Blog - Notícias Anteriores - Fevereiro 2022
25/02/2022 -
Brasil fechou 2021 com mais pessoas na informalidade
e queda recorde na renda
25/02/2022 -
Governo extingue contribuição previdenciária sobre
tíquete-alimentação
25/02/2022 -
Lula segue na liderança e Bolsonaro cresce na margem
de erro, diz pesquisa
25/02/2022 -
Saque do FGTS deve ser liberado
25/02/2022 -
61% acham que Bolsonaro não merece ser reeleito, diz
pesquisa Exame/Ideia
25/02/2022 -
Projeto determina que empregador assegure ambiente
de trabalho que proteja trabalhador com deficiência
24/02/2022 -
Maioria dos reajustes salariais ainda perde da
inflação em janeiro, diz Dieese
24/02/2022 -
Novo emprego logo após dispensa não impede aviso
prévio, diz TST
24/02/2022 -
Lula: Controle da inflação deve ser prioridade para
dar renda ao trabalhador
24/02/2022 -
TCU pede que Ministério Público decida sobre
bloqueio dos bens de Moro
24/02/2022 -
Confederações dos empresários criticam cotas
previstas no Estatuto do Aprendiz
24/02/2022 -
Quase 2 milhões de trabalhadores podem ser incluídos
no PIS/Pasep
23/02/2022 -
TST decide que
sentenças sobre terceirização valem igualmente para
contratante e prestador de serviços
23/02/2022 -
Lula defende
mudanças na reforma trabalhista
23/02/2022 -
Governo avalia
reduzir imposto para estimular indústria, diz
ministro
23/02/2022 -
Onde o sonho da
semana de 4 dias de trabalho já é realidade
23/02/2022 -
Projeto
determina vantagens iguais a todos os empregados em
planos de demissão voluntária
23/02/2022 -
Ipea: projeção
de inflação é revista de 4,9% para 5,6% em 2022
22/02/2022 -
Pesquisa CNT/MDA: Lula lidera com 42,2%. Bolsonaro
tem 28%, Ciro 6,7% e Moro 6,4
22/02/2022 -
Toda solidariedade à greve dos rodoviários do
Maranhão
22/02/2022 -
Política de Valorização do Salário Mínimo na União
Europeia, Espanha e Brasil
22/02/2022 -
Economia: 60% acham governo Bolsonaro pior que os
anteriores
22/02/2022 -
Proposta autoriza parcelamento de participação dos
trabalhadores nos lucros da empresa
22/02/2022 -
Comissão especial discute o papel das empresas na
aprendizagem profissional nesta terça
21/02/2022 -
Sindicatos pedem
nulidade de portaria que reduziu afastamento por
Covid-19
21/02/2022 -
OPINIÃO - Do
pesar à comemoração
21/02/2022 -
Será um ano de escolher projetos, diz consultor
21/02/2022 -
Lula está "pé no
chão" com Bolsonaro e diz que eleição difícil o
aguarda
21/02/2022 -
Novo presidente da Fiesp critica governo Bolsonaro
21/02/2022 -
Participação de
trabalhador em gestão de grande empresa está na
pauta da CAS
21/02/2022 -
Comissão especial discute o papel das empresas na
aprendizagem profissional nesta terça
21/02/2022 -
Portaria desobriga empregador de cadastrar PPP no
eSocial em 2022
18/02/2022 -
Novo presidente do TST saúda Temer e quer avaliar
reforma trabalhista ‘sem ideologia’
18/02/2022 -
Projeto determina entrega de ficha de adesão a
sindicato na contratação do empregado
18/02/2022 -
Projeto que prevê volta de grávidas ao trabalho após
vacina é aprovado na Câmara
18/02/2022 -
Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo por 56% do
eleitorado, diz PoderData
18/02/2022 -
Aprovados novos valores do salário mínimo regional
de Santa Catarina
17/02/2022 -
PoderData: Lula mantém-se em 40%, Bolsonaro
recupera-se levemente e vantagem no 1º turno cai 5
pontos em um mês
17/02/2022 -
Produção industrial inicia o ano em menor ritmo
17/02/2022 -
Com Lula favorito, Bolsonaro deve partir para ‘tudo
ou nada’, avalia cientista político
17/02/2022 -
Dieese afirma que 85% dos técnicos de enfermagem
ganham abaixo de piso salarial
17/02/2022 -
Lula se posiciona contra privatização da Eletrobras:
"Vendilhões da pátria"
17/02/2022 -
Proposta obriga empresa a informar casos de doença
no local de trabalho quando for necessária
quarentena
16/02/2022 -
Desinformações e notícias falsas sobre reforma
trabalhista
16/02/2022 -
Conclat convidará independentes
16/02/2022 -
Contra insinuação de Bolsonaro, TSE responde
tecnicamente às Forças Armadas
16/02/2022 -
A reforma que algumas pessoas desejam é desmontar o
Estado brasileiro e destruir tudo o que o Brasil fez
desde Getúlio Vargas
16/02/2022 -
Venda da Eletrobrás pode ser suspensa
16/02/2022 -
Brasil precisa de uma frente ampla para voltar a
crescer
16/02/2022 -
TSE formaliza acordo com 8 redes sociais para
combater desinformação
15/02/2022 -
Procurador defende revisão da reforma trabalhista do
ilegítimo Temer
15/02/2022 -
Salário Mínimo na Espanha sobe para 1000 Euros
15/02/2022 -
Auxílio-alimentação não pode ser penhorado por
dívida trabalhista
15/02/2022 -
Projeto regulamenta regime híbrido de trabalho na
CLT
15/02/2022 -
Acordo homologado parcialmente nas instâncias
anteriores é validado na íntegra
15/02/2022 -
Consulta por dinheiro esquecido já pode ser feita
14/02/2022 -
Posicionamento portaria 667 - A agenda de destruição
do governo Bolsonaro
14/02/2022 -
Lula mantém liderança isolada na corrida
presidencial, revela XP/Ipespe
14/02/2022 -
Para Patah, Conclat será forte e afirmativa
14/02/2022 -
Centrais e Fiesp se reúnem por emprego
14/02/2022 -
Audiência discute nesta terça projeto que cria o
Estatuto do Aprendiz
14/02/2022 -
Ipespe: 54% consideram o governo Bolsonaro ruim ou
péssimo
14/02/2022 -
Especialistas defendem aperfeiçoamento de reforma
trabalhista
11/02/2022 -
Arrecadação com contribuição sindical cai 97,5%
desde 2017
11/02/2022 -
Plenário mantém liminar que estabelece prazo para
criação das federações partidárias em 2022
11/02/2022 -
Lula supera Bolsonaro em presença digital e é o
candidato mais popular nas redes
11/02/2022 -
Lira quer
iniciar debates sobre semipresidencialismo na Câmara
11/02/2022 -
TCU antecipa julgamento sobre privatização da
Eletrobras
11/02/2022 -
Bancada feminina defende ratificação de convenção
internacional que combate assédio no trabalho
10/02/2022 -
Pesquisa aponta ampla vantagem de Lula e chance de
vitória no primeiro turno
10/02/2022 -
Para rever reforma trabalhista no ‘pós guerra’
brasileiro, será preciso mudar o perfil do Congresso
10/02/2022 -
Governo Bolsonaro: Inflação explode e é a maior
desde janeiro de 2016
10/02/2022 -
PT pede cassação de Kim Kataguiri por fala sobre
nazismo
10/02/2022 -
Relator prevê mais 1 milhão de vagas para jovens
aprendizes a partir de novo estatuto
09/02/2022 -
Sob governo Bolsonaro, miséria, fome e desemprego
explodem no Brasil
09/02/2022 -
NCST emite parecer jurídico sobre a MP 1099/2022
09/02/2022 -
Adicional de 10% sobre saldo de FGTS é
constitucional, reafirma Supremo
09/02/2022 -
Deputada quer resgatar a política de valorização do
salário mínimo
09/02/2022 -
Projeto dispensa a permanência em casa para
trabalhador em sobreaviso
09/02/2022 -
Fábrica de calçados terá de pagar valores de lanches
não fornecidos a empregado
08/02/2022 -
Vice-presidentes da NCST debatem prioridades para
2022
08/02/2022 -
1 a cada 5 eleitores de Bolsonaro votará em Lula em
2022, diz pesquisa
08/02/2022 -
Centrais Sindicais convocam para abril conferência
nacional da classe trabalhadora
08/02/2022 -
Dieese: salário mínimo ideal de janeiro deveria ser
de R$ 5.997, quase cinco vezes mais que o real
08/02/2022 -
Em 2022, apenas 500 mil brasileiros sairão do
desemprego, maioria para a informalidade
08/02/2022 -
Projeto reduz
multa sobre FGTS nos casos de demissão sem justa
causa
07/02/2022 -
Espanha aprova nova reforma trabalhista com votação
apertada
07/02/2022 -
Prof. Oswaldo presta homenagem à memória de José
Calixto Ramos
07/02/2022 -
Centrais
discutem calendário que inclui Conclat, 1º de Maio e
mobilização para eleições
07/02/2022 -
Bolsonaro impõe
arrocho e trabalho infantil
07/02/2022 -
Aumentar Selic é insanidade, dizem Centrais
07/02/2022 -
TCU encontra subavaliação gigantesca em estudo para
a privatização da Eletrobras
04/02/2022 -
Dia 5/2 vamos à luta por justiça por Moïse
Kabagambe!
04/02/2022 -
Centrais sindicais antecipam Conclat 2022. Confira o
novo calendário!
04/02/2022 -
Governo publica portaria com regras para prova de
vida do INSS
04/02/2022 -
Barroso admite que Dilma foi vítima de um golpe de
estado
04/02/2022 -
Lira diz que desemprego e inflação são os desafios a
serem enfrentados nos próximos anos
04/02/2022 -
Projeto concede incentivos a empresa que contratar
maior de 60 anos
04/02/2022 -
TCU vai investigar gastos de Bolsonaro com cartão
corporativo
04/02/2022 -
Paim propõe audiência pública sobre o assassinato de
refugiado congolês
03/02/2022 -
Centrais repudiam MP 1.099
03/02/2022 -
Pesquisa PoderData: com cenário estável, Lula oscila
ao redor de 40% e Bolsonaro, de 30%
03/02/2022 -
PT estuda reverter reforma da Previdência em
eventual governo Lula
03/02/2022 -
Prova de vida para o INSS deixa de ser exigida
presencialmente
03/02/2022 -
Produção industrial fecha ano ainda em alta, mas
perde fôlego e não recupera perdas
02/02/2022 -
Superar a Exaustão!
02/02/2022 -
Movimentos sociais e sindicatos aprovam chapa Lula e
Alckmin
02/02/2022 -
Diap: bancada da esquerda pode crescer 15% com
federação partidária
02/02/2022 -
Brasileiros que trabalham sem Carteira assinada são
30%
02/02/2022 -
Fux diz que Supremo espera estabilidade e tolerância em
ano eleitoral
02/02/2022 -
MP do governo aumenta precarização
02/02/2022 -
Proposta amplia seguro-desemprego para resgatados do
trabalho escravo
01/02/2022 -
Pauta da CDH terá mudanças na lei trabalhista e
prioridade a mulheres na casa própria
01/02/2022 -
Governo Bolsonaro: Brasil perde mais 265 mil vagas
de emprego com carteira assinada em dezembro
01/02/2022 -
Projeto proíbe empresas de alterar enquadramento
sindical de empregados para vencer licitação
01/02/2022 -
Alta rejeição a Bolsonaro faz com que setores do
Centrão defendam apoio a Lula
01/02/2022 -
MP cria programa para capacitar jovens e pessoas
acima de 50 anos desempregados
01/02/2022 -
Jair Bolsonaro terá derrota dupla esta semana no STF
01/02/2022 -
Médicos do INSS paralisam atividades e
aproximadamente 25 mil perícias ficam comprometidas
25/02/2022 -
Brasil fechou 2021 com mais pessoas na informalidade
e queda recorde na renda
Trabalho sem carteira e por conta própria cresceu
muito mais do que o emprego com carteira
O Brasil fechou o ano de 2021 com mais gente
trabalhando, mas principalmente devido à
informalidade. Com isso, a renda caiu (7%, na média)
para o menor nível histórico, e assim menos R$ 5,6
bilhões circularam na economia. Os dados, da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, foram divulgados na manhã desta
quinta-feira (24) pelo IBGE.
Na média anual, o país teve 13,888 milhões de
desempregados, a maior estimativa da série
histórica, iniciada em 2012. Esse número é 59% maior
do que o registrado em 2015, último ano antes do
impeachment. A taxa média de desemprego foi de
13,8%, em 2020, para 13,2%.
De 2012 a 2021
Já os ocupados somam 91,297 milhões, 5% a mais do que
em 2010 e 0,9% menos do que em 2015. O nível de
ocupação (percentual de ocupados na população em
idade de trabalho) cresceu para 53,2%, mas o
resultado do ano anterior (51,2%) era o menor da
série histórica. O melhor momento foi entre 2013 e
2014 (58,1%).
Os indicadores da Pnad mostram que o emprego no
Brasil avançou pouco entre 2012 e 2021: o número de
ocupados cresceu 1,8% nesse período. Já o de
desempregados subiu 93,6%.
A taxa de subutilização foi a 27,2%, abaixo apenas
de 2020 (28,2%). A população subutilizada, pessoas
que gostariam de trabalhar mais, foi estimada em
31,3 milhões, queda de 1,2% em relação ao ano
anterior. Já os desalentados somaram 5,3 milhões,
pouco menos do que o recorde de 2020 (5,5 milhões).
O percentual de desalentados na força de trabalho
caiu de 5,4% para 4,3%.
Sem carteira e por conta própria
Segundo a Pnad Contínua, o número de empregados com
carteira de trabalho assinada foi de 32,904 milhões,
crescimento de 2,6% na média anual. Mas a média de
empregados sem carteira (11,246 milhões) aumentou
11,1%. Foi o mesmo percentual de expansão dos
trabalhadores por conta própria (24,902 milhões). O
total de trabalhadores no serviço domésticos subiu
6,6%, para 5,2 milhões.
Com esses resultados, a taxa de informalidade voltou
à casa dos 40% (40,1%), ante 38,3% em 2020. Ainda
perde para 2018 (40,4%) e 2019 (40,7%).
Renda despenca
Estimado em R$ 2.587, o rendimento médio caiu 7% (ou
menos R$ 195) no ano. A massa de rendimentos (R$
203,6 bilhões) recuou 2,4% – menos R$ 5,6 bilhões.
Apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa de
desemprego foi de 12,6%, com recuo em relação a
igual período de 2020 (14,2%). Os desempregados no
último trimestre do ano somaram 12 milhões.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/02/2022 -
Governo extingue contribuição previdenciária sobre
tíquete-alimentação
Parecer vinculante da AGU foi aprovado pelo
presidente Bolsonaro
O governo federal decidiu excluir a cobrança da
contribuição à Previdência que ainda incide sobre
valores de auxílio-alimentação recebidos por
trabalhadores na forma de tíquetes, cartões ou
vales-alimentação. Com isso, os valores não entram
na base de cálculo da contribuição previdenciária,
reduzindo encargos trabalhistas dos empregadores. A
decisão consta de parecer vinculante da
Advocacia-Geral da União (AGU) aprovado pelo
presidente Jair Bolsonaro.
Na redes sociais, o presidente comentou a medida.
"Aprovei hoje o parecer vinculante AGU/BBL 004, do
advogado-geral Bruno Bianco, que conclui pela não
incidência de contribuição previdenciária sobre o
tíquete-alimentação", postou Bolsonaro. "Dessa
forma, a União deixa de cobrar tais valores, seja
judicial ou administrativamente, levando à extinção
os processos em andamento no Carf (Conselho de
Administração de Recursos Fiscais) e no Judiciário",
acrescentou o presidente.
A não incidência de contribuição previdenciária
sobre o valor do tíquete-alimentação já estava em
vigor desde a aprovação da reforma trabalhista, em
2017. No entanto, havia controvérsia jurídica sobre
essa validade no período anterior à reforma na
legislação laboral.
O parecer defende que o auxílio-alimentação pago na
forma de tíquete, como cartões magnéticos, se
equipara ao pagamento do auxílio in natura, que é
aquele oferecido pelo empregador por meio de cestas
básicas ou refeições fornecidas no local de
trabalho. Sobre o auxílio in natura já não incidiam
tributos.
"O posicionamento deverá ser observado por todos os
gestores do Poder Executivo Federal de agora em
diante. O parecer colocará fim a qualquer
controvérsia administrativa, inclusive no âmbito do
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf),
gerando segurança jurídica à questão", informou a
AGU.
Fonte: Agência Brasil
25/02/2022 -
Lula segue na liderança e Bolsonaro cresce na margem
de erro, diz pesquisa
Sergio Moro registra queda e está empatado
tecnicamente na terceira posição com Ciro Gomes, que
voltou a oscilar positivamente.
Pesquisa do Instituto Ideia, divulgada nesta
quinta-feira (24) pela revista Exame, mostra uma
oscilação positiva dos dois principais
pré-candidatos à Presidência da República. Lula (PT)
foi de 41% em janeiro para os atuais 42% e Jair
Bolsonaro (PL) chegou a 27%, no limite da margem de
erro, de três pontos percentuais para mais ou para
menos.
Sergio Moro (Podemos) caiu de 11% para 10% e está
empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT) que
oscilou de 7% para 8%. João Doria (PSDB), que tinha
4% em janeiro, desceu e foi a 2%.
Os demais candidatos não chegaram a 1% no principal
cenário pesquisado. André Janones (Avante) marcou
0,9%, Rodrigo Pacheco (PSD) 0,8%, Luiz Felipe
d'Ávila (Novo) 0,5%, Simone Tebet (MDB) 0,4%,
Alessandro Vieira (Cidadania) 0,3%, Aldo Rebelo (Sem
partido) 0,2% e Leonardo Péricles (UP) 0,1%.
Brancos e nulos são 4% e apenas 3% dos entrevistados
disseram que estão indecisos.
Liderança também na espontânea
Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos
não são revelados, Lula é lembrado por 36% dos
eleitores. Bolsonaro tem 22% de menções, Moro 5% e
Ciro 3%.
Doria e Janones aparecem com 0,5% e Pacheco com
0,4%. Rebelo, Vieira, Tebet e D'Ávila são citados
por 0,1%. Não sabem são 21% e brancos e nulos somam
12%.
Lula vence todos no segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula vence todos os
candidatos e mantém os 49% de janeiro contra
Bolsonaro, que oscilou de 33% para 35%.
Contra Moro, Lula também tem 49% e o ex-juiz 33%.
Contra Ciro, a projeção é de 47% a 27%. E contra
Doria, Lula tem a vitória mais folgada 51% a 22%.
Além de Lula, Bolsonaro perde para Ciro - 39% a 36%
- e Moro - 35% a 31%. O atual presidente só vence
Doria, por 32% a 29%, com 32% de votos nulos e
brancos.
Segundo a pesquisa, 66% dos brasileiros dizem que o
voto já está decidido. Entre aqueles que dizem que
pode mudar (31%), a maior parte, 55%, dizem que vão
definir o seu candidato à presidência até agosto.
Em relação ao governo, 50% desaprovam a gestão de
Bolsonaro - eram 53% em janeiro. A pesquisa ouviu
1,5 mil eleitores por telefone entre os dias 18 e 22
de fevereiro e está registrada no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) com o número BR-05955/2022.
Fonte: RevistaForum
25/02/2022 -
Saque
do FGTS deve ser liberado
Nos próximos dias, o governo deve editar uma Medida
Provisória (MP) que autorizará o saque de R$ 30
bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). Cerca de 40 milhões de trabalhadores poderão
retirar até R$ 1.000,00, a depender do saldo
disponível nas contas.
A medida, ainda não oficializada, foi informada pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes. “São fundos
privados, são pessoas que têm recursos lá e estão
passando dificuldades”, afirma Guedes. O saque é uma
forma de injetar dinheiro na economia e devolver às
pessoas parte de recursos que são delas.
Mas a autorização de liberar o uso do FGTS sem
condicionantes tem rendido críticas pelo setor da
construção civil, que utiliza os recursos para se
financiar. E, nos bastidores, conselheiros do Fundo
sempre se posicionam contra novos saques. Eles
entendem que essas operações acabam retirando
investimentos de áreas como habitação e saneamento.
Resposta – Contra essas críticas, a área
técnica do governo informa que os recursos sairão de
um excesso de caixa do Fundo de Garantia. Portanto,
a liberação dos R$ 30 bilhões não afetará o
orçamento para investimentos.
Política – A nova liberação do FGTS surge no
momento em que Jair Bolsonaro aparece em segundo nas
pesquisas de intenção de voto para a Presidência,
atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O
governo nega qualquer interesse eleitoreiro. A
justificativa é auxiliar os brasileiros com elevado
grau de endividamento e pela alta da inflação.
Fonte: Agência Sindical
25/02/2022 -
61% acham que Bolsonaro não merece ser reeleito, diz
pesquisa Exame/Ideia
Líder em rejeição, Jair Bolsonaro (PL), para a
maioria, não merece ser reeleito. É o que mostra
pesquisa do Ideia Instituto de Pesquisa, patrocinada
pela Exame, divulgada nesta quinta-feira (24).
Além do favoritismo do ex-presidente Lula (PT), o
levantamento mostra que Bolsonaro é o mais rejeitado
dos candidatos: 47% afirmam que não votariam nele
"de jeito nenhum". Na sequência aparecem Lula, com
37%, João Doria (PSDB), com 23%, Ciro Gomes (PDT),
com 20%, Sergio Moro (Podemos), com 17%, e Eduardo
Leite (PSDB - mas possivelmente pelo PSD), com 12%.
Segundo a pesquisa, 61% do eleitorado acredita que
Bolsonaro não "merece" ser reeleito. Os que dizem
que o atual governo merece mais quatro anos no poder
representam 35%. Não sabem são 4%.
Outro dado relevante da pesquisa é a fragilidade da
terceira via. Observação do fundador do instituto
Ideia, Maurício Moura, mostra que a eleição já é, e
deverá seguir assim, totalmente polarizada entre
Lula e Bolsonaro. "A soma dos votos de pesquisa
espontânea de Lula e Bolsonaro passa de 50% e isso é
histórico. Nunca na história, falando deste período
eleitoral presidencial, tivemos uma soma tão alta de
votação espontânea".
Fonte: Brasil247
25/02/2022 -
Projeto determina que empregador assegure ambiente
de trabalho que proteja trabalhador com deficiência
Texto prevê que ação a omissão do empregador será
punida com multa
O Projeto de Lei 4286/21 estabelece como dever do
empregador assegurar ambiente de trabalho que
proteja o trabalhador com deficiência de ações ou
omissões que ofendam reiteradamente sua dignidade
pessoal.
Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, o
empregador será proibido de praticar e deverá coibir
a prática de atos que promovam deboche, exposição
vexaminosa, calúnia, difamação, injúria, sonegação
de informações ou barreiras para o pleno desempenho
das atividades laborais de empregado com
deficiência.
O texto insere as medidas no Estatuto da Pessoa com
Deficiência e prevê que a ação ou omissão do
empregador será punida com multa administrativa de
R$ 10 mil reais, a ser revertida em partes iguais ao
empregado prejudicado e ao Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT).
Ainda conforme o projeto, a configuração de ação ou
omissão que permita que o trabalhador com
deficiência seja alvo de ofensas pessoais no
ambiente de trabalho autorizará a rescisão indireta
do contrato de trabalho, com o pagamento em dobro de
todas as verbas trabalhistas rescisórias,
independentemente das discussões sobre
responsabilidade civil por danos morais.
A proposta deixa claro que não configura ofensa à
dignidade o mero exercício do poder hierárquico e
disciplinar do empregador nos limites da legalidade
e do contrato de trabalho.
Autor da proposta, o deputado Carlos Bezerra (MDB-MT)
cita dados levantados pela empresa Vagas.com em
conjunto com a Consultoria Talento indicando que 40%
dos trabalhadores com deficiência enfrentaram
preconceitos no mercado de trabalho. Desses, 57%
afirmam ter sofrido bullying por parte de
empregadores e colegas de trabalho.
"É tempo de velar por bens imateriais e garantir não
apenas vagas, mas também espaços saudáveis nas
empresas para pessoas com deficiência", disse
Bezerra. "Estipular de modo mais claro essas
obrigações colaborará para incluir de forma mais
positiva esse grupo social nas empresas", completou
o deputado.
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo,
pelas comissões de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; de Defesa dos Direitos das Pessoas
com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
24/02/2022 -
Maioria dos reajustes salariais ainda perde da
inflação em janeiro, diz Dieese
No mês, 42% dos reajustes ficam abaixo do INPC.
Um ano atrás, foram mais de 60%.
Apesar da melhora, inflação segue pressionando
negociações
No primeiro mês do ano, a maior parcela de reajustes
salariais analisados pelo Dieese ficou abaixo da
inflação. Apesar disso, segundo o instituto, que faz
monitoramento mensal dos dados, os resultados são
“significativamente melhores” se comparados com
igual período de 2021. Contudo, a inflação segue
sendo um desafio para as negociações.
Assim, em janeiro, 35% de 324 reajustes tiveram
aumento real, ou seja, acima da variação acumulada
do INPC-IBGE. E 42% ficaram abaixo “do valor
necessário para a recomposição do poder de compra
dos salários”, diz o Dieese, enquanto os demais 23%
equivaleram à inflação do período. Os dados têm como
base o Mediador, do Ministério do Trabalho e
Previdência.
Há um ano, em janeiro de 2021, apenas 11% dos
reajustes incluíram ganho real. E 60,5% tiveram
índice inferior ao INPC, usado como referência
salarial.
“Em relação à variação real média – equivalente à
média dos reajustes após desconto da inflação – os
dados de janeiro de 2022 seguem em valor muito
próximo ao observado nas duas datas-bases anteriores
(em torno de -0,6%) e são idênticos aos apurados em
janeiro de 2021”, afirma o Dieese.
Parcelados e escalonados
Além disso, segundo o levantamento, os reajustes
parcelados foram 3,7% do total em janeiro. O
resultado é um pouco superior ao de igual mês de
2021 (2,5%), mas tem “recuo significativo em relação
ao observado a partir de março de 2021 e,
especialmente, no último bimestre do ano passado”.
Em dezembro, por exemplo, os parcelamentos
representaram 21,9% do total. Em novembro, 28,8%.
Dos reajustes de janeiro, 18% foram escalonados –
com índices ou valores diferentes conforme
determinadas faias salariais. Em janeiro do ano
passado, foram 11,9%. Em dezembro, 26,6%.
Nos setores de atividade, a indústria teve 45% dos
acordos coletivos e convenções com reajuste que
incluiu ganho real. No comércio, foram bem menos:
25%. E na área de serviços, 32,3%.
Confira aqui a íntegra do boletim do Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/02/2022 -
Novo emprego logo após dispensa não impede aviso
prévio, diz TST
O empregador somente será dispensado do pagamento do
aviso prévio indenizado quando for comprovado que o
trabalhador, além de ter obtido novo emprego,
requereu expressamente a dispensa do cumprimento do
aviso prévio.
Com esse entendimento, a 1ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho determinou o pagamento do aviso
prévio indenizado a uma supervisora administrativa
que um dia após sua dispensa já estava trabalhando
para outra empresa, na prestação dos mesmos
serviços.
A supervisora trabalhou na Coordenação de Controle
da Prestação de Serviços Gerais do Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais de 2008 a 2015, em
quatro empresas que se sucederam na prestação do
serviço. No caso da última empresa, ela foi
contratada em 3/3/2008 e dispensada em 31/5/2014. Em
1º/6/2014, passou a ser empregada da nova
prestadora. Na ação, ela requereu, entre outras
coisas, o pagamento do aviso-prévio proporcional
indenizado de 48 dias.
O juízo de primeiro grau indeferiu o pedido, por
entender que o objetivo do aviso-prévio é permitir
que o trabalhador busque novo emprego após ser
comunicado de sua dispensa. No caso, porém, ela
obteve novo emprego já no dia seguinte. A sentença
foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG).
O relator do recurso de revista da supervisora,
ministro Dezena da Silva, observou que, de acordo
com a Súmula 276 do TST, o direito ao aviso-prévio é
irrenunciável, e o pedido de dispensa não exime o
empregador de pagar a parcela, salvo se for
comprovada a obtenção de novo emprego. Diante da
irrenunciabilidade, formou-se a jurisprudência de
que a dispensa do pagamento só ocorre quando for
comprovado que o trabalhador, além de ter obtido
novo emprego, requereu expressamente a dispensa do
cumprimento.
Ele destacou que, no caso, o TRT registrou que a
supervisora, apesar de ter sido contratada no dia
posterior à rescisão contratual, não requereu a
dispensa. Assim, o indeferimento da sua pretensão
acabou por contrariar a jurisprudência do TST.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 10290-67.2016.5.03.0111
Fonte: Consultor Jurídico
24/02/2022 -
Lula: Controle da inflação deve ser prioridade para
dar renda ao trabalhador
O ex-presidente lembrou que, durante seu governo,
a meta da inflação, estabelecida em torno dos 4,5%
anuais, sempre foi cumprida
Em entrevista para a Rádio Passos FM, de Passos
(MG), na manhã desta terça-feira (22), o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que
uma das principais prioridades em um eventual
governo seria “debelar” imediatamente a inflação, já
que os preços dos alimentos afetam diretamente o
bolso da população.
“As pessoas estão assustadas com os preços na classe
média, imagina na classe pobre. A gente vê que está
diminuindo a área do plantio de feijão. A Conab, que
tinha a obrigação de manter o estoque regulador,
acabou. A gente mantinha o estoque regulador para
não permitir que o preço fosse para cima. Agora tá
caro o arroz, o feijão, a mandioca, o leite, o povo
pobre tem uma inflação infinitamente maior que a
classe média e os ricos”, afirmou.
O ex-presidente lembrou que, durante seu governo, a
meta da inflação, estabelecida em torno dos 4,5%
anuais, sempre foi cumprida. Isso se traduzia em
crescimento da economia e geração de empregos, na
maior parte das vezes com carteira assinada e
direitos para os trabalhadores. E também falou que
os tempos atuais remetem ao que se via no Brasil de
décadas atrás.
“A inflação é a desgraça na vida do trabalhador. Nos
anos 80, a inflação chegou a 80% ao mês. Me lembro
que saía da fábrica com o salário e ia correndo pro
supermercado comprar tudo o que dava de
não-perecível, porque no meio do mês o dinheiro já
não valia mais nada. Tenho visto muita gente dizendo
que compra menos no supermercado. Que mundo é esse?
No país que é o terceiro maior produtor de alimentos
do mundo”, criticou Lula.
Preço dos combustíveis
Parte da inflação é causada pelo aumento constante no
preço de combustíveis e derivados de petróleo, como
a gasolina, o óleo diesel e o gás de cozinha. O
ex-presidente voltou a afirmar, na entrevista, a
intenção de rever a política de preços da Petrobras,
caso volte ao Palácio do Planalto em 2023.
“Não podemos aceitar nenhuma história que temos que
internacionalizar o preço. É caro para quem abastece
e é caro para quem vai para o supermercado comprar
produtos que ficam mais caros por conta do frete. A
gente não pode admitir que aconteça. Tem gente
pagando 115 reais no gás. É uma coisa elementar para
a dona de casa, para o trabalhador, tem gente
catando lenha para poder cozinhar no século 21, não
é admissível”, disse Lula.
Fonte: Portal Vermelho
24/02/2022 -
TCU pede que Ministério Público decida sobre
bloqueio dos bens de Moro
Tribunal compartilhou com a PGR documentos sobre
o dinheiro que o ex-juiz recebeu da consultoria
Alvarez & Marsal
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu
compartilhar com a Procuradoria-Geral da República (PGR)
documentos sobre o dinheiro recebido pelo
ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro na banca de
advocacia da Alvarez & Marsal. O TCU ainda pediu que
o MPF decida sobre o pedido imediato dos bloqueios
de bens de Moro. As informações são de Daniela Lima,
da CNN.
A suspeita é de que o ex-juiz tenha, como advogado,
depois de deixar o governo Bolsonaro, recebido
valores de empresas que ele julgou, condenou e
avalizou acordos de leniência.
No início do mês, o subprocurador-geral Lucas
Furtado havia encaminhado ao TCU o pedido para que
declare a indisponibilidade de bens do ex-ministro
da Justiça. A medida cautelar foi motivada por
possível sonegação de impostos sobre os pagamentos
que ex-juiz recebeu da consultoria Alvarez & Marsal,
responsável pela recuperação judicial de empresas
condenadas na Operação Lava Jato.
O subprocurador havia defendido que o TCU investigue
os ganhos declarados pelo próprio Moro, de R$ 3,6
milhões em cerca de um ano de contrato, pagos pela
consultoria, que tem sede nos Estados Unidos.
Furtado também havia pedido que seja averiguado se o
ex-juiz, ao viajar para morar naquele país,
apresentou declaração de saída definitiva do Brasil
ou deixou de pagar imposto de renda sobre seus
tributos.
Melhor apuração
No despacho de agora, o ministro do TCU Bruno Dantas
afirma que os fatos precisam ser melhor apurados e
assevera que a empresa de advocacia não esclareceu
se pagou Moro por serviços prestados para
empreiteiras julgadas na Lava Jato.
“Não tenho dúvidas de que são fatos que precisam ser
mais bem apurados. E é por essa razão que me causa
estranheza certa atuação apressada de qualquer
peticionante que pretenda interromper o fluxo
natural do processo, antes mesmo da conclusão das
apurações. É natural que os investigados desejem
esse desfecho, mas não os órgãos de investigação, de
quem se espera imparcialidade independentemente de
simpatias pré-existentes”, diz Dantas.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/02/2022 -
Confederações dos empresários criticam cotas
previstas no Estatuto do Aprendiz
Comissão especial volta a se reunir em 15 de
março
As confederações dos empresários foram unânimes em
reconhecer a importância do projeto (PL 6461/19) que
cria o Estatuto do Aprendiz, mas também em discordar
do dispositivo que prevê a contratação de, no
mínimo, 5% dos empregados como aprendizes para
aderir ao novo sistema.
O debate sobre o novo marco legal para o trabalho e
capacitação de jovens entre 14 e 24 anos aconteceu
em audiência da Comissão Especial da Câmara criada
para analisar a proposta. A reunião teve como tema o
papel das empresas na aprendizagem profissional.
Jovem aprendiz é aquele que trabalha e estuda ao
mesmo tempo para obter qualificação profissional. O
projeto que cria o estatuto estabelece condições
sobre os contratos de trabalho, cotas para
contratação, formação profissional e direitos dos
aprendizes.
Cotas
As cotas, ou seja, a obrigatoriedade de um número
mínimo de aprendizes no quadro de funcionários,
foram o ponto do texto que os empresários viram
necessidade de aperfeiçoar.
O representante da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Alexandre Furlan, afirmou que a
nova lei deve trazer benefícios para o País, mas
apontou que a insegurança jurídica espanta
investimentos.
“A lei fala em funções que demandam formação
profissional e que devem entrar na base cálculo; mas
há interpretações díspares, abarcando para a cota
profissões que, na prática, não demandam formação
profissional, como catadores de pinhão, apanhadores
de frango ou empacotador de supermercado", disse.
O assessor jurídico da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Welber Pereira dos Santos,
elogiou o projeto como instrumento para criar
oportunidade aos jovens trabalhadores, mas ressalvou
que é preciso, no cálculo das cotas, levar em conta
as particularidades de cada setor.
"O agronegócio se caracteriza por atividades
braçais, na sua maioria em terrenos acidentados em
propriedades com longas distâncias de municípios,
bem como em atividades que mantêm contatos
frequentes com defensores agrícolas de forma direta
ou indireta, o que reduz as áreas em que podem ser
contratados esses aprendizes", exemplificou. "As
empresas produtoras rurais não conseguem contratar
para suas atividades preponderantes, sendo obrigadas
a criar cargos em unidades administrativas apenas
para o cumprimento das cotas, o que aumenta o custo
empresarial — que, fatalmente, vai ser repassado ao
consumidor final."
Representando a Confederação Nacional do Transporte
(CNT), a assessora jurídica Lívia Dantas lembrou que
boa parte dos empregados das empresas do setor são
motoristas profissionais, com restrições legais, até
mesmo, para conseguir a carteira de habilitação. “O
motorista profissional precisa ter, no mínimo 21
anos e uma habilitação específica, e aí, com relação
a esses cargos, a gente não tem como incluir o jovem
aprendiz.”
Ao final, o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que
comandava os trabalhos, afirmou que vai passar todas
as informações ao relator da proposta, deputado
Marco Bertaiolli (PSD-SP). Ele não pôde participar
da reunião por estar com Covid-19.
“O relator, Marco Bertaiolli, não está participando
ativamente aqui, mas está acompanhando e,
logicamente, vai receber todo esse material para que
possa avaliar, para que possa ser discutido nas
próximas reuniões da comissão”, disse Motta.
A comissão especial criada para analisar o projeto
do Estatuto do Aprendiz, que estabelece um novo
marco legal para a contratação e capacitação de
jovens de 14 a 24 anos, volta a se reunir no próximo
dia 15 de março.
Fonte: Agência Câmara
24/02/2022 -
Quase 2 milhões de trabalhadores podem ser incluídos
no PIS/Pasep
Dataprev está revisando inconsistências nos dados
da Rais
Cerca de 1,9 milhão de trabalhadores podem ser
incluídos no cadastro do Programa de Integração
Social (PIS) e no Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (Pasep) para passarem a receber
o abono salarial. A Dataprev, empresa estatal de
tecnologia, está revisando possíveis inconsistências
na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) até
15 de março.
De acordo com o Ministério do Trabalho e
Previdência, responsável pelo pagamento do abono
salarial, a análise tem como objetivo evitar pedidos
adicionais de revisão e garantir o direito dos
trabalhadores.
Segundo a pasta, o montante de 1,9 milhão de
trabalhadores equivale a apenas 3,5% dos 55 milhões
de cadastros verificados pela Dataprev neste ano.
Neste ano, o abono salarial referente ao trabalho em
2020 está sendo pago em fevereiro e março. Nos anos
anteriores, o pagamento ocorria ao longo de 12
meses.
De acordo com o Ministério do Trabalho e
Previdência, os trabalhadores que tiverem a revisão
do cadastro aprovada serão avisados a partir de 16
de março por meio do aplicativo Carteira de Trabalho
Digital e pela plataforma Serviços do Trabalho no
Portal Gov.br.
Além dos registros na Rais, este é o primeiro ano em
que os registros no e-Social (plataforma eletrônica
de registro dos dados de trabalhadores) estão sendo
usados no processamento dos dados do abono salarial.
Até agora, a Dataprev concluiu o processamento de
96,5% dos cadastros, que resultaram em 22,7 milhões
de trabalhadores elegíveis para receberem o abono
salarial, 30,4 milhões inelegíveis e 1,9 milhão com
a necessidade de processamento adicional.
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no
PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos e que tenha
trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no
ano-base considerado para a apuração, com
remuneração mensal média de até dois salários
mínimos.
Também é necessário que os dados tenham sido
informados corretamente pelo empregador na Relação
Anual de Informações Sociais (Rais).
O abono salarial não é pago aos empregados
domésticos. Isso porque o benefício exige vínculo
empregatício com uma empresa, não com outra pessoa
física. Jovens aprendizes também não têm direito ao
benefício.
Valor
O valor do abono é proporcional ao período em que o
empregado trabalhou com carteira assinada em 2020.
Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$
101, com períodos iguais ou superiores a 15 dias
contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com
carteira assinada receberá o salário mínimo cheio,
de R$ 1.212.
Fonte: Agência Brasil
23/02/2022 -
TST decide que sentenças sobre terceirização valem
igualmente para contratante e prestador de serviços
Por decisão (apertada) da maioria dos ministros,
tribunal decide que consequências jurídicas devem
ser iguais para tomadora e prestadora:
“litisconsórcio necessário e unitário”
Decisões judiciais sobre terceirização devem valer
igualmente para quem contrata e para quem presta o
serviço. A jurisprudência acaba de ser fixada pelo
Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao concluir
ontem (22), após duas sessões, julgamento sobre as
consequências jurídicas da terceirização. A mudança
foi discutida depois que o Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu pela liberação irrestrita da prática,
atendendo a demandas empresariais.
O TST julgava um chamado incidente de recurso
repetitivo, a fim de uniformizar decisões sobre o
tema após o posicionamento do Supremo, em 2018. “O
ponto central da discussão foram as características
e as consequências jurídicas do chamado
litisconsórcio passivo (presença de mais de uma
empresa na mesma ação) entre a tomadora e a
prestadora de serviços”, lembra o tribunal. A
decisão não foi unânime. Por margem estreita (13 a
11), a maioria dos ministros decidiu que o
litisconsórcio é necessário e unitário. Isso
significa que tomadora e prestadora devem fazer
parte da ação e “a decisão deve produzir efeitos
idênticos para as duas”.
Idênticos efeitos
O item 4 da tese jurídica aprovada diz: “Diante da
existência de litisconsórcio necessário e unitário,
a decisão obrigatoriamente produzirá idênticos
efeitos para as empresas prestadora e tomadora dos
serviços no plano do direito material. Logo, a
decisão em sede de juízo de retratação, mesmo quando
apenas uma das rés interpôs o recurso
extraordinário, alcançará os litisconsortes de
maneira idêntica”.
Em agosto de 2018, a maioria do STF que a
terceirização é lícita, independentemente de
atividade econômica. Mas manteve a chamada
responsabilidade subsidiária da empresa contratante.
Assim, se a prestadora não paga, a tomadora deve se
responsabilizar.
Fraudes na terceirização
O relator do caso na Corte trabalhista, ministro
Cláudio Brandão, lembrou que o TST tinha
jurisprudência sobre fraudes na terceirização em
atividades-fim, resultando em condenação solidária
da prestadora e da tomadora de serviços. Mas o
entendimento do STF “teve impacto direto na
compreensão do tema e no procedimento adotado nos
pedidos dirigidos às empresas prestadoras, em muitos
casos as únicas a recorrerem ao TST”. No julgamento
concluído hoje, prevaleceu o voto do revisor,
ministro Douglas Alencar, do litisconsórcio
necessário e unitário.
“Afinal, o debate em torno da licitude do contrato
de prestação de serviços firmado entre as empresas,
sob a perspectiva da fraude, não pode ser travado
sem que ambas compareçam ao polo passivo”, disse o
ministro Alencar. Acompanharam o revisor as
ministras Maria Cristina Peduzzi, Dora Maria da
Costa e Morgana Richa e os ministros Alexandre
Ramos, Ives Gandra Martins Filho, Renato de Lacerda
Paiva, Dezena da Silva, Evandro Valadão, Amaury
Rodrigues, Aloysio Corrêa da Veiga, Caputo Bastos e
Emmanoel Pereira (atual presidente).
O relator entendia que o litisconsórcio é
facultativo: o trabalhador poderia ajuizar ação
apenas contra uma empresa, por exemplo. Ele foi
seguido pelas ministras Maria Helena Mallmann e
Delaíde Miranda Arantes e pelos ministros Breno
Medeiros, Augusto César, Alberto Balazeiro, Lelio
Bentes Corrêa, José Roberto Pimenta, Mauricio
Godinho Delgado, Hugo Scheuermann e Agra Belmonte.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/02/2022 -
Lula defende mudanças na reforma trabalhista
Ex-presidente disse que é preciso juntar
sindicatos, empresários e o governo para estudar
alterações que levem à garantia de direitos e
seguridade social
Lisandra Paraguassu, Reuters - O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva voltou a dizer nesta
terça-feira que pretende rever a reforma trabalhista
que foi aprovada durante o governo de Michel Temer
para retomar direitos que foram extintos.
Em entrevista à radio Passos, de Minas Gerais, Lula
comentou que é preciso juntar sindicatos,
empresários e o governo para estudar alterações que
levem a uma legislação trabalhista adequada ao
momento atual, mas que é preciso garantir direitos e
seguridade social, citando o caso de motoristas de
aplicativos.
"Não queremos fazer nada na marra, mas queremos
discutir o que é bom para o Brasil", afirmou.
O ex-presidente, provável candidato nas eleições
deste ano e que aparece em primeiro lugar nas
pesquisas, voltou a criticar a proposta de
privatização de estatais, em especial a Eletrobras,
que teve o processo aprovado este mês pelo Tribunal
de Contas da União (TCU).
"Quero deixar bem claro que eu sou contra, o PT é
contra a privatização das estatais", afirmou. "Não
há necessidade de vender uma empresa que pode ser a
reguladora do setor elétrico e impedir aumentos
abusivos de preços."
Fonte: Brasil247
23/02/2022 -
Governo avalia reduzir imposto para estimular
indústria, diz ministro
O governo federal estuda reduzir em até 25% a
alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), tributo federal que incide sobre os artigos
industrializados, nacionais ou importados, à venda
no país.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a
intenção é estimular a atividade econômica,
diminuindo custos que o setor produtivo acaba por
repassar ao consumidor final.
“Vamos reindustrializar o país”, afirmou Guedes ao
participar, nesta terça-feira (22), em São Paulo, de
evento promovido pelo banco BTG Pactual. “Estamos
preparando um movimento com o apoio do presidente da
Câmara [o deputado Arthur Lira (PP-AL)]; do ministro
da Casa Civil [Ciro Nogueira] e, principalmente, do
presidente da República [Jair Bolsonaro]”,
acrescentou o ministro ao voltar a defender a
importância de uma redução dos impostos cobrados no
Brasil.
“Veja que a agricultura está voando porque ela não
tem o imposto sobre produto agrícola, o IPA. Agora,
a indústria brasileira está sofrendo, nas últimas
três, quatro décadas, impostos altos, juros altos e
encargos trabalhistas excessivos. Temos que atacar
essas três questões, e vamos fazer um primeiro
movimento agora, reduzindo 25% do IPI. É um
movimento de reindustrialização do Brasil",
declarou.
“Já que a arrecadação [com impostos] subiu
fortemente, temos esses recursos que íamos investir
na Reforma Tributária que empacou no Senado, o
[Poder] Executivo pode dizer que o excesso de
arrecadação não é para inchar a máquina [pública] de
novo e que preferimos transferir este ganho de
arrecadação na forma de redução de impostos para
milhões de brasileiros, para todo mundo”, justificou
o ministro, garantindo que a medida vai ser
encaminhada junto com outras propostas do governo.
FGTS
Ainda durante o evento, Guedes voltou a defender a
possibilidade de trabalhadores endividados sacarem
parte dos seus recursos do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) para saldar compromissos.
Segundo o ministro, a medida é uma das que o governo
pode propor “daqui até o fim do ano para ajudar a
economia a crescer”.
“Podemos mobilizar recursos do FGTS porque são
fundos privados; pessoas que têm recursos lá e que
estão passando dificuldades. Às vezes, o cara está
devendo dinheiro no banco e é credor no fundo, mas
não pode sacar [o dinheiro] e liquidar sua dívida”,
explicou.
Privatizações
O ministro da Economia também defendeu que parte dos
recursos financeiros obtidos com a venda de empresas
estatais e concessões de serviços públicos passe a
ser destinada a mecanismos de combate à
desigualdade, como o Fundo de Combate e Erradicação
da Pobreza. Para ele, a medida contribuiria para
fortalecer o apoio popular às privatizações,
servindo como um “incentivo para a classe política
acelerar as privatizações”.
“Hoje, a privatização vira redução de dívida, o que
é um mecanismo muito indireto. É preciso explicar ao
político que [a privatização pode] baratear a
rolagem da dívida [pública, fazendo com que] sobre
um pouco mais de recursos para a Saúde e a Educação
no orçamento do ano seguinte. Isto é muito indireto.
Mas, se ao vendermos uma estatal, pegarmos 20% ou
30% da redução de dívida [e destinarmos] ao Fundo de
Erradicação da Pobreza, é uma transferência de
riqueza”, opinou. "Quem sabe não vai haver o aumento
de apoio popular [às privatizações]."
Fonte: Agência Brasil
23/02/2022 -
Onde o sonho da semana de 4 dias de trabalho já é
realidade
Bélgica aprova que funcionários possam escolher
entre trabalhar quatro ou cinco dias por semana.
País não é o primeiro a colocar a proposta em
prática. Esquema é discutido, elogiado e também
criticado em outras nações.
Quatro dias de trabalho, três dias de descanso, mais
tempo com a família e, de preferência, com o mesmo
salário. Parece uma jornada semanal ideal para
muitos trabalhadores e trabalhadoras. Segundo os
defensores do esquema, ele promete não só mais
satisfação, como também produtividade mais alta.
Desde terça-feira (15/02), a Bélgica entrou para o
grupo de países que dão ao trabalhador a opção de
distribuir sua jornada semanal por quatro ou cinco
dias – sempre mantendo-se a mesma carga horária
total. De acordo com o primeiro-ministro belga,
Alexander de Croo, a intenção do projeto é tornar a
economia mais dinâmica e melhorar a compatibilidade
entre família e trabalho.
O chefe de governo frisa que a flexibilidade vai
mais longe: a jornada semanal clássica belga é de 38
horas, mas o empregado term a opção de trabalhar 45
horas numa semana e deduzir as sete horas adicionais
na seguinte. O regime de quatro ou cinco dias é uma
decisão do próprio trabalhador, que poderá renovar
ou alterar o pedido a cada seis meses.
Veja a seguir outros países que já adotaram ou
pensam em adotar a semana de trabalho de quatro
dias.
Na Islândia, jornada abreviada
Entre 2015 e 2019, a Islândia testou, com 2.500
trabalhadores e trabalhadoras, um projeto semelhante
ao que a Bélgica vai implantar. As jornadas
semanais, no entanto, foram reduzidas de 40 horas
para 35 ou 36, mantendo-se a mesma remuneração.
O estudo foi promovido e avaliado pela Associação de
Sustentabilidade e Democracia (Alda) e pelo think
tank britânico Autonomy. Sua conclusão foi que o
bem-estar dos funcionários melhorou
significativamente, os processos de trabalho foram
otimizados e estabeleceu-se uma cooperação mais
estreita entre os colegas. Em grande parte, a
produtividade permaneceu idêntica ou até aumentou.
Concluída essa fase de testes, sindicatos e
associações começaram a negociar a diminuição
permanente da jornada de trabalho. Atualmente, cerca
de 86% dos trabalhadores islandeses têm direito a
uma semana de quatro dias.
Espanha a caminho dos testes
Na Espanha, a semana de quatro dias foi proposta a
pedido do partido de esquerda Mais País. Cerca de 6
mil funcionários de 200 pequenas e médias empresas
poderão prolongar o fim de semana em um dia, com
pagamento integral. O experimento está programado
para durar pelo menos um ano, mas ainda não tem data
para começar.
Alemanha, Nova Zelândia e Japão
Na Alemanha, são principalmente as pequenas start-ups
que têm experimentado com a semana mais curta.
No Japão, grandes companhias, como a Microsoft,
estão dando aos funcionários um fim de semana longo
por mês.
Na Nova Zelândia, a multinacional de alimentos e
produtos farmacêuticos Unilever está testando a
semana de quatro dias com a mesma remuneração por
cerca de um ano. Se o modelo tiver sucesso, a
empresa planeja expandi-lo para outros países.
Fonte: DW.com
23/02/2022 -
Projeto determina vantagens iguais a todos os
empregados em planos de demissão voluntária
Texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT)
O Projeto de Lei 3555/21 determina que os planos de
demissão voluntária (PDVs) adotem os mesmos
requisitos e vantagens para todos os empregados,
independentemente da função exercida na empresa. O
texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é do deputado Carlos Bezerra (MDB-MT) e
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Com a medida, ele espera reduzir conflitos entre os
trabalhadores e facilitar a decisão sobre a adesão
ao PDV.
“Visando minorar os sentimentos contraditórios do
empregado no momento de sua escolha, estamos
apresentando a proposição. Desse modo, seja o
empregado diretor da empresa ou desempenhe ele
funções menos qualificadas, a proposta para adesão
ao plano de demissão deverá ser a mesma”, disse
Bezerra.
Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ).
Fonte: Agência Câmara
23/02/2022 -
Ipea: projeção de inflação é revista de 4,9% para
5,6% em 2022
A variação prevista para o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada de 4,9% para
5,6%, percentual que supera o teto da meta de
inflação, estabelecido em 5% pelo Conselho Monetário
Nacional. A nova previsão para a inflação brasileira
em 2022 foi divulgada hoje (22) pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A previsão anterior foi divulgada pelo Ipea em
dezembro do ano passado, na Visão Geral da Carta de
Conjuntura. Segundo o Ipea, a revisão foi motivada
por fatores que combinam inflação corrente elevada,
pressões persistentes de commodities, cadeias
produtivas desreguladas e condições climáticas menos
favoráveis para algumas culturas agrícolas neste
início de ano.
No caso do IPCA, além de uma revisão mais abrangente
dos preços dos alimentos no domicílio e dos bens
livres, com previsões que avançaram de 4,5% e 3,7%
para 6,1% e 5%, respectivamente, a alta estimada
para os preços monitorados passou de 5,4% para 6%.
No caso dos serviços livres e da educação, foram
mantidas as estimativas de 5,2% e 7,9%, tendo em
vista que seguem vigentes as condições utilizadas
para a projeção anterior, ou seja, crescimento
econômico moderado e recuperação gradual do mercado
de trabalho, o que deve impedir uma retomada mais
forte da demanda interna, na avaliação do Ipea.
A variação projetada para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) também foi revista pelo
Grupo de Conjuntura do Ipea para cima: de 4,6% para
5,5%. A pressão maior dos preços dos alimentos no
domicílio e dos bens industriais, com taxas de
variação estimadas que avançaram de 4,5% e 3,8% para
6,4% e 4,9%, respectivamente, contribuíram para este
aumento. No caso dos preços monitorados, houve alta
de 5,4% para 6,1%. As taxas de inflação para os
serviços livres e a educação foram mantidas em 4,5%
e 6,7%, respectivamente.
“O comportamento dos preços dos alimentos e dos bens
de consumo deve se manter nos próximos meses, o que
se constitui no principal fator que limita uma
desaceleração mais intensa da inflação no ano. Além
disso, a nova aceleração dos preços do petróleo e a
constatação de um déficit maior nas empresas do
setor elétrico sinalizam aumentos mais
significativos das tarifas de energia e dos preços
dos combustíveis, limitando ainda mais o processo de
desinflação em 2022”, diz o Ipea.
Na análise publicada, os pesquisadores esclarecem
que não estão descartados riscos inflacionários
adicionais. Na economia mundial, o agravamento das
tensões entre Rússia e Ucrânia pode gerar uma alta
mais acentuada das commodities, especialmente do
petróleo e do gás. “Além disso, as incertezas em
relação à política fiscal brasileira, que podem se
intensificar devido às discussões inerentes ao
processo eleitoral, podem ter impacto negativo na
taxa de câmbio”, afirma o Ipea.
Fonte: Agência Brasil
22/02/2022 -
Pesquisa CNT/MDA: Lula lidera com 42,2%. Bolsonaro
tem 28%, Ciro 6,7% e Moro 6,4
Lula lidera também nas taxas de probabilidade de
voto, com menor rejeição do que Bolsonaro, Moro e
Doria
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
lidera a corrida presidencial com 42,2% das
intenções de voto. Segundo pesquisa CNT/MDA
divulgada nesta segunda-feira (21), Lula
praticamente repete resultado de dezembro (tinha
42,8%), assim como sua taxa de rejeição, de 40,5%
segue a mais baixa entre os demais adversários. Jair
Bolsonaro (PL) aparece com 28%, sendo 2,4 pontos
percentuais acima do resultado de dezembro (25,6%).
Sua taxa de rejeição, que era de 59,2% em dezembro
agora está em 55,4%. Apesar da queda de 3,8 pontos,
Bolsonaro ainda ostenta o percentual mais elevado
dos que respondem que não votariam nele de jeito
nenhum.
A pesquisa CNT/MDA traz ainda ligeira alta do
ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), de 4,9%
para 6,7% em dois meses. Assim, Ciro passa à frente
do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), que recuou de 8,9%
pra 6,4%, e está em quarto. Por outro lado, o
levantamento reforça o fracasso, até o momento, do
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em sua
tentativa de dar mais um salto em seu investimento
na política. Isso porque Doria não consegue ir ir
além de 1,8% desde o ano passado e segue empacado,
al lado do deputado André Janones (Avante), que tem
1,5%.
Em um eventual segundo turno, Lula teria 53,2%
contra 35,3% de Bolsonaro. Em votos válidos
(descontados nulos, brancos e ausências), isso
representaria 60,1% a 39,9% para Lula. Entretanto,
considerada a margem de erro para mais ou para
menos, fica aberta a possibilidade de não haver
segundo turno, porque a soma de intenções de voto
dos adversários está em 45,6%.
Rejeições em alta
Além disso, Doria consegue a façanha de ter rejeição
mais elevada do que a do presidente Bolsonaro, com
66,5% dizendo que não votariam nele de jeito nenhum.
Já o ex-juiz Moro, embora, com 58,2%, esteja menos
pior do que Doria, também perde pra Bolsonaro em
rejeição.
A pesquisa foi realizada em 137 municípios entre 17
e 19 deste, em 25 unidades da federação. O
levantamento colheu 2.002 entrevistas, e a margem de
erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de
confiança.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/02/2022 -
Toda solidariedade à greve dos rodoviários do
Maranhão
As centrais sindicais se solidarizam com os
trabalhadores e as trabalhadoras do transporte
público de São Luís e Região Metropolitana, que
entraram em greve na quarta-feira (16/02). Sob a
liderança do Sindicato dos Trabalhadores em
Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão (STTREMA),
a paralisação é justo protesto por melhores
condições de trabalho e pelo transporte público de
qualidade.
Lamentavelmente, o Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros de São Luís (SET, a
entidade patronal) continua intransigente nas
negociações e ainda tenta criminalizar o movimento,
com apoio de setores do Judiciário. A ofensiva
contra os trabalhadores chegou a um tal ponto que,
nesta sexta-feira (18), a desembargadora Solange
Cristina Passos de Castro, do Tribunal Regional do
Trabalho da 16ª Região), determinou a manutenção de
ao menos 80% de toda a frota da grande São Luís,
pena de R$ 50 mil por dia ao STTREMA e prisão de
todos os dirigentes sindicais.
A medida, absolutamente inconstitucional, é um
atentado ao direito de greve e à organização dos
trabalhadores, endossa práticas antissindicais e,
pior, ignora por completo a duríssima realidade de
trabalho da categoria. Apesar da grave crise
econômica por que passa o Brasil os trabalhadores
locais do transporte sofrem com a falta de reajuste
decente, os assaltos frequentes aos ônibus e os
veículos com constantes problemas mecânicos. Além
disso, com a retirada dos cobradores de algumas
linhas, os motoristas foram obrigados a acumular
também essa função, ocasionando em riscos para si e
para os usuários.
Reafirmamos nossa solidariedade a essa combativa
categoria e reiteramos o apelo para que possamos
reestabelecer o diálogo e as negociações para uma
solução. É preciso atender às reivindicações da
categoria que há muito vem sendo ignoradas pelos
patrões. Essa luta não é só dos trabalhadores – mas
também da população. A sociedade merece um sistema
de transporte público de qualidade.
São Paulo, 19 de fevereiro de 2022.
Sérgio Nobre, presidente da CUT - Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT - União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, presidente da CTB - Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST - Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto, presidente da CSB - Central de
Sindicatos do Brasil
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Atnágoras Lopes, secretário nacional da CSP CONLUTAS
José Gozze, presidente da Pública, Central do
Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical
Instrumento de Luta
Fonte: NCST
22/02/2022 -
Política de Valorização do Salário Mínimo na União
Europeia, Espanha e Brasil
O salário mínimo (SM) volta a compor estratégias de
desenvolvimento econômico e socioambiental
sustentáveis e transformadoras de uma realidade de
desigualdades, pobreza e precarização do mundo do
trabalho, movimento reforçado para o enfretamento da
crise sanitária. A União Europeia toma iniciativas
importantes para o estabelecimento de políticas de
promoção e valorização do SM em toda a região e a
Espanha implementa iniciativas nesse sentido. Na
contramão, o Brasil destruiu a sua política virtuosa
de valorização do SM.
Instâncias de governança da União Europeia tratam da
elaboração e implementação de diretrizes e regras
para o SM na região. Recentemente (25/11/21) o
Parlamento Europeu aprovou, por ampla maioria[1],
diretrizes propostas pela Comissão Parlamentar do
Emprego e dos Assuntos Sociais para assegurar aos
trabalhadores um SM justo e adequado. Essa
deliberação autoriza o Parlamento a iniciar
tratativas com o Conselho (representação dos 27
governos nacionais) para dar forma final à
legislação que regulará a política de SM.
Entre as diretrizes aprovadas pelo Parlamento
destacam-se: o SM deve promover uma política de
proteção da base salarial, assegurando um nível de
vida decente aos trabalhadores e suas famílias;
valorização da negociação coletiva para que fique
garantida a proteção para no mínimo 80% dos
trabalhadores, com autonomia sindical e liberdade de
filiação; promoção de políticas de manutenção e
valorização anual do SM para que atinja 60% do
salário médio bruto, entre várias outras
diretrizes[2].
As fundamentações que justificam essa iniciativa
mostram que todos os 27 países da União têm
legislação em relação ao SM, sendo 20 com valor
definido na lei e, complementarmente, nas
negociações coletivas e em nos outros 7 países a
regulação é definida em negociação coletiva. O
diagnóstico evidencia que a remuneração mínima não
consegue cobrir o orçamento familiar e o custo de
vida de 7 entre cada 10 trabalhadores que recebem SM
na região. Os problemas das desigualdades salariais
foram ressaltados na crise sanitária e evidenciaram
a necessidade de políticas para promover um SM
decente. O intenso e arriscado combate ao vírus
revelou que muitos daqueles que estiveram à frente
desse trabalho recebem SM (cuidadores, trabalhadores
da saúde, nas creches, na limpeza, entre outros).
Cerca de 60% daqueles que recebem SM são
mulheres.[3]
A Espanha tem atuado para elevar o valor do SM em
consonância com as diretrizes do governo espanhol e
da União Europeia. Um importante passo é o acordo
celebrado pelo governo (coalização do PSOE e Unidos
Podemos) e pelas Centrais Sindicais CCOO e UGT, no
dia 08/02, e que será aprovado pelo Conselho de
Ministros no dia 22 próximo.
O SM na Espanha passará a ser de 1.000 euros (14.000
euros anuais), pagos em 14 parcelas durante o ano e
retroativo a janeiro. Desde 2016, o aumento real
acumulado é de 39%, já descontada a inflação.
No ano passado as Centrais Sindicais firmaram um
Acordo Nacional com o setor patronal para que as
Convenções Coletivas naquele ano regulassem um piso
salarial de no mínimo 1.000 euros pagos em 14
parcelas. Isso garantiria aos trabalhadores
assalariados um patamar de remuneração igual.
Agora, o governo e as Centrais Sindicais celebram um
acordo que estende para todos o mesmo direito,
ampliando a proteção para cerca de 1,8 milhões de
trabalhadores, na grande maioria mulheres e jovens e
inseridos no setor de serviços e no meio rural.
Esse acordo, materializa o compromisso do governo de
elevar o SM para uma base equivalente a 60% do
salário médio da economia espanhola. Segundo o
estudo do comitê de especialistas que analisou o
assunto, para atingir essa meta o SM na Espanha
precisa chegar a 1.050 euros.
Destaque-se ainda que o acordo de aumentar o SM para
1.000 euros está em consonância com as diretrizes na
União Europeia para a política de crescimento da
base salarial nos 27 países da região.
Esse novo acordo faz parte das negociações que
buscam medidas e políticas que superem o profundo
desequilíbrio do mercado de trabalho espanhol em
relação aos demais aos países da União Europeia,
situação que arrasta uma baixa produtividade, alta
rotatividade da mão de obra, precarização e
desemprego. Os contratos temporários pressionam os
salários e as condições de trabalho, favorecendo a
desvalorização salarial que deteriora o padrão de
vida e enfraquece a demanda interna e, portanto, a
capacidade de crescimento econômico. Trata-se de
romper com um processo de incremento da
produtividade espúria que busca competitividade
através da redução de salários e da precarização das
condições de trabalho.
O Brasil implementou uma política de valorização do
SM a partir de 2004 que foi fruto das negociações
entre o Governo Lula e as Centrais Sindicais. Esses
acordos foram materializados na Lei 12.328/2011,
renovada e em vigor até 2018. O governo Bolsonaro
extinguiu a política de valorização do SM.
Desde 2002 a política de valorização garantiu um
aumento real de mais de 78%[4], já descontada a
inflação. Atualmente o valor do SM é de R$ 1.212,00,
dos quais R$ 533,80[5] correspondem ao aumento real,
o que incrementa anualmente em mais de 390 bilhões a
massa de rendimentos da economia.
A agenda da política de valorização do SM recoloca
questões fundamentais, o combate às desigualdades, o
crescimento da base salarial e a sustentação da
demanda pelo poder de compra das famílias.
Promovê-la por meio do diálogo social e da
negociação coletiva é um princípio fundamental,
deve-se buscar uma distribuição mais justa do
incremento da produtividade, da renda e da riqueza
gerada pelo trabalho de todos.
Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, assessor do Fórum
das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do
DIEESE. (2clemente@uol.com.br).
[1] Foram 443 votos a favor, 192 contra e 58
abstenções.
[2]
https://www.europarl.europa.eu/doceo/document/A-9-2021-0325_EN.html#title1
[3]
https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20210628STO07263/a-acao-do-parlamento-europeu-em-prol-do-salario-minimo-adequado
[4] DIEESE, Nota Técnica 265 de dezembro de 2021,
https://www.dieese.org.br/notatecnica/2021/notaTec265SalarioMinimo.html
[5] Sem o aumento real de 78,7% o valor do SM seria
de R$ 678,00.
Fonte: Rádio Peão Brasil
22/02/2022 -
Economia: 60% acham governo Bolsonaro pior que os
anteriores
No geral, o governo Bolsonaro está pior que os
anteriores para 45,4% dos entrevistados pela
pesquisa CNT/MDA
Se depender da máxima "é a economia, estúpido" -
dita pelo marqueteiro James Carville, que assessorou
Bill Clinto na vitória contra Bush pai em 1992 -,
Jair Bolsonaro (PL) ainda tem um longo caminho a
percorrer até a disputa eleitoral em outubro, mesmo
com crescimento na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta
segunda-feira (21).
Detalhamento do estudo mostra que para 60% dos
brasileiros, a economia conduzida por Paulo Guedes
no atual governo está pior quando comparada a
governos anteriores - 17,9% consideram melhor e
19,8% dizem que está semelhante.
No geral, o governo Bolsonaro está pior que os
anteriores para 45,4% dos entrevistados - 31% acham
que está melhor e 21,9% que segue da mesma forma.
Quando o assunto é combate à corrupção, 38,6% acham
que está pior, enquanto 38,9% dizem que está a mesma
coisa de governos anteriores - para 20,8% Bolsonaro
combate melhor a corrupção.
Saúde é a área que mais precisa de melhora
Em meio à pandemia, 75,7% da população acredita que a
saúde é a área que mais precisa de melhorias,
seguida da educação (50%), emprego (32,1%) e
segurança (15,5%) - cada entrevistado pode citar até
duas áreas.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada entre os dias 16 e
19 de fevereiro, em 137 municípios de 25 unidades da
federação. Foram realizadas 2.002 entrevistas e a
margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Fonte: RevistaForum
22/02/2022 -
Proposta autoriza parcelamento de participação dos
trabalhadores nos lucros da empresa
Autor do projeto explica que o texto visa
pacificar a jurisprudência sobre o assunto
O Projeto de Lei 3551/21 revoga dois dispositivos da
Lei 10.101/00 para permitir o parcelamento da
participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados das empresas (PLR). O texto tramita na
Câmara dos Deputados.
A lei regula a distribuição da PLR entre os
trabalhadores. Os dois dispositivos revogados
(parágrafos 2º e 4º do art. 3º) determinam que o
pagamento da PLR deve ocorrer no máximo duas vezes
por ano. No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho
(TST) vem permitindo a distribuição em periodicidade
maior, até mensal, desde que haja previsão em acordo
coletivo.
O autor do projeto, deputado Carlos Bezerra (MDB-MT),
afirma que o texto visa pacificar a jurisprudência
sobre o assunto, já que o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) tem entendimento diferente do TST, e
exige a distribuição da PLR conforme a Lei
10.101/00.
“É fácil verificar que o entendimento do TST é o que
se recomenda. Além de reconhecer a posição de relevo
atribuída pela Constituição à negociação coletiva,
contribui, inegavelmente, não apenas para a
pacificação nas relações entre capital e trabalho,
mas sobretudo na redução do tão falado custo
Brasil”, disse Bezerra.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ).
Fonte: Agência Câmara
22/02/2022 -
Comissão especial discute o papel das empresas na
aprendizagem profissional nesta terça
A comissão especial do Estatuto do Aprendiz (Projeto
de Lei 6461/19) realiza uma audiência pública nesta
terça-feira (22) para discutir o papel das empresas
na aprendizagem profissional. Entre outros pontos, o
projeto, de autoria do deputado André de Paula
(PSD-PE) e mais 25 parlamentares, estabelece
condições sobre os contratos de trabalho, cotas para
contratação, formação profissional e direitos dos
aprendizes.
O debate atende a requerimento do deputado Marco
Bertaiolli (PSD-SP), relator da proposta. Ele
destaca que o texto em análise objetiva aprimorar a
legislação para incentivar a contratação desses
jovens. O deputado acredita que o estatuto vai
triplicar o atual número de vagas para jovens de 14
a 24 anos de idade no mercado de trabalho.
"Dada a importância social de aperfeiçoar
profissionalmente os adolescentes e jovens para que
tenham melhores oportunidades de emprego no futuro e
consequentemente maior subsistência financeira,
afastando-se assim essas pessoas da tentação da
criminalidade para conseguir recursos, é que se
busca desburocratizar e modernizar a contratação de
aprendizes", disse Bertaiolli.
Na primeira audiência da comissão, várias
organizações da sociedade civil apontaram a proposta
como efetivo instrumento de política pública para a
juventude.
Convidados
Foram convidados para o debate de terça-feira:
- o assessor jurídico da Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil (CNA), Welber Pereira dos
Santos;
- o advogado da Divisão Sindical da Confederação
Nacional do Comércio e de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), Márcio Motta;
- o diretor de Esportes, Cultura, Lazer e Juventude
da Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio (CNTC), Márcio Luiz Fatel;
- representante da Confederação Nacional da
Indústria (CNI));
- representante da Confederação Nacional do
Transporte (CNT); e
- representante da Confederação das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
A audiência está marcada para as 14h30, no plenário 7.
O debate pode ser acompanhado ao vivo por meio do
portal e-Democracia. Os interessados podem enviar
perguntas, críticas e sugestões aos participantes.
Fonte: Agência Câmara
21/02/2022 -
Sindicatos pedem nulidade de portaria que reduziu
afastamento por Covid-19
Centrais sindicais e confederações nacionais de
diversas categorias profissionais acionaram o
Supremo Tribunal Federal contra portaria do
Ministério do Trabalho e Previdência e do Ministério
da Saúde que reduziu de 14 para 10 dias o período de
afastamento de trabalhadores que contraíram Covid-19
das atividades presenciais. A Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental foi
distribuída ao ministro Nunes Marques.
De acordo com a Portaria Interministerial MTP/MS
14/2022, o período de isolamento poderá ser reduzido
para sete dias, caso o trabalhador confirmado ou
suspeito para a covid-19 não apresente febre por 24
horas ou sintomas respiratórios.
A orientação também reduz de 14 para 10 dias o
isolamento de trabalhadores que tenham tido contato
com pessoas diagnosticadas com a doença e para sete
dias, se apresentarem resultado negativo de teste
realizado a partir do quinto dia após o contato.
Desproteção
As entidades sindicais alegam que as novas previsões
violam os preceitos fundamentais relacionados ao
direito social à saúde e à vida, pois desprotegem a
pessoa trabalhadora em comparação com a Portaria
Conjunta 20/2020, que, originalmente, estabeleceu
medidas visando à prevenção, ao controle e à
mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 nos
ambientes de trabalho.
A mudança, segundo alegam, foi feita sem nenhum
embasamento científico e contraria a recomendação da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Outro argumento é o de que, além de colocar o
trabalhador em risco diante de uma cepa altamente
transmissível, a portaria interministerial legitima
a coerção e o assédio moral. As entidades apontam
relatos de empregados que tiveram descontos
indevidos na folha de pagamento e outras
retaliações.
Além de pedido de liminar para a suspensão imediata
dos efeitos da portaria, as entidades solicitam a
declaração de nulidade das novas disposições e o
restabelecimento da parte revogada da Portaria
Conjunta 20/2020 referente à matéria questionada.
Com informações da assessoria de imprensa do Supremo
Tribunal Federal.
ADPF 945
Fonte: Consultor Jurídico
21/02/2022 -
OPINIÃO - Do pesar à comemoração
Por Oswaldo Augusto de Barros*
Numa semana em que mais uma vez a terra engole
tantas vidas, onde vemos, constrangidos,
comparativos com número de mortes das catástrofes
anteriores, onde parece que a lição das mortes
aumenta as desculpas da incompetência
administrativa, Petrópolis foi a rogatória da vez.
Vidas foram apenas números. Nossos sentimentos aos
parentes e amigos que perderam seus entes queridos.
A incompetência tem prevalecido e é impossível
deixar de protestar contra a insensibilidade
daqueles que se conformam e se dizem impotentes
contra os “devaneios naturais”, como se aqueles que
lá moravam tivessem opção melhor de morada.
Mas, no contraponto da vida, temos algo a comemorar.
O Movimento Sindical, outra vez dando mostras de sua
competência administrativa, comemora mais um
aniversário de vida de uma de suas instituições. A
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura, CNTEEC,
nesta semana comemora 56 anos de vida, e aqui, na
sua presidência, agradeço a todos os que se
manifestaram em cumprimentos à data.
O Sindicalismo pós-“reforma trabalhista de 2017”
decretou o fim de seu Sistema Confederativo: a
pirâmide com a base sindical, coordenada pelas
Federações e Confederações, tendo, caso haja adesão
à representação da Central Sindical, com a retirada
da contribuição compulsória.
Tidas pelo Supremo Tribunal Federal como meras
associações que deveriam ser custeadas
espontaneamente por seus representados, condenou à
morte aqueles que representavam o Trabalho nas
“negociações coletivas” com o Capital.
Enquanto ainda têm fôlego econômico, resistem.
Porém, já se observa, na ausência de melhores
conquistas salariais, o empoderamento do Capital
nessa relação.
Por ter amealhado fôlego econômico, a CNTEEC resiste
e sobrevive heroicamente a toda essa dificuldade,
mantendo-se na defesa de seus filiados, toda vez que
esses a procuram no sentido da defesa dos direitos
da Classe Trabalhadora.
Parabéns a todos que, direta ou indiretamente,
tornaram-na um agente de representação dos
Trabalhadores nessa relação de forças.
*Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FST- CNTEEC-NCST
Fonte: NCST
21/02/2022 -
Será um ano de escolher projetos, diz consultor
Este ano, o Brasil terá eleições decisivas para o
nosso futuro. A tendência é uma dura disputa de
projetos entre Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista ao jornalista João Franzin, da Agência
Sindical, no Seminário dos Metalúrgicos de
Guarulhos, dias 10 e 11, o consultor e analista
político Antônio Augusto de Queiroz (Toninho) alerta
para a diversidade de projetos. Explica: “O
trabalhador deve observar e debater os conteúdos.
Quais propostas dos candidatos vão impactar sua
vida. Perguntar: para os trabalhadores, é melhor o
plano do Lula ou do Bolsonaro? Que candidatos têm
mais compromissos com os interesses gerais da
população?”
Crítica – Segundo o analista, o projeto do atual
governo não é a melhoria da condição dos
trabalhadores. Toninho adverte: “Ao contrário. São
projetos que transferem do setor público para o
privado a prestação dos serviços. Provam isso as
privatizações, que geraram aumentos exagerados na
conta de luz e em outros serviços de necessidade
básica das famílias”.
Eleições – Antônio Augusto de Queiroz prevê que os
partidos menores vão perder espaço. Ele sugere: “A
solução é a criação de Federações, que podem
otimizar candidaturas por um desempenho eleitoral
satisfatório. Do contrário, vão desaparecer do mapa
político”.
Fonte: Diap
21/02/2022 -
Lula está "pé no chão" com Bolsonaro e diz que
eleição difícil o aguarda
Mesmo à frente de todas as pesquisas, petista
afirma é que é preciso tratar como "certa" uma
recuperação de Bolsonaro nos próximos meses
Aliados de Lula (PT) descrevem a expressão do
ex-presidente em relação a Jair Bolsonaro (PL) nas
eleições de 2022 como "pé no chão". Mesmo à frente
em todas as pesquisas de intenções de voto, o
petista diz que uma eleição difícil o aguarda e que
é preciso tratar como "certa" uma recuperação do
adversário nos próximos meses.
Reportagem do jornalismo Bruno Boghossian na "Folha
de S. Paulo" afirma que a preocupação de petistas em
relação ao atual presidente é a estabilidade dos
índices de aprovação ao governo, já que um possível
alívio na economia deve amenizar a rejeição de
Bolsonaro.
Aliados de Lula avaliam que os números de Bolsonaro
pararam de cair no momento em que ele toma fôlego
com o Auxílio Brasil, a ampliação de outras despesas
e a desaceleração da curva da inflação.
Lula também disse observar uma característica do
eleitorado bolsonarista que beneficiará o capitão ao
longo da disputa. Para o petista, o presidente
conseguiu manter apoio firme de uma fatia da
população mesmo nos piores momentos do mandato - o
que sugere a existência de um núcleo que
dificilmente fugirá em direção a outros candidatos,
como o ex-juiz Sergio Moro.
O quartel-general do PT também faz as contas do
impacto que deve ter a operação de Bolsonaro nas
redes. Segundo aliados de Lula, a máquina virtual já
demonstrou ser uma ferramenta eficiente para
reforçar o vínculo do presidente com seus
simpatizantes e ampliar o antipetismo.
Articuladores políticos de Lula reconhecem que o
petista se protegeu até a etapa atual da
pré-campanha e aproveitou para crescer num ambiente
de fragilidade de seus adversários. Mesmo os mais
confiantes aliados do ex-presidente afirmam que a
disputa será bem mais apertada do que o confortável
cenário de hoje.
Fonte: RevistaForum
21/02/2022 -
Novo presidente da Fiesp critica governo Bolsonaro
Filho de José Alencar (1931-2011),
vice-presidente de Lula por dois mandatos, o
empresário Josué Gomes da Silva diz que gestão
bolsonarista entrará para a história como “um
governo que produziu muitos ataques às instituições,
às vacinas, à Anvisa, à urna eletrônica, à
imprensa”.
O novo presidente da Federação das Indústrias de São
Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, afirmou nesta
quinta-feira (17) que a gestão de Bolsonaro será
lembrada como “um governo que produziu muitos
ataques às instituições, às vacinas, à Anvisa, à
urna eletrônica, à imprensa”.
“Quem sabe, se ele ganhar um segundo mandato, tem
chance de passar para a história com uma outra
imagem. Se o povo do Brasil o escolher, não há
problema. Torço para que faça diferente, se ele se
reeleger”, declarou em café da manhã com
jornalistas.
O empresário, que é filho de José Alencar
(1931-2011), vice-presidente de Lula por dois
mandatos, defendeu que a entidade seja “apartidária”
e “apolítica”, o que significa uma mudança de
orientação em relação à gestão anterior, de Paulo
Skaf, que apoiou o golpe à presidenta Dilma
Rousseff.
De acordo com o novo presidente, “se a Fiesp tiver
que gastar recursos para fazer campanha, ela será
para conscientizar a população que a educação é a
prioridade número 1, número 2 e número 3 para o
país”. Para Gomes, “o Brasil não precisa temer quem
ganhar a eleição”. “Não existe risco para o país com
eleição de candidato A ou B”. “Temos que confiar no
povo brasileiro, na urna eletrônica e no TSE”,
acrescentou.
Ao comentar a recente declaração do presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a
diminuição de temores no mercado quanto a uma
mudança de governo, Josué concordou e disse que
Campos Neto “está dizendo o óbvio”. Para ele, “o
país pode continuar de maneira mais rápida e mais
célere, dando dignidade a seu povo, ou não, mas não
vai acabar”. “As instituições no Brasil são fortes.
Estão sob ataque constantemente, mas são fortes”,
enfatizou.
Josué defendeu que o Estado tenha alguma presença na
economia, o que mostra uma divergência com o
ministro Paulo Guedes, defensor da total ausência do
Estado. “Nem mínimo e nem máximo. Tem que ser o
Estado necessário”, disse, acrescentando que “o fim
é o homem” e que “a economia é o meio”.
O empresário, que é dono da Coteminas, disse que a
carga tributária no Brasil tem contribuído para o
processo de desindustrialização do país. Ele disse
que a Fiesp irá trabalhar em um projeto de reforma
tributária e que a falta de consenso no setor
privado também atrapalha a aprovação. “Não adianta
ser tecnicamente perfeita se não aprovar nunca”,
disse.
Com informações dos portais Brasil 247, Metrópoles
e Valor.
Fonte: Portal Vermelho
21/02/2022 -
Participação de trabalhador em gestão de grande
empresa está na pauta da CAS
Sete projetos estão na pauta da reunião da Comissão
de Assuntos Sociais (CAS) desta terça-feira (22).
Entre eles o que regulariza a participação de
representante dos empregados na gestão da empresa. O
PL 1.915/2019, do senador Jaques Wagner (PT-BA),
acrescenta na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
dispositivo sobre a participação de representante
dos empregados na gestão de empresas com mais de 500
trabalhadores.
Pelo projeto, em empresas que tenham acima de 500
empregados, as convenções e os acordos coletivos de
trabalho disporão sobre a participação de
representante dos empregados na gestão. O
representante, eleito por voto direto, terá
estabilidade desde o registro de sua candidatura até
um ano após o fim de sua participação na gestão. A
duração da participação do representante dos
empregados na gestão da empresa será a prevista no
seu estatuto ou contrato social, sendo permitida uma
reeleição.
Jaques Wagner afirma que o direito à participação
dos trabalhadores na gestão da empresa tem sido
esquecido pelo Congresso Nacional, e sem uma lei
regulamentadora o direito deixa de ser exercido pelo
empregado. O relator na CAS, senador Fabiano
Contarato (PT-ES), concorda com os argumentos,
pontuando que a participação dos empregados “pode
manter empregos, renda e permitir uma avaliação mais
sensata dos valores em jogo”.
Equidade salarial
Também pode ser votado o substitutivo do senador
Rogério Carvalho (PT-ES) ao PLS 205/2018, da
senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que insere na CLT
dispositivo exigindo transparência e divulgação de
diferenças salariais entre homens e mulheres nas
empresas com mais de 250 empregados.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
21/02/2022 -
Portaria desobriga empregador de cadastrar PPP no
eSocial em 2022
Implantação em meio eletrônico será no dia 1º de
janeiro de 2023
O
Diário Oficial da União de sexta-feira (18)
publicou a Portaria 334/22 que desobriga empresas,
até o fim deste ano, de informar os eventos S-2220
(Monitoramento da Saúde do Trabalhador) e S-2240
(Condições Ambientais do Trabalho – Agentes Nocivos)
no eSocial - sistema informatizado da administração
pública. Com a norma, não haverá aplicação de multas
no âmbito do Ministério do Trabalho para as empresas
que não fizerem a declaração em meio digital.
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, a
mudança pretende dar segurança jurídica a todas as
empresas na implantação do chamado PPP - Perfil
Profissiográfico Previdenciário - em meio
eletrônico, além de garantir o tempo necessário para
adaptação a essa nova forma de elaboração do
documento. A implantação do PPP exclusivamente em
meio eletrônico está programada para 1º de janeiro
de 2023.
“Nós vamos dar mais este ano para que as empresas
possam se preparar, principalmente as micro e
pequenas empresas. Fica assegurado que, até 1º de
janeiro de 2023, nada muda em relação à emissão do
PPP. Ele continua sendo feito em papel da mesma
forma que é feito hoje, sem qualquer mudança nas
regras atualmente vigentes”, garantiu o ministro do
Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.
Adequações necessárias
Pela portaria, o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) deverá promover as adequações necessárias no
PPP para que o documento possa estar disponível em
meio eletrônico no dia de início da sua
obrigatoriedade, garantindo que o trabalhador possa
acessar diretamente suas informações nos canais
digitais do instituto, evitando a necessidade de que
o empregador tenha que emitir o documento em papel.
Com a mudança, a expectativa do governo federal é
que o PPP eletrônico aumente a segurança jurídica
para as empresas e reduza a judicialização do
benefício da aposentadoria especial. Entre as
vantagens da implementação por meio eletrônico estão
a informatização de processos, que atualmente são
manuais no âmbito da Administração Pública, mais
segurança na guarda das informações e melhora na
qualidade das informações disponíveis para a
fiscalização.
Histórico
O Perfil Profissiográfico Previdenciário passou a ser
exigido pela Previdência Social para a comprovação
do tempo sujeito a condições especiais de trabalho a
partir de janeiro de 2004, em meio físico (papel).
Em junho de 2020, a previsão do PPP em meio
eletrônico foi incorporada ao Regulamento da
Previdência Social (RPS).
Fonte: Agência Brasil
18/02/2022 -
Novo presidente do TST saúda Temer e quer avaliar
reforma trabalhista ‘sem ideologia’
Emmanoel Pereira disse que Justiça do Trabalho,
que em 2021 completou 80 anos, vem sofrendo
“progressiva perda de competência”
O novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), o potiguar Emmanoel Pereira, 74 anos, disse
em sua posse que a Justiça do Trabalho vem sofrendo
“progressiva perda de competência”. Isso estaria
acontecendo, segundo ele, por uma “interpretação
restritiva” do artigo 114 da Constituição, que trata
desse ramo do Judiciário. Mas o magistrado enfatizou
a importância da Justiça trabalhista, que em 2021
completou 80 anos, na conciliação e pacificação de
conflitos. E mencionou a “reforma” de 2017 como tema
a se avaliar “sem ideologia”.
Pereira nasceu em Natal em outubro de 1947. Formado
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
está no TST desde 30 de dezembro de 2002 em vaga
destinada à advocacia. Por isso, afirmou na posse
nesta quarta-feira (16) que já foi “posto à prova em
ambos os polos”, referindo-se à advocacia e à
magistratura. A vice será a mineira Dora Maria da
Costa, no tribunal desde 2007, mesmo ano em que
entrou o corregedor, o também mineiro. Guilherme
Augusto Caputo Bastos.
“Elementos empíricos”
A posse, híbrida, teve a presença física do
vice-presidente da República, Hamilton Mourão, dos
presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz
Fux, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís
Roberto Barroso, e da Câmara, deputado Arthur Lira,
entre outras autoridades. À plateia virtual,
Emmanoel Pereira lançou saudação especial a “meu
amigo Michel Temer”, referindo-se ao ex-presidente
em cujo governo foi aprovada a “reforma” trabalhista
(Lei 13.467, de 2017), que ainda hoje divide
opiniões na Justiça do Trabalho.
Em novembro de 2017, durante evento em Natal, o
ministro disse que a reforma então
recém-implementada trazia “segurança jurídica” e
tornaria o país mais competitivo. “Evidentemente que
essa reforma terá que ser decantada, passar quatro,
cinco, seis anos sendo aplicada para que o
trabalhador e o patrão comecem a entender as
mudanças que ela traz”, declarou ao jornal Tribuna
do Norte. O projeto original de reforma, bastante
alterado, foi relatado pelo então deputado federal
Rogério Marinho (PSDB), hoje no governo e também
potiguar. No discurso de posse, o presidente faz
saudação a Valério Marinho, advogado e pai do
ex-deputado, “que me iniciou na difícil práxis do
Direito”.
Pereira citou a reforma trabalhista em seu discurso,
mas sem fazer comentários, mas fez elogio a Temer.
Na edição de hoje do jornal Correio Braziliense,
disse que a Lei 13.467 representou uma atualização
diante de significativas transformações nas relações
de trabalho. E declarou que pretende formar um grupo
“destinado a colher elementos empíricos e a produzir
estatísticas”, para avaliar os impactos da reforma
“com base científica, e não apenas em ideologia ou
achismos”.
Mais 327 mil processos em 2021
Em 2021, o Tribunal recebeu 1% processos a menos em
relação ao ano anterior: foram 327.542 novos casos.
Os julgados somaram 446.792, crescimento de 6,5%.
Segundo o TST, o número de processos julgados em
sessão caiu para 29,9% (ante 38,6% em 2020),
enquanto 70,1% foram por decisão monocrática. O TST
tem 446.792 processos com julgamento pendente.
Entre as principais causas de ações, estão, nesta
ordem, honorários advocatícios, horas extras,
negativa de prestação jurisdicional, terceirização
no setor público e intervalo intrajornada. Dos cinco
principais litigantes (objetos de ação), três são do
setor financeiro: Petrobras (7.974 processos
trabalhistas), Banco do Brasil (7.009), Bradesco
(6.675), Correios (6.487) e Caixa Econômica Federal
(6.435).
Fonte: Rede Brasil Atual
18/02/2022 -
Projeto determina entrega de ficha de adesão a
sindicato na contratação do empregado
Objetivo de aumentar a visibilidade dos
sindicatos e sinalizar que filiar-se é uma opção
legítima
O Projeto de Lei 4371/21 torna obrigatória a entrega
da ficha de filiação sindical no ato da admissão no
emprego. O objetivo da medida, em análise na Câmara
dos Deputados, é aumentar a visibilidade dos
sindicatos e sinalizar para o trabalhador que
filiar-se é uma opção legítima.
Pelo texto, o empregador entregará ao empregado,
mediante recibo, a ficha de filiação ao sindicato da
categoria. A proposta insere um artigo na
Consolidação das Leis do Trabalho.
O projeto foi elaborado pela Comissão de Legislação
Participativa, a partir da Sugestão 127/17,
apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores de
Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de
Macabu, Quissamã e Carapebus (Sintepsgap), situado
no estado do Rio de Janeiro.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho,
de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser
votado pelo Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
18/02/2022 -
Projeto que prevê volta de grávidas ao trabalho após
vacina é aprovado na Câmara
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(16/2) projeto que muda regras sobre o trabalho de
gestantes durante a pandemia, prevendo sua volta ao
presencial após imunização. A proposta será enviada
à sanção presidencial.
O Plenário rejeitou emenda do Senado ao Projeto de
Lei 2058/21, de autoria do deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO),
que muda a Lei 14.151/21. Essa lei garantiu o
afastamento da gestante do trabalho presencial com
remuneração integral durante a emergência de saúde
pública do novo coronavírus.
De acordo com o substitutivo aprovado, da deputada
Paula Belmonte (Cidadania-DF), esse afastamento será
garantido apenas se a gestante não tenha ainda sido
totalmente imunizada. Hoje, não há esse critério.
Exceto se o empregador optar por manter a
trabalhadora em teletrabalho com a remuneração
integral, a empregada gestante deverá retornar à
atividade presencial nas hipóteses de:
- encerramento do estado de emergência;
- após sua vacinação, a partir do dia em que o
Ministério da Saúde considerar completa a
imunização;
- se ela se recusar a se vacinar contra o novo
coronavírus, com termo de responsabilidade; ou
- se houver aborto espontâneo com recebimento da
salário-maternidade nas duas semanas de afastamento
garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Para a relatora, deputada Paula Belmonte, o texto
garante o afastamento enquanto não há a proteção da
imunização e também resolve o problema do setor
produtivo. “Quando falamos do empresário, não é o
grande, e sim o pequeno, o microempresário que não
tem condições de fazer esse pagamento. Várias
mulheres querem retornar ao trabalho, pois muitas
vezes elas têm uma perda salarial”, lembrou.
“Temos de corrigir esse equívocos, preservar a saúde
em virtude da vacinação e manter a renda das
mulheres”, disse o autor, deputado Tiago Dimas,
destacando dados de desemprego das mulheres.
Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou o
projeto, juntamente com outras parlamentares de
oposição que tentaram obstruir a votação nesta
quarta-feira. “Em vez de defender as mulheres, é um
projeto misógino, contra as mulheres. Nem aquelas
com comorbidades estarão protegidas”, afirmou.
Termo
Se optar por não se vacinar, a gestante deverá assinar
termo de responsabilidade e de livre consentimento
para o exercício do trabalho presencial,
comprometendo-se a cumprir as medidas preventivas
adotadas pelo empregador.
O texto considera que a opção por não se vacinar é
uma “expressão do direito fundamental da liberdade
de autodeterminação individual” e não poderá ser
imposto à trabalhadora qualquer restrição de
direitos em razão disso.
Comorbidades
A emenda do Senado rejeitada pelo Plenário da Câmara
acabava com a possibilidade de assinatura desse
termo, garantia a continuidade do trabalho remoto à
gestante com comorbidades e condicionava o retorno
após a imunização ao atendimento de condições e
critérios definidos pelo Ministério do Trabalho e
Previdência Social, inclusive para as lactantes.
Gravidez de risco
De acordo com o texto que irá à sanção, caso as
atividades presenciais da trabalhadora não possam
ser exercidas por meio de teletrabalho ou outra
forma de trabalho a distância, mesmo com a alteração
de suas funções e respeitadas suas competências e
condições pessoais, a situação será considerada como
gravidez de risco até ela completar a imunização,
quando deverá retornar ao trabalho presencial.
Esse período será considerado como gravidez de risco
e ela receberá o salário-maternidade desde o início
do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a
empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de
extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não
poderá haver pagamento retroativo à data de
publicação da futura lei.
Antes do parto, a gestante continuará a ter de
retornar ao trabalho presencial nas hipóteses
listadas no projeto (imunização, por exemplo),
quando o empregador não optar por manter as
atividades remotas. Com informações da Agência
Câmara de Notícias.
Fonte: Consultor Jurídico
18/02/2022 -
Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo por 56% do
eleitorado, diz PoderData
Levantamento mostra que a taxa se mantém acima de
50% desde junho de 2021; jovens e mulheres também
rejeitam o presidente
De acordo com pesquisa PoderData divulgada nesta
quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro é
considerado ruim ou péssimo por 56% do eleitorado.
A reprovação do presidente Bolsonaro subiu 3 pontos
percentuais em 15 dias, o que corresponde a uma
oscilação dentro da margem de erro de 2 pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Todavia, o índice de reprovação de Bolsonaro se
mantém acima 50% desde junho de 2021.
Na outra ponta, 28% do eleitorado avalia como
"ótimo" ou "bom" o trabalho de Bolsonaro.
Na divisão por gênero, 61% das mulheres consideram o
trabalho de Bolsonaro "ruim" ou "péssimo"; entre os
homens, o índice fica e 50%.
Entre os jovens com idade de 16 a 24 anos, 66%
consideram Bolsonaro "ruim" ou "péssimo".
Os dados foram coletados de 13 a 15 de fevereiro de
2022, por meio de ligações para celulares e
telefones fixos. Foram 3.000 entrevistas em 243
municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de
erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de
confiança de 95%. Registro no TSE é BR-06942/2022.
Fonte: RevistaForum
18/02/2022 -
Aprovados novos valores do salário mínimo regional
de Santa Catarina
A Assembleia legislativa de Santa Catarina (Alesc)
aprovou nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, o
projeto de lei que reajusta os valores do salário
mínimo regional. Sindicalistas de várias partes do
estado, de sindicatos, federações e centrais
acompanharam a votação. Entre eles, a Nova Central
Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCSTSC).
Liderado pelo presidente da entidade, Izaias
Otaviano, que também é presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do
Mobiliário de Brusque e região (SINTRICOMB), o grupo
acompanhou par e passo as discussões sobre a
proposta, que foi enviada pelo governo do estado. O
projeto é fruto de acordo firmado entre empresários
e empregados, através das centrais e federações,
tanto sindicais laborais quanto patronais.
Na votação, o projeto teve apenas um voto contrário.
Foi do deputado Bruno Souza (Novo),que vota dessa
maneira todos os anos. Ele argumentou que é por
questões ideológicas, por acreditar que um dia seja
possível o trabalhador não receber um valor mínimo,
mas ser valorizado de acordo com sua produtividade.
CONFIRA OS NOVOS VALORES:
Primeira Faixa: de R$ 1281,00 para R$ 1.416,00
Segunda Faixa: de R$ 1.329,00 para R$ 1.468,00
Terceira Faixa: de R$ 1.404,00 para R$ 1.551,00
Quarta Faixa: de R$ 1.467,00 para R$ 1.621,00
Atividades de cada faixa
Primeira Faixa
agricultura e na pecuária;
indústrias extrativas e beneficiamento;
empresas de pesca e aquicultura;
empregados domésticos;
indústrias da construção civil;
indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
estabelecimentos hípicos; e
empregados motociclistas, motoboys, e do transporte
em geral, com exceção dos motoristas.
Segunda Faixa
indústrias do vestuário e calçado;
indústrias de fiação e tecelagem;
indústrias de artefatos de couro;
indústrias do papel, papelão e cortiça;
empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e
revistas e empregados em bancas, vendedores
ambulantes de jornais e revistas;
empregados da administração das empresas
proprietárias de jornais e revistas;
empregados em empresas de comunicações e
telemarketing; e
indústrias do mobiliário.
Terceira Faixa
indústrias químicas e farmacêuticas;
indústrias cinematográficas;
indústrias da alimentação;
empregados no comércio em geral; e
empregados de agentes autônomos do comércio.
Quarta Faixa
indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material
elétrico;
indústrias gráficas;
indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica
de louça e porcelana;
indústrias de artefatos de borracha;
empresas de seguros privados e capitalização e de
agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
edifícios e condomínios residenciais, comerciais e
similares, em turismo e hospitalidade;
indústrias de joalheria e lapidação de pedras
preciosas;
auxiliares em administração escolar (empregados de
estabelecimentos de ensino);
empregados em estabelecimento de cultura;
empregados em processamento de dados;
empregados motoristas do transporte em geral;
empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.
Fonte: Imprensa NCSTSC
17/02/2022 -
PoderData: Lula mantém-se em 40%, Bolsonaro
recupera-se levemente e vantagem no 1º turno cai 5
pontos em um mês
Enquanto Lula tem 40%, os demais candidatos
somados chegam a 51%, indicando realização de
segundo turno
Pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira (16)
mostra que diminui a vantagem do ex-presidente Lula
(PT) em relação a Jair Bolsonaro no primeiro e no
eventual segundo turno da eleição presidencial,
devido à recuperação deste último da queda
expressiva de 2021. Há um mês, no levantamento feito
entre 16 e 18 de janeiro, a distância entre Lula e
Bolsonaro era de 14 pontos percentuais. Agora, a
distância é de nove pontos, o que representa uma
queda de cinco pontos.
O petista segue líder das intenções de voto,
superando também todos os outros pré-candidatos no
segundo turno. Lula está estável, com 40% e
Bolsonaro recuperou-se levemente da queda que teve
em janeiro, com 31% agora.
A pesquisa indica maior chance de realização do
segundo turno: enquanto Lula tem 40% das intenções
de voto, a soma de seus adversários chega a 51%.
Lula tem 40% das intenções de voto no primeiro turno
contra 31% de Jair Bolsonaro (PL), 9% do ex-juiz
parcial Sergio Moro (Podemos) e 4% de Ciro Gomes
(PDT).
A pesquisa ouviu três mil pessoas por telefone entre
os dias 13 e 15 de fevereiro. O nível de confiança é
de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais
para mais ou para menos. O código da pesquisa no
sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é
BR-06942/2022.
Fonte: Brasil247
17/02/2022 -
Produção industrial inicia o ano em menor ritmo
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI),
a produção industrial começou o ano de 2022 em um
ritmo menor. O boletim Sondagem Industrial mostra
que a produção, o emprego e a utilização da
capacidade instalada recuaram de dezembro para
janeiro.
O índice de evolução da produção ficou em 43,1
pontos, contra 43,3 registrados em dezembro, mês já
marcado pela desaceleração da produção industrial.
Além disso, o resultado está abaixo da linha
divisória de 50 pontos entre queda e crescimento da
produção industrial.
Os números refletem o desempenho de pequenas, médias
e grandes empresas que atuam na indústria em geral,
na indústria extrativista e na de transformação.
Emprego – O resultado do boletim mostra que o
emprego também ficou abaixo da linha divisória em
janeiro de 2022, em relação a dezembro de 2021,
quando apontou 48,6 pontos. “O índice ficou abaixo
da linha divisória de 50 pontos, que separa queda de
alta do emprego”, diz o boletim.
Capacidade – Já a utilização da capacidade
instalada das indústrias caiu um ponto percentual
comparado a dezembro, ficando em 67%. É o segundo
mês consecutivo de queda. O resultado é dois pontos
percentuais menor do que o registrado em janeiro de
2021 (69%).
Mais – Acesse o
site da Confederação Nacional da Indústria.
Fonte: Agência Sindical
17/02/2022 -
Com Lula favorito, Bolsonaro deve partir para ‘tudo
ou nada’, avalia cientista político
Com mandato impopular, atual presidente busca
apoio com propostas prejudiciais à economia e pode
deixar ‘bombas fiscais’ ao seu sucessor
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue
com seu favoritismo consolidado nas pesquisas
eleitorais, mantendo significativa vantagem contra o
atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Diante disso,
na avaliação do cientista político da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) Wagner Romão, o atual
líder da extrema-direita deve partir para o “tudo ou
nada”, inclusive criando projetos que serão “bombas
fiscais” para o próximo presidente eleito.
Um dos exemplos citados por Romão é a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis,
conhecida como PEC ‘Kamikaze’, que permite uma ampla
redução de impostos sobre os combustíveis e pode ter
um impacto de mais de R$ 100 bilhões por ano para os
cofres da União. Para o cientista político,
Bolsonaro começa a atirar em diversas direções em
busca de apoio político.
“Isso começou com a conexão de Bolsonaro com o
Legislativo, através do orçamento secreto, vem
mantendo a base política do governo federal e também
é uma busca pela manutenção do seu poder. A PEC da
tributação dos combustíveis é outro ponto forte, que
pode se voltar contra ele mesmo, sendo uma bomba
fiscal para 2023”, alertou o especialista, em
entrevista a Rodrigo Gomes, da Rádio Brasil Atual.
Na última sexta-feira (11), pesquisa Ipespe mostrou
que, apesar de Lula perder um ponto, segue liderando
com 43% das intenções de voto. Seu principal
oponente, Jair Bolsonaro, subiu um ponto e atingiu
25%. O levantamento aponta possibilidade de vitória
de Lula no primeiro turno, já que a distância entre
a soma de todos os outros candidatos (46%) e a
pontuação de Lula (43%) é menor do que a margem de
erro, que é de 3,2 pontos percentuais.
“Diferente das eleições passadas, que teve Bolsonaro
posicionado como apolítico, o eleitor está em busca
de um nome que já conhece. Lula é visto como uma
alternativa à gestão ruim de Bolsonaro. Enquanto
isso, o Brasil não possui um terceiro nome que
consiga contrapor o bolsonarismo. Então, o cenário
de segundo turno entre os dois está quase
consolidado”, avalia Romão.
Federação entre PT e PSB
A reunião, feita na última quinta-feira (10), entre
PT, PSB, PCdoB e PV sobre a formação de uma
federação partidária e eleições nacionais “foi muito
positiva”, segundo o deputado federal Paulo Teixeira
(PT-SP). Apesar do avanço, Marcio França, que o PSB
quer lançar como candidato ao governo de São Paulo,
e Fernando Haddad, nome do PT para o mesmo posto,
são pivôs do principal impasse entre os principais
partidos da possível federação.
Wagner Romão diz que as federações são uma novidade
importante das eleições de 2022, pois permitem a
criação de uma base política forte, principalmente
para Lula vencer Bolsonaro. “A federação buscada
pelo PT, por exemplo, mostra a ideia de dialogar
para além de si próprio e ter uma base forte no
Congresso. A federação é nacionalizada, portanto, é
uma construção que obriga a união em eleições
estaduais e municipais. E isso pode inviabilizar
esse pacto”, disse.
O professor da Unicamp afirma ainda o impasse para o
governo de São Paulo é “natural”, pois considera
consistentes os dois nomes, porém, acredita que
Haddad pode ter mais força pela necessidade mudança
política no estado. “Haddad é um candidato muito
forte e está bem nas pesquisas. Com Alckmin no vice
de Lula, o petista ganha muita força para o governo
estadual. Enquanto isso, França possui dificuldade
de ter apoio da base progressista, porque formava
governo com o PSDB poucos anos atrás”, avaliou.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/02/2022 -
Dieese afirma que 85% dos técnicos de enfermagem
ganham abaixo de piso salarial
Ministério Público do Trabalho aponta acúmulo de
denúncias da categoria nos últimos três anos
Cerca de 85% dos técnicos de enfermagem ganham
abaixo do piso salarial proposto em projeto de lei
em tramitação na Câmara (PL 2564/20). Essa é uma das
conclusões de estudo do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
detalhado em reunião do grupo de trabalho da Câmara
que analisa os impactos financeiros da proposta.
O supervisor em São Paulo do Dieese, Victor Pagani,
disse que o salário médio dos técnicos foi de R$
2.403,00 em 2019, sendo que o piso proposto é de R$
3.325,00. O impacto total dos novos pisos para
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem
seria de R$ 15,8 bilhões.
Mas a carga seria maior para as empresas privadas,
que teriam um aumento da massa salarial e encargos
de 12,81% com os novos pisos. No setor público
federal, por exemplo, o impacto estimado é de apenas
0,04%.
O total de profissionais do setor foi calculado em 1
milhão e 70 mil, segundo o Dieese. 56% dos
enfermeiros estão abaixo do piso proposto de R$
4.750,00; e 52% dos auxiliares de enfermagem recebem
abaixo da meta mínima de R$ 2.375,00.
Denúncias ao MPT
Ileana Mousinho, do Ministério Público do Trabalho
(MPT), disse que a baixa remuneração é um dos
principais motivos para o acúmulo de 11 mil
denúncias da categoria nos últimos três anos. Os
profissionais também se queixam de acidentes de
trabalho não comunicados e baixo número de equipes.
A falta de profissionais, segundo Ileana, faz com
que os trabalhadores tenham vários vínculos
empregatícios:
“Prestam serviços para diferentes empregadores
porque precisam prestar serviços em diferentes
locais devido ao baixo piso salarial. E o empregador
depois diz que a infecção não foi no ambiente de
trabalho dele. E ficam negando o adoecimento do
trabalhador. E ninguém emite a comunicação de
acidente de trabalho. E o trabalhador no setor
privado quando retorna de um auxílio-doença, que não
tem natureza acidentária e não confere estabilidade,
é despedido do emprego”, explicou.
Já Maria Helena Machado, da Associação Brasileira de
Saúde Coletiva, exemplificou a situação com uma
resposta dada em questionário feito junto à
categoria:
“Uma auxiliar de enfermagem de uma determinada
região do país, ela disse: Como pensar no futuro se
eu trabalho tanto, ganho tão pouco e às vezes chego
em casa e não tenho o que comer? Essa é a realidade
da enfermagem”.
Segundo Maria Helena, os profissionais da enfermagem
estão tendo muitas doenças físicas e mentais e 870
já morreram com a Covid-19.
Informalidade
Victor Pagani, do Dieese, foi questionado pelo
deputado Alexandre Padilha (PT-SP), relator do
grupo, sobre as contratações de profissionais de
enfermagem por meio de aplicativos. Ele disse que
elas são informais e não entram na conta usada pela
entidade. Também não entram os profissionais
contratados como empresas.
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC),
coordenadora do grupo, pediu ao Dieese que refaça os
cálculos com números mais recentes, uma vez que os
cálculos foram feitos com base em dados de 2019.
Fonte: Agência Câmara
17/02/2022 -
Lula se posiciona contra privatização da Eletrobras:
"Vendilhões da pátria"
O presidente da Frente Parlamentar de Energia,
senador Jean Paul Prates (PT), criticou o processo
de venda da estatal aprovado pelo TCU
O ex-presidente Lula usou as redes sociais para
criticar a privatização da Eletrobras e fez um apelo
aos empresários para que não embarquem "nesse
arranjo esquisito".
"Eu espero que os empresários sérios que querem
investir no setor elétrico brasileiro não embarquem
nesse arranjo esquisito que os vendilhões da pátria
do governo atual estão preparando para a Eletrobrás,
uma empresa estratégica para o Brasil, meses antes
da eleição", escreveu o líder petista.
TCU autoriza venda da Eletrobras
O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou nesta
terça-feira (15) a primeira fase do processo de
privatização da Eletrobras nos moldes que o governo
do presidente Jair Bolsonaro (PL) desejava. O
presidente da Frente Parlamentar de Recursos
Naturais e Energia (FPRNE), senador Jean Paul Prates
(PT-RN), criticou duramente a decisão.
Por 6 votos a 1, o TCU definiu preços e outorgas em
um cenário favorável à proposta de privatização do
governo Bolsonaro. O único ponto de discordância foi
o valor. Enquanto o Ministério da Economia, de Paulo
Guedes, queria realizar a venda da estatal por R$ 67
bilhões, o TCU elevou a quantia para R$ 130 bilhões.
A autorização foi criticada pelo senador Jean Paul
Prates (PT-RN), líder da Frente Parlamentar da
Energia e relator de propostas ligadas a essa área.
"Hoje o ministro Vital do Rêgo iniciou seu voto
alertando que nenhum país cuja matriz energética
possua dependência da hidroeletricidade como parte
significativa, privatizou seu setor elétrico.
Segundo Vital do Rêgo, estamos falando de
subavaliações na casa das dezenas de bilhões de
reais. Para ele, o valor da empresa deveria estar
fixado em cerca de 130 bilhões de reais e não em 67
bilhões que é o valor que o governo quer vender",
disse o parlamentar em nota enviada à Fórum.
Fonte: RevistaForum
17/02/2022 -
Proposta obriga empresa a informar casos de doença
no local de trabalho quando for necessária
quarentena
Hoje cidadãos e profissionais da saúde já
precisam comunicar casos suspeitos ou confirmados de
doenças de notificação compulsória
O Projeto de Lei 4376/21 obriga o empregador a
informar aos empregados, bem como às autoridades, a
ocorrência no local de trabalho de casos de doenças
que necessitem de isolamento ou quarentena. O texto
em análise na Câmara dos Deputados altera a Lei de
Vigilância Epidemiológica.
Atualmente, já é dever do cidadão – e obrigação dos
profissionais da saúde – comunicar às autoridades
sanitárias os casos suspeitos ou confirmados
daquelas doenças de notificação compulsória. Ao
incluir empresas na regra, o projeto cria multa de
R$ 500 por caso não informado, ou o valor dobrado na
reincidência.
“Não há dúvida de que o reforço aos mecanismos de
vigilância é essencial para conter a disseminação de
doenças”, disse a autora da proposta, deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Segundo ela, ao cooperar
com as autoridades sanitárias, as empresas
permitirão as adequadas medidas para a proteção dos
trabalhadores.
“No decorrer das ações de combate à Covid-19, muito
foi discutido a respeito da necessidade de
estabelecer medidas para conter o avanço não apenas
desta pandemia, mas das próximas que seguramente
ocorrerão”, afirmou a deputada.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Seguridade
Social e Família; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/02/2022 -
Desinformações e notícias falsas sobre reforma
trabalhista
Não é verdade que as articulações de esquerda
para as eleições de 2022 estão defendendo a
revogação total.
por João Carlos Juruna, Nivaldo Santana
O Estadão, que, embora liberal, costumava ser uma
referência de jornalismo sério no Brasil, nos
últimos anos, talvez para emplacar nos algoritmos da
polêmica, tem se rendido ao sensacionalismo e à
desinformação. Em seu antissindicalismo fanático,
viés que está caindo no ridículo de tão caricato e
previsível, o jornal divulga em seu editorial “Entre
o ruim e o pior”, de 14/02, completas inverdades.
Não é verdade que as articulações de esquerda para
as eleições de 2022 estão defendendo a revogação
total da reforma trabalhista. As graves distorções
da reforma deverão ser debatidas no processo
eleitoral sim, mas a revogação total não é uma pauta
definida como o jornal coloca.
Outra desinformação divulgada no editorial é sobre a
volta da contribuição sindical. Ainda que ela seja
constitucional e que por quase 80 anos tenha
assegurado a justa e necessária organização para que
os trabalhadores pudessem ter força para negociar e
conquistar direitos, a sua volta também não está em
questão.
Para que a nossa democracia seja plena e forte, é
fundamental que os trabalhadores tenham respaldo dos
sindicatos. Isso a história já provou. E para que os
sindicatos existam e possam exercer suas funções, a
forma de financiamento, asfixiada na reforma de
forma a beneficiar apenas o patrão, que se discute é
aquela decidida em assembleia no momento da
convenção coletiva. Se o Sindicato negocia por
todos, todos devem contribuir com a entidade.
Também é falso que “não há uma relação causal direta
entre reforma e emprego”. Em seu lançamento, os
defensores da reforma difundiram amplamente que ela
deveria gerar mais empregos por criar no Brasil um
“ambiente competitivo”. Essa é uma das grandes
falácias da reforma que o jornal, lançando mão de um
contorcionismo argumentativo, tenta disfarçar. Está
claro para todos que o desemprego desde 2017 cresceu
progressivamente.
O Estadão não se constrange em dizer que “a reforma
aprovada no Brasil não extinguiu um único direito”.
Para citar apenas alguns dos prejuízos que os
trabalhadores sofreram com a reforma, destaca-se:
extensão das jornadas e criação do contrato com
jornada de 0 hora sem salário (o intermitente);
liberação do trabalho de mulheres grávidas em
ambientes considerados insalubres; desobrigação do
pagamento do piso ou salário mínimo na remuneração
por produção, homologação sem a assistência
sindical, sendo que a maior parte das ações na
justiça são justamente questionando as verbas
trabalhistas; eliminação da gratuidade da Justiça do
Trabalho; determinação de que acordos coletivos
podem prevalecer sobre a legislação entre outras
medidas nefastas.
O jornal chama de retrocesso resgatar uma política
de valorização da classe trabalhadora que oferece a
ela condições para ascensão social, mas esconde que
seu propósito se baseia na volta de relações
impregnadas da mentalidade escravista de mais de um
século atrás.
É espantoso que o Estadão esteja alimentando
desinformação e notícias falsas em um país já tão
combalido por essas chagas.
João Carlos Juruna
Secretário-geral da Força Sindical
Nivaldo Santana
Secretário de Relações Internacionais da CTB e
secretário de Movimento Sindical do PCdoB. Foi
deputado estadual em São Paulo por três mandatos
(1995-2007)
Fonte: Portal Vermelho
16/02/2022 -
Conclat
convidará independentes
Dos estimados 12 milhões de sindicalizados brasileiros
atuais, dois milhões integram bases de entidades
não-filiadas a Centrais Sindicais.
A ideia da organização da Conferência, que
acontecerá em 7 de abril, é também convidar
entidades não-filiadas para o evento. Sindicatos de
peso, como de engenheiros, professores da rede
privada e fiscais da Receita, entre outros, são
independentes.
O anúncio foi feito na quinta (10) por Miguel
Torres, presidente da Força Sindical, durante
Seminário dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região,
filiado à Força. Segundo o sindicalista, “a Conclat
terá mais representatividade na medida em que reunir
o conjunto da base sindical brasileira”.
PAUTA – A Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora, em sua terceira edição (primeira em
1981, segunda em 2010), pretende definir a agenda do
movimento, massificar seus pontos junto às bases,
aos candidatos à Presidência e à sociedade, tendo em
vista que estamos num ano de eleições decisivas para
o Brasil e os trabalhadores.
APOIO – Presidente da Federação dos
Professores (Fepesp), Celso Napolitano, considera
correta a iniciativa, exatamente por ampliar a
representatividade que se busca na nova Conferência.
MAIS – Acesse os sites das Centrais
Sindicais: CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova
Central e da UGT.
Fonte: Agência Sindical
16/02/2022 -
Contra insinuação de Bolsonaro, TSE responde
tecnicamente às Forças Armadas
No fim de semana, o presidente de extrema-direita
voltou a colocar incertezas sobre o sistema
eleitoral
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Luís Roberto Barroso, comunicou à Comissão
de Transparência das Eleições (CTE) que já enviou
respostas para as Forças Armadas sobre dúvidas
técnicas apresentadas sobre o Sistema Eletrônico de
Votação. O anuncio é mais um balde de água fria nas
insinuações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral.
No fim de semana, o presidente de extrema-direita
voltou a colocar incertezas sobre a ordenação. Ele
disse que as Forças Armadas levantaram “dezenas de
dúvidas” e que “temos um sistema eleitoral que não é
da confiança de todos nós ainda”. “A máquina [urna
eletrônica], tudo bem, a máquina não mente. Mas quem
opera a máquina é um ser humano. Então existem
muitas dúvidas”, afirmou.
Contudo, o TSE explicou que foram 80 perguntas
específicas com pedidos de informações para
compreender o funcionamento das urnas eletrônicas,
sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre
segurança ou vulnerabilidades.
As questões, de natureza técnica, foram respondidas
detalhadamente pela Secretaria de Tecnologia da
Informação do TSE em um documento com 69 páginas e
três anexos, somando pouco mais de 700 páginas.
Contudo, a íntegra do documento não foi divulgada
por estar sob sigilo a pedido dos autores das
perguntas.
Os questionamentos foram protocolados pelo
representante das Forças Armadas na CTE durante o
recesso forense, e, após um breve período de pausa,
o conteúdo começou a ser elaborado para esclarecer
todas as eventuais dúvidas existentes.
Com informações do TSE
Fonte: Portal Vermelho
16/02/2022 -
A reforma que algumas pessoas desejam é desmontar o
Estado brasileiro e destruir tudo o que o Brasil fez
desde Getúlio Vargas
O ex-presidente voltou a dizer que revisará a
reforma trabalhista caso volte ao poder: "o que nós
queremos é repor os direitos dos trabalhadores
brasileiros"
O ex-presidente Lula (PT) concedeu na manhã desta
terça-feira (15) entrevista à rádio Banda B, de
Curitiba, e, questionado sobre as reformas
econômicas feitas no Brasil nos últimos anos, como a
trabalhista e da Previdência, chamou a atenção para
o desmonte do país.
"A reforma que algumas pessoas desejam é desmontar o
Estado brasileiro, é o Estado brasileiro não valer
nada", declarou. "Nunca vi um trabalhador brasileiro
falar em reforma. Quem fala em reforma são os
empresários e aqueles que querem comprar aquilo que
representa os interesses do povo brasileiro, como a
Petrobrás e Eletrobras".
Sobre a reforma trabalhista, que o PT, representado
por sua presidente, a deputada federal Gleisi
Hoffmann (PR), e por Lula, já prometeu revisar caso
volte ao poder, o ex-presidente afirmou que a
mudança retirou todas as conquistas que os
trabalhadores tiveram desde a Era Vargas. "Não houve
reforma trabalhista, houve uma destruição de tudo
aquilo que a gente tinha conquistado desde Getúlio
Vargas. E o que sobrou? Nada. Se criou a ideia de
que o cidadão ia deixar de ter carteira profissional
assinada e ia ser um microempreendedor, ia trabalhar
com Uber, com aplicativo, entregando comida.
Acontece que essas pessoas estão descobrindo agora
que eles ficaram escravos, porque trabalham e não
têm direito a férias, à seguridade social, a
descanso semanal remunerado. Então o que nós
precisamos é voltar a discutir uma política
trabalhista que dê ao trabalhador o direito de ele
ser tratado com decência, de ser respeitado. O que
nós queremos é repor os direitos dos trabalhadores
brasileiros".
Fonte: Brasil247
16/02/2022 -
Venda da Eletrobrás pode ser suspensa
O cronograma do governo federal era concluir a venda
do complexo Eletrobrás até março deste ano. Mas,
após estudos técnicos sobre a privatização,
integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU)
advertiram que o procedimento pode ser interrompido
por conta da diferença de valores na venda em
relação ao valor real da estatal.
O preço exato da venda do complexo Eletrobrás ainda
não foi divulgado, mas deve ser conhecido quando o
ministro do Tribunal, Vital do Rêgo, entregar os
relatórios, o que deve ocorrer entre o fim de
fevereiro e o começo de março.
Em 2021, o gabinete do ministro encontrou
informações equivocadas em relação ao preço das
usinas hidrelétricas da estatal, afirmando que as
unidades são mais valiosas do que consta no
contrato, uma diferença de R$ 16,2 bilhões. O
desconto ofertado pelo governo federal pode
incentivar os ministros do TCU a recusarem o
processo de capitalização.
Sindicato – O presidente do Sindicato dos
Eletricitários de São Paulo, Eduardo Annunciato (Chicão),
é contra a venda da estatal. Ele diz: “Haverá o
aumento do desemprego. E além de as privatizações
ampliarem as demissões, também transferem o controle
para empresas multinacionais, que buscam favorecer
seus países de origem, o que desacelera a economia
brasileira e ainda aumenta a desindustrialização”.
Para Chicão, o Planalto está preocupado com o lucro
da venda da empresa ao invés de se preocupar com o
povo. “O atual governo não escuta os trabalhadores,
não escuta os consumidores e só atende aos anseios
do tal mercado.”
Fonte: Agência Sindical
16/02/2022 -
Brasil precisa de uma frente ampla para voltar a
crescer
Sem empregos, sem ganho real, sem aposentadoria
decente, sem comida na mesa e sem moradia. Esse é o
retrato do Brasil de hoje. O país não tem uma
política pública para reverter a situação do
desemprego e de outros problemas que enfrentamos no
nosso dia a dia.
Enquanto isso, a inflação consome mais da metade do
salário e da aposentadoria de milhares brasileiros
que, muitas vezes, mal conseguem levar uma cesta
básica para casa.
Há anos não presenciávamos uma miséria tão grande no
país. Claro que a pandemia favoreceu esse quadro,
mas ela só acelerou o que já estava acontecendo.
Escancarou o que já era previsto em um governo que
não se volta para os mais pobres, que não se importa
com a fome dessas famílias e com a desesperança
presente no olhar de mães e crianças que não sabem
se terão comida à mesa no dia seguinte.
Enquanto tivermos 14 milhões de desempregados e uma
política de desvalorização do salário mínimo, o
Brasil não irá se desenvolver. A questão do emprego
só se resolve com o crescimento do país.
Vários setores da economia estão paralisados por
falta de ação do atual governo. Por isso, precisamos
recuperar o país. Precisamos de uma política de
valorização do salário mínimo e de aumento da
aposentadoria para que os brasileiros voltem a ter
poder de compra.
Para isso, precisamos construir uma grande frente
envolvendo os movimentos sociais, movimentos
populares, partidos políticos. É necessário
construirmos uma grande frente para ganharmos as
eleições e mudar o Brasil para voltar a ter empregos
e crescimento econômico.
Paulinho da Força – deputado federal por São
Paulo
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/02/2022 -
TSE formaliza acordo com 8 redes sociais para
combater desinformação
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formalizou nesta
terça-feira (15/2) a parceria com oito redes sociais
com o objetivo de combater a desinformação sobre o
processo eleitoral deste ano. A iniciativa, que já
vinha sendo anunciada e ocorreu em anos anteriores,
foi firmada em cerimônia virtual.
Neste ano, a novidade foi a inclusão da Kwai,
plataforma de compartilhamento de vídeos curtos.
"Vamos ter um canal direto com o TSE para
[denunciar] conteúdos que violem a legislação
eleitoral e causem risco para a integridade das
eleições", disse Wanderley Mariz, diretor de
relações governamentais e políticas públicas da rede
social.
Nesta terça, foram assinados memorandos de
entendimento que listam ações, medidas e projetos a
serem desenvolvidos em conjunto pelo TSE e as
plataformas, de acordo com as especificidades da
cada uma. Tais ações serão colocadas em prática
mesmo após o período eleitoral, até 31 de dezembro.
Uma das principais linhas de atuação é a remoção de
conteúdos considerados danoso ao processo eleitoral.
Nessa linha, plataformas como TikTok, Facebook e
Instagram anunciaram que seguirão com a exclusão de
publicações nocivas. O Twitter, por sua vez,
demonstrou postura mais cautelosa.
"Não dependemos apenas de decisões binárias de
remoção e ou exclusão de conteúdo, pois sabemos que
oferecer a pessoas o contexto adequado é também uma
ferramenta eficaz e importante para combater a
desinformação", disse Daniele Kleiner Fontes, chefe
de políticas públicas do Twitter.
Já o WhatsApp disse que continuará a suspender
contas que apresentem "atividade inautêntica".
Segundo o representante da plataforma mensagens
instantâneas, Dario Durigan, em todo o mundo são
suspensas mais de 8 milhões de contas por mês do
aplicativo. "A eleição brasileira é a mais
importante para o WhatsApp no mundo em 2022",
afirmou o executivo.
Sem citar concorrentes, Durigan afirmou que o
aplicativo é "dos únicos serviços de mensagens
instantâneas que respeitam a lei brasileira". Desde
o início do ano, o presidente do TSE, Luís Roberto
Barroso, tem criticado o Telegram, um dos principais
concorrentes do WhatsApp, por não possuir
representação no Brasil nem se submeter às leis
brasileiras.
O diretor de relações governamentais do Google no
Brasil, Marcelo Lacerda, anunciou ainda que a
empresa divulgará um relatório de transparência de
anúncios políticos, "que dará visibilidade sobre
quem contratou esses anúncios, quanto pagou, para
quem esses anúncios foram servidos e quais os
parâmetros utilizados para a segmentação desses
anúncios".
Outras iniciativas das plataformas são focadas na
disseminação de informações oficiais sobre o pleito,
que devem receber maior destaque das ferramentas,
por meio de links, stickers, avisos e bots do
próprio TSE.
"Nós conseguimos avançar com ferramentas e
instrumentos que ajudam a justiça eleitoral e as
plataformas a servirem da melhor forma ao pais e a
democracia brasileira", disse Barroso no evento
desta terça. Ele reafirmou que a parceria entre o
TSE e as plataformas não envolve nenhuma troca de
dinheiro. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Consultor Jurídico
15/02/2022 -
Procurador defende revisão da reforma trabalhista do
ilegítimo Temer
Para o PGT, José de Lima Ramos Pereira, a
discussão é necessária porque a reforma “não
entregou o que prometeu”
O Ministério Público do Trabalho (MPT) quer
participar do debate sobre a revisão da reforma
Trabalhista, aprovada no governo do ilegítimo Michel
Temer (MDB), em 2017, que acabou com mais de 100
direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
e legalizou o bico, empregos sem direitos e com
salários baixíssimos. A possibilidade de revisão da
lei foi defendida pelo ex-presidente Lula depois que
a Espanha decidiu fazer uma revisão na reforma
neoliberal feita no país.
O Procurador-Geral do Trabalho, José de Lima Ramos
Pereira, afirmou que a discussão é necessária porque
a reforma “não entregou o que prometeu”. Pereira se
refere a promessa do Temer de gerar mais de 6
milhões de empregos e aquecer a economia.
Um ano depois da reforma ser aprovada pelo Congresso
Nacional, o que se viu foi o fechamento de três
milhões de vagas formais e o número de desempregados
no país alcançando, na época, 13,2 milhões de
trabalhadores.
Apesar da revisão no Brasil não ser apoiada por
candidatos de direita, o chefe do MPT disse ao
Poder360 que é preciso deixar a política de lado e
debater o assunto com “maturidade e seriedade”.
Para Pereira, a reforma Trabalhista não atingiu o
objetivo de melhorar a vida dos trabalhadores
brasileiros. Por isso, precisa ser rediscutida,
assim como aconteceu na Espanha.
“Vamos aos fatos. Houve aumento dos postos de
trabalho? Não. Temos, em 2021, 14,8 milhões de
trabalhadores desempregados. A flexibilização com a
terceirização bem ampla melhorou a vida? Não.
Diminuiu a informalidade? Ao contrário, aumentou.
Então, houve a melhoria da condição de trabalho?
Não. Essa reforma de tantos pontos precisa ser
revista”, afirmou o procurador-geral do Trabalho.
Para o procurador-geral do Trabalho, a ideia não é
revogar ou manter tudo, mas identificar os pontos
que não deram certo e buscar um caminho melhor.
“Vamos chamar governo, trabalhadores, empregadores,
sociedade civil. O Ministério Público do Trabalho se
dispõe a ser um ator ativo e social nesse debate. E
vamos ver os pontos que não deram certo e tentar
fazer um ajuste dessa reforma”, afirmou.
Pereira afirma ainda que esta é uma questão que deve
ser analisada independentemente de quem vença as
eleições presidenciais em 2022.
Independentemente de quem esteja no governo, a
relação de trabalho existe. É igual à questão da
vacinação, não pode ter política nisso. No caso da
vacinação, precisa ter a ciência. E, no caso do
negociado sobre o legislado, a juridicidade,
demonstrar que hoje não está funcionando”, disse.
Covid-19
Para o Procurador-Geral do Trabalho, também não se
pode politizar a pandemia de covid-19 no ambiente de
trabalho. Ele disse que o empregador tem a obrigação
de oferecer um ambiente de trabalho seguro aos
funcionários e indicou que isso passa pela exigência
da vacinação contra a covid-19.
“Todo local de trabalho tem que ser preservado. O
responsável por isso é o empregador. A ele, cabe
garantir que o meio ambiente seja saudável para os
empregados. O 1º passo é exigir a vacinação”,
afirmou o chefe do MPT, que já se colocou de forma
contrária à portaria do governo que proibiu a
demissão de trabalhadores não vacinados, derrubada
pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O procurador-geral também se posicionou de forma
contrária à redução do tempo de isolamento dos
trabalhadores diagnosticados com covid-19, permitida
em janeiro pelo Ministério da Saúde.
“Não adianta encurtar etapas porque pode haver um
mal maior, a contaminação. Eu empregador adotaria,
pelo princípio da precaução, um tempo de pelo menos
7 dias, que é o tempo que a Sociedade Brasileira de
Infectologia diz que é o melhor”, afirmou.
Ele disse ainda que, em caso de contaminação no
local de trabalho, o empregador pode ser
responsabilizado nas esferas trabalhista, civil,
administrativa e, em alguns casos, até penal, mesmo
com a nova regra do governo federal.
“O empregador não tem como se justificar dizendo que
o governo fala que é 5 dias [de afastamento]. Ele é
dono do negócio. Ele que decide. Não vai ser o
governo que vai decidir por ele”, afirmou.
Aplicativo
José de Lima Ramos Pereira também pediu a proteção dos
motoristas e entregadores de aplicativo, defendeu o
cumprimento das leis trabalhistas no home office e
criticou as mudanças trabalhistas propostas
recentemente pelo governo. Entre elas, a medida
provisória 1.045, que renovava o programa
emergencial de manutenção do emprego e da renda, mas
foi alterada e derrubada no Senado.
Confira outros pontos do Poder Entrevista:
Home office – “Trabalhar muito, sem um
horário que controle, é preocupante, porque afeta
seu físico e sua mente. Tem que ter cuidado. […] É
ferramenta importante, mas não pode ter abuso”;
Leis trabalhistas no pós-pandemia – “É
importante ter uma legislação que acompanhe o
dinamismo da relação trabalhista. Mas também é
importante lembrar que hoje temos uma CLT que já foi
bem atualizada e atende, inclusive, às novas formas
de trabalho”;
MP 1.045 (Programa Nacional de Prestação de
Serviço Civil Voluntário e o Prêmio Portas Abertas)
– “Seria um prejuízo enorme e histórico para vários
pontos das relações trabalhistas. Felizmente, o
Senado derrubou”;
Bônus de inclusão produtiva – “Não é criando
isso que vai melhorar a vida do jovem –um bônus que
não é salário, não é bolsa e não vai ter,
possivelmente, encargos que garantam tempo de
serviço. Temos um sistema bom de aprendizagem. Por
que outro sistema que brigue com ele?”;
Motoristas e entregadores de aplicativo –
“Todos têm um vínculo empregatício com a plataforma
digital, tanto que ajuizamos em São Paulo ações
civis públicas na Justiça do Trabalho para garantir
esse vínculo. As empresas precisam assumir o papel
de empregador. A grande preocupação do MPT é que não
tem a proteção desse trabalhador hoje”;
Trabalho escravo – “Fizemos um recorde de
operações em 2021. Mesmo com a pandemia, o ato
ilícito de estímulo ao trabalho análogo à escravidão
foi fomentado. Teve um aumento”;
Sindicatos – “Deve ser discutida uma forma de
buscar o fortalecimento do sindicato. O sindicato
faz um grande papel, mas, da forma que fizeram [a
reforma trabalhista], perdeu muita força. Por isso,
a gente precisa rever vários pontos [da reforma]”.
Fonte: CUT com apoio do Brasil Popular
15/02/2022 -
Salário Mínimo na Espanha sobe para 1000 Euros
A Espanha deu um importante passo para aumentar a
base salarial de toda a economia do país. As
Centrais Sindicais CCOO e UGT e o governo (coalização
do PSOE e Unidos Podemos) celebraram acordo na
última semana, que levará o salário mínimo à 1.000
euros (14.000 euros anuais).
No próximo dia 22, o acordo, que não teve a
participação de representantes dos empregadores,
será aprovado pelo Conselho de Ministro.
Desde 2016, o aumento real acumulado no país é de
39%, já descontada a inflação de 11,04% no período
medida pelo IHPC. Em 2016, o salário mínimo era de
648,60 euros. Os reajustes representaram o acréscimo
de 351,40 euros ou 54,4% de aumento.
Mudanças – A Espanha tem se destacado no noticiário
brasileiro pelas mudanças trabalhistas que vem
promovendo nos últimos três anos, com destaque para
o Acordo Tripartite (governo, empregadores e
trabalhadores), aprovado na primeira semana de
fevereiro pelo Congresso.
Fonte: Agência Sindical
15/02/2022 -
Auxílio-alimentação não pode ser penhorado por
dívida trabalhista
Mesmo tendo natureza indenizatória, o
auxílio-alimentação não pode ser penhorado para
pagar dívida trabalhista, pois serve ao sustento do
devedor e de sua família. Assim decidiu a 1ª Câmara
do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região em
recurso interposto contra sentença da 3ª Vara do
Trabalho de Joinville (SC), que havia negado pedido
de penhora de auxílio-alimentação.
A ação foi proposta por uma auxiliar de cozinha e de
serviços gerais em junho de 2019. Ela afirmou ter
trabalhado por um ano e dois meses em um restaurante
da cidade catarinense sem carteira assinada, na
condição de menor, cumprindo 35 horas semanais. Na
inicial, pediu o pagamento das verbas rescisórias,
com os reflexos financeiros decorrentes do
reconhecimento do vínculo, e de 30 minutos de
intervalo intrajornada que, alegava, eram suprimidos
diariamente.
O réu não contestou a ação ou compareceu à
audiência, o que, segundo a legislação, implica
revelia e confissão, dando ganho de causa à
empregada em cerca de R$ 10 mil. Como o restaurante
fechou e não foram localizados valores em contas ou
outros bens em nome do estabelecimento, a juíza
Patrícia Hofstaetter, a pedido da autora, incluiu o
sócio na execução — ele é funcionário concursado da
Caixa Econômica Federal.
Após uma frustrada tentativa de conciliação, a
magistrada acolheu parcialmente o pedido da auxiliar
de cozinha determinando o bloqueio da parcela do
Participação nos Lucros e Resultados que seria
recebida pelo devedor, mas negou a penhora do
auxílio-alimentação.
O relator do recurso da empregada, desembargador
Hélio Bastida Lopes, reconheceu a natureza
indenizatória (e não salarial) do auxílio, como
estipulado na norma coletiva firmada pelos
sindicatos patronal e de empregados. No entanto,
fundamentado no Código de Processo Civil (artigo
833, IV), argumentou que a natureza da verba não é
determinante para decidir sobre o que pode ou não
ser penhorado, e sim sua destinação.
"Com efeito, ainda que estabelecido o caráter
indenizatório, o auxílio-alimentação tem destinação
comum à do próprio salário em sentido amplo para
sustento próprio e da família, razão pela qual
também albergado pela proteção legal", concluiu. Com
informações da assessoria do TRT-12.
Fonte: Consultor Jurídico
15/02/2022 -
Projeto regulamenta regime híbrido de trabalho na
CLT
Impulsionado pela pandemia, o trabalho em regime
híbrido é uma realidade ainda não regulamentada pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para
alterar essa situação, um projeto de lei em análise
no Senado insere na principal norma trabalhista
diretrizes para essa prática.
De autoria do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o PL
10/2022 traz alterações na CLT exatamente no
capítulo destinado ao teletrabalho. Ele ressalta que
a covid-19 gerou efeitos amplos em vários aspectos
da sociedade, sendo o mundo do trabalho um dos
campos mais afetados pelas condições especiais
provocadas pela emergência internacional. “Uma das
características desse fenômeno foi a generalização
do teletrabalho, ou trabalho à distância, como forma
de manter as atividades laborais e evitar a
aglomeração de pessoas”, destaca.
Contudo, observa o autor, apesar de muitos
trabalhadores se adaptarem bem ao trabalho
domiciliar — por sua flexibilidade e proximidade à
família —, muitas vezes não é possível ou não é
desejada a condução totalmente remota das atividades
laborais. Assim, o regime híbrido assume essa
lacuna, prevendo períodos alternados de prestação de
serviços em condições de teletrabalho (fora das
dependências do empregador) com o presencial, no
local usual de atividade.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
15/02/2022 -
Acordo homologado parcialmente nas instâncias
anteriores é validado na íntegra
Conforme a decisão, o Judiciário deve homologar
ou rejeitar integralmente acordo, e não homologá-lo
parcialmente.
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a validade, sem ressalvas, de um acordo
extrajudicial firmado entre o Banco Santander
(Brasil) S.A. e um caixa dirigente sindical. O
acordo havia sido homologado apenas parcialmente
pelas instâncias anteriores, mas, segundo o
colegiado, o Poder Judiciário pode homologar ou
rejeitar integralmente a transação, mas não fazê-lo
de forma parcial.
Acordo
A ação homologatória foi proposta em dezembro de 2019.
Segundo o acordo, o bancário receberia cerca de R$
110 mil de indenização pelo período de estabilidade
de dirigente sindical, além de verbas rescisórias de
R$38 mil relativas ao contrato de trabalho, que
vigorou de 1985 a 2019.
Homologação parcial
O juízo de primeiro grau, contudo, entendeu ser vedada
a quitação genérica do contrato de trabalho e não
aceitou a quitação ampla dos direitos decorrentes do
contrato de trabalho, limitando a homologação aos
títulos descritos e discriminados na transação
extrajudicial. “A eventual homologação não impede
que o trabalhador postule eventuais diferenças, de
qualquer natureza, inclusive daquelas discriminadas
na petição de acordo”, registrou a sentença.
A sentença foi mantida pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), com o
entendimento de que a homologação é faculdade do
juiz, não havendo direito líquido e certo das partes
a ela. O TRT considerou que, de acordo com a CLT
(855-E), o acordo extrajudicial gera efeitos apenas
em relação às parcelas nele discriminadas, e, no
caso, os termos acordados, “em especial diante da
ausência de concessões mútuas”, não observava o
princípio da boa-fé objetiva.
“Homologar ou rejeitar”
Para o relator do recurso de revista do Santander,
ministro Breno Medeiros, os artigos 855-B a 855-E da
CLT, inseridos pela Reforma Trabalhista (Lei
13.467/2017), não criam a obrigação de o juízo
homologar todo e qualquer acordo extrajudicial
proposto pelas partes, notadamente quando não for
demonstrada a existência de concessões recíprocas ou
se for constatado vício de vontade ou ofensa ao
ordenamento jurídico. Segundo ele, cabe ao Poder
Judiciário somente homologar ou rejeitar
integralmente o acordo, e não homologá-lo
parcialmente, com ressalva de quitação limitada a
determinados valores ou parcelas, “fazendo-se
substituir à vontade das partes”.
No caso, diante da ausência de registros, na decisão
do TRT, de descumprimento dos requisitos de validade
do negócio jurídico e dos requisitos formais
previstos na CLT ou, ainda, de indícios de prejuízos
ao trabalhador ou vícios na vontade manifestada por
ele, o ministro concluiu que não há impedimento à
homologação do acordo. A decisão foi unânime.
Processo: RR-10738-41.2019.5.15.0098
Fonte: TST
15/02/2022 -
Consulta por dinheiro esquecido já pode ser feita
O site Sistema Valores a Receber, do Banco Central,
retomou as consultas de possíveis valores esquecidos
em bancos e instituições financeiras nesta segunda
(14). Estima-se que há cerca de R$ 8 bilhões
disponíveis para saque.
O BC havia disponibilizado o serviço no próprio
site, em janeiro, mas teve a página derrubada. Por
isso, desta vez, a consulta será feita em uma
plataforma exclusiva. Por meio do endereço
valoresareceber.bcb.gov.br, é possível verificar
recursos que estavam parados, seja em contas que
foram encerradas ou na poupança.
Em nota, o BC informa que o cidadão que tiver
qualquer valor a receber poderá solicitar a
transferência a partir de 7 de março. Caso perca a
data, poderá fazer nova consulta, a qualquer
momento, para ter acesso a novo agendamento.
Acesso – Para acessar o Sistema Valores a
Receber é necessário que o interessado tenha
cadastro no site
gov.br, nível prata ou ouro. O cadastro pode ser
feito gratuitamente pelo aplicativo ou pelo site.
Calendário – Quem nasceu antes de 1968 e tem
qualquer valor a receber, deve fazer a consulta e o
resgate entre 7 e 11 de março; aqueles que nasceram
entre 1968 e 1983, fazem de 14 a 18 de março; e os
que nasceram após 1983 podem agendar o resgate do
dia 21 ao dia 25 de março.
Alerta – Sobre o risco de golpes, o BC alerta
que o serviço não está disponível em nenhuma outra
página. Em nota, diz: “Ninguém está autorizado a
entrar em contato com o cidadão em nome do Banco
Central ou do Sistema Valores a Receber. Portanto, o
cidadão nunca deve clicar em links suspeitos
enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.”
Mais – Clique
aqui
e acesse o site do Sistema Valores a Receber.
Fonte: Agência Sindical
14/02/2022 -
Posicionamento portaria 667 - A agenda de destruição
do governo Bolsonaro
Nota das centrais sindicais
O governo Jair Bolsonaro apresentou nesta
quarta-feira (9), através da Portaria 667/2022, sua
Agenda Legislativa com projetos que serão
priorizados pelo Executivo e sua base no Congresso
Nacional.
A agenda trata de diferentes temas econômicos,
sociais, ambientais, de segurança e defesa,
agricultura, mineração, educação, infraestrutura e
saúde. Uma agenda política que não enfrenta os reais
problemas do Brasil, destacadamente dos vivenciados
pela classe trabalhadora e, em especial, dos que
atingem os setores populares mais vulneráveis.
Como sempre, formulada sem nenhum diálogo com o
movimento sindical e as representações da sociedade
e dos governos estaduais e municipais, a agenda não
enfrenta problemas como o desemprego, o baixo
crescimento, a desindustrialização, o abandono do
investimento público em infraestrutura e políticas
sociais.
Pelo contrário, dá continuidade aos seus projetos de
privatização e de entrega do patrimônio público e
das riquezas nacionais para especuladores; amplia
suas ações contra a vida, distribuindo armas e
venenos; e insiste na privatização dos correios, na
eliminação de direitos do povo e dos trabalhadores.
Não contente com as milhares de mortes decorrentes
de seu desleixo com a pandemia da Covid, libera
ainda mais o uso de pesticidas que vão matar quem
trabalha na agricultura e envenenar os alimentos
consumidos pelos brasileiros. Sua posição genocida
amplia ainda mais sua estratégia de armar a
população, que tem resultado no crescimento das
mortes por armas de fogo. Entrega ainda terras
indígenas para as mineradoras.
A agenda prioritária do governo contém 39
proposições que já estão em tramitação no Congresso
Nacional e mais seis temas que estão em fase de
formulação no Poder Executivo. Apesar de não ter
qualquer relação e não enfrentar nenhum dos graves
problemas que atormentam o povo brasileiro, o
governo quer que sejam votadas sem que haja uma
discussão adequada e ampla participação da sociedade
no debate.
Por se tratar de proposições que não enfrentam os
reais problemas do povo, que não promovem a geração
de empregos, não buscam reduzir os preços dos
alimentos, o custo de vida e as altas taxas de
inflação, as centrais sindicais se manifestam de
forma unitária e conclamam aos parlamentares do
Congresso Nacional que rejeitem essa inaceitável e
inoportuna Agenda Legislativa do Governo.
Em direção oposta, as centrais sindicais apelam ao
parlamento brasileiro para que se coloque a serviço
dos interesses do Brasil e dos brasileiros e
trabalhe pelo combate à pandemia, pela superação da
crise econômica com proposições que estimulem o
crescimento econômico e a geração de emprego,
trabalho e renda. E que priorize o combate à fome, à
miséria e à falta de oportunidades de trabalho para
todos e todas.
Chega de atacar os direitos dos trabalhadores. Parem
de entregar o patrimônio e as riquezas de nosso país
para milionários estrangeiros. Basta de armas e
venenos que atentam contra a vida, contra a saúde e
o meio ambiente.
Em defesa da vida, da democracia e dos direitos do
nosso povo, rejeitem mais este pacote da morte, do
desespero e da entrega de nossas riquezas para
estrangeiros e milionários brasileiros.
São Paulo, 11 de fevereiro de 2022.
Sérgio Nobre, presidente da CUT - Central Única
dos Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT - União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, presidente da CTB - Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST -
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto, presidente da CSB - Central de
Sindicatos do Brasil
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Atnágoras Lopes, secretário nacional da CSP
CONLUTAS
José Gozze, presidente da Pública, Central do
Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical
Instrumento de Luta
Fonte: NCST
14/02/2022 -
Lula mantém liderança isolada na corrida
presidencial, revela XP/Ipespe
O ex-presidente também venceria os adversários em
qualquer cenário de segundo turno.
Nessa etapa, por exemplo, ele teria 54% contra 31%
do atual
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
mantém a liderança isolada na disputa pela
Presidência da República. Pesquisa XP/Ipespe,
divulgada nesta sexta-feira (11), revela que ele
possui 43% das intenções de voto contra 25% de
Bolsonaro.
Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) empatam no
3º lugar, com 8% cada. João Doria (PSDB) tem 3%,
André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) marcam
1% cada e Rodrigo Pacheco (PSD), Alessandro Vieira
(Cidadania) e Luiz Felipe D’Ávila (Novo) não
pontuam.
O ex-presidente também venceria os adversários em
qualquer cenário de segundo turno. Nessa etapa, por
exemplo, ele teria 54% contra 31% de Bolsonaro.
A taxa de reprovação do governo Bolsonaro continua
elevada: 64% desaprovam o presidente. No campo
econômico, 63% dos brasileiros dizem que o país está
no caminho errado e 65% acham “muito grande” as
chances de perderem o emprego. Sobre os preços dos
alimentos, 71% avaliam que eles “aumentaram muito.”
Foram feitas 1.000 entrevistas de abrangência
nacional, nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro. A margem
de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Fonte: Portal Vermelho
14/02/2022 -
Para Patah, Conclat será forte e afirmativa
Ricardo Patah é dirigente comerciário paulistano e
preside a UGT Nacional. Ele se entusiasma com a
ideia da terceira Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora, dia 7 de abril.
O dirigente destaca o acerto dos temas Emprego,
Direitos, Democracia e Vida. Para o ugetista, esses
temas compõem o núcleo de preocupações da Central,
desde sua fundação.
Paralelamente aos preparativos da Conclat, a direção
ugetista cuida do 1º de Maio da Central, com a
tradicional exposição de obras e intervenções
artísticas na Avenida Paulista, SP. A organização
das duas atividades – Conclat e 1º de Maio – informa
Ricardo Patah, passará por encontro, presencial e
remoto, dia 9 de março.
Eleições – Sindicalista moderado, Patah, porém, é
crítico severo do extremismo bolsonarista. Ele diz:
“A gente só vê ataques a direitos, desemprego,
precarização do trabalho, desmatamento,
armamentismo. Isso é inaceitável, agride o padrão
civilizatório. Esse projeto político precisa ser
derrotado pelos brasileiros nas eleições deste ano”.
Para o líder ugetista, a Conclat pode agregar forças
rumo a essa superação. O dirigente defende a
massificação de números que denunciam a calamidade
nacional. Patah reforça: “Precisamos mostrar que 116
milhões de brasileiros não comem direito, 19 milhões
passam fome, 41 milhões dos trabalhadores são
informais e que quase 30 milhões estão
desempregados”.
As Centrais preparam uma Conclat unitária, da qual
se extrairá a pauta norteadora das ações sindicais.
Ricardo Patah afirma: “Teremos uma grande
oportunidade e muita responsabilidade. Queremos
mobilizar os trabalhadores, mas também alertar a
sociedade brasileira”.
Fonte: Agência Sindical
14/02/2022 -
Centrais e Fiesp se reúnem por emprego
Os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, da
CUT, Sérgio Nobre, da IndustriAll Brasil, Aroaldo
Silva, e da Fequimfar (Federação dos Químicos do
Estado de SP), Sérgio Luiz Leite (Serginho),
reuniram-se nesta quinta (10) com o novo presidente
da Fiesp, Josué Gomes da Silva.
Na ocasião, os principais assuntos discutidos foram
as políticas nacionais de geração de emprego e de
qualificação profissional. Miguel Torres comenta:
“Foi uma reunião produtiva, que não acaba aqui.
Teremos outros encontros. Defendemos que o Brasil
volte a ter uma forte industrialização, para juntos
combatermos o desemprego e gerarmos empregos de
qualidade.”
Um ponto em comum entre todas as entidades
representadas é a crítica ao aumento na taxa Selic.
“Também falamos sobre a necessidade de o País
reduzir a taxa de juros para beneficiar os setores
produtivos”, disse o presidente da Força Sindical.
Miguel, que também preside a CNTM (Confederação
Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e o
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das
Cruzes, falou sobre as consequências da alta taxa de
juros no Brasil. “Impacta na produção, trava o
desenvolvimento, além de estimular o aumento do
custo de vida”.
Participantes – Também estiveram presentes no
encontro Renato Corona, superintende da Micro e
Pequena Industria e Competitividade da Fiesp; Luis
Vidal, chefe de gabinete da Fiesp; Igor Rocha,
economista chefe da Fiesp; Jacyr Costa, presidente
do Conselho do Agronegócio da Fiesp; Rafael Cervone,
vice-presidente da Fiesp e presidente do Ciesp;
Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp; e Paulo
Schoueri, vice-presidente da Fiesp.
Fonte: Agência Sindical
14/02/2022 -
Audiência discute nesta terça projeto que cria o
Estatuto do Aprendiz
Atualmente, a atividade é regulada pela Lei da
Aprendizagem e pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), além de decretos
A comissão especial do Estatuto do Aprendiz (Projeto
de Lei 6461/19) realiza nesta terça-feira (15) a
primeira audiência pública para discutir a proposta.
Entre outros pontos, o projeto, de autoria do
deputado André de Paula (PSD-PE) e mais 25
parlamentares, estabelece condições sobre os
contratos de trabalho, cotas para contratação,
formação profissional e direitos dos aprendizes.
O relator da proposta, deputado Marco Bertaiolli
(PSD-SP), ressalta a importância social de
aperfeiçoar profissionalmente os adolescentes e
jovens "para que tenham melhores oportunidades de
emprego no futuro e consequentemente maior
subsistência financeira, afastando-se assim essas
pessoas da tentação da criminalidade para conseguir
recursos".
Para isso, segundo ele, é preciso desburocratizar e
modernizar a contratação de aprendizes, sempre
respeitando as restrições constitucionais sobre
proteção do trabalho do menor.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto com os
deputados, entre outros:
- o superintendente-geral do Centro de Integração
Empresa-Escola (CIEE), Humberto Casagrande;
- o coordenador de Relações Institucionais da
Fundação Roberto Marinho (FRM), Marcelo Bentes;
- o presidente Federação Brasileira de Associações
Socioeducacionais de Adolescentes (Febraeda),
Antonio Roberto da Silva Pasin;
- a representante do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) Florence Bauer; e
- a diretora do Centro de Excelência e Inovação em
Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), Cláudia Costin.
A audiência está marcada para as 14h30, no plenário
13.
A comissão
A comissão, que é presidida pelo deputado Felipe
Rigoni (PSB-ES), foi instalada em dezembro do ano
passado.
Projetos de lei cujo conteúdo envolva assuntos de
competência de mais de três comissões permanentes
são analisados por uma comissão especial, que
substitui todas as outras.
Fonte: Agência Câmara
14/02/2022 -
Ipespe: 54% consideram o governo Bolsonaro ruim ou
péssimo
De acordo com a pesquisa, a reportagem do Estadão
destaca que com relação a avaliação do Congresso
Nacional, 48% avaliou seu trabalho como ruim ou
péssimo
A reportagem do Estadão destaca ainda que a pesquisa
Ipespe divulgada na sexta-feira, 11, mostra que a
avaliação negativa do governo Bolsonaro continua
alta: 54% dos entrevistados consideram o governo
ruim ou péssimo, contra 24% que o avaliam como bom
ou ótimo. Aqueles que avaliam o governo regular são
20%.
O Já a desaprovação do governo foi de 64%, contra
31% que aprovaram e 5% que não souberam responder,
segundo apurou a reportagem do Estadão. Na economia,
os que acreditam que a gestão do governo está no
caminho errado são 63%, contra 27% que avaliam que a
economia está no caminho certo. 10% não soube
responder.
Congresso
Com relação a avaliação do Congresso Nacional, 48%
avaliou seu trabalho como ruim ou péssimo. Os que
avaliam o trabalho como regular são 39% e 9% acham
que o Congresso tem realizado um trabalho bom ou
ótimo.
Para a pesquisa, foram feitas 1.000 entrevistas de
abrangência nacional, nos dias 7, 8 e 9 de
fevereiro. A margem de erro é de 3,2 pontos
percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo
BR-03828/2022.
Fonte: Estadão
14/02/2022 -
Especialistas defendem aperfeiçoamento de reforma
trabalhista
Especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.
Paulo defendem aprofundar e aperfeiçoar a reforma
trabalhista para abordar pontos que teriam sido
deixados de lado no projeto aprovado em 2017, como
por exemplo, a equiparação dos empregos formais e
informais.
Para o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho,
pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre)
da Fundação Getúlio Vargas, o país ainda não fez a
reforma trabalhista que se espera, embora já tenha
avançado em alguns quesitos.
"Aquela foi um grande passo, mas ainda não reduzimos
a diferença de custos entre o trabalhador formal
(com carteira de trabalho) e o informal. Enquanto
houver essa diferença de custo, vamos continuar com
o mercado dual de trabalho, que é uma característica
brasileira há décadas. Acho que vamos precisar
aprofundar alguns pontos da reforma, em coisas que
não tivemos coragem de tocar ainda", disse ao
Estadão.
Na visão do economista do trabalho e professor da
USP José Pastore, é preciso incluir, "de forma
urgente", os trabalhadores de aplicativos na
modalidade regulada: "Hoje eles trabalham
praticamente sem proteção alguma, em jornadas
longas, sem segurança de saúde, de acidentes. Essa
questão poderia ter sido resolvida também na reforma
da Previdência".
Barbosa acrescentou que, se a legislação brasileira
não for adaptada, o trabalhador ficará para trás.
"Um mundo novo se abriu com a pandemia. Se eu
trabalho remotamente daqui do Brasil para uma
empresa americana, qual é a legislação que vale? É
preciso deixar a regra do jogo bem clara. Senão a
empresa vai contratar o argentino e não o
brasileiro. Temos que incluir o trabalhador
brasileiro nesse processo", disse.
Fonte: Consultor Jurídico
11/02/2022 -
Plenário mantém liminar que estabelece prazo para
criação das federações partidárias em 2022
Para as eleições deste ano, excepcionalmente, a
data limite foi estendida para 31/5.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de
votos, referendou, nesta quarta-feira (9), liminar
concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso
(relator) na Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) 7021 para, no caso das eleições de 2022,
permitir que o registro de federações partidárias no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja feito até 31
de maio.
A ADI 7021 foi ajuizada pelo Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB) contra dispositivos da Lei
14.208/2021, que alterou a Lei dos Partidos
Políticos (Lei 9096/1995) e criou as federações
partidárias. Pelo texto, as legendas podem se unir
para apresentação de candidatos em eleições
majoritárias (presidente, prefeito, governador ou
senador) ou proporcionais (deputado estadual,
deputado federal ou vereador), com a obrigatoriedade
de permanecerem num mesmo bloco por pelo menos
quatro anos.
Quebra de isonomia
Em relação ao prazo para registro na Justiça
Eleitoral, o ministro entendeu que há uma quebra de
isonomia no tratamento diferenciado dado à federação
partidária. Enquanto os partidos políticos têm de
apresentar o registro até seis meses antes das
eleições, a lei estende esse prazo, em relação às
federações, até a data final do período de
realização das convenções partidárias (5 de agosto).
Para Barroso, essa desequiparação não se justifica e
pode dar à federação uma vantagem competitiva
indevida. Por isso, deve haver isonomia entre
partidos e federações, que devem observar o mesmo
prazo de registro.
Eleições 2022
O ministro considerou, entretanto, que a aplicação do
mesmo prazo nas eleições deste ano limitaria o tempo
para as negociações necessárias. Ele propôs, assim,
a modulação dos efeitos da decisão para ressalvar,
quanto ao prazo, as federações constituídas para as
eleições de 2022, que deverão preencher tais
condições até 31 de maio deste ano.
Autocontenção
Ficaram vencidos, no julgamento, os ministros Gilmar
Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo
Lewandowski, que negavam o referendo da liminar e
mantinham a data limite para a constituição das
federações em 5 de agosto, como estabelecido na lei.
Para eles, não há quebra de isonomia, pois as
federações não precisam ter seu regime integralmente
equiparado ao dos partidos políticos, e é
recomendável a autocontenção judicial em relação ao
processo legislativo.
O ministro Nunes Marques ficou vencido em maior
extensão, ao não referendar a liminar concedida e
propor a suspensão da eficácia da Lei 14.208/2021,
por entender que há vícios de inconstitucionalidade
na norma.
Fonte: STF
11/02/2022 -
Lula supera Bolsonaro em presença digital e é o
candidato mais popular nas redes
Popularidade virtual de Lula começou a aumentar
desde o seu giro pela Europa e acompanha as
pesquisas eleitorais
À frente dos outros candidatos em popularidade
digital, Lula (PT) também superou Jair Bolsonaro
(PL) em presença nas redes sociais. Segundo
levantamento da agência de inteligência em dados .MAP,
o ex-presidente alcançou 15% de participação
digital, enquanto Bolsonaro ficou com 11%.
O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) despencou de 11%
para 2%, João Doria (PSDB) recuou de 2% para menos
de 1%, e Ciro Gomes (PDT) ficou com 0,53%. Esta é a
primeira vez que Lula ultrapassa o atual presidente.
Bolsonaro variou nos primeiros dias de 2022. Ele
perdeu pontos com as férias em Santa Catarina, onde
andou de jet skiy e visitou o parque Beto Carreiro,
enquanto milhares de pessoas morreram e ficaram
desabrigadas em enchentes na Bahia e em Minas
Gerais. No entanto, recuperou posições durante sua
internação hospitalar em São Paulo.
O Índice de Popularidade Digital é feito a partir da
coleta de dados em redes sociais e buscadores como
Twitter, Instagram, Facebook e Google Search e leva
em consideração número de seguidores, capacidade de
promover engajamento e proporção de reações
positivas e negativas às mensagens postadas.
Desde que o IPD começou a ser elaborado, Bolsonaro
sempre esteve na liderança. Em 2021, ele perdeu o
posto no auge das denúncias da CPI da Covid-19 e
após duvidar da segurança das urnas eletrônicas e
ofender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A popularidade de Lula nas redes começou a aumentar
desde o seu giro pela Europa acompanha as pesquisas
eleitorais, que o colocam na frente de todos os
outros candidatos, enquanto Bolsonaro derrete mês
após mês.
Fonte: Brasil de Fato
11/02/2022 -
Lira quer iniciar debates sobre semipresidencialismo
na Câmara
Após a reunião de líderes desta quinta-feira (10), o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL),
afirmou que pretende iniciar já em 2022 a discussão
sobre a implementação do sistema de
semipresidencialismo no Brasil. Apesar do interesse
de Lira na mudança do regime, o parlamentar espera
que o encerramento do debate se estenda pelos
próximos anos.
“É uma discussão que a Câmara vai propor, vai tentar
se unir ao Senado para que o Congresso faça, de
pegar os meses de março, abril, maio e junho para
discutirmos o semipresidencialismo”, anunciou o
presidente da Casa. Lira defende que o debate seja
feito “sem nenhum tipo de pressão de votação, sem
nenhum tipo de texto pronto e sem perspectiva de
votação antes da eleição”.
O plano do congressista é iniciar o debate na atual
legislatura, mas de forma que a discussão siga
adiante pelos parlamentares que entrarem em 2023. “É
um projeto para ser votado inclusive com um
Congresso novo, que seja escolhido em outubro”,
declarou. Lira pretende coordenar as discussões no
contraturno da Casa.
Caso seja aprovada conforme os planos de Lira, a
mudança de regime se daria apenas a partir de 2030.
“Tirando o debate dessa eleição, tirando o debate de
2026. Não fulanizando a discussão, fazendo um debate
de alto nível”, justificou. No mesmo ano será
concluída a implementação da cláusula de barreira
para acesso de partidos ao fundo eleitoral, medida
proposta para reduzir a pulverização de partidos no
Congresso e facilitar a formação de uma maioria,
aumentando a governabilidade de um eventual primeiro
ministro no regime semipresidencialista.
Semipresidencialismo é o regime político adotado
hoje na França, Alemanha e outros países europeus.
Nele, o presidente assume o papel de chefe de
Estado, agente responsável por representar o Brasil
no exterior, comandar as forças armadas, vetar
projetos de lei e assinar acordos internacionais.
Assuntos de gestão interna já ficariam sob
responsabilidade de um primeiro ministro. Em alguns
países este é escolhido diretamente pelo poder
legislativo, enquanto que em outros o primeiro
ministro é indicado pelo presidente e avaliado pelo
parlamento.
Fonte: Congresso em Foco
11/02/2022 -
TCU antecipa julgamento sobre privatização da
Eletrobras
O Tribunal de Contas da União (TCU) analisará na
próxima terça-feira (15) o caso que trata da
privatização da Eletrobras. O julgamento deve
avaliar a primeira parte do processo de venda da
estatal, referente à definição dos parâmetros de
outorga.
O plenário do tribunal discute o caso desde dezembro
de 2021, quando o ministro Vital do Rêgo entrou com
pedido de vista no julgamento, artifício que permite
aos magistrados mais tempo para estudar o processo.
O ministro Aroldo Cedraz, relator do caso, concedeu
mais 60 dias, descontado o recesso de final de ano,
o que levaria o caso ao plenário novamente apenas em
março deste ano.
Na primeira fase da análise da privatização da
empresa, o TCU tem o papel de definir quanto vale
cada hidrelétrica a ser vendida juntamente com a
estatal. Na segunda, definirá a modelagem da venda,
ou seja, o formato de capitalização.
O governo pretende finalizar a privatização da
Eletrobras até maio. Nos bastidores, interlocutores
apontam que o TCU não será um empecilho para os
planos do Planalto.
Fonte: Congresso em Foco
11/02/2022 -
Bancada feminina defende ratificação de convenção
internacional que combate assédio no trabalho
Acordo deve ser assinado pelo governo federal em
março e depois encaminhado ao Congresso Nacional
A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados se
mobiliza pela ratificação da Convenção 190, da
Organização Internacional do Trabalho, que combate a
violência e o assédio no mundo do trabalho.
O texto defende o direito das pessoas a um mundo de
trabalho livre de violência e assédio, e define,
pela primeira vez, em âmbito internacional, o que se
entende por esses termos.
A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Tereza
Nelma (PSDB-AL), afirma que é preciso fazer uma
campanha global. "A OIT está fazendo no mundo
inteiro essa campanha que visa mobilizar governos,
organizações de empregadores e trabalhadores,
sociedade civil e empresas do setor privado, bem
como formuladores de políticas, empresas e
parceiros", afirma a parlamentar.
"A violência e o assédio no trabalho podem assumir
diversas formas e causar danos físicos,
psicológicos, sexuais e econômicos”, alerta Tereza
Nelma.
Iniciativa de empresários
No Brasil, já existe uma campanha de conscientização
de empresários em torno desse tema. Em novembro,
surgiu a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência
Contra Mulheres e Meninas, que deu sinais de
esforços para a ratificação da Convenção 190.
Atualmente, a Coalizão conta com 127 assinaturas,
sendo 67 empresas de serviços, 30 da indústria, 24
do comércio e 6 organizações do terceiro setor.
Quase 2 milhões de trabalhadores são beneficiados
pelas ações da coalizão, com a conscientização ou
ajuda na solução de algum caso ou criação de canais
de denúncias para violências de gênero e formulação
de políticas internas.
Adesão do Brasil
O Poder Executivo deve assinar a convenção e
encaminhar ao Congresso Nacional uma mensagem para
ratificação, o que está previsto para março.
A Constituição determina que acordos internacionais
assinados pelo governo brasileiro devem ser
chancelados pelo Congresso Nacional antes de entrar
em vigor. Por isso Tereza Nelma explica que é
importante sensibilizar os parlamentares.
A Secretaria da Mulher vai apresentar à bancada
feminina o conteúdo da Convenção Sobre Violência e
Assédio no Trabalho, que entrou em vigor em junho
passado, mas foi confirmada por poucos países até
agora: Argentina, Equador, Ilhas Fiji, Grécia, Ilhas
Maurício, Namíbia, Somália e Uruguai.
Fonte: Agência Câmara
10/02/2022 -
Pesquisa aponta ampla vantagem de Lula e chance de
vitória no primeiro turno
A Quaest Consultoria divulgou nova rodada de
pesquisa feita por encomenda da Genial
Investimentos. A nova rodada mantém no mesmo patamar
tanto o pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), que
tenta a reeleição. E indica a possibilidade de
vitória de Lula ainda no primeiro turno. Além disso,
Lula aparece como vencedor em todos os cenários
simulados para o segundo turno.
No primeiro cenário testado pela Quaest, com um
número maior de candidatos, Lula aparece com 45% das
intenções de voto, mesmo percentual da rodada
anterior. E todos os demais candidatos somam juntos
42%. Se as eleições fossem hoje, nesse cenário, Lula
seria eleito no primeiro turno.
No cenário 1, abaixo do candidato do PT, Jair
Bolsonaro aparece com 23%. E aparecem empatados em
seguida, ambos com 7%, Sergio Moro (Podemos) e Ciro
Gomes (PDT). O governador de São Paulo, João Doria,
candidato do PSDB, aparece com 2%. Com o mesmo
percentual está o deputado André Janones, candidato
do Avante. A senadora Simone Tebet, candidata do
MDB, tem 1%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD), e Luiz Felipe D’Ávila (Novo) não pontuam.
No cenário 2, com bem menos candidatos, Lula mantém
o mesmo percentual de 45%. Bolsonaro aparece com
24%. Sergio Moro vai a 9%. Ciro Gomes fica com 8%. E
João Doria aparece com 3%.
No cenário 3, com Janones e sem Doria, Lula outra
vez soma 45%. E Bolsonaro continua com 24%. Moro e
Ciro mantêm seus percentuais de 9% e 8%. E Janones
aparece com 2%.
Foi testado ainda um quarto cenário em que não há as
candidaturas de Moro e João Doria. Nesse caso, Lula
vai a 47%. Bolsonaro a 26%. Ciro Gomes, 9%. E André
Janones, 3%.
Nos cenários de segundo turno, Lula vence todos os
demais adversários. Numa disputa com Bolsonaro, ele
tem 54% e o atual presidente tem 30%. Contra Moro,
seria 52% a 28%. Contra Ciro Gomes, 51% a 24%.
Contra Doria, 55% a 16%. E contra Janones, 56% a
14%.
Fonte: Congresso em Foco
10/02/2022 -
Para rever reforma trabalhista no ‘pós guerra’
brasileiro, será preciso mudar o perfil do Congresso
Não apenas o mercado de trabalho, mas a
Previdência e a própria atividade econômica ficaram
comprometidas nos últimos anos
Treze de julho de 2017 foi uma data festiva em
Brasília, pelo menos para um grupo restrito, que se
reuniu no Palácio do Planalto. Ali, o presidente
Michel Temer sancionava a Lei 13.467, da “reforma”
trabalhista. O auditório estava lotado, mas apenas
com representantes empresariais. Não havia entidades
de trabalhadores na cerimônia. “Esta era uma demanda
antiga no país”, celebrou Paulo Afonso Ferreira,
vice-presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), que em grande medida inspirou o
teor da lei, que entraria em vigor dali a quatro
meses. Temer engrossou o coro otimista: “Estamos
dando mais um passo rumo a um Brasil de mais
crescimento, empregos, e mais oportunidades”.
Quase cinco anos depois, sabe-se que os empregos não
vieram, tampouco a “segurança jurídica” ou mesmo a
valorização da negociação coletiva. E o Congresso
Nacional teve papel central, ao aprovar a “reforma”
trabalhista em tempo recorde. “Penso que a grande
maioria dos deputados jamais leu o projeto”, comenta
o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico
do Dieese, durante debate realizado na noite de
ontem (8). Todos os participantes concordam que será
preciso mudar o perfil do parlamento brasileiro para
tentar rever não apenas a lei de 2017, mas outros
instrumentos legais, que comprometeram a economia.
Situação “dramaticamente” perversa
Representante do Fórum das Centrais, Clemente avalia
que possivelmente uma revisão ou reversão da
“reforma” trabalhista será insuficiente, dada a
situação do país, que ele chama de “dramaticamente”
perversa. Com outra reforma, a da Previdência, já no
atual governo, o país terá menos gente contribuindo
e menos gente com acesso ao sistema de proteção. “O
governo Bolsonaro entregará a Previdência destruída
do ponto de vista de seu financiamento”, afirma o
sociólogo, no debate promovido pelo Centro de
Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, com
apoio da TVT.
Entre os mais de 140 países que fizeram mudanças
trabalhistas nas últimas décadas, diz ainda
Clemente, o Brasil promoveu talvez o mais “violento”
processo de mudança. “Sem diálogo, um golpe dentro
do golpe, contra os trabalhadores.” Repetiu-se a
cantilena de que era preciso reduzir o custo do
trabalho com a promessa, nunca cumprida, de que isso
criaria empregos. O que aconteceu foi a queda da
renda e da demanda. Uma “debilitação estrutural da
dinâmica econômica”, define. Clemente identifica uma
“situação de pós guerra na sociedade brasileira e no
mundo do trabalho”.
População quer mudanças
A presidenta da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),
Juvandia Moreira, concorda que a eleição deste ano
tem caráter plebiscitário. “O trabalhador e a
população estão dizendo claramente, nas pesquisas, o
povo está dizendo que quer mudança. As pessoas viram
o que significou (o impeachment e a eleição do atual
governo) para o Brasil, para a vida do povo
brasileiro. A gente voltou para o Mapa da Fome,
perdeu emprego, perdeu direitos”, sintetiza. Mas,
além da eleição presidencial, reforça Juvandia, é
preciso mudar o parlamento. “Se a gente ficar com
esse Congresso fisiológico, esse Centrão…”
Uma das mudanças necessárias na questão trabalhista,
diz a dirigente bancária, é acabar com os acordos
individuais. Ela observa que trabalhador, sozinho,
não tem poder de recusar imposições patronais. “O
golpe aconteceu para isso, para implementar esse
projeto.” A discussão agora, completa Juvandia, é
sobre “qual país nós queremos”.
Novas ofensivas
Para a economista Ana Georgina Dias, do Dieese, as
consequências para o mercado de trabalho não deixam
dúvidas sobre o caráter “danoso” da reforma
trabalhista. Além disso, desde então não foram
poucas as tentativas de aprofundar as mudanças,
algumas temporariamente barradas, como a “carteira
verde e amarela”. Mas há agora uma série de
recomendações apresentadas no final de 2021 por um
grupo de estudos formado pelo governo, o Gaet, que
também não teve a presença de representantes dos
trabalhadores. E em 28 de janeiro o governo lançou a
Medida Provisória (MP) 1.099, sobre prestação de
serviço civil voluntário. Na visão das centrais
sindicais, mais uma tentativa de “flexibilização” e
precarização trabalhista.
Os danos atuais já são “absolutamente profundos”,
destaca Ana Georgina. “Ainda que se consiga um
movimento de reversão, não será fácil, nem rápida”,
avalia, ressaltando a importância da
governabilidade. “Neste momento me preocupa muito a
correlação e a composição de forças do próximo
Congresso Nacional. Já tivemos (trabalhadores) uma
representatividade muito maior.”
Inspiração patronal
A própria Lei 13.467 se originou, em boa medida, de um
documento da CNI (101 Propostas para Modernização
Trabalhista) de 2012, lembra o analista político e
consultor Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho,
ex-diretor do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap). Anos depois, o
relator do projeto, o então deputado Rogério Marinho
(PSDB-RN), modificou drasticamente o texto original.
Assim, recorda Toninho, um projeto com 12 mudanças
“sai do Congresso com aproximadamente 200”. (Marinho
não foi reeleito, mas ganhou cargos no governo.)
Por enquanto, concordou o analista, foi possível
segurar novas investidas, até por “erros táticos” do
governo. Mas se a eleição trouxer o mesmo governo,
ou semelhante, serão usadas as medidas do Gaet, o
que será “trágico”, alerta.
Sustentação da Previdência
Assim como Clemente, ele destaca a necessidade de se
buscar novas fontes de financiamento para a
Previdência, já que a folha de pagamento não dará
mais conta de mantê-la. Ele acredita, por outro
lado, que a possibilidade de criação das federações
partidárias possa aumentar as chances de “ampliar
significativamente” a representação dos
trabalhadores no Congresso. “Vai beneficiar
enormemente quem estiver unido. (…) O sistema de
distribuição das cadeiras foi profundamente
alterado.” A primeira coisa a fazer é
“desinterditar” o debate, pede Toninho, que já em
2014, no mesmo Barão de Itararé, chamava a atenção
para a ofensiva patronal que se confirmou nos anos
seguintes.
É preciso também, acrescenta Clemente, “denunciar o
estrago” feito desde então. O país “destruiu
proteção e retirou dinamismo da economia”, afirma. O
sociólogo chama a atenção também para a recente
revisão da legislação trabalhista aprovada na
Espanha. “Muito menor do que a destruição que foi
feita, mas é importante. O processo pactuado
considera que a negociação coletiva é um instrumento
central para a regulação das relações de trabalho
onde há um mundo produtivo organizado. (E o)
crescimento do salário é indutor do crescimento
econômico.” O debate eleitoral irá “mostrar que é
possível outro caminho”.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/02/2022 -
Governo Bolsonaro: Inflação explode e é a maior
desde janeiro de 2016
O grupo de alimentos foi responsável pelo maior
impacto; café registrou alta pelo 11º mês seguido
Sob o governo de Jair Bolsonaro a vida se torna mais
cara dia após dia. É o que mostra o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (IPCA) de janeiro, divulgado
na manhã desta quarta-feira (9).
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o IPFA
para o mês de janeiro foi de 0,54%, a maior variação
para um mês de janeiro desde janeiro.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou alta de
10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses
imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a
variação mensal foi de 0,25%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços
pesquisados tiveram alta em janeiro. O setor de
Alimentos e Bebidas teve alta de 1,11% e foi o
responsável pelo maior impacto no índice do mês
(0,23 p.p).
Os alimentos com maiores altas foram as frutas
(3,40%) e as carnes (1,32%).
Os preços do café (4,75%) subiram pelo 11º mês
consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos
12 meses.
Além do café, outros produtos base da alimentação
brasileira registraram alta: cenoura (27,64%),
cebola (12,43%), a batata-inglesa (9,65%) e o tomate
(6,21%).
Fonte: RevistaForum
10/02/2022 -
PT pede cassação de Kim Kataguiri por fala sobre
nazismo
Parlamentar do Podemos-SP disse ser contrário à
criminalização de nazistas na Alemanha e reiterou
sua posição nas redes sociais, em nome da
‘liberdade’ de ser nazista
A bancada do PT na Câmara decidiu entrar, nesta
quarta-feira (9), com um pedido de cassação do
mandato do deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP)
no Conselho de Ética, que afirmou que a Alemanha
errou ao criminalizar o nazismo. De acordo com a
denúncia, a fala do integrante do Movimento Brasil
Livre (MBL) deve responder por quebra do decoro
parlamentar.
Na última segunda-feira (7), durante a participação
no podcast Flow, Kim Kataguiri afirmou que a
Alemanha errou ao criminalizar o nazismo. Durante o
programa, o apresentador do podcast, Bruno Aiub,
conhecido como Monark, defendeu a possibilidade de
se criar um “partido nazista” no Brasil com
“respaldo legal”. Ele ainda afirmou que a liberdade
de expressão deveria valer para agressões
antissemitas e racistas.
Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão dos
Direitos Humanos do Senado, anunciou que a medida
contra Kim Kataguiri será apresentada. “É
inaceitável que alguém eleito pelo voto defenda o
nazismo, um regime que matou mais de seis milhões de
judeus. Quem jura defender a Constituição não pode
ultrajar, exaltando sistemas genocidas, valores que
para ela são sagrados, como a dignidade humana e o
direito à vida”, disse em seu Twitter.
Pressão contra Kim
Nas redes sociais, Kim se defendeu, disse que não fez
defesa do nazismo no programa, mas reiterou que sua
defesa é para que as pessoas tenham a “liberdade” de
serem nazistas sem ser considerado um crime. No
Brasil, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89, é
considerado crime fabricar, comercializar,
distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos
de divulgação do nazismo. Caso seja caracterizado o
ato de divulgar ou comercializar materiais com
ideologia nazista, a pena pode variar entre um a
três anos de prisão e multa.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator
da CPI da Covid, defendeu no seu perfil no Twitter a
cassação do mandato do deputado Kim. “Apologia ao
crime é caso de cadeia, não de opinião”, escreveu
Renan no Twitter. Segundo o senador, o deputado
merece a cassação “por desrespeito às vítimas do
holocausto, judeus e aos brasileiros. Isso não é
assunto para a política, mas para a polícia. Vida é
bem supremo”.
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras,
determinou ainda ontem (8) a instauração de
procedimento para que seja apurada a prática de
crime de apologia ao nazismo por Kim e Monark. As
declarações dadas no podcast serão analisadas pela
assessoria criminal de Aras por envolver um
parlamentar federal, que tem foro no Supremo
Tribunal Federal (STF).
Fonte: Rede Brasil Atual
10/02/2022 -
Relator prevê mais 1 milhão de vagas para jovens
aprendizes a partir de novo estatuto
Comissão especial vai condensar regras hoje
dispersas na Lei da Aprendizagem, na CLT e em outras
normas
Relator da comissão especial da Câmara que analisa a
proposta (PL 6461/19) do Estatuto do Aprendiz, o
deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) aposta que a nova
legislação vai triplicar o atual número de vagas
para jovens de 14 a 24 anos de idade no mercado de
trabalho. Na primeira reunião deste ano, nesta
terça-feira (8), o relator disse que os deputados
têm a missão de produzir um texto “simples, direto,
objetivo e que aumente a efetividade da contratação
de jovens”.
“Se toda a cota estivesse sendo cumprida, teríamos
hoje 1,5 milhão de jovens na condição de aprendizes.
No entanto, temos apenas 360 mil. Isso significa que
nós temos a missão de entregar ao Brasil um estatuto
que pode impactar positivamente na abertura de 1
milhão de vagas de aprendizado para os jovens
brasileiros”, disse o deputado.
A cota citada por Bertaiolli se refere ao percentual
de aprendizes que uma empresa pode contratar. No
texto em análise na Câmara, essa cota pode variar de
4% a 15%. O projeto de lei foi apresentado em 2019
por 26 deputados de variados partidos e recebeu 104
emendas. De forma geral, a proposta de estatuto
trata do trabalho do aprendiz, formação
profissional, entidades formadoras, contratação,
direitos e garantias, além dos deveres e obrigações
dos respectivos estabelecimentos cumpridores de
cota. Bertaiolli explica que a comissão especial vai
condensar regras hoje dispersas na Lei da
Aprendizagem, na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) e em outras normas.
“Que possamos garantir os direitos de todos os
adolescentes e manter as obrigações, como
preconizado na legislação atual. Mas, mais do que
isso: simplificar o entendimento da legislação. Hoje
nós temos, por todo o País, diversas normas
infralegais que foram estabelecidas pelos auditores
do trabalho em suas fiscalizações e que precisam de
uma consolidação”, afirmou.
Os primeiros requerimentos aprovados pela comissão
especial preveem seminários nas cinco regiões do
País, a fim de buscar o entendimento das
“peculiaridades locais”.
A reunião também serviu para a nova eleição do
presidente do colegiado. O deputado Felipe Rigoni
(PSL-ES) havia sido eleito para o cargo por
unanimidade em dezembro, mas perdeu automaticamente
a vaga depois de trocar o PSB pelo PSL. Na nova
eleição, foi mantido o acordo partidário inicial e
Rigoni foi novamente escolhido como presidente (18
votos a 0).
“Estamos juntos para, de fato, fazer essa
transformação na Lei do Aprendiz e nas oportunidades
para os nossos jovens”, afirmou.
Se for aprovado no Congresso Nacional e sancionado
pela Presidência da República, o Estatuto do
Aprendiz ainda levará mais quatro meses para entrar
em vigor. Para esse período, haverá regras de
transição e campanhas de divulgação e de
esclarecimento sobre o texto.
Fonte: Agência Câmara
09/02/2022 -
Sob governo Bolsonaro, miséria, fome e desemprego
explodem no Brasil
O economista Marcelo Neri, diretor do Centro de
Políticas Sociais FGV Social e ex-ministro da
Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Dilma
alerta que a desigualdade aumentou demais
A miséria no Brasil explodiu nos últimos três anos e
nem mesmo o pagamento do Auxílio Brasil pelo governo
Bolsonaro é capaz de impedir que aumenta a pobreza e
a desigualdade no país. O valor médio do benefício,
no valor de R$ 407,54, não é suficiente para comprar
uma cesta básica em nenhuma das 17 capitais
analisadas pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E
mais de 500 mil brasileiros sequer tiveram a
oportunidade de receber o benefício e ainda estão na
fila da miséria. A situação é dramática para milhões
de brasileiros.
“Foi pra isso que acabaram com o Bolsa Família? O
Brasil de Bolsonaro é o país da fome, do desemprego,
da inflação, da violência, do desmatamento e do
desmonte do estado”, critica o senador Rogério
Carvalho (PT-SE). A cesta mais barata foi encontrada
em Aracaju (SE), por R$ 507,82. São Paulo é a
capital com a cesta básica mais cara do país: R$
713,66, em média.
O economista Marcelo Neri, diretor do Centro de
Políticas Sociais FGV Social e ex-ministro da
Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Dilma
alerta que a desigualdade aumentou demais. “A
extrema pobreza baseada em renda aumentou em todos
os anos [mais recentes]”, lamenta. “Isto se deveu à
grande recessão brasileira, ao aumento de
desigualdade de renda do trabalho e ao enxugamento
de programas sociais como o Bolsa Familia”.
Nesta terça-feira, 8, o jornal Washington Post
denuncia que a pandemia deixou o Brasil mais
empobrecido, mais desigual e com maior número de
desempregados. “A inflação subiu acima de 10%. O
custo da gasolina em alguns locais está em níveis
recordes. Quase 20 milhões de brasileiros relataram
que passaram fome recentemente. À medida que as
pessoas ficam em atraso e perdem suas casas, novas
favelas – comunidades informais muitas vezes
fundadas por moradores de rua – estão crescendo em
todo o país”, aponta o diário estadunidense.
O Washington Post entrevistou 30 pessoas na cidade
de Sertânia, em Pernambuco a grande maioria
beneficiária do programa Auxílio Brasil, criado por
Bolsonaro em substituição ao Bolsa Famílias. Segundo
o jornal, apenas três admitiram que planejam votar
no presidente em outubro. A imensa maioria vai de
Lula.
“Nas ruas mais pobres, onde os empregos são escassos
e muitos têm dificuldade para alimentar suas
famílias, veio uma resposta semelhante”, escreve o
correspondente Terrence McCoy. “Votar em
Bolsonaro?”, gargalhou Sabrina Campos Dionísio, 22.
“Ele destruiu o Nordeste”. “Na época de Lula, todo
mundo podia comprar um carro”, diz.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) diz que a maioria
do povo apóia Lula porque na época em que o PT
estava à frente da Presidência da República, a vida
das pessoas era melhor. “O Brasil precisa de Lula
para distribuir renda, gerar emprego e voltar a ser
feliz”, aponta. Até janeiro, 17,5 milhões de
famílias estavam cadastradas para receber o Auxílio
Brasil. A maior parte — 8,3 milhões — está na região
Nordeste, à frente de Sudeste (5 milhões), Norte
(2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (893
mil).
Fonte: PT no Senado
09/02/2022 -
NCST emite parecer jurídico sobre a MP 1099/2022
O departamento jurídico da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) emitiu, no último dia 3 de
fevereiro, parecer jurídico sobre a Medida
Provisória (MP) 1099/2022, que “Institui o Programa
de Serviço Civil Voluntário e o Prêmio Portas
Abertas”.
No documento, os advogados mencionam que a MP
estabelece uma série de flexibilizações na
legislação trabalhista e, por consequência, promove
a precarização das relações de trabalho,
contrariando os princípios constitucionais.
Abaixo - Leia a íntegra do parecer
PARECER
Parecer jurídico sobre a MP 1099/2022, que
“Institui o Programa de Serviço Civil Voluntário e o
Prêmio Portas Abertas”.
NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES - NCST,
inscrita no CNPJ sob o número 07.542.094/0001-70,
com sede no SAUS Quadra 04 Bloco A Salas 905 a 908
(Ed. Victória) - CEP:70070-938 - Brasília-DF, em
observância a seus princípios e objetivos de defesa
da classe trabalhadora e da sociedade brasileira,
vem, por intermédio do presente, emitir parecer
jurídico quanto a MP 1099/2022, que “Institui o
Programa de Serviço Civil Voluntário e o Prêmio
Portas Abertas”. O que faz nos seguintes termos:
A MP em análise busca implementar programa para os
municípios optantes consubstanciado na prestação de
serviços em “atividades de interesse público”, com
duração até dezembro de 2022, com a finalidade de
atender os objetivos do Programa de Serviço Civil
Voluntário (art. 1º, § 1º), bem como atividades de
formação inicial e continuada ou de qualificação
profissional (art. 3º, § 1º), utilizando-se, para
tanto, de auxílio pecuniário de natureza
indenizatória ao beneficiário, a título de bolsa,
divergindo da legislação que versa sobre o serviço
voluntário (Lei 9.608/98).
E o fez sob a argumentação de “reduzir os impactos
sociais e no mercado de trabalho causados pela
pandemia da covid 19;” bem como para “auxiliar na
inclusão produtiva do jovem no mercado de trabalho e
na sua qualificação profissional.
No entanto, a MP 1099/2022, em sua essência, cria
uma modalidade especial de contrato, sem vínculo de
emprego, destinada a pessoas entre 18 e 29 anos ou
acima de 50 anos, afastando todos os direitos
trabalhistas e previdenciários. Essa nova modalidade
de contrato será ofertada pelas administrações
municipais, através de processo seletivo
simplificado.
A Medida Provisória nº 1099/200 estabelece uma série
de flexibilizações na legislação trabalhista, entre
elas: 1) adota o pagamento dos serviços prestados
por meio de bolsa, procedimento este que não tem
natureza salarial; 2) afasta o vínculo empregatício,
extirpando da relação os direitos trabalhistas e
previdenciários; 3) estabelece o pagamento por hora
trabalhada, possibilitando que o beneficiário
perceba valores bem inferiores ao salário-mínimo,
posto que a jornada máxima é de 22 horas semanais,
limitada a 8 horas diárias.
Logo ao analisamos a MP 1099, devemos adotar, como
ponto de partida, os princípios basilares da
Constituição de 1988, consagrados no art. 1º, sendo
imprescindível considerar que a República Federativa
do Brasil se constitui em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos, dentre outros, a
dignidade da pessoa humana e o valor social do
trabalho, devendo a ordem econômica estar apoiada na
valorização do trabalho (art. 170) e a ordem social
tem como base o primado do trabalho (art193). Além
disso, constitui objetivo fundamental da República
construir uma sociedade livre, justa e solidária
(art. 3º, I).
Sendo assim, torna-se inquestionável, que a referida
MP 1099/2022 viola frontalmente o modelo de proteção
social estabelecido pela Constituição, que, em seu
art. 1º, demonstra apreço pelo valor social do
trabalho, pressuposto para a construção de uma
sociedade livre, justa e solidária e para a redução
das desigualdades sociais e regionais, objetivos
fundamentais da República.
Também, contraria o princípio da igualdade, ao criar
trabalhadores de segunda categoria, ao possibilitar
a contratação de pessoas em condições de
vulnerabilidade, posto que, apesar da identidade de
funções, implementa-se a distinção nas condições de
trabalho, contribuindo para arraigamento da
desigualdade social e da pobreza.
Além disso, as disposições da MP atacam os direitos
fundamentais previstos no art. 7º da CF e burlaram a
regra da seleção por concurso inserto no art. 37,
II, da Carta Magna. Além de atropelar a base
jurídica sob a qual assenta-se a relação entre
capital e trabalho, ferem a própria noção de
salário, o qual não possui natureza indenizatória.
Neste sentido, citamos a consideração da Juíza do
Trabalho – Dra Valdete Souto Severo, publicada no
dia 31 de janeiro na Rádio Peão Brasil, de que: “O
texto da MP 1099 faz pensar que 1988 não existiu.
Não há ordem social fundada na dignidade e no valor
social do trabalho, nem direito fundamental à
relação de emprego e à seleção por concurso público?
Havendo uma tal ordem jurídica, como alguém em
Brasília (ou em qualquer outra parte do Brasil), tem
coragem de redigir e assinar um texto como esse”?
Diante do exposto, conclui-se que a MP 1099/2022, ao
instituir o Programa Nacional de Prestação Civil de
Serviço Voluntário, promove a precarização das
relações de trabalho, contrariando os princípios
constitucionais acima aduzidos.
Brasília (DF), 03 de fevereiro de 2022
Agilberto Seródio
OAB-DF 10675
Cristiano Brito Alves Meira
OAB/DF 16.764
Fonte: NCST
09/02/2022 -
Adicional de 10% sobre saldo de FGTS é
constitucional, reafirma Supremo
Com base em jurisprudência da corte, o Plenário do
Supremo Tribunal Federal fixou tese de repercussão
geral para reafirmar que a contribuição social
devida pelos empregados em caso de dispensa sem
justa causa, de 10% sobre os depósitos nas contas
vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), é compatível com a Emenda Constitucional
33/2001.
De acordo com os ministros, o rol, estabelecido pela
emenda, de bases econômicas passíveis de tributação
pelas contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico é exemplificativo, e não taxativo.
A União questionava uma decisão do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região que autorizou uma empresa a não
recolher a contribuição social. A recorrente alegava
que a EC 33/2001 determinou a possibilidade de
incidência sobre faturamento, a receita bruta ou o
valor da operação e o valor aduaneiro, o que não
significaria que essas devem ser as únicas fontes de
receita. "Não há impedimento para que o saldo da
conta do FGTS seja a base de cálculo de uma
contribuição social", defendeu.
O ministro Luiz Fux ressaltou que o tema tem
potencial impacto em outros casos, devido ao grande
número de processos com a mesma discussão. Também
destacou a relevância social e econômica da causa. O
tribunal reconheceu por unanimidade a repercussão
geral da questão.
Fux ainda lembrou que a corte já definiu a
constitucionalidade da contribuição social nos
julgamentos de duas ações diretas de
inconstitucionalidade (ADIs 2.556 e 2.568) e de um
recurso extraordinário. Assim, a decisão do TRF-5
teria contrariado o entendimento do STF.
No mérito, o ministro foi acompanhado pela maioria
dos colegas. Ficaram vencidos os ministros Ricardo
Lewandowski e Edson Fachin. Com informações da
assessoria do STF.
RE 1.317.786
Fonte: Consultor Jurídico
09/02/2022 -
Deputada quer resgatar a política de valorização do
salário mínimo
De acordo com a proposta de Perpétua Almeida, o
reajuste é baseado na Política Nacional de
Valorização do Salário Mínimo,
extinta no começo do governo do presidente Jair
Bolsonaro
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
apresentou uma emenda à Medida provisória (MP) n°
1.091/21, que dispõe sobre o valor do salário mínimo
para este ano.
Segundo a proposta de emenda, o reajuste é baseado
na Política Nacional de Valorização do Salário
Mínimo, extinta no começo do governo do presidente
Jair Bolsonaro. O cálculo considera a previsão de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), e não
somente o índice de inflação.
“Se somarmos a variação do PIB, variações positivas,
teríamos um reajuste de aproximadamente 7%, a título
de ganho real, o que elevaria o atual valor do
salário mínimo para R$ 1.296,84. Isso é o mínimo que
o governo pode fazer pelos trabalhadores
brasileiros. Tudo teve aumento no preço, gasolina, a
energia elétrica, a cesta básica, mas o salário não
acompanhou esse aumento. Não é justo”.
Perpétua destaca que um dos objetivos da proposta é
evitar o achatamento salarial e cumprir a
Constituição, que determina que a correção do
salário mínimo necessita atender as necessidades
básicas do trabalhador e sua família.
“O presidente foge dos reais problemas do Brasil.
Ele botou para debaixo do tapete os 15 milhões de
desempregados, o aumento da fome e da miséria. O
presidente não aponta saída para a inflação, para os
juros altos, para a carestia. A cesta básica sobe
semanalmente. O povo não consegue mais pagar a sua
energia elétrica. E a gasolina? Que é vendida a
preço de dólar”.
Fonte: Assessoria de Comunicação da deputada Perpétua
Almeida
09/02/2022 -
Projeto dispensa a permanência em casa para
trabalhador em sobreaviso
Autor da proposta argumenta que hoje o
trabalhador não precisa ficar em casa para poder ser
contactado pelo empregador
O Projeto de Lei 3544/21 acaba com a exigência de o
trabalhador permanecer no próprio domicílio durante
o regime de sobreaviso. O texto em análise na Câmara
dos Deputados insere dispositivo na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Sobreaviso é uma espécie de plantão: o empregado
fica à espera das ordens do empregador, mas não
precisa estar no local de trabalho; na eventual
demanda, deve cumprir as tarefas para as quais foi
designado, mesmo que a distância.
Atualmente, a CLT prevê explicitamente o sobreaviso
apenas para os ferroviários, exigindo que eles
permaneçam na própria casa para serem facilmente
localizados e mobilizados em caso de necessidade.
Entretanto, os tribunais trabalhistas têm aplicado a
mesma regra em situações similares envolvendo outros
profissionais.
O autor da proposta, deputado Carlos Bezerra (MDB-MT),
lembra que a redação do dispositivo legal é de 1943,
quando não existiam telefone celular, bip, laptop e
internet e, "para que o empregado fosse encontrado
pelo empregador, era necessário que ele ficasse em
sua própria residência".
“O desenvolvimento tecnológico agora permite que o
contato entre empregador e empregado, mesmo fora do
próprio domicílio, seja feito a distância e de modo
instantâneo”, afirmou o parlamentar.
Bezerra explicou ainda que o projeto considera o
substitutivo da Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público a texto anterior
dele (PL 4060/08), bem como sugestões colhidas
durante a análise do tema na legislatura passada.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
09/02/2022 -
Fábrica de calçados terá de pagar valores de lanches
não fornecidos a empregado
A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por
unanimidade, rejeitou o recurso de uma empresa
contra a condenação ao pagamento de indenização pelo
não fornecimento de lanche a um modelista. Segundo a
decisão, o lanche, no valor de R$ 10 e previsto em
norma coletiva, deixou de ser fornecido ao empregado
durante os três anos de contrato.
O empregado disse, na ação ajuizada em maio de 2014,
que tinha a jornada prorrogada por mais de três
horas todos os dias e que a norma coletiva previa o
fornecimento de lanche no valor de R$ 10 aos
empregados que prestassem mais de três horas além da
jornada normal. Contudo, a obrigação não era
cumprida.
Em contestação, a empregadora classificou de
"totalmente falaciosa" a alegação do trabalhador.
Disse que, durante os três anos de contrato, toda
vez que o modelista tinha o direito, conforme a
norma, o lanche fora fornecido.
O juízo de primeira instância e o Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região acolheram o pedido do
empregado, condenando a empresa a pagar o valor
referente ao lanche (R$ 10 por dia) durante todo o
contrato de trabalho. Para o TRT-4, cabia à
empregadora provar que havia fornecido lanche nas
ocasiões em que foram preenchidos os requisitos
previstos na norma coletiva, por ser fato obstativo
do direito pretendido pelo trabalhador.
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Augusto César, observou que a decisão do TRT-4 está
em sintonia com os dispositivos da CLT e do Código
de Processo Civil (CPC) que tratam da distribuição
do ônus da prova, por isso deve ser mantida.
RR 703-55.2014.5.04.0372
Fonte: Consultor Jurídico
08/02/2022 -
Vice-presidentes da NCST debatem prioridades para
2022
Grupo se reuniu com presidente da NCST para
fechar prioridades e ações
Nesta segunda-feira (07), os vice-presidentes da
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
reuniram-se com o presidente Oswaldo Augusto de
Barros, por videoconferência, para debater a pauta
prioritária de 2022 e ações estratégicas.
Em consenso, os dirigentes defenderam que a vida, o
trabalho digno e a democracia – somando-se aos
fundamentos da entidade: “Unicidade, Desenvolvimento
e Justiça Social” – são os valores primordiais a
serem defendidos pela NCST para que se faça justiça
social no ano vigente.
Em documento encaminhado para apreciação dos
participantes, a entidade fez uma ressalva sobre a
importância dessa defesa: ”Nada obstante, tais
princípios vêm sofrendo ataques constantes,
intensificados desde 2016, e que já resultaram na
destruição de diversos direitos trabalhistas e
previdenciários, sendo que, com a entrada em vigor
das leis 13.429/17 (terceirização irrestrita),
13.467/17 (reforma trabalhista, surge o trágico
trabalho intermitente) e com EC 103/19 (reforma
previdenciária), vivenciamos um retrocesso
significativo até mesmo com a possibilidade da
recusa estatal de se cumprir o Artigo 196 da
Constituição Federal, que prestigia a preservação da
saúde e da vida. Tal situação tende a se agravar com
a EC 109/21, que altera a formula de cálculo das
despesas do Estado, e caso seja aprovada a PEC 32/21
(Reforma Administrativa), que promove o desmonte dos
serviços públicos em nível nacional.”
Na primeira versão da minuta de prioridades
constavam os seguintes temas: 1) PRODUÇÃO, EMPREGO E
RENDA; 2) REFORMA TRIBUTÁRIA; 3) COMBATE À PEC 32
(REFORMA ADMINISTRATIVA); 4) REPRESENTAÇÃO POLÍTICA
DA CLASSE TRABALHADORA – ELEIÇÕES 2022; 5) ESTRUTURA
SINDICAL; 6) SAÚDE, EDUCAÇÃO, PROTEÇÃO SOCIAL E
POLÍTICAS PÚBLICAS; 7) SAÚDE E SEGURANÇA NO AMBIENTE
TRABALHO; 8) MEIO AMBIENTE, TERRAS INDIGINAS E
REFORMA AGRÁRIA; 9) COMBATE À DESIGUALDADE DE
GÊNERO, ETNIA E RAÇA; 10) COMBATE À PRIVATIZAÇÃO.
Os vice-presidentes comprometeram-se a analisar a
minuta de forma mais minuciosa para que no próximo
encontro seja fechado o documento a ser apresentado
à sociedade em geral e, em especial, aos candidatos
à presidência. “Vamos visitar os presidenciáveis e
entregar esse documento. O Movimento Sindical
precisa dialogar com aqueles que estão no poder. A
credibilidade se conquista com diálogo no exercício
da boa política. Precisamos colocar em prática tudo
aquilo que vamos colocar no papel”, enfatizou o
presidente da NCST, Professor Oswaldo.
Fonte: NCST
08/02/2022 -
1 a cada 5 eleitores de Bolsonaro votará em Lula em
2022, diz pesquisa
Levantamento confirmou a liderança de Lula no
pleito de outubro deste ano, com 41% da preferência
de votos
Se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) herdaria um em cada cinco
eleitores (21%) de Jair Bolsonaro (PL) em 2018. Os
dados são da nova pesquisa PoderData, divulgada
nesta segunda-feira (7).
Segundo o levantamento, Sergio Moro (Podemos)
herdaria 10% dos eleitores bolsonaristas
arrependidos. 7% dizem que votariam em branco ou
anulariam o seu voto em outubro de 2022. Ciro Gomes
(PDT) teria 4% desta parcela do eleitorado.
Os volumes de votos do ex-capitão que migrariam para
os dois principais adversários de Bolsonaro mudaram
significativamente em comparação ao último
levantamento da PoderData. Entre 16 e 18 de janeiro,
cada um dos adversários do presidente tinha 12% dos
votos de arrependidos. Já os que dizem que manterão
o voto no ex-capitão somavam 58% em meados de
janeiro, hoje são 54%.
Entre os eleitores que dizem ter votado em Fernando
Haddad (PT), Lula tem larga vantagem, com 72% da
preferência dos votos. Moro não soma nenhum
percentual entre arrependidos do voto no candidato
petista e Ciro fica com 12%.
A pesquisa PoderData foi realizada entre 31 de
janeiro e 1º de fevereiro, entrevistando 3 mil
pessoas por telefone em todo o Brasil. A margem de
erro é de dois pontos percentuais.
O mesmo levantamento, em outros recortes, confirmou
a liderança de Lula no pleito de outubro deste ano.
O petista tem 41% da preferência de votos, enquanto
o ex-capitão soma apenas 30%. Entre os demais
candidatos, Sergio Moro e Ciro Gomes são os de maior
destaque, com 7% cada.
A pesquisa também mediu um empate técnico entre Lula
e Bolsonaro no eleitorado masculino. O
ex-presidente, no entanto, tem ampla vantagem nas
demais camadas da população. Bolsonaro também segue
com alta reprovação entre os brasileiros, segundo o
mesmo levantamento.
Com informações da CartaCapital
Fonte: Portal Vermelho
08/02/2022 -
Centrais Sindicais convocam para abril conferência
nacional da classe trabalhadora
As centrais sindicais divulgaram nota na manhã desta
segunda-feira (7), nota convocando para a Conclat
2022 – Conferência Nacional da Classe Trabalhadora.
A Conferência Nacional da Classe Trabalhadora será
realizada no dia 07 de abril, no formato híbrido
(presencial e virtual), sob todos os protocolos
sanitários, em São Paulo capital, com transmissão
por TV e redes sociais do movimento sindical.
No texto, os presidentes das centrais adiantam que
na conferência, será lançada a Pauta da Classe
Trabalhadora 2022, que está em elaboração. “Essa
Pauta vai apresentar à classe trabalhadora e a toda
a sociedade um conjunto de propostas que espelham o
modelo de desenvolvimento necessário para o Brasil
gerar empregos de qualidade, crescimento dos
salários, proteção dos direitos trabalhistas,
combate às desigualdades, proteções sociais e
previdenciárias, a defesa da democracia, da
soberania e da vida, diz a nota.
Veja a seguir a íntegra da nota:
NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
CONCLAT 2022 – EMPREGO, DIREITOS, DEMOCRACIA E VIDA
Centrais Sindicais convocam para abril
conferência nacional da classe trabalhadora
Na esteira da oportunidade e desafio de mudar os
rumos do desenvolvimento do país, depois de um longo
período de resistência e luta aos ataques sem
precedentes impostos por este governo, que ignora e
persegue a classe trabalhadora e seus legítimos
representantes, as Centrais Sindicais, de forma
unitária, convocam trabalhadores e trabalhadoras de
todo o Brasil para a Conclat 2022 – Emprego,
Direitos, Democracia e Vida.
A Conferência Nacional da Classe Trabalhadora será
realizada em 07 de abril, no formato híbrido
(presencial e virtual), sob todos os protocolos
sanitários, em São Paulo capital, com transmissão
por TV e redes sociais do movimento sindical. Na
conferência,será lançada a Pauta da Classe
Trabalhadora 2022, que está em elaboração.
Essa Pauta vai apresentar à classe trabalhadora e a
toda a sociedade um conjunto de propostas que
espelham o modelo de desenvolvimento necessário para
o Brasil gerar empregos de qualidade, crescimento
dos salários, proteção dos direitos trabalhistas,
combate às desigualdades, proteções sociais e
previdenciárias, a defesa da democracia, da
soberania e da vida.
Além de propostas, o documento trará as
reivindicações do conjunto das Centrais Sindicais
para garantir a inclusão e o protagonismo da classe
trabalhadora no debate eleitoral e no pós-eleições.
Essa Pauta será entregue aos candidatos/as à
Presidência da República e ao Congresso Nacional.
As Centrais Sindicais orientarão suas entidades e
sindicatos a realizar encontros estaduais e
regionais, após a Conclat, para definir ações e
propostas locais e, a partir delas, produzir Pauta
Unitária local, complementar à pauta nacional, que
também será entregue aos candidatos aos executivos e
legislativos nos estados, além de articular as ações
locais conjuntas. As Centrais Sindicais destacam a
importância de iniciativas para eleger lideranças
comprometidas com a pauta da classe trabalhadora nas
eleições de outubro.
O objetivo é contribuir para superar o caos
instalado no país por um governo que aprofundou o
desemprego e a pobreza, aumentou a carestia e a
fome, deixando milhões no desalento e abandono,
confrontou a ciência e a saúde na pandemia, sabotou
vacinas e o SUS. Mais do que nunca, o Brasil precisa
de uma Pauta da Classe Trabalhadora que exija o
compromisso de mudanças no rumo do desenvolvimento
brasileiro, com ênfase nas questões do trabalho, na
proteção da vida e no fortalecimento da democracia.
Os números comprovam a destruição enfrentada pelo
Brasil e pelos brasileiros: hoje, desempregados,
subocupados em bicos e pessoas fora do mercado de
trabalho, mas que precisam trabalhar, somam 29,1
milhões, ou seja, 25% da força de trabalho
brasileira ou está sem emprego ou está no
subemprego. 41 milhões de trabalhadores são
informais; no setor privado, 1 a cada 4
trabalhadores não tem carteira de trabalho assinada.
Enquanto os juros sobem a dois dígitos, 116,8
milhões de brasileiros não têm acesso pleno e
permanente a alimentos. Desses, 19 milhões passam
fome. A morte por Covid já matou mais de 630 mil
pessoas, volta a subir e o governo questiona a
vacinação de crianças. Não aceitamos e não queremos
esse país!
Por fim, ao realizar a Conclat 2022 e oferecer com
transparência, democraticamente, à sociedade nossas
propostas, reafirmamos nossas convicções de que a
consolidação e o amadurecimento da democracia no
país passam necessariamente pelo fortalecimento das
organizações da sociedade civil e, dentre elas, o
maior segmento organizado do povo brasileiro, que
são os trabalhadores e as trabalhadoras
representados pelas entidades do movimento sindical.
Brasil, 07 de fevereiro de 2022
Sérgio Nobre, presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, presidente da CTB – Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto, presidente da CSB – Central de
Sindicatos do Brasil
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Atnágoras Lopes, secretário nacional da CSP CONLUTAS
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical
Instrumento de Luta
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/02/2022 -
Dieese: salário mínimo ideal de janeiro deveria ser
de R$ 5.997, quase cinco vezes mais que o real
Mensalmente, o Dieese analisa quanto um
trabalhador deveria receber para suprir suas
despesas e de sua família,
considerando o custo de vida do momento
O salário mínimo ideal para atender, em janeiro de
2022, a uma família com dois adultos e duas crianças
deveria ser de R$ 5.997,14, mostra a Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada
nesta segunda-feira (7) pelo Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos).
O valor é 4,95 vezes maior que o piso nacional
vigente, que é de R$ 1.212.
A pesquisa é realizada mensalmente pelo Dieese, que
estima qual seria o salário mínimo necessário para
suprir as despesas de um trabalhador e sua família
com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em dezembro de 2021, o valor foi de R$ 5.800,98,
levando em conta a cesta básica mais cara do país,
que naquele mês foi a de São Paulo.
O salário mínimo real atual não repõe sequer a
inflação do ano passado. Segundo o INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor), indicador que
corrige a remuneração básica, a alta da inflação foi
de 10,16% em 2021. O reajuste do salário mínimo foi
de somente 10,02%.
Fonte: Agência Sindical
08/02/2022 -
Em 2022, apenas 500 mil brasileiros sairão do
desemprego, maioria para a informalidade
Um levantamento realizado pela consultoria IDados,
nesta quarta-feira (2), mostra que o nível de
desemprego no Brasil deve estagnar em 2022.
A projeção, que usa como base os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra
que apenas 500 brasileiros saíram do desemprego,
dentre as vagas formais e informais.
O estudo detalha que a taxa de desemprego no país
deve atingir 11,2% da população brasileira ao final
de 2022. Trata-se de uma queda de 0,4% na comparação
com dezembro de 2021, quando o IBGE divulgou uma
taxa de desemprego de 11,6% no país.
Em valores absolutos, o número de ocupados no Brasil
aumentará em cerca de 500 mil. No entanto, 12
milhões de brasileiros seguirão desocupados ao final
de 2022.
“O cenário de atividade econômica e de mercado de
trabalho em 2022 é bastante incerto. Contribuem para
essas incertezas os riscos de disseminação da
variante Ômicron, de piora do quadro fiscal, e de
aumento dos gastos públicos com a proximidade das
eleições. Apesar da flutuação do desemprego ao longo
do ano, decorrente dos efeitos sazonais, acreditamos
que no fim deste ano estaremos com uma taxa de
desemprego em patamar muito parecido ao que irá
vigorar no fim de 2021”, ressalta a consultoria.
A projeção mostra ainda que a criação de empregos,
em 2022, deve ser puxada principalmente pela
absorção de trabalhadores desempregados pelo mercado
informal.
O professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), Pierre Souza, afirma que a maior parte das
vagas seriam destinadas ao setor de serviços, que se
recupera após a pandemia de Covid-19.
Fonte: CNN Brasil
08/02/2022 -
Projeto reduz multa sobre FGTS nos casos de demissão
sem justa causa
Hoje, o empregado nessa situação recebe
indenização de 40% sobre o FGTS; projeto reduz para
25%
O Projeto de Lei 2383/21 reduz a multa a ser
depositada pelo empregador na conta vinculada do
empregado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) em caso de demissão sem justa causa e por
culpa recíproca ou força maior.
Atualmente, na demissão sem justa causa, o empregado
recebe uma indenização de 40% sobre a soma de
depósitos feitos pelo empregador. O texto em análise
na Câmara dos Deputados altera a Lei do FGTS e baixa
a multa para 25%. Em caso de culpa recíproca ou
força maior, reduz dos atuais 20% para 10%.
“Essa multa, como está atualmente, onera o
empregador e traz um incentivo não desejável ao
mercado de trabalho”, afirma o autor da proposta,
deputado Nereu Crispim (PSL-RS). “A redução dos
encargos sociais poderá contribuir para o aumento da
competitividade nacional”, analisa o parlamentar.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
07/02/2022 -
Espanha aprova nova reforma trabalhista com votação
apertada
Texto que estabelece novas regras para o mercado
laboral é inspiração para Lula
A nova reforma trabalhista da Espanha foi aprovada
na noite da última quinta-feira (3) com apenas um
voto de vantagem. O novo texto substitui a reforma
aprovada em 2012 durante a gestão do tradicional
Partido Popular. As bancadas do PP e do partido de
extrema direita Vox exigem uma segunda votação,
alegando que projeto de lei só foi aprovado por um
voto "equivocado" de Alberto Casero, deputado pelo
PP.
O ministro da presidência, Félix Bolanõs, acusa a
direita de "todo tipo de arte" para derrubar o
decreto-lei. Já o líder do partido Unidade do Povo
Navarro (UPN) acusa o PP de comprar dois deputados
do seu partido para contrariar a decisão da
organização e votar "não" pela reforma.
O texto base já havia sido aprovado pelo Conselho de
Ministros espanhol há um mês e convertido em “real
decreto-lei”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já
afirmou que a reforma trabalhista da Espanha deve
ser “acompanhada de perto” e se encontrou com a
ministra do Trabalho da Espanha, Yolanda Diaz, para
discutir o modelo do país europeu de regulação do
trabalho em aplicativos e plataformas. Outras
lideranças do PT também já teceram elogios à
legislação trabalhista da Espanha.
A legislação foi fruto de um acordo entre o governo
espanhol, comandado por Pedro Sánchez do Partido
Socialista Operário Espanhol (PSOE), sindicatos
patronais e de trabalhadores, e busca reduzir os
índices de desemprego e informalidade que a primeira
reforma laboral desatou. A Espanha tem uma taxa de
desemprego de 14,5%, uma das mais altas da União
Europeia, e entre os empregados cerca de 25% estão
no setor informal.
Em janeiro de 2022, a participação de contratos
indefinidos no total de contratos do mercado de
trabalho subiu 37,6% na comparação com janeiro de
2021, segundo dados oficiais.
A nova reforma coloca mais regras nas contratações
temporárias, estabelecendo um prazo máximo de um ano
para esse tipo de vínculo empregatício e não permite
dois contratos consecutivos do mesmo tipo. Também
determina que trabalhadores terceirizados deverão
receber o mesmo salário que os demais empregados
para exercer a mesma função.
A lei ainda proíbe demissões de funcionários por
motivos econômicos e estabelece o Expediente de
Regulação do Trabalho Temporário — medida criada
durante a pandemia para evitar que trabalhadores
percam o salário e o emprego devido à suspensão da
atividade nas suas empresas.
Enquanto a direita considera as mudanças
desnecessárias, os partidos mais à esquerda afirmam
que ela ainda é insuficiente pois continua
permitindo a subcontratação e permite que as
empresas possam alterar as condições de trabalho sem
negociações prévias com o sindicatos das categorias
profissionais.
Fonte: Brasil de Fato
07/02/2022 -
Centrais discutem calendário que inclui Conclat, 1º
de Maio e mobilização para eleições
Entidades preparam documento para reivindicar
mudanças na economia e retomada do crescimento, com
emprego e redução da desigualdade
As centrais sindicais podem fechar nesta semana uma
agenda de prioridades para o semestre. Entre elas,
uma “nova Conclat” em abril e outra edição do 1º de
Maio unificado, como nos três anos anteriores. Além
disso, vão elaborar uma “pauta da classe
trabalhadora”, a ser entregue aos candidatos à
Presidência. Assim como em 2018, os sindicalistas
destacarão os principais pontos que consideram
necessários para a retomada do desenvolvimento, com
distribuição de renda e redução da desigualdade. Na
eleição anterior, a chamada “agenda prioritária” das
centrais tinha 22 itens.
Reforma trabalhista
Já naquele momento, as centrais defendiam a revogação
da Lei 13.467, de 2017, sobre “reforma” trabalhista.
Um tema que voltou ao debate recentemente, com a
anunciada disposição do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, até agora líder nas pesquisas, de
rever a legislação. Não exatamente revogar, mas
procurar um caminho negociado para modificar alguns
itens.
Como acaba de acontecer, por exemplo, na Espanha. Na
última quinta-feira (3), o Congresso convalidou
decreto real que modificou parte da reforma feita em
2012, principalmente em relação aos contratos
temporários. “Foi uma vitória, sobretudo para quem
sabe que para dar os passos seguintes na conquista
de direitos é preciso consolidar os direitos que
conseguimos com esta reforma”, assinala o
secretário-geral da CCOO (central sindical
espanhola), Unai Sordo. “Ganharam os precarizados”,
afirma o dirigente.
Contra a precarização
No Brasil, por enquanto, as medidas do governo apontam
para mais flexibilização. Na semana que passou, as
centrais divulgaram nota contra a Medida Provisória
(MP) 1.099, que criou o Programa Nacional de
Prestação de Serviço Civil Voluntário e o Prêmio
Portas Abertas. Para as entidades, a medida é mais
um “golpe” contra os trabalhadores. “Não passa de
nova manobra do governo Bolsonaro para retirar ainda
mais direitos”, afirmam. Segundo os sindicalistas,
por meio da MP o Executivo “simula enfrentar o
desemprego incentivando as contratações precarizadas
e com baixa remuneração” nas prefeituras.
A “nova Conclat“, sigla de Conferência Nacional da
Classe Trabalhadora”, está prevista para 7 e 8 de
abril, mas a data e o local ainda serão confirmados
oficialmente. O evento marcou a rearticulação do
movimento sindical ainda sob a ditadura. Teve uma
reedição em 2010, no estádio do Pacaembu, em São
Paulo. O tradicional palco esportivo acaba de ser
privatizado e está em obras. Era o último ano do
governo Lula, em uma situação bem diferente, com
certa estabilidade política e crescimento econômico.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/02/2022 -
Bolsonaro impõe arrocho e trabalho infantil
O boletim “De olho nas negociações”, publicado na
semana passada pelo Dieese (Departamento
Intersindical de Estudos e Estatísticas
Socioeconômicas), confirma que os trabalhadores
vivem no inferno bolsonariano.
Altamiro Borges*
Só 15,8% dos reajustes salariais negociados em 2021
tiveram ganhos reais. A maior parte das negociações
coletivas do ano passado ficou abaixo da inflação
(47,7%) ou apenas repôs as perdas inflacionárias
(36,6%).
Brutal arrocho dos salários!
Em entrevista à Agência Sindical, Fausto Augusto
Júnior, coordenador-técnico do Dieese, elenca várias
razões para essa tragédia nos últimos anos — como
“recessão continuada, alto desemprego, informalidade
e perda de receita sindical, que trava as
mobilizações das bases”.
O economista também pondera que “há uma relação de
causa e efeito entre a Reforma Trabalhista [imposta
no governo golpista de Michel Temer] e as perdas nas
negociações coletivas. Não é o único fator, mas tem
muito peso”.
Conforme registra o site, após a “deforma” do
traíra, “que passou a vigorar em novembro de 2017, a
classe trabalhadora só perdeu... Em 2018, primeiro
ano de aplicação da reforma neoliberal de Temer, as
perdas ante a inflação ficaram em 9,3%.
No ano seguinte, as negociações coletivas acumularam
perdas de 23,7%. Em 2020, chegou a 27,9% o índice de
acordos coletivos abaixo da inflação. No ano
passado, 47,7% dos acordos não conseguiram repor a
inflação acumulada”.
Redução da idade de trabalho para 14 anos
E a situação só tende a piorar no próximo período.
Estudos apontam que a economia terá crescimento
próximo do zero em 2022. “Há projeções de 0,3% ou de
0,5%, mas ainda não se tem um cenário mais palpável.
Sabe-se, porém, que o crescimento, se houver, será
muito baixo”, afirma o economista do Dieese.
Além disso, Jair Bolsonaro — que está no governo
para “servir aos empresários”, como ele sempre
enfatiza —, prepara novas maldades contra os
trabalhadores.
Na última segunda-feira (31), a Folha revelou que a
bancada bolsonarista tenta emplacar ainda neste
semestre PEC (proposta de emenda à Constituição) que
libera o trabalho aos 14 anos de idade.
“Deputados federais devem retomar a partir da semana
que vem, na volta do recesso de fim de ano, os
debates sobre a redução da idade para que uma pessoa
possa começar a trabalhar formalmente, de 16 para 14
anos. A proposta causa reações na Justiça do
Trabalho e no Ministério Público do Trabalho”.
Segundo o jornalão — que discorda do autoritarismo
do fascista no poder, mas tem simpatia pela agenda
neoliberal dele de regressão do trabalho —, “a
mudança consta de PEC apresentada em 2011. A ideia é
atualizar a redação do artigo 7º da Constituição. Ao
texto já foram apensadas mais 6 propostas... O
relator, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR),
aliado de Bolsonaro, já deu parecer favorável à
admissibilidade da PEC e das propostas anexadas. No
ano passado, houve pedido de vista, mas o prazo
terminou. Isso significa que a proposta pode ser
votada no retorno das comissões”.
Retrocesso de conteúdo classista e racista
Ou seja: o golpe contra os trabalhadores pode ocorrer
a qualquer momento. Para Ana Maria Villa Real
Ferreira Ramos, procuradora do Trabalho e dirigente
da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do
Trabalho da Criança e do Adolescente, do Ministério
Público do Trabalho, a PEC representa enorme
retrocesso.
Essa tem inclusive conteúdo racista. “O trabalho
infantil no Brasil tem cor. Segundo dados do IBGE de
2019, 66% dos trabalhadores infantis são negros ou
pardos. E classista porque a esmagadora maioria vem
de famílias pobres e comunidades periféricas”.
Para a ministra Kátia Magalhães Arruda, do TST
(Tribunal Superior do Trabalho) e coordenadora
nacional do Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do
Trabalho, a redução da idade prejudicará toda a
sociedade.
“O retrocesso social fica evidente, sobretudo porque
as convenções internacionais falam em garantir o
ensino básico e aumentar, não diminuir, o período de
dedicação integral à educação”.
(*) Jornalista. É coordenador do Centro de Estudos
de Mídia Barão de Itararé
Fonte: Diap
07/02/2022 -
Aumentar Selic é insanidade, dizem Centrais
As Centrais CSB, Força Sindical e UGT se
manifestaram após a informação de que o Comitê de
Política Monetária decidiu subir, mais uma vez, a
Taxa Selic. De acordo com Miguel Torres, presidente
da Força, essa medida é uma insanidade política.
Este já é o oitavo aumento consecutivo. Agora, a
Selic voltou ao patamar de dois dígitos após quatro
anos e meio. A última vez que a taxa chegou a esse
patamar foi em julho de 2017.
Para Miguel Torres, esse aumento é uma perversidade
com a classe trabalhadora, além de ser uma decisão
em descompasso com a perspectiva de crescimento
econômico.
“A aplicação desta política prejudica muito os menos
favorecidos economicamente, contribuindo para o
aumento da miséria no País”, afirma Miguel. Para o
sindicalista, é preciso manter o compromisso com o
desenvolvimento, emprego e geração de renda,
qualificação profissional e com taxas e juros
menores. “Mas infelizmente o Copom insiste em impor
um forte obstáculo ao desenvolvimento”, critica o
líder.
Ricardo Patah, presidente da UGT, considera que o
governo tem uma grande loucura por construir
projetos contra os trabalhadores. “Bolsonaro está
cavando sua própria sepultura”, diz. Segundo Patah,
aumentar os juros beneficia rentistas e banqueiros,
forçando o prejuízo da classe trabalhadora.
Antônio Neto, presidente da CSB, segue os
companheiros das Centrais e faz duras críticas ao
aumento da taxa Selic. O dirigente explica que o
País não tem uma inflação de demanda e, com isso, o
setor produtivo acaba enforcado pela falta de
consumo e política cambial.
“E ainda temos que lidar com a aceleração da taxa de
juros destrutiva já praticada pelo mercado. Não há
caminho se não alterarmos a política econômica
praticada há trinta anos no Brasil”, avalia Neto.
Mais – Acesse os sites da Força, UGT e CSB.
Fonte: Agência Sindical
07/02/2022 -
TCU encontra subavaliação gigantesca em estudo para
a privatização da Eletrobras
O motivo é o questionamento de um estudo técnico
para a desestatização que, segundo o ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego,
pode ter falhas metodológicas que culminaram em uma
“subavaliação gigantesca” da estatal
Chamada de “tacada do século” pelo jornalista Luís
Nassif, a privatização da Eletrobras pode ter sido
atrasada ou até inviabilizada. O motivo é o
questionamento de um estudo técnico para a
desestatização que, segundo o ministro do Tribunal
de Contas da União (TCU), Vital do Rego, pode ter
falhas metodológicas que culminaram em uma
“subavaliação gigantesca” da estatal.
A notícia, publicada pelo jornal Valor Econômico,
mostra que o valor de outorga que as empresas
deveriam pagar ao governo estava fixado até então em
R$ 23,2 bilhões. Contudo, a potência das usinas
hidrelétricas não foi avaliada corretamente e, com a
correção do problema, deverá aumentar em bilhões o
valor desse pagamento da outorga.
Segundo Nassif, a “falha”, no caso, representaria o
maior assalto a bem público da história do País. E,
conforme o jornalista, já havia sido denunciada em
2017 quando foi autorizada pelo então presidente
Michel Temer. Na época, a reportagem do jornalista
mostrava que o valor de R$ 20 bilhões não pagava
sequer a hidrelétrica de Belo Monte, quanto mais as
então 47 usinas hidroelétricas, 114 térmicas e 69
eólicas, com capacidade de 47.000 MW.
(Reconta Aí)
Fonte: Portal Vermelho
04/02/2022 -
Dia 5/2 vamos à luta por justiça por Moïse
Kabagambe!
Nota das Centrais Sindicais
O assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, de
24 anos, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 24 de
janeiro, sintetiza em um só ato o racismo enraizado
em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que
cresce com o avanço da extrema-direita e os efeitos
nefastos da política neoliberal que retirou direitos
trabalhistas e suprimiu investimentos na área
social.
O jovem africano que trabalhava sob contratação
precarizada, recebendo apenas por diárias foi morto
com chutes, socos e ao menos 30 pauladas porque por
cobrar pagamentos atrasados no quiosque Tropicália,
em que prestava serviço.
Em protesto contra o crime, e pela rápida e
transparente apuração e punição aos envolvidos, a
comunidade congolesa realizará neste sábado, dia 5,
uma manifestação, em frente ao quiosque onde Moïse
foi morto, na praia da Barra da Tijuca, a partir das
10h. A família da vítima participará do ato. Em São
Paulo, o ato será às 10 horas, no vão livre do MASP.
Também haverá protestos em Salvador, Belo Horizonte,
Belém, além de outras cidades.
As Centrais Sindicais se somarão neste contundente
pedido por justiça. Em cada região, chamamos a somar
e fortalecer os atos que estão sendo organizados.
Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem
como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que
buscam segurança e inserção social no Brasil. Vamos
à luta por justiça por Moïse Kabagambe. Basta de
racismo, xenofobia e genocídio negro!
São Paulo, 03 de fevereiro de 2022
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos
do Brasil)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da
CSP-CONLUTAS
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical
Instrumento de Luta
Fonte: NCST
04/02/2022 -
Centrais sindicais antecipam Conclat 2022. Confira o
novo calendário!
O Fórum das Centrais Sindicais anunciou a
antecipação da Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora (Conclat) para 7 de abril de 2022. É
possível que a atividade tenha dois dias,
estendendo-se até 8 de abril.
Em reunião na última segunda-feira (31/1), as
centrais ajustaram o calendário unificado de lutas,
em busca de uma nova Agenda da Classe Trabalhadora.
Inicialmente, a Conclat estava prevista para 11 e 12
de abril.
Entre os desafios para 2022, as dez centrais
presentes na reunião destacaram quatro: garantir
processo eleitoral livre e transparente; vencer
Bolsonaro; incluir a agenda das centrais na agenda
do futuro presidente; e aumentar a bancada sindical
nos legislativos.
Com relação ao projeto político e sindical das
centrais, as centrais estão encarregadas de elaborar
e sistematizar as propostas do conjunto do
sindicalismo, sob o eixo “Emprego, Direitos,
Democracia e Vida”. Além dessa Agenda da Classe
Trabalhadora, a Conclat deve apresentar ações para
mobilizar as bases sindicais durante o ano de 2022,
sobretudo no período eleitoral.
Confira abaixo a agenda atualizada das centrais
sindicais:
- Março: Encontros Regionais para a Conclat 2022
- 7 (e 8) de abril: Conclat 2022
- 1º de Maio: Dia do Trabalhador Unificado
- Maio: início dos Encontros Estaduais Pós-Conclat
- 7 de Setembro: 200 anos da independência
- 2 e 30 de outubro: eleições 2022
Fonte: Mundo Sindical
04/02/2022 -
Governo publica portaria com regras para prova de
vida do INSS
Vacinação é uma das formas de comprovar vida
O Ministério do Trabalho e Previdência publicou, no
Diário Oficial da União desta quinta-feira (3),
portaria que disciplina os procedimentos a serem
adotados para a comprovação de vida anual dos
beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
A
Portaria nº 1.408 apresenta algumas situações
(atos, meios, informações ou bases de dados) que
passarão a ser consideras válidas como prova de
vida.
Uma delas é a realização de empréstimo consignado,
desde que seja efetuado por reconhecimento
biométrico. Considera também, para o mesmo efeito, o
acesso ao aplicativo Meu INSS “com o selo outro ou
outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades
públicas que possuam certificação e controle de
acessos”, tanto no Brasil como no exterior.
Também serão consideradas prova de vida atendimentos
feitos de forma presencial nas agências do INSS ou
por reconhecimento biométrico em entidades ou
instituições parceiras. Perícias médicas, por
telemedicina ou presencial, bem como vacinação ou
atendimentos no sistema público de saúde ou em rede
conveniada também servirão como prova de vida.
Outras situações que passam a se enquadrar como
prova de vida são cadastro ou recadastramento nos
órgãos de trânsito ou segurança pública; recebimento
do pagamento de benefício com reconhecimento
biométrico; atualizações no CadÚnico (quando
efetuada pelo responsável pelo grupo; votação nas
eleições; e emissões ou renovações de passaporte,
carteira de motorista, de identidade ou de trabalho;
alistamento militar; declaração de Imposto de Renda,
como titular ou dependente; ou “outros documentos
oficiais que necessitem da presença física do
usuário ou reconhecimento biométrico”.
De acordo com a portaria, caberá ao INSS notificar o
beneficiário quando não for possível a comprovação
de vida por esses meios. Nas situações em que o
beneficiário não for identificado em nenhuma dessas
bases, o INSS “proverá meios para realização da
prova de vida sem deslocamentos dos beneficiários de
suas residências”, acrescenta a portaria.
Cerca de 36 milhões de beneficiários fazem a prova de
vida todos os anos. Desses, cerca de 5 milhões têm
mais de 80 anos de idade.
A prova de vida serve para evitar fraudes e
pagamentos indevidos. As mudanças valem para os
beneficiários que fizerem aniversário a partir da
data da publicação da portaria.
O instituto tem até o dia 31 de dezembro deste ano
para implementar as novidades. Até lá, o bloqueio de
pagamento por falta da comprovação de vida fica
suspenso.
Fonte: Agência Brasil
04/02/2022 -
Barroso admite que Dilma foi vítima de um golpe de
estado
Presidente do TSE escreveu, em artigo, que as
'pedaladas' foram apenas a justificativa formal para
a sua derrubada
O fato histórico de que a ex-presidente Dilma
Rousseff foi derrubada por um golpe de estado foi
admitido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do
Supremo Tribunal Federal, que hoje preside o
Tribunal Superior Eleitoral, em artigo para a edição
de estreia da revista do Centro Brasileiro de
Relações Internacionais. "A justificativa formal
foram as denominadas 'pedaladas fiscais' —violação
de normas orçamentárias—, embora o motivo real tenha
sido a perda de sustentação política", afirmou
Barroso, segundo relata a jornalista Mônica Bergamo,
em sua coluna.
Como o Brasil não é um regime parlamentarista,
ocorreu, portanto, um golpe parlamentar, por meio de
um processo de impeachment sem crime de
responsabilidade – ilegalidade que deveria ter sido
contida pelo Supremo Tribunal Federal, que preferiu
lavar as mãos. Como disse o ex-senador Romero Jucá,
o que ocorreu no Brasil foi "um golpe com Supremo,
com tudo".
Mônica Bergamo lembra ainda que Barroso já havia
expressado esse raciocínio em julho de 2021, durante
um simpósio em que afirmou: "Creio que não deve
haver dúvida razoável de que ela [Dilma] não foi
afastada por crimes de responsabilidade ou
corrupção, mas, sim, foi afastada por perda de
sustentação política. Até porque afastá-la por
corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia
da história".
Depois do golpe de estado contra a ex-presidente
Dilma Rousseff, o Brasil retrocedeu em todos os
indicadores econômicos e sociais, trabalhadores
perderam direitos, a renda do pré-sal foi
transferida da sociedade para acionistas privados
(sobretudo internacionais) da Petrobrás e o Brasil
passou a ser um país pária na cena internacional,
porque poucos líderes quiseram se aproximar de um
usurpador, como Michel Temer, ou de uma figura tosca
como Jair Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
04/02/2022 -
Lira diz que desemprego e inflação são os desafios a
serem enfrentados nos próximos anos
Presidente da Câmara relembrou o poder de diálogo
que possibilitou votações polêmicas e defendeu
esforços para combater a pandemia e suas
consequências econômicas
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
afirmou, na abertura dos trabalhos legislativos do
Congresso Nacional, que os maiores desafios a serem
enfrentados nos próximos anos são o desemprego e a
inflação, “sem truques ilusionistas ou aventuras
temerárias”, disse.
Ele também cobrou a continuidade da votação da
reforma tributária. “Para instituir o imposto sobre
dividendos, reduzir o imposto da pessoa jurídica e
atualizar a tabela da pessoa física, reduzindo ou
eliminando a exação para a população mais pobre”,
defendeu.
Lira disse ainda que a Casa foi a grande fiadora da
estabilidade política no País e segurou trancos,
sobressaltos, arrefeceu crises e diminui a pressão.
Ele defendeu o Poder Legislativo como o mais
transparente e democrático da República.
“Não permitiremos retrocessos discricionários e
quiçá imperiais”, disse.
“Estou certo de que [os poderes] não pouparão
esforços para agir em sintonia, cada qual
estritamente dentro de suas competências
constitucionais, com o objetivo de satisfazer o que
espera e exige a população”, afirmou Lira.
O presidente destacou as votações do ano passado que
considera as mais importantes, como a reforma
tributária, a autonomia do Banco Central, a
regulamentação fundiária, o licenciamento ambiental
e a alteração da lei de improbidade administrativa.
“A Câmara dos Deputados continuará empenhada em
prover os meios e construir soluções para enfrentar
a pandemia da Covid-19, como tem atuado durante todo
este difícil período; e aqui incluo deputados de
todas as correntes e partidos, de governo ou de
oposição: sou testemunha do esforço de todos”,
ressaltou.
O presidente da Câmara ressaltou ainda a necessidade
de respeito à responsabilidade fiscal. Segundo Lira,
isso gera previsibilidade e confiança para os
agentes econômicos.
Arthur Lira também cobrou mudanças nos preços dos
combustíveis. Ele lembrou que a Câmara aprovou o
Projeto de Lei Complementar (PLP 11/20) que altera a
cobrança do ICMS sobre o produto. “A solução
mitigaria em parte as variações dos preços do
petróleo”, disse Lira.
Por fim, o presidente da Câmara pediu união ao País
e defendeu que as disputas políticas fiquem
restritas ao período eleitoral. “As disputas e
tensionamentos devem ficar para o momento de
campanha. Agora o momento é união e diálogo porque o
País tem pressa”, finalizou.
Fonte: Agência Câmara
04/02/2022 -
Projeto concede incentivos a empresa que contratar
maior de 60 anos
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) destacou, na
abertura dos trabalhos legislativos, projeto de
autoria dele que concede incentivos fiscais por
cinco anos a empresas que contratarem trabalhadores
com mais de 60 anos (PL 4.890/2019). A proposta foi
aprovada em 2020 pela Comissão de Assuntos Sociais
(CAS). Agora, o relatório do senador Telmário Mota (Pros-RR)
está pronto para ser votado pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE).
Fonte: Agência Senado
04/02/2022 -
TCU vai investigar gastos de Bolsonaro com cartão
corporativo
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu abrir
uma investigação para apurar os gastos de Jair
Bolsonaro com o cartão corporativo, atendendo a um
pedido do senador Fabiano Contarato (PT-ES).
O parlamentar apontou um “aumento considerável” das
despesas nos últimos anos e um possível uso indevido
dos recursos públicos. A apuração do caso será
coordenada pelo ministro Antonio Anastasia, que
acaba de tomar posse no tribunal.
Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo,
entre janeiro de 2019, quando assumiu a presidência,
e dezembro de 2021, Bolsonaro gastou com os 29
cartões destinados a cobrir suas despesas pessoais e
de sua família R$ 29,6 milhões, valor 18,8% maior do
que os R$ 24,9 milhões gastos durante 4 anos entre
os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer
(MDB).
Somente em dezembro de 2021, quando Bolsonaro tirou
férias e foi curtir praias e pescaria, os gastos com
cartões corporativos somaram R$ 1,5 milhão, maior
valor para um único mês durante os 3 anos de seu
mandato. Ao longo de todo o ano de 2021, foram
torrados R$ 11,8 milhões nestes cartões, o que
representa o maior valor nos últimos 7 anos.
“A atual gestão vem utilizando os cartões
corporativos de modo indiscriminado e com pouca
responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave
situação em que vivem as contas públicas do governo
federal”, escreveu o senador no pedido.
Contarato ainda ressaltou que as despesas de 2021
alcançaram o valor de R$ 11,8 milhões, a maior
quantia registrada nos últimos 8 anos.
Fonte: Brasil247
04/02/2022 -
Paim propõe audiência pública sobre o assassinato de
refugiado congolês
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (2), o senador
Paulo Paim (PT-RS) anunciou que a Comissão Mista
Permanente sobre Migrações Internacionais e
Refugiados pretende realizar uma audiência pública
junto com a Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa para discutir o
assassinato, no Rio de Janeiro, do jovem congolês
Moïse Kabagambe, “um refugiado que escolheu o nosso
país para viver”.
O parlamentar disse que se tratou de uma “verdadeira
barbárie” e que “são chocantes” as imagens que a
imprensa mostrou.
— Este crime, como tantos outros que acontecem
diariamente no Brasil, não pode ficar impune.
Naturalizar o racismo e a desigualdade é uma grande
violência que o país precisa superar para que
possamos oferecer bem-estar ao nosso povo” —
afirmou.
Paim também destacou a posse, como presidente do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, da
desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, a
primeira mulher negra a assumir esse posto. Para
ele, oportunizar que a população negra esteja em
todos os espaços, principalmente no poder, é
fundamental para que a igualdade e a justiça
aconteçam efetivamente no Brasil.
Fonte: Agência Senado
03/02/2022 -
Centrais
repudiam MP 1.099
As Centrais Sindicais emitiram Nota nesta quarta (2)
em repúdio a mais um ataque do governo Bolsonaro
contra a classe trabalhadora. Dessa vez, o ataque
veio na forma de Medida Provisória. A MP 1.099/2022,
que institui o Programa Nacional de Prestação de
Serviço Civil Voluntário e o Prêmio Portas Abertas,
é mais uma manobra a fim de retirar direitos dos
trabalhadores.
Segundo o documento das Centrais, através dessa
Medida, o governo simula enfrentar o desemprego
incentivando as contratações precarizadas e com
baixa remuneração por parte das Prefeituras. Isso
porque essa forma de contratação permite que os
trabalhadores recebam menos que o salário mínimo.
“O desemprego, o desalento, a inatividade e a
subocupação já atingem a marca de 29 milhões de
brasileiros. A informalidade passa de 43%, segundo o
IBGE. E a MP 1.099 aponta para o aprofundamento
deste cenário”, diz a Nota.
Ainda de acordo com os sindicalistas, o governo
Bolsonaro tenta ainda camuflar a miséria crescente
com a criação de trabalhos precários, sem direitos e
perspectivas. “Como se desse uma esmola para o povo
a fim de ganhar votos”, ressaltam as Centrais.
Proposta – Os dirigentes propõem que a MP
1.099 passe por cuidadoso debate no Legislativo e
que essa Medida seja derrotada. “Propomos ao
presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo
Pacheco, que realize a imediata devolução desta nova
medida precarizante”, dizem os sindicalistas.
“Refutaremos toda e qualquer tentativa do governo
Bolsonaro de prejudicar os trabalhadores, que já
sofrem tanto nesta gestão”, conclui a Nota das
Centrais.
LEIA – Abaixo, a Nota na íntegra.
Contra a precarização do serviço voluntário
propomos imediata devolução da MP 1099
A Medida Provisória 1099, publicada em 28/01/2022,
que institui o “Programa Nacional de Prestação de
Serviço Civil Voluntário e o Prêmio Portas Abertas”
não passa de nova manobra do governo Bolsonaro para
retirar ainda mais direitos. Através da MP o governo
simula enfrentar o desemprego incentivando as
contratações precarizadas e com baixa remuneração
pelas Prefeituras. Mais um golpe contra a classe
trabalhadora.
O desemprego, o desalento, a inatividade e a
subocupação já atingem a marca de 29 milhões de
brasileiros. A taxa de informalidade passa de 43%,
segundo a última publicação do IBGE. E a MP 1099, ao
invés de criar empregos decentes, fomentar o
desenvolvimento pleno e soberano, investir em
infraestrutura e serviços de qualidade, aponta para
o aprofundamento deste cenário.
No fim dos seus quatro anos, depois de todo mal que
fez ao Brasil, o governo Bolsonaro tenta camuflar a
miséria crescente com a criação de trabalhos
precários, sem direitos e perspectivas, como se
desse uma esmola para o povo a fim de ganhar os
votos que precisa para se manter no poder e
continuar seus males feitos.
A proposta deverá passar por cuidadoso debate no
legislativo, análise, inclusive, já realizada e
derrotada no mérito quando do tratamento da MP 1045
que continha conteúdo semelhante.
Propomos que o presidente do Congresso Nacional,
senador Rodrigo Pacheco, realize a imediata
devolução desta nova medida precarizante.
Refutaremos toda e qualquer tentativa do governo
Bolsonaro de prejudicar os trabalhadores, que já
sofreram tanto nesta gestão.
São Paulo, 02 de fevereiro de 2022
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos
do Brasil)
Atnágoras Lopes, secretário nacional da CSP CONLUTAS
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical
Instrumento de Luta
Fonte: Agência Sindical
03/02/2022 -
Pesquisa PoderData: com cenário estável, Lula oscila
ao redor de 40% e Bolsonaro, de 30%
Todas as candidaturas tiveram oscilação na margem
de erro, exceto Ciro, que subiu de 3% para 7% e
empatou com Moro na pesquisa telefônica
Pesquisa telefônica do instituto PoderData realizada
na 2ª e na 3ª feira desta semana (de 31 de janeiro a
1º de fevereiro), indica um cenário de estabilidade
na disputa presidencial. O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) segue na liderança isolada, com
41% das intenções de voto contra 30% de Jair
Bolsonaro (PL). Os demais candidatos ficaram
estacionados em relação à rodada anterior, de 16-28
de janeiro, exceto Ciro Gomes, que saltou de 3% para
7% e empatou com o ex-juiz suspeito Sergio Moro.
Em relação ao levantamento passado, Lula e Bolsonaro
tiveram variações na margem de erro: Lula estava com
42% e agora tem 41% e Bolsonaro tinha 28% e agora,
30%.
Desde o lançamento da sua pré-candidatura, Moro
aparecia nas pesquisad do PoderData com vantagem
sobre Ciro Gomes. Agora, perdeu a frente.
Na sequência, embolados, aparecem João Doria (PSDB),
com 2%; André Janones (Avante), também com 2%; e
Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB) e
Rodrigo Pacheco (PSD) com 1% cada um -Pacheco tinha
zero nas outras duas rodadas. Luiz Felipe d’Avila
(Novo) não chega sequer a 1%.
Lula tem agora 41%, contra 51% da soma dos outros
candidatos. Há 15 dias, esses números eram de 42%
contra 45% de todos os demais.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, com
recursos próprios, por meio de ligações para
telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas
em 245 cidades nas 27 unidades da Federação de 31 de
janeiro a 1º de fevereiro de 2022. O registro no TSE
é BR-09445/2022. O intervalo de confiança é de 95%.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para
mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
03/02/2022 -
Prova de vida para o INSS deixa de ser exigida
presencialmente
Agora, a prova de vida será feita pelo próprio
governo
Os cerca de 36 milhões de aposentados, pensionistas
e outros titulares de benefícios pagos pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não
terão que fazer mais a prova de vida
presencialmente. O anúncio foi feito pelo presidente
do INSS, José Carlos Oliveira, nesta quarta-feira
(2), durante cerimônia no Palácio do Planalto, na
qual o presidente Jair Bolsonaro assinou uma
portaria com as novas regras. Agora, a prova de vida
será feita pelo próprio governo, que consultará
bases de dados públicas e privadas para saber se a
pessoa está viva.
“A partir de agora, a obrigação de fazer a prova de
vida é nossa, do INSS. Como faremos? Com todas as
bases de todos os órgãos do governo. Nós faremos a
busca dessas bases, tanto no governo federal,
estadual e municipal, e também em entidades
privadas”, explicou Oliveira sobre o procedimento,
que tem o objetivo de evitar fraudes no pagamento de
benefícios.
Para viabilizar a mudança, entre as bases de dados
que serão consultadas estão a da renovação da
carteira de identidade, do passaporte e a do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro de
votação.
“Se caso nós não encontrarmos um movimento do
cidadão em uma dessas bases, mesmo assim o cidadão
não vai precisar sair de casa para fazer a prova de
vida. O INSS proverá meios, com parcerias que fará,
para que essa entidade parceira vá à residência e
faça a captura biométrica na porta do segurado”,
garantiu o presidente do INSS.
A nova regra entrará em vigor depois de publicada no
Diário Oficial da União, o que deve ocorrer até esta
quinta-feira (3). O INSS tem até o dia 31 de
dezembro para implementar as mudanças necessárias.
"Até essa data, o bloqueio de pagamento por falta da
comprovação de vida fica suspenso", informou o
governo.
Fonte: Agência Brasil
03/02/2022 -
PT estuda reverter reforma da Previdência em
eventual governo Lula
"O grande problema da Previdência não estava
necessariamente na idade. É desproteger
trabalhadores. Nós temos que reverter isso", afirma
Clemente Gaz, do grupo sobre trabalho e previdência
da Fundação Perseu Abramo.
Clemente Ganz, ex-diretor do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) e um dos coordenadores do grupo
sobre trabalho e Previdência da Fundação Perseu
Abramo, afirmou que o PT realiza estudos para
“reconstruir” em eventual novo mandato de Lula (PT)
o sistema previdenciário público, destruído em parte
pela reforma da Previdência, do governo Jair
Bolsonaro (PL), e pela reforma trabalhista de Michel
Temer (MDB).
“A reforma destruiu a Previdência, nós vamos ter que
reconstrui-la”, disse em entrevista à coluna Painel,
da Folha de S.Paulo.
A fundação Perseu Abramo é a entidade onde o PT
realiza estudos e debates programáticos
implementados pelo partido nos governos.
Segundo Ganz, “o que foi colocado como ambiente
regulatório no mundo do trabalho inviabilizou o
modelo contributivo no médio prazo” e o Estado terá
que aumentar a cada ano o aporte do Tesouro para
financiar o sistema”.
Embora não seja consenso no partido, a tendência é
que em eventual vitória de Lula haja uma revisão de
todo o sistema para, segundo Ganz, evitar que
milhões de idosos tenham que mendigar nas ruas.
“O grande problema da Previdência não estava
necessariamente na idade. É desproteger
trabalhadores. Nós temos que reverter isso. Não é
possível que daqui a dez anos encontremos 10 milhões
de velhos mendigando nas ruas”.
Fonte: RevistaForum
03/02/2022 -
Produção industrial fecha ano ainda em alta, mas
perde fôlego e não recupera perdas
Segundo o IBGE, o crescimento se concentrou no
primeiro semestre, sobre uma base “depreciada”. No
segundo, a atividade caiu.
E segue distante do recorde, registrado em 2011
A produção industrial fechou o ano com alta de 3,9%,
mas a atividade mostrou oscilação, caiu no segundo
semestre e segue abaixo do nível pré-pandemia. Foi o
primeiro resultado positivo nos três anos do atual
governo, mas a produção está abaixo de fevereiro de
2020 (-0,9%) e distante (-17,7%) do recorde da
pesquisa do IBGE, registrado em maio de 2011.
“Em 2021, houve uma característica decrescente ao
longo do ano, uma vez que houve ganho acumulado de
13% no primeiro semestre e, posteriormente, o setor
industrial mostrou redução de fôlego”, diz o gerente
da pesquisa, André Macedo. “Os resultados positivos
dos primeiros meses do ano tinham relação com uma
base de comparação muito depreciada, já que em 2020
houve perdas bastante intensas para a indústria”,
acrescenta.
Demanda interna e inflação
Já no segundo semestre, com base de comparação mais
elevada, a atividade caiu 3,4%, lembra o IBGE. “Além
disso, há os reflexos da pandemia no processo
produtivo, como o encarecimento dos custos de
produção e falta de matérias-primas, e também, pelo
lado da demanda doméstica, inflação em patamares
mais elevados e o mercado de trabalho que, embora
tenha mostrado algum grau de recuperação, ainda é
muito caracterizado pela precarização das condições
de emprego, com pagamento de salários menores”,
aponta Macedo.
No ano, o instituto registrou resultado positivo em
três das quatro categorias econômicas, 18 das 26
atividades, 50 dos 79 grupos e 62,4% dos 805
produtos pesquisados. O IBGE destaca o crescimento
de veículos automotores, reboques e carrocerias
(20,3%), máquinas e equipamentos (24,1%) e
metalurgia (15,4%).
Custos de produção
“É um ano em que a indústria cresce sobre um período
de muita perda. Essa também é uma característica da
atividade de veículos automotores, que em 2020 teve
acumulado no ano de -27,9%.” O pesquisador fala em
“desarticulação” das cadeias produtivas. “Além do
encarecimento dos custos de produção, houve
desabastecimento das plantas industriais,
caracterizada pela falta de insumos e peças para a
geração do bem final. A produção dos automóveis
ficou marcada pelas paralisações das plantas
industriais ao longo de 2021”, observa o gerente.
O segmento de produtos alimentícios caiu 7,8% no
ano. Cresceu nos dois últimos meses de 2021, mas
segue 4,1% abaixo do patamar anterior à pandemia.
Na comparação entre dezembro de 2021 e de 2020, a
produção caiu 5%. O setor de metalurgia, por
exemplo, recuou 13,9%, e o de produtos de
borracha/material plástico, 19,9% Entre as altas, a
atividade que reúne coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis cresceu 3,4%.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/02/2022 -
Superar a Exaustão!
Quase todos estamos sofrendo de exaustão, cansados,
adoecidos, desanimados, envolvidos por pautas
secundárias ou no limite da desorientação.
O sindicalismo também vive seu momento de exaustão,
após tanta recessão, desemprego, ataques a direitos
e perda de recursos pra atuar ou resistir.
Mas o sindicalismo ainda tem reserva de energia.
Essa reserva está nas bases e na própria experiência
acumulada. Devemos, portanto, nos reabastecer, ser
orientados e também orientar.
A atualidade dispensa gestos épicos. A época pede
gestos simples, que gerem resultados com o uso
mínimo de recursos e energia.
Exemplos: ir à base todo dia; ouvir; ser ouvido;
encaminhar pautas; buscar ganhos por local de
trabalho – PLR, eleição de Cipa etc.; mais
comunicação pelas redes sociais; promover nossos
vídeos (Facebook, com R$ 100,00 se consegue bom
resultado); dialogar mais entre as próprias direções
e entidades; mais parcerias pra que uma entidade
possa utilizar a estrutura da outra.
O que revigora um sistema é a quantidade de energia
que se põe dentro dele. A Conclat, por exemplo, pode
ensejar essa oportunidade.
Sugestões: além da ação sindical, defender a
vacinação geral, especialmente das crianças;
denunciar pontualmente o descaso na saúde pública;
uma categoria apoiar as lutas da outra, um Sindicato
divulgar as conquistas próprias e alheias. E assim
por diante.
Precisamos vencer o estado de exaustão, apoiados nas
pautas da base e do povo.
Fonte: Agência Sindical
02/02/2022 -
Movimentos sociais e sindicatos aprovam chapa Lula e
Alckmin
A reportagem do Poder 360 apurou que o ex-tucano
não é bem-visto como vice; foco é tirar Bolsonaro do
poder, segundo lideranças
A reportagem do Poder 360 publicou matéria nesta
terça-feira (1º) dando destaque para a possível
chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo
Alckmin (sem partido) que é vista com desconfiança
pelos principais movimentos sociais e sindicatos do
país.
O site Poder 360 apurou que enquanto o petista e o
ex-tucano articulam uma aliança para a disputa da
Presidência da República, os grupos resistem ao
provável vice, mas não devem abdicar do apoio a
Lula. O principal receio, segundo as lideranças, é
que o paulista, enquanto vice, conspire contra o
titular do Planalto. Preocupação similar a da
ex-presidente Dilma Rousseff, que disse a Lula que
“Geraldo Alckmin será o seu Michel Temer”.
De acordo com o levantamento feito pelo Poder360 com
alguns dos principais sindicatos, centrais sindicais
e movimentos sociais do país, há discordância entre
os grupos, mas há um consenso: derrotar Jair
Bolsonaro (PL) nas urnas.
O fator Alckmin
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e
o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) não
abrem mão do apoio a Lula, mesmo que vejam em
Alckmin o “compromisso com as elites”. Os 2
movimentos vão lançar candidatos ao Congresso e
dizem ver que vitórias na Câmara e no Senado são tão
ou mais importantes que o Planalto. Devem entregar
programas e discutir projetos com todos os
candidatos à presidência em abril.
“Iremos apoiar Lula. É quem se apresenta como a
possibilidade mais concreta de derrotar Bolsonaro e
ser um porta-voz das necessidades urgentes do país.
Mas aí, considerando que não basta só eleger ele, é
necessária a construção de um projeto que resolva,
de fato, os problemas do povo”, disse o MST.
“O histórico de Alckmin no Estado de São Paulo
mostra seu compromisso com as elites e com uma
agenda política de manutenção das desigualdades. Não
achamos que esse nome é o melhor para vice de Lula,
num governo que vai ter o desafio de reconstruir o
Brasil e retomar direitos do povo pobre”, afirmou o
MTST.
Chapa ao Centro
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força
Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil), NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores) e CSB (Central dos Sindicatos
Brasileiros) preparam para abril deste ano um
congresso para decidir se haverá apoio formal a
alguma chapa presidencial.
Ao Poder360, o presidente da UGT, Ricardo Patah,
disse que “Alckmin pode sedimentar uma possibilidade
concreta de Lula voltar ao Planalto”. O mesmo
entendimento é compartilhado pelo Secretário-geral
da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna,
que diz ser necessário que Alckmin componha a chapa.
“Chapa de centro é fundamental para a
governabilidade e para avançar com as pautas no
Congresso”, disse.
Já a CUT diz ter resistência ao nome do ex-tucano,
mas não vai questionar as decisões de Lula. Irá
esperar para se posicionar oficialmente em abril,
quando as candidaturas serão definidas. Também deve
lançar candidatos à Câmara; todos pelo PT, pois “só
o PT representa os trabalhadores”.
A 3ª via
A CTB diz que o foco é derrotar Bolsonaro e que tanto
Lula como Ciro Gomes (PDT) representam essa
possibilidade. A CSB também diz ver em Ciro alguém
que defenda a geração de empregos dignos, a
independência econômica, a distribuição de renda e o
desenvolvimento sustentável. “Ciro é experiente,
honrado e comprometido com os interesses dos
trabalhadores”, disse em nota Antonio Neto,
presidente da CSB e presidente do PDT na cidade de
São Paulo.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, também é
lembrado pela UGT, pela proximidade de seus
dirigentes com o partido do mineiro, o PSD.
A NCST liberou para que todos os seus filiados,
incluindo a diretoria, apoiem quem quiser para a
corrida eleitoral, desde que sejam candidatos
ligados à causa do trabalhador e aos direitos
trabalhistas. Entretanto, o presidente da central,
Oswaldo Augusto de Barros, diz que uma aliança com
Alckmin poderia fazer com que Lula “vencesse já no
1º turno”.
O projeto vencedor
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Correios e Telégrafos diz acreditar que Lula é a
única “força capaz de derrotar o projeto
ultraconservador representado por Jair Bolsonaro”. O
coordenador da Fentect, Emerson Marinho, afirma que
é preciso uma “aliança ampla” e há compreensão disso
por “grande parte” dos integrantes da federação.
A presidente da Une, Bruna Brelaz, diz que a União
Nacional dos Estudantes não vai apoiar formalmente
nenhum candidato à presidência. Mas afirma que vão
discutir projetos e que estarão mobilizados pela
“derrota de Bolsonaro, que é anticiência,
antieducação e antipolítica”.
Fonte: Poder 360
02/02/2022 -
Diap: bancada da esquerda pode crescer 15% com
federação partidária
PT, PSB, PCdoB e PV somam hoje 132 deputados
federais
A bancada da esquerda na Câmara dos Deputados pode
crescer até 15% nas eleições 2022. Conforme estudo
do Diap (Departamento Intersindical de Análise
Parlamentar), PT, PSB, PCdoB e PV tendem a ser
beneficiados com a candidatura de Luiz Inácio Lula
da Silva a presidente e com uma possível federação
partidária entre eles.
Hoje, esses quatro partidos somam 132 deputados
federais, sendo 53 do PT. Segundo o Diap, é esperado
que essa bancada cresça ao menos 10%, com base nos
votos de cada legenda em 2018. “Mas tudo vai
depender das candidaturas e dos palanques formados
nos estados”, diz à CartaCapital Neuriberg Dias,
diretor de documentação do Diap.
O instituto projeta que o recém-fundado União
Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, tende a ser
a maior bancada partidária. Da mesma maneira, o PL
deve ser beneficiado com a filiação de Jair
Bolsonaro e de candidatos que apoiarão a reeleição
do presidente.
Para André Santos, analista político da Contato
Assessoria, esse cenário trará desafios na
governabilidade para o próximo nome a ocupar o
Palácio do Planalto. “É aí que um eventual governo
de esquerda, que queira reformular medidas de Temer
e Bolsonaro, irá esbarrar. A habilidade de
negociação vai ter que ser muito grande”, diz ele.
“Atualmente, não tem base para votar facilmente uma
PEC, por exemplo, que precisa de 308 votos. O ideal
seria conseguir (na eleição 2022) uma base de 200 ou
240 (deputados), mas as projeções apontam números
para ter margem para negociações polêmicas e
projetos de lei complementares”, conclui André.
Com informações da CartaCapital
Fonte: Portal Vermelho
02/02/2022 -
Brasileiros que trabalham sem Carteira assinada são
30%
Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV) mostra que três em cada 10 brasileiros
trabalham por conta própria, sem carteira assinada.
São 25,5 milhões de pessoas nessa situação.
O estudo mostra que o total de informais corresponde
ao triplo de trabalhadores com CNPJ. Enquanto a
maioria dos que possuem CNPJ tem ensino médio ou
superior completo, 53,7% dos que não possuem
carteira assinada sequer conseguiram terminar o
segundo grau.
Outro ponto observado é que as empresas estão cada
vez mais contratando funcionários como prestadores
de serviço, ao invés de assinar a carteira. Desta
forma, evitam vínculos trabalhistas que geram
encargos.
Primeiro emprego – No atual cenário que vivemos, com
o desemprego elevado, conseguir o primeiro trabalho
é uma tarefa desafiadora. Muitos jovens começam
trabalhando por conta própria. Levantamento feito
pela DataHub, de janeiro a setembro de 2021, mostra
que a quantidade de MEIs (Microeemprendedores
Individuais) de 18 a 24 anos cresceu 204% comparando
com 2019.
Fonte: Agência Sindical
02/02/2022 -
Fux diz que Supremo espera estabilidade e tolerância
em ano eleitoral
O Supremo Tribunal Federal espera que o ano
eleitoral seja marcado pela estabilidade e pela
tolerância, porque "não há mais espaços para ações
contra o regime democrático e para violência contra
as instituições públicas", disse o presidente da
Corte, Luiz Fux, na abertura dos trabalhos do
Judiciário de 2022 nesta terça-feira (1º/2).
"A política e as eleições despertam paixões acerca
de candidatos, de ideologias e de partidos. Embora
esses sejam sentimentos legítimos, a política também
deve ser visualizada pelos cidadãos como a ciência
do bom governo", completou Fux.
O presidente Jair Bolsonaro não estava presente à
cerimônia, que marca a retomada dos julgamentos do
STF no primeiro semestre.
Segundo o presidente do STF, embora a política e as
eleições despertem paixões, as eleições devem ser
"uma oportunidade coletiva para realizarmos escolhas
virtuosas e votos conscientes voltados à
prosperidade nacional".
"Os debates acalorados nesses momentos são
comportamentos esperados em um ambiente deliberativo
marcado pela pluralidade de visões. Não obstante os
dissensos da arena política, a democracia não
comporta disputas baseadas no 'nós contra eles'! Em
verdade, todos os concidadãos brasileiros devem
buscar o bem estar da nação, imbuídos de espírito
cívico e de valores republicanos", disse.
Em seu pronunciamento, o presidente do STF fez
questão de afirmar que a pauta de julgamentos no
primeiro semestre de 2022, continuará dedicada às
agendas da estabilidade democrática e da preservação
das instituições políticas do país; da revitalização
econômica e da proteção das relações contratuais e
de trabalho; da moralidade administrativa; e da
concretização da saúde pública e dos direitos
humanos afetados pela pandemia, especialmente em
prol dos mais marginalizados sob o prisma social.
A cerimônia foi totalmente virtual. Também
participam o procurador-geral da República, Augusto
Aras, o presidente do Superior Trribunal de Justiça
(STJ), Humberto Martins e o ministro da
Advocacia-Geral da União, Bruno Bianco. Felipe Santa
Cruz, que acaba de deixar a presidência da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), fez um discurso em que
destacou a importância das eleições de 2022.
"A resistência às tentativas de submeter essa Corte,
calar a democracia e sufocar a liberdade de
expressão foi o que nos permitiu chegar até aqui.
Talvez seja este o ano mais importante desde 1988
para a nossa democracia. A realização das eleições
exigirá vigilância incansável. Nenhum tipo de ameaça
ao pleito, a seu resultado e ao eleito, colocará em
risco a vontade soberana" disse o ex-presidente da
OAB.
Fonte: Consultor Jurídico
02/02/2022 -
MP
do governo aumenta precarização
Na última sexta, 28 de janeiro, foi publicada a
Medida Provisória (MP) nº 1.099/2022, que institui o
Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil
Voluntário e o Prêmio Portas Abertas. Ele permite
que as Prefeituras contratem trabalhadores sem
nenhum direito e ganhando menos do que o salário
mínimo (R$ 1.212,00). Ou seja, permite a
precarização.
Voltado aos jovens entre 18 e 29 anos e pessoas
acima de 50 anos, que estão desempregadas há mais de
dois anos, o programa aumenta ainda mais a
precarização do trabalho no Brasil.
O texto da MP 1.099, que foi autorizada por
Bolsonaro, não dá direito algum ao trabalhador e
paga R$ 5,51 por hora. E como a carga horária será
de 22 horas semanais, mais 12 horas de cursos
profissionalizantes, o total pago no final do mês
será de cerca de R$ 551, menos da metade do salário
mínimo atual.
Análise – A MP que permite ainda mais a precarização
do trabalho está em análise pelo Congresso Nacional.
Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos da
CUT, explica: “Mesmo assim, a Medida já está em
vigor, pois todas elas têm validade de 120 dias a
partir do momento em que é editada. A aprovação
pelos deputados federais e senadores é para ela
virar lei. A luta da CUT será para derrotar a MP no
Congresso”.
Contratações – As contratações ocorrerão pelo
processo seletivo simplificado e quem aderir passará
por qualificação profissional, ofertada por
entidades do Sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat,
Sescoop e Sebrae), ou por instituições de formação
técnico-profissional municipais, ou via convênio com
outras entidades.
Fonte: Agência Sindical
02/02/2022 -
Proposta amplia seguro-desemprego para resgatados do
trabalho escravo
Benefício também será pago às vítimas do tráfico
de pessoas
O Projeto de Lei 3168/21 aumenta de três para seis
parcelas, no valor mensal de um salário mínimo (R$
1.212 em 2022), o seguro-desemprego destinado a quem
for resgatado, em decorrência de fiscalização, do
trabalho em condição análoga à escravidão. O mesmo
benefício será pago ao resgatado do tráfico de
pessoas.
A proposta em análise na Câmara dos Deputados altera
a Lei do Seguro-Desemprego. O projeto de lei também
elimina a atual vedação de recebimento do benefício
por uma mesma pessoa, em circunstâncias similares,
nos 12 meses seguintes à percepção da última
parcela.
Conforme o texto, os recursos para o pagamento do
seguro-desemprego serão provenientes do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT). Além disso, a pessoa
resgatada deverá ser encaminhada para qualificação
profissional e recolocação no mercado de trabalho
por meio do Sistema Nacional do Emprego (Sine).
“O ideal é que ninguém seja submetido ao trabalho
análogo ao de escravo ou ao tráfico de pessoas.
Entretanto, na ocorrência desses crimes – o que,
infelizmente, ainda é uma realidade no Brasil –,
cabe-nos garantir a adequada assistência às
vítimas”, afirmou o autor da proposta, deputado
Carlos Veras (PT-PE).
O parlamentar explicou que a proposta em análise
decorre de uma sugestão do Ministério Público do
Trabalho feita em audiência pública realizada em
agosto de 2021 pela Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara dos Deputados.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
01/02/2022 -
Pauta da CDH terá mudanças na lei trabalhista e
prioridade a mulheres na casa própria
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) retoma suas atividades em 2022
com doze projetos prontos para entrar na pauta de
votação. Entre eles, os que tratam da prioridade à
mulher chefe de família no financiamento da casa
própria e propostas que alteraram pontos da reforma
trabalhista aprovada em 2017 (Lei 13.467, de 2017).
O PL 2.902/2019, da senadora Rose de Freitas (MDB-ES),
determina que a mulher que seja responsável pela
unidade familiar tenha prioridade na aquisição de
imóvel custeado pelo Sistema Financeiro de
Habitação. Ela lembra que cerca de 40% dos lares
brasileiros são de responsabilidade de mulheres, que
encaram sozinhas a tarefa de criar os filhos. Caso
seja aprovado e não haja recurso para análise em
Plenário, o PL segue direto para votação na Câmara.
O relator é o senador Paulo Paim (PT-RS). Ele
recomenda a aprovação, com sugestão de uma emenda,
com mudanças redacionais para alinhar a terminologia
usada pela proposição à das leis citadas no
dispositivo. Paim substituiu o termo “mulher chefe
de família” por “mulher responsável pela unidade
familiar”.
Legislação trabalhista
A CDH também deverá analisar uma série de projetos que
tratam de mudanças na legislação trabalhista. Um
deles é o PLS 271/2017, de Paulo Paim, que propõe
suprimir a possibilidade de extinção do contrato de
trabalho por meio de acordo entre empregado e
empregador. A proposta conta com voto favorável do
relator, senador Telmário Mota (Pros-RR). Outra
iniciativa de Paim, igualmente relatada por Telmário,
é o PLS 268/2017, que limita a duração do contrato
de trabalho de tempo parcial a 25 horas semanais. A
intenção do autor é derrubar a regra introduzida em
2017, que permite carga horária semanal de 30 horas
nesse tipo de contrato. O projeto também veda a
possibilidade de prestação de jornada
extraordinária.
Já o PLS 266/2017, apresentado pelo senador Romário
(PL-RJ), cria o regime de teletrabalho especial para
o empregado com deficiência. O texto conta com
parecer favorável do relator, Telmário.
Caso aprovados, os projetos ainda passarão pelas
comissões de Assuntos Econômicos (CAE); de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de
Assuntos Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
01/02/2022 -
Governo Bolsonaro: Brasil perde mais 265 mil vagas
de emprego com carteira assinada em dezembro
Quatro dos cinco setores da economia tiveram
saldo negativo na criação de empregos formais no
último mês de 2021
De acordo com dados Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados nesta
segunda-feira (31), o Brasil perdeu 265.811 vagas de
emprego com carteira assinada no mês de dezembro.
Quatro dos cinco setores da economia apresentara
saldo negativo na criação de empregos formais em
dezembro, são eles: Serviços (-104.670 postos),
Indústria geral (-92.047 postos), Construção
(-52.033 postos) e Agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura (-26.073 postos).
Somente o setor de comércio registrou alta ao criar
9.013 postos de trabalhos formais.
Segundo o Ministério do Trabalho e da Previdência,
os dados revelam que o país registrou a criação de
2.730.597 vagas de emprego formal em 2021. O saldo
do ano foi de 20.699.802 admissões e 17.969.205
demissões.
Apesar da leva alta na criação de empregos, a renda
do trabalhador despencou e o salário médio de
admissão ficou em R$ 1.921,19.
Os números divulgados pelo Caged dizem respeito
apenas aos registros de admissões e dispensas de
trabalhadores contratados no regime de CLT, ou seja,
não abrange os trabalhadores informais.
Fonte: RevistaForum
01/02/2022 -
Projeto proíbe empresas de alterar enquadramento
sindical de empregados para vencer licitação
Proposta prevê que a empresa contratante responda
solidariamente com a prestadora de serviços pelo
prejuízos causados aos empregados
O Projeto de Lei 3128/21 proíbe empregadores de
alterarem o enquadramento sindical de empregados com
o objetivo reduzir custos e vencer licitações para a
prestação de serviços terceirizados. O texto, que
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta estabelece ainda que a empresa
contratante responderá solidariamente com a
prestadora de serviços pelo prejuízos causados aos
empregados.
Autora do projeto, a deputada Erika Kokay (PT-DF)
informa que, em janeiro de 2021, copeiros, garçons e
funcionários da portaria da Caixa Econômica Federal,
em Brasília, antes vinculados ao Sindicato dos
Empregados em Empresas de Asseio, Conservação,
Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e
Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal (Sindeserviços),
passaram a estar vinculados ao Sindicato da
Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF).
"A convenção coletiva do Sinduscon possui valores de
salários e de benefícios bem mais baixos,
representando perdas significativas aos(às)
empregados(as). O salário de garçons e trabalhadores
da recepção e manutenção, por exemplo, caiu de R$
1.901,53 para R$ 1.738,00 e o vale-alimentação
passou de R$ 35,00 para R$ 20,84. Além disso, os
trabalhadores perderam o direito a plano de saúde e
plano odontológico. O mesmo aconteceu com outras
categorias”, disse a autora.
Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
01/02/2022 -
Alta rejeição a Bolsonaro faz com que setores do
Centrão defendam apoio a Lula
Bloco que apoia o governo no plano nacional
começa a sofrer defecções, com lideranças aderindo a
Lula
A elevada rejeição a Jair Bolsonaro tem levado
lideranças do Centrão a defender abertamente o
abandono ao atual ocupante do Palácio do Planalto e
o apoio ao ex-presidente Lula.
Lideranças dos partidos nos estados, prefeitos e
deputados avaliam que, os cenários estaduais, a
popularidade de Lula, a perspectiva de vitória do
líder petista já no primeiro turno da eleição
presidencial e o negacionismo de Bolsonaro
presidencial na pandemia devem decidir os rumos das
alianças.
Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro apontou que
a atual gestão é rejeitada por 53% da população, o
patamar mais alto desde o início do mandato. Na
ocasião, Lula apareceu com 48% das intenções de
voto, contra 22% de Bolsonaro. Há duas semanas, o
mesmo instituto revelou que 58% dos brasileiros
acreditam que o presidente atrapalhou a vacinação de
crianças contra a Covid-19. Em função dos reflexos
negativos da conduta, aliados vêm tentando demovê-lo
das críticas insistentes à imunização — por ora, a
iniciativa não alcançou sucesso.
Reportagem do Globo mostra que os exemplos de
debandada de setores do Centrão da candidatura de
Bolsonaro vêm se avolumando pelo país. Prefeito de
Nova Iguaçu, quarto maior colégio eleitoral do Rio,
Rogério Lisboa (PP) vai apostar na dobradinha entre
Lula e o governador Cláudio Castro, que tentará a
reeleição pelo PL, sigla de Bolsonaro.
O ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), integrante do
comitê de pré-campanha de Bolsonaro e presidente
licenciado do PP, reconheceu a existência de um
movimento interno de defecção.
Fonte: Brasil247
01/02/2022 -
MP cria programa para capacitar jovens e pessoas
acima de 50 anos desempregados
Após derrubar, em setembro de 2021, a medida
provisória que criava um novo programa emergencial
de manutenção do emprego e da renda (MP 1.045/2021),
os senadores deverão analisar em breve a instituição
do Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil
Voluntário e do Prêmio Portas Abertas, previstos na
MP 1.099/2021, publicada na sexta-feira (28) no
Diário Oficial da União.
O programa de serviço voluntário foi uma das
modificações apresentadas pela Câmara dos Deputados
à MP da “minirreforma trabalhista” na forma do PLV
17/2021, não acatado no Senado. Na época, os
senadores consideraram que a proposta estava
recheada de “jabutis”, ou seja, continha acréscimos
que não apresentavam pertinência com o texto
original do Executivo.
Vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência, a
atual proposta idealiza capacitar jovens e
trabalhadores já cinquentenários que estão fora do
mercado de trabalho. O objetivo é reduzir os
impactos sociais causados pela pandemia da covid-19.
Para isso, pretende-se mobilizar os municípios para
que ofertem atividades de interesse público sem
vínculo empregatício ou profissional. Além de
prestarem serviço como voluntários, os contemplados
pelo programa participarão de cursos de formação
inicial e continuada ou de qualificação
profissional. Durante todo o período, os
beneficiários receberão bolsa pelo desempenho das
atividades.
Beneficiários
Com duração até dezembro de 2002, o programa
contemplará pessoas com idade entre 18 e 29 anos e
os acima de 50 sem vínculo formal de emprego há mais
de dois anos. A prioridade é para beneficiários dos
programas de transferência de renda como o Programa
Auxílio Brasil e àqueles que pertençam às famílias
inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal (CadÚnico).
Contudo, não poderão participar do programa os que
recebem benefício de Prestação Continuada do Regime
Geral de Previdência Social ou dos Regimes Próprios
de Previdência Social.
Seleção
O programa será ofertado pelos municípios por meio de
processo seletivo público simplificado. Os
beneficiários terão uma jornada máxima de 22 horas
semanais paras as atividades. Todos os trabalhadores
serão contemplados com cursos de formação inicial e
continuada ou de qualificação profissional com carga
horária mínima de 12 horas para cada 30 dias de
permanência no programa e carga horária máxima de
100 horas anuais.
Os cursos serão promovidos pelos serviços nacionais
de aprendizagem — Senai (indústria), Senac
(comércio), Senar (rural), Senat (transporte) e
Sescoop (cooperativismo) — e pelo Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Caberá a cada município definir o valor do auxílio a
ser ofertado por meio de bolsa pelo desempenho das
atividades. Os trabalhadores poderão receber
cumulativamente esse auxílio pecuniário e os
benefícios do Programa Auxílio Brasil.
Prêmio
Os municípios que se destacarem nessa ação de inclusão
produtiva e qualificação de trabalhadores poderão
ser condecorados com o Prêmio Portas Abertas, que
também será editado pelo Ministério do Trabalho e
Previdência.
A MP tem 60 dias de vigência, podendo seu prazo ser
prorrogado por igual período. Se não for analisada
em tempo hábil pela Câmara e pelo Senado, perde sua
eficácia.
Fonte: Agência Senado
01/02/2022 -
Jair Bolsonaro terá derrota dupla esta semana no STF
STF analisará duas medidas tomadas pelo governo
de Jair Bolsonaro em relação à vacinação contra a
Covid-19
Independentemente do terremoto que possa vir a
acontecer em função da recusa de Jair Bolsonaro de
cumprir a ordem de Alexandre de Moraes para ir
depor, o STF irá impor duas derrotas ao governo
nesta semana.
Serão votadas pelo plenário do Supremo duas
liminares (decisões provisórias) de Luís Roberto
Barroso suspendendo atos do governo. Primeiro, a que
suspendeu trechos de uma portaria do Ministério do
Trabalho que proibia empresas de exigir comprovantes
de vacinação e demitir não vacinados. O plenário
analisará também a decisão que determinou a
exigência do passaporte da vacina para viajantes
estrangeiros que chegassem ao Brasil.
Fonte: Brasil247
01/02/2022 -
Médicos do INSS paralisam atividades e
aproximadamente 25 mil perícias ficam comprometidas
Peritos médicos do Instituto Nacional de Seguro
Social (INSS) paralisaram as atividades em todo o
país, nesta segunda (31). Chamado de “Dia Nacional
de Advertência”, o movimento é um protesto por
melhores condições de trabalho e reajuste de 19,9%.
A estimativa é de que 25 mil perícias que estavam
agendadas fiquem comprometidas nas próximas 24h.
A categoria reclama de sobrecarga de trabalho. Em
uma nota enviada ao Ministério do Trabalho na semana
passada, informando da paralisação, a Associação
Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP), que
organiza a mobilização, destacou a falta de avanço
nas conversas com a pasta.
“Em atenção a tais objetivos estatutários e diante
do atual quadro caótico que se apresenta à carreira
de perito médico federal, a associação tentou, em
centenas de ocasiões, instaurar rodadas de
negociações com a administração pública federal,
todas infrutíferas”, escreveram.
O INSS integra o Ministério do Trabalho, pasta que
teve o maior volume de cortes no orçamento de 2022.
Foram vetados R$ 1 milhão, dos quais R$ 709,8 mil
deveriam ser repassados à seguridade social.
Resposta do INSS
A reportagem entrou em contato com o INSS para saber
se haveria uma conversa com a associação que
representa os peritos, mas o instituto não
respondeu.
Sobre as perícias prejudicadas, o INSS “será feita a
remarcação de todos os atendimentos que não puderam
ser realizados”. Para isso, não será necessário a
solicitação de nova data e “o segurado pode
confirmar a nova data e horário da sua perícia pelo
telefone 135 ou pelo Meu INSS (site ou aplicativo)”.
Fonte: Congresso em Foco
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