Blog - Notícias Anteriores - Março 2024
27/03/2024 -
Ato do 1º de Maio será no Itaquerão
27/03/2024 -
STF julgará recurso sobre revisão da vida toda em 3
de abril
27/03/2024 -
STF derruba carência para autônoma receber
salário-maternidade do INSS
27/03/2024 -
A renda dos trabalhadores aumentou; os sindicatos
foram fundamentais
27/03/2024 -
Central 158 Alô Trabalho tem novo horário de
atendimento
27/03/2024 -
Correios atenderão a serviços da Caixa, como
seguro-desemprego e FGTS
26/03/2024 -
FNMT emite nota de repúdio contra ADI das
Confederações da Indústria e Comércio
26/03/2024 -
TRT-1 nega pedido de empregado para anular acordo
feito por sindicato
26/03/2024 -
Aposentados ficam “indignados” com manobra do STF
sobre “revisão da vida toda”
25/03/2024 -
Sigam o STF, orienta o dr. Hélio Gherardi
25/03/2024 -
OIT: lucros anuais do trabalho forçado chegam a US$
236 bilhões ao ano
25/03/2024 -
Maioria dos brasileiros é contra o fim da reeleição
25/03/2024 -
Um em cinco jovens brasileiros de 15 a 29 anos não
estuda nem trabalha
25/03/2024 -
Em debate na Câmara, mulheres apontam dificuldades
na política e no mercado de trabalho
25/03/2024 -
Divórcio antes do casamento – João Guilherme Vargas
Neto
22/03/2024 -
Centrais e presidente do Senado debatem propostas de
fortalecimento sindical
22/03/2024 -
INSS suspende bloqueio de benefício por falta de
prova de vida
22/03/2024 -
STF derruba tese
da revisão da vida toda a aposentados do INSS
22/03/2024 -
35% consideram
governo Lula ótimo ou bom e 30% o veem como regular,
diz Datafolha
22/03/2024 -
Câmara aprova projeto do governo que moderniza
indústria brasileira
22/03/2024 -
Entidades do setor produtivo pedem cortes maiores na
Selic
21/03/2024 -
Oposição trava pauta na CAS, querem aprovar projeto
contra taxa assistencial
21/03/2024 -
Eleições 2024: saiba prazos para dirigentes
sindicais que desejam disputar algum cargo
21/03/2024 -
Fase é de mais empregos e melhores salários
21/03/2024 -
Moraes dá 15 dias para PGR opinar sobre indiciamento
de Bolsonaro
21/03/2024 -
Vai à CCJ criação do Dia da Igualdade Salarial entre
Homens e Mulheres
20/03/2024 -
Sindicalismo: TST decide regular a contribuição
negocial
20/03/2024 -
Bolsonaro é indiciado por fraude em cartão de vacinação
de covid
20/03/2024 -
Empresas devem acessar relatório de transparência
salarial a partir de 21 de março
20/03/2024 -
INSS deve parar de cobrar idoso que recebeu
benefício a mais de boa-fé
20/03/2024 -
Prévia do PIB brasileiro cresce 0,6% em janeiro
19/03/2024 -
IEA da USP debate IA no mundo do trabalho: impactos,
inquietudes e desafios
19/03/2024 -
Dieese avalia recente alta na cesta básica
19/03/2024 -
Marinho quer enviar projeto sobre FGTS ainda em
março ao Congresso
19/03/2024 -
Lava Jato destruiu 4,44 milhões de empregos, aponta
estudo
19/03/2024 -
Centrais Sindicais se preparam para o 1° de Maio
Unitário
19/03/2024 -
O sindicalismo e suas lutas na visão de Rogério
Magri
18/03/2024 -
Nota das centrais: patrões querem manter misoginia
contra as trabalhadoras
18/03/2024 -
GT de Erradicação do Trabalho Infantil avança com
participação da Nova Central
18/03/2024 -
Agenda Legislativa da Indústria será lançada em
sessão solene na terça
18/03/2024 -
País fecha janeiro com saldo positivo de 180.395
empregos com carteira
18/03/2024 -
Dissonância -João Guilherme Vargas Netto
18/03/2024 -
Com Bolsonaro, Brasil cai duas posições no ranking
do IDH da ONU
15/03/2024 -
Nova Central parabeniza o Senador Paim pelo prêmio
de parlamentar destaque no Senado
15/03/2024 -
A dianteira está com Rogério Marinho
15/03/2024 -
Subsídios para uma pauta sindical de igualdade
salarial entre mulheres e homens no Brasil
15/03/2024 -
Supremo garante licença-maternidade para mãe não
gestante de casal homoafetivo
15/03/2024 -
CNI e CNC acionam STF contra imposições da lei da
igualdade salarial
14/03/2024 -
Oposição mantém obstrução e CAS segue sem reunião
deliberativa
14/03/2024 -
Governo antecipa décimo terceiro de aposentados e
pensionistas
14/03/2024 -
Câmara aprova atualização da faixa de isenção do
Imposto de Renda
14/03/2024 -
Aumenta ocupação de pessoas com ensino superior,
segundo Dieese
14/03/2024 -
Economia forte gera emprego, diz Lacerda
14/03/2024 -
Mauro Cid confirma à PF espionagem ilegal contra
Alexandre de Moraes
13/03/2024 -
INPC tem alta de 0,81% em fevereiro
13/03/2024 -
MTE e MMulheres alcançam 100% da meta de recebimento
dos dados da igualdade salarial
13/03/2024 -
"Nós ainda estamos muito aquém do que prometemos",
diz Lula, ao comentar queda nas pesquisas
13/03/2024 -
Declaração de Imposto de Renda começa nesta sexta;
saiba quem precisa declarar
13/03/2024 -
Vargas vê dissonância entre governo e população
13/03/2024 -
TST valida dispensa de controle de jornada para
trabalho externo
12/03/2024 -
CAS: oposição obstrui trabalhos, querem vetar taxa
assistencial
12/03/2024 -
Renda habitual média dos brasileiros cresceu 3,1% de
2022 para 2023
12/03/2024 -
Fala de Lula sobre CLT incentiva
pseudoempreendedorismo, diz Neto
12/03/2024 -
Desemprego caiu, mas ainda afeta mulher
12/03/2024 -
75% das brasileiras afirmam “conhecer pouco” sobre
Lei Maria da Penha
12/03/2024 -
TRT-3 suspende pagamento de horas extras relativas a
banco de horas invalidado em sentença
11/03/2024 -
Nota das Centrais: Autonomia com Direitos
11/03/2024 -
Ipec: governo Lula tem 33% de 'ótimo ou bom', 33% de
'regular' e 32% de 'ruim ou péssimo'
11/03/2024 -
Mortes no trabalho – João Guilherme Vargas Netto
11/03/2024 -
TST valida normas coletivas com redução de intervalo
intrajornada
08/03/2024 -
83% dos 322 reajustes ficaram acima da inflação de
janeiro, segundo Dieese
08/03/2024 -
Depois de ouvir ‘investidores’, Barroso quer saber
por que há tanto conflito trabalhista
08/03/2024 -
Dieese apresenta subsídios para debater PL do
trabalho com APP
08/03/2024 -
Governo vai lançar programa que inclui mulheres no
mercado de trabalho
08/03/2024 -
Cesta básica maior para associados de sindicato
viola liberdade de associação
07/03/2024 -
Nova Central debate o custeio das entidades
sindicais em reunião com Paulo Paim
07/03/2024 -
Pesquisa Quaest: 51% aprovam trabalho de Lula e 46%
desaprovam
07/03/2024 -
Brasil cresce e favorece trabalhador
07/03/2024 -
Nenhum país garante oportunidades de trabalho com
igualdade de gênero
07/03/2024 -
Turma do STF encerra disputa trabalhista bilionária
da Petrobras
07/03/2024 -
Lei precisa conciliar interesses de todos, afirma
juíza do Trabalho
06/03/2024 -
Centrais Sindicais marcam presença na abertura do
Março Mulher
06/03/2024 -
MTE e AGU debatem com centrais sindicais sobre a ADI
que trata da correção do FGTS
06/03/2024 -
Em depoimento à PF, Freire Gomes diz que Bolsonaro
apresentou duas minutas de golpe
06/03/2024 -
Pesquisa mostra que diferença salarial entre
mulheres e homens caiu
06/03/2024 -
STF irá decidir se existe vínculo empregatício entre
motoristas e plataformas de aplicativos
06/03/2024 -
Plano prevê reduzir em 10% diferença salarial entre
homens e mulheres
05/03/2024 -
Renda sobe e taxa de desemprego fica estável em
janeiro, segundo Pnad Contínua
05/03/2024 -
Inquéritos da Polícia Federal contra Bolsonaro devem
ser concluídos em quatro meses
05/03/2024 -
Lula assina projeto de regulamentação de transporte
por aplicativo
05/03/2024 -
Igualdade salarial entre mulheres e homens no Brasil
– Clemente Ganz Lúcio
04/03/2024 -
Sindicalismo
busca barrar ameaça do Marinho
04/03/2024 -
Elio Gaspari
erra e espalha confusão
04/03/2024 -
STF adia
julgamento sobre revisão da vida toda do INSS
04/03/2024 -
Projeto do
Executivo limita a desoneração da folha de pagamento
de 17 setores da economia
04/03/2024 -
PIB cresce 2,9%
no primeiro ano do governo Lula puxado por agro e
consumo de famílias
01/03/2024 -
Rogério Marinho empenhado em derrotar no Senado
assistencial
01/03/2024 -
Teto de juros do consignado do INSS cairá para 1,72%
ao mês
01/03/2024 -
Tendência de ganho real se mantém, diz o Dieese
01/03/2024 -
Comissão do Senado aprova redução da jornada sem
redução de salário
01/03/2024 -
Taxa de desemprego fica em 7,6% no trimestre
encerrado em janeiro
01/03/2024 -
1º de Maio; por João Guilherme
27/03/2024 -
Ato
do 1º de Maio será no Itaquerão
O local já está confirmado. O 1º de Maio Unitário
deste ano será realizado no estacionamento do
Itaquerão, junto ao estádio do Corinthians, Zona
Leste paulistana. Capacidade estimada para cerca de
25 mil pessoas.
Participam da organização as Centrais CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical
e Pública. A exemplo de outros Atos, em anos
anteriores, os organizadores convidarão autoridades
e delegações internacionais.
Lula – Esperada a presença do Presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Já enviamos o
convite”, adianta João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical. A eventual
participação do Presidente envolve não só a questão
da agenda, mas o item segurança, que requer um local
apropriado e logística adequada.
Bandeiras – O Dia do Trabalhador 2024 tem
como bandeiras Emprego Decente; Correção da Tabela
do Imposto de Renda nos Salários; Menos juros; e
Valorização do Serviço Público. Na questão do
imposto, o pleito sindical é isenção até R$ 5 mil.
Unidade – Segundo Juruna, “o 1º de Maio
nasceu como expressão da vontade e unidade da classe
trabalhadora”. Portanto, ele argumenta, “nosso
empenho é pra que essa tradição se reafirme também
no Ato deste ano”.
Atrações – O Ato do 1º de Maio terá atrações
musicais e outras iniciativas artísticas. A
programação será ainda elaborada.
Mais – Sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
27/03/2024 -
STF julgará recurso sobre revisão da vida toda em 3
de abril
Corte deve definir extensão dos efeitos de
decisão que derrubou a revisão na última
quinta-feira (21/3)
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 3
de abril o julgamento de um embargos de declaração
oposto pelo Instituto Nacional de Seguridade Social
(INSS) contra a tese da Revisão da Vida Toda, na
análise do RE 1.276.977.
A tese, aprovada em dezembro de 2022 e derrubada
pela Corte em 21 de março, permitia que aposentados
e pensionistas incluíssem salários anteriores a
julho de 1994 no cálculo de seus benefícios.
Os ministros devem fixar a tese definitiva sobre a
revisão, que servirá de parâmetro para as ações
sobre o tema. Além disso, a Corte deve definir se
aposentados e pensionistas que recebem benefícios
maiores terão que reembolsar a União.
Em julho de 2023, os processos sobre o tema foram
suspensos pelo ministro Alexandre de Moraes, a
pedido do INSS. Na época, a autarquia alegou
problemas operacionais para cumprir a decisão.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há
mais de 10.768 ações em tramitação no Judiciário
sobre o assunto.
No julgamento das ADIs 2.110 e 2.111, na última
quinta-feira (21/3), o Supremo referendou o artigo
3º da Lei 9.876/99, e validou regra de transição
estabelecida em 1999 que alterou as fórmulas de
cálculo e definiu que, para pessoas que já
contribuíam à época, os pagamentos anteriores ao
Plano Real não seriam considerados.
O colegiado reverteu o entendimento anterior, ao
considerar que a regra é válida e cogente, portanto,
na prática, não é possível que o aposentado escolha
o melhor cálculo para ele. Na prática, o resultado
do julgamento que validou o direito dos aposentados
em dezembro de 2022 deve ser modificado e o INSS
sairá vitorioso.
Fonte: Jota
27/03/2024 -
STF derruba carência para autônoma receber
salário-maternidade do INSS
Agora, vale regra aplicada a trabalhadoras
formais, cobertas pela CLT
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou
- por 6 votos a 5 - o direito de trabalhadoras
autônomas, sem carteira assinada, de receber o
salário-maternidade do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), caso tenham contribuído ao menos uma
vez para a Previdência Social.
Por maioria, os ministros julgaram inconstitucional
a exigência de 10 meses de contribuição para que as
trabalhadoras que contribuem voluntariamente ao INSS
- as chamadas contribuintes individuais - tenham
direito a receber o salário-maternidade.
A carência de 10 meses era questionada no Supremo há
25 anos. A regra foi criada junto com a inclusão das
trabalhadoras autônomas entre as beneficiárias do
salário-maternidade, na reforma da Previdência de
1999. O tema foi julgado na mesma sessão que
derrubou a chamada revisão da vida toda.
Com a derrubada da carência, basta uma contribuição
ao INSS para que a profissional autônoma tenha
direito a receber o salário-maternidade em caso de
parto ou adoção. Ou seja, passa a valer a mesma
regra que é aplicada para as trabalhadoras formais,
cobertas pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Seguradas especiais
A decisão do Supremo abrange também as seguradas
especiais, como as trabalhadoras rurais, e as
contribuintes facultativas, que não exercem
atividade remunerada, mas contribuem ao INSS para
ter acesso aos benefícios do Regime Geral da
Previdência Social (RGPS).
Prevaleceu, ao final, o entendimento do ministro
Edson Fachin, do STF, para quem a exigência de
cumprimento de carência apenas para algumas
categorias de trabalhadoras violava o princípio
constitucional da isonomia. Ele foi acompanhado
pelos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino,
Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.
Ficaram vencidos os ministros Nunes Marques,
Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin
e Gilmar Mendes, que votaram pela validade da norma
anterior.
Fonte: Agência Brasil
27/03/2024 -
A renda dos trabalhadores aumentou; os sindicatos
foram fundamentais
Boa notícia. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) revelou aumento significativo, na renda
dos trabalhadores brasileiros em 2023 em comparação
com 2022.
A renda média real habitual dos trabalhadores em
dezembro de 2023 atingiu R$ 3.100, o que representou
aumento de 3,1%, em relação a 2022. E as mulheres
registraram crescimento interanual maior na renda do
que os homens ao longo de todo o ano de 2023.
Vale a pena procurar este recente estudo do Ipea,
divulgar e ajudar o nosso povo entender a diferença
entre as políticas de desenvolvimento e inclusão e
as politicagens que só trazem retrocessos.
Outros estudos importantes são do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos). Eles demonstram que a maioria das
campanhas salariais apresentaram conquistas
importantes como o aumento real.
A mobilização dos trabalhadores, a ação unitária e
as assembleias participativas foram elementos que
levaram à essa mudança de avançar na distribuição de
renda no Brasil.
Os sindicatos organizados, fortes, com associados
organizados nos locais de trabalho, são a base de
melhoria de salários e de condições de trabalho.
É fundamental, porém, que os sindicatos
representativos e atuantes, tenham condições de
manter suas estruturas de luta e negociações
coletivas para garantir estes avanços para a classe
trabalhadora.
A Luta faz a Lei!
(*) Presidente da Força Sindical, CNTM e
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das
Cruzes.
Fonte: Diap
27/03/2024 -
Central 158 Alô Trabalho tem novo horário de
atendimento
Central teve seu horário de funcionamento
ampliado para até às 22h
Ministério do Trabalho e Emprego informa aos
usuários que o atendimento da Central Alô Trabalho
158 teve alterado seu horário de funcionamento a
partir do dia 20 de março (quarta-feira) passando a
funcionar de 7h às 22h, de segunda-feira a sábado,
ampliando seu horário de atendimento que era de 7h
às 19h.
A Central 158 atende aos usuários sobre
seguro-desemprego, abono salarial, aplicativo da
CTPS Digital e Portal Gov.br, CAGED, legislação
trabalhista, entre outros serviços do Ministério.
A ligação para o 158 é gratuita, de qualquer
telefone fixo ou celular. O atendimento eletrônico
poderá ser automatizado ou por meio de um atendente.
Fonte: MTE
27/03/2024 -
Correios atenderão a serviços da Caixa, como
seguro-desemprego e FGTS
Parceria prevê que encomendas poderão ser
recebidas em lotéricas
Serviços tradicionalmente oferecidos pela Caixa
Econômica Federal, o Programa de Integração Social
(PIS), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviços
(FGTS) e o seguro-desemprego também estarão
disponíveis nas unidades dos Correios, anunciaram
nesta segunda-feira (25) as duas estatais. Em troca,
o cidadão poderá postar e retirar encomendas em
pontos de coleta instalado nas casas lotéricas.
Os presidentes da Caixa, Carlos Vieira, e dos
Correios, Fabiano Silva dos Santos, assinaram a
parceria. O acordo também prevê que funcionários da
Caixa realizem atendimentos presenciais ou virtuais
em espaços nas unidades dos Correios.
Os clientes da Caixa poderão receber atendimento por
videoconferência para os seguintes serviços:
atualização cadastral; desbloqueio de senhas;
consulta e autorização de saque de benefícios
sociais; e orientações sobre o abono salarial, o
seguro-desemprego, o FGTS e o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).
Teste
A integração entre a Caixa e os Correios estava
implementada em fase de teste desde 12 de março numa
agência postal no município de Peixe-Boi (PA). O
presidente da Caixa também anunciou que 500 dos 13
mil correspondentes bancários do banco já recebem
encomendas dos Correios.
O objetivo, informou Carlos Vieira, é oferecer
serviços do banco em todas as unidades dos Correios
até o fim do ano, com prioridade para as localidades
sem pontos de atendimento da Caixa. Em relação às
lotéricas, a expansão do atendimento dependerá da
adesão das unidades.
O acordo também prevê o compartilhamento de imóveis
entre os Correios e a Caixa. Além de ampliar a
cobertura presencial das duas empresas, o uso
conjunto de prédios pretende ajudar na recuperação e
na modernização de propriedades de imóveis da União.
Fonte: Agência Brasil
26/03/2024 -
FNMT emite nota de repúdio contra ADI das
Confederações da Indústria e Comércio
As mulheres representantes das Centrais Sindicais
que compõe o Fórum Nacional das Trabalhadoras das
Centrais Sindicais – FNMT vem a público repudiar a
ADI impetrada pela Confederação Nacional da
Indústria - CNI e a Confederação Nacional de Bens,
Serviços e Turismo – CNC, a trechos da Lei
14.611/23, conhecida como Lei de igualdade salarial.
Rechaçamos todo tipo de retrocesso, principalmente
porque estas duas confederações patronais
participaram do GTI tripartite para ajustes na
construção da Lei de igualdade salarial.
O machismo e a discriminação são ferramentas que não
nos intimidam e impedem de continuarmos fazendo essa
luta histórica por igualdade de salário. Esse tipo
de ação por parte da CNI e CNC contra as
trabalhadoras brasileiras mostra a face da violência
que as mulheres sofrem no mundo do trabalho.
Não recuaremos! Nossa luta será sempre por melhores
condições de trabalho e dignidade, pelo fim das
desigualdades sociais, do machismo, da misoginia e
todas as formas de preconceito.
Fórum Nacional das Trabalhadoras das Centrais
Sindicais – FNMT
Antonieta de Cássia Dorledo – Secretária Nacional de
Mulheres da CSB
Celina Arêas – Secretária Nacional da Mulher
Trabalhadora da CTB
Amanda Corcino – Secretária Nacional de Mulheres da
CUT
Maria Auxiliadora dos Santos – Secretária Nacional de
Políticas para as Mulheres e Gênero da Força
Sindical
Sônia Maria Zerino da Silva – Secretária Nacional de
Gênero da NCST
Márcia Regina – Secretária Nacional da Mulher da UGT
Nilza Pereira de Almeida – Secretária Geral da
Intersindical (Central da Classe).
Fonte: NCST
26/03/2024 -
TRT-1 nega pedido de empregado para anular acordo
feito por sindicato
Colegiado observou que trabalhador estava
presente em assembleia que firmou o acordo.
A SDI-I do TRT da 1ª região negou ação rescisória de
um trabalhador que pretendia anular acordo realizado
no Cejusc entre o sindicato e a empresa em que
trabalhava. O colegiado observou que o empregado
participou da assembleia e tinha ciência do direito
de recusa à adesão ao acordo individual que
formalizou.
Na ação, o empregado de viação de ônibus alegou
vício de consentimento em acordo, pois o sindicato
teria atuou como substituto processual da categoria
e extrapolou os limites da substituição processual
ao transacionar os créditos dos empregados.
O homem argumentou que o acordo judicial celebrado e
homologado ocorreu sem qualquer conhecimento e
participação dos empregados.
Ao analisar o caso, o relator, desembargador Alvaro
Luiz Carvalho Moreira, observou que constou do
acordo a cláusula de quitação ampla e irrestrita
quanto ao contrato de trabalho, com o objetivo de
que os trabalhadores não pudessem mais acionar a
empresa acerca dos contratos extintos.
O magistrado ressaltou que na lista de assinatura
dos trabalhadores presentes à assembleia o autor
estava presente. "Logo, participou da discussão
coletiva acerca do acordo e concordou com a proposta
do acordo ofertado pela empresa, com a previsão da
cláusula de quitação geral", disse.
"Ocorreu uma assembleia sindical, na qual
participaram trabalhadores que exerceram o seu
direito de voto e aprovaram a realização de acordo
para pagamento parcelado e previsão de quitação
geral do contrato de trabalho, bem como ficou
consignado que a adesão não era obrigatória e que
todos que desejassem a atuação individual teriam a
assessoria jurídica do ente sindical."
Por fim, destacou que o empregado participou da
assembleia e tinha ciência do direito de recusa à
adesão ao acordo individual que formalizou, haja
vista que tal questão foi expressamente debatida.
Assim, julgou improcedente o pedido.
O escritório Ferrari & Rodrigues Advogados atua no
caso.
Processo: 0100329-02.2022.5.01.0000
Migalhas:
https://www.migalhas.com.br/quentes/404051/trt-1-nega-pedido-de-empregado-para-anular-acordo-feito-por-sindicato
Fonte: Migalhas
26/03/2024 -
Aposentados ficam “indignados” com manobra do STF
sobre “revisão da vida toda”
Em julgamento sobre fator previdenciário,
ministros acabaram derrubando tese da revisão de
aposentadorias
Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar
a tese da “revisão da vida toda”, o Sindicato
Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi)
diz estar “indignado” com o desfecho do julgamento.
Ao acatarem a regra de transição definida pela Lei
9.876/99, os ministros impediram os aposentados de
fazer a escolha pelo melhor cálculo para seu
benefício e invalidaram julgamento anterior,
realizado em 2022.
“É lamentável. A decisão que, apesar de não ter
ilegalidade técnica, gera grande insegurança
jurídica ao conceder um direito e depois retirá-lo.
Foi um triste dia na história da Justiça em nosso
país”, diz Milton Cavalo, presidente do Sindnapi.
Autora da tese da “revisão da vida toda”, a
coordenadora do departamento jurídico do Sindnapi e
professora de Direito Previdenciário da Fundação
Getulio Vargas (FGV), Tonia Galleti, afirmou que
todos sabiam que o argumento era forte e legítimo,
tanto que a tese havia encontrado aprovação no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no próprio STF.
“Percebemos que a força era grande quando o INSS se
uniu à AGU (Advocacia Geral da União) para barrar.
Eles levaram dois anos, mas deram um jeito, através
de uma manobra, que mesmo não sendo ilegal, deixa um
sentimento de desesperança de justiça social”,
afirmou a advogada.
Segundo Tonia, os ministros foram técnicos ao
extremo durante o julgamento realizado na
quinta-feira (21), “esticando daqui e dali” para
reverter o quadro. “Quebraram a cabeça até que
alguém achou um fio da meada, pegando o fator
previdenciário. E o que fica é uma insegurança de
que se o Supremo julgar algo não será definitivo,
porque ele mesmo pode voltar atrás”.
A advogada questiona também o tamanho do impacto
estimado aos cofres públicos e divulgado pelo
governo, em torno de R$ 480 bilhões. Segundo Tonia,
ninguém sabe ao certo quanto é. “Esses números não
são reais, porque nem todo mundo que trabalhou antes
de 1994 teria direito à revisão. Sabemos disso
porque aqui, no sindicato, metade das pessoas que
nos procuravam não tinham direito ao benefício”.
De acordo com a coordenadora jurídica, o maior
impacto mesmo seria estrutural, porque a Previdência
Social não teria condições de revisar processo por
processo, uma vez que os dados antes de 1994 não
estavam em sistema.
Orientação
A orientação do Sindnapi, agora, é que os aposentados
não devem entrar mais com ações, porque a intenção
pode ser vista como litigância de má-fé, uma vez que
já há entendimento do STF.
Para quem já entrou, o sindicato diz que vai
acompanhar os casos para saber como serão
encaminhados os processos que estão na Justiça.
“Pedimos às pessoas que não desanimem e informamos
que seguiremos na luta pelos direitos dos
aposentados, pensionistas e idosos, no trabalho
diário pela cidadania e pela dignidade da
população”, disse Milton Cavalo.
Fonte: InfoMoney
25/03/2024 -
Sigam o STF, orienta o dr. Hélio Gherardi
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) resolveu em
plenária dia 18 regulamentar a contribuição negocial
dos Sindicatos, tema que levanta debates sobre
eventual insegurança jurídica, apesar da decisão, em
setembro, pelo Supremo Tribunal Federal.
Pelo que definiu o Supremo, a decisão sobre custeio
sindical – a título de contribuição assistencial –
cabe à assembleia, preservado o direito de oposição.
Advogado com mais de 50 anos na área trabalhista e
consultor de diversas entidades, o dr. Hélio
Gherardi afirma: “Prevalece o acórdão do Supremo,
que, aliás, vai ao encontro do Artigo 8º da
Constituição”.
O advogado orienta que as entidades façam constar
nas Convenções a garantia da Assistencial. Ele
ressalta: “Exceto as que cumprem TAC firmado com o
Ministério Público do Trabalho”. Também entende
necessário haver prazo oposição, “de 10 dias úteis,
preferencialmente”.
Para o dr. Hélio Gherardi, a última palavra está com
o Supremo e o TST não tem como se sobrepor à
instância máxima do Judiciário. A Justiça rejeita
cobrança de eventuais contribuições do passado, além
do que o índice aprovado em assembleia deve seguir o
princípio da razoabilidade.
Patronato – Setores patronais, muitos
capitaneados pelo senador bolsonarista Rogério
Marinho (PL-RN), tentam por meio de PL tornar sem
efeito o que decidiu o Supremo.
Empresas, sentindo-se estimuladas, adotam conduta
antissindical ao induzir o empregado a apresentar
carta de oposição ao desconto.
Porém, segundo o dr. Hélio Gherardi, “hoje, cerca de
60% das Convenções Coletivas já abrigam cláusula de
contribuição assistencial”. Esse é o caminho mais
seguro, ele orienta as entidades na hora de negociar
e firmar Convenções.
Mais – Escritório do dr. Hélio – SCN, Q2,
Bloco D, Asa Norte, Brasília -DF, Centro Empresarial
Liberty Mall, torre A, sala 722. CEP-70712-904.
Sites do Supremo, Diap e da Agência Sindical.
Fonte: Agência Sindical
25/03/2024 -
OIT: lucros anuais do trabalho forçado chegam a US$
236 bilhões ao ano
Relatório aponta Europa e Ásia Central como
regiões que mais lucram
O trabalho forçado em todo o mundo gera lucros
ilegais médios de US$ 236 bilhões por ano na
economia privada, de acordo com o relatório Lucros e
pobreza: aspectos econômicos do trabalho forçado,
divulgado pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT), na quarta-feira (20).
A cifra apresentada indica um aumento de 37% (US$ 64
bilhões) dos lucros ilegais vindos do trabalho
forçado, quando comparado ao resultado de dez anos
atrás, em 2014. A OIT justifica que o resultado é
fruto tanto do crescimento do número de pessoas
forçadas a trabalhar, como da elevação dos lucros
gerados pela exploração das vítimas.
De acordo com a entidade, o trabalho forçado ou
compulsório se refere a situações em que as pessoas
são coagidas a trabalhar por meio do uso de
violência, intimidação, sanção ou por meios como a
servidão por dívidas, a retenção de documentos de
identidade ou ameaças de denúncia às autoridades de
imigração sobre a existência de migrantes ilegais.
No Brasil, a situação é descrita como trabalho
análogo à escravidão.
O estudo sugere que, frequentemente, as vítimas de
trabalho forçado são recrutadas ilegalmente. Em
geral, o trabalhador não se oferece espontaneamente
para aquela atividade compulsória.
Além disso, a OIT define como lucros ilegais os
salários que, por direito, pertencem aos
trabalhadores, mas que ficam nas mãos dos
exploradores desta mão de obra, a partir de coação.
Matéria completa:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-03/oit-lucros-anuais-do-trabalho-forcado-chegam-us-236-bilhoes-ao-ano
Fonte: Agência Brasil
25/03/2024 -
Maioria dos brasileiros é contra o fim da reeleição
Segundo levantamento do Datafolha, 58% da
população defende a manutenção da possibilidade de
reeleição
A discussão acerca do fim da reeleição para
presidentes, governadores e prefeitos continua a
dividir a opinião pública brasileira, conforme
revelado pelo Datafolha. Segundo o levantamento,
divulgado pela Folha de S. Paulo, 58% dos eleitores
são a favor da manutenção da possibilidade de
recondução ao cargo, enquanto 41% preferem vê-la
proibida.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 16,
aprovada em 1997, instituiu a reeleição, mas desde
então o assunto tem sido alvo de debates.
Atualmente, o Senado brasileiro encontra-se imerso
nessas discussões, buscando maneiras de encaminhar o
tema. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), figura entre os críticos da reeleição,
alegando que ela é uma das principais causadoras dos
problemas políticos enfrentados pelo país. Por outro
lado, o presidente Lula (PT) posicionou-se contrário
à mudança.
Uma das divergências mais notáveis encontra-se entre
os apoiadores do PT: 67% deles são favoráveis à
manutenção da reeleição. Já os seguidores de Jair
Bolsonaro (PL) mostram uma posição próxima à média
geral, com 54% a favor da reeleição.
Fonte: Brasil247
25/03/2024 -
Um em cinco jovens brasileiros de 15 a 29 anos não
estuda nem trabalha
Em números absolutos, são 9,6 milhões de pessoas
nessa situação
Uma parcela de 19,8% dos jovens de 15 a 29 anos no
Brasil, ou seja, um entre cinco, não estudava nem
trabalhava em 2023, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada
nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Em números absolutos, eram 9,6 milhões de pessoas
nessa situação. O estudo constatou que, por outro
lado, 15,3% dos jovens trabalhavam e estudavam,
39,4% apenas trabalhavam e 25,5% apenas estudavam.
A parcela de jovens que não trabalhavam nem
estudavam recuou em comparação com 2022 (20%) e com
2019 (22,4%). “Essa população que nem estudava, nem
se qualificava e nem trabalhava vem diminuindo
porque, nos últimos anos, a gente teve um aporte
maior de jovens na força de trabalho. Essa população
foi sendo reduzida mais pela via mercado de trabalho
do que necessariamente via educação”, explica a
pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.
O percentual de jovens que não trabalhavam nem
estudavam era ainda mais alto entre aqueles com 18 a
24 anos, faixa etária adequada para o ensino
superior: 24% ou aproximadamente uma entre quatro
pessoas. Nessa faixa, 18% estudavam e trabalhavam,
39,4% só trabalhavam e 18,6% só estudavam.
Entre aqueles com 15 a 17 anos, 11,3% trabalhavam e
estudavam, 2,3% só trabalhavam, 81,2% só estudavam e
5,1% não faziam nem uma coisa nem outra. Já para
aqueles com 25 a 29 anos, 13,8% trabalhavam e
estudavam, 59,2% só trabalhavam, 4,8% só estudavam e
22,3% não faziam nenhuma das duas coisas.
“De 15 a 17 anos, o principal arranjo é não estar
trabalhando e estar estudando, o que é bastante
desejável. De 18 a 24 anos, essa situação de estar
apenas estudando cai significativamente e aumenta a
condição de apenas trabalhar. O trabalho começa a
competir com os estudos na vida desse jovem. Mas
cresce também a condição de uma pessoa não estar
trabalhando nem estudando. Por fim, de 25 a 29 anos,
a gente tem quase 60% das pessoas voltadas
integralmente para o trabalho”, afirma a
pesquisadora do IBGE.
Qualificação
A Pnad Contínua mostrou que 24,9 milhões de jovens com
15 a 29 anos sem ensino superior completo não
estudavam, não faziam curso profissionalizante nem
cursavam pré-vestibular.
Em relação aos cursos técnicos e normal (magistério)
de nível médio, 9,1% dos estudantes de ensino médio
estavam fazendo esse tipo de qualificação
profissional.
Entre aqueles que já tinham concluído o ensino médio
mas não faziam faculdade, o percentual de pessoas
que buscavam profissionalização por meio desses
cursos era de 5,3%.
Fonte: Agência Brasil
25/03/2024 -
Em debate na Câmara, mulheres apontam dificuldades
na política e no mercado de trabalho
O evento foi promovido pela Secretaria da Mulher
da Câmara e o Grupo Mulheres do Brasil
Várias mulheres que ocupam mandatos na política
brasileira, empresárias, servidoras públicas e
outras profissionais estiveram na Câmara nesta
semana para contar suas dificuldades no
desenvolvimento de suas carreiras e pedir às demais
mulheres que lutem para ocupar espaços de poder na
sociedade. O evento foi promovido pela Secretaria da
Mulher da Câmara e o Grupo Mulheres do Brasil.
O grupo promoveu a campanha “Pula pra 50%”, que
busca uma participação igualitária entre homens e
mulheres na política, principalmente neste ano,
quando ocorrem eleições municipais.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão,
disse que as mulheres podem se sentir encorajadas
com a ideia de que existe solidariedade nesta busca
por mais espaço. Ela citou o apoio recebido pela
deputada Maria do Rosário (PT-RS), quando teve que
substituir o governador Ibaneis Rocha após os
ataques do 8 de Janeiro, mesmo que as duas estejam
em lados diferentes no espectro político.
Maria do Rosário disse que acredita nesta
solidariedade feminina. “Quando nos sentimos
atacadas de alguma forma, podem ter certeza, eu
compartilho com vocês o mesmo sentimento. É no olhar
da outra mulher que encontramos a força para seguir
adiante”.
A desembargadora Daniele Maranhão contou que nunca
teve problemas na carreira até que decidiu lutar por
um espaço de poder. “Ninguém disse que eu era
irritante, nem que eu era prepotente ou agressiva,
ou que eu era louca, desequilibrada até o dia que eu
quis alguma coisa”.
A empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine
Luiza, pediu apoio à ministra da Saúde, Nísia
Trindade, que estaria sofrendo muitas pressões
políticas na sua gestão.
Cargos
Pesquisadora da Câmara, a servidora Giovana Perlin
afirmou que as mulheres também são poucas em grupos
políticos como as presidências das comissões da
Câmara e o colégio de líderes partidários. É esse
colégio, junto com o presidente da Câmara, que
decide a pauta do Plenário.
Segundo ela, as mulheres parlamentares tendem a
ficar com os assuntos de políticas sociais e os
chamados assuntos “hard”, como economia e a
organização política, ficam com os homens. A
discriminação seria formal e até informal. “Existe
uma formação informal de parceria masculina nas
grandes empresas, nas universidades, aqui no
Parlamento, que não deixa as mulheres entrarem. Ou
que dificulta a entrada de mulheres. Ou que muda o
assunto quando as mulheres estão ali”.
A diretora da Escola de Governo da Fundação João
Pinheiro, Laura Angélica Silva, disse que, desde o
governo José Sarney, em 1985, foram nomeados 670
ministros, sendo que apenas 57 mulheres. Segundo
ela, os dados indicam que seriam necessários 88 anos
para que haja equidade de gênero na Esplanada dos
Ministérios.
Fonte: Agência Câmara
25/03/2024 -
Divórcio antes do casamento – João Guilherme Vargas
Neto
Para enfrentar e vencer o mosquito transmissor da
dengue e superar o grave surto da doença, os
brasileiros, mais uma vez, se apoiam no SUS, que
lhes garante vacinação, testes, atendimento e ajuda
na erradicação dos focos e controle do ambiente.
A criação do SUS, consagrado nos Artigos 198, 199 e
200 da Constituição, foi resultado de uma luta feroz
do Partido da Saúde, primeiro contra a catastrófica
situação sanitária e os escândalos a ela associados
nas décadas de 1970 e 80 do século passado e depois
na própria Constituinte.
Com exceção dos Sindicatos diretamente ligados às
ações de saúde e das entidades de Servidores, em
vários níveis, o movimento sindical dos
trabalhadores, como um todo, representado pelas
Confederações e Centrais sindicais da época, pouco
participou desta luta, melhor dizendo, foi ausente,
confirmando o divórcio sem ter havido o casamento.
Muito desse alheamento decorreu de um erro
estratégico da renovação sindical dos anos 1970,
preocupada em seus acordos e Convenções Coletivas a
valorizar o atendimento médico pelos planos privados
de saúde, que ao longo do tempo se materializou em
uma das mais importantes cláusulas das negociações,
situação que perdura até hoje.
Sem que os Sindicatos abandonem a luta atual pra
garantir o atendimento médico, sua melhoria sem
preços e condições escorchantes, o movimento
sindical deve ser um parceiro efetivo e atuante na
luta pelo fortalecimento do SUS, que precisa de
recursos, pessoal e instalações, valorizando os
aspectos prevencionistas que não são contemplados
pelos atuais planos médicos das empresas e que dizem
respeito também à saúde dos trabalhadores e à
prevenção de acidentes de trabalho.
João Guilherme Vargas Neto. Consultor de diversas
entidades sindicais.
Fonte: Agência Sindical
22/03/2024 -
Centrais e presidente do Senado debatem propostas de
fortalecimento sindical
Propostas de fortalecimento sindical e questões
relacionadas à estrutura e ao custeio sindical foram
tema do encontro com Rodrigo Pacheco
Dirigentes das centrais sindicais se reuniram na
segunda (19) com o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, para tratar mais uma vez de propostas de
fortalecimento sindical.
O encontro entre representantes das Centrais e
presidente do Senado foi agendado por intermédio do
senador Paulo Paim (PT-RS).
Os senadores Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo
no Senado, Beto Faro (PT-PA) e Wilmar Lacerda
(PT-DF) também participaram do encontro.
O presidente da Fequimfar e vice-presidente da Força
Sindical, Sergio Luiz Leite, Serginho, participou da
reunião.
Durante o encontro, foram debatidas propostas para
fortalecer a Negociação Coletiva, além de questões
relacionadas à estrutura e ao custeio sindical.
Rodrigo Pacheco se comprometeu a aguardar que haja
um consenso entre trabalhadores, governo e
parlamentares sobre os projetos que estão sendo
construídos e que já foram apresentados para
submeter um deles para análise do plenário.
Os sindicalistas estão preocupados especialmente com
projetos apresentados pelos senadores Styvenson
Valentim (Podemos-RN) e Rogério Marinho (PL-RN).
Ambos os projetos proíbem a cobrança da contribuição
assistencial sem a autorização prévia dos
trabalhadores, ou seja, visam praticamente
inviabilizar a atuação dos sindicatos.
“Esses dois projetos dificultam ainda mais o custeio
das atividades por meio da contribuição
assistencial, que atualmente é cobrada caso o
trabalhador não apresente carta de oposição”,
alertaram os sindicalistas.
Apesar do projeto do senador Styvenson (PL 2.099/23)
já ter sido aprovado pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), Pacheco garantiu que a tramitação
não deve avançar.
“Enquanto a proposta negociada entre classe
trabalhadora, patronato e governo não for analisada
este PL não vai tramitar no Senado”.
Fonte: Rádio Peão Brasil
22/03/2024 -
INSS suspende bloqueio de benefício por falta de
prova de vida
Decisão do Ministério da Previdência vale até 31
de dezembro deste ano
O Ministério da Previdência Social decidiu que, até
31 de dezembro de 2024, a falta de comprovação da
prova de vida dos beneficiários do INSS não vai
acarretar no bloqueio ou suspensão do benefício. A
portaria já foi publicada no Diário Oficial da
União.
Devem fazer a prova de vida quem recebe benefícios
como aposentadorias, pensões por morte e benefícios
por incapacidade.
Além da orientação para o não bloqueio dos
benefícios sem prova de vida até o final desse
prazo, a portaria muda o período da contagem de 10
meses para a comprovação. Ao invés de a contagem
valer a partir da data de aniversário do segurado,
ela passa a contar a partir da data da última
atualização do benefício ou mesmo da última prova de
vida.
A comprovação da prova de vida pode ser feita de
forma presencial – no balcão de atendimento do órgão
pagador ou nos terminais de autoatendimento do banco
pagador –; e também de forma digital pelo aplicativo
Gov.br, através do reconhecimento facial.
De acordo com as novas regras, para evitar a
suspensão de benefícios de forma indevida, o INSS
receberá dados de outros órgãos públicos federais,
preferencialmente biométricos. Essas informações são
cruzadas com outras que constam na base do governo.
Em fevereiro, o instituto informou que mais de 4
milhões de beneficiários estavam sendo convocados
para realizar a prova de vida.
Fonte: Agência Brasil
22/03/2024 -
STF derruba tese da revisão da vida toda a
aposentados do INSS
Corte mudou entendimento em julgamento de ações
nesta quinta-feira
Brasília, via Agência Brasil – O Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (21)
derrubar o entendimento da própria Corte que
autorizou a revisão da vida toda de aposentadorias
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A reviravolta do caso ocorreu durante o julgamento
de duas ações de inconstitucionalidade contra a Lei
dos Planos de Benefícios da Previdência Social (Lei
8.213/1991).
Por 6 votos a 5, o STF decidiu que os aposentados
não têm direito de optarem pela regra mais favorável
para recálculo do benefício.
A mudança de entendimento ocorreu porque os
ministros julgaram as duas ações de
inconstitucionalidade, e não o recurso
extraordinário no qual os aposentados ganharam o
direito à revisão.
Em 2022, quando o Supremo estava com outra
composição plenária, foi reconhecida a revisão da
vida toda e permitido que aposentados que entraram
na Justiça possam pedir o recálculo do benefício com
base em todas as contribuições feitas ao longo da
vida.
O STF reconheceu que o beneficiário pode optar pelo
critério de cálculo que renda o maior valor mensal,
cabendo ao aposentado avaliar se o cálculo de toda
vida pode aumentar ou não o benefício.
Segundo o entendimento, a regra de transição feita
pela Reforma da Previdência de 1999, que excluía as
contribuições antecedentes a julho de 1994, quando o
Plano Real foi implementado, pode ser afastada caso
seja desvantajosa ao segurado.
Os aposentados pediram que as contribuições
previdenciárias realizadas antes de julho de 1994
sejam consideradas no cálculo dos benefícios. Essas
contribuições pararam de ser consideradas em
decorrência da reforma da previdência de 1999, cujas
regras de transição excluíam da conta os pagamentos
antes do Plano Real.
Reportagem de André Richter, com edição de Carolina
Pimentel
Fonte: Rede Brasil Atual
22/03/2024 -
35% consideram governo Lula ótimo ou bom e 30% o
veem como regular, diz Datafolha
De acordo com os números, as avaliações positivas
chegar a 65%, considerando a soma entre 'ótimo',
'bom' e 'regular'
A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira
(21) pelo jornal "Folha de S.Paulo", mostrou que,
para 35% dos brasileiros, o governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é ótimo ou bom (eram
38% em dezembro).
De acordo com os números, 33% acham que a gestão é
ruim ou péssima (eram 30% em dezembro); 30%
consideram o governo regular (o mesmo valor de
dezembro), e 2% não souberam ou não opinaram (o
mesmo valor de dezembro).
Foram entrevistadas 2.002 pessoas de 16 anos ou
mais, em 147 municípios, nos dias 19 e 20 de março.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para
mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
22/03/2024 -
Câmara aprova projeto do governo que moderniza
indústria brasileira
A matéria concede incentivos fiscais na
depreciação de máquinas e equipamentos incorporados
ao ativo de empresas e de setores a serem definidos
por decreto
A Câmara dos Deputados aprovou, terça-feira (19) à
noite, o projeto de lei que concede incentivos
fiscais na depreciação de máquinas e equipamentos
incorporados ao ativo de empresas e de setores a
serem definidos por decreto.
A matéria, que segue ao Senado, foi encaminhada pelo
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao
Congresso Nacional.
O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), que fez a
leitura do parecer, diz que a depreciação de um
ativo, de uma máquina ou de um equipamento pode
demorar vários anos. “Aliás, há depreciações que
alcançam até dez anos”, ressalta.
“O que este projeto faz? Ele reduz esse prazo de
depreciação, o que vai diminuir o custo ou o
prejuízo que ele possa ter com a depreciação, e
reduz a base de cálculo para a incidência da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e do
Imposto de Renda. Portanto, em vez de depreciar em
quatro anos, cinco anos ou dez anos, esse projeto de
lei poderá fazer a depreciação em dois anos, 50% no
primeiro ano e 50% no segundo ano”, explica
Benevides.
Para ele, trata-se de um “avanço extraordinário
proposto pelo governo”, por meio dos ministros
Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin
(Desenvolvimento) e Rui Costa (Casa Civil).
“Esse projeto está dando uma oportunidade para
setores que estão precisando renovar o seu parque
industrial”, completa.
Na análise do deputado cearense, quando se altera a
máquina, amplia-se a produtividade e salários.
“Portanto, essa matéria tem um impacto
macroeconômico muito significativo. Isso, inclusive,
permite que esse valor de R$ 3,4 bilhões de
incentivos seja dado, R$ 1,7 bilhão, já em 2024”,
observa.
Reindustrialização
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães
(PT-CE), diz que o projeto é fundamental para a
reindustrialização do Brasil.
“Essa é uma proposta do que tem um único objetivo:
dar clareza para o país de que o Brasil hoje tem uma
nova política industrial. São novos investimentos,
inovação na geração de emprego”, defende.
O vice-presidente Alckmin afirma que o projeto é uma
prioridade do governo e também da Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
“Nós precisamos renovar o parque industrial que está
envelhecido, trocar as máquinas e equipamentos para
ganhar competitividade. Eu compro uma máquina e levo
10, 15 anos para depreciar. Por esse projeto, vai
ser depreciado em dois anos”, comemora.
Fonte: Portal Vermelho
22/03/2024 -
Entidades do setor produtivo pedem cortes maiores na
Selic
Para CNI, Copom tem de considerar impacto dos
juros sobre economia
A redução da Taxa Selic (juros básicos da economia)
em 0,5 ponto percentual recebeu críticas do setor
produtivo. Entidades da indústria e centrais
sindicais pediram mais ousadia do Banco Central (BC)
na hora de cortar os juros.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
destacou que o corte de 0,5 ponto é insuficiente.
Segundo a entidade, a inflação controlada permite
reduções maiores que barateariam o crédito para
investimentos e impulsionariam a política de
reindustrialização.
“É importante que o Banco Central compreenda a
realidade brasileira e dê a sua contribuição para a
tão necessária redução do custo financeiro suportado
pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias
produtivas, e pelos consumidores. Sem essa mudança
urgente de postura, fica mais difícil avançar na
agenda de neoindustrialização, o que,
consequentemente, anula oportunidades de mais
prosperidade econômica para o país”, destacou em
nota o presidente da CNI, Ricardo Alban.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan) pediu que o BC não mexa no ritmo
dos cortes e mantenha a redução de 0,5 ponto nas
próximas reuniões. Em comunicado emitido logo após a
reunião, o Copom informou que pretende fazer apenas
um corte adicional de 0,5 ponto em maio, indicando
que deve interromper o ciclo de reduções dos juros
em junho.
“Essa queda de 0,5 ponto percentual precisa ser
mantida nas próximas reuniões do Comitê de Política
Monetária, haja vista que a economia e, sobretudo, a
indústria seguem sofrendo os efeitos da taxa ainda
elevada. O resultado negativo da produção industrial
em janeiro reflete bem esse cenário”, destacou a
entidade.
Centrais sindicais
Embora tenham indicado que os cortes estão na direção
certa, as entidades de trabalhadores também
criticaram a decisão do Banco Central. Para as
centrais sindicais, o nível ainda alto da taxa de
juros prejudica a recuperação da economia.
“Não há o que comemorar, pelo contrário.
Simplesmente significa que o Banco Central está
praticando uma política monetária prejudicial ao
desenvolvimento do país há anos. Porque, mesmo tendo
chegado ao menor nível em dois anos, o índice ainda
é alto e trava a economia brasileira”, destacou em
nota a presidenta da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e
vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Juvandia Moreira.
Para a Força Sindical, a queda da Selic em 0,5 ponto
é tímida e insuficiente para aquecer o consumo,
gerar empregos, melhorar o Produto Interno Bruto
(PIB) e distribuir renda. “Um pouco mais de ousadia
traria enormes benefícios para o setor produtivo,
que gera emprego e renda e anseia há tempos por um
crescimento expressivo da economia. É um absurdo
esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco
Central”, criticou em comunicado o presidente da
Força, Miguel Torres.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2024 -
Oposição trava pauta na CAS, querem aprovar projeto
contra taxa assistencial
A reunião deliberativa desta quarta-feira
(20), na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do
Senado, foi cancelada. A oposição, sob a liderança
do senador Rogério Marinho (PL-RN), obstrui os
trabalhos; querem votar o PL 2.099/23, que veta a
exigência de pagamento da taxa assistencial, de
membros de categorias econômicas e profissionais, e
de não sindicalizados.
O projeto já foi aprovado na CAE (Comissão de
Assuntos Econômicos), com parecer favorável de
Marinho, que quer aprová-lo, agora, na CAS.
O senador Paulo Paim (PT-RS) é o relator da matéria
na CAS e tem entendimento, em relação ao PL 2.099,
diferente de Rogério Marinho.
Construção de entendimento
Paim informou que há nos bastidores mobilização entre
empresários, trabalhadores e representantes do
governo para que haja entendimento sobre o projeto e
por esta razão ainda não apresentou o relatório.
Ele disse que não tem a intenção de atropelar essa
negociação, que sempre defendeu o diálogo e vai
buscar ouvir todos os envolvidos para apresentar
parecer de consenso.
“Há um movimento muito firme, muito concreto, muito
positivo, conciliador, eu diria, que está reunindo
empresários, trabalhadores, líderes de centrais, de
confederações, o próprio ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, está ajudando nessa construção”. “E, nesse
caso, eu estou esperando”, disse.
Ciclos de debates
“A partir do momento que eles chegarem a um acordo eu
vou tranquilamente apresentar meu relatório na mesma
linha dessa construção coletiva.”
“Não sou dono da verdade, não quero que prevaleça o
meu ponto de vista, mas uma negociação que envolva
todos os setores, que eu percebo que há boa vontade
dos empresários, boa vontade dos sindicalistas, e a
boa vontade do governo é possível construir esse
acordo”, esclareceu Paim, ao sugerir ciclos de
debates sobre o tema.
Fonte: Diap
21/03/2024 -
Eleições 2024: saiba prazos para dirigentes
sindicais que desejam disputar algum cargo
Dirigentes sindicais que planejam participar das
eleições municipais de 2024 têm até o dia 6 de junho
devem marcar o dia 6 de junho para se licenciar ou
se desincompatibilizar de seus cargos. Caso
contrário, correm o risco de se tornarem
inelegíveis.
A licença ou desincompatibilização não implica na
renúncia do mandato sindical nem em outras
prerrogativas associadas a ele. Ou seja, caso o
candidato não seja ratificado na convenção
partidária, ele ou ela pode retomar o mandato
sindical. Da mesma forma, se eleito ou não, o
candidato pode prosseguir com suas funções
sindicais.
Datas importantes para as eleições 2024
A menos de um ano das eleições municipais, marcadas
para 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro
(segundo turno), é fundamental observar algumas
datas cruciais relacionadas ao processo eleitoral.
Os eleitores têm até 8 de maio de 2024 para garantir
que seus títulos eleitorais estejam regularizados
nos cartórios eleitorais, assegurando assim o
direito ao voto nas eleições municipais.
Nessa mesma data, encerra-se o prazo para
alterações, inscrições, transferências ou
reativações de títulos cancelados, conhecido como
fechamento de cadastro.
Aqueles que deixaram de cumprir essa obrigação em
2022 sem justificativa precisam pagar multa para
regularizar sua situação na Justiça Eleitoral e
poder votar em 2024.
O calendário eleitoral também estipula prazos para
os candidatos e partidos. De 6 de março a 6 de abril
ocorre a chamada “janela partidária”, durante a qual
os candidatos com cargo eletivo podem trocar de
partido sem perder o mandato.
Em 6 de abril também, seis meses antes das eleições,
termina o prazo para secretários municipais ou
ocupantes de cargos de confiança que pretendem
concorrer se desincompatibilizarem de suas funções.
Servidores públicos que desejam concorrer têm até 6
de julho, três meses antes das eleições, para se
licenciarem de seus cargos.
Federações partidárias
As federações partidárias, criadas em 2022, exigem que
os partidos lancem candidaturas únicas para prefeito
e a mesma chapa para vereadores.
Ao contrário das coligações, que se desfaziam após
as eleições, as siglas devem atuar em conjunto após
o pleito até o final do mandato.
Atualmente, existem três federações ativas: Brasil
da Esperança (PT, PCdoB e PV), PSol-Rede e
PSDB-Cidadania.
Calendário Eleitoral 2024
Aqui estão as principais datas do calendário eleitoral
municipal. Embora ainda não tenham sido divulgadas
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estas são as
datas oficiais, previstas com base na Lei das
Eleições e na Constituição Federal:
6/03 – Início da janela para troca de partido
sem perder o mandato;
6/04 – Fim da janela para trocas partidárias,
prazo para filiação partidária para se candidatar e
desincompatibilização;
15/05 – Pré-candidatos passam a poder fazer
ações de arrecadação financeira;
6/06 – Dirigentes sindicais e ocupantes de
outros cargos devem deixar o posto, a fim de
candidatar-se;
30/06 – Comentaristas e apresentadores de TV
não podem mais entrar no ar, caso se candidatem;
6/07 – Candidatos não podem mais participar
de inaugurações de obras públicas é propaganda
institucional fica restrita;
20/07 – Abertura do prazo para convenções
partidárias;
5/08 – Término do prazo para convenções
partidárias;
15/08 – Limite para registro de candidatura,
até às 19h;
16/08 – Início da propaganda eleitoral;
30/08 – Início da propaganda eleitoral em
rádio e TV;
4/10 – Último dia para realização de
comícios, debates e fim da propaganda eleitoral;
5/10 – Último dia para propaganda de rua e na
internet; e
6/10 – 1º turno das eleições.
2º turno
11/10 – Início da propaganda de rádio e TV
para o 2º turno;
25/10 – Fim da propaganda de rádio e TV para
o 2º turno;
26/10 – Último dia para realização de
comícios, debates e fim da propaganda eleitoral no
2º turno;
27/10 – 2º turno das eleições; e
19/12 – Fim do prazo para a diplomação dos
eleitos.
Fonte: Portal CSB
21/03/2024 -
Fase é de mais empregos e melhores salários
O Novo Caged, referente a janeiro, traz boas
notícias. Elas foram anunciadas dia 15 pelo ministro
do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Os dados
mostram que saldo de empregos em janeiro de 2024 foi
de 180.395 postos de trabalho, ficando positivo em
25 das 27 unidades de Federação. Houve avanço em
quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades
econômicas.
O maior crescimento do emprego formal se deu no
setor de Serviços – mais 80.587 postos. O segundo
maior gerador foi a Indústria, com novos 67.029
empregos formais. Depois, Construção Civil, saldo de
49.091, e Agropecuária, que gerou 21.900 postos de
trabalho (+1,2%).
Os maiores saldos foram verificados no Estado de São
Paulo, com 38.499 postos (+0,3%); Santa Catarina,
26.210 (+1,1%), principalmente na indústria
(+14.257); e Rio Grande do Sul, com novas 20.810
vagas (+0,8%), sobretudo na agropecuária (10.700) e
indústria (6.834).
Salários – O salário médio real de admissão
foi de R$ 2.118,33. Aumento de R$ 69,24 comparado a
dezembro de 2023 (R$ 2.049,09).
Confiança – “O que explica essa fase positiva
é a confiança. Empresário só investe se sentir um
ambiente favorável, que enseje sucesso nos
negócios”, comenta Pedro Afonso Gomes, presidente do
Corecon-SP.
Esse ambiente favorável depende de vários fatores,
mas especialmente de políticas governamentais. Ou
seja, a mão visível do governo se faz sentir no
aumento do salário mínimo, ampliação de programas
sociais e mesmo na queda da taxa Selic.
Salário – O aumento da massa salarial,
conforme avalia o presidente do Corecon-SP, tem
relação direta com os ganhos dos trabalhadores que
chegam ao mercado, passam a ter renda mais estável e
ampliam seu poder de consumo.
Mais – Ministério do Trabalho e Emprego,
Dieese e Corecon-SP
Fonte: Agência Sindical
21/03/2024 -
Moraes dá 15 dias para PGR opinar sobre indiciamento
de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), deu prazo de 15 dias para a
Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar
sobre o relatório no qual a Policia Federal (PF)
indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16
pessoas pela suposta fraude do certificado de
vacinação para covid-19.
Será a primeira oportunidade para o procurador-geral
da República, Paulo Gonet, avaliar uma investigação
envolvendo Bolsonaro. Gonet vai decidir se denuncia
o ex-presidente e os demais acusados ao Supremo.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
ao cargo, o procurador tomou posse em dezembro do
ano passado.
O sigilo sobre o relatório da PF foi retirado nesta
quarta (19) por Moraes. Conforme as investigações,
ao menos nove pessoas teriam se beneficiado de um
esquema de fraude, montado pelo ex-ajudante de
ordens Mauro Cid, incluindo a esposa e três filhas,
Bolsonaro e sua filha e o deputado Gutemberg Reis de
Oliveira (MDB-RJ).
Cid teria inserido informações falsas no sistema do
Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar a
entrada e a saída de Bolsonaro dos Estados Unidos,
burlando exigências sanitárias contra a covid-19
impostas pelos EUA e também pelo Brasil. Ambos
países exigiam a vacinação contra doença para
interessados em cruzar a fronteira.
Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o
advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a
divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam
aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável
quando a autoridade usa a imprensa para comunicar
ato formal que logicamente deveria ter revestimento
técnico e procedimental ao invés de midiático e
parcial”, escreveu.
Fonte: Agência Brasil
21/03/2024 -
Vai à CCJ criação do Dia da Igualdade Salarial entre
Homens e Mulheres
A Comissão de Educação (CE) aprovou projeto (PL
1372/2021) que cria o Dia Nacional da Igualdade
Salarial a ser celebrado em 4 de julho. A data foi
alterada pela relatora, senadora Teresa Leitão
(PT-PE), para coincidir com a publicação da
Convenção 100 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT). Do senador Paulo Paim (PT-RS), o
projeto estabelece critérios para garantir a
igualdade de remuneração entre homens e mulheres,
que devem ser acessíveis aos empregados.
Fonte: Agência Senado
20/03/2024 -
Sindicalismo: TST decide regular a contribuição
negocial
Na sessão plenária ocorrida ontem, 18.03.2024, o TST
resolveu regulamentar a contribuição negocial dos
sindicatos, a qual vem gerando debates e insegurança
jurídica, apesar da decisão adotada em setembro de
2023 pelo STF, ao aprovar nova redação à tese
consagrada no tema 935. Na ocasião, o Supremo lançou
a seguinte tese: “É constitucional a instituição,
por acordo ou convenção coletivos, de contribuições
assistenciais a serem impostas a todos os empregados
da categoria, ainda que não sindicalizados, desde
que assegurado o direito de oposição.” A principal
questão posta no TST é o direito de oposição, mas
aspectos correlatos poderão ser enfrentados.
O TST chegou a esta conclusão ao entender
preocupante a forma como os sindicatos vêm tratando
o direito de oposição pelos não filiados. A Seção de
Dissídios Coletivos e outras Turmas possuem, ao
todo, mais de 2.000 processos sobre o assunto. O
Ministro Caputo Bastos, um dos componentes da SDC,
suscitou o Incidente e relatou a instauração do IRDR
nº 100154-39.2024, para que a Corte resolva a
questão, em âmbito geral.
O Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR)
está disciplinado no art. 976 e seguintes, do Código
de Processo Civil. Após a admissibilidade prevista
no art. 981, CPC, o que ocorreu na sessão plenária,
o Tribunal se debruçará sobre a questão de fundo,
cujo julgamento final será vinculante a toda a
Justiça do Trabalho.
Os Ministros consideraram que correm, no STF, dois
Embargos de Declaração, um dos quais tratando do
direito de oposição, se será em assembleia ou de
forma individual, mas que este fato não é impeditivo
para que o TST analise a matéria (Embargante:
SINDIMAQ). Afinal, se sobrevier decisão do STF sobre
o direito de oposição dos não filiados, a decisão do
TST ficará prejudicada ou suplantada, conforme o
caso. O segundo recurso de Embargos de Declaração é
do PGR e trata de: (a) qualificar como conduta
antissindical a prática das empresas que induzem os
trabalhadores a apresentarem carta de oposição ao
desconto; e (b) modular os efeitos da decisão do
STF, para evitar cobranças retroativas.
A contribuição assistencial ou negocial encontra
previsão no tema 935, do STF, ao contrário da
negação contida na Reforma Trabalhista. Para a
sobrevivência financeira dos sindicatos, a decisão
do STF é a única previsão efetiva e concreta no
ordenamento pátrio, embora projetos de lei estejam
sendo gestados pelo Governo, pelas Centrais e pelos
parlamentares.
Como se vê, o tema é de larga importância a todas as
entidades sindicais do país, as quais deverão se
preparar para solicitarem intervenção no processo,
no momento oportuno, a fim de subsidiar o Tribunal
com elementos que possam contribuir para o
lançamento de sua tese final.
Sobre este assunto, veja-se opinião manifestada
neste site no artigo do prof. Gérson Marques,
intitulado “Retorno da taxa negocial: efeitos e
abrangência da decisão do STF”.
Sessão do Pleno do TST:
https://www.youtube.com/watch?v=KXa_foAAxrI,
processo a partir de 2:20:50 (último da sessão).
Fonte: Excola Social
20/03/2024 -
Bolsonaro é indiciado por fraude em cartão de
vacinação de covid
CGU concluiu que registro de imunização do
ex-presidente é falso
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta terça-feira
(19) o ex-presidente Jair Bolsonaro por fraude em
cartão de vacinação para covid-19. Em janeiro, a
Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que é
falso o registro de imunização contra a doença que
consta do cartão de vacinação de Bolsonaro. A
investigação originou-se de um pedido à Lei de
Acesso à Informação (LAI) formulado no fim de 2022.
Os dados atuais do Ministério da Saúde, que aparecem
no cartão de vacinação, apontam que o ex-presidente
se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica
de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São
Paulo. A CGU, no entanto, constatou que Bolsonaro
não estava na capital paulista nessa data e que o
lote de vacinação que consta no sistema da pasta não
estava disponível naquela data na UBS onde teria
ocorrido a imunização.
Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o
advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a
divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam
aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável
quando a autoridade usa a imprensa para comunicar
ato formal que logicamente deveria ter revestimento
técnico e procedimental ao invés de midiático e
parcial”, escreveu.
Ex-ajudante indiciado
O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro, também foi indiciado pela PF. Ele é
apontado como articulador da emissão de cartões
falsos de vacinação contra a covid-19 para o
ex-presidente e familiares dele. Em novo depoimento
à PF na semana passada, Mauro Cid chegou a responder
a perguntas sobre a investigação.
Esta foi a sétima vez que Mauro Cid esteve na
Polícia Federal. Em três delas, ficou em silêncio.
Após firmar acordo de delação premiada, o coronel
passou a responder a todas as perguntas feitas nos
últimos quatro interrogatórios.
Fonte: Agência Brasil
20/03/2024 -
Empresas devem acessar relatório de transparência
salarial a partir de 21 de março
As 51.073 empresas devem publicar o relatório,
disponibilizado pelo MTE, até o dia 31 de março,
segundo a Lei da Igualdade Salarial
As empresas que enviaram as informações sobre a
transparência salarial e critérios remuneratórios
para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
deverão, a partir de 21 de março, acessar o seu
relatório disponibilizado pelo portal do Emprega
Brasil. De posse deste relatório, a empresa tem até
o dia 31 de março para publicar em suas redes
sociais, site ou em instrumentos similares, sempre
em local visível, garantida a ampla divulgação para
seus empregados, trabalhadores e público em geral.
O MTE observa que somente o relatório, que será
divulgado a partir do dia 21 de março, deve ser
considerado como oficial. Informações disseminadas
antes desta data, devem ser ignoradas.
“A área técnica do MTE ainda está trabalhando para
consolidar os dados que serão disponibilizados no
portal Emprega Brasil na próxima quinta (21)”,
ressalta a subsecretária de Estatísticas e Estudos
do Trabalho do MTE, Paula Montagner.
As empresas com 100 ou mais funcionários tiveram até
o dia 8 de março para mandar as informações sobre a
transparência salarial e critérios remuneratórios
para o MTE, conforme determina a Lei de Igualdade
Salarial. Com as informações, o MTE produziu um
relatório que deverá ser publicado pela empresa até
o dia 31 de março.
A perspectiva do Ministério do Trabalho e do
Ministério das Mulheres é ainda no mês de março
divulgar um balanço completo, a partir dos dados
enviados pelas empresas, sobre a igualdade salarial
e critérios remuneratórios entre mulheres e homens
que exercem trabalho de igual valor ou atuam na
mesma função. Na solenidade de divulgação dos dados,
será publicado o decreto do Plano Nacional de
Igualdade Salarial e Laboral.
Sobre a Lei - Em 3 de julho de 2023, foi
sancionada a Lei nº 14.611, que aborda a igualdade
salarial e de critérios remuneratórios entre homens
e mulheres no ambiente de trabalho, modificando o
artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Empresas com mais de 100 empregados devem
adotar medidas para garantir essa igualdade,
incluindo transparência salarial, fiscalização
contra discriminação, canais de denúncia, programas
de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de
mulheres. A lei é uma iniciativa do Ministério do
Trabalho e Emprego e do Ministério das Mulheres.
Fonte: MTE
20/03/2024 -
INSS deve parar de cobrar idoso que recebeu
benefício a mais de boa-fé
Juiz ordena que INSS deixe de descontar dívida de
R$ 83 mil de idoso
A proteção da boa-fé é um princípio constitucional e
deve prevalecer quando em conflito com norma
jurídica que dispõe sobre os benefícios da
Previdência Social.
Esse foi o entendimento adotado pelo juiz Antônio
Lúcio Túlio de Oliveira Barbosa, da Vara Federal com
JEF Adjunto de Teófilo Otoni (MG), para dar
provimento a uma ação declaratória de nulidade de
descontos sobre benefício previdenciário.
No caso concreto, o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) cobrava R$ 83 mil de um idoso, com a
alegação de que ele havia recebido benefício de
prestação continuada (BPC) indevidamente entre 2006
e 2015.
Por seu lado, o autor da ação alegou que, após
alcançar os requisitos legais, obteve
administrativamente o benefício. Contudo, depois de
uma reavaliação, o INSS cancelou o benefício por
entender que a concessão foi indevida, determinando
a devolução dos valores recebidos.
Desconto de 30%
Em seguida, o idoso passou a sofrer um desconto de 30%
no seu benefício. Ao Poder Judiciário, ele pediu a
declaração de nulidade da cobrança, com o argumento
que os valores foram recebidos de boa-fé.
Ao analisar o caso, o julgador concluiu que a
simples alegação do INSS de que o demandante omitiu
informações propositalmente deve ser afastada, já
que a própria autarquia, posteriormente, concedeu a
ele novo benefício assistencial.
Diante disso, o juiz concedeu tutela de urgência
para determinar que o INSS se abstenha de deduzir do
benefício previdenciário os valores que estão sendo
descontados a título de ressarcimento ao erário.
O autor foi representado pelo advogado Olavo
Ferreira dos Santos Filho.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 6001484-34.2023.4.06.3816
Fonte: Conjur
20/03/2024 -
Prévia do PIB brasileiro cresce 0,6% em janeiro
A economia brasileira começou 2024 em expansão.
Considerado uma espécie de prévia do Produto Interno
Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-Br) cresceu 0,6% em janeiro,
superando a projeção do mercado financeiro de alta
de 0,26%.
Na comparação com janeiro do ano passado, o
indicador cresceu 3,45%. No acumulado de 12 meses
terminados em janeiro, o índice acumula alta de
2,47%. Os dados são desassonalizados, livres de
oscilações associadas a uma determinada época do
ano.
Apesar da alta em janeiro, o IBC-Br desacelerou em
relação a dezembro, quando registrou crescimento de
0,82%. Divulgado todos os meses pelo Banco Central,
o IBC-Br analisa a atividade econômica em três
componentes: indústria, comércio e serviços.
Esse é o quinto mês seguido de alta no IBC-Br.
Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior,
o fato de o indicador ter crescido além das
previsões das instituições financeiras mostra que a
economia brasileira atravessa um momento favorável.
Fonte: Agência Brasil
19/03/2024 -
IEA da USP debate IA no mundo do trabalho: impactos,
inquietudes e desafios
Seminário inaugura ciclo de reflexões e debates sobre
alguns impactos adversos — até agora ocultados ou
negligenciados — da IA (inteligência artificial) no
mundo do trabalho. Apesar, segundo os organizadores,
de a grande relevância ética e bioética desse
instrumento tecnológico.
Este vai ser o segundo evento do ciclo de debates
promovido pelo IEA (Instituto de Estudos Avançados)
da USP (Universidade de São Paulo). Dia 26 de março,
a partir das 14h, na Rua da Praça do Relógio, 109,
térreo, na Sala Alfredo Bosi, Cidade Universitária,
São Paulo.
Os expositores e debatedores irão abordar temas
como: IA, gênero e trabalho; os custos da IA para a
natureza e a sociedade; e as condições de trabalho e
impactos na saúde dos trabalhadores brasileiros
inseridos em plataformas de treinamento de dados
para a produção de IA.
Os debates vão incluir a análise de como a gestão
algorítmica do trabalho opera para garantir a adesão
dos trabalhadores às plataformas e para ocultar os
conflitos do trabalho, direcionando-os para o nível
individual e produzindo cenário de individualização
do sofrimento.
Ainda segundo os organizadores, vai ser dada
“atenção especial” aos riscos psicossociais
decorrentes do trabalho de moderação de conteúdos
violentos e pornográficos em mídias sociais.
O ciclo de reflexões e debates sobre impactos,
inquietudes e desafios decorrentes dos usos da IA no
mundo do trabalho prossegue no 3º Seminário
Interdisciplinar, que vai ocorrer dia 30 de abril.
Fonte: Diap
19/03/2024 -
Dieese avalia recente alta na cesta básica
O preço da cesta básica subiu em 14 das 17 Capitais
onde o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos realiza mensalmente a
Pesquisa Nacional. Entre janeiro e fevereiro, maior
alta ocorreu no Rio de Janeiro, 5,18%; e a menor, em
Florianópolis, – 2,12%.
Para a economista Patrícia Lino Costa,
Superintendente da Pesquisa de Preços da Cesta do
Dieese, uma das causas é a instabilidade climática.
Durante o El Niño, por exemplo, o clima tende a ser
mais quente e seco em algumas regiões, gerando queda
na produtividade da soja, milho, café e outros
gêneros. Algumas áreas podem sofrer chuvas intensas
e enchentes.
Patrícia analisa outras questões. Ela diz: “O Brasil
acabou de certa forma vinculando o preço interno ao
externo. Assim, quando há oscilações lá fora elas se
refletem também internamente”. E prossegue: “Durante
os anos Bolsonaro, houve alta nos preços nacionais
junto aos internacionais. Quando isso ocorre, o
produtor segura a mercadoria, buscando vender na
alta”.
Gêneros – Feijão aumentou em todas as
Capitais. O preço médio do arroz subiu em 14. Já o
preço do óleo de soja caiu em 15 das Capitais.
Segundo a economista, “o aumento do feijão decorre
da entressafra e diminuição da área plantada”. No
caso do arroz, ela diz, o motivo é a estratégia dos
produtores de segurar a produção de olho na
exportação.
Políticas – Mas a economista não vê por que
se preocupar. “O Brasil hoje tem reforçado políticas
capazes de barrar aumentos. Daí a importância de se
apoiar, por exemplo, a Companhia Nacional de
Abastecimento”, ela observa.
Patrícia Costa acredita que, com a mudança de
orientação na Conab, possam ser manejados os
estoques reguladores quando do período de alta. Em
2023, o governo comprou 500 toneladas de milho, a
fim de garantir o preço mínimo e evitar a
especulação.
Alimentos têm peso na inflação e podem elevar o
INPC, como já aconteceu. Porém, segundo a
economista, as ações pró-agricultura familiar, os
estoques reguladores e uma política nacional de
abastecimento, via Conab, são contrapartida pra que
não haja descontrole da inflação, como ocorreu em
2020.
Mais – Sites do Dieese e da Conab.
Fonte: Agência Sindical
19/03/2024 -
Marinho quer enviar projeto sobre FGTS ainda em
março ao Congresso
Um dos pontos defendidos pelo ministro do
Trabalho é a mudança no saque-aniversário,
modalidade que permite a retirada anual de valores
do fundo
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou
que, se depender dele, o governo enviará ainda em
março ao Congresso projetos de lei (PLs) para
promover alterações no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
O saque-aniversário, modalidade que permite ao
trabalhador retirar anualmente valores do FGTS, mas
restringe o acesso aos recursos do fundo em caso de
desemprego, é um dos pontos que precisam ser
modificados, segundo o ministro.
Para Marinho, “se não acabar com o saque-aniversário
do FGTS, não se resolve problema do trabalhador”.
Desde que assumiu a pasta, o ministro fala em
alterar a regra, que foi criada durante o governo
Jair Bolsonaro (PL). “É preciso que a gente resgate
o FGTS para as funções constituídas, que é apoio do
trabalhador no infortúnio do desemprego”, disse
Marinho.
O ministro citou que, atualmente, há cerca de R$ 100
bilhões de recursos do fundo alienados junto aos
bancos. “Isso enfraquece o FGTS e cria distorção ao
trabalhador no infortúnio do desemprego”.
Fonte: Estadão
19/03/2024 -
Lava Jato destruiu 4,44 milhões de empregos, aponta
estudo
Principais empreiteiras perderam 85% das receitas
em 4 anos
A operação que prometia combater a corrupção no
setor de petróleo e gás custou caro à economia e
deixa o desafio da reconstrução de setores . A Lava
Jato resultou na destruição de 4,44 milhões de
empregos entre 2014 e 2017 e reduziu o Produto
Interno Bruto (PIB) em 3,6% no mesmo período. De
2015 a 2018, as maiores construtoras brasileiras
perderam 85% da receita.
As conclusões constam de dois estudos que analisaram
o impacto econômico da Lava Jato, que completa 10
anos. O primeiro, do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
rastreou os efeitos de 2014 a 2017 dos setores
afetados diretamente e indiretamente pela operação.
O segundo, das universidades Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj),
mensurou as consequências sobre as construtoras e a
indústria pesada.
O estudo da UFRJ e da Uerj estimou em R$ 142 bilhões
as perdas nos setores de construção civil, indústria
naval, engenharia pesada e indústria metalmecânica.
Os efeitos, no entanto, vão além dos segmentos
diretamente investigados pela operação e que tiveram
de fechar delações premiadas e acordos de leniência.
Segundo o Dieese, dos 4,44 milhões de postos de
trabalho perdidos, 2,05 milhões ocorreram nos
setores e nas cadeias produtivas diretamente
afetadas pela Lava Jato. Os 2,39 milhões de empregos
restantes foram destruídos em setores prejudicados
pela queda da renda e do consumo, como comércio,
transporte e alimentação.
Menos emprego e renda se traduzem em investimentos
menores. O estudo do Dieese estima que a Lava Jato
reduziu os investimentos públicos e privados em R$
172,2 milhões entre 2014 e 2017. O segmento mais
atingido foi a construção civil, com perda de R$
35,9 bilhões, seguido por comércio (R$ 30,9
bilhões); extração de petróleo e gás, inclusive
setores de apoio (R$ 29,2 bilhões); atividades
imobiliárias (R$ 22 bilhões); e intermediação
financeira, seguros e previdência complementar (R$
17,5 bilhões).
“Nosso estudo abordou o impacto em cadeia, porque os
setores da economia são interligados e perdas em um
segmento podem transbordar para toda a economia”,
explica o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior. A entidade usou a técnica de matriz
insumo-produção, que registra os fluxos de bens e
serviços e demonstra as relações intersetoriais
dentro do sistema econômico de um país.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
19/03/2024 -
Centrais Sindicais se preparam para o 1° de Maio
Unitário
Na última sexta-feira (15), as centrais sindicais se
reuniram, na sede da UGT em São Paulo, para debater
a mobilização e organização do 1º de Maio Unitário.
Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores no Estado de São
Paulo (NCST), participou do encontro representando a
Nova Central.
Fonte: NCST
19/03/2024 -
O sindicalismo e suas lutas na visão de Rogério
Magri
Antônio Rogério Magri, eletricitário, foi presidente
do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo de 1978
a 1990. Em maio de 1989 foi eleito presidente da
Central Geral dos Trabalhadores (CGT). Foi Ministro
do Trabalho no governo Collor. Atualmente é
secretário geral da UGT- São Paulo, e assessor de
diversas entidades de classe.
Nesta entrevista feita pelo Centro de Memória
Sindical, você vai conhecer um pouco da história do
sindicalismo brasileiro e como Magri atuou em
períodos importantes dos anos 80, como a organização
da CONCLAT de 1981, a greve geral de 1983 e nos
enfretamentos ocorridos em debates sobre que rumo o
movimento sindical deveria tomar.
Entrevista gravada em 14 de dezembro de 2023 na sede
da Federação dos Comerciários de São Paulo (Fecomerciários)
e UGT São Paulo.
Clique aqui e confira a entrevista!
Fonte: Rádio Peão Brasil
18/03/2024 -
Nota das centrais: patrões querem manter misoginia
contra as trabalhadoras
As Centrais Sindicais abaixo assinadas repudiam a
atitude da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
e da Confederação Nacional de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) de tentar destruir no Supremo Tribunal
Federal a Lei 14.611/2023, conhecida como Lei da
Igualdade Salarial.
A referida lei é fruto de uma demanda histórica não
apenas do movimento feminista, mas de todo o
movimento dos trabalhadores, que, por princípio,
luta por igualdade e justiça em todos os aspectos da
sociedade.
Além disso, é importante ressaltar que não se trata
de um projeto de um governo ou de uma parcela da
sociedade, mas que foi aprovado por ampla maioria no
Congresso Nacional, com apoio de partidos de
diferentes orientações políticas.
As entidades patronais, que representam empresas que
frequentemente fazem propaganda de como apoiam a
igualdade e o respeito às mulheres, argumentaram na
ação de que a lei desconsidera casos em que a
diferença salarial é, sim, justificada.
Levando-se em consideração de que a Lei da Igualdade
Salarial deixa claro que os salários devem ser
iguais para pessoas que desempenham a mesma função e
cumprem a mesma carga horária, fica claro o absurdo
do argumento, uma vez que nada justificaria tal
diferença a não ser, justamente, a questão de
gênero.
Os representantes patronais desconsideram até mesmo
dados econômicos que seriam relevantes para seus
próprios interesses, uma vez que estudos demonstram
que o fim de práticas discriminatórias contra as
mulheres no mercado de trabalho estimularia o
crescimento econômico, conforme apontou relatório
recente do Banco Mundial.
Esperamos que a CNI e CNC retirem a ADI junto ao STF
e, além disso, conscientizem-se de fato da
importância de haver igualdade salarial e de
oportunidades para as mulheres do Brasil.
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros), e Antonieta da Faria,
secretária da Mulher da CSB
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Fonte: Centrais
18/03/2024 -
GT de Erradicação do Trabalho Infantil avança com
participação da Nova Central
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
nesta quarta-feira (13/03), representada pela
suplente da diretora da Infância, Adolescência e
Juventude da entidade, Fanny Ferreira Melo,
participou da sétima reunião do GT Fluxo Nacional de
Atendimento a Crianças e Adolescentes em situação de
Trabalho Infantil.
Sobre sua participação, Fanny afirmou: "Destaco a
importância dos debates e escuta atenta dos vários
operadores do Sistema de Garantia de Direitos,
especialmente quanto à desconstrução de um
pensamento, visão e comportamento menorista, de
exclusão, punibilidade e segregação racial e social,
demonstrando os avanços, mas ainda enormes desafios
para romper com a violação de direitos que segue
ainda estrutural e institucional em nosso país".
Pontos discutidos
• Apresentação do Serviço de Convivência e
Fortalecimento dos Vínculos do SUAS;
• Apresentação do Serviço de Abordagem Social do SUAS;
• Apresentação da Nota Técnica Conselho Nacional de
Procuradores Gerais;
• Esclarecido que o papel de identificação de crianças
e adolescentes em situação de rua e trabalho
infantil é responsabilidade de toda a rede;
• Esclarecido que o CT não tem o papel de fiscalizar
situações de trabalho infantil, pois esta atribuição
é da Auditoria Fiscal do Trabalho;
• Esclarecido o contexto no qual a Nota Técnica do
CNPG foi emitida.
Encaminhamentos
• Sugestão de atualização da nota técnica do CNPG com
a participação da CONAETI e dos atores que atuam
diretamente com a temática;
• Atualizada as datas dos encontros do GT;
• Apresentação do cronograma de execução do GT;
• Link para drive compartilhado - iniciar a construção
do relatório;
• Proposta de apresentar os protótipos dos fluxos
construídos no GT em uma oficina no evento 12 de
junho e coletar contribuições.
Próximo encontro
• 05.04.2024 às 14 horas - apresentação do MPT,
CONANDA e FNCT.
Fonte: NCST
18/03/2024 -
Agenda Legislativa da Indústria será lançada em
sessão solene na terça
Será lançada na terça-feira (19), em sessão solene
do Congresso Nacional, a Agenda Legislativa da
Indústria 2024. A agenda, elaborada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), inclui os
projetos prioritários e as pautas mais relevantes
para a o setor produtivo. A sessão está marcada para
as 10 horas.
O requerimento para a sessão é do senador Mecias de
Jesus (Republicanos-RR) e do deputado Marcos Pereira
(Republicanos-SP). A Agenda Legislativa da Indústria
é lançada anualmente pela CNI desde 1996, sempre no
mês de março. A edição de 2024 será a 29ª lançada
pela entidade.
Entre os assuntos que devem ser prioridade da
confederação está a regulamentação da reforma
tributária, aprovada em 2023. O tema foi citado pelo
presidente da CNI, Ricardo Alban, durante o
Seminário RedIndústria, em fevereiro. Durante o
encontro, foram selecionadas as proposições que
fariam parte da agenda legislativa. Além da
regulamentação da reforma, o presidente da
confederação citou também projetos ligados à
economia verde.
Fonte: Agência Senado
18/03/2024 -
País fecha janeiro com saldo positivo de 180.395
empregos com carteira
Total de trabalhadores celetistas cresce 0,39%
O Brasil fechou janeiro com saldo positivo de
180.395 empregos com carteira assinada. O número é
resultado de 2.067.817 admissões e 1.887.422
desligamentos.
O estoque total de trabalhadores celetistas
apresentou crescimento de 0,39% em relação ao
estoque de dezembro de 2023, contabilizando
45.697.670 vínculos. O balanço é do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado
hoje (15), em Brasília, pelo Ministério do Trabalho
e Emprego.
Das 180.395 novas vagas, os homens representaram
134.697 e as mulheres 45.720. A faixa etária com
maior saldo foi de 18 a 24 anos com 89.523 postos de
trabalho. O ensino médio completo apresentou saldo
de 113.623 postos.
Entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, o Novo
Caged anotou saldo positivo de 1.564.257 empregos,
decorrente de 23.422.419 admissões e de 21.858.162
desligamentos.
Saldos positivos
Em janeiro, quatro dos cinco grandes grupamentos de
atividades econômicas acusaram saldos positivos. O
destaque ficou para o setor de serviços com 80.587
postos de trabalho; em seguida, aparece a indústria
geral, com 67.029 postos, principalmente na
indústria de transformação: 65.763 postos. Na
sequência, surgem a construção (49.091 postos) e a
agropecuária (21.900). O comércio registrou saldo
negativo de 38.212 empregos.
Todas as regiões brasileiras apresentaram saldo
positivo de empregos. A Região Sul, com 67.218
postos, teve crescimento de 0,81%; a Sudeste, com
57.243, e expansão de 0,25%; a Centro-Oeste, com
40.026 empregos e 0,99% de crescimento; a Nordeste
anotou 11.606 empregos e 0,15% de crescimento; e a
Norte ficou com 4.296 empregos e 0,19% de expansão.
Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem
foi admitido em janeiro também subiram, ficando em
R$ 2.118,32. Na comparação com dezembro, houve um
aumento real de R$ 69,23 no salário médio de
admissão, uma variação em torno de 3,38%.
Fonte: Agência Brasil
18/03/2024 -
Dissonância -João Guilherme Vargas Netto
O descasamento momentâneo entre os avanços positivos
da conjuntura econômica e social decorrentes das
ações do governo e a queda da avaliação do governo,
medida pelas pesquisas divulgadas, é um dado da
realidade que preocupa e merece atenção do movimento
sindical.
A dissonância, que tem muitas explicações, entre
elas a enormidade dos problemas a serem enfrentados,
o ritmo lento e inseguro do cumprimento das
promessas em comparação com as expectativas, as
fragilidades e defeitos da comunicação
governamental, uma oposição bolsonarista
intransigente, ativa, negacionista e as redes
sociais com a inevitável dispersão de assuntos,
confundem toda a sociedade e o movimento sindical
dos trabalhadores, exigindo deste uma avaliação
correta em que a solucionática predomine sobre a
problemática e não o contrário.
Para que o movimento sindical, compreendendo o real
alcance da disfunção, ajude aos trabalhadores, à
sociedade e ao governo a enfrentá-la é preciso
reforçar três tipos de procedimentos.
Em primeiro lugar a crítica à comunicação do
governo, discursiva, politiqueira e polarizante, que
não valoriza os fatos a partir de seus beneficiados
reais, em particular o movimento sindical que não
tem sido tratado como devia, pouco ouvido e menos
considerado.
Em seguida a necessidade da permanente ação sindical
de “subida às bases”, com destaque para os avanços
possibilitados na conjuntura favorável: aumentos
reais de salário, conquistas de PLRs, melhorias no
emprego, inserção das mulheres nas estruturas de
comando do movimento, sindicalizações e muito mais.
E finalmente um recomendável e necessário diálogo
permanente com os trabalhadores e as trabalhadoras,
resultante da visão correta e unitária das direções
sindicais, sem exclusão ou sectarismo em sua
abordagem.
João Guilherme Vargas Neto. Consultor de diversas
entidades sindicais.
Fonte: Agência Sindical
18/03/2024 -
Com Bolsonaro, Brasil cai duas posições no ranking
do IDH da ONU
Valores referentes a 2022, último ano de
Bolsonaro, indicam que país perdeu posições e foi a
89º entre 193 nações, mesmo com reversão de queda
pós-pandemia
Expectativa de vida, escolaridade e renda. Estes são
os critérios que definem o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) pela Organização das Nações Unidas
(ONU). E com base nele uma notícia ruim para o
Brasil, pois o país decresceu duas posições no
ranking, com 193 países, e foi da 87º posição para a
89º.
Os dados tem como base o ano de 2022, o último ano
do governo de Jair Bolsonaro, que colocou o Brasil
nesta situação e entregou o país para Lula, ou
melhor, foi para os Estados Unidos sem passar a
faixa presidencial, em frangalhos, com mais de 33
milhões de pessoas passando fome.
No que se refere o dado sobre a fome, depois de um
ano de muito trabalho, o governo Lula já reverteu
parcialmente este quadro, segundo o Instituto Fome
Zero. A entidade indicou que 13 milhões de pessoas
deixaram de passar fome no Brasil em 2023.
Apesar disso, o ranking da ONU divulgado na
quarta-feira (13) demonstra o buraco em que a nação
havia sido colocada. O IDH que tem uma nota que
varia de 0 a 1, atribuiu ao Brasil a nota 0,760 em
2022. A queda no ranking ocorreu mesmo com o aumento
do IDH, que estava em 0,754. Isto significa que o
país não acompanhou o desenvolvimento que outros
países conseguiram emplacar.
Posições
Os primeiros no ranking são: 1º Suíça (0,967), 2º
Noruega (0.966) e 3º Islândia (0.959) – quanto mais
próximo do número 1 melhor. As piores colocações
são: 191º República Centro-Africana (0,387), 192º
Sudão do Sul (0,381) e 193º Somália (0,380).
O relatório que divulgou os números indica que na
América Latina o Brasil ficou atrás do 44º Chile
(0.860), 48º Argentina (0.849), 52º Uruguai (0.830),
57º Panamá (0.820), 64º Costa Rica (0.806), 77º
México (0.781), 82º República Dominicana (0.766),
83º Equador (0.765), 85º Cuba (0.764) e 87º Peru
(0.762).
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), da ONU, aponta que o momento revela
desigualdades profundas nos avanços pós-pandemia,
com países ricos alcançando níveis recordes de
desenvolvimento humano.
Por outro lado, dos 35 países menos desenvolvidos,
18 ainda não retornaram aos níveis de 2019. A
observação é de que a recuperação do IDH tem sido
desigual, com países da OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) se
recuperando mais rapidamente do que os menos
desenvolvidos.
Fonte: Portal Vermelho
15/03/2024 -
Nova Central parabeniza o Senador Paim pelo prêmio
de parlamentar destaque no Senado
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
parabeniza o senador Paulo Paim que recebeu nesta
quarta-feira (13) o Prêmio Destaque Parlamentar
Governista 2023 - Nº 1 do Senado Federal. “O senador
Paulo Paim é um exemplo a ser seguido. E mais essa
premiação só demonstra o seu comprometimento com o
povo brasileiro. Para nós, do Movimento Sindical, é
motivo de muito orgulho tê-lo como aliado”, disse o
presidente da NCST, Moacyr Roberto Tesch Auersvald.
Em suas redes sociais, o senador Paim agradeceu:
"Fico honrado em receber o Prêmio Destaque
Parlamentar Governista 2023 - Nº 1 do Senado
Federal. Essa distinção foi concedida pela P8
Relações Institucionais, com base em critérios que
incluem votações, discursos proferidos e projetos
apresentados. Esse reconhecimento fortalece meu
compromisso com os direitos humanos, o bem-viver da
nossa gente e a democracia, em árdua luta pelo
reconhecimento e respeito às diversidades. Estamos,
com muita força, reconstruindo o Brasil".
Parlamentar comprometido com o povo
Um dos senadores mais bem avaliados no País, Paulo
Paim tem uma longa história em defesa das minorias
sociais. Já recebeu por sete vezes o Prêmio
Congresso em Foco. Em resumo, é autor dos estatutos
do Idoso, da Igualdade Racial, da Pessoa com
Deficiência, dentre outras participações. Quando
ainda era deputado, ganhou destaque nacional ao
defender a adoção do salário mínimo de cem dólares.
Sempre em defesa dos trabalhadores, ele institui o
fim do fator previdenciário, dentre outras políticas
públicas. Presidente de diversas comissões nas Casas
Legislativas, o gaúcho de Caxias do Sul, lutou até
pela libertação do líder negro Nelson Mandela, em
1989.
Fonte: NCST
15/03/2024 -
A
dianteira está com Rogério Marinho
Por mais que as Centrais Sindicais se articulem em
Brasília, conversem com parlamentares e demonstrem a
necessidade de se garantir custeio às entidades, o
cenário indica que o bolsonarista Rogério Marinho
vencerá a batalha.
Que batalha? O avanço no Senado do Projeto de Lei
2.099/23 (de Styvenson Valentim – Podemos/RN), que
visa tornar sem efeito decisão do Supremo, de
setembro, que facilita o custeio sindical. O autor
do PL é militar, bacharel em Direito e conservador.
Informa o site do Diap: “Em 28 de fevereiro, o
senador se manifestou que a partir de então se
colocaria em obstrução na CAS (Comissão de Assuntos
Sociais) até que fosse votado o projeto sobre a
Contribuição Assistencial – PL 2.099/23 – que veta a
exigência de pagamento da taxa de membros de
categorias econômicas e profissionais
não-sindicalizados”.
Desde a reforma sindical de 2017, por Michel Temer,
o sindicalismo sofre forte queda na receita, devido
ao fim do imposto sindical e à imposição de regras
contra o custeio. Antes, durante e mesmo após a
vigência daquela reforma, o movimento também
enfrentou o ativismo do Ministério Público do
Trabalho, e muitos Sindicatos tiveram que assinar
TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) draconianos.
As Centrais se reuniram com o senador Paulo Paim,
dia 4, que procurará produzir parecer favorável ao
custeio. Os dirigentes também buscam diálogo com
cada membro da CAS. Paim falou: “A partir do momento
em que eu tiver todas as informações que busco junto
à sociedade, apresentarei o relatório”.
Agência – A Agência Sindical defende o
custeio normatizado em lei, com a contribuição de
sócios e não-sócios por decisão de assembleia. Nossa
posição, contudo, sempre foi favorável ao imposto
sindical – um imposto modesto, que dispensava
negociações políticas ou com o patronato.
Mais – Site do Diap, Centrais Sindicais e do
Senado.
Fonte: Agência Sindical
15/03/2024 -
Subsídios para uma pauta sindical de igualdade
salarial entre mulheres e homens no Brasil
As Centrais Sindicais na Pauta da Classe
Trabalhadora 2023/2026, documento no qual propõem
diretrizes para o desenvolvimento do Brasil,
apresentam a demanda para “promover o princípio do
trabalho igual, salário igual”, o que está
consignado na Convenção 100 da OIT – Organização
Internacional do Trabalho.
O Congresso Nacional aprovou Projeto encaminhado e
sancionado pelo Presidente Lula, a Lei 14.611/2023,
que dispõe sobre a igualdade salarial e critérios
remuneratórios entre mulheres e homens para a
realização de trabalho igual ou no exercício da
mesma função. Trata-se de uma ótima iniciativa
porque a experiência internacional indica que essa
desigualdade diminui quando há legislação nacional
que enfrenta o problema. Agora o Brasil se conecta
com as melhores práticas internacionais nesse
âmbito, abrindo caminho para avanços, inclusive na
pauta sindical e nas negociações coletivas.
Em 2020 a CES – Confederação Europeia de Sindicatos
apontou que a diferença salarial de gênero na União
Europeia somente seria eliminada, mantendo o ritmo
de então, no próximo século. Naquele ano os dados do
Eurostat – EU, indicavam que a brecha salarial havia
fechado 1% em oito anos. Nesse ritmo, as mulheres
deveriam esperar mais 84 anos para alcançar a
igualdade salarial na União Europeia. A CES
demandava que as instâncias de governança da EU
adotassem uma legislação que enfrentasse o problema
desse tipo de desigualdade. Em meados de 2023 aUnião
Europeia também aprovou a diretiva de transparência
salarial para todos os países da região.
Há um estudo muito interessante produzido pela
organização Equileap – Data for Equality, “Gerder
Equality Report & Ranking 2024”, que avalia a
desigualdade de gênero em 4 mil empresas em países
desenvolvidos.
Para fazer essa pesquisa comparativa o Equile
apelaborou o “Equileap Gender Equality Scorecard”,
um conjunto de critérios e de indicadores que buscam
materializar métricas comparativas e que estão
baseados nos Princípios de Empoderamento das
Mulheres das Nações Unidas. Esses critérios formam
um conteúdo inspirador para a elaboração de pautas
sindicais focadas na igualdade dentre mulheres e
homens no mundo do trabalho. São cinco bloco de
diretrizes, a seguir apresentadas:
Bloco 1: Equilíbrio de gênero nos cargos de
liderança e na força de trabalho
• Conselho de Administração: equilíbrio de gênero no
conselho de administração e demais conselhos (p.ex.
fiscal).
• Executivos: equilíbrio de gênero nos cargos de
diretoria executiva.
• Alta administração: equilíbrio de gênero na alta
administração.
• Força de trabalho: equilíbrio de gênero na
participação de mulheres e homens na força de
trabalho da empresa.
• Promoção, oportunidades e desenvolvimento de
carreiras: equilíbrio de gênero em toda a estrutura
de gestão da empresa.
Bloco 2: Salário igual e equilíbrio entre vida e
trabalho
• Salário digno: compromisso de pagar salário digno a
todos.
• Disparidade salarial entre homens e mulheres:
transparência nos dados salariais entre homens e
mulheres; estratégias para eliminar as disparidades;
mensuração do desempenho para alcançar os objetivos.
• Licença parental: programas de licença remunerada
para os cuidados das crianças, para cuidadores
primários e secundários e políticas de igualdade
nesse direito.
• Opções flexíveis de trabalho: opção de controlar
e/ou variar os horários de início e término da
jornada de trabalho, e/ou variar o local de
trabalho.
Bloco 3: Promoção de políticas de igualdade de
gênero
• Formação de carreira e desenvolvimento: igualdade no
acesso à formação e ao desenvolvimento de carreira.
• Estratégia de recrutamento: não haver discriminação
de qualquer tipo.
• Violência, abuso e assédio sexual: proibição de
todas as formas de violência no local de trabalho,
incluindo assédio verbal, físico e sexual.
• Segurança no Trabalho: segurança no local de
trabalho, nos deslocamentos de e para o local de
trabalho e em negócios relacionados à empresa, bem
como dos fornecedores e terceirizados no local de
trabalho.
• Direitos humanos: proteção aos direitos humanos,
inclusive aos direitos de participar de assuntos
jurídicos, cívicos e políticos.
• Cadeia de abastecimento: compromisso de reduzir
riscos na cadeia de abastecimento/produtiva
(trabalho análogo ao escravo, trabalho infantil,
exploração sexual).
• Diversidade de fornecedores: garantia de diversidade
na cadeia de abastecimento, inclusive no apoio às
empresas pertencentes à mulheres na cadeia de
fornecedores.
• Proteção dos funcionários: sistemas e políticas para
relatar reclamações internas de conformidade ética,
com confidencialidade e segurança.
Bloco 4: Compromisso, Transparência e
Responsabilidade
• Compromisso com empoderamento das mulheres, segundo
as diretrizes da ONU Mulheres.
• Auditoria: manter ou participar de sistemas de
auditoria das políticas e práticas de igualdade de
gênero.
Essas diretrizes formam um bom roteiro para a
elaboração das pautas sindicais a serem apresentadas
para nas negociações coletivas. Da mesma
forma,permitem desenvolver o trabalho de formação
sindical para preparar, em especial as mulheres,
para promover essa agenda no meio sindical, nas
relações de trabalho, nas negociações coletivas, nas
empresas e nas organizações.
Clemente Ganz Lúcio, Sociólogo, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS –
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Sustentável da Presidência da República, membro do
Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e
ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020).
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/03/2024 -
Supremo garante licença-maternidade para mãe não
gestante de casal homoafetivo
Corte entendeu ainda que se parceira já fez jus
ao benefício, a outra deveria ter licença
equivalente à de paternidade
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por maioria
nesta quarta-feira (13) a permissão para que seja
concedida licença-maternidade para as mães
servidoras ou trabalhadoras não gestantes que estão
em união homoafetiva.
O tribunal analisou um recurso movido pela
prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) contra uma
decisão que obrigou o município a conceder uma
licença de 180 dias a uma servidora municipal cuja
companheira engravidou por meio de inseminação
artificial heteróloga (na qual o óvulo fecundado é
da mãe não gestante). A companheira da servidora é
trabalhadora autônoma e não teve direito à licença.
O plenário também entendeu por maioria que, caso a
companheira já tenha utilizado o benefício, a mãe
trabalhadora não gestante poderá gozar de licença
por um período equivalente ao da licença-paternidade
que está prevista hoje em lei. A tese vencedora foi
a do relator do caso, ministro Luiz Fux.
"Eu entendo que benefício análogo,
licença-maternidade para uma, benefício análogo à
licença-paternidade para a outra, é perfeitamente
admissível", afirmou Fux durante a sessão.
A decisão tem repercussão geral, ou seja, o
entendimento do tribunal é aplicado em casos
semelhantes que estejam em análise em instâncias
inferiores da Justiça.
Durante a sessão, três ministros divergiram sobre o
prazo de duração da licença para a mãe não gestante.
Os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e
Dias Toffoli entenderam que as duas mães, no caso de
união homoafetiva, deveriam fazer jus à
licença-maternidade de 120 dias.
"Não me parece possível escolher uma mãe só para ter
licença-maternidade, sob o argumento de que o INSS
vai ficar sobrecarregado. Primeiro que são poucos
casos. E segundo que, ao adotar esse posicionamento,
nós queremos replicar o modelo tradicional de
casamento, homem-mulher, para a união estável
homoafetiva, mulher-mulher", afirmou Moraes, o
primeiro a abrir a divergência.
O prazo de 120 está previsto em lei para mães
trabalhadoras em regime de CLT, que neste período
têm direito a continuar recebendo seu salário. O
prazo pode ainda ser prorrogado para seis meses no
caso das trabalhadoras registradas em empresas que
aderiram ao programa Empresa Cidadã. No caso da
licença-paternidade, ela é atualmente de cinco dias
e pode chegar até 20 dias no caso das empresas que
aderiram ao programa.
Fonte: Brasil de Fato
15/03/2024 -
CNI e CNC acionam STF contra imposições da lei da
igualdade salarial
Três pontos foram elencados como
inconstitucionais pelas entidades
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC) entraram, na última terça-feira
(12/3), com uma ação no Supremo Tribunal Federal
(STF) para derrubar trechos da lei da igualdade
salarial que consideram inconstitucionais.
As entidades questionam parte da Lei 14.611/2023,
que estabelece medidas para a garantia da igualdade
salarial entre homens e mulheres. O texto foi
sancionado em julho do ano passado pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pela lei, mulheres e homens devem receber o mesmo
salário por trabalhos de igual valor ou quando
exercerem a mesma função. A legislação fixa uma
multa mais rigorosa em caso de discriminação e prevê
a publicação de relatórios de transparência
salarial.
As confederações reforçam que o objeto da ação não é
a isonomia de gênero. O problema, para elas, são os
meios pelos quais se visou alcançá-la. Três pontos
foram elencados como inconstitucionais.
O primeiro diz respeito à necessidade de se
implementar um plano de ação, com metas e prazos,
quando for identificada desigualdade salarial ou de
critérios remuneratórios.
As entidades argumentam que a regra não é adequada,
porque não leva em consideração as diferenças
salariais “lícitas e razoáveis” fundadas em
“critérios objetivos de aferição de maior perfeição
técnica”, como mérito e antiguidade.
Dizem que “equiparar a remuneração de empregados que
não possuem o mesmo histórico de trabalho, de
formação, de performance ou ainda de vantagens
pessoais adquiridas irá invariavelmente resultar na
mácula constitucional”.
A CNI e a CNC tentaram ilustrar, dizendo ser válido
um homem há mais tempo na empresa ganhar mais que
uma mulher, mesmo que eles exerçam a mesma função.
Da mesma maneira, uma mulher com um desempenho
melhor pode receber mais que um homem na mesma
posição.
As confederações também se mostraram preocupadas com
o reconhecimento de uma eventual discriminação.
Segundo elas, não está claro no texto que é preciso
comprovar que houve uma discriminação deliberada.
As entidades pedem que o STF interprete essa regra
de modo a limitá-la aos casos de discriminação
comprovada e dolosa, sem considerar a “simples
situação de desequiparação salarial objetiva”.
O último questionamento trata dos relatórios de
transparência salarial. A CNI e a CNC solicitam que
a formatação e a publicação não levem a penalidades,
sem que o empregador possa apresentar suas
justificativas, defesas e recursos.
Pedem ainda que a publicação não contenha valores
médios ou absolutos de salários. De acordo com elas,
essas informações podem expor dados pessoais e
estratégias de negócio.
Isso vale especialmente para os dados remuneratórios
de empregados nas funções de direção, chefia e
gerência, em que há probabilidade de poucas ou
apenas uma pessoa ocupar o cargo.
Mas, a objeção não se resume à proteção de dados e
ao direito de defesa. As entidades reclamam de um
risco à imagem e à reputação da empresa, porque os
relatórios “certamente conterão diferenças
remuneratórias legitimadas” e, sem uma explicação,
podem expor uma “falsa aparência de que a empresa
esteja irregular do ponto de vista da isonomia”.
Elas questionam qual o objetivo da lei ao determinar
a publicação dos relatórios. “Seriam sanções prévias
e vexatórias, sem a devida averiguação do fato
ilícito?”, perguntam, já com uma sugestão encadeada.
Seria melhor para elas uma certificação que ateste a
política de não discriminação. A saída seria mais
eficaz, por ser “um diferencial competitivo para as
empresas que buscam certificações ESG, estimulando a
adesão voluntaria das empresas às exigências da
certificação”.
Tudo isso será abordado na Ação Direita de
Inconstitucionalidade (ADI) 7.612, distribuída ao
ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: Jota
14/03/2024 -
Oposição mantém obstrução e CAS segue sem reunião
deliberativa
Mantida a falta de acordo sobre a ata das reuniões
anteriores, o presidente da Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), senador Humberto Costa (PT-PE),
encerrou a reunião desta quarta-feira (13) sem
deliberar sobre nenhum item. Representantes da
oposição decidiram manter obstrução, iniciada na
semana passada, recorrendo a questionamentos sobre
ausência de informações em atas das reuniões.
O líder da oposição, senador Rogério Marinho
(PL-RN), destacou que a obstrução é instrumento
legítimo e regimental e que a bancada decidiu por
esse caminho até que o projeto sobre contribuição
assistencial (PL 2.099/2023), que veda a exigência
de contribuição sindical de membros de categorias
econômicas e profissionais não sindicalizados, seja
deliberado.
— É importante colocar que nossa obstrução não é uma
obstrução vã, fútil. Ela se dá em função do
interesse de 41 milhões de brasileiros que tem
carteira assinada no Brasil. Nós estamos, desde o
final do ano passado, com uma série de acordos e
convenções coletivas que estão acontecendo em todo o
país. Esses acordos e construções coletivas estão
ocorrendo sem que o direito de obstrução, que foi
garantido em função da decisão do Supremo Tribunal
Federal, tenha sido regulamentado. E cada sindicato
tem utilizado uma orientação que acha conveniente.
Nós temos aqui centenas de reclamações de diversas
pessoas que sentem que o seu direito foi
ultrapassado porque esta Casa não vem cumprindo a
sua obrigação de regulamentar esse tema.
Manifestação reforçada pelo senador Carlos Portinho
(PL-RJ).
— O que nós queremos é o direito, a alternativa de
escolha do trabalhador. Tem gente que está sendo
descontado em 1% ao mês pelo sindicato. O que já foi
até anual, e sem ter a chance de dizer: “eu não
quero”.
Entendimento
Relator da matéria, o senador Paulo Paim (PT-RS),
informou que há nos bastidores uma mobilização entre
empresários, trabalhadores e representantes do
governo para que haja um entendimento sobre o
projeto e por esta razão ainda não apresentou o
relatório. Ele disse que não tem a intenção de
atropelar essa negociação, que sempre defendeu o
diálogo e vai buscar ouvir todos os envolvidos para
apresentar um parecer de consenso.
— Há um movimento muito firme, muito concreto, muito
positivo, conciliador, eu diria, que está reunindo
empresários, trabalhadores, líderes de centrais, de
confederações, o próprio ministro do Trabalho, Luiz
Marinho, está ajudando nessa construção. E, nesse
caso, eu estou esperando. A partir do momento que
eles chegarem a um acordo eu vou tranquilamente
apresentar meu relatório na mesma linha dessa
construção coletiva. Não sou dono da verdade, não
quero que prevaleça o meu ponto de vista, mas uma
negociação que envolva todos os setores, que eu
percebo que há boa vontade dos empresários, boa
vontade dos sindicalistas, e a boa vontade do
governo é possível construir esse acordo —
esclareceu Paim, ao sugerir ciclos de debates sobre
o tema.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
14/03/2024 -
Governo antecipa décimo terceiro de aposentados e
pensionistas
Decreto está publicado no Diário Oficial desta
quarta-feira
Decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e publicado nesta quarta-feira (13) no Diário
Oficial da União antecipa o pagamento do abono anual
a aposentados e pensionistas, conhecido como décimo
terceiro salário de beneficiários do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com o texto, a primeira parcela do abono
anual será paga na folha de abril e a segunda na
folha de maio. Têm direito ao benefício segurados e
dependentes da Previdência Social que, durante o ano
de 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade
temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão
por morte ou auxílio-reclusão.
“Na hipótese de cessação programada do benefício
antes de 31 de dezembro de 2024, será pago o valor
proporcional do abono anual ao beneficiário”,
destaca a publicação.
Fonte: Agência Brasil
14/03/2024 -
Câmara aprova atualização da faixa de isenção do
Imposto de Renda
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira
(12), o projeto de lei apresentado pelo governo que
prevê a isenção do pagamento de Imposto de Renda
(IR) para brasileiros que recebem até dois salários
mínimos. Apesar do valor já ter sido estabelecido
anteriormente em Medida Provisória, o projeto
transforma o atual critério em lei, atualizando
automaticamente a faixa de isenção nos próximos
anos.
O aumento da faixa de isenção do IR foi uma das
bandeiras eleitorais do presidente Lula. O projeto,
na prática, estabelece alíquota zero para quem ganha
até recebe até R$ 2259,20. Para quem recebe entre
esse valor e R$ 2826,65; será cobrada uma alíquota
de 7,5% ao mês, que será devolvida ao contribuinte
no momento da dedução.
A votação ocorreu após uma série de requerimentos de
obstrução apresentados pela oposição, que acusa o
governo de descumprir com uma promessa eleitoral,
tendo em vista que, em sua campanha, o presidente
Lula defendeu a isenção para até R$ 5 mil. A posição
irritou a bancada governista. “O que se coloca é
alcançar R$ 5 mil no governo. Estamos terminando o
primeiro ano do governo, e já chegamos a esse valor
[R$ 2,8 mil]. Vocês precisam ter mais bom senso”,
exclamou, pela liderança da maioria, a deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Odair Cunha (PT-MG), líder da bancada do PT,
garantiu que o governo seguirá com a meta de chegar
à isenção de R$ 5 mil, e que o atual projeto é parte
desse processo. “Este texto é fruto do acordo, do
entendimento das diversas forças políticas daquilo
que é possível fazer nesse momento, e garante sim
uma redução para aqueles que ganham menos. (…)
Aqueles que não o fizeram no passado não precisam
lembrar o presidente Lula de seu compromisso claro”,
afirmou.
Apesar das obstruções, a oposição não contrapôs a
aprovação com resultado unânime, realizada em
votação simbólica. “”Não dá pra votar contra algo
que é a favor da população. Não dá para votar algo
que dê mais dinheiro na mão de quem trabalha”,
justificou Adriana Ventura (Novo-SP).
Fonte: Congresso em Foco
14/03/2024 -
Aumenta ocupação de pessoas com ensino superior,
segundo Dieese
Segundo o Dieese, o “fenômeno do aumento da
escolarização no Brasil, principalmente no ensino
superior, ocorre já há vários anos, com ampliação
das universidades públicas e de programas federais
de acesso e financiamento às universidades privadas,
principalmente a partir do início dos anos 2000.”
A escolaridade maior e até superior garante
ocupação, mas não melhores empregos, revela ainda o
estudo do Dieese.
Percebe-se, porém, que “cotidianamente a dificuldade
de as pessoas com diploma de nível superior em
conseguir algum trabalho compatível com essa
escolaridade.”
Isso, “devido aos problemas estruturais da economia
brasileira, que apresenta crises recorrentes e baixo
crescimento, especialmente nos últimos anos.”
O Boletim do Dieese, “busca contribuir para a
discussão sobre a dificuldade que o trabalhador
brasileiro encontra para conseguir ocupação
adequada, mesmo com a elevação do nível de
instrução” escolar.
Estes dados estão no Boletim Emprego em Pauta, de
novembro de 2023:
• número de ocupados com ensino superior completo
cresceu 15%, entre 2019 e 2022;
• contudo, o crescimento foi maior em ocupações não
condizentes com essa escolaridade;
• percentual de pessoas com nível superior trabalhando
como balconista ou vendedor de loja aumentou 22%.
Também cresceu 45%, o número de pessoas com nível
superior completo trabalhando como profissionais de
nível médio de enfermagem; e
• entre as pessoas de baixa renda com nível superior,
61% estavam em ocupações não condizentes com essa
escolaridade, enquanto entre os mais ricos, 71%
estavam em posições compatíveis como esse nível.
Precarização das relações de trabalho
Até 2018, segundo estudo feito pelo pesquisador Sergio
Firpo, professor do Insper — instituição de ensino
superior e pesquisa —, trabalhador com diploma podia
ganhar até 5,7 vezes mais do que profissionais com
outros níveis de escolaridade.
Essa diferença salarial era também consequência dos
efeitos provocados pela crise econômica brasileira.
Os números que deram suporte ao estudo foram
extraídos da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio) e tiveram como base o rendimento mensal
habitual do trabalho principal de brasileiros com
mais de 14 anos.
Na época da pesquisa, trabalhador que concluíra a
faculdade recebia, em média, R$ 4 mil, enquanto
trabalhador com até 1 ano de estudo ganhava, em
média, R$ 850. A diferença entre ambos os
rendimentos foi de 471% — maior do que em 2017,
quando a diferença era de 443%.
Segundo afirmações de Sergio Firpo há piora nesse
quadro, embora seja lenta. O especialista salientou
que é importante lembrar que esse diferencial já foi
maior, sobretudo nos 90 e no início dos anos 2000.
Em 2012, esses números também eram negativos. Os
mais escolarizados ganhavam em média quase 500% a
mais que os que tinha até 1 ano de estudo.
Fonte: Diap
14/03/2024 -
Economia forte gera emprego, diz Lacerda
O Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada –
mostra que a renda do trabalho cresceu 11,7% ano
passado. O resultado é quase o dobro de 2022, e o
melhor índice desde 1995. O assunto foi manchete da
Folha de S. Paulo, dia 10, domingo.
Para Antonio Corrêa de Lacerda, professor na
Pós-graduação em Economia Política da PUC-SP e
membro da Comissão de Estudos Estratégicos do BNDES,
“apesar das dificuldades herdadas do governo
anterior, as políticas macroeconômicas do governo
Lula surtem efeito e apresentam crescimento.”
Ele afirma: “O desempenho foi superior ao previsto
pelo mercado, combinado com a sustentabilidade
fiscal, aprovação do arcabouço fiscal e reforma
tributária, inflação e juros em queda, mais
programas estruturantes de desenvolvimento, como
PAC, Nova Indústria etc.”
Também influenciam nos resultados aspectos
exteriores. Segundo Corrêa de Lacerda, “o
protagonismo do Brasil no cenário internacional,
como a coordenação do G-20, gera novas oportunidades
de comércio exterior e investimentos.”
No que se refere ao plano interno, o professor
acentua que “as políticas sociais – Bolsa Família,
Minha Casa, Minha Vida – combinadas com o quadro
macroeconômico, têm favorecido a melhora da renda e
do emprego”.
Renda – Na sua perspectiva, a renda do
trabalhador pode continuar a crescer, “na medida em
que a economia se fortalecer, reflexo direto das
medidas em curso, criando mais oportunidades de
emprego e aumento de renda.” Outros fatores podem
contribuir para melhorias. “Quanto mais houver
investimentos, especialmente em setores geradores de
valor agregado, como indústria e infraestrutura,
haverá mais oferta de empregos e melhores salários”,
reitera Lacerda.
Regiões – Os maiores aumentos na renda, em
comparação ao quarto trimestre de 2022, ocorreram
nas Regiões Norte, 4,1%; e Nordeste, 4%. Por setor,
os trabalhadores da indústria, 5,7%; do comércio
5,9% e da administração pública 4,6% obtiveram as
maiores altas no último trimestre do ano passado.
Mais – Sites da Folha de S.Paulo e Ipea.
Fonte: Agência Sindical
14/03/2024 -
Mauro Cid confirma à PF espionagem ilegal contra
Alexandre de Moraes
Segundo a PF, o monitoramento tinha como objetivo
"garantir a captura e a detenção" do ministro, o que
era parte do plano de golpe de Estado bolsonarista
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
de Jair Bolsonaro (PL), em seu quarto depoimento à
Polícia Federal, confirmou o monitoramento ilegal
feito contra o ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Alexandre de Moraes por integrantes do governo
passado, segundo o jornal O Globo. O plano de golpe
de Estado bolsonarista previa capturar e prender o
ministro após a assinatura de um decreto golpista.
Segundo os relatos prestados à PF, membros do
governo, incluindo Augusto Heleno, Marcelo Câmara e
Mauro Cid, estariam envolvidos em um núcleo de
inteligência paralela. Este grupo seria responsável
pela coleta de informações que poderiam facilitar a
consumação do golpe. O monitoramento detalhado do
itinerário e deslocamento do ministro do STF seria
parte integrante dos planos, visando sua captura
imediata após a promulgação do decreto golpista.
Mauro Cid e Marcelo Câmara utilizavam o codinome
"professora" para identificar Alexandre de Moraes.
Os registros de deslocamento do ministro entre
Brasília e São Paulo coincidem com os relatos dos
ex-assessores de Bolsonaro e as reuniões realizadas
no Palácio da Alvorada para discutir a redação de um
decreto golpista.
Fonte: Brasil247
13/03/2024 -
INPC tem alta de 0,81% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi
de 0,81% em fevereiro, acima do registrado no mês
anterior (0,57%). No ano, o INPC acumula alta de
1,38% e, nos últimos 12 meses, de 3,86%, acima do
observado nos 12 meses imediatamente anteriores
(3,82%). Em fevereiro de 2023, a taxa foi de 0,77%.
Os produtos alimentícios tiveram variação de 0,95%
enquanto os não alimentícios registraram 0,77%.
Todas as áreas registraram alta, com a maior
variação em Aracaju (1,01%), influenciada pela alta
da gasolina (10,45%), e a menor variação em Goiânia
(0,51%), puxada pelas quedas da passagem aérea
(-23,75%) e das carnes (-1,40%).
Fonte: IBGE
13/03/2024 -
MTE e MMulheres alcançam 100% da meta de recebimento
dos dados da igualdade salarial
O Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério
das Mulheres contabilizaram até a última sexta-feira
(8), que 49.704 empresas, com 100 ou mais
empregados, preencheram o relatório de transparência
salarial.
Conforme dados da RAIS, a expectativa era que 49.587
mil estabelecimentos se enquadram na Lei da
Igualdade Salarial, sancionada no ano passado.
Portanto, os Ministérios alcançaram a meta de 100%
dos estabelecimentos enviando as suas informações.
“Um marco para a igualdade salarial”, comemora
Luciana Nakamura, diretora de projeto do MTE.
A perspectiva é que ainda no mês de março seja
divulgado um balanço completo, a partir dos dados
enviados pelas empresas sobre a Igualdade Salarial e
Critérios Remuneratórios entre mulheres e homens que
exercem trabalho de igual valor ou atuam na mesma
função. “Estamos organizando as informações para
mostrar as diferenças salariais entre mulheres e
homens, entender as diferenças que naturalizam as
formas de discriminação. Todas essas informações
serão importantes para avançar na igualdade
salarial”, ressalta a subsecretária de Estatísticas
e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner.
Para Rosane Silva, secretária nacional de Autonomia
Econômica e Política de Cuidados do Ministério das
Mulheres, os números demonstram o quanto as empresas
estão cumprindo a legislação e colaborando com o
governo e com o país. A secretária reafirmou, ainda,
que o objetivo da lei não é punir as empresas, ou os
empresários, mas ajudar a construir uma nova cultura
no país, que é a de garantir igualdade salarial
entre homens e mulheres. "Nunca tivemos como
objetivo ser uma lei punitivista, mas educativa",
afirmou Rosane da Silva.
Dados preliminares indicam que dentre os critérios
mais citados pelos estabelecimentos para a
remuneração e promoção dos empregados, são:
proatividade (80%), tempo de serviço (75%), trabalho
em equipe (75%), produção por metas (60%) e plano de
cargos e salários (50%). Entretanto, apenas 40% dos
estabelecimentos indicaram ter ações de creche e 78%
ainda não adotaram a licença paternidade estendida.
Outro dado que chamou atenção é que apenas 35% dos
estabelecimentos indicaram adotar políticas para as
mulheres de promoção a cargos de direção e gerência.
Nos casos em que for verificada a desigualdade na
remuneração, as empresas deverão elaborar e
implementar um Plano de Ação para Mitigação da
Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios
entre Mulheres e Homens. As empresas serão
notificadas por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho
para elaborarem o Plano de Ação no prazo de 90 dias,
com a participação de representantes das entidades
de classe.
As empresas têm até o final de março/2024 para
publicar o relatório de transparência salarial e de
critérios remuneratórios, como determina a Lei nº
14.611/2023.
Sobre a Lei
Em 3 de julho de 2023, foi sancionada a Lei nº 14.611,
que aborda a igualdade salarial e de critérios
remuneratórios entre homens e mulheres no ambiente
de trabalho, modificando o artigo 461 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Empresas
com mais de 100 empregados devem adotar medidas para
garantir essa igualdade, incluindo transparência
salarial, fiscalização contra discriminação, canais
de denúncia, programas de diversidade e inclusão, e
apoio à capacitação de mulheres. A lei é uma
iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego e do
Ministério das Mulheres.
Fonte: MTE
13/03/2024 -
"Nós ainda estamos muito aquém do que prometemos",
diz Lula, ao comentar queda nas pesquisas
Presidente reconheceu que o governo ainda não
entregou tudo o que prometeu, mas que a colheita vai
chegar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a
queda de popularidade de seu governo, em uma
entrevista exclusiva ao SBT News. Lula admitiu que o
governo ainda está "muito aquém" do que prometeu
durante sua campanha eleitoral. "Eu tenho certeza
absoluta que não tem nenhuma razão do povo
brasileiro me dar 100% de popularidade porque ainda
nós estamos muito aquém daquilo que prometemos",
disse o presidente. segundo reportagem do Uol.
Segundo uma pesquisa do Ipec divulgada recentemente,
a avaliação do governo atingiu o ponto mais baixo,
com apenas 33% de aprovação, marcando o menor índice
desde março do ano anterior. Ele destacou que o
governo está apenas começando o segundo ano de
mandato e comparou a situação atual a um processo de
plantio e colheita. "Nós preparamos a terra, aramos
a terra, adubamos a terra e colocamos a semente.
Cobrimos a semente. Agora, este é o ano em que a
gente vai começar a colher aquilo que nós
plantamos", explicou Lula.
Fonte: Brasil247
13/03/2024 -
Declaração de Imposto de Renda começa nesta sexta;
saiba quem precisa declarar
Declaração deve ser apresentada entre 15 de março
e 31 de maio de 2024
Começa nesta sexta-feira (15) e vai até o próximo
dia 31 de maio o prazo para apresentar a Declaração
de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas
Físicas (IRPF) 2024. Nem todas as pessoas são
obrigadas a declarar, e há uma série de critérios
para determinar se é necessário ou não fazer a
declaração. Em todos os casos, os valores de
referência são os do ano de 2023.
Estão obrigadas a apresentar a declaração todas as
pessoas que receberam rendimentos tributáveis em
valores superiores a R$ 30.639,90 durante o ano.
Entre esses rendimentos estão incluídos salários,
rendas de aluguel de imóveis, pensões ou rendimentos
de sócios ou proprietários de empresas, entre
outros.
Também deve fazer a declaração quem obteve
rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados
na fonte com soma superior a R$ 200 mil durante o
ano. Isso inclui, por exemplo, algumas bolsas de
estudo e pesquisa, valores referentes a seguros por
morte ou invalidez permanente, doações, heranças e
restituições de Imposto de Renda de anos anteriores.
Pessoas que têm rendimentos ligados à atividade
rural devem declarar caso tenham obtido receita
bruta em valor superior a R$ 153.199,50, ou caso
pretendam compensar prejuízos de anos anteriores ou
do próprio ano de 2023.
Quem teve, em 31 de dezembro de 2023, a posse ou
propriedade de bens e direitos (inclusive terra nua)
com valor superior a R$ 800 mil também deve fazer a
declaração no prazo previsto pela Receita Federal.
Outros casos, como de pessoas que vieram morar no
país no último ano, também estão previstos. É
possível conferir os detalhes na Instrução Normativa
da Receita Federal referente ao IRPF 2024,
clicando aqui.
A Receita lembra que é vedado que uma mesma pessoa
conte em mais de uma declaração de imposto de renda
(como titular da própria declaração e como
dependente de outra pessoa, por exemplo). As
exceções são os casos de alteração na relação de
dependência durante o ano de 2023.
Fonte: Brasil de Fato
13/03/2024 -
Vargas vê dissonância entre governo e população
A economia cresce, a renda assalariada aumenta, a
inflação se mantém controlada, o governo amplia
políticas públicas, o investimento privado avança.
Ainda assim, recentes pesquisas de opinião mostram
queda na avaliação do governo Lula, mesmo entre seu
eleitorado.
Domingo, dia 10, a “Folha” trazia de manchete:
“Renda do trabalho registra maior alta desde o Plano
Real”. E completava na linha fina: “Crescimento foi
de 11,7%” no ano passado.
“Está acontecendo uma dissonância cognitiva”, resume
o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto,
logo após a tradicional reunião às segundas-feiras
com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos da
Grande Curitiba (Força Sindical).
Vargas Netto, e não só ele, aponta problemas na
Comunicação do governo. “Temos que fazer a crítica
construtiva, ou seja, que identifica o problema e
objetiva encontrar a solução”, afirma.
Para o consultor sindical, a saída “passa por
valorizar os protagonistas e fazer chegar aos
interessados as notícias e medidas junto aos
próprios beneficiados”.
No front político, o sindicalismo tem duas tarefas
imediatas, aponta: “Ajudar a viabilizar o PLC dos
trabalhadores em aplicativos e atuar na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) do Senado, a fim de evitar o
avanço do Projeto de Lei que tenta inviabilizar as
negociações coletivas e a sustentação das
entidades”. Senador Paulo Paim (PT-RS) é o relator.
Sindicalismo – “Quanto a nós, intensificar o
trabalho sindical, buscar mais acordos de PLR,
apoiar as demandas das trabalhadoras, combater os
acidentes e dialogar com a base”, recomenda Vargas
Netto. Nesse diálogo, ele diz, “cabe explicar aos
trabalhadores as medidas econômicas e as políticas
que estão beneficiando a própria classe trabalhadora
e a população em geral”.
Sindicalismo e governo, em sua opinião, devem
estreitar relações, dialogar mais, atuar
conjuntamente em projetos, “mas sem que sejamos
chapa branca”.
Mais – Sites da Folha de S.Paulo e Ipea.
Fonte: Agência Sindical
13/03/2024 -
TST valida dispensa de controle de jornada para
trabalho externo
O Supremo Tribunal Federal já decidiu que acordos e
convenções coletivos podem limitar ou afastar
direitos trabalhistas, desde que esses direitos não
sejam indisponíveis — aqueles dos quais o cidadão
não pode abrir mão, listados no artigo 611-B da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desde a
reforma trabalhista de 2017. E o controle de jornada
dos trabalhadores não está entre os direitos
considerados indisponíveis.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho decidiu, na última quarta-feira
(6/3), que uma indústria de cigarros não precisa
pagar horas extras pelo excesso de jornada, nem pela
supressão dos intervalos intrajornada e interjornada
de um empregado que atuou como coordenador e gerente
de segurança.
Os ministros enquadraram o trabalhador no inciso I
do artigo 62 da CLT, que afasta a exigência de
controle de jornada para “empregados que exercem
atividade externa incompatível com a fixação de
horário de trabalho”.
O colegiado discutiu uma norma coletiva que aplicou
tal regra a todos os empregados que trabalham fora
da sede da empresa.
O acordo firmado com o sindicato diz que tais
trabalhadores têm “total autonomia para definir seus
horários de início e término de trabalho, assim como
a forma de cumprimento de seu itinerário” e “não são
subordinados a horário de trabalho”, conforme a
exceção da CLT.
Sem autonomia
A corte de segunda instância afastou a norma coletiva.
Os desembargadores consideraram que o autor não
tinha autonomia para definir os horários de início e
encerramento da sua jornada, pois ficava vinculado à
logística das operações e tinha de estar presente no
começo e no final das rotas.
O tribunal regional também apontou que o empregado
precisava comparecer à empresa nos horários de saída
e chegada dos caminhões e que sua frequência ao
estabelecimento era diária — ou seja, seu trabalho
não era, de fato, externo. A ré, então, recorreu.
No TST, o ministro relator, Breno Medeiros, validou
a norma coletiva e entendeu que a corte de segunda
instância “acabou por desprestigiar a autonomia da
vontade coletiva das partes”.
Para ele, o fato de o trabalhador comparecer à
empresa para acompanhar a chegada e a saída de
caminhões não afasta sua autonomia para definir os
horários de início e término de trabalho e a forma
de cumprimento de seu itinerário.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 705-78.2020.5.10.0103
Fonte: Consultor Jurídico
12/03/2024 -
CAS: oposição obstrui trabalhos, querem vetar taxa
assistencial
O senador Rogério Marinho (PL-RN) lidera esta
articulação, cujo objetivo é derrubar a decisão do
STF, que constitucionalizou a cobrança, pelos
sindicatos, da chamada taxa ou contribuição
assistencial, inclusive, dos não sindicalizados.
Dia 28 de fevereiro, o senador se manifestou, que a
partir de àquela semana se colocaria em obstrução na
CAS (Comissão de Assuntos Sociais) até que fosse
votado o projeto sobre a contribuição assistencial —
PL 2.099/23 — que veta a exigência de pagamento da
taxa, de membros de categorias econômicas e
profissionais, não sindicalizados.
Paim busca consensos
Na ocasião, o relator, senador Paulo Paim (PT-RS),
explicou que estuda, com “a devida atenção o tema”,
que envolve empregados e empregadores, as entidades
das 2 partes e o Ministério do Trabalho.
“A partir do momento em que eu tiver todas as
informações que estou buscando junto à sociedade,
apresentarei o relatório aqui”, disse Paim.
Na reunião da última quarta-feira (6), Marinho
afirmou que o processo de obstrução se dá justamente
pela alegação de se votar “um tema que impacta a
vida de milhões de brasileiros por todo o País que
são aqueles que contribuem para o sustento da
Nação”.
Segundo o parlamentar, são mais de 40 milhões de
celetistas que “hoje são obrigados a fazer uma
contribuição social sem direito de oposição”.
Relator na CAE
Marinho foi o relator do PL 2.099/23 na CAE (Comissão
de Assuntos Econômicos), onde foi favorável à
matéria, de autoria do senador Styvenson Valentin (Podemos-RN).
Fonte: Diap
12/03/2024 -
Renda habitual média dos brasileiros cresceu 3,1% de
2022 para 2023
Valor passou de R$ 2.985 para R$ 3.100 em
dezembro dos anos comparados
Estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) aponta um crescimento de
3,1% na renda habitual média do trabalhador
brasileiro em 2023 frente a 2022. A pesquisa,
divulgada sexta-feira (8), tem como base os
resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad Contínua).
As estimativas mostram que o rendimento habitual
médio real em dezembro de 2023 (R$ 3.100) foi 0,7%
maior que o observado no mês anterior (R$ 3.078) e
3,9% superior ao valor de dezembro de 2022 (R$
2.985). Em janeiro de 2024, a estimativa mensal
avançou para R$ 3.118.
De acordo com o Ipea, no segundo trimestre de 2023,
a renda média ficou acima da observada no mesmo
trimestre de 2019 pela primeira vez desde a pandemia
(0,6%). Já no quarto trimestre de 2023, superou o
mesmo trimestre de 2019 em 2,1%.
“O rendimento habitual refere-se à remuneração
recebida por empregados, empregadores e
trabalhadores por conta própria, mensalmente, sem
acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos,
ou seja, sem parcelas que não tenham caráter
contínuo”, informou o instituto.
Perfil
Os maiores aumentos na renda em comparação ao quarto
trimestre de 2022 foram registrados nas regiões
Norte (4,1%) e Nordeste (4%), entre os trabalhadores
de 40 a 59 anos (4,1%), com ensino médio completo
(3,2%).
Apenas os trabalhadores que têm no máximo o ensino
fundamental completo apresentaram queda na renda. O
crescimento foi menor para os que vivem no Sul e
Centro-Oeste, os maiores de 60 anos, homens e chefes
de família.
Ainda de acordo com o estudo, os rendimentos
habituais recebidos pelas mulheres registraram
crescimento interanual maior que os dos homens ao
longo de todos os trimestres de 2023 – revertendo o
desempenho de anos anteriores. No quarto trimestre,
o aumento entre as mulheres foi de 4,2%, contra 2,5%
de alta na renda média habitual dos homens.
Setores
Empregados do setor privado sem carteira apresentaram
um maior crescimento interanual da renda no quarto
trimestre de 2023 (6,9%). Depois de alguns
trimestres com forte elevação nos rendimentos, os
trabalhadores autônomos obtiveram um aumento de 0,3%
em relação ao mesmo trimestre de 2022. Já os
trabalhadores do setor público e os empregados com
carteira assinada registraram altas de 3,9% e 2,1%,
respectivamente.
No recorte por setor, no quarto trimestre de 2023,
houve queda da renda no transporte (-1,7%) e na
construção (-3,8%), em relação ao mesmo período de
2022. Já os trabalhadores da indústria (5,7%), do
comércio (5,9%) e da administração pública (4,6%)
obtiveram as maiores altas no último trimestre do
ano passado.
“Outro ponto positivo foi a recuperação da renda na
agricultura (0,9%), após uma forte queda de 4,6% no
trimestre anterior”, destacou o Ipea.
Fonte: Agência Brasil
12/03/2024 -
Fala de Lula sobre CLT incentiva
pseudoempreendedorismo, diz Neto
A recente declaração do presidente Lula, feita na
última quinta-feira (07), sobre os trabalhadores e a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem
suscitado uma série de reflexões e preocupações.
Segundo Antônio Neto, presidente da Central de
Sindicatos Brasileiros (CSB), ao afirmar que os
trabalhadores não desejam mais estar vinculados à
CLT, o presidente levanta questionamentos sobre o
futuro dos direitos trabalhistas no Brasil.
Neste contexto, é importante analisar o impacto
dessa declaração no movimento sindical e na luta
pelos direitos dos trabalhadores.
Confira a íntegra da nota da CSB
Recebemos com perplexidade a fala do presidente Lula,
na última quinta-feira (07), que afirmou que os
trabalhadores não querem mais ficar presos à
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Se a intenção da fala é sinalizar para o mercado
financeiro e os setores conservadores, ela também
sinaliza para o movimento sindical de forma muito
negativa. Esperamos que o presidente não esqueça
que, enquanto o mercado financeiro e os setores
conservadores abraçavam o governo antidemocrático e
genocida, o movimento sindical e os trabalhadores
garantiram a sua vitória nas ruas do Brasil.
Generalizar que os trabalhadores não querem o
trabalho formal digno, com carteira assinada e
valorizado, é reproduzir o discurso perpetuado nos
últimos anos que tão mal fez à classe trabalhadora:
a falsa dicotomia de direitos versus emprego. Tudo
fica mais grave quando estamos às vésperas de uma
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode
dar legalidade à informalidade irrestrita e
enfraquecer definitivamente a Justiça do Trabalho.
Se, hoje, uma parcela dos trabalhadores se sente
prejudicada pela CLT, é justamente pela omissão do
Congresso e do governo que ainda não garantiram a
atualização da tabela de IRPF, não revogaram as
maldades da Reforma Trabalhista e mantêm uma jornada
de trabalho de 44 horas há mais de 35 anos.
Ao reproduzir essa fala, mesmo que seja no caso dos
trabalhadores em aplicativos, o presidente vocaciona
o discurso que incentiva um pseudoempreendedorismo
sem direitos, precário e indigno.
Reafirmamos o apoio ao projeto dos trabalhadores em
aplicativos apresentado nesta semana, mas seguimos
comprometidos com o trabalho formal, com carteira
assinada e direitos, conforme o artigo 7° da
Constituição Federal.
Antônio Neto, presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB)
Fonte: Rede Brasil Atual
12/03/2024 -
Desemprego caiu, mas ainda afeta mulher
O governo Lula tem propiciado condições mais
favoráveis à economia e ao emprego. Segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
– PnadC, o desemprego caiu de 7,9% no 4º trimestre
de 2024 pra 7,4% no mesmo período de 2023. Ou seja,
490 mil conseguiram trabalho.
Porém, as mulheres enfrentam maiores dificuldades no
mercado de trabalho. Salários menores, dificuldade
de ascensão profissional e informalidade são
algumas.
Segundo o Boletim “Mulheres no mercado de trabalho:
desafios e desigualdades constantes”, do Dieese, a
taxa de desocupação feminina diminuiu de 9,8% pra
9,2% entre os 4º trimestres de 2022 e 2023. Ou seja,
271 mil deixaram o desemprego. Ainda assim, no mesmo
trimestre de 2023, as mulheres eram maioria dos
desocupados (54,3%). Mulheres negras, mais de 35%.
O Boletim registra a inserção das mulheres no
mercado de trabalho entre o 4º trimestre de 2022 e o
mesmo trimestre de 2023.
Patrícia Costa, Supervisora de Pesquisa do Dieese,
comenta: “A desocupação caiu entre os trimestres de
2022/23, resultado de políticas públicas, que se
refletem na economia e no emprego, mas o
desequilíbrio persiste. Sobretudo os que se refere
às mulheres. Há desigualdades ainda”.
Informalidade – Patrícia reitera: “Existem
mais homens e mulheres negros na informalidade; é
indiscutível que o preconceito explica isso”. De
acordo com os dados, mulheres negras representam
41,0% das trabalhadoras informais; homens 43,2%.
Projetos foram criados pra reduzir a informalidade.
Casos do MEI e do Simples. A supervisora esclarece:
“Eles ajudaram a organizar um pouco, mas as
trabalhadoras informais ainda precisam de políticas
direcionadas pra elas”. Patrícia afirma: “Só
políticas públicas concretas como a Lei 14.611 de
2023 e a conscientização das empresas poderão
modificar a realidade e promover a igualdade
salarial”.
Pandemia – O Boletim mostra que muitas
trabalhadoras não conseguiram retomar o trabalho
pós-pandemia. Para Patrícia a retomada é diferente
para as mulheres, devido também ao fato de que
cuidar da casa dificulta a reinserção no mercado.
Mais – Site do Dieese.
Clique aqui e leia o Boletim completo.
Fonte: Agência Sindical
12/03/2024 -
75% das brasileiras afirmam “conhecer pouco” sobre
Lei Maria da Penha
De acordo com a pesquisa DataSenado, menos de um
quarto das brasileiras (24%)
afirma conhecer muito sobre a Lei Maria da Penha
(Lei 11.340, de 2006)
Pesquisa DataSenado revela que 75% das brasileiras
afirmam “conhecer pouco” ou nada sobre a Lei Maria
da Penha. O quadro é preocupante levando em conta os
17 anos da criação da legislação e os avanços das
políticas públicas de combate à violência contra a
mulher.
O levantamento, feito a cada dois anos, ouviu 21,7
mil mulheres com 16 anos ou mais em 2023 e integra
uma série que tem o objetivo de ouvir cidadãs
brasileiras sobre aspectos relacionados à
desigualdade de gênero e agressões contra mulheres
no país.
De acordo com a pesquisa, menos de um quarto das
brasileiras (24%) afirma conhecer muito sobre a Lei
Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006). A análise
ainda aponta que 30% das brasileiras já sofreram
algum tipo de violência doméstica ou familiar
provocada por homem.
Para o Coordenador do Instituto DataSenado, Marcos
Ruben de Oliveira, a pesquisa alerta que o índice
pode ainda ser maior, já que em algumas situações
não são prontamente percebidas pela mulher como
violência, gerando uma subnotificação.
Segundo ele, o levantamento apontou que o índice de
subnotificação policial é “alarmante”, ao registrar
que 61% das mulheres entrevistadas que sofreram
violência não procuraram a delegacia para fazer a
denúncia.
Com informações da Agência Senado
Fonte: Portal Vermelho
12/03/2024 -
TRT-3 suspende pagamento de horas extras relativas a
banco de horas invalidado em sentença
O desembargador Paulo Chaves Corrêa Filho, do
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região,
determinou, em liminar, a suspensão da execução do
pagamento de horas extras de empregados da
associação mantenedora do Hospital de Clínicas de
Itajubá (MG), relativas à invalidação do banco de
horas.
O banco de horas é um sistema de compensação das
situações em que a jornada é extrapolada. Ela pode
ser reposta outros dias com reduções ou mesmo
ausências.
A Vara do Trabalho de Itajubá invalidou o banco de
horas de empregados da associação que recebiam
adicional de salubridade entre 2017 e 2022. Com
isso, estipulou o pagamento das horas compensadas
como horas extras.
A CLT prevê que, em atividades insalubres, quaisquer
prorrogações só podem “ser acordadas mediante
licença prévia das autoridades competentes em
matéria de higiene do trabalho”.
A reforma trabalhista de 2017 incluiu uma exceção a
essa regra: não é mais necessária a licença prévia
nos casos de jornadas de 12 horas de trabalho por 36
horas de descanso ininterruptas.
A defesa da associação usou a nova regra e a
existência de trabalhadores em jornada 12 x 36 na
associação para pedir a suspensão da condenação.
Corrêa Filho acolheu o pedido.
O sindicato da categoria argumenta que a sentença
não abrange apenas os empregados que trabalham nesse
regime, mas também afeta outros.
Na decisão original, a juíza afirmou que, mesmo após
a exceção incluída pela reforma, o banco de horas
continua inválido, pois não houve licença prévia.
A associação foi representada pelos advogados
Welliton Aparecido Nazario, sócio do escritório
Nazario & Lima Sociedade de Advogados; e Julia
Carrara, associada.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0015354-56.2023.5.03.0000
Fonte: Portal Vermelho
11/03/2024 -
Nota das Centrais: Autonomia com Direitos
Relações de trabalho em plataforma de transporte
regulada na negociação coletiva
O primeiro passo de uma longa caminhada.
A Pauta da Classe Trabalhadora 2023/2026, documento
no qual as Centrais Sindicais apresentam diretrizes
para o desenvolvimento do Brasil, destaca a proposta
de implementar um marco regulatório de ampla
proteção social, trabalhista e previdenciária a
todas as formas de ocupação e emprego e de relações
de trabalho, com especial atenção aos autônomos,
conta-própria, trabalhadoras domésticas,
teletrabalho e trabalhadores mediados por
plataformas e aplicativos.
A proposta apresentada pelas Centrais Sindicais ao
Presidente Lula e ao Ministro do Trabalho Luiz
Marinho, foi encaminhada através do Decreto Nº
11.513 (01/05/2023), que criou o Grupo de Trabalho
Tripartite, com 15 representantes de cada bancada,
com a finalidade de elaborar propostas de
“regulamentação das atividades de prestação de
serviços, transporte de bens, transporte de pessoas
e outras atividades executadas por intermédio de
plataformas tecnológicas”. Esse GT se desdobrou em
dois subgrupos, um para tratar do transporte de
pessoas e outro de mercadorias. As Centrais
Sindicais indicaram dirigentes que representam os/as
trabalhadores/as para compor os GTs, coordenaram
atividades, prestaram assessoria jurídica e
acompanhamento técnica através do DIEESE.
As Centrais Sindicais saúdam o resultado alcançado
pela representação sindical dos/as trabalhadores/as
mediados por plataformas no transporte de pessoas
que construíram, durante um ano, na mesa de
negociação com o governo e as empresas, um conjunto
de normativo traduzido no Projeto de Lei
Complementar 12/2024 que tratar dos direitos
trabalhistas, previdenciários, sindicais e de
negociação coletiva do trabalho em plataforma de
transporte remunerado de passageiros.
Construir esse Projeto no espaço tripartite de
negociação foi uma demanda das Centrais Sindicais e
uma inovação que o governo do Presidente Lula
proporcionou e que já orienta outras iniciativas
para tratar das questões que afetam o mundo do
trabalho e o sistema de relações laborais.
O resultado construído trata de forma inovadora,
como resposta ao contexto atual e frente às
adversidades e, principalmente, diante dos desafios
do mundo do trabalho e da ampla desproteção
existente. A regulação tributária e trabalhista, a
representação coletiva através do sindicato e o
direito à negociação coletiva abrem o caminho para
os próximos passos e contínua construção de direitos
e proteções na relação de trabalho por meio da
contratação coletiva.
O tipo de trabalho autônomo demandado pelas partes
será agora qualificado com direitos equivalentes
àqueles que tenham vínculos assalariados, tais como
o limite de jornada de trabalho, seguridade social
(auxílio maternidade e auxíliodoença) e direitos à
aposentadoria, piso mínimo de remuneração, medidas
de saúde e segurança, bem como regras de
transparência de informações para os/as
trabalhadores/as, hoje sob controle das empresas.
O desafio agora é qualificar o debate no Congresso,
aprovando esse PLC 12/2024 e informar bem a
sociedade sobre o conteúdo do Projeto. Consideramos
essencial investir na negociação para concluir o
processo negocial do GT que trata das mesmas
questões para os/as trabalhadores/as em plataforma
de transporte de mercadoria.
O sucesso dessa e de outras iniciativas também
dependerão do fortalecimento das entidades sindicais
e a própria negociação coletiva, orientadas pelas
melhores práticas internacionais, moderno e que
valorize o acordo entre as partes.
As Centrais Sindicais afirmam que foi dado um
primeiro passo, importante e necessário, para tratar
das complexidades e das graves desproteções
laborais, sociais e previdenciárias. Será por meio
da organização sindical e da negociação coletiva que
a produção do direito e da proteção se efetivara
permanentemente, respondendo aos novos desafios que
todos os dias se apresentam às trabalhadoras e aos
trabalhadores.
São Paulo, 07 de março de 2024.
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Sérgio Nobre
Presidente da Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
Antônio Fernandes dos Santos Neto
Presidente da CSB
Fonte: NCST
11/03/2024 -
Ipec: governo Lula tem 33% de 'ótimo ou bom', 33% de
'regular' e 32% de 'ruim ou péssimo'
De acordo com o levantamento, o governo federal
tem neste momento sua menor avaliação positiva e a
maior avaliação negativa desde março de 2023
Pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira (8) mostra
que houve uma queda na avaliação positiva do governo
Lula (PT), segundo o g1. Os resultados revelam uma
queda de cinco pontos percentuais na avaliação
positiva, uma oscilação dentro da margem de erro na
avaliação negativa e um aumento na avaliação
regular.
- Ótimo e bom: 33% (era 38% em dezembro)
- Regular: 33% (era 30% em dezembro)
- Ruim ou péssimo: 32% (era 30% em dezembro)
De acordo com o levantamento, o governo federal tem
neste momento sua menor avaliação positiva e a maior
avaliação negativa desde março de 2023. À época, o
percentual de 'ótimo ou bom' era de 41% e o de 'ruim
ou péssimo' era de 24%.
Segundo o Ipec, a queda na avaliação positiva do
governo Lula se destacou entre aqueles que
declararam ter votado em Lula em 2022, entre
moradores do Nordeste e Sudeste, entre quem tem
renda familiar mensal de até um salário mínimo,
autodeclarados pretos e pardos, mulheres e aqueles
que possuem ensino médio.
Os principais grupos que avaliam negativamente o
governo federal são: quem declarou ter votado em
Jair Bolsonaro em 2022, quem tem renda mensal
familiar superior a cinco salários mínimos,
residentes na região Sul e evangélicos.
Fonte: Brasil247
11/03/2024 -
Mortes no trabalho – João Guilherme Vargas Netto
Não chega a ser a carnificina que as forças armadas
de Israel estão praticando em Gaza, mas seus números
também são aterradores.
Refiro-me às mortes, mutilações, ferimentos,
acidentes e adoecimentos no trabalho.
Volta e meia o silêncio sobre este terror é
quebrado, quando o karoshi ataca no Japão, quando há
uma epidemia de suicídios de telefônicos na França,
quando há o soterramento de mineiros no Chile ou
quando há mortes em Osasco por desabamento.
O movimento sindical brasileiro tem sido pouco
atuante sobre a gravidade do assunto e não o tem
enfrentado de modo permanente, persistente e
eficiente.
Para alertar o movimento sindical e a sociedade
sobre o drama, ativistas abnegados têm tomado uma
série de iniciativas que culminarão em ato no dia 28
de abril para valorizar o Dia Internacional em
Memória das vítimas de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho. Esta data, que precede de
pouco o 1º Maio, pode representar um lembrete para
os dirigentes refletirem sobre o assunto e fazer com
que esta preocupação apareça na pauta unificada das
comemorações do Dia do Trabalhador.
O evento mais recente deste grupo de abnegados
ocorreu ontem, quarta-feira, na sede do sindicato
dos Engenheiros de São Paulo que reuniu
representantes de sindicatos, das centrais sindicais
e da Fundacentro com artistas, jornalistas,
educadores, engenheiros e médicos do trabalho e
muitas outras pessoas sensibilizadas, preocupadas e
comovidas pelo drama das mortes, mutilações,
ferimentos, acidentes e adoecimentos no trabalho.
Fonte: Agência Sindical
11/03/2024 -
TST valida normas coletivas com redução de intervalo
intrajornada
A redução do intervalo para repouso e alimentação
está inserida na regra geral de disponibilidade de
direitos para acordos coletivos. A própria CLT
sempre admitiu a possibilidade de flexibilização do
limite mínimo de uma hora, conforme o § 3º do seu
artigo 71.
Com esse entendimento, a Subseção II Especializada
em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
Trabalho validou normas coletivas que reduziram para
30 minutos o intervalo intrajornada dos
trabalhadores de uma indústria de fabricação de
chapa de aço.
O TST anulou parte de um acórdão do Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região contrário às
cláusulas de redução do intervalo. Mesmo assim,
condenou a empresa a pagar os intervalos
intrajornada relativos aos períodos não abrangidos
pelas normas coletivas que fixavam o intervalo de 30
minutos.
A redução em questão foi estipulada em acordos
coletivos de trabalho. Mais tarde, o sindicato
representante da categoria moveu uma ação coletiva e
questionou a regra de redução do intervalo.
O TRT-1 invalidou a regra e condenou a empresa a
pagar horas extras aos funcionários. Os
desembargadores entenderam que os acordos não
poderiam reduzir o intervalo para refeição e
descanso, pois é uma norma de saúde, higiene e
segurança, como estabelecido pela Constituição.
A Corte também entendeu que, na prática, foram
implementados turnos ininterruptos, sem o pagamento
da compensação devida aos funcionários.
A condenação transitou em julgado. Mais tarde, a
empresa ajuizou ação rescisória e argumentou que o
sindicato não poderia ter pedido a anulação de uma
regra pactuada pela própria entidade. As instâncias
ordinárias mantiveram o entendimento anterior do
TRT-1.
Fundamentação
A ministra Morgana de Almeida Richa, relatora do caso,
lembrou que o Supremo Tribunal Federal já validou
acordos e convenções coletivos que limitam ou
afastam direitos trabalhistas, desde que esses
direitos não sejam indisponíveis — ou seja, dos
quais o cidadão não pode abrir mão.
Segundo ela, o TRT-1 violou o direito de
“reconhecimento das convenções e acordos coletivos
de trabalho”, previsto na Constituição.
A reforma trabalhista de 2017 não se aplica ao caso
concreto, pois as normas coletivas foram negociadas
antes da sua vigência. Mas Richa ressaltou que a lei
“ratificou a tese de disponibilidade relativa do
direito ao intervalo intrajornada, dessa vez de
forma expressa”.
Isso porque os artigos 611-A e 611-B, incluídos na
CLT, listaram hipóteses em que “a convenção coletiva
e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei”. A lei autoriza negociações quanto ao
intervalo intrajornada, desde que respeitado o
limite mínimo de 30 minutos para as jornadas
superiores a seis horas.
A magistrada ainda criticou a conduta do sindicato,
que negociou a redução do intervalo intrajornada e,
mais tarde, contestou na Justiça a regra pactuada,
com pedido de pagamentos referentes ao período.
“Na esteira do entendimento do sindicato, o valor
negociado teria sido a saúde dos empregados por ele
representados?”, indagou Richa. Na visão da
ministra, invalidar as regras negociadas é sinal de
que o sindicato não foi leal aos seus objetivos.
Por fim, a relatora constatou que as normas
coletivas discutidas não abrangiam todo o período
indicado na petição inicial. Por isso, limitou a
condenação aos períodos de vigência dos acordos.
“Nesse processo ficou evidenciado o comportamento
contraditório do sindicato, que era muito comum no
Brasil”, aponta o advogado Luciano Andrade Pinheiro,
sócio do Corrêa da Veiga Advogados, que atuou no
caso.
“Assinam um acordo coletivo, negociam cláusulas que
beneficiam os empregados e outras que lhes diminuem
algum direito, e depois vão ao Judiciário pedir a
nulidade das últimas”.
Clique
aqui para ler o acórdão
Processo 101675-61.2017.5.01.0000
Fonte: Consultor Jurídico
08/03/2024 -
83% dos 322 reajustes ficaram acima da inflação de
janeiro, segundo Dieese
“Para categorias com data-base em janeiro, 83,2% dos
322 reajustes salariais registrados no Mediador até
5 de fevereiro foram fixados em percentuais acima do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(INPC-IBGE).”
“Outros 13,4% ficaram em percentual igual à variação
do INPC; e os demais 3,4%, abaixo desse índice.”
Variação média e reajuste necessário
“A variação real média dos reajustes de janeiro foi de
1,89% acima do INPC, ficando abaixo somente de julho
de 2023 (2,20%) no período analisado.”
O “reajuste necessário”, segundo o Dieese “para
recomposição das perdas inflacionárias das
categorias com data-base em janeiro de 2024 foi de
3,71%, segundo o INPC.”
“Para aquelas com data-base em fevereiro de 2024, é
de 3,82%”, acrescenta.
Fonte: Diap
08/03/2024 -
Depois de ouvir ‘investidores’, Barroso quer saber
por que há tanto conflito trabalhista
Para ministro, litigiosidade no Brasil é
“desproporcionalmente maior do que no resto do
mundo”
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto
Barroso, informou que o CNJ vai criar um grupo de
trabalho para analisar a litigiosidade trabalhista
no Brasil. Que, segundo ele, é “desproporcionalmente
maior do que no resto do mundo”.
O anúncio foi feito terça (5), durante sessão do
CNJ. As informações são do portal jurídico Migalhas.
Ainda segundo o site, Barroso comentou que conversou
com “um grupo de investidores”. E ouviu queixas
sobre a “imprevisibilidade” do custo da relação de
trabalho.
Nesse sentido, não se sabe se as partes falaram
sobre a “reforma” de 2017 ou sobre as seguidas
medidas de “flexibilização” das leis trabalhistas
nos últimos anos. Também não se sabe se
representantes dos trabalhadores foram ouvidos a
respeito.
“Empregabilidade” e formalização
“Só sabemos o custo de uma relação de trabalho no
Brasil depois que ela termina. (…) Tudo o que
encarece e diminui a atratividade do Brasil e que
passa pelo Judiciário nós devemos ser capazes de
equacionar”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que
o problema atinge todos os trabalhadores, na medida
em que compromete a “empregabilidade” e a
formalização.
Assim, ao mesmo tempo, Barroso disse que o estudo a
ser elaborado pelo CNJ não causa “desprestígio” ao
ramo trabalhista do Judiciário. “Já queria dizer
desde logo aos nossos representantes da Justiça do
Trabalho que todos os meus sentimentos são bons, eu
gosto da Justiça do Trabalho. Ela presta um serviço
muito importante ao país. Portanto, isso não envolve
nenhum desprestígio ou desapreço, é apenas a
compreensão melhor de uma realidade que acho que
prejudica os trabalhadores em geral.”
Mulheres e violência
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou na
terça a Portaria 256, que cria grupo de trabalho
para realizar diagnóstico e elaborar propostas –
emprego, trabalho e renda – para mulheres em
situação de violência. “Além disso, o grupo
discutirá ações de prevenção e enfrentamento à
violência, ao assédio e à discriminação em razão do
gênero”, diz o MTE.
Esse grupo será formado por 16 servidoras da
secretarias e assessorias do ministério. Elas irão
se reunir uma vez por mês “para elaborar e monitorar
medidas que promovam a equidade de gênero no
ambiente de trabalho, assim como a inclusão de
grupos vulneráveis no mundo do trabalho”. A primeira
reunião será na quinta-feira da semana que vem (14).
Fonte: Rede Brasil Atual
08/03/2024 -
Dieese apresenta subsídios para debater PL do
trabalho com APP
A regulamentação do trabalho com aplicativos foi uma
das propostas de campanha do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). O debate tripartite — governo,
plataformas e trabalhadores —, realizada por meio de
grupo de trabalho criado no âmbito do MTE
(Ministério do Trabalho e Emprego) fomentou o
conteúdo do projeto de lei enviado ao Congresso,
cuja discussão se inicia pela Câmara dos Deputados.
Trata-se do PLP (Projeto de Lei Complementar) 12/24,
que “Dispõe sobre a relação de trabalho intermediado
por empresas operadoras de aplicativos de transporte
remunerado privado individual de passageiros em
veículos automotores de quatro rodas e estabelece
mecanismos de inclusão previdenciária e outros
direitos para melhoria das condições de trabalho.”
Com o projeto, o Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos) elaborou
documento que tem o propósito de subsidiar o debate
público em torno do tema.
Essa proposta estabelece “nova forma de relação de
trabalho intermediado por empresas que operam
aplicativos de transporte remunerado privado
individual de passageiros em veículos de quatro
rodas” e define direitos para esse novo tipo de
contrato.
Acesse o documento do Dieese
Fonte: Diap
08/03/2024 -
Governo vai lançar programa que inclui mulheres no
mercado de trabalho
O governo federal lança, nesta sexta-feira (8), Dia
Internacional da Mulher, o Programa Asas para o
Futuro. De acordo com a ministra das Mulheres, Cida
Gonçalves, a proposta é incluir mulheres de 17 a 30
anos, sobretudo negras e da periferia, no mercado de
trabalho. O planejamento inclui a assinatura de um
acordo de cooperação com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para a
qualificação dessas mulheres.
“Também estamos trabalhando no sentido de garantir a
implementação de duas leis que, para nós, são
importantes. Uma, que instituímos no ano passado,
dos 5% das vagas do Sine [Sistema Nacional de
Emprego] serem para mulheres em situação de
violência. E a dos 8% no caso dos serviços
terceirizados do governo federal”, disse, em
entrevista à emissoras de rádio durante o programa
Bom dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação
(EBC).
“Estamos buscando tratativas para, mais para frente,
discutir o que é mais importante para as mulheres.
Porque parece que elas estão fora, estão
simplesmente desempregadas. Mas as mulheres estão na
informalidade. Como vamos trazer as mulheres para a
formalidade, como vamos incluir a discussão do
empreendedorismo”, acrescentou.
Igualdade salarial
Durante o programa, a ministra lembrou que, também na
próxima sexta-feira, encerra-se o prazo para que as
empresas entreguem o relatório de transparência
salarial, criado a partir da Lei nº 14.611/2023, que
dispõe sobre a igualdade salarial entre homens e
mulheres. Segundo Cida, o documento estará
disponível a partir do dia 31 de março para
consulta.
“Após a publicação, as empresas que não cumprirem,
vamos notificar. A empresa terá 90 dias para
recorrer e, caso as justificativas não sejam
aceitas, haverá fiscalização e multa”, garantiu.
Feminicídio
Entre as ações de enfrentamento ao feminicídio citadas
pela ministra estão a licitação de 13 novas Casas da
Mulher Brasileira e a entrega de Centros de
Referência de Atendimento à Mulher para municípios
menores, além da ampliação do número de patrulhas
Maria da Penha – serviço criado para acompanhar, com
rondas próximas ao local onde ela reside, a situação
da mulher sob medida protetiva de urgência.
Segundo Cida, o governo federal vai destinar R$ 10
milhões, por meio de edital público, para incentivar
o uso de tornozeleiras específicas para agressores
de mulheres. “Esse dispositivo já existe como uma
política pública, mas está empregado principalmente
para outras questões, como monitorar presos em
sistema semiaberto”, disse.
“Estamos trabalhando dentro de um pacto com diversos
ministérios para combater o feminicídio, sendo que
um dos eixos desse trabalho é a prevenção a partir
de ações concretas como a própria tornozeleira
eletrônica, porque o Estado vai controlar onde o
agressor pode transitar”, concluiu a ministra das
Mulheres.
Fonte: Agência Brasil
08/03/2024 -
Cesta básica maior para associados de sindicato
viola liberdade de associação
Para a SDC, a previsão é uma tentativa de obrigar
a filiação compulsória
Por maioria, a Seção Especializada em Dissídios
Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho
manteve a nulidade de norma coletiva que estipulava
valores maiores de cesta básica para associados do
Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de
Refeições Coletivas e Afins do Estado do Ceará (Sinterc).
Para o colegiado, a diferenciação ofende o princípio
constitucional da liberdade de associação.
Redação
De acordo com a norma coletiva, associados receberiam
cesta básica ou vale-compra de R$130, enquanto para
não associados o valor seria de R$123,50. As
empresas também poderiam descontar, sobre esse
valor, até 8% do associado e 15% dos não associados
ao sindicato profissional.
Direitos diferenciados
Em julho de 2021, o Ministério Público do Trabalho
(MPT) ajuizou ação anulatória no Tribunal Regional
do Trabalho da 7ª Região (CE) sustentando que
pessoas com o mesmo tempo de serviço e funções
assemelhadas teriam direitos diferenciados, baseados
apenas na filiação sindical. Para o MPT, a previsão
era “absolutamente antijurídica e antiética”.
Reforço
Segundo o sindicato, a diferenciação não viola a
liberdade de associação sindical, mas apenas cria
instrumento de reforço da organização coletiva dos
próprios trabalhadores, cabendo ao empregado a opção
de se filiar e receber a benesse oferecida.
Valorização
Ainda segundo o Sinterc, os sindicatos podem
estabelecer direitos para os associados além dos que
já foram conquistados para toda a categoria sem que
isso caracterize ato discriminatório. “A norma
coletiva não foi imposta por nenhuma das partes, mas
negociada entre os entes legitimados, considerando a
necessidade de valorizar a associação, ou seja, o
trabalhador associado”, sustentou.
Sanções econômicas
O TRT julgou procedente o pedido do MPT e declarou
nula a cláusula, que, a seu ver, atenta contra a
liberdade sindical. Para o TRT, vantagens
convencionais foram convertidas em verdadeiras
sanções econômicas para que não sindicalizados sejam
compelidos a se filiar.
Direito sindical
O entendimento foi mantido pela SDC do TST. Para o
ministro Agra Belmonte, relator do recurso do
sindicato, o entendimento que predomina no TST é de
que a instituição de valores diversos do mesmo
benefício para membros da categoria, baseados em sua
condição de associados ou não, é ofensiva aos
princípios que norteiam o direito sindical,
sobretudo a liberdade de associação (artigo 8º,
inciso V, da Constituição Federal.
De acordo com esse raciocínio, a cláusula é nula
porque gera discriminação nas relações de trabalho e
representa uma tentativa de obrigar a filiação
compulsória.
Processo: ROT-80398-79.2021.5.07.0000
Fonte: TST
07/03/2024 -
Nova Central debate o custeio das entidades
sindicais em reunião com Paulo Paim
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores, Moacyr Auersvald, nesta terça-feira
(05), participou de uma reunião na Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do
Senado Federal, coordenada pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), para debater o custeio e fortalecimento das
entidades sindicais. Os representantes das demais
centrais sindicais também participaram.
Paulo Paim, que é o relator do projeto na Comissão
de Assuntos Sociais do Senado, busca um consenso
ouvindo representantes dos trabalhadores e dos
empregadores para o seu texto.
O presidente da Nova central ressaltou o valor do
modelo sindical brasileiro para o mundo e a
tentativa de redução da força de representação das
categorias, que fere totalmente princípios básicos
de igualdade e inclusão do sindicalismo. “Sindicato
não é clube, não representa somente os sócios e sim
toda uma ou mais categorias”.
“A Nova Central e as centrais estão fazendo o seu
papel para que tenhamos uma parte financeira sólida
que nos possibilite executar as ações sindicais. Uma
fonte de custeio”, disse o presidente.
Fonte: NCST
07/03/2024 -
Pesquisa Quaest: 51% aprovam trabalho de Lula e 46%
desaprovam
Em comparação com a pesquisa anterior, de
dezembro, a aprovação do presidente caiu três pontos
percentuais e a desaprovação subiu três pontos. A
margem de erro é de 2,2 pontos
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (6)
pelo g1 revela que 51% dos entrevistados aprovam o
trabalho do presidente Lula (PT). Por outro lado,
46% desaprovam sua gestão. Segundo o levantamento,
3% dos entrevistados não souberam ou não
responderam. Comparado à pesquisa anterior,
realizada em dezembro de 2023, a aprovação de Lula
sofreu uma queda de três pontos percentuais. Naquele
momento, 54% dos entrevistados aprovavam seu
trabalho, enquanto 43% o desaprovavam.
A pesquisa também destacou uma divisão de opiniões
entre diferentes grupos demográficos. Entre os
evangélicos, por exemplo, 62% desaprovam Lula,
enquanto 35% o aprovam. Esse índice de desaprovação
cresceu 6 pontos percentuais desde a última
pesquisa, enquanto a aprovação diminuiu na mesma
magnitude.
Além disso, a aprovação é mais alta entre os que
ganham menos. A pesquisa mostrou que 61% dos
entrevistados que recebem até dois salários mínimos
aprovam o trabalho de Lula, enquanto apenas 36% o
desaprovam. Entre aqueles que ganham de dois a cinco
salários mínimos, a aprovação cai para 45%, enquanto
a desaprovação sobe para 52%.
Por região, a aprovação de Lula é mais forte no
Nordeste, onde 68% dos entrevistados o aprovam, e no
Centro-Oeste/Norte, com um empate técnico entre 50%
que aprovam e 47% que desaprovam. Por outro lado, no
Sul e no Sudeste, a desaprovação é maior, com 57% e
52% respectivamente.
Fonte: Brasil247
07/03/2024 -
Brasil cresce e favorece trabalhador
Nosso Produto Interno Bruto cresceu 2,9% em 2023,
informa o IBGE. A alta superou a previsão dos
economistas, para quem cresceríamos menos de 1%.
Rodolfo Viana é professor e economista do Dieese e
responde pela subseção no Sindicato Metalúrgicos de
Guarulhos e Região. Ele mostra otimismo: “O Brasil
cresceu acima da média pelo terceiro ano seguido.
Crescemos mais que países como Espanha, Inglaterra e
França. Os números mostram que o governo Lula está
indo bem”.
O bom resultado do PIB se deve a vários fatores, com
destaque ao maior consumo das famílias e à queda da
inflação, de 9,5% pra 4,5%. “O fato da inflação ter
caído amplia o poder de compra das pessoas. Somado a
isso, vem a queda da taxa de desemprego”, observa o
professor.
Políticas – Rodolfo ainda ressalta a retomada
de políticas públicas e medidas econômicas no
primeiro ano do Governo Lula como pontos que
ajudaram o PIB a subir. “A política de valorização
do salário mínimo, a retomada do Bolsa Família, a
correção da tabela do Imposto de Renda após nove
anos, queda na Selic de 14,25% pra 11,75%, entre
outras”, observa.
Expectativa – O crescimento deve prosseguir.
“O trabalhador voltou a ter um ambiente favorável”,
comenta Rodolfo. Aliás, o presidente Lula tem
reafirmado que as previsões do mercado serão
desmentidas pelos fatos.
Guarulhos – O Produto Interno Bruto local
(segundo Município do Estado) cresceu 17,33% entre
2020 e 2021 e consolidou a cidade entre as 10
maiores economias do Brasil.
Segundo o IBGE, Guarulhos ocupa hoje a 10ª posição
no ranking das maiores economias, à frente de 20
Capitais – PIB de R$ 77,37 bilhões.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,
anuncia que a Toyota investirá R$ 11 bi no Brasil
nos próximos anos.
Folha – O jornal publicou segunda, 4, estudo
mostrando que, de 99 itens, o País melhorou em 66,
como Saúde e Educação.
Mais – Sites do IBGE, Dieese e Ministério da
Fazenda.
Fonte: Agência Sindical
07/03/2024 -
Nenhum país garante oportunidades de trabalho com
igualdade de gênero
Não existe um único país no mundo onde as mulheres
tenham as mesmas oportunidades que os homens na área
do trabalho, concluiu o Banco Mundial em seu novo
relatório, lançado a poucos dias do Dia
Internacional da Mulher.
Segundo esta instituição financeira, a diferença
entre gêneros é neste momento muito mais profunda do
que se pensava e diminuí-la poderia aumentar o
Produto Interno Bruto (PIB) mundial em mais de 20%.
“Quando se tem em conta as diferenças legais que
envolvem violência e cuidados infantis, as mulheres
gozam de menos de dois terços dos direitos dos
homens. Nenhum país oferece oportunidades iguais
para as mulheres – nem mesmo as economias mais
ricas”, informou o Banco Mundial em um comunicado
nesta segunda-feira.
Esta é a primeira vez que o banco avalia as
diferenças entre as reformas legais e os seus
resultados efetivos para as mulheres em 190
economias do mundo. “A análise revela uma lacuna
chocante na implementação [de políticas para
incentivar a igualdade de gênero”, lamenta a
instituição.
O Banco Mundial explica que, embora a legislação em
vigor implique que as mulheres gozem de cerca de
dois terços dos direitos dos homens, “os países
estabeleceram, em média, menos de 40% dos sistemas
necessários para a sua plena aplicação”.
E dá um exemplo: 98 economias adotaram legislação
que obriga a igualdade salarial das mulheres que
desempenhem o mesmo trabalho que os homens; no
entanto, “apenas 35 economias - menos de uma em cada
cinco - adotaram medidas de transparência salarial
ou mecanismos de aplicação para resolver o problema
das disparidades salariais”.
Para Indermit Gill, economista-chefe do Grupo do
Banco Mundial, “as mulheres têm potencial para
aumentar exponencialmente a economia global em
queda”.
“Ainda assim, em todo o mundo as leis e práticas
discriminatórias impedem as mulheres de trabalhar ou
de criar empresas em pé de igualdade com os homens.
A eliminação deste fosso poderia aumentar o produto
interno bruto global em mais de 20%, praticamente
duplicando a taxa de crescimento global durante a
próxima década”, garantiu o economista.
Fonte: Agência Brasil
07/03/2024 -
Turma do STF encerra disputa trabalhista bilionária
da Petrobras
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou nesta segunda-feira (4) o trânsito em
julgado da maior disputa trabalhista envolvendo a
Petrobras, confirmando não haver mais possibilidade
de recursos e dando ganho de causa à petroleira
estatal.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), contudo,
insiste que ainda cabe recurso ao plenário do
Supremo. "O julgamento do STF não está encerrado e
serão adotadas medidas judiciais pelas entidades
sindicais, em defesa da validade do acordo coletivo
de trabalho assinado pela Petrobras e os
trabalhadores em defesa da RMNR”, disse a entidade,
em nota.
A disputa envolve o cálculo da Remuneração Mínima
por Nível e Regime (RMNR), espécie de piso salarial
criado em acordo coletivo de 2007. O impacto
financeiro estimado pela companhia era de R$ 47
bilhões.
Em novembro, por 3 votos a 1, o Supremo decidiu
favoravelmente à Petrobras. Diversos sindicatos
entraram com recurso, mas os últimos embargos de
declaração sobre assunto foram todos negados no dia
1º de março, por unanimidade.
O processo discute a inclusão ou não de adicionais
constitucionais – como de periculosidade, de
confinamento ou por trabalho noturno, por exemplo –
no cálculo da RMNR, criado para promover a isonomia
entre os vencimentos dos funcionários.
Diversos empregados, contudo, conseguiram ganhar na
Justiça o direito de que seus adicionais fossem
pagos por fora dos pisos estabelecidos, o que gerou
uma situação de desigualdade salarial na empresa,
provocando distorções.
As dezenas de sindicatos que participam da ação
argumentam que, por haver diferentes entendimentos
sobre o assunto, deve prevalecer aquele mais
favorável aos empregados. As entidades pedem a
exclusão dos adicionais do cálculo da RMNR.
Fonte: Agência Brasil
07/03/2024 -
Lei precisa conciliar interesses de todos, afirma
juíza do Trabalho
O mercado de trabalho vive uma revolução, e um sinal
disso é o debate sobre a existência ou não de
vínculo empregatício em determinadas relações de
trabalho. Nesse cenário, cabe ao legislador
encontrar um modelo de regulação que concilie os
interesses de todos os envolvidos nessa nova
dinâmica.
Essa reflexão é da juíza Ana Luiza Fischer, do
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Ela
falou sobre o assunto em entrevista à série “Grandes
Temas, Grandes Nomes do Direito”, na qual revista
eletrônica Consultor Jurídico conversa com algumas
das principais personalidades do meio jurídico sobre
os temas mais relevantes da atualidade.
“Nós estamos vivendo uma revolução no mercado de
trabalho que é inédita. Nós estamos trabalhando com
uma nova realidade, mas com base em uma legislação
que remonta a uma estrutura de coisa que já ficou um
pouco para trás”, disse a juíza.
Para ela, essa mudança subverteu a “equação
empregatícia”, o que pode ser visto como
catastrófico por alguns. Na visão da juíza, porém,
tal panorama não precisa ser encarado dessa forma.
“É simplesmente uma nova realidade, e o Direito
precisa dar conta dela. Mas pensando no todo, porque
isso tem que ser dividido igualmente entre todos os
trabalhadores. E os trabalhadores estão nos dois
lados. Nós precisamos saber que o trabalho humano é
comum a todas as atividades, inclusive na atividade
de empreender”, prosseguiu Ana Luiza Fischer.
Assim, se um novo diploma legal for elaborado com
base nessa “visão do todo”, o legislador pode dar
respostas inteligentes para preservar garantias que
são necessárias numa sociedade civilizada. Ela
avalia, porém, que o atual cenário de insegurança
jurídica poderia ter sido evitado.
“O que nós vivemos após a aprovação da reforma
trabalhista foi uma verdadeira turbulência
jurisprudencial. Muitas coisas foram discutidas e
muitas coisas não foram aplicadas. Então, é difícil
aferir, do ponto de vista objetivo, qual é a
resposta em termos de segurança jurídica diante de
uma legislação que foi aprovada, mas que não foi tão
consolidada”, concluiu a juíza, que integrou a
comissão de redação da reforma trabalhista aprovada
em 2017.
Clique
aqui para assistir à entrevista
Fonte: Consultor Jurídico
06/03/2024 -
MTE e AGU debatem com centrais sindicais sobre a ADI
que trata da correção do FGTS
Encontro teve como objetivo buscar uma possível
decisão consensual sobre a questão do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o
ministro Jorge Messias, Advogado-Geral da União,
reuniram-se com representantes das centrais
sindicais para discutir a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 5090, que trata da
correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
O encontro teve como objetivo buscar uma possível
decisão consensual sobre a questão do FGTS. Como
resultado, os participantes se comprometeram a
elaborar um acordo para apresentar ao ministro do
Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso,
relator do tema, propondo uma nova abordagem que
garanta a saúde financeira e a sustentabilidade do
Fundo nos próximos anos.
O ministro Luiz Marinho expressou otimismo em
relação aos debates que vêm sendo discutidos.
“Acredito que chegamos aqui com um bom termo que
preserva o interesse dos trabalhadores, que nós
temos total acordo, e segue preservando o papel
social do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço”,
afirmou.
Jorge Messias destacou avanços significativos nas
discussões desde a última reunião, realizada em
fevereiro, com o secretário-executivo do MTE, Chico
Macena, e expressou sua gratidão ao ministro Luiz
Marinho. “É uma honra fazer parte desta mesa, porque
se tem um ministério e um setor que consegue avançar
a partir da conciliação, negociação e do diálogo,
esse setor é o do Trabalho”, ressaltou.
FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado
pela Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, e
atualmente regido pela Lei nº 8.036, de 11 de maio
de 1990, tem seus depósitos corrigidos pela Taxa
Referencial (TR), conforme determinado pela Lei
8.036/90. A ADI 5090 contesta esse índice e busca
que o STF defina qual índice deve ser utilizado para
a correção monetária dos saldos das contas do FGTS.
Fonte: MTE
06/03/2024 -
Em depoimento à PF, Freire Gomes diz que Bolsonaro
apresentou duas minutas de golpe
Depoimento do brigadeiro Carlos de Almeida
Batista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, também
implicou o ex-mandatário diretamente na trama
golpista
Em depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do
inquérito que apura a suposta tentativa de um golpe
de Estado para impedir a posse do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), o general Marco Antonio
Freire Gomes, ex-comandante do Exército, relatou que
“foram apresentadas a ele pelo próprio ex-presidente
Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Defesa Paulo
Sérgio Nogueira, duas versões da minuta do golpe,
avisando que aquilo tinha que ser implementado”, diz
a jornalista Míriam Leitão, em sua coluna no jornal
O Globo. Ainda segundo a reportagem, o depoimento do
brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior,
ex-comandante da Aeronáutica, também confirmou a
trama golpista.
O depoimento de Freire Gomes foi considerado pelos
investigadores como "consistente" e "revelador", uma
vez que ajuda a preencher lacunas sobre a reunião em
que se discutiu detalhes do plano golpista, seus
participantes e os detalhes do encontro. A minuta do
golpe, encontrada no gabinete de Bolsonaro na sede
do PL, reforçou a consistência da oitiva do general.
“O ponto central dos depoimentos, principalmente o
do general Freire Gomes, é que o próprio presidente
apresentou a minuta. Foi Bolsonaro também quem
chamou reservadamente no Alvorada, o general Estevam
Theophilo, comandante do Coter, o comando das
Operações Terrestres, onde teria mostrado o ‘firme
propósito de implementar o que estava escrito'". Aos
investigadores, Theophilo disse que participou da
reunião a mando de Freire Gomes, mas o general não
confirma esta versão e nega ter dado alguma ordem
neste sentido.
Uma questão que intriga os investigadores é o motivo
pelo qual o general Freire Gomes não denunciou
imediatamente o que estava sendo planejado. A
estratégia de não denunciar e a falta de ação para
desfazer os acampamentos diante dos quartéis são
pontos em aberto na investigação.
De acordo com militares ouvidos pela reportagem,
“denunciar poderia ser entendido como interferência
no processo eleitoral. Nada falar também poderia ser
entendido como interferência e que o general Freire
Gomes tem a seu favor o fato de que a disciplina foi
preservada nas 667 organizações militares da Força
Terrestre”.
Fonte: Brasil247
06/03/2024 -
Pesquisa mostra que diferença salarial entre
mulheres e homens caiu
Presença feminina em cargos de liderança aumentou
nos últimos 10 anos
Nos últimos 10 anos, houve uma redução na diferença
entre salários pagos às mulheres e aos homens. O
índice que mede a paridade salarial passou de 72 em
2013 para 78,7, em 2023. A paridade de gênero é
medida em uma escala de 0 a 100, sendo que quanto
mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres
e homens.
Os dados estão no levantamento Mulheres no Mercado
de Trabalho, realizado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) a partir de microdados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc)
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). As informações serão apresentadas nesta
terça-feira (5), durante a primeira reunião de 2024
do Fórum Nacional da Mulher Empresária da CNI.
O estudo também revelou que a participação feminina
em cargos de liderança passou de 35,7% em 2013 para
39,1% em 2023. O índice de empregabilidade das
mulheres apresentou evolução entre 2013 e 2023,
passando de 62,6 para 66,6, respectivamente,
crescimento de 6,4%.
Os resultados do levantamento indicaram que as
mulheres têm mais escolaridade que os homens:
enquanto elas têm, em média, 12 anos de estudo; os
homens têm 10,7 anos.
O tempo dedicado à chamada jornada de trabalho
reprodutiva, ou seja, aquela que envolve as
atividades domésticas e de cuidados com familiares,
também é maior entre as mulheres. No caso das
pessoas empregadas, esse tempo foi de 17,8 horas
semanais para mulheres e de 11 horas para homens em
2022. Entre os desocupados – desempregados e pessoas
em busca de emprego –, a diferença é ainda maior: as
mulheres exercem 24,5 horas semanais de trabalho e
os homens, 13,4 horas.
Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, apesar da
redução das diferenças entre gêneros da última
década, é preciso continuar avançando e rápido.
“É urgente ampliar o debate e implementar medidas
concretas para chegarmos a um cenário de equidade
plena no mercado de trabalho brasileiro”, avalia.
Legislação
Em julho do ano passado, o governo federal sancionou
uma lei que garante igualdade salarial entre homens
e mulheres e estabelece medidas para tornar os
salários mais justos, aumentando a fiscalização
contra a discriminação e facilitando os processos
legais para garantir igualdade salarial.
Com a nova lei, empresas com 100 ou mais
funcionários devem fornecer relatórios semestrais
transparentes sobre salários e critérios de
remuneração. Esses relatórios devem conter
informações que permitam comparar salários e
remunerações entre homens e mulheres de forma
objetiva.
Caso haja alguma irregularidade, serão aplicadas
punições administrativas e os processos legais para
corrigir a desigualdade devem ser facilitados.
Também foram instituídos canais para denunciar o
descumprimento da igualdade salarial por parte de
empresas e entidades em geral. As pessoas podem
encaminhar os casos por meio de um portal do
Ministério do Trabalho ou pelo telefone: Disque 100,
Disque 180 ou Disque 158.
Fonte: Agência Brasil
06/03/2024 -
STF irá decidir se existe vínculo empregatício entre
motoristas e plataformas de aplicativos
A matéria, que teve repercussão geral
reconhecida, é objeto de recurso da Uber contra
decisão do TST que reconheceu o vínculo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se
existe vínculo empregatício entre "motoristas de
aplicativo” e empresa criadora e administradora da
plataforma digital. Neste primeiro momento, em
deliberação unânime do Plenário Virtual, foi
reconhecida que a matéria tem repercussão geral, ou
seja, é relevante do ponto de vista social, jurídico
e econômica e ultrapassa os interesses das partes
envolvidas no processo.
A questão é tratada no Recurso Extraordinário (RE)
1446336 (Tema 1291), apresentado ao STF pela
plataforma Uber, que narra existirem mais de 10 mil
processos sobre tema tramitando nas diversas
instâncias da Justiça trabalhista. O julgamento de
mérito, fase em que o colegiado irá decidir se há ou
não vínculo trabalhista, será realizado pelo
Plenário em sessão a ser agendada posteriormente. A
decisão a ser tomada pelo Tribunal será aplicada aos
demais processos semelhantes na Justiça.
Reconhecimento de vínculo
A empresa questiona decisão do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) que reconheceu a existência de
vínculo empregatício entre uma motorista e a
empresa. Para a corte trabalhista, a empresa deve
ser considerada uma empresa de transporte e não uma
plataforma digital.
O TST considerou que a subordinação fica
caracterizada porque o motorista não possui nenhum
tipo de controle em relação ao preço das corridas e
ao percentual a ser descontado sobre o valor. A
autonomia do trabalhador, destaca a decisão, está
restrita apenas à escolha de horários e corridas.
Além disso, a empresa estabelece parâmetros para
aceitar determinados motoristas e faz
unilateralmente o desligamento do motorista, caso
ele descumpra alguma norma interna.
Livre iniciativa
No Supremo, a Uber argumenta que a decisão do TST
tolhe o direito à livre iniciativa de exercício de
atividade econômica e coloca em risco “um marco
revolucionário” nos modelos de mobilidade urbana,
com potencial de inviabilizar a continuidade de sua
atividade.
Relator
Em sua manifestação pelo reconhecimento da repercussão
geral, o ministro Edson Fachin (relator) destacou a
necessidade de que o STF apresente uma solução
uniformizadora para a controvérsia, pois, além de o
debate ser um dos mais relevantes na atual
conjuntura trabalhista-constitucional, há decisões
divergentes sobre o tema, “o que tem suscitado uma
inegável insegurança jurídica”.
Fachin também destacou o impacto sobre milhares de
profissionais e usuários e, por consequência, sobre
o panorama econômico, jurídico e social do país. A
seu ver, é necessário conciliar os direitos
trabalhistas, garantidos pela Constituição Federal,
e os interesses econômicos, tanto dos motoristas de
aplicativos quanto das empresas.
Fonte: STF
06/03/2024 -
Plano prevê reduzir em 10% diferença salarial entre
homens e mulheres
O governo quer reduzir em 10% a diferença da renda
média do trabalho entre homens e mulheres e chegar a
45,2% de formalização das mulheres no mercado de
trabalho. As metas fazem parte do Relatório Agenda
Transversal de Mulheres, que reúne os compromissos
voltados para as mulheres no Plano Plurianual de
2024-2027, divulgado nesta segunda-feira (4), pelo
Ministério do Planejamento e Orçamento.
É a primeira vez que o plano traz metas e
indicadores focados nas demandas das mulheres,
segundo a pasta.
A agenda das mulheres engloba 45 dos 88 programas
que constam no PPA. Para esses compromissos, o
governo destinou R$ 14,1 bilhões do Orçamento deste
ano.
“Foram as mulheres que perguntaram: ‘Onde vão estar
no Orçamento de 2024 a criança e o adolescente, as
mulheres, a igualdade racial, a sustentabilidade e
os povos indígenas? Foram as mulheres na sua maioria
que fizeram o Orçamento brasileiro. O que fizermos
daqui para frente tem o dedo de cada mulher”, disse
a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Outras metas previstas no documento são reduzir em
16% as mortes violentas de mulheres dentro de casa e
em 55% a mortalidade materna, além da construção de
117 unidades de atendimento às vítimas de violência.
“Cada vez que nós conseguimos falar vem a violência
política na rede social e tenta nos calar”, afirmou
a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
O relatório traz ainda meta de fornecer assistência
técnica a 42.192 agricultoras familiares, aumentar
em 45% o percentual de mulheres em cargos de poder e
decisão, construir 90 centros de parto normal e 60
maternidades em todo o país e garantir dignidade
menstrual a 10 milhões de pessoas.
“Fazer política pública para as mulheres significa
fazer política pra melhorar a vida das famílias
desse país. Porque são as mulheres que na grande
maioria dos casos chefiam as famílias mais pobres. E
não dá pra falar de uma mulher universal, precisamos
deixar visível a diversidade que nos compõe: de
raça, classe, etnia, orientação sexual, idade,
território”, disse a ministra da Igualdade Racial,
Anielle Franco, que também participou do lançamento.
Este é o terceiro relatório transversal do PPA
lançado pelo governo. Os dois anteriores foram sobre
crianças e adolescentes e ambiental.
Participaram do lançamento da agenda a secretária
Nacional de Planejamento, Leany Lemos; a
primeira-dama Janja Lula da Silva; a ministra do STF
Cármen Lúcia; além das ministras Margareth Menezes
(Cultura), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck
(Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Luciana
Santos (Ciência, Tecnologia e Inovações), Marina
Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), a
presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e
a representante da ONU Mulheres, Ana Quirino.
Fonte: Agência Brasil
05/03/2024 -
Renda sobe e taxa de desemprego fica estável em
janeiro, segundo Pnad Contínua
A taxa de desemprego começou o ano em 7,6%, mesmo
patamar observado no trimestre encerrado em outubro,
que serve de comparação. Por outro lado, a população
ocupada cresceu 0,4% e chegou a 100,6 milhões de
trabalhadores, puxada principalmente por vagas nos
setores de logística, TI e locação de mão de obra.
É o que apontam os dados do trimestre encerrado em
janeiro, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua) divulgada na
última quinta-feira (29).
O País tinha 8,3 milhões de pessoas em busca de
trabalho, contingente estável na comparação
trimestral. Na comparação anual, o recuo é de 7,8% —
menos 703 mil pessoas nessa condição.
Tendência sazonal
Segundo o IBGE, a estabilidade no nível de desemprego
do País pode ser explicada pela sazonalidade do
mercado de trabalho. Historicamente, o desemprego
cai no fim do ano e aumenta nos primeiros meses do
ano seguinte, explica Adriana Beringuy, coordenadora
de Pesquisas Domiciliares do IBGE.
“Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa
sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada
do ano de 2024, o que a gente percebe é uma
estabilidade, justamente porque a população
desocupada não teve expansão tão significativa nesse
trimestre encerrado em janeiro de 2024.”
Que esperar do emprego em 2024
O ano de 2023 foi positivo para o mercado de trabalho
e deixa viés positivo para 2024. O desemprego caiu
para 7,8%, na média do ano, e registrou a menor taxa
desde 2024. Além disso, o número de trabalhadores
com e sem carteira bateu recorde no ano passado.
Para analistas, o cenário para o mercado de trabalho
ficou mais favorável nos últimos meses diante da
inflação mais controlada e do ciclo de queda dos
juros. Mas frente a 2023, a trajetória é de
desaceleração gradual.
O Indicador Antecedente de Emprego do FGV-Ibre, que
busca antecipar os rumos do mercado de trabalho no
País, subiu para 78,2 pontos em janeiro, maior nível
desde outubro de 2022 — 79,8 pontos.
Para Rodolpho Tobler, as indicações positivas do
ambiente macroeconômico desde o final do ano passado
têm potencial de impactar positivamente o dia a dia
dos empresários, mas a evolução ainda deve ocorrer
em ritmo moderado.
Fonte: Diap
05/03/2024 -
Inquéritos da Polícia Federal contra Bolsonaro devem
ser concluídos em quatro meses
Ex-presidente é investigado por tentativa de
golpe de estado, entre outros crimes
A Polícia Federal (PF) está prestes a finalizar os
inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair
Bolsonaro. Um dos casos em investigação é
relacionado à tentativa de golpe de Estado, no qual
Bolsonaro, ex-membros de seu governo e militares são
suspeitos. Os investigadores planejam apresentar o
relatório final ao ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Alexandre de Moraes, até o mês de
julho, segundo informa a colunista Bela Megale, no
Globo.
Outro inquérito em andamento trata da falsificação
de certificados de vacina, supostamente envolvendo
Bolsonaro, seus familiares e ex-assessores. Além
disso, há uma investigação sobre a entrada ilegal de
joias da Arábia Saudita no Brasil, destinadas a Jair
e Michelle Bolsonaro. Este último caso envolve a
apropriação ilegal de peças de diamantes destinadas
ao Estado brasileiro.
A conclusão dos inquéritos, especialmente aquele
relacionado à tentativa de golpe de Estado, é
considerada crucial, pois pode ter sérias
implicações legais para Bolsonaro. A PF tem buscado
documentos de cooperação internacional,
especialmente dos Estados Unidos, para finalizar a
investigação sobre as joias. Espera-se que os casos
sejam concluídos até o fim do primeiro semestre,
após diligências adicionais e ampliação das
investigações devido a novos elementos surgidos.
A expectativa é que os resultados desses inquéritos
possam trazer importantes desdobramentos políticos e
legais, especialmente diante das implicações sérias
que tais acusações podem ter para um ex-presidente.
O desfecho dos inquéritos pode influenciar
significativamente o cenário político brasileiro,
especialmente à medida que se aproximam as eleições
e a consolidação de casos legais contra figuras de
destaque no país.
Fonte: Brasil247
05/03/2024 -
Lula assina projeto de regulamentação de transporte
por aplicativo
O presidente Lula assina nesta segunda-feira (4) o
projeto de lei que regulamenta o trabalho de
motoristas de aplicativo, como Uber e 99. A proposta
que será enviada ao Congresso não trata do serviço
prestado por transporte de alimentos e encomendas,
com motociclistas, porque as negociações com o setor
não foram concluídas.
Representantes do governo, dos aplicativos e dos
motoristas discutiram a regulamentação ao longo dos
últimos dez meses, sob a coordenação do ministro do
Trabalho, Luiz Marinho. Acompanhe a transmissão do
evento no Congresso em Foco a partir das 15h.
A medida que será assinada pelo presidente não
estabelece vínculo empregatício entre funcionário e
empresa. O assunto também é discutido no STF
(Supremo Tribunal Federal), que julga se há essa
relação entre os dois lados.
Pela proposta, os motoristas por aplicativo não
terão vínculo com a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e serão considerados autônomos.
Haverá uma remuneração mínima fixa por hora
trabalhada, além do ganho variável com as corridas.
A jornada máxima de trabalho por dia será de 12
horas.
O texto também cria regras previdenciárias para a
categoria. Os motoristas deverão recolher 7,5% de
contribuição à Previdência Social sobre o salário.
Já as empresas pagarão alíquota de 20%.
Fonte: Congresso em Foco
05/03/2024 -
Igualdade salarial entre mulheres e homens no Brasil
– Clemente Ganz Lúcio
Desigualdades de todos os tipos e formas fazem parte
da trágica realidade brasileira. Em qualquer
dimensão destacada, o país aparece frequentemente
entre os mais desiguais. Realidades que são há tempo
denunciadas e, para isso, há muitos dados e
indicadores, porém faltam outros. No geral, o
problema não é falta de diagnóstico. Há análises
robustas sobre as origens das desigualdades e as
consequências que geram: injustiças.
As desigualdades existentes no mundo do trabalho são
inúmeras: gênero, raça, idade, formação, entre
outros. Experiências internacionais indicam que o
enfrentamento das desigualdades é favorecido quando
há legislação indutora e políticas públicas
direcionadas para a promoção da igualdade; quando as
organizações sindicais dos trabalhadores colocam na
sua pauta e mobilizações a agenda da igualdade entre
mulheres e homens e as empresas atuam com políticas
ativas nessa perspectiva.
A Pauta da Classe Trabalhadora 2023/2026, documento
no qual as Centrais Sindicais apresentam diretrizes
para o desenvolvimento do Brasil, destaca a proposta
de “promover o princípio do trabalho igual, salário
igual”, o que está consignado na Convenção 100 da
OIT – Organização Internacional do Trabalho [1].
Esta Convenção indica que a legislação nacional e as
convenções e acordos coletivos de trabalho são meios
para implementar esse princípio de igualdade. Há
empresas no Brasil com políticas ativas de promoção
da equidade salarial.
O país avançou mais. Em julho de 2023 o Presidente
Lula sancionou o Projeto de Lei 14.611 aprovado pelo
Congresso Nacional. Essa nova Lei dispõe sobre a
igualdade salarial e critérios remuneratórios entre
mulheres e homens para a realização de trabalho
igual ou no exercício da mesma função. A Lei aponta
medidas para a promoção da transparência salarial
com o fornecimento e a disponibilização de
informação por parte dos contratantes; indica o
incremento da fiscalização; disponibiliza canais
para denúncia; promove programas de diversidade e
inclusão no ambiente de trabalho para gestores,
lideranças e empregados; e fomenta a capacitação e
formação de mulheres para o ingresso, permanência e
ascensão no mercado de trabalho.
O Decreto 11.795/2023 regulamenta a Lei. Nesse
sentido, detalha a forma e conteúdo do Relatório de
Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios, obrigação semestral de todas as
organizações contratantes com 100 ou mais
empregados.
Esse Relatório será elaborado com as atuais
informações que as empresas já fornecem no eSocial,
plataforma no qual as empresas declaram as
informações trabalhistas dos seus empregados, com
algumas complementações. A partir desses dados, cada
empresa deverá divulgar seu Relatório que tratará
dos cargos ou ocupação, dos valores das
remunerações: salário contratual; 13° salário;
gratificações; comissões; horas extras; adicional
noturno, insalubridade, penosidade, periculosidade,
entre outros; férias; aviso prévio trabalhado;
descanso semanal remunerado; gorjetas; e outras
remunerações previstas em norma coletiva de
trabalho.
Todas as informações e Relatórios serão produzidos e
tratados segundo o que determina a Leio Geral de
Proteção de Dados, garantindo-se os sigilos devidos.
Nos próximos dias as empresas devem concluir o
lançamento das informações. Em seguida o Ministério
do Trabalho fará análise dos dados e indicará às
empresas, se necessário, correções ou
complementações. Nesse primeiro ciclo de lançamento
dos dados e produção dos Relatórios, o enfoque é o
aprendizado e aprimoramento dos processos. O governo
disponibilizará os Relatórios.
Essa legislação abre caminhos para que essa
desigualdade passe a ser enfrentada na perspectiva
de sua superação. O acesso à informação será
fundamental.
Agora cabe aos sindicatos organizarem e aprimorarem
suas pautas com o incremento de propostas para a
promoção da igualdade entre homens e mulheres no
trabalho na suas diferentes dimensões: salário base,
critérios de remuneração, acesso aos cargos de
gerência e direção, etc . Analisar o problema em
cada setor e empresa, construir as políticas,
programas e medidas para superar os problemas é o
eixo estratégico da ação sindical para promover, com
organização e mobilização, negociações coletivas
qualificadas para firmar acordos coletivos nas
empresas e convenções coletivas setoriais e
regionais. É por meio da negociação e contratação
coletiva que se pode tratar desse problema a partir
das especificidades e das características de cada
setor e tipo de empresa.
Clemente Ganz Lúcio Sociólogo, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais, membro do CDESS –
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Sustentável da Presidência da República, membro do
Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e
ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020).
Fonte: Agência Sindical
04/03/2024 -
Sindicalismo busca barrar ameaça do Marinho
O senador Rogério Marinho (PL-RN) faz dura oposição
à decisão do Supremo Tribunal Federal que, em
setembro, constitucionalizou a contribuição
assistencial pra todos os trabalhadores,
sindicalizados ou não.
Ex-ministro de Bolsonaro, ele garante que a oposição
ao governo obstruirá os trabalhos da Comissão de
Assuntos Sociais enquanto o PL 2.099/23, que visa
estimular o direito de oposição à assistencial, não
for votado. Segundo alega, “é preciso proteger o
trabalhador da exploração sindica!”.
Paim – O Projeto aguarda parecer de Paulo
Paim (PT-RS), que é seu relator. Sindicalista de
origem, o gaúcho busca estabelecer acordos e firmar
consensos por um relatório favorável à contribuição,
que atenda os Sindicatos laborais e também os
patronais.
Compromisso – Neuriberg Dias, jornalista e
diretor de Documentação do Diap, falou à Agência
Sindical. Ele comenta: “A atitude do senador Marinho
é explicável, pois ele foi pai da reforma
trabalhista e tem compromissos com o empresariado em
manter tudo o que conseguiu aprovar quando deputado
federal”.
Segundo o integrante do Diap, “Rogério Marinho quer
pautar Senado e Câmara, preparando terreno contra o
custeio sindical”. Neuribeg Dias orienta:
“Importante a direção sindical reforçar a
comunicação, pra valorizar as entidades, destacar as
negociações coletivas e divulgar os ganhos às
categorias por meio das organizações sindicais”.
Rumos – Caso aprovado o relatório de Paim na
CAS, o texto seguirá ao Plenário. Neuriberg frisa:
“A estratégia do movimento não deve ser de ataque,
mas de diálogo e fortalecimento das entidades junto
ao Parlamento.” Ele entende, “que ainda há espaço
pro movimento sindical atuar afinado com o
Parlamento, fazendo avançar nossas propostas”.
Centrais – Prevista pra segunda-feira, 4,
encontro das direções sindicais, em Brasília, como o
relator da matéria, senador Paim.
Mais – Site do
Diap e do
Paim.
Fonte: Agência Sindical
04/03/2024 -
Elio Gaspari erra e espalha confusão
“A volta do imposto sindical”. Essa chamada titula a
parte final da coluna de Elio Gaspari, na Folha
deste domingo, página A-10.
Jornalista e historiador, ele afirma: “Com a mão do
gato, arma-se a volta do imposto sindical, embutido
num projeto que regulamenta o trabalho aos domingos
e feriados”.
Alguns problemas do influente jornalista: o texto
parte de informação errada, plantada na mídia,
maliciosamente, por três representantes do setor
empresarial comercial.
Prossegue: “O Sindicato que presta bons serviços a
seus associados e negocia direito um dissídio”…
Parem as máquinas, pois dissídio é justamente a
negação da negociação. O impasse é decidido na
Justiça do Trabalho.
STF – Quando um jornalista está sem assunto, ele
atira pedra do Supremo. Escreve o autor de
interminável história da ditadura militar: “Eis que
os Sindicatos foram ao Supremo Tribunal Federal e lá
decidiu-se que a cobrança de uma contribuição de
todos os trabalhadores de uma categoria é
constitucional”.
O fato: a decisão do Supremo, de setembro passado,
tem origem em denúncia do Ministério Público do
Trabalho contra um Sindicato grande, e atuante, do
Paraná.
Elio Gaspari não perderia a oportunidade de, ao
passar informação errada e esparramar confusão,
encontrar, ainda, um culpado por tudo isso. O
culpado é Getúlio Vargas.
Consumidor – Queixas podem ser enviadas para
ombudsman@grupofolha.com.br – 0800-015-9000
Fonte: Agência Sindical
04/03/2024 -
STF adia julgamento sobre revisão da vida toda do
INSS
Supremo vai decidir se aposentados podem pedir
recálculo do benefício
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou na
quinta-feira (29) a retomada do julgamento sobre a
revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). A análise do caso
estava prevista para a sessão de quinta-feira (29),
mas o julgamento de ações sobre a política ambiental
do governo de Jair Bolsonaro tomou todo o tempo da
sessão. A nova data de julgamento não foi definida.
Os ministros vão decidir se haverá alterações na
decisão da própria Corte, que, em 2022, reconheceu a
revisão da vida toda e permitiu que aposentados que
entraram na Justiça possam pedir o recálculo do
benefício com base em todas as contribuições feitas
ao longo da vida.
Apesar da decisão, a revisão ainda não é aplicada
devido a um recurso do INSS. O órgão entrou com um
recurso para restringir os efeitos da validade da
revisão.
O INSS quer excluir a aplicação da revisão a
benefícios previdenciários já extintos, decisões
judiciais que negaram direito à revisão conforme a
jurisprudência da época e proibição de pagamento de
diferenças antes de 13 de abril de 2023, data na
qual o acórdão do julgamento do STF foi publicado.
Entenda
O processo julgado pelo STF trata de um recurso do
INSS contra decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) que garantiu a um segurado do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) a possibilidade de revisão
do benefício com base nas contribuições sobre o
período anterior ao ano de 1994.
Durante a tramitação do processo, associações que
defendem os aposentados pediram que as contribuições
previdenciárias realizadas antes de julho de 1994
sejam consideradas no cálculo dos benefícios. Essas
contribuições pararam de ser consideradas em
decorrência da reforma da previdência de 1999, cujas
regras de transição excluíam da conta os pagamentos
antes do Plano Real.
Segundo as entidades, segurados do INSS tiveram
redução do benefício em função da desconsideração
dessas contribuições.
Fonte: Agência Brasil
04/03/2024 -
Projeto do Executivo limita a desoneração da folha
de pagamento de 17 setores da economia
A proposta será analisada pela Câmara dos
Deputados
O Projeto de Lei 493/24 limita a desoneração da
folha de pagamento de 17 setores da economia. A
proposta repete partes da Medida Provisória 1202/23,
alvo de críticas do Congresso Nacional desde a sua
edição, em dezembro último.
A desoneração, que já existia desde o governo Dilma
(2012) e acabaria em 2023, foi prorrogada pelo
Congresso e vetada pelo governo Lula. O Congresso
derrubou integralmente o veto, restabelecendo a
desoneração por meio da Lei 14.784/23.
“Tendo em vista dificuldades inerentes à tramitação
da MP 1202/23, propõe-se o encaminhamento deste
projeto, em regime de urgência constitucional”,
anotou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na
justificativa que acompanha o texto.
Antes de enviar o projeto, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva editou a Medida Provisória 1208/24,
que revoga partes da MP 1202/23 e, na prática,
mantém a desoneração para os 17 setores neste ano,
como queriam vários parlamentares.
Quem é beneficiado
Os 17 setores beneficiados pela desoneração são:
- confecção e vestuário;
- calçados;
- construção civil;
- call center;
- comunicação;
- construção e obras de infraestrutura;
- couro;
- fabricação de veículos e carroçarias;
- máquinas e equipamentos;
- proteína animal;
- têxtil;
- tecnologia da informação (TI);
- tecnologia da informação e comunicação (TIC);
- projeto de circuitos integrados;
- transporte metroferroviário de passageiros;
- transporte rodoviário coletivo; e
- transporte rodoviário de cargas.
Alterações previstas
O Projeto de Lei 493/24 busca reduzir perdas de
receita do governo, disse o ministro Fernando
Haddad. Segundo ele, a aprovação do texto na íntegra
ajudará a alcançar a meta de déficit zero nas contas
públicas e colocar em ordem o Orçamento da União.
A ideia é alterar algumas regras da desoneração da
folha hoje previstas em lei. As alíquotas menores
para esses 17 setores da economia deverão valer até
o limite de um salário mínimo por trabalhador (R$
1.412 hoje) e subirão gradualmente até 2027.
Com isso, a contribuição previdenciária de um grupo
de setores sobre a folha de pagamento passará de 10%
em 2024 para 17,5% em 2027. Para outro, sairá de 15%
em 2024 até atingir 18,75% em 2027. Depois disso,
ambos pagarão 20%.
Atualmente, o benefício da desoneração da folha de
pagamento permite que as empresas dos 17 setores
recolham, como contribuição previdenciária,
alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez
de 20%, como fazem todas as outras.
De acordo com a Receita Federal, a manutenção da
desoneração para esses 17 setores representará para
o governo uma renúncia fiscal de R$ 12 bilhões em
2024, R$ 12 bilhões em 2025, R$ 13 bilhões em 2026 e
R$ 13 bilhões em 2027.
Tramitação
O projeto ainda será despachado para análise das
comissões permanentes da Câmara dos Deputados. O
texto tramitará em regime de urgência
constitucional.
Fonte: Agência Câmara
04/03/2024 -
PIB cresce 2,9% no primeiro ano do governo Lula
puxado por agro e consumo de famílias
Produção agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para
2023, enquanto o consumo dos cidadãos aumentou 3,1%
A economia brasileira superou as expectativas de
economistas e cresceu 2,9% em 2023. O crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) do país foi divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta sexta-feira (1º).
O PIB é a soma de toda a produção nacional durante o
ano. Ele é o principal indicador da atividade
econômica nacional.
De acordo com o IBGE, ele alcançou R$ 10,9 trilhões
em 2023. O PIB per capita –valor da produção por
habitante– foi de R$50.193,72, alta de 2,2% ante a
2022, já descontada a inflação.
O crescimento foi puxado principalmente pelo setor
agropecuário. Em 2023, a produção dele aumentou
15,1%. Na indústria, o crescimento foi de 1,6% e,
nos serviços, 2,4%.
O crescimento da agropecuária tem a ver com safra
recordes de soja e milho em 2023. Segundo o IBGE, a
produção desses grãos cresceu 27% e 19%,
respectivamente.
Consumo cresce
O PIB também pode ser medido pelo lado do consumo ou
despesa. Por esse lado, o consumo das famílias teve
papel essencial para o crescimento da economia.
De acordo com o IBGE, esse consumo cresceu 3,1% em
2023. O consumo do governo cresceu 1,7%. Já a
Formação Bruta de Capital de Fixo (FBCF), que é um
indicador para o investimento de empresas, caiu 3%.
As exportações cresceram 9,1%, enquanto as
importações caíram 1,2%.
Desaceleração
O IBGE apontou que a economia nacional não cresceu no
último trimestre do ano, na comparação com o
trimestre anterior. Isso indica que o crescimento
anual está ligado principalmente ao aumento da
produção no início do ano.
Ainda assim, o resultado anual é muito maior do que
o estimado para 2023 por economistas ligados a
bancos no início do ano passado.
Eles estimaram que a economia brasileira cresceria
0,8% em 2023. Isso está registrado na edição de 30
de dezembro do ano passado do Boletim Focus
divulgado pelo Banco Central.
Fonte: Brasil de Fato
01/03/2024 -
Rogério Marinho empenhado em derrotar no Senado
assistencial
Inimigo dos trabalhadores e do movimento sindical, o
senador Rogério Marinho (PL-RN), que foi relator da
contrarreforma trabalhista — Lei 13.467/17 — está
empenhado em derrotar, no Senado, e depois na
Câmara, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal),
que constitucionalizou a contribuição assistencial,
inclusive para os não sindicalizados.
O senador anunciou, nesta quarta-feira (28), a
decisão de a oposição obstruir os trabalhos na CAS
(Comissão de Assuntos Sociais) enquanto o PL
2.099/23, que regulamenta o direito de oposição à
contribuição assistencial não for votado, segundo a
visão dele.
“É preciso proteger os trabalhadores contra os
abusos da exploração sindical!”, escreveu o senador
potiguar nas redes sociais.
“Enquanto o projeto não for votado, eu virei aqui na
sessão [reunião da Comissão de Assuntos Sociais]
para colocar nossa obstrução”, disse o senador
Rogério Marinho.
O projeto aguarda parecer do senador Paulo Paim
(PT-RS), na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do
Senado.
Demagogia
Pura demagogia, todos sabem. Ele não quer “proteger os
trabalhadores contra os abusos da exploração
sindical”.
O que ele quer de fato, é ver o movimento sindical
de joelhos, sem recursos materiais e financeiros,
para que não tenham condições de levar a cabo a luta
dos trabalhadores por melhores condições salariais e
de vida.
Busca de consenso favorável à assistencial
Paim (PT-RS), que é o relator do projeto no colegiado,
busca entendimentos e acordos, a fim de formular
relatório favorável à contribuição assistencial, que
seja consensual e, portanto, atenda às demandas dos
sindicatos e das entidades patronais.
Marinho, por outro lado, quer aprovar, de qualquer
jeito, relatório que inviabiliza a contribuição
assistencial, inclusive dos sindicalizados. Tal como
fez com a contrarreforma, que desobrigou o
recolhimento do imposto sindical.
Deliberadamente, ele propaga que o imposto e a
assistencial são as mesmas coisas. “É a volta do
imposto sindical”, diz ele para confundir os
senadores, a fim de aprovar o mesmo texto que foi
chancelado pela CAE (Comissão de Assuntos
Econômicos), onde ele foi o relator do projeto.
Decisão do STF está sob ameaça
O movimento sindical precisa comparecer ao Senado e
conversar com o senador Paulo Paim, com o propósito
de articular estratégias de atuação para aprovar o
relatório de Paim na CAS.
Sendo aprovado na comissão, o texto vai ao plenário.
Da mesma forma é preciso conversar com os líderes
partidários e os demais senadores para que o parecer
do senador gaúcho seja chancelado no plenário.
Caso esta articulação não ocorra, isto é, caso
movimento sindical não compareça na CAS, em
particular, os líderes das centrais sindicais, a
decisão do STF será “letra morta”, pois o que vai
prevalecer é a decisão do Congresso.
Se o que for enviado ao exame da Câmara dos
Deputados for a posição de Rogério Marinho, a
contribuição assistencial vai cair, antes mesmo de
ser assimilada pelos sindicatos e trabalhadores.
Fonte: Diap
01/03/2024 -
Teto de juros do consignado do INSS cairá para 1,72%
ao mês
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras
operações de crédito consignado. Por 14 votos a 1, o
Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)
aprovou nesta quarta-feira (28) o novo limite de
juros de 1,72% ao mês para essas operações.
O novo teto é 0,04 ponto percentual menor que o
limite atual, de 1,76% ao mês, nível que vigorava
desde dezembro. O teto dos juros para o cartão de
crédito consignado caiu de 2,61% para 2,55% ao mês.
Propostas pelo próprio governo, as medidas entram em
vigor oito dias após a instrução normativa ser
publicada no Diário Oficial da União, o que ocorrerá
nos próximos dias. Normalmente, o prazo seria cinco
dias, mas foi estendido a pedido dos bancos.
A justificativa para a redução foi o corte de 0,5
ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da
economia). No fim de setembro, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros
básicos de 11,75% para 11,25% ao ano. Desde agosto,
quando começaram os cortes na Selic, o ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi, tem dito que a
pasta acompanha o movimento e proporá reduções no
teto do consignado à medida que os juros baixarem.
As mudanças têm de ser aprovadas pelo CNPS.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
01/03/2024 -
Taxa de desemprego fica em 7,6% no trimestre
encerrado em janeiro
Resultado é o melhor para o período desde 2015,
diz IBGE
A taxa de desocupação do trimestre encerrado em
janeiro de 2024 ficou em 7,6%. Esse resultado é o
menor para o período desde 2015. O índice está
abaixo do registrado no trimestre terminado em
janeiro de 2023 (8,4%). Os dados foram divulgados
nesta quinta-feira (29) pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O nível de desemprego ficou estável em comparação
aos 7,6% do trimestre móvel imediatamente anterior,
finalizado em outubro de 2023. Neste tipo de
comparação entre trimestres subsequentes, essa foi a
terceira queda consecutiva.
A população desocupada, ou seja, aqueles que estavam
em busca de trabalho, chegou a 8,3 milhões, estável
na comparação trimestral e recuando 7,8% (menos 703
mil pessoas) em 12 meses.
Ocupação
O número de trabalhadores ocupados chegou a 100,6
milhões, o que representa alta de 0,4% (ou mais 387
mil pessoas) ante o trimestre encerrado em outubro
de 2023 e de 2% (mais 1,957 milhão de pessoas) em 12
meses.
Na comparação com trimestres móveis, os grupamentos
de atividade que ajudaram a subir a ocupação foram
transporte, armazenagem e correio (4,5%, ou mais 247
mil pessoas), informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas (1,9%, ou mais 241 mil pessoas) e
outros serviços (3,1%, ou mais 164 mil pessoas).
De acordo com a coordenadora de Pesquisas
Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, é comum uma
estabilidade da população ocupada no trimestre
encerrado em janeiro, ou até mesmo uma queda dessa
população, mas não foi o que aconteceu em 2024.
“Pelo contrário, vemos uma expansão da ocupação”,
apontou.
O número de empregados com carteira de trabalho no
setor privado chegou a 38 milhões, alta de 0,9% (ou
mais 335 mil trabalhadores) entre os trimestres
seguidos e de 3,1% (ou mais 1,1 milhão) ante o mesmo
período do ano passado.
Informalidade
Já a quantidade de empregados sem carteira no setor
privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e
cresceu 2,6% (mais 335 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 39% da população
ocupada. Isso representa 39,2 milhões de
trabalhadores informais. O percentual é estável em
relação ao mesmo trimestre móvel de 2023.
O rendimento real do trabalhador fechou janeiro de
2024 em R$ 3.078. Esse valor aponta alta de 1,6% no
trimestre e 3,8% em 12 meses.
A Pnad Contínua traz informações de uma amostra de
211 mil domicílios de 26 estados e do Distrito
Federal.
Fonte: Agência Brasil
01/03/2024 -
Tendência de ganho real se mantém, diz o Dieese
O Dieese divulgou o Boletim mensal “De Olho nas
Negociações”, que revela bons resultados dos
reajustes salariais, em janeiro deste ano, como
também o saldo positivo de 2023.
Alta – De acordo com o levantamento, nas
categorias com data-base em janeiro, 83,2% tiveram
ganho acima do INPC. O Dieese tomou por base 322
campanhas salariais registradas no Sistema Mediador
do Ministério do Trabalho e Emprego, até 5 de
fevereiro.
O mesmo Boletim mostra que 13,4% dos acordos
coletivos registrados ficaram iguais ao INPC
acumulado – ou seja, o índice de acordos abaixo da
inflação medida pelo IBGE ficou em 3,4%.
Fatores – Segundo Luís Ribeiro, técnico
responsável pela pesquisa do Dieese, o bom
desempenho das negociações se explica por “a
política de valorização do salário mínimo, a
conjuntura econômica positiva e o crescimento do
PIB, que fortalecem as reivindicações das
categorias.”
No que se refere a janeiro de 2024, conforme o
Boletim, os aumentos reais acima do INPC foram de
83,2%. Iguais à inflação, 13,4%; menores que o INPC,
3,4%.
Sindicatos – Para Ribeiro, “com um ambiente
favorável como o atual, os Sindicatos têm mais
capacidade pra negociar, obter avanços nas campanhas
e isso acaba por criar um círculo virtuoso.”
Setores – Os resultados por setor econômico
mostram que, no início deste ano, as categorias da
Indústria obtiveram ganhos reais em 89,2% das
negociações. Nos Serviços, resultados acima da
inflação foram observados em 82,4%. Comércio, em
72%.
Para o sociólogo do Dieese, “são desempenhos
positivos, embora o mais fraco tenha sido o
Comércio”. No entanto, Luís Ribeiro reitera: “Se
tudo continuar como as condições atuais se mostram,
o quadro das negociações coletivas tende a melhorar
ao longo do ano.”
Regiões – Por Região, a melhor incidência de
ganhos ocorreu no Sul, 90,4%; a menor no
Centro-Oeste, 69,7%.
Mais – Site do
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
01/03/2024 -
1º de
Maio; por João Guilherme
As comemorações do 1º de Maio – Dia do Trabalhador
ou Dia do Trabalho – são as únicas com abrangência
mundial (com exceção dos Estados Unidos) como nos
tem lembrado José Luiz del Roio (saúde! saúde!).
Aqui no Brasil há uma tradição mais que secular e
nos últimos anos o 1º de Maio tem sido comemorado
com a organização de manifestações do movimento
sindical, unitárias ou não, reivindicatórias ou
festivas, todas tendo como eixo a pauta dos
trabalhadores e das trabalhadoras.
Basta que lembremos as multidões que compareceram ao
Campo de Bagatelle nos eventos promovidos pela Força
Sindical em anos sucessivos.
Neste ano de 2024 em que o 1º de Maiocairá numa
quarta-feira, o movimento sindical, suas direções e
seus ativistas devem começar desde agora a se
preocupar com a organização dessas comemorações que
exigem discussões prévias para garantir a unidade e
elaborar uma pauta, com planejamento efetivo
levando-se em conta as dificuldades financeiras por
que passa o movimento sindical.
Sugiro que, ao invés de organizar um ato único que
tradicionalmente ocorre em São Paulo, sejam
organizados também vários atos regionais e estaduais
com o mesmo empenho unitário e estruturados a partir
de uma única pauta. Sem subestimar a grandiosidade
do ato paulista (que merece ser alcançada) a
descentralização seria um esforço orgânico para
aquilo que tenho chamado de “subida às bases” e
enraizamento das comemorações na vivência local do
movimento.
A conjuntura econômica, social e política favorável
garante essa possibilidade e pode ser melhor
aproveitada com este modelo descentralizado,
unitário e mais próximo do dia a dia dos
trabalhadores e das trabalhadoras.
João Guilherme Vargas Netto, Consultor Sindical
de Entidades de Trabalhadores e membro do Diap
Fonte: Rádio Peão Brasil
01/03/2024 -
Comissão do Senado aprova redução da jornada sem
redução de salário
Na manhã desta quarta-feira (28), a CAS
(Comissão de Assuntos Sociais) do Senado aprovou o
parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS) ao
PL 1.105/23, do senador Weverton (PDT-MA), que
permite a redução de jornada de trabalho, também,
por acordo individual, sem redução salarial.
O texto foi chancelado no colegiado temático, com a
emenda apresentada pela senadora Zenaide Maia
(PSD-RN), que permite a redução de jornada por
acordo individual, sem redução salarial.
Em caso de redução, seria necessário que o ato fosse
por meio de acordo ou convenção coletiva, com o
sindicato, e em casos extraordinários.
Tramitação
O projeto, agora, vai à votação no plenário da Casa.
Sendo aprovado, segue para apreciação da Câmara dos
Deputados.
Reclamação trabalhista
O colegiado aprovou, ainda, o projeto de lei (PL
4.533/20), que insere o art. 842-A na CLT, aprovada
pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, para
permitir, nas hipóteses em que especifica, que a
reclamação trabalhista tramite em segredo de
Justiça.
De autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), a
proposta recebeu parecer favorável da senadora Ana
Paula Lobato (PSB-MA). O projeto, ainda, vai ser
examinado pela CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça).
Conteúdo do projeto aprovado
Pelo texto aprovado, acrescenta-se artigo à CLT para
permitir ao juiz determinar que a reclamação
trabalhista tramite em segredo de Justiça, desde que
demonstrado o perigo de dano a direito indisponível
do empregado, ocasionado pela publicidade dos atos
processuais.
De acordo com o texto, o juiz poderá determinar o
segredo de Justiça a pedido do empregado ou de juízo
próprio. No caso de o segredo ser determinado de
ofício pelo juiz, o empregado terá que ser ouvido em
cinco dias. Se o empregado não quiser o segredo, o
juiz revogará a decisão.
Os chamados direitos indisponíveis são aqueles dos
quais a pessoa não pode abrir mão, como o direito à
vida, à liberdade, à saúde e à dignidade.
O empregado que quiser pedir o segredo de Justiça
para sua reclamação trabalhista, terá de apresentar
declaração relatando o perigo de dano a direito seu
como, por exemplo, que a publicidade dos atos
processuais poderá dificultar a sua reinserção no
mercado de trabalho. O empregador poderá recorrer da
decisão do juiz em até cinco dias, para tentar
demonstrar a inexistência do perigo à imagem do
empregado.
O pedido para que o processo trabalhista tramite em
segredo de Justiça poderá ser feito em qualquer
momento e em qualquer instância.
Fonte: Diap
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