Blog - Notícias Anteriores - Abril 2020
30/04/2020 -
Para Paim, não há nada a festejar no Dia do
Trabalhador
30/04/2020 -
Subnotificação encobre crescimento do desemprego,
alerta Dieese
30/04/2020 -
STF derruba trechos de MP sobre questões
trabalhistas durante pandemia
30/04/2020 -
Mais um pedido de impeachment contra Bolsonaro é
protocolado na Câmara
30/04/2020 -
Segurados do INSS poderão receber benefício direto
em conta-corrente
30/04/2020 -
Presidente da Força Sindical pede renúncia de Jair
Bolsonaro
30/04/2020 -
Guedes já queimou US$ 50 bilhões das reservas
acumuladas por Lula e Dilma
30/04/2020 -
Confiança da indústria cai para menor patamar em 19
anos
29/04/2020 -
Governo vai permitir que trabalhador seja
‘emprestado’ a outra empresa
29/04/2020 -
Bolsonaro pode pegar até 19 anos de prisão se for
condenado pelo STF
29/04/2020 -
Em cinco décadas, Brasil perdeu 173 mil pessoas em
acidentes do trabalho
29/04/2020 -
Aprovação do governo Bolsonaro despenca de 31% para
19% em pesquisa Jota Quaest
29/04/2020 -
Desemprego afeta 1/3 das famílias brasileiras de
renda mais baixa
29/04/2020 -
Paulo Paim apresenta projetos de auxílio a
desempregados e microempresas
29/04/2020 -
Comissão que acompanha ações sobre coronavírus ouve
Paulo Guedes na quinta
28/04/2020 -
Ministro
Celso de Mello abre inquérito no STF contra Jair
Bolsonaro
28/04/2020 -
Impeachment de Bolsonaro já tem apoio de 45% dos
brasileiros, diz Datafolha
28/04/2020 -
Justiça determina que Bolsonaro entregue seus testes
de coronavírus
28/04/2020 -
Maia diz que impeachment de Bolsonaro tem que ser
analisado 'com paciência'
28/04/2020 -
Após demissão de Moro, maioria apoia impeachment de
Bolsonaro, diz pesquisa
28/04/2020 -
Live do 1º de Maio terá shows musicais, reflexão
política e ação social
28/04/2020 -
Proposta para ajuda de estados e municípios prevê
congelamento do salário de servidores
28/04/2020 -
OAB alerta que não se pode cobrar honorários para
obter o auxílio emergencial
28/04/2020 -
Projeto facilita recontratação de empregado
dispensado durante pandemia de Covid-19
27/04/2020 -
Aras pede inquérito ao STF para apurar fatos
narrados e declarações de Moro
27/04/2020 -
Em manifestação, bolsonaristas chamam Moro de
traidor e pedem saída de Maia
27/04/2020 -
Celso de Mello deve deferir abertura de inquérito
para investigar Bolsonaro nesta segunda-feira
27/04/2020 -
Maia segura pedidos de impeachment e aposta em ação
contra Bolsonaro no STF
27/04/2020 -
Moro tem áudios e mensagens de conversas com
Bolsonaro, diz jornal
27/04/2020 -
Polícia Federal aponta Carlos Bolsonaro como
articulador do gabinete do ódio
27/04/2020 -
Na democracia, o trabalhador ganha mais, diz
coordenador do Fórum Sindical
27/04/2020 -
MP nº 936 na contramão da solidariedade
27/04/2020 -
Confira as regras para pagamento de benefícios a
trabalhadores com contratos alterados
24/04/2020 -
MP 905 foi mais uma medida de ‘recuperação’ que não
criou empregos
24/04/2020 -
3,5 milhões tiveram contrato suspenso ou jornada de
trabalho reduzida
24/04/2020 -
Celso de Mello intima Maia para apurar omissão em
iniciar impeachment de Bolsonaro
24/04/2020 -
Sindicatos devem convocar assembleia antes de
aprovar perda de direitos
24/04/2020 -
Bolsonaro veta dispensa de atestado médico durante
quarentena para trabalhador doente
24/04/2020 -
Paim critica corte de recursos do Sistema S
23/04/2020 -
Para centrais, unidade é saída contra governo ‘na
contramão do mundo’ e hostil à democracia
23/04/2020 -
Senado aprova PL que amplia beneficiários do auxílio
emergencial
23/04/2020 -
STF dá 5 dias para Bolsonaro explicar medidas de
combate ao coronavírus
23/04/2020 -
Governo Bolsonaro volta atrás e diz que não pode
antecipar 2ª parcela do auxílio de R$ 600
23/04/2020 -
Câmara aprova criação de linha de crédito para
pequenas empresas durante pandemia
23/04/2020 -
Oposição critica participação de Bolsonaro em ato
contra democracia; PDT pede impeachment
22/04/2020 -
Live do Trabalhador: 1º de Maio Unitário será via
redes sociais
22/04/2020 -
Maia tem 16 pedidos de impeachment contra Bolsonaro
22/04/2020 -
STF recebe ação para que Maia analise pedido de
impeachment de Bolsonaro
22/04/2020 -
Bolsonaro anuncia revogação da medida provisória que
criou o Contrato Verde e Amarelo
22/04/2020 -
Guedes contraria Bolsonaro e diz que preservar
economia não significa sair do isolamento
22/04/2020 -
Sindicatos lutam para preservar o emprego e a saúde
do trabalhador durante a pandemia
22/04/2020 -
Guedes volta a defender congelamento de salários dos
servidores públicos
22/04/2020 -
Programa emergencial poderá custear folha salarial
de empresas por 4 meses
20/04/2020 -
Luta contra MP 905 ainda não terminou; batalha
continua
20/04/2020 -
Bolsonaro vai a ato que pede intervenção militar e
inflama manifestantes: “Todos têm que ser patriotas”
20/04/2020 -
Centrais sindicais repudiam “extravagâncias” do
presidente da República
20/04/2020 -
Rodrigo Maia repudia atos que defendem a ditadura e
atentam contra a Constituição
20/04/2020 -
Dieese divulga acordos negociados para período de
pandemia
20/04/2020 -
STF mantém possibilidade de redução de salários por
acordo individual em decorrência da pandemia
20/04/2020 -
OMS pede que países controlem transmissão do vírus
antes de suspender restrições
17/04/2020 -
Bolsonaro demite Mandetta e nomeia oncologista
Nelson Teich
17/04/2020 -
STF suspende sessão e julgamento sobre acordo
individual continua nesta sexta
17/04/2020 -
Câmara aprova auxílio emergencial de R$ 600 para
mais categorias
17/04/2020 -
Senado pode votar MP do Contrato Verde e Amarelo
nesta sexta-feira
17/04/2020 -
Marco Aurélio envia novamente pedido de afastamento
de Bolsonaro à PGR
17/04/2020 -
Salário mínimo deve ser de R$ 1.079 em 2021, sem
aumento real
17/04/2020 -
Dieese: MP antecipa dinheiro que poderá fazer falta
ao trabalhador
17/04/2020 -
Projeto facilita recebimento do seguro-desemprego
durante pandemia
16/04/2020 -
Carteira ‘verde e amarela’ vai causar demissão e
redução de salário, diz Dieese
16/04/2020 -
Para as centrais, aprovação da ‘carteira da
vergonha’ é mais um ataque à democracia
16/04/2020 -
Votação do 2º turno da PEC do Orçamento de Guerra
será na sexta-feira
16/04/2020 -
Plenário reúne-se nesta quinta para analisar
proposta que amplia alcance de auxílio emergencial
16/04/2020 -
Deputados aguardam decisão do STF sobre MP que
permite redução salarial sem anuência dos sindicatos
16/04/2020 -
Governo Bolsonaro tem pior avaliação e apoio a
impeachment chega a 46%, aponta Atlas Político
16/04/2020 -
Paim se manifesta contra votação da MP do Contrato
Verde e Amarelo
15/04/2020 -
Centrais: prioridade é a saúde, mas depois será
preciso pensar em novo projeto para o país
15/04/2020 -
Câmara aprova MP do Contrato Verde e Amarelo
15/04/2020 -
Governo Bolsonaro recorre no STF contra isolamento
de estados e municípios
15/04/2020 -
MPT recebe mais de 7.500 denúncias durante pandemia
de Covid-19
15/04/2020 -
Havan suspende contrato de 11 mil funcionários,
metade dos empregados do grupo
15/04/2020 -
TST proferiu mais de 6,5 mil acórdãos durante o
primeiro mês de isolamento
15/04/2020 -
Violência contra a mulher cresce em meio à pandemia
de coronavírus
14/04/2020 -
Centrais sindicais lançam campanha para taxar
grandes fortunas
14/04/2020 -
Calamidade pública não é autorização para mexer em
direitos fundamentais, diz juíza
14/04/2020 -
MP de Bolsonaro já reduziu salário de um milhão de
trabalhadores
14/04/2020 -
Governo vai lançar portal para divulgar alterações
de contrato de trabalho em função de pandemia
14/04/2020 -
Sem consenso, MP do Contrato Verde e Amarelo pode
perder validade
14/04/2020 -
Lewandowski nega recurso do governo e mantém
necessidade de aval do sindicato para redução de
salários
14/04/2020 -
Entidades trabalhistas pedem ao STF
inconstitucionalidade de dispositivos das MPs 927 e
936
14/04/2020 -
Supremo já tem nove ADIs contra a primeira MP do
trabalho durante pandemia
14/04/2020 -
Para Paim, governo tem que investir mais em
equipamentos de proteção individual
13/04/2020 -
Pandemia mostra que a “modernização” trabalhista não
passou de falácia
13/04/2020 -
Centrais sindicais são admitidas em ação contra a
Medida Provisória 936
13/04/2020 -
Crise: 51% perderam renda; 32 milhões buscaram
auxílio emergencial
13/04/2020 -
Em reunião com Maia, Alcolumbre diz que governo
Bolsonaro "acabou"
13/04/2020 -
Trabalhador da Vale morre de Covid-19 e movimento
pede suspensão das atividades
13/04/2020 -
Paulo Rocha pede união dos trabalhadores e
fortalecimento dos sindicatos
13/04/2020 -
Paim pede à Câmara rapidez em projeto que estende
auxílio emergencial
09/04/2020 -
Liminar de Lewandowski fortalece presença sindical
nas negociações
09/04/2020 -
Datafolha: 17% se arrependeram de voto em Bolsonaro
e 39% consideram governo ruim ou péssimo
09/04/2020 -
Panelaços voltam a abafar pronunciamento de
Bolsonaro
09/04/2020 -
Novos saques do FGTS devem disponibilizar R$ 36,2
bilhões aos trabalhadores
09/04/2020 -
STF proíbe Bolsonaro de flexibilizar quarentena em
qualquer estado do País e o aponta como
"irresponsável"
09/04/2020 -
Coronavírus: OIT prevê “perdas devastadoras” de
empregos no mundo
09/04/2020 -
Líder da Minoria não quer votar MP do Contrato Verde
e Amarelo
09/04/2020 -
Partido pede no Supremo liberação de saque imediato
do FGTS
08/04/2020 -
Informais e MEIs já podem receber os R$ 600,00 de
abono emergencial
08/04/2020 -
Pauta trabalhista é maior preocupação da indústria
no STF
08/04/2020 -
Governo publica MP que autoriza novos saques do FGTS
a partir de 15 de junho
08/04/2020 -
Empresas criam movimento para evitar demissões
durante pandemia
08/04/2020 -
69% dos brasileiros esperam perder renda na crise do
coronavírus
08/04/2020 -
Paim pede ampliação do seguro desemprego até o fim
do ano
08/04/2020 -
MP 936 precisa ser alterada pra garantir renda e
estabilidade efetiva
08/04/2020 -
Senado aprova programa de crédito facilitado a
pequenas empresas
08/04/2020 -
CNT questiona MP que reduz contribuições de empresas
ao sistema S
07/04/2020 -
Convenção ou acordo coletivo de trabalho podem ser
registrados online
07/04/2020 -
Sindicalismo busca melhorar renda e reforçar
presença no combate à crise
07/04/2020 -
Plenário pode votar Contrato Verde e Amarelo e Plano
Mansueto
07/04/2020 -
STF: redução salarial precisa ser negociada com
sindicatos
07/04/2020 -
Crédito para folha de pagamento já está disponível
nos bancos
07/04/2020 -
Congresso apresenta 118 emendas à MP que reduz
contribuições ao Sistema S
07/04/2020 -
Justiça determina que iFood e Rappi paguem auxílio a
entregadores afastados por coronavírus
07/04/2020 -
Projeto prevê pagamento do seguro-desemprego por até
dez meses
07/04/2020 -
Projeto autoriza saque do FGTS por 3 meses durante
combate à Covid-19
06/04/2020 -
Datafolha: 44% acreditam que Bolsonaro não tem
condições de governar; 37% da população defende
renúncia
06/04/2020 -
Aplicativo para cadastro em renda emergencial de
trabalhadores será lançado nesta terça-feira
06/04/2020 -
PT vai ao Supremo para liberar saque do FGTS por
causa da pandemia de coronavírus
06/04/2020 -
Datafolha aponta que 76% dos brasileiros defendem
isolamento contra coronavírus
06/04/2020 -
Partidos de esquerda vão ao Supremo contra MP que
permite redução de salários
06/04/2020 -
Guedes defende congelamento de salário de servidores
públicos
06/04/2020 -
Indústrias do Rio vão testar trabalhadores para
covid-19
06/04/2020 -
Datafolha aponta que aprovação do Ministério da
Saúde é superior a de Bolsonaro
06/04/2020 -
Juiz manda call centers adotarem medidas para
proteger trabalhadores da Covid-19
03/04/2020 -
Nota das centrais: O acordo coletivo é fundamental
para superar a crise
03/04/2020 -
Deputados querem aumentar benefício para trabalhador
que terá suspensão de contrato
03/04/2020 -
Marco Aurélio rejeita mais quatro ADI's contra
alterações trabalhistas
03/04/2020 -
Coronavírus: projetos ampliam acesso ao FGTS durante
calamidade
03/04/2020 -
Partido vai ao Supremo contra MP que permite redução
de salários
03/04/2020 -
Projeto de Paim equipara contaminação de
profissional da saúde pelo coronavírus a acidente de
trabalho
03/04/2020 -
Falta de previsão em lei impede liberação de
depósitos recursais a trabalhadores
02/04/2020 -
Centrais apressam a liberação do pagamento de renda
emergencial
02/04/2020 -
Após dois dias de pressão, Bolsonaro sanciona
auxílio emergencial aprovado no Congresso
02/04/2020 -
Senado aprova medida que permite governo pagar R$
3.135 de salário a trabalhadores com carteira
assinada
02/04/2020 -
Empregado suspenso do trabalho receberá até 100% do
seguro-desemprego
02/04/2020 -
Fim de prazo para entrega da declaração do imposto
de renda é adiado para 30 de junho
02/04/2020 -
Governo corta pela metade contribuições de empresas
ao sistema S
02/04/2020 -
Após fake news da Ceasa, Bolsonaro ataca Globo e diz
que imprensa dissemina pânico
01/04/2020 -
Maia diz que governo pode editar MP para garantir
pagamento de R$ 600
01/04/2020 -
Trabalhador pode sacar FGTS em estado de calamidade,
diz desembargadora
01/04/2020 -
Em dia de pronunciamento, Brasil vai às janelas para
o maior panelaço já registrado contra o presidente
01/04/2020 -
Oposição acusa Bolsonaro de crime contra a vida e a
saúde pública
01/04/2020 -
Desemprego atinge 12,3 milhões de pessoas; taxa do
trimestre até fevereiro fica em 11,6%
01/04/2020 -
Ministro do STF proíbe campanhas contra isolamento
da covid-19
01/04/2020 -
Fiesp entra na Justiça por suspensão de impostos
estaduais em SP
01/04/2020 -
Trabalhadores intermitentes podem receber auxílio
emergencial
01/04/2020 -
Jean Paul diz que suporte do sistema financeiro pode
ajudar trabalhadores
01/04/2020 -
Proposta garante adicional de insalubridade para
serviços essenciais durante pandemia
01/04/2020 -
Movimento Sindical: espaço de vida e solidariedade
30/04/2020 -
Para Paim, não há nada a festejar no Dia do
Trabalhador
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em
pronunciamento nesta quarta-feira (29), que não há
nada a festejar no Dia do Trabalhador, celebrado na
sexta-feira (1º). Para Paim, a sociedade ainda sente
as dores da reforma trabalhista e da reforma da
Previdência, as quais classificou como cruéis.
— As reformas fragilizaram a situação de milhões de
trabalhadores, aposentados e jovens, desconstruindo
avanços sociais que foram alcançados ao longo de
nossa vida em duras penas. E o pior é que não
geraram um emprego sequer, conforme eles
argumentavam. Os pobres ficaram mais pobres e a
concentração de renda aumentou.
O senador celebrou o arquivamento da MP do Contrato
Verde e Amarelo (MP 905/2019), a qual chamou de
"legalização do trabalho escravo". Ele também disse
estar atento à MP 927/2020 e à MP 936/2020, medidas
que flexibilizam as regras trabalhistas. Para Paim,
esse é o momento de inclusão social e equilíbrio nas
relações de trabalho.
Paim também parabenizou os mais de 4 mil empresários
participantes do movimento "Não Demita”, que se
comprometeram a preservar mais de 2 milhões de
empregos. Segundo ele, especialistas afirmam que o
Brasil pode chegar a mais de 20 milhões de
desempregados sem esse apoio. O senador ressaltou
que a comunidade negra e os povos indígenas seriam
os mais afetados, pois são mais vulneráveis.
Para Paim, os problemas do Brasil só serão
resolvidos a partir da unidade e das forças
progressistas, populares e humanitárias.
— Temos que pensar na taxação das grandes fortunas,
na flexibilização da Emenda 95 [de 2016], para
investir principalmente no Sistema Único de Saúde
(SUS), no Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), no Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS) e na geração de emprego e renda. O que
importa é a saúde, a felicidade das pessoas.
Fonte: Agência Senado
30/04/2020 -
Subnotificação encobre crescimento do desemprego,
alerta Dieese
Dados do seguro-desemprego apontam que mais de 5
milhões de trabalhadores formais já foram afetados
pela crise decorrente da pandemia de coronavírus
Em função da falta e da demora na realização de
testes, os números reais de mortos e infectados pelo
novo coronavírus, no Brasil, são muito maiores do
que aqueles apresentados pelas estatísticas
oficiais. O mesmo vem ocorrendo com os índices que
medem o desemprego. Desde o início do ano, o governo
não divulga os dados do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), atribuindo às empresas a
falta de informações prestadas.
Na falta dos dados oficiais, os números do
seguro-desemprego apontam pelo menos 5 milhões de
trabalhadores formais que tiveram seus empregos
afetados desde o início da pandemia. Segundo
reportagem do jornal Folha de S.Paulo, pelo menos 1
milhão de pessoas foram demitidas. Outros 4,3
milhões de trabalhadores formais tiveram o contrato
suspenso ou jornadas e salários reduzidos por até
três meses.
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, mesmo os dados do seguro-desemprego podem
estar subestimados. E apontam para a falta de ação
devida do Estado no combate aos efeitos econômicos
da pandemia. Segundo ele, a estabilidade no emprego
durante a crise foi garantida apenas formalmente. Na
prática, as empresas continuam demitindo, pagando a
multa estabelecida pela Medida Provisória (MP) 936.
Tempestade perfeita
O avanço no número de mortos pela covid-19, somado aos
seus efeitos econômicos, agravados ainda pela crise
política alimentada pelo próprio governo Bolsonaro,
configuram uma “tempestade perfeita”. As principais
vítimas do desastre são os trabalhadores informais e
os que ganham menos.
“Do ponto de vista bem objetivo, estamos perdendo
pessoas, que estão morrendo, e estamos destruindo
empregos. E, muito provavelmente, a gente comece a
ver a destruição de empresas. Se o Estado não se
mover, no sentido de mitigar minimamente as perdas
em relação à pandemia, esse cenário pode se
agravar”, disse Fausto ao jornalista Glauco Faria,
para o Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (29).
Apagão
O diretor do Dieese afirma que o “apagão estatístico”
sobre desemprego pode dar a falsa sensação de que o
problema não existe. Quando vier à tona plenamente,
pode ser muito tarde para agir. É também uma
característica do governo Bolsonaro, que ignora
dados científicos para, assim, poder criar as suas
próprias realidades alternativas, segundo Fausto.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/04/2020 -
STF derruba trechos de MP sobre questões
trabalhistas durante pandemia
Contaminação de empregado pode ser considerada
doença ocupacional
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
quarta-feira (29) derrubar dois dispositivos
trabalhistas previstos na Medida Provisória (MP)
927/2020, editada em meio à situação de calamidade
pública provocada pela pandemia do novo coronavírus
(covid-19).
Por maioria de votos, os ministros entenderam que os
casos de contaminação de empregados pela covid-19
não podem ser descartados como doenças ocupacionais.
Pelo Artigo 29 da MP, que foi considerado ilegal,
“os casos de contaminação pelo coronavírus (covid-19)
não serão considerados ocupacionais, exceto mediante
comprovação do nexo causal”.
Na mesma decisão, a Corte decidiu que os auditores
fiscais do trabalho não podem atuar somente de
“maneira orientadora”, conforme determinou a norma,
quando se depararem com irregularidades, como falta
de registro de empregados e situações de grave e
eminente risco.
O STF julgou se mantem a decisão individual do
ministro Marco Aurélio, proferida no mês passado,
que rejeitou sete ações de partidos de oposição
contra a parte da medida que trata de questões de
trabalhistas. Na sessão, a liminar do ministro foi
acolhida em parte.
Fonte: Agência Brasil
30/04/2020 -
Mais um pedido de impeachment contra Bolsonaro é
protocolado na Câmara
Com o requerimento feito pelo PSB, que aponta 11
crimes de responsabilidade de Bolsonaro, Câmara já
conta com mais de 30 pedidos de impeachment contra o
presidente
Já passou de 30 o número de pedidos de impeachment
contra o presidente Jair Bolsonaro protocolados na
Câmara. Nesta quarta-feira (29), deputados do PSB
decidiram engrossar o caldo pelo afastamento do
capitão da reserva e apresentaram um novo
requerimento para tirar Bolsonaro do poder.
Na peça, assinada por 16 dos 30 membros da bancada
do PSB na Câmara, são apontados, ao todo, 11 crimes
de responsabilidade que teriam sido cometidos por
Bolsonaro, e eles estão divididos em três partes: as
denúncias do ex-ministro Sérgio Moro sobre
interferência na Polícia Federal, crimes contra a
democracia e as instituições e crimes relacionados à
pandemia do coronavírus.
“É lamentável que nós do PSB tenhamos que entrar com
um pedido de impeachment num momento como este, em
plena pandemia, quando todos os nossos esforços
deveriam estar direcionados ao enfrentamento do
vírus. No entanto, infelizmente, o comportamento do
presidente da República não nos deixa outra saída”,
disse o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon.
Fonte: RevistaForum
30/04/2020 -
Segurados do INSS poderão receber benefício direto
em conta-corrente
A medida visa evitar o deslocamento dos cidadãos
aos bancos
Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) que recebem por meio de cartão
magnético poderão solicitar a transferência do
pagamento do benefício para depósito em
conta-corrente. A solicitação pode ser feita apenas
por meio do aplicativo ou do site Meu INSS.
A autorização para mudança de modalidade está
prevista na Portaria 543/2020, publicada nesta
quarta-feira (29) no Diário Oficial da União, e vale
enquanto durar a situação de risco à saúde pública
decorrente da pandemia do novo coronavírus no país.
A medida visa evitar o deslocamento dos cidadãos aos
bancos.
Para fazer a solicitação, o beneficiário precisa ter
o login e senha do Meu INSS, para que o procedimento
seja feito mediante autenticação do usuário. A
conta-corrente cadastrada deve ser feita no nome do
titular do benefício. Além disso, não será
necessária a autenticação da documentação
apresentada no momento do requerimento.
De acordo com a portaria, para a efetivação da
mudança de modalidade de pagamento, ocorrerá o
bloqueio do crédito que se encontra disponível e no
prazo de validade. Dessa forma, o órgão poderá
reemitir o pagamento diretamente para a
conta-corrente indicada pelo beneficiário.
Fonte: Agência Brasil
30/04/2020 -
Presidente da Força Sindical pede renúncia de Jair
Bolsonaro
Central de reconhecida posição moderada, a Força
Sindical também entende que não dá mais pra aceitar
Bolsonaro na Presidência da República. Essa posição
está manifestada em vídeo gravado por Miguel Eduardo
Torres, presidente da Central.
O sindicalista tem feito vídeo diários, nos quais
defende as postulações unitárias do sindicalismo e
reafirma a importância dos direitos trabalhistas.
Ele também tem cobrado investimentos, pró-retomada
do desenvolvimento, emprego e renda.
A fala de Miguel rebate a agressão de Bolsonaro às
vítimas do novo coronavírus, à memória dos mortos
pela doença e ao sentimento das famílias que
perderam entes querido. O “E daí? Sou Messias, mas
não faço milagres”, frase de Bolsonaro, ontem dia
28, foi um soco na boca do estômago da Nação.
Diz o metalúrgico presidente da Força: “Presidente
Jair Messias Bolsonaro, renuncie. Você não é digno
de comandar um País como o Brasil”.
Dia do Trabalho - As seguidas agressões de
Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores, bem como
seu desprezo perante o risco de vida dos
brasileiros, ante a pandemia, elevam o tom do 1º de
Maio deste ano.
Fonte: Agência Sindical
30/04/2020 -
Guedes já queimou US$ 50 bilhões das reservas
acumuladas por Lula e Dilma
Apesar disso, a moeda brasileira é a que mais
perdeu valor no mundo, em razão da falta de
confiança do mundo no Brasil
A gestão Guedes-Bolsonaro na economia já queimou 15%
das reservas internacionais acumuladas nos governos
dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff, que fortaleceram a solvência internacional
do Brasil. "Em junho do ano passado, as reservas em
moeda estrangeira do Banco Central atingiram o
patamar recorde de US$ 390 bilhões. No dia 17 deste
mês, estavam em US$ 340 bilhões. Ou seja, em menos
de um ano, a autoridade monetária vendeu US$ 50
bilhões, uma redução de 15% no estoque, com objetivo
de suavizar os movimentos no mercado de câmbio. A
última vez em que as reservas estiveram neste
patamar foi durante o ano de 2011", informa
reportagem de Eduardo Cucolo, na Folha de S. Paulo.
Apesar disso, a moeda brasileira é a que mais perdeu
valor no mundo, em razão da falta de confiança do
mundo no Brasil. No dia de ontem, o dólar fechou a
R$ 5,35, com ligeira queda, mas ainda com alta
expressiva desde o início da gestão Guedes-Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
30/04/2020 -
Confiança da indústria cai para menor patamar em 19
anos
Índice recuou 39,3 pontos de março para abril
deste ano, diz FGV
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 39,3 pontos de
março para abril deste ano e chegou a 58,2 pontos,
em uma escala de zero a 200 pontos. Com essa, que
foi a maior redução mensal, o índice atingiu seu
menor nível desde o início da série histórica, em
janeiro de 2001.
Todos os 19 segmentos industriais pesquisados
tiveram queda. O Índice Expectativas, que mede a
confiança dos empresários em relação ao futuro,
recuou 46,6 pontos e chegou a 49,6 pontos. O Índice
de Situação Atual, que mede a percepção sobre o
presente, caiu 31,4 pontos e atingiu para 67,4
pontos. Ambos atingiram o menor valor da série
histórica.
Segundo a economista da FGV Renata de Mello Franco,
o resultado foi provocado pela pandemia do novo
coronavírus (covid-19). “Com exceção do nível dos
estoques e da demanda externa, todos os indicadores
atingiram o mínimo histórico, inclusive o Nuci
[Nível de Utilização da Capacidade Instalada]. O
cenário para os próximos meses pode gerar novas
surpresas negativas caso se mantenha o nível de
incerteza elevada”, afirmou a pesquisadora.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada do
setor caiu 18 pontos percentuais e chegou a 57,3%,
também a maior queda mensal e o menor valor da série
histórica.
Fonte: Agência Brasil
29/04/2020 -
Governo vai permitir que trabalhador seja
‘emprestado’ a outra empresa
Medida tem como objetivo reduzir custos de
admissão e demissão para as empresas durante a
pandemia. Dieese diz que é mais um “lamentável”
ataque aos trabalhadores
O presidente Jair Bolsonaro deve editar Medida
Provisória (MP) que permite a cessão de
trabalhadores entre empresas durante o período da
calamidade pública provocada pelo novo coronavírus.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a proposta
está pronta para ser publicada nos próximos dias. E
ainda poderá vir acompanhada de outras medidas.
A proposta pretende evitar custos com demissão em
setores que estão com atividades em baixa. E
supriria demanda por mão de obra, sem custos de
contratação, em setores mais aquecidos, como
supermercados e empresas que produzem equipamentos
de proteção individual (EPIs).
Pela nova medida, uma empresa poderá ceder
empregados a outra companhia por até 120 dias,
prorrogáveis por igual período. A troca poderá ser
feita enquanto durar o decreto de calamidade
pública, válido até 31 de dezembro.
Trabalhador à disposição
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, o governo tem aproveitado a pandemia para
avançar medidas de interesse das entidades
patronais. Além disso, é uma proposta antiga,
elaborada pelo setor da construção civil, ainda nos
anos de 1990.
“MPs desse tipo não podem, simplesmente, deixar o
trabalhador à disposição e à mercê dos interesses de
um setor ou outro”, disse Fausto ao jornalista
Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta
terça-feira (28). A principal preocupação é com a
saúde dos trabalhadores, que atuarão em setores mais
expostos à contaminação pela covid-19.
“É proposta do governo fazer a economia voltar,
independentemente do número de mortos e suas
consequências. De novo, querem colocar o trabalhador
na frente desse processo. É algo realmente
lamentável, impressionante como toda vez que surge
uma medida nova, ela vem no sentido de retirar
direitos e flexibilizar as condições de trabalho do
conjunto da classe trabalhadora”, criticou o diretor
do Dieese.
Segundo informações preliminares, o trabalhador
deverá registrar por escrito que concorda em ser
cedido para outra empresa. Por outro lado, ele
ficaria fica “blindado” de demissões sem justa causa
durante o período. A companhia que cede o
funcionário continuará responsável pelo pagamento de
todos os tributos e contribuições, mas terá direito
ao reembolso pela empresa que fez a requisição. A MP
deve vedar que haja qualquer remuneração entre as
empresas pelo ato da cessão do trabalhador.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/04/2020 -
Bolsonaro pode pegar até 19 anos de prisão se for
condenado pelo STF
Jair Bolsonaro pode pegar até 19 anos e três meses
de prisão se for condenado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), após o ministro Celso de Mello
autorizar a abertura de um inquérito com o objetivo
de apurar as acusações do ex-ministro da Justiça
Sérgio Moro de que Bolsonaro queria interferir na
Polícia Federal. A informação é da coluna de
Guilherme Amado.
A decisão de Mello atendeu a um pedido do
procurador-geral da República, Augusto Aras, que
citou seis possíveis crimes de Bolsonaro: obstrução
judicial, corrupção passiva privilegiada, falsidade
ideológica, prevaricação, coação no curso do
processo e advocacia administrativa.
Caso seja condenado à pena máxima em todos esses
crimes, Bolsonaro pode ficar até 19 anos e três
meses preso.
As acusações contra ele foram feitas por Sérgio Moro
na última sexta-feira (24), depois que Bolsonaro
exonerou Maurício Valeixo da Diretoria-Geral da PF,
subordinada ao ministério da Justiça. Se a acusação
for comprovada, seria crime de responsabilidade. "O
presidente me relatou que queria ter uma indicação
pessoal dele para ter informações pessoais. E isso
não é função da PF", disse.
Fonte: Brasil247
29/04/2020 -
Em cinco décadas, Brasil perdeu 173 mil pessoas em
acidentes do trabalho
Números certamente são maiores, devido à
subnotificação. As doenças relacionadas ao trabalho
atingiram mais de 645 mil
De 1970 a 2018, o país registrou 42,7 milhões de
acidentes do trabalho, 645 mil pessoas adoeceram e
mais de 173 mil (exatos 173.326) morreram em
consequência desses acidentes, de acordo com dados
reunidos pelo Departamento Intersindical de Estudos
e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes do Trabalho (Diesat).
Neste 28 de abril, celebra-se o dia mundial em
memória das vítimas. A data foi instituída em 2003
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em
referência à explosão que matou 78 mineiros nos
Estados Unidos em 1969 – no Brasil, em 2005 foi
aprovada a Lei 11.121.
O Diesat lembra que o objetivo da data é
conscientizar e alertar para os riscos de acidentes
e doenças relacionados ao ambiente de trabalho. Um
dia de lamentação e de valorização dos esforços para
tornar os locais de trabalho mais seguros. O
instituto afirma que, apesar de subnotificados, os
dados oficiais são expressivos e mostram uma
situação de “genocídio”.
“As condições de vida e saúde da classe trabalhadora
se expressam não só pela segurança dos processos
produtivos, com maquinário e organização no local de
trabalho”, lembra o Diesat. Isso inclui ainda
políticas de saúde, de assistência e de previdência
social. Mas as recentes mudanças na legislação
trabalhista indicam perdas de direitos”, acrescenta.
“O desmonte aos direitos sociais, que vem ocorrendo
antes mesmo da pandemia, são fatores de riscos que
geram adoecimentos e acidentes de trabalho, que
atrelados a dificuldades de caracterização, impedem
os acesso da classe trabalhadora ao acesso à
proteção social”, afirma o instituto, citando ainda
fatores como a informalidade no mercado e os
chamados contratos intermitentes, e seus impactos na
condição de vida. “Sequer são feitos os registros
formais, o que dificulta conseguirmos indicadores de
saúde relacionados ao trabalho.”
Previdência
O dado oficial mais recente é de 2018. Conforme o
Anuário Estatístico da Previdência Social, naquele
ano foram registrados 360.320 acidentes no país –
número que inclui apenas os que tiveram comunicados
(CATs) –, ante 341.700 em 2017. Em torno de 68%
atingem trabalhadores do sexo masculino.
No recorte por idade, 59.544 acidentes foram na
faixa de 30 a 34 anos e 56.574, de 35 a 39 anos.
Perto, com 56.395, estavam os empregados de 25 a 29
anos. De 20 a 24, foram 50.100. Entre os setores, o
de serviços foi responsável por 198.333 acidentes.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/04/2020 -
Aprovação do governo Bolsonaro despenca de 31% para
19% em pesquisa Jota Quaest
Levantamento, realizado no fim de semana, mostra
que a saída de Sérgio Moro derreteu a base de apoio
daqueles que se consideram de direita, onde o apoio
a Bolsonaro caiu de 65% para 35%
Pesquisa do site Jota, especializado na área
jurídica, em parceria com a consultoria Quaest
revela que a avaliação positiva do governo Jair
Bolsonaro despencou de 31% na primeira pesquisa
realizada em abril para 19% no levantamento
realizado no último final de semana, dias 25 e 26.
A avaliação negativa segue crescente desde dezembro
de 2019, mas com a pandemia do coronavírus acelerou,
passando de 35% em março para 49% na pesquisa atual
– na anterior, o porcentual era de 45%. Aqueles que
consideram a administração regular foram de 24% para
30% entre os dois últimos estudos.
Após a demissão de Sérgio Moro, Bolsonaro perdeu
popularidade sobretudo entre eleitores que se
identificavam como de “direita”. Segundo a pesquisa,
nesse segmento, o apoio a Bolsonaro caiu de 65% para
35%.
Fonte: RevistaForum
29/04/2020 -
Desemprego afeta 1/3 das famílias brasileiras de
renda mais baixa
Cerca de 30% dos trabalhadores que ganham até um
salário mínimo dizem já ter, pelo menos,
uma pessoa sem emprego em casa por causa do
coronavírus.
Reportagem do jornal O Estado de São Paulo
apresentou o exemplo da diarista Izabel Cruz de
Oliveira Desde que, desde que começou a quarentena
para combater o coronavírus, ela perdeu todas as
faxinas que fazia durante a semana. Ela conseguia
tirar R$ 800 por mês – dinheiro que bancava os três
filhos, sendo o mais novo de um ano de idade. “Com a
pandemia, fui dispensada de todas as casas.”
Hoje, sem trabalhar, ela vive de doações. O pai,
aposentado, compra as fraldas do bebê e uma vizinha
dá o leite. A igreja também ajuda com outros
produtos, diz Izabel. Ela mora numa invasão na zona
leste de São Paulo, por isso, não paga água nem luz.
“Nunca vi nada tão assustador como isso que estamos
vivendo”, afirma a diarista.
De acordo com a reportagem, como na casa de Izabel,
o desemprego já bateu na porta de quase um terço das
famílias que ganham até um salário mínimo. Segundo
pesquisa feita pela consultoria alemã Roland Berger,
30% dos entrevistados – nessa faixa de renda – dizem
já ter, pelo menos, uma pessoa sem emprego em casa
por causa do coronavírus.
“Quanto menor a renda, maior o impacto da crise
sobre essa população mais vulnerável”, afirma Marcus
Ayres, sócio da consultoria e um dos responsáveis
pela pesquisa. Segundo ele, o resultado reflete o
efeito da crise nos pequenos negócios, que
concentram os empregos de menor renda. É um efeito
em cascata: a lojinha do bairro fecha as portas,
deixa de faturar e demite o balconista, que para de
consumir, explica ele.
O levantamento, segundo o executivo, ouviu 700
pessoas em todo o País nas primeiras semanas de
quarentena. “A cada dia que passa a deterioração nos
indicadores piora.”
No cenário do economista da Tendências Consultoria
Integrada, Thiago Xavier, a deterioração do mercado
de trabalho é perversa e rápida. No início da
quarentena, ele previa desemprego de 12,9% ao final
deste ano, num cenário básico, e de 14,1% num
cenário pessimista. Nos últimos dias, o cenário
pessimista virou o cenário básico e nada garante que
as projeções não possam piorar.
Segundo Xavier, o quadro traçado prevê aumento das
demissões, dos desalentados e dos vulneráveis. A
previsão leva em conta exatamente a participação dos
pequenos negócios no mercado de trabalho. “Cerca de
50% dos ocupados (ou 40 milhões de pessoas) estão em
empresas com até cinco funcionários”, diz o
economista. Desse total, 72% estão na informalidade.
Ele conta que em pesquisa recente do Sebrae, 18,1%
dos pequenos empreendimentos afirmaram ter sido
obrigados a demitir, em média, três funcionários nas
últimas semanas.
Reserva de emergência
Outro dado preocupante é a falta de reserva dessa
parcela da população. Segundo a pesquisa da Roland
Berger, 57% não têm nenhuma reserva de emergência
para se manter sem emprego e outros 14% têm dinheiro
para apenas um mês. Só 5% têm fôlego para mais de
seis meses.
“Para essa fatia da população, o resultado não é
surpreendente, mas quando olhamos para famílias com
rendas maiores e vemos que elas também não têm
reserva, ficamos preocupados”, diz Ayres. Para ter
ideia, quase um terço das pessoas com renda entre R$
5 mil e R$ 10 mil só tem dinheiro para aguentar um
mês sem emprego. Ou seja, mesmo a classe média não
tem condições de se bancar.
Segundo ele, a questão é como recolocar essas
pessoas no pós-pandemia. “Elas podem entrar num
estado de vulnerabilidade que dificulta até a busca
por novas oportunidades. Isso pode retardar ainda
mais a volta do crescimento.”
Na opinião de Xavier, a retomada – que pode ocorrer
entre o terceiro e quarto trimestre – se dará mais
em termos de ocupação do que de emprego e renda.
Isso porque a crise está acabando com o capital do
pequeno empregador, que ficará mais endividado.
“Portanto, a retomada será com mais informalidade e
renda menor.”
Fonte: Radio Peão Brasil
29/04/2020 -
Paulo Paim apresenta projetos de auxílio a
desempregados e microempresas
Ao destacar a difícil situação econômica enfrentada
pelo país, agravada pela pandemia de covid-19, o
senador Paulo Paim (PT-RS) informou nesta
terça-feira (28) que apresentou dois projetos de lei
para beneficiar desempregados e pequenas e
microempresas: o PL 1.449/2020 e o PL 1.363/2020.
O PL 1.449/2020, de acordo com a justificação do
projeto, cria "uma nova modalidade extraordinária de
seguro-desemprego, que poderá ser paga a quem tenha
tido pelo menos três meses de registro em carteira
nos últimos 12 meses, por período de três meses ou
até que a calamidade pública seja superada".
O senador citou dados recentes que estimam um total
de 12 milhões de desempregados no país. Além disso,
40 milhões de trabalhadores estariam na
informalidade, sem direito algum. E, como ressaltou
ele, a situação tende a se agravar.
— Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a taxa média de
desemprego poderá chegar a 17,8%. Há os que falam
que essa taxa pode chegar a até 28%. Poderemos ter
23 milhões de desempregados, o que seria um caos, um
caos absoluto, em tempos de dificuldade social, em
tempos de pandemia — alertou.
Paim disse que o outro projeto apresentado por ele,
o PL 1.363/2020, visa garantir linhas de crédito,
financiamentos e capital de giro para pequenas e
microempresas. Segundo Paim, cerca de 90% dos
pequenos negócios tiveram queda no faturamento nas
últimas semanas.
Fonte: Agência Senado
29/04/2020 -
Comissão que acompanha ações sobre coronavírus ouve
Paulo Guedes na quinta
Está marcada para quinta-feira (30) a terceira
reunião da Comissão Mista de Acompanhamento das
Medidas Relacionadas ao Coronavírus. A participação
do ministro da Economia, Paulo Guedes, está
confirmada para a videoconferência, agendada para as
11h. Composta por seis senadores e seis deputados,
com igual número de suplentes, a comissão especial
acompanha os gastos e as medidas tomadas pelo Poder
Executivo no enfrentamento à pandemia de covid-19. É
presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) e tem
como relator o deputado Francisco Júnior (PSD-GO).
O plano de trabalho foi aprovado na sexta-feira (24)
e prevê, além da audiência com Paulo Guedes,
reuniões com os ministros da Saúde, da Cidadania e
da Casa Civil. A comissão mista tem o apoio de
consultores do Senado e da Câmara, além de
assessores legislativos. Também foram solicitados
dois técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e
dados, gráficos e mapas da Controladoria-Geral da
União (CGU), que dão suporte ao trabalho.
O grupo parlamentar funcionará até o fim da
decretação do estado de calamidade pública
decorrente do coronavírus, previsto para 31 de
dezembro de 2020.
Fonte: Agência Senado
28/04/2020 -
Ministro Celso de Mello abre inquérito no STF contra
Jair Bolsonaro
Decisão autoriza investigação de denúncias feitas
pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro contra o
presidente e pode resultar em denúncias contra ambos
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso
de Mello determinou, na noite desta segunda-feira
(27) a abertura de inquérito para investigar as
acusações que Sergio Moro fez contra o presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) ao pedir demissão do
Ministério da Justiça e Segurança Pública. “O
objetivo é apurar se foram cometidos os crimes de
falsidade ideológica, coação no curso do processo,
advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de
Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação
caluniosa e crime contra a honra”, diz o despacho do
decano da Corte.
Na sexta-feira (24), Moro afirmou que Bolsonaro
exonerou o diretor da Polícia Federal, Maurício
Valeixo, porque queria ter alguém no cargo que fosse
“contato pessoal dele, para poder ligar e colher
relatórios de inteligência”. Disse ainda que, “0
presidente me falou que tinha preocupações com
inquéritos no Supremo, e que a troca seria oportuna
por esse motivo, o que gera uma grande preocupação.”
Celso de Mello também autorizou a convocação de Moro
para explicar suas declarações. A oitiva deve a ser
realizada em até 60 dias. O agora ex-ministro pode
ter cometido crime de denunciação caluniosa e contra
a honra, caso as investigações não confirmem as
acusações que fez ao presidente.
Na decisão, o decano afirma que os fatos narrados
por Moro revelam “práticas alegadamente delituosas
que teriam sido cometidas pelo senhor presidente da
República em contexto que as vincularia ao exercício
do mandato presidencial”. O ministro também ressalta
que não é necessária autorização do Congresso para
investigar o presidente. O Legislativo tem de
autorizar, porém, a abertura de ação penal caso a
investigação tenha como consequência a apresentação
de denúncia da PGR contra Bolsonaro.
O ministro do Supremo solicitou ainda que a PGR se
manifeste sobre pedido feito pelo senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) para que seja apreendido e
periciado o celular da deputada Carla Zambelli
(PSL-SP), que teve mensagens trocadas com Moro
divulgadas pelo próprio ex-ministro.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/04/2020 -
Impeachment de Bolsonaro já tem apoio de 45% dos
brasileiros, diz Datafolha
Na primeira pesquisa depois da saída de Sergio
Moro, também cresceu o número de pessoas que desejam
a renúncia do presidente
A primeira pesquisa realizada após a saída de Sergio
Moro do Ministério da Justiça mostra um empate
técnico na opinião dos brasileiros sobre um
impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O
levantamento publicado nesta segunda-feira (27) é do
instituto Datafolha, do jornal Folha de S. Paulo.
Dos entrevistados, 45% apoiam que a Câmara dos
Deputados inicie um processo de impeachment contra o
presidente, enquanto 48% são contra. A diferença
fica dentro da margem de erro, de 3%. Os que não
sabem opinar chegam a 6%.
Já os que desejam uma renúncia de Bolsonaro passaram
de 37%, da pesquisa anterior, realizada entre 1 e 3
de abril, para 46%. Os que são contrários diminuíram
de 59% para 50%.
No entanto, Bolsonaro ainda mantém uma base de apoio
de 33% dos entrevistados.
A pesquisa foi realizada nesta segunda, três dias
depois da demissão de Moro, que foi anunciada na
última sexta (24). Foram ouvidas 1.503 pessoas, por
telefone, devido ao coronavírus.
Fonte: RevistaForum
28/04/2020 -
Justiça determina que Bolsonaro entregue seus testes
de coronavírus
Por decisão da Justiça Federal, a União terá um
prazo de 48 horas para fornecer “os laudos de todos
os exames” feitos por Jair Bolsonaro para
identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus.
A decisão foi proferida pela juíza Ana Lúcia Petri
Betto, atendendo a um pedido do jornal O Estado de
S.Paulo. Bolsonaro disse já ter sido submetido a
exames e informou que o resultado deu negativo, mas
nunca publicou a imagem desses laudos.
“No atual momento de pandemia que assola não só
Brasil, mas o mundo inteiro, os fundamentos da
República não podem ser negligenciados, em especial
quanto aos deveres de informação e transparência.
Repise-se que ‘todo poder emana do povo’ (art. 1º,
parágrafo único, da CF/88), de modo que os mandantes
do poder têm o direito de serem informados quanto ao
real estado de saúde do representante eleito”,
observou a juíza.
Fonte: Brasil247
28/04/2020 -
Maia diz que impeachment de Bolsonaro tem que ser
analisado 'com paciência'
Com 25 pedidos de afastamento de Jair Bolsonaro
protocolados na Câmara, o presidente da Casa fala em
não ter pressa. "O açodamento e a pressa vão ajudar
a questão do coronavírus ter contornos mais graves
no impacto da vida da sociedade brasileira", afirmou
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta segunda-feira, 27, que a abertura de
processos de impeachment contra Jair Bolsonaro
precisa ser analisada "com paciência".
"A gente precisa ter paciência e equilíbrio e não
ter açodamento, porque o açodamento e a pressa,
nesses temas, vão ajudar a questão do coronavírus
ter contornos mais graves no impacto da vida da
sociedade brasileira", disse Maia.
"Quando você trata de tema como impeachment eu sou
um juiz, não posso ficar comentando temas dos quais
a decisão é minha de forma independente. Já passei
por isso no governo do presidente Michel Temer (MDB)
e com paciência e equilíbrio a gente superou esse
período", disse o deputado.
Há ao menos 25 pedidos protocolados. Nesta
segunda-feira, o PSB deve protocolar um novo pedido
para afastar Jair Bolsonaro do cargo.
Fonte: Brasil247
28/04/2020 -
Após demissão de Moro, maioria apoia impeachment de
Bolsonaro, diz pesquisa
Pesquisa Atlas Político mostra que rejeição a
Bolsonaro chegou a 64,4%. Governo é avaliado como
ruim, péssimo e regular por 77% dos entrevistados
Pesquisa Atlas Político, divulgada nesta
segunda-feira (27) pelo jornal El País, revela que
após a demissão de Sérgio Moro do Ministério da
Justiça, 54% dos entrevistados disseram ser a favor
de impeachment de Jair Bolsonaro.
É a primeira vez que mais da metade dos
entrevistados apoia um impedimento do presidente no
levantamento feito pelo instituto. No levantamento
anterior, feito em março, 48% dos entrevistas eram
favoráveis ao impeachment.
Segundo a pesquisa, a rejeição de Bolsonaro chegou a
64,4% – diante de 30% de aprovação. É a primeira vez
que o levantamento mostra rejeição de Bolsonaro
maior que a de Lula, que tem 60% de reprovação na
pesquisa.
O governo é avaliado como ruim ou péssimo por 49%, o
maior índice desde o início da série, em fevereiro
de 2019. Outros 28% acham o governo regular e 21%
classificam como ótimo ou bom.
Moro
A pesquisa, que tem uma margem de erro de dois pontos
percentuais, mostra que 68% dos entrevistados
discordam da demissão de Valeixo por Bolsonaro
enquanto 72% concordam com as críticas feitas por
Moro ao presidente, como a alegação de tentativa de
interferir politicamente em investigações da PF.
Por outro lado, o episódio favoreceu Moro, que teve
avaliação positiva de 57,3% dos entrevistados. Em
novembro de 2019, em meio às denúncias da Vaza Jato,
Moro chegou a ser avaliado positivamente por 48,4%,
o menor índice.
Fonte: RevistaForum
28/04/2020 -
Live do 1º de Maio terá shows musicais, reflexão
política e ação social
Pela primeira vez na história, as Centrais Sindicais
vão fazer uma comemoração on-line do 1º de Maio
Unificado. O evento será transmitido ao vivo pelas
redes sociais de diversas entidades sindicais e
movimentos sociais, das 10 às 14 horas.
O formato virtual segue as orientações das
autoridades sanitárias, que preconizam o isolamento
social para evitar aglomerações e assim a propagação
do novo coronavírus - que já contaminou mais de 50
mil pessoas no Brasil, com quase 4 mil mortos.
O tema da comemoração do Dia do Trabalhador este ano
será “Saúde, Emprego, Renda: um novo mundo é
possível com solidariedade”. Segundo João Carlos
Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força
Sindical, além de reivindicar direitos, as Centrais
e movimentos sociais pretendem estimular a reflexão
sobre a importância da classe trabalhadora se unir
na defesa da democracia - hoje duramente atacada
pelo governo Bolsonaro.
“É fundamental fazermos um ato o mais amplo possível
do ponto de vista da democracia, que nesse governo
está deixando a desejar. Por isso, vamos ampliar as
participações. Mas estamos convidando personalidades
e políticos que estão ao lados dos trabalhadores.
Queremos fazer um leque de alianças para combater
esses ataques que vêm do Planalto", afirma Juruna.
Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, também é um
dos organizadores do evento. O dirigente lembra que
o formato é inovador para as Centrais, que estão
empenhadas em levar ao público muito conteúdo
político, música e ações solidárias.
O dirigente explica que as intervenções políticas
serão gravadas e os artistas se apresentação ao vivo
de suas casas. Entre os convidados, estão Chico
Buarque, Alceu Valença, o rapper Mano Brown, Leci
Brandão e Zélia Duncan.
Religião - Líderes religiosos também foram
convidados. Há inclusive a possibilidade de que o
Papa Francisco envie uma mensagem aos trabalhadores
brasileiros.
Ação social - Ao longo da atividade, os
sindicalistas vão arrecadar e distribuir alimentos e
produtos de higiene para ajudar quem está em casa e
não tem como trabalhar e conseguir renda para se
manter.
Transmissão - O site da Agência Sindical
divulgará os preparativos do 1º de Maio pela
internet e fará a transmissão do evento por meio de
suas redes sociais.
Fonte: Agência Sindical
28/04/2020 -
Proposta para ajuda de estados e municípios prevê
congelamento do salário de servidores
Após reunião com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
anunciou o texto final sobre o auxílio emergencial a
estados e municípios que será levado a votação no
plenário da Casa.
A ajuda deve vir, mas, em contrapartida, servidores
públicos dos governos federal, estaduais e dos
municípios vão ter os salários congelados por 18
meses.
Alcolumbre afirmou que, sem reajuste aos servidores,
a expectativa da economia é de R$ 130 bilhões
durante o período.
O pacote de socorro será em torno de R$ 80 bilhões
por 4 meses. O governo federal vai repassar aos
estados e municípios as perdas de arrecadação dos
impostos que receberiam em situação normal.
A previsão é que os governos estaduais percam cerca
de 30% da arrecadação nos próximos meses devido à
crise econômica, em razão da pandemia.
Alcolumbre disse que vai apresentar o texto final na
quinta-feira, e marcou a análise do texto para o
próximo sábado, em uma sessão extraordinária. Se
aprovada, a proposta volta pra Câmara.
Fonte: Portal EBC
28/04/2020 -
OAB alerta que não se pode cobrar honorários para
obter o auxílio emergencial
A Corregedoria Nacional da Ordem dos Advogados do
Brasil expediu ofício recomendando a fiscalização e
abertura de processo ético pelas seccionais nos
casos em que for constatada a cobrança de honorários
advocatícios para realizar cadastros no Sistema de
Auxílio Emergencial do Governo Federal.
Pessoas que têm direito a receber o auxílio de R$
600 precisam fazer o cadastro no sistema, de forma
simples, para receber o benefício, o que pode ser
feito por qualquer um.
No documento, assinado pelo corregedor-nacional da
OAB, Ary Raghiant Neto, a OAB ressalta que
“promover/realizar o mero cadastro em um
sistema/aplicativo não configura atividade privativa
da advocacia e no caso em questão, o próprio
aplicativo foi desenvolvido para possibilitar que
requerentes do auxílio realizem seu cadastro
diretamente”.
“Presume-se que aquelas pessoas que buscam o
cadastro possuem condição socioeconômica que gera a
necessidade de receber o auxílio emergencial
justamente pelo fato de suas rendas serem baixas ou
estarem prejudicadas em virtude da pandemia do Covid-19,
de modo que não é eticamente aceitável que advogados
e advogadas cobrem valores dessas pessoas para
promover uma simples inscrição no site ou no
aplicativo, pois o momento exige de todos nós
solidariedade”, pontuou.
O Conselho Federal destaca ainda que o ato de
captação de clientela viola os preceitos
ético-disciplinares previstos na legislação da OAB,
pois o artigo 34, III e IV, da Lei 8.906/1994,
tipifica como infração disciplinar “angariar ou
captar causas, com ou sem a intervenção de
terceiros".
Fonte: Consultor Jurídico
28/04/2020 -
Projeto facilita recontratação de empregado
dispensado durante pandemia de Covid-19
Texto exclui essas recontratações daqueles casos
que são considerados fraudes à legislação
trabalhista
O Projeto de Lei 1502/20 estabelece que a
recontratação do empregado dispensado durante o
estado de calamidade pública no Brasil, em razão da
pandemia de Covid-19, não caracteriza a continuidade
do contrato anterior. O texto refere-se às
readmissões ocorridas até 30 dias após o fim da
situação extraordinária, pelo mesmo empregador.
A proposta tramita na Câmara dos Deputados e foi
apresentada pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP).
Ele pretende excluir essas recontratações daqueles
casos que são considerados fraudes à legislação
trabalhista, como os de empregados dispensados
apenas para receber o seguro-desemprego ou para
movimentar o saldo disponível nas contas vinculadas
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Coronel Tadeu observa que a situação atual é
excepcional e se caracteriza por uma crise econômica
decorrente da pandemia, que tem levado muitos
empregadores a dispensar seus funcionários. Por
outro lado, ele lembra que a legislação trabalhista
“cria dificuldades para que o empregador possa
recontratar um mesmo empregado por ele dispensado em
um prazo inferior a 90 dias”.
Recuperação da economia
“Nossa intenção é possibilitar que, uma vez passados
os efeitos negativos das medidas de enfrentamento ao
vírus, o empregador possa recontratar aquele mesmo
empregado sem que fique caracterizada a
possibilidade de fraude, possibilitando o cômputo
dos períodos, ainda que não contínuos, em que tiver
trabalhado anteriormente na empresa”, defende o
deputado.
A proposta, diz ainda, contribuirá para os esforços
de recuperação da economia.
O projeto acrescenta a medida à Lei 13.979/20, que
trata do enfrentamento da Covid-10 no Brasil.
Fonte: Agência Câmara
27/04/2020 -
Aras pede inquérito ao STF para apurar fatos
narrados e declarações de Moro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu
ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (24/4)
a abertura de um inquérito para apurar os fatos
narrados e as declarações feitas por Sergio Moro, no
anúncio de saída do Ministério da Justiça e da
Segurança Pública. A íntegra da petição, distribuída
ao ministro Celso de Mello, está sob sigilo.
Na peça, o PGR vislumbra, em tese, oito crimes:
falsidade ideológica, coação no curso do processo,
advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de
justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação
caluniosa e crime contra a honra.
"A dimensão dos episódios narrados revela a
declaração de ministro de Estado de atos que
revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua
prática ao presidente da República, o que, de outra
sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de
denunciação caluniosa", aponta o procurador-geral.
Além disso, como diligência inicial, o PGR pede a
oitiva de Sergio Moro para que ele apresente
"manifestação detalhada sobre os termos do
pronunciamento, com a exibição de documentação
idônea que eventualmente possua acerca dos eventos
em questão".
"Uma vez instaurado o inquérito, e na certeza da
diligência policial para o não perecimento de
elementos probatórios, o procurador-geral da
República reserva-se para acompanhar o apuratório e,
se for o caso, oferecer denúncia."
PET 8.802
Clique
aqui para ler a peça
Fonte: Consultor Jurídico
27/04/2020 -
Em manifestação, bolsonaristas chamam Moro de
traidor e pedem saída de Maia
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro voltaram a
fazer manifestações políticas em meio à pandemia de
covid-19. Na manhã deste domingo (26), foram à
Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para
defender o presidente da República e pedir a saída
de Rodrigo Maia (DEM-RJ) do cargo de presidente da
Câmara. Mais uma vez, foram registrados ataques às
instituições democráticas, sobretudo o Congresso e o
Supremo Tribunal Federal.
A novidades dos protestos deste domingo foram as
críticas ao ex-ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro. Entre os bolsonaristas, Moro
passou de paladino no combate à corrupção a traidor
do presidente.
De cima de trios elétricos, bolsonaristas
discursaram chamando Moro de “traidor”, “sujo”,
“comunista”. Outra tese explorada nos discursos é de
que Moro estaria atuando em conluio com o PSDB e o
Centrão para tirar Bolsonaro do Planalto. As
articulações políticas dos últimos dias
evidenciaram, entretanto, que quem tem se aproximado
do Centrão para compor uma aliança política é Jair
Bolsonaro.
Manifestações isoladas de ataque a Sergio Moro
também registradas em outros lugares do Brasil. Em
Curitiba, cidade de onde o então juiz conduziu a
Operação Lava Jato, antigas apoiadores de Moro
chegaram a atear fogo a camisetas com fotos do
ex-ministro.
Fonte: Congresso em Foco
27/04/2020 -
Celso de Mello deve deferir abertura de inquérito
para investigar Bolsonaro nesta segunda-feira
A Polícia Federal, que está no centro da
confusão, terá que cumprir as diligências entre o
ex-ministro da Justiça e o presidente da República
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso
de Mello deve deferir, nesta segunda-feira (27), a
abertura de inquérito que apura possíveis crimes
cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem
Partido-RJ) denunciados pelo ex-ministro Sergio
Moro. Em seguida, o relator deverá marcar
diligências.
De acordo com uma fonte da coluna de Míriam Leitão
no STF, agora tudo dependerá da velocidade de
investigação, da dinâmica dos depoimentos e
apresentação de provas, o que depende tanto do
ministro relator quanto da Procuradoria-Geral da
República que pediu a abertura de inquérito.
A Polícia Federal, que está no centro da confusão,
terá que cumprir as diligências entre o ex-ministro
da Justiça e o presidente da República.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao sair,
acusou Bolsonaro de tentativa de interferência na
PF. O presidente, ao se defender, confirmou que
queria um diretor-geral da PF com quem pudesse
interagir e dele receber relatórios sobre
investigações em andamento.
Fonte: RevistaForum
27/04/2020 -
Maia segura pedidos de impeachment e aposta em ação
contra Bolsonaro no STF
Presidente da Câmara avalia que o caminho mais
viável para afastar Jair Bolsonaro é inquérito que
será relatado pelo ministro Celso de Mello
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
ainda trata com cautela os pedidos de impeachment
contra Jair Bolsonaro e avalia que o caminho mais
viável para seu afastamento é uma ação judicial no
Supremo Tribunal Federal por crime comum.
"Diante das incertezas sobre o avanço de um processo
de impeachment, a aposta de aliados de Maia é que o
Supremo Tribunal Federal (STF) determine a abertura
de um inquérito para investigar a atuação do chefe
do Poder Executivo. O caso geraria desgaste ao
presidente, mas dependeria de o procurador-geral da
República (PGR), Augusto Aras, oferecer denúncia ao
Poder Judiciário. Um inquérito para apurar a
existência de ilícitos por parte do presidente ou de
denunciação caluniosa por parte de Moro foi
solicitado na sexta-feira por Aras, conhecido por
ser alinhado ao presidente. O pedido deve ser
examinado nesta segunda pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal, Celso de Mello", aponta reportagem
do Valor Econômico.
"Uma denúncia dessas também dependeria de
autorização da Câmara para ser julgada – o que leva
ao afastamento do presidente do cargo –, mas
chegaria com muito mais força ao Congresso do que um
impeachment, avaliam aliados do presidente da
Câmara", aponta ainda a reportagem de Marcelo
Ribeiro, Raphael Di Cunto e Luísa Martins.
Fonte: Brasil247
27/04/2020 -
Moro tem áudios e mensagens de conversas com
Bolsonaro, diz jornal
Segundo o Valor Econômico, ex-ministro deu margem
a entendimento de que presidente cometeu crimes de
responsabilidade
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro tem uma série
de mensagens de áudio e de texto trocadas com o
presidente Jair Bolsonaro ao longo dos quase 14
meses em que participou do governo e teria provas a
apresentar sobre as acusações que fez contra ele em
pronunciamento na manhã desta sexta-feira 24,
segundo o jornal Valor Econômico.
“Boa parte das acusações feitas por Moro contra
Bolsonaro, que em seu discurso de despedida deixou
margem para entendimento de que o presidente cometeu
crimes de responsabilidade, está amparada em
material que, no limite, pode ser usado como prova
documental”, diz trecho da reportagem.
Moro acusou Bolsonaro de querer interferir no
comando da Polícia Federal, com a demissão do
diretor-geral Maurício Valeixo, para obter
informações sigilosas de investigações que envolvam
sua família.
Fonte: RevistaForum
27/04/2020 -
Polícia Federal aponta Carlos Bolsonaro como
articulador do gabinete do ódio
A Polícia Federal identificou o vereador Carlos
Bolsonaro (RJ) como articulador do esquema criminoso
de fake news utilizado para atacar e acuar ministros
do Supremo Tribunal Federal e integrantes do
Congresso, segundo a Folha de S.Paulo.
A informação já havia sido apontada em publicação da
ConJur na quinta-feira (23/4). O "Blog do Vicente",
do Correio Braziliense, destacou que a equipe da PF
chegou ao gabinete do ódio, comandado pelo "zero
dois" do presidente Jair Bolsonaro. Essa seria a
motivação dele para insistir na troca do comando da
corporação.
A crise culminou na exoneração de Maurício Valeixo
do cargo de diretor da PF na madrugada de sexta
(24/4). Por isso Sergio Moro, então ministro da
Justiça e Segurança Pública, deixou o cargo,
amplificando a crise institucional no governo.
No Supremo, o inquérito tem como relator o ministro
Alexandre de Moraes, que na noite de sexta deu
decisão determinando que não haverá trocas na equipe
de delegados envolvida nos dois casos. Trata-se do
mesmo grupo que atua em outro inquérito, relacionado
aos protestos antidemocráticos que tiveram o
presidente da República como participante.
Já o primeiro inquérito foi aberto pelo presidente
do STF, ministro Dias Toffoli, em março. Em
entrevista à ConJur, ele afirmou que “da noite para
o dia, mais de 70% das fake news que rodavam as
redes sociais desapareceram”.
Fonte: Consultor Jurídico
27/04/2020 -
Na democracia, o trabalhador ganha mais, diz
coordenador do Fórum Sindical
Coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, o
professor Oswaldo Augusto de Barros conversou com a
Agência Sindical sobre a relação entre democracia e
ganhos. Segundo o professor, na democracia, o
trabalhador ganha mais. E ganha porque os Sindicatos
não estão manietados, podem mobilizar suas bases e
têm mais forças na hora da negociação coletiva com o
patronato.
Oswaldo Augusto de Barros também preside a CNTEEC
(Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Educação e Cultura). Ele
enumera: “Leis importantes, como as do
seguro-desemprego, da Participação nos Lucros e/ou
Resultados e da regulamentação do Microempreendedor
Individual são todas pós-redemocratização”.
Na sua base, no setor da Educação, o professor de
Ciências e Biologia destaca o direito do filho
estudar na escola onde o pai ou a mãe trabalha. “Por
negociação na Convenção Coletiva, conseguimos duas
bolsas. Ainda que o pai exerça uma função
operacional, numa escola de elite, seus filhos podem
estudar de graça no estabelecimento”, conta.
Outros - O dirigente destaca outros ganhos
consagrados na Convenção, após a redemocratização.
“O trabalhador da base da nossa Federação (Fepaae)
tem direito a plano de saúde, e isso cobre
principalmente quem trabalha em estabelecimentos de
ensino no nível superior”. Um dos acordos também
passou a propiciar garantias para casais
homoafetivos.
MPs - Professor e advogado, Oswaldo critica o
excesso de Medidas Provisórias, que já vem de vários
governos. “Essas MPs nada têm de democrático e no
fundo só trazem prejuízo aos empregados. As medidas
são verdadeiras sentenças condenatórias do
trabalhador, justamente quem, num momento de crise,
deveria ser o mais protegido”, completa.
Fonte: Agência Sindical
27/04/2020 -
MP
nº 936 na contramão da solidariedade
Por Flávio Alves Pereira
A pretexto de salvar empregos e empresas, o governo
federal editou a MP 936 de 1º de abril de 2020,
sepultando de vez qualquer possibilidade da
manutenção dos vínculos de solidariedade que
surgiram a partir do isolamento social recomendado
pelo Ministério da Saúde e determinado pelos
governos estaduais e municipais. Vai, assim, contra
aquilo que o papa Francisco nos disse na recente
benção Urbi et Orbi, lembrando a todos que a
pandemia da Covid-19 nos fazia perceber "que não
podemos continuar na estrada cada qual por conta
própria, mas só o conseguiremos juntos".
Nem adianta lembrar aqui a triste insistência do
governo em abater a participação dos sindicatos de
trabalhadores das negociações com as empresas,
apesar da clareza do comando constitucional que
impede a redução dos salários, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo de trabalho (artigo 7º,
VI). Isso demonstra a evidente tentativa de evitar a
solidariedade de classe. Trabalhador sozinho a nada
resiste, daí a necessidade de se juntar em um
coletivo, ou seja, o sindicato, conforme também está
na nossa Lei Maior (artigo 8º).
A nova MP 936 ainda traz outro efeito perverso ao
possibilitar a redução salarial de 18% a 57%,
dependendo da faixa salarial de cada trabalhador, na
hipótese da redução de jornada, ou mais, no caso da
suspensão do contrato de trabalho, inviabilizando
que o trabalhador possa manter a cadeia de
contratos, obrigações e solidariedade por ele
contraída ou mantida.
Nos últimos dias, vimos nos jornais, rádios e
televisões diversos exemplos de solidariedade.
Empresas grandes e pequenas e, principalmente,
pessoas comuns, na sua maioria trabalhadores,
criaram correntes de solidariedade para auxiliar
idosos, moradores de rua, trabalhadores informais,
diaristas e professores particulares, por meio de
doações em espécie, de produtos de higiene e
alimentos ou mantendo o pagamento por serviços que
não seriam prestados, garantindo a sobrevivência de
uma parte razoável da sociedade.
Na medida em que a nova legislação, a pretexto de
manter o emprego, joga para baixo a remuneração dos
trabalhadores, garantindo apenas um valor mínimo
previsto para o seguro-desemprego, toda essa
corrente solidária vai se romper ou, no mínimo,
enfraquecer. Cumpre lembrar que o seguro-desemprego
é um benefício típico para um período normal da
economia, quando o trabalhador tem mais
possibilidade de obter um novo emprego, o que,
agora, não é viável, razão pela qual o remédio
prescrito não funciona ou funciona mal.
Cabe agora ao Congresso, destinatário legítimo da
vontade dos brasileiros, aumentar o auxílio do
Governo Federal nessa hora difícil da nação, a
exemplo do outros países centrais do capitalismo
mundial. A hora é de garantir os empregos e um
salário digno para todos os trabalhadores, para que
eles, por sua vez, possam também exprimir esse
sentimento solidário e fraterno que sempre
caracterizou o povo brasileiro.
Flávio Alves Pereira é juiz titular da 69ª Vara
do Trabalho do Rio de Janeiro e presidente da
Amatra1.
Fonte: Consultor Jurídico
27/04/2020 -
Confira as regras para pagamento de benefícios a
trabalhadores com contratos alterados
As normas para o pagamento do Benefício Emergencial
de Preservação do Emprego e da Renda - o Bem - foram
publicadas no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (24).
De acordo com o Ministério da Economia, o benefício
será concedido aos trabalhadores que tiverem jornada
reduzida ou contrato de trabalho suspenso devido à
pandemia, e ainda para trabalhadores intermitentes
com contrato de trabalho formalizado.
As ações fazem parte da Medida Provisória 936/2020,
editada em 1º de abril. Entre as possibilidades de
concessão desse benefício, estão dois cenários:
quando o empregado tem redução proporcional de
jornada de trabalho e de salário, por até 90 dias; e
quando houver suspensão temporária do contrato de
trabalho por até 60 dias.
Não terão direito ao auxílio, os empregados que
estiverem ocupando cargo público, ou que seja
titular de mandato eletivo; o trabalhador que tiver
o contrato celebrado após 1º de abril. Também não
terá acesso ao Bem quem estiver recebendo
seguro-desemprego, bolsa de qualificação
profissional ou aposentadoria, exceto quem recebe
pensão por morte ou auxílio-acidente.
O benefício tem como base o valor do Seguro
Desemprego e não pode ser acumulado com Auxílio
Emergencial, que já está sendo pago pela Caixa
Econômica.
Para acompanhar o andamento do processo, o empregado
pode acessar o portal Gov.br ou o aplicativo da
Carteira Digital do Trabalho.
Fonte: Portal EBC
24/04/2020 -
MP 905 foi mais uma medida de ‘recuperação’ que não
criou empregos
Projeto do contrato verde e amarelo não alterou
realidade do mercado de trabalho. Governo diz que
vai reeditar proposta
Com cinco meses em vigor, até ser revogada, a Medida
Provisória (MP) 905 soma-se a um rol de planos
anunciados pelo governo Jair Bolsonaro e pelo
anterior, de Michel Temer, para “modernizar” as
relações de trabalho e criar empregos. Como os
demais, não surtiu efeito. Não se tem notícia de
abertura de postos de trabalho com base na MP, que
era voltada inicialmente para o primeiro emprego de
jovens de 18 a 29 anos. No Congresso, foram
incluídos trabalhadores com mais de 55 anos,
desempregados há pelo menos 12 meses.
Cinco entidades patronais foram procuradas, entre
quarta e sexta (23), para saber se alguma empresa do
setor contratou com base na MP 905, editada pelo
governo em novembro, até ser revogada por outra MP
(955), na segunda-feira. Apenas uma respondeu: a
Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast)
disse não ter informação de alguma iniciativa nesse
sentido.
CNI inspirou
Durante audiência pública no Congresso, em fevereiro,
o gerente de Relações do Trabalho da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan,
declarou que a medida, do chamado “contrato de
trabalho verde e amarelo”, era um passo importante
para continuar o que a entidade chama de
“modernização trabalhista”. A CNI foi inspiradora da
“reforma” trabalhista implementada em 2017. A
proposta “caminha no sentido do nosso
desenvolvimento econômico”, disse o gerente.
Pelo governo, quem esteve na linha de frente para
defender o projeto foi o então secretário especial
da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, agora
ministro do Desenvolvimento Regional. Também em
fevereiro, ele participou de audiência pública e
disse esperar que o contrato patriota criasse 1,8
milhão de empregos formais.
A CNI foi uma das entidades procuradas para informar
se tinha conhecimento de alguma empresa que houvesse
contratado com base na MP 905. Não deu retorno,
assim como a Abimaq (indústria de máquinas), a
Abiquim (indústria química) e a Alshop (lojistas de
shoppings). Ontem (22), a Abimaq divulgou balanço
informando que a crise deflagrada pela pandemia já
provocou 11 mil demissões no setor.
Informal e contra própria
Em novembro de 2017, quando entrou em vigor a Lei
13.467, que alterou a CLT, a taxa de desemprego no
país era de 12%, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Pelo
último dado disponível, de fevereiro, está em 11,6%.
O total estimado de desempregados também
praticamente não se alterou: de 12,571 milhões para
12,343 milhões.
Nesse período, cresceu de fato o número de ocupados,
hoje estimado em 93,710 milhões. Mas a entrada no
mercado de trabalho se deu, basicamente, pela via
informal. Os empregados com carteira no setor
privado somam 33,624 milhões, 406 mil a mais em dois
anos e meio. Já os sem carteira cresceram em 476
mil, para 11,644 milhões. E o que cresceu mesmo foi
a quantidade de trabalhadores por conta própria:
acréscimo de 1,438 milhão, atingindo 24,477 milhões.
Bolsa patrão
O Dieese nunca considerou factível a argumentação de
que a medida permitiria abertura de vagas. Para o
instituto, a MP governista desonerava empresários
via redução de direitos, sem qualquer garantia de
aumento do nível de emprego. Era uma “bolsa patrão”.
A MP chegou a ser aprovada na Câmara, no último dia
14, com alterações. Mas nem foi votada no Senado, o
que precisava acontecer até segunda -feira desta
semana (20), para não perder a validade. Diante da
impossibilidade de votar, o governo capitulou e
revogou a medida. Promete apresentar outra, com
mudanças.
Suspensão de contratos
Outra MP, a 936, teve melhor sorte até agora. De
acordo com o balanço mais recente do Ministério da
Economia, até quarta (22) à noite haviam sido
firmados 3.511.599 acordos individuais, envolvendo
569 mil empregadores, incluindo suspensão de
contratos e redução da jornada e salário. Mais da
metade (59%) dos trabalhadores está em empresas
menores, com receita bruta anual inferior a R$ 4,8
milhões.
A MP 936 foi questionada no Supremo Tribunal Federal
(STF) pelo partido Rede. O ministro Ricardo
Lewandowski concedeu liminar para que as entidades
sindicais fosse consultadas, mas essa decisão foi
derrubada pelo plenário da Corte na última sexta
(17).
Fonte: Rede Brasil Atual
24/04/2020 -
3,5 milhões tiveram contrato suspenso ou jornada de
trabalho reduzida
569 mil empregadores fizeram acordos
Governo lança site para acompanhar
O Ministério da Economia já registrou mais de 3,5
milhões de acordos entre empresas e empregados para
reduzir jornada e salário ou suspender contratos
durante a crise provocada pela pandemia de
coronavírus.
Com isso, os valores a serem pagos totalizam R$ 7
bilhões em acordos firmados por 569 mil
empregadores.
Os dados foram divulgados nesta 5ª feira
(23.abr.2020) pela Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho e computam números
cadastrados até a noite de 4ª feira (22.abr.2020).
A redução das jornadas de trabalho (com redução
proporcional no pagamento) por até 90 dias e a
suspensão dos contratos por até 60 dias foram
viabilizadas a partir da Medida Provisória 936, de
1º de abril. O governo editou a medida para tentar
evitar a demissão de funcionários durante o período
de paralisia da atividade econômica devido à
pandemia.
Deste total de benefícios, 59% (2.074.127) ocorreram
a partir dos acordos entre trabalhadores e empresas
com receita bruta anual menor que R$ 4,8 milhões,
34% (1.210.710) nos casos de empresas com receita
bruta anual maior que este valor, e 6% (226.762) nos
casos de empregados domésticos e de trabalhadores do
Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física.
Acordos relacionados à suspensão de contratos
representavam 58,3% (2.045.799) do total.
Nos casos de redução de jornada, 16% (562.599) eram
para 50%. Outros 12,1% (424.157) para 70%, e 8,9%
(311.975) para 25%.
Os Estados que registraram o maior número de
benefícios eram São Paulo (29,8%), Rio de Janeiro
(10,8%), Minas Gerais (9,8%), Rio Grande do Sul
(5,5%) e Paraná (5,4%).
A projeção do governo é de que o programa irá
preservar até 8,5 milhões de empregos. O
investimento do programa pode chegar a R$ 51,2
bilhões.
Fonte: Poder360
24/04/2020 -
Celso de Mello intima Maia para apurar omissão em
iniciar impeachment de Bolsonaro
Ação no Supremo pede que a corte obrigue o
presidente da Câmara a analisar o pedido
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, intimou nesta quinta-feira (23) o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia sobre eventual
omissão da Câmara em analisar um pedido abertura de
processo de impeachment contra o presidente Jair
Bolsonaro. O ministro também enviou uma citação ao
presidente já que ele poderá ser afetado no
processo. As informações são da CNN Brasil.
A decisão responde a mandado de segurança
protocolado nesta semana pelos advogados Thiago
Santos Aguiar de Pádua, ex-assessor da ministra do
STF Rosa Weber, e José Rossini Campos do Couto
Correa, ex-conselheiro da OAB. Os advogados querem
que o Supremo obrigue Maia a analisar em 15 dias um
pedido de impeachment apresentado à Câmara. Antes de
tomar uma decisão, Celso de Mello quer ouvir Maia e
Bolsonaro.
Os advogados acusam o presidente de quebra de
decoro, um crime de responsabilidade. Eles também
pedem que Bolsonaro seja impedido de promover
aglomerações e que apresente seus exames negativos
para o coronavírus. Na ação, os advogados argumentam
que ocorreu omissão de Maia em dar tramitação ao
pedido.
“Esse período de inércia do presidente da Câmara não
se mostra mais razoável, considerando que o
presidente da República, ciente das inúmeras
denúncias formuladas contra ele em razão do
cometimento de atos que, em tese, configuram crime
de responsabilidade, passou a travar uma disputa
pessoal com governadores e com os próprios Poderes
Constituídos, em especial o Poder Legislativo e este
Supremo Tribunal, caracterizando o justo receito da
reiteração delitiva”, diz trecho da ação.
Fonte: RevistaForum
24/04/2020 -
Sindicatos devem convocar assembleia antes de
aprovar perda de direitos
É necessário convocar assembleia geral para
legitimar propostas de supressão ou mitigação e
direitos constitucionais e legais, e não apenas
quando se vai tratar de benefícios concedidos por
normas coletivas.
Com base nesse entendimento, o juiz Eduardo
Rockenbach Pires, da 38ª Vara do Trabalho de São
Paulo, acatou pedido do Ministério Público do
Trabalho contra sindicatos profissionais e patronais
para que essas entidades e abstenham de negociar
novos termos aditivos sem prévia convocação de
assembleia geral específica e negociação coletiva.
A ação civil pública do MPT foi motivada pela adição
de termos aditivos à convenção coletiva de trabalho
para modificar contratos durante o período de
epidemia do novo coronavírus no país, sem consulta
prévia aos trabalhadores.
O MPT recebeu denúncia que os sindicatos firmaram
acordos prevendo condições de suspensão de contratos
de trabalho e retiradas de outros direitos
trabalhistas, com medidas mais prejudiciais aos
trabalhadores do que aquelas previstas nas medidas
editadas pelo governo (MP 927 e 936) e sem consulta
às categorias envolvidas.
Ao analisar a matéria, o magistrado acatou o pedido
do MPT e determinou a suspensão dos efeitos dos
termos aditivos, que só podem ser aplicados se forem
aprovados em assembleia geral da categoria. A
decisão também estipula multa de R$ 15 mil pelo
descumprimento de cada obrigação.
A ação foi ajuizada pelos Procuradores do Trabalho
Elisiane Santos, João Hilário Valentim, Alberto
Emiliano de Oliveira Neto e Bernardo Leôncio Moura
Coelho, integrantes da Coordenadoria Nacional de
Promoção da Liberdade Sindical, do MPT.
As entidades processadas pelo MPT são o Sindicato
dos Trabalhadores em Hotéis, Apart Hotéis, Motéis,
Flats, Pensões, Hospedarias, Pousadas, Restaurantes,
Churrascarias, Cantinas, Pizzarias, Bares,
Lanchonetes, Sorveterias, Confeitarias, Docerias,
Buffets, Fastfoods e Similares (SINTHORESP), o
Sindicato das Empresas de Hotelaria e
Estabelecimentos de Hospedagem do Município de São
Paulo e Região Metropolitana (SINDIHOTÉIS-SP), o
Sindicato de Restaurantes, Bares e Similares de São
Paulo e Região (SINDRESBAR), a Federação de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São
Paulo (FHORESP) e a Confederação Nacional do Turismo
(CNTUR).
Clique
aqui para ler a decisão
1000433-90.2020.5.02.0038
Fonte: Consultor Juridico
24/04/2020 -
Bolsonaro veta dispensa de atestado médico durante
quarentena para trabalhador doente
Presidente da República alega que a norma
aprovada era imprecisa e confundia conceitos
jurídicos
O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o
projeto da Câmara dos Deputados que libera o
trabalhador infectado por coronavírus, durante
períodos de quarentena, de apresentar atestado
médico para justificar a falta ao trabalho durante
os primeiros sete dias.
O projeto (PL 702/20) é de autoria do deputado
Alexandre Padilha (PT-SP) e outros e foi aprovado
pelo Plenário da Câmara em março. O veto foi
publicado na edição desta quinta-feira (23) do
Diário Oficial da União.
Na justificativa ao veto, Bolsonaro alegou que a
proposta tem redação imprecisa, pois trata como
quarentena (restrição de atividades de pessoa
suspeita de contaminação) o que juridicamente é
isolamento (separação de pessoa doente ou
contaminada).
Os conceitos de quarentena e isolamento estão
presentes na lei que prevê as medidas para
enfrentamento do novo coronavírus (Lei 13.979/20) e
na portaria do Ministério da Saúde que regulamentou
a lei.
“O projeto legislativo carece de precisão e clareza
em seus termos, não ensejando a perfeita compreensão
do conteúdo e alcance que o legislador pretende dar
à norma”, disse Bolsonaro na justificativa ao veto.
Ele afirmou ainda que seguiu orientação do
Ministério da Saúde.
O veto presidencial será analisado agora em sessão
do Congresso Nacional, ainda a ser marcada.
Reação
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que foi
relatora do projeto no Plenário da Câmara, considera
o veto à proposta uma agressão aos direitos
trabalhistas.
“O texto foi construído a muitas mãos, tem natureza
suprapartidária e compreendemos que é útil,
necessário e segue a boa técnica legislativa. Vou
lutar, com os demais membros da comissão externa que
busca medidas de combate aos efeitos da pandemia da
Covid-19, pela derrubada do veto."
A deputada teme que municípios que estão relaxando o
distanciamento social possam pressionar pela
presença dos trabalhadores com sintomas da doença ao
local de trabalho.
Fonte: Agência Câmara
24/04/2020 -
Paim critica corte de recursos do Sistema S
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em
pronunciamento nesta quinta-feira (23), o corte de
recursos do Sistema S, conjunto de nove instituições
de interesse de categorias profissionais,
estabelecidas pela Constituição. A MP 932/2020 reduz
pela metade, por três meses, as contribuições
recolhidas pelas empresas para financiar o sistema.
Paim afirmou que o Sistema S está sintonizado com
diversos setores da indústria para adequar ofertas
de cursos e exigências do mercado. Para ele, é um
equívoco diminuir a verba no meio de uma crise.
— Nós estamos pensando na juventude brasileira, no
presente e nas futuras gerações. Ele age como fator
de inserção social. Abre o caminho para a nossa
juventude se formar. Amplia o ensino técnico.
Teremos mais profissionais. É uma forma importante
de combater a pobreza e a miséria.
Para Paim, é preciso valorizar o ensino
profissionalizante e as escolas técnicas. Ele
relembrou a iniciativa do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), que fez a
manutenção de respiradores para serem usados em
pacientes com covid-19.
Estágios
O senador disse ter recebido uma manifestação da União
Nacional dos Estudantes (UNE), que está preocupada
com a situação dos estagiários com contratos prestes
a vencer.
— Eles estão propondo que o governo prorrogue os
prazos finais dos estágios. Muitos estão vencendo
agora no meio desse período de crise. O estagiário
ficará desamparado, sem renda, pois ninguém mais vai
contratá-lo.
Fonte: Agência Senado
23/04/2020 -
Para centrais, unidade é saída contra governo ‘na
contramão do mundo’ e hostil à democracia
Para entidades, abertura de espaços de negociação
representam ação estratégica em defesa da vida e de
direitos sociais
São Paulo – “Diante da situação dramática e delicada
que a sociedade brasileira enfrenta, que é a
pandemia do Covid19, a articulação unitária
caracterizou-se como uma ação estratégica em defesa
da vida, dos direitos sociais e da democracia”,
afirmam as centrais sindicais, em nota divulgada
nesta quarta-feira (22). Para as entidades, a
unidade continuará sendo a melhor alternativa, mesmo
depois da pandemia, pela defesa dos direitos sociais
e da democracia.
Em relação à crise do coronavírus, as centrais
criticam o governo, “que se coloca na contramão do
mundo e da ciência recusando-se a enfrentar com
seriedade a pandemia e a crise sanitária que dela
advém”, ao mesmo tempo em que tenta retirar
direitos. Além disso, declarações e manifestações de
Jair Bolsonaro “deixam claras as suas intenções de
destruir a democracia”.
Na nota, os sindicalistas enfatizam os “espaços de
diálogo e de negociação” abertos no Congresso.
“Nossa perspectiva é a de ampliar estes espaços e
torná-los ainda mais efetivos, não apenas durante a
pandemia, mas para além dela, para que os problemas
da classe trabalhadora sejam tratados com a rapidez,
a eficiência, a sensibilidade e a responsabilidade
que merecem.”
STF e AI-5
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou instauração de inquérito
para investigar atos em favor do AI-5 e do
fechamento de instituições. O requerimento havia
sido feito pela Procuradoria-Geral da República.
O fato é “gravíssimo”, disse o ministro, porque
atenta contra o Estado de direito. Ele determinou
que a investigação seja sigilosa.
No último domingo (19), Jair Bolsonaro participou de
manifestação em Brasília que defendia o AI-5. De
acordo com Morais, embora a liberdade de expressão
seja um direito básico da democracia, não se pode
confundir esse princípio com manifestações com
finalidade de controlar ou destruir o pensamento
crítico.
Confira o texto divulgado pelas centrais:
A ampla unidade é essencial na defesa da
democracia e dos direitos
As Centrais Sindicais brasileiras vêm a público
destacar a relevância da ampla unidade de ação que
se formou para o enfrentamento da Medida Provisória
905.
Este enfrentamento foi realizado por meio de intenso
diálogo com lideranças de distintos partidos
políticos, centrais sindicais e entidades da
sociedade civil como a Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), a Associação Nacional dos Magistrados do
Trabalho (ANAMATRA), o Ministério Público do
Trabalho (MPT), a Associação Brasileira de Advogados
Trabalhistas (ABRAT), a Associação Nacional de
Procuradores do Trabalho (ANPT), o Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT),
a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação
Nacional de Juristas pela Democracia (ABJD), dentre
outras organizações e movimentos.
A ação unitária e o diálogo com o Congresso Nacional
estimularam o envolvimento criativo de milhares de
dirigentes e militantes sindicais das mais diversas
instâncias, além de movimentos e organizações
sociais, que se engajaram na pressão e convencimento
dos parlamentares em todos os estados. Tratou-se,
portanto, de um movimento coletivo que revelou sua
importância também pela intensa mobilização na base.
Diante da situação dramática e delicada que a
sociedade brasileira enfrenta, que é a pandemia do
Covid19, a articulação unitária caracterizou-se como
uma ação estratégica em defesa da vida, dos direitos
sociais e da democracia.
Condenamos veementemente a postura do governo
federal que se coloca na contramão do mundo e da
ciência recusando-se a enfrentar com seriedade a
pandemia e a crise sanitária que dela advém e que
ainda insiste em atacar e retirar direitos da classe
trabalhadora.
Ademais, as sistemáticas declarações e movimentações
de Jair Bolsonaro favoráveis ao A-I5 e ao Estado de
Exceção, com ataques às instituições do Estado e à
Constituição, deixam claras as suas intenções de
destruir a democracia, atitude que também merece
nosso contundente repúdio.
O enfrentamento da dramática crise sanitária e
econômica deve ser construído por meio da luta dos
trabalhadores. É fundamental que nossas vozes sejam
ouvidas e somadas às decisões políticas. Por isso,
são de fundamental importância os espaços de diálogo
e de negociação já conquistados no Congresso
Nacional.
Nossa perspectiva é a de ampliar estes espaços e
torná-los ainda mais efetivos, não apenas durante a
pandemia, mas para além dela, para que os problemas
da classe trabalhadora sejam tratados com a rapidez,
a eficiência, a sensibilidade e a responsabilidade
que merecem.
As centrais têm importantes contribuições a dar no
fortalecimento de nosso país e na proteção aos
trabalhadores, tanto com relação às medidas de
proteção à saúde, bem como ao emprego e renda dos
trabalhadores.
Em defesa da vida, da democracia, de oportunidades
de trabalho e garantia de renda para todos os
trabalhadores e trabalhadoras, insistiremos na luta
e na busca ampliação do diálogo como um mecanismo
para a superação desta dramática crise sanitária,
econômica, social e política.
São Paulo, 22 de abril de 2020
Sergio Nobre, presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araujo, presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Antônio Neto, presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros
José Calixto Ramos, presidente da NCST – Nova
Central Sindical dos Trabalhadores
Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da
CSP-CONLUTAS
Edson Carneiro Índio, secretário geral da
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB –
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Mané
Melato – Intersindical Instrumecentral dos Serinto
de Luta
José Gozze, presidente da Pública – Central dos
Servidores Públicos
Fonte: Rede Brasil Atual
23/04/2020 -
Senado aprova PL que amplia beneficiários do auxílio
emergencial
Artesãos e cabeleireiros estão entre novas
classes de beneficiados
O plenário do Senado Federal, em sessão remota,
aprovou por unanimidade (81 votos) o texto
substitutivo do PL 873/2020, que amplia o auxílio
emergencial de R$ 600 previsto na Lei nº 13.982/2020
para categorias de trabalhadores ainda não
contempladas e que tenham perdido renda em função da
pandemia do novo coronavírus.
Com a decisão, o Congresso Nacional incluiu mais de
20 categorias na lista do benefício, entre eles
extrativistas, assentados da reforma agrária,
artesãos, profissionais da beleza (como
cabeleireiros), ambulantes que comercializem
alimentos, diaristas, garçons, motoristas de
aplicativos, taxistas e catadores de recicláveis.
O texto aprovado proíbe que instituições financeiras
façam descontos ou compensações sobre o valor do
auxílio emergencial, mesmo que o beneficiário esteja
em débito com a Caixa Econômica Federal ou outra
instituição responsável pelo pagamento do auxílio.
O substitutivo proíbe a recusa de concessão do
auxílio emergencial a trabalhador civilmente
identificado sem CPF ou título de eleitor
regularizado e estabelece, também, mecanismos de
regularização do CPF.
O projeto original é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
e foi aprovado na casa por unanimidade. A proposta
foi alterada na Câmara dos Deputados e, por isso, o
texto substitutivo teve que voltar à apreciação do
Senado. Com a nova votação no Senado, o projeto
agora deve ser sancionado pelo presidente Jair
Bolsonaro.
*Com informações da Agência Senado
Fonte: Agência Brasil
23/04/2020 -
STF dá 5 dias para Bolsonaro explicar medidas de
combate ao coronavírus
Ação do PT pede esclarecimentos e solicita que o
governo não realize atos que possam comprometer a
contenção do contágio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes deu um prazo de cinco dias para
que o presidente Jair Bolsonaro se manifeste sobre
as medidas que o governo federal está tomando para
conter a pandemia de coronavírus. A decisão foi
tomada na última segunda-feira (20) e inserida nesta
quarta (22) no acompanhamento processual do STF.
Moraes acolheu uma Ação de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) ajuizada pela direção
nacional do PT. A ação, subscrita pela presidente do
partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), pediu diversas
explicações da Presidência, incluindo “medidas
adotadas até o momento para disponibilizar testes
para a Covid-19 para estados e municípios, indicando
o número total de testes disponibilizados e a
projeção de testes a serem distribuídos”.
O PT também solicitou ao STF que o governo federal
seja ordenado a se abster “de realizar, por meio de
seus canais oficiais e manifestações de qualquer
espécie das autoridades públicas federais, a
divulgação de informações que possam comprometer o
engajamento da população nas medidas necessárias de
isolamento social e na manutenção do funcionamento
apenas de serviços essenciais para conter o contágio
da Covid-19”.
“Diante da relevância da matéria constitucional
suscitada, mostra-se adequada a adoção do rito do
art. 5º, §2º, da Lei 9.882/99, para que os órgãos ou
autoridades responsáveis pelo ato possam se
pronunciar. Por essa razão, determino que sejam
solicitadas informações definitivas sobre o objeto
da presente arguição, a serem prestadas pelo
presidente da República no prazo de cinco dias”,
escreveu Moraes, em sua decisão.
Fonte: RevistaForum
23/04/2020 -
Governo Bolsonaro volta atrás e diz que não pode
antecipar 2ª parcela do auxílio de R$ 600
O Ministério da Cidadania do governo Jair Bolsonaro
divulgou uma nota nesta quarta-feira (22) informando
que o governo não poderá antecipar o pagamento da
segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600,
aprovado pelo Congresso para a pandemia de
coronavírus.
O pagamento estava previsto para começar no dia 27,
mas, na última segunda (20), a Caixa Econômica
Federal organizou uma entrevista coletiva e anunciou
a antecipação para esta quinta (23).
O ministério alega que, como muitas pessoas sequer
receberam a primeira parcela, seria necessária a
abertura de crédito suplementar para garantir a
antecipação da segunda parcela e o pagamento dos
valores restantes da primeira.
“Por fatores legais e orçamentários, pelo alto
número de requerentes que ainda estão em análise,
estamos impedidos legalmente de fazer a antecipação
da segunda parcela do auxílio-emergencial”, diz a
nota. O ministério não informou a nova data do
pagamento da segunda parcela.
Fonte: RevistaForum
23/04/2020 -
Câmara aprova criação de linha de crédito para
pequenas empresas durante pandemia
Deputados aprovaram nesta quarta-feira um projeto de
lei que oferece linhas de crédito para
microempresários. O valor do empréstimo vai depender
da receita que a empresa gera, que pode chegar a até
30% da receita bruta de 2019.
A matéria teve apoio entre os parlamentares. No
entanto, deputados da oposição pediram a inclusão,
na proposta, de um artigo que condicione a liberação
do empréstimo somente aquelas empresas que não
demitirem seus funcionários. Como defendeu o
deputado Marcelo Freixo, do Psol.
A relatora do projeto, deputada Joice Hasselmann, do
PSL, atendeu em parte o pedido. No texto, ficou
estabelecido, que em um prazo de 60 dias a empresa
deve manter o mesmo número de empregados.
O texto original, que veio do Senado, sofreu
modificação na Câmara dos Deputados: ao invés da
União destinar recursos diretamente à operação de
empréstimo, os bancos participantes vão emprestar o
dinheiro com recursos próprios, e o governo entra
com uma garantia de até R$ 15,9 bilhões. Mas, a
garantia vai cobrir apenas 85% do valor emprestado.
As empresas terão 6 meses para começar a pagar o
empréstimo. O saldo devedor poderá ser quitado pelo
empresário sem juros e multas, ou, se ele preferir,
será possível parcelar em até 36 vezes o valor com
juros pela taxa Selic, atualmente em 3,75%, mais
1,25%. A matéria volta novamente para análise do
Senado.
Fonte: Portal EBC
23/04/2020 -
Oposição critica participação de Bolsonaro em ato
contra democracia; PDT pede impeachment
A oposição aproveitou a sessão virtual do Plenário
desta quarta-feira (22) para criticar a participação
do presidente Jair Bolsonaro em atos que pediram o
fechamento do Congresso e defenderam intervenção
militar.
A manifestação foi realizada no último domingo e é
alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal
(STF), que investiga o financiamento dos atos.
O líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE),
afirmou que o partido apresentou um pedido de
impeachment contra Bolsonaro. “O presidente atenta
contra a saúde pública ao agir contra o isolamento
social, além de fazer ataques reiterados contra o
Congresso Nacional, contra o Judiciário e contra a
imprensa livre. É hora de dar um basta nisso”,
avaliou.
O líder do PSB, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ),
afirmou que Bolsonaro já ultrapassou “todos os
limites” e que não foi afastado porque o impeachment
é um processo político. “O PSB não tem dúvidas de
que o presidente ultrapassou todos os limites faz
tempo. Felizmente, as instituições continuam
funcionando. E os generais se recusaram a acompanhar
o presidente naquele absurdo ato de domingo”,
declarou.
O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) chamou de
“inaceitável” a participação do presidente em um ato
que defende o fechamento do Congresso. “O Congresso
é fundamental neste momento. Quem está respondendo
ao que o povo precisa neste momento de pandemia é o
Congresso”, ressaltou.
Para a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida
(PCdoB-AC), Bolsonaro tira a autoridade do Exército
ao participar de um ato em prol da intervenção
federal em frente ao Quartel-General do Exército.
“Com suas atitudes, Bolsonaro enlameia a
Constituição Federal e desmoraliza os poderes da
República. Ele não sabe o tamanho da cadeira da
Presidência”, opinou.
A deputada criticou ainda a reação de Bolsonaro às
covas rasas usadas para enterrar os mortos por
coronavírus em Manaus. “Bolsonaro demonstra que não
tem coração”, disse.
Defesa
O deputado Reinhold Stephanes Junior (PSD-PR) saiu em
defesa de Jair Bolsonaro e afirmou que é o
presidente que está sustentando o Brasil neste
momento. “Os deputados da esquerda, que ficam
falando o tempo todo que o presidente Bolsonaro não
tem condições de governar, agem contra o Brasil.
Ficam o tempo todo criando instabilidade, são
torcedores do coronavírus”, disse.
Fonte: Agência Câmara
22/04/2020 -
Live do Trabalhador: 1º de Maio Unitário será via
redes sociais
Lema do Dia do Trabalhador de 2020 será “Saúde,
Emprego, Renda, Democracia – Um Novo Mundo É
Possível com Solidariedade”
Diante da pandemia do novo coronavírus e em respeito
à quarentena, as centrais sindicais, em parceria com
os movimentos sociais, aprovaram a realização do 1º
de Maio Unitário pelas redes sociais. Batizado de
Live do Trabalhador, a celebração da data terá, pela
primeira vez, o formato de transmissão ao vivo pela
internet e pelas redes sociais
Com o lema “Saúde, Emprego, Renda, Democracia – Um
Novo Mundo É Possível com Solidariedade”, o Dia do
Trabalhador é, para as centrais, data de reflexão e
de luta pela democracia. Ao reafirmar a unidade, as
entidades proclamam que a classe trabalhadora tem
direito a um movimento sindical organizado, ouvido e
respeitado.
A proposta de uma manifestação em live leva em conta
também a possibilidade de dialogar mais com as
várias regiões do País. Segundo as centrais, com a
redução de custos e o formato inédito, é viável
“realizar um evento nacional trazendo a riqueza da
nossa diversidade cultural regional, voltado para
todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores,
como o objetivo de ser uma iniciativa para ‘furar a
bolha’”.
Além de uma grade de apresentações musicais a partir
das 10 horas, o 1º de Maio Unificado terá mensagens
dos presidentes das centrais, de lideranças ligadas
à Frente Povo Sem Medo e à Frente Brasil Popular,
bem como de outros convidados dos movimentos
sindical e popular. Personalidades religiosas e
artísticas também darão depoimentos. A programação
deve contar, ainda, com um culto ecumênico, com foco
na solidariedade entre os brasileiros.
Fonte: Portal Vermelho
22/04/2020 -
Maia tem 16 pedidos de impeachment contra Bolsonaro
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
tem em mãos 16 pedidos de impeachment contra Jair
Bolsonaro. Foram apresentados 17, mas um foi
arquivado pelo congressista que tem sinalizado não
pretender colocar em trâmite nenhum deles. A
informação é da coluna de Guilherme Amado.
Os pedidos de impeachment de Bolsonaro aumentaram em
2020 após ele contrariar recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), e comparecer a
aglomerações, além de pedir a reabertura do comércio
em plena crise do coronavírus.
O ocupante do Planalto também esteve presente em um
ato que pedia intervenção militar e um novo AI-5
para o Brasil.
Fonte: Brasil247
22/04/2020 -
STF recebe ação para que Maia analise pedido de
impeachment de Bolsonaro
Jurista José Rossini Campos do Couto Correa,
ex-conselheiro da OAB, acusa Bolsonaro de uma série
de crimes e pede para que o STF determine a análise
do impeachment do capitão da reserva diante da
omissão do presidente da Câmara
Ex-conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), o jurista José Rossini Campos do Couto Correa
protocolou nesta segunda-feira (20) uma ação junto
ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte
determine a análise de um processo de impeachment
contra o presidente Jair Bolsonaro.
Na ação, Correa pede para que o Supremo dê 15 dias
ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para
que ele analise o pedido de impeachment que o
jurista protocolou na Casa. Fora seu pedido, a
Câmara já recebeu outras três ações que pedem o
impedimento de Bolsonaro.
Em seu pedido, Correa acusa Maia de omissão ao não
analisar nenhum dos pedidos. “A omissão do
Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara dos
Deputados em colocar termo aos abusos e reiterações
delitivas quanto aos reiterados crimes de
responsabilidade, demanda pronta resposta por parte
deste Supremo Tribunal Federal”, escreveu na ação.
O jurista acusa Bolsonaro de quebra de decoro,
ataques contra jornalistas, contrariedade às
orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e
apoio a atos que pedem o fechamento do Congresso e o
STF.
Fonte: RevistaForum
22/04/2020 -
Bolsonaro anuncia revogação da medida provisória que
criou o Contrato Verde e Amarelo
Presidente disse que vai reeditar MP específica
sobre essa modalidade de contrato para o período da
pandemia.
Deputados divergem sobre reedição da proposta
O presidente Jair Bolsonaro anunciou em suas redes
sociais que vai revogar a Medida Provisória (MP)
905/19, que criou o Contrato Verde e Amarelo. Ela
perderia a validade nesta segunda-feira (20), por
não ter sido votada no prazo de 120 dias. A medida
foi aprovada pela Câmara no último dia 15 e enviada
ao Senado, onde não houve acordo para sua aprovação.
Bolsonaro disse ter feito um acordo com o presidente
do Senado, Davi Alcolumbre, para reeditar uma MP
específica sobre essa modalidade de contrato para o
período da pandemia de Covid-19.
O Contrato Verde e Amarelo era uma modalidade de
contrato de trabalho com redução dos encargos
trabalhistas pagos pelas empresas, destinado
incentivar o primeiro emprego. A expectativa do
governo era gerar cerca de 1,8 milhão de empregos de
até 1,5 salário mínimo até 2022 para jovens entre 18
e 29 anos sem experiência formal de trabalho.
Entretanto, a MP fazia uma série de alterações na
legislação trabalhista, sobre as quais não houve
acordo com os partidos de oposição.
Entre essas mudanças, a MP estabelecia que acordos e
convenções de trabalho prevaleciam sobre a
legislação ordinária, sobre súmulas e
jurisprudências do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) e de tribunais regionais do Trabalho, exceto
se contrariassem a Constituição Federal.
Reedição
No fim de semana, Davi Alcolumbre sugeriu ao
presidente Jair Bolsonaro que reeditasse a MP, para
que os parlamentares tivessem mais tempo para
discutir o tema.
Na sexta-feira (17), Alcolumbre retirou a medida
provisória da pauta da sessão do Senado, a pedido
dos líderes, para que fosse negociada no fim de
semana, e nesta segunda-feira também não obteve
acordo para votação.
Líderes partidários da Câmara divergiram sobre a
reedição. O líder da Minoria, deputado José
Guimarães (PT-CE), questionou a reedição da matéria.
"Essa medida é um desserviço ao País e só tira mais
direitos dos trabalhadores. Ela não pode ser
reeditada, em primeiro lugar, porque ela trata de
uma ampla reforma trabalhista. Numa crise como essa,
o que esse debate tem a ver com o enfrentamento da
Covid-19?", questionou.
Já o vice-líder do maior bloco partidário da Câmara,
deputado Fausto Pinato (PP-SP), afirma que a medida
é importante para conter os efeitos econômicos da
atual crise. "Foi uma MP muito debatida: 12 horas de
debate na Câmara, no sentido de se dar oportunidade
para jovens no mercado de trabalho. O que não se
pode agora é fazer que uma crise política seja mais
importante do que essa epidemia. É o momento de
trabalharmos juntos para o bem do País”.
Fonte: Agência Câmara
22/04/2020 -
Guedes contraria Bolsonaro e diz que preservar
economia não significa sair do isolamento
Ministro diz ainda que a quarentena como forma de
combate ao coronavírus tem "total apoio" e que
"salvar vidas é a prioridade"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, contrariou o
discurso do presidente Jair Bolsonaro sobre o
coronavírus e afirmou nesta segunda-feira (20) que
há “total apoio” ao isolamento social no país. De
acordo com Guedes, a preservação dos “sinais vitais”
da economia não significa “sair do isolamento
agora”.
“Se preservarmos os sinais vitais, vamos sair do
lado de lá. Preservar os sinais vitais da economia
não significa sair do isolamento agora, não
significa isso. Significa fazer a coisa programada,
fazer direito, em entrevista por videoconferência
com o CEO da BTG Pactual Asset Management, Eduardo
Guardia.
De acordo com o ministro, a crise do coronavírus
provocou um impacto “forte”, mas ainda “não
desorganizou” a economia. Ele diz ainda que o
desafio do momento é saber quanto tempo a economia
resiste com o isolamento social, mas que “salvar
vida é a prioridade”.
O discurso de Bolsonaro, no entanto, tem desafiado
as recomendações das principais autoridades de saúde
do mundo. Presidente tem defendido a “volta à
normalidade” durante a pandemia, o que inclui a
reabertura do comércio, igrejas e lotéricas, além do
retorno das crianças às aulas.
Ainda, Bolsonaro tem divido a crise do coronavírus
em duas problemáticas centrais: saúde e economia.
Ele costuma dizer que o remédio “não pode ser mais
letal do que a própria doença” como argumento para
incentivar o retorno da população às ruas.
Com informações do G1.
Fonte: RevistaForum
22/04/2020 -
Sindicatos lutam para preservar o emprego e a saúde
do trabalhador durante a pandemia
Apesar dos constantes ataques do governo aos
trabalhadores e ao movimento sindical, entidades de
diversas categorias negociam cláusulas sanitárias e
trabalhistas
Desde o início da pandemia de coronavírus,
sindicatos de diferentes categorias em todo o Brasil
têm buscado garantir os direitos dos trabalhadores,
ameaçados por iniciativas do próprio governo, como é
o caso da aprovação na Câmara da Medida Provisória
(MP) 905, que institui a carteira “verde e amarela”.
Foram 38 acordos firmados, nos últimos dois meses,
no setores do comércio, indústria, bancos,
construção civil, saúde, transportes,
teleatendimento, vestuário, hotéis e restaurantes.
São acordos coletivos, emergenciais, provisórios ou
que adicionam cláusulas às negociações anteriores.
Segundo levantamento realizado pelo Dieese,
destacam-se medidas para preservar a saúde dos
trabalhadores, como ações de prevenção e higiene no
ambiente de trabalho. E também para garantir a
estabilidade no emprego.
São licenças remuneradas, férias individuais ou
coletivas, suspensão temporária do contrato de
trabalho – o chamado lay-off –, além da redução
parcial das jornadas e salários e até licenças não
remuneradas, em último caso.
Esforço coletivo
Apesar dos acordos individuais previstos na MP 936 –
outra medida do governo que ataca direitos – o
diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior,
destaca a importância dos sindicatos. Mesmo quando
negociar sozinho, o trabalhador deve procurar
orientações junto à entidade que o representa.
“Essa é a função dos sindicatos. O principal
objetivo, nesse momento, é a proteção da vida e dos
empregos dos trabalhadores”, afirma Fausto a Glauco
Faria, para o Jornal Brasil Atual desta sexta-feira
(17). Ele também destaca que as entidades sindicais
têm buscado inovações, como a realização de
assembleias virtuais e o estabelecimento de canais
eletrônicos de informação para auxiliar os
trabalhadores. Também têm adotado medidas que buscam
dar mais agilidade aos acordos.
O diretor do Dieese ressalta que a participação dos
sindicatos é importante não apenas para garantir a
preservação dos direitos dos trabalhadores, como
também oferece “segurança jurídica” às empresas.
Segundo ele, a busca de entendimento entre patrões e
empregados é importante para manter o funcionamento
de importantes setores da economia.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/04/2020 -
Guedes volta a defender congelamento de salários dos
servidores públicos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tornou a
defender o congelamento de salários de servidores
públicos. Ele entende que a medida é uma
contrapartida às despesas extras para combater a
crise do coronavírus.
Disse Guedes: “o salário do funcionalismo cresceu
50% acima da inflação por anos seguidos. Será que o
funcionalismo podia dar uma contribuição? Será que
podia ficar esse ano e o ano que vem inteiro sem
aumento de salários? Será que isso poderiam
contribuir com o Brasil?”
A reportagem do jornal O Globo destaca que “Guedes
tentou negociar com o Congresso para incluir o
congelamento de salários no projeto de socorro da
União a estados e municípios. A proposta, no
entanto, não avançou. Segundo o ministro, a
suspensão de reajustes é necessária para conter o
que considera ser a terceira torre de despesa,
depois de juros e gastos com Previdência Social.”
O ministro afirmou: “são as três despesas
incontroláveis. Falta a terceira, que é o
funcionalismo público. Não pode agora continuar
subindo assim. Não pode subir descontroladamente.
Está na hora de dar uma contribuição. Não vamos
tirar o poder de compra de ninguém. Mas vamos fazer
um favor para os brasileiros: vamos ficar sem pedir
aumento por dois anos? Será que podemos pedir isso?”
Fonte: Brasil247
22/04/2020 -
Programa emergencial poderá custear folha salarial
de empresas por 4 meses
Proposta beneficia microempresas e empresas de
pequeno e médio porte
O Projeto de Lei 1076/20 cria um programa para
subvencionar a folha salarial das empresas durante a
calamidade pública relacionada à Covid-19, evitando
demissões. A proposta, que tramita na Câmara dos
Deputados, beneficia microempresas e empresas de
pequeno e médio porte (faturamento até R$ 12
milhões).
O Programa Emergencial de Proteção ao Emprego (Pepe)
concederá subvenção equivalente a um salário mínimo
por empregado, durante quatro meses. Pelo projeto,
os recursos virão do saldo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT) disponível no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que hoje
somam cerca de R$ 41 bilhões.
Atualmente, o BNDES recebe uma parcela do FAT para
aplicar em financiamentos de projetos.
Autor da proposta, o deputado André Figueiredo
(PDT-CE) afirma que “o objetivo da medida é garantir
empregos pelos próximos quatro meses, de modo que as
demissões em massa não gerem efeito cascata na
economia, desamparando os milhões de trabalhadores
brasileiros.”
Ele avalia que o montante a ser disponibilizado pelo
Pepe será suficiente para custear a manutenção de
quase 10 milhões de empregos.
O projeto estabelece que a empresa que usar a
subvenção para outro fim que não seja a folha
salarial responderá por emprego irregular de verbas
ou rendas públicas, crime previsto no Código Penal
que prevê detenção de um a três meses ou multa. Terá
ainda que ressarcir ao FAT, corrigido, os valores
usados inadequadamente.
Fonte: Agência Câmara
20/04/2020 -
Luta contra MP 905 ainda não terminou; batalha
continua
O movimento sindical foi pego de surpresa com o
anúncio dos requerimentos apresentados por alguns
senadores para incluir na pauta do Senado, a MP
905/19, que institui a “Carteira de Trabalho Verde e
Amarela”. Os requerimentos foram apresentados pelos
senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Luiz
Carlos Heinze (PP-RS) e Soraya Thronicke (PSL-MS),
dentre outros. O líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra (MDB-PE), também apresentou
requerimento neste sentido.
A matéria foi aprovada pelo plenário virtual da
Câmara dos Deputados na última terça-feira (14) e
havia sido pautada, inicialmente, para votação no
plenário virtual do Senado Federal, na última
sexta-feira (17). Mas em razão de vários fatores
políticos — como a pressão do movimento sindical
contra a proposta, o fato de a matéria colidir com a
agenda anticrise ocasionada pela pandemia do
coronavírus, e os confrontos do presidente da
República com o Congresso —, fizeram com que o
presidente do Senado e também do Congresso, Davi
Alcolumbre retirasse de pauta a MP.
A proposta perde eficácia nesta segunda-feira (20) e
vai haver grande pressão dos empresários,
personificados nas confederações patronais, para que
o PLV (Projeto de Lei de Conversão) 6/20 seja
pautado, votado e aprovado no Senado. Desse modo, é
relevante que as centrais sindicais, com o apoio
expressivo do movimento sindical, continuem a
pressionar os senadores para que rejeitam os
requerimentos de inclusão da matéria na pauta do
Senado.
Contradição
A MP foi a primeira proposta votada pelo plenário
virtual da Câmara que não era consensual. Quando os
plenários virtuais foram instalados no Congresso —
Câmara e Senado — o foram para apreciar proposições
consensuais, cujo escopo deveria ser o de combate à
pandemia. Não é o caso da MP 905. Pelo contrário!
A MP 905, mesmo na nova versão (PLV 6/20) aprovada
pela Câmara continua sendo proposta que retira
direitos dos trabalhadores, pois aprofunda e alarga
a Reforma Trabalhista, em vigor há mais de 2 anos,
que não cumpriu o que foi prometido, reduzir os
índices de desemprego.
A MP é profundamente controversa! Recebeu quase 2
mil propostas de emendas (alterações) dos deputados
e senadores, que o relator, deputado Christino Áureo
(PP-RJ), acatou muito pouco. E mesmo assim, o que
foi modificado no texto não foi capaz de mudar a
essência precarizante da proposta, que já era muito
ruim e, agora, está substantivamente na contramão da
conjuntura da profunda crise ocasionada pela
pandemia da Covd-19.
Fonte: Diap
20/04/2020 -
Bolsonaro vai a ato que pede intervenção militar e
inflama manifestantes: “Todos têm que ser patriotas”
Presidente fez discurso de palanque, do alto de
um veículo militar, e incendiou manifestantes
aglomerados que pediam o fim do isolamento,
exaltavam a ditadura e clamavam por um novo AI-5
Em mais um ato de irresponsabilidade e que flerta
com o golpismo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a
desrespeitar as recomendações de isolamento social e
compareceu a uma manifestação em Brasília na tarde
deste domingo (19) que, além de pedir o fim da
quarentena, clamava pelo fechamento do Congresso
Nacional, uma intervenção militar com o presidente,
além de um novo AI-5.
O ato, que aglomerou dezenas de pessoas sem qualquer
tipo de proteção, aconteceu em frente ao Quartel
General do Exército em Brasília. Bolsonaro apareceu
de surpresa e foi improvisado um cordão de
isolamento.
O presidente discursou do alto de um veículo militar
e, aos gritos de “mito”, inflamou os manifestantes.
“Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós
não queremos negociar nada, nós queremos é ação pelo
Brasil. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos,
sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar,
fazer sua parte, para colocar o Brasil num lugar de
destaque e liderança”, afirmou.
“Acabou a época da patifaria. É agora o povo no
poder. Vocês tem obrigação de lutar pelo país de
vocês”, completou.
Em seu discurso, o capitão da reserva seguiu
influenciando seus apoiadores a não respeitarem as
medidas de isolamento adotadas pelos governadores –
principal recomendação da Organização Mundial de
Saúde (OMS) para o combate ao coronavírus.
“Contem com seu presidente pra fazer tudo aquilo que
for necessário para que nós possamos manter a nossa
democracia e garantir aquilo que é mais sagrado, a
nossa liberdade”, disparou Bolsonaro, finalizando
com seu bordão “Brasil acima de tudo, Deus acima de
todos”.
Fonte: RevistaForum
20/04/2020 -
Centrais sindicais repudiam “extravagâncias” do
presidente da República
Em nota com o título “Trabalhadores defendem
barrar o golpe de Bolsonaro e garantir a
Democracia”, as entidades afirmam que o chefe do
Executivo, “mais uma vez, testa os limites do seu
cargo e os limites das instituições democráticas” e
pedem ao pais uma “resposta urgente e necessária”
Veja a nota:
“As centrais sindicais abaixo assinadas repudiam a
escalada golpista liderada pelo presidente Jair
Bolsonaro.
Sua participação em um ato em defesa da volta do
famigerado AI-5, do fechamento do Congresso Nacional
e do Supremo Tribunal Federal, e pela da ruptura da
ordem democrática, prevista na Constituição de 1988,
foi mais um episódio grotesco desta escalada.
Isolado e crescentemente descontrolado que está,
provocou, novamente, o seu show de horrores em
relação ao necessário isolamento social e de
bravatas que afrontam a democracia e colocam o país
numa situação ainda mais dramática diante da
pandemia que nos assola, e que já contabiliza mais
de 30 mil contaminados e nos aproxima dos 3 mil
mortos.
Seguindo o mau exemplo de Bolsonaro, atos
semelhantes ocorreram hoje em diversas cidades
brasileiras, mesmo em meio a quarentena para
prevenção da disseminação do coronavírus.
Bolsonaro, mais uma vez testa os limites do seu
cargo e os limites das instituições democráticas.
Ele avança, com suas extravagâncias, onde não
encontra resistência. Se esta resistência não vier,
até onde irá a irresponsabilidade do presidente?
Onde vamos parar? Uma contundente resposta faz-se
urgente e necessária.
Importante frisar que, além de sua postura
irresponsável, ele nada oferece aos trabalhadores. A
dura realidade do Brasil de Bolsonaro é que os
brasileiros, que já vem sofrendo perdas de direitos
desde 2017, agora sofrem redução salarial de 30% por
conta das medidas de suspensão do contrato de
trabalho e redução de salário, instituídas pela MP
936.
Neste grave contexto as centrais sindicais chamam os
líderes políticos e da sociedade civil, os
representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário,
das instituições, bem como a todos os democratas, a
cerrarem fileiras na defesa da Democracia para
barrar os planos do atual Presidente de impor um
regime autoritário e repressivo.
Não ao golpe de Bolsonaro!
Viva a Democracia!
São Paulo, 19 de abril de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros”
Fonte: Correio Braziliense
20/04/2020 -
Rodrigo Maia repudia atos que defendem a ditadura e
atentam contra a Constituição
“No Brasil, temos de lutar contra o corona e o
vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas
venceremos”, disse o presidente da Câmara
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, repudiou por
meio de suas redes sociais os atos da manhã deste
domingo (19) que pediam a ditadura e a reedição do
AI-5. Maia afirmou que apenas o Estado Democrático
de Direito dá ao Brasil um ordenamento capaz de
fazer o País avançar com transparência e justiça
social. Diversas manifestações pelo País pediam
intervenção militar mesmo diante das recomendações
pelo isolamento social como medida para evitar as
contaminações do coronavírus. O presidente da
República, Jair Bolsonaro, participou de um desses
atos, em Brasília.
Maia afirmou que o mundo inteiro luta contra a
pandemia e aqui no País ainda é preciso lutar contra
o “vírus do autoritarismo”.
“O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No
Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do
autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos. Em
nome da Câmara dos Deputados, repudio todo e
qualquer ato que defenda a ditadura, atentando
contra a Constituição”, disse o presidente da
Câmara.
“Para vencer esta guerra contra o coronavírus
precisamos de ordem, disciplina democrática e
solidariedade com o próximo”, destacou Maia.
Segundo ele, defender a ditadura é estimular a
desordem e flertar com o caos. Maia lembrou ainda
que até hoje no Brasil são 2.462 mortes registradas
pela Covid-19 e que pregar uma ruptura democrática
diante dessas mortes é uma crueldade.
“São, ao todo, 2462 mortes registradas no Brasil.
Pregar uma ruptura democrática diante dessas mortes
é uma crueldade imperdoável com as famílias das
vítimas e um desprezo com doentes e desempregados”,
afirma Rodrigo Maia.
Por fim, Rodrigo Maia destacou a necessidade de
continuar ajudando os mais pobres e os que estão
esperando tratamento nas UTIs e trabalhar para
manter os empregos.
“Não temos tempo a perder com retóricas golpistas. É
urgente continuar ajudando os mais pobres, os que
estão doentes esperando tratamento em UTIs e
trabalhar para manter os empregos. Não há caminho
fora da democracia” ,defendeu.
Fonte: Agência Câmara
20/04/2020 -
Dieese divulga acordos negociados para período de
pandemia
Pesquisa identifica ações que podem preservar
saúde do trabalhador
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou o primeiro
levantamento dos acordos entre empresas e
sindicatos, realizados para abranger o período de
pandemia do novo coronavírus.
A pesquisa, publicada quinta (16), buscou
identificar os principais temas abordados nas
negociações e destacou algumas iniciativas que podem
preservar a saúde dos trabalhadores e reduzir os
danos causados ao emprego e à renda.
De acordo com o levantamento, entre os principais
assuntos tratados nas negociações estão a
implantação de medidas de prevenção e higiene para
combater a propagação da covid-19 no ambiente de
trabalho e fornecimento de equipamento de proteção
individual (EPI); o afastamento imediato de
funcionários do grupo de risco das atividades
laborais presenciais; a concessão de férias
coletivas, sem prejuízo do pagamento integral dos
salários; e a autorização de licenças remuneradas,
com pagamento de salários escalonados por faixa e
garantia do pagamento de piso mínimo.
As categorias também estão negociando a garantia de
estabilidade temporária aos trabalhadores; a
manutenção do pagamento de todos os benefícios; a
antecipação do décimo terceiro salário; a aprovação
prévia, pelo voto dos trabalhadores ou a avaliação
do sindicato, de medidas aplicadas por empresas.
“Este levantamento tem como objetivo divulgar
informações sobre o panorama e os resultados de
negociações com o intuito de subsidiar os sindicatos
laborais, destacando algumas iniciativas que reduzem
os impactos negativos da atual crise sobre os
trabalhadores e que podem servir de referência para
as negociações neste difícil momento”, destacou o
Dieese no estudo.
Os detalhes dos acordos já fechados por algumas
categorias e empresas podem ser vistos no site do
Dieese.
Fonte: Agência Brasil
20/04/2020 -
STF mantém possibilidade de redução de salários por
acordo individual em decorrência da pandemia
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve
a eficácia da regra da Medida Provisória (MP)
936/2020 que autoriza a redução da jornada de
trabalho e do salário ou a suspensão temporária do
contrato de trabalho por meio de acordos individuais
em razão da pandemia do novo coronavírus,
independentemente da anuência dos sindicatos da
categoria. Por maioria de votos, em julgamento
realizado por videoconferência e concluído nesta
sexta-feira (17), o Plenário não referendou a medida
cautelar deferida pelo ministro Ricardo Lewandowski
na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6363,
ajuizada pelo partido Rede Sustentabilidade.
Momento excepcional
Prevaleceu a divergência aberta pelo ministro
Alexandre de Moraes. Ele entende que, em razão do
momento excepcional, a previsão de acordo individual
é razoável, pois garante uma renda mínima ao
trabalhador e preserva o vínculo de emprego ao fim
da crise. Segundo ele, a exigência de atuação do
sindicato, abrindo negociação coletiva ou não se
manifestando no prazo legal, geraria insegurança
jurídica e aumentaria o risco de desemprego.
Para o ministro, a regra não fere princípios
constitucionais, pois não há conflito entre
empregados e empregadores, mas uma convergência
sobre a necessidade de manutenção da atividade
empresarial e do emprego. Ele considera que, diante
da excepcionalidade e da limitação temporal, a regra
está em consonância com a proteção constitucional à
dignidade do trabalho e à manutenção do emprego.
Proteção ao trabalhador
O ministro Alexandre de Moraes destacou ainda a
proteção ao trabalhador que firmar acordo. De acordo
com a MP, além da garantia do retorno ao salário
normal após 90 dias, ele terá estabilidade por mais
90 dias.
Acompanharam esse entendimento os ministros Roberto
Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes,
Marco Aurélio e Dias Toffoli (presidente).
Participação sindical
Ficaram vencidos, além do relator, o ministro Edson
Fachin e a ministra Rosa Weber. Em 6/4, o ministro
Ricardo Lewandowski, deferiu parcialmente a medida
cautelar para determinar que, após serem comunicados
dos acordos individuais, os sindicatos poderiam se
manifestar sobre sua validade. Na sessão, o ministro
Fachin votou pelo deferimento integral da cautelar e
foi seguido pela ministra Rosa Weber. Segundo ele,
ainda que admita a possibilidade de acordos
individuais, a Constituição Federal assegura que a
redução salarial só pode ocorrer mediante negociação
coletiva. Para Fachin, não há espaço para que a
legislação ordinária substitua a regra
constitucional que prevê a participação sindical em
acordos com essa finalidade.
Fonte: Mundo Sindical
20/04/2020 -
OMS pede que países controlem transmissão do vírus
antes de suspender restrições
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, na
terça (15), que alguns países estão estudando as
medidas de suspender as restrições do isolamento
social, bem como outros pretendem aumentar o
confinamento.
O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, informa
que o importante, nos dois casos, é proteger a saúde
das pessoas e orientar a partir do que se sabe sobre
o vírus. "Estamos todos aprendendo e adaptando
nossas estratégias às mais recentes evidências
disponíveis", disse.
A OMS diz que os países que pretendem suspender as
medidas de contenção devem controlar a transmissão
do vírus; detectar, realizar testes, isolar e tratar
cada caso; e rastrear os contatos de risco.
Além disso, é preciso agir com prevenção em todos os
espaços que as pessoas continuem frequentando;
gerenciar adequadamente os casos importados; e
treinamento da sociedade para aprender a conviver e
reduzir os riscos contra o coronavírus.
Fonte: El País
17/04/2020 -
Bolsonaro demite Mandetta e nomeia oncologista
Nelson Teich
Após uma novela que já se arrastava há semanas, o
presidente Jair Bolsonaro demitiu na tarde desta
quinta-feira (16) o ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta. A decisão foi oficializada após uma
reunião entre os dois no Palácio do Planalto, em
Brasília.
Mais cedo, Mandetta já havia indicado que a sua
saída deveria ser confirmada entre quinta ou
sexta-feira. Depois de uma reunião na sede do
governo, o oncologista Nelson Teich foi confirmado
como o novo ministro da Saúde.
Em manifestações postadas em seu Twitter, Mandetta
confirmou a sua saída e agradeceu a toda a sua
equipe, desejando sorte ao seu sucessor.
Desde o último domingo, Mandetta já vinha dando
declarações cada vez mais claras sobre as suas
discordâncias com Bolsonaro, que por sua vez já
falou anteriormente que havia gente no seu governo
que estaria "se achando", no que foi interpretado
como um recado ao ministro da Saúde.
Enquanto o agora ex-ministro da Saúde defende
abertamente o isolamento social como prioridade na
luta contra o novo coronavírus no Brasil, o
presidente acredita que é preciso considerar o
aspecto econômico, flexibilizando o distanciamento
em alguns setores.
Favorito para assumir o Ministério da Saúde após
conversar com Bolsonaro, o oncologista Nelson Teich
chegou em Brasília nesta manhã e defendeu
recentemente, em alguns artigos, o isolamento social
como a melhor medida para combater a COVID-19 –
assim como Mandetta.
Fonte: Brasil247
17/04/2020 -
STF suspende sessão e julgamento sobre acordo
individual continua nesta sexta
A sessão do Supremo Tribunal Federal desta
quinta-feira (16/4), que acontecia por
videoconferência, foi suspensa por problemas
técnicos. De acordo com o presidente da Corte,
ministro Dias Toffoli, a continuação do julgamento
será nesta sexta-feira (16/4).
Nesta quinta, seria submetida a referendo do pleno a
decisão cautelar concedida pelo ministro Ricardo
Lewandowski, sobre a Medida Provisória 936, que
permite a suspensão de contrato de trabalho por até
60 dias e prevê a redução de até 70% do salário.
Na primeira parte da sessão, votou apenas o relator.
O ministro procedeu ao que chamou de "decisão
aditiva". Entendeu que os acordos individuais sobre
redução de salário e jornada de trabalho são válidos
e legítimos, com efeito imediato. Eles devem ser
comunicados ao sindicato no prazo de dez dias. Caso
o sindicato queira, poderá deflagrar a negociação
coletiva. Se o sindicato não se manifestar,
prevalecerá acordo individual.
Centrais sindicais, entidades de classe e o
Advogado-Geral da União, ministro André Mendonça,
fizeram sustentação oral.
Fonte: Consultor Jurídico
17/04/2020 -
Câmara aprova auxílio emergencial de R$ 600 para
mais categorias
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira
(16/4) o Projeto de Lei 873/2020 que amplia a lista
de categorias a serem beneficiadas com o pagamento
do auxílio emergencial de R$ 600.
O PL — que já havia sido aprovado no Senado — inclui
no auxílio emergencial catadores de material
reciclável, seringueiros, taxistas, mototaxistas,
motoristas de aplicativos, manicures, diaristas e
pescadores artesanais entre os que poderão solicitar
o benefício oferecido pelo governo federal.
O projeto é de autoria do senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) e também permite que mães mães
adolescentes, mesmo com menos de 18 anos, recebam o
benefício e que a pessoa provedora de família
monoparental receba duas cotas do auxílio
emergencial, independentemente do sexo, dentre
outras mudanças.
Segundo a proposta, famílias com renda familiar
mensal per capita de meio salário mínimo ou total de
três salários mínimos brutos (R$ 3.135) poderão ter
acesso ao benefício. O PL foi viabilizado após
aprovação do parecer do relator da proposta,
deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP).
O texto substitutivo elaborado pelo deputado alterou
alguns pontos do projeto do Senado ampliando ainda
mais a lista de trabalhadores informais que terão
direito ao auxílio emergencial. Conforme a proposta,
o recebimento do Bolsa Família não é impeditivo para
o recebimento do auxílio emergencial. O texto também
diz que o pescador artesanal poderá receber o
auxílio, nos meses em que não estiver recebendo o
seguro defeso (benefício pago aos pescados no
período em que a pesca é proibida, para reprodução
das espécies).
Por fim, o projeto também suspende as contagens de
prazo e das obrigações de pagamento vinculadas ao
financiamento estudantil — Fundo e Programa de
Financiamento Estudantil (Fies) para os contratos
firmados antes da vigência do estado de calamidade
pública. Com informações da Agência Câmara.
Fonte: Consultor Jurídico
17/04/2020 -
Senado pode votar MP do Contrato Verde e Amarelo
nesta sexta-feira
A medida provisória que cria o Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo (MP 905/2019) pode ser votada pelos
senadores nesta sexta-feira (17). A MP, que perde a
vigência na segunda-feira (20), foi aprovada pela
Plenário da Câmara dos Deputados na madrugada desta
quarta-feira (15). O texto busca incentivar o
primeiro emprego de jovens, com a redução de
encargos trabalhistas, e promove outras mudanças na
legislação — entre elas, coloca acordos coletivos
acima de jurisprudência e súmulas do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) e considera como acidente
de trabalho no percurso casa-emprego somente se ele
ocorrer em transporte fornecido do empregador. A
oposição já disse que não há acordo para a votação
do texto no Senado.
Fonte: Agência Senado
17/04/2020 -
Marco Aurélio envia novamente pedido de afastamento
de Bolsonaro à PGR
O ministro do STF insistiu para que a Procuradoria
investigue se Bolsonaro cometeu crimes de difusão de
doença ou praga e omissão de notificação de doença.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF), voltou a enviar para a
Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime
apresentada pelo deputado federal Reginaldo Lopes
(PT/MG) contra o presidente Jair Bolsonaro.
A decisão do ministro acontece após o
procurador-geral da República, Augusto Aras,
recomendar o arquivamento do processo. Mello negou e
pediu que a PGR analisasse novamente o texto.
O documento lista uma série de episódios em que o
presidente minimizou o surto da Covid-19 –
detalhando uma série de adjetivações usadas pelo
ex-capitão – e aponta que ele “incentivou
ostensivamente o descumprimento das medidas de
isolamento recomendadas pela Organização Mundial da
Saúde e pelo próprio poder executivo”.
“A peça é consistente juridicamente e reúne diversos
episódios criminosos do presidente da República
contra seu povo. O presidente tem a obrigação de ver
os exemplos do mundo inteiro e tomar as precauções
necessárias e não incitar à população para que não
cumpra as recomendações de saúde”, afirma Lopes.
O deputado, inclusive, adicionou casos mais recentes
à notícia-crime que foi apresentada inicialmente no
dia 25 de março e enviada pela primeira vez à PGR em
30 de março. Os crimes apontados são os mesmos:
difusão de doença ou praga (Art. 258 do Código
Penal) e omissão de notificação de doença (Art. 268
do Código Penal).
O ministro arquivou cinco ações contra Bolsonaro
movidas durante a crise do Covid-19 – inclusive um
pedido de afastamento feito por sete partidos de
oposição (PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL, Rede e PCB). A
notícia-crime de Reginaldo Lopes é a única que
prossegue em trâmite por insistência de Mello.
Caso a PGR aceite a notícia-crime, Câmara será
consultada para autorizar ou não o seguimento da
Ação Penal e, em caso positivo, Bolsonaro será
afastado por 180 dias. Em caso de crime transitado
em julgado, o presidente perde o mandato.
Fonte: RevistaForum
17/04/2020 -
Salário mínimo deve ser de R$ 1.079 em 2021, sem
aumento real
O salário mínimo deve ser de R$ 1.079 em 2021,
segundo o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias) divulgado nesta 4ª feira
(15.abr.2020) pelo Ministério da Economia. A pasta
vai encaminhar o texto para o Congresso Nacional.
O valor é R$ 34 acima do mínimo atual, de R$ 1.045.
Se o projeto for aprovado na Câmara e no Senado, o
salário começa a valer a partir de janeiro de 2021.
O governo também propôs remuneração mínima de R$
1.120 e de R$ 1.160 em 2022 e 2023, respectivamente.
O cálculo é feito com base na variação do INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor), divulgado
mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Se houver mudanças nas
trajetórias de inflação, a estimativa para o valor
do salário mínimo deve ser alterada durante o ano.
A remuneração não pode ser menor do que o percentual
de variação do INPC do ano anterior. O governo tem
opção de elevar o valor acima, mas isso não será
feito em 2021, 2022 e 2023, segundo os cálculos.
O aumento do salário mínimo implica em maiores
gastos públicos com benefícios sociais, como
aposentadorias. O governo federal prevê deficit de
até R$ 149,6 bilhões nas contas públicas de 2021.
Fonte: Poder360
17/04/2020 -
Dieese: MP antecipa dinheiro que poderá fazer falta
ao trabalhador
Dieese também aponta possível comprometimento do
investimento em saneamento em habitação, por causa
dos saques do FGTS
Com mais uma medida provisória, a MP 946, o governo
pode estar liberando um dinheiro que mais adiante
fará falta ao trabalhador, alerta o Dieese em nota
técnica. Se recorrer ao saque de recursos do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
extraordinariamente , esse trabalhador corre o risco
de ficar “descapitalizado na eventualidade de uma
futura demissão, doença ou compra da casa própria”.
Editada no último dia 7 de abril, a MP 946 extingue
o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público,
conhecidos sob as siglas PIS-Pasep, fundo criado em
1975. E os recursos são transferidos para o FGTS.
Além disso, o governo autoriza mais um saque
extraordinário de contas vinculadas do Fundo de
Garantia. Os dois fundos são um patrimônio do
trabalhador.
“O cenário que se desenha no mercado de trabalho é
de perda de empregos e de renda, em que haverá
demissões em grande volume por iniciativa do
empregador”, alerta o Dieese. Nestes casos, as
regras de saque do FGTS já preveem essa
possibilidade por parte do trabalhador demitido. Em
seguida, o instituto aponta a rotatividade no
mercado de trabalho como fator que levará à
liberação de recursos do Fundo de Garantia.
Demissão sem justa causa
“Assim, o saque extraordinário do FGTS proposto na MP
946 não se destina a esses casos, mas sim, ao acesso
a recursos por parte de trabalhadores que continuam
no emprego e com rendimentos preservados no todo ou
em parte. Porém, dada a intensa rotatividade no
emprego que caracteriza a estrutura ocupacional
brasileira e que ocorre, sobretudo, pela demissão
sem justa causa por iniciativa do empregador, esses
recursos mais cedo ou mais tarde seriam liberados no
saque por demissão”, diz o Dieese.
Na nota, o departamento ressalta que, em média,
aproximadamente 75% dos saques das contas do FGTS se
devem a dispensas sem justa causa. “Ou seja, a
medida extraordinária, quando muito, antecipa o
desembolso de quantias que poderão fazer falta ao
trabalhador.”
Além disso, é preciso considerar as próprias
finalidades dos recursos. O Dieese avalia que “o
saque extraordinário poderá ser fonte de
desequilíbrio ao FGTS e comprometer o investimento
em saneamento e habitação de interesse social”. E
lembra que o Fundo de Garantia já está com fluxo de
caixa “em risco” devido à adesão ao saque em período
de aniversário criado recentemente. “Assim, pode-se
estar comprometendo o investimento futuro e a
capacidade de sair da crise, após o fim da
pandemia.”
Leia
aqui a íntegra da nota técnica.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/04/2020 -
Projeto facilita recebimento do seguro-desemprego
durante pandemia
Proposta dispensa a exigência de tempo mínimo de
contrato para receber o benefício
O Projeto de Lei 790/20 assegura aos trabalhadores
dispensados sem justa causa o recebimento do
seguro-desemprego enquanto durar a crise causada
pela pandemia do novo coronavírus. A proposta, da
deputada Natália Bonavides (PT-RN), dispensa nestes
casos a exigência de tempo mínimo de contrato para
receber o benefício, que varia conforme a situação.
O texto tramita na Câmara dos Deputados.
Natália Bonavides defende que o Estado garanta a
renda de trabalhadores dispensados em razão das
medidas de contenção do coronavírus, que incluem
isolamento social e restrição na circulação de
pessoas e têm impactado setores como o de turismo e
o de restaurantes. “Esses impactos podem aumentar o
número de demissões no País. Por isso, o Estado
precisa intervir”, afirma.
Fonte: Agência Câmara
16/04/2020 -
Carteira ‘verde e amarela’ vai causar demissão e
redução de salário, diz Dieese
Mesmo com redução de direitos, medida não deve
criar empregos e amplia a insegurança dos
trabalhadores em meio à pandemia
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(14) o texto-base da medida provisória que cria a
carteira de trabalho “verde e amarela” (MP 905). O
empregador terá redução de encargos trabalhistas
para contratação de jovens de 18 a 29 anos e maiores
de 55 anos, que vão receber até um salário mínimo e
meio. Para o Dieese, haverá aumento da rotatividade,
com demissão daqueles que ganham mais para serem
substituídos por trabalhadores contratados pelo novo
modelo.
A rotatividade vai crescer inclusive entre
trabalhadores mais experientes, e a massa salarial
cairá, dificultando a retomada da economia no
pós-pandemia. A avaliação é do diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior. Para ele, trata-se de
mais uma “reforma” que retira direitos do
trabalhador e não deveria estar sendo discutida no
contexto atual.
“No meio dessa pandemia, o que vamos assistir é
demissão de um lado e depois reposição com
contratação através desse maldito contrato verde e
amarelo. Incentiva um processo de contratação a
partir de uma base tanto de salário quanto de
direitos muito menor. É preocupante neste momento.
Não dá para votar questões extraordinárias no meio
disso tudo”, afirmou Fausto em comentário na Rádio
Brasil Atual, nesta quarta-feira (15).
Achatamento
Com a substituição por trabalhadores que ganham até um
salário mínimo e meio, o contrato sob a “carteira
verde e amarela” deve promover o achatamento da
média salarial de inúmeras categorias que recebiam
acima desse patamar. Os empregadores poderão
contratar até 25% da mão de obra nessa nova
modalidade. “A gente já vem dizendo há muito tempo
que não é a redução dos direitos dos trabalhadores
que aumenta o número de empregos. O que aumenta o
emprego é o crescimento econômico”, disse Fausto.
As empresas terão isenção total da contribuição
previdenciária e das alíquotas do Sistema S. Em caso
de demissão, o trabalhador receberá apenas 30% de
multa sobre o FGTS, em vez dos 40% válidos para os
demais contratos de trabalho. Ele também deverá
“optar” se deseja recolher alíquota de 7,5% sobre o
seguro-desemprego, para que o tempo recebendo o
auxílio seja computado no cálculo da aposentadoria.
A MP considera acidente de trabalho no percurso
casa-emprego somente se ocorrer no transporte do
empregador. E, ainda, coloca acordos coletivos acima
de jurisprudência e súmulas do Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
Fonte: Rede Brasil Atual
16/04/2020 -
Para as centrais, aprovação da ‘carteira da
vergonha’ é mais um ataque à democracia
Segundo o presidente da CUT, votação na Câmara
foi “traiçoeira”, pois havia entendimento de não
votar temas polêmicos durante a crise sanitária
Para as centrais sindicais, a aprovação da Medida
Provisória 905, terça (14) à noite, na Câmara,
representou mais um “ataque à democracia”. A maioria
dos deputados votou a favor do contrato de trabalho
“verde e amarelo”, que as entidades chamam de
“carteira da vergonha”. Agora, o esforço será no
sentido de tentar impedir a aprovação no Senado, que
tem cinco dias para realizar a votação.
Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, a Câmara
aprovou a MP 905 “de maneira traiçoeira”,
descumprindo, segundo ele, entendimento com as
centrais no sentido de que durante a crise sanitária
o Congresso não votaria nenhuma pauta polêmica em
relação aos trabalhadores. “A MP é um retrocesso,
institui trabalho sem direito nenhum, cria uma
carteira da escravidão, retira direitos históricos
que foram conquistados com muita luta.”
As centrais estão procurando o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), para reivindicar a
retirada da medida, que agora se tornou o Projeto de
Lei de Conversão 4/2020. O texto tem de ser votado
até a próxima segunda-feira (20), ou perderá a
validade.
Em nota, as entidades contestam o argumento central
dos defensores da medida, de que as mudanças visam a
facilitar a abertura de postos de trabalho. “A
pretexto de reduzir encargos trabalhistas para
empresas e, assim, estimular a geração de empregos,
o programa, na verdade, visa eliminar os direitos
trabalhistas e benefícios como o FGTS”, afirmam,
acrescentando que a “falácia” da reforma trabalhista
de 2017 mostrou que a flexibilização não abre vagas
e prejudica a economia.
A Câmara fez várias alterações em relação ao texto
original. O programa vale para trabalhadores de 18 a
29 anos à procura do primeiro emprego ou acima de 55
anos, neste caso desde que estejam sem trabalho há
mais de 12 meses. A validade é de até dois anos, e a
remuneração se limita ao equivalente a um salário
mínimo e meio (R$ 1.567,50, em valores atuais).
A multa em caso de demissão voltou à proposta
inicial, sendo reduzida de 40% para 20%. O relator
na comissão mista que aprovou a MP, deputado
Christino Aureo (PP-RJ), havia aumentado o
percentual para 30%, mas um destaque fez voltar o
texto original. Já a alíquota do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS), que cairia para 2%, se
mantém em 8%. As empresas ficam isentas da
contribuição previdenciária (20%) e de alíquotas do
chamado Sistema S.
Confira a nota das centrais
Retirada de direitos gera desemprego
As centrais sindicais vêm denunciando o caráter
predatório da MP 905 desde seu lançamento pelo
governo Bolsonaro, em novembro de 2019. A aprovação
dessas medidas que afetam diretamente a classe
trabalhadora sem diálogo ou consulta às centrais e
demais entidades sindicais é mais um ataque à
democracia.
Condenamos veementemente a decisão da Câmara dos
Deputados de aprovar a “Carteira da Vergonha” na
noite de terça-feira, 14 de abril de 2020, em meio
ao crescimento das crises sanitária, social e
política que o País enfrenta.
A pretexto de reduzir encargos trabalhistas para
empresas e, assim, estimular a geração de empregos,
o programa, na verdade, visa eliminar os direitos
trabalhistas e benefícios como o FGTS.
A falácia da reforma trabalhista deixou comprovado
que a eliminação de direitos e redução de encargos
não apenas não geram empregos, como também provocam
expressiva queda de renda e, consequentemente, do
consumo, levando, assim, ao desemprego.
Se a MP 905 for efetivada, não haverá geração de
empregos para jovens nem para ninguém. Ao contrário,
além do agravamento da precarização e da
informalidade, a medida provocará uma nova
descapitalização da Previdência podendo comprometer
o pagamento das aposentadorias.
Ao aprovar as MPs 905 e 936, retirando direitos,
estendendo jornadas de trabalho e destruindo medidas
de proteção e segurança de saúde, os parlamentares
que a apoiaram serão cúmplices de uma crise que
aumentará ainda mais o nível de enfermidades entre
trabalhadoras e trabalhadores neste atual contexto
de pandemia.
Nesse sentido, manifestamos total rechaço ao que foi
aprovado e reivindicamos, de forma contundente, que
o Senado não vote o texto da MP 905 aprovado na
Câmara dos deputados, para que a Medida Provisória
deixe de ter vigência.
Reivindicamos também que o Congresso, as
representações empresariais e sindicais criem uma
mesa de negociação para buscar soluções aos
problemas existentes nas pequenas e médias empresas
para manter os empregos e salários.
São Paulo, 15 de abril de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central
Única dos Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT – União
Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST –
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central
dos Sindicatos Brasileiros
Edson Carneiro Índio – secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da
CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva
Nacional da CSP-CONLUTAS
Mané Melato – Intersindical instrumento de
Luta
Fonte: Rede Brasil Atual
16/04/2020 -
Votação do 2º turno da PEC do Orçamento de Guerra
será na sexta-feira
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou
que ocorrerá na sexta-feira (17), a partir das 10h,
a votação do segundo turno da proposta de emenda à
Constituição conhecida como PEC do Orçamento de
Guerra (PEC 10/2020). O texto foi aprovado em
primeiro turno nesta quarta-feira (15), na forma de
um substitutivo apresentado pelo relator, senador
Antonio Anastasia (PSD-MG).
A PEC do Orçamento de Guerra permite que os gastos
emergenciais com o combate à pandemia de coronavírus
sejam separados do Orçamento da União.
Verde e Amarelo
A votação da Medida Provisória (MP) 905/2019,
conhecida como MP do Contrato Verde e Amarelo,
também ocorrerá na sexta-feira. A MP, que precisa
ser votada até o dia 20 para não perder sua
validade, promove uma série de mudanças nas regras
trabalhistas. Mas não há consenso entre os senadores
sobre essa matéria. Vários parlamentares têm dito
que é um contrassenso diminuir as proteções ao
trabalhador em um momento de crise.
Fonte: Agência Senado
16/04/2020 -
Plenário reúne-se nesta quinta para analisar
proposta que amplia alcance de auxílio emergencial
O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se nesta
quinta-feira (16) para discutir o Projeto de Lei do
Senado 873/20, que amplia a lista de trabalhadores
que poderão ser beneficiados com o auxílio
emergencial de R$ 600, sancionado no último dia 2. O
texto inclui, por exemplo, catadores de material
reciclável, taxistas, manicures, diaristas e
pescadores artesanais entre os que poderão pedir o
benefício.
O projeto, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
permite também que mães adolescentes, mesmo com
menos de 18 anos, recebam o benefício, dentre outras
mudanças na Lei 13.982/20.
Os deputados também devem analisar requerimento de
urgência ao Projeto de Lei do Senado 1282/20, que
institui o Programa Nacional de Apoio às
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe),
que concede crédito mais acessível ao setor. O
projeto foi aprovado no Senado na semana passada.
A sessão virtual do Plenário está marcada para as 14
horas.
Fonte: Agência Câmara
16/04/2020 -
Deputados aguardam decisão do STF sobre MP que
permite redução salarial sem anuência dos sindicatos
Nesta quinta-feira (16) o STF vai analisar, em
sessão virtual, a obrigação de que sindicatos
participem das negociações sobre contratos
trabalhistas previstos na Medida Provisória 936/20.
A MP permite a redução da carga horária e do salário
dos trabalhadores durante a pandemia de Covid-19,
com a garantia do emprego. Mas o partido Rede
apresentou ação que contesta a medida provisória.
Na semana passada, o ministro do STF Ricardo
Lewandowski decidiu pela necessidade dos sindicatos
avalizarem os acordos entre empregados e patrões
sobre redução de salário ou suspensão temporária de
contrato. E nesta segunda (13), ao negar recurso
contra a própria decisão, manteve a necessidade.
Demissões
Na opinião da vice-líder do governo no Congresso,
deputada Bia Kicis (PSL-DF), a MP é necessária
porque evita demissões.
"No momento excepcional de muito desespero da
população, de desemprego, de fome, de muita
depressão. Então qualquer medida que a gente possa
tomar neste momento em favor daquelas pessoas que
investem neste país e estão desesperadas. 600 mil
empresas já fecharam. Tudo o que a gente pode fazer
neste momento tem que ser votado, para manter no
máximo possível o emprego e a manter também a força
das pessoas", disse.
Arrocho salarial
Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) acha que a MP
936/20 é um arrocho salarial e afirma que o corte de
renda é tão profundo que vai afetar o giro da
economia.
"A pessoa vai ficar em casa, mas vai ter um corte de
renda tão profundo que vai afetar a vida da pessoa,
e vai tirar um dinheiro que poderia girar a
economia. A pessoa que está em casa, ela deve
continuar consumindo, ela deve se alimentar bem,
deve continuar comprando produtos de higiene,
comprar produtos farmacêuticos. Não é isso que está
acontecendo", disse.
Fonte: Agência Câmara
16/04/2020 -
Governo Bolsonaro tem pior avaliação e apoio a
impeachment chega a 46%, aponta Atlas Político
Pesquisa feita pelo Atlas Político e divulgada nesta
quarta-feira (15) aponta que o governo Jair
Bolsonaro sofreu uma piora nos índices de aprovação
e a perspectiva de um impeachment começa a aparecer
com mais força.
Entre fevereiro e abril, o percentual de pessoas que
avaliam o governo como Ruim/Péssimo saltou de 38%
para 43% – o maior desde o início do mandato de
Bolsonaro. A avaliação positiva baixou 6 pontos:
eram 29% que avaliavam o governo como Ótimo/Bom e
agora são 23%.
Apenas 37,6% a aprovam o desempenho individual do
presidente, enquanto 58,2% desaprovam. Além disso, a
pesquisa mostra que 46,5% dos brasileiros já apoia o
impeachment de Bolsonaro enquanto 43,7% rejeitam.
A pesquisa mostrou ainda que 72,2% dos entrevistados
concordam com o isolamento social e 19,6% são
contra.
Sobre o entrave na relação de Bolsonaro com o
ministro da Saúde, Henrique Mandetta, a pesquisa
mostra que 76,2% se posicionaram contra a demissão
do ministro e apenas 13,7% disseram concordar.
Fonte: Brasil247
16/04/2020 -
Paim se manifesta contra votação da MP do Contrato
Verde e Amarelo
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em
pronunciamento nesta quarta-feira (15), a Medida
Provisória 905/2019, que criou o contrato de
trabalho Verde e Amarelo e alterou diversas normas
trabalhistas. Ele sugeriu que o Senado deixe a MP
perder a validade ou a devolva ao Poder Executivo.
Paim disse que a MP foi editada com o argumento de
que iria gerar emprego e renda, mas acabou
aumentando o desemprego e a informalidade no mercado
de trabalho. O senador classificou a MP como uma
“maldade absurda” contra os trabalhadores em um
momento que estão fragilizados. De acordo com o
senador, com a situação de calamidade provocada pela
pandemia de Covid-19, a vulnerabilidade dos
trabalhadores tornou-se ainda maior.
Para Paim, o Senado não tem como de votar a matéria,
que vence no dia 20 de abril e foi aprovada pela
Câmara dos Deputados somente nesta terça-feira (14).
— Temos que tirar dali tudo aquilo que prejudica
inclusive o equilíbrio entre empregados e
empregadores. O atual formato não ajuda em nada.
Temos que garantir o emprego, renda e oxigênio para
as empresas sobreviverem, mas não com essa proposta.
Como está, é melhor que caduque ou se devolva —
afirmou.
Fonte: Agência Senado
15/04/2020 -
Centrais: prioridade é a saúde, mas depois será
preciso pensar em novo projeto para o país
Entidades insistem na importância do isolamento
social e oferecem estrutura sindical para apoio.
Neta de um dos dirigentes foi infectada
Com prioridade neste momento para evitar a expansão
da crise sanitária e proteger os trabalhadores, as
centrais sindicais querem discutir alternativas para
atravessar o período e criar condições para uma
retomada da atividade, mantendo direitos. Em sua
primeira reunião virtual, na tarde desta terça-feira
(14), os presidentes da seis centrais reconhecidas
formalmente reiteraram a importância do isolamento
social e da importância de um novo projeto para o
país, por meio do diálogo.
Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, o importante
é se concentrar nas próximas três semanas, que
especialistas apontam como “pico” da pandemia do
coronavírus, proporcionando segurança para que as
famílias possam ficar em casa, garantindo empregos e
fazendo o maior número possível de acordos que
preservem a renda do trabalho. “Se você retira 20%,
30% do salário do trabalhador, ele vai cortar do
remédio, não vai conseguir pagar o aluguel”,
afirmou, lembrando que, na média, os rendimentos no
país são baixos.
Ele também lamentou que Jair Bolsonaro tente
“afrontar o tempo todo” as recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo isolamento
social. E criticou o projeto econômico em curso.
“Nenhum país conseguiu dar padrão para o seu povo
sem ter uma base industrial muito consolidada.”
Reconversão
Além da chamada reconversão industrial, para que
empresas possam agora produzir equipamentos voltados
ao atendimento da crise sanitária, é preciso pensar
no futuro, disse o presidente da CUT. “Os países do
mundo estão pensando inclusive na alimentação. Há
setores estratégicos que precisam ser assegurados
aqui no Brasil. É preciso reindustrializar o
Brasil”, defendeu Sérgio Nobre, acrescentando que
superado o período mais agudo da crise é preciso
planejar o retorno, “mas com segurança, não pode não
pode ser de maneira estabanada”.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, lembrou que as
centrais vêm procurando interlocução com os governos
estaduais, como já aconteceu com São Paulo, Rio de
Janeiro, Paraná e Bahia, para discutir medidas de
preservação de empregos e da atividade econômica,
além de prevenção para quem está na “linha de
frente” no combate ao coronavírus. Sindicatos têm
usado carros de som nas ruas para pedir que as
pessoas permaneçam em casa. “A restrição horizontal
é fundamental”, disse, acrescentando que a medida é
importante para ganhar tempo para que o sistema de
saúde se estruture durante a crise sanitária.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
observou que as entidades de trabalhadores já estão
oferecendo sua estrutura à disposição para
atendimento de pacientes, como colônias de férias e
clubes de campo. E o presidente da CTB, Adilson
Araújo, acrescentou que é preciso criar condições
“para que o trabalhador possa contribuir para a
retomada da economia”. Ele defendeu propostas como
garantia da renda integral para quem recebe até três
salários mínimos, ampliação do seguro-desemprego e
isenção da tabela do Imposto de Renda até
determinada faixa.
Transformações
Alguns dos dirigentes ressaltaram as transformações
que já estão em curso no mercado de trabalho, como o
teletrabalho. “Vai haver uma mudança geral”, disse o
presidente da CSB, Antonio Neto, lembrando que 3,4
milhões de empresas têm até 50 funcionários. “Mas
tem muito setor que não tem como fazer home office”,
emendou, citando indústria, agronegócio e
alimentação.
Presidente também do Sindicato dos Comerciários de
São Paulo, Patah afirmou que em algumas empresas
quase metade das vendas já é feito por meio
eletrônico. Mas, segundo ele, é preciso “agregar
valor” à questão tecnológica, considerando o fator
humano. Ele destacou ainda várias categorias cujos
sindicatos são filiados à UGT que estão em situação
de vulnerabilidade, como empregados de
supermercados, garis, motoboys e motoristas e
cobradores de ônibus.
O presidente da Nova Central, José Calixto, revelou
que tem uma neta infectada pelo coronavírus. Com
cerca de 30 anos, ela trabalha em dois hospitais,
como enfermeira e radiologista. Mediada pelo
sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor-técnico do
Dieese, a reunião virtual foi encerrada com aplausos
simbólicos aos trabalhadores no setor de saúde.
Nos próximos dias, as centrais deverão definir o
formato do 1º de Maio, que novamente será unificado,
a exemplo de 2019. Mas o evento será on-line,
provavelmente com shows e arrecadação para setores
mais carentes.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/04/2020 -
Câmara aprova MP do Contrato Verde e Amarelo
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na
madrugada desta quarta-feira (15), a Medida
Provisória 905/19, que cria o contrato de trabalho
Verde e Amarelo. Aprovada na forma de uma emenda do
relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ), a medida
precisa ser analisada ainda pelo Senado. A MP perde
a vigência no próximo dia 20.
Entre outros pontos, o texto prevê incentivo para o
primeiro emprego, com a redução de encargos
trabalhistas; considera acidente de trabalho no
percurso casa-emprego somente se ocorrer no
transporte do empregador; e coloca acordos coletivos
acima de jurisprudência e súmulas do Tribunal
Superior do Trabalho (TST).
Para conseguir mais apoio à votação da matéria, o
relator fez várias mudanças em relação ao projeto de
lei de conversão aprovado pela comissão mista no dia
17 de março.
Ele retirou, por exemplo, o dispositivo que estendia
o trabalho aos domingos e feriados a todas as
categorias e manteve o pagamento do abono do PIS/Pasep
somente com a Caixa Econômica Federal e o Banco do
Brasil, desistindo de estender a todos os bancos
privados.
A maior parte das mudanças ocorreu no programa Verde
e Amarelo, que terá duração de dois anos e diminui
encargos trabalhistas e previdenciários para
estimular a abertura de novas vagas para o primeiro
emprego de jovens de 18 a 29 anos de idade.
De acordo com o texto, poderão ser contratados ainda
os trabalhadores com mais de 55 anos e desempregados
há 12 meses. As regras serão aplicáveis inclusive
para o trabalho rural.
Fonte: Agência Câmara
15/04/2020 -
Governo Bolsonaro recorre no STF contra isolamento
de estados e municípios
Advocacia-Geral da União insiste que todos devem
obedecer regras federais para a pandemia
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão
do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes. Para o órgão de defesa do
governo federal, a corte deve reconhecer a
competência da União para regulamentar o isolamento
social durante a pandemia do coronavírus.
AGU sustenta que estados e municípios têm
competência concorrente em matéria de saúde pública,
como decidiu o ministro, mas alega que os entes da
federação não podem se eximir de observar normas
gerais do Executivo nacional.
O recurso da AGU foi apresentado na ação em que a
Ordem dos Advogados do Brasil pede para o STF
obrigar o presidente Jair Bolsonaro a seguir as
recomendações da Organização Mundial da Saúde e a
não interferir no trabalho dos estados no combate à
doença.
Relator da ação, Moraes deu uma decisão liminar
(provisória) no último dia 8 de abril em que
preserva a competência de governadores e prefeitos
para determinar o isolamento social,
“independentemente” de posterior ato de Bolsonaro no
sentido contrário. A AGU, porém, pede que a decisão
seja revista e afirma que há “contradições e
obscuridades” no despacho do ministro.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: RevistaForum
15/04/2020 -
MPT recebe mais de 7.500 denúncias durante pandemia
de Covid-19
O Ministério Público do Trabalho já recebeu 7.565
denúncias de violações trabalhistas relacionadas à
Covid-19 desde o início da pandemia. O número
contabilizado na tarde desta segunda-feira (13/4) é
30,2% maior do que o último balanço de denúncias
recebidas pela instituição, que ultrapassava 5.800
no dia 3 de abril.
Já foram instaurados 1.322 inquéritos civis em todo
o Brasil para apurar as irregularidades atribuídas
aos empregadores. O total de notificações, ofícios e
requisições referentes ao novo coronavírus somam,
atualmente, 17.345 documentos expedidos. Quanto aos
despachos dos procuradores do MPT, o número pulou de
6.292 para 10.835.
De forma preventiva, o MPT tem emitido um grande
número de recomendações, com orientações para
diversos setores da economia, a fim de conscientizar
os empregadores acerca das medidas que devem ser
adotadas durante o período de quarentena, para
resguardar a saúde e a segurança dos trabalhadores.
De 3.345 há dez dias, agora o órgão conta com 4.977
recomendações emitidas.
Como outra forma de atuação extrajudicial, o MPT já
contabiliza 100 procedimentos de mediação
relacionados à Covid-19 no país, o que chega a
superar o triplo de ações civis públicas ajuizadas
pelo órgão acerca do assunto, que totalizam 30.
Entre as mediações realizadas via trabalho remoto, o
MPT em Pernambuco conseguiu reverter a demissão em
massa de rodoviários no estado.
O mesmo ocorreu no final do mês de março, no
Amazonas, onde uma mediação resultou em acordo entre
o Sindicato dos Rodoviários do Amazonas e o
Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros
do Estado do Amazonas, garantindo a manutenção do
emprego para três mil trabalhadores da categoria.
Com informações da assessoria de imprensa do MPT.
Fonte: Consultor Jurídico
15/04/2020 -
Havan suspende contrato de 11 mil funcionários,
metade dos empregados do grupo
Apoiador de Bolsonaro e contrário ao isolamento,
Luciano Hang foi o primeiro a usar medida que
permite dispensar trabalhadores e economizar
despesas da empresa
O grupo, que pertence ao empresário Luciano Hang, um
dos principais apoiadores do presidente Jair
Bolsonaro, suspendeu o contrato de trabalho de 11
mil funcionários devido a pandemia de coronavírus.
Isso equivale a metade dos empregados da empresa,
que conta com 22 mil colaboradores.
Depois de muitos discursos alinhados com o Bolsonaro
no ataque ao isolamento necessário para conter a
pandemia sobre o pretexto de preservar a economia,
Hang foi ágil em aproveitar as medidas emergências
para se livrar de trabalhadores e poupar despesas.
Em nota, a empresa afirmou que “foi uma das
primeiras empresas a utilizar a Medida Provisória
(MP) 936/2020 que permite a suspensão do contrato de
trabalho por até 60 dias”. Durante a suspensão, a
empresa paga 30% do salário do funcionário afastado
e o governo entra com um valor equivalente a 70% do
seguro-desemprego.
Com informações do Congresso em Foco
Fonte: RevistaForum
15/04/2020 -
TST proferiu mais de 6,5 mil acórdãos durante o
primeiro mês de isolamento
Os dados de produtividade do Tribunal durante a
pandemia são divulgados semanalmente.
O Tribunal Superior do Trabalho proferiu mais de 6,5
mil acórdãos, que representam decisões de órgãos
colegiados, em quase um mês de isolamento social. O
Tribunal suspendeu a prestação presencial de
serviços em 19 de março e, desde então, tem atuado
em trabalho remoto como medida de prevenção da
disseminação do novo coronavírus. As sessões de
julgamento ocorrem de modo virtual.
De acordo com os dados da Coordenadoria de
Estatística e Pesquisa do TST, no período de 16 de
março a 12 de abril, foram proferidos 6.580
acórdãos, 14.576 decisões monocráticas e outros
2.698 despachos. Também foram cumpridos mais de
197,6 mil atos processuais.
Os dados de produtividade do Tribunal durante a
pandemia são divulgados semanalmente e também
encaminhados para o Conselho Nacional de Justiça
para monitoramento. O objetivo é assegurar a
transparência do serviço público e da atuação
jurisdicional durante a pandemia atual.
Fonte: TST
15/04/2020 -
Violência contra a mulher cresce em meio à pandemia
de coronavírus
Levantamento do MP mostra aumentos de quase 30%
nas medidas protetivas emergenciais e 51% nas
prisões em flagrante por violência contra a mulher
A quarentena decretada em São Paulo para conter a
pandemia de coronavírus está registrando crescimento
da violência contra a mulher, segundo levantamento
realizado pelo Ministério Público (MP) paulista.
“Durante o primeiro mês de pandemia ocorreu um
aumento significativo dos procedimentos urgentes e
principalmente das prisões em flagrante por
violência contra a mulher”, indica a nota técnica do
Centro de Apoio Operacional Criminal – Núcleo de
Gênero, do MP.
Os dados mostram que durante um ano, entre fevereiro
de 2019 e fevereiro de 2020, houve queda de 10% no
número de prisões em flagrante em casos de violência
de gênero. Em um mês de isolamento social, as
prisões em flagrantes cresceram 51,4% – em um total
de 268 em março, contra 177 em fevereiro.
Situação semelhante a dos pedidos urgentes de
proteção para a mulher vítima da violência. No
período 2019-2020, houve aumento de 23,5% nessas
medidas. Neste primeiro mês de isolamento, o aumento
foi de 29,2% – foram 1.934 medidas protetivas de
urgência em fevereiro, contra 2.500 em março.
O MP ainda indica que os dados não revelam a
realidade da situação da violência contra a mulher
no estado e que acredita em subnotificação das
ocorrências.
“A cifra oculta, que corresponde aos casos de
violência não denunciados, tende a aumentar em razão
do isolamento das vítimas e maior vigilância por
parte dos parceiros. Se as mulheres tinham receio de
comparecer em uma Delegacia de Polícia em tempos
normais, ou mesmo acionar a Central 180, em uma
situação de isolamento na mesma casa a dificuldade
será ainda maior”, afirmam os promotores.
Os promotores ressaltam que estudos indicam que a
casa é o lugar mais perigoso para uma mulher e a
quarentena intensifica isso. “A maioria dos atos de
violência e feminicídios ocorrem justamente em casa.
Com a pandemia, além do isolamento e do medo, vieram
também o desemprego e as dificuldades econômicas: o
Datafolha indica que 69% das pessoas perderão renda
na crise e famílias mais pobres serão mais
atingidas. Embora esta seja uma crise mundial sem
precedentes, fatores como isolamento, dificuldades
financeiras, controle da vítima e consumo de álcool
já eram apontados nacional e internacionalmente como
fatores de risco para mulheres”, aponta o MP.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/04/2020 -
Centrais sindicais lançam campanha para taxar
grandes fortunas
Centrais Sindicais e movimentos sociais lançaram
nesta segunda-feira (13) um
abaixo-assinado
propondo a taxação de grandes fortunas no País, em
meio à pandemia do Covid-19.
De acordo com o o texto da petição, "o Estado tem
capacidade de aumentar o investimento público e deve
agir urgentemente garantindo transferência de renda
para salvar as vidas de quem mais precisa".
A Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo,
responsáveis pelo lançamento da campanha, argumentam
que o Brasil está na lista dos dez países mais
desiguais do mundo. "A pandemia do coronavírus
escancara ainda mais a necessidade de medidas que
busquem justiça tributária", diz trecho do texto
publicado nas redes sociais.
"A iniciativa também é alternativa às propostas de
cortes de salários dos servidores públicos e
captação de recursos públicos já destinadas para
outras áreas", completam as organizações.
Propostas:
- Taxação de lucros e dividendos das pessoas físicas
detentoras de cotas e ações de empresas;
- Instituição de alíquota sobre os lucros remetidos ao
exterior;
- Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto na
Constituição Federal;
- Dar maior efetividade a cobranca do ITR, atualizando
os valores das grandes propriedades que estão
totalmente defasados;
- Empréstimo compulsório das empresas com patrimônio
superior a 1 bilhão de reais.
A campanha conta com o apoio de todas as centrais
sindicais do país (CUT, CTB, Força Sindical, UGT,
CSB, NCST, CGTB, CSP- Conlutas, Intersindical,
Intersindical Instrumento de Luta) e de entidades do
serviço público e de coletivos de auditores.
Fonte: economia.ig
14/04/2020 -
Calamidade pública não é autorização para mexer em
direitos fundamentais, diz juíza
Com MP 936, não há negociação em momento de
crise, mas imposição, diz presidenta da Anamatra.
Hoje, ministro do STF rejeitou embargos contra sua
decisão
Diferente da 905, as Medidas Provisórias 927 e 936,
que mexem com direitos trabalhistas, têm relevância
e urgência, requisitos para a tramitação. Mas isso
não significa que a Constituição possa deixar de
vigorar, sustenta a presidenta da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), Noemia Porto, em debate virtual com o
ministro Augusto Carvalho, do Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
As MPs 927 e 936 estão sendo questionadas no Supremo
Tribunal Federal (STF). A Corte recebeu mais três
ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) sobre
a 927, que flexibiliza direitos trabalhistas durante
a pandemia de coronavírus. Agora, são sete. O
relator é o ministro Marco Aurélio Mello.
Na semana passada, a Anamatra solicitou inclusão,
como amicus curiae (amiga da Corte), no processo
relativo à ADI 6.363, que tem julgamento previsto
para a próxima quinta-feira. A ação refere-se à MP
936, que permite suspensão dos contratos de
trabalho, por meio de acordos individuais, com
redução salarial.
Embargos rejeitados
O relator, ministro Ricardo Lewandowski, determinou
provisoriamente que os acordos precisam ter anuência
dos sindicatos de trabalhadores. Se isso não ocorrer
em 10 dias, o acordo é considerado válido. Hoje
(13), Lewandowski rejeitou embargos apresentados
pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra sua
decisão relativas à presença das entidades
sindicais.
Já a MP 905, aprovada em comissão mista no
Congresso, está para ser votada no plenário da
Câmara. Ainda precisa passar pelo Senado para então
ir à sanção presidencial. Isso deve ocorrer até a
próxima segunda-feira (20), para não perder a
validade.
Na primeira live organizada pela Anamatra, a
presidenta da associação disse que a “relevância e
urgência” da MP 905, editada em novembro, é bastante
controversa. Não é o caso das MPs 927 e 936, mas
isso jamais significou uma “caixa de Pandora” para
que a Constituição deixe de vigorar “ou que direitos
fundamentais não fossem mais tão fundamentais
assim”, assinala Noemia. “A calamidade pública não
autoriza mexer-se na Constituição, não autoriza que
os direitos fundamentais sejam violados.”
Ela também questiona a base do chamado acordo
individual. “Nada está sendo negociado. Há, na
verdade, imposição em relação a alguém que, em
âmbito de pandemia, está amedrontado”, diz a juíza,
também defendendo a participação da representação
sindical no processo. “Os sindicatos são atores
regulatórios do mercado de trabalho.”
No pedido de inclusão, a Anamatra afirma que, apesar
de uma crise sem precedentes, está em debate uma
possível violação de norma constitucional. Para a
entidades, “as normas constitucionais, sobretudo as
que tratam de diretos e garantias fundamentais, não
podem sucumbir nos momentos em que a preservação do
equilíbrio nas relações interpessoais subjacentes
são mais necessárias do que nunca”.
Para o ministro do TST, a crise demonstra que alguns
grupos vulneráveis – como índios, quilombolas e
portadores de deficiências – “estão em isolamento
social há algum tempo”, eram considerados
“invisíveis”.
Para ele, as MPs “exigem esforço hermenêutico para
proporcionar segurança jurídica” – o termo refere-se
à interpretação legal das medidas. Um dos problemas,
avalia, “está no fato de que o benefício emergencial
não cobre por inteiro o salário que está sendo
reduzido”.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/04/2020 -
MP de Bolsonaro já reduziu salário de um milhão de
trabalhadores
Medida Provisória editada no início do mês pelo
governo Jair Bolsonaro permite o corte de salários
dos trabalhadores durante crise de coronavírus
De acordo com o governo Jair Bolsonaro, mais de um
milhão trabalhadores tiveram salários e jornadas
reduzidos ou contratos suspensos após a edição de
Medida Provisória que autoriza corte salários e
jornadas de trabalhadores durante a crise provocada
pelo novo coronavírus.
De acordo com o secretário especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o
número inclui acordos individuais e coletivos.
"Podemos dizer que essa medida provisória já tem
frutos, e os frutos são mais de um milhão de
empregos preservados", disse o secretário. O governo
espera que a MP alcance 24,5 milhões de
trabalhadores com carteira assinada.
Fonte: Brasil247
14/04/2020 -
Governo vai lançar portal para divulgar alterações
de contrato de trabalho em função de pandemia
O Ministério da Economia informou que vai divulgar,
até esta quarta-feira, uma página para detalhar os
postos de empregos que serão preservados pelas
alterações nas relações trabalhistas propostas pelo
governo federal. A estimativa é que as medidas
provisórias que autorizam atos como suspensão de
contratos e redução de salário já tenham preservado
mais de 1 milhão de empregos.
As informações sobre esses postos de trabalho
poderão ser consultadas em uma página na internet. O
site vai trazer levantamentos, como o número de
acordos individuais e coletivos que permitem a
suspensão do contrato de trabalho ou a redução de
jornada com a diminuição proporcional de salários. A
promessa do governo é de atualizar as informações
diariamente.
Desde janeiro o governo não divulga o levantamento
mensal do mercado de trabalho. De acordo com o
Ministério da Economia, após a adoção de uma nova
plataforma, os empregadores deixaram de repassar
informações para o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados.
As alterações estão previstas no Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que
foi instituído por meio da Medida Provisória 936,
que ainda precisa ser validada pelo Congresso
Nacional. Nesta quinta-feira, o plenário do Supremo
Tribunal Federal deve julgar se a MP respeita a
Constituição.
O principal questionamento é sobre a decisão do
governo de excluir os sindicatos das negociações de
acordos individuais entre patrões e empregados. O
governo informou que pretende publicar, também até
quarta-feira, uma portaria detalhando a tramitação
dos acordos individuais ou coletivos dentro do
Ministério da Economia e como vai funcionar o
pagamento de um percentual do seguro-desemprego.
Outras alterações consideradas importantes pela
equipe econômica para manter os empregos foram
feitas pela Medida Provisória 927. O texto autoriza
a antecipação de férias, define critérios para o
trabalho em casa, estabelece regras para o desconto
do banco de horas e permite que os patrões deixem de
pagar o FGTS durante a pandemia de coronavírus.
Fonte: Portal EBC
14/04/2020 -
Sem consenso, MP do Contrato Verde e Amarelo pode
perder validade
O prazo de validade da Medida Provisória (MPV
905/2019), que cria o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo, se esgota no dia 20 de abril, mas ainda não
há consenso para votação da matéria. A MP está na
pauta da Câmara dos Deputados e ainda precisa passar
pelo Plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado
14/04/2020 -
Lewandowski nega recurso do governo e mantém
necessidade de aval do sindicato para redução de
salários
Conforme matéria de Carolina Brígido no jornal O
Globo, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo
Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira
recurso contra a decisão que ele mesmo tomou na
semana passada sobre a medida provisória que
flexibiliza normas trabalhistas. O ministro reiterou
que está mantida a necessidade do sindicato
correspondente avalizar acordo entre empregado e
patrão sobre redução de salário ou suspensão
temporária de contrato.
“A decisão cautelar ora embargada buscou colmatar a
lacuna identificada no texto da MP, esclarecendo que
a comunicação ao sindicato permitirá que este,
querendo, questione eventual abuso ou excesso
praticado pelo empregador, como, por exemplo, no
caso de determinada atividade econômica não ter sido
afetada pela pandemia”, escreveu o ministro.
Ainda segundo matéria de O Globo, Lewandowski
ressaltou que a redução de salários está prevista na
Constituição para momentos de crises, com a previsão
da “participação dos sindicatos nas negociações para
a proteção daqueles – invariavelmente os mais débeis
na relação de trabalho – que sofrerão uma diminuição
de rendimentos”.
Segundo o ministro, a comunicação ao sindicato
permite “que os acordos individuais sejam
supervisionados”. Dessa forma, se houver algum
prejuízo aos empregados, as associações promoveriam
negociação coletiva.
Na nova decisão, Lewandowski esclareceu que a medida
provisória “continua integralmente em vigor, eis que
nenhum de seus dispositivos foi suspenso pela
liminar concedida nestes autos”. Ele ponderou, no
entanto, que sua decisão obriga a União a dar uma
“interpretação conforme à Constituição” na parte que
flexibiliza regras trabalhistas, no sentido de dar
voz aos sindicatos no prazo de dez dias.
O ministro explicou que “os eventuais acordos
individuais já celebrados – e ainda por firmar –
entre empregadores e empregados produzem efeitos
imediatos, a partir de sua assinatura pelas partes,
inclusive e especialmente para os fins de pagamento
do benefício emergencial no prazo estipulado,
ressalvada a superveniência de negociação coletiva
que venha a modificá-los, no todo ou em parte”.
Ainda segundo a decisão, “embora se compreenda a
insistência governamental e de certos setores
econômicos em acelerar os acordos individuais,
superestimando supostas consequências deletérias
decorrentes da liminar concedida, em especial o
“engessamento” das negociações, o fato é que
constituiria precedente perigosíssimo afastar a
vigência de normas constitucionais asseguradoras de
direitos e garantias fundamentais, diante do momento
de calamidade pública pelo qual passamos”.
Confira a
Decisão Cautelar
Fonte: O Globo
14/04/2020 -
Entidades trabalhistas pedem ao STF
inconstitucionalidade de dispositivos das MPs 927 e
936
Em nota, alegam que previsões quanto às
negociações individuais para rebaixamento de
salários “são flagrantemente inconstitucionais".
Mais de uma dezena de entidades da área trabalhista
assinam nota ante a sessão de julgamento do STF da
próxima quarta-feira, 16, quando serão apreciadas as
medidas cautelares requeridas relativas às medidas
trabalhistas previstas, respectivamente, nas MPs 927
e 936/20.
Acerca das normas, a nota das entidades afirma:
“É de rigor rearmar publicamente que a
Constituição, baseada no princípio da melhoria
progressiva da condição social dos trabalhadores e
trabalhadoras, assegurou a estes o direito à
irredutibilidade de seus salários, fazendo ressalva,
unicamente, à negociação coletiva, cuja
regularidade, como em todo negócio jurídico, depende
de concessões recíprocas e da observância dos
princípios da paridade de armas e da boa-fé
objetiva, dentre outros.”
Para as signatárias, as propostas contidas nas MPs
quanto às negociações individuais para rebaixamento
de salários “são flagrantemente inconstitucionais,
já que alijam os sindicatos do necessário diálogo
social”.
Pedem, assim, a procedência das ações de
inconstitucionalidade ajuizadas na Corte.
Processos: ADIs 6.342 e 6.363
Veja a
nota.
Fonte: Migalhas
14/04/2020 -
Supremo já tem nove ADIs contra a primeira MP do
trabalho durante pandemia
O Supremo Tribunal Federal recebeu nesta
segunda-feira (13/4) mais três ações direta de
inconstitucionalidade contra a Medida Provisória
927/2020, que flexibiliza a legislação trabalhista
durante o estado de calamidade pública decorrente da
pandemia do coronavírus.
Com isso já chega a nove o número de ADIs contra a
medida provisória. A questão está na pauta do
Plenário do Supremo desta quinta-feira (16/4),
quando devem ser julgadas seis ADIs sobre o tema. O
relator de todas é o ministro Marco Aurélio, que
negou os pedidos de liminares nas seis que estão
pautadas para julgamento.
As ações desta segunda foram ajuizadas pela
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT);
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH); e pelas
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS)
e Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).
(Mais informações: Conjur)
Fonte: Consultor Jurídico
14/04/2020 -
Para Paim, governo tem que investir mais em
equipamentos de proteção individual
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, em
pronunciamento virtual nesta segunda-feira (13), os
profissionais que estão trabalhando na linha de
frente durante a pandemia de coronavírus.
Paim afirmou que muitas das pessoas que salvam vidas
não têm acesso a equipamentos de proteção
individual, como máscaras, luvas, álcool em gel,
roupas e calçados adequados.
— Eu destinei das minhas emendas, que tenho direito
na bancada e nas individuais, em torno de R$ 15
milhões. O governo tem que investir mais pra comprar
material de segurança para os profissionais nos
hospitais ou que estão nas ruas trabalhando.
O senador afirmou ainda que a prioridade agora é
salvar as vidas, e depois a economia.
Fonte: Agência Senado
13/04/2020 -
Pandemia mostra que a “modernização” trabalhista não
passou de falácia
Reforma trabalhista custou a proteção ao
trabalhador, sobretudo a proteção sindical – mas não
trouxe a farta geração de (bons) empregos que
prometeu
Entre 2016 e 2017, durante o governo de Michel
Temer, um discurso sobre uma pretensa “modernização”
baseou a destruição em série de leis de proteção ao
trabalhador, sistematizada na reforma trabalhista. A
reforma foi tramada por um notório representante dos
mais desnacionalizados setores patronais: o
ex-deputado Rogério Marinho.
Se tal discurso ainda capengava nas vozes do “vir a
ser”, hoje, com a pandemia do coronavírus impondo
proteção do Estado em todos os níveis, está claro,
como nós sindicalistas dissemos desde o início, que
ele não passou de uma falácia.
Chamou-se de “modernização” a pejotização, o
trabalho intermitente, o acordado sobre o legislado,
o barateamento do trabalho, a inviabilização do
custeio sindical sem fixar regras de transição, o
sepultamento da nossa CLT e a supremacia do mercado
como o regulador das relações entre patrão e
empregado.
Desde então, assistimos a uma explosão de serviços
com definições para lá de mal resolvidas, muitos
deles encalhados na Justiça do Trabalho. Basta olhar
as ruas das grandes cidades, mesmo em tempos de
quarentena, os motoqueiros aglomerados nas calçadas
dos restaurantes com suas caixas fosforescentes a
esfregar na nossa cara a precariedade a que está
exposta nossa população.
A reforma trabalhista custou a proteção ao
trabalhador, sobretudo a proteção sindical. Em
troca, ela prometeu uma farta geração de (bons)
empregos. Não nos surpreende constatar que estes
empregos não vieram e que nós, o povo brasileiro, só
ficamos mais pobres e mais desprotegidos nesses dois
anos e meio.
Sabíamos desde o início que a conta da reforma
cairia sobre os trabalhadores mais carentes.
Imaginávamos, porém, que ela viria em prestações.
Mas que nada! A conta chegou de uma vez e ela é
alta.
Neste inusitado contexto de pandemia, escancarou-se
a importância do Estado – e não do mercado – como
regulador da sociedade. O “ambiente competitivo”
virou um salve-se quem puder. A depender unicamente
dos ditames da reforma, as relações trabalhistas em
tempos de pandemia se traduzirão em barbarismo e lei
da selva, com o abismo que separa os miseráveis
daqueles que já perderam a conta do volume de seu
patrimônio, cada vez mais fundo.
Está claro que o nosso atual presidente da República
não tem nenhuma condição de lidar com uma crise
desta envergadura e que, por isso, é tratado como um
“café com leite”, para não dizer, como o jornal O
Estado de S. Paulo já disse mais de uma vez, um
verdadeiro estorvo. Mesmo que Jair Bolsonaro queira
se esquivar de suas responsabilidades, mesmo que ele
feche os olhos para o problema e procure dar um ar
de normalidade para o País, o mundo converge para
uma só regra: o isolamento social.
Aqueles que hoje, abril de 2020, defendem a
reabertura do comércio e dos serviços, estão sendo
ridicularizados nas redes sociais. Não chegam nem a
ameaçar. Antes disso, viram motivo de piada. A
população aderiu à quarentena por um instinto
elementar de autopreservação e de sobrevivência. E o
Estado tem de lidar com isso. Lidar com o sustento
dessas vidas e com o sustento da economia.
Isso mostra como é concreto e urgente o papel do
Estado na proteção e na manutenção de uma sociedade
dinâmica e saudável. Não se trata de opção, como
quiseram impingir os arautos da reforma trabalhista.
Trata-se de entender que o mercado, por si só, não
tem soluções para problemas, como a pandemia, que
fogem aos cálculos econômicos.
Neste contexto, nós dos sindicatos desempenhamos um
grande papel. Estamos dia a dia batalhando para que
os acordos trabalhistas celebrados em função da
pandemia não prejudiquem os trabalhadores. Mesmo que
os articuladores daquele conchavo que desembocou em
novembro de 2017 quisessem nos ver liquidados,
abrindo alas para os senhores da insensibilidade
social, estamos presentes e atuantes a defender os
direitos dos trabalhadores. Tanto que propusemos,
quando o Planalto defendia que o auxílio emergencial
fosse de apenas R$ 200, que esse valor fosse de R$
500. Foi a partir daí, a partir desta proposta que
apresentamos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
que o valor foi definido em R$ 600.
Mas poderíamos estar mais fortes. Com nossos
ambulatórios médicos e com mais funcionários
qualificados a serviço do povo. O cenário da reforma
trabalhista não poderia ser pior para a chegada da
coronacrise. Não poderia ser pior porque enfraqueceu
os sindicatos quando os trabalhadores mais precisam
dele. Porque, com a insegurança financeira, o
alegado “ambiente competitivo” que estimularia a
economia e criaria empregos, perdeu o sentido.
Este momento, considerando a pauta liberalizante que
se desdobra desde 2016, a eleição de Jair Bolsonaro,
que implementa um governo que valoriza o patronato
em detrimento do trabalhador e, finalmente, a
chegada de uma pandemia, que escancara os limites do
mercado, poderá resultar em um grande e difícil
aprendizado para a população brasileira.
A história mostra que a humanidade, quando
confrontada com grandes traumas, como guerras,
pestes e pandemias, caminha para mudanças profundas,
não só em sua organização, mas também em sua
mentalidade coletiva. Desta vez não, será diferente
– e esta mudança deverá ser marcada pela
desmoralização daquele discurso a que nos referimos
no início, que se autointitula “modernizador” (mas
que é, na verdade, conservador). Deverá ser marcada
pela valorização das políticas sociais, pela
reindustrialização do País, pela valorização dos
serviços públicos, como o sistema público de saúde,
pela valorização das instituições democráticas e
pela valorização das entidades de classe, como os
sindicatos.
Fonte: Portal Vermelho
13/04/2020 -
Centrais sindicais são admitidas em ação contra a
Medida Provisória 936
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal, admitiu o ingresso como terceiro
interessado de entidades de classe de trabalhadores
no julgamento da ação, ajuizada pelo partido Rede
Sustentabilidade, que contesta o programa
emergencial que permite redução de jornada de
trabalho com redução salarial ou a suspensão de
contratos de trabalho durante a pandemia de Covid-19,
instituído pela Medida Provisória 936/2020.
Foram autorizadas a participar do julgamento,
pautado para a sessão por videoconferência da
próxima quinta-feira (16/4), a Central Única dos
Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT),
a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), a Força Sindical (FS), a Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST), Associação
Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat) e
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).
A participação de entidades na condição de amigas da
corte (amici curiae) nos julgamentos está prevista
na Lei das ADIs (Lei 9.868/1999) e a análise de
admissão é feita pelo relator da ação. No caso das
centrais sindicais, elas devem subsidiar o
julgamento com informações sobre os impactos para os
trabalhadores do programa emergencial a partir da
edição da MP Trabalhista.
Na última segunda-feira (6/4), o ministro deferiu em
parte medida cautelar para determinar que apenas
terão validade os acordos individuais de redução de
jornada com redução salarial ou de suspensão
temporária do contrato de trabalho, se houver
anuência dos sindicatos de trabalhadores em até dez
dias, a partir da notificação. Caso o sindicato não
se manifeste na forma e nos prazos estabelecidos na
legislação trabalhista, o acordo individual estará
validado. Agora a medida cautelar deferida pelo
ministro Ricardo Lewandowski vai a referendo do
Plenário. Com informações da assessoria de imprensa
do STF.
ADI 6.363
Fonte: Consultor Jurídico
13/04/2020 -
Crise: 51% perderam renda; 32 milhões buscaram
auxílio emergencial
Declararam estar trabalhando em casa 47%, ante
37% que seguem trabalhando normalmente
Até os primeiros dias do mês, 51% dos brasileiros já
haviam perdido renda devido à pandemia do novo
coronavírus. São 32% os que afirmam ter mantido a
mesma renda, enquanto 3% estão ganhando mais e 14%
afirmaram não ter renda pessoal.
Declararam estar trabalhando em casa 47%, ante 37%
que seguem trabalhando normalmente. Foram
dispensados do trabalho 16% dos entrevistados. As
informações foram coletadas de 3 a 5 de abril pelo
Instituto Locomotiva, por telefone. A pesquisa
incluiu 935 pessoas e tem margem de erro de 3,2
pontos percentuais.
De cada dez brasileiros, seis afirmam que seus
negócios ou empresa estão sem funcionar no momento.
A renda da família deverá cair, na expectativa de
88%. Conforme o levantamento, 88% estão preocupados
com a possibilidade de perder o emprego na crise,
sendo 58% muito preocupados. Os demais 12% não tem
preocupação.
Auxílio emergencial
Para ajudar trabalhadores informais e desempregados
durante a pandemia, o PCdoB e a oposição ao governo
Jair Bolsonaro propuseram um auxílio emergencial de
R$ 600, a ser pago por três meses. Neste sábado
(11), a Caixa Econômica Federal divulgou que 32,6
milhões de brasileiros já estão com cadastros
finalizados para receber essa renda básica e
temporária.
As visitas ao site do auxílio já somam 272,3 milhões
de acessos. O aplicativo tem 33,5 milhões de
downloads (32,3 milhões no Android, e 1,2 milhões no
IOS), de acordo com a Caixa. Do total de inscritos,
40,2% solicitaram abertura de poupança social
digital no banco.
O Brasil tem 1.124 mortes confirmadas por Covid-19,
segundo os números divulgados pelo Ministério da
Saúde neste sábado (11). Os casos confirmados são
20.727.
Fonte: Portal Vermelho
13/04/2020 -
Em reunião com Maia, Alcolumbre diz que governo
Bolsonaro "acabou"
Em reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que
o governo Bolsonaro "acabou", diz Laryssa Borges, na
Veja.
Alcolumbre, porém, alertou que “a diferença é saber
se ele [Bolsonaro] chega a 2022”.
A reunião com o presidente do Senado foi umas das
várias que Maia está realizando com líderes
partidários, ministros de tribunais e com a cúpula
do Senado. As conversas têm por objetivo discutir os
rumos do atual governo e a atuação de Bolsonaro
diante da pandemia.
Com Alcolumbre, a reunião foi realizada na
residência de Maia.
Fonte: Brasil247
13/04/2020 -
Trabalhador da Vale morre de Covid-19 e movimento
pede suspensão das atividades
MAM afirma que Vale contribui para o aumento das
contaminações comunitárias e intensifica a
proliferação do vírus
Responsável pelos maiores crimes socioambientais da
história do Brasil, os rompimentos das barragens de
Mariana, em 2015, e de Brumadinho, em 2019, que
mataram mais de 270 pessoas, a mineradora Vale agora
coloca em risco a população nos locais onde continua
operando durante a pandemia de coronavírus. Foi
registrado nesta sexta-feira (10) a primeira morte
por Covid-19 de um trabalhador da mineradora.
A prefeitura de Parauapebas (PA) confirmou o óbito
de um homem de 42 anos que trabalhava na Usina de
Beneficiamento Serra Norte, no Complexo de Carajás,
sem histórico de viagem e sem comorbidades. De
acordo com o site Observatório da Mineração, o
trabalhador começou a se sentir mal em 29 de março,
deu entrada no serviço de saúde do hospital Yutaka
Takeda no dia 04 de abril e, na quarta (8), quando a
saúde piorou, ele foi encaminhado para a UTI
Intensicare onde faleceu.
Integrante do Movimento Pela Soberania Popular na
Mineração (MAM), Márcio Zonta aponta que a morte é
resultado das ações do Governo Federal que editou a
portaria (135/2020) e incluiu a mineração como
atividade essencial. A determinação do Ministério de
Minas e Energia (MME) foi tomada apesar das diversas
denúncias feitas pelos movimentos de que a
manutenção dos trabalhos da Vale iria contribuir
para o aumento das contaminações comunitárias e
intensificar ainda mais a proliferação do vírus.
Imagens do Movimento mostram que os trabalhadores da
mineração continuam sendo submetidos pela empresa a
aglomerações em filas de ônibus e refeitórios, o que
contraria todas as orientações sanitárias tanto do
Ministério da Saúde, quanto da Organização Mundial
de Saúde (OMS), para evitar a disseminação de
coronavírus. “Isso reforça a necessidade de imediata
suspensão das atividades minerárias em todo país”,
avalia o MAM.
Alerta
Em vídeo divulgado pelo MAM, o médico clínico geral,
Luiz Leite de Oliveira Filho, comenta a morte do
empregado da mineradora que, segundo ele, “ficou
cinco dias sendo enrolado, literalmente” no Hospital
Yutaka Takeda, construído pela Vale, que fica em
Carajás, até ser levado para a UTI da Intensicare.
“Na iminência da morte, a Vale transfere ele para
que morresse em outro hospital, para se eximir da
culpa que tem”, completa Zonta.
O médico afirma, ainda, que “bateu de frente com o
infectologista da Vale”, e disse que a mineradora só
irá abrir os olhos quando virar calamidade pública.
“A cidade é propícia demais à contaminação e já tem
muito contágio comunitário”, diz.
Nota da Vale
A Vale lamenta informar o falecimento de um de seus
empregados, ocorrido na tarde desta sexta-feira,
10/4, em Parauapebas (PA), com suspeita de Covid-19.
A empresa aguarda os laudos com os resultados dos
exames para confirmar a causa da morte. A empresa
está prestando todo apoio à família e vem seguindo
os protocolos de saúde e segurança estabelecidos
pelas autoridades médicas e agências de saúde de
cada um dos países em que opera.
Fonte: Brasil de Fato
13/04/2020 -
Paulo Rocha pede união dos trabalhadores e
fortalecimento dos sindicatos
O senador Paulo Rocha (PT-PA) disse na quarta-feira
(08) em pronunciamento pela internet que é hora de
os trabalhadores se unirem para fortalecer os
sindicatos e enfrentarem a política de redução e
eliminação dos direitos trabalhistas que, para ele,
vem sendo implementada pelo presidente Jair
Bolsonaro.
Paulo Rocha afirmou que a estratégia governamental
se concentra não apenas em acabar com os direitos,
mas também em afastar os sindicatos das negociações,
fazendo com que os acordos sejam feitos
individualmente pelo trabalhador e a empresa, numa
relação desigual. Além disso, segundo o senador, há
uma política deliberada de debilitar as entidades
sindicais, até financeiramente.
O senador acusou o ministro da Economia, Paulo
Guedes, de ser um braço do capital financeiro
nacional e internacional, pela agilidade em liberar
grandes recursos para ajudar esse setor, enquanto
cria dificuldades para a implementação de medidas
para beneficiar os trabalhadores e as pessoas mais
vulneráveis.
— Enquanto o Congresso Nacional, tanto a Câmara,
como o Senado, está buscando saída para enfrentar a
crise, solucionando o problema com renda mínima, com
política de compensação de salário, com aumento do
período do seguro desemprego, ele está colocando
dificuldades em implementar essas políticas. No
entanto, para o capital financeiro, através de uma
canetada só, libera trilhões — afirmou.
Fonte: Agência Senado
13/04/2020 -
Paim pede à Câmara rapidez em projeto que estende
auxílio emergencial
O senador Paulo Paim (PT-RS) fez um apelo à Câmara
dos Deputados, na quarta-feira (8), para que a Casa
vote o projeto que expande o alcance do auxílio
emergencial de R$ 600 a ser pago a trabalhadores
informais de baixa renda durante a pandemia do novo
coronavírus (PL 873/2020).
— O que quero é que essa matéria seja aprovada com
rapidez. Tem que ser votada durante os próximos 15
dias para que ela seja sancionada e esses que não
foram contemplados na primeira leva sejam
beneficiados. A fome não espera. A morte não espera.
O momento é esse — disse o senador.
Paim também lembrou que o projeto autoriza o Poder
Executivo a pagar parte dos salários de
trabalhadores (até o limite de três salários
mínimos) para que eles não sejam demitidos no
período seguinte à pandemia. O senador ressaltou que
algumas emendas são de sua autoria, entre elas a
emenda 29 que inclui o pescador artesanal entre os
beneficiados.
Fonte: Agência Senado
09/04/2020 -
Liminar de Lewandowski fortalece presença sindical
nas negociações
Decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo
Tribunal Federal, pode derrubar um dos pontos mais
criticados da Medida Provisória 936: o afastamento
dos Sindicatos de trabalhadores das negociações com
as empresas.
A MP permite reduzir salário e jornada ou até
suspender contrato de trabalho. Ela prevê, em várias
faixas salariais, que a mudança pode ser por acordo
individual, sem a participação da entidade que
representa o empregado.
Lewandowski argumenta que o afastamento dos
Sindicatos pode causar prejuízos aos trabalhadores e
também contraria a lógica do Direito do Trabalho. O
ministro deferiu cautelar (que irá ao plenário) na
Ação Direta de Inconstitucionalidade 6.363, ajuizada
pelo partido Rede Sustentabilidade, a fim de
estabelecer que os acordos individuais - ou da
suspensão temporária de contrato de trabalho -
previstos na MP somente serão válidos se os
Sindicatos forem notificados em até dez dias e se
manifestarem.
Constituição - Na decisão, o ministro destaca
que a celebração de acordos sem participação das
entidades sindicais afronta direitos e garantias
individuais dos trabalhadores, que são cláusulas
pétreas da Constituição. Ele aponta ainda o
princípio da irredutibilidade salarial em razão de
seu caráter alimentar, autorizando sua
flexibilização só mediante negociação coletiva.
Reduções - A medida provisória prevê reduções
de salário de 25%, 50% e 70%. Quando o corte for de
25%, a mudança pode ser por acordo individual entre
o patrão e o empregado, independente da faixa
salarial. Nas reduções de 50% e 70% ou suspensão de
contrato, tais acordos poderão ser firmados com
empregados que ganham menos de R$ 3.135,00 ou mais
de R$ 12.202,12. Já quem recebe entre R$ 3.136 e R$
12.202,11 só poderá ter contrato modificado por
acordo ou Convenção Coletiva, com a participação do
Sindicato.
Advogado - O dr. Marcílio Penachioni,
advogado dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região,
ressalta que a decisão do ministro Lewandowski
reafirma a inconstitucionalidade dessa modalidade de
negociação e ratifica o posicionamento das Centrais
Sindicais. As entidades cobram a participação
sindical em qualquer acordo patrão-empregado.
“O empregado não tem poder pra negociar com o
patrão. A entidade de classe é indispensável na hora
dessa negociação. A decisão do ministro deixa isso
claro”, comenta. O advogado lembra que, mesmo antes
da manifestação do STF, o Jurídico do Sindicato
enviou carta às empresas da base, advertindo que não
podiam negociar com os trabalhadores sem mediação
sindical. “Elas correm risco de sofrer ação judicial
por parte do empregado e do Sindicato”, diz.
Mais - Acesse o site do
STF e leia a íntegra da
decisão.
Fonte: Agência Sindical
09/04/2020 -
Datafolha: 17% se arrependeram de voto em Bolsonaro
e 39% consideram governo ruim ou péssimo
Os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro, 17% já
se dizem arrependidos, de acordo com levantamento
feito pelo Datafolha e divulgado nesta quarta-feira
(8) pelo jornal Folha de S.Paulo.
A maioria dos arrependidos é de mulheres: 60%. Os
eleitores arrependidos são também os que têm mais
medo do coronavírus. São 45% nesse grupo e 38% na
população geral.
Outros 39% dos entrevistados consideram ruim ou
péssima a gestão de Bolsonaro na crise provocada
pelo novo coronavírus.
Segundo a pesquisa, a taxa de ruim/péssimo sobe para
63% entre aqueles que dizem ter se arrependido do
voto no atual presidente na eleição de 2018.
Aqueles que avaliam positivamente as ações de
Bolsonaro somam 33% e os que acham regular, 25%.
O Datafolha ouviu 1.511 brasileiros entre os dias 1º
e 3 de abril. As entrevistas foram feitas por
telefone e a margem de erro é de três pontos
percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
09/04/2020 -
Panelaços voltam a abafar pronunciamento de
Bolsonaro
O presidente foi alvo de novos protestos na noite
desta quarta-feira
Diversas cidades brasileiras registraram novos
panelaços nesta quarta-feira (8) contra o presidente
Jair Bolsonaro, que voltou a usar a cadeia nacional
de rádio e televisão para falar sobre a crise do
novo coronavírus.
No pronunciamento, o presidente pregou mais uma vez
o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19,
mesmo sem comprovação científica de que o uso da
substância de fato auxilia no combate à doença. O
ex-capitão também atacou governadores e pregou
unidade no governo.
Enquanto Bolsonaro repetiu o mesmo discurso de
outras oportunidades, panelas puderam ser ouvidas
nas janelas em mais um grande panelaço.
Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza,
Belo Horizonte, Distrito Federal, Belém, Recife,
Goiânia estão entre as cidades que escutaram
protestos contra o presidente.
Fonte: RevistaForum
09/04/2020 -
Novos saques do FGTS devem disponibilizar R$ 36,2 bilhões aos
trabalhadores
A equipe econômica detalhou nesta quarta-feira a Medida Provisória que
determina a transferência dos recursos do Fundo do PIS/Pasep para o
FGTS. A MP foi publicada na noite dessa terça, e tem o objetivo de
disponibilizar R$ 36,2 bilhões para os trabalhadores.
De acordo com o secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia, Waldery Rodrigues, o valor máximo do saque será de um salário
mínimo, R$ 1.045, para manter a capacidade de o FGTS ser usado, por
exemplo, para financiar a casa própria.
“Os números possibilitaram com que o saque atinja o valor de até R$
1.045. Isso permite a sustentabilidade do fundo. Não há, por exemplo,
nenhum comprometimento do ‘funding’ associado à construção civil”.
Desde 1989, o dinheiro arrecadado pelo PIS, Programa de Integração
Social, e pelo Pasep, Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público, vai para o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Esse recurso do FAT
é usado para pagar abono salarial e seguro-desemprego.
O diretor do FGTS, Gustavo Tillmann, explicou que a extinção do Fundo do
PIS/Pasep vai apenas unificar, transferir valores para o FGTS.
O governo já havia anunciado a suspensão do recolhimento do FGTS por 3
meses, como medida para ajudar os empresários. Isso significa R$ 30
bilhões de reais a menos no Fundo de Garantia. Por isso, a cobrança do
PIS/Pasep vai continuar, para bancar o Fundo de Amparo ao Trabalhador.
“A extinção do Fundo PIS/PASEP não está extinguindo a arrecadação, que
desde a Constituição vai para o FAT pagar abono salarial e
seguro-desemprego”.
A expectativa da equipe econômica é que o FGTS receba R$ 21 bilhões do
Fundo do PIS/Pasep. No Congresso Nacional, parlamentares já se
manifestaram a favor de liberar mais recursos do FGTS para os
trabalhadores. De acordo com a equipe econômica, isso seria inviável.
Para eles, R$ 1.045 por trabalhador é o valor máximo para manter o FGTS
funcionando e não afetar outros setores da economia.
Fonte: Portal EBC
09/04/2020 -
STF proíbe Bolsonaro de flexibilizar quarentena em
qualquer estado do País e o aponta como
"irresponsável"
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)
Alexandre de Moraes proferiu nesta 4ª feira
(8.abr.2020) decisão liminar (provisória) que proíbe
o presidente da República de adotar medidas para
suspender ações de Estados e municípios para o
isolamento social no combate ao coronavírus. Eis a
íntegra da decisão (176 KB)", aponta reportagem
do site Poder 360.
O ministro atendeu parcialmente a pedido da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil), segundo o qual o
presidente Jair Bolsonaro tem atuado como “agente
agravador da crise“. A Ordem alega que o governo
“nem sempre tem feito uso adequado das prerrogativas
que detém para enfrentar a emergência de saúde
pública, atuando constantemente de forma
insuficiente e precária” e pratica “ações
irresponsáveis e contrárias aos protocolos de saúde
aprovados pela comunidade científica e aplicados
pelos Chefes de Estado em todo mundo“.
Fonte: Brasil247
09/04/2020 -
Coronavírus: OIT prevê “perdas devastadoras” de
empregos no mundo
Crise da Covid-19 vai dilapidar 6,7% das horas de
trabalho no segundo trimestre de 2020, o que
equivale a 195 milhões de trabalhadores em tempo
integral
A pandemia do novo coronavírus já provoca um efeito
catastrófico sobre as horas de trabalho e os ganhos,
prejudicando trabalhadores de todos os continentes.
Um novo relatório da OIT (Organização Internacional
do Trabalho) destaca alguns dos setores e das
regiões mais afetados e define políticas para
mitigar a crise. Na opinião da OIT, haverá “perdas
devastadoras” em termos de horas e postos de
trabalhos.
A previsão é a crise da Covid-19 vai dilapidar 6,7%
das horas de trabalho no segundo trimestre de 2020,
o que equivale a 195 milhões de trabalhadores em
tempo integral. Grandes retrocessos são esperados
nos Estados árabes (8,1%, equivalente a 5 milhões de
trabalhadores em tempo integral) e na Europa (7,8%,
ou 12 milhões de trabalhadores em tempo integral),
além de Ásia e Pacífico (7,2%, ou 125 milhões
trabalhadores em tempo integral).
Também são estimadas perdas significativas em
diferentes grupos de renda, sobretudo nos países de
renda média alta (7%, ou 100 milhões de
trabalhadores em tempo integral). Isso supera em
muito os efeitos da crise financeira de 2008-2009.
Os setores mais expostos ao risco incluem serviços
de hospedagem e alimentação, manufatura, varejo e
atividades comerciais e administrativas.
Dos 3,3 bilhões de pessoas que compõem a força de
trabalho global, 81% foram afetadas pelo fechamento
total ou parcial do local de trabalho. É muito
provável que, até o final do ano, as perdas sejam
significativamente maiores do que a previsão inicial
da OIT – de 24,7 milhões de empregos. Em entrevista
ao Vermelho, o grego George Mavrikos,
secretário-geral da Federação Sindical Mundial
(FSM), estimou que 45 milhões de trabalhadores
ficarão desempregados em função da pandemia.
“Os trabalhadores e as empresas enfrentam uma
catástrofe, tanto nas economias desenvolvidas quanto
nas em desenvolvimento”, disse o diretor-geral da
OIT, Guy Ryder. “Temos de agir rápido, decisivamente
e juntos. Medidas corretas e urgentes podem fazer a
diferença entre a sobrevivência e o colapso.”
A segunda edição do Monitor da OIT: O Covid-19 e o
Mundo do Trabalho – que descreve a pandemia como “a
pior crise global desde a 2ª Guerra Mundial” –
atualiza a nota de pesquisa da OIT divulgada em 18
de março. A versão atualizada inclui informações
setoriais sobre os efeitos da pandemia.
Segundo o novo estudo, 1,25 bilhão de pessoas estão
empregadas em setores considerados de alto risco de
aumentos “drásticos e devastadores” de demissões ou
de reduções de salários e de horas de trabalho.
Muitas dessas pessoas trabalham em empregos mal
remunerados e de baixa qualificação – situação em
que uma perda imprevista de renda acarreta
consequências devastadoras.
Em termos regionais, a proporção de pessoas
empregadas nesses setores em risco varia de 43% nas
Américas a 26% na África. Algumas regiões,
particularmente a africana, apresentam níveis mais
altos de informalidade, que, combinados com a falta
de proteção social, a alta densidade populacional e
a capacidade fraca, representam sérios desafios
econômicos e de saúde para governos.
No nível global, 2 bilhões de pessoas trabalham no
setor informal (a maioria em economias emergentes e
em desenvolvimento) e estão particularmente em
risco. Conforme a OIT, são necessárias medidas
políticas integradas e de larga escala com foco em
quatro pilares: apoio às empresas, ao emprego e à
renda; estímulo à economia e ao emprego; proteção de
trabalhadores no local de trabalho; e uso do diálogo
social entre governos, trabalhadores e empregadores
a fim de encontrar soluções.
“Este é o maior teste para a cooperação
internacional em mais de 75 anos”, disse Ryder. “E
se um país fracassa, todos nós fracassamos.
Precisamos encontrar soluções que ajudem todos os
segmentos da nossa sociedade global, particularmente
os mais vulneráveis ou menos capazes de ajudar a si
próprios”.
Para o dirigente da OIT, “as decisões que tomamos
hoje afetam diretamente a maneira como esta crise
evoluirá e, portanto, afetam a vida de bilhões de
pessoas. Baseado no estudo, Ryder pondera: “Com as
medidas certas, podemos limitar seu impacto e as
cicatrizes que deixará. Nosso objetivo deve ser
reconstruir de forma melhor, para que os nossos
novos sistemas sejam mais seguros, mais justos e
mais sustentáveis do que aqueles que permitiram que
essa crise acontecesse”.
Com informações do Escritório da OIT Brasil
Fonte: Portal Vermelho
09/04/2020 -
Líder da Minoria não quer votar MP do Contrato Verde
e Amarelo
O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE),
disse ser contra a votação da Medida Provisória
905/19, que cria o Contrato Verde e Amarelo e altera
normas trabalhistas. Ele afirmou que a matéria não
tem relação com a crise do coronavírus e pode
interromper o ciclo de acordos que têm marcado as
votações remotas.
"A MP 905 é outra reforma trabalhista", disse
Guimarães. "O que ela tem a ver com o coronavírus?",
questionou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a
MP 905 continuará na pauta de votações. "Ela trata
de muita coisa importante, devemos avançar na
tentativa de acordo, já que todos os partidos estão
dialogando", disse.
O líder do PP, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou
que os partidos de centro não pressionaram pela
votação do texto. Ele defendeu a análise da matéria.
"Ela tem regras importantes para micro e pequenos
empreendedores, para a geração de emprego neste
momento", disse.
Fonte: Agência Câmara
09/04/2020 -
Partido pede no Supremo liberação de saque imediato
do FGTS
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) ingressou,
nesta quarta-feira (8/4), com ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
para que a liberação do saque de contas do FGTS seja
feita de forma imediata. A ação pede que o pagamento
seja priorizado aos que recebem até dois salários
mínimos e, acima dessa renda, àqueles com mais de 60
anos, gestantes e portadores de doenças crônicas.
A ADI, assinada pelos escritórios Mudrovitsch
Advogados, Carlos Eduardo Frazão Advocacia,
Carneiros Advogados e Alonso Freire Advocacia,
critica a lentidão do governo na tomada de medidas
necessárias durante a crise sanitária e questiona o
prazo determinado pelo governo federal na Medida
Provisória 946 — a partir de 15 de junho.
De acordo com a peça, dispositivos da MP violam um
conjunto de preceitos constitucionais, entre os
quais se destacam o princípio constitucional da
igualdade — ao provocar um impacto inegavelmente
desproporcional nos trabalhadores com menores renda
e poder aquisitivo — e o princípio constitucional da
proporcionalidade — por provocar uma inequívoca
proteção deficiente desses mesmos trabalhadores.
Fonte: Consultor Jurídico
08/04/2020 -
Informais e MEIs já podem receber os R$ 600,00 de
abono emergencial
Demorou, mas está resolvido. A Caixa Econômica
Federal já começa a liberar o pagamento do abono
emergencial de R$ 600,00 para informais,
Microempreendedores Individuais (MEIs) e outros
trabalhadores sem vínculo empregatício.
O sindicalismo, comemora, e com razão, esse
pagamento, pois fez pressão não só pra que houvesse
um abono, como também atuou junto à Câmara e ao
Senado, a fim de elevar o valor. As Centrais
chegaram a lançar a campanha “Paga logo,
Bolsonaro!”.
Vale lembrar que Jair Bolsonaro, inicialmente,
anunciou o valor de R$ 200,00. Diante da reação
negativa, subiu pra R$ 300,00. Porém, o valor de R$
600,00 só prevaleceu porque houve aprovação na
Câmara e depois no Senado.
Acesse - Pelo
site ou aplicativo Caixa Auxílio Emergencial nos
aparelhos com
sistema operacional Android e aparelhos com
sistema iOS, como iPhones. O acesso ao App é
gratuito. O aplicativo é destinado a trabalhadores
informais que ainda não têm qualquer tipo de
cadastro no sistema de programas sociais do governo.
Quem já está no
Cadastro Único do governo (CadÚnico) ou recebe o
auxílio do Bolsa-Família não precisa se cadastrar no
site porque já têm os dados inseridos no sistema do
governo.
Agências - Caso não possua smartphone, a
pessoa poderá acessar o site por meio de
computadores ou pedir a parentes pra realizar o
cadastro. Em último caso, o cidadão pode comparecer
às agências da Caixa.
Fonte: Agência Sindical
08/04/2020 -
Pauta trabalhista é maior preocupação da indústria
no STF
Na versão deste ano do documento, são listados
101 processos
As questões trabalhistas superaram as tributárias e
se tornaram neste ano a principal motivação para a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) acionar o
Supremo Tribunal Federal (STF). É a primeira vez que
isso ocorre desde que começou a ser publicada, em
2016, a Agenda Jurídica da Indústria.
Na versão deste ano do documento, são listados 101
processos, dos quais 34,5% tratam de questões
trabalhistas, 31% de conflitos tributários e 16%
dizem respeito a temas administrativos ou
regulatórios.
O destaque do direito do trabalho se deve à reforma
trabalhista promovida no governo Michel Temer,
avalia o superintendente jurídico da CNI, Cássio
Borges. “Apesar de ter modernizado as leis e gerado
um cenário mais equilibrado nas relações do
trabalho, a nova legislação é objeto de muitos
questionamentos no Supremo”, disse ele no texto de
apresentação da agenda.
Ao todo, a CNI é autora de 39 processos no Supremo,
sendo 35 ações diretas de inconstitucionalidade
(ADI) e quatro ações de descumprimento de preceito
fundamental (ADPF). A entidade figura como
interessada em outros 32 processos e acompanha de
perto outros 30.
Entre as ações trabalhistas, algumas já haviam
entrado na pauta do primeiro semestre do Supremo,
como por exemplo as ADI’s que tratam do contrato de
trabalho intermitente ou o recurso especial sobre o
alcance de normas coletivas de trabalho. Entretanto,
devido à pandemia do novo coronavírus, que alterou a
dinâmica do plenário, ainda não está claro se esses
processos serão de fato julgados.
A ação em que a CNI questiona a constitucionalidade
da tabela de preços do frete rodoviário, um dos
temas mais urgentes para a indústria, também chegou
a ser incluída na pauta do plenário, mas acabou
retirada a pedido do governo. O relator, ministro
Luiz Fux, tem promovido reuniões de conciliação em
busca de uma solução amigável entre setor produtivo
e caminhoneiros.
Fonte: Agência Brasil
08/04/2020 -
Governo publica MP que autoriza novos saques do FGTS
a partir de 15 de junho
O governo federal publicou no fim da noite desta
terça-feira (7) uma Medida Provisória (MP) que
libera saque de R$ 1.045 de contas ativas e inativas
do FGTS a partir de 15 de junho e até 31 de
dezembro.
A operação tem aplicação imediata por ser uma MP,
mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em
120 dias. O Legislativo editou um ato para que as
MPs tenham uma tramitação mais rápida durante este
período, de apenas 16 dias.
A Caixa Econômica Federal (CEF) definirá os
critérios e o cronograma dos saques.
O Brasil tem 14 mil casos e 688 mortes provocadas
pela doença.
Fonte: Brasil247
08/04/2020 -
Empresas criam movimento para evitar demissões
durante pandemia
Empresários se comprometem a manter empregados
por 2 meses
Com as medidas de fechamento de parte das empresas
para diminuir a disseminação do novo coronavírus, um
grupo de empresários no Brasil divulgou manifesto no
qual se comprometem a manter os empregos dos
funcionários, ao menos, pelos próximos dois meses.
As empresas que assinam o documento divulgado no
site “Não demita!” incluem bancos, corretoras,
construtoras, lojas de varejo e algumas do setor de
saúde.
“Mantendo nossos quadros ajudaremos a evitar ou
minimizar um possível colapso econômico e social. Se
você tem fábricas ou instalações, siga as
orientações da OMS [Organização Mundial da Saúde] e
do Ministério da Saúde. Crie um ambiente de trabalho
em que as pessoas possam comer e trabalhar com
distância física, e assim se sintam tão seguros
quanto se estivessem em casa”, diz trecho do
manifesto.
Para essas empresa, “a primeira responsabilidade
social de uma companhia é retribuir à sociedade o
que ela proporciona a você – começando pelas pessoas
que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu
negócio”.
O manifesto destaca que demitir um funcionário gera
um custo imediato, muitas vezes maior que garantir
dois meses de salários, afirmando que há linhas de
crédito e soluções que estão sendo criadas para
ajudar as empresas a atravessar este momento.
Outra orientação diz respeito à ajuda para o
restante da população. “Se você tiver força
financeira, ajude as pessoas que moram nas nossas
comunidades a terem condições de sobrevivência.
Essas pessoas também são empreendedoras. São os
vendedores de pipoca, de cachorro-quente, as
manicures e diversos outros que não têm com quem
contar. Elas também ajudam a levar o nosso país para
frente, mas neste momento não podem sair de casa
para lutar pela sobrevivência”.
Fonte: Agência Brasil
08/04/2020 -
69% dos brasileiros esperam perder renda na crise do
coronavírus
O pessimismo tomou conta dos brasileiros na crise do
coronavírus. A expectativa é de que a renda das
pessoas sofrerá um baque com a paralisação da
atividade econômica.
Segundo o Datafolha, 69% dos brasileiros preveem que
seus rendimentos diminuirão nos próximos meses, e
somente 30% acham que isso não acontecerá.
A população mais pobre é a que demonstra maior
preocupação. Mas também o setor de renda mais
elevada acha que vai perder com a crise.
Entre as pessoas com renda familiar mensal de até
dois salários mínimos (R$ 2.090), 73% acham que seus
rendimentos vão se reduzir.
Entre os mais ricos, com renda superior a dez
salários mínimos (R$ 10.450), os que preveem ganhos
menores são 67%, informa o jornalista Ricardo
Balthazar na Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
08/04/2020 -
Paim pede ampliação do seguro desemprego até o fim
do ano
O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu, durante
pronunciamento pela internet nesta terça-feira (7),
a rápida aprovação de emenda à Medida Provisória
936, que institui o Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda.
De sua autoria, a emenda amplia o seguro desemprego,
assegurando renda até o fim do ano, se assim for
necessário. Para ele, é preciso dar condições para
que as pessoas fiquem em casa nesse período.
— Aprovando a emenda vamos assegurar que todos vão
continuar recebendo o seguro desemprego enquanto
durar esse ataque à vida, ao nosso povo e a toda a
nossa gente. Fica o compromisso da Previdência de
reajustar quando for necessário, pelo INPC, o valor
do beneficio. O momento é esse, é de muita
responsabilidade. Se atualizasse o benefício
agora nós iríamos para R$ R$ 2.870.
Paim relembrou que o Brasil tem 45 milhões de
pessoas na informalidade, 50 milhões na pobreza e
13,5 milhões na extrema pobreza. Além disso,
afirmou, o desemprego no país pode chegar a 20
milhões de pessoas.
Fonte: Agência Senado
08/04/2020 -
MP 936 precisa ser alterada pra garantir renda e
estabilidade efetiva
A pretexto de combater a pandemia do coronavírus, o
governo aditou mais uma medida lesiva aos
trabalhadores. A Medida Provisória 936, do dia 1° de
abril, possibilita a suspender contratos de trabalho
por 90 dias ou a reduz jornadas e salários em função
da crise.
A MP, que cria o Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda, visa garantir segurança e
proteção à população mais pobre, atingida
diretamente pelo impacto da epidemia sobre as
atividades econômicas.
Mas será que a medida cumpre com a função para a
qual foi criada? É o que analisa a Nota Técnica
Número 232, do Dieese, de 3 de abril.
De acordo com a Nota, uma grande lacuna deixada pela
MP "é a ausência de efetiva e generalizada garantia
de emprego aos trabalhadores, independentemente de
estarem incluídos no Programa". Ou seja, a medida é
insuficiente para proteger emprego e direitos. Um
exemplo grave disso é o item que limita a proteção e
garante estabilidade apenas aqueles que entrarem no
Programa Emergencial.
"A MP 936 é insuficiente pra proteger emprego e
salário. Ela não tem nenhum mecanismo efetivo de
estabilidade, mesmo para os trabalhadores que
entrarem no Programa. Há um item que fala em
estabilidade, mas que se revela insuficiente na
proteção tanto do emprego quanto da renda. Muitos
poderão ser dispensados em razão da conjuntura
adversa", aponta Fausto Augusto Junior,
diretor-técnico da entidade.
Até 70% - A medida autoriza os patrões a reduzir a
jornada e os salários dos trabalhadores, inclusive
as domésticas com Carteira assinada, em 25%, 50% e
até 70%, por até três meses, além de suspender os
contratos de trabalho por até dois meses. Os
trabalhadores poderão receber parte do
seguro-desemprego e dispor de estabilidade
temporária.
Segundo o Dieese, para tranquilizar as famílias
durante a fase de combate à pandemia, demissões sem
justa causa deveriam ser proibidas. O texto chama
atenção também para pessoas que recebem o
seguro-desemprego, que provavelmente ficarão sem
qualquer proteção, pois terão o benefício encerrado
antes do fim do estado de calamidade e não serão
cobertas no Programa.
"Cabe propor melhorias na intensidade da proteção
aos trabalhadores para efetiva a manutenção dos
empregos, além de ampliar a proteção aos
desempregados", conclui a Nota Técnica.
O Dieese recomenda esforço concentrado junto ao
Congresso Nacional, que votará a MP nos próximos
dias, para que os parlamentares reduzam ao máximo as
perdas nos rendimentos dos trabalhadores formais,
além de garantir estabilidade com a participação dos
Sindicatos nas negociações com as empresas.
Emendas - As Centrais Sindicais encaminharam
propostas de emendas à MP. Elas criticam a
possibilidade de acordos individuais e defendem
participação sindical. "As negociações coletivas e a
atuação dos Sindicatos são fundamentais, a fim de
garantir que os trabalhadores não saiam prejudicados
pelo empregador", afirma João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.
Fonte: Agência Sindical
08/04/2020 -
Senado aprova programa de crédito facilitado a
pequenas empresas
O senado aprovou, nesta terça-feira, projeto que
trata do programa nacional de apoio às
microempresas.
A sessão virtual foi conduzida pelo presidente da
Casa, senador Davi Alcolumbre. É a primeira que ele
preside após se recuperar da Covid-19.
Alcolumbre agradeceu o apoio dos parlamentares e
falou sobre o projeto, que na prática é um programa
que facilita crédito para pequenos negócios.
A proposta prevê quase R$ 11 bilhões em crédito para
microempresas. O benefício só vale para empresas que
têm faturamento bruto anual de até R$ 360 mil.
De acordo com texto aprovado pelo Senado, o
empresário vai ter prazo de até 36 meses para o
pagamento, com juros de 3,75% ao ano e carência de
seis meses.
O projeto partiu do Congresso, no âmbito das
propostas para conter os impactos sociais e
econômicos da pandemia do coronavírus.
A proposta segue agora para análise da Câmara dos
Deputados.
Fonte: Portal EBC
08/04/2020 -
CNT questiona MP que reduz contribuições de empresas
ao sistema S
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) pediu
que o Supremo Tribunal Federal declare
inconstitucional trechos da Medida Provisória
932/2020, que reduz pela metade, por 90 dias, as
contribuições de empresas ao Sistema S (Sesi, Senai,
Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar e Sescoop).
A confederação pede a suspensão das regras que
alteram as alíquotas de contribuição aos serviços
sociais autônomos e estabelecem que, durante os três
meses de corte nas contribuições, as entidades do
“Sistema S” deverão destinar à Receita Federal o
equivalente a 7% do valor arrecadado, como
retribuição pelos serviços de recolhimento e
repasse.
A autora da ação afirma que esse percentual
representa o dobro do que prevê a Lei 11.457/200789
e alega que não cabe dobrar a remuneração da Receita
se a diminuição das alíquotas fará com que os
recursos sejam reduzidos pela metade.
Para a confederação, a MP não observa os requisitos
de relevância e urgência previstos no artigo 62,
caput, da Constituição Federal, pois os efeitos dela
decorrentes impactam negativa e imediatamente o
setor de transporte, o qual, afirma, consubstancia
um dos pilares do desenvolvimento econômico do país
e cujos recursos são essenciais no enfrentamento da
crise pandêmica da Covid-19.
Outro argumento apresentado é de que a norma
institui um empréstimo compulsório dos valores
destinados ao “Sistema S”, o que contraria a vedação
constitucional de utilização de medidas provisórias
para veicular matéria de lei complementar. O
ministro Ricardo Lewandowski é o relator da ação.
Com informações da assessoria de imprensa do STF.
ADI 6.373
Fonte: Consultor Jurídico
07/04/2020 -
Convenção ou acordo coletivo de trabalho podem ser
registrados online
Tempo médio de análise das solicitações é de
cinco dias
O registro de instrumentos coletivos de trabalho,
como as convenções e os acordos, pode a partir de
agora ser solicitado pelos sindicatos de modo
inteiramente online, sem a necessidade de
comparecimento a uma das superintendências regionais
do trabalho do Ministério da Economia.
Conforme a legislação trabalhista, o registro pelo
Ministério da Economia é necessário para que as
convenções e os acordos tenham validade. O tempo
médio de análise das solicitações pela Subsecretaria
de Relações do Trabalho é de cinco dias. O
procedimento verifica os requisitos formais dos
instrumentos coletivos de trabalho.
As convenções e os acordos são instrumentos
coletivos de trabalho que possuem caráter normativo
e são firmados entre as empresas os sindicatos.
Também poderá ser solicitada online a mediação
coletiva trabalhista, que visa resolver conflitos
entre entidades de classe, trabalhadores e
empregadores.
As empresas, por sua vez, poderão comunicar férias
coletivas somente pela internet, também sem a
necessidade de comparecimento em pessoa de algum
representante. O procedimento, porém, está
temporariamente suspenso por força da medida
provisória 927/2020, que estabeleceu condições
especiais por causa da pandemia do novo coronavírus
(covid-19).
Mais informações podem ser encontradas no portal do
Ministério da Economia.
Fonte: Agência Brasil
07/04/2020 -
Sindicalismo busca melhorar renda e reforçar
presença no combate à crise
A Medida Provisória 936/2020, que institui o
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda, segue a lógica da precarização das relações
de trabalho e de enfraquecimento dos Sindicatos,
quando propõe acordos individuais entre patrão e
empregado sem a mediação sindical.
A MP, que permite a suspensão integral da jornada de
trabalho, pode resultar também na redução salarial.
Com o objetivo de reverter os aspectos negativos da
medida, que busca evitar demissões em massa
provocadas pela redução da atividade econômica
durante a pandemia da Covid-19, o sindicalismo deve
centrar fogo nas articulações no Congresso Nacional
para alterar o texto.
Enfrentamento - Para o consultor Antônio
Augusto de Queiroz, diretor licenciado do Diap,
medidas como a estabilidade provisória no emprego e
garantia de renda são fundamentais a fim de
enfrentar as consequências da pandemia e posterior
retomada da economia. Mas a MP 936 - apesar de
necessária neste momento - precisa ser melhorada.
"Além de ser insuficiente, no que diz respeito à
manutenção da renda dos trabalhadores, o processo de
negociação é outro problema a ser enfrentado. O foco
das articulações deve ser reforçar o papel dos
Sindicatos e melhorar os valores referentes à
remuneração", disse à Agência Sindical.
As Centrais Sindicais defendem que o Programa
Emergencial para os trabalhadores formais deve
proibir demissões em todo País, garantir
estabilidade de emprego durante a crise e 100% de
renda aos empregados, além de priorizar os acordos
firmados por negociação coletiva.
Morosidade - O professor Oswaldo Augusto de
Barros, coordenador do Fórum Sindical dos
Trabalhadores e presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e
Cultura (Cnteec), conta que outra fonte de
preocupação é a demora do governo Federal em
implementar medidas de apoio aos segmentos mais
atingidos pelos efeitos da quarentena e do
isolamento social.
O dirigente avalia: "Estamos em uma situação de
guerra, onde as medidas devem ser adotadas com
rapidez. A preocupação com a preservação dos
empregos é louvável, mas é preciso superar a
morosidade do governo na efetivação das medidas -
seja para quem tem Carteira assinada, seja para os
informais e camadas mais vulneráveis, que precisam
dos recursos com urgência".
Tramitação - A medida provisória pode ser
apreciada a qualquer momento pelo plenário virtual
da Câmara. Depois, a proposta segue para o Senado. O
prazo máximo para apreciação da proposta, pelas
novas regras de tramitação das MPs neste momento
excepcional, é de 16 dias.
Fonte: Agência Sindical
07/04/2020 -
Plenário pode votar Contrato Verde e Amarelo e Plano
Mansueto
O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar nesta
terça (7) medida provisória que institui o Contrato
de Trabalho Verde e Amarelo (MP 905/19) e proposta
que muda várias regras para ingresso e manutenção
dos estados no Regime de Recuperação Fiscal,
conhecida como Plano Mansueto (PLP 149/19). A
reunião está agendada para as 10 horas.
O chamado Plano Mansueto, que recebeu esse nome por
ter sido elaborado pelo secretário do Tesouro
Nacional, Mansueto Almeida, teve o regime de
urgência aprovado na semana passada. Os
parlamentares vão analisar o relatório do deputado
Pedro Paulo (DEM-RJ).
O PLP cria um programa de socorro aos estados e
municípios mais endividados, que prevê liberação de
empréstimos com aval da União para resolver os
problemas financeiros imediatos, condicionados à
adoção de medidas de ajuste fiscal que permitam a
recuperação da capacidade de pagamento dos entes
federativos até 2022.
Contrato Verde e Amarelo
O relatório da MP do Contrato Verde e Amarelo foi
aprovado em comissão especial em meados de março. O
texto precisa ser aprovado até 20 de abril para não
perder a validade.
O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo é um
programa que incentiva a contratação de pessoas
entre 18 e 29 anos de idade, no período de 1º de
janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2022. Editada em
novembro do ano passado, a MP faz parte de um pacote
de medidas do governo Bolsonaro para reduzir o
desemprego no País.
Fonte: Agência Câmara
07/04/2020 -
STF: redução salarial precisa ser negociada com
sindicatos
Segundo ministro Lewandowski, entidades de
trabalhadores precisam se manifestar antes de
qualquer acordo.
Embraer e GM já propõem redução e suspensão de
contratos
São Paulo – Acordos individuais sobre redução de
jornada e salário, ou de suspensão de contratos de
trabalho, só serão válidos se os sindicatos de
trabalhadores negociarem antes de forma coletiva,
conforme decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do
Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, ele
aceitou em parte a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6.363, proposta pela
Rede, contra a Medida Provisória 936.
A decisão ainda terá de passar pelo plenário da
Corte. Segundo Lewandowski, caso o sindicato não se
manifeste em até 10 dias, estará aceitando o acordo
individual.
A MP 936 abriu a possibilidade de redução salarial e
de suspensão de contratos de trabalho, por meio de
acordos individuais, o que já foi contestado por
juízes do Trabalho e pelas centrais sindicais.
Em análise preliminar, o ministro do STF disse que
aparentemente a medida afronta direitos e garantias
individuais dos trabalhadores, incluídas entre as
cláusulas pétreas da Constituição. Um dos artigos
constitucionais fala em irredutibilidade salarial, a
não ser pela negociação coletiva.
Ao mesmo tempo em que fala em cautela, devido à
situação causada pela pandemia da covid-19, o
ministro defende segurança jurídica de todos os
envolvidos, “especialmente necessária nesta quadra
histórica tão repleta de perplexidades”. Ele avalia
que excluir os sindicatos pode prejudicar os
trabalhadores, além de contrariar a lógica do
Direito do Trabalho.
Confira aqui a íntegra da decisão do ministro do
STF.
Embraer e GM
Em São José dos Campos, no interior paulista, o
Sindicato dos Metalúrgicos recebeu nesta
segunda-feira (6) da Embraer proposta de suspensão
dos contratos de trabalho, incluindo redução
salarial que segundo a entidade em alguns casos
ultrapassa os 25%. O sistema seria aplicado no
retorno das férias coletivas, concedidas como
prevenção ao coronavírus, que terminam na
quinta-feira (9).
Foi marcada outra rodada de negociação para esta
terça (7). “A última proposta apresentada pela
Embraer só não atingirá os trabalhadores que
permanecerão em atividade na fábrica durante este
período. Eles receberão 100% de seus salários”, diz
o sindicato. O percentual de desconto varia conforme
o rendimento do funcionário. A suspensão valeria por
60 dias, e o governo entraria com parte da
compensação salarial.
Ainda em São José, a General Motors também propôs
suspensão de contratos e redução salarial, com base
na MP 936. A proposta passará por votação
eletrônica. A medida atingiria 90% dos trabalhadores
na fábrica.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/04/2020 -
Crédito para folha de pagamento já está disponível
nos bancos
O programa de financiamento da folha de pagamento
para pequenas e médias empresas foi regulamentado
nesta segunda-feira (6) pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), em reunião extraordinária. Com isso,
as empresas já podem pedir o empréstimo aos bancos.
Cerca de 1,4 milhão de pequenas e médias empresas,
que empregam 12,2 milhões de trabalhadores que
ganham até dois salários mínimos, receberão R$ 40
bilhões de crédito com juros baixos para manter a
folha de pagamento por dois meses.
O limite de financiamento é de dois salários
mínimos. Ou seja, se o trabalhador ganha mais de
dois salários mínimos, a empresa terá de
complementar o salário. Ao contratar o crédito, a
empresa assume o compromisso de não demitir o
funcionário nesse período de dois meses.
A taxa de juros será de 3,75% ao ano (atual taxa
Selic), com seis meses de carência e 36 meses para o
pagamento.
Os recursos virão do Tesouro Nacional (85%) e das
instituições financeiras participantes (15%). Em
caso de inadimplência, as perdas serão absorvidas
pelo Tesouro e pelos bancos participantes nessa
mesma proporção.
Fonte: Agência Brasil
07/04/2020 -
Congresso apresenta 118 emendas à MP que reduz
contribuições ao Sistema S
A Medida Provisória que reduz por três meses as
contribuições recolhidas por empresas para financiar
o Sistema S (MP 932/2020) causou incômodo no
Congresso Nacional e em parte da população
brasileira.
O sistema engloba nove organizações das entidades
corporativas voltadas para o treinamento
profissional, assistência social, consultoria,
pesquisa e assistência técnica.
Pelo texto, ficam reduzidas em 50% as alíquotas das
contribuições aos serviços sociais autônomos. A
medida vale entre 1º de abril e 30 de junho de 2020.
A MP, que integra o pacote do governo federal para
minimizar os impactos da pandemia do coronavírus na
economia, recebeu 118 emendas de senadores e
deputados. O prazo para apresentação de emendas se
encerrou na quinta-feira (2).
Até a manhã desta segunda-feira (6), a medida
contava com 152 mil votos contrários e 2 mil a favor
no Portal e-Cidadania do Senado.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
07/04/2020 -
Justiça determina que iFood e Rappi paguem auxílio a
entregadores afastados por coronavírus
Decisão vale apenas para trabalhadores do grupo de
risco que já estão contaminados ou com suspeita de
coronavírus
A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou neste
domingo (5) que os aplicativos de delivery Rappi e
iFood paguem um auxílio no valor de um salário
mínimo (R$ 1.045) a entregadores afastados por conta
do coronavírus. Decisão vale para todo o Brasil, mas
abrange apenas entregadores que são do grupo de
risco.
A sentença diz que as empresas devem fornecer
“assistência financeira aos trabalhadores que
integram grupo de alto risco [maiores de 60 anos,
pessoas com doenças crônicas, imunocomprometidos e
gestantes], que demandem necessário distanciamento
social ou afastados por suspeita ou efetiva
contaminação pelo novo coronavírus”.
A decisão também determina que aplicativos devem
fornecer álcool gel com concentração de 70% aos
entregadores, para que eles possam higienizar as
mãos e também seus veículos e mochilas usadas nas
entregas. Além disso, as empresas deverão
disponibilizar lavatórios com água e sabão para que
os entregadores possam lavar as mãos durante o
expediente.
A decisão foi emitida pelo juiz Elizio Luiz Perez,
do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT-2), e atende a pedidos movidos pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT).
Fonte: RevistaForum
07/04/2020 -
Projeto prevê pagamento do seguro-desemprego por até
dez meses
O seguro-desemprego poderá ser pago ao desempregado
por um período de até dez meses, segundo
projeto apresentado pelo senador Paulo Rocha
(PT-PA). Em razão do estado de emergência de saúde,
Paulo Rocha sugere que a despesa com a ampliação do
benefício seja feita por meio de crédito
extraordinário, não contabilizado no teto de gastos.
Fonte: Agência Senado
07/04/2020 -
Projeto autoriza saque do FGTS por 3 meses durante
combate à Covid-19
O Projeto de Lei 1296/20 autoriza o saque
emergencial de um salário mínimo das contas
vinculadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) por três meses consecutivos em razão do
estado de calamidade pública reconhecido pelo
Congresso Nacional em março. O texto em análise na
Câmara dos Deputados altera a Lei do FGTS (Lei
8036/90) e permite ainda a prorrogação do período de
saques enquanto durar o combate à Covid-19 no País.
Autor do projeto, o deputado André Janones (Avante-MG)
afirma que o objetivo é amenizar os danos causados à
economia, e conter os efeitos indiretos da doença no
dia a dia das famílias brasileiras que vem seguindo
o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para
se manterem isoladas a fim de evitar a disseminação
do novo coronavírus.
"Não se pode ignorar a relevância do FGTS nesses
casos, a fim de garantir que os brasileiros,
principalmente os mais vulneráveis, tenham recursos
para sobreviver e custear suas necessidades mais
básicas”, ressalta.
Fonte: Agência Câmara
06/04/2020 -
Datafolha: 44% acreditam que Bolsonaro não tem
condições de governar; 37% da população defende
renúncia
Novo levantamento aponta que mais de um terço da
população quer o fim do governo Bolsonaro após pouco
mais um ano de mandato
Pesquisa revelada neste domingo (5) pelo Datafolha
mostra que a reprovação do presidente Jair Bolsonaro
diante do enfrentamento ao novo coronavírus traz
abalos políticos para o mandatário.
Segundo o instituto, 44% dos entrevistados acredita
que o presidente não tem mais condições de governar,
enquanto 52% ainda crê no ex-capitão, que está
apenas no segundo ano de mandato.
A renúncia, defendida publicamente por setores da
oposição desde a última segunda-feira, ganha coro em
37% da população. No entanto, 59% responderam que o
presidente “não deveria renunciar”.
O Datafolha aponta que há uma correlação entre o
temor diante do novo coronavírus e a continuidade de
Bolsonaro. Dos que acreditam que ele deve continuar,
a maioria diz não estar preocupada com a pandemia.
As avaliações sobre a possibilidade de impeachment
ou afastamento do ex-capitão não fizeram parte do
questionário.
Pesquisa revelada no sábado apontou que 51% das
pessoas consideram que o presidente “mais atrapalha
que ajuda” no combate à doença. Outro levantamento
do instituto ainda apontou que a popularidade do
presidente Jair Bolsonaro tem caído: a reprovação do
ex-capitão foi de 33% para 39%, enquanto a aprovação
oscilou de 35% para 33%.
A postura do presidente diante do novo coronavírus
teria irritado a cúpula das Forças Armadas que,
segundo informações de bastidores, teriam eleito o
ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga
Netto, como “presidente operacional”.
Fonte: RevistaForum
06/04/2020 -
Aplicativo para cadastro em renda emergencial de
trabalhadores será lançado nesta terça-feira
Calendário de pagamento deverá ser divulgado
nesta semana pela Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal vai lançar nesta
terça-feira (7) o aplicativo que permitirá o
cadastramento de trabalhadores para receberem o
auxílio emergencial em virtude da pandemia de Covid-19.
O banco também lançará uma página na internet e uma
central de atendimento telefônico para a retirada de
dúvidas e a realização do cadastro.
O próprio aplicativo avaliará se o trabalhador
cumpre os cerca de dez requisitos exigidos pela lei
para o recebimento da renda básica. O pagamento
poderá ser feito em até 48 horas depois que a Caixa
receber os dados dos beneficiários. Quem não tem
conta em bancos poderá retirar o benefício em casas
lotéricas.
Pagamento
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que o
banco lançará outro aplicativo, exclusivo para o
pagamento da renda básica. O benefício será
depositado em contas poupança digitais, autorizadas
recentemente pelo Conselho Monetário Nacional, e
poderá ser transferido para qualquer conta bancária
sem custos. Segundo ele, o calendário de pagamentos
será anunciado na próxima semana, depois de o banco
conhecer o tamanho da população apta a receber a
renda básica emergencial.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
06/04/2020 -
PT vai ao Supremo para liberar saque do FGTS por
causa da pandemia de coronavírus
A legenda entende que a lei já permite
movimentações de valores em situações de calamidade
pública
O Partido dos Trabalhadores entrou com ação no
Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a liberação
dos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) em meio à pandemia do novo coronavírus.
A legenda pede que a Corte dê liminar sob o
entendimento de que o reconhecimento formal do
estado de calamidade pública pelo governo federal
autoriza o levantamento dos recursos das contas de
FGTS pelos trabalhadores sem necessidade de edição
de regulamento específico e autorizativo do saque. A
Ação Direta de Inconstitucionalidade ao Supremo
Tribunal Federal foi protocolada na noite desta
sexta, 3.
A petição inicial argumenta que a legislação que
instituiu o FGTS permite a movimentação de valores
pelo empregado em situações específicas e em outras
excepcionais entre elas "a de calamidade pública
oriunda de desastre natural". No entanto, a norma
não estabeleceu quais seriam os requisitos para o
saque do FGTS - seja do seu inteiro saldo ou de
parcelas dele - quando em circunstância de grave
calamidade pública.
Para o PT, na atual crise do coronavírus,
"condicionar a movimentação dos recursos do FGTS à
regulamentação (novo decreto executivo, além do já
existente), afronta os princípios da dignidade
humana, da proteção do mínimo existencial, da
isonomia, dos direitos sociais à saúde, educação,
moradia, alimentação, segurança jurídica e pessoal,
e assistência aos desamparados e da garantia social
do FGTS".
"Há de se reconhecer incompatível atualmente com a
Constituição Federal a expressão 'conforme disposto
em regulamento' (que consta no decreto que instituiu
o FGTS), ao menos no sentido de que a ausência de
regulamento autorizando o saque em casos de
calamidade impede o saque para necessidade pessoal",
diz a legenda.
A ação indica que já há projetos de lei em
tramitação no Congresso visando permitir aos
trabalhadores a utilização do FGTS para mitigar os
efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus,
mas a legenda considera "desnecessária qualquer
alteração na legislação".
"Embora tenha sido noticiado que o governo está
estudando uma nova rodada de saques do FGTS, com
objetivo de auxiliar os trabalhadores em meio à
pandemia e estado de calamidade pública causado pelo
coronavírus, a lentidão do governo federal e a real
probabilidade de que o valor liberado seja
insuficiente aos trabalhadores motivaram o Partido
Político do Trabalhadores a buscar nesta Corte a
liberação do FGTS", pontua ainda a ADI.
A petição inicial argumenta ainda que algumas
decisões já foram dadas no sentido de garantir o
saque integral do saldo do FGTS, "sem, porém, haver
deliberação legislativa ou precedente desta Corte a
uniformizar o tema". A ação é assinada pelos
advogados Alonso Freire, Rodrigo Mudrovitsch, Carlos
Eduardo Frazão, Victor Rufino, Eugênio José Aragão,
Angelo Ferraro, Sofia Campelo e Luiza Veiga.
Fonte: Globo.com
06/04/2020 -
Datafolha aponta que 76% dos brasileiros defendem
isolamento contra coronavírus
Pesquisa Datafolha indica que a população
brasileira quer manter o isolamento como forma de
prevenção e controle contra o coronavírus
O brasileiro quer ficar em casa para se proteger do
coronavírus e cooperar com as autoridades sanitárias
no controle da doença, em total contradição com Jair
Bolsonaro que tem usado a Presidência da República
como palanque contra o isolamento.
Posição da maioria dos brasileiros a favor do
isolamento (76%) está em linha com opinião das
autoridades sanitárias e da Organização Mundial da
Saúde.
Apenas 18% dos entrevistados têm a visão de que é
mais importante acabar com o isolamento para
estimular a economia.
O apoio a que as pessoas fiquem em casa é maior no
Nordeste, onde Bolsonaro historicamente tem menor
popularidade. São 81% os favoráveis na região,
governada em sua maioria por políticos de esquerda,
aponta reportagem do jornalista Fábio Zanini na
Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
06/04/2020 -
Partidos de esquerda vão ao Supremo contra MP que
permite redução de salários
Ao permitir a redução de salário e a suspensão de
contratos durante a crise gerada pela pandemia do
coronavírus, a Medida Provisória 936 vai de encontro
à dignidade humana e estimula a falta de proteção à
subsistência dos trabalhadores. Com esse
entendimento, partidos de esquerda enviaram ao
Supremo Tribunal Federal ação direita de
inconstitucionalidade na sexta-feira (3/4).
O processo é assinado pelo Partido dos Trabalhadores
(PT), Partido Comunista do Brasil (PC do B) e
Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Em liminar,
eles pedem a suspensão dos efeitos da integralidade
da Medida Provisória até seu julgamento em plenário.
Na quinta, o partido Rede Sustentabilidade ingressou
com ADI contra a mesma medida provisória.
Publicada na quarta-feira (1/4), a MP permite a
suspensão de contrato de trabalho por até 60 dias,
Redução proporcional de jornada de trabalho e
salário e o pagamento de benefício emergencial de
manutenção do emprego e da renda, inclusive, em
decorrência da redução de salários e suspensões de
contratos de trabalho.
Na peça, os partidos ressaltam que o diploma sequer
garante estabilidade aos empregados que tenham o
contrato suspenso. "Diz o governo que uma suspensão
de dois meses garante uma estabilidade de quatro
meses no emprego. Todavia, o parágrafo 1º do artigo
10 da MP desfaz completamente essa 'garantia' porque
permite a dispensa sem justa causa durante o período
de garantia provisória do emprego, fixando tímida
indenização", aponta.
Os partidos identificam na dignidade da pessoa
humana o fundamento republicano brasileiro, abalada
pelo diploma, e denunciam que, ao invés de cumprir o
mandamento constitucional de assistir aos
desamparados, desampara sem dar o mínimo de
assistência. "É a inversão de todos os valores
constitucionais vigentes", afirmam.
Dentre outros princípios ofendidos pela Medida
Provisória 936, a peça destaca o da valorização do
trabalho humano, o da proibição do retrocesso social
e a exigência constitucional de negociação ou acordo
coletivo de trabalho.
"A negociação entre empregados e empregadores estão
válidas como obrigação na relação de trabalho.
Contudo, os acordos individuais não podem regular
qualquer direito trabalhista. A irredutibilidade do
salário, como princípio constitucional, somente pode
ser afastada se houver acordo coletivo com os
auspícios do sindicato correspondente", destacam os
partidos.
Clique
aqui para ler a peça
Fonte: Consultor Jurídico
06/04/2020 -
Guedes defende congelamento de salário de servidores
públicos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou a
deputados do DEM por videoconferência neste domingo
(5) que pretende congelar por dois anos o salário do
funcionalismo público federal.
O ministro afirmou que o setor público precisa dar
exemplo e, para isso, seria necessário congelar os
salários durante dois anos, informa o jornalista
Manoel Ventura de O Globo.
Guedes revelou que sua intenção era promover cortes
salariais. A equipe do ministro chegou a escrever
uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para
cortar em 25% os vencimentos dos servidores, com
proporcional redução de jornada de trabalho.
Fonte: Brasil247
06/04/2020 -
Indústrias do Rio vão testar trabalhadores para
covid-19
Pequenas empresas terão acesso gratuito aos
testes
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro
(Firjan) começará a fornecer testes para detecção do
novo coronavírus (covid-19) para trabalhadores do
setor. Com os testes fornecidos pela Firjan, será
possível examinar 2.248 pessoas por dia e ter
resultados em até 24 horas.
As pequenas empresas terão acesso gratuito aos
testes, enquanto as demais pagarão pelos testes o
preço de custo. A ideia é facilitar o acesso ao
teste para os 556 mil trabalhadores da indústria
fluminense.
Os testes começam neste mês e devem se estender até
setembro. As primeiras empresas a receber os testes
serão aquelas que possuem ambulatórios da Firjan.
Serão coletadas secreções do nariz e garganta com o
auxílio de hastes flexíveis e o material será
analisado pelo Centro de Inovação Sesi Higiene
Ocupacional, em parceria com a Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ).
Fonte: Agência Brasil
06/04/2020 -
Datafolha aponta que aprovação do Ministério da
Saúde é superior a de Bolsonaro
A pesquisa do Instituto Datafolha, feita entre 1º e
3 de abril, mostra que a condução da crise do
coronavírus pelo Ministério da Saúde teve mais que o
dobro de aprovação de Jair Bolsonaro.
O levantamento ouviu 1.511 pessoas por telefone e
considera uma margem de erro de três pontos
percentuais, para mais ou para menos. A taxa de
aprovação da pasta comandada por Luiz Henrique
Mandetta passou de 55% da última pesquisa para 76%.
A reprovação caiu de 12% para 5%. Também houve queda
na opinião de quem classifica como regular o
trabalho desenvolvido, passando de 31% para 18%.
O presidente Jair Bolsonaro teve aumento na taxa de
reprovação da condução da emergência sanitária, de
33% para 39%. A aprovação subiu de 33% para 35%,
enquanto a avaliação regular caiu de 26% para 25%.
Fonte: Folha de S.Paulo
06/04/2020 -
Juiz manda call centers adotarem medidas para
proteger trabalhadores da Covid-19
O juiz Luiz Henrique Marques da Rocha, da 12ª Vara
do Trabalho de Brasília, mandou que empresas de call
centers adotem imediatamente medidas para proteger
seus funcionários da pandemia do coronavírus. Ele
também estipulou multa diária de R$ 2 mil no caso de
descumprimento da sentença.
A decisão de caráter liminar foi provocada por ação
civil pública movida pela Federação Interestadual
dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de
Telecomunicações.
Na liminar, o magistrado determina que maiores de 60
anos, hipertensos, pessoas com diabetes e acometidas
por doenças crônicas sejam afastados do trabalho. A
decisão também inclui grávidas, menores aprendizes e
pais ou mães que tenham filhos especiais.
A sentença também impõe que as empresas do setor
adquiram materiais de proteção como máscaras, luvas
e álcool em gel antisséptico 70%, faça a imediata
distribuição dos produtos aos trabalhadores,
oferecendo a devida orientação sobre a utilização
dos materiais, ensinando-os, inclusive, a forma
correta de lavar as mãos.
As empresas de call centers também deverão manter o
ambiente de trabalho sempre limpo e arejado,
garantindo a distância mínima de dois metros entre
os operadores de telemarketing.
“O poder judiciário tem que prezar pela efetividade
de suas decisões judiciais, sendo que a decisão não
pode ser lavrada em descompasso com a realidade
enfrentada atualmente pelo país mercê do
coronavírus”, diz trecho da decisão.
0000307-86.2020.5.10.0021
Fonte: Consultor Jurídico
03/04/2020 -
Nota das centrais: O acordo coletivo é fundamental
para superar a crise
As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, Nova Central e CSB), reunidas hoje em São
Paulo, através de videoconferência, consideraram
insuficientes as medidas do governo através da MP
936.
A resposta do governo, ante à pandemia e a redução
da atividade econômica, é tímida, indigesta e
extremamente insignificante frente ao montante de
recursos disponibilizados para o setor financeiro.
Para atender aos interesses dos trabalhadores e
também dos empregadores a MP 936 deve contemplar:
1) Respeito à Constituição (Art. 7º – que impede a
redução salarial, salvo acordo coletivo) e inclusão
dos sindicatos em todas negociações que ocorreram
durante a vigência do estado de calamidade pública
estabelecida devido ao Covid-19, sobretudo, levando
em consideração a importância e a experiência das
entidades sindicais. Não aceitamos a intenção de se
estabelecer contratos individuais. Os sindicatos
devem estar cientes e ter participação efetiva em
todas as negociações;
2) A manutenção de 100 % dos valores dos salários,
de forma a manter o poder compra e fomentar uma
retomada econômica;
3) A estabilidade de 180 dias para todos os
trabalhadores, como forma de garantir emprego e
renda;
4) Prorrogação do seguro desemprego e isenção de
tarifas para os trabalhadores mais afetados pela
crise.
As entidades sindicais irão ainda hoje sistematizar
propostas que serão levadas aos parlamentares e
apresentadas como Emendas no Congresso Nacional.
Ressaltamos que a Constituição Brasileira garante o
acordo coletivo justamente porque no acordo
individual o trabalhador sempre sai prejudicado.
Desde já orientamos a todos trabalhadores a não
aceitarem acordos individuais e procurarem seus
sindicatos.
São Paulo, 2 de abril de 2020
CUT – Central Única dos Trabalhadores
FS – Força Sindical
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
UGT – União Geral dos Trabalhadores
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Fonte: CTB
03/04/2020 -
Deputados querem aumentar benefício para trabalhador
que terá suspensão de contrato
Deputados afirmam que a Medida Provisória 936/20,
que garante um benefício para quem tiver contrato de
trabalho suspenso, deve sofrer modificações para
aumentar os valores a serem pagos.
O benefício a ser pago pelo governo durante esse
período de pandemia terá como base o valor do
seguro-desemprego que, hoje, varia de R$ 1.045 a R$
1.813. Basicamente é feita uma média dos salários do
trabalhador e sobre essa média é aplicado um
redutor.
O governo propôs que as empresas possam suspender o
contrato de trabalho por até dois meses e, neste
caso, os trabalhadores receberão um benefício
equivalente ao seguro-desemprego a que eles teriam
direito.
Empresas que faturam mais que R$ 4,8 milhões por ano
só poderão suspender o equivalente a 70% da folha.
A segunda opção é a empresa reduzir o salário e a
jornada de trabalho do empregado em 25%, 50% ou 70%
por três meses. Neste caso, a empresa entraria com a
parte restante do salário e o governo pagaria um
benefício equivalente ao mesmo percentual de
seguro-desemprego. Ou seja, se cortou 25%, o
benefício seria de 25% do valor do seguro, como
explica Bruno Bianco, secretário de Previdência e
Trabalho.
“Mantém o salário-hora e sempre mantido o salário
mínimo. Portanto, ninguém vai ganhar menos que o
salário mínimo e com uma ajuda de um pagamento de um
benefício por parte do governo federal.”
Para a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), os valores
reduzem muito a renda das pessoas. “Algo que já é de
direito do trabalhador quando ele está desempregado.
E o governo acha que isso é uma ajuda. Então o
trabalhador que ganha três salários mínimos vai, no
máximo, ganhar R$ 1.800. E o governo acha que isso é
uma grande ajuda porque vai tirar dinheiro do
Tesouro. Tudo é do Tesouro agora, estamos em estado
de guerra.”
Também o deputado Efraim Filho (DEM-PB) afirma que a
medida pode ser melhorada. “Eu acho que essa é a
lógica. Manter o contrato de trabalho suspenso, mas
o governo bancando essa paralisação porque as
empresas não faturam e então não podem pagar a sua
folha. O governo banca esse salário que não pode ser
pago porque foi fechado por pedido do próprio
governo. Quando com dois meses a economia voltar a
girar, será mais fácil a retomada deste posto de
trabalho.”
Negociações
O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) afirma que os
trabalhadores não terão força nas negociações. “Esse
corte de salário será negociado diretamente entre
patrão e empregado sem envolvimento de sindicatos.
Como se os trabalhadores pudessem hoje ter condições
de chegar diante do patrão e dizer que não vai ter o
salário cortado.”
De acordo com o governo, quem ganha entre R$ 3.117 e
R$ 12.202, terá que ser assistido por acordo
coletivo. Para os demais e para os contratos com
redução de 25%, os acordos podem ser individuais e a
empresa tem 48 horas para comunicar o empregado.
O secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, explicou
que não será necessário apresentar documentos. “Isso
é comunicado entre a empresa e o poder público. E os
trabalhadores não precisarão fazer uma solicitação
deste benefício. Recebida a comunicação por parte da
empresa, nós processaremos o depósito dos valores na
conta direta dos trabalhadores para que não haja
nenhum tipo de intermediário, algum obstáculo para a
operacionalização.”
As mudanças também valem para o empregador
doméstico.
O trabalhador com contrato intermitente terá um
benefício de R$ 600 por três meses. Os empresários
que aderirem aos benefícios terão que assegurar o
emprego pelo dobro do período dos pagamentos.
Fonte: Agência Câmara
03/04/2020 -
Marco Aurélio rejeita mais quatro ADI's contra
alterações trabalhistas
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal
Federal, indeferiu pedido de medida liminar em mais
quatro ações diretas de inconstitucionalidade
ajuizadas contra dispositivos da Medida Provisória
927/2020, que autoriza empregadores a adotarem
medidas excepcionais em razão do estado de
calamidade pública declarado diante da pandemia do
novo coronavírus. As decisões serão submetidas a
referendo pelo Plenário do STF. Até o momento, o
ministro rejeitou liminares em oito ADI's contra a
MP.
As ações foram ajuizadas pelo PSB (ADI 6.348),
PCdoB, PSol e PT conjuntamente (ADI 6.349), pelo
partido Solidariedade (ADI 6.352) e pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria
(ADI 6.354).
Elas questionam pontos como a possibilidade de
preponderância de acordo individual entre patrões e
empregados para preservação do contrato de trabalho
sobre acordos coletivos e demais normas não
constitucionais. Também são impugnadas a permissão
de antecipação de férias, da compensação de jornada,
da realização de exames médicos demissionais e da
escala de horas.
Parâmetros
O ministro destaca a necessidade de reconhecer que as
medidas de isolamento social repercutem na situação
econômica e financeira das empresas e que as normas,
como a que sobrepõe o acordo individual aos
coletivos, foram editadas a fim de enfrentar o
estado de calamidade pública.
Segundo ele, os dispositivos da MP 927 estão dentro
dos limites definidos pela Constituição Federal e
permitem que empregado e empregador possam
estabelecer parâmetros para a manutenção do vínculo
empregatício.
Para o relator, a MP buscou apenas preservar
empregos, e é necessário esperar que o Congresso
Nacional analise a norma, para não aprofundar a
crise aguda que maltrata o país e afeta a produção,
o abastecimento e os empregos. "Há de se somar
esforços objetivando não apenas mitigar os efeitos
nefastos do estado de calamidade pública, mas também
preservar a segurança jurídica, sem exacerbações,
sem acirramentos", concluiu. Com informações da
assessoria de imprensa do STF.
ADI's 6.348, 6.349, 6.352 e 6.354
Fonte: Consultor Jurídico
03/04/2020 -
Coronavírus: projetos ampliam acesso ao FGTS durante
calamidade
Há três projetos de lei em tramitação no Senado que
permitem aos trabalhadores utilizar o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para mitigar os
efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Um deles, o
PL 951/2020, apresentado pela senadora Eliziane
Gama (Cidadania-MA), estabelece que o empregado que
perder sua renda ou sofrer redução salarial em
consequência da calamidade pública poderá fazer
retiradas mensais do FGTS equivalentes à remuneração
que deixou de receber. Eliziane justifica o
projeto argumentando que “não faz sentido que o
trabalhador sofra, tão dramaticamente, as
consequências de um evento ao qual não deu causa,
mormente se possui recursos retidos no FGTS”.
Por sua vez, o senador Major Olímpio (PSL-SP) propõe
no PL
1.203/2020 a autorização para o saque integral
das contas do FGTS enquanto durar a calamidade. O
parlamentar manifestou especial preocupação com os
trabalhadores de salários mais baixos, que poderão
sofrer a suspensão de seus contratos.
“A medida irá aliviar o impacto da pandemia. A conta
vinculada pertence ao trabalhador e, neste momento
tão crítico, entendo ser justa e necessária a
utilização dos seus recursos. É um valor emergencial
para levar comida à mesa dos brasileiros”,
declarou Major Olímpio por meio do Twitter.
Já o senador Romário (Podemos-RJ), com o objetivo de
impedir demissões de trabalhadores que ganhem até
dois salários mínimos, propôs, por meio do
PL 1.206/2020, a Lei de Garantia do Emprego. O
texto destina o lucro não distribuído das operações
do FGTS — uma quantia em torno de R$ 100 bilhões,
segundo o parlamentar — ao pagamento de salários dos
trabalhadores de baixa renda.
Também no Twitter, Romário afirmou: “É hora de usar
a poupança do trabalhador brasileiro para ajudá-los.
Aprendemos com nossos pais que poupança é para hora
de emergência, e não vejo momento mais
apropriado”. O senador estima que, com a aprovação
de sua proposta, seriam atendidos cerca de 30
milhões de trabalhadores.
Fonte: Agência Senado
03/04/2020 -
Partido vai ao Supremo contra MP que permite redução
de salários
A Rede entrou com ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
questionando a MP 936 editada nesta quarta-feira
(1/4) pelo presidente Jair Bolsonaro, que institui o
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas
complementares para enfrentamento do estado de
calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
Na ADI, o partido lembra que essa é a segunda
tentativa de o Presidente da República dispor de
medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de
calamidade pública e cita a MP 927, que, após sofrer
uma série de críticas, acabou tendo o artigo que
permitia a suspensão dos contratos de trabalho
revogado pelo próprio Bolsonaro.
A Rede sustenta que a MP 936 desrespeitou o artigo o
7º, VI e XIII da Constituição que trata como
irredutíveis os salários e as jornadas de trabalho
salvo quando acordado em convenção coletiva.
“A irredutibilidade salarial é garantia social
intrinsecamente ligada à dignidade humana, ao valor
social do trabalho (disposto no art. 170, caput, da
CF) e ao mínimo existencial elencado no art. 6º do
texto constitucional. A irredutibilidade salarial
tem lugar apenas mediante negociação coletiva e para
garantir a manutenção dos postos de trabalho, e não
cabe em nenhuma outra hipótese”, diz trecho do
documento.
O texto assinado pelos advogados Cássio dos Santos
Araujo, Bruno Lunardi Gonçalves, Filipe Torre da
Rosa e Kamila Rodrigues Rosenda ainda afirma que a
MP 936 afronta ao princípio constitucional da
proteção, que prevê proteção à parte de maior
vulnerabilidade da relação de trabalho: o empregado.
“Caso prevaleça a norma editada pela medida
provisória, trabalhadores coercitivamente, sob pena
de ficarem desempregados, aceitarão flexibilizar
seus direitos em troca da manutenção de suas
ocupações, razão pela qual os acordos coletivos não
podem ser dispensados”, argumenta a legenda.
A relatoria da ADI ficou a cargo do ministro Ricardo
Lewandowski.
ADI 6.363
Fonte: Consultor Jurídico
03/04/2020 -
Projeto de Paim equipara contaminação de
profissional da saúde pelo coronavírus a acidente de
trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou projetos para
oferecer melhores condições de trabalho para os
profissionais da área da saúde. Segundo ele, esses
trabalhadores estão na linha de frente do combate à
covid-19 e, mesmo assim, sofrem com a falta de
equipamentos de proteção individual.
Uma das propostas do senador gaúcho equipara a
acidente de trabalho a contaminação desses
profissionais pelo vírus, com previsão de
recebimento de auxílio-doença, explicou Paulo Paim
(PL 1.192/2020).
— Eles não podem ficar em casa, eles têm de
trabalhar. Eles têm de ficar ali, fazendo exame,
vendo a febre, dando assistência, para toda a equipe
que está ali para nos defender em relação a esse
vírus que está assustando o mundo. Como é que a
gente quer que os nossos guerreiros, que os nossos
heróis, façam o bom combate? Não vamos dar os
instrumentos? — indagou.
Paim alertou ainda que o deslocamento entre as casas
e os locais de trabalho desses profissionais pode
espalhar ainda mais o novo coronavírus. Por isso,
completou, é importante a construção de alojamentos,
de modo que esses trabalhadores possam permanecer
isolados até que não haja mais possibilidade de
contágio de outras pessoas, como prevê outro projeto
apresentado por ele (PL 1.195/2020).
Fonte: Agência Senado
03/04/2020 -
Falta de previsão em lei impede liberação de
depósitos recursais a trabalhadores
Segundo a ministra Cristina Peduzzi, presidente do
TST, a CLT só autoriza a medida após decisão
definitiva.
A presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministra Cristina Peduzzi, rejeitou pedido de
Associação de Juízes para a Democracia (AJD) para a
liberação imediata dos depósitos recursais a
trabalhadores que tenham créditos a receber em ações
trabalhistas, como forma de garantir alguma renda em
razão da pandemia do coronavírus.
O depósito recursal é o valor que tem de ser
recolhido pela parte ao recorrer de uma condenação.
O objetivo é garantir, pelo menos parcialmente, o
pagamento dos valores devidos após o esgotamento das
possibilidades de recurso (trânsito em julgado).
Em ofício encaminhado à presidente do TST, a AJD
argumentava que a liberação imediata de todos os
depósitos recursais existentes relativos a processos
em tramitação atenderia à necessidade de manutenção
imediata das condições de vida de quem vive do
trabalho no momento atual.
Ao indeferir o pedido, a ministra Cristina Peduzzi
explicou que a CLT (artigo 899, parágrafo único)
somente permite a liberação do depósito recursal
quando a decisão se torna definitiva. “Nos termos do
dispositivo da CLT, a medida depende de despacho do
juiz em processo concreto, após o trânsito em
julgado da decisão”, destacou.
A presidente do TST assinalou ainda que, conforme a
jurisprudência do TST, não se aplica ao processo do
trabalho a previsão do artigo 520 do Código de
Processo Civil, que trata da execução provisória da
pena.
Fonte: TST
02/04/2020 -
Centrais apressam a liberação do pagamento de renda
emergencial
Preocupadas com a situação de trabalhadores
informais e de baixa renda, durante a pandemia do
coronavírus, as Centrais Sindicais lançaram a
campanha “Paga Logo Bolsonaro”
#QuemTemFomeTemPressa.
O Projeto de Lei 9.236/17, aprovado pela Câmara e
Senado, garante auxílio emergencial de R$ 600,00 a
R$ 1.200,00 por três meses a trabalhadores
autônomos, informais e sem renda fixa. Agora, só
falta Bolsonaro sancionar e regulamentar rapidamente
para o auxílio ser pago.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, defende
que o recurso chegue de maneira rápida. “O Congresso
Nacional fez sua parte. Agora depende do governo.
Pague logo Bolsonaro, os trabalhadores estão
precisando com urgência desse auxílio”, afirma.
Segundo Sérgio Nobre, presidente da CUT, quem tem
fome tem pressa. “Não podemos ter burocracia e o
beneficiado demore 30 dias pra receber o dinheiro”,
diz. Por isso, segundo o presidente da Central, “é
importante que os Sindicatos se engajem pra
esclarecer dúvidas sobre quem tem direito e como
acessar o benefício”.
Segundo Nobre, a aprovação na Câmara foi uma vitória
importante do movimento sindical para proteger
trabalhadores informais. “Dia 17, entregamos esse
projeto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e
fizemos um trabalho importante, dialogando com os
partidos. Pra nossa felicidade, deu resultado e o
projeto foi aprovado por unanimidade”, conta Sérgio.
Foco - Agora, os sindicalistas miram os
trabalhadores formais. O cutista informa:
“Precisamos proteger quem têm Carteira assinada,
porque as empresas estão parando. São micro e
pequenas que não têm condições de manter os
salários, porque estão sem faturamento”.
Os sindicalistas reivindicam linha de crédito do
governo a fundo perdido. “Não é empréstimo. É
crédito pra que pequenas e médias empresas possam
manter a folha de pagamento por três meses, com a
contrapartida de não demitir ninguém”, o dirigente
da CUT.
Mais - Acesse site das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
02/04/2020 -
Após dois dias de pressão, Bolsonaro sanciona
auxílio emergencial aprovado no Congresso
A demora na sanção foi criticada até mesmo por
ministros do STF
O presidente Jair Bolsonaro sancionou na noite desta
quarta-feira (1º), o auxílio emergencial de
quarentena aprovado pelo Congresso Nacional na
última segunda-feira.
A demora em assinar a medida, que prevê um benefício
mensal de R$600 a R$ 1200 a trabalhadores informais,
foi criticada por lideranças da oposição, pelo
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e até mesmo por
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O governo chegou a cogitar usar a sanção do
benefício como moeda de troca para a aprovação da
PEC Emergencial do ministro da Economia, Paulo
Guedes. “Se o Rodrigo Maia aprovar a PEC em 24
horas, o dinheiro sai em 24 horas”, disse Guedes.
Segundo os jornalistas Gustavo Uribe e Ricardo Della
Coletta, da Folha de S. Paulo, o presidente
sancionou o texto com vetos. A sanção foi confirmada
pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Jorge Oliveira.
Para ter acesso ao benefício, o trabalhador precisa
ser maior de idade e não ter emprego formal, ser MEI
(microempreendedor individual), contribuir como
individual ou facultativo ao INSS, estar inscrito no
CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal) ou ter renda familiar de até meio
salário mínimo por mês (atualmente, R$ 522,50).
Nesta quarta, o Senado ainda aprovou a Renda Básica
da Cidadania emergencial, uma ampliação do seguro
sancionado pelo ex-capitão. “Todos os setores da
sociedade foram contemplados com esse projeto de
lei, que foi fruto de uma negociação para que o que
não fosse absorvido antes de ontem fosse nesse
projeto”, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE),
líder da Bancada do PT no Senado.
Fonte: RevistaForum
02/04/2020 -
Senado aprova medida que permite governo pagar R$
3.135 de salário a trabalhadores com carteira
assinada
Pela proposta aprovada, o governo poderá pagar
até três salários mínimos (R$ 3.135, em 2020) por
mês aos trabalhadores. Em troca, os patrões não
poderiam demitir esses empregados por 12 meses após
o fim do pagamento do auxílio
O Senado aprovou na tarde desta quarta-feira, 1, uma
proposta que autoriza o governo a pagar o salário
dos trabalhadores com carteira assinada, enquanto
durar o estado de calamidade no país devido à
pandemia do novo coronavírus.
Segundo informações do UOL, o governo poderia pagar
até três salários mínimos (R$ 3.135, em 2020) por
mês aos trabalhadores. Em troca, os patrões não
poderiam demitir esses empregados por 12 meses após
o fim do pagamento do auxílio.
A proposta também determina que o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) pagará os primeiros 15 dias
de afastamento do trabalhador que contrair o
coronavírus. Pela lei atual, os patrões é que pagam
os primeiros 15 dias de afastamento do empregado.
O projeto teve a relatoria do senador Esperidião
Amin (PP-SC) e segue para a Câmara. Se aprovada pelo
Congresso e sancionada por Bolsonaro, a proposta
precisará de uma regulamentação do Ministério da
Economia para definir as regras para concessão do
novo benefício.
Fonte: Brasil247
02/04/2020 -
Empregado suspenso do trabalho receberá até 100% do
seguro-desemprego
Jornada reduzida terá complementação de renda
pelo governo
O empregador poderá acordar, por meio de negociações
individuais ou coletivas, a suspensão do contrato de
trabalho com os empregados por até 60 dias, com
direito a receber seguro-desemprego. A medida foi
divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo secretário
especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, Bruno Bianco, como forma de diminuir
efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
O mecanismo consta da medida provisória de
preservação do emprego, a ser enviada pelo governo
ao Congresso. Segundo a equipe econômica, o governo
gastará R$ 51,2 bilhões com o programa que evita
demissões por causa das medidas adotadas no país
para evitar uma maior disseminação da covid-19.
As micro e pequenas empresas, que faturam até R$ 4,8
milhões por ano, poderão dispensar temporariamente
os funcionários sem pagar nenhuma parte do salário,
com o governo bancando 100% do seguro-desemprego ao
qual o trabalhador teria direito caso fosse
demitido. As negociações individuais valerão para os
empregados que ganham até três salários mínimos (R$
3.135) ou para o trabalhador de nível superior que
receba mais de R$ 12.202,12, o dobro do teto da
Previdência Social.
As médias e grandes empresas, que faturam mais que
R$ 4,8 milhões por ano, terão de bancar 30% do
salário durante a suspensão do contrato, com o
governo pagando 70% do seguro-desemprego. Os tipos
de funcionários que podem aderir às negociações
individuais permanecem os mesmos para as empresas de
menor porte.
No caso de negociações coletivas, aprovadas em
assembleias virtuais pelos sindicatos da categoria,
a suspensão com complementação de renda valerá para
todos os empregados da empresa. O empregado não
precisará pedir o seguro-desemprego. Segundo o
secretário de Trabalho do Ministério da Economia,
Bruno Dalcomo, o governo depositará automaticamente
o valor na conta do trabalhador assim que for
notificado da negociação.
O prazo máximo da suspensão dos contratos corresponde
a 60 dias. A interrupção do contrato de trabalho
precisa ser pactuada por acordo individual escrito
entre empregador e empregado, devendo a proposta ser
encaminhada ao empregado com antecedência mínima de
dois dias corridos. O empregador deverá manter os
benefícios pagos aos empregados durante o período de
suspensão, como vale alimentação e auxílios, e o
empregado não poderá ser requisitado para trabalho
remoto ou a distância.
A medida provisória também institui garantia
provisória do emprego durante o período de suspensão
e após o restabelecimento da jornada por período
equivalente ao da suspensão. Ou seja, uma suspensão
de dois meses, garante uma estabilidade de quatro
meses no emprego.
Jornada reduzida
O empregador também poderá acordar a redução
proporcional da jornada de trabalho por até três
meses, com diminuição do salário na mesma proporção.
Assim como na suspensão, o governo bancará o
restante do salário com parte do seguro-desemprego a
que o trabalhador teria direito.
A medida provisória prevê três tipos de redução de
salário e de jornada: 25% do rendimento, com o
governo bancando 25% do seguro-desemprego; 50%, com
o governo pagando os 50% restantes; e 70%, com o
governo complementando 70% do seguro-desemprego. A
redução de 25% pode ser acordada com todos os
empregados, individualmente ou coletivamente. As
demais diminuições podem ser pactuadas
individualmente apenas por quem ganha até três
salários mínimos ou por trabalhador com nível
superior que receba mais que o dobro do teto da
Previdência (R$ 12.202,12) ou coletivamente por
todos os funcionários.
A redução de jornada deve preservar o valor do
salário-hora de trabalho e está limitada a 90 dias.
As demais condições permanecem as mesmas para a
suspensão dos contratos: acordo individual escrito
entre empregador e empregado, com proposta
encaminhada ao empregado com antecedência mínima de
dois dias corridos e estabilidade no emprego até o
dobro do período de redução (com uma redução de
jornada por três meses garantindo o emprego por seis
meses).
Acordos coletivos
As atuais convenções ou acordos coletivos de trabalho
poderão ser renegociados no prazo de dez dias
corridos a contar da publicação da medida
provisória. Para evitar aglomerações e acelerar as
negociações, as assembleias poderão ser convocadas e
realizadas por meios eletrônicos, com os prazos
reduzidos pela metade em relação aos trâmites
tradicionais.
Caso o empregado tenha fechado acordo individual com
a empresa, prevalecerá a negociação coletiva. Se o
acordo coletivo estabelecer porcentagens de redução
de jornada e de salário diferentes das faixas
estabelecidas pela medida provisória, a
complementação do seguro-desemprego ocorrerá da
seguinte forma: sem benefício emergencial do governo
para reduções inferiores a 25%; seguro-desemprego de
25% para redução de jornada e de salário igual a 25%
e menor que 50%; seguro-desemprego de 50% para
reduções iguais a 50% e menores que 70%; e pagamento
de 70% do seguro-desemprego para redução igual ou
superior a 70%.
A jornada de trabalho e o salário anteriormente pago
serão restabelecidos quando houver a cessação do
estado de calamidade pública, o encerramento do
período pactuado no acordo individual ou pelo
empregador no fim do período de redução.
Fonte: Agência Brasil
02/04/2020 -
Fim de prazo para entrega da declaração do imposto
de renda é adiado para 30 de junho
O prazo final para a entrega da declaração de
Imposto de Renda foi prorrogado para o dia 30 de
junho. O anunciou foi feito nesta quarta-feira pelo
secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes
Neto.
Segundo o secretário, o motivo do adiamento foram os
relatos de contribuintes confinados em casa com
dificuldades em obter documentos na empresa ou de
conseguir recibos com clínicas médicas para
deduzirem gastos.
Até está terça feira, a Receita recebeu quase 9
milhões de declarações, 27% do esperado.
Sobre a possibilidade de rever o cronograma de
restituição para quem já entregou a declaração, o
secretário disse que ainda vai reavaliar a medida.
Neste ano, a Receita tinha reduzido para cinco o
número de lotes de restituição, e antecipado o
primeiro lote de 15 de junho para 30 de maio.
Tostes também anunciou a total desoneração, por 90
dias, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
sobre operações de crédito.
A última medida anunciada pelo secretário foi o
adiamento das contribuições de abril e de maio para
o PIS, Pasep, Cofins e da contribuição patronal para
a Previdência Social, paga pelos empregadores.
Fonte: Portal EBC
02/04/2020 -
Governo corta pela metade contribuições de empresas
ao sistema S
Em Medida Provisória publicada nesta terça-feira
(1/4), o governo federal reduziu pela metade os
valores a serem pagos pelas empresas às entidades do
Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat,
Senar e Sescoop). A redução é válida por 3 meses.
Ao anunciar o pacote de medidas para enfrentar o
coronavírus, no último dia 16, o governo já havia
anunciado que estudava o corte no sistema S. Segundo
o ministro da Economia, Paulo Guedes, a redução na
alíquota deve gerar uma economia de R$ 2 bilhões às
empresas.
Por outro lado, quando a ideia de cortar a alíquota
em 50% foi anunciada pelo governo, a Confederação
Nacional do Comércio (CNC) afirmou que a medida deve
gerar uma demissão em massa no Sesc e no Senac.
Clique
aqui para ler a MP 932/2020
Fonte: Consultor Jurídico
02/04/2020 -
Após fake news da Ceasa, Bolsonaro ataca Globo e diz
que imprensa dissemina pânico
Novo ataque vem após presidente publicar vídeo
fake criando clima de terror sobre um suposto
desabastecimento na Ceasa de Belo Horizonte
O presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais na
madrugada desta quinta-feira (2) para mais uma vez
atacar a imprensa, dizendo que a mesma dissemina
pânico e histeria sobre a pandemia do coronavírus.
Publicação vem pouco tempo depois do presidente
mentir nas redes sobre um falso desabastecimento na
Ceasa de Belo Horizonte.
Presidente seguiu na mesma linha de seu discurso em
rede nacional e atacou a TV Globo se referindo a ela
como “determinada emissora” que tenta enganar a
população.
“Não há mudança de tom quando se fala em salvar
vidas após alertar sobre histeria, como sugere
determinada emissora. Ela sabe que ambos são
problemas coexistentes e que precisam ser combatidos
pelo bem estar do Brasil, mas prefere tentar enganar
a população”, escreveu no Twitter.
O presidente continua os ataques dizendo que seu
governo está combatendo o pânico gerado pela
imprensa. “Estamos, desde o início, reforçando nosso
sistema de saúde e dando total apoio aos estados e
municípios do Brasil para salvar vidas e proteger
empregos, ao mesmo tempo em que combatemos o pânico
disseminado por todo país com grande contribuição de
parte da imprensa”, disse.
Apesar de falar em combate ao pânico, presidente foi
às redes sociais mais cedo na quarta-feira (1) e
criou um clima de terror ao divulgar um vídeo falso.
Nele, um bolsonarista diz estar na Ceasa de Belo
Horizonte e aponta risco de desabastecimento,
culpando governadores.
“Fome também mata. Fome, desemprego, caos também
matam. E pra você que está com a continha no banco,
que tem dinheiro no banco, que acha que está tudo
bem porque você tem reserva financeira, não esqueça:
quem não tem dinheiro passa fome, mas quem tem
dinheiro e não tem o que comprar, também passa
fome”, diz o rapaz.
O vídeo era falso e Bolsonaro foi desmentido pelo
apresentador da CBN, Milton Jung. O jornalista
afirmou em seu Twitter que a reportagem da rádio foi
até o local e constatou que tratava-se de mais uma
fake news do presidente.
Fonte: RevistaForum
01/04/2020 -
Maia diz que governo pode editar MP para garantir
pagamento de R$ 600
Segundo o presidente da Câmara, a flexibilização
da Lei de Responsabilidade Fiscal, autorizada pelo
Supremo Tribunal Federal, é suficiente para que o
governo pague o auxílio
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse
que o governo tem condições de pagar os R$ 600 de
ajuda à população de baixa renda afetada pelo
coronavírus por meio de medida provisória (MP).
Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
disse que a liberação do auxílio de R$ 600 para
trabalhadores informais depende da aprovação de uma
proposta de emenda à Constituição (PEC).
Maia afirmou que, se Guedes estiver certo, o governo
"mentiu" ao acionar o Supremo Tribunal Federal (STF)
para afastar a aplicação de artigos da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
"Com o encaminhamento desse pleito, o governo
garantiu por liminar o afastamento desses artigos.
Isso garante ao governo a possibilidade, a certeza
da edição de uma medida provisória de crédito para
pagar os R$ 600 que todos os brasileiros aguardam a
sanção do presidente da República", disse Maia.
O presidente da Câmara ressaltou que sua fala não
representa nenhuma crítica, mas é contrária à
transferência de responsabilidade a terceiros. "Não
estou aqui pra transferir responsabilidade para
ninguém, mas para construir com deputados e o
governo as posições. Se ele estiver certo hoje, o
governo mentiu na ação que impetrou no Supremo",
afirmou.
Maia voltou a defender ainda a aprovação de uma PEC
com "orçamento de guerra" contra o coronavírus.
"Haverá muitas despesas e uma PEC garante um
arcabouço legal melhor ao governo federal",
justificou.
Fonte: Agência Câmara
01/04/2020 -
Trabalhador pode sacar FGTS em estado de calamidade,
diz desembargadora
Com base na lei do FGTS, que permite o saque em
situações de calamidade pública, a desembargadora
Raquel de Oliveira Maciel, do Tribunal Regional do
Trabalho da 1a Região (TRT-1), autorizou um
trabalhador a sacar o montante depositado em sua
conta vinculada.
Maciel levou em consideração o artigo 20, XVI,
alínea a, da Lei 8.306/90, que trata das situações
em que o saque do FGTS é autorizado. A alínea trata
especificamente de casos em que o trabalhador é
residente em "áreas comprovadamente atingidas de
Município ou do Distrito Federal em situação de
emergência ou em estado de calamidade pública,
formalmente reconhecidos pelo Governo Federal".
Como o próprio Congresso Nacional, no Decreto
Legislativo 6/20, reconhece o estado de calamidade
pública decorrente da pandemia de coronavírus (Covid-19),
a desembargadora autorizou o saque.
Clique
aqui para ler o despacho
ROT 0101212-53.2018.5.01.0043
Fonte: Consultor Jurídico
01/04/2020 -
Em dia de pronunciamento, Brasil vai às janelas para
o maior panelaço já registrado contra o presidente
De Norte a Sul do país, população demonstrou de
forma uníssona sua indignação contra Bolsonaro e o
desejo de ver o presidente fora do poder
Esta terça-feira (31), além de marcar os 56 anos do
golpe de 1964 que culminou na ditadura militar,
ficará marcada também como o dia do maior panelaço
registrado contra o presidente Jair Bolsonaro desde
o início de seu mandato.
A manifestação, que já se tornou tradicional durante
o período de isolamento por conta do coronavírus –
já é o 15º panelaço seguido contra o presidente –
aconteceu durante o pronunciamento do capitão da
reserva em cadeia nacional de rádio e televisão.
Em seu discurso, Bolsonaro repetiu a distorção que
fez da declaração do diretor-geral da Organização
Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus,
para defender o fim do confinamento.
O presidente disse que são importantes as medidas de
contenção, mas que “precisa pensar nos mais
vulneráveis”. “O que será do camelô, da diarista?”,
questionou o presidente ao afirmar que está seguindo
recomendação da OMS.
Enquanto isso, o grito de “fora, Bolsonaro” foi
uníssono de Norte a Sul do país, em regiões ricas e
pobres.
Fonte: RevistaForum
01/04/2020 -
Oposição acusa Bolsonaro de crime contra a vida e a
saúde pública
Bolsonaro é acusado de prevaricação e incitação
ao crime
Os partidos de oposição PT, PDT, PSOL, PSB, PCdoB e
Rede protocolaram no STF nesta terça-feira (31) uma
notícia-crime contra Jair Bolsonaro.
Pesa sobre Bolsonaro a acusação de "ter transformado
sua ação política em uma ameaça à saúde pública
nacional, ao ignorar de maneira proposital a
pandemia do coronavírus", de acordo com o PT.
Consta ainda a acusação de prevaricação e incitação
ao crime. “As saídas públicas de Jair Bolsonaro em
momento de pandemia, em clara busca a aglomeração de
pessoas e com a consciência da potencialidade lesiva
de seus atos, configuram crimes contra é uma ameaça
às pessoas. Na qualidade de Chefe de Governo, o
presidente se utilizou do cargo para tentar impor
aquilo que entende correto, mesmo que absolutamente
desprovido de provas e evidências científicas”,
justifica a notícia-crime.
Fonte: Brasil247
01/04/2020 -
Desemprego atinge 12,3 milhões de pessoas; taxa do
trimestre até fevereiro fica em 11,6%
A taxa de desocupação subiu para 11,6% no trimestre
encerrado em fevereiro. O número de desempregados
chega a 12,3 milhões. O aumento, na comparação com o
trimestre terminado em novembro, quando a taxa ficou
em 11,2%, interrompeu dois trimestres seguidos de
quedas estatisticamente significativas no
desemprego. Os dados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),
divulgada nesta terça-feira (31) pelo IBGE.
O número de desempregados aumentou em 479 mil em
relação ao trimestre encerrado em novembro, mas caiu
em 711 mil na comparação com um ano atrás. A
população ocupada somou 93,7 milhões, o que
representa uma redução de 0,7% em relação ao
trimestre anterior, ou seja, 706 mil pessoas a menos
trabalhando. Já frente ao mesmo trimestre do ano
interior, houve alta de 2%, o que significa mais 1,8
milhão de pessoas no mercado de trabalho.
Fonte: Portal EBC
01/04/2020 -
Ministro do STF proíbe campanhas contra isolamento
da covid-19
Resultado não seria favorável à proteção da
população, diz Barroso
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso decidiu nesta terça-feira (31)
proibir a produção e circulação de campanhas
publicitárias que sugiram que a população deva
retornar às atividades plenas durante o período de
isolamento social por causa do novo coronavírus (covid-19).
Pela decisão do ministro, o vídeo “O Brasil Não Pode
Parar”, deverá ser retirado de páginas na internet e
das redes sociais. O vídeo que circula nas redes
sociais é atribuído à Secretaria de Comunicação da
Presidência da República, que afirma não ter
aprovado a campanha. Em nota divulgada pela Secom no
dia 27, a secretaria afirmou que o vídeo foi
produzido em caráter experimental, “portanto, a
custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom”.
“A peça seria proposta inicial para possível uso nas
redes sociais, que teria que passar pelo crivo do
Governo. Não chegou a ser aprovada e tampouco
veiculada em qualquer canal oficial do Governo
Federal”, acrescenta o comunicado.
Na decisão, o ministro atendeu a um pedido liminar
protocolado pela Rede Sustentabilidade. Segundo
Barroso, as orientações da área de saúde devem ser
seguidas e a “supressão das medidas de
distanciamento social, como informa a ciência, não
produzirá resultado favorável à proteção da vida e
da saúde da população”.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
01/04/2020 -
Fiesp entra na Justiça por suspensão de impostos
estaduais em SP
A Fiesp e o Ciesp ingressaram nesta segunda-feira
(30/3) com um mandado coletivo de injução
solicitando ao Tribunal de Justiça de São Paulo que
suspenda por 180 dias o prazo de recolhimento dos
tributos estaduais.
A ação pede a suspensão do ICMS relativo aos fatos
geradores de março, abril, maio e junho de 2020 —
incluindo o ICMS do Simples Nacional e os
parcelamentos estaduais.
O pedido se estende a todas as empresas de São Paulo
e não apenas os sindicatos e as companhias da base
industrial paulista representados pela Fiesp e Ciesp,
uma vez que toda a economia é afetada pela crise do
coronavírus.
"As empresas estão sofrendo de forma dramática a
redução drástica da atividade econômica", diz o
presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf.
"Portanto, é fundamental a postergação do
recolhimento de impostos neste momento de
dificuldades. Desta forma, as empresas podem
concentrar todo o seu esforço na tentativa de manter
o pagamento de salários dos funcionários e evitar
demissões," diz trecho da inicial.
1017036-78.2020.8.26.0053
Fonte: Consultor Jurídico
01/04/2020 -
Trabalhadores intermitentes podem receber auxílio
emergencial
Trabalhadores em regime intermitente, como garçons,
cozinheiras, serventes e ajudantes de obras, foram
incluídos entre as categorias que terão direito ao
auxílio emergencial mensal de R$ 600. O senador
Vanderlan Cardoso (PP-GO), que defende a iniciativa,
diz que o texto original do projeto que criou o
auxílio (PL 1.066/2020) enviado pela Câmara acabava
punindo esses trabalhadores, que não têm direito a
seguro-desemprego. O senador apresentou então uma
emenda para incluir a categoria.
Fonte: Agência Senado
01/04/2020 -
Jean Paul diz que suporte do sistema financeiro pode
ajudar trabalhadores
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou, em
pronunciamento por vídeo nesta terça-feira (31), que
os bancos têm mais de R$ 200 bilhões disponíveis
para renegociar dívidas, diminuir juros, e ajudar
pequenos, médios e grandes negócios, permitindo que
as empresas possam manter os trabalhadores em casa
durante a crise do coronavírus.
— O [depósito] compulsório dos bancos caiu de 33% para
17%. Isso liberou, ao longo de 2019, 2020 e agora
principalmente nas medidas emergenciais, R$ 200
bilhões no sistema financeiro. Então, os bancos
estão hoje com mais R$ 200 bilhões liberados para
utilizar na renegociação de dívidas, na diminuição
dos juros, para o pequeno, médio e grande negócio.
Jean Paul também disse que é preciso trabalhar para
implementar o auxílio emergencial de renda básica,
no valor inicial de R$ 600, democraticamente em
todas as regiões do país.
— Quem está lá em cima e que manipula o dinheiro já
está perfeitamente atendido quanto ao período de
emergência. Vamos trabalhar agora para depurar e,
principalmente, para implementar rapidamente,
democraticamente, capilarmente, em todas as regiões,
sem predileções, sem burocracia, sem dificuldades,
toda essa ajuda de custo.
Fonte: Agência Senado
01/04/2020 -
Proposta garante adicional de insalubridade para
serviços essenciais durante pandemia
O Projeto de Lei 744/20 garante adicional de
insalubridade para profissionais de saúde em
hospitais onde haja atendimento de pacientes
infectados pelo novo coronavírus.
Pela proposta, do deputado José Ricardo (PT-AM),
devem receber o pagamento de adicional de
insalubridade em grau máximo, o equivalente a 40% do
salário mínimo da região (atuais R$ 418),
trabalhadores de instituições de saúde pública da
União, estados e municípios e também do setor
privado.
Caso o trabalhador já receba algum adicional de
insalubridade em proporção menor (10% ou 20% do
salário mínimo), o projeto amplia o percentual para
o máximo previsto (40%).
Segundo José Ricardo, já há contaminações de
trabalhadores da saúde pelo novo coronavírus. “O
adicional de insalubridade não cobre o dano a que o
trabalhador venha suportar em caso de contaminação
ou infecção, mas compensa e ameniza a possibilidade
do dano”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
01/04/2020 -
Movimento Sindical: espaço de vida e solidariedade
Com a crise sanitária, infelizmente, diversos
municípios do pais estão com dificuldade de espaços
para atendimentos primários, postos de vacinação,
leitos para isolamento e outras providências que se
fazem necessárias com a proliferação do coronavírus.
Diante dessa emergência sanitária, as centrais
sindicais fazem uma campanha nacional junto às
entidades sindicais a elas filiadas (ou não) para
que possam disponibilizar espaços (sede, colônia de
férias, alojamentos, quadras...) a serem adequados a
condições de atendimentos nas formas citadas. Para
que isso ocorra, solicitamos que façam contato com
as secretarias municipais ou estaduais de saúde de
sua localidade ou Estado.
Pedimos, ainda, que as entidades sindicais nos
informem sobre essa condição, ou disponibilidade,
para darmos visibilidade aos atendimentos,
informarmos aos órgãos competentes e aos meios de
comunicação, ampliando, assim, os elos de
solidariedade social.
Nova Central - NCST
Fonte: NCST
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