Blog - Notícias Anteriores - Fevereiro 2019
28/02/2019 -
Desemprego sobe no início do ano, e só trabalho
autônomo cresce
28/02/2019 -
Com reforma de Bolsonaro, aposentadorias podem ficar
sem reajuste
28/02/2019 -
Reforma da Previdência é rejeitada pela própria base
esfacelada do Governo
28/02/2019 -
Bolsonaro é denunciado por improbidade e peculato no
caso Queiroz
28/02/2019 -
Regras da Previdência sofreram seis mudanças nas
últimas três décadas
28/02/2019 -
Mudanças previstas na reforma da Previdência
preocupam senadores, diz Davi
28/02/2019 -
Produtos tiveram queda de preços de 1,05% na saída
das fábricas
28/02/2019 -
Senado aprova proposta para maior controle sobre
barragens
28/02/2019 -
Reforma da Previdência corta direito de quem mais
precisa, diz Humberto Costa
27/02/2019 -
Centrais definem agenda de ações unitárias em favor
da Previdência pública
27/02/2019 -
Pesquisa CNT/MDA: Bolsonaro tem o pior índice desde
1º mandato de Lula
27/02/2019 -
Taxa de desemprego fica estável na região
metropolitana de São Paulo
27/02/2019 -
Contribuição fixada em assembleia se aplica a toda a
categoria
27/02/2019 -
Bolsonaro representa perigo à economia e ordem
social, diz Estadão
27/02/2019 -
Câmara vai ter comissão para criar novo Código de
Mineração
27/02/2019 -
Previdência: Bolsonaro e líderes debatem eventuais
mudanças na reforma
27/02/2019 -
Rejeitado trâmite de ADPF ajuizada por confederação
contra MP que extinguiu Ministério do Trabalho
27/02/2019 -
CDH decidirá sobre novas medidas protetivas para
mulheres
26/02/2019 -
Citando Brumadinho, CNTI vai ao STF contra limite de
indenização trabalhista
26/02/2019 -
Sindicalistas afirmam na CDH que deficit da
Previdência é 'manobra contábil'
26/02/2019 -
Maia alerta para dificuldades na votação da reforma
da Previdência
26/02/2019 -
Sindicatos encaminham fusão em São Paulo para
enfrentar reforma trabalhista
26/02/2019 -
'Reforma' de Bolsonaro corta abono do PIS/Pasep de
23 milhões de trabalhadores
26/02/2019 -
Justiça do Trabalho recolheu R$ 3,6 bilhões em 2018
aos cofres da União
26/02/2019 -
Proposta acaba com aposentadoria especial de
parlamentares
25/02/2019 -
Centrais se reúnem para definir agenda contra
reforma da Previdência
25/02/2019 -
Reforma: contribuir por até 40 anos será desafio
quase inalcançável
25/02/2019 -
Desemprego bate recorde em metade das capitais
brasileiras
25/02/2019 -
Paulo Guedes espera aprovação da reforma da
Previdência até junho
25/02/2019 -
Alcolumbre diz que Senado pode votar proposta da
Previdência até julho
25/02/2019 -
Paim pede que reforma da Previdência seja avaliada
com calma e responsabilidade
25/02/2019 -
Projeto define reajustes para salário mínimo e prevê
aumento real anual de 1%
22/02/2019 -
PEC da Previdência embute aumento de impostos aos
trabalhadores
22/02/2019 -
CDH realiza primeira audiência pública sobre reforma
da Previdência
22/02/2019 -
Secretário da Previdência defende modelo de
capitalização
22/02/2019 -
Paim pede mais diálogo sobre reforma da Previdência
22/02/2019 -
Câmara dos Deputados vai debater importância da
Justiça do Trabalho
22/02/2019 -
'Reforma' vai criar país de idosos pedindo esmola,
diz economista
22/02/2019 -
Raquel Dodge manda MPF no Rio investigar Flávio
Bolsonaro
22/02/2019 -
Balcão de negócios ameaça a aposentadoria dos
brasileiros
22/02/2019 -
Proposta concede abono aos aposentados do Regime
Geral de Previdência Social
21/02/2019 -
Novo áudio, de Bolsonaro com Onyx, revela medo de
retaliação de Bebianno
21/02/2019 -
Contra o fim da aposentadoria, 10 mil fazem
assembleia na Sé em São Paulo
21/02/2019 -
Reforma da Previdência chega ao Congresso
21/02/2019 -
Empresas deixarão de recolher FGTS de empregados
aposentados
21/02/2019 -
Trabalhador contribuirá 40 anos para se aposentar
com 100% do salário
21/02/2019 -
Aposentadoria por incapacidade será menor para
alguns trabalhadores
21/02/2019 -
Paulo Paim quer diálogo para aprimorar reforma da
Previdência
21/02/2019 -
Marcio Pochmann diz que capitalização acaba com a
seguridade social
21/02/2019 -
BPC será de R$ 400 para idosos de 60 a 69 anos
21/02/2019 -
Reforma tem que ser aprovada na Câmara e no Senado
em dois turnos
20/02/2019 -
Bolsonaro entrega hoje reforma da Previdência ao
Congresso
20/02/2019 -
Diap: demissão de Bebianno dificulta aprovação de
reforma da Previdência
20/02/2019 -
Justiça Federal manda soltar presidente da CNI
20/02/2019 -
Bolsonaro escolhe Fernando Bezerra para liderança no
Senado
20/02/2019 -
Oposição atua e derrota Bolsonaro sobre sigilo de
dados do governo
20/02/2019 -
Reforma da previdência não pode atingir apenas os
trabalhadores, diz Telmário
20/02/2019 -
Prevenção de acidentes de trabalho mobiliza
instituições no Abril Verde
20/02/2019 -
Projeto amplia estabilidade gestacional de
trabalhadora para seis meses
19/02/2019 -
Assembleia nacional na Praça da Sé prepara
resistência à reforma da Previdência
19/02/2019 -
Quem já está aposentado também corre riscos com
reforma de Bolsonaro
19/02/2019 -
'Prévia' do PIB de 1,15% para 2018 indica
'estagnação', segundo Dieese
19/02/2019 -
Trabalhador pode ter de contribuir por 49 anos,
alerta Paulo Paim
19/02/2019 -
Deficit na Previdência é uma fraude contábil, afirma
Kajuru
19/02/2019 -
PT, PCdoB e PSOL defendem convocação de Bebianno
19/02/2019 -
Governadores debatem nesta semana reforma da
Previdência
19/02/2019 -
Nova denúncia no Laranjal do PSL: Ministro do
Turismo sabia de tudo
18/02/2019 -
Reforma da Previdência será enviada ao Congresso na
quarta
18/02/2019 -
Demissão de Bebianno não aparece no Diário Oficial;
entenda escândalo do governo
18/02/2019 -
Não existe privilégio nas aposentadorias dos
trabalhadores
18/02/2019 -
O desastre econômico do Brasil de Bolsonaro
18/02/2019 -
Maia avalia que reforma da Previdência pode ser
votada em junho pela Câmara
18/02/2019 -
Davi reafirma que senadores estão prontos para votar
reforma da Previdência
18/02/2019 -
Projeto da bancada do PT isenta quem ganha até R$
4.990 do IR
15/02/2019 -
Governo propõe idade mínima de 65 anos para homens e
62 para mulheres
15/02/2019 -
Em 2017, Bolsonaro disse que aposentadoria aos 65
anos é desumano
15/02/2019 -
Centrais sindicais estudam greve geral contra
reforma da Previdência
15/02/2019 -
Relatório da OIT mostra que 2 bilhões de
trabalhadores no mundo são informais
15/02/2019 -
Bolsonaro usa discurso falso para atacar
aposentadoria de agricultores, diz deputado
15/02/2019 -
Paulo Paim destaca papel da CDH no debate de grandes
temas
15/02/2019 -
Congresso deve ouvir a sociedade sobre a reforma da
Previdência, afirma Davi
15/02/2019 -
Projeto retoma política de valorização do salário
mínimo
14/02/2019 -
FST debate como enfrentar ataques a direitos e quer
reunião com Bolsonaro
14/02/2019 -
Bolsonaro diz que hoje “bate o martelo” sobre
reforma da Previdência
14/02/2019 -
Proposta da Previdência deve ficar pronta até o
carnaval
14/02/2019 -
Paim denuncia que combate a fraude não prevê defesa
de segurado do INSS
14/02/2019 -
'Quebraram o Brasil', diz Guedes sobre pedidos de
subsídios
14/02/2019 -
OIT projeta redução lenta do desemprego no Brasil
14/02/2019 -
Decisão do TST sobre greve de 2018 não desmobiliza
eletricitários, afirma Chicão
13/02/2019 -
Sindicato deve representar toda a categoria
indistintamente
13/02/2019 -
Texto da reforma da Previdência está pronto e
aguarda Bolsonaro
13/02/2019 -
Desastre em Brumadinho é o maior crime trabalhista
já registrado no Brasil, diz Paim
13/02/2019 -
Laranjal do PSL pode derrubar Bebianno
13/02/2019 -
Mais de 11 milhões de jovens sem trabalho e estudo.
E sem oportunidades
13/02/2019 -
PT propõe emendas a medida de Bolsonaro que rebaixa
benefícios previdenciários
13/02/2019 -
Cobrança indevida de custeio sindical por empresas
não caracteriza dano moral coletivo
13/02/2019 -
Entidades da sociedade civil e deputados lançam
Frente pela Democracia e Direitos Humanos
12/02/2019 -
Reforma Trabalhista na mira de deputados, que querem
alterá-la
12/02/2019 -
Na reforma da Previdência, Congresso tem que ouvir
todos os lados e cortar privilégios, afirma Davi
12/02/2019 -
Mais de 40% de ações trabalhistas foram resolvidas
por acordo em 2018
12/02/2019 -
Direitos da mulher é tema de cerca de 40 projetos de
lei
12/02/2019 -
Greve contra privatização de estatal é abusiva,
define TST
12/02/2019 -
Onyx: classificação de rompimento de barragens pode
ser alterada
12/02/2019 -
Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para
3,87% neste ano
12/02/2019 -
Uso de carro da empresa para ir ao trabalho não gera
horas in itinere, fixa TST
12/02/2019 -
Recolhimento de FGTS em guia própria é
imprescindível para quitação trabalhista
11/02/2019 -
Comissão de peritos da OIT pede revisão de itens da
'reforma' brasileira
11/02/2019 -
Senadores petistas querem retomar salário mínimo de
R$ 1.006
11/02/2019 -
Guedes defende privatizações e diz que a velha
política morreu
11/02/2019 -
Capitalização da Previdência pode gerar rombo para
beneficiários do sistema, diz Paim
11/02/2019 -
Previdência: beneficiários do BPC podem receber
menos de um salário mínimo
11/02/2019 -
PT: espionar Igreja é trazer de volta a repressão
08/02/2019 -
Guedes defende nova modalidade de contratação
trabalhista
08/02/2019 -
Mourão aconselha CUT a discutir reforma no Congresso
08/02/2019 -
Governo já tem prontas diferentes versões da reforma
da Previdência, diz secretário do Tesouro
08/02/2019 -
Segundo Paulo Guedes, reforma da previdência vai
manter direitos trabalhistas
08/02/2019 -
Reforma da Previdência e privatizações não salvarão
o país, afirma Paulo Paim
08/02/2019 -
Reunião de líderes vai discutir Reforma da
Previdência e presidência das comissões
08/02/2019 -
Indicadores do mercado de trabalho da FGV mostram
melhora em janeiro
08/02/2019 -
Projetos apresentados à Câmara querem alterar
reforma trabalhista
08/02/2019 -
Copom mantém taxa Selic em 6,5% ao ano
07/02/2019 -
Reforma da Previdência de Bolsonaro abandona
trabalhadores informais, diz economista
07/02/2019 -
Guedes vai apresentar reforma da Previdência a
governadores dia 20
07/02/2019 -
Reforma da Previdência será aperfeiçoada no
Congresso, diz líder
07/02/2019 -
Reforma Trabalhista: jovens serão enquadrados em
modelo de capitalização
07/02/2019 -
Frente em defesa da Previdência quer apresentar
proposta de reforma
07/02/2019 -
Jandira Feghali: O fim da previdência pública
07/02/2019 -
Funasa terá ex-ministro de Temer, editor da portaria
do 'trabalho escravo'
07/02/2019 -
Projeto altera reforma trabalhista e determina que
gestantes e lactantes se afastem de trabalhos
insalubres
06/02/2019 -
Centrais sindicais criticam governo e se unem em
defesa da Previdência
06/02/2019 -
Mourão diz que reforma da Previdência segue este mês
para o Congresso
06/02/2019 -
Governo projeta economia de R$ 1 trilhão com reforma
da Previdência
06/02/2019 -
Governo pode ter até 350 deputados na base, diz Maia
06/02/2019 -
Extinguir a Justiça do Trabalho é caminho
'irracional', diz magistrado
06/02/2019 -
OAB também entra no STF contra teto de indenização
trabalhista
06/02/2019 -
Aposentados também perdem com propostas de Bolsonaro
para Previdência
06/02/2019 -
Inflação para famílias de renda mais baixa fica em
0,61% em janeiro
05/02/2019 -
Proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro é
pior do que a de Temer
05/02/2019 -
Rodrigo Maia defende aprovação da reforma da
Previdência para melhorar contas públicas
05/02/2019 -
Presidente do Senado destaca renovação no
Legislativo e defende reforma da Previdência
05/02/2019 -
Guedes deve se reunir com Maia e Alcolumbre para
tratar de Previdência
05/02/2019 -
Governo quer endurecer cobrança de dívidas
previdenciárias
05/02/2019 -
Trabalhadores da Vale debatem ações após rompimento
da barragem em Brumadinho
05/02/2019 -
Problemas da Previdência são sonegação,
informalidade e trabalho precário
05/02/2019 -
INSS não pode cancelar aposentadoria sem assegurar
ao beneficiário o contraditório e a ampla defesa
04/02/2019 -
Sessão solene marca abertura dos trabalhos
legislativos
04/02/2019 -
Maia defende diálogo para aprovar reforma da
Previdência
04/02/2019 -
Davi Alcolumbre assume o Senado prometendo fim do
‘segredismo’
04/02/2019 -
Antônio Queiroz: Quem é e o que esperar do novo
Congresso
04/02/2019 -
Produção industrial tem alta de 1,1%, diz IBGE
04/02/2019 -
Onyx diz que texto da reforma da Previdência já está
pronto
04/02/2019 -
Com corte de 21 mil cargos, governo quer economizar
R$ 209 mi por ano
04/02/2019 -
Robôs ameaçam 30 milhões de empregos no País; veja
profissões em risco
01/02/2019 -
Registro Sindical já tem coordenador-geral no
Ministério da Justiça e Segurança
01/02/2019 -
Desemprego para de subir em 2018, mas informalidade
e desalento disparam
01/02/2019 -
Justiça do Trabalho bloqueia mais R$ 800 milhões da
Vale
01/02/2019 -
Confiança empresarial atinge maior nível desde
janeiro de 2014
01/02/2019 -
Para trabalhadores, balanço dos 30 dias do governo
Bolsonaro 'é muito negativo'
01/02/2019 -
PT, PSB, PSOL e REDE anunciam bloco de oposição
contra retrocessos de Bolsonaro
01/02/2019 -
Bancos poderão sacar valores do INSS pagos a pessoas
falecidas
01/02/2019 -
Brasil se aproxima do desemprego estrutural
01/02/2019 -
Brasil ganhou 8,1 mil novos varejistas em 2018
01/02/2019 -
Nova regra: aposentados com mais de 60 anos terão de
agendar prova de vida
01/02/2019 -
Mineradora terá de pagar indenização por discriminar
terceirizados
28/02/2019 -
Desemprego sobe no início do ano, e só trabalho
autônomo cresce
De acordo com o IBGE, o número de ocupados caiu
0,4% no trimestre encerrado em janeiro e cresceu
0,9% em 12 meses
A taxa média de desemprego no país subiu de 11,7%,
em outubro, para 12% no trimestre encerrado em
janeiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, divulgada nesta
quarta-feira (27). Na comparação com igual período
de 2018 (12,2%), ficou relativamente estável. O
total de desempregados aumentou para 12,669 milhões
(crescimento de 3,6%), 318 mil a mais em três meses.
A única modalidade de emprego que cresce é a de
autônomos (trabalhadores por conta própria).
Segundo o IBGE, o número de ocupados (92,547
milhões) caiu 0,4% no trimestre (menos 354 mil) e
cresceu 0,9% (mais 846 mil) em 12 meses. Mas, ao
longo desse período, o que aumentou foram o emprego
sem carteira assinada (320 mil) e, principalmente, o
trabalho autônomo (719 mil), enquanto o emprego com
carteira assinada perdeu 380 mil (-1,1%). No último
trimestre, a modalidade por conta própria abriu 291
mil vagas.
A taxa da chamada subutilização da força de trabalho
– pessoas que poderiam trabalhar mais tempo, mas não
conseguiram – foi de 24,3%, patamar estável ante
outubro (24,1%) e acima de janeiro do ano passado
(23,9%). A população subutilizada somou 27,5
milhões, 671 mil a mais em 12 meses.
Já o desalento, que atinge 4,7 milhões de pessoas,
ficou estável no trimestre e cresceu 6,7% em um ano.
São 300 mil a mais nessa situação, de desistir de
procurar trabalho.
Os empregados com carteira assinada no setor privado
são 32,916 milhões, estável nas duas comparações. E
os sem carteira somam 11,307 milhões, caindo no
trimestre e crescendo em um ano. Os trabalhadores
por conta própria totalizam 23,901 milhões,
crescendo 1,2% e 3,1%, respectivamente.
Entre os setores de atividade, na comparação com
janeiro de 2018, a maioria mostra registra
estabilidade, de acordo com o IBGE. O instituto
detecta crescimento em modalidades ligadas a
serviços (como transporte, armazenagem, hospedagem e
alimentação), além da administração pública, saúde e
seguridade (540 mil vagas criadas). A indústria
perde 200 mil e o comércio/reparação de veículos,
104 mil.
Estimado em R$ 2.270, o rendimento médio cresceu
1,4% no trimestre e ficou estável em 12 meses. A
massa de rendimentos, calculada em R$ 205 bilhões,
também mostrou estabilidade.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/02/2019 -
Com reforma de Bolsonaro, aposentadorias podem ficar
sem reajuste
Uma manobra do governo Jair Bolsonaro (PLS) pode
deixar as aposentadorias sem aumento real – e até
sem aumento nenhum – caso a reforma da Previdência
seja aprovada. Tudo porque a proposta que o
presidente enviou à Câmara Federal retira da
Constituição a regra que determina reposição da
inflação para os benefícios acima do salário mínimo.
Hoje, esse direito – que Bolsonaro quer excluir – é
válido para aposentados e pensionistas da iniciativa
privada e do setor público.
A regra atual está em dois trechos da Constituição
que têm a mesma redação: “É assegurado o
reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em
caráter permanente, o valor real”. Por isso, a
legislação cumpre a exigência e assegura a reposição
pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Em 2018, o INPC variou 3,43%.
Mas a manobra incluída na PEC da Previdência
(Proposta de Emenda à Constituição) exclui o termo
“valor real” em ambos os trechos: o que trata do
reajuste de benefícios dos servidores (parágrafo 8º
do artigo 40) e também o dedicado ao reajuste de
benefícios dos trabalhadores da iniciativa privada
(parágrafo 4º do artigo 201).
Em ambos os casos, a PEC joga a definição das regras
de reajuste para uma lei complementar ainda a ser
desenhada. No aspecto legal, é muito mais fácil
aprovar e mudar uma lei complementar. Ela demanda
257 votos de deputados, em duas votações, e 41 de
senadores, em uma votação. Já uma PEC para mexer na
Carta Magna, como a PEC da Previdência, pede mais
votos – e mais força política. Exige o apoio de 308
deputados e 49 senadores, em duas votações em cada
Casa.
A manobra de Bolsonaro deixa a Presidência livre
para reajustar aposentadorias e pensões abaixo da
inflação. Na prática, esses benefícios podem ficar
até sem reajustes de um ano para outro. “Quando se
retira uma regra da Constituição, ela deixa de ser
política de Estado e passa a ser política de
governo. Poderá ser alterada de acordo com as
conveniências”, afirma a especialista Gláucia Costa,
sócia do LBS Advogados.
É real, portanto, o risco de retrocesso e perdas
para aposentados e pensionistas. “Sem a disposição
constitucional de preservar o valor real, poderá se
chegar ao cúmulo de defender reajustes
excessivamente inferiores à inflação ou mesmo a
ausência de reajustes”, confirma Marcus Orione,
professor de direito previdenciário da USP
(Universidade de São Paulo).
No mês passado, o ministro Paulo Guedes (Economia)
afirmou que, sem a aprovação da reforma da
Previdência (o “Plano A”), o governo teria de
recorrer a um “Plano B” – ou seja, “desvincular,
desobrigar e desindexar o Orçamento”. Porém, a
manobra de Bolsonaro embutida na PEC da Previdência,
se aprovada, já desindexa toda a aposentadoria paga
acima do salário mínimo, pondo o Plano B dentro do
Plano A.
Até o economista Nelson Marconi (Fundação Getulio
Vargas), crítico da indexação automática, faz uma
importante ponderação: “Estamos tratando de algo
específico: o trabalhador da ativa pode negociar
salário para cima ou para baixo, mas aposentados não
têm como negociar. Eles precisam ter o poder de
compra de suas aposentadorias protegido”.
Na opinião de Marcelo Martins, sócio do Granadeiro
Guimarães, a mudança deve ser alvo de questionamento
na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a
primeira etapa pela qual a PEC passa ao longo de sua
tramitação no Congresso. “Se acabar aprovado, deve
ser objeto de ação de inconstitucionalidade [no
Supremo Tribunal Federal]”, diz.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Portal Vermelho
28/02/2019 -
Reforma da Previdência é rejeitada pela própria base
esfacelada do Governo
O isolamento do PSL na Câmara, o dissenso dentro do
partido do presidente sobre a reforma da previdência
e a desarticulação política capitaneada por Onyx
Lorenzoni deixaram o ministro Paulo Guedes com a
'brocha na mão'. A equipe econômica do governo não
tem esperança de contar com grupos que apoiaram Jair
Bolsonaro para turbinar a propaganda em prol da
reforma. Nem os apelos de Rodrigo Maia - para o
governo alimente seus seguidores na internet -
surtem mais efeito. Grupos majoritariamente
bolsonaristas, como policiais civis, militares,
federais e rodoviários, resistem à reforma.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"a reação a mensagens postadas por Carlos Bolsonaro,
um dos filhos do presidente, sobre o assunto
comprovariam o clima adverso. Ele foi escalado pelo
pai para fazer campanha pela Previdência nas redes.
'Votei no 17 mas nem ferrando eu concordo com a
Previdência', escreveu um internauta ao comentar um
vídeo postado pelo vereador no Twitter com Bolsonaro
defendendo as mudanças."
A matéria ainda acrescenta: "'Seu pai podia fazer
uma 'live' [ao vivo] explicando como se aposentar
aos 33 anos de idade', escreveu outro, referindo-se
ao fato de Bolsonaro ter sido transferido para a
reserva remunerada ao ser eleito vereador, em 1988.
'Nem o Bolsonaro defendia a reforma quando era
deputado, pelo contrário, sempre votou contra. Por
que agora esperar que os deputados defendam?',
criticou um seguidor de Carlos no comentário em que
ele cobrava o apoio de parlamentares."
Fonte: Brasil247
28/02/2019 -
Bolsonaro é denunciado por improbidade e peculato no
caso Queiroz
O procurador Carlos Henrique Martins de Lima, do
Distrito Federal, denunciou Jair Bolsonaro à
Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita
de improbidade administrativa e peculato. O despacho
indica que o gabinete de Bolsonaro na Câmara
empregou a ex-assessora Nathália Melo de Queiroz
como funcionária fantasma. Nathália, filha de
Fabrício Queiroz, estava lotada no gabinete de
Bolsonaro na Câmara dos Deputados enquanto
trabalhava como personal trainer no Rio de Janeiro
em horário comercial.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo reitera
que "a funcionária em questão é filha do motorista
Fabrício Queiroz, que foi assessor do senador Flávio
Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj), quando o filho do presidente era
deputado estadual. O motorista, por sua vez, é
investigado pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro por movimentações financeiras atípicas,
identificadas pelo Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf). O gabinete de
Bolsonaro atestou a frequência de Nathália em
Brasília."
A matéria acrescenta: "após o envio da
representação, cabe agora à Procuradora-Geral da
República, Raquel Dodge, avaliar se abre ou não uma
investigação envolvendo o presidente com base na
representação de Lima. O procurador ressalta, no
documento, que a Constituição impede que o
presidente da República seja responsabilizado por
fatos anteriores à posse, mas argumenta que é
possível abrir investigação sobre o caso."
Fonte: Brasil247
28/02/2019 -
Regras da Previdência sofreram seis mudanças nas
últimas três décadas
Reforma proposta pelo governo pretende tornar
sistema sustentável, diz secretário.
Deputado afirma que oposição não aceitará o fim de
direitos
Desde a promulgação da Constituição de 1988, as
regras da Previdência já foram mudadas seis vezes. A
primeira emenda constitucional (EC 3/93) sobre o
tema veio cinco anos depois da nova Carta Magna, e
instituiu contribuições da União e dos servidores
para o custeio de aposentadorias e pensões.
Em 1998, outra emenda (EC 20/98) foi chamada pela
primeira vez de reforma. Ela extinguiu a
aposentadoria proporcional do regime próprio de
Previdência e estabeleceu idades mínimas para a
aposentadoria de servidores públicos. Além disso,
para os segurados do INSS, determinou a contribuição
mínima de 30 anos para mulheres e 35 para homens.
Cinco anos depois, em 2003 (EC 41/03), outra emenda
fixou teto para os benefícios nas esferas federal,
estadual e municipal, além de determinar o cálculo
de aposentadorias e pensões pela média das
remunerações dos trabalhadores. Também acabou com a
integralidade e a paridade das aposentadorias no
serviço público. Criou também a contribuição
previdenciária para aposentados e pensionistas.
A mudança feita em 2005 (EC 47/05) colocou critérios
diferenciados para a aposentadoria de pessoas com
deficiência e trabalhadores em atividades de risco.
Em 2012, outra emenda constitucional (EC 70/12)
promoveu a revisão de aposentadorias por invalidez,
também adotando o critério do cálculo pela média das
remunerações. A última modificação foi feita em 2015
(EC 88/15), com o aumento da aposentadoria
compulsória dos servidores públicos de 70 para 75
anos de idade.
Caráter estrutural
Para Leonardo Rolim, secretário de Políticas de
Previdência Social, todas essas mudanças foram
importantes, mas nenhuma teve caráter estrutural.
Ele defende a nova proposta (PEC 6/19) enviada ao
Congresso pelo governo como uma tentativa de tornar
a Previdência sustentável, mesmo diante do aumento
da expectativa de vida da população brasileira e da
diminuição da taxa de fecundidade no país. O
secretário ressalta que algumas medidas já estão
sendo tomadas pelo Poder Executivo para diminuir o
déficit previdenciário, como o combate a fraudes e a
melhoria da cobrança da dívida ativa.
"Com a recuperação da economia, vamos ter maior
contribuição, menor informalidade, que também reduz
o déficit. Mas esse conjunto de medidas, apesar de
ter um impacto considerável, não é suficiente para
resolver sequer o déficit atual, muito menos o
déficit futuro quando a gente tiver o triplo de
idosos que temos hoje."
Privilégios e direitos
O deputado Bohn Gass (PT-RS) reconhece avanços e apoia
medidas que acabem com privilégios, como as que
estabeleceram um teto para os benefícios dos
servidores públicos e a chamada regra 85/95, para
evitar aposentadorias precoces. Ele lembra, no
entanto, que a Constituição de 88 criou um sistema
para garantir saúde, assistência e previdência
social a todos os brasileiros e acha que a nova
proposta enviada pelo governo ao Legislativo pode
quebrar este sistema. O parlamentar diz que 95% dos
aposentados pelo Regime Geral da Previdência Social
(RGPS) recebem menos de dois salários mínimos.
“Não é aí que está o furo. O furo está nas
sonegações de impostos, nas cobranças que não são
feitas, em outros problemas, mas não na Previdência.
Então, a nossa posição é clara: mexer em privilégios
sim, mas tirar direitos, não."
O deputado Bohn Gass também lembra que o pagamento
de benefícios previdenciários aquece a economia,
principalmente nos pequenos municípios do país.
Fonte: Agência Câmara
28/02/2019 -
Mudanças previstas na reforma da Previdência
preocupam senadores, diz Davi
No almoço desta quarta-feira (27) que reuniu os
presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara,
Rodrigo Maia, com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, Davi expressou a insatisfação dos senadores
com relação às propostas de limitação do Benefício
de Prestação Continuada (BPC), previsto na reforma
da Previdência.
— A Casa achava que a economia com esse recurso era
muito pouca diante do desprestígio aos portadores de
necessidades especiais e aos idosos — declarou.
As mudanças na aposentadoria rural, segundo
Alcolumbre, também repercutiram mal, principalmente
entre os deputados. Ele acrescentou que deverá ser
concluído na próxima semana um estudo sobre todos os
itens do texto da reforma, permitindo avaliar os
pontos polêmicos.
O presidente do Senado disse que Paulo Guedes
acredita na resposta positiva do Congresso às
alterações na Previdência, mas ressalvou que os
parlamentares estão “à disposição para ajudar a
reforma em relação ao país, não ao governo.” Na
reunião, informou Davi, ficou clara a busca de um
“diálogo permanente com a sociedade” para a
definição da reforma.
Fonte: Agência Senado
28/02/2019 -
Produtos tiveram queda de preços de 1,05% na saída
das fábricas
Esse foi o quarto mês consecutivo com registro de
deflação
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços de produtos industrializados no
momento em que eles saem das fábricas, registrou
deflação (queda de preços) de 1,05% em janeiro deste
ano. Esse foi o quarto mês consecutivo com registro
de deflação.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em dezembro, o IPP havia tido
uma deflação de 1,56%. Com o resultado de janeiro, o
indicador acumula queda de preços de 4,16% desde
outubro do ano passado. Apesar disso, o IPP acumula
inflação de 7,99% em 12 meses.
Em janeiro deste ano, 13 das 24 atividades
industriais pesquisadas tiveram deflação, com
destaque para indústrias extrativas (8,98%), outros
produtos químicos (3,43%), alimentos (1,29%) e
metalurgia (2,05%).
Das 11 atividades com inflação, as maiores altas de
preços foram observadas em máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (2,46%), derivados de petróleo e
biocombustíveis (1,51%), impressão (1,34%) e móveis
(1,18%).
Entre as grandes categorias econômicas, apenas os
bens de consumo duráveis registraram inflação em
janeiro (0,88%). As demais registraram deflação no
período: bens de capital, isto é, máquinas e
equipamentos (0,23%), bens intermediários, isto é,
insumos industrializados usados no setor produtivo
(1,62%) e bens de consumo semi e não duráveis
(0,58%).
Fonte: Agência Brasil
28/02/2019 -
Senado aprova proposta para maior controle sobre
barragens
O Senado deu nesta quarta-feira (27) uma resposta à
tragédia de Brumadinho. O PL 550/2019, que reforça a
segurança da exploração mineral no país, foi
aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) e logo depois pela Comissão de Meio
Ambiente (CMA). Com isso, a proposta seguirá para a
Câmara dos Deputados, se não houver recurso para
envio ao Plenário.
Além de reforçar a efetividade da Política Nacional
de Segurança de Barragens (PNSB), a proposição
endurece as penas para os envolvidos em crimes
ambientais que causem mortes, torna mais rígidas as
regras de responsabilização civil e administrativa
dos causadores de tragédias como as de Minas Gerais
e proíbe a construção de reservatórios pelo método
de alteamento a montante — aquele em que a barragem
vai crescendo em degraus, utilizando o próprio
rejeito da mineração.
Construção coletiva
O PL 550/2019 é de autoria da senadora Leila Barros
(PSB-DF), mas o texto aprovado é também resultado de
uma construção conjunta dos senadores Antonio
Anastasia (PSDB-MG) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
que foram relatores na CCJ e na CMA,
respectivamente. Eles ainda aproveitaram sugestões
do PL 635/2019, de Lasier Martins (Pode-RS), de
Eliziane Gama (PPS-MA) e do PLS 224/2016, do
ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que passou a
ser considerado prejudicado.
Diante da importância da proposição, os senadores
fizeram um acordo para que a CCJ votasse o texto,
encerrasse seus trabalhos antecipadamente e enviasse
o projeto imediatamente para análise da CMA, que já
tinha reunião agendada para as 11h30 desta quarta.
Conforme o cronograma de tramitação do PL 550/2019,
cabia justamente à CMA votar de forma terminativa a
proposta — sem necessidade de ir a Plenário, a menos
que houvesse recurso para tal.
Atendendo sugestão de Randolfe Rodrigues,
integrantes das duas comissões vão pessoalmente à
Câmara dos Deputados para entregar o projeto ao
presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
28/02/2019 -
Reforma da Previdência corta direito de quem mais
precisa, diz Humberto Costa
Em pronunciamento nesta quarta-feira (27), o senador
Humberto Costa (PT-PE) disse que a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, encaminhada pelo
governo federal ao Congresso Nacional para reformar
a Previdência Social é marcada pela "lógica
ultrapassada de cortar direitos e excluir os que
mais precisam da rede de proteção do estado". O
senador avaliou que alterações como as mudanças na
aposentadoria rural e a redução do valor do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) significam
uma agressão à dignidade humana.
— Para o trabalhador rural, que sente o peso de uma
enxada, de sol a sol, em condições muitas vezes
inóspitas, Bolsonaro aumentou para 20 anos o tempo
mínimo de contribuição e quer exigir a efetiva
comprovação do recolhimento, além de equiparar a
idade mínima entre homens e mulheres. Isso é de uma
crueldade inaceitável, típica de quem não conhece a
dureza do trabalho no campo, ou de quem dele se
locupleta — criticou.
Humberto também se manifestou contrariamente às
mudanças no tempo de contribuição e idade para que
professores e policiais se aposentem. O fim dos
depósitos mensais do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) para quem decide continuar
trabalhando, o aumento da alíquota e a exigência de
40 anos de contribuição para receber integralmente a
aposentadoria também foram alvos de crítica do
senador. Ele defendeu alternativas para cobrir o
déficit nas contas do governo.
— Não se fala em rever a política de desonerações
que, somente este ano, deve tragar mais de R$ 300
bilhões. Não se fala no efetivo combate à sonegação,
que deixa escoar pelos ralos da impunidade mais de
meio trilhão de reais. O ajuste é todo feito nas
costas dos mais pobres, em prejuízo dos mais pobres.
Fonte: Agência Senado
27/02/2019 -
Centrais definem agenda de ações unitárias em favor
da Previdência pública
As Centrais Sindicais definiram nesta terça (26), na
sede do Dieese, em São Paulo, uma série de ações de
comunicação e um calendário de mobilizações contra o
fim da Previdência Pública. Os sindicalistas também
debateram os principais impactos da proposta de
reforma do sistema de aposentadorias apresentada
pelo governo.
Participaram do encontro no Dieese, em São Paulo,
representantes da CUT, Força Sindical, CTB, UGT,
Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, CGTB e
Intersindical.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, avaliou que a
luta contra a proposta apresentada pelo governo
Bolsonaro vai ser "uma guerra de comunicação”.
“Precisamos esclarecer a população. É preciso ganhar
a opinião pública. Temos que falar aos trabalhadores
com uma linguagem direta. É preciso frisar: você vai
perder a aposentadoria e seus direitos", destacou.
Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, fez
uma exposição sobre os principais impactos da PEC
6/2019. Ele alertou que a desconstitucionalização da
Previdência, ou seja, a remeter para lei
complementar a definição dos regimes
previdenciários, “é um cheque em branco para o
governo avançar rumo ao sistema de capitalização e a
privatização”.
Mulher - Para Luiz Carlos Prates (Mancha),
dirigente da CSP-Conlutas, o que colocado pela
análise técnica feita pelo Dieese, “mostra que o
ataque é muito pior do que pensávamos”. Ele propôs
transformar as comemorações do Dia Internacional da
Mulher, celebrado em 8 de março, em grandes
manifestações em defesa da aposentadoria.
“Temos que orientar as organizações dos movimentos
populares, que tradicionalmente organizam grandes
atos e mobilizações nesta data, a colocar o tema da
reforma da Previdência como carro chefe das
manifestações", ressaltou Mancha.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves (Juruna), defendeu a realização do dia de
lutas em 22 de março, com manifestações em todo o
País, como forma de avançar na mobilização dos
trabalhadores. “A proposta de greve geral tem de ser
construída e muito bem elaborada. É preciso criar
antes uma pauta única. Unificar os discursos",
afirmou.
Ações - Além de reforçar a presença do tema
nas manifestações do 8 de março, pelo menos mais
duas datas para a realização de protestos ficaram
definidas. O Dia Nacional de Lutas, em 22 de março;
e um ato em frente à Superintendência do INSS em São
Paulo, dia 29 de março, com passeata pelas ruas
centrais da Capital.
Dieese - O Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos informou a
publicação de uma Nota Técnica ainda na noite desta
terça. Mais três textos serão lançados na semana que
vem, com detalhamentos sobre PEC do governo.
Ainda nesta semana, deve ficar pronto um aplicativo,
chamado de ‘Aposentômetro”, que compara como é hoje
e com ficará a aposentadoria caso a reforma seja
aprovada.
Agenda - Na quinta (28), sindicalistas voltam
a se reunir, com assessoria de técnicos e
jornalistas, para debater a produção das peças de
divulgação.
Fonte: Agência Sindical
27/02/2019 -
Pesquisa CNT/MDA: Bolsonaro tem o pior índice desde
1º mandato de Lula
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça (26) revela
que o presidente Bolsonaro tem o pior índice de
aprovação desde a primeira posse de Luiz Inácio Lula
da Silva, em 2003. Bolsonaro é visto como bom ou
ótimo por 38,9% da população. Na primeira pesquisa
sobre Lula o índice da aprovação chegou a 56,6%.
Segundo levantamento da Carta Capital, no segundo
governo de Lula a popularidade dele alcançou 49,5%.
“Os primeiros meses de Dilma Rousseff foram
considerados bons ou ótimos por 49,2% dos
brasileiros. Consideraram regular por 37,1% e ruim
ou péssimo por 9,3%”, revelou a revista.
No segundo mandato – em meio a polarização política,
recessão e o início da Lava Jato – o desempenho da
petista despencou: em março de 2015, a popularidade
caiu a 10,8% e os que consideravam o governo ruim ou
péssimo chegaram a 64,8%.
Os que avaliaram o governo Bolsonaro como regular
foram 29%, e 19% consideram a estreia do pesselista
ruim ou péssima. Outros 13,15% não souberam opinar.
Foram ouvidas 2.002 pessoas, entre os dias 21 e 23
de fevereiro. Na avaliação pessoal, Bolsonaro é
aprovado por 57,5% dos brasileiros. 28,2% desaprovam
e 14,3% não souberam opinar.
CartaCapital não considerou a primeira pesquisa do
governo Temer, já que o emedebista já fazia parte do
governo e não assumiu a presidência via processo
eleitoral. Caso fosse considerado, seria o mais
impopular: marcou apenas 10,8% na aprovação de
estreia.
Também não foi incluído FHC, já que a série
histórica da CNT/MDA não engloba os oito anos de
mandato do tucano – a primeira pesquisa é de 1998, e
o presidente tomou posse em 1995. Naquele fim de
primeiro mandato, tinha 32% de aprovação.
Fonte: Carta Capital
27/02/2019 -
Contribuição fixada em assembleia se aplica a toda a
categoria
A assembleia é considerada fonte de anuência prévia
e expressa para a instituição da contribuição
sindical de toda a categoria, garantido porém o
direito de cada empregado de se opor à cobrança. Foi
esse o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho
da 2ª Região (SP), que julgou dissídio envolvendo os
empregados e o sindicato patronal da construção
civil pesada em São Paulo, validando desconto para
todos os integrantes da categoria, sindicalizados ou
não.
Para a Seção de Dissídios Coletivos do TRT-2, a Lei
13.467/17 (mais conhecida como reforma trabalhista)
condicionou o desconto da contribuição à autorização
prévia, visando compatibilizá-la aos preceitos
constitucionais da liberdade sindical.
“Antes vigorava a obrigatoriedade da contribuição
sindical pelas mãos do Estado, doravante a
contribuição sindical passa a ser voluntária, fixada
pela vontade ‘dos que participarem da categoria’ (art,
579,CLT) (...) Foi reconhecida a autonomia coletiva
e a soberania da assembleia geral dos trabalhadores,
com o poder de fixar contribuição em se tratando de
categoria profissional (art. 8º, IV,CF/88) e,
permitida a oposição individual do membro da
categoria, porque ninguém é obrigado a filiar-se ou
manter-se filiado (art. 8º, V,CF/88)”, afirmou a
desembargadora-relatora Ivani Bramante.
Em seu voto, a magistrada esclareceu que, a partir
do julgamento da ADI 5.794 – que havia declarado a
constitucionalidade do fim da contribuição sindical
obrigatória –, é lícita sua fixação pela assembleia
geral e dever do empregador de efetuar o desconto em
folha para todos os membros da categoria, assegurado
o direito de oposição individual, vedada qualquer
conduta antissindical (seja ela praticada pelo
Estado, sindicatos, empregados e empregadores)
tendente a tomar, coletar, forçar, induzir,
declarações dos empregados de oposição à
contribuição.
Para corroborar o julgado, a desembargadora citou,
entre outras jurisprudências, convenções coletivas
referendadas pelo Tribunal Superior do Trabalho que
preveem a cobrança para todos os trabalhadores após
autorização em assembleia (autos Pedido de Mediação
Pré-Processual – PMPP - 1000356-60.2017.5.00.0000,
PMPP 15501-76.2017.5.02.0000 e PMPP
1000191-78.2018.5.00.0000), bem como a Nota Técnica
MPT 02/2018, o Inquérito Civil nº 611.2008.04.000/3
da PRT da 4ª Região e o Enunciado nº 38 da
Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho, de
mesmo entendimento e que dispõe que o controle do
empregador sobre o desconto é incompatível com o
art. 8º da Constituição Federal e com o art. 1º da
Convenção 98 da Organização Internacional do
Trabalho, por violar a liberdade e autonomia
sindical e os princípios de proibição de condutas
antissindicais.
Fonte: TRT2
27/02/2019 -
Taxa de desemprego fica estável na região
metropolitana de São Paulo
A taxa de desemprego na região metropolitana de São
Paulo manteve-se estável, ao passar de passar de
15,1%, em dezembro de 2018, para 15,3%, em janeiro
de 2019, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego
(PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de
Dados (Fundação Seade) e do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
O número estimado de desempregados foi 1.699 mil
pessoas, 18 mil a mais que no mês anterior. Segundo
os dados, esse número se deve ao fechamento de 48
mil postos de trabalho (-0,5%), número maios do que
a redução da População Economicamente Ativa (PEA),
que registrou 30 mil pessoas deixando o mercado de
trabalho da região (-0,3%).
De acordo com o levantamento, em janeiro o nível de
ocupação caiu -0,5% e o contingente de ocupados foi
estimado em 9.403 mil pessoas, resultado atribuído a
reduções no Comércio e reparação de veículos
automotores e motocicletas (-37 mil postos de
trabalho, ou -2,2%), na Construção (-31 mil, ou
-5,2%) e, em menor medida, na Indústria de
Transformação (-7 mil, ou -0,5%), enquanto houve
aumento nos Serviços (28 mil, ou 0,5%).
A pesquisa mostrou que o número de assalariados na
região metropolitana de São Paulo teve queda de
-0,2%, devido às elevações no setor privado (0,6%) e
reduções no setor público (-7,2%). No setor privado,
o assalariamento com Carteira de Trabalho assinada
aumentou (1,0%), enquanto diminuiu o sem carteira
(-1,7%). Houve, ainda, elevação da ocupação entre os
autônomos (0,7%) e diminuição entre empregados
domésticos (-2,0%) e os classificados nas demais
posições (-5,1%)
De acordo com a PED, entre dezembro de 2018 e
janeiro de 2019, o rendimento médio real dos
ocupados ficou estável em -0,1%, equivalendo a R$
2.055,00 na região metropolitana de São Paulo. O
rendimento dos assalariados diminuiu -0,7% passando
a valer R$ 2.127,00
Últimos 12 meses
Segundo a PED, em janeiro de 2019, a taxa de
desemprego total na Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP) de (15,3%) ficou abaixo da verificada
no mesmo mês do ano anterior (16,2%). A taxa de
desemprego aberto diminuiu de 12,9% para 12,5%, e a
de desemprego oculto de 3,3% para 2,8%. O
contingente de desempregados reduziu-se em 59 mil
pessoas, resultado da elevação do número de ocupados
(310 mil pessoas, ou 3,4%) em intensidade superior
ao aumento da força de trabalho da região (251 mil
pessoas entraram no mercado de trabalho, ou 2,3%).
De acordo com os dados, o desempenho está
relacionado à elevação nos Serviços (mais 370 mil
postos de trabalho, ou 6,9%). Houve estabilidade no
Comércio e Reparação de Veículos Automotores e
Motocicletas, redução na Construção (-63 mil, ou
-10,0%) e não variou o contingente na Indústria de
Transformação (-1 mil, ou -0,1%).
O assalariamento total aumentou 3,0% nos últimos 12
meses, com a elevação do contingente de empregados
com carteira de trabalho assinada (4,2%) e o sem
carteira (8,7%) no setor privado. Aumentou, ainda, o
número de empregados domésticos (13,3%) e de
autônomos (5,2%), enquanto diminuiu o daqueles
classificados nas demais posições (-5,7%).
Entre dezembro de 2017 e de 2018, o rendimento médio
real dos ocupados caiu (-2,7%) e o dos assalariados
(-1,3%). A massa de rendimentos aumentou para
ocupados (0,7%) e assalariados (1,9%). Em ambos os
casos os resultados decorreram de elevações na
ocupação, pois os rendimentos médios diminuíram.
Fonte: Agência Brasil
27/02/2019 -
Bolsonaro representa perigo à economia e ordem
social, diz Estadão
Após um bom tempo omitindo informações que pudessem
contribuir com seus eleitores sobre quem de fato era
Jair Bolsonaro, o jornal o Estado de S. Paulo agora
o vê como real perigo para a estabilidade econômica
e social do país.
No editorial de domingo (24), o jornal classificou
“bolsonarismo como uma caricatura mal-ajambrada de
movimentos populistas que de tempos em tempos
assombram o país”.
Porém, o veículo diz que não se trata de uma
situação tranquilizante: “Ao contrário: a esclerose
precoce do governo de Jair Bolsonaro parece ter
despertado no presidente o demagogo que ele sempre
foi e que se encontrava apenas anestesiado em razão
de conveniências políticas”.
Para o Estadão, essa situação pode levar o país a
sérias consequências. “Nem é preciso enfatizar o
perigo um cenário desse representa para a
estabilidade do país e mesmo para ordem social”, diz
o texto.
A deputada federal e líder da Minoria na Câmara,
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), diz que o jornal chama
Bolsonaro de demagogo, sem projeto de país, que usa
mensagens tolas nas redes sociais e só pensa em
aplauso fácil.
“Praticamente o descreve como um despreparado. Até o
campo ideológico dele reconhece a tragédia que seu
Governo é para o Brasil”, diz a líder.
Da redação em Brasília
Fonte: Portal Vermelho
27/02/2019 -
Câmara vai ter comissão para criar novo Código de
Mineração
Foi lida nesta terça-feira a criação de uma comissão
especial destinada à elaboração de um novo Código de
Mineração. A Comissão será composta de 34 titulares
e de igual número de suplentes. Cabe às lideranças
partidárias indicar os nomes para compor o colegiado
para que possa ser realizada a instalação.
O colegiado é criado pouco mais de um mês após o
rompimento da barragem de rejeitos de uma mina da
Vale em Brumadinho. A intenção é criar uma nova
legislação sobre o tema.
Em novembro de 2017, a Câmara dos Deputados analisou
uma medida provisória (MP 791/17) com diversas
mudanças no Código de Mineração, entre elas a
criação da Agência Nacional de Mineração.
Além disso, tramita na Casa a proposta de novo
Código de Mineração (PLs 37/11, 5807/13 e outros). O
texto chegou a ter relatório apresentado, mas não
foi votada em Plenário.
Fonte: Agência Câmara
27/02/2019 -
Previdência: Bolsonaro e líderes debatem eventuais
mudanças na reforma
O presidente Jair Bolsonaro reuniu-se nesta
terça-feira (26), durante quase três horas, com
líderes de partidos na Câmara para discutir a
reforma da Previdência. No encontro, eles trataram
de eventuais mudanças na proposta enviada ao
Congresso, sobretudo nas regras previstas para o
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a
aposentadoria rural.
“O que ele [presidente] deixou muito claro é que o
Congresso vai ter a liberdade de propor essas
alterações e que já há praticamente um sentimento
inicial de que vai ter alterações na reforma da
Previdência”, disse à imprensa o líder do PMN,
Eduardo Braide (MA), após a reunião.
Segundo relatos dos deputados que estiveram no
Palácio da Alvorada, o presidente está aberto a
críticas e a mudanças na reforma.
“O presidente deixou claro que essa reforma não é
dele, é do Brasil. E que temos a liberdade total
para fazer as mudanças para tirar o Brasil da
crise”, disse o líder do Podemos, José Nelto (GO).
Também houve críticas ao aumento da idade mínima
para os professores.
Participaram do encontro com Bolsonaro 22 deputados
federais, além do ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni. Segundo a deputada Joice Hasselmann
(PSL-SP), na sexta-feira (1º), haverá uma reunião
entre os líderes do governo e o núcleo político de
Bolsonaro para afinar os detalhes da estratégia de
articulação política sobre a reforma.
“É claro que, se há um descontentamento geral, a
gente vai ouvir e vai discutir. O ministro Onyx diz
que há pontos que precisam ser mais bem explicados,
como na questão do BPC”, destacou Joice, que, ao
deixar o Alvorada, informou que será a nova líder do
governo no Congresso. Segundo ela, o anúncio foi
feito pelo ministro Onyx Lorenzoni, na abertura da
reunião.
Reforma para os militares
Os líderes também cobraram a entrega da proposta de
reforma para os militares. Eles querem que a
proposta já enviada pelo governo espere o texto
sobre os militares para começar a tramitar. O
martelo não foi batido sobre o assunto, mas a nova
líder do governo no Congresso acredita que é
possível entregar em breve o texto referente aos
militares. “Pelo que estou ouvindo da equipe
econômica, tudo está caminhando bem para que o texto
chegue logo”, disse a deputada.
Debate com a sociedade
Os deputados também conversaram sobre a importância de
se debater com a sociedade a necessidade de
aprovação da reforma. “Foi dito pelo próprio
presidente que ele se engajará diretamente na
campanha e no convencimento. É isso que a gente
espera. Se ele teve os votos, partimos do
pressuposto que ele tem credibilidade para convencer
as pessoas e, claro, debater o texto, abrir o canal
com a sociedade”, disse o líder do PPS, Daniel
Coelho (PE).
“A gente falou de estratégias de comunicação e há um
consenso de que o melhor garoto propaganda é o
presidente da República. É ele, com aquele jeitão
que ele fez campanha, olhando no olho do povo. Ele
já se comprometeu que vai fazer isso”, completou
Joice Hasselmann.
Fonte: Agência Senado
27/02/2019 -
Rejeitado trâmite de ADPF ajuizada por confederação
contra MP que extinguiu Ministério do Trabalho
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou a extinção da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 562,
na qual a Confederação Nacional das Profissões
Liberais questionava dispositivos da Medida
Provisória (MP) 870/2019, que extinguiu o Ministério
do Trabalho e distribuiu sua competência pelos
Ministérios da Cidadania, Economia e Justiça e
Segurança Pública. Entre outros fundamentos para
rejeitar o trâmite da ação, o relator verificou que
não foi preenchido o requisito da subsidiariedade
para cabimento da ADPF, uma vez que a matéria pode
ser questionada por meio de outros instrumentos
jurídicos.
O ministro constatou que o pedido busca a declaração
de inconstitucionalidade de diversos dispositivos da
MP 870/2019, editada sob a ordem constitucional
vigente. Portanto, segundo Lewandowski, trata-se de
norma que, no controle concentrado de
constitucionalidade, deve ser objeto de ação direta
de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de
constitucionalidade. Ele lembrou inclusive que a ADI
6057, também de sua relatoria, foi ajuizada pelo
Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra a
extinção do Ministério do Trabalho, na qual ele já
requereu informações. “O ajuizamento da ADPF rege-se
pelo princípio da subsidiariedade, previsto no
artigo 4°, parágrafo 1°, da Lei 9.882/1999, que
pressupõe, para a admissibilidade desta ação
constitucional, a inexistência de qualquer outro
meio juridicamente idôneo apto a sanar, com real
efetividade, o estado de lesividade eventualmente
causado pelo ato impugnado”, explicou.
Outro ponto que também impede o trâmite da ADPF,
conforme o relator, é ilegitimidade da Confederação
Nacional das Profissões Liberais para ajuizar a
ação. Ele explicou que a jurisprudência do STF
somente considera entidade de classe, para efeito de
ajuizamento de ações de controle concentrado de
constitucionalidade, aquela que reúna membros que se
dedicam a uma mesma atividade profissional ou
econômica. Conforme o estatuto da entidade, ela
representa, indistintamente, profissionais liberais
de todo o país, o que demostra sua heterogeneidade.
Lewandowski também não verificou no caso a
pertinência temática entre as finalidades
associativas – estudo, coordenação, proteção,
reivindicação e representação legal dos
profissionais liberais, empregados e autônomos – e a
matéria discutida nos autos, que é a extinção do
Ministério do Trabalho.
“Inadmissível o uso de ADPF no caso concreto, sob
pena de banalizar a jurisdição constitucional
concentrada que a Constituição da República atribui
ao STF”, conclui o ministro.
Fonte: STF
27/02/2019 -
CDH decidirá sobre novas medidas protetivas para
mulheres
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) deve votar, em reunião nesta
quarta-feira (27), a partir das 9h, o Projeto de Lei
da Câmara (PLC) 94/2018, que autoriza policiais ou
juízes a aplicarem medidas protetivas de urgência
para impedir violência contra mulheres ou seus
dependentes. Em caso de risco iminente à vida ou à
integridade física por parte do marido ou pai, o
agressor poderá ser imediatamente afastado da casa
ou local de convivência pelo juiz, delegado ou
agente policial.
A CDH vai analisar ainda dois projetos de lei do
Senado o PLS 402/2018, que passa a exigir o chamado
“desenho universal” de acessibilidade na concepção e
implantação de desenvolvimentos urbanos; e o PLS
72/2018, que altera o nome do Estatuto do Idoso para
Estatuto da Pessoa Idosa.
Também devem ser apreciados dois requerimentos para
realização de audiências públicas: sobre o Dia
Internacional de Enfrentamento à LGBTfobia e sobre o
Dia Internacional do Autismo.
Fonte: Agência Senado
26/02/2019 -
Citando Brumadinho, CNTI vai ao STF contra limite de
indenização trabalhista
Entidade diz que nenhuma lei pode limitar o Poder
Judiciário na fixação de reparação por dano moral
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI) também ajuizou no Supremo Tribunal
Federal, nesta segunda-feira (25/2), uma ação de
inconstitucionalidade contra dispositivos da reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017) que limitam os valores
de indenizações por danos morais decorrentes da
relação de trabalho ao teto de 50 salários do
empregado.
A nova ADI 6.082 soma-se às ADIS 5.870 e 6.069,
estas propostas, respectivamente, pela Associação
dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e
pela Ordem dos Advogados do Brasil – a primeira em
dezembro de 2017 e a da OAB no início deste mês. O
relator dos feitos, por prevenção, é o ministro
Gilmar Mendes.
A questão básica levantada pelos autores das ações é
a de que nenhuma lei pode impor limitação ao Poder
Judiciário na fixação de indenização por dano moral,
sob pena de “limitar o próprio exercício da função”.
Mas a CNTI torna a discussão ainda mais polêmica, ao
dar realce às consequências trágicas do rompimento
da barragem de Brumadinho, e requerer a concessão
urgente de medida liminar ao ministro-relator, nos
seguintes termos:
– “O rompimento da barragem de Brumadinho – MG,
ocorrido em janeiro de 2019, deve sensibilizar esta
Egrégia Corte, no sentido de evidenciar a flagrante
inconstitucionalidade dos dispositivos aqui
questionados. As notícias trazidas pela imprensa
apontam o rompimento da barragem da Vale como um dos
maiores acidentes do trabalho no Brasil. E,
portanto, a indenização dos danos extrapatrimonial
dos trabalhadores empregados da Vale, de empresas
terceirizadas ou de seus familiares, não pode ser
fixada com base nos critérios adotados no impugnado
art. 223-G, CLT.
Isso quer dizer que, no caso de uma ofensa
gravíssima à vida, saúde, ou integridade física
decorrente de uma relação empregatícia, isto é, na
hipótese de dano extrapatrimonial sofrido por alguém
constantemente exposto a riscos no trabalho, o valor
da compensação estará limitado a 50 (cinquenta)
vezes o último salário contratual do ofendido,
independentemente da necessidade da vítima, da
gravidade da ofensa, das circunstâncias do caso e da
capacidade econômica do ofensor”.
– “Nos exatos termos dos dispositivos questionados,
diante do rompimento da barragem da Vale, em
Brumadinho, que causou o soterramento de centenas de
trabalhadores, o valor dos danos morais devidos às
suas famílias, portanto, ficaria limitado a 50 (cinquenta)
vezes os salários dos empregados mortos. O pagamento
pela Vale aos familiares de um trabalhador falecido
cujo salário contratual fosse de R$ 1.000,00 (mil
reais), à luz dessa norma, não poderia ultrapassar o
valor de R$ 50.000,00, (cinquenta mil reais),
independentemente da capacidade econômica, da
gravidade do fato e do grau de culpa ou dolo do
ofensor”.
A advogada da CNTI, Jacqueline Amarilio de Sousa, ao
sublinhar o pedido de medida cautelar, afirma ainda:
“Já no tocante ao perigo da demora, tal requisito
também resta patente, pois é inevitável que a
delonga até o julgamento definitivo da presente ação
acarretará prejuízos irreversíveis aos trabalhadores
brasileiros, principalmente aos representados pela
Confederação autora, que pertencem ao ramo da
indústria extrativa, dentre eles, os que trabalhavam
ou prestavam serviço para a empresa Vale/SA, por
ocasião do Acidente de Trabalho ampliado, decorrente
do rompimento da Barragem I, do Córrego do Feijão,
na cidade de Brumadinho-MG, ocorrido em 25 de
janeiro de 2019”.
Fonte: Jota
26/02/2019 -
Sindicalistas afirmam na CDH que deficit da
Previdência é 'manobra contábil'
O deficit na Previdência Social é fruto de uma
manobra contábil de técnicos do governo e não leva
em conta nem a legislação nem problemas de gestão do
sistema de seguridade. Este foi o ponto de vista
apresentado por sindicalistas durante audiência da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), nesta segunda-feira (25). O
colegiado debateu a proposta de reforma apresentada
pelo governo ao Congresso Nacional (PEC 6/2019).
O representante da Associação Nacional dos Membros
do Ministério Público (Conamp), Paulo Penteado,
reclamou por exemplo que, entre 2007 e 2016, o
Brasil abriu mão de R$ 2,265 trilhões através de
isenções previdenciárias, segundo cálculos
atualizados. A este montante, segundo ele, soma-se
R$ 1 trilhão fruto do estoque da dívida com o
sistema.
— A proposta do governo fala em uma dívida de R$ 424
bilhões [com a Previdência]. Mas esta é só a dívida
previdenciária, esqueceram-se das dívidas da
contribuição social. O governo alega que a única
saída para salvar as contas públicas é fazer uma
reforma que retira direitos da população. Mas a
própria Receita Federal diz não ter dados, por
exemplo, para projetar o impacto da sonegação à
legislação trabalhista. A Anfip [Associação Nacional
dos Auditores da Receita] sabe, mas a Receita
oficialmente não sabe. Como que um governo propõe
uma reforma da Previdência sem a Receita projetar o
impacto oriundo da sonegação? — questionou.
O procurador também ressaltou que as isenções
fiscais já chegam a 4% do PIB, um recorde mundial.
Segundo ele, o governo federal abriu mão de R$ 354
bilhões com isenções, somente em 2017.
— O governo diz que quer economizar R$ 1 trilhão em
dez anos [com a reforma da Previdência], na prática
suprimindo direitos. Economiza mais do que isso em
três anos, se acabar com estas isenções — disse.
DRU
O representante da Conamp citou ainda que, somente em
2016, foram "desviados" R$ 92 bilhões da seguridade
através da Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Além disso, segundo ele, a seguridade perdeu R$ 144
bilhões por meio de benefícios fiscais e R$ 190
bilhões para o que chama de "deficit gerencial":
sonegações, fraudes, inadimplências e erros.
— O Brasil abre mão de receitas bilionárias e depois
diz que tem deficit. É claro, se eu não cobro e
desvio o que tem, vai ter deficit. É isso que
precisa ser consertado na Previdência, além de rever
as legislações relativas a Refis e parar de perdoar
sonegadores — reclamou.
O representante da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo
Boal, registrou que o governo federal perdoou,
somente em 2018, R$ 65 bilhões frutos de sonegação
fiscal.
BPC
Diversos participantes da audiência na CDH também
protestaram pelo fato da reforma
desconstitucionalizar temas ligados à Previdência
Social e endurecer os requisitos para recebimento do
Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Fonte: Agência Senado
26/02/2019 -
Maia alerta para dificuldades na votação da reforma
da Previdência
Mudanças no BPC e aposentadoria rural são as que
mais preocupam
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
disse nesta segunda-feira (25) que as mudanças nas
regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC)
podem dificultar a tramitação da reforma da
Previdência. Pela proposta, a partir dos 60 anos, os
idosos receberão R$ 400 de BPC, e somente a partir
de 70 anos, o valor sobe para um salário mínimo.
Atualmente, o BPC é pago para deficientes, sem
limite de idade, e idosos, a partir de 65 anos, no
valor de um salário mínimo. O benefício é concedido
a quem é considerado em condição de miserabilidade,
com renda mensal per capita inferior a um quarto do
salário mínimo.
Segundo Maia, as alterações podem até trazer impacto
negativo às contas públicas ao mesmo tempo que
dificultam a formação de um consenso em torno da
reforma. “O importante é que a gente faça o debate
daquilo que veio, mantenha o apoio daquilo que for
majoritário e retire o que, do ponto de vista
fiscal, não está ajudando, mas do ponto de vista
político está contaminando”, ressaltou após
participar de um debate sobre a reforma da
Previdência promovido pelo jornal Folha de S.Paulo.
Aposentadoria rural
As mudanças nas regras do BPC e da aposentadoria rural
trazem, de acordo com o presidente da Câmara,
resistências, especialmente do Nordeste. Maia espera
conseguir apoio de, pelo menos, alguns dos
governadores da região para a proposta, e esses
pontos dificultam, na sua avaliação, essa
articulação. “O BPC e a aposentadoria rural tiram
força dos governadores na base dos partidos”,
enfatizou.
Pelas regras atuais para a aposentadoria rural, as
mulheres se aposentam com 55 anos e os homens com 60
anos, com tempo mínimo de atividade rural de 15
anos. A proposta prevê idade mínima de 60 anos tanto
para homens quanto para mulheres, com contribuição
de 20 anos.
Transição
A contribuição mínima de 20 anos também é um ponto que
deve, segundo Maia, enfrentar forte oposição. “Essa
transição do tempo de contribuição tem que ser
discutida, porque, de fato, tem um impacto grande na
base da sociedade. Porque se 70% já não consegue
aposentar pelo tempo de contribuição, se você
ampliar muito rápido de 15 para 20 anos pode ser uma
decisão que prejudica mais do que ajuda”, disse.
A proposta de reforma da Previdência enviada na
semana passada ao Congresso Nacional estabelece
idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para
homens, com contribuição mínima de 20 anos. Nessa
proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de
contribuição.
Atualmente, a aposentadoria por idade é de 60 anos
para mulheres e 65 anos para os homens, com
contribuição mínima de 15 anos. A aposentadoria por
tempo de contribuição é de 30 anos para mulheres e
35 para os homens.
Apesar das ressalvas em relação ao texto, o
presidente da Câmara criticou a pressão feita pelos
servidores públicos para evitar as mudanças na
Previdência. “Eles defendem os seus próprios
interesses de forma irracional e sem nenhuma
preocupação com o coletivo”, disse sobre as
categorias com maiores salários dentro do Estado.
Para Maia, é necessária uma estratégia de
comunicação que dialogue com a sociedade e mostre a
urgência e necessidade da reforma. “Essa questão da
comunicação é decisiva. Não tem como ir para o
enfrentamento em um tema tão sensível como esse sem
a capacidade de explicar, de forma muito clara para
o cidadão, o que nós estamos fazendo”, enfatizou.
Devido a importância para manter a saúde das contas
públicas, a questão da Previdência vem, na avaliação
de Maia, antes de outras propostas, como as medidas
contra o crime propostas pelo ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro. “Nada disso vai ter
impacto na sociedade se o sistema quebrar”, disse.
Fonte: Agência Brasil
26/02/2019 -
Sindicatos encaminham fusão em São Paulo para
enfrentar reforma trabalhista
Três Sindicatos da Grande São Paulo, ligados ao
setor industrial da alimentação, devem se
transformar em uma única entidade, que representará
50 mil trabalhadores das áreas da matéria-prima e de
produtos acabados da alimentação, do fumo e dos
laticínios.
“Esperamos concluir este processo até o segundo
semestre deste ano. Já fizemos assembleias
individuais e a próxima será conjunta. Teremos de
cumprir um rito, como ter CNPJ único e novas
estratégias para atuar com este sindicatão”, diz
Carlos Vicente de Oliveira (Carlão), presidente do
Sindeeia (Sindicato da Alimentação de São Paulo e
Região), que trata de funcionários do setor de
produtos acabados, como doces, conservas e balas.
Orlando Roberto Dutra é presidente do STIA
(Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da
Alimentação de SP), responsável pelas áreas de
matéria-prima, como óleo, farinha, milho e soja.
Dutra lembrou que, as entidades que ele e o Carlão
presidem, firmaram há anos o compromisso de se
fundirem. No entanto, esse processo começou
efetivamente há dois anos.
A fusão ou incorporação de Sindicatos é prevista na
Portaria 326/2013, publicada pelo então Ministério
do Trabalho. O assunto passou a ser tema frequente
nas conversas dos sindicalistas, depois da queda
brutal da receita das entidades provocada pela
reforma trabalhista.
Situação catastrófica - “Tomamos esta decisão por
causa desta situação catastrófica que o movimento
sindical está atravessando. Juntando nossas forças,
vamos melhorar o poder de negociação que temos hoje
e beneficiar ainda mais os trabalhadores”, afirma
Geraldo Pires, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria de Laticínios.
A Força Sindical, Central à qual pertencem os
Sindicatos, vem recomendando o debate a seus
associados. O mesmo faz a UGT. “Estamos analisando
alternativas. Os práticos de farmácia estão
discutindo, mas não existe dentro da Central nenhum
caso ainda”, informa Ricardo Patah, presidente da
entidade e do Sindicato dos Comerciários da capital
paulista.
Fonte: Agência Sindical
26/02/2019 -
'Reforma' de Bolsonaro corta abono do PIS/Pasep de
23 milhões de trabalhadores
Benefício é pago atualmente a quem recebe até
dois salários mínimos, mas pode passar a ser pago
somente a quem recebe até um
As mudanças pretendidas pelo governo de Jair
Bolsonaro (PSL) nas aposentadorias dos
trabalhadores, reunidas na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019, trazem outros prejuízos
aos trabalhadores de baixa renda. Apresentado na
semana passada ao Congresso, o projeto de "reforma"
da Previdência, vai restringir o pagamento do abono
salarial, benefício destinado aos trabalhares que
têm carteira assinada e baixa renda.
Hoje esse benefício – originário do PIS/Pasep – é
pago anualmente aos trabalhadores que recebem até
dois salários mínimos por mês. Mas pela proposta
será pago somente a quem ganha até um salário
mínimo. O resultado será que 23,4 milhões de
trabalhadores devem perder o benefício anual,
correspondente ao valor de um salário mínimo,
atualmente em R$ 998. Em outras palavras, ao
promover essa mudança, o governo elimina o abono
para 91,5% do total de pessoas que podem recebê-lo.
Essas informações foram apresentadas hoje pela
economista e especialista em dívida pública Maria
Lúcia Fattorelli, ao participar de debate sobre o
tema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O seminário versou também sobre reforma
administrativa e a renegociação da dívida dos
estados. Maria Lúcia comentou sobre a relação entre
as mudanças que o governo pretende na Previdência,
sem tocar no sistema da dívida do país, que usa
dinheiro público para alimentar os mecanismos de
remuneração da dívida, com as taxas de juros reais
mais altas do mundo.
Em sua exposição, Maria Lúcia também mostrou que a
PEC prevê a segregação contábil do orçamento da
seguridade social nas ações de saúde, previdência e
assistência social, preservado o caráter
contributivo da previdência social. “Ou seja, isto
pode legalizar a fabricação do déficit da
Previdência, omitindo-se as receitas da seguridade
social”, afirmou.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/02/2019 -
Justiça do Trabalho recolheu R$ 3,6 bilhões em 2018
aos cofres da União
A Justiça do Trabalho recolheu aos cofres públicos
da União R$ 3.608.526.503,37 de janeiro a dezembro
de 2018. O montante representa o somatório das
custas e emolumentos incidentes sobre os processos e
multas aplicadas pela fiscalização do trabalho, além
de contribuições previdenciárias e Imposto de Renda
devidos em razão das condenações fixadas pelo
Judiciário Trabalhista.
O maior impacto refere-se às contribuições
previdenciárias, que montam a R$ 2.768.230.481,67,
seguidas do Imposto de Renda (R$ 417.903.518,65),
das custas processuais (R$ 403.183.730,73) e das
multas (19.208.772,32). “Tais valores tornam-se
ainda mais significativos se considerarmos que o
recolhimento de tributos e de outras receitas
federais não constitui a principal atividade da
Justiça do Trabalho”, observa o corregedor-geral da
Justiça do Trabalho, ministro Lelio bentes Corrêa.
“A incidência tributária se dá em razão dos valores
reconhecidos judicialmente nas reclamações
trabalhistas movidas contra empregadores e
constituem relevante instrumento de recuperação de
receitas não satisfeitas oportunamente”.
Combate à sonegação
O ministro explica que o recolhimento das
contribuições previdenciárias só foi possível em
razão das decisões proferidas pelo Judiciário
Trabalhista, pois elas decorrem do reconhecimento de
direitos frustrados no decorrer dos contratos de
trabalho. “Com as decisões e acordos judiciais
celebrados, os cofres da Previdência Social são
recompostos com parcela significativa, que lhe fora
sonegada”.
Ainda de acordo com o levantamento, a atuação dos
magistrados do trabalho foi diretamente responsável
pela colocação de quase R$ 30 bilhões na economia
brasileira. Em 2017, foram pagos mais de 27 bilhões
a trabalhadores e trabalhadoras que tiveram seus
direitos reconhecidos pelos órgãos da Justiça do
Trabalho. Em 2018, o total pago em razão das
decisões trabalhistas foi de R$ 29.374.970.881,24,
dos quais cerca R$ 14 bilhões por acordos, R$ 12
bilhões por execuções e R$ 3 bilhões por meio de
pagamentos espontâneos.
“Esse fato evidencia o importante papel desempenhado
pela Justiça do Trabalho no sentido de promover a
reparação dos danos causados pelo descumprimento da
legislação trabalhista, mediante condenações que
revertem diretamente à subsistência dos
trabalhadores, garantindo os direitos que lhes são
assegurados pelas leis e pela Constituição
brasileira”, concluiu o corregedor-geral.
(Com informações da CGJT)
Fonte: TST
26/02/2019 -
Proposta acaba com aposentadoria especial de
parlamentares
O senador Reguffe (sem partido-DF) apresentou
projeto de lei que pretende acabar com a
aposentadoria especial concedida a parlamentares. O
PLS 463/2018 determina que todos os parlamentares do
país, de todas as esferas de governo, deverão ser
integrados ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
A proposta aguarda relator na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE).
O PLS altera as leis 9.506, 8.212 e 8.213.
Atualmente, senadores e deputados federais são
enquadrados no Plano de Seguridade Social dos
Congressistas, por exemplo. Além dos parlamentares
federais, também serão atingidos vereadores,
deputados estaduais e deputados distritais.
Se o projeto virar lei, haverá prazo de 180 dias
para que seja concluído o processo de migração dos
regimes próprios dos parlamentares para o RGPS.
“Os parlamentares devem ter o mesmo regime de
previdência que os brasileiros comuns. O mandato
parlamentar deve ser uma prestação de serviço à
sociedade, por um tempo determinado. Não é correto
que os exercentes de mandatos legislativos, seus
dependentes e pensionistas, possam desfrutar de um
regime privilegiado de previdência em relação ao
Regime Geral de Previdência Social, este sim o
regime legal de previdência social à disposição de
toda a população”, argumenta Reguffe na justificação
do PLS.
O senador informa que abriu mão da aposentadoria
especial de parlamentar desde seu primeiro mandato,
como deputado distrital. Desde então, Reguffe já foi
eleito deputado federal e senador, mas continua
participando do regime geral administrado pelo INSS.
O projeto da chamada Nova Previdência, que chegou ao
Congresso esta semana, também prevê a extinção da
aposentadoria especial para parlamentares.
Depois de passar pela CAE, o projeto de lei será
enviado para análise da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) e da Comissão de Assuntos
Sociais (CAS). Nessa última, a apreciação será em
caráter terminativo, ou seja, poderá seguir direto
para a Câmara sem passar pelo Plenário do Senado, a
não ser que haja requerimento contrário.
Fonte: Agência Senado
25/02/2019 -
Centrais se reúnem para definir agenda contra
reforma da Previdência
As centrais sindicais se reúnem na próxima
terça-feira (26) para avançar na construção do
calendário de mobilização nacional, com atos
públicos e protestos nos locais de trabalho, além de
uma ampla campanha de conscientização da população
acerca da gravidade da proposta de Reforma da
Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro ao
Congresso Nacional.
A Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora ocorreu
na última quarta-feira (20) já com essa deliberação.
O manifesto unificado lançado na reunião passada
antecipa que será definido um dia nacional de lutas
e mobilizações em defesas das aposentadorias e da
Previdência, e que os dias 8 de Março – Dia
Internacional da Mulher e 1° de Maio – Dia
Internacional do Trabalhador também serão datas de
mobilizações unificadas contra a reforma.
O ato na Praça da Sé, em São Paulo, contou com
representações de sindicatos e movimentos de várias
partes do país e delegações de trabalhadores de
diversas categorias. Cerca de 10 mil manifestantes
realizaram ato político contra a Reforma da
Previdência do governo Bolsonaro e deram o recado:
vai ter muita luta para impedir que o governo ataque
a aposentadoria e a Previdência Social.
Na ocasião, o presidente da CTB, Adilson Araújo,
defendeu a realização de uma greve geral,
argumentando que “é hora de ampliar e radicalizar
nossa luta”. Ao mesmo tempo, ressalvou que “não se
constrói uma greve geral vitoriosa, como a que
realizamos em 28 de janeiro de 2017, do dia para a
noite. Temos o desafio de realizar, previamente, um
cuidadoso e persistente trabalho nas bases, pois é
fundamental conscientizar a classe trabalhadora
sobre o que está em jogo nesta luta. Esta proposta é
fruto da ganância capitalista, que quer transformar
a nossa Previdência em mercadoria”. Araújo também
chamou a atenção para “a centralidade da luta
política contra o governo da extrema direita, cuja
agenda é frontalmente contrária aos interesses do
povo e da nação brasileira”.
Luiz Gonçalves, presidente da Nova Central em São
Paulo, louvou a unidade das centrais e também
conclamou à organização da greve geral. Já o
presidente da CGTB, Ubiraci Oliveira, o Bira,
criticou as privatizações observando que a Companhia
Vale do Rio Doce (Vale, depois da privatização)
“enquanto era uma empresa pública nunca teve
problema com barragem, depois que foi privatizada
seus donos promoveram dois crimes ambientais, que
resultaram em centenas de mortes e destruição sem
precedentes do meio ambiente”.
O governo não dialogou com as centrais ou
representantes dos movimentos sindicais para
formatar a proposta que encaminhou nesta
quarta-feira ao Congresso. Consultou apenas os
interesses do chamado “mercado”, ou seja, dos
grandes capitalistas e banqueiros, que têm no
ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, um
fiel representante.
Pior que o Temer
A proposta é bem pior do que a do governo golpista
liderado por Temer, que foi reprovada pelo povo e
acabou não sendo votada no Parlamento. Nenhum
trabalhador poderá se aposentar antes de completar
65 anos ou 62 anos, no caso das mulheres e a idade
mínima. A aposentadoria por tempo de contribuição
acaba, mas a o tempo de contribuição mínima para que
o trabalhador, independente da idade, tenha acesso
ao direito será elevado de 15 para 25 anos e ele
terá pagar por pelo menos 40 anos para conseguir
100% do valor da aposentadoria.
Serão introduzidas novas restrições e dificuldades
que tendem a inviabilizar o acesso à aposentadoria
para a maioria da classe trabalhadora, tendo em
conta a alta rotatividade do mercado de trabalho
brasileiro. Ao longo do tempo, com a imposição
concomitante do modelo de capitalização e da
carteira de trabalho verde e amarelo (à margem dos
direitos previstos na CLT e mesmo na Constituição),
a aposentadoria pública, tal qual existe hoje, será
extinta e todo o sistema previdenciário estará
privatizado.
Lavagem cerebral
No regime chileno de capitalização, com o qual sonha o
banqueiro Paulo Guedes, patrões e governos não
contribuem para o sistema previdenciário. O
trabalhador arca com todos os custos para no final
das contas receber, depois de anos e anos labutando
e pagando a chamada Previdência complementar, uma
aposentadoria miserável cujo valor não chega a 50%
do salário mínimo.
Contando com a total cumplicidade da mídia burguesa
(TV Globo, Record, SBT, Bandeirantes, etc), governo
e “mercado” estão em plena campanha para vender o
peixe podre da dupla Bolsonaro/Guedes. A julgar
pelos comentaristas da Globo, o Brasil vive um
dilema entre a reforma da Previdência (apresentada
como remédio para o desemprego, o baixo crescimento
e outros males da economia) ou o apocalipse.
O governo também apresentou suas primeiras peças de
propaganda para dourar a pílula amarga, alegando que
está apenas combatendo privilégio. Trata-se de uma
mentira descarada. Os verdadeiros privilégios, nas
Forças Armadas, no Poder Judiciário permanecerá
praticamente intocáveis.
A aprovação da proposta não pode ser considerada
favas contadas e o quadro no Congresso Nacional não
é tão favorável à reforma como pretendem seus
defensores. Por isto, a propaganda maciça pelos
meios de comunicação de massas cujo propósito é
promover uma lavagem cerebral da chamada opinião
pública e pressionar os parlamentares. Em relação ao
tema já não há espaço para o dissenso, o
contraditório ou a divergência na mídia nativa.
Reina, absoluto, o pensamento único neoliberal.
Fonte: Portal Vermelho
25/02/2019 -
Reforma: contribuir por até 40 anos será desafio
quase inalcançável
Não só os mais pobres, mas também a classe média
terá dificuldades em cumprir critérios para acessar
aposentadoria integral se a reforma do governo
Bolsonaro foi aprovada, aponta economista
Para a maioria dos trabalhadores da iniciativa
privada, sujeitos a volatilidades do mercado como
desemprego, informalidade ou o trabalho temporário e
intermitente – modalidades consolidadas pela reforma
trabalhista –, o principal desafio será garantir
contribuição de 40 anos para ter direito a uma
aposentadoria minimamente digna, caso a proposta de
reforma da Previdência do governo Bolsonaro seja
aprovada.
Esse é o tempo previsto no projeto do governo para
que o trabalhador tenha direito a aposentadoria
correspondente a 100% da sua média salarial. Com 20
anos de contribuição, o valor do benefício vai
corresponder a 60% da média dos salários recebidos.
Segundo o economista Eduardo Fagnani, a tendência é
que, daqui a 20 ou 30 anos, a maioria da população,
em especial os mais pobres, fiquem restritos à
Assistência Social, e não à Previdência. Em
entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco
Faria na Rádio Brasil Atual nesta sexta-feira (22),
ele destaca que o desafio de manter um emprego
formal é maior ainda a partir dos 55 anos.
Não só os mais pobres, mas também a classe média
deve sofrer para arcar com esse desafio, com
possibilidades "remotas" de ser vencido. "A classe
média está na iniciativa privada, sujeita às tensões
e inseguranças do mercado de trabalho, como alta
rotatividade, desemprego, informalidade, trabalho
parcial e intermitente, modalidades de empregos que
não são contínuas", diz Fagnani, que também é
professor do Instituto de Economia da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp).
Para o economista, o funcionário público tem mais
chances de cumprir esses critérios de tempo de
contribuição devido à estabilidade do emprego, mas
afirma que as alíquotas de contribuição previstas no
projeto de reforma, que chegam a até 22% para os
maiores salários, configuram praticamente um
"confisco", o que acarreta resistência dos
servidores.
Já a contribuição dos maiores salários, se
transferidas para um modelo de capitalização – já
anunciado, mas ainda não apresentado pelo governo –
causará um processo de "desfinanciamento" do regime
geral das aposentadorias, podendo, aí sim, criar um
déficit na casa do "trilhão", aponta o economista.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/02/2019 -
Desemprego bate recorde em metade das capitais
brasileiras
Pesquisador do IBGE lembra que redução do emprego
com carteira assinada também atinge a Previdência
A taxa de desemprego em 2018 foi recorde em 13
capitais brasileiras, considerando a média anual,
informou sexta-feira (22) o IBGE, que apurou alta
também em oito regiões metropolitanas. Isso em um
ano em que o índice não subiu nacionalmente.
"Percebe-se que o problema é mais forte nos grandes
centros urbanos, acompanhando as maiores
concentrações da população", analisou o coordenador
de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar
Azeredo.
Três dos quatro estados da região Sudeste estão
entre os recordistas: São Paulo (14,2%), Rio de
Janeiro (12,6%) e Vitória (12,5%). "Metade das
capitais do Norte e dois terços das do Nordeste
estão nessa situação", diz o IBGE.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, as taxas variaram de
6,5% (Florianópolis) a 18,2% (Macapá). A média
nacional foi de 12,3% no ano passado.
O técnico comenta que mesmos nos locais onde houve
certa redução do desemprego entre 2017 e 2018, a
situação não melhorou no longo prazo. "Observamos
que nenhuma capital ou região metropolitana teve
redução na desocupação entre 2014 e 2018. Ao
contrário, há aumentos bastante expressivos no
período."
Outro problema apontado por Azeredo refere-se à
informalidade, já que o emprego com carteira
assinada caiu em quase todo o país. "Isso revela a
qualidade do emprego sendo gerado nos últimos anos.
Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da
informalidade, a contribuição para a Previdência
também cai, o que cria problemas mais à frente",
lembra.
Considerando as 27 unidades da federação, a taxa de
desemprego caiu em 18. As maiores médias foram
registradas em Amapá (20,2%), Alagoas (17%),
Pernambuco (16,7%) e Sergipe (16,6%). As menores, em
Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso do Sul (7,¨%) e
Mato Grosso (7,9%).
A chamada subutilização da força de trabalho –
pessoas que poderiam trabalhar mais, mas não
conseguiram – foi de 24,4%, o que corresponde a 27,4
milhões. Esse índice vai a 40,4% no Piauí, a 39,6%
na Bahia e a 38,6% no Maranhão, caindo para 10,9% em
Santa Catarina e a 15,1% em Mato Grosso e no Rio
Grande do Sul.
Segundo a pesquisa, o país teve 4,73 milhões de
desalentados em 2018, ante 4,17 milhões no ano
anterior. A Bahia tinha 820 mil e o Maranhão, 492
mil.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/02/2019 -
Paulo Guedes espera aprovação da reforma da
Previdência até junho
Ministro disse que tem recebido apoios
necessários para as reformas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou
sexta-feira (22) otimismo de que a reforma da
Previdência seja aprovada pelo Congresso Nacional
ainda no primeiro semestre deste ano. A declaração
foi dada após a cerimônia de posse da nova
presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Suzana Ribeiro Guerra.
Guedes lembrou que a Previdência é o maior gasto do
governo e precisa ser equacionada. “A reforma da
Previdência é o primeiro ataque potente a esse
desajuste fiscal, porque realmente é a primeira
grande rubrica de despesas públicas. Nosso déficit
na Previdência está indo de R$ 340 bilhões no ano
passado para R$ 370 bilhões este ano. As despesas
com Previdência estão em R$ 700 bilhões”.
Apoios
O ministro disse que tem recebido os apoios
necessários para as reformas que pretende
implementar no país. “O presidente da Câmara dos
Deputados [Rodrigo Maia] tem apoiado as reformas, o
presidente do Senado [Davi Alcolumbre] tem dito que
vai apoiar as reformas. O Judiciário reconhece a
necessidade das reformas. Eu tenho conversado aqui e
ali, e tenho sentido ventos de reformas. O Brasil
precisa ajustar, nós tivemos quatro décadas de
descontrole dos gastos públicos. O que aconteceu foi
que casas como esta [IBGE], de excelência, estão se
atrofiando ao longo do tempo e gastos completamente
sem sentido social se expandiram ao longo do tempo”.
Ele citou como gastos sem sentido o pagamento de
juros da dívida pública e os subsídios para grandes
empresas. “Só com rolagem da dívida são 100 bilhões
de dólares por ano, quase R$ 400 bilhões por ano,
isso é o dinheiro de reconstruir uma Europa no
pós-guerra. O Brasil reconstrói uma Europa todo ano
sem sair de uma situação dramática. O governo acabou
gastando muito e gastando mal. Os economistas
acabaram fazendo besteira, os políticos também, e
nós nos desviamos de uma transição incompleta”.
Políticas sociais
Guedes disse que não deixará de investir em políticas
sociais de transferência de renda - “uma bandeira da
fraternidade brasileira” -, e não uma política de
esquerda ou de direita. “Qualquer bom economista
sabe que as transferências de renda para a educação,
para a saúde, são absolutamente essenciais para o
bom funcionamento do regime democrático. Isso
significa progresso, dois olhares interessantes
convergindo para uma coisa boa, isso é uma
democracia”.
O ministro disse que considera o Brasil uma
democracia vibrante, com sua diversidade que
promoveu a eleição de uma corrente de pensamento
diferente “depois de 30 anos do lado só da
social-democracia”. “A riqueza de uma sociedade está
também nos diferentes pontos de vista”.
Guedes destacou também que os poderes são
independentes e a imprensa é livre, além de a
comunicação estar se modificando rapidamente, a
exemplo da campanha “de menos de um milhão de
dólares” que elegeu um presidente usando fortemente
as redes sociais. “Ninguém controla a opinião
pública. A opinião pública está solta, é nossa. Às
vezes fica para um lado e às vezes fica para o
outro”.
Fonte: Agência Brasil
25/02/2019 -
Alcolumbre diz que Senado pode votar proposta da
Previdência até julho
Senadores preparam comissão especial para
acompanhar a reforma
O Senado deve ter uma Comissão Especial de
Acompanhamento da reforma da Previdência. O
presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse
sexta-feira (22) que os integrantes serão definidos
pelos líderes dos partidos na próxima terça-feira
(26). A expectativa dele é que o Senado aprove a
reforma antes do recesso de julho, se a Câmara votar
o texto até abril.
“A gente vai fazer com que o relator dessa comissão
seja um membro titular da CCJ [Comissão de
Constituição e Justiça ]e que ele também possa ser
relator da Reforma da Previdência quando ela chegar
na nossa Casa”, afirmou o senador durante um café da
manhã com jornalistas na residência oficial do
Senado.
As negociações são para que o senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE) assuma a relatoria da reforma
da Previdência na comissão especial.
A comissão especial terá como atribuição fazer
sugestões e encaminhar recomendações para que a
proposta chegue ao Senado com as principais
polêmicas já pacificadas para que seja votado na
Casa o mesmo texto vindo da Câmara. Caso os
senadores modifiquem o mérito do texto da Câmara, a
proposta precisará retornar para análise dos
deputados e isso pode atrasar muito a conclusão da
votação.
Debate
Há pontos, como o que trata do Benefício de Prestação
Continuada , o BPC, que exigem discussão prolongada.
Pela proposta do governo, a partir dos 60 anos, os
idosos receberão R$ 400. A partir de 70 anos, o
valor sobe para um salário mínimo.
Alcolumbre disse ter conversado com o ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e
informado sobre a dificuldade de tramitação ao mesmo
tempo da proposta da Lei Anticrime e da reforma da
Previdência no Congresso Nacional.
“Eu disse para o próprio ministro que o sentimento
do Senado é debruçar em relação ao tema Reforma da
Previdência porque as duas coisas não conseguem
andar juntas. Há disposição dos senadores debater a
reforma da Previdência que é um assunto que está em
voga hoje na sociedade brasileira”, disse.
Articulação
Alcolumbre ressaltou que serão necessárias
articulações intensas para garantir a aprovação da
proposta da Previdência.
“Senadores e deputados querem votar a reforma, mas o
governo tem que se articular politicamente, buscar
as lideranças e os partidos para garantir os votos
necessários. Como se quebrou um modelo de
administração que se arrastava nos últimos anos, os
parlamentares precisam sentir confiança para apoiar
um texto que lhe dê tranquilidade de ajudar o
Brasil, mas que ele tenha segurança na relação dele
de parlamentar com o governo, no que diz respeito a
apoio a esses parlamentares na atuação política.”
Fonte: Agência Brasil
25/02/2019 -
Paim pede que reforma da Previdência seja avaliada
com calma e responsabilidade
Alguns pontos da reforma da Previdência preocupam o
senador Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar pediu
nesta sexta-feira (22) em Plenário que a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 seja analisada
com calma e responsabilidade, uma vez que estão em
jogo as vidas de milhões de brasileiros.
— Deve haver diálogo, tolerância. Nesse caso
específico da reforma da Previdência, não pode haver
situação e oposição, nós contra eles, eles contra
nós. Somos todos Brasil.
Paim elogiou alguns pontos da PEC, como o
endurecimento das regras para cobrança dos devedores
contumazes, os limites impostos ao programa de
recuperação fiscal (Refis), o fim da Desvinculação
de Receitas da União (DRU) e as novas normas para
aposentadoria dos parlamentares. Porém, criticou
outros, como o aumento do tempo de contribuição para
os trabalhadores rurais; a exigência da contribuição
efetiva sobre a produção do trabalhador rural
segurado especial; a privatização do
auxílio-acidente, do auxílio-doença e aposentadoria
por invalidez; o aumento da idade para receber o
Benefício de Prestação Continuada (BPC) integral
para 70 anos; e o aumento da idade para efeito de
aposentadoria para todos os trabalhadores.
Paim também lamentou o anúncio do fechamento de uma
fábrica da montadora Ford em São Bernardo do Campo
(SP), anunciado na quinta-feira (21). Segundo ele, o
fechamento deve acarretar a eliminação de 3 mil
empregos diretos e 10 mil indiretos.
Fonte: Agência Senado
25/02/2019 -
Projeto define reajustes para salário mínimo e prevê
aumento real anual de 1%
O Projeto de Lei 370/19 pretende estabelecer
reajustes para o salário mínimo até 2023 conforme a
inflação do ano anterior, medida pelo INPC,
acrescida da variação do PIB de dois anos antes.
Como política de valorização do salário mínimo, o
texto assegura aumento real anual de pelo menos 1%.
A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
Os autores, deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Bohn
Gass (PT-RS), explicam que, desde 2006, foram
adotadas diretrizes para valorização do salário
mínimo, a fim de que o trabalhador tenha reajuste
real mesmo em momentos de crise.
“Pela legislação vigente, a regra de valorização do
salário mínimo acabou em 1º de janeiro de 2019”,
lembram os parlamentares. “O projeto visa ampliar a
regra até 2023, para que a pobreza e a desigualdade
continuem sendo reduzidas e melhore o poder de
compra do trabalhador.”
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
22/02/2019 -
PEC da Previdência embute aumento de impostos aos
trabalhadores
Projeto poupa empresários de novas alíquotas e
acaba com a multa sobre o FGTS. "A conta está sendo
paga somente pelo trabalhador", diz especialista em
Direito Previdenciário
A proposta de emenda à Constituição (PEC) da
"reforma" da Previdência, enviada ao Congresso pelo
governo de Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira
(20), traz embutido o aumento da carga tributária
para os trabalhadores. A avaliação é de Wagner
Balera, diretor dos cursos de pós-graduação de
Direito Previdenciário da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP) e ex-procurador
federal no Instituto Nacional do Seguro Social.
"Eu não vi na PEC nada sobre aumento de alíquota de
contribuição das empresas à Previdência. Só dos
trabalhadores. Se não aumenta a contribuição
empresarial, significa que a conta está sendo paga
somente pelo trabalhador", afirma. "Não será
razoável que apenas o segurado seja o único
responsável neste mundo pela ruína da Previdência.
Isso é o fim da picada."
O especialista defende que, se houver aumento na
contribuição dos trabalhadores, terá de haver
proporcionalmente aumento na contribuição das
empresas. "Na prática isso significa que está
havendo aumento de imposto, sendo que, quando
candidato (Jair Bolsonaro) disse que não haveria
aumento de impostos. Mas vai ter aumento de
contribuição."
Só o trabalhador paga a conta
Na sua avaliação, a PEC tem até virtudes, como acabar
com a Desvinculação de Receitas da União (DRU) na
Previdência. Pelo mecanismo, o governo federal pode
usar livremente 20% de todos os tributos federais
vinculados por lei a fundos ou despesas. Só em 2018,
com Temer, o sistema previdenciário perdeu R$ 120
bilhões. Mas não cria alternativas para o
financiamento em substituição aos que estão sendo
retirados.
"É o samba do crioulo doido. Faltou debater mais
profundamente a criação de mecanismos razoáveis e
mais distributivos para financiar a seguridade.
Poderiam, por exemplo, destinar ao setor toda a
arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF), ou recriar cotas cobradas em todos os
serviços públicos, no imposto de renda, de
importação, loterias. Há potencial de arrecadação",
afirma.
Aprovado em dezembro, um parecer do relator deputado
Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) para a reforma
tributária extingue oito tributos federais. Entre
eles, a Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins), segundo tributo que mais
arrecada no país. A contribuição incide sobre a
receita bruta das empresas em geral, destinada a
financiar a seguridade social (previdência social,
saúde e assistência social). E a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSSL), que incide sobre sobre
o lucro das empresas, inclusive auferidos no
exterior.
Fim da multa sobre o FGTS
Balera avalia que a PEC "tem jabutis" – um jargão no
meio parlamentar que significa enxerto de emendas de
redação sem relação com o tema central da medida.
Ele destaca o fim do pagamento de multa sobre o FGTS
em caso de demissão de trabalhador aposentado.
"Agora resolveram gongar o trabalhador aposentado
com o fim da multa do fundo de garantia, que não é
previdência, é uma indenização pelo fato da
dispensa. Espero que o Congresso retire isso do
projeto", afirma.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/02/2019 -
CDH realiza primeira audiência pública sobre reforma
da Previdência
Nesta segunda-feira (25), a Comissão de Direitos
Humanos realiza sua primeira audiência para debater
os efeitos de uma eventual aprovação da proposta de
reforma da Previdência enviada pelo governo federal
ao Congresso. O requerimento foi feito pelo
presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS),
que já antecipou sua intenção de esmiuçar de todas
as maneiras os detalhes da Proposta de Emenda
Constitucional (6/2019) elaborada pelo Ministério da
Economia.
— Vamos chamar especialistas e representantes de
associações de classe para avaliarem cada detalhe
desta nova proposta. Convidaremos auditores fiscais,
contadores, advogados tributaristas, todos os que
puderem contribuir para esclarecer quais as
consequências de uma suposta aprovação dessa
proposta.
No requerimento, o senador Paim já antecipou os
convites a Floriano Martins de Sá Neto, presidente
da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da
Receita Federal (Anfip); Almir Reis, vice-presidente
do Instituto dos Advogados Previdenciários (Iape), e
Diego Cherulli, diretor do Instituto Brasileiro de
Direito Previdenciário (IBDP).
Também estão sendo convidados representantes da
Fenafisco, do IBDPrev e da CUT. A audiência está
marcada para as 9h, no plenário da CDH, que fica na
Ala Nilo Coelho, Sala 4. Os cidadãos poderão
participar da audiência pública com perguntas e
comentários através do Alô Senado (0800-612211) e do
portal e-cidadania (www.senado.leg.br/ecidadania).
Fonte: Agência Senado
22/02/2019 -
Secretário da Previdência defende modelo de
capitalização
No anúncio da reforma da Previdência (PEC 6/19), o
governo também propôs as bases para um novo modelo
de capitalização que será opcional e apenas para os
trabalhadores que estiverem entrando no mercado de
trabalho após a sua regulamentação.
De acordo com o secretário de Previdência, Leonardo
Rolim, a ideia é que cada trabalhador tenha uma
conta individual onde depositará suas contribuições
e que também poderá receber contribuições dos
empregadores. É o modelo de capitalização, no qual o
trabalhador recebe o que contribuiu mais os
rendimentos. O sistema atual é de repartição. Ou
seja, independentemente do que foi contribuído, o
trabalhador recebe o que foi definido em lei para o
seu caso.
Para o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o sistema
de capitalização não deu certo no Chile:
“E utilizam como um modelo para essa experiência e
dizem que depois vai ter uma norma
infraconstitucional para regulamentação. Mas o que
eles não dizem é que no Chile de Pinochet, que fez
essa reforma, orientado pelos “chicago boys” do
senhor Milton Friedman, lá no Chile - e esses são
dados oficiais - mais de 90% dos aposentados, se
você faz a conversão para a moeda brasileira, ganham
lá aproximadamente R$ 600. Com o salário mínimo no
Chile, que também se convertido para a moeda
brasileira, é de R$ 1.200”, comparou Braga.
Pagamento mínimo
Mas o secretário de Previdência, Leonardo Rolim, disse
que haverá um mínimo a ser pago:
“Um dos princípios gerais é a capitalização em
regime de contribuição definida. Que quer dizer
isso? As pessoas vão receber na sua aposentadoria de
acordo com o que ela contribuiu ao longo da sua vida
laboral. Porém, tem a garantia do salário mínimo. Se
a pessoa contribuiu pouco ao longo da vida, não
garantiu o mínimo para receber o salário mínimo, vai
ter um fundo solidário que vai garantir que essa
pessoa receba pelo menos o salário mínimo”, disse.
As regras do sistema de capitalização ainda serão
definidas em lei complementar; mas Leonardo Rolim
disse que também haverá a possibilidade de criação
de um sistema de contas virtuais que teria a função
de diminuir o custo de transição para o novo modelo.
Neste sistema, as contribuições seriam geridas e
registradas pelo Tesouro de maneira contábil; ou
seja, não haveria a aplicação do dinheiro no mercado
financeiro, mas o trabalhador teria a garantia da
rentabilidade.
Fonte: Agência Câmara
22/02/2019 -
Paim pede mais diálogo sobre reforma da Previdência
Em pronunciamento nesta quinta-feira (21) no
Plenário, o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu que a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2109, que
define um novo sistema previdenciário, possa ser
amplamente discutida pela Câmara e Senado.
Ele demonstrou contrariedade com algumas entrevistas
de políticos e com informações que, segundo ele,
apontam possíveis ofertas de emendas e de cargos no
segundo escalão do governo para que a PEC seja
aprovada.
— Dialogar sobre a dívida dos estados, dialogar
sobre a Lei Kandir, construir uma alternativa é um
dever de todos nós porque nós aqui representamos os
estados, mas trocar a aposentadoria do nosso povo
por cargo ou por emenda é um absurdo. Eu não quero
acreditar. Quem sabe eu confundi, olhei mal a TV ou
ouvi mal a entrevista — afirmou.
Paim mostrou apreensão com os dispositivos que
sugerem a idade de 60 anos para aposentadoria rural,
a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada
(BPC) do salário mínimo e, principalmente, a adoção
de um regime de capitalização.
— Eu estou muito preocupado, não é só com a nossa
geração, porque isso vai estourar daqui a trinta
anos. Nós temos que deixar um sistema com um mínimo
de equilíbrio. E podemos chegar a um entendimento
aqui de qual reforma é possível. Mas se jogarmos
para as gerações futuras que daqui para frente vai
ser esse regime de capitalização, que é uma poupança
individual, tu botas lá quanto quiser. E quando
ficar velho, como é que faz? Como é que vai
sobreviver? — questionou.
Fonte: Agência Senado
22/02/2019 -
Câmara dos Deputados vai debater importância da
Justiça do Trabalho
No dia 3 de abril, a Câmara dos Deputados vai
formalizar a Comissão Geral a fim de debater a
importância da Justiça do Trabalho no Brasil. O
anúncio foi feito pelo presidente da casa, Rodrigo
Maia, por meio do ofício circular nº 5.
Na pauta legislativa, pode ser discutido se a
Justiça do Trabalho deve continuar a existir, na
forma como está, ou se deve ser absorvida pela
Justiça Comum. O pedido foi formulado pela deputada
federal Alice Portugal (PCdoB/BA). Advogados,
entidades e servidores da justiça do trabalho
estarão presentes para debater a estrutura da
Justiça do Trabalho.
Direitos dos Trabalhadores
Para o professor de Direito do Trabalho Ricardo
Calcini, a elaboração de uma comissão parlamentar é
necessária "em razão dos ataques recentemente
sofridos pela Justiça do Trabalho, e no sentido de
se reforçar sua importância institucional na luta e
preservação de direitos sociais dos trabalhadores
conquistados historicamente", afirma.
Segundo Calcini, há uma deturpada visão a respeito
do ramo trabalhista no Poder Judiciário. "A Justiça
do Trabalho é taxada como ineficiente, tendenciosa e
dispendiosa. Porém, falar, hoje, em sua extinção, é
negar aplicabilidade a direitos mínimos que são
inerentes a todos os trabalhadores, em um país que,
inclusive, vivencia o seu maior desastre trabalhista
com a morte de dezenas de trabalhadores em
Brumadinho/MG", diz o professor.
Fonte: Consultor Jurídico
22/02/2019 -
'Reforma' vai criar país de idosos pedindo esmola,
diz economista
Idade mínima, transição e principalmente o tempo
de contribuição praticamente inviabilizam acesso à
aposentadorias para uma população que convive cada
vez mais com trabalho precário e desemprego
Caso a reforma da Previdência do governo Bolsonaro
seja aprovada, dificilmente os trabalhadores
conseguirão o valor integral das aposentadorias,
pois precisarão comprovar 40 anos de contribuição.
Somada aos impactos da reforma trabalhista, que
instituiu modalidades como o trabalho temporário e
intermitente, até mesmo os 20 anos de contribuição
necessários para garantir o piso de 60% da média
salarial é uma aposta arriscada, segundo o
economista Eduardo Fagnani.
"Estamos caminhando para um país que daqui 20 anos
vai ter 70% da população que não consegue ter acesso
à Previdência," afirma Fagnani, professor do
Instituto de Economia da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), em entrevista aos jornalistas
Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual
nesta quinta-feira (21). Com o crescimento da
informalidade e da precarização do emprego, a esse
segmento restará apenas o Benefício de Prestação
Continuada (BCP) como alternativa. Passaríamos,
então, de um modelo de seguridade social para um
mero "assistencialismo".
Hoje, o BCP paga um salário mínimo a pessoas com
deficiência e idosos a partir dos 65 anos que não
conseguiram contribuir. Pelo novo texto, esse valor
só será alcançado aos 70 anos, no caso dos idosos.
Aos 60, ficará restrito a apenas R$ 400, o que faz
com que o Fagnani preveja um cenário obscuro: "Vamos
ser um país de velhos pedindo esmola na rua. Essa é
a decisão que os congressistas e a sociedade vão ter
que tomar. É isso que nós queremos?", questiona o
economista.
Ele diz que a proposta de Bolsonaro representa o
inverso do modelo pretendido pela Constituição de
1988 – com alto grau de solidariedade
intergeracional, de inspiração europeia – que hoje
garante, por meio das aposentadorias ou do BCP,
rendimento de pelo menos um salário mínimo a 88% dos
idosos.
O economista também diz que as novas regras de
transição, principalmente a que define a elevação da
idade mínima, de 62 anos para mulheres e 65 anos
para homens, sempre que subir a expectativa de
sobrevida da população, com reajuste automático,
praticamente impedirá o acesso às aposentadorias nas
próximas décadas.
Falso milagre
Segundo o governo, essa proposta garantirá "economia"
de R$ 1,165 trilhão, em 10 anos, uma média de pouco
mais de R$ 100 bilhões por ano, o que seria a chave
para destravar o crescimento do país. Fagnani
contesta esse argumento e diz que as perdas com
desonerações fiscais, sonegação e pagamento de juros
da dívida pública somam cerca de R$ 1,3 trilhão ao
ano, o que a dita reforma "economizaria" em uma
década.
"Como o grande problema do país pode ser a
Previdência, se todo ano o governo federal deixa de
arrecadar cerca de R$ 400 bi com isenções fiscais?
Se todo ano pagam cerca de 400 bi de juros?", indaga
o economista. Já as sonegações seriam da ordem de R$
500 bi anuais, que poderiam ser combatidas com
sistemas informatizados de informação. Em vez disso,
"premiam" as empregas sonegadores com seguidos
programas de refinanciamento.
"Se o problema fiscal é tão grave, o governo poderia
buscar ao menos 30% desse montante, o que somaria
mais de 400 bi por ano", o que equivaleria a mais de
três vezes a suposta economia alegada com a reforma
da Previdência, provoca o economista.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/02/2019 -
Raquel Dodge manda MPF no Rio investigar Flávio
Bolsonaro
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
incumbiu o Ministério Público Federal no Rio de
Janeiro de apurar se o senador Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) praticou crime de lavagem de dinheiro com
operação de compra e venda de imóveis. O caso já
estava com a Polícia Federal, mas houve dúvida no
Ministério Público Federal sobre em qual deveria ser
a instância adequada para tramitação, uma vez que
Flávio se elegeu senador.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informou
que "a Procuradoria-Geral da República, então,
enviou à Procuradoria da República, levando em
consideração a regra do Supremo que limita o foro se
o suposto crime tiver sido cometido no mandato e em
razão dele. O que o MPF no Rio vai analisar é se as
'negociações relâmpagos' de imóveis resultaram em um
aumento patrimonial incompatível de Flávio, segundo
as investigações da Polícia Federal."
Segundo o jornal, "os fatos são apurados também do
ponto de vista eleitoral. Nesse caso, a Procuradoria
Regional Eleitoral no Rio de Janeiro está fazendo a
análise sobre se Flávio cometeu crime ao declarar à
justiça eleitoral imóveis com valores incompatíveis
com os avaliados no mercado. A PGR já havia dito que
a procuradoria regional eleitoral detém a
competência de analisar esse caso."
Fonte: Brasil247
22/02/2019 -
Balcão de negócios ameaça a aposentadoria dos
brasileiros
Em texto publicado no seu blog nesta quinta (21), o
jornalista Bernardo Mello Franco, joga luz nos
bastidores de uma provável negociação que se
avizinha na Câmara dos Deputados para aprovar a PEC
da Reforma da Previdência, que foi entregue
pessoalmente por Bolsonaro ao Congresso na quarta
(20).
Apesar do discurso de Bolsonaro contrário ao “toma
lá, dá cá”, o centrão já fala em cota de até R$ 10
milhões para aprovar a nova proposta de reforma da
previdência.
A ideia, segundo apurou o blogueiro, é que cada
“deputado novato tenha direito a indicar R$ 7,5
milhões em obras e repasses federais. Para os
reeleitos, a cota seria de R$ 10 milhões”. A Casa
Civil já indicou a possibilidade de negociação.
Em meio à crise política, envolvendo demissões de
ministros, vazamento de áudios e o uso pelo PSL de
candidatos laranjas para obter recursos do fundo
partidário, a PEC da Previdência foi recebida com
frieza.
Segundo o jornalista, parlamentares da bancada
governistas deixaram claro que vão aproveitar o
momento para fazer “um acerto de contas com o
Planalto”.
“As primeiras conversas já tratam da distribuição de
cargos. As queixas nesse campo se multiplicam desde
a montagem do governo, quando Bolsonaro entregou
três ministérios ao DEM e esnobou siglas maiores.
Nos últimos dias, aumentou a cobrança pela partilha
no segundo e no terceiro escalão”, revelou.
Ele revela ainda que um senador tucano teria dito
que Bolsonaro queria tratar o Congresso como um
quartel. “Agora será pressionado a dividir poder,
fazer concessões e reabrir o balcão de negócios”.
Os deputados não devem se contentar com nomeações.
Para apoiar a reforma, a bancada ruralista exigirá a
manutenção de subsídios que Guedes pretende
extinguir. Já os partidos do centrão querem que o
governo crie uma espécie de cota de gasto extra por
parlamentar.
O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP,
maior partido do centrão, diz que, sem a inclusão
dos militares, o texto da PEC não deveria nem
tramitar.
Fonte: Portal Vermelho
22/02/2019 -
Proposta concede abono aos aposentados do Regime
Geral de Previdência Social
O Projeto de Lei 191/19 pretende conceder abono
salarial aos aposentados pelo Regime Geral de
Previdência Social. Atualmente, o trabalhador
cadastrado no PIS/Pasep, ao se aposentar, deixa de
receber o abono salarial a que teria direito se
estivesse na ativa.
A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
Trata-se da reapresentação, pelo deputado Roberto de
Lucena (Pode-SP), de texto com teor semelhante
arquivado ao final da legislatura passada (PL
5923/16).
“O projeto mantém-se conveniente politicamente e
oportuno”, justificou.
Conforme o texto, para ter direito ao abono salarial
o aposentado deve ter recebido até dois salários
mínimos por mês no ano-base e estar cadastrado há
pelo menos cinco anos no Fundo de Participação PIS/Pasep
ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
21/02/2019 -
Novo áudio, de Bolsonaro com Onyx, revela medo de
retaliação de Bebianno
Em nova conversa conversa divulgada nesta
quarta-feira, 20, o presidente Jair Bolsonaro
destaca o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni ,
para negociar com o ex-ministro da Secretaria-Geral
da Presidência Gustavo Bebianno.
Bolsonaro mostrou-se preocupado com o fato de ainda
ser representado em processos judiciais por Bebianno,
que é advogado por formação. Onyx disse a Bolsonaro
que teria uma conversa reservada com Bebianno ainda
nesta tarde e prometeu "acertar" a questão.
Segundo o jornalista Robson Bonin, do jornal O
Globo, a conversa foi ouvida "a partir de um
telefonema aparentemente acidental do ministro da
Casa Civil para um jornalista do Globo, enquanto
estava reunido com o presidente".
Áudios e mensagens divulgadas pela revista Veja
mostram que se alguém mentiu no episódio que
resultou na demissão de Gustavo Bebianno do governo
foram o presidente Jair Bolsonaro e o seu filho
Carlos. Bebianno falou com o presidente através de
mensagens escritas e pelo menos 13 mensagens de
áudio; nelas, Bolsonaro faz vários ataques à mídia e
sugere que Bebianno vaza informações de governo.
Leia, abaixo, a transcrição da conversa:
— Você vai conversar com ele sobre as ações? —
pergunta Bolsonaro.
Onyx confirma que abordará o assunto na conversa.
— Se ele (Bebianno) me cobrar individualmente o
mínimo, eu to f... Tem que vender uma casa minha
para poder pagar — disse Bolsonaro.
Onyx também informa ao presidente sobre contatos que
teve com o ex-ministro, por meio de intermediários,
após o jornal "Folha de S.Paulo" publicar nesta
quarta-feira uma nota sobre a suposta intenção de
Bebianno de juntar documentos para contar histórias
sobre a campanha de Bolsonaro e o período em que
ficou no governo.
Sobre a potencial ameaça, Onyx diz ao presidente que
Bebianno teria "dado a palavra" de que não faria
mais declarações sobre a polêmica envolvendo Carlos
Bolsonaro e a troca de mensagens dele com o
presidente.
— A Folha deu uma nota e o Antagonista acabou de
reproduzir e ele (Bebianno) acabou de ligar e pediu
para tirar. Que é o seguinte... Que ele estava
preparando documentos e não sei o quê para atacar.
Ele disse ao Jorge (possivelmente Jorge Oliveira,
subchefe de Assuntos Jurídicos do Planalto): "o que
eu tinha para fazer, eu fiz ontem. Eu não dou mais
nenhuma palavra, acabou tudo ontem. Eu to te dando a
minha palavra. Ok?" Então, agora, no fim da tarde,
para tu saber, eu vou lá dar uma conversada com ele.
Fonte: Brasil247
21/02/2019 -
Contra o fim da aposentadoria, 10 mil fazem
assembleia na Sé em São Paulo
Dirigentes, ativistas, trabalhadores da ativa e
aposentados realizaram na manhã desta quarta (20)
Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. O ato,
na Praça da Sé, SP, Capital, marca o repúdio do
sindicalismo ao projeto governamental de reforma da
Previdência, que praticamente inviabiliza as
aposentadorias, privatiza a Seguridade e promove
exclusão social.
Terça - As direções marcaram para terça (26)
encontro no Dieese, quando vão avaliar a proposta do
governo, a ser apreciada pelo Congresso Nacional. As
Centrais também devem definir, na terça, a agenda de
ações, que caminharão no sentido de mobilizar as
bases, esclarecer a sociedade e dialogar com os
Poderes.
No ato desta quarta, dirigentes das Centrais
alertaram para as maldades contidas na proposta de
Bolsonaro, entregue nesta manhã ao Congresso
Nacional. Vagner Freitas, presidente da CUT, fez um
apelo pró-unidade. “Somos classe e temos de reforçar
nossa solidariedade”, disse em sua fala.
Maldades - A proposta prevê idade mínima de
aposentadoria de 65 anos para homem e de 62 à
mulheres, a ser aplicada após 12 anos de transição.
Além disso, os beneficiários terão de contribuir
por, no mínimo, 20 anos. Na prática, retarda a
aposentadoria e obriga a pessoa a trabalhar mais. O
projeto também corta benefícios de rurais e
pensionistas.
Guedes - Nesta quarta, haveria encontro das
direções das Centrais Sindicais, em São Paulo, com o
ministro Paulo Guedes, da Economia. O ministro
suspendeu a reunião, informou Miguel Torres,
presidente da Força Sindical.
Fonte: Agência Sindical
21/02/2019 -
Reforma da Previdência chega ao Congresso
O Congresso Nacional recebeu a nova proposta de
reforma da Previdência Social (PEC 6/19). O
presidente da República, Jair Bolsonaro, veio
pessoalmente entregar o texto ao presidente da
Câmara, Rodrigo Maia.
Maia, que tem participado de reuniões com diversos
governadores para articular um texto de consenso
sobre a reforma da Previdência, já afirmou que a
proposta pode ser votada em junho.
O deputado José Guimarães (PT-CE) adiantou que o
partido não votará “nada que signifique a
desconstrução do tripé que fez parte da Constituinte
de 88: Previdência, Saúde e Assistência.” O
parlamentar, no entanto, reconhece que é preciso
fazer mudanças na Previdência.
A líder da minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), também criticou o discurso do governo de
que a reforma busca combater privilégios. Segundo
ela, 80% dos idosos são protegidos pela Previdência
Social. "Dizem que ela resolve a economia, é ao
contrário: a economia que resolve a Previdência. É
preciso formalizar o emprego para que a Previdência
tenha contribuição."
De outro lado, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), 2º
vice-presidente da Câmara, defendeu a proposta do
governo. “Estamos todos imbuídos de equacionar o
desequilíbrio da Previdência. Não é para um governo,
não é para uma legislatura. É para o Brasil.”
O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) também defendeu a
aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, os
parlamentares sabem da importância do tema. "Penso
que não há crise no governo. Há somente um problema
momentâneo que já foi corrigido e acho que só
devemos pensar na nossa pauta. Vamos aprovar aquilo
que é necessário ao País e, também, convidar as
assembleias e os governadores a fazer reforma nos
estados."
Ramalho acredita que o governo vai conseguir os
votos suficientes para aprovar a proposta.
Durante a entrega do texto, um grupo de deputados do
Psol, vestidos com aventais cor de laranja e com
laranjas nas mãos, protestaram contra Jair Bolsonaro
e seu partido (PSL).
Tramitação
Propostas de emenda à Constituição (PEC) têm uma
tramitação especial. Primeiro o texto terá que
passar pela Comissão de Constituição e Justiça,
depois será analisada por uma comissão especial e
pelo Plenário da Câmara; só então será encaminhada
ao Senado.
Fonte: Agência Câmara
21/02/2019 -
Empresas deixarão de recolher FGTS de empregados
aposentados
Em caso de demissão, aposentado deixará de
receber multa de 40%
Os empregados aposentados que voltarem a trabalhar
não terão o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) recolhido pelo empregador. A mudança consta
da proposta de reforma da Previdência enviada nesta
quarta-feira (20) ao Congresso Nacional.
O texto também estabelece que o aposentado deixará
de receber a multa de 40% do FGTS em caso de
demissão. Esses dois pontos foram incluídos na
proposta de emenda à Constituição e precisam ser
aprovados por três quintos da Câmara dos Deputados e
do Senado em dois turnos.
Segundo o secretário de Previdência da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, Leonardo Rolim, o governo quer mudar as
regras por entender que o empregado aposentado já
está protegido pela Previdência Social.
Em relação às contratações anteriores à promulgação
da reforma da Previdência, o aposentado demitido
poderá sacar os depósitos dos empregados no Fundo de
Garantia, mas sem a multa de 40%. Para empregos
futuros, no entanto, o aposentado não terá mais
direito ao FGTS.
Anistiados políticos
A proposta de reforma da Previdência também prevê que
os anistiados políticos passarão a contribuir para a
seguridade social nos mesmos termos da contribuição
do aposentado e do pensionista da Previdência dos
Servidores Públicos Federais. O governo também quer
proibir a acumulação da reparação mensal de
anistiado político com a aposentadoria. O anistiado
poderá escolher receber o maior benefício.
A proposta de reforma da Previdência foi detalhada
no Ministério da Economia numa coletiva que durou
quatro horas e meia. Participaram da entrevista o
secretário especial adjunto de Previdência e
Trabalho, Bruno Bianco; o secretário de Previdência,
Leonardo Rolim, e o secretário adjunto de
Previdência, Narlon Gutierre.
Também concederam explicações o procurador-geral
adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União,
Cristiano Neuenschwander, e o diretor de Programa da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho,
Felipe Portela. No meio da coletiva, o secretário
Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho,
apareceu e conversou por alguns momentos com os
jornalistas.
Fonte: Agência Brasil
21/02/2019 -
Trabalhador contribuirá 40 anos para se aposentar
com 100% do salário
Fórmula de cálculo substituirá fator
previdenciário
O trabalhador precisará contribuir 40 anos para
aposentar-se com 100% da média do salário de
contribuição, informou nesta quarta (20) o
Ministério da Economia. A nova fórmula de cálculo do
benefício substituirá o fator previdenciário, usado
atualmente no cálculo das aposentadorias do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Atualmente, os benefícios do INSS são calculados da
seguinte forma: sobre a média dos 80% das maiores
contribuições para a Previdência incide o fator
previdenciário, que mistura expectativa de vida e
tempo de contribuição. A aplicação do fator
previdenciário resulta em aposentadorias mais
elevadas para quem trabalha mais tarde e em
benefícios menores caso a expectativa de vida da
população aumente.
Pelas novas regras, o trabalhador com 20 anos de
contribuição começará recebendo 60% da média das
contribuições, com a proporção subindo dois pontos
percentuais a cada ano até atingir 100% com 40 anos
de contribuição. Caso o empregado trabalhe por mais
de 40 anos, receberá mais de 100% do salário de
benefício, algo vetado atualmente.
Durante o período de transição de 12 anos, no
entanto, o limite de 100% continuará valendo, tanto
para o setor público como o privado. Segundo o
secretário de Previdência da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, Leonardo Rolim, o novo
cálculo é mais simples que o fator previdenciário.
Fonte: Agência Brasil
21/02/2019 -
Aposentadoria por incapacidade será menor para
alguns trabalhadores
Empregado receberá 60% se doença não for
relacionada ao trabalho
Rebatizada de aposentadoria por incapacidade
permanente, a aposentadoria por invalidez obedecerá
a novos cálculos, segundo a proposta de reforma da
Previdência enviada nesta quarta (20) ao Congresso.
Pelo texto, somente receberão 100% da média dos
salários de contribuição os beneficiários cuja
incapacidade estiver relacionada ao exercício
profissional.
A proposta prevê o pagamento de 100% do benefício
somente para os casos de acidente de trabalho,
doenças relacionadas à atividade profissional ou
doenças comprovadamente adquiridas no emprego, mesmo
sem estarem relacionadas à atividade. Caso a
invalidez não tenha relação com o trabalho, o
beneficiário receberá somente 60% do valor. Hoje,
todos os aposentados por invalidez recebem 100% da
média de contribuições.
Fonte: Agência Brasil
21/02/2019 -
Paulo Paim quer diálogo para aprimorar reforma da
Previdência
Ao comentar nesta quarta-feira (20) o texto da
reforma da Previdência apresentado pelo governo, o
senador Paulo Paim (PT-RS) alertou para o risco de
perdas para os trabalhadores mais pobres e chamou ao
Parlamento a responsabilidade de buscar diálogo com
todos os setores para o aperfeiçoamento da
proposição.
Paim considera que, do jeito que está, a reforma da
Previdência aumenta a insegurança do povo.
— É caminharmos juntos, olhando para o povo lá fora,
esse povo que está nos assistindo aqui: como fica a
minha vida agora? Vou me aposentar? Não vou me
aposentar? Quando poderei me aposentar? Cria-se uma
instabilidade enorme — afirmou Paim.
Ele classificou como “agressão” elevar a idade
mínima de aposentadoria rural para 60 anos e
criticou o aumento da contribuição previdenciária
dos servidores públicos: segundo o senador, eles
serão obrigados a pagar quase metade do salário em
tributos.
A transição para o sistema de capitalização
individual, pondo fim gradual ao regime de
repartição vigente, também preocupa o senador.
Segundo Paulo Paim, o método foi adotado em poucos
países e “em nenhum deu certo”.
Fonte: Agência Senado
21/02/2019 -
Marcio Pochmann diz que capitalização acaba com a
seguridade social
O economista Marcio Pochmann diz que o regime de
capitalização para aposentadoria e pensão,
instituído pela PEC da Previdência, destrói o modelo
de seguridade social implantado pela Constituição
Federal em 1988.
Segundo ele, a o regime de capitalização se
fundamenta na contabilidade individual, “tornado o
que hoje é um direito de todos numa mercadoria para
poucos”.
Para justificar o fim do sistema público de
aposentadoria e pensão, o economista diz que o
governo Bolsonaro e sua equipe econômica apelam para
dados duvidosos, como considerar evolução do gasto
de pessoal entre períodos de expansão e estagnação
econômica.
“No meio do terrorismo adotado pelo governo para
reduzir direitos sociais e trabalhista, segue a dica
patronal de que se cair o custo de contratar,
empresa cria emprego. Em geral, patrão não contrata
porque a mão de obra é barata, mas quando há demanda
para seus produtos e serviços”, afirmou por meio do
Twitter.
Fonte: Portal Vermelho
21/02/2019 -
BPC será de R$ 400 para idosos de 60 a 69 anos
O ajuste no valor do Benefício de Prestação
Continuada (BPC) para quem tem entre 60 e 69 anos
será feito por meio de lei ordinária, de acordo com
a proposta de reforma da Previdência apresentada
nesta quarta-feira (20).
Pela proposta, a partir dos 60 anos, os idosos
receberão R$ 400 de BPC. A partir de 70 anos, o
valor sobe para um salário mínimo.
“Até que tenha a lei do benefício, o valor será de
R$ 400. O salário mínimo aos 70 anos é uma garantia
constitucional que permanece”, disse o secretário
Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
Atualmente, o BPC é pago para deficientes, sem
limite de idade, e idosos, a partir de 65 anos, no
valor de um salário mínimo. O benefício é concedido
a quem é considerado em condição de miserabilidade,
com renda mensal per capita inferior a um quarto do
salário mínimo.
Pela proposta do governo, também será condição para
ter o benefício quem tem patrimônio inferior a R$ 98
mil (Faixa I do programa Minha Casa, Minha Vida).
Para Marinho, atualmente, não há nitidez entre o que
é Previdência e o que assistência. “Precisamos
ajudar essas pessoas, é um pacto moral que nós
temos. Ao mesmo tempo, a gente não pode fragilizar o
sistema contributivo”, disse ao explicar sobre a
nova idade proposta para receber o salário mínimo.
Fonte: Agência Brasil
21/02/2019 -
Reforma tem que ser aprovada na Câmara e no Senado
em dois turnos
A Proposta de Emenda à Constituição da reforma da
Previdência entregue nesta quarta (20) pelo
presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional vai
tramitar na Câmara dos Deputados como PEC 6/2019.
A matéria será analisada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que, no
prazo de cinco sessões do plenário, deve se
pronunciar sobre sua admissibilidade e votar parecer
elaborado pelo relator. A CCJ vai analisar se a
proposta está de acordo com a Constituição Federal.
Se o texto for aprovado na CCJ, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), designará uma
comissão especial para análise do mérito da
proposição. Esse colegiado terá o prazo de 40
sessões do plenário, a partir de sua constituição,
para aprovar um parecer. Apenas na comissão especial
poderão ser apresentadas emendas, com o mínimo de
171 assinaturas de deputados cada uma, no prazo de
dez sessões.
Após a publicação do parecer e intervalo de duas
sessões, a proposta será votada em plenário, em dois
turnos de discussão e votação. Entre os dois turnos
há um intervalo de cinco sessões do plenário.
Para ser aprovada, a PEC precisa ter, em dois
turnos, 308 votos dos deputados (3/5), em votação
nominal.
Senado
Aprovada, a proposta segue para o Senado, onde será
analisada apenas pela Comissão de Constituição e
Justiça e pelo plenário da Casa. No Senado, a PEC
também precisa ser aprovada em dois turnos. Para a
aprovação, são necessários 49 votos dos senadores
(3/5) em cada turno.
Se o Senado aprovar a proposta recebida da Câmara
com o mesmo conteúdo, o texto será promulgado pelo
Congresso Nacional e torna-se uma emenda à
Constituição. No caso de a Casa aprovar texto
diferente do da Câmara, a PEC volta para ser
analisada pelos deputados.
Para uma emenda ser promulgada, o mesmo texto
precisa ser aprovado pelas duas Casas. As novas
regras passam a valer após a promulgação pelo
presidente do Congresso.
Fonte: Agência Brasil
20/02/2019 -
Bolsonaro entrega hoje reforma da Previdência ao
Congresso
Presidente explicará proposta em pronunciamento à
nação
Depois de mais de um mês de discussões entre as
áreas econômica e política do governo, a principal
proposta da área econômica será apresentada hoje
(20). Às 9h30, o presidente Jair Bolsonaro irá à
Câmara dos Deputados, acompanhado de ministros,
entregar a proposta de reforma da Previdência, que
pretende instituir idades mínimas de aposentadoria
para os trabalhadores do serviço público e da
iniciativa privada.
Bolsonaro entregará o texto ao presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia. Na Casa, a proposta
passará primeiramente pela Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ), depois irá para uma comissão
especial, antes de ir a plenário. Se aprovada em
dois turnos por pelo menos três quintos dos
deputados (308 votos), a reforma segue para o
Senado.
Durante o dia, o presidente gravará um
pronunciamento explicando a necessidade de reformar
a Previdência. Elaborado em conjunto pela equipe
econômica e pelo gabinete presidencial, o discurso
será transmitido à noite em cadeia nacional de rádio
e televisão.
Explicações
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário
especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho,
também participarão da cerimônia de entrega do
texto. Da Câmara dos Deputados, eles irão direto
para o 3º Fórum de Governadores, que ocorre nesta
quarta-feira. Guedes e Marinho apresentarão a
proposta para os chefes estaduais. Atualmente, sete
estados estão em situação de calamidade financeira
em meio a orçamentos comprometidos com a folha de
pagamento e com as aposentadorias dos servidores
locais.
Enquanto Guedes e Marinho estiverem explicando a
proposta aos governadores, técnicos da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho detalharão todos
os pontos da reforma da Previdência a jornalistas.
Na semana passada, Marinho confirmou que o texto
proporá a idade mínima de 65 anos para homens e 62
anos para mulheres, com calendário de transição de
12 anos.
Detalhes
Entre os detalhes a serem divulgados hoje estão as
mudanças nas aposentadorias especiais de
professores, policiais, bombeiros, trabalhadores
rurais e profissionais que atuam em ambientes
insalubres. Também serão informadas as propostas
para regras como o acúmulo de pensões e de
aposentadorias e possíveis mudanças nas renúncias
fiscais para entidades filantrópicas.
Falta saber ainda como ficarão o fator
previdenciário, usado para calcular o valor dos
benefícios dos trabalhadores do setor privado com
base na expectativa de vida, e o sistema de
pontuação 86/96, soma dos anos de contribuição e
idade, atualmente usado para definir o momento da
aposentadoria para os trabalhadores do setor
privado. Em relação aos servidores públicos, ainda
não se sabe qual será a proposta para a regra de
transição.
Também nesta quarta-feira, o governo informará como
incluirá na proposta a mudança para o regime de
capitalização, no qual cada trabalhador terá uma
conta própria em que contribuirá para a
aposentadoria. Atualmente, a Previdência dos setores
público e privado é estruturada com base no sistema
de repartição, onde o trabalhador na ativa e o
empregador pagam os benefícios dos aposentados e
pensionistas.
Para viabilizar a migração de regime, o governo tem
de incluir um dispositivo na Constituição que
autoriza o envio de um projeto de lei – complementar
ou ordinária – para introduzir o novo modelo depois
da aprovação da reforma. Será revelado ainda se o
governo enviará o projeto para reformular a
Previdência dos militares junto da PEC ou em outro
momento.
Tramitação
O governo calcula que a reforma vai permitir uma
economia de R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão nos
próximos dez anos. Por se tratar de uma PEC, a
reforma da Previdência precisa ser votada em dois
turnos na Câmara e no Senado, com o apoio de no
mínimo três quintos dos deputados e dos senadores em
cada votação.
Fonte: Agência Brasil
20/02/2019 -
Diap: demissão de Bebianno dificulta aprovação de
reforma da Previdência
Para analista político, exoneração de ministro
aponta "um peso e duas medidas" de Bolsonaro e
interferência dos filhos na gestão do pai
A demissão do ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Gustavo Bebianno (PSL), nesta
segunda-feira (19), irá dificultar as articulações
do governo Bolsonaro para a aprovação da reforma da
Previdência. Essa é a avaliação do analista político
do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap) André Luis dos Santos.
O anúncio da exoneração foi feito pelo porta-voz da
Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, em
entrevista coletiva no início da noite. Seu
substituto será o general Floriano Peixoto. Para o
analista, Bebianno era um dos principais
articuladores do governo federal e sua saída
desagradou parte da base aliada.
"A reforma já tinha dificuldades e elas se agravam,
porque a base não se sustenta mais. O PSL (partido
do presidente Bolsonaro), na primeira votação da
Câmara sobre o projeto antiterrorismo, já estava
rachado. Isso se estende aos outros partidos, porque
não tem uma linha única de raciocínio político",
afirmou André, em entrevista à jornalista Marilu
Cabañas, na Rádio Brasil Atual.
O texto de reforma da Previdência será uma proposta
de emenda à Constituição (PEC) e começará a tramitar
pela Câmara dos Deputados. O projeto deve ser
aprovado pelo plenário em dois turnos, com adesão de
maioria absoluta dos deputados: 308 votos. "Vai
precisar de um quórum grande, com articulação com
grupos que não fazem parte da base do governo, então
haverá mais dificuldades", acrescentou o
especialista.
Na avaliação do Diap, a exoneração de Bebianno
aponta dois problemas do governo federal: a falta de
critérios nas demissões e a interferência dos filhos
nas questões federais. "O governo usa um peso e duas
medidas. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
cometeu um delito no passado e o Moro disse que ele
se desculpou, então estava tudo certo. O caso das
candidaturas laranjas também envolve o ministro do
Turismo (Marcelo Álvaro Antônio), mas não aconteceu
nada também. Então, (a demissão) tem relação com os
filhos do presidente. O Carlos Bolsonaro
praticamente demitiu o ministro, ou seja, problemas
pessoas interferem na relação institucional",
criticou.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/02/2019 -
Justiça Federal manda soltar presidente da CNI
5 presos foram liberados - Audiências estão em
andamento
A Justiça Federal mandou soltar na noite desta 3ª
feira. (19.fev.2019) o presidente da CNI
(Confederação Nacional da Industria), Robson Braga
de Andrade, e mais 4 presos da Operação Fantoche,
que investiga 1 esquema de corrupção envolvendo
contratos do Sistema S e o Ministério do Turismo.
Robson Braga de Andrade foi preso na manhã desta 3ª
feira.
Segundo a Justiça Federal de Pernambuco, mais presos
podem ser soltos, já que as audiências de custódia
estão em andamento.
Até o momento, a Justiça liberou os seguintes
investigados:
- presidente da CNI – Robson Braga de Andrade;
- presidente da (Fiep)Federação das Indústrias do
Estado da Paraíba;
- presidente da (Fiepe) Federação das Indústrias de
Pernambuco – Ricardo Essinger;
- presidente da (Fiea) Federação das Indústrias de
Alagoas – José Carlos Lyra de Andrade;
- presidente do Instituto Origami – Hebron Costa Cruz
de Oliveira.
A operação investiga 1 esquema de corrupção que teria
movimentado mais de R$ 400 milhões.
De acordo com a PF (Polícia Federal), o esquema de
desvios envolve uma mesma família que, desde 2002,
fechava contratos com o Ministério do Turismo e
entidades do Sistema S –que inclui entidades
paraestatais como Sesc, Senac, Sesi e Senai.
Os presidentes das federações da Paraíba, de Alagoas
e de Pernambuco foram presos e liberados na noite
desta 3ª (19.fev). As prisões são temporárias, ou
seja, têm validade de 5 dias.
Fonte: Poder360
20/02/2019 -
Bolsonaro escolhe Fernando Bezerra para liderança no
Senado
A nomeação de Fernando Bezerra Coelho (MDB) para ser
o líder do governo no Senado sinalizou a
movimentação de Bolsonaro para costurar uma aliança
com o MDB, partido de Michel Temer e Renan
Calheiros. O partido tem a maior bancada da Casa,
com 13 senadores, e o próprio líder reconhece que
sua indicação tem por objetivo conquistar estes
votos para as reformas que tramitarão no Congresso.
Bezerra declarou ao jornal Folha de S. Paulo: "é uma
clara sinalização de uma aproximação com a maior
bancada do Senado em função até de construir uma
base política sólida que permita a aprovação de
matérias que exijam quórum qualificado [49 dos 81
senadores]".
A escolha de Bezerra para liderar o governo no
Senado mostra que o Planalto optou por um político
mais experimente. Na Câmara, o líder é o estreante
Major Vitor Hugo (PSL-GO), que sofre rejeição da
própria base base aliada do governo.
O nome de Bezerra foi tramado entre o ex-senador
Romero Jucá (RR), e o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), que levou o nome ao ministro da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), seu aliado e
padrinho político.
Fonte: Brasil247
20/02/2019 -
Oposição atua e derrota Bolsonaro sobre sigilo de
dados do governo
Oposição atua contra decreto que amplia
competência de autoridades para classificar
informações em graus de sigilo. "É inaceitável que
governo queira esconder mais dados", disse deputado
do PSB
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (19) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL)
3/19, do deputado Aliel Machado (PSB-PR) e outros.
Esse projeto suspende os efeitos do Decreto
9.690/19, do presidente Jair Bolsonaro, que atribuía
a outras autoridades, inclusive ocupantes de cargos
comissionados, a competência para classificação de
informações públicas nos graus de sigilo
ultrassecreto ou secreto. A matéria irá ao Senado.
Até então, essa classificação de informações
públicas como secretas era exclusiva do presidente e
do vice-presidente da República, de ministros e
autoridades equivalentes, comandantes das Forças
Armadas e chefes de missões diplomáticas no
exterior.
“É inaceitável que o governo queira esconder mais
dados da população! Por isso, nosso PDL para sustar
os efeitos desse decreto”, afirmou nas redes sociais
o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
A regra mudada pelo decreto proibia a delegação da
competência de classificação nos graus de sigilo
ultrassecreto ou secreto.
Autor da proposta, o deputado Aliel Machado (PSB-PR)
afirmou que o decreto põe em risco a Lei de Acesso à
Informação. “Aumenta o número de funcionários que
poderão classificar atos como secretos e
ultrassecretos, inclusive permitindo que cargos
comissionados, que são subordinados politicamente,
possam fazer isso”, criticou.
O deputado Alex Manente (PPS-PR) avaliou que o
decreto limita a transparência. “A Lei de Acesso à
Informação precisa ser ampliada, desenvolvida e,
inclusive, utilizada em todo o território nacional.
Não cabe diminuir a sua eficácia, permitindo que
escalões inferiores classifiquem documentos como
ultrassecretos”, disse.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/02/2019 -
Reforma da previdência não pode atingir apenas os
trabalhadores, diz Telmário
O senador Telmário Mota (Pros-RR) criticou o texto
da Reforma da Previdência em pronunciamento nesta
segunda-feira (18). O parlamentar justificou que as
regras da previdência já foram alteradas seis vezes
desde 1988, sempre com foco nos trabalhadores e
servidores públicos, mas, até hoje, nenhuma delas
solucionou os problemas do Brasil.
Na visão do parlamentar, a Reforma deve abranger
também as grandes empresas, que juntas devem R$ 450
bilhões à previdência. Neste mesmo caminho, declarou
Telmário, outras duas medidas são essenciais para a
economia do país: a instituição de imposto sobre
grandes fortunas e a diminuição dos juros dos bancos
e dos cartões de crédito.
— É muito fácil tirar direitos dos mais pobres e
vulneráveis. Difícil é cobrar a contribuição dos
ricos e poderosos com essa reforma. Só teremos uma
reforma séria e definitiva da Previdência quando
cobrarmos de todos os segmentos da sociedade a sua
contribuição, não apenas dos mais frágeis — afirmou.
Fonte: Agência Senado
20/02/2019 -
Prevenção de acidentes de trabalho mobiliza
instituições no Abril Verde
TST sediou reunião preparatória envolvendo
parceiros do programa Trabalho Seguro
Representantes de diversas instituições
participaram, na última sexta-feira (15), no
Tribunal Superior do Trabalho, de reunião
preparatória para a campanha Abril Verde, que todos
os anos mobiliza a sociedade em prol da prevenção de
acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais. No
encontro, foi lançada a marca da campanha em 2019.
O presidente do TST e do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Brito Pereira,
destacou, na abertura, a necessidade da união de
esforços em favor da vida. Aos representantes de 10
instituições que participaram pela primeira vez da
iniciativa, entre elas confederações e bancos, o
ministro enfatizou que a atenção ao tema deve ser
permanente.
“O Programa Trabalho Seguro promove ações durante o
ano inteiro, mas o mês de abril é simbólico porque
conta com duas datas importantes. Em 7 de abril é
comemorado o Dia Mundial da Atividade Física. O dia
28 é dedicado à memória das vítimas de acidentes e
de doenças do trabalho. Aproveitamos esses momentos
para reforçar ainda mais a relevância da prevenção
tanto para empregados quanto para empregadores”,
afirmou o presidente do TST e do CSJT.
Precaução
O procurador do Trabalho Leonardo Osório de Mendonça
disse, na reunião, que a cultura de prevenção que se
deseja criar no Brasil tem como causa os números
alarmantes de acidentes de trabalho. Segundo o
Observatório Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho, foram registrados cerca de 3,5 milhões de
casos de 2012 a 2016. “Como já destacou a campanha
institucional do TST, acidentes de trabalho não
ocorrem por acaso e são evitáveis mediante a
observância dos princípios da prevenção e da
precaução”, afirmou.
OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
completa 100 anos em 2019, é uma das instituições
que deverá apoiar a campanha. O diretor do
escritório da OIT no Brasil, Martin Hann, disse que
o principal objetivo é que não haja mais acidentes
de trabalho. Para ele, embora seja uma meta
ambiciosa, a cor usada no abril verde simboliza o
que todos devem buscar no ambiente de trabalho:
saúde e esperança.
As estratégias discutidas na reunião preparatória
resultarão em uma série de ações que deverão ser
anunciadas em breve pela coordenação do programa
Trabalho Seguro.
Fonte: TST
20/02/2019 -
Projeto amplia estabilidade gestacional de
trabalhadora para seis meses
O Projeto de Lei 189/19 amplia em um mês a
estabilidade no emprego das mulheres que estão em
licença-maternidade de seis meses concedida por
empresa participante do Programa Empresa Cidadã.
O programa amplia em 60 dias a licença-maternidade das
gestantes (totalizando seis meses). Em troca, a
empresa participante pode deduzir do Imposto de
Renda devido o total da remuneração da empregada
pago no período de prorrogação.
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
prevê a estabilidade no emprego para as
trabalhadoras gestantes, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto. Isso
significa que as mulheres com licença-maternidade de
seis meses ficam um mês sem a cobertura da
estabilidade gestacional.
O autor da proposta, deputado Roberto de Lucena (Pode-SP),
reapresentou projeto do ex-deputado Augusto Carvalho
(PL 6285/16), arquivado em razão do fim da
legislatura.
Lucena lembra que a prorrogação da estabilidade
gestacional provisória já vem sendo adotada pelos
tribunais do trabalho. “Buscando resguardar os
direitos e a dignidade da pessoa humana não só da
genitora, mas também do recém-nascido”, afirmou.
Tramitação
O projeto, que tramita conclusivamente, será analisado
pelas comissões de Desenvolvimento Econômico,
Indústria, Comércio e Serviços; de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Seguridade
Social e Família; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
19/02/2019 -
Assembleia nacional na Praça da Sé prepara
resistência à reforma da Previdência
Centrais sindicais vão debater e definir, em
conjunto com a população, ações para barrar a
proposta do governo Bolsonaro que restringe o acesso
às aposentadorias
No mesmo dia em que o governo Bolsonaro deve enviar
ao Congresso Nacional a sua proposta de emenda à
Constituição (PEC) que pretende restringir o acesso
às aposentadorias dos setores público e privado, os
trabalhadores realizam assembleia nacional, aberta
ao público em São Paulo nesta quarta-feira (20),
para definir um plano unitário de lutas contra a
chamada reforma da Previdência.
Convocam a assembleia aberta as centrais CGTB, CTB,
CSB, CSP-Conlutas, Força Sindical, Intersindical e
Nova Central. Em São Paulo, os trabalhadores se
reúnem a partir das 10h da manhã na Praça da Sé, no
centro da capital. Outros atos e mobilizações também
devem ocorrer em pelo menos nove estados (confira
abaixo a programação).
Em meio à desinformação que marca o governo
Bolsonaro, o que se sabe até agora é que deve propor
idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de
homens e de 62 anos para mulheres, com período de
transição de 12 anos.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as idades
mínimas estipuladas e o chamado modelo de
capitalização – que pode aparecer já nesta PEC ou
posteriormente – defendido pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes, fazem do modelo de reforma
da Previdência de Bolsonaro ainda pior que a
proposta apresentada pelo governo Temer.
Ele classifica as mudanças pretendidas como
"extremamente prejudiciais" e "afetam de forma cruel
os mais pobres", e convoca todos para a assembleia.
"Os sindicatos foram para as bases, estão realizando
assembleias e construindo a organização da luta. E
as demandas e as deliberações dos trabalhadores
serão a base do que iremos definir no dia 20."
A CUT diz ainda que vai às ruas conscientizar a
população sobre os danos causados pela reforma da
previdência dos futuros aposentados, e também deve
pressionar senadores e deputados para votarem contra
a proposta do governo Bolsonaro.
Em último caso, a central não descarta a convocação
de uma greve geral para derrotar a reforma, assim
como ocorreu no governo Temer, que engavetou a sua
tentativa após a realização da greve de abril de
2017.
Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora
São Paulo
10h - Praça da Sé, centro de São Paulo
Atos e mobilizações
Amapá
Ato em frente ao prédio do INSS de Macapá
Bahia
10h – Ato em frente a Previdência Social do comércio
Ceará
6h - panfletagem nos terminais de ônibus em
Fortaleza
11h – panfletagem na Fábrica Guararapes
13h30 – panfletagem na OI/Contax
15h - panfletagem nas ruas do centro e Tribuna Livre
na praça do Ferreira
Maranhão
Ato unificado - horário e local a definir
Piauí
8h30 - Assembleia da Classe Trabalhadora do estado,
em frente ao Prédio do INSS - Praça Rio Branco -
centro de Teresina
Rio de Janeiro
15h – Ato no Boulevard Carioca, esquina com a
Avenida Rio Branco
Rio Grande do Norte
Plenária Unificada - horário e local a definir
Santa Catarina
15h - Ato no largo da Catedral, no centro de
Florianópolis
Sergipe
Assembleia Estadual em Aracaju - horário e local a
definir
Fonte: Rede Brasil Atual
19/02/2019 -
Quem já está aposentado também corre riscos com
reforma de Bolsonaro
Regime de capitalização pode levar à falência do
INSS, que paga quase 70% das aposentadorias no
Brasil; seguridade social também corre perigo.
Projeto de "reforma" deve ser apresentado nesta
quarta
A proposta de "reforma" da Previdência do governo
Jair Bolsonaro deve ser anunciada nesta quarta-feira
(20). No mesmo dia, as centrais CUT, CTB, Força
Sindical, Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB, CSB e
Nova Central farão uma assembleia unificada dos
trabalhadores na Praça da Sé, em São Paulo, para
construir ações de resistência à reforma. Caso o
regime de capitalização pretendido pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes, seja realmente aprovado,
quem já está aposentado também corre riscos.
Esse regime, em que cada trabalhador é responsável
por poupar para sua aposentadoria, poderia resultar
na total falta de recursos para o INSS. “A
capitalização não determina esse tipo de
contribuição e vai desidratar a Previdência pública.
Isso ameaça, sim, quem já está aposentado”, afirma a
economista Patricia Pelatieri, do Dieese.
O Regime Geral da Previdência (RGPS) foi responsável
por 93,5% dos benefícios concedidos em 2017. Desse
total, 68,4% correspondem a aposentadorias do INSS.
“Essa reforma casa com a Medida Provisória 871, que
trata da revisão de todos os benefícios, e abre a
possibilidade de revisar qualquer coisa que o
Ministério da Economia considere suspeito”, critica
a coordenadora de pesquisa do Dieese.
A MP 871 está em vigor desde 18 de janeiro, e mira
auxílios-doença e aposentadorias por invalidez,
pensões por morte, aposentadoria do trabalhador
rural, auxílios-reclusão, auxílio-acidente,
Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago aos
idosos carentes e a pessoas com deficiência.
Se a reforma passar da maneira como vem sendo
ventilada pelo governo Bolsonaro, será o caminho
para o fim dessa Previdência pública e da seguridade
social, avalia a economista. “É um mercado muito
cobiçado para os vendedores de previdência privada.”
Patrícia lembra que em nenhum país do mundo o regime
de capitalização da Previdência deu certo. “O custo
de migração é muito alto e o trabalhador, quando
aposenta, acaba tendo menos que a renda mínima para
sobreviver”, relata. “No fim, o Estado acaba tendo
de voltar a contribuir. Ou seja, só o sistema
financeiro ganha por gerir esse mercado milionário
de venda de planos privados de previdência ou para
administrar a capitalização.”
O horror da capitalização no Chile e no México
Implantado no Chile nos anos 1980, durante o governo
do ditador Augusto Pinochet – como qual o economista
Paulo Guedes colaborou –, o regime de capitalização
da Previdência levou ao empobrecimento dos
aposentados do país. O índice de suicídio entre
idosos chilenos é um dos maiores do mundo.
Nove em cada dez aposentados chilenos recebem o
equivalente a menos de 60% do salário mínimo local.
Longe dos 70% preconizados pelos idealizadores do
programa de capitalização, a aposentadoria média dos
chilenos corresponde a 38% da renda que eles tinham
ao se aposentar, segundo pior resultado entre os 35
países da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No México, onde a capitalização foi adotada em 1997,
a situação é ainda pior. Muitos trabalhadores não
têm carteira assinada e não conseguem contribuir.
Atualmente, 77% dos idosos já não contam com
benefício de aposentadoria e 45% da população
mexicana vive na extrema pobreza.
Tramitação da reforma da Previdência
Se o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), seguir à risca o regimento da casa
legislativa, o texto da reforma da Previdência
passará por um processo longo.
De acordo com a Secretaria-Geral da mesa da Câmara,
o recesso carnavalesco começa na quarta-feira (27 de
fevereiro) e dura a semana inteira seguinte,
inclusive após a quarta-feira de cinzas. Os
trabalhos só seriam realmente retomados na
segunda-feira 11 de março.
Como se trata de uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC), primeiro será analisada na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) – que ainda não está definida e pode ser que
ocorra somente após o Carnaval. Pelo regimento da
Câmara, o prazo para análise na CCJ é de cinco
sessões.
Após a CCJ, o texto vai para uma comissão especial,
que ainda será formada. O prazo mínimo para
apreciação é de 10 sessões, para apresentação de
emendas. O máximo é de 40 sessões.
Depois, passa por votação em dois turnos tanto na
Câmara dos Deputados. Para ser aprovada PEC precisa
de 308 votos, três quintos do total de 513
deputados. Se passar na Câmara, segue para o Senado,
onde também tem de ser submetida à CCJ e a uma
comissão especial. Nesse período, as votações podem
ser obstruídas pela oposição, o que pode atrasar o
processo.
Para ser aprovada no Senado são necessários três
quintos dos votos (54) do total de 81 senadores. Se
houver alguma alteração em relação ao texto votado
na Câmara, o texto volta para lá para ser votado
novamente.
Caso realmente queira aprovar a reforma até julho,
como Rodrigo Maia chegou a anunciar, terá de incluir
votações de segunda a sexta-feira, além da
convocação de deputados para garantir quórum.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/02/2019 -
'Prévia' do PIB de 1,15% para 2018 indica
'estagnação', segundo Dieese
Para o diretor técnico da entidade, Clemente Ganz
Lúcio, os números indicam que a economia ficou
"praticamente estagnada" e segue "andando de lado"
A economia brasileira cresceu 1,15% em 2018, segundo
o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado
pelo Banco Central na última sexta-feira (15). Esse
índice funciona como uma "prévia" do PIB (Produto
Interno Bruto) oficial, que será anunciado pelo IBGE
no próximo dia 28. Para o diretor técnico do Dieese,
Clemente Ganz Lúcio, os números do BC indicam que a
economia ficou "praticamente estagnada" e segue
"andando de lado".
Entre as causas, explica Clemente em comentário na
Rádio Brasil Atual nesta segunda-feira (18), está a
falta de "dinamismo" no consumo das famílias, que
não avança devido às elevadas taxas de desemprego e
o crescimento do emprego informal, o que leva a
quedas sucessivas do setor de serviços, responsável
por quase 60% da movimentação da economia
brasileira. Em 2017, o crescimento do PIB foi de
apenas 1%.
Ele também aponta a queda de investimentos do
governo federal em infraestrutura, e em contratações
de pessoal. No setor privado, as empresas também não
investem, devido à "capacidade ociosa" do setor,
quando a base produtiva das indústrias ainda não foi
totalmente utilizada.
Com todas as "locomotivas" do crescimento "com os
pés no freio", a consequência é a manutenção do
"baixo dinamismo" no mercado de trabalho. "Os postos
de trabalho, quando aparecem, são precários,
informais, com baixa remuneração e alta
rotatividade. A indústria não contrata, o setor
público também vem bloqueando contratações. Soma-se
a isso o aumento da terceirização, que precariza
salários e condições de trabalho."
Segundo o diretor do Dieese, a situação econômica em
2019 não deve mudar radicalmente. "Pelo contrário,
cada vez mais os analistas começam a estimar
crescimento abaixo de 2%. O que configuraria mais um
ano de baixo crescimento econômico, o que é muito
perverso para os trabalhadores especialmente",
afirma.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/02/2019 -
Trabalhador pode ter de contribuir por 49 anos,
alerta Paulo Paim
O senador Paulo Paím (PT-RS) disse, nesta
segunda-feira (18), que, pela proposta de reforma
previdenciária a ser encaminhada ao Congresso
Nacional pelo Poder Executivo, o trabalhador vai
precisar contribuir durante 49 anos para conseguir
se aposentar aos 65 anos, no caso dos homens, caso
não perca o emprego nesse período.
— Fala-se em uma idade mínima de 65 anos para homens
e 62 anos para mulheres, com contribuição de 40
anos. Não são 40 anos! Sabem quantos são? São 49
anos! Por que 49? Quem começa com 16 se aposenta com
65. Portanto, 16 para 65 são 49 anos. Quem é que
começa mais cedo? É o filho de pobre — advertiu.
Paulo Paim criticou também a reforma trabalhista,
que resultou na Lei 13.467, de 2018. Ele afirmou que
essa reforma retirou recursos da Previdência por
estimular a informalidade. Com base em estudos
feitos por pesquisadores da Unicamp, Paim afirmou
que as perdas previdenciárias com a reforma
trabalhista, sobretudo com o estímulo à
informalidade e à contratação de empregados como
pessoas jurídicas, chegarão a R$ 30 bilhões por ano.
Sobre o projeto de estimular a capitalização
individual como alternativa à Previdência, Paim
observou que esse modelo já foi tentado no Chile, no
México, no Peru e na Colômbia e os resultados não
foram os esperados. Ele esclareceu que não é contra
o debate sobre a reforma da Previdência e garantiu
que é favorável que se chegue a um patamar comum de
entendimento.
Fonte: Agência Senado
19/02/2019 -
Deficit na Previdência é uma fraude contábil, afirma
Kajuru
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) afirmou, nesta
segunda-feira (18), durante pronunciamento em
Plenário, que o deficit da Previdência Social é uma
fraude contábil. Para o parlamentar, as três fontes
de receita da previdência - empregado, empregador e
arrecadação tributária da Confis, da CSLL e do
PIS/PASEP - garantem, juntos, que a seguridade seja
superavitária.
O problema, destacou ele, é que as receitas
previstas pela Constituição Federal para financiar a
Previdência têm sido utilizadas para a quitação de
dívidas de outros setores, conforme previsto pela
Desvinculação das Receitas da União (DRU). Em 2017,
foram retirados da Previdência R$ 113 bilhões para
amortização da dívida pública, disse Kajuru.
— A metodologia de cálculo do Governo, que alega
deficit, não leva em consideração alguns tributos e
também não considera a DRU. E é por isso que eles
alegaram que, em 2017, o rombo da Previdência chegou
a R$292 bilhões. É uma fraude contábil, uma disputa
de narrativa para justificar a necessidade dessa
reforma — esclareceu.
Jorge Kajuru também criticou as renúncias fiscais, a
sonegação de impostos e o refinanciamento de dívidas
das grandes empresas que, segundo ele, sempre são
beneficiadas em detrimento da Nação. Para o senador,
o país tem que encarar e resolver um problema de
orçamento público sistêmico maior, sem sacrifício do
trabalhador.
— Essa reforma precisa, de fato, ser feita, mas que
ela seja feita da maneira correta, cobrando-se de
quem verdadeiramente deve ser cobrado — concluiu.
Fonte: Agência Senado
19/02/2019 -
PT, PCdoB e PSOL defendem convocação de Bebianno
O anúncio oficial da esperada demissão de Gustavo
Bebianno repercutiu amplamente entre os
parlamentares e lideranças políticas que argumentam
que o assunto não se encerra com a saída dele do
governo e já defendem a ida do agora ex-ministro à
Câmara para dar explicações.
O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) afirma que o
ex-ministro Bebianno "deve explicações ao Brasil
sobre o laranjal do PSL e as fake news da campanha
do Bolsonaro". "Vamos cobrar isso na Câmara dos
Deputados" afirmou.
É o que também defende o coordenador do Movimento
dos Trabalhadores Sem-Teto e ex-candidato à
presidente pelo PSOL, Guilherme Boulos.
"A demissão de Bebianno não encerra o assunto do
Laranjal. Seguiremos exigindo investigações
independentes e punição dos responsáveis. E
esperamos que Bebianno fale o que sabe sobre as
irregularidades da campanha do PSL", enfatizou.
Nas redes sociais, o PSOL afirma que a pauta agora é
"fala Bebianno".
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-SP) também
considera que a apuração sobre os candidatos
laranjas não deve se encerrar com a saída de
Bebianno. "O laranjal só foi podado de um lado.
Bebianno cai e o ministro do Turismo, Marcelo
Álvaro, fica. Dependendo do tipo as laranjas valem?"
Fonte: Brasil247
19/02/2019 -
Governadores debatem nesta semana reforma da
Previdência
No mesmo dia marcado pelo governo para a entrega do
texto da proposta da reforma da Previdência ao
Congresso Nacional, governadores de todos os estados
voltam a se reunir, pela terceira vez, em Brasília,
para discutir a agenda econômica do país. No
encontro marcado para o próximo dia 20, os chefes
dos executivos estaduais esperam conversar
diretamente com o ministro da Economia, Paulo
Guedes. O Planalto não confirmou a presença do
presidente Jair Bolsonaro.
A pauta econômica tinha sido definida na última
reunião, em dezembro, como o assunto a ser tratado
em fevereiro, tendo como foco as mudanças na lei
previdenciária. Os governadores devem sinalizar como
encaminharão as questões às suas bancadas no
Legislativo.
“É um tema essencial duplamente. Primeiro, por ter
impacto fiscal direto nas contas e, segundo, porque
com a reforma temos o equilíbrio das contas, com
repercussão em toda a economia”, afirmou Eduardo
Leite, governador do Rio Grande do Sul. O gaúcho,
eleito em outubro do ano passado, assumiu um estado
em crise financeira.
Dados da Secretaria Estadual da Fazenda mostraram um
rombo de mais de R$ 7 bilhões no fechamento das
contas do ano passado, incluindo o adiamento do
décimo terceiro salário do funcionalismo, os
contracheques de dezembro e parcelas de dívida com a
União que não foram pagas.
Fonte: Agência Brasil
19/02/2019 -
Nova denúncia no Laranjal do PSL: Ministro do
Turismo sabia de tudo
A candidata a deputada estadual pelo PSL de Minas
Gerais, Cleuzenir Barbosa, 47, afirma ter havido um
esquema de lavagem de dinheiro público pela sigla no
estado. Ela diz mais: segundo ela, o agora ministro
do governo de Jair Bolsonaro Marcelo Álvaro Antônio
sabia da operação: "era o seguinte: nós mulheres
iríamos lavar o dinheiro para eles. Esse era o
esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para
eles", afirmou a deputada em entrevista ao jornal
Folha de S. Paulo.
A reportagem informa que "Cleuzenir também fez as
acusações na polícia e no Ministério Público, que
investigam o caso. Ela afirma ter sofrido pressão de
dois assessores de Álvaro Antônio —Roberto Soares e
Haissander de Paula— para devolver R$ 50 mil dos R$
60 mil que recebeu do fundo eleitoral do PSL. Ela
diz ter relatado o caso a pelo menos quatro
assessores de Álvaro Antônio, na época deputado
federal e candidato à reeleição, e ter tentado falar
diretamente com ele, mas que nada foi feito. O
ministro foi o deputado mais votado no estado."
Segundo a matéria, "Álvaro Antônio era o comandante
da sigla em Minas, responsável pela montagem das
chapas. Parte do dinheiro público foi direcionado a
quatro candidatas do PSL mineiro apenas para
preencher a cota feminina de 30% das candidaturas e
de verba eleitoral. O dinheiro enviado a elas foi
parar na conta de empresas de assessores, parentes
ou sócios de ex-assessores do atual ministro do
Turismo. Cleuzenir, que diz não ter aceitado
integrar o esquema, não foi eleita (teve 2.097
votos) e hoje vive em Portugal. Disse ter deixado o
Brasil exclusivamente por medo de retaliações por
parte dos aliados do hoje ministro."
Fonte: Brasil247
18/02/2019 -
Reforma da Previdência será enviada ao Congresso na
quarta
Bolsonaro fará pronunciamento para explicar
proposta
A partir desta quarta-feira (20), o governo
enfrentará o primeiro grande desafio na área
econômica. A proposta de emenda à Constituição (PEC)
que reforma o regime de Previdência dos
trabalhadores dos setores público e privado será
enviada ao Congresso Nacional, onde começará a
tramitar na Câmara dos Deputados.
Logo depois de assinar o texto, o presidente Jair
Bolsonaro fará um pronunciamento. Ele explicará a
necessidade de mudar as regras de aposentadoria e de
que forma a proposta será discutida no Congresso.
Na última quinta-feira (14), o secretário especial
de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, adiantou
alguns detalhes do texto, fechado em reunião entre o
presidente Jair Bolsonaro e os ministros da
Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Carlos
Alberto dos Santos Cruz.
Os pontos revelados até agora são a idade mínima de
65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com um
cronograma de transição de 12 anos para quem está
próximo dessas idades. O acordo foi resultado de uma
negociação entre a equipe econômica e o presidente
Bolsonaro.
Originalmente, a equipe econômica tinha pedido idade
mínima unificada de 65 anos para homens e mulheres,
para os trabalhadores dos setores público e privado.
O presidente gostaria de uma idade mínima de 65 anos
para homens e 60 para mulheres. A área econômica
defendia dez anos de transição, o presidente pedia
20 anos.
Detalhes
Somente na quarta-feira serão revelados detalhes ainda
não divulgados, como a proposta para aposentadorias
especiais de professores, policiais, bombeiros,
trabalhadores rurais e profissionais que trabalham
em ambientes insalubres. Também serão informadas as
propostas para regras como o acúmulo de pensões e de
aposentadorias e possíveis mudanças nas renúncias
fiscais para entidades filantrópicas.
Falta saber ainda como ficarão o fator
previdenciário, usado para calcular o valor dos
benefícios dos trabalhadores do setor privado com
base na expectativa de vida, e o sistema de
pontuação 86/96, soma dos anos de contribuição e
idade, atualmente usado para definir o momento da
aposentadoria para os trabalhadores do setor
privado. Em relação aos servidores públicos, ainda
não se sabe qual será a proposta para a regra de
transição.
Também na quarta-feira, o governo informará como
incluirá na proposta a mudança para o regime de
capitalização, no qual cada trabalhador terá uma
conta própria na qual contribuirá para a
aposentadoria. Atualmente, a Previdência dos setores
público e privado é estruturada com base no sistema
de repartição, onde o trabalhador na ativa e o
empregador pagam os benefícios dos aposentados e
pensionistas.
Para viabilizar a migração de regime, o governo tem
de incluir um dispositivo na Constituição que
autoriza o envio de um projeto de lei – complementar
ou ordinária – para introduzir o novo modelo depois
da aprovação da reforma. Será revelado ainda se o
governo enviará o projeto para reformular a
Previdência dos militares junto da PEC ou em outro
momento.
Tramitação
O governo calcula que a reforma vai permitir uma
economia de R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão nos
próximos dez anos. Por se tratar de uma PEC, a
reforma da Previdência precisa ser votada em dois
turnos na Câmara e no Senado, com o apoio de no
mínimo três quintos dos deputados e dos senadores em
cada votação.
Fonte: Agência Brasil
18/02/2019 -
Demissão de Bebianno não aparece no Diário Oficial;
entenda escândalo do governo
Evidências indicam envolvimento de atual ministro
e presidente nacional do PSL
Denúncias de candidaturas laranjas do partido de
Jair Bolsonaro, o PSL, feitas pelo jornal Folha de
São Paulo, neste mês de fevereiro, revelaram
indícios de desvios de verbas públicas em dois
estados durante o período eleitoral de 2018. O
escândalo coloca em xeque o discurso de ética e
combate à corrupção bradado pelo presidente e seus
correligionários durante o pleito.
No centro do furacão, Gustavo Bebianno,
secretário-geral da Presidência da República e
presidente durante as eleições do PSL, protagoniza o
mais novo vai e volta do governo Bolsonaro, trocando
farpas e rumores pela imprensa e redes sociais. É
esperada sua demissão, mas no Diário Oficial da
União desta segunda-feira (18), não é notificada sua
saída. Ao longo do dia, no entanto, uma edição extra
pode ser publicada com sua exoneração.
Durante a semana passada, além de notícias dizendo
que Bebianno se arrependia de ter confiado em
Bolsonaro e que ele é "louco" e um "perigo para o
país", o que foi negado na sequência pelo
secretário-geral, ele também tuitou, na sexta-feira
(16): "o desleal, coitado viverá esperando o mundo
cair sobre sua cabeça". Ele tem sido atacado também
por Carlos Bolsonaro, filho do presidente.
Primeiro Ato
As primeiras denúncias ocorreram em Minas Gerais e
envolvem Marcelo Álvaro Antônio, atual ministro do
Turismo. Na época, ele era presidente do PSL no
estado e tinha o poder de decisão sobre quais
candidaturas seriam lançadas.
De acordo com as denúncias do jornal paulistano,
Álvaro Antônio está envolvido em um esquema que
implica quatro candidaturas laranjas em Minas
Gerais.
As candidatas receberam R$ 279 mil da verba pública
que deveria ser utilizada na campanha da legenda.
Cerca de R$ 85 mil foram destinados a quatro
empresas que são de assessores, parentes ou sócios
de assessores do hoje Ministro do Turismo.
Ainda segundo o jornal, não há indícios da
realização de campanha efetiva das candidatas
durante a eleição, que, juntas, alcançaram cerca de
dois mil votos, apesar de estarem entre as 20
candidatas que mais receberam dinheiro do partido no
país inteiro.
Em depoimento prestado ao Ministério Público, em 18
de dezembro, a candidata a deputada estadual pelo
PSL em Minas Gerais, Cleuzenir Barbosa, disse que
foi coagida por dois assessores de Marcelo Álvaro
Antônio a devolver R$ 50 mil dos R$ 60 mil que havia
recebido da legenda.
Frente à denúncia, Álvaro Antônio disse que as as
acusações foram feitas “com base em premissas falsas
de que houve simulação de campanha com laranjas no
partido”.
Segundo Ato
Uma segunda denúncia foi feita pela Folha, no dia 10
de fevereiro. Luciano Bivar, recém-eleito segundo
vice-presidente da Câmara dos Deputados, teria
criado uma candidata laranja em Pernambuco. De
acordo com o jornal, o partido de Bolsonaro repassou
R$ 400 mil do fundo partidário no dia 3 de outubro,
a apenas quatro dias antes da eleição.
Maria de Lourdes Paixão foi a terceira candidata que
mais recebeu dinheiro do partido no país e se
candidatou de última hora para preencher a vaga
remanescente de cota feminina.
De acordo com a candidata, 95% do dinheiro foi gasto
em uma única gráfica, destinado à impressão de 9
milhões de santinhos e 1,7 milhão de adesivos. Cada
um dos 4 panfleteiros, que ela diz ter contratado,
deveria ter distribuído cerca de 750 mil santinhos
por dia.
O também presidente do PSL, Luciano Bivar, nega que
a candidata tenha sido laranja. Ele argumenta que a
decisão de repassar R$ 400 mil foi da direção
nacional do partido, na época presidida por Gustavo
Bebianno, hoje secretário-geral da Presidência da
República. Seguindo no jogo de “empurra”, Bebianno,
por sua vez, alegou que as decisões dos repasses são
das direções estaduais.
À época, Bebianno era o presidente nacional do PSL e
coordenou a campanha de Jair Bolsonaro. Ele era
responsável formal por autorizar repasses dos fundos
partidários e eleitoral a candidatos da legenda.
Segundo apuração da Folha, ele liberou R$ 250 mil de
verba pública para a campanha de uma ex-assessora,
que repassou parte do dinheiro para uma gráfica
registrada em endereço de fachada. Bebianno nega ter
envolvimento com candidaturas laranjas do PSL.
Fonte: Brasil de Fato
18/02/2019 -
Não existe privilégio nas aposentadorias dos
trabalhadores
Economista do Dieese explica que dos 30 milhões
de benefícios pagos pelo Regime Geral da
Previdência, só 10 mil estão acima do teto.
Militares recebem salário integral e não têm idade
mínima
Em 2017, os 34 milhões de aposentados com benefícios
ativos no Regime Geral da Previdência Social (RGPS)
receberam em média R$ 1.388. Os números deixam
claro: não tem privilégio na aposentadoria dos
trabalhadores. A afirmação foi feita pela economista
Patrícia Pelatieri em debate realizado na sede da
CUT, em São Paulo. O debate ocorre um dia depois de
o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter anunciado
trechos do projeto de reforma da Previdência que o
governo pretende levar ao Congresso.
“Dos 30 milhões de benefícios pagos pelo Regime
Geral da Previdência, só 10 mil estão acima do teto.
E mesmo assim, antigos, porque ganharam alguma coisa
na Justiça”, explica a coordenadora de pesquisas do
Dieese. “Quem tem vida laboral mais estável consegue
contribuir por mais tempo, vai se aposentar mais
cedo e se tiver profissão mais bem remunerada,
conseguirá receber um valor próximo ao teto. E
normalmente aqueles que se aposentam por tempo de
contribuição são os que começaram a trabalhar mais
cedo”, afirma. “Ou seja, o que chamam de privilégio,
não tem nada de privilégio.”
O que existe de privilégio na aposentadoria, segundo
a economista, está diretamente relacionado aos
privilégios já existentes na ativa: algumas
carreiras de servidores federais, no Judiciário, no
Legislativo, além dos militares. Esses setores não
foram sequer mencionados nas propostas vazadas até
agora pelo governo de Jair Bolsonaro para a reforma
da Previdência.
“A discussão da Previdência esquece a desigualdade
da ativa, que se perpetua na aposentadoria. Juízes
no Brasil ganham mais de 20 vezes a média dos
trabalhadores. Nos demais países é em torno de
quatro vezes mais”, informa ela.
As médias dos valores de aposentadoria no setor
público em 2016 é também exemplo de distorção. Os
servidores de prefeituras recebem entre R$ 2.500 e
R$ 3.000. Os estaduais, R$ 5.000. Federais civis, em
média R$ 10 mil. No Legislativo em torno de R$
15.000. E no Judiciário, R$ 16.000.
A técnica do Dieese ressalta: desembargadores e
juízes recebem muito mais. “Estamos falando em média
e isso é complicado, porque mistura essas carreiras
privilegiadas e os baixos salários dos servidores.
Mas dá ideia da desigualdade.”
Militares recebem salário integral
Com ampla participação no governo Bolsonaro – são sete
ministros – os militares até agora não foram
mencionados nas informações sobre a reforma da
Previdência que é prioridade do ex-capitão eleito.
Os militares não se aposentam. Eles passam para a
reserva ou são reformados recebendo o salário
integral da ativa. E não têm idade mínima para
chegar a essa condição. Para dar uma ideia da
situação, 55% dos que vão para a reserva têm entre
45 anos e 49 anos. O próprio Bolsonaro, hoje capitão
reformado, ingressou na reserva aos 32 anos de
idade.
Para usar um termo muito utilizado pelos artífices
da reforma, o “rombo” com inatividade na previdência
militar passou de R$ 35,9 bilhões em 2017, para R$
40,5 bilhões em 2018 – crescimento de 12,5%. No
mesmo período, esse índice foi de 7,4% no INSS e de
5,22% entre os servidores da União.
Os militares, por uma série de subterfúgios, ganham
mais quando vão para a reserva. Como se aposentam
cedo, muitos continuam trabalhando em consultorias,
criam empresas de segurança. Os demais servidores
perdem 30%, relata Patrícia. “Os militares afirmam
que não têm FGTS, e não têm mesmo. Mas recebem cotas
de soldo por ano de trabalho, um abono inatividade,
que no final das contas dá na mesma que o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço”, explica a economista.
Fonte: Agência Sindical
18/02/2019 -
O desastre econômico do Brasil de Bolsonaro
Um país à deriva. Essa é a impressão que passa a
equipe econômica do governo do presidente da
República, Jair Bolsonaro, liderada pelo ministro
Paulo Guedes, com seu programa embalado pela
“reforma” da Previdência Social como samba de uma
nota só. O governo e a mídia querem fazer crer que
tudo se resolverá quando o sistema de aposentadoria
for reduzido a quase nada ou, dito de outra forma, o
país não terá salvação enquanto os trabalhadores não
perderem essa conquista.
No mundo da realidade, a situação é muito mais
grave. O Brasil está abrindo mão dos seus
instrumentos de fomento, como os bancos públicos —
em especial o BNDES — e as estatais, fundamentais
para proteger a economia nacional dos devastadores
efeitos da crise global. Com a bússola ultraliberal
e neocolonial apontando para o norte, onde está a
catedral do mundo financeiro conhecida como Wall
Street, o governo Bolsonaro, como havia anunciado na
campanha eleitoral, deu as costas para a dura vida
dos trabalhadores desde que a marcha golpista foi
deflagrada, em meados de 2013.
Foi nesse processo que a economia despencou para o
fundo do poço da recessão, ao mesmo tempo que a
“reforma” trabalhista restituiu a base das relações
sociais que precederam a Revolução de 1930. O
resultado apareceu nos dados do informe anual da
Organização Internacional do Trabalho (OIT),
indicando que o desemprego se manterá próximo de 12%
pelo menos até 2020, número que está entre os mais
altos do G-20, o grupo que reúne as maiores
economias do mundo. Os jovens são as principais
vítimas dessa verdadeira catástrofe social — o
número de pessoas entre 15 e 29 anos que estão sem
trabalho e fora de instituições de ensino já
ultrapassa 11 milhões.
Tudo isso acontecendo em meio a prognósticos de mais
um round da crise global. Um deles, o da
diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional
n(FMI), Christine Lagarde, prevê um crescimento da
economia mundial "mais lento do que o previsto",
alertando para uma eventual "tormenta" econômica. Em
janeiro, o FMI reduziu a projeção de crescimento
global em 2019 de 3,7% para 3,5% devido às tensões
comerciais, particularmente entre Estados Unidos e
China.
Lagarde falou sobre o que chamou de "as quatro
nuvens" que pairam sobre a economia global,
referindo-se aos conflitos comerciais, ao ajuste de
juros, às incertezas relacionadas ao Brexit e à
desaceleração da economia chinesa. Segundo ela, o
conflito dos Estados Unidos com a China já impacta o
comércio, as taxas de juros e os “mercados”. Para
agravar a situação, o ajuste nos juros ocorre em um
momento em que governos, empresas e os lares
acumulam "dívidas muito pesadas".
Na Europa, com sua economia patinando, o BCE tem
atuado basicamente como salva-vidas nas crises de
liquidez que atingem com frequência os bancos
centrais dos países-membros periféricos. Segundo o
economista Paul Krugman, em sua coluna no jornal The
New York Times — reproduzida pelo O Globo — os
sinais latentes de agravamento da crise global são a
desaceleração na economia da China e da Europa, a
guerra comercial e a crise política nos Estados
Unidos (a queda de braços orçamentária do presidente
Donald Trump com o Partido Democrata).
O governo Bolsonaro navega nesse cenário turbulento
imaginando que é uma ilha. Sem um projeto de
desenvolvimento e muito menos uma proposta para
enfrenar os efeitos da crise global, é possível
prognosticar dias difíceis para o povo brasileiro. A
luta desesperada do establishment pela “reforma” da
Previdência Social, que fecharia o pacote de
maldades iniciado com a “reforma” trabalhista e a
Emenda Constitucional 95 (aquela que congela os
investimentos públicos), é o mais claro sinal de que
este governo tem como projeto único administrar a
economia de acordo com seus propósitos entreguistas
para alimentar a ciranda financeira. Num cenário
assim, fazer oposição significa somar todas as
forças para impedir o avanço dessa política de terra
arrasada.
Fonte: Portal Vermelho
18/02/2019 -
Maia avalia que reforma da Previdência pode ser
votada em junho pela Câmara
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a
reforma da Previdência pode ser votada em junho.
Maia deu a declaração quinta-feira, em Teresina
(PI), após encontro com o governador Wellington
Dias. Ele tem participado de reuniões com diversos
governadores para articular um texto de consenso
sobre a reforma da Previdência. Na sexta-feira (15),
Maia se encontrou com o governador do Paraná, Carlos
Massa Junior.
"O que vai ser construído como solução vai depender
da nossa capacidade diálogo. O que eu acho mais
importante, e que não tinha visto, é que os
governadores querem sentar na mesa e construir um
texto”, afirmou.
“Se olharmos a tramitação da proposta do
ex-presidente Temer, mais ou menos no mesmo prazo,
vai dar ali no início de junho”, avaliou.
Fonte: Agência Câmara
18/02/2019 -
Davi reafirma que senadores estão prontos para votar
reforma da Previdência
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, voltou a
dizer nesta sexta-feira (15) que o Senado está
pronto para debater a reforma da Previdência, a ser
enviada pelo governo ao Congresso Nacional nos
próximos dias. Davi lembrou que a proposta será
primeiramente avaliada pela Câmara dos Deputados,
mas ressaltou que, no Senado, tudo já está sendo
acertado para a discussão.
Segundo Davi, uma subcomissão especial a ser criada
dentro da Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) acompanhará a tramitação na Câmara.
Ele afirmou que todos os senadores aguardam "com
parcimônia" o projeto para então debater com a
sociedade e votar o texto final.
— O governo fez uma opção que agora cabe aos
deputados e senadores discutir. Tenho conversado com
os líderes partidários e estamos aguardando, porque
o Senado vai debater e vai votar a reforma da
Previdência no tempo certo e na hora certa.
Fonte: Agência Senado
18/02/2019 -
Projeto da bancada do PT isenta quem ganha até R$
4.990 do IR
A bancada do PT no Senado apresentou proposta para
acabar com o escalonamento das faixas de incidência
da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física
(IRPF) e fixá-la em 27,5% para quem ganha acima de
cinco salários mínimos.
Além disso, estabelece a cobrança de alíquota de 20%
de imposto de renda sobre os dividendos, ou seja,
parte do lucro de uma empresa que é distribuído
entre os seus acionistas. Toda empresa que negocia
ações é obrigada a dividir um percentual dos seus
lucros com os detentores de seus papeis. Hoje, o
acionista não paga qualquer imposto de renda sobre
esse provento.
A intenção dos autores com o PL 604/2019 é fazer
cumprir uma das principais promessas de campanha dos
dois candidatos que disputaram o segundo turno das
eleições de 2018, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad,
de diminuir impostos para a população que recebe
rendimentos menores. Assinam o projeto os senadores
Humberto Costa (PE), Jean Paul Prates (RN), Jaques
Wagner (BA), Paulo Paim (RS), Paulo Rocha (PA) e
Rogério Carvalho (SE).
Isenção
Considerando o salário mínimo vigente em 2019, de R$
998, a faixa de isenção será fixada em R$ 4.990.
Pela regra atual, não pagam imposto de renda apenas
os salários até R$ 1.903,98, e os acima de R$
4.664,48 mensais já são taxados em 27,5% na fonte.
Ou seja, esse novo valor de isenção é superior aos
que pagam alíquota máxima pelas regras vigentes
atualmente. A novidade é a isenção aos que pagavam
alíquotas menores, escalonadas de 7,5% a 22,5%.
Para compensar a perda fiscal de estimados R$ 38
bilhões, a proposta retoma a contribuição sobre os
dividendos, zerada desde 1995 e cuja promessa de
retorno foi feita por ambos os candidatos, explicam
os autores. A estimativa é de arrecadar R$ 54
bilhões. A cobrança se daria a partir de janeiro de
2020 e permanecem isentos do imposto de renda os
lucros ou dividendos distribuídos ao titular ou
sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte
optante pelo Simples Nacional.
— A gente não apresenta só o projeto, a gente diz a
fonte para cobrir o déficit que isso causaria, de R$
38 bilhões. A gente propõe que sejam tributados os
dividendos das pessoas jurídicas que hoje não são
tributadas, ou seja, uma pessoa que ganha R$ 2
milhões de dividendos por ano não paga nenhum
imposto, uma pessoa que ganha R$ 5 mil reais paga
27,5% de imposto de renda por ano, uma injustiça
tributária que precisa ser corrigida — defendeu o
senador Rogério Carvalho, durante entrevista
coletiva esta semana.
Faixas
A bancada petista lembra que a proposta não encerra a
discussão sobre a atualização das faixas de cobrança
do IR, cuja atualização se faz necessária há anos.
Há consenso sobre a isenção aos que ganham até cinco
salários, mas não sobre a reestruturação de toda a
tabela, inclusive com a criação de faixas maiores
que 27,5%.
— O projeto não encerra o debate porque a gente
precisa ter mais faixas de cobrança de imposto de
renda para gerar justiça tributária. Esse é um outro
projeto que a gente ainda tá apresentando —
esclareceu Carvalho.
Fonte: Agência Senado
15/02/2019 -
Governo propõe idade mínima de 65 anos para homens e
62 para mulheres
Reforma da Previdência será enviada ao Congresso
na quarta-feira
O presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica do
governo decidiram que a proposta de reforma da
Previdência fixará uma idade mínima de 65 anos para
aposentadoria de homens e 62 anos para mulheres, com
um período de transição de 12 anos. A proposta de
reforma do sistema previdenciário será encaminhada
ao Congresso na próxima quarta-feira (20).
As informações são do secretário especial de
Previdência, Rogério Marinho, ao final da reunião
com o presidente, no Palácio da Alvorada. Foram
cerca de duas horas de reunião, com a participação
dos ministros da Economia, Paulo Guedes; da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni; e da Secretaria de Governo,
Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Marinho disse que a equipe econômica defendeu uma
idade mínima de 65 anos para homens e para mulheres.
Já o presidente discordava da idade mínima das
mulheres: queria 60 anos. Além disso, o tempo de
transição desejado pelos economistas era de dez
anos, algo também negociado por Bolsonaro, que
queria 20 anos de transição. No final, o consenso
ficou em 12 anos.
Pronunciamento
Depois de assinar o texto da reforma, na próxima
quarta-feira, Bolsonaro vai fazer um pronunciamento
à nação para explicar a necessidade de mudar as
regras para aposentadoria no país. “O presidente
fará um pronunciamento à nação, explicando de que
forma essa nova Previdência vai ser encaminhada ao
Congresso para ser discutida. E esperamos que seja
aprovada brevemente”, disse Marinho.
Segundo Marinho, os detalhes da proposta só serão
conhecidos na quarta-feira. “O presidente bateu o
martelo e pediu para que divulgássemos apenas
algumas informações. O conteúdo do texto vai ficar
para o dia 20. Os detalhes da proposta serão
conhecidos pelo Congresso Nacional, até como uma
deferência ao Parlamento”.
O texto já havia sido formatado ao longo das semanas
e foi trazido para aprovação final do presidente.
“Ao longo do período da elaboração da proposta, o
presidente estava sendo informado periodicamente.
Voltamos hoje com o texto já finalizado”, disse o
secretário. Após as alterações negociadas entre
Bolsonaro e sua equipe, o texto vai para a área
técnica da Presidência da República, onde será
validada sua constitucionalidade antes que o
presidente possa assinar.
O governo calcula que a reforma vai permitir uma
economia de R$ 1 trilhão nos próximos dez anos. Por
se tratar de uma proposta de emenda constitucional
(PEC), a reforma da Previdência precisa ser votada
em dois turnos na Câmara e depois no Senado, com
apoio de no mínimo dois terços dos deputados e dos
senadores em cada votação.
Fonte: Agência Brasil
15/02/2019 -
Em 2017, Bolsonaro disse que aposentadoria aos 65
anos é desumano
Defensor de aumentar a idade mínima para
aposentadoria em sua reforma para a Previdência, o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) mudou radicalmente
de ideia sobre o tema nos últimos dois anos. Isso
porque, em 2017, o então pré-candidato disse,
durante um evento em Teresina (PI) que aumentar a
idade mínima era "uma falta de humanidade".
"Aprovar uma reforma [da previdência] com 65 anos é,
no mínimo, uma falta de humanidade. Querer uma
contribuição de 49 anos é um crime", disparou o
presidente, à época, logo após Michel Temer (MDB)
apresentar sua proposta de reforma estabelecendo a
idade mínima.
Nesta quinta-feira (14), no entanto, o presidente
definiu que a nova reforma previdenciária
estabelecerá idades mínimas de 62 anos para mulheres
e 65 anos para homens.
Fonte: Brasil247
15/02/2019 -
Centrais sindicais estudam greve geral contra
reforma da Previdência
Em reunião realizada na sede do Dieese nesta quinta
(14), as centrais sindicais (CTB, CUT, Força
Sindical, Nova Central, CGTB, CSB, Intersindical e
CSP-Conlutas) debateram a mobilização para a
Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora,
convocada para o próximo dia 20, e acenaram com a
organização de uma greve geral no país contra a
proposta de reforma da Previdência do governo
Bolsonaro e em defesa das aposentadorias e da
Previdência Pública.
“Consideramos que a reunião dos sindicalistas deve
apontar para uma jornada nacional de luta em defesa
da Previdência Pública e preparar o caminho para a
realização de uma nova greve geral, a exemplo da que
foi feita com sucesso no dia 28 de abril de 2017”,
comentou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
“Nossa luta”, prosseguiu o sindicalista, “é não só
em defesa das aposentadorias, agora sob o risco de
extinção para os mais pobres com a privatização do
sistema previdenciário. Batalhamos também em defesa
da soberania nacional, da democracia e dos direitos
sociais, alvos da agenda ultraliberal do governo
Bolsonaro, que radicalizou a receita golpista de
Michel Temer”.
O dirigente criticou duramente o ministro da
Economia, Paulo Guedes, que em sua opinião “tem
forte interesse particular na reforma, é diretamente
ligado a empresas que exploram o sistema
previdenciário e está sendo investigado por suspeita
de desvio de R$ 1 bilhão na administração de fundos
de pensão. Além disto, é um dos ‘Chicago Boys’ que
assessoraram a fracassada reforma previdenciário do
ditador Augusto Pinochet no Chile, que instituiu o
malfadado sistema de capitalização e condena os
idosos à miséria, com aposentadorias que não chegam
à metade do valor do salário mínimo daquele país”.
Ampliar a mobilização
Adilson ressaltou a necessidade de promover “um amplo
debate na sociedade, buscar o apoio dos movimentos
sociais, da CNBB, da OAB e atuar intensamente também
nos espaços institucionais. Vamos atrás dos
parlamentares sabendo que no Congresso Nacional há
muita resistência a apoiar os pontos mais polêmicos
da reforma”.
Os líderes das centrais prometem conversar com
prefeitos e governadores: “Sabemos que em cerca de 4
mil municípios os recursos canalizados para o
pagamento das aposentadorias são maiores e mais
significativos para a sobrevivência da economia do
que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A
reforma proposta por Bolsonaro e Guedes será
desastrosa para muitos prefeitos e governadores”.
Outro ponto destacado é “a realização de uma ampla
campanha de esclarecimento da opinião pública, que
vem sendo bombardeada com alarmes falsos e meias
verdades por uma mídia que omite o fato de que as
despesas financeiras do Estado, com o pagamento dos
juros da dívida pública, consomem mais de 50% do
orçamento. É nisto e na política de desonerações e
conivência com o calote dos débitos contraídos pelos
empresários com a Previdência que devemos mexer, é
imperioso onerar os banqueiros e as empresas
sonegadoras do INSS. Os ricos devem pagar a conta do
ajuste fiscal e não mais os pobres”.
Greve em São Paulo
Durante a reunião os dirigentes das centrais
reiteraram o apoio à greve dos servidores
paulistanos contra a reforma da Previdência do
governo Bruno Covas (PSDB), que ampliou de 11% para
14% da folha a contribuição dos trabalhadores e
trabalhadoras e investiu na privatização do sistema
com a criação do Sampaprev, um fundo complementar de
previdência privado. Os servidores querem a
revogação do que chamam de “confisco salarial” e do
Sampaprev.
De acordo com o presidente da CTB, “a greve do
funcionalismo municipal de São Paulo – que, por
sinal, está a cada dia mais forte – dá novo ânimo à
luta nacional das centrais, dos movimentos sociais e
da classe trabalhadora em defesa da Previdência
Pública e dos direitos e conquistas da nossa classe
trabalhadora. É só com muita luta que lograremos
barrar a agenda reacionária de restauração
neoliberal, defender a democracia, a soberania e
resgatar no Brasil um projeto nacional de
desenvolvimento capaz de garantir a retomada do
crescimento econômico e o bem-estar do povo
brasileiro”, concluiu.
Fonte: Portal Vermelho
15/02/2019 -
Relatório da OIT mostra que 2 bilhões de
trabalhadores no mundo são informais
"Estão trabalhando sem nenhum tipo de proteção
por parte do Estado", observa o diretor-técnico do
Dieese
Relatório divulgado nesta quarta-feira (13) pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra
que cerca de 60% dos 3,3 bilhões de pessoas que
trabalham no mundo estão no mercado informal — algo
em torno de 2 bilhões de pessoas. O estudo se refere
ao ano de 2018 e aponta tendências para o ano
seguinte.
“Significa que essas pessoas têm vida laboral, atuam
regularmente na produção econômica, mas sem proteção
social, não têm previdência social, não têm saúde,
não têm seguridade, portanto estão trabalhando sem
nenhum tipo de proteção por parte do Estado”,
analisa o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, em entrevista para a jornalista Marilu
Cabañas, na Rádio Brasil Atual.
O relatório mostra que 52% dos 3,3 bilhões de
trabalhadores são assalariados e 34% atuam por conta
própria, além de 11% em trabalho familiar. A falta
de direitos e proteção social afeta principalmente
os trabalhadores autônomos – 85% estão na
informalidade, excluídos de qualquer sistema de
proteção. Além disso, um em cada cinco jovens de até
25 anos não trabalha e nem estuda, o que se
convencionou chamar "geração nem-nem".
Fonte: Rede Brasil Atual
15/02/2019 -
Bolsonaro usa discurso falso para atacar
aposentadoria de agricultores, diz deputado
Carlos Veras rebate argumentos de Bolsonaro para
baixar a MP 871: "Se quer angariar recursos para a
Previdência, o governo deveria combater de forma
firme a sonegação e as dívidas empresariais"
O deputado federal Carlos Veras (PT-PE), que
apresentou um pacote de 14 emendas à Medida
Provisória (MP) 871, publicado em janeiro pelo
governo Bolsonaro, afirma que o presidente comete um
ataque aos trabalhadores rurais, sob o pretexto de
coibir fraudes e movimentar a economia. O
parlamentar foi entrevistado na manhã desta
quinta-feira (14) pela Rádio Brasil Atual.
O governo alega que a MP vai economizar R$ 9,8
bilhões nos primeiros 12 meses mas, para o deputado,
ex-presidente da CUT-Pernambuco e trabalhador rural,
Bolsonaro apresenta um discurso falso. "Se for para
colocar mais recursos na Previdência não é tirando
direito dos trabalhadores que ganham menos. A MP
corta benefícios e dificulta os acessos às
aposentadorias. Se quer angariar recursos para a
Previdência, o governo deveria combater de forma
firme a sonegação e as dívidas empresariais."
As emendas apresentadas ao texto da MP foram
elaboradas com apoio da Confederação Nacional dos
Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras
Familiares (Contag), da Associação Nacional dos
Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade
Social (Anasps) e do ex-ministro da Previdência
Carlos Gabas. Na entrevista, ele também lembra que
as fraudes fiscais contra a Previdência estão na
casa dos R$ 450 milhões. "Quem sonega a Previdência
são as grandes corporações. O que eles querem é
acabar com o direito do trabalhador e da
trabalhadora de se aposentar", critica.
O deputado comenta ainda a mudança que exclui os
sindicatos como fornecedores de Declaração de
Atividade Rural, o que irá dificultar o acesso de
milhares de trabalhadores ao benefício. "Esse
governo nefasto quer penalizar quem mais precisa,
impondo regras impraticáveis."
Fonte: Rede Brasil Atual
15/02/2019 -
Paulo Paim destaca papel da CDH no debate de grandes
temas
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, nesta
quinta-feira (14), a importância da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) na
defesa dos cidadãos brasileiros. Ele ressaltou ainda
o desafio que enfrentará no comando do colegiado no
próximo biênio.
Eleito presidente da comissão, Paim afirmou que os
grandes temas de interesse nacional são discutidos
na CDH. São assuntos das mais diversas áreas, como
saúde, educação, segurança, direitos civis e
sociais, meio ambiente, além de questões sobre o
combate a todos os tipos de discriminação e racismo,
questões de interesse dos indígenas, das mulheres,
das crianças, dos idosos, dos aposentados e dos
pobres.
— O segredo da Comissão de Direitos Humanos é dar
voz, é dar alma àqueles que não possuem oportunidade
de falar. É refletir os gritos das ruas, os cantos,
o lamento das florestas e dos campos.
Paulo Paim acrescentou que a CDH garante o
contraditório e reconheceu que a comissão terá
muitos desafios pela frente.
Fonte: Agência Senado
15/02/2019 -
Congresso deve ouvir a sociedade sobre a reforma da
Previdência, afirma Davi
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse na
noite desta quinta-feira (14) que o Congresso deve
ouvir a sociedade ao debater a proposta de reforma
da Previdência, a ser encaminhada pelo governo na
quarta-feira (20). Sobre a definição da idade mínima
para a aposentadoria de 65 anos para os homens e 62
para as mulheres, anunciada nesta quinta, Davi
avaliou que que o governo fez uma opção e que agora
cabe aos deputados e senadores promover a discussão
democrática da reforma.
— O Congresso, livremente, vai fazer o debate e a
sua escolha. Eu sempre disse que todos nós estamos
no mesmo barco. Além da reforma da Previdência, que
é fundamental para as contas públicas, temos a
reforma tributária, que é importante para
desburocratizar o estado brasileiro — afirmou.
Ele voltou a ressaltar que o Senado vai "acompanhar
pari e passu o trâmite na Câmara". Questionado se o
governo havia feito algum contato com a Presidência
do Senado, Davi informou que estava cuidando de
questões internas da administração da Casa e que até
aquele momento não havia sido contatado pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes.
— Precisamos mostrar a proposta para o Brasil e para
o mundo. Os estados e os municípios estão quebrados.
Precisamos mostrar a solução — disse.
Crise do governo
Em relação à crise entre o ministro da
secretaria-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e
o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente
Jair Bolsonaro, o senador ponderou que a questão
está fora da agenda do Congresso.
— Isso é um problema do governo, e não do Senado.
Como aliás devem achar os senadores. Eu tenho
acompanhado pela imprensa.
Perguntado se uma eventual queda do ministro Bebiano
poderia atrapalhar o trâmite da proposta da
Previdência, o presidente do Senado avaliou que não.
— O ministro Bebianno foi nomeado pelo presidente, e
não por um senador ou deputado federal. O governo é
que tem de decidir se ele fica ou sai. Não é coisa
do Parlamento — disse.
Sobre a possibilidade do senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) solicitar um convite para o ministro falar
ao Senado, Davi enfatizou que "qualquer senador tem
o direito de solicitar, dentro do regimento, um
convite ou convocação de um ministro".
Em relação às brigas internas dos membros do governo
e dos familiares do presidente Bolsonaro, que se
tornam públicas, Davi tornou a declarar o seu
distanciamento.
— A gente está tratando dos sonhos dos brasileiros
que foram representados nas urnas no dia 7. Problema
de relação todo governo teve. Em casa tem problema,
as famílias têm problema, imagina no governo. O
Senado vai debater os problemas do Brasil, não os
problemas do governo — argumentou.
Fonte: Agência Senado
15/02/2019 -
Projeto retoma política de valorização do salário
mínimo
Projeto apresentado no Senado garante a quem recebe
o salário mínimo um ganho real — acima da inflação —
de pelo menos 1% todos os anos. O texto retoma e
estende até 2023 as regras da política de
valorização do salário mínimo, que tinha validade
até janeiro deste ano.
O PL 605/2019 foi apresentado pelos senadores
Humberto Costa (PT-PE), Jean Paul Prates (PT-RN),
Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Paim (PT-RS), Paulo
Rocha (PT-PA) e Rogério Carvalho (PT-SE) — toda a
bancada do PT. Na justificativa, eles afirmam que a
política de valorização do salário mínimo, adotada
nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da
Silva e Dilma Rousseff, é fator importante na
redução da pobreza e da desigualdade de renda.
— A política de recuperação do salário mínimo foi a
responsável por 40% da redução da pobreza. A
política é muito simples: acrescentar, a cada ano, o
crescimento do PIB de dois anos anteriores e a
inflação — explicou Rogério Carvalho.
O ganho real mínimo de 1%, de acordo com os
senadores, é para que o trabalhador não deixe de ter
aumento real mesmo em momentos de crise. Para eles,
aumentar o salário dos trabalhadores gera aumento da
demanda agregada via consumo, o que estimula a
economia.
Fórmula
Pelo texto, nas situações normais, em que houver
crescimento, o ganho provavelmente será maior. As
regras previstas no projeto são aplicadas no dia 1°
de janeiro de cada ano, com reajuste do salário
mínimo equivalente à inflação mais a taxa de
crescimento do PIB registrada no ano anterior ao
último. Para 2020, por exemplo, será usado o
crescimento do PIB de 2018.
A inflação será medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado
pelo IBGE, acumulada em 12 meses. O período
considerado são os 12 meses até novembro do ano
anterior, ou seja: em 2020, serão contados os meses
entre dezembro de 2018 e novembro de 2019. O
reajuste deverá ser publicado em decreto pelo
presidente da República.
O projeto será analisado pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) em decisão terminativa Isso
significa que, se for aprovado e não houver recursos
para a votação em plenário, seguirá diretamente da
comissão para a Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
14/02/2019 -
FST debate como enfrentar ataques a direitos e quer
reunião com Bolsonaro
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) se reuniu
terça (12), em Brasília, na sede da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Educação e Cultura (CNTEEC), a fim de debater meios
de enfrentar a onda de ataques à classe
trabalhadora.
O custeio, por meio da assistencial e da sindical,
foi mais uma vez validado como de extrema
importância para manutenção das entidades que
defendem suas categorias.
Oswaldo Augusto Barros, coordenador nacional do FST
e presidente da CNTEEC, explica a posição relativa
ao custeio.
Ele diz: "A resistência do movimento sindical
depende de meios e o meio principal são as
contribuições recebidas da categorias. É essa base
que possibilita a luta para manter as cláusulas
sociais, a legislação trabalhista e realizar
tratativas visando a assinatura de Convenções
Coletivas de Trabalho".
Previdência - O Fórum Sindical também deliberou
atuar em campanhas contra o desmanche da Previdência
pública, a fim de assegurar a proteção aos
segurados. Para o FST, a reforma deve começar pelo
fim dos privilégios de determinados setores que se
valem de pomposas aposentadorias, fortalecendo o
discurso sobre pseudorrombo da Previdência.
Bolsonaro - O encontro acertou os detalhes finais de
documento das Confederações, a ser entregue ao
presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é buscar uma
agenda junto ao governo rumo à retomada do
crescimento econômico, da geração de empregos e
valorização do trabalho.
O coordenador do Fórum afirma: “Mesmo sabendo do
estado de saúde do Presidente, estamos nos
esforçando pra marcar audiência o mais rápido
possível. Queremos entregar o documento nas mãos
dele e mostrar a importância da ação sindical, não
só para as categorias, como também para a garantia
da ordem e estabilidade social”.
Mais informações: www.fstsindical.com.br
Fonte: Agência Sindical
14/02/2019 -
Bolsonaro diz que hoje “bate o martelo” sobre
reforma da Previdência
Haverá idade mínima para homens e mulheres e
período de transição
O presidente Jair Bolsonaro disse que pretende
“bater o martelo” hoje (14) sobre a proposta da
reforma da Previdência que será encaminhada pelo
governo federal ao Congresso. Segundo ele, será
fixada a idade mínima de 62 ou 65 anos para homens e
57 ou 60 anos para mulheres, incluindo um período de
transição.
A definição depende de uma reunião que Bolsonaro
terá à tarde com a equipe econômica. Ele também
afirmou que as regras aplicadas às Forças Armadas
serão estendidas aos policiais militares e
bombeiros.
“Eu não gostaria de fazer a reforma da Previdência,
mas sou obrigado a fazer, do contrário o Brasil
quebrará em 2022 ou 2023”, afirmou o presidente em
entrevista exclusiva à TV Record na noite de ontem
(13).
Bolsonaro não adiantou qual será a idade mínima para
homens e mulheres, mas assegurou que o período de
transição será fixado. No caso da idade mínima maior
– 60 anos para mulheres e 65 para homens, a
transição será de 2022 a 2023. “Vou conversar com a
equipe econômica”, acrescentou.
Saúde
Após 17 dias internado para a terceira cirurgia, na
qual foi submetido para a retirada da bolsa de
colostomia, o presidente afirmou que o período mais
difícil foi o da recuperação no Hospital Israelita
Albert Einstein, em São Paulo. Ele lembrou que
passou por uma pneumonia, o que atrasou sua alta
hospitalar.
“[O médico disse que] não se lembra de ter
encontrado um intestino com mais aderência do que o
meu”, afirmou. “Mas estamos prontos para voltar ao
batente.”
O presidente ficará, nos primeiros dias, no Palácio
da Alvorada, a residência oficial, com supervisão
médica e retomará gradualmente as atividades,
segundo o porta-voz da Presidência da República,
Otávio do Rêgo Barros.
PCC
Bolsonaro afirmou que, embora tenha sido uma decisão
do Ministério Público de São Paulo transferir 22
presos ligados ao grupo organizado Primeiro Comando
da Capital (PCC) para três presídios federais, o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio
Moro, acompanhou todo o processo.
De acordo com a decisão judicial que decretou a
transferência, os presos ficarão em RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado) por 60 dias após a chegada
aos presídios federais de segurança máxima.
“O ministro Sergio Moro tem tratado este assunto de
forma excepcional”, destacou.
Brumadinho
Após a tragédia em Brumadinho (MG), causada pelo
rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, na
qual 165 pessoas morreram e 155 estão desaparecidas,
o presidente disse que o governo federal trabalha
intensamente em um “plano seguro” para as cerca de
mil barragens existentes no país.
Segundo Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia,
Bento Albuquerque, coordena os trabalhos para
definir o plano que será executado em conjunto com
outras pastas no esforço de impedir acidentes como o
registrado, no último dia 25, nos arredores de Belo
Horizonte.
O presidente ressaltou que o “houve uma pronta
resposta do governo federal”. “No dia seguinte,
fomos oferecer o apoio para o estado de Minas
Gerais”, disse. “O almirante Bento está tomando
providências juntamente com outros ministros para
que as mil barragens possam ter um plano seguro para
que não haja mais esse tipo de desastres.”
Governo
Bolsonaro reiterou que sua relação com o
vice-presidente da República, Hamilton Mourão, é
excelente e que ambos mantêm diálogo contínuo.
Segundo ele, Mourão está apto para substituí-lo em
eventualidades. “Temos excelente diálogo. Cada vez
mais estará preparado para nos substituir.”
Bolsonaro disse ainda que acompanha a investigação
sobre quatro filiadas ao PSL, legenda do presidente,
por suspeita de terem atuado como “laranjas” para o
desvio de dinheiro público destinado ao partido por
meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha
(FEFC). Matérias veiculadas na imprensa associam o
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência,
Gustavo Bebianno, a essa prática.
O presidente reiterou que é uma “minoria” dentro do
partido que está sob suspeita e que a Polícia
Federal foi encarregada do caso. “O partido tem de
ter consciência. Não são todos, é uma minoria. Logo
depois da minha eleição, eu dei carta branca para
apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem
de dinheiro.”
Bolsonaro disse que Bebianno responderá pelo que for
responsabilizado. “Se tiver envolvido e logicamente
responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode
ser outro a não ser o retorno das suas origens.”
Fonte: Agência Brasil
14/02/2019 -
Proposta da Previdência deve ficar pronta até o
carnaval
Onyx prevê aumento da poupança interna com
capitalização
O governo deve fechar a proposta de reforma da
Previdência Social até o carnaval. “Nós vamos
conversar ao longo deste fim de semana, início da
semana que vem. Eu acho que antes do carnaval deve
estar pronto”, disse o ministro-chefe da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni.
Onyx fez o encerramento de um encontro com
empresários em Brasília, que mais cedo recebeu o
vice-presidente Hamilton Mourão.
O ministro disse que permanecerão separados os
sistemas de Previdência (descrito nos artigos nº 201
e 202 da Constituição) e de Assistência Social
(artigo nº 203). Segundo Onyx, há uma “preocupação
em ser um processo em que haja esse olhar fraterno
para as pessoas”.
Na palestra aos empresários, Onyx assinalou que “ao
separar Previdência da assistência, ela [a reforma]
vai ser responsável”, e que “quem faz Previdência
faz um seguro que tem que ser respeitado”. O
ministro não detalhou valores a serem pagos como no
caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Economia
Aos empresários, o ministro confirmou a estimativa de
economia de gastos públicos de R$ 1,2 trilhão em dez
anos com a reforma e de que, com a adoção do regime
de capitalização individual dos segurados, o
percentual de poupança da economia brasileira deverá
passar dos atuais 15,5% do PIB para 20%.
A reforma da Previdência tem de ser votada em dois
turnos na Câmara dos Deputados e depois no Senado. A
aprovação depende da adesão de dois terços dos
parlamentares a cada votação.
De acordo com o ministro da Casa Civil, o presidente
Jair Bolsonaro deverá escolher em breve os líderes
do governo no Senado e do Congresso. “Nós estamos
levando uma série de nomes ao presidente no fim de
semana. Provavelmente, o líder no Senado e do
Congresso seja conhecido na semana que vem”.
Unidades de integridade
Onyx confirmou a implantação piloto de unidades de
integridade no Ministério da Saúde e no Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “É uma
inovação”, disse o ministro, ao afirmar que a
criação das unidades nos órgãos públicos “vai mudar
a cultura interna no governo". Conforme adiantou a
Agência Brasil, cada unidade deverá detectar
fragilidades e riscos, além de propor controles e
monitorar a adoção de medidas.
O combate à corrupção foi um dos pedidos que os CEOs
(sigla em inglês para Chief Executive Officer)
fizeram ao ministro no encontro com empresários em
Brasília. Além disso, os executivos, pediram que o
governo apoiasse o fim da barreira para aquisição de
terras por estrangeiros, simplificação tributária,
garantia de contratos e facilitação da circulação de
mercadoria entre os estados.
Fonte: Agência Brasil
14/02/2019 -
Paim denuncia que combate a fraude não prevê defesa
de segurado do INSS
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, nesta
quarta-feira (13), que a Medida Provisória (MPV)
871/2019 trará insegurança financeira aos
trabalhadores que ficarem impedidos de exercer as
atividades laborais, temporária ou permanentemente.
A medida altera regras de concessão de pensão por
morte, auxílio-reclusão e aposentadoria rural e,
segundo o governo federal, pode gerar economia aos
cofres públicos de R$ 9,8 bilhões apenas no primeiro
ano de vigência.
O objetivo declarado é combater fraudes em
benefícios previdenciários, mas para o senador, a MP
apenas propõe medidas de suspensão do benefício, sem
assegurar formas adequadas de defesa para os
trabalhadores que estejam nessa situação.
O parlamentar citou a pesquisa da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) que aponta o Brasil
como o quarto pior país em segurança no trabalho. “É
um dos que mais mata, mutila e adoece
trabalhadores”, destacou Paulo Paim.
Na visão do parlamentar, o Estado deveria, dessa
forma, estar preocupado em promover um ambiente de
trabalho saudável e em fiscalizar o cumprimento das
normas de saúde e segurança a fim de reduzir o
número de trabalhadores que buscam benefícios.
— Em vez disso, o governo propõe medidas para
cancelar o auxílio dos acidentados e adoentados,
obrigando-os a retornar ao trabalho sem condições
físicas e emocionais para isso — reclamou.
Fonte: Agência Senado
14/02/2019 -
'Quebraram o Brasil', diz Guedes sobre pedidos de
subsídios
O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou os
pedidos de subsídios feitos por empresários ao
governo federal ao afirmar que isso "quebrou o
Brasil". "Todo mundo vem pedir subsídios, dinheiro
para isso, dinheiro para aquilo. Eu falo: o que
vocês podem fazer pelo Brasil? Quebraram o Brasil,
quebraram o Brasil", disse Guedes durante o
lançamento de uma ferramenta digital que irá
divulgar os gastos do governo federal com viagens de
autoridades e servidores, nesta quarta-feira (13).
"Vejo muita gente vindo de muitas partes do Brasil
para pedir coisas para o Brasil. A pergunta é: o que
eles podem dar para o Brasil?", completou Guedes,
que defende o fim dos subsídios setoriais.
O ministro também criticou os tribunais de contas
estaduais e disse que o Tribunal de Contas da União
(TCU) terá que ajudar estes órgãos a "subirem de
padrão".
"O TCU vai ter que ajudar os tribunais de contas
estaduais. Os governos estaduais estouraram, em
visível falta de controle dos tribunais estaduais",
disse em referência à crise fiscal dos estados.
Fonte: Brasil247
14/02/2019 -
OIT projeta redução lenta do desemprego no Brasil
A forte recuperação do emprego na America Latina não
deve resultar no mesmo ritmo de melhora no mercado
de trabalho no Brasil, afirma a OIT (Organização
Internacional do Trabalho) em relatório recente. O
caso do Brasil é de ordem estrutural: a
informalidade e a má qualidade do emprego continuam
pesando forte nos indicadores do trabalho no país.
Com isso, o Brasil deve ficar para trás e reduzir
muito lentamente a taxa de desemprego, atualmente em
12,5%.
A reportagem do jornal Valor destaca que "o Brasil,
a taxa [de informalidade] é de 46%, e, no México, de
53,4%. No total, 2 bilhões de pessoas ocupavam um
trabalho informal em 2016, representando 61% da
mão-de-obra mundial."
A matéria ainda informa que "a maior parte das vagas
criadas na América Latina e no Caribe nas últimas
décadas foi no setor de serviços, que representa
hoje 40% do total de empregos na região, comparado a
12% na manufatura. Com exceção das atividades
financeiras, a informalidade continua propagada nos
vários segmentos de serviços. A região, com uma das
maiores taxas de informalidade no emprego, tem
também uma das mais elevadas incidências de
'"pobreza multidimensional'"(múltiplas carências)."
E complementa: "o número de pessoas na pobreza
extrema ou moderada na América Latina, vivendo com
algo entre US$ 1,90 e US$ 3,00 por dia, deve em todo
caso cair ligeiramente de 19,6 milhões neste ano
para 18,7 milhões em 2020, se as boas perspectivas
econômicas se confirmarem. Globalmente, havia 172
milhões de desempregados no ano passado, o que
corresponde a uma taxa de 5%. Foi necessário apenas
um ano para o desemprego mundial passar de 5% em
2008 para 5,6% em 2009, mas o retorno aos níveis de
antes da crise financeira global demorou nove anos."
Fonte: Brasil247
14/02/2019 -
Decisão do TST sobre greve de 2018 não desmobiliza
eletricitários, afirma Chicão
Os eletricitários vão se manter mobilizados contra a
privatização da Eletrobras e avaliam realizar uma
grande convenção para definir os próximos passos do
movimento. “Os trabalhadores ficaram indignados com
a sentença do Tribunal Superior do Trabalho que
considerou abusiva a greve realizada em junho de
2018 pelos funcionários contra a privatização”,
critica Eduardo Annunciato, o Chicão, presidente do
Sindicato da categoria em SP e da Federação Nacional
dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente.
“Não foi surpresa a decisão do TST devido à visão
extremista e direitista que afeta hoje o País. A
leitura que fazemos é que representantes de vários
setores, como governo, Justiça e empresários, tentam
criar situações para desmotivar o trabalhador a
lutar pelos direitos. Mas a mobilização continuará.
O governo pode se dar por satisfeito porque só
fizemos uma greve. No futuro, o que pode ocorrer é a
gente apagar a luz. Se isso acontecer, aí vai ficar
ruim mesmo”, afirma.
Chicão elogia o relator do processo no TST, ministro
Maurício Godinho Delgado, que teve posição diferente
da tomada pela sessão de dissídios coletivos. O
ministro considerou que a motivação dos empregados
para a paralisação teve relação direta com a
garantia do emprego. A decisão do TST abre
jurisprudência para julgamentos semelhantes, ele
alerta.
Histórico - “Aquela manifestação foi feita”, conta
Chicão, “porque estávamos contra a privatização.
Sabíamos da possibilidade da paralisação ser
considerada ilegal, devido à irracionalidade do TST
e por causa da onda extremista”.
Segundo o sindicalista, Wilson Ferreira Júnior
continua na presidência da estatal preparando a
privatização. “Ele conduziu a privatização da CPFL e
demitiu em massa lá. Os trabalhadores da Eletrobras
sabiam disso e fizeram a greve de junho de 2018 em
defesa do emprego”, argumenta.
A Eletrobras emprega 100 mil trabalhadores diretos e
indiretos em todo o Brasil.
Fonte: Agência Sindical
13/02/2019 -
Sindicato deve representar toda a categoria
indistintamente
Sindicato representa toda a categoria, não
apenas os que contribuem
A Reforma Trabalhista trouxe muitos elementos
novos à estrutura e organização sindicais. Alguns
desses elementos são verdadeiras “arapucas” à
estrutura das entidades. Com o fim do desconto
obrigatório do chamado imposto sindical e a
consequente descapitalização ou perda de recursos
financeiros pelos sindicatos, algumas entidades têm
recorrido à expedientes que poderão comprometer a
representação dos trabalhadores agora e no futuro.
O expediente é o que determina que só poderão
usufruir das vantagens e conquistas inseridas na
convenção coletiva de trabalho aqueles/as
trabalhadores/as que autorizarem o desconto da
contribuição sindical. Assim, o sindicato deixará de
representar a categoria para representar apenas e
tão somente aqueles que efetivamente contribuírem
com a entidade.
Isto, por óbvio, enfraquecerá a organização sindical
e a representação dos trabalhadores, o que trará
vantagens para o empregador e desvantagens
crescentes para o trabalhador. A representação
extrapola à conquista de vantagens, benefícios e
direitos.
A representação garante, nesse ambiente de retração
ou redução de direitos, que o trabalhador não
negociará individualmente com o patrão, pois pela
lógica a garantia de êxito diminui substantivamente
para dizer o mínimo.
Fugir da armadilha
Com propósito de sanar o que pode-se considerar grave
erro político e estratégico visando, muitas vezes, a
tentativa de superar as dificuldades financeiras
advindas dessa alteração inserida na CLT pela
Reforma Trabalhista, o advogado trabalhista e membro
do corpo técnico do DIAP, Hélio Gherardi, elaborou
parecer técnico, em que chama a atenção, entre
outras questões:
1) “que a própria entidade sindical, pretender
retirar direitos de parte da própria classe
trabalhadora que representa;
2) “pelo simples motivo do empregado não haver
concordado com o recolhimento da contribuição
sindical”; e
3) que “afigura-se também, além do já demonstrado,
em violação ao disposto no artigo 5º, “caput” da
Carta Magna, contrariando o ‘Princípio da Isonomia’,
o que entendemos contrariar a própria razão de ser
de uma entidade sindical”.
Fonte: Diap
13/02/2019 -
Texto da reforma da Previdência está pronto e
aguarda Bolsonaro
Secretário Rogério Marinho diz que presidente
dará palavra final
O texto-base da reforma da Previdência foi concluído
pela equipe de governo e agora aguarda a análise do
presidente Jair Bolsonaro, ainda internado no
Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo o
secretário especial da Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, que esteve nesta terça-feira (12)
reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em
Brasília, o presidente dará a palavra final sobre o
projeto que será enviado à Câmara dos Deputados.
“Evidente que existem pontos que serão levados à
presença do presidente para que ele possa tomar sua
posição, possa definir de que forma isso possa
chegar à Câmara Federal”, disse Marinho.
O secretário informou que o texto foi construído por
diversas áreas do governo, além da contribuição de
economistas e avaliação do projeto enviado pelo
ex-presidente Michel Temer ao Congresso. Ele não
antecipou nenhuma regra.
Marinho disse que o texto final é “bem diferente” da
minuta do projeto que vazou para a imprensa na
semana passada. Nessa minuta, o governo proporia
idade mínima única de 65 anos para homens e mulheres
se aposentarem no Brasil. Além disso, a minuta de
projeto ainda previa um mínimo de 20 anos de
contribuição para o trabalhador receber 60% da
aposentadoria chegando, de forma escalonada, até o
limite de 40 anos, para o recebimento de 100%.
Perguntado sobre quando o projeto será apresentado à
sociedade, Marinho respondeu que isso vai ocorrer o
mais rapidamente possível. “Vamos aguardar que o
presidente convalesça, que ele esteja em plena
condição de exercício do seu mandato, que eu espero
que seja amanhã ou quinta-feira, e, apresentado [o
texto] ao presidente, ele vai definir o prazo”,
disse o secretário.
Militares
Sobre a inclusão de militares na reforma, mais cedo o
senador Major Olímpio, líder do PSL, disse, ao
deixar o Ministério da Economia, que os próprios
militares apresentaram uma proposta para a
Previdência.
“Os próprios comandantes militares, o ministro da
Defesa [general Fernando Azevedo] têm se debruçado
sobre isso. Os militares que estão fazendo
propostas. Tudo vai cair aqui dentro da área
técnica, da área econômica. Os militares, que são
sempre solução para o nosso país, não são problema,
também estão fazendo suas propostas. Vamos ver a
viabilidade dessas propostas”, disse.
O senador também esteve reunido com Guedes, no
ministério.
Fonte: Agência Brasil
13/02/2019 -
Desastre em Brumadinho é o maior crime trabalhista
já registrado no Brasil, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta
segunda-feira (11) em Plenário que o desastre
ocorrido em Brumadinho (MG), quando uma barragem de
rejeitos tóxicos da mineradora Vale se rompeu,
soterrando centenas de pessoas, já é considerado o
maior crime trabalhista registrado no Brasil. Ele
criticou a precarização dos direitos trabalhistas,
que para ele representa um dos fatores que colocam o
país como recordista em mortes por acidente de
trabalho.
— A pergunta que não quer calar é: por que essas
tragédias, como essas das barragens, e outras
acontecem no mundo do trabalho aqui no nosso país?
Ora, porque o Brasil é o quinto país do mundo em
concentração de renda e o oitavo em economia. É
claro que a ganância é que constrói todo esse
terrível cenário. O lucro, para eles, é o principal
e a finalidade, nem que para isso pessoas e vidas
sejam levadas à morte — lamentou.
Paim informou que assinou requerimento para
instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) para investigar e identificar dos culpados
pela catástrofe em Brumadinho, que também destruiu o
Rio Paraopebas, e pediu aos congressistas que o
grupo seja misto, composto por senadores e
deputados.
Fonte: Agência Senado
13/02/2019 -
Laranjal do PSL pode derrubar Bebianno
O escândalo das candidaturas laranjas do PSL para
desvio de recursos públicos durantes as eleições
pode custar a queda do ministro da Secretaria-Geral
da Presidência, Gustavo Bebianno.
Segundo o jornalista Igor Gielow, da Folha de S.
Paulo, Bolsonaro quer uma solução rápida para o
caso, discutiu com o ministro e o fez cancelar
agendas, o que aumentou a pressão entre aliados pela
saída de Bebianno do governo.
Bebianno vem tentando empurrar a responsabilidade
para o então presidente licenciado da sigla, o
deputado federal Luciano Bivar (PSL), que é o dono
do PSL.
Internado no hospital Albert Einstein onde se
recupera da retirada da bolsa de colostomia,
Bolsonaro mostrou especial contrariedade com a
reportagem do jornal do domingo (10), em que uma
candidata com 274 votos amealhou o terceiro maior
naco de verba pública destinada aos postulantes do
PSL no Brasil. A Polícia Federal investiga o caso.
Fonte: Brasil247
13/02/2019 -
Mais de 11 milhões de jovens sem trabalho e estudo.
E sem oportunidades
Para impulsionar a entrada da geração "nem-nem",
novo governo propõe a retirada de direitos
trabalhistas.
Para os jovens, precariedade pode comprometer o
futuro
Para estudantes e recém-formados ouvidos pela TVT, a
"reforma" trabalhista, diferentemente do que anuncia
o governo Bolsonaro, compromete o futuro de todos os
trabalhadores, em especial dos que estão tentando
ingressar no mercado de trabalho. "Trabalhar em
situações precárias não tem como", contesta Gabriela
de Souza Fávaro Lopes, de 17 anos.
Estar fora da escola ou sem um emprego, podem
indicar, na verdade, a crescente falta de
oportunidades enfrentada pelos jovens, como
constatou pesquisadores do Dieese a partir do
resultado do terceiro trimestre de 2018 da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua,
realizada pelo IBGE, e que contraria a ideia de que
a situação de inatividade é de responsabilidade
apenas da geração conhecida como "nem-nem" – nem
estudando e nem empregado.
A jovem Ana Cristina Almeida da Silva, de 18 anos,
conhece de perto essa realidade. Mesmo com duas
formações técnicas, concluídas no ano passado, Ana
não conseguiu nenhuma oportunidade de trabalho, seja
por restrições impostas por sites de busca online,
que exigem pagamento para acessar uma vaga, ou pelos
critérios dos empregadores, como por exemplo exigir
experiência de quem, muitas vezes, está em busca do
primeiro emprego. "Eu acabava não tendo opção",
afirma, à repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal.
No Brasil, o número de pessoas entre 15 e 29 anos
que estão sem trabalho e fora de instituições de
ensino, já ultrapassa a casa dos 11 milhões e,
segundo acrescenta o economista do Dieese Gustavo
Monteiro, apenas 5% dessa parcela de fato não quer
trabalhar.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/02/2019 -
PT propõe emendas a medida de Bolsonaro que rebaixa
benefícios previdenciários
MP 871 foi editada em janeiro e mudanças pode ser
feitas até abril, quando vai a votação. Se não for
alterada, milhões perderão seus direitos,
principalmente os trabalhadores rurais
No ano passado, a Previdência Social perdeu cerca de
R$ 450 bilhões para fraudadores e sonegadores. Mas
entre as primeiras medidas anunciada pelo governo de
Jair Bolsonaro, nenhuma se destina a corrigir esses
rombos. A Medida Provisória (MP) 871, editada por
Bolsonaro em 18 de janeiro, apenas dificulta o
acesso de trabalhadores assalariados e do setor
rural aos benefícios previdenciários.
A publicação de uma MP em uma edição extra do Diário
Oficial da União extra, numa sexta-feira à noite,
durante o recesso parlamentar, para assunto que só
teria resultado no médio prazo, foi vista com
estranheza. Sob alegação de que atingiria uma
economia de R$ 9,8 bilhões nos primeiros 12 meses,
ataca segurados mais pobres e em situação de
vulnerabilidade.
A MP entra em vigor na data de sua publicação e tem
três meses para ser votada. Portanto, a MP 871 tem
até abril para ser votada, podendo ser alterada por
emendas apresentadas por parlamentares ou mesmo
rejeitada.
O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) apresentou
um pacote de 14 emendas à medida 871, elaboradas com
apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores
Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag),
da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da
Previdência e da Seguridade Social (Anasps) e do
ex-ministro da Previdência Carlos Gabas.
“Sob o pretexto de coibir fraudes, o governo
Bolsonaro quer inviabilizar que assalariados rurais
e assalariados da iniciativa privada tenham acesso a
direitos como auxílio-doença, salário-maternidade,
pensões. Essa MP coloca todos sob suspeita e
dificulta a comprovação de regularidade. Nós vamos
lutar para que isso seja corrigido”, afirma o
parlamentar.
Uma das emendas trata do prazo de carência para que
o trabalhador seja segurado. Pela MP de Bolsonaro,
se um cidadão perder o seu emprego e não conseguir
contribuir para a Previdência por 36 meses, perderá
totalmente a proteção social. Quando voltar a
contribuir, terá de cumprir carência de 10 meses
para salário-maternidade, 12 meses para
auxílio-doença ou pensão por invalidez, 24 meses
para auxílio-reclusão.
“Estamos em uma grave crise econômica, com milhões
de desempregados que não conseguem contribuir. O que
estão propondo é a penalização daqueles que mais
precisam, praticamente proibindo o pobre de
adoecer”, alerta Carlos Veras. A proposta de emenda
do deputado retoma a legislação atual que prevê o
cumprimento de metade do período de carência.
Trabalhador rural na mira
Uma das mudanças mais criticadas pelos trabalhadores
rurais é a exclusão dos sindicatos como fornecedores
de Declaração de Atividade Rural, o que irá
dificultar o acesso de milhares de trabalhadores ao
benefício. Pela MP, o trabalhador rural só poderá
solicitar a comprovação nas Empresas de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater), que não estão
presentes em todos os municípios.
O deputado petista quer a manutenção da emissão
pelos sindicatos rurais, “que acompanham o cotidiano
dos segurados rurais e têm maior segurança para
atestar o efetivo trabalho rural dos membros da
categoria. Esse governo nefasto quer penalizar quem
mais precisa, impondo regras impraticáveis”.
Outra medida determina a manutenção da comprovação
de atividade rural via cadastro do imóvel no Incra
(Instituto Nacional de Colonização de Reforma
Agrária) ou através da Declaração de Aptidão ao
Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar). E que a declaração via
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) seja
exclusiva apenas a partir de 2028, já que o sistema
conta apenas com 3% dos trabalhadores rurais
cadastrados. Para esse cadastramento, a emenda abre
a possibilidade que o Ministério da Economia firme
acordos de cooperação com outros órgãos da
administração pública, com sindicatos e colônias de
pescadores.
Prazo mais curto dificulta acesso
O deputado pernambucano também propôs emenda para a
manutenção do prazo de cinco anos para a solicitação
do salário-maternidade, pensão por morte. E
determina a revogação do prazo de apenas 10 dias
para regularização das pendências, previsto pela MP.
“Imagine pessoas nos rincões desse país, com pouco
ou nenhum acesso a meios eletrônicos. Elas têm
dificuldades de saber que estão com problemas na
Previdência. O prazo de 10 dias é impensável e vamos
lutar para que seja estendido”, completa o
parlamentar.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/02/2019 -
Cobrança indevida de custeio sindical por empresas
não caracteriza dano moral coletivo
A cobrança tinha respaldo em norma coletiva.
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
entendeu que a criação de contribuição financeira
das empresas para custear atividades do sindicato
por meio de norma coletiva não caracteriza dano
moral coletivo. Com esse entendimento, julgou
improcedente o pedido de indenização formulado pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ingerência indevida
A contribuição, instituída na convenção coletiva de
trabalho (CCT) de 2011 assinada pelo Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Estado do
Paraná (STIGPR) e pela entidade sindical
representante das empresas, destinava-se a custear
ações de assistência social e formação profissional.
O MPT ajuizou ação civil pública visando à anulação
da cláusula, sustentando que ela poderia resultar em
ingerência dos empregadores na entidade sindical.
Na ação, pediu, também, indenização por dano moral
coletivo. Segundo o MPT, a conduta irregular do
sindicato teria causado lesão a interesses difusos
da sociedade, e o dano decorreria da transgressão
aos valores fundamentais do trabalho e aos
princípios da livre associação e de sindicalização,
da liberdade e da autonomia sindical.
Prejuízos sociais
Os juízos de primeiro e de segundo graus julgaram
procedente o pedido de anulação da cláusula, mas
divergiram em relação ao dano moral coletivo. Para o
juízo da 13ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR), a
conduta irregular não atingiu o complexo social em
seus valores. Ao julgar recurso, o Tribunal Regional
do Trabalho da 9ª Região condenou o STIGPR a pagar
indenização de R$ 50 mil de indenização. Segundo o
TRT, a entidade causou prejuízos a valores sociais
de dimensão coletiva quando pactuou cláusula que,
mesmo indiretamente, a vinculou economicamente à
vontade do empregador.
A relatora do recurso de revista do STIGPR, ministra
Delaíde Miranda Arantes, assinalou que a
contribuição tinha respaldo em cláusula firmada por
empregados e empregadores em instrumento coletivo, o
que, a seu ver, afasta a hipótese de abuso de
direito por parte do sindicato. Apesar do
reconhecimento da ilegalidade da cobrança das
contribuições, a ministra não verificou ato ilícito
do sindicato capaz de causar dano ao direito de
personalidade dos empregados.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso
para restabelecer a sentença. Processo:
RR-884-33.2011.5.09.0013
Fonte: TST
13/02/2019 -
Entidades da sociedade civil e deputados lançam
Frente pela Democracia e Direitos Humanos
Diversos representantes de movimentos sociais
participaram do ato de lançamento da Frente
Parlamentar Mista em Defesa da Democracia e dos
Direitos Humanos nesta terça-feira (12). Mais de 50
entidades propuseram a criação do grupo aos
parlamentares da nova legislatura para barrar o que
consideram retrocessos sociais.
Representantes do movimento negro, ambientalista,
LGBTIs, entre outros, apresentaram documento em
defesa de “uma sociedade plural, ativa e diversa
(...) na luta pela ampliação de direitos”. A
presidente da Associação Brasileira Juristas pela
Democracia, Vera Lúcia Araújo, afirmou que o
objetivo é fortalecer a defesa dos direitos humanos
no País.
“Precisamos da ampliação desse bloco parlamentar, de
alargamento da sociedade civil, para fazermos um
bloco compacto e uníssono, respeitando diversidade e
diferenças, sim, mas pautando a importância da
repulsa às reformas trabalhistas, da Previdência e
esse pacote trazido pelo ministro da Justiça",
enfatizou Vera Araújo, em referência à Lei
Anticrime, anunciada por Sérgio Moro.
Oposição
O deputado Célio Moura (PT-TO) afirmou que o
lançamento da Frente fortalece a oposição ao governo
Bolsonaro. Segundo ele, direitos conquistados não
serão extintos. “A frente é o primeiro sinal de que
o povo está resistindo e os movimentos sociais vão
estar unidos”, disse Moura.
A deputada Áurea Carolina (Psol-MG) ressaltou que na
agenda da Frente Parlamentar está a defesa de uma
ampla agenda de direitos humanos e de uma segurança
pública cidadã. “Também teremos a discussão dos
crimes ambientais (como o da Vale em Brumadinho), a
defesa da Justiça do Trabalho, a defesa da
demarcação das terras indígenas pelo ministério da
Justiça, tudo isso deve pautar nossa atuação aqui”,
explicou Carolina.
Fonte: Agência Câmara
12/02/2019 -
Reforma Trabalhista na mira de deputados, que querem
alterá-la
Pouco mais de 1 ano em vigor, a Reforma Trabalhista
só tem agradado os patões e também não resolveu o
grave problema do desemprego. Em razão disto,
deputados apresentaram projetos de lei para alterar
a Lei 13.467/17.
As propostas passam pela revogação do trabalho
intermitente e também pela revisão nos parâmetros de
pagamentos de indenização por dano extrapatrimonial.
Todos os temas constam na Lei 13.467/17, conhecida
como Reforma Trabalhista.
Outro ponto abordado entre os projetos apresentados
é a questão do trabalho das gestantes e lactantes em
locais insalubres. O Congresso já teve a
oportunidade de alterar esse tema por meio da MP
808/17, mas a medida perdeu eficácia antes de ser
analisada pelas casas do Congresso Nacional.
Reforma Trabalhista
Em vigor desde o dia 11 de novembro de 2017, a Reforma
Trabalhista foi aprovada na Câmara, em abril de
2017, e no Senado, em julho, e até o presente
momento não cumpriu as expectativas prometidas pelos
seus apoiadores.
Tramitação
Os projetos aguardam designação das comissões
temáticas para as quais serão despachados.
Veja lista com as principais propostas
apresentadas:
PL 254/19, da
deputada Maria do Rosário (PT-RS)
Dá nova redação ao art. 840 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre os
requisitos da reclamação trabalhista.
PL 471/19, do
deputado Célio Moura (PT-TO)
Altera os artigos 429 e 430 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, a fim de dispor sobre a
contratação de aprendizes pelos empreendimentos da
agricultura familiar.
PL 472/19, da
deputada Paula Belmonte (PPS-DF)
Altera o art. 392 da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT e o art. 71 da Lei nº 8.213, de 24 de
julho de 1991, para prorrogar o início da
licença-maternidade e o período de recebimento do
salário-maternidade quando, após o parto, a mulher
ou o seu filho permanecerem em internação hospitalar
por mais de três.
PL 223/19, do
deputado Roberto de Lucena (Pode-SP)
Altera dispositivos da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452,
de 1°de maio de 1943, para inserir no rol de
entidades qualificadas para formação
técnico-profissional metódica dos jovens
brasileiros, nos moldes da Lei 10.097/00, as
Instituições Militares de aprendizagem profissional.
PL 273/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, para revogar o contrato de trabalho
intermitente.
PL 280/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Ementa: Revoga dispositivos da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, que dispõem sobre a prescrição
processual.
PL 278/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Acrescenta dispositivos à Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, revogando-se os §§ 2º e 3º do art.
8º, o art. 611-A, e o art. 611-B, para estabelecer
que o negociado terá primazia sobre o legislado
apenas quando as condições estabelecidas em seu
conjunto forem mais benéficas ao trabalhador.
PL 288/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
para dispor sobre a rescisão contratual,
revogando-se os arts. 477, 477-A, 477-B e 484-A.
PL 253/19, do
deputado Maria do Rosário (PT-RS)
Altera a redação do § 1º do art. 510-C da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, para
regulamentar a formação da comissão eleitoral para
eleição da comissão de representação dos empregados.
PL 279/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Altera o art. 394-A da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943, para dispor sobre o
afastamento da empregada gestante ou lactante de
atividades, operações ou locais insalubres em
qualquer grau.
PL 284/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Altera o art. 58 da Consolidação das Leis do
Trabalho-CLT, para dispor sobre as horas in itinere.
PL 285/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT
para dispor sobre os descansos intrajornada e entre
jornadas.
PL 287/19, do
deputado Rubens Otoni (PT-GO)
Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, a
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 e a Lei nº
6.019, de 3 de janeiro de 1974, a fim de dispor
sobre a remuneração do trabalhador.
PL 16/19, do
deputado Aliel Machado (PSB-PR); Weliton Prado (Pros-MG);
Danilo Cabral (PSB-PE) e outros
Altera o art. 223-G da Consolidação das Leis
Trabalhistas para modificar o critério de
parametrização das indenizações advindas de danos
extrapatrimoniais ocorridos em relações laborais.
Fonte: Diap
12/02/2019 -
Na reforma da Previdência, Congresso tem que ouvir
todos os lados e cortar privilégios, afirma Davi
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou
nesta segunda-feira (11), enquanto era atendido na
barbearia do Senado, que a reforma da Previdência
será debatida democraticamente nas duas casas do
Congresso Nacional e que todas as posições sobre o
tema serão ouvidas. Ele afirmou ainda que é preciso
cortar privilégios e que o Estado necessita
recuperar seu poder de investimento, o que seria
possível com a redução do deficit da Previdência.
— O que a gente compreende é que todos nós estamos
no mesmo navio, a gente precisa fazer as reformas
para dar confiança ao Brasil perante o mundo, dar
segurança jurídica e estabilidade e fazer desse país
o grande país que ele é.
Davi voltou a informar que o Senado vai acompanhar
os trabalhos e debates dos deputados federais, visto
que a proposta de reforma da Previdência que ainda
será enviada pelo Poder Executivo começará sendo
analisada pela Câmara dos Deputados.
— O debate da reforma da previdência vai ser travado
aqui, soberanamente, vai se iniciar a discussão pela
Câmara, mas nossa intenção é acompanhar o que vai se
debater na Câmara, para quando chegar ao Senado
Federal a gente já ter um conceito do que vai
debater e do que a gente vai apresentar à sociedade.
Para ele, a discussão ainda está superficial
justamente pela falta de um texto oficial.
— Ainda não tem efetivamente um texto para discutir,
mas o que a gente sabe e compreende é que o Brasil
precisa da reforma. A gente precisa cortar os
privilégios e socializar os recursos do Estado.
Hoje, o Estado tem 4% de recursos para investimento
e acaba penalizando todo mundo, do mais humilde ao
mais bem aquinhoado.
Fonte: Agência Senado
12/02/2019 -
Mais de 40% de ações trabalhistas foram resolvidas
por acordo em 2018
Judiciário recebeu quase 400 mil ações, e perto
de 200 mil não exigiram julgamento. Indenizações
superaram R$ 2 bilhões
De quase 400 mil processos que tramitaram em
primeira instância na Justiça do Trabalho de São
Paulo no ano passado, 44% foram solucionados por
meio de acordo entre as partes, segundo o Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que
abrange a Grande São Paulo e a Baixada Santista.
Isso ocorreu tanto nas Varas do Trabalho como nos
Centros Judiciários de Soluções de Conflitos,
resultando no pagamento de R$ 2,075 bilhões em
indenizações, média de R$ 10,5 mil por acordo.
No total, tramitaram 388.879 casos na área do TRT-2,
com 194.926 resultando em acordo. A 2ª Região
recebeu 308.020 novos processos em 2018 e terminou o
ano com 164.868 ações pendentes de solução. Houve
queda de 30% em relação ao número de processos
recebidos, um provável efeito da "reforma"
trabalhista.
As principais causas de ações trabalhistas em 2018
foram aviso prévio (105.725), multa de 40% do Fundo
de Garantia (92.013), multa por atraso no pagamento
das verbas rescisórias (83.852), férias
proporcionais (77.516) e 13º salário proporcional
(75.679). A assessoria do tribunal lembra que é
"praxe constar mais de um pedido em cada processo".
Entre os setores de atividade, os serviços foram
responsáveis por 52.203 processos. Em seguida, vêm
indústria (37.781), comércio (36.282), transporte
(16.377) e turismo, hospitalidade e alimentação
(14.207). O tribunal recebeu ainda 12.990 casos
relativos a terceirização e 4.091, a acidentes de
trabalho.
Fonte: Agência Brasil
12/02/2019 -
Direitos da mulher é tema de cerca de 40 projetos de
lei
A maioria delas busca combater a violência contra a
mulher, mas há ainda propostas que pretendem
garantir a presença de doulas durante o parto,
exames genéticos para mulheres propensas a
desenvolver câncer de mama e pena para empregador
que pagar salários diferentes em razão de gênero.
Cerca de 40 projetos de lei já foram apresentados à
Câmara dos Deputados relativos a direitos da mulher
desde o início dos trabalhos legislativos, na última
segunda-feira (4). Só a deputada Renata Abreu (Pode-SP)
apresentou mais de 10 propostas com essa temática.
A maior parte dos projetos de lei já protocolados –
cerca de metade deles – têm como foco coibir a
violência contra a mulher.
O objetivo das propostas vai desde garantir a
criação de mais delegacias especializadas no
atendimento à mulher no território nacional (PL
501/19) até a criação de novos tipos penais, como o
estupro corretivo, definido como aquele para
controlar o comportamento sexual ou social da vítima
(PL 452/19).
A saúde da mulher também é foco de muitas propostas
apresentadas pelos deputados. Um exemplo é projeto
da deputada Renata Abreu (PL 119/19) que visa
garantir que a mulher vítima de violência doméstica
e sexual e de abortamento em condições precárias
seja atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já
projeto do deputado Márcio Labre (PSL-RJ) quer
tornar mais rígida a punição de médicos e
enfermeiros que realizem ou colaborem para a
realização de aborto (PL 260/19).
A garantia de direitos trabalhistas às mulheres
também foi alvo de muitos projetos. Entre eles, o PL
472/19, da deputada Paula Belmonte (PPS-DF), que
fixa a data de início da licença-maternidade como a
da alta hospitalar do bebê quando, após o parto, a
mulher e o filho permanecerem em internados por mais
de três dias.
Fonte: Agência Câmara
12/02/2019 -
Greve contra privatização de estatal é abusiva,
define TST
A Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior
do Trabalho decidiu, nesta segunda-feira (11/2), que
greve contra privatização é abusiva. Portanto, os
trabalhadores que pararem para protestar contra a
venda de estatais à iniciativa privada podem ter os
salários descontados.
Por quatro votos a seis, venceu o voto do ministro
Ives Gandra Martins Filho, que abriu a divergência.
Segundo ele, greves não podem ter objetivos
políticos não relacionados às relações de trabalho.
E protestar contra a privatização de estatais não é
uma causa trabalhista, avaliou. Foi acompanhado
pelos ministros Renato Lacerda Paiva, Aloysio Corrêa
da Veiga e Dora Maria da Costa.
O relator, ministro Maurício Godinho, ficou vencido.
Para ele, greves do tipo são pela manutenção dos
empregos e, por isso, não podem ser consideradas
políticas. “Existem normas da OIT que dizem o mesmo,
não podendo ser entendido o contrário”, votou. Ele
foi acompanhado pela ministra Kátia Arruda.
Efeitos econômicos
Os ministros discutiram uma greve que atingiu a
Eletrobras em junho de 2018, quando foi anunciado o
avanço das negociações para a venda da estatal. De
acordo com a empresa, autorizar a greve poderia
gerar a paralisação de 24 mil funcionários, o que
resultaria em problemas no abastecimento de energia
no país inteiro.
Fazem parte da Eletrobras 47 hidrelétricas, 114
termelétricas, 69 usinas eólicas e duas usinas
nucleares. A empresa possui 70 mil km de linhas de
transmissão e detêm 10% do mercado de distribuição.
A intenção dos grevistas é barrar a tramitação de
projetos que tratem da privatização da Eletrobras:
Projeto de Lei 9.463/18, que trata da desestatização
da Eletrobras; o Decreto 9.188/2017, sobre
desinvestimento das Empresas de Economia Mista e o
PL 1917/2015, que abrange a Portabilidade da Conta
de Energia. 1000418-66.2018.5.0000
Fonte: Consultor Jurídico
12/02/2019 -
Onyx: classificação de rompimento de barragens pode
ser alterada
O chefe da Casa Civil da Presidência da República,
ministro Onyx Lorenzoni, informou nesta
segunda-feira (11) que o governo estuda mudar a
classificação de rompimento de barragens –
atualmente é considerado desastre natural, o que
permite acesso mais rápido das vítimas aos recursos
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“O FGTS é um recurso da pessoa, que, ao longo da sua
vida, vai acumulando. Não é justo que um terceiro dê
causa, e a pessoa tenha que entrar com seu próprio
recurso”, disse o ministro.
A Lei 8.036/1990, que trata do FGTS, permite que os
beneficiários movimentem suas contas em caso de
“necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade
decorra de desastre natural”.
Após o rompimento da barragem da Samarco, em
Mariana, Minas Gerais, em 2015, esse tipo de
acidente passou a ser equiparado a desastre natural
para que as vítimas pudessem movimentar esses
recursos. Na tragédia de Mariana, morreram 19
pessoas.
Análise
Depois de reunião no Ministério do Desenvolvimento
Regional, Onyx disse que a Casa Civil prepara
análise sobre o tema, que será discutido na tarde de
hoje, no Palácio do Planalto. Ele coordenará as
discussões com representantes de diversos
ministérios para acompanhamento da situação do
rompimento da barragem da empresa Vale em
Brumadinho, a 57 quilômetros de Belo Horizonte, no
último dia 25.
Na manhã desta segunda-feira, Onyx esteve também nos
ministérios da Infraestrutura e da Agricultura. Ele
disse que a semana toda será dedicada a visitas a
cada um dos ministérios, e a primeira pauta abordará
sempre de questões que envolvam ações para
recuperação de Brumadinho.
Há dois dias, o balanço da Defesa Civil de Minas
Gerais informava que o acidente em Brumadinho
confirmava 157 mortes e 165 pessoas desaparecidas. É
considerada a pior tragédia humana da história
recente.
Onyx reúne ainda os principais temas que cada pasta
quer encaminhar ao Congresso Nacional. De acordo com
o ministro, o governo tem o objetivo de ser “muito
econômico em medidas provisórias para concentrar as
questões nas reformas”.
Fonte: Agência Brasil
12/02/2019 -
Mercado financeiro reduz estimativa de inflação para
3,87% neste ano
Instituições financeiras reduziram pela quarta vez
seguida a previsão para a inflação neste ano.
De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), a
estimativa para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) passou, desta vez, de 3,94%
para 3,87%.
Na primeira semana de trabalhos legislativos
efetivos, já foram apresentadas 954 proposições.
Dessas, 537 são projetos de lei ordinários, dentre
esses, 14 tratam de alterações na Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), em particular, a Reforma
Trabalhista.
Para 2020, a previsão para o IPCA permanece em 4%.
Para 2021 e 2022, também não houve alteração na
estimativa, que é 3,75%.
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto
(PIB) – a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país – foi mantida em 2,5%, em 2019 e
nos próximos três anos.
Fonte: Portal EBC
12/02/2019 -
Uso de carro da empresa para ir ao trabalho não gera
horas in itinere, fixa TST
Usar um carro da empresa para ir ao trabalho é
considerado como uso de veículo próprio e não gera
pagamento de horas em deslocamento. Este foi o
entendimento da Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior
do Trabalho, que excluiu da condenação imposta a uma
empresa de energia renovável o pagamento de horas in
itinere.
No caso, um supervisor tinha à sua disposição
veículo fornecido pela empresa para que fosse ao
trabalho por conta própria. Embora o local não fosse
servido por transporte público regular, a SDI-1
entendeu que a situação se equipara ao uso de
veículo próprio.
O relator dos embargos apresentados pela empresa
contra a condenação, ministro Márcio Eurico Vitral
Amaro, explicou que o artigo 58 da CLT e o item I
Súmula 90 do TST estabelecem como requisito para o
direito às horas de deslocamento a condução
fornecida pelo empregador até o local de trabalho de
difícil acesso ou não servido por transporte público
regular. O direito, segundo ele, se justifica nos
casos em que o transporte sujeita os empregados a
horários mais rígidos e prolongados, o que não seria
o caso do supervisor.
“Essa situação específica assemelha-se muito mais à
hipótese de veículo próprio, em relação à qual não
há o direito a horas in itinere”, observou o
relator. Nesse contexto, segundo o ministro, o caso
se submete à regra geral do artigo 58 da CLT,
segundo o qual “o tempo despendido pelo empregado
até o local de trabalho e para o seu retorno, por
qualquer meio de transporte, não será computado na
jornada de trabalho”.
Ficaram vencidos os ministros José Roberto Freire
Pimenta, Augusto César Leite de Carvalho, Hugo
Scheuermann e Cláudio Brandão. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TST.
Processo E-ARR-766-85.2013.5.18.0191
Fonte: Consultor Jurídico
12/02/2019 -
Recolhimento de FGTS em guia própria é
imprescindível para quitação trabalhista
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
divulgou nota explicando que advogados e
empregadores devem atentar para o uso de guia
específica no recolhimento de valores devidos aos
trabalhadores a título de Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS).
Os pagamentos realizados à Caixa Econômica Federal
para esta finalidade somente serão creditados na
conta vinculada ao trabalhador se feitos em guia
própria e devidamente preenchida com o código de
recolhimento 660. Caso contrário, a Caixa informa
que não está autorizada a abater dos débitos de FGTS
pagamentos feitos de modo diverso.
"O cuidado deve ser redobrado para devedores que
fazem acordo na Justiça do Trabalho e parcelam o
pagamento do FGTS na CEF. A realização dos
pagamentos de forma diversa daquela solicitada pela
Caixa resulta na não redução dos valores constantes
na ata de homologação do acordo judicial
trabalhista. Por consequência, o reclamado poderá
ter de pagar duas vezes a mesma rubrica", afirma a
corte.
As regras detalhadas estão disponíveis no “Manual da
GFIP/SEFIP para usuários do SEFIP 8.4”, que pode ser
baixado na página da Receita Federal. Em caso de
dúvidas, a caixa disponibiliza o e-mail fgts.po@caixa.gov.br.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-4.
Fonte: Consultor Jurídico
11/02/2019 -
Comissão de peritos da OIT pede revisão de itens da
'reforma' brasileira
Colegiado de peritos pede que governo busque
representantes dos trabalhadores e empregadores para
definir com mais precisão situações em que o
negociado possa prevalecer sobre o legislado
Comitê de peritos da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) voltou a pedir ao governo brasileiro
que reveja dois artigos da Lei 13.467, de "reforma"
trabalhista (611-A e 611-b), que tratam de acordos
coletivos. A solicitação consta de relatório
divulgado nesta sexta-feira (8) em Genebra, sede da
entidade.
"Assinalando a importância de obter, na medida do
possível, um acordo tripartite sobre as regras
básicas de negociação coletiva, a Comissão pede ao
governo que adote, em consulta com os interlocutores
sociais representativos, as medidas necessárias"
para revisar os artigos citados, "a fim de demarcar
de maneira mais precisa as situações em que as
cláusulas sobre exceções à legislação poderiam ser
negociadas, assim como o alcance destas últimas",
diz o texto do colegiado.
Os peritos citam a Convenção 98 da OIT, que trata de
negociação coletiva e liberdade de sindicalização,
ratificada pelo Brasil. "A Comissão lembrou que as
disposições legislativas que permitem que os
contratos individuais de trabalho contenham
cláusulas contrárias àquelas contidas nos contratos
coletivos não são compatíveis com a obrigação de
promoção da negociação coletiva (...). A esse
respeito, a Comissão pediu ao governo que
examinasse, em consulta aos interlocutores sociais,
a revisão desta disposição a fim de deixá-la em
conformidade com essa Convenção."
O colegiado avalia que a "amplitude das exceções
permitidas" pelo artigo 611-A "pode afetar a
finalidade e a capacidade de atração do mecanismo de
negociação coletiva ou, ao menos, modificar
significativamente a percepção deste último por
atores interessados, e desta forma comprometer sua
promoção e seu exercício". Por isso, a Comissão se
mostra preocupado com a informação de organizações
sindicais quanto a "uma redução significativa da
liberdade sindical, negociação coletiva e das
relações de trabalho".
No ano passado, o Brasil já foi incluído em uma
lista, elaborada pela Comissão de Aplicação de
Normas da OIT, de países que deveriam prestar
esclarecimentos. Era a chamada short list, a lista
reduzida, com recomendação de revisar artigos da lei
da "reforma". Inicialmente, o país figurava na long
list, a lista ampliada, feita justamente pela
Comissão de Peritos. Esse processo pode se repetir:
o relatório será submetido a representantes de
trabalhadores e empregadores, que definirá a long
list, com 40 casos, e a menor, com 24.
As centrais brasileiras chegaram a defender em 2018
a revogação da lei da "reforma", avaliando que a
visão da OIT confirma denúncias das entidades
relacionadas a "práticas antissindicais" do governo.
No relatório, há referência a outra queixa das
centrais, de que o projeto foi aprovado na Câmara e
no Senado sem a devida negociação. O comitê de
peritos afirma que "não dispõe de elementos que
indiquem que a discussão parlamentar foi precedida
de um processo estruturado de diálogo social
tripartite destinado a construir acordos sobre o
conteúdo da reforma". E propôs ao governo brasileiro
que encaminhe "um diálogo amplo" com representantes
de empregadores e trabalhadores para tentar garantir
que a legislação sobre negociação coletiva "seja
fruto de consenso dos interlocutores sociais".
Fonte: Rede Brasil Atual
11/02/2019 -
Senadores petistas querem retomar salário mínimo de
R$ 1.006
Os senadores petistas Paulo Rocha (PA) e Jean Paul
Prattes (RN) assinaram, nesta semana, projeto de lei
(PLS 547/19) que visa retomar o valor de R$ 1.006
para o salário mínimo, aprovado no Orçamento da
União de 2019. A medida implica aumento de despesas
públicas, especialmente nas contas da Previdência.
Após tomar posse, o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
editou decreto que reduziu o valor aprovado no
Orçamento para R$ 998.
No texto do projeto de lei, os senadores argumentam
que “A LOA 2019 previu o reajuste do salário mínimo
a partir dos seguintes índices: a) 1% relativo ao
crescimento real do PIB em 2017; b) 4,2% relativo à
projeção de variação do INPC para 2018. Aplicando-se
os referidos índices ao valor do salário mínimo de
2018, acrescido do resíduo (R$1, 75) referente à
diferença entre o INPC previsto para 2017, utilizado
para calcular o salário mínimo de 2018, e o INPC
realizado, chega-se a R$ 1.006.”
E acrescentam: “Ademais, vale destacar que o valor
de R$ 998, estabelecido pelo Decreto 9.661, de 1º de
janeiro de 2019, não contempla o resíduo de R$ 1,75
(segundo informações oficiais do PLOA), oriundo do
fato de que o reajuste do salário mínimo dado por
Temer em 2018 (1,81%) ficou abaixo do INPC de 2017
(2,07%). Nos termos do § 3° do art. 1º da Lei
13.152, eventuais resíduos devem ser compensados no
reajuste subsequente.”
Tramitação
No Senado, em princípio, projeto será analisado pela
Comissão de Assuntos Econômicos, em decisão
terminativa, que dispensa votação no plenário da
Casa.
Fonte: Diap
11/02/2019 -
Guedes defende privatizações e diz que a velha
política morreu
Venda de distribuidoras da Eletrobras pode ser
exemplo, diz ministro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a
defender nesta sexta (8) o processo de privatização
de estatais vinculadas ao governo federal. Em
palestra na sede do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobre a
desestatização do setor elétrico, Guedes disse as
estatais não serão usadas para manter “uma forma
equivocada de fazer política”.
“Nós temos que pensar também que a velha política
morreu. Nós não sabemos ainda qual é a nova, mas
essa morreu. As estatais não vão mais alimentar uma
forma equivocada de fazer política, esse excesso de
gasto do governo que corrompeu a democracia e travou
o crescimento da economia,” argumentou.
Ao participar do seminário Desestatizações no Setor
Elétrico: Distribuidoras Federalizadas, o Papel do
BNDES e Parceiros Institucionais, Guedes disse que o
processo de privatização das distribuidoras da
Eletrobras, levado a cabo no fim do ano passado, é
um excelente exemplo que deve servir de referência
para os próximos programas de privatizações.
Depois de ressaltar que as estatais não vão mais
alimentar essa fórmula equivocada, que vigorou até
recentemente, de fazer política, o ministro disse
que esse modelo atrasou o crescimento do país. “E a
própria classe política já percebeu esse equívoco. E
lá tem muita gente boa, gente séria, mas também tem
gente que quer fazer bagunça”, afirmou Guedes.
Segundo o ministro da Economia, as empresas estatais
são “um ninho de corrupção, e não servem para nada”.
Na palestra, Gudes afirmou que a princípio era
favorável à privatização de todas as estatais, mas
que o presidente Jair Bolsonaro e os militares
defendem a manutenção de algumas delas.
Reforma da Previdência
O ministro da Economia também defendeu a reforma da
Previdência, a principal pauta econômica do governo.
“Se formos analisar as contas hoje, o principal
gasto é com a Previdência. Quebraram nossa
Previdência num sistema de repartição condenado
porque, antes do Brasil envelhecer, o sistema já deu
sinais de colapso. Então, tem que fazer uma
reforma.”
Segundo Guedes, o Estado está gastando muito com o
sistema previdenciário, “que vai quebrar, que é uma
fábrica de desigualdade, promove privilégios,
transfere renda de pobre para quem tem mais
recursos. O ministro criticou os gastos do país com
a dívida púbica, que, para ele, possibilitaria a
reconstrução de uma Europa por ano.
“É a segunda grande despesa pública: o Brasil
reconstrói uma Europa por ano só pagando juros sobre
a dívida interna. Não é razoável, tem que fazer uma
operação de salvamento”, afirmou.
Como terceiro grande gasto do governo federal,
Guedes citou a própria máquina pública do governo.
“Dentro dessa máquina, uma série de empresas
estatais que não têm mais capacidade de
investimento. Não têm mais recursos para investir,
estão quebradas financeiramente, perdendo dinheiro,
gerando dívida, às vezes ninhos de corrupção,
empreguismo. Não investe e não deixa ninguém
investir”, afirmou.
Para o ministro, esse modelo se esgotou. “Vamos ter
que passar o filme ao contrário. Vamos ter que
segurar gastos por alguns anos, e eu gostaria que
fossem algumas décadas. Você não precisa cortar
[custos], é só não deixar crescer. Não precisa ser
traumático, é só exercer o controle.”
Fonte: Agência Brasil
11/02/2019 -
Capitalização da Previdência pode gerar rombo para
beneficiários do sistema, diz Paim
A possibilidade de o governo federal apresentar uma
proposta que sugira a adoção de um sistema de
capitalização da Previdência preocupa o senador
Paulo Paim (PT-RS). Nesta sexta-feira (8), o
parlamentar alertou, em discurso em Plenário, para a
inviabilidade desse método de poupança. Para ele,
trata-se de privatização da Previdência, em que cada
um contribui da forma que pode, e coloca em risco
até mesmo os beneficiários do atual sistema. Segundo
ele, outros países que adotaram essas regras já
começam a rever sua eficácia.
— O sistema da capitalização já foi adotado no
Chile, na Colômbia, no México e no Peru. Esses
países fizeram a experiência e já estão voltando
atrás, todos eles estão voltando atrás para um novo
regime porque não deu certo essa tal de poupança,
que o nome bonito é capitalização, mas, na verdade,
é uma poupança individual — explicou.
Paim disse que entre os motivos para a revisão do
sistema previdenciário nesses países estão valores
de aposentadoria muito baixos e até mesmo uma
cobertura restrita. O senador questionou ainda a
ausência de um mecanismo de transição, o aumento do
tempo de contribuição, a idade única para homens e
mulheres se aposentarem, além da desvinculação do
benefício do salário mínimo para deficientes físicos
e idosos que se aposentam pelo Instituto Nacional da
Seguridade Social (INSS), todas sugestões do grupo
de estudos do governo dedicado a propor mudanças na
Previdência.
Fonte: Agência Senado
11/02/2019 -
Previdência: beneficiários do BPC podem receber
menos de um salário mínimo
Proposta preliminar do novo governo quer
desvincular reajustes a partir do salário mínimo do
benefício de prestação continuada, concedido a
pessoas com deficiência e idosos de baixa renda
A proposta preliminar a respeito da "reforma" da
Previdência do governo Bolsonaro, vazada à imprensa
no início desta semana, tem entre seus pontos a
desvinculação do benefício de prestação continuada
(BPC) em relação ao salário mínimo. Pago a idosos e
pessoas com deficiência de baixa renda, o
rebaixamento do benefício poderá prejudicar as
condições de vida dessa parcela da população, como
alertam especialistas em reportagem do Seu Jornal,
da TVT.
Fundamental para manter a política de redistribuição
de renda aos mais pobres e garantir provimento aos
segurados que comprovem não terem renda, os
beneficiários conseguem receber, hoje, um salário
mínimo (R$ 998), mas, com o avanço da proposta, esse
valor já não será o mesmo.
A preocupação é em torno de qual será a base usada
pelo governo para fazer os reajustes. "Cria-se a
perspectiva a extinção do benefício", explica o
secretário de Administração e Finanças da CUT,
Quintino Severo, à repórter Michelle Gomes.
Para os idosos, especialistas alertam haver uma
"armadilha", já que o governo propõe o acesso ao
benefício a partir dos 55 anos, mas pago de forma
progressiva, no valor de R$ 500, sendo o teto,
alcançado apenas para idosos com 70 anos ou mais, no
valor de R$ 900, abaixo do valor do salário mínimo
pago hoje a quem tem mais de 65 anos. O BPC seria
concedido somente a idosos que tenham contribuído na
Previdência por mais de 10 anos.
"É uma maneira de enganar a população, é um joguinho
de faz de conta", alerta o secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/02/2019 -
PT: espionar Igreja é trazer de volta a repressão
"É muito grave a notícia de que o governo Bolsonaro
está espionando as atividades da Igreja Católica por
meio do Gabinete de Segurança Institucional e da
Abin. O alto grau de intolerância e autoritarismo
deste governo se revela na forma como o general
Augusto Heleno, chefe do GSI, admite a espionagem e
ataca politicamente a Igreja", diz nota assinada
pela presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi
Hoffmann. "Atitudes como essa do governo Bolsonaro,
além de ferir nossa democracia, estão destruindo a
imagem do Brasil ao redor do mundo".
Leia, abaixo, a íntegra:
É muito grave a notícia divulgada hoje (10/02) de
que o governo Bolsonaro está espionando as
atividades da Igreja Católica por meio do Gabinete
de Segurança Institucional (GSI) e da Abin.
O alto grau de intolerância e autoritarismo deste
governo se revela na forma como o general Augusto
Heleno, chefe do GSI, admite a espionagem e ataca
politicamente a Igreja, por debater em alto nível a
realidade da Amazônia.
Diversas denominações religiosas – não somente a
católica – têm se posicionado em relação às grandes
questões da atualidade, entre as quais a preservação
da Amazônia e à vida dos povos que habitam a
floresta.
O Sínodo da Amazônia é uma grande oportunidade de
trazer esses temas à evidência. É um espaço
qualificado de informação, debate e mobilização.
Tratá-lo como ameaça à soberania ou à segurança
nacional é sintoma de ignorância e preconceito.
A ordem de "neutralizar isso aí", como se referiu o
general ao Sínodo da Amazônia, remete o Brasil de
volta aos tempos da repressão aos que lutaram pela
liberdade e pelos direitos do povo.
Atitudes como essa do governo Bolsonaro, além de
ferir nossa democracia, estão destruindo a imagem do
Brasil ao redor do mundo.
Fonte: Brasil247
08/02/2019 -
Guedes defende nova modalidade de contratação
trabalhista
Carteira verde e amarela seria porta de entrada
para a capitalização
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na
manhã desta quinta-feira (7) uma nova modalidade de
contratação trabalhista, por meio da chamada
carteira de trabalho verde e amarela, proposta de
campanha do presidente Jair Bolsonaro. Essa nova
carteira seria a porta de entrada para o regime de
capitalização previdenciária, que o governo pretende
implantar. O ministro negou, no entanto, que a
medida constará na Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) da Reforma da Previdência, a ser apresentada
nas próximas semanas.
"Não há uma mudança de regra trabalhista nessa PEC.
Nós não vamos misturar isso [reforma da Previdência]
e atrapalhar o trâmite, não. A gente primeiro fala
que estamos reformando isso daqui [Previdência] e
lançando essa proposta [carteira verde a amarela]
para ser regulamentada", explicou, após sair de uma
reunião com investidores norte-americanos, em um
hotel em Brasília.
Guedes voltou a criticar o atual sistema
previdenciário e a legislação trabalhista baseada na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele lembrou
que o país tem uma população economicamente ativa
(em idade de trabalho) de 96 milhões de pessoas, das
quais 46 milhões estão na informalidade, por causa
dos altos encargos trabalhistas e, por isso, não
conseguem contribuir para o financiamento da
Previdência, o que torna o sistema inviável.
"Então, você está em um sistema terrível, que já
está exaurido financeiramente e, ao mesmo tempo,
para que ele exista, 46 milhões de brasileiros ficam
sem emprego. Aí é que vem essa carteira verde e
amarela, um regime previdenciário diferente, onde a
empregabilidade seja enorme, o índice de emprego
para os jovens seja quase 100%. É o que o presidente
[Jair Bolsonaro] tem dito, talvez a gente esteja
indo em direção a uma escolha entre dois sistemas.
Você pode escolher um sistema que tem muitos
direitos e não tem emprego e um outro sistema onde
você tem muitos empregos e esses direitos são os que
você escolhe ter", disse.
O ministro chamou a legislação trabalhista
brasileira de "fascista" e disse que ela aprisiona
os jovens. "A legislação trabalhista brasileira é
uma legislação do [Benito] Mussolini [líder do
fascismo na Itália], da Carta del Lavoro, pacto
fascista de cooptação de sindicatos. Nós estamos
vivendo ainda esse sistema, estamos atrasados 80
anos", afirmou.
Reforma
Paulo Guedes admitiu que talvez não utilize o texto da
reforma da Previdência que tramita na Câmara dos
Deputados, apresentado ainda no governo de Michel
Temer, o que deverá fazer com que a medida leve mais
tempo para ser aprovada no Congresso Nacional,
previsto em cerca de quatro meses. Ele atribuiu essa
estratégia à complexidade do novo texto que o
governo está preparando, que inclui não apenas a
reforma do atual sistema, mas a implantação de um
novo sistema de capitalização, quando o trabalhador
financia a sua própria aposentadoria no futuro, por
meio de uma poupança.
"Se fosse uma reforma um pouco parecida com a do
governo Temer, ela poderia se transformar numa
emenda aglutinativa e seguir naquela direção. Como a
gente está propondo mudanças maiores, não vai ter
apenas um ajuste do sistema antigo, mas um novo
[sistema], o presidente da Câmara [Rodrigo Maia]
acha que isso deve entrar para que todos possam
[debater]. E em vez de fazer isso em dois meses,
isso leva mais tempo, de três a quatro meses. Do
ponto de vista de ajuste fiscal é ruim, nos
prejudica, mas nós entendemos que é o rito
processual correto. Nós confiamos plenamente na
condução dessa matéria dentro da Câmara dos
Deputados e no Congresso da forma que ele achar que
tem que encaminhar", acrescentou.
O ministro da Economia disse ainda que o sistema de
capitalização que o governo pretende implantar no
país vai acelerar o crescimento econômico, aumentar
a produtividade e os salários. "Nós vamos
democratizar a poupança, a acumulação de riqueza,
levar recursos para o futuro. Hoje você não leva
recursos para o futuro, por isso que a Previdência
precisa de reforma toda hora", completou.
Fonte: Agência Brasil
08/02/2019 -
Mourão aconselha CUT a discutir reforma no Congresso
Em reunião com a direção da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), o vice-presidente Hamilton
Mourão recomendou que os sindicalistas procurem seus
representantes no Congresso Nacional para participar
dos debates sobre a reforma da Previdência. Mourão
disse que, no encontro, realizado na manhã desta
quinta-feira (7), procurou “desmistificar” pontos da
reforma.
“Eu os alertei que eles têm que usar os
representantes que eles elegeram no Congresso. Para
que também apresentem as ideias que eles têm a
respeito do assunto. Ao mesmo tempo, eu conversei
com eles para desmistificar um pouco a questão da
Previdência, de que quem tem direito não vai perder
esse direito”, disse o vice-presidente.
Na saída da reunião, o presidente da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, se disse
preocupado com o modelo de capitalização, estudado
pelo governo no escopo da reforma.
Mourão afirmou que a geração de emprego também foi
tema da reunião. “Eles vieram apresentar as demandas
deles em relação ao emprego. A indústria teve uma
queda tremenda na capacidade de empregar. Muita
empresa fechou, outras botaram gente para fora.
Então, eles vieram conversar a esse respeito”.
Ao ser questionado sobre receber a CUT, tradicional
aliada do PT, partido opositor do governo, Mourão
disse: “A democracia não é isso aí?”.
Fonte: Agência Brasil
08/02/2019 -
Governo já tem prontas diferentes versões da reforma
da Previdência, diz secretário do Tesouro
Segundo Mansueto Almeida, caberá apenas ao
presidente Jair Bolsonaro decidir qual versão
seguirá para o Congresso.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,
afirmou nesta quinta-feira (7) que o governo já tem
prontas diferentes versões da proposta de reforma da
Previdência e acrescentou que a palavra final será
do presidente da República, Jair Bolsonaro.
"Quem faz política não é o economista, é o
presidente, e cabe a ele decidir qual versão",
afirmou durante evento da Amcham em São Paulo.
Almeida ressaltou que os artigos da proposta ainda
terão que passar por uma longa discussão no
Congresso. Segundo ele, não haverá ajuste fiscal
caso uma reforma da Previdência satisfatória não
seja aprovada.
"Se não tiver uma reforma boa o suficiente, com
economia de recursos nos próximos cinco ou 10 anos,
não haverá ajuste", afirmou.
O secretário do Tesouro declarou não achar
fundamental aprovar a reforma da Previdência em dois
ou três meses mas reforçou que ela deve sair até o
final do ano.
Ele também confirmou que o governo terá que enviar
uma nova Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da
reforma. "O que se discute é se a nova PEC poderia
ser apensada na PEC já em tramitação no Congresso",
disse.
Situação delicada
O secretário do Tesouro também comentou que o país
ainda se encontra em situação bastante delicada,
citando a alta carga tributária, o crescimento da
dívida pública e o déficit fiscal que persistiu pelo
quinto ano seguido.
Segundo Almeida, o ajuste fiscal pelo qual o país
deve passar implica em mudança de regras e deve vir
do corte de despesas.
"Não gosto de plano de governo que vira crescimento
de curto prazo", declarou Almeida, ao comparar o
Brasil com países que cresceram de forma consistente
no pós guerra, como Estados Unidos e Reino Unido.
Reforma tributária
Questionado sobre a reforma tributária, Almeida
afirmou que a intenção do governo, de reduzir
impostos sobre pessoas jurídicas e tributar
dividendos, não é algo imediato.
"São propostas que já estavam em discussão nos
governos passados, como reduzir o excesso de regimes
tributários. Mas não é algo para os próximos 4 ou 5
meses", afirmou a jornalistas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou
durante reunião com investidores no Fórum Econômico
Mundial, em Davos, que pretende reduzir a carga
tributária sobre a produção e aumentar a de outros
setores que, em sua visão, não contribuem para o
crescimento do país.
No mês passado, em Davos, na Suíça, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, afirmou que, para atrair
investimentos produtivos, o Brasil precisa reduzir o
peso dos impostos sobre o setor produtivo. Ele
apontou que a carga tributária sobre as empresas no
país é bem maior que a de outros países.
Para cortar impostos das empresas, disse ele, será
preciso adotar medidas compensatórias. Entre elas,
passar a taxar a distribuição de dividendos e os
juros sobre capital próprio. Dessa forma, Guedes
acenou que pretende reduzir a tributação sobre quem
produz e aumentar os tributos sobre a renda e
aplicações financeiras que são isentas ou pagam
pouco imposto.
Fonte: G1
08/02/2019 -
Segundo Paulo Guedes, reforma da previdência vai
manter direitos trabalhistas
O ministro da Economia Paulo Guedes se reuniu nesta
quinta-feira (07) com o presidente do Senado e do
Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM/AP). Guedes
apresentou uma prévia da Reforma da Previdência que
o governo pretende levar ainda este mês ao Congresso
Nacional.
Após a reunião, na residência oficial de Alcolumbre,
Paulo Guedes destacou que o plano do governo é
oferecer aos jovens a opção de abrir mão dos
direitos trabalhistas previstos na legislação atual,
para tentar conseguir emprego mais fácil.
Paulo Guedes vem fazendo uma série de reuniões para
apresentar a proposta da reforma a diversos grupos
políticos. Na segunda-feira (04) ele recebeu
governadores de estado e na quarta-feira (06), o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM/RJ).
A equipe econômica trabalha com quatro simulações.
Três delas preveem a economia de R$ 1 trilhão: a
primeira, em 10 anos; a segunda em 15 e a terceira
simulação prevê economizar R$ 1 trilhão em 20 anos.
Os períodos coincidem com o tempo necessário para
fazer a transição entre o atual modelo de
Previdência Social e o novo.
A quarta simulação é de uma proposta com menos
mudanças e que teria tempo de transição bem menor:
deveria ser concluída até o fim do mandato do
presidente Jair Bolsonaro, em 2022. De acordo com o
ministro Paulo Guedes, essa simulação prevê economia
bem mais modesta, mas ele não soube dizer de quanto
seria.
Fonte: Portal EBC
08/02/2019 -
Reforma da Previdência e privatizações não salvarão
o país, afirma Paulo Paim
Em pronunciamento em Plenário, nesta quinta-feira
(7), o senador Paulo Paim (PT-RS) alertou que a
reforma da Previdência e a privatização de estatais,
duas prioridades do governo federal, não resolverão
os problemas fiscais do país, como quer o mercado.
Para ele, a Previdência Social , que considera um
direito dos brasileiros, apenas está mal gerida e
fiscalizada.
— Se a Previdência está quebrada como dizem, o que
eu não acredito, como podem querer abrir mão de
contribuições sobre o lucro, faturamento, loterias,
PIS-Cofins, jogos lotéricos, sobre a folha de
pagamento? Isso representa 75% do que é arrecadado —
questionou Paim.
Quanto às privatizações de estatais, o parlamentar
citou a desestatização da antiga empresa mineradora
Vale do Rio Doce como exemplo a não ser seguido. Na
opinião do senador, aquela estatal foi vendida a um
valor muito inferior ao de mercado e resultou em
lucro para os empresários e, mais recentemente, em
tragédias para a população, como as de Mariana e de
Brumadinho.
Segundo o parlamentar, as obrigações e os deveres do
Legislativo nesta 56° legislatura devem ser os seres
humanos e o meio ambiente, em vez de números de
mercado.
Fonte: Agência Senado
08/02/2019 -
Reunião de líderes vai discutir Reforma da
Previdência e presidência das comissões
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, marcou
reunião de líderes partidários para a próxima
terça-feira (12) às 14h. Além de determinarem a
pauta de votações, o grupo vai tratar também da
Reforma da Previdência, que deve ser analisada
primeiro na Câmara dos Deputados. De acordo com
Davi, o “sentimento grande” dele e dos senadores é o
de que a prioridade da Casa é a Reforma da
Previdência
— Existem alguns senadores que querem, paralelamente
às discussões da Câmara, já irem se reunindo com os
líderes que estão tratando no assunto na Câmara para
tentar adiantar o debate no Senado. E isso é muito
bom porque mostra que queremos aprovar as reformas e
votar os projetos importantes — ressaltou.
Comissões
Davi informou também aos jornalistas na manhã desta
quinta-feira (7) que as negociações em torno da
distribuição das comissões entre os partidos
continuam.
— Ainda tem uma disputa em duas comissões. A gente
vai construir com os líderes [o acordo]. E o MDB com
certeza fica com a Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Senado
08/02/2019 -
Indicadores do mercado de trabalho da FGV mostram
melhora em janeiro
Os dois indicadores de mercado de trabalho da
Fundação Getulio Vargas (FGV) tiveram melhoras de
dezembro de 2018 para janeiro deste ano. O Indicador
Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar
tendências futuras com base em entrevistas com
consumidores e empresários da indústria e dos
serviços, avançou 4,1 pontos.
Com a alta, o indicador chegou a 101,1 pontos em uma
escala de zero a 200, o maior patamar desde abril de
2018.
Segundo o economista da FGV Rodolpho Tobler, os
resultados positivos nos últimos meses sinalizam uma
retomada da recuperação do mercado de trabalho. De
acordo com ele, no entanto, é preciso “certa
cautela” já que o indicador recuperou apenas pouco
mais da metade da queda observada em 2018.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que
busca refletir a percepção dos consumidores sobre a
situação do desemprego atual, recuou 4,4 pontos em
janeiro. Com isso, o indicador caiu para 94,5
pontos, em uma escala de zero a 200, em que quanto
menor o resultado, melhor é a percepção do cidadão.
Tobler explica que apesar da queda, o ICD ainda está
em patamar elevado.
Fonte: Portal EBC
08/02/2019 -
Projetos apresentados à Câmara querem alterar
reforma trabalhista
Deputados da oposição avaliam que reforma não
trouxe benefícios prometidos ao trabalhador e, após
o início dos trabalhos, apresentam propostas para
mudar novamente a CLT
A discussão sobre a recente reforma trabalhista (Lei
13.467/17) deverá continuar mobilizando os deputados
nesta legislatura. Entre os 528 projetos já
apresentados na Câmara dos Deputados desde o início
dos trabalhos legislativos, na última segunda-feira
(4), mais de dez querem alterar dispositivos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei
5.452/43) instituídos pela reforma.
Um desses projetos é o PL 16/19, do deputado Aliel
Machado (PSB-PR) e outros três parlamentares, que
quer modificar a limitação da indenização por dano
extrapatrimonial instituída pela reforma
trabalhista. O parâmetro para essas indenizações
fixado pela reforma é o salário de quem sofre o
dano.
“Por conta da reforma trabalhista, a indenização por
danos morais aos trabalhadores vítimas do rompimento
da barragem da Vale S/A, em Brumadinho (MG) está
limitada a 50 vezes o salário que recebiam
atualmente. Para quem, hipoteticamente, recebia o
salário mínimo [R$ 998], que a é a situação de
muitos dos trabalhadores no setor, ou próximo disso,
o teto seria de R$ 49,9 mil”, criticou Machado.
O projeto visa alterar esse parâmetro para o salário
do chefe imediato do ofendido ou, não havendo, do
superior hierárquico mais próximo. Em ofensas de
natureza gravíssima, a indenização poderá chegar até
50 vezes ao salário do chefe do ofendido, caso a
proposta seja aprovada.
“Com a alteração, acredita-se que se possa chegar a
um valor minimamente mais justo de indenizações,
além de forçar as empresas a fortalecerem seus
programas internos de redução de riscos e de danos”,
ressaltou o deputado.
Negociado sobre legislado
Outro parlamentar que apresentou várias propostas para
alterar a reforma trabalhista foi Rubens Otoni
(PT-GO). Para o deputado, a reforma “não gerou
empregos conforme prometido, tampouco proporcionou
crescimento econômico, e contribuiu para a
precarização da relação trabalhista”.
Entre as propostas apresentadas por Otoni, está o
Projeto de Lei 278/19, que estabelece que o acordo
negociado terá primazia sobre a legislação apenas
quando as condições estabelecidas em seu conjunto
forem mais benéficas ao trabalhador – e não mais
será a regra, conforme prevê a reforma trabalhista.
Otoni também apresentou, entre outros projetos, o PL
273/19, que revoga o contrato de trabalho
intermitente. Para o deputado, esse tipo de contrato
criado pela reforma trabalhista, que permite que o
trabalhador seja contratado recebendo o salário por
hora trabalhada, “atende apenas à conveniência do
empregador”.
As propostas apresentadas nesta legislatura ainda
serão encaminhadas pela Secretaria-Geral da Mesa às
comissões temáticas e, quando for o caso, para o
Plenário da Câmara.
Em tramitação
A Casa já analisa propostas que visam modificar a
reforma trabalhista. Um deles é o Projeto de Lei
11239/18, do Senado Federal, que determina que
mulheres gestantes e lactantes se afastem de
trabalhos insalubres com direito a pagamento de
adicional de insalubridade pela empresa.
A lei atual determina que o afastamento de gestantes
e lactantes de trabalhos insalubres em grau médio ou
mínimo só aconteça mediante apresentação de atestado
médico. Caso a proposta seja aprovada, o afastamento
passará a ser a regra.
Fonte: Agência Câmara
08/02/2019 -
Copom mantém taxa Selic em 6,5% ao ano
Pela sétima vez seguida, o Banco Central (BC) não
alterou os juros básicos da economia.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária
(Copom) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano, menor
nível da história.
Fonte: Portal EBC
07/02/2019 -
Reforma da Previdência de Bolsonaro abandona
trabalhadores informais, diz economista
Texto do projeto prevê sistema de capitalização e
idade mínima para aposentadoria de 65 anos para
homens e mulheres
A reforma da Previdência de Jair Bolsonaro ganhou
contornos mais visíveis nesta semana. A Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) da equipe econômica do
governo de extrema direita retoma medidas da
primeira proposta de Michel Temer (MDB), como
equiparar a idade de aposentadoria entre homens e
mulheres em 65 anos.
O texto da PEC foi divulgado nesta terça (5) pelo
portal Estadão e pela agência Broadcast. O governo
quer fixar o tempo de contribuição de 40 anos para
quem quiser receber o valor integral do benefício.
Mas a grande novidade do texto é a criação de um
sistema de capitalização.
Neste sistema, o fundo da Previdência é extinto. As
contribuições vão para uma conta individual e são
aplicadas em investimentos. O valor é definido na
contratação do plano, e o benefício que será
recebido varia de acordo com a rentabilidade.
Hoje, o modelo da Previdência se baseia no sistema
de repartição: há contribuição de trabalhadores, das
empresas e do Estado. Ou seja, um fundo financeiro
que cresce quando o emprego cresce.
A economista Denise Gentil, professora da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teme
os efeitos da proposta após a aprovação da reforma
trabalhista. Segundo ela, se aprovada, a reforma de
Bolsonaro aumentará a desigualdade no país.
“O custo social dessa mudança é o seguinte: só os
trabalhadores que conseguirem poupar uma parte do
seu salário poderão fazer uma reserva para sua fase
de inatividade", alerta a economista. "Com os baixos
salários que temos hoje no Brasil, pouquíssimos
brasileiros poderão ter uma aposentadoria no futuro.
E o Estado resolveu abandonar essa parcela da
população porque, simplesmente, o regime de
repartição acabou”, afirma.
Quatro em cada dez trabalhadores no país estão no
mercado informal, aponta o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2017 e 2018,
houve perda de 460 mil vagas com carteira assinada.
O texto do governo, por enquanto, tem apenas a
previsão legal da capitalização, deixando a
regulamentação para um projeto de lei. Porém, já
determina que o modelo terá caráter obrigatório.
A economista pondera ainda que a PEC não vai
resolver o problema do déficit público. “Pelo
contrário, o sistema de capitalização vai reduzir as
receitas e provocar um déficit no regime geral, de
repartição, que vai continuar existindo porque já
tem aposentados que pertencem a esse regime”, diz a
economista.
O ex-ministro e advogado Carlos Eduardo Gabas,
afirma que o modelo, inspirado na reforma da
Previdência do Chile da década de 1980, será “um
desastre” no país.
O grande interessado na reforma, diz Gabas, é o
sistema financeiro. “[A reforma] reduz a proteção ao
trabalhador, a garantia de renda no futuro; e
transfere recursos públicos para os bancos privados.
Essa proposta não tem nenhum ganho para a sociedade.
O único ator que ganha nessa proposta, são os
bancos.”
O ex-ministro lembra que, da forma que funciona
hoje, a Previdência é uma política de distribuição
de renda. “Precisamos discutir, de fato, qual é o
problema do país. Não é a Previdência. A Previdência
é parte da solução do problema. Um país que se diz
civilizado não pode abrir mão de um sistema de
proteção social. Não pode entregar para o capital
especulativo a responsabilidade de proteger os
trabalhadores.”
O governo de Bolsonaro prevê um período de transição
entre os sistemas que chegaria a 19 anos.
Fonte: Brasil de Fato
07/02/2019 -
Guedes vai apresentar reforma da Previdência a
governadores dia 20
Informação foi divulgada por Paulo Câmara após
reunião com ministro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve
apresentar aos governadores a proposta para a
reforma da Previdência no dia 20 em reunião em
Brasília. A informação é do governador de
Pernambuco, Paulo Câmara, que esteve nesta quarta
(6) em reunião com Guedes, no ministério, em
Brasília.
“Não conheço ainda a reforma da Previdência. A gente
sabe de alguns pontos que podem ser colocados. O
ministro falou de maneira genérica. Não falou ponto
a ponto. Vamos ter uma reunião no dia 20 de
fevereiro com todos os governadores do Brasil onde o
ministro vai efetivamente apresentar qual é sua
proposta para Previdência”, disse ao deixar o
ministério.
Câmara disse que é preciso fazer a reforma e
acrescentou que o déficit na Previdência dos estados
é “muito forte”. Segundo ele, em Pernambuco, o
déficit da Previdência no ano passado chegou a R$
2,6 bilhões. “Todos nós sabemos da necessidade de
fazer a reforma. O meu partido [PSB] tem objeções a
alguns pontos que foram colocados lá atrás - a
preocupação com a questão da aposentadoria dos
trabalhadores rurais, do BPC [Benefício de Prestação
Continuada]. Tudo isso a gente precisa conhecer”,
disse.
Segundo o governador, na reunião também foi debatido
sobre a necessidade de maior repartição de recursos
com estados e municípios, atualmente “concentrados”
na União, além da liberação de crédito para o
estado.
Fonte: Agência Brasil
07/02/2019 -
Reforma da Previdência será aperfeiçoada no
Congresso, diz líder
O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor
Hugo (PSL-GO), disse nesta quarta (6), após a
primeira reunião de líderes partidários da nova
legislatura, que a proposta da reforma da
Previdência que será enviada pelo governo será
aperfeiçoada pelo Parlamento.
Na terça-feira (5), após reunião com o ministro da
Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ser possível a Casa
aprovar a reforma até maio, e o Senado aprová-la em
junho ou julho, caso a base aliada esteja
articulada.
Segundo Vitor Hugo, Maia esclareceu essa fala
durante a reunião de líderes. “Aos moldes do que
aconteceu na última legislatura com a PEC [Proposta
de Emenda Constitucional] do [ex-presidente Michel]
Temer, em maio, ela já estaria pronta para ser
votada. Mas isso é uma referência: o prazo do
Parlamento vai ser respeitado”, disse o líder.
“É preciso que haja discussões, inclusive para o
natural aperfeiçoamento do texto. O governo vai
enviar uma proposta em breve. O choque de ideias no
Parlamento vai fazer, com toda a certeza, que a
proposta seja aperfeiçoada”, acrescentou.
Ainda segundo o líder, o trabalho do governo para
aprovar a proposta está sendo feito com muito
“cuidado e respeito” aos partidos. “O governo vai
prestigiar os líderes e permitir o debate. A gente
tem certeza do aperfeiçoamento do texto que será
enviado para cá a partir do embate legítimo,
cordial, dentro da medida do possível, entre a
oposição e o governo”, completou.
Vitor Hugo também informou que Rodrigo Maia deu um
prazo de 15 a 20 dias para que haja uma definição da
composição das comissões parlamentares permanentes.
Fonte: Agência Brasil
07/02/2019 -
Reforma Trabalhista: jovens serão enquadrados em
modelo de capitalização
A reforma da Previdência que será enviada ao
Congresso irá relegar os mais jovens para o
enquadramento no modelo de capitalização, no qual
cada trabalhador contribui para sua própria
aposentadoria, informa o jornal O Globo. O governo
avalia deixar de fora direitos trabalhistas,
inclusive os que estão previstos no artigo sétimo da
Constituição Federal, como FGTS, férias e 13º
salário.
A reportagem ainda destaca que "como esses direitos
são considerados cláusula pétrea, o Estado não pode
simplesmente acabar com eles. A alternativa que vem
sendo discutida é criar condições para que o próprio
empregado faça a opção, abrindo mão de todos eles,
ficando, assim, de fora da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). De acordo com fontes a par do que
vem sendo analisado, já existe uma base legal para
isso que é a reforma trabalhista. Em vigor há pouco
mais de um ano, ela permite que o acordado prevaleça
sobre o legislado."
A matéria informa: "o objetivo do governo é reduzir
os encargos para os empregadores e estimular a
geração de empregos, sobretudo para os jovens. O
governo deve usar a data de nascimento para definir
a linha de corte para os trabalhadores que terão a
chamada carteira verde e amarela. Os celetistas
continuarão com a carteira de trabalho tradicional,
a azul."
E complementa: "segundo uma fonte da equipe
econômica, a ideia é copiar o que foi feito com o
FGTS no passado, quando os trabalhadores abriram mão
da estabilidade no emprego em troca do Fundo.
Depois, o FGTS se tornou obrigatório. Como os novos
trabalhadores ficarão de fora da CLT, eles poderão
procurar a Justiça comum, caso sejam prejudicados.
Assim, explicou a fonte, a Justiça Trabalhista
tenderia a se tornar obsoleta com o tempo."
Fonte: Brasil247
07/02/2019 -
Frente em defesa da Previdência quer apresentar
proposta de reforma
A ideia é contrapor a reforma anunciada pelo
governo. Colegiado será relançado em março, mas já
promove reuniões semanais
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência
Social quer apresentar proposta de reforma diferente
da do governo. A frente será relançada oficialmente
no dia 20 de março, mas desde já deputados e
senadores se articulam em reuniões semanais
realizadas às quartas-feiras na Câmara.
O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou que a frente
existe há 32 anos, desde a Assembleia Constituinte,
e esteve nesse tempo todo sob sua coordenação no
Senado e sob a coordenação na Câmara do ex-deputado
Arnaldo Faria de Sá.
Para ele, é fundamental que o grupo apresente sua
própria versão da reforma da Previdência. Além
disso, Paim pede aos parlamentares que esclareçam a
população sobre a real situação da Previdência.
"Hoje, 75% da arrecadação da Previdência, lá no bolo
da seguridade, vem de tributação sobre o lucro,
faturamento, PIS/PASEP, jogos de lotérica,
contribuição do empregador que é 20% sobre a folha
de salário e ainda toda vez que você compra ou vende
alguma coisa você também paga a Previdência”,
explicou.
Paim teme novos incentivos fiscais que podem agravar
ainda mais a situação da Previdência. “Daí vai
quebrar mesmo. Quem ganha com isso são o mercado e o
sistema financeiro, porque todo mundo vai procurar
uma Previdência privada", alertou.
Propostas
A Frente conta com o apoio de 102 entidades
representativas da sociedade civil. O presidente da
Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal (Anfip), Floriano Neto, afirmou que
atualmente a Previdência funciona no regime de
repartição, pelo qual trabalhadores da ativa
financiam a aposentadoria daqueles que não trabalham
mais.
Pela proposta do governo, que ainda não chegou ao
Congresso, o regime seria o de capitalização, no
qual cada um contribui para a própria aposentadoria.
Floriano Neto avalia que esse modelo resolve o
problema dos trabalhadores novos que ingressarem no
sistema.
"Mas para quem já está aposentado e para quem está
em vias de se aposentar o governo vai ter que
demonstrar muito claramente essa conta, porque ela
vai ter sérios impactos do ponto de vista fiscal e
orçamentário."
O deputado Rodrigo Coelho (PSB-SC) acredita que a
reforma precisa sim ser feita, mas com cuidado para
não prejudicar o trabalhador. "A gente tem que
apresentar propostas para que não seja uma reforma
que atinja apenas uma categoria que é a do regime
geral, de quem paga o INSS que é 1.400, 1500 reais
por mês. Que seja feita uma reforma que atinja o
Executivo, o Legislativo, o Judiciário e as
carreiras militares."
Já o deputado Bohn Gass (PT-RS) defende que a
aposentadoria rural também seja discutida pela
frente como forma de unir os esforços e conseguir
avanços também para o trabalhador do campo.
Fonte: Agência Câmara
07/02/2019 -
Jandira Feghali: O fim da previdência pública
"A função do Estado é garantir políticas públicas
capazes de atender a população. A previdência social
pública é uma política eficaz em vários sentidos".
Em 6 mandatos como deputada federal o debate da
previdência social foi uma constante. Participei de
comissões especiais e relatei propostas que, em
maior ou menor grau, promoviam mudanças no sistema.
Sempre deixei clara minha posição em defesa do
sistema público e de regras que não fossem um
retrocesso para as mulheres e para o conjunto dos
trabalhadores e trabalhadoras, urbanos e rurais, que
têm na previdência pública a única perspectiva de
renda ao fim de suas vidas laborais.
Lutei contra o fator previdenciário e defendi a
adoção da fórmula 85/95. Mais recentemente enfrentei
a reforma proposta por Temer, que se encontra parada
na Câmara dos Deputados desde sua aprovação pela
comissão especial em meados de 2017. O texto
original foi bastante modificado e minimizou o
prejuízo para os trabalhadores rurais, mas, no
geral, ainda é uma proposta que dificulta o acesso
aos benefícios previdenciários.
Agora, diante da perspectiva de uma nova proposta de
um governo de extrema direita e insensibilidade com
as questões sociais, volto a me posicionar para
alertar sobre os riscos da adoção do sistema de
capitalização. Até aqui, várias mudanças foram
efetuadas, mas nenhuma delas quebrou o conceito da
previdência pública, o modelo de repartição e seu
caráter solidário, um pacto entre gerações. O que
está por vir derruba tudo isso para implementar a
lógica do seguro. Será o fim da previdência pública.
Na capitalização não há um contrato de rendimento. É
um regime de contribuição definida. Não se garantem
os resultados. Para o mercado só ganhos, na
administração dos fundos e porque se
desresponsabiliza em caso de flutuações que
impliquem em perdas de rendimento. Para o governo
não há risco imediato e isto gera expectativas
positivas já que os problemas só começarão a
aparecer quando os primeiros segurados começarem a
usufruir do benefício, décadas à frente. Para o
empregador, o tão sonhado fim da contribuição
patronal. Para o segurado, um futuro de incertezas.
Deixa de ter um benefício garantido pelo Estado para
ter apenas uma expectativa. Sem valor definido. O
regime de capitalização não distribui renda, pelo
contrário. Apenas os que tiverem maior capacidade de
capitalização terão um benefício superior. E esses
serão uma minoria.
O caso chileno comprova nossas preocupações. O valor
das aposentadorias dos chilenos é alvo de críticas e
protestos. De acordo com dados disponibilizados em
2015 pela Fundação Sol, 90,9% recebiam menos de
149.435 pesos (cerca de R$ 851,78 em 2018). O
salário mínimo do Chile, por sua vez, é de cerca de
260 mil pesos (aproximadamente R$ 1.500,00 em 2018).
Voltaremos a aposentadorias inferiores ao salário
mínimo, como na época da ditadura. Quem não se
lembra do caso CAPEMI, a Caixa de Pecúlio dos
Militares? Atingiu 2 milhões de associados - e
enfrentou dificuldades em meados dos anos oitenta e
finalmente faliu em 2008 após uma desastrada
tentativa de investir na usina de Tucuruí, no Pará.
O prejuízo ficou para os associados.
Outro problema está nos benefícios de risco. Se o
trabalhador adoece sofre um acidente não consegue
capitalizar o suficiente para uma aposentadoria.
Para as mulheres é ainda pior. Menores salários,
menores aposentadorias. Menor tempo de
trabalho-capitalização, menor benefício. Serão
duplamente penalizadas.
A função do Estado é garantir políticas públicas
capazes de atender a população. A previdência social
pública é uma política eficaz em vários sentidos. Na
economia dos municípios, na geração de renda e
cidadania. É o maior programa de distribuição de
renda do Brasil. Entregar essa política para o
mercado é quebrar o primeiro pé do sistema de
seguridade. E este quebrado se seguirá o desmonte do
Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de
Assistência. É isso que queremos? É esta a
“modernidade” prometida? Longe disso, é afastar um
grande contingente de trabalhadores e trabalhadoras
do acesso à aposentadoria. É entregar para o mercado
uma função do Estado. Contra isso lutaremos e
seremos incansáveis para conscientizar a sociedade
sobre os enormes riscos decorrentes dessa mudança.
*Jandira Feghali é médica e deputada federal
(PCdoB/RJ)
Fonte: Portal Vermelho
07/02/2019 -
Funasa terá ex-ministro de Temer, editor da portaria
do 'trabalho escravo'
O ex-deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) foi nomeado
por Bolsonaro para comandar a Fundação Nacional de
Saúde (Funasa), órgão vinculado ao Ministério da
Saúde. Nogueira foi ministro do Trabalho de Michel
Temer, tendo editado uma portaria que dificultada a
repressão ao trabalho escravo. Ele também fracassou
em se reeleger deputado, derrota agora compensada
com o cargo no bolsonarismo.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca
que "enquanto estava no ministério, Nogueira editou
uma portaria que dificultava a repressão do trabalho
escravo. A medida provocou reações tanto no cenário
nacional quanto internacional. A Organização
Internacional do Trabalho (OIT), deixou claro que a
nova regra poderia aumentar a fragilidade da
população. A procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, por sua vez, classificou a medida como
retrocesso e a ministra do Supremo Tribunal Federal,
Rosa Weber, por fim, suspendeu os efeitos da
medida."
A matéria ainda acrescenta: "o Ministério Público
Federal do Distrito Federal propôs uma ação de
improbidade administrativa contra Nogueira, sob a
justificativa de que sua gestão agiu deliberadamente
para enfraquecer a luta contra o trabalho escravo.
Além de ser centro de críticas, Nogueira teve seu
nome citado no ano passado por um dos envolvidos na
Operação Registro Espúrio, que investigava uma
suposta organização criminosa que controlava
registros sindicais. Preso, o ex-servidor Renato
Araújo Júnior afirmou à Polícia Federal, que era
mero "cumpridor de ordens" no esquema de fraudes na
concessão de registros sindicais e apontou
envolvimento do ex-ministro. Na ocasião, o
ex-ministro negou envolvimento em qualquer
irregularidade."
Fonte: Brasil247
07/02/2019 -
Projeto altera reforma trabalhista e determina que
gestantes e lactantes se afastem de trabalhos
insalubres
Já aprovada pelo Senado, a proposta tramita na
Câmara dos Deputados
O Projeto de Lei 11239/18 determina que mulheres
gestantes e lactantes se afastem de trabalhos
insalubres com direito a pagamento de adicional de
insalubridade pela empresa. Já aprovada pelo Senado,
a proposta tramita na Câmara dos Deputados.
Pelo texto, o exercício de atividades e operações
insalubres em grau médio ou mínimo pela gestante ou
lactante somente será permitido quando ela,
voluntariamente, apresentar atestado de saúde
emitido por médico do sistema privado ou público de
saúde que autorize a sua permanência no exercício de
suas atividades.
Ainda segundo o projeto, quando não for possível que
a gestante ou a lactante afastada exerça atividade
ou operação salubre na empresa, a hipótese será
considerada gravidez de risco e ensejará a percepção
de salário-maternidade mais adicional de
insalubridade durante todo o período de afastamento.
Reforma trabalhista
O projeto modifica a reforma trabalhista de 2017
(alterou a Consolidação das Leis do Trabalho -
Decreto-Lei 5.452/43), que determina que o
afastamento de gestantes e lactantes de trabalhos
insalubres em grau médio ou mínimo só aconteça
mediante apresentação de atestado médico. Com a
proposta, o afastamento passa a ser a regra.
O autor da proposta, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO),
explicou que o projeto foi elaborado com o objetivo
de suprir lacuna deixada pelo fim da vigência da
Medida Provisória 808/2017, que modificava os
dispositivos referentes ao tema na reforma
trabalhista. A MP não chegou a ser votada e acabou
não sendo convertida em lei.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Seguridade Social e Família; Trabalho,
de Administração e Serviço Público e Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
06/02/2019 -
Centrais sindicais criticam governo e se unem em
defesa da Previdência
As centrais sindicais brasileiras criticaram a
Medida Provisória 871/2019, chamada de “MP do Pente
Fino” e editada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL)
para revisar os benefícios previdenciários e
dificultar o acesso aos auxílios. Em nota conjunta
divulgada nesta segunda-feira (4), CGTB, CSB, CSP
COnlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical e
Nova Central denunciam os verdadeiros objetivos por
trás da iniciativa.
“Com o pretenso objetivo de combater fraudes na
concessão de benefícios, a MP é, antes de tudo, novo
intento de jogar nas costas dos mais humildes, dos
trabalhadores e dos beneficiários o peso e as
responsabilidade dos ajustes”, afirmam as centrais.
A nota também sustenta que “as medidas da propalada
‘reforma’ da Previdência Social serão, na verdade,
medidas de desmonte e corte de direitos”.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Nota das Centrais Sindicais sobre a MP 871/2019
O presidente Jair Bolsonaro editou, em 18/1/2019,
sem consulta ou negociação prévia e desconhecendo os
princípios de gestão democrática e do papel do CNPS
(Conselho Nacional de Previdência Social), a Medida
Provisória 871, instituindo um programa de revisão
dos benefícios previdenciários e modificações nas
regras para acessar e requerer os auxílios.
Chamada de “Pente Fino”, com o pretenso objetivo de
combater fraudes na concessão de benefícios, a MP é,
antes de tudo, novo intento de jogar nas costas dos
mais humildes, dos trabalhadores e dos beneficiários
o peso e as responsabilidade dos ajustes, em claro
sinal de que as medidas da propalada “reforma” da
Previdência Social serão, na verdade, medidas de
desmonte e corte de direitos.
As Centrais Sindicais reafirmam que não se deve
acobertar ou deixar impune qualquer tipo de dolo
contra a Previdência, a começar pelas fraudes nas
receitas previdenciárias. Estima-se que o valor
sonegado pelas empresas chega a R$ 450 bilhões,
questão ignorada pela MP 871, que trata os milhões
de aposentados e pensionistas e os trabalhadores que
têm direito à assistência previdenciária como
potenciais fraudadores, invertendo uma das premissas
do Direito que é a presunção de boa-fé.
A MP 871 traz insegurança financeira aos
beneficiários da Previdência ao instituir a
suspensão dos benefícios sem assegurar formas
adequadas de defesa e excluir milhares dos direitos
previdenciários, ignorando o papel da seguridade
social de garantir renda para o trabalhador em
situações temporárias ou permanentes que o impeçam
de exercer as atividades laborais.
O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking dos países com
as piores condições de saúde e segurança no
trabalho: é um dos que mais mata, mutila e adoece
trabalhadores. Em vez de promover um ambiente de
trabalho saudável e fiscalizar o cumprimento das
normas de saúde e segurança a fim de reduzir o
número de trabalhadores que buscam benefícios, o
governo propõe medidas para cancelar o auxílio dos
acidentados e adoentados, obrigando-os a retornar ao
trabalho sem condições físicas e emocionais para
isso.
As novas regras de carência, comprovação documental
e prazos de requerimento dos benefícios têm como
objetivo dificultar ou restringir o acesso a pensão
por morte, auxílio-reclusão, licença-maternidade,
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e
aposentadoria dos trabalhadores rurais. Muitas
dessas novas normas, inclusive, são ilegais e
inconstitucionais.
As Centrais Sindicais se colocam contra essa MP e
reafirmam o compromisso em defesa da Seguridade
Social universal e pela garantia dos direitos dos
trabalhadores do campo e da cidade.
Chamamos a atenção do novo Congresso Nacional,
deputados e senadores que tomaram posse em 1º de
fevereiro de 2019, para as medidas que penalizam os
milhões de cidadãos e eleitores aposentados,
pensionistas e demais beneficiários da Previdência
Social, como a MP 871. São determinações que
aprofundam a crise social e de emprego em que
vivemos, tornam ainda mais vulneráveis os pequenos
municípios, não investem no efetivo saneamento das
contas previdenciárias nem apontam um caminho de
negociação e entendimento, fundamental para se
encontrar uma solução equilibrada e sustentável para
a situação.
São Paulo, 4 de fevereiro de 2019
Fonte: Portal Vermelho
06/02/2019 -
Mourão diz que reforma da Previdência segue este mês
para o Congresso
O texto da reforma da Previdência que está sendo
costurado pelo governo passará pelo crivo do
presidente Jair Bolsonaro e deve ser encaminhado ao
Congresso Nacional até a segunda quinzena deste mês.
A informação foi dada pelo vice-presidente Hamilton
Mourão que, na manhã desta terça (5), coordenou a
quinta reunião do Conselho de Governo, que tem se
reunido periodicamente no Palácio do Planalto.
“Temos que aguardar a alta dele, que pode ser no fim
de semana ou início da semana que vem. Acredito que
até a segunda quinzena [a proposta] deve ser enviada
ao Congresso”, disse.
O assunto, que tem sido tratado como prioridade pelo
Executivo para ajuste das contas, foi tema também do
encontro dos 22 ministros. Segundo Mourão, detalhes
como idade mínima não foram tratados e serão
decididos por Bolsonaro, que está internado em São
Paulo, após cirurgia para retirada de uma bolsa de
colostomia.
Mourão antecipou que o ministro da Secretaria de
Governo, Santos Cruz, está preparando um plano de
comunicação para apresentar a proposta mais
claramente à população. O vice-presidente descartou
a realização de uma pesquisa sobre os tópicos
incluídos no texto. “Às vezes, as pessoas não têm
todos os dados do que é melhor para o país como um
todo”, explicou.
As visitas ao presidente Jair Bolsonaro foram
adiadas a pedido da família, mas Mourão acredita que
qualquer decisão imediata poderá ser tomada pelo
próprio presidente e que não será necessário assumir
temporariamente a cadeira máxima do Executivo por
ora.
Fonte: Agência Brasil
06/02/2019 -
Governo projeta economia de R$ 1 trilhão com reforma
da Previdência
Guedes disse que governo trabalha com duas ou
três versões da proposta
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
terça-feira (5), em Brasília, que a proposta de
reforma da Previdência do governo projeta uma
economia de pelo menos um R$ 1 trilhão, em um
período de 10 anos. A afirmação foi feita em
entrevista coletiva ao lado do presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia. Os dois se reuniram no
gabinete de Guedes para tratar da tramitação da
reforma e Maia chegou a dizer que o tema poderá ser
votado pelos deputados até maio.
"A ideia é que ela [a reforma] chegue pelo menos a
R$ 1 trilhão [de economia de gastos]. Simulamos com
15 anos, com 20, com 10. O valor de R$ 1 trilhão é
para 10 anos, mas há simulações em que é R$ 1
trilhão em 15 anos também, de valor presente. Isso é
o que está sendo calibrado", afirmou o ministro. Ele
voltou a criticar o atual sistema previdenciário
que, segundo ele, aprofunda desigualdades sociais e
contribui para o desemprego.
"São 96 milhões de brasileiros economicamente
ativos, e 46 milhões não contribuem, e vão
envelhecer. Então, eles vão quebrar a Previdência.
Nosso desafio é não só salvar a Previdência antiga,
como impedir que ela seja um mecanismo perverso de
transferência de renda, como ao mesmo tempo livrar
as futuras gerações da armadilha em que essas
gerações passadas, as nossas, caíram, que foi
produzir um sistema que piora a desigualdade e
destrói empregos em massa. São dezenas de milhões de
empregos destruídos, por financiamento equivocado,
uma série de defeitos que ela tem", acrescentou.
Paulo Guedes disse que pediu a Rodrigo Maia um rito
democrático para a tramitação da medida na Câmara e
revelou que o governo teria até três versões
alternativas da proposta, cuja palavra final será do
presidente Jair Bolsonaro. "Nós já temos duas ou
três versões alternativas, simuladas com os números.
Ele [Bolsonaro] chegando, a gente entrega, ele bate
o martelo e a coisa entra no processo", disse.
Idade mínima
Perguntado sobre o estabelecimento de uma idade
mínima única de 65 anos para homens e mulheres,
conforme o trecho vazado segunda (4), do que seria
uma das propostas do governo, Guedes reforçou que a
decisão final é do presidente da República.
"Vocês sabem que a posição, por exemplo, do deputado
Rodrigo Maia, é que fosse iguais [as idades mínimas
de aposentadoria], porque as mulheres têm,
inclusive, uma expectativa de vida mais longa. Só
que a posição do presidente Bolsonaro sempre foi que
não, que as mulheres deviam ficar com uma idade
menor. E foi o que o general Mourão falou hoje, que
a palavra final nisso é do presidente, porque ele
que assina a PEC [proposta de emenda
constitucional]. Nós vamos ser mais precisos muito
brevemente", acrescentou.
Caso a idade mínima seja 62 anos para homens e 57
para as mulheres, como chegou a mencionar o próprio
presidente, no mês passado, Paulo Guedes disse que a
economia seria menor do que R$ 1 trilhão. Nesse
cenário, no entanto, as regras de transição poderiam
ser mais rígidas para a atual geração.
"O presidente chegou a dizer 57 para mulheres e 62
para os homens. E o próprio deputado Rodrigo Maia
disse, na época, que a transição teria que ser mais
estreita, mais rápida. Nós simulamos isso também,
fizemos com números. Favorece muito o nosso governo,
mas não é generosa o suficiente para quem estava na
iminência [de se aposentar]", comentou.
Fonte: Portal EBC
06/02/2019 -
Governo pode ter até 350 deputados na base, diz Maia
Presidente da Câmara diz que maioria está em
construção
Reeleito há quatro dias para a presidência da Câmara
dos Deputados, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)
disse que o governo tem condição de conseguir até
350 deputados na base aliada. Depois de reunir-se
com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele disse
que o tamanho da base está em construção porque a
articulação política ainda não começou. Essa maioria
é importante para a aprovação de matérias de
interesse do governo, como a reforma da Previdência.
De acordo com Maia, a estimativa de 350 deputados
deve-se à diferença entre o número total de
deputados (513) menos os 140 parlamentares da
oposição na Casa. Essa conta contemplaria 23
deputados independentes. O presidente da Câmara
disse que o processo de formação de maioria na base
do governo começou com atraso por causa da decisão
do presidente Jair Bolsonaro de não se envolver
diretamente nas eleições para o comando da Câmara e
do Senado.
“Eu sei que isso é uma construção que está começando
agora. As eleições para presidente da Câmara e do
Senado seguraram as articulações do governo. O
presidente, como prometeu não participar do processo
eleitoral da Câmara e do Senado, posição 100%
correta, e a qual agradeço muito, publicamente, ela
também gerou um atraso na formação da maioria do
governo”, disse Maia.
Maia classificou de “democrática” a atitude de
Bolsonaro durante a campanha para as presidências da
Câmara e do Senado e disse que agora é urgente
iniciar os trabalhos de articulação. Ele acrescentou
que a articulação da maioria dependerá do
engajamento de todos os partidos da base aliada.
“Tem condição de construir [uma maioria de 350
deputados], compreendendo que todos os partidos, no
nosso campo, são importantes. Não tem um partido,
nesse processo, que não seja importante”, declarou.
Fonte: Agência Brasil
06/02/2019 -
Extinguir a Justiça do Trabalho é caminho
'irracional', diz magistrado
Ato na Câmara dos Deputados reuniu juízes,
parlamentares, advogados, servidores e
sindicalistas.
Presidente da República chegou a falar em
possibilidade de extinção
Durante ato nacional em defesa da Justiça do
Trabalho, na tarde desta terça-feira (5), em
Brasília, o presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),
Guilherme Feliciano, afirmou que propor a extinção
desse ramo do Judiciário é um "caminho irracional".
Ele lembrou que a fala de Jair Bolsonaro,
posteriormente desmentida, embora emblemática, não
foi a única nesse sentido, e os ataques ocorrem há
décadas.
"A Justiça do Trabalho não é uma jabuticaba
brasileira, como dizem os incautos e os elitistas",
afirmou Feliciano. "Jurisdição trabalhista há em
todo mundo", acrescentou, durante o evento no
Auditório Nereu Ramos da Câmara, que reuniu
magistrados, advogados, servidores e parlamentares.
"Este é um ato apartidário, plural e democrático, em
defesa da JT e dos direitos sociais", definiu o
presidente da Anamatra.
Desde janeiro, após a declaração de Bolsonaro em uma
entrevista, em que admitiu a possibilidade de
extinção, dependendo do ambiente institucional,
foram realizadas manifestações pelo país em defesa
do Judiciário trabalhista. Em São Paulo, o ato
reuniu milhares de pessoas diante do Fórum Ruy
Barbosa, na Barra Funda. Dias antes, o presidente do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Brito
Pereira, disse ter conversando com o presidente da
República e recebido a informação de que não havia
planos nesse sentido. Por isso, o magistrado chegou
a considerar "inconvenientes" as manifestações, que
no entanto foram confirmadas.
"Aquela fala foi, sim, um indício emblemático, na
palavra de um supremo mandatário", observou
Feliciano, destacando o "histórico de outras tantas
falas, que muitas vezes com dados incorretos tentam
estimular a ideia da extinção, ou da unificação ou
da absorção da Justiça do Trabalho". O número na
primeira instância caiu significativamente, mas
apenas o TST julgou, no ano passado, quase 320 mil
ações. "Entra pelos olhos de um cego que a questão
não está no TST e a sua abolição poderá ser um
subterfúgio e nunca uma solução", afirmou o
magistrado, defendendo um "retumbante não às
irracionais teses de extinção ou incorporação da
Justiça do Trabalho", que ele definiu como
"patrimônio institucional e reserva civilizatória".
O ato na Câmara foi organizado pela Anamatra,
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT),
Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário
Federal e Ministério Público da União (Fenajufe),
Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat)
e pelo Conselho Federal da OAB.
Segunda (4), durante evento da Abrat, o
vice-presidente nacional da Ordem, Luiz Viana, disse
que a entidade vai participar das ações em defesa de
direitos sociais e do Judiciário. "Os ataques e as
tentativas de desconstrução atingem não apenas a
Justiça do Trabalho”, afirmou a presidenta da Abrat,
Alessandra Camarano.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/02/2019 -
OAB também entra no STF contra teto de indenização
trabalhista
Para o novo presidente da Ordem, lei da "reforma"
subverteu princípios do Direito do Trabalho
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que
seu Conselho Federal também recorrerá ao Supremo
Tribunal Federal (STF) contra a limitação de valores
de indenizações prevista pela "reforma" trabalhista
(Lei 13.467). Para o recém-eleito presidente
nacional da entidade, Felipe Santa Cruz, a "reforma"
subverteu princípios do Direito do Trabalho.
"O texto viola os princípios constitucionais da
isonomia, da reparação integral do dano, da
dignidade da pessoa humana, da razoabilidade e da
proporcionalidade", afirma Santa Cruz. "Aqueles que
litigam na Justiça do Trabalho são demasiadamente
prejudicados com a precificação do dano de acordo
com a remuneração do ofendido, fazendo com que as
indenizações sejam previamente calculáveis ao
empregador."
No artigo 223 da lei, foram fixados limites para
indenização por dano moral. Em caso de ofensa de
"natureza leve", por exemplo, vai até três vezes o
último salário contratual do trabalhador. Natureza
"média", até cinco vezes, "grave, até 20, e
"gravíssima", até 50 vezes. Assim, em um mesmo caso,
como o de Brumadinho (MG) dependendo do salário a
família de um empregado receberia indenização muito
maior que a de outro, mesmo tendo sofrido o mesmo
dano.
Ainda no final de 2017, pouco depois da entrada em
vigor da nova lei, a Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) foi ao
STF, onde foi instaurada a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 5.870. A Associação dos
Advogados dos Trabalhistas de São Paulo pediu para
ingressar na ação como Amicus Curiae ("amigo da
Corte").
A OAB citou exemplos hipotéticos para mostrar a
disparidade nos valores de indenização. Com base na
Medida Provisória (MP) 808, que "corrigiria" trechos
da lei, mas não chegou a ser votada pelo Congresso e
caducou, a base de cálculo era equivalente ao teto
de benefícios do INSS (R$ 5.839,45). Uma ofensa de
natureza gravíssima poderia chegar a R$ 291.972,50,
ou 50 vezes ao teto da Previdência. Agora, um
trabalhador que ganha salário mínimo poderia
receber, no máximo, R$ 49.900,00.
A entidade lembra que a tragédia de Brumadinho, sob
responsabilidade da Vale, já está sendo considerado
o maior "acidente trabalhista" da história do país.
A Ordem considera que há dois grupos de pessoas
envolvidas: as que acionarão a Justiça do Trabalho,
com indenização limitada, e as que irão apelar à
Justiça comum, que não prevê teto.
"Logo, fica evidente o prejuízo que a limitação das
indenizações trabalhistas causa aos próprios
trabalhadores, visto que neste caso emblemático
terão suas indenizações sujeitas a um limitador, ao
passo que aqueles que buscarão a reparação na
justiça comum não sofrerão qualquer limitação", diz
a OAB.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/02/2019 -
Aposentados também perdem com propostas de Bolsonaro
para Previdência
"Reforma" da Previdência e medida provisória que
trata da alteração dos benefícios podem também
afetar direitos dos segurados
Trabalhadores aposentados e demais beneficiários da
Previdência Social também têm motivos para temer a
proposta de "reforma" previdenciária que vem sendo
preparada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). O
alerta é da coordenadora de pesquisas do Dieese,
Patrícia Pelatieri.
Nesta segunda-feira (4), um rascunho da proposta de
emenda à Constituição (PEC) que trata da seguridade
social foi "vazada" e, entre os pontos,
especialistas já afirmam que as regras são ainda
mais duras aos trabalhadores, de modo geral, do que
a proposta do governo anterior de Michel Temer.
Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio
Brasil Atual, Patrícia aponta como um exemplo a
revisão para baixo do valor dos benefícios pagos, e
ressalta que outra preocupação dos aposentados
também deveria ser a Medida Provisória (MP) 871 que,
a pretexto de combater irregularidades, poderá
violar direitos trabalhistas, suspender benefícios
sob critérios ainda não divulgados de forma
irregular, como afirma a coordenadora do Dieese. A
MP deve receber até a próxima segunda (11),
propostas de emendas.
"Olhando para o Brasil, nesse último período, o fato
de ser inconstitucional ou ilegal não tem impedidos
de que se façam as coisas, então vai ser preciso
muita disposição para barrar essas maldades",
pondera Patrícia.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/02/2019 -
Inflação para famílias de renda mais baixa fica em
0,61% em janeiro
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1
(IPC-C1), que mede a inflação para famílias com
renda até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,61% em
janeiro deste ano. A taxa é 0,29 ponto percentual
acima do registrado em dezembro de 2018 (0,32%). Em
12 meses, a inflação acumulada chega a 4,29%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pela
Fundação Getulio Vargas (FGV). Em janeiro, seis das
oito classes de despesa que compõem o índice
apresentaram alta em suas taxas de variação:
transportes (de -0,52% para 1,84%), educação,
leitura e recreação (de 0,66% para 2%), habitação
(de 0,10% para 0,19%), alimentação (de 0,83% para
0,84%), despesas diversas (de 0,09% para 0,27%) e
comunicação (de -0,02% para 0,01%).
Por outro lado, tiveram queda na taxa os grupos
vestuário (de 0,7% para -0,56%) e saúde e cuidados
pessoais (de 0,29% para -0,02%).
Fonte: Agência Brasil
05/02/2019 -
Proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro é
pior do que a de Temer
Governo quer que homens e mulheres se aposentem
aos 65 anos, com 40 anos de contribuição e sistema
de capitalização de caráter obrigatório. Idosos
carentes e pessoas com deficiência receberão menos
A minuta da proposta de emenda à Constituição (PEC)
de reforma da Previdência que o governo de Jair
Bolsonaro (PSL) deve enviar ao Congresso Nacional
este mês é pior para os trabalhadores do que a do
ex-presidente Michel Temer (MDB). O texto da PEC,
obtido pelo Estadão/Broadcast, prevê a
obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para
homens e mulheres se aposentarem. A proposta que
Temer tinha encaminhado previa idade mínima de 65
anos para homens e 62 anos para mulheres.
A PEC de Bolsonaro prevê, ainda, que quem quiser
receber 100% do benefício terá de trabalhar 40 anos.
E cria um sistema de capitalização, de “caráter
obrigatório”.
A capitalização da Previdência é uma espécie de
poupança que os trabalhadores serão obrigados a
fazer. Eles terão de abrir uma conta individual para
depositar um percentual do salário todos os meses
para bancar seus benefícios no futuro. Adotado no
Chile durante a ditadura militar, a capitalização da
Previdência levou aposentados à miséria.
Atualmente, há duas formas de se aposentar no
Brasil: 1) por idade, com a exigência de ter 65 anos
(homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos
de contribuição; ou, 2) por tempo de contribuição,
quando não se exige idade mínima, mas são
necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de
pagamentos ao INSS.
A reforma que deve ser enviada pelo governo
Bolsonaro até o fim do mês ao Congresso acaba com a
possibilidade de se aposentar por tempo de
contribuição.
Quarenta anos contribuindo
O texto obtido pelo Estadão/Broadcast – e confirmado
pela agência de notícias com duas fontes da equipe
econômica – propõe que o tempo mínimo para se
aposentar pelo INSS seja de 20 anos, com o
recebimento de 60% do benefício. A cada ano a mais,
acrescentará dois pontos porcentuais até chegar a
100% do benefício com 40 anos.
No regime dos servidores públicos, a contribuição
mínima começará com 25 anos e para ter direito a
100% do benefício também serão necessários 40 anos
de serviço.
Capitalização
Os trabalhadores poderão usar parte do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), caso queiram,
para complementar a contribuição, sem prejuízo de
outras fontes adicionais de contribuições patronais
e do trabalhador. Será vedada a transferência de
recursos públicos para esse novo sistema, diz a
proposta preliminar.
A gestão desse novo sistema será feita por entidades
de previdência públicas e privadas, habilitadas pelo
governo. O trabalhador poderá escolher a entidade
que vai gerir esses recursos e poderá optar pela
portabilidade a qualquer momento sem nenhum custo. O
governo não poderá usar esses recursos.
A capitalização será feita em regime de contribuição
definida. Isso significa que o valor da contribuição
é acertado no ato da contratação do plano e o
benefício que será recebido no futuro varia em
função do valor das contribuições, do tempo em que
foram feitas e da rentabilidade dos recursos.
Idosos e pessoas com deficiência
A proposta de Bolsonaro muda as regras para quem
recebe o benefício da prestação continuada (BPC) da
Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
Atualmente, o pagamento de um salário mínimo é
assegurado para pessoas com deficiência e idosos de
baixa renda com mais de 65 anos de idade.
De acordo com o Broadcast/Estadão, está previsto o
pagamento de R$ 1 mil para pessoas com deficiência
sem condição de sustento. Já idosos e outros
trabalhadores de baixa renda terão seus ganhos
reduzidos. Quem comprovar condição de
“miserabilidade”, e tiver 55 anos ou mais, terá
assegurada renda mínima de R$ 500. Os maiores de 65
anos receberão R$ 750. Ter mais de 70 anos e 10 anos
de contribuição vai assegurar prestação extra de R$
150.
Em todos os casos, será obrigatória a comprovação de
renda mensal per capita familiar inferior a um
quarto de salário mínimo.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/02/2019 -
Rodrigo Maia defende aprovação da reforma da
Previdência para melhorar contas públicas
Em seu discurso na abertura da sessão legislativa, o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
destacou que o Congresso Nacional teve a maior taxa
de renovação desde a Assembleia Nacional
Constituinte. Ele afirmou que a presença de vários
partidos exigirá esforço de negociações para a
aprovação de reformas, como a da Previdência e a
tributária.
“Estou certo de que seremos capazes de realizar as
mudanças necessárias na legislação e continuar a
responder aos anseios da sociedade”, afirmou,
fazendo um pequeno balanço do trabalho da Câmara no
ano passado.
Para 2019, Maia citou problemas a serem resolvidos
como o baixo crescimento do PIB e o desequilíbrio
fiscal. Nos estados, Rodrigo Maia ressaltou a
necessidade de reformar os regimes próprios de
Previdência para enfrentar as dificuldades de caixa
dos governos.
Ele ressaltou que a reforma deverá ser adequada ao
crescimento da economia, mas o texto deverá evitar
que os sacrifícios exigidos sejam desproporcionais
para a população. “Levando em conta os diferentes
pontos de vista e exercendo o diálogo, temos plena
condição de levar adiante essa reforma no ritmo e no
tempo necessários à democracia”, disse.
Fonte: Agência Câmara
05/02/2019 -
Presidente do Senado destaca renovação no
Legislativo e defende reforma da Previdência
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou a
renovação recorde nas composições das duas casas
legislativas, interpretada como um sinal das urnas
no sentido de mudança. “Devemos ressaltar que
pertencemos a uma legislatura que representa o novo,
a esperança. É uma sinalização dos eleitores para a
urgente necessidade de uma nova postura de seus
representantes”, disse.
Davi Alcolumbre ressaltou que as urnas exigem
“honestidade” de todos os políticos. “Não importa se
pertence ao primeiro escalão da República ou à
repartição pública do município mais distante desse
país, o cidadão brasileiro quer honestidade,
comprometimento e transparência dos políticos”,
disse.
O presidente do Senado também cobrou o trabalho
harmônico entre os poderes. “É preciso que os
presidentes dos poderes estejam sintonizados. Não há
mais espaço para pautas sem sintonia com as ruas ou
disputas entre os poderes”, disse.
Ele destacou a reforma da Previdência, que
considerou fundamental para a sustentabilidade das
contas públicas. Alcolumbre também chamou atenção
para as reformas da administração pública e dos
tributos.
Com mensagem de otimismo, o presidente do Senado
encerrou a sessão que abre os trabalhos
legislativos. “Temos a oportunidade de construir o
Brasil que o povo espera de nós”, disse.
Fonte: Agência Câmara
05/02/2019 -
Guedes deve se reunir com Maia e Alcolumbre para
tratar de Previdência
Com a determinação de encaminhar este mês a proposta
de reforma da Previdência, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, pretende conversar pessoalmente com os
presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O esforço é para
pavimentar o caminho da tramitação do texto nas duas
Casas.
Ontem (4) Guedes jantou com o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Dias Toffoli. Paralelamente,
governadores afirmam publicamente que vão apoiar a
reforma da Previdência, como o de São Paulo, João
Doria (PSDB), que tem reiterado sua disposição de
contribuir.
O esforço do governo é enviar o mais rápido o
possível a proposta ao Congresso Nacional, de acordo
com informações dadas em janeiro pelo secretário de
Previdência do Ministério da Economia, Rogério
Marinho.
Discussão
Inicialmente, o governo federal trabalha com a
Proposta de Emenda Constitucional – PEC 207/16 e um
projeto de lei. Antes do envio da proposta, em
janeiro, foi apresentada a chamada Medida Provisória
contra Fraudes no Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS).
Após as eleições, o presidente Jair Bolsonaro
adiantou que pretendia fixar idade mínima para a
aposentadoria de homens e mulheres, mas que será
estabelecida de forma gradual.
Para o vice-presidente da República, Hamilton
Mourão, as regras para os militares devem ser
discutidas em outra etapa dos debates da reforma da
Previdência.
A reforma da Previdência está entre as prioridades
do governo federal e transformou-se em tema
recorrente das reuniões dos ministros Onyx Lorenzoni,
da Casa Civil, e Guedes.
Fonte: Agência Brasil
05/02/2019 -
Governo quer endurecer cobrança de dívidas
previdenciárias
A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e a
Receita Federal articulam um pacote para cobrar
dívidas à Previdência. Em uma das frentes, o governo
capitaneado por Guedes - e acompanhado à distância
por Bolsonaro - quer criar mecanismos de combate aos
chamados devedores contumazes, empresas que
desenvolvem esquemas de blindagem e estratégias para
não pagarem tributos como uma forma de engenharia
financeira.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"a proposta é traçar ações específicas para atacar o
devedor contumaz, algo que não é previsto na
legislação atual. Também está em construção um
conjunto de medidas para facilitar a recuperação de
recursos devidos por empresas em condição de
pagamento considerada ruim. Serão apresentadas
alternativas de transações tributárias para que o
pagamento possa ser feito."
A matéria ainda acrescenta: "há também estudo para
propor que empresas com boas condições de pagamento
sejam impedidas de aderir a programas de
refinanciamento de dívidas (Refis), alvo de críticas
da equipe econômica, mas que tradicionalmente são
ampliados pelo Congresso. Também está na mesa de
discussões proposta para acelerar a inscrição de
devedores (pessoas físicas) na lista negativa de
órgãos de proteção de crédito. As mudanças exigem
aprovação pelo Congresso e devem ser apresentadas em
conjunto com a reforma da Previdência. Essas
alterações, que facilitam a cobrança da Dívida Ativa
como um todo, podem ser apresentadas por meio de
projeto de lei."
Fonte: Brasil247
05/02/2019 -
Trabalhadores da Vale debatem ações após rompimento
da barragem em Brumadinho
Procurador do Ministério Público do Trabalho
pediu que não sejam aceitos acordos entre cúpulas da
Vale e da Justiça
Grande parte dos atingidos pelo rompimento da
barragem da Mina Córrego do Feijão, ocorrida no dia
25 de janeiro em Brumadinho (MG), trabalhava direta
ou indiretamente para a Vale. De acordo com a lista
divulgada pela mineradora, das 348 pessoas mortas e
desaparecidas, 130 eram trabalhadores diretos e 179
eram trabalhadores terceirizados ou moradores das
comunidades da região.
Entretanto, os impactos não se limitam aos mortos e
desaparecidos. No local, trabalhavam 613
trabalhadores diretos da Vale, além dos
terceirizados que não foram contabilizados. Todos
eles, atingidos de alguma maneira com o rompimento
que despejou 13 milhões de metros cúbicos de
rejeitos de minério de ferro no Rio Paraopeba.
Foi justamente essa a pauta da assembleia realizada
neste domingo (3), no centro de Brumadinho (MG), que
contou com a presença do Ministério Público do
Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG), entidades
sindicais, organizações da sociedade civil e
centenas de pessoas que tinham a Mina Córrego do
Feijão como local de trabalho.
Durante a reunião, o MPT-MG apresentou seus
objetivos, tirou dúvidas e expôs medidas que estão
sendo tomadas. Na última semana, o órgão conseguiu o
bloqueio de R$ 1,6 bilhão junto à Justiça do
Trabalho, após entrar com ação cautelar na 5ª Vara
do Trabalho de Betim (MG) para garantir o
ressarcimento dos danos morais coletivos dos
trabalhadores decorrentes do rompimento.
Cúpula
Geraldo Emediato de Souza, procurador que coordena do
grupo de trabalho do MPT-MG que cuida do caso,
relatou que a Vale já se reuniu com a Procuradoria
Geral da República (PGR), presidência do Supremo
Tribunal Federal (STF) e encontrará com a
vice-presidência do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) nesta segunda-feira (4). “Enquanto nós estamos
aqui com vocês, a empresa Vale está na cúpula das
instituições pregando que quer reparar o que for
necessário e o mais rápido possível”, afirmou Souza.
Para o procurador, essa é uma tentativa de realizar
um acordo sem a participação dos trabalhadores
atingidos pelo rompimento da barragem. “Não adianta
a Vale falar à imprensa que pretende reparar os
danos, porque essa história nós já conhecemos do
caso de Mariana: demorou três anos para negociar com
as famílias que praticamente foram obrigadas a
aceitarem os valores em razão da lentidão da Justiça
do Trabalho. É preciso que vocês tenham a plena
consciência de que essa ação conjunta com o
Ministério Público do Trabalho em Betim é o caminho
mais rápido para essas reparações”, explicou Souza.
O procurador ainda se comprometeu em se mobilizar
junto com os trabalhadores, caso haja interferência
no processo de reparação. “Se precisar nós vamos
para as ruas juntos. Vamos nos reunir na porta do
Ministério Público do Trabalho para fazer ato de
protesto contra a interferência nessa nossa
negociação direta. O que mais importa é reparar as
centenas de mortos que estavam trabalhando e as
famílias que dependiam desse salário. Nosso objetivo
é que as indenizações sejam justas, rápidas e apenas
consolem, porque não há como reparar as perdas”,
admitiu Souza.
O integrante da coordenador Movimento dos Atingidos
por Barragens (MAB) presente na reunião, Joceli
Andrioli, elogiou o posicionamento do MPT. “Os
acordos de gabinete sem a participação dos atingidos
diretos, entidades sindicais e organizações civis
não dão certo. Em Mariana, três anos depois, está um
caos: reassentamentos não foram construídos e ainda
existem famílias que não foram reconhecidas como
atingidas. Não aceitem acordos de gabinete, exijam o
direito de participação de vocês”, indicou Andrioli.
Incerteza
Um dos trabalhadores presentes na reunião, que
preferiu não se identificar, questionou os
integrantes do MPT sobre a legalidade da
transferência de pessoas para outros locais de
trabalho. “Amanhã temos uma reunião da Vale e parece
que vão fazer uma proposta de deslocamento dos
trabalhadores para outras áreas. Nós estamos
preocupados com essa questão emocional, porque não
estamos preparados para sair de Brumadinho com nossa
família nesse momento”. O trabalhador ainda afirmou
que estava no refeitório no momento do rompimento,
mas conseguiu escapar.
Como encaminhamento, o procurador Geraldo Emediato
de Souza se comprometeu a buscar mais detalhes sobre
o assunto e tomar as medidas cabíveis para impedir
que esses deslocamentos ocorram.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das
Indústrias da Construção Pesada, José Antônio Cruz,
também se mostrou solidário e se colocou à
disposição das pessoas presentes. “Não se intimidem,
não aceitem o assédio da Vale. Nós, os sindicatos,
estamos abertos para construir juntos com vocês esse
processo de reparação”, conclui.
Fonte: Brasil de Fato
05/02/2019 -
Problemas da Previdência são sonegação,
informalidade e trabalho precário
Coordenadora do Dieese rebate matéria do
'Estadão' que, ao apresentar diferença entre
aposentadorias por tempo de contribuição e por
idade, sugere que seja essa a adversidade
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, a coordenadora
de pesquisas do Dieese, Patrícia Pelatieri,
contestou levantamento publicado pelo
Estadão/Broadcast na sexta-feira (1º) em que aponta
como "privilegiados" aposentados por tempo de
contribuição na comparação com trabalhadores que se
aposentam por idade.
Segunda a pesquisa do Estadão, os trabalhadores que
se aposentaram por tempo de contribuição, ou seja,
com 30 anos para mulheres e 35 anos para homens, por
conseguir, em média dois salários mínimos, cerca de
R$ 1.984,75 em 2018. E trabalhadores, em sua maioria
mais pobres e que conseguem se aposentar por idade,
recebem R$ 969,08 trabalhando, em média, seis anos
mais.
No entanto, de acordo com Patrícia, a comparação,
ainda que representativa, por ser feita dentro do
regime geral da Previdência Social, exclui segmentos
como altos cargos dos Poderes Legislativo e
Judiciário e militares, que estão fora do regime
comum e ganham bem mais do que ambas as modalidades
anteriores.
Além de parecer querer, na verdade, inserir como
necessária a imposição de uma idade mínima para
aposentados por contribuição, proposta inclusive no
debate da "reforma" da Previdência.
"É preciso ficar muito atento para não cair na
balela de que o problema da Previdência são
trabalhadores e trabalhadoras que se aposentam por
tempo de contribuição", diz a coordenadora do
Dieese. "O problema da Previdência pública está na
(falta de) receita e nos desvios que são feitos, e
está, mais ainda na flexibilização e precarização do
mercado de trabalho", destaca.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/02/2019 -
INSS não pode cancelar aposentadoria sem assegurar
ao beneficiário o contraditório e a ampla defesa
Por unanimidade, a 2ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1) determinou que o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mantenha
o pagamento do benefício de aposentadoria por tempo
de contribuição ao autor – que havia sido suspenso,
até o resultado final do processo administrativo
instaurado pela Autarquia para investigar a
regularidade na concessão do benefício
previdenciário, respeitando o devido processo legal.
Em seu recurso contra a decisão do Juízo da 15ª Vara
da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), o
INSS sustentou que a defesa administrativa do
segurado foi analisada pela auditoria e
desconsiderada e, com isso, deve ser adequado o
benefício aos termos da decisão administrativa,
conforme art. 11, §3º da Lei 10.666/2003.
Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal
João Luiz de Sousa, explicou que a Administração
Pública pode, a qualquer tempo, rever os seus atos
para cancelar ou suspender benefício previdenciário
que foi concedido irregularmente, desde que o faça
mediante procedimento administrativo que assegure ao
beneficiário o devido processo legal.
Para o magistrado, como não houve prova de
observância do devido processo legal, o INSS não
poderia, ainda que sob a alegação de estar
corrigindo erro administrativo ou fraude, cancelar o
benefício previdenciário do impetrante sem
oportunizar o prévio contraditório e a ampla defesa.
“Dessa forma, correta a decisão do juízo a quo em
julgar procedente o pedido formulado pela parte
autora para determinar ao INSS o restabelecimento do
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição
até o exaurimento do processo na esfera
administrativa”, concluiu o relator. Processo nº:
2007.34.00.036921-1/DF
Fonte: TRF1
04/02/2019 -
Sessão solene marca abertura dos trabalhos
legislativos
Mensagem do presidente Bolsonaro será lida na
cerimônia
Os trabalhos legislativos se iniciam oficialmente
hoje (4), embora os deputados e senadores eleitos em
outubro passado tenham tomado posse na sexta-feira
(1º). Na sessão solene será lida a mensagem
encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro, com as
prioridades do Executivo para 2019. A sessão
conjunta do Congresso está marcada para as 15h, no
plenário da Câmara.
Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo
Barros, a mensagem presidencial vai dar destaque às
propostas de reforma da Previdência Social, de
combate ao crime organizado e à corrupção e de
revisão da lei de segurança de barragens.
A mensagem, que apresenta as metas e perspectivas do
primeiro ano de governo, deve ser levada pelo
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Está
prevista também a presença do vice-presidente
Hamilton Mourão.
Ritual
Depois do Executivo, os presidentes do Supremo
Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apresentam suas
perspectivas para 2019. A sessão é encerrada com o
pronunciamento do presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), que é também o presidente do
Congresso.
A cerimônia, que marca a abertura da primeira sessão
legislativa da 56ª Legislatura, começa após um rito
formal: o presidente chega ao Congresso conduzido
por batedores, ouve o Hino Nacional, assiste à
execução de salva de 21 tiros de canhão e passa a
tropa em revista. Duas bandas militares vão executar
o Hino Nacional.
Medidas
Os parlamentares começam os trabalhos com 22 medidas
provisórias (MPs) pendentes de votação, segundo
informações da Câmara. Três estão prontas para
votação no plenário da Câmara, 13 tramitam em
comissões mistas e seis aguardam a designação de
deputados e senadores para compor os colegiados.
Das 22 MPs, duas foram editadas por Bolsonaro: a que
reduz de 29 para 22 o número de ministérios (870/19)
e a que altera as regras de concessão de pensão por
morte, auxílio-reclusão e aposentadoria rural pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (871/19).
As demais são do governo anterior e duas perdem a
validade este mês – a que adia para 2020 o aumento
de servidores públicos e a que cria a Agência
Brasileira de Museus, editada após o incêndio que
destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
04/02/2019 -
Maia defende diálogo para aprovar reforma da
Previdência
Eleito para mais dois anos à frente da Câmara,
Rodrigo Maia reafirmou diálogo com todos os partidos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eleito para o
biênio 2019-2020, defendeu o diálogo como estratégia
para aprovar a reforma da Previdência e afirmou que
apenas um texto pactuado com governadores e partidos
políticos terá viabilidade para ser aprovado pela
Câmara. Segundo ele, a Previdência não é um problema
do governo Bolsonaro, mas dos estados e das
prefeituras também e, por essa razão, a construção
do texto deve ser coletiva.
“Precisamos construir as pontes entre os partidos
políticos representados aqui com os governadores
para que a gente possa avançar na pauta econômica”,
afirmou o presidente.
Rodrigo Maia disse que a proposta de reforma a ser
encaminhada pelo Executivo vai seguir o processo
legislativo regimental e reforçou o compromisso de
debater o tema com todas as correntes.
Novo texto
Maia afirmou que, a princípio, é contrário a
possibilidade de se apensar um novo texto à Proposta
de Emenda à Constituição da reforma da Previdência
(PEC 287/16), encaminhada ainda pelo governo Temer,
e que está pronta para ser votada pelo Plenário.
“Vai apensar PEC’s em momentos distintos, em
situações distintas, e me parece uma supressão do
direito parlamentar. Não vou suprimir nada de
tramitação que não tenham uma base regimental muito
forte para fazer”, enfatizou Maia.
Ele também reafirmou o compromisso assumido na
eleição com todos os partidos de garantia do
diálogo. “Vou ter que garantir o debate, o diálogo
com a oposição também”, completou.
Fonte: Agência Câmara
04/02/2019 -
Davi Alcolumbre assume o Senado prometendo fim do
‘segredismo’
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi empossado
como presidente do Senado Federal neste sábado (2) e
prometeu trabalhar pelo fim do voto secreto nas
deliberações da Casa. O novo chefe do Poder
Legislativo garantiu que valorizará a transparência
em todas as práticas do Congresso Nacional.
— No que depender da minha condução, esta será a
derradeira sessão do “segredismo”, do conforto
enganoso do voto secreto. Não devemos temer a
crítica das ruas: devemos ouvi-la com atenção e
acolhê-la com humildade.
Alcolumbre assegurou que promoverá a “democratização
do processo legislativo” no Senado, garantindo que
todos os senadores sejam tratados de forma
igualitária. Ele afirmou que irá dividir a
responsabilidade de comandar a Casa com os demais
colegas e pediu o apoio de todos na função.
— Precisamos reunificar o Senado em torno do que lhe
deve ser mais caro: a República e o interesse
público.
O novo presidente citou as reformas políticas e
econômicas que o Congresso deverá votar nos próximos
meses, classificando-as como assuntos de urgência
para o futuro do país.
— Teremos grandeza e espírito público. Não podemos
nos dar ao luxo de falhar.
Diálogo
Após duas sessões atribuladas para a eleição do novo
presidente, Alcolumbre procurou adotar uma posição
agregadora. Ele cumprimentou nominalmente todos os
demais candidatos na eleição: Esperidião Amin
(PP-SC), Angelo Coronel (PSD-BA), Reguffe (sem
partido-DF), Renan Calheiros (MDB-AL) e Fernando
Collor (Pros-AL).
O novo presidente assegurou que não levará as
discordâncias do processo eleitoral para a sua
gestão à frente do Senado.
— A condição de adversário é passageira, e
permanentes são as instituições. Não conduzirei um
Senado de revanchismo. Meus adversários terão de
minha parte disposição para o diálogo, cooperação e
deferência.
Alcolumbre também agradeceu aos senadores que
retiraram seus nomes da disputa para apoiá-lo:
Alvaro Dias (Pode-PR), Major Olimpio (PSL-SP) e
Simone Tebet (MDB-MS). Ele também agradeceu a Tasso
Jereissati (PSDB-CE), que desistiu de se candidatar.
Fonte: Agência Senado
04/02/2019 -
Antônio Queiroz: Quem é e o que esperar do novo
Congresso
O desafio do Congresso é enorme. Em 1º lugar
porque a maioria dos mais experientes e influentes,
algo como 70 dos 150 parlamentares, estará fora da
próxima legislatura. Em 2º lugar porque a maioria
dos novos parlamentares tem origem em religiões
evangélicas, são policiais linha dura, são
celebridades ou parentes de políticos tendo sido
eleitos menos por seus méritos e mais por terem
utilizado bem as redes sociais, se apresentando
contra tudo que está aí. Em 3º, poucos desses novos
têm real noção do que são, o que fazem e como
funcionam as instituições do Estado.
Antônio Augusto de Queiroz*
Eleito num pleito que teve como principal
característica a negação do Sistema Político e suas
práticas, confirmada pela rejeição dos chamados
políticos tradicionais, incluindo bons e ruins, o
novo Congresso Nacional que resultou das urnas é um
misto de renovação e continuidade. Renovado em 52%
na Câmara e em 85% em relação às 54 vagas em disputa
no Senado, é a composição de maior diversidade do
Parlamento brasileiro. Conta com a presença de uma
deputada indígena e com o aumento do número de
mulheres, de negros, de LGBT, de jovens, de
parlamentares conectados às redes sociais, além do
maior número de deputados e senadores em primeiro
mandato e de maior escolaridade.
Apesar da maior diversidade, é a composição mais
conservadora dos últimos 30 anos. O novo Congresso,
com a presença de mais de 30 partidos, pode ser
classificado como:
1) liberal, do ponto de vista econômico;
2) fiscalista, do ponto de vista da gestão;
3) conservador, do ponto de vista dos valores;
4) mais à direita, do ponto de vista político;
5) mais refratários à proteção do meio ambiente; e
6) mais atrasado em relação a direitos humanos.
Ideologicamente, no período pós-redemocratização, é
o Congresso mais à direita do espectro político.
Pelo menos 56% de sua composição pode ser
classificada como de direita e de centro-direita
(338 deputados e 35 senadores), 25% de
centro-esquerda e esquerda (134 deputados e 17
senadores) e 105 de centro (76 deputados e 29
senadores).
O perfil socioeconômico também confirma a
configuração liberal, do ponto de vista econômico, e
conservador, do ponto de vista social. No caso da
Câmara, 2/3 são profissionais liberais (200) e
empresários (150), e os demais (160) são
assalariados e ocupantes de profissões diversas. No
Senado, são 40 empresários, quase metade, 25
profissionais liberais e 16 ocupam outras atividades
assalariadas.
Pela composição e perfil do novo Congresso, a
tendência é que a Câmara dos Deputados, onde se
inicia a tramitação de propostas do Executivo, tenha
a seguinte conformação em relação ao governo:
1) apoio consistente de 256 deputados (PSL, PP, PR,
DEM, PSD, PTB, PRB, Pode, PSC, PHS, PRP e DC);
2) apoio condicionado de 117 deputados (MDB, PSDB, SD,
PPS, Novo, Pros, Avante, Patri, PMN e PTC); e
3) oposição de 140 (PT, PSB, PDT, PCdoB, PSol, Rede,
PV e PPL).
Com tamanha diversidade, combinada com a
inexperiência de pelo menos 1/3 das duas Casas, o
novo Congresso pode “bater cabeça” nos primeiros
meses da 56ª Legislatura, até entrar em seu ritmo
normal, e as contradições ideológicas no interior da
base do governo podem dificultar o consenso em torno
de determinadas pautas, especialmente daquelas mais
polêmicas e que envolvam mudanças culturais, como a
agenda conservadora de algumas bancadas e do próprio
partido do presidente da República.
O desafio do Congresso é enorme. Em 1º lugar porque
a maioria dos mais experientes e influentes, algo
como 70 dos 150 parlamentares, estará fora da
próxima legislatura. Em 2º lugar porque a maioria
dos novos parlamentares tem origem em religiões
evangélicas, são policiais linha dura, são
celebridades ou parentes de políticos tendo sido
eleitos menos por seus méritos e mais por terem
utilizado bem as redes sociais, se apresentando
contra tudo que está aí. Em 3º, poucos desses novos
têm real noção do que são, o que fazem e como
funcionam as instituições do Estado.
Entretanto, poucos governos encontraram um ambiente
político tão favorável às mudanças estruturais, com
a população consciente — ou doutrinada — sobre a
necessidade de reformas liberais e fiscais. A
intervenção na economia e o gasto perdulário, que
inclusive levaram ao afastamento da ex-presidente
Dilma, assim como a corrupção e a excessiva
burocracia, são rechaçados pela sociedade e pelo
mercado, tendo ampla ressonância no Parlamento.
A tendência, a julgar pelas condições favoráveis,
que o Congresso se debruce sobre uma robusta agenda
de reformas do governo, tanto nos campos liberal e
fiscal, como a autorização para a venda de ativos
(desestatização) e o corte de gasto público, quanto
na área moralizadora, como a reforma do sistema
político e suas práticas. A provação dessa agenda
dependerá basicamente de duas variáveis:
1) da capacidade de coordenação política do governo; e
2) da calibragem em relação ao conteúdo das reformas.
O desempenho do novo Congresso, portanto, dependerá
— e em grande medida — não apenas da pauta do Poder
Executivo, cujo conteúdo coincide com o pensamento
da maioria dos parlamentares, como também da
capacidade de articulação e coordenação política do
governo.
(*) Jornalista, analista político, diretor de
Documentação licenciado do Diap e sócio-diretor da
Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e
Governamentais. Texto publicado na página de opinião
do Correio Braziliense, edição de 1º/02/19.
Fonte: Diap
04/02/2019 -
Produção industrial tem alta de 1,1%, diz IBGE
A produção industrial brasileira fechou 2018 com um
crescimento de 1,1%.
O dado é da Pesquisa Industrial Mensal - Produção
Física (PIM-PF), divulgada sexta-feira (1º), no Rio
de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística.
Em dezembro, a produção industrial cresceu 0,2% na
comparação com novembro. Na média móvel trimestral,
também houve alta de 0,2%. Já na comparação com
dezembro de 2017, houve uma queda de 3,6%.
Setores
Entre as quatro grandes categorias econômicas, apenas
os bens semi e não duráveis encerraram o ano em
queda (-0,3%). Os bens de consumo duráveis tiveram
alta de 7,6% e os bens de capital, isto é, as
máquinas e equipamentos, cresceram 7,4%.
Já os bens intermediários, ou seja, os insumos
industrializados usados no setor produtivo tiveram
crescimento de 0,4%.
A alta do ano foi sustentada por 13 dos 26 ramos
industriais pesquisados, com destaque para veículos
automotores, reboques e carrocerias (12,6%),
metalurgia (4%), celulose, papel e produtos de papel
(4,9%), indústrias extrativas (1,3%) e máquinas e
equipamentos (3,4%).
Das 13 atividades em queda, os destaques ficaram com
produtos alimentícios (-5,1%), confecção de artigos
do vestuário e acessórios (-3,3%) e couro, artigos
para viagem e calçados (-2,3%).
Fonte: Agência Brasil
04/02/2019 -
Onyx diz que texto da reforma da Previdência já está
pronto
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
disse nessa sexta (1º) que o texto da reforma da
Previdência já está pronto. "O presidente só vai
escolher", disse, ao se referir às diversas
propostas em estudo pelo governo. "O presidente Jair
Bolsonaro tem uma série de alternativas que vem
estudando. Nós já combinamos, na próxima semana
vamos dar continuidade. Quem vai ter a última
palavra é o presidente".
"A equipe do professor Paulo Guedes [ministro da
Economia] continua com muito cuidado, com muito zelo
e com muito talento construindo uma proposta que vai
consertar a Previdência que está aí. Vai preparar um
novo caminho para os nossos filhos e os nossos
netos. Tanto é que a gente tem falado de maneira
reiterada, e vamos trazer isso na mensagem [a ser
encaminha ao Congresso], a gente fala na nova
Previdência, que vai garantir o presente e o futuro
do Brasil."
Fonte: Agência Brasil
04/02/2019 -
Com corte de 21 mil cargos, governo quer economizar
R$ 209 mi por ano
Decreto está previsto para sair ainda este mês
O governo pretende economizar R$ 209 milhões por ano
com o corte de 21 mil cargos comissionados. Segundo
a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital do Ministério da Economia, o decreto
com a reestruturação de funções e gratificações
técnicas em toda a Esplanada dos Ministérios será
editado ainda este mês.
De acordo com a pasta, a iniciativa contribuirá para
simplificar a gestão e enxugar a diversidade de
cargos e comissões. O Ministério da Economia não
detalhou a distribuição dos cortes por órgãos nem
por tipos de cargos, mas informou que pretende
extinguir algumas gratificações de legislação muito
antiga, algumas que não estão sendo ocupadas e
outras de baixo valor individual, que não
representam função de chefia.
A mudança não necessariamente significará que 21 mil
pessoas serão demitidas. Isso porque a maior parte
dos cargos em comissão é ocupada por servidores
concursados escolhidos para chefias ou funções de
confiança. Segundo o Ministério da Economia, o
decreto pretende adequar a estrutura às necessidades
da administração pública e evitar, no futuro, a
ampliação dos gastos com a ocupação dos cargos que
ficaram vagos e as gratificações que deixaram de ser
pagas.
Estatísticas
Segundo o Painel Estatístico de Pessoal do Ministério
da Economia, o governo anterior terminou com 99.833
cargos comissionados, funções e gratificações
técnicas. Desse total, o Poder Executivo Federal
detinha 33.852 (33,9%); e as fundações federais,
14.629 (14,7%). As autarquias federais concentravam
a maior parte: 50.804 (50,9%). A Secretaria Especial
de Desburocratização não informou se o corte dos
cargos, funções e gratificações ocorrerá apenas no
Executivo Federal ou se também abrangerá as
fundações e autarquias.
As informações de janeiro ainda não estão
compiladas. Até agora, apenas o Ministério da
Economia detalhou os cortes provocados pela fusão de
quatro pastas das gestões anteriores – Fazenda;
Planejamento; Indústria, Comércio Exterior e
Serviços; e parte do Trabalho. A nova estrutura
enxugou 2.987 cargos – 243 de Direção e
Assessoramento Superior (DAS), 389 Funções
Comissionadas do Poder Executivo (FCPE), restrita a
servidores concursados, e 2.355 funções
gratificadas.
Fusões
O maior potencial de redução de cargos comissionados
está nos ministérios nascidos da união de pastas
antigas. Além da Economia, classificada como
superministério, a nova estrutura da Esplanada dos
Ministérios têm três pastas resultantes de fusões.
O Ministério da Justiça incorporou a pasta de
Segurança Pública e a secretaria do Ministério do
Trabalho que cuidava dos registros sindicais. O
Ministério da Cidadania reuniu as antigas pastas de
Desenvolvimento Social, Cultura e Esporte. O
Ministério do Desenvolvimento Regional nasceu da
junção dos antigos ministérios das Cidades e da
Integração Nacional.
Fonte: Agência Brasil
04/02/2019 -
Robôs ameaçam 30 milhões de empregos no País; veja
profissões em risco
A 4ª Revolução Industrial, também conhecida como
Indústria 4.0, deve abalar o mercado de trabalho no
Brasil. Graças à crescente utilização de robôs e da
inteligência artificial nos mais diversos serviços,
cerca de 30 milhões de empregos formais devem ser
eliminados até 2026. É o que aponta um estudo
inédito do Laboratório de Aprendizado de Máquina em
Finanças e Organizações da Universidade de Brasília
(UnB).
Conforme a pesquisa, num prazo de sete anos, 54% dos
empregos formais do País poderão ser ocupados por
robôs e programas de computador. O percentual
representa nada menos que 30 milhões de vagas com
carteira assinada, se forem levados em conta os
dados atuais da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais) do Ministério do Trabalho. O estudo,
desenvolvido ao longo de 2018, avaliou um total de
2.602 profissões.
Diversos segmentos serão impactos com a presença
cada vez maior de máquinas movidas por tecnologia de
inteligência artificial, que substituirão o trabalho
humano. O futuro próximo terá o pequeno aparelho que
limpa o chão de casa e reconhece objetos e paredes,
atendentes virtuais e até o garçom em forma de
tablet para o jantar a dois. Até serviços
recentemente modernizados – como o check-in no
aeroporto, a telefonista automática e o self-service
no restaurante – tendem a incorporar mais invocações
tecnológicas.
O estudo da UnB lista as dez profissões mais
ameaçadas – aquelas que inevitavelmente serão
substituídas por robôs e, por isso, tendem a ser
extintas já na próxima década: taquígrafo, torrador
de café, cobrador de transportes coletivos (exceto
trem), recepcionista de hotel, cumim (auxiliar de
garçom), salgador de alimentos, serrador de madeira,
mestre de galvanoplastia, leiloeiro e gerente de
almoxarifado.
Na outra ponta, há dez profissões com pouco ou
nenhum risco de serem substituídas por robôs:
engenheiro de telecomunicações, psicanalista,
engenheiros de sistemas operacionais em computação,
conservador-restaurador de bens culturais, analista
de suporte computacional, técnico de enfermagem,
estatístico, agente de ação social, oftalmologista e
artesão com material reciclável.
“Robocalipse”?
Segundo um dos professores responsáveis pelo
levantamento, Pedro Henrique Melo Albuquerque, os
brasileiros estão entrando em nova fase do avanço da
tecnologia sobre os postos de trabalho. Primeiro,
máquinas substituíram atividades mais simples, como
funções em linhas de montagem de fábricas. Agora,
com o avanço da robótica e da inteligência
artificial, há uma ameaça cada vez maior a
profissões que requerem habilidades complexas.
Esse cenário gerou duas correntes de pensamentos
sobre o futuro das profissões. Uma pessimista,
chamada popularmente de “robocalipse”, defende que a
automação causará uma avalanche de desemprego. A
segunda, otimista, diz que o desenvolvimento da
inteligência artificial vai impor adaptação dos
empregados, mas criará demanda para empregos em
tarefas que não podem ser realizadas por robôs e
profissionais mais criativos.
Habilidades como originalidade e inteligência social
são características difíceis de se automatizar,
segundo o estudo. Por isso, quanto maior a
subjetividade e a complexidade da tarefa, menor a
chance de um computador roubar a cena. “Algumas
profissões vão desaparecer, como aquelas que
desenvolvem atividades rotineiras e que podem ser
automatizadas, como ascensorista. Outras se
adaptarão”, prevê o pesquisador Albuquerque.
Países em desenvolvimento esbarrão em empecilhos na
busca do pleno avanço da automação. Para o
professor, essas nações raramente coletam e
disponibilizam dados de “qualidade” – componentes
essenciais para alimentar as máquinas e, assim,
ensiná-las suas funções. Sem contar o aspecto
ético-social. “Será que todo mundo ficaria
confortável, por exemplo, andando em um carro sem o
motorista? Em caso de um acidente, quem seria
responsabilizado?”
Da Redação, com informações do G1 DF
Fonte: Portal Vermelho
01/02/2019 -
Registro Sindical já tem coordenador-geral no
Ministério da Justiça e Segurança
Foi nomeado, nesta quarta-feira (30), e publicado no
Diário Oficial da União (DOU) o coordenador-geral de
Registro Sindical. Trata-se da nomeação para o cargo
de Alexandre Rabelo Patury, no âmbito do Ministério
da Justiça e Segurança Pública.
O novo coordenador é delegado de Polícia Federal e
já exerceu outros cargos no Ministério da Justiça,
como por exemplo, coordenador-geral de Polícia de
Imigração da Diretoria Executiva.
Cumpre ressaltar que, de acordo com a MP 870/19,
foram transferidas ao Ministério da Justiça e
Segurança Pública as seguintes atribuições que antes
pertenciam ao Ministério do Trabalho:
Coordenação-Geral de Imigração, Coordenação-Geral de
Registro Sindical e o Conselho Nacional de
Imigração.
Fonte: Diap
01/02/2019 -
Desemprego para de subir em 2018, mas informalidade
e desalento disparam
Estimativa é de 12,8 milhões de desempregados, 3%
a menos do que em 2017 e 90% a mais ante 2014. Total
de desalentados triplicou nesse período. Trabalho
com carteira cai e sem carteira/autônomo cresce
A taxa média de desemprego no país parou de subir em
2018, passando para 12,3%, ante 12,7% no ano
anterior, mas a informalidade no mercado de trabalho
está em seu nível mais alto e o desalento aumentou,
segundo o IBGE, que nesta quinta-feira (31) divulgou
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua. Um ano depois da "reforma" trabalhista, o
número de desempregados é estimado em 12,836
milhões, 3% a menos do que em 2017, mas 90,3% a mais
em comparação com 2014, menor nível da série
histórica: 6,743 milhões.
A pesquisa mostra que o número de empregados com
carteira assinada, 32,929 milhões, é o menor da
série. Em 2014, por exemplo, eram 36,610 milhões de
trabalhadores formais. A queda nesse período é de
10,4%. E o total de empregados sem carteira aumentou
para o maior nível, 11,189 milhões, assim como o de
trabalhadores por conta própria, com 23,340 milhões
– como lembra o IBGE, "pouco mais de um quarto da
população ocupada no país".
Também bateu recorde o número de empregados
domésticos: 6,242 milhões. Desse total, menos de um
terço (29,2%) tinha carteira assinada, de novo no
menor nível da série histórica da pesquisa, iniciada
em 2012.
O total de ocupados no Brasil foi estimado em 91,861
milhões, expansão de 1,3% no ano, ou aproximadamente
1,2 milhão a mais do que em 2017. Mas, enquanto o
emprego com carteira recuou 1,2%, o trabalho sem
carteira e por conta própria cresceu 4,5% e 2,9%,
respectivamente.
Outro recorde foi o de pessoas desalentadas –
aquelas que desistiram de procurar trabalho. Foram
4,736 milhões no ano passado. Eram 1,532 milhão em
2014, segundo o IBGE. Assim, em quatro anos o número
triplicou.
Mais um dado negativo está no contingente das
chamadas pessoas subutilizadas na força de trabalho
(as que poderiam estar trabalhando mais horas por
semana, por exemplo): 27,401 milhões, crescimento de
3,4% em relação a 2017 e de 45,7% em quatro anos. A
taxa de subutilização também foi a maior, 24,4%,
ante a de 15,1% registrada em 2014.
Entre os setores econômicos, a construção civil foi
o que mais perdeu mão de obra entre 2017 e 2018,
passando de 6,846 milhões para 6,643 milhões
(-2,4%). Em sete ano, são 797 mil a menos, diz o
IBGE.
Na agropecuária, o número ficou praticamente
estável, com 8,548 milhões. Ante 2012, queda de
17,4% (menos 1,8 milhão).
Com 11,792 milhões de empregados, a indústria fechou
o ano com variação de 0,6%. Mas perdeu 1,4 milhão
desde 2014 e 1,3 milhão em sete anos.
No comércio/reparação de veículos, havia 17,543
milhões de empregados. "Este é um dos poucos grupos
que têm mantido certa estabilidade no número de
trabalhadores, principalmente em função da maior
adequação à informalidade", analisa o instituto.
No segmento que inclui transporte, armazenagem e
correio, o total cresceu para 4,652 milhões. "Este
grupo tem apresentado altas em seu contingente nos
últimos anos que podem estar associadas ao
crescimento do número de 'motoristas de aplicativo',
avalia o IBGE.
Estimado em R$ 2.243, o rendimento médio ficou
estável na comparação com 2017 e com 2014. Cresceu
5,1% em relação a 2012. A massa de rendimentos foi
calculada em R$ 200,954 bilhões, também estável ante
2014 e 2017 e com alta de 9% sobre 2012, de acordo
com a pesquisa.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/02/2019 -
Justiça do Trabalho bloqueia mais R$ 800 milhões da
Vale
A Justiça do Trabalho autorizou um novo bloqueio de
R$ 800 milhões da mineradora Vale, responsável pela
barragem que se rompeu em Brumadinho. Na última
segunda-feira (28), já haviam sido bloqueados R$ 800
milhões, valor correspondente a 50% do total pedido
pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais
(MPT-MG).
“Mais R$ 800 milhões foram bloqueados nas contas da
Vale S.A, para assegurar pagamentos e indenizações
trabalhistas. Com isso, o Ministério Público do
Trabalho em Minas Gerais conseguiu assegurar um
total de R$ 1,6 bilhão, que darão efetividade a
resultados de ações e acordos extrajudiciais”,
informou o MPT-MG, por meio de nota.
De acordo com o órgão, também foram impostas à
mineradora obrigações como arcar com custos de
sepultamento e a manutenção de pagamentos de
salários a trabalhadores vivos e familiares de
mortos e desaparecidos, além da entrega de
documentos considerados fundamentais para a
instrução do inquérito e apuração das condições de
segurança na mina.
“O Ministério Público do Trabalho apresentou pedido
de reconsideração da decisão para a acolhida
integral do bloqueio e a rápida liberação de seguro
de vida, o que foi deferido pela Justiça do
Trabalho, na tarde desta quarta-feira (30).”
Fonte: Portal EBC
01/02/2019 -
Confiança empresarial atinge maior nível desde
janeiro de 2014
O Índice de Confiança Empresarial, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,9 ponto de
dezembro de 2018 para janeiro deste ano e chegou a
98 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Com
essa, que foi a quarta alta consecutiva do
indicador, o índice atingiu o maior nível desde
janeiro de 2014 (98,5 pontos).
A alta foi puxada pelo Índice de Expectativas, que
mede a confiança dos empresários nos próximos meses
e que avançou pela sétima vez consecutiva, em 1,7
ponto, para 104,5 pontos, o maior nível desde
dezembro de 2012 (104,9 pontos).
O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos
empresários no momento presente, no entanto, caiu
0,1 ponto, para 90,9 pontos, após dois meses em
alta.
Em janeiro, houve alta de 65% da confiança dos 49
segmentos que integram o índice. No mês passado, a
disseminação de alta havia alcançado 61% dos
segmentos.
De acordo com a FGV, foram percebidas altas na
confiança dos empresários da indústria (2,6 pontos)
e de serviços (3,6 pontos). O setor da construção
civil manteve o mesmo nível de confiança de
dezembro. Já a confiança do comércio caiu 0,2 ponto.
Para o pesquisador da FGV Aloísio Campelo Jr., parte
do otimismo empresarial está relacionada à
perspectiva de mudanças na política econômica e na
reforma da Previdência.
Fonte: Agência Brasil
01/02/2019 -
Para trabalhadores, balanço dos 30 dias do governo
Bolsonaro 'é muito negativo'
Na perspectiva popular, ações deste primeiro mês
cumprem caminho de favorecimento do mercado e
prejudicam interesses gerais,
segundo analista
Em balanço sobre os 30 dias do governo de Jair
Bolsonaro (PSL), o analista político Antônio Augusto
de Queiroz, o Toninho, do Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar (Diap), avalia que sob a
perspectiva popular as medidas, decretos e propostas
da nova gestão indicam um caminho "muito negativo"
para os trabalhadores de modo geral. "As medidas,
todas elas, (são) no sentido de favorecer o mercado
de um lado e prejudicar o trabalhador do outro, ou
seja, governar para o capital", afirma Toninho, em
entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio
Brasil Atual.
Já em seu primeiro mês, Bolsonaro e sua equipe vêm
confirmando a que vieram no sentido de retirada de
direitos da população, segundo avalia o diretor do
Diap. A extinção do Ministério do Trabalho, medidas
provisórias como a MP 871, que trata do
endurecimento no acesso à aposentadoria, a liberação
da posse de armas por decreto e a retórica pela
flexibilização das leis e do licenciamento ambiental
mesmo à luz da tragédia provocada pelo crime
ambiental da Vale em Minas Gerais são alguns dos
exemplos citados por Toninho para confirmar o viés
mercadológico do novo governo.
"É um governo que funcionará na base do improviso e
a sociedade terá que cobrar mais 'profissionalismo'
para o tratamento de questões relacionadas à saúde,
educação e segurança no país", alerta o analista
político.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/02/2019 -
PT, PSB, PSOL e REDE anunciam bloco de oposição
contra retrocessos de Bolsonaro
Os partido de oposição ao governo de Jair Bolsonaro
confirmaram a criação de um bloco formado pelo PT,
PSOL, PSB e Rede no Congresso Nacional.
Segundo o líder da bancada do PT, Paulo Pimenta
(RS), a formação do bloco tem por base um
"compromisso programático, de independência do Poder
Legislativo, de distância do governo Bolsonaro, de
defesa da democracia, da soberania, e em defesa dos
trabalhadores e trabalhadoras".
Ele reforça que os diálogos estão abertos com o
PCdoB e o PDT. "Queremos ainda hoje [31] poder
anunciar um bloco ainda mais amplo. Vamos aguardar
as definições do PCdoB, do PDT, e esperamos até o
final da noite, quem sabe, anunciar ao País um bloco
ainda mais representativo, que mostre a força da
oposição dentro da Casa".
Pelas redes sociais o Psol comemorou. "Confirmado:
nós do PSOL vamos formar, junto ao PT, PSB e Rede,
um forte bloco de oposição ao governo Bolsonaro no
Congresso Nacional. Vai ter muita luta!", enfatizou
a legenda.
O deputado federal Marcelo Freixo, candidato à
presidente da Câmara, também se manifestou pelas
redes. "Vamos formar um bloco no parlamento pra
enfrentarmos as ameaças do governo Jair Bolsonaro
contra a democracia. Estamos trabalhando agora pra
que a esquerda esteja unida na disputa pela
presidência da Câmara", afirmou.
De acordo com a Folha de S. Paulo, parlamentares do
bloco argumentam que o partido poderia ocupar os
mesmos espaços compondo com as demais siglas de
esquerda. O grupo hoje com 98 deputados, arrebata
duas suplências, que devem ficar com PT e PSB.
Fonte: Brasil247
01/02/2019 -
Bancos poderão sacar valores do INSS pagos a pessoas
falecidas
Os bancos poderão sacar das contas-correntes de
pessoas falecidas créditos irregulares do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) para restituir os
valores ao governo. O Conselho Monetário Nacional
(CMN) aprovou nesta quinta-feira (31) resolução que
regulamenta a Medida Provisória 871, conhecida como
MP das Fraudes, que permite o acesso às
contas-correntes de beneficiários que morreram.
De acordo com o Ministério da Economia, a resolução
do CMN foi necessária para invalidar dispositivos
anteriores que restringiam a movimentação da conta
ao correntista ou a pessoas autorizadas por ele. Se
não houver valor suficiente a ser sacado na conta do
falecido, o banco comunicará às autoridades sem ser
responsabilizado pela falta de dinheiro.
Editada no último dia 18, a MP 871 deverá gerar
economia de R$ 9,8 bilhões por ano, segundo a Casa
Civil. A própria MP determinava que os pagamentos
feitos a segurados falecidos deveriam ser devolvidos
ao governo. Segundo o Ministério da Economia, a
regulamentação dará segurança jurídica para que os
próprios bancos retirem os recursos da
conta-corrente e remeta-os ao INSS.
Fonte: Portal EBC
01/02/2019 -
Brasil se aproxima do desemprego estrutural
O recuo lento e desorganizado da população de
desempregados somado a um universo amplo de pessoas
em ocupações precárias despertam temores entre
especialistas de que, para muitos trabalhadores, o
desemprego deixe de ser uma condição temporária e
passe a ser um problema crônico. O desemprego de
longa duração, que considera as pessoas desocupadas
há mais de um ano, estava, no fim de setembro de
2018, em 4,8% da força de trabalho. Para analistas,
esse dado corrobora a tese de que estamos caminhando
rumo ao temido 'desemprego estrutural'.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"no total, o país encerrou o ano com 27 milhões de
pessoas entre desocupados, aqueles que trabalham
menos horas do que gostariam ou que estavam
disponíveis para trabalhar, além de 4,7 milhões de
desalentados (que desistiram de procurar trabalho)
—ambos no maior nível da série. O quadro todo
preocupa, dizem analistas, ao afetar a
empregabilidade e a reintegração no mercado de
trabalho."
"Além da preocupação quanto ao bem-estar dos
indivíduos em condição tão precária, existe ainda o
receio de que parte dessa alta do desemprego
decorrente do ciclo recessivo recente se traduza
também em elevação do desemprego estrutural, com
efeito sobre o crescimento da economia, diz Rafael
Bacciotti, analista da IFI (Instituição Fiscal
Independente), do Senado."
Fonte: Brasil247
01/02/2019 -
Brasil ganhou 8,1 mil novos varejistas em 2018
O comércio varejista fechou 2018 com 8,1 mil novas
lojas. Segundo a Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse é o saldo
entre o número de estabelecimentos que fecharam e
que abriram as portas.
O resultado positivo vem depois de três anos com
saldo negativo (mais empresas fechando as portas do
que abrindo). Entre 2015 e 2017, o setor perdeu 223
mil estabelecimentos.
Em 2018, o segmento com melhor desempenho na
abertura de lojas foi o de hiper e supermercados,
que ganhou 4.510 novos estabelecimentos, seguido
pelo de utilidades domésticas e eletroeletrônicos
(1.747) e pelas drogarias, farmácias e lojas de
cosméticos (1.439).
Os únicos segmentos com saldo negativo foram móveis
e eletrodomésticos (-176) e material de construção
(-926).
Regionalmente, em 15 das 27 unidades da Federação
foram registradas mais aberturas do que fechamentos,
destacando-se de forma positiva os estados de São
Paulo (3.883), Santa Catarina (1.706) e Minas Gerais
(940).
Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes,
contribuíram para o saldo positivo a inflação abaixo
da meta, a redução dos juros ao consumidor, a reação
do mercado de trabalho e a disponibilização de
recursos como os saques nas contas do PIS/Pasep.
Para este ano, são esperadas novas 23,3 mil lojas,
com crescimento de 5,8% nas vendas do setor.
Fonte: Agência Brasil
01/02/2019 -
Nova regra: aposentados com mais de 60 anos terão de
agendar prova de vida
A Medida Provisória (MP) 871, publicada em 18 de
janeiro com a intenção de reduzir fraudes contra o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), trouxe
mudanças na prova de vida dos segurados. Essa
comprovação é um procedimento obrigatório para
evitar pagamentos indevidos.
De acordo com o texto, assinado pelo presidente Jair
Bolsonaro, aposentados e pensionistas acima dos 60
anos terão que fazer um agendamento prévio antes da
atualização cadastral. Pelas regras atuais, o
beneficiário é avisado pelo banco em que recebe os
valores para ir à agência, sem hora marcada, e fazer
o recadastramento.
Além disso, a MP abre a possibilidade da prova de
vida ser feita na residência dos segurados acima de
80 anos. O texto especifica que "o INSS disporá de
meios que garantam a identificação e o processo de
fé de vida para pessoas com dificuldades de
locomoção e idosos acima de oitenta anos que recebam
benefícios".
A MP tem validade de 60 dias, prorrogáveis por mais
60, mas já tem força de lei. Entretanto, precisa ser
aprovada pelo Congresso para não perder a validade.
As alterações ainda têm de ser regulamentadas pelo
INSS, por isso nada muda para os aposentados por
enquanto. O instituto informa que as questões “ainda
estão em análise pelo presidente em conjunto com
área técnica e, tão logo seja assinado, o ato será
publicado no Diário Oficial da União”.
Há, ainda, duas mudanças da MP 871 que não entram em
vigor imediatamente. O requerimento da pensão por
morte por menores de 16 anos, que passou a ter prazo
de 180 dias, valerá após 120 dias, a contar da data
da publicação. Já a autorização do requerente do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) para que o
INSS tenha acesso aos seus dados bancários entrará
em vigor em 90 dias, também a contar de 18 de
janeiro.
Fonte: Jusbrasil
01/02/2019 -
Mineradora terá de pagar indenização por discriminar
terceirizados
Dar um treinamento de segurança diferente para
efetivos e terceirizados é discriminação e gera
indenização. Com este entendimento, a Vara do
Trabalho de Guanambi condenou a mineradora
Indústrias Nucleares do Brasil S.A (INB), em Caetité,
a pagar indenização de R$ 100 mil por danos morais
coletivos por tratar diferenciadamente seus
funcionários efetivos e os terceirizados, no
treinamento e nos cuidados com a segurança.
Há registros de terceirizados atuando sem
equipamento de proteção, inclusive numa das áreas da
mineração que chegou a ser interditada por risco de
contaminação radioativa em 2011.
Trata-se de uma Ação Civil Pública movida pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT), a partir de
uma denúncia feita pelo Sindicato dos Mineradores de
Brumado e Microrregião.A indenização deverá ser
revertida em favor de instituição local de utilidade
pública, ainda a ser escolhida.
“A empresa deixou de elaborar o PCMSO [Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional] em 2009, de
realizar as avaliações de sílica livre cristalizada,
apesar do alto índice de concentração, sendo certo,
ainda, que os treinamentos dispensados aos
trabalhadores terceirizados eram diferenciados,
menos detalhados do que aqueles repassados aos
empregados efetivos da empresa. Dessa forma, resta
patente que a empresa não cuidava da saúde nem do
ambiente em que laboravam seus empregados e, mais
ainda, os terceirizados”, registrou em sua decisão a
juíza Karina Carvalho, titular da Justiça do
Trabalho em Guanambi.
Ainda segundo ela, essa discriminação produziu “além
de danos patrimoniais de natureza individual, dano
moral em toda a coletividade”. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRT-5. Processo
00016201620145050641
Fonte: Consultor Jurídico
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