Blog - Notícias Anteriores - Março 2019
29/03/2019 -
Mulheres protestam nesta sexta (29) em SP contra a
reforma da Previdência
29/03/2019 -
Em carta, Centrais Sindicais conclamam trabalhadores
a intensificar luta unitária contra a 'reforma' da
Previdência
29/03/2019 -
Adotado rito abreviado para ADI contra medida
provisória de combate a fraudes no INSS
29/03/2019 -
Delegado Marcelo Freitas será o relator da reforma
da Previdência
29/03/2019 -
OAB fará debate em todo o país sobre a aposentadoria
dos brasileiros
29/03/2019 -
Reforma da Previdência prejudica também
trabalhadores já aposentados, diz Paim
29/03/2019 -
CNTEEC obtém decisão que garante recolhimento de
contribuição em folha
28/03/2019 -
Maia chama centrais para conversa sobre MP do
financiamento sindical
28/03/2019 -
Decreto reduz representantes de sindicatos e
empresas no conselho do FGTS
28/03/2019 -
Sindicatos de diversas categorias barram efeitos da
MP 873 na Justiça
28/03/2019 -
Maia diz que Bolsonaro está ‘brincando de presidir o Brasil’
28/03/2019 -
Paim defende sugestão que visa revogar emenda constitucional do Teto de
Gastos
28/03/2019 -
Guedes aparece no Senado, defende reforma e avisa: não tenho apego ao cargo
28/03/2019 -
Governo não vai alterar reforma da Previdência, diz secretário
28/03/2019 -
Juíza intima Bolsonaro a se pronunciar sobre comemoração do golpe
28/03/2019 -
Câmara aprova projeto que prorroga início de licença-maternidade em caso de
internação
27/03/2019 -
MPF alerta Bolsonaro sobre apoio a golpe de Estado:
"Crime de responsabilidade"
27/03/2019 -
Deputados aprovam PEC do Orçamento Impositivo; texto
vai para o Senado
27/03/2019 -
Debatedores cobram presença do governo para discutir
reforma da Previdência
27/03/2019 -
Dez partidos pedem exclusão do BPC e da
aposentadoria rural da reforma da Previdência
27/03/2019 -
Supremo recebe novas ADIs contra pagamento de
contribuição sindical somente por boleto
27/03/2019 -
Juíza contraria reforma e decide manter contribuição
sindical descontada em folha
27/03/2019 -
Projeto garante a trabalhador que pede demissão o
direito de sacar FTGS
27/03/2019 -
Pelo segundo dia, filas gigantes no Anhangabaú
27/03/2019 -
INSS altera regras para prova de vida e renovação de
senhas
26/03/2019 -
País cria vagas em serviços, paga menos e aumenta
demissões por 'acordo'
26/03/2019 -
Bolsonaro diz que brasileiros ganham muito. Não é
verdade
26/03/2019 -
Brasil à deriva. Procura-se um Presidente, aponta
Editorial do Estado
26/03/2019 -
Para sindicalista, 'voz das ruas' pode ser resposta
contra fake news
26/03/2019 -
Para Paim, protestos comprovam insatisfação com
reforma da Previdência
26/03/2019 -
Centrão quer afrontar Bolsonaro votando reforma de
Temer
26/03/2019 -
Ministro Paulo Guedes será ouvido apenas pela CAE
nesta quarta-feira
26/03/2019 -
Temer e Moreira Franco são soltos por determinação
de desembargador do TRF-2
26/03/2019 -
Confiança da indústria recua 1,9 ponto, de acordo
com prévia de março
26/03/2019 -
Sindicato tem de comprovar pobreza jurídica para
obter justiça gratuita
25/03/2019 -
Nova Central nas ruas, em defesa da Previdência
Social
25/03/2019 -
"Reforma" da Previdência repudiada nas ruas
25/03/2019 -
Enquanto trabalhador vai à rua, governo avança
contra sindicatos
25/03/2019 -
PEC de Bolsonaro deixará sem PIS a imensa maioria
dos trabalhadores
25/03/2019 -
Parece briga de rua, precisa acalmar, diz Mourão
sobre Maia e Bolsonaro
25/03/2019 -
Escolha do relator da Previdência na CCJ foi adiada
a pedido do PSL
25/03/2019 -
CDH debaterá Reforma da Previdência nesta
terça-feira
22/03/2019 -
Temer e Moreira Franco ficarão detidos em unidade
prisional da PM
22/03/2019 -
A defesa da aposentadoria exige mobilização popular
22/03/2019 -
Oposição cria frente contrária à reforma da
Previdência
22/03/2019 -
Petroleiros conseguem liminares contra MP que
'asfixia' sindicatos
22/03/2019 -
Marinho diz que governo não vai fazer
reestruturações salariais
22/03/2019 -
Maia ameaça deixar articulação da Previdência
22/03/2019 -
CDH fará audiência sobre Previdência e trabalho com
foco na economia
22/03/2019 -
Paulo Guedes será ouvido em audiência conjunta de
duas comissões
21/03/2019 -
Popularidade de Bolsonaro despenca 15% em dois meses
21/03/2019 -
Sindicalistas apoiam Frente Parlamentar em Defesa da
Previdência Social
21/03/2019 -
'Reforma' da Previdência de Bolsonaro já provoca
baixas na arrecadação
21/03/2019 -
Trabalho informal puxou aumento da taxa de ocupação,
diz Ipea
21/03/2019 -
PIB brasileiro cresceu 0,3% de dezembro para
janeiro, mostra FGV
21/03/2019 -
Maia anuncia comissão especial para analisar reforma
dos militares
21/03/2019 -
Comissão de acompanhamento da reforma da Previdência
faz primeira reunião na próxima quarta
21/03/2019 -
TST adia revisão de jurisprudência para adequação à
reforma trabalhista
20/03/2019 -
22
de Março: Nova Central convoca filiadas a integrarem
protestos em defesa da Previdência Social
20/03/2019 -
Reforma da Previdência é o fim da seguridade, dizem
debatedores na CDH
20/03/2019 -
CTB e CGTB tentam concluir processo de unificação
20/03/2019 -
Maia diz que reforma da Previdência dos militares
reflete defasagem salarial
20/03/2019 -
Indicados presidente e relator de comissão no Senado
que vai acompanhar Previdência
20/03/2019 -
Reforma da Previdência precisa ter preocupação
social, apontam senadores
20/03/2019 -
Serpro deve manter desconto em folha de filiados do
Sindifisco
19/03/2019 -
Centrais Sindicais articulam coordenação de
comunicação para o dia 22
19/03/2019 -
'Reforma' da Previdência joga ônus da crise nos
trabalhadores
19/03/2019 -
Fux encaminha julgamento da ADI 6098 para o plenário
do STF
19/03/2019 -
As fases das reformas antissindical e
antitrabalhista
19/03/2019 -
Alcolumbre: governo e partidos devem dialogar para
aprovar Previdência
19/03/2019 -
Guedes sobre o pré-sal: 'daqui a três, quatro meses,
vamos vender'
19/03/2019 -
Guedes diz que ele e Bolsonaro amam os americanos
19/03/2019 -
Pochmann diz que ultraliberalismo de Bolsonaro é
pior para o povo
19/03/2019 -
Frente parlamentar em defesa da Previdência realiza
seminário nesta quarta-feira
19/03/2019 -
Não incide contribuição previdenciária sobre abono
único, define STJ
18/03/2019 -
NCST e CNTI exigem contrapartida social ao
fechamento de fábrica da Ford
18/03/2019 -
CDH realiza terceira audiência para debater mudanças
na Previdência
18/03/2019 -
Maia diz que reforma da Previdência pode ser votada
em maio
18/03/2019 -
Mais um sindicato pode voltar a descontar
contribuição em folha de pagamento
18/03/2019 -
Liminares derrubam MP de Bolsonaro contra sindicatos
18/03/2019 -
Congresso admite que pode devolver Medida Provisória
873 ao Executivo
18/03/2019 -
Plenário do STF vai julgar legalidade da MP da
contribuição sindical
18/03/2019 -
Olavo de Carvalho prevê o fim do governo Bolsonaro
em seis meses
18/03/2019 -
Petrobras diz a petroleiros que vai adotar MP contra
sindicatos
15/03/2019 -
CNTI contesta no STF a Medida Provisória do
pente-fino no INSS
15/03/2019 -
Fórum Sindical dos Trabalhadores repudia MP 873 e
reforma da Previdência
15/03/2019 -
Ação contra MP dos sindicatos vai ao plenário do STF
15/03/2019 -
PDT vai ao STF contra fim do desconto em folha da
contribuição sindical
15/03/2019 -
Impactos da reforma da Previdência serão debatidos
na CAE
15/03/2019 -
Quarta ação contra MP da contribuição sindical chega
ao Supremo
15/03/2019 -
Governadores do Nordeste unem forças contra
propostas do governo Bolsonaro
15/03/2019 -
CDH acata sugestão para acabar com aposentadoria
especial para políticos
15/03/2019 -
Seguridade Social vai priorizar debate da reforma da
Previdência
15/03/2019 -
Produção industrial avança em nove locais
pesquisados em janeiro
15/03/2019 -
Justiça mantém desconto em folha de contribuição
sindical no RJ e MG
14/03/2019 -
Jurídicos das centrais produzem nota orientadora
sobre a MP 873
14/03/2019 -
Congresso pode devolver MP antissindical ao governo,
afirma CUT
14/03/2019 -
CAS voltará a discutir convenção sobre liberdade
sindical
14/03/2019 -
Comissão da reforma da Previdência no Senado deverá
ser instalada nesta quinta
14/03/2019 -
Bancada evangélica desembarca do governo Bolsonaro
14/03/2019 -
Aprovada multa para empresas por discriminação
salarial de mulheres
14/03/2019 -
Produção industrial recua 0,8% de dezembro para
janeiro, diz IBGE
14/03/2019 -
Hora noturna reduzida garante a empregado intervalo
de 60 minutos
13/03/2019 -
OAB vai ao STF contra MP de Bolsonaro que prejudica
sindicatos
13/03/2019 -
Bolsonaro fragiliza sindicatos para retirar direito
à aposentadoria
13/03/2019 -
Bloco da minoria na Câmara convoca reunião com
centrais para luta contra reforma da Previdência
13/03/2019 -
Fórum Sindical dos Trabalhadores debate MP do
custeio e reforma da Previdência
13/03/2019 -
Votação da Previdência ainda depende de projeto
sobre aposentadoria de militares, dizem líderes
13/03/2019 -
Guedes quer negociar cortes de verba por acordos de
gestão no Sistema S
13/03/2019 -
Câmara aprova punição para assédio moral no trabalho
13/03/2019 -
Juiz mantém desconto em folha de contribuição de
sindicato de delegados
13/03/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa é de
0,54%
12/03/2019 -
Especialista avalia MP que proíbe desconto de
contribuição sindical na folha de pagamento
12/03/2019 -
MP 873/19 mira nos sindicatos, mas acerta na
Constituição
12/03/2019 -
Estudo da OIT mostra que privatização da Previdência
fracassa no mundo
12/03/2019 -
Regime de capitalização da Previdência é
investimento de alto risco, alerta Paim
12/03/2019 -
Reforma da Previdência desconsidera realidade do
campo, dizem debatedores
12/03/2019 -
Comissões permanentes da Câmara serão instaladas
nesta semana
12/03/2019 -
Resgate do FGTS para quitar dívida de imóvel está na
pauta da CAE
12/03/2019 -
Proposta muda CLT e impede parcelamento de férias
11/03/2019 -
Centrais afirmam que MP 873 é 'grave ataque'
inclusive à democracia
11/03/2019 -
Nova Central repudia MP que altera recolhimento da
contribuição sindical
11/03/2019 -
Confederação vai ao STF contra medida que proíbe
desconto em folha de contribuição sindical
11/03/2019 -
Depois da Previdência, governo vai propor fim da
unicidade sindical
11/03/2019 -
OAB vê MP de Bolsonaro contra sindicatos
inconstitucional e sugere ação no STF
11/03/2019 -
Justiça Federal garante desconto em folha para
sindicatos no Rio
01/03/2019 -
Previdência: veja 10 pontos da reforma que podem ser
barrados no STF
01/03/2019 -
Privatizar e cortar gastos: os objetivos da
'reforma' da Previdência
01/03/2019 -
Janeiro registra criação de 34,3 mil empregos
formais
01/03/2019 -
Proposta criminaliza a punição a trabalhador por
motivo ideológico
01/03/2019 -
Industriário receberá pagamento em dobro das férias
divididas em três períodos
01/03/2019 -
Alimentação e transporte pagos em dinheiro integram
salário, diz TRT-4
01/03/2019 -
Projeto concede gratuidade para segunda via de
documentos para idosos
29/03/2019 -
Mulheres protestam nesta sexta (29) em SP contra a
reforma da Previdência
As mulheres serão as mais afetadas com a proposta de
reforma da Previdência de Bolsonaro. A proposta
impõe idade mínima de 62 para ter direito a entrar
com pedido de aposentadoria e o tempo de
contribuição sobe de 15 para 20 anos. Isso faz com
que as trabalhadoras, que já fazem jornada dupla e
até tripla, trabalhem mais, contribuam mais e
recebam menos.
Com o objetivo de mobilizar a sociedade contra o
ataque de Bolsonaro às aposentadorias, Centrais
Sindicais, a Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Indústria (CNTI) e Confederação das Mulheres do
Brasil (CMB) realizam nesta sexta (29), em São
Paulo, o ato "Mulheres Unidas Contra a Reforma da
Previdência e Todo Tipo de Violência".
O protesto será em frente à Superintendência do
INSS, no Viaduto Santa Efigênia, na região central,
a partir das 14 horas. Após o ato haverá caminhada
até o Teatro Municipal.
Kátia Rodrigues, diretora da Mulher da Nova Central
São Paulo, disse à Agência Sindical que o objetivo
da mobilização é unir mulheres e homens na luta em
defesa dos direitos. "É importante lembrar que nós
mulheres seremos as mais sacrificadas pela proposta
de Bolsonaro. Nós precisamos estar unidas para
combater esses ataques. Convidamos também os homens.
A união nesse momento é fundamental", afirma.
“A mídia está apavorada com a possibilidade das
brasileiras repudiarem cada vez mais o governo
Bolsonaro e suas reformas. Por isso, faz campanha
para direcionar os protestos das mulheres apenas
contra a violência, em particular o feminicído.
Somos contra toda forma de violência, entre elas
essa reforma da Previdência", afirma Gláucia
Morelli, presidente da CMB.
Eliane Souza, presidente da Federação das Mulheres
Paulistas, diz: "Estamos convidando todas as
entidades a comparecerem ao ato desta sexta. Ou nos
unimos, ou seremos derrotados".
Mais informações: Confederação das Mulheres do
Brasil
Fonte: Agência Sindical
29/03/2019 -
Em carta, Centrais Sindicais conclamam trabalhadores
a intensificar luta unitária contra a 'reforma' da
Previdência
Aos Sindicatos, Federações e Confederações de
Trabalhadores
Companheiras e companheiros,
Os trabalhadores e o conjunto do movimento sindical
realizaram, no passado dia 22 de março, uma grande
jornada de mobilizações no Dia Nacional de Luta em
Defesa da Previdência Pública e da Aposentadoria. Em
mais de 120 municípios, em todos os Estados da
Federação, foram realizadas ações unitárias
convocadas pelas centrais sindicais, atos públicos
massivos, paralisações e assembleias nos locais de
trabalho etc., que mobilizaram os trabalhadores do
setor privado, servidores públicos, trabalhadores do
campo, aposentados, numa clara demonstração de que o
projeto de reforma da previdência do presidente
Bolsonaro não terá vida fácil e que é possível
derrotá-lo na luta e na mobilização crescente dos
trabalhadores e de todo o povo.
Ao mesmo tempo que saudamos e cumprimentamos os
dirigentes e ativistas sindicais de todo o país pelo
êxito das mobilizações do 22 de março, conclamamos a
todos para fortalecer e intensificar a luta unitária
contra a reforma da previdência. Nesse sentido, é
fundamental:
* Constituir Comitês em Defesa da Previdência Social
e da Aposentadoria, amplos e unitários, articulando
o movimento sindical, os movimentos populares e
outros setores sociais (igrejas, movimento de
moradores, culturais etc.) nos municípios e em todas
as capitais dos Estados, para dar capilariedade e
organizar a luta em todo território nacional;
* Contatar os deputados e senadores de cada Estado,
visando esclarecer o posicionamento sindical sobre a
reforma da previdência, controlar e publicizar a
posição de cada parlamentar sobre o tema junto à sua
base eleitoral;
* Investir pesadamente na comunicação com os
trabalhadores, visando esclarecer os efeitos
nefastos da reforma da Previdência do Bolsonaro
sobre os direitos dos trabalhadores da cidade e do
campo, dos servidores públicos, dos aposentados, dos
idosos, dos jovens, utilizando-se de todos as mídias
disponíveis, a imprensa sindical, as rádios e TVs.
comunitárias, as redes sociais e o WhatsApp, como
forma de romper o cerco midiático pró-reforma;
* Iniciar, prontamente, a organização do 1º de Maio
unificado em todo o país, centrado na luta em Defesa
da Previdência Social e da Aposentadoria, com
grandes atos nas capitais dos Estados e nos
municípios;
* Participar ativamente da coleta de assinaturas no
abaixo-assinado que será lançado pela centrais
sindicais contra a reforma da Previdência. O
objetivo é coletar milhões de assinaturas em defesa
da Previdência Social e da Aposentadoria. As
centrais sindicais disponibilizarão, no menor prazo
possível, os formulários do abaixo-assinado e uma
cartilha sobre a reforma da Previdência;
* Ampla utilização da Calculadora da Aposentadoria,
do DIEESE, importante para comprovar, a cada
trabalhador, o impacto negativo da reforma sobre sua
aposentadoria. Acionar a calculadora no endereço
https://www.dieese.org.br/calculadoraReformaPrevidencia.html;
* Divulgar e participar da 15ª Jornada Nacional de
Debates do DIEESE e Centrais Sindicais, edição que
terá como tema a PEC 6/2019 da Reforma da
Previdência - a ser realizada em todas as capitais
dos Estados. Verificar o calendário da Jornada na
página do DIEESE,
www.dieese.org.br;
Abaixo segue calendário das ações unificadas das
centrais sindicais na luta contra a reforma da
Previdência:
* Dia 3 de abril – lançamento do abaixo assinado
contra a reforma da previdência na Pça. Ramos, São
Paulo/SP, 10h00. Será distribuída a Cartilha e
montadas mesas para divulgar a Calculadora da
Aposentadoria, do DIEESE;
* Dia 9 de abril – ação conjunta dos dirigentes
sindicais junto aos parlamentares no aeroporto de
Brasília;
* Dia 26 de abril – greve nacional dos professores,
organizar em todo o país a solidariedade à greve;
* Dia 1º de maio – atos unificados em todo o país,
em Defesa da Previdência Social e da Aposentadoria.
Vamos à luta! Com organização e mobilização é
possível derrotar a reforma da Previdência do
Bolsonaro.
Recebam nossas cordiais saudações sindicais!
Atenciosamente,
Vagner Freitas – Presidente da CUT
Miguel Eduardo Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT
Adilson Araújo – Presidente da CTB
Antonio Neto – Presidente da CSB
José Calixto Ramos – Presidente da NCST
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
Atnágoras Lopes – Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro (Índio) – Secretário-geral da
Intersindical – CCT
Intersindical...
Fonte: Centrais Sindicais
29/03/2019 -
Adotado rito abreviado para ADI contra medida
provisória de combate a fraudes no INSS
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6096)
ajuizada pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria (CNTI) contra
dispositivos da Medida Provisória (MP) 871/2019, que
dispõe sobre a instituição de Programa Especial para
Análise de Benefícios da Previdência Social,
tramitará sob o rito do artigo 12 da Lei 9.868/1999
(Lei das ADIs). O procedimento adotado pelo relator,
ministro Edson Fachin, autoriza que a ação seja
julgada diretamente no mérito pelo Plenário, sem
prévia análise do pedido de liminar.
De acordo com os autos, o Programa Especial para
Análise de Benefícios da Previdência Social tem o
objetivo de detectar que apresentem indícios de
irregularidade e potencial risco de gastos indevidos
na concessão de aposentadorias e pensões pelo INSS.
A medida provisória também prevê a revisão de
benefícios por incapacidade e outros de natureza
previdenciária, assistencial, trabalhista ou
tributária. Na ação, a CNTI sustenta que a MP traz,
em diversos dispositivos, matérias de cunho
administrativo que deveriam ser discutidas por meio
de projetos de lei ou normas infralegais e que não
poderiam ser dispostas em uma medida provisória.
Alega, em síntese, que a norma contraria
jurisprudência do STF ao limitar o direito
fundamental à concessão do benefício previdenciário
ao prazo decadencial.
O relator, ao aplicar ao caso o rito abreviado,
destacou que o Plenário do STF, quando do julgamento
do Recurso Extraordinário (RE) 626489, com
repercussão geral, assentou que não existe prazo
decadencial para a concessão inicial do benefício
previdenciário, pois “o direito à previdência social
constitui direito fundamental e, uma vez
implementados os pressupostos de sua aquisição, não
deve ser afetado pelo decurso do tempo”. O prévio
exame feito pelo Supremo no julgamento do recurso,
indica, para o relator, que a ADI 6096 dever ser
analisada definitivamente (no mérito) pelo Plenário.
O ministro requisitou informações à Presidência da
República, a serem prestadas no prazo de dez dias.
Em seguida, determinou que se dê vista ao
advogado-geral da União e à procuradora-geral da
República para que se manifestem sobre matéria,
sucessivamente, no prazo de cinco dias.
Fonte: STF
29/03/2019 -
Delegado Marcelo Freitas será o relator da reforma
da Previdência
O deputado federal Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG)
será o relator da reforma da Previdência na Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos
Deputados. O presidente da Comissão, Felipe
Francischini (PSL-PR) fez o anúncio nesta
quinta-feira (28).
Segundo Francischini, a CCJ receberá o ministro da
Economia, Paulo Guedes, na próxima quarta-feira (3)
para detalhar a proposta e tirar dúvidas dos
parlamentares. No dia seguinte, quinta-feira (4), o
colegiado receberá juristas.
A previsão do presidente da CCJ é que a leitura do
parecer de Freitas aconteça na segunda semana de
abril. Franciscini reiterou que o parecer da reforma
da Previdência deve ser votado no 17 de abril.
“O consenso [em torno da escolha do nome de Freitas]
foi criado porque a gente entende que, nós como PSL,
representamos o presidente [da República] na Casa e
temos a responsabilidade primeira com a aprovação do
projeto na Casa”, disse Francischini.
O anúncio de Marcelo Freitas como relator da CCJ foi
feito ao lado do ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, e da líder do governo no Congresso, Joice
Hasselman (PSL-SP).
De acordo com Lorenzoni, o nome indicado para
relatar a proposta de reforma da Previdência é
“resultado de diálogo que o governo Bolsonaro
construiu”. Segundo o ministro, o presidente da CCJ
teve “maturidade e paciência” para esperar a
construção do consenso em torno do nome.
Delegado da Polícia Federal, Marcelo Freitas exerce
o seu primeiro mandato na Câmara. O nome foi
indicado uma semana depois do previsto por
Francischini.
Tramitação
A CCJ da Câmara é a porta de entrada da reforma da
Previdência no Legislativo. A comissão analisará se
a reforma proposta está em conformidade com a
Constituição. Depois, o texto segue para discussão
em comissão especial e, quando aprovado, é votado
pelo plenário. Para ser aprovada, a medida precisa
de apoio de dois terços dos deputados por se tratar
de Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Dessa
forma, precisa ser aprovada por 308 deputados, em
dois turnos de votação, para seguir para o Senado.
Fonte: Agência Brasil
29/03/2019 -
OAB fará debate em todo o país sobre a aposentadoria
dos brasileiros
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, anunciou que a
entidade quer “espalhar” em todo o país o debate
sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
6/2019 da reforma da previdência.
A proposta, que se encontra na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados
para ser avaliada a sua admissibilidade, está sob
análise de uma comissão designada pela entidade.
“Temos realidades diferentes dos trabalhadores no
país e por isso o tema tem que ser debatido de forma
exaustiva. Para isso, precisamos da nossa capacidade
de juntar os operadores e de produzir textos
teóricos, fazer a divulgação desses dados nos nossos
canais”, disse Santa Cruz.
O presidente da entidade quer usar a experiência da
OAB-SP que reuniu diversos segmentos num debate
promovido na última terça (26).
Para ele, os debates precisam acontecer baseados em
dados, fatos e números da seguridade social. Santa
Cruz criticou a falta de transparência e a
dificuldade em se obter informações fidedignas
acerca do impacto das alterações nas contas da
previdência e na proteção social dos trabalhadores
brasileiros.
“É muito importante que a advocacia tenha uma
posição sólida em relação à reforma da previdência,
mas não podemos cair em uma discussão sem dados, sem
consistência sobre esse tema. Não vamos abrir mão de
debater o problema, mas a falta de transparência
atrapalha”, criticou.
No seu entendimento, os advogados precisam ser
porta-vozes de uma “reforma que seja justa, de um
projeto de Brasil melhor, não de um projeto de
Brasil ainda mais violento nas suas relações
sociais”, afirmou.
O presidente da OAB-SP, Caio Augusto Silva dos
Santos, também afirmou que a transparência será
fundamental para um debate qualificado da reforma da
previdência.
“É necessário que tenhamos acesso aos dados, porque
somente a partir da compreensão dos números é que
poderemos tentar diminuir as desigualdades no nosso
país. É inadmissível que em todas as ocasiões em que
esse pretenda a implementação de mudanças, as
dificuldades sempre acabem sendo suportadas por
aqueles menos favorecidos e que possuem menos
proteções”, afirmou.
Da redação com informações da Ascom OAB
Fonte: Portal Vermelho
29/03/2019 -
Reforma da Previdência prejudica também
trabalhadores já aposentados, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou em
pronunciamento, nesta quinta-feira (28), que a
proposta de reforma da Previdência prejudica também
os trabalhadores já aposentados. A proposição prevê
mudança nas regras para que trabalhadores da
iniciativa privada e servidores possam pedir
aposentadoria, mas também há várias alterações para
quem já está aposentado, explicou.
Paim disse que o texto proposto pelo governo não
deixa explícito o que vai ser feito com os depósitos
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e
que a própria Secretaria de Previdência não
conseguiu explicitar ainda como fica essa situação.
Ele também destacou alguns pontos que poderão
impactar a vida dos aposentados, como o fim da multa
dos 40% do FGTS e o fim da correção dos benefícios
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
— O texto prevê que os empregadores continuarão
recolhendo o FGTS, mas os aposentados que continuam
trabalhando deixarão de receber a multa quando
demitidos. E fica a dúvida ainda, se aqueles novos
que entrarem serão aposentados. Hoje quem ganha até
um salário mínimo, automaticamente, pela lei (e eu
participei da elaboração da lei, inclusive) tem a
correção do salário mínimo pela inflação, mais o
PIB. Isso também não está claro, consequentemente
não teremos mais assegurado.
Fonte: Agência Senado
29/03/2019 -
CNTEEC obtém decisão que garante recolhimento de
contribuição em folha
O departamento jurídico da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura (CNTEEC) obteve mais uma liminar contra a
Medida Provisória 873/2019. A decisão foi proferida
na quarta (27) pela juíza Luciana Doria de Medeiros
Chaves, 8ª Vara do Trabalho de Aracaju, em ação que
beneficia o Sindicato da categoria no Estado de
Sergipe (Senalba-SE).
O caso ocorreu após o superintendente Corporativo do
Senai/Sesi informar ao Sindicato que não efetuaria
os descontos das mensalidades sindicais dos sócios,
a partir de março, alegando o cumprimento da MP 873.
Em seu despacho, a magistrada determinou: “Que
restabeleça imediatamente os descontos, mantendo-os
nos mesmos moldes em que praticados na folha de
pagamento do mês de fevereiro de 2019, até que
ulterior decisão judicial venha a dispor em sentido
contrário”.
Multa - A decisão judicial também estabeleceu
multa diária, fixada em R$ 1.000,00, pelo
descumprimento da ordem.
Cristiano Meira, advogado da CNTEEC, afirma que “a
MP é uma afronta às garantias constitucionais. Uma
tentativa clara de enfraquecer o movimento sindical
e por consequência enfraquecer o trabalhador”.
Segundo ele, sem as entidades sindicais, que são a
última barreira de defesa dos seus direitos, os
trabalhadores ficarão sujeitos às imposições do
capital.
“Nos parece claro que a MP 873 é também uma
tentativa de violar a independência do Judiciário
trabalhista do nosso País, e isso é muito grave”,
completa Meira.
Mais informações: www.cnteec.org.br
Fonte: Agência Sindical
28/03/2019 -
Maia chama centrais para conversa sobre MP do
financiamento sindical
Medida está sendo questionada no STF. Várias
entidades já obtiveram liminares tornando a norma
sem efeito
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
chamou representantes de centrais sindicais para uma
reunião na próxima terça-feira (2), para tratar de
Medida Provisória (MP) 873, que alterou regras de
financiamento das entidades e tem sido objeto de uma
batalha jurídica. A MP foi publicada em edição extra
do Diário Oficial no dia 1º, em pleno carnaval, e na
última quinta-feira (21) teve uma comissão mista
formada no Congresso para avaliação. O Supremo
Tribunal Federal (STF) recebeu ações diretas de
inconstitucionalidade contra a proposta governista.
Vários sindicatos já conseguiram liminares na
Justiça tornando sem efeito a MP 873, que veta
desconto em folha de contribuições sindicais e
determina cobrança de boleto bancário, mudança vista
como tentativa de "asfixiar" financeiramente as
entidades de trabalhadores, que já haviam sofrido um
baque com a Lei 13.467, de "reforma" trabalhista,
que tornou opcional (e não mais obrigatória) a
contribuição sindical. A Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), autora de uma das ações no Supremo, e
o Ministério Público do Trabalho (MPT) já se
manifestaram pela inconstitucionalidade da medida
provisória.
A MP fala ainda em cobrança apenas depois de
autorização individual do trabalhador. As entidades
têm aprovado suas contribuições em assembleias, uma
prática agora vetada pela medida do governo.
"É uma iniciativa importante de busca de diálogo",
comentou o secretário-geral da Força Sindical, João
Carlos Gonçalves, o Juruna, sobre a reunião
convocada para a próxima terça. Para ele, com isso o
Congresso "dá exemplo" ao Executivo, que tem se
recusado a negociar essa e outras questões. Na
semana passada, o governo baixou decreto,
especificamente sobre servidores federais reforçando
a proibição ao desconto em folha. O encontro com
Maia está previsto para o meio-dia, na residência do
deputado.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/03/2019 -
Decreto reduz representantes de sindicatos e
empresas no conselho do FGTS
O governo editou, na última terça-feira (26), o
Decreto 9.737, que altera decreto anterior que trata
da composição do Conselho Curador do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS). O ato,
publicado em edição extra do Diário Oficial da União
que circula nesta tarde, faz ajustes na composição
do conselho em razão das mudanças no ministério do
governo Jair Bolsonaro, mas a alteração principal é
a redução no número de representantes de entidades
sindicais e dos empregadores. No jornal O Estado
S.Paulo
A regra em vigor previa a participação no Conselho
Curador de seis representantes dos trabalhadores
indicados pelas seguintes entidades: Força Sindical,
CUT, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
O novo decreto prevê a participação no conselho
curador do FGTS de “1 representante de cada uma das
3 centrais sindicais com maior índice de
representatividade dos trabalhadores”, ou seja,
serão agora 3 representantes.
O mesmo ocorre com relação à representação dos
empregadores. Estavam representadas no conselho seis
entidades: Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif),
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC), Confederação Nacional de Serviços (CNS),
Confederação Nacional de Saúde, Hospitais,
Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e Confederação
Nacional do Transporte (CNT). O decreto reduz essa
representação a três entidades: CNI, Consif e CNC.
Com relação aos representantes do governo, antes,
cabia ao ministro do Trabalho presidir o conselho
curador. Dentro da nova formatação dos ministérios,
com a extinção da pasta do Trabalho, o decreto
determina três representantes do Ministério da
Economia no conselho: um da Secretaria Especial de
Fazenda, que presidirá o conselho; um da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho; e um
representante da Secretaria Especial de
Produtividade, Emprego e Competitividade.
O conselho curador terá ainda um representante da
Casa Civil; um do Ministério do Desenvolvimento
Regional; e um do Ministério de Infraestrutura.
Os representantes titulares e suplentes serão
nomeados por ato do ministro da Economia. Caberá ao
representante da Secretaria Especial de Previdência
e Trabalho do Ministério da Economia exercer a
presidência do Conselho Curador nas hipóteses de
ausência e impedimento legal do presidente do CCFGTS.
Fonte: Diap
28/03/2019 -
Sindicatos de diversas categorias barram efeitos da
MP 873 na Justiça
Enquanto aguardam decisão do Supremo, entidades
de diversos setores e regiões do país têm conseguido
liminares que garantem a continuidade do desconto da
contribuição sindical
Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não
discute a constitucionalidade do MP 873, que impede
o desconto em folha da contribuição sindical,
entidades representativas dos trabalhadores vêm
obtendo uma série de decisões judiciais contra a
proposta do governo. São mandados de segurança e
decisões liminares movidas por sindicatos de
trabalhadores do serviço público e também da
iniciativa privada concedidos tanto na Justiça do
Trabalho como na Justiça Federal.
Nesta semana, o Sindicato dos Petroleiros de
Pernambuco e Paraíba e o Sindicato dos Petroleiros
do Rio Grande do Sul conseguiram garantir na Justiça
a manutenção do desconto da contribuição sindical.
Outros nove sindicatos ligados à Federação Única dos
Petroleiros (FUP) também conseguiram barrar a medida
do governo Bolsonaro.
Pelo menos outras 20 decisões judiciais garantiram a
suspensão dos efeitos da MP 873 em ações movidas por
diversos ramos, do setor de processamento de dados,
em São Paulo, ao de técnicos de enfermagem, no Rio
Grande do Norte, passando por trabalhadores da
indústria do carvão vegetal, no Pará, e funcionários
do comércio, em Santa Catarina.
As argumentações apontam para a previsão
constitucional do desconto em folha, o que só
poderia ser mudado por uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC). As entidades contestam ainda se
a decisão do governo Bolsonaro cumpriria critérios
de urgência e relevância para ser objeto de uma MP,
além de alegar a inviabilidade técnica e os custos
financeiros elevados para coletar a autorização para
o desconto de toda a base de trabalhadores por meio
de boletos.
No STF, já são seis ações diretas de
inconstitucionalidade (ADIs), uma movida pela Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), outra pelo PDT, e
quatro movidas por confederações de servidores
públicos, dos trabalhadores da indústria, do turismo
e do setor de limpeza.
A OAB, por exemplo, diz que a MP 873 limita
indevidamente a liberdade de associação e a
autodeterminação dos trabalhadores, bem como dos
próprios sindicatos, tendo sido editada com o
objetivo explicito de "dificultar ao máximo" a
organização das entidades que representam os
trabalhadores.
Já os trabalhadores da indústria lembram que o STF,
em outras decisões, já entendeu pela liberdade, a
autonomia financeira e a não intervenção do Estado
na organização sindical. Os da limpeza também
afirmam que a MP fere a liberdade sindical.
Servidores públicos e funcionários do turismo, além
do PDT, dizem que a medida do governo Bolsonaro
viola frontalmente dispositivos da Constituição
Federal.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/03/2019 -
Maia
diz que Bolsonaro está ‘brincando de presidir o Brasil’
Afirmou em sessão da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta 4ª feira
(27.mar) que o governo ainda não começou e que o presidente Jair Bolsonaro
está “brincando de presidir” o Brasil.
A declaração foi dada no plenário da Câmara após Maia ser questionado sobre
uma entrevista de Bolsonaro à TV Band na qual o presidente disse que o
deputado está “abalado” por motivos pessoais.
“Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que
o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de
brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza, capacidade de investimento
do Estado brasileiro diminuindo, 60.000 homicídios e o presidente brincando
de presidir o Brasil”, disse Rodrigo Maia.
Para Maia, o governo deve concentrar esforços na reforma da Previdência. “Do
meu ponto de vista a gente tem que focar naquilo que é fundamental. E o
fundamental no Brasil hoje é a gente recuperar a nossa economia, a gente
aprovar a Previdência. Eu estou empenhando nisso desde 2 anos para cá, vou
continuar trabalhando. A reestruturação da Previdência é fundamental para o
Brasil. Então vamos parar de brincadeira e tratar de forma séria”, disse o
demista.
Fonte: Poder360
28/03/2019 -
Paim defende sugestão que visa revogar emenda constitucional do Teto de
Gastos
O senador Paulo Paim (PT-RS) usou o Plenário nesta quarta-feira (27) para
comemorar a aprovação da Sugestão Legislativa (SUG) 31/2018 na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A sugestão, apresentada
pela cidadã Vanessa Negrini, pede a revogação da emenda constitucional que
limita os gastos públicos por vinte anos, conhecida por Teto dos Gastos. A
matéria precisa agora do apoio de, no mínimo, 27 senadores para que possa
tramitar no Senado como Proposta de Emenda à Constituição, conforme explicou
o parlamentar.
O congelamento de investimentos públicos por vinte anos, especialmente em
setores essenciais como saúde, segurança e educação não é viável, segundo
Paim, uma vez que as necessidades da população brasileira por esses serviços
só aumentam.
— Em vez de promover o crescimento econômico e a diminuição do desemprego, a
Emenda Constitucional 95, aprovada há dois anos, como argumentava o governo
à época, não alcançou nenhum dos objetivos. o congelamento dos investimentos
públicos tornou-se a principal causa da estagnação econômica que o país vem
enfrentando — afirmou.
Fonte: Agência Senado
28/03/2019 -
Guedes aparece no Senado, defende reforma e avisa: não tenho apego ao cargo
Um dia depois de ter fugido do debate sobre a Reforma da Previdência na
Câmara dos Deputados, onde não compareceu na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), o ministro da Economia, Paulo Guedes, compareceu nesta
quarta-feira 27 à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), para
defender a proposta do governo Bolsonaro diante de uma base desarticulada,
que conta com um apoio frágil até mesmo do PSL, partido do presidente da
República.
Sobre a reforma, Guedes disse que "a bola está com o Parlamento" e repetiu o
discurso midiático de que se a proposta não for aprovada da forma como foi
enviada aos parlamentares, o Brasil vai quebrar e as futuras gerações
estarão ameaçadas. "Se fizermos, não tem problemas. Se não fizermos, vamos
condenar nossos filhos e netos, por nosso egoísmo, nossa incapacidade de
fazer um sacrifício", declarou. "Há uma bomba-relógio demográfica no
Brasil", alarmou.
Em mais uma atitude de recusa de diálogo, diante do mercado em pânico, o
ministro da Economia ameaçou até deixar o cargo. "Estou aqui para servir, se
ninguém quiser meu serviço, não tenho apego ao cargo". "Se presidente apoiar
coisas que podem resolver o País, estarei aqui (no governo). Se presidente
ou poderes não assumirem, eu tenho vida fora daqui. Mas também não terei
irresponsabilidade de sair na primeira derrota, não existe isso", completou.
Fonte: Brasil247
28/03/2019 -
Governo não vai alterar reforma da Previdência, diz secretário
O secretário-especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
Rogério Marinho, disse que o governo não vai alterar o texto da proposta de
reforma da Previdência e que caberá aos parlamentares aperfeiçoar e fazer as
modificações que acharem necessárias. Marinho participou nesta quarta-feira
(27) de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da
Câmara dos Deputados.
Terça (26), líderes de 13 partidos divulgaram nota em apoio à reforma da
Previdência, mas pedem a exclusão de dois aspectos do texto: o Benefício de
Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural. Os deputados também são
contrários à desconstitucionalização da Previdência.
“Não vamos retirar nenhum ponto. Quem tem que retirar ponto, acrescentar
ponto, modificar ponto é o parlamento. O parlamento é que tem essa
prerrogativa”, disse Marinho, ao deixar a comissão.
De acordo com o secretário, o impacto fiscal de cada ação proposta pelo
governo, incluindo BPC e aposentadoria rural, será detalhado quando o
projeto chegar à comissão especial que será criada para analisar o mérito da
medida. “A nossa missão é continuar defendendo o projeto do governo. Sabemos
que, quando um número grande de partidos se posiciona contra algum item,
essa posição vai ser estabelecida com a apresentação de emendas e votação
das emendas na comissão especial”, afirmou.
O texto apresentado pelo governo federal prevê a desvinculação do BPC do
valor do salário mínimo para idosos até 70 anos. Atualmente, essa
remuneração é de um salário mínimo (R$ 998) por mês e atende pessoas com
deficiência e idosos de baixa renda com mais de 65 anos. Pelo projeto, o
governo propõe o pagamento de R$ 400 a partir de 60 anos idade e apenas aos
70 anos os idosos passariam a receber o valor integral. A medida não atinge
pessoas com deficiência, que continuarão a receber o salário mínimo.
No caso da aposentadoria rural, mulheres e homens passariam a ter a mesma
idade para aposentadoria, de 60 anos. Hoje, as mulheres trabalhadoras rurais
podem solicitar o benefício aos 55 e os homens aos 60. Pelo projeto
apresentado pelo governo, o tempo de contribuição mínima passa de 15 para 20
anos.
Para Marinho, mesmo os parlamentares criticando alguns pontos da reforma, de
maneira geral, eles apoiam a Nova Previdência. “A pauta está acima das
questões menores, porque mesmo quando um parlamentar afirma que esse ou
aquele artigo incomoda, não está dizendo que não vai votar na proposta como
um todo”, disse.
Sobre a desconstitucionalização da Previdência, para o secretário, isso é
tratado de forma geral pelos parlamentares. “Eles falam sobre
desconstitucionalizar de forma geral. Se não pode de forma geral, pode de
alguma forma. Existem vários artigos dentro da Constituição que impedem
alguma flexibilização que nós achamos necessária e por isso estabelecemos
regras transitórias.”
Fonte: Agência Brasil
28/03/2019 -
Juíza intima Bolsonaro a se pronunciar sobre comemoração do golpe
A juíza federal da 6ª Vara de Brasília, Ivani da Silva Luz, determinou que o
presidente Jair Bolsonaro seja intimado a se pronunciar sobre ação popular
do advogado Carlos Alexandre Klomphas que pede para que sejam barrados
festejos em torno do aniversário do golpe militar, em 31 de março.
A magistrada determinou que Bolsonaro e a União se manifestem em até cinco
dias sobre a ação. Outra ação, movida por defensores públicos federais nesta
terça-feira, 26, foi distribuída por prevenção à juíza, que já era relatora
da ação popular do advogado, movida no mesmo dia, mais cedo.
Na ação, o advogado afirma que a orientação de Bolsonaro "não é o interesse
público e sim o jogo da classe dominante".
"Muda-se o governo prossegue o drama. Há reiterado problema incontornável
quanto à violação à moralidade administrativa", afirmou Carlos Alexandre
Klomfahs.
"Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de
determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no
âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da
moralidade e no mérito a procedência dos pedidos da inicial para confirmar a
liminar concedida determinando que se abstenha o Poder Executivo de
comemorar o 31 de março sob pena de multa diária de R$ 50 mil a ser
revertida ao fundo de direitos difusos."
Da redação com informação de agências
Fonte: Portal Vermelho
28/03/2019 -
Câmara aprova projeto que prorroga início de licença-maternidade em caso de
internação
Proposta permite à trabalhadora adiar a licença-maternidade se o
recém-nascido continuar no hospital
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) o Projeto
de Lei 8702/17, da deputada Renata Abreu (Pode-SP), que permite à
trabalhadora adiar a licença-maternidade se o recém-nascido continuar no
hospital. A matéria será enviada ao Senado.
O texto aprovado é um substitutivo da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), que
incorporou sugestões do PL 472/19, da deputada Paula Belmonte (PPS-DF),
sobre o pagamento do salário-maternidade.
De acordo com a redação aprovada, a critério exclusivo da trabalhadora, ela
poderá pedir a suspensão da licença-maternidade após decorridos 15 dias de
seu início se o recém-nascido permanecer internado no hospital.
A ideia é garantir que, em casos mais sérios de tratamento da saúde do
nascituro, a mãe não seja prejudicada com uma licença menor para cuidar da
criança que estava sob cuidados do hospital nesse período.
A partir da alta hospitalar, a licença será retomada pelo prazo
remanescente.
Salário-maternidade
De igual forma, o texto garante para todas as seguradas da Previdência
Social o direito a receber o salário-maternidade junto com a licença, dentro
da mesma suspensão. Assim, o pagamento será retomado pelo prazo restante
após a alta hospitalar do recém-nascido.
“A licença-maternidade não é apenas um direito que assegura a recuperação
física da mãe. Ela também tem por finalidade possibilitar a adaptação
recíproca entre a família e a nova criança”, afirmou a autora.
Fonte: Agência Câmara
27/03/2019 -
MPF alerta Bolsonaro sobre apoio a golpe de Estado:
"Crime de responsabilidade"
Golpe de 1964, que deu início a uma ditadura de
21 anos, completa 55 anos no próximo domingo (31)
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
reagiu nesta terça-feira (26) à determinação do
presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos quartéis para
comemorarem o aniversário de 55 anos do golpe
militar no próximo domingo (31). A derrubada do
governo João Goulart, que deu início a uma ditadura
de 21 anos, é chamada pelo capitão reformado de
“data histórica”. Segundo nota divulgada pelo órgão,
vinculado ao Ministério Público Federal (MPF), o
apoio do presidente da República a um golpe naqueles
moldes poderia configurar crime de responsabilidade.
“Se repetida nos tempos atuais, a conduta das forças
militares e civis que promoveram o golpe seria
caracterizada como o crime inafiançável e
imprescritível de atentado contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático previsto no
artigo 5°, inciso XLIV, da Constituição de 1988”,
diz o texto. “O apoio de um presidente da República
ou altas autoridades seria, também, crime de
responsabilidade (artigo 85 da Constituição, e Lei
n° 1.079, de 1950). As alegadas motivações do golpe
– de acirrada disputa narrativa – são absolutamente
irrelevantes para justificar o movimento de
derrubada inconstitucional de um governo
democrático, em qualquer hipótese e contexto”,
completa.
Ainda de acordo com a nota da Procuradoria, o "golpe
de Estado de 1964 deu origem a um regime de
restrição a direitos fundamentais e de repressão
violenta e sistemática à dissidência política, a
movimentos sociais e a diversos segmentos, tais como
povos indígenas e camponeses".
Bolsonaro é considerado um apoiador da ditadura que
se iniciou em 1964. Conhecido por fazer apologia à
tortura, o presidente comunicou por meio do
porta-voz Otávio Rêgo Barros que as Forças Armadas
devem fazer as "comemorações devidas" no aniversário
do golpe.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reconhece que
houve ao menos 434 mortes e desaparecimentos de
opositores por razões políticas durante a ditadura
civil-militar (1964-1985).
No mesmo dia, a Defensoria Pública da União (DPU)
ingressou na 9ª Vara Federal Cível da Justiça
Federal da 1ª Região com uma ação civil pública
contra a União pela declaração do governo Bolsonaro
sobre as "comemorações devidas". A ação pede que as
Forças Armadas "se abstenham de levar a efeito
qualquer evento em comemoração a implantação da
ditadura no Brasil".
Fonte: Brasil de Fato
27/03/2019 -
Deputados aprovam PEC do Orçamento Impositivo; texto
vai para o Senado
A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos, na
noite desta terça-feira (26), a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo. Com
isso, o governo federal é obrigado a liberar a verba
de emendas parlamentares para ações previstas no
Orçamento para a execução das emendas coletivas de
bancada. A proposta segue para o Senado.
As chamadas emendas de bancada são as que são
apresentadas por deputados e senadores de cada
estado, com o objeto de ações específicas naquela
unidade da Federação.
Atualmente, já é impositivo o total das emendas
individuais dos parlamentares, sendo que metade do
valor deve ser aplicado em saúde. O valor está
sujeito ao teto dos gastos aprovado em 2016.
A proposta para ampliar o orçamento impositivo, de
autoria do deputado Hélio Leite (DEM-PA), precisava
ser votadas em dois turnos na Câmara, e ambos
ocorreram na noite de hoje. Em primeiro turno, a PEC
foi aprovada por 448 a 3. No segundo turno, a
aprovação teve um placar de 453 a 6.
Fonte: Agência Brasil
27/03/2019 -
Debatedores cobram presença do governo para discutir
reforma da Previdência
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) e outros
colegiados continuam esperando que o governo defenda
sua reforma da Previdência entre os senadores e faça
o contraditório nos debates, afirmou o senador Paulo
Paim (PT-RS) nesta terça-feira (26). A reclamação
sobre a ausência de interlocutores do governo no
Senado foi feita durante audiência pública da CDH
sobre o impacto da reforma da Previdência para os
servidores públicos.
— Nós temos aqui líderes do movimento sindical, dos
servidores, dos aposentados, dos trabalhadores. Mas
onde está o governo para explicar essa reforma? É
por isso que até este momento ela é tida como
indefensável, uma vez que até agora ninguém aceitou
o convite para vir fazer o contraditório —
desabafou.
O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) concordou que
falta esclarecimento. Quando o tema é a reforma da
Previdência, ele declarou se sentir como o policial
diante das duas partes envolvidas na ocorrência, mas
só uma delas fala — no caso, pessoas contrárias à
reforma.
— Estamos ouvindo um lado só, mas o Congresso
precisa entender todos os lados e saber o que a
população quer.
Styvenson sugeriu uma pesquisa de opinião conduzida
pelo DataSenado. Para ele, as pessoas até desejam
fazer um sacrifício para sanear os cofres da
Previdência, mas antes precisam entender qual é esse
sacrifício e o benefício resultante dele.
O presidente da Federação Nacional dos Auditores e
Fiscais de Tributos Municipais, Célio Fernando de
Souza Silva, foi além: sugeriu um plebiscito para
que a PEC 6/2019 tenha o aval da população.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
27/03/2019 -
Dez partidos pedem exclusão do BPC e da
aposentadoria rural da reforma da Previdência
Os deputados também são contrários à
desconstitucionalização da Previdência
Dez partidos (PR, SD, PPS, DEM, MDB, PRB, PSD, PTB,
PP e PSDB) apresentaram na manhã desta terça-feira
(26) um documento em que se posicionam contra a
inclusão do Benefício Assistencial de Prestação
Continuada (BPC) e da aposentadoria rural na
proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19).
Os líderes afirmam que, “considerando que qualquer
reforma previdenciária deve ter como princípios
maiores a proteção aos mais pobres e mais
vulneráveis, decidiram retirar do texto a parte que
trata de forma igual os desiguais e penaliza quem
mais precisa”.
A reforma da Previdência proposta pelo governo
Bolsonaro prevê a desvinculação do BPC do valor do
salário mínimo, hoje em R$ 998 mensais. A medida não
atinge pessoas com deficiência, que continuarão a
receber o salário mínimo.
O texto prevê o pagamento de benefício conforme a
idade da pessoa em condição de miserabilidade.
Previdência no campo
Quanto à aposentadoria rural, o principal foco na
reforma é o combate às fraudes. A primeira mudança
da proposta é sobre a declaração comprovando o
trabalho no campo. Outra medida importante que será
discutida é a idade para se aposentar.
Atualmente, quem se aposenta como trabalhador rural
precisa de 15 anos de contribuição, podendo ser
dispensado da colaboração em alguns casos.
Fora da Constituição
Os deputados também são contrários à
desconstitucionalização da Previdência. Segundo
eles, manter as regras na Constituição é uma forma
de “garantir segurança jurídica a todos que serão
impactados por essa tão importante e necessária
reforma”.
Pela proposta do governo, as principais regras
ficariam de fora da Constituição e as mudanças
ocorreriam por meio de leis complementares.
Fonte: Agência Câmara
27/03/2019 -
Supremo recebe novas ADIs contra pagamento de
contribuição sindical somente por boleto
Chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais seis
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 6098,
6099, 6101, 6105, 6107 e 6108) para questionar a
Medida Provisória (MP) 873/2019, na parte em que
revoga a possibilidade de os trabalhadores –
públicos e privados – autorizarem o desconto da
contribuição sindical em folha de pagamento,
determinando sua quitação apenas por meio de boleto
bancário.
Na ADI 6098, o Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) sustenta que o tema
tratado não tem relevância ou urgência – como
determina o artigo 62 da Constituição Federal – a
autorizar a edição de Medida Provisória. E argumenta
que a norma, apesar de invocar a autonomia e a
liberdade sindical como fundamentos, na verdade se
choca com estes mesmos preceitos, impondo empecilhos
que vão acabar por inviabilizar o funcionamento de
milhares de entidades sindicais.
Já na ADI 6099, a Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil (CSPB) questiona especificamente
o artigo 2º (alínea "b") que, ao revogar alínea "c"
do artigo 240 da Lei 8.112/1990, afastou a
possibilidade de desconto em folha do pagamento da
mensalidade sindical. Entre outros argumentos, a
confederação diz que o Estado não tem o poder de
interferir na organização sindical, conforme
preceitua o artigo 8º da Constituição Federal, e que
o inciso IV do dispositivo deixa claro que a
contribuição, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT), autor da
ADI 6101, salienta que a norma contraria os incisos
I e III do artigo 8º da Constituição Federal, que
garantem a associação sindical. O partido alega
ainda que a MP foi editada em flagrante excesso de
poder, uma vez que não foram preenchidos os
requisitos da urgência e relevância.
Na ADI 6105, a Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh)
afirma que, ao alterar diversos dispositivos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a MP viola
de forma frontal normas constitucionais, em prejuízo
direto a diversas entidades sindicais, afetando o
funcionamento do plano de enquadramento sindical que
coordena e, consequentemente, milhões de
trabalhadores a ela vinculados.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e
Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (Conascon)
salienta, na ADI 6107, que a MP fere a liberdade de
associação e de autodeterminação dos cidadãos e das
próprias associações – no caso, as entidades
sindicais –, que ficaram limitados indevidamente
pela norma, que interfere no âmbito privado da
vontade associativa.
Por fim, a autora da ADI 6108 – Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) –,
lembra que no julgamento da ADI 5794, ao tratar do
tema da contribuição sindical compulsória, a maioria
dos ministros do Supremo frisou a liberdade, a
autonomia financeira e a não intervenção do Estado.
Para a entidade, a MP 873/2019 possui conteúdo
completamente divergente do julgado pelo STF sobre o
tema.
As ações foram distribuídas, por prevenção, ao
ministro Luiz Fux, que já relata a ADI 6092,
primeira ação ajuizada na Corte contra o artigo 2º,
alínea “b”, da MP 873/2019.
Fonte: STF
27/03/2019 -
Juíza contraria reforma e decide manter contribuição
sindical descontada em folha
Uma decisão liminar da 9ª Vara do Trabalho de Natal
determinou que a Petrobras desconte da folha de
pagamento dos trabalhadores, filiados ao Sindipreto/RN,
valor referente ao pagamento mensal da contribuição
voluntária ao sindicato.
Na decisão, a juíza do trabalho Lygia Maria de Godoy
Batista Cavalcanti destaca que a medida deve ser
realizada somente para os trabalhadores que tenham
autorizado o desconto, nos mesmos moldes e critérios
praticados ao longo do ano de 2018 e em observância
às disposições das normas coletivas da categoria.
A liminar atende a um pedido de suspensão dos
efeitos do art. 2º, da MP 873/2019, editada pelo
Governo Federal, feito pelo Sindipetro/RN.
A mudança introduzida pela reforma da CLT determina
que o recolhimento da contribuição seja feito
exclusivamente por meio de boleto bancário ou
equivalente e, também, revoga o parágrafo único do
Art. 545 da CLT sobre obrigação da contribuição
sindical.
Na ação, o sindicato alega que “a forma de
recolhimento das mensalidades sindicais está
regulamentada há quase 80 anos e contou com a
previsão constitucional no inciso IV do Art. 8º da
CF/88, mas a reforma trabalhista de 2017 impôs
restrições ao modelo de financiamento sindical, que
foram aprofundadas com a medida”.
Em sua decisão, a juíza da 9ª Vara do Trabalho de
Natal levou em consideração o Art. 8º da
Constituição de 1988 que diz ser “livre a associação
profissional ou sindical”.
A juíza complementa sua argumentação apontando o
trecho dessa lei que determina que “a assembleia
geral fixará a contribuição que, em se tratando de
categoria profissional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente
da contribuição prevista em lei”.
Para Lygia Godoy, a Reforma Trabalhista manteve toda
a estrutura de serviços e obrigações legais do
sindicato, extinguindo toda a contrapartida
financeira que havia para sustentá-las.
Dessa forma, “ao se proibir que qualquer cobrança ou
desconto esteja previsto em norma coletiva, a lei se
sobrepõe à norma constitucional, num claro objetivo
de extinguir, desestabilizar, destruir as
organizações representativas que, ao longo da
história dos países civilizados, contribuíram para a
conquista dos direitos laborais e que, nos países do
primeiro mundo mantêm-se fortes e decisivas para o
equilíbrio entre o capital e o trabalho”, avaliou.
Assim, considerando que, “uma das faces perversas
dessa canhestra Reforma é exatamente inviabilizar o
movimento sindical”, a juíza estabeleceu a sua
decisão determinando ainda que, em caso de
descumprimento, a Petrobrás deverá pagar multa
diária de R$ 10 mil, em favor do Sindipetro/RN,
dentro de um limite de 30 dias.
Fonte: Jusbrasil
27/03/2019 -
Projeto garante a trabalhador que pede demissão o
direito de sacar FTGS
O Plenário do Senado pode voltar a discutir o
projeto de lei que permite o saque do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por
trabalhadores que pedem demissão. O PLS 392/2016, da
senadora Rose de Freitas (MDB-ES), esteve na pauta
no fim de 2018, mas não foi votado.
O FGTS é um fundo vinculado a cada trabalhador que
pode ser acessado em casos específicos. A lei que
rege o instrumento (Lei 8.036, de 1990) prevê 18
situações para a movimentação da conta. Entre elas,
estão demissão sem justa causa, aposentadoria,
doença grave e compra ou quitação de imóvel
residencial.
Rose de Freitas argumenta que o trabalhador também
deve ter o direito de acessar o seu FGTS quando toma
a iniciativa de deixar o emprego. Para ela, é
preciso dar fim à ideia de que o Estado deve tutelar
o trabalhador e decidir por ele como investir os
seus próprios recursos.
"Em muitos casos, as condições de trabalho são
ruins. Lógico que não interessa ao empregador arcar
com o custo das rescisões. O empregado é, então,
forçado direta ou indiretamente a pedir demissão.
Ficará sem acesso imediato ao seu FGTS e sem o
seguro desemprego. Justo? Não", escreve a senadora
em sua justificativa para o projeto.
Rose também rejeita a possibilidade de a medida
gerar impactos negativos no mercado de trabalho.
— Sugerem que haveria o risco de que muitos se
demitissem para ter acesso ao FGTS. Esse tipo de
argumento é ridículo, pois parte até da ideia que o
empregado vai preferir sacar o seu Fundo de Garantia
a manter o seu emprego. Isso é irracional.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
27/03/2019 -
Pelo segundo dia, filas gigantes no Anhangabaú
Pelo segundo dia seguido, milhares de pessoas
formaram uma fila gigantesca em busca de emprego no
Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. Os
candidatos que estão na fila na manhã desta
quarta-feira (27) receberam uma senha na terça (26)
para retornar ao processo seletivo. Alguns
candidatos eram de outras cidades e até outros
estados.
Segundo a matéria do portal G1, "no primeiro dia do
mutirão foram distribuídas as senhas para os quatro
dias de evento. Apenas as pessoas que tiverem senha
serão atendidas."
A reportagem ainda informa que "segundo a Pesquisa
de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação
Seade e pelo Dieese, a taxa de desemprego total na
Região Metropolitana de São Paulo se manteve
relativamente estável, ao passar de 15,3%, em
janeiro, para 15,5%, em fevereiro."
Fonte: Brasil247
27/03/2019 -
INSS altera regras para prova de vida e renovação de
senhas
Procedimentos poderão ser feitos por meio
eletrônico
Resolução do Ministério da Economia publicada nesta
terça-feira (26) no Diário Oficial da União altera
as regras para prova de vida e renovação de senha de
beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). A partir desta terça-feira, os procedimentos
podem ser executados por meio de atendimento
eletrônico (com uso de biometria ou identificação
por funcionário da instituição financeira pagadora)
ou por meio de representante legal ou procurador
cadastrado no INSS ou na instituição financeira.
Beneficiários com idade igual ou superior a 60 anos
poderão solicitar a realização de prova de vida no
INSS, sem prejuízo da possibilidade de comparecer à
instituição financeira pagadora.
Para beneficiários com dificuldade de locomoção e
idosos acima de 80 anos, poderá ser realizada
pesquisa externa, com comparecimento a residência ou
local informado no requerimento, para permitir a
identificação do titular do benefício e a realização
da comprovação de vida.
No caso de beneficiários com dificuldades de
locomoção, o requerimento para realização de prova
de vida por meio de pesquisa externa deverá ser
efetuado pelo interessado, perante uma agência da
previdência social, com comprovação via atestado
médico ou declaração emitida por uma unidade de
saúde.
Os serviços deverão ser previamente agendados por
meio da Central 135 ou do Meu INSS.
O INSS poderá bloquear o pagamento do benefício
encaminhado às instituições financeiras até que o
beneficiário atenda à convocação. “A prova de vida e
o desbloqueio de crédito realizado perante a rede
bancária será realizada de forma imediata, mediante
identificação do titular, procurador ou
representante legal”, informou o órgão.
Entenda
Desde 2012, segurados do INSS devem comprovar que
estão vivos para manter o benefício ativo. O
procedimento é obrigatório para todos que recebem
pagamentos por meio de conta-corrente, conta
poupança ou cartão magnético e tem por objetivo dar
mais segurança ao cidadão e ao Estado, pois evita
pagamentos indevidos e fraudes.
A rotina é cumprida anualmente pela rede bancária,
que determina a data da forma mais adequada à sua
gestão – alguns bancos usam a data de aniversário do
beneficiário enquanto outros utilizam a data de
aniversário do benefício.
Fonte: Agência Brasil
26/03/2019 -
País cria vagas em serviços, paga menos e aumenta
demissões por 'acordo'
Dados indicam contratações que podem ser
temporárias, como as de trabalho intermitente e
parcial, além da continuação da tendência de pagar
menos para quem entra no mercado
O mercado formal de trabalho abriu 173.139 vagas em
fevereiro, um crescimento de 0,45% no estoque,
resultado de contratações e demissões registradas
pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), agora sob controle do Ministério da
Economia. Quase dois terços desse saldo veio do
setor de serviços: 112.412 (0,65%), especialmente em
áreas como ensino, alimentação e hospedagem. Os
dados divulgados hoje (25) indicam contratações que
podem ser temporárias, como as de trabalho
intermitente e parcial, além da continuação da
tendência de pagar menos para quem entra no mercado
em relação aos que são dispensados.
Entre os setores, a indústria de transformação criou
33.472 postos de trabalho (0,46%), principalmente
nos setores calçadista e têxtil. A maior alta
percentual (1,34%) foi na administração pública, que
abriu 11.395 vagas. A construção civil teve saldo de
11.097 (0,56%), enquanto a agropecuária fechou 3.077
(-0,20%).
O salário médio de admissão, em fevereiro, foi de R$
1.559,08, de acordo com o Caged. E quem saiu recebia
R$ 1.718,79. Diferença, para menos de 9,3%.
O mês passado registrou ainda 19.030 desligamento
por "acordo" entre empregado e empregador. Por essa
modalidade, criada na "reforma" trabalhista, o
funcionário abre mão de parte de seus direitos. Foi
o maior número de acordos dessa natureza desde a
entrada em vigor da Lei 13.467. Isso aconteceu em
12.801 empresas. E atingiu, basicamente, funções de
menor remuneração, como vendedores de comércio
varejista (977), faxineiros (822) e auxiliares de
escritório (681).
O chamado trabalho intermitente teve saldo de 4.346
vagas em 2.124 estabelecimentos, com 1.690 empresas
contratantes. O número cresceu 107,8% em relação a
fevereiro do ano passado. A função com maior número
de vagas foi a de repositor de mercadorias (586). No
regime de tempo parcial, foram 3.404 empregos, com
destaque para professores no ensino fundamental
(280).
No acumulado do ano, o Caged registra saldo de
211.474, crescimento de 0,55% no estoque. Em 12
meses, são 575.226 (1,51%), a maior parte no setor
de serviços (427.281). Em fevereiro, o país estava
com 38,622 milhões de empregos formais, praticamente
no mesmo nível de 2016 (39,028 milhões), um período
de crise econômica aguda. O recorde para o mês é de
2014: 40,696 milhões.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/03/2019 -
Bolsonaro diz que brasileiros ganham muito. Não é
verdade
O presidente Jair Bolsonaro não deixa de
surpreender. Ele, que é um usuário frequente das
redes sociais, é também, tudo indica, um adepto da
pós-verdade - a tendência contemporânea que põe a
interpretação, a opinião de cada um, acima da
verdade dos fatos, não importando o que aconteceu -
o que passa a valer é o que está na cebeça da
pessoa, e não o fato real.
Por José Carlos Ruy, especial para o Vermelho
Esta reflexão foi provocada pela declaração do
capitão-presidente no Chile, num café da manhã neste
sábado (23) com empresários: ele disse que os
trabalhadores brasileiros ganham muito: "Tenho dito
à equipe econômica que na questão trabalhista nós
devemos beirar a informalidade porque a nossa
mão-de-obra é talvez uma das mais caras do mundo".
É uma declaração incompreensível num usuário
frequente da internet, na qual uma simples pesquisa
revela que a afirmação feita por ele não é verdade.
E que os trabalhadores brasileiros, cuja pobreza
aumentou severamente desde a ascensão do golpista
Michel Temer ao governo em 2016, situação agravada
desde a posse de Jair Bolsonaro há menos de três
meses. Os trabalhadores brasileiros estão entre os
mais mal pagos no mundo, não alcançando sequer a
média mundial de salários calculada pela Organização
Internaciondal do Trabalho (OIT). Levando em conta
os ganhos dos trabalhadores em 72 países, a OIT
calculou que o salário mundial médio seria de de US$
1.480 ao mês, ou cerca de US$ 18 mil ao ano (em
valores de março de 2012).
No Brasil, o salário mínimo corresponde, ao câmbio
de hoje (24), a 225 dólares (seu valor em reais é de
998.00). Isto significa que, comparado com a média
mundial calculada pela OIT, o salário mínimo
brasileiro corresponde a 15% daquele valor.
Esta pesquisa, disse o economista Patrick Belser, da
OIT, mostra que a média salarial ainda é muito
baixa, e que, portanto, o nível de desenvolvimento
econômico mundial ainda é, de fato, muito baixo,
apesar da abundância financeira que vemos em alguns
lugares".
No Brasil, ao contrário do que diz o
capitão-presidente, em 2016 metade dos trabalhadores
tinham salários exíguos: recebiam até um salário
mínimo por mês (muito abaixo da média mundial
calculada pela OIT), informou o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). O dado é da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), divulgada em 2017.
Isto é, o Brasil está entre aqueles lugares
referidos pelo economista Patrick Belseror, nos
quais a ganância financeira se sobrepõe. Onde o
governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro impõe
aos trabalhadores os interesses do grande capital
especulativo e tenta reduzir sua capacidade de luta
e resistência. Investe contra a organização sindical
para impor baixos salários, a ponto de recolocar o
Brasil no mapa da fome da ONU.
Fonte: Portal Vermelho
26/03/2019 -
Brasil à deriva. Procura-se um Presidente, aponta
Editorial do Estado
O piloto sumiu e o Brasil está à deriva. Esta é a
mensagem do editorial do jornal Estado de S. Paulo,
desta terça-feira. "A deliberada desorganização
política do governo, causada por um presidente cada
vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e
institucionais, tem o potencial de agravar a crise,
levando-a a patamares muito perigosos – e talvez
seja isso mesmo o que muita gente quer", aponta o
texto. Um tema cada vez mais debatido nos círculos
políticos é como abreviar o pesadelo bolsonarista.
"Ocupado com questiúnculas que fazem a alegria de
sua militância, o sr. Jair Bolsonaro parece ter
abdicado de governar para todos. Os problemas
avolumam-se de forma preocupante – já se fala até de
uma nova paralisação de caminhoneiros – e o
presidente mostra-se alheio a eles, movendo-se ao
sabor das redes sociais como se disso derivasse sua
força e não sua fraqueza, como de fato acontece",
diz ainda o editorial.
"Segundo sua concepção de 'nova política', Bolsonaro
não demonstra nenhum interesse em construir uma base
parlamentar sólida o bastante para aprovar nem mesmo
projetos simples, que dirá reformas complexas, como
a da Previdência", prossegue o texto. "Seja como
for, a deliberada desorganização política do
governo, causada por um presidente cada vez mais
desinteressado de suas tarefas políticas e
institucionais, tem o potencial de agravar a crise,
levando-a a patamares muito perigosos – e talvez
seja isso mesmo o que muita gente quer."
Fonte: Brasil247
26/03/2019 -
Para sindicalista, 'voz das ruas' pode ser resposta
contra fake news
Presidente da CTB acredita que população já
começa a se dar conta do "saco de maldades" do
governo.
Centrais se reúnem nesta terça-feira para organizar
agenda que pode incluir greve geral
Representantes das centrais sindicais voltarão a se
reunir nesta terça-feira (26), em São Paulo, para
avaliar as manifestações realizadas na última sexta
e discutir os próximos passos da mobilização contra
a "reforma" da Previdência, que pode incluir uma
greve geral, conforme adiantaram vários dos
discursos da semana passada. "O ato foi para além
das nossas expectativas e demonstra que estamos numa
crescente", afirma o presidente da CTB, Adilson
Araújo.
Para ele, a chamada voz das ruas "pode ser uma
importante respostas às fake news", à onda de
mentiras que contribuiu para a eleição de Jair
Bolsonaro à Presidência da República. "O povo vai
começando a ter medida do saco de maldades (do
governo), afirma. Adilson acredita que as centrais,
neste momento, precisam ter "sagacidade política,
unidade e determinação" para continuar organizando a
resistência contra medidas que ameaçam direitos,
simultaneamente aos ataques recebidos contra as
próprias entidades sindicais.
O dirigente cita as leis de "reforma" trabalhista
(13.467) e de terceirização irrestrita (13.429) e a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, sobre a
Previdência, como exemplo da ofensiva a direitos
sociais. Além disso, no início do mês o governo
editou a Medida Provisória (MP) 873, que muda regras
sobre o custeio sindical. Várias entidades têm
obtido liminares na Justiça, enquanto aguardam o
julgamento de ações diretas de inconstitucionalidade
pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Unificação
Para o presidente da CTB, o cenário exige um novo
comportamento das centrais, inclusive pensando em
unificação de entidades. "Acho que o tempo já
reclama uma nova Conclat", diz Adilson, referindo-se
a conferência que reuniu, nos anos 1980 e em 2010,
praticamente todas as forças políticas do meio
sindical. "Não tenho dúvida que o movimento sindical
vai ter de caminhar para uma reestruturação
profunda."
A própria central comandada por Adilson está
discutindo um processo de unificação com a CGTB, mas
o presidente observa que esse processo levará tempo.
"Ainda vamos vencer etapas. A CTB tem seus fóruns de
deliberação", afirma, enfatizando as diferenças
entre esse caso e o processo que levou a
incorporação do PPL ao PCdoB. "A CTB é uma central
plural", diz o dirigente, ao destacar que na
entidade militam sindicalistas ligados também ao
PSB, ao PDT e inclusive ao PT. O foco, neste
instante, é juntar forças em defesa da Previdência
pública.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/03/2019 -
Para Paim, protestos comprovam insatisfação com
reforma da Previdência
O senador Paulo Paim (PT-RS) registrou nesta
segunda-feira (25) as manifestações populares
contrárias a proposta de reforma da Previdência —
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019. De
acordo com o parlamentar, estados como Rio Grande do
Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará
já começaram a reproduzir, nestes últimos dias, a
insatisfação da sociedade com as sugestões
encaminhadas pelo governo para mudança na
Previdência Social. Ele citou como pontos
“inaceitáveis” a definição de uma mesma idade para
que o homem e a mulher do campo consigam se
aposentar, a desvinculação do benefício social do
salário mínimo e a redução do valor do Benefício de
Prestação Continuada (BPC) para R$ 400 quando o
idoso optar por receber aposentadoria aos 60 anos.
Para Paim, uma das alterações da reforma da
Previdência que mais o preocupa é a transição do
atual sistema de repartição para a capitalização.
Ele apresentou estudo recente da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) indicando que de
1981 a 2014, dos 30 países que já adotaram esse
sistema, 18 buscaram ou buscam sua reversão. Ele
considera que essa mudança é uma tentativa de
privatizar a Previdência e citou como exemplo de
“fracasso” a experiência do Chile.
— Seis fundos de pensão no Chile detêm 96% do PIB
chileno. A concentração de renda pertence aos
bancos. Somente 2% dos chinelos conseguiram
contribuir por 40 anos para receber um salário
mínimo como aposentadoria [o equivalente a cerca de
R$ 1.400]. Muitos recebem o equivalente a apenas R$
6 de benefício. A aplicação deles, baseada nos 10%
sobre o salário, não rendeu, e muitos bancos
disseram que faliu aquela carteira. O grupo viu
muitos aposentados que viraram mendigos pedindo
esmolas pelas ruas. Enfim, a situação do Chile é
irreversível. Não sabem como tirar a população dessa
miséria — descreveu.
A proposta que sugere mudança na Previdência foi
apresentada pelo governo federal e está em
tramitação na Câmara do Deputados. O texto será
analisado inicialmente pela Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) daquela
Casa. Depois, caso aprovada, segue para votação na
comissão especial e em seguida para o Plenário,
antes de chegar ao Senado.
Fonte: Agência Senado
26/03/2019 -
Centrão quer afrontar Bolsonaro votando reforma de
Temer
A tensão gerada em Brasília pela desarticulação
política de Jair Bolsonaro (PSL) levou os líderes do
centrão a começar a discutir a possibilidade de
desenterrar o texto da reforma da Previdência de
Temer (MDB) e votá-la como afronta ao Planalto.
Desde a semana passada, deputados que apoiam
mudanças nas regras da Previdência mas que estão
contrariados com o tratamento de Bolsonaro começaram
a considerar ignorar a proposta do ministro Paulo
Guedes.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"deputados e presidentes de partidos ouvidos pela
Folha disseram que a ideia surgiu em conversas
informais. Inicialmente, fizeram a avaliação de que
o texto de Temer era menos duro, mais palatável e
com projeções de economia mais factíveis e
transparentes."
E acrescenta: "Guedes quer economizar R$ 1 trilhão
em dez anos. Em 2017, Temer previa poupar R$ 800
bilhões em igual período, e a proposta aprovada na
comissão especial sobre a reforma na Câmara fechou o
valor em R$ 600 bilhões."
Fonte: Brasil247
26/03/2019 -
Ministro Paulo Guedes será ouvido apenas pela CAE
nesta quarta-feira
O ministro da Economia, Paulo Guedes, virá ao Senado
nesta quarta-feira (27) para falar com os senadores
em audiência pública na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE). Inicialmente a reunião seria
realizada em conjunto com a Comissão de Direitos
Humanos (CDH).
— Quero discutir a Previdência, e eu soube que lá
[na audiência da CAE] vai ser pacto federativo e a
questão da Lei Kandir. Isso não quer dizer que eu
não vou lá, mas eu queria discutir Previdência.
Tenho receio que eles digam depois "eu já discuti
Previdência com o Paim lá". Eu vou insistir com ele
que eu quero discutir Previdência — afirmou o
presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS).
Desde o início do ano, a CDH tem feito uma série de
audiências públicas sobre a reforma da Previdência.
Segundo Paim, de todas as audiências já realizadas,
não houve um representante do governo para defender
a aprovação da proposta.
Fonte: Agência Senado
26/03/2019 -
Temer e Moreira Franco são soltos por determinação
de desembargador do TRF-2
O desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região Antonio Ivan Athié determinou a soltura
imediata do ex-presidente Michel Temer, do
ex-ministro Moreira Franco, outros seis presos na
operação Descontaminação, deflagrada na última
quinta-feira (21).
Athié, que é relator do caso no TRF 2, havia
sinalizado inicialmente que levaria os pedidos de
liberdade para julgamento colegiado com mais dois
desembargadores, em sessão marcada para esta
quarta-feira (27).
Mas, após analisar o caso no fim de semana, concluiu
que as prisões afrontavam garantias constitucionais
e que não se justificava aguardar mais dois dias
para decisão.
As prisões foram determinadas pelo juiz federal
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que
julga os processos relacionados à Lava Jato no Rio
de Janeiro.
Na decisão, o magistrado afirma que não é contra a
operação Lava Jato, mas refutou os argumentos que
fundamentaram as prisões preventivas.
O ex-presidente foi preso junto com o ex-ministro e
outros acusados de integrar uma quadrilha que
cometeu crimes de corrupção relacionados à
construção da Usina Nuclear Angra 3.
Ao todo, 10 pessoas foram alvos de mandados de
prisão, sendo 8 preventivos e dois temporários.
As prisões temporárias dos empresários Carlos Jorge
Zimmermann e Rodrigo Castro Neves, foram revogadas
durante o plantão do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região.
Fonte: Portal EBC
26/03/2019 -
Confiança da indústria recua 1,9 ponto, de acordo
com prévia de março
O Índice de Confiança da Indústria teve uma queda de
1,9 ponto na prévia de março deste ano, na
comparação com o resultado consolidado de fevereiro.
Segundo dados divulgados nesta segunda (25) pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador caiu para
97,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
O recuo foi observado tanto na confiança dos
empresários da indústria em relação ao momento
presente quanto em relação ao futuro. O Índice da
Situação Atual caiu 1,3 ponto, para 97,5 pontos. Já
o Índice de Expectativas recuou 2,4 pontos, para
96,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da
Indústria (NUCI) avançou 0,2 ponto, para 74,9%. Para
a prévia de março, foram consultadas 780 empresas
entre os dias 1º e 21 deste mês. O resultado final
da pesquisa será divulgado na próxima sexta-feira
(29).
Fonte: Agência Brasil
26/03/2019 -
Sindicato tem de comprovar pobreza jurídica para
obter justiça gratuita
A mera declaração não é suficiente para a
concessão do benefício
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
indeferiu o pedido de assistência judiciária
gratuita ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria
da Construção Civil, Montagem, Estradas, Pontes,
Pavimentação e Terraplenagem na reclamação
trabalhista ajuizada contra a Pre Edificar
Construtora Ltda. A decisão seguiu a jurisprudência
de que é necessário que a entidade demonstre sua
incapacidade de arcar com as custas do processo para
ter direito ao benefício.
Relevância
A ação diz respeito ao cumprimento de acordo
extrajudicial relativo ao tíquete-alimentação. O
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES)
reformou a sentença que havia indeferido a
assistência judiciária gratuita à entidade sindical
por entender que a exigência da demonstração da
impossibilidade de arcar com as custas e encargos do
processo não se aplica aos sindicatos. “A relevância
das entidades sindicais para o Estado Democrático de
Direito está expressamente reconhecida na
Constituição da República”, afirmou o Tribunal
Regional. “Dessa forma, o sindicato faz jus à
concessão dos benefícios da justiça gratuita, sendo
desnecessária a prova de incapacidade financeira”.
Pessoa física
No recurso de revista, a construtora sustentou que o
benefício da justiça gratuita é restrito às pessoas
físicas hipossuficientes ou, excepcionalmente, às
pessoas jurídicas que comprovem estado de penúria.
A relatora, ministra Delaíde Miranda Arantes,
assinalou que a jurisprudência do Tribunal admite a
concessão do benefício aos sindicatos quando atuarem
na defesa de seus próprios interesses ou como
substitutos processuais. Para isso, no entanto, é
necessário que a entidade comprove de forma cabal a
impossibilidade de arcar com as despesas do
processo. “Não basta a mera declaração de pobreza
jurídica”, explicou.
Segundo a ministra, não há no relato do TRT
comprovação da situação de insuficiência econômica
do sindicato. Assim, concluiu pela impossibilidade
do deferimento da justiça gratuita. A decisão foi
unânime. Processo: RR-173-60.2017.5.17.0121
Fonte: TST
25/03/2019 -
Nova Central nas ruas, em defesa da Previdência
Social
Atendendo solicitação do presidente da entidade,
José Calixto Ramos, base filiada da NCST foi às ruas
contra o desmonte do sistema previdenciário.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
participou, nesta sexta-feira (22), das mobilizações
do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência
Social. A entidade sindical, por meio de sua base
filiada, alcançou representativa participação nos
atos contrários ao desmonte do sistema
previdenciário nacional. Atendendo à solicitação do
presidente da entidade, José Calixto Ramos (saiba
mais), a Nova Central integrou-se
às demais organizações sindicais, fortalecendo as
trincheiras na defesa do direito à aposentadoria de
milhões de trabalhadores brasileiros.
Entre passeatas, paralizações, panfletagens,
assembleias e greves; as diversas frentes de luta
que contaram com ativa participação da base filiada
da NCST, visam esclarecer a sociedade e alertar
parlamentares sobre os graves riscos da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC
06/2019), com potencial de retirar
condições mínimas de dignidade ao trabalhador
aposentado (saiba
mais).
Clique AQUI
e acesse registros fotográficos – compartilhados nas
redes sociais - da participação da Nova Central nos
atos do dia 22 de Março
Clique AQUI
e acesse a Calculadora da Aposentadoria elaborada
pelo Dieese
Clique AQUI
e acesse a plataforma digital que dispara e-mails
aos parlamentares em defesa da Previdência Social.
Imprensa NCST com Secom/CSPB
Fonte: NCST
25/03/2019 -
"Reforma" da Previdência repudiada nas ruas
Os protestos desta sexta-feira (22) contra a
“reforma” da Previdência ficam registrado como um
enérgico pronunciamento dos trabalhadores. Seu vigor
decorre da unidade das entidades sindicais, uma ação
nacional que uniu as centrais, mas o determinante
foi a crescente percepção de que essa medida
anunciada pelo governo Bolsonaro é uma das mais
perversas, para o povo, de que se tem notícia na
história deste país. Ela simplesmente passa a
borracha numa epopeia que ergueu o edifício que
abriga a legislação social brasileira.
Nela está a essência do conceito de democracia. Sua
garantia, inscrita na Constituição, é resultado do
acúmulo da institucionalidade do país que, a bem
dizer, vem dos embates da resistência ao regime
escravista. Desde os primórdios da classe
trabalhadora brasileira, quando os operários se
depararam com os primeiros sinais de truculência e
exploração desbragada do capitalismo, a questão
previdenciária comparece nas pautas de
reivindicações.
As verdadeiras operações de guerra montadas para
impedir a organização dos trabalhadores não
contiveram o seu avanço, que tem nas jornadas épicas
cujo pico se deu em 1917 seu ponto de destaque.
Acordos foram arrancados, depois descumpridos
exatamente porque o ordenamento político e jurídico
do país não dava garantias de que seriam
respeitados.
Foi a chamada “Lei Elói Chaves”, de 1923, que
plasmou o primeiro arcabouço de legalidade dessa
importante reivindicação operária. Anos depois, com
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) editada
pelo presidente da República Getúlio Vargas em 1941,
a Previdência Social ganhou status mais abrangente,
consolidado em 1946 e registrado na Constituição
daquele ano como um direito inscrito na
constitucionalidade do país.
Vieram muitos ajustes, como o estabelecimento da
aposentadoria integral depois de uma cota razoável
de anos trabalhados associados às contribuições, a
sua abrangência para todos trabalhadores da cidade e
do campo, até a consagração dessa verdadeira justiça
social na Constituição de 1988.
A proposta de “reforma” de Bolsonaro e seu ministro
da Economia, Paulo Guedes, é a negação de toda essa
verdadeira saga dos trabalhadores brasileiros. É um
golpe que chega ao acúmulo da luta internacional dos
trabalhadores, com as revoluções e a superação de
crises, que trouxe a relação entre capital e
trabalho para um patamar menos truculento, menos
incivilizados. Eis a definição para a “reforma” de
Bolsonaro: uma proposta contra o processo
civilizatório.
Essa ideia explica a forte resistência que ela
desperta. Está claro que as forças políticas que
pilotam esse autêntico atentado à civilização não
têm moral, tampouco sinceridade, para falar em
“modernização” do sistema ou coisa que o valha. Não
têm sequer condições para uma articulação política
que dê consistência à tramitação da proposta. As
crises sucessivas no meio bolsonarista abrem flanco
para a possibilidades de recuo de setores que não
estão convictos da necessidade dessa “reforma”.
A resistência dos trabalhadores tende a se elevar e
se transformar em grandes ações de massa. Os números
das manifestações dessa sexta-feira permitem
considerar essa possibilidade, o que pode ter
influência sobre as vacilações que já se manifestam
no âmbito dos que o bolsonarismo tem como seus
aliados nessa questão. A hora é de amplitude, de
unidade e luta, de olhar o presente pensando no
futuro. Hora de uma ação política que não seja
passeios por becos sem saída, que não conduza esse
enorme potencial para uma fragorosa derrota de
Bolsonaro para guetos e para o imobilismo.
Fonte: Portal Vermelho
25/03/2019 -
Enquanto trabalhador vai à rua, governo avança
contra sindicatos
Presidente baixa decreto que explicita proibição
de descontos de contribuições
O governo deu um passo a mais no ataque ao
financiamento de entidades sindicais, desta vez
mirando especificamente no setor público. Decreto de
quinta (21), assinada por Jair Bolsonaro e pelo
ministro Paulo Guedes, elimina dois dispositivos de
um outro decreto, de 2016, sobre consignações em
folha de pagamento do Executivo federal.
O curto Decreto 9.735, publicado na edição desta
sexta-feira (22) do Diário Oficial da União, revoga
dispositivos do Decreto 8.690, de março de 2016: são
dois incisos, um do artigo 3º e outro do artigo 4º.
O governo é explícito: retira os itens que tratam de
"contribuição devida ao sindicato pelo servidor" e
"contribuição em favor de fundação ou de associação
que tenha por objeto social a representação ou a
prestação de serviços a seus membros". Com isso,
procura reforçar o disposto na Medida Provisória
(MP) 873, do dia 1º, que veta desconto em folha de
contribuições sindicais, que passam a ser permitidas
apenas em boletos.
A MP está sendo questionada judicialmente e é objeto
de ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo
Tribunal Federal (STF). Vários sindicatos já
conseguiram liminar para garantir a manutenção dos
descontos, entre servidores públicos e também no
caso dos petroleiros. Sexta-feira, o Sindicato dos
Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior
paulista, informou que obteve liminar na 4ª Vara do
Trabalho do município mantendo o desconto em folha.
"A interferência do governo Bolsonaro no
funcionamento dos sindicatos tem o evidente
propósito de fragilizar a luta e a organização dos
trabalhadores por seus direitos", afirmam os
metalúrgicos. "Ao determinar a cobrança por boleto,
o governo levará à inviabilidade financeira das
entidades sindicais."
Na quarta-feira (20), o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), enviou mensagem ao colega da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), oficializando a
formação de uma comissão mista para analisar a
proposta. O colegiado ainda não foi instalado. A MP
recebeu 513 emendas.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/03/2019 -
PEC de Bolsonaro deixará sem PIS a imensa maioria
dos trabalhadores
A Proposta de Emenda Constitucional da reforma da
Previdência - PEC 6/2019 - impõe severas perdas aos
segurados, que terão enormes dificuldades para se
aposentar se o texto original de Bolsonaro for
aprovado.
Mulheres, agricultores, professores e idosos pobres
serão os mais prejudicados. A reforma cria
obstáculos no acesso aos benefícios, fixando idade
mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres,
além de aumentar o tempo mínimo de contribuição de
15 para 20 anos.
Porém, as maldades vão além. Caso seja aprovado como
está, o projeto governista impedirá que 90% dos
trabalhadores brasileiros saquem o abono salarial.
Hoje, o abono do PIS/Pasep é pago ao servidor
público ou celetista com Carteira assinada que
recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais
e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos,
30 dias no exercício anterior ao ano-base.
Com a PEC aprovada pelo Congresso Nacional, o abono
- uma espécie de 14º salário que muitos ainda chamam
de PIS - seria pago apenas a quem ganha até um
salário mínimo, ou seja, R$ 998,00.
Segundo o Instituto Fiscal Independente, do Senado,
90% dos contemplados atualmente pelo abono serão
excluídos do benefício.
SP - No Estado de São Paulo, por exemplo,
toda a classe trabalhadora deixaria de receber. Isso
porque, a partir de abril, o Piso estadual subirá
para R$ 1.163,55, índice 15% superior ao mínimo.
Diap - A Agência Sindical conversou com o
jornalista Antônio Augusto de Queiroz, diretor
licenciado do Diap (Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar). Para Toninho, trata-se de
“um contrabando dentro da reforma da Previdência que
precisar ser desmascarado e combatido com firmeza”.
Ele explica que o artifício inserido ardilosamente
na reforma pode tirar até 8% da renda anual de um
trabalhador que recebe o PIS. Segundo Toninho, o fim
desse direito agravaria as condições alimentares de
20 milhões de famílias. "Elas terão menos comida em
casa. Isso é tão estapafúrdio que pobre no Brasil
ficaria sem proteção do Estado", comenta.
Valor - Em sua coluna desta quinta (21) no
jornal Valor Econômico, a jornalista Maria Cristina
Fernandes argumenta que a proposta atinge duramente
os mais pobres. Com a nova regra restritiva, serão
subtraídos dos trabalhadores de baixa renda o
equivalente a R$ 150 bilhões, num prazo de dez anos.
Fonte: Agência Sindical
25/03/2019 -
Parece briga de rua, precisa acalmar, diz Mourão
sobre Maia e Bolsonaro
Após a críticas do presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à falta de
articulação política do presidente Jair Bolsonaro, o
vice-presidente da República, Hamilton Mourão,
afirmou ao Blog de Andréia Sadi que o momento é de
"colocar a bola no chão", ter calma e conversar para
não prejudicar a reforma da Previdência e outros
temas importantes para o país.
"Parece briga de rua. Precisa acalmar as bases. O
momento é de clareza, paciência e determinação",
disse Mourão em referência a Maia e a Bolsonaro.
Questionado se vai procurar o presidente da Câmara,
ele disse que "não quer atravessar o presidente",
mas que está "à disposição" para ajudar.
Em entrevista às jornalistas Vera Rosa, Naira
Trindade e Renata Agostini, publicada no sábado (23)
pelo jornal O Estado de S.Paulo, Maia disse que "o
Brasil precisa sair do Twitter e ir para a vida
real".
"Ninguém consegue emprego, vaga na escola, creche,
hospital por causa do Twitter. Precisamos que o País
volte a ter projeto. Qual é o projeto do governo
Bolsonaro, fora a Previdência? Fora o projeto do
ministro (Sérgio) Moro? Não se sabe. Qual é o
projeto de um partido de direita para acabar com a
extrema pobreza? Criticaram tanto o Bolsa Família e
não propuseram nada até agora no lugar. Criticaram
tanto a evasão escolar de jovens e agora a gente não
sabe o que o governo pensa para os jovens e para as
crianças de zero a três anos. O governo é um deserto
de ideias", disse.
Fonte: Brasil247
25/03/2019 -
Escolha do relator da Previdência na CCJ foi adiada
a pedido do PSL
Líder do partido do presidente Bolsonaro
questiona tratamento diferenciado a militares e
avalia que foi um erro reestruturar carreiras agora
O líder do PSL na Câmara dos Deputados, deputado
Delegado Waldir (PSL-GO), pediu na quinta-feira (21)
ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça
e de Cidadania, deputado Felipe Francischini
(PSL-PR), o adiamento da indicação do nome do
relator da reforma da Previdência dos civis (PEC
6/19).
Segundo Waldir, Francischini ouviu não só dele, mas
também de outros líderes partidários,
questionamentos sobre o tratamento diferenciado dado
pelo governo federal às reformas da Previdência de
civis e militares.
Na opinião do líder do PSL, o governo errou ao
encaminhar a reforma da Previdência das Forças
Armadas junto com a reestruturação de carreiras
militares.
“Ao tomar conhecimento do texto e das diferenças que
existem, eu mesmo pedi ao presidente da CCJ,
pessoalmente, que ele aguarde a indicação do relator
da comissão. Nós não podemos tratar o cidadão
brasileiro de forma diferente. Não pode a maioria
continuar arcando com algumas diferenças. Eu penso
que não foi o timing certo essa reestruturação
trazida aos militares”, declarou.
“Nós não vamos colocar a nossa digital em trem
errado. O PSL entrega seus 54, 55 votos numa reforma
igualitária para todos os brasileiros, do zelador,
do porteiro, do professor, do médico, advogado, do
juiz, do político e do militar”, disse o líder.
Na análise do líder do PSL, a reforma da Previdência
dos militares não está de acordo com o discurso
adotado por Bolsonaro e pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, de que todos serão tratados de forma
igualitária.
“Havia uma previsão de economia de quase R$ 100
bilhões com essa reforma dos militares, mas baixou
para R$ 10 bilhões. Esses 10% serão os mesmos
adotados para todo o pacote de reforma da
Previdência? O governo nos trouxe um grande abacaxi,
mas não podemos descascá-lo no dente. Tem que mandar
a faca para descascar. Precisamos que o governo
venha explicar esse tratamento diferenciado às
forças militares”, disse Delegado Waldir.
Segundo ele, os deputados não concordam em chancelar
a proposta dos militares sem uma explicação. “Isso
dificulta que qualquer parlamentar queira colocar
sua digital nesse projeto”, finalizou.
Em entrevista ao Jornal Nacional, Francischini
manteve o mesmo discurso. “Tudo depende do governo.
E dar celeridade realmente a essa articulação
política, à montagem da base do governo, senão a
Comissão não consegue dar celeridade também. Temos
hoje uma oposição bastante aguerrida, temos muitos
deputados independentes que estão analisando o
projeto; e é importante que o governo entre agora
com seus técnicos, sua equipe política, para
protagonizar essa questão”, disse o presidente da
CCJ.
Fonte: Agência Câmara
25/03/2019 -
CDH debaterá Reforma da Previdência nesta
terça-feira
A Comissão de Direitos Humanos realiza mais uma
audiência sobre a proposta de Reforma da Previdência
(PEC 06/2019) nesta terça-feira (26), a partir das 9
horas. Especialistas convidados analisarão o regime
de capitalização, o fim das multas de FGTS na
demissão de aposentados e as perdas na aposentadoria
com a mudança do cálculo da média salarial.
Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da
CDH, é fundamental esclarecer à população as
consequências da aprovação de uma reforma na forma
como foi enviada.
- Não podemos voltar à situação de antes da
existência das leis trabalhistas. A previdência foi
criada para proteger os mais fracos e os mais
velhos. O que se está fazendo é abandonando aqueles
que trabalharam durante a vida toda para passarem
fome na velhice.
Foram convidados dez especialistas na área de
previdência. Entre eles, três pesquisadores que
contestam os números do governo e afirmam que a
Previdência Social não é deficitária. Os grandes
gargalos seriam a explosão da dívida pública
associada, os desvio das verbas da Previdência com a
DRU (Desvinculação de Receitas do Orçamento), a
sonegação e a limitação do teto de gastos
estabelecida pela Emenda Constitucional 95.
São eles o economista Luís Roberto Pires Domingues
Junior, que assessorou a CPI da Previdência, Mauro
José Silva, diretor da Associação dos Auditores
Fiscais da Receita Federal (UNAFISCO) e Carlos
Antônio de Albuquerque Cardoso Filho,
vice-presidente da Federação Nacional dos Auditores
e Fiscais de Tributos Municipais (FENAFIM).
Estão também convidados dois representantes da área
jurídico previdenciária e trabalhista, Rosana Cólen
Moreno, procuradora do Estado de Alagoas, e o juiz
federal Antônio José de Carvalho Araújo, coordenador
da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE).
Para representar o setor público, foram convidados
Elienai Coelho (ANASPS), Douglas de Almeida Cunha (SINDISCOSE),
Sérgio Ronaldo da Silva (CONDSEF), Jordan Alisson
Pereira (Sindicato do Banco Central) e Luis Roberto
da Silva (SINDFAZENDA).
A Audiência pública terá o caráter interativo,
poderá receber participações por meio do Alô Senado
(0800-612211) e do portal e-Cidadania (https://www12.senado.leg.br/ecidadania).
Fonte: Agência Senado
22/03/2019 -
Temer e Moreira Franco ficarão detidos em unidade
prisional da PM
Na mesma unidade está preso o ex-governador Pezão
O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira
Franco, presos nesta quinta-feira (21), em um
desdobramento da Operação Lava Jato, ficarão detidos
em uma cela especial da Unidade Prisional da Polícia
Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio
de Janeiro.
A determinação é do juiz Marcelo Bretas, titular da
7ª Vara Federal Criminal, atendendo um pedido da
Força Tarefa da Operação Lava Jato do Ministério
Público Federal. Os procuradores alegaram que, por
ser ex-presidente da República, Michel Temer tem
direito a tratamento especial, assim como Moreira
Franco, que foi ministro até dezembro de 2018.
O coronel reformado da Polícia Militar João Baptista
Lima Filho, também terá direito a cela especial no
Estado Maior da PM, em Niterói. Segundo o MPF, o
coronel, amigo pessoal de Temer, é o operador do
esquema de corrupção chefiado pelo ex-presidente.
Michel Temer foi preso em casa, em São Paulo, e
Moreira Franco, ao desembarcar no Aeroporto
Internacional Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro.
Ambos devem passar por exame de corpo delito antes
de serem levados para a unidade prisional. A prisão
do coronel Lima e de sua esposa, Maria Rita Fratezi,
não foi confirmada.
Acusação
O ex-presidente e o ex-ministro são acusados de
receber cerca de R$ 1 milhão em propina em meio a
obras relacionadas à Usina de Angra Três, por meio
de empresas de fachada, e lavagem de dinheiro. A
pedido da força-tarefa da Lava Jato, a Justiça
Federal determinou a prisão preventiva de mais sete
pessoas.
Na unidade da PM em Niterói, já está o ex-governador
do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão. Ele tem
direito a cela especial por ter sido preso no
exercício do cargo. Pezão é acusado de receber
propina e corromper agentes públicos com pagamentos
ilegais, que movimentaram cerca de R$ 40 milhões
entre 2007 e 2015. O governador nega as acusações.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2019 -
A defesa da aposentadoria exige mobilização popular
Os trabalhadores estarão nas ruas de todo o país,
nesta sexta-feira (22), para defender o direito à
aposentadoria ameaçado pelo governo Bolsonaro e sua
reforma da Previdência. A mobilização popular foi
convocada de forma unitária por todas as centrais
sindicais - CTB, Força Sindical, CUT, Nova Central,
CSB, CSP-Conlutas, CGTB e Intersindical – e recebe o
apoio do conjunto do movimento social, inclusive da
Frente Brasil Popular, da Frente Povo Sem Medo e dos
partidos progressistas que lançaram uma frente em
defesa da previdência pública.
Eleito para cumprir uma agenda ultraliberal,
contrária aos interesses do povo e do país,
Bolsonaro apresentou ao Congresso Nacional uma
reforma que desmonta o conceito de seguridade
social, retira da Constituição Federal os direitos
previdenciários, institui a idade mínima de 65 anos
para os homens e 62 para as mulheres, eleva o tempo
de contribuição para 40 anos, retira a variação da
inflação do reajuste dos benefícios e reduz para R$
400 o benefício para idosos pobres, o chamado
Benefício de Prestação Continuada (BCP).
A proposta de Bolsonaro atinge de modo perverso os
pobres, as mulheres e os trabalhadores rurais. O
objetivo principal é privatizar a previdência
pública através da criação do chamado regime de
capitalização e desse modo transferir R$ 1 trilhão
oriundo da aposentadoria dos trabalhadores para os
banqueiros através do pagamento de juros da dívida
pública.
Portanto, os trabalhadores e povo estarão nas ruas
para barrar essa reforma que poderá agravar ainda
mais as condições de vida já difíceis dos
brasileiros e brasileiras que trabalharam para
sustentar suas famílias e fazer do Brasil e uma
grande nação. É inaceitável que ao fim dos muitos
anos de trabalha sejam punidos de modo tão perverso
e injusto.
A mobilização desta sexta-feira, segundo as
lideranças dos trabalhadores, é o pontapé inicial do
calendário de ações do Dia Nacional de Luta em
Defesa da Previdência Pública. A mobilização vai
acompanhar a tramitação da proposta no Congresso
Nacional e poderá culminar numa grande greve geral,
a exemplo do que ocorreu no histórico 28 de abril de
2017, que foi fundamental para derrotar proposta
semelhante de Michel Temer. Os atos desta
sexta-feira ocorrerão nas capitais dos Estados, no
Distrito Federal e em mais de 130 outras cidades
pelo Brasil.
A luta contra a "reforma" que destrói a previdência
social ocorre num momento em que a resistência
popular e democrática contra o governo antipopular
de Jair Bolsonaro dá sinais de se animar. Para o
presidente da CTB, Adilson Araújo, é preciso
“trabalhar sem descanso nos próximos dias e meses
para impor uma derrota ao governo de extrema direita
nesta grande batalha que é vital não só para o
Palácio do Planalto, que faz o jogo dos EUA e dos
banqueiros, mas também e sobretudo para a classe
trabalhadora brasileira”.
Fonte: Portal Vermelho
22/03/2019 -
Oposição cria frente contrária à reforma da
Previdência
Seis partidos integram a frente, juntos têm 132
votos na Câmara, o que não é suficiente para barrar
a reforma no Plenário.
São necessários 308 votos para aprovar a proposta
Seis partidos de oposição ao governo decidiram nesta
quinta-feira (21) lançar uma frente parlamentar
contrária à reforma da Previdência (PEC 6/19) na
próxima terça-feira (26). São eles: PDT, PT, PSOL,
PSB, PCdoB e PCB.
Para o líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE),
a decisão marca uma reunificação dessas legendas que
formaram blocos separados logo no início da
legislatura, sendo que o PCB não tem representação
na Câmara.
Juntos, eles têm 132 votos na Câmara e são
necessários 308 para aprovar a reforma em Plenário.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), afirma que os votos necessários para
barrar a reforma virão de outros partidos. "Buscando
outros parlamentares, independentemente de suas
legendas, além de uma grande articulação com a
sociedade brasileira para construção de um grande
movimento cívico nacional."
Para André Figueiredo, o saldo da reforma é bastante
negativo para os trabalhadores em geral. "Da maneira
como foi proposta, a reforma vai causar um grande
malefício à base da pirâmide, às pessoas que não têm
mais o que perder porque já perderam tudo. Então
temos que fazer essa grande articulação e esses
partidos estão extremamente unificados nessa ação."
Deficit público
Mas o governo tem afirmado que a reforma
previdenciária não seria uma opção. O ministro da
Economia, Paulo Guedes, tem destacado a situação das
contas públicas e alertado para necessidade da
reforma. "Para retomar o crescimento econômico,
recuperar a estabilidade fiscal e, principalmente,
evitar o colapso do regime previdenciário
brasileiro”.
Guedes ressaltou ainda que todas as aposentadorias e
até mesmo os salários dos servidores públicos
estariam em risco. “Porque o Estado está em ritmo
acelerado rumo à insolvência." A reforma da
Previdência pretende economizar R$ 1 trilhão nos
próximos dez anos.
Fonte: Agência Câmara
22/03/2019 -
Petroleiros conseguem liminares contra MP que
'asfixia' sindicatos
Entidades contestam medida baixada por Bolsonaro
no início do carnaval, que é objeto de ações no STF
Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não julga
as ações contra a Medida Provisória (MP) 873, sobre
financiamento sindical, entidades vêm obtendo
liminares judiciais para preservar seus direitos. No
caso dos petroleiros, a FUP, federação da categoria,
informa que nove sindicatos já conseguiram liminar
que obriga a Petrobras a manter o desconto em folha
das mensalidades. A empresa havia informado que
seguiria a MP editada pelo governo Bolsonaro no
início do carnaval.
"O objetivo da Petrobras e de suas subsidiárias é
asfixiar as entidades sindicais na resistência ao
desmonte da empresa", afirma a federação. "Para
barrar a medida arbitrária tomada pelos gestores, a
FUP e seus sindicatos ingressaram na segunda-feira,
18, com ações trabalhistas em todo o país, cobrando
a manutenção do desconto em folha das mensalidades
sindicais."
Ainda na última sexta (15), quando a Petrobras fez o
aviso aos sindicatos, a FUP mandou notificação
extrajudicial, cobrando da empresa que voltasse
atrás na "decisão arbitrária", alegando que a medida
é inconstitucional. A entidade cita o artigo 8º da
Constituição, sobre custeio sindical.
"A Petrobras anunciou o corte no mesmo dia em que
(Roberto) Castello Branco (presidente da estatal)
declarou aos quatro ventos seu sonho de privatizar
toda a empresa, e num cenário em que é prioritário
para Bolsonaro paralisar os sindicatos que lutam
contra a reforma da Previdência", observa Normando
Rodrigues, assessor jurídico da FUP. Segundo ele, no
caso da estatal trata-se de uma "atitude autoritária
que sequer a ditadura militar tomou".
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério
Público do Trabalho (MPT) já se manifestaram contra
a MP 873. No Congresso, foi formado uma comissão
para analisar a medida.
Os sindicatos que conseguiram liminares até agora
foram os do Amazonas, Norte Fluminense, Paraná (ramo
químico), Paraná-Santa Catarina, Espírito Santo, Rio
Grande do Norte, Duque de Caxias, Bahia e São Paulo.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/03/2019 -
Marinho diz que governo não vai fazer
reestruturações salariais
O secretário nacional da Previdência, Rogério
Marinho, disse nesta quinta-feira (21) que não há
margem para fazer reestruturações de outras
carreiras federais durante as discussões da reforma
previdenciária. A proposta de reforma da previdência
dos militares, apresentada quarta (20) pelo governo,
inclui uma reestruturação da carreira das Forças
Armadas.
"Nos últimos 19 anos, a única categoria mais
relevante do serviço público que não teve
reestruturação foi as Forças Armadas", disse.
Marinho disse que até pode haver pressão de outras
categorias para que se faça o mesmo com elas, mas o
governo não pretende ceder. "Não há nenhuma
possibilidade, nenhuma margem de tratarmos desse
tema".
Segundo Rogério Marinho, a reforma da proteção
social dos militares deve gerar economia de R$ 97
bilhões em dez anos. A reestruturação da carreira
custará cerca de R$ 87 bilhões." Na verdade, há um
superávit. Estamos dando muito mais do que estamos
ganhando".
O secretário espera que a reforma da previdência
seja aprovada no primeiro semestre, mas destacou que
agora a decisão está com o Congresso.
"Agora, quem tem que dar o ritmo é o Congresso. Os
deputados têm que se sentir confortáveis para fazer
a tramitação. É claro que, para o governo e para a
sociedade brasileira, é importante que o projeto
tenha a celeridade adequada sem que se perca a
qualidade do debate", disse, ao participar de
congresso da Associação Brasileira de Supermercados
no Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2019 -
Maia ameaça deixar articulação da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
comunicou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que
irá deixar a articulação pela reforma da
Previdência. Maia decidiu abandonar a condução dos
trabalhos políticos pela reforma após ler mais uma
publicação do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ),
com severas críticas a ele. Incomodado, o deputado
telefonou para o ministro da Economia e disse que,
se for para ser atacado nas redes sociais pelos
filhos de Bolsonaro, o governo não precisa de sua
ajuda.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa
que "a ligação do presidente da Câmara para o
titular da Economia foi presenciada por líderes de
partidos do Centrão. Maia está irritado com a
ofensiva contra ele nas redes, com a falta de
articulação do Palácio do Planalto e com a tentativa
do ministro da Justiça, Sergio Moro, de ganhar mais
protagonismo na tramitação do pacote anticrime. 'Eu
estou aqui para ajudar, mas o governo não quer
ajuda', disse o presidente da Câmara, segundo
deputados que estavam ao seu lado no momento do
telefonema. 'Eu sou a boa política, e não a velha
política. Mas se acham que sou a velha, estou
fora'."
A matéria ainda acrescenta que "Carlos Bolsonaro, o
filho 'zero dois' do presidente, compartilhou ontem
nas redes a resposta de Moro à decisão de Maia de
não dar prioridade agora ao projeto que prevê
medidas para combater o crime organizado e a
corrupção. 'Há algo bem errado que não está certo!',
escreveu Carlos no Twitter. O texto acompanhava nota
de Moro, divulgada na noite de quarta-feira,
rebatendo ataques de Maia à sua insistência em
apressar a tramitação do pacote. 'Talvez alguns
entendam que o combate ao crime pode ser adiado
indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta
mais', afirmou Moro. Além disso, no Instagram,
Carlos lançou uma dúvida: 'Por que o presidente da
Câmara está tão nervoso?'."
Fonte: Brasil247
22/03/2019 -
CDH fará audiência sobre Previdência e trabalho com
foco na economia
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promoverá uma audiência pública
na próxima segunda-feira (25), às 9h, para debater a
Previdência Social e o trabalho, com foco na
economia. A sugestão da audiência é do senador Paulo
Paim (PT-RS), presidente da comissão, que quer
promover um ciclo de debates sobre a proposta do
governo para a reforma da Previdência.
A audiência contará com o economista Clóvis Scherer,
do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Sócio Econômicos (Dieese) e com o professor
Eduardo Moreira. A Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Fazenda
também deve enviar um representante para o encontro.
O audiência está marcada para a sala 6 da Ala
Senador Nilo Coelho e terá caráter interativo, com a
possibilidade de participação popular. Dúvidas,
críticas e sugestões poderão ser enviadas por meio
do portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado
(0800 612211).
Fonte: Agência Senado
22/03/2019 -
Paulo Guedes será ouvido em audiência conjunta de
duas comissões
O ministro da economia Paulo Guedes será ouvido em
audiência pública conjunta das comissões de Assuntos
Econômicos (CAE) e de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) na quarta-feira (27), às 14h.
Paulo Guedes deve apresentar as diretrizes e os
programas prioritários da sua pasta no governo do
presidente Jair Bolsonaro. O principal assunto a ser
tratado é a proposta de reforma da Previdência, que
foi encaminhada pelo governo à Câmara na forma da
proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019.
A audiência foi requerida pelos senadores Luis
Carlos Heinze (PP-RS) e Eliziane Gama (PPS-MA),
entre outros.
Lei Kandir
O endividamento dos estados brasileiros e repasses da
Lei Kandir também serão temas de debate. A
legislação isenta do pagamento de ICMS as
exportações de produtos primários e semielaborados
ou serviços. A lei, de 1996, também determina
compensação aos estados e municípios prejudicados
pela perda de arrecadação. Como a compensação nunca
foi regulamentada, os repasses previstos na Lei
Kandir são objeto de negociações com o Executivo
antes da votação do Orçamento da União. Os repasses,
porém, são considerados insuficientes pelos
governadores e demais representantes de estados
exportadores.
A Lei Kandir garantiu aos estados o repasse de
valores a título de compensação pelas perdas
decorrentes da isenção de ICMS, mas a Lei
Complementar 115, de 2002 — uma das que alterou essa
legislação —, embora mantendo o direito de repasse,
deixou de fixar o valor. Com isso, os governadores
precisam negociar a cada ano com o Executivo o
montante a ser repassado, mediante recursos alocados
no Orçamento Geral da União.
Fonte: Agência Senado
21/03/2019 -
Popularidade de Bolsonaro despenca 15% em dois meses
Pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta
quarta-feira ( 20) mostra que o presidente Jair
Bolsonaro despencou 15 pontos percentuais de
popularidade em apenas dois meses de governo. Para
algumas lideranças políticas da oposição, o
presidente vai descendo a ladeira e batendo recordes
de rejeição.
A proporção de quem considera sua administração boa
ou ótima caiu de 49% em janeiro para 39% em
fevereiro e chegou a 34% em março, segundo a
pesquisa do Ibope, divulgada pelo jornalista José
Roberto de Toledo, da revista Piauí.
Percentual da população que considera seu governo
ruim ou péssimo subiu de 11% em janeiro para 24% em
março. Outros 34% consideram que é regular, e 8% não
souberam avaliar.
Se 62% diziam confiar no presidente em janeiro, só
49% ainda confiam nele agora. Perda de 13 pontos. Ao
mesmo tempo, a desconfiança saltou de 30% para 44%.
"Em comparação com outros presidentes eleitos,
porém, o começo da passagem de Bolsonaro pelo
Palácio do Planalto é o pior já registrado. Nos seus
primeiros mandatos, Dilma, Lula, Fernando Henrique e
Collor sustentaram taxas mais altas do que os 34% de
Bolsonaro nos meses iniciais. A popularidade deles
só ficou abaixo desse patamar nos segundos mandatos
de FHC e Dilma, quando os presidentes já acumulavam
mais de quatro anos de desgastes", diz o jornalista
José Roberto de Toledo.
A pesquisa foi realizada entre 16 e 19 de março, em
todas as regiões do Brasil, com a população de 16
anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos,
para mais ou para menos, com intervalo de confiança
de 95%.
Ladeira abaixo
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira
Feghali, afirmou que Bolsonaro vai “descendo a
ladeira e levando o Brasil junto”. Ela registrou
ainda que “ IBOPE registrou pior nível de aprovação
desde Collor no mesmo período”.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) “parece que
a popularidade do Bolsonaro vai bater no pré-sal
antes dele entregar a Petrobras pros gringos”. Para
o parlamentar comunista “perder 14% de avaliação
positiva e mais que dobrar o ruim/péssimo em 3 meses
não é pra qualquer um, é coisa de incompetente
profissional”.
Para Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu
Abramo,do PT, o “governo Bolsonaro imbatível. Mesmo
sem ter ainda completado três meses de governo, bate
recorde em queda de popularidade desde Sarney (...)
A se manter assim, com esse ritmo acelerado, vai
ficar devendo popularidade”.
Da redação, com informações do BR247
Fonte: Portal Vermelho
21/03/2019 -
Sindicalistas apoiam Frente Parlamentar em Defesa da
Previdência Social
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência
Social foi lançada nesta quarta (20), em evento que
ocorreu no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos
Deputados, em Brasília. A Frente vai coordenar uma
série de ações com o objetivo de impedir a aprovação
da reforma da Previdência de Bolsonaro.
Centrais Sindicais e dirigentes de Confederações,
Federações, Sindicatos, movimentos sociais,
senadores e deputados federais estiveram presentes.
A Frente já conta com assinaturas de 171 deputados e
27 senadores. O grupo vai reforçar o protesto
nacional desta sexta (22) contra a emenda à
Constituição e promete fazer oposição ao projeto que
tramita no Congresso.
Com o objetivo de debater a Proposta de Emenda à
Constituição, que impõe mudanças drásticas na
seguridade social, o evento também foi marcado pela
realização do Seminário “PEC 06/2019: O desmonte da
Previdência Social Pública e Solidária”.
Sindicalismo - Artur Bueno de Camargo,
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins,
compareceu ao lançamento e falou à Agência Sindical.
"Muitos sindicalistas, de diversas categorias,
estiveram presentes. O posicionamento da frente é
barrar a aprovação dessa reforma", afirma.
"Um dos pontos que defendemos aqui é que esse
movimento deve ir às bases. É preciso conscientizar
os trabalhadores e assim obter o apoio da
sociedade", explica Artur.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, falou das
maldades da PEC, principalmente para as mulheres.
"Essa proposta ataca diretamente as trabalhadoras.
Além de uma jornada dupla, e às vezes até tripla,
elas terão de trabalhar e contribuir por mais tempo
e vão receber menos. É isso que nós temos que
mostrar para a população", destaca.
Édson Carneiro Índio, secretário-geral da
Intersindical, disse que "a reforma só irá atender
meia dúzia de empresários milionários no Brasil”.
“Essa proposta desemprega e tira um trilhão de reais
da economia", frisa.
O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas, diz que a
reforma irá transformar o povo em escravo. "Querem
fazer aqui um genocídio, assim como estão fazendo no
Chile", aponta.
Antônio Neto, presidente da CSB, citou a propaganda
enganosa que o governo Bolsonaro e sua equipe
econômica vem difundindo na mídia. "Precisamos
desmentir a narrativa desse governo de que a
Previdência é insustentável. É mentira!", afirma.
Parlamentares - A Frente é coordenada pelo
senador Paulo Paim (PT-RS) e o deputado federal
André Figueiredo (PDT-CE). Paim destacou a grande
participação na composição. "Temos mais de 100
entidades colaborando para que esse ato aconteça.
Esse governo tem que entender que a Previdência não
é do sistema financeiro, é do povo brasileiro",
observa.
O senador também citou conversa que teve com o
ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux: "O
vice-presidente do STF disse que seguridade é
cláusula pétrea, não pode ser retirada da
Constituição Federal".
Durante todo o dia, especialistas debateram com
parlamentares e sindicalistas os pontos da reforma
que retiram direitos de trabalhadores, mulheres,
aposentados e pensionistas.
Mais informações:
www.frenteparlamentardaprevidencia.org
Fonte: Agência Sindical
21/03/2019 -
'Reforma' da Previdência de Bolsonaro já provoca
baixas na arrecadação
À Rádio Brasil Atual, trabalhadores afirmam estar
“desanimados” para continuar contribuindo com
sistema de seguridade social
Mesmo no início de sua tramitação, a proposta de
"reforma" da Previdência do governo de Jair
Bolsonaro já desanima trabalhadores continuar
contribuindo para o sistema de seguridade social, o
que pode acarretar em uma queda de arrecadação. Ao
repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, o
publicitário de formação e profissional liberal
Felipe Martins analisa que, a partir do modelo
proposto, a retirada de direitos distanciará a
população do regime previdenciário.
"Trabalhei contribuindo com a Previdência durante 11
anos e hoje, diante dessa proposta, caso aprovada,
terei que abrir mão de me aposentar. Já desanimo de
continuar contribuindo e também não pretendo fazer
uma migração para a previdência privada, que deve
ser o interesse dos cabeças dessa reforma", afirma
Martins.
A oferta às instituições financeiras também
contestada pelo professor da rede estadual e de
ensino privado Vidinei Soares Augustinho. "Quando a
gente transfere a capitalização para o sistema de
previdência – que gera receita para o Estado e para
a seguridade social, saúde e assistência – e coloca
esse dinheiro para ser manejado pelos bancos,
percebemos o quanto a ideia desse governo é destruir
mesmo ou aumentar a miserabilidade dessa população",
explica o docente.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/03/2019 -
Trabalho informal puxou aumento da taxa de ocupação,
diz Ipea
A geração de vagas de trabalho informais – sem
carteira assinada – foi responsável pelo aumento da
taxa de ocupação no país no trimestre encerrado em
janeiro, enquanto o ritmo de criação de novas vagas
formais vem perdendo fôlego nos últimos meses,
mostrou estudo divulgado nesta terça-feira (20) pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento da
taxa de ocupação perdeu força. O estudo divulgado
pelo Ipea faz uma análise dos dados do IBGE, que
revelam que, no início de 2018, a taxa crescia a 2%
na comparação com o ano anterior. No trimestre
encerrado em janeiro deste ano a alta foi de 0,9%.
"Além de fraco, o aumento da ocupação aconteceu,
basicamente, nos setores informais da economia",
informa um trecho da seção Mercado de Trabalho, do
boletim Carta de Conjuntura do Ipea, que também usa
dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego
(Caged). "Adicionalmente, nota-se que quase um
quarto dos empregos formais criados foram baseados
em contratos de trabalho parciais ou intermitentes".
Apesar de a geração de vagas informais puxar o
crescimento da ocupação, o Ipea avalia que a
desaceleração da taxa de 2% para 0,9% se deve à
perda de intensidade no crescimento das vagas sem
carteira assinada. No início de 2018, a criação de
novas vagas informais era de 7,3%, enquanto no
trimestre encerrado em janeiro deste ano, a expansão
foi de 3%.
Nos três meses encerrados em janeiro, a variação das
vagas formais foi de -0,4%, resultado que se repetiu
no trimestre anterior. O saldo negativo dos empregos
com carteira assinada vem perdendo força desde o
segundo trimestre de 2016, quando a queda chegou a
3,6%.
"Em suma, os dados da Pnad Contínua indicam que o
emprego formal vinha apontando uma trajetória de
retrações cada vez menores e de taxas de permanência
cada vez maiores até meados de 2018. A partir daí,
há uma estagnação nesses indicadores", analisam os
economistas do Ipea.
Enquanto a taxa de ocupação geral subiu 0,9% nos
três meses encerrados em janeiro, o indicador teve
variação negativa de 1,3%, quando avaliados os
jovens de 18 a 24 anos. Segundo o Ipea, os jovens
nessa faixa etária têm menos chances de serem
contratados e mais chances de serem demitidos. A
persistência da taxa de desemprego também afeta mais
os menos escolarizados, segundo o instituto.
O tempo de permanência no desemprego também vem
crescendo, sublinha o Ipea nos dados do IBGE. O
percentual de trabalhadores que procuram emprego há
dois anos ou mais cresceu ao longo de 2018 até
chegar a 26% no último trimestre. "Consequentemente,
no último trimestre do ano passado, 48% dos
desocupados se mantiveram nesta situação durante
todo o período", diz o boletim.
Outro dado apontado pelo Ipea é a alta do percentual
de residências sem renda proveniente do trabalho. De
acordo com o estudo, 22,2% dos domicílios
brasileiros estavam nessa situação no último
trimestre de 2018, enquanto, no fim de 2017, o
percentual era de 21,5%. Em números absolutos, 16
milhões das 72 milhões de residências brasileiras
não possuem renda proveniente do trabalho.
Também houve variação positiva dos percentuais de
domicílios com renda muito baixa e alta. No quarto
trimestre de 2018, 30,1% das residências tinham
renda menor que R$ 1.601,18 no país, enquanto, no
fim de 2017, a fatia era de 29,8%. Já os domicílios
com renda superior a R$ 16.011,84 passaram de 2%
para 2,1% do total.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2019 -
PIB brasileiro cresceu 0,3% de dezembro para
janeiro, mostra FGV
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país, começou
o ano em alta, segundo a Fundação Getulio Vargas
(FGV). De acordo com o Monitor do PIB, da FGV, o
Produto Interno Bruto cresceu 0,3% de dezembro de
2018 para janeiro deste ano.
Na comparação com janeiro de 2018, a alta chegou a
1,1%. Também houve crescimentos de 0,2% no trimestre
encerrado em janeiro, na comparação com o trimestre
encerrado em outubro do ano passado, de 0,7% na
comparação com o trimestre encerrado em janeiro de
2018. No acumulado de 12 meses, a alta é de 1%.
Na passagem de dezembro para janeiro, três grandes
setores produtivos tiveram alta: agropecuária
(4,8%), serviços (0,7%) e indústria (0,2%). Entre os
serviços, os principais destaques foram outros
serviços (1%) e serviços imobiliários (0,9%). Na
indústria, o único segmento com alta foi o de
geração de eletricidade (1,5%).
Sob a ótica da demanda, o consumo dos governos
cresceu 3,6% e o consumo das famílias, 0,7%. A
formação bruta de capital fixo, isto é, os
investimentos, por outro lado, caíram 1,8%. As
exportações cresceram 10,7% e as importações, 9,3%.
Na comparação do trimestre encerrado em janeiro com
o trimestre encerrado em outubro de 2018, a alta de
0,2% foi puxada pelos setores agropecuário (1,9%) e
de serviços (0,3%). A indústria recuou 0,4%.
Sob a ótica da demanda, tiveram alta os consumos das
famílias (0,4%) e dos governos (1,5%). Os
investimentos recuaram 2,5%. As exportações
cresceram 8,4%, enquanto as importações recuaram
0,1%.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2019 -
Maia anuncia comissão especial para analisar reforma
dos militares
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
anunciou nesta quarta-feira (19) a criação de uma
comissão especial para analisar o projeto de lei que
altera as regras previdenciárias dos militares e
reestrutura as carreiras das Forças Armadas. Após
analisado em comissão, a proposta deve ser submetida
ao plenário.
“Nós temos que mostrar aos parlamentares que não tem
uma cabeça liberal na economia, que é essa agenda
que vai nos reaproximar da sociedade brasileira, que
vai acabar com o divórcio da política com a
sociedade, quando o Estado puder voltar a investir e
voltar a gerar empregos e qualidade de serviço em
áreas fundamentais, como saúde e educação”, disse
Maia ao receber a proposta.
Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro foi
pessoalmente à Câmara dos Deputados para entregar a
proposta. Ele pediu celeridade na tramitação das
reformas de civis e militares.
O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir
(GO), defendeu que a proposta seja votada junto com
a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata
do sistema geral. "As duas aprovações, seja em
projeto de lei seja em PEC, têm que ser feitas de
forma concomitante, juntas, para que não se crie
nenhum privilégio. Mesmo que os textos já estejam
colocados, eles podem sofrer várias alterações",
afirmou Delegado Waldir, destacando que o momento
para o debate da carreira dos militares deveria
ocorrer em outros momento, pois "o momento agora é
de sacrifícios. Outras carreiras também poderão
pedir essa reestruturação”.
Para o líder da oposição, deputado Alessandro Molon
(PSB-RJ), o envio da proposta sobre a aposentadoria
dos militares foi uma vitória de partidos de
oposição. Líderes partidários negociaram para que a
medida fosse enviada antes que começasse a tramitar
a proposta de reforma da Previdência na Câmara. “
Nós conseguimos uma outra vitória muito importante
hoje que foi a vinda do ministro Paulo Guedes, na
terça-feira da semana que vem, às 14h, onde nós
cobraremos dele os números. Nós não conhecemos as
bases de cálculo que permitem que o governo afirme
que haverá uma economia de R$ 1 trilhão em 10 anos”,
acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2019 -
Comissão de acompanhamento da reforma da Previdência
faz primeira reunião na próxima quarta
Está agendada para quarta-feira (27) a primeira
reunião da comissão especial destinada ao
acompanhamento da tramitação, na Câmara dos
Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição da
reforma da Previdência (PEC 6/2019), enviada pelo
Poder Executivo. A comissão foi criada pelo
presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em ato
assinado em 14 de março.
Composta por nove titulares e nove suplentes, a
comissão será presidida pelo senador Otto Alencar
(PSD-BA) e terá como relator o senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE). Os demais integrantes
titulares serão os senadores: Eduardo Braga (MDB-AM),
Esperidião Amin (PP-SC), Cid Gomes (PDT-CE),
Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Jaques Wagner
(PT-BA), Rodrigo Pacheco (DEM-GO) e Elmano Férrer (Pode-PI).
Os suplentes serão indicados pelos líderes,
observada a proporcionalidade partidária.
Fonte: Agência Senado
21/03/2019 -
TST adia revisão de jurisprudência para adequação à
reforma trabalhista
Os ministros do Tribunal Superior do Trabalho
começaram a analisar, nesta quarta-feira (20/3), uma
proposta elaborada pela Comissão de Jurisprudência e
de Precedentes Normativos para adequar as súmulas e
as orientações jurisprudenciais do TST à Lei da
Reforma Trabalhista.
A discussão se baseou em um pedido do ministro
Ricardo Lewandowski, em ação declaratória de
constitucionalidade (ADC) que questiona 20 temas
cujo posicionamento está em desacordo com a norma
atual da lei trabalhista. Nesta terça-feira (19/3),
o ministro não chegou a julgar a liminar mas pediu
para que o TST, presidência e Congresso Nacional
apresentem informações em dez dias.
O pedido foi feito no STF pelas Confederação
Nacional do Sistema Financeiro (Consif),
Confederação Nacional do Transporte (CNT) e
Confederação Nacional do Turismo (Cntur) que pedem a
declaração de constitucionalidade do artigo 702 da
CLT, que fixa que para mudar súmulas e enunciados é
necessária a aprovação de ao menos dois terços dos
membros da Corte e que a matéria tenha sido decidida
de forma idêntica e por unanimidade em, no mínimo,
dois terços das turmas, em pelo menos dez sessões
diferentes em cada uma.
Respeito Superior
A validade do artigo seria julgada hoje pelo Pleno do
TST antes da análise das súmulas. Por causa da
manifestação do ministro Lewandowski, o relator do
tema, ministro Márcio Eurico Vital, sugeriu o
adiamento do julgamento sobre o artigo 702, embora
se considerasse apto a julgar. “Não estou baseando
meu pedido de adiamento no pedido feito na liminar,
é única e tão somente em respeito ao relator naquele
processo. O pedido feito na ação não me moveu nessa
decisão”, afirmou.
Segundo o ministro, com a ADC, “fica transferida
para o STF a última palavra sobre a
constitucionalidade do artigo questionado”.
O ministro Ives Gandra reconheceu a importância do
tema e se manifestou pela manutenção do julgamento.
“A sociedade está esperando essa adequação da nossa
jurisprudência". ArgInc-696-25.2012.5.05.0463
Fonte: Consultor Jurídico
20/03/2019 -
22 de Março: Nova Central convoca filiadas a
integrarem protestos em defesa da Previdência Social
Companheiros e companheiras,
Como é de conhecimento de todos, a Nova Central
Sindical de Trabalhadores – NCST vem realizando uma
série de atividades, muitas delas simultâneas, de
maneira a sensibilizar a sociedade e os nossos
parlamentares sobre a inconsequência de aprovar, nos
termos inseridos na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 06/2019), o desmonte do nosso
sistema previdenciário. Esse projeto, caso
implementado, trará consequências absolutamente
imprevisíveis, para não dizer dramáticas, àqueles
trabalhadores que, depois de tantos anos de trabalho
e contribuição, poderão usufruir de rendas muito
inferiores às que lhes garantiriam um mínimo de
dignidade na velhice.
A alternativa que busca modificar princípios do
sistema previdenciário brasileiro - contributivo e
de solidariedade- substituindo nosso modelo de
repartição pelo de capitalização, fere cláusulas
pétreas da Constituição Federal. As experiências
internacionais, reveladas em estudos da Organização
Internacional do Trabalho – OIT (saiba mais) atestam
o fracasso de modelos similares à chamada “reforma”
da previdência conduzida pelo governo. Os
resultados, conforme vocês podem verificar, foram
trágicos. Tais mudanças, já experimentadas em outros
países, trouxeram desamparo social a milhões de
trabalhadores; transformando cidadãos adultos de
classe média em idosos pobres, com taxas de
desnutrição, adoecimento e suicídio crescentes.
Portanto, companheiros, urge todo o esforço
necessário para impedir que tamanho retrocesso
chegue ao nosso país! Contamos com o empenho,
participação e colaboração de toda a nossa base
filiada no sentido de integrarem-se a todas as
manifestações programadas para o dia 22 de Março,
irmanados às demais entidades sindicais e movimentos
sociais em defesa da nossa, ainda tão ameaçada,
Previdência Social.
Assistam e compartilhem o vídeo desenvovido pela
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência
Social:
https://www.youtube.com/watch?v=bPKhXsvDC2w
José Calixto Ramos
Presidente da NCST
Fonte: NCST
20/03/2019 -
Reforma da Previdência é o fim da seguridade, dizem
debatedores na CDH
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019),
que dispõe sobre a reforma da Previdência, foi
duramente criticada por servidores da Educação que
participaram de audiência pública da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH),
nesta terça-feira (19).
Para o coordenador da Federação de Sindicatos dos
Trabalhadores em Universidades Brasileiras (Fasubra),
Antônio Alves Neto, as mudanças nas regras de
aposentadoria dos professores, aliadas a outras
medidas já aprovadas, como a reforma trabalhista e a
Emenda Constitucional 95/2016, que congelou os
gastos públicos por 20 anos, significam “o retorno
aos tempos de escravidão”.
Ao afirmar que a PEC 6/2019 representa um ataque aos
trabalhadores brasileiros, especialmente aos da
educação, Antônio defendeu a unidade dos movimentos
sindicais contra a proposta.
— Historiadores dizem que o governo anterior entrou
para a história como o que destruiu os direitos
sociais dos trabalhadores, o governo que entrou
agora vem pavimentar esse processo.
A secretária-geral do Sindicato Nacional dos
Técnicos de Nível Superior das Instituições Federais
de Ensino Superior, Ângela Lobo Costa, também se
posicionou contra a reforma da Previdência e disse
que a categoria tem combatido propostas que, segundo
ela, representam perdas sociais. Ângela criticou
medidas do governo do ex-presidente Michel Temer,
como a Emenda Constitucional 95/2016 e a reforma
trabalhista.
— O governo Temer deu início ao estrangulamento das
universidades públicas, com investidas sobre o
Ciências sem Fronteiras, sobre os programas de
assistência e permanência estudantil, bolsas de
pesquisa e concursos públicos e, agora, a reforma da
Previdência também aparece como uma panaceia
universal para a dívida pública.
Futuro da nação
O diretor de assuntos jurídicos da Federação de
Sindicatos de Professores e Professoras de
Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino
Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), Eduardo
Rolim de Oliveira, disse que a proposta de
desconstitucionalização da Previdência, permitindo
mudanças das regras de aposentadoria por meio de lei
complementar, e a implantação de um sistema de
capitalização individual são os dois itens da PEC
6/2019 mais importantes a serem discutidos. Para
ele, a aprovação principalmente dessas duas medidas
seria como “rasgar a Constituição Federal de 1988”.
— Retirar da Constituição toda e qualquer mudança
que venha a ocorrer daqui para o futuro é
extremamente grave. Estamos falando da ideia de
retirada da defesa dos direitos sociais das pessoas,
prevista na Carta Magna. É o futuro da nação que
está em jogo.
Eduardo Rolim discordou da justificativa do governo
de que há déficit na Previdência. Para o diretor do
Proifes, a medida é a tentativa de complementação de
um pacote econômico iniciado com a Emenda
Constitucional 95/2016, que instituiu um limite para
os investimentos públicos.
— Esse governo, assim com o anterior, sabia muito
bem que se eles não diminuírem os gastos sociais em
pelo menos 30% até o final do ano, nós teremos um
caos social neste país. Toda essa discussão é
econômica e nada tem a ver com social, direitos
humanos, nem Previdência, mas com a destinação do
dinheiro público e da poupança dos brasileiros para
as mãos dos “tubarões” do mercado financeiro.
A presidente da Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Municipal (Confetam), Vilani
Oliveira, disse que os mais pobres e os mais idosos
serão os mais prejudicados com as mudanças e apontou
que muitos sequer estarão vivos para serem
beneficiados com a aposentadoria. Ao afirmar que a
reforma significa o desmonte da seguridade social,
Vilani comparou a PEC 6/2019 a uma “deforma da
Previdência”.
— Quando a gente reforma, a gente tem a perspectiva
de melhorar, e esse não é o caso dessa proposta. O
que estamos vendo é uma tragédia anunciada, um crime
anunciado de um governo que pretende retirar
direitos históricos, abandonando à própria sorte os
segmentos mais vulneráveis, que mais precisam de
proteção social.
Mulheres
Heleno Manoel Gomes Araujo Filho, presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE), destacou que 80% da categoria é formada por
mulheres e disse que desconsiderar a precariedade
das condições de trabalho de muitos professores ao
redor do país seria “um crime praticado pelo
governo”.
— Esta proposta de reforma tem um conteúdo
destruidor, que significa o desmonte da seguridade
e, por isso, não tem nenhum cabimento de ser
aprovada no Congresso Nacional. É impossível pensar
que essa Casa acatará medida desse tipo.
O coordenador-geral da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee),
Gilson Luiz Reis, lembrou que 66% dos aposentados do
Brasil recebem um salário mínimo e considerou que
justamente essa parcela mais pobre do país será a
mais prejudicada com a reforma.
— É isso que eles vão atacar, é isso que eles estão
destruindo: o miserável que ganha um salário mínimo
lá na ponta, depois de trabalhar 30, 40 anos. A
estimativa é que 33 milhões de pessoas sequer
chegarão à condição de se aposentarem, se essa
proposta for aprovada.
Próximas audiências
O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), é
autor do requerimento para o ciclo de debates sobre
a PEC 6/2019. Ele lembrou que já foram discutidos a
reforma da Previdência em sua amplitude e temas
específicos, como o regime rural, a situação de quem
já é aposentado e pensionista e o caso dos
trabalhadores da educação, ocorrido nesta terça.
Paim adiantou que as próximas audiências públicas
tratarão dos impactos da reforma da Previdência
sobre a economia, sobre o serviço público, o setor
empresarial, a segurança pública, saúde, além de
aposentadorias especiais em áreas insalubres.
— É um debate em cima de ideias, de causas. E a
nossa preocupação é com as causas do povo
brasileiro.
Fonte: Agência Senado
20/03/2019 -
CTB e CGTB tentam concluir processo de unificação
Processo está "avançado", segundo sindicalista.
Se confirmada, nova entidade teria quase mil
filiados.
Centrais reúnem dirigentes e militantes do PCdoB e
do PPL
A CGTB e a CTB tentam concluir o processo de
unificação das centrais, em um processo inverso ao
de alguns anos atrás, quando várias entidades foram
criadas. "Ainda não batemos o martelo, mas estamos
em processo avançado de unificação", afirmou na
manhã desta terça-feira (19) o secretário-geral da
CTB, Wagner Gomes, durante reunião de sindicalistas
com o Dieese para discutir a mobilização contra a
"reforma" da Previdência.
Pelos dados – possivelmente desatualizados – do
antigo Ministério do Trabalho, hoje abrigado na
pasta da Economia, a CGTB tem 217 entidades
filiadas, com 239.844 trabalhadores na base. A CTB
conta com 744 filiados, somando 1.286.313
trabalhadores. Por esses números, a soma levaria a
961 entidades, figurando entre as cinco maiores e se
aproximando da Nova Central, que tem 1.136. As
maiores, por esse critério, são CUT (2.319), Força
Sindical (1.615) e UGT (1.277).
A CTB foi criada há pouco mais de 11 anos, em
dezembro de 2007. Reúne majoritariamente
sindicalistas vinculados ao PCdoB. Antes, esses
sindicatos eram filiados à CUT, atuando sob a
chamada Corrente Sindical Classista.
Já a CGTB tem origem ainda nos anos 1980, no período
imediatamente posterior à ditadura, ainda em fase de
reorganização do movimento sindical. Em 1986, foi
criada a CGT, sob comando de Joaquim dos Santos
Andrade, o Joaquinzão. Três anos depois, houve um
"racha" na entidade, levando à existência de duas
CGTs – central e confederação, esta presidida por
Antônio Rogério Magri, que depois seria ministro do
governo Collor.
Posteriormente, a central passou a adotar a sigla
CGTB, com atuação de militantes do MR-8. Hoje, a
entidade reúne sindicatos ao PPL. No final do ano
passado, justamente PCdoB e PPL aprovaram uma fusão
entre os partidos.
A CGT deixou de existir em 2007. Ao lado de outras
duas centrais, CAT e SDS, se unificaram em torno da
UGT. Era um novo período de reorganização, que
antecedeu a aprovação da Lei 11.648, que incluiu as
centrais no ordenamento sindical brasileiro. Até
então, a instância máxima eram as confederações.
Em 2011, foi a vez da própria CGTB viver um conflito
interno, que no fim de um tumultuado processo levou
à saída do então presidente, Antonio Neto, hoje à
frente da CSB. Quem ficou e permanece no comando da
central é Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira. Já
naquele período, dirigentes da CTB chegaram a
sugerir uma fusão entre as entidades, agora perto de
se concretizar.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/03/2019 -
Maia diz que reforma da Previdência dos militares
reflete defasagem salarial
Texto anunciado nesta terça sinaliza economia de
R$ 13 bi em 10 anos – R$ 79 bi a menos do que a
previsão inicial
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
disse que a proposta de reforma da Previdência para
militares reflete a defasagem salarial da categoria
em relação aos servidores civis.
“Eu não tenho a redação ainda, mas o problema é que
há uma defasagem salarial grande dos militares em
relação aos civis”, disse Maia, comentando a
proposta que, para compensar alterações nos tempos
mínimos de serviço e nas alíquotas, vai prever
também reajustes salariais e uma reestruturação da
carreira.
O texto anunciado nesta terça pelo vice-presidente
Hamilton Mourão sinaliza uma economia de R$ 13
bilhões em 10 anos – R$ 79 bilhões a menos do que a
previsão inicialmente apresentada pelo secretário de
Previdência Social e Trabalho, Rogério Marinho (R$
92,3 bilhões).
“O problema é que nós estamos no fim da festa. O
Brasil quebrou. Eles estão querendo entrar nessa
festa no finalzinho. Precisa organizar de que forma
eles podem ser compensados sem sinalizar para o
Brasil que nós estamos empurrando essa festa por
mais alguns anos”, completou.
Governadores
Ainda sobre a reforma da Previdência, Maia disse que
os governadores estão analisando o impacto fiscal da
proposta no curto prazo, uma vez que, segundo Maia,
para eles essa economia é muito pequena no curto
prazo. “Eles ficaram de apresentar uma proposta
alternativa para que o impacto da reforma [economia]
para os estados tenha o mesmo efeito de curto prazo
que terá para o governo federal”, finalizou.
Fonte: Agência Câmara
20/03/2019 -
Indicados presidente e relator de comissão no Senado
que vai acompanhar Previdência
O senador Otto Alencar (PSD-BA) é o presidente da
Comissão Especial de Acompanhamento da reforma da
Previdência, que foi instalada nesta terça-feira
(19).
Segundo o relator, senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE), os 9 titulares e os 9 suplentes, que
ainda não foram indicados na sua totalidade, vão
participar dos debates na Câmara e apresentar
algumas sugestões aos deputados.
O líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE),
declarou que a comissão não vai substituir o debate
sobre a reforma da Previdência (PEC 6/09) quando a
proposta chegar ao Senado.
Discussão na Câmara
A PEC 6/19 está na Comissão de Constituição e Justiça,
onde aguarda designação de relator. A pré-condição
determinada por vários partidos da base do governo
para dar início ao debate da matéria é o governo
encaminhar a proposta de Previdência para os
militares das Forças Armadas.
Já circula 1 texto que trata do assunto, mas é
extraoficial. Até está quarta-feira (20), tudo
indica, o governo poderá encaminhar ao Congresso
Nacional o projeto de lei sobre o assunto. A matéria
deverá ser discutida por comissão especial instalada
para tratar do tema.
O debate poderá começar na quarta, com a escolha do
relator, na CCJ, e também com a criação da comissão
para iniciar o debater em torno da proposta dos
militares.
Fonte: Diap
20/03/2019 -
Reforma da Previdência precisa ter preocupação
social, apontam senadores
Senadores e especialistas convidados que
participaram da audiência pública deste terça-feira
(19) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
alertaram para a necessidade de ajustes na reforma
da Previdência (PEC 6/2019) do governo Bolsonaro,
principalmente diante do aumento da expectativa de
vida dos brasileiros. Entre os pontos vistos com
preocupação estão as mudanças previstas para o
Benefício de Prestação Continuada (BPC),
aposentadorias rurais e o modelo de capitalização
proposto.
— Não vamos ajeitar as contas do dia para a noite e
matar milhões de brasileiros do dia para a noite -
criticou o presidente da CAE, Omar Aziz (PSD-AM).
Senadores também defenderam a discussão da reforma
da previdência conjuntamente com outras medidas como
mudanças na política de desonerações fiscais,
cobranças de dívidas previdenciárias de empresas e
uma reforma tributária que preveja, por exemplo, a
tributação sobre lucros e dividendos e o aumento do
imposto sobre heranças e doações.
Para Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS) e
Rogério Carvalho (PT-SE), está cada vez mais claro
que o governo pretende entregar as contribuições dos
empregados e empregadores para o sistema financeiro
e acabar com a seguridade social.
— É uma tentativa do governo de apresentar uma
proposta que destrói o sistema de Seguridade Social
que é uma conquista do povo brasileiro que tá lá
fincada como um direito constitucional e que
materializa a cidadania do povo brasileiro. Existe o
movimento do sistema financeiro para passar a mão na
poupança gerada com sistema de capitalização –
apontou Rogério.
O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que é
favorável a uma reforma da previdência, mas criticou
os ataques aos servidores públicos e aos militares.
— Vou apoiar a reforma, mas não venha satanizar o
serviço público não – disse.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
20/03/2019 -
Serpro deve manter desconto em folha de filiados do
Sindifisco
O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal
do Brasil (Sindifisco Nacional) conseguiu liminar
obrigando o Serviço Federal de Processamento de
Dados (Serpro) a manter o desconto em folha da
contribuição sindical.
A decisão diz respeito à Medida Provisória 873/2019,
que altera a CLT e determina que o pagamento da
contribuição deve ser feita por meio de boleto
bancário e só por quem tiver concordado
expressamente em fazê-lo.
De acordo com a juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª
Federal Cível do Distrito Federal, a alteração
imediata na forma de pagamento desestabiliza os
sindicatos, que não tiveram tempo hábil para
adequação às novas regras. Além disso, a juíza
afirmou que a própria Constituição prevê a
possibilidade do desconto em folha.
"Nesse contexto, verifico a presença de fundamento
relevante para a concessão da tutela de urgência,
ante a existência de expressa previsão
constitucional quanto ao desconto em folha de
mensalidades sindicais. O periculum in mora, por sua
vez, decorre da impossibilidade dos sindicatos
reorganizarem seu sistema de cobrança das
mensalidades respectivas, no curto prazo de tempo
advindo desde a publicação da MP 873/2019",
concluiu.
Sem previsão
Após determinação do Ministério da Economia, o Serpro
começou a avisar sindicatos sobre o fim dos
contratos estabelecidos por não poder mais fazer o
desconto e repasse da contribuição sindical, em
relação a Medida Provisória 873. Alguns sindicatos
afirmam que estavam esperando uma reunião, que ainda
não foi formalizada.
De acordo com o Serpro, a partir do dia 18 de abril,
os repasses serão cancelados. Até o momento, mesmo
com a decisão, o Serviço afirma que não foi
notificado para suspender a determinação.
1006244-78.2019.4.01.3400
Fonte: Consultor Jurídico
19/03/2019 -
Centrais Sindicais articulam coordenação de
comunicação para o dia 22
O protesto sindical da sexta, 22, contra os ataques
contidos na reforma da Previdência, quer ser
unitário também na comunicação. Para tanto, Centrais
e outras entidades - como a Frente Brasil Popular -
fizeram um primeiro encontro no Dieese, em SP,
sexta, dia 15.
Participaram jornalistas e dirigentes das Centrais e
outras entidades. João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical, ressaltou, na
reunião, a necessidade da ação articulada também na
comunicação. “Cada local e cada entidade deverá
fazer atos conforme suas possibilidades. Mas a
mensagem será muito parecida, e isso deve ser
passado às bases”. Para Juruna, também se deve levar
a posição do sindicalismo pra outros setores
sociais.
Frente - Ana Flávia Marx, da Frente Brasil
Popular, orientou que os materiais produzidos
(cartazes, vídeos etc.) devem ser compartilhados e
massificados ao máximo. Ela também expressou
preocupação com a continuidade da comunicação.
“Devemos atuar no antes, no durante e no depois”,
observou.
Agência - O jornalista João Franzin
representou a Agência Sindical. Ele diz: “Na
Agência, temos consciência de que o desafio urgente
é enfrentar a reforma draconiana de Bolsonaro. A
imprensa sindical tem um papel decisivo nessa
tarefa, pra informar as próprias direções,
esclarecer as categorias e levar a voz do
sindicalismo aos mais amplos segmentos da
sociedade”.
O grupo de comunicação volta a se reunir nesta terça
(19), no Dieese.
Fonte: Agência Sindical
19/03/2019 -
'Reforma' da Previdência joga ônus da crise nos
trabalhadores
Presidente da CTB contesta ofensiva do governo
que coloca "reforma" como condição para o país
crescer.
Na próxima sexta-feira, centrais farão um dia em
defesa da Previdência pública
As centrais sindicais convocam para esta sexta-feira
(22) uma mobilização por todo o país contra a
"reforma" da Previdência, proposta pelo governo de
Jair Bolsonaro. A manifestação vem como reposta à
ofensiva ensaiada pelo governo federal, que já faz
articulações com empresários, jornalistas,
integrantes do sistema financeiro e políticos para
pregar o discurso de que sem a "reforma" da
Previdência, o país não cresce. "O projeto do
governo é promover um desmonte da seguridade social,
penalizando aqueles que mais necessitam", contesta o
presidente da CTB, Adilson Araújo, em entrevista ao
jornalista Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual.
"Quando as pessoas adoecem precisam do seguro, da
assistência social e da licença-maternidade, e não
vão encontrar isso no Posto Ipiranga, até porque o
Posto Ipiranga do povo é Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS)", destaca Adilson, em
referência a um dos mentores da proposta de emenda à
Constituição (PEC) da Previdência, o ministro da
Economia. Paulo Guedes.
Na análise do dirigente, acompanhada também por
entidades como CUT, Força Sindical, UGT, CSB,
Intersindical, CSP-Conlutas, Intersindical, CGTB e
NCST, a "reforma" é um retrocesso que não vai
retirar o Brasil da crise financeira ao preservar os
privilégios de alguns setores e ignorar a dívida de
empresas privadas com a Previdência.
"A reforma joga o ônus da crise sobre a classe
trabalhadora e nós teremos de dar como resposta as
manifestações, a crescente mobilização para barrar
toda e qualquer possibilidade de retrocesso, atraso
e prejuízos que possam ser causados ao nosso povo,
sobretudo, o povo pobre, humilde e que mais
necessita", defende o presidente da CTB.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/03/2019 -
Fux encaminha julgamento da ADI 6098 para o plenário
do STF
O relator da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6098, de autoria do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB),
ministro Luiz Fux, encaminhou a decisão para o
plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). A ADI em
questão confronta com a Medida Provisória (MP)
873/19, que altera a forma de pagamento das
contribuições aos sindicatos, tanto dos celestistas,
quanto dos servidores públicos, entre outras
alterações danosas à estrutura e organização
sindicais.
“(...) Tendo em vista a repercussão jurídica e
institucional da controvérsia, submeto o feito ao
rito do art. 10 da Lei nº 9.868/99, visando à
apreciação do pedido liminar pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal. Notifique-se a Presidência
da República para que preste as informações no prazo
de cinco dias. Esgotado o prazo, retornem os autos
conclusos. Publique-se”, este é o despacho do
relator, ministro Luiz Fux, encaminhado na última
quarta-feira (13).
Análise
O ideal é que o ministro proferisse liminar favorável
à ação da OAB. Entretanto, a transferência para que
o plenário julgue é relativamente positiva, tendo em
vista o histórico de decisões liminares
desfavoráveis ao movimento sindical. Isto por um
lado.
Por outro, a demora na decisão cria mais embaraços,
sobretudo materiais, para os sindicatos, pois os
prejuízos financeiros das entidades aumentam à
medida que os efeitos práticos da MP 873 se
prolongam no tempo.
De todo modo, a decisão também dá mais tempo para
que as lideranças do movimento sindical conversem
mais com os membros da Suprema Corte, em particular
com o relator, a fim de mostrar-lhe a violência da
MP contra os sindicatos e a desnecessidade desse
tipo de medida, pois a MP não tem relevância, nem
tampouco urgência.
Se o governo desejasse fazer debate democrático
sobre o assunto poderia ter enviado projeto de lei
ao Congresso Nacional. Até porque, o Legislativo
aprovou mudanças profundas na legislação
trabalhista, com a Lei 13.467/17, que trata da
Reforma Trabalhista, que entre outras alterações
extinguiu o desconto compulsório da contribuição
sindical.
Fonte: Diap
19/03/2019 -
As fases das reformas antissindical e
antitrabalhista
Para enfrentar a guerra declarada pelo governo
aos sindicatos caberá ao movimento sindical
direcionar seus esforços a ações aos poderes
Legislativo e Judiciário, não somente no âmbito
federal, mas também nos estados e municípios, a fim
de propor alternativas e questionar as iniciativas
que afrontam direitos e conquistas e a organização
dos trabalhadores.
Neuriberg Dias*
A Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) pode ser
dividida em 3 fases de execução para atingir 2
objetivos estratégicos definidos pelo mercado:
1) a redução do custo do trabalho; e
2) a redução da influência do movimento sindical,
cujo caráter é político.
A 1ª fase de execução foi cumprida, com aprovação,
no Congresso Nacional, da Reforma Trabalhista e da
terceirização, cujo foco foi a flexibilização e
restrição dos direitos trabalhistas, com
enfraquecimento da Justiça e do Direito do Trabalho
e dos sindicatos.
A 2ª fase, conduzida agora pelo governo Jair
Bolsonaro (PSL), tendo como articulador o
ex-deputado federal Rogerio Marinho (PSDB-RN),
relator da ampla e profunda Reforma Trabalhista. E
também pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, cujo
propósito é acabar com o financiamento dos
sindicatos dos trabalhadores urbanos e rurais e,
ainda, dos servidores públicos. Ou seja, ataca a
organização e a estrutura sindicais, porque mexe com
os recursos materiais e financeiros das entidades.
As medidas provisórias (MP) 870, 871 e 873 fazem
parte dessa 2ª fase que atacaram o Ministério do
Trabalho — extinto e transformado numa secretaria do
Ministério da Economia — e financeiramente os
sindicatos rurais, no caso da 871. Os servidores
públicos e trabalhadores da iniciativa privada são
atingidos pela MP 873 enviada pelo Poder Executivo.
As propostas aguardam instalação de comissão mista
(deputados e senadores) onde serão eleitos o
presidentes e designados os respectivos relatores,
este último considerado cargo determinante. Depois,
as propostas seguem para votação, respectivamente,
nos plenários da Câmara e Senado.
A 3ª fase já anunciada pelo governo consiste na
Reforma Sindical, que deve estar pronta para envio
ao Congresso Nacional, com mudanças estruturantes
que serão feitas por meio de proposta de emenda à
Constituição (PEC).
O conteúdo da proposta ainda não é conhecido pelo
movimento sindical, mas especula-se que pode trazer
a instituição da pluralidade sindical em
substituição ao modelo de unicidade em vigor, além
da possibilidade de o negociado sobre o legislativo,
com o qual se buscará constitucionalizar nova Lei
Trabalhista, que já se encontra em debate na Câmara,
no contexto da PEC 300/16, que recebeu parecer
favorável na Comissão de Constituição e Justiça.
A PEC 300/16, do deputado reeleito Mauro Lopes (MDB-MG),
altera dispositivos da Constituição para dispor
sobre jornada de trabalho de até 10 horas diárias,
redução do aviso prévio de 90 para 30 dias,
manutenção da prevalência do negociado sobre o
legislado e redução do prazo prescricional de 2 anos
até o limite de 3 meses para ações ajuizadas após a
extinção do contrato de trabalho.
Para enfrentar a guerra declarada pelo governo aos
sindicatos caberá ao movimento sindical direcionar
seus esforços a ações aos poderes Legislativo e
Judiciário, não somente no âmbito federal, mas
também nos estados e municípios, a fim de propor
alternativas e questionar as iniciativas que
afrontam direitos e conquistas e a organização dos
trabalhadores.
(*) Jornalista, assessor legislativo e analista
político do Diap
Fonte: Diap
19/03/2019 -
Alcolumbre: governo e partidos devem dialogar para
aprovar Previdência
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
disse nesta segunda (18) que o governo precisa se
empenhar no diálogo com deputados e senadores para
aprovar a reforma da Previdência.
“O governo adotou um modelo de relação
político-institucional que quebra paradigmas de
décadas. É um modelo novo. E esse modelo novo
precisa ser precedido de conversa, de diálogo e de
entendimento”, ressaltou o senador, após encontro
com o presidente da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
Para Alcolumbre, o debate deve ser feito diretamente
com os líderes partidários de forma a garantir o
apoio das siglas à proposta. “A minha sugestão para
o governo é que converse com os presidentes dos
partidos políticos. A metodologia adotada em relação
às frentes partidárias vai ser um ponto de
interligação nessa relação, mas a relação do líder
partidário de uma bancada de 30 ou 40 deputados é
fundamental para que, nesse diálogo e ajuste fino, a
gente possa consolidar o apoio, e o governo tenha
maioria na Câmara e no Senado”, enfatizou.
O presidente do Senado afirmou que há uma
predisposição de deputados e senadores em aprovar as
mudanças no sistema de aposentadorias. No entanto,
ele acredita que “falta um ajuste fino na política”.
“[Falta] o governo se empenhar pessoalmente e se
dedicar às Câmara e ao Senado para dialogar."
Alcolumbre disse que ele e o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ) têm trabalhado para melhorar a
relação do o governo com o Parlamento. “Estamos nos
esforçando para sermos os interlocutores desse
diálogo e da política para ajudar, não o governo,
mas o nosso país.”
Militares
O presidente do Senado também defendeu a proposta
apresentada para a reforma da Previdência dos
militares. “Os militares estão dando a sua parcela
de contribuição”, destacou Alcolumbre. Ele avalia
que, as alterações propostas, que incluem o aumento
do tempo de contribuição de 30 para 35 anos, trarão
uma economia significativa para os cofres públicos.
“O estudo do governo indica que, com esse modelo
apresentado no projeto de lei dos militares, nós
teremos uma economia de R$ 100 bilhões.”
Porém, Alcolumbre disse que é necessário ter em
mente que os militares têm direito a regras
diferenciadas de aposentadoria devido à natureza de
sua atividade. “Eu acho que todos os brasileiros
precisam ter a consciência de que o militar é uma
situação diferenciada.”
Fonte: Agência Brasil
19/03/2019 -
Guedes sobre o pré-sal: 'daqui a três, quatro meses,
vamos vender'
Discursando para um grupo de investidores americanos
na Câmara de Comércio dos EUA, nesta segunda-feira
(18), o ministro da Economia, Paulo Guedes, ofertou
a preço de banana uma das maiores riquezas naturais
do Brasil: o pré-sal.
"Eu os convido para essa nova parceria. (...) Vocês
podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir
atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três,
quatro meses, vamos vender o pré-sal", afirmou
Guedes sem nenhuma cerimônia.
Em seu discurso, apresentou o presidente Jair
Bolsonaro como "um rapaz com colhões" para fazer a
reforma da Previdência.
Antes, Guedes esteve com Wilbur Ross (Departamento
de Comércio) e Robert Lighthizer (USTR). No encontro
ele disse que foi questionado pelos norte-americanos
se não era loucura falar em abertura comercial no
meio das tensões Estados Unidos-China. "A resposta?
O Brasil esteve dormindo por décadas e quer
liberalizar sua economia".
Fonte: Brasil247
19/03/2019 -
Guedes diz que ele e Bolsonaro amam os americanos
Em mais um discurso que fez o Brasil passar vergonha
nos Estados Unidos, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, exaltou o presidente Jair Bolsonaro durante
a cerimônia que marcou a entrega da Base de
Alcântara, no Maranhão, ao governo Trump. Ele passou
boa parte falando em corrupção no Brasil - citando
até o estádio do Corinthians, obviamente tema de
nenhum interesse dos americanos.
Segundo ele, a esquerda deu abertura para a chegada
da "centro-direita" ao poder. "Nós estávamos pulando
com a perna esquerda. Agora estamos pulando com a
direita. Queremos fazer negócios. Se não for
possível, iremos em frente", afirmou. Comparou ainda
a eleição de Bolsonaro à de Trump e disse que o
presidente brasileiro foi eleito com base em valores
e princípios.
Em um dos momentos mais bizarros, declarou que
Bolsonaro "ama os americanos", assim como ele,
Guedes. "Adora Coca-Cola, Disney, jeans", disse.
Fonte: Brasil247
19/03/2019 -
Pochmann diz que ultraliberalismo de Bolsonaro é
pior para o povo
Os indicadores do Banco Central revelam que a
passagem do receituário neoliberal de Michel Temer
para o ultraliberal de Jair Bolsonaro passou a ser
pior para o conjunto do povo brasileiro, tendo o ano
de 2019 começado com sinal de mais um decréscimo
econômico.
Por Iram Alfaia
A análise é feita pelo economista Marcio Pochmann
para quem as mulheres são as mais atingidas.
Segundo ele, elas já amargam condições piores de
ingresso no mercado de trabalho e possuem, em geral,
trajetória ocupacional mais precária que a dos
homens. “Serão as mais prejudicadas pela deforma da
previdência social do governo Bolsonaro”, diz.
“Os `nem, nem` da previdência chegam a 61,5 milhões
de brasileiros, pois somente 35% da população
contribuem para o sistema de aposentadoria e 12%
guardam recursos para o futuro previdenciário. Com a
deforma de Bolsonaro, o país voltará a ter uma massa
de idosos empobrecidos”, afirmou no Twitter nesta
segunda (18).
Na sua opinião, o retorno das políticas neoliberais
foi o principal responsável pela perda de 6,2
milhões de contribuintes do regime geral da
previdência social e de 3,7 milhões de ocupados com
emprego formal, enquanto o desemprego aumentou em
6,1 milhões de trabalhadores desde 2015.
O ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) apresenta três razões para que se
abandone a proposta da privatização da previdência:
alto custo administrativo e de transição a criar
brutal pressão fiscal; aumento da desigualdade de
gênero e de renda; e apropriação dos recursos pelo
setor financeiro na especulação e rentismo, não no
desenvolvimento.
Por último, ele destacou dados da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) apontando que dois
de cada três países que privatizaram seus sistemas e
pensão retornam integral ou parcialmente ao sistema
público.
Fonte: Portal Vermelho
19/03/2019 -
Frente parlamentar em defesa da Previdência realiza
seminário nesta quarta-feira
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência
Social realiza nesta quarta-feira (20) o seminário
"PEC 6/19: o desmonte da Previdência Social pública
e solidária”, que vai avaliar a proposta de reforma
da Previdência apresentada pelo Poder Executivo. O
evento ocorrerá após ato de relançamento da frente
parlamentar, previsto para as 9 horas, no auditório
Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
O seminário terá sete palestras que ocorrerão ao
longo do dia: Propostas do Governo para a
Previdência no Brasil; Reflexos da Capitalização -
Experiência de Aposentadorias no Chile; O Sistema
Previdenciário na América Latina e na Argentina; A
Previdência que o trabalhador precisa – Princípios
Gerais: Trabalhadores CLT; A expectativa para os
trabalhadores no serviço público com as reformas
propostas; A Previdência dos trabalhadores rurais; e
Reforma Tributária Solidária - Alternativa para
preservar a seguridade social e promover a justiça
fiscal.
Fonte: Agência Câmara
19/03/2019 -
Não incide contribuição previdenciária sobre abono
único, define STJ
Não incide contribuição previdenciária sobre bônus
previstos em convenção coletiva se eles forem pagos
em parcela única e sem habitualidade. A tese foi
firmada pela 1ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, em acórdão publicado na semana passada.
Segundo os ministros, a jurisprudência do STJ é
firme no entendimento de que o abono único não deve
integrar o salário e, por isso, entrar na base de
cálculo da contribuição previdenciária dos
trabalhadores. A não ser que seja pago com
habitualidade.
No acórdão, o relator, ministro Benedito Gonçalves,
cita a Cláusula 46 da Convenção Coletiva de Trabalho
dos Bancários 2002/2003. “Para os empregados ativos
ou que estivessem afastados por doença, acidente do
trabalho e licença-maternidade em 31.8.2002, será
concedido um abono único na vigência da Convenção”,
explica.
Para o ministro, ao empregado afastado e que não
faça jus à complementação salarial, “será devido o
pagamento do abono único quando do seu retorno ao
trabalho, se na vigência da Convenção”.
Violação da Lei
No caso, a turma analisou um recurso especial contra
acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da
3ª Região que entendeu que incide contribuição
previdenciária sobre os valores pagos a título de
"abono único". No recurso ao STJ, a defesa afirma
que houve violação a diversos dispositivos legais;
além de divergência jurisprudencial. REsp 1.762.270
Fonte: Consultor Jurídico
18/03/2019 -
NCST e CNTI exigem contrapartida social ao
fechamento de fábrica da Ford
Companheiros e companheiras,
É com grande preocupação que acompanho o desenrolar
de uma equivocada decisão dos executivos da Ford
Internacional, anunciada no dia 19 de fevereiro, de
encerrar as operações da unidade da indústria
automotiva localizada no município de São Bernardo
do Campo, no Estado de São Paulo. O fatídico anúncio
se dá após anos de renúncias fiscais e linhas de
crédito disponibilizadas pelo Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De
acordo com apuração que realizamos em diversas
fontes, a Ford é beneficiária de R$ 596.878,570
financiados entre 2016 e 2018, recebendo advertência
do banco de fomento de que as empresas que contratam
recursos e que promovem cortes em seus quadros de
pessoal são obrigadas, contratualmente, a oferecer
contrapartidas, tais como executar programa de
treinamento voltado para oportunidades de trabalho
na região e/ou implementar programa de recolocação
dos trabalhadores em outras empresas.
Tal decisão, se levada a cabo, trará impacto de
aproximadamente 27 mil novos desempregados - entre
trabalhadores contratados, terceirizados e indiretos
-; bem como uma brutal queda na massa salarial e
suas consequências econômicas e sociais ao município
de São Bernardo do Campo e ao Estado de São Paulo.
Em números, a contração da arrecadação pública
resultante do fechamento dos postos de trabalho -
estima a prefeitura do município - acarretará
prejuízos de aproximadamente R$ 7 milhões de IPTU. A
montadora também responde por 1,72% da arrecadação
de ICMS na cidade (14 milhões por ano) e por 0,8% do
ISS (R$ 4 milhões).
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp), as circunstâncias que levaram
montadoras como a Ford e a General Motors, que, em
janeiro, distribuiu comunicado aos funcionários em
que ameaçava deixar o país; não guardam relação com
novas tendências tecnológicas para o setor de
mobilidade como carros elétricos e os autônomos. A
redução de seus balanços financeiros está, em maior
medida, concentrada na queda de consumo do país.
Em meio a esse turbilhão de decisões políticas e
econômicas que, há algum tempo, vêm retirando
direitos e sacrificando o poder aquisitivo do
trabalhador brasileiro, causa espécie que
autoridades do poder público não compreendam a
importância de preservar e ampliar o poder compra do
mercado consumidor interno; sobretudo em uma nação
onde as exportações respondem por menos de 12% do
total de bens e serviços produzidos pelo país.
A obviedade está cada vez mais cristalina: é
valorizando as rendas resultantes do trabalho que
resgataremos nosso crescimento econômico com
impactos sociais significativos em benefício da
população. Recomendamos uma soma de esforços por
parte da Prefeitura de São Bernardo do Campo; do
Governo do Estado de São Paulo e do Governo Federal
no sentido de preservar os empregos e a própria
viabilidade econômica daquela cidade. Contamos com a
colaboração e empenho de todos na direção de
encontrar e implementar alternativas para reduzir os
danos econômicos/sociais de um eventual e,
infelizmente, provável encerramento das operações da
referida montadora.
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores –
NCST
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Indústria - CNTI
Fonte: NCST
18/03/2019 -
CDH realiza terceira audiência para debater mudanças
na Previdência
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) fará audiência pública na
segunda-feira (18), às 9h, para discutir com
entidades de aposentados e pensionistas as mudanças
na Previdência Social propostas pelo governo. O
pedido para a audiência é do presidente da comissão,
senador Paulo Paim (PT-RS).
A reunião contará com a participação da diretora do
Instituto Portal dos Aposentados, Rita Siqueira
Dienstmann; do presidente da Confederação Brasileira
de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martin
Gonçalles; do presidente do Movimento Nacional dos
Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas
(Instituto Mosap), Edison Guilherme Haubert; do
presidente da Central Nacional dos Aposentados e
Pensionistas do Brasil (Centrape), Francisco Canindé
Pegado de Nascimento; do presidente da Federação
Nacional dos Servidores Públicos Federais de
Fiscalização, Investigação, Regulação e Controle (Fenafirc),
Ogib Teixeira de Carvalho Filho; e do presidente da
Federação de Aposentados e Pensionistas do Distrito
Federal, João Florêncio Pimenta.
Os benefícios já concedidos a aposentados e
pensionistas não devem sofrer alteração, mesmo que
aprovada a nova Previdência, por se tratar de
direito adquirido. Também não devem ser afetados os
contribuintes que puderem se aposentar até a
aprovação da reforma, mesmo que não tenham
requisitado o benefício.
Fonte: Agência Senado
18/03/2019 -
Maia diz que reforma da Previdência pode ser votada
em maio
Presidente da Câmara diz que governo ainda
precisa construir maioria
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
afirmou neste sábado (16), após almoço de
confraternização com os presidentes dos três
Poderes, que a reforma da Previdência poderá estar
pronta para ser votada em plenário até o fim de
maio. O tema foi abordado pelos participantes do
encontro, na residência oficial de Maia, com a
presença ainda de 13 ministros.
"Espero que a Previdência saia da Câmara dentro do
prazo regimental. Não vou dizer [prazo] mínimo,
porque 11 sessões são pouco, mas também não quero
que seja o máximo, 40 sessões. Espero que possamos,
até o final de maio, ter essa matéria pronta para o
plenário e, a partir daí, começar a votar no
plenário da Casa. Esse é o meu objetivo como
presidente da Câmara e deputado, que representa o
Rio de Janeiro e acredita que, para que a gente
possa voltar a ter investimentos nas áreas
fundamentais no meu estado, e possa voltar a gerar
emprego, precisa aprovar a reforma o mais rápido
possível", afirmou.
Sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro se
reuniu com o deputado federal Felipe Francischini
(PSL-PR), que vai comandar a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A tramitação
da reforma da Previdência começa no colegiado, que
analisa a admissibilidade da Proposta de Emenda
Constitucional (PEC). Durante a reunião, pelo menos
cinco nomes de possíveis relatores do projeto foram
analisados.
Após passar pela CCJ, a reforma será debatida por
uma comissão especial, criada especificamente para
esse fim. Para passar no plenário da Casa, ela
precisa ser aprovada em duas votações com pelo menos
308 votos, o que representa 60% dos deputados. Em
seguida, o texto vai ao Senado, que também precisa
da aprovação de 60% de seus integrantes (49 votos),
em dois turnos de votação.
Articulação
Segundo Rodrigo Maia, ainda é preciso construir o
consenso de uma maioria parlamentar em torno da
aprovação da reforma, algo que ainda não está feito.
"A gente não pode imaginar que a demanda do deputado
do Rio Grande do Sul é igual à demanda do deputado
de Roraima. São completamente distintas. Nem podemos
achar que uma agenda difícil, mas fundamental como a
da Previdência, é uma agenda de 330 deputados e 60
senadores. Então, é uma construção", disse.
Para Maia, a formação de uma base parlamentar de
apoio ao governo no Congresso ainda está em
formação, mas deve avançar nas próximas semanas.
"Toda nova construção leva mais tempo para gerar um
resultado. A gente precisa, nessa decisão do
eleitor, construir a nova política, compreender como
é que se constrói isso. É um processo em formação e
todos estão dispostos a participar deste momento,
compreendendo que há uma necessidade de o Brasil
voltar a crescer e gerar emprego", disse.
Relatoria
O presidente da Câmara ainda comentou a possibilidade
de o deputado federal Agnaldo Ribeiro (PP-PB) ser
indicado como relator da reforma da Previdência na
comissão especial que analisará o assunto após a
medida ser admitida pela CCJ.
"O deputado Aguinaldo é sempre um bom nome para
qualquer posição, seja a liderança da maioria, a
presidência da comissão ou a relatoria de um
projeto, ele tem habilidade e experiência para estar
em qualquer posição. Eu sempre prefiro o Aguinaldo
na posição de líder, mas essa é uma decisão que cabe
não apenas ao presidente da Câmara, mas aos partidos
que formam o bloco majoritário da Casa",
acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
18/03/2019 -
Mais um sindicato pode voltar a descontar
contribuição em folha de pagamento
A 12ª Vara Federal de Salvador determinou que a
União volte a descontar do salário dos policiais
federais no estado a contribuição sindical direto na
folha de pagamento. O pedido foi feito pelo
Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia.
O juiz André Jackson de Holanda Maurício Júnior
afirma que a concessão da liminar se deve ao fato de
que, se a entidade passar um mês sem a contribuição,
corre alto risco de sofrer graves consequências para
seu funcionamento.
No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro
assinou a Medida Provisória 873, que determina o fim
do desconto em folha da contribuição sindical.
Fonte: Consultor Jurídico
18/03/2019 -
Liminares derrubam MP de Bolsonaro contra sindicatos
No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, Justiça deu
parecer favorável aos movimentos sindicais impedindo
o fim das contribuições em folha de pagamento dos
trabalhadores
As entidades sindicais travam uma disputa para
manter o recolhimento da contribuição dos
trabalhadores em folha de pagamento desde que o
governo de Jair Bolsonaro lançou, como manobra para
sufocar e cortar o financiamento dos sindicatos, a
Medida Provisória (MP) 873, que altera os critérios
de cobrança.
No Rio de Janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação da Universidade Federal (Sintufrj), o
Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e
Saúde Preventiva (Sintsauderj) e o Sindicato dos
Servidores das Justiças Federais (Sisejufe-RJ)
conseguiram, por liminar, manter as contribuições
sindicais por desconto direto, em vez de boletos
bancários, como expresso pela MP. Em Minas Gerais, o
Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário
Federal (Sintraemg) também derrubou judicialmente a
manobra do governo.
"Existia ali (na MP) uma invasão da União, do Estado
e do governo, em cima da liberdade de organização da
classe trabalhadora e das entidades sindicais",
explica o vice-presidente do Sisejufe-RJ, Lucas
Costa, sobre a decisão provisória da Justiça a favor
dos sindicatos.
A MP baixada por Bolsonaro vem sendo questionada por
outros movimentos e também pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que na
segunda-feira (11) entrou com ação direta de
inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal
Federal, pedindo sua suspensão.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/03/2019 -
Congresso admite que pode devolver Medida Provisória
873 ao Executivo
Após os dirigentes das Centrais Sindicais se
reunirem, em Brasília, com os presidentes da Câmara,
Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, aumenta
a possibilidade de devolução da Medida Provisória
873 ao Executivo. Se isso de fato ocorrer, ela perde
seus efeitos.
A MP, que recebeu mais de 500 emendas, proíbe o
recolhimento de contribuições sindicais, inclusive
mensalidades associativas, diretamente na folha
salarial dos sindicalizados e obriga o pagamento via
boleto bancário.
No encontro com Davi Alcolumbre, o parlamentar
reconheceu que a medida “inviabiliza a existência
dos Sindicatos” e admitiu a possibilidade de
devolvê-la ao Palácio do Planalto.
A Agência Sindical ouviu o deputado Paulo Pereira da
Silva, que é dirigente da Força Sindical e preside o
partido Solidariedade, que participou das reuniões.
"O presidente do Congresso (Alcolumbre) ficou de
conversar com os líderes dos partidos sobre a
possibilidade de devolução da MP 873”, relata. Ele
avalia que a presença do movimento sindical no
Congresso, dialogando com os parlamentares, “torna a
relação com o legislativo mais flexível".
Paulinho também comentou a conversa que houve com o
ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo
Tribunal Federal. "Falamos da possibilidade de
suspensão dos efeitos da MP, pois já existe
precedente nesse sentido. Após consultar o ministro
Luiz Fux, relator das Adins (Ação Direta de
Inconstitucionalidade), ele disse que a matéria será
analisada em plenário", adianta.
O deputado Luiz Carlos Motta (PR-SP) frisou que a MP
é antissindical. “Entendo que quaisquer futuros
encaminhamentos acerca de MPs, como rejeições das
mesmas, são decisões que cabem ao Congresso
Nacional. O presidente Alcolumbre ficou de promover
uma reunião com uma comissão composta por senadores
e líderes do governo, para discutir a Medida
Provisória 873 e seus efeitos”, afirma.
STF - O Supremo recebeu três Adins contra a MP 873,
entre elas uma da Ordem dos Advogados do Brasil. O
sindicalismo deve ingressar nos autos como “amicus
curiae”.
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, o objetivo
do governo é calar a voz do sindicalismo. Sem os
Sindicatos ele fica mais à vontade para impor suas
maldades.
"O deputado Rodrigo Maia enfatizou que não poderia
devolve-la, pois isso é prerrogativa do presidente
do Congresso. Mas o deputado se colocou à disposição
para facilitar o diálogo com líderes dos partidos e
do governo. Temos que denunciar à Organização
Internacional do Trabalho essa medida provisória.
Ela agride, principalmente a convenção 89 da OIT, da
qual o Brasil é signatário”, aponta Adilson.
Fonte: Agência Sindical
18/03/2019 -
Plenário do STF vai julgar legalidade da MP da
contribuição sindical
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal,
aplicou o rito abreviado ao trâmite de duas ações
que questionam a inconstitucionalidade da Medida
Provisória 873, editada no dia 1º de março pela
presidência da República.
Pela MP, os sindicatos não poderão definir em
assembleias ou outros tipos de negociação coletiva
descontos em folha de salário para pagamento de
contribuição sindical. O trabalhador terá que dar
autorização expressa e individual por escrito para
pagar a contribuição em boleto.
"Tendo em vista a repercussão jurídica e
institucional da controvérsia, submeto o feito ao
rito do artigo 10 da Lei nº 9.868/99, visando à
manifestação sobre o pleito cautelar pelo Plenário
do Supremo Tribunal Federal. Notifique-se a
Presidência da República para que preste as
informações no prazo de cinco dias. Esgotado o
prazo, retornem os autos conclusos", disse o
ministro.
Até o momento, quatro ações contra a MP já chegaram
ao Supremo alegando que a lei ultrapassa os limites
da razoabilidade. Entretanto, alguns sindicatos tem
conseguido liminares nas justiças estaduais para a
suspensão da lei.
Violação da Legalidade
Na ADI 6092, a Confederação Nacional das Carreiras
Típicas de Estado afirma que a MP coloca em risco a
administração das associações. "Em verdade, o que se
impõe é que – não se sabe o motivo ou pretexto – as
associações dependerão do sistema bancário com
elevados custos para receber as suas contribuições",
afirma a petição inicial.
Em simulação feita com as tarifas cobradas por um
dos grandes bancos brasileiros, a defesa da
confederação conclui que para servidores com
salários menores a tarifa bancária terá valor igual
ou maior ao da contribuição.
Já na ADI 6098, o Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil avalia que a MP viola os
princípios da liberdade e autonomia sindical,
garantidos pela Constituição.
"A Constituição de 1988 teve especial preocupação de
remover o controle do Estado sobre a atuação
sindical e de ampliar as prerrogativas das entidades
sindicais na defesa dos direitos e interesses de
seus representados. A norma impugnada constitui
flagrante retrocesso e demonstração de prática
antissindical, que visa desgastar a atuação dos
sindicatos", afirma a entidade.
Fonte: Consultor Jurídico
18/03/2019 -
Olavo de Carvalho prevê o fim do governo Bolsonaro
em seis meses
Considerado guru do clã Bolsonaro, Olavo de
Carvalho, disse que se não houver mudanças de rumo o
governo acaba daqui a seis meses. A declaração foi
feita horas antes da chegada do presidente aos
Estados Unidos.
Segundo ele, Bolsonaro está de mãos amarradas por
militares próximos com "mentalidade golpista". Ele
chamou esses militares, que vê associados à mídia
oposicionista, como um "bando de cagões".
As declarações foram feitas no Trump International
Hotel, em Washington, após a exibição de um
documentário sobre suas ideias.
Questionado sobre o governo, ele respondeu: “Se tudo
continuar como está, já está mal. Não precisa mudar
nada para ficar mal. É só continuar assim. Mais seis
meses, acabou”.
Da redação com informações de O Globo
Fonte: Portal Vermelho
18/03/2019 -
Petrobras diz a petroleiros que vai adotar MP contra
sindicatos
Empresa quer acabar com desconto em folha. Um
sindicato já obteve liminar
Apesar dos diversos questionamentos em relação à
Medida Provisória (MP) 873, que altera regras de
financiamento sindical, a Petrobras informou à
Federação Única dos Petroleiros (FUP) que vai adotar
a mudança apresentada pelo governo. Em comunicado
assinado pelo gerente de Relações Externas da
companhia, Maurício Lopes Ferreira, a empresa diz
que está fazendo "alterações em seus procedimentos
internos", referindo-se à MP, que tem ações de
inconstitucionalidade aguardando julgamento no
Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a mensagem, "a partir do contracheque
do mês de março" a Petrobras não fará mais desconto
em folha de pagamento e nem efetuará o repasse da
mensalidade e da contribuição sindical. Já a
contribuição assistencial prevista em acordo
coletivo deve permanecer na folha.
A empresa diz que tem disponível um simulador para
que, no caso da contribuição sindical, o trabalhador
possa fazer a simulação do valor (correspondente a
um dia de serviço) e indicando o sindicato
responsável pela emissão do boleto. E enfatiza que
mesmo aqueles que optaram pelo desconto terão de
pagar o boleto.
Pelo menos um Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro),
da base de Alagoas e Sergipe, conseguiu uma liminar
suspendendo os efeitos da MP 873. A liminar foi
concedida pela juíza substituta Luciana Chaves, da
8ª Vara do Trabalho de Aracaju. "A Constituição
brasileira prevê, como direito básico do
trabalhador, a liberdade de associação profissional
ou sindical", lembra a juíza. "Vislumbra-se, ainda,
o fundado receio de dano irreparável."
Fonte: Rede Brasil Atual
15/03/2019 -
CNTI contesta no STF a Medida Provisória do
pente-fino no INSS
Entidade alega que certas alterações na Lei de
Benefícios da Previdência não podem ser feitas por
meio de MP
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI) ajuizou no Supremo Tribunal Federal
(STF), na última quinta-feira (7/3), ação de
inconstitucionalidade – com pedido de liminar –
contra a Medida Provisória 871, que instituiu o
“Programa Especial para Análise de Benefícios da
Previdência Social”.
Apelidada de “MP do pente-fino”, a medida com força
de lei baixada pelo presidente da República Jair
Bolsonaro (PSL) no dia 21 de janeiro modifica
dispositivos da Lei de Benefícios da Previdência
Social (8.213/1991). Trabalhadores afastados por
lesões ou doenças há mais de seis meses, por
exemplo, passam a ser alvo do “pente-fino”. Até
então, a investigação ocorria somente depois de dois
anos.
Na ADI 6.096 – que terá como relator o ministro
Edson Fachin – a CNTI alega que a MP 871 padece
tanto de inconstitucionalidade formal como material.
E, ao requerer a concessão de medida cautelar,
registra que já tramita no Congresso uma Proposta de
Emenda à Constituição tendente a realizar uma
Reforma Previdenciária (PEC 06/2019), impondo-se
assim “a suspensão dos efeitos da MP 871, pois não é
plausível que se permita que Medida Provisória
promova a alteração de regras previdenciárias, num
cenário onde não se sabe, se a própria PEC será
aprovada pelo Poder Legislativo”.
Quanto à inconstitucionalidade formal da MP, a
advogada da CNTI, Jacqueline Amarilio de Sousa,
procura demonstrar que ela trata, em diversos
dispositivos, de matérias de cunho administrativo
que só poderiam ser discutidas em projetos de lei.
Além disso, considera que a MP contém “diversas
normas de Direito Processual Civil, que não poderiam
ser dispostas em uma Medida Provisória, pois tratam
de assuntos processuais, especificamente penhora de
bens, execução por quantia certa, formas de
instrução e avaliação de provas pelo juiz, e
execução em favor da Fazenda Pública”.
Quanto à inconstitucionalidade material, a CNTI
destaca não estar sujeita a prazo prescricional “a
pretensão do segurado ou de dependente seu contra um
ato de indeferimento, suspensão ou cessação de
benefício previdenciário pelo INSS, por ser de
natureza fundamental o direito ao recebimento do
benefício, o que o torna indisponível”.
A petição inicial sublinha ainda as seguintes
razões:
– “Os direitos humanos e fundamentais não se
submetem ao regime de preclusão temporal, não sendo
adequado considerar extinto o direito pelo seu não
exercício em tempo que se julga oportuno. Os
direitos humanos e fundamentais são imprescritíveis,
no sentido de que a qualquer tempo é possível fazer
cessar a violação desses direitos.
Além disso, a referida Medida Provisória ofende os
artigos 1º, I, II, III e IV e 3º, I e III, todos da
CF/88, uma vez que a previdência social, em sua
conformação básica, é um direito fundado na
dignidade da pessoa humana, na solidariedade, na
cidadania e nos valores sociais do trabalho, bem
como nos objetivos da República de construir uma
sociedade livre, justa e solidária, avançar na
erradicação da pobreza e na redução das
desigualdades sociais. Desta forma, não pode o
direito à previdência social se sujeitar a prazo
decadencial”.
Fonte: Jota
15/03/2019 -
Fórum Sindical dos Trabalhadores repudia MP 873 e
reforma da Previdência
Dirigentes das Confederações que compõem o Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST) se reuniram quarta
(13), para debater as ações de resistência à Medida
Provisória 873, que ataca brutalmente o custeio das
entidades sindicais, além da proposta de reforma da
Previdência.
O encontro ocorreu na sede da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura (CNTEEC), em Brasília.
Com presença expressiva, a plenária desencadeou um
movimento de contraofensiva às medidas do governo
Bolsonaro contra a organização sindical. Para os
dirigentes, o governo precisa reconhecer as o
movimento sindical como pilar de sustentação da
democracia.
“Vamos ocupar mais espaços, mostrar a nossa
importância e ampliar nosso campo de trabalho. Não
vamos aceitar que se governe por medidas
provisórias”, afirma o coordenador do FST, Oswaldo
Augusto de Barros.
Os sindicalistas afirmaram que os ataques nada mais
são do que uma tática do governo para enfraquecer o
movimento e favorecer os mais poderosos. “Os ataques
são duros, mas nós vamos ao combate. O momento é de
união, agora não tem cor de bandeira, precisamos nos
apoiar e reagir ao que está se fazendo com o País”,
ressalta Oswaldo.
Dentre as ações de enfrentamento, na próxima semana
será realizado corpo a corpo com parlamentares no
Congresso em prol da devolução da MP 873, por não
preenchimento dos requisitos constitucionais
pertinentes. Quanto à proposta de reforma da
Previdência, o Fórum vai intensificar a denúncia dos
aspectos prejudiciais da PEC 6/2019 para os
trabalhadores.
CNTA - Artur Bueno de Camargo, presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias de Alimentação e Afins, destaca que o
momento é delicado para o sindicalismo e que as
Confederações terão de agir com inteligência.
"No caso da MP 873, temos que pressionar os
parlamentares. Ela deve ser devolvida ao Executivo.
Para o Fórum, essa é uma medida totalmente
inconstitucional", avalia.
O dirigente também destacou as ações contra a PEC
6/2019. "A CNTA deliberou na terça (12), durante a
nossa Assembleia Nacional, participar nos atos do
dia 22 de março. Além disso, apoiamos a Frente
Parlamentar em Defesa da Previdência Social, que
será lançada no próximo dia 20, no auditório Nereu
Ramos, na Câmara dos Deputados", afirma Artur.
Mais informações: www.fstsindical.org.br
Fonte: Agência Sindical
15/03/2019 -
Ação contra MP dos sindicatos vai ao plenário do STF
Relator deu prazo de cinco dias para que a
Presidência da República dê informações sobre a
proposta.
Sindicalistas se reuniram com o presidente da Corte
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal
(STF), remeteu para o plenário da Casa a ação da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra a Medida
Provisória (MP) 873, sobre financiamento de
entidades sindicais. Relator da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6.098, Fux submeteu o
pedido ao colegiado "tendo em vista a repercussão
jurídica e institucional da controvérsia".
No despacho desta quinta-feira (14), o ministro dá
prazo de cinco dias para que a Presidência da
República, assim que notificada, preste informações
sobre o teor da medida provisória. A mesma decisão
vale para a ADI 6.092, da Confederação Nacional das
Carreiras Típicas de Estado (Conacate).
Quarta (13), o presidente do STF, Dias Toffoli,
recebeu os presidentes da CUT, Vagner Freitas, e da
Força Sindical, Miguel Torres, para falar sobre a
medida. Também estava presente o deputado Paulo
Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), líder da
Força.
O Conselho Federal da OAB protocolou a ação na
última segunda-feira (11), apontando diversas
inconstitucionalidades na medida do governo. Para a
entidade, a MP viola os princípios da liberdade e da
autonomia sindical. "É possível, necessário e até
mesmo louvável a existência das organizações
sindicais, por isso a Constituição Federal diz que
devem ser livres e autônomos", afirma o presidente
da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da
Ordem, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, ex-presidente
da OAB.
Segundo ele, a MP assinada por Jair Bolsonaro e pelo
ministro Paulo Guedes "vem para impedir o
funcionamento dos sindicatos, para proibir que os
associados dos sindicatos possam contribuir de forma
simples, obrigando-os a pagar boletos bancários e,
assim, criando uma burocracia desnecessária e sem
que haja qualquer critério de urgência que
justifique a edição de uma medida provisória". O
Ministério Público do Trabalho também já se
posicionou contra a proposta governista.
Representantes de centrais sindicais se reuniram com
o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP),
e pediram a ele que devolva a MP ao Executivo. Ele
ainda não se posicionou.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/03/2019 -
PDT vai ao STF contra fim do desconto em folha da
contribuição sindical
O PDT apresentou ao Supremo Tribunal Federal, nesta
quarta-feira (13/3), ação direta de
inconstitucionalidade contra a Medida Provisória
873/2019, que proíbe o desconto em folha de
pagamento da contribuição sindical diretamente.
Para o PDT, a MP impede a organização dos sindicatos
e afronta a Constituição Federal, limitando a
liberdade de associação e autodeterminação dos
cidadãos. A MP diz que a contribuição só poderá ser
cobrada por meio de boleto bancário dos
trabalhadores que concordarem expressamente com o
pagamento.
“A temática dos direitos e garantias sindicais
naturalmente comporta conformação pelo legislador
ordinário a qualquer tempo (CF, artigos 22, I, e
61). Contudo, no atual momento histórico, ela
prescinde da qualificadora da relevância, por causa
da intervenção legislativa operada pela reforma
trabalhista de 2017”, afirma a petição documento.
Para o partido, os sindicatos são representantes da
luta histórica pelos direitos dos trabalhadores, e a
MP pretende enfraquecê-los. "Tentar pautar uma
discussão como essa nesse momento político
representa mais uma tentativa de enfraquecer a
representação dos trabalhadores num ambiente de
discussão da Reforma da Previdência. É uma afronta à
Constituição Federal e uma violação a tratados
internacionais e a liberdade sindical", diz a ação.
Decisões judiciais já suspenderam os efeitos da
medida provisória para algumas categorias
profissionais.
Fonte: Consultor Jurídico
15/03/2019 -
Impactos da reforma da Previdência serão debatidos
na CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) promoverá
audiência pública na terça-feira (19), às 10h, para
debater a reforma da Previdência apresentada pelo
Poder Executivo. O texto, que tramita na Câmara, na
forma de uma proposta de emenda à Constituição,
modifica as regras da Previdência Social. O
principal objetivo da audiência da CAE é fazer um
diagnóstico com estimativas de impacto fiscal
decorrentes das mudanças previstas pela PEC 6/2019.
Para debater o assunto foram convidados Felipe
Scudeler Salto, diretor-executivo da Instituição
Fiscal Independente (IFI); Paulo Tafner, pesquisador
da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe);
e Pedro Nery, consultor legislativo do Senado. A
audiência foi requerida pelo senador Plínio Valério
(PSDB-AM).
Mudanças
Entre os principais pontos da reforma apresentada pelo
governo federal está a idade mínima para a
aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa
privada e servidores: a partir de 61 anos para
homens e de 56 anos para mulheres. Essas idades
mínimas começarão a subir seis meses a cada ano, a
partir da aprovação da reforma, até chegar a 65 anos
para eles e aos 62 anos para elas.
O cálculo do benefício será de 60% para aqueles que
cumprirem o mínimo de 20 anos de contribuição. A
partir daí, a cada ano são acrescentados 2%. Logo, a
integralidade do benefício só se dará após 40 anos
de contribuição. No futuro, quem contribuir mais de
40 anos poderá receber mais de 100%.
Uma emenda constitucional precisa ser aprovada em
dois turnos na Câmara dos Deputados e em dois turnos
no Senado. As novas regras passam a valer após a
promulgação pelo Congresso.
Fonte: Agência Senado
15/03/2019 -
Quarta ação contra MP da contribuição sindical chega
ao Supremo
Mais uma ação contra a Medida Provisória 873, que
acabou com o desconto em folha da contribuição
sindical, chegou ao Supremo Tribunal Federal nesta
quinta-feira (14/3). Dessa vez, o Sindicato dos
Trabalhadores do Poder Judiciário Federal do Pará e
Amapá afirma que a norma afrontou dispositivos da
lei dos servidores públicos (Lei 8.112).
"A medida revogou dispositivos da Lei 8.112, de
1990, e alterou outros da CLT, sem qualquer
cerimônia, obrigando os servidores e as entidades
sindicais a assumirem o ônus do recolhimento das
contribuições facultativas mediante boleto bancário,
o que só beneficia as instituições bancárias",
afirma a petição.
Para o sindicato, não é sobre o imposto que a
mudança recai, e sim modifica a forma de
recolhimento das contribuições definidas e
autorizadas pela própria categoria de trabalhadores
que entende a importância da entidade sindical e
escolhe mantê-la.
"Tal recolhimento, como é de conhecimento geral,
sempre fora realizado pela Administração Pública,
não por escolha, não por faculdade, mas por expressa
determinação legal. A norma contraria frontalmente
não só a Constituição Federal, mas a CLT, a Lei
8.112/90 e o bom senso, tendo em conta que não há
nenhum ônus “extra” para a Administração ao realizar
o desconto e repasse das mensalidades associativas",
defende a categoria.
De acordo com a entidade, a lei "ultrapassa todos os
limites da razoabilidade" porque ignora o princípio
da razoabilidade e invade o caráter volitivo
individual da referida mensalidade, que em nada se
assemelha ao imposto sindical, anteriormente
extinto.
“Atitudes deste tipo abrem um precedente perigoso,
eis que se permitiria avanços contra a autonomia de
vontades (individual e coletiva) nada saudáveis e
totalmente violadores do Estado Democrático de
Direito”, diz.
A ADI dos servidores é a quarta ação que chega ao
STF que pede a suspensão da MP. Na segunda-feira
(3/3), a Confederação Nacional das Carreiras Típicas
de Estado também apresentou ação afirmando que a MP
coloca em risco a administração das associações. Na
quinta-feira (7/3), o Proifes, entidade que reúne
sindicatos de professores, também questionou a MP. O
PDT nesta quarta-feira (13/3) também apresentou
questionamentos.
ADI 6.104
Fonte: Consultor Jurídico
15/03/2019 -
Governadores do Nordeste unem forças contra
propostas do governo Bolsonaro
Eles pretendem dialogar com deputados e senadores
para fortalecer a resistência contra políticas de
retrocesso.
Entre elas, a "reforma" da Previdência e mais
acesso a armas
Contrários à "reforma" da Previdência proposta pelo
governo de Jair Bolsonaro (PSL), bem como a medidas
que facilitem o acesso a armas e que podem retirar
recursos de áreas da saúde, educação e assistência
social, governadores dos nove estados do Nordeste se
reuniram nesta sexta-feira (14) em São Luís. O
encontro marcou a assinatura do protocolo que cria o
Consórcio Interestadual de Desenvolvimento
Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).
O documento foi assinado pelos governadores do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); do Piauí, Wellington
Dias (PT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Rio
Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); de Pernambuco,
Paulo Câmara (PSB); da Paraíba, João Azevedo (PSB);
de Sergipe, Belivado Chagas (PDT), da Bahia, Rui
Costa (PT) e pelo vice-governador de Alagoas,
Luciano Barbosa (MDB).
Instrumento político e jurídico de cooperação que
visa ao fortalecimento regional e à proteção e
promoção dos direitos sociais, o Consórcio terá
entre as estratégias o diálogo permanente com os 153
deputados e 27 senadores representantes da população
desses estados para que façam frente aos retrocessos
embutidos nas propostas do governo Bolsonaro.
Os governadores entendem que a Previdência precisa
ser debatida. Mas ao se posicionar em defesa dos
mais pobres, dos trabalhadores rurais e das pessoas
com deficiência, rejeitam mudanças que penalizem
justamente os brasileiros que mais precisam de
proteção do Estado.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/03/2019 -
CDH acata sugestão para acabar com aposentadoria
especial para políticos
Uma sugestão legislativa apresentada pelo cidadão
Rafael Zucco, por meio do Portal e-Cidadania, para
acabar com a aposentadoria especial de governadores
e presidentes, bem como para aqueles que detêm ou já
assumiram cargos eletivos, será transformada em
proposta de emenda à Constituição (PEC) e passará a
tramitar no Senado. Aprovada nesta quinta-feira (14)
na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), a Sugestão 43/2017 começará a
tramitar no próprio colegiado.
A proposta de Zucco recebeu apoio de mais de 20 mil
pessoas. O relatório favorável à matéria foi
apresentado pelo senador Lasier Martins (Pode-RS).
Para ele, é correta a ideia de que os políticos não
possuam nenhum tipo de regime previdenciário
diferenciado, especialmente no momento em que o país
discute a reforma da Previdência.
— Faz-se necessário alterar a Carta Magna para
deixar claro que, em todos os Poderes e em todos os
níveis da Federação, não podem existir regimes
especiais de Previdência para os políticos —
acrescentou.
Fonte: Agência Senado
15/03/2019 -
Seguridade Social vai priorizar debate da reforma da
Previdência
O presidente da Comissão de Seguridade Social e
Família da Câmara dos Deputados, Antonio Brito
(PSD-BA), disse que a reforma da Previdência vai ser
o ponto principal das discussões da comissão no
primeiro semestre, mesmo sendo objeto de análise de
uma comissão especial.
"A Previdência é um tema fundamental e já foi
solicitado pelos membros para que a gente dê
celeridade e traga esse debate para a comissão que é
afim."
Brito foi eleito com 47 votos. Houve três votos em
branco. Para a 1ª vice-presidência, foi eleito o
deputado Alexandre Serfiotis (PSD-RJ); para 2ª vice,
Marx Beltrão (PSD-AL); para a 3ª, Misael Varella
(PSD-MG).
Perfil
Antonio Brito nasceu em Salvador, tem 50 anos e é
administrador e filho do ex-prefeito e atual
vereador de Salvador Edvaldo Brito. Entre 2001 e
2003, foi presidente do Conselho Nacional de
Assistência Social e atuou como secretário do
Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão
da prefeitura de Salvador de 2009 a 2010.
No terceiro mandato como deputado federal, já
presidiu a Comissão de Seguridade Social e Família
entre março de 2015 a março de 2016.
O que faz a comissão
A Comissão de Seguridade Social tem, no extenso rol de
suas atribuições, assuntos relativos à saúde,
previdência e assistência social em geral;
atividades médicas e paramédicas; matérias relativas
à família, à mulher, ao nascituro, à criança, ao
adolescente, ao idoso e à pessoa com deficiência;
além de questões relacionadas à indústria
químico-farmacêutica e regime jurídico das entidades
civis de finalidades sociais e assistenciais.
Fonte: Agência Câmara
15/03/2019 -
Produção industrial avança em nove locais
pesquisados em janeiro
Apesar da queda de 0,8% na produção industrial
nacional, nove dos 15 locais pesquisados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) tiveram alta na passagem de dezembro de 2018
para janeiro deste ano. O maior crescimento foi
observado no Amazonas (5,2%), de acordo com dados da
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
Regional, divulgados nesta quinta-feira (14).
Outros estados com alta foram Pernambuco (3,0%), Rio
Grande do Sul (2,6%), Goiás (2,6%), Pará (1,7%),
Santa Catarina (0,8%), Minas Gerais (0,7%) e o
Paraná (0,7%). A Região Nordeste, que também é
pesquisada pela soma dos seus nove estados, teve
crescimento: 1%.
Por outro lado, seis estados puxaram a queda
nacional da indústria: Mato Grosso (-5,4%), Espírito
Santo (-2,6%), Bahia (-2,2%), São Paulo (-1,8%), Rio
de Janeiro (-1,3%) e o Ceará (-0,4%).
Outras comparações
Na comparação com janeiro de 2018, dez dos 15 locais
pesquisados tiveram queda. As maiores delas foram
observadas no Amazonas (-10,5%) e em Mato Grosso
(-9,2%). Dos cinco locais com alta na produção, o
Paraná teve o melhor resultado (8,1%).
No acumulado de 12 meses, oito dos 15 locais tiveram
queda, com destaque para Goiás (-4,2%), e sete
tiveram alta, com o melhor resultado sendo observado
no Pará (8,2%).
Fonte: Agência Brasil
15/03/2019 -
Justiça mantém desconto em folha de contribuição
sindical no RJ e MG
Mais dois sindicatos conseguiram liminares para
manter as contribuições sindicais ao Sindicato dos
Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde
Preventiva no Estado do Rio de janeiro (Sintsauderj)
e ao Sitraemg para a suspensão dos efeitos da MP
873, que Medida Provisória 873/2019, que proibiu o
desconto em folha da contribuição sindical.
Na 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro, o juiz
federal Antonio Henrique Correa da Silva afirma que
a contribuição, cuja cobrança depende da anuência do
trabalhador ao voluntariamente se filiar à entidade
sindical representativa de sua categoria, tem
natureza diversa daquela prevista em lei cobrada
anualmente.
"Nesse contexto, a Lei Maior condiciona a
exigibilidade da contribuição apenas à existência de
vínculo jurídico entre o trabalhador e o sindicato.
Ao estabelecer a possibilidade de sustação dessa
exigibilidade pela negativa de autorização
individual pelo trabalhador sindicalizado, a MP 873
malfere a sistemática constitucional, esvaziando as
prerrogativas constitucionalmente deferidas às
entidades sindicais", afirmou.
Para o magistrado, a MP afrontou garantia
instrumental estabelecida pelo texto constitucional
como um dos mecanismos incentivadores da atividade
sindical, suprimindo dispositivo de lei anterior que
se limitava a dar-lhe concretude.
Já na 22ª Vara Federal Cível da SJMG, a juíza
Fernanda Schorr citou o artigo 8ª da Constituição
Federal, que garante a livre a associação
profissional ou sindical. "A MP é uma norma
constitucional de eficácia plena que não depende de
regulamentação", diz.
De acordo com a magistrada, a MP não alterou o
artigo 8, que continua em vigor. "Nesse sentido, não
se pode compelir o sindicato a emitir boleto
bancário ou equivalente eletrônico por se tratar de
norma prevista na CF, em que o desconto será feito
direto na folha", defende.
5012398-55.2019.4.02.5101/RJ
Fonte: Consultor Jurídico
14/03/2019 -
Jurídicos das centrais produzem nota orientadora
sobre a MP 873
Depois da nota pública contra a MP 873/19, que
trata das contribuições sindicais, divulgada na
quinta-feira (7), as centrais sindicais, por meio
das assessorias jurídicas das entidades, produziram
“nota
orientadora” para o
conjunto do movimento sindical.
Tratam-se de orientações jurídicas e políticas no
sentido de enfrentar o debate sobre a MP no âmbito
do Congresso Nacional, com propósito de adotar
“ações, de natureza política e jurídica, que
viabilizem a continuidade do funcionamento das
entidades sindicais, até a retirada, suspensão,
perda de vigência ou eficácia da MP”.
As centrais farão estudo para ingressar com ação de
inconstitucionalidade (ADI), no Supremo, e “ingresso
como amicus curiae nas ADI ajuizadas [Conacate e
Proifes]”, afim de evitar ações isoladas das
entidades.
Desconto de mensalidades associativas
Em relação aos servidores públicos é importante
destacar que os estados e municípios com legislação
própria não sofrem os efeitos da MP.
Quanto aos celetistas, a leitura feita pelos
advogados, à partir da interpretação da CLT, da
Constituição e de normas internacionais, é que o
desconto da associativa deve ser processada pelo
empregador. Ou seja, deve ser feito via desconto em
folha.
Descontos previstos em normas coletivas
Neste aspecto, a principal orientação e entendimento é
que a MP “não pode eliminar ou modificar os direitos
e obrigações constantes de convenções ou acordos
coletivos já existentes, inclusive no que se refere
às regras de recolhimento de contribuições às
entidades sindicais.”
Contribuição sindical
As centrais orientam que “todas as decisões de
assembleia, bem como o conteúdo das normas
coletivas, devem ter respeitada a autonomia e
aplicação uniforme, tratando-se de deliberação
coletiva, no âmbito de autonomia de cada entidade e
de cada assembleia sindical.”
Boleto bancário
O pagamento de obrigações via boleto bancário,
conforme determina a MP, onera as entidades,
inclusive com a criação de despesas extras.
As contribuições voluntárias de não filiados, via
boleto, quando devidamente autorizadas por meio de
negociação coletiva, com aplicação “uniforme para
toda a categoria”.
Fonte: Diap
14/03/2019 -
Congresso pode devolver MP antissindical ao governo,
afirma CUT
Representantes de centrais se reuniram com
presidente da Casa, que teria ficado surpreso e
assustado com teor da proposta governista
Representantes de centrais sindicais saíram de
audiência com o presidente do Congresso Nacional,
senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ontem (12), com a
expectativa de que o parlamento poderá devolver ao
Executivo a Medida Provisória (MP) 873, sobre
financiamento sindical. "O presidente do Senado
falou que ficou muito assustado com a forma como a
MP 873 trata a organização sindical e reconheceu que
a medida inviabiliza a existência dos sindicatos",
afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, segundo
relato da jornalista Vanilda Oliveira no portal da
central.
Editada praticamente no carnaval, na sexta 1º, a MP
dificulta ainda mais o financiamento das entidades,
que já haviam perdido a maior parte da receita
depois que a contribuição sindical se tornou
facultativa, a partir da Lei 13.467, de "reforma"
trabalhista. Agora, o governo quer que as
contribuições sejam pagas via boleto, em vez de
desconto em folha. Várias entidades já se
manifestaram contra a medida, como o Ministério
Público do Trabalho e a Ordem dos Advogados do
Brasil.
Caso a MP seja realmente devolvida ao Executivo,
perde a eficácia. Essa reivindicação foi apresentada
ontem pelos sindicalistas a Alcolumbre, que decidiu
criar uma comissão para estudar a medida provisória.
Em nota conjunta, as centrais já se manifestaram
contra o texto do governo. O presidente da CUT
relatou que o presidente do Congresso e do Senado se
mostrou surpreendido pela edição de uma MP no
período de carnaval. Alcolumbre foi procurado por
meio de sua assessoria, mas ainda não houve retorno.
"A intenção dessa MP, senador, é muito clara:
destruir o movimento sindical. Não existe democracia
sem representação sindical dos trabalhadores e
trabalhadoras, que têm esse direito garantido pela
Constituição Federal, para que haja equilibro na
relação entre capital e trabalho”, afirmou Vagner
Freitas. "Essa medida provisória ataca de morte os
sindicatos, porque não impede somente a cobrança em
folha da contribuição sindical, aprovada em acordo
coletivo, mas também dificulta e inviabiliza até
mesmo a cobrança de taxa associativa", acrescentou.
Ele também considerou "espantoso" que o governo
apresente uma MP dessa natureza após a aprovação de
uma "reforma" que permite ao negociado prevalecer
sobre o legislado.
O dirigente citou acordos coletivos em que a
mensalidade dos associados e a chamada contribuição
negocial, aprovada em assembleia, passam a ser
descontadas na folha de pagamento. "Agora, por causa
dessa MP 873, quem for negociar estará proibido de
colocar esse item na pauta de negociação. Só vale
negociar temas que interessem ao governo, aos
patrões. Não há urgência nem relevância nessa
matéria, não precisava ser uma MP. Só foi feito
dessa forma, na surdina e apressada, porque temem a
nossa luta contra a reforma da Previdência. Se o
governo queria debater a questão do financiamento
sindical, por que não enviou um projeto de lei, em
vez de medida provisória?"
Fonte: Rede Brasil Atual
14/03/2019 -
CAS voltará a discutir convenção sobre liberdade
sindical
Nesta quarta-feira (13), a Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) aprovou requerimento de audiência
pública para orientar a votação do Projeto de
Decreto Legislativo (PDS) 16/1984, que aprova o
texto da Convenção 87 da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), relativa à liberdade sindical e à
proteção do direito sindical. O requerimento foi
apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que foi
mantido como relator da proposta pelo presidente da
comissão, senador Romário (Pode-RJ).
Paim está à frente da relatoria do PDS 16/1984 na
CAS desde 2013. Na ocasião, elaborou parecer pela
aprovação da proposta, que, no entanto, não chegou a
ser votado. Seu entendimento, à época, era de que “a
convenção tem por objeto a liberdade sindical. A
liberdade de constituição de sindicatos, de
trabalhadores e patronais, sem que em sua formação e
seu funcionamento haja intervenção nem do Estado,
nem dos empregadores nos sindicatos de
trabalhadores”.
Dois anos depois, Paim reformula seu parecer ao
projeto na CAS, recomendando sua rejeição. No
parecer contrário de 2015, avaliou que “embora seja
relevante em determinado contexto histórico e,
talvez, em determinados países, a Convenção 87 não
tem aplicabilidade no Brasil”.
O debate sobre o PDS 16/1984 na CAS poderá orientar
o relator a confirmar o mais recente parecer, que
rejeitou a aprovação da convenção com o argumento de
que a Constituição de 1988 já lastreou a “estrutura
normativa sindical” brasileira, ou a resgatar o
parecer de 2013, no qual a Convenção 87 da OIT era
entendida como um mecanismo garantidor da liberdade
sindical individual.
A data da audiência ainda será marcada.
Fonte: Agência Senado
14/03/2019 -
Comissão da reforma da Previdência no Senado deverá
ser instalada nesta quinta
A comissão especial do Senado que acompanhará o
andamento da reforma da Previdência será formada
logo após a instalação da Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara dos Deputados, prevista para
acontecer ainda nesta quarta-feira (13).
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, voltou a
declarar aos jornalistas nesta quarta-feira que,
assim que ocorrer a instalação do colegiado da
Câmara, reunirá os líderes partidários do Senado
para receber as indicações e instituir a comissão
especial de acompanhamento da PEC 6/2019, o que
poderá ocorrer ainda nesta quinta-feira (14).
Davi disse ainda que a vinda de governadores e
prefeitos para discutir o pacto federativo não
interferirá no processo. Ele avaliou que o tema
poderá ser discutido no Senado, enquanto a Câmara
dos Deputados se dedicar à reforma da Previdência.
— O pacto federativo é uma discussão que estados e
municípios debatem há muitos anos. Recursos têm que
estar onde estão as necessidades das pessoas: nas
cidades, nas ruas, nos bairros, nos estados. A União
concentra a arrecadação, e a discussão do pacto é
justamente para definir essa distribuição.
Fonte: Agência Senado
14/03/2019 -
Bancada evangélica desembarca do governo Bolsonaro
A bancada evangélica, que foi crucial na campanha de
Bolsonaro e na frágil sustentação do início de seu
governo, vai oficializar a saída da base de apoio,
informa o jornal O Estado de S. Paulo. O
posicionamento deve ser divulgado logo após a tensa
eleição do novo líder da frente, nome que deve ser
conhecido nas próximas semanas. Os parlamentares da
bancada se queixam da falta de diálogo com o governo
e também da falta de espaço na Esplanada.
Segundo a reportagem, "a última reunião da bancada
com Bolsonaro foi em 18 de dezembro, ainda durante o
período da transição, desde então, o presidente só
recebeu alguns membros individualmente, o que
desagrada parte do grupo. A bancada foi uma das
primeiras a declarar apoio ao Bolsonaro. Eles
lançaram em outubro do ano passado o 'Manifesto à
Nação', em que declaravam o apoio ao candidato do
PSL."
A matéria relata que "a mais recente baixa na conta
dos evangélicos, dentro do governo, foi a exoneração
de Pablo Tatim, ex-subchefe de Ações Governamentais,
cuja indicação foi referendada pela frente. A
exoneração saiu nesta sexta-feira, 8, no Diário
Oficial da União. Ele foi coordenador jurídico do
gabinete de transição de Bolsonaro e, no governo,
trabalhava com o ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni. As rusgas da bancada com o presidente, no
entanto, começaram ainda no período da transição,
quando Bolsonaro ignorou as indicações dos
evangélicos para ministérios, como o da Educação."
Fonte: Brasil247
14/03/2019 -
Aprovada multa para empresas por discriminação
salarial de mulheres
O Plenário do Senado aprovou em regime de urgência
nesta quarta-feira (13) o projeto de lei que
endurece a cobrança sobre empregadores que praticam
discriminação salarial entre homens e mulheres (PLS
88/2015). A proposta faz parte da pauta prioritária
da bancada feminina e segue para a análise da Câmara
dos Deputados. O texto endossa o que estabelece a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) quando
assegura salário igual para homens e mulheres na
mesma função e na mesma atividade.
De acordo com o projeto, de autoria do senador
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), cada caso
precisará ser apurado em ação judicial e, se
constatada a ilegalidade, a empresa será punida com
o pagamento de multa em favor da funcionária
prejudicada. O valor deverá corresponder ao dobro da
diferença salarial verificada mês a mês.
No texto, o parlamentar destacou que a diferença
salarial média entre homens e mulheres, que chega a
23% nas micro e pequenas empresas, saltando para
44,5% nas médias e grandes. Os dados integram o
Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras
em Micro e Pequenas Empresas de 2014.
A matéria recebeu voto favorável do senador Paulo
Paim (PT-RS), relator de Plenário, que leu parecer
em substituição à Comissão de Assuntos Sociais
(CAS), onde a proposta tramitava anteriormente.
Desarquivamento
Foi aprovado ainda o desarquivamento do Projeto de Lei
da Câmara (PLC 130/2011), também relatado por Paim.
O texto também estabelece multa para combater a
diferença de remuneração verificada entre homens e
mulheres no Brasil. A matéria já foi aprovada na
Câmara e volta para a análise da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do
Senado.
— Fica o compromisso de todos nós, se assim
entendermos, aprovar no futuro o projeto que foi
desarquivado, porque esse vai direto para a sanção —
disse Paim.
Fonte: Agência Senado
14/03/2019 -
Produção industrial recua 0,8% de dezembro para
janeiro, diz IBGE
A produção industrial nacional caiu 0,8% na passagem
de dezembro de 2018 para janeiro deste ano. Essa é a
maior queda desde setembro do ano passado (-1,9%) e
veio depois de uma alta em dezembro (0,2%), segundo
a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta
quarta (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A queda chegou a 2,6% na comparação com janeiro de
2018. Na média móvel trimestral, a queda é 0,2%. No
acumulado de 12 meses, a indústria acumula
crescimento de 0,5%.
Na passagem de dezembro para janeiro, a indústria
recuou em três das quatro grandes categorias
econômicas, com destaque para os bens de capital,
isto é, as máquinas e equipamentos (-3%).
Também tiveram queda os bens intermediários, isto é,
os insumos industrializados usados no setor
produtivo (-0,1%), e os bens de consumo semi e não
duráveis (-0,4%). Por outro lado, os bens de consumo
duráveis tiveram alta de 0,5%.
Treze das 26 atividades industriais pesquisadas
tiveram queda na produção de dezembro para janeiro,
com destaque para produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-10,3%), indústrias extrativas (-1%)
e máquinas e equipamentos (-2,9%).
Treze atividades tiveram alta, sendo os principais
crescimentos registrados nos segmentos de produtos
alimentícios (1,5%), bebidas (6,1%) e outros
produtos químicos (3,6%).
Fonte: Agência Brasil
14/03/2019 -
Hora noturna reduzida garante a empregado intervalo
de 60 minutos
Com a hora noturna de 52m30s, a jornada superou seis
horas, o que alterou o intervalo.
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Rampinelli Alimentos Ltda., de
Forquilhinha (SC), a pagar horas extras a um
empregado por não conceder de forma integral o
repouso de 60 minutos após a jornada de seis horas.
Para tanto, a Turma considerou que o turno, cumprido
integralmente à noite, era superior a seis horas
noturnas.
Hora noturna
A hora noturna equivale a 52m30s, nos termos do artigo
73, parágrafo 1º, da CLT. De 2011 a 2014, o
empregado trabalhou das 22h às 4h com intervalo de
15 minutos, conforme prevê o artigo 71, parágrafo
1º, da CLT para jornadas entre quatro e seis horas.
Na reclamação trabalhista, ele alegou que o repouso
deveria ser de 60 minutos, uma vez que o turno era
superior a seis horas noturnas.
Nos juízos de primeiro e de segundo grau, o pedido
de pagamento de horas extras pela supressão parcial
do intervalo foi julgado improcedente. O Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região concluiu que a
hora reduzida repercute somente na apuração do
adicional noturno, mas não na definição do intervalo
intrajornada. Segundo o TRT, o empregado prestava
serviço por apenas seis horas de 60 minutos cada,
com direito a descanso de 15 minutos.
Redução ficta
O relator do recurso de revista do empregado, ministro
Emmanoel Pereira, aplicou ao caso entendimento da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1),
órgão unificador da jurisprudência das Turmas do
TST. De acordo com a SDI-1, deve ser considerada a
redução ficta da hora noturna para a definição do
intervalo intrajornada. “O trabalho em período
noturno é mais desgastante e prejudicial à saúde e à
interação social e familiar”, assinalou o ministro.
De acordo com os precedentes citados pelo relator, a
hora noturna é uma “ficção legal” que tem por
objetivo propiciar ao empregado uma duração menor do
tempo de trabalho em razão do desgaste motivado pelo
horário, e essa redução não pode ser desconsiderada
na fixação do intervalo intrajornada. Desse modo, o
empregado sujeito à jornada de seis horas, mas que
trabalha em horário noturno, tem direito ao
intervalo intrajornada de uma hora, e não de 15
minutos. A decisão foi unânime. Processo:
RR-4011-20.2014.5.12.0003
Fonte: TST
13/03/2019 -
OAB vai ao STF contra MP de Bolsonaro que prejudica
sindicatos
Governo não pode atacar como privilégios formas
de financiamento previstas na Constituição para os
sindicatos. Medida também fere direito de associação
e autodeterminação dos trabalhadores
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma
ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no
Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira
(11) contra a Medida Provisória 873/19, publicada
pelo governo federal, que altera a forma de cobrança
das contribuições sindicais.
Assinada pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz,
e pelos ex-presidentes da entidade Cézar Britto e
Marcus Vinicius Furtado Coelho, a ADI 6.098 diz que
a MP do governo Bolsonaro, que proíbe o desconto em
folha das contribuições sindicais, tem como objetivo
"dificultar ao máximo" a organização das entidades
que representam os trabalhadores.
Eles também apontam que a medida do governo
Bolsonaro limita indevidamente a liberdade de
associação e a autodeterminação dos trabalhadores,
bem como dos próprios sindicatos. Além da ação da
OAB, a Confederação Nacional das Carreiras Típicas
de Estado (Conacate) e a Federação de Sindicatos dos
Professores de Instituições Federais de Ensino (Proifes)
também já haviam acionado o STF contra a medida. As
três ações serão relatadas pelo ministro Luiz Fux,
antes da votação em plenário, ainda sem data para
ocorrer.
"Resta evidente o impacto da Medida Provisória para
as entidades sindicais, que terão severamente
dificultado o recolhimento das contribuições que
provêm seu sustento e o financiamento de suas
atividades. A repercussão será instantânea em razão
da imediata produção de efeitos da norma, afetando
os recursos para a manutenção das entidades no
próximo mês, o que por sua vez comprometerá o
pagamento de inúmeras obrigações de naturezas
diversas, inclusive as remunerações de milhares de
trabalhadores destas entidades", dizem os advogados.
A OAB destaca que os formas de financiamento dos
sindicatos estão previstas na Constituição, e tais
"direitos" não podem ser confundidos com
"privilégios". "Se a atuação dos sindicatos
representa, em análise última, uma garantia
adicional ao respeito dos direitos sociais dos
trabalhadores, evidente que tais entes se revestem
da condição de entidades privadas de interesse
social", diz a entidade.
A Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da
OAB já havia elaborado parecer, na última
sexta-feira (8), contrário à medida, que agora
embasa a ADI. "As modificações introduzidas pela
referida MP representam uma afronta direta à
liberdade e à autonomia sindical e desestabilizam o
sistema sindical e as relações coletivas de
trabalho", apontava Furtado Coelho, que comanda a
comissão.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/03/2019 -
Bolsonaro fragiliza sindicatos para retirar direito
à aposentadoria
Por trás de cortinas de fumaça das pautas ligadas à
família e aos costumes, o governo esconde muitas de
suas ações. Na véspera do feriado de Carnaval,
editou uma nova medida provisória contra os
trabalhadores. A MP 873/2019 acaba com a
contribuição sindical na folha de pagamento e
estabelece que a contribuição será paga por meio de
boleto bancário, após autorização expressa,
individual e por escrito do trabalhador.
Parlamentares comunistas defendem ampla mobilização
para barrar a proposta.
Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), a medida
é inconstitucional e potencializa a fragilização dos
sindicatos – iniciada na Reforma Trabalhista de
Temer. Desta forma, segundo o parlamentar, Bolsonaro
minaria a luta contra a Reforma da Previdência.
“A Reforma Trabalhista já fragilizou os sindicatos.
Agora, eles tentam impedir a existência dos
sindicatos, a livre manifestação do trabalhador.
Essa MP é inconstitucional. A Constituição
estabelece que o Estado não pode interferir na livre
organização dos sindicatos. Mas o objetivo é claro,
é fragilizar o sindicato, especialmente para que a
luta dos trabalhadores não se faça forte contra a
Reforma da Previdência. Mas vamos lutar contra
isso”, afirmou.
A MP fere, por exemplo, os princípios da liberdade e
da autonomia sindicais previstos nos incisos I, III
e IV, do artigo 8º, da Constituição.
Para o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), além do seu
pacote de maldades, o governo Bolsonaro é covarde ao
editar a medida às vésperas de uma das mais
importantes festas do país.
“Ele raciocina que asfixiando os sindicatos vai
dificultar contestações aos pacotes de maldades
contra o povo. Sua publicação, às vésperas do
Carnaval, é uma atitude covarde do presidente Jair
Bolsonaro, pois escolheu a data para tentar diminuir
as reações imediatas a mais essa maldade”, disse.
A medida, no entanto, já sofreu seu primeiro revés.
No último dia 9, atendendo aos pedidos de dois
sindicatos de servidores públicos federais, a 3ª
Vara Federal do Rio de Janeiro concedeu liminares
para manter o direito das representações de
descontar a contribuição sindical anual dos
servidores no contracheque.
A decisão representa uma derrota parcial do governo,
que deve enfrentar muita resistência no Parlamento
para aprovar a medida. O prazo para apresentação de
emendas ao texto terminaria nesta terça-feira (12),
mas foi prorrogado até o dia 28 de março. Além
disso, centrais sindicais e lideranças políticas
estão se reunindo nesta quarta-feira (13) para
traçar estratégias contra a MP.
Para a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), a rejeição da matéria dependerá da
“capacidade de mobilização”.
De Brasília, Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Fonte: Portal Vermelho
13/03/2019 -
Bloco da minoria na Câmara convoca reunião com
centrais para luta contra reforma da Previdência
A liderança da minoria na Câmara dos Deputados,
deputada Jandira Feghali (PcdoB), está organizando
para o dia 13 de março uma reunião com as centrais
sindicais e entidades da sociedade civil com o bloco
da minoria, formado pelo PSB, PDT e PcdoB, para
debater estratégias de enfrentamento à reforma da
Previdência Social, que tramita na Casa legislativa
por iniciativa do governo Bolsonaro.
Para a deputada “é grave a reforma da previdência.
Nós não aceitaremos essa reforma, estabeleceremos na
liderança da minoria o polo de resistência dentro da
Câmara e um polo de resistência da sociedade
brasileira”, afirmou Feghali.
Com a Proposta de Emenda à Constituição PEC nº
6/2019, Bolsonaro e seu ministro da fazenda Paulo
Guedes pretendem apagar da Constituição a maior
conquista social do povo brasileiro que é o atual
sistema de Seguridade e Previdência Social e impor a
todos que trabalham neste país uma velhice de
miserabilidade.
A PEC nº 6/2019 remove a Previdência Social do texto
constitucional para que os artigos que tratam do
sistema previdenciário sejam alterados no futuro por
Lei Complementar, que necessita de menos para ser
aprovada.
Hoje, para promover este tipo de alteração nas
aposentadorias, o governo precisa da aprovação por ⅗
na Câmara e no Senado, 308 votos e 49 votos,
respectivamente, em dois turnos de votação em cada
uma das Casas.
Além disto, a PEC nº 6/2019 impõe uma idade mínima
de 62 anos para mulheres e 65 para homens, com 20
anos de contribuição para se aposentar; rebaixa a
pensão dos idosos que têm renda familiar até ¼ do
salário mínimo para R$ 400 até que estes atinjam 70
anos – a partir desta idade passam a receber um
salário mínimo; propõe idade mínima de 60 anos para
agricultores e agricultoras se aposentarem e, ainda,
exigir deles uma contribuição anual de R$ 600; entre
outras atrocidades.
Fonte: Hora do Povo
13/03/2019 -
Fórum Sindical dos Trabalhadores debate MP do
custeio e reforma da Previdência
O sindicalismo foi duramente atingido dia 1º de
março com a edição da Medida Provisória 873, que
ataca brutalmente a arrecadação das entidades. Em
meio a isso, está a mobilização sindical contrária à
Proposta de Emenda Constitucional sobre a reforma da
Previdência que o governo Bolsonaro apresentou ao
Congresso Nacional.
A questão do custeio e a resistência à PEC 6/2019
serão temas de debate nesta quarta (13) em Brasília,
a partir das 10 horas, pelas Confederações do Fórum
Sindical dos Trabalhadores.
O coordenador do FST, professor Oswaldo Augusto de
Barros, conversou com a Agência Sindical. Ele
confirmou que até ontem 19 Confederações já tinham
confirmado presença, mas a expectativa é de um
número maior.
“Essa MP mexe diretamente com todas as entidades
sindicais. Ninguém escapa dos seus efeitos. É
preciso analisar como se defender de mais esse
ataque”, argumenta.
Para o coordenador do Fórum, o momento é delicado.
“Por isso, é preciso agir rápido, mas com muita
inteligência. Do contrário, poderemos ser
derrotados, como fomos num passado não tão
distante”, avalia Oswaldo.
Previdência - A proposta de reforma da Previdência
já tramita no Congresso. O governo ainda não tem
votos suficientes para aprová-la, mas está jogando
pesado para aliciar deputados. O professor Oswaldo
de Barros recomenda: “Temos que marcar presença
junto aos parlamentares. Não é ir lá uma vez e
pronto. É mostrar que estamos vigilantes, é fazer um
corpo a corpo diário. Mostrar que estamos lá e não é
só de passagem”.
Para o dirigente, é fundamental a união do movimento
sindical em torno desses dois temas. “É no Congresso
e nas ruas que a batalha será decidida. Não há tempo
a perder. Temos que convencer os trabalhadores de
que a reforma previdenciária vai prejudicá-los e
muito. E temos, também, que mostrar aos deputados e
senadores que, acabar com os Sindicatos não irá
solucionar os problemas do País, pelo contrário”,
destaca o dirigente.
O encontro do Fórum Sindical dos Trabalhadores será
hoje, às 10 horas, na Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura (CNTEEC).
Mais informações: www.fstsindical.org.br
Fonte: Agência Sindical
13/03/2019 -
Votação da Previdência ainda depende de projeto
sobre aposentadoria de militares, dizem líderes
Líderes partidários se reuniram nesta
segunda-feira e condicionaram a votação da reforma,
na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania, ao envio do projeto que traz mudanças nas
aposentadorias dos militares
Líderes partidários decidiram nesta segunda-feira
(11) que a análise da reforma da Previdência (PEC
6/19) só avançará na Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ) após o governo federal
enviar à da Câmara dos Deputados o projeto que
promove mudanças no sistema previdenciário dos
militares. A decisão já havia sido antecipada pelo
presidente da Casa, Rodrigo Maia, na última
sexta-feira (8).
Segundo os líderes, a instalação da CCJ, com a
eleição do presidente e dos vice-presidentes do
colegiado, está mantida para esta quarta-feira (13),
conforme anunciou Maia, mas o início da análise da
reforma da Previdência fica condicionado ao envio,
pelo governo, do projeto dos militares.
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon
(PSB-RJ), defendeu o compromisso assumido por Maia.
“Se o governo não enviar o projeto de lei de reforma
dos militares, a PEC da Previdência não terá a
admissibilidade apreciada pela CCJ", sustentou Molon,
após reunião de todos os líderes com Maia na
residência oficial da Presidência da Câmara.
Cabe à CCJ analisar se a PEC da reforma da
previdência está de acordo com a Constituição e com
as leis do País, o que é chamado de exame de
admissibilidade. Somente depois disso é que o texto
poderá ser analisado por uma comissão especial e
depois votado em dois turnos pelo Plenário.
Igualdade
O líder do partido do presidente da República,
deputado Delegado Waldir (PSL-GO), defendeu que as
propostas tramitem juntas, para que ninguém se sinta
prejudicado. “Pelo princípio da equidade, da
igualdade, todo cidadão quer saber qual reforma da
Previdência [haverá] e se terá privilegiados ou não.
Então essa foi a decisão tomada hoje pelo colégio de
líderes e vai ser procedido desta forma”, reiterou.
Já o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP),
acredita que o governo enviará em breve o projeto
dos militares sob pena de não cumprir a palavra
empenhada. “O próprio presidente da República, o
ministro Paulo Guedes e o secretário da Previdência,
todos foram claros ao afirmar que a reforma também
incidirá sobre os militares. Se eles disserem e isso
não acontecer isso põe em jogo a palavra deles e não
a reforma da Previdência”, ressaltou.
Fonte: Agência Câmara
13/03/2019 -
Guedes quer negociar cortes de verba por acordos de
gestão no Sistema S
Verba estaria condicionada a acordo
Cortes variariam de 30 a mais de 50%
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende
condicionar o tamanho do corte nas verbas das
entidades do Sistema S à assinatura de 1 contrato em
que os órgãos se comprometam a fazer mudanças na
gestão, segundo o Valor Econômico desta 4ª feira
(13.mar.2019).
Aquelas que aderirem ao contrato terão 1 corte de
aproximadamente 30% dos recursos. Já aquelas que não
aceitarem os termos do acordo podem perder mais de
50% do dinheiro.
O principal objetivo da medida, segundo o
ministério, é melhorar a divulgação de dados e
aumentar o rigor do governo na análise para a
aprovação das contas. O Sistema S inclui
organizações como Sesc, Senac, Sesi e Senai.
Fonte: Poder360
13/03/2019 -
Câmara aprova punição para assédio moral no trabalho
Proposta prevê detenção de um a dois anos e multa
para quem ofender reiteradamente a dignidade de
empregado, causando-lhe dano ou sofrimento físico ou
mental
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (12) o Projeto de Lei 4742/01, que
tipifica, no Código Penal, o crime de assédio moral
no ambiente de trabalho. A proposta será enviada ao
Senado.
Foi aprovada uma emenda da relatora, deputada
Margarete Coelho (PP-PI). Segundo a emenda, o crime
será caracterizado quando alguém ofender
reiteradamente a dignidade de outro, causando-lhe
dano ou sofrimento físico ou mental no exercício de
emprego, cargo ou função.
A pena estipulada será de detenção de um a dois anos
e multa, aumentada de um terço se a vítima for menor
de 18 anos. Isso sem prejuízo da pena correspondente
à violência, se houver.
A causa somente terá início se a vítima representar
contra o ofensor. Essa representação é irretratável,
ou seja, a pessoa não pode desistir dela
posteriormente.
O texto ressalta que, na ocorrência de transação
penal, esta deve ter caráter educativo e
moralizador. A transação penal é um mecanismo pelo
qual, em crimes e contravenções de menor potencial
ofensivo (pena máxima não superior a dois anos), o
acusado aceita uma forma de acordo em que ele opta
por não enfrentar um processo criminal para não
correr o risco de sair condenado ao final, se
considerado culpado.
Como a transação penal envolve o cumprimento de
penas alternativas – como prestação de serviços à
comunidade ou pagamento de determinado valor para
instituição de caridade –, o projeto de lei
determina a aplicação de pena de caráter educativo e
moralizador.
Fonte: Agência Câmara
13/03/2019 -
Juiz mantém desconto em folha de contribuição de
sindicato de delegados
A Constituição prevê, como direito básico do
trabalhador, a liberdade de associação profissional
ou sindical, estabelecendo, em seu artigo 8º, inciso
IV, que "a assembléia geral fixará a contribuição
que, em se tratando de categoria profissional, será
descontada em folha, para custeio do sistema
confederativo da representação sindical respectiva".
Com esse entendimento, o juiz Jorge Luis Girão
Barreto, da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do
Ceará deferiu um pedido de tutela provisória de
urgência para determinar à União que mantenha os
descontos em folha de contribuições dos membros do
Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no
Nordeste (SINDPF-NE).
A decisão suspendeu os efeitos da Medida Provisória
873/2019, publicada no dia 1º de março, proibindo a
cobrança de contribuição sindical a qualquer
empregado que não tenha dado autorização expressa,
individual e por escrito ao seu sindicato e
determinando que o desconto seja pago em boleto pelo
próprio trabalhador, e não mais por meio de desconto
na folha de salário.
Para o magistrado, com a decisão que acabou com a
contribuição sindical na folha "é plenamente
concebível o receio manifestado pelo sindicato
autor". "O desconto em folha de pagamento da
contribuição mensal devida ao sindicato deriva de
vigente norma expressa do Texto Constitucional (art.
8º, inciso IV), restando absolutamente irrelevante
ao trato da questão a revogação de disposição
similar contida na legislação ordinária", disse.
O juiz ressaltou, ainda, que não é o caso da
aplicação do artigo 582 da CLT, com redação dada
pela MP 873, de recolhimento por boleto bancário ou
equivalente eletrônico. "Não fosse bastante,
mostra-se claramente excedente do razoável impor-se
ao sindicato, em caráter de surpresa, a necessidade
de se aparelhar para, em poucos dias, iniciar
cobrança de mensalidades pela custosa e problemática
via do 'boleto bancário', a gerar imaginada lacuna
na arrecadação em prejuízo à classe de trabalhadores
cujos direitos são pelo primeiro tutelados."
Processo 0803280-50.2019.4.05.8100
Fonte: Consultor Jurídico
13/03/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa é de
0,54%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que calcula a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, ficou em 0,54% em fevereiro.
O resultado é superior ao 0,36% registrado pelo INPC
em janeiro e ao 0,43% registrado pela inflação
oficial (IPCA) em fevereiro.
O INPC acumula taxas de 0,9% no ano e de 3,94% em 12
meses, ambas também acima das registradas pelo IPCA
nesses períodos: 0,75% no ano e 3,89% em 12 meses.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Os preços dos produtos alimentícios subiram 0,94% em
fevereiro, ante 0,9% em janeiro. Já os não
alimentícios tiveram inflação de 0,37% em fevereiro,
também acima do resultado de janeiro (0,13%).
Fonte: Agência Brasil
12/03/2019 -
Especialista avalia MP que proíbe desconto de
contribuição sindical na folha de pagamento
Para o advogado Mauro Menezes, a MP afronta a
liberdade e autonomia sindicais garantidas pela
Constituição.
É inconstitucional determinação do governo que
proíbe qualquer desconto de contribuição sindical na
folha de pagamento, avalia o especialista Mauro
Menezes, do escritório Mauro Menezes & Advogados.
A decisão que altera a CLT é resultado da MP 873/19.
A norma também define que caso o empregado manifeste
o interesse pelo recolhimento da contribuição, o
pagamento será feito via boleto bancário ou por
outro meio eletrônico que será entregue a ele na
empresa ou em sua residência.
O especialista afirma que a medida afronta a
liberdade e autonomia sindicais garantidas pela
Constituição Federal:
"A MP 873/19 impõe formalismo excessivo,
nitidamente obstativo da efetividade do recebimento
de recursos financeiros pelo sindicato,
caracterizando abuso de índole antissindical e
inconstitucional. O objetivo manifesto de tais
exigências consiste no indisfarçado afã de asfixiar
a já combalidas finanças das entidades sindicais,
hoje destituídas do recebimento incondicionado da
contribuição sindical, outrora obrigatória para
todos os integrantes da categoria."
De acordo com o advogado, a medida tem o propósito
de restringir e dificultar seriamente a arrecadação
de contribuições às entidades sindicais.
"Nos termos da Medida Provisória, tais verbas
essenciais ao custeio das atividades sindicais
fomentadas pela Constituição somente poderão ser
descontadas em favor dos sindicatos de trabalhadores
caso precedidas de autorizações prévias,
voluntárias, individuais e expressas, vedada a
cobrança remanescente após franquia do direito
individual de oposição. A MP vai além, ao promover
alteração no caput do art. 545 da CLT e revogação do
parágrafo único do mesmo artigo, evidenciando um
retrocesso brutal, em comparação à redação anterior,
segundo a qual havia, em relação às contribuições
espontâneas ou facultativas dos empregados, uma
correspondente obrigação dos empregadores de as
descontarem na folha de pagamento mensal, uma vez
notificados pelo sindicato de trabalhadores. E mais,
o empregador tinha o dever de transferir tais
recursos à entidade destinatária das contribuições,
num dado prazo, sob pena de juros de mora, multa e
cominações penais decorrentes de apropriação
indébita. Tudo isso desaparece."
Direito adquirido
Na visão de Mauro Menezes, além dos danos à liberdade
e à autonomia sindicais perpetrados pela MP, ainda
cabe apontar o imperativo de conservação do direito
adquirido ao desconto em folha de contribuições de
todos aqueles empregados cujas autorizações já
tenham sido objeto de notificação às empresas por
parte dos sindicatos.
O especialista defende que o conceito de liberdade
sindical não pode ser reduzido à mera faculdade de o
trabalhador filiar-se ou não a uma entidade
sindical. Para ele, é indispensável que estejam
disponíveis aos trabalhadores e a seus sindicatos os
meios necessários ao efetivo exercício da atividade
sindical, sobretudo aquela voltada às reivindicações
coletivas.
"E nada disso é possível quando são suprimidas as
condições mínimas de organização política,
administrativa e financeira das entidades. O custeio
das entidades sindicais, por conseguinte, é elemento
necessário à atuação sindical concreta e sem que
haja acesso viável a recursos financeiros livremente
pagos pelos integrantes da categoria, não haverá nem
sombra de liberdade sindical e a nossa Constituição
estará violentada no princípio que inspira o caput e
todo o texto do seu art. 8º."
Fonte: Migalhas
12/03/2019 -
MP 873/19 mira nos sindicatos, mas acerta na
Constituição
Impor um pagamento mensal por boleto enviado à
casa de cada sindicalizado torna inviável a
sobrevivência de qualquer sindicato.
Wilmar Alvino da Silva Jr*
No dia 1º de março, Jair Bolsonaro usou sua caneta
(seria Bic?) para assinar a Medida Provisória 873 e,
quem sabe, assassinar todos os sindicatos do Brasil
ao impor “nova” forma de cobrança de contribuições,
taxas e mensalidades associativas: boleto na casa do
sindicalizado. A MP de Bolsonaro diz ter mirado a
contribuição sindical (que já tinha sido alvo da
Reforma Trabalhista), mas, de forma irresponsável,
passou longe e acertou apenas a Constituição
Federal.
Primeiro, vamos ao caráter (ou a falta de) da MP
873. Uma medida provisória precisa ser, por
natureza, urgente e relevante no momento de sua
assinatura. Posto isso, pergunto: qual a urgência e
relevância do assunto contribuição e mensalidade
sindical neste momento? Resposta óbvia: nenhuma!
O único ator dessa discussão que vê tal assunto como
urgente e relevante é o governo e sua pressa em
atropelar qualquer um que se mostre como obstáculo
para passar com o trator sua nefasta reforma da
Previdência. E é nos sindicatos (tenha você, leitor,
suas críticas ou não a eles) que se encontra a
grande pedra no sapato de Bolsonaro, Guedes e
companhia. Foram esses que lideraram milhões de
brasileiros numa greve geral que não se via desde
1917 no Brasil e que vinha sendo novamente
construída desde a apresentação do projeto de
reforma. Não podemos, portanto, falar da MP sem
relacioná-la a este importante fato.
Há uma infinidade de normas e tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário e que
são violados diretamente pela MP 873.
Vamos, então, ao caráter constitucional do texto. No
centro dessa discussão está o artigo 8º da
Constituição, que versa, entre tantos outros
assuntos, sobre a liberdade sindical (já tão atacada
pelos empresários), e agora claramente violada pela
MP. A medida provisória, da forma como foi feita, é
apenas uma intervenção direta — e, ressalte-se,
inconstitucional — do Estado nas entidades, ou seja,
qualquer cidadão republicano e bem intencionado não
precisa de esforço para ver a absurda violação da
nossa Carta Maior causada pela MP.
Se não bastasse isso, há ainda uma infinidade de
normas e tratados internacionais (e o Brasil é
signatário de todos estes documentos) violados
diretamente pela MP. Tratados de instituições sérias
e sólidas como a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) que não podemos simplesmente ignorar
e atropelar, ou estaremos condenados moral e
comercialmente pelo mundo todo.
Aqui cabe ressaltar, ainda, o entendimento já
manifestado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
e Ministério Público do Trabalho, por meio da
Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical (Conalis), de que, com essa MP, estamos
rasgando nossa carta constitucional, a Consolidação
das Leis do Trabalho (ou o pouco que resta dela após
a reforma trabalhista) e os tratados e acordos
internacionais aos quais me referi antes. Parecer da
Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB
Federal publicado em 7 de março recomenda ingresso
imediato de Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI). Duas ADI já foram impetradas no STF — uma, da
Confederação de Carreiras Típicas de Estado; outra,
de instituições do ensino superior.
A fragilidade jurídica da MP 873, que muito se
assemelha à “tuitada” de um adolescente eufórico (e
inconsequente) e em nada lembra um ato de chefe de
Estado, já se revela também em duas decisões
judiciais liminares da 2ª e da 3ª Vara Federal do
Rio de Janeiro. Nessas decisões, os juízes Mauro
Luis Rocha Lopes e Fábio Teneblat determinam que os
pagamentos aos sindicatos sigam normalmente, com
desconto em folha de pagamento, tal qual consignado
no artigo 8º da Constituição Federal e determinado
autonomamente pela vontade dos sindicalizados
(vontade na qual não cabe a colher do Estado,
segundo a Carta Magna).
Voltando à nossa Constituição, até os mais crédulos
na boa intenção do governo ao assinar a MP não podem
negar que impor um pagamento mensal por boleto
enviado à casa de cada sindicalizado torna inviável
a sobrevivência de qualquer sindicato. Primeiro, há
o custo. Com cerca de R$ 9 por boleto e 14 milhões
de sindicalizados, a canetada de Bolsonaro colocaria
R$ 126 milhões mensais dos trabalhadores de bandeja
nas mãos (ou melhor, nos bolsos) dos banqueiros.
Isso sem contar no tempo, pessoal e material
necessários para se fazer chegar todo mês um boleto
para cada um dos sócios dos sindicatos. Mais custos
de postagem. Situação completamente insustentável!
Para quem vê nos sindicatos os grandes inimigos do
Brasil (mesmo estando claro que não são), a MP 873 é
um deleite. Mas, se insistirmos nessa sandice e
ignorarmos a nossa Constituição, para qual futuro
estaremos caminhando? Afinal, vivemos ou não vivemos
num Estado Democrático de Direito, em que acima de
tudo está nossa Constituição? Se insistirmos na
loucura e caos de se governar por MP irrelevantes e
pouco urgentes, cabe perguntar: quem será o próximo
a servir de “laranja” para rasgar mais um artigo da
nossa Carta Maior?
(*) Advogado especializado em Direito Civil e
Relações do Trabalho.
Fonte: Diap
12/03/2019 -
Estudo da OIT mostra que privatização da Previdência
fracassa no mundo
Entre 1981 e 2014, 30 países privatizaram total
ou parcialmente seus sistemas de Previdência Social,
sendo que 18 depois fizeram alterações no modelo.
Para OIT, apenas bancos ganham com a privatização
A privatização da Previdência fracassou na maioria
dos países que adotou o sistema de capitalização
previdenciária que o governo de Jair Bolsonaro (PSL)
quer implantar no Brasil. Os impactos sociais e
econômicos foram tão negativos que a solução foi
voltar atrás e reestatizar total ou parcialmente a
Previdência.
A conclusão é do estudo da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), “Revertendo as Privatizações da
Previdência – Reconstruindo os sistemas públicos na
Europa Oriental e América Latina”, divulgado nesta
segunda-feira (11).
A capitalização exige que o trabalhador abra uma
poupança pessoal onde terá de depositar todo mês
para conseguir se aposentar. A conta é administrada
por bancos, que cobram taxas e ainda podem utilizar
parte do dinheiro para especular no mercado
financeiro. Uma das conclusões do estudo da OIT, que
demorou três anos para ficar pronto, é que os bancos
são os únicos que ganham com a privatização.
O estudo mostra que sistemas como esse aumentaram a
desigualdade de gênero e de renda, que os custos de
transição criaram pressões fiscais enormes, os
custos administrativos são altos, os rendimentos e
os valores das aposentadorias são baixos e quem se
beneficiou com as poupanças dos trabalhadores e
trabalhadoras foi o sistema financeiro, entre outros
problemas.
De acordo com o estudo, de 1981 a 2014, trinta
países privatizaram total ou parcialmente seus
sistemas de previdência social. Quatorze deles são
da América Latina: no Chile (primeiro a privatizar,
em 1981), idosos estão morrendo na miséria; Peru
(1993), Argentina e Colômbia (1994), Uruguai (1996),
Bolívia, México e Venezuela (1997), El Salvador
(1998), Nicarágua (2000), Costa Rica e Equador
(2001), República Dominicana (2003) e Panamá (2008).
A grande maioria desistiu da privatização após a
crise financeira global de 2008, que escancarou as
falhas do sistema de previdência privada. Até 2018,
dezoito países fizeram alterações no modelo, ou
seja, reverteram total ou parcialmente a
privatização da Previdência Social: Venezuela
(2000), Equador (2002), Nicarágua (2005), Bulgária
(2007), Argentina (2008), Eslováquia (2008),
Estônia, Letônia e Lituânia (2009), Bolívia (2009),
Hungria (2010), Croácia e Macedônia (2011), Polônia
(2011), Rússia (2012), Cazaquistão (2013), República
Tcheca (2016) e Romênia (2017).
Para os técnicos da OIT, o que melhora a
sustentabilidade financeira dos sistemas de
Previdência e o nível de prestações garantidas,
permitindo às pessoas usufruir de uma melhor vida na
aposentadoria, não é acabar e, sim, reforçar o
seguro social público, associado a regimes
solidários não contributivos, conforme recomendado
pelas normas da entidade.
De acordo com a OIT, o que garante a segurança de
renda na idade avançada é o fortalecimento de
sistemas públicos de previdência, ou seja, ao invés
de acabar com a Previdência Social pública e
solidária – modelo em que quem está no mercado
sustenta a aposentadoria daqueles que já
contribuíram ao longo de toda a vida –, os governos
têm de reforçar o sistema.
(Marize Muniz, da CUT)
Fonte: Rede Brasil Atual
12/03/2019 -
Regime de capitalização da Previdência é
investimento de alto risco, alerta Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta
segunda-feira (11) em Plenário um regime de
capitalização, como o sugerido pelo governo na
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, um
investimento de alto risco para a aposentadoria das
gerações futuras. O parlamentar explicou que,
diferentemente das atuais regras, a poupança
individual, como foi adotada em países como Chile e
Peru, inviabilizará o sistema de arrecadação para
assegurar o benefício de quem está para se
aposentar, e segundo ele, não será uma aplicação
segura para os que a ela aderirem.
— Todos aqueles que entrarem daqui para frente vão
para o regime de capitalização, poupança individual,
poupança no nome dele, só ele pode mexer. Quem vai
pagar aqueles outros milhões de brasileiros que
estão em via de se aposentar? Dizem que é um gasto
em torno de R$ 600 bilhões. Isso aconteceu nos
outros países. Vamos pegar o caso do Chile, as
pessoas depositaram na poupança individual, o
investimento é de risco, não deu certo e daí
quebrou. Quem paga? O Estado não vai te dar um
salário mínimo, dois, três, nem quatro e nem cinco,
ainda mais no Brasil hoje — afirmou o senador.
Frente Parlamentar
Paim informou que no próximo dia 20 será lançada a
Frente Parlamentar Mista da Previdência Pública. O
grupo, de acordo com o senador, promoverá debates no
âmbito do Congresso e nos estados para esclarecer os
efeitos das mudanças que a proposta de reforma da
Previdência do governo Bolsonaro pode gerar na vida
do trabalhador. Ele pediu que o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, promova uma sessão temática
sobre o assunto com a participação de especialistas.
As sessões de debates temáticos são destinadas a
discussões e deliberações de assuntos relevantes de
interesse nacional previamente fixados pelo
presidente do Senado. Também podem ser propostas por
um terço dos senadores ou por líderes partidários
que representem esse número, com aprovação do
Plenário.
Fonte: Agência Senado
12/03/2019 -
Reforma da Previdência desconsidera realidade do
campo, dizem debatedores
Tanto a reforma da Previdência, instituída pela PEC
6/2019, quanto a Medida Provisória 871/2019, que
muda regras para concessão de benefícios do INSS,
impactam negativamente a vida do trabalhador rural.
Essa é a conclusão de representantes do setor que
participaram de audiência pública da Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH),
nesta segunda-feira (11). Desta vez, o ciclo de
debates teve foco na Previdência rural, atendendo
requerimento do presidente da comissão, o senador
Paulo Paim (PT-RS).
Pela lei atual, os homens se aposentam com 60 anos e
as mulheres, com 55. Com a reforma, todos passarão a
se aposentar com 60 anos. Na avaliação do assessor
jurídico para assuntos previdenciários da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), Evandro José Morello, caso o
texto seja aprovado como está, 70% das produtoras
rurais atualmente ocupadas terão que trabalhar entre
41 e 46 anos para alcançar a idade de aposentadoria,
enquanto a expectativa média de vida em muitos
municípios não supera os 65 anos.
— Além de muitas começarem a trabalhar ainda antes
dos 14 anos de idade, precisamos levar em conta as
condições de trabalho da mulher no campo: é uma
atividade penosa, insalubre, intensa, que leva de 12
a 14 horas de jornada.
Considerados segurados especiais no sistema de
aposentadoria rural, os trabalhadores rurais terão
que contribuir anualmente com R$ 600 por pelo menos
20 anos para se aposentar. Evandro ressalta, no
entanto, que a atividade agropecuária é de alto
risco, sendo comum a perda da produção devido a
fatores como condições climáticas e ataques de
pragas. Segundo o especialista, também é comum o
agricultor vender sua produção por um preço que não
cobre os custos.
— Tudo isso precisa ser observado. Ao tempo em que
se afirma haver uma Previdência rural deficitária, o
sistema de arrecadação se mostra ineficiente, e isso
é algo que esperamos seja corrigido durante toda
essa discussão aqui no Congresso.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
12/03/2019 -
Comissões permanentes da Câmara serão instaladas
nesta semana
Reuniões de instalação vão ocorrer na
quarta-feira (13) e na quinta-feira (14)
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
convocou reuniões para a instalação de todas as
comissões permanentes da Casa na quarta-feira (13) e
na quinta-feira (14). As reuniões servirão para
eleição dos presidentes e vice-presidentes dos
colegiados.
Na quarta-feira (13), às 10 horas, será instalada a
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ), que será responsável pela primeira análise da
Proposta de Emenda à Constituição 6/19, conhecida
como reforma da Previdência. A PEC pretende reformar
o sistema de Previdência Social de trabalhadores do
setor privado e de servidores públicos de todos os
Poderes e de todos os entes federados (União,
estados e municípios).
Ainda na quarta, no mesmo horário, deverão ser
instaladas as comissões de:
- Trabalho, de Administração e Serviço Público;
- Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática;
- Educação;
- Finanças e Tributação;
- Minas e Energia; e
- Seguridade Social e Família.
Reuniões na quinta-feira
Na quinta-feira, às 9 horas, deverão eleger
presidentes e vice-presidentes as comissões de:
- Cultura;
- Defesa do Consumidor;
- Defesa dos Direitos da Mulher;
- Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência;
- Desenvolvimento Urbano;
- Esporte;
- Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e
Serviços;
- Fiscalização Financeira e Controle;
- Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da
Amazônia;
- Legislação Participativa;
- Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
- Relações Exteriores e de Defesa Nacional;
- Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado;
- Trabalho, de Administração e Serviço Público;
- Turismo; e
- Viação e Transportes.
Também na quinta-feira, às 11 horas, serão
instaladas as comissões de:
- Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa;
- Direitos Humanos e Minorias.
Fonte: Agência Câmara
12/03/2019 -
Resgate do FGTS para quitar dívida de imóvel está na
pauta da CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar
na reunião marcada para esta terça-feira (12), a
partir das 10h, projeto (PLS 337/2015) que permite o
resgate do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) para quitação de débitos de imóveis de pais
ou filhos do trabalhador que for o titular da conta.
O saldo, pelo texto, pode ser usado para a quitação
ou amortização do saldo devedor de financiamento de
imóvel, o pagamento de dívida de imóvel rural e a
aquisição de imóvel pertencente à família do titular
que seja objeto de inventário. Neste último caso, um
dos herdeiros pode comprar as partes dos demais com
recursos do fundo.
O texto, apresentado orignalmente pelo ex-senador
Donizete Nogueira (TO), já foi aprovado na Comissão
de Assuntos Sociais (CAS) e tem votação final na CAE.
O relator, senador Elmano Férrer (Pode-PI)
apresentou voto favorável ao projeto, com as emendas
de redação já aprovadas na comissão anterior. Para
ele, o texto aperfeiçoa a Lei do FGTS (Lei 8.036, de
1990) porque cumpre a função social do fundo,
permitindo ao trabalhador a formação de uma reserva
monetária que possa ser utilizada em situações “de
alta importância pessoal”.
Fonte: Agência Senado
12/03/2019 -
Proposta muda CLT e impede parcelamento de férias
O Projeto de Lei 353/19 altera a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) para
proibir o parcelamento do período de férias do
trabalhador. O texto em análise na Câmara dos
Deputados estabelece que as férias deverão ser
concedidas pelo empregador em período único nos 12
meses após o empregado adquirir o direito.
O parcelamento das férias, segundo o projeto, só
será permitido em casos excepcionais e, no máximo,
em dois períodos – um deles não inferior a 10 dias.
Menores de 18 anos e maiores de 50 anos terão o
período de férias concedido sem parcelamento.
Autor da proposta, deputado Rubens Otoni (PT-GO)
lembrou que a reforma trabalhista aprovada em 2017
(Lei 13.467) flexibilizou essa legislação ao
permitir que as férias anuais de trinta dias possam
ser parceladas em três períodos. Antes, a CLT não
permitia o parcelamento, exceto em casos
excepcionais e por apenas dois períodos.
“Estudos comprovam que, biologicamente, o
trabalhador só consegue se desligar do trabalho após
15 ou 16 dias de descanso. A flexibilização põe em
risco a saúde do trabalhador, porque, na prática, os
períodos de descanso serão inferiores ao tempo
mínimo necessário”, argumentou Otoni.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
11/03/2019 -
Centrais afirmam que MP 873 é 'grave ataque'
inclusive à democracia
Entidades informam que vão reagir jurídica e
politicamente contra mais essa ofensiva do governo
contra direitos
As centrais sindicais consideram a edição da Medida
Provisória (MP) 873, sobre financiamento das
entidades, "um grave ataque" contra o princípio da
liberdade e da autonomia sindical, além da
organização dos trabalhadores. Segundo os
dirigentes, haverá reação contra mais essa ofensiva
do governo, "que também são ataques contra a
democracia brasileira duramente conquistada".
(Confira íntegra da nota no final do texto.)
Para as centrais, a MP dificulta o financiamento no
mesmo momento em que cresce, na sociedade e entre os
trabalhadores, a resistência ao corte de direitos,
representado pela proposta de "reforma" da
Previdência. As entidades afirmam que "tomarão todas
as medidas de caráter legal" e também no Congresso
para derrotar mais esse ataque.
Ao mesmo tempo, as centrais interpretam que a MP 873
não altera o desconto em folha de pagamento de
mensalidades dos trabalhadores sindicalizados e de
outras contribuições previstas em acordos coletivos.
E alertaram que aqueles empregadores que não
efetuarem esse desconto "incorrerão em práticas
antissindicais e sofrerão as consequências jurídicas
e políticas dos seus atos".
No município de Paiçandu (PR), a prefeitura já
mandou comunicado ao sindicatos dos servidores
vetando o desconto em folha. Também é essa a
recomendação da Federação dos Municípios do Estado
do Maranhão (Famem).
Confira a íntegra da nota das centrais
A edição da MP 873 pelo presidente Bolsonaro é um
grave ataque contra o princípio da liberdade e
autonomia sindical e o direito de organização dos
trabalhadores, dificultando o financiamento das
entidades de classe, no momento em que cresce no
seio da classe trabalhadora e do conjunto da
sociedade a resistência ao corte de direitos de
aposentadoria e previdenciários em marcha com a
apresentação da proposta de Reforma da Previdência
que já tramita no Congresso Nacional.
As centrais sindicais, os sindicatos, federações e
confederações de trabalhadores tomarão todas as
medidas de caráter legal e junto ao Congresso
Nacional, as bancadas dos partidos políticos, e
mobilizações para derrotar a MP 873 e os ataques
contra o movimento sindical, que também são ataques
contra a democracia brasileira duramente
conquistada.
Reunidas em São Paulo nesta data, as centrais
sindicais orientam que:
- A MP 873 não altera o desconto em folha de
pagamento das mensalidades associativas e outras
contribuições constantes nas Convenções e Acordos
Coletivos aprovados em assembleias;
- Os empregadores que não efetivarem os referidos
descontos, além da ilegalidade, incorrerão em
práticas antissindicais e sofrerão as consequências
jurídicas e políticas dos seus atos;
- As centrais sindicais denunciarão o governo
brasileiro na Organização Internacional do Trabalho
(OIT) e demais organismos internacionais por
práticas antissindicais;
- O coletivo jurídico das centrais sindicais
construirá estratégias unitárias para orientar seus
filiados e recomenda que nenhuma medida jurídica
relativa à MP 873 seja tomada individualmente.
É oportuno reforçar que as centrais sindicais e o
conjunto do movimento sindical já convocaram, para o
dia 22 de março próximo, o Dia Nacional de Lutas
contra o fim das Aposentadorias e por uma
Previdência Social Pública, quando serão realizados
atos públicos, greves, paralisações e mobilizações
contra o projeto da reforma da previdência do
presidente Bolsonaro, um processo de mobilização
crescente dos trabalhadores e da sociedade civil em
defesa dos seus direitos sociais, econômicos, de
aposentadoria e previdenciários.
São Paulo, 7 de março de 2019.
Vagner Freitas – Presidente da CUT
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo – Presidente da CTB
Ricardo Patah – Presidente da UGT
José Calixto Ramos – Presidente da NCST
Antonio Neto – Presidente da CSB
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
Atnágoras Lopes – Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio – Secretário-geral da
Intersindical
Fonte: Rede Brasil Atual
11/03/2019 -
Nova Central repudia MP que altera recolhimento da
contribuição sindical
Companheiros e companheiras,
É com grande pesar que a Nova Central Sindical de
Trabalhadores - NCST recebe a informação de que o
Governo Federal, por decisão do presidente da
República, Jair Bolsonaro, publicou uma absurda
Medida Provisória (MP) que altera a Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), estabelecendo a
obrigatoriedade de que a contribuição sindical seja
recolhida apenas sob autorização individual e
expressa de cada trabalhador. A alteração entra em
conflito com promessa de campanha de que seu governo
seria “escravo da Constituição”, demonstrando
absoluto desprezo por toda representação sindical da
classe trabalhadora.
A MP diverge do parecer da Câmara de Coordenação e
Revisão do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da
visão da Coordenadoria Nacional de Promoção da
Liberdade Sindical (CONALIS), no entendimento que as
assembleias dos trabalhadores são legítimas e
soberanas para definir critérios de arrecadação e de
valores da contribuição sindical devida por toda a
categoria. Os dois órgãos técnicos, com seus
respectivos posicionamentos ignorados pelo
presidente Jair Bolsonaro, veem suas análises
resultantes de amplos estudos e discussões a
respeito, serem conflitadas por uma decisão
inconstitucional e unilateral.
Os departamentos jurídicos das entidades sindicais
compreendem que a MP fere requisitos estabelecidos
na Constituição Federal e que, portanto, sua
efetividade está comprometida caso seja reavaliada
por meio de critérios técnicos.
A arbitrariedade dessa MP, sem consultar as
representações sindicais da classe trabalhadora,
demonstra viés autoritário, incompatível com as
melhores experiências democráticas, e ligam um sinal
de alerta para uma sequência de ataques a direitos
trabalhistas e sociais que estão na agenda do
governo, com destaque para a chamada “reforma” da
Previdência e a propalada carteira de trabalho
“verde amarela”; retirando toda proteção social
daqueles que, de fato, são os maiores responsáveis
pela construção de toda a riqueza nacional: os
trabalhadores brasileiros.
A representação sindical da classe trabalhadora
acolhe a todos, indistintamente. Filiados e não
filiados sempre contaram com essa trincheira de
resistência na defesa de seus direitos e na
preservação de condições que assegurem trabalho
digno. As assembleias – ordinárias ou
extraordinárias – respeitam a participação
democrática de cada um de seus representados,
acompanhadas de perto pelos empregadores e o MPT,
respeitando o diálogo entre as partes e apontando
soluções resultantes de uma democrática negociação.
Criar dificuldades adicionais à estrutura de
financiamento das entidades sindicais, no nosso
entendimento, atende a interesses inconfessáveis de
quem quer minar a principal trincheira de
resistência de classe trabalhadora na defesa de seus
direitos e interesses.
A orientação da Nova Central é de que sua base
filiada preserve as assembleias e publiquem editais
relacionados à decisão democrática e soberana sobre
contribuição sindical. De nossa parte, tomaremos
todas as providências cabíveis, junto aos órgãos
competentes, na direção de reverter essa
inconstitucionalidade; bem como perseguiremos
incansavelmente alternativas que viabilizem a
manutenção e a sobrevivência financeira das
entidades que integram nossa malha orgânica.
Com esse conjunto de arbitrariedades, estamos
seguros de que o trabalhador buscará, dentro em
breve e inevitavelmente, sua representação sindical
para orientação, reivindicação e defesa. A Nova
Central, em coerência com seu papel histórico,
permanecerá firme e de portas abertas para acolher
todo e qualquer trabalhador ferido em seus direitos.
CLIQUE AQUI
e acesse a íntegra da MP publicada no Diário Oficial
do dia 01/03.
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores -
NCST
Fonte: NCST
11/03/2019 -
Confederação vai ao STF contra medida que proíbe
desconto em folha de contribuição sindical
Entidade que representa servidores federais
alegou que norma viola direito constitucional de
livre associação.
Ministro Luiz Fux é o relator do caso.
A Confederação Nacional das Carreiras Típicas de
Estado (Conacate) acionou o Supremo Tribunal Federal
(STF) contra a medida provisória assinada pelo
presidente Jair Bolsonaro que proíbe o desconto em
folha da contribuição sindical. A ação foi
protocolada na Corte no sábado (2).
O relator é o ministro Luiz Fux. Ele pode negar ou
conceder o pedido de liminar (decisão provisória)
para suspender os efeitos da MP até que o plenário
do tribunal discuta a ação definitivamente. O
ministro também pode deixar de analisar o pedido de
liminar e levar o caso direto ao plenário.
A contribuição sindical já havia deixado de ser
obrigatória na reforma trabalhista proposta pelo
governo do ex-presidente Michel Temer e aprovada
pelo Congresso em 2017. Desde então, os
trabalhadores são obrigados a expressar a vontade de
contribuir para seu sindicato, mas o desconto
continuava sendo feito diretamente do salário pelas
empresas, como antes da reforma.
A nova norma do governo Bolsonaro determina que as
contribuições financeiras de trabalhadores para seus
sindicatos não poderão mais ser descontadas
diretamente dos salários e terão, a partir de agora,
que ser pagas exclusivamente por boleto bancário. O
texto foi publicado em edição extra do "Diário
Oficial da União" na sexta-feira (1º).
A medida provisória passa a valer a partir de sua
publicação e tem força de lei. No entanto, precisa
ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias, caso
contrário perde validade e a regra antiga volta a
vigorar.
Na ação, a Conacate, que representa servidores
públicos federais de carreiras típicas de Estado
(como auditores da Receita e policiais federais),
pede que a medida provisória seja declarada
inconstitucional.
A confederação alegou que houve violação a
dispositivos da Constituição, entre eles o que
garante ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical. Para a entidade, a norma é um
“ataque mortal ao direito de livre associação”.
A Conacate afirmou ainda que a proibição do desconto
em folha da contribuição representa a “regressão de
um direito”, que colocará em risco a administração
das associações sindicais.
Segundo a confederação, a medida provisória torna as
entidades dependentes do sistema bancário para
receber a contribuição.
“Nesse caso, os custos de cobrança podem superar o
valor da própria contribuição”, afirmou a entidade
em um trecho do documento.
“É de se perguntar o efeito da redução das receitas
das associações aliada ao aumento da receita dos
bancos que em uma conta qualquer se aponta da ordem
de mais de R$ 100 milhões com a presente medida”,
argumentou a confederação.
Para a Conacate, a medida é uma tática do governo
para reduzir a capacidade financeira de entidades
que se opõem a medidas do Palácio do Planalto nas
áreas de Previdência Social e de política econômica.
Fonte: G1
11/03/2019 -
Depois da Previdência, governo vai propor fim da
unicidade sindical
Depois da reforma da Previdência Social, o
governo Jair Bolsonaro vai propor mudanças em outro
ponto polêmico, dentro da linha de sua agenda
liberal. O secretário de Previdência Social e
Trabalho, Rogério Marinho, disse ao blog que a ideia
é propor o fim da unicidade sindical, sistema em
vigor hoje e no qual um só sindicato representa uma
categoria numa região do país. No blog do Valdo Cruz
(G1)
“Vamos propor o fim da unicidade sindical para criar
mais concorrência entre os sindicatos, beneficiando
os trabalhadores, que poderão escolher aquela
entidade que defende de forma mais eficaz seus
direitos”, afirmou ele.
O secretário diz que, hoje, a realidade brasileira é
que existe um cartório de sindicatos no país, com
trabalhadores dependendo apenas de uma entidade, que
nem sempre os representa adequadamente.
“Vamos acabar com esse cartório, o que vai inclusive
beneficiar os sindicatos profissionais e mais bem
organizados no país, que realmente defendem os
direitos dos trabalhadores”, acrescentou.
Marinho afirmou, porém, que a proposta não será
enviada agora ao Congresso Nacional. “Depois de
aprovar a Previdência, porque agora vai gerar mais
turbulência e nossa prioridade é a mudança nas
regras de aposentadoria do país”, complementou.
A medida, segundo Marinho, é sequência da agenda
liberal do governo Bolsonaro, que editou nos últimos
dias medida provisória deixando claro que a decisão
de pagar a contribuição sindical é "individual", de
cada trabalhador, que precisa da sua autorização e
com pagamento via boleto bancário.
Segundo o secretário, juízes do trabalho estavam
referendando decisões de sindicatos de aprovar a
cobrança da contribuição em assembleias coletivas
sob o argumento de que a reforma trabalhista não
fala em decisão individual e contribuição individual
dos trabalhadores, brecha que estava sendo usada por
sindicatos para aprovar a cobrança de toda categoria
por meio de desconto em folha de pagamento.
Na avaliação do governo, alguns juízes e sindicatos
estavam burlando a reforma trabalhista, indo contra
o que os parlamentares aprovaram durante o governo
do ex-presidente Temer. Por isso, a decisão de
editar a MP deixando claro que a contribuição
depende de autorização individual do trabalhador e
não pode ser feito desconto em folha.
_________________________________________
ANÁLISE DA NOTÍCIA
O tema unicidade x pluralidade sindical é recorrente
no movimento sindical. E mais desune que une,
sobretudo neste momento de grandes e controversas
provações porque passa a luta dos trabalhadores, num
ambiente de retração econômica e de direitos
mitigados pela Reforma Trabalhista.
Os vários matizes do movimento sindical têm também
concepções diferentes de sistema de organização.
Assim, o tema sempre colocou politicamente as várias
tendências, em divergência em relação ao sistema que
melhor poderia atender à organização e estruturação
sindicais.
A controversa agenda colocada pelo secretário
especial de Previdência e Trabalho, ex-deputado
Rogério Marinho, relator da Reforma Trabalhista na
Câmara os Deputados, tem o objetivo de levar
desalento e criar divergências no movimento.
O secretário não está querendo ajudar o movimento
sindical. Pelo contrário! Ele quer fragilizar mais
ainda as entidades e coloca-las de joelhos diante da
agenda do governo, com uma reforma da Previdência,
cujo objetivo é privatizar o maior fundo público do
País.
Desse modo, o objetivo do governo, tendo à frente o
secretário de Previdência e Trabalho, ao colocar o
tema na mídia, é prejudicar os trabalhadores e as
organizações sindicais.
Por fim, mas não menos importante, a discussão
central, a mais importante nesta conjuntura é a
manutenção e sobrevivência do movimento sindical, e
não qual a melhor ou mais eficaz forma de
organização.
Fonte: Diap
11/03/2019 -
OAB vê MP de Bolsonaro contra sindicatos
inconstitucional e sugere ação no STF
Para ex-presidente da Ordem, proposta do governo
visa a "desgastar a atuação" das representações dos
trabalhadores
O texto da Medida Provisória (MP) 873, com regras
sobre financiamento sindical, é "antagônico" à
Constituição, aponta parecer do presidente da
Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius
Furtado Coêlho, ex-presidente do Conselho Federal.
"As modificações introduzidas pela referida MP
representam uma afronta direta à liberdade e à
autonomia sindical e desestabilizam o sistema
sindical e as relações coletivas de trabalho",
afirma o jurista, recomendando abertura de ação
direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal
Federal e identificando "atuação abusiva" do
presidente da República.
"A Constituição de 1988 teve especial preocupação de
remover o controle do Estado sobre a atuação
sindical e de ampliar as prerrogativas das entidades
sindicais na defesa dos direitos e interesses de
seus representados. Nesse sentido, a norma impugnada
constitui flagrante retrocesso e demonstração de
prática antissindical, que visa desgastar a atuação
dos sindicatos", acrescenta Coêlho em seu parecer,
que se soma a entendimento contrário à MP feito pelo
procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto, vice
da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical (Conalis), do Ministério Público do
Trabalho.
No parecer, que foi encaminhado ao Conselho Federal
da OAB, o advogado afirma que as mudanças incluídas
na MP 873 "incorrem em vícios de
inconstitucionalidade formais e materiais". Ele
lembra, inicialmente, que a edição não cumpriu
requisitos de relevância e urgência, necessários
para justificar uma medida provisória.
"De fato, não há urgência que justifique a alteração
da sistemática de contribuição sindical por meio de
ato unilateral, editado sem qualquer consulta ou
diálogo prévio com as entidades afetadas. Não se
demonstra tampouco a existência de danos extremos ou
de impactos sociais e econômicos irreparáveis que
justifique a mudança de normas centrais do direito
coletivo do trabalho sem a observância do devido
processo legislativo", argumenta.
Além disso, Coêlho sustenta que a norma viola
"frontalmente" os princípios de liberdade e
autonomia sindical. E observa que a Constituição de
1988 atribuiu aos sindicatos, no artigo 8º, a
prerrogativa da defesa dos direitos e interesses da
categoria econômica, prevendo garantia de
contrapartida financeira.
"Não há dúvida de que o custeio das entidades
sindicais é uma condição para o desempenho concreto
e efetivo de suas atribuições", diz o parecer. "Ao
dificultar o financiamento sindical, determinando
que a cobrança das contribuições seja autorizada de
forma prévia, expressa e individual, a MP n.
873/2019 impõe barreiras indevidas à livre atuação
dos sindicatos na defesa dos interesses e direitos
dos trabalhadores representados."
O advogado lembra ainda que a Lei 13.467, de 2017,
da "reforma" trabalhista, já condicionou o desconto
em folha de pagamento à autorização do emprego.
"Nesse sentido, a MP sob análise além de agir em
contrariedade à vontade do legislador, implicou em
prejuízos insuperáveis à manutenção sindical,
importante instrumento de luta pelos direitos dos
trabalhadores. Essa atuação foi reforçada pelo texto
constitucional de 1988 que previu o alargamento das
prerrogativas da atuação dos sindicatos no âmbito
administrativo e judicial."
Ele considera que o desconto em folha "é medida que
confere celeridade e que facilita o recolhimento da
contribuição sem ônus para as partes envolvidas e em
comum acordo entre elas". Proibir esse mecanismo e
impor o uso de um serviço bancário "implica em um
aumento de custos e das dificuldades operacionais à
cobrança das contribuições". Na prática um empecilho
aos sindicatos, "sem amparo em qualquer
justificativa plausível".
"Trata-se de medida que reduz a capacidade
financeira dos sindicatos por vias oblíquas e tende
a inviabilizar e a enfraquecer a atividade
associativa e sindical", conclui o parecer. Para o
jurista, a MP também fere a liberdade individual,
"uma vez que viola o direito do trabalhador de
escolher se associar e contribuir com o sindicato
representativo de sua categoria profissional".
Fonte: Rede Brasil Atual
11/03/2019 -
Justiça Federal garante desconto em folha para
sindicatos no Rio
Decisões tomadas pela Justiça Federal, no âmbito do
Rio de Janeiro, garantiram, nesta sexta-feira (8),
para 2 entidades sindicais de servidores públicos
federias, a manutenção dos “descontos/consignações
em folha das mensalidades/contribuições dos
sindicalizados sem ônus para a entidade sindical.”
As decisões judiciais contraditam a MP 873/19, que
entre outras questões, veda o desconto em folha de
obrigações de trabalhadores sindicalizados ou não
para as entidades sindicais. Ao mesmo tempo em que
impõe que essas obrigações sejam pagas por meio de
boleto bancário.
Uma das ações foi impetrada pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (SintUFRJ) contra a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A outra foi
provocada e vencida pelo Sindicato dos Servidores da
Justiça Federal no estado (Sisejufe).
“Como a medida provisória entrou em vigor na data de
sua publicação, em 1º/03/2019, não houve tempo hábil
mínimo para que os sindicatos reorganizem suas
finanças, em função de eventual inadimplência
decorrente da nova sistemática de cobrança
instituída, o que lhes enseja irreparável prejuízo a
seu funcionamento”, analisou.
Ademais, em uma análise perfunctória [cumprimento de
uma obrigação], própria das decisões proferidas
inaudita altera pars [parte], revela-se irrazoável a
vedação para que a cobrança de contribuição
autorizada pelo sindicalizado ocorra por meio de
desconto em folha de pagamento.”
A “liminar inaudita altera parte” é uma forma de
antecipação da tutela concedida no início do
processo, sem que a parte contrária seja ouvida. É
concedida desta maneira (antes da justificação
prévia), se a citação do réu puder tornar sem
eficácia a medida antecipatória ou se o caso for de
tamanha urgência que não possa esperar a citação e a
resposta do réu.
Fonte: Diap
01/03/2019 -
Previdência: veja 10 pontos da reforma que podem ser
barrados no STF
É inevitável que a reforma da Previdência do governo
Jair Bolsonaro (PSL), apresentada na forma de uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC), sofra
contestação no Judiciário. Conforme especialistas no
tema, há pelo menos dez pontos da reforma que podem
ser questionados e até mesmo barrados no Supremo
Tribunal Federal (STF). É o caso da idade mínima
para aposentadoria e também da regra de transição
dos servidores públicos.
Segundo o jornal Valor Econômico, o governo já sabe
que terá contra si uma série de ações judiciais se o
texto da PEC for aprovado como está. Essas ações
podem apontar inconstitucionalidades, por exemplo,
no possível fim da isenção previdenciária sobre
receitas de exportação, entre outros. Ministros do
Supremo já indicaram aguardar processos contra a
proposta em discussão. Até hoje, todas as reformas
da Previdência foram parar no STF.
Além disso, esses pontos devem ser usados por quem é
contrário à PEC para tentar derrubar a reforma no
Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, a
primeira comissão a analisar uma PEC é a de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se os
integrantes concluem que alguma medida é
inconstitucional, barram sua tramitação.
A idade mínima é um dos aspectos que pode ser
questionado, apesar de ser recorrente em reformas
previdenciárias. A imposição de uma idade única sem
considerar as diferentes expectativas de vida nas
várias regiões do país viola o princípio da
isonomia.
Para Jorge Boucinhas, professor de direito do
trabalho (FGV/Eaesp), a aplicação das regras de
transição é um dos pontos com maiores chances de
serem contestados. Trabalhadores que ficarem de fora
das regras que constam no texto em debate, segundo
ele, podem alegar direito adquirido à regra
intermediária. “Os que me parecem mais atingidos em
termos de regra de transição e são potenciais
autores em demanda judicial futura são os servidores
públicos, que ingressaram no regime de 2003 a 2013”,
diz.
Pelas mudanças propostas, eles teriam regras mais
próximas às dos trabalhadores do setor privado. O
cálculo do benefício será sobre todos os salários
recebidos e não mais sobre 80% (com o descarte de
20% dos mais baixos). Além disso, há previsão de
alíquota maior de contribuição previdenciária.
No entanto, o professor afirma que a tese do direito
adquirido está superada no Judiciário. “Existe uma
regra consagrada na jurisprudência de que não há
direito adquirido a regime jurídico”, afirma o
professor. Isso significa que, para o Judiciário, o
trabalhador não teria direito ao regime que estava
em vigor quando começou a trabalhar, apenas ao do
momento em que cumpriu os requisitos para se
aposentar.
Os servidores podem alegar ainda “confisco”, se
tiverem que passar a pagar altas taxas (22%) de
contribuição previdenciária. Esse foi um dos pontos
levantados pelo escritório LBCA Advogados do texto
da PEC. Sócio da banca, o advogado Yun Ki Lee
destaca que, como se trata de PEC, se ficar claro
que o dispositivo mexe com cláusulas pétreas da
Constituição Federal, vale brigar na Justiça.
“Por exemplo, um dispositivo da PEC permite a
transferência de causas sobre acidente de trabalho
da Justiça Federal para a Estadual. “Nesse caso, é
possível alegar desequilíbrio das partes ou a
hipossuficiência do trabalhador, que são cláusulas
pétreas”, afirma.
O desrespeito às cláusulas pétreas também pode ser
alegado para contestar no Supremo um dispositivo da
reforma que, segundo Lee, poderá afastar a imunidade
das receitas de exportação. “Hoje, a Constituição
afasta a incidência de contribuições sociais e Cide
sobre essas receitas – o que chamamos de imunidade”,
diz o advogado.
Mesmo o novo regime de capitalização criado pelo
governo pode ser questionado no STF, de acordo com o
levantamento do LBCA. “Seria uma espécie de
previdência individual. Por isso, pode-se contestar
argumentando que a Previdência Social tem que ser
solidária”, diz Lee. A Constituição elenca entre os
objetivos fundamentais da República construir uma
sociedade solidária e assegura aos servidores regime
de previdência de caráter “contributivo e
solidário”.
Outro ponto discutível, segundo Lee, é o que exige
fonte de custeio para qualquer ato do Executivo,
Legislativo ou Judiciário que crie, majore ou
estenda benefício. “Pode caracterizar violação à
independência entre os Poderes. O artigo 2º da
Constituição deixa claro que os três Poderes são
independentes e harmônicos entre si. E o único que
sabe e pode falar de onde vem o dinheiro é o
Executivo”, afirma.
O advogado ainda aponta outros dois dispositivos da
PEC que podem ser contestados, por restringirem o
acesso ao Poder Judiciário. Um deles acaba com a
possibilidade de ações judiciais contra a União, com
origem em qualquer Estado, serem propostas no
Distrito Federal. O segundo estabelece que só a
Justiça Federal pode decidir se causas de interesse
da União podem ser julgadas pela Justiça Estadual.
“Atualmente, se não há Justiça Federal em um Estado,
a Justiça Estadual decide causas previdenciárias”,
explica Lee.
A retirada da multa de 40% sobre o saldo do FGTS dos
aposentados que continuarem trabalhando também
poderá ser questionada no STF, segundo Lucas
Ciappina, advogado do escritório Balera, Berbel e
Mitne. Para o advogado, existe a interpretação de
que o FGTS corresponde a uma garantia individual,
protegida por cláusula pétrea pela Constituição.
STF pode barrar ao menos 10 pontos da reforma da
Previdência
1) Idade mínima para aposentadoria
2) Regra de transição dos servidores públicos
3) Sobretaxa na contribuição previdenciária
(“confisco”)
4) Transferência de causas sobre acidente de
trabalho da Justiça Federal para a Estadual
5) Fim da isenção previdenciária sobre receitas de
exportação
6) Novo regime de capitalização
7) Exigência de fonte de custeio para atos
relacionados a benefício
8) Proibição de ações judiciais contra a União no
Distrito Federal
9) Exigência de que a Justiça Federal decida se
causas de interesse da União podem ser julgadas pela
Justiça Estadual
10) Fim da multa de 40% do FGTS dos aposentados
ativos
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
01/03/2019 -
Privatizar e cortar gastos: os objetivos da
'reforma' da Previdência
Mudança nas regras, maior tempo de contribuição,
redução do valor, dentre outras mudanças, servem
para minar confiança no sistema público de
aposentadorias, abrindo caminho para a privatização
A proposta de reforma da Previdência do presidente
Jair Bolsonaro (PSL) tem dois objetivos centrais,
segundo o Dieese: "reduzir as despesas públicas com
Previdência e Assistência e estimular a
financeirização e privatização da Previdência
pública". O departamento lançou nesta semana
documento em que analisa, capítulo por capítulo, as
mudanças idealizadas pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, e sua equipe.
"Aparentemente, pretende-se substituir, a longo
prazo, a Previdência pública (do RGPS e dos RPPSs),
pelo sistema de capitalização individual por meio da
indução das pessoas ingressantes no mercado de
trabalho, que serão 'obrigadas a optar' por esse
novo regime previdenciário diante da oferta de
empregos apenas com essa modalidade previdenciária",
diz o documento. Essa falsa escolha virá a partir da
criação da chamada carteira de trabalho "verde e
amarela", já defendida por Guedes e Bolsonaro.
Já a alteração indiscriminada nas condições de
acesso aos benefícios previdenciários e
assistenciais – idade mínima de 65 anos para homens
e 62 para mulheres e 70 anos para o Benefício de
Prestação Continuada (BCP) integral –, que respondem
por R$ 895 bilhões do total de R$ 1,05 trilhão que o
governo diz que vai "economizar" em uma década,
também não combate privilégios, segundo o Dieese.
As regras de transição, que apontam para redução nos
valores das aposentadorias, bem como a restrição do
acesso aos benefícios, também são formas "mais
sutis" de induzir à privatização da Previdência,
atacando a sua estabilidade e minando a confiança da
população. Ao exigir "equilíbrio financeiro" dos
Regimes Próprios de Previdência, voltados aos
funcionários públicos, se aprovada como está, a
proposta de reforma do governo Bolsonaro tenderia a
impedir não só reajuste nos salários dos servidores,
bem como a contratação de pessoal.
Os trabalhadores rurais, em especial as mulheres e
jovens do campo, correm o risco de ficarem excluídos
do sistema de aposentadorias com a exigência de
comprovação de 20 anos de contribuição. Mesmo o
trabalhador urbano deverá ter dificuldades em
comprovar os mesmos 20 anos, tempo mínimo de
contribuição para ter acesso a aposentadoria com
valor equivalente a 60% da média dos salários
recebidos nesse período, "em razão da inserção
precária, sem contribuição previdenciária, da
instabilidade no mercado de trabalho e da reforma
trabalhista recentemente implantada".
Na prática, segundo o Dieese, o aumento do tempo
mínimo de contribuição, a redução do BCP, a forma de
cálculo das pensões, a "extinção na prática" da
aposentadoria de trabalhadores rurais e a possível
desvinculação das aposentadorias do reajuste do
salário mínimo, vão acarretar a "exclusão" dos
trabalhadores mais pobres da proteção do sistema
previdenciário.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/03/2019 -
Janeiro registra criação de 34,3 mil empregos
formais
Resultado é o segundo melhor para o mês desde
2013
A criação de empregos com carteira assinada iniciou
o ano com o segundo melhor nível para o mês em seis
anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria
de Trabalho do Ministério da Economia, 34.313 postos
formais de trabalho foram criados no último mês. O
indicador mede a diferença entre contratações e
demissões.
A criação de empregos caiu 56% em relação a janeiro
de 2018, quando haviam sido abertos 77.822 postos
formais de trabalho. No entanto, esse foi o segundo
melhor janeiro para o mês desde 2013, quando haviam
sido criadas 28,9 mil vagas.
Esse foi o segundo ano seguido em que o país
registrou mais contratações que demissões em
janeiro. Em 2015, 2016 e 2017, as dispensas tinham
superado as contratações no primeiro mês do ano.
Nos 12 meses terminados em janeiro, foi registrado o
crescimento de 471.741 empregos formais, resultado
da diferença entre 1.325.183 admissões e 1.290.870
desligamentos.
Na divisão por ramos de atividade, cinco dos oito
setores pesquisados criaram empregos formais em
novembro. O campeão foi o setor de serviços, com a
abertura de 43.449 postos, seguido pela indústria de
transformação (34.929 postos). A construção civil
ficou em terceiro lugar (14.275 postos), seguida
pela agropecuária (8.328 postos) e pelo extrativismo
mineral (84 postos).
Os três setores que fecharam postos de trabalho em
janeiro foram o comércio (-65.978 postos),
administração pública (-686 postos) e serviços
industriais de utilidade pública, categoria que
engloba energia e saneamento (-88 postos).
Tradicionalmente, janeiro registra dispensas no
comércio por causa do fim das contratações
temporárias para as vendas de Natal. Em início de
governo, a administração pública demite
terceirizados e comissionados.
Destaques
Nos serviços, a criação de empregos foi impulsionada
por serviços de comércio e administração de imóveis,
valores mobiliários e serviço técnico (23.318
vagas), serviços médicos, odontológicos e
veterinários (15.163 vagas) e ensino (5.152 vagas).
Na indústria de transformação, os destaques foram os
setores têxtil e de vestuário (9.276 postos), de
calçados (5.870 postos) e indústria mecânica (5.502
postos).
No comércio, que liderou o fechamento de vagas em
janeiro, as maiores quedas no nível de emprego foram
registradas no ramo varejista, com o encerramento de
69.027 pontos formais. O setor atacadista, no
entanto, abriu 3.049 vagas.
Regiões
Três das cinco regiões brasileiras criaram empregos
com carteira assinada em novembro. O Sul liderou a
abertura de vagas, com 41.733 postos, seguido pelo
Centro-Oeste (22.802 vagas) e pelo Sudeste (6.485
vagas). O Nordeste fechou 30.279 postos, e o Norte
registrou 6.428 vagas a menos no mês passado.
Na divisão por estados, 11 unidades da Federação
geraram empregos e 16 demitiram mais do que
contrataram. As maiores variações positivas no saldo
de emprego ocorreram em Santa Catarina (abertura de
20.157 postos), em São Paulo (14.638), no Rio Grande
do Sul (12.431) e em Mato Grosso (11.524). Os
estados que lideraram o fechamento de vagas formais
foram Rio de Janeiro (-12.253 postos), Paraíba
(-7.845) e Pernambuco (-7.242).
Fonte: Agência Brasil
01/03/2019 -
Proposta criminaliza a punição a trabalhador por
motivo ideológico
O Projeto de Lei 494/19 criminaliza a punição a
trabalhador por motivo ideológico. A proposta
atribui à Justiça do Trabalho a competência para o
processo e julgamento.
Pelo texto, o empregador que aplicar a qualquer
trabalhador a pena de demissão, de suspensão, de
advertência por motivação ideológica será punido com
pena de detenção de três meses a um ano e multa.
A proposta estabelece ainda que, constatada a
aplicação de penalidade de caráter trabalhista por
motivação ideológica, o trabalhador será indenizado
por dano moral.
O autor, deputado Helder Salomão (PT-ES), afirmou
que é preciso proteger os trabalhadores contra a
manipulação das instituições privadas e públicas por
determinadas ideologias.
“É necessário que haja tipos penais específicos para
prevenir que haja demissões ou perseguições a
professores – especialmente – e outros trabalhadores
por sua ideologia, bem como garantir até mesmo sua
indenização por dano moral e material quando
houver”, justificou Salomão.
Tramitação
O projeto, que tramita conclusivamente, será analisado
pelas comissões de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
01/03/2019 -
Industriário receberá pagamento em dobro das férias
divididas em três períodos
A divisão ocorreu antes da Reforma Trabalhista, e um
dos períodos teve dois dias.
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Pirelli Pneus Ltda. a pagar em dobro as
férias de um industriário de Gravataí (RS) que teve
o descanso dividido ilegalmente em três períodos (de
18, 10 e dois dias). Os fatos ocorreram antes da
Reforma Trabalhista, quando a CLT vedava o
fracionamento das férias.
Férias: concessão
O resultado do julgamento atende ao pedido do
industriário relativo às férias de 2008 e 2009. Na
época, a redação do artigo 134, parágrafo 1º, da CLT
admitia somente em casos excepcionais a concessão
das férias em até duas etapas, sendo uma não
inferior a dez dias. No entanto, o Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região (RS), mesmo reconhecendo
que houve o parcelamento irregular, concluiu ser
devida a remuneração em dobro apenas dos dois dias
do terceiro período.
Na análise do recurso de revista do industriário, o
relator, ministro Alexandre Luiz Ramos, entendeu que
a decisão do Tribunal Regional violou o artigo 134,
parágrafo 1º, da CLT, com a redação vigente na época
dos fatos. O ministro lembrou que, de acordo com a
jurisprudência do TST, o parcelamento irregular das
férias enseja pagamento de todo o período em dobro.
O motivo é que a irregularidade contraria o objetivo
da lei de proporcionar descanso ao empregado para
permitir a reposição de sua energia física e mental
após longo período de serviço.
A decisão foi unânime.
Reforma Trabalhista
A partir da Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), o
artigo 134, parágrafo 1º, da CLT passou a ter nova
redação. Conforme o dispositivo, desde que haja
concordância do empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos. Um deles não será
inferior a 14 dias corridos, e os demais, não
inferiores a cinco dias corridos cada um. Processos:
ARR-1630-58.2011.5.04.0232
Fonte: TST
01/03/2019 -
Alimentação e transporte pagos em dinheiro integram
salário, diz TRT-4
Pagar por alimentação e transporte em dinheiro faz
com que o valor seja integrado ao salário. Esse é o
entendimento da 6ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS), que deferiu a
integração, ao salário de um operador de
retroescavadeira, de R$ 500 mensais pagos pelo
empregador a título de vale-transporte e
vale-alimentação.
O entendimento na primeira instância foi de que os
benefícios eram fornecidos para o trabalho e não
pelo trabalho, o que evidencia a natureza
indenizatória das parcelas e impede a sua integração
ao salário.
Ao analisar o recurso interposto pelo autor contra a
sentença, a relatora do acórdão, desembargadora
Beatriz Reck, entendeu diferente do julgador de
origem. Em relação ao vale-transporte, a magistrada
destacou que os recibos juntados no processo não
informam a cota de participação do empregado no
benefício.
"Além disso, a forma como procedido o pagamento pela
ex-empregadora, em montante em dinheiro, sem
distinção em relação aos valores alcançados a título
de vale-alimentação, impede que os valores sejam
devidamente apurados", sublinhou a desembargadora.
Nesse contexto, a magistrada presumiu que os valores
pagos em dinheiro visaram, na verdade, a mera
contraprestação ao trabalho. Por essa razão,
entendeu devida a sua integração ao salário.
Quanto ao vale-alimentação, a desembargadora Beatriz
considera que a parcela possui nítida natureza
salarial, conforme disposto no artigo 458 da CLT.
Nesse sentido, frisou a magistrada, também é a
orientação da jurisprudência dominante, traduzida na
Súmula 241 do Tribunal Superior do Trabalho: "O vale
para refeição, fornecido por força do contrato de
trabalho, tem caráter salarial, integrando a
remuneração do empregado para todos os efeitos
legais".
Beatriz Reck ressaltou que a natureza salarial da
alimentação somente pode ser afastada quando o
empregador comprova sua regular inscrição no
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), o que
não ocorreu no processo. O valor mensal de R$ 500
para as parcelas foi considerado razoável pela
relatora, sendo acolhido.
A integração dessa parcela ao salário terá reflexos,
para o reclamante, nos pagamentos de adicional de
periculosidade, horas extras, 13º salário, férias
com adicional de 1/3, aviso-prévio e FGTS acrescido
da multa de 40%. Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRT-4.
Processo 0020623-15.2016.5.04.0026
Fonte: Consultor Jurídico
01/03/2019 -
Projeto concede gratuidade para segunda via de
documentos para idosos
O Projeto de Lei 196/19 pretende tornar gratuita
para os idosos a emissão de segunda via de
documentos de identificação pessoal que tenham sido
perdidos, extraviados, furtados ou roubados. O texto
acrescenta dispositivos ao Estatuto do Idoso (Lei
10.741/03).
A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
Trata-se da reapresentação, pelo deputado Roberto de
Lucena (Pode-SP), de texto com teor semelhante
arquivado ao final da legislatura passada (PL
10538/18). “O projeto mantém-se conveniente
politicamente e oportuno”, afirmou.
A gratuidade da emissão dos documentos ficará
condicionada à apresentação de boletim de ocorrência
e à solicitação da segunda via do documento no prazo
de 60 dias contados da data de comunicação de perda,
extravio ou de ocorrência do furto ou roubo,
conforme o caso.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
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