Blog - Notícias Anteriores - Março 2022
31/03/2022 -
Revisão trabalhista gera empregos na Espanha
31/03/2022 -
Lula vai se reunir com representantes de centrais
sindicais
31/03/2022 -
Terceira via some no Congresso
31/03/2022 -
Preços da indústria têm inflação de 0,56% em
fevereiro, diz IBGE
30/03/2022 -
Centrais sindicais exigem cancelamento de demissões
na Avibras
30/03/2022 -
MP de Bolsonaro sobre home office deixa trabalhador
‘na mão’ do patrão
30/03/2022 -
Governo federal estuda mudanças nas regras do
seguro-desemprego
30/03/2022 -
Caged: Brasil cria 328 mil empregos com carteira
assinada em fevereiro
30/03/2022 -
Em conversa com novo presidente da Petrobrás,
Bolsonaro promete privatizar a empresa
29/03/2022 -
Maioria das greves na indústria, em 2021, foi
realizada para garantir reajuste salarial
29/03/2022 -
Inflação é culpa de Bolsonaro
29/03/2022 -
MP institui medidas trabalhistas para situações de
calamidade pública reconhecidas pelo governo
29/03/2022 -
Suspeito de corrupção no MEC, ministro de Bolsonaro
entrega cargo
29/03/2022 -
Datafolha: entre jovens de 16 a 24 anos, Lula tem
51% contra 43% da soma de todos os demais
29/03/2022 -
Renda do trabalho encolhe R$ 18 bilhões em dois anos
28/03/2022 -
Desafios para o movimento sindical nas eleições 2022
28/03/2022 -
O que prevê a MP que permite trabalho híbrido e por
produção no home office
28/03/2022 -
Têxtil:
trabalhadores e empresários debatem ações para
fortalecer indústria e gerar empregos
28/03/2022 -
OIT terá diretor-geral africano pela primeira vez.
Com apoio dos trabalhadores
28/03/2022 -
Semana confirma
Lula favorito
28/03/2022 -
PF abre inquérito para apurar escândalo no MEC
envolvendo pastores
25/03/2022 -
Aliados de Bolsonaro blindam ministro Milton Ribeiro
na crise do MEC
25/03/2022 -
Pesquisa Exame/Ideia mostra Lula bem à frente de
Bolsonaro
25/03/2022 -
Sem reposição salarial há 5 anos, servidores do INSS
estão em greve
25/03/2022 -
58% dos profissionais do país consideram adotar
trabalho híbrido ou remoto
25/03/2022 -
Paim defende correção dos limites de isenção da
tabela do IR
25/03/2022 -
BC diz que 2022 deve fechar com inflação de 7,1%
25/03/2022 -
Datafolha: Lula
vence Bolsonaro no 2º turno por 55% a 34%
25/03/2022 -
Consumo de bens industriais cai 2,3% em janeiro, diz
Ipea
24/03/2022 -
Alckmin oficializa filiação ao PSB e se encaminha
para ser vice de Lula
24/03/2022 -
Conta de luz: povo vai pagar a conta do “apagão de
Bolsonaro”
24/03/2022 -
Confiança da indústria cai em 22 dos 29 setores, diz
CNI
24/03/2022 -
"Estou de alma lavada", disse Lula a Zanin após
saber da condenação de Dallagnol
24/03/2022 -
Câmara aprova urgência para piso salarial da
enfermagem
24/03/2022 -
Analistas e sindicalistas questionam venda de
refinaria da Petrobras no AM
24/03/2022 -
Golpistas usam assistente virtual do INSS para obter
dados de cidadãos
23/03/2022 -
Encontro Estadual da NCSTSC reúne mulheres
trabalhadoras em Rio Negrinho
23/03/2022 -
Os trabalhadores ainda não conquistaram sua
independência
23/03/2022 -
Parlamentares acionam TCU e MPF contra Bolsonaro,
Ribeiro e pastores
23/03/2022 -
Reforma tributária deve ser votada na CCJ nesta
quarta-feira
23/03/2022 -
CAE vai debater critérios para aposentadoria
especial por periculosidade
23/03/2022 -
Mercado aumenta projeção da inflação para 6,59% este
ano
23/03/2022 -
Juíza manda INSS analisar pedido de 'revisão da vida
toda' parado há 2 anos
22/03/2022 -
Nova Central reforça teor trabalhista na Conclat
22/03/2022 -
Salários continuam perdendo para a inflação: seis de
cada 10 acordos ficam abaixo do INPC. E situação vai
piorar
22/03/2022 -
Lula vence todos adversários e Bolsonaro perde em
qualquer cenário no segundo turno, mostra pesquisa
BTG Pactual
22/03/2022 -
Bolsonaro sinaliza que terá Braga Netto como seu
vice nas eleições de outubro
22/03/2022 -
Servidores do INSS entram em greve geral por tempo
indeterminado
22/03/2022 -
Justiça volta a determinar que a Vale retire
trabalhadores de área de risco em barragem no Pará
21/03/2022 -
Informalidade cresce 20% em um ano e segura taxa de
desemprego, mas queda na renda é brusca
21/03/2022 -
Medida provisória autoriza saque extraordinário de
R$ 1.000 do FGTS
21/03/2022 -
Lira institui grupo de trabalho para discutir
semipresidencialismo
21/03/2022 -
Aposentados e pensionistas: 13º salário terá será
antecipado em abril e maio
21/03/2022 -
Para 40%, Lula é o único em quem votariam, diz
pesquisa
21/03/2022 -
Correios têm lucro recorde; trabalhadores atribuem
resultado a redução de direitos e demissões
21/03/2022 -
Geraldo Alckmin confirma filiação no PSB
18/03/2022 -
Conselho Deliberativo da NCST aprova pauta de
prioridades para 2022
18/03/2022 -
Quaest: se dependesse só do voto das mulheres, Lula
seria eleito em primeiro turno
18/03/2022 -
Ministro do STF nega pedido para destravar revisão
de aposentadorias
18/03/2022 -
Mães poderão se aposentar com tempo menor de
contribuição, prevê projeto
18/03/2022 -
Novos saques colocam em risco sustentabilidade do
FGTS, diz Fenae
18/03/2022 -
PIB tem novo recuo em janeiro e confirma cenário de
caos econômico
17/03/2022 -
NCST se reúne nesta quinta para debater Conclat
17/03/2022 -
PoderData: Bolsonaro estaciona e segue derrotado por
Lula nos dois turnos
17/03/2022 -
De Lula a Bolsonaro: gasolina nunca subiu tanto como
em 2022
17/03/2022 -
Inflação de Bolsonaro agrava o arrocho salarial dos
trabalhadores
17/03/2022 -
Advogados contestam pedido de destaque em 'revisão
da vida toda'
17/03/2022 -
Entreguista, Bolsonaro ataca a Petrobrás e diz que
por ele privatizaria a empresa hoje
16/03/2022 -
Centrais querem transporte grátis a desempregados
16/03/2022 -
Lula tem 38% e Bolsonaro 31% em primeira pesquisa do
Instituto Gerp
16/03/2022 -
Salário mínimo ideal para fevereiro é de R$ 6.012,18
16/03/2022 -
Produção industrial recua em dez dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE
16/03/2022 -
Ministro ordena que seja mantido 80% do contingente
da Eletronorte em greve
16/03/2022 -
Ministro pede ao Senado para rebaixar covid-19 à
situação de endemia
16/03/2022 -
Justiça do Trabalho deve julgar ação envolvendo
acusações após o término do contrato
16/03/2022 -
Cancelada audiência da CAS sobre correção monetária
de débitos trabalhistas
15/03/2022 -
Bolsonaro prepara pacote para injetar R$ 165 bi na
economia em ano eleitoral
15/03/2022 -
Afastamento do trabalho recua no final de 2021, diz
Ipea
15/03/2022 -
Justiça manda Vale retirar com urgência 1.400
trabalhadores de área de risco no Pará
15/03/2022 -
CAS debate correção monetária de débitos
trabalhistas na quinta-feira
15/03/2022 -
Uso do FGTS pra comprar 2º imóvel será discutido em
audiência
15/03/2022 -
Tarifaço piora pobreza, diz economista
14/03/2022 -
Brasil é pressionado a adotar Convenção 190 da OIT
14/03/2022 -
Senado instala comissão para modernizar a Lei do
Impeachment
14/03/2022 -
Ipespe: Lula continua na liderança, mas Bolsonaro se
aproxima dele dois pontos
14/03/2022 -
Economista prevê cenário eleitoral caótico:
desemprego, inflação e estagnação
14/03/2022 -
Inflação para famílias de renda mais baixa sobe para
1% em fevereiro
14/03/2022 -
Proposta prevê pagamento do 13º em todos os casos de
demissão
14/03/2022 -
Projeto altera Código Civil para permitir cessão de
créditos trabalhistas
11/03/2022 -
Mulheres das centrais sindicais e movimentos sociais
se reúnem com Lula
11/03/2022 -
Agenda legislativa das centrais sindicais para 2022
11/03/2022 -
Sancionada lei que prevê retorno das grávidas ao
trabalho presencial após vacinação
11/03/2022 -
Justiça de MG condena Vale a pagar R$ 1 mi por cada
empregado morto em Brumadinho
11/03/2022 -
Mortalidade em acidentes de trabalho é maior entre
homens, negros e pessoas com menor escolaridade
10/03/2022 -
Centrais participam do #15M: Dia global contra a
guerra na Ucrânia
10/03/2022 -
Precarização do mercado de trabalho tem gênero e cor
10/03/2022 -
Bolsonaro culpa governadores e prefeitos por alta
taxa do desemprego
10/03/2022 -
“Reforma Trabalhista precarizou e desempregou. Tem
que revogar”, defende presidente da CTB
10/03/2022 -
Produção industrial cai no primeiro mês do ano e
está abaixo do patamar anterior à pandemia
10/03/2022 -
Paraná Pesquisas: Lula mantém liderança com 8 pontos
de vantagem sobre Bolsonaro
10/03/2022 -
Cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas
pela Dieese
09/03/2022 -
Mulheres sofreram mais os efeitos da pandemia no
mercado de trabalho, principalmente as negras
09/03/2022 -
Prisão de sindicalistas para coibir greves viola
princípios, é ilegal e inconstitucional
09/03/2022 -
Preços de produtos na saída das fábricas sobem 1,18%
em janeiro
08/03/2022 -
Emprego, Direitos, Democracia e Vida
08/03/2022 -
Eletrobras: empresas e sindicatos têm até dia 17
para negociar plano de saúde
08/03/2022 -
Alckmin se reúne com Siqueira e sela ida para o PSB,
diz presidente do partido
08/03/2022 -
Lira suspende retorno presencial na Câmara por tempo
indeterminado
08/03/2022 -
Prazo pra regularizar Título de Eleitor vai até 4/5
08/03/2022 -
Projeto cria regra diferenciada para repercussão
geral em processos trabalhistas
07/03/2022 -
CONCLAT/2022:
Centrais sindicais apresentam documento para o
debate
07/03/2022 -
Nota das
centrais sindicais: A luta contra os despejos no
Brasil!
07/03/2022 -
Luta contra a
privatização da Eletrobras chega à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos
07/03/2022 -
Centrais
Sindicais: “Arthur do Val desrespeita o povo e deve
ser cassado”
07/03/2022 -
INSS: Revisão da vida toda pode aumentar
aposentadorias; entenda
07/03/2022 -
TST vai fazer estudos sobre impactos da reforma
trabalhista na Justiça do Trabalho
31/03/2022 -
Revisão trabalhista gera empregos na Espanha
Em entrevista ao jornal O Globo, dia 29, a segunda
vice-primeira-ministra e ministra do Trabalho da
Espanha, Yolanda Díaz, afirma que, “apesar da
polarização política que vemos nos parlamentos e na
mídia, a maioria das pessoas quer acordos e um
mínimo de calma e previsibilidade”.
Yolanda foi responsável por articular a nova reforma
trabalhista espanhola, no final do ano passado, que
reverteu, em parte, a liberalização do mercado
implementada em 2012, pelo então governo
conservador.
Na comparação entre fevereiro deste ano com o mesmo
mês de 2021, a Espanha registrou alta de 139% nos
empregos formais. Resultado da revisão trabalhista.
Encontro – Nesta quarta (30), Yolanda Díaz
discursa em um encontro promovido pela Uerj
(Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e o Grupo
de Puebla, formado por lideranças de esquerda. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve
participar do evento. Depois, a ministra irá a São
Paulo se encontrar com empresários e sindicalistas.
Popularidade – Segundo pesquisa do Centro de
Investigações Sociológicas, Yolanda Díaz é a
política mais popular da Espanha. Ela é tida como
possível sucessora do atual primeiro-ministro, Pedro
Sánchez.
Trechos da entrevista:
Resultados: A reforma supõe uma profunda
mudança em nosso sistema de relações trabalhistas.
Ela combate diretamente o trabalho temporário e a
precariedade. Desde a aprovação, os dados sobre
contratos permanentes são espetaculares. A reforma
está contribuindo pra melhorar a qualidade do
trabalho na Espanha.
Negociação: Foi longa e complexa. Primeiro,
com sindicatos e associações patronais mais
representativos, depois com as forças parlamentares.
Quando conseguimos o acordo entre trabalhadores e
empregadores, a proposta quase caiu no Congresso. É
possível chegar a acordos entre pessoas que pensam
de forma diferente. Apesar da polarização política,
a maioria das pessoas quer acordos, calma e
previsibilidade.
Pandemia: No período, ficou claro que as
velhas receitas de austeridade, desvalorização
salarial e demissões não funcionam. A pandemia nos
ajudou a ver que precisávamos nos fazer novas
perguntas para buscar novas respostas.
Sindicatos: Os trabalhadores que praticam a
democracia no local de trabalho são os que constroem
a democracia na sociedade. Sem Sindicatos fortes, é
impossível que o mercado de trabalho não se
transforme numa selva.
Futuro: Com a inflação do aumento dos preços
da energia, enfrentamos hoje uma nova crise. Nosso
principal objetivo é proteger os empregos, os
salários e o tecido produtivo. Também é necessário
avançar para uma economia mais equilibrada e verde.
O futuro do trabalho será o que queremos que seja,
porque trabalho e democracia estão intimamente
ligados.
(O Globo)
Fonte: Agência Sindical
31/03/2022 -
Lula vai se reunir com representantes de centrais
sindicais
Encontro, que será realizado dia 13 de abril, vai
abrir caminho para mobilização de trabalhadores em
torno de plataforma de conteúdo social
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
marcou encontro para 13 de abril com representantes
das centrais sindicais CUT, Força Sindical e CTB.
Em pré-campanha para a Presidência da República,
Lula vai ouvir contribuições dos sindicalistas para
seu programa de governo.
A reunião vai consolidar a aliança de Lula com o
sindicalismo progressista e dar uma marca social à
campanha eleitoral. "É uma reunião de sindicalistas
progressistas", diz Miguel Torres, presidente da
Força Sindical, informa o Painel da Folha de
S.Paulo.
Lula também tem manifestado intenção de se encontrar
com Paulinho da Força, presidente do Solidariedade,
para costurar apoio a Fernando Haddad (PT) em São
Paulo.
Fonte: Brasil247
31/03/2022 -
País cria 328,5 mil empregos em fevereiro, 17,3%
menos do que registrado há um ano
Setor de serviços lidera a criação de novos
postos de trabalho, com a geração de 215.421 novas
vagas com carteira assinada
O Brasil registrou saldo de 328.507 empregos com
carteira assinada abertos em fevereiro deste ano,
segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira
(29). O número é resultado de 2.013.143 contratações
ante 1.684.636 demissões. Ao mesmo tempo, representa
declínio na comparação com fevereiro de 2021, quando
foram criados 397,5 mil empregos formais, segundo o
Ministério do Trabalho.
O número de novos empregos formais são o melhor
resultado mensal desde setembro de 2021, mas é 17,3%
inferior ao registrado há um ano. Pesa também
negativamente na avaliação a base de comparação,
considerando que em fevereiro de 2021 a pandemia de
covid-19 estava em momento muito pior do que
atualmente. A comparação com anos anteriores a 2020
não pode mais ser considerada, já que o governo
mudou a metodologia no início do ano passado.
No bimestre
O salário médio de admissão também caiu: foi de R$
1.878,66 em fevereiro passado, contra R$ 1.926,36 no
mesmo mês de 2021. Os dados do Caged mostram a
criação de 478.862 novas vagas no primeiro bimestre
de 2022, o que representa queda de 26,5% em relação
ao mesmo período de 2021, quando foram 651.756 novas
vagas.
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e
Previdência, Bruno Dalcolmo, atribui a desaceleração
em relação ao ano passado dizendo que “as empresas
não continuarão contratando naquele ritmo para
sempre, mas (o resultado de fevereiro) é um número
expressivo que merece comemoração”.
Segundo ele, os dados são importantes porque, pela
primeira vez, “estamos acima de 2 milhões de
contratações”. “É claro que não é possível se
afirmar que é algo estrutural e que permanecerá
nesse patamar”, afirmou.
O setor de serviços lidera a criação de novos postos
de trabalho, com a geração de 215.421 novas vagas
com carteira assinada. A indústria foi responsável
por 43 mil novos empregos, principalmente na
indústria de transformação (38.575). A construção
gerou 39.453 novos postos. Agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura vem em
seguida (17.415) e o comércio mais atrás, com
13.219.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/03/2022 -
Terceira
via some no Congresso
A nova pesquisa Painel do Poder, que o Congresso em
Foco faz a cada trimestre com 70 dos principais
líderes da Câmara e do Senado, reafirma a
polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
Os parlamentares ignoraram seus próprios partidos e
candidatos em disputa, e praticamente cravaram um
dos nomes que hoje lideram a corrida, Lula ou
Bolsonaro.
Entre os atuais pré-candidatos à Presidência há
parlamentares, como a senadora Simone Tebet (MDB-MS),
e o deputado André Janones (Avante-MG). E partidos
com representação no Congresso têm seus próprios
nomes ou avaliam ter. PSDB, com Doria; Podemos,
Moro; PDT, Ciro; PSD, que tinha o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (MG), e avalia puxar o
governador gaúcho, Eduardo Leite, hoje no PSDB.
O Painel do Poder perguntou: “Na sua opinião, quais
são os três nomes com mais chances de vencer a
eleição presidencial?”. A primeira resposta indica
aquele que consideravam ter mais chances. As
respostas mostram que, mesmo no Congresso, apesar
dos discursos públicos, raros consideram a chamada
terceira via.
Na tabela com a primeira resposta dos entrevistados,
só houve duas menções que não foram a Lula ou
Bolsonaro: uma ao governador de São Paulo João
Doria, do PSDB, e uma ao cientista político Felipe
D’Ávila, do Novo.
Liderança – Lula foi mencionado por 48 dos
entrevistados. Bolsonaro por 24. “Nas últimas
rodadas do Painel do Poder em que o assunto foi
perguntado, nomes da terceira via apareciam com uma
quantidade significativa de menções. Agora, os
parlamentares afunilaram em Lula e Bolsonaro,
apontando para a confirmação de uma eleição
polarizada entre os dois candidatos e inviabilização
de uma terceira via – ao menos aos olhos dos
congressistas”, observa a pesquisa.
“Lula conseguiu três menções entre os congressistas
da base do governo; Bolsonaro não foi citado nenhuma
vez como favorito pelos parlamentares da oposição.
Quanto aos independentes, Lula lidera com 11
menções, Bolsonaro tem quatro. Foi nesse grupo que
Dória e D´Ávila foram citados”.
Mais – Clique
aqui e veja a íntegra da pesquisa Painel do
Poder.
(Congresso em Foco – Matéria de Rudolfo Lago,
André Sathler e Ricardo de João Braga)
Fonte: Agência Sindical
31/03/2022 -
Preços da indústria têm inflação de 0,56% em
fevereiro, diz IBGE
Indicador acumula taxas de 1,77% no ano e de
20,05% em 12 meses
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços de produtos na saída das
fábricas, registrou inflação de 0,56% em fevereiro
deste ano. A taxa é inferior às observadas no mês
anterior (1,20%) e em fevereiro de 2021 (5,16%).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o indicador acumula taxas de
1,77% no ano e de 20,05% em 12 meses.
Os preços subiram em 15 das 24 atividades industriais
pesquisadas. Os destaques ficaram com as indústrias
extrativas (8,34%), refino de petróleo e
biocombustíveis (1,70%) e alimentos (0,70%).
Por outro lado, nove atividades tiveram deflação
(queda de preços), entre elas metalurgia (-2,55%).
Analisando-se as quatro grandes categorias
econômicas da indústria, houve alta de preços em
todas elas: bens de capital, isto é, máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo (0,64%), bens
intermediários, isto é, insumos industrializados
usados no setor produtivo (0,50%), bens de consumo
semi e não duráveis (0,75%) e bens de consumo
duráveis (0,15%).
Fonte: Agência Brasil
30/03/2022 -
Centrais sindicais exigem cancelamento de demissões
na Avibras
Centrais sindicais contestam demissões de 420
trabalhadores e pedem, em nota,
negociação entre as partes para evitar o aumento
de desempregados.
Íntegra da Nota das Centrais Sindicais:
Exigimos o imediato cancelamento das demissões na
Avibras e estabilidade no emprego aos trabalhadores!
Diante do pedido de recuperação judicial e da
demissão em massa de 420 trabalhadores realizada
pela Avibras, em Jacareí (SP), no último dia 18 de
março, a defesa dos empregos e da soberania nacional
é uma luta de toda a classe trabalhadora.
As centrais sindicais brasileiras declaram todo
apoio aos metalúrgicos e metalúrgicas da Avibras e
ao sindicato da categoria, que estão mobilizados
pelo cancelamento das demissões.
A Avibras é uma das principais empresas de
equipamentos militares no Brasil e, portanto,
estratégica para o desenvolvimento tecnológico e
para a soberania nacional.
Mas, não é a primeira vez que a empresa entra em
recuperação judicial, faz demissões em massa e não
paga direitos trabalhistas, sempre sujeita às
oscilações nas mãos da iniciativa privada. A atual
crise é também fruto do processo de
desindustrialização que avança no país.
É tarefa dos governos federal, estadual e municipal
intervirem para defender os empregos e garantir que
uma empresa estratégica como essa esteja a serviço
dos interesses do povo brasileiro.
Exigimos o imediato cancelamento das demissões na
Avibras e estabilidade no emprego aos trabalhadores!
Propomos negociação com o sindicato representantes
da categoria para uma solução. Todo apoio à luta dos
metalúrgicos e metalúrgicas da Avibras!
São Paulo, 28 de março de 2022
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única
dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
30/03/2022 -
MP de Bolsonaro sobre home office deixa trabalhador
‘na mão’ do patrão
Sem participação dos sindicatos, empregados terão
que “negociar” em posição de fragilidade com os
empregadores os critérios das novas modalidades de
trabalho remoto, alerta o Dieese
O governo Bolsonaro editou na última sexta-feira
(25) a Medida Provisória (MP) 1.108 que regulamenta
o trabalho híbrido (presencial e home office). A MP
também institui a modalidade do trabalho por
produção ou tarefa, sem controle da jornada de
trabalho. Conjuntamente, o governo publicou também a
MP 1.109, que cria o Programa Emergencial do Emprego
e da Renda em casos de calamidade pública. Esta
permite a adoção de teletrabalho, antecipação de
férias e feriados, estabelecimento de um regime
diferenciado de banco de horas e suspensão do
recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), nestas situações e não apenas em
âmbito federal, mas também nos estados e municípios.
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, alterações desse tipo na legislação
trabalhista não poderiam ser feitas através de MPs.
Isso porque as mudanças não foram debatidas com a
sociedade, e muito menos com os sindicatos. Além
disso, a MP volta a insistir na negociação
individual para definir os termos do trabalho que
mistura presencial e home office.
O objetivo, segundo ele, é justamente enfraquecer
ainda mais a representação coletiva dos
trabalhadores, como vem ocorrendo desde a “reforma”
trabalhista do governo Temer e por outras medidas do
atual governo.
“A negociação individual, na prática, não é uma
negociação. O que prevalece é o poder do empresário,
do empregador sobre o trabalhador. Dificilmente o
funcionário tem condições de fazer uma rejeição ou
uma modificação, quando a empresa assim determina”,
disse Fausto em entrevista a Glauco Faria, para o
Jornal Brasil Atual nesta segunda-feira (28). “Nesse
caso, por exemplo, do trabalha híbrido, passa muito
mais por uma imposição da empresa, que decide para
onde o sujeito vai, do que uma opção”.
Trabalho por tarefa
Caberá ao empregador, por exemplo, “negociar” com o
empregado os parâmetros do trabalho por tarefa. Para
Fausto, não fica claro quanto tempo o trabalhador
deve ficar à disposição da empresa. “Essa ideia de
que o trabalhador está à disposição da empresa, e de
que ele é o sujeito do processo da negociação, é
algo bastante preocupante”, alertou Fausto.
Tempo à disposição
Outra modificação trazida pela MP sobre trabalho em
home office é que a utilização de ferramentas
eletrônicas de comunicação, como o celular, fora da
jornada de trabalho, deixam de contar como tempo à
disposição do empregador. De acordo com Fausto, isso
reacende a discussão sobre o “direito à desconexão”.
Ou se deve contar esse tipo de interação como
trabalho, ou o empregador deve se abster de acionar
o funcionário fora da jornada acordada. “É uma
questão bastante polêmica e que precisa ser olhada
com mais cuidado. Já que, normalmente, é por esses
mecanismos que o trabalhador hoje está conectado o
tempo todo”, afirmou.
Calamidade
Já sobre a MP 1.109, Fausto classificou como
“temerária”. Assim como ocorreu durante a pandemia,
mas agora por razões como enchentes e outros
desastres naturais, as três esferas de governo
poderão alterar automaticamente as regras
trabalhistas. “De novo, a gente insiste que muito
pouco foi discutido com a sociedade. E agora foi
encaminhado como medida provisória, que já tem força
de lei”.
Nesse sentido, as regras que constam nas duas MPs
entraram em vigor nesta segunda-feira (28). Elas têm
prazo de validade de 60 dias, prorrogáveis por mais
60, para serem aprovadas no Congresso Nacional. Se
não forem apreciadas nesse prazo, deixam de valer.
“O ideal, para esse tipo de matéria, era ter sido
encaminhado via projeto de lei, discutido com a
sociedade, de maneira democrática”, frisou Fausto.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/03/2022 -
Governo federal estuda mudanças nas regras do
seguro-desemprego
Esse ano, o governo brasileiro gastou R$ 2,5
bilhões com pagamentos a trabalhadores.
O número de acessos ao seguro-desemprego representa
uma alta despesa governamental mesmo com a redução
da taxa de desocupados no país. A questão vem sendo
tema de debates no governo federal.
Com parcela mínima de R$ 1.212 e máxima de R$ 2.106,
o governo admite que as atuais regras desse
benefício estimulam o acesso ao programa repetidas
vezes por trabalhadores, que também optam pela
informalidade, em vez de funcionar como “colchão de
choque” para que eles retornem ao mercado de
trabalho.
No primeiro bimestre deste ano, o governo brasileiro
gastou R$ 2,5 bilhões com pagamentos a trabalhadores
que solicitaram o seguro-desemprego. Até dezembro de
2022, a previsão de gastos com essa rubrica é de R$
41,7 bilhões em 2022, frente aos R$ 31,8 bilhões do
ano passado.
De acordo com informações do secretário do Trabalho
do Ministério do Trabalho e Emprego, Luis Felipe
Oliveira, no período de aquecimento da economia, com
admissões e desligamentos mais constantes, a
volatilidade é esperada. Mas a permanência dos
desempregados no uso das parcelas incomoda os
economistas do governo.
“Naturalmente, com a economia mais aquecida, há
aumento de desligamentos e isso traz mais pedidos de
seguro-desemprego. Mas o que nos chama atenção é o
tempo de permanência do trabalhador nas cinco
parcelas”, explica o secretário.
O problema, segundo Oliveira, está no modelo adotado
pelo governo brasileiro. “Se o trabalhador formaliza
um contrato, ele perde o direito às parcelas.
Portanto, há um incentivo muito grande para que
permaneça no seguro-desemprego e some a isso uma
atividade informal”, avalia.
O trabalhador demitido sem justa causa tem direito
a, no mínimo, três e, no máximo, cinco parcelas do
seguro-desemprego. Em 2021, conforme dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), foram feitos 6.087.675 requerimentos, dado
10,3% inferior ao de 2020, quando ocorreram
6.784.120 de pedidos.
Confisco
O governo tem procurado alternativas em reuniões
interministeriais das pastas ligadas a emprego e
renda. Recentemente, estudo encomendado pelo
Ministério do Trabalho e Previdência ao Grupo de
Altos Estudos do Trabalho (Gaet) propôs que o
governo federal se aproprie da multa do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que hoje é paga
diretamente ao trabalhador demitido sem justa causa.
O recurso seria utilizado para apoiar quem ganha até
um salário mínimo e meio por mês.
A medida impactaria diretamente o seguro-desemprego,
que deixaria de existir. Assim, em vez de pagar a
quem for desligado do emprego, como é hoje, o
empregador repassaria o valor dessa multa para o
governo.
O dinheiro seria, então, destinado ao Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT) e, de lá, abasteceria as
contas individuais do Fundo de Garantia de
empregados com salário mensal inferior a um mínimo e
meio. A correção dessa poupança seria de acordo com
os índices praticados no mercado.
Se fosse demitido, o trabalhador poderia sacar
mensalmente o equivalente ao valor do salário que
recebia quando estava empregado, respeitado o teto
de cinco salários mínimos.
Fonte: Correio Braziliense
30/03/2022 -
Caged: Brasil cria 328 mil empregos com carteira
assinada em fevereiro
Trata-se do segundo melhor resultado para o mês
desde 2010
O Brasil fechou o mês de fevereiro de 2022 com a
criação de 328.507 empregos formais, segundo balanço
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Novo Caged), apresentado nesta terça-feira (29)
pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O saldo de fevereiro foi resultado de 2,013 milhões
de contratações e 1,685 milhão de desligamentos.
Segundo a pasta foi o melhor resultado para o mês da
série iniciada em 2010, perdendo apenas para 2021,
quando o saldo foi de 397.915 postos.
De acordo com o secretário executivo do ministério,
Bruno Dalcolmo, esta foi a primeira vez que o total
mensal de admissões superou 2 milhões de vagas,
considerando a série com declarações feitas dentro
do prazo. O secretário, entretanto, destacou que o
resultado não pode ser considerado estrutural e que
a tendência é de redução nas contratações.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
30/03/2022 -
Em conversa com novo presidente da Petrobrás,
Bolsonaro promete privatizar a empresa
Jair Bolsonaro (PL) conversou com o novo presidente
da Petrobrás, Adriano Pires, e prometeu privatizar a
estatal caso seja reeleito. Em um diálogo com o
dirigente e com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, Bolsonaro afirmou que a empresa lhe dá
"muita dor de cabeça". A informação foi publicada
pela coluna de Tales Faria.
O governo federal anunciou nessa segunda o nome do
novo presidente da Petrobrás. Adriano Pires já havia
defendido a privatização da empresa como forma de
evitar aumentos abusivos nos preços dos combustíveis
sob o argumento de que a estatal enfrenta
"desequilíbrio concorrencial, insegurança para
realização de investimentos no setor e aumento da
dificuldade para o avanço do importante programa de
desinvestimento nas refinarias".
No dia 10 de março, a Petrobrás anunciou uma alta de
18,77% na gasolina e de quase 25% no óleo diesel,
gerando uma insatisfação generalizada no governo e
no Congresso.
Fonte: Brasil247
29/03/2022 -
Maioria das greves na indústria, em 2021, foi
realizada para garantir reajuste salarial
Estudo do Departamento Intersindical de Estudos e
Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), outra
reivindicação frequente mas mobilizações foi
referente à alimentação (concessão, regularização ou
reajuste dos tíquetes e/ou cesta básica)
Em 2021, 12% das greves foram organizadas por
trabalhadores da indústria privada. Entre as
categorias profissionais, destacaram-se metalúrgicos
(5% das greves totais) e trabalhadores da construção
(4%).
A principal demanda, presente em metade dessas
mobilizações (50%), era referente à alimentação
(concessão, regularização ou reajuste dos tíquetes
e/ou cesta básica). Correção dos salários e/ou
pagamento de abono (48%) vieram em seguida; depois,
itens relacionados ao pagamento de participação nos
lucros ou resultados (27%); e, por fim,
regularização de salários e férias em atraso (26%).
De janeiro a abril de 2021, 27% das greves da
indústria privada tinham o reajuste dos salários nas
pautas; nos dois quadrimestres seguintes,
entretanto, esse percentual ficou perto de 50% –
aumento de 85% sobre os quatro primeiros meses do
ano.
Ainda assim, os itens relativos à alimentação,
exceto no quadrimestre intermediário, de maio a
agosto, continuaram mais frequentes. De setembro a
dezembro, estavam em mais de 60% das pautas
grevistas.
As negociações da PLR continuam em evidência. No
período em que se iniciam as campanhas salariais de
importantes segmentos da metalurgia, no segundo
quadrimestre, de maio a agosto, faziam parte de mais
de 40% das pautas grevistas.
No primeiro e no terceiro quadrimestres,
destacaram-se também as demandas por regularização
dos vencimentos em atraso, que permaneceram em um
intervalo que vai de 30% a 40% das pautas. De maio a
agosto, no meio do ano, porém, essa reivindicação
foi a menos frequente (10%) entre as principais.
Veja o estudo na íntegra
Fonte: Rádio Peão Brasil
29/03/2022 -
Inflação
é culpa de Bolsonaro
A imensa maioria dos brasileiros atribui à gestão do
Presidente Bolsonaro responsabilidade pela alta nos
preços. Descontentamento existe até na base
governista.
A informação é do Instituto Datafolha, que já havia
detectado esse descontentamento em setembro.
Levantamento do mês de março confirma a
contrariedade: 75% apontam que o governo Bolsonaro
tem responsabilidade pela inflação. Pesquisa foi
realizada entre os dias 22 e 23, com 2.556 eleitores
em 181 cidades.
Segundo a enquete, 87% dos que declaram intenção de
votar em Ciro (PDT) consideram que o governo tem
responsabilidade pela alta da inflação. Dos
eleitores de Sergio Moro, 82% avaliam que o governo
tem responsabilidade. No caso de eleitores de André
Janones (Avante), 80% veem responsabilidade.
Governistas – Mesmo quem é base de apoio de
Bolsonaro acredita que o governo tem
responsabilidade pela inflação.
Essa avaliação também é feita por 72% dos
evangélicos, 75% dos moradores do Centro-Oeste e 79%
dos moradores da região Sul, que votaram em peso
para eleger Bolsonaro.
A inflação começou a subir durante a pandemia, mas
disparou no ano passado. Em 2019, o IPCA fechou o
ano com alta de 4,31%. Em 2020, passou para 4,52%.
Em 2021, alta de 10,06%.
Mais afetados – Alimentos, como o trigo do pãozinho,
hortaliças e frutas. Também a energia, incluindo
gasolina, diesel e gás de cozinha. Como são básicos
na economia, eles elevam o custo de vida e também
ajudam a disseminar a inflação por outros setores.
A pressão altista segue firme. Na sexta (25), foi
divulgado o IPCA-15 de março, prévia da inflação
mensal. O indicador teve alta de 0,95%, maior taxa
para o período desde 2015 (1,24%) e acima das
projeções.
Com esse dado, o IPCA-15 acumulou inflação de 10,79%
em 12 meses até março.
Desde março de 2021, o Banco Central vem elevando a
Selic, para tentar arrefecer a escalada dos preços.
Em fevereiro, ela foi de 9,25% para 10,75%, voltando
ao terreno dos dois dígitos.
(UOL)
Fonte: Agência Sindical
29/03/2022 -
MP institui medidas trabalhistas para situações de
calamidade pública reconhecidas pelo governo
Trabalhadores poderão antecipar férias
individuais, feriados, banco de horas e suspender
recolhimentos do FGTS
O Poder Executivo editou a Medida Provisória
1109/22, que institui medidas trabalhistas
alternativas para vigorar durante estado de
calamidade pública decretado em âmbito nacional, ou
estadual e municipal reconhecidos pelo governo
federal. Entre elas, o teletrabalho e a concessão de
férias coletivas.
A MP também retoma, com algumas mudanças, regras do
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda, que passa a ser permanente, podendo ser
instituído para combater consequências de estado de
calamidade pública.
Criado em 2020, durante a pandemia, o programa
autorizou a redução da jornada de trabalho e a
suspensão dos contratos de trabalho, com o pagamento
de benefício emergencial aos trabalhadores afetados.
Segundo o governo, as novas medidas são uma resposta
rápida às necessidades impostas pelo estado de
calamidade e visam proteger os trabalhadores.
Regras
Em relação às medidas alternativas, o texto da medida
provisória prevê que empregadores e empregados
poderão adotar, além do teletrabalho e das férias
coletivas, a antecipação de férias individuais e de
feriados, banco de horas e a suspensão dos
recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
Ato do Ministério do Trabalho e Previdência
estabelecerá o prazo em que as medidas alternativas
poderão ser adotadas, que poderá ser de até 90 dias,
prorrogável enquanto durar o estado de calamidade
pública decretado.
A MP detalha as medidas alternativas. Por exemplo,
no caso do teletrabalho, a responsabilidade pelo
custo dos equipamentos e reembolso de outras
despesas arcadas pelo empregado serão previstas em
contrato firmado com a empresa. O regime também
poderá ser aplicado a aprendizes e estagiários.
Já a concessão de férias coletivas poderá ser
decidida pelo empregador e informada aos empregados
com antecedência mínima de 48 horas. Ela poderá
incidir sobre toda a empresa ou setores dela. A MP
permite a concessão por prazo superior a 30 dias.
FGTS
Em relação aos recolhimentos do FGTS, a medida
provisória dá poderes ao Ministério do Trabalho para
suspender a exigibilidade por até quatro meses nos
estabelecimentos situados em municípios com estado
de calamidade pública reconhecido pelo governo
federal.
A medida alcança todas as empresas,
independentemente do setor em que atuam, do regime
tributário ou de adesão. Os depósitos ao fundo serão
retomados após o fim da medida alternativa, em seis
parcelas, sem incidência de juros, multas ou outros
encargos.
Benefício emergencial
A MP 1109/22 permite que as empresas utilizem as
medidas previstas no Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda, como redução da
jornada de trabalho e do salário ou a suspensão
temporária do contrato com pagamento do Benefício
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm)
pelo governo federal.
A medida provisória retoma regras já conhecidas das
empresas, como a possibilidade de o empregador pode
acordar a suspensão do contrato de trabalho de forma
setorial, departamental, parcial ou na totalidade
dos postos de trabalho.
O período máximo previsto para a redução da jornada
e a suspensão dos contratos de trabalho é de 90
dias, prorrogável enquanto durar o estado de
calamidade pública em âmbito nacional ou local.
O BEm devido a cada trabalhador será calculado com
base no valor que ele teria direito de
seguro-desemprego. O beneficiário poderá receber o
BEm na instituição financeira em que possuir
conta-poupança ou conta de depósito à vista, exceto
conta-salário.
Tramitação
A MP 1109/22 será analisada agora nos plenários da
Câmara dos Deputados e, depois, do Senado.
Fonte: Agência Câmara
29/03/2022 -
Suspeito de corrupção no MEC, ministro de Bolsonaro
entrega cargo
Ministro Milton Ribeiro e presidente Jair
Bolsonaro decidiram por uma “saída honrosa”. Chefe
do MEC, que é pastor, está no centro de um escândalo
envolvendo desvio de recursos da educação em troca
de propina
Suspeito de participar de um esquema de corrupção no
MEC, o ministro da Educação Milton Ribeiro informou
ao presidente Jair Bolsonaro que está disposto a
entregar o cargo. A informação é do jornal O Estado
de S.Paulo. O jornal divulgou uma série de
reportagens revelando que Ribeiro dividiu a chefia
da pasta com dois pastores acusados de cobrar
propina de prefeitos para, em troca, liberar
recursos na pasta.
Esta foi uma saída encontrada entre ambos para
tentar amenizar a crise. A saída já era aventada. O
jornalista Guilherme Amado, colunista do portal
Metrópoles, informou que um encontro no final de
semana decidiu pelo afastamento de Ribeiro, que
Bolsonaro defendia como inocente, durante as
investigações.
Segundo o colunista, com a licença de Ribeiro deverá
assumir a pasta interinamente o secretário-executivo
Victor Godoy Veiga. Nesse caso, seria a quinta vez
que o MEC teria um novo ministro na gestão
Bolsonaro.
Segundo reportagem desta segunda (28) do Estado, em
um evento organizado pelo MEC em julho passado, em
Salinópolis, no Pará, com prefeitos e secretários
municipais de educação paraenses, foram distribuídos
exemplares de uma edição da Bíblia com fotografias
do ministro da Educação Milton Ribeiro e dos
pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Os três
estiveram presentes.
Segundo o jornal, a impressão destaca o “patrocínio”
do prefeito, Carlos Alberto de Sena Filho, o Kaká
Sena (PL), que também teve a imagem estampada. O
custo de cada Bíblia foi de R$ 70, paga pela Igreja
Ministério Cristo para Todos, vertente da Assembleia
de Deus, que tem uma gráfica em Goiânia. O pastor
Gilmar Santos, que comanda a igreja, teve a presença
anunciada no encontro como uma “autoridade”,
sentando à mesa do palco, ao lado de Milton Ribeiro
e do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE), Marcelo Ponte.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/03/2022 -
Datafolha: entre jovens de 16 a 24 anos, Lula tem
51% contra 43% da soma de todos os demais
Pelo índice registrado entre os jovens, o
ex-presidente venceria o pleito com facilidade já no
primeiro turno
O ex-presidente Lula (PT), líder em todas as
pesquisas eleitorais, tem a liderança entre todas as
faixas etárias, mas maior vantagem é entre os
jovens, mostra o Datafolha.
Lula tem a preferência de 51% dos jovens entre 16 e
24 anos. Jair Bolsonaro (PL), principal adversário
do petista, tem a preferência de 22% da mesma fatia
do eleitorado. Pelo eleitorado jovem, portanto, Lula
venceria com folga o pleito já no primeiro turno.
A menor vantagem de Lula é entre os maiores de 60
anos: 39% contra 29% de Bolsonaro. Os maiores de 45
anos são os que mais apoiam Bolsonaro, mas ainda sim
a preferência por Lula é maior.
Fonte: Brasil247
29/03/2022 -
Renda do trabalho encolhe R$ 18 bilhões em dois anos
O recuo dos salários atua como freio na economia,
já que significa menos recursos em circulação para
para consumo e poupança
A massa de salários mensal recuou em R$ 18 bilhões
nos últimos dois anos, de acordo com O Globo,
descontando a inflação. Eram R$ 250,5 bilhões em
fevereiro de 2020, caindo para R$ 232,6 bilhões em
janeiro de 2022.
A queda é um verdadeiro freio na economia, já que
significa menos recursos em circulação para para
consumo e poupança.
Atualmente, a soma de todos os salários dos 95
milhões de brasileiros empregados representa menos
de um terço do Produto Interno Bruto (PIB). O
cruzamento foi feito pela Corretora Tullet Prebom
Brasil.
Fonte: Brasil247
28/03/2022 -
Desafios para o movimento sindical nas eleições 2022
Neuriberg Dias*
O movimento sindical tem pela frente ano
estratégico para garantir melhor representação
no Poder Legislativo e Executivo estadual
e federal.
E pelo menos 5 ações serão necessárias nesse sentido:
1) compreender as regras eleitorais;
2) identificar candidatos com potencial de êxito;
3) entender as aspirações dos eleitores;
4) mobilizar e engajar os trabalhadores no processo
político-eleitoral; e
5) usar as redes sociais para chamar a atenção para
os programas dos candidatos.
As eleições deste ano possuem diferenças em relação
às anteriores, fato que vai exigir dos dirigentes
sindicais esforço de compreensão das novas regras
eleitorais para facilitar a decisão sobre quem, como
e onde lançar e apoiar candidaturas competitivas,
especialmente àquelas identificadas com as pautas e
demandas sociais do cidadão em 5 dimensões:
1) de trabalhador, 2) de eleitor, 3) de
contribuinte, 4) de consumidor e 5) de usuário de
serviço público.
Os postulantes a cargos eletivos, por sua vez,
deverão assumir compromissos com a agenda em defesa
da democracia, da vida, do bem-estar social, dos
interesses público e coletivo, bem como dos direitos
sociais dos menos favorecidos.
Na perspectiva do voto consciente, as lideranças dos
movimentos sociais, populares e sindicais deverão se
engajar no corpo-a-corpo com os eleitores da rua em
que moram, bairro, clube, igreja, escola ou
trabalho.
De um lado para desinterditar o debate e buscar
dialogar sobre a importância da escolha, e, de
outro, proporcionar a esses eleitores informações
sobre trajetória e propostas dos candidatos,
recomendando aqueles cujo programa coincida com o
interesse coletiva e rechaçando os que estão a
serviço do poder econômico e de causas
antipopulares.
No esforço de persuasão dos eleitores, os
trabalhadores, na condição de cidadão consciente e
militante político, devem ampliar o escopo de
abordagem.
Precisam incluir nessa lista pessoas a serem
convencidas da importância da política e da escolha
de representantes fieis aos seus interesses, não
apenas os assalariados formais da categoria
profissional, mas também desempregados, jovens
estudantes, trabalhadores informais, inclusive os de
aplicativos, assim como agricultores, pequenos e
médios empresários.
O desafio não é pequeno e requer esforço que vai
além do corpo-a-corpo, incorporando também a
abordagem remota, por intermédio das redes sociais,
para alcançar o maior número possível de eleitores.
Para tanto, deve-se recomendar ao eleitor fontes
confiáveis da sociedade civil, como os portais do
DIAP, Inesc, Cfemea, dos sindicatos e centrais
sindicais, das associações de imprensa e de
trabalhadores, que disponibilizam cartilhas e outras
publicações com informações sobre os candidatos que
devem ser eleitos e sobre aqueles que devem ser
evitados.
Esse esforço de persuasão, conforme explicita o
texto, possui dupla dimensão.
De um lado, apresentar candidatos que defendam
ideias e programas que melhorem a vida das pessoas,
em todos os níveis de representação, e, de outro,
combater a desinformação, com notícias de fontes
confiáveis e verificáveis sobre os candidatos: os
que devem merecer apoio e os que precisam ser
rechaçados. Mãos à obra.
(*) Analista político, consultor, com formação em
administração. Diretor licenciado de documentação do
Diap. Sócio-diretor da Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
28/03/2022 -
O que prevê a MP que permite trabalho híbrido e por
produção no home office
Bolsonaro editou medida que altera as regras do
teletrabalho e flexibiliza o controle de jornada
O presidente Jair Bolsonaro (PL) editou, nesta
sexta-feira (25/3), medida provisória que altera as
regras do teletrabalho, permite o modelo híbrido e a
contratação por produção sem controle de jornada. O
texto ainda não foi publicado no Diário Oficial da
União, quando ganha força de lei e, então, passará a
ser analisado pelo Congresso.
O texto prevê que a presença do trabalhador no local
de trabalho para tarefas específicas não
descaracteriza o teletrabalho, se este for o regime
adotado em contrato.
Desde a reforma trabalhista, em 2017, há a previsão
do regime de teletrabalho na CLT. Porém, não havia a
possibilidade expressa de combinar o esquema remoto
com o presencial – os contratos deveriam ser
enquadrados em um modelo ou outro.
Ainda, o controle de jornada foi mais flexibilizado
para o trabalho remoto, no caso de o contrato ser
por produção ou tarefa. Nessa hipótese, não se
aplicam as regras da CLT sobre duração do expediente
e que responsabilizam o empregador pelo controle de
tempo trabalhado. Se a contratação for por jornada,
poderá ser feito o controle remoto.
Caso o empregador entenda não ser necessário fazer o
controle de horário, o trabalhador também poderá
cumprir suas funções no momento em que desejar; não
será possível exigir a disponibilidade em momentos
específicos.
Antes da MP, o teletrabalho já era uma das exceções
ao controle de jornada, porém entendimento comum na
Justiça do Trabalho é que a desobrigação só seria
permitida caso fosse inviável ao empregador fazer
esse acompanhamento – com programas de computador e
ponto online, por exemplo.
O teletrabalho também poderá ser o modelo de
contratação para aprendizes e estagiários, como foi
permitido durante a pandemia em medidas assinadas
para lidar com a emergência. Além disso,
trabalhadores com deficiência ou com filhos de até
quatro anos de idade devem ter prioridade para
exercer o teletrabalho.
Fonte: Jota
28/03/2022 -
Têxtil: trabalhadores e empresários debatem ações
para fortalecer indústria e gerar empregos
Encontro contou com a presença de representantes
dos Sindicatos de Trabalhadores e os presidentes da
Fiesp e Ciesp
Ações para combater o desemprego e gerar novos posto
de trabalho no setor têxtil, reforma tributária, a
necessidade da redução da taxa de juros em defesa
dos setores produtivos têxteis foram assuntos de um
encontro realizado entre representantes dos
trabalhadores e dos empresários do setor têxtil.
O encontro realizado na sede da Federação das
Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp) contou com
a presença do Presidente da entidade, Josué Gomes e
do presidente da CIESP, Rafael Cervone.
Representando os trabalhadores do setor estavam
Jorge Ferreira, presidente do Sindmestres, Sérgio
Marques, presidente do SinditextilSP, Nivaldo
Federex e Cláudio Peressin dirigentes do Sindicato
dos Têxteis de Santa Bárbara Doeste e Vidal Sakai do
Sindicato dos Têxteis de Guarulhos.
Segundo Sérgio Marques no encontro foram discutidas
a reforma trabalhista, formas de custeio Sindical
para fortalecer a autonomia e a luta das entidades
sindicais. “Uma reunião importante onde discutimos
ações para fortalecer a indústria nacional e
consequentemente manter e gerar novos postos de
trabalho no setor.
Fonte: Rádio Peão Brasil
28/03/2022 -
OIT terá diretor-geral africano pela primeira vez.
Com apoio dos trabalhadores
Gilbert Houngbo foi primeiro-ministro de Togo e
hoje comanda o fundo das Nações Unidas para o
desenvolvimento agrícola
Pela primeira vez, a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) terá um diretor-geral de origem
africana. Gilbert Fossoun Houngbo, 61 anos, foi
eleito nesta sexta-feira (25), com apoio da
representação de trabalhadores e parte dos governos.
Ele concorria com outros quatro candidatos, e vai
substituir o inglês Guy Ryder. O mandato é de cinco
anos, a partir de outubro.
No segundo turno, Houngbo teve 30 votos dos
integrantes do Conselho de Administração da OIT,
ante 23 dados à francesa Muriel Pénicaud, dois para
a coreana Kang Kyung-wha e um para Mthunzi Mdwaba,
da África do Sul. Na primeira rodada, também
concorria Greg Vines, da Austrália, que teve um voto
e foi eliminado.
A primeira votação teve 24 para Houngbo, 14 para
Muriel, 13 para Mdwaba (que tinha apoio dos
empregadores) e quatro para Kang. Para ser eleito, é
preciso ter mais da metade dos 56 votos do Conselho,
formado por representantes de governos (28),
empregadores (14) e trabalhadores (14).
Primeiro-ministro de Togo de 2018 a 2012, Gilbert
Houngbo é, desde 2017, presidente do Fundo
Internacional para o Desenvolvimento Agrícola
(Fida), vinculado às Nações Unidas. O sexto a
comandar a entidade. E será o 11º diretor-geral da
OIT, criada em 1919.
“Tenho o prazer de aceitar este desafio, e continuar
me dedicando a garantir que as pessoas mais
vulneráveis não sejam deixadas para trás”, afirmou
em redes sociais.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/03/2022 -
Semana
confirma Lula favorito
Três pesquisas nos últimos dias confirmam
favoritismo de Lula na corrida presidencial: Quaest,
Datafolha e Ipespe.
Ipespe aponta 44% pra Lula e 26% de Bolsonaro.
Quaest repete os índices. Já o Datafolha mostra o
petista com 43% e o atual presidente marcando 26%.
Nas simulações de segundo turno, Lula ganha com boa
vantagem, em todas as sondagens.
Ao lado da confirmação de Lula na dianteira, as
pesquisas indicam queda na rejeição a Bolsonaro e
aumento na preferência do eleitorado, especialmente
junto aos de maior renda.
A chamada terceira via, ou seja, Moro e Ciro,
estacionou entre 9%, 7% ou mesmo 5%. Candidatos de
menor expressão, como a senadora Tebet e o
governador João Doria, marcam entre 1% e 2% das
intenções do eleitorado.
Novidades – Nesta semana, Guilherme Boulos
trocou a candidatura ao governo do Estado pela busca
de uma vaga na Câmara de Deputados – deve ser muito
bem votado. Já o jornalista Luiz Datena anunciou que
pretende concorrer ao Senado – é candidato forte.
Mais – Acesse a
pesquisa Datafolha.
Fonte: Agência Sindical
28/03/2022 -
PF abre inquérito para apurar escândalo no MEC
envolvendo pastores
A Polícia Federal abriu, na sexta-feira (25), um
inquérito para investigar as supostas
irregularidades no Ministério da Educação (MEC). No
começo desta semana, surgiram denúncias de que o
ministro, Milton Ribeiro, privilegiava lideranças
evangélicas na hora de distribuir recursos do Fundo
Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Em áudio divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, o
ministro afirmou que o repasse das verbas para os
municípios apontado pelos pastores era um pedido do
presidente Jair Bolsonaro (PL). As denúncias apontam
para a existência de um “gabinete paralelo” dentro
do ministério, com pastores cobrando propinas de
prefeitos para facilitar a liberação de verbas do
MEC.
O inquérito da PF foi aberto a pedido da
Controladoria-Geral da União (CGU) após uma
sindicância internar apontar supostas fraudes. Em
sua tradicional live de quinta-feira, na noite da
quarta-feira (24), Bolsonaro afirmou que já havia
pedido uma investigação para a Polícia Federal.
“O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele. Estão
fazendo uma covardia. A Polícia Federal, ontem, eu
pedi para abrir o procedimento para investigar o
caso também”, afirmou Bolsonaro.
Um outro inquérito, solicitado pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizado
pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF),
Cármen Lúcia, deve ser aberto nos próximos dias.
“A gravidade do quadro descrito é inconteste e não
poderia deixar de ser objeto de investigação
imediata, aprofundada e elucidativa sobre os fatos e
suas consequências, incluídas as penais”, afirmou a
ministra ao autorizar o inquérito.
Fonte: Congresso em Foco
25/03/2022 -
Aliados de Bolsonaro blindam ministro Milton Ribeiro
na crise do MEC
Devido à interferência, a convocação do ministro
para explicar denúncias foi transformada em convite
para o dia 31.
Ministro não é obrigado a comparecer
A base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro no
Senado blindou o ministro da Educação, Milton
Ribeiro, que está no centro de uma série de
denúncias de tráfico de influência no MEC envolvendo
outros pastores. Requerimento aprovado nesta
quinta-feira (24) pela Comissão de Educação, Cultura
e Esporte determinava a convocação do ministro para
explicar denúncias sobre a existência de um balcão
de liberação de verbas para municípios conforme
interesses da Presidência da República. Convocado,
ele seria obrigado a comparecer na próxima
terça-feira (29). Mas devido à interferência a
convocação foi transformada em convite, assim como a
data. Com isso, o ministro só comparece se quiser, e
mesmo assim, na próxima quinta (31).
Segundo denúncias de prefeitos, o esquema seria
operado pelos pastores Gilmar Santos e Arilton
Moura, para liberar recursos para prefeituras
indicadas por parlamentares ligados ao chamado
Centrão, de sustentação ao governo Bolsonaro.
Em uma gravação, o ministro Milton Ribeiro, que é
pastor presbiteriano, diz que (o esquema) atende
pedido do presidente Jair Bolsonaro, que estaria
destinando recursos do MEC para a construção de
igrejas.
Ontem, a comunidade científica divulgou cartas
manifestando preocupação, indignação e pedindo a
saída do ministro Ribeiro. “Entendemos que tais
denúncias são suficientes para tornar insustentável
a manutenção do Ministro e seu projeto, considerando
a altivez e robustez que são inerentes à função”,
diz trecho de nota da Associação Nacional de
Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped). E
também de 31 associações e entidades científicas do
setor. Nesse sentido, o documento pede que órgãos e
entidades de controle da Administração Pública
Federal averiguem as “denúncias alarmantes, que
configuram em improbidade administrativa do Ministro
da Educação”.
O conselho diretivo da Campanha Nacional pelo
Direito à Educação, formado por 12 entidades, também
se posicionou com indignação diante do esquema
“informal no MEC, que prioriza, com a liberação de
verbas da educação, prefeituras indicadas por
interlocutores privilegiados, atendendo a pedido
especial do presidente da República desde janeiro de
2021”.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/03/2022 -
Pesquisa Exame/Ideia mostra Lula bem à frente de
Bolsonaro
Levantamento indica retomada de vantagem do
petista sobre o atualmente presidente de extrema
direita,
inclusive vencendo qualquer candidato no 2° turno
A nova pesquisa Exame/Ideia sobre a eleição
presidencial publicada no final da noite desta
quarta-feira (23) mostrou que o ex-presidente Lula
(PT) segue bem à frente do atual mandatário, Jair
Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição.
O petista aparece com 40% das intenções de voto na
sondagem estimulada, contra 29% do presidente de
extrema direita. Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro
(Podemos) surgem empatados na preferência do
eleitorado, com 9% cada, enquanto Eduardo Leite
(PSDB) tem 2%, ficando à frente do ainda companheiro
de legenda João Doria (PSDB), que registrou apenas
1%.
A diferença de Lula para Jair Bolsonaro, de 11%,
parece comprovar que a diminuição da margem entre
eles, registrada em pesquisas do começo do mês,
estancou e tem retomado a tendência de maior
distanciamento a favor do ex-presidente.
Em cenários de 2° turno, o líder de esquerda aparece
vencendo todos os candidatos com significativa
margem. Contra Bolsonaro, Lula venceria por 50% a
37%, enquanto que num embate com Ciro Gomes o placar
ficaria 48% a 30%. Em relação a Sergio Moro, o
antigo mandatário se elegeria com 48% das intenções
de voto, contra 33% do ex-juiz.
O levantamento ouviu 1.500 pessoas por telefone,
entre os dias 18 e 23 de março. A margem de erro da
pesquisa, segundo seus realizadores, é de três
pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: RevistaForum
25/03/2022 -
Sem reposição salarial há 5 anos, servidores do INSS
estão em greve
A greve conta com a adesão de pelo menos 15
estados, segundo a Federação Nacional dos Sindicatos
de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e
Assistência Social (Fenasps)
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) decidiram entrar em greve por tempo
indeterminado a partir desta quarta-feira (23). Sem
reposição salarial há cinco anos, a categoria tem
como principal reivindicação o reajuste de 19,99% no
salário dos trabalhadores. Os servidores solicitam a
reposição devido às perdas salariais dos últimos
três anos.
A greve conta com a adesão de pelo menos 15 estados,
segundo a Federação Nacional dos Sindicatos de
Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e
Assistência Social (Fenasps) – entidade que cuida
dos sindicatos dos servidores do INSS.
Sem sucesso, os trabalhadores do seguro social
(INSS) e seguridade social (carreira da Previdência,
Saúde e Trabalho) tentam há quatro anos diálogo com
o governo. Na terça-feira (22), a Fenasps e o Fórum
das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos
Federais (Fonasefe) foram chamados, “de última
hora”, para uma reunião na Secretaria de Gestão e
Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia.
As entidades representativas afirmaram que não
aceitarão tratamento diferenciado por parte do
governo em relação às demandas dos servidores, e que
a prioridade é discutir e esgotar a pauta do
reajuste emergencial e nos cálculos apresentados
pelos técnicos das entidades – de que houve redução
nos gastos com a folha de pagamento.
A paralisação ocorre nos estados da Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Maranhão, Minas
Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Piauí, Santa
Catarina, São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio
Grande do Sul. O movimento deve ganhar maior adesão
no decorrer da semana.
Fonte: Reconta Aí com informações da FENASPS
25/03/2022 -
58% dos profissionais do país consideram adotar
trabalho híbrido ou remoto
Pesquisa realizada pela Microsoft com 31 mil pessoas
em 31 países mostra que a visão dos trabalhadores
sobre os moldes de trabalho tradicionais mudou ao
longo da epidemia da Covid-19 no Brasil e no mundo.
De acordo com o estudo, 58% dos profissionais
brasileiros consideram mudar para o formato híbrido
ou totalmente remoto ao longo de 2022.
Denominado "Grandes Expectativas — Permitindo que o
Trabalho Híbrido Funcione", o levantamento aponta
também que, no mundo todo, 57% dos profissionais que
atuam em diversas áreas têm a intenção de mudar para
o trabalho híbrido, enquanto 51% daqueles que já
atuam de forma híbrida expressam desejo de mudar
para o regime remoto.
Além disso, para 53% dos entrevistados, o bem-estar
e a saúde passaram a ser fatores mais importantes do
que o trabalho na comparação com os tempos
pré-pandemia. No Brasil, em particular, a
importância dada e esses dois fatores foi uma das
maiores, com um índice de 71% dos participantes da
pesquisa apontando maior preocupação com ambos do
que em relação ao período anterior ao Covid-19.
O estudo indica ainda que para 38% dos trabalhadores
que aderiram ao trabalho híbrido o maior desafio é
saber quando e por qual motivo se deve comparecer
presencialmente ao local de trabalho.
Diante dessas tendências, muitas empresas que
decidirem manter o trabalho remoto ou híbrido terão
o desafio de criar novos guias e novas práticas
adequadas para esses novos modelos de trabalho.
Co-fundador da startup mywork, que desenvolve
controle de ponto online para pequenas e médias
empresas, Thomas Carlsen avalia que um dos
principais desafios tanto para o empregador quanto
para os profissionais será encontrar o ponto de
equilíbrio entre as vantagens e desvantagens
trazidas pelos novos modelos de trabalho.
"Como manter o bem-estar dos funcionários que
puderam economizar com transporte e alimentação no
trabalho remoto? Como assegurar o engajamento de
empregados que deixaram de ir aos escritórios? O
trabalho híbrido parece uma boa saída para todos,
mas tudo depende de como as empresas abordarão as
novas realidades de trabalho", afirma o executivo.
Fonte: Consultor Jurídico
25/03/2022 -
Paim defende correção dos limites de isenção da
tabela do IR
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, em
pronunciamento nesta quarta-feira (23), a correção
dos limites de isenção da tabela do imposto de renda
e os valores referentes às despesas que podem ser
deduzidas. Segundo ele, a última vez que isso
aconteceu foi em 2015.
Daquele ano até janeiro de 2022, continuou Paulo
Paim, o IPCA foi de 51,6%. Mas conforme cálculos do
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil (Sindifisco) a defasagem da tabela
em vigor é bem maior e alcança 134,52%, informou o
senador.
Segundo Paim, ao não corrigir os limites de isenção
da tabela do imposto de renda, o governo promove um
confisco dos salários dos trabalhadores, reduzindo
ainda mais o poder de compra dessa parcela da
população, que já sofre com a inflação alta.
— Quem recebe R$ 1.903, ou seja, pouco mais de um
salário-mínimo, é tributado pelo imposto de renda.
No caso desse trabalhador, é pior ainda, porque não
mantém seus filhos em escolas particulares, nem
conseguem pagar planos de saúde, despesas que podem
dedutíveis. Assim, quando são tributados, sua
alíquota efetiva é, proporcionalmente, mais alta do
que a de pessoas com renda mais alta — explicou.
Por fim, Paulo Paim defendeu uma reforma do sistema
tributário, para que a cobrança seja progressiva e
mais justa, cobrando mais de quem tem renda mais
elevada.
— Produtos de primeira necessidade não deveriam ser
tributados. No Brasil, os pobres pagam mais impostos
que os ricos. Parece absurdo, mas é verdade. Por
isso, somos o país da maior concentração de renda do
mundo — lamentou.
Fonte: Agência Senado
25/03/2022 -
BC diz que 2022 deve fechar com inflação de 7,1%
O Banco Central (BC) elevou a estimativa de inflação
para este ano. A revisão do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,7%
para 7,1%, ficando acima do centro da meta definida
para 2022: 3,5%. A nova estimativa consta do
Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira
(24), em Brasília, pelo BC e aponta que a
probabilidade de estouro da meta varia de 88% a 97%.
Segundo a publicação, a instituição trabalha com
dois cenários. No primeiro, considerado "de
referência", as projeções de inflação para 2022
ficam em torno de 10,6% nos dois primeiros
trimestres do ano, caindo para 7,1% no fim do ano e
para 3,4% em 2023. Esse cenário tem a probabilidade
de estouro da meta de 97% e prevê que a taxa básica
de juros, a Selic, feche o ano em 12,75%, caindo
para 8,75% ao ano em 2023.
Já o segundo cenário, considerado alternativo, prevê
que a inflação feche 2022 em 6,3%, caindo para 3,1%
em 2023. Esse ambiente considera a hipótese de uma
queda no preço internacional do petróleo, diminuindo
o impacto do produto na alta dos preços no país.
Nesse aspecto, o BC adota a premissa na qual o preço
do petróleo segue aproximadamente a curva futura de
mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$
100 o barril e passando a aumentar 2% ao ano a
partir de janeiro de 2023. A probabilidade de furar
a meta é de 88%.
Fonte: Agência Brasil
25/03/2022 -
Datafolha: Lula vence Bolsonaro no 2º turno por 55%
a 34%
A pesquisa Datafolha, feita nos dias 22 e 23 de
março, e divulgada nesta quinta-feira (24), apontou
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
vence Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, por 55%
a 34%.
No levantamento anterior, em dezembro, o petista
vencia o seu oponente por 59% a 30%.
Segundo a nova pesquisa, Lula ficou em primeiro
lugar, com 43% dos votos, contra 26% de Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
25/03/2022 -
Consumo de bens industriais cai 2,3% em janeiro, diz
Ipea
O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais,
divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), recuou 2,3% em janeiro deste ano,
na comparação com o mês anterior. A queda veio
depois de uma alta de 1,1% em dezembro.
De acordo com o indicador do Ipea, divulgado nesta
quinta-feira (24), a produção brasileira destinada
ao consumo nacional recuou 2,2%. A demanda interna
por bens da indústria de transformação caiu 3,2%,
enquanto o crescimento da extrativa mineral foi de
0,6%.
Apenas três dos 22 segmentos da indústria
pesquisados tiveram aumento no período. O segmento
de outros equipamentos de transporte apresentou o
pior resultado, com recuo de 23,6%. Por outro lado,
o segmento petróleo e derivados foi o destaque
positivo, com alta de 2%.
Já a importação de bens industriais caiu 2,4% de
dezembro para janeiro, segundo a pesquisa divulgada.
O consumo aparente de bens industriais recuou 7,7%
na comparação com janeiro de 2021 e 3,8% no
trimestre encerrado em janeiro de 2022. No acumulado
de 12 meses, no entanto, o indicador apresentou alta
de 6,6%, com crescimentos de 2,7% dos bens nacionais
e de 25,8% de bens importados.
Fonte: Agência Brasil
24/03/2022 -
Alckmin oficializa filiação ao PSB e se encaminha
para ser vice de Lula
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
oficializou sua filiação ao PSB nesta quarta-feira
(23), em Brasília.
A ida de Alckmin ao PSB intensifica as negociações
de formação de chapa do PSB com o ex-presidente Lula
(PT) para a disputa ao Palácio do Planalto deste
ano. O lançamento da chapa deve ocorrer em abril,
porém ainda não há data definida. Ainda há
resistência entre petistas, mas a vontade de Lula
tende a prevalecer.
O evento em Brasília contou com a presença do
presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, do
presidente da Fundação João Mangabeira, Márcio
França, e dos governadores Flávio Dino, do Maranhão,
Paulo Câmara, de Pernambuco, Renato Casagrande, do
Espírito Santo, e João Azevedo, da Paraíba.
Lula não esteve no ato de filiação, mas, dentre os
petistas, estiveram presente a presidente do
partido, Gleisi Hoffmann e os líderes do Senado,
Paulo Rocha, e da Câmara, Reginaldo Lopes.
Em discurso, o presidente da sigla, Carlos Siqueira,
afirmou que a filiação de Alckmin não representa uma
disputa entre a democracia e o arbítrio.
“Se trata de uma disputa entre civilização e
barbárie, entre manter o país em condições
inaceitáveis no âmbito político, econômico e social
ou tirar o país da viela da história”, disse.
Além de Alckmin, também se filiaram ao partido o
vice-governador Carlos Brandão (ex-PSDB), que
disputará o governo do Maranhão, e o senador Dario
Berger (ex-MDB-SC), que deverá concorrer ao governo
de Santa Catarina. Além destes, também foram ao
partido os ex-presidentes do PSDB de São Paulo
Silvio Torres e Pedro Tobias e o ex-deputado
Floriano Pesaro.
Alckmin deixou o PSDB em dezembro, depois de 33
anos. Entre as opções de partido, o ex-governador
conversou também com o Partido Verde, o PSD e o
Solidariedade. O ex-tucano esteve à frente do
governo de São Paulo de 2001 a 2006 e de 2011 a
2018. Foi o político que comandou o governo paulista
por mais tempo desde a redemocratização do Brasil.
Fonte: Congresso em Foco
24/03/2022 -
Conta de luz: povo vai pagar a conta do “apagão de
Bolsonaro”
“Certamente esse empréstimo que o governo
autorizou não será suficiente para bancar esses
custos e tudo isso vai ser repassado para a gente
após as eleições”, diz professor
A conta de luz dos brasileiros vai ficar mais cara.
Na semana passada, a Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) anunciou um novo empréstimo ao
setor elétrico, que será utilizado para cobrir os
custos da energia elétrica do ano passado.
“Parte da conta vai chegar este ano, com o aumento
dos combustíveis – mas boa parte virá após as
eleições. Foram R$ 10,5 bilhões que serão cobrados
dos consumidores a partir de 2023”, afirma o
especialista Pedro Luiz Côrtes, em entrevista ao
Jornal da USP no Ar – 1ª Edição.
Professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e
do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, ele
aponta que a guerra na Ucrânia vai piorar ainda mais
a situação energética do País, já agravada pelo
“apagão” do governo Jair Bolsonaro.
“Como o governo não conseguiu cobrir as despesas dos
custos de geração de energia, devido à crise
hídrica, ele autorizou as empresas a contratarem
empréstimos nos bancos privados, nos bancos públicos
e já deixou claro que quem vai pagar essa conta
serão os consumidores. Isso será repassado em 2023,
após as eleições”, acrescenta o professor. Segundo
ele, “pode ser que a conta não pare por aí”, uma vez
que “o aumento dos combustíveis fósseis vai impactar
nos custos da geração termelétrica”.
O desenrolar da guerra nas últimas semanas está
refletindo na energia do Brasil. “O que a gente tem
são usinas termelétricas movidas a gás e petróleo,
que têm sofrido um aumento significativo em função
da guerra. Então as termelétricas, que já têm um
custo elevado de produção, vão ter ainda um custo
aumentado”, diz ele.
“Certamente esse empréstimo que o governo autorizou
não será suficiente para bancar esses custos e tudo
isso vai ser repassado para a gente após as
eleições”, reforça o professor. “O governo vai
tentar segurar o máximo possível, por questões
eleitorais, mas depois das eleições as bombas
tarifárias vão estourar.”
Cortês atribui parte dos problemas brasileiros à
falta de planejamento do governo Bolsonaro: “Essa
falta de planejamento plantou essas bombas que vão
estourar no orçamento dos consumidores. A primeira
delas é o pagamento dos empréstimos de R$ 10,5
bilhões e a outra é o aumento dos combustíveis
utilizados pelas termelétricas. O que poderia ser
feito: incentivar as usinas, as plantas eólicas e as
usinas solares. Aqui em São Paulo, o movimento de
placas solares triplicou no último ano, ou seja,
quem pode está buscando soluções para evitar
instabilidade no preço da energia elétrica”.
Com informações do Jornal da USP
Fonte: Portal Vermelho
24/03/2022 -
Confiança da indústria cai em 22 dos 29 setores, diz
CNI
A confiança da indústria caiu em 22 dos 29 setores
em março, informou nesta quarta-feira (23) a
Confederação Nacional da Indústria (CNI). A queda no
Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei),
na comparação com o mês de fevereiro, teve como
motivo principal a piora na percepção do
empresariado do momento atual da economia e do setor
industrial. Apesar da queda, o índice de todos os
setores permaneceu acima da marca 50 pontos que
separa a confiança da falta de confiança.
O maior recuo da confiança ocorreu na indústria de
transformação, no segmento de máquinas, aparelhos e
materiais elétricos. O Icei do setor passou de 58,7
pontos em fevereiro para 53,3 pontos em março.
Além desse segmento, outras reduções expressivas de
confiança foram registradas, entre fevereiro e
março, nos segmentos automotivo (59,8 pontos para
55,8 pontos), metalurgia (57,5 pontos para 53,8
pontos), biocombustíveis (59,3 pontos para 55,9
pontos) e produtos de metal (59,9 pontos para 56,5
pontos).
O levantamento apontou ainda que, em março, os
setores menos confiantes foram o de obras de
infraestrutura e móveis, ambos com o Icei ficando em
52,6 pontos; produtos têxteis (53); máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (53,3) e produtos de
limpeza, perfumaria e higiene pessoal (HPPC), cujo
Icei ficou em 53,4.
Já os setores cuja confiança se mostrou mais forte
foram o de produto diversos, cujo Icei ficou em 60,7
pontos; calçados e suas partes (58,8); produtos
farmoquímicos e farmacêuticos 58,8; confecção de
artigos do vestuário e acessórios (58,2) e produtos
de madeira (58,1).
A CNI disse ainda que apenas seis de 29 setores
avaliam positivamente as condições atuais das
empresas e da economia brasileira na comparação com
os últimos seis meses: couro, produtos
farmacêuticos, máquinas e equipamentos, outros
equipamentos de transportes, produtos diversos e
biocombustíveis.
Para os próximos seis meses, a confederação disse
que as expectativas permanecem otimistas para os 29
setores analisados.
Fonte: Agência Brasil
24/03/2022 -
"Estou de alma lavada", disse Lula a Zanin após
saber da condenação de Dallagnol
Ex-procurador terá de indenizá-lo em R$ 75 mil
por abuso de poder na Lava Jato
"Estou de alma lavada", disse o ex-presidente Lula
(PT) sobre a condenação do ex-chefe da Lava Jato
Deltan Dallagnol. A fala foi dirigida a seu advogado
Cristiano Zanin Martins, com quem conversou por
telefone na presença de aliados, segundo relata Bela
Megale, no Globo.
"O STJ determinou a multa de R$ 75 mil. Nas contas
do ministro relator do caso, Luis Felipe Salomão, a
soma deverá ultrapassar a cifra de R$ 100 mil,
quando houver a aplicação da atualização monetária e
dos juros", acrescenta a jornalista.
Dallagnol foi condenado por danos morais no caso do
PowerPoint apresentado pelo ex-procurador à imprensa
em 2016. No material, Dallagnol apontava, sem
provas, Lula como chefe de uma suposta organização
criminosa. "Usou expressões desabonadoras da honra e
imagem, e a meu ver não técnicas, como aquelas
apresentadas na própria denúncia", disse o ministro
do STJ, Luís Felipe Salomão."O STJ determinou a
multa de R$ 75 mil. Nas contas do ministro relator
do caso, Luis Felipe Salomão, a soma deverá
ultrapassar a cifra de R$ 100 mil, quando houver a
aplicação da atualização monetária e dos juros",
acrescenta a jornalista.
Fonte: Brasil247
24/03/2022 -
Câmara aprova urgência para piso salarial da
enfermagem
Deputados vão analisar mérito da proposta só em
abril
A Câmara dos Deputados aprovou, por 458 votos a 10,
o requerimento de urgência para o Projeto de Lei
2564/20, do Senado, que fixa o piso salarial
nacional para as carreiras de enfermagem
(enfermeiro, técnico e auxiliar) e da parteira.
O compromisso dos partidos, definido na última
reunião de líderes, é de votar a urgência para
ampliar o debate em torno do tema junto aos
governadores e prefeitos em razão do impacto
orçamentário da proposta. Coordenadora do grupo de
trabalho que analisou o impacto orçamentário da
proposta, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC)
explicou que o mérito do projeto deve ser votado em
em até cinco semanas. “Nesse período de até 5
semanas nós vamos buscar outras fontes de
financiamento, e deliberar os projetos que já estão
aqui na Casa que apontam formas de financiamento ou
de busca de recursos financeiros para fazer frente a
essa demanda”, afirmou.
Conforme o projeto, o valor mínimo inicial para os
enfermeiros será de R$ 4.750, a ser pago
nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e
privados. O mérito do texto será analisado apenas em
abril.
Fonte: Agência Câmara
24/03/2022 -
Analistas e sindicalistas questionam venda de
refinaria da Petrobras no AM
Representantes de sindicatos e analistas convidados
pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
criticaram o processo de privatização da Refinaria
Isaac Sabbá (Reman), em Manaus (AM), e de seus
ativos logísticos. O assunto foi debatido em
audiência pública nesta quarta-feira (23), a pedido
do senador Plínio Valério (PSDB-AM).
Eles alegam que o complexo industrial foi avaliado
por um preço abaixo do valor de mercado e acreditam
que a geração de emprego e renda no estado será
prejudicada. Para os debatedores, ao contrário do
que diz a estatal, não haverá aumento da
concorrência, mas um monopólio privado, e o preço
dos derivados lá produzidos pode aumentar.
Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Jean Paul Prates
(PT-RN) apoiaram parte das críticas e também
questionaram a negociação. Para Jean Paul, a lógica
da Petrobras mudou completamente após o governo
Michel Temer, e a companhia não é mais uma
estatal encarregada de abastecer o país da melhor
forma possível e com menos custo à sociedade
brasileira.
— Venderam toda a logística de gás, depois a BR
Distribuidora. Ora, lucrar assim eu também lucro
[...] Eles anunciam lucros oportunistas em cima da
mera venda de ativos. Estamos sendo enganados o
tempo todo com essa conversa. Vendem terminais,
postos de gasolina, refinarias... Claro que há
lucro, mas fugaz e enganoso, que vai levar a empresa
virar uma empresa microscópica.
Jean Paul ainda fez duras críticas ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que,
segundo ele, foi omisso e conivente em relação aos
processos de venda de refinarias pela Petrobras.
— Não disse isso até hoje, mas tenho que dizer. O
Cade é conivente, omisso e se acovardou. Não
investigou mercado nenhum; não emitiu um relatório
sequer provando que a Petrobras é dominante em
qualquer mercado de refino de qualquer produto —
disse.
Omar Aziz, por sua vez, relatou que, quando foi
governador do Amazonas, pediu insistentemente à
estatal, presidida na época por Graça Foster, que
investisse na unidade industrial. O parlamentar
ainda se colocou à disposição dos sindicalistas, mas
chamou a atenção para o fato de que não dá pra
culpar quem compra, pois a empresa está no mercado
e, se lhe oferecerem algo atrativo, ela tem o
direito de comprar.
— Quando fui governador, cansei de pedir à Petrobras
que fizesse investimento para melhoria na planta. Há
muitos anos a companhia não investe, e nós sabemos
que no Amazonas tem petróleo e gás [...] A
responsabilidade não é da empresa que compra, é de
quem vende. O debate não pode ser baseado na empresa
compradora, mas na política que o Brasil tem hoje
nessa questão — argumentou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
24/03/2022 -
Golpistas usam assistente virtual do INSS para obter
dados de cidadãos
Novo golpe na praça. Golpistas estão se passando por
uma suposta “central de atendimento” e se
aproveitando da imagem da Helô, assistente virtual
do INSS, para tentar obter dados pessoais dos
beneficiários. As abordagens têm ocorrido por
mensagem de celular (WhatsApp).
Os criminosos têm algumas informações dos segurados
e ainda fornecem número de protocolo para passarem
credibilidade e obterem mais dados.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) orienta
a todos para que, caso recebam esse tipo de contato,
bloqueiem imediatamente e não forneçam nenhuma
informação como dados pessoais, fotos ou documentos.
A Helô é um plantão de dúvidas que pode ser acessada
apenas pelo Meu INSS e nunca busca o segurado pelo
WhatsApp para “conversar”.
Para evitar cair nesse tipo de golpe, é importante
manter sempre atualizados os seus dados de contato,
como telefone, e-mail e endereço. Isso deve ser
feito pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.
Fonte: Agência Brasil
23/03/2022 -
Os trabalhadores ainda não conquistaram sua
independência
Você pode pegar uma lupa e analisar quadros e
pinturas da Proclamação da Independência: não
encontrará nenhum trabalhador. Estão lá membros da
corte, serviçais e escravos. Nenhum era remunerado.
Claro, naquele período ainda não havia o trabalho
formal.
A classe trabalhadora nasceu e se desenvolveu
durante estes 200 anos de Independência a partir da
crise da economia escravista e da emergência do
regime assalariado. Apesar de tudo o que fez para a
construção do Brasil independente, não foi
reconhecida.
Na esteira da industrialização, contribuíram para o
desenvolvimento social, tecnológico e econômico, mas
não conseguiram usufruir desses benefícios nem
conquistar sua própria independência. Os
trabalhadores não têm o que comemorar.
Neste ano, as solenidades dos 200 anos da
Independência serão abertas pelo príncipe Bertrand
de Orleans e Bragança, herdeiro da família real, em
mais uma festa das elites. Mas aqui vai uma boa
notícia: pela primeira vez, os trabalhadores serão
homenageados em uma exposição do artista popular
Eduardo Kobra, que pintará 30 quadros de
profissionais de várias categorias. As telas serão
expostas na avenida Paulista, durante o mês de maio,
na 8ª exposição da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), evento já tradicional em São Paulo.
Três séculos e meio de escravidão tiveram um impacto
profundo na cultura, na sociedade e no nosso sistema
político. O Brasil trouxe 5 milhões de africanos
para cá. Foi o último país do Novo Mundo a abolir o
cativeiro, em 1888, por meio da Lei Áurea. Os
movimentos sociais (os trabalhadores), até o fim da
República Velha (1889-1930), eram considerados
“casos de polícia”. Com a chegada de Getúlio Vargas
(1930-1945; 1951-54), anarquistas e imigrantes
europeus já agitavam o mundo do trabalho com greves,
como a de 1917, que resultou em cerca de 200 mortos.
O governo criou uma legislação trabalhista, que
protegeu os trabalhadores, mas deixou suas entidades
ligadas ao Estado.
No golpe militar de 1964, os trabalhadores foram
massacrados, muitos sindicatos, fechados, e mais de
400 sindicalistas, presos. O salário mínimo foi
congelado, aumentando ainda mais a desigualdade. Com
a eleição de Lula (PT), em 2003, os trabalhadores
tiveram uma grande chance de fazer uma reforma
trabalhista adequada, mas as condições políticas não
despertaram essa possibilidade.
Vieram Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), e
os trabalhadores foram jogados ao lixo da história.
O então deputado tucano Rogério Marinho acabou com a
CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Os
trabalhadores perderam todos os seus direitos. Temer
disse que seriam criados mais empregos. Nada disso
aconteceu. Rodrigo Maia (sem partido-RJ),
ex-presidente da Câmara que liderou as reformas
trabalhistas, faz mea-culpa e afirma que os
“sindicatos são fundamentais para defender o
trabalhador e a democracia”.
Temer e Bolsonaro aumentaram a fome, a desigualdade,
a informalidade e enfraqueceram a democracia. Os
trabalhadores sabem que têm de batalhar por sua
independência, com cursos de qualificação
profissional para enfrentar a revolução 4.0 e o 5G.
Sem a valorização dos trabalhadores, o Brasil não
será independente!
Fonte: Agência Sindical
23/03/2022 -
Parlamentares acionam TCU e MPF contra Bolsonaro,
Ribeiro e pastores
Deputados também apresentaram requerimento de
convocação para o ministro da Educação se explicar
no plenário da Câmara
Metrópoles - Parlamentares entraram, nesta
terça-feira (22/3), com representação na
Procuradoria-Geral da República pedindo investigação
contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por
suspeita de prática dos crimes de responsabilidade e
de improbidade administrativa. Em áudios sobre o
papel de pastores na destinação de verbas da pasta,
revelados pela Folha de S.Paulo, Ribeiro confirma o
direcionamento e afirma que faz isso a pedido do
presidente Jair Bolsonaro (PL).
A bancada do PSol na Câmara protocolou representação
no Tribunal de Contas da União (TCU) e Procuradoria
Federal dos Direitos do Cidadão contra Bolsonaro,
Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura,
que seriam priorizados com liberação de verbas a
“pedido especial” do presidente. O partido quer que
os órgãos apurem indícios de crimes de
responsabilidade e improbidade administrativa.
Fonte: Brasil247
23/03/2022 -
Reforma tributária deve ser votada na CCJ nesta
quarta-feira
A reforma tributária (PEC 110/2019) pode ser votada
na quarta-feira na Comissão de Constituição e
Justiça. Senadores ainda se mostram preocupados com
a perda de arrecadação de estados e com setores
sensíveis, como saúde, educação, transporte,
cooperativas e produtos essenciais — entre eles, a
cesta básica e o gás de cozinha. Em outras
comissões, os senadores vão discutir temas como
segurança hídrica, mudanças climáticas e socorro às
vítimas de desastres naturais, além da venda de uma
refinaria da Petrobras no Amazonas.
Fonte: Agência Senado
23/03/2022 -
CAE vai debater critérios para aposentadoria
especial por periculosidade
A pedido do senador Paulo Paim (PT-RS), a Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) vai debater em
audiência pública os critérios para acesso à
aposentadoria especial para quem trabalha em
atividades perigosas. A regulamentação fazia parte
das discussões da última reforma da Previdência, em
2019, mas acabou adiada para não inviabilizar a
promulgação da Emenda à Constituição. O autor do
projeto (PLP 245/2019), senador Eduardo Braga (MDB-AM),
apoia a retomada da discussão, mas pede a sua
imediata votação.
Fonte: Agência Senado
23/03/2022 -
Mercado aumenta projeção da inflação para 6,59% este
ano
O mercado financeiro aumentou pela décima vez
consecutiva a previsão de inflação para este ano.
Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada segunda
(21) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em
6,59%. Há uma semana, a projeção do mercado era de
que a inflação este ano ficasse em 6,45%%. Há quatro
semanas, a previsão era de 5,56%.
Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a
projeção de cerca de 100 instituições do mercado
para os principais indicadores econômicos do país.
Para 2023, o mercado também aumentou a projeção da
variação do IPCA. Com isso, a projeção desta semana
aponta uma inflação de 3,75% ante os 3,71%
projetados na semana passada. Há quatro semanas, a
projeção era de uma inflação de 3,5% no próximo ano.
Para 2024, o mercado manteve a estimativa da semana
passada que projetou uma inflação de 3,15%.
PIB
Na projeção desta semana, o Focus também elevou a
previsão do PIB registrada há sete dias. A nova
projeção é de PIB de 0,50%, em 2022, ante o 0,49%
previsto na semana passada.
Para 2023, entretanto, o boletim Focus registrou uma
redução na expectativa de crescimento em relação ao
apontado na semana passada, passando de 1,43% para
1,3%. Há quatro semanas, a previsão era de que o PIB
crescesse 1,5%. Para 2024, a projeção ficou estável,
em 2%.
Taxa de juros e câmbio
O mercado também projetou alta para a taxa básica de
juros, a Selic, para 2022. Na projeção divulgada
nesta segunda-feira, a Selic deve ficar em 13%, ante
os 12,75% ao ano da semana passada.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária
(Copom) elevou a taxa Selic, de 10,75% para 11,75%
ao ano para conter a alta nos preços.
Para o fim de 2023, a estimativa do mercado para a
Selic também aumentou. A nova projeção é que a taxa
básica fique em 9% ao ano, ante os 8,75% ao ano da
semana passada. Para 2024, a previsão da Selic se
manteve estável em relação à semana passada, ficando
em 7,50% ao ano.
No que diz respeito ao câmbio, a expectativa do
mercado para a cotação do dólar em 2022 ficou em R$
5,30, a mesma da semana passada.
Para o próximo ano, a previsão do mercado foi de uma
ligeira alta em relação ao projetado na semana
anterior. Com isso, a projeção passou de R$ 5,21
para R$ 5,22, esta semana. Para 2024, a estimativa
para a cotação da moeda americana ficou em R$ 5,20.
Fonte: Agência Brasil
23/03/2022 -
Juíza manda INSS analisar pedido de 'revisão da vida
toda' parado há 2 anos
Devido à extrapolação do prazo dentro do qual a
administração previdenciária é obrigada a decidir, a
18ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou em
liminar que o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) analise e julgue um pedido de "revisão da
vida toda" em até 30 dias. O período não inclui
eventuais providências a serem tomadas pelo autor.
Em dezembro de 2019, o segurado apresentou o pedido
de revisão da sua aposentadoria por tempo de
contribuição. O intuito era usar a média de todos
os salários de contribuição para a revisão do
benefício, com base no artigo 29 da Lei 8.213/1991,
em vez da regra de transição da Lei 9.876/1999 que
desconsiderou, para o cálculo da aposentadoria, os
valores recebidos antes de julho de 1994.
Com a demora de mais de dois anos para análise do
pedido na esfera administrativa, o segurado acionou
a Justiça. Ele foi representado pela advogada Maria
Emilia Santos Florim, do escritório Neves Bezerra
Sociedade de Advocacia.
"Ainda que se considerem as peculiaridades da
autarquia previdenciária, com grande demanda de
requerimentos de naturezas diversas para análise, a
conclusão dos processos administrativos deve ocorrer
dentro de limites de razoabilidade", destacou a
juíza Rosângela Lúcia Martins na decisão.
A magistrada lembrou que o acordo firmado entre a
Procuradoria-Geral da República e o INSS, mais tarde
homologado pelo Supremo Tribunal Federal,
estabeleceu um prazo de 90 dias para análise do
requerimento em questão — o que não foi cumprido no
caso em análise.
A juíza Rosângela Martins ainda ressaltou que "a
demora injustificada da autarquia em proferir
decisão enseja a demora na percepção de valores de
natureza alimentar". 5014981-08.2022.4.02.5101
Fonte: Consultor Jurídico
22/03/2022 -
Nova Central reforça teor trabalhista na Conclat
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) já
definiu o conjunto de propostas que apresentará às
demais Centrais Sindicais, com vistas a formatar a
Pauta Unitária da Classe Trabalhadora, a ser
aprovada pela Conclat, dia 7 de abril.
O documento da Nova Central, afora o encaminhamento
ao Grupo de Trabalho organizador da terceira
Conferência, será depois também apresentado aos
candidatos à Presidência da República. A Central já
reuniu seu Conselho pra debater a participação.
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da Central,
afirma: “Nosso objetivo é fazer com que os
candidatos se sensibilizem e agreguem a questão
trabalhista às suas plataformas eleitorais e de
governo”. Portanto, explica, há ali pontos
emergenciais e questões que exigem políticas
permanentes por parte do Estado.
A plenária presencial da Conclat deverá contar com
uma representação entre 40 e 50 pessoas ligadas à
Nova Central. Oswaldo aponta que o deslocamento de
mais pessoas, a grandes distâncias, exigiria
despesas que as entidades de base não teriam
condições de bancar.
Transmissão – O evento presencial em SP, dia
7, terá transmissão ao vivo pela internet, através
das redes sociais das Centrais e outras entidades
partícipes. Também passará na TVT.
Fonte: Agência Sindical
22/03/2022 -
Salários continuam perdendo para a inflação: seis de
cada 10 acordos ficam abaixo do INPC. E situação vai
piorar
Dieese alerta para o impacto da guerra sobre
preços de combustíveis e alimentos
Os acordos salariais têm mantido a tendência de
ficar abaixo da inflação, que por sua vez segue sua
trajetória de alta. De 119 reajustes com data-base
em fevereiro analisados pelo Dieese, 60,5% ficaram
abaixo da variação acumulada do INPC-IBGE. Segundo
os dados, preliminares, outros 15,1% tiveram índice
equivalente ao da inflação e 24,4% conseguiram
aumento real.
Já a variação real (média dos reajustes após
descontada a inflação) segue negativa. Em fevereiro,
ficou em -0,98%.
O Dieese aponta um “agravamento do quadro” após
ligeira melhora em janeiro. O reajuste necessário
para acordos com data-base em março subiu para
10,80%, ante 10,60% no mês anterior e 10,16% no
primeiro mês de 2022. “A situação tende a piorar nos
próximos meses, em função do impacto da guerra na
Ucrânia sobre o preço dos combustíveis e da
alimentação”, alerta o instituto.
Pisos superam salário mínimo em 13%
No total do primeiro bimestre, os resultados mostram
algum equilíbrio. São 37% dos reajustes abaixo do
INPC, 32% acima e 31% equivalentes à inflação. A
variação média também é negativa: -0,48%.
A situação é um pouco melhor na indústria, setor em
que 39% dos reajustes no bimestre tiveram ganho real
e 34% empataram com a inflação. Nos serviços, os
aumentos reais contemplaram 30%, enquanto 43%
ficaram abaixo do INPC. No comércio, metade dos
acordos equivaleram à inflação.
O valor médio dos pisos salariais registrados em
acordos coletivos fica, até agora, em R$ 1.370,84.
Ou 13,1% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.212).
Confira aqui a íntegra do boletim do Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/03/2022 -
Lula vence todos adversários e Bolsonaro perde em
qualquer cenário no segundo turno, mostra pesquisa
BTG Pactual
Segundo levantamento, 71% dos entrevistados dizem
que decisão sobre o voto está tomada
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é
favorito para vencer a eleição presencial contra
todos os adversários, enquanto Jair Bolsonaro (PL) é
derrotado em todos os cenários simulados no segundo
turno pela pesquisa FSB, contratada pelo BTG
Pactual, divulgada nesta segunda-feira (21). De
acordo com a pesquisa, numa simulação de primeiro
turno, Lula teria 43% dos votos, ante 29% de
Bolsonaro. Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT)
com 9%, Sergio Moro (Podemos), com 8%, enquanto João
Doria (PSDB), André Janones (Avante) e Eduardo Leite
(PSDB) ficam com 2% cada e Simone Tebet (MDB) tem
1%. Na pesquisa espontânea, Lula soma 38%, ante 27%
de Bolsonaro.
No segundo turno, Bolsonaro perde para todos os
adversários, segundo a pesquisa da BTG Pactual.
Contra Lula, o atual presidente teria 35% e o
petista, 54%. Na simulação, o candidato do PT vence
todos os adversários.
Bolsonaro rejeitado
O levantamento ainda revela que 71% dos eleitores
disseram que a decisão sobre o voto está tomada e
não vão mudar. Outros 28% dizem que mudariam e 2%
não sabem. A certeza do voto é de 83% entre
bolsonaristas e 80% entre lulistas.
A pesquisa mostra também que, entre os eleitores
Lula e também da chamada “terceira via”, 61%
disseram que mudariam o voto para vencer Bolsonaro
nas eleições. A simulação eleitoral mostra que 59%
dos eleitores dizem que “não votariam de jeito
nenhum” no atual presidente da República – a maior
rejeição entre todos os concorrentes.
Ao questionar os entrevistados sobre a avaliação do
governo, 53% consideram ruim/péssimo. Outros 17%
disseram ser regular e apenas 29% avaliam como bom
ou ótimo. Além disso, 61% desaprovam a forma como
Bolsonaro governa o país.
O instituto informa ter ouvido 2 mil pessoas de
sexta (18) a domingo (20). A margem de erro é de 2
pontos percentuais, com intervalo de confiança de
95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) sob o número BR-09630/2022.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/03/2022 -
Bolsonaro sinaliza que terá Braga Netto como seu
vice nas eleições de outubro
Jair Bolsonaro sinalizou que deverá indicar o
ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para
ser o seu candidato a vice na eleição presidencial
deste ano. Em entrevista à Jovem Pan, nesta
segunda-feira (21), ao ser questionado se poderia
confirmar Braga Netto como vice, Bolsonaro respondeu
que iria “dar mais uma dica: é nascido em Belo
Horizonte. E fez colégio militar”. Braga Netto
nasceu em 11 de março de 1957, em Belo Horizonte e
se formou no no curso de cavalaria da Academia
Militar das Agulhas Negras (AMAN), em 1978.
Ele também enviou um recado ao ex-ministro do meio
Ambiente Ricardo Salles ao apontar que ele poderá
ser o candidato a vice numa chapa encabeçada pelo
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, na
disputa pelo governo de São Paulo. “Salles, [você]
está aberto ao Senado e a vice em São Paulo, ok?”,
disse Bolsonaro.
Os ministros que pretendem disputar o pleito de
outubro devem deixar os cargos que ocupam até o dia
2 de abril. De acordo com o jornal O Globo,
Bolsonaro teria definido que as saídas devem
acontecer dois dias antes, no dia 31 de março. “A
expectativa é que Braga Netto deixe o cargo para
ficar à disposição do presidente, apesar da
oficialização do vice só ocorrer nas convenções
partidárias”, destaca a reportagem.
Fonte: Brasil247
22/03/2022 -
Servidores do INSS entram em greve geral por tempo
indeterminado
Entre as reivindicações, os servidores pedem que
o governo Jair Bolsonaro (PL) atenda a reivindicação
de reajuste emergencial de 19,99%, referente às
perdas salariais dos últimos três anos
Servidores do Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS) vão iniciar uma greve geral por tempo
indeterminado na próxima quarta-feira (23). A
decisão foi tomada em plenária da Federação Nacional
de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e
Assistência Social (Fenaspas) no dia 5.
A Federação diz que segue orientação do Fórum das
Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais
(Fonasefe), que mobiliza por uma greve geral dos
funcionários da união para que o governo Jair
Bolsonaro (PL) atenda a reivindicação de reajuste
emergencial de 19,99%, referente às perdas salariais
dos últimos três anos.
Os servidores pedem ainda o arquivamento da PEC 32 -
a chamada “reforma administrativa” - e a revogação
da Emenda Constitucional 95/2016, sobre o “teto de
gastos”.
A nova paralisação dos servidores do Instituto pode
atrasar o ritmo de atendimento dos cidadãos.
O número de pessoas que estão na fila de espera por
atendimentos para a realização de perícia médica
subiu de pouco mais de 635 mil para 828 mil em um
intervalo de um ano entre os meses de março de 2021
e de 2022. A tendência é que esse número cresça mais
uma vez com essa nova paralisação.
Segundo números do próprio INSS, o tempo médio de
espera para ser atendido em uma perícia médica para
concessão de benefícios é de 69 dias. Agora, a
possibilidade de aumento desse período médio também
existe.
Fonte: RevistaForum
22/03/2022 -
Justiça volta a determinar que a Vale retire
trabalhadores de área de risco em barragem no Pará
Juíza do Trabalho constatou que muitos
funcionários não saberiam como proceder ou para onde
ir em caso de emergência,
o que poderia resultar em mortes
A Justiça do Trabalho no Pará concedeu nova liminar,
em primeira instância, determinando que a Vale
retire funcionários de uma área de risco em
barragem, desta vez a Pera Jusante, no município de
Parauapebas. A chamada Zona de Autossalvamento (ZAS)
tem 359 empregados.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) lembra que a
área fica abaixo do nível da barragem, e não haveria
“tempo suficiente para socorro em caso de
inundação”. No último dia 12, a Procuradoria já
havia obtido uma limitar que determinou (à Vale e à
Salobo Metais) a retirada de mais de 1.400
trabalhadores de área de risco próxima à barragem
Mirim, na mina Salobo, em Marabá.
Desnorteados
A decisão liminar da última sexta (18), referente a
Pera Jusante, foi da juíza Suzana Carvalho dos
Santos, da 2ª Vara do Trabalho de Parauapebas.
Segundo ela, inspeção no local feita em novembro
pelo MPT demonstrou que muitos trabalhadores não
saberiam como proceder ou para onde ir em caso de
emergência. Assim, conclui, “muito mais desnorteados
ficariam em uma situação de perigo real – fato que,
infelizmente, resultaria potencialmente na morte de
vários desses trabalhadores”.
O Ministério Público sustenta que o número de
empregados na ZAS deve ser o estritamente necessário
para operação e manutenção, conforme a Lei 12.334,
de 2010, que estabeleceu a Política Nacional de
Segurança de Barragens (PNSB).
Fonte: Rede Brasil Atual
21/03/2022 -
Informalidade cresce 20% em um ano e segura taxa de
desemprego, mas queda na renda é brusca
País tem 12 milhões de desempregados, 38 milhões
de informais e renda 10% menor
A taxa de desemprego no país foi a 11,2% no
trimestre encerrado em janeiro, menos do que em
outubro (12,1%) e do que há um ano (14,5%). Segundo
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (18),
o número de desempregados é estimado em 12,048
milhões, queda de 6,6% no trimestre e de 18,3% em um
ano. Mas, em boa medida, isso se deve ao crescimento
das ocupações informais e, em consequência, à queda
expressiva da renda: o trabalhador perde quase 10%
em um ano.
De acordo com a pesquisa, o total de ocupados agora
chega a 95,428 milhões. O crescimento é de 1,6% no
trimestre e de 9,4% em 12 meses, com 8,2 milhões de
pessoas a mais no mercado. O nível de ocupação
(pessoas ocupadas em relação à população em idade de
trabalhar) subiu para 55,3%.
Sem carteira cresce o dobro
As diferenças se notam pelo tipo de ocupação. Estimado
em 34,556 milhões, o número de empregados com
carteira no setor privado sobe 2% no trimestre e
9,3% em um ano (acréscimo de 2,9 milhões). Mas o
total de empregados sem carteira assinada (12,383
milhões) cresce duas vezes mais: 3,6% e 19,8% (mais
2 milhões), respectivamente. Isso acontece também os
trabalhadores por conta própria (25,576 milhões):
estabilidade no trimestre e alta de 10,3% (2,4
milhões) em 12 meses. Também em um ano, o número de
trabalhadores domésticos (estimado em 5,621
milhões), setor com mais informalidade e menos
renda, sobe 19,9%.
Com isso, a taxa de informalidade segue elevada – e
corresponde a 40,4% dos ocupados, ou 38,5 milhões.
Perto do registrado no trimestre anterior (40,7%) e
bem acima de igual período de um ano atrás (39,2%).
Renda cai para todos
Os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de
trabalhar mais, são 27,758 milhões, com queda de
15,5% em um ano. A taxa de subutilização caiu para
23,9%. Já os desalentados somam agora 4,754 milhões,
-18,7% na comparação anual.
Estimado em R$ 2.489, o rendimento médio caiu 1,1%
no trimestre e 9,7% em um ano. Ainda no acumulado em
12 meses, queda tanto para o com carteira (-7,1%)
como para o sem (-9,1%). Assim como ocupações de
menor renda, como trabalhador doméstico (-3,1%) e
por conta própria (-2,7%). Mas cai fortemente também
no setor industrial (-14,5%) e no comércio (-6%), um
dos principais responsáveis pela recuperação de
empregos. A massa de rendimentos (R$ 232,594
bilhões) ficou estável.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/03/2022 -
Medida provisória autoriza saque extraordinário de
R$ 1.000 do FGTS
O governo afirma que a medida pode movimentar até
R$ 30 bilhões, beneficiando 40 milhões de
trabalhadores
O Poder Executivo editou a Medida Provisória
1105/22, que autoriza o saque extraordinário do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no
valor de até R$ 1 mil por trabalhador. A retirada
poderá ser realizada até 15 de dezembro de 2022.
O pagamento será feito pela Caixa Econômica Federal,
conforme cronograma divulgado pelo banco, começando
no dia 20 de abril. O trabalhador pode pedir o
crédito automático em conta poupança existente na
Caixa ou em conta do tipo poupança social digital.
O valor de R$ 1.000 é o limite máximo para o
resgate. Se o trabalhador tiver um saldo menor na
conta vinculada, o saque será no montante
disponível. Os valores que estiverem bloqueados não
ficarão disponíveis para o saque extraordinário.
As demais regras de movimentação dos recursos do
FGTS estão mantidas, como demissão sem justa causa,
aposentadoria e aquisição de imóvel.
A MP 1105/22 foi publicada nesta sexta-feira (18) no
Diário Oficial da União.
Segundo o governo, os saques não comprometerão
financeiramente o FGTS, pois estão preservados o
orçamento do fundo e das operações de financiamento
aos setores de habitação, saneamento e
infraestrutura.
O governo alega ainda que a medida pode movimentar
até R$ 30 bilhões, beneficiando 40 milhões de
trabalhadores.
Tramitação
A MP 1105/22 será analisada nos plenários da Câmara
dos Deputados e do Senado.
Fonte: Agência Câmara
21/03/2022 -
Lira institui grupo de trabalho para discutir
semipresidencialismo
Um conselho consultivo coordenado pelo
ex-ministro do STF Nelson Jobim irá assessorar o GT
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
instituiu um grupo de trabalho (GT) para debater
temas relacionados ao semipresidencialismo – sistema
de governo no qual o presidente da República
compartilha o poder com um primeiro-ministro, eleito
pelo Congresso Nacional.
O grupo será coordenado pelo deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP) e terá 120 dias para concluir os
trabalhos. Além de Moreira, outros nove deputados
participarão do colegiado.
Um conselho consultivo, coordenado pelo ex-ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, irá
assessorar o GT. O ex-presidente Michel Temer e a
ex-ministra Ellen Gracie são alguns dos dez membros
do conselho que deverá auxiliar o GT.
Já no ano passado, Lira defendeu a necessidade de
adotar o sistema para enfrentar crises políticas.
Fonte: Agência Câmara
21/03/2022 -
Aposentados e pensionistas: 13º salário terá será
antecipado em abril e maio
Com 13º salário antecipado, governo traz
tradicional injeção de recursos da economia do final
de ano para o primeiro semestre
O governo federal determinou antecipação do
pagamento do 13º salário dos aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) em 2022. A medida foi anunciada na quinta
(17). O valor da primeira parcela será liberado ao
beneficiário no pagamento de abril, creditado na
conta entre 25 de abril e 6 de maio. Já a segunda
parcela será junto com o pagamento de maio, caindo
na conta entre 25 de maio e 7 de junho. O calendário
segue o número final do benefício do cidadão, de
acordo com o INSS.
O primeiro pagamento corresponde a 50% do valor do
benefício, sem nenhum desconto. Entretanto, a
segunda parcela poderá ter desconto do imposto de
renda, de acordo com tabela da Receita Federal.
Além dos aposentados e pensionistas, outros
beneficiários do INSS também vão receber o pagamento
do 13º salário antecipado. São pessoas que recebem
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente,
auxílio-reclusão e salário-maternidade.
Para quem ganha um salário mínimo, o dinheiro da
primeira parcela estará disponível a partir do dia
25 de abril. Mas os que recebem mais que um salário
mínimo, o valor será creditado a partir de 2 de
maio. Já a segunda parcela será creditada a partir
do dia 25 de maio – para quem ganha um salário
mínimo – e a partir do dia 1º de junho.
As pesquisa de intenção de voto apontam que uma das
principais razões da elevada rejeição do governo
Bolsonaro é o fracasso na economia. Desse modo,
Bolsonaro tenta pôr dinheiro no bolso na população
mais pobre como forma de tentar se garantir num
provável segundo turno contra o ex-presidente Lula.
Injeção antecipada de recursos
Esta é uma medida de antecipação do pagamento – lembra
o site Reconta Aí. Dessa forma, no fim do ano, os
beneficiários do INSS não poderão contar com nenhum
valor referente a 13º. O objetivo do governo é
injetar imediatamente na economia brasileira cerca
de R$ 55 bilhões. Ou seja, não haverá essa injeção
de recursos na economia no final do ano, e tampouco
que usar agora poderá fazê-lo na época das festas.
Além disso, o pacote prevê a liberação de um saque
extraordinário do FGTS. A liberação deve movimentar
cerca de R$ 30 bilhões, a serem sacados por 42
milhões de brasileiros. No entanto, cada trabalhador
poderá sacar até R$ 1 mil. O calendário de pagamento
começa em 20 de abril e vai até 15 de junho.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/03/2022 -
Para 40%, Lula é o único em quem votariam, diz
pesquisa
Pré-candidato do PT também tem menor índice de
rejeição. Estudo mostra ainda que 51% não votariam
em Bolsonaro de jeito nenhum.
Recorte da pesquisa PoderData divulgado nesta
sexta-feira (18) revela que 40% dos eleitores dizem
que Lula (PT) é o único candidato em que votariam.
Outros 13% dizem que poderiam votar nele e 44% dizem
que não votariam de jeito nenhum - a menor rejeição
entre os pré-candidatos à Presidência.
Jair Bolsonaro (PL) é rejeitado por 51% e 32% dizem
que só votariam nele - 12% poderiam votar.
O governador de São Paulo, no entanto, é que tem a
maior rejeição: 60% - apenas 5% dizem que só
votariam nele e 30% que poderiam votar.
Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) são
rejeitados por 52% e 11% dizem que eles seriam o
único em quem votariam - 34% dizem que poderiam
votar no ex-juiz e 31% no ex-ministro de Lula.
A pesquisa mostra que Lula segue na liderança,
mantendo os 40% de intenções de voto, enquanto
Bolsonaro caiu 2 pontos e está com 30% - eram 32% há
duas semanas.
O estudo ouviu 3 mil pessoas, de 13 a 15 de março de
2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O
intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é
BR-00835/2022.
Fonte: RevistaForum
21/03/2022 -
Correios têm lucro recorde; trabalhadores atribuem
resultado a redução de direitos e demissões
Em paralelo, projeto de privatização foi
devolvido e terá de ser redistribuído no Senado
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT),
ameaçada de privatização pelo governo, anunciou na
quinta-feira (17) “lucro recorrente histórico” de R$
3,7 bilhões no ano passado, 101% maior do que no ano
anterior. Uma mensagem entusiasmada da direção fala
de um “horizonte promissor”, com perspectiva de
dobrar o volume de encomendas e a receita nos
próximos anos.
Principal representante dos trabalhadores, a
Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Correios e Telégrafos (Fentect) tem recorrentemente
denunciado a degradação das condições de trabalho e
redução do quadro de funcionários, com consequente
sobrecarga aos que permanecem.
Segundo o balanço dos Correios, em 2018, por
exemplo, a empresa tinha aproximadamente 106 mil
funcionários. Segundo o balanço divulgado, são 89,3
mil, queda de 16%. Daquele total, 48,8 mil são
carteiros. No ano passado, foram 11,8 milhões de
mensagens e 2,3 milhões de encomendas entregues por
dia.
O mesmo comunicado cita mudanças na gestão de
pessoal como decisivos para aumento do lucro. A
empresa fala, por exemplo, em “adaptação” do acordo
coletivo, que teve suprimida a maior parte de seus
itens, e teria proporcionado economia R$ 1,3 bilhão
ao ano. Planos de demissão voluntária teriam
resultado menos R$ 2,1 bilhões na folha, segundo a
ECT.
A supressão de 70 dos 79 pontos do acordo coletivo,
por parte da empresa, levou os trabalhadores dos
Correios a uma greve de 35 dias em 2020.
Privatização parada no Senado
Apesar da pressão, o governo enfrenta dificuldades
para fazer andar o Projeto de Lei 591, que permite a
privatização dos serviços postais. Na quarta-feira
(16), o senador Márcio Bittar (PSL-AC), relator do
texto, devolveu a matéria à Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) da Casa, porque não faz mais parte
do colegiado. Com isso, o projeto terá de ser
redistribuído.
Para os representantes dos funcionários, a venda da
ECT provocaria um “apagão postal”, deixando grande
parte dos 5.570 municípios brasileiros sem
atendimento.
“Os Correios são um patrimônio da população e não de
um governo. Os trabalhadores dos Correios prestam um
serviço essencial de integração nacional, de entrega
de encomendas, medicamentos, livros didáticos e
urnas eletrônicas. Sem os Correios, não há garantias
de acesso ao serviço postal para todos”, afirma a
Fentect.
Fonte: Brasil de Fato
21/03/2022 -
Geraldo Alckmin confirma filiação no PSB
Em suas redes sociais, ex-governador de São Paulo
confirmou nesta sexta que entrará no PSB. A
expectativa é que ele seja vice na chapa de Lula.
Depois de meses de tratativas que envolveram
diversos partidos, Alckmin divulgou hoje em suas
redes sociais que entrará no partido de Miguel
Arraes (1916 – 2005) e Eduardo Campos (1965 – 2014).
No card que divulgou com o logo do PSB, aparece uma
frase assinada por Campos “Não vamos desistir do
Brasil”. Com isso Alckmin deixa claro que seu
ingresso no partido tem como objetivo compor a chapa
com o petista, que é líder nas pesquisas de
intenções de votos.
À jornalista Andreia Sadi, Carlos Siqueira,
presidente do PSB, afirmou que a filiação acontecerá
no próximo dia 23.
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/03/2022 -
Conselho Deliberativo da NCST aprova pauta de
prioridades para 2022
Grupo se reuniu com presidente da NCST para
fechar prioridades e ações
Nesta quarta-feira (16), os conselheiros e os
vice-presidentes da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) reuniram-se com o presidente
Oswaldo Augusto de Barros, por videoconferência,
para aprovar a pauta prioritária de 2022 e ações
estratégicas.
Em consenso, os dirigentes aprovaram a pauta e
defenderam que a vida, o trabalho digno e a
democracia – somando-se aos fundamentos da entidade:
“Unicidade, Desenvolvimento e Justiça Social” – são
os valores primordiais a serem defendidos pela NCST
para que se faça justiça social no ano vigente.
No documento aprovado pelos participantes, a
entidade fez uma ressalva sobre a importância dessa
defesa: ”Nada obstante, tais princípios vêm sofrendo
ataques constantes, intensificados desde 2016, e que
já resultaram na destruição de diversos direitos
trabalhistas e previdenciários, sendo que, com a
entrada em vigor das leis 13.429/17 (terceirização
irrestrita), 13.467/17 (reforma trabalhista, surge o
trágico trabalho intermitente) e com EC 103/19
(reforma previdenciária), vivenciamos um retrocesso
significativo até mesmo com a possibilidade da
recusa estatal de se cumprir o Artigo 196 da
Constituição Federal, que prestigia a preservação da
saúde e da vida. Tal situação tende a se agravar com
a EC 109/21, que altera a formula de cálculo das
despesas do Estado, e caso seja aprovada a PEC 32/21
(Reforma Administrativa), que promove o desmonte dos
serviços públicos em nível nacional. ”
Na minuta de prioridades constam os seguintes temas:
1) PRODUÇÃO, EMPREGO E RENDA; 2) REFORMA TRIBUTÁRIA;
3) COMBATE À PEC 32 (REFORMA ADMINISTRATIVA); 4)
REPRESENTAÇÃO POLÍTICA DA CLASSE TRABALHADORA –
ELEIÇÕES 2022; 5) ESTRUTURA SINDICAL; 6) SAÚDE,
EDUCAÇÃO, PROTEÇÃO SOCIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS; 7)
SAÚDE E SEGURANÇA NO AMBIENTE TRABALHO; 8) MEIO
AMBIENTE, TERRAS INDIGINAS E REFORMA AGRÁRIA; 9)
COMBATE À DESIGUALDADE DE GÊNERO, ETNIA E RAÇA; 10)
COMBATE À PRIVATIZAÇÃO.
Agora o documento será apresentado à sociedade em
geral e, em especial, aos candidatos à presidência.
“Vamos visitar os presidenciáveis e entregar esse
documento. O Movimento Sindical precisa dialogar com
aqueles que estão no poder. A credibilidade se
conquista com diálogo no exercício da boa política.
Precisamos colocar em prática tudo aquilo que vamos
colocar no papel. E conscientizar os trabalhadores
da importância de votar em quem nos defenda”,
enfatizou o presidente da NCST, Professor Oswaldo.
O encontro ainda contou com a participação de André
Santos, analista político do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e
sócio-diretor da Contatos Assessoria, que fez um
panorama geral do Congresso Nacional e das eleições.
Trabalhado por aplicativos
Ainda na pauta do encontro, os dirigentes debateram
o trabalho por aplicativos. André Santos esclareceu
algumas dúvidas sobre o Projeto de Lei 3748/20, que
institui o regime de trabalho sob demanda, de
autoria da deputada Tabata Amaral (PDT-SP), e outras
propostas que tramitam no Congresso.
“Não há como retroagir em relação ao avanço
tecnológico. Agora é necessário encontrar um meio
para assegurar os direitos desses trabalhadores”,
afirmou André.
Eduardo Maia, secretário-geral da NCST, e Wilson
Pereira, diretor de finanças da NCST e presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e
Hospitalidade (Contratuh), mencionaram a
participação deles em uma reunião no Ministério
Público do Trabalho (MPT) sobre a precarização das
relações de trabalho nas plataformas digitais. E que
a Nova Central se colocou à disposição para
trabalhar em parceria com o MPT.
Secretária da Mulher NCST
No encerramento do encontro, Professor Oswaldo
elogiou a atuação de Sônia Zerino, secretaria para
Assuntos da Mulher da NCST e da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI),
pelas ações desenvolvidas em defesa das
trabalhadoras do Brasil no Março Mulher.
A íntegra do documento será disponibilizada em breve
Fonte: NCST
18/03/2022 -
Quaest: se dependesse só do voto das mulheres, Lula
seria eleito em primeiro turno
Considerando os votos válidos do público
feminino, a soma dos adversários de Lula teria 39%
da preferência, percentual insuficiente para um
segundo turno
Levantamento Genial/Quaest, divulgado nesta
quarta-feira (16), apontou que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tem 48% das intenções de voto
feminino na pesquisa estimulada para o primeiro
turno, contra 20% de Jair Bolsonaro.
Considerando os votos válidos, a soma dos
adversários de Lula teria 39% da preferência,
percentual insuficiente para um segundo turno.
Entre as pessoas do sexo masculino, Lula tem 41%
contra 31% de Bolsonaro.
Fonte: RevistaForum
18/03/2022 -
Ministro do STF nega pedido para destravar revisão
de aposentadorias
Aposentados tentam "revisão da vida toda" de
benefício do INSS
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), negou um pedido da Federação das
Associações dos Aposentados e Pensionistas no Estado
de Goiás (Faapego) para destravar um processo que
discute a chamada “revisão da vida toda” em algumas
aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).
Na petição, a federação pediu que Lewandowski
anulasse um pedido de destaque feito em 8 de março
pelo ministro Nunes Marques, por meio do qual o
julgamento, que era realizado no plenário virtual,
foi remetido ao plenário convencional, onde deve
recomeçar do zero.
A controvérsia foi levantada porque o pedido de
destaque interrompeu o julgamento quando todos os 11
votos possíveis já haviam sido publicados no
plenário virtual, com placar de 6 a 5 favorável aos
aposentados.
Isso ocorreu porque o relator original do processo,
ministro Marco Aurélio Mello, já havia votado antes
de se aposentar, no ano passado. A vaga deixada por
ele foi preenchida em dezembro pelo ministro André
Mendonça, que fora indicado pelo presidente Jair
Bolsonaro e confirmado pelo Senado.
O temor da federação de aposentados é que, com o
reinício do julgamento no plenário físico, o voto de
Marco Aurélio passe a não valer mais, sendo
substituído pelo de Mendonça. A entidade invocou
princípios como o da boa-fé processual para pedir
derrubada do pedido de destaque.
Outras entidades representativas dos aposentados
também apontam no destaque uma manobra para alterar
o resultado do julgamento. Isso por acreditarem que
o novo ministro terá posicionamento favorável ao
governo, o que viraria o placar apertado e alteraria
o resultado.
“Metaforicamente, é o exemplo do ‘dono da bola’, que
insatisfeito com o resultado do jogo, toma a bola
para si, acaba com o jogo, e vai para a casa,
deixando atônitos os demais jogadores”, escreveram
os advogados que representam a Faapego.
Fonte: Agência Brasil
18/03/2022 -
Mães poderão se aposentar com tempo menor de
contribuição, prevê projeto
Uma proposta (PEC 24/2021) em debate na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) pode diminuir o tempo
de contribuição para a aposentadoria de mulheres
mães. Cada filho nascido vivo reduziria em um ano o
tempo de contribuição. Filhos adotados
possibilitariam dois anos de redução. A autora da
proposta, senadora Nilda Gondim (MDB-PB), afirma que
a ideia faz justiça às mães. O senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ) pediu mais tempo para verificar o
impacto nas contas públicas.
Fonte: Agência Senado
18/03/2022 -
Novos saques colocam em risco sustentabilidade do
FGTS, diz Fenae
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da
Caixa Econômica Federal (Fenae) criticou a
possibilidade de novos saques extraordinários no
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) -
cogitada pelo governo federal.
O Planalto vê a medida como uma saída para o alto
grau de endividamento das famílias brasileiras. Para
a Fenae, entretanto, o mecanismo não resolve o
problema e pode colocar em risco a continuidade do
FGTS em termos de sustentabilidade financeira.
“Defendemos medidas anticíclicas”, afirma Sergio
Takemoto, presidente da Fenae. “Entretanto, essa
conta não pode ser posta no colo do trabalhador, que
perde duas vezes: por um lado, pela redução do saldo
do FGTS em caso de demissão, doença grave ou
aquisição da casa própria; e, por outro, pela
limitação do Fundo em fomentar, por exemplo, a
construção civil que, além de moradia, gera emprego,
aquece a economia e contribui para a diminuição da
inadimplência”, acrescenta.
Para a Fenae, é necessário que a questão da
inadimplência e do endividamento tenho uma outra
saída construída.
"Novos saques do Fundo - além de comprometerem ainda
mais a sustentabilidade do FGTS, inviabilizando
investimentos em habitação, saneamento,
infraestrutura urbana e outras áreas estratégicas
financiadas com estes recursos - não resolverão o
problema da inadimplência, uma vez que não
alcançarão a grande maioria dos brasileiros
economicamente vulneráveis. Quase 60 milhões de
trabalhadores ficarão à margem da medida", diz uma
nota da Fenae.
O texto faz referência ao fato de que o número de
pessoas - cerca de 40 milhões - que poderão realizar
saques é inferior aos trabalhadores e trabalhadoras
que não têm direito - os quase 60 milhões citados,
informais e desempregados que, assim, não cumprem o
requisito de estar em um vínculo empregatício
celetizado.
A Fenae sustenta que os contínuos saques
extraordinários têm diminuído da saúde financeira do
Fundo, além de restringir investimentos públicos
para os quais o FGTS era usado.
"Desde 2015, quando começaram a ser autorizados os
chamados “saques extraordinários” [não previstos na
Lei 8.036/1990], a arrecadação líquida do FGTS vem
diminuindo: R$ 14,4 bilhões, em 2015; R$ 10,1 bi, em
2016; R$ 4,9 bi, em 2017; R$ 9,2 bi, em 2018; R$ 3,4
bi em 2019; e R$ 1,9 bi negativos, em 2020, quando
os saques superaram a arrecadação do Fundo [foram R$
129,1 bi em retiradas contra R$ 127,2 bi em
depósitos]. Em 2021, a arrecadação líquida do FGTS
ficou semelhante ao ano de 2012, na casa dos R$ 17
bilhões", destaca ainda documento da entidade.
Fonte: Reconta Aí
18/03/2022 -
PIB tem novo recuo em janeiro e confirma cenário de
caos econômico
Relatório do BC vai ao encontro de estudo
divulgado esta semana pelo IBGE, onde é revelado
que,
das 15 regiões pesquisadas, 10 apresentaram recuo
na produção industrial
O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira
(17) o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), que é
considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB),
que registrou recuo de 0,99% em janeiro deste ano, o
maior desde março de 2021.
Segundo o BC, os dados sobre a produção nacional
divulgados nesta quinta-feira significam que:
trata-se do maior tombo do nível de atividade desde
março de 2021, quando o recuo foi de 1,67%; primeiro
recuo mensal do indicador desde novembro do ano
passado.
No relatório da instituição é informado que, quando
comparado com janeiro do ano passado (+0,01), há
estabilidade.
Porém, com a queda registrada em janeiro, o índice
de atividade do BC atingiu 138,48 pontos, menor
patamar desde dezembro de 2020, quando o registro
foi de 138,18 pontos.
Produção industrial desacelera em quase todo o
Brasil
Além do custo de vida ter explodido no governo
Bolsonaro com a alta constante no preço dos
alimentos, a produção industrial também está em
frangalhos. De acordo com levantamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
produção industrial teve recuo de 2,4% na passagem
de dezembro de 2021 para janeiro de 2022.
Segundo o instituto, a queda da produção industrial
foi registrada em 10 dos 15 locais pesquisados:
Amazonas (-13%), Minas Gerais (-10,7%) e Pará
(-9,8%) registraram os recuos mais acentuados.
Além dos estados acima citados, também registraram
queda na produção industrial o Paraná (-5,1%), Ceará
(-3,8%), Goiás (-1,7%), a região Nordeste (-1,6%), o
Rio de Janeiro (-1,4%) e São Paulo (-1%).
Brasil de Bolsonaro completa seis meses com
inflação acima de dois dígitos
O Brasil do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do
ministro da Economia, Paulo Guedes, está há um
semestre com inflação ao consumidor acumulada acima
de 10%, apontam dados divulgados nesta sexta-feira
(11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
A última vez que o fenômeno ocorreu foi entre 2002 e
2003, logo após o final do governo de Fernando
Henrique Cardoso e início do governo Lula. Na época,
a inflação acumulada em 12 meses ficou em dois
dígitos durante 13 divulgações, de novembro de 2002
a novembro de 2003, sob efeito da pressão do câmbio
em meio a turbulências da área política.
Fonte: RevistaForum
17/03/2022 -
NCST se reúne nesta quinta para debater Conclat
A Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
convocou reunião do Conselho da entidade para esta
quinta (17). Participam toda a diretoria executiva,
conselho fiscal e delegados estaduais. A ação irá
debater a participação da entidade na Conferência
Nacional da Classe Trabalhadora – Conclat 2022, em 7
de abril.
Quem informa é o presidente da NCST, professor
Oswaldo Augusto de Barros. “Vamos falar com o Brasil
inteiro. A reunião é praticamente uma assembleia.
Iremos discutir a participação e também as sugestões
e reivindicações que deverão ser incluídas na Pauta
da Classe Trabalhadora, que é o documento que será
tirado na Conclat”, explica o professor Oswaldo.
Segundo o dirigente, a entidade foi uma das
primeiras a apresentar propostas ao debate da
Conferência. “Colocamos questões de emprego,
pagamento justo aos trabalhadores. Já fomos com o
material pronto assim que levantaram a hipótese do
evento”, ressalta Oswaldo Augusto de Barros.
Resultado – A expectativa da entidade é de
que a Pauta da Classe Trabalhadora seja um documento
amplo, que atenda às principais reivindicações do
movimento sindical dos trabalhadores, e que
apresente propostas concretas à sociedade e também
aos concorrentes nas eleições deste ano.
“Queremos fazer algo amplo no sentido prático. É uma
enorme oportunidade de falarmos para o mundo. Não
tenho dúvidas de que o debate será rico”, prevê o
presidente da Nova Central.
Evento – A terceira Conclat será realizada em
7 de abril, no formato híbrido. A parte presencial
será em São Paulo. Cada Central deverá ter uma cota
de participação de acordo com o número de entidades
filiadas. A TV dos Trabalhadores (TVT) transmitirá
ao vivo, bem como as redes sociais das Centrais
Sindicais. A Agência Sindical fará a cobertura
completa, isto é, do antes, durante e depois.
Mais – Acesse o
site da NCST.
Fonte: Agência Sindical
17/03/2022 -
PoderData: Bolsonaro estaciona e segue derrotado por
Lula nos dois turnos
Ex-presidente tem a preferência de 40% dos
eleitores, enquanto o líder da extrema direita
permanece com 30%
O presidente Jair Bolsonaro (PL) estacionou na nova
pesquisa divulgada pelo PoderData, nesta
quarta-feira (16), e é derrotado pelo ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos dois turnos. Os
levantamentos anteriores apontavam para uma redução
na vantagem entre os dois, mas o novo balanço mostra
o petista com 40% das intenções de voto, ante 30% do
atual presidente – há duas semanas, o placar era de
40% a 32%.
Em janeiro, a distância entre Lula e Bolsonaro era
de 14 pontos na simulação de primeiro turno do
PoderData, mas essa vantagem caiu durante 15 dias.
Logo após os dois primeiros, Ciro Gomes (PDT) e
Sergio Moro (Podemos) seguem tecnicamente empatados
no terceiro lugar, com 7% cada.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o
governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que
tem discutido uma ida ao PSD, o deputado federal
André Janones (Avante) e a senadora Simone Tebet
(MDB) marcaram 2% cada.
Lula em primeiro
O ex-presidente Lula continua vencendo todos os
cenários em um eventual segundo turno nas eleições,
segundo a pesquisa PoderData. Bolsonaro e Moro
seguem como os candidatos mais competitivos contra o
petista, mas ambos são derrotados por uma diferença
de 14 pontos.
Se Lula enfrentasse Bolsonaro diretamente, o
ex-presidente venceria o atual por 50% a 36%, mostra
o levantamento. Caso o segundo turno fosse contra
Moro, a vitória do petista seria por 44% a 30%. Numa
simulação contra Ciro, o representante do PT
conquistaria vitória com o dobro de votos, 44% a
22%.
De acordo com a pesquisa, Lula tem a preferência
entre homens e mulheres. Ele também vence entre
eleitores de 16 a 59 anos. O ex-presidente também
lidera a intenção de voto no Sudeste, Norte e
Nordeste. Bolsonaro tem vantagem entre brasileiros
acima de 60 anos e moradores das regiões Sul e
Centro-Oeste.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/03/2022 -
De Lula a Bolsonaro: gasolina nunca subiu tanto como
em 2022
Os combustíveis nunca tiveram uma alta tão forte.
De março de 2021 até hoje, o aumento registrado foi
de 21%
Consumidores de todo o Brasil já estão sentindo no
bolso o aumento de preço dos combustíveis derivados
de petróleo. Segundo o Sistema de Levantamento de
Preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no
período entre 06/03/2022 e 12/03/2022 o diesel e
gasolina chegaram, respectivamente, aos preços
máximos ao consumidor de R$ 7,569 e R$ 8,770.
Tomando como base para comparação o mês de março
desde o primeiro ano do governo Lula até o atual
governo Bolsonaro – de 2003 a 2022 – é possível ver
que o susto do consumidor faz todo o sentido. Até
esta terça-feira (15) de março, os combustíveis
nunca tiveram uma alta tão forte. De março de 2021
até hoje, o aumento registrado foi de 21%.
Durante o mesmo período, o salário mínimo, por
exemplo, foi reajustado em 10,18%. Assim, se em 2021
um cidadão comprava 200,5 litros de gasolina com um
salário mínimo, em março de 2022, compra apenas 182
litros, considerando o preço médio de venda do
combustível ao consumidor.
O que aconteceu com a gasolina nesse período?
Em 1997 foi sancionada a Lei do Petróleo, que
quebrou o monopólio da Petrobras no Brasil. A partir
de 1998, foram instituídos os Valores Médios de
Referência (VMR) para o preço de cada um dos
combustíveis derivados de petróleo. A partir de
2002, houve o início da prática de preços
internacionais.
O ponto de mudança ocorreu a partir de 2003,
primeiro ano do governo Lula, quando o preço dos
combustíveis passou a não ser alinhado aos preços
internacionais, privilegiando o mercado interno até
2016. Após o golpe e com o apoio do Congresso, o
presidente Temer passou a indexar os preços dos
combustíveis novamente aos preços do mercado
externo, com ajustes diários.
Atualmente, sob a gestão Bolsonaro, a política de
preços da Petrobras segue a mesma da era Temer. Os
lucros da estatal têm sido altíssimos; porém, a
empresa não vem cumprindo sua função social – que é
o atendimento à finalidade de fornecer combustível
para o desenvolvimento do Brasil.
Fonte: Reconta Aí
17/03/2022 -
Inflação de Bolsonaro agrava o arrocho salarial dos
trabalhadores
Em 42% dos reajustes de salários, o aumento ficou
abaixo da inflação do período – ou seja, houve
arrocho salarial
Com a elevada inflação do País sob o governo Jair
Bolsonaro, os salários dos trabalhadores brasileiros
continuam a sofrer arrocho. É o que aponta o novo
levantamento do Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base
em campanhas salariais com data-base em janeiro de
2022 e monitoradas pelo Mediador do Ministério do
Trabalho.
Ao todo, o Dieese analisou 324 reajustes de
salários, sendo 195 de convenções coletivas e 129 de
acordos coletivos: “Conforme o levantamento, em 42%
desses reajustes, o aumento ficou abaixo da inflação
do período – ou seja, houve arrocho salarial. Outros
23% tiveram a reposição da inflação. Apenas 35% dos
reajustes tiveram aumentos reais, com ganhos acima
da inflação.”
Para fazer as comparações entre aumentos salariais e
a inflação, o Dieese usou como referência o INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Em relação aos resultados de dezembro de
2021, a pesquisa indicou um crescimento de 3,2
pontos percentuais no índice de reajustes abaixo da
inflação.
A boa notícia é que, graças à resistência dos
sindicatos, o percentual de reajustes parcelados
caiu sensivelmente. Em novembro passado, 28,8% dos
reajustes aprovados seriam pagos em duas ou mais
parcelas. Em dezembro, o índice caiu para 21,9%. Por
fim, em janeiro, foi a 3,7%.
O recorte de reajustes por setor econômico revela
poucas discrepâncias. “Na indústria, cerca de 45%
dos acordos e convenções coletivas de trabalho com
cláusulas de reajustes, analisados na última
data-base, apresentaram ganhos reais de salários. O
percentual de resultados em valor igual à inflação
no setor, sempre de acordo com o INPC, foi de 17,6%;
e abaixo desse índice, de 37,8%”, informa o Dieese.
“No comércio, 45,8% dos reajustes foram iguais à
inflação; 25% ficaram acima do índice inflacionário;
e 29,2%, abaixo”, agrega a pesquisa. “Nos serviços,
os resultados abaixo da inflação representaram
45,3%; acima do INPC chegaram a 32,3%; e iguais a
esse índice corresponderam a 22,4%.”
Fonte: Portal Vermelho
17/03/2022 -
Advogados contestam pedido de destaque em 'revisão
da vida toda'
A modulação e a reeleição deliberadas do juiz
natural e da composição do tribunal, que implica o
pedido de destaque sem fundamentação e sem alteração
de voto após a manifestação de todo o colegiado, é
prática absolutamente incompatível com o espírito
democrático dos princípios constitucionais
processuais.
Esse é um dos fundamentos da contestação apresentada
pelos advogados Noa Piatã Bassfeld Gnata e Gisele
Lemos Kravchychyn do pedido de destaque do ministro
Kássio Nunes Marques no julgamento sobre a "revisão
da vida toda”.
Por causa do pedido de destaque do ministro, o
julgamento terá de ser reiniciado de forma
presencial, em data ainda não definida. Os ministros
já tinham decidido, por 6 a 5, que os aposentados
pelo INSS poderiam usar todas as suas contribuições
previdenciárias, inclusive aquelas recolhidas antes
do Plano Real, para calcular os valores de seus
benefícios.
Na contestação, os advogados sustentam que a
possibilidade de pedido de destaque sem condições e
sem limites desafia a Constituição da República.
Eles argumentam que o pedido se deu sem
fundamentação e com documento escrito em um mero
lançamento de fase no sistema virtual.
"Impõe-se como baliza o dever de fundamentar,
princípio estruturante do processo democrático,
forte Art. 93, IX da Constituição da República, como
limite que evite arbitrariedade no exercício da
jurisdição", sustentam os causídicos na inicial.
Por fim, eles pedem que sejam disciplinados a
extensão e os efeitos do pedido do ministro Nunes
Marques no sentido de preservar incólume o voto do
ministro relator Marco Aurélio, que se aposentou no
ano passado. Isso, segundo os advogados, preservará
a garantia do princípio constitucional processual do
juiz natural.
Essa é a segunda manifestação que contesta o pedido
de destaque de Nunes Marques. No último dia 9, o
Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev)
apresentou questão de ordem em que sustenta que o
pedido de destaque "não pode ser utilizado de
maneira estratégica, possibilitando vetar uma
decisão que se mostra consolidada. Ele tem de
respeitar os princípios administrativos, o que
inclui moralidade, finalidade e motivação". Do
contrário, causaria abalo na segurança jurídica da
corte, pois qualquer ministro poderia pedir destaque
"para zerar uma votação desfavorável a si". RE
1.276.977
Fonte: Consultor Jurídico
17/03/2022 -
Entreguista, Bolsonaro ataca a Petrobrás e diz que
por ele privatizaria a empresa hoje
"Para mim, é uma empresa que poderia ser
privatizada hoje, ficaria livre deste problema",
afirmou Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro defendeu, em entrevista ao SBT
exibida nesta quarta-feira (16), a privatização da
Petrobrás o mais rapidamente possível e insistiu na
tentativa de descolar o governo federal da
responsabilidade sobre a política de preços da
estatal, que, segundo ele, "não colabora com nada".
"Muita gente me critica, como se eu tivesse poderes
sobre a Petrobrás, não tenho poderes sobre a
Petrobrás. Para mim, é uma empresa que poderia ser
privatizada hoje, ficaria livre deste problema. E a
Petrobras se transformou na Petrobras Futebol Clube,
onde o clubinho lá de dentro só pensa neles, jamais
pensam no Brasil", disse Bolsonaro em entrevista ao
SBT.
"Qualquer nova alta a gente vai, da nossa parte
aqui, desencadear um processo para que esse reajuste
não chegue na ponta da linha para o consumidor. É
impagável o preço dos combustíveis no Brasil. E
lamentavelmente a Petrobrás não colabora com nada",
afirmou.
Também na quinta, Bolsonaro tentou afastar a
responsabilidade do governo sobre o tarifaço, mas,
levando em consideração o cargo que ocupa, tem poder
de indicar o presidente da Petrobrás. Também pode
indicar nomes para conselhos da empresa - eles que
definem a política de preços da estatal.
Na última quinta-feira (10), a empresa Petrobrás
anunciou reajustes de 18,77% para o litro da
gasolina e de 24,9% para o litro do diesel. O gás de
cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo,
um reajuste de 16%. Os reajustes passaram a valer a
partir da sexta-feira (11). O Brasil tem a gasolina
mais cara do mundo se comparada ao salário mínimo
dos trabalhadores.
Fonte: Brasil247
16/03/2022 -
Centrais querem transporte grátis a desempregados
As Centrais CUT, Força, UGT e CTB participaram
segunda (14) do lançamento do Calendário de Lutas
2022 para o Estado de SP. O evento contou com a
participação também do MST e de lideranças
políticas. Uma das reivindicações para este ano é o
vale-transporte gratuito para os desempregados.
Segundo o presidente da CUT, Sérgio Nobre, essa
iniciativa é de grande importância para os
desocupados, em meio ao caos econômico e social que
o País atravessa. “Gastam mais com transporte do que
com comida. Estão no desalento, desempregados.
Portanto, a pauta essencial que temos é a criação do
Vale-Transporte Social, para acudir essa população”,
afirma o dirigente cutista.
Além de beneficiar essa população, a implementação
de um projeto desse porte viabilizaria a geração de
empregos. “Queremos apresentar esse projeto nas
comunidades, nas empresas e aos prefeitos”, ressalta
Sérgio Nobre.
Mobilizações – Além do Vale-Transporte Social
para os desempregados, outra frente de luta em 2022
é a defesa da classe trabalhadora, a começar pela
realização da Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora (Conclat) 2022, sob o tema Empregos,
Direitos, Democracia e Vida.
Confira abaixo o calendário.
– 7 de abril: Realização da Conclat 2022;
– 13 de abril: Mobilização em todo o Estado de SP
contra a fome e a carestia;
– 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador: Atos
na Capital e nas principais cidades do interior
paulista;
– 6 de maio: Dia Estadual de Mobilização pelo
Vale-Transporte Social.
Saídas – Segundo Miguel Torres, presidente da
Força Sindical, que também esteve presente no
evento, o mais importante no momento é o movimento
sindical atuar para que o País saia do atoleiro em
que se encontra. “Está nas nossas mãos mudar esse
estado. As eleições são em outubro, mas temos que
dar uma resposta imediata para a população. Nossa
campanha tem o sentido da solidariedade pra que
possamos diminuir o sofrimento de milhões de
brasileiros”, explica Miguel.
Lula – Já para o presidente da UGT, Ricardo
Patah, a saída para a classe trabalhadora é apoiar a
eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nos compete, a partir deste momento, integrar as
Centrais e movimentos sociais e ir às ruas e gritar
Lula Presidente”, conclui o dirigente.
Fonte: Agência Sindical
16/03/2022 -
Lula tem 38% e Bolsonaro 31% em primeira pesquisa do
Instituto Gerp
Sem candidatos nanicos, Lula oscila dois pontos
para mais, enquanto adversários seguem com o mesmo
percentual.
Primeira pesquisa sobre a disputa presidencial do
Instituto Gerp, divulgada nesta terça-feira (15),
mostra Lula (PT) na liderança com 38% dos votos,
seguido de Jair Bolsonaro (PL), com 31%.
Sergio Moro (Podemos) aparece em terceiro com 7%.
Ciro Gomes (PDT) tem 5%, João Doria (PSDB) 2% e
André Janones (Avante), 1%.
Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania),
Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe D’Ávila (Novo) não
chegaram a pontuar. Indecisos são 8%.
Em cenário sem os candidatos nanicos, Lula vai a
40%, enquanto Bolsonaro, Moro, Ciro e Doria mantém o
mesmo percentual.
A pesquisa ouviu 2.095 pessoas por telefone em 155
municípios das cinco regiões brasileiras. As
entrevistas foram feitas entre 7 e 10 de março e a
margem de erro é 2,18 pontos percentuais para mais
ou menos.
Fonte: RevistaForum
16/03/2022 -
Salário mínimo ideal para fevereiro é de R$ 6.012,18
Segundo Paulo Guedes, no Brasil cada brasileiro tem
dois iPhone, o que virou piada na internet, isso
mostra que o ministro da economia não conhece o
país, ainda mais quando o salário mínimo não chega
nem perto do ideal para suprir as necessidades
básicas.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário
mínimo em fevereiro deveria ser de R$ 6.012,18. O
valor é quase cinco vezes o atual, de R$ 1.212.
Esse valor é para sustentar uma família de quatro
pessoas no mês de fevereiro no Brasil, considerando
com moradia, transporte, alimentação, saúde,
educação, vestuário, higiene, lazer e previdência.
Voltando ao Paulo Guedes e à história do iPhone. O
modelo mais recente lançado e na sua versão mais
barata custa R$ 6.374, ainda assim, se o salário
mínimo ideal não paga um iPhone à vista.
O Diesse usa para o cálculo se baseia no preço da
cesta básica mais cara do país, que em janeiro foi a
da cidade de São Paulo que custa R$ 715,65.
Em fevereiro para conseguir adquirir os itens da
cesta básica uma pessoa teve que trabalhar em média
114 horas e 11 minutos.
Fonte: Mundo Sindical com UOL
16/03/2022 -
Produção industrial recua em dez dos 15 locais
pesquisados pelo IBGE
Maiores quedas foram observadas no Amazonas,
Minas Gerais e Pará
A produção industrial recuou em dez dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de dezembro de 2021
para janeiro deste ano.
As maiores quedas foram observadas no Amazonas
(-13%), Minas Gerais (-10,7%) e Pará (-9,8%).
Os estados do Paraná (-5,1%), Pernambuco (-5%) e
Ceará (-3,8%) também registraram quedas mais
intensas do que a média nacional (-2,4%).
A lista de locais com recuo na produção inclui ainda
a região Nordeste (-1,6%) e os estados de Goiás
(-1,7%), Rio de Janeiro (-1,4%) e São Paulo (-1%).
Por outro lado, cinco estados tiveram alta: Mato
Grosso (4%), Espírito Santo (2,6%), Bahia (1,2%),
Santa Catarina (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,8%).
Na comparação com janeiro do ano passado, 11 dos 15
locais pesquisados tiveram queda, com destaque para
os estados do Pará (-24,4%), Ceará (-24,3%) e
Pernambuco (-12,3%).
Entre os quatro estados com crescimento, a maior
alta ficou com Mato Grosso (43%).
Já no acumulado de 12 meses, dez dos 15 locais
pesquisados tiveram alta na taxa. Os maiores avanços
foram observados em Santa Catarina (8,5%) e Minas
Gerais (8,3%). Dos quatro locais em queda, Bahia
teve o principal recuo (-12,5%).
Fonte: Agência Brasil
16/03/2022 -
Ministro ordena que seja mantido 80% do contingente
da Eletronorte em greve
No último dia 4 de março, o ministro Alexandre de
Souza Agra Belmonte, do Tribunal Superior do
Trabalho, determinou que o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Distrito
Federal-STIU-DF e outras entidades de 10 estados
mantenham o contingente mínimo de 80% dos
trabalhadores em todas as unidades da Eletronorte
durante paralisação.
O ministro também estipulou uma multa diária de R$
200 mil em caso de descumprimento da decisão ou de
qualquer iniciativa por parte dos trabalhadores
grevistas de tentar impedir o livre acesso dos
demais trabalhadores.
Na decisão, o ministro afirma que o movimento
grevista foi retomado em meio à mediação judicial e
às tratativas que vinham se desenvolvendo. "Ao que
tudo indica, a categoria profissional está
preferindo o confronto derivado de uma insatisfação
com as condições que ela própria ajustou, a
procurar, com a disposição demonstrada por este
Tribunal, negociar com a intervenção deste,
condições que atendam interesses recíprocos",
pontuou.
Essa foi a terceira decisão favorável à Eletronorte
nos últimos três meses. Em fevereiro, o ministro
Alexandre de Souza Agra Belmonte já havia
determinado que entidades sindicais e os
trabalhadores grevistas se abstivessem de impedir o
livre acesso dos demais empregados.
Em janeiro, a ministra Maria Cristina Peduzzi negou
pedido para determinar a reintegração de 100% dos
funcionários sob a alegação de que não era possível
classificar o movimento grevista como meramente
político ou abusivo. A magistrada, contudo, já havia
determinado que fossem mantidos 80% do contingente.
A Eletronorte é representada pelo escritório Tostes
& De Paula.
1000039-86.2022.5.00.0000
Fonte: Consultor Jurídico
16/03/2022 -
Ministro pede ao Senado para rebaixar covid-19 à
situação de endemia
Queiroga já esteve com o presidente da Câmara dos
Deputados
A possibilidade de o país flexibilizar o estado de
emergência sanitária foi o assunto de uma reunião
entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD –
MG) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta
terça-feira (15). “Diante da sinalização, manifestei
ao ministro preocupação com a nova onda do vírus,
vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a
levar a discussão aos líderes do Senado”, publicou o
presidente do Senado em sua rede social.
Queiroga, que na semana passada, encontrou o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para
tratar do mesmo assunto, também deve se reunir com o
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Luiz Fux, sobre o tema.
Balanço
Segundo dados da da última sexta-feira (11),
divulgados pela pasta, 91% da população brasileira
acima de 12 anos já tomou a primeira dose da vacina
contra a covid-19. Desse total, 84,38% completou o
esquema vacinal e apenas 36,48% das pessoas acima de
18 anos receberam a dose de reforço. Nas últimas
semanas, alguns municípios e estados revogaram o uso
de máscara em ambientes abertos e fechados. Desde o
início da pandemia, em março de 2020, o país já
registrou 656 mil mortes para o novo coronavírus e
aproximadamente 29,4 milhões de infectados.
Fonte: Agência Brasil
16/03/2022 -
Justiça do Trabalho deve julgar ação envolvendo
acusações após o término do contrato
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho declarou
a competência da Justiça do Trabalho para julgar
pedido de indenização por danos morais contra uma
empresa que fez alegações desabonadoras sobre uma
ex-empregada depois de extinto o contrato de
trabalho. Segundo a decisão, o caso envolve
responsabilidade pós-contratual, tendo como causa
subjacente o contrato havido entre empresa e
empregada.
A empregada trabalhou durante um ano na empresa como
atendente, fazendo operações de atendimento a
clientes em pedidos de emergência, e foi demitida
sem justa causa em setembro de 2014. No ano
seguinte, ajuizou reclamação trabalhista contra a
empresa, com pedido de indenização, afirmando que
era orientada a mentir aos clientes.
Contudo, no curso da ação trabalhista, a empregadora
teria feito várias acusações “desabonadoras,
injustas e levianas” à ex-empregada, alegando que
ela e um colega, ouvido como testemunha, teriam sido
treinados para prestar depoimentos e mentido em
juízo. Ainda segundo ela, a empregadora chegou a
pedir instauração de inquérito na Polícia Federal
contra os dois.
Diante disso, em março de 2016, a atendente ajuizou
nova ação, desta vez pedindo a condenação da
ex-empregadora em razão dessas acusações.
Tanto o juízo da 1ª Vara do Trabalho de
Florianópolis quanto o Tribunal Regional do Trabalho
da 12ª Região (SC) entenderam que o pedido de
indenização não estava vinculado à relação de
trabalho. Para as instâncias ordinárias, a acusação
de mentira ou falso testemunho teria de ser julgada
pela Justiça Comum.
Para o ministro Mauricio Godinho Delgado, relator do
recurso da atendente, a competência para julgar o
caso é da Justiça do Trabalho, conforme disposto no
artigo 114 da Constituição Federal. “Os conflitos
oriundos da relação de trabalho englobam as
condições em que os serviços trabalhistas são
prestados, assim como danos pré e pós-contratuais
dele decorrentes”, afirmou.
O ministro pontuou que o pedido de indenização tem
estreita ligação com o contrato de trabalho. “As
alegadas ofensas direcionadas à trabalhadora, ainda
que praticadas pela empresa no âmbito da relação
jurídica processual, têm como cerne a veracidade dos
fatos ocorridos na época do vínculo de emprego e
manifestados pela empregada em ação trabalhista
anteriormente ajuizada”, ressaltou.
O voto do relator foi acompanhado por unanimidade
pela Turma, e o processo, agora, deverá retornar à
Vara de Florianópolis para novo julgamento.
292-65.2016.5.12.0001
Fonte: Consultor Jurídico
16/03/2022 -
Cancelada audiência da CAS sobre correção monetária
de débitos trabalhistas
Foi cancelada a audiência pública da Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) para instruir sobre o projeto
de lei que determina a correção de débitos
trabalhistas pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). O debate, que
ocorreria nesta quinta-feira (17), foi adiado após
pedido de um dos autores do requerimento para a
audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS). Ainda não
foi divulgada uma nova data.
De acordo com a assessoria do senador, um problema
na agenda do parlamentar fez com que o debate fosse
adiado.
O projeto (PLS 396/2018), do senador Lasier Martins
(Podemos-RS), corrige os débitos trabalhistas pelo
IPCA-E porque, na visão do autor, reflete de maneira
mais fidedigna a variação do custo de vida da
população, pois é calculado com base no custo de
vida de famílias que ganham de um a 40 salários
mínimos. O índice leva em conta despesas como
moradia, alimentação, saúde, higiene pessoal,
educação, transporte e vestuário.
Está prevista a participação no debate de
representantes de trabalhadores, de empresários, da
Justiça e do Ministério Público.
Fonte: Agência Senado
15/03/2022 -
Bolsonaro prepara pacote para injetar R$ 165 bi na
economia em ano eleitoral
Programa prevê a liberação de recursos do FGTS,
antecipação do 13º salário por meio do INSS, criação
de um programa de microcrédito e ampliação de
empréstimos consignados
Lisandra Paraguassu e Bernardo Caram, Reuters
- O governo federal vai anunciar na quinta-feira um
pacote com o qual pretende injetar 165 bilhões de
reais na economia até o final do ano e que inclui
quatro iniciativas: liberação de recursos das contas
do FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e
pensionistas do INSS, criação de um programa de
microcrédito digital e ampliação de empréstimos
consignados.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o chamado
Programa de Renda e Oportunidade, preparado pelo
ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, mira colocar
recursos na mão dos trabalhadores até o final de
2022, ano eleitoral em que o governo está empenhado
em estimular a economia.
O lançamento das medidas será feito em um evento no
Palácio do Planalto e é parte dos grandes anúncios
que o governo pretende fazer nos próximos dias,
período em que pelo menos oito ministros se preparam
para deixar os cargos e concorrer nas eleições deste
ano - entre eles, Onyx, que será candidato ao
governo do Rio Grande do Sul.
Dos recursos previstos, pelo menos 30 bilhões de
reais virão da liberação do FGTS para 49 milhões de
trabalhadores, com valores de até mil reais por
pessoa, em uma reedição de medida adotada pelo atual
governo em 2020 como ação de enfrentamento à crise
gerada pela pandemia da Covid-19.
O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já
havia defendido a medida, deixando claro que a
intenção é tentar acelerar a economia.
"Há várias iniciativas que podemos ter até o fim do
ano, que devem ajudar a economia a crescer. Podemos
mobilizar recursos do FGTS também, porque são fundos
privados. São pessoas que têm recursos lá e estão
passando dificuldade. Às vezes o cara está devendo
dinheiro no banco e está credor no fundo, no FGTS.
Por que ele não pode sacar essa conta e liquidar a
dívida dele do outro lado", afirmou ele no mês
passado.
O governo também irá antecipar o pagamento do 13º do
INSS, medida que também foi tomada em 2020 e 2021,
em meio à pandemia. Dessa vez, o pagamento em julho
chegaria ao bolso dos pensionistas antes das
eleições de outubro, podendo dar mais um fôlego ao
governo para enfrentar o pleito.
A criação de um programa de microcrédito e a
ampliação do crédito consignado visam permitir aos
trabalhadores acesso a recursos que possam ser
investidos em pequenos negócios, mas nenhuma das
fontes ouvidas pela Reuters informou ainda o volume
de recursos a ser liberado nesses empréstimos e se
haverá dinheiro do Tesouro para a concessão de
garantias.
No caso da antecipação do INSS, os recursos já estão
previstos no Orçamento de 2022, e haveria apenas uma
mudança no calendário de pagamento. Os recursos do
FGTS sairão das contas dos trabalhadores.
Fonte: Brasil247
15/03/2022 -
Afastamento do trabalho recua no final de 2021, diz
Ipea
No quarto trimestre do ano passado a taxa ficou
em 1,84%
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) mostra que os afastamentos do mercado de
trabalho têm recuado desde o primeiro trimestre de
2021. Segundo o levantamento, no quarto trimestre do
ano passado, essa taxa ficou em 1,84%, abaixo das
observadas no terceiro trimestre (1,99%), segundo
trimestre (2,27%) e do primeiro trimestre de 2021
(3,31%).
O valor ficou também muito inferior aos 15,88% do
segundo trimestre de 2020, auge das medidas de
isolamento devido à covid-19. A taxa do último
trimestre de 2021 foi ainda a mais baixa do período
de pandemia e ficou abaixo dos registrados em 2019
(período pré-pandemia), que variaram entre 2,05% e
3,84%.
O maior percentual de afastamentos no último
trimestre de 2021, ocorreu entre servidores públicos
estatutários e militares (3,84%), enquanto a menor
taxa ficou entre os empregadores (0,52%).
A proporção entre as horas habitualmente trabalhadas
e aquelas que foram efetivamente trabalhadas ficou
em 97%, enquanto que, no início da pandemia, atingiu
78%.
Desigualdade
O país também fechou 2021 com recuo na desigualdade da
renda do trabalho em relação a 2020. De acordo com a
pesquisa do Ipea, o índice de Gini chegou a 0,490 no
quarto trimestre do ano passado. Com isso, ficou
abaixo do 0,507 do terceiro trimestre de 2020, pico
provocado pela saída de trabalhadores menos
qualificados do mercado de trabalho naquela época.
Fonte: Agência Brasil
15/03/2022 -
Justiça manda Vale retirar com urgência 1.400
trabalhadores de área de risco no Pará
Para procurador do Trabalho, “é preciso agir para
não ter que soltar nota de repúdio depois”
A Vale e a Salobo Metais devem retirar com urgência
mais de 1.400 trabalhadores de uma área de risco em
barragem de Marabá, no Pará, segundo decisão liminar
(provisória) da Justiça do Trabalho. “Na área em
questão, chamada Zona de Autossalvamento (ZAS), em
caso de rompimento da barragem, a extensão seria
inundada e não haveria tempo para o resgate dos
trabalhadores da empresa e de outras 26
terceirizadas que atuam nesse ponto”, afirma o
Ministério Público do Trabalho (MPT) no estado,
autor do pedido.
Proferida no sábado (12), a decisão, da 2ª Vara do
Trabalho de Marabá, refere-se à barragem Mirim, na
mina Salobo. Para o Ministério Público, o número de
trabalhadores na ZAS deve se limitar ao necessário
para atividades de operação e manutenção. É que diz
a Lei 12.334/2010 (Política Nacional de Segurança de
Barragens). As empresas devem se responsabilizar
também por treinamento periódico e orientação sobre
rotas de fuga. Apesar da questão da urgência, o
cumprimento das exigências tem prazo de 60 dias, sob
pena de multa diária de R$ 100 mil por cláusula.
Situação de emergência
Em novembro, o chamado Grupo Especial de Atuação
Finalística – Barragens do Pará (Geaf), do perícia
do MPT, realizou fiscalização no local. E verificou
“a presença de edificações e trabalhadores que não
sabiam qual atitude tomar em uma situação de
perigo”. Há 10 construções abaixo da barragem,
incluindo estação de tratamento de esgoto, oficina,
armazém, central de concreto e posto de combustível.
O grupo identificou na barragem da Vale no Pará
problemas similares aos de Brumadinho (MG). Em
janeiro de 2019, rompimento de barragem causou a
morte de 270 pessoas.
Segundo a decisão judicial, “embora exista
formalmente o Plano de Ação de Emergência para
Barragens de Mineração (PAEBM), não estão sendo
adotadas medidas eficazes para que as pessoas que se
encontrem na ZAS, possam, de fato, conhecê-lo e
executá-lo em uma possível situação de emergência”.
O MPT havia entrado com ação civil pública pedindo
providências. “É preciso agir para não ter que
soltar nota de repúdio depois”, afirma o procurador
Leomar Daroncho.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/03/2022 -
CAS debate correção monetária de débitos
trabalhistas na quinta-feira
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado fará
uma audiência pública na quinta-feira (17), às
10h30, para debater o PLS 396/2018, projeto de lei
que determina a correção de débitos trabalhistas
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Especial (IPCA-E). O objetivo da proposta é
preservar o poder aquisitivo dos recursos.
De acordo com o autor do projeto, senador Lasier
Martins (Podemos-RS), o IPCA-E reflete de maneira
mais fidedigna a variação do custo de vida da
população, pois é calculado com base no custo de
vida de famílias que ganham de um a 40 salários
mínimos. Esse índice leva em conta despesas como
moradia, alimentação, saúde, higiene pessoal,
educação, transporte e vestuário.
Participarão do debate representantes de
trabalhadores, de empresários, da Justiça e do
Ministério Público. A audiência atende a
requerimentos dos senadores Paulo Paim (PT-RS),
relator da proposta; Zenaide Maia (Pros-RN); e Luis
Carlos Heinze (PP-RS).
Fonte: Agência Senado
15/03/2022 -
Uso do FGTS pra comprar 2º imóvel será discutido em
audiência
Você é a favor do uso de recursos que o trabalhador
tem depositados no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) para que ele possa adquirir um
segundo imóvel? Esse é o tema da audiência pública
que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) faz na
quarta-feira (16), às 10h30, com especialistas. O
debate permite a participação do público, que
poderá fazer perguntas e enviar comentários por meio
do Portal e-Cidadania.
A audiência contará com a presença do
secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS,
Marcio Coelho, e um representante da Caixa Econômica
Federal. A possibilidade de que os trabalhadores
possam sacar os recursos do FGTS na compra de um
segundo imóvel está prevista no PL 2.967/2019, do
senador Irajá (PSD-TO).
"Com a possibilidade da compra de um segundo imóvel,
o trabalhador passa a ter mais uma possibilidade de
ampliar e melhor administrar seu patrimônio pessoal.
Ao mesmo tempo a medida certamente contribuirá para
o reaquecimento do setor da construção civil, um dos
maiores geradores de empregos na economia",
argumenta Irajá na justificativa do projeto.
O requerimento para a audiência é dos senadores
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Eduardo Girão (Podemos-CE).
Fonte: Agência Senado
15/03/2022 -
Tarifaço piora pobreza, diz economista
Governo liberou quinta (10) violento aumento nos
preços dos combustíveis: gasolina sobe 18,7%; gás de
cozinha, 16%; diesel, mais 24,9%.
O que vai acontecer com a economia das famílias?
Quem responde é o economista Rodolfo Viana, da
subseção do Dieese. VEJA:
Empobrecimento – “As pessoas vão gastar mais com o
gás, gasolina e o diesel, neste caso, gastos diretos
ou indiretos. Ao gastar mais, ela perde renda. Ou
seja, empobrece”.
Inflação – “A inflação vai aumentar. Gás,
diesel e gasolina impactam toda a cadeia produtiva e
o preço de muitos produtos de uso cotidiano”.
Juros – “Pra tentar segurar a inflação, o
governo sobe os juros. Juro alto afeta o setor
produtivo. Quem tem dinheiro vai procurar o mercado
financeiro. Juros mais altos também pioram a dívida
das famílias, que já é alta”.
Serviços – “Quem presta serviços vai tentar
repassar pro cliente. Se a pessoa aceitar pagar
mais, perderá dinheiro. Se não, a empresa de
serviços vai perder mercado. Ao perder mercado, ela
não contrata ou demite”.
Emprego – “Com aumento do gás, gasolina e
diesel, gera-se elevação de custos. Aumento de
custos inibe investimentos na indústria e serviços.
Portanto, inibe a geração de empregos”.
Guerra – “Culpa da guerra Rússia-Ucrânia?
Não. O barril do petróleo, há 10 anos, chegou a
130/140 dólares e pagávamos cerca de R$ 2,50 o litro
da gasolina. Problema é que o governo
internacionalizou o preço do combustível, sem
necessidade”.
Cenário – “Preocupante. Temos ainda mal
resolvido o problema da pandemia. A inflação está
alta. A economia estagnou. A recessão pode voltar
com força, infelizmente”.
Energia – “O governo administra mal o setor.
Já faz tempo que as famílias estão pagando muito
mais pela energia elétrica.”
Responsabilidade – “O responsável principal é
o governo, que não consegue tirar o País da crise. E
dá como solução amarga o aumento de preços e nos
juros. Claro que isso empobrece as pessoas e o
País”.
Divergências – Economistas de perfil liberal,
no entanto, defendem a paridade com os preços
internacionais. Artigo nesse sentido foi publicado
domingo, na Folha de S.Paulo, por Marcos Mendes,
pesquisador do Insper.
Fonte: Agência Sindical
14/03/2022 -
Brasil é pressionado a adotar Convenção 190 da OIT
Parlamentares, junto com o Judiciário e o Ministério
Público, estão se organizando para pressionar o País
a ratificar a Convenção 190, da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que entrou em vigor
em junho de 2021 e trata do combate à violência e ao
assédio nos ambientes de trabalho.
Durante ato no Parlamento, a Secretaria da Mulher da
Câmara dos Deputados divulgou carta aberta a
respeito. O texto destaca a vulnerabilidade que os
trabalhadores estão submetidos pela desigualdade
social. E acrescenta: “O assedio sexual é um dos
grandes entraves para o ingresso, a manutenção e o
desenvolvimento das mulheres no mundo do trabalho”.
Thaís Dumêt Faria, representante da OIT no Brasil,
afirma que a violência de gênero existe no ambiente
laboral e deve ser vista como um empecilho para o
desenvolvimento da sociedade. Ela informa: “Esta é a
primeira normativa internacional que define o
conceito de violência no trabalho. Até então, a
gente trabalhava no vazio”.
TST – O presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, Emmanoel Pereira, reuniu-se com as
ministras da Casa e desembargadoras para tratar da
Convenção 190. Ele cobrou a adesão: “Poucos países
ratificaram a Convenção e, lamentavelmente, o Brasil
ainda não faz parte desse grupo”.
Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), são 10 os países que
ratificaram. Em seis, a norma já está em vigor:
Argentina, Equador, Uruguai, Fiji, Somália e
Namíbia. Os outros são Grécia, Ilhas Maurício,
Itália e África do Sul.
Convenção – Esse é o primeiro tratado
internacional sobre violência e assédio no mundo do
trabalho. Entrou em vigor em 25 de junho de 2021. A
Convenção 190 reconhece o direito de todas as
pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e
assédio. Ela fornece também uma estrutura comum para
a ação, além de uma primeira definição internacional
de violência e assédio no mundo do trabalho,
incluindo a violência de gênero.
Mais – Acesse o
site da OIT.
Fonte: Agência Sindical
14/03/2022 -
Senado instala comissão para modernizar a Lei do
Impeachment
O Senado instalou nesta sexta-feira (11) a comissão
de juristas para atualizar e modernizar a Lei do
Impeachment, de 1950. A norma define os crimes de
responsabilidade e regula o processo de julgamento
de autoridades que incorrerem nessas práticas.
Funcionamento
A comissão terá 180 dias para apresentar um estudo e
um anteprojeto sobre o tema. Depois de subscrito por
um ou mais parlamentares, o texto passa a tramitar
como um projeto de lei e, se aprovado pelo plenário
do Senado, seguirá para análise da Câmara dos
Deputados. Após vencidas essas etapas, a proposta
segue para sanção do presidente da República.
Sob a presidência do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que em 2016
presidiu a sessão que resultou no impeachment de
Dilma Rousseff (PT), integram o colegiado 11
juristas. O grupo não receberá remuneração, mas os
gastos com logística gerada durante o funcionamento
da comissão serão custeados pelo Senado.
“Isso é muito importante para o país, uma
modernização de uma lei fundamental para os dias de
hoje, para que se possa ter a melhor disciplina
possível em relação a um instituto que foi
recentemente usado por mais de uma vez no Brasil e
que, obviamente, precisa estar adequado sobretudo à
Constituição de 1988, que veio bem depois da sua
edição na década de 50”, disse o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco.
Fonte: Agência Brasil
14/03/2022 -
Ipespe: Lula continua na liderança, mas Bolsonaro se
aproxima dele dois pontos
Nova rodada da pesquisa Ipespe divulgada nesta
sexta-feira mostra o candidato do PT, Luiz Inácio
Lula da Silva, na liderança da corrida eleitoral.
Mas o presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmando
tendência das últimas pesquisas, aproximou-se um
pouco mais dele. Uma aproximação, porém, abaixo da
margem de erro, que é de 3,2 pontos percentuais.
Bolsonaro aproximou-se dois pontos com relação à
rodada anterior.
De acordo com a pesquisa, Lula manteve os 43%,
percentual que já tinha na rodada anterior da
segunda quinzena de fevereiro. Bolsonaro passou de
26% para 28%. Ciro Gomes (PDT) cresceu de 7% para
8%. Sergio Moro (Podemos) manteve os mesmos 8%. João
Doria (PSDB) manteve os mesmos 3%. André Janones
(Avante) segue também com o mesmo percentual de 1%.
Assim como Eduardo Leite (que pode ir para o PSD
disputar o cargo), com 1%. E Simone Tebet (MDB), com
1%. Felie D’Ávila (Novo) e Alessandro Vieira
(Cidadania), que antes tinham 1% agora não pontuam.
Veja a pesquisa.
Fonte: Congresso em Foco
14/03/2022 -
Economista prevê cenário eleitoral caótico:
desemprego, inflação e estagnação
Efeito cascata provocado pelo aumento nos preços
da gasolina, do diesel e do gás de cozinha reflete
diretamente no consumo da população mais pobre. "A
situação está quase insuportável", diz Marcio
Pochmann.
O efeito cascata que será provocado pela alta da
gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que passou
a valer a partir desta sexta-feira (11), vai
provocar um cenário de caos durante a eleição
presidencial, que deve seguir polarizada entre Jair
Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
Essa é a previsão do economista Marcio Pochmann,
professor da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), que acredita que a dolarização dos preços
externos, como do petróleo, vai deteriorar ainda
mais a cambaleante gestão econômica conduzida por
Paulo Guedes.
"O cenário eleitoral será de forte desemprego, alta
da inflação e ausência de perspectiva de crescimento
econômico. Um cenário muito polarizado, do ponto de
vista político eleitoral, e de um governo que, após
4 anos, entregará um país muito pior do que recebeu
de [Michel] Temer, de uma economia que já não se
encontrava num plano adequado", disse Pochmann à
Fórum.
O economista explica que uma economia sem dinamismo
e com inflação é um quadro muito problemático.
"A situação está quase insuportável. A perspectiva
faz com que seja ainda mais difícil em termos de
recuperação de emprego e de nível de renda", relata.
Para ele, o petróleo é um preço administrado como
outros, que poderia ser perfeitamente adequado
internamente considerando um país fortemente
dependente de sua matriz de transporte no
combustível vinculado ao petróleo.
"Isso elevará o nível de preços internos ainda num
patamar mais alto, fazendo com que o custo da vida,
especialmente para os segmentos de menor renda,
fique mais difícil".
A internacionalização das oscilações do preço do
barril de petróleo - que explodiu com a guerra na
Ucrânia - desencadeia um ciclo vicioso que resulta
em uma escalada de preços sem precedentes em todos
os produtos, principalmente nos alimentos.
"A inflação alta corrói o poder aquisitivo de forma
generalizada e faz com que o Banco Central, que
vinha já numa política de aceleração da taxa de
juros deve seguir de forma ainda mais rápida o
aumento dos juros para tentar conter a inflação",
afirma o professor.
Fonte: RevistaForum
14/03/2022 -
Inflação para famílias de renda mais baixa sobe para
1% em fevereiro
A taxa é superior à observada em janeiro (0,67%),
diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a variação da cesta de compras de famílias
com renda de até cinco salários mínimos, registrou
inflação de 1% em fevereiro deste ano. A taxa é
superior à observada em janeiro (0,67%) e a maior
para um mês de fevereiro desde 2015 (1,16%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a taxa do INPC ficou um pouco
abaixo da observada pelo IPCA, que mede a inflação
oficial e que registrou variação de 1,01%.
Em 12 meses, o INPC acumula taxa de 10,80%, acima
dos 10,54% registrados pelo IPCA.
Em fevereiro, os produtos alimentícios tiveram
inflação de 1,25%. Já os não alimentícios tiveram
alta de preços de 0,92%.
Fonte: Agência Brasil
14/03/2022 -
Projeto altera Código Civil para permitir cessão de
créditos trabalhistas
Segundo o autor da proposta, o texto busca dar
maior segurança jurídica à operação
O Projeto de Lei 4300/21 autoriza a venda de crédito
trabalhista para terceiros. A proposta altera o
Código Civil e está em tramitação na Câmara dos
Deputados.
O deputado licenciado Carlos Bezerra (MT), autor do
projeto, disse que o texto busca dar maior segurança
jurídica à operação, já que a medida é polêmica na
Justiça do Trabalho.
Parte da jurisprudência considera que a cessão do
crédito a terceiros, em troca do adiantamento de
parte do valor, é vedada pela Convenção 95 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), do qual
o Brasil é signatário. A convenção determina a
proteção do salário contra penhora ou cessão.
Bezerra rebate essa visão. “Acredito, inicialmente,
não haver mais salário a receber com o término da
relação de emprego, e sim créditos. Desde que o
empregado seja devidamente informado e a própria OAB
[Ordem dos Advogados do Brasil] regule questões
éticas pertinentes à possibilidade de o advogado ser
o cessionário do trabalhador, a cessão pode ser
benéfica”, disse.
Ele lembra ainda que recentemente entraram em vigor
normas que flexibilizam a venda de crédito
trabalhista, como a Lei 14.193/21 (Lei do
Clube-Empresa), que faculta ao credor de dívida
trabalhista ou dívida cível vender o débito com
deságio.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ).
Fonte: Agência Câmara
14/03/2022 -
Proposta prevê pagamento do 13º em todos os casos de
demissão
Hoje a lei só prevê o pagamento do benefício nos
desligamentos sem justa causa
O Projeto de Lei 4419/21 determina o pagamento de
gratificação natalina em todos os casos de rescisão
no contrato de trabalho. O texto em análise na
Câmara dos Deputados altera na Lei do 13º Salário,
que atualmente prevê o benefício, ainda que
proporcional, apenas nos desligamentos sem justa
causa.
“É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria da condição social, o
13º salário”, disse o autor da proposta, deputado
licenciado Carlos Bezerra (MT), ao citar a
Constituição. “Inexiste qualquer restrição, pouco
importando se a demissão se dará com ou sem justa
causa.”
“Ocorre que o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
tem negado sistematicamente esse direito,
explicitando interpretação que não é condizente com
o princípio da supremacia da Constituição”,
continuou o parlamentar, ao defender a mudança.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
11/03/2022 -
Mulheres das centrais sindicais e movimentos sociais
se reúnem com Lula
Articulado pela Secretaria Nacional de Mulheres
do PT, encontro vai contar com representantes de
movimentos feministas e entidades sindicais
Nesta quinta-feira (10), mulheres das centrais
sindicais e de movimentos sociais participaram de um
encontro com o ex-presidente Lula para debater a
reconstrução do país e políticas de igualdade de
gênero.
A reunião “Mulheres com Lula para Reconstruir o
Brasil” aconteceu na cidade de São Paulo, de forma
híbrida, presencial e com transmissão virtual pelas
redes sociais, e contou com mulheres de mais de
vinte entidades entre movimentos sociais, populares
e sindicais, e representantes de seis partidos de
esquerda e centro-esquerda (PT, PSB, PSOL, PCdoB,
REDE e PV).
O objetivo do Encontro de Mulheres com Lula foi
estabelecer um diálogo franco e aberto sobre as
pautas que afligem as mulheres trabalhadoras, desde
o combate à violência, até políticas de geração de
emprego e renda, proteção social e segurança
alimentar.
Maria Auxiliador, secretária Nacional de Políticas
para as Mulheres da Força Sindical, achou muito
apropriado este encontro, tendo em vista os grande
prejuízos que as mulheres tem acumulado com o
governo Temer e o atual governo Bolsonaro. “Tivemos
um encontro extremamente produtivo onde o
ex-presidente Lula se mostrou extremamente sensível
às nossas reivindicações”, disse Auxiliadora que
defendeu um país igual para homens e mulheres para
ajudar na reconstrução do nosso país”.
A diversidade de entidades buscou dar a amplitude
das várias realidades das trabalhadoras brasileiras
– com representantes de movimentos como:
- sindicalistas das principais centrais do país como
CUT, CTB, Força Sindical, NCST e UGT;
- MST (Movimento Trabalhadores Rurais Sem Terra), MNU
(Movimento Negro Unificado);
- MMM (Marcha Mundial de Mulheres);
- MAB (Movimento Atingidos por Barragens);
- Fenatrad (Federação Nacional das Trabalhadoras
Domésticas)
- Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (CONTAG);
- Confederação Nacional de Articulação dos Quilombos (CONAQ);
- Conselho Nacional de Seringueiros (CNS);
- União Nacional por Moradia Popular (UNMP);
- Articulação Nacional das Mulheres Indígenas
Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA);
- Articulação das Mulheres Brasileiras (AMB) e
- União Brasileira de Mulheres (UBM)
“As mulheres estão em luta contra Bolsonaro mesmo
antes dele ser eleito. Não se pode falar em
reconstrução do país e resgate do processo
democrático sem passar por igualdade de gênero e
racial e um profundo olhar sobre o recorte de
classe. Tendo sempre em mente que um país melhor
para as mulheres trabalhadoras é um país melhor para
todo mundo”, explica Anne Moura, coordenadora do
Encontro.
Fonte: Rádio Peão Brasil
11/03/2022 -
Agenda legislativa das centrais sindicais para 2022
Apesar de 2022 ser ano de eleição, quando as
votações no Congresso Nacional tendem a diminuir,
vai haver esforço do governo Jair Bolsonaro (PL) e a
base de apoio dele no Legislativo para votação de
agenda prioritária que avança ainda mais sobre
direitos dos, em particular, dos trabalhadores, e da
sociedade, em geral.
Neuriberg Dias*
Diante dessa possibilidade, o DIAP vai divulgar a
segunda edição da “Agenda Legislativa das Centrais
Sindicais no Congresso Nacional” para municiar o
movimento sindical sobre as ameaças, mas também as
oportunidades, que podem ser colocadas para votação
pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG).
Nessa edição da Agenda Legislativa das Centrais
Sindicais foram destacadas 35 proposições, sendo 22
em tramitação na Câmara dos Deputados, e 13 no
Senado Federal. Essas são consideradas estratégicas
e com possibilidade de “caminhar” na atual
conjuntura, com impactos no emprego, diretos,
democracia e na vida.
Parte dessas prioridades destacadas pelas centrais
sindicais para este ano foram conhecidas por meio da
edição da Portaria 667/22, que apresentou a “Agenda
Legislativa Prioritária do Governo Federal 2022”,
com 39 proposições em tramitação no Congresso e mais
6 temas que estão em fase de formulação pelo Poder
Executivo.
Descolada da realidade e sem nenhum diálogo com o
movimento sindical e a sociedade, boa parte dessa
agenda atende demandas históricos de setores
econômicos ao propor como medida econômica, a
privatização dos Correios; ambiental, como
flexibilização do licenciamento ambiental;
agricultura, liberação do uso de agrotóxico; e
segurança, liberação do armamento, dentre outras
propostas defendidas pelo governo.
Também considerada importante pelas centrais
sindicais e que vem a reboque dessa agenda de
governo, os estudos e as propostas do Gaet (Grupo de
Altos Estudos do Trabalho) entregues ao MPT
(Ministério do Trabalho e Previdência) que já conta
com propostas em tramitação no Legislativo, sob a
ótica, na concepção do governo, da “modernização das
relações trabalhistas e matérias correlatas”, em 4
áreas temáticas:
1) economia do trabalho; 2) direito do trabalho e
segurança jurídica; 3) trabalho e Previdência; e 4)
liberdade sindical.
As propostas, por sua vez, não são recebidas com
surpresa pelos trabalhadores e sindicatos, que têm
combatido com apoio dos deputados federais e
senadores várias tentativas de ampliar as
contrarreformas Trabalhista e Sindical, configurada
na Lei 13.467/17.
E as não concluídas ou aprofundadas pelo governo,
com as medidas provisórias 873, 881 e 905, e,
durante a pandemia, com as MP 927, 936, 1.045 e
1.046, que são matérias tidas como estranhas
(jabutis), pois a finalidade destas é flexibilizar e
desregulamentar a legislação trabalhista.
Como quem tem inimigo não dorme, caberá mais uma vez
ao movimento sindical, realizar esforço unitário em
2 vertentes:
1) um estratégico, nas eleições; e
2) outro tático, a fim de manter o diálogo e pressão
sobre toda essa agenda em tramitação no Congresso.
O objetivo é fazer ampla divulgação de como tem
votado cada 1 dos parlamentares nos temas de
interesses da sociedade, sobretudo, em relação os
que retiram direitos dos trabalhadores.
(*) Analista política, consultor, com formação em
administração. Diretor licenciado de documentação do
Diap. Sócio-diretor da Contatos Assessoria Política.
Fonte: Diap
11/03/2022 -
Sancionada lei que prevê retorno das grávidas ao
trabalho presencial após vacinação
Presidente vetou salário-maternidade para
gestantes que aguardam concluir a imunização
e fazem funções incompatíveis com o trabalho remoto
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com veto, a
Lei 14.311/22, que muda regras sobre o trabalho de
gestantes durante a pandemia, prevendo sua volta ao
regime presencial após imunização. A lei é fruto do
projeto 2058/21, do deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO),
aprovado em fevereiro.
Publicada no Diário Oficial da União desta
quinta-feira (10), a nova norma muda a Lei
14.151/21, que garantiu o afastamento da gestante do
trabalho presencial com remuneração integral durante
a emergência de saúde pública do novo coronavírus.
A nova norma prevê que, salvo se o empregador optar
por manter a gestante em teletrabalho com
remuneração integral, a empregada gestante deverá
retornar à atividade presencial nas seguintes
hipóteses:
- após o encerramento do estado de emergência de
saúde pública decorrente do coronavírus;
- após sua vacinação contra o coronavírus, a partir
do dia em que o Ministério da Saúde considerar
completa a imunização;
- se ela optar pela não vacinação, mediante
assinatura de termo de responsabilidade,
comprometendo-se a cumprir as medidas preventivas
adotadas pelo empregador.
O presidente vetou o trecho da lei que previa
salário-maternidade, desde o início do afastamento
até 120 dias após o parto, para gestantes que
iniciaram a imunização, mas ainda não tomaram a
segunda dose da vacina e fazem funções consideradas
"incompatíveis" com o trabalho remoto, e teriam sua
gravidez considerada de risco. Além disso, vetou o
recebimento de salário-maternidade na hipótese de
interrupção de gestação.
“Em que pese meritória, a proposição contraria o
interesse público, haja vista que institui concessão
de benefício previdenciário destinado à situação de
maternidade, porém, com feição diversa da existente
para o auxílio-maternidade, já instituído na Lei
8.213/91, uma vez que é temporalmente mais
abrangente e de definição casuística”, diz a
justificativa do veto.
Fonte: Agência Câmara
11/03/2022 -
Justiça de MG condena Vale a pagar R$ 1 mi por cada
empregado morto em Brumadinho
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região
(MG) decidiu por maioria, nesta quarta-feira, 9, que
a Vale terá que indenizar cada um dos 131
trabalhadores mortos após o rompimento da mina
Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, há
três anos. O valor é de R$ 1 milhão para cada um, no
total R$ 131 milhões.
Segundo a Advocacia Garcez, que representa o
Sindicato Metabase de Brumadinho, “decidiu-se pela
manutenção da indenização pelo dano-morte, sofrido
pelos próprios trabalhadores assassinados, como
destacado pelo próprio Ministério Público do
Trabalho”.
Outras indenizações já foram pagas pela Vale às
famílias das vítimas após o acidente, mas o Metabase
Brumadinho entrou com ação pedindo danos morais
também para as vítimas. Antes, apenas as famílias
foram atendidas, informou o advogado Maximiliano
Garcez. “Esperamos que a empresa não tente atrasar o
pagamento com medidas protelatórias, o que
aumentaria ainda mais o terrível sofrimento já
causado pela Vale”, disse Garcez.
Fonte: Estadão
11/03/2022 -
Mortalidade em acidentes de trabalho é maior entre
homens, negros e pessoas com menor escolaridade
Postos de trabalho mais precarizados mostram
maior exposição a riscos e condições de segurança
menos favoráveis, aponta estudo
A mortalidade por acidentes de trabalho no Brasil,
embora estável, é alta e atinge mais alguns grupos
populacionais: homens, negros, índios e pessoas com
baixa escolaridade, além de ter maior incidência nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As
conclusões constam de artigo publicado na Revista
Brasileira de Saúde Ocupacional, da Fundacentro,
órgão governamental de pesquisa em saúde e segurança
do trabalho. Os autores apontam limitações do estudo
(inclui apenas os segurados da Previdência Social),
mas afirmam que os números possivelmente são maiores
que os oficiais.
“Os resultados deste estudo são bastante impactantes
e se referem a trabalhadores formais e informais,
mas na prática é possível que reflitam mais a
realidade dos trabalhadores formais. É possível que
os acidentes de trabalho relacionados aos
trabalhadores informais ainda sejam subnotificados,
revelando uma realidade ainda mais dramática no
Brasil”, afirmam. O trabalho é assinado pelos
pesquisadores Lizandra da Silva Menegon, Fabrício
Augusto Menegon e Emil Kupek, todos do Departamento
de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC).
Maior risco entre homens
Pelos dados, a maioria das mortes por acidentes ocorre
entre homens em idade considerada produtiva (de 20 a
59 anos) e com baixo nível de escolaridade (sem
instrução e ensino fundamental incompleto). No
recorte por gênero, a mortalidade entre os homens “é
consideravelmente superior” em todas as regiões.
Varia de 2,95 a 7,77 a cada 100 mil trabalhadores,
enquanto entre as mulheres vai de 0,35 a 1,17.
Os autores consideraram um período de 10 anos (de
2006 a 2015) e usaram dados do Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM, do Ministério da
Saúde) e do IBGE. Eles concluíram que as taxas
médias anuais de mortalidade por acidentes
mantiveram-se relativamente estáveis (com variação
de até 5%), mas alguns grupos e regiões mostraram
tendência de crescimento, como mulheres acima dos 60
anos no Centro-Oeste e pardos (classificação do
IBGE) em todas as regiões.
Em 10 anos, 33.480 mortes
Em 2015, por exemplo, a mortalidade no Nordeste foi
88% maior entre os pardos (2,45/100 mil) do que
entre os brancos. No país, a mortalidade de
trabalhadores com menos de oito anos de estudo foi
15 vezes superior à daqueles com 12 anos de estudo
ou mais, mostra o estudo. “Vários estudos têm
demonstrado que um menor nível de instrução tem
relação com a ocupação de postos de trabalho mais
precarizados, maior exposição a riscos e condições
de segurança menos favoráveis, dentre outros
elementos que prejudicam a saúde e o bem-estar”,
afirmam.
Assim, de 2006 a 2015, morreram oficialmente 33.480
pessoas por acidente de trabalho. Um quarto (25%)
tinha de 30 a 39 anos, 23% de 20 a 29 anos e 22%, de
40 a 49 aos. E 95% dos óbitos foram de homens. Pouco
mais da metade (52%) atingiu brancos, 39% pardos e
6%, pretos. Esses são números absolutos, não os de
letalidade. Eram 44% sem instrução formal ou ensino
fundamental incompleto e 23% com fundamental
completo ou médio incompleto.
Quarto no ranking mundial
Os pesquisadores lembram ainda que o Brasil só fica
atrás de China, Estados Unidos e Rússia – as
principais potências do planeta – no ranking dos
acidentes fatais. Em 2017, foram 572.169 acidentes
no país. Desse total, 12.651 resultaram em
incapacidade permanente do trabalhador e 2.096
levaram à morte.
Segundo estimativas da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) citadas na pesquisa, a cada ano
acontecem 160 milhões de acidentes no mundo. E 2,34
milhões de pessoas morrem, principalmente por
doenças relacionadas à atividade. Além disso, “em
todos os países onde a mortalidade por acidentes de
trabalho é conhecida, as taxas são superiores entre
os homens em relação às mulheres”, o que em parte se
deve ao fato de eles estarem mais presentes em
setores com maior risco, como construção civil e
transportes.
Precariedade de dados
Países com maior igualdade de gênero têm taxas bem
menores de mortalidade. Na Noruega, são 3,2 óbitos a
cada 100 mil trabalhadores entre os homens e 1 entre
as mulheres. Na Suécia, 2,1 e 0,3, respectivamente.
No Brasil, essas taxas são de 11,9 (homens) e 1,2
(mulheres). Na Argentina, 11,4 e 0,6.
“A precariedade de informações públicas e de dados
oficiais sobre acidentes de trabalho no Brasil
dificulta a análise e a interpretação dos fatores
que influenciam ou que potencializam o risco de o
trabalhador sofrer um agravo, constituindo um grave
problema de saúde pública”, advertem os
pesquisadores. “A escassez e inconsistência das
informações sobre a real situação de saúde dos
trabalhadores comprometem a definição das
prioridades para as políticas públicas, o
planejamento e a implementação das ações de Saúde do
Trabalhador.”
Fonte: Rede Brasil Atual
10/03/2022 -
Centrais participam do #15M: Dia global contra a
guerra na Ucrânia
#15M: Dia global contra a guerra na Ucrânia.
Sindicatos pela paz
Sindicatos de todo mundo estão juntos neste 15 de
março contra a guerra na Ucrânia que teve início no
dia 24 de fevereiro.
A classe trabalhadora é quem sofre as consequências
das guerras, seja pelos ferimentos e mortes, pela
migração forçada ou pelas dramáticas consequências
econômicas e sociais de qualquer guerra.
Por isso as centrais sindicais brasileiras se juntam
à classe trabalhadora internacional numa só voz
pela: #PareAGuerra
#SindicatosPelaPaz
Data: 15 de março
Horário: às 10h
Local: Praça do Patriarca, São Paulo/SP
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/03/2022 -
Precarização do mercado de trabalho tem gênero e cor
Boletim divulgado pelo Dieese sobre a inserção das
mulheres no mercado de trabalho brasileiro, com
dados da Pnad Contínua-IBGE, mostra que o cenário
piorou em dois anos.
O estudo apresenta a situação das mulheres em idade
ativa, ou seja, de 14 anos ou mais. Compara o
terceiro trimestre de 2021 com o mesmo período de
2019, pré-pandemia. Também há comparações entre
mulheres negras e não negras, e também com os
homens. O resultado é uma clara demonstração da
retração da economia no período.
Dados – Em 2019, 47,5 milhões de mulheres
estavam no mercado de trabalho, número que caiu para
46,4 milhões em 2021. Para Patrícia Pelatieri,
diretora do Dieese, os números merecem atenção. “A
diferença de mais de um milhão, em dois anos, é
preocupante. Fora que muitas perdem o emprego e
desistem de procurar, pois não têm perspectiva”,
conta a economista.
Do total no mercado de trabalho, 39 milhões estão
ocupadas. Destas, 51,6% são negras. Entre as 7,4
milhões de desocupadas, 63,5% são negras. “Isso é
mais uma amostra da desigualdade racial que existe
no Brasil”, ressalta Patrícia.
Salário – Outro dado que comprova a
desigualdade racial é o valor do salário. Por hora,
a brasileira recebe, em média, R$ 13,89. Entre as
mulheres negras, este valor cai para R$ 10,83. Não
negras têm um rendimento médio de R$ 17,13 a cada
hora trabalhada.
Média – O rendimento mensal das mulheres caiu
no período, de R$ 2.139,00 para R$ 2.078,00. Dez
categorias profissionais foram pesquisadas e apenas
as que atuam na Segurança Pública tiveram aumento na
renda. Em 2019, a categoria recebia R$ 35,57 por
hora. Dois anos depois o valor subiu pra R$ 37,71.
Homens – A pesquisa faz comparações entre
homens e mulheres. E fica claro o abismo entre os
sexos no mercado de trabalho. São 53,9 milhões de
homens ocupados, contra 39 milhões de mulheres. Em
média, eles recebem R$ 15,25 por hora, ante R$ 13,89
do sexo feminino. Outro destaque negativo é a
comparação dos homens não negros, que recebem R$
19,73 por hora, quase o dobro da mulher negra, que
tem um rendimento médio de R$ 10,83.
Entre os profissionais com curso superior, o salário
médio da mulher é de R$ 3.866,00, enquanto o dos
homens é R$ 6.113,00, quase 37% a mais. “Quanto mais
alto o nível de formação, maior a diferença
salarial”, explica Patrícia Pelatieri.
Mais – Clique
aqui e acesse a publicação do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
10/03/2022 -
Bolsonaro culpa governadores e prefeitos por alta
taxa do desemprego
Os últimos dados apresentados pelo IBGE mostram a
queda na taxa de desemprego, mas ainda continua
alta. São 12,4 milhões de pessoas sem trabalho nesse
momento.
Mas o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL),
que não assume a culpa de nada, disse que a alta
taxa de desemprego é culpa dos governadores e
prefeitos.
Essa afirmação foi feita ao conversar no famoso
cercadinho em Brasília para seus apoiadores.
“Os empregos formais voltaram à normalidade. Está
faltando os informais agora. Quem tirou serviço
informal do povo não fui eu, mas foram os
governadores e prefeitos. Eu não mandei fechar
nada”, disse.
Fonte: Mundo Sindical
10/03/2022 -
“Reforma Trabalhista precarizou e desempregou. Tem
que revogar”, defende presidente da CTB
Nas resoluções da primeira reunião do ano, no dia 4
de março de 2022, a Direção Executiva da CTB
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil) considerou que “as eleições de outubro serão
decisivas para um novo projeto nacional de
desenvolvimento fundado na valorização do trabalho,
na democracia e na soberania e devem centralizar a
atenção e os esforços de mobilização e
conscientização do sindicalismo classista”.
Para a Central, “a realização da Conclat
(Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras),
convocada pelo conjunto das centrais brasileiras
para o dia 7 de abril, será um poderoso instrumento
de elevação da consciência e do protagonismo
político dos trabalhadores e trabalhadoras, rurais e
urbanos, na vida e nos rumos da nação”: E, mais
adiante afirma: “o Brasil está diante de uma
encruzilhada histórica e as eleições de outubro
serão decisivas para o futuro da nação”.
“A CONCLAT É UMA DECISÃO AUDACIOSA”
Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou em sua
intervenção que a convocação da Conclat foi uma
decisão audaciosa. “Vamos produzir uma contraposição
da “Carta aos Brasileiros”. Vamos concordar com o
Lula que não podemos ter mais do mesmo”. Para o
presidente da central, “quem primeiro disse que ia
revogar a Reforma Trabalhista foi o presidente
Lula”. Segundo Adilson, “pesquisa recente mostra que
57% da sociedade é a favor da revogação da Reforma
Trabalhista. Se a sociedade é contra, se precarizou,
se desempregou, se assassinou, nós temos que nos
contrapor a tudo isso”.
Para Adilson, “é abominável que a gente vá dizer à
sociedade que um governo democrático popular vai
continuar sustentando o teto de gastos da Emenda
Constitucional 95”. “Por mais que enxerguemos a
correlação de forças, não podemos nos furtar de
defender nossas posições. E explicou: “muitas das
coisas que achávamos que o Lula e a Dilma iam fazer
ficaram no papel e podem ficar de novo se a gente
não pressionar. A CTB, independente de se esforçar
por um documento unitário (da Conclat), deve dar
calor a esse debate”.
De acordo com a resolução da reunião, “a classe
trabalhadora é duramente castigada pelo desemprego
em massa, a precarização das relações trabalhistas,
a carestia e o arrocho dos salários. É também
forçada a conviver com iniciativas diuturnas do
governo para liquidar o Direito do Trabalho –
impondo a chamada carteira verde e amarelo, agora
embutida na Medida Provisória 1099/22, que institui
o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil
Voluntário”.
“A renda média do trabalho caiu 11,4% no ano
passado, quando alcançou o menor patamar da série
histórica do IBGE, iniciada em 2012. A maioria dos
acordos e convenções coletivas fechados nas
datas-bases das categorias profissionais consagrou
reajustes abaixo da inflação. Em contraste, o
governo de Jair Bolsonaro não mediu esforços para
satisfazer os interesses dos banqueiros. Os quatro
maiores bancos do país (Itaú/Unibanco, Santander,
Bradesco e Banco do Brasil) abocanharam um lucro de
R$ 81,632 bilhões, em 2021, enquanto o setor
produtivo da economia era abatido pela pandemia e os
salários eram arrochados”. Para a CTB, “a classe
trabalhadora deve desempenhar um papel proeminente
nesta batalha”.
Fonte: Hora do Povo
10/03/2022 -
Produção industrial cai no primeiro mês do ano e
está abaixo do patamar anterior à pandemia
Também fica quase 20% abaixo do nível recorde,
registrado em 2011. No pior janeiro em quatro anos,
IBGE apurou queda nas montadoras e no setor de
máquinas, entre outros
A produção industrial caiu 2,4% no primeiro mês do
ano, em relação a dezembro, informou nesta
quarta-feira (9) o IBGE. Na comparação com janeiro
de 2021, a queda é de 7,2%. Foi o pior resultado
para o mês em quatro anos. Em 12 meses, a atividade
acumula alta de 3,1%.
Com esse resultado, o setor está agora 3,5% abaixo
do patamar anterior ao início da pandemia, em
fevereiro de 2020, e 19,8% abaixo do nível recorde,
alcançado em maio de 2011. “Verificamos que o mês de
janeiro está bem caracterizado pela perda de
dinamismo e de perfil disseminado de queda, uma vez
que todas as grandes categorias econômicas mostram
recuo na produção, tanto na comparação com o mês
anterior quanto na comparação com janeiro de 2021”,
afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.
A retração de dezembro para janeiro atingiu as
quatro categorias pesquisadas e 20 dos 26 ramos. O
IBGE destaca as quedas nas atividades de veículos
automotores, reboques e carrocerias (-17,4%),
indústrias extrativas (-5,2%), bebidas (-4,5%),
metalurgia (-2,8%) e de máquinas e equipamentos
(-2,3%), entre outras. Entre as altas, coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis
(3,5%) e produtos alimentícios (1,4%).
A média móvel trimestral mostrou estabilidade: 0,1%
no período encerrado em janeiro. Perdeu ritmo em
relação ao anterior (0,8%).
Na comparação com janeiro do ano passado, mesmo com
um dia útil a mais a indústria teve resultado
negativo em todas as categorias econômicas, em 18
dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 67% dos 805
produtos pesquisados. Destaque para veículos
automotores, reboques e carrocerias (-23,5%),
indústrias extrativas (-6,7%), produtos de borracha
e de material plástico (-18,8%) e produtos de metal
(-20,8%). A produção de automóveis caiu 298% e a de
eletrodomésticos linha branca, 28,1%. Já a atividade
de coque/petróleo cresceu 10%.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/03/2022 -
Paraná Pesquisas: Lula mantém liderança com 8 pontos
de vantagem sobre Bolsonaro
A terceira via segue distante de uma posição
competitiva: Sergio Moro tem apenas 7,4% das
intenções de voto
CartaCapital - Levantamento do Paraná Pesquisas
divulgado nesta quarta-feira 9 indica que Lula
mantém a liderança da corrida rumo à Presidência da
República.
No primeiro cenário estimulado, o petista marca
38,9% das intenções de voto, seguido por Jair
Bolsonaro, com 30,9%. A terceira via segue distante
de uma posição competitiva: Sergio Moro, 7,4%; Ciro
Gomes, 6,8%; João Doria, 2,2%; Eduardo Leite, 1,3%;
André Janones, 0,7%; Simone Tebet, 0,4%; e
Alessandro Vieira, 0,1%.
Leia a íntegra na
CartaCapital.
Fonte: Brasil247
10/03/2022 -
Cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas
pela Dieese
Feijão, café e óleo de soja puxaram alta de
preços
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em
fevereiro nas 17 capitais pesquisadas pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Segundo levantamento
divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Dieese, as
maiores altas foram em Porto Alegre (3,4%), Campo
Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).
Em 12 meses, comparando fevereiro com o mesmo mês de
2021, as maiores altas ocorreram em Campo Grande
(23%), Natal (19,9%) e Recife (16,9%).
A cesta mais cara é a de São Paulo, que custa R$
715,65, seguida pelas de Florianópolis (R$ 707,56),
do Rio de Janeiro (R$ 697,37) e de Porto Alegre (R$
695,91). Apesar de ter o maior custo do conjunto de
itens básicos, a cesta do paulistano foi a que teve
o menor aumento em fevereiro (0,25%). Em
Florianópolis, houve alta de 1,72% e de 0,66% no Rio
de Janeiro em fevereiro.
Aracaju tem a cesta mais barata, estimada em R$
516,82, após a elevação de 1,77% em fevereiro. No
Recife, a cesta teve aumento de 1,12% e foi a
segunda mais barata (R$ 549,20). Em João Pessoa,
terceira cesta com menor valor, houve variação de
1,98%, ficando em R$ 549,33.
Produtos
Entre os itens que puxaram as altas em fevereiro está
o feijão, cujo preço subiu em todas as capitais. Em
Belo Horizonte, o feijão carioquinha chegou a subir
10,14%. O feijão preto teve elevação de 7,25% no Rio
de Janeiro.
O quilo do café subiu em 16 capitais, tendo queda
apenas em São Paulo, onde o preço caiu 3,86%. As
maiores altas foram em Goiânia (7,77%), Vitória
(5,38%), Aracaju (5,02%) e Brasília (4,99%).
O óleo de soja aumentou em 15 capitais, sendo a
maior alta em Curitiba (2,98%). Em Fortaleza e João
Pessoa o produto teve queda de 0,86% e 0,42%
respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
09/03/2022 -
Mulheres sofreram mais os efeitos da pandemia no
mercado de trabalho, principalmente as negras
Elas foram mais atingidas pelo desemprego e têm
maior dificuldade de se recolocar. Além de continuar
ganhando menos do que os homens, mesmo quando têm
mais escolaridade
Na “situação dramática” do mercado de trabalho
brasileiro, com desemprego, informalidade,
precarização e corte de direitos, aliada à pandemia,
as mulheres foram “duramente atingidas”, destaca o
Dieese. Em boletim divulgado para marcar o Dia
Internacional da Mulher, o instituto lembra que elas
historicamente já ocupam as posições mais
vulneráveis no mercado. São mais atingidas pelo
desemprego e maior dificuldade de reinserção, além
de receber menos do que os homens, mesmo tendo maior
grau de escolaridade.
No terceiro trimestre do ano passado, havia 1,106
milhão de mulheres a menos na força de trabalho em
relação a igual período de 2019, chegando a um total
de 46,398 milhões. Os dados são da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
Isso significa, aponta o Dieese, “que parcela
expressiva de trabalhadoras saiu do mercado de
trabalho durante a pandemia e ainda não havia
retornado em 2021”. Daquela redução, 925 mil eram
trabalhadoras negras.
Desemprego e recolocação
Já entre as ocupadas, no ano passado havia
aproximadamente 1,670 milhão a menos, sendo 1,211
milhão negras. E as desempregadas aumentaram em 564
mil, com 285 mil negras e 277 mil não negras.
A diferença se observa também na taxa de desemprego,
que no caso das mulheres subiu de 14,3%, em 2019,
para 15,9% em 2021. Já a dos homens permaneceu
estável: de 10% para 10,1%. As não negras têm taxa
de desemprego de 12,5%, enquanto a das negras sobe
para 18,9%.
Nos dois casos, as mulheres enfrentam dificuldade
para retornar ao mercado. Praticamente metade das
negras (49,9%) e das não negras (47,6%)
desempregadas procuravam nova colocação há mais de
um ano. “Esse quadro é reflexo da crise sanitária e
da desestruturação do mercado de trabalho
pré-pandemia, uma vez que, no terceiro trimestre de
2019, as proporções de mulheres negras (37,5%) e não
negras (35,2%) já eram altas” diz o Dieese. Também
em 2021, a proporção de homens em busca de trabalho
há mais de um ano era de 36,1% para os negros e de
41,7% para os não negros.
Efeitos da “reforma”
As subutilizadas (que queriam trabalhar mais, porém
não conseguiram) eram 33,3% das ocupadas no terceiro
trimestre de 2021. Entre os homens, 20,9%. A
proporção caí para 26,2% para trabalhadoras não
negras e subia a 39,1% para negras. “Vale destacar
que a pandemia e a política econômica pífia do
governo elevaram a subutilização da força de
trabalho feminina.”
Segundo o Dieese, a pandemia agravou um quadro que
já era ruim, por causa da “reforma” trabalhista de
2017. “Verificou-se o crescimento do número de
mulheres trabalhadoras por conta própria, as
chamadas empreendedoras, que, na verdade, são
pessoas que lutam para sobreviver diante de uma
realidade de precarização e incertezas.” De 2019
para 2021, só houve crescimento da ocupação entre
trabalhadoras por conta própria: 9,4% para não
negras e 2,9% para negras.
E os rendimentos das mulheres continuam menores que
os dos homens. No terceiro trimestre de 2021, elas
recebiam em média R$ 2.078, enquanto eles ganhavam
R$ 2.599. Assim, as mulheres ganham o equivalente a
80% dos homens, mesmo com mais escolaridade. A
proporção subiu ligeiramente em relação a 2019
(78%). Por hora, as mulheres negras recebiam R$
10,83 e as não negras, R$ 17,13 (37% a menos).
Fonte: Rede Brasil Atual
09/03/2022 -
Prisão de sindicalistas para coibir greves viola
princípios, é ilegal e inconstitucional
Nota técnica do MPT também critica decisões
judiciais que fixam “percentuais elevados” de
manutenção de atividades
A prisão de sindicalistas como meio de inibir a
realização de greves “revela sérias violações das
liberdades de trabalho e sindical”, afirma a
Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical e do Diálogo Social (Conalis), do
Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo nota
técnica divulgada pelo órgão (leia aqui), a medida
também mostra “arbitrariedade, ilegalidade e
inconstitucionalidade”. A greve, mesmo com limites,
é direito social.
O texto do MPT aponta o uso de prisões de dirigentes
“como meio de coação e dimensionamento do direito
social fundamental de greve”. Esse direito está
previsto em dois artigos da Constituição (8º e 9º),
que tratam também da proibição da interferência
estatal na atuação das entidades sindicais. Mas,
segundo a Conalis, mesmo com garantias “os
movimentos paredistas vêm enfrentando episódios
judiciais e/ou policiais que ainda revelam o quanto
a greve resplandece estigmatizada como um delito até
os dias atuais”.
Além disso, decretar a prisão de sindicalistas para
impor o retorno ao trabalho ou manter parte das
atividades viola os direitos humanos. A nota técnica
cita trechos do Comitê de Liberdade Sindical da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). “O
conflito capital e trabalho, em atividades
essenciais ou não, por sua dimensão e complexidade
histórica, além de não se equivaler aos conflitos
individuais, deve ter sua solução norteada pelo
princípio do esgotamento das vias de composição,
inclusive quando já judicializada a questão, não se
podendo criminalizar o movimento social, sob pena de
acirramento do conflito social (…)”, afirmam os
procuradores.
Eles criticam também a determinação, comum em
paralisações, no sentido de se garantir efetivo
mínimo na ativa durante as greves. Para o MPT, atos
administrativos ou decisões judiciais às vezes fixam
percentuais elevados, sem observância de consistente
ponderação de interesses, e dos critérios da
necessidade, adequação, razoabilidade e
proporcionalidade”. O que também pode caracterizar
conduta antissindical, levando à responsabilização
do Estado brasileiro.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/03/2022 -
Preços de produtos na saída das fábricas sobem 1,18%
em janeiro
IPP acumula taxa de inflação de 25,51% em 12
meses
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
variação de preços de produtos na saída das
fábricas, registrou inflação de 1,18% em janeiro
deste ano. Em dezembro de 2021, o IPP havia apurado
deflação (queda de preços) de 0,08%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o IPP acumula taxa de inflação
de 25,51% em 12 meses, abaixo da inflação acumulada
em dezembro (28,45%).
Em janeiro, 18 das 24 atividades industriais
pesquisadas tiveram alta de preços, com destaque
para indústrias extrativas (9,54%), petróleo e
biocombustíveis (2,26%) e veículos automotores
(2,27%).
Vestuário não teve variação de preços. Entre os
cinco segmentos com deflação, o destaque ficou com
metalurgia (-1,48%).
Analisando-se as quatro grandes categorias
econômicas da indústria, três delas tiveram
inflação: bens de capital, isto é, máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo (2,56%); bens
intermediários, isto é, insumos industrializados
usados no setor produtivo (1,73%) e bens de consumo
duráveis (1,20%). Bens de consumo semiduráveis e não
duráveis tiveram deflação de 0,27%.
Fonte: Agência Brasil
08/03/2022 -
Emprego, Direitos, Democracia e Vida
Já se passaram quase 20 anos desde quando as
Centrais Sindicais iniciaram uma longa jornada de
mobilização e protagonismo propositivo unitário do
movimento sindical. Em 2003, as iniciativas
sindicais de diálogo com o Presidente Lula foram
respondidas da seguinte forma: “negociarei com vocês
todos juntos!”. Também naquele ano o governo tomou a
iniciativa de instalar o Fórum Nacional do Trabalho
para tratar da reforma sindical, trabalhista e do
sistema de relações de trabalho, entre outros
espaços de participação e de diálogo social.
Diante disso, colocou-se para as Centrais Sindicais
o desafio de participar mobilizando suas bases e
organizado uma agenda propositiva a ser apresentada
nos processos de negociação que envolveram também os
empresários e realizados em diferentes espaços de
intervenção (grupos, conselhos, fóruns, comitês,
entre outros).
Ao longo de 2004 organizaram a 1ª Marcha da Classe
Trabalhadora, atividade de mobilização que culminou
com uma marcha/caminhada em Brasília, em dezembro de
2004. As oito Marchas realizadas no período de
dezembro/2004 a abril/2015 sempre contaram com uma
pauta propositiva entregue ao Presidente da
República, aos seus Ministros e ao Congresso
Nacional, desdobradas em negociações e tratativas.
Um dos mais importantes acordos celebrados entre as
Centrais Sindicais e o governo federal foi a
política de valorização do salário mínimo,
materializada na Lei 12.328/2011, renovada até 2018
e extinta pelo governo Bolsonaro. Essa política de
valorização garantiu um aumento real de 78% ao
salário mínimo.
A cultura sindical de unidade foi se fortalecendo
com a construção das Marchas e as intervenções nos
espaços de negociação. Progressivamente o espaço de
unidade de ação foi se constituindo tendo como base
o respeito ao posicionamento de cada Central e a
perspectiva prioritária de favorecer a uma agenda e
estratégias de ação comuns.
As Marchas e as negociações demandaram a formulação
de uma pauta. A partir da sistematização feita pelo
DIEESE de todos os documentos dos Congressos das
Centrais Sindicais se construiu “Agenda dos
Trabalhadores pelo Desenvolvimento”, contendo cerca
de 150 propostas para o desenvolvimento econômico,
social, trabalhista e sindical, lançada em 2007, em
evento realizado em São Paulo.
Em 2010, a “Agenda da Classe Trabalhadora para um
projeto de desenvolvimento, com soberania,
democracia e valorização do trabalho”, foi lançada
em um grande evento realizado no Estádio do
Pacaembu, que recebeu mais de 30 mil dirigentes e
trabalhadores de todo o país. Essa nova pauta foi
atualizada com os novos conteúdos deliberados pelos
congressos nacionais das Centrais Sindicais
ocorridos entre 2007 e 2010. A Agenda da Classe
Trabalhadoras continuou a orientar as ações e foi
entregue aos candidatos à Presidência da República e
aos Governos Estaduais.
Agora, em 2022, as Centrais Sindicais decidiram
novamente realizar um processo de debate e
formulação da Pauta da Classe Trabalhadora orientada
pelos eixos estratégicos do emprego, direitos,
democracia e vida. A Conferência da Classe
Trabalhadora – CONCLAT, a ser realizada no dia 07 de
abril, será um evento de apresentação à sociedade
das propostas reunidas nessa Pauta, que está sendo
elaborada a partir dos documentos dos Congressos das
Centrais Sindicais, sistematizados em um documento
base que está em debate nas Centrais Sindicais e que
será consolidado a partir das propostas oriunda dos
debates.
A CONCLAT também abrirá uma nova etapa dos
trabalhos, realizando Encontros Regionais para
complementar a Pauta Nacional com propostas locais e
organizar a mobilização nas bases para difundir à
classe trabalhadora a sua Pauta e entregá-la aos/às
candidatos/as.
Mais uma vez o investimento na unidade de ação busca
incidir no processo eleitoral de forma propositiva,
aportando uma agenda para o desenvolvimento nacional
no contexto das profundas mudanças no mundo do
trabalho e dos desafios ambientais, indicando a
centralidade das questões do trabalho como
estruturante de estratégias que articulem e
sustentem o crescimento econômico a partir de um
sistema produtivo promotor de sustentabilidade
socioambiental, com a geração de empregos de
qualidade e o incremento da renda do trabalho, bem
como destacando a necessidade de mudanças profundas
no sistema de relações de trabalho, na valorização
dos sindicatos e da negociação coletiva, a promoção
efetiva de proteção social, trabalhista e
previdenciária para todos os trabalhadores e todas
as trabalhadoras.
Fonte: Agência Sindical
08/03/2022 -
Eletrobras: empresas e sindicatos têm até dia 17
para negociar plano de saúde
Até lá, a categoria deve suspender as
paralisações em curso ou previstas
Em audiência de conciliação conduzida na sexta-feira
(4) pelo ministro Agra Belmonte, do Tribunal
Superior do Trabalho, representantes das empresas do
sistema Eletrobras e dos sindicatos dos empregados
acertaram que, até 17/3, deverão negociar detalhes
do plano de saúde, partindo da proposta de que 70%
do custeio ficariam a cargo do empregador e 30% por
conta dos trabalhadores. Até essa data, os
sindicatos devem suspender as paralisações em
andamento ou previstas.
A repartição do custeio havia sido proposta pelo
ministro em audiência anterior, em 24/2, e submetida
à Secretaria de Coordenação e Governança das
Empresas Estatais (Sest), que a acolheu. Segundo o
ministro, a definição dos percentuais é um ponto de
partida para que seja negociado o detalhamento de
outros pontos, como cobertura e inclusão de
dependentes. Até o dia 17/3, ele afirmou que as
partes devem apresentar alguma proposta concreta
nesse sentido, mesmo que ainda haja aspectos a serem
discutidos. Sem isso, o relator remeterá o caso a
julgamento pela Seção Especializada em Dissídios
Coletivos (SDC) do TST.
Atendendo a pedido dos representantes dos
empregados, o ministro concedeu prazo até a próxima
quarta-feira (9) para que os sindicatos deliberem
sobre a suspensão das paralisações.
Fonte: TST
08/03/2022 -
Alckmin se reúne com Siqueira e sela ida para o PSB,
diz presidente do partido
Ainda não há data para o anúncio. Alckmin, cotado
para vice de Lula, quer um tempo para organizar seus
apoiadores para que ingressem com ele no novo
partido
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem
partido) se reuniu na manhã desta segunda-feira (7)
com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e
praticamente selou sua filiação à sigla, relata Vera
Magalhães, do jornal O Globo. Já no final de semana
havia a expectativa para a definição de Alckmin pelo
PSB.
Um aliado de Alckmin afirmou que o ex-presidente
Lula (PT) "tem deixado claro" que o ex-tucano será
seu vice na chapa pela Presidência da República
"independentemente do partido que escolher".
À Vera Magalhães, Siqueira disse que Alckmin só não
ingressará na sigla se não quiser. "Para mim nunca
houve dúvida de que ele viria para o PSB. É muito
bem-vindo por todos".
Fonte: Brasil247
08/03/2022 -
Lira suspende retorno presencial na Câmara por tempo
indeterminado
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), decidiu manter as atividades legislativas
da Casa de maneira remota e por tempo indeterminado.
O ato contendo as diretrizes foi publicado no Diário
da Câmara, em edição extraordinária, neste sábado
(5).
O retorno presencial dos parlamentares estava
previsto para acontecer após o carnaval, período em
que o presidente esperava uma queda nos casos da
variante ômicron da covid-19.
Segundo Lira, o adiamento das atividades presenciais
tem por objetivo “diminuir a circulação de pessoas
nas dependências desta Casa Legislativa, preservando
a saúde não só dos parlamentares, mas também dos
servidores e dos colaboradores, considerando os
efeitos da pandemia”, conforme apontou na
justificativa do ato.
Também ficam interrompidas as atividades das
comissões, que não conseguem se reunir para
conseguir eleger seus novos presidentes.
Fonte: Congresso em Foco
08/03/2022 -
Prazo pra regularizar Título de Eleitor vai até 4/5
Para poder votar nas eleições deste ano, as pessoas
que estão com pendência no Título de Eleitor têm
menos de dois meses para regularizar a situação
junto à Justiça Eleitoral. O prazo vale para quem
deseja solicitar a emissão da primeira via, realizar
transferência ou a atualização do documento.
No dia 4 de março, o cadastro eleitoral deve ser
fechado, 150 dias antes da eleição, conforme a Lei
9.504/1997, que trata das eleições. A partir da
data, nenhuma alteração pode ser feita no registro
do eleitor, apenas permitida a emissão de segunda
via do documento.
O primeiro turno das eleições será no dia 2 de
outubro. Pela Constituição Federal, o pleito deve
ocorrer sempre no primeiro domingo de outubro.
Passo a passo – A regularização do Título
pode ser feita portal do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). Antes de qualquer alteração, quem já possui
título deve verificar se há débitos ou multas. Se
for o caso, basta gerar a Guia de Recolhimento da
União (GRU) para pagamento e aguardar a
identificação da quitação pela Justiça Eleitoral.
Na sequência, é preciso reunir os dados para anexar
ao requerimento, pelo sistema Título Net. Será
necessário digitalizar ou tirar fotos dos seguintes
documentos: frente e verso de documento oficial de
identidade; comprovante de residência recente;
comprovante de pagamento de débito com a Justiça
Eleitoral; comprovante de quitação do serviço
militar, quando homem maior de 18 anos; e é preciso
fazer uma selfie segurando o documento de
identidade, com o lado da foto visível.
e-Título – Outra forma de consultar eventuais
pendências junto à Justiça Eleitoral é pelo
aplicativo e-Título. A ferramenta também é utilizada
como título eleitoral digital, substituindo o
documento em papel no dia das eleições. Basta fazer
o download gratuito em telefones celulares ou
tablets de qualquer plataforma.
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Fonte: Agência Sindical
08/03/2022 -
Projeto cria regra diferenciada para repercussão
geral em processos trabalhistas
Autor da proposta argumenta que a legislação
atual acaba suspendendo o processamento de pedidos
de natureza alimentar
O Projeto de Lei 4561/21 determina que, em caso de
repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), a Justiça do Trabalho, incluindo o
Tribunal Superior do Trabalho (TST), deverá
suspender apenas o processamento de capítulo ou
processo relacionado ao tema objeto da decisão do
Supremo. A proposta, que altera o Código de Processo
Civil, tramita na Câmara dos Deputados.
A repercussão geral é o instrumento pelo qual o STF,
ao analisar recursos com grande relevância jurídica,
política, social ou econômica, decide que o
entendimento adotado para o caso deverá ser aplicado
por todas as instâncias do judiciário em casos
idênticos.
Ao propor a alteração relacionada a causas
trabalhistas, o autor, deputado licenciado Carlos
Bezerra (MT), argumenta que a legislação atual acaba
suspendendo também o processamento de diversos
pedidos complementares que costumam fazer parte do
processo trabalhista.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
em razão de repercussão geral, há 104.119 processos
trabalhistas suspensos no Tribunal Superior do
Trabalho e, ainda, 18.678 no âmbito dos Tribunais
Regionais do Trabalho (TRTs).
“Em outras palavras, esses 122.797 jurisdicionados
que postulam inúmeros pedidos de natureza alimentar
como diferenças salariais, verbas rescisórias,
adicionais de insalubridade, periculosidade, entre
outros, estão com a prestação jurisdicional
paralisada indefinidamente, por conta de uma única
matéria afetada pelo Supremo Tribunal Federal”, diz
a justificativa da proposta.
Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
07/03/2022 -
CONCLAT/2022: Centrais sindicais apresentam
documento para o debate
As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CSB,
CTB, Nova Central, CONLUTAS, Intersindicais e
Pública decidiram convocar o CONCLAT/2022
(Conferência da Classe Trabalhadora/2022) para
debater e decidir um documento unitário, que nos
ajudará nas ações unitárias e também será entregue a
todos os candidatos e candidatas que se apresentarem
para a eleição presidencial de 2022. Esse documento
será debatido dentro das instâncias das centrais
sindicais e de seus sindicatos filiados, com prazos
até dia 20 de março, quando a partir daí, o comitê
organizador preparará uma proposta unitária que será
apresentada no dia 7 de abril de 2022.
As centrais sindicais apresentaram nesta sexta-feira
um documento unitário com propostas para a
elaboração da Pauta da Classe Trabalhadora.
As lideranças sindicais destacam no documento que a
iniciativa, pautada na unidade de ação e de luta, é
fundamental para o enfrentamento e para superar a
gravíssima crise que destrói o país, que fragiliza o
sistema produtivo, que precariza as condições de
trabalho, arrocha os salários, provoca desemprego,
joga milhões na pobreza e na miséria, destrói o meio
ambiente e ataca a democracia.
Os sindicalistas ressaltam que, como feito em anos
anteriores, eles irão incidir no processo de debate
eleitoral com propostas. “Vamos lançar no dia 07 de
abril a Pauta da Classe Trabalhadora 2022”, dizem no
texto.
Neste momento o movimento sindical está na fase de
formulação da Pauta e as centrais sindicais
convidaram todas as entidades à participarem, da
construção deste documento analisando e contribuindo
com propostas.
A proposta de Pauta da Classe Trabalhadora contém
medidas emergenciais, que visam por exemplo garantir
empregos, direitos, democracia e a vida; ações de
combate à pandemia de covid-19; valorização do
salário mínimo e combater a carestia e promover a
segurança alimentar.
Clique aqui e confira a íntegra da proposta de
Pauta da Classe Trabalhadora
Fonte: Rádio Peão Brasil
07/03/2022 -
Nota das centrais sindicais: A luta contra os
despejos no Brasil!
Ao longo desses dois anos de pandemia o Supremo
Tribunal Federal determinou, em duas ocasiões, a
suspensão das reintegrações de posse, com vistas à
proteção da saúde, da dignidade e da vida de
famílias de baixa renda. O último prazo estabelecido
ao final de 2021 garantiu a suspensão dos despejos
de ocupações rurais e urbanas até o próximo 31 de
março.
Segundo estimativas do Observatório das Remoções,
cerca de 120 mil famílias em todo o Brasil correm
risco de ser retiradas à força de suas moradias e
colocadas nas ruas quando este prazo acabar. Por
conta dessa tragédia que já é grave e pode piorar,
apoiamos a campanha Despejo Zero e nos somaremos às
atividades e lutas previstas para este mês de março
para alertar a sociedade e exigir a prorrogação
desse prazo a fim de evitar mais esse sofrimento
para o povo brasileiro.
Estamos em plena crise sanitária e econômica. Crise
que gerou um desemprego recorde que, segundo o IBGE,
atinge mais de 12 milhões de pessoas e que elevou
vertiginosamente a pobreza e a fome. Não podemos
ficar inertes frente a esse drama social.
Diante deste quadro, conclamamos aos Ministros e
Ministras do Supremo Tribunal Federal que tenham
sensibilidade com essa causa e que acatem o novo
pedido de prorrogação feito pela Campanha Nacional
Despejo Zero para atravessar esse período agudo de
crise.
Mas é necessário ir além. É preciso que sejam
construídas no Brasil soluções definitivas de
moradia para famílias mais pobres, que são mais
suscetíveis às crises.
São Paulo, 04 de março de 2022.
Sérgio Nobre, presidente da CUT - Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT - União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, presidente da CTB - Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Antonio Neto, presidente da CSB - Central de
Sindicatos do Brasil
Edson Carneiro Índio, SG da Intersindical Central da
Classe Trabalhadora
Atnágoras Lopes, secretário nacional da CSP CONLUTAS
José Gozze, presidente da Pública, Central do
Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical
Instrumento de Luta
Fonte: Mundo Sindical
07/03/2022 -
Luta contra a privatização da Eletrobras chega à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Entidades sindicais e movimentos populares,
representadas pela Advocacia Garcez, denunciaram
nesta quinta-feira o Estado Brasileiro à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em
Washington, pela violação de direitos fundamentais
decorrente da modelagem da privatização da
Eletrobras, classificadas na denúncia como “errônea
e agressiva”.
A petição solicita a concessão de medidas cautelares
a serem implementadas imediatamente pelo Estado
Brasileiro, a fim de impedir o prosseguimento da
desestatização na forma proposta pelo governo de
Jair Bolsonaro.
“A privatização da Eletrobras, do modo como tem sido
intentada pelo governo brasileiro, provocaria graves
violações aos direitos humanos. Causaria o aumento
de tarifas, prejudicando o direito da população, em
especial os setores mais vulneráveis da sociedade,
que não teriam garantido o direito à energia de modo
seguro e acessível”, explicaram os advogados do
Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE)
Maximiliano Garcez, Elisa Alves e Rodrigo Salgado,
da Advocacia Garcez, que foram a Washington fazer a
denúncia.
Segundo eles, a modelagem de privatização da
Eletrobras, como aprovada pela Lei 14.182/21, viola
diretamente direitos fundamentais por quatro
aspectos. Eles afirmam que a modelagem valoriza os
ganhos econômicos em detrimento do interesse público
e social, sem qualquer enfoque de direitos humanos,
tendo elevado potencial de afetar o fornecimento de
energia a pessoas em situação de vulnerabilidade
econômica.
Outra questão se refere às garantias e proteção
judiciais, pela inviabilidade do acesso a recursos
eficazes nas ações que questionam o modelo de
privatização da Eletrobras. Outro ponto é a
imposição da contratação obrigatória de
termelétricas, o que aumentará a emissão do Brasil
em gases de efeito estufa.
Questiona-se, ainda, a violação ao Direito à
Participação Social em Assuntos Políticos, pelo
argumento de que o Estado Brasileiro não viabilizou
mecanismos efetivos e eficazes para participação
social no processo de privatização da Eletrobras,
assunto de extrema relevância e interesse público,
nos atos e medidas que se operacionalizaram nos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Assinam a denúncia o Coletivo Nacional dos
Eletricitários (CNE); a Central Única dos
Trabalhadores (CUT); a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NSCT); a Confederação Nacional do s
Trabalhadores da Indústria (CNTI); o Movimento dos
Atingidos por Barragens (MAB); Instituto Rede
Jubileu Sul Brasil e Diocese Anglicana de Brasília.
Após o protocolo da denúncia, feita nesta
quinta-feira, os advogados cumprirão agendas com
diversas entidades de proteção de direitos humanos e
de proteção do meio ambiente, bem como com o
movimento sindical norte-americano.
“Seguiremos em constante luta, nas instâncias
nacionais e internacionais, para garantir que as
violações de direitos dos cidadãos brasileiros, por
esta forma de privatização da Eletrobras, sejam
cessadas”, afirmaram os advogados.
Por Denise Luna- Estadão
Fonte: FNU
07/03/2022 -
Centrais Sindicais: “Arthur do Val desrespeita o
povo e deve ser cassado”
Em nota, sindicalistas exigem reparação e informam
que denunciaram o deputado estadual ao Ministério
Público.
Os presidentes das Centrais Sindicais defenderam,
neste sábado (5/3), a cassação do mandato do
deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP). “É
triste que os brasileiros que já sofrem com a
pandemia, com o desemprego e com a pobreza ainda
tenham que ouvir, nas vésperas do Dia Internacional
da Mulher, áudios insultuosos como os do “Mamãe
Falei”. Que o fato receba a devida reparação e o
deputado seja cassado”, afirmaram em nota conjunta.
Assinam o documento Sergio Nobre, presidente da CUT
– Central Única dos Trabalhadores; Miguel Torres,
presidente da Força Sindical; Ricardo Patah,
presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores;
Adilson Araújo, presidente da CTB – Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; Antonio
Neto, presidente da CSB – Central de Sindicatos do
Brasil; Oswaldo Augusto de Barros, presidente da
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores; Edson
Carneiro Índio, SG da Intersindical Central da
Classe Trabalhadora; Atnágoras Lopes, secretário
nacional da CSP CONLUTAS; José Gozze, presidente da
Pública, Central do Servidor; e Emanuel Melato,
coordenação da Intersindical Instrumento de Luta.
No texto, as lideranças sindicais informam ainda que
solicitaram que o Ministério Público abra
investigação sobre a conduta racista, misógina e
xenófoba do deputado. “Nos áudios hediondos que ele
transmitiu para seu grupo de amigos no WhatsApp e
que se tornaram públicos na noite desta sexta-feira
ele ofendeu não só as mulheres, mas os pobres, os
povos refugiados, foi racista ao exaltar um
estereótipo, ou seja, expressou tudo aquilo contra o
que lutamos: a desumanização, a dominação machista,
a covardia, a injustiça. Mostrou, com isso, todo seu
despreparo para ser um represente do povo e por isso
não deve permanecer como deputado e deve ser
cassado”, consideram.
Conheça a íntegra da nota das centrais sindicais:
“Ouvimos com indignação e asco os áudios do deputado
estadual em SP pelo Podemos sobre as mulheres
ucranianas. O deputado, a pretexto de ajudar um dos
lados no conflito entre Rússia e Ucrânia, revelou,
através de áudios vazados pela imprensa, que o
verdadeiro objetivo de sua viagem para o leste
europeu nada tem a ver com política ou ação
humanitária. Ao contrário, seus anseios mostram uma
personalidade hedonista, irresponsável, ignorante,
racista e profundamente misógina.
Nos perguntamos o que de fato Arthur do Val, o
“Mamãe Falei”, foi fazer na Ucrânia? E o que ele,
com essa visão sobre as pessoas, faz na Assembleia
Legislativa de São Paulo? Ele, que em 2019, chamou
sindicalistas que estavam na galeria da Alesp de
“bando de vagabundo”! Com que moral o “Mamãe Falei”
fala dos trabalhadores e suas entidades?
Nos áudios hediondos que ele transmitiu para seu
grupo de amigos no WhatsApp e que se tornaram
públicos na noite desta sexta-feira ele ofendeu não
só as mulheres, mas os pobres, os povos refugiados,
foi racista ao exaltar um estereótipo, ou seja,
expressou tudo aquilo contra o que lutamos: a
desumanização, a dominação machista, a covardia, a
injustiça. Mostrou, com isso, todo seu despreparo
para ser um represente do povo e por isso não deve
permanecer como deputado e deve ser cassado.
Solicitamos que Ministério Público abra investigação
sobre a conduta racista, misógina e xenófoba do
deputado.
No mês de março, quando comemoramos a luta pelos
direitos das mulheres à igualdade, equidade,
respeito, dignidade e justiça, um deputado
brasileiro nos envergonha internacionalmente.
É triste que os brasileiros que já sofrem com a
pandemia, com o desemprego e com a pobreza ainda
tenham que ouvir, nas vésperas do Dia Internacional
da Mulher, áudios insultuosos como os do “Mamãe
Falei”. Que o fato receba a devida reparação e o
deputado seja cassado.
São Paulo, 5 de março de 2021″
Fonte: Portal Vermelho
07/03/2022 -
INSS: Revisão da vida toda pode aumentar
aposentadorias; entenda
Com "voto de minerva" de Alexandre de Moraes, STF
aprovou revisão da vida toda para beneficiários do
INSS
Na noite da quinta-feira (24), o Supremo Tribunal
Federal (STF) aprovou a "revisão da vida toda" para
beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). Até agora, só eram considerados os
recolhimentos de aposentadorias depois de 1994, ou
seja, após o Plano Real, o que diminuía o valor do
benefício de muitos segurados.
Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que
deu "o voto de minerva", muitas aposentadorias e
pensões poderão ter um aumento. Além disso, os
segurados podem entrar na Justiça para reaver os
valores, que podem chegar a R$ 100 mil.
Segundo advogados, sempre que surgem reformas
previdenciárias, são criadas regras de transição,
que minimizam os efeitos da nova legislação para
quem já estava contribuindo para o INSS. No entanto,
essas regras não podem prejudicar o trabalhador, o
que aconteceu com a decisão que valia até ontem.
Agora, os aposentados terão o direito de pedir na
Justiça a inclusão de todas as suas contribuições no
INSS no cálculo da média salarial, inclusive as
anteriores a julho de 1994. Essas contribuições mais
antigas haviam sido retiradas dos cálculos conforme
legislação de 1999.
Como pedir a "revisão da vida toda"?
O valor retroativo, ou seja, o que a pessoa teria
direito caso não tivessem acontecido mudanças, só
poderá ser recuperado de maneira judicial. Ou seja,
o beneficiário precisa levar a documentação para que
um especialista calcule se existe a possibilidade.
Para fazer os cálculos, é preciso ter em mãos
carteiras de trabalho, carnês de contribuição,
processo administrativo de aposentadoria (requerido
no site ou no aplicativo do INSS) e carta de
concessão do benefício a ser revisado.
Quem tem direito?
Por se tratar de uma ação judicial, tem direito a
solicitar a revisão da vida toda pessoas que se
aposentaram a partir de 2012. Isso porque o prazo
para solicitar correções na aposentadoria na Justiça
é de 10 anos após a concessão do benefício.
Além disso, é necessário que o cidadão tenha se
aposentado antes da reforma de 2019, que mudou
novamente as regras de cálculo. Isso porque a
decisão do STF se refere a distorção na lei de 1999,
modificada pela reforma.
Com a decisão, as ações na Justiça para requerer o
benefício que estavam paradas também voltarão a ser
julgadas.
Fonte: RevistaForum
07/03/2022 -
TST vai fazer estudos sobre impactos da reforma
trabalhista na Justiça do Trabalho
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro
Emmanoel Pereira, assinou na quinta-feira (24/2),
ato que constitui grupo de trabalho com o objetivo
de promover estudos sobre os impactos da reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017) no âmbito da Justiça
do Trabalho. O grupo terá 30 dias para apresentar a
conclusão dos trabalhos, que deverão se desenvolver,
preferencialmente, de forma telepresencial.
No desenvolvimento de suas atividades, o grupo
poderá convidar pesquisadores, professores,
estatísticos e representantes de entidades de
classe, entre outros profissionais, para discussão e
obtenção de dados estatísticos e informações úteis e
necessárias para o atendimento dos seus objetivos.
A medida considera, entre outros pontos, a
necessidade de aprofundar os efeitos da mudança
legislativa na Justiça do Trabalho como meio de
orientar a formulação e a execução de suas políticas
públicas.
Leva em conta, também, a Resolução 325/2020 do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina
que a execução da Estratégia Nacional do Poder
Judiciário para o sexênio 2021-2026 busque
concretizar os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da Agenda 2030, aprovados pela
Organização das Nações Unidas.
O Objetivo 16 da Agenda trata do acesso à justiça
por meio de instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos os níveis. Ainda de acordo com o
ato, um dos macrodesafios do Poder Judiciário para
esse período é o "fortalecimento da relação
institucional do Poder Judiciário com a sociedade".
O grupo de trabalho é integrado pelo desembargador
Paulo Sérgio Pimenta (18ª Região), pelo juiz do
trabalho Saulo Tarcísio de Carvalho Fontes (16ª
Região), pelo juiz auxiliar da Presidência do TST
Luciano Athayde Chaves, pelos juízes auxiliares da
Presidência CSJT Rogério Neiva Pinheiro e Firmo Leal
Neto, pelo secretário-geral da Presidência do TST,
Luiz Cláudio Gonçalves, e pela secretária-geral da
Presidência CSJT, Carolina da Silva Ferreira. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
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