Blog - Notícias Anteriores - Fevereiro 2023
28/02/2023 -
Conheça as regras para a declaração do Imposto de
Renda em 2023
28/02/2023 -
Formalizado grupo interministerial para ordenar
política de valorização do mínimo
28/02/2023 -
Tempos de destruição trabalhista: país teve mais de
mil greves em 2022. Setor público predominou
28/02/2023 -
MTE tem novo secretário de Relações de Trabalho:
Marcos Perioto
28/02/2023 -
Congresso retorna com foco no comando de comissões e
reforma tributária
28/02/2023 -
Oito em cada 10 reajustes salariais superaram a
inflação em janeiro
28/02/2023 -
Projeto incentiva mercado de trabalho a contratar
mulheres acima de 50 anos
27/02/2023 -
Centrais
sindicais lançam nota sobre tragédia no litoral
norte do Estado de SP
27/02/2023 -
Negociações salariais melhoram: em janeiro, três de
cada quatro superaram inflação
27/02/2023 -
Governo formaliza propostas na 1ª reunião da mesa
negocial
27/02/2023 -
Salário mínimo: centrais propõem valor maior, mas
concordam com política de valorização
27/02/2023 -
Trabalhador que antecipou saque-aniversário poderá
pedir FGTS em caso de demissão, diz Marinho
27/02/2023 -
Lupi quer acordo com
STF para pagar revisão da vida toda do INSS
17/02/2023 -
Projeto prevê negociação sindical antes de demissões
em massa
17/02/2023 -
Inelegibilidade de Bolsonaro é dada como certa em
todos os poderes
17/02/2023 -
Lula confirma correção na tabela de Imposto de Renda
e isenção sobe para R$ 2.640
17/02/2023 -
Grupo de trabalho vai analisar PEC da reforma tributária
17/02/2023 -
União e Reconstrução – Por João Guilherme Vargas
Netto
17/02/2023 -
Governo anuncia reajuste em bolsas de pesquisa a
partir de março
17/02/2023 -
Prévia do PIB confirma: Bolsonaro deixou economia em
desaceleração
16/02/2023 -
Lira diz não ver possibilidade de alteração na lei
que garante autonomia do BC
16/02/2023 -
TSE mantém minuta do golpe na ação que pede
inelegibilidade de Bolsonaro
16/02/2023 -
Governo Lula bate o martelo sobre novo valor do
salário mínimo e anuncia data para reajuste
16/02/2023 -
Governo Lula confirma lançamento do Bolsa Família de
R$600 mais R$150 por criança
15/02/2023 -
INSS pede a suspensão dos processos relacionados à
'revisão da vida toda'
15/02/2023 -
Marinho quer apresentar propostas de revisão na
reforma trabalhista até julho
15/02/2023 -
Governo vai retomar obras de 37 mil unidades do
Minha Casa, Minha Vida
15/02/2023 -
Sob pressão, Campos Neto pede a investidores "boa
vontade" com governo Lula e diz que "é justo
questionar juros altos"
15/02/2023 -
Governo estuda reformas da Espanha e do México, mas
quer ser ‘mediador’ em mudanças na legislação
trabalhista
14/02/2023 -
Cesta básica já consome 60% do salário mínimo
14/02/2023 -
Saque-aniversário do FGTS é engodo porque atrapalha
a indústria, afirma Marinho
14/02/2023 -
Trabalhadores vão protestar contra a privatização da
Sabesp nesta terça
14/02/2023 -
AGU pede condenação definitiva de acusados de
financiar atos terroristas do 8 de janeiro
14/02/2023 -
Fazenda finaliza proposta para correção da tabela do
Imposto de Renda
14/02/2023 -
Simone Tebet se reúne com Pacheco para mobilizar
Congresso por reforma tributária
14/02/2023 -
Governo Lula libera R$ 350 milhões para pagamento de
direitos trabalhistas de servidores
13/02/2023 -
Marinho fala em
novo reajuste do salário mínimo no dia 1º de maio
13/02/2023 -
Cármen Lúcia envia processos de Bolsonaro para
Justiça do DF
13/02/2023 -
A mais alta taxa
de juros é impeditiva ao país, diz vice-líder de
Lula
13/02/2023 -
Produção industrial sobe em 10 dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE em dezembro
13/02/2023 -
Maioria dos deputados é favorável à autonomia do
Banco Central, diz Lira
13/02/2023 -
Lula indica
Dilma para comandar Banco dos Brics
13/02/2023 -
Projeto torna obrigatória equiparação salarial entre
homens e mulheres para funções idênticas
10/02/2023 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,46% em janeiro
10/02/2023 -
Força Sindical quer definir já Salário Mínimo
10/02/2023 -
Presidente aposta em retomada de obras para
impulsionar economia
10/02/2023 -
Mercadante pede desculpas e convida centrais
sindicais para reunião no BNDES
10/02/2023 -
O barco não pode afundar – por João Guilherme Vargas
Netto
10/02/2023 -
TSE retoma na próxima terça-feira caso que pode
deixar Bolsonaro inelegível
10/02/2023 -
PGR envia à 1ª instância ação contra governo
Bolsonaro por não proteger povos indígenas
10/02/2023 -
PSOL protocola representação contra Damares por
crise dos yanomami
09/02/2023 -
STF julga em abril correção do FGTS e pode
beneficiar milhões
09/02/2023 -
Lula espera restabelecer conversa “civilizada” com
Congresso e diz que terá maioria
09/02/2023 -
Corregedor eleitoral mantém minuta golpista em ação
contra Bolsonaro
09/02/2023 -
Racha no PL de Bolsonaro levará deputados da sigla à
base do governo Lula
09/02/2023 -
Geração de emprego nas micro e pequenas empresas cai
26,5% em 2022, mas participação cresce
09/02/2023 -
Assédio moral enseja rescisão indireta do contrato
de trabalho
08/02/2023 -
Dieese: é urgente garantir manutenção dos empregos e
direitos dos trabalhadores da Americanas
08/02/2023 -
MEI pode mudar para haver mais contratação e menos
PJs, diz ministro
08/02/2023 -
Ministro defende revisão de concessões de registros
sindicais
08/02/2023 -
Previdência Social participa da reabertura da Mesa
Nacional de Negociação com servidores
08/02/2023 -
Governo pretende lançar cartão de descontos para
beneficiários do INSS; veja como vai funcionar
08/02/2023 -
Preços da cesta básica em janeiro aumentam na
maioria das capitais, principalmente no Nordeste
08/02/2023 -
Juíza homologa acordo entre trabalhador e INSS sobre
aposentadoria especial
08/02/2023 -
Banco não pode punir empregados que ajuizaram
reclamações trabalhistas, decide TST
07/02/2023 -
Requerimentos de registro sindical estão suspensos
por 90 dias, anuncia MTE
07/02/2023 -
Lula diz que explicação do Copom para juros elevados
é uma "vergonha" e defende que taxas caiam
07/02/2023 -
Valorização do salário mínimo e direitos dos
trabalhadores de aplicativo são prioridades, diz
Marinho
07/02/2023 -
Lula quer ampliar isenção do IR para quem ganha até
dois salários mínimos em 2023
07/02/2023 -
Governo Lula trabalha novo PAC para incentivar
atividade econômica
07/02/2023 -
Paim defende substituir teto de gastos para país
investir em áreas essenciais
07/02/2023 -
Pagamento de salário com atraso provoca dano moral,
decide TRT-5
07/02/2023 -
Mercado financeiro eleva projeção da inflação de
5,74% para 5,78%
06/02/2023 -
Nova Central debate projeto de Reforma Sindical
06/02/2023 -
Americanas
promete não demitir
06/02/2023 -
Sem ‘retomada’, indústria fecha o ano dando marcha a
ré
06/02/2023 -
Nova tabela de
contribuição à Previdência Social entra em vigor;
veja novos valores
06/02/2023 -
CGU revisa regras de acesso à informação do governo
federal e vai derrubar sigilos de Bolsonaro
06/02/2023 -
Fiesp prevê
queda de 0,5% da produção da indústria brasileira em
2023
06/02/2023 -
A freada no emprego formal em 2022 – Por Clovis
Scherer
03/02/2023 -
Nova Central apoia luta nas Americanas
03/02/2023 -
Revelação de senador sobre golpe pode levar
Bolsonaro à prisão
03/02/2023 -
Programa Litígio Zero
03/02/2023 -
Centrais sindicais fazem reunião com Ministério
Público do Trabalho sobre caso Americanas
03/02/2023 -
Lira defende avanços na pauta das reformas e da
defesa da democracia
03/02/2023 -
"Qualquer aumento de despesa requer corte de
gastos", diz Tebet sobre subir salário mínimo
03/02/2023 -
Tempos interessantes – por João Guilherme Vargas
Netto
02/02/2023 -
NCST e CNTI participam da cerimônia de criação do
Conselho de Participação Social
02/02/2023 -
Governo reforçará fiscalização trabalhista para
combater fraudes, diz ministro
02/02/2023 -
Dezembro fecha com saldo negativo de 431.011
empregos, diz Novo Caged
02/02/2023 -
Lideranças das centrais participam da abertura do
ano judiciário
02/02/2023 -
Lula faz balanço do primeiro mês de governo e aponta
para clima de otimismo
02/02/2023 -
Lira é reeleito
presidente da Câmara com apoio de Lula e votação
recorde
02/02/2023 -
Lula destaca “decisões corajosas” do STF para
enfrentar violência política
02/02/2023 -
Ato nacional dos comerciários será no Rio, sexta
01/02/2023 -
Nota das centrais sindicais sobre Lojas Americanas
01/02/2023 -
Centrais, aposentados e pensionistas entregam
reivindicações sobre a Previdência ao ministro
Carlos Lupi
01/02/2023 -
Governo Bolsonaro será investigado por genocídio de
yanomamis
01/02/2023 -
STF pede à PGR que investigue Valdemar Costa Neto
01/02/2023 -
Fique atento(a): STF se prepara pra julgar em 20 de
abril perdas do FGTS desde 1999
01/02/2023 -
PT escolhe Rui Falcão para presidir a CCJ da Câmara
em 2023
01/02/2023 -
TRT-18 condena empresa que pagava parte do salário
de trabalhador 'por fora'
01/02/2023 -
Salário não pago por 2 anos é condição semelhante à
escravidão, decide juíza
28/02/2023 -
Conheça as regras para a declaração do Imposto de
Renda em 2023
A Receita Federal apresentou nesta segunda-feira
(27) as novas regras para a declaração do Imposto de
Renda (IR). A entrega da declaração começará às 8h
no dia 15 de março e seguirá aberta até o dia 31 de
maio. Anunciada pelo presidente Lula (PT), a nova
faixa de isenção do IR ainda não vale para esta
declaração com o ano-calendário de 2022.
É obrigado a declarar o IR quem, em 2022, recebeu
rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 e quem
ganhou mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou
tributados na fonte no ano (como indenizações
trabalhistas ou rendimento de poupança).
Também deverá entregar a declaração quem obteve
ganho de capital na venda de bens sujeitos a imposto
ou realizou operações na Bolsa ou no mercado de
capitais acima de R$ 40 mil; e quem recebeu R$
142.798,50 em atividade rural ou tem prejuízo rural
a ser compensado no ano-calendário de 2022 ou nos
próximos anos. Quem atrasar o envio da declaração
deverá pagar uma multa mínima de R$ 165,74 e que
pode chegar a 20% do imposto devido no ano.
O programa para preenchimento da declaração estará
disponível para download no dia 15 de março. Desde o
primeiro dia os contribuintes poderão contar com a
declaração pré-preenchida com dados de imóveis
comprados e registrados em cartório, criptoativos
declarados por exchanges, atualização dos saldos das
contas bancárias e de investimentos e rendimentos da
restituição.
A Receita Federal estima receber entre 38,5 milhões
a 39,5 milhões de declarações durante o prazo de
entrega. Sem a atualização da tabela de isenção
desde 2016, o número de declarações deverá superar
as 36,3 milhões entregues no ano passado. As
mudanças na tabela entrarão em vigor em maio deste
ano e só valerão para o Imposto de Renda 2024.
Fonte: Congresso em Foco
28/02/2023 -
Formalizado grupo interministerial para ordenar
política de valorização do mínimo
Decreto presidencial está publicado no Diário
Oficial da União (DOU) desta segunda-feira
O governo federal institui grupo de trabalho
interministerial para a elaboração de proposta de
política de valorização do salário mínimo.
Coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o
grupo tem a participação de várias pastas do governo
e também das centrais sindicais. A retomada da
valorização do piso nacional foi uma das promessas
de campanha do agora presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva.
O grupo de trabalho, já em andamento, terá duração
de 45 dias, contado a partir de 19 de janeiro, para
indicar metodologia, critérios e regras a serem
adotados como referência para a correção do mínimo.
Nas gestões petistas, vigorava lei que permitia
aumento anual do salário mínimo com base na inflação
e no crescimento do PIB. Hoje, o valor do salário
mínimo está em R$ 1.302 e passará para R$ 1.320 a
partir de 1º de maio, conforme o presidente Lula já
anunciou.
O decreto presidencial de formalização do grupo está
publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta
segunda-feira. De acordo com o ato, os trabalhos da
equipe – que são considerados prestação de serviço
público relevante e não remunerados – poderão ser
prorrogados por mais 45 dias se necessário.
Fonte: InfoMoney
28/02/2023 -
Tempos de destruição trabalhista: país teve mais de
mil greves em 2022. Setor público predominou
Para o Dieese, empresas e governos aproveitaram
um momento conturbado, pela covid, para ampliar a
precarização
O país registrou 1.067 greves em 2022, segundo
acompanhamento feito pelo Dieese. A comparação com
os dois anos anteriores é prejudicada devido à
pandemia, e o número é próximo ao de 2019. Mas o
instituto aponta a existência de um fenômeno ao qual
chama de “profilaxia econômica” em larga escala. Foi
como se empresas e governos aproveitassem o momento
conturbado para ampliar terceirizações e vínculos
precários.
Medida “alardeada como simples bom-senso pelos
discursos hegemônicos, mas que, do ponto de vista
dos trabalhadores – em especial dos direitos que
asseguram a sua condição – é inteiramente
destrutiva”. O Dieese cita como exemplos a
“terceirização forçada” no Santander, a extinção da
Proguaru (de prestação de serviços de limpeza em
Guarulhos, na Grande São Paulo) a privatização do
metrô em Belo Horizonte.
A maioria (59%) das greves se concentrou no setor
público, entre funcionalismo (54%, com 70% das horas
paradas) e estatais (5%), com 40% no segmento
privado e quase 1% em ambas as áreas. Além disso, a
maioria foi de curta duração: 55% das greves
terminaram no mesmo dia em que foram decretadas. As
chamadas paralisações de advertência representaram
46% do total. Já 14% duraram mais de 10 dias.
Greves “defensivas”
De acordo com o Dieese, em 81% das greves de 2022
estavam presentes itens de caráter defensivo. Ou
seja, para manter o conteúdo de acordos ou denunciar
o descumprimento de direitos (51%). Entre os temas
mais constantes, estavam reajuste (42%) e pagamento
de piso salarial (27%). Questões relacionadas a
alimentação (tíquete, cesta básica) e atraso de
pagamento (salário, 13º, férias) representaram 20%
cada.
Na administração pública, de 580 greves registradas,
430 (74%) foram em nível municipal, 109 (19%) eram
de servidores estaduais e 37% (pouco mais de 6%),
federais (31 no Executivo), além daquelas
consideradas multinível. A maioria foi de
paralisações defensivas. O Dieese destaca movimentos
na educação, em defesa do piso da categoria, e
relacionadas ao orçamento, pela “espantosa
inabilidade” dos poderes.
Maioria nos serviços
Por sua vez, no setor privado, de 426 greves, 285
(67%) ocorreram no setor de serviços e 136 (32%), na
indústria. As paralisações no comércio (três) e a
área rural (duas) não chegaram a 1%. Mais de 80%
foram defensivas.
Confira aqui a íntegra do estudo.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/02/2023 -
MTE tem novo secretário de Relações de Trabalho:
Marcos Perioto
Na última quinta-feira (23), o DOU (Diário Oficial
da União) trouxe a nomeação do novo secretário de
Relações de Trabalho, do MTE (Ministério do Trabalho
e Emprego), Marcos Perioto.
Perioto é economista e assessor da Força Sindical.
Tem vasta experiência política. É um competente
quadro técnico.
Pela nova configuração do MTE — conforme
determinação do Decreto 11.359, de 1º de janeiro de
2023, aprova a Estrutura Regimental e o quadro
demonstrativo dos cargos em comissão e das funções
de confiança do Ministério do Trabalho e Emprego e
remaneja cargos em comissão e funções de confiança
—, e segundo o artigo 27 do decreto, compete à STR:
“I - formular e propor políticas, programas e
projetos para a democratização das relações do
trabalho, em articulação com as demais políticas
públicas, com vistas a fortalecer o diálogo entre o
Governo, os trabalhadores e os empregadores;
II - elaborar e propor diretrizes e normas voltadas
para a promoção da autonomia das relações entre
trabalhadores e empregadores;
III - planejar, coordenar, orientar e promover as
práticas da negociação coletiva, da mediação e da
arbitragem no âmbito das relações de trabalho;
IV - elaborar estudos, emitir posicionamento técnico
e elaborar proposições sobre legislação sindical e
trabalhista;
V - elaborar, organizar e manter sistemas de
informações, gerenciais, de estatísticas e de bancos
de dados sobre relações do trabalho e o Sistema
Integrado de Relações do Trabalho;
VI - propor e promover ações que contribuam para a
capacitação e o aperfeiçoamento técnico dos
profissionais que atuam no âmbito das relações do
trabalho;
VII - conceder, prorrogar e cancelar registro de
empresas de trabalho temporário;
VIII - editar normas e instruções a serem seguidas
quanto a relações de trabalho;
IX - registrar as entidades sindicais de acordo com
critérios objetivos estabelecidos em lei;
X - manter e gerenciar o cadastro das centrais
sindicais e aferir a sua representatividade;
XI - coordenar as atividades relativas à
contribuição sindical;
XII - promover parcerias com órgãos da administração
pública na formulação de propostas e na
implementação de programas na área de competência;
XIII - apoiar tecnicamente os órgãos colegiados do
Ministério, em sua área de competência; e
XIV - acompanhar o cumprimento, em âmbito nacional,
dos acordos e convenções ratificados pelo Governo
brasileiro junto a organismos internacionais, em
especial à OIT, nos assuntos de sua área de
competência.”
Fonte: Diap
28/02/2023 -
Congresso retorna com foco no comando de comissões e
reforma tributária
Disputa pela Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) movimenta a Câmara; grupo de deputados criado
para dar celeridade à reforma tributária volta a se
reunir
Os trabalhos no Congresso Nacional serão retomados
nesta semana após 11 dias de inatividade devido ao
Carnaval. O retorno será marcado pela disputa de
comando das comissões das casas e pelo debate acerca
da reforma tributária.
Na Câmara dos Deputados a principal disputa é pelo
comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
mas também a de Educação, Meio Ambiente,
Desenvolvimento Sustentável e pela Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle (CFFC). Todas são
acompanhadas de perto pelo Partido dos Trabalhadores
(PT), do presidente Lula.
Como principal Comissão da casa, a CCJ é disputada
pelo PT e deve contar com apoio do presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP), uma vez que o partido
apoiou sua eleição.
Geralmente as escolhas obedecem ao critério de
proporcionalidade entre as bancadas. Nesse caso,
isoladamente, o Partido Liberal (PL), do
ex-presidente Jair Bolsonaro, teria vantagem, pois
tem 99 deputados. A Federação formada por PT, PCdoB
e PV vem na sequência com 80 deputados e o União
Brasil em seguida com 59.
No entanto, apesar da maioria, o acordo com Lira,
que passa pelo próprio PL, pode garantir a CCJ ao
PT. As definições são realizadas pela reunião de
líderes de bancada.
Na Câmara são 30 comissões, já no Senado são 14.
No caso do CCJ do Senado tudo indica que o senador
Davi Alcolumbre (União), ex-presidente da casa, deve
continuar por mais dois anos à frente da comissão.
O União Brasil forma com MDB, Podemos, PDT, PSDB e
Rede tem o maior bloco do Senado com 31
representantes, enquanto PT, PSD e PSB tem o segundo
com 28 parlamentares e a minoria é formada por PP,
Republicanos e PL com 22.
Com as eleições o PL chegou a ter sozinho 15
cadeiras, porém as trocas fizeram com que o partido
ficasse apenas com 12, sendo a segunda mais legenda
atrás do PSD que atualmente conta com 15 nomes.
Dessa maneira, o partido de Bolsonaro, que almejou a
presidência do Senado vencida por Rodrigo Pacheco
(PSD), pode ficar apenas com a Comissão de Assuntos
Socais (CAS).
Reforma
Na principal proposta que deve permear os próximos
passos do Congresso Nacional consta o avanço para
implementação de uma reforma tributária. Um grupo de
trabalho formado por 11 deputados federais deve
retomar as atividades na terça-feira (28) e na
quarta-feira (1) para o início da formalização de
uma proposta.
O grupo tem o deputado Reginaldo Lopes (PT) como
líder e a relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro
(PP). É previsto que o trabalho seja concluído em 90
dias, período em que se realizarão audiências
públicas e reuniões com as diversas instâncias
interessadas.
O grupo deve analisar as propostas já encabeçadas
pela equipe do ministro da Fazenda Fernando Haddad
que entende uma reforma em duas etapas, uma para o
primeiro semestre de tributação sobre o consumo e
outra no segundo semestre voltada ao imposto sobre
renda.
*Com informações Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho
28/02/2023 -
Oito em cada 10 reajustes salariais superaram a
inflação em janeiro
Em janeiro, 78% dos reajustes salariais ficaram
acima da inflação medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), aponta o boletim
Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), divulgado sábado (25). Em janeiro
de 2022, essa mesma proporção era de 29%.
Em 14,9% das negociações do primeiro mês do ano, o
reajuste ficou igual à inflação. Em 7,1% dos
acordos, os trabalhadores tiveram perdas reais no
salário. O piso mediano ficou em R$ 1.400.
O Salariômetro registra uma tendência de melhora nos
reajustes acima da inflação. Em dezembro, as
negociações com ganho real representaram 72,9% do
total. Em novembro, a proporção era de 45,3%.
A prévia de fevereiro aponta na mesma direção: 85,7%
dos reajustes devem ficar acima do INPC. Até o
fechamento do boletim, 49 instrumentos foram
tabulados. A Fipe destaca que esses resultados
preliminares estão sujeitos a flutuações amostrais e
podem se alterar.
Metodologia
O acompanhamento das negociações coletivas é feito por
meio de acordos e convenções registrados no Mediador
do Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no
sistema, tabula e organiza os valores observados
para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos
em acordos e convenções e também por atividade
econômica e setores econômicos.
Fonte: Agência Brasil
28/02/2023 -
Projeto incentiva mercado de trabalho a contratar
mulheres acima de 50 anos
O Senado vai analisar um projeto que busca
incentivar a entrada, no mercado de trabalho, de
mulheres acima dos 50 anos (PL 375/2023). Do senador
Weverton (PDT-MA), a matéria faz modificações na Lei
14.457, de 2022, que institui o programa Emprega +
Mulheres.
Pelo projeto, o Sistema Nacional de Emprego (Sine)
deverá implementar iniciativas com vistas à melhoria
da empregabilidade de mulheres, especialmente
daquelas que tenham mais de 50 anos. A lei já prevê
uma atenção especial para as mulheres que sejam
chefes de família monoparental, com deficiência ou
com filho com deficiência ou, ainda, que tenham
filho até cinco anos.
O texto também estabelece que as atividades dos
serviços nacionais de aprendizagem — como o Senai e
o Senac — deverão implementar programas e cursos,
assim como incentivar iniciativas empresariais, que
visem o aprimoramento profissional, a manutenção do
emprego e a inserção no mercado de trabalho de
mulheres com idade acima de 50 anos.
Fonte: Agência Senado
27/02/2023 -
Centrais sindicais lançam nota sobre tragédia no
litoral norte do Estado de SP
As entidades orientam seus sindicatos filiados a
disponibilizarem, na medida do possível, espaço aos
desabrigados em suas colônias de férias na região.
Nota das centrais:
Enxurradas e deslizamentos no Litoral Norte de
São Paulo: uma tragédia anunciada
A série de desastres desencadeada pelas fortes
chuvas que devastaram o Litoral Norte de São Paulo,
com dezenas de mortos, feridos e desabrigados em um
conjunto incontável de perdas que enlutou o País é,
infelizmente, um fenômeno que se repete a cada verão
e que tem como principais causas os abusos
ambientais e sociais na forma de ocupações
irregulares e falta de condições e infraestrutura
para a população local.
Autoridades e especialistas chamam a atenção para o
volume de chuva, que bate recordes conforme a
ganancia especulativa avança de forma desordenada. O
fator humano na raiz do desastre não está sendo
negligenciado, mas cabe reforçá-lo para não deixar
que o argumento baseado na abundância de água
torne-se um pretexto para empurrar a solução para um
futuro incerto.
Enfrentar e combater crimes ambientais é um trabalho
de longo prazo que gera impopularidade uma vez que
seus efeitos estão em descompasso com o tempo de
cargos eletivos e uma vez que gera atritos com
interesses particulares, comumente colocados à
frente dos interesses coletivos.
Entretanto este é um debate urgente e que está na
ordem do dia. Acreditamos que atualmente a questão
ambiental e todos os fenômenos sociais e sanitários
em torno dela estão mais amadurecidos na sociedade.
Acreditamos, sobretudo, que o respeito e a
preservação ao meio ambiente são atitudes
promissoras do ponto de vista do desenvolvimento.
Por tudo isso as Centrais Sindicais exigem que os
governos municipais, estaduais e federal ampliem,
com urgência, políticas públicas habitacionais, como
o Minha Casa Minha Vida, que atendam a população de
baixa renda, uma vez que essas são as principais
vítimas. Encosta de morro não pode servir de moradia
para nenhuma família. Essa tragédia, já vinha sendo
anunciada há anos, com o desastre de Nova Friburgo e
Teresópolis (2011), as tempestades no Vale do
Itajaí, Santa Catarina (2020), as enchentes da Bahia
(2022), as chuvas em Petrópolis (2022), entre
outras.
É necessário dar um basta nessa situação! As
Centrais Sindicais, que representam mais de 50
milhões de trabalhadores, EXIGEM a implantação de um
programa habitacional para atender os mais
necessitados, pois não é possível que o trabalhador
e suas famílias continuem sendo empurrados para as
perigosas encostas de morros por falta de um
programa habitacional justo.
É preciso que haja uma solução!
São Paulo, 23 de fevereiro de 2023
Sérgio Nobre, presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, presidente da CTB – Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Moacyr Auersvald, presidente da NCST – Nova Central
Sindical de Trabalhadores
Antônio Neto, presidente da CSB – Central de
Sindicatos do Brasileiros
Fonte: Rádio Peão Brasil
27/02/2023 -
Negociações salariais melhoram: em janeiro, três de
cada quatro superaram inflação
De 437 reajustes na data-base janeiro, 75,3%
ficara acima da inflação acumulada. INPC menor
contribui para índices obtidos nos acordos
Balanço parcial divulgado na sexta-feira (17) pelo
Dieese mostra continuidade da tendência de melhora
nas negociações salariais. De 437 reajustes na
data-base janeiro, 75,3% ficara acima da variação
acumulada do INPC-IBGE. Resultado equivalente ao de
dezembro e bem acima do registrado em janeiro do ano
passado (28,4% com ganho real). Houve 16,5% acordos
com índice equivalente ao INPC e 8,2% abaixo.
“Os resultados confirmam tendência de melhora
praticamente contínua nas negociações desde agosto
de 2022”, informa o Dieese. Contribuiu para isso a
redução da inflação. Até aquele mês, o INPC era
superior a 10%. Agora em janeiro, por exemplo, o
reajuste necessário para a reposição era de 5,93%.
Para este mês, 5,71%. Assim, a variação real média
dos reajustes, descontada a inflação, foi de 1%
acima do INPC.
Setores e salário mínimo
Entre os setores de atividade, a indústria teve 77%
das negociações chegaram a acordos salariais com
aumento real. Os serviços vêm em seguida, com 76,4%.
Já o comércio teve 57,6% de reajustes acima da
inflação (e 18,2% abaixo). “Grande parte dos
reajustes nos serviços, em janeiro, foi do segmento
do turismo e hospitalidade, em que os rendimentos
possuem valores próximos ao do salário mínimo
oficial e são, por isso, muito influenciados pela
correção do piso nacional. Isso explica, em parte, o
bom desempenho do setor, diferente do observado em
2022”, analisa o instituto.
Por sua vez, o valor mediano dos pisos nos acordos
coletivos, no primeiro mês de 2023, foi de R$
1.406,26 – 8% acima do mínimo (R$ 1.302 em janeiro).
Segundo o Dieese, a mediana “sofre menos influência
dos valores extremos da série”. O maior foi
registrado no setor de serviços (R$ 1.411) e o
menor, no rural (R$ 1.329,24).
Fonte: Rede Brasil Atual
27/02/2023 -
Governo formaliza propostas na 1ª reunião da mesa
negocial
O governo federal, por meio da Secretaria de Gestão
de Pessoas e Relações do Trabalho, do Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
formalizou, na quinta-feira (16), proposta às
entidades representativas dos servidores públicos
federais do Poder Executivo civil.
Esta foi a primeira reunião da MNNP (Mesa Nacional
de Negociação Permanente) entre o governo e
entidades do funcionalismo.
Por meio de ofício, a Secretaria de Gestão divulgou
a “proposta de reajuste salarial e auxílio
alimentação 2023” formulada às entidades. São 3
itens: salários e auxílio alimentação; pautas não
remuneratórias; e tratamento dos pleitos e propostas
para 2024.
Salário e auxílio alimentação
Quanto a salários, o governo “propõe-se reajuste
salarial de 7,8% sobre a atual remuneração, a partir
de 1º de março de 2023.”
No item auxílio alimentação, “propõe-se um reajuste
de 43,6%, referente à variação acumulada do IPCA, de
fevereiro/2016 a fevereiro de 2023, passando de R$
458 para R$ 658.”
Pautas não remuneratórias
“O MGI revisará a Portaria 10.723, que trata da
redistribuição de cargos efetivos na Administração
Pública federal.”
O documento informa que “as instruções normativas
2/18 e 54/21 serão objeto de diálogo com as
entidades.”
E que o “governo fará gestão junto ao Congresso
Nacional para a retirada da PEC 32/20.”
Finalmente, com a “retomada das mesas setoriais está
vinculada à revisão do Subsistema de Relações de
Trabalho no Serviço Público Federal, previsto no
Decreto 7.674, de 20 de Janeiro de 2012.”
Tratamento dos pleitos e propostas para 2024
Pelo ofício, a Secretaria de Gestão informa também que
“até o mês de maio de 2023 a SEGRT (Secretaria de
Gestão de Pessoas e de Relações de Trabalho” vai
apresentar proposta de funcionamento da MNNP, bem
como calendário de discussão dos demais itens da
pauta de reivindicação dos sindicatos.
Fonte: Diap
27/02/2023 -
Salário mínimo: centrais propõem valor maior, mas
concordam com política de valorização
Entidades ressaltam que política pública é medida
importante para o crescimento econômico
As centrais CUT e Força Sindical defenderam valores
maiores que o anunciado pelo governo para o salário
mínimo. Mas celebram a retomada da política de
valorização. O piso nacional, que havia passado a R$
1.302 em janeiro, irá a R$ 1.320 a partir de maio.
Em nota, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirma
que o governo Lula faz “tentativa de reparação do
desmonte orquestrado pelos governos Temer e
Bolsonaro” ao anunciar o aumento. “O salário mínimo
valorizado é o maior instrumento para se diminuir a
desigualdade social, apontar para o crescimento do
país e remunerar corretamente a força de trabalho.”
Crescimento econômico
Ao mesmo tempo, a central afirma que o valor “não é o
esperado nem suficiente”. Desse modo, argumenta,
citando o Dieese, que sem interrupção da política de
valorização o valor do salário mínimo atualmente
estaria em R$ 1.382,71.
“A retomada do crescimento econômico só se dará com
uma política consistente de valorização salarial. É
a força dos trabalhadores que movimenta a economia
brasileira. Não iremos nos contentar com a proposta
atual nem aplaudir quem nos está lesando”, diz a
nota. “É importante deixar claro que a CUT não foi
consultada nem ouvida a respeito do novo valor do
salário mínimo.”
Sensibilidade social
Já o presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
afirma que central apoia a “aprovação urgente” da
política de valorização e propõe R$ 1.343 como valor
para o mínimo deste ano, considerando uma soma da
inflação de 2022 com a estimativa do PIB de 2021. E
acrescenta que se trata de proposta aprovada pelas
centrais.
“Valorizar o piso nacional é uma ótima oportunidade
de o governo federal demonstrar sensibilidade social
e contribuir para distribuir renda e diminuir as
desigualdades no país. Assim como a tabela do
Imposto de Renda, com defasagem que chega a 148%,
deve ter uma correção justa e progressiva”, diz
Miguel, também em nota.
A política de valorização vigorou de 2007 a 2019,
após negociação do primeiro governo Lula com as
centrais. A Força destaca sua importância como
política pública – de Estado. “A elevação do piso
nacional contribuiu para reduzir as perdas
econômicas de categorias de trabalhadores e de
aposentados. A política estabeleceu, ao mesmo tempo,
uma regra permanente e previsível, promovendo uma
recuperação gradativa.”
Fonte: Rede Brasil Atual
27/02/2023 -
Trabalhador que antecipou saque-aniversário poderá
pedir FGTS em caso de demissão, diz Marinho
Ministro prometeu respeitar contratos de
empréstimos que os bancos já possuem
Trabalhadores que optaram por antecipar o
saque-aniversário também poderão sacar o FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço), se forem
demitidos, segundo declaração de Luiz Marinho,
ministro do Trabalho, ao SBT News.
A ideia da iniciativa é não deixar o trabalhador
desamparado quando desempregado e também permitir
que ele faça o saque ao qual tem direito mesmo se
tiver optado pelo saque-aniversário.
Ao InfoMoney o ministério não detalhou quais as
regras da alteração na modalidade, mas afirmou que
Marinho “levará essa proposta para a próxima reunião
do Conselho Curador do FGTS”, que acontece em março.
O ministro explica que, para fazer a mudança,
dependerá apenas de decisão do Conselho. Na mesma
entrevista concedida ao SBT News, Marinho afirmou
que sua posição tem maioria no colegiado.
O ministro é contrário à modalidade, mas reforçou na
entrevista que não discutiu com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva o fim da opção de saque. Ele já
chegou a ventilar o fim da modalidade, mas voltou
atrás e afirmou que o fim do saque-aniversário seria
“objeto de amplo debate”.
Como funciona o saque-aniversário
O saque-aniversário permite que o trabalhador tenha
acesso todos os anos de parte do dinheiro que tem na
sua conta do FGTS, durante um período de três meses,
que começa a contar a partir do mês de seu
aniversário.
Quem opta pela modalidade, no entanto, não pode
sacar os valores do FGTS em caso de demissão sem
justa causa, por um período de dois anos. É isso que
deve mudar com essa nova proposta de Marinho.
Quem não optar pela modalidade permanece no
formato-padrão, que passou a ser chamado de
saque-rescisão.
O período de retiradas de quem opta pelo
saque-aniversário começa no primeiro dia útil do mês
do aniversário do trabalhador. Os valores ficam
disponíveis até o último dia útil do segundo mês
subsequente. Caso o dinheiro não seja retirado no
prazo, volta para as contas do FGTS.
Bancos não vão tomar calote
Na mesma entrevista, Marinho ressaltou que a mudança
na modalidade visa manter os contratos de
empréstimos que os bancos já concederam aos clientes
e evitar calotes.
Valores comprometidos com o crédito consignado não
poderão ser sacados. Já o restante do recurso do
fundo ficará disponível para saque em casos
emergenciais, incluindo a demissão sem justa causa.
Saque-aniversário é armadilha?
A adesão ao saque-aniversário, no entanto, exige
cuidado. Pelas regras atuais, ao retirar uma parcela
do FGTS a cada ano, o trabalhador deixará de receber
o valor depositado pela empresa caso seja demitido
sem justa causa. O pagamento da multa de 40% nessas
situações está mantido.
A qualquer momento, o trabalhador pode desistir do
saque-aniversário e voltar para a modalidade
tradicional, que só permite a retirada em casos
especiais, como demissão sem justa causa,
aposentadoria, doença grave ou compra de imóveis. No
entanto, existe uma carência na reversão da
modalidade.
Fonte: InfoMoney
27/02/2023 -
Lupi quer acordo com STF para pagar revisão da vida
toda do INSS
Após pedir a suspensão das ações de revisão,
Ministério da Previdência quer pagar os valores de
forma progressiva, por lotes, em um calendário
pré-programado
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, quer
um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) para
o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagar a
revisão da vida toda diretamente nas agências. Como
exemplo, a revisão do artigo 29, que aumentou das
aposentadorias por invalidez, auxílio-acidente,
auxílio-doença ou pensão por morte, de forma
automática. Conforme reportagem do jornal Folha de
S.Paulo na sexta-feira (17), o ministro já iniciou
tratativas com a Advocacia-Geral da União (AGU) para
levar a questão ao Supremo.
“Para quem já está cadastrado eu quero encontrar uma
forma de que, conforme o valor, a gente faça uma
programação para colocar na conta”, disse Lupi. O
ministério propõe pagar os valores de forma
progressiva, por lotes, em um calendário
pré-programado. Assim, ele afirmou que “decisão
judicial é para ser cumprida”. E que não adianta
seguir recorrendo contra uma questão que o STF já
decidiu.
Em dezembro, o STF reconheceu a chamada “revisão da
vida toda” das aposentadorias do INSS. Trata-se do
recálculo da média salarial para a aposentadoria,
considerando todos os salários do trabalhador, mesmo
os anteriores a julho de 1994, ano da implementação
do Plano Real. O INSS parou de considerar essas
contribuições em decorrência da Reforma da
Previdência de 1999, cujas regras de transição
excluíam da conta os pagamentos antes do Plano Real.
Freio
Na última segunda (13), no entanto, em nome do INSS, a
AGU pediu ao STF a suspensão de todas as ações sobre
a “revisão da vida toda” até o trânsito em julgado
da ação – quando não cabe mais recurso. O instituto
alegou “impossibilidade material” de fazer a revisão
neste momento.
A justificativa é que esse processo “extrapola” as
suas possibilidades técnicas e operacionais do INSS
e do Dataprev. Além disso, a AGU diz que os pedidos
de suspensão não vêm sendo aceitos nas instâncias da
Justiça, “inclusive com a imposição de multa ao
INSS”. Sem o trânsito em julgado, o INSS também
argumentou que poderia haver modulação dos efeitos
da decisão, alterando os valores da revisão.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/02/2023 -
Projeto prevê negociação sindical antes de demissões
em massa
Proposta foi motivada pela fraude contábil nas
Americanas que culminou no processo de recuperação
judicial
O Projeto de Lei 230/23 torna obrigatória a
negociação prévia com o sindicato da categoria como
requisito de validade para a dispensa em massa de
empregados.
A proposta que tramita na Câmara dos Deputados foi
motivada pela fraude contábil nas Americanas,
estimada em R$ 20 bilhões. A empresa emprega 40 mil
trabalhadores e deve passar por um processo de
recuperação judicial.
O texto mantém parte da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) que dispensa a autorização prévia
sindical ou de celebração de acordo coletivo para
esses tipos de demissões.
"O projeto não exige a autorização sindical para a
demissão, mas sim uma negociação, um diálogo prévio
entre empregados e empregadores, para a busca de
soluções outras para a manutenção dos empregos",
explica o autor, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP).
O objetivo é dar maior transparência às demissões.
“Não se exigirá a anuência sindical para a dispensa
coletiva, mas a presença do sindicato poderá atenuar
os impactos sociais e econômicos que essa medida
provocará sobre os empregados”, frisou o
parlamentar.
Em justificativa, Motta cita decisão já pacificada
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a
necessidade de negociação coletiva para a dispensa
em massa de trabalhadores.
Tramitação
A proposta ainda será despachada para análise pelas
comissões permanentes da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
17/02/2023 -
Inelegibilidade de Bolsonaro é dada como certa em
todos os poderes
O sinal mais claro disso foi enviado pelo TSE ao
decidir, por unanimidade, incluir a chamada “minuta
do golpe” numa ação contra o ex-presidente
Ministros das cortes superiores e o meio político no
executivo e legislativo estão certos de que o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai declarar a
inelegibilidade de Bolsonaro. O sinal mais claro
disso foi enviado nesta quarta-feira (15) pela corte
eleitoral ao decidir, por unanimidade, incluir a
chamada “minuta do golpe” numa ação contra o
ex-presidente.
O documento golpista, encontrado na residência do
ex-ministro da Justiça Anderson Torres, tinha como
intenção declarar Estado de Defesa no TSE, anular a
eleição presidencial e afastar os ministros daquela
corte.
Além das 16 ações que pedem sua inelegibilidade na
Justiça Eleitoral, o ex-presidente é investigado no
Supremo Tribunal Federal (STF) como mentor
intelectual dos atos golpistas de 8 de janeiro
quando as sedes dos três poderes foram invadidas e
depredadas.
Ministros das cortes superiores, entrevistados por
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo, dizem
que a condenação dele no TSE é certa.
Avaliam também que o ex-presidente pode até ser
preso por conta dos diversos inquéritos criminais e
civis, mas será difícil mantê-lo no cárcere até a
efetivação de uma sentença condenatória transitada
em julgado, ou seja, quando não couber mais
recursos.
Esse quadro já foi repassado a Lula por
interlocutores dele junto ao judiciário. Lula também
tem certeza de que Bolsonaro está por trás de todos
os atos golpistas, sobretudo do de 8/1.
“Hoje não tenho dúvida de que isso [atos de 8 de
janeiro] foi arquitetado pelo responsável maior de
toda pregação do ódio, da indústria de mentiras, de
notícias falsas, que aconteceu nesse país nos
últimos quatro anos”, disse Lula quando os atos
fascistas fizeram um mês.
“O que eu atribuo ao ex-presidente foi a sua
incapacidade de conter os apoiadores que viram nele
um grande líder político. Não houve da parte dele
capacidade de fazer com que aquelas pessoas
compreendessem que não se mexe com a democracia”,
afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) num encontro recente com banqueiros.
O colunista do UOL Tales Faria também diz que
ministros próximo de Lula já veem como certa a
inelegibilidade de Bolsonaro. “Não creio em prisão.
O que tenho ouvido de juristas e de ministros do
Supremo Tribunal Federal com quem tenho conversado é
que, muito provavelmente, ele ficará inelegível”,
respondeu um deles ao colunista.
“Até Valdemar Costa Neto, presidente do partido de
Bolsonaro, o PL, já está à procura de um candidato a
presidente da República em 2026. Tanto assim que
lançou a possibilidade de a ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro concorrer”, diz o jornalista.
Fonte: Portal Vermelho
17/02/2023 -
Lula confirma correção na tabela de Imposto de Renda
e isenção sobe para R$ 2.640
Medida vale para 2024 e promessa é subir a faixa
de isenção para R$ 5 mil nos próximos anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou,
nesta quinta-feira (16), que a tabela do Imposto de
Renda sofrerá correção e que a nova faixa de isenção
subirá dos atuais R$ 1.908 para R$ 2.640 em 2024. O
valor é o dobro do novo salário mínimo, que subirá
de R$ 1.302 para R$ 1.320 em maio. A declaração foi
dada em entrevista à CNN.
A intenção de Lula é começar a isentar quem ganha
até R$ 2.640 e depois aumentar até a faixa de R$ 5
mil, promessa de campanha não cumprida por Jair
Bolsonaro e reiterada por Lula durante as eleições
em 2022. “Tem que chegar porque foi compromisso meu
e vou fazer”, disse.
O último ajuste integral foi realizado em 1996 e, de
lá para cá, a desafagem acumulada é de 147,87%,
segundo estimativa mais recente da Unafisco Nacional
(Associação Nacional dos Auditores Fiscais da
Receita Federal).
A tabela passou por atualizações parciais ao longo
desse período, sendo a mais recente em 2016, durante
o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT),
quando a faixa de isenção passou de R$ 1.787,77 para
os atuais R$ 1.903,98.
Na prática, a falta de atualização da tabela faz com
que cada vez mais brasileiros, sobretudo os de menor
renda, passem a pagar por esse tributo.
O anúncio era esperado após o Ministério da Fazenda
ter finalziado a proposta de correção na terça (14).
Os patamares foram alcançados após estudos de
viabilidade técnica e orçamentária, realizados pelo
Ministério da Fazenda sob a gestão de Fernando
Haddad.
Imposto de Renda 2023
Nesta semana, a Receita Federal também confirmou as
datas para a temporada de envio de declarações de
Imposto de Renda 2023. O período começa em 15 de
março e vai até 31 de maio.
O início do prazo, que costuma ser na primeira
semana de março, foi adiado porque o Fisco está
priorizando a declaração pré-preenchida. O modelo
automatizado de preenchimento já existia, mas neste
ano a ideia é impulsionar ainda mais a opção, que
ano passado representou apenas 6,4% das 36,3 milhões
de declarações entregues.
Além disso, pelo terceiro ano consecutivo o prazo
para declarar foi estendido, já que tradicionalmente
iria até abril.
Fonte: InfoMoney
17/02/2023 -
Grupo de trabalho vai analisar PEC da reforma
tributária
Previsão é apresentar parecer até maio
A Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho
para analisar a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 45/2019, que trata da reforma tributária. O
grupo é formado por 12 deputados, vai ter a duração
de 90 dias prorrogáveis por mais 90 e será
coordenado pelo deputado Reginaldo Lopes, do PT-MG.
O relator será Aguinaldo Ribeiro, do PP-PB.
A PEC cria o chamado IBS, que é o Imposto sobre Bens
e Serviços, para substituir PIS/Cofins, IPI, ICMS e
ISS. Caberia à União, estados e municípios definirem
suas alíquotas.
A ideia inicial do governo é juntar com a PEC 110
que está no Senado e que cria dois tributos: a
Contribuição sobre Bens e Serviços, que ficaria com
a União, e o IBS, em torno de um texto de consenso.
A previsão do coordenador do grupo de trabalho,
deputado Reginaldo Lopes, é apresentar parecer até
maio.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira, em
evento do BTG Pactual, reconheceu que o assunto não
é fácil e que é preciso aprovar uma reforma possível
ainda este ano. O tema é uma das prioridades do
governo para 2023.
Fonte: Agência Brasil
17/02/2023 -
União e Reconstrução – Por João Guilherme Vargas
Netto
Quando Lula recebeu as resoluções da CONCLAT 2022
disse (o testemunho é de João Franzin) que o
documento não era só uma pauta de reivindicações,
era um plano de governo.
Agora, Lula presidente e o movimento sindical tendo
escapado de mais quatro anos sob o Bolsonaro podem,
ambos, cumprir a pauta e o plano.
Em primeiro e absoluto lugar refiro-me à política de
valorização do salário mínimo cuja fórmula já é
conhecida e cujos efeitos positivos na sociedade e
na economia são provados.
Ela fará chegar ao “fundo do quadro” dos milhões de
brasileiros a promessa de campanha e o esforço
unitário das direções sindicais.
As comemorações do 1º de Maio deste ano podem ser
ocasião para tal duplo empenho.
As direções sindicais porque veriam ser coroados os
seus esforços unitários (lembremo-nos das marchas
das centrais a Brasília) e o presidente reforçaria
seus laços com sua base de apoio e a ampliaria.
Nada deve atrapalhar a busca de tal vitória, ainda
mais se for coroada com um decreto presidencial do
novo valor do salário mínimo, expressão já da nova
política.
Ao organizar as comemorações unitárias do 1º de Maio
grandioso voltado ao tema do salário mínimo as
forças mobilizadas pelo movimento sindical e o
empenho congressual do governo farão que tal
política tenha a aprovação majoritária dos deputados
e senadores isolando os adversários que são fortes e
decididos.
Isto será um passo à frente decisivo nas tarefas de
união e reconstrução nacionais.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
17/02/2023 -
Governo anuncia reajuste em bolsas de pesquisa a
partir de março
Para alunos que estão no mestrado, o valor sairá
de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, de R$ 2.200
para R$ 3.100
O governo federal anunciou reajuste nas bolsas de
graduação, pós-graduação, de iniciação científica e
Bolsa Permanência, auxílio financeiro voltado a
estudantes em vulnerabilidade. No caso de cursos de
mestrado e doutorado, o aumento chega a 40%. Os
valores não sofrem reajuste desde 2013.
Para alunos que estão no mestrado, o valor sairá de
R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, partirá de R$
2.200 para R$ 3.100. Nas bolsas de pós-doutorado, o
acréscimo será de 25%, com aumento de R$ 4.100 para
R$ 5.200. A perspectiva do governo é que sejam
ofertadas 53,6 mil novas bolsas de mestrado até o
fim do ano.
Na graduação no ensino superior, as bolsas de
iniciação científica terão acréscimo de 75%. Vão
passar de R$ 400 para R$ 700. Os reajustes passam a
valer a partir de março e o anúncio oficial será
feito em solenidade no Palácio do Planalto, na tarde
desta quinta-feira (16).
Na cerimônia, o governo também deverá anunciar que
vai oferecer 53 mil bolsas para estimular jovens
estudantes do Ensino Médio a se dedicar à pesquisa e
à produção de ciência, além de recursos para
incentivar professores do ensino básico.
De acordo com o governo federal, os reajustes
implicam aporte de R$ 2,38 bilhões em recursos do
Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e
Tecnologia em ações voltadas para o desenvolvimento
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes) e no Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fonte: InfoMoney
17/02/2023 -
Prévia do PIB confirma: Bolsonaro deixou economia em
desaceleração
Após crescer 4,6% em 2021, na abertura
pós-pandemia, a atividade econômica foi de apenas
2,9% no ano passado
Saiu nesta quinta-feira (16) o Índice de Atividade
Econômica do Banco Central (IBC-Br) de 2022 – e as
notícias não são boas. Considerado uma prévia do PIB
(Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e
serviços produzidos no País), o indicador aponta que
a economia brasileira está em desaceleração.
Após crescer 4,6% em 2021, na abertura pós-pandemia,
a atividade econômica foi de apenas 2,9% no ano
passado. Os números ainda precisam ser consolidados
– o PIB oficial só será divulgado em 2 de março pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
Mas a tendência detectada é clara: a prévia do PIB
confirma que, apesar das PEC e medidas eleitoreiras,
o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou um País
com uma economia sem rumo, prejudicada, de resto,
por juros altos – a taxa básica (Selic) está em
13,75% ao ano desde agosto passado, e os juros reais
do Brasil são os maiores do mundo.
Também em 2022, os brasileiros estiveram às voltas
com uma inflação de dois dígitos que perdurou até o
terceiro trimestre, elevando ainda mais o
endividamento das famílias. Nos quatro anos de
Bolsonaro, o dólar saltou de R$ 3,87 para R$ 5,50. O
bolsonarismo termina sua estada no poder com um
crescimento médio de 1,5% do PIB ao ano, abaixo das
médias dos governos FHC (1995-2002) e Lula
(2003-2010).
Fonte: Portal Vermelho
16/02/2023 -
Lira diz não ver possibilidade de alteração na lei
que garante autonomia do BC
Autoridade monetária vem sendo criticada pelo
presidente Lula por manter juros incompatíveis com a
necessidade de crescimento econômico do país
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), disse nesta quarta-feira (15) não ver
possibilidade de a Casa mudar a legislação sobre a
autonomia do Banco Central (BC), cujo presidente,
Roberto Campos Neto, vem sendo alvo de críticas do
presidente Lula (PT).
Segundo o mandatário petista, a taxa básica de
juros, mantida a 13,75%, inibe o crescimento
econômico necessário para resgatar o país da
pobreza.
Lira afirma que a autonomia do BC é "um avanço, uma
conquista dos últimos anos" e que a autoridade
monetária independente está alinhada "com o que o
mundo pensa".
O presidente da Câmara afirmou que não vê em Campos
Neto, "má vontade, má fé, burla" e defendeu que se
trate da política monetária com sensatez. (Com
informações d'O Globo)
Fonte: Brasil247
16/02/2023 -
TSE mantém minuta do golpe na ação que pede
inelegibilidade de Bolsonaro
Pelo documento golpista, o ex-presidente
decretaria Estado de Defesa no Tribunal, anularia a
eleição presidencial e afastaria os ministros
daquela Corte
Por decisão unânime, o plenário do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) rejeitou nesta terça-feira (14) o
recurso da defesa de Bolsonaro para que a “minuta do
golpe” fosse excluída da ação que defende sua
inelegibilidade por abuso de poder político e uso
indevido dos meios de comunicação.
A minuta foi encontrada pela Polícia Federal (PF) na
residência do ex-ministro da Justiça Anderson
Torres. Pelo documento golpista, o ex-presidente
decretaria Estado de Defesa no TSE, anularia a
eleição presidencial e afastaria os ministros
daquela Corte.
O PDT solicitou que o documento fosse incluído na
Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije)
ajuizada pelo partido contra Bolsonaro. Nela, a
sigla questiona a reunião do ex-presidente com
embaixadores em 18 de julho do ano passado, quando
colocou em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
A defesa de Bolsonaro argumentou que o documento é
apócrifo, não tem relação direta com o candidato e
que “só serviria para ampliar indevidamente o objeto
da ação”.
O relator e corregedor-geral, ministro Benedito
Gonçalves, apontou que uma Aije abre a apuração da
prática de abuso de poder, mas não limita a análise
aos fatos inicialmente narrados, devendo examinar
tudo que possa influir no julgamento.
De acordo com o ministro, a Justiça Eleitoral deve
admitir em Aijes a inclusão de elementos que se
destinem a demonstrar desdobramentos dos fatos
narrados, a gravidade da conduta ou a
responsabilidade dos investigados.
Para ele, a condenação por abuso de poder não
depende apenas da comprovação do fato, mas da
gravidade, do benefício a determinada candidatura e
da dimensão da responsabilidade de cada investigado.
Gonçalves considerou que existe “inequívoca
correlação” entre os fatos originais da Aije
apresentada pelo PDT e os novos fatos.
Portanto, “a reunião realizada com os embaixadores
deve ser analisada como elemento da campanha
eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente
para afetar a normalidade e a legitimidade das
eleições e, assim, configurar abuso de poder
político e uso indevido dos meios de comunicação”.
Minuta do golpe
Reportagem do G1 revelou que equipes da PF estão
tentando identificar qual impressora foi usada para
imprimir a minuta do golpe. Fontes com acesso à
investigação afirmam que os peritos cogitam usar uma
técnica que permite apontar de qual impressora saiu
o documento.
“Se funcionar, a PF conseguirá dizer qual é o modelo
do equipamento e onde ele está instalado – e,
inclusive, se o documento foi gestado em algum órgão
público”, revelou a reportagem.
Com informações do TSE
Fonte: Portal Vermelho
16/02/2023 -
Governo Lula bate o martelo sobre novo valor do
salário mínimo e anuncia data para reajuste
Também deve ser anunciada a nova faixa de isenção
para o Imposto de Renda da Pessoa Física
O governo Lula (PT) bateu o martelo e decidiu
conceder um reajuste adicional no salário mínimo
para 2023. Desde o começo da nova gestão federal, o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já falava
sobre tal possibilidade.
Dessa maneira, o piso nacional deve ser elevado dos
atuais R$ 1.302 para R$ 1.320. E para marcar o
início do novo valor, foi escolhido estrategicamente
o dia 1º de maio, que é o Dia do Trabalhador.
Em conversa com a imprensa, Fernando Haddad afirmou
que o objetivo do presidente Lula é garantir aos
cidadãos aumento real do salário mínimo.
"Em primeiro lugar, o compromisso do presidente Lula
durante a campana é aumento real do salário mínimo,
o que já aconteceu. O salário mínimo atual é 1,4%
maior do que a inflação acumulada a partir do último
reajuste", disse o ministro da Fazenda.
Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula
falou que, caso fosse eleito, iria trabalhar para
dar à classe trabalhadora real valorização do
salário mínimo e com reajustes acima da inflação.
Outro anúncio que deve ser feito pelo governo Lula é
a nova faixa de isenção do Imposto de Renda da
Pessoa Física, que deve ir para R$ 2.640. Segundo o
ministro do Trabalho, Luiz Marinho, tal faixa de
isenção passará a vigorar a parir de 2024.
Fonte: RevistaForum
16/02/2023 -
Governo Lula confirma lançamento do Bolsa Família de
R$600 mais R$150 por criança
Programa mantém o valor-base do antigo Auxílio
Brasil e terá um adicional por criança até 6 anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
confirmou nesta quarta-feira (15) o lançamento na
próxima semana do novo programa Bolsa Família, que
terá o valor de R$ 600 mensais com um adicional de
150 reais por criança até 6 anos.
“Semana que vem vamos anunciar um novo Bolsa Família
de 600 reais e mais 150 reais por criança, para que
as famílias tenham condições de comprar alimentos de
qualidade para seus filhos”, disse Lula em discurso
após visitar canteiro de obras para duplicação da
BR-101 em Maruim (SE).
O novo Bolsa Família mantém o valor-base do antigo
Auxílio Brasil e terá um adicional por criança até 6
anos, mas também irá retomar as chamadas
condicionantes — medidas que devem ser tomadas pelas
famílias para continuar recebendo o pagamento, entre
elas manter as crianças matriculadas na escola e as
vacinações em dia.
O governo vem fazendo um pente fino nos atuais
pagamentos do programa, após ter levantado indícios
de irregularidades na ampliação do programa feita
pelo governo anterior do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
Lula iniciou nesta semana uma série de viagens pelo
país para relançar iniciativas e retomar ações
deixadas de lado pelo governo anterior, em busca de
uma sequência de notícias positivas para os
primeiros 100 dias de gestão. Na véspera, ele
assinou a medida provisória de relançamento do Minha
Casa, Minha Vida.
Fonte: InfoMoney
15/02/2023 -
INSS pede a suspensão dos processos relacionados à
'revisão da vida toda'
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
apresentou ao Supremo Tribunal Federal um pedido
para suspender todos os processos que pedem a
"revisão da vida toda" no país. A petição, assinada
pela Advocacia-Geral da União, foi protocolada nesta
segunda-feira (13/2), no âmbito do Recurso
Extraordinário 1.276.977.
Em dezembro do ano passado, o STF validou a chamada
"revisão da vida toda". Com a decisão, os
aposentados poderão usar todas as suas contribuições
previdenciárias, inclusive aquelas recolhidas antes
do Plano Real, de 1994, para calcular os valores de
seus benefícios.
Na petição, o INSS argumentou que os processos devem
ser suspensos até a publicação do acórdão. Por
enquanto, apenas as atas do julgamento foram
publicadas.
O INSS afirmou que os pedidos de suspensão têm sido
negados por magistrados de instâncias ordinárias,
que têm decidido pela imediata implantação da
revisão e pelo pagamento de benefícios com novo
valor.
"Em alguns casos, inclusive, os magistrados têm
determinado que se usem os cálculos simulados pelos
segurados em sistemas vendidos na internet, que são
imprecisos, não homologados, sem qualquer
certificação e nem mesmo consideram os períodos em
que não existem remunerações no CNIS, elevando,
assim, abusivamente o valor da revisão em casos em
que a revisão seria inclusive desvantajosa", diz
trecho da petição inicial.
A autarquia defendeu que o entendimento firmado no
acórdão ainda pode ser modificado, pois há uma
grande probabilidade de que seja objeto de embargos
de declaração.
Por fim, o INSS relatou dificuldades técnicas para
atender às demandas judiciais e sustentou que o
Supremo precisa apresentar parâmetros para a
aplicabilidade da tese estabelecida pelos ministros.
Clique
aqui para ler a petição
RE 1.276.977
Fonte: Consultor Jurídico
15/02/2023 -
Marinho quer apresentar propostas de revisão na
reforma trabalhista até julho
Ministro disse que está criando um grupo técnico
que começará a trabalhar 'em breve' no tema.
Objetivo é rever pontos que serão discutidos com
representantes de empregadores e trabalhadores
Após reunião nesta segunda-feira (13) com
empresários na Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp), o ministro do Trabalho e Emprego,
Luiz Marinho, disse em entrevista coletiva que está
criando um grupo técnico que começará a trabalhar
“em breve” para elaborar propostas de revisão na
reforma trabalhista aprovada em 2017. Segundo ele, o
objetivo não será revogar a reforma, mas rever
pontos que serão discutidos em conjunto com
representantes de empregadores e trabalhadores.
Marinho despistou a sobre de quais pontos da reforma
da gestão Temer pretende propor revisão, mas
informou que a meta é promover o debate técnico
entre os representantes dos dois lados e apresentar
algo concreto para o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no fim deste primeiro semestre. A partir
disso, de acordo com o ministro, o presidente é quem
vai definir quando a pauta será apresentada ao
Congresso.
“Não somos o governo do ‘canetaço’. É um governo de
diálogo e construção que vai agir mais como um
intermediador das relações capital e trabalho do que
propriamente ditar. Mas, evidentemente, se há
conflito, o governo é o árbitro”, disse Marinho em
resposta à pergunta do Valor.
O ministro comentou que a valorização de negociações
coletivas deve fazer parte dessa discussão, assim
como a preocupação com a grande rotatividade de
trabalhadores nas empresas.
“Pretendemos, é o meu desejo, oferecer algo ao
Parlamento no primeiro semestre, depois de passar
pelo presidente, evidentemente”, comentou,
ressaltando que a ideia é criar um entendimento
prévio entre empregadores e trabalhadores sobre os
pontos mais polêmicos da atual legislação
trabalhista para gerar um ambiente de convencimento
entre os parlamentares. “Tudo tem que estar muito
ligado a sensibilidade do Parlamento, que é quem
dará a palavra final sobre qualquer mudança.”
Durante a reunião na Fiesp, um empresário sugeriu a
Marinho a reflexão de que, em micro e pequenas
empresas, um entendimento direto entre patrões e
funcionários muitas vezes pode funcionar melhor do
que acordos coletivos. O argumento é o de que em
empresas menores os próprios trabalhadores conseguem
entender momentos de maior dificuldade ou
reivindicar mais em momentos de bonança.
Marinho não respondeu esse pedido específico de
reflexão do empresariado, mas afirmou que manterá o
canal aberto e prometeu avaliar concessões. O
presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, entregou
a ele três ofícios com pedidos para a criação de
grupos técnicos, sendo um deles relacionado à
desburocratização de exigências do Ministério do
Trabalho em relação ao preenchimento de informações
que, segundo a entidade, muitas vezes nem os
próprios trabalhadores querem fornecer.
Josué falou na necessidade de “dirimir dificuldades
operacionais”, ponto no qual Marinho disse estar
aberto a fazer concessões.
Fonte: ValorInveste
15/02/2023 -
Governo vai retomar obras de 37 mil unidades do
Minha Casa, Minha Vida
O governo federal pretende retomar ainda neste ano
as obras de 37,5 mil unidades habitacionais do
programa Minha Casa, Minha Vida que estão
paralisadas. Segundo levantamento, 170 mil unidades
não foram concluídas pelos governos anteriores,
sendo que 80% das obras foram contratadas entre 2012
e 2014.
Será avaliada a necessidade de aporte de recursos
para viabilizar a retomada ou conclusão das obras.
Há a intenção ainda de se retomar, neste ano, 32 mil
unidades com “entraves complexos”, como ocupações
irregulares e problemas de infraestrutura.
Fonte: Agência Brasil
15/02/2023 -
Sob pressão, Campos Neto pede a investidores "boa
vontade" com governo Lula e diz que "é justo
questionar juros altos"
"Acho que é justo questionar juros altos, é
importante que tenha alguém que faça esse papel no
governo sempre, faz parte do jogo do equilíbrio
natural", disse o presidente do BC
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos
Neto, pediu, nesta terça-feira (14), que os
investidores tenham "um pouco mais de boa vontade"
com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e afirmou que é “justo questionar juros
altos”. O BC vem sendo alvo de duras críticas por
parte do presidente Lula, de integrantes do governo
e de aliados em função da manutenção da taxa básica
de juros em 13,75% ao ano, a mais alta do mundo.
"O investidor é muito apressado, é muito afoito. A
gente precisa ter um pouco mais de boa vontade com o
governo, 45 dias é pouco tempo. Acho que tem tido
uma boa vontade enorme do ministro Haddad, de falar:
olha, temos aqui um princípio de seguir um plano
fiscal com disciplina, tem um arcabouço que está
sendo trabalhado. Já foram elaborados alguns
objetivos. A gente precisa ter um pouco de boa
vontade", disse Campos Neto durante um evento com
com investidores promovido pelo banco BTG Pactual,
de acordo com o G1.
A fala indica uma espécie de jogo duplo de Campos
Neto. Enquanto em público dá declarações elogiosas
ao governo federal, ele mantém a política monetária
do governo Jair Bolsonaro (PL) - por quem foi
indicado para a presidência do BC -, agradando o
mercado e a elite financeira.
Segundo Campos Neto, é "justo" debater o atual
patamar da taxa de juros. “Eu acho que é justo
questionar juros altos, é importante que tenha
alguém que faça esse papel no governo sempre, faz
parte do jogo do equilíbrio natural. Quando os juros
reais estão altos é importante ter o debate sobre
por que está alto, é trabalho do Banco Central
esclarecer e melhorar a comunicação".
Campos Neto disse, ainda, acreditar ser possível
ampliar os gastos sociais, como deseja o governo
Lula, em paralelo com a responsabilidade fiscal.
"Acho que dá pra fazer um fiscal responsável com
social, dá pra casar. Tem de ter uma priorização de
gastos, uma avaliação dos programas existentes",
observou.
Fonte: Brasil247
15/02/2023 -
Governo estuda reformas da Espanha e do México, mas
quer ser ‘mediador’ em mudanças na legislação
trabalhista
Novo chefe da assessoria internacional do
Ministério do Trabalho, Valter Sanches afirma que o
Brasil levará aos organismos globais mensagem de
respeito à negociação coletiva
Nesta terça-feira (14), o recém-nomeado chefe da
Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do
Ministério do Trabalho e Emprego, Valter Sanches,
receberá uma representante da embaixada da Espanha
para discutir a reforma trabalhista naquele país,
aprovada há pouco mais de um ano. Independentemente
do conteúdo, o processo em si é um modelo para o
Brasil, considera Sanches. “Lá foi feito um processo
de negociação tripartite (governo, trabalhadores e
empresários). Até o fim de 2021, estavam muito
claros os efeitos negativos para a economia. Nós
também temos aqui números que comprovam isso. O
processo com certeza é um modelo.”
Nesse sentido, os ministérios do Trabalho do Brasil
e da Espanha já iniciaram tratativas para aprovar um
termo de cooperação bilateral, assunto que também
estará em discussão. Mas o governo Lula observa
outras experiências, sempre negociadas, de
regulamentação trabalhista. Da mesma forma que já
alertaram o próprio presidente e o ministro Luiz
Marinho, Sanches lembra que as possíveis mudanças na
legislação não serão feitas por imposição, mas como
resultado de acordos.
Denúncias na OIT
O Brasil pretende, inclusive, mostrar ao mundo que tem
nova postura em relação ao tema. Isso depois de
figurar na chamada “lista curta” da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) por violação de
normas. Por isso, em pleno domingo de carnaval (19)
Sanches viaja para a África do Sul, para reunião do
grupo trabalho-emprego do Brics, preparatória de
encontro ministerial em meados do ano. Com isso, o
chefe da assessoria internacional espera dar uma
demonstração de que o novo governo brasileiro
pretende, ao contrário do anterior, respeitar
convenções da OIT, como a 98, sobre direito de
sindicalização e negociação coletiva.
Assim, no caso da “reforma” implementada em 2017 no
Brasil, não haverá revogação, mas revisão de alguns
pontos, entre os quais o trabalho intermitente “Eu
espero que a gente possa também informar para os
organismos onde houve denúncia, a OIT e a Comissão
Sociolaboral do Mercosul, que esse processo de
negociação para a revisão estará em curso. Uma
mensagem contundente é suficiente para esclarecer os
organismos internacionais que o governo atual está
respondendo positivamente àquela queixa.”
Reforma “goela abaixo”
Uma postura oposta ao do governo encerrado em 31 de
dezembro. “Tentou justificar o injustificável. O
conteúdo da reforma trabalhista é um problema em si
porque trouxe uma precarização enorme. Mas o
problema maior é que foi feito goela abaixo. Ou
seja, não houve nenhuma negociação. O governo
decidiu, mandou para o Congresso Nacional e fez. A
consequência foram violações flagrantes da Convenção
98, do qual o Brasil é signatário”, lembra Sanches.
Sanches reitera que a revisão da reforma trabalhista
não vai ser uma revogação total. “Mas uma revisão é
necessário, porque teve efeitos danosos para o
país”, ressalta. Ele cita ainda temas como a
terceirização, tema de outra lei aprovada na mesma
época, e a chamada ultratividade dos contratos –
princípio pelo qual um acordo era mantido, mesmo
após a validade, até sua renovação. “O que o governo
tem anunciado é que isso vai ser feito, na medida do
possível, por um processo de negociação.”
Governo será mediador
Ele lembra que isso já foi dito às centrais sindicais
em janeiro. As prioridades do governo na área
trabalhista são três: revisão pontual da reforma,
retomada da política de valorização do salário
mínimo e regulação do trabalho por meio de
aplicativos. “Em todos esses processos, o ministério
vai tentar agir como um mediador, chamando
trabalhadores e empresas para buscar um acordo.”
Um experiência que o governo acompanha com interesse
é da reforma aprovada no México em 2019. “Era um dos
piores sistemas de relações de trabalho do mundo.
Fizeram um processo que realmente democratiza a
estrutura sindical e o sistema de negociação.
Estabelece critérios para registrar um sindicato,
tem que ter um estatuto democrático, as empresas são
obrigadas a negociar. Está sendo uma revolução no
México. Claro que tem suas particularidades existe a
possibilidade de criar sindicato por empresa, que é
uma falha desse modelo, mas a gente pode aprender
muito com ele. Está no nosso radar.”
Estrutura sindical
Ex-secretário-geral do IndustriALL Global Union,
sindicato global dos trabalhadores na indústria,
ex-secretário de Relações Internacionais da
Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT e
também ex-funcionário da Mercedes-Benz em São
Bernardo, Sanches é crítico da estrutura sindical
brasileira. “Não atende os desafios do mundo do
trabalho”, diz. Mas pondera que essa é uma opinião
pessoal e que o tema não está na pauta, a não ser
que haja demanda das centrais sindicais. O que é
improvável, já que o tema não tem consenso entre as
entidades.
O que as centrais cobraram do governo foi a
reativação do Conselho Nacional de Relações do
Trabalho. Seria um passo na direção do diálogo
social, termo que Sanches considera de certa forma
indevido ou muito “europeu” – prefere usar “tripartismo”.
“Esse nome (diálogo social) presume uma igualdade de
condições para negociação, que é uma coisa que não
existe no Brasil. O governo tirou a fonte de
financiamento dos sindicatos, não colocou nada no
lugar, deixou os sindicatos asfixiados. Tirou a
fonte e o lugar na mesa de negociação. Diálogo
social para existir, ser digno de nome, precisa dar
a todos os atores igualdade de condições. E é isso
que este governo vai buscar.”
Acordos abaixo da lei
Essa também será a mensagem que o governo levará ao
Conselho de Administração da OIT, que se reunirá em
março: a efetiva valorização da negociação coletiva.
O que é bem diferente, observa Sanches, de permitir
acordos “abaixo da lei” e com sindicatos
enfraquecidos. “Você não está promovendo negociação,
está impondo.”
Mas o retorno da contribuição sindical, também
chamado de imposto, está fora dos planos. O que se
busca, segundo Sanches, é a aprovação de uma taxa
negocial, que alguns sindicatos já usam ao aprovar
acordos coletivos, mas que em alguns casos sofre
contestações judiciais. Uma taxa com limites claros
e que proporcione segurança jurídica. Sanches
considera justo que trabalhadores não associados
também contribuam, na medida em que se beneficiam
dos acordos negociados pelos sindicatos. Já a
questão dos encargos não está no radar neste
momento. A não ser, também, que os sindicatos
queiram “provocar” esse debate.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/02/2023 -
Cesta básica já consome 60% do salário mínimo
A alta nos alimentos penaliza os mais pobres. Em
janeiro, o preço da cesta básica subiu em 11 das 17
Capitais pesquisadas pelo Dieese. Em pelo menos
nove, o valor do conjunto de alimentos superou os R$
700,00, mais da metade do atual salário mínimo, R$
1.302,00.
Quando se compara custo da cesta com salário mínimo,
verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média,
57,18% da renda pra adquirir os produtos
alimentícios básicos.
Região – O Nordeste liderou o aumento da
cesta básica: Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%) e
Aracaju (6,57%). Segundo Patrícia Costa, supervisora
de Pesquisas do Dieese, os itens tomate e farinha de
mandioca foram dois que pressionaram o valor da
cesta na Região.
São Paulo permanece com a cesta mais cara: R$
790,57. Depois, vêm Rio de Janeiro, R$ 770,19,
Florianopolis, R$ 760,65 e Porto Alegre, R$ 757,33.
Mínimo – O sindicalismo cobra do governo o
retorno da política de valorização do salário
mínimo, a fim de que chegue ainda este ano a R$
1.343,00.
Segundo o Dieese, baseado no valor da cesta em SP, o
salário mínimo deveria ser de R$ 6.641,58, pra
cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência de uma família de quatro pessoas.
Para a pesquisadora, o resultado de janeiro segue a
trajetória do ano passado. Ela explica: “A taxa de
câmbio é muito alta, o que estimula a exportação.
Essa taxa também encarece os custos da produção
agrícola, alimentando o ciclo de altas”.
Patrícia enxerga mudanças no cenário, pois o novo
governo implanta politicas mais eficientes. “Porém,
demora um certo tempo pra que as medidas comecem a
surtir efeito nos preços”, explica a economista.
Leia –
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Mais – Acesse o site do
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
14/02/2023 -
Saque-aniversário do FGTS é engodo porque atrapalha
a indústria, afirma Marinho
Ministro do Trabalho já foi alvo de críticas ao
defender o fim da modalidade
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta
segunda-feira (13), que o saque-aniversário do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um
“engodo”. O dirigente da pasta foi alvo de críticas
ao defender o fim da modalidade.
“Acho que o saque-aniversário é um engodo porque
atrapalha a lógica da indústria, porque vai
enfraquecendo o fundo para investimento”, disse o
ministro durante reunião de diretoria da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os
recursos do FGTS são utilizados pelo governo federal
para financiar programas de habitação e obras de
saneamento e infraestrutura.
Ele também voltou a dizer que o saque-aniversário
prejudica a função do fundo de servir como uma
poupança para proteger o trabalhador na demissão. A
possibilidade de pôr fim à medida gerou insatisfação
no mercado, já que diversos empregados aderiram a
empréstimos tendo o saque como garantia.
‘Mercado nervoso’
“Estou sendo atacado pelo povo do chamado mercado, mas
aqui somos mercado não somos?”, disse, ao defender a
revisão da modalidade. “Pessoal dos bancos está
muito nervoso”. No encontro, o ministro pediu apoio
da indústria para enfrentar o tema.
Fonte: InfoMoney
14/02/2023 -
Trabalhadores vão protestar contra a privatização da
Sabesp nesta terça
Trabalhadores dos setores de saneamento e energia
elétrica realizam nesta terça-feira (14), a partir
das 10h, protesto em frente à Bolsa de Valores de
São Paulo (B3) contra a privatização da Sabesp. No
mês passado, durante participação no Fórum Econômico
Mundial, na Suíça, o governador Tarcísio de Freitas
reafirmou a intenção de entregar à iniciativa
privada a empresa paulista de água e saneamento.
Desta vez, a tradicional justificativa de que seria
necessário privatizar a empresa, pois seria
deficitária, causando prejuízos aos cofres públicos,
não cola no caso da Sabesp. Empresa de capital
misto, a Sabesp paga cerca de R$ 500 milhões em
dividendos ao governo paulista, que detém a maioria
das ações (50,7%) e o controle da companhia.
Por outro lado, nas últimas duas décadas, os
acionistas privados receberam R$ 8,1 bilhões. Mas
Tarcísio quer mais. Como justificativa, ele afirma
que a abertura de capital da Sabesp poderia trazer
até R$ 20 bilhões em investimentos ao estado.
Além disso, disse que pretende adotar o modelo que
implementou na privatização da Eletrobras, quando o
governo federal diluiu o capital da empresa, abrindo
mão do controle. Nesta semana, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que a entrega
da estatal de energia ao capital privado foi “quase
uma bandidagem“.
(Mais informações: RBA)
Fonte: Rede Brasil Atual
14/02/2023 -
AGU pede condenação definitiva de acusados de
financiar atos terroristas do 8 de janeiro
AGU pede que os acusados sejam condenados em
definitivo a ressarcir os cofres públicos em R$ 20,7
milhões pelos prejuízos decorrentes dos atos
terroristas em Brasília
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com o
primeiro pedido de condenação definitiva de pessoas
físicas e empresas acusadas de financiar os atos
terroristas do dia 8 de janeiro, quando terroristas
bolsonaristas e de extrema direita depredaram as
sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A AGU pede que os acusados sejam condenados em
definitivo a ressarcir os cofres públicos em R$ 20,7
milhões em função dos prejuízos decorrentes dos atos
de vandalismo.
Segundo o jornal O Globo, “na ação, que inclui no
polo passivo 54 pessoas físicas, três empresas, uma
associação e um sindicato, a AGU afirma configurar
“ato ilícito quando o titular de um direito (no caso
em específico o direito à livre manifestação e
reunião pacífica), ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes, nos termos do art. 187 do Código Civil”. A
Justiça já havia determinado o bloqueio dos bens dos
envolvidos.
Até o momento, a AGU já ingressou com quatro ações
contra acusados de financiar ou participar
diretamente dos atos terroristas do dia 8 de
janeiro.
Fonte: Brasil247
14/02/2023 -
Fazenda finaliza proposta para correção da tabela do
Imposto de Renda
Projeto sobre renegociação de pequenas dívidas
também foi concluído
O Ministério da Fazenda já finalizou a proposta para
correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física
(IRPF). A nova tabela ampliará a faixa de isenção,
que atualmente está em R$ 1.903,98. A proposta
aguarda agora a decisão final, a ser dada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A finalização da proposta foi anunciada nesta
segunda-feira (13) pelo ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, em pronunciamento durante reunião
do Diretório Nacional do PT, mas nenhum detalhamento
sobre valores foi antecipado até o momento.
De acordo com a assessoria do PT, Haddad falou por
40 minutos sobre políticas fiscais e monetárias. O
ministro informou aos dirigentes partidários que
concluiu também o programa Desenrola, voltado à
renegociação de pequenas dívidas.
Tabela do IR
A última atualização da tabela de Imposto de Renda foi
feita em 2015. A falta de atualização tem feito com
que cada vez mais brasileiros, em especial os de
menor renda, passem a pagar esse tributo.
Com o valor do salário mínimo em R$ 1.302, pela
primeira vez na história do país, pessoas que ganham
1,5 salário mínimo serão taxadas. O valor atual do
mínimo foi definido na proposta orçamentária do
governo anterior.
Durante a campanha eleitoral, Lula chegou a prometer
ampliar, ao longo de seu governo, para R$ 5 mil a
faixa de isenção. Durante reunião com centrais
sindicais, em janeiro, Lula reiterou a ideia,
enfatizando que, no Brasil, “quem ganha muito paga
pouco”.
“Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O
pessoal fala assim ‘se fizer isenção até R$ 5 mil.
são 60% da arrecadação deste país’. Então, vamos
mudar a lógica, vamos diminuir para o pobre e
aumentar para o rico”, disse, durante o encontro, o
presidente.
Gastos de campanha
Na abertura da reunião de diretório, a presidente do
PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), antecipou um
ponto da fala a que Haddad faria na sequência, na
reunião a portas fechadas com os correligionários,
sobre os gastos feitos pelo governo anterior,
visando à reeleição de Jair Bolsonaro.
“O uso da máquina foi algo absurdo. Haddad nos
trouxe um cálculo estarrecedor: foram gastos cerca
de R$ 300 bilhões entre isenções fiscais, auxílios,
crédito, emendas parlamentares”, disse Gleisi
Hoffmann.
Fonte: Agência Brasil
14/02/2023 -
Simone Tebet se reúne com Pacheco para mobilizar
Congresso por reforma tributária
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), teve uma reunião com a ministra do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, nesta
segunda-feira (13), para articular uma mobilização
do Congresso Nacional com a pasta da ex-senadora
pela aprovação da reforma tributária.
A reforma é considerada uma das pautas centrais do
governo Lula (PT) para 2023.
"Recebi a ex-colega senadora e atual ministra do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. No encontro,
a ministra expôs os projetos referentes à pasta e
defendeu a mobilização em torno da aprovação da
reforma tributária, fundamental para o
desenvolvimento do país", escreveu Pacheco em seu
Twitter.
O presidente do Congresso afirmou que as equipes do
Senado e do Ministério do Planejamento e Orçamento
se alinharão, a partir de agora, para avançar nas
discussões.
Fonte: Brasil247
14/02/2023 -
Governo Lula libera R$ 350 milhões para pagamento de
direitos trabalhistas de servidores
Valor está previsto no Orçamento Federal de 2023
e vai beneficiar 10 mil funcionários do Executivo
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos, Esther Dweck, anunciaram a liberação de R$
350 milhões para pagamento de direitos trabalhistas
de exercícios anteriores a servidores públicos
federais.
A divulgação foi feita na semana passada, após Tebet
atender a uma solicitação de Dweck, que identificou
o valor bloqueado e fez o pedido à Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento.
“Quando a ministra Tebet falou que iria liberar o
dinheiro é porque a previsão orçamentária já havia
sido realizada, em função do trabalho conjunto do
governo de transição, representantes dos servidores
e o relator da comissão de Orçamento, que teve um
papel importante nessa ação”, destacou Dweck.
A ministra da Gestão sinalizou que, entre fevereiro
e março, existindo previsão orçamentária, deverão
começar a resolver a questão do reajuste de 2023,
com os integrantes da Mesa Nacional de Negociação
Permanente (MNNP).
“A gente sabe também que há várias questões que
precisam ser resolvidas. É notório que houve um
período sem reajuste, com perdas reais e perdas
nominais de salário. Há também a discussão da
Previdência, sabemos da necessidade de ter uma
resposta célere para tudo isso”, comentou.
A ministra disse que pretende realizar uma reunião
ainda antes do carnaval e, em parceria com as
entidades representadas no evento de reabertura da
MNNP, definir uma composição inicial da MMNP, para
iniciar o diálogo e as tratativas sobre as demandas
mais urgentes.
Mesa permanente
A reinstalação da Mesa Nacional de Negociação
Permanente, na última terça-feira (7), marcou,
segundo o governo Lula, "um compromisso da atual
gestão com o respeito ao diálogo amplo,
possibilitando o debate de temas relevantes
relacionados à melhoria da qualidade dos serviços
prestados à população e à valorização dos servidores
públicos".
O evento foi realizado no auditório do Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em
Brasília. A pasta, por meio de sua Secretaria de
Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, é o órgão
central de gestão de pessoas da Administração
Pública Federal e responsável pela coordenação da
Mesa. Cerca de 250 pessoas, a maioria,
representantes de entidades que defendem os
interesses dos servidores públicos federais,
compareceram ao auditório do MGI.
Além da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos, Esther Dweck, participaram da mesa de
abertura o secretário de Gestão de Pessoas e
Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça; o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad; a ministra do Planejamento
e Orçamento, Simone Tebet; o ministro da Previdência
Social, Carlos Lupi; o ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho; o ministro-chefe da Casa
Civil, Rui Costa; e o ministro-chefe da Secretaria
Geral da Presidência da República, Márcio Macedo.
Fonte: Brasil de Fato
13/02/2023 -
Marinho fala em novo reajuste do salário mínimo no
dia 1º de maio
Em entrevista à TV Brasil, ministro do Trabalho e
Emprego afirmou que está sendo discutida busca por
espaço fiscal a fim de confirmar a elevação do valor
definido em R$ 1.302 em janeiro
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
afirmou que o salário mínimo pode passar por aumento
ainda este ano. “Nós estamos discutindo a busca de
espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo
ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós
haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”,
afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil
em Pauta, que iria ao ar neste domingo (12), na TV
Brasil. O mínimo está em R$ 1.302 desde 1º de
janeiro.
Luiz Marinho reafirmou que a Política de Valorização
do Salário Mínimo também é uma das prioridades da
pasta. De acordo com o ministro, a política mostrou
bons resultados nos governos anteriores do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Conseguimos
mostrar que era possível controlar a inflação, gerar
empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial
dos trabalhadores do Brasil inteiro”, disse. O
ministro explicou que a estratégia garante
crescimento real da economia para dar
sustentabilidade, previsibilidade, credibilidade aos
agentes econômicos.
“Se esta política não tivesse sido interrompida a
partir do golpe contra a presidenta Dilma e o
governo tenebroso do Temer e do Bolsonaro, o salário
mínimo hoje estaria valendo R$1.396. Veja só: de
R$1.302 para R$1.396.”
Emprego e direitos
Luiz Marinho falou, ainda, que um dos caminhos para a
retomada de empregos são obras públicas. “Temos a
ordem de 14 mil obras paradas no Brasil, isso cria
uma nova expectativa, expectativa de gerar emprego”,
destacou. “Essas obras são retomadas praticamente de
forma simultânea, eu tenho certeza que isso vai dar
um grande impacto na retomada do crescimento da
economia.”
O ministro destacou a destacou a reparação das
relações trabalhistas como uma das prioridades da
pasta. “Passamos por um governo que trabalhou um
processo de desmonte das relações de trabalho. Então
o contrato coletivo, negociações trabalhistas, tudo
isso foi atacado de forma feroz. A legislação
trabalhista, a proteção ao trabalho, tudo isso foi
atacado. Nós precisamos enfrentar esse dilema.”
Novas formas de trabalho
Novas modalidades de serviço, como o trabalho por
aplicativos, foram abordadas pelo ministro na
entrevista. “É preciso que seja introduzido nas
negociações coletivas, se não nós podemos ter muita
gente desprotegida no mercado de trabalho”, afirmou.
“Neste (cenário) a história dos trabalhadores por
aplicativos, que muita gente pensa que é só
entregador de pizza, motorista do Uber, mas não é,
está presente na saúde, na educação, na
intermediação até do trabalho doméstico.”
Fonte: Rede Brasil Atual
13/02/2023 -
Cármen Lúcia envia processos de Bolsonaro para
Justiça do DF
Ex-presidente não detém mais foro privilegiado,
diz ministra
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen
Lúcia, enviou cinco processos contra o ex-presidente
Jair Bolsonaro para o Tribunal Regional Federal da
1ª Região, no Distrito Federal.
As ações, apresentadas por parlamentares e entidade
da sociedade civil, pedem a investigação do
ex-presidente por declarações de ameaça ao Poder
Judiciário e de promoção de uma ruptura
institucional no país durante as comemorações do 7
de setembro em 2021.
Na decisão, Cármen Lúcia argumenta que Jair
Bolsonaro não foi reeleito presidente da República e
não detém mais foro privilegiado por estar sem
mandato. Desta forma, não é mais competência do STF
julgar os pedidos.
“Pelo exposto, considerando a perda superveniente do
foro por prerrogativa de função do requerido,
reconheço a incompetência deste Supremo Tribunal
Federal para processar e julgar a presente Petição e
determino seja a presente Petição remetida, com o
resguardo e cautelas devidos, ao Presidente do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para que
seja distribuída ao juízo competente na Seção
Judiciária do Distrito Federal, sem prejuízo do
reexame da competência pelo destinatário, para
adoção das providências necessárias, na forma da
legislação vigente”, diz a ministra na decisão.
Fonte: Agência Brasil
13/02/2023 -
A mais alta taxa de juros é impeditiva ao país, diz
vice-líder de Lula
O deputado Renildo Calheiros (PE) afirmou que não
há atividade econômica que permita uma remuneração
tão alta capaz de pagar 13,75% de juros e ainda se
buscar lucro
Vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados,
o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), apoiou a
fala do presidente contra a decisão do Banco Central
(BC) de manter, pela quinta vez consecutiva, a taxa
de juros em 13,75%.
Para Renildo, que também é líder do seu partido na
Casa, não há atividade econômica que permita uma
remuneração tão alta capaz de pagar 13,75% de juros
e ainda se buscar lucro.
“Essa alta taxa de juros é um impedimento a novas
investimentos, a geração de novos empregos e novas
oportunidades para as pessoas. O Brasil tem a mais
alta taxa de juros do mundo”, criticou.
Para ele, nesse atual patamar a maior taxa do mundo
dificulta os investimentos e só favorece quem
trabalha na especulação financeira.
O deputado afirmou que essa situação só favorece o
mercado financeiro que não gera emprego, riqueza e
não melhora a vida das pessoas.
“É necessário, portanto, uma política econômica que
desestimule o investimento no mercado financeiro
para estimular o investimento no setor produtivo
porque é ele que gera riqueza, trabalho e que
melhora a economia e a vida das pessoas”, afirmou.
Fonte: Portal Vermelho
13/02/2023 -
Produção industrial sobe em 10 dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE em dezembro
Altas mais acentuadas foram de Mato Grosso (5,8%)
e Amazonas (5,6%), ambos marcando o 2° mês seguido
de crescimento na produção
A produção industrial avançou em 10 dos 15 locais
pesquisados na passagem de novembro para dezembro de
2022, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal
– Produção Física Regional, divulgados nesta
sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). No agregado
nacional, a produção industrial teve variação nula
em dezembro ante novembro de 2022, como revelou o
IBGE na semana passada.
Segundo o IBGE, as expansões mais acentuadas foram
de Mato Grosso (5,8%) e Amazonas (5,6%), com ambos
marcando o segundo mês seguido de crescimento na
produção, período no qual acumularam ganhos de 8,9%
e 5,8%, respectivamente. Ceará (4,3%), Paraná
(3,9%), Pernambuco (2,7%), Rio Grande do Sul (1,0%),
Rio de Janeiro (0,8%), Santa Catarina (0,7%), Região
Nordeste (0,6%) e Pará (0,5%) completaram o conjunto
de locais com índices positivos em dezembro de 2022.
Em São Paulo, maior parque industrial do País, a
produção caiu 1,2%. Outros Estados com reduções
intensas foram Espírito Santo (-6,8%) e Minas Gerais
(-4,9%). Goiás (-3,7%) e Bahia (-0,6%) mostraram os
demais resultados negativos em dezembro de 2022.
Fonte: Agência Brasil
13/02/2023 -
Maioria dos deputados é favorável à autonomia do
Banco Central, diz Lira
O presidente da Câmara também falou sobre acordo
para que o Coaf fique subordinado ao Ministério da
Fazenda
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), avalia que a proposta que revoga a
autonomia do Banco Central (BC) não deve ser
aprovada pelo Plenário. Lira disse que a maioria dos
parlamentares com quem tem conversado é contrária à
revisão da regra. Segundo o presidente da Câmara, a
medida é uma marca mundial, e o Brasil precisa se
inserir nesse contexto. O presidente participou da
Feira Agropecuária Show Rural em Cascavel (PR) nesta
quinta-feira. “Tecnicamente o Banco Central
independente foi o modelo escolhido pelo Congresso”,
afirmou Lira ao discursar no evento.
A lei que define mandatos não coincidentes do
presidente e dos diretores do BC com o do presidente
da República tem sido questionada pela bancada
governista (Lei Complementar 179/21). O líder do
Psol, deputado Guilherme Boulos (SP), e 11
deputados, apresentaram proposta neste sentido nesta
semana (PLP 19/23). Membros do governo têm criticado
o presidente da instituição, Roberto Campos Neto,
por não rever a taxa de juros.
Coaf
Lira também foi questionado sobre a transferência do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
do Banco Central para o Ministério da Fazenda.
Originalmente, o órgão pertencia ao Ministério da
Fazenda, mas no governo Bolsonaro chegou a ir para o
Ministério da Justiça, mas acabou sendo transferido
para o Banco Central. Quando assumiu, o presidente
Lula, por meio da MP 1154/23, recolocou o conselho
no Ministério da Fazenda.
O presidente da Câmara disse que, em relação ao Coaf,
há um acordo sendo construído pelo governo para que
retorne ao Ministério da Fazenda. “O Coaf é um órgão
técnico e tem que funcionar como árbitro de futebol.
Ele tem que ir atrás das operações irregulares, e
não das pessoas. Tanta faz no Banco Central ou na
Fazenda. Agora, segundo as conversas que me foram
passadas, houve um acordo para que ele voltasse para
a Fazenda”, respondeu o presidente.
Em relação ao voto de minerva no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), previsto
na MP 1160/23 e considerado prioridade pela equipe
econômica, Lira afirmou que não há acordo e o tema
precisa ser melhor discutido.
Reforma Tributária
Sobre a reforma tributária, Lira destacou que espera
um debate amplo e firme sobre a proposta. Segundo
ele, os próximos seis meses são vitais para a
tramitação e aprovação da matéria.
Fonte: Agência Câmara
13/02/2023 -
Lula indica Dilma para comandar Banco dos Brics
Instituição financeira trabalha no financiamento
de obras para projetos de infraestrutura nos países
que compõem bloco de economias emergentes
A ex-presidente Dilma Rousseff vai dirigir o Novo
Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição dos
Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul. Com sede em Xangai, o NBD –
também conhecido como Banco dos Brics – tem como
objetivo financiar obras para projetos de
infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos
países que compõem o colegiado de economias
emergentes.
Lula irá para Pequim na segunda quinzena de março e
a expectativa é de que leve Dilma com ele na viagem.
O Estadão apurou que a indicação da ex-presidente
para comandar o NDB já conta com a aprovação de
todos os integrantes dos Brics.
O governo pediu que o diplomata Marcos Troyjo, atual
presidente do NBD, renuncie ao comando da
instituição. Indicado para o cargo pelo então
presidente Jair Bolsonaro, Troyjo teria mandato até
2025 e já está no Brasil. O diplomata foi convidado
para fazer parte da equipe do governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas.
Impeachment
Dilma sofreu impeachment em 2016 e, desde então, não
voltou a ocupar cargos públicos. Em 2018, ela tentou
se eleger senadora por Minas Gerais e foi derrotada.
Durante a campanha eleitoral do ano passado,
circularam rumores de que Lula esconderia a
ex-presidente para que a rejeição dela não colasse
nele, mas isso não ocorreu.
Desde a vitória de Lula, Dilma tem participado de
cerimônias em Brasília e chegou a discursar na posse
do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU),
Jorge Messias. No Palácio do Planalto, toda vez que
teve o nome anunciado, Dilma foi saudada pela
plateia como “guerreira do povo brasileiro”.
Antes de indicar a aliada para o Banco dos Brics –
criado em 2014, quando a petista era presidente -,
Lula cogitou a possibilidade de nomeá-la para a
embaixada do Brasil em Portugal, mas ela não quis.
Fonte: InfoMoney
13/02/2023 -
Projeto torna obrigatória equiparação salarial entre
homens e mulheres para funções idênticas
O Projeto de Lei 111/23 torna obrigatória a
equiparação salarial entre homens e mulheres para
funções ou cargos idênticos.
Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, a
fiscalização da medida ficará a cargo do Ministério
do Trabalho e Emprego, sem prejuízo da atuação do
Ministério Público do Trabalho (MPT).
De autoria da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), a
proposta acrescenta a medida à Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). A Constituição Federal já proíbe
a diferença de salários por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil. O Brasil também tem
compromissos no plano internacional com o tema, a
exemplo da Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra a Mulher.
“O intuito desse projeto é efetivar, na esfera das
relações de trabalho, o princípio constitucional da
igualdade entre mulheres e homens”, afirma a
deputada. “A ideia é colocar na legislação, sob
forma mandatória, a igualdade consagrada em
dispositivos constitucionais e internacionais
destinados a prevenir e coibir quaisquer práticas
discriminatórias lesivas à dignidade das mulheres”,
completa.
A parlamentar cita dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais as
mulheres trabalham, em média, três horas por semana
a mais do que os homens, combinando trabalhos
remunerados, afazeres domésticos e cuidados de
pessoas. “Mesmo assim, e ainda contando com um nível
educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5%
do rendimento dos homens”, ressalta a parlamentar.
Outra proposta
Na Câmara já tramita, em regime de urgência, o Projeto
de Lei 1558/21, que trata da aplicação de multa para
combater a diferença de remuneração de salários
diferentes entre homens e mulheres no Brasil. O
texto aguarda votação pelo Plenário.
Fonte: Agência Câmara
10/02/2023 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,46% em janeiro
Taxa é menor que a observada em dezembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que apura a variação da cesta de compras para
famílias com renda até cinco salários mínimos,
registrou inflação de 0,46% em janeiro deste ano. A
taxa ficou abaixo da observada em dezembro (0,69%).
O INPC acumulado em 12 meses é de 5,71%. O indicador
apresentou taxas mais baixas do que as observadas
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação oficial e que registrou
taxas de 0,53% em janeiro e de 5,77% em 12 meses.
Em janeiro, os produtos alimentícios pesquisados
pelo INPC tiveram inflação de 0,52%, variação menos
intensa do que em dezembro (0,74%). O mesmo
aconteceu com os produtos não alimentícios, cuja
inflação passou de 0,67% em dezembro para 0,44% em
janeiro.
Fonte: Agência Brasil
10/02/2023 -
Força Sindical quer definir já Salário Mínimo
A reunião dia 18 de janeiro, entre Lula e
sindicalistas, foi produtiva, servindo também pra
reforçar o regime democrático duramente atacado por
bolsonaristas 10 dias antes. Mas houve um erro ali:
não anunciar o novo salário mínimo com aumento real
de verdade.
A Força Sindical, alinhada a Lula, foi uma das
primeiras a defender o aumento real do salário
mínimo como política de Estado. Agora, volta a
cobrar esse aumento.
A NOTA:
A Força Sindical declara apoio à aprovação urgente
retomada e da Política de Valorização do Salário
Mínimo. Propomos que o valor do salário mínimo em
2023 seja de R$ 1.342,00, considerando a estimativa
da inflação de 2022 somado ao PIB de 2021.
A responsabilidade fiscal não pode ser às custas dos
trabalhadores e da população menos favorecida,
tampouco dos investimentos necessários para a
reconstrução do País.
A Política de Valorização do Salário Mínimo que
vigorou entre 2007 a 2019, instituída via negociação
do movimento sindical com o governo federal, tem um
enorme alcance como política pública, contemplando
milhões de pessoas entre assalariados e outros
beneficiários de políticas sociais.
A elevação do piso nacional contribuiu para reduzir
as perdas econômicas de categorias de trabalhadores
e de aposentados. A política estabeleceu, ao mesmo
tempo, regra permanente e previsível, promovendo uma
recuperação gradativa.
Por esses motivos, as entidades sindicais defendem o
reajuste do salário mínimo em 2023, com aumento real
e uma mesa de negociação pra construir uma nova
política de valorização permanente do salário para
os próximos anos.
A classe trabalhadora conclama os parlamentares a se
somarem na justa luta em prol de um País mais justo
e igualitário.
Salário mínimo digno é uma forma de diminuir a
pobreza no País.
São Paulo, 5 de fevereiro de 2023.
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Fonte: Agência Sindical
10/02/2023 -
Presidente aposta em retomada de obras para
impulsionar economia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta
quarta (8) que, a partir da semana que vem, vai se
reunir com ministérios da área de infraestrutura
para alinhar a retomada de obras paradas pelo país.
A intenção do presidente é acelerar as entregas e
impulsionar a economia e a geração de empregos.
“Vamos tentar acabar tudo aquilo que estava começado
e ficou parado. E não queremos saber em que período
de governo foi feito, queremos saber se a obra é de
interesse da cidade ou do estado”, disse Lula
durante café da manhã com líderes de partidos da
base aliada do governo no Congresso Nacional.
Na próxima terça-feira (14), o presidente estará na
Bahia, inaugurando um empreendimento de moradias
populares, e na sequência vai para Sergipe para
participar de evento de retomada de obras da BR-101.
“Vamos viajar na perspectiva de colocar roda gigante
da economia para funcionar”, afirmou. “Se
conseguirmos fazer com que todas as obras que estão
paradas comecem a funcionar, a gente pode contribuir
para fazer com que a economia brasileira não seja o
desastre previsto pelo FMI [Fundo Monetário
Internacional] na última avaliação deles”,
completou.
O FMI elevou a expectativa para o Produto Interno
Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do
Brasil em 2023, mas o crescimento ainda é baixo. A
projeção de crescimento, divulgada em janeiro,
passou de 1% para 1,2%. Por outro lado, a estimativa
para 2024 caiu 0,4 ponto percentual, com expectativa
agora de expansão de 1,5% da economia.
Para o presidente, é preciso retomar projetos
voltados para as cidades, como em saneamento básico,
que “gera muito emprego e melhora muito a qualidade
de vida das pessoas”.
Fonte: Agência Brasil
10/02/2023 -
Mercadante pede desculpas e convida centrais
sindicais para reunião no BNDES
Em ofício enviado nesta quarta-feira, 8 de fevereiro
de 2023, ao presidente da Força Sindical, Miguel
Torres, Aloizio Mercante reforça o pedido de
desculpas pelo erro cometido pelo cerimonial que não
convidou as centrais sindicais para a sua posse como
presidente do BNDES na segunda, 6.
Em sua mensagem, Mercadante diz que convidará todas
as centrais sindicais para uma reunião sobre os
projetos estratégicos do BNDES para a retomada do
desenvolvimento do País e ressalta que a
participação do movimento sindical é imprescindível.
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/02/2023 -
O barco não pode afundar – por João Guilherme Vargas
Netto
Às voltas com os escombros administrativos, o
Ministério do Trabalho suspendeu por 90 dias os
procedimentos para registro sindical,
sensibilizou-se frente à crise da Americanas e
prepara sua participação, com outros ministérios,
representantes das Centrais Sindicais e Dieese, na
comissão encarregada de discutir a política de
valorização do salário mínimo. O ministro tem sido
enfático em sua preocupação com o tema.
Mas o que tem chamado a atenção de todos que
acompanham estes primeiros dias efetivos do governo
(depois do período de transição e dos desatinos
golpistas) é o abandono em que se encontrava o
Ministério, suas estruturas e seus funcionários. A
todas as dificuldades para o bom exercício do
governo e composição das equipes somam-se as
decorrentes desta situação calamitosa.
Em todos os Estados a própria estrutura física do
ministério encontra-se dilapidada, mal se
sustentando em alguns deles com o auxílio do
movimento sindical que proporciona pequenas e
necessárias doações para seu funcionamento.
Veja-se o caso da Fundacentro, que já teve seu
excelente papel exercido e reconhecido no âmbito da
saúde e da segurança do trabalho, com uma biblioteca
especializada ímpar em toda a América Latina e um
corpo técnico de provada competência. Hoje, o prédio
imponente que é sua sede nacional encontra-se
esvaziado, com salas fechadas, banheiros
interditados, acervos abandonados e funcionários
desmotivados e preocupados.
Dentre as tarefas de reconstrução do ministério
avulta esta de salvar a Fundacentro, com uma direção
capaz de recuperar o papel que já foi o seu,
evitando o triste destino dos barcos condenados ao
naufrágio.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
10/02/2023 -
TSE retoma na próxima terça-feira caso que pode
deixar Bolsonaro inelegível
Corte adiou julgamento de ação aberta pelo PDT
contra ex-presidente; no início da semana, relator
manteve "minuta do golpe" no caso
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou, para a
próxima terça-feira (14), o julgamento de uma ação
movida pelo PDT contra a campanha de Jair Bolsonaro
que analisa uma minuta de decreto encontrada na casa
do seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres – e
que poderia instituir um estado de defesa na Corte
Eleitoral para suspender o resultado das eleições.
De acordo com o portal O Antagonista, a decisão de
adiamento ocorreu a pedido do ministro Benedito
Gonçalves, relator do caso. O caso foi incluído
automaticamente na pauta da semana .No início da
semana, o ministro decidiu que o caso deve continuar
sob análise do TSE.
Na decisão, Gonçalves diz que “a infeliz constatação
é que, embora seja de rigor afirmar que a diplomação
encerra o processo eleitoral, um clima de
articulação golpista ainda ronda as Eleições 2022“.
O caso pode tornar Bolsonaro inelegível.
Fonte: Brasil247
10/02/2023 -
PGR envia à 1ª instância ação contra governo
Bolsonaro por não proteger povos indígenas
Sem foro privilegiado, o pedido foi enviado para
a Procuradoria da República no Distrito Federal
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou à
primeira instância da Justiça o pedido para
investigar o governo de Jair Bolsonaro (PL) sobre
possíveis descumprimentos de ordens judiciais para
proteger comunidades indígenas.
Como Bolsonaro está fora do cargo, o pedido foi
enviado para a Procuradoria da República no Distrito
Federal (PR-DF).
O envio foi comunicado nesta quarta-feira (8) ao
gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, do
Supremo Tribunal Federal (STF), relator da ação
movida pela Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil (Apib).
Segundo o magistrado, há indícios de que Bolsonaro
descumpriu ordens judiciais e prestou informações
falsas à Corte. "Saliento que os fatos nele narrados
podem guardar parcial relação com a grave crise
humanitária na Terra Indígena Yanomami", alertou o
ministro.
Nesse contexto, a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) e a Relatoria Especial sobre
Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais
(Redesca) afirmaram que o governo de Jair Bolsonaro
ignorou a grave crise sanitária pela qual passa os
Yanomami.
"Apesar das múltiplas denúncias e solicitações de
proteção por parte do povo yanomami, [as
autoridades] ignoraram a situação de violência,
ataques e assassinatos contra os integrantes dessa
população", diz a CIDH, em nota publicada nesta
quarta-feira (8).
"A comissão e a Redesca instam o Estado do Brasil a
intensificar seus esforços para reparar e reverter a
crise humanitária e de direitos humanos que afeta a
população yanomami. Concretamente, pedem a proteção
dos direitos à vida, à integridade pessoal, à saúde,
à alimentação, à água e ao meio ambiente, bem como
às terras, territórios e recursos naturais dessa
população", diz outro trecho da nota.
Os órgãos também cobram que as autoridades do
governo Bolsonaro sejam investigadas e
responsabilizadas.
"A CIDH e a Redesca se colocam à disposição para
cooperar com o Estado brasileiro em relação a esta
situação crítica do povo yanomami e manifestam seu
interesse em poder realizar uma visita de trabalho o
mais breve possível, para verificar in loco o
alcance da crise e ser capaz de contribuir para
soluções que tenham uma abordagem baseada em
direitos", diz o comunicado.
Fonte: Brasil de Fato
10/02/2023 -
PSOL protocola representação contra Damares por
crise dos yanomami
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados quer que a
senadora Damares Alves (Republicanos-DF) responda no
Conselho de Ética do Senado sobre a crise
humanitária vivida pelos yanomami. Nesta
quinta-feira (9) a sigla, que não elegeu nenhum
senador, protocolou uma representação contra a
parlamentar no Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar da Casa.
Segundo o documento, assinado pelo presidente da
legenda, Juliano Medeiros, enquanto esteve à frente
da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, no
governo do ex-presidente Jair Boslonaro, Damares
utilizou a máquina pública para promover uma
política “etnocida e racista” contra os povos
originários, em especial os yanomami.
“Em vez de promover uma ação articulada em defesa da
vida, agiu com descaso e ausência de medidas em
proteção aos povos indígenas, impõe-se a abertura do
processo disciplinar e, ao fim do processo, a
cassação de seu mandato”, diz a representação.
O documento, que traz vários anexos de fotos feitas
na Terra Indígena (TI) Yanomami, ressalta ainda que
a ministra perpetuou, junto ao ex-presidente da
Funai, Marcelo Xavier, e o ex-presidente Jair
Bolsonaro, uma “política de morte”.
Caso a denúncia seja aceita e avance no colegiado,
as penas previstas vão de medidas disciplinares –
como advertência, censura e perda temporária do
exercício do mandato –, até a mais severa: a perda
do mandato.
Fonte: Agência Brasil
09/02/2023 -
STF julga em abril correção do FGTS e pode
beneficiar milhões
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia
20 de abril o julgamento que pode liberar milhões de
reais para os trabalhadores brasileiros. A ação a
ser avaliada diz respeito ao índice utilizado para
corrigir o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS).
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, de autoria
do partido Solidariedade, terá o ministro Roberto
Barroso como relator.
A ADI questiona a falta de reajuste nas quantias
depositadas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço) desde 1999, o que causou perdas aos
trabalhadores. O objetivo da Revisão do FGTS é
substituir a Taxa Referencial (TR), que seria
inconstitucional, por um índice que segue o avanço
inflacionário, como por exemplo o INPC ou IPCA.
Dependendo da decisão do Supremo, a União, em
parceria com a Caixa Econômica Federal, poderá ter
que pagar aos trabalhadores um valor calculado em R$
300 bilhões referente à reposição da inflação cuja
correção de valores não foi aplicada ao longo dos
anos.
Se o STF decidir em favor dos trabalhadores, aqueles
que tiveram recursos depositados no FGTS desde 1999
terão a revisão garantida. Para algumas pessoas,
isso significa a reposição de mais de 20 anos de
perdas monetárias.
Segundo cálculos da Advocacia Geral da União (AGU),
uma decisão favorável pode gerar o pagamento de
cerca de R$ 300 bilhões em “atrasados”, considerando
total de cidadãos com contas no fundo e as perdas
registradas nos últimos anos. Já a empresa
responsável pelo site LOIT FGTS calcula que cada
empregado poderá receber R$ 10 mil, em média,
dependendo do tempo trabalhado e dos salários
recebidos no período.
Mais – Acesse o site do FGTS
Fonte: Agência Sindical
09/02/2023 -
Lula espera restabelecer conversa “civilizada” com
Congresso e diz que terá maioria
Entre propostas consideradas mais importantes
estão a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta
quarta-feira (8), que pretende restabelecer uma
conversa “civilizada” com o Congresso Nacional e
afirmou ter certeza que conseguirá maioria favorável
no Legislativo à aprovação de mudanças.
“Queremos restabelecer a conversa mais civilizada
possível com o Congresso Nacional”, disse Lula
durante café da manhã com o Conselho Político da
Coalizão.
“Tenho certeza que vamos conquistar uma maioria
ampla para fazermos as mudanças que precisamos nesse
país”, acrescentou Lula durante o encontro.
Entre as propostas que o governo Lula já anunciou
que pretende aprovar no Congresso estão a reforma
tributária e um novo arcabouço fiscal que está sendo
elaborado pela equipe econômica liderada pelo
ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Fonte: InfoMoney
09/02/2023 -
Corregedor eleitoral mantém minuta golpista em ação
contra Bolsonaro
Para ministro Benedito Gonçalves, documento que
pretendia mudar o resultado do pleito tem conexão
com a fala de Bolsonaro a embaixadores contra o
sistema eleitoral
O corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito
Gonçalves negou, nesta terça-feira (7), pedido feito
pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que a minuta
golpista encontrada na casa do ex-ministro da
Justiça, Anderson Torres, fosse retirada da
investigação contra a chapa eleitoral do
ex-presidente e seu candidato a vice, Braga Netto.
Com isso, o documento será mantido na ação, que pode
tornar Bolsonaro inelegível.
A minuta foi incluída no mês passado a pedido do
PDT, em uma das ações em que Bolsonaro é acusado de
abuso de poder político e uso indevido dos meios de
comunicação durante reunião com embaixadores em
julho. Naquela ocasião, o então presidente voltou a
atacar o sistema eleitoral brasileiro, novamente sem
apresentar provas, com transmissão via TV Brasil.
A defesa de Bolsonaro e Braga Netto se manifestou
pedindo que o documento — que propunha instaurar
estado de defesa no TSE e mudar o resultado das
eleições — não fosse incluído por ser “apócrifo”.
Além disso, argumentaram que o mesmo não fora
encontrado em posse de nenhum dos dois.
Por outro lado, o magistrado sustentou que a minuta
golpista “se conecta às alegações iniciais da parte
autora”, uma vez que a fala feita por Bolsonaro aos
embaixadores “era parte da estratégia de campanha
consistente em lançar graves e infundadas suspeitas
sobre o sistema eletrônico de votação”.
Na decisão, Gonçalves diz ainda que as eleições de
2022 e seus resultados têm sido alvo de “insidiosas
conspirações”. Ele aponta que as ações devem apurar
se esse “cenário desolador” está relacionado à
atuação do ex-presidente.
“Nessa reflexão, cabe constatar, não sem tristeza,
que os resultados das eleições presidenciais de
2022, embora fruto legítimo e autêntico da vontade
popular manifestada nas urnas, se tornaram alvo de
ameaças severas. Passado o pleito, a diplomação e
até a posse do novo presidente da República, atos
desabridamente antidemocráticos e insidiosas
conspirações tornaram-se episódios corriqueiros”,
escreveu Benedito.
O ministro destacou também que tais iniciativas “são
armas lamentáveis do golpismo dos que se recusam a
aceitar a prevalência da soberania popular e que
apostam na ruína das instituições para criar um
mundo de caos onde esperam se impor pela força”,
completou.
A decisão do corregedor será submetida ainda à
análise do plenário do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ainda sem data para acontecer.
Fonte: Portal Vermelho
09/02/2023 -
Racha no PL de Bolsonaro levará deputados da sigla à
base do governo Lula
Para evitar uma debandada, o presidente da sigla,
Valdemar Costa Neto, já avisou que vai liberar a
bancada para “votar como preferir”
Dos atuais 99 deputados do PL na Câmara dos
Deputados, 25 já estão prestes a aderirem a base do
governo do presidente Lula, informa a colunista Malu
Gaspar, de O Globo.
De acordo com ela, são parlamentares do partido que
abriga Bolsonaro, mas não possuem nenhum vínculo com
o ex-presidente.
“Figuras como o baiano João Bacelar, que já apoiou
os governos Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, e que em
uma reunião recente da bancada disse que não podia
ficar na oposição, porque nem sabia como era isso.
Nunca ficou contra nenhum governo”, escreveu Malu.
Para evitar um debandada, o presidente da sigla,
Valdemar Costa Neto, já avisou que vai liberar a
bancada para “votar como preferir em quase todos os
assuntos e não punir ninguém por ficar ao lado do
governo”.
A colunista explica que Costa Neto, que também nunca
permaneceu na oposição, justifica essa posição como
o eufemismo de que “não fará oposição radical” e
“apoiará o que for de interesse para o país”.
“Nós temos alguns deputados, uns 20 a 30, que
dependem muito do governo federal. Você pega essas
regiões, Maranhão e tudo, esse pessoal não tem
dinheiro para nada. Dependem muito do governo
federal. E esse pessoal pode ter um entendimento
melhor (sobre votar com o governo)”, disse Costa
Neto à CNN.
“Nós aconselhamos eles a não ter cargo, mas a
conseguir as coisas do governo sem ter cargo”,
completou.
O UOL afirmou que radicais do PL enxergam jogo duplo
de Valdemar na relação com governo Lula. “Apesar de
oficialmente na oposição, sigla está dividida e os
chamados ‘moderados’ abriram negociações com o
Palácio do Planalto”, diz o portal.
Rio de Janeiro
Outro problema no PL é a possível saída da sigla do
governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que
pode ingressar no PSD, do prefeito Eduardo Paes, e
da base aliada do governo Lula.
“Adoraríamos ter o Cláudio Castro em um partido da
base do presidente Lula. Estamos trabalhando para
que isso aconteça”, diz o deputado federal
Washington Quaquá (PT).
Fonte: Portal Vermelho
09/02/2023 -
Geração de emprego nas micro e pequenas empresas cai
26,5% em 2022, mas participação cresce
Sebrae diz que participação dos pequenos negócios
no total de empregos gerados subiu de 77,7% para
78,4%; dados são do Caged
A geração de vagas de emprego com carteira assinada
pelas micro e pequenas empresas caiu 26,5%, de 2,17
milhões em 2021 para 1,6 milhão em 2022, aponta
relatório produzido pelo Sebrae com base no Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Apesar da forte queda, os pequenos negócios foram
responsáveis por praticamente 8 em cada 10 vaga CLT
criadas no ano passado, e a participação dos
pequenos negócios no total de empregos gerados subiu
de 77,7% para 78,4%.
O setor da economia que mais contratou foi o de
serviços (mais de 828 mil) seguido pelo comércio
(332,6 mil) e pela construção civil (229,8 mil). As
micro e pequenas empresas também abriram 158,3 mil
vagas na indústria de transformação e 30,8 mil na
agropecuária.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, afirma que,
assim como em 2022, as micro e pequenas empresas
“continuarão impulsionando a nossa economia, com
destaque para os setores de serviços e comércio”.
“Principalmente na figura do microempreendedor
individual [MEI]”.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: InfoMoney
09/02/2023 -
Assédio moral enseja rescisão indireta do contrato
de trabalho
Existem sanções disciplinares legalmente aplicáveis
pelas eventuais faltas cometidas pelo quadro de
empregados (desde advertência verbal, advertência
escrita, suspensão, e, nos casos mais grave, a
despedida por justa causa em hipóteses do art. 482
da CLT). Isolar o funcionário, cercear seus direitos
básicos, discriminá-lo e humilhá-lo perante seus
colegas configura assédio moral.
Esse foi o entendimento do juiz Gustavo Fontoura
Vieira, da 1ª Vara do Trabalho de Santa Maria (RS),
que concedeu pedido de rescisão indireta de contrato
de trabalho a um motorista que estava sofrendo
assédio moral.
Segundo os autos, o contrato de trabalho do
motorista estava em curso, mas ele ajuizou uma
reclamação alegando diferenças remuneratórias em
decorrência de jornada extraordinária. Após inspeção
judicial sigilosa, foi constatado que o profissional
estava sendo submetido a uma série de atos
vexatórios e humilhantes.
Ele se encontrava isolado dos demais trabalhadores,
retirado da função de motorista, relegado ao
ostracismo, principalmente após apresentar a
reclamação, e passava o dia todo sem exercer
qualquer atividade.
Ao analisar o caso o juiz considerou os fatos
narrados pelo trabalhador e confessados pelos
representantes da empresa graves o suficiente para
declarar o rompimento do contrato de trabalho por
justa causa, pois as faltas cometidas pela
empregadora impedem a continuidade da prestação dos
serviços conforme previsto no artigo 483, "d", da
CLT.
Ele determinou que a empresa pague todas as verbas
rescisórias, indenize o trabalhador em 40% do saldo
da conta vinculada do FGTS e entregue a chave de
acesso para saque do FGTS e guias para habilitação
no seguro desemprego.
"O descumprimento de cada uma dessas obrigações
implicará multa diária de R$ 1 mil, sem prejuízos de
outras sanções processuais cabíveis. As multas
previstas nos arts. 477 e 467, ambos da CLT, serão
aplicáveis caso ocorra inadimplemento no prazo
determinado nesta decisão", finalizou o julgador.
O motorista foi representado pelo advogado Wagner A.
H. Pompéo.
Processo: 0020061-71.2023.5.04.0701
Fonte: Consultor Jurídico
08/02/2023 -
Dieese: é urgente garantir manutenção dos empregos e
direitos dos trabalhadores da Americanas
Instituto publica estudo mostrando estrutura
atual e possíveis reflexos das “inconsistências
contábeis” em sucessivos balanços financeiros do
grupo varejista
O Dieese dá sua contribuição para orientar os atores
do caso Lojas Americanas a agir no processo de
recuperação judicial de uma das maiores empresas
varejistas do país de forma a preservar a atividade
econômica e, sobretudo, os empregos e direitos dos
seus trabalhadores, em vez de o patrimônio de seus
executivos. Em seu portal, na semana passada, o
instituto publicou uma análise detalhada sobre os
possíveis impactos do caso para os funcionários
diretos e indiretos e também para o sistema
financeiro.
Segundo a entidade, “o cenário de recuperação
judicial traz a necessidade de se compreender a
extensa cadeia produtiva que envolve as Americanas,
empresa presente em todo o país, com mais de 2.000
fornecedores”. E chama atenção para os riscos de a
eventual quebra da empresa por “inconsistências
contábeis” para o cenário já preocupante do mercado
de trabalho no país. “Em especial, é necessário agir
de forma rápida e transparente para (…) proteger os
mais de 44 mil funcionários do grupo e os empregos
indiretos que, segundo estimativas, juntos
representam mais de 100 mil trabalhadores”, completa
o estudo.
O texto publicado pelo Dieese sobre a situação das
Americanas (link abaixo) está dividido em duas
partes. Primeiro, mostra em detalhes a atual
estrutura do grupo, em termos de segmentos de
atuação, número de lojas, fornecedores e
distribuidores. Também apresenta os principais dados
referentes ao quadro de empregados, como perfil e
distribuição regional pelo país.
A segunda parte traz considerações acerca dos
possíveis impactos para o sistema financeiro
nacional e o mercado de crédito em 2023. E encerra
com o alerta para a necessidade de agilidade em
todos os processos acerca das condições e motivações
que levaram ao novo quadro de endividamento das
Americanas. “É urgente que sejam articuladas ações
para apuração das responsabilidades, estabelecimento
de total transparência e diálogo tripartite no
sentido de garantir a manutenção dos postos de
trabalho e dos direitos trabalhistas.”
Clique para acessar a
íntegra do estudo do Dieese sobre as Americanas
Fonte: Rede Brasil Atual
08/02/2023 -
MEI pode mudar para haver mais contratação e menos
PJs, diz ministro
Marinho afirmou que "pejotização" excessiva piora
a qualidade dos empregos
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o
governo federal pretende reavaliar as regras do MEI
para facilitar contratações com carteira assinada e
diminuir contratações como pessoa jurídicas (PJs).
Na avaliação do ministro, o atual modelo beneficia
fraudes em leis trabalhistas.
"O MEI não é problema, ele é dono do carrinho de
pipoca. [Mas se alguém] tem dez carrinhos e contrata
dez pipoqueiros como MEI, [esses] são empregados, e
o que se tem é uma fraude trabalhista", afirmou em
entrevista ao UOL.
Uma das mudanças seria ampliar teto de faturamento
do MEI, com a criação de diferentes faixas de
contribuição, o que faria empresas pagarem menos
impostos e terem capacidade de contratar mais
funcionários. No entanto, essa medida poderia
provocar uma redução na arrecadação do governo, que
precisa ser compensada de outra forma.
Algumas mudanças já estão em discussão no Congresso.
Uma comissão do Senado aprovou proposta para
aumentar o limite de faturamento para R$ 144,9 mil.
Atualmente, o faturamento anual não pode passar de
R$ 81 mil (R$ 6.750 por mês). Outra alteração seria
ampliar o número de contratados de um para dois.
Fonte: A Tarde
08/02/2023 -
Ministro defende revisão de concessões de registros
sindicais
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
destacou segunda-feira (6) a importância da revisão
das concessões de registros sindicais. “Tem muitas
denúncias de fraudes em processos, cometidos
especialmente no último ano. Nós precisamos ter um
tempo para olhar, reestruturar o setor e chamar
atenção dos sindicatos de que é preciso trabalhar um
processo de fortalecimento do papel dos sindicatos e
interromper o processo de pulverização das entidades
sindicais no Brasil”, disse o ministro, em
entrevista aos veículos da Empresa Brasil de
Comunicação.
O Ministério do Trabalho e Emprego suspendeu por 90
dias as decisões referentes aos processos de
requerimento de registro sindical. Por esses
requerimentos é que são criadas novas entidades
sindicais no país – no caso, sindicatos, federações
e confederações.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
08/02/2023 -
Previdência Social participa da reabertura da Mesa
Nacional de Negociação com servidores
Ministro Carlos Lupi cita relevância do diálogo
permanente do governo federal com a categoria
O governo federal realizou, nesta terça-feira (7), a
reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente
com os servidores federais. Na solenidade conjunta
entre representantes do Executivo e sindicatos, o
ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, citou a
relevância do diálogo permanente para resgatar a
valorização da categoria. “Sem servidor público, não
há Estado brasileiro”, disse.
Destacando a condução da ministra da Gestão e
Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck,
anfitriã do evento, Lupi mencionou a atuação
conjunta das pastas para efetivar o compromisso do
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
com o desenvolvimento do Brasil.
“Nosso papel não é só resgatar a imagem do serviço
público e do servidor, mas mostrar que podemos mais
e vamos fazer a diferença. Por isso, precisamos
estar unidos no trabalho de reconstrução desse
país”, declarou.
Ao citar a contribuição direta dos representantes da
União em áreas determinantes para a vida do cidadão,
como a Previdência, Saúde e Educação, o ministro
relatou, no encerramento do discurso, o desafio de
reestruturar o Ministério e o INSS, autarquia
vinculada.
“Tenho a missão de trabalhar para mais de 37 milhões
de brasileiros que recebem algum benefício da
Previdência, que é o maior programa social das
Américas. Eu preciso do INSS resgatado e conto com a
dedicação dos servidores, que merecem ser bem
remunerados e reconhecidos”, frisou.
“A iniciativa é fundamental para avançar nos
salários, sim, mas também para progredir na
dignidade e no respeito que todo servidor público
merece da nação”, completou.
Entre os demais ministros presentes, Fernando
Haddad, da Fazenda; Rui Costa, da Casa Civil; Simone
Tebet, do Planejamento e Orçamento; Luiz Marinho, do
Trabalho e Emprego; Camilo Santana, da Educação e
Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência.
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência
08/02/2023 -
Governo pretende lançar cartão de descontos para
beneficiários do INSS; veja como vai funcionar
Cartão deve sair em março para correntistas do BB
e Caixa; bancos privados serão procurados também
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi,
afirmou nesta segunda-feira (6), após se reunir com
o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pretende
lançar em março um cartão especial de descontos para
beneficiários da INSS que são correntistas do Banco
do Brasil (BB) e da Caixa. Segundo ele, os dois
bancos públicos reúnem 14 milhões de benefícios da
Previdência.
Lupi declarou que a ideia é oferecer o cartão do
beneficiário para os 37 milhões de beneficiários da
Previdência para que o cidadão possa usar serviços
de transporte público em todo o país.
Além disso, os bancos oferecerão descontos e firmará
parcerias com empresas para oferta de benefícios
exclusivos aos segurados do INSS.
“Em vez de o beneficiário da Previdência precisar
tirar uma autorização local para usar os serviços de
transporte daquele município, com o cartão ele terá
validade nacional. Também estamos buscando novos
benefícios aos aposentados. Correntistas do BB terão
descontos, por exemplo, em farmácias conveniadas,
benefícios em passagens aéreas, em hotéis e em
outros serviços”, disse o ministro.
Segundo Lupi, os bancos privados também serão
procurados para oferecer benefícios semelhantes aos
correntistas que são segurados do INSS.
Fonte: InfoMoney
08/02/2023 -
Preços da cesta básica em janeiro aumentam na
maioria das capitais, principalmente no Nordeste
Dieese calculou o salário mínimo necessário em R$
6.641,58, ou 5,10 vezes o atual piso oficial
No primeiro mês do ano, os preços médios da cesta
básica aumentaram em 11 das 17 capitais pesquisadas
pelo Dieese. As principais altas foram apuradas em
cidades da região Nordeste.
Assim, houve aumentos em Recife (7,61%), João Pessoa
(6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%). Já as
reduções mais significativas foram na região Sul:
Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e
Florianópolis (-1,11%). Em São Paulo, a variação foi
de -0,09%.
Salário mínimo
As cestas mais caras em janeiro foram as de São Paulo
(R$ 790,57), Rio de Janeiro (R$ 770,19),
Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$
757,33). No Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente, os menores valores médios foram
registrados pelo Dieese em Aracaju (R$ 555,28),
Salvador (R$ 594,83) e João Pessoa (R$ 600,06).
Na comparação janeiro do ano passado, houve altas em
todas as cidades. A variação foi de 7,19% (Vitória)
a 16,11% (Belém).
Com isso, com base na cesta mais cara, o Dieese
calculou em R$ 6.641,58 o salário mínimo necessário
para as despesas essenciais de uma família com
quatro integrantes. Esse valor corresponde a 5,10
vezes o piso oficial, reajustado para R$ 1.302. Essa
proporção era de 5,48 vezes em dezembro e de 4,95 há
um ano.
Jornada e renda
No mês passado, o tempo médio para adquirir os
produtos da cesta básica foi de 116 horas e 22
minutos. Menos do que em dezembro (122 horas e 32
minutos) e mais do que em janeiro de 2022 (112 horas
e 20 minutos). Quem ganha o equivalente ao mínimo
comprometeu 57,18% da renda líquida para adquirir os
produtos alimentícios, ante 60,22% no mês anterior e
55,20% um ano atrás.
Entre os produtos, o arroz agulhinha subiu em todas
as cidades. Em 12 meses, a alta chega a 30,18%
(Vitória). O preço do feijão também aumentou. No
acumulado, atinge 51,95% em Belém e 51,04% em
Goiânia.
Batata, tomate e farinha de mandioca foram outros
destaques de alta. Já o preço do leite integral caiu
na maioria dos locais, assim como o quilo da carne
bovina de primeira.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/02/2023 -
Juíza homologa acordo entre trabalhador e INSS sobre
aposentadoria especial
Em uma situação pouco usual, um trabalhador
conseguiu fazer acordo com o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) para reconhecimento do tempo
especial na aposentadoria em menos de cinco meses.
O trabalhador entrou na Justiça pedindo o
reconhecimento de tempo especial, que é um benefício
concedido a quem trabalhou exposto a algum agente
nocivo definido por lei.
No primeiro despacho, a 1ª Vara Federal de Cascavel
(PR) fez uma análise preliminar do mérito e intimou
o INSS para avaliar uma proposta de acordo.
O INSS apresentou uma sugestão de acordo acolhendo
parte dos pedidos do trabalhador, reconhecendo tempo
especial para alguns dos anos pleiteados e sugerindo
pagamento por tempo urbano comum para outros.
O autor, então, apresentou uma contraproposta
pedindo o reconhecimento de mais cinco anos de
contribuição. A condição foi aceita pelo INSS, que
se comprometeu a pagar 90% dos valores atrasados.
Ao ratificar o acordo, a juíza Lília Cortes de
Carvalho de Martino apenas negou o benefício de
assistência judiciária gratuita, já que a declaração
de pobreza não foi entregue no processo.
O autor da ação foi representado pelo advogado Pedro
Pannuti, sócio do Ziccarelli & Advogados Associados,
que avaliou que "em menos de 5 meses do ajuizamento
da ação o INSS teve seu benefício implantado,
demonstrando a extrema eficiência do processo, com
cooperação efetiva entre as partes e a JFPR".
Processo 5056367-87.2022.4.04.7000
Fonte: Consultor Jurídico
08/02/2023 -
Banco não pode punir empregados que ajuizaram
reclamações trabalhistas, decide TST
Para relatora, “ficou claro o abuso” da direção
do Banrisul
O empregador não pode promover retaliações contra
funcionários que moveram ações trabalhistas. Foi
esse o entendimento da Oitava Turma do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) em processo envolvendo o
Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).
Assim, o TST, vendo conduta ilícita, manteve
determinação de que a instituição pare de realocar
empregados que entraram com ações trabalhistas.
Em 2017, um grupo de funcionários moveu ação porque
o Banrisul, uma semana antes, havia promovido
descomissionamento de 80 trabalhadores que tinham
entrado na Justiça pedindo pagamento de horas
extras. Assim, o pedido era no sentido “de que o
banco fosse proibido de adotar condutas
discriminatórias contra esses trabalhadores,
especialmente redução salarial e transferência”.
Ainda na segunda instância, o Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (TRT-4, no Rio Grande do Sul)
entendeu que havia abuso do empregador e que as
medidas adotadas ”deixavam de lado a avaliação
técnica para o exercício da função”. Assim, também
de acordo com o TRT, a pretensão dos empregados
“visava à proteção contra possíveis e prováveis atos
discriminatórios e retaliações”. O Banrisul
recorreu.
No TST, a relatora do recurso apresentado pelo
banco, ministra Delaíde Miranda Arantes, reconheceu
o nexo entre os descomissionamentos e o ajuizamento
das reclamações trabalhistas. “Ficou claro o abuso
do poder diretivo da empresa”, afirmou.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/02/2023 -
Requerimentos de registro sindical estão suspensos
por 90 dias, anuncia MTE
O Ministério do Trabalho e Emprego suspendeu por 90
dias os processos de requerimento de registro
sindical.
Segundo a portaria publicada nesta segunda-feira (6)
no Diário Oficial da União, a decisão foi tomada
pela necessidade de “adequação de procedimentos
administrativos e normativos”.
Confira a íntegra:
Diário Oficial União nº 26 – Seção 1 – pag. 83 –
segunda-feira, de 6 de janeiro de 2023
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA MTE Nº 217, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2023 –
Suspende temporariamente as decisões em processos de
requerimento de registro sindical. (Processo nº
19964.101529/2023-84).
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso
das atribuições que lhe foram conferidas pelo art.
46, incisos II e IX, da Medida Provisória nº 1.154,
de 1º de janeiro de 2023 e art.1°, inciso IX, c/c
art. 27, inciso IX do Anexo I, do Decreto nº 11.359,
de 1 de janeiro de 2023, resolve:
Art. 1º Suspender todos os procedimentos de análise,
bem como as publicações relativas a processo de
registro sindical, pelo prazo de 90 dias, em face da
necessária adequação de procedimentos
administrativos e normativos.
Art. 2º Ficam excluídos desta Portaria os processos
com determinação judicial para cumprimento.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação.
LUIZ MARINHO
Fonte: Rádio Peão Brasil
07/02/2023 -
Lula diz que explicação do Copom para juros elevados
é uma "vergonha" e defende que taxas caiam
"Não tem explicação" para o nível da taxa Selic,
disse o presidente Lula na cerimônia de posse de
Aloizio Mercadante como presidente do BNDES
O presidente Lula, ao discursar na cerimônia de
posse de Aloizio Mercadante como presidente do
BNDES, criticou os elevados juros cobrados no País e
defendeu que as taxas caiam para impulsionar o
crescimento econômico.
"O BNDES pode contribuir para fazer com que a taxa
de juros nesse país caia do jeito que está", disse
Lula.
"Não tem explicação" para o nível da taxa Selic,
hoje em 13,75% ao ano, acrescentou.
"Como vou pedir pro Josué [Gomes] fazer com que os
empresários ligados à Fiesp vão investir se eles não
conseguem tomar dinheiro emprestado?", questionou o
presidente.
"O problema é que esse país tem uma cultura de viver
com juros altos que não combina com a necessidade de
crescimento que nós temos", avaliou.
Lula ainda classificou como uma "vergonha" a
explicação do Comitê de Política Monetária (Copom)
do Banco Central para o atual patamar da taxa de
juros.
Fonte: Brasil247
07/02/2023 -
Valorização do salário mínimo e direitos dos
trabalhadores de aplicativo são prioridades, diz
Marinho
Ministro não descarta grupo de trabalho para
atuar diretamente pela preservação do emprego dos
trabalhadores das Americanas, após a crise na
varejista
Em entrevista ao Valor Econômico veiculada nesta
segunda-feira (6), o ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, disse que as prioridades da pasta
atualmente se concentram na valorização do salário
mínimo e a regulação do trabalho por aplicativos,
além de debates sobre pontos da reforma trabalhista,
como o trabalho intermitente. Já a manutenção do
saque-aniversário do FGTS está condicionada
diretamente a possíveis mudanças nas regras.
Sobre o salário mínimo, Marinho defende uma política
de reajuste semelhante à estabelecida durante o
primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
que consiste no cálculo da inflação mais a média de
crescimento do PIB nos últimos cinco anos.
“Se [estivesse ainda valendo] a política que
estabelecemos em 2005, que coordenei pelo governo,
hoje o mínimo valeria R$ 1.396. Isso é mais
importante do que o tamanho do reajuste de 2023. O
que estamos analisando é se haverá mudanças em 2023.
Se houver espaço fiscal, sim”.
Quanto aos trabalhadores que trabalham por
aplicativo, Marinho defende o cooperativismo.
Entretanto, o ministro afirmou que a regulação deve
partir de sugestões das próprias empresas e também
dos trabalhadores, com a mediação do governo. O
ministro não descartou que as alternativas para cada
caso possam transitar por situações previstas na
Consolidação das Leis do Trabalho ou na modalidade
de microempreendedor individual (MEI).
“Você pode ter relações que caibam na CLT ou que se
enquadrem, por exemplo, no cooperativismo. O dono de
um carrinho de pipoca pode ser empreendedor, mas, se
um cara tem dez carrinhos, ele não pode colocar nove
empreendedores. Eles viraram funcionários dele.
Agora, o entregador de pizza pode ser MEI? Tenho
dúvidas”, disse Marinho.
O ministro também afirmou que o ministério não
descarta a criação de um grupo de trabalho para
atuar diretamente pela preservação do emprego dos
trabalhadores das Americanas, após a crise na
varejista.
“A possibilidade de uma recuperação judicial tem que
ser olhada com muito carinho e, acima de tudo, não
criar um ambiente hostil para se fragilizar ainda
mais e quebrar. Tem que ser olhado o grupo
econômico. Uma coisa é Lojas Americanas, que é
apenas um elo do grupo. Tem consistência para
administrar e salvar? Isso tem que ser olhado
também”, frisou.
FGTS
Luiz Marinho descartou o término do saque-aniversário
do FGTS para o mês de março, e criticou os bancos
que “criaram carteira para dez anos” a partir de
empréstimos concedidos a partir da modalidade. O
ministro disse que a prioridade é rever a não
permissão de saque do saldo restante do FGTS no caso
de demissão dos trabalhadores que optaram pelo
saque-aniversário.
“Os bancos entram em polvorosa, por causa dos
contratos já fechados. Eu não fui consultado deste
contrato. Dez anos de carteira? Sete anos? Vamos
olhar também as taxas praticadas”.
Fonte: InfoMoney
07/02/2023 -
Lula quer ampliar isenção do IR para quem ganha até
dois salários mínimos em 2023
Ainda este ano, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) avalia ampliar a faixa de isenção da
tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF)
para quem ganha até dois salários mínimos (R$
2.604).
Atualmente, a faixa de isenção está em R$ 1.903.
Diante disso, quem ganha menos do que um salário
mínimo e meio já precisa pagar o imposto. Na última
quinta-feira (2), o petista disse que fará ajuste na
tabela e que vai aprovar a reforma tributária.
De acordo com o Estadão, a área econômica do governo
prefere tratar o tema nas negociações da segunda
etapa da reforma tributária para o segundo semestre,
uma vez que o assunto é delicado pois envolve uma
perda de arrecadação muito alta.
O governo Lula também está buscando um modelo que
reduza o impacto da medida de perda de arrecadação.
Em outras palavras, uma forma que favoreça as faixas
de renda mais baixas. No entanto, caso a mudança
leve ao aumento da tributação, a medida não poderia
ser neste ano, já que há o chamado “princípio de
anterioridade” que rege a tributação do IR.
Vale destacar que as críticas à falta de correção na
tabela aumentaram após o ministro da Fazenda
Fernando Haddad afirmar que a correção da tabela só
poderia ser feita em 2024 por conta da
anterioridade. Ainda segundo fontes do Estadão, um
impacto de perda de receita de R$ 10 bilhões está
sendo considerado.
Fonte: DCM
07/02/2023 -
Governo Lula trabalha novo PAC para incentivar
atividade econômica
O objetivo é fomentar a econômica do país com
investimentos em infraestrutura, retomada de obras
paradas ou que estão em ritmo lento
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
está elaborando um novo Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) para lançar em até cem dias. O
objetivo é incentivar a econômica do país com
investimentos em infraestrutura, retomada de obras
paradas ou que estão em ritmo lento.
A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam
Belchior, disse à Folha de S.Paulo que as
prioridades para os primeiros cem dias “já estão a
pleno vapor para o presidente já anunciar”.
São novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida,
além de construção de cisternas e aceleração dos
serviços de manutenção de rodovias.
Belchior disse que o governo quer lançar o plano de
investimentos nos moldes do antigo PAC, ou seja, com
metas de projetos a serem retomados ou contratados e
também com as respectivas previsões de conclusão.
A novidade é incluir entre as metas o combate à fome
e à pobreza, redução da fila de cirurgias do SUS
(Sistema Único de Saúde) e ampliação das bolsas de
estudo.
Durante a campanha, Lula tratou a retomada de obras
do PAC como prioridade para fomentar a economia e
gerar emprego.
“Vamos retomar com certa urgência porque é o
trabalho que dá dignidade às pessoas. Trabalhar e,
com o salário, levar comida para sua família”,
afirmou o então candidato.
De acordo com ele, é preciso negociar com as
empresas que ganharem a licitação para contratarem
moradores da região onde as obras serão feitas.
A estratégia é repetir o que já foi feito entre 2008
e 2010 no Rio de Janeiro, quando os canteiros de
obras tinham pais e filhos das comunidades
trabalhando.
Lula tratou a geração de emprego como uma obsessão e
lembrou que, quando assumiu, em 2003, o Brasil
enfrentava desemprego de 12%. Ao fim dos governos
petistas, o percentual era de 4,5%, e 22 milhões de
vagas com carteira assinada foram abertas.
Lembrou que as obras foram paralisadas quando a
ex-presidente Dilma Rousseff deixou o governo, com o
golpe do impeachment. Segundo o ex-presidente, são
cerca de 13,4 mil obras que já têm projetos e
licença ambiental e que, portanto, estão aptas a
serem executadas com rapidez.
Fonte: Portal Vermelho
07/02/2023 -
Paim defende substituir teto de gastos para país
investir em áreas essenciais
O senador Paulo Paim (PT-RS) defende a substituição
do teto de gastos e o amplo debate sobre o tema no
Congresso Nacional em 2023. Para ele, áreas
essenciais como saúde e educação não devem ser
limitadas por essa "trava". Segundo o senador, a
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), da qual já foi presidente,
recebe muitos pedidos pelo cancelamento do teto de
gastos.
Fonte: Agência Senado
07/02/2023 -
Pagamento de salário com atraso provoca dano moral,
decide TRT-5
O trabalhador que frequentemente recebe seu salário
com atraso deve ser indenizado por danos morais. A
decisão é da 2ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 5ª Região (BA), que determinou que o
Instituto de Saúde e Direitos da Família (ISDF)
indenize uma enfermeira no valor de R$ 3 mil. O
colegiado entendeu que os atrasos reiterados no
pagamento dos vencimentos geraram transtornos na
vida da trabalhadora e violaram sua honra e
dignidade. Ainda cabe recurso da decisão.
A enfermeira alegou no processo que o atraso na
quitação dos salários comprometeu a regularidade das
suas obrigações, prejudicando seu sustento e o de
sua família, o que criou um estado permanente de
apreensão. "Toda a situação me trouxe inúmeros
prejuízos, entre eles, o fato de não me permitir
acumular riquezas ou fazer um pé de meia", declarou
a autora da ação. No julgamento em primeira
instância, porém, sua demanda foi considerada
improcedente.
O relator do acórdão, desembargador Renato Simões,
sustentou que o reiterado atraso no pagamento do
salário enseja dano moral presumido. "O empregado,
mesmo tendo cumprido regularmente com sua obrigação
contratual na certeza do recebimento da
contraprestação correspondente, deixa de honrar seus
compromissos por longo período, o que atinge sua
dignidade, justificando a condenação compensatória."
O magistrado ressaltou na decisão: "Diante da não
comprovação do pagamento dos salários em dia,
conduta reprovável que exige condenação exemplar,
reformo a sentença para deferir o pleito de
pagamento de indenização por danos morais
arbitrados".
Sobre a quantificação da indenização, os
desembargadores da 2ª Turma argumentaram que
deveriam ser observados aspectos atinentes à real
gravidade do dano, sua repercussão, a capacidade do
agente infrator e o caráter educativo da pena.
"Sendo assim, arbitro o valor da indenização no
valor de R$ 3 mil, conforme praticado por esta Turma
nestes casos", finalizou o relator. Com informações
da assessoria de comunicação do TRT-5.
Processo 0000500-50.2021.5.05.0201
Fonte: Consultor Jurídico
07/02/2023 -
Mercado financeiro eleva projeção da inflação de
5,74% para 5,78%
A previsão do mercado financeiro para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -
considerada a inflação oficial do país - subiu de
5,74% para 5,78% para este ano. A estimativa consta
do Boletim Focus desta segunda-feira (6), pesquisa
divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em
Brasília, com a expectativa de instituições
financeiras para os principais indicadores
econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,93%.
Para 2025 e 2026, as estimativas são de inflação em
3,5%, para ambos os anos.
A previsão para 2023 está acima do teto da meta de
inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de
3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de
1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou
seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de
4,75%.
Da mesma forma, a projeção do mercado para a
inflação de 2024 também está acima do centro da meta
prevista - 3% - também com os intervalos de
tolerância de 1,5 ponto percentual.
De acordo com o Banco Central, a inflação só ficará
dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se
situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois
anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.
(Mais Informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
06/02/2023 -
Nova Central debate projeto de Reforma Sindical
Nesta quinta-feira (2), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) realizou uma reunião com os
presidentes das estaduais e suas Confederações para
tratar de uma proposta apresentada no Fórum das
Centrais para uma futura Reforma Sindical. O
documento foi formulado pelo coordenador do Fórum
das Centrais, Clemente Ganz.
Moacyr Auesvald, presidente interino, e Professor
Oswaldo Augusto de Barros, presidente licenciado da
Nova Central, pediram que todos analisem de forma
minuciosa o documento e encaminhem as posições das
entidades de base, pois só depois disso a entidade
nacional irá se posicionar. O encontro de ontem foi
o primeiro debate sobre a proposta e todos se
comprometeram a enviar suas observações/sugestões ao
texto na maior brevidade possível.
Os presentes reforçaram a necessidade de que todos
sejam contemplados no futuro projeto, assim como
destacaram a importância da defesa da estrutura
sindical, da sua pirâmide: Confederação, Federação e
Sindicato, que é dever originário da NCST.
Fonte: NCST
06/02/2023 -
Americanas promete não demitir
A rede da Lojas Americanas prometeu não demitir
durante o período de recuperação da empresa, já
avalizado pela Justiça. Promessa foi feita em
reunião entre representantes da Rede, Centrais
Sindicais e lideranças comerciárias, na sexta (3),
no Rio de Janeiro.
Representaram as Americanas José Mauro Barros, Head
de Gente; Lúcio Marques, Relações Sindicais; Joanna
Pereira, Departamento Pessoal; além de André
Vilacqua e Carlos Américo, consultores.
Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato da
categoria em SP, participou. A reunião foi positiva,
diz. Além de afirmar que não haverá cortes, os
diretores da varejista asseguraram diálogo
transparente em toda a fase de reestruturação. “Caso
haja alguma demissão será pontual e a homologação
ocorrerá nos Sindicatos pra resguardar os direitos
do funcionário”, adianta Patah.
Ato – O encontro foi precedido de ato nacional. Pela
manhã, centenas de trabalhadores e sindicalistas
protestaram em frente à loja da Rua do Passeio, na
Cinelândia. De lá, caminharam até o escritório da
Americanas, na Avenida Rio Branco.
A preocupação com os direitos dos empregados da
rede, que acumula rombo superior a R$ 40 bi, unifica
lideranças sindicais de diversos Estados, que atuam
em diversas frentes.
Para Eusébio Luis Pinto Neto, presidente da
Federação Nacional dos Frentistas, a atividade foi
positiva. Ele lembra que foi um primeiro ato. “Vamos
continuar lutando pelos empregos e direitos. Estamos
vigilantes”, garante.
Presidente da CNTC e deputado federal pelo PL-SP,
Luiz Carlos Motta também falou no ato e destacou que
seu mandato acompanha cuidadosamente o caso
Americanas.
Agenda – Nesta semana, os líderes Comerciários
voltam a se reunir pra traçar ações futuras. Uma das
mobilizações deve ser em Osasco (SP), onde há grande
número de funcionários da Americanas.
Mais – Site da UGT, dos Comerciários de SP e do Rio.
Fonte: Agência Sindical
06/02/2023 -
Sem ‘retomada’, indústria fecha o ano dando marcha a
ré
Setor têxtil, de móveis e máquinas caíram.
Produção cresceu no petróleo e no segmento
automobilístico
A produção industrial brasileira fechou 2022 com
queda de 0,7%, segundo o IBGE, que divulgou os dados
de dezembro nesta sexta-feira (3). No ano, o
instituto apurou resultado negativo nas quatro
categorias econômicas, em 17 dos 26 ramos, 54 dos 79
grupos e 62,4% dos 805 produtos pesquisados. Assim,
o setor não experimentou a “retomada” várias vezes
anunciada pelo governo.
Entre as principais influências negativas de 2022, o
IBGE cita indústrias extrativas (-3,2%), produtos de
metal (-9,0%), metalurgia (-5%), máquinas, aparelhos
e materiais elétricos (-10,7%) e produtos de
borracha e de material plástico (-5,7%). Além
desses, registraram queda as atividades de produtos
têxteis (-12,8%), móveis (-16,2%), produtos de
madeira (-12,9%), confecção de artigos do vestuário
e acessórios (-8,4%) e máquinas e equipamentos
(-2,3%).
Entre os nove segmentos com alta em relação a 2021,
está principalmente o que inclui coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%).
Também cresceu a produção de produtos alimentícios
(2,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias
(3%), celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e
bebidas (3%).
Apenas em dezembro, segundo o IBGE, a atividade não
variou (0%) em relação ao mês anterior. E a produção
caiu 1,3% na comparação com dezembro de 2021.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/02/2023 -
Nova tabela de contribuição à Previdência Social
entra em vigor; veja novos valores
Valores são reajustados de acordo com o
salário-mínimo, que subiu de R$ 1.212 para R$ 1.302;
holerites deste mês já virão com o novo valor de
contribuição
Entrou em vigor na quinta-feira (1º), a nova tabela
de contribuição para a Previdência Social. Os
valores de contribuição são reajustados de acordo
com o novo salário-mínimo, que subiu de R$ 1.212
para R$ 1.302.
Os novos valores passaram a valer neste mês, pois
são relativos aos salários de janeiro. Por isso, o
holerite de fevereiro já vira com o novo valor de
contribuição.
Salário de contribuição e alíquota
• Até R$ 1.302,00: 7,50%
• De R$ 1.302,01 a R$ 2.571,29: 9%
• De R$ 2.571,30 a R$ 3.856,94: 12%
• De R$ 3.856,95 a R$ 7.507,49: 14%
O salário mínimo define também o índice de reajuste
dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), de quem recebe o piso previdenciário
nacional, além da tabela de contribuição (de
empregados, empregados domésticos e trabalhadores
avulsos).
O INSS diz que as alíquotas permanecem em 20% e 11%
para contribuintes individuais e de 20%, 11% e 5%
para os contribuintes facultativos, de acordo com a
forma de contribuição à Previdência Social. No caso
do segurado empregado, o recolhimento é feito
diretamente pela empresa.
Fonte: InfoMoney
06/02/2023 -
CGU revisa regras de acesso à informação do governo
federal e vai derrubar sigilos de Bolsonaro
Nova política do órgão foi uma determinação do
presidente Lula em decreto assinado em 1º de
janeiro, dia de sua posse
A Controladoria-Geral da União (CGU) revisou as
regras da política de acesso à informação do governo
federal e, com isso, vai liberar uma série de
informações que foram decretadas sigilosas durante a
gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O
anúncio foi feito em entrevista coletiva concedida
pelo ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, na manhã
desta sexta-feira (3).
A decisão do órgão responde a um decreto assinado
pelo presidente Lula (PT) no dia de sua posse no
cargo, em 1º de janeiro, que determinou que a CGU
revisasse, em até 30 dias, a imposição do sigilo de
até 100 anos a documentos de Bolsonaro, da família
dele e de atividades de Inteligência do Executivo.
Retrocesso
Em sua apresentação, o ministro destaca que, nos
últimos anos, o Brasil testemunhou retrocessos na
política de acesso à informação e de governo aberto,
o que trouxe a necessidade de uma reavaliação dos
processos anteriores.
"Qual que é a questão? Temos uma avaliação de que
foi utilizado esse argumento de maneira desmesurada
para coisas que não tinham absolutamente nada a ver
com a segurança do presidente da República", afirmou
Vinícius de Carvalho.
Quando e como as informações serão divulgadas?
Seguindo os parâmetros das novas regras apresentadas,
a CGU vai analisar 234 casos de sigilo estabelecidos
pelo governo Bolsonaro, distribuídos pelo seguinte
argumento de recusa: 111 por ameaça à segurança
nacional, 35 por ameaça à segurança do presidente,
49 por informações pessoais, 16 por serem atividades
de inteligência e 23 de outros gêneros. A
expectativa de especialistas e organizações que
atuam no tema é que boa parte deles devem ser
derrubados.
Questionado se as informações do processo
administrativo do Comando do Exército que envolve o
general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de
Bolsonaro, poderiam a vir a público, Vinícius de
Carvalho disse que "nas próximas semanas" os
julgamentos "serão publicizados".
Vinícius de Carvalho explicou que, de acordo com o
julgamento de novos pedidos de acesso à informação
ou de requerimentos em andamento, as informações
serão divulgadas por meio de pedidos via Lei de
Acesso à Informação (LAI) cadastrados no sistema do
governo federal.
Fonte: Brasil de Fato
06/02/2023 -
Fiesp prevê queda de 0,5% da produção da indústria
brasileira em 2023
Economia deve perder tração no Brasil e no
restante do mundo com o efeito da das elevações de
juros pelos bancos centrais para derrubar a inflação
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) prevê redução de 0,5% da atividade
industrial em 2023, quando a economia deve perder
tração no Brasil e no restante do mundo com o efeito
da das elevações de juros promovidas pelos bancos
centrais para derrubar a inflação.
A projeção foi anunciada após o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar a
contração, a sexta em uma década, de 0,7% da
indústria nacional em 2022. O economista-chefe da
Fiesp, Igor Rocha, diz que os estímulos fiscais
lançados no ano passado, como a ampliação de
programas sociais, tiveram efeito limitado diante do
ciclo de alta dos juros. “Os efeitos dos estímulos
fiscais na atividade se esgotam rapidamente num
cenário de juros mais altos”, comenta o economista.
Segundo o mapa de calor da Fiesp, onze de 25
atividades da indústria de transformação terminaram
o ano passado mostrando perda de tração, entre eles
setores como as indústrias têxtil, metalúrgica e de
móveis. Com a tendência de manutenção dos juros
altos por período prolongado – talvez até o fim
deste ano, segundo previsões de economistas -, a
expectativa é que o setor leve mais tempo para
retomar o nível de atividade de antes da pandemia.
Rocha cita incertezas sobre a extensão do aperto dos
juros nos Estados Unidos, dado o mercado de trabalho
ainda aquecido no país, mas a expectativa hoje é de
um segundo semestre de melhora nas condições
financeiras, que devem ser mais restritivas durante
a primeira metade do ano. O quadro da indústria, diz
o economista, pode mudar, revertendo a previsão hoje
negativa, se a reforma tributária for aprovada numa
versão ampla, animando os empresários a retomar os
investimentos.
Fonte: InfoMoney
06/02/2023 -
A freada no emprego formal em 2022 – Por Clovis
Scherer
Os dados do Novo Caged mostraram que em 2022 foram
gerados pouco mais de 2 milhões de postos de
trabalho celetistas. Os números foram publicados
pelo Ministério do Trabalho com base nas informações
fornecidas pelas empresas ao utilizarem o sistema
E-social, principalmente, e refletem as contratações
de trabalhadores no regime da CLT. Os grandes
números são: contratação de 22,6 milhões de
empregados e a dispensa de 20,6 milhões, com saldo
de 2,0 milhões empregos. O resultado para o ano pode
ser considerado bom, mas ele não deixa de emitir
sinais de alerta, a começar por ser menor do que os
2,8 milhões de empregos criados em 2021.
Além do ano passado fechar com números inferiores
aos de 2021, os dados de dezembro registraram a
perda de 431 mil empregos formais. É normal que nos
meses de dezembro o Novo Caged aponte saldos
negativos entre as admissões e as demissões de
trabalhadores, pois é quando são computados os
ajustes que as empresas fazem em suas folhas de
pagamento, a demissão de temporários e, inclusive,
as empresas que simplesmente encerram suas
atividades. Assim, as admissões costumam ser menores
e as demissões, maiores.
O que chama a atenção nesse último mês, porém, foi o
tombo muito maior do que o verificado no mesmo
período de 2021, quando o saldo negativo ficou em
293 mil. Aliás, é o pior resultado para um mês de
dezembro desde 2016, ano em que a economia estava em
recessão.
Na verdade, olhando o que veio acontecendo nos
últimos meses nota-se que o número mensal de novas
contratações passou de 2,1 milhões, em agosto, para
apenas 1,3 milhões, em dezembro. Enquanto isso, as
demissões mantiveram-se na casa dos 1,7 milhões a
cada mês, subindo para 1,8 milhões em dezembro.
O comportamento do mercado de trabalho no último
quadrimestre parece confirmar a percepção de que a
economia está esfriando, como se vislumbra em outros
indicadores econômicos. E não é por menos, afinal, a
política de juros altos adotada pelo Banco Central
visa exatamente frear a economia como forma de
combater a inflação. O custo disso, porém, costuma
recair sobre o nível de produção, de emprego e de
salários. As medidas que o governo anterior adotou
para melhorar a economia antes das eleições,
colocando dinheiro em circulação, por sua vez, se
esgotaram rapidamente. Assim, o que poderia ter sido
um ano de retomada mais potente do emprego, a ponto
de compensar os vários anos de crise recessiva e de
pandemia, não se concretizou pelas escolhas da
política econômica.
A junção desses dois fatores faz a situação atual
entrar em sinal de alerta. Se o ritmo de geração de
novos empregos formais continuar a diminuir, pode
atingir um nível insuficiente para atender aos
jovens que ingressam no mercado de trabalho e tirar
os muitos milhões que ainda não conseguiram um
emprego. Até aqui esse processo ajudou a reduzir a
taxa de desemprego e, também, de estancar o
elevadíssimo grau de informalidade que se viu na
esteira da crise da pandemia de Covid. Mas ambos os
indicadores ainda são muito elevados no país e podem
retomar sua trajetória de crescimento a depender das
escolhas de políticas econômicas e de políticas de
trabalho, emprego e renda.
Clovis Scherer, economista do DIEESE
Fonte: Agência Sindical
03/02/2023 -
Nova Central apoia luta nas Americanas
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
participa da luta unificada nas Lojas Americanas. A
empresa, inesperadamente, anunciou um rombo superior
a R$ 20 bilhões, levando inquietação ao mercado e
risco de calote nos fornecedores. A crise tem cheiro
de golpe articulado por três banqueiros já metidos
em outros negócios pesados, em anos passados.
No campo sindical, a preocupação é com o emprego dos
45 mil empregados das Lojas Americanas e a garantia
de direitos, como salários, FGTS, recolhimento à
Previdência e outros.
Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais se
mobilizam. Oswaldo Augusto de Barros, dirigente da
Nova Central, adianta: “Participaremos do protesto
na matriz das Lojas Americanas, sexta-feira (3), no
Rio de Janeiro, como também de outros atos nas bases
ou iniciativas junto aos governos”.
O professor Oswaldo defende que, frente à dimensão
do rombo, a pressão deve vir acompanhada de um
processo de negociações. A judicialização pode
ajudar, mas tende a retardar uma solução mais segura
aos trabalhadores ameaçados pela má gestão na
empresa.
Mais –
Nova Central Sindical de Trabalhadores.
Fonte: Agência Sindical
03/02/2023 -
Revelação de senador sobre golpe pode levar
Bolsonaro à prisão
Marcos do Val contou que o ex-presidente e o
então deputado Daniel Silveira lhe propuseram gravar
ilegalmente Alexandre de Moraes para justificar um
golpe de Estado
Em auto-exílio nos Estados Unidos, Bolsonaro pode
ser indiciado e preso como autor intelectual da
tentativa de golpe de Estado que resultou na invasão
e depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes
no 8/1, crime pelo qual ele já é investigado no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES),
revelando detalhes do plano de golpe elaborado pelo
ex-presidente, a situação dele pode se complicar
ainda mais com um possível indiciamento e prisão.
O senador, que já foi chamado a depor na Polícia
Federal (PF), contou que o plano foi relatado a ele
pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), preso
nesta quinta-feira (2), e o próprio Bolsonaro. A
ideia era fazer uma gravação ilegal contra o
ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Eles me disseram: ‘Nós colocaríamos uma escuta em
você e teria uma equipe para dar suporte. E você vai
ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você
conduz a conversa pra dizer que ele está
ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente
impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso’ “,
disse o senador à Camila Bomfim, da GloboNews.
O objetivo era “provar” que o ministro agia
inconstitucionalmente e depois anular as eleições e
consumar um golpe. Não importava o que o Moraes iria
dizer. A rede de fake news entraria em ação para
conflagrar ainda mais os acampamentos golpistas em
frente aos quartéis do Exército.
Para consumar o plano, Bolsonaro teria respaldo de
integrantes das Forças Armadas e entre os seus
apoiadores no parlamento. Caso topasse o plano
tosco, Marcos do Val seria tratado como “herói da
pátria”.
O senador não aceitou. Disse que denunciou tudo ao
próprio Moraes. Ciente da gravidade da denúncia, o
senador vai renunciar ao mandato e sair do país.
Repercussão
“Se alguém ainda tinha dúvida do DNA golpista de
Bolsonaro, agora sua impressão digital é revelada
por um aliado arrependido. Novas denúncias
escancaram as intenções antidemocráticas tratadas
dentro do Alvorada. A conferir”, reagiu a deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Para a presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), se as revelações de Marcos do Val
forem comprovadas, Bolsonaro precisa responder e ser
preso.
“Assim como qualquer um que tenha cargo público e
que questione o resultado das eleições e ataque a
democracia. Não dá pra normalizar essa gente. Do
contrário o Brasil vai se arrepender”, disse a
parlamentar.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), considerou o depoimento do
senador “muito grave”.
“E traz os elementos que faltam para pedir o
indiciamento do ex-presidente da República por
atentar contra o Estado. Por isso, iremos propor que
seja recolhido o depoimento do senador no inquérito
dos atos antidemocráticos”, adiantou o líder.
“São graves as revelações feitas pelo senador Marcos
do Val de que o ex-presidente Bolsonaro tramou um
golpe e tentou gravar ilegalmente conversas do
ministro Alexandre de Moraes. Que a Justiça apure as
denúncias e prenda os envolvidos neste grave crime
contra a democracia”, afirmou o senador Humberto
Costa.
Fonte: Portal Vermelho
03/02/2023 -
Programa Litígio
Zero
Anunciado há 20 dias pelo ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, o Programa Litígio Zero teve início
nesta quarta (1º).
Voltado para pessoas físicas e pequenas empresas, o
programa prevê a renegociação em condições especiais
de dívidas com a União.
Casos com dívidas abaixo de 60 salários mínimos
poderão obter descontos de 40% a 50% sobre o valor
total do débito, com prazo de até 12 meses para
pagar.
Para empresas que devem mais de 60 salários mínimos,
haverá um desconto de até 100% sobre multas e os
juros para dívidas consideradas irrecuperáveis e de
difícil recuperação.
Essas pessoas jurídicas poderão ainda usar prejuízos
de anos anteriores para abater de 52% a 70% do
débito.
A Receita Federal preparou um guia para tirar
dúvidas sobre o Litígio Zero.
Mais – Clique aqui e acesso o
site da Receita.
Fonte: Agência Sindical
03/02/2023 -
Lira defende avanços na pauta das reformas e da
defesa da democracia
“O País precisa avançar, fazer reformas,
distensionar, refazer laços democráticos e de
humanidade", disse
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), eleito para mais um mandato à frente da
Casa, agradeceu os 464 votos que recebeu dos
parlamentares. Foi a maior votação da história para
presidência da Casa. Segundo ele, a votação
demonstra os desafios que o Legislativo terá que
enfrentar.
“O Brasil quer estabilidade, sem radicalismos seja
de que lado for, para convergir para o
desenvolvimento e melhoria da vida do povo”, disse o
presidente, por meio das suas redes sociais.
Para Lira, a votação alcançada mostra a capacidade
de ouvir, cumprir compromissos com firmeza, e
espírito democrático. “Vamos continuar olhando pra
frente. O País precisa avançar, fazer reformas,
distensionar, refazer laços democráticos e de
humanidade. É pra isso que continuaremos a trabalhar
intensamente”, afirmou o presidente.
Fonte: Agência Câmara
03/02/2023 -
Centrais sindicais fazem reunião com Ministério
Público do Trabalho sobre caso Americanas
As centrais sindicais fizeram uma reunião com o
Ministério Público do Trabalho nesta quarta-feira
(1º) para tratar sobre a proteção aos trabalhadores
das Lojas Americanas e demais empresas que serão
afetadas pela crise causada por um rombo de R$ 40
bilhões descoberto nas contas da varejista.
Participaram da conversa CSB, CUT, Força Sindical,
UGT, NCST, CTB, Pública Central do Servidor,
Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e
Dieese.
As entidades estimam que as demissões devem passar
de 40 mil, incluindo funcionários diretos da
empresa, de fornecedores e prestadores de serviço.
Além do impacto no mercado de trabalho e no
comércio, a crise deve afetar também os setores de
indústria e serviços.
Diante disso, o MPT considerou que a situação pode
caracterizar dispensa em massa, se tais estimativas
se concretizarem, e, portanto, será necessário haver
tratativas com os sindicados, conforme
jurisprudência recente do STF (Recurso
Extraordinário 999435 – Tema 638, com repercussão
geral).
Como as centrais já acionaram o Ministério do
Trabalho a respeito da situação, o MPT afirmou que
não é conveniente haver negociações paralelas, mas
que pode haver uma atuação conjunta. A pasta
comandada por Luiz Marinho (PT) ficou de realizar
uma mesa redonda com a Americanas.
Os sindicalistas disseram que precisam saber quantos
trabalhadores foram e serão demitidos, como serão
pagas as verbas trabalhistas e querem negociar com a
direção da empresa as condições dos trabalhadores.
O MPT acredita que a mediação é uma alternativa para
o momento para chegar a soluções de interesse mútuo
dos trabalhadores e da empresa. Assim, marcará uma
sessão de mediação com representantes das duas
partes e outros eventuais interessados. A data ainda
não foi definida.
Fonte: CSB
03/02/2023 -
"Qualquer aumento de despesa requer corte de
gastos", diz Tebet sobre subir salário mínimo
A ministra do Planejamento disse que não está em
seu "radar neste momento achar espaço fiscal"
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou em
entrevista ao site UOL que um novo aumento do
salário mínimo em maio deste ano requer cortes de
gastos.
"Qualquer aumento de despesa requer corte de
gastos", disse a ministra. "Não estou dizendo que é
difícil. Estou dizendo que não está no meu radar
neste momento achar espaço fiscal, que estamos tendo
uma série de outras demandas. Não vamos trabalhar
com o hipotético, estamos trabalhando com a
realidade".
Tebet disse ainda que, se o presidente Lula decidir
aumentar o salário mínimo, cabe a ela "abrir o
espaço".
"Se for uma decisão política do presidente da
República [reajustar o salário mínimo], nós
abriremos espaço fiscal. De onde cortar? É uma
decisão que nós apresentaremos à Junta, aos outros
ministros, ao presidente da República. Não é uma
decisão tomada individualmente. A mim me cabe abrir
o espaço, achar alternativas, no plural. E aí é uma
decisão coletiva, ratificada e decidida,
possivelmente junto com o presidente da República",
disse.
Fonte: Brasil247
03/02/2023 -
Tempos interessantes – por João Guilherme Vargas
Netto
Os brasileiros não podem, não devem e não querem
continuar vivendo os “tempos interessantes” da
historieta chinesa com seu cortejo de atropelos,
alarmes e golpismos.
Para o movimento sindical torna-se imperioso passar
aos assuntos correntes, às tarefas práticas de
enfrentamento dos problemas reais.
Tome-se como exemplo a tenebrosa crise anunciada da
Americanas. É preciso defender, no emaranhado de
maus procedimentos e de irresponsabilidades
confessadas, o direito dos trabalhadores – sejam
comerciários, outras categorias ou terceirizados –
que não podem pagar o pato da crise.
Inúmeras iniciativas vêm sendo tomadas, desde ações
jurídicas de acautelamento e prevenção de danos, à
sensibilização do governo para a gravidade da
situação. Um ato unitário e solidário do conjunto
das direções sindicais a ser realizado no Rio de
Janeiro na sexta-feira pretende demonstrar à
sociedade, ao governo e à empresa o empenho efetivo
dos dirigentes em defender o emprego e os direitos
dos trabalhadores. Este ato sintetizará o
protagonismo do movimento sindical e precederá
inúmeros outros em lojas de diversos estados.
No quadro das relações institucionais do movimento
sindical, depois de normalizadas as relações com o
governo e do apoio ao STF agredido pelos vândalos, é
preciso que se fortaleçam as relações com o
Legislativo, com os presidentes reeleitos da Câmara
e do Senado e as novas bancadas e comissões.
Os resultados das negociações coletivas no mês de
dezembro de 2022 (apurados pelo Dieese e pelo
Salariômetro) já mostram uma nova disposição e uma
nova realidade: contrariando a série que
cristalizava perdas salariais, os acordos e
convenções que superam a inflação ou a compensam
ultrapassam os 80% dos casos. Novos tempos
interessantes, em versão brasileira.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
02/02/2023 -
NCST e CNTI participam da cerimônia de criação do
Conselho de Participação Social
Nesta terça-feira (31), no Palácio do Planalto, a
Nova Central Sindical dos Trabalhadores e
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
(CNTI) participaram do evento para a criação do
Conselho e do Sistema Interministerial de
Participação Social.
O conselho reunirá representantes de 68 movimentos e
entidades da sociedade civil, e terá encontros a
cada três meses. Ele será presidido pelo presidente
Lula e coordenado pelo ministro Márcio Macêdo, da
Secretaria-Geral da Presidência. As novas funções da
pasta estão centradas na coordenação do diálogo com
as entidades da sociedade civil, para garantir a
participação social na formulação e execução das
políticas públicas.
Agora, cada ministério terá uma Assessoria de
Participação Social e Diversidade que será
responsável pelas demandas temáticas e referência
para que a Secretaria-Geral atue de forma
transversal na política de participação social.
Informação da Secretaria da Mulher da NCST/CNTI
Fonte: NCST
02/02/2023 -
Governo reforçará fiscalização trabalhista para
combater fraudes, diz ministro
Segundo ministro, trabalhadores que deveriam ter
carteira assinada estão sendo contratados em regime
de pessoa jurídica ou como microempreendedor
individual
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou,
nesta terça-feira (31), que o governo reforçará a
fiscalização trabalhista nas empresas para combater
fraudes nas contrações. Segundo ele, trabalhadores
que deveriam ter carteira assinada estão sendo
contratados em regime de pessoa jurídica ou por meio
do programa microempreendedor individual.
“Vamos colocar os fiscais na rua para fiscalizar as
empresas e formalizar os trabalhadores. Vamos
fortalecer a formalização do trabalho, a
fiscalização e a negociação coletiva”, disse o
ministro.
Marinho evitou definir uma meta para geração de
empregos em 2023, mas declarou que pretende
perseguir um crescimento do trabalho formal no
Brasil anualmente.
“Estamos buscando compreender o que está acontecendo
com o mercado de trabalho. Dezembro é um mês
costumeiramente de más notícias do ponto de vista da
geração de emprego”, disse ele.
Segundo o subsecretário de Estudo e Estatísticas
substituto do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo,
durante 2022, houve uma alta dos desligamentos e das
admissões em comparação com 2021, o que mostrou uma
maior rotatividade do mercado formal.
Fonte: InfoMoney
02/02/2023 -
Dezembro fecha com saldo negativo de 431.011
empregos, diz Novo Caged
Na média nacional, salários tiveram redução de 1%
no mês passado
O Brasil fechou o mês de dezembro do ano passado com
saldo negativo de 431.011 empregos formais (com
carteira assinada), segundo balanço do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged)
apresentado nesta terça-feira (31) pelo Ministério
do Trabalho e Emprego. O saldo do mês passado foi
resultado de 1.382.923 milhões de contratações e
1.813.934 desligamentos.
Já o estoque total de trabalhadores celetistas
recuou 1% em dezembro, contabilizando 42.716.337. No
acumulado do ano, houve saldo de 2.037.982 empregos,
decorrente de 22.648.395 admissões e de 20.610.413
desligamentos.
Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem
foi admitido em um novo emprego em dezembro também
diminuiu, ficando em R$ 1.915,16. Comparado ao mês
anterior, houve queda real de R$ 17,90 no salário
médio de admissão, uma variação negativa em torno de
0,93%.
Os números mostram que, no mês de dezembro, os cinco
grupamentos de atividades econômicas apresentaram
saldo negativo. O setor de serviços teve a maior
perda, com redução de 188.064 postos.
Na sequência, vem o setor da indústria geral, com
menos 114.246 postos, com a maior queda na indústria
de transformação (-112.992 postos). A construção
ficou com saldo negativo de 74.505 postos, a
agropecuária, com menos 36.921 postos e o comércio,
com 17.275 postos a menos.
Fonte: Agência Brasil
02/02/2023 -
Lideranças das centrais participam da abertura do
ano judiciário
Durante a solenidade os sindicalistas
participaram da entrega de um Manifesto em defesa do
Estado Democrático de Direito
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
participa nesta quarta-feira (1º de fevereiro) da
sessão solene de abertura do ano judiciário de 2023,
em Brasília. Acompanhado do presidente do
Solidariedade, Paulinho da Força e dos presidentes
da UGT (Ricardo Patah), da CTB (Adilson Araújo) e da
NCST (Moacyr Roberto Tesch Auersvald).
Na ocasião as lideranças participaram da entrega do
Manifesto em apoio ao Estado Democrático de Direito.
No documento, as entidades destacam o papel
fundamental exercido Supremo Tribunal Federal (STF)
para a consolidação da democracia e para a
efetivação dos princípios e garantias dos cidadãos
brasileiros. É preciso defender e preservar o STF
como instituição vital para a democracia no Brasil.
Leia o documento na íntegra.
Fonte: Força Sindical
02/02/2023 -
Lula faz balanço do primeiro mês de governo e aponta
para clima de otimismo
“Foram 30 dias de muito trabalho. Tenho certeza
que o Brasil vai voltar a crescer. Está todo mundo
otimista”, disse Lula
O terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) completou o primeiro mês nesta
quarta-feira (1). Esse período inicial da nova
gestão foi marcado por uma série de ações
emergenciais. Entre elas, destaque para cuidados com
povos yanomamis, além de intensa agenda de política
externa. As áreas ambiental e de relações
internacionais foram duas das mais negligenciadas
pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula definiu o cenário encontrado no governo como
“de desmonte”. O presidente divulgou um vídeo nas
redes sociais com um breve balanço destes primeiros
dias. Ele revelou que existe um clima de otimismo,
sendo ele “o mais otimista dos brasileiros”. “Tenho
certeza que o Brasil vai voltar a crescer. Tenho
recebido e conversado com muita gente. Está todo
mundo otimista”, disse.
Primeiramente, o presidente pediu tranquilidade,
paciência e esperança. Ele lembrou os trabalhos do
governo de transição, que identificaram estragos da
gestão anterior nos mais diferentes setores do
Estado. “É importante lembrar que foram 30 dias de
muito trabalho. A verdade é que começamos a governar
desde o dia 24 (de dezembro), que foi quando
começamos a montar os ministérios. Ainda tem
ministérios com cargos para ocupar. Mas podem ter
certeza de que as pessoas acontecerão da forma mais
extraordinária possível.”
Melhores dias
Depois, Lula reforçou a defesa da democracia. De
acordo com o presidente, o regime democrático é o
caminho para a construção de um governo que busque o
desenvolvimento sustentável. “A democracia está
fazendo você voltar a sorrir e a acreditar. Posso
falar para vocês, acreditem porque vai acontecer.
Nossa vida vai melhorar. É só esperar um pouco para
ver as coisas acontecerem no nosso querido Brasil”,
disse.
Por fim, o presidente assumiu o compromisso de
voltar a reportar a situação do país aos brasileiros
em um mês. “Um pouco de paciência faz com que
possamos colher as melhores maçãs, jabuticabas,
laranjas e posso dizer que vamos colher os melhores
dias que vamos viver nesse país. Volto a falar em um
mês para dizer como é que está o Brasil”.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/02/2023 -
Lira é reeleito presidente da Câmara com apoio de
Lula e votação recorde
À frente da Câmara desde 2021, Lira venceu na
disputa Chico Alencar e Marcel Van Hattem
O deputado Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito
presidente da Câmara Federal nesta quarta-feira
(1/2) com a maior votação já recebida na história da
Casa. Apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e por uma frente de 20 partidos, o
parlamentar teve 464 votos. A eleição ocorreu logo
após a posse dos 513 deputados que vão compor a nova
legislatura.
À frente da Câmara desde 2021, Lira venceu na
disputa os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), que
teve 21 votos, e Marcel Van Hattem (Novo-RS), que
recebeu 19. A Mesa Diretora deve refletir o arco de
alianças formado em torno da candidatura do
presidente reeleito.
“Quero estabelecer com o Poder Executivo não uma
relação de subordinação – mas de um pacto para
aprimorar e avançar nas políticas públicas a partir
da escuta cuidadosa e de sugestões das nossas
comissões”, afirmou Lira antes do pleito. Sua
vitória era dada como certa.
Sem citar nomes, o deputado também criticou os atos
e discursos golpistas que põem em xeque tanto o
resultado das eleições 2022 quanto o Estado
Democrático de Direito. “Faço uma defesa firme do
nosso sagrado direito à liberdade de expressão,
desde que isso não represente uma ameaça ao único
regime que nos concede esse direito – a democracia.”
Pouco mais de uma hora antes a vitória de Lira,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do
Senado, ao derrotar o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN)
por 49 votos a 32.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/02/2023 -
Lula destaca “decisões corajosas” do STF para
enfrentar violência política
A fala foi feita na abertura do Ano Judiciário, a
primeira reunião presencial na sede do STF
após a invasão e depredação por golpistas nos atos
de 8/1
Na cerimônia de abertura do Ano Judiciário realizada
nesta quarta-feira (1º), no Supremo Tribunal Federal
(STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
destacou que partiram da Corte decisões corajosas
para combater o ódio, retrocesso, negacionismo e
violência política.
“Daqui desta sala, contra a qual se voltou o mais
concentrado ódio dos agressores, partiram decisões
corajosas e absolutamente necessárias para enfrentar
e deter o retrocesso, o negacionismo e a violência
política”, disse o presidente.
Trata-se da primeira reunião presencial na sede do
STF após a invasão e depredação por golpistas nos
atos de 8/1 junto com os prédios do Planalto e
Congresso.
“Penso que é uma oportunidade de dizer que nunca
mais alguém deve ousar duvidar da política desse
país ou desacreditar da política. O que aconteceu
nesse país foi resultado da descrença na política
pelo povo brasileiro, seja no Congresso Nacional,
seja no Executivo, seja em todos os lugares”,
argumentou.
De acordo com ele, ninguém poderia imaginar a
escalada de ataques às instituições e à democracia
nos anos recentes, que “culminou com o bárbaro
atentado às sedes dos três Poderes”.
O presidente disse que o povo brasileiro não quer
conflitos entre as instituições. “Não quer
agressões, intimidações nem o silêncio dos poderes
constituídos. O povo brasileiro quer e precisa, isso
sim, de muito trabalho, dedicação e esforços dos
Três Poderes no sentido de reconstruir o Brasil”,
defendeu Lula.
“O Poder Executivo estará à disposição do Supremo
Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça
para o diálogo e a construção de uma agenda
institucional que aprimore a garantia e a
materialização de direitos neste país, pois onde
houver um só cidadão injustiçado não haverá
verdadeira Justiça. Renovando mais uma vez nosso
compromisso com a democracia, tenho a mais absoluta
certeza de que conseguiremos cumprir nossa missão”,
discursou.
Fonte: Portal Vermelho
02/02/2023 -
Ato nacional dos comerciários será no Rio, sexta
Os comerciários realizam sexta (3) um Ato Nacional
em defesa dos empregos e direitos dos funcionários
das Lojas Americanas. O protesto acontece às 10
horas, na Cinelândia, Rio de Janeiro, cidade onde a
empresa tem matriz.
A mobilização unifica Sindicatos, Federações,
Confederações e Centrais Sindicais preocupados com
os mais de 44 mil empregos diretos e centenas de
milhares indiretos. “Lutamos para proteger toda essa
cadeia que a rede Americanas alimenta. Esse é o
primeiro grande ato, mas a ideia é realizar
protestos em outras cidades”, explica Ronaldo Leite,
secretário-geral da CTB.
Os sindicalistas atuam em diversas frentes. “Também
entramos com ação civil pública, pedindo o bloqueio
de R$ 1,53 bilhão das contas pessoais de Jorge Paulo
Lehmann, Beto Sucupira e Marcel Telles”, informa
Ronaldo Leite.
O trio de bilionários está sendo apontado como
responsável pelo rombo de R$ 40 bilhões, que
culminou na recuperação judicial da empresa. E o
bloqueio de R$ 1,53 bilhão se refere aos valores
somados das cerca de 17 mil ações trabalhistas em
curso contra as Americanas.
Ministro – Na manhã desta segunda (30), líderes da
categoria e representantes das Centrais se reuniram
com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em São
Paulo, na sede da Força Sindical. Os sindicalistas
querem que o Governo participe diretamente do
processo.
Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos
Comerciários do Rio de Janeiro, explica: “Não
queremos a extinção da empresa, mas sua recuperação.
Para que não se repita o caso da Ricardo Eletro, que
demitiu em massa e posteriormente entrou com plano
de reestruturação, que até hoje não conseguiu
concretizar”, destaca Ayer.
Mais – Acesse os sites dos Sindicatos dos
Comerciários de São Paulo, Rio e das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
01/02/2023 -
Nota das centrais sindicais sobre Lojas Americanas
As centrais sindicais unificadas em reunião com o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nessa
segunda-feira, 30/01/2023, em São Paulo, discutiram
o processo de recuperação judicial do Grupo
Americanas e reforçaram a necessidade de garantia
dos empregos e dos direitos dos mais de 44 mil
trabalhadores diretos e de centenas de milhares de
trabalhadores de toda a rede de fornecedores.
A atividade econômica, as empresas e os empregos tem
que ser preservados independente das
responsabilidades dos executivos, controladores e
acionistas relevantes do Grupo Americanas, que ainda
estão sendo apuradas.
Se os indícios de fraude forem provados, os culpados
devem ser punidos, mas a empresa e os empregos
precisam ser preservados.
Por esses motivos, as centrais solicitaram ao
Ministro do Trabalho e Emprego que o Governo
participe diretamente do processo com o objetivo de
estabelecer diálogo tripartite e total transparência
neste que é um dos maiores processos de recuperação
empresarial do país.
Diante da gravidade do problema, as centrais
sindicais unificadas convocam toda a sociedade para
o ato no dia 03 de fevereiro (sexta-feira), às 10
horas, na Cinelândia no Rio de Janeiro (RJ).
Fonte: NCST
01/02/2023 -
Centrais, aposentados e pensionistas entregam
reivindicações sobre a Previdência ao ministro
Carlos Lupi
Documento da Força Sindical menciona necessidade
de criação de força tarefa para diminuir a fila de
6,5 milhões de tarefas pendentes no INSS. CUT fala
em aliança para recuperar direitos
A Força Sindical e o Sindicato Nacional dos
Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi)
entregaram nesta segunda-feira (30) ao ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), um documento
com reivindicações “urgentes”. O texto é assinado
por João Batista Inocentini, presidente do Sindnapi.
Entre as demandas, estão propostas para agilizar a
fila de análise e concessões de benefícios
previdenciários.
Outra demanda é a validação do pedido de afastamento
médico dado pelo profissional que acompanha o
paciente sem a necessidade de perícia federal. Esses
serviços ficaram muito comprometidos com o governo
de Jair Bolsonaro (PL), com seu desprezo pelas
instituições de Estado. Por isso, o documento da
central sindical menciona a necessidade de criação
de uma força-tarefa para diminuir a fila de 6,5
milhões de “tarefas pendentes no INSS”, de acordo
com os dirigentes.
Ainda nesta segunda, Lupi visitou a sede da CUT e se
reuniu com o presidente da central, Sérgio Nobre,
que entregou documento que lista 11 pontos para
debate no Fórum Trabalho e Previdência. Lupi disse
aos sindicalistas que quer parceria dos sindicatos
para garantir a restauração de direitos. “Depois da
luta que fizemos para eleger um presidente da
República democrático, receber o ministro da
Previdência com o compromisso de recuperar direitos
é motivo de muita alegria. O ministro Lupi terá na
CUT uma aliada para essa tarefa”, afirmou Nobre.
Mentira eleitoral de Bolsonaro
Ao assumir o Ministério da Previdência Social, Lupi,
atual presidente do PDT, partido pelo qual Ciro
Gomes concorreu à Presidência, anunciou que tinha
como uma de suas prioridades um “mutirão” para zerar
a fila do INSS herdada do governo anterior. “Peço a
cada governador e a cada prefeito que nos ajude na
parte administrativa. Quero acabar com essa fila em
tempo recorde”, disse ele na solenidade de posse. O
desafio também passa pela informatização dos
sistemas, com melhorias na automação, segundo Lupi.
Ele afirmou que é preciso valorizar os trabalhadores
do INSS.
Em 28 de outubro, dois dias antes do segundo turno
da eleição, o Sindicato dos Trabalhadores do INSS no
Estado de São Paulo (Sinssp) afirmou que Bolsonaro
mentiu dizendo ter investido no INSS. De acordo com
a entidade, o então presidente e candidato à
reeleição nunca aplicou recursos públicos em
infraestrutura, em equipamentos e muito menos nos
servidores do INSS.
Na sua posse, dia 3, Lupi se comprometeu a provar
que o sistema público de aposentadorias não é
deficitário, como alegam os defensores de um
enxugamento do órgão. Para isso, o ministro defendeu
que “toda a arrecadação destinada à Previdência
esteja na Previdência”.
Confira a íntegra do documento do Sindnapi
aqui.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/02/2023 -
Governo Bolsonaro será investigado por genocídio de
yanomamis
Supremo também cobrou a retirada dos garimpos
ilegais em sete terras indígenas, além da adoção
imediata de “medidas emergenciais” voltadas à
proteção da vida, da saúde e da segurança dos povos
indígenas.
O possível envolvimento do governo Jair Bolsonaro
(PL) no genocídio na Terra Indígena Yanomami será
alvo de investigação. Nesta segunda-feira (30), o
ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo
Tribunal Federal), ordenou que a PGR
(Procuradoria-Geral da República) apure suspeitas de
prática dos crimes de genocídio e desobediência de
decisões judiciais por parte de autoridades ligadas
ao ex-presidente.
De acordo com a decisão, os dados sobre a crise
humanitária, especialmente em Roraima, indicam um
“quadro gravíssimo e preocupante”. O cenário,
segundo o STF, é “sugestivo de absoluta anomia
(ausência de leis e regras) no trato da matéria, bem
como da prática de múltiplos ilícitos, com a
participação de altas autoridades federais”.
A determinação de Barroso se baseia em uma convenção
da ONU de 1948 e em uma lei federal de 1956 que
qualificam como genocídio a ação deliberada de
“destruir, totalmente ou em parte, grupo nacional,
étnico, racial ou religioso”. O ministro atendeu a
pedidos da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil) e do MPF (Ministério Público Federal). Não
foi informado se o próprio Bolsonaro será
investigado.
Em outra decisão, o STF deu prazo de 30 dias para
que o governo Lula apresente um diagnóstico da crise
humanitária em comunidades indígenas, bem como um
plano detalhado de ações federais. O Supremo cobrou,
ainda, a retirada dos garimpos ilegais em sete
terras indígenas, além da adoção imediata de
“medidas emergenciais” voltadas à proteção da vida,
da saúde e da segurança dos povos indígenas.
O MPF anunciou que investigará, em inquérito, se
houve omissão do Estado brasileiro diante da
situação dos yanomamis. Segundo a Procuradoria da
República em Roraima, houve uma “generalizada
desassistência à saúde, sistemático descumprimento
de ordens judiciais para repressão a invasores do
território e reiteradas ações de agentes estatais
aptas a estimular violações à vida e à saúde do povo
yanomami”.
Fonte: Portal Vermelho
01/02/2023 -
STF pede à PGR que investigue Valdemar Costa Neto
Presidente do PL é suspeito de destruir
documentos com teor golpista
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministra Rosa Weber, enviou ao procurador-geral da
República, Augusto Aras, pedido de abertura de um
inquérito para investigar o presidente do Partido
Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, suspeito de ter
destruído documentos com teor golpista.
A Petição 10.949 faz referência a uma “possível
prática de crime” previsto no Artigo 305 do Código
Penal. O artigo prevê reclusão de até seis anos,
além de multa, àquele que “destruir, suprimir ou
ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em
prejuízo alheio, documento público ou particular
verdadeiro, de que não podia dispor”.
Em declarações recentes, ao comentar a minuta de
golpe apreendida na residência do ex-ministro da
Justiça Anderson Torres, o presidente do PL disse
que documentos com teor similar circulavam entre
interlocutores do governo Bolsonaro, e que ele
próprio teria recebido documentos desse tipo, mas
que os teria destruído.
Na petição assinada por Rosa Weber, é também
requerida à PGR “a realização de diligência pela
Polícia Federal, para que seja tomado depoimento do
representado [Valdemar Costa Neto]”.
Esse pedido de manifestação da PGR é um procedimento
comum e tem como origem uma representação
apresentada pelo líder do PT no Senado, Fabiano
Contarato, junto ao STF.
Fonte: Agência Brasil
01/02/2023 -
Fique atento(a): STF se prepara pra julgar em 20 de
abril perdas do FGTS desde 1999
O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para o dia
20 de abril o julgamento da ação que cobra a
correção dos valores do FGTS (Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço) desde o ano de 1999.
O fundo é corrigido pela TR (Taxa Referencial) mais
3% ao ano. Contudo essa medicação está totalmente
defasada diante da medição dos índices que averiguam
a inflação, como o INPC (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor) ou outros.
A TR esteve próxima de zero desde 2017, estando em
0,048% atualmente.
O IFGT (Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador)
aponta que, considerando o INPC as perdas para o
trabalhador, acumuladas desde janeiro de 1999,
chegam a R$ 538 bilhões.
Ação de Inconstitucionalidade
Perpetrada em 2014, essa Ação Direta de
Inconstitucionalidade contra a correção dos saldos
prevista em lei, cuja a base é a TR (Taxa
Referencial) ficou totalmente parada desde 2019
quando o ministro do STF Luís Roberto Barroso
concedeu uma liminar que suspendia processos em
tramitação em todo o país que tratavam da correção
das contas do FGTS pela inflação.
A suspensão seria mantida até que o STF tivesse uma
resposta definitiva sobre o tema.
Na época, o ministro declarou que a decisão
considerava que havia entendimentos divergentes no
Judiciário e que se votados poderiam causar
prejuízos a cidadãos, e "múltiplos" requerimentos de
concessão de liminar (decisão provisória) ao
Supremo.
A correção do FGTS pela TR provoca perdas
exorbitantes aos trabalhadores regidos pela CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), o que é
considerado um roubo ao patrimônio dos
trabalhadores.
Afinal, o FGTS é uma poupança do trabalhador com
carteira assinada que só pode ser sacada em
situações específicas, como na demissão sem justa
causa e para a compra da casa própria.
Todas as pessoas que tiveram carteira assinada no
período poderiam receber o valor proporcional ao
reajuste. Para isso, devem entrar com ação
individual ou coletiva por meio de suas entidades de
classe.
Fonte: CSP-Conlutas com informações do g1
01/02/2023 -
PT escolhe Rui Falcão para presidir a CCJ da Câmara
em 2023
Comissão é a mais importante da Câmara dos
Deputados
O PT escolheu o deputado federal Rui Falcão (SP)
para assumir a presidência da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da
Câmara dos Deputados, no primeiro ano do governo
Lula, informa a coluna do Guilherme Amado do portal
Metrópoles.
O partido fechou acordo com o presidente da Casa,
Arthur Lira (PP-AL), para presidir a CCJ em 2023.
Vale lembrar que a Comissão é responsável por
analisar todos os projetos apresentados na Câmara e
determinar o ritmo de tramitação antes dos projetos
irem à votação.
Rui Falcão foi coordenador da comunicação da
campanha de Lula à presidência da República em 2022.
Internamente, ele pertence à corrente Novo Rumo do
PT, e a coluna aponta que sua indicação equilibra a
correlação de forças no partido, dado que a linha
majoritária é a CNB.
Fonte: Brasil247
01/02/2023 -
TRT-18 condena empresa que pagava parte do salário
de trabalhador 'por fora'
A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª
Região (GO) condenou uma construtora a alterar o
contrato de trabalho de um empregado que recebia
parte do salário "por fora". Com a decisão, a
empresa terá de pagar verba salarial não
contabilizada.
O autor da ação atuava como motorista na construtora
e foi demitido sem justa causa em abril de 2020. Na
rescisão, ele recebeu os valores relativos ao
salário registrado na carteira de trabalho. Porém,
segundo o motorista, desde o início do contrato ele
recebeu remuneração mensal extracontábil e, por
isso, recorreu à Justiça do Trabalho para obter as
verbas rescisórias relativas também aos pagamentos
feitos informalmente.
Derrotada em primeira instância, a empresa recorreu
ao TRT-18 para excluir a condenação ao pagamento de
salário extrafolha, com a alegação de que o
trabalhador não provou o recebimento do salário "por
fora". No recurso, a empregadora sustentou também
que o juízo de primeiro grau não deveria considerar
como prova emprestada uma testemunha com interesse
na causa e com troca de favores, pois essa
testemunha também mantém processo na Justiça do
Trabalho contra a empresa.
No entanto, a relatora do recurso, desembargadora
Rosa Nair Reis, entendeu que não ficou configurada a
alegada troca de favores. A magistrada destacou que
o fato de a pessoa indicada como testemunha ter ação
trabalhista contra o mesmo réu não revela, por si
só, falta de isenção de ânimo para depor, ou mesmo
interesse no processo.
Em que pese a reclamada negar o pagamento de salário
"por fora", a prova nos autos, segundo a relatora,
caminhou em sentido diverso, pois as testemunhas
indicadas reconheceram que havia divergência entre o
valor anotado na CTPS e o efetivamente recebido pelo
trabalhador. "Na petição inicial, o trabalhador
afirmou que recebia a importância de R$ 2.300,00,
apesar de em sua carteira de trabalho estar
registrada a remuneração de apenas R$ 1.156,70",
destacou ela.
Diante disso, a desembargadora confirmou o
entendimento da 3ª Vara do Trabalho de Aparecida de
Goiânia (GO) e reconheceu o pagamento extrafolha
mensal. A empresa deverá efetuar o pagamento dos
reflexos do salário "oficial" em aviso prévio,
férias, 13º salário e descanso semanal remunerado,
além das horas extras e dos pagamentos que envolvem
o recolhimento do FGTS.
Processo 0011152-66.2020.5.18.0083
Fonte: Consultor Jurídico
01/02/2023 -
Salário não pago por 2 anos é condição semelhante à
escravidão, decide juíza
Entre os fatores que caracterizam o trabalho análogo
ao de escravo, conforme a Instrução Normativa
91/2011 do Ministério do Trabalho e Emprego, está a
execução de atividades em condições degradantes.
Assim, a 6ª Vara do Trabalho de São Paulo condenou
um empregador a indenizar em R$ 50 mil um
trabalhador submetido a condição análoga à
escravidão.
O homem ficou mais de dois anos sem receber qualquer
salário para cuidar do sítio do patrão. Além disso,
foi cortado o fornecimento de energia do local de
trabalho do profissional, que era também sua
residência. Para sobreviver, ele precisou da ajuda
de terceiros.
A juíza Julia Pestana Manso de Castro constatou
desrespeito aos direitos fundamentais básicos do
trabalhador. "O empregador deixou o trabalhador à
própria sorte, sem condições de trabalho e moradia
dignas", apontou ela.
Ao estipular a indenização, a magistrada levou em
conta o grau de culpa, o porte econômico do patrão,
a situação vivida pelo autor e o caráter pedagógico,
para evitar ilícitos semelhantes.
A juíza ainda reconheceu a rescisão indireta do
contrato de trabalho e determinou o pagamento de
verbas como aviso prévio, salários e férias
vencidas.
No último dia 5, o Tribunal Superior do Trabalho e o
Conselho Superior da Justiça do Trabalho instituíram
um grupo que busca, entre outros objetivos,
desenvolver um programa de enfrentamento ao labor em
condições análogas à escravidão. Com informações da
assessoria de imprensa do TRT-2.
Processo 1000546-09.2022.5.02.0706
Fonte: Consultor Jurídico
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