões de trabalhadores que solicitaram o
seguro-desemprego, mais de 75% dos requerimentos
foram realizados pelos canais digitais do MTE.
Outros serviços, como a apresentação de recurso
contra eventual indeferimento do Seguro-Desemprego e
o acompanhamento do Abono Salarial, também podem ser
feitos de forma virtual por meio da Carteira de
Trabalho Digital.
A plataforma, que é desenvolvida pela Dataprev para
o Ministério do Trabalho e Emprego, trouxe muito
mais praticidade e rapidez nos processos de
admissão, demissão e atualização dos dados (como
férias, alterações de função etc.). Com ela, os
documentos ficam em dia de forma mais rápida, tendo
os dados seguros de forma digital, e permitindo ao
trabalhador acessar os seus dados a qualquer
momento.
Carteira de Trabalho Digital - O documento digital
passou a substituir o documento físico de papel em
2019, sendo emitida automaticamente para todo
brasileiro ou estrangeiro que tenha inscrição no
Cadastro das Pessoas Físicas (CPF). Dessa maneira,
não é mais necessária a emissão do documento físico
em papel para contratação por meio do eSocial.
Saiba como Acessar: Para acessar a CTPS Digital, o
cidadão pode baixar gratuitamente o aplicativo na
loja virtual de dispositivos IOS e Android ou
acessar pelo site
https://www.gov.br/ptbr/servicos/obter-a-carteira-de-trabalho.
Para os cidadãos que ainda não possuem cadastro no
Gov.BR, é necessário realizar o processo de
registro. Para aqueles que já estão cadastrados,
basta acessar a plataforma utilizando as informações
de login e senha.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/01/2024 -
Projeto aumenta licença-maternidade para 180 dias
O Senado vai analisar um projeto que aumenta o prazo
da licença-maternidade de 120 para 180 dias e o
compartilhamento para até 60 dias com cônjuge ou
companheiro. De iniciativa do senador Carlos Viana (Podemos-MG),
o PL 6.136/2023 ainda não foi encaminhado para as
comissões.
Ao alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT
- Decreto-Lei 5.452, de 1943) a proposta estabelece
o aumento do tempo de contato entre pais e filhos,
permitindo que o pai também possa acompanhar o
desenvolvimento do bebê durante o período neonatal.
O projeto também prevê a ampliação da
licença-maternidade para mãe de filho com
deficiência ou com necessidade especial.
No sistema de compartilhamento com o cônjuge, a mãe
tem um total de 180 dias, dos quais pode transferir
até 60 dias para o pai. Esses dias não são tirados
em conjunto, ou seja, cada um dos pais tem seu
próprio período para cuidar da criança.
No caso de um filho com deficiência ou necessidade
especial, a licença maternidade será em dobro. Nesse
caso, a licença poderá ser compartilhada de forma
alternada pela metade com o cônjuge ou companheiro.
O projeto também revoga o trecho da CLT que define a
concessão de licença-maternidade em caso de adoção
ou guarda judicial conjunta para apenas um dos
adotantes ou guardiães empregado ou empregada. Com
\a revogação, o dispositivo passa a valer com as
mesmas regras que o projeto aplica para a licença
maternidade.
No parecer, Viana ressalta a importância do aumento
do tempo.
“Trata-se de medida que estimula a paternidade
responsável, inserindo o genitor, desde os primeiros
momentos, na rotina de cuidados com o seu filho.
Como maneira de majorar o contato da mãe e do pai
com a criança, garantindo que o menor tenha todos os
cuidados recomendados ao seu saudável
desenvolvimento nesses primeiros momentos de vida”,
diz.
O parlamentar também destaca a necessidade da
ampliação da licença e do compartilhamento para pais
que tenham filhos com deficiência.
“Nos dias de hoje, criar e dar a assistência a um
filho que esteja em condições normais de saúde já
requer muito de seus pais. Em um lar com um filho
especial a atenção tem que ser integral e requer
cuidados extras em relação a uma criança, motivo
esse que proponho a dilação do prazo da licença
maternidade para esse caso específico.”
Fonte: Agência Senado
23/01/2024 -
Pacheco anuncia compromisso do governo de reeditar
MP da reoneração
Em evento na Suíça, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, disse na sexta-feira (19) que o governo
federal se comprometeu a reeditar a medida
provisória da reoneração gradual de 17 setores da
economia (MP 1.202/2023). O acordo é que a nova MP
exclua a revogação da desoneração tributária e
mantenha os outros temas da medida, que trata também
de compensações tributárias, de benefícios fiscais
no Programa Emergencial de Retomada do Setor de
Eventos e de desoneração para municípios.
Fonte: Agência Senado
23/01/2024 -
Congresso analisa em fevereiro MP que prorrogou
prazo do Desenrola Brasil
A Medida Provisória (MP) 1.199/2023 prorrogou até
março o prazo de adesão ao programa Desenrola Brasil
para a faixa 1, voltada para pessoas com renda de
até dois salários mínimos. Na retomada dos trabalhos
legislativos, em fevereiro, deverá ser instalada a
comissão mista encarregada de analisar a medida. Por
se tratar de MP, o novo prazo já está valendo.
Fonte: Agência Senado
22/01/2024 -
Defasagem da tabela do IRPF tira dinheiro dos
trabalhadores para manter privilégios
As Centrais Sindicais abaixo vêm a público
manifestar sua profunda preocupação com a falta de
atualização da tabela do Imposto de Renda da Pessoa
Física (IRPF) pelo Ministério da Fazenda e o Governo
Federal. A ausência de correções adequadas na tabela
do IRPF tem impactos significativos sobre os
trabalhadores formais, principalmente aqueles que
ganham salários mais baixos e a classe média.
Segundo informações da Unafisco Nacional, o reajuste
do salário mínimo sem a atualização da tabela de
IRPF resultou em uma situação alarmante, onde
trabalhadores que recebem dois salários mínimos
agora estão sujeitos ao pagamento do imposto de
renda. Este é um cenário inaceitável e que contraria
os princípios de justiça fiscal e social
civilizatórios.
Ressaltamos que durante a campanha presidencial, o
Presidente Lula se comprometeu com a isenção do
imposto de renda para aqueles que recebem até 5 mil
reais. Entendemos que o Governo Federal se
comprometeu a apresentar até março, na segunda fase
da Reforma Tributária, mudanças na tributação da
renda, mas as recentes declarações do Ministro
Fernando Haddad sugerem que as alterações só serão
pautadas em 2025.
Destacamos ainda a defasagem de mais de 140% da
tabela do IRPF, mesmo na primeira faixa de renda
atualizada no último ano, o que coloca uma carga
tributária desproporcional sobre os ombros dos
trabalhadores assalariados. É fundamental que a
tabela seja corrigida de forma a acompanhar o
aumento do custo de vida e garantir que a tributação
seja justa e equitativa. Essa realidade contradiz os
princípios de progressividade fiscal, essenciais
para promover a redistribuição de renda e reduzir as
desigualdades sociais.
Neste contexto, instamos as autoridades a
considerarem medidas tributárias progressivas, tais
como a criação de faixas adicionais de alíquotas
para rendas dos super-ricos, a taxação de grandes
heranças, a tributação de grandes fortunas e a
implementação de políticas que incentivem a equidade
fiscal.
Diante do exposto, as Centrais Sindicais fazem um
apelo pela imediata revisão e atualização da tabela
do IRPF e que outras medidas efetivas, como a
isenção de imposto de renda para os trabalhadores na
PLR, sejam adotadas para corrigir as distorções
presentes no sistema tributário, garantindo justiça
fiscal e equidade social.
Esperamos que as autoridades competentes estejam
atentas às demandas dos trabalhadores brasileiros e
tomem as medidas necessárias para promover um
sistema tributário mais justo e condizente com as
necessidades da sociedade.
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald – Presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: Mundo Sindical
22/01/2024 -
Redução da jornada de trabalho deve voltar à pauta
do Senado em 2024
Trabalhar quatro dias da semana e, consequentemente,
conseguir ter mais tempo para o descanso, para o
lazer, ou até mesmo para buscar mais conhecimento
está entre os desejos de grande parte dos
trabalhadores brasileiros. Aliar essa demanda ao
cenário dinâmico e desafiador do mundo profissional,
sem redução salarial, deve ser uma das discussões a
ser retomada pelo Senado em 2024.
O assunto tem sido tendência no mundo todo, com
alguns países já colocando em prática legislações ou
projetos pilotos que incentivem as empresas a
adotarem modelos de jornadas reduzidas, promovendo
bem-estar, produtividade e qualidade de vida aos
seus funcionários.
Apesar de o Congresso Nacional já discutir projetos
de redução da carga horária trabalhada desde 1995,
quando o senador Paulo Paim (PT-RS) e o então
deputado federal e posteriormente senador, Inácio
Arruda, apresentaram sua primeira proposta sobre o
tema (PEC 231/1995), somente em 2023 o assunto
passou a ser visto como uma aprovação possível no
Legislativo.
Já em dezembro do ano passado, antes do encerramento
das atividades legislativas, a Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) aprovou o projeto que inclui na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT — Decreto-Lei
5.452, de 1943) a possibilidade de redução da hora
trabalhada diária ou semanal, sem redução da
remuneração, desde que feita mediante acordo ou
convenção coletiva (PL 1.105/2023).
Atualmente a CLT prevê o regime de tempo parcial de
30 horas semanais, já a Constituição estabelece como
jornada máxima as 44 horas semanais. Diante dessa
diferença de 14 horas entre o definido pela CLT e o
máximo permitido pela Constituição, o texto
possibilita essa negociação da redução da jornada
até 30 horas, desde que seja acordado entre
empregador, sindicato e empregado e sem redução
salarial.
Apresentada pelo senador Weverton (PDT-MA), a
matéria, que recebeu parecer favorável do senador
Paulo Paim, não contempla contratações por tempo
parcial, visto que o limite já é de 30 horas
semanais. Como foi analisada em decisão terminativa,
a proposta seguirá para a Câmara dos Deputados,
exceto se no mínimo nove senadores apresentarem
recurso para análise no Plenário do Senado.
— Esse é um importante projeto que vai fortalecer a
relação empregado e empregador. Precisamos ter uma
correlação justa nesta relação para estarmos de
portas abertas a investidores e lhes garantir
segurança jurídica. É um projeto de suma importância
para o país — disse Weverton quando a matéria foi
aprovada na CAS.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
22/01/2024 -
Em 2023, 77% dos acordos coletivos tiveram reajustes
salariais acima da inflação
Pisos negociados nos acordos coletivos ficam, em
média, 25% acima do salário mínimo
No ano passado, 77% dos acordos coletivos foram
fechados com reajustes salariais acima do INPC,
índice do IBGE utilizado como referência nas
negociações. O balanço do Dieese, divulgado nesta
quinta-feira (18), leva em conta um painel com
19.531 acordos. Outros 17,3% tiveram reajustes
equivalentes à inflação, enquanto 5,7% ficaram
abaixo do INPC acumulado na data-base.
O levantamento, parcial, ainda pode ter alterações.
De acordo com o instituto, a variação real média no
ano, até agora, corresponde a 1,11% acima do
INPC-IBGE. Pelo último dado, o índice está acumulado
em 3,71%.
Entre os setores econômicos, a indústria tem 82,2%
de acordos com aumento real (acima da inflação). Em
seguida, o setor de serviços aparece com 79%. Já o
comércio tem ganho real em 56,4% dos casos.
Indústria e comércio têm reajustes abaixo do INPC em
aproximadamente 5% dos acordos e os serviços, em
6,7%.
Em relação aos tipos de instrumentos coletivos,
aumentos reais continuam mais frequentes entre os
acordos coletivos (78,9%) do que entre as convenções
coletivas (72,7%), embora entre os primeiros também
se verifique maior regularidade de resultados abaixo
do INPC do que nas convenções (6% e 5,1%,
respectivamente).
Pisos salariais
Já o valor médio dos pisos salariais foi de R$
1.651,57 – o Dieese considera 19.551 pisos incluídos
em acordos coletivos. Esse valor fica 25% acima do
salário mínimo oficial (R$ 1.320 no ano passado). O
maior piso médio é o dos serviços (R$ 1.689,35) e o
menor, do setor rural (R$ 1.564,85).
No recorte geográfico, os maiores pisos salariais
médios (soma de todos os dados, divididos pelo
número de amostras consideradas) e medianos (posição
dentro da amostragem) negociados de janeiro a
dezembro de 2023 são os da região Sul
(respectivamente, R$ 1.713,27 e R$ 1.657,72). O
menor piso salarial médio foi observado no Norte (R$
1.512,88); e o menor piso salarial mediano, no
Nordeste (R$ 1.375,00).
Fonte: Rede Brasil Atual
22/01/2024 -
Comissão aprova novos prazos para o INSS analisar
pedidos de benefícios e aposentadorias
Texto cria também a figura do benefício
provisório
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou, em novembro, projeto de lei que
estabelece novos prazos (de 30 a 90 dias) para que o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conclua a
análise dos pedidos de benefícios previdenciários e
assistenciais, com o objetivo de zerar a fila de
espera.
Pelo texto, os prazos definidos para o INSS concluir
essa análise passam a ser:
- 90 dias para as aposentadorias (exceto por
incapacidade permanente) e para o benefício de
prestação continuada da assistência social;
- 45 dias para o benefício por incapacidade
temporária e a aposentadoria por incapacidade
permanente, inclusive acidentários;
- 45 dias para o benefício de prestação continuada
(BPC) à pessoa com deficiência e ao idoso com 65
anos ou mais que comprovem não possuir meios de
prover a própria manutenção nem de tê-la provida por
sua família;
- 60 dias para a pensão por morte, o
auxílio-acidente e o auxílio-reclusão; e
- 30 dias para o salário-maternidade.
Atualmente, a legislação estabelece que o primeiro
pagamento desses benefícios seja efetuado, de forma
definitiva, em até 45 dias após a data da
apresentação, pelo segurado, da documentação
necessária à sua concessão. A exceção é o BPC, que
não tem um prazo determinado pela legislação.
Benefício provisório
A proposição aprovada mantém esse prazo de 45 dias,
mas para a concessão de um "benefício provisório",
tipo que não existe na lei atual. Já a concessão
definitiva seria concluída nos novos prazos
estabelecidos. Só o salário-maternidade terá prazo
mais curto, de 30 dias.
Se, após a conclusão do processo, o benefício mensal
sofrer redução, as diferenças recebidas não serão
cobradas nem compensadas do segurado, salvo em caso
de comprovada má-fé.
Substitutivo
O texto aprovado foi um substitutivo apresentado pela
deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) aos projetos de lei
4365/21, do deputado Sidney Leite (PSD-AM); e
2918/23, do deputado Juninho do Pneu (União-RJ), que
tratam do assunto.
Em sua justificativa, Laura Carneiro lembra que o
Supremo Tribunal Federal homologou em 2021 um acordo
que estabeleceu prazos de 30 a 90 dias para que o
INSS analisasse os pedidos de benefícios
previdenciários e assistenciais, para zerar a fila
de espera.
O acordo valeu por dois anos estabeleceu também um
prazo de 45 dias para a realização de perícia médica
e de avaliação social no caso dos benefícios que
exigiam os procedimentos. Em locais considerados de
difícil provimento, esse prazo subia para 90 dias.
"Entendemos que nossa produção legislativa deve
priorizar os mesmos prazos definidos no referido
acordo, uma vez que foram resultado de ampla
negociação entre os órgãos envolvidos, e cuja
observância vinculou o INSS nos últimos dois anos",
argumenta a relatora.
A proposta altera a Lei 8.213/91, que trata dos
Planos de Benefícios da Previdência Social, e a Lei
Orgânica da Assistência Social.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
22/01/2024 -
Lula
retoma refinaria Abreu Lima
O presidente Lula, com diversas autoridades,
anunciou quinta (18) a retomada de investimentos na
refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – Abreu Lima o
general que combateu ao lado de Bolívar.
Sua fala fez ligação entre os seus desafios e os
vivenciados por Getúlio Vargas, criador da
Petrobras. “A história ainda vai ser contada de
verdade”, disse, criticando a elite que se dobra ao
estrangeiro e não tem comprometimento com o País.
O Presidente também condenou o processo de
destruição das conquistas nacionais, alertando os
responsáveis: “O inferno os aguarda”.
Segundo Lula, a refinaria Abreu e Lima gerará US$
100 bilhões por ano.
O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, listou
planos para a refinaria, destacando o aumento de sua
capacidade produtiva e a transição para fontes mais
sustentáveis, como o diesel renovável.
Trabalhadores – O presidente da Federação Única dos
Petroleiros, Deyvid Bacelar, falou do sentimento de
vitória e resiliência, relembrando os desafios
enfrentados pela indústria petrolífera nacional,
sobretudo durante os anos da Operação Lava Jato.
“A paralisação das obras foi um crime contra o
Brasil”, afirmou o sindicalista. Ele enfatizou o
papel dos trabalhadores, cuja luta firme nos anos de
entreguismo bolsonarista contribuiu para o retorno
de Lula à presidência.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ressaltou
a importância dos investimentos para a economia do
Estado. Disse a governadora: “Buscamos investimentos
de larga escala pra reposicionar nosso Estado no
cenário nacional”.
Mais – Site da FUP.
Fonte: Agência Sindical
22/01/2024 -
Disparidade salarial entre homens e mulheres cresce
pelo quarto mês consecutivo
A diferença salarial entre homens e mulheres
atingiu 10% em novembro de 2023, conforme dados do
Caged; em setores como ciência e tecnologia, o
número chega a 29,3%
A disparidade salarial entre homens e mulheres
aumentou pelo quarto mês consecutivo, atingindo uma
média de 10% em novembro de 2023, de acordo com os
dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). Em posições que exigem Ensino
Superior Completo, essa diferença chega a 29,3%. As
estatísticas revelam que, em média, as mulheres
recebem R$ 3.570, enquanto os homens ganham R$
5.052.
A economista Janaína Feijó, pesquisadora da área de
Economia Aplicada do FGV Ibre, reforça que essa
disparidade salarial persiste em setores altamente
demandados, como ciência e tecnologia. No mercado
formal, a diferença é ainda mais acentuada, chegando
a uma estimativa média de 27% no mercado informal.
Além do aumento nas diferenças salariais, é
preocupante observar que o saldo de empregos para
homens cresceu 118,3% de novembro de 2022 a novembro
de 2023, enquanto o saldo para mulheres diminuiu
14,8% no mesmo período, conforme relatado pelo
Globo.
Feijó ainda destaca que os homens representam cerca
de 60% das admissões e demissões, enquanto as
mulheres correspondem a 40%, uma discrepância em
relação aos dados do último Censo, que indica que as
mulheres compõem a maioria da população (51,5%).
Fonte: Brasil247
19/01/2024 -
Governo divulga prazo para preenchimento de
relatório de transparência salarial
Prazo começa a partir da próxima segunda-feira
(22) e termina no dia 29 de fevereiro
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
anunciaram nesta quarta-feira (17), que a abertura
do ambiente virtual para o preenchimento ou
retificação do relatório de transparência salarial,
para a averiguação da existência de diferenças
salariais entre homens e mulheres que ocupam o mesmo
cargo, ocorrerá a partir da próxima segunda-feira
(22). O prazo final obrigatório para o preenchimento
do formulário termina no dia 29 de fevereiro.
Os relatórios deverão conter, pelo menos, o cargo ou
ocupação das trabalhadoras e dos trabalhadores e os
valores de todas as remunerações: salário
contratual, 13° salário, ratificações, comissões,
horas extras, adicionais noturnos, de insalubridade,
de penosidade, de periculosidade, terço de férias,
aviso prévio trabalhado, descanso semanal
remunerado, gorjetas ou outras remunerações
previstas em norma coletiva de trabalho. As
informações deverão ser feitas no portal do
empregador, do Ministério do Trabalho e Emprego.
“Conclamamos todas as empresas para cumprir a
obrigação de preencher o relatório”, declarou o
ministro Marinho. Segundo ele, é inadmissível que
uma mulher ganhe menos que um homem, praticando a
mesma função. Se é a mesma função e a mesma
competência, a remuneração ter que ser igual”,
disse, ressaltando se tratar de uma atitude de
respeito à classe trabalhadora brasileira.
As empresas que já prestaram informações por meio do
e-Social deverão atualizar ou complementar as
informações, para que o MTE possa reparar qualquer
discriminação salarial entre homens e mulheres.
“O governo não quer perseguir empresa, queremos
promover um processo civilizatório no Brasil e isso
passa pela garantia de direitos, passa por
igualdade”, afirmou a ministra Cida Gonçalves. Ela
afirma que s empresas também ganham e o PIB aumenta
segundo todos os organismos internacionais.
O relatório deverá publicado a cada mês de março e
setembro e deve conter o cargo de cada funcionário e
o valor de todas as remunerações, como salário
contratual, 13º salário, gratificações, horas
extras, adicionais noturnos, entre outros.
Segurança dos dados – as informações dos
relatórios preservarão o anônimo e estar de acordo
com as leis de proteção de dados pessoais e o envio
deverá ser feito por meio de ferramenta digital do
MTE. A publicação dos relatórios deve ser feita nos
meses de março e setembro. Para fins de fiscalização
e averiguação cadastral, o MTE pode solicitar às
empresas informações complementares àquelas que
constam no relatório. O ato é regulamentado pela
legislação sancionada em julho deste ano pelo
governo, que estabeleceu a obrigatoriedade de
igualdade salarial entre homens e mulheres.
Fonte: MTE
19/01/2024 -
Lula sanciona lei que cria política de trabalho
digno para população de rua
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Sila,
sancionou a Lei 14.821/24, que cria a Política
Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para
População em Situação de Rua a fim de promover
acesso ao trabalho, à qualificação profissional e à
elevação da escolaridade.
A proposta, da deputada Erika Hilton (Psol-SP), foi
aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro (PL
2245/23). Não houve vetos ao texto.
A lei estabelece vários procedimentos articulados
entre os poderes públicos para viabilizar os
objetivos da política, como a criação de incubadoras
sociais por parte dos entes federativos que aderirem
a essa política nacional.
A intenção é que as incubadoras estimulem o
cooperativismo entre essas pessoas por meio da
organização de uma economia solidária, com foco na
autonomia e na autogestão.
As incubadoras deverão garantir condições de
trabalho, espaço físico e equipamentos necessários
aos projetos e disponibilizar recursos e formação
para o desenvolvimento de artistas em situação de
rua, por exemplo.
Cooperativas sociais
Já as cooperativas sociais ligadas a pessoas em
situação de rua deverão organizar seu trabalho para
minimizar as dificuldades desse público,
especialmente quanto a instalações, horários e
jornadas de trabalho. Elas também deverão
desenvolver programas especiais de treinamento para
aumentar a produtividade e a independência econômica
e social.
Centros de apoio
Nos locais em que o poder público aderir à política,
deverá ser criada uma rede de centros de apoio (CatRua)
para prestar atendimento às pessoas em situação de
rua que buscam orientação profissional e inserção no
mercado de trabalho.
Fonte: Agência Câmara
19/01/2024 -
A pedido da PF e com parecer favorável da PGR, STF
autoriza operação contra investigados por atos
antidemocráticos
As apurações da PF apontam o envolvimento do
deputado federal Carlos Jordy com bloqueio de
rodovias e acampamento nos quartéis.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), autorizou a busca e apreensão e a
quebra de sigilo telefônico e telemático de dez
investigados de participação em atos
antidemocráticos, incluindo o deputado federal
Carlos Jordy (PL-RJ).
Em sua decisão, o ministro atende a representação
apresentada pela Polícia Federal, que teve parecer
favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo as investigações, os indícios apontam a
participação dos investigados no núcleo dos
financiadores e instigadores dos delitos
antidemocráticos. Os fatos teriam se iniciado em
novembro de 2022, logo após o segundo turno das
eleições presidenciais, com bloqueios de rodovias e
a instalação de acampamentos na frente de quartéis
pedindo golpe militar.
Orientações de atos
O ministro Alexandre de Moraes verificou que as
apurações da PF indicam a ligação de Carlos Jordy
com um dos investigados, apontado com um dos
responsáveis pela organização de vários atos
antidemocráticos em Campos dos Goytacazes (RJ), e há
indícios de que o parlamentar orientava essas ações.
Além disso, o deputado teria tido contato telefônico
com esse líder político local quando esse estava
foragido, em 17/01/2023, e que ele, como agente
público, deveria comunicar imediatamente a
autoridade policial o destino do investigado.
Tentativa de desestabilizar instituições
Para o ministro, os fatos narrados demonstram a
existência de uma possível organização criminosa que
visa desestabilizar as instituições republicanas,
utilizando uma rede virtual de apoiadores “que
atuam, de forma sistemática, para criar ou
compartilhar mensagens que tenham por mote final a
derrubada da estrutura democrática e do Estado de
Direito no Brasil”.
Medidas
Em sua decisão, o ministro decretou a busca e
apreensão domiciliar e pessoal de armas, munições,
computadores, tablets, celulares e outros
dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer
outros materiais relacionados aos fatos. Além disso,
autorizou o acesso e a análise do conteúdo de dados,
arquivos e mensagens eletrônicas disponíveis em
computadores, celulares e demais equipamentos
apreendidos ou em serviços de armazenamento “em
nuvem”.
Fonte: STF
19/01/2024 -
O enrosco das desonerações – João Guilherme Vargas
Netto
Desonerar a folha de pagamento de empresas e
transferir a base de contribuição à Previdência para
o faturamento (com renúncia fiscal) pode ser uma boa
iniciativa em momentos de aumento do desemprego e de
crise, desde que haja um controle efetivo de sua
aplicação transitória, com revisões periódicas e
contrapartidas sejam garantidas aos trabalhadores.
Foi o que não aconteceu em 2011, sem controles e
contrapartida e veio se mantendo para 17 setores sem
nenhuma participação nas discussões e providencias
do movimento sindical dos trabalhadores. Os setores
beneficiados com a renúncia fiscal, que prejudica a
Previdência, consolidaram-se em um poderoso lóbi no
Congresso Nacional e criaram a lenda urbana de que a
medida ( que se tornou recorrente) criava empregos
ou impedia demissões.
O prazo limite tendo sido estabelecido para dezembro
de 2023, o Congresso Nacional, sob a instigação do
lóbi e com ampla cobertura midiática votou uma lei
prorrogando o benefício até 2027. O presidente da
República vetou a lei, veto que foi derrubado pelo
Congresso.
Nas discussões havidas o movimento sindical não teve
participação efetiva(nem foi ouvido pelo próprio
governo), exceto a participação de alguns setores
atrelados ao lóbi empresarial que se agigantou,
chegando a dividir as direções sindicais.
O governo então editou uma medida provisória
contestando o prolongamento do benefício e
estabelecendo critérios para sua gradual extinção.
A reação dos parlamentares, mesmo em recesso, tem
sido estridente, mas ineficaz, enquanto o governo
procura agora discutir os fundamentos da medida
provisória e garantir racionalidade fiscal.
Para superar o mero papel de lobista as direções
sindicais devem se engajar seriamente nas discussões
em curso, ajudando o próprio governo a corrigir suas
falha e por meio de reuniões com o ministro da
Fazenda, com o ministro da Industria( que é também
vice- presidente), com o ministro do Trabalho e com
empresários mesmo os que não são dirigentes
sindicais, apresentar com clareza suas posições em
defesa das revisões e controles e da exigência de
contrapartidas que atenda os interesses dos
trabalhadores e dos sindicatos, deslindando o
enrosco das desonerações.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
19/01/2024 -
Sindicato não pagará honorários por perder ação
sobre adicional de periculosidade
O motivo é que ele atuou como substituto da
categoria e não houve má-fé na ação judicial.
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
rejeitou o exame de recurso da Companhia Energética
de Pernambuco (Celpe) que cobrava o pagamento de
honorários advocatícios do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de
Pernambuco (Sindurb), que perdeu uma ação judicial
sobre adicional de periculosidade. A decisão segue o
entendimento do TST de que o sindicato, quando atua
como substituto processual da categoria, não deve
arcar com a parcela, a não ser que seja comprovada
má-fé.
Adicional
A finalidade da reclamação trabalhista ajuizada pelo
Sindurb era obter na Justiça o pagamento de
diferenças salariais por suposto cálculo incorreto
do adicional de periculosidade.
O juízo da 14ª Vara do Trabalho de Recife e o
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região negaram o
pedido, ao concluírem que a empresa havia comprovado
o pagamento da parcela e que o sindicato não teria
apresentado provas das ilegalidades alegadas.
Contudo, o sindicato não foi condenado a pagar
honorários advocatícios pela perda da causa.
Honorários advocatícios
O relator do recurso da Celpe, ministro José Roberto
Freire Pimenta, explicou que os honorários
advocatícios são devidos pela chamada sucumbência
(perda da ação) sempre que o sindicato reivindicar
direito próprio. No caso, porém, ele atuou em nome
das pessoas por ele representadas, situação
conhecida como substituição processual típica, e não
em nome próprio. “Considerando-se que não houve
comprovação de má-fé do sindicato nas pretensões
apresentadas em juízo, não cabe falar em imposição
do ônus de arcar com honorários advocatícios”,
concluiu.
A decisão foi unânime, e a Celpe apresentou recurso
extraordinário, para que o processo seja analisado
pelo Supremo Tribunal Federal.
Processo: Ag-AIRR-79-80.2019.5.06.0014
Fonte: TST
19/01/2024 -
Entra em vigor lei que cria o Ministério do
Empreendedorismo
Pasta tem o objetivo de incentivar o
cooperativismo e os negócios de pequeno porte; setor
responde por 27% do PIB
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, sancionou a lei que cria o Ministério do
Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte. A Lei 14.816/24 foi publicada na
edição desta quarta-feira (17) do Diário Oficial da
União.
O Ministério do Empreendedorismo foi criado
originariamente pela Medida Provisória 1187, em
setembro de 2023, época em que foi empossado o
ministro Márcio França. A MP foi aprovada na Câmara
dos Deputados, com relatoria do deputado Ricardo
Silva (PSD-SP), e no Senado. Após a aprovação pelas
duas Casas legislativas, o texto pôde ser convertido
em lei.
Funções
A nova Pasta visa fortalecer políticas, programas e
ações voltadas para pequenos negócios, arranjos
produtivos locais, artesanato, além de estimular o
microcrédito e facilitar o acesso a recursos
financeiros.
A Pasta poderá tratar de cooperativismo e
associativismo, promover cultura empreendedora
inclusiva, identificar pequenos empreendedores e
estimular o empreendedorismo feminino, entre outras
funções.
Dados do setor
As microempresas e as empresas de pequeno porte
representam uma parte significativa do cenário
empreendedor brasileiro, totalizando quase 21
milhões de empreendimentos, segundo dados do Sebrae.
Elas correspondem a aproximadamente 99% do total das
empresas nacionais, contribuindo com 27% do Produto
Interno Bruto (PIB) nacional e sustentando 54% dos
empregos formais no País.
Fonte: Agência Câmara
19/01/2024 -
Comissão aprova projeto que facilita aposentadoria
por idade para mães
Texto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou projeto de lei que permite a
aposentadoria por idade de mães seguradas da
Previdência Social que não tenham atingido 15 anos
de contribuição.
Pela lei atual, as mulheres podem se aposentar por
idade aos 62 anos, desde que tenham contribuído com
a Previdência por 15 anos, no mínimo. Por esse
projeto, as mulheres que chegarem aos 62 anos de
idade sem ter esse período de contribuição poderão
se aposentar com um salário mínimo se tiverem filho.
A mesma regra valerá para mulheres que tenham sido
responsáveis pelo cuidado de parente até segundo
grau em situação de dependência para as atividades
básicas diárias.
Se for o caso, a segurada poderá parcelar o que
falta para cumprir os 15 anos de contribuição em até
60 vezes, sem juros ou multa. O valor de cada
parcela será debitado no próprio benefício mensal.
A medida foi aprovada na forma do substitutivo da
relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), para o
Projeto de Lei 2691/21, da deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), e outros dois textos que tramitam em
conjunto. “O objetivo principal é reconhecer o
cuidado materno e garantir o direito previdenciário
das mães”, afirmou Laura Carneiro.
O substitutivo aprovado altera a Lei de Benefícios
da Previdência Social.
Contribuições
Para pedir o benefício ao Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), a interessada deverá comprovar no
mínimo 12 contribuições anteriores para a
Previdência Social. O período de salário-maternidade
servirá como tempo de contribuição.
Está prevista ainda a possibilidade de desconto
dessas parcelas em pensão por morte decorrente da
aposentadoria por idade. Segundo a relatora, essa
medida preservará a sustentabilidade do Regime Geral
de Previdência Social (RGPS).
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/01/2024 -
Desoneração emperrou, diz Miguel
A virada do ano não conseguiu finalizar uma questão
espinhosa para governo, empresários e trabalhadores.
Trata-se da desoneração da folha de pagamentos, um
tema cheio de vaivéns, que provoca choques entre
governo, empresários, Congresso Nacional e boa parte
do sindicalismo.
Dirigente metalúrgico em SP e presidente nacional da
Força Sindical, Miguel Torres tem passado boa parte
do tempo em Brasília, em reuniões e na busca de
solução.
A desoneração de amplos setores começou em 2012, com
Dilma. O atual governo suspendeu. O Congresso
restabeleceu. O governo vetou e produziu Medida
Provisória com mudanças, mas elas não agradam
congressistas, empresariado e parte do movimento.
Reunião – Segundo Miguel, no começo de
fevereiro haverá reunião ampla, com governo,
empresários e sindicalistas. A ideia é mexer na MP,
para torná-la aceitável às partes. Ele diz: “A
preocupação sindical é tripla. Com a manutenção dos
empregos, a preservação da massa salarial e também
quanto ao caixa da Previdência”. A desoneração reduz
o recolhimento previdenciário dos setores e
subsetores abrangidos.
Sindicalistas têxteis, construção civil, de
autopeças e outros temem prejuízos caso a
desoneração seja suspensa. Eles preveem desemprego e
dificuldades nas negociações coletivas das
categorias. “Nesses 12 anos, parte da indústria
criou dependência da desoneração”, diz o presidente
da Força.
Miguel considera que o governo erra ao não agregar o
sindicalismo ao debate desde o início. “A área
econômica até debate com o empresariado, mas o
movimento, que tem propostas, inclusive elaboradas
pelo Dieese, tem tido pouco espaço”. Ele espera que
isso mude após a reunião em fevereiro.
O dirigente forcista defende contrapartidas
efetivas, como emprego e avanço nas negociações
coletivas com os trabalhadores de setores que,
porventura, mantiverem a desoneração. Quanto à forma
adotada pelo governo, ou seja, Medida Provisória,
Miguel diz: “Só azedou a relação com empresários e
congressistas.”
China – Uma das formas, legítimas, do governo
garantir receita, segundo Miguel Torres, é por meio
da taxação de produtos chineses de até 50 dólares.
Ele comenta: “Esse tipo de produto, dentro das
normas tributárias atuais, atinge duramente os
setores têxtil, de confecção e também o comércio
varejista”.
Categorias – Outra preocupação de Miguel
Torres é a comunicação com as categorias. Ele diz:
“Queremos passar longe de qualquer ideia que pareça
lobby. Queremos mostrar ao trabalhador a ideia de
que defendemos produção forte, empregos, massa
salarial e o poder de negociação das entidades de
classe”.
Mais – Sites das Centrais e do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
18/01/2024 -
Pagamentos de janeiro já virão com as correções do
mínimo e do INPC
Aposentados, pensionistas e beneficiários de
auxílios poderão consultar os valores reajustados em
6,97% e 3,71% a partir do dia 23
Aposentados, pensionistas e beneficiários de
auxílios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) vão receber o pagamento de janeiro
corrigido. A Dataprev já começou a rodar a folha de
pagamento deste mês com os reajustes. Os segurados
que ganham acima do salário mínimo terão aumento de
3,71% e os que ganham abaixo do piso nacional vão
receber o benefício reajustado em 6,97%.
Atualmente, 25.931.724 pessoas recebem até um
salário mínimo e 13.370.823 acima do piso nacional.
Desse total, 5,8 milhões ganham benefícios
assistenciais, segundo dados da folha de pagamento
de dezembro. Seguindo o cronograma, a partir do dia
23 de janeiro os beneficiários poderão consultar o
extrato de pagamento para verificar quanto vão
receber.
Os depósitos referentes a janeiro serão feitos de 25
de janeiro a 7 de fevereiro para quem recebe até um
salário mínimo. Segurados com renda mensal acima do
piso nacional terão seus pagamentos creditados a
partir de 1º de fevereiro.
Os segurados que se aposentaram ou começaram a
receber pensão ou auxílio ao longo de 2023 e têm
benefícios acima do mínimo não receberão
integralmente o reajuste. Neste caso, a correção
será proporcional ao número de meses em que o
benefício foi concedido.
As alíquotas podem variar de 3,71%, para quem
começou a receber o benefício em janeiro de 2023, a
0,55% aos que se aposentaram em dezembro passado. Os
percentuais estão na portaria conjunta dos
ministérios da Previdência e Fazenda.
Como consultar os valores
Para saber a data do pagamento basta ver o número
final do cartão de benefício, sem considerar o
último dígito verificador, que aparece depois do
traço.
Para quem não tem acesso à internet, basta ligar
para a Central 135. Ao ligar, informe o número do
CPF e confirme algumas informações cadastrais, de
forma a evitar fraudes. O atendimento está
disponível de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.
Os segurados que têm acesso à web podem acessar o
site Meu INSS (https://meu.inss.gov.br/). Após fazer
o login, na tela inicial, clique no serviço de
"Extrato de Pagamento". É possível ter acesso ao
extrato e todos os detalhes sobre o pagamento do
benefício.
A consulta também pode ser feita pelo aplicativo Meu
INSS, disponível para aparelhos com sistemas Android
e iOS. Assim como no acesso pelo site, de início, é
necessário fazer login e senha. Depois disso, todos
os serviços disponíveis e o histórico das
informações do beneficiário serão listados.
Fonte: INSS
18/01/2024 -
Comissão do Idoso aprova projeto que regulamenta
desaposentação no INSS
Texto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado por outras três comissões
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da
Câmara dos Deputados aprovou em novembro projeto de
lei que permite a renúncia de aposentadoria pelo
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e o
recálculo do benefício para o segurado que ficou
trabalhando, ou voltou, e contribuiu por mais 60
meses.
A medida foi aprovada na forma do substitutivo do
relator, deputado Castro Neto (PSD-PI), para o
Projeto de Lei 2567/11, do Senado, e 30 outros que
tramitam em conjunto. A versão original do PL 2567
ampliava os benefícios destinados aos aposentados
que voltam a trabalhar. Atualmente, eles têm
direito, se for o caso, apenas ao salário-família e
à reabilitação profissional.
“Pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), compete ao Poder Legislativo definir se há o
direito à desaposentação”, disse Castro Neto.
Segundo o relator, a medida é necessária para que as
novas contribuições obrigatórias pagas pelos
aposentados que trabalham tenham reflexo no valor
dos benefícios.
Em 2016, sob argumento de que não havia lei a
respeito, o Supremo decidiu pela
inconstitucionalidade da desaposentação – a
possibilidade de o aposentado pedir e obter na
Justiça a revisão do benefício por ter voltado a
trabalhar e contribuir obrigatoriamente para a
Previdência Social. A decisão foi reiterada em 2020.
Mais 60 meses
O substitutivo aprovado prevê que somente as pessoas
que voltaram a trabalhar e contribuíram por mais 60
meses para a Previdência Social poderão renunciar à
aposentadoria e pedir ao Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) o recálculo do benefício. Um
segurado poderá fazer pedidos semelhantes até duas
vezes.
A regra não valerá para todas as aposentadorias. Os
casos de incapacidade permanente, por exemplo, não
terá o recálculo admitido. O segurado que tenha
obtido aposentadoria especial também terá regras
específicas, não sendo admitido o recálculo com base
em tempo e salário de contribuição decorrente do
exercício de atividade com exposição a agentes
prejudiciais à saúde.
Por outro lado, pensionistas também terão direito a
requerer o recálculo, caso o segurado não tenha
feito antes o pedido. O texto aprovado não altera
outros benefícios, e o aposentado que trabalha
seguirá apenas com direito ao salário-família e à
reabilitação profissional.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Previdência,
Assistência Social, Infância, Adolescência e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
18/01/2024 -
Indenização a vítimas de barragens não será
considerada renda, diz nova lei
Está em vigor a lei que exclui do cálculo de renda
familiar de vítimas de desastres com barragens os
valores recebidos como auxílio financeiro temporário
ou como indenização pelos danos sofridos. O Diário
Oficial da União de segunda-feira (15) publicou sem
vetos a sanção da Lei 14.809, que altera a Lei
Orgânica da Assistência Social para deixar claro que
as pessoas indenizadas pelos desastres não serão
excluídas de programas sociais, como o Bolsa Família
e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), por
conta do aumento artificial e temporário na renda.
O texto deriva do Projeto de Lei (PL) 4.034/2019,
aprovado na Câmara dos Deputados em 25 de outubro de
2023. No Senado, o projeto foi analisado, ainda em
2019, pelas Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de
Constituição e Justiça (CCJ), tendo sido relatado
pelos senadores Irajá (PSD-TO) e Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), respectivamente.
Brumadinho
A lei sancionada inclui o benefício instituído pela
Medida Provisória 875/2019, que concedeu auxílio
emergencial para as famílias atingidas pelo desastre
de Brumadinho (MG). A nova norma também exclui do
cálculo da renda familiar os valores recebidos a
título de estágio supervisionado e de aprendizagem.
O autor do projeto que originou a lei, ex-senador
Antonio Anastasia, justificou a apresentação da
proposta lembrando que muitas famílias carentes
afetadas pelo rompimento da barragem, ao receberem
compensação financeira da mineradora Vale S.A e
auxílio emergencial do governo federal, enfrentaram
dificuldades para manter seus benefícios sociais,
por terem ficado circunstancialmente acima da faixa
de renda elegível para o Bolsa Família e para o BPC.
Para o autor, desconsiderar esses auxílios
temporários e circunstanciais no cálculo da renda é
uma “questão de justiça” com os cidadãos afetados
pelas tragédias.
Com Agência Câmara
Fonte: Agência Senado
18/01/2024 -
FGV: mais ricos estão concentrando cada vez mais
renda no Brasil
Estudo foi feito com base no Imposto Renda
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base no
imposto de renda mostra que os mais ricos estão
concentrando cada vez mais renda no Brasil.
Entre as evidências mais importantes da análise,
destaca-se no período recente o crescimento da renda
dos muito ricos a um ritmo duas a três vezes maior
do que a média registrada por 95% dos brasileiros.
“O que, ao que tudo indica, a confirmar-se por
estudos complementares, elevou o nível de
concentração de renda no topo da pirâmide para um
novo recorde histórico, depois de uma década de
relativa estabilidade da desigualdade”, diz a
pesquisa.
O levantamento divide os estratos em o milésimo
(0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e
os 95% restantes da população adulta (com 18 anos ou
mais de idade). “E o que se vê é que, além dos mais
ricos terem, em média, maior crescimento de renda do
que a base da pirâmide, a performance é tanto maior
quanto maior é o nível de riqueza”, conclui o IBRE/FGV.
Ou seja, enquanto a maioria da população adulta teve
um crescimento nominal médio de 33% em sua renda no
período de cinco anos, marcado pela pandemia, a
variação registrada pelos mais ricos foi de 51%, 67%
e 87% nos estratos mais seletos. Entre os 15 mil
milionários que compõe o 0,01% mais rico, o
crescimento foi ainda maior: 96%.
Como resultado disso, a proporção do bolo apropriada
pelos 1% mais rico da sociedade brasileira cresceu
de 20,4% para 23,7% entre 2017 e 2022, mais de
quatro quintos dessa concentração adicional de renda
foi absorvida pelo milésimo mais rico, constituído
por 153 mil adultos com renda média mensal de R$ 441
mil em 2022.
Os resultados da análise com base nos dados do
imposto de renda servem de alerta sobre o processo
de reconcentração de renda no Brasil e sobre os
vetores que mais contribuem para isso: os
rendimentos isentos ou subtributados que se destacam
como fonte de remuneração principal entre os super
ricos.
“Em resumo, ainda é cedo para avaliar se o aumento
da concentração de renda no topo é fenômeno
estrutural ou conjuntural, mas as evidências
reunidas reforçam a necessidade de revisão das
isenções tributárias atualmente concedidas pela
legislação e que beneficiam especialmente os mais
ricos”, finaliza Ibre/FGV.
Fonte: Agência Brasil
18/01/2024 -
Empregador tem responsabilidade objetiva por
violência contra empregado
De acordo com entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal, a responsabilização objetiva do
empregador é aplicável ao Direito do Trabalho em
caso de atividades de risco. Com base nisso, a juíza
Ana Carolina Nogueira da Silva, da 4ª Vara do
Trabalho da Zona Sul de São Paulo, condenou a
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a
indenizar em R$ 50 mil, por danos morais, um
carteiro que foi vítima de assaltos durante o
trabalho.
Os boletins de ocorrência juntados ao processo
informam que em todos os episódios de violência
foram subtraídas encomendas que estavam no baú do
veículo. E, em uma das vezes, o trabalhador foi
levado como refém.
Segundo a julgadora, a função exercida pelo carteiro
o deixava exposto a risco maior do que aquele ao
qual estão sujeitos os demais membros da comunidade.
“Caso o autor não laborasse em prol da reclamada e
não executasse referida atividade de transporte de
produtos que atraem a atenção de bandidos, os
roubos, ameaças e sequestro não teriam ocorrido,
razão pela qual não há como se afastar o nexo de
causalidade.”
Os Correios, por seu lado, negaram a
responsabilidade sobre os acontecimentos
argumentando que são igualmente vítimas da violência
e que é do Estado a obrigação de garantir segurança.
Na sentença, porém, Ana Carolina pontuou que também
é dever do empregador propiciar essa condição ao
ambiente de trabalho, bem como à sua extensão. Ela
considerou ainda que “o sistema de segurança da
reclamada é insuficiente, haja vista que não foram
poucas as situações de risco concreto às quais o
reclamante se expôs.”
Ao decidir, a juíza concluiu que “sob o prisma da
responsabilidade subjetiva, há responsabilidade da
reclamada, diante da conduta omissiva perpetrada,
havendo manifesta negligência”. Por fim, ela afirmou
que, por ser a execução da própria atividade
geradora de tensão e insegurança ao trabalhador, o
dano dispensa a prova do prejuízo, “considerando-se
tratar de valores subjetivos, de difícil
aferimento”. Com informações da assessoria de
imprensa do TRT-2.
Processo 1001193-70.2023.5.02.0705
Fonte: Consultor Jurídico
17/01/2024 -
Bolsonaro diz que Valdemar vai ‘implodir’ o PL com
elogios rasgados a Lula
Lula é um “camarada do povo”, um fenôneno”, “foi
bem no governo”, “completamente diferente de
Bolsonaro”, disse o líder do PL, Valdemar Costa
Neto, causando “grave problema” ao inelegível
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na
segunda-feira (15) que o PL pode “implodir”, após
elogios feitos pelo presidente nacional do partido,
Valdemar Costa Neto, ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). Questionado por um apoiador se seu
partido “vai vir forte” nas eleições municipais
deste ano, Bolsonaro, que está inelegível, disse que
teve um “problema sério” nesta semana.
“Essa semana tive um problema sério, não vou falar
com quem. Se continuar assim, vai implodir o
partido. Pessoa do partido dando declaração absurda,
como ‘o Lula é extremamente popular’. Manda ele
tomar um (cachaça) 51 ali na esquina ali… não vem”,
disse a um grupo de apoiadores em Angra dos Reis.
Em entrevista ao jornal O Diário, de Mogi das Cruzes
(SP), no final de 2023, Valdemar não poupou elogios
a Lula. O trecho em que diz que Lula é
“completamente diferente” de Bolsonaro vem
repercutindo nas redes sociais desde a última
sexta-feira (12).
“Não tem comparação. O Lula é um camarada do povo. O
Lula é completamente diferente do Bolsonaro.
Completamente diferente, e é um fenômeno, porque
chegar onde ele chegou. Ele foi bem no governo
também, e elegeu a Dilma (Rousseff) depois. É
completamente diferente o Lula do Bolsonaro”,
afirmou o líder do PL.
“Agora é completamente diferente o Lula, não tem
comparação com o Bolsonaro”, ressaltou Valdemar.
“Primeiro que o Lula tem muito prestígio. Ele não
tem o carisma que o Bolsonaro tem. Lula tem
prestígio, popularidade. Ele é conhecido por todos
brasileiros. O Bolsonaro não. Bolsonaro tem um
mandato só”, declarou o presidente do PL.
Bolsonaristas atacam Valdemar
Assim que a declaração viralizou, Valdemar passou a
ser atacado por bolsonaristas nas redes sociais, e
seu nome chegou a figurar entre os assuntos mais
comentados do X (ex-Twitter). O presidente do PL
então tentou se explicar, alegando que suas palavras
estão “fora de contexto”. Além disso, jurou
“fidelidade” a Bolsonaro.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/01/2024 -
Líder do governo no Senado diz que MP da reoneração
não será devolvida
A reunião entre o presidente do Senado Federal,
Rodrigo Pacheco, e o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, na noite desta segunda-feira (15) foi mais
uma etapa das discussões sobre a medida provisória
que reonera a folha de pagamento de 17 setores da
economia (MP 1.202/2023). Na saída do encontro, o
líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner
(PT-BA), declarou que a MP não será devolvida pelo
Congresso ao Executivo, ainda que isso tenha sido
pedido por diversos senadores, que argumentam que a
desoneração foi aprovada em outubro passado pelo
Legislativo, no PL 334/2023.
Wagner evitou abordar o teor das conversas, pois,
segundo ele, ainda haverá contatos com o presidente
da Câmara, Arthur Lira. Porém, o senador garantiu
que a MP não será devolvida pelo Congresso. Ele
frisou que o prazo de 90 dias para o início dos
efeitos da MP permite que os diálogos continuem.
— Não, não tem devolução. Da última vez que eu saí
daqui, eu já falei que isso estava fora do cardápio.
Como você tem a noventena [prazo de 90 dias para
regras tributárias entrarem em vigor e produzam
efeitos], eu acho que qualquer coisa só deve
acontecer na retomada dos trabalhos [legislativos, a
partir de fevereiro]. Eu não vou falar de qual
avanço que houve [nas negociações sobre a MP],
porque só há avanço quando bater o martelo.
Desde o início do ano, realizada em 9 de janeiro,
Pacheco já conversou com o presidente Lula, com
lideranças partidárias e com o secretário-executivo
da Fazenda, Dário Durigan, sobre a MP.
Diversos parlamentares pediram a devolução, sem
análise, da medida provisória que limita a
desoneração prevista em lei, promulgada pelo
Congresso no fim de 2023. A sugestão apresentada na
última reunião de líderes era a de que o governo
apresentasse, via projeto de lei, suas propostas
para três pontos sensíveis: a reoneração gradual dos
17 setores que haviam sido beneficiados pela
desoneração da folha até 2027; a revogação de
incentivos para o setor de eventos; e a limitação no
percentual para compensação tributária obtida por
via judicial.
Fonte: Agência Senado
17/01/2024 -
Salário mínimo tem impacto nacional
Para o consultor sindical João Guilherme Vargas Neto,
a política continuada de aumento real do salário
mínimo “é o maior acordo coletivo do mundo”. E os
indicadores confirmam.
A retomada da política de aumento real para o
salário mínimo é o Item I da Pauta da Conclat, de
abril de 2022. A pauta foi entregue a Lula ainda em
abril daquele ano e ele, então pré-candidato,
prometeu retomar a política de ganho real.
Empossado, em 2023, mas premido pelo orçamento
herdado, ainda assim, Lula aplicou 1,41% de real no
piso nacional.
O mínimo está hoje em R$ 1.412,00. Ganho real de
5,77%, levada em conta a inflação pelo INPC para o
período de maio, mês em que houve o último reajuste,
a dezembro de 2023. O valor foi de R$ 1.320,00 pra
1.412,00, ou seja, mais 6,97%. Já o INPC está
estimado em 1,14%, de maio a dezembro. Usado como
referência janeiro de 2023, quando o salário estava
em R$ 1.302,00, o ganho real seria de 4,69%.
Dimensões – O salário mínimo tem dimensões
oceânicas, mostra a Nota Técnica 281 do Dieese, de
dezembro último.
• Recebem um mínimo assalariados, servidores,
beneficiários da Previdência e os que usufruem de
outros benefícios (abono, BPC etc.). Cerca de 59
milhões de pessoas.
• Sua elevação ajuda a reduzir a desigualdade
salarial entre homens e mulheres, negros e
não-negros e regionais.
• Impacta reajustes dos Pisos de diversas categorias
profissionais.
• Eleva a renda dos sem Carteira, pois é referência
aos proventos desse grupo.
• Tem relação direta com a despesa pública, por
causa do Piso dos benefícios previdenciários e os
vencimentos de Servidores. Parte dessa remuneração
retorna via arrecadação tributária.
• Essa política constitui um dos fatores reais pra
aumento da renda dos mais pobres e marca o sucesso
da luta que promoveu um grande acordo salarial no
País. Essa política estabeleceu uma regra estável,
permanente e previsível, promovendo a recuperação
gradativa, com referência para os aumentos reais e
estímulo ao crescimento da economia.
• A valorização amplia o mercado interno e fortalece
a economia nacional.
Impactos na economia (estimados):
• 59,3 milhões de pessoas têm rendimento
referenciado no salário mínimo.
• Injeta R$ 69,9 bilhões de renda na economia.
• R$ 37,7 bi correspondem ao aumento na arrecadação
tributária sobre o consumo.
Contas da Previdência
• O peso relativo da massa de benefícios equivalente
a até um salário mínimo corresponde a 68,4% do total
de beneficiários, segundo Boletim da Previdência, de
setembro de 2023.
• O acréscimo de cada R$ 1,00 no salário mínimo tem
impacto estimado de R$ 341,2 milhões ao ano sobre a
folha de benefícios da Previdência Social. O impacto
do aumento para R$ 1.412,00 (R$ 92,00 a mais)
significará custo adicional de cerca de R$ 31,4 bi
ao ano.
• Esse custo seria mais que compensado pelo aumento
da arrecadação tributária, pois se estima retorno de
R$ 37,7 bi em arrecadação de tributos.
Salário mínimo e cesta básica
Segundo o Dieese, o custo do conjunto de gêneros
ficou em R$ 791,822, em maio/2023. O salário mínimo
de R$ 1.320,00 tinha, então, poder de compra
equivalente a 1,67 cestas.
Em 1º de janeiro, com uma cesta de R$ 772,98, o
mínimo pode comprar 1,83 cesta. A quantidade de 1,83
cesta básica é a maior desde setembro de 2020.
Mais – Site do Dieese,
Nota Técnica 281. Acesso livre.
Fonte: Agência Sindical
17/01/2024 -
Inteligência artificial afetará 40% dos empregos em
todo o mundo, estima FMI
Em economias desenvolvidas, cerca de 60% dos
empregos poderão ser impactados pela IA.
Cerca de 40% dos empregos do mundo serão impactados
pelos efeitos da inteligência artificial (IA),
sobretudo em países desenvolvidos, segundo estudo
divulgado pela diretora-geral do FMI, Kristalina
Georgieva.
Segundo os dados da análise, nas economias
desenvolvidas, cerca de 60% dos empregos podem ser
afetados pela IA. Sendo que metade desse total pode
se beneficiar da integração com a tecnologia a fim
de aumentar a produtividade.
Por outro lado, as aplicações de IA poderão executar
tarefas essenciais atualmente desempenhadas por
seres humanos, o que poderá reduzir a procura de mão
de obra resultando em salários mais baixos e a uma
redução das contratações, avalia Georgieva. Nos
casos mais extremos, alguns destes empregos podem
até desaparecer.
“Historicamente, a automação e a tecnologia da
informação tendem a afetar as tarefas rotineiras,
mas a IA é capaz de impactar empregos altamente
qualificados. Como resultado, as economias mais
desenvolvidas enfrentam maiores riscos decorrentes
da IA — mas também mais oportunidades para
aproveitar os seus benefícios — em comparação com os
mercados emergentes e as economias de baixa renda”,
disse Georgieva, diretora do FMI.
Nos mercados emergentes (como o Brasil) e nos países
de baixa renda, espera-se que a exposição à IA seja
de 40% e 26%, respetivamente. Os dados sugerem que
esses mercados enfrentam menos perturbações
imediatas causadas pela IA. Ao mesmo tempo, muitos
destes países não têm infraestruturas ou mão de obra
qualificada para aproveitar os benefícios da IA,
aumentando o risco de que, com o tempo, a tecnologia
possa agravar a desigualdade entre as nações.
O Brasil, por exemplo, sofre há anos com a falta de
mão de obra qualificada na área de tecnologia. O
setor de tecnologia nacional vai precisar, entre
este ano e 2025, de pouco mais de 540 mil
profissionais, estima a Brasscom, associação de
empresas de tecnologia. Porém, a dificuldade para
contratar talentos é enorme.
Na visão do FMI, Singapura, EUA e Dinamarca são os
países mais preparados para a integração da IA ao
mercado de trabalho. Os dados são analisados
conforme um “Índice de Preparação para a IA” do
fundo, que mede em 125 países áreas como:
- infraestrutura digital;
- políticas de capital humano e de mercado de
trabalho;
- inovação e integração econômica; e
- regulação e ética.
Se não pode vencê-la…
Na análise do FMI, a inteligência artificial também
vai afetar a desigualdade de rendimentos dentro dos
países. É possível que haja uma polarização entre os
trabalhadores: de um lado, aqueles que vão
aproveitar a IA a ver um aumento na sua
produtividade e nos seus salários; do outro, aqueles
que ficarão para trás — sendo substituídos ou
perdendo importância diante de automatizações, por
exemplo.
Esse efeito pode ser maior ou menor, a depender do
tamanho do auxílio que a IA vai dar para os
trabalhadores com salários maiores. “Se a IA
complementar significativamente os trabalhadores com
rendimentos mais elevados, poderá levar a um aumento
desproporcional do seu rendimento do trabalho. O
fenômeno pode aumentar ainda mais a desigualdade”,
avalia a diretora-geral do FMI.
Fonte: InfoMoney
17/01/2024 -
FMI indica que inteligência artificial afetará 40%
dos empregos
Relatório do Fundo Monetário Internacional traz
alerta sobre exposição dos países à IA, que pode
afetar até 60% dos empregos em alguns deles
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional
(FMI), Kristalina Georgieva, revelou que a entidade
trabalha com o dado de que a inteligência artificial
(IA) afetará 40% dos empregos em todo o mundo,
podendo chegar a 60%.
Os dados são especialmente preocupantes em um
cenário de avanço das desigualdades em todo o
planeta.
Georgieva participa do Fórum Econômico Mundial de
Davos, na Suíça, que começou nesta segunda-feira
(15), e concedeu entrevista para a agência de
notícias France-Presse (AFP).
Segundo ela, pelos dados da entidade que representa,
os mercados avançados devem ser os mais afetados, em
até 60% dos empregos. Para os emergentes será algo
próximo a 40%, como o Brasil, e para os países
pobres, até 26%.
Os números estão em relatório do FMI que pode ser
acessado
aqui (em inglês).
Essa remodelação da natureza do trabalho atinge de
maneira mais intensa economias de países mais
desenvolvidos, pois estes são mais expostos às
tecnologias de IA.
Neste cenário, as desigualdades salariais ficarão
mais evidentes, com benefícios ainda maiores para
quem já tem rendimentos altos e que deve ser
ampliado. Portanto, o avanço dá IA irá afetar,
sobretudo, a classe média.
Ainda que os dados sejam alarmantes, ela observa que
é possível tirar proveito dessa condição inevitável,
para isso é necessário elaborar um conjunto de
políticas como forma de explorar o vasto potencial
da IA como forma de trazer benefícios.
Como proposta, indica-se programas de reconversão
profissional para os trabalhadores mais expostos,
para possibilitar uma transição inclusiva no mundo
do trabalho com a inteligência artificial. Além
disso, é indicado que sejam realizados investimentos
em infraestruturas digitais para qualificar uma
forma de trabalho capaz de dar conta dos desafios
digitais das próximas décadas.
Fonte: Portal Vermelho
17/01/2024 -
PJe ficará indisponível para implantação de nova
versão
Em razão da entrada em produção da nova versão do
PJe (versão 2.10.0), o sistema estará indisponível
entre 19h do dia 26 de janeiro e 23h59 do dia 28 de
janeiro (sexta-feira a domingo da próxima semana).
Fonte: TST
17/01/2024 -
Custo “nem-nem”: Brasil perde com jovens que não
estudam nem trabalham
PIB brasileiro teria um incremento de R$ 46,3
bilhões se esses jovens estivessem empregados
O Brasil tem cerca de 4,7 milhões de jovens de 18 a
24 anos que nem estudam nem trabalham. Um novo
estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC) tentou estimar o custo
dessa geração “nem-nem” para a economia brasileira.
De acordo com o levantamento, se esses jovens
estivessem empregados, o PIB (Produto Interno Bruto)
teria um incremento de R$ 46,3 bilhões em 2022.
Segundo Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, o
cálculo se baseia num salário R$ 1.919,81 – o
equivalente à média salarial das contratações
realizadas em novembro daquele ano.
O valor atualizado para 2023 e 2024 tende a ser
consideravelmente maior, devido à retomada da
política de valorização do salário mínimo e ao
atenuamento da crise de Covid-19, que possibilitou
uma reabertura mais ampla da economia.
Além disso, pessoas na faixa etária entre 18 e 24
anos correspondem a apenas uma parte dos jovens
brasileiros em idade produtiva, que vai dos 15 a 29.
Nesse universo maior, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), há 10,9
milhões de desempregados ou desalentados. Um a cada
cinco jovens está nessa situação.
A inserção dos jovens no mercado de trabalho,
especialmente no primeiro emprego, garante a
reposição da população economicamente ativa. Na
outra ponta, há trabalhadores que saem de atividade
por morte, aposentadoria, doença, invalidez ou mesmo
dificuldade de recolocação.
Além disso, existe a necessidade de renovação de
práticas e ideias. “Geralmente essas gerações mais
novas que trazem todos os motores de inovação de
modernização da economia”, lembra Felipe Tavares.
A CNC projeta que, para cada R$ 1 de aumento na
renda média, o impacto no PIB pode variar de R$ 400
mil (na região Norte) a R$ 5,5 milhões (no Sudeste).
Considerando todas as regiões do País, o impacto
médio é de R$ 1,6 milhão. “Com a geração nem-nem, as
desigualdades regionais tendem a se manter e até a
piorar ao longo dos anos”, conclui o
economista-chefe da CNC.
Fonte: Portal Vermelho
16/01/2024 -
Toffoli abre inquérito contra Sergio Moro, que nega
fraude em delação de Tony Garcia
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizou a abertura de um inquérito contra o
senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR),
para investigar supostas fraudes na delação premiada
do ex-deputado estadual Tony Garcia. Por meio de uma
nota, o parlamentar negou a existência de qualquer
irregularidade no processo.
O pedido para abertura do inquérito partiu da
Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República
(PGR). Os órgãos buscam apurar indícios de que Moro,
na condição de juiz, teria chantageado Garcia para
que ele aceitasse espionar outros juízes, incluindo
ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
como parte de um acordo no processo que investigava
supostos esquemas de corrupção no extinto Consórcio
Garibaldi em 2004. Desde 2023, o ex-deputado busca
reparação contra Moro na Justiça.
De acordo com a PGR, Moro teria transformado Garcia
“por longo tempo” em um “instrumento de
constrangimento ilegal”. A permissão para que o caso
fosse investigado foi proferida no final de 2023, e
tornada pública nesta segunda-feira pelo G1, que
conseguiu acesso aos autos. No último mês de
setembro, um relatório da Polícia Federal vazado
pela Globo News revelou uma longa conversa
telefônica entre os dois, realizada em 2005, na qual
Moro se queixava de Garcia supostamente por não
conseguir gravações das pessoas desejadas.
De acordo com a assessoria de comunicação de Sergio
Moro, sua defesa jurídica não conseguiu acesso aos
autos, e o processo contra Tony Garcia foi conduzido
sem irregularidades. O senador também nega “os fatos
afirmados no fantasioso relato do criminoso Tony
Garcia, a começar por sua afirmação de que “não
cometeu crimes no Consórcio Garibaldi”.
Fonte: Congresso em Foco
16/01/2024 -
Termina prazo de testes do FGTS Digital
Sistema deve entrar em funcionamento em março
Terminou nesta segunda-feira (15) o período para
testes na ferramenta FGTS Digital Edição Limitada,
um conjunto de sistemas informatizados que tem o
objetivo de gerenciar os diversos processos que
envolvem o recolhimento do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS). A previsão é que o sistema
entre em funcionamento efetivo a partir de março.
Durante o final de semana, os empregadores puderam
acessar o sistema para conhecer o sistema e ainda
organizarem seus processos internos. Entre as
funcionalidades do sistema estão a geração de guias
rápidas e personalizadas; simulação do valor da
indenização compensatória, multa de 40%, bem como
realizar esse tipo para vários trabalhadores de
forma simultânea (em lote); e simular o pagamento,
entre outras.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o Pix
foi escolhido como meio de pagamento do FGTS, o que
deve otimizar o processo de individualização na
conta do trabalhador.
As informações de vínculo e de remuneração já
inseridas no ambiente do eSocial terão reflexo no
FGTS Digital. O eSocial tem por finalidade
digitalizar e unificar o envio das informações
fiscais, previdenciárias e trabalhistas das
empresas.
“O cadastro do empregador e as procurações
registradas no sistema durante o período de Produção
Limitada continuarão válidos e não serão apagados”,
informou o ministério.
Com o FGTS Digital, o governo pretende melhorar a
gestão, controle e transparência dos processos, com
a diminuição dos custos operacionais incorridos pelo
FGTS; redução das despesas com tarifas relativas ao
recebimento das guias junto aos agentes
arrecadadores; garantia da segurança, integridade e
confiabilidade aos dados e informações de
recolhimento de FGTS a serem armazenados e
processados; efetuar a notificação automatizada dos
devedores de FGTS, fornecer informações para
direcionamento de ações e tomada de decisões
estratégicas, entre outros pontos.
Os débitos de competências anteriores à
implementação do FGTS Digital continuarão sendo
recolhidos por meio de guias emitidas pela Caixa
Econômica Federal.
Fonte: Agência Brasil
16/01/2024 -
Desoneração vai sobrecarregar a Previdência e forçar
nova reforma, adverte advogado
Em entrevista à TVT, Jorge Folena afirma que o
custeio do sistema de seguridade social precisa ser
feito por toda a sociedade, e não com alívio para as
empresas, como estabelece lei do Congresso
Na última terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e o presidente do Senado (e do
Congresso), Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conversaram
sobre o destino da Medida Provisória 1.202, de 29 de
dezembro, que reonera a folha de pagamento de 17
setores da economia. No dia seguinte, a conversa foi
entre Pacheco e o secretário-executivo e ministro da
Fazenda em exercício, Dario Durigan. O tema de
desoneração, delicado, foi discutido nesta semana no
programa Onze News, da TVT.
O apresentador Gustavo Conde recebeu o advogado
Jorge Folena, que alertou para possíveis
consequências da desoneração, na forma como aprovada
pelo Congresso no ano passado. Para Folena, o
parlamento exagerou na dose, não apenas mantendo a
desoneração, como ampliando o número de setores.
Isso terá impacto direto na Previdência Social,
adverte.
“Vamos ter um problemão”, afirma o advogado. “Não
adianta só os trabalhadores contribuírem. A
Constituição determina que todos nós temos que
manter a Seguridade Social (Previdência, saúde e
assistência social)”, acrescenta Folena. “Acabamos
de sair, em 2019, de um processo duríssimo contra os
trabalhadores, que foi a reforma da Previdência.
(Com a desoneração) Daqui a pouco vamos ter que
fazer outra. E quem vai pagar a conta, como sempre,
são os trabalhadores.”
Desde 2012
Assim, a desoneração da folha de pagamento foi
implementada em 2012 (governo Dilma), como medida
temporária. Foi sendo prorrogada desde então. No
final do ano passado, o Congresso aprovou a
desoneração até 2027, por meio da Lei 14.784. Lula
vetou a lei, mas o veto presidencial foi derrubado
pelo parlamento. Em seguida, o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, apresentou a MP de reoneração
gradual.
“Essa desoneração, quando foi instituída, era no
intuito de criar empregos. E esses empregos não
foram criados”, lembra Folena. Foi esse o ponto de
vista da CUT, que pediu um debate mais equilibrado
sobre o tema.
“É preciso ter custeio. E esse custeio é feito por
toda a sociedade, e pelos poderes públicos”, reforça
Folena. “A Seguridade Social é fundamental para um
pais que quer ser soberano e desenvolvido.”
Entrevista:
https://www.youtube.com/watch?v=1WHzspCck6c&t=5s
Fonte: Rede Brasil Atual
16/01/2024 -
INSS começa a utilizar inteligência artificial para
combater fraudes em benefícios
Ideia é que indícios de fraudes em informações
como hospital ou estado de emissão do atestado,
número do CRM e assinaturas devem ser identificados
com maior facilidade
A partir desta segunda-feira (15), o Instituto
Nacional da Seguridade Social (INSS) passa a
utilizar inteligência artificial para combater
fraudes em atestados médicos. A proposta também é
auxiliar na diminuição das filas de espera.
A novidade foi antecipada à CNN em dezembro do ano
passado pelo presidente da instituição, Alessandro
Stefanutto.
O programa vai trabalhar em conjunto com o sistema
Atestmed, que permite solicitar benefícios de
maneira remota por meio de análise de documentos e
está ativo desde setembro do ano passado.
A ideia é que os indícios de fraudes em informações
como hospital ou estado de emissão do atestado,
número do CRM (Conselho Regional de Medicina) e
assinaturas devem ser identificados pela IA.
De acordo com o INSS, apesar do sistema agilizar os
benefícios, o modelo trouxe temores de que, sem a
necessidade de perícia, poderia haver mais fraudes,
mais concessões irregulares e maior gasto público.
Assim, a inteligência artificial deverá atuar neste
vácuo.
“A inteligência artificial é uma necessidade. O
médico perito não tinha um banco de dados para
comparar a letra do atestado, saber se fugia do
padrão. A inteligência artificial vai sendo
alimentada e consegue comparar estes padrões”, disse
o presidente do INSS à CNN no final do ano passado.
Fonte: CNN Brasil
16/01/2024 -
Juíza autoriza penhora de 20% do saldo de FGTS de
devedor
Na ausência de bens penhoráveis, a doutrina e a
jurisprudência vêm entendendo que é possível a
retenção de parte do saldo presente em conta-salário
do devedor.
Com esse entendimento, a juíza Ana Cristina Viegas
Lopes de Oliveira, da 10ª Unidade Jurisdicional
Cível da Comarca de Belo Horizonte, determinou a
penhora de 20% de eventuais valores de FGTS do
devedor, até a integral satisfação do débito.
Conforme consta nos autos, o credor alegou já ter
buscado a satisfação do crédito por diversos meios,
sem sucesso. Os bens e valores no patrimônio do
devedor foram buscados, mas nada foi encontrado.
Com isso, foi feita consulta das declarações de
Imposto de Renda do devedor na Receita Federal. O
credor pediu, então, o bloqueio do saldo do FGTS.
Embora a impenhorabilidade do salário seja garantida
por lei, a juíza ponderou que isso não é preceito
para justificar a inadimplência de outras
responsabilidades do devedor.
“Doutrina e jurisprudência vêm entendendo que é
possível a retenção de 20% do saldo existente em
conta-salário, o que não onera em demasia o devedor,
permitindo a subsistência básica, e não deixa o
credor sem satisfação, ainda que parcial, do
débito”, argumentou ela.
Conforme a julgadora anotou na sentença, em uma
decisão de 2010, o desembargador Osmando Almeida, do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), decidiu
pela penhora de 30% do valor depositado em conta
bancária na qual a parte devedora recebia seu
salário. E, no ano anterior, o magistrado Marcos
Lincoln dissera que a “impenhorabilidade do salário
e da aposentadoria não pode ser utilizada de maneira
distorcida, sob pena de burlar as responsabilidades
assumidas, fomentando a inadimplência”.
Assim, a juíza mandou ofício à Caixa Econômica
Federal para que informe se há o pagamento de algum
valor de FGTS ao devedor e deferiu o pedido de
penhora até satisfação do débito.
A autora da ação foi representada pelo advogado
Tiago Maurício Mota.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 9029518-40.2018.8.13.0024
Fonte: Consultor Jurídico
16/01/2024 -
Norma coletiva que ampliou tempo sem remuneração é
invalidada
As regras que estabelecem o limite legal de cinco
minutos que antecedem e sucedem a jornada de
trabalho não podem ser suprimidas ou alteradas por
normas coletivas.
Com base em jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, a Terceira Turma do Tribunal Superior do
Trabalho considerou inválida norma coletiva que
permitia que empregados de fábrica em Rio Verde (GO)
ficassem mais de cinco minutos antes e depois da
jornada para troca de uniforme sem remuneração
extra, ao contrário do que prevê o artigo 58,
parágrafo 1º, da CLT.
Assim, o colegiado restabeleceu sentença que
condenou a empresa a pagar a um operador de produção
25 minutos diários como de serviço extraordinário
realizado de 2013 a 2015, anos de início do contrato
e da apresentação da reclamação trabalhista. O
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás)
decidiu que a norma coletiva prevalece sobre a lei.
O relator do recurso do operador na Terceira Turma
do TST, ministro Mauricio Godinho Delgado, explicou
que o STF, no julgamento do ARE 1.121.633, confirmou
a necessidade de se observar a jurisprudência
consolidada do TST e do próprio STF no exame
judicial dos limites da negociação coletiva e na
definição dos direitos trabalhistas considerados
indisponíveis.
O ministro explicou que a regulação desse tempo,
originalmente, foi realizada pela prática
jurisprudencial (Súmula 366). Anos depois, tornou-se
expressa no artigo 58, parágrafo 1º, da CLT, após a
inserção feita pela Lei 10.243/2001. “Observe-se
que, desde a vigência da Lei 10.243/01, a regra do
tempo residual à disposição tornou-se imperativa,
deixando de ser mera construção extensiva da
interpretação jurisprudencial”.
Reforma trabalhista
Na análise do recurso, o ministro destacou que a
reforma trabalhista permitiu flexibilização, via
negociação coletiva trabalhista, nesse aspecto, por
meio do novo artigo 611-A, caput e inciso I, CLT. A
lei também procurou excluir períodos anteriormente
considerados como tempo à disposição do empregador,
conforme o disposto no novo parágrafo 2º do artigo
4º da CLT.
“Por não se considerar tempo à disposição do
empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda
que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no
parágrafo 1º do artigo 58 da CLT, quando o
empregado, por escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou
más condições climáticas, bem como adentrar ou
permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares”. Entre essas atividades
está a troca de roupa ou uniforme, quando não houver
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
“Deve ser considerada inválida a norma coletiva que
aumenta o limite de 5 minutos que antecedem e
sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração
das horas extras (salientando-se que, no caso
concreto, a situação fático-jurídica é anterior à
Lei 13.467/2017, quando, de fato, sequer existia
qualquer expresso permissivo jurídico heterônomo a
autorizar a incidência da criatividade normativa
negocial)”, concluiu a Terceira Turma do TST.
A decisão foi unânime. Com informações da assessoria
de imprensa do TST.
RRAg 11113-88.2015.5.18.0101
Fonte: Consultor Jurídico
15/01/2024 -
Publicada portaria que reajusta benefícios do INSS
acima do mínimo
Índice de 3,71% segue o INPC; teto da Previdência
sobe para R$ 7.786
A portaria que reajusta em 3,71% os benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acima de
um salário mínimo foi publicada nesta sexta-feira
(12) no Diário Oficial da União.
Com a definição do índice de reajuste – que segue o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do
ano passado – o teto do INSS atual terá acréscimo de
R$ 278,52, passando dos atuais R$ 7.507,49 para R$
7.786,01 em 2024.
Além de corrigir os benefícios, o INPC também é
aplicado para reajustar as contribuições para a
Previdência Social, que sobem conforme o salário.
Quanto mais o trabalhador na ativa recebe, mais está
sujeito a alíquotas adicionais que elevam a
contribuição.
Os benefícios atrelados ao salário mínimo subirão
8,4%, de R$ 1.320 para R$ 1.412. A variação
corresponde à política correção aprovada em agosto
do ano passado, que prevê a reposição da inflação
pelo INPC do ano anterior, mais o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
O decreto com o valor do salário mínimo, que
responde pela maior parte dos benefícios da
Previdência Social, foi assinado no fim de dezembro
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O INSS começará a pagar os benefícios de janeiro no
fim do mês. Para quem ganha um salário mínimo, o
pagamento da aposentadoria, pensão ou auxílio será
feito entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Quem
recebe além do mínimo terá o benefício depositado
entre 1º e 7 de fevereiro.
Fonte: Agência Brasil
15/01/2024 -
Brasil vai no rumo certo, diz consultor
O ano de 2023 foi bom e as perspectivas para os
próximos períodos são boas. É o que mostra ao Jornal
do Sindicato dos Engenheiros do Estado de SP o
consultor e analista político, Antônio Augusto de
Queiroz (Toninho). Entrevista conduzida pela
jornalista Rita Casaro.
Além do balanço positivo, ele antevê um período com
chances efetivas de avanços socioeconômicos. Na sua
avaliação, são positivas ainda as expectativas
quanto a investimento em infraestrutura e na
produção. “O governo tem consciência de que não há
crescimento sem Engenharia, ciência, tecnologia e
inovação. Creio que a categoria dos engenheiros terá
grande valorização”, afirma.
Diretor da Consillium Soluções Institucionais e
Governamentais, Toninho, como é conhecido no
sindicalismo e no meio político, é graduado em
Jornalismo e mestre em Políticas Públicas e Governo.
Foi durante anos diretor do Diap. É autor de vários
livros.
Toninho faz a síntese dos primeiros 12 meses do
Governo Lula: “Pode-se dizer que o copo está mais
pra cheio que pra vazio. As perspectivas, mantida
essa trajetória, são muito boas”.
Avanços – Afora as medidas no campo econômico,
Antônio Augusto de Queiroz cita o acerto da PEC da
Transição e a superação da expectativa de que a
economia seria um desastre, devido à herança
bolsonarista.
Ele comenta: “Os indicadores sinalizam geração de
emprego e ampliação da renda, crescimento do PIB,
redução da inflação e queda nos juros”. O consultor
também exalta o papel do Presidente Lula. Ele diz:
“Felizmente, o Executivo tem à frente um Presidente
com experiência política e capacidade de diálogo,
que soube, num ambiente de adversidade, trazer o
Congresso para o centro, conseguindo aprovar um
conjunto de pautas. Entre elas a política de
valorização do salário mínimo, a igualdade salarial
entre mulher e homem na mesma função e o retorno do
Programa Mais Médicos.
Fonte: Agência Sindical
15/01/2024 -
Ministério do Trabalho é protagonista na defesa do
emprego
Pasta reassumiu o seu papel na arena
político-econômica brasileira
Em 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
reassumiu o seu protagonismo na arena
político-econômica brasileira. Voltou ao posto de
principal agente de promoção, mediação, formulação,
indução e acompanhamento de políticas públicas para
geração de mais e melhores empregos e defesa do
trabalho digno e decente.
Os últimos 12 meses foram marcados pela reconstrução
de um espaço que começou a ser destruído após o
golpe contra a presidenta Dilma. A pauta trabalhista
experimentou retrocessos em série, tendência que
chegou ao apogeu em 2019, no momento que a própria
pasta foi descontinuada.
O trabalho do governo Lula concentra-se então em dar
respostas aos diversos anseios da sociedade.
Práticas como o trabalho remoto e a jornada de
quatro dias surgiram ou ganharam espaço no século
21, porém convivem com chagas que remontam ao
período colonial. De janeiro de 2023 até o início de
dezembro, o MTE atuou para resgatar pessoas em
trabalho análogo à escravidão: foram 3.151
registros, o maior resultado dos últimos 14 anos.
Aumentamos as fiscalizações de combate ao trabalho
infantil. De janeiro a novembro de 2023, foram
confirmados 1.345 casos de trabalho infantil, com um
total de 2.255 crianças e adolescentes nessa
condição; 68% tinham entre 16 e 17 anos; 20% entre
14 e 15 anos; e 12% com até 13 anos. Em relação ao
gênero, 76% eram meninos, e 24% eram meninas.
A geração de vagas de empregos, de janeiro a
novembro, chegou a 1.914.467, resultado positivo nos
cinco grandes grupamentos econômicos e nas 27
unidades da federação. Com isso, o estoque total
recuperado para o Caged foi de 44.358.892 postos de
trabalho formais.
Outro ponto a se destacar foi criação de grupos
tripartites –governo, trabalhadores e empregados–
para tratar de temas como valorização da negociação
sindical e regulamentação do trabalho por
aplicativos –que pretendemos apresentar à sociedade
no primeiro semestre.
O retorno da política de valorização do salário
mínimo, que em 1º de janeiro passou a ser de R$
1.412, é um importante farol que traz a expectativa
de um crescimento do poder aquisitivo da classe
trabalhadora brasileira. Esse indexador tem o poder
de influenciar no processo de crescimento da massa
salarial nos próximos anos, de baixo para cima, nas
negociações e pisos salariais, na base da pirâmide
salarial. A perspectiva é que haja reflexos no
perfil salarial extremamente baixo na base da
pirâmide.
Vale lembrar: caso a política de valorização tivesse
sido mantida no período de 2005 a 2024, o valor do
salário mínimo chegaria a R$ 1.492. Por outro lado,
se o mínimo fosse corrigido apenas considerando a
inflação —sem levar em conta a política de
valorização, criada no primeiro mandato do
presidente Lula, mantida pela presidente Dilma e
abandonada em 2019 pelo governo— em 2024, seu valor
seria de R$ 742 (53% do valor efetivo de R$ 1.412).
Especialistas apontam que o salário mínimo foi a
principal ferramenta durante os governos Lula e
Dilma para tirar o Brasil do Mapa da Fome. Portanto,
apostamos que, junto com o Bolsa Família,
reclassificado, terá a capacidade de retirar
novamente nosso país dessa condição, provocando um
processo de distribuição de renda e, seguramente,
com impactos também no PIB.
Estamos mostrando mais uma vez que para gerar
empregos é preciso segurança, previsibilidade e
estabilidade econômica, inflação sob controle,
crescimento econômico e o Estado como indutor do
processo econômico.
O Brasil já é o segundo endereço mais procurado para
investimento internacional, o que tem potencial para
provocar crescimento e consequentemente a geração de
empregos com melhores salários.
Por: Folha de São Paulo.
Fonte: Agência Sindical
15/01/2024 -
Juros do consignado para beneficiários do INSS são
reduzidos para 1,76%
Medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de
Previdência Social (CNPS)
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS)
aprovou, na quinta-feira (11), uma nova redução do
teto de juros dos empréstimos consignados para
beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social). Os conselheiros decidiram pela queda do
limite para o empréstimo com desconto em folha, de
1,80% para 1,76%.
O último corte havia sido feito em 4 de dezembro,
quando o patamar foi de 1,84% para 1,80%. Já para as
operações na modalidade de cartão de crédito e
cartão consignado de benefício, o teto caiu de 2,67%
para 2,61%. Em um ano, as taxas acumulam queda de
17,7%, segundo o Ministério da Previdência Social.
Os novos valores começam a valer em oito dias úteis.
Segundo a pasta, durante a reunião, o ministro
Carlos Lupi “reafirmou” o compromisso em levar ao
conselho taxas de juros mais baixas. “Mais da metade
dos municípios do Brasil tem a economia movimentada
pelos recursos que a Previdência repassa. Isso é
dinheiro que movimenta a nossa economia”, disse.
Ele também destacou os dados atualizados sobre o
tempo de espera e a fila para receber benefícios do
INSS. Segundo o ministro, em dezembro, o tempo médio
de espera dos segurados ficou em 49 dias. “Neste
ano, chegaremos aos 30 dias. O segurado que pedir
benefício terá uma resposta em 30 dias. Seja
positiva ou negativa”, disse.
O CNPS acompanhou também as apresentações do Plano
de Ação da Dataprev para 2024, feita pelo presidente
da empresa, Rodrigo Assumpção, e do Plano de Ação do
INSS para 2024, feita pelo presidente do Instituto,
Alessandro Stefanutto.
Fonte: InfoMoney
15/01/2024 -
Ministério do Trabalho atualiza valores do
seguro-desemprego para 2024
Correção levou em conta INPC de 2023
O Ministério do Trabalho e Emprego atualizou a
tabela anual do seguro-desemprego para 2024. A
correção levou em conta o Índice Nacional de Preços
ao consumidor (INPC) de 2023, divulgado na
quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que foi de 3,71%.
A nova tabela para os trabalhadores que tiverem
direito ao benefício também entrou em vigor nessa
quinta-feira (11).
Com isso, o valor do benefício seguro-desemprego não
será inferior ao valor correspondente do salário
mínimo vigente, R$ 1.412.
Já os trabalhadores que tenham recebido salários
médios acima de R$ 3.402,65 terão direito,
invariavelmente, ao seguro-desemprego no valor de R$
2.313,74.
Fonte: Brasil247
15/01/2024 -
Para a CGU, cada vida perdida em Brumadinho só vale
R$ 67
Mesmo após inspeção da Tüv Süd não apontar
irregularidades em 2019, barragem da Vale rompeu em
25 de janeiro de 2019, deixando 270 mortos
A Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas e
Atingidos do Rompimento da Barragem da Vale em
Brumadinho) está na luta para revisar a multa que a
CGU (Controladoria Geral da União) quer cobrar da
Tüv Süd Industries Service. Responsável pela
inspeção da barragem de rejeitos de minério de ferro
em 2018, a multinacional alemã não apontou
irregularidades.
A barragem da Vale, porém, rompeu em 25 de janeiro
de 2019, deixando 270 mortos. O número de vítimas
chega a 272, se foram contados dois bebês que
estavam na barriga de mulheres grávidas que morreram
devido à tragédia. A Tüv Süd virou ré no caso em
2023. Como a multa aplicada pela CGU à empresa foi
de R$ 18 mil, cada vida perdida vale R$ 67 – ou R$
66,95.
A área técnica da Controladoria havia proposto uma
multa de R$ 22,7 milhões, calculada de acordo com o
faturamento da multinacional. Na Justiça, executivos
da Tüv Süd se tornaram réus, acusados de homicídio
qualificado, a exemplo dos executivos da Vale. Mas,
numa manobra que causou “indignação e revolta” aos
familiares da vítima, a CGU decidiu considerar
apenas o faturamento da filial brasileira da Tüv Süd,
isentando a matriz europeia. A redução foi de mais
de 99%.
Em ofício a Vinicius Carvalho, ministro da CGU, a
Avabrum cobrou uma audiência para debater a multa
irrisória. “O Estado e a sociedade brasileira, em
memória e honra de 272 vidas, não podem sinalizar
para as empresas envolvidas em um crime, objeto de
processo em andamento no Judiciário federal, que a
impunidade é permitida. A diretoria da Avabrum fica
à disposição para o diálogo e entendimento, no que
for pertinente, rogando para que tal decisão seja
desconsiderada e revista”.
Para Josiane Melo, diretora da entidade, a batalha
por reparações justas vai continuar. “O foco das
ações da Avabrum é justiça em todas as esferas. Essa
multa irrisória de só R$ 66 é uma injustiça que
precisa ser combatida”, declarou Josiane ao jornal O
Tempo. “O mundo não pode esquecer Brumadinho. As
empresas envolvidas em um crime não podem ficar
impunes.”
Fonte: Portal Vermelho
15/01/2024 -
Comissão aprova salário-família para trabalhador de
baixa renda com filho menor de 16 anos
Lei atual limita o pagamento do benefício a quem
tem filho de até 14 anos; projeto segue em análise
na Câmara dos Deputados
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou o Projeto de Lei 3215/15, que
permite o pagamento do salário-família ao
trabalhador de baixa renda com filhos menores de 16
anos de idade.
Apresentado pelo ex-deputado Carlos Bezerra (MT), o
texto altera a Lei 8.213/91, que hoje prevê o
pagamento do benefício apenas ao trabalhador com
filhos menores de 14 anos, ou filhos com deficiência
de qualquer idade.
O autor argumenta que, com a Emenda Constitucional
20, de 1998, passou a ser proibido o trabalho de
menores de 16 anos, e não mais apenas de menores de
14 anos. Na avaliação dele, essa alteração deveria
ter imediatamente repercutido na ampliação do
conceito de dependentes para fins de recebimento do
salário-família, o que não ocorreu.
A proposta recebeu parecer favorável da relatora,
deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA). “Uma vez
que o menor de 16 anos não pode ter atividade
laboral e, consequentemente, receber salário, nada
mais justo que os responsáveis possam receber o
salário-família, que representa um complemento para
as famílias de baixa renda”, avaliou a parlamentar.
Ela lembra que a lei considera de baixa renda, para
fins desse benefício, o trabalhador que recebe um
salário mínimo ou rendimento inferior ao
estabelecido anualmente em portaria
interministerial. Para 2023, o valor máximo (bruto)
que o requerente do salário-família podia receber
para ter direito ao benefício é de R$ 1.754,18. O
valor atual do benefício é de R$ 59,82 para cada
filho.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
12/01/2024 -
INPC tem alta de 0,55% em dezembro e fecha 2023 com
alta de 3,71%
No acumulado de 2023, houve alta de 0,33% nos
produtos alimentícios e de 4,83% nos não
alimentícios; índice é menor que o do IPCA por dar
mais peso aos alimentos e bebidas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
registrou alta de 0,55% em dezembro, acima dos 0,10%
observados em novembro, informou nesta quinta-feira
(11) o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Com isso, o índice acumulou
aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano
anterior (5,93%).
No acumulado de 2023, houve alta de 0,33% nos
produtos alimentícios e de 4,83% nos não
alimentícios. “O resultado acumulado do ano do INPC
ficou abaixo do IPCA principalmente por conta do
maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem
dentro da cesta”, explicou em nota André Almeida,
gerente da pesquisa.
Em dezembro do ano passado, os preços dos produtos
alimentícios aceleraram (de 0,57% para 1,20%). Os
não alimentícios também registraram variações
maiores (0,35% em dezembro contra -0,05% no mês
anterior).
Fonte: InfoMoney
12/01/2024 -
Centrais conversam com Luiza Trajano para discutir
estímulo à negociação coletiva
Dirigentes querem elaborar um projeto de consenso
com empresários para criar um novo modelo sindical
São Paulo – Em busca de consenso com o setor
empresarial por um novo modelo sindical, que
priorize a negociação coletiva, representante de
centrais sindicais se reuniram nesta quarta-feira
(10) com a executiva Luiza Trajano, do Magazine
Luiza. O governo formou um grupo de trabalho no ano
passado, mas as discussões ainda não tiveram
consenso. O objetivo é encaminhar um projeto ao
Congresso, alterando pontos da “reforma” trabalhista
implementada em 2017.
Assim, na manhã de hoje, a empresária conversou em
São Paulo com os presidentes da CUT, Sérgio Nobre,
da Força Sindical, Miguel Torres, e da UGT, Ricardo
Patah, que é do setor comerciário. “Luiza Trajano é
uma grande liderança, de um setor importante como é
o comércio. Ela sempre compreendeu que o trabalhador
é um cidadão, portador de direitos, inclusive, o de
negociar coletivamente e de participar das decisões
que envolvem o futuro das empresas. Infelizmente,
nem todos os empresários têm tradição de negociação
coletiva envolvendo os sindicatos”, comentou Sérgio
Nobre sobre o encontro.
“O que a gente quer é um projeto dentro de um
entendimento com empresários, que de fato modernize
e fortaleça a negociação”, acrescentou o presidente
da CUT. “Vamos buscar outras lideranças empresariais
para que façamos essa construção, já que o movimento
sindical fortalecido não é apenas um instrumento de
regulação do trabalho: é o pilar da democracia’”,
ressaltou.’
Em artigo recente, o dirigente argumenta que a
negociação coletiva é o melhor instrumento para
tratar das questões do mundo do trabalho. Mais da
metade dos trabalhadores brasileiros não têm
direitos trabalhistas ou previdenciários. “Ou seja,
quase 40 milhões de trabalhadores e trabalhadoras
estão sem proteção trabalhista nem social. Então,
por isso precisa atualizar o modelo.”
Fonte: Rede Brasil Atual
12/01/2024 -
Ricardo Lewandowski aceita convite de Lula e
assumirá o Ministério da Justiça
A definição se deu em reunião da qual participou
o ainda ministro Flávio Dino, no Palácio da
Alvorada, quando o ex-magistrado do STF aceitou o
convite
O anúncio oficial de que o ex-ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski será o
novo ministro da Justiça deve ser feito nesta
quinta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. A definição se deu em reunião da qual
participou o ainda ministro Flávio Dino, no Palácio
da Alvorada, quando Lewandowski aceitou o convite.
A informação foi divulgada inicialmente no blog da
jornalista Julia Duailib na noite desta quarta. A
agenda de Lula tem marcada nova reunião com Flávio
Dino e Lewandowski às 11 horas desta quinta. O
magistrado era desde o início o preferido de Lula.
Flávio Dino assumirá uma cadeira no STF, no lugar da
ex-ministra Rosa Weber, em fevereiro. O nome
preferido de Dino para substituí-lo na Justiça era
Ricardo Cappelli, seu secretário-executivo na
Justiça, que desempenhou papel importante como
interventor na Segurança Pública do Distrito Federal
no contexto do ataque golpista do 8 de janeiro.
Lewandowski anunciou em 30 de março a antecipação de
sua aposentadoria do STF. Ele seria compulsoriamente
aposentado em abril após completar 75 anos.
“Acabo de entregar à presidente do STF um ofício em
que peço que encaminhe ao presidente da República
meu pedido de aposentadoria, antecipado em 30 dias”,
afirmou o então ministro na ocasião.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/01/2024 -
2024: Ano da Sindicalização – João Guilherme Vargas
Netto
Em uma conjuntura – econômica, social, política –
favorável e duradoura o movimento sindical bem que
poderia fazer do ano de 2024 (que é bissexto) o Ano
da Sindicalização.
Se todas as direções sindicais e o conjunto das
entidades encampassem esta ideia não só teríamos
durante todo o ano campanhas efetivas de
sindicalização, campanhas institucionais que
poderiam ser apoiadas pelo ministério do Trabalho e
Emprego, como também inúmeras atividades
especificamente voltadas a aumentar o número de
associados aos sindicatos e reforçar os laços com os
trabalhadores e com as trabalhadoras já
sindicalizados.
Além destas iniciativas o Ano da Sindicalização
pressupõe que em todas as atividades normais e
recorrentes da ação sindical o tema da
sindicalização estivesse presente, como uma pauta
adicional a ser cumprida.
Desta forma teríamos nas campanhas salariais e nas
negociações decorrentes, nas lutas em cada empresa e
locais de trabalho, nas assembleias, nas
comemorações, nas atividades de lazer e esportivas,
a todo momento, sempre presente o tema da
sindicalização e o controle dos avanços alcançados
com metas definidas anteriormente.
Mesmo as comemorações unitárias do 1º de maio
deveriam incorporar esta preocupação e serem ocasião
dos primeiros balanços vitoriosos.
Ao fim do Ano da Sindicalização, mais que deter a
queda dos indicadores, poderíamos comemorar os
avanços obtidos como grande vitória, ao retomar os
padrões de sindicalização que já foram relativamente
altos, antes dos desarranjos da rotatividade, da
informalidade, do neoliberalismo, das novas relações
de trabalho, da deforma trabalhista, do governo
Bolsonaro e da Covid.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
12/01/2024 -
TRE-PR julga no dia 25 caso que pode levar à
cassação do mandato de Sergio Moro
PT e PL acusam o senador e ex-juiz parcial de uso
de caixa dois e suposto abuso de poder econômico nas
eleições de 2022
O ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União
Brasil-PR) será julgado no próximo dia 25 de janeiro
pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR)
em um processo que poderá resultar na cassação do
mandato do parlamentar. Em dezembro, Moro depôs como
réu no TRE-PR, enfrentando acusações que incluem o
uso de caixa dois e suposto abuso de poder
econômico, em ações movidas pelo PL e PT. Caso Moro
seja cassado pela Justiça Eleitoral, uma eleição
suplementar para o Senado no Paraná poderá ser
convocada, explica o jornalista Esmael Moraes em seu
blog.
Na condição de autor da ação, PT ou PL podem
questionar a imparcialidade da desembargadora
Cláudia Cristofani, do TRF-4 (Tribunal Regional
Federal da 4ª Região), devido às suas ligações de
amizade com Sergio Moro.
Fonte: Brasil247
12/01/2024 -
Comissão aprova contribuição previdenciária
facultativa de 5% para quem recebe seguro-desemprego
Texto será analisado agora pelas comissões de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou projeto de lei que prevê
contribuição facultativa para a Previdência Social
para os beneficiários do seguro-desemprego.
Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado
Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), para o Projeto de
Lei 6560/13, do deputado licenciado Sandro Alex
(PSD-PR). Além da proposta original, o relator
aproveitou também um dos três apensados.
Assim, a pessoa dispensada sem justa causa, ou em
gozo do seguro-desemprego por ter sido submetida a
regime de trabalho forçado ou a condição análoga à
de escravo, poderá contribuir para a Previdência
Social com 5% do benefício mensal.
O substitutivo altera a Lei Orgânica da Seguridade
Social. Além de aposentadoria e pensão, quem
contribui para a Previdência Social tem ainda
direito a auxílios diversos, nos casos de doença,
afastamento temporário ou nascimento dos filhos.
“A contribuição previdenciária facultativa dos
trabalhadores em gozo de seguro-desemprego é
meritória, dada a vulnerabilidade e a restrição
financeira a que estão sujeitos”, disse o deputado
Pastor Henrique Vieira no parecer aprovado.
O segurado facultativo é o que, mesmo não estando
obrigatoriamente vinculado ao sistema
previdenciário, por não exercer atividade
remunerada, opta pela inclusão no sistema. Estão
nesse caso, entre outros, estudantes e donas de
casa.
Contribuintes individuais
O substitutivo também equipara contribuintes
individuais que prestam serviços a empresas àqueles
com atuação similar em entidades beneficentes de
assistência social, atualmente isentas por lei das
contribuições para a Previdência Social.
O contribuinte individual é o que exerce por conta
própria atividade econômica de natureza urbana ou
presta serviço de natureza urbana ou rural, em
caráter eventual, a uma ou mais empresas ou
entidades, sem relação de emprego.
Hoje, a alíquota para o contribuinte individual que
presta serviços a empresas é de 20%, mas 9% poderão
ser compensados em razão da parte paga pela firma.
Desta forma, isso resulta em 11% efetivamente
recolhidos por esse trabalhador.
Segundo Pastor Henrique Vieira, pessoas que atuam em
entidades beneficentes não têm como comprovar
contribuição patronal, dada a isenção existente. “A
lei precisa ser aprimorada, para permitir aquela
mesma dedução [de 9%]”, disse.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado agora pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
12/01/2024 -
MPF recorre ao STJ contra absolvição de Temer por
corrupção envolvendo porto
Ex-presidente foi inocentado em caso de corrupção
e lavagem de dinheiro no Porto de Santos. MPF
recorreu ao STJ por entender que há justa causa para
ação penal prosseguir
A absolvição do ex-presidente Michel Temer por
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
envolvendo o Porto de Santos poderá ser reavaliada
após o Ministério Público Federal (MPF) recorrer,
nesta semana, ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ)
contra a decisão.
Em 2018, a Procuradoria-Geral da República
apresentou denúncia contra Temer, sob a acusação de
que ele teria se valido de sua função pública “para
favorecer os controladores do grupo Rodrimar,
usando-a como mote para receber R$ 32 milhões”. O
ex-presidente foi absolvido pela Justiça Federal do
Distrito Federal, em março de 2021, e a decisão foi
confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª
Região.
Ao apresentar recurso ao STJ, o MPF sustenta que “a
conexão entre o recebimento e a função pública
exercida por Michel Temer é evidente e está
suficientemente descrita na denúncia e comprovada
por meio de provas robustas, especialmente os
diálogos mantidos pelos réus e interceptados
judicialmente”.
A peça afirma, ainda, que “diante disso, há, sim,
justa causa para o prosseguimento da ação penal, a
conduta imputada aos recorridos não é manifestamente
atípica, não há que se falar em crime impossível
quando se trata de conduta consumada, e a denúncia
narra fatos ilícitos e imputáveis aos réus,
preenchendo os requisitos do artigo 41 do Código de
Processo Penal”.
O recurso salienta que “não se está neste recurso
sustentando a condenação dos réus, mas tão somente a
existência de indícios e elementos de prova
suficientes para a instauração da ação penal”.
Segundo o MPF, “a denúncia afastada pelo acórdão da
3ª Turma do TRF 1ª Região se fez acompanhar de
diversas provas e circunstâncias objetivas que não
foram sequer avaliadas em sua relevância, a
comprovar a justa causa para a ação penal”.
No rol de indícios apontados estão diversos
pagamentos por meio de contratos de fachada
comprovados nos autos; movimentações financeiras
para empresas de ‘prateleiras’; diálogos entre os
envolvidos, interceptados mediante prévia
autorização judicial; registro de pagamento de
vantagens indevidas em planilhas que, embora
unilateralmente produzidas, relatam com riqueza de
detalhes o repasse de valores.
Ainda de acordo com o MPF, a decisão do tribunal
“viola o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça em reiteradas decisões, no sentido de que a
absolvição sumária não pode servir como impedimento
para a busca da verdade real sobre fatos ilícitos
criminais”.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
11/01/2024 -
Marinho inicia diálogo com as centrais sindicais
sobre a MP da reoneração da folha de pagamento
Encontro foi nesta terça-feira (9) no Ministério
da Fazenda com o secretário de Política Econômica,
Guilherme Mello
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu nesta terça-feira (9) com o secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda,
Guilherme Mello, e com os presidentes de centrais
sindicais para conversar sobre a Medida Provisória
(MP) 1202, que trata da reoneração gradual da folha
de pagamento para diferentes setores da economia.
Segundo o ministro, a reunião marca o início do
processo de diálogo com as lideranças dos
trabalhadores, empregadores e com o Congresso
Nacional para encontrar uma solução. No mês de
fevereiro, Luiz Marinho já anunciou que se reunirá
com empresários.
“Para o governo, o tema “desoneração” está
inadequado, é preciso um ajuste, uma correção de
rumo. O importante é conversar para encontrar um
encaminhamento. Os benefícios eventuais, imaginados
com a desoneração na geração de empregos, não se
constatam quando se avalia a geração de emprego.
Precisamos olhar para o Brasil, para o mercado de
trabalho, para a garantia do emprego, e nossa
preocupação é lá na ponta com os trabalhadores e as
trabalhadoras”, destacou o ministro durante conversa
com os jornalistas após o fim da reunião. De acordo
com Luiz Marinho, ficou acordado que as equipes
técnicas vão aprimorar os dados sobre a desoneração
da folha. Ainda ressaltou que o país teve um salto
no emprego, mas se preocupa com o alto índice de
rotatividade (20 milhões de trabalhadores).
Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Sérgio Nobrega, disse que as conversas com o
governo vão continuar para encontrar um consenso, e
que a preocupação da CUT é com o emprego.
Fonte: MTE
11/01/2024 -
Governo Lula cogita ir ao STF pela MP da Reoneração
Caso o presidente do Senado devolva a medida
provisória, o governo federal poderá tentar anular a
decisão no STF ou derrubar a lei que prorrogou a
política de desoneração
O Palácio do Planalto está se preparado para adotar
uma estratégia legal caso o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decida devolver a medida
provisória que busca extinguir gradualmente a
desoneração de 17 setores intensivos em mão-de-obra.
A proposta foi enviada pelo governo ao Congresso em
29 de dezembro, desencadeando uma série de reações e
debates intensos.
Embora a intenção do governo seja continuar
negociando com o parlamento, o Planalto já elaborou
duas ações que podem ser protocoladas no Supremo
Tribunal Federal (STF) caso a alternativa política
não seja bem-sucedida, informa Malu Gaspar, do
jornal O Globo. Uma dessas ações busca anular a
eventual devolução da MP por parte de Pacheco,
enquanto a outra visa derrubar a lei que prorrogou a
política de desoneração.
A MP em questão foi encaminhada ao Congresso sem
prévia articulação, 15 dias após os parlamentares
derrubarem um veto do presidente Lula (PT) à medida.
Essa decisão do governo gerou reações até mesmo
entre deputados da base, que interpretaram como uma
tentativa de contornar uma decisão já tomada pelo
parlamento em duas ocasiões anteriores: em outubro,
quando a desoneração foi aprovada no Senado, e em
dezembro, quando o veto foi derrubado.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT),
considera o fim da desoneração uma prioridade para
aumentar a arrecadação do governo e atingir a meta
fiscal de 2024. Segundo cálculos da Fazenda, o
término desse benefício tributário pode resultar em
uma receita extra de R$ 6 bilhões para a União.
Atualmente, a desoneração permite que 17 setores
intensivos em mão de obra paguem alíquotas reduzidas
sobre a receita bruta, em vez dos 20% sobre a folha
de salários. O texto enviado ao Congresso também
limita a compensação de créditos tributários e
extingue até 2025 os benefícios tributários
concedidos às empresas de promoção de eventos por
meio do Programa Emergencial de Retomada do Setor de
Eventos (Perse).
Diante da resistência no Congresso, Pacheco está
avaliando a possibilidade de devolver a MP ao
Planalto. Alternativas discutidas incluem aguardar
um recuo do governo para o envio de um novo texto ao
Senado ou a transformação da MP em um projeto de lei
com urgência constitucional. Contudo, a preferência
do governo é pela negociação, considerando que um
recurso ao STF poderia tensionar ainda mais as
relações entre os Três Poderes, já abaladas por
outras decisões recentes da Corte.
Fonte: Brasil247
11/01/2024 -
Nova renegociação dará desconto de até 70% para
dívida ativa
Prazo de adesão vai até 30 de abril no sistema
Regularize, da PGFN
Os contribuintes inscritos na Dívida Ativa da União
podem renegociar, até 30 de abril, o débito com até
70% de desconto nas multas e nos juros. A
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) abriu
segunda-feira (8) cinco editais de transação
tributária, modalidade de parcelamento criada
durante a pandemia de covid-19.
Chamado de Transações por Adesão, o programa
permitirá o parcelamento da dívida em até 145 meses.
Na transação tributária, o tamanho do desconto é
determinado conforme a capacidade de pagamento do
devedor. Quem tiver menor capacidade de pagamento
terá os maiores descontos.
Os editais estão divididos nas seguintes categorias:
dívidas de pequeno valor, débitos de difícil
recuperação ou irrecuperáveis, capacidade de
pagamento, inscrições garantidas por seguro garantia
ou carta fiança e microempreendedores individuais.
Segundo a PGFN, o governo espera recuperar cerca de
R$ 24 bilhões com as Transações por Adesão.
O devedor pode fazer simulações e pedir a adesão ao
programa na página Regularize, portal de serviços
eletrônicos oferecido pela PGFN. O próprio sistema
avalia a capacidade de pagamento e renegocia o
débito, definindo o valor das parcelas e os
descontos definitivos.
Limites
Apenas débitos de até R$ 45 milhões poderão ser
refinanciados. O valor das prestações previstas não
poderá ser inferior a R$ 25 para o microempreendedor
individual e R$ 100 para os demais contribuintes.
Os descontos não incidirão sobre o valor principal
da dívida, apenas sobre juros, encargos e multas. A
exceção será para os microempreendedores
individuais, que poderão ter até 50% de desconto
sobre a dívida global (valor principal mais juros,
multas e encargos).
As negociações abrangem apenas os débitos inscritos
em Dívida Ativa da União, quando a PGFN passa a
cobrar a dívida na Justiça. Os débitos com a Receita
Federal são objeto de outra renegociação, aberta na
última sexta-feira (5). Dívidas com o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também estão
fora do parcelamento especial.
Fonte: Agência Brasil
11/01/2024 -
Centrais debatem sobre a industrialização com
Geraldo Alckmin
Os presidentes das centrais sindicais Força
Sindical, Miguel Torres, União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, e Central Única
dos Trabalhadores (CUT), estiveram com o
vice-presidente e Ministro da Indústria, Comércio e
Serviços, Geraldo Alckmin, nesta terça-feira, 9 de
janeiro de 2024, em Brasília, para tratar sobre o
plano de reindustrialização do país.
A conversa foi pautada sobre políticas de transição
pata que as novas tecnologias não só não gerem
desemprego, como garantam empregos de qualidade,
renda e contribuam com a ascensão social e econômica
do povo brasileiro.
Dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional
(FMI), em dezembro de 2023, mostram que o Brasil
voltou a estar na lista das dez maiores economias do
mundo. Os desafios do desenvolvimento envolvem uma
retomada industrial que contemple a inclusão social.
Fonte: Rádio Peão Brasil
11/01/2024 -
Desemprego global deve voltar a crescer em 2024,
após ligeira recuperação, diz OIT
Estimativa da organização é que a taxa de
desemprego global avance de 5,1% em 2023 para 5,2%
este ano; informalidade permanecerá alta
Apesar de os mercados de trabalho em todo o mundo
terem mostrado uma resiliência surpreendente em
2023, já estão sendo identificadas fragilidades e as
perspectivas para este ano são de que a taxa de
desemprego global avance de 5,1% para 5,2%.
As estimativas estão no relatório de tendências
mundiais de emprego e perspectivas sociais,
divulgados nesta quarta-feira (10) pela Organização
Mundial do Trabalho (OIT).
Caso essa previsão de confirme, o mercado vai
devolver boa parte ligeira alta verificada entre
2022 e 2023, quando a taxa de desemprego passou de
5,3% para 5,1%. Isso dentro de um quadro no qual a
renda do trabalho disponível caiu na maioria dos
países do G-20.
A OIT, considera que “é pouco provável” que a erosão
dos padrões de vida resultante da inflação que seja
compensada rapidamente.
O relatório também informa que a recuperação do
mercado de trabalho após a pandemia de covid-19
continua desigual, uma vez que novas
vulnerabilidades e múltiplas crises estão minado as
perspectivas de maior justiça social.
Isso significa que persistem diferenças importantes
entre países de rendimentos mais elevados e mais
baixos. Embora a taxa de disparidade no emprego –
uma ponderação do número de pessoas sem emprego que
estão interessadas em encontrar uma vaga – em 2023
fosse de 8,2% nos países de renda alta, situava-se
em 20,5% no grupo de nações de rendimentos baixos.
Assim, embora a taxa de desemprego em 2023
persistisse em 4,5% no primeiro grupo, estava em
5,7% no segundo grupo de países.
Além disso, é provável que a pobreza no trabalho
persista. Apesar de ter diminuído rapidamente após
2020, o número de trabalhadores que vivem em pobreza
extrema (ganhando menos de US$ 2,15 dólares por dia)
cresceu cerca de 1 milhão em 2023).
Outra constatação é que a taxas de trabalho informal
permaneçam estáticas, representando cerca de 58% da
força de trabalho mundial em 2024.
Fonte: InfoMoney
11/01/2024 -
CEREST pode fiscalizar e penalizar patrão infrator;
decisão do STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no final
do ano que acabou de passar, que o Centro de
Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de
Jundiaí tem, sim, competência legal para fiscalizar
e penalizar empresas que descumprem regras e leis em
matéria de segurança e de medicina do trabalho.
A decisão da Suprema Corte, que já transitou em
julgado, alcança todos os Cerest’s do Brasil.
Na ação inicial, a empresa SCO Empreendimentos e
Participações Ltda. sustentava que a competência
legal para tais atividades seria exclusivamente da
União, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego.
TST também concedeu poder ao CEREST
A instância máxima da Justiça do Trabalho, o Tribunal
Superior do Trabalho (TST), decidiu pelo
reconhecimento da competência do Cerest para
orientar, fiscalizar e autuar empresas em matéria de
segurança e medicina do trabalho.
No entanto, a AGU – Advocacia Geral da União –
decidiu recorrer da decisão e buscar a Suprema
Corte, onde obteve derrota.
“A matéria está sedimentada pelo Supremo Tribunal
Federal, por meio da Súmula n° 736, ao firmar o
entendimento de que compete à Justiça do Trabalho
processar e julgar ações que tenham como causa de
pedir o descumprimento de normas trabalhistas
relativas à segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores”, disse Dias Tofolli, ministro relator
do STF.
“Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que
tenham como causa de pedir o descumprimento de
normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e
saúde dos trabalhadores”, continuou Tofolli, citando
o texto da Súmula 736.
Assim, Tofolli negou seguimento ao recurso da AGU,
fundamentando que “não há como acolher as razões
ventiladas no agravo, porquanto a controvérsia foi
dirimida com suporte em legislação
infraconstitucional e vale dizer: o TST assentou que
o CEREST – Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador, órgão de âmbito municipal, detém
competência para orientar, fiscalizar e autuar
empresas por descumprimento de normas atinentes à
segurança e medicina do trabalho, em razão do
disposto nos artigos 154 e 159 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei
Federal nº 6.514/1977, além do estabelecido no art.
1º da Lei Federal nº 9.782/1999”.
Acidente Fatal
O início do caso se deu em 2005, quando o azulejista
Mariano Torres morreu depois de cair no poço do
elevador de um prédio em construção, na Rua Congo,
no Jardim Bonfiglioli, onde ele trabalhava.
A dona da obra, a SCO Participações e
Empreendimentos Ltda. foi autuada e penalizada pelo
Cerest Jundiaí com multa de 10 mil UFESP, hoje
equivalente a cerca de R$ 350 mil.
A investigação do acidente fatal sob a
responsabilidade do Cerest Jundiaí contou com a
participação de diretores do Sindicato dos
Trabalhadores da Indústria da Construção e do
Mobiliário de Jundiaí e Região, o Siticom.
Inconformada e alegando que somente o Ministério do
Trabalho e Emprego tem competência para fiscalizar e
penalizar empresas em matéria de medicina e
segurança do trabalho, a SCO pleiteou, na Justiça, a
anulação da autuação do Cerest.
O trâmite da ação durou 17 anos, culminando com o
parecer favorável ao Cerest, exarado pelo Procurador
Geral da República – PGR, Augusto Aras e pela
decisão do ministro do STF, Dias Tofolli.
CEREST
Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest)
promovem ações para melhorar as condições de
trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por
meio da prevenção e vigilância.
É no segmento da vigilância que estão as ações
fiscalizatórias, que incluem autuação seguidas ou
não por imposições de penalidades.
Cabe aos Cerest promover a integração da rede de
serviços de saúde do SUS, assim como suas
vigilâncias e gestão, na incorporação da Saúde do
Trabalhador em sua atuação rotineira.
Suas atribuições também incluem apoiar investigações
de maior complexidade, em sua área de abrangência,
assessorar a realização de convênios de cooperação
técnica, subsidiar a formulação de políticas
públicas, fortalecer a articulação entre a atenção
básica, de média e alta complexidade para
identificar e atender acidentes e agravos
relacionados ao trabalho, em especial, mas não
exclusivamente, aqueles contidos na Lista de Doenças
Relacionadas ao Trabalho ou de notificação
compulsória.
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/01/2024 -
INSS: aposentados que ganham além do mínimo não
terão aumento real
Reajuste com os benefícios previdenciários do
INSS deve ser publicado após a divulgação do INPC
2023, com previsão para esta semana
O governo federal aguarda a divulgação da inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), que deve ser anunciado pelo IBGE na
quinta-feira (11/1), para estabelecer o reajuste dos
benefícios do INSS para quem recebe acima de um
salário mínimo.
Aposentados e pensionistas não terão aumento real; o
reajuste previsto corresponde apenas à reposição da
inflação.
Entre janeiro e novembro, o índice acumulado estava
em 3,14% e, nos 12 meses, 3,85%. A expectativa é que
o INPC de 2023 fique em torno de 3,4%, entre janeiro
e dezembro, segundo especialistas.
Ganho real do INSS
Os beneficiários da Previdência Social, incluindo os
que recebem o Benefício de Prestação Continuada
(BPC) e que ganham até um salário mínimo, terão
ganho real acima da inflação. Neste caso, o valor do
benefício acompanha o piso nacional, que teve alta
de 6,97% em comparação aos R$ 1.320 em vigor no ano
passado.
O novo salário mínimo para 2024 ficou estipulado em
R$ 1.412 e foi definido com base na inflação entre
dezembro/2022 e novembro/2023, de 3,85% e mais três
pontos percentuais (ganho real) relativos à expansão
do Produto Interno Bruto (PIB) 2022.
Atualmente, 39 milhões de pessoas são beneficiárias
da Previdência, incluindo o BPC. Do total, 67%
recebem até um salário mínimo.
Assim que o INPC for divulgado, os Ministérios da
Previdência e da Fazenda editarão uma portaria
conjunta com o reajuste dos benefícios
previdenciários. O percentual corrigirá também as
faixas de contribuição e o teto do INSS, que está em
R$ 7.507,49.
Fonte: Metrópoles
10/01/2024 -
Congresso: resistência à agenda do movimento
sindical
No Congresso Nacional, que tem maioria de
parlamentares alinhados aos interesses do chamado
mercado, o setor empresarial criou mecanismo de
resistência à agenda do movimento sindical, apoiada
pelo governo do presidente Lula.
Neuriberg Dias*
Observe, que as casas do Congresso — Câmara dos
Deputados e Senado Federal — não pautam matérias de
interesse dos trabalhadores. A não ser que seja para
suprimir direitos.
São as frentes parlamentares, criadas de forma
pluripartidária, com a finalidade de promover a
defesa de ideias, causas e interesses da sociedade,
com o objetivo de promover ações, debater,
acompanhar, apoiar ou apresentar proposições para
influenciar o processo decisório.
São 2 frentes que estão encarregadas dessa tarefa
para o setor empresarial: a FPA (Frente Parlamentar
Mista da Agropecuária) e a FPE (Frente Parlamentar
Mista do Empreendedorismo), que cumprem esse o papel
de articulação institucional, inclusive nos demais
poderes da República e na sociedade, para bloquear
essa agenda.
Bancadas ruralista e do empreendedorismo
A Agropecuária, coordenada pelo deputado Pedro Lupion
(PP-PR), é composta por 299 deputado federais e 41
senadores, umas das mais antigas em funcionamento, e
reconhecida como 1 das mais organizadas, combativas
e influentes no Congresso Nacional.
E Empreendedorismo, coordenada pelo deputado Joaquim
Passarinho (PL-PA), tem 204 deputados federais e 46
senadores, tem exercido papel relevante e até de
mais diálogo na articulação da agenda do setor
privado, nas instâncias de poder.
Comércio e Serviço
Existem ainda as frentes do Comercio e Serviço,
coordenada pelo deputado Domingos Sávio (PL-MG), e a
da Micro e Pequenas Empresas, coordenada pelo
deputado Jorge Goetten (PL-SC), que reforçam as
numerosas frentes do agro e do empreendedorismo.
Ambas as frentes, de forma individual ou conjunta,
têm tido capacidade de interlocução nos postos
estratégicos no Poder Legislativo desde as
presidências das casas, colégios de líderes, de
comissões permanentes e temporárias, que garantem a
indicação de relatores de matérias de interesse em
tramitação no Parlamento.
E também de organizar a atuação em relação ao
processo legislativo, nas fases de iniciativa,
discussão, votação e até de sanção presidencial,
quando os temas de interesse são vetados, tem atuado
para derrubá-los, quando retornam para apreciação em
sessão do Congresso Nacional.
Marco legal das terras indígenas e desoneração da
folha
Como exemplo, pode-se citar a recente derrubada dos
vetos presidenciais ao projeto de demarcação das
terras indígenas e a desoneração da folha de
pagamento; a aprovação da proposta que cria nova
política de primeiro emprego inspirada na chamada
Carteira Verde e Amarela.
Houve ainda a aprovação da regulamentação do direito
de oposição à contribuição assistencial logo após a
decisão do STF; e o recurso apresentado contra a
decisão terminativa nas comissões da proposta que
permite a redução da jornada, sem redução de salário
mediante a negociação coletiva.
Reforma Administrativa
Está em curso ainda força-tarefa no Congresso em
defesa da votação da Reforma Administrativa, com
apoio de mais outras 21 frentes parlamentares, que
encaminharam ao presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), manifesto a favor da PEC 32/20
e a realização de seminário para debater o serviço
público brasileiro.
Nessas circunstâncias, dificilmente o governo
contará com sua base de apoio partidário para
reduzir a influência dessas frentes parlamentares na
modificação ou inviabilização da agenda, em
construção, que pretende fazer a revisão das
reformas Trabalhista, da Previdência, Sindical,
Terceirização e a regulamentação do trabalho em
aplicativo.
Ao movimento sindical, cabe organizar a atuação da
bancada sindical e apostar na criação desses
mecanismos no Poder Legislativo e, sobretudo, na
participação da sociedade, para criar as condições
necessárias, com propósito de fazer a agenda
sindical avançar, a fim de fortalecer o governo na
mediação da agenda positiva no Congresso. Mãos à
obra!
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. É sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
10/01/2024 -
Saiba quando começa a valer o novo reajuste do
salário mínimo de 2024
Novo valor entra em vigor nos dias trabalhados em
janeiro para pagamentos em fevereiro deste ano
O salário mínimo atual entrou oficialmente em vigor
em 1º de janeiro, elevando-se para R$ 1.412, com um
aumento de 6,97% em relação ao valor de 2023, que
era de R$ 1.320. Como resultado desse ajuste, a
maioria dos trabalhadores receberá o primeiro
pagamento atualizado, referente aos dias trabalhados
em janeiro, em fevereiro de 2024.
No que diz respeito ao INSS, o novo salário mínimo
de R$ 1.412 será pago a aposentados e pensionistas
entre os cinco últimos dias úteis de janeiro e os
cinco primeiros dias úteis de fevereiro, como mostra
a matéria do Globo.
Esse cálculo é resultado da implementação da nova
política permanente de valorização do salário mínimo
do governo Lula. De acordo com a nova lei, o
reajuste corresponde à soma de dois índices: a
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses até novembro
e o índice de crescimento real do Produto Interno
Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
Fonte: Brasil247
10/01/2024 -
Desoneração de folha de pagamento gera impasse entre
setores e Fazenda
Secretário da Fazenda, Dario Durigan, classifica
desoneração da folha como “inconstitucional” e caso
não haja reversão pela via política, governo levará
impasse à Justiça.
A política de desoneração da folha de pagamentos,
como aprovada pelo Congresso, recebeu críticas do
secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario
Durigan. Ele a considera “inconstitucional,
antiorçamentária e antieconômica”, sinalizando a
possibilidade de levar o impasse à Justiça caso não
haja reversão política. As informações são do jornal
Estadão.
A medida provisória (MP) publicada pelo ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, no final de 2023, revoga a
política de desoneração em vigor desde 2011 para 17
setores. propondo uma tributação progressiva sobre a
folha de pagamentos de 42 atividades econômicas,
excluindo oito setores, como empresas de call center,
confecções, têxtil, máquinas e equipamentos e
proteína animal.
A desoneração, implementada no governo Dilma
Rousseff (PT), substituía a contribuição patronal de
20% para a Previdência por uma tributação de 1% a
4,5% sobre a receita bruta, inicialmente com prazo
de término em 2023, prorrogado para 2027 pelo
Congresso.
A MP, no entanto, propõe uma alíquota menor para um
salário mínimo por trabalhador a partir de abril,
(com uma contribuição inicial de 10% ou 15% do
salário, dependendo da atividade) com a contribuição
completa de 20% para salários que excederem esse
valor, sendo reduzida gradualmente até 2028.
A medida gerou forte reação no setor privado e entre
congressistas, que pressionam o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, a devolver a MP. Dario
Durigan defendeu a iniciativa de Haddad, como uma
alternativa à judicialização, mas não descarta
revisar a meta de déficit primário zero neste ano se
a medida não prosperar, indicando que “todas as
providências serão tomadas para fechar o Orçamento”.
“(A MP) é uma alternativa à judicialização.
Judicializar era tudo ou nada, você vai para
derrubar a medida do Congresso. O que nós estamos
fazendo é dizer ‘vamos fazer algo que seja
constitucional, que você corrige os problemas’”,
afirmou ele, que é ministro da Fazenda em exercício
durante as férias de Haddad.
“Se de fato o que nós estamos apresentando não
vingar, não resta outra alternativa, aí você tem de
mexer na meta”, concluiu.
O embate se intensifica, com Durigan afirmando que a
medida é legítima e necessária para evitar uma
renúncia tributária sem fonte de receita
correspondente, como estabelece a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Enquanto isso, o setor
privado alega resultados positivos na geração de
empregos com a política de desoneração, algo
contestado pela Fazenda. “É uma política pública
ruim, que não deu certo”.
A MP cria dois grupos de atividades, preservando
aquelas mais impactadas com o fim da desoneração.
Durigan destaca que a exclusão de alguns setores se
deu por limitações orçamentárias, ressaltando a
exigência de manutenção do nível de emprego como
parte da medida.
“Os setores que ficaram de fora podiam ter alguma
dependência do benefício, mas objetivamente
dependiam menos (dele)”, disse. “Se eu tivesse mais
espaço fiscal, eu dava mais, ampliava para mais
setores, mas eu não tenho espaço fiscal e essa
premissa a gente não pode descartar”.
Além disso, ela também exige o comprometimento das
empresas em manter o mesmo nível de emprego, sendo
considerado de difícil execução prática. Dario
Durigan destaca que a restrição ao desconto
tributário no primeiro salário mínimo visa
incentivar a contratação de mão de obra formal de
menor renda.
Em caso de aprovação da MP, a Fazenda espera reduzir
o custo da desoneração para R$ 6 bilhões em 2024,
compensando com a extinção do Programa Emergencial
de Retomada do Setor de Eventos (Perse), visando
coibir irregularidades.
Segundo Durigan, “os recursos são suficientes para
cobrir também os quatro meses de vigência da atual
desoneração até 1º de abril, quando a MP passa a
valer e há a troca de sistemas.” Durante esse prazo
o governo tentará convencer os parlamentares a não
derrubarem a medida.
Os 17 setores que contam com a desoneração da folha,
são:
– confecção e vestuário
– calçados
– construção civil
– call center
– comunicação
– empresas de construção e obras de infraestrutura
– couro
Continua após a publicidade
– fabricação de veículos e carroçarias
– máquinas e equipamentos
– proteína animal
– têxtil
– TI (tecnologia da informação)
– TIC (tecnologia de comunicação)
– projeto de circuitos integrados
– transporte metroferroviário de passageiros
– transporte rodoviário coletivo
com informações do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
10/01/2024 -
Maioria dos brasileiros quer ver Bolsonaro preso por
atos golpistas
74% dizem discordar dos ataques bolsonaristas em
8 de Janeiro, enquanto15% afirmam concordar.
Um ano após os atos golpistas de 8 de Janeiro,
quatro a cada cinco brasileiros reafirmam a
confiança no Estado Democrático de Direito. Conforme
pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira
(8), a maioria também responsabiliza o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) – e, por isso, crê que ele deve
ser preso – pela invasão do Palácio do Planalto, do
Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal
Federal).
Hoje, 74% dizem discordar dos ataques bolsonaristas,
enquanto15% afirmam concordar. Outros 11% não têm
opinião a respeito. Na comparação com a pesquisa de
um ano atrás, houve oscilações dentro da margem de
erro. Em contrapartida, cresceu de 53% para 59% o
número de brasileiros que consideram a invasão
“completamente injustificada”.
A associação direta de Bolsonaro ao 8 de Janeiro
continua majoritária. Para 52%, o ex-presidente é
“responsável pela invasão do Congresso, do Palácio
do Planalto e do STF”. De acordo com a sondagem,
53,4% deveria ser preso por ser o mentor dos atos
antidemocráticos. Na visão de 53,1%, ele também
deveria ficar inelegível como pena para esses
crimes.
As percepções sobre a gravidade do 8 de Janeiro são
mais difusas: 43,3% dizem que a democracia correu
grande risco, 27,7% afirmam que não houve risco
nenhum e 15,9% creem que a democracia correu “algum
risco, mas não tão alto”.
Convergência há mesmo no apoio à democracia. Quase
60 anos após o Golpe de 64 – e passados 39 anos da
redemocratização –, a ditadura militar parece não
ter deixado saudade. Entre os entrevistados, 80%
apoiam a democracia “para governar o Brasil”, 12,7%
preferem outro sistema e 7,3% não sabem.
A pesquisa AtlasIntel ouviu 1.200 eleitores, em
todas as regiões do País, entre domingo (7) e
segunda (8). A margem de erro é de três pontos
percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
09/01/2024 -
Em artigo, Lula defende a economia como garantia
para a democracia
Nesta segunda-feira (8), um ano após a tentativa de
golpe de estado de 8 de janeiro de 2023, o
presidente Lula publicou um artigo no jornal
estadunidense Washington Post com seu diagnóstico
sobre as causas dos ataques à democracia tanto no
Brasil quanto no resto do mundo. De acordo com o
chefe de Estado, os desafios econômicos do século 21
são o principal obstáculo para a preservação de
regimes democráticos.
“Nas últimas décadas, um modelo econômico excludente
vem concentrando renda, cultivando frustrações,
restringindo direitos trabalhistas e abastecendo a
desconfiança em instituições públicas”, disse o
presidente. Paralelamente, Lula avalia que, apesar
de a humanidade ter aumentado seu grau de integração
nos últimos anos, o diálogo entre as nações se torna
cada dia mais difícil.
O presidente alerta que a desigualdade social cria
um “terreno fértil” para cenários de polarização.
“Quando a democracia falha em garantir o bem-estar
da população, extremistas tentam desacreditar o
processo político e promover a descrença nas
instituições”, declarou. Lula acrescenta que, para
evitar que isso se repita, trabalha com esforço
concentrado na estruturação de programas sociais
tanto no Brasil quanto no resto do mundo, como
através do acordo de parceria firmado com o governo
dos Estados Unidos e com a Organização Internacional
do Trabalho.
Outro elemento apontado pelo mandatário como uma
ameaça à democracia é a facilidade com que os
recentes avanços tecnológicos podem ser utilizados
para a propagação de desinformação e discurso de
ódio, ressaltando a expansão de programas de
inteligência artificial e as redes sociais, que
carecem de mecanismos eficazes de enfrentamento ao
discurso antidemocrático.
“O modelo de negócios das big techs, que prioriza o
engajamento e a busca por atenção, promove conteúdo
inflamatório e fortalece o discurso extremista,
favorecendo forças antidemocráticas que operam em
redes coordenadas”, criticou. Lula ressaltou a sua
visão de que o enfraquecimento da democracia é
exacerbado por plataformas “desenhadas para o lucro,
e não para a coexistência democrática”.
O presidente defende a construção de mecanismos
internacionais de proteção à integridade da
informação e ao “uso e desenvolvimento humanistas”
da inteligência artificial. Esses aspectos, ressalta
ele, serão os alicerces da atuação do Brasil na
presidência do G20, iniciada no final de 2023,
buscando “soluções coletivas para esses desafios que
afetam toda a humanidade”.
Fonte: Congresso em Foco
09/01/2024 -
Marinho: Trabalhador não deve ter direito individual
de rejeitar contribuição obrigatória ao sindicato
Em entrevista à CNN, ministro do Trabalho e
Emprego argumentou que empregado não abriria mão de
benefícios do acordo coletivo e, portanto, não
deveria ter direito à recusa
Em entrevista à CNN na sexta-feira (5), o ministro
do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu que o
trabalhador não deve ter direito individual de
rejeitar a contribuição sindical obrigatória.
Para o ministro, em uma organização coletiva, as
decisões devem ser tomadas da mesma forma.
“A decisão, na minha opinião, deveria ser tomada nas
assembleias de trabalhadores e de empregadores, eles
decidem. Portanto, não caberia direito individual em
mandar uma ‘cartinha’, por exemplo, se recusando a
contribuir. Até porque esse trabalhador abriria mão
dos benefícios do acordo coletivo? Do aumento do
salário, das cláusulas sociais, da proteção ao
trabalho? Evidentemente que não”, afirmou.
Marinho comparou a decisão individual dos
trabalhadores com a contribuição das empresas para o
Sistema S — obrigatório para as companhias.
“As empresas podem também dizer: ‘eu não quero
contribuir com o Sistema S’, por exemplo?
Evidentemente que não”, argumentou.
Para o ministro, a decisão da recusa de forma
individual não é “legítima” e nem “democrática”.
O ministro enfatizou que o Imposto Sindical não irá
retornar, mas disse que a Contribuição Negocial —
uma espécie de retribuição do trabalhador às
conquistas salariais obtidas pelos sindicatos —
continua em debate.
Fonte: CNN Brasil
09/01/2024 -
Dieese: preço da cesta básica diminuiu em 15
capitais em 12 meses
Taxas positivas acumuladas ocorreram em Belém e
Porto Alegre
O valor da cesta básica diminuiu em 15 capitais em
2023. As principais reduções acumuladas no período
de 12 meses, entre dezembro de 2022 e no mesmo mês
do ano passado, foram registradas em Campo Grande
(-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%),
Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Já as taxas
positivas acumuladas ocorreram em Belém (0,94%) e
Porto Alegre (0,12%).
Os dados são Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que
realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta
Básica de Alimentos em 17 capitais.
“A tendência, para o conjunto dos itens, foi de
redução, movimento que, junto com a revalorização do
salário mínimo e a ampliação da política de
transferência de renda, trouxe alívio para as
famílias brasileiras, que sofreram, nos últimos
anos, com aumentos de preços dos alimentos, em
geral, acima da média da inflação”, concluiu o
Dieese, em nota.
A entidade aponta que a questão climática, os
conflitos externos, o câmbio desvalorizado que
estimula a exportação, e o forte impacto da demanda
externa sobre os preços internos das commodities
acarretaram preocupação em 2023 e podem ser
importantes desafios para 2024.
Comparação mensal
Entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta
subiu em 13 cidades, com destaque para Brasília
(4,67%), Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%)
e Goiânia (3,20%). As diminuições ocorreram em
Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%)
e João Pessoa (-1,10%).
Em dezembro de 2023, o maior custo da cesta foi em
Porto Alegre (R$ 766,53), depois em São Paulo (R$
761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e no Rio de
Janeiro (R$ 738,61). Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$
538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os
menores valores médios.
Com base na cesta mais cara, que em dezembro foi a
de Porto Alegre, o salário mínimo necessário para a
manutenção de uma família de quatro pessoas deveria
equivaler a R$ 6.439,62 ou 4,88 vezes o valor atual
do salário mínimo, de R$ 1.320,00. Em novembro, o
mínimo necessário correspondeu a R$ 6.294,71 ou 4,77
vezes o piso vigente. Em dezembro de 2022, ficou em
R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o piso em vigor, que
equivalia a R$ 1.212,00.
A estimativa do Dieese leva em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o
salário mínimo deve ser suficiente para suprir as
despesas de um trabalhador e sua família com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência.
Em dezembro de 2023, o tempo médio necessário para
adquirir os produtos da cesta básica foi 109 horas e
três minutos, considerando o trabalhador remunerado
pelo salário mínimo. Em novembro, a jornada
necessária era de 107 horas e 29 minutos. Em
dezembro de 2022, a média era de 122 horas e 32
minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário
mínimo líquido – descontado o valor referente à
Previdência Social – o levantamento mostra que o
trabalhador remunerado pelo piso nacional
comprometeu, em dezembro de 2023, 53,59% do
rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em
novembro, demandaram 52,82%. Em dezembro de 2022, o
comprometimento era de 60,22%.
Fonte: Agência Brasil
09/01/2024 -
Confira as principais datas das eleições 2024
Primeiro turno das eleições municipais está
marcado para 6 de outubro. A data limite para tirar
o título de eleitor ou transferi-lo é 8 de maio.
Veja as outras datas
O calendário eleitoral 2024 será marcado por
eleições municipais. Os cidadãos escolherão o
prefeito, vice-prefeito e os vereadores de cada um
dos 5568 municípios do Brasil.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, são 152
milhões de eleitores aptos ao voto, sendo que o
primeiro turno está marcado para 6 de outubro e o
segundo turno, nos locais onde ocorrer, no dia 27 de
outubro – último domingo do mês.
Dessa maneira, para a primeira data, faltam 275 dias
para as eleições a partir desta sexta-feira (5/1).
Com isso é fundamental se atentar para as principais
datas quanto à regularização eleitoral e participar
plenamente do pleito, assim como sobre os principais
acontecimentos em respeito à lei eleitoral.
Confira o calendário eleitoral 2024:
- Entre 7 de março e 5 de abril: janela para
candidatos trocarem de partidos;
- 6 de abril: data-limite para legendas e
federações partidárias obterem o registro no TSE;
- Entre 15 e 17 de maio: na sede do TSE
acontece o Teste de Confirmação/Teste Público de
Segurança da Urna (TPS);
- 15 de maio: pré-candidatos podem começar
campanha de arrecadação prévia de recursos por
financiamento coletivo, sem pedir voto e respeitando
regras de propaganda eleitoral na internet;
- 30 de junho: Pré-candidatos com programas
em rádio e televisão devem deixar de apresentá-los;
- Entre 20 de julho e 5 de agosto: período
para realização de convenções partidárias;
- 6 de julho: ficam vedadas a realização de
nomeações, exonerações e contratações de agentes
públicos;
- 15 de agosto: limite para registros de
nomes na Justiça Eleitoral;
- 16 de agosto: início da propaganda
eleitoral;
- Entre 30 de agosto e 3 de outubro: período
da propaganda gratuita no rádio e na TV;
- 6 de outubro: data do primeiro turno das
eleições;
- 27 de outubro: data do segundo turno das
eleições, nos locais que houver.
Título de eleitor
Para tirar o título ou transferi-lo a data limite é 8
de maio. Todos podem conferir a situação eleitoral
clicando aqui e evitar surpresas caso exista alguma
pendência que necessite regularização. A data atende
ao prazo que antecede em 151 dias a eleição.
*Com informações TSE
Fonte: Portal Vermelho
09/01/2024 -
Alckmin elogia exportações brasileiras
O comércio internacional brasileiro bombou em 2023.
Exportamos US$ 339,7 bilhões em vendas para o
Exterior. O superávit comercial foi de US$ 98,8
bilhões, ou seja, aumento de 60,6% em relação a
2022.
Esses e outros dados constam no artigo “O sucesso do
comércio brasileiro no mundo”, publicado neste
domingo, dia 7, por Geraldo Alckmin, vice-presidente
da República e titular da Pasta do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços.
O ministro escreve: “A quantidade de empresas
exportadoras cresceu de 500 para 28,5 mil, a maior
quantidade da série histórica”.
Alckmin também ressalta a questão do emprego entre
as exportadoras. Ele diz: “Um estudo realizado pelo
MDIC mostra que empresas exportadoras pagam maiores
salários e possuem uma maior proporção de
trabalhadores qualificados”.
O ministro mantém a linha otimista para este ano, ao
apontar, entre outras iniciativas, que “o BNDES
retomou sua atuação no apoio às exportações,
aumentando a competitividade”. A reforma tributária,
em seu entendimento, melhorará ainda mais esse
ambiente.
Geraldo Alckmin destaca o fato dessa exportação
incluir grande número de produtos industriais. Ele
escreve: “embarques recordes, por exemplo, de
máquinas para a construção, mineração, agrícolas e
para o setor de energia elétrica”.
Para o ministro, o crescimento das exportações
“geram emprego e renda no Brasil, mudando a
realidade das comunidades, famílias e trabalhadores
País a dentro”.
Mais – Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços
Fonte: Agência Sindical
09/01/2024 -
Acordos em processos trabalhistas no TST ultrapassam
R$ 418 milhões em 2023
Quem é parte de um processo trabalhista pode
solicitar a tentativa de conciliação a qualquer
momento
Acordos obtidos em conciliações trabalhistas
promovidas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)
movimentaram mais de R$ 418 milhões entre fevereiro
e dezembro de 2023. Ao todo, aproximadamente, 1.500
processos foram conciliados, com a realização de
2.039 audiências. Houve acordo em 72% dos casos
tratados nas reuniões.
Os resultados foram contabilizados pelo Centro
Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de
Conflitos (Cejusc/TST), coordenador pelo
vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da
Veiga. Segundo ele, por meio de conciliações e
acordos de cooperação técnica formalizados pelo
Tribunal com empresas, a conclusão de processos está
ganhando celeridade. “Estamos proporcionando que
haja solução de conflitos por um método adequado”,
destaca o ministro.
O Cejusc do TST foi criado em 2023, em substituição
ao Núcleo Permanente de Conciliação (Nupec). O
Cejusc tem contribuído para reforçar a cultura da
conciliação no âmbito do Tribunal, com a
simplificação do acesso à solução consensual de
conflitos e maior agilidade na realização das
audiências. O propósito é possibilitar que partes e
advogados participem da construção da decisão,
auxiliados por equipes especializadas na mediação de
conflitos, possibilitando a conclusão mais rápida
dos processos.
Conciliação a qualquer momento
As partes de um processo trabalhista podem solicitar a
conciliação da Justiça do Trabalho para buscar um
acordo a qualquer momento.
No TST, é possível solicitar a tentativa de
conciliação por meio da página do Cejusc. Ela contém
instruções e um formulário simples para solicitar a
conciliação. Caso a tentativa não dê certo, o
processo segue correndo normalmente.
Fonte: TST
08/01/2024 -
Centrais sindicais lançam nota sobre 8/1
Confira a íntegra da nota unitária
Saudamos, neste 8 de janeiro de 2024, a democracia
Lembrar sempre para que não se repita
O movimento sindical dos trabalhadores e
trabalhadoras repudia qualquer ato golpista e
antidemocrático, como o fez em janeiro de 2023.
Associa-se às manifestações do dia 8/1/2024 em
comemoração à Democracia Inabalada que derrotou os
arreganhos golpistas de 8/1/2023.
Vivemos um extenso e sólido período sob o regime
democrático no Brasil, marcado por eleições
periódicas, pela plena funcionalidade do Congresso
Nacional, pela independência e harmonia entre os
poderes e pela liberdade de organização e atuação
das entidades civis.
A escalada golpista que culminou com o ato criminoso
do dia 8/1/2023, organizada por traidores da pátria
que não aceitaram o resultado soberano das eleições,
não conseguiu interromper este período, que se
estende desde o fim da ditadura militar, em 1985.
Cientes de que o Brasil tem desafios significativos
à frente, reconhecemos a necessidade de avançar na
inclusão social, garantindo acesso essencial à
população mais vulnerável.
Precisamos avançar na geração de trabalho decente,
na geração de mais empregos, na reindustrialização
do país, no acesso à saúde, fortalecendo o SUS, e na
garantia de acesso a todos os níveis da educação
pública de qualidade. E só podemos avançar através
do esforço das instituições democráticas.
Neste contexto, as entidades sindicais desempenham
um papel central, garantindo a valorização salarial
dos trabalhadores e das trabalhadoras, a conquista
de direitos, condições de saúde e segurança nos
locais de trabalho, bem como em manifestações por um
sistema econômico e social que contemple a inserção
do povo.
Desempenham também papel fundamental contra o
autoritarismo. Foi assim, no período mais duro da
ditadura militar quando, apesar das prisões,
torturas, perseguições e intervenções, o movimento
sindical resistiu e lutou por liberdade e por
igualdade.
Hoje, para que o país avance, precisamos garantir
que o caminho da democracia permaneça livre e
seguro.
Após quatro anos de um governo que flertava
abertamente com o autoritarismo, chegamos perto de
um golpe. Corremos o risco de ver a democracia, pela
qual lutamos bravamente, ser destruída. E isso nos
ensina a ficar alertas e permanecer lutando
cotidianamente por sua manutenção.
O movimento sindical sempre esteve na linha de
frente da luta por um Brasil democrático. Por isso,
convocamos a militância do conjunto das centrais
sindicais a participar das atividades e atos em
defesa da democracia neste 8 de janeiro de 2024.
São Paulo, 5 de janeiro de 2024
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/01/2024 -
Central repudia congelamento salarial
A Nova Central repudia a decisão do governo de
congelar o reajuste salarial dos servidores públicos
federais de 2024. Moacyr Auersvald, dirigente da
Central, solidariza-se com os servidores federais. A
informação foi dada durante reunião da Mesa Nacional
de Negociações Permanentes com o Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Recompensa – José Lopes Feijoó, secretário da pasta,
alegou “dificuldade orçamentária”. Como recompensa
ofereceu aumento do auxílio-alimentação, passando de
R$ 658,00 para R$ 1 mil e o auxílio-creche, de R$
321,00 para R$ 484,90; e contrapartida dos planos de
saúde, de R$ 144 para R$ 215.
Debate – Foram debatidos e esclarecidos pontos para
o avanço das negociações, que reuniu representantes
do governo e entidades sindicais.
Ivana Lima, presidente do Sindicato Nacional dos
Servidores do Ministério das Relações Exteriores,
que representou a Nova Central no evento, afirma que
a posição do governo precisa ser repensada.
“Gostaria de propor ao governo que repensasse
minimamente os percentuais apresentados e inclua
também as perdas inflacionárias que teremos nos
próximos anos. Além do mais, que a proposta de
aumento dos auxílios não seja só para maio”, diz.
Mais – Sites da Nova Central e Sinditamaraty
Fonte: Agência Sindical
08/01/2024 -
Marcos Verlaine: Onde está a pauta do movimento
sindical?
Este tema é recorrente. 2023 chegou ao fim,
com o Congresso Nacional tendo votado apenas 2
matérias relevantes e positivas do e para o
movimento sindical. A política de valorização do
salário mínimo e o reajuste linear para o
funcionalismo. Por que? Vamos tentar decifrar mais
abaixo.
Marcos Verlaine*
A política do mínimo — MP 1.172/23, convertida na
Lei 14.662/23 — e o reajuste dos servidores — MP
1.170/23 / PLV 16/23 — convertida na Lei 14.563/23.
Não é pouca coisa, do ponto de vista da importância
e dimensão. Todavia, foram as únicas matérias
substantivas de interesse dos trabalhadores e do
movimento sindical que foram chanceladas pelo
Congresso.
Apenas a oposição bolsonarista foi contrária à estas
2 pautas, porque faz oposição sistemática ao
governo. Mas é fato que não votou outras, porque há
má vontade do atual Congresso, que é mais
conservador na política e neoliberal na economia,
cuja tradução é o fascismo na economia, sem exageros
semânticos.
Então, em resposta à pergunta do título deste
artigo, está, fundamentalmente, no Congresso
Nacional — Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Eventualmente, estará no Judiciário, mas por
provocação de algum ator político. E, está também,
no governo, mas em menor proporção, muito menor.
Ainda que aliado, como é o caso do governo Lula.
Mas, mesmo assim, essa agenda do Executivo estará
sob apreciação do Legislativo, como foram os casos
da política do mínimo e do reajuste dos servidores.
Então, mantém-se a lógica de que o locus de atuação
central do movimento sindical deve ser o Congresso
Nacional.
Desse modo, pode-se dizer, sem sombra de dúvida ou
algum receio de erro, que a agenda do movimento
sindical, que está no Congresso, precisa ser
disputada e para sê-lo, é necessário que as
entidades representativas, em particular, as
centrais sindicais, devem impulsionar essa agenda.
Do contrário, essa agenda será frequentemente
subestimada, esquecida, isto é, sequer será debatida
pelos congressistas, porque não será sequer pautada.
O movimento sindical, talvez, seja a única
organização social relevante da sociedade brasileira
que não disputa agenda no Congresso ou que só o faz
de forma sazonal — isto é, de vez em quando.
Investir na atuação no Congresso
Para impulsionar essa agenda, é preciso investir de
forma profissional na ação legislativa, que é 1 das
formas de ação do movimento sindical. Há outras 2 —
a política e a ideológica —, mas sem a ação
concreta, real e profissional sobre a pauta
legislativa, estas 2, em certa medida, perdem força.
Alguns irão argumentar que essa ação legislativa é
difícil e complicada, em razão de a desigual
correlação de forças no Poder Legislativo. Isto é
verdade, mas ao contrário de desanimar, isto reforça
a lógica de a necessidade de fortalecer essa ação.
Por razões até lógicas.
É exatamente essa correlação brutalmente desigual
que reforça a necessidade de atuação permanente no
Congresso. Se o Legislativo fosse majoritariamente
avançado, essa atuação seria secundária.
Alguém vai dizer também que a maioria do Congresso
tem preconceito com o movimento sindical. Isto
também é verdade. E esse preconceito só aumenta, na
medida em que o movimento sindical se ausenta de
atuar no Legislativo.
A ação legislativa deve ser permanente, profissional
e sem preconceitos em relação aos deputados e
senadores, independentemente das posições
político-ideológicas desses.
Bancada sindical e a ação legislativa
O movimento sindical tem 1 bancada que o representa no
Congresso. Todavia, ou não são acionados ou o são,
mas sazonalmente. Essa bancada e o movimento
sindical, na medida do possível, precisam atuar de
forma unitária.
Lembrando, que a bancada recebeu relevante reforço,
que foi o retorno ao mandato, agora no fim da sessão
legislativa, do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP),
o Paulinho da Força.
As lideranças sindicais precisam sentar-se com as da
bancada para definir essa agenda permanente de
atuação no Congresso. Como foi feito em 2009-2010,
com a chamada “Pauta Trabalhista”, que era composta
por 7 grandes temas: 1) redução da jornada, sem
redução de salário; 2) fator previdenciário; 3)
aumento do salário mínimo; 4) PEC do Trabalho
Escravo; 5) Convenção 151, negociação coletiva no
serviço público; 6) terceirização; e 7) Convenção
158, demissão imotivada.
Esta pauta está atualíssima.
Congresso com mais poder de agenda
Reforçado por orçamento que cresce exponencialmente a
cada ano, o Congresso tem mais poder de agenda. Isto
é, tem mais autonomia, e isso não vai ser alterado.
O Poder Legislativo tem e terá mais autonomia em
relação aos recursos orçamentários federais.
Assim, a capacidade de o Executivo pautar e
emparedar o Legislativo como fazia outrora — com uso
de recurso do Orçamento federal —, não existe mais.
Este, é mais 1 elemento objetivo que reforça a
necessidade de o movimento sindical voltar-se para o
Congresso, a fim de atuar de forma a negociar
demandas e pautas, de forma profissional e
permanente. Isto não lhes tira ou veda-lhes as
atuações político-ideológicas e também sobre os
outros poderes. Mas o foco, deve ser o Congresso
Nacional.
Pauta do governo e coincidência de agendas
Outras matérias relevantes foram aprovadas. Todas de
iniciativa do governo, tais como a igualdade
salarial (Lei 14.611/23) e as de restruturação dos
programas sociais e ainda a Reforma Tributária (EC
132/23).
Todavia, essa pauta é do governo ainda que seja
coincidente com a do movimento sindical. Esse não
pode abrir mão de construir e ter a própria pauta.
Do contrário, fica a reboque do governo, para o bem
ou para o mal. Isto, não positivo.
Que venha 2024. E que consigamos avançar em relação
às grandes demandas dos trabalhadores, em
particular, no Legislativo federal, porque legitima
as políticas públicas de interesses dos
trabalhadores, em relação ao demais poderes.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
08/01/2024 -
STF determina ao Congresso regulamentação da
licença-paternidade
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em
dezembro, determinar ao Congresso Nacional a
aprovação de uma lei para garantir a regulamentação
da licença-paternidade no país.
Com a decisão, os parlamentares terão prazo de 18
meses para regulamentar as regras do benefício. Caso
a norma não seja aprovada, a licença-paternidade
deverá seguir as regras da licença-maternidade, que
tem duração de 120 dias.
A Corte julgou uma ação protocolada em 2012 pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS)
a favor do benefício.
Funcionamento – Hoje a licença-paternidade é
de cinco dias consecutivos nos casos do nascimento
de filho, adoção ou de guarda compartilhada. O
direito está previsto na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e foi criado com a promulgação da
Constituição de 1988.
Complemento – Pelo Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), regras
transitórias criadas com a promulgação da
Constituição, a licença de cinco dias deveria
permanecer até o Congresso aprovar uma lei
complementar para implementação definitiva, votação
que nunca ocorreu.
Prevaleceu no julgamento o voto do ministro Luís
Roberto Barroso para reconhecer a omissão do
Congresso em aprovar a regulamentação da norma. O
entendimento foi seguido pelos demais ministros.
Mundo – De acordo com a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), a
licença-paternidade existe em 115 países e é
remunerada em 102. O custeio é feito com recursos do
empregador, benefícios de proteção social dos
governos ou dividido entre as duas fontes. A duração
média da licença é de 3,3 dias.
Fonte: Agência Sindical
08/01/2024 -
Produção industrial brasileira cresce 0,5% em
novembro
Treze das 25 atividades pesquisadas pelo IBGE
tiveram alta
A produção da indústria brasileira cresceu 0,5% em
novembro de 2023, na comparação com o mês anterior.
Essa foi a quarta taxa positiva do indicador, que
havia variado 0,1% em outubro e setembro e 0,2% em
agosto.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM),
divulgada na sexta-feira (5), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria também avançou na comparação com
novembro de 2022 (1,3%). Na base de comparação anual
também foi a quarta alta consecutiva. Apesar dos
resultados, o setor acumula, nos 11 primeiros meses
de 2023, uma variação de 0,1%. No acumulado de 12
meses, a produção industrial apresenta estabilidade.
“Mesmo com o saldo positivo de 0,9% acumulado nos
últimos quatro meses, o setor industrial ainda
encontra-se 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia, ou
seja, fevereiro de 2020, e 17,6% abaixo do ponto
mais elevado da série histórica, que foi alcançado
em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa,
André Macedo.
Atividades industriais
Treze das 25 atividades industriais pesquisadas
apresentaram alta na produção em novembro, na
comparação com outubro, com destaques para
indústrias extrativas (3,4%) e produtos alimentícios
(2,8%).
Segundo Macedo, as indústrias extrativas foram
impulsionadas pela maior extração de petróleo e de
minério de ferro, enquanto os principais
responsáveis pelo crescimento dos alimentos foram o
açúcar, derivados de soja e carnes bovinas.
Também apresentaram altas relevantes os setores de
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (0,6%), bebidas (2,8%), produtos de
minerais não metálicos (2,3%) e metalurgia (0,8%).
Doze atividades industriais tiveram queda, entre
elas produtos farmoquímicos e farmacêuticos
(-10,2%), veículos automotores, reboques e
carrocerias (-3,1%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%) e máquinas e
equipamentos (-2,8%).
Entre as quatro grandes atividades econômicas da
indústria, duas tiveram alta em novembro: bens de
consumo semi e não duráveis (0,2%) e bens
intermediários, isto é, insumos industrializados
usados no setor produtivo (1,6%).
As quedas ficaram por conta dos bens de capital,
isto é, as máquinas e equipamentos (-1,7%), e os
bens de consumo duráveis (-3,3%).
Fonte: Agência Brasil
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