Blog - Notícias Anteriores - Março 2023
31/03/2023 -
Clemente, patrocinado pela CUT, diz que chegou a
hora de dividir os trabalhadores
31/03/2023 -
Centrais Sindicais iniciam panfletagem do Dia do
Trabalhador na segunda (3)
31/03/2023 -
Dirigentes sindicais de Alagoas agradecem por
esclarecimento de pontos obscuros da proposta de
reforma sindical
31/03/2023 -
PF quer ouvir Bolsonaro e mais nove envolvidos no
escândalo das joias sauditas ao mesmo tempo
31/03/2023 -
Produção industrial fica perto da estabilidade,
ainda sem recuperar perdas recentes
30/03/2023 -
Teto dos juros para consignados traz visões
diferentes dentro do sindicalismo
30/03/2023 -
Em Aracaju, Nova Central reforça necessidade de
união da base para consolidação do futuro do
Movimento Sindical
30/03/2023 -
Centrais se solidarizam com presidenta do Sindicato
dos Metroviários SP
30/03/2023 -
Caged: Brasil cria 241.785 vagas com carteira
assinada em fevereiro, acima do esperado
30/03/2023 -
Preços de produtos na saída das fábricas recuam
0,30% em fevereiro
30/03/2023 -
TST vai decidir se CCT pode diferenciar valores de
cesta básica para sindicalizados
30/03/2023 -
Comissão aprova segredo de justiça em casos de violência
contra a mulher
29/03/2023 -
Em Salvador, Nova Central inicia giro pelo Nordeste
para debater futuro do Movimento Sindical
29/03/2023 -
Vagner Freitas assume Sesi e defende
reindustrialização e fim de juros ‘extorsivos’.
Alckmin critica BC
29/03/2023 -
A partir de maio, quem ganha até R$ 2.640 fica
isento de Imposto de Renda
29/03/2023 -
Jovens pagam a conta da crise e sofrem mais com o
desemprego
29/03/2023 -
TST valida norma coletiva que negava minutos
residuais como horas extras
29/03/2023 -
TST vai decidir se CCT pode diferenciar valores de
cesta básica para sindicalizados
28/03/2023 -
1º de Maio Unitário e as propostas do sindicalismo
28/03/2023 -
Moacyr fala para Confederação dos Bancários sobre
proposta das Centrais
28/03/2023 -
Novo Estatuto do Trabalho é pautado pela promoção
dos direitos sociais, diz Paim
28/03/2023 -
Secretaria da Mulher da Câmara lança campanha de
combate à violência política
28/03/2023 -
BNDES deve voltar a investir mais na indústria do
que em agropecuária
28/03/2023 -
Padilha diz que ainda não há data para apresentação
do arcabouço fiscal, mas conversas devem avançar na
semana
27/03/2023 -
Dirigentes
sindicais de Santa Catarina participam do 8º
Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras da NCST
27/03/2023 -
Boletim aponta que 80,4% dos reajustes superam
inflação em fevereiro
27/03/2023 -
Luiz Carlos Motta será relator de PL que proíbe a
dispensa do empregado que concorre a vaga de membro
do Conselho Fiscal de sindicato ou associação
profissional
27/03/2023 -
Governo assina acordo com sindicatos para reajuste
de 9% aos servidores federais
27/03/2023 -
CDH terá ciclo de debates sobre Estatuto do Trabalho
27/03/2023 -
TST muda
entendimento sobre pagamento de horas extras e
estabelece novas regras
24/03/2023 -
Dieese capta modesta melhora no Índice da Condição
do Trabalho
24/03/2023 -
Governo decidirá sobre consignado do INSS até a
próxima terça
24/03/2023 -
Ministério resgata mais escravizados
24/03/2023 -
Rui Costa critica Selic a 13,75%: Não tem razão que
explique
24/03/2023 -
Acordo onde apenas empregado renuncia a direitos não
pode ser homologado
24/03/2023 -
Briga entre Lira e Pacheco sobre MPs dificulta
aprovação de projetos de Lula no Congresso
24/03/2023 -
Lula diz que “vai resolver” piso salarial da
enfermagem
23/03/2023 -
Uma conversa democrática sobre o futuro do Movimento
Sindical
23/03/2023 -
Reajustes salariais mantêm tendência de melhora: em
2023, quase 74% acima da inflação
23/03/2023 -
Lewandowski adia ação sobre idade mínima para
aposentadorias especiais
23/03/2023 -
Mulheres vítimas de violência poderão ter proteção
imediata
23/03/2023 -
Aprovada inclusão de dados sobre raça em documentos
trabalhistas
23/03/2023 -
Haddad diz que comunicado do Copom após manter juros
é “preocupante”
22/03/2023 -
Lewandowski pede
vista em ação sobre idade mínima para aposentadoria
por insalubridade
22/03/2023 -
Lula diz que arcabouço fiscal não será apresentado
antes de viagem à China
22/03/2023 -
Centrais sindicais protestam contra taxa básica de
juros de 13,75%
22/03/2023 -
Assédio sexual é incluído em comissão de prevenção
de acidentes
22/03/2023 -
Pobres e negros são os mais discriminados, diz Paim
22/03/2023 -
Petroleiros aprovam paralisação no dia 24 e não
descartam greve contra privatizações
22/03/2023 -
Governo Lula planeja ofensiva no STF para derrubar
regra da privatização da Eletrobrás
21/03/2023 -
Fiesp vê indústria menos produtiva, penalizada por
carga tributária e juros
21/03/2023 -
O movimento sindical brasileiro e os novos desafios
21/03/2023 -
Marinho defende revisão de normas de terceirização
trabalhista
21/03/2023 -
Pesquisa Ipec mostra Lula com 41% de avaliação boa
ou ótima em quase três meses de governo
20/03/2023 -
Centrais repudiam chantagem de bancos
20/03/2023 -
Mercado de trabalho fica estável, mas desempregados
ainda são 9 milhões. Número cai em relação a 2022
20/03/2023 -
INSS tem fila de quase 1 milhão para perícia médica
20/03/2023 -
Debate sobre Estatuto do Trabalho tem críticas à
terceirização precarizada
20/03/2023 -
Projeto prorroga
desoneração da folha de pagamento de 17 setores até
2027
17/03/2023 -
21 de março: Em SP, Centrais Sindicais convocam para
novo ato contra os juros altos
17/03/2023 -
Moacyr Auersvald recebe visita do vice-presidente da
CTB
17/03/2023 -
Eletricitários fazem ato no Ministério de Minas e
Energia pela reestatização da Eletrobras
17/03/2023 -
Miguel Torres debate Sindicalismo
17/03/2023 -
Câmara aprova projeto que trata da estrutura do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho
17/03/2023 -
Lula e Haddad já contam os dias para acabar com o
teto de gastos
17/03/2023 -
Produção industrial registra menor índice desde
2017, diz CNI
17/03/2023 -
Anderson Torres depõe em ação que pode tornar
Bolsonaro inelegível
16/03/2023 -
Chega à Câmara projeto do governo que prevê salários
iguais para homens e mulheres
16/03/2023 -
Aposentados comemoram redução nos juros
16/03/2023 -
Bolsonaro não vê Michelle como candidata e acha que
ficará inelegível
16/03/2023 -
TCU manda Bolsonaro devolver em até cinco dias joias
sauditas que tentou se apoderar
16/03/2023 -
Senado vai debater inflação e crescimento com
agentes econômicos e governo
16/03/2023 -
Alexandre de Moraes autoriza retorno de Ibaneis ao
cargo de governador
16/03/2023 -
Diretor-geral da OIT alerta para o aumento das
desigualdades no mundo
16/03/2023 -
Copom deve manter juros a 13,75% em próxima reunião
15/03/2023 -
Opinião de FHC: A nova lei trabalhista
15/03/2023 -
Em reunião na UGT, Luiz Marinho fala sobre o custeio
sindical
15/03/2023 -
Centrais entregam proposta de piso regional ao
Governo SP
15/03/2023 -
Juro do consignado a aposentados é reduzido para
1,7% ao mês
15/03/2023 -
Haddad apresenta plano do novo arcabouço fiscal a
Alckmin
14/03/2023 -
Duas prioridades sindicais para o desenvolvimento
14/03/2023 -
Lira defende a busca do equilíbrio entre democracia
e liberdade de expressão
14/03/2023 -
Paulo Paim reapresenta projeto de lei que prevê
desaposentação
14/03/2023 -
MPT impõe multa às vinícolas do sul
14/03/2023 -
TST deve aplicar reforma trabalhista apenas para
contratos após 2017, diz jornal
14/03/2023 -
Haddad prevê que programa Desenrola ajudará 37
milhões de brasileiros
14/03/2023 -
Governo aumenta proposta de reajuste a servidores
federais para 9%
13/03/2023 -
Inflação medida pelo INPC avança para 0,77% em
fevereiro
13/03/2023 -
Fórum das Centrais debate desenvolvimento econômico
e trabalho em aplicativos
13/03/2023 -
“Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta”,
diz Lula
13/03/2023 -
Indústria de pneus programa férias e levanta alerta
de demissões
13/03/2023 -
População já
sente os avanços com o novo governo, aponta Haddad
13/03/2023 -
Empresas que
usarem trabalho escravo terão dívida executada
sumariamente, diz Luiz Marinho
13/03/2023 -
Taxa de juros alta impede igualdade – por Clemente
Ganz Lúcio
10/03/2023 -
Ministro do trabalho sugere desonerar folha de
pagamento para gerar mais emprego
10/03/2023 -
Apenas 29% dos cargos de liderança na indústria são
ocupados por mulheres
10/03/2023 -
Caged: Brasil cria 83.297 vagas com carteira
assinada em janeiro
10/03/2023 -
Preços da cesta básica caem na maioria das capitais
no primeiro bimestre
10/03/2023 -
Tebet: 'novo arcabouço fiscal agradará a todos,
inclusive o mercado'
10/03/2023 -
TST mantém condenação da M.Officer por trabalho
escravo. No Sul, procurador responsabiliza vinícolas
10/03/2023 -
Paim assume presidência da CDH e aponta aumento do
trabalho escravo e do feminicídio
09/03/2023 -
Senado aprova prioridade em empregos do Sine para
mulheres vítimas de violência
09/03/2023 -
Lupi recebe pauta do FST e diálogo avança
09/03/2023 -
Aprovado projeto que estimula a criação de
delegacias de atendimento à mulher
09/03/2023 -
Desemprego é maior entre as mulheres; renda mensal é
22% menor
09/03/2023 -
Indústria registra alta do emprego e de horas
trabalhadas em janeiro
09/03/2023 -
Senado analisará MP que institui programa de combate
ao assédio sexual
08/03/2023 -
Mulheres ganham 14,7% a menos do que homens na
indústria, mostra Fiesp
08/03/2023 -
Representação feminina nos parlamentos ainda é
pequena
08/03/2023 -
Paim: reconstrução do país passa pela igualdade
salarial entre homens e mulheres
08/03/2023 -
Luiz Marinho quer regulamentação de plataformas de
aplicativo como única atividade econômica
08/03/2023 -
MTE realiza exposição “Palavra de Mulher” que reúne
livros de autoras mulheres
08/03/2023 -
No Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada
quatro horas
08/03/2023 -
Lula vai relançar o PAC, com prioridade para
projetos 'verdes' e de saneamento e com tecnologia
como aliada
08/03/2023 -
Prioridade de emprego a mulheres vítimas de
violência está na pauta
07/03/2023 -
Dia da mulher: Dieese mostra que ainda falta muito
para conquistar
07/03/2023 -
Haddad recebe representantes das centrais e
movimento sociais
07/03/2023 -
Lupi quer redução de juros para consignado e defende
mudanças em regras de pensão por morte
07/03/2023 -
Alckmin diz que reforma tributária tem que ser feita
neste ano
07/03/2023 -
BC libera dinheiro parado
07/03/2023 -
Projeto permite saque de FGTS por mulher vítima de
violência
06/03/2023 -
STF dá 10 dias para INSS apresentar plano para
realizar “revisão da vida toda”
06/03/2023 -
"Implantar o
custeio sindical é fazer justiça com as entidades",
afirma Moacyr Auersvald, presidente NCST, em evento
da OAB
06/03/2023 -
Lula quer regulamentar trabalho por aplicativo já
neste semestre
06/03/2023 -
Sindicalistas da UGT debatem valorização e
fortalecimento da negociação coletiva
06/03/2023 -
‘Não cresceu nada’, diz Lula sobre PIB de 2022
06/03/2023 -
A Mega Negociação Político-Salarial – Por João
Guilherme Vargas Netto
06/03/2023 -
Sindicato pode atuar em nome de toda a categoria em ação
sobre gratificação
03/03/2023 -
Reforma Sindical: o que já foi debatido no Congresso
03/03/2023 -
Em reunião, centrais sindicais elegem pautas
prioritárias para os trabalhadores
03/03/2023 -
A sindicalistas das Américas, Lula fala em união
continental e pacto por democracia e direitos
03/03/2023 -
Centrais abrem Março Mulher com defesa da igualdade
02/03/2023 -
Lula promete lei de igualdade salarial entre gêneros
no Dia da Mulher
02/03/2023 -
Servidores refutam proposta de 7,8% de reposição à
mesa negocial
02/03/2023 -
Centrais repudiam situação análoga à escravidão em
vinícolas de Bento Gonçalves/RS
02/03/2023 -
Para combater trabalho escravo é preciso acabar com
terceirização na atividade-fim, diz Paim
01/03/2023 -
Nova Central presente no grupo de trabalho para
valorização do salário mínimo
01/03/2023 -
Desemprego cai em 2022, mas fica acima de 2015.
Governo Bolsonaro ‘lidera’ também em informalidade
01/03/2023 -
Centrais debatem primeiro Dia do Trabalhador sob
novo governo Lula
01/03/2023 -
Alexandre derruba decisão do TST que considerou
terceirização irregular
01/03/2023 -
Pacheco quer instalar comissões para definir ou não
criação de CPI do 8/1
31/03/2023 -
Clemente, patrocinado pela CUT, diz que chegou a
hora de dividir os trabalhadores
“Não se pode perder tempo. É urgente atuar.
Não se pode titubear. É urgente reunir força
política e avançar” é o grand finale da segunda
versão de seu documento
Em dissintonia com a maioria das centrais,
confederações e federações, e com o patrocínio da
CUT, Clemente Ganz Lúcio, assessor executivo do
Fórum das Centrais, uma espécie de CEO sindical,
afirmou que “a hora é agora” – para virar de ponta
cabeça o sistema sindical brasileiro: “Não se pode
perder tempo. É urgente atuar. Não se pode titubear.
É urgente reunir força política e avançar” é o grand
finale da segunda versão de seu documento
“Valorização das Negociações Coletivas”.
Diz, de forma enviesada, o texto de Clemente:
“Trata-se de sintonizar um sistema que valoriza e
fortalece a negociação coletiva em múltiplos âmbitos
de negociação, realizada por entidades sindicais de
ampla base de representação e alta
representatividade, capazes de celebrar convenções e
acordos coletivos que irão efetivamente reger as
relações de trabalho”.
“Dado o esfacelamento da nação, é
imprescindível que a gente possa estabelecer o bom
diálogo entre nós”
Noutra dimensão, o presidente da CTB, Adilson
Araújo, na manifestação unitária das centrais contra
os juros escorchantes, afirmou “que estamos diante
de uma encruzilhada histórica, dado o esfacelamento
da nação. É imprescindível que a gente possa
estabelecer o bom diálogo entre nós”.
A COLHEITA
Moacyr Auersvald, presidente em exercício da Nova
Central e vice-presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Turismo e Hotéis (Contratuh),
afirmou, em entrevista ao HP, que o documento
apresentado por Clemente, que circula entre os
sindicatos, está “cheio de pegadinhas”. “Está
colocado que é um projeto pela valorização e
fortalecimento da negociação coletiva, mas esse
documento tem questões que trazem profundas
alterações na estrutura sindical. Comentou que o
documento, que já foi divulgado pela grande
imprensa, “não foi discutido pelo Fórum das
Centrais”. Qualificou o acontecido de “lamentável” e
assinalou: “Está a serviço das três maiores centrais
(CUT, Força Sindical e UGT). “Nós não comungamos com
esta história”, concluiu.
“É fundamental retomar o Ministério do
Trabalho como um efetivo órgão de vigilância aos
direitos dos trabalhadores”
Sabino Bussanello, assessor da Federação dos
Trabalhadores na Indústria de Santa Catarina,
articulador do Fórum Sindical Ampliado (FAP), que
agrega cerca de 300 sindicatos e federações do sul
do país, mais de um milhão de trabalhadores,
magistrados, procuradores e membros do Ministério do
Trabalho, falou para os leitores do HP em nome do
movimento.
Afirmou que precisamos recuperar com urgência, “pelo
menos o mais importante, o que nos foi tirado nas
reformas de Temer e Bolsonaro”. Para Sabino, é
fundamental retomar o Ministério do Trabalho “como
um efetivo órgão de vigilância aos direitos dos
trabalhadores – com profissionais capazes e
estrutura de trabalho. Um ministério que defenda a
liberdade e autonomia sindical e fortaleça a
negociação coletiva. Todo acordo tem que ter a
presença do sindicato”.
Considera “vital e urgente um sistema de custeio
para as entidades sindicais, aprovado em
assembleia”. Enfatizou que deve estar entre as
prioridades resgatar a Justiça Trabalhista.
“Imagina eu achar que o governo Bolsonaro,
desastroso, abriu espaço para uma jornada de
conquistas históricas ou mirabolantes”
Por último, Sabino afirmou que “levar em conta a
correlação de forças é um caminho virtuoso. Imagina
eu achar que o governo Bolsonaro, desastroso, abriu
espaço para uma jornada de conquistas históricas ou
mirabolantes. Para a mais completa liberdade
sindical. Que o empresariado vai sentar na mesa e,
com os trabalhadores organizados dentro de sua
fábrica, ouvir nossos especializados argumentos,
para então, chegarmos a excelentes acordos. Parece
que os materiais do Fórum das Centrais, que vêm
sendo divulgado nos sindicatos, estão fora da
realidade. A consequência é que vamos perder onde
podemos avançar.
José Reginaldo, da executiva nacional da Nova
Central, considera que, “com isso, a pirâmide
sindical se altera, consequentemente a autonomia e a
liberdade sindical são duramente atacadas, levando a
reboque o rechaço às negociações derivadas de
reivindicações deliberadas em assembleia, das quais
só os sindicatos têm capacidade real para
realizá-las”. E acrescenta que “a gana para a
prevalência do negociado sobre o legislado é tanta
que, na realidade, o âmbito de negociação, derivado
do monopólio sindical impositivo, tende a agravar a
desestruturação do processo negocial e, fatalmente,
da proteção social do trabalho e, mais ainda do
sindicalismo originário”.
DIVISÃO
Na primeira versão do texto, Clemente propõe a
criação do CART (Conselho de Autorregulação das
Relações de Trabalho) com três câmaras. A
presidência da Câmara dos Trabalhadores será
realizada em rodízio entre as três maiores centrais,
e a Câmara irá aferir a representatividade das
entidades sindicais.
Propõe que as federações e confederações sejam
mantidas como parte da estrutura sindical no período
da transição (10 anos), tendo critérios para a
agregação e de mensuração de representatividade e de
representação. Quando fizerem parte da organização
de uma central sindical, sua existência e
funcionamento dependerá da forma autônoma de
organização da Central.
TEMPESTADE
“O modelo sugerido nesse projeto, em vez de
fortalecer os sindicatos e o sistema confederativo,
busca dar poder absoluto para as centrais sindicais
e estabelecer protagonismo apenas para três delas”
Comandante Carlos Müller, presidente da Conttmaf
(Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Transporte Marítimo e Fluvial) e da executiva
nacional da CTB, em nota, declarou que “o modelo
sugerido nesse projeto, em vez de fortalecer os
sindicatos e o sistema confederativo, busca dar
poder absoluto para as centrais sindicais e
estabelecer protagonismo apenas para três delas”.
O princípio da unicidade sindical, previsto no
artigo 8º da Constituição Federal, está sendo
atacado e a representação ampla dos trabalhadores
poderá ser enfraquecida. Para as empresas,
continuaria existindo a representação por categoria
econômica, ao passo que para os trabalhadores a
representação poderia ser flexibilizada por ramo de
atividade. O papel do Ministério do Trabalho
passaria a ser feito por um Conselho das Centrais
Sindicais, presidido por três delas apenas, em
sistema de rodízio, privatizando essa atividade, na
prática, em prejuízo do conjunto das demais
centrais, das confederações, federações e
sindicatos.
João Domingos, presidente da CSPB (Confederação dos
Servidores Públicos do Brasil) e dirigente da
executiva nacional da Nova Central, por nota da
entidade, disse que “hoje o modelo brasileiro
reconhece os sindicatos como a célula principal do
Sistema Confederativo e principal instrumento de
luta, de representação e de representatividade dos
trabalhadores e trabalhadoras, sendo as Federações e
as Confederações estruturas complementares,
encarregadas de organizar nos níveis superiores as
categorias para fazerem o enfrentamento das demandas
apresentadas pela base. Nesse modelo, as Centrais
Sindicais atuam como agentes agregadoras das
demandas, sem poder de representação e negociação
direta em favor dos trabalhadores”.
“O próprio texto apresentado aponta que as
confederações e federações que não migrarem para a
estrutura orgânica das centrais sindicais deverão
ser extintas”
A proposta sugerida inverte essa pirâmide e as
centrais sindicais passam a ser as responsáveis pela
negociação dos acordos, os demais integrantes do
sistema confederativo seriam meros agentes da ação
das centrais.
Além disso, o próprio texto apresentado aponta que
as confederações e federações que não migrarem para
a estrutura orgânica das centrais sindicais deverão
ser extintas, demonstrando claramente a intenção
dessas entidades de submeterem o Sistema
Confederativo brasileiro.
O presidente da CSPB considerou a tentativa de
subverter o modelo de representação sindical como
uma reedição dos projetos trazidos pelo extinto
Fórum Nacional do Trabalho, estabelecido em 2003, na
primeira gestão do presidente Lula.
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros), em entrevista na FSP,
declarou que os esforços dos dirigentes sindicais
devem ser concentrados na revogação da reforma
trabalhista, aprovada em 2017, e na recuperação de
mecanismos de negociação coletiva e não na proposta
de reforma sindical. Neto defende que é necessária a
recuperação dos mecanismos de negociação coletiva no
mundo do trabalho e reconstruir os meios de
financiamento das entidades sindicais atingidos pela
reforma trabalhista do governo Michel Temer.
REVIRAVOLTA
Ricardo Patah, um dos principais articuladores do
documento, presidente da UGT e do Sindicato dos
Comerciários de São Paulo, depois que a coisa
“vazou” na imprensa, o que provocou uma chiadeira
geral nos filiados da UGT, distribuiu um vídeo
descalçando a iniciativa e esclarecendo que o
essencial para ser repactuado com os empresário e o
governo é a homologação das contas do trabalhador
voltar para o seio do movimento sindical, mesmo que
seja por videoconferência; a ultratividade, isto é a
garantia dos direito conquistados no último acordo
até que se chegue ao próximo; o direito de qualquer
uma das partes pedir dissídio na justiça; toda
negociação, obrigatoriamente, ter a presença do
sindicato e a autonomia das assembleias sindicais de
decidirem pela contribuição negocial.
CARLOS PEREIRA
Fonte: Hora do Povo
31/03/2023 -
Centrais Sindicais iniciam panfletagem do Dia do
Trabalhador na segunda (3)
Início da convocação acontece no dia 3 abril no
Largo da Concórdia em São Paulo. Faça download do
panfleto
As centrais sindicais Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central de Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB) Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST), Central de Sindicatos do
Brasil (CSB), Intersindical – Central da Classe
Trabalhadora e Pública – Central do Servidor irão
iniciar a panfletagem de convocação do Dia do
Trabalhador – 1º de Maio Unificado – na próxima
segunda-feira (3 de abril), entre as 06 e 09 horas,
no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás-SP).
É importante lembrar que durante todo o mês, os
sindicalistas estarão em diversos locais da cidade
realizando a panfletagem e convidando os
trabalhadores para participarem do ato do Dia 1º de
Maio.
Vale ressaltar que este ano o ato do Dia do
Trabalhador será realizado no Vale do Anhangabaú,
centro, partir das 10 horas. Este ano, o lema do 1º
de Maio Unificado será “Emprego, Renda, Direitos e
Democracia”.
A já tradicional comemoração do 1º de Maio em São
Paulo reúne costumeiramente milhares de
trabalhadores e faz parte da sua programação a
realização de shows musicais e um ato político do
qual participarão dirigentes das centrais sindicais,
políticos e personalidades destacadas da vida
cultural e social do país.
“O Dia do Trabalhador das centrais é importante de
mostramos unidade, unir nossas vozes por mais
direitos, empregos e renda para todos”, afirma o
presidente da Força Sindical, Miguel Torres. Segundo
ele, a luta contra os juros extorsivos, valorização
do salário mínimo, fortalecimento das negociações
coletivas também estão nas bandeiras de luta da
classe trabalhadora.
“Há muita luta pela frente para reconquistar e
ampliar os direitos”, ressalta o líder sindical.
FAÇA DOWNLOAD DO PANFLETO
Fonte: Rádio Peão Brasil
31/03/2023 -
PF quer ouvir Bolsonaro e mais nove envolvidos no
escândalo das joias sauditas ao mesmo tempo
Defesa dos envolvidos questionou o horário dos
depoimentos “coincidindo com os demais" e avalia
pedir o adiamento de alguns, ou que sejam feitos por
videoconferência
A Polícia Federal (PF) pretende tomar de forma
simultânea os depoimentos de Jair Bolsonaro (PL), do
tenente-coronel Mauro Cid e do ex-chefe da Receita
Federal , Julio Cesar Vieira Gomes, além de outras
sete pessoas no âmbito do inquérito que apura os
escândalo das joias sauditas que foram introduzidas
ilegalmente no país por membros de uma comitiva
oficial e que o ex-mandatário tentou se apropriar.
Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1, os
depoimentos foram marcados para o dia 5 de abril, às
14h30.
Ainda segundo a reportagem, a defesa dos envolvidos
questionou o horário da oitiva “coincidindo com os
demais - e questionam o depoimento em grupo.
Inclusive, estudam pedir adiamento de alguns ou que,
pelo menos, que eles sejam feitos por vídeo”.
A defesa de Bolsonaro disse, em nota, que o
depoimento "será uma oportunidade para ele prestar
todas as informações necessárias. É um ato
processual corriqueiro, ocasião em que ele
esclarecerá que agiu sempre de acordo com a
legislação que regula a oferta de presentes de
governos estrangeiros".
Fonte: Brasil247
31/03/2023 -
Produção industrial fica perto da estabilidade,
ainda sem recuperar perdas recentes
Segundo o IBGE, em pesquisa que abre nova série
histórica, atividade em janeiro varia 0,3% sobre
igual mês de 2022. E -0,2% em um ano
A produção industrial variou -0,3% do último mês de
2022 para o primeiro deste ano, segundo o IBGE. Na
comparação com janeiro do ano passado, tem ligeira
elevação (também 0,3%). A atividade em 12 meses fica
perto da estabilidade, com -0,2%. Os dados da
pesquisa, que abre nova série histórica, foram
divulgados nesta quinta-feira (30).
Assim, no mês, de acordo com o instituto, três das
quatro categorias registrara redução. Dos 25 ramos
pesquisados, 14 tiveram alta e 11, queda.
Nesse segundo caso, o IBGE destaca produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-13%), veículos
automotores, reboques e carrocerias (-6%), produtos
alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (-1,5%). Entre as altas,
o setor extrativo (1,8%) e borracha/material
plástico (1,6%).
Produção de alimentos e de veículos
Já na comparação com janeiro de 2022, a produção
avançou em duas das quatro categorias, nove dos 25
ramos, 38 dos 80 grupos e 47,1% dos 789 produtos
pesquisados. Segundo o IBGE, as principais
influências positivas vieram de produtos
alimentícios (4,6%), produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (34,1%), indústrias extrativas (2%) e
outros equipamentos de transporte (27%). O segmento
de veículos automotores subiu 2,2%.
Por sua vez, das 16 atividades com retração,
destaque para produtos de minerais não metálicos
(-10,6%) e produtos de madeira (-21,5%). Além de
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (-2,1%) e equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos
(-12,6%).
“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma
melhora de comportamento no fim do ano, uma vez que
marcou saldo positivo nos últimos meses de 2022,
inicia o ano de 2023 com perda na produção, e
permanece longe de recuperar as perdas do passado
recente”, afirma o gerente da pesquisa, André
Macedo.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/03/2023 -
Teto dos juros para consignados traz visões
diferentes dentro do sindicalismo
Assunto que estava em discussão desde a semana
passada quando o CNPS (Conselho Nacional da
Previdência Social) quando o juros do consignado
para aposentados foi de 2,40% para 1,70% e gerou uma
reação dos bancos privados e públicos.
Ontem, o CNPS anunciou o novo teto, que será de
1,97%, o que trouxe opiniões distintas dentro do
sindicalismo.
Nos votos durante a reunião, os representantes das
centrais CUT, Força Sindical e da UGT votaram a
favor do novo teto, mas a CSB, que tem suplente no
conselho, era contra a revisão.
Antonio Neto escreveu em sua rede social que recebeu
com indignação a aprovação do aumento do teto dos
juros para 1,97%.
“O Governo Lula conseguiu aprovar o aumento da taxa
de juros dos empréstimos consignados para
aposentados e pensionistas para 1,97%. Na contramão
dos interesses da classe trabalhadora, o Governo se
submeteu aos caprichos e interesses de um Cartel de
Bancos com a participação da Caixa e do BB”,
escreveu Neto.
Para Neto, é necessário uma mudança na representação
no CNPS para que mais centrais sindicais estejam
representadas.
A votação teve 11 votos favoráveis de membros do
governo, aposentados e trabalhadores, três
abstenções (de empregados) e um voto contrário que
foi do Sindinapi (Sindicato Nacional de Aposentados,
Pensionistas e Idosos), que defendia o teto em
1,90%.
O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah,
escreveu em sua rede social: “Consignado de 1,97%,
como ficou definido, ainda tem um grande peso para o
trabalhador, que trabalha apenas para sobreviver. E
muitas vezes ajuda familiares para superar as
dificuldades do dia a dia.”
Para João Carlos Gonçalves, o Juruna,
secretário-geral da Força Sindical, a nova taxa foi
"um ganho possível". A CUT, ligada ao presidente
Lula, disse que a proposta do presidente dá "um
ponto final ao boicote dos bancos".
Fonte: Mundo Sindical
30/03/2023 -
Centrais se solidarizam com presidenta do Sindicato
dos Metroviários SP
Confira a íntegra da nota, das centrais sindicais,
em solidariedade à presidenta do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo:
Solidariedade à presidenta do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo
Após a poderosa greve dos metroviários (as), que
encurralou o governador Tarcísio e mostrou o descaso
do governo de SP com o transporte público, a
presidente do Sindicato dos Metroviários de São
Paulo, Camila Lisboa vem recebendo, ofensas,
xingamentos e ameaça de morte, nas redes sociais,
por parte de indivíduos de extrema direita que não
toleram as lutas dos trabalhadores.
As centrais sindicais brasileiras vem repudiar tais
atos, prestar solidariedade a companheira e afirmar
que este é um ataque e uma ameaça à todo o movimento
sindical, e que vai ser denunciado em todos os
locais, inclusive na OIT – Organização Internacional
do Trabalho.
Exigimos também das autoridades a apuração das
ameaças e a punição dos culpados.
São Paulo, 28 de março de 2023
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch, Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atenágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Nilza Almeida, Secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
30/03/2023 -
Caged: Brasil cria 241.785 vagas com carteira
assinada em fevereiro, acima do esperado
Nos últimos 12 meses, saldo positivo é de
1.834.902 empregos; quantidade total de vínculos CLT
ativos alcançou 42,770 milhões
O Brasil fechou o mês de fevereiro com saldo
positivo de 241.785 postos de trabalho, de acordo
com dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira
(29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O
dado do mês superou a projeção do consenso Refinitiv,
que esperava saldo de 161 mil contratações.
O resultado decorreu de 1.949.844 admissões e de
1.708.059 desligamentos no mês. O estoque, que é a
quantidade total de vínculos CLT ativos, alcançou
42.770.781 vínculos em fevereiro, o que representa
uma variação de +0,57% em relação ao estoque do mês
anterior.
Nos últimos 12 meses, foi registrado saldo positivo
de 1.834.902 empregos, decorrente de 22.605.959
admissões e de 20.771.057 desligamentos.
Em fevereiro, quatro dos cinco grandes grupamentos
de atividades econômicas registraram saldos
positivos de vagas: Serviços (+164.200 postos);
Construção (+22.246 postos); Indústria geral
(+40.380 postos), principalmente na Indústria de
Transformação (+37.190 postos); Agropecuária
(+16.284 postos). Por outro lado, Comércio perdeu
1.325 postos.
Para o conjunto do território nacional, o salário
médio de admissão em fevereiro de 2023 foi de R$
1.978,12. Comparado ao mês anterior, houve redução
real de -R$ 54,14 no salário médio de admissão, uma
variação de 2,47%.
Fonte: InfoMoney
30/03/2023 -
Preços de produtos na saída das fábricas recuam
0,30% em fevereiro
Os produtos na saída das fábricas registraram
deflação (queda de preços) de 0,30% em fevereiro
deste ano. O dado é do Índice de Preços ao Produtor
(IPP), divulgado nesta quarta-feira (29) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em janeiro, o IPP havia registrado inflação de 0,29%
nesses produtos. Em fevereiro do ano passado, a alta
de preços havia ficado em 0,54%. Com o resultado, o
IPP acumula deflação de 0,01% no ano e inflação de
1,38% em 12 meses.
Onze das 24 atividades industriais pesquisadas
tiveram deflação em fevereiro deste ano, com
destaque para outros produtos químicos (-2,43%),
refino de petróleo e biocombustíveis (-1,66%) e
alimentos (-0,73%).
Por outro lado, 13 atividades tiveram inflação e
evitaram uma queda maior de preços do IPP em
fevereiro, entre elas as indústrias extrativas, que
registraram taxa de 3% no mês.
Entre as quatro grandes categorias econômicas da
indústria, foram observadas deflações nos bens de
capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados
no setor produtivo (-0,22%), nos bens
intermediários, ou seja, os insumos industrializados
usados no setor (-0,69%).
Por outro lado, tiveram inflação os bens de consumo
duráveis (0,13%) e os bens de consumo semi e não
duráveis (0,36%), de acordo com o IBGE.
Fonte: Agência Brasil
30/03/2023 -
TST vai decidir se CCT pode diferenciar valores de
cesta básica para sindicalizados
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do
Tribunal Superior do Trabalho vai decidir a validade
de trechos de uma convenção coletiva de trabalho (CCT)
do setor de comércio atacadista de refeições
coletivas que regulamenta o fornecimento de cesta
básica aos empregados sindicalizados e não
sindicalizados.
Algumas cláusulas da CCT diferenciam os valores e
percentuais da cesta básica para empregados filiados
e não filiados ao sindicato da categoria. Para os
não associados, a cesta básica é de R$ 123,50 e as
empresas podem descontar até 15% sobre seu valor nas
suas folhas de pagamento. Já para os associados, a
cesta básica é de R$ 130 e o desconto é de até 8%.
O processo começou a ser julgado no ano passado e
voltou à pauta da seção no último dia 13. Porém, um
pedido de vista do ministro Luiz Philippe Vieira de
Mello Filho suspendeu a análise do caso. Ainda não
há data para a retomada.
O sindicato dos trabalhadores do setor em questão
questiona um acórdão do Tribunal Regional do
Trabalho da 7ª Região (CE) que invalidou tais
cláusulas. Para os desembargadores, a norma coletiva
viola a liberdade sindical, pois trata de forma
diferente os empregados sindicalizados e os não
sindicalizados.
O advogado Ronaldo Tolentino, sócio do escritório
Ferraz dos Passos Advocacia, que representa o
sindicato obreiro, argumenta que a norma coletiva
apenas institui um reforço da organização dos
próprios trabalhadores. O empregado pode escolher se
filiar ou não ao sindicato e receber o benefício
extra.
"O associado ao sindicato tem um gasto mensal
pagando a contribuição sindical, sendo que este
trabalhador é quem subsidia a negociação coletiva
trabalhista que beneficia toda a categoria, mesmo
aqueles que não são associados", explica o advogado.
Segundo ele, esse custo confere ao trabalhador
sindicalizado uma condição especial.
O TST tem precedentes favoráveis à tese do TRT-7.
Para Tolentino, se a corte resolver alterar sua
jurisprudência, "irá propiciar aos sindicatos
negociar de forma diferenciada, ainda que essa
liberdade seja restrita aos direitos não previstos
em lei, de forma a incentivar a filiação por parte
dos trabalhadores".
Antes do pedido de vista de Mello Filho, três
ministros já haviam se manifestado contra a tese do
sindicato: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Ives
Gandra da Silva Martins Filho e Maria Cristina
Peduzzi. Já o ministro Mauricio Godinho Delgado
abriu divergência e deu provimento ao recurso.
ROT 80398-79.2021.5.07.0000
Fonte: Consultor Jurídico
30/03/2023 -
Comissão aprova segredo de justiça em casos de
violência contra a mulher
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
nesta quarta-feira (29) o Projeto de Lei (PL)
1.822/2019, que estabelece segredo de justiça em
processos de crimes praticados contra a mulher. Pelo
texto, a identidade das vítimas deve ser preservada,
mas os nomes dos agressores e os dados processuais
podem ser divulgados.
A proposição do Fabiano Contarato (PT-ES) recebeu
substitutivo da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
A matéria deve passar por nova votação na CCJ, antes
de seguir para a Câmara dos Deputados.
O projeto altera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340,
de 2006). Atualmente, para esses casos a
determinação do segredo de justiça depende da
avaliação do juiz, salvo as exceções já
estabelecidas em lei.
Contarato argumenta que a publicidade nos processos
que envolvem a violência doméstica e familiar
contribuem para a revitimização da mulher, uma vez
que a expõe a constrangimento social. O senador
ressalta que a situação é agravada pelos recursos
tecnológicos, que praticamente impossibilitam o
resguardo da intimidade e a proteção da vida íntima.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
29/03/2023 -
Vagner Freitas assume Sesi e defende
reindustrialização e fim de juros ‘extorsivos’.
Alckmin critica BC
Para presidente em exercício, não há demanda que
explique a taxa básica de juros no patamar atual
A posse simbólica do novo presidente do Conselho
Nacional do Sesi, Vagner Freitas, na tarde desta
segunda-feira (27), teve como ingrediente nova
bateria de críticas à taxa de juros. Além do próprio
Vagner, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin,
engrossou o ataque. “Vamos trabalhar pra baixar,
porque não tem nenhuma razão, não tem demanda que
justifique o maior juro do mundo”, disse Alckmin,
que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços.
“É hora de trazer investimentos e reindustrializar o
Brasil. Vamos retomar o caminho do desenvolvimento,
e a reindustrialização é essencial para essa
retomada”, afirmou. Vagner Freitas, ex-presidente da
CUT, assumiu a presidência do Sesi em fevereiro, em
substituição a Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, da
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Inclusivo e sustentável
Para Vagner, o desenvolvimento ser “inclusivo e
moderno”. Sustentável, do ponto de vista social e
ambiental, garantindo distribuição de renda. “A
indústria precisa expandir sua participação no
Produto Interno Bruto”, afirmou. Nesse sentido,
emendou o presidente do Sesi, trabalhadores e
empresários não podem ser reféns de uma “política de
juros inadequada, extorsiva e equivocada”. Segundo
ele, “o diagnóstico errado conduz a um tratamento
errado, que resulta na morte do paciente”. Na semana
passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central manteve a taxa básica (Selic) em
13,75% ao ano.
Assim, Vagner afirmou que o “esforço” para tornar o
país mais justo e menos desigual passa não só pela
economia, mas pela saúde, educação e inovação. Ele
afirmou que, nessa direção, o Sesi colabora com o
Estado brasileiro. “É necessário uma educação que
forme cidadãos plenamente, que respeitem a
diversidade.” Sua gestão também buscara fortalecer a
participação dos trabalhadores nas decisões.
Câmbio, impostos e juros
Alckmin, que fechou o evento, afirmou que o Sesi é um
“sinônimo de excelência”. E contou que a instituição
tinha a escola mais disputada em sua cidade natal,
Pindamonhangaba (SP).
Sobre as preocupações da economia, o presidente em
exercício citou três fatores: juros, impostos e
câmbio. Nesse último, a questão agora é preservar a
estabilidade. No segundo caso, afirmou,, o pais
caminha para ter “finalmente uma simplificação
tributária que vai dar um impulso na indústria e no
emprego”. Assim, o foco se volta para os juros, além
da conquista de mercados internacionais.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/03/2023 -
A partir de maio, quem ganha até R$ 2.640 fica
isento de Imposto de Renda
Nova regra visa a iniciar processo de correção da
tabela do IR, que não é feita desde 2015, o que
gerou defasagem de 148% em prejuízo dos
trabalhadores de baixa renda
A partir de 1º de maio deste ano, quem ganha até R$
2.640 mensais — o equivalente a dois salários
mínimos de R$ 1.320, que passa a valer na mesma data
— deixará de pagar Imposto de Renda. Com a nova
medida, a Receita Federal calcula que 13,7 milhões
de pessoas ficarão isentas do IR.
A isenção do IR para essa faixa da população visa a
iniciar o processo de atualização da tabela do
Imposto de Renda, que não acontece desde 2015, o que
fez com que cada vez mais pessoas de baixa renda
tivessem de passar a pagar o imposto, gerando ainda
mais desigualdade tributária.
A defasagem atual da tabela, a maior da série
histórica, chega a 148%, segundo o Sindicato dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). O
governo federal anunciou no começo deste ano que a
política de isenção será conduzida de forma
progressiva até atingir R$ 5 mil mensais.
A partir de maio, a faixa de isenção vai subir de R$
1.903,98 para R$ 2.112. E o governo também criou uma
dedução simplificada de R$ 528; assim, quem recebe
até R$ 2.640 ficará isento. E quem ganha até R$
2.640 não pagará Imposto de Renda nem na fonte
(contracheque), nem na declaração de ajuste anual.
Os trabalhadores que ganham mais do que isso vão
pagar apenas sobre o valor excedente.
O novo teto de isenção precisa ser oficializado via
Medida Provisória, que ainda não foi publicada. A
situação das demais faixas da tabela ainda não foi
informada. Vale lembrar que a nova tabela só valerá
para a declaração do Imposto de Renda de 2024.
Para compensar a mudança na tabela do IR, o ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu taxar o
mercado de apostas eletrônicas em jogos esportivos.
“Vou regulamentar. Reajustamos a tabela do IR, e
isso tem uma perda pequena, mas tem. Vamos compensar
com a tributação sobre esses jogos eletrônicos que
não pagam imposto, mas levam uma fortuna do país”,
disse o ministro em entrevista ao portal UOL no
começo de março.
Fonte: Portal Vermelho
29/03/2023 -
TST valida norma coletiva que negava minutos
residuais como horas extras
Quando previsto em norma coletiva, é plenamente
válida a ampliação do limite de tolerância dos
minutos que antecedem e que sucedem a jornada de
trabalho, para além dos cinco minutos estabelecidos
na CLT.
Assim, a 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a validade de uma cláusula coletiva que
havia excluído o cômputo, como horas extras, dos dez
minutos anteriores e posteriores à jornada de
trabalho. Com isso, uma empresa de calçados e
artigos esportivos não terá de pagar tal período a
um coordenador de sua unidade em Parobé (RS).
O trabalhador acionou a Justiça porque os períodos
de até dez minutos antes e depois da jornada não
eram pagos pela empresa como extraordinários, com
base na norma coletiva.
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS) invalidaram a cláusula.
Os desembargadores levaram em conta que a CLT não
determina o desconto ou o cômputo de variações que
não ultrapassem cinco minutos, com máximo de dez
minutos diários. Para eles, a autonomia das vontades
coletivas não poderia afastar garantias mínimas,
como o limite de duração do trabalho.
Ao TST, a empresa argumentou que a tolerância de dez
minutos foi convencionada porque seria impossível o
registro da jornada de todos os trabalhadores ao
mesmo tempo.
O Supremo Tribunal Federal já decidiu que cláusulas
coletivas podem afastar ou limitar direitos que não
tenham previsão constitucional. Na visão do ministro
Douglas Alencar Rodrigues, relator do caso no TST, o
caso discutido não se enquadra na exceção definida
pelo STF.
A reforma trabalhista estabeleceu os direitos
blindados à negociação coletiva. Entre eles, "não se
inserem, obviamente, direitos de índole
essencialmente patrimonial", explicou o magistrado.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
RRAg 816-79.2014.5.04.0381
Fonte: Consultor Jurídico
29/03/2023 -
Jovens pagam a conta da crise e sofrem mais com o
desemprego
De cada cinco trabalhadores que têm de 18 a 24
anos, um está sem emprego
Mesmo com o abrandamento da pandemia de Covid-19 no
Brasil, o desemprego segue elevado para os jovens.
De cada cinco trabalhadores que têm de 18 a 24 anos,
um está sem emprego. É o que apontam dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad)
Contínua compilados pela Tendências Consultoria e
divulgados nesta segunda-feira (27) no Valor
Econômico.
“Apesar dos ganhos em relação ao choque da pandemia,
o mercado de trabalho continua adverso para os
jovens brasileiros. A última década mostra que a
população de 18 a 24 anos vem diminuindo, mas o
desemprego nessa faixa etária tem aumentado”, resume
o jornal.
No conjunto dos trabalhadores, a taxa de desemprego
passou de 7,4% em 2012 para 13,7% em 2020 (no auge
da pandemia) e 9,3% em 2022. Nesses três anos de
referência, a desocupação entre os jovens foi maior:
14,8% em 2012, 28,6% em 2020 e 19,2% em 2022. ,
ainda acima da mínima histórica de 14,7% em 2013 e
2014.
Por trás dos números há uma espécie de círculo
vicioso, sugere o economista Lucas Assis, da
Tendências. Seja pela inexperiência, seja pela
concorrência, os jovens, em defasagem, estão pagando
a conta da crise. “Por causa de sua inerente
inexperiência laboral, eles enfrentam maior
dificuldade de ingresso e estabilidade no mercado de
trabalho, representando o grupo mais vulnerável nos
períodos de crise econômica”, afirma Assis.
Segundo o economista, “grande parte dos jovens ainda
vivia o legado da recessão de 2015 e 2016, quando o
contágio econômico da Covid-19 deteriorou, de modo
súbito e implacável, o mercado de trabalho dessa
população”. Com menos renda, os jovens ficaram mais
expostos à pobreza, à exclusão social e à violência.
Ao Valor, Vinícius Pinheiro, diretor do escritório
da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para
o Brasil, explica que a juventude trabalhadora tende
a ser mais afetada por ciclos de recessão ou mesmo
estagnação econômica. “Os mais jovens são os
primeiros a ver suas horas de trabalho reduzidas ou
serem demitidos”, diz Pinheiro.
“Muitos trabalham em setores mais sujeitos à
informalidade, como agricultura, comércio e serviços
pessoais e domésticos. Muitos têm empregos de meio
período, temporários ou em plataformas digitais, que
tendem a ser mal remunerados, ter jornadas
irregulares, pouca segurança ou proteção social”,
acrescenta o diretor da OIT.
Fonte: Portal Vermelho
28/03/2023 -
1º de Maio Unitário e as propostas do sindicalismo
Além de defender a pauta da Conclat, o movimento
sindical espera ter no Dia Internacional do
Trabalhador o anúncio das conclusões do grupos de
trabalho criados por Lula para tratar dos direitos
trabalhistas.
por Nivaldo Santana
O Fórum das Centrais Sindicais reafirmou a decisão
de realizar atos de 1º de Maio unitários em todo o
país. O ato nacional será realizado no Vale do
Anhangabaú, região central de São Paulo.
As atividades do Dia do Trabalhador, além da defesa
da pauta aprovada na Conclat , terão um foco
principal. Avaliar as conclusões dos três grupos de
trabalho criados pelo governo Lula durante a
plenária realizado com 500 sindicalistas no dia 18
de janeiro.
Esses grupos ficaram incumbidos de, no prazo de até
90 dias, definir uma nova política de valorização do
salário mínimo, uma legislação para regulamentar o
trabalho com aplicativos e medidas para
fortalecimento das negociações e do sindicalismo.
A necessidade de valorização do salário mínimo é
consenso no sindicalismo. Todos os estudos de
especialistas apontam que o aumento real do salário
mínimo é a melhor política de distribuição de renda
e de diminuição das desigualdades sociais.
O aumento real do salário mínimo beneficia, segundo
explica nota técnica do Dieese, 60,3 milhões de
pessoas que têm rendimento referenciado neste valor.
Além disso, tem impacto positivo nos reajustes dos
pisos salariais das diversas categorias.
Outro Grupo de Trabalho se debruça sobre um tema da
mais alta atualidade: a regulamentação do trabalho
com aplicativos. Pesquisa feita pela UFPR em 2021
atestou que o Brasil tem 1,5 milhão de trabalhadores
por aplicativos sem direitos.
Como essa nova categoria de trabalhadores, formada
principalmente por jovens, vive uma situação de
precariedade nas relações de trabalho, é importante
que se estabeleça parâmetros básicos de direitos
para coibir a superexploração do trabalho.
Por último, mas não menos importante, há um terceiro
grupo de trabalho incumbido de atualizar a
legislação para ampliar os espaços de negociação e
fortalecer a organização sindical, que vem sofrendo
seguidos ataques nos últimos anos.
Este último grupo ainda não alcançou o necessário
consenso, mas a expectativa é que o debate
democrático supere as divergências e o movimento
sindical marche unido também nesta matéria.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil considera que a discussão desse grupo de
trabalho deve partir de algumas premissas: defesa da
CLT, tão atacada pelos últimos governos, e da
Constituição, particularmente no capítulo dos
direitos sociais.
Para fortalecer o movimento sindical, é importante a
defesa do artigo 8º da Constituição que trata, entre
outros pontos, da liberdade, autonomia e unicidade
sindical e da participação obrigatória dos
sindicatos nas negociações.
Importante também destacar que, nas condições atuais
do nosso país, é imprescindível a preservação de
instituições como a Justiça do Trabalho, o
Ministério Público do Trabalho e o Ministério do
Trabalho.
Um outro item importante é o do financiamento do
conjunto do sindicalismo – sindicatos, federações,
confederações e centrais sindicais. O consenso nesta
questão é a defesa da contribuição negocial,
aprovada em assembleia, nas campanhas salariais.
Todos estes pontos estão ainda em discussão. A
expectativa é que o Fórum das Centrais Sindicais
unifique suas posições e, com isso, crie as
condições para o presidente Lula anunciar essas boas
novas no Dia do Trabalhador.
Fonte: Portal Vermelho
28/03/2023 -
Moacyr fala para Confederação dos Bancários sobre
proposta das Centrais
O presidente interino da Nova Central Sindical e
vice-presidente da CONTRATUH, Moacyr Auersvald Tesch,
está percorrendo várias capitais brasileiras para
levar a mensagem das Centrais Sindicais que não se
coadunam com o esboço de uma reforma sindical, que
caiu de paraquedas ao gosto de três segmentos, e à
revelia da grande massa sindicalista brasileira.
Sua última aparição foi junto à CONTEC –
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas
de Crédito – em João Pessoa, na Paraíba, onde foi
convidado para falar no 50º Encontro Nacional de
Dirigentes Sindicais, envolvendo Bancários,
Securitários e Cooperados.
“Antes da tentativa de uma reforma sindical, temos
que ir atrás de uma série de conquistas que perdemos
nos últimos anos para depois nos debruçarmos na
estrutura de nossas representações”. Ele defendeu a
manutenção do artigo 8º da Constituição Federal de
1988, o sistema confederativo como um todo, a
unicidade sindical e a necessidade de fontes de
custeio (contribuição negocial) que é devida por
toda a categoria.
Ele lembrou também a importância da autonomia plena
das assembleias, do respeito pelas homologações nas
entidades sindicais e uma melhor definição do que é
o comum acordo exigido pelo EC nº 45.
Para Moacyr é preciso também a ultratividade das
normas coletivas enquanto perdurarem as novas
negociações e todo o apoio ao debate democrático em
torno do Projeto de Lei nº 5.552/2019, elaborado
pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST e
apresentado pelo deputado federal Lincoln Portela.
Nova empreitada
Deixando João Pessoa, Moacyr tem compromissos também
com Salvador e Belém do Paraná. “A acolhida às
nossas ideias tem sido extremamente positivas”. Ele
lembrou que em João Pessoa teve contato com a CSB,
que também está contribuindo para difundir essa
ideia de primeiro recuperar o que foi perdido e
então partir para a discussão de uma futura
estrutura.
Conquistas
Para Moacyr, o trabalhador brasileiro não pode
esquecer que férias, 13º salário, salário mínimo,
redução da jornada de trabalho (de 14 para 8 horas
diárias e 44 semanais, férias de 30 dias, 1/3 do
salário de férias, estabilidade para gestantes,
seguro-desemprego, repouso semanal remunerado,
aposentadorias e pensões, estabilidade no emprego em
certas situações, normas sobre segurança e saúde do
trabalhador, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e o aviso prévio, “são conquistas histórias e
que não podem ser colocadas de lado e precisam ser
defendidas antes dos interesses pessoais e
particulares de dirigentes afeitos ao poder, tão
somente.”
Fonte: Imprensa CONTRATUH
28/03/2023 -
Novo Estatuto do Trabalho é pautado pela promoção
dos direitos sociais, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em
pronunciamento em Plenário nesta segunda-feira (27),
que o novo Estatuto do Trabalho está tramitando na
Comissão de Direitos Humanos (CDH) sob sua relatoria
e contará com um ciclo de debates sobre o tema. O
parlamentar afirmou que serão ouvidos representantes
dos trabalhadores, empregadores, movimento sindical,
especialistas, juristas, professores e juízes.
Segundo ele, o objetivo é chegar a um texto que
eleve as condições de vida do povo brasileiro, de
crescimento e de desenvolvimento do país, tendo um
relatório final equilibrado.
— O novo Estatuto do Trabalho é pautado pela
promoção dos direitos sociais e, portanto, das
políticas humanitárias e das relações do trabalho,
como forma de buscar a construção de uma sociedade
justa fraterna, solidária e democrática, combatendo
todas as formas de discriminação e preconceito,
racismo, trabalho escravo, precarização do trabalho
— enfatizou.
O parlamentar destacou que alguns pontos
contemplados pelo estatuto são o direito do
trabalhador à liberdade de expressão, privacidade,
integridade física e moral, restrição ao
monitoramento por vigilância eletrônica, direito a
um ambiente seguro e saudável, além do cumprimento
de normas de saúde. Ele também ressaltou que o texto
aborda o direito à continuidade do contrato de
trabalho, a proteção ao emprego em razão de
implantação do processo de automação e a proibição
do trabalho escravo e semelhantes com
responsabilização severa dos infratores, de forma
que se houver terceirização, a responsabilidade será
solidária.
Paim afirmou ter feito um capítulo sobre as
mulheres, com exigência de igualdade salarial para o
mesmo tipo de trabalho e afastamento da gestante de
qualquer atividade penosa ou ambiente insalubre,
além do direito ao comparecimento à consulta e a
exames pré-natal. Ainda segundo o senador, idosos
serão contemplados com norma que considera
discriminatória a demissão quando faltarem dois anos
para atingir a condição de pessoa idosa ou a idade
mínima para aposentadoria.
Fonte: Agência Senado
28/03/2023 -
Secretaria da Mulher da Câmara lança campanha de
combate à violência política
Campanha é realizada pela Câmara dos Deputados e
outros parceiros desde 2019
Como parte das atividades do Março Mulher, a Câmara
dos Deputados, por meio da Secretaria da Mulher,
lança, nesta terça-feira (28), a 4ª edição da
“Campanha de Combate à Violência Política Contra as
Mulheres”. O lançamento será realizado às 15 horas
no salão Nobre.
Violência política pode ser caracterizada como todo
e qualquer ato com o objetivo de excluir mulheres do
espaço político, impedir ou restringir seu acesso ou
induzi-las à tomada de decisões contrárias à sua
vontade.
A campanha da Câmara é resultado de uma parceria com
a Procuradoria Especial da Mulher e Liderança da
Bancada Feminina do Senado, além de outros parceiros
institucionais externos e é realizada desde dezembro
de 2019. O objetivo é alertar para os impactos deste
tipo de conduta na democracia e na participação
feminina nos espaços de poder, eletivos e de
decisão.
Publicação
No evento também será lançado o livreto "O que é
violência política contra a Mulher?", uma parceria
com a Edições Câmara, que pretende discutir a baixa
representatividade feminina em posição de poder e os
vários desafios que as candidatas precisam encarar
antes, durante e depois do pleito, no exercício de
seu mandato.
A obra pode ser adquirida em formato impresso no
site das Edições Câmara ou ser baixada em versão
gratuita no formato PDF (E-book).
Foram convidadas para os lançamentos ministras e
representantes da Segunda-Secretaria da Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados, da Organização das
Nações Unidas (ONU), do Ministério Público, do
governo do Distrito Federal e de prefeituras.
Fonte: Agência Câmara
28/03/2023 -
BNDES deve voltar a investir mais na indústria do
que em agropecuária
Nos últimos anos, setor agropecuário, uma das
principais bases de Jair Bolsonaro, recebeu mais
investimentos do que a indústria, invertendo lógica
que vinha desde FHC
Com as atenções voltadas para a retomada do
desenvolvimento nacional, o governo federal deverá
estabelecer outras prioridades para o BNDES de
maneira que o banco seja capaz de ajudar a
impulsionar a economia para além do setor
agropecuário. Se nos últimos cinco anos, a
instituição destinou mais recursos para esta área do
que para a indústria, sob o governo de Luiz Inácio
Lula da Silva, a tendência é corrigir essa
assimetria.
Segundo dados da própria instituição, divulgados
pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2022, o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) destinou 22% (R$ 21,5 bilhões), de um total
de R$ 97,5 bilhões, para a agropecuária. A indústria
ficou com R$ 19,6% (R$ 19,1 bilhões). A maior parte
do valor, 43,3%, foi para a área de infraestrutura;
comércio e serviços ficaram com R$ 15,1%.
Os governos de Michel Temer (MDB) e sobretudo de
Jair Bolsonaro (PL) — que sempre teve no agronegócio
uma de suas principais bases de apoio — inverteram a
lógica, que vinha desde pelo menos Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), de direcionar mais recursos do banco
para o setor da indústria, na comparação com o agro.
A crise dos últimos anos e a necessidade de aumentar
o desenvolvimento, a geração de emprego, renda e
riquezas para o país e de colocá-lo em outro patamar
de competitividade no cenário internacional têm
feito o governo Lula reforçar a defesa da
reindustrialização.
“É uma ingenuidade imaginar que vamos poder nos
reindustrializar e disputar esses setores de ponta e
inovação sem a participação do Estado e sem o banco
público como o BNDES”, declarou o presidente da
instituição, Aloizio Mercadante, no dia 20.
Outra recente sinalização nesse sentido foi feita no
dia 14 de março: “Vamos ficar assistindo ao desmonte
da indústria? Ou vamos ter um banco capaz de reagir,
financiar e induzir a industrialização, como fizemos
com a agricultura?”, questionou Mercadante.
Ele lembrou ainda que o banco já distribui 19% do
crédito do Plano Safra, máquinas e equipamentos para
o setor da agropecuária. “Queremos continuar fazendo
isso. Mas não podemos assistir a dados como esses da
indústria e achar que é assim”, explicou.
Na mesma ocasião, Mercadante defendeu dobrar o nível
de financiamento do banco até 2026, passando o
percentual de desembolsos de 1% para 2% do PIB.
Fonte: Portal Vermelho
28/03/2023 -
Padilha diz que ainda não há data para apresentação
do arcabouço fiscal, mas conversas devem avançar na
semana
Ministro das Relações Institucionais destaca
ambiente favorável à matéria no Congresso Nacional
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha (PT), afirmou, nesta segunda-feira (27), que
ainda não há data definida para a apresentação do
projeto de lei complementar que tratará do novo
arcabouço fiscal, que deverá substituir o teto de
gastos – regra fiscal que limita a evolução de
despesas em um ano ao comportamento da inflação no
exercício anterior.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) ainda definirá seu cronograma de reuniões e
terá encontro com o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad (PT), para tratar do assunto. A expectativa
inicial era que o texto pudesse ser apresentado na
semana passada, antes da esperada missão oficial à
China no domingo (26) – que acabou cancelada em
razão do diagnóstico de pneumonia do mandatário.
“Não há data definida [a data para divulgação do
novo marco fiscal], mas certamente conversas que
aconteceriam na própria missão na China devem
acontecer aqui em Brasília”, disse Padilha a
jornalistas após reunião com Lula no Palácio da
Alvorada. O presidente deve despachar da residência
oficial ao menos até quarta-feira (29), seguindo
recomendação médica.
Para o ministro, há um ambiente positivo no
Congresso Nacional para a apreciação do novo marco
fiscal quando o projeto de lei complementar for
encaminhado pelo Poder Executivo. “Há um clima muito
positivo para, chegando a regra fiscal no Congresso
Nacional, possa ser debatido com muita qualidade e
serenidade”, afirmou.
Padilha disse que Haddad deve dar um retorno a Lula
sobre conversas que teve com líderes do governo nas
duas casas legislativas e os presidentes da Câmara
dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado
Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“A expectativa é que possamos apresentar o mais
rápido possível um marco fiscal”, declarou.
“Precisamos aproveitar, inclusive, esse ambiente
muito positivo dentro do Congresso Nacional para a
aprovação do marco fiscal”.
Fonte: InfoMoney
27/03/2023 -
Boletim aponta que 80,4% dos reajustes superam
inflação em fevereiro
Pesquisa é da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe)
Em fevereiro, 80,4% dos reajustes salariais ficaram
acima da inflação medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC). É o que informa o
boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado nesta
sexta-feira (24), em São Paulo. Em fevereiro de
2022, essa mesma proporção era de 23,9%.
Em 10,6%% das negociações do segundo mês do ano, o
reajuste ficou igual à inflação. Em 8,9% dos
acordos, os trabalhadores tiveram perdas reais no
salário. O piso mediano ficou em R$ 1.391,00.
A prévia de março aponta na mesma direção: 88,5% dos
reajustes devem ficar acima do INPC. Até o
fechamento do boletim, 52 instrumentos foram
tabulados. A Fipe destaca que esses resultados
preliminares estão sujeitos a flutuações amostrais e
podem se alterar.
Metodologia
O acompanhamento das negociações coletivas é feito por
meio de acordos e convenções registrados no Mediador
do Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no
sistema, tabula e organiza os valores observados
para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos
em acordos e convenções e também por atividade
econômica e setores econômicos.
Fonte: Agência Brasil
27/03/2023 -
Luiz Carlos Motta será relator de PL que proíbe a
dispensa do empregado que concorre a vaga de membro
do Conselho Fiscal de sindicato ou associação
profissional
Nesta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados,
foi designado o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP)
para relatar a matéria do Projeto de Lei 6706/2009
(PL 5552/2019 apensado), que proíbe a dispensa do
empregado que concorre a vaga de membro do Conselho
Fiscal de sindicato ou associação profissional, na
Comissão de Trabalho (CTRAB).
No PL 6706/2009, o senador Paulo Paim (PT-RS) dá
nova redação ao § 3º do art. 543 da Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, e outras providências.
Vale ressaltar que ainda não foi apresentado o
parecer.
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), apoiador
da Nova Central, celebra a escolha de Luiz Carlos
Motta, que também é presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC). O
atual coordenador do FST, Lourival Figueiredo Melo,
é secretário-geral da CNTC.
PL 5552/2019
O projeto de lei nº 5.552/2019, do FST, apresentado
pelo Deputado Federal Lincoln Portela (PL/MG),
propõe a regulamentação do Art.8º da Constituição
Federal, que dispõe sobre a organização sindical, e
dá outras providências.
Entre os principais pontos do projeto, o texto visa
manter a unicidade, que mantém um sindicato de
representação da categoria por município, o
fortalecimento do sistema confederativo, autonomia e
soberania das assembleias gerais sindicais e o
custeio das entidades.
Fonte: NCST
27/03/2023 -
Governo assina acordo com sindicatos para reajuste
de 9% aos servidores federais
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos, o acordo cabe na reserva de R$
11,2 bilhões no orçamento de 2023
O governo e os representantes sindicais dos
servidores federais assinaram, nesta sexta-feira
(24), o acordo que garante um reajuste linear de 9%
nos salários a partir de maio, além de um aumento de
R$ 200 (43,6%) no auxílio-alimentação, que passa de
R$ 458 para R$ 658. Segundo o Ministério da Gestão e
da Inovação em Serviços Públicos, o acordo cabe na
reserva de R$ 11,2 bilhões no orçamento de 2023 para
essa finalidade.
Para que o reajuste entre em vigor, será preciso
aprovar um PLN no Congresso Nacional em abril. A
ministra da Gestão, Esther Dweck, adiantou que a
ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
já assinou a proposta que será enviada ao
Parlamento.
“Hoje mesmo já vou conversar com os líderes no
Congresso. Trata-se de uma alteração orçamentária
simples de uma rubrica para outra, sem aumento de
gastos. Sabemos que ainda existe uma defasagem no
auxílio-alimentação em relação a ouros Poderes, mas
estamos felizes de já poder fazer isso hoje para ser
pago a partir de maio”, afirmou Dweck.
O governo também se comprometeu a articular com o
Congresso a retirada da proposta de emenda
constitucional (PEC) da reforma administrativa,
enviada em ainda em 2020 pela equipe do ex-ministro
da Economia, Paulo Guedes.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
da República, Márcio Macêdo, lembrou que a mesa de
negociação do governo com o funcionalismo é
permanente, após seis anos sem acordos. “Depois de
um longo e tenebroso inverso, se reabre o diálogo
com os servidores públicos. Não se constrói uma
nação soberana sem um serviço público valorizado e
eficiente”, afirmou.
O secretário de Gestão de Pessoas e Relações do
Trabalho do Ministério da Gestão, Sérgio Mendonça,
destacou que o acordo foi alcançado após três
rodadas de negociação com os servidores. “Foi o
acordo possível diante da disponibilidade
orçamentária deste ano. Foi um acordo razoável, bom
dentro das nossas limitações”, avaliou. “Vamos
continuar o diálogo e esse debate nas negociações
dos anos vindouros, de 2024 a 2026”, garantiu.
O presidente do Fórum Nacional de Carreiras Típicas
do Estado (Fonacate), Rudinei Marques, apontou que a
negociação foi a mais célere da história entre os
servidores e o governo federal. “Esse processo marca
o retorno da civilidade no debate com os servidores,
após anos de ataques contra o funcionalismo”,
acrescentou.
Fonte: InfoMoney
27/03/2023 -
CDH terá ciclo de debates sobre Estatuto do Trabalho
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou
requerimento (REQ 8/2023) para realização de um
ciclo de audiências públicas para debater a sugestão
legislativa SUG 12/2018, que institui o Estatuto do
Trabalho. O autor do requerimento para realizar os
debates, senador Paulo Paim (PT-RS), também é
relator da sugestão de lei. Para Paim, é importante
envolver diferentes pessoas, com opiniões
divergentes, nas discussões. As datas das audiências
públicas ainda serão marcadas.
Fonte: Agência Senado
27/03/2023 -
TST muda entendimento sobre pagamento de horas
extras e estabelece novas regras
Tribunal Superior do Trabalho decidiu que horas
extras deverão entrar no cálculo de benefícios, como
férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. Regra
começou a valer no dia 20 de março
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que as
horas extras feitas pelo trabalhador também devem
entrar no cálculo de benefícios, como férias, 13º
salário, aviso prévio e Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS). O novo cálculo vale nos casos em
que a hora extra foi incorporada ao descanso semanal
remunerado. A regra começou a valer no dia 20 de
março deste ano.
A questão foi decidida pelos ministros do TST na
segunda-feira (20). Conforme o novo entendimento do
plenário, o aumento dos valores a receber pelo
descanso remunerado deve repercutir nos outros
direitos trabalhistas e não pode ser considerado
como cálculo duplicado.
Durante o julgamento, o relator do processo,
ministro Amaury Rodrigues, explicou que a hora extra
trabalhada durante a semana é somada ao cálculo do
descanso semanal e, a partir de agora, será
computada em outros direitos.
“O cálculo das horas extras é elaborado mediante a
utilização de um divisor que isola o valor do
salário-hora, excluindo de sua gênese qualquer
influência do repouso semanal remunerado pelo
salário mensal, de modo que estão aritmeticamente
separados os valores das horas extras e das
diferenças de RSR (Repouso Semanal Remunerado)
apuradas em decorrência dos reflexos daquelas horas
extras”, disse.
Com a decisão, o TST alterou que Orientação
Jurisprudencial (OJ) 394 para garantir que a decisão
vai ser seguida pelas demais instâncias da Justiça
Trabalhista.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/03/2023 -
Dieese capta modesta melhora no Índice da Condição
do Trabalho
Calculado pelo Dieese, o Índice de Condição de
Trabalho (ICT-Dieese) registrou uma pequena melhora
no último trimestre de 2022, quando subiu a 0,52,
dando sequência a uma recuperação iniciada na
passagem de 2021 para 2022.
O ÍCT é um indicador criado pelo Dieese com o
objetivo de sintetizar a situação do trabalho no
país em várias dimensões. Varia entre 0 e 1, e é
resultado da composição de três dimensões:
ICT-Inserção Ocupacional, ICT-Desocupação e
ICT-Rendimento.
O indicador não estabelece a condição ideal do
trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o
valor estiver de 1, melhor a situação geral do
mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero,
pior.
No último trimestre analisado, o índice atingiu o
valor de 0,52, o maior desde o segundo trimestre de
2020, quando o universo produtivo e a estrutura
ocupacional foram seriamente impactados pela
pandemia, com reflexos sobre as estatísticas do
mercado de trabalho, principalmente devido à intensa
saída de pessoas do mercado de trabalho.
Considerando apenas os quartos trimestres, o índice
de 2022 foi o maior desde 2016. No entanto, continua
aquém do registrado no 4º trimestre de 2014, o que
reflete os extraordinários estragos impostos à
economia brasileira pela restauração neoliberal
desencadeada pelo golpe de Estado de 2016 e
radicalizada pelo governo Bolsonaro.
O último trimestre de 2022 apresentou melhora em
diversos indicadores do mercado de trabalho, como
redução da taxa de desocupação, aumento do
rendimento médio por hora e do emprego com carteira
assinada, ainda que, em termos proporcionais,
estejam relativamente baixos. Porém. a melhora não
foi acompanhada por uma distribuição mais
igualitária dos rendimentos do trabalho, apontam os
técnicos.
Fonte: Dieese
24/03/2023 -
Governo decidirá sobre consignado do INSS até a
próxima terça
Afirmação é do ministro da Casa Civil, Rui Costa
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, deu um
prazo até a próxima terça-feira (28) para a
definição do novo teto dos juros do crédito
consignado do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). Em entrevista aos veículos da Empresa Brasil
de Comunicação (EBC), na noite desta quarta-feira
(22), ele detalhou a agenda de reuniões nos próximos
dias, quando serão feitas tentativas de fechar um
valor para o teto.
“Na terça-feira [28], nós temos uma nova reunião do
Conselho [de Desenvolvimento Econômico e Social].
Até a sexta-feira [24], nós tentaremos um consenso
de uma nova tarifa. Caso contrário, na segunda-feira
[27] teremos uma reunião governamental para definir
qual é a nossa proposta para submeter ao conselho na
terça. Portanto, terça teremos definido o novo
patamar o consignado”.
Histórico
Na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência
Social (CNPS) reduziu de 2,14% para 1,7% ao mês o
teto dos juros sobre o crédito consignado a
aposentados e pensionistas do INSS. O órgão também
diminuiu de 3,06% para 2,62% ao mês o limite da taxa
para o cartão de crédito consignado.
No fim da mesma semana, vários bancos privados e
públicos, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil,
suspenderam a oferta de crédito consignado do INSS.
Segundo o Banco Central, apenas quatro instituições
financeiras cobravam taxas menores que 1,7% ao mês:
Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB
Brasil (1,31%).
De acordo com o presidente da Federação Brasileira
de Bancos (Febraban), Sidney Oliveira, o governo e
os bancos precisam sair do impasse e chegar a um
patamar que atenda aos anseios da equipe econômica
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também
permita a viabilidade econômica de crédito
consignado.
Fonte: Agência Brasil
24/03/2023 -
Ministério resgata mais escravizados
Em seu primeiro dia de governo, Bolsonaro extinguiu
o Ministério do Trabalho. Criado em 1930, por
Getúlio Vargas, era o “ministério da Revolução”,
fruto da vitória comandada por Vargas.
O sindicalismo reivindicava um Ministério do
Trabalho equipado, atuante e forte, como consta da
Pauta Unitária da Classe Trabalhadora, da Conclat
2022.
Ministério do Trabalho e Emprego revigorado tem
resgatado trabalhadores escravizados. Este ano, já
foram libertadas 918 vítimas. Alta de 124% ante os
primeiros três meses de 2022.
Esses dados, no Portal G1, foram apurados pelo
auditor Maurício Krepsky, da Divisão de Fiscalização
para Erradicação do Trabalho Escravo.
Líderes – Goiás e Rio Grande do Sul registram
o maior volume em situação análoga à de escravidão.
Goiás, 365. Entre os abusos estão cobrança de
aluguel de barracos dos alojamentos ou uso de
ferramentas de trabalho, além do não-fornecimento de
alimentação. No RS, 293 resgatados. Locais: lavouras
de café, arrozais, canaviais e vinícolas, entre
outros.
Para Antônio Rogério Magri, ex-ministro do Trabalho,
essa é uma atuação bem-vinda. Segundo ele, a
fiscalização tem que ser constante e o sindicalismo
precisa colaborar. “O Ministério tem cumprido um
papel excelente sob a condução de Marinho, que
dialoga com o movimento sindical. As Centrais
precisam ajudar nessa fiscalização”, alerta.
O ex-ministro lembra que a Pasta vem de um processo
de desmonte pelo governo anterior. “Não há fiscais
suficientes. Cabe ao sindicalismo ajudar a termos um
Ministério cada vez mais forte e atuante na
fiscalização das condições de trabalho”, afirma
Magri.
LIGUE 158 – O Ministério criou a Alô
Trabalho. Comunicação direta entre cidadão e Estado.
Ligue grátis 158 e se informe sobre leis e direitos.
Segunda a sábado, das 7 às 19 horas.
Mais – Acesse o site do Ministério do
Trabalho e Emprego.
Fonte: Agência Sindical
24/03/2023 -
Rui Costa critica Selic a 13,75%: Não tem razão que
explique
Ministro da Casa Civil ressaltou que a manutenção
da atual taxa básica de juros atinge a população
mais pobre
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, chamou de
“insensibilidade” e disse que “não tem razão que
explique” a decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em
13,75%, anunciada nesta quarta-feira (22).
Costa afirmou que “essa decisão não é o que o
governo esperava”. “O que o povo brasileiro, os
empresários, a indústria e todos desejam é a redução
da taxa de juros. Não dá pra compreender essa
decisão do Banco Central de manter a taxa de juros
em 13,75%, já que este porcentual foi adotado quando
a inflação chegou no patamar de 10%. Hoje a inflação
já caiu à metade, que é 5%. Não tem razão que
explique a motivação do Banco Central em adotar essa
medida”, criticou o ministro.
Costa ressaltou que a manutenção da atual taxa
básica de juros atinge a população mais pobre do
País. “Com essa taxa de juros, empresários não
conseguem investir e o País não gera empregos. A
população perde muito e quanto mais pobre, maior o
prejuízo. Esta insensibilidade do Banco Central só
aumenta o desemprego e o sofrimento do povo
brasileiro. Não dá para compreender.”
“Não tem país no mundo que pratique juros tão altos
como o Brasil. Não tem razão econômica que explique
essa decisão”, concluiu, ao lembrar que o País tem a
maior taxa real de juros do mundo.
Ao comentar o assunto pela manhã, o ministro disse a
jornalistas que o presidente do Banco Central,
Roberto Campos Neto, prestava um “desserviço” ao
Brasil por manter a Selic alta e que o governo tem
uma reação ensaiada caso o Copom resista a reduzir a
Selic. Segundo ele, a gestão deve redobrar as
críticas a Campos Neto.
Fonte: InfoMoney
24/03/2023 -
Acordo onde apenas empregado renuncia a direitos não
pode ser homologado
O acordo extrajudicial que não apresenta concessões
recíprocas, mas apenas do empregado, não deve ser
chancelado pelo Poder Judiciário. A decisão unânime
é da 11ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
4ª Região (RS) e confirma o entendimento do juiz
Rafael Flach, da 2ª Vara do Trabalho de Passo Fundo.
No caso concreto, um restaurante e um ex-empregado
requereram a homologação de um acordo extrajudicial,
no qual o trabalhador dava a quitação plena, ampla,
geral, irrestrita e irrevogável do extinto contrato
de trabalho em troca do pagamento de verbas
rescisórias incontroversas.
Flach destacou que não cabe a quitação do contrato
de trabalho em sua integralidade em acordo
extrajudicial. "É lícito aos interessados prevenirem
ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
Ao estabelecer cláusula de quitação integral do
contrato de trabalho, o acordo extrajudicial viola o
dispositivo, na medida em que não se verificam
concessões mútuas entre os interessados. A situação
é diversa do acordo judicial, quando o empregado
confere quitação integral do contrato de trabalho em
troca de direitos discutidos em processo judicial",
afirmou o magistrado.
A empresa recorreu ao Tribunal para reformar a
sentença, mas não obteve êxito. O relator do
acórdão, desembargador Manuel Cid Jardon, concluiu
que no caso há evidente intenção da empresa em
fraudar o cumprimento da lei, infringindo o art.
166, inciso VI, do Código Civil. "O acordo celebrado
representa a mera sujeição do empregado como
condição para receber o pagamento das verbas
rescisórias, em razão do que ele se compromete a dar
ampla, geral e irrestrita quitação do contrato
havido entre as partes, motivo pelo qual não deve
ser chancelado pelo Poder Judiciário", ressaltou o
desembargador.
O magistrado ainda mencionou que cabe à Justiça do
Trabalho examinar lides simuladas que caracterizam
fraude passível de declaração de nulidade (artigo 9º
da Consolidação das Leis do Trabalho) e aos acordos
nos quais não existem concessões recíprocas, mas
verdadeiras renúncias de direitos por parte do
empregado. "As normas contidas nos 855-B e seguintes
da CLT, introduzidas pela Lei 13.467/2017 (Reforma
Trabalhista), não emprestaram à Justiça do Trabalho
a condição de mero órgão homologador de rescisões de
contratos de trabalho", salientou o relator.
Também participaram do julgamento as desembargadoras
Flávia Lorena Pacheco e Vania Mattos. Não houve
recurso da decisão. Com informações da assessoria de
imprensa do TRT-4.
Processo 0020639-88.2022.5.04.0662
Fonte: Consultor Jurídico
24/03/2023 -
Briga entre Lira e Pacheco sobre MPs dificulta
aprovação de projetos de Lula no Congresso
Líder do governo no Congresso diz que Planalto
busca alternativas para aprovar MPs
Mais uma vez os presidentes da Câmara, Arthur Lira,
e do Senado, Rodrigo Pacheco, não chegaram a um
acordo sobre a tramitação das Medidas Provisórias,
prolongando o bloqueio da agenda do governo Lula no
Congresso.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniram a sós
nesta quarta após semanas de crise, mas não chegaram
a acordo sobre o rito de análise dos texto.
O impasse trava a tramitação das MPs editadas pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Arthur
Lira diz a aliados que está disposto a deixar os
textos perderem a validade se o rito não for
definido, informa reportagem da Folha de S.Paulo.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), afirmou que a situação chegou a um
"limite" e que o Planalto não descarta alternativas
às MPs (medidas provisórias) já editadas. Segundo
Randolfe, o governo não descarta a possibilidade de
apresentar projetos de lei de caráter de urgência.
Fonte: Brasil247
24/03/2023 -
Lula diz que “vai resolver” piso salarial da
enfermagem
Durante evento no Recife, presidente disse que
governo deve subsidiar parte dos custos das Santas
Casas, para de garantir o pagamento do piso nesses
locais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse,
nesta quarta-feira (22) que o governo “vai resolver”
o imbróglio envolvendo o piso salarial da
enfermagem, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) ainda em 2022. Segundo ele, o governo deve
subsidiar parte dos custos das Santas Casas, para de
garantir o pagamento total ou parcial dos salários
dos trabalhadores da saúde.
Na ocasião, Lula disse o ministro da Casa Civil, Rui
Costa (PT), se reuniu com o ministro Luís Roberto
Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), para que
fosse revogada a liminar suspendendo a aplicação do
piso.
O presidente reforçou que a rede privada “pode
pagar” o piso aos profissionais da enfermagem e que
as Santas Casas é que têm dificuldade para garantir
o pagamento. “Para as Santas Casas não atrapalharem
pagar o piso, a gente vai tomar a decisão de dar
subsídio para o pagamento ou dar uma parte do
pagamento das Santas Casas”.
A fala foi proferida no ginásio esportivo Geraldão,
no Recife, durante a cerimônia de relançamento do
Programa de Aquisição de Alimento. No local,
servidores da saúde fizeram manifestação em favor da
aplicação do piso.
Ao falar sobre o piso, Lula ressaltou que “é
importante apenas esperar que a gente cumpra o rito,
a gente não pode atropelar. Eu, presidente, não
posso atropelar. Tenho que esperar, mas fiquem
certos de que vão receber o piso. É apenas cumprir
aquilo que está nas regras constitucionais. A gente
vai resolver esse problema”.
Piso suspenso
O piso foi criado após a aprovação de uma PEC
(Proposta de Emenda à Constituição) pelo Congresso,
em julho de 2022, com o objetivo de dar segurança
jurídica a um projeto de lei que versava sobre o
mesmo tema.
A proposta, no entanto, não previa o impacto
financeiro da medida para os estados, municípios e
hospitais. Tampouco apontava como o custo seria
bancado. Isso fez com o ministro Barroso decidisse,
em setembro do ano passado, pela suspensão da lei do
piso salarial nacional da enfermagem. O ministro
afirmou que a entidade fez “alegações plausíveis” de
possíveis “demissões em massa” com a nova regra.
Em janeiro, o ministro manteve a suspensão alegando
“falta de regulamentação”. No entendimento do juiz,
a emenda constitucional que indicava a fonte de
recursos para o pagamento do piso precisaria de
regulamentação por meio de outra lei.
O projeto do piso salarial da categoria foi aprovado
no Congresso em R$ 4.750 para enfermeiros. O piso de
técnicos de enfermagem é de 70% desse valor,
equivalente a R$ 3.325. Para auxiliares de
enfermagem e parteiras, a previsão é de 50% do
valor: R$ 2.375.
com informações de agências
Fonte: Portal Vermelho
23/03/2023 -
Uma conversa democrática sobre o futuro do Movimento
Sindical
NCST vai às bases para esclarecer proposta de
reforma sindical
A partir da próxima segunda-feira (27), a Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST) irá
percorrer os estados do Nordeste, começando pela
Bahia, para conversar com os dirigentes locais,
presidentes de sindicatos e federações, sobre a
última versão da minuta do anteprojeto de reforma
sindical apresentado por algumas centrais. A NCST é
contra tal proposta.
“O objetivo geral das conversas estaduais é
construir um documento que permita abrir um diálogo
‘democrático real’ entre todas as entidades
sindicais, sem prejudicar ninguém. A Nova Central
quer esclarece as bases sobre o quão nefasto é esse
projeto, que caso avance trará prejuízos para
sindicatos, federações e confederações”, enfatizou
Moacyr Auersvald, presidente interino da Nova
Central.
A princípio, Moacyr Auersvald e o assessor jurídico
da NCST, Cristiano Meira, vão percorrer 9 capitais
nordestinas e uma capital do Norte, Belém do Pará,
com as rodas de conversa que também vão debater as
reais prioridades do movimento e da classe
trabalhadora.
“Precisamos do apoio de todos por onde vamos passar.
Desde agora já conto com cada companheiro,
companheira, na divulgação e a presença no seu
estado. Temos que barrar o avanço desse projeto e
focar no mais importante, que é rever a Reforma
Trabalhista. A gente vem de uma reforma extremamente
voraz, que arrancou direitos que consideramos
cláusulas pétreas na legislação trabalhista, e
precisamos focar nisso”, enfatizou Moacyr.
A NOVA CENTRAL CONTA COM O SEU APOIO!
CONFIRA OS DIAS E LOCAIS NOS ESTADOS. *O HORÁRIO É
SEMPRE O MESMO, 14H*.
BAHIA – DIA 27/03 (segunda-feira)
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Salvador – BA
SERGIPE – DIA 28/03 (terça-feira)
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Calazans Nº 215 - Aracaju/SE
ALAGOAS – DIA 29/03 (quarta-feira)
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R. do Riachuelo, 105 - Sala 501- Boa Vista,
Recife-PE
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Pessoa-PB
RIO GRANDE DO NORTE – 01/04 (sábado)
Av. Nevaldo Rocha, 576, Quintas, Natal-RN
CEARÁ – DIA 03/04 (segunda-feira)
Rua Pastor Pedro Queiroz, nº 80 - Pacheco - Caucaia
– CE
PIAUÍ – 04/04 (terça-feira)
Rua Coelho Rodrigues 15-35 - Centro -Teresina – PI
MARANHÃO – 05/04 (quarta-feira) Local em breve
PARÁ – 06/04 (quinta-feira) Local em breve
Fonte: NCST
23/03/2023 -
Reajustes salariais mantêm tendência de melhora: em
2023, quase 74% acima da inflação
Inflação menor contribui para maior quantidade de
aumentos reais em acordo coletivos celebrados no ano
O cenário para as negociações coletivas continua
mostrando tendência de melhora, segundo dados
divulgados nesta terça-feira (21) pelo Dieese. De um
total de 1.184 acordos analisados neste ano, até o
último dia 9, tiveram aumento real 73,6%. Ou seja,
reajustes salariais acima da inflação (medida pelo
INPC-IBGE, usado como referência na área
trabalhista).
Além disso, 19,3% dos acordos resultaram em reajuste
equivalente à variação do INPC em 12 meses. E 7,1%
ficaram abaixo da inflação. Até agora, a média das
negociações é de 0,88% acima do índice oficial.
“O quadro que começa a ser desenhado para 2023
mostra predominância dos reajustes salariais acima
da inflação, em forte contraste com o ocorrido em
anos anteriores”, afirma o Dieese em boletim.
Contribui para isso a diminuição da taxa de inflação
nos últimos meses. De maio a julho do ano passado,
por exemplo, era necessário um reajuste em torno de
12% para repor perdas. Enquanto para categorias com
data-base neste mês é preciso 5,47%.
Apenas em fevereiro, de 149 acordos analisados 69%
tiveram ganho real. Foram 23,5% com reajustes
equivalentes ao INPC e 7,4% abaixo. De acordo com o
Dieese, o resultado do mês passado foi semelhante ao
das duas datas-base anteriores.
Entre os setores, nos primeiros dois meses de 2023 a
indústria teve 76,9% de acordos com aumento real. Já
os serviços ficaram com 74%. No comércio, foram 56%.
O valor médio dos pisos salariais nos instrumentos
coletivos deste ano tá em R$ 1.485,51. Fica 14,1%
acima do salário mínimo.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/03/2023 -
Lewandowski adia ação sobre idade mínima para
aposentadorias especiais
Ministro tem até 90 dias para devolver o processo
Na última sexta-feira (17), o Supremo Tribunal
Federal (STF) iniciou o julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6.309, impetrada pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria
(CNTI), e apoiada pelas centrais sindicais
brasileiras e outras 14 confederações, visando
derrubar parte da reforma da Previdência que indica
idade mínima para aposentadorias especiais do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O voto do relator da ação no STF, ministro Roberto
Barroso, reconheceu a constitucionalidade da
matéria, contrariando as alegações da ação. Em sua
decisão, o ministro afirmou que "o novo requisito
segue o mesmo objetivo do estabelecimento de uma
idade mínima para a aposentadoria voluntária dos
segurados do regime geral de previdência social:
impedir a saída prematura do mercado de trabalho e a
sobrecarga do sistema com o pagamento de benefícios
por prazos demasiadamente longos”, além de colocar
sua preocupação com os gastos públicos para os
próximos anos.
Mas enquanto sindicalistas lamentavam a primeira
derrota, com limite final de votação seguindo até a
próxima sexta-feira (24), o ministro Ricardo
Lewandowski pediu vistas do processo, instrumento
jurídico usado geralmente para uma análise mais
apurada do caso, determinando um novo prazo de até
90 dias para que o membro da suprema corte devolva o
caso para votação em plenário. "O pedido de vistas
nos dá esperança e fôlego para mostrarmos aos
ministros o quão injusta é a idade mínima, que irá
acabar com a aposentadoria especial e ferir
categorias de trabalho insalubre que merecem ter um
tratamento justo, inclusive por questões ligadas à
saúde e segurança do trabalhador. Acreditamos até
numa mudança de voto do ministro Barroso, dado seu
conhecimento e estima pelo povo brasileiro", afirma
José Reginaldo Inácio, diretor da CNTI e porta-voz
da confederação.
A CNTI afirma que o Congresso Nacional, ao
acompanhar o voto do relator da matéria na Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ), senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE), "preteriu a vida e a saúde ao
fictício sustento financeiro da Previdência" e
ignorou dados importantes em sua decisão. "Apenas 7%
do total da Previdência é de aposentadorias
especiais, dado que não foi citado. Não houve sequer
consulta a técnicos em medicina do trabalho e
engenheiros de Saúde e Segurança para avaliar a
decisão da idade mínima. Claramente má fé ou falta
de conhecimento. Nos dois casos, os trabalhadores
foram prejudicados injustamente", destaca Reginaldo.
O representante da CNTI acrescenta ainda que a
Advocacia Geral da União (AGU) e o Poder Executivo
referendam o posicionamento da confederação em suas
análises técnicas sobre o tema. “O próprio STF tem
precedentes importantes que dialogam com a nossa
ação. O posicionamento da AGU e do próprio INSS
falam da importância da legislação ter essa proteção
da aposentadoria especial. Os dois órgãos reconhecem
o risco iminente à saúde e à vida do segurado a
partir do momento que atingem os tempos mínimos de
trabalho", completa.
Miguel Torres, que preside a Força Sindical e a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Metalurgia (CNTM), ambas apoiadoras da ação,
acredita que não pode haver imparcialidade no tema
sem que haja uma análise técnica. "Como o relator
desta emenda pôde deixar de lado a análise técnica?
Qualquer voto ou sentença relativa à aposentadoria
por condições especiais de trabalho jamais pode ser
justa e imparcial sem ouvir um especialista sequer",
avalia.
“A idade mínima criou uma espécie de cárcere
previdenciário para profissões insalubres”, acredita
Moacyr Auersvald, presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST). O dirigente
explica que certas categorias se aposentam cedo, por
questões de comprometimento da saúde, e a
empregabilidade fica comprometida. "A pessoa entra
com 21 anos no serviço de minas, por exemplo,
trabalha os 15 anos necessários, com 36 ela está
fora. As condições de saúde dela não a deixam
continuar e nem mesmo a legislação permite isso. O
que essa pessoa fará até completar os 55 anos da
idade mínima da aposentadoria especial? Saúde
debilitada, sem trabalho e penalizado por fazer um
serviço essencial e que poucas pessoas querem. Falta
total de critério para esta decisão da idade
mínima", coloca Auersvald.
Segundo o presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, a esperança é
que membros do STF sigam seus últimos
posicionamentos em defesa da ciência e de questões
técnicas. “O STF foi decisivo para a questão da
pandemia, acatou a posição da medicina, da ciência,
da Organização Mundial da Saúde e dos institutos de
pesquisa em vacinação. Fazemos esse apelo aos
ministros do Supremo, que zelou tanto pela vida e
pelas pessoas, para que corrijam essa questão e
revejam a questão da idade mínima para
aposentadorias especiais. Assim farão justiça com a
população”, diz.
Fonte: Portal iG
23/03/2023 -
Mulheres vítimas de violência poderão ter proteção
imediata
Projeto de lei foi aprovado na Câmara e será
enviado à sanção
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(21) um projeto de lei que determina a concessão
sumária de medidas protetivas de urgência às
mulheres a partir da denúncia a qualquer autoridade
policial ou a partir de alegações escritas. A
proposta será enviada à sanção presidencial.
De autoria da ex-senadora e atual ministra do
Planejamento, Simone Tebet, o Projeto de Lei 1604 de
2022, do Senado, foi aprovado com emendas de redação
apresentadas pela relatora, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ). O relatório, que foi lido em Plenário
pela deputada Luisa Canziani (PSD-PR), havia sido
aprovado pelo Senado.
De acordo com a proposta, as medidas protetivas
poderão ser indeferidas no caso de avaliação pela
autoridade de inexistência de risco à integridade
física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da
ofendida ou de seus dependentes.
*Com informações da Agência Câmara
Fonte: Agência Brasil
23/03/2023 -
Aprovada inclusão de dados sobre raça em documentos
trabalhistas
A inclusão de informações sobre pertencimento a
segmento étnico-racial em registros administrativos
direcionados a empregadores e a trabalhadores do
setor privado e do setor público, a fim de subsidiar
políticas públicas, foi aprovada pelo Plenário do
Senado nesta terça-feira (21). O projeto de lei que
prevê essa medida é o PL 6.557/2019, cujo texto
segue para a sanção do presidente da República.
De autoria do ex-deputado federal Vicentinho, o
projeto altera o Estatuto da Igualdade Racial (Lei
12.288, de 2010) para determinar procedimentos e
critérios de coleta de informações relativas a cor e
raça no mercado de trabalho. O texto também
determina que o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) faça um censo, a cada cinco anos,
para identificar a participação de cada grupo
étnico-racial empregado no setor público. As
informações devem ser utilizadas na Política
Nacional de Promoção da Igualdade Racial, instituída
pelo Estatuto da Igualdade Racial com o objetivo de
reduzir as desigualdades raciais no Brasil, com
ênfase na população negra.
Apreciado em regime de urgência a pedido das
lideranças partidárias, a proposta foi relatada em
Plenário pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Ele
destacou que o texto foi aprovado pelo Senado
justamente na data em que se comemora o Dia
Internacional pela Eliminação da Discriminação
Racial.
Paim acatou emenda de redação, apresentada pelo
senador Carlos Viana (Podemos-MG), que substitui o
termo “formulários”, presente no texto, por
“questionários”, já consagrado na aplicação de
pesquisas demográficas.
O que prevê o projeto
De acordo com o texto, os empregadores do setor
público e privado deverão incluir, nos registros
administrativos assinados pelos seus empregados, um
campo para que eles possam se classificar segundo o
segmento étnico e racial a que pertencem, com
utilização do critério da autoclassificação e em
grupos previamente delimitados.
O trabalhador definirá a sua raça nos seguintes
formulários: admissão e demissão no emprego;
acidente de trabalho; inscrição de segurados e
dependentes no Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS); pesquisas do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE); registro feito no
Sistema Nacional de Emprego (Sine); e na Relação
Anual de Informações Sociais (Rais).
O projeto estabelece ainda que o IBGE fará, a cada
cinco anos, uma pesquisa destinada a identificar o
percentual de ocupação por parte de segmentos
étnicos e raciais no âmbito do setor público, a fim
de obter subsídios direcionados à implementação da
Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
23/03/2023 -
Haddad diz que comunicado do Copom após manter juros
é “preocupante”
Conselho de Política Monetária não descartou
“retomar o ciclo de ajuste caso o processo de
desinflação não transcorra como esperado”
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou
que o comunicado divulgado pelo Conselho de Política
Monetária (Copom) após manter a Selic, taxa básica
de juros da economia, em 13,75%, é “muito
preocupante”.
“Considerei o comunicado preocupante, muito
preocupante, porque hoje divulgamos relatório
bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal
mostrando que nossas projeções de janeiro estão se
confirmando sobre as contas públicas”, afirmou o
ministro.
No comunicado que acompanhou sua decisão, o Copom
disse que o ambiente externo piorou nas últimas
semanas, falando em “deterioração adicional” das
expectativas de inflação, e não descartou “retomar o
ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não
transcorra como esperado”.
Haddad criticou o tom “duro” do comunicado: “No
momento em que a economia está retraindo, o Copom
chega a sinalizar uma subida da taxa de juros. Lemos
com muita atenção, mas achamos que o comunicado
preocupa bastante”, disse o ministro da Fazenda.
O teor do comunicado contraria o governo Lula, que
desde o início do ano faz pressão pela redução dos
juros no país. Nesta terça (22), o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) disse que a taxa de juros
a 13,75% é um “absurdo”.
“Nós podemos inclusive comprometer o resultado
fiscal, porque daqui a pouco você vai ter problema
das empresas para vender, recolher impostos. Nossa
preocupação é essa”, disse Haddad.
O ministro da Fazenda, porém, voltou a falar em
“harmonia” com o BC e diz esperar que ata da reunião
“atenue” o comunicado.
“Nós temos relação institucional. Somos órgãos de
Estado. Temos satisfação a dar para a população”,
disse Haddad. “Vamos fazer chegar ao Banco Central a
nossa análise do que é mais recomendável para a
economia brasileira reencontrar o equilíbrio”.
Fonte: InfoMoney
22/03/2023 -
Lewandowski pede vista em ação sobre idade mínima
para aposentadoria por insalubridade
Agora, depende de Lewandowski devolver o processo
para pauta. O ministro vai se aposentar no início de
maio
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), pediu vista e interrompeu um
julgamento sobre a validade de regras da reforma da
Previdência que instituíram idade mínima na
aposentadoria especial por insalubridade do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A ação começou a ser julgada no plenário virtual na
sexta-feira. Nesse tipo de julgamento, os ministros
não se reúnem para julgar o processo, eles apenas
depositam seus votos no sistema eletrônico da Corte.
Até agora, apenas o relator do processo, ministro
Luís Roberto Barroso, se manifestou — seu voto foi
pela constitucionalidade das novas normas.
O pedido de vista acontece quando um ministro precisa
de mais tempo para analisar o caso. Agora, depende
de Lewandowski devolver o processo para pauta. O
ministro vai se aposentar no início de maio.
A ação foi movida pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Indústria (CNTI). No pedido, a
entidade argumentou que a finalidade da
aposentadoria especial era evitar que o trabalhador
sofresse prejuízos em decorrência da exposição a um
agente nocivo por um longo tempo.
A confederação apontou que o beneficiário desse tipo
aposentadoria não pode aguardar eventual idade
mínima, sob pena de ter de permanecer exposto ao
risco. “É dever do Estado evitar que o trabalhador
continue, deliberadamente, prejudicando a sua saúde
e a sua integridade física após o cumprimento do
tempo mínimo de contribuição exigido para
aposentadoria especial”, sustentou.
A ação também discute a conversão de tempo – quando
não foi alcançado o tempo mínimo para a
aposentadoria – e os critérios de cálculo da
aposentadoria especial por insalubridade.
Em seu voto, Barroso defendeu que o novo requisito
para a aposentadoria especial por insalubridade
segue o mesmo objetivo do estabelecimento de uma
idade mínima para a aposentadoria voluntária dos
demais beneficiários do INSS, que é “impedir a saída
prematura do mercado de trabalho e a sobrecarga do
sistema”.
“A reforma contém uma mudança de paradigma em relação
à disciplina então vigente. Antes, buscava-se dar
condições para que o segurado em atividade insalubre
se afastasse do mercado de trabalho tão logo
completasse o tempo máximo de exposição ao agente
nocivo, presumindo-se a sua incapacidade laborativa
nesse estágio da vida. Agora, com a imposição de
idade mínima para a aposentadoria, procura-se
estimular a sua migração para outras ocupações, por
se ter constatado que a sua permanência em atividade
é a única solução financeiramente sustentável para o
sistema”, escreveu.
Ele também afirmou que, em matérias aprovadas pelo
Congresso, a intervenção do STF deve ser mínima.
“Quando não estiverem em jogo os direitos
fundamentais ou os procedimentos democráticos,
juízes e tribunais devem acatar as escolhas
legítimas feitas pelo legislador, assim como ser
deferentes com o exercício razoável de
discricionariedade pelo administrador, abstendo-se
de sobrepor-lhes sua própria valoração política”,
disse.
Fonte: Valor
22/03/2023 -
Lula diz que arcabouço fiscal não será apresentado
antes de viagem à China
Declaração contraria sinalização dada pelo
ministro Fernando Haddad de que anúncio poderia
ocorrer nesta semana
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou,
nesta terça-feira (21), que o governo não deverá
anunciar o novo arcabouço fiscal nesta semana. A
declaração contraria sinalização dada pelo ministro
da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de que o projeto
de lei complementar poderia ser tornado público
antes da viagem oficial à China, marcada para sábado
(25).
Há forte expectativa do mercado pelo texto, que,
pelo que estabelece a PEC da Transição, pode ser
encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional até
31 de agosto – prazo antecipado duas vezes por
Haddad para que o novo modelo pudesse ser usado na
elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
de 2024.
Mas Lula argumenta que é necessário estar no país
nos dias subsequentes ao anúncio da regra que
substituirá o teto de gastos, para que se possa
fazer a defesa do modelo e debater com a classe
política e com agentes econômicos.
“Não temos que indicar nosso modelo de marco fiscal
agora. Vamos viajar para a China e, quando a gente
voltar, a gente apresenta”, afirmou o presidente em
entrevista ao site Brasil 247.
“Por que não pode ser antes da volta? Nós embarcamos
sábado. Haddad não pode comunicar uma coisa e sair.
Seria estranho. Não. Ele tem que anunciar e ficar
aqui para debater, para responder, para dar
entrevista, para conversar com o sistema financeiro,
conversar com a Câmara dos Deputados, com o Senado,
com os outros ministros, com empresários. O que não
dá é ir embora”, disse.
Lula alegou que a visita para a China é “muito
curta” e que é possível aguardar o retorno para
fazer o anúncio. Mas, segundo ele, a proposta “já
está madura”.
Fonte: InfoMoney
22/03/2023 -
Centrais sindicais protestam contra taxa básica de
juros de 13,75%
Manifestantes pedem saída de Campos Neto do Banco
Central
Centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira
(21), atos de protesto contra a taxa de juros
definida pelo Banco Central (BC), que está em 13,75%
ao ano.
Em São Paulo, o grupo se reuniu em frente à sede do
banco, na Avenida Paulista, e fez um churrasco de
sardinha. “A intenção é mostrar que os juros altos
engordam os tubarões rentistas, enquanto, para o
povo, só sobra sardinha”, explicou, em nota, o
presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) está realizando a segunda reunião do
ano para definir a taxa básica de juros da economia,
a Selic. A previsão é que seja mantido o aperto
monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo
com as pressões do governo federal para redução da
taxa. A decisão do Copom será anunciada na
quarta-feira (22).
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que
participa da mobilização, os atos também reivindicam
a democratização do Conselho de Administração de
Recursos Fiscais (Carf), que julga processos
administrativos de grandes devedores. “Em geral, [o
Carf] beneficia as empresas sonegadoras, porque a
maioria dos conselheiros é empresário”, diz a CUT.
Para Adriana Magalhães, do Sindicato dos Bancários
de São Paulo, a alta taxa de juros atrasa o
desenvolvimento social e é uma das principais causas
da miséria no Brasil. “Se o governo pagar 13,75% de
juros de dívida pública, vai faltar dinheiro para
saúde, educação. Nós queremos sair dessa situação de
miserabilidade e pobreza que o governo Bolsonaro nos
deixou.”
O ato de protesto das centrais sindicais também pede
a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto,
que foi indicado pelo governo Bolsonaro e tem
mandato até dezembro de 2024.
“É um absurdo o que o Banco Central está fazendo com
os trabalhadores, com o nosso país, jogando contra o
nosso desenvolvimento e a retomada do crescimento.
Por isso, fizemos as manifestações em várias
capitais do país”, disse, em vídeo nas redes
sociais, o presidente da Força Sindical.
Também participam da manifestação representantes da
Central dos Sindicatos Brasileiros e da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além
de integrantes de movimentos populares.
A CUT registrou nas redes sociais que, além de São
Paulo, foram realizados atos em pelo menos três
capitais: Fortaleza, Belém e Recife.
A Agência Brasil solicitou posicionamento do Banco
Central, mas não teve retorno até a publicação da
reportagem.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2023 -
Assédio sexual é incluído em comissão de prevenção
de acidentes
Combate ao assédio passa a ser obrigação das
empresas com Cipa
A partir de agora, a Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (Cipa) de toda empresa deverá
desenvolver ações de combate ao assédio sexual e
outras formas de violência, como o assédio moral. A
responsabilidade foi formalizada pela
Portaria nº 4.219, do então Ministério do
Trabalho e Previdência, editada em dezembro de 2022.
Pela portaria, a atribuição passou a valer desde
segunda-feira (20).
O texto estabelece que as empresas incluam em suas
normas internas regras de conduta a serem aplicadas
em cada caso. As companhias também têm obrigação de
definir como irão receber e acompanhar denúncias de
ocorrências e, ainda, como farão a apuração dos
fatos e punir responsáveis diretos e indiretos pelos
atos cometidos.
A apuração dos casos, por parte da empresa, não
impede a abertura de processo na Justiça, segundo o
documento. Além disso, fica garantido o anonimato da
pessoa que apresenta denúncia, ou seja, da
denunciante.
Outra medida que se torna um dever das empresas é a
realização de ações de capacitação, orientação e
sensibilização do quadro de empregados de todos os
níveis hierárquicos sobre violência, assédio,
igualdade de direitos e diversidade. De acordo com a
portaria, tais atividades precisam ser realizadas,
no mínimo, a cada ano.
Levantamento elaborado pelos institutos Patrícia
Galvão e Locomotiva revelou que 76% das
trabalhadoras já foram submetidas a um ou mais
episódios de violência e assédio no trabalho. De
2020, o levantamento foi feito com o apoio da Laudes
Foundation, com base em entrevistas com 1 mil
mulheres e 500 homens a partir de 18 anos, em todas
as regiões do país.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2023 -
Pobres e negros são os mais discriminados, diz Paim
Em pronunciamento em Plenário nesta segunda-feira
(20), o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou sessão
especial que celebrou o Dia Internacional pela
Eliminação da Discriminação Racial. O parlamentar
ressaltou que o combate à discriminação e ao racismo
se reveste de importância ao se considerar o
contexto social, político e econômico do Brasil,
pois pobres e negros são os mais discriminados.
— Quem não tem acesso a escola é o pobre. Quem é
discriminado é o pobre. Quem sofre violência —
muitas vezes, da polícia — é o pobre. Quem não tem
acesso à saúde é o pobre. As vítimas da abordagem
policial truculenta são os pobres e, principalmente,
os negros. A mulher tem o salário menor do que o
homem para a mesma função. Dentre elas, as mais
penalizadas são as mulheres negras, porque ganham em
torno de 50% do que ganha a mulher branca — disse.
O senador afirmou que a luta contra a discriminação
é permanente e constante, sendo uma resistência
diária que tem que continuar. Segundo ele, o maior
combate é para que a sociedade tenha ações
direcionadas aos valores de igualdade, tolerância,
diversidade e respeito aos direitos humanos. Para
Paim, a sociedade civil e os governos precisam se
apropriar das políticas humanitárias.
Ainda segundo o parlamentar, o Senado foi a Casa que
mais aprovou projetos contra o preconceito e o
racismo. De acordo com Paim, a maioria dessas
propostas estão paradas na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
22/03/2023 -
Petroleiros aprovam paralisação no dia 24 e não
descartam greve contra privatizações
“É inadmissível que profissionais alinhados ao
governo anterior sigam entranhados na gestão da
Petrobrás”, diz Deyvid Bacelar, coordenador-geral da
FUP
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus
sindicatos aprovaram calendário de assembleias para
avaliar uma possível greve da categoria. O objetivo
é combater a retomada do processo de privatizações,
encaminhado pela diretoria executiva ao Conselho de
Administração (CA) da Petrobrás.
Simultaneamente, os petroleiros decidiram e estão
organizando uma paralisação nacional prevista para o
início do expediente da próxima sexta-feira (24).
A decisão da diretoria executiva da empresa,
divulgada no dia 17 de março, apontou para o
prosseguimento da venda dos projetos que já tiveram
pré-contrato assinado, como Polo Norte Capixaba,
Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e
Potiguar (RN) e Lubnor (CE).
O documento encaminhado pela diretoria ao Conselho
ocorreu duas semanas depois do ofício do Ministério
de Minas e Energia pedindo à Petrobrás a suspensão,
por 90 dias, da venda de ativos da petroleira, para
análise e reavaliação.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou
que a deliberação rápida da diretoria da empresa vai
contra o projeto eleito de descontinuidade do
“desmonte”. “É inadmissível que profissionais
alinhados ao governo anterior sigam entranhados na
gestão da Petrobrás, inviabilizando e boicotando o
programa de governo que foi aprovado nas urnas”,
declarou.
Dirigente diz que é preciso deixar mais clara a
orientação do ministério
Ele entende que é preciso deixar mais clara a
recomendação do ministério de interromper o
processo. “O tema da suspensão da privatização de
ativos não foi sequer discutido na reunião
extraordinária do CNPE (Conselho Nacional de
Política Energética), realizada na última
sexta-feira”, acrescentou Bacelar.
O representante da entidade dos petroleiros
destacou, ainda, que, com quase três meses de
governo Lula (PT), a diretoria e o Conselho de
Administração da companhia seguem ocupados por
indicados da gestão de Jair Bolsonaro (PL), que
correm contra o tempo para concluir as vendas de
ativos.
“A FUP e seus sindicatos estão acionando o governo
para que cumpra o seu papel de acionista controlador
da estatal e oriente os indicados da União no CA a
votarem pela suspensão das privatizações”,
completou.
Fonte: RevistaForum
22/03/2023 -
Governo Lula planeja ofensiva no STF para derrubar
regra da privatização da Eletrobrás
AGU e Casa Civil querem reequilibrar participação
do governo federal nas decisões da empresa. União
detém 42,6% das ações e apenas 10% do poder de voto
nas assembleias
A Casa Civil e da Advocacia-Geral da União (AGU)
estão planejando uma ofensiva legal com o objetivo
de modificar o estatuto da Eletrobrás e reequilibrar
a participação do governo federal nas decisões da
empresa, informa a colunista Malu Gaspar do jornal O
Globo.
Ambos os ministérios estão trabalhando juntos para
elaborar uma ação direta de inconstitucionalidade
(ADI) que será apresentada ao Supremo Tribunal
Federal (STF) a fim de alterar uma regra do estatuto
da Eletrobrás, que limita qualquer acionista a ter
no máximo 10% do poder de voto nas assembleias.
A União detém 42,6% das ações e considera a regra
inconstitucional. Ela foi incluída no estatuto da
companhia durante o processo de sua privatização,
comandado por Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da
Economia Paulo Guedes.
O próprio presidente Lula (PT) falou sobre o tema em
entrevista à TV 247 nesta terça-feira (21),
criticando a medida em si e o modelo de privatização
da Eletrobrás: "não vai ficar por isso. Estamos
entrando na justiça contra a votação do peso do
governo na direção da empresa e o preço pelo qual
foi vendida".
"O que foi feito na Eletrobrás foi um crime de
lesa-pátria. Você privatizou uma empresa daquele
porte, me parece que venderam por R$ 36 bilhões, e
esse dinheiro é utilizado para pagar juros da dívida
pública. Não parece que existem sinais que vai
baixar o preço da energia para o povo brasileiro",
destacou o presidente.
Fonte: Brasil247
21/03/2023 -
Fiesp vê indústria menos produtiva, penalizada por
carga tributária e juros
Josué Gomes da Silva, presidente da entidade,
classificou os juros como “pornográficos” disse que
eles minam qualquer política industrial
Qualquer estratégia sustentável para o
desenvolvimento nacional passa por uma nova
industrialização do Brasil, defendeu Josué Gomes da
Silva, presidente da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp). Ele reconheceu que a
indústria de transformação está menos produtiva, mas
justificou que o setor foi penalizado pela elevada
carga tributária e taxas de juros altas, problemas
que precisam ser equacionados para que o segmento
recupere “o protagonismo que se perdeu ao longo das
ultimas três, quatro décadas”.
Segundo ele, a indústria gostaria ter o mesmo
tratamento de políticas de estímulo que a
agricultura, por exemplo, e defendeu que haja, pelo
menos, uma “tributação isonômica a todos os outros
setores”.
“É inconcebível a atual taxa de juros no Brasil”,
disse Josué, refutando que seja consequência de um
problema fiscal, durante o seminário “Estratégias de
Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”,
promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Centro
Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e com
a Fiesp.
Segundo ele, a taxa de juros no Brasil atualmente é
“pornográfica”. “Não temos mais restrição externa,
mas criamos nova restrição interna”, queixou-se
Josué. “Se não baixarmos os juros não vai adiantar
fazer política industrial.”
Fonte: InfoMoney
21/03/2023 -
O movimento sindical brasileiro e os novos desafios
A defesa da CLT e dos direitos sociais
constitucionais devem ser a premissa para
estabelecer bases mínimas consensuais para o debate.
por Nivaldo Santana
O movimento sindical brasileiro está desafiado a
construir propostas de consenso para rever, como
consta nas próprias Diretrizes de Reconstrução e
Transformação Nacional do então candidato Lula, os
marcos regressivos da reforma trabalhista.
Essa tarefa não será fácil. O parlamento brasileiro
é refratário às mudanças progressistas nas relações
do trabalho e na organização sindical. Dentro do
próprio sindicalismo há opiniões não coincidentes
sobre temas importantes.
Para contribuir com o debate, levantamos algumas
questões que objetivam jogar luzes sobre um
itinerário possível de ser percorrido pelo movimento
sindical. Avançar onde for possível e não querer
construir uma nova organização sindical a partir do
zero.
Consideramos que a defesa da Consolidação das Leis
do Trabalho, a nossa CLT que este ano completa 80
anos, e os direitos sociais consagrados na
Constituição de 1988 devem ser a premissa para
estabelecer bases mínimas consensuais para o debate.
Os 922 artigos da CLT, desde sua vigência a partir
de 1º de maio de 1943, constituem o mais vasto
patrimônio de defesa jurídica dos direitos
individuais e coletivos dos trabalhadores.
É uma crítica reducionista a afirmação de que a CLT
seria cópia da Carta del Lavoro de Mussolini. Essa
comparação é uma verdadeira agressão à história e
uma visão distorcida do que significou a CLT no
contexto político do Brasil daquela época.
A CLT sistematizou as relações individuais e
coletivas de trabalho, criou a carteira de trabalho,
definiu jornada de trabalho, folga, férias, salário
mínimo, segurança e saúde do trabalho e proteção
para o trabalho das mulheres e de menores.
Além disso, a legislação trabalhista brasileira
legalizou a organização sindical, com base na
unicidade, e assegurou meios para o financiamento de
todo o sistema confederativo.
Na estratégia nacional-desenvolvimentista da chamada
Era Vargas, era imprescindível “civilizar” as
relações do trabalho em um país que tinha abolido a
escravidão apenas há 55 anos.
Nesse rumo, a CLT também estabeleceu a
obrigatoriedade de negociação coletiva com
participação dos sindicatos, criou o Ministério
Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho para
arbitrar os inevitáveis conflitos entre o capital e
o trabalho.
Outro salto de qualidade nas relações do trabalho e
na organização sindical do Brasil veio com a
Constituição de 1988. A Assembleia Nacional
Constituinte, convocada depois do fim da ditadura
militar, avançou bastante nestas matérias.
Só para citar alguns exemplos, o artigo 7º. da
Constituição Federal, com seus 34 incisos, eleva os
direitos sociais a um novo patamar. Esses direitos
passam a ter uma hierarquia superior, ganham status
constitucional, superior a própria CLT.
Já o artigo 8º. garantiu a liberdade, autonomia e
unicidade sindical, o custeio do sistema
confederativo e o direito de sindicalização dos
servidores públicos. Na vigência da Constituição,
houve uma pequena revolução no sindicalismo
brasileiro.
As entidades sindicais ficaram livres da tutela do
Estado, do estatuto-padrão, da comissão de
enquadramento sindical e outras amarras. Os
servidores públicos civis conquistaram o direito à
livre associação sindical.
Todas as reformas trabalhistas do Brasil e em outros
países têm um conteúdo comum: reduzir o custo da
força de trabalho para manter e ampliar os lucros. E
para fazer isso, atacam os sindicatos, a CLT e a
própria Justiça do Trabalho.
A partir dessa compreensão, é possível ao movimento
sindical, representado pelo Fórum das Centrais
Sindicais no Grupo de Trabalho criado pelo
presidente Lula, debater um projeto de valorização
da negociação e atualização do sistema sindical.
A ideia de não se mexer no artigo 8º da Constituição
e preservar, entre outras coisas, a unicidade
sindical, o sistema confederativo e a manutenção do
sindicato como base da organização sindical é um bom
começo.
Outro ponto em que é possível se atingir o consenso
é criar uma nova modalidade de contribuição
negocial, aprovada em assembleia e com participação
de todos os trabalhadores para sustentar todo o
sistema sindical, das entidades de base às centrais.
Os pontos que tratam da chamada densidade sindical
(ampliar a base de representação e a
representatividade) exigem mais debates. A
diversidade de situações em um país como o Brasil
exige maior clareza e razoabilidade para tratar
desses temas.
Igualmente, é preciso definir o real significado da
proposta que estimula fusões e incorporações
sindicais. Não é consenso a ideia de ressuscitar o
chamado “sindicato orgânico”, um tipo de organização
que, na prática, leva à divisão da base à cúpula.
Por último, mas não menos importante, no atual
estágio político do país é essencial preservar
instituições estatais como a Justiça do Trabalho, o
Ministério Público do Trabalho e o próprio
Ministério do Trabalho.
É uma ilusão liberal achar que a “boa-fé” entre
representantes do trabalho e do capital possa
prescindir da arbitragem de uma justiça
especializada para os inevitáveis conflitos
trabalhistas.
Por isso, propostas novas como o Conselho de
Autorregulação das Relações do Trabalho e Câmara de
Autorregulação dos Trabalhadores e Empresários não
podem se sobrepor aos papeis hoje desenvolvidos por
entes estatais.
Opiniões distintas em matérias essenciais como
relações do trabalho e organização sindical fazem
parte da democracia. Não se deve impor opiniões e
concepções que atropelem o consenso.
Com espírito unitário e construtivo, é possível se
alcançar uma proposta em condições de ser aprovada
no Congresso Nacional e, da mesma forma como a CLT
em 1943, ser anunciada com toda pompa e
circunstância no 1º. de Maio Unitário deste ano.
*Secretário Sindical do PCdoB e secretário de
Relações Internacionais da CTB
Fonte: Portal Vermelho
21/03/2023 -
Marinho defende revisão de normas de terceirização
trabalhista
Ministro do Trabalho está em Bento Gonçalves
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
visitou nesta segunda (20) o município gaúcho de
Bento Gonçalves, o local em que 207 trabalhadores
foram resgatados, no mês passado, em condições de
trabalho análogas à escravidão.
Durante a manhã, ele se reuniu com o prefeito da
cidade, Diogo Siqueira. Após o encontro, ao ser
questionado a respeito das atuais normas
trabalhistas, Marinho defendeu uma revisão das
regras, e disse que criará um grupo tripartite - com
representantes de empresas, empregados e governo -
para “eventuais revisões de pronto na legislação”.
O ministro citou como exemplo de norma a ser
revisada as regras de terceirização, que teriam
ficado abrangentes demais, resultando em “confusões”
e, em último caso, nos flagrantes de trabalho
análogo ao escravo, como os vistos recentemente no
Rio Grande do Sul e em outros lugares.
“O projeto de terceirização ficou bastante amplo, me
parece que acabou criando confusão inclusive no ato
de contratar, o que pode e o que não pode. Acabou
chegando ao absurdo da lógica de ter um elo da
produção praticando trabalho análogo a escravidão”,
disse Marinho.
Ele acrescentou que o aumento recente nos casos de
flagrante de trabalho em situações análogas à
escravidão leva à “constatação que isso é resultado
da precarização da legislação de trabalho executada
no governo anterior”.
A agenda de Marinho nesta segunda-feira inclui
reunião com produtores de uva e vinhos da região,
incluindo das três vinícolas em que os trabalhadores
foram resgatados. O ministro adiantou que pedirá às
empresas “que assumam a responsabilidade do que
aconteceu”.
Na avaliação de Marinho, as empresas envolvidas - as
vinícolas Garibaldi, Salton e Aurora - são
responsáveis pelo ocorrido, do ponto de vista legal,
somente por terem contratado a empresa terceirizada
que forneceu a mão de obra, mesmo que não tivesse
conhecimento das situações degradantes.
“Se as vinícolas contrataram, já estão responsáveis
automáticas, é responsabilidade de toda cadeia
produtiva”, disse o ministro.
Ele acrescentou ainda que pretende realizar concurso
para recompor o quadro de fiscais do trabalho.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2023 -
Pesquisa Ipec mostra Lula com 41% de avaliação boa
ou ótima em quase três meses de governo
Índice é inferior ao de seus dois mandatos
anteriores, mas superior ao de Jair Bolsonaro
O terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva não reproduz a empolgação de seus dois
governos anteriores. "O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) começou o seu terceiro mandato com uma
avaliação de governo melhor do que a de Jair
Bolsonaro (PL), seu antecessor, mas inspirando menos
empolgação do que em suas duas outras gestões.
Segundo dados da mais recente pesquisa Ipec, 41% dos
brasileiros classificam a administração de Lula como
boa ou ótima. Outros 24% dizem que ela é ruim ou
péssima, enquanto 30% consideram o início do governo
regular", aponta reportagem do jornal O Globo que
lembra que, em março de 2019, Bolsonaro era avaliado
positivamente por 34% da população, sete pontos
percentuais a menos do que Lula.
"Apesar de superar o adversário, Lula está aquém de
seus dois mandatos anteriores. Lula chegou a ter 51%
de ótimo e bom em março de 2003, quando governou o
país pela primeira vez. Naquele momento, a
reprovação era de apenas 7%. Ao fim do mesmo mês de
2007, logo após a reeleição, o petista tinha o
endosso de 49% da população, contra 16% que o
achavam ruim ou péssimo", acrescenta a reportagem.
"A pesquisa mostra que a polarização política
continua. Considerando esse cenário, que é distinto
do que o Lula encontrou nos outros mandatos, ele
começa num bom patamar. Os segmentos que aprovam o
governo são os mesmos nos quais Lula tinha uma
intenção de voto maior: as pessoas que estudaram só
até o ensino fundamental, os moradores do Nordeste,
aqueles com renda de até um salário mínimo por mês e
os católicos", diz Márcia Cavallari, do Ipec.
"O início do governo Lula expõe a dificuldade de
aceitação no segmento evangélico, em que tem números
piores aos de sua média geral. Nesse grupo, que
corresponde a mais de um quarto da população, são
31% os que avaliam a gestão petista como boa ou
ótima, 32% os que a veem como regular, e 32% os que
a classificam como ruim ou péssima", aponta ainda a
reportagem.
A pesquisa do Ipec realizou entrevistas presenciais
com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 128
municípios do país entre os dias 2 e 6 de março. A
margem de erro máxima estimada é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos, para um nível
de confiança de 95%.
Fonte: Brasil247
20/03/2023 -
Centrais repudiam chantagem de bancos
Gera protestos a reação, em bloco, dos bancos,
contra a redução da taxa de juros para aposentados
na modalidade empréstimo consignado. A taxa, por
decisão de Conselho no Ministério da Previdência,
cai de 2,14% ao mês para 1,70%. Observe que a taxa
Selic está em 13,75%. A nova taxa, acumulada em 12
meses, renderia juros de 23% ao ano para o banco.
As Centrais Sindicais publicam Nota que repudia a
reação da banca, mal-acostumada ao rentismo
deslavado.
A NOTA:
Extorsão e chantagem contra aposentados
As Centrais Sindicais manifestam indignação e
condenam a chantagem dos bancos de suspender o
crédito consignado para aposentados, após a redução
das taxas por parte do Conselho Nacional da
Previdência Social (CNPS). A atitude dos bancos
demonstra que a sede por lucros não tem limites, e é
inaceitável que os aposentados e pensionistas sejam
prejudicados dessa forma.
O crédito consignado é uma linha de crédito com
baixa taxa de inadimplência, e o desconto é em
folha, o que torna a operação mais segura e
acessível. A suspensão prejudica, principalmente, os
aposentados e pensionistas que precisam de crédito
para complementar suas rendas, e que não têm
alternativas de crédito.
Ante essa situação, as Centrais cobram do Governo a
utilização do Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal pra garantir as linhas de crédito a
aposentados e pensionistas que precisarem com as
novas taxas em vigência. É necessário que o Estado
assuma sua responsabilidade social e garanta o
acesso para aposentados e pensionistas. E não ceda a
um grupo de bancos que não aceita diminuir seus
lucros em tempos tão difíceis para o povo.
Nos últimos quatro anos, os bancos lucraram 338,5
bilhões de Reais, quase 100 bilhões só no último
ano, enquanto 33 milhões de brasileiros estavam ao
relento. Os bancos que hoje viram as costas àqueles
que tanto contribuíram para o País são os mesmos que
lideram as denúncias de assédio bancário com
insistentes ofertas de crédito para aposentados.
A decisão do CNPS e do ministro Carlos Lupi está de
acordo com os anseios da população que foi às urnas
derrotar as medidas antipovo dos últimos anos. É
preciso que o Governo atue de forma firme pra
garantir os direitos da classe trabalhadora, e não
ceda aos interesses do mercado financeiro.
ATOS – As Centrais convocam a classe trabalhadora
para os atos pela redução da taxa de juros e por
direitos. Não aos abusos dos bancos! Sim à garantia
do acesso ao crédito para aposentados e
pensionistas!
São Paulo, 16 de março de 2023
Sérgio Nobre, CUT
Miguel Torres, Força
Ricardo Patah, UGT
Adilson Araújo, CTB
Moacyr Auersvald, Nova Central
Antonio Neto, CSB
PROTESTO – Terça, dia 21, às 10 horas, o
movimento sindical protesta em frente ao Banco
Central, na Avenida Paulista, “por menos juros e
mais empregos”.
Fonte: Agência Sindical
20/03/2023 -
Mercado de trabalho fica estável, mas desempregados
ainda são 9 milhões. Número cai em relação a 2022
Total de trabalhadores ocupados diminui no
trimestre, mas cresce em 12 meses. Renda média sobe
A taxa média de desemprego, calculada em 8,4% no
trimestre encerrado em janeiro, ficou estável em
relação ao imediatamente anterior e caiu de forma
significativa em relação a igual período do ano
passado (11,2%). Assim, segundo o IBGE, foi o menor
índice para este período desde 2015. Os resultados
são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (17).
Com isso, o número de desempregados foi estimado em
8,995 milhões. Estável ante o trimestre anterior e
queda de 25,3% na comparação anual (3,053 milhões de
desempregados a menos).
Já os ocupados são 98,636 milhões: -1% no trimestre
e 3,4% a mais em um ano. E a população fora da força
de trabalho soma 66,341 milhões, com crescimento de
2,2% nas duas bases de comparação.
Com e sem carteira
Segundo a pesquisa sobre as taxas de desemprego no
Brasil, o IBGE aponta que os empregados com carteira
assinada no setor privado são 36,813 milhões, com
estabilidade no trimestre e crescimento de 6,5% em
um ano. E os sem carteira (13,108 milhões) também
têm estabilidade no trimestre e alta de 5,9% no
período de 12 meses. Já os trabalhadores por conta
própria (25,299 milhões) ficam estáveis nos dois
casos.
O IBGE estima em 21,505 milhões os chamados
subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar
mais. Esse contingente caiu 5,2% em três meses e
22,5% em um ano. O total de pessoas em situação de
desemprego e que deixaram de procurar trabalho, os
chamados desalentados (3,961 milhões), também caiu:
5,3% e 16,7% respectivamente. Eles são 3,5% da força
de trabalho.
Por sua vez, no setor público são 11,809 milhões de
empregados. Queda de 4% no trimestre e alta de 3,9%
na comparação anual.
Informais são 38,5 milhões
Ainda alta, a taxa de informalidade segue tendência de
leve declínio. Agora, está em 39% dos ocupados, ante
39,1% no trimestre anterior e 40,4% em igual período
de 2022. São 38,5 milhões de informais.
Entre os setores, em relação ao ano passado a
ocupação cai 4,5% na agricultura e sobe 3,5% no
comércio/reparação de veículos. Também cresce em
alguns setores de serviços, como transporte,
armazenagem e correio (9,8%), além do trabalho
doméstico (4,4%).
Estimado em R$ 2.835, o rendimento médio cresceu
1,6% no trimestre e 7,7% em um ano. A massa de
rendimentos (R$ 275,1 bilhões) ficou estável no
primeiro caso e cresce 11,9% em 12 meses.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/03/2023 -
INSS tem fila de quase 1 milhão para perícia médica
Ministério da Previdência Social informa que são
996.867 pessoas na fila da perícia para receber
benefícios
Números obtidos com a Lei de Acesso à Informação,
pela reportagem da Globonews, revelam que 996.867
brasileiros estão na fila da perícia médica do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O
dado obtido junto ao Ministério da Previdência
Social, no entanto, só computa os que já tem uma
data marcada. Além dessas pessoas, outras milhares
ainda não tem ao menos previsão para entrar nesta
fila.
A avaliação da perícia é um passo para o recebimento
de valores por incapacidade, pensão por morte e o
Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Em março de 2022 eram 828 mil pessoas, ou seja, o
número cresceu 20%.
Entre os motivos apontados por especialistas para o
grande volume está o acúmulo de pedidos ainda
decorrente da pandemia de Covid-19, situação em que
as perícias foram paralisadas, e também por falhas
constantes no sistema utilizado pelo INSS, o
Dataprev.
Procurado, o Ministério informou que irá priorizar
as localidades em situação mais crítica e deve
analisar a realização de mutirões para dar vazão à
demanda. Do total de 996.570 perícias agendadas,
576.347 são pedidos de benefícios por incapacidade,
215.401 avaliações para o BPC e o restante revisão,
prorrogação, e isenção de imposto.
Na média nacional, entre 100 mil habitantes, 566
estão na fila. Nesse contexto, os estados com
maiores filas são: Piauí (1.320 pessoas a cada 100
mil/hab.); Alagoas (1.153 a cada 100 mil/hab.); e
Rondônia (1.023 a cada 100 mil/hab.).
*Com informações g1
Fonte: Portal Vermelho
20/03/2023 -
Debate sobre Estatuto do Trabalho tem críticas à
terceirização precarizada
Juristas e pesquisadores ouvidos na Comissão de
Direitos Humanos (CDH) na quinta-feira (16) em
audiência pública sobre o Estatuto do Trabalho —
sugestão legislativa (SUG 12/2018) elaborada pela
sociedade civil em lugar da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) — criticaram duramente a Reforma
Trabalhista de 2017, que associaram principalmente
ao aumento da precarização no emprego e a obstáculos
ao exercício dos direitos dos trabalhadores. Os
debatedores também chamaram atenção para a relação
entre denúncias de trabalho escravo e a expansão da
terceirização.
Nesse sentido, o senador Paulo Paim (PT-RS),
presidente da CDH e relator da subcomissão que
discutiu o Estatuto do Trabalho na legislatura
anterior, lamentou a persistência do trabalho
escravo, inclusive em notícias referentes ao Rio
Grande do Sul, argumentando que negar a influência
da terceirização nesse processo é fazer a todos de
“inocentes úteis”.
— De cada dez trabalhadores resgatados, considerados
em situação análoga à de trabalho escravo, nove são
de empresas terceirizadas — explicou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
20/03/2023 -
Projeto prorroga desoneração da folha de pagamento
de 17 setores até 2027
O senador Efraim Filho (União-PB) apresentou projeto
de lei (PL) 334/2023 com objetivo de prorrogar até
2027 a desoneração da folha de pagamentos para 17
setores da economia, como os de calçados, call
center, comunicação, confecção/vestuário e
construção civil. As regras vigentes que garantem
essa desoneração têm validade até dezembro de 2023.
Fonte: Agência Senado
17/03/2023 -
21 de março: Em SP, Centrais Sindicais convocam para
novo ato contra os juros altos
Manifestação será na Avenida Paulista, a partir
das 11h, em frente à sede do Banco Central
Na próxima terça-feira, 21, a CUT, demais entidades
sindicais e diferentes movimentos populares estarão,
mais uma vez, nas ruas em ato contra a alta taxa de
juros e a dependência do Banco Central (BC) ao
capital financeiro especulativo. Em São Paulo, o
protesto terá início às 11h, em frente à sede do BC,
na Avenida Paulista, 1804.
Será o segundo desde o início do ano - outras
cidades pelo país também organizam ações no dia, que
tem ajudado a desencadear um debate em torno do
modelo necessário do BC, que sirva de interesse ao
povo e promova a criação e manutenção dos empregos.
A chamada autonomia do Banco Central, modelo atual,
é uma farsa, pois a entidade atende aos interesses
dos rentistas do mercado financeiro. Além disso, o
BC manter a taxa de juros no atual patamar, de
13,75% ao ano, trava o crescimento econômico,
aumenta o desemprego e a fome.
Ou seja, do jeito que está agora, o BC beneficia
somente os ricos, que usam seus recursos para
comprar títulos e viver de especulação.
As Centrais Sindicais lembram, ainda, que o atual
presidente do BC, Roberto Campos Neto, é um aliado
do ex-presidente Bolsonaro. Com isso, possui baixo
comprometimento com o governo Lula, podendo, até
mesmo, tomar decisões desfavoráveis à economia do
Brasil.
Ato contra os juros altos
21 de março de 2023
A partir das 11h
Avenida Paulista, 1804 – Em frente ao Banco Central
Fonte: Mundo Sindical
17/03/2023 -
Moacyr Auersvald recebe visita do vice-presidente da
CTB
Em Brasília, nesta quinta-feira (16), o presidente
interino da Nova Central, Moacyr Auersvald, recebeu
na sede da NCST, o vice-presidente da CTB (Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil),
Ubiraci Dantas de Oliveira (o Bira), e o presidente
da CTB-DF, Flauzino Antunes Neto, para uma conversa
sobre o “Projeto de Valorização e Fortalecimento da
Negociação Coletiva”, o documento que propõe uma
possível reforma sindical.
No encontro, os dirigentes afirmaram de forma
categórica que são contra a proposta. O ataque
direto ao Sistema Confederativo foi um dos pontos
principais do diálogo, dentre vários preocupantes.
Moacyr Auersvald fez questão de reforçar a
importância da defesa do sistema confederativo, da
sua pirâmide (Confederação, Federação e Sindicato),
e ressaltou ainda que o debate democrático é o
melhor caminho para uma futura alteração do sistema
sindical brasileiro.
Fonte: NCST
17/03/2023 -
Eletricitários fazem ato no Ministério de Minas e
Energia pela reestatização da Eletrobras
A manifestação cobrou posicionamentos do ministro
Alexandre Silveira e teve a participação de
parlamentares, movimentos populares e entidades
sindicais, além dos trabalhadores do setor
O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE),
organização que agrega trabalhadores do setor
elétrico de todo o país, realizou uma manifestação
nesta quarta-feira (15), em frente do Ministério de
Minas e Energia, em Brasília, exigindo a
reestatização da Eletrobras e denunciando a
continuidade de práticas bolsonaristas dentro do MME.
A manifestação contou com a participação de
parlamentares, movimentos populares e entidades
sindicais, além dos trabalhadores do setor.
Foi cobrado posicionamento do ministro Alexandre
Silveira para que reconduza a Eletrobras ao
patrimônio público e garanta o controle acionário da
empresa pelo Estado brasileiro. Também foi criticada
a tentativa do ministro de indicar nomes ligados à
privatização da empresa para cargos de confiança no
MME.
Mauro Martinelli, porta-voz do coletivo, defende que
Silveira deveria alinhar seu discurso com o
presidente Lula (PT). O petista classificou
recentemente a privatização da Eletrobras como
“crime de lesa-pátria” e uma “quase bandidagem”.
Martinelli também recordou que no dia 2 de janeiro
Lula enviou um ofício ao Congresso Nacional no qual
reafirmou seu compromisso em reconduzir a Eletrobras
como um patrimônio do povo brasileiro.
(Mais informações: Revista Forum)
Fonte: RevistaForum
17/03/2023 -
Miguel Torres debate Sindicalismo
Presidente nacional da Força Sindical, Miguel
Torres, fez longa explanação acerca das demandas
atuais da classe trabalhadora, na manhã desta quinta
(16), na sede dos Metalúrgicos de Guarulhos e
Região. Participaram oito Sindicatos ligados à Força
Sindical Regional.
O sindicalista mostra otimismo frente ao governo
Lula, que, segundo ele, “já adotou uma série de
medidas favoráveis aos trabalhadores da ativa e
aposentados”. Ele também destaca o Projeto de Lei,
anunciado no Dia Internacional da Mulher, 8 de
Março, que garante isonomia salarial entre mulher e
homem nas mesma função.
Mínimo – Miguel alertou, no entanto, para a
necessidade do governo definir uma política contínua
de resgate do valor do salário mínimo – congelado
durante os governos Temer e Bolsonaro. Lula criou um
GT, para esse fim, dentro do Ministério do Trabalho.
Participantes do encontro também fizeram ver a
necessidade de reorganizar o Ministério do Trabalho,
especialmente para mesas-redondas e fiscalização dos
acidentes de trabalho.
Custeio – Em sua fala, o presidente nacional
da Força destacou a urgência em se definir uma forma
de custeio às entidades de classe. A reforma
trabalhista de Temer, em 2017, acabou abruptamente
com o imposto sindical.
Fonte: Agência Sindical
17/03/2023 -
Câmara aprova projeto que trata da estrutura do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho
Principal ponto da proposta é aumento do número
de integrantes do Conselho, de 11 para 12
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(15) o Projeto de Lei 4591/12, do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), que trata da estrutura do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), com
atribuições de supervisão administrativa,
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do
Trabalho de primeiro e segundo graus, inclusive por
meio de decisões de caráter vinculante. A matéria
foi enviada ao Senado.
Embora exista desde 2005, após criação por meio de
uma resolução administrativa do TST, a Reforma do
Judiciário (Emenda Constitucional 45) previa que
suas competências seriam exercidas “na forma da
lei”, por isso a necessidade do projeto.
A principal novidade das emendas da então Comissão
de Trabalho, Administração e Serviço Público
aprovadas pela Câmara é a ampliação, de 11 para 12,
do número de membros.
O novo integrante será um juiz do Trabalho,
vitalício e titular de Vara do Trabalho, eleito pelo
pleno do TST e com mandato de dois anos, vedada a
recondução.
Continuam a compor o conselho os onze membros
atuais:
- presidente e vice-presidente do TST, como membros
natos;
- corregedor-geral da Justiça do Trabalho;
- três ministros do TST eleitos pelo Pleno; e
- cinco presidentes de tribunais regionais, cada um de
uma região geográfica do País, observado o rodízio
entre os tribunais.
Assento e voz
Segundo o texto, o Ministério Público do Trabalho
poderá atuar nas sessões do CSJT representado pelo
procurador-geral do Trabalho, e o presidente da
Associação Nacional de Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) terá direito a assento e voz no
conselho, mas não a voto.
Competências
Entre outras competências, o CSJT exercerá, de ofício
ou a requerimento de qualquer interessado, o
controle de legalidade de ato administrativo
praticado por um tribunal regional; responderá a
consulta, em tese, formulada por um tribunal do
Trabalho a respeito de aplicação de dispositivos
legais e regulamentares; e examinará a legalidade
das nomeações para os cargos efetivos e em comissão.
Corregedoria
Em relação ao corregedor-geral da Justiça do Trabalho,
sempre eleito pelo pleno do TST, o projeto fixa como
atribuições, entre outras:
- a inspeção permanente ou periódica sobre os serviços
judiciários de segundo grau da Justiça do Trabalho;
- a expedição de recomendações aos tribunais regionais
sobre a regularidade dos serviços judiciários,
inclusive sobre o serviço de plantão nos foros e a
designação de juízes para o seu atendimento nos
feriados forenses; e
- a supervisão da aplicação do sistema Bacen Jud no
âmbito da Justiça do Trabalho, inclusive deferimento
do cadastramento ou do descadastramento de conta
única indicada para bloqueio.
O Bacen Jud é um sistema que interliga a Justiça ao
Banco Central e às instituições financeiras para
agilizar a solicitação de informações e o envio de
ordens judiciais ao Sistema Financeiro Nacional,
como de bloqueio de valores para cumprimento de
decisões judiciais.
Comissões
O projeto ainda prevê que o Plenário do conselho
poderá criar, para o estudo de temas e o
desenvolvimento de atividades relacionadas a sua
competência, comissões permanentes ou temporárias,
compostas por, no mínimo, três conselheiros.
Centro de pesquisas
Já o Centro de Pesquisas Judiciárias é órgão de
assessoramento técnico do CSJT, ao qual cabe
realizar estudos para a modernização do conselho;
planejar e executar atividades de formação e
aperfeiçoamento de servidores; além de elaborar
relatórios conclusivos e opinar sobre matéria
submetida a ele pelo Plenário do conselho, pelo
presidente, pelo corregedor-geral, por conselheiro
ou pelas comissões.
Fonte: Agência Câmara
17/03/2023 -
Lula e Haddad já contam os dias para acabar com o
teto de gastos
Lula declarou que pretende divulgar as novas
regras fiscais antes de sua viagem à China, prevista
para o próximo dia 24
por André Cintra
O Brasil está prestes a sepultar o teto de gastos –
uma das heranças mais nefastas do governo Michel
Temer (MDB). Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) quanto o ministro da Economia, Fernando
Haddad, falam abertamente a jornalistas sobre o
cronograma de implantação das novas regras fiscais.
Eles se reúnem nesta sexta-feira (17) para tratar do
modelo que está sendo construído pelo governo.
As tais regras, chamadas por termos como “âncora
fiscal” e “novo arcabouço”, virão a público na
próxima semana. Lula declarou nesta quarta (15) que
pretende divulgá-las antes de sua viagem à China,
prevista para o próximo dia 24. Na sequência, a
proposta seguirá ao Congresso Nacional, na forma de
projeto de lei complementar.
A mudança nas regras avançou em dezembro, quando o
Congresso aprovou a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) do Bolsa Família. Ante o fracasso do
teto de gastos, a PEC determinou que o governo
federal deve apresentar até 31 de agosto a uma
proposta de “regime fiscal sustentável para garantir
a estabilidade macroeconômica do país e criar as
condições adequadas ao crescimento socioeconômico”.
Assim, Lula e Haddad contam os dias para acabar com
o teto, que apertou ainda mais o orçamento das áreas
sociais, sob o pretexto de “estabilizar a dívida
pública” e “equilibrar as contas do governo”. Temer
dizia que o teto levaria o Brasil a investir mais em
“áreas prioritárias”, o que jamais aconteceu em seus
seis anos de vigência.
Haddad afirmou que já conversou com Lula sobre as
novas regras fiscais. Mas o ministro quer aproveitar
a reunião desta sexta “para que os detalhes sejam
apresentados” diretamente ao presidente. “Ele vai
saber os detalhes todos pra validar os parâmetros,
validar o desenho, apra que possa autorizar a
redação do projeto de lei complementar que vai pro
Congresso Nacional”, disse Haddad à imprensa.
Na terça (14), a proposta foi apresentada ao
vice-presidente Geraldo Alckmin. As novas regras
foram elaboradas não apenas pela Fazenda – mas
também pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
Segundo a titular da pasta, Simone Tebet, “a moldura
já está pronta. Estamos fechando a questão numérica,
a questão de números para apresentar a perspectiva
mais pessimista e a mais otimista para o
presidente”.
Tebet afirma que a proposta representa um avanço
para as contas públicas. “Está muito bem
equilibrada, é flexível, olha pelo lado da despesa e
pelo lado da receita”, diz a ministra. “Ela é
crível, é factível. Sobre esse aspecto, agrada a
todos.”
Fonte: Portal Vermelho
17/03/2023 -
Produção industrial registra menor índice desde
2017, diz CNI
A atividade industrial segue em tendência de
desaquecimento neste início de 2023 - o indicador
caiu 2,7 pontos. Os dados da Sondagem Industrial,
levantamento feito pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), divulgados nesta quinta-feira (16),
mostram quedas nos índices de produção e emprego,
respectivamente, de 47,9 pontos para 45,2 pontos e
de 49,2 pontos para 48,5 pontos, de janeiro para
fevereiro.
De acordo com a CNI, esses indicadores variam de
zero a 100 e quanto mais distante da linha de corte,
em direção ao zero, maior e mais disseminado é o
recuo. Apesar de ser comum para o período, este ano
a queda da produção e do emprego foi mais intensa do
que nos anos anteriores.
“A produção costuma recuar mesmo na passagem de
janeiro para fevereiro, porém, de 2017 para cá, este
foi o menor índice. O número também é menor que a
média histórica para o mês, com 46,5 pontos”, disse
o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo
Azevedo.
Fonte: Agência Brasil
17/03/2023 -
Anderson Torres depõe em ação que pode tornar
Bolsonaro inelegível
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de
Segurança Pública do Distrito Federal foi ouvido
pelo ministro do TSE Benedito Gonçalves
Nesta quinta-feira (16), o ministro do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, tomou
depoimento de Anderson Torres, preso desde janeiro
em decorrência do 8 de Janeiro.
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de
Segurança Pública do Distrito Federal foi ouvido na
investigação que apura se Bolsonaro cometeu crime
eleitoral na reunião com embaixadores, em julho de
2022. Na ocasião o ex-presidente atacou o sistema
eleitoral e as urnas eletrônicas. Em caso de
condenação, Bolsonaro ficará inelegível para
disputar as próximas eleições.
A investigação solicitada pelo PDT versa sobre abuso
de poder político e uso indevido dos meios de
comunicação, pois a reunião foi transmitida por
canais oficiais do governo.
O partido também pediu para que a “minuta do golpe”,
encontrada na casa de Torres, fosse incluída na
ação.
Dessa forma, o ex-ministro teve que se manifestar
sobre as duas situações. O depoimento foi feito por
videoconferência e durou aproximadamente uma hora e
trinta minutos.
Segundo informações colhidas pela Agência Brasil e
UOL, Torres colaborou com o depoimento. No entanto,
tentou minimizar o conteúdo da minuta encontrada em
sua residência, o que evidencia que procurou se
autopreservar e não incriminar Bolsonaro.
Fonte: Portal Vermelho
16/03/2023 -
Chega à Câmara projeto do governo que prevê salários
iguais para homens e mulheres
Texto permite emissão de liminar para obrigar a
empresa a pagar imediatamente o mesmo salário para a
empregada prejudicada
O Projeto de Lei 1085/23, do Poder Executivo,
garante o pagamento pelo empregador de salários
iguais para homens e mulheres que exercem a mesma
função. Assinada pela Ministra das Mulheres, Cida
Gonçalves, e pelo ministro do Trabalho e Emprego,
Luiz Marinho, a proposta prevê multa de 10 vezes o
maior salário pago pela empresa em caso de
descumprimento da igualdade salarial, elevada em
100% se houver reincidência. Além disso, poderá
haver indenização por danos morais à empregada.
O projeto abre também a possibilidade de a Justiça
emitir decisão liminar, até a decisão final do
processo, para forçar a empresa a pagar
imediatamente o mesmo salário para a empregada
prejudicada.
O que já diz a lei
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei
5.452/43). A lei já estabelece que, sendo idêntica a
função no mesmo estabelecimento empresarial, o
salário tem de ser igual, sem distinção de sexo,
etnia, nacionalidade ou idade.
A CLT atual prevê que, no caso de comprovada
discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo
determinará, além do pagamento das diferenças
salariais devidas, multa em favor do empregado
discriminado no valor de 50% do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
A Constituição Federal também já proíbe a diferença
de salários por motivo de sexo, idade, cor ou estado
civil. Além disso, o Brasil também tem compromissos
no plano internacional com o tema, a exemplo da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher.
Transparência e fiscalização
O texto do governo determina que empresas com mais de
20 empregados publiquem relatórios de transparência
salarial, para permitir a comparação objetiva dos
salários e remunerações de homens e mulheres. A
medida será regulamentada pelo Ministério do
Trabalho.
Se no relatório for identificada desigualdade na
análise comparativa entre o conjunto de mulheres e o
conjunto de homens, a empresa apresentará e
implementará plano de ação para mitigar a
desigualdade, com metas e prazos, garantida a
participação de representantes das entidades
sindicais e de representantes das trabalhadoras e
dos trabalhadores nos locais de trabalho.
Se essas medidas forem descumpridas, será aplicada
multa administrativa no valor de cinco vezes o maior
salário pago pelo empregador, elevada em 50% em caso
de reincidência.
O Ministério do Trabalho também deverá editar
protocolo de fiscalização contra a discriminação
salarial e remuneratória entre mulheres e homens.
Busca pela igualdade
De acordo com o governo, o objetivo é atingir a
igualdade de direitos no mundo do trabalho,
“preparando o País para a assunção de compromissos
cada vez mais evidentes com o desenvolvimento social
e o crescimento econômico, com a ampliação da
igualdade entre mulheres e homens e com o combate à
pobreza, ao racismo, à opressão sobre as mulheres,
bem como à todas as formas de discriminação social
que se refletem em desigualdades históricas”.
Outras propostas
Na Câmara, já estão em análise outras propostas sobre
o tema, como o Projeto de Lei 111/23, da Sâmia
Bomfim (Psol-SP), que torna obrigatória a
equiparação salarial entre homens e mulheres para
funções ou cargos idênticos, deixando a fiscalização
da medida a cargo do Ministério do Trabalho, sem
prejuízo da atuação do Ministério Público do
Trabalho.
Além disso, já tramita na Casa, em regime de
urgência, o Projeto de Lei 1558/21 (antigo PL
6393/09), do ex-deputado Marçal Filho, que amplia a
multa para combater a diferença de remuneração de
salários diferentes entre homens e mulheres no
Brasil. Esse projeto chegou a ser aprovado pelos
parlamentares, mas foi devolvido, em 2021, pelo
presidente Jair Bolsonaro, ao Congresso Nacional.
Tramitação
O projeto do governo ainda vai ser encaminhado às
comissões permanentes da Casa e já tem pedido do
governo para tramitar em regime de urgência.
Fonte: Agência Câmara
16/03/2023 -
Aposentados comemoram redução nos juros
Vitória dos aposentados. Segunda, dia 13, o Conselho
Nacional de Previdência Social anunciou redução do
teto de juros cobrados no crédito a aposentados e
pensionistas. A taxa cai dos atuais 2,14% ao mês pra
1,70%. Decisão por 12 votos a 3.
Crédito consignado é um empréstimo descontado direto
da folha de pagamento de aposentados, pensionistas
ou Servidores. A medida é controlada pelo Conselho,
que reúne representantes de governo, aposentados,
trabalhadores e empresas.
Para Milton Baptista de Souza (Cavalo), vice do
Sindicato dos Aposentados e Pensionistas (Sindnapi-Força
Sindical), a iniciativa é vitória dos aposentados e
pensionistas, que penam com os juros altos. Ele
também preside o Conselho da Sicoob Coopernapi. O
dirigente explica que a cooperativa já oferecia
empréstimos com taxas mais baixas, em torno de
1,75%. E diz: “Agora, vamos fazer nossos cálculos
pra definir que taxa adotar”.
Atualmente, cerca de 17 milhões de pessoas utilizam
essa modalidade de empréstimo. Ao todo são 62
milhões de contratos. Uma pessoa pode fazer mais de
um contrato. O montante oferecido é R$ 350 milhões
de crédito consignado.
Segundo o Ministério, a redução contemplará perto de
oito milhões de beneficiários. Desses, cerca de 1,8
milhão chegaram ao limite máximo de desconto de 45%
da aposentadoria ou pensão. Beneficiários que
utilizam o consignado têm renda média de R$
1.700,00.
Coragem – João Inocentini, presidente do
Sindnapi, saúda: “O governo teve coragem de
enfrentar o sistema e baixar os juros. Essa posição
deve impactar a taxa Selic, que também precisa ser
reduzida”.
Fonte: Agência Sindical
16/03/2023 -
Bolsonaro não vê Michelle como candidata e acha que
ficará inelegível
Ex-presidente encontra esposa nos EUA após 47
dias separados; Bolsonaro diz que retorna ao Brasil
em 29 de março
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que abandonou os
últimos dias de mandato rumo aos Estados Unidos após
perder as eleições para Lula, anunciou que pode
retornar ao Brasil no dia 29 de março. A indicação
foi feita durante encontro com brasileiros nos EUA,
na terça-feira (14), com a presença da
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi ao seu
encontro depois de 47 dias separados. Ela havia
retornado ao Brasil em 26 de janeiro e ficou todo o
mês de fevereiro e as primeiras semanas de março no
Brasil.
O período de distanciamento foi marcado pela
especulação de que Michelle poderia sair candidata
para algum cargo Executivo pelo partido de
Bolsonaro, o PL. O motivo seria o desgaste do
ex-presidente com os seguidos escândalos – sendo o
último o caso das joias – e a quase certeza de sua
inelegibilidade dada pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Com essa avaliação, ela poderia herdar o que existe
de apoiadores do marido. Para avaliar o potencial
como candidata, a sigla de Valdemar Costa Neto
encomendou pesquisas internas para avaliar a
receptividade ao nome. A ideia incomodou Bolsonaro
que desaprovou a realização das pesquisas pelo PL.
O próprio Bolsonaro admitiu no encontro com
empresários que a inelegibilidade é possível e
afirmou que Michelle não será candidata a nenhum
cargo Executivo, no entanto avaliou que sua esposa
tem habilidades políticas.
Ao que parece o ex-presidente não quer a esposa
disputando o cargo que já ocupou, mas admite a
possibilidade de que concorra para cargos
legislativos.
Como tudo ainda pode mudar, a única certeza é que o
encontro dos dois servirá para que alinhem a
narrativa sobre o caso das joias da Arábia Saudita,
uma vez que ambos estão envolvidos no caso.
*Com informações de agências
Fonte: Portal Vermelho
16/03/2023 -
TCU manda Bolsonaro devolver em até cinco dias joias
sauditas que tentou se apoderar
Decisão foi tomada de forma unânime pelos
integrantes do Tribunal de Contas da União
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, por
unanimidade, nesta quarta-feira (15), que Jair
Bolsonaro (PL) entregue em até cinco dias o pacote
com joias de luxo, avaliado em R$ 400 mil, que
recebeu da monarquia saudita e que foram
incorporados ao seu acervo pessoal.
Os objetos deverão ser entregues à Secretaria-Geral
da Presidência da República. A Secretaria-Geral
também terá que manter os bens sob custódia até que
o TCU julgue o mérito da matéria.
Os ministros do TCU seguiram o voto do relator do
caso, Augusto Nardes, em exigir a entrega das joias.
O próprio Nardes recuou em seu voto em relação à
posição da semana passada, que havia permitido a
Bolsonaro permanecer como depositário dos presentes.
Fonte: Brasil247
16/03/2023 -
Senado vai debater inflação e crescimento com
agentes econômicos e governo
Por sugestão do presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, o Plenário terá uma sessão temática debater
os juros, inflação e crescimento econômico com a
equipe econômica, além de representantes das
instituições financeiras, da indústria, dos
transportes, do comércio e dos consumidores. Pacheco
considera relevante um debate mais técnico sobre o
tema. A opinião é a mesma do líder do PL, Carlos
Portinho (RJ), ao lembrar que o presidente Lula tem
defendido uma "redução na marra" da taxa de juros.
Fonte: Agência Senado
16/03/2023 -
Alexandre de Moraes autoriza retorno de Ibaneis ao
cargo de governador
Ministro do STF entendeu que a volta de Ibaneis
ao comando do Executivo local não prejudica
andamento das investigações
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), autorizou que o governador Ibaneis
Rocha retorne ao cargo. Ele estava afastado desde
janeiro, quando ocorreram ataques contra as sedes
dos Três Poderes, em Brasília. O magistrado seguiu
entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com manifestação do órgão, a volta de
Ibaneis para o comando do Poder Executivo no
Distrito Federal não atrapalha o andamento das
investigações sobre os atentados. A defesa de
Ibaneis também sustentou no processo que o cliente,
em nenhum momento, obstruiu o trabalho das demais
autoridades ou facilitou a invasão de prédios
públicos.
"Os Relatórios de Análise da Polícia Judiciária
relativos ao investigado não trazem indícios de que
estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os
trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo
evidências, fato também ressaltado pela defesa e
pela Procuradoria-Geral da República", escreveu
Moraes, no despacho.
Ainda de acordo com o magistrado, não existe mais
necessidade do afastamento. "O momento atual da
investigação — após a realização de diversas
diligências e laudos — não mais revela a adequação e
a necessidade da manutenção da medida, pois não se
vislumbra, atualmente, risco de que o retorno à
função pública do investigado Ibaneis Rocha de
Barros Júnior possa comprometer a presente
investigação ou resultar na reiteração das infrações
penais investigadas", completa.
Fonte: Correio Braziliense
16/03/2023 -
Diretor-geral da OIT alerta para o aumento das
desigualdades no mundo
Gilbert F. Houngbo, diretor-geral da OIT, destaca
a necessidade de uma coalizão global pela justiça
social
Gilbert alertou para um aumento preocupante das
desigualdades em todo o mundo, associado a uma alta
da inflação, à elevação do custo de vida, ao aumento
da pobreza e à crise da dívida em países de rendas
baixa e média.
Falando na sessão de abertura do Conselho de
Administração da OIT, Houngbo disse que isso
confirma a necessidade urgente de lançar uma
Coalizão Global pela Justiça Social.
A Coalizão Global é uma das várias questões
prementes do mundo do trabalho na agenda da 347ª
Sessão do Conselho de Administração da OIT , que
conta com a presença de representantes de governos e
representantes de organizações de trabalhadores e de
empregadores.
Além das propostas para o lançamento da Coalizão em
junho, o Conselho de Administração considerará a
situação na Ucrânia decorrente da invasão russa. Em
seu discurso de abertura, o diretor-geral disse que
a OIT planeja expandir seu escritório em Kiev e
intensificar a assistência à Ucrânia, países
vizinhos como a Moldávia e outras regiões afetadas.
Durante sua reunião, o Conselho de Administração
também receberá o relatório do diretor-geral,
revisará vários casos individuais de países que se
enquadram nos mecanismos de reclamações da OIT,
realizará discussões sobre cadeias de suprimentos e
a economia da plataforma digital e examinará as
propostas de Programa e Orçamento para 2024-25.
No início da sessão de abertura, três novos(as)
diretores(as)-gerais Adjuntos(as) da OIT foram
empossados(as): Mia Seppo, diretora-geral Adjunta de
Emprego e Proteção Social, Laura Thompson,
diretora-geral Adjunta de Relações Externas e
Corporativas, e Hao Bin, diretor-geral Adjunto dos
Serviços de Gestão Interna.
O Conselho de Administração se reúne na sede da OIT
em Genebra entre os dias 13 e 23 de março.
Fonte: OIT
16/03/2023 -
Copom deve manter juros a 13,75% em próxima reunião
BC do bolsonarista Roberto Campos Neto não vai
ceder às críticas do presidente Lula
Mesmo com a enfática defesa do presidente Lula (PT)
de que é necessário reduzir os juros no Brasil, país
que ostenta o título de campeão mundial de juros
reais mais altos, a tendência é que o Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central não
diminua a taxa básica de juros no próximo encontro,
nos próximos dias 21 e 22.
Comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, o
BC provavelmente irá manter a taxa básica de juros
em 13,75% ao ano. "A grande expectativa do governo é
que o comitê sinalize, tanto no comunicado quanto na
ata (documentos que explicam as decisões), que é
possível antecipar a queda de juros para meados de
2023. E esse será o ponto mais importante a ser
observado", escreve a colunista Mariana Londres, do
UOL.
Fonte: Brasil247
15/03/2023 -
Opinião de FHC: A nova lei trabalhista
É justa a reivindicação de que, mesmo os
trabalhadores não sindicalizados, devem contribuir
para os sindicatos quando a categoria a que
pertencem conquista aumentos salariais ou outros
benefícios que favorecem a todos os membros dessa
categoria.
Fernando Henrique Cardoso*
Vivemos novo momento da História no qual as
inovações e a transformação das relações de trabalho
ocasionadas pelas novas tecnologias dão o compasso
da vida nas empresas. É compreensível, portanto, que
se busque modificar a legislação trabalhista
preexistente.
Há que se reconhecer, porém, que se, por um lado, as
transformações tecnológicas aumentam a produtividade
e impulsionam a acumulação de capitais, por outro,
reduzem a empregabilidade e a força dos
trabalhadores.
Isso ocorre porque essas diminuem a demanda por mão
de obra, mesmo a mais qualificada, substituída por
“máquinas inteligentes”, e porque permitem dispersar
e diversificar as formas de inserção no mundo do
trabalho. Aumentam, portanto, o poder de barganha
dos controladores do capital e fragilizam a
organização sindical dos trabalhadores, acentuando
as desigualdades.
É preciso, consequentemente, fortalecer os
sindicatos para que se tenha um “capitalismo
civilizado”, o único compatível com o regime
democrático. O fim da contribuição sindical
obrigatória é oportunidade para esse fortalecimento.
A sua existência levou à proliferação excessiva de
sindicatos e a que parte desses se acomodasse no
financiamento garantido, sem se esforçar por
aumentar o número de associados ou mesmo sem cumprir
suas funções básicas em defesa dos interesses dos
trabalhadores.
Ser a favor do fim da contribuição obrigatória não
significa descuidar da questão central do
financiamento dos sindicatos. É justa a
reivindicação de que, mesmo os trabalhadores não
sindicalizados, devem contribuir para os sindicatos
quando a categoria a que pertencem conquista
aumentos salariais ou outros benefícios que
favorecem a todos os membros dessa categoria.
Qual o percentual dessa contribuição e qual o
tamanho mínimo do quórum necessário para aprová-la é
matéria a ser negociada. Mas o financiamento dos
sindicatos não pode depender exclusivamente da
aprovação individual de cada 1 dos membros da
categoria, por razão óbvia: se eu me beneficiarei do
acordo coletivo, independentemente de contribuir ou
não para o sindicato, por que abriria mão de parte
do meu salário em benefício do coletivo?
Para que essa contribuição “negocial” tenha
legitimidade, é conveniente fixar quórum
relativamente alto para sua aprovação. Com os meios
eletrônicos hoje disponíveis, é factível obter a
anuência de parte significativa de uma categoria sem
ter de reunir seus membros em assembleias. Penso que
a introdução do voto pela internet, como opção não
excludente ao voto com presença física em
assembleias, seria avanço no fortalecimento dos
sindicatos.
Também nessa direção me parece importante que a
representação sindical seja obrigatória em empresas
de menor porte e não se limite àquelas com mais de
200 funcionários. E que se restabeleça a
obrigatoriedade de a representação no local de
trabalho estar ligada ao sindicato da categoria.
Não se podem estancar as mudanças que as novas
maneiras de produzir acarretam. Mas os que temos
consciência democrática e preocupação sincera com a
desigualdade devemos estar atentos e atuar para que
a modernização tecnológica não sirva de álibi para
enfraquecer o poder de barganha dos trabalhadores.
(*) Sociólogo. Ex-presidente da República
Fonte: Diap
15/03/2023 -
Em reunião na UGT, Luiz Marinho fala sobre o custeio
sindical
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego esteve,
na tarde desta sexta-feira (10/03) na sede da União
Geral dos Trabalhadores (UGT), para um encontro, de
forma híbrida, com mais de 300 representantes
sindicais de diversas categorias profissionais e de
vários estados da federação.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT pontuou
alguns sindicatos presentes e ressaltou há uma
expectativa muito positiva, uma vez que desde o
início do governo federal os trabalhadores voltaram
a ser ouvidos e se reconstruiu um canal de diálogo.
“Este é um governo que escancarou as portas,
principalmente do ministério do Trabalho, que tinha
sido eliminado, mas voltou nos trazendo a esperança,
já que é o local para que nós possamos construir
políticas voltadas ao mundo do trabalho”.
Ricardo relembrou que na época da aprovação da
reforma trabalhista, de 2017, as audiências
aconteceram, mas nada adiantou debater, pois nada do
que os sindicalistas disseram ou ouvido ou levado em
consideração. ”As audiências foram um conjunto de
ações para Inglês ver, nada do que dissemos foi
ouvido e hoje a reforma está ai. Não queremos
revogação, queremos repactuar temas como a volta das
homologações, a ultratividade, o fim do comum
acordo, trabalho intermitente com regras”.
Em sua fala, Marinho enalteceu os sindicatos como
ferramenta de crucial importância na defesa dos
interesses trabalhistas e, de forma direta,
enfatizou o que chamou de aberração da legislação
vigente é de abrir a possibilidade de um acordo se
sobrepor a lei, mesmo que seja em prejuízo ao
trabalhador. “Muita gente fala do negociado sobre o
legislado, eu falo que isso sempre pode, desde que
fosse em benefício, nunca em prejuízo”, disse o
ministro.
“É preciso que neste processe esteja garantida a
retomada do fortalecido do papel dos sindicatos, a
importância das convenções coletivas e dos contratos
coletivos. Não pose um acordo coletivo ser maior que
uma convecção coletiva em prejuízo do trabalhador”,
explicou.
Trabalho análogo a escravidão
“Estamos sendo surpreendido pelos noticiários sobre o
crescente trabalho escravo. Prática essa que vinha
caindo nos governos Lula/Dilma, mas que a partir do
governo anterior constata-se o crescimento dessa
prática”, ponderou Luiz Marinho que concluiu: “todo
o rigor da lei para as empresas que praticam esse
crime, a começar com a volta da lista seja do
trabalho escravo”.
Custeio sindical
Luiz marinho foi taxativo em afirmar que o imposto
sindical não volta, o que os sindicatos precisam ter
é a consciência é do seu fortalecimento. “É preciso
que a gente estabeleça a corresponsabilidade das
entidades sindicais por meio do conselho sindical,
onde tenha uma câmara que representa os
trabalhadores e outra que representa os empresários
e que modernize essa relação, criando condições de
resolução de problemas sem que seja levado para o
judiciário”, esclareceu.
Geração de emprego
Segundo o ministro o objetivo atual é a retomada de 14
mil obras paradas, contratadas ainda no governo
Dilma, o que deve estimular a criação de novos
postos de trabalho.
Ao final do encontro, Ricardo Patah deu ao ministro
Luiz Marinho uma camiseta do Abril Verde, iniciativa
de conscientização de empregados e empregadores
sobre a segurança no ambiente de trabalho, uma ação
que nasceu dentro da UGT e que ganhou repercussão
nacional.
Sofia Rodrigues, presidente do Sinsaúde Campinas e
Região entregou, ao ministro, um documento pedindo
aceleração do piso nacional da enfermagem, entre
outras sugestões que os sindicatos ugetistas fizeram
com relação ao mundo do trabalho.
Fonte: UGT
15/03/2023 -
Centrais entregam proposta de piso regional ao
Governo SP
Representantes das centrais sindicais foram
recebidos, nesta segunda-feira (13), pelo Secretário
de Governo do Estado de São Paulo, Jorge Lima, para
debater propostas para o piso regional do salário
mínimo em São Paulo.
As lideranças sindicais entregaram um documento
unitário com a proposta de Pauta das Centrais
Sindicais sobre o piso do Salário Mínimo Estadual.
“A luta das Centrais Sindicais pela valorização do
Salário Mínimo Regional do Estado de São Paulo é uma
ação conjunta e unitária do movimento sindical
paulista”, diz Danilo Pereira, presidente da Força
Sindical SP.
O sindicalista ressalta que é importante a
valorização do mínimo regional paulista para o
desenvolvimento estadual com valorização do
trabalho, melhoria da distribuição de renda e, em
especial. “É uma forma de proteger os trabalhadores
que estão na base da hierarquia salarial dos
segmentos mais vulneráveis, presentes em setores e
regiões onde a organização sindical tem menor
alcance”, explica Danilo.
Adriano de Assis Lateri, dirigente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, também
estava na reunião e destaca que a valorização do
Piso Regional é um poderoso instrumento de
democratização da renda, desenvolvimento e melhoria
da qualidade de vida. “Valorizar o Piso Regional
pode contribuir tanto para acelerar o crescimento
quanto para ampliar a estabilidade da economia na
medida em que tem potencial de gerar um ciclo
virtuoso de salário e demanda agregada, promovendo
crescimento sustentável do consumo e inclusão
social”, explica.
Vale ressaltar que o Piso Regional do Estado de São
Paulo é, em média, o menor dentre todos os estados
que possuem Salário Mínimo Regional (Paraná, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro) e já
foi superado até pelo Salário Mínimo Nacional.
O piso regional estadual de São Paulo hoje é de R$
1.284,00 para Faixa 1 e R$ 1.306,00 para a Faixa 2.
Veja como são os Pisos Regionais de outros
estados:
– Paraná: Faixa 1 – R$ 1.731,02; Faixa 2 – R$
1.798,60; Faixa 3 – R$ 1.859,19; Faixa 4 – R$
1.999,02.
– Santa Catarina: Faixa 1 – R$ 1.521,00; Faixa 2 –
R$ 1.576,00; Faixa 3 – R$ 1.669,00; Faixa 4 – R$
1.740,00.
– Rio Grande do Sul: Faixa 1 – R$ 1.443,94; Faixa 2
– R$ 1.477,18; Faixa 3 R$ 1.510,69; Faixa 4 – R$
1.570,36; Faixa 5 – R$ 1.829,87.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge
Lima, assumiu o compromisso de apoiar a pauta e
intermediar uma nova rodada de debates. “Teremos um
novo encontro, desta vez, envolvendo representantes
das Centrais e o Secretário da Fazenda e
Planejamento do Estado de São Paulo, Samuel
Kinoshita”, adianta Danilo.
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/03/2023 -
Juro do consignado a aposentados é reduzido para
1,7% ao mês
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras
operações de crédito consignado. Por 12 votos a 3, o
Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)
aprovou na segunda-feira (13) o novo limite de juros
de 1,7% ao mês para essas operações.
O novo teto é 0,44 ponto percentual menor que o
antigo limite, de 2,14% ao mês, nível que vigorava
desde o ano passado. O teto dos juros para o cartão
de crédito consignado caiu de 3,06% para 2,62% ao
mês. Propostas pelo próprio governo, as medidas
entram em vigor assim que a instrução normativa for
publicada no Diário Oficial da União.
Segundo o Ministério da Previdência Social, a
diminuição beneficiará cerca de 8 milhões de
cidadãos com empréstimos descontados diretamente na
folha de pagamento. Desse total, cerca de 1,8 milhão
de beneficiários chegaram ao limite máximo de
desconto de 45% da aposentadoria ou pensão.
No encontro de hoje, o ministro da Previdência,
Carlos Lupi, anunciou a intenção de discutir o
percentual de margem de desconto na folha na próxima
reunião do CNPS, em 27 de abril. Lupi classificou as
atuais taxas como “abusivas” e que punem pessoas
vulneráveis. De acordo com o presidente do INSS,
Glauco Wamburg, a média de renda dos aposentados e
pensionistas que utilizam o crédito consignado está
em R$ 1,7 mil.
O CNPS também aprovou, na reunião desta segunda, a
formação de uma comissão de trabalho para analisar o
sistema de cartão de crédito consignado para os
beneficiários do INSS, com a mesma proporcionalidade
conselho e que dever concluir a análise em 60 dias.
Também foi aprovada uma comissão para discutir a
composição e a competência do colegiado em até 90
dias.
Fonte: Agência Brasil
15/03/2023 -
Haddad apresenta plano do novo arcabouço fiscal a
Alckmin
Apresentação foi feita antes da reunião do
presidente Lula com seus ministros
Nesta terça-feira (14), o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, apresentou ao vice-presidente
Geraldo Alckmin o plano do novo arcabouço fiscal.
Após a reunião na sala da vice-presidência no
Palácio do Planalto, Haddad e Alckmin se encontraram
com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para
um novo compromisso entre ministros.
Além de Haddad e Alckmin, o encontro anterior contou
com a presença do secretário-executivo do Ministério
da Fazenda, Gabriel Galípolo, e do secretário do
Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
O governo prometeu que o novo arcabouço fiscal
agradará a todos, incluindo o mercado financeiro. A
medida atenderá tanto à preocupação de zerar o
déficit primário e estabilizar a dívida pública como
ao desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de
garantir recursos para os investimentos necessários
ao crescimento do país, disse a ministra do
Planejamento, Simone Tebet, na semana passada.
Fonte: Brasil247
14/03/2023 -
Duas prioridades sindicais para o desenvolvimento
Com o novo governo, está em construção no
Brasil conjunto de estratégias para o
desenvolvimento nacional. Trata-se de conceber o
crescimento econômico de forma a produzir resultados
socioambientais que promovam boa qualidade de vida
para todos e sustentabilidade ambiental.
Clemente Ganz Lúcio*
Objetivo simples e claro que mobiliza inúmeros
desafios e requer estratégias complexas.
As centrais sindicais e suas entidades de base —
sindicatos, federações e confederações —, lançaram
em abril de 2022 a Pauta da Classe Trabalhadora¹,
documento que reúne 63 diretrizes para o
desenvolvimento brasileiro. Agora trata-se de
apresentá-las para o debate, visando construir
acordos sociais e formular estratégias para
implementá-las.
A primeira prioridade é promover iniciativas que
recoloquem o País em trajetória de crescimento
econômico virtuoso, o que implica plano que combine
a sustentação da atividade produtiva por meio do
investimento, da inovação, do incremento da
produtividade e da agregação de valor com
estratégias de geração de empregos, crescimento dos
salários e superação da pobreza e das desigualdades.
A prioridade do crescimento exige a construção de
entendimento político, fruto do diálogo social,
sobre o que deve ser feito e sobre as mudanças a
serem promovidas.
O desafio imediato é recolocar capacidade para o
governo mobilizar e articular o setor produtivo
(capital e trabalho) em torno de projeto de
desenvolvimento econômico e social, gerando
respostas imediatas aos problemas que as empresas
enfrentam.
O desafio urgente e imediato é romper com as
armadilhas dos juros e spreads altíssimos e das
regras que travam os investimentos. É necessário
fortalecer medidas ousadas de curto prazo com
componham plano de desenvolvimento que articule e
coordene projeto de desenvolvimento econômico e
socioambiental para o País, enunciando objetivos,
estratégias e ações que orientarão as iniciativas
nesses próximos 4 anos.
Um plano direcionado para a produção e orientado
pela indústria verde, pelo investimento em
infraestrutura econômica e social, pela difusão de
tecnologia e inovação, mobilizador dos vetores
setoriais de expansão, que torne nossa economia
competitiva, leia-se com capacidade real de
exportação. Esse plano requer ambiente
macroeconômico amigável ao crescimento sustentado no
tempo largo.
Como parte desse projeto, a segunda prioridade
indicada a partir dos trabalhadores é de sintonizar
o sistema de relações de trabalho para que organize
o mundo do trabalho para essa nova dinâmica de
produção, visando também à geração de empregos de
qualidade e o crescimento dos salários.
Além de estruturar a demanda interna, o sistema de
relações de trabalho tem por objetivo tratar de
todas as questões relacionadas aos trabalhadores, em
termos de condições de trabalho, saúde e segurança,
salários, benefícios e proteções.
Trata-se, pois, de sintonizar sistema que valorize e
fortalece a negociação coletiva em múltiplos âmbitos
de negociação, realizada por entidades sindicais de
ampla base de representação e alta
representatividade, capazes de celebrar convenções e
acordos coletivos que irão efetivamente reger as
relações de trabalho.
Não se pode perder tempo. É urgente atuar. Não se
pode ter medo. É urgente enfrentar. Não se pode
titubear. É urgente reunir força política e avançar.
A hora é agora!
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, consultor. Foi diretor técnico do Dieese,
coordenador do GT Trabalho da Equipe de Transição do
governo Lula/Alckmin, membro do CDES (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social) da Presidência
da República, do Conselho de Altos Estudos do TCU
(Tribunal de Contas da União), do Conselho de
Administração do CGEE (Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos) e do Conselho de Administração da
Oxfam Brasil.
1 Disponível em
https://admin.cut.org.br/system/uploads/ck/WEB_Pauta%20da%20Classe%20Trabalhadora%20CONCLAT%202022-3.pdf
Fonte: Diap
14/03/2023 -
Lira defende a busca do equilíbrio entre democracia
e liberdade de expressão
Segundo ele, pode-se encontrar uma fórmula que
preserve os dois direitos
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), pediu nesta segunda-feira (13), em evento
no Rio de Janeiro, equilíbrio na discussão das
relações entre liberdade de expressão, redes sociais
e democracia. Segundo ele, os Poderes da República
precisam encontrar “o caminho do meio” ao tratar do
assunto.
“A sociedade brasileira espera que os
administradores, os representantes eleitos e os
magistrados deste País consigam encontrar, o quanto
antes, uma forma de equilibrar o fenômeno das redes
sociais, da democracia e da liberdade de expressão,
para que possamos avançar com tranquilidade no
caminho da estabilidade política e do progresso
social e econômico que dela decorre”, disse.
“Encontrar esse equilíbrio não é uma utopia, é uma
necessidade. O mundo busca essa solução”, completou
Lira.
O presidente da Câmara participou da cerimônia de
abertura do seminário “Liberdade de Expressão, Redes
Sociais e Democracia”, organizado pelo Centro de
Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário, da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), pela Rede Globo e
pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento
e Pesquisa (IDP).
Lira disse ainda que as redes sociais são veículos
da liberdade de expressão e da democracia, mas as
manifestações podem ser facilmente restringidas,
mesmo de jornalista ou parlamentares, “com um mero
clique”. Somente com equilíbrio, segundo ele,
pode-se encontrar uma fórmula que preserve os dois
direitos.
“Não podemos abrir mão de um deles sob pena de
perdermos o outro e, com isso, mergulharmos no
turbilhão imprevisível da instabilidade social”,
afirmou Lira.
O evento da FGV também contou com a presença de
outros parlamentares, entre eles o deputado Orlando
Silva (PCdoB-SP), relator do projeto de lei que
trata do combate às fake news (PL 2630/20 e
apensados), em tramitação na Câmara.
Fonte: Agência Câmara
14/03/2023 -
Paulo Paim reapresenta projeto de lei que prevê
desaposentação
Foi reapresentada no Senado a proposta (PL
299/2023) que garante ao aposentado o direito de
desfazer a aposentadoria para obter um valor maior
com a inclusão de novas contribuições
previdenciárias feitas após a concessão do primeiro
benefício. O autor do projeto, senador Paulo Paim
(PT-RS), chama a atenção para o fato de que muitos
aposentados continuam a trabalhar devido aos baixos
valores dos benefícios previdenciários.
Fonte: Agência Senado
14/03/2023 -
MPT
impõe multa às vinícolas do sul
É efetiva a ação do Ministério Público do Trabalho
junto às vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton,
flagradas com trabalho degradante em Bento
Gonçalves, RS, onde 207 trabalhadores foram
resgatados de condições análogas à escravidão. Uma
das consequências é multa de R$ 7 milhões, a título
de indenização.
Quinta (9), foi firmado Termo de Ajuste de Conduta
com o Ministério Público do Trabalho. O TAC contém
ainda 21 obrigações a serem cumpridas já.
As empresas contratavam terceirizados da Fênix
Serviços, que se negou a firmar acordo de
indenização. Por isso, o MPT pediu o bloqueio de R$
3 milhões em bens do dono da empresa. A Justiça
acatou.
Conalis – Segundo o procurador do MPT,
Ronaldo Lima dos Santos, coordenador da Conalis
(Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical e do Diálogo Social), as contratantes são
responsáveis pela condição desumana dos
trabalhadores. “A responsabilidade das contratantes
é real. Elas devem fiscalizar as empresas que
contratam. Se a empresa terceirizada não pagar, elas
terão que fazer o pagamento”, afirma o procurador.
Na avaliação de Artur Bueno de Camargo, presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria da Alimentação e Afins, esse tipo de
contratação é uma forma de muitas indústrias fugirem
à responsabilidade pela mão de obra. Ele diz: “A
terceirização é opção quando a contratante se
preocupa mais com o lucro do que com a produção
sustentável e segura”. Para Artur, a “legislação
precisa conter punições severas e responsabilização
total da indústria sobre a cadeia de sua atividade”,
como ocorreu nas três vinícolas.
Mais – Acesse o site do MPT e da CNTA.
Fonte: Agência Sindical
14/03/2023 -
TST deve aplicar reforma trabalhista apenas para
contratos após 2017, diz jornal
Os 26 ministros do Pleno do Tribunal Superior do
Trabalho vão decidir se as previsões da reforma
trabalhista que extinguem direitos dos trabalhadores
vão valer para todos ou apenas para os contratados
após 2017, quando a reforma entrou em vigor. As
informações são do jornal Valor Econômico.
Em fevereiro, na primeira sessão do ano, a Seção de
Dissídios Individuais 1 (SDI-1) da Corte, por sete
votos a seis, entendeu que a aplicação da reforma
nos contratos já existentes violaria o direito
adquirido.
O tema causou divergência, já que a 1ª, 4ª, 5ª, 7ª e
8ª turmas têm decidido que a reforma vale para
todos. Quando esse tipo de divergência ocorre,
conforme o artigo 72 do regimento interno da Corte,
o resultado do julgamento não é proclamado e é
remetido para análise do Pleno, com o objetivo de se
firmar a jurisprudência.
Os ministros consideraram o julgamento como o mais
importante dos últimos cinco anos, uma vez que o
impacto pode ser enorme para empregadores e
trabalhadores.
A reforma trabalhista foi instituída por meio da Lei
13.467, de 11 de novembro de 2017. Se as novas
regras entrarem em vigor apenas para trabalhadores
contratados após 2017, as empresas terão que dividir
os funcionários entre antigos e novos. Os
contratados com mais tempo de casa terão direitos e
benefícios diferentes dos mais recentes.
Direitos como as chamadas horas in itinere — tempo
de deslocamento do empregado da casa ao trabalho e
seu retorno — ou o intervalo de 15 minutos para as
mulheres antes das horas extras, por exemplo, foram
extintos pela reforma.
RR 528-80.2018.5.14.0004
Fonte: Consultor Jurídico
14/03/2023 -
Haddad prevê que programa Desenrola ajudará 37
milhões de brasileiros
O ministro destacou que os credores também estão
dispostos a expandirem o programa para outras faixas
de renda. Ao todo são R$ 430 bilhões negativados em
72 milhões de CPFs
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê que 37
milhões de brasileiros de baixa renda serão
beneficiados com o programa Desenrola. Na primeira
fase, o governo vai ingressar com o subsídio de R$
10 bilhões que permitirão alavancar R$ 50 bilhões em
dívidas das famílias de menor poder aquisitivo.
“Como o credor terá segurança de receber, o desconto
que ele dará será o mais alto que puder (…) Se esse
programa for bem-sucedido, pode criar dinâmica de
curto prazo interessante para a economia”, disse
Haddad nesta segunda-feira (13) durante o seminário
“E agora, Brasil? A reforma tributária e os desafios
econômicos do Brasil”, organizado pelo Valor e O
Globo.
O ministro destacou que os credores também estão
dispostos a expandirem o programa para outras faixas
de renda. Ao todo são R$ 430 bilhões negativados em
72 milhões de CPFs.
Segundo ele, o governo só aguarda o sistema
operacional para lançar o programa. A previsão do
ministro é que que entre 50% e 60% desses recursos
voltem para os credores com o pagamento da dívida.
“É um pacote bastante razoável que vai permitir a
volta ao mercado dessas famílias”, afirmou ao dizer
que o programa combina com o Bolsa Família, tabela
do Imposto de Renda e salário mínimo.
Reforma
O ministro ainda defendeu a aprovação da reforma
tributária pelo Congresso Nacional. Para ele, esse é
o caminho para acabar com o enorme conflito
distributivo no país.
“Não é possível estimar o choque de eficiência de
tão grande que será (…) Vai terminar com
desonerações arbitrárias, de capitalismo de
compadrio”, argumentou.
Haddad diz que o atual modelo prejudica todos os
setores. “Com a quantidade de impostos pagos na fase
de investimento, você está punindo exportador, as
famílias de baixa renda”, explicou.
Ele disse que o arcabouço fiscal que vai substituir
a política de teto de gastos está pronto e, por
isso, será possível votar a reforma na Câmara entre
junho e julho. No Senado, ele prevê que a proposta
seja encaminhada de setembro a outubro.
A ideia é discutir o arcabouço com o presidente Lula
ainda nesta semana. O ministro pretende encaminhar
para o Planejamento antes da viagem à China.
Com foco no consumo, a proposta de reforma unifica
os tributos como PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS em um
único imposto: o IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
“A reforma será neutra do propósito de arrecadação,
não pretendemos aumentar imposto sobre consumo (…)
Deveríamos planejar para médio e longo prazo,
tributos deveriam recair mais sobre renda do que
sobre consumo. A média do Brasil [de tributação
sobre consumo] é maior do que média da OCDE”.
Fonte: Portal Vermelho
14/03/2023 -
Governo aumenta proposta de reajuste a servidores
federais para 9%
Governo federal também propôs aumentar o
auxílio-alimentação em R$ 200 (alta de 43,7%);
servidores estão sem recomposição salarial desde
2019
O governo federal aumentou a proposta de reajuste
salarial para os servidores públicos federais de
8,4% para 9%, a partir de maio. O impacto é de R$
11,2 bilhões nos cofres públicos em 2023 e já está
previsto no Orçamento, segundo o Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Além do reajuste linear (para todas as categorias),
o governo propõs aumentar em R$ 200 o
auxílio-alimentação, que passaria de R$ 458 para R$
658. Isso equivale à recomposição da inflação entre
fevereiro de 2016 e fevereiro deste ano (uma
correção de 43,7%).
Os servidores federais estão sem recomposição
salarial desde 2019 e pediam um aumento de 13,5% a
partir de abril. A proposta foi formalizada no fim
da tarde de sexta-feira (10) pelo governo, durante a
terceira rodada de negociações com representantes
dos servidores.
Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional
Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate),
disse que as categorias preferem um porcentual maior
de aumento, ainda que demore mais alguns meses, mas
vai encaminhar às bases a proposta do governo.
“O governo vai nos enviar na segunda-feira a
formalização dessa proposta, para que possamos levar
para nossas bases, quando irão referendar ou não a
proposta”, afirmou Marques. “Entendemos que fizemos
o possível, estendemos a corda até o limite. Agora,
fica com a base a deliberação”.
O Fonacate é formado por 36 afiliadas e representa
mais de 200 mil servidores públicos.
Fonte: InfoMoney
13/03/2023 -
Inflação medida pelo INPC avança para 0,77% em
fevereiro
O percentual é maior que o do janeiro, quando o
índice ficou em 0,46%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
fechou o mês de fevereiro em 0,77%. O percentual é
maior que o do janeiro, quando o índice ficou em
0,46%. No ano, o indicador acumula alta de 1,23% e,
nos últimos 12 meses, de 5,47%, o que significa um
recuo em relação aos 5,71% observados nos 12 meses
imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, a
taxa ficou em 1%. O resultado foi divulgado
sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Contribuiu para o resultado a desaceleração de 0,52%
em janeiro para 0,04% em fevereiro nos preços dos
produtos alimentícios. Em sentido contrário, os
produtos não alimentícios avançaram e registraram em
fevereiro alta de 1,01%, enquanto em janeiro o
aumento tinha sido de 0,44%.
Regiões
Conforme o indicador de fevereiro, todas as áreas
apresentaram variação positiva no mês. Brasília foi
a que teve menor resultado (0,34%), sob impacto das
quedas nos preços da gasolina (-2,43%) e das
passagens aéreas (-10,06%). Já a maior variação foi
em Curitiba (1,02%), onde ocorreram elevações de
6,22% na energia elétrica residencial e de 3,37% da
gasolina.
Fonte: Agência Brasil
13/03/2023 -
Fórum das Centrais debate desenvolvimento econômico
e trabalho em aplicativos
Em São Paulo, nesta quinta-feira (09), o
secretário-nacional da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Eduardo Maia, participou de
reunião do Fórum das Centrais Sindicais para debater
o desenvolvimento econômico, com ênfase numa
proposta de regulamentação do salário mínimo com
ganho real, e a situação dos trabalhadores em
aplicativos.
A atuação do grupo segue as diretrizes da Pauta da
Classe Trabalhadora, apresentada pelos presidentes
das centrais em abril do ano passado — com propostas
de geração de empregos de qualidade, aumento real
dos salários, proteção dos direitos trabalhistas,
combate às desigualdades, proteções sociais e
previdenciárias.
A NCST reiterou sua disposição no trabalho de
retomada do desenvolvimento econômico para
consolidação de uma sociedade com mais justiça
social.
Fonte: NCST
13/03/2023 -
“Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta”,
diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez
sexta-feira (10), em Brasília, uma reunião ampliada
com 13 ministros do governo para discussão de
projetos de infraestrutura para o país. Para ele, é
papel do governo alavancar os investimentos para
impulsionar a geração de empregos e o crescimento
econômico do país.
“Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta,
temos que utilizar bem o dinheiro que temos. Por
isso o [Fernando] Haddad é ministro da Fazenda,
porque ele é criativo, se a gente não tiver dinheiro
a gente vai atrás dele e ele vai ter que arrumar.
Ele e a Simone [Tebet, ministra do Planejamento e
Orçamento] vão arranjar o dinheiro que precisamos
para fazer investimentos no país”, disse Lula ao
abrir a reunião, no Palácio do Planalto.
“Nós vamos dizer que PIB [Produto Interno Bruto] vai
crescer porque vamos fazer crescer, porque vamos
gerar emprego com as pequenas coisas, vamos fazer
investimento”, ressaltou o presidente.
Fonte: Agência Brasil
13/03/2023 -
Indústria de pneus programa férias e levanta alerta
de demissões
Os jornalistas Joana Cunha, Paulo Ricardo Martins e
Diego Felix apuraram que as fabricantes de pneus
programaram férias para março e abril e começam a
falar na possibilidade de uma rodada de demissões
caso o governo Lula não reverta a medida de
Bolsonaro que zerou o imposto de importação do
produto em 2021 em meio às ameaças de greve de
caminhoneiros.
De acordo com a apuração feita pelos jornalistas,
com perda de mercado para os pneus de carga
importados, o setor planeja expandir as medidas de
corte de produção e pessoal. Ainda há, no entanto,
uma expectativa de que a próxima reunião da Camex
(Câmara de Comércio Exterior) solucione a questão na
semana que vem, segundo Klaus Curt Müller,
presidente-executivo da Anip (Associação Nacional da
Indústria de Pneumáticos).
“Nossa visão hoje é que esse governo é muito mais
industrializante, sensível a renda e emprego.
Queremos mudar esse horizonte rápido porque não
queremos reduzir a produção nem desinvestir no
Brasil. A nossa expectativa é positiva e esperamos
não precisar seguir nessa rota, que é muito ruim
para todos nós”, diz Müller.
Márcio Ferreira, presidente do Sintrabor (Sindicato
dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região)
afirma que os cortes vêm sendo segurados porque a
mão de obra é difícil de treinar, mas que há receio
de demissão entre os trabalhadores.
“A nossa esperança é que, com a reunião do dia 16 na
Camex, volte a se cobrar a alíquota de importação de
16%, porque está entrando mais pneu importado do que
o nacional que tem no Brasil. As empresas já estão
programando férias individuais e coletivas.
Emendaram a semana do Carnaval para diminuir a
produção nas empresas de pneumáticos”, diz Ferreira.
Fonte: Folha SP
13/03/2023 -
População já sente os avanços com o novo governo,
aponta Haddad
Ministro lista benefícios que atingem 60 milhões
de brasileiros; entre as medidas estão o aumento
real do salário mínimo, a isenção do IR e a
renegociação de dívidas
Em uma reunião do presidente Lula com líderes
políticos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
enumerou as boas notícias destinadas a 60 milhões de
brasileiros com renda de até dois salários mínimos,
são elas: isenção do Imposto de Renda, aumento real
do salário mínimo e o novo programa de renegociação
de dívidas, o “Desenrola”.
Até o meio do ano o governo já terá implementado
todas as medidas que estarão em pleno funcionamento.
Como informa a jornalista Míriam Leitão no jornal O
Globo, apesar dos esforços de Bolsonaro para
conquistar as classes mais baixas utilizando o
aumento do Auxílio Brasil em ano eleitoral e o
irregular crédito consignado vinculado ao benefício,
a população confiou majoritariamente em Lula e o
elegeu.
Com isso, os benefícios estão sendo colhidos, uma
vez que o salário mínimo volta a ter aumento real
após cinco anos e passa para R$1.320. Além disso, os
trabalhadores que receberem até dois salários
mínimos estarão isentos do IR. Para completar, quem
tiver dívidas poderá renegociá-las pelo Desenrola e
ficar com o nome limpo, ou seja, três benefícios que
devolvem a dignidade ao povo e projetam avanços
ainda maiores para 2024, após o novo governo já ter
‘colocado ordem na casa’.
Agora todos esperam pela queda da Taxa de Juros (Selic)
para que o crédito seja facilitado e os
investimentos possam acompanhar as expectativas do
governo e da população para a retomada do
desenvolvimento. A próxima reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária), do Banco Central, está
marcada para 21 e 22 de março, quando se tem a
expectativa que a Selic em 13,75% inicie um ciclo de
queda.
Fonte: Portal Vermelho
13/03/2023 -
Empresas que usarem trabalho escravo terão dívida
executada sumariamente, diz Luiz Marinho
Empresas que insistirem em usar trabalho escravo
ficarão impedidas de tomar financiamento público e
fazer prestação de serviços públicos
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo
que deve visitar Bento Gonçalves (RS) até o início
de abril. Ele vai tratar do caso de trabalhadores
resgatados em situação trabalho escravo em colheitas
de uva, que envolveu as tradicionais empresas Salton,
Aurora e Garibaldi.
O ministro afirmou que o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai
executar dívidas de empresas que entrarem na lista
suja do trabalho escravo. “Para empresas que
insistirem em usar (mão de obra desse tipo), nós
vamos oferecer o rigor da lei. Vamos voltar com a
lista suja”, disse.
“Empresas que, por exemplo, têm empréstimos com
BNDES, ao entrar na lista suja vão ter a dívida
executada sumariamente. Vai ficar impedida por um
tempo de tomar financiamento público e de fazer
prestação de serviços públicos”, prometeu Marinho.
Essa lista suja de trabalho escravo é elaborada pela
auditoria fiscal do trabalho a partir das
fiscalizações. Uma Portaria de 2017 tornou os
parâmetros mais rigorosos para as empresas entrarem
na lista, como já ter se defendido
administrativamente.
TAC
Sexta foi divulgado que o Ministério Público do
Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) assinou um
Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com as três
vinícolas gaúchas, que se comprometeram a pagar
aproximadamente R$ 7 milhões de indenização aos
trabalhadores resgatados nas condições análogas à
escravidão, em Bento Gonçalves.
O acordo contém um total de 21 obrigações que devem
ser cumpridas imediatamente. O não cumprimento
acarretará multa de até R$ 300 mil. A assinatura do
TAC garante o cumprimento imediato das obrigações e
tem força de sentença judicial, segundo a
Procuradoria.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/03/2023 -
Taxa de juros alta impede igualdade – por Clemente
Ganz Lúcio
Rentismo é captura gananciosa da riqueza
produzida pelo trabalho de todos
É essencialmente político o imperativo da igualdade
social e da sustentabilidade ambiental. Sua promoção
requer um projeto de desenvolvimento econômico e
social assentado no investimento produtivo, de
industrialização, de inovação espraiada para todos
os setores de atividade, de agregação de valor, de
incremento da produtividade e de acesso aos direitos
sociais. É um imperativo político porque se trata de
afirmar uma visão de futuro coletiva, declarar
compromissos e fazer escolhas que se quer
compartilhar. Há no Brasil, e no mundo, bloqueios
intencionais contrários à essa possibilidade
histórica.
Por isso, o desafio é mobilizar vontade política –
visão, compromissos e escolhas – para construir uma
agenda da transformação produtiva que difunda em
todo o território as capacidades e condições para
gerar produtos e serviços tanto para atender a
demanda interna quanto para exportá-los. Trata-se de
uma nova agenda que requer uma construção política
entre os agentes econômicos do setor empresarial,
dos trabalhadores e do governo. As eleições
reabriram as porta e janelas para novas
possibilidade para a história.
Colocar a igualdade como eixo ético e estético da
utopia que pode nos mobilizar coletivamente
significa afirmar a nossa vontade política de
enfrentar e superar as causas das brechas
estruturais que historicamente continuam a ser
produzidas. Trata-se de incluir a todos no campo de
direito coletivo, superando prioritariamente a
miséria e a pobreza, e compartilhar os cuidados para
com tudo aquilo que nos é comum, convergindo para
ganhos de eficiência econômica e de produtividade,
distribuindo seus resultados, construindo o sentido
de pertencimento coletivo e de participação na vida
democrática.
A reprimarização da economia, com a exploração dos
recursos naturais e de grãos em natura, o
desinvestimento em educação e inovação, o abandono
da industrialização, a queda contínua do
investimento para o incremento da produtividade, o
desleixo com a capacidade produtiva de transformação
e exportação, entre outros, são algumas das causas
que explicam a dramática situação presente de
aumento da miséria, da pobreza e da desigualdade.
Tragicamente, também em nosso país estamos reféns
dos poderosíssimos interesses dos rentistas, agentes
econômicos que controlam a vida coletiva e dominam o
sistema produtivo para aumentar sua riqueza
financeira. A hegemonia asfixiante da estratégia do
rentismo, do pensamento único e do debate público
orientado para garantir os ganhos exorbitantes do
rentismo exige superação. O presente se abre para
essa superação, se aqueles que almejam um outro
padrão de desenvolvimento estivem dispostos a
construí-la.
Não será possível colocar o país em uma trajetória
de crescimento econômico virtuoso, que alavanque a
renda média pelo aumento dos salários e a geração de
emprego, por políticas públicas de proteção
universal, sem que sejamos capazes de sair do corner
que formos colocados pelo rentismo e suas
estratégias de reprodução e de ganhos crescentes.
A hegemonia da economia financeirizada em escala
global tem produzido, de forma ainda mais intensa
desde a crise de 2008, distorções dramáticas para a
produção, para o desenvolvimento, para as
democracias e para a igualdade. O debate está
capturado e intencionalmente bloqueado pelos
interesses voltados para o retorno financeiro
imediato garantido, impondo uma visão de resultados
a curto prazo ao sistema produtivo e prevalência do
retorno aos acionistas.
Faz parte dessa estratégia manter um processo
violento e descomunal de transferência de renda
através de taxas de juros de altíssimo custo para o
consumidor, para o empresário, para o investimento,
para o orçamento público e a receita fiscal. O
rentismo realiza a captura gananciosa da riqueza
produzida pelo trabalho de todos. No Brasil essa
captura se dá em escala escandalosa. Trata-se de um
crime contra o desenvolvimento econômico e social e
contra a democracia.
O rentismo viabiliza regras e um ambiente econômico
que desincentiva o investimento e a atividade
produtiva. A independência do Banco Central para a
determinação da taxa de juros e da política
monetária são dois exemplos de escolhas orientadas
por interesses e que se transformaram em dogma,
verdades irrefutáveis, que devem responder às
expectativas racionais formuladas pelos próprios
rentistas e seus prepostos.
Nosso desafio e tarefa é ousar, enfrentar dogmas e
superar interdições para, como afirma a Cepal ,
implementar uma política econômica que vá além das
políticas de metas de controle da inflação,
combinando políticas anticíclicas com uma estratégia
de diversificação produtiva e de boas práticas
fiscais para geração de bens e serviços públicos e o
fomento das diversas capacidades econômicas e
sociais.
Clemente Ganz Lúcio é assessor do Fórum das
Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Dieese
Fonte: Agência Sindical
10/03/2023 -
Ministro do trabalho sugere desonerar folha de
pagamento para gerar mais emprego
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sugeriu na
terça-feira (7) que a reforma tributária faça uma
mudança na cobrança de impostos das empresas para
ajudar na geração de empregos de qualidade. Marinho
defendeu que a cobrança de impostos não incida sobre
a folha de pagamentos e sim sobre o faturamento das
empresas.
Nós precisamos desonerar a produção, a folha de
pagamento da produção. Então, quanto mais o setor
tem mão de obra, tem que ter mais facilidade para
empregar com mais qualidade. Este é meu
entendimento. Essa transferência é simples? Não, não
é. Se fosse simples, teríamos feito há muito tempo.-
Luiz Marinho
Segundo o ministro, a desoneração da folha deve ser
discutida pela sociedade, a começar pela discussão
sobre “o papel da Previdência na importância do
estado de bem-estar”.
“A contribuição de sustentar a Previdência deveria
vir dos faturamentos das empresas e não da folha de
pagamentos”, disse o ministro durante almoço
promovido pela Frente Parlamentar do
Empreendedorismo, em Brasília.
A desoneração, que atualmente está em vigor e vale
para os 17 setores da economia que mais empregam no
país, venceria em 2021, mas o Congresso Nacional
aprovou um projeto que estendeu a medida até
dezembro de 2023. A lei permite às empresas
substituir a contribuição previdenciária – de 20%
sobre os salários dos empregados – por uma alíquota
sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.
Marinho ressaltou que a defesa da desoneração é um
entendimento pessoal e que caberá ao ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, liderar a discussão sobre
o assunto.
“Eu, pessoalmente, tenho a simpatia em substituir a
oneração da folha por onerar o faturamento. A função
de sustentar a Previdência deveria vir do
faturamento das empresas, e não da folha de
pagamento, não estar vinculado à folha de pagamento.
Porque, ao estar vinculado à folha de pagamento,
você sacrifica em demasia as empresas que têm forte
impacto de mão de obra”, explicou o ministro.
“Então, se você fizer essa substituição,
evidentemente bem equilibrada, com cautela e de
forma gradativa, eu vejo com bons olhos esse
processo de transição”, completou.
Fonte: CUT
10/03/2023 -
Apenas 29% dos cargos de liderança na indústria são
ocupados por mulheres
Dados da CNI ainda revelam que o preconceito e a
cultura machista são indicados como as maiores
barreiras para a igualdade de gênero nas empresas.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou
uma pesquisa que revela que somente 29% dos cargos
de liderança são ocupados por mulheres na indústria
nacional. Divulgado nesta quarta-feira (8), Dia
Internacional da Mulher, a pesquisa “Indústria &
Mercado de Trabalho – Igualdade de gênero e
principais desafios” ainda revelou que apenas 14%
das empresas têm uma área específica para tratar
sobre igualdade de gênero. No entanto, somente 5%
dessas empresas (dentro do universo de 14%) contam
com orçamento próprio para se dedicar ao assunto, os
outros 9% dependem de outros orçamentos para
trabalhar a igualdade de gênero.
Entre as principais barreiras/obstáculos para a
promoção da igualdade de gênero nas empresas, de
acordo com o levantamento, o preconceito (21%) e a
cultura machista (17%) foram apontados como as
principais barreiras.
Ainda foi indicado que a proporção média de ocupação
nas indústrias fica em 70% de homens e 30% de
mulheres.
Entre as principais políticas de gênero adotadas
pelas empresas para reduzir a desigualdade estão:
apoio ao retorno ao trabalho das mulheres após o
término da licença-maternidade (81%); paridade
salarial (77%); política que proíbe discriminação em
razão do gênero (70%); programa de qualificação de
mulheres para desenvolvimento profissional (56%); e
programa de liderança que estimule a ocupação de
cargos de chefia pelas mulheres (42%).
A CNI encomendou o estudo para o Instituto FSB
Pesquisa que entrevistou, por telefone, 500
executivos de indústrias pequenas e 500 executivos
de indústrias médias e grandes. As pesquisas foram
realizadas entre 6 e 23 de fevereiro de 2023, sendo
que 60% dos entrevistados se identificam como homens
e 40% mulheres.
Fonte: Portal Vermelho
10/03/2023 -
Caged: Brasil cria 83.297 vagas com carteira
assinada em janeiro
O estoque, que é a quantidade total de vínculos
celetistas ativos, subiu 0,20% no mês e atingiu
42.527.722 milhões de contratos
O Brasil fechou o mês de janeiro com saldo positivo
de 83.297 postos de trabalho, de acordo com dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Ministério do
Trabalho e Previdência.
O resultado decorreu de 1,874.226 admissões e de
1.790.929 de desligamentos. O estoque, que é a
quantidade total de vínculos celetistas ativos,
atingiu 42.527.722 milhões de vínculos em janeiro de
2023, o que representa uma alta de 0,20% ante o
estoque do mês anterior.
Em janeiro, 4 dos 5 grandes grupos de atividades
econômicas registraram saldos positivos: Serviços
(+40.686 postos), Construção (+38.965 postos),
Indústria geral (+34.023 postos) – principalmente na
Indústria de Transformação (+33.738 postos) – e
Agropecuária (+23.147 postos). A atividade de
Comércio destoou e registrou saldo negativo de
53.524 postos.
Fonte: InfoMoney
10/03/2023 -
Preços da cesta básica caem na maioria das capitais
no primeiro bimestre
Dieese calculou em R$ 6.547,58 o salário mínimo.
Altas foram no Norte-Nordeste e quedas, no
Centro-Sul
Os preços médios da cesta básica caíram, de janeiro
para fevereiro, em 13 das 17 capitais pesquisadas
pelo Dieese. Em comparação com fevereiro do ano
passado, o instituto apurou alta em todas as
cidades, segundo pesquisa divulgada nesta
quinta-feira (9). Já no primeiro bimestre, o preço
caiu em 10, no Centro-Sul (Belo Horizonte, Brasília,
Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Goiânia,
Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória).
E subiu em sete, no Norte-Nordeste (Aracaju, Belém,
Fortaleza, João Pessoa, Natal, Recife e Salvador).
De acordo com o Dieese, as principais reduções no
mês foram registradas em Belo Horizonte (-3,97%),
Rio de Janeiro (-3,15%), Campo Grande (-3,12%),
Curitiba (-2,34%) e Vitória (-2,34%). Já os quatro
aumentos foram em capitais das regiões Norte e
Nordeste: Belém (1,25%), Natal (0,64%), Salvador
(0,34%) e João Pessoa (0,01%).
Salário mínimo x cesta básica
No mês passado, as capitais com cestas mais caras
foram do Sul-Sudeste: São Paulo (R$ 779,38),
Florianópolis (R$ 746,95), Rio de Janeiro (R$
745,96) e Porto Alegre (R$ 741,30). No
Norte-Nordeste, onde a composição é diferente, os
menores valores foram registrados em Aracaju (R$
552,97), Salvador (R$ 596,88) e João Pessoa (R$
600,10).
Assim, com base na cesta mais cara, o Dieese
calculou em R$ 6.547,58 o salário mínimo necessário
para as despesas básicas de uma família com quatro
integrante. Valor equivalente a 5,03 vezes o piso
(R$ 1.302 desde janeiro). Esse proporção era um
pouco maior o mês anterior (5,10) e menor há um ano
(4,96 vezes).
Cesta compromete 56% da renda
Com isso, o tempo médio necessário para adquirir os
produtos foi estimado em 114 horas e 38 minutos,
menos do que em janeiro (116 horas e 22 minutos) E
pouco mais do que em fevereiro de 2022 (114 horas e
11 minutos). E o trabalhador remunerado com salário
mínimo comprometeu 56,33% da renda líquida para
comprar os produtos alimentícios básicos, ante
57,18% em janeiro e 56,11% há um ano.
Entre os produtos que compõem a cesta básica, a
batata teve redução em todas as cidades do
Centro-Sul, onde os preços são coletados. O óleo de
soja caiu em 15 das 17 capitais. Já o preço do
tomate caiu em 13 e o do café, em 12 cidades.
Farinha de mandioca e pão francês registraram alta
em fevereiro.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/03/2023 -
Tebet: 'novo arcabouço fiscal agradará a todos,
inclusive o mercado'
Ministra do Planejamento disse que o novo
arcabouço fiscal atenderá tanto à preocupação de
zerar o déficit primário, como estabilizar a dívida
pública e assegurar investimentos
Reuters -A ministra do Planejamento, Simone Tebet,
disse nesta quinta-feira que o arcabouço fiscal a
ser proposto pelo governo atenderá tanto à
preocupação de zerar o déficit primário e
estabilizar a dívida pública como ao desejo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir
recursos para os investimentos necessários ao
crescimento do país.
"Vai agradar a todos, inclusive o mercado", disse
Tebet a jornalistas ao deixar o Ministério da
Fazenda, onde se reuniu com o ministro Fernando
Haddad para tratar do tema.
A ministra disse que a "moldura", a regra e os
números do arcabouço serão detalhados por Haddad
após o modelo ser apresentado a Lula. Quando
questionada sobre se a divulgação do arcabouço
acontecerá ainda este mês, ela disse acreditar que
sim.
"A reunião foi muito boa. Do lado orçamentário e
fiscal, saímos muito satisfeitos e agora é questão
de colocar os números no papel. Mas o mais
importante é que o arcabouço que vai sair é um
arcabouço que vai agradar a todos, porque atende os
dois lados", afirmou Tebet.
Fonte: Brasil247
10/03/2023 -
TST mantém condenação da M.Officer por trabalho
escravo. No Sul, procurador responsabiliza vinícolas
M.Officer foi processada por trabalho escravo em
2014 e foi alvo de protestos.
Terceirização não isenta contratantes, diz
procurador-geral do MPT
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) rejeitou terça-feira (7) recurso da empresa
têxtil M5 Indústria Comércio Ltda, da marca
M.Officer, condenada por trabalho análogo à
escravidão. Em 2014, auditores fiscais do Trabalho
resgataram costureiros bolivianos em condições
degradantes, submetidos a jornada de trabalho das 7h
às 22h. Eles também residiam em alojamentos com
condições precárias, com fiação exposta, depósito de
botijões de gás e inseticidas armazenados junto a
alimentos.
Um ano antes, a empresa já havia sido alvo de
fiscalização pelo mesmo problema. O Ministério
Público do Trabalho (MPT), então, acionou a
M.Officer, que recorreu depois de condenada em
primeira instância. Depois A segunda instância
confirmou a condenação e, agora, o último degrau da
Justiça do Trabalho, o processo parece seguir no
mesmo sentido. O colegiado da Primeira Turma do TST
ainda deve avaliar o mérito do caso, que chegou à
Corte há três anos. Após isso, não caberá mais
recurso e a condenação, uma vez confirmada, será
definitiva.
Até o momento, a Justiça já obrigou a M.Officer a
pagar R$ 100 mil para os trabalhadores. O MPT pediu
duas penas pecuniárias: o pagamento de R$ 4 milhões
por dano moral coletivo e mais R$ 2 milhões pela
prática de dumping social. Por dumping social,
entendem-se agressões aos direitos trabalhistas com
objetivo de obter vantagem indevida perante a
concorrência do mercado.
Trabalho escravo
O trabalho análogo à escravidão ganhou as manchetes
nas últimas semanas após o caso das vinícolas no Rio
Grande do Sul. Nesta quarta, o procurador-geral do
Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, foi a Porto
Alegre discutir o tema com o governador Eduardo
Leite (PSDB).
De acordo com Ramos Pereira, cabe responsabilizar
tanto a fazenda como as vinícolas contratantes pela
condição desumana dos 207 trabalhadores encontrados.
O recrutamento foi feito pela terceirizada Fênix
Serviços Administrativos. Já as vinícolas
contratantes, Garibaldi, Salton e Aurora, devem ser
responsabilizadas, na avaliação do procurador-geral,
como informa o portal g1.
“Toda responsabilidade. Elas são donas da atividade
econômica. A responsabilidade tem que ser não só de
fazer seu trabalho, mas de fiscalizar aquelas
empresas que você contrata. Temos que lembrar que a
responsabilidade das empresas quando contratam é
muito grande. Se essa empresa terceirizada não
pagar, essas empresas terão sim que fazer o
pagamento”, destacou o procurador-geral.
Eduardo Leite, por sua vez, disse que é uma pauta
que não importa só para esses trabalhadores. “As
empresas tem que saber, até para garantir a
concorrência leal, que a decadência do setor vai ser
de acordo com a degradação do próprio trabalhador.”
Ainda de acordo com o governador, está na mesa uma
proposta de um termo de cooperação técnica entre o
Executivo e o MPF. “É um compromisso nosso, do
governo do estado, que tem a mesma indignação das
pessoas. Para garantir que essas situações sejam
repudiadas e punidos os responsáveis”. Ramos Pereira
completou: “A ideia do MPT é demonstrar que primeiro
essa prática, que é condenável, não é apreciada por
ninguém, não é só típica de uma região. Ela pode
acontecer em qualquer lugar do território
brasileiro”.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/03/2023 -
Paim assume presidência da CDH e aponta aumento do
trabalho escravo e do feminicídio
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) definiu seu presidente para os
próximos dois anos. Será o senador Paulo Paim
(PT-RS), com a senadora Zenaide Maia (PSD-RN)
ocupando a vice-presidência. O colegiado é formado
por 19 membros titulares e 19 suplentes. Além de
tratar de matérias que tratam de direitos humanos, a
CDH tem a prerrogativa de deliberar sobre sugestões
legislativas apresentadas por associações e órgãos
de classe, sindicatos e entidades da sociedade
civil.
Fonte: Agência Senado
09/03/2023 -
Senado aprova prioridade em empregos do Sine para
mulheres vítimas de violência
Medida reserva 10% das vagas do sistema que ajuda
a direcionar pessoas ao mercado de trabalho para
mulheres vítimas de violência doméstica
O Senado Federal aprovou hoje (7) Projeto de Lei (PL
3.878/2020) que prevê proteções especiais para
mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
O PL concede a elas a prioridade nas vagas
intermediadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine).
O projeto de autoria da Câmara dos Deputados contou
com a relatoria da senadora Augusta Brito (PT-CE).
Agora, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva sancionar o PL para que a medida passe a
vigorar.
“Dar a chance de uma mulher que está em situação de
violência doméstica conseguir sua autonomia
financeira também é um suporte. É uma forma de
acolhimento. Também, uma medida que tem o potencial
de alavancar a sua autoestima, dando-lhe
oportunidade de sair do ciclo de violência”, afirma
a relatora.
O dispositivo reserva 10% das vagas do Sine para as
mulheres em situação de vulnerabilidade. Quando não
houver o preenchimento das vagas por mulheres
vítimas de violência, as remanescentes poderão ser
preenchidas por outras mulheres e, não havendo, pelo
público em geral. Na Câmara, o projeto tramitou com
relatoria da deputada federal Tabata Amaral
(PSB-SP), e teve autoria do parlamentar Capitão
Alberto Neto (Republicanos-AM).
De acordo com Augusta, a medida fortalece a luta das
mulheres diante de “uma persistente calamidade que
devasta a sociedade brasileira”. “Sofrer agressão
implica desvantagem direta para as capacidades
femininas em todos os campos, mas especialmente na
inserção do mercado de trabalho, situação que acaba
provocando a permanência das mulheres num lar
violento”, completou.
Com informações da Agência Senado
Fonte: Rede Brasil Atual
09/03/2023 -
Lupi recebe pauta do FST e diálogo avança
Dirigentes das Confederações integrantes do Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST) voltaram a se
reunir, dia 6, com o ministro da Previdência Social,
Carlos Lupi, em Brasília.
O encontro faz parte da Mesa de Negociação
Permanente sobre o INSS, formalizada em 25 de
janeiro.
O documento entregue ao ministro lista a necessidade
de zerar a fila de espera por benefícios, contratar
mais funcionários e médicos, adequar o número de
representantes no Conselho Nacional de Previdência e
formar grupo de trabalho tripartite pra discutir
mudanças na legislação previdenciária.
Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria da
Alimentação e Afins (CNTA), explica que o objetivo é
ajudar a resolver problemas do INSS. “Há
atendimentos que não podem ser feitos somente de
modo virtual, como perícia. Isso requer mais
funcionários”, afirma.
O dirigente valoriza a participação das
Confederações. E diz: “As Centrais têm seu papel,
mas são as Confederações que conhecem mais a fundo a
realidade das categorias”. Para Artur, os problemas
do INSS devem ser tratados de baixo pra cima. “Nós
conhecemos as necessidades de aposentados e
beneficiários”, garante.
Para o dirigente, o encontro foi produtivo. “Lupi
sugeriu parceria com a representação sindical a fim
de contribuírmos na melhora do atendimento aos
segurados”, diz o presidente da CNTA.
Passos – Agora, as tratativas serão
encaminhadas com a assessoria da Pasta.
Clique aqui e acesse o documento.
Direção – Antonio Carlos Fernandes Júnior
responde interinamente pelo FST, devido ao
afastamento, temporário, do professor Oswaldo
Augusto de Barros, seu titular.
Mais – Acesse o site do
FST
Fonte: Agência Sindical
09/03/2023 -
Aprovado projeto que estimula a criação de
delegacias de atendimento à mulher
O Senado aprovou o projeto de lei do senador
Rodrigo Cunha (União-AL) que propõe mais ações de
fiscalização das medidas protetivas para mulheres em
situação de violência doméstica e familiar e
estimula a criação de delegacias especializadas de
atendimento à mulher com recursos do Fundo Nacional
de Segurança Pública. O texto segue para sanção
presidencial. PL 781/2020
Fonte: Agência Senado
09/03/2023 -
Desemprego é maior entre as mulheres; renda mensal é
22% menor
A taxa de desemprego é maior entre as mulheres,
segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Foi de 9,8% no 4º
trimestre de 2022, enquanto os homens registravam
6,5% no mesmo período.
A distância já foi maior. Em 1 ano, a desocupação
entre as mulheres caiu 4,1 pontos percentuais,
contra 2,5 pontos percentuais dos homens. Ainda
assim, há uma diferença de 3,3 pontos percentuais
entre os 2 grupos.
Das 8,6 milhões de pessoas que procuravam emprego no
Brasil no 4º trimestre, 4,7 milhões eram mulheres e
3,9 milhões, homens.
A subutilização também foi maior. A taxa de
subutilizados inclui quem está desempregado,
trabalha menos do que poderia ou não procurou
emprego mesmo estando disponível para trabalhar.
A média nacional de mulheres em subutilização
registrada no fim de 2022 foi de 18,5%. Mas é menor
em homens: 14,6%. Foi de 23,2% entre as mulheres.
Significa dizer que, dos 21,3 milhões brasileiros
que estão nesta situação, 12 milhões são mulheres.
Renda é R$ 683 menor
O rendimento médio mensal das mulheres é 22% menor que
dos homens. Eles ganham R$ 3.099, enquanto elas têm
renda de R$ 2.416. A média nacional foi de R$ 2.808
no 4º trimestre.
Fonte: Poder360
09/03/2023 -
Indústria registra alta do emprego e de horas
trabalhadas em janeiro
Rendimento médio dos trabalhadores teve queda
A indústria de transformação registrou alta no
número de vagas de emprego no setor, de horas
trabalhadas na produção e na massa salarial real, em
janeiro de 2023, na comparação com dezembro de 2022.
Os dados foram informados nesta quarta-feira (8), em
Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
O levantamento mostra, porém, que o rendimento médio
dos trabalhadores teve queda, assim como o
faturamento real das empresas, que recuou pelo
quinto mês consecutivo, alinhado ao período de maior
incerteza nos últimos meses de 2022.
A economista da CNI Larissa Nocko analisa o momento
da indústria de transformação no início de 2023,
comparado ao de 2022. “A alta no emprego vem
associada ao aumento do número de horas trabalhadas
na produção, o que mostra um certo nível de
aquecimento da atividade industrial”.
Ao analisar o mercado de trabalho, Larissa Nocko
avalia que a massa salarial e o rendimento médio do
trabalhador vêm de uma série de altas, ao longo de
2022, “o que contribui para um cenário mais
favorável do mercado de trabalho, que se consolidou
ao longo do ano passado”.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/03/2023 -
Senado analisará MP que institui programa de combate
ao assédio sexual
Aprovada nessa terça-feira (7) pela Câmara dos
Deputados, chega em breve ao Senado a medida
provisória que institui o Programa de Prevenção e
Enfrentamento ao Assédio Sexual, à Violência Sexual
e aos demais Crimes contra a Dignidade Sexual no
âmbito da administração pública.
Inicialmente, a MP 1.140/2022, abrangia apenas o
sistema e ensino. Mas os deputados estenderam sua
abrangência a toda a administração pública direta e
indireta, federal, estadual, distrital e municipal.
A MP foi editada no governo anterior, mas as
negociações na Câmara envolveram representantes dos
partidos ligados à atual gestão federal. Uma das
mudanças, segundo a relatora naquela Casa, deputada
Alice Portugal (PCdoB-PA), foi abranger os demais
crimes de natureza sexual contra a mulher.
Todos os órgãos e entidades envolvidos deverão
elaborar ações e estratégias destinadas à prevenção
e ao enfrentamento do assédio sexual e demais crimes
contra a dignidade sexual, e de todas as formas de
violência sexual.
Fonte: Agência Senado
08/03/2023 -
Mulheres ganham 14,7% a menos do que homens na
indústria, mostra Fiesp
Salário das trabalhadoras no setor é, em média,
R$ 3.294,75 por mês, enquanto masculino é de R$
3.863,68 por mês
Estudo divulgado nesta segunda-feira (6) pela
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
sobre a mão de obra feminina na indústria mostra que
o caminho para sanar a disparidade de gênero no
setor ainda é longo.
De acordo com o levantamento, mulheres da indústria
recebem 14,7% a menos do que os homens e, com um
avanço paulatino registrado, a paridade salarial só
deve ocorrer em 2035.
O estudo aponta que as trabalhadoras na indústria
recebem, em média, R$ 3.294,75 por mês, enquanto a
média dos homens no setor é de R$ 3.863,68 por mês,
uma diferença de 14,7%.
Apesar de uma diminuição gradativa que vendo sendo
observada desde o início da série, em 2006 (quando a
diferença era de 30,5%), a entidade afirma que a
paridade salarial no estado deve ocorrer apenas na
próxima década.
Fonte: CNN Brasil
08/03/2023 -
Representação feminina nos parlamentos ainda é
pequena
Levantamento da União Inter-Parlamentar (UIP)
mostra que, quando analisadas as eleições de 2022,
participação das brasileiras nos parlamentos ficou
abaixo da média mundial e latino-americana
A luta das mulheres por mais espaço no mundo
político produziu avanços no Brasil, mas o machismo
estrutural faz com que essa conquista esteja ainda
muito aquém do necessário para chegar perto da
igualdade almejada. Relatório anual da União
Inter-Parlamentar aponta que nas eleições passadas,
um número recorde de mulheres passou a ocupar
cadeiras no Poder Legislativo. Porém, o país está
abaixo da média global e mesmo latino-americana.
No Brasil, a participação de mulheres na Câmara de
Deputados é de 17,7%, contra apenas 16% no Senado e,
segundo a UIP, no universo de 43 eleições avaliadas
no ano passado, o país atingiu apenas a 30ª posição,
abaixo da Somália, Guiné Equatorial, Bahrein e
Quênia.
Quando se trata da disputa ao senado, analisando 19
pleitos do ano passado, as brasileiras conseguiram
conquistar apenas 13 assentos de um total de 81,
proporção que coloca o país na 16ª posição dentro
desse conjunto de eleições. Um avanço importante se
deu na maior participação de mulheres negras
brasileiras na disputa, 4,8 mil de um total de 26
mil candidatas.
Mas, a desigualdade de gênero na política está longe
de ser um fenômeno somente brasileiro. Apenas seis
países atingiram a paridade ou tiveram uma presença
maior de mulheres do que homens: Nova Zelândia,
Cuba, México, Nicarágua, Ruanda e Emirados Árabes.
Ainda segundo a entidade, em todo o mundo, apenas
26,5% das cadeiras de todos os parlamentos estão
sendo ocupados por mulheres, um aumento de apenas
0,4% no ano, o mais baixo em seis anos. A UIP
informa ainda que continuando no ritmo atual, as
mulheres levarão 80 anos para atingir a paridade nos
parlamentos em nível mundial.
Com informações do UOL
Fonte: Portal Vermelho
08/03/2023 -
Paim: reconstrução do país passa pela igualdade
salarial entre homens e mulheres
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em
pronunciamento, o Dia Internacional da Mulher,
celebrado em 8 de março. Para o parlamentar, a
reconstrução do Brasil passa pela aprovação de
igualdade salarial entre homens e mulheres. Segundo
ele, essa desigualdade chega a 70% e é um
“primitivismo social que precisa ser banido”.
Além da diferença salarial, o parlamentar chamou
atenção para o desemprego, violência, feminicídio e
preconceito. Paim ressaltou o quão difícil e
persistente tem sido a luta das mulheres para se
afirmarem em uma sociedade que cada vez mais avança
em seu “ranço machista, discriminatório e
preconceituoso”:
— Até quando vamos permitir tanto descaso, tanta
ignorância contra a mulher brasileira? Dizer frases
machistas, contar piadas, menosprezar, rebaixar,
compartilhar em redes sociais. Tudo isso contribui
para a violência contra a mulher.
O senador destacou a importância de aprovar matérias
sobre o tema e citou projeto de sua autoria que
dispõe sobre medidas para assegurar a igualdade
salarial entre os sexos e institui o Dia Nacional da
Igualdade Salarial (PL 1.372/2021). Ele também
destacou proposta que reserva uma vaga para
candidaturas femininas quando da renovação de dois
terços do Senado (PL 1.333/2021) e projeto que
assegura que as audiências públicas tenham a
participação mínima de 25% das mulheres (PRS
51/2021), ambos de sua autoria.
Paim ainda elogiou o trabalho da bancada feminina da
Casa, a qual classificou como exemplar na defesa por
igualdade, justiça, reconhecimento e respeito.
Fonte: Agência Senado
08/03/2023 -
Luiz Marinho quer regulamentação de plataformas de
aplicativo como única atividade econômica
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu nesta
terça-feira (7) a regulamentação como uma única
atividade das plataformas de aplicativo, como o Uber
e o iFood. Durante almoço com integrantes da Frente
Parlamentar do Empreendedorismo, disse que uma das
dificuldades para garantir os direitos dos
trabalhadores dos aplicativos é a diversidade de
atividades que eles contemplam.
“É preciso controlar a atividade. É a civilidade
sendo praticada. É preciso pensar no enquadramento
em si da atividade econômica. O que são as
plataformas? Empresas de quê? Tem desde banco,
empresa de tecnologia, logística, há uma enormidade
de razões sociais. Tem de ter uma ação, um
enquadramento. Tem de ser uma atividade”, disse.
Esses trabalhadores não têm vínculo trabalhista nem
acesso aos mesmos direitos trabalhistas das demais
categorias.
Marinho afirmou que nada será feito por “canetaço” e
pediu aos congressistas que contribuam com
sugestões. Ele também declarou que foi bastante
atacado por ter declarado que, se as plataformas não
ficarem satisfeitas com as novas regras, poderiam
deixar o país. Mas repetiu o argumento. “Se as
plataformas não gostarem, sinto muito. Tem lei
vigente no Brasil. Mas, para isso, é preciso ter lei
que o Congresso precisa aprovar. Pressupõe-se que a
sociedade tenha debatido o tema”, declarou.
O ministro disse não acreditar que a Uber, por
exemplo, deixe o país. “Fica tranquilo que não vai
embora porque o Brasil é o primeiro mercado da Uber.
Segundo eles, não é o mais rentável, mas é o numero
um em quantidade. Ninguém quer que ninguém vai
embora. Queremos garantias e proteção social para
esses trabalhadores, valorização do trabalho,
controle para não ter excesso de jornada”, afirmou.
“Hoje não são uma atividade. Temos de pensar qual
atividade econômica será”, acrescentou.
Participaram do encontro da Frente Parlamentar do
Empreendedorismo, presidida pelo deputado Marco
Bertaiolli (PSD-SP), com o ministro, cerca de 50
congressistas.
Fonte: Congresso em Foco
08/03/2023 -
MTE realiza exposição “Palavra de Mulher” que reúne
livros de autoras mulheres
Biblioteca do ministério retoma projetos
literários após quase ser fechada no governo
anterior
Em alusão ao Mês da Mulher, o Ministério do Trabalho
e Emprego realiza a exposição “Palavra de Mulher”,
que reúne livros de autoras mulheres e outros
títulos com apoio das editoras da Universidade de
Brasília (UnB) e da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG)
ligada ao Ministério das Relações Exteriores.
A exibição acontece na Biblioteca Sérgio Buarque de
Holanda, localizada no térreo do anexo do edifício
sede do MTE, que quase foi fechada no governo
anterior.
A apresentação, que começou no início deste mês, vai
até o dia 10 de março e é aberta ao público externo.
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência
08/03/2023 -
No Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada
quatro horas
São Paulo e Rio de Janeiro concentram quase 60%
do total de casos
O boletim Elas vivem: dados que não se calam, lançado
nesta segunda-feira (06) pela Rede de Observatórios
da Segurança, registrou 2.423 casos de violência
contra a mulher em 2022, 495 deles feminicídios.
São Paulo e Rio de Janeiro têm os números mais
preocupantes, concentrando quase 60% do total de
casos. Essa foi a terceira edição da pesquisa feita
em sete estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, São
Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí, os dois
últimos monitorados pela primeira vez.
Os dados são produzidos a partir de monitoramento
diário do que circula nos meios de comunicação e nas
redes sociais sobre violência e segurança. As
informações coletadas alimentam um banco de dados
que posteriormente é revisado e consolidado pela
rede.
O estado de São Paulo registrou 898 casos de
violência, sendo um a cada 10 horas, enquanto o Rio
de Janeiro teve uma alta de 45% de casos, com uma
mulher vítima de violência a cada 17 horas. Além
disso, os casos de violência sexual praticamente
dobraram, passando de 39 para 75 no Rio de Janeiro.
A Bahia mostrou aumento de 58% de casos de
violência, com ao menos um por dia, e lidera o
feminicídio no Nordeste, com 91 ocorrências. O
Maranhão é o segundo da região em casos de agressões
e tentativas de feminicídio. Já Pernambuco lidera em
violência contra a mulher e o Ceará deixou de
liderar nos números de transfeminicídio, mas teve
alta nos casos de violência sexual. O Piauí
registrou 48 casos de feminicídio.
A maior parte dos registros nos estados que fazem
parte do monitoramento tem como autor da violência
companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles
os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio,
tendo como principais motivações brigas e términos
de relacionamento.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
08/03/2023 -
Lula vai relançar o PAC, com prioridade para
projetos 'verdes' e de saneamento e com tecnologia
como aliada
Aplicativo poderá ser usado por estados e
municípios para enviar dados atualizados ao governo
federal sobre obras paralisadas ou atrasadas
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) pretende priorizar os chamados “projetos
verdes” na análise de empreendimentos que irão
integrar o seu plano de investimentos, batizado de
novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento),
que deve ser lançado até o final de abril. Um dos
principais objetivos está junto ao setor de
saneamento, visando alcançar a meta de
universalização.
Nesta linha, o governo deve lançar um aplicativo
para que estados e municípios possam enviar ao
governo federal dados sobre as obras paralisadas ou
atrasadas.
“Responsável pela agenda na Casa Civil, o secretário
especial de Articulação e Monitoramento, Maurício
Muniz, disse que tem feito uma espécie de filtragem
das demandas dos estados, para analisar o que é
viável e pode entrar na agenda federal. A lista tem
417 empreendimentos”, destaca o jornal O Estado de
S. Paulo.
Dos 417 empreendimentos demandados pelos estados,
136 são obras rodoviárias, como pavimentação e
duplicação. “O governo, porém, diz que dará destaque
no plano a modais mais ‘verdes’, como o ferroviário
e o hidroviário”, ressalta a reportagem.
Fonte: Brasil247
08/03/2023 -
Prioridade de emprego a mulheres vítimas de
violência está na pauta
Na semana do Dia Nacional da Mulher, a ser
comemorado em 8 de março, a pauta feminina terá
destaque nas votações do Senado. Entre os quatro
projetos pautados, está o que concede prioridade nas
vagas intermediadas pelo Sistema Nacional de Emprego
(Sine) às mulheres vítimas de violência doméstica ou
familiar.
O PL 3.878/2020, de autoria do deputado Capitão
Alberto Neto (Republicanos-AM), estabelece uma
reserva de 10% das vagas do Sine para mulheres
nessas condições; não havendo preenchimento das
vagas, as remanescentes poderão ser preenchidas por
mulheres, e, não havendo, pelo público em geral. O
objetivo do autor é incentivar as mulheres vítimas
de violência a ingressarem no mercado de trabalho.
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em
outubro de 2021. A senadora Augusta Brito (PT-CE) é
a relatora.
Fonte: Agência Senado
07/03/2023 -
Dia da mulher: Dieese mostra que ainda falta muito
para conquistar
Embora sejam maioria da população, as mulheres estão
sub-representadas nos espaços de poder. Mesmo com o
aumento de 33,3% de candidaturas femininas, nas
eleições de 2022nas esferas federal, estadual e
distrital, segundo a Agência Senado, apenas 302
mulheres, no total, conseguiram se eleger, enquanto
o número de homens eleitos chegou a 1.3941. É o que
informa o boletim especial para o Dia da Mulher,
divulgado nesta segunda (6) pelo Dieese.
A baixa participação das mulheres na política e nos
espaços de liderança inviabiliza as pautas temáticas
sobre gênero, dificultando mudanças. É necessário
criar condições objetivas de participação feminina
em todos os espaços de atuação. Condições que
considerem as exigências da vida familiar de modo
que as mulheres sejam obrigadas a escolher entre
carreira, política ou família.
Não é um problema que se restringe à esfera
eleitoral. Ao contrário, a opressão contra a mulher
está em todos os aspectos da sociedade. Segundo
dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma
mulher foi assassinada a cada 6 horas apenas no
primeiro semestre de 2022. No total desse período,
699 mulheres foram mortas em situações de violência
doméstica ou devido a questões que envolvem desdém
ou discriminação à condição de mulher, crime
denominado de feminicídio. E os crimes foram
praticados, majoritariamente, por companheiros ou
conhecidos das vítimas.
No mercado de trabalho a situação também está longe
do ideal. Do total da força de trabalho no Brasil,
44,0% eram mulheres, segundo dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC),
realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), para o 3o trimestre de
2022. Elas, no entanto, eram também a maioria entre
os desempregados (55,5%). O resultado aparece na
taxa de desocupação: 11,0% para as mulheres e 6,9%
para os homens, no mesmo período de análise.
Chegamos ao 8 de março de 2023 ainda com um longo
caminho a conquistar para que direitos iguais,
equiparação salarial, e segurança contra a violência
e o assedio sejam uma realidade comum vivenciada por
todas as mulheres brasileiras.
Veja aqui o boletim do Dieese
Veja também o infográfico Mulheres Inserção no
Mercado de Trabalho
Fonte: Rádio Peão Brasil
07/03/2023 -
Haddad recebe representantes das centrais e
movimento sociais
Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, na sexta-feira (3), representantes de
entidades sindicais pediram para também serem
ouvidos no processo de elaboração da política
econômica do país. Os sindicalistas ofereceram ao
ministro uma série de projetos ligados à geração de
emprego, sistema tributário e crescimento econômico.
“O movimento sindical e o movimento popular têm uma
produção muito grande de projetos que podem ajudar o
país a retomar o crescimento vigoroso, com geração
de emprego de qualidade. Temos uma produção grande
sobre o sistema tributário, e a reforma tributária é
uma prioridade do governo. Não pode ouvir só a Faria
Lima [avenida em São Paulo conhecida por ser sede de
grandes empresas, principalmente do ramo
financeiro], tem que ouvir também os trabalhadores,
deixamos isso muito claro a ele”, disse o presidente
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio
Nobre.
De acordo Nobre, os sindicalistas reivindicaram ao
ministro maior participação nos conselhos de
elaboração da política econômica do governo. “Nós
queremos participar de fóruns, inclusive o Carf
[Conselho Administrativo de Recursos Fiscais]. O
Carf não pode ter só representantes dos empresários
para decidir sobre a questão de tributações. Nós, os
trabalhadores, também queremos fazer parte desse
conselho”, destacou Nobre.
O presidente da CUT disse que os sindicatos
manifestaram ao ministro o descontentamento em
relação à elevada taxa de juros, hoje em 13,75% ao
ano. Eles adiantaram a Haddad que farão
manifestações no dia 21 de março, quando o Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne
para definir a taxa básicas de juros.
“Não tem justificativa para os juros estarem nesse
patamar. Nós vamos fazer manifestações pela queda
dos juros, na porta dos prédios do Banco Central, no
Brasil inteiro, no próximo dia 21. É importante que
o Copom ouça o clamor das ruas e da classe
trabalhadora, que precisa de emprego”, disse.
Salário mínimo e IR
Em relação ao salário mínimo, Nobre disse que o valor
para este ano já foi definido pelo presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, em R$ 1.320,
mas o movimento sindical reivindica um valor maior
ao que foi anunciado, e pleiteia a construção de uma
política de valorização do salário mínimo para os
próximos anos.
“Nós fizemos um cálculo. Se a política de
valorização [do salário mínimo] não tivesse sido
interrompida, hoje ele estaria no patamar de R$
1.382. Então, a gente vai reivindicar que essa
diferença seja considerada”, disse.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB),
Antonio Neto, disse que os sindicatos também
conversaram com o ministro sobre a correção da
tabela do imposto de renda para pessoas físicas, e a
tributação da Participação de Lucros e Resultados (PLR),
recebida pelos trabalhadores.
“O patrão não paga sobre lucro, dividendo, mas o
trabalhador paga na participação dos lucros e
resultados [PLR]. Causou espécie ao ministro. Por
isso que precisamos, cada vez mais, ter espaço para
que o movimento social, sindical, possam discutir
com o governo, especialmente na área da Fazenda,
para participar da reforma tributária, porque somos
nós que pagamos imposto no Brasil”, disse.
A reunião ocorreu no edifício do Banco do Brasil, na
Avenida Paulista. Além dos representantes dos
sindicatos, também estavam previstas membros de
movimentos sociais como o dos Trabalhadores Sem
Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE),
o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a
Central de Movimentos Populares (CMP).
Também participaram da reunião, entre outros, os
presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, e da
UGT, Ricardo Patah, e as presidentas da Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),
Juvandia Moreira, e do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. Além deles,
Gilmar Mauro, dirigente do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Raimundo
Bonfim (Central de Movimentos Populares) e o diretor
técnico do Dieese, Fausto Augusto. Estavam presentes
ainda representantes do MTST (sem-teto) e
organizações estudantis.
Fonte: Agência Brasil
07/03/2023 -
Lupi quer redução de juros para consignado e defende
mudanças em regras de pensão por morte
Para tentar reduzir filas para perícias médicas,
ministro afirmou que irá deslocar peritos das
capitais para os municípios menores do Nordeste
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi,
defendeu, em entrevista ao jornal O Globo, a revisão
nas regras de pensão por morte e também da
aposentadoria por invalidez, que tiveram mudanças a
partir da Reforma da Previdência de 2019. Lupi
também quer a redução de juros para empréstimos
consignados para aposentados e pensionistas.
O ministro negou que tenha levado um puxão de orelha
do governo sobre a ideia de possível mudança na
reforma, no início do ano, e disse que deverá levar
o tema sobre alterações nas regras para discussão
para o Conselho Nacional da Previdência na próxima
semana, e posteriormente aos ministérios da Fazenda,
Planejamento e Casa Civil.
“Quando a esposa perde o companheiro, os custos não
diminuem, aumentam em até 30%. É grave porque a
pessoa recebe 60% do que recebia o marido, há uma
queda flagrante no poder aquisitivo da família. A
aposentadoria por invalidez também é uma questão
muito grave. Visitei todas as centrais sindicais e
mudar isso é (uma posição) quase unânime entre
elas”, disse.
Para reduzir as longas filas para a realização de
perícias médicas, Lupi afirmou que irá deslocar
peritos das capitais para os municípios menores do
Nordeste, onde é concentrado maior tempo de espera
para os procedimentos, segundo ele. Quanto à taxa de
juros cobrada para o empréstimo consignado a
aposentados e pensionistas, o ministro afirmou que
técnicos estão estudando uma nova proposta.
“A taxa cobrada hoje é alta. A inflação do ano
passado foi 6%. Isso é muito injusto com a área mais
carente da sociedade. A taxa do consignado varia
entre 1,80% e 2,14% ao mês. Só que no cartão é de
3,06%. Por que diferenciar se é o mesmo
beneficiário? A garantia do próprio salário diminui
quase 100% o risco”, ponderou.
Sobre a “revisão da vida toda do INSS”, que pode
beneficiar não só aposentados (seja por idade, em
regime especial ou por tempo de trabalho), mas
também pensionistas e quem recebe auxílio doença ou
aposentadoria por invalidez, o ministro defende um
escalonamento e disse que vai tentar fechar um
acordo com o Judiciário para apagar parcelado.
“Em tese, quem teria direito à revisão da vida toda
é quem requer. Mas a interpretação é que nós é que
temos que procurar e ver a quem devemos”, frisou.
“Não é fácil porque os dados não são meus, são da
Dataprev, que não faz parte da Previdência. Todos os
dados são alimentados pelo INSS. De 1990 para cá
está tudo informatizado. Antes disso, não. Vamos ter
que escalonar porque era outra moeda e está tudo no
papel”, justificou.
Fonte: InfoMoney
07/03/2023 -
Alckmin diz que reforma tributária tem que ser feita
neste ano
“Tem que ser rápido. Aproveitar o primeiro ano
[de governo]”, afirmou
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,
defendeu nesta segunda-feira (6) que seja feita uma
reforma tributária ainda este ano. “Tem que ser
rápido. Aproveitar o primeiro ano [de governo]”,
enfatizou sobre o esforço para aprovação de uma
proposta que simplifique a cobrança de impostos e
tributos no país. Alckmin, que também acumula a
função de ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, participou da abertura de um
seminário promovido pela Federação Nacional dos
Engenheiros na capital paulista.
Para Alckmin, os tributos que incidem sobre
mercadorias e serviços, que são federais, estaduais
e municipais, deveriam ser unificados em um único
imposto, no mesmo modelo usado em outros países. “O
mundo inteiro tem IVA [Imposto sobre Valor
Agregado]. Nós temos PIS, Confins, ICMS, ISS. O
mundo inteiro tem um [tributo sobre mercadorias e
serviços]”, disse ao discursar.
O vice-presidente considera a mudança fundamental
para melhorar a competitividade das indústrias
brasileiras, que, na opinião dele, sofrem com a alta
complexidade do sistema tributário brasileiro. “Nós
estamos tendo uma desindustrialização precoce. Nós
não somos um país rico, somos um país em
desenvolvimento. Nós precisamos de uma agenda de
competitividade”, ressaltou.
Patentes
Como ministro, Alckmin disse que pretende reduzir o
tempo necessário para conseguir a aprovação de uma
patente no Brasil. “Nós vamos abreviar o prazo de
marcas e patentes. Porque se eu levo dez anos para
registrar uma patente, eu vou investir lá fora, não
vou investir no Brasil. Porque quando eu registrar a
patente já está superada”, disse sobre o serviço que
é prestado pelo Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), vinculado ao Ministério do
Desenvolvimento.
Exportações
Alckmin anunciou ainda que em breve será lançado um
programa de incentivo às exportações em parceria com
o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). Ele não detalhou, no entanto, como
será essa inciativa. “Em muitas áreas, se você não
exportar, você não consegue manter aquele setor
industrial. Vai ser lançado um grande programa junto
ao BNDES fortalecendo as exportações brasileiras”,
disse.
Fonte: Agência Brasil
07/03/2023 -
BC libera
dinheiro parado
O Banco Central começa a liberar nesta terça (7) o
resgate dos cerca de R$ 6 bilhões que estão parados
em nomes de pessoas físicas ou empresas – total 38
milhões de contas.
O Banco reabriu terça (28) a consulta ao Sistema de
Valores a Receber (SVR). A ferramenta mostra o
dinheiro esquecido em instituições financeiras.
Para saber se você tem algum dinheiro, basta usar o
CPF ou CNPJ e a data de nascimento ou abertura da
empresa. O sistema indicará quem possui saldo.
Quem obteve resposta positiva já pode fazer o saque
a partir das 10 horas desta terça, 7/3. O cidadão
deve retornar ao site do Banco Central pra acessar o
Sistema de Valores a Receber e saber como solicitar
a devolução.
Golpes – Ignore mensagens pelo WhatsApp ou
SMS pra resgatar os valores esquecidos via PIX.
Também não clique em links. Eles roubam senhas e
podem instalar vírus no celular.
Consulte – Acesse o site
valoresareceber.bcb.gov.br/publico
Fonte: Agência Sindical
07/03/2023 -
Projeto permite saque de FGTS por mulher vítima de
violência
Foi apresentado nesta semana ao Senado o projeto de
lei (PL 807/2023) que permite o saque do FGTS por
trabalhadoras vítimas de violência doméstica.
De autoria da senadora Jussara Lima (PSD-PI), o
projeto altera a Lei 8.036, de 1990, para determinar
que a mulher em situação de vulnerabilidade em razão
de violência doméstica, física ou psicológica, possa
movimentar livremente sua conta no fundo de
garantia.
“É do conhecimento de todos o descompasso patriarcal
que vitima diariamente um sem-número de mulheres
acometidas por violência. Em seus próprios lares, no
seio de suas próprias famílias, mulheres sofrem a
dor da agressão e do constrangimento. Muitas sofrem
caladas; outras denunciam seus algozes, sem que
isso, contudo, traga-lhes a paz e a estabilidade
necessárias”, argumenta a senadora na justificação
do projeto.
O direito ao saque só será concedido para a
trabalhadora que tenha recebido, nos últimos três
meses, o benefício temporário previsto na Lei
Orgânica de Assistência Social (Lei 8.742, de 1993)
para mulheres em situação de vulnerabilidade em
virtude de violência doméstica.
Fonte: Agência Senado
06/03/2023 -
STF dá 10 dias para INSS apresentar plano para
realizar “revisão da vida toda”
Após o prazo, ministro Alexandre de Moraes irá se
manifestar sobre pedido do instituto para suspender
processos em andamento sobre o tema.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou que o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) apresente, em 10 dias, um
cronograma para realizar a chamada “revisão da vida
toda”.
Esse direito, fixado pelo Tribunal no julgamento do
Recurso Extraordinário (RE) 1276977, permite a
aplicação de regra mais vantajosa à revisão da
aposentadoria dos segurados que tenham ingressado no
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) antes da
Lei 9.876/1999, que criou o fator previdenciário. A
decisão do STF, em julgamento concluído em dezembro
de 2022, tem repercussão geral (Tema 1102), o que
obriga a aplicação do entendimento a todos os
processos em tramitação sobre o tema.
Impossibilidade material
Em requerimento apresentado nos autos, o INSS pediu a
suspensão de todos os processos sobre o tema no país
até que haja o trânsito em julgado (fim da
possibilidade de recursos) do julgamento. Segundo a
autarquia, a revisão envolve 51 milhões de
benefícios ativos e inativos, e fazê-la nesse
momento extrapolaria suas possibilidades técnicas e
operacionais e as da Dataprev. A complexidade do
procedimento requer a utilização de salários de
contribuição anteriores a julho de 1994, o que não é
permitido pelo sistema atual.
Impacto social
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes observou
que, de acordo com o entendimento do STF, eventual
suspensão nacional de processos não é automática,
cabendo ao relator verificar a conveniência da
medida. A seu ver, os argumentos do INSS quanto às
atuais dificuldades operacionais e técnicas para a
implantação da revisão dos benefícios são
relevantes. Mas, dado o impacto social da decisão, a
suspensão deve ser analisada sob condições claras e
definidas.
Para o ministro, não é razoável que a orientação
para a questão estabelecida pelo Supremo fique sem
nenhuma previsão quanto a seu resultado prático.
Nesse sentido, considera necessário que o INSS
apresente um plano, informando de que modo e em que
prazos se propõe a dar efetividade ao entendimento
definido pelo STF, antes de se manifestar sobre o
requerimento de suspensão dos processos.
Fonte: STF
06/03/2023 -
"Implantar o custeio sindical é fazer justiça com as
entidades", afirma Moacyr Auersvald, presidente
NCST, em evento da OAB
Vários dirigentes sindicais, advogados, empresários,
membros de comissões da OAB e especialistas em
direito trabalhista participaram, na manhã da
sexta-feira (03), na sede da OAB São Paulo, da
audiência pública "Propostas para Alteração da
Estrutura Sindical Brasileira", organizada pela
Comissão de Direito Sindical da entidade. Entre os
principais pontos do debate, o custeio sindical e a
revisão da reforma trabalhista foram os mais
abordados na discussão.
O custeio foi levantado no discurso de abertura pela
advogada Luciana Nunes, presidente da Comissão de
Apoio a Departamentos Jurídicos da OAB São Paulo e
diretora executiva jurídica da FIESP. A jurista
acredita que o financiamento dos sindicatos é uma
escolha do trabalhador e não pode ser compulsório.
"Seja com assembleias ou outra forma, o custeio
sindical é uma escolha do trabalhador. Não seria
democrático obrigar o pagamento. É importante partir
do pilar da escolha de cada um", afirmou.
Em caso de mudanças na legislação trabalhista e na
organização sindical, Nunes defende que haja um
prazo para que empresas se adequem às novas
diretrizes. "Estamos a todo momento atrás de cumprir
a legislação, como empresa. Por isso achamos que até
essas mudanças precisam de prazos. Não dá pra fazer
essa reforma [alterações na legislação] com tanta
urgência", completou.
Representantes das centrais UGT, Nova Central e
Força Sindical deixaram claro que não há chance de
volta do imposto sindical, mas defendem que haja uma
nova forma de custear o trabalho dos sindicatos.
"Precisamos discutir a valorização e autonomia das
assembleias. Você pode fazer assembleia para reduzir
salário, mas não pode discutir custeio. Desta forma,
não há soberania. Se a convenção coletiva é
universal e beneficia todo e qualquer trabalhador
daquela categoria, acreditamos que este custeio deva
inclusive constar na folha de pagamento", disse
Moacyr Auersvald, presidente interino da NCST.
O dirigente reforça que há uma incoerência nas
entidades de representação de classe. "Se a OAB, que
é um pilar da democracia, obriga todo advogado a
pagar a Ordem para poder exercer sua função, se o
Sistema S recebe repasses bilhões, por que a
entidade que representa o trabalhador deve sucumbir
e ser tão prejudicada. Nós temos muitos custos para
manter uma entidade e lutar pelos direitos das
categorias que representamos. O custeio é uma
questão de justiça", completou Auersvald.
Custeio não é tudo
O procurador Bernardo Leôncio Moura Coelho,
representante da Coordenadoria de Promoção da
Liberdade Sindical do Ministério Público do Trabalho
(MPT) em São Paulo e representante regional da
Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical (CONALIS), participou como palestrante e
ressaltou que o foco das discussões não é só custeio
sindical, mas é o tema que mais chama a atenção.
"Da reforma trabalhista, o que dá mais debate nos
jornais e entre empresários é o custeio sindical.
Mas a reforma é bem mais ampla. Sou a favor da
pluralidade sindical, por exemplo, mas deve haver
regras. A estrutura sindical deve ser enxugada,
existem muitos órgãos e conselhos, muita burocracia.
E, se houver pluralismo sindical, as regras
trabalhistas devem ser claras e precisas, para que o
sindicato possa negociar com segurança e, ao mesmo
tempo, as empresas tenham segurança de negociar com
os maiores representantes da categoria", ponderou.
Fonte: Ascom/NCST
06/03/2023 -
Lula quer regulamentar trabalho por aplicativo já
neste semestre
“Empresas de aplicativos exploraram os
trabalhadores como em jamais outro momento da
história os trabalhadores foram explorados”, diz o
presidente Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer
agilizar a proteção a trabalhadores ligados a
plataformas como Uber, 99, iFood e Rappi. Segundo o
ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, o
governo deve apresentar uma proposta de
regulamentação do trabalho por aplicativo já neste
semestre.
Ao participar de encontro com sindicalistas das
Américas, nesta quarta-feira (1º), no Palácio do
Planalto, em Brasília, Marinho afirmou que o
ministério está fazendo consultas aos trabalhadores,
às plataformas e a especialistas. Além disso, a
pasta pesquisa legislação de outros países, a fim de
ver a viabilidade de “experiências espalhadas mundo
afora”.
“Do jeito que está hoje não dá para ficar”, declarou
Marinho. “Estamos numa fase de escuta, por enquanto,
tentando encontrar pontos de convergência. A ideia é
ter uma proposta até o fim do semestre”, agregou.
Segundo o ministro, “há trabalhadores que atuam para
dois ou três aplicativos diferentes e que não querem
vínculo”.
Assim, o foco do projeto do governo é garantir que
esses trabalhadores tenham acesso ao INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social). Se houver contrapartida
das empresas, o governo deve insistir para que os
trabalhadores tenham direito à aposentadoria, à
pensão por morte e ao auxílio invalidez, mesmo sem
vínculo empregatício.
Lula, que também participou do encontro com
sindicalistas, fez críticas à forma como as empresas
recrutam prestadores de serviços, tratam mal e
depois os descartam. “O trabalho informal ganha
dimensão maior do que o trabalho formal”, afirmou o
presidente. “As empresas de aplicativos exploraram
os trabalhadores como em jamais outro momento da
história os trabalhadores foram explorados.”
Fonte: Portal Vermelho
06/03/2023 -
Sindicalistas da UGT debatem valorização e
fortalecimento da negociação coletiva
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) promoveu, na
manhã da quinta-feira (02/03) uma reunião entre
dirigentes ugestistas e Clemente Ganz Lúcio,
consultor sindical que apresentou o projeto de
valorização e fortalecimento da negociação coletiva
e atualização do sistema sindical brasileiro.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT esclareceu
que as propostas de atualização do movimento
sindical estão iniciando, ou seja, que não há nada
definido, contudo o debate está aberto e tem 90 dias
de prazo para ser concluído. “Temos que ter a
competência, a solidariedade e a serenidade para
construção de um documento que tenha resultados
concretos em temas que são caros para nós”.
O líder ugetista rememorou os percalços que o
movimento sindical vem enfrentando desde a reforma
trabalhista de 2017. “Foi um momento em que o mundo
sindical perdeu o norte, de uma forma geral”.
“Em todo esse ambiente, ainda tinha o tal GAET
(Grupo de Altos Estudos do Trabalho), que queria
pulverizar o movimento sindical num pluralismo
selvagem”, explicou Patah.
“Ganhamos as eleições e enterramos o GAET, mas
temos que construir esse movimento para unificar o
pensamento do movimento sindical, em especial aqui
da UGT.”, disse Ricardo.
Patah recordou a reforma trabalhista espanhola, de
2012, enfatizando que o próprio setor patronal
solicitou a revisão da mesma por conta da economia
do país ter ficado em “frangalhos”.
“A reforma brasileira tem o DNA da espanhola e o que
queremos, com central, é corrigir excessos ocorridos
a partir de 2017, como a volta da homologação nos
sindicatos, o retorno da ultratividade, o fim do
comum acordo, emenda 45 da Constituição, regras para
o trabalho intermitente e para os trabalhadores de
aplicativo, além de acabar com os acordos
individuais sem a presença de sindicatos e a revisão
referente ao custeio”, concluiu o sindicalista.
Fonte: UGT
06/03/2023 -
‘Não cresceu nada’, diz Lula sobre PIB de 2022
Para Fernando Haddad, desaceleração da economia
em 2022 está relacionada com uma reação do Banco
Central ao aumento de gastos no governo Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou,
nesta quinta (2), que o resultado do Produto Interno
Bruto (PIB) mostra que a economia brasileira não
cresceu “nada” no ano passado. Segundo ele, o
compromisso agora é fazer o País voltar a crescer e
fazer investimentos, para gerar empregos e renda.
“A economia brasileira não cresceu nada, nada, no
ano passado. Então, o desafio que temos agora é
fazer a economia voltar a crescer, e temos que fazer
investimentos”, disse.
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
desaceleração da economia em 2022 está relacionada
com uma reação do Banco Central ao aumento de gastos
no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Houve
uma reação do Banco Central às atitudes do governo
anterior no período eleitoral”, afirmou. “Tudo que
nós estamos fazendo agora é para reverter esse
quadro.”
Fonte: InfoMoney
06/03/2023 -
A Mega Negociação Político-Salarial – Por João
Guilherme Vargas Netto
Mãos à obra agora que já foi instituído o grupo
de trabalho para a elaboração de proposta da
política de valorização do salário mínimo.
Ele será composto por representantes do governo, das
centrais sindicais, do Dieese e do Ipea (organizados
todos pela secretaria técnica) e terá 45 dias,
prorrogáveis por outros 45, para apresentar sua
proposta. Estão previstos também convites a
especialistas e a representantes de organizações dos
empregadores para as discussões, a critério do
coordenador do GT; as participações dos trabalhos
não serão remuneradas.
O primeiro passo, é óbvio, é a constituição do
próprio grupo e a escolha do coordenador. A bancada
sindical apresentará sua proposta baseada na
prioridade 1 da pauta da classe trabalhadora da
CONCLAT 2022, bem como quaisquer dos convidados, dos
representantes do empresariado e membros do governo,
sendo fixado o cronograma dos trabalhos. O ideal
seria que a proposta discutida e aprovada, fosse
apresentada à sociedade e ao movimento sindical nas
comemorações do 1º de Maio de 2023, distantes 60
dias do início dos trabalhos do GT com sua
instituição. Em seguida haveria a formatação
legislativa do projeto e sua apresentação ao
Congresso Nacional, tarefa política do governo e dos
seus aliados partidários.
Embora seja unânime a vontade de estabelecer uma
política permanente de valorização do salário
mínimo, suas regras, seus valores, a ocasião e o
ritmo de tais procedimentos, dependerão das próprias
discussões no GT, nas entidades sindicais e
empresariais, nos partidos políticos e nas casas do
Congresso Nacional a partir do texto governamental e
das determinações do GT.
Como já estávamos acostumados a considerar cada
negociação de novo valor do salário mínimo a maior
negociação salarial do mundo, a obtenção da política
permanente de sua valorização é isso multiplicado
por milhão, a mega negociação político-salarial.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
06/03/2023 -
Sindicato pode atuar em nome de toda a categoria em
ação sobre gratificação
Pedido de manutenção de regras de incorporação da
parcela vale também para não sindicalizados
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu a legitimidade do Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos Bancários de Uberaba
para representar os empregados da Caixa Econômica
Federal (CEF) em ação visando à manutenção da
incorporação de gratificação de função recebida por
mais de 10 anos. Com isso, o processo retornará ao
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) para
que examine os recursos da Caixa e do sindicato.
Substituto processual
A ação civil pública foi ajuizada pelo sindicato como
substituto processual dos trabalhadores com o mesmo
interesse, e o pedido foi julgado procedente pelo
juízo da 2ª Vara do Trabalho de Uberaba (MG).
Contudo, no exame do recurso ordinário da Caixa, o
TRT considerou a entidade sindical ilegítima para
entrar na Justiça em nome dos bancários e extinguiu
o processo. O entendimento foi o de que os pedidos
formulados na reclamação exigiriam o exame de cada
caso, o que afastava a homogeneidade necessária à
legitimação sindical.
Mesma condição
Ao analisar o recurso de revista, a relatora, ministra
Delaíde Miranda Arantes, observou que o artigo 8º,
inciso III, da Constituição Federal atribui aos
sindicatos a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria. Segundo ela,
a interpretação dada pelo TST e pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) ao dispositivo indica que
eles estão autorizados a atuar em nome de toda a
categoria, “sindicalizados e não sindicalizados e
até ex-empregados, cujo direito (incorporação da
gratificação) é proveniente de causa comum (trabalho
para o mesmo empregador), afeto a uma gama de
pessoas na mesma condição”.
Ainda de acordo com a relatora, o cálculo do direito
eventualmente reconhecido na ação dependerá da
apresentação individualizada de provas, a fim de
verificar se a decisão abrange cada caso. Isso,
contudo, “não desnatura a homogeneidade dos
direitos”.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-11712-56.2017.5.03.0042
Fonte: TST
03/03/2023 -
Reforma Sindical: o que já foi debatido no Congresso
A reforma na estrutura sindical é tema
polêmico, cuja discussão remonta longa data. No
momento da elaboração da Carta Magna (1987/1988), o
debate foi franco e direto sobre temas como:
unicidade versus pluralidade sindical, contribuição
compulsória ou associativa, representação por
categoria ou somente dos associados e intervenção do
Estado ou a chamada liberdade de organização das
entidades sindicais.
André Santos*
O Congresso constituinte optou pela unicidade
sindical, com estrutura que privilegia a
representação dos trabalhadores por meio dos
sindicatos, tendo as federações que são
representações estaduais e as confederações, que
representam, em nível nacional os trabalhadores.
O mecanismo de financiamento dessa estrutura e
organização é a contribuição definida em assembleia,
a liberdade de criação das organizações, cabendo ao
Estado apenas ser depositário do registro nos órgãos
competentes e a representação por categoria
profissional ou econômica.
Porém, após a promulgação da Constituição de 1988
várias iniciativas legislativas buscaram rever o que
fora aprovado na ANC (Assembleia Nacional
Constituinte).
A primeira foi o Parecer 50, da Revisão
Constitucional, relatado pelo então deputado Nelson
Jobim. Logo em seguida, a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 623/88, do então presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB). As iniciativas e tentativas
continuaram com a apresentação de outra proposta de
emenda à Constituição, PEC 369/05, no primeiro
mandato de Lula (2003-2006).
Nenhuma das propostas que buscavam alterar o sistema
sindical, do ponto de vista do modelo adotado pela
Constituição Federal, foram aprovadas pela
Congresso. Vale destacar que as mudanças em âmbito
constitucional exigem quórum qualificado de no
mínimo 308 votos na Câmara dos Deputados e 49 votos
no Senador Federal.
As mudança mais recentes foram introduzidas por meio
da Lei 11.648/08, que formalizou legalmente as
centrais sindicais, que já estavam em atuação
política em apoio à todas as entidades sindicais
constantes no sistema vigente.
A partir da institucionalização da norma legal, as
centrais passaram a compor organicamente a agenda do
mundo do trabalho como entidades de representação
dos sindicatos filiados. E também passaram ao status
de participantes em conselhos de governo e são
constantemente acionadas para opinar sobre políticas
públicas relacionadas ao mundo do trabalho.
Logo depois da alteração na legislação ordinária
para legalizar a atuação, já existente na prática,
das centrais sindicais, o Congresso aprovou o
projeto de Reforma Trabalhista, Lei 13.467/17, que
foi sancionada pelo então presidente Michael Temer
(MDB). A contrarreforma fragilizou as prerrogativas
das entidades sindicais de trabalhadores e
patronais, abalou o sistema de financiamento dessas
entidades e desmantelou a legislação protetiva
trabalhista.
Ainda assim, o então governo do presidente Jair
Bolsonaro (PL) sinalizou para a necessidade de nova
Reforma Sindical. Para tanto, criou no âmbito do
Ministério da Economia, o Gaet (Grupo Altos Estudos
do Trabalho), com objetivo de debater as relações de
trabalho, com vistas na modernização dessa relação,
sob 4 eixos: “economia e trabalho; direito do
trabalho e segurança jurídica; trabalho e
previdência; e liberdade sindical”, de acordo com a
Portaria 1.001/19.
Reforma Sindical
Paralelo à essa iniciativa do Poder Executivo, o
então deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), apresentou na
Câmara dos Deputados, a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 196/19. A proposta, em tramitação na
Câmara, busca a liberdade sindical e cria o Conselho
Nacional de Organização Sindical. Todavia, pretende
manter a prerrogativa de efetuar o registro dos atos
constitutivos, no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas.
Outra proposição em tramitação, alteração
infraconstitucional, busca a regulamentação do
artigo 8°, reforça o sistema confederativo e cria
mecanismo de financiamento das entidades sindicais
via negociação coletiva. Trata-se do PL 5.552/19, do
deputado Lincoln Portela (PL-MG).
O histórico recente de tentativas de mudança na
estrutura sindical do País mostra que o tema não
consenso até mesmo no meio sindical.
Às vezes em que propostas mais verticais para
alterar o modelo sindical vigente foram
apresentadas, não prosperam. Ora por falta de
unidade entre os mais interessados, ora por
desvirtuamento pelos legisladores de plantão.
Esse processo é agravado, ainda, pelo perfil
político do Congresso, eleito em 2022, que é
conservador, no plano dos costumes, e neoliberal, no
quesito da orientação econômica, e que tende a ser
reativo, negativamente, aos anseios das entidades
sindicais, que buscam recuperar protagonismo, a fim
de garantir que o Estado Democrático de Direito
possa ser respeitado, com a autonomia e liberdade
necessária para atuação das entidades sindicais,
assim como para garantir as prerrogativas dos
dirigentes das entidades, de representar os
trabalhadores brasileiros.
Após alguns 6 anos de trevas, o debate está
reaberto, e se faz necessário fazê-lo com cautela e
unidade das entidades em torno de modelo que promova
a paz social, a distribuição de renda e a qualidade
no mercado de trabalho que está em constante
alteração por conta das mudanças tecnológicas nos
meios de produção e na oferta de serviços.
(*) Analista político licenciado do Diap,
jornalista, especialista em Política e Representação
Parlamentar e sócio-diretor da Contatos Assessoria
Política.
Fonte: Diap
03/03/2023 -
Em reunião, centrais sindicais elegem pautas
prioritárias para os trabalhadores
As centrais sindicais se reuniram nesta quarta-feira
(1º), para definir quais pautas são prioritárias no
processo de recuperação de direitos dos
trabalhadores brasileiros, em um encontro na sede
das Centrais dos Sindicatos Brasileiros em São
Paulo.
As tratativas buscam chegar a um consenso para
‘fechar’ um documento – assinado por todas as
centrais – para ser entregue ao governo federal e,
posteriormente, servir de base para eventuais
projetos de lei, medidas provisórias e decretos.
O fortalecimento da negociação coletiva, a revisão
de alguns itens da Reforma Trabalhista de 2017 e a
autorregulação sindical foram alguns dos temas
debatidos no encontro das centrais sindicais.
Todos os participantes concordaram que este é o
momento de as centrais estarem unidas para fazer
avançar pautas urgentes em prol do trabalhador e que
é necessário criar mecanismos que garantam o
fortalecimento dos sindicatos e os direitos dos
trabalhadores, para que não fiquem à mercê da boa
vontade de quaisquer governos futuros.
Além da CSB, estiveram presentes no encontro a
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central
Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos
Trabalhadores (UGT), a Força Sindical, a Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a
Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a
Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas),
a Central do Servidor (Pública), a Central da Classe
Trabalhadora (Intersindical) e Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora (Intersindical).
O documento final será elaborado a partir dos pontos
de consenso aos quais os participantes chegaram na
reunião desta quarta.
Fonte: Portal CSB
03/03/2023 -
A sindicalistas das Américas, Lula fala em união
continental e pacto por democracia e direitos
Segundo o presidente brasileiro, informalidade e
exploração cresceram no atual mundo do trabalho. Ele
criticou empresas de aplicativos
Em encontro com sindicalistas das Américas, nesta
quarta-feira (1º), no Palácio do Planalto, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em
mobilização conjunta entre os países do continente e
em pacto para garantir a democracia e pela
recuperação de direitos sociais. O que não exclui,
afirmou, respeito a todos os setores. “Temos que ter
um compromisso. Preferencialmente a gente vai
governar para o povo mais pobre, para o povo
trabalhador, para o povo mais necessitado”, disse
Lula. Também estava presente o ex-presidente
uruguaio Pepe Mujica.
“As fábricas já não têm a quantidade de
trabalhadores que tinham, o trabalho informal ocupa
espaço do formal e as empresas de aplicativos
exploram os trabalhadores como jamais foram
explorados”, afirmou Lula aos sindicalistas das
Américas. Segundo ele, cabe aos dirigentes sindicais
procurar saídas para garantir seguridade social,
direito que os trabalhadores vêm perdendo no mundo.
Hoje, o iFood anunciou 355 demissões no Brasil.
No início da cerimônia, Fred Redmond, dirigente da
AFL-CIO (central sindical dos Estados Unidos),
destacou a visita do presidente brasileiro àquele
país no mês passado. Segundo ele, isso demonstra
prioridades do governo. Redmond também se disse
otimista com o trabalho conjunto entre Lula e Joe
Biden, a quem chamou de “amigo” do movimento
sindical.
Ao mesmo tempo, ele apontou a existência de desafios
como democracias em crise, direitos subtraídos e
limitações à negociação coletiva. “O maior risco à
democracia é quando os trabalhadores são ignorados e
não têm voz”, afirmou o representante da AFL-CIO.
Contradições são preferíveis
Secretário-geral da Central Sindical das Américas
(CSA), o brasileiro Rafael Freire destacou a
importância da presença de governos progressistas
para a defesa da democracia. “Preferimos mil vezes
as possíveis contradições de um governo de esquerda
e progressista do que as certezas de um governo de
direita”, afirmou. Segundo ele, é preciso “colocar o
trabalho no centro do modelo” econômico. “Se o
Estado pode socorrer os bancos e as empresas, por
que não pode socorrer os trabalhadores?” Ele
entregou a Lula e ao ministro Luiz Marinho (Trabalho
e Emprego) proposta da entidade para um código do
trabalho na América Latina e Caribe.
Lula e Mujica enfatizaram a defesa da união entre
países da região, de esquerda ou direita. O
ex-presidente uruguaio afirmou que os países
latino-americanos têm 6% a 7% da população mundial,
mas 30% das vítimas do covid-19. “Não houve união
entre países do continente. Não pudemos trabalhar
com unidade, e precisamos ter consciência das nossas
fraquezas. E nunca mais cometer esse erro de não ter
coragem de nos unirmos para nos defender.”
Países estão mais pobres
Já Lula lembrou que o mundo do trabalho, hoje, tem
pessoas expostas à informalidade e à exploração. Ele
citou o caso dos trabalhadores em aplicativos – o
governo brasileiro criou um grupo para discutir
regulação do setor, a fim de garantir direitos
mínimos aos entregadores e motoristas.
O presidente brasileiro falou ainda em “reconstruir”
entidades como a Unasul e a Celac, que reúne países
das Américas. Defendeu mobilização conjunta para “um
mínimo de unidade” na região. “Nós não somos
inimigos. Temos trabalhar de forma conjunta. Hoje,
nós estamos mais pobres do que estávamos 10 anos
atrás. Parece que no nosso continente nós nascemos
para retroceder e não para avançar”, lamentou. “Eu
sou um latino-americano, acredito na construção de
uma grande nação, de uma América Latina sem
fronteiras.” Ao lembrar que no Brasil o governo
anterior não recebia os movimentos sociais, Lula
afirmou que o objetivo é “reconstruir a democracia
plena, com o povo participando das decisões”.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/03/2023 -
Centrais abrem Março Mulher com defesa da igualdade
O Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das
Centrais Sindicais lançou quarta (1º) o Março
Mulher. Houve panfletagem na Estação de Trem do
Brás, SP, com a participação de dezenas de
lideranças sindicais. A atividade marca o início das
ações no Mês da Mulher.
“Ao longo da história sempre estivemos na linha de
frente das lutas por mais direitos”, ressalta Maria
Auxiliadora, secretária Nacional de Políticas para
as Mulheres da Força Sindical.
Para a dirigente, apesar dos avanços, ainda há muito
a ser feito. “Nossa luta continua por igualdade de
oportunidades e salários”, ressalta.
A dirigente, que é do segmento da indústria de
brinquedos, lembra que cada mulher deve ter
consciência da sua importância na sociedade.
“Precisamos ter poder pra decidir sobre os temas que
afetam nossa vida, como salário igual pra trabalho
igual”.
Segundo Kátia Rodrigues, diretora de Assuntos da
Mulher da NCST-SP, a panfletagem abre o calendário
do Março Mulher. “É fundamental fortalecer essas
ações pra conseguirmos avançar com nossa pauta,
inclusive, no Congresso Nacional”, alerta Kátia.
Programação – Em São Paulo, dia 8, às 17 horas, as
mulheres promovem ato no Masp, na avenida Paulista,
com caminhada até a região central. Além disso,
ocorrerão debates e atividades realizados pelas
entidades sindicais.
Lula – Em 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o
presidente Lula deve anunciar Projeto de Lei pra
coibir discriminação salarial. “Vamos apresentar
proposta que iguale mulheres e homens na mesma
função. Quem não pagar será fiscalizado”, disse em
cerimônia de reinstalação do Consea (Conselho
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional),
terça, 28.
Panfleto –
Clique aqui e baixe.
Mais – Acesse o site das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
02/03/2023 -
Lula promete lei de igualdade salarial entre gêneros
no Dia da Mulher
Lei vai exigir igualdade salarial entre homens e
mulheres que exercem a mesma função
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou
que, em 8 de março, data em que é celebrado o Dia da
Mulher, o governo irá apresentar uma lei de
igualdade salarial de gênero para homens e mulheres
que exercem a mesma função.
A medida é uma promessa de campanha que favoreceu o
apoio da então candidata e agora ministra do
Planejamento, Simone Tebet, ao candidato petista à
cadeira presidencial.
“Finalmente, Simone Tebet, agora, no Dia das
Mulheres, a gente vai apresentar, definitivamente, a
tal da lei que vai garantir que a mulher,
definitivamente, receba o salário igual ao homem se
ela exercer a mesma função”, declarou Lula,
direcionando a fala à ministra.
As falas ocorreram em discurso de evento de
reinstalação do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (Consea) e da Câmara
Interministerial de Segurança Alimentar e
Nutricional (Caisan) no Palácio do Planalto, na
manhã desta terça-feira (28). Após o anúncio, Tebet,
presente no evento, aplaudiu o presidente de pé.
“Toda hora que você vai procurar essa lei, parece
que existe, mas tem tantas nuances que tudo é feito
para a mulher não ter o direito. Ou seja, então é
preciso fazer uma lei que diga que a mulher deve
ganhar o mesmo salário do homem se exercer a mesma
função. E pronto, não tem vírgula”, enfatizou. “E é
obrigado: se não pagar, vai ter que ter alguém para
fiscalizar”, citando o Ministério do Trabalho e
Emprego e o ministro da Pasta, Luiz Marinho.
O chefe do Executivo também disse que, nesta
quinta-feira (2 de março) o governo irá lançar o
novo Bolsa Família.
Fonte: InfoMoney
02/03/2023 -
Servidores refutam proposta de 7,8% de reposição à
mesa negocial
Unanimemente, os representantes sindicais
recusaram a primeira proposta encaminhada pelo
governo, que previa reajuste nos salários de 7,8%, e
44% no valor do auxílio alimentação. Entidades
defendem reposição de, pelo menos, 13,5%.
A reunião, com os representantes dos servidores
federais — sindicatos das várias categorias e
carreiras, fóruns e centrais sindicais —, foi na
tarde desta terça-feira (28), na segunda rodada da
MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente).
Segundo informações das entidades, foram mais de 3
horas de discussões e pressão dos representantes dos
servidores.
Governo avalia contrapostas
Diante da recusa da proposta do Executivo, o
secretário de Gestão de Pessoas e Relações do
Trabalho do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação
em Serviços Públicos), Sérgio Mendonça se
comprometeu em levar as contrapropostas apresentadas
para a ministra Esther Dweck, do MGI.
Dweck vai avaliar as demandas em nova reunião com os
ministros da Fazenda, do Planejamento e da Casa
Civil, que integram a JEO (Junta de Execução
Orçamentária).
Até a próxima sexta-feira (3), conforme compromisso
assumido por Mendonça, o governo deve apresentar
resposta às reinvindicações formuladas pelos
servidores. Desse modo, na próxima terça-feira (7),
pode ser realizada a terceira rodada de negociação
para que as entidades se manifestem sobre a
possibilidade de acordo.
Salário e auxílio alimentação
Na reunião, os representantes sindicais defenderam a
necessidade e urgência na concretização do acordo e
encaminharam série de contrapropostas, a fim de
contemplar reajuste salarial acima do percentual
apresentado pelo governo.
Os servidores defendem que há recursos acima dos R$
11,2 bilhões que podem ser utilizados, o que
permitiria índice de reajuste maior.
Os representantes sindicais também defenderam que o
governo busque outras fontes de recursos disponíveis
no orçamento de 2023 para conceder percentual maior
de reajuste no auxílio alimentação.
Os dirigentes sindicais, por meio das entidades,
também voltaram a cobrar a aprovação de regimento
para o funcionamento da Mesa Negocial, a abertura
das mesas setoriais, além da revogação de conjunto
de normas que ferem a autonomia dos servidores e a
liberdade sindical.
Proposta inicial do governo
Na primeira rodada de negociações, realizada dia 16 de
fevereiro, o governo propôs ao segmento reajuste
linear de 7,8% e aumento no vale-alimentação de R$
200.
Caso a proposta tivesse sido aceita, passaria a
valer em 1º de março e causaria impacto de R$ 11,2
bilhões nas contas públicas.
Fonte: Diap
02/03/2023 -
Centrais repudiam situação análoga à escravidão em
vinícolas de Bento Gonçalves/RS
Nota das Centrais Sindicais sobre situação
análoga à escravidão em vinícolas de Bento
Gonçalves/RS
As Centrais Sindicais abaixo repudiam veementemente
o episódio dos trabalhadores encontrados em situação
análoga à escravidão em três vinícolas de Bento
Gonçalves (Salton, Aurora e Cooperativa Garibaldi),
no Rio Grande do Sul. Infelizmente, casos como esse
explodiram nos últimos anos, em especial após a
reforma trabalhista de 2017, do desmonte dos
instrumentos de combate do Ministério do Trabalho e
Emprego e o enfraquecimento dos sindicatos.
O trabalho escravo é uma violação grave dos direitos
humanos e uma afronta à dignidade da pessoa humana.
É uma prática que deve ser combatida e punida com o
máximo rigor da lei. Não podemos tolerar que pessoas
sejam submetidas a condições degradantes, sem
direitos trabalhistas, descanso, alimentação
adequada, saneamento básico e outras condições
mínimas para a preservação da vida.
Nesse sentido, é urgente que sejam revogados os
itens da Reforma Trabalhista que enfraqueceram os
sindicatos, estabeleceram a prevalência dos acordos
individuais aos coletivos, impediram a fiscalização
sindical nos contratos de trabalho e colocaram
barreiras à sustentação financeira às entidades
sindicais com objetivo de acabar com a intervenção,
fiscalização e denúncia desses casos.
Defendemos ainda que as autoridades competentes
investiguem rigorosamente esses episódios de
trabalho escravo nas vinícolas do Rio Grande do Sul,
identifiquem e punam os responsáveis por essas
práticas criminosas.
Não podemos aceitar que o lucro seja obtido à custa
da exploração e da opressão de trabalhadores e
trabalhadoras. A dignidade humana é um valor
inegociável e deve ser respeitada em todas as
esferas da sociedade. Por isso, reafirmamos nosso
compromisso com a luta contra o trabalho escravo e
todas as formas de violação dos direitos humanos.
É preciso também que o novo Governo priorize o
restabelecimento de políticas de fiscalização e
combate ao trabalho escravo, que foram desmontadas
nos últimos governos. Esperamos uma resposta
assertiva e rotunda aos ataques e desmontes
realizados. Não há e não haverá união e reconstrução
com trabalhadores explorados e trabalho escravo.
São Paulo, 28 de fevereiro de 2023
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: NCST
02/03/2023 -
Para combater trabalho escravo é preciso acabar com
terceirização na atividade-fim, diz Paim
Ao destacar o recente caso envolvendo as vinícolas
Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton, que
contrataram uma empresa terceirizada que usava mão
de obra análoga à escravidão para fazer a colheita
de uva no Rio Grande do Sul, o senador Paulo Paim
(PT-RS) disse, em pronunciamento na terça-feira
(28), que uma das formas de combater o trabalho
escravo é acabar com a terceirização na
atividade-fim.
— A terceirização da atividade-fim potencializa a
exploração da mão de obra e precariza o trabalho da
nossa gente. Qualquer processo de regulamentação da
terceirização, especificamente da atividade-fim, não
pode transformar-se em legalização do trabalho
escravo porque trabalho escravo você não pode
regulamentar; você tem que proibir — declarou.
Paim ressaltou ainda que o episódio lamentável
ocorrido na Serra Gaúcha não é um fato isolado,
específico do estado. Em sua opinião, isso acontece,
em maior ou menor grau, em quase todos os estados
brasileiros. De acordo com ele, atos dessa natureza
ainda constituem uma “chaga” no Brasil e têm de ser
combatidos pelas autoridades. Os responsáveis,
disse, devem ser exemplarmente punidos.
O parlamentar destacou também que o número de
trabalhadores resgatados do regime de escravidão ou
de condição análoga vem aumentando nos últimos anos.
Em 2022 foram resgatados 2.575 nessas condições,
pessoas que exerciam atividades tanto na cidade
quanto na área rural, atuando em vários setores da
economia, mas vivendo à margem da sociedade,
desprovidas de seus direitos como cidadãos.
(Mais informações: Ag.Senado)
Fonte: Agência Senado
01/03/2023 -
Nova Central presente no grupo de trabalho para
valorização do salário mínimo
Nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva criou o grupo de trabalho para
elaborar a proposta de política de valorização do
salário mínimo. Com coordenação do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), o grupo é composto por
sete representantes dos ministérios e sete de
centrais sindicais — a Nova Central está presente.
Segundo o decreto publicado no Diário Oficial da
União (DOU), “as organizações representativas dos
empregadores serão consultadas sobre a proposta de
Política de Valorização do Salário Mínimo, de modo a
garantir o caráter tripartite das políticas de
trabalho”.
Como prometido por Lula em campanha, a política de
valorização do salário mínimo é um compromisso do
seu governo reafirmado no dia 18 de janeiro, no
encontro com centrais, com o anúncio da criação do
grupo de trabalho para elaborar a proposta.
O grupo terá duração de 45 dias, contado a partir de
19 de janeiro de 2023, prorrogável uma vez por igual
período, pelo ministro do MTE, Luiz Marinho.
O aumento do mínimo que começa a valer em maio, mês
do trabalhador, também traz de volta a política de
aumento real, de acordo com a inflação, do piso
nacional. Esquecida pelo governo Bolsonaro.
Vale ressaltar que o aumento do salário, de R$ 1.302
para R$ 1.320, frustrou um pouco as expectativas do
movimento sindical, que tinha a expectativa que o
salário fosse de R$ 1.302 para 1.343, mas todas as
entidades se colocaram à disposição para atuar
efetivamente em busca de melhorias.
Fonte: NCST
01/03/2023 -
Desemprego cai em 2022, mas fica acima de 2015.
Governo Bolsonaro ‘lidera’ também em informalidade
Número médio de desempregados caiu, mas soma 10
milhões. Renda também diminui, enquanto trabalho sem
carteira cresceu mais que o registrado
A taxa média de desemprego no Brasil recuou para
9,3% em 2022, mas ficou acima do período 2012-2015,
que registrou os menores índices. Embora o número de
desempregados tenha recuado 27,9% ante 2021, para 10
milhões, o total de pessoas à procura de trabalho
cresceu 46,4% desde 2014, quando a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua tinha o
menor contingente de desempregados (6,,8 milhões).
Os resultados anuais foram divulgados na manhã desta
terça-feira (28) pelo IBGE.
Assim, o governo Bolsonaro tem as duas maiores taxas
de desemprego da série histórica da Pnad Contínua:
13,8% em 2020 e 13,2% em 2021, período de pandemia e
flexibilização crescente das modalidades de
contratação. A menor continua sendo a registrada em
2014 (6,9%).
Emprego sem carteira cresce mais
De acordo com a pesquisa, o total de ocupados chegou a
98 milhões, maior média anual da série, com
crescimento de 7,4% sobre 2021. Mas o número de
empregados sem carteira no setor privado (12,9
milhões) cresceu mais que o de trabalhadores com
carteira (35,9 milhões). Os aumentos foram de 14,9%
e 9,2%, respectivamente.
Já o número médio de trabalhadores por conta própria
subiu 2,6%, para 25,5 milhões. Por sua vez, os
empregados no setor doméstico, onde predomina a
informalidade, aumentou 12,2%, somando 5,8 milhões.
Com esses resultados, a taxa média de informalidade
oscilou de 40,1%, em 2021, para 39,6%. Mas fica
acima das taxas registrada em 2016 (38,6%) e mesmo
em 2020 (38,3%).
Desalento e renda
Os desalentados foram estimados em 4,3 milhões de
pessoas, queda anual de 19,9%. O recorde desse grupo
é de 2020 (5,5 milhões), enquanto o menor número foi
apurado em 2014 (1,5 milhão).
Estimado em R$ 2.715, o valor médio do rendimento
caiu 1% em relação ao ano anterior. Mas, com o
crescimento da ocupação, o total da massa de
rendimentos chegou a R$ 261,3 bilhões, o maior da
série. No período de 2012 a 2022, a massa cresceu
12,6%.
Setor de serviços se recupera
Entre os setores de atividade, o que inclui
agricultura, pecuária, produção florestal e
aquicultura teve queda de 1,6% na ocupação (8,7
milhões de trabalhadores em 2022). Em 10 anos,
retração de 15,1%.
No segmento de serviços, as atividades de alojamento
e alimentação, bastante afetadas pela pandemia,
cresceu 15,8% no ano passado (5,3 milhões de
ocupados). Em relação a 2012, alta de 39,5%.
Já o setor que inclui comércio, reparação de
veículos automotores e motocicletas aumentou 9,4%,
para 18,9 milhões de empregados. Também ante 2012,
expansão de 12,6%.
Por sua vez, a indústria somou 12,6 milhões de
empregados, alta de 6,3% no ano passado. “Apesar
desse aumento recente, de 2014 para 2022, a
indústria geral teve perda de 842 mil
trabalhadores”, informa o IBGE.
Na administração pública (incluindo defesa,
seguridade, educação, saúde humana e serviços
sociais), eram 17,1 milhões de trabalhadores em
2022. Crescimento de 5,8% no ano e de 19,9% sobre
2012.
“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior
momento da série histórica, sob o impacto da
pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022
marca a consolidação do processo de recuperação”
afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do
IBGE, Adriana Beringuy.
Apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa
média de desemprego recuou para 7,9%. São 8,6
milhões de desempregados.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/03/2023 -
Centrais debatem primeiro Dia do Trabalhador sob
novo governo Lula
Vale do Anhangabaú, em São Paulo, pode abrigar o
1º de Maio Unitário, mas o martelo só deve ser
batido no Fórum das Centrais
As definições a respeito do primeiro Dia do
Trabalhador sob o novo governo estão na pauta das
centrais sindicais. Uma das prioridades é decidir o
local do 1º de Maio Unitário, que provavelmente
contará com a participação do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). No ano passado, a atividade
ocorreu na Praça Charles Miller, em São Paulo.
Agora, o Vale do Anhangabaú, na região central, está
cotado, mas as entidades ainda não fecharam posição.
Embora a Folha de S.Paulo tenha noticiado que a
Força Sindical já conversou com o prefeito
paulistano, Ricardo Nunes (MDB), sobre a liberação
do Anhangabaú, o martelo só deve ser batido nesta
quarta-feira (1/3), em reunião do Fórum das
Centrais.
É esperado que Lula aproveite o 1º de Maio para
formalizar mais um reajuste do salário mínimo – o
segundo no ano. Até 2022, vigorava um piso salarial
dos trabalhadores de R$ 1.212. Em 1º de maio, o
valor passou a R$1,302. O presidente já declarou
que, com o novo aumento, o mínimo deve chegar a R$
1.320 a partir de maio.
A alta prevista pelo governo equivale a um reajuste
de 8,91% em relação a 2022. Porém, como no ano
passado o INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) foi de 5,93%, o aumento real do mínimo
será de apenas 2,8%.
O valor é considerado frustrante e insuficiente
pelas centrais. Na visão do movimento sindical,
diante da prolongada defasagem do mínimo nos últimos
anos, é necessário chegar, agora, a um patamar de ao
menos R$ 1.343.
As centrais também acusam a gestão Lula de não ter
cumprido o compromisso de negociar o novo valor de
forma conjunta. Em 18 de janeiro, o presidente
chegou a instituir um grupo de trabalho (GT) para
tratar do tema. Mas próprio presidente atropelou o
acordo e anunciou o novo reajuste no começo de
fevereiro, ignorando completamente as negociações.
Para compensar o ruído, Lula criou, na semana
passada, mais um grupo de trabalho, com
representantes do governo e das centrais sindicais,
visando a “elaboração de proposta de Política de
Valorização do Salário Mínimo”. Sob a coordenação do
Ministério do Trabalho e Emprego, o GT deverá
consultar os empresários, “de modo a garantir o
caráter tripartite das políticas de trabalho”.
Fonte: Portal Vermelho
01/03/2023 -
Alexandre derruba decisão do TST que considerou
terceirização irregular
É lícita a contratação de terceirizados em toda e
qualquer atividade, meio ou fim. Assim, não há que
se falar em "ilicitude" da terceirização para, por
consequência, considerar irregular a falta de
registro de empregados.
O entendimento é do ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal. O magistrado derrubou uma
decisão do Tribunal Superior do Trabalho que
considerou irregular terceirização feita por uma
prestadora de serviços de saúde.
A empresa entrou com uma reclamação, afirmando que
houve violação ao firmado pelo Supremo na ADPF 324 e
no RE 958.252, em que a corte considerou como lícita
a terceirização.
"Não há falar em irregularidade na contratação de
pessoa jurídica formada por profissionais para
prestar serviços terceirizados na atividade-fim",
disse Alexandre na decisão.
Atuou no caso defendendo a empresa o advogado
Ronaldo Tolentino, sócio do Ferraz dos Passos
Advocacia. De acordo com ele, a decisão "demonstra a
necessidade" de a Justiça do Trabalho, "goste ou
não", aceitar os entendimentos firmados pelo
Supremo.
"São incontáveis as decisões proferidas pelo STF em
sede de Reclamação a demonstrar o constante
descumprimento por parte de alguns magistrados
trabalhistas", afirmou.
"Tem ainda um diferencial, por se tratar de ação
Anulatória contra Auto de Infração, passando a
mensagem de que não só a Justiça do Trabalho deve
seguir as decisões do STF, mas também os auditores
fiscais do trabalho, no particular", conclui o
advogado.
Clique
aqui para ler a decisão
Rcl 57.794
Fonte: Consultor Jurídico
01/03/2023 -
Pacheco quer instalar comissões para definir ou não
criação de CPI do 8/1
Presidente do Senado afirmou ser necessário
também ratificar as assinaturas coletadas a favor da
instauração da CPI
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Gilmar Mendes determinar prazo para que o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se posicione
sobre a abertura de uma CPI para investigar os atos
do 8/1, o parlamentar afirmou que espera definir as
comissões temáticas do Senado na reunião com as
lideranças da Casa.
"Meu desejo é instalar as comissões amanhã", disse
Pacheco nesta terça-feira (28), conforme o Valor
Econômico.
O senador afirmou ser necessário também ratificar as
assinaturas coletadas a favor da instauração da CPI.
"A CPI foi requerida na legislatura passada, com as
assinaturas suficientes, com fato determinado.
Agora, nós precisamos consultar aqueles senadores
que assinaram sobre a manutenção e a ratificação
dessas assinaturas porque houve uma mudança de
legislatura. Havendo essa ratificação, será feita a
leitura do requerimento. Não há nenhuma demora por
parte do Senado", disse.
"Havendo fato determinado, número suficiente de
assinaturas e orçamento definido, naturalmente será
lida e poderá ser instalada. Agora nós vamos tratar
da CPI requerida pela senadora Soraya Thronicke que
é a do Senado Federal".
Fonte: Brasil247
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