Blog - Notícias Anteriores - Abril 2021
30/04/2021 -
Deputados
aprovam urgência para projeto de igualdade salarial
entre homens e mulheres
30/04/2021 -
Centrais persistem na luta por Emergencial de R$
600,00
30/04/2021 -
Desaprovação do governo Bolsonaro é de 57%, aponta
nova pesquisa
30/04/2021 -
Projeto do
senador Paulo Paim reintroduz homologação da
rescisão do contrato de trabalho no sindicato
30/04/2021 -
PDT questiona
reedição de programa de redução de jornada e
salários no STF
30/04/2021 -
PT pede quebra
no teto de gastos para investimentos no combate à
fome
30/04/2021 -
Guedes reclama
de “filho de porteiro na universidade” e é detonado
pela segunda vez na mesma semana
30/04/2021 -
Comissão aprova proibição expressa de gestante
trabalhar em atividade insalubre
29/04/2021 -
Programa de
proteção ao emprego repete falhas do ano passado,
diz Dieese
29/04/2021 -
Guedes anuncia novo programa para trabalhadores
informais
29/04/2021 -
Paim defende
aprovação de projeto que determina quebra de
patentes de vacinas
29/04/2021 -
Oposição
protocola pedido de CPI para investigar atuação de
Ricardo Salles contra o Meio Ambiente
29/04/2021 -
Por unanimidade,
STF aceita denúncia e torna Daniel Silveira réu
29/04/2021 -
600 mil
empregadas domésticas deixaram de contribuir com a
Previdência em 2020
29/04/2021 -
TST nega pedido
de ressarcimento por contratação de advogado
particular
29/04/2021 -
Ministro do TST
é mais um a morrer na tragédia do coronavírus no
Brasil
28/04/2021 -
Ato do 1º de Maio vai reunir Centrais e diversos
artistas
28/04/2021 -
Servidores
definem ações contra PEC 32
28/04/2021 -
Bolsonaro assina
MP que reinstitui Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda
28/04/2021 -
Ministério da
Saúde deleta vídeo em que Paulo Guedes insulta a
China, ataca o SUS e critica vacinas
28/04/2021 -
CPI da Covid
recebe no 1º dia 173 requerimentos: haverá ampla
investigação sobre governo Bolsonaro
28/04/2021 -
Reforma
Trabalhista e sindicatos
27/04/2021 -
Movimentos e sindicatos vão a Brasília pressionar
por auxílio emergencial de R$ 600
27/04/2021 -
“Por que tanto
medo?”, diz Renan sobre decisão que o impede de
relatar CPI
27/04/2021 -
Após Bolsonaro
ameaçar veto, PL por igualdade salarial volta à
Câmara
27/04/2021 -
Justiça do Rio
atende a sindicatos e suspende leilão da
privatização da Cedae
27/04/2021 -
Ministro da
Saúde admite que pode faltar 2ª dose de vacina
27/04/2021 -
Relação entre covid-19 e trabalho leva a aumento de
processos na Justiça
26/04/2021 -
Governo retomará
redução de jornada e salário; conheça duração e
regras do programa
26/04/2021 -
Brasil
ultrapassa marca de 390 mil mortes por Covid-19
26/04/2021 -
Lira diz que
texto inicial da reforma tributária será apresentado
em maio
26/04/2021 -
Partidos alegam
omissão do presidente da República na pandemia da
Covid-19
26/04/2021 -
Classe C, cuja
ascenção marcou governos Lula, despenca na miséria
26/04/2021 -
Brasil é
denunciado na CIDH por expor trabalhadores da
mineração ao coronavírus
23/04/2021 -
Centrais estão
engajadas para evento do 1º de Maio
23/04/2021 -
STF forma
maioria e confirma que Moro foi parcial e suspeito
na perseguição contra Lula
23/04/2021 -
Conferência Virtual da Nova Central: A PEC 32/2020
não pode passar!
23/04/2021 -
Sindicatos: o futuro dura muito tempo e já bate à
porta
23/04/2021 -
Trabalhador pobre está fora do Home Office
23/04/2021 -
OAB pede à PGR
investigação de Bolsonaro por mortes decorrentes de
Covid-19
23/04/2021 -
Redução de parte
de intervalo contratual de duas horas resulta em
pagamento integral do período
22/04/2021 -
Brasil entra mais uma vez na lista da OIT de
suspeitos de violar normas trabalhistas
22/04/2021 -
Economia:
governo deve lançar medidas que envolvem permitir
redução de salário, jornada e adiamento do FGTS
22/04/2021 -
Governo quer
aumentar R$ 47,00 no salário mínimo de 2022
22/04/2021 -
Câmara aprova
urgência para projeto de privatização dos Correios
22/04/2021 -
Centrais e
movimentos sindicais pressionam pelo auxílio
emergencial de R$600
20/04/2021 -
Centrais buscam
medidas de enfrentamento da pandemia
20/04/2021 -
CPI planeja convocação de Guedes e outros 14
integrantes do governo
20/04/2021 -
Com auxílio menor, cresce o endividamento das
famílias durante a pandemia
20/04/2021 -
Decisão sobre
suspeição de Sergio Moro já foi tomada, diz Gilmar
Mendes
20/04/2021 -
Ranking de
mortes por covid-19 é liderado por estados
"bolsonaristas"
20/04/2021 -
STJ discutirá limite de 30% para desconto de
empréstimo em conta salário
20/04/2021 -
Juiz reconhece morte causada pela Covid-19 como
acidente de trabalho
19/04/2021 -
CPI da Pandemia
deverá ser instalada na próxima quinta-feira
19/04/2021 -
Centrais
sindicais continuam lutando por auxílio emergencial
de R$ 600
19/04/2021 -
Governo
Bolsonaro foi omisso com kit intubação, diz
relatório do TCU
19/04/2021 -
Congresso dá
primeiro passo para volta do programa de redução de
salário
19/04/2021 -
OAB e juízes
questionam decisão do STF sobre débitos trabalhistas
19/04/2021 -
Pobres foram
mais afetados pela inflação durante a pandemia, diz
Ipea
19/04/2021 -
TST: Ausência no
recolhimento de FGTS justifica rescisão indireta
19/04/2021 -
Projeto permite
caracterizar Covid como doença ocupacional
16/04/2021 -
STF forma
maioria, Moro se torna incompetente e Lula terá seus
processos anulados
16/04/2021 -
Governo propõe
salário mínimo de R$ 1.147 em 2022, sem aumento real
16/04/2021 -
Centrais
organizam novo 1º de Maio conjunto e defendem
unidade também na política
16/04/2021 -
Senado aprova
proteção a trabalhadoras gestantes durante pandemia
16/04/2021 -
Dieese alerta
para avanço do Trabalho Intermitente
16/04/2021 -
Bolsonaro é
acusado de crime contra a humanidade no Parlamento
Europeu
16/04/2021 -
Estudantes
brasileiros podem perder 8% da renda futura, diz FMI
15/04/2021 -
STF decide que
plenário julga nesta quinta anulação de sentenças de
Moro contra Lula
15/04/2021 -
Centrais
sindicais, associações patronais e governo de SP se
unem pela defesa da vida
15/04/2021 -
Lula dispara e
Bolsonaro derrete: 52% a 34% no segundo turno
15/04/2021 -
Decreto de
Bolsonaro coloca oficialmente Correios à venda
15/04/2021 -
Covid-19 é
considerada doença do trabalho pelo TRT de São
Paulo, e empresa deve emitir CAT
15/04/2021 -
Brasil é única grande economia em desaceleração
porque não combateu a pandemia
15/04/2021 -
Impacto da pandemia é maior para trabalhadores
jovens, diz Ipea
14/04/2021 -
CPI da Covid é
criada com objetivos ampliados
14/04/2021 -
STF define
futuro político de Lula e de Bolsonaro
14/04/2021 -
Comissão da OAB:
Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e contra
a humanidade
14/04/2021 -
Crescimento do teletrabalho repercute nas
negociações coletivas, mostra Dieese em nota técnica
14/04/2021 -
Política do governo deve piorar queda do PIB
14/04/2021 -
Marco Aurélio dá 15 dias para Bolsonaro explicar
fala sobre Forças Armadas
14/04/2021 -
Câmara aprova
prorrogação do prazo de entrega do Imposto de Renda
até 31 de julho
14/04/2021 -
Paim quer
criação de 14º salário para aposentados
14/04/2021 -
Comissão de
Trabalho aprova gratuidade de certidões negativas
para desempregados
13/04/2021 -
Ameaçado por
Bolsonaro, senador diz que violência é saída aos
covardes
13/04/2021 -
Indústrias estão contratando trabalhadores
intermitentes
13/04/2021 -
Ministra do STF
suspende decretos que ampliaram acesso a armas
13/04/2021 -
Sindicato de
servidores da UFRJ relata ameaça de invasão de
apoiadores de Bolsonaro
13/04/2021 -
Nunes Marques
será relator de ação de Kajuru que pede impeachment
de Alexandre de Moraes
13/04/2021 -
Flávio Bolsonaro
representa contra Kajuru no Conselho de Ética:
"conduta imoral, baixa e antiética"
13/04/2021 -
Sindicatos,
partidos e entidades assistenciais têm imunidade de
IOF, diz STF
13/04/2021 -
Cidadania decide
pedir a Kajuru que saia do partido, caso contrário
será expulso
13/04/2021 -
Projeto cria
socorro financeiro para trabalhador informal na
pandemia
12/04/2021 -
Centrais
defendem ‘imediata instalação’ da CPI da Covid
12/04/2021 -
Fux antecipa
pauta, e STF julgará CPI da Covid na quarta-feira
12/04/2021 -
Mais de 70% das
indústrias têm dificuldades em conseguir
matéria-prima
12/04/2021 -
Senador Kajuru
grava conversa com Bolsonaro e revela que ele quer
derrubar ministros do STF
12/04/2021 -
Salário mínimo
deveria ser de R$ 5 mil, aponta Dieese
12/04/2021 -
Samarco,
responsável por tragédia de Mariana, pede
recuperação judicial
09/04/2021 -
Brasil bate novo
recorde e registra 4.249 mortes por Covid-19 nas
últimas 24 horas
09/04/2021 -
CPI da Covid:
Barroso manda Senado apurar conduta de Bolsonaro na
pandemia
09/04/2021 -
Mourão defende
teto de gastos e nova reforma da Previdência
09/04/2021 -
Senadores
discordam sobre liberação de compra de vacinas pelo
setor privado
09/04/2021 -
Lula em resposta
a FHC: “Quer que eu passe o bastão, corra mais do
que eu”
09/04/2021 -
Paim defende
volta da política de valorização do salário mínimo
09/04/2021 -
Entidades de
trabalhadores pedem ao Supremo lockdown nacional
09/04/2021 -
STF decide que
estados e municípios podem proibir cultos durante a
pandemia
09/04/2021 -
Produção
industrial recua em dez locais em fevereiro, diz
IBGE
09/04/2021 -
Dieese: custo da
cesta básica cai em 12 capitais em março
08/04/2021 -
Após liberação
do auxílio emergencial mais baixo, centrais vão
manter pressão por R$ 600
08/04/2021 -
Bolsonaro envia projeto que permite retomar programa
de manutenção de emprego
08/04/2021 -
Câmara aprova
compra de vacinas por empresas. Texto vai ao Senado
08/04/2021 -
Petrobras persegue dirigente sindical. Centrais
repudiam
08/04/2021 -
Fome atinge 19 milhões no Brasil durante a pandemia
08/04/2021 -
Deputada propõe distribuição gratuita de máscaras
aos desempregados
07/04/2021 -
“Auxílio não
sustenta uma família”, diz presidente da NCST
07/04/2021 -
Estamos pagando a falta de vacinas com a vida dos
trabalhadores, diz Dieese
07/04/2021 -
Câmara já tem
mais de 100 pedidos de impeachment abertos contra
Bolsonaro
07/04/2021 -
Câmara aprova
texto-base de projeto sobre compra de vacinas pelo
setor privado
07/04/2021 -
Brasil já perdeu
quase 6 mil profissionais de saúde durante a
pandemia do coronavírus
07/04/2021 -
TRF-3 autoriza sindicato de Campinas a comprar
vacina para Covid-19
06/04/2021 -
Pesquisa XP: 60%
rejeitam Bolsonaro e Lula lidera sucessão
presidencial
06/04/2021 -
Presidente da
NCST analisa o cenário das centrais sindicais após a
'reforma' trabalhista
06/04/2021 -
Gilmar Mendes
contraria Kassio Nunes e respalda fechamento de
igrejas e templos durante pandemia
06/04/2021 -
Guedes ameaça
reforma administrativa mais dura caso não seja
aprovada agora
06/04/2021 -
Prorrogação do
Imposto de Renda é destaque na pauta desta terça
06/04/2021 -
Ação trabalhista
não precisa conter cálculo detalhado do valor da
causa
05/04/2021 -
Centrais
criticam Emergencial e tenta alterar valores no
Congresso
05/04/2021 -
Inimigo dos
trabalhadores quer proibir entidades sindicais de
receber quaisquer tipos de recursos
05/04/2021 -
Com pandemia no
auge, rejeição a Bolsonaro vai a 59% e bate recorde
05/04/2021 -
Lula está no
segundo turno em 2022. Bolsonaro disputa outra vaga
com centro, diz cientista político
05/04/2021 -
Centrais: É
urgente votar MP 1039!
05/04/2021 -
Mãe internada já
pode pedir prorrogação do salário-maternidade
30/04/2021 -
Deputados aprovam urgência para projeto de igualdade
salarial entre homens e mulheres
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
quinta-feira (29) requerimento de urgência para o
Projeto de Lei 1558/21, que prevê multa para as
empresas que pagarem salários diferentes para homens
e mulheres na mesma função.
O requerimento foi apresentado pelos deputados
Celina Leão (PP-DF) e Hugo Motta (Republicanos-PB).
O projeto, do ex-deputado Marçal Filho, foi aprovado
pela Câmara e enviado ao Senado, onde sofreu
modificações, o que obrigou o retorno à Casa de
origem.
“É uma conquista da bancada feminina”, disse Leão.
Ela afirmou que o projeto tem apoio da bancada
feminina na Câmara.
“Essa lei será mais um passo para acabarmos com as
desigualdades entre homens e mulheres no ambiente de
trabalho”, disse a deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ).
Fonte: Agência Câmara
30/04/2021 -
Centrais persistem na luta por Emergencial de R$
600,00
Às vésperas do 1º de Maio, o sindicalismo está na
ofensiva. Terça (27), em reunião com o deputado
Arthur Lira, presidente da Câmara, as Centrais
Sindicais cobraram votação da Medida Provisória
1.039/2021, que retoma o valor do Auxílio
Emergencial de R$ 600,00.
Os dirigentes reivindicam que o benefício, agora
entre R$ 150,00 e R$ 375,00, seja reajustado com
urgência, com parcelas até o fim da pandemia. Também
participaram representantes dos movimentos sociais e
deputados de oposição.
Lira reconheceu o agravamento da situação e o
aumento da fome entre os brasileiros. Mas, segundo
os sindicalistas, ele não se comprometeu em colocar
a MP pra votação.
Para Sérgio Nobre, presidente da CUT, o País caminha
pro colapso. “Estamos muito preocupados com o
crescimento absurdo da fome e do desemprego. A
pandemia é muito mais grave do que era um ano atrás
e naquele período havia Auxílio de R$ 600,00”, diz.
O retorno do Emergencial em R$ 600,00 é uma das
bandeiras do 1º de Maio Unitário das Centrais. Pelo
segundo ano consecutivo, o ato do Dia Internacional
do Trabalhador será virtual. No momento em que o
Brasil ruma para as 400 mil mortes por Covid-19, o
evento é pela Vida – Democracia, Emprego e Vacina
pra Todos.
Mais – Acesse o site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
30/04/2021 -
Desaprovação do governo Bolsonaro é de 57%, aponta
nova pesquisa
Pesquisa PoderData, em parceria com o Grupo
Bandeirantes, feita de segunda-feira (26) a
quarta-feira (28) desta semana, apontou que 57% dos
brasileiros reprovam o governo de Jair Bolsonaro
(Sem Partido). O índice representa aumento de um
ponto percentual na comparação com o último
levantamento (56%), feito de 12 a 14 de abril.
De acordo com os dados atuais, 35% aprovam a gestão,
aumento de um ponto percentual em relação à pesquisa
anterior (34%).
Os que disseram não saber ou não responderam aos
questionamentos somaram 10%, alta de dois pontos
percentuais.
Sobre a avaliação do trabalho de Bolsonaro, 51%
classificaram como "ruim" ou "péssimo", queda de
quatro pontos percentuais em relação ao último
levantamento (55%).
Ao todo, 26% disseram enxergar o trabalho dele como
"ótimo" ou "bom", mesmo percentual da última
pesquisa. Os que afirmaram achar "regular" somaram
19%, aumento de um ponto percentual. Os que não
souberam responder somaram 4%, alta de três pontos
percentuais (1%).
Foram entrevistadas 2.500 pessoas em 482 municípios
nas 27 unidades da Federação.
Fonte: Brasil247
30/04/2021 -
Projeto do senador Paulo Paim reintroduz homologação
da rescisão do contrato de trabalho no sindicato
Por demanda da Conatig (Confederação Nacional
dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas), o
senador Paulo Paim (PT-RS), apresentou no Senado, em
meados de abril, o
PL 1.397/21.
O objetivo do projeto é corrigir a distorção criada
pela Reforma Trabalhista que, na prática, anistia o
patrão sonegador de direitos quando demite o
trabalhador sem a conferência do seu sindicato.
O projeto, então, visa restaurar o direito
constitucional de o sindicato como entidade
protetora do trabalhador na hora da demissão
acompanhá-lo e orientá-lo. Ou seja, o projeto
reintroduz a obrigatoriedade de as rescisões do
contrato de trabalho, com mais de 1 ano, serem
feitas no sindicato.
“Era preciso fazermos algo diante do caos gerado
para o trabalhador logo após ele perder o emprego na
pandemia e nem mesmo saber que estava sendo lesado
pelo ex-patrão em seus direitos da CLT [Consolidação
das Leis Trabalhistas] e CCT [Convenção Coletiva de
Trabalho] porque não há mais a obrigatoriedade da
homologação da rescisão contratual onde a regra não
está definida pela convenção ou acordo coletivo de
trabalho”, explica Leonardo Del Roy, presidente da
Conatig.
Na prática, o projeto altera a CLT, especificamente
o artigo. 477, que sofreu mudança negativa com a
retirada da homologação sindical obrigatória. O
objetivo é restaurar essa assessoria,
aconselhamento, orientação e advertência ao
trabalhador demitido acerca das consequências
fáticas e jurídicas do ato de rescisão contratual.
A iniciativa é ato zela, entende o presidente da
Conatig, pela correção dos pagamentos dos direitos à
luz da legislação trabalhista e, ainda, pelo
cumprimento das cláusulas coletivas decorrentes de
acordos ou convenções coletivas aplicáveis aos
trabalhadores, conforme descreve o projeto.
Fonte: Diap
30/04/2021 -
PDT questiona reedição de programa de redução de
jornada e salários no STF
O PDT ingressou com uma ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
contra a Medida Provisória 1.045, assinada pelo
presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira
(27/4), que trata de redução de jornada e salários
com objetivo de mitigar a perda de postos de
trabalho causadas pela epidemia de Covid-19.
O relator da ADI será o ministro Ricardo Lewandowski.
A MP questionada prevê o pagamento de um benefício
temporário durante o período de perda de renda dos
trabalhadores, que pode se estender por quatro
meses.
Na petição inicial, o PDT afirma que a MP viola os
artigos 1º, IV; 7º, VI e XIII, XXVI; 8º, III e VI; e
170 da Constituição. O partido sustenta que a
possibilidade que a possibilidade acordo individual
para tratar da redução de salário, redução de
jornada, valor compensatório a ser pago pelo
empregador e ainda suspensão de contrato de
trabalho, pelo que vulnerabiliza em demasia o
trabalhador.
"Na prática, a referida norma põe a segurança do
trabalhador aos alvitres do empregador, porquanto,
com o justo receio de padecer em meio à condições de
miserabilidade social, o trabalhador será compelido
a assinar termo de acordo individual elaborado nos
moldes que aprouver unicamente o empregador, que é
quem detém o poder de barganha na relação. Destarte,
a referida norma mitiga também o artigo 8º da Lei
Maior, que postula acerca da necessária defesa dos
direitos e interesses coletivos de determinada
categoria de trabalhadores, através da intervenção
de entidades sindicais", diz trecho do texto.
Por fim, o PDT pede, entre outras coisas, que seja
suspenso o artigo 12 da MP 1.045/2021 e que a PGR e
AGU se manifestem sobre o tema.
ADI 6.814
Fonte: Consultor Jurídico
30/04/2021 -
PT pede quebra no teto de gastos para investimentos
no combate à fome
O Partido dos Trabalhadores ajuizou ação com pedido
liminar no Supremo Tribunal Federal que pede o
afastamento do limite de gastos públicos de 20 anos
imposto pela Emenda Constitucional 95/2016 e a
determinação para que o governo federal invista em
medidas de combate à fome.
A arguição de descumprimento de preceito fundamental
foi distribuída para a ministra Rosa Weber, que é
relatora de outras ações semelhantes contra a emenda
constitucional.
O partido ainda ataca efeitos da EC 109/2021, que
diminuiu o auxílio emergencial concedido em meio à
crise de Covid-19, em comparação com o último ano,
com a justificativa de controle de gastos. De acordo
com a legenda, nenhuma das emendas ressalva a
necessidade de implementação de programas de combate
à fome.
Para o atendimento emergencial da população
vulnerável, o PT pede a inclusão automática de
pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza no
Bolsa Família e o aumento do valor dos benefícios.
Também solicita que o governo federal atue junto aos
estados e municípios para garantir um kit
alimentação aos estudantes que estejam sem aulas
presenciais.
Segundo o partido, milhares de famílias diariamente
passam fome no país, e a falta de ações de combate
violaria preceitos constitucionais, como o direito à
alimentação adequada. Por isso, também pede o
investimento de R$ 1 bilhão no Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA). Com informações da assessoria de
imprensa do STF.
ADPF 831
Fonte: Consultor Jurídico
30/04/2021 -
Guedes reclama de “filho de porteiro na
universidade” e é detonado pela segunda vez na mesma
semana
Em uma semana, Guedes conseguiu atacar a China,
os idosos, e agora declara sua raiva contra os
filhos de porteiro que entraram na universidade
Em uma semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
conseguiu atacar a China, os idosos, e agora declara
sua raiva contra os filhos de porteiro que entraram
na universidade, gerando mais uma vez diversas
críticas nas redes sociais.
Sem saber que era gravado, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, reclamou que o governo federal deu
bolsas em universidades para “todo mundo” por meio
do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Guedes
disse que o filho do seu porteiro foi beneficiado
mesmo após zerar o vestibular, ainda que o programa
tenha exigências de nota mínima para aprovar o
financiamento”, relata o repórter.
Fonte: Brasil247
30/04/2021 -
Comissão aprova proibição expressa de gestante
trabalhar em atividade insalubre
Texto altera reforma trabalhista de 2017 e
determina que gestantes e lactantes se afastem de
trabalhos insalubres
A Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara dos
Deputados aprovou nesta quinta-feira (29) proposta
que deixa expressa na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) a proibição integral de trabalho de
gestantes ou lactantes em atividades consideradas
insalubres.
O texto também amplia o período em que a mulher tem
direito a intervalos especiais para amamentar o
filho. Atualmente, a CLT estabelece que tal direito
se aplica até que o filho complete seis meses de
idade. A proposta dobra esse período.
Ainda segundo o projeto, a empregada que estiver
amamentando poderá optar pelo trabalho remoto,
quando possível, por até seis meses após o término
da licença-maternidade. A lactante teria direito
ainda à troca de turno para cuidar do filho, desde
que não haja prejuízo para o empregador.
Substitutivo
O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo
deputado Fábio Trad (PSD-MS) a 15 projetos de lei
que tramitam em conjunto e tratam do assunto, sendo
o primeiro da lista o PL 11239/18, do Senado. As
outras proposições são os PLs 8304/17, 8500/17,
8511/17, 10098/18, 10137/18, 10573/18, 10822/18,
11208/18, 1037/19, 279/19, 3775/19, 4518/20, 479/20
e 5459/20.
O substitutivo busca reparar alteração trazida pela
reforma trabalhista de 2017 com impacto ao trabalho
da mulher grávida ou lactante. Conforme lembrou
Fábio Trad, a Lei 13.287/16 havia determinando que a
empregada gestante ou lactante deveria ser afastada,
durante a gestação e a lactação, de quaisquer
atividades, operações ou locais insalubres.
Entretanto, em 2017, a Lei 13.467 (reforma
trabalhista) alterou este dispositivo, passando a
permitir o trabalho de gestantes em atividades
insalubres em grau médio ou mínimo e o trabalho de
lactantes em atividades insalubres em qualquer grau,
sendo devido o afastamento dessas atividades apenas
quando a empregada apresentasse atestado de saúde
que o recomendasse.
“Assim, se a empregada gestante ou lactante não
apresentasse a recomendação médica de afastamento (o
que facilmente poderia ocorrer por falta de acesso
ao serviço de saúde em tempo hábil ou por qualquer
outra razão), ela poderia permanecer exercendo
atividades insalubres, ainda que isso gerasse graves
riscos à sua saúde e à saúde do nascituro. Portanto,
não há dúvidas de que a alteração promovida pela
reforma trabalhista violou o direito social à
proteção à maternidade e à infância”, observou Fábio
Trad.
Ele acrescentou que, em razão deste fato, em 2019, o
Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a
inconstitucionalidade da expressão “quando
apresentar atestado de saúde, emitido por médico de
confiança da mulher, que recomende o afastamento”,
como previsto pela reforma trabalhista.
Tramitação
O projeto tramita em regime de urgência e pode ser
votado a qualquer momento pelo Plenário da Câmara.
A proposta também está em análise nas comissões de
Seguridade Social e Família; de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
29/04/2021 -
Programa de proteção ao emprego repete falhas do ano
passado, diz Dieese
Como em 2020, trabalhadores que ganham até R$
3.300 terão que negociar individualmente os termos
de adesão ao programa
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta
terça-feira (27) a Medida Provisória (MP)
1.045, que recria o Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda. Como no ano
passado, as empresas poderão adotar a suspensão
temporária dos contratos de trabalho ou reduzir as
jornadas, com redução proporcional dos salários. O
tempo máximo de redução proporcional de jornada e da
suspensão do contrato, ainda que sucessivos, não
poderá ser superior a 120 dias.
Em troca, o governo vai pagar ao trabalhador fatia
do seguro-desemprego equivalente à redução. Ou a
integralidade do benefício, no caso da suspensão.
Além disso, o trabalhador terá a “garantia
provisória no emprego” pelo igual período a que
ficou submetido à redução da jornada ou suspensão do
contrato.
Bolsonaro também assinou a MP
1.046, que permite aos empregadores a adoção do
teletrabalho, banco de horas, antecipação de férias
e feriados, além de adiamento do recolhimento do
FGTS, entre outras medidas.
De acordo com o Dieese, são medida importantes para
socorrer as empresas, em função do agravamento da
crise sanitária. Contudo, repetem os mesmos erros
das MPs 927 e 936, editadas em 2020, no início da
pandemia. O ponto mais criticado é que as medidas
poderão ser aplicadas, sem necessidade de negociação
coletiva com representantes dos trabalhadores. No
caso da redução da jornada ou suspensão dos
contratos, a “negociação individual” entre patrão e
empregado vale para trabalhadores de menor renda,
com salários de até R$ 3.300.
Trabalhadores perdem mais
Segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, as MPs repetem o espírito da reforma
“trabalhista”, excluindo a participação dos
sindicatos nas negociações coletivas. “A gente sabe,
no final das contas, o quanto que a negociação
individual deixa de ser de fato uma negociação, e se
transforma muito mais numa imposição. Essa é a
principal questão”, disse Fausto, em entrevista ao
Jornal Brasil Atual.
Outro fator negativo é que o benefício pago pelo
Estado não preserva a totalidade da renda dos
empregados. Isso porque serão limitados pelo teto do
auxílio-desemprego, fixado atualmente em R$1.911,84.
As reduções parciais de jornada poderão ser de 25%,
50% ou 70%.
Por outro lado, Fausto afirma que o a MP 1.045 não
garante a estabilidade no emprego. O empregador
poderá demitir, mesmo durante a vigência do programa
de proteção ao emprego, tendo apenas que pagar uma
multa equivalente ao período faltante.
O diretor do Dieese espera que essas deficiências
possam ser corrigidas quando a MP for votada no
Congresso Nacional. Além disso, tratam-se de medidas
insuficientes para conter os danos econômicos, como
o avanço do desemprego e queda da renda.
“Insisto que é um programa importante, mas tem
vários problemas, como tinha no ano passado. E que
precisam ser corrigidos dentro do Congresso
Nacional. Esperamos que o Congresso coloque a MP em
votação, e não fique segurando, como foi no caso da
MP do auxílio emergencial. Por outro lado, precisa
cair a ficha para o governo sobre a gravidade do que
está acontecendo”, afirmou.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/04/2021 -
Guedes anuncia novo programa para trabalhadores
informais
Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) vai ajudar 40
milhões de brasileiros
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
quarta-feira (28) que o governo vai lançar o
programa Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) para
atender os trabalhadores informais afetados pela
pandemia de covid-19. Guedes não deu detalhes, mas
disse que o programa vai ajudar os 40 milhões de
brasileiros “invisíveis”, como vendedores
ambulantes, pessoas que foram atendidas pelo auxílio
emergencial do governo federal.
“Essa turma toda que está bloqueada, sem capacidade
de trabalho. Queremos o retorno seguro ao trabalho
desse brasileiros através da vacinação em massa.
Enquanto isso não ocorre, o BIP. Eles têm direito ao
trabalho, nunca pediram nada ao Estado, a primeira
vez que foram vistos foi durante a pandemia. Nós
devemos a eles também ferramentas de sobrevivência
nos próximos meses, enquanto fazemos a vacinação em
massa”.
O anúncio foi feito durante a coletiva virtual de
divulgação dos dados de emprego formal de março. No
mês, de acordo com os dados do Novo Caged, o Brasil
registrou a criação de 184 mil vagas de trabalho
formal.
Para Guedes, esses trabalhadores informais foram
excluídos do mercado de trabalho formal “por uma
legislação obsoleta”, que onera os empresários e
impede a criação de um mercado de trabalho
“vigoroso, forte e robusto”.
O ministro defende a redução da carga tributária da
folha de pagamento. “Hoje, o salário é muito para
quem paga, para quem dá o emprego, e é pouco para
quem recebe porque tem uma cunha fiscal muito
grande, que quase duplica o custo do trabalho”,
argumentou.
Ontem (27), o governo federal também anunciou a
flexibilização da legislação trabalhista para
combate das consequências econômicas decorrentes da
pandemia e a retomada do Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego (Bem), que permite a empresas
a realização de acordos para redução de jornada e
salário de funcionários ou a suspensão dos contratos
de trabalho.
Guedes informou que o governo deve ainda relançar o
Programa Nacional de Apoio às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), uma linha de
crédito criada para auxiliar financeiramente os
pequenos negócios.
Fonte: Agência Brasil
29/04/2021 -
Paim defende aprovação de projeto que determina
quebra de patentes de vacinas
Em pronunciamento nesta quarta-feira (28), o senador
Paulo Paim (PT-RS) pediu a aprovação pelo Senado do
projeto de lei (PL 12/2021) que determina o
licenciamento compulsório de patentes de vacinas
contra a covid-19. Ele destacou que essa quebra de
patentes será temporária e por prazo determinado,
contribuindo para o combate à pandemia.
Trata-se de projeto apresentado pelo próprio Paim e
que tem como relator o senador Nelsinho Trad
(PSD-MS). A matéria está na pauta do Plenário desta
quinta-feira (29). O parlamentar gaúcho considera o
licenciamento compulsório uma medida indispensável
para o controle global da doença, levando-se em
conta que muitos países pobres não têm condições de
comprar os imunizantes.
— É uma medida excepcional. Não implica em ignorar
os direitos às patentes, mas só flexibilizar esses
direitos. Segundo especialistas, esta é a única
forma de acelerarmos a produção de vacinas —
afirmou.
Paim disse que mais de 70 ex-líderes mundiais e
vencedores do Prêmio Nobel enviaram carta ao
presidente norte-americano, Joe Biden, solicitando
que o governo dos Estados Unidos abra mão de
patentes de vacinas provisoriamente, para garantir a
proteção da humanidade. Acrescentou que mais de um
milhão de pessoas assinaram outro pedido semelhante,
inclusive atores famosos como George Clooney e
Sharon Stone.
Fonte: Agência Senado
29/04/2021 -
Oposição protocola pedido de CPI para investigar
atuação de Ricardo Salles contra o Meio Ambiente
Deputados federais de oposição ao governo
protocolaram nesta quarta-feira (28), na Câmara,
pedido de criação de uma CPI para investigar o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Para ser
aberta a CPI na Câmara é necessária a assinatura de
ao menos 171 deputados, isto é, um terço da Casa -
por enquanto 130 deputados assinaram o pedido.
O pedido é subscrito por parlamentares do PT, PSB,
PV, Rede, PSOL e PCdoB e ocorre após as acusações do
delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva de que
Salles agiu em favor de madeireiros e o possível
desmonte da fiscalização sobre desmatamento.
A oposição já tem130 assinaturas, mas está reunindo
esforços para trazer deputados do centro ao seu
lado. Os partidos visados para isso são Cidadania,
MDB, DEM e PSDB. A coleta de assinaturas começou
nesta tarde, após o requerimento ser protocolado.
Também estão na mira da CPI os incêndios florestais
no Pantanal e o uso de avião da Força Aérea
Brasileira pelo ministro para transporte de
garimpeiros.
Nessa terça-feira (27), a ministra Cármen Lúcia, do
Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) opine sobre a
abertura do inquérito para investigar a atuação do
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Em seu despacho, a ministra Cármen Lúcia ressaltou
que as acusações são de "gravidade incontestável" e
que não há espaço para ato arbitrário da PGR, que
deverá justificar de forma fundamentada a decisão de
começar a apuração ou, ao contrário, abortá-la.
Fonte: Brasil247
29/04/2021 -
Por unanimidade, STF aceita denúncia e torna Daniel
Silveira réu
"O poder Judiciário não aceita intimidações e
ameaças", afirmou o ministro Alexandre de Moraes
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu
nesta quarta-feira (28) denúncia contra o deputado
federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) e
tornou o parlamentar réu por incitar a animosidade
entre as Forças Armadas e o STF. Silveira está em
prisão domiciliar desde março, após ser detido em
flagrante por publicar vídeo com ameaças a ministros
da Corte.
“Não podemos permitir que ameaças, agressões ao
poder Judiciário atentem contra a liberdade e a
imparcialidade. O recado que deve ser dado por essa
Suprema Corte, é que o poder Judiciário não aceita
intimidações e ameaças”, disse o ministro-relator
Alexandre de Moraes.
“Todos os fatos imputados de forma clara e
objetiva”, completou. O entendimento de Moraes foi
acompanhando por todos os demais ministros.
O vice-procurador-geral da República, Humberto
Jacques de Medeiros, defendeu a recepção da denúncia
alegando que Silveira proferiu “impropérios típicos
da caverna”. “Não se trata de opinião. Se trata de
depreciação. Violência verbal”, afirmou o
procurador.
“Suas expressões ultrapassam o mero excesso verbal,
na medida que atiçam seguidores e apoiadores do
acusado em redes sociais, de cujo contingente
humano, já decorreram até ataques físicos por fogos
de artifício à sede do Supremo Tribunal Federal”,
diz trecho da denúncia.
Silveira foi enquadrado no artigo 344 do Código
Penal (grave ameaça) e Art. 23 da Lei de Segurança
Nacional (incitar a animosidade entre o tribunal e
as Forças Armadas).
Fonte: RevistaForum
29/04/2021 -
600 mil empregadas domésticas deixaram de contribuir
com a Previdência em 2020
Dados da PNAD Contínua, organizados pelo Dieese
na última terça (27), mostram queda no número de
vagas no setor
O número de empregadas domésticas que contribuíram
para a Previdência Social caiu de 2,2 milhões para
1,6 milhão entre o quarto trimestre de 2019 e o
mesmo período de 2020.
A queda reflete uma diminuição expressiva na
quantidade de pessoas ocupadas no setor: de 6,4
milhões para 4,9 milhões.
Os dados fazem parte de um levantamento do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) sobre o setor, divulgado na
última terça-feira (27), Dia da Empregada Doméstica.
O material baseou-se em números da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A queda no número de pessoas ocupadas no setor, de
23,4%, é quase três vezes mais profunda que a
redução no quadro geral do país, 8,7%. A pandemia de
covid-19, que coincide com o período analisado, pode
ser uma das causas do fechamento de vagas.
Os gráficos elaborados pelo Dieese também ressaltam
que aumentou, de 73% para 75%, a proporção de
trabalhadores domésticos remunerados sem carteira de
trabalho.
O rendimento médio mensal do trabalhador doméstico
remunerado caiu de R$ 924 para R$ 876 entre o quarto
trimestre de 2019 e o de 2020.
O levantamento do Dieese aponta ainda que, do total
de trabalhadores ocupados no trabalho doméstico
remunerado, 92% são mulheres, das quais 65% são
negras.
Segundo o Dieese, os trabalhadores informais ganham
40% menos do que os formais e os negros recebem, em
média, 15% a menos que os não negros.
Fonte: Brasil de Fato
29/04/2021 -
TST nega pedido de ressarcimento por contratação de
advogado particular
A obrigação de um empregador resulta apenas do
contrato de trabalho, o que exclui qualquer acordo
de prestação de serviços entre um empregado e um
terceiro, sem a sua participação. Com esse
entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho rejeitou recurso de um gerente de cobrança
que desejava ser ressarcido por seu ex-empregador
das despesas com advogado para ajuizar a reclamação
trabalhista.
O trabalhador, atualmente aposentado, acionou a
Justiça do Trabalho em 2013 para tentar receber da
Tavex Brasil S.A. (antiga Alpargatas Santista Têxtil
S.A), para a qual trabalhou de 1970 a 2011, uma
indenização por perdas e danos e/ou honorários
advocatícios, argumentando que o advogado é
indispensável à administração da Justiça.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande
São Paulo e litoral paulista) manteve a sentença de
primeira instância que indeferiu o pedido por
entender que a pretensão não tinha amparo legal.
Segundo a corte estadual, na Justiça do Trabalho é
possível ajuizar a ação sem advogado (o chamado jus
postulandi) e o empregado não pode transferir o ônus
de sua escolha para a parte adversa.
O relator do recurso do gerente ao TST, ministro
Mauricio Godinho Delgado, assinalou que os
honorários advocatícios decorrem de contrato firmado
entre o advogado e seu constituinte, criando
obrigações entre as partes. A obrigação do
empregador, por sua vez, resulta do contrato de
trabalho, e não de um contrato firmado entre um
empregado e um terceiro. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria do TST.
RRAg 1382-78.2013.5.02.0038
Fonte: Consultor Jurídico
29/04/2021 -
Ministro do TST é mais um a morrer na tragédia do
coronavírus no Brasil
Walmir Oliveira da Costa tinha 63 anos e já havia
perdido o irmão para a Covid no último mês
A pandemia do coronavírus no Brasil, que vem matando
mais de 3 mil pessoas todos os dias, vitimou nesta
quarta-feira (28) Walmir Oliveira da Costa, ministro
do Superior Tribunal do Trabalho (TST). As
informações são da coluna de Guilherme Amado, da
revista Época.
O magistrado tinha 63 anos e não resistiu às
complicações da Covid-19. No mês passado, Costa já
havia perdido seu irmão, Walderir Oliveira da Costa,
para a doença.
Juiz no TST desde 2007, Costa nasceu no Pará e era
torcedor do Paysandu. O clube divulgou uma nota de
pesar pela morte do ministro.
“O Paysandu Sport Club lamenta profundamente o
falecimento de Walmir Oliveira da Costa, apayxonado
torcedor do clube e então ministro do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), além de membro da
Academia Brasileira do Direito do Trabalho (ABDT).
Nossos sentimentos aos familiares e amigos”, diz o
texto do clube de futebol.
Em setembro do ano passado, a presidente do (TST),
ministra Maria Cristina Peduzzi, testou positivo
para a Covid-19 e foi internada no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo. Ela passou quase 20
dias hospitalizada, mas se recuperou da doença.
Fonte: RevistaForum
28/04/2021 -
Ato do 1º de Maio vai reunir Centrais e diversos
artistas
Pelo segundo ano consecutivo, as Centrais Sindicais
realizarão no formato virtual o ato do 1° de Maio –
Dia Internacional do Trabalhador. No momento em que
o Brasil já registra mais de 380 mil mortes por
Covid-19, o tema é 1° de Maio pela Vida –
Democracia, Emprego e Vacina para Todos. As Centrais
também reafirmam a reivindicação de Auxílio
Emergencial de R$ 600,00.
A live do 1º de Maio reunirá CUT, Força Sindical,
UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical e Pública e
será transmitida, a partir das 14 horas, pela TVT –
TV dos Trabalhadores, além dos canais no YouTube e
redes sociais do movimento sindical.
Falarão dirigentes das nove Centrais e convidados.
Entre os quais ex-presidentes Lula, Dilma e FHC,
presidente da Câmara, Arthur Lira, presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, além de Rodrigo Maia, Ciro
Gomes, governador João Doria (SP), governador Flávio
Dino (MA), Marina Silva, Guilherme Boulos e Manuela
D’Ávila. Previsto que falem ainda outros
parlamentares, lideranças partidárias, de movimentos
sociais, entidades sindicais internacionais e
líderes religiosos.
O programa será ancorado pela cantora, compositora e
apresentadora Ellen Oléria, do Estação Plural, na TV
Brasil. Também no estúdio, a atriz, cantora e
multi-instrumentista paraibana Lucy Alves fará a
apresentação artística que encerrará o 1º de Maio
Unitário das Centrais Sindicais.
As falas serão intercaladas por apresentações e
depoimentos de artistas sobre o tema Vida,
Democracia, Emprego e Vacina pra Todos. Elza Soares,
Chico César, Tereza Cristina, Delacruz, Johnny
Hooker, Odair José, Bia Ferreira, Osmar Prado e
outros estarão na live do 1º de Maio.
O presidente da Força, Miguel Torres, ressalta a
importância do ato unitário neste momento grave
sanitário, resultado de descaso do governo federal,
e problemas na economia, como aumento do desemprego
e queda nos salários. “Estamos na luta por um
Auxílio Emergencial de R$ 600,00, vacina para todos
e a retomada da economia”, afirma.
Fonte: Agência Sindical
28/04/2021 -
Servidores definem ações contra PEC 32
Lideranças sindicais dos Servidores Públicos
participaram nesta terça (27) da Conferência Virtual
da Nova Central. O tema do debate foi a Proposta de
Emenda Constitucional PEC 32, a PEC da Reforma
Administrativa, e seus impactos para o setor
público.
Sob a coordenação do secretário Nacional do Plano
dos Servidores Públicos, Lineu Neves Mazano, a
atividade contou com a presença de José Reginaldo
Inácio, presidente da NCST, e João Domingos,
presidente da Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil (CSPB), entre outros sindicalistas.
Na avaliação de especialistas, o texto está repleto
de inconstitucionalidades. Para as principais
lideranças sindicais dos Servidores, representa o
desmonte do setor público e o fim da
responsabilidade do governo e sua máquina
administrativa no tocante à prestação de serviços à
população.
Reginaldo Inácio questiona a quem favorece o
desmonte do setor. “Porque quando você tira o acesso
da população ao serviço público, você retira a
participação democrática do povo, aqueles que
realmente compõem o estado, ou seja, a maioria da
população”, afirma.
Os participantes destacaram que a PEC 32, vem na
esteira de outras “reformas” fracassadas nos
propósitos que foram apontados para legitimá-las,
tais como geração de “milhões de empregos” que
viriam na esteira da Reforma Trabalhista e a Reforma
da Previdência.
Os debatedores alertaram para a tentativa de o
governo Federal impor a PEC 32, atropelando o
trâmite Legislativo por meio da Medida Provisória
(MP 1.042/2021). O texto da MP prevê plenos poderes
à Presidência da República para extinguir cargos e
reorganizar a administração pública federal sem
autorização do Congresso.
Para João Domingos, essa é uma luta de todos os
setores. Ele destaca a importância das Centrais
Sindicais reforçarem essa campanha. “É preciso
construir a unidade entre aqueles que entenderam o
perigo da PEC e unificar a luta. Nesse sentido,
apelamos às Centrais a se engajarem a esse
movimento”, convida.
Os sindicalistas devem realizar reunião ampliada com
parlamentares para apresentação dos retrocessos e
inconstitucionalidades da PEC 32 e integrar as
Centrais Sindicais ao Movimento Basta!, que possui
destacada ação contra a agenda de desmonte dos
serviços públicos do País.
Clique e assista –
https://youtu.be/Sj0qwjEnMtU
Fonte: Agência Sindical
28/04/2021 -
Bolsonaro assina MP que reinstitui Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda
O presidente Jair Bolsonaro editou, nesta
terça-feira (27), a MP (medida provisória), que
reinstitui o BEm (Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda), que permite redução de
salário e jornada de trabalho. Outra MP firmada por
Bolsonaro trata de medidas trabalhistas para o
enfrentamento da pandemia. No portal do jornal Valor
Bolsonaro editou também medida provisória que abre
crédito extraordinário de R$ 9,98 bilhões a fim de
viabilizar o BEm. Os atos serão publicados, nesta
quarta-feira (28), no DOU (Diário Oficial da União).
O BEm institui o novo Benefício Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda, que será pago pelo
governo em caso de suspensão temporária do contrato
de trabalho ou redução proporcional de jornada de
trabalho e de salário. Trata-se de reedição do
programa instituído no ano passado.
Critérios para concessão do benefício
O valor do benefício mensal levará em conta a parcela
do seguro desemprego a que o empregado teria direito
em caso de demissão.
Segundo o Palácio do Planalto, esse será pago
“independentemente do cumprimento de período
aquisitivo, do tempo de vínculo empregatício ou do
número de salários recebidos”.
Esse, segundo o governo, não impedirá a concessão ou
alterará o valor do seguro desemprego em caso de
dispensa do funcionário. A MP possibilita a redução
da jornada de trabalho e do salário dos empregados e
suspensão temporária dos contratos de trabalho por
até 120 dias.
Porém, a empresa terá que manter o valor do
salário-hora de trabalho. Também será necessária a
assinatura de um acordo individual escrito entre
empregador e empregado. A redução da jornada de
trabalho e salário poderá ser feita nos percentuais
de 25%, 50% ou 70%.
A MP prevê ainda a suspensão temporária do contrato
de trabalho pelo prazo máximo de 120 dias. Essa
suspensão também deverá ser formalizada por acordo
escrito. Durante o período de suspensão, o empregado
terá direito a benefícios que vierem a ser
concedidos pelo empregador.
“Em todos os casos fica reconhecida a garantia
provisória no emprego durante o período acordado e
após o reestabelecimento da jornada ou encerramento
da suspensão, por igual período”, informou o
Planalto.
Fonte: Diap
28/04/2021 -
Ministério da Saúde deleta vídeo em que Paulo Guedes
insulta a China, ataca o SUS e critica vacinas
O Ministério da Saúde deletou nesta terça-feira (27)
de sua página no Facebook o vídeo em que o ministro
da Economia, Paulo Guedes, insulta o principal
parceiro comercial do Brasil, a China, além de
reconhecer a incompetência do governo federal: "nós
do governo não teremos capacidade de cuidar da saúde
do povo".
Guedes não sabia que a reunião, que contava com a
presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do
ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e do
ministro da Justiça, Anderson Torres, estava sendo
transmitida por mídia social.
O Ministério da Saúde, então, apagou o vídeo e,
questionado sobre o motivo, alegou: "deu um problema
técnico, a transmissão estava sendo feita por
celular/4G, caiu e não conseguimos reconectar".
Após as falas desastrosas, Guedes passa a ter sua
permanência no governo cada vez mais questionada.
Fonte: Brasil247
28/04/2021 -
CPI da Covid recebe no 1º dia 173 requerimentos:
haverá ampla investigação sobre governo Bolsonaro
Investigação, que será relatada por Renan
Calheiros, pode começar a partir de 173
requerimentos que serão submetidos à apreciação dos
membros da CPI
A CPI da Covid, cujo relator é o senador Renan
Calheiros (MDB-AL), recebeu no primeiro dia de
funcionamento uma grande quantidade de pedidos de
requerimentos que abrem caminho para uma ampla
investigação sobre a conduta do governo Bolsonaro no
enfrentamento à pandemia.
Até as 21h45 desta terça-feira (27) foram
apresentadas ao menos 173 solicitações por
congressistas, que serão submetidas ao plenário da
CPI da Covid.
Os requerimentos solicitam, além da convocação dos
ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson
Teich e Eduardo Pazuello, além do ministro atual,
Marcelo Queiroga, informações sobre o fornecimento
de respiradores, EPIs (equipamentos de proteção
individual), "kit intubação", abertura de leitos,
fornecimento de oxigênio, aquisição de vacinas,
seringas e distribuição de cloroquina para o chamado
tratamento precoce, informa reportagem da Folha de
S.Paulo.
Entre os requerimentos, há cinco que põem foco no
fornecimento de oxigênio hospitalar em Manaus.
Fonte: Brasil247
28/04/2021 -
Reforma Trabalhista e sindicatos
Desde sua montagem, a partir da Revolução de
1930, a estrutura corporativa de relações de
trabalho jamais havia experimentado alteração
institucional tal como a posta em prática pela
Reforma Trabalhista de 2017, em pleno governo Temer
(2016-2018). Naquela oportunidade, as críticas
proferidas por liberais do passado se juntaram a dos
neoliberais do presente para conformar maioria
suficiente para mudar, por meio de legislação, o
sentido da estrutura sindical de fixar o sindicato
na função de intermediação das relações de trabalho.
Marcio Pochmann*
Por mais de 8 décadas, a legislação social e
trabalhista apontava no mesmo rumo da expansão do
emprego assalariado formal com carteira assinada.
Mesmo assim, em determinados governos antilabor,
como os de Dutra (1946-1951), dos militares
(1964-1985) e dos Fernandos, Collor (1990-1992) e
Henrique (1990-2002), houve tentativas, sem sucesso,
de mudar substancialmente o sistema corporativo das
relações de trabalho no Brasil.
Desde 2017, contudo, pode-se contabilizar um
conjunto antilabor de medidas institucionais que
alteram substancialmente a atuação sindical,
enfraquecendo o ramo do Direito do Trabalho e
fortalecendo o Direito Comercial no tratamento das
relações de trabalho no Brasil. Dessa forma, houve o
retorno à realidade vivida pela classe trabalhadora
antes da Revolução de 1930, quando a questão social
era tratada como caso de polícia. É uma volta ao
primitivismo da sociedade agrária da época.
Inicialmente, ocorreu o ataque ao monopólio sindical
na representação dos trabalhadores por categoria
profissional e base mínima geográfica municipal,
como forma de viabilizar o interesse patronal de
substituir as negociações do acordo coletivo pelo
acordo individual. A Lei 14.020, que criou em 2020 o
BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda), por exemplo, estabeleceu que o acordo
individual entre patrão e empregado, sem a presença
sindical, era suficiente para validar a redução da
jornada e do salário de forma proporcional (25%, 50%
e 70%).
Simultaneamente, a Reforma Trabalhista dificultou ao
trabalhador o recurso à Justiça do Trabalho contra o
empregador. O processo judicial se tornou oneroso
para o empregado, com a cobrança de custas
processuais nos casos de ausências em audiências, de
pagamento dos honorários dos advogados da parte
vencedora e de provas periciais, em caso de perda da
ação, ademais da obrigatoriedade da especificação
prévia de valores nas ações trabalhistas.
Entre 2017 e 2020, por exemplo, a quantidade de
ações trabalhistas no Brasil declinou 56,2% e passou
de quase 2,8 milhões de ajuizamentos ao ano para
pouco mais de 1,2 milhão. Não porque passou a
existir respeito maior à legislação, mas porque o
acesso do trabalhador à Justiça ficou mais difícil e
caro. A Justiça do Trabalho foi reduzida pela
Reforma Trabalhista.
Por outro lado, o fim da obrigatoriedade da
contribuição sindical por parte de trabalhadores e
empregadores, tal como foi definida pela Reforma
Trabalhista de 2017, abalou seriamente e o
financiamento sindical desabou. Em 2020, as receitas
caíram quase 99% quando comparadas ao valor nominal
arrecadado em 2017, que foi de R$ 3,6 bilhões. Em
outras palavras, os sindicatos de trabalhadores
receberam menos de 1% da receita obtida em 2017.
Já as entidades patronais conseguiram manter a
arrecadação sindical em valores equivalentes a cerca
de 11% da obtida em 2017. Além disso, a
representação dos empregadores manteve praticamente
intactas as contribuições parafiscais derivadas do
chamado “Sistema S”.
No que se refere à atuação sindical convém destacar
outros aspectos relevantes. O primeiro desses está
relacionado à queda no número de greves. No ano de
2020, o Brasil registrou 649 greves, menos de 1/3 do
número de paralisações realizadas pela classe
trabalhadora em 2016. Em paralelo, em 2019, apenas
11,2% dos trabalhadores ocupados estavam
sindicalizados, 25% menos do que em 2016.
Outro aspecto a ser destacado diz respeito ao
aumento de entidades sindicais. Entre 2016 e 2021,
apareceram 946 novas entidades sindicais, sendo 214
patronais (+4,2%) e 731 de trabalhadores (+6,5%).
Estes dados contrastam com a redução na quantidade
de instrumentos coletivos realizados com a presença
dos sindicatos, que mostram queda de 25% nas
convenções e acordos coletivos de trabalhos entre
2016 e 2020.
Além disto, houve muita dificuldade em fechar
acordos com, pelo menos, a reposição do custo de
vida. No ano de 2020, por exemplo menos de 40% dos
reajustes de salários estabelecidos por intermédio
das negociações coletivas de trabalhos conseguiram
obter aumentos acima da inflação passada. Em 2017, 3
anos antes, mais de 63% das negociações coletivas
obtiveram reajustes com ganhos reais de salários.
(*) Economista, professor do IE/Unicamp
(Instituto de Economia e pesquisador do Centro de
Estudos Sindicais da Universidade de Campinas),
ex-presidente do Ipea, autor de vários livros e
artigos publicados sobre economia social, trabalho e
emprego.
Fonte: Diap
27/04/2021 -
Movimentos e sindicatos vão a Brasília pressionar
por auxílio emergencial de R$ 600
Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo buscam ser
recebidas pelos presidentes da Câmara e do Senado
nesta terça (27)
Centrais sindicais e movimentos sociais populares
irão à Brasília nesta terça-feira (27) para dialogar
e pressionar parlamentares do Congresso Nacional em
defesa do restabelecimento do auxílio emergencial de
R$ 600 até o fim da pandemia.
Os representantes das organizações esperam ser
recebidos diretamente pelos presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e pelo presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A ideia é também conversar com líderes partidários e
manter a pressão sobre os parlamentares nas redes
sociais. Com esse objetivo, a campanha Renda Básica
que Queremos desenvolveu uma plataforma online na
qual qualquer cidadão pode enviar mensagens para os
representantes políticos de cada estado.
No mesmo dia, acontecerá um tuitaço nas redes
sociais e ações simbólicas em diversos estados do
país.
O valor do auxílio emergencial 2021 aprovado por
meio de medida provisória pelo presidente Jair
Bolsonaro vai de R$ 150 a R$375, está limitado a
apenas quatro parcelas e tem regras mais
restritivas. Por consequência, menos pessoas serão
atendidas em comparação com o primeiro ano da
pandemia.
Segundo estudo publicado recentemente pelo Centro de
Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da
Universidade de São Paulo (Made-USP), a redução do
auxílio emergencial de R$ 600 a R$ 1.200 para uma
média de R$ 250 deverá levar 61,1 milhões de pessoas
a viverem na pobreza e 19,3 milhões na extrema
pobreza.
Fonte: Brasil de Fato
27/04/2021 -
“Por que tanto medo?”, diz Renan sobre decisão que o
impede de relatar CPI
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou na noite
desta segunda-feira (26) que vai recorrer da decisão
provisória (liminar) da Justiça Federal do Distrito
Federal que o impede de assumir a relatoria da CPI
da Covid.
"A decisão é uma interferência indevida que subtrai
a liberdade de atuação do Senado. Medida
orquestradas pelo governo Jair Bolsonaro e
antecipada por seu filho. A CPI é investigação
constitucional do Poder Legislativo e não uma
atividade jurisdicional", afirma.
A medida atende a um pedido da deputada Carla
Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente Jair
Bolsonaro. A instalação da comissão está prevista
para a manhã desta terça-feira (27). Pela decisão
judicial, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
não poderá manter o nome de Renan entre as opções de
relatores a ser escolhidos.
Fonte: Congresso em Foco
27/04/2021 -
Após Bolsonaro ameaçar veto, PL por igualdade
salarial volta à Câmara
Proposta que pune empresas que pagarem salários
diferentes a homens e mulheres foi aprovada no
Senado após quase 12 anos. Bolsonaro sinalizou veto
Um projeto de lei prevendo multa para empresas que
pagarem salários diferentes para homens e mulheres
foi devolvido ao Congresso Nacional por Jair
Bolsonaro, que deveria decidir entre sancioná-lo ou
vetá-lo. Em live na última quinta-feira (22),
Bolsonaro questionou a apoiadores se deveria aprovar
ou vetar a proposta. O presidente da República
sinalizou um veto, afirmando que a punição a
empresas pela desigualdade salarial tornaria mais
difícil mulheres conseguirem emprego.
Na sexta-feira (23), o secretário do Senado, senador
Irajá (PSD-TO) enviou um ofício ao Palácio do
Planalto solicitando a devolução do PLC 130/2011. O
senador disse ter agido a pedido do presidente da
Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL)
Segundo o blog da jornalista Ana Flor, da Globo
News, o movimento aconteceu após Lira e o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) serem informados
de que Jair Bolsonaro vetaria a proposta. O Planalto
teria cogitado enviar uma Medida Provisória (MP),
mas a Câmara preferiu retomar a discussão da
proposta.
Tanto a “enquete” do presidente quanto o retorno do
projeto de lei ao Congresso irritaram as bancadas
femininas da Câmara e do Senado, destaca o blog de
Ana Flor. Em especial porque recentemente as Casas
haviam fechado acordo para chancelar o envio de
textos para a sanção presidencial mesmo com mudanças
de mérito no Senado, o que não valeu para este
texto.
A deputada Dorinha Seabra (DEM-TO) citou como
exemplo a proposta de emenda constitucional que
tornou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb) permanente, a qual teve uma
mudança de um parágrafo inteiro no Senado e, por
acordo, seguiu para promulgação sem voltar à Câmara.
O mesmo ocorreu com textos relacionados à pandemia.
Segundo o blog, com o retorno, as deputadas já se
mobilizam para votar o projeto rapidamente.
Críticas
Entre as senadoras, as declarações de Jair Bolsonaro
sobre a proposta durante a live também mereceram
fortes críticas. A líder da bancada feminina,
senadora Simone Tebet (MDB-MS), pediu justiça e
respeito pela igualdade salarial das mulheres.
A senadora Leila Barros (PSB-DF) disse que “o
presidente da República não pode virar as costas
para mais de uma década de luta e deixar de
sancionar o projeto que o Congresso Nacional aprovou
estabelecendo multa para empresa que deixar de pagar
o mesmo salário a homens e mulheres que desempenhem
a mesma função”.
A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) afirmou que o
projeto é “um dos maiores avanços que tivemos nos
últimos tempos” e disse que a ameaça de tornar a
conquista do emprego mais difícil para mulheres é
“velha”.
“A ameaça implícita é velha: mulheres vão acabar
perdendo o emprego se quiserem igualdade salarial
com os homens. Disseram o mesmo quando se aprovou a
licença-maternidade, na Constituinte. Chega de
chantagem! O que as mulheres exigem é, simplesmente,
o justo!”.
O PLC 130/2011 insere a multa às empresas que
praticarem discriminação salarial na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT). A empresa punida deverá
compensar a funcionária alvo da discriminação com o
pagamento de valor correspondente a até cinco vezes
a diferença verificada. Essa indenização deverá ser
multiplicada pelo período de contratação, até um
limite de cinco anos.
Com informações da Agência Senado
Fonte: Portal Vermelho
27/04/2021 -
Justiça do Rio atende a sindicatos e suspende leilão
da privatização da Cedae
Trabalhadores afirmam que processo pode gerar a
demissão de 4 mil funcionários da estatal
A desembargadora Claudia Regina Vianna Marques
Barrozo, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região, concedeu no domingo (25) uma liminar que
suspende o leilão da privatização parcial da
Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de
Janeiro (Cedae) atendendo a uma ação do sindicato
dos trabalhadores da estatal.
“A realização de uma dispensa em massa sem
negociação coletiva prévia com o sindicato
profissional viola o dever de informação, que é um
dos corolários naturais da boa-fé objetiva
contratual, que diz que os contratantes são
obrigados a guardar tanto na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e
boa-fé”, disse a desembargadora na decisão.
A ação foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores
nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do
Rio de Janeiro e Região (Sintsama-RJ) e pelo
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de
Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de
Esgoto de Campos e Região Norte e Noroeste do Estado
do Rio de Janeiro (Staecnon). As entidades alegam
que o plano do governo estadual resultará na
demissão de cerca de 4 mil trabalhadores e exigem
garantias.
A decisão judicial prevê que o leilão só poderá ser
realizado após o governo apresentar um estudo de
impacto socioeconômico sobre os trabalhadores.
“Os funcionários ficarão desempregados sem nenhum
plano de contingência. Ninguém discute a
privatização que o governo quer fazer, mas o
esvaziamento da companhia com a demissão de 80% dos
funcionários”, disse o advogado Marcus Neves à
jornalista Ana Cláudia Guimarães, de O Globo.
Com informações da ConJur e de O Globo
Fonte: RevistaForum
27/04/2021 -
Ministro da Saúde admite que pode faltar 2ª dose de
vacina
Em 21 de março, o ministério autorizou que todas
as vacinas armazenadas para garantir a segunda dose
fossem usadas para primeira aplicação
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu,
nesta segunda-feira (26), que a pasta está com
‘dificuldade’ no fornecimento da vacina CoronaVac
para a aplicação da segunda dose.
A declaração ocorreu durante uma sessão da Comissão
Temporária da Covid-19, do Senado Federal, sobre o
Plano Nacional de Imunização (PNI).
Nas últimas semanas, diversos municípios de Alagoas,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amapá e
Paraíba limitaram ou suspenderam a vacinação por
falta de doses da CoronaVac para a segunda
aplicação.
Na Paraíba, a Justiça chegou a determinar o uso do
imunizante para a segunda injeção após uma ação do
Ministério Público.
“Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a
segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de
prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de
um mês atrás, se liberou as segundas doses para que
se aplicassem. E agora, em face de retardo de insumo
vindo da China para o [Instituto] Butantan, há uma
dificuldade com essa segunda dose”, declarou
Queiroga no Senado.
No dia 21 de março, o Ministério da Saúde, alterando
sua orientação, autorizou que todas as vacinas
armazenadas por estados e municípios para garantir a
segunda dose fossem utilizadas imediatamente para a
primeira aplicação em outras pessoas.
Fonte: Sputnik News Brasil
27/04/2021 -
Relação entre covid-19 e trabalho leva a aumento de
processos na Justiça
Algumas decisões judiciais já relacionam o
contágio pela doença com a atividade profissional.
Só no primeiro trimestre, número de casos na
primeira instância cresceu 115%
Recentemente, uma decisão de primeira instância
relacionou a covid-19 com o trabalho, determinando a
natureza ocupacional da doença. O caso não é
isolado, mas também não predomina entre os que
passaram a chegar à Justiça do Trabalho desde 2020.
O tema passou a aparecer com mais frequência com o
avanço da pandemia. De acordo com o Tribunal
Superior do Trabalho (TST), por exemplo, foram 2.397
casos novos sobre covid distribuídos nas Varas do
Trabalho (primeira instância) de todo o país no
primeiro trimestre, crescimento de 115% sobre igual
período de 2020. O total geral (372.117) caiu 3,8%.
No Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(TRT-15), em Campinas, em 2020 foram recebidos 1.243
casos ligados à covid, sendo 844 solucionados. O
tribunal não dispõe de dados específicos sobre quais
tratam de doença ocupacional. No primeiro trimestre
deste ano, foram mais 141 processos.
Natureza ocupacional
Já no da 2ª Região (TRT-2), por exemplo, apenas nos
últimos cinco meses, de novembro até março, foram
recebidos 934 processos relacionados à covid-19. Os
que relacionam covid e doença ocupacional são 42. O
TRT-2 é o maior do país, abrangendo Grande São Paulo
e Baixada Santista. Foi nessa região que saiu a
decisão citada acima, após ação civil publica movida
pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (Sintect) contra
os Correios. O juiz Willian Alessandro Rocha, da
Vara de Trabalho de Poá, na Grande São Paulo,
reconheceu a natureza ocupacional da covid-19,
entendendo que a ECT não adotou medidas para reduzir
os riscos de contágio. Ele determinou que a empresa
realizassem teste para detecção da covid-19 em todos
os empregados naquela unidade, além de ações de
prevenção.
Exposição ao risco
Na decisão, o magistrado observou que seis
funcionários contraíram a doença na mesma época,
considerando “muito provável” que a contaminação
tenha ocorrido em função do trabalho, pela exposição
ao risco. Assim, o nexo causal seria presumível,
concluiu, ainda que não haja prova definitiva. A
empresa recorreu, mas a 9ª Turma do TRT manteve a
decisão.
Já a Justiça do Trabalho de Minas Gerais reconheceu
como acidente de trabalho a morte, pela covid-19, de
um motorista de caminhão. A decisão, nesse caso, foi
do juiz Luciano José de Oliveira, na Vara de Três
Corações. (MG). A empregadora do motorista, uma
transportadora, foi, inclusive, condenada a pagar
indenização de R$ 200 mil, por danos morais, e outra
por danos materiais, em forma de pensão, até a filha
do trabalhador completar 24 anos.
A família alegou que ele foi infectado devido à
função que exercia. O motorista sentiu os primeiros
sintomas em 15 de maio, após viagem de 10 dias de
Extrema (MG) para Maceió e Recife. A empresa alegou
que sempre cumpriu as normas de segurança, ofereceu
os equipamentos necessários e orientou os
funcionários sobre medidas de prevenção. O juiz
adotou a chamada teoria da responsabilização
objetiva, por assumir o risco de submeter o
trabalhador em um período agudo de pandemia.
Notas técnicas
O Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou várias
notas técnicas relacionadas à covid-19. Na NT 20,
por exemplo, orienta os médicos a solicitar da
empresa a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)
quando se confirma o diagnóstico de covid-19, “ainda
que na suspeita de nexo causal com o trabalho”. Para
o MPT, é “dever das empresas de reduzir os riscos
inerentes ao trabalho, mediante a adoção de normas
de saúde e segurança”.
Por sua vez, a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho também elaborou uma nota técnica, na qual
afirma que a covid-19 pode, conforme o caso, ser
considerada doença do trabalho. “As circunstâncias
específicas de cada caso concreto poderão indicar se
a forma como o trabalho foi exercido gerou risco
relevante para o trabalhador”, diz a Secretaria,
admitindo também o enquadramento como acidente do
trabalho.
No local de trabalho
Em entrevista ao portal da CUT, a secretária de Saúde
do Trabalhador da central, Madalena Margarida Silva,
afirma que apesar de o Supremo Tribunal Federal
(STF) determinar que a covid-19 pode ser considerada
doença do trabalho, os empregadores resistem a
reconhecer essa relação. “Há denúncias constantes de
trabalhadores aos sindicatos e a mídia tem mostrado
o tempo todo o número de pessoas que se aglomeram
nos transportes porque são obrigadas a ir ao o
trabalho presencial”, diz Madalena. “Onde esses
trabalhadores pegam covid? Na maioria dos casos é
sim nos locais de trabalho, por não ter um protocolo
de segurança definido e nos transportes. São locais
de grande exposição ao risco.”
O ideal, lembra, seria um efetivo lockdown. Ou seja,
isolamento social sério, com garantia de renda por
parte do governo federal. Assegurando assim,
sobrevivência, ao mesmo tempo em que se reduziriam
as chances de proliferação do vírus. “Várias medidas
do governo durante a pandemia prejudicaram ainda
mais os trabalhadores. A gente vê a falta de
proteção ao emprego, às micro e pequenas empresas,
tudo isso deixa o país no caos em que está, sem
perspectiva de melhora, com desemprego e número de
mortos aumentando a cada dia”, lamenta.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/04/2021 -
Governo retomará redução de jornada e salário;
conheça duração e regras do programa
Os trabalhadores que atuam no regime CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas), ou seja, que
trabalham de carteira assinada vão ser novamente
afetados pelo (BEm) Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda.
A medida tomada no ano passado conseguiu preservar
mais de 10 milhões de empregos no período de
pandemia. Para este ano de 2021, a medida tem como
estimativa preservar até 4 milhões de empregos, com
um custo médio de R$ 10 bilhões.
A medida permite um acordo entre empregado e
empregador para a redução da jornada de trabalho e
salário proporcionalmente. Ainda será possível a
suspensão temporária do contrato de trabalho.
Regras e duração
O governo federal pretende liberar o programa este ano
com duração de 4 meses. Também segue em tramitação o
projeto de lei do senador Rogério Carvalho (PT-SE)
que pede a liberação do programa por 180 dias,
repetindo às medidas da MP 936 que foi responsável
pela liberação do programa em 2020.
“Nesse sentido, apresentamos o presente projeto de
lei que visa restabelecer os termos da MP 936/20,
visando socorrer empresas, especialmente as pequenas
e médias, na solução de um dos seus maiores
problemas, a quitação da folha de pagamento. Deste
modo, atuamos nos dois lados do problema, na
manutenção do emprego formal e na sobrevivência das
empresas”, argumentou o senador.
O programa permite a redução da jornada e salário
proporcionalmente em 25%, 50% e 70%, onde a empresa
paga uma parcela do salário e o governo outra parte.
Além disso, a suspensão do contrato de trabalho
também deve voltar, veja a seguir como funciona o
programa.
Redução da jornada de trabalho em 25%
Nessa primeira possibilidade a empresa fica
responsável por pagar 75% do salário dos
trabalhadores e o governo os outros 25%.
Redução da jornada de trabalho em 50%
Nessa modalidade, tanto o governo quanto a empresa
ficam responsáveis cada um por pagar 50% do salário
dos trabalhadores.
Redução da jornada de trabalho em 70%
Nessa modalidade a empresa fica responsável por pagar
30% do salário dos trabalhadores e o governo pelos
outros 70%.
Suspensão temporária do contrato de trabalho
Para essa modalidade, o pagamento dos salários ao
trabalhador pode variar conforme o faturamento da
empresa.
Exemplo: Uma pequena empresa, com faturamento de até
R$ 4 milhões e 800 mil no ano de 2020, o trabalhador
receberá 100% do seguro desemprego. Agora se é uma
empresa grande que faturou mais que R$ 4 milhões e
800 mil em 2020, o trabalhador receberá 70% do
seguro desemprego e a empresa é obrigada a
complementar com 30% do salário nominal do
trabalhador.
Trabalhador pode recusar?
Seguindo às regras do ano passado, o trabalhador não
será obrigado a aceita a redução da jornada e
salário ou ainda a suspensão temporária do contrato
de trabalho proposto pela empresa.
Lembre-se que para que possa haver o acordo, será
necessário que haja um acordo individual entre o
trabalhador e a empresa para que possa ser
manifestado a vontade de ambos e definidos a
proposta.
É importante esclarecer que não realizar o acordo e
ainda exigir o salário integral é um direito de todo
o trabalhador, mas é imprescindível que cada
situação seja bem analisada.
Além disso, assim como o empregado tem os seus
direitos a empresa também possui seus direitos de
inclusive demitir os trabalhadores sem qualquer
motivo, desde que o trabalhador não esteja em
período de estabilidade.
Fonte: Diap
26/04/2021 -
Brasil ultrapassa marca de 390 mil mortes por
Covid-19
A média móvel de óbitos nos últimos 7 dias está
em 2.495, 24,2% menor do que a registrada há 14
dias, o que indica tendência de queda
O Brasil ultrapassou a marca de 390 mil mortes por
Covid-19 neste domingo (25). Segundo dados do Painel
do Conass (Conselho Nacional das Secretarias de
Saúde), foram registradas 1.305 mortes hoje, somando
390.797 desde o início da pandemia.
A média móvel de óbitos nos últimos 7 dias está em
2.495, 24,2% menor do que a registrada há 14 dias, o
que indica tendência de queda.
Os novos casos somaram 35.572 neste domingo, com
média móvel de 56.817 casos diários nos últimos 7
dias. Houve redução de 24,9% em relação a 14 dias
atrás, o que também indica queda.
Fonte: Portal Vermelho
26/04/2021 -
Lira diz que texto inicial da reforma tributária
será apresentado em maio
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse
neste sábado (24) que vai tornar pública nesta
segunda-feira (3), a versão inicial do texto da
reforma tributária (PEC 45). Pelas redes sociais, o
pepista disse que o objetivo é discutir com a
sociedade, fazer consultas públicas, receber as
críticas e os aprimoramentos, "com transparência e
participação de todos".
"Temos de enfrentar os problemas do Brasil, apesar
das crises, passageiras", afirmou. Lira disse ainda
que o Congresso não pode ficar "prisioneiro da
paralisia política das guerras legislativas" e que,
mais do que nunca, "temos de cumprir nosso dever com
a sociedade".
A reforma proposta na PEC 45 é assinada pelo
deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e idealizada pelo
economista Bernard Appy. A relatoria do projeto é de
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Outra proposta (PEC 110/2019) concebida pelo
ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) tramita no
Senado com o mesmo tema.
Ao assumirem a presidência das Casas em fevereiro,
Lira e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) prometeram dar
andamento ao tema.
Fonte: Congresso em Foco
26/04/2021 -
Partidos alegam omissão do presidente da República
na pandemia da Covid-19
O PCdoB e o Psol ajuizaram, no Supremo Tribunal
Federal, uma ação direta de inconstitucionalidade
por omissão contra o presidente da República, Jair
Bolsonaro, na condição de autoridade competente para
implantar, no plano federal e em coordenação com as
demais unidades da Federação, providências no
combate à pandemia da Covid-19. A ação foi
distribuída ao ministro Marco Aurélio.
Os partidos alegam omissão inconstitucional do
presidente na adoção de medidas que garantam o
exercício dos direitos fundamentais à vida e à saúde
e citam, como exemplo, a vacinação, que avança em
ritmo bem menor que o necessário devido ao
"retardamento proposital" na aquisição de vacinas e
insumos.
Argumentam, também, manifestações contrárias e atos
obstrutivos à ampliação das restrições ao
funcionamento do comércio e dos serviços e a
reuniões em lugares públicos pelos governos
estaduais e municipais. Na avaliação dos partidos, o
governo não cogita subsídios para cobrir os danos
impostos aos setores afetados pela evolução da
pandemia.
Nesse contexto, acrescentam que a ação pretende
assegurar aos agentes econômicos afetados uma
compensação razoável pela suspensão de suas
atividades, "de modo a propiciar a subsistência dos
seus negócios e o amparo às cadeias produtivas e aos
empregos respectivos".
Por fim, a ação pede que se determine ao presidente
da República que institua comissão autônoma para
gestão da crise, composta por representantes da
União, dos governos dos estados e da comunidade
científica, representando a participação social. Com
informações da assessoria do STF. ADO 65
Fonte: Consultor Jurídico
26/04/2021 -
Classe C, cuja ascenção marcou governos Lula,
despenca na miséria
Em 2019, o Brasil tinha cerca de 24 milhões de
pessoas na pobreza extrema, ou 11% da população.
Agora, são 35 milhões, ou 16% do total
A chamada classe C, que ascendeu durante os governos
Lula (2003-2011), está sendo empurrada rapidamente
de volta às classes D e E, conforme mostra
reportagem publicada pela Folha de S. Paulo.
Algumas pessoas, ainda, estão indo direto para a
miséria pelas consequências da Covid-19 e da
desorganização das políticas de mitigação da
pandemia do governo Jair Bolsonaro, destaca o
jornal.
Segundo a Folha, pesquisas de diferentes órgãos
revelam não só que dezenas de milhões de brasileiros
retrocedem a situações mais precárias desde o ano
passado, mas que suas vidas podem continuar piorando
em 2021.
Enquanto classes mais favorecidas começam a
estabilizar a renda ou a obter ganhos, as classes D
e E – cada vez mais numerosas – devem amargar nova
queda de quase 15% em seus rendimentos neste ano.
Isso não só aumentará a desigualdade social
brasileira mas retardará a recuperação econômica uma
vez que esse contingente da população consumirá
menos, destaca a Folha.
Com a paralisação de muitas atividades em 2020 e a
interrupção do auxílio emergencial em dezembro —só
retomado em abril, com valores bem menores—, milhões
de brasileiros estão despencando diretamente da
classe C para a miséria.
Em 2019, antes da pandemia, o Brasil tinha cerca de
24 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou 11% da
população, vivendo com menos de R$ 246 ao mês.
Agora, são 35 milhões, ou 16% do total, segundo a
FGV Social com base nas Pesquisas Nacionais por
Amostra de Domicílios Contínua e Covid-19.
De acordo com a FGV Social, quase 32 milhões de
pessoas deixaram a classe C desde agosto do ano
passado, ápice do pagamento do auxílio emergencial
pelo governo Bolsonaro, em direção a uma vida pior.
A classe E, com renda domiciliar até R$ 1.205,
segundo os critérios da FGV Social, foi a que mais
inchou: cresceu em 24,4 milhões de pessoas. Já a
classe D (renda entre R$ 1.205 e R$ 1.926) aumentou
em 8,9 milhões, indica a FGV.
Fonte: Portal Vermelho
26/04/2021 -
Brasil é denunciado na CIDH por expor trabalhadores
da mineração ao coronavírus
Ao aceitar denúncia feita por movimentos e
sindicatos, a Comissão deu prazo de 90 dias para o
país se posicionar
Entidades sindicais do setor de mineração
denunciaram o Brasil à Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) por manter a operação das
minas, enquanto o país vivencia um colapso na saúde
e as contaminações por coronavírus superam os 14
milhões de casos.
A denúncia foi aceita pela CIDH, que estabeleceu o
prazo de 90 dias para que o governo brasileiro se
pronuncie sobre a atual classificação das atividades
mineradoras como essenciais, o que faz as operações
minerárias continuarem mesmo com o alto índice de
contaminação por covid-19 no setor. O Estado
brasileiro foi notificado na quarta-feira (21).
Descaso e insalubridade
A situação de insalubridade a qual os trabalhadores da
mineração estão submetidos no país é foco das
principais preocupações dos movimentos e sindicatos
responsáveis pela denúncia.
No texto, advogados responsáveis pela acusação
solicitam que a Comissão recomende ao governo
brasileiro o cumprimento das medidas de prevenção
estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Defendem ainda a garantia dos empregos dos
trabalhadores que forem dispensados por causa do
risco de contaminação, e querem que o governo
revogue a classificação da mineração como atividade
essencial.
De acordo com Maximiliano Garcez, um dos advogados
que assinam a petição da denúncia, “a mineração
feita de modo descontrolado e ilimitado durante a
pandemia está contribuindo para aumentar a
contaminação de trabalhadores e das comunidades onde
atuam”.
A denúncia exige testagem em massa desses
trabalhadores e transparência na divulgação do
número de infectados nas cidades-polo de mineração
no país.
Essencialidade "fabricada"
Os movimentos e entidades sindicais denunciam que a
mineração foi condutora do vírus para cidades onde a
atividade é o carro-chefe da economia. A denúncia à
CIDH pede ainda que seja criado um órgão técnico
para avaliar a necessidade da manutenção das
atividades de mineração durante a pandemia.
A definição da essencialidade para o país foi feita
na surdina pelo ministro das Minas e Energia Bento
Albuquerque há um ano, em 28 de abril de 2020.
Segundo pesquisadores que estudam a atividade na
mineração durante a pandemia, a “essencialidade” do
setor foi “fabricada” pelas empresas. É o que mostra
o estudo “A mineração não parou - os efeitos de uma
essencialidade forjada durante a pandemia da covid-19
no Brasil”, assinado por Marcos Cristiano Zucarelli,
do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente
à Mineração.
O estudo destaca que, mesmo no contexto de crise
econômica e sanitária, o setor superou em 1,4% o
valor produzido em 2019, atingindo R$75,27 bilhões,
no segundo semestre do ano passado.
Resposta à CIDH
Caso o Brasil não se pronuncie dentro do prazo
estabelecido, a Comissão Interamericana poderá
enviar uma nova notificação.
Se esta for desconsiderada novamente, o órgão poderá
deferir a admissibilidade da denúncia. Entretanto, a
Comissão aponta que está à disposição para encontrar
"uma solução amigável" para o problema apontado.
Fonte: Brasil de Fato
23/04/2021 -
Centrais estão engajadas para evento do 1º de Maio
Diante da pandemia da Covid-19, as Centrais
Sindicais promovem o ato do Dia do Trabalhador de
forma virtual pelo segundo ano. O tema do evento de
2021 é 1º de Maio pela Vida – Democracia, Emprego e
Vacina para Todos.
A live será transmitida pela televisão, através da
TVT – TV dos
Trabalhadores, além dos canais no YouTube
e demais redes sociais da CUT, Força, UGT, CTB, CSB,
NCST, CGTB, Intersindical e Pública.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João
Carlos Gonçalves, o Juruna, o evento de 1º de Maio
deste ano deverá focar naquilo que de mais urgente o
movimento sindical tem articulado, que é a vacinação
imediata de toda a população, política de geração e
manutenção de empregos, além de políticas públicas
de proteção social. “Quando falamos Vida, estamos
reforçando a vacinação, medidas sanitárias e Auxílio
Emergencial de R$ 600,00”, observa Juruna.
Diferente de 2020, o evento deste ano terá a
presença dos presidentes das Centrais em um estúdio,
onde farão seus discursos aos trabalhadores. Além
dos dirigentes, o estúdio terá a apresentadora Ellen
Oléria, da TV Brasil, e a cantora paraibana Lucy
Alves, que fará apresentação artística de
encerramento do 1º de Maio Unitário.
Diversos artistas já confirmaram presença no evento
do 1º de Maio. Elza Soares, Chico César, Odair José,
Bia Ferreira, Fábio Assunção e outros irão se
apresentar. Além disso, os ex-presidentes Lula,
Fernando Henrique e Dilma, parlamentares, líderes
partidários e integrantes de movimentos sociais
também discursarão.
Programação – A partir da próxima semana, as
Centrais Sindicais divulgam a grade completa da
programação da live do 1º de Maio pela Vida.
Mais – Acesse o site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
23/04/2021 -
STF forma maioria e confirma que Moro foi parcial e
suspeito na perseguição contra Lula
A maioria da Corte entendeu que deveria ser
mantida a decisão da Segunda Turma, que declarou o
ex-juiz Sergio Moro suspeito nos julgamentos do
ex-presidente
Em julgamento nesta quinta-feira (22), o Supremo
Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão
anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte
no sentido de declarar a suspeição do ex-juiz Sergio
Moro nos processos movidos contra o ex-presidente
Lula na Lava Jato.
Votaram a favor da decisão da suspeição os ministros
Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques, Alexandre de
Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias
Toffoli e Rosa Weber, deixando o placar em 7 a 2.
Votou com o relator, ministro Edson Fachin, pela
anulação da decisão da Segunda Turma apenas o
ministro Luís Roberto Barroso.
O julgamento foi suspenso em razão de pedido de
vista (mais tempo para analisar o processo) de Marco
Aurélio Mello e será retomado na próxima
quarta-feira (28).
Fonte: Brasil247
23/04/2021 -
Conferência Virtual da Nova Central: A PEC 32/2020
não pode passar!
A
PEC 32/2020, que o governo federal denomina de
“reforma administrativa”, também conhecida como “PEC
da Rachadinha”, poderá ter a sua tramitação na
Câmara dos Deputados acelerada. A base governista
tem interesse em aprovar a matéria o mais rápido
possível, aproveitando a pandemia da COVID-19 de
forma a evitar a pressão das entidades sindicais dos
servidores públicos e de outras mobilizações da
sociedade civil.
Por isso, torna-se necessária e urgente a
mobilização do funcionalismo público, federal,
estadual e municipal, para impedir essa tramitação
acelerada. A PEC 32/2020 NÃO PODE SER VOTADA
NESTE PRIMEIRO SEMESTRE.
Assim, a Secretaria Nacional do Plano dos Serviços
Públicos da Nova Central, em conjunto com a
Diretoria Executiva Nacional, convoca conferência
virtual para debater a PEC 32 e os seus efeitos, bem
como definir as ações imediatas da central e das
suas entidades filiadas - sindicatos, federações e
confederação, com vistas a pressionar deputados e
senadores a não votarem essa proposta de emenda
constitucional.
A conferência será realizada no dia 27 de abril de
2021, terça-feira, através da plataforma ZOOM, no
horário de 8:30 às 10:30, com o link de acesso.
Vão participar, como mediador, Lineu Mazano,
Secretário-geral da CSPB e Secretário Nacional do
Plano dos Servidores Públicos da NCST; como
debatedores, José Reginaldo Inácio, Presidente da
NCST e João Domingos, Presidente da CSPB e Diretor
Financeiro da Nova Central; e expositor, Sebastião
Soares, diretor da CSPB e diretor nacional de
Educação Sindical da Nova Central.
Esse e outros projetos nefastos de destruição dos
serviços públicos e de demolição de direitos e
conquistas do funcionalismo público, como a recente
MP 1.042/2021, são manobras perversas do governo
federal para entregar a esfera pública ao setor
privado. Essas medidas, em grande parte, são
imediatas, e atingem a todos os servidores e
servidoras públicos federais, estaduais e
municipais, inclusive aposentados.
Assim só a resistência organizada das entidades
sindicais dos servidores públicos poderá impedir
mais esse crime contra o nosso País e o nosso povo.
Servidores e servidoras públicas qualificados e
valorizados são imprescindíveis para garantir
serviços de qualidade à toda população.
Especialmente nesse momento de pandemia.
Fazer o desmonte dos serviços públicos na pandemia é
covardia. Por isso vamos dar um BASTA a mais
este ataque.
Vamos exigir dos parlamentares que VOTEM NÃO À
PEC 32/2020. Participe da conferência e ajude na
divulgação.
José Reginaldo Inácio - Presidente da NCST
Lineu Mazano - Secretário Nacional do Plano
dos Servidores Públicos da NCST
Fonte: NCST
23/04/2021 -
Sindicatos: o futuro dura muito tempo e já bate à
porta
“Caminhos
para os sindicatos construírem seu futuro em um
mundo do trabalho em mudança”, este é o título
de alentado artigo escrito por Clemente Ganz Lúcio,
ex-diretor técnico do Dieese e atual assessor do
Fórum das Centrais Sindicais. O texto foi
reproduzido na íntegra no portal do DIAP. A leitura
é obrigatória. Fiquem à vontade.
Marcos Verlaine*
O ensaio escrito por Clemente é de fato leitura
obrigatória para todos que militam no movimento
sindical. No texto, o autor enfrenta todos os atuais
e relevantes dilemas do sindicalismo pós-Reforma
Trabalhista e os avanços tecnológicos que afetam —
para o bem ou para o mal — o mundo do trabalho e
suas relações.
Ler, compreender e debater o artigo é a primeira
tarefa a ser cumprida por todos aqueles que atuam no
sindicalismo. Mãos à obra!
O texto, não podia ser diferente, é profundo e
extenso. Toca, salvo melhor juízo, em todas as
questões mais relevantes que afetam o sindicalismo,
o mundo do trabalho e suas relações dinâmicas.
A análise aborda toda a legislação relevante,
pós-impeachment, que solapou o movimento sindical,
sua estrutura e organização — Terceirização,
reformas Trabalhista e da Previdência e até leis
temporárias que não foram levadas a cabo pelo
Congresso, como a “MP do boleto bancário” e a da
“Carteira Verde e Amarela”, mas que causaram imensos
prejuízos financeiros à organização sindical — que
precisam ser compreendidas para serem devidamente
combatidas.
O ensaio aponta caminhos, faz propostas, entra no
contencioso, por exemplo, da Reforma Sindical, que
setores do movimento sindical querem ignorar, por
divergências. Desenha cenários, apresenta diretrizes
e fundamentos sobre este tema que precisará de olhar
mais profundo e crítico dos protagonistas da labuta
para organizar os assalariados, que permita formular
saídas para a construção de uma organização dos
trabalhadores mais dinâmica e em consonância com as
mudanças levadas a cabo pelos novos tempos.
Menciona a organização sindical, toca no problema da
representatividade. Faz incursão sobre o futuro do
movimento sindical diante das novas formas de
trabalhar, por meio das plataformas digitais.
“O primeiro aspecto de uma estratégia de
reestruturação sindical é a promoção de um amplo
processo de participação dos jovens — trabalhadores
e trabalhadoras com menos de 30 anos de idade — na
vida sindical, como ativistas, militantes e
dirigentes”, disserta.
Organizar os trabalhadores por locais de trabalho e
moradia são desafios antigos diante de situações
novas e ainda pouco compreendidas. O “emprego
oculto”, encoberto pelas novas relações precárias de
trabalho. Os sindicatos prestadores de serviços
“Para atender a diversidade de demandas dos
trabalhadores” são temas abordados no texto.
“Financiamento e reorganização patrimonial” para
superar o fim do imposto sindical obrigatório. Que
fazer? O texto aponta caminhos. Dinheiro não cai do
céu. Sem ideias e trabalho não haverá recursos
financeiros para superar a aridez causada pelo fim
do dinheiro farto de outrora.
Sobre a Comunicação. “... dimensão fundamental da
reestruturação é o desenvolvimento de um projeto
inovador e ousado de comunicação sindical com os
trabalhadores e a sociedade”, escreve.
“Serviço de Pesquisa, Educação e de Assessoria”.
Lembrou do Dieese e do DIAP, tão necessários às
agendas salarial, econômica e política dos
sindicatos. Estas 2 instituições são patrimônio
imprescindíveis do movimento sindical brasileiro.
Deixá-las à míngua expõem problemas que o movimento
sindical precisa enfrentar e superar.
Os desafios estão lançados. Parabéns Clemente, pela
ousadia do texto, a clareza em relação às demandas
e, sobretudo, a coragem em apontar as deficiências
que precisam ser compreendidas, enfrentadas e
esclarecidas, a fim de serem superadas.
Com a palavra, o movimento sindical!
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar licenciado do Diap
Fonte: Diap
23/04/2021 -
Trabalhador pobre está fora do Home Office
“Os trabalhadores mais pobres são os que mais
precisam sair de casa pra conseguir trabalho.
Trabalhar em home office é privilégio das Classes A
e B, onde estão os trabalhadores da ciência ou
intelectuais, dirigentes e funcionários públicos”.
A fala é de Marcelo Neri, diretor da FGC Social, com
base em dados da Pnad Covid-19, apurados pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas) social.
Os dados: entre os da classe A/B (renda superior a
R$ 8.303,00), 28% puderam alterar o local de
trabalho. Na Classe C, com renda até R$ 8.803,00,
apenas 7,5% conseguiram alterar o local de trabalho.
Entre os que menos mudaram estão os trabalhadores na
agricultura.
As condições de trabalho, durante a pandemia, também
diferem conforme o grau educacional. A pesquisa
mostra que 34% dos que possuem formação superior
conseguiram alterar o local de trabalho para home
office. Essa taxa cai para apenas 6,6% com relação
às pessoas que têm apenas o ensino fundamental.
Ocupação
O levantamento da FGV Social mostra a média nacional
de ocupação caiu 9,5% em 2020. Poderia ter sido o
dobro não fosse a MP 936. Diz Neri: “A queda na
ocupação poderia ter sido o dobro não fosse o
programa federal de redução de jornada e salário
adotado”.
Auxílio
A condição dos mais pobres se agrava com o
rebaixamento do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 pra
R$ 250,00. A Folha de S.Paulo ouviu uma auxiliar de
limpeza no extremo Sul da Capital paulista. Ela diz:
“É usar pra comprar o gás, e o resto é alimento. Não
vai dar pra pagar conta de luz e água”.
Fonte: Agência Sindical
23/04/2021 -
OAB pede à PGR investigação de Bolsonaro por mortes
decorrentes de Covid-19
Nesta quarta-feira (21/4), o Conselho Federal da OAB
enviou manifestação à Procuradoria-Geral da
República pedindo a investigação do presidente Jair
Bolsonaro pelas mortes decorrentes da negligência do
governo federal nas medidas de combate à Covid-19.
Em março, a ordem já havia formalizado pedido de
investigação pelo delito de infração de medida
sanitária preventiva. Agora, sugere aditamento do
pedido para incluir a apuração das mortes e lesões
corporais de natureza grave.
A OAB acusa Bolsonaro de promover uma "verdadeira
cruzada" contra a vacinação ao demonstrar
desinteresse na aquisição de imunizantes da Pfizer e
a decisão de suspender a compra de vacinas
produzidas pelo Instituto Butantan logo após sua
divulgação.
"Não há outra conclusão possível: houvesse o
presidente respeitado aquelas medidas sanitárias
preventivas contidas no art. 3º, incisos I, II e
III, alínea 'd', da Lei nº 13.979/20, seguramente
milhares de vidas teriam sido preservadas", aponta o
documento.
Fonte: Consultor Jurídico
23/04/2021 -
Redução de parte de intervalo contratual de duas
horas resulta em pagamento integral do período
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
deferiu a uma analista de crédito e cobrança da Via
Varejo S.A. em Belo Horizonte (MG) o pagamento de
duas horas extras diárias referentes ao intervalo
intrajornada usufruído de forma irregular. Segundo a
Turma, a previsão contratual de intervalo superior
ao estabelecido em lei dá ao empregado o direito de
usufruí-lo da forma acertada, e, se isso não
ocorrer, deve ser remunerada a integralidade da
pausa.
Duas horas
Na reclamação trabalhista, a auxiliar de escritório da
Via Varejo (grupo que reúne as Casas Bahia e o Ponto
Frio) disse que fora contratada para cumprir jornada
de 44 horas semanais, com duas horas diárias de
intervalo. No entanto, o período era geralmente de
apenas 30 minutos, sobretudo em ocasiões como Dia
das Mães, dos Pais e dos Namorados, Natal e “Black
Friday”. Pedia, assim, o pagamento dos intervalos
não usufruídos, como horas extras.
Uma hora
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região (MG) entenderam que era devido
apenas o pagamento de uma hora extra, tempo mínimo
previsto em lei (artigo 71 da CLT).
Condições adequadas
O relator do recurso de revista da analista, ministro
Cláudio Brandão, destacou que a concessão do
intervalo intrajornada tem a finalidade de assegurar
a saúde física e mental do trabalhador e, por isso,
respalda-se em norma de ordem pública de observância
obrigatória. O interesse público predominante é
garantir condições adequadas de trabalho e evitar o
custo de possível afastamento por doença
ocupacional.
Supressão
Segundo o ministro, pouco importa se houve supressão
total ou parcial do intervalo. “Em qualquer caso, é
devido o pagamento total do período correspondente,
com acréscimo de, no mínimo, 50%”, afirmou, com base
na Súmula 437 do TST.
No caso, o intervalo não observado era de duas
horas. “Se o empregador frustra esse direito,
concedendo intervalo inferior, deve remunerar a
integralidade da pausa, nos moldes previstos no
artigo 71, parágrafo 4º, da CLT”, concluiu.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-11250-80.2017.5.03.0113
Fonte: TST
22/04/2021 -
Brasil entra mais uma vez na lista da OIT de
suspeitos de violar normas trabalhistas
País foi incluído em lista preliminar com 40
nomes, suspeito de desrespeitar convenção sobre
negociação coletiva e sindicalização
Nos últimos anos, o Brasil se tornou frequentador
assíduo das listas de países que desrespeitam normas
trabalhistas. Aconteceu de novo nesta terça-feira
(20), quando o Brasil foi incluído em uma lista
preliminar, divulgada pela Comissão de Aplicação de
Normas e publicada na página da Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Trata-se de uma
lista de países suspeitos de violar convenções
internacionais. No caso do Brasil, a Convenção 98 da
OIT, que trata do direito de sindicalização e de
negociação coletiva. Essa convenção foi ratificada
pelo Brasil em 1952 – é uma das 80 assinadas pelo
país, integrante da OIT desde sua origem, em 1919.
Peritos veem incompatibilidade entre essa norma e a
“reforma” da legislação trabalhista de 2017, que
flexibilizou direitos.
Redução de direitos
A relação divulgada hoje é a chamada long list, a
lista maior, que requer investigação. Dependendo do
resultado, os países podem passar para a short list.
Em 2019, por exemplo, o Brasil entrou na chamada
“lista curta”, uma relação de 24 países violadores
de normas. Com isso, repetiu o feito do ano
anterior. A origem é a mesma: a “reforma”
trabalhista implementada em 2017. Mas o Brasil já
vinha sendo observado até mesmo antes da Lei 13.467,
sob a suspeita de que o princípio do negociado pode
prevalecer sobre a legislação, mesmo reduzindo
direitos.
A “lista curta” será analisada em junho, quando a
OIT realizará a sua 109ª Conferência. O evento não
pôde ser realizado em 2020, devido à pandemia de
covid-19. A conferência reúne representantes de
governos, trabalhadores e empregadores dos 187
países-membros.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/04/2021 -
Economia: governo deve lançar medidas que envolvem
permitir redução de salário, jornada e adiamento do
FGTS
As medidas visam promover a manutenção dos
empregos dos trabalhadores e terão os mesmos moldes
de iniciativas tomadas em 2020
O governo Jair Bolsonaro deve anunciar nos próximos
dias, segundo o Estado de S. Paulo, uma nova rodada
do programa de manutenção do emprego que permitirá
novos acordos para redução de jornada e salário ou
suspensão de contrato de trabalhadores.
As medidas devem ser autorizadas por meio de duas
Medidas Provisórias (MPs), a serem editadas por
Bolsonaro.
A nova autorização viabilizará uma nova edição do
benefício emergencial (BEm), nos mesmos moldes do de
2020, com acordos para redução proporcional de
jornada e salário em 25%, 50% ou 70%, ou suspensão
total do contrato. O benefício emergencial será pago
pela União com base no valor do seguro-desemprego a
que o trabalhador teria direito se fosse demitido
(entre R$ 1.100 e R$ 1.911,84).
A outra MP vai permitir que as empresas antecipem
férias de forma individual (com pagamento postergado
do terço de férias como medida de alívio ao caixa
das firmas), concedam férias coletivas, antecipem
feriados, constituam regime especial de banco de
horas (com possibilidade de compensação em até 18
meses), entre outras possibilidades.
Os patrões poderão ainda adiar o recolhimento do
FGTS dos funcionários por um período de quatro
meses, tendo até o final de 2021 para fazer o
pagamento dos débitos.
Fonte: Brasil247
22/04/2021 -
Governo quer aumentar R$ 47,00 no salário mínimo de
2022
O governo Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional
na última semana o Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2022. E apesar do aumento da
inflação, que prejudica seriamente a classe
trabalhadora, o presidente da República não previu
aumento real no salário mínimo.
Segundo a proposta, o piso nacional a partir do ano
que vem será de R$ 1.147,00, o que representa um
aumento de 4,27% em relação aos R$ 1.100,00 em
vigor. O INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) acumulado de 12 meses, na
sequência terminada em março, aponta inflação de
6,94%.
O mercado financeiro já previu neste ano que a
inflação será de 4,92%. O boletim Focus, divulgado
segunda (19) pelo Banco Central, aponta aumento em
relação à previsão inicial, de 4,85%. De acordo com
esses parâmetros, o salário mínimo sequer seria
capaz de repor as perdas.
Segundo a técnica do Dieese, Adriana Marcolino, para
que o reajuste do salário mínimo seja de 4,27% como
previsto, seria necessário que a inflação recuasse
ao longo de 2021. “As expectativas de queda de mais
de dois pontos percentuais não são animadoras”,
explica a economista.
Desvalorização – A Política de Valorização do
Salário Mínimo, implantada nos governos de Lula e
Dilma, foi deixada de lado no governo Bolsonaro. De
2002 a 2014, o aumento real do mínimo foi de 72,75%.
Isso possibilitou a injeção de R$ 28,4 bilhões na
economia do País.
Em vídeo, o senador Paulo Paim defende a retomada
dessa política. Segundo o congressista, a alta nos
preços dos alimentos e a cesta básica comprometendo
60% do salário mínimo vão impedir que as famílias se
alimentem de maneira digna. Clique
aqui e assista.
Fonte: Agência Sindical
22/04/2021 -
Câmara aprova urgência para projeto de privatização
dos Correios
Os deputados aprovaram nesta terça-feira (20), por
280 votos a favor e 165 contrários, uma abstenção e
cinco obstruções, a urgência do PL 591/2021, que
permite a privatização dos Correios. A oposição
obstruiu a votação e alegou que a privatização da
estatal não deveria ser a prioridade durante a
pandemia.
“No meio de uma pandemia, na maior crise sanitária
experimentada pelas gerações vivas, esta Casa vem
aqui aprovar a urgência para abrir os Correios para
o capital privado. E, abrindo os Correios para o
capital privado, o que se quer é o quê? Sucatear.
Nós deveríamos estar aqui revoltados com a situação
de empobrecimento das famílias brasileiras, que não
conseguem levar uma cesta básica para a casa com a
alta dos preços dos alimentos. Tínhamos que estar
aqui pensando em um auxílio emergencial digno, mas
não”, disse Talíria Petrone, líder do Psol na
Câmara.
O relator do texto será Gil Cutrim (Republicanos-MA),
que também falou em plenário. “Peço a aprovação [da
urgência] na garantia e na segurança de que faremos
um grande debate em relação à construção de um texto
que dê segurança jurídica à empresa de postagem”,
disse.
Ao Congresso em Foco o deputado afirmou que ainda
não há articulação, mas que começará a construir
"ouvindo todos os setores."
A votação do mérito da proposta não deverá ocorrer
hoje. O deputado ainda não concluiu seu parecer, que
será pela aprovação da proposta. O Republicanos é da
base de apoio de Jair Bolsonaro.
Fonte: Congresso em Foco
22/04/2021 -
Centrais e movimentos sindicais pressionam pelo
auxílio emergencial de R$600
Em todo o país, manifestações virtuais
pressionaram nesta terça-feira (23) pelo auxílio no
valor de R$600 para viabilizar o distanciamento
social e a vacinação em massa sem o sacrifício de
mais vidas.
Com o mote “queremos vacina no braço e comida no
prato”, as centrais sindicais, os movimentos sociais
e centenas de organizações que integram o movimento
Renda Básica que Queremos, responsável pela campanha
com a hashtag #AuxílioAtéOFimdaPandemia, se uniram
para realizar nesta terça-feira (20) manifestações
em todo o Brasil. Eles pedem a volta do auxílio
emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia de covid-19
e medidas que efetivem o combate à fome.
O país, que deve passar dos 14 milhões de casos de
covid-19 e mais de 375 mil mortes em decorrência da
doença nesta terça, enfrenta ainda as consequências
sociais e econômicas que empurraram pelo menos 125
milhões de brasileiros para algum grau de
insegurança alimentar. Como revelou o levantamento
de um grupo de pesquisa da Universidade Livre de
Berlim. Os pesquisadores indicaram que a fome no
país em 2020 superou os níveis registrados no início
da década passada. Cerca de 59,4% da população não
teve acesso a alimentos na quantidade e qualidade
ideais.
Apesar do cenário, o governo de Jair Bolsonaro
decidiu reduzir o valor do auxílio emergencial. Em
sua fase inicial, no ano passado, o benefício foi
fixado em R$ 600 por pressão da oposição no
Congresso Nacional e de diversos movimentos da
sociedade civil. Mas, em um segundo momento, caiu
pela metade do valor, com três meses de paralisação
após dezembro. Apenas em abril deste ano o auxílio
voltou a ser pago. No entanto, com o valor mínimo de
R$ 150, direcionado quase à metade dos beneficiários
(47%) definidos pelo governo como “famílias
unipessoais”. O teto da nova rodada auxilia no
máximo com R$ 375 as mães solo, cerca de 9% do total
de beneficiários.
Auxílio emergencial e vacina garantem vida
Nesse cenário, as organizações sociais definiram esta
terça como o Dia Nacional de Luta pelo Auxílio
Emergencial e Conscientização Contra a Fome. Uma
mobilização para intensificar a pressão que os
movimentos estão fazendo desde o início do ano por
um auxílio emergencial suficiente para viabilizar o
isolamento social e controlar a pandemia em seu
momento mais crítico no país.
“O desemprego cresce e o auxílio emergencial desce”,
observou o presidente da CTB, Adilson Araújo, em
live organizada pelas centrais sindicais que reuniu
parlamentares e diversas organizações sociais. “O
Brasil vive uma grande tragédia”, observou o
sindicalista.
“Não podemos desistir da luta pelos R$ 600 e da
discussão por um auxílio emergencial digno. Porque a
gente sabe que o auxílio, com a vacinação em massa,
é o que vai garantir vida e o pós-pandemia. Nós só
teremos pós-pandemia se a gente acertar na
estratégia”, destaca a diretora de Relações
Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, –
uma das organizações da campanha –, Paola Loureiro
Carvalho.
Assistente social e especialista em gestão de
Políticas Públicas na Perspectiva de Gênero e de
Promoção da Igualdade Racial, Paola contestou, em
entrevista ao Jornal Brasil Atual, o descaso do
presidente Bolsonaro com o auxílio que chama de
“quebra galho”.
“Ele está minimizando a necessidade do povo
brasileiro de sobreviver nesse momento de pandemia.
Bolsonaro desconsidera e joga sobre os ombros dos
mais pobres a questão de manter a economia em
funcionamento, mas o peso maior é do Executivo, que
precisa ter um governo propositivo e combativo de
fato enquanto não temos vacina. Temos que ter um
auxílio emergencial garantindo que as pessoas possam
manter o mínimo de distanciamento e dignidade para
sobreviver até que as medidas sanitárias cheguem a
todos nós”, enfatiza a diretora à jornalista Marilu
Cabañas.
Protestos pelo país
Para marcar este dia de luta e conscientização, estão
previstos mutirões de colagem de cartazes e lambes
pelas cidades brasileiras e projeções em prédios.
Nas redes sociais, movimentos fazem protestos
virtuais e tuitaço com a hashtag #VacinanoBraçoeComidanoPrato.
Na Radial Leste, na Mooca, via arterial da cidade de
São Paulo, logo pela manhã manifestantes instalaram
faixas cobrando vacina já, auxílio emergencial e
“Fora Bolsonaro”. Os termos “vacinação” e
“impeachment” também estão entre os 10 mais citados
no Twitter desde às 6h de hoje. “O povo está cansado
de sofrer sem assistência e sem um governo
competente”, registrou a deputada federal Benedita
da Silva (PT-RJ).
As organizações, movimentos populares e os partidos
da oposição também reforçam neste dia de luta a
pressão sobre a Câmara e o Senado por um auxílio
digno que combata a fome. “Estaremos aqui para
alertar o tempo todo não só a população, mas os
poderes”, frisa Paola.
Fonte: Portal Vermelho
20/04/2021 -
Centrais buscam medidas de enfrentamento da pandemia
As Centrais Sindicais se reúnem nesta semana com
lideranças dos partidos políticos, deputados e
senadores em Brasília. As entidades tentam dialogar
em busca de medidas efetivas no combate à pandemia
da Covid-19.
Segundo Miguel Torres, presidente da Força Sindical,
os dirigentes vão levar aos congressistas as
preocupações dos trabalhadores de todo o País.
“Vamos conscientizar para que seja pago o Auxílio
Emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia e um
programa de defesa dos empregos”, explica.
Para o dirigente, também é necessário que o Brasil
tenha um Plano de Vacinação mais efetivo, que possa
imunizar em massa toda a população, a fim de uma
retomada econômica mais segura. “Precisamos urgente
de vacina pra todos, distanciamento social e
Emergencial de R$ 600,00”, afirma Miguel.
Atos – Nesta terça, 20, as Centrais promovem
atos em todo o País, de forma presencial e online.
Os dirigentes vão alertar para a necessidade das
bandeiras defendidas pelo movimento sindical,
principalmente pela votação da Medida Provisória
1.039 no Congresso Nacional, para que o valor do
Emergencial retorne aos R$ 600,00.
Guarulhos – O Sindicato dos Metalúrgicos de
Guarulhos e Região também está mobilizado em defesa
da vida. O secretário-geral, Pedro Pereira da Silva
(Zóião), informa que os diretores da entidade farão
entrega de boletim em terminais de ônibus para
alertar a sociedade.
“Estaremos nos terminais Pimentas e Taboão, que têm
grande fluxo de passageiros diariamente. A ideia é
que a população possa se somar à nossa luta em
defesa da vida e do emprego”, conclui Zóião.
Fonte: Agência Sindical
20/04/2021 -
CPI planeja convocação de Guedes e outros 14
integrantes do governo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve ser chamado
à CPI da Covid para explicar os gastos do governo
com o auxílio emergencial e o seu impacto sobre a
população mais vulnerável durante a pandemia. O
ministro é um dos 15 integrantes ou ex-membros da
equipe de Jair Bolsonaro que constam da minuta do
plano de trabalho costurado pelo futuro comando da
CPI. De acordo com o documento ao qual o jornal O
Globo teve acesso, a CPI pretende ouvir as
autoridades sobre as omissões do governo na compra
de vacinas e insumos, o colapso da saúde em Manaus,
o uso de aplicativo para estimular tratamento
precoce ineficaz, a concessão de auxílio à
população, as suspeitas de uso indevido por estados
e municípios de repasses federais, entre outros
assuntos.
A CPI deve começar seus trabalhos na próxima
quinta-feira (22). Acordo feito nos bastidores na
semana passada prevê que a presidência ficará com
Omar Aziz (PSD-AM) e a relatoria, com Renan
Calheiros (MDB-AL). Omar Aziz se autodeclara
independente. Renan faz oposição aberta a Bolsonaro.
Dos 11 integrantes da comissão, apenas quatro são
governistas.
Veja quem a comissão parlamentar de inquérito quer
ouvir, conforme a minuta do plano de trabalho:
Ministro da Economia - Paulo Guedes
Ministro da Saúde - Marcelo Queiroga
Ex-ministro da Saúde - Luiz Henrique Mandetta,
Nelson Teich e Eduardo Pazuello
Ex-ministro das Relações Exteriores - Ernesto Araújo
Secretários e ex-secretários - Flávio Rocha
(Assuntos Estratégicos), Fábio Wajngarten
(Comunicação), Otávio Brandelli (secretário-geral do
Itamaraty), Edson Pujol (ex-comandante do Exército),
Bruno Funchal (secretário do Tesouro Nacional) e
Nilza Emy (Secretaria Nacional do Cadastro Único do
Ministério da Cidadania)
Ex-secretários do Ministério da Saúde - Antonio
Elcio Franco, Mayra Pinheiro e Airton Cascavel
Fonte: Congresso em Foco
20/04/2021 -
Com auxílio menor, cresce o endividamento das
famílias durante a pandemia
De acordo com o Dieese, aumento do endividamento
tem relação com redução do auxílio emergencial e
aumento da inflação dos alimentos. Inadimplência
deve ser mais um entrave para retomada da economia
no pós-pandemia
Uma em cada quatro famílias brasileiras possui
alguém com dívidas em atraso, de acordo com sondagem
realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Mais da metade
dos endividados afirmam que o problema está
relacionado à pandemia, principalmente perda de
emprego e redução de salário. O percentual de
endividamento das famílias é mais alto nas
residências de baixa renda. Segundo a pesquisa, 26%
dos entrevistados vivem em lares em que há pelo
menos uma pessoa com dívida. Esse percentual sobe
para 44% para famílias com renda de até R$ 2.100.
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, trata-se de um cenário esperado, na medida
em que a economia não cresce e a pandemia segue fora
de controle. Nesse sentido, a ajuda do Estado às
famílias, que deveria se ampliar, acabou reduzido. O
auxílio emergencial voltou a ser pago, mas com valor
menor e um público mais restrito.
“Na verdade, as pessoas estão com muita dificuldade
para fechar o mês. Uma parcela bastante grande da
população está com renda próxima a zero. Estamos
falando de mais de 14 milhões de desempregados. Mais
10 milhões que saíram do mercado de trabalho”,
destacou Fausto, em entrevista ao Jornal Brasil
Atual, nesta segunda-feira (19).
Sem emprego e sem renda, as famílias ainda enfrentam
o avanço dos preços dos alimentos, o que reduz ainda
mais o poder de compra da população. Outro agravante
é a elevação da taxa básica de juros, a Selic,
impactando no aumento do custo do financiamento
dessas dívidas.
Consequências e alternativas
O diretor do Dieese ressalta que o endividamento das
famílias será também um entrave para a retomada da
economia no pós-pandemia. Segundo ele, os bancos
públicos deveriam auxiliar no refinanciamento dessas
dívidas, com prazos maiores e juros mais baixos. No
entanto, essa alternativa esbarra na crença do
governo de que os bancos públicos devem ter atuação
similar às instituições financeiras privadas.
“Na verdade, os bancos públicos estão em processo
acelerado de privatização indireta. Seja com a venda
de ativos ou com abertura de mercado. De alguma
forma, vão se equivalendo aos bancos de mercado”,
criticou Fausto.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/04/2021 -
Decisão sobre suspeição de Sergio Moro já foi
tomada, diz Gilmar Mendes
“Essa questão está resolvida. Porque, de fato,
nós julgamos o habeas corpus (da suspeição de Moro
na Segunda Turma)”, disse o ministro
Em entrevista ao Estadão, o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que não
vê espaço no plenário da Corte para uma reviravolta
no julgamento de suspeição do ex-juiz Sergio Moro
nos casos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. “Essa questão está resolvida. Porque,
de fato, nós julgamos o habeas corpus (da suspeição
de Moro na Segunda Turma)”, disse.
O ministro do discorda do relator da Lava Jato no
STF, Edson Fachin, que quer a apreciação do caso no
pleno. “Não podemos fazer casuísmo com o processo,
por se tratar de A ou de B. O que é curioso é que eu
propus que a matéria fosse afetada ao plenário, na
época, em 2018 no início do julgamento. E por três a
dois a minha posição ficou vencida. E, agora, a
decisão foi tomada”, lembrou.
Questionado se o STF impôs uma correção de rumos à
Lava Jato, o ministro considerou que a operação
sofreu inúmeras derrotas ao longo desse tempo. “Mas
por seus próprios méritos. Ou deméritos. Ela causou
isso. Na medida em que, por exemplo, eles avançavam
sobre competências que não tinham. A pergunta básica
é: como que se deu tanto poder a uma força tarefa?
Em que lugar do mundo haveria isso? É alguma coisa
que precisa ser explicada. Virou um esquadrão”,
disse.
Fonte: Portal Vermelho
20/04/2021 -
Ranking de mortes por covid-19 é liderado por
estados "bolsonaristas"
Levantamento do portal Congresso em Foco mostra
que atual presidente venceu nas urnas nos 12 estados
com mais óbitos
Um levantamento feito pelo portal Congresso em Foco
mostrou que a lista dos estados brasileiros com mais
óbitos por covid é liderada por unidades federativas
onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o
candidato mais votado no primeiro turno das eleições
de 2018.
O ranking é puxado pelos estados de Amazonas,
Rondônia e Mato Grosso, que registraram,
respectivamente, 292.8, 245.8 e 231.9 mortes por 100
mil habitantes até o último dia 6, de acordo com os
dados oficiais do Ministério da Saúde (MS).
Os três tiveram, seguindo a mesma ordem, percentuais
de 41,14%, 58,94% e 55,81% de votos para Bolsonaro
na primeira fase da disputa daquele ano,
considerando os números do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Atualmente, eles são governados
respectivamente por políticos das siglas PSC, PSL e
DEM.
Na sequência, vêm outros nove estados que seguem a
mesma tendência estatística: Roraima, Rio de
Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio
Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul
e Santa Catarina.
Ainda considerando essas 12 unidades, somente o
Espírito Santo elegeu um candidato que se opunha a
Bolsonaro naquele contexto, Renato Casagrande (PSB).
Observando o panorama atual, a pesquisa destaca que
três dos 13 pertencem à oposição: além do líder
paraibano, os tucanos Eduardo Leite (RS) e João
Doria (SP).
Nenhum dos 12 estados que puxam a lista está situado
no Nordeste, região onde oito das nove unidades
federativas deram o primeiro lugar a Fernando Hadadd
(PT) no primeiro turno. Somente no Ceará o candidato
mais votado foi Ciro Gomes (PDT).
Final do ranking
Os três estados que se encontram ao final do ranking
de mortes são, de trás pra frente, Maranhão, Bahia e
Alagoas. Eles acumulam 110.5, 107 e 89.3 óbitos para
cada 100 mil habitantes até o dia 6 deste mês e
registraram o seguinte percentual de votos para
Bolsonaro em 2018: 22,68%, 20,94% e 31,2%,
considerando a mesma ordem citada.
Atualmente eles estão sob a batuta de governos das
siglas PCdoB, PT e Alagoas. Todos três são do
Nordeste.
Fonte: Brasil de Fato
20/04/2021 -
STJ discutirá limite de 30% para desconto de
empréstimo em conta salário
A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça vai
discutir, sob o rito de recursos repetitivos, se é
aplicável ou não a limitação de 30% para desconto de
empréstimos em conta salário, tal como definido pela
Lei 10.820/2003.
Os Recursos Especiais 1.863.973, 1.872.441 e
1.877.113, de relatoria do ministro Marco Aurélio
Bellizze, foram selecionados como representativos da
controvérsia, cadastrada como Tema 1.085.
A fim de evitar decisões divergentes nos tribunais
de origem, o colegiado determinou a suspensão do
trâmite de todos os processos pendentes, individuais
ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem
no território nacional.
"Tendo em conta, ainda, a multiplicidade de recursos
especiais versando sobre essa mesma questão
jurídica, aliada ao fato de que o julgamento
submetido ao rito dos recursos especiais repetitivos
pode evitar decisões divergentes nas instâncias
inferiores e o envio desnecessário de recursos
especiais e agravos a esta Corte Superior, entendo
adequada a afetação do presente recurso especial
como representativo de controvérsia", disse o
relator.
Ele também reconheceu haver uma oscilação na
jurisprudência sobre o tema. Assim, a apreciação do
tema busca "fixar tese jurídica com força
vinculativa, sob o signo da isonomia e da segurança
jurídica", pontua. Com informações da assessoria de
imprensa do STJ.
REsp 1.863.973
Fonte: Consultor Jurídico
20/04/2021 -
Juiz reconhece morte causada pela Covid-19 como
acidente de trabalho
O acidente de trabalho é todo aquele que ocorre
enquanto o empregado atua a serviço da empresa,
excepcionadas as situações em que há culpa exclusiva
da vítima. Assim, se o trabalhador morre por causa
de uma doença contraída no exercício de suas funções
profissionais, a morte pode ser considerada acidente
de trabalho.
O entendimento é do juiz Luciano José de Oliveira,
da Vara do Trabalho de Três Corações (MG). O
magistrado condenou uma transportadora a indenizar
em R$ 200 mil a título de danos morais a família de
um motorista que morreu em decorrência de
contaminação pelo novo coronavírus. A decisão é de
15 de março.
O homem iniciou, em 6 de maio de 2020, uma viagem de
Extrema (MG) até Maceió (AL). Ele passou a sentir os
sintomas da Covid-19 no nono dia de trajeto. Como o
período de incubação do vírus demora entre quatro e
cinco dias, o magistrado mineiro considerou que o
empregado contraiu a doença enquanto trabalhava.
"Não passou desapercebido pelo juízo o fato de que
apenas o de cujos [o motorista], dentro de seu
núcleo familiar ocupado por outras três pessoas, ter
sido o único acometido pela doença, não se revelando
crível a atuação defensiva de que a infecção se deu
em sua residência e/ou fora do desempenho de suas
atividades profissionais", diz a decisão.
O juiz também pontuou que o caminhão pode ter sido
conduzido por manobristas que assumiam a direção nos
pátios de carga e descarga e que essa situação,
somada às instalações precárias utilizadas para
descanso e alimentação, aumenta a chance de
contágio.
"Diante de todo esse quadro, ficam muito bem
evidenciados os requisitos para imputação sobre a
empresa do dever de indenizar", conclui o magistrado
de Minas Gerais.
Processo 0010626-21.2020.5.03.0147
Fonte: Consultor Jurídico
19/04/2021 -
CPI da Pandemia deverá ser instalada na próxima
quinta-feira
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou
que para o dia 22 de abril a primeira reunião da CPI
da Pandemia. Segundo ele, serão adotadas as medidas
sanitárias necessárias para garantir a segurança de
todos que passarem pela comissão. Ao reafirmar que a
decisão sobre o tipo de sessão, ele alertou que a
modalidade presencial é a mais recomendada para
oitivas de testemunhas. Rodrigo Pacheco descartou
qualquer interferência na eleição do presidente e
vice da CPI e na escolha do relator.
Fonte: Agência Senado
19/04/2021 -
Centrais sindicais continuam lutando por auxílio
emergencial de R$ 600
As centrais sindicais assinaram carta exigindo a
volta dos R$ 600 de auxílio
As centrais sindicais continuam lutando pela volta
do auxílio emergencial de R$ 600 e para isso estão
buscando o apoio da indústria.
UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CSB, as
indústrias de brinquedos, Abrinq, remédios,
Sindusfarma, e outros setores assinaram uma carta
endereçada ao governo de São Paulo apresentando a
reivindicação, informa a coluna Painel S.A. da Folha
de S.Paulo.
As centrais sindicais defenderam também as
iniciativas tomadas no estado pela vacinação da
população.
Fonte: Brasil247
19/04/2021 -
Governo Bolsonaro foi omisso com kit intubação, diz
relatório do TCU
Ministério da Saúde também usou de abuso de poder
ao modificar documento, isentando o governo de suas
responsabilidades
O Tribunal de Contas da União (TCU) acusa o governo
de Jair Bolsonaro de omissão, abuso de poder e
ineficácia na gestão da pandemia de covid-19, ao
desconsiderar o agravamento da crise, as condições
sanitárias do país e as reais necessidades das
secretarias estaduais de saúde.
De acordo com reportagem doUOL, o Ministério da
Saúde se omitiu e foi ineficaz ao não controlar, em
tempo real, a disponibilidade de medicamentos para
intubação orotraqueal (IOT). Isso porque não
dispunha de sistema apropriado e, principalmente,
O descontrole era tal que, segundo os auditores,
foram enviados propofol e atracúrio, usados na
intubação, em quantidades aleatórias, sem levar em
consideração os diferentes números de leitos de UTI
nos estados”.
Também houve omissão e abuso de poder, conforme o
tribunal, na alteração do texto do Plano Nacional de
Contingência. Com a mudança, o Ministério da Saúde
retirou trecho sobre a sua responsabilidade com a
liderança da coordenação nacional da crise
sanitária. É o caso da realização de campanhas de
informação à população que o próprio tribunal já
havia recomendado.
Documento na CPI da Covid
Em resposta ao tribunal, o governo afirmou “que o SUS
é tripartite e que, por esse motivo, o MS não
poderia determinar as ações de comunicação das
secretarias estaduais de saúde”.
O TCU deu 15 dias para o Ministério elaborar um
“plano estratégico detalhado” para viabilizar
“medidas relacionadas à gestão e assistência
farmacêutica”.
A análise do relatório será uma das prioridades da
CPI da Covid instalada no Senado na última
terça-feira (13). Os ex-ministros Eduardo Pazuello
(Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e
Fernando Azevedo (Defesa) deverão ser os primeiros
convocados a depor.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/04/2021 -
Congresso dá primeiro passo para volta do programa
de redução de salário
Deputados e senadores se reúnem segunda (19) e
terça-feira (20) para analisar vetos presidenciais e
um projeto de lei que abre caminho para a volta dos
programas de crédito extraordinários contra a
pandemia. Entre eles, o que permite a redução de
salário e jornada de trabalho em troca da manutenção
do emprego e o que prevê recursos para a manutenção
de micro e pequenas empresas. A proposta modifica a
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para dispensar
o Executivo de indicar de onde vai tirar o dinheiro
para cobrir essas despesas. Só após a aprovação
deste texto o governo deve enviar ao Congresso
medida provisória tratando do assunto.
De acordo com a LDO, para aumentar os gastos não
obrigatórios, uma proposta legislativa deve indicar
“medidas de compensação”. Essas medidas podem se dar
por meio do corte de outras despesas ou da elevação
de receitas. O projeto (PLN 2/21) que será votado
pelo Congresso retira essa exigência para programas
de caráter temporário. Pela proposta, apenas aquelas
proposições que elevam as despesas obrigatórias de
caráter continuado precisam respeitar a meta fiscal.
As matérias que aumentam os gastos discricionários
precisam apresentar apenas uma estimativa de impacto
orçamentário-financeiro, o que é uma exigência da
Lei de Responsabilidade Fiscal. A apresentação de
medida compensatória fica dispensada.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
considera urgente a aprovação da medida. "O PLN
2/2021 corrige um dispositivo da LDO, justamente
para se permitir que possam ser implementados no
Brasil os programas de suspensão dos contratos de
trabalho e de redução de jornadas, com a
participação do governo e do estado, para a
manutenção de empregos no Brasil, o que interessa
muito a bares e restaurantes. E também o Pronampe
(Programa Nacional de Apoio às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte), que pode ser viabilizado
e reeditado a partir dessa alteração singela da LDO,
que será proporcionada pela sessão do Congresso
Nacional", disse Pacheco.
O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE), defende a aprovação da matéria. Para ele,
o texto pode abrir caminho para a liberação de mais
dinheiro para o enfrentamento da pandemia de
coronavírus, tanto por meio do programa de
manutenção de empregos quanto pelo programa de apoio
às micro e pequenas empresas.
"Vamos votar o PLN 2/2021, que trata justamente de
poder medir as despesas extraordinárias do benefício
emergencial e do Pronampe, que não precisarão de
compensação no Orçamento da União. Serão, portanto,
despesas extraordinárias ao Orçamento da União.
Programas que vão ter efeito só enquanto durar essa
situação de pandemia que nós estamos enfrentando —
explicou o líder.
O benefício emergencial de manutenção do emprego e
da renda (BEm) consumiu R$ 35,38 bilhões em 2020.
Para 2021 o governo projeta gastar R$ 10 bilhões
para complementar a remuneração daqueles
trabalhadores com corte no salário. No caso do
Pronampe, o projeto pagou R$ 39,98 bilhões em 2020.
Mas este não teve um real sequer autorizado pelo
Executivo. Os números estão disponíveis no Portal
Siga Brasil, mantido pela Consultoria de Orçamentos,
Fiscalização e Controle do Senado (Conorf). Os dados
foram atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) até o dia 14 de abril.
A Secretaria-Geral da Presidência da República alega
que a mudança não afasta as regras da LRF, não
extrapola o teto de gastos e não modifica o
orçamento, por não criar, diretamente, despesa. A
medida se faz necessária este ano devido ao fim do
estado de calamidade pública em 31 de dezembro.
O Senado chegou a pautar um projeto do senador
Espiridião Amin (PP-SC) que prevê a reativação dos
programas de emprego e de crédito para pequenas e
microempresas. Mas a proposta teve a votação adiada
à espera do envio da proposição do governo sobre o
assunto. "Sem dinheiro circulando, sem crédito para
movimentar a economia quem estava sujeito a quebrar
vai quebrar", disse Espiridião Amin ao Congresso em
Foco. O senador diz que apresentou a proposta com a
intenção de provocar o Executivo a retomar os
benefícios. "Não me importo se meu projeto não será
votado. Quero é que o governo se mexa. Ele sabe o
que tem de fazer, pois já fez ano passado", afirmou.
"A mutuca (tipo de mosquito) tirou o touro do mato",
brinca.
Com informações da Agência Senado
Fonte: Congresso em Foco
19/04/2021 -
OAB e juízes questionam decisão do STF sobre débitos
trabalhistas
Para presidenta de associação dos magistrados,
opção pela taxa Selic provocou “enormes imbróglios”
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) e a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) questionam o uso da taxa básica de
juros, a Selic, para correção de débitos
trabalhistas. Por isso, entraram com embargos de
declaração (espécie de recurso) no Supremo Tribunal
Federal (STF) em quatro ações que tratam do tema.
São as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs)
58 e 59 e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade
(ADIs) 5.867 e 6.021. Todas têm o ministro Gilmar
Mendes como relator.
Em dezembro, o STF decidiu que é inconstitucional a
aplicação da Taxa Referencial (TR) para a correção
monetária de débitos trabalhistas e de depósitos
recursais. Assim, até que o Legislativo discuta o
tema, devem ser aplicados o Índice Nacional de Preço
ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), na fase
pré-judicial, e, a partir da citação, a Selic.
Uso inconstitucional
Calculado pelo IBGE, o IPCA-E é um acumulado
trimestral do IPCA-15, “prévia” da inflação oficial.
No primeiro trimestre desde ano, somou 2,21%, maior
taxa para o período desde 2016. Já a Selic está
atualmente em 2,75% ao ano. O Tribunal Superior do
Trabalho (TST) passou a adotar o IPCA-E em 2015 para
atualização monetária.
Para Anamatra e OAB, a adoção da Selic deve ser
considerada inconstitucional. As entidades
argumentam que, “de acordo com o próprio Banco
Central do Brasil, a taxa apresenta componente
político – e não técnico – tendo por objetivo
interferir na inflação para o futuro e jamais para
refletir a inflação passada”. Ou seja, concluem,
“não constitui índice de correção monetária”. Além
disso, a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) também desconsidera a taxa básica.
Insegurança e confusão
Segundo a presidente da Anamatra, Noemia Porto, o
objetivo é buscar igualdade e segurança jurídica. “O
entendimento do STF nas ações criou enormes
imbróglios para sua aplicação, trouxe insegurança
aos agentes econômicos e operadores do Direito e
tornou ainda mais premente uma solução definitiva
neste tema”, argumentou. Como medida alternativa, as
entidades propõem que a nova regra passe a valer
apenas a partir de 12 de fevereiro, data de
publicação da ata do julgamento.
Isso para preservar os juros de mora de 1% ao mês, a
partir do ajuizamento da reclamação trabalhista,
para todas as sentenças anteriores a essa data. A
Anamatra lembra que esse critério, contido na Lei
8.177, de 1991, nunca causou controvérsia. Portanto,
“a constitucionalidade do referido índice não
deveria ter sido objeto de debate nas ações”.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/04/2021 -
Pobres foram mais afetados pela inflação durante a
pandemia, diz Ipea
Diferença de 2,6 pontos percentuais
Em fevereiro de 2020, último mês antes da pandemia,
a diferença entre a inflação acumulada em 12 meses
para a renda muito baixa e para a renda alta era de
0,1 ponto percentual. Em março de 2020, essa
diferença foi de 2,6 p.p. O dado é do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Eis a
íntegra (558 KB).
A inflação em 12 meses para a renda muito baixa era
de 3,9% em fevereiro de 2020. E de 4,0% para a renda
alta, 0,1 p.p. a mais. Depois de um ano de pandemia,
em março de 2020 a inflação é de 7,2% para a renda
muito baixa e de 4,7% para a renda alta,
respectivamente. A inflação foi 2,6 p.p. menor para
a renda alta.
Em 2019, a diferença entre a inflação em 12 meses
para a renda muito baixa e para a renda alta não
ultrapassou 1 p.p.. A maior variação foi em março e
abril: 0,7 p.p. em ambos os meses. A partir de
março, quando foi declarado pela OMS (Organização
Mundial de Saúde) pandemia da covid-19, a inflação
entre as duas rendas passou a descolar.
Nos 13 meses de pandemia até março de 2021, a maior
diferença foi em dezembro de 2020. A variação no
acumulado de 2020 foi de 3,5 p.p.. A inflação em 12
meses para a renda alta era de 2,7%, enquanto para a
renda muito baixa era de 6,2%.
Fonte: Poder360
19/04/2021 -
TST: Ausência no recolhimento de FGTS justifica
rescisão indireta
Ministro relator entendeu que o reiterado
comportamento irregular do empregador configura
falta grave, bem como viola de forma direta e
literal o artigo 7º, inciso III, da CF.
O TST, através da decisão monocrática do ministro
Cláudio Brandão, entendeu que a ausência ou a
irregularidade no recolhimento dos depósitos do FGTS
constitui motivo suficiente para dar ensejo à
rescisão indireta, nos termos do artigo 483, "d", da
CLT, pois o reiterado comportamento irregular do
empregador configura falta grave, bem como viola de
forma direta e literal o artigo 7º, inciso III, da
Constituição Federal.
Assim, com este entendimento, o ministro reverteu a
decisão do TRT da 2ª região, reestabelecendo a
sentença.
Entenda o caso
A trabalhadora ajuizou a reclamatória pelo rito
sumaríssimo pleiteando a rescisão indireta do
contrato de trabalho em razão de
irregularidades/ausências nos depósitos do FGTS, bem
como outros pleitos.
A Justiça do Trabalho em 1º grau entendeu que havia
motivo suficiente para rescisão indireta, em face do
descumprimento de obrigações contratuais pela
empresa (art. 483, "d" da CLT), muito embora a ré
tenha comprovado a posterior regularização dos
depósitos.
A reclamada interpôs recurso ordinário requerendo a
reforma do julgado quanto ao reconhecimento da
rescisão indireta. O TRT da 2ª região, por sua vez,
deu provimento ao recurso, afastando a rescisão
indireta, pois no entendimento do regional a
ausência dos depósitos fundiários, por si só, não
autorizam o reconhecimento automático da rescisão
indireta.
A reclamante recorreu desta decisão através do
recurso de revisa, fundamentando seu recurso na
ofensa direta e literal à Constituição Federal,
sendo tal fundamento acolhido pelo ministro Cláudio
Brandão, conforme trecho do acórdão:
"(...) Como consequência lógica do conhecimento
do apelo, por violação do artigo 7º, III, da
Constituição Federal, dou-lhe provimento para
restabelecer a sentença, no particular, que
reconheceu a rescisão indireta do contrato de
trabalho e acresceu à condenação o pagamento das
parcelas rescisórias daí decorrentes, nos exatos
termos ali consignados."
Marcelo Scomparim, do escritório Trevisan Scomparim
& Mota, é o advogado responsável pelo patrocínio da
causa.
Processo: TST-RR-1000916-28.2019.5.02.0080
Fonte: Migalhas
19/04/2021 -
Projeto permite caracterizar Covid como doença
ocupacional
Pela proposta, trabalhadores não precisarão
comprovar a ligação da doença com o ambiente de
trabalho
O Projeto de Lei 2406/20 permite caracterizar a
Covid-19 como doença ocupacional – ou seja,
relacionada às condições de trabalho –
independentemente da comprovação do nexo causal. A
proposta, do deputado Carlos Bezerra (MDB-MT),
tramita na Câmara dos Deputados.
O parlamentar pretende afastar qualquer dúvida
jurídica sobre o assunto, sem que os trabalhadores
tenham que comprovar a ligação da doença com o
ambiente de trabalho. “De acordo com o ministro
Alexandre de Moraes [do Supremo Tribunal Federal],
esta seria uma ‘prova diabólica’, ou seja,
impossível ou excessivamente difícil de ser
produzida”, observa Bezerra.
O texto acrescenta a medida à Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT).
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/04/2021 -
STF forma maioria, Moro se torna incompetente e Lula
terá seus processos anulados
Com esta decisão, o ex-presidente Lula poderá
disputar a presidência da República em 2022.
Pesquisa divulgada ontem aponta que ele tem 52% dos
votos contra 34% de Jair Bolsonaro no segundo turno
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria
nesta quinta-feira (15) pela incompetência da 13ª
Vara Federal de Curitiba para julgar casos contra o
ex-presidente Lula. Isto significa que, pelo
entendimento do plenário da Suprema Corte, o ex-juiz
Sergio Moro, já declarado suspeito pelo Supremo, não
poderia ter julgado os processos contra Lula.
A decisão culmina na anulação das sentenças
proferidas contra Lula no âmbito da Lava Jato.
Votaram acompanhando o relator, o ministro Edson
Fachin, os ministros Alexandre de Moraes, Dias
Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar
Mendes, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.
Os votos divergentes foram dados pelos ministros
Kassio Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux.
O placar da segunda etapa do julgamento foi,
portanto, de 8 a 3.
Lula está, portanto, definitivamente de volta ao
jogo político-eleitoral, tendo restabelecidos os
seus direitos políticos. Assim, o petista poderá
disputar a presidência da República em 2022.
Pesquisa divulgada na quarta-feira (14) aponta que
ele tem 52% dos votos contra 34% de Jair Bolsonaro
no segundo turno.
Fonte: Brasil247
16/04/2021 -
Governo propõe salário mínimo de R$ 1.147 em 2022,
sem aumento real
Reajuste segue previsão de 4,3% do INPC para este
ano
O salário mínimo em 2022 será de R$ 1.147 e não terá
aumento acima da inflação, anunciou o Ministério da
Economia. O reajuste consta do projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, enviado
nesta quinta-feira (15) ao Congresso Nacional.
O reajuste segue a projeção de 4,3% para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este
ano. A estimativa também consta do PLDO.
Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo
uma fórmula que previa o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no
país) de dois anos antes mais a inflação oficial do
ano anterior. Desde o ano passado, o reajuste passou
a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da
Constituição, que determina a manutenção do poder de
compra do salário mínimo.
Segundo o Ministério da Economia, cada aumento de R$
1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente
R$ 315 milhões no orçamento. Isso porque os
benefícios da Previdência Social, o abono salarial,
o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação
Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à
variação do mínimo.
O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda
pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do
INPC neste ano. Pela legislação, o presidente da
República é obrigado a publicar uma medida
provisória até o último dia do ano com o valor do
piso para o ano seguinte.
Em 2021, o salário mínimo está em R$ 1.100. Como o
INPC do ano passado encerrou 2020 em 5,45%, puxado
pela inflação dos alimentos, o valor do mínimo
deveria ser R$ 1.102, mas o governo até hoje não
incorporou a diferença de R$ 2 ao salário mínimo.
Caso não faça isso antes do fim do ano, o resíduo
será incorporado ao salário mínimo em 2022.
Fonte: Agência Brasil
16/04/2021 -
Centrais organizam novo 1º de Maio conjunto e
defendem unidade também na política
Evento terá formato virtual, como em 2020. Foram
convidados políticos de diversos partidos. Ato
também terá apresentações artísticas
Pelo terceiro ano seguido, as centrais sindicais
farão um 1º de Maio conjunto, novamente em formato
virtual, como em 2020. A 16 dias do evento – daqui a
dois sábados, das 14h às 17h –, as entidades
finalizam os preparativos, à espera da confirmação
dos convidados, entre políticos e artistas.
Vida, emprego e democracia foram os temas escolhidos
pelos sindicalistas para o Dia do Trabalhador. O
primeiro faz referência à necessidade de vacinação
em massa e de pagamento de auxílio emergencial no
valor de R$ 600. E o último inclui a aposta em uma
composição entre diferentes forças políticas pelo
Estado de direito e também em uma possível frente
para 2022.
Entre os convidados, estão os ex-presidentes
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula
da Silva e Dilma Rousseff (PT), que participaram do
1º de Maio do ano passado. Além deles, o governador
do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), Ciro Gomes (PDT) e
Marina Silva (Rede) e Rodrigo Maia (DEM),
ex-presidente da Câmara, entre outros O momento é de
reconstrução, afirma um dirigente sindical, e isso
exige “aglutinação dos democratas e progressistas”.
As atrações artísticas ainda não estão confirmadas.
No ano passado, o cantor inglês Roger Waters,
ex-Pink Floyd, participou. O evento será transmitido
pela TVT.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/04/2021 -
Senado aprova proteção a trabalhadoras gestantes
durante pandemia
Texto segue para sanção presidencial
O Senado aprovou nesta quinta-feira (15) um projeto
de lei (PL) que garante à empregada gestante o
afastamento do trabalho presencial durante o período
da pandemia sem prejuízo do recebimento do salário.
O PL foi aprovado por unanimidade, em votação
simbólica. Conforme o projeto, a funcionária
gestante deverá permanecer à disposição do
empregador em trabalho remoto. O projeto segue para
sanção presidencial.
“A trabalhadora na referida condição, além de
necessitar de cuidados especiais para a preservação
de sua saúde, tem que adotar todas as medidas
possíveis para a proteção da vida que carrega. Não
pode ficar exposta a este terrível vírus, que pode
ceifar a sua vida, a de seu filho, bem como arrasar
o seu núcleo familiar”, afirmou a relatora do
projeto no senado, Nilda Gondim (MDB-PB), em seu
parecer.
O projeto, de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB),
é do ano passado e determinava como prazo de duração
da medida o estado de calamidade pública reconhecido
pelo Congresso Nacional, mas o decreto legislativo
que tratava da calamidade pública já perdeu a
validade. Por isso, Gondim alterou um trecho do
texto, retirando a citação do decreto legislativo.
Em seu lugar, o projeto cita “emergência de saúde
pública de importância nacional” como período de
validade da medida.
Fonte: Agência Brasil
16/04/2021 -
Dieese alerta para avanço do Trabalho Intermitente
Aprovado na reforma Trabalhista no governo Temer, o
contrato de trabalho intermitente tem avançado na
indústria. Trata-se de uma modalidade de contratação
na qual o empregado não tem jornada nem salário
fixos.
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
mostra que 15% dos empregadores já contrataram
pessoas no regime intermitente de trabalho. A
pesquisa ouviu 523 empresas do setor.
O setor empresarial justifica o aumento da
utilização do trabalho intermitente em razão das
instabilidades surgidas em função da pandemia da
Covid-19.
Na avaliação do supervisor do escritório do Dieese
em São Paulo, Victor Pagani, para os trabalhadores,
o modelo de contratação está longe de ser ideal. “O
contratado não tem segurança alguma. Você não sabe
qual vai ser sua jornada, nem quanto vai receber.
Você pode ficar contratado e passar o mês inteiro
sem ser chamado para trabalhar”, ele afirma.
Segundo Victor, o trabalhador também não tem
garantido sequer o Piso da categoria e pode receber
menos que o salário mínimo. “Nesse caso, o tempo em
que ele está contratado não é sequer considerado
como tempo de contribuição para fins
previdenciários”, acrescentou.
Intermitente – O Dieese lançou
Nota Técnica,
divulgada em dezembro de 2020. Segundo dados, 22%
dos trabalhadores intermitentes não tiveram nenhum
rendimento ao longo de 2019. Além disso, o
rendimento médio dessa modalidade foi de R$ 637,00
por mês, valor equivalente a cerca de 64% do salário
mínimo.
Mais – Acesse
www.dieese.org.br
Fonte: Agência Sindical
16/04/2021 -
Bolsonaro é acusado de crime contra a humanidade no
Parlamento Europeu
“Vamos dizer claramente: a necropolítica de
Bolsonaro é um crime contra a humanidade e contra o
povo brasileiro”, disse
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi
acusado de cometer crime contra a humanidade por
conta da crise sanitária que vive o Brasil em
audiência convocada pelo Parlamento Europeu nesta
quinta-feira (15). Deputados afirmaram que a
situação do país é resultado de decisões políticas
por parte do governo federal. As informações são do
jornalista Jamil Chade, do UOL.
Na reunião, o eurodeputado Miguel Urban Crespo, do
partido de esquerda espanhol Podemos, afirmou que
Jair Bolsonaro “declarou guerra aos pobres, à
ciência, à vida e à medicina”.
“Vamos dizer claramente: a necropolítica de
Bolsonaro é um crime contra a humanidade e contra o
povo brasileiro”, disse. Para ele, é uma “autêntica
vergonha” a União Europeia continuar negociando um
acordo comercial com o Mercosul. “Hoje, o Brasil é o
epicentro da pandemia. O país tem 3% da população
mundial, mas tem 12% das mortes e 10% dos
contágios”, acrescentou.
Críticas na Europa
A eurodeputada
alemã pelo Partido Verde e vice-presidente da
delegação do Parlamento Europeu para assuntos
relacionados ao Brasil, Anna Cavazzini, apontou que
a situação no Brasil “é uma tragédia, que poderia
ter sido evitada se não fossem decisões políticas
equivocadas”.
A deputada ainda questionou outros pontos como a
falta de políticas sanitárias para a população
indígena e também sobre o dinheiro destinado pela
União Europeia ao Brasil.
“A covid-19 virou uma crise social, com pessoas indo
para cama com fome”, criticou ela. “Se Bolsonaro
nega a crise e coloca medidas que impedem a ação
contra a pandemia, para onde é que o dinheiro vai?”,
questionou Anna.
A diretora da ONG brasileira Conectas Direitos
Humanos, Camila Asano, também participou do debate e
afirmou que Bolsonaro disseminou desinformação,
endossando a tese de que o presidente cometeu crime
contra a humanidade. “Sofremos perdas de vidas que
poderiam ser evitadas. Mas não vivemos mais em uma
normalidade democrática”, disse.
Fonte: Brasil de Fato
16/04/2021 -
Estudantes brasileiros podem perder 8% da renda
futura, diz FMI
O baque estimado para os jovens brasileiros, no
entanto, é quase o dobro do que a equipe do FMI
prevê para a média da América Latina
As aulas perdidas durante a pandemia de Covid-19,
caso não sejam compensadas, podem levar a uma
redução de cerca de 8% da renda ao longo da vida
para estudantes brasileiros que têm de 10 a 19 anos,
segundo estimativa do FMI (Fundo Monetário
Internacional).
O baque estimado para os jovens brasileiros, no
entanto, é quase o dobro do que a equipe do FMI
prevê para a média da América Latina, onde os
estudantes podem esperar uma renda 4% menor no
futuro, se os dias perdidos de estudo não forem
repostos.
A perspectiva de redução da renda futura para os
estudantes brasileiros também é pior do que para os
chilenos (-4%), colombianos (-3%) ou mexicanos
(-2%).
As conclusões constam em um estudo assinado pelos
economistas Alejandro Werner (diretor do
Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI), Takuji
Komatsuzaki e Carlo Pizzinelli publicado no blog da
instituição nesta quinta-feira (15).
Os pesquisadores reforçam que, além da perda de
vidas, a pandemia vai resultar em danos duradouros
para o capital humano, a partir do fechamento de
escolas -que foi mais longo na América Latina do que
em outras regiões.
A análise da instituição destaca que a contração do
PIB (Produto Interno Bruto) da região, de 7% no ano
passado, foi bem acima da média global, de 3,3%.
Para este ano, as perspectivas também não são
animadoras: o crescimento projetado é de 4,6%,
abaixo dos 5,8% esperados para os emergentes,
excluindo a China.
Além disso, a renda per capita dos latinos não deve
voltar ao nível pré-pandemia antes de 2024,
resultando em uma perda acumulada de 30% em relação
à tendência de antes da Covid-19.
As perdas de renda variam entre os países,
dependendo do quanto a pandemia reduziu a chance de
um estudante concluir o ensino médio e do impacto no
ensino superior. Para os alunos cujas famílias têm
menos possibilidade de apoiar a aprendizagem fora da
escola, as perdas serão maiores. Isso deve aumentar
a já elevada desigualdade de renda e baixos níveis
de escolaridade.
Os economistas também destacam o quanto a vacinação
rápida e medidas do governo têm dado ao Chile um
impulso de curto prazo. Por outro lado, a forte onda
de Covid-19 no Brasil, combinada ao processo lento
de vacinação, lança uma sombra sobre as perspectivas
de curto prazo para a economia. As informações
são da Folhapress
Fonte: Jornal de Brasília
15/04/2021 -
STF decide que plenário julga nesta quinta anulação
de sentenças de Moro contra Lula
Sessão teve início nesta quarta (14) e foi
suspensa após corte decidir qual era o fórum devido
para o julgamento
O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao
julgamento de dois recursos sobre a decisão do
ministro Edson Fachin que tornou nulas as sentenças
do ex-juiz Sergio Moro que condenaram o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Devido ao
adiantado da hora, por volta das 19h30, a sessão foi
suspensa e será retomada nesta quinta-feira (15).
Estava previsto para esta quarta (14), o julgamento
de dois recursos judiciais (no caso, "agravos
regimentais em Habeas Corpus"), O referido habeas
corpus é o que foi analisado por Fachin, com a
decisão de declarar Moro e a 13ª Vara Federal de
Curitiba incompetentes para julgar Lula, com a
consequente anulação das decisões.
Eles foram ajuizados pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) e pela defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. A primeira petição questiona a
decisão do ministro Edson Fachin. Já a defesa do
petista alegava que não é competência do Plenário
julgar o recurso da PGR, mas sim da 2ª Turma da
Suprema Corte.
Nesta quarta-feira, tudo o que os ministros
conseguiram julgar foi o recurso da defesa de Lula.
Por um placar de 8 a 2, foi decidido que cabe ao
plenário da corte, ou seja, todos os ministros, o
julgamento do recurso da PGR contra a decisão de
Fachin.
Votaram em favor do julgamento pelo plenário: Edson
Fachin, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Dias Tofolli,
Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar
Mendes e Rosa Weber. Votaram pelo julgamento na 2ª
Turma o ministro Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio
Mello.
Com isso, a maioria está formada, e o recurso da
defesa de Lula foi derrotado. Na quinta-feira, será
julgada a anulação das sentenças de Moro. Os
ministros também poderão decidir em plenário se
ratificam a decisão da 2ª Turma do tribunal, que
declarou a suspeição de Sergio Moro para julgar
Lula, ou se o fato de uma eventual declaração final
da incompetência do ex-juiz fará com que essa
decisão venha a perder o seu objeto.
Se isso ocorrer, partes da instrução dos processos
ocorridos contra Lula em Curitiba (colhimento de
provas e oitiva de testemunhas, por exemplo) não
precisarão ser refeitas em um novo julgamento, desta
vez em Brasília, fórum que seria o legalmente devido
para o desenrolar das ações judiciais.
Fonte: Brasil de Fato
15/04/2021 -
Centrais sindicais, associações patronais e governo
de SP se unem pela defesa da vida
As centrais sindicais junto com associações do setor
produtivo e sindicatos patronais articularam com o
governador de São Paulo, João Doria, a criação de
uma carta fazendo considerações sobre demora do
governo na vacinação contra a Covid-19.
A carta foi lançada com o tema “Brasil unido para
proteger a vida”. Nela as centrais Força Sindical,
UGT, CTB, CSB e NCST, ao lado de associações como
Abrinq (brinquedos), Sindusfarma, SindusTextil,
Intituto Ethos, pedem:
- Acelerar ao máximo o processo de vacinação da
população, tanto em termos de variedades de vacina
quanto em quantidade, por meio do Programa Nacional
de Imunização. Precisamos de mais vacinas.
- Implementar as medidas necessárias para contenção da
evolução da pandemia, incluindo ações de lockdown,
isolamento social, uso de máscara, distanciamento e
protocolos sanitários para proteger a saúde e a
vida.
- Aprovar o Auxílio Emergencial de R$ 600,00 com
duração enquanto durar os efeitos econômicos da
pandemia.
- Renovar as medidas de proteção dos empregos e
salários, efetivando e ampliando as medidas de apoio
econômico às empresas, em especial micro, pequenas,
médias.
- Aportar os recursos financeiros necessários para o
SUS atuar no enfrentamento adequado da crise
sanitária.
- Investir na coordenação ininterrupta e na
articulação célere de iniciativas de gestão de
crise, considerando sua urgência e emergência.
Leia aqui a carta:
Unidos para
Proteger a Vida
Fonte: Brasil de Fato
15/04/2021 -
Lula dispara e Bolsonaro derrete: 52% a 34% no
segundo turno
Pesquisa Poderdata divulgada nesta quarta-feira (14)
mostra que o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva
lidera com vantagem de 18 pontos sobre Jair
Bolsonaro num cenário de segundo turno das eleições
presidenciais de 2022.
Lula vence Bolsonaro por 52% contra 34%, segundo o
levantamento divulgado pelo site Poder 360.
Segundo o PoderData, Bolsonaro perderia também para
o empresário e apresentador da TV Globo Luciano Huck
(48% X 35%). Contra outros 3 possíveis candidatos
testados, Bolsonaro ficaria apenas em situação de
empate técnico (a margem de erro da pesquisa é de
1,8 ponto percentual, para mais ou para menos):
Bolsonaro 38% X 37% João Doria (PSDB); Bolsonaro 38%
X 37% Sergio Moro (sem partido); Bolsonaro 38% X 38%
Ciro Gomes.
Foram 3.500 entrevistas em 512 municípios, nas 27
unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8
ponto percentual. Saiba mais sobre a metodologia
lendo este texto.
Fonte: Brasil247
15/04/2021 -
Decreto de Bolsonaro coloca oficialmente Correios à
venda
Quebrando sua promessa de campanha eleitoral, em
2018, para conseguir votos nas eleições
presidenciais, de que não privatizaria os Correios,
Jair Bolsonaro (ex-PSL), decreta a inclusão da
empresa no Programa Nacional de Desestatização (PND).
A medida contida no Decreto nº 10.674 , publicada
nesta terça-feira (13), no Diário Oficial da União
(D.O.U), coloca à venda o controle acionário da
empresa e a concessão dos serviços postais de envio
de cartas, impressos, encomendas e telegrama, apesar
da projeção de lucro da empresa em mais de R$1,5
bilhão, colocando em risco o emprego de 99 mil
trabalhadores e trabalhadoras.
Com o decreto, o Ministério da Economia, comandado
pelo banqueiro Paulo Guedes, poderá dar continuidade
aos estudos necessários à privatização da empresa,
que já vem sofrendo desmonte com o fim dos concursos
públicos, a redução do número de trabalhadores e a
quebra de monopólio sobre correspondências - medidas
denunciadas pela Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares (Fentect), com greves e manifestações. No
entanto, as reivindicações justas dos trabalhadores
foram barradas por decisão do Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
Cronograma da privatização
Para completar o processo de privatização dos
Correios, os estudos do Ministério da Economia serão
submetidos às análises do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de
audiências públicas. Em seguida, a documentação
também será enviada para análise do Tribunal de
Contas da União (TCU). A publicação do edital de
privatização e o leilão só poderão ser marcados após
a aprovação dos ministros do TCU.
Após essas análises, o governo espera concluir a
etapa modelagem da privatização, no próximo mês de
agosto de 2021. A implementação do novo modelo,
depende da aprovação do Projeto de Lei nº 591, de
2021, em tramitação no Congresso Nacional, do marco
legal dos serviços postais.
Fonte: Mundo Sindical
15/04/2021 -
Covid-19 é considerada doença do trabalho pelo TRT
de São Paulo, e empresa deve emitir CAT
Justiça condenou Correios a emitir Comunicação de
Acidente de Trabalho e outra série de medidas
sanitárias de combate à covid-19
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande
São Paulo e Baixada Santista) considera que a covid-19
é doença ocupacional. A decisão teve por base a
definição de que a empresa não tomou todas as
medidas para prevenir a contaminação pelo
coronavírus no ambiente de trabalho. E que as
medidas adotadas não foram suficientes para a
contenção necessária. A decisão da 9ª Turma do TRT-2
negou por unanimidade recurso interposto pelos
Correios contra decisão de primeiro grau. Na ação
proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores dos
Correios (Sindect), o juízo condenou a empresa a
diversas obrigações relacionadas a medidas
sanitárias de contenção da covid-19 na unidade de
Poá, informa a revista Consultor Jurídico (Conjur).
Os desembargadores do TRT-2 decidiram, ainda,
confirmar a decisão de obrigar os Correios a emitir
a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos
empregados que contraíram a doença causada pelo
coronavírus.
Nexo causal
Na decisão, o colegiado lembrou que, segundo
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o
artigo 29 da Medida Provisória 927/20 é
inconstitucional. Esse artigo previa que casos de
contaminação pelo coronavírus não seriam
considerados ocupacionais, exceto mediante
comprovação do nexo causal.
Protocolos sanitários
Ao estabelecer que a covid-19 é doença do trabalho, o
TRT-2 determinou que os Correios deverão, ainda,
aplicar uma série de protocolos sanitários. Um deles
é aplicar um questionário diário aos trabalhadores,
como forma de fazer triagem dos que podem estar
contaminados.
A empresa também deve considerar como suspeito de
portar o vírus quem registrar temperatura corporal
acima de 37,5º e afastar do trabalho presencial
esses empregados que possam estar doentes ou com
sintomas da covid-19, com manutenção da remuneração.
Deverá afastar do trabalho presencial, ainda, os
empregados que tiverem contato com trabalhadores que
efetivamente se contaminaram. Além disso, a ECT
deverá promover diariamente limpeza intensiva das
instalações como forma de evitar a disseminação do
vírus.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/04/2021 -
Brasil é única grande economia em desaceleração
porque não combateu a pandemia
Comparação internacional aponta que os países que
retomaram o crescimento foram aqueles
que tiveram sucesso no enfrentamento da covid-19
Estudo divulgado pela Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que o
Brasil é a única grande economia que está em
desaceleração em 2021. Além disso, o relatório Focus,
do Banco Central (BC), aumentou as projeções de
inflação e reduziu as expectativas de crescimento.
Sem políticas de contenção da pandemia, a covid-19
continua a assolar o país, aumentando as incertezas
dos agentes econômicos.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, os dados da OCDE apontam que os
países com melhores perspectivas de crescimento da
economia foram aqueles que adotaram políticas
bem-sucedidas no enfrentamento da pandemia. O que,
mais uma vez faz cair por terra a falsa dicotomia
entre preservar vidas e manter a economia
funcionando.
“O Brasil está nesse grupo de países que não
conseguem nem repor as perdas do ano passado.
Estamos terminando o primeiro quadrimestre, e o país
continua como se estivesse em 2020”, disse Fausto,
em entrevista a Glauco Faria no Jornal Brasil Atual
desta quarta-feira (14).
O cenário atual é ainda mais grave, segundo ele,
pois o governo Bolsonaro abriu mão de ferramentas de
manutenção do emprego que foram utilizadas no ano
passado. Houve apenas a reedição do auxílio
emergencial. Ainda assim, com valores reduzidos e
atendendo a um público muito menor.
Dependência
Por outro lado, além dos impactos na economia, a
pandemia também desnudou a fragilidade do setor
industrial do país. No ano passado, com a eclosão da
doença, houve até mesmo a escassez de máscaras.
Atualmente, a produção de oxigênio – outro insumo
básico – também encontra dificuldades para suprir o
aumento da demanda. Ao mesmo tempo, o redução dos
investimentos em inovação e pesquisa acentuou a
dependência do Brasil em relação à importação de
insumos farmacêuticos voltados para a produção de
vacinas e medicamentos.
“Com relação à química fina, China e Índia são
referências, em especial na produção de fármacos.
Por outro lado, no Brasil, temos basicamente duas
fábricas para a produção de vacinas. Ambas estatais.
O Brasil, de certo modo, abandonou os investimentos
na indústria de fármacos. Predomina claramente a
prioridade em relação ao setor agroexportador. A
gente tem mais fábricas de vacinas de bovinos do que
de humanos”, criticou Fausto.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/04/2021 -
Impacto da pandemia é maior para trabalhadores
jovens, diz Ipea
Desemprego também afetou mais as pessoas com
ensino médio incompleto
Os trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos foram
os mais prejudicados pela pandemia de covid-29. A
taxa de desocupação subiu de 23,8% no quarto
trimestre de 2019 para 29,8% no mesmo período de
2020, o que corresponde a quase 4,1 milhões de
jovens à procura de emprego.
No recorte por escolaridade, o desemprego foi maior
para os trabalhadores com ensino médio incompleto:
alta de 18,5% para 23,7%, na mesma base de
comparação. Em contrapartida, a ocupação dos que têm
ensino superior continuou crescendo e houve alta de
4,7%, na comparação entre os números de
trabalhadores nesta condição, nos respectivos
trimestres de 2019 e 2020.
Os dados constam da Carta de Conjuntura divulgada
nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de
Domicílios (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), embora a ocupação
tenha voltado a crescer após ter atingido, em julho
do ano passado, o menor valor da série (80,3
milhões), em janeiro deste ano, havia 86,1 milhões
de trabalhadores ocupados no país, bem abaixo do
observado antes da pandemia (94 milhões em janeiro
de 2020).
Para a economista Maria Andréia Lameiras, autora do
estudo, a crise sanitária potencializou as
diferenças existentes no mercado de trabalho. “À
medida que os dados das PNADs contínuas foram
disponibilizados, o cenário de forte deterioração,
que conjuga desemprego elevado e aumento da
subocupação e do desalento, foi se tornando cada vez
mais evidente, principalmente nos segmentos mais
vulneráveis, os jovens e os menos escolarizados,
cuja probabilidade de transitar da desocupação e da
inatividade para a ocupação, que já era baixa, se
tornou ainda menor”.
Recortes analisados
O documento da Carta de Conjuntura do Ipea mostra que,
no quarto trimestre de 2020, a taxa de desemprego
para o sexo feminino (16,4%) foi superior à do sexo
masculino (11,9%). No recorte regional, ainda no
último trimestre do ano, as regiões Nordeste e
Sudeste tiverem maior incremento na taxa de
desemprego: de 13,6% para 17,2% e 11,4% para 14,8%,
respectivamente.
Na análise do emprego setorial, o segmento de
serviços foi o maior prejudicado, com queda de 28%
da ocupação no quarto trimestre de 2020, fortemente
impactado pela paralisação do setor em razão do
distanciamento social imposto pela pandemia.
A perspectiva para 2021 é de que, apesar da
expectativa de aceleração da atividade econômica, as
vagas geradas não devem ser suficientes para suprir
o desemprego. Segundo o Ipea, a taxa de desocupação
deve continuar elevada.
A análise tem como base o cruzamento de diversos
dados da Pnad Contínua e do Novo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria do
Trabalho do Ministério da Economia.
Fonte: Agência Brasil
14/04/2021 -
CPI da Covid é criada com objetivos ampliados
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu
pela instalação de uma CPI da Covid ampliada. Por
iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
a comissão vai investigar as omissões do governo
federal e a falta de oxigênio em Manaus. E a pedido
do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), a CPI vai
apurar irregularidades no uso dos recursos da União
pelos estados, Distrito Federal e municípios. A CPI
depende agora da indicação dos 11 titulares e 7
suplentes pelos líderes partidários.
Fonte: Agência Senado
14/04/2021 -
STF define futuro político de Lula e de Bolsonaro
Todas as atenções do mundo político estarão voltadas
para o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
nesta quarta-feira (14) que julga dois processos
intimamente ligados à disputa eleitoral de 2022.
Às 14h, Luiz Fux, presidente da corte, deve colocar
em pauta a decisão de Luís Roberto Barroso, que
determinou a instauração da CPI da Covid-19,
principal motivo do descontentamento demonstrado por
Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta
terça-feira (13).
A definição dos nomes que vão compor a comissão vai
decidir, em grande parte o direcionamento dos
trabalhos. Bolsonaro teme que a investigação – que
tem poder de polícia – possa expor às vísceras de
sua política genocida na pandemia, derrubando ainda
mais sua popularidade e, quiçá, resultar em um
processo de impeachment.
Já em relação à Lula, uma decisão favorável do
plenário à decisão de Edson Fachin, que anulou as
condenações e devolveu os direitos políticos ao
ex-presidente, dará ainda mais fôlego ao petista, já
imunizado com a vacina, para correr o país
angariando apoio para seu retorno ao Palácio do
Planalto em 2023.
Fonte: RevistaForum
14/04/2021 -
Comissão da OAB: Bolsonaro cometeu crime de
responsabilidade e contra a humanidade
Comissão avaliou as ações do presidente durante a
pandemia e concluiu que ele agiu deliberadamente
para propagar o vírus
A comissão criada pela Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) chegou à conclusão que o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) cometeu crime de
responsabilidade em sua conduta no enfrentamento à
pandemia.
A situação pode gerar um processo de impeachment ou
uma denúncia por crime contra a humanidade no
Tribunal Penal Internacional.
De acordo com o parecer, o presidente agiu
deliberadamente para propagar o vírus da covid-19 e
precisa ser responsabilizado pelas mortes de mais de
355 mil brasileiros na pandemia, consideradas pela
entidade como homicídio.
A decisão foi encaminhada para o Conselho Federal da
OAB. Assim, os representantes das seccionais
estaduais vão decidir se será apresentado um pedido
de impeachment contra Bolsonaro.
Segundo os juristas, o presidente cometeu atos
deliberados a favor da disseminação do vírus. "Por
meio de sistemáticas ações e omissões, o governo
Bolsonaro acabou por ter a pandemia sob seu
controle, sob seu domínio, utilizando-a
deliberadamente como instrumento de ataque (arma
biológica) e submissão de toda a população".
Além disso, eles afirmaram que houve um desinteresse
do governo em negociar as vacinas com a Pfizer, que
teve um atraso na compra da Coronavac e que também
teve uma resistência em operacionalizar medidas de
restrição de circulação de pessoas e atividades
comerciais recomendadas por especialistas.
Fonte: Brasil de Fato
14/04/2021 -
Crescimento do teletrabalho repercute nas
negociações coletivas, mostra Dieese em nota técnica
O crescimento da modalidade do home office, o
chamado teletrabalho, durante a pandemia de
Covid-19, repercute nas negociações coletivas,
mostra o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos). Trata-se da
Nota Técnica 255.
Em 2020, 13,7% das negociações mencionavam este tipo
de trabalho. Em 2019, só 1,2% tratou do tema.
Os setores com a maior proporção de negociações
sobre o assunto são os serviços (17,5%) e o comércio
(16,3%). Na indústria, o percentual foi menor
(9,7%), devido às características das atividades do
segmento. Entre os rurais, as cláusulas sobre home
office representaram apenas 1,1%.
Fonte: Agência Sindical
14/04/2021 -
Política do governo deve piorar queda do PIB
Estudo do FMI aponta que Brasil caiu da oito
posições em ranking que avalia PIB per capita
Entre 2011 e 2020, o País desceu oito posições no
ranking dos maiores PIBs per capita do mundo e
perdeu vantagens frente aos emergentes – Valor
Econômico de segunda (12).
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o
Brasil iniciou a década passada na 77ª posição entre
os maiores PIBs per capita globais quanto ao poder
de compra. Mas chegou em 2020 no 85º lugar, entre
191 países. Em 2026, pode descer à 90ª posição.
O economista André Ramos, diretor do Sindicato da
categoria em SP, concorda com essa perspectiva. E vê
agravantes. Hoje, 19 milhões de pessoas não têm o
que comer. “A pandemia acelerou um processo que o
Brasil já enfrentava desde 2015”, analisa.
Na avaliação do Mestre em Economia pela PUC, faltam
políticas efetivas pra impulsionar a retomada
econômica e o crescimento do PIB per capita.
“Enfrentamos crises sanitária, econômica e social,
que se retroalimentam. A política do governo acaba
impulsionando esse sistema”, ele alerta.
Para André Ramos, o aumento da pobreza, do
desemprego e o Auxílio Emergencial arrochado pioram
a situação. “Com R$ 250,00 não se compra uma cesta
básica”, critica. Esse valor não vai conter a piora
das condições de vida. “É insuficiente diante da
alta dos alimentos. Isso afeta amplos setores e não
surpreende que muitas empresas estejam quebrando”,
comenta o economista.
O governo federal não mostra capacidade de liderar
medidas que combatam as crises. “A perspectiva é
ruim, principalmente para a classe trabalhadora”,
projeta André Ramos.
Mais – Acesse o Sindecon-SP.
Fonte: Agência Sindical
14/04/2021 -
Marco Aurélio dá 15 dias para Bolsonaro explicar
fala sobre Forças Armadas
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal deu prazo de 15 dias, a contar a partir
dessa segunda-feira (12), para que o presidente Jair
Bolsonaro explique declarações dadas em 21 de março,
dia do seu aniversário.
“Alguns tiranetes ou tiranos tolhem a liberdade de
muitos de vocês. Pode ter certeza, o nosso Exército
é o verde oliva e é vocês também. Contem com as
Forças Armadas pela democracia e pela liberdade ”,
disse o presidente a apoiadores na frente do Palácio
da Alvorada. “Estão esticando a corda, faço qualquer
coisa pelo meu povo. Essa qualquer coisa é o que
está na nossa constituição, nossa democracia e nosso
direito de ir e vir ”, acrescentou.
O prazo dado pelo ministro ao presidente faz parte
da tramitação da interpelação judicial movida pelo
deputado Elias Vaz (PSB-GO). Para o parlamentar,
Bolsonaro sugestiona a prática de atos criminosos,
contrários à ética, à moral, ao decoro e boa fama,
acusando de forma ambígua as autoridades. Além
disso, segundo ele, estimula a "intervenção do
Exército Brasileiro e das Forças Armadas para
manutenção da democracia e liberdade, como se
houvesse atos violadores destes direitos
fundamentais".
“Com frequência, o presidente faz afirmações dando a
entender que as Forças Armadas poderiam agir contra
a democracia por ordem dele. Bolsonaro não pode
ficar fazendo esse tipo de ameaça”, ressalta Elias
Vaz.
Fonte: Congresso em Foco
14/04/2021 -
Câmara aprova prorrogação do prazo de entrega do
Imposto de Renda até 31 de julho
Prazo atual é 31 de maio. Texto segue para sanção
A Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação, até 31
de julho de 2021, do prazo de entrega da declaração
do Imposto de Renda Pessoa Física referente aos
rendimentos de 2020. A proposta será enviada à
sanção presidencial.
Foi aprovada nesta terça-feira feira (13) emenda do
Senado ao Projeto de Lei 639/21, dos deputados
Rubens Bueno (Cidadania-PR) e Rodrigo Coelho
(PSB-SC). A emenda limita a dezembro de 2021 o
último mês de vencimento de parcelas de imposto a
pagar eventualmente apurado na declaração.
O pedido para a adaptação veio do governo federal,
segundo o qual o País poderia perder arrecadação de
até R$ 13 bilhões no Orçamento de 2021 se o
parcelamento chegasse até os primeiros meses do ano
que vem.
A matéria contou com parecer favorável do relator,
deputado Marcos Aurélio Sampaio (MDB-PI).
Segundo o texto, o imposto a pagar poderá ser feito
em, no máximo, seis parcelas, mas quem entregar no
último dia terá apenas cinco meses para dividir o
tributo a pagar.
Restituição
O prazo inicial para entrega era 30 de abril, mas a
Receita prorrogou por mais um mês, até 31 de maio.
No ano passado, o prazo também foi prorrogado por
decisão administrativa.
O projeto aprovado não altera o cronograma de
restituição do IR. Assim, os contribuintes que
entregarem a declaração com antecedência poderão
receber a restituição a partir de 31 de maio de
2021.
“Se, no ano passado, a Receita prorrogou por 60 dias
o prazo, neste ano, em que a pandemia está mais
grave, é justo prorrogar por 90 dias”, afirmou
Rubens Bueno.
Fonte: Agência Câmara
14/04/2021 -
Paim quer criação de 14º salário para aposentados
Em pronunciamento nesta terça-feira (13), o senador
Paulo Paim (PT-RS) defendeu a criação do 14º salário
para aposentados. Para o senador, essa é uma medida
fundamental diante da crise econômica e social que o
Brasil vive.
— O 14º sálario representará algo em torno de R$ 42
bilhões em dinheiro novo para o comércio local. Gera
emprego e renda, gerando imposto e melhorando a
qualidade de vida — afirmou.
Paim destacou que os benefícios das aposentadorias e
pensões estão cada vez menores, o que se junta ao
alto custo de vida, alimentos e remédios. Na sua
opinião, o governo precisa antecipar esse debate.
— É uma questão de justiça. Além de socorrer o
aposentado, que está no grupo de risco, também irá
servir como injeção de recurso na economia. Entre os
municípios brasileiros, 64% depende da renda dos
benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
O senador criticou ainda a discriminação sofrida
pelos idosos no país. Paim ressaltou que a
dificuldade para um idoso conquistar uma vaga de
emprego é enorme, sendo visto com desprezo no
mercado de trabalho.
Fonte: Agência Senado
14/04/2021 -
Comissão de Trabalho aprova gratuidade de certidões
negativas para desempregados
Projeto ainda será analisado por mais duas
comissões
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (13) o Projeto de Lei 4035/20, que torna
gratuita a emissão de certidões negativas para
pessoas desempregadas ou para fins de obtenção de
emprego.
A proposta, do deputado Léo Moraes (Pode-RO), insere
a medida na Lei 9.265/96, que dispõe sobre a
gratuidade dos atos necessários ao exercício da
cidadania.
O parecer do relator, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP),
foi pela aprovação do projeto, com duas emendas.
“Não permitir tal gratuidade seria dificultar ou
mesmo inviabilizar a situação de um trabalhador que
busca voltar ao mercado formal, já que sua renda
estaria temporariamente prejudicada”, avaliou o
parlamentar.
Uma das emendas apenas corrige a numeração de um
dispositivo, e a outra altera a expressão “cartórios
de distribuição” para “serviços extrajudiciais de
registro de distribuição”, em referência aos
responsáveis pela emissão das certidões negativas.
Segundo o relator, a mudança visa adequar o texto
aos termos da Lei 8.935/94, que trata dos serviços
notariais e de registro.
Tramitação
A proposta será analisada ainda, em caráter
conclusivo, pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
13/04/2021 -
Ameaçado por Bolsonaro, senador diz que violência é
saída aos covardes
“Não irão nos intimidar! Especialmente porque
sabemos que a fraqueza desse governo está em todos
os âmbitos”, respondeu Randolfe Rodrigues
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do
pedido da CPI da Covid-19, disse que a violência
“costuma ser uma saída para os covardes que têm
muito a esconder”. O senador se referiu a fala de
Bolsonaro que numa conversa com o senador Jorge
Kajuru (Cidadania-GO) ameaçou “sair na porrada” com
Randolfe. “Não irão nos intimidar! Especialmente
porque sabemos que a fraqueza desse governo está em
todos os âmbitos”, respondeu o parlamentar
amapaense.
Em novo trecho da ligação divulgada por Kajuru,
Bolsonaro chama o senador Randolfe de “bosta” e que
teria de “sair na porrada” com ele.
O parlamentar disse que a única briga que deve
preocupar a todos é a vacina no braço e comida no
prato dos brasileiros. O líder da oposição afimrou
que é isso que se espera do parlamento os milhares
de vítimas da pandemia, as famílias enlutadas e os
brasileiros que estão passando fome. “A violência é
uma arma que só interessa a essa altura aos
covardes, aos homens públicos, principalmente neste
momento, não interessa ficar envolvido em briga de
rua”, disse.
34 senadores
Rodrigues anunciou a adesão à CPI de mais dois
senadores: Chico Rodrigues (DEM-RR) e Flávio Arns (Podemos-PR).
“Agora, estamos com 34 assinaturas. Em um dos piores
momentos da pandemia, cumprimento os senadores por
se juntarem à nossa luta em defesa da vida do povo
brasileiro! #CPIJA”, comemorou.
Fonte: Portal Vermelho
13/04/2021 -
Indústrias estão contratando trabalhadores
intermitentes
A reforma trabalhista que foi realizada durante o
governo do presidente Michel Temer e que trouxe
mudanças significativas nas relações trabalhistas,
que enfraqueceram os trabalhadores, criou a
categoria do trabalho intermitente, no qual o
trabalhador é contratado para trabalhar algumas
horas.
Em reportagem do jornal o Estado de São Paulo, feito
pelo jornalista Eduardo Rodrigues, relata estudo
feito com 523 empresas do setor industrial feito
pela Confederação Nacional da Indústria.
O resultado mostrou que 15% das empresas pesquisadas
contrataram entre 1 a 10 trabalhadores como
intermitentes. O mais impressionante é que 45%
destas empresas disseram que aumentaram a
contratação nesse formato e já estão planejando
contratar mais pessoas nessa nova modalidade.
Para a CNI, as empresas não estão trocando as
pessoas, mas complementando o quadro de funcionários
com intermitentes para necessidades específicas.
A gerente-executiva de Relações do Trabalho da CNI,
Sylvia Lorena, o regime intermitente ajuda as
empresas a ter um planejamento das indústrias diante
de um cenário de incertezas que ocorre desde o ano
passado por causa da pandemia.
“Quando se fala no regime intermitente lembramos de
profissionais que trabalham com eventos, nos garçons
que atuam nos finais de semana. Mas na indústria são
profissionais no chão da fábrica que atendem a
algumas demandas que não são contínuas, como a
manutenção de equipamentos ou a operação de uma
máquina específica – como um robô. Esse profissional
mais qualificado pode atender inclusive mais de uma
fábrica no regime intermitente”, destaca a
especialista.
O trabalho intermitente ainda é objeto de muita
discussão, pois pode criar dificuldades para muitos
trabalhadores que teriam que trabalhar e em locais
diferentes para conseguir uma renda maior.
Veja a reportagem completa aqui.
Fonte: Mundo Sindical
13/04/2021 -
Ministra do STF suspende decretos que ampliaram
acesso a armas
Decisão ainda será julgada definitivamente pelo
plenário
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa
Weber decidiu nesta segunda-feira (12) suspender
parte dos decretos baixados pelo presidente Jair
Bolsonaro com objetivo de desburocratizar e ampliar
o acesso a armas de fogo e munições no país.
A decisão foi motivada por uma ação direta de
inconstitucionalidade protocolada pelo PSB em
fevereiro deste ano, mês em que os decretos foram
editados. A decisão individual da ministra está
valendo, mas ainda será julgada definitivamente pelo
plenário da Corte.
Os quatro decretos foram publicados em edição extra
do Diário Oficial da União no dia 12 de fevereiro e
trouxeram novas regras para o Estatuto do
Desarmamento (Lei 10.823/2003).
Fonte: Agência Brasil
13/04/2021 -
Sindicato de servidores da UFRJ relata ameaça de
invasão de apoiadores de Bolsonaro
De acordo com a entidade, mensagens recebidas via
telefone acusam o movimento sindical de “atrapalhar
o Brasil"
Uma série de ameaças de pessoas que se identificam
como apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) têm sido registradas pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (Sintufrj) desde o último domingo
(11).
De acordo com o sindicato, as mensagens recebidas,
via telefone da entidade, acusam o movimento
sindical de “atrapalhar o Brasil” e prometem
“invadir e depredar” a sua sede.
As ações podem ser respostas às denúncias feitas
pelo Sintufrj na última sexta-feira (9), e
divulgadas nas redes sociais, contra a postura
assumida pelo governo federal durante a pandemia da
covid-19.
A atuação do Executivo se tornou tema de
investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Covid-19 na última semana. A CPI foi
formada após diversas manifestações nos últimos
meses, entre elas, uma representação enviada pela
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) à Procuradoria
Geral da República (PGR) pedindo a responsabilização
criminal de Bolsonaro pelas ações durante a
pandemia.
“A intenção dos apoiadores do governo é intimidar o
Sintufrj e tentar impedir novas ações de denúncia
contra Bolsonaro. Afirmamos em alto e bom som: não
vão nos calar! Nos últimos dias, chegamos à marca de
três pessoas mortas por minuto. Ultrapassamos as 350
mil vítimas fatais da pandemia. Nada pode ser maior
do que combater essa tragédia e seus responsáveis.
Nosso compromisso é com a defesa da vida e da
democracia”, disse o sindicato em nota.
Fonte: Brasil de Fato
13/04/2021 -
Nunes Marques será relator de ação de Kajuru que
pede impeachment de Alexandre de Moraes
A ação foi apresentada pelo senador na última
sexta-feira. O senador havia pedido que a relatoria
fosse de Barroso, que determinação a instalação da
CPI da Covid. A Secretaria Judiciária do Supremo,
porém, fez distribuição aleatória
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio
Nunes Marques foi escolhido nesta segunda-feira (12)
relator de ação apresentada pelo senador Jorge
Kajuru (Cidadania-GO) que pede o impeachment do
também ministro do STF Alexandre de Moraes.
Kajuru havia pedido que a ação fosse encaminhada ao
ministro Luís Roberto Barroso, que determinou que o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
instalasse a CPI da Covid.
A Secretaria Judiciária do Supremo, no entanto,
entendeu que o impeachment de Moraes não guarda
relação com a CPI. Desta forma, a escolha da
relatoria foi feita aleatoriamente.
A ação foi apresentada por Kajuru na última
sexta-feira (9) como uma "provocação", segundo o
próprio parlamentar. Em conversa gravada com
Bolsonaro, porém, o senador disse defender o
impeachment de Moraes.
Fonte: Brasil247
13/04/2021 -
Flávio Bolsonaro representa contra Kajuru no
Conselho de Ética: "conduta imoral, baixa e
antiética"
O senador Kajuru gravou e divulgou uma conversa
que teve com Jair Bolsonaro por telefone. Segundo
ele, Bolsonaro sabia da divulgação
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
apresentou ao Conselho de Ética do Senado Federal
nesta segunda-feira (12) uma representação contra o
senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) após o
parlamentar ter gravado e vazado áudio de uma
conversa com Jair Bolsonaro por telefone.
"Além de infringir preceito constitucional básico do
sigilo das comunicações e de jogar ainda mais
desconfiança entre os poderes, causa mais
instabilidade institucional, tendo em vista que
recentemente o ministro Barroso deu decisão
monocrática impondo ao Senado instauração de CPI que
investiga apenas o presidente da República,
ignorando a responsabilidade de governadores e
prefeitos", concluiu Flávio.
Fonte: Brasil247
13/04/2021 -
Sindicatos, partidos e entidades assistenciais têm
imunidade de IOF, diz STF
A imunidade tributária prevista pela Constituição a
pessoas jurídicas como sindicatos, partidos
políticos e instituições de educação e assistência
social sem fins lucrativos abrange o imposto sobre
operações financeiras (IOF). Essa é a tese aprovado
pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, em
julgamento virtual que se encerra nesta
segunda-feira (12/4). A decisão foi unânime. A Corte
havia reconhecido a existência de repercussão geral
da questão constitucional suscitada (Tema 328).
O recurso extraordinário foi proposto pela União
contra acórdão do TRF-3. A decisão de segundo grau
entendeu que um sindicato laboral não deveria
recolher IOF, justamente porque a imunidade
contempla também esse tributo. Para a União, no
entanto, a imunidade só se aplica a patrimônio,
renda e serviços, e desde que estejam todos
relacionados com as finalidades essenciais das
entidades (artigo 150, parágrafo 4º da
Constituição). Assim, não deve haver imunidade
quanto ao IOF, já que ele incidiria sobre produção e
circulação.
No entanto, para a relatora do recurso, ministra
Rosa Weber, não se pode conferir aos vocábulos
"patrimônio" e "renda" interpretação demasiado
restritiva, que exponha à tributação as
movimentações patrimoniais (financeiras) e a renda
obtida com operações financeiras. "O chamado IOF é o
imposto previsto no artigo 153, V, da Constituição,
incidindo sobre 'operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários'. Embora, juridicamente, a tributação
incida sobre essas operações, acaba por, de fato,
alcançar o patrimônio ou a renda dos respectivos
contribuintes", afirmou.
A ministra também avaliou se, no caso concreto, as
operações tributadas estão vinculadas às finalidades
essenciais do sindicato. No caso, eram aplicações de
curto prazo feitas no Banco do Brasil para proteger
o patrimônio da entidade dos efeitos da inflação, no
início dos anos 1990. "É indubitável a vinculação
das operações tributadas às finalidades essenciais
do ente imune, pois, inexistentes as aplicações, os
recursos financeiros da entidade virtualmente
desapareceriam em pouquíssimo tempo", disse a
ministra.
Rosa Weber lembrou também que a imunidade
constitucional a essas pessoas jurídicas tem uma
finalidade geral, "de proteger direitos individuais
dos cidadãos frente ao poder lesivo da tributação, e
distintas finalidades específicas, cada uma delas
relacionada à área de atuação da entidade imune".
Em seu voto-vogal, o ministro Gilmar Mendes
acrescentou que existe jurisprudência pacífica do
STF "no sentido de que a imunidade tratada no artigo
150, VI, "c", da Constituição Federal alcança todos
os impostos, independentemente da classificação
econômica que lhes tenha sido dada pelo Código
Tributário Nacional".
O ministro Alexandre de Moraes também acompanhou a
relatora, mas com ressalvas. Ao negar provimento ao
recurso, ele lembrou a súmula 279 da Corte, segundo
a qual "para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário", por considerar que, no caso
concreto, "o acervo probatório constante dos autos é
insuficiente para elidir a regra imunizante benéfica
à parte recorrida". RE 611.510
Fonte: Consultor Jurídico
13/04/2021 -
Cidadania decide pedir a Kajuru que saia do partido,
caso contrário será expulso
Após repercussão das gravações divulgadas por ele
de conversas com Bolsonaro, a situação do senador no
partido ficou insustentável
Depois da repercussão da divulgação dos áudios de
conversa com Jair Bolsonaro, a situação do senador
Jorge Kajuru ficou insustentável dentro do
Cidadania.
A executiva do partido se reuniu, virtualmente,
nesta segunda-feira (12), e tomou uma decisão
unânime: vai pedir que Kajuru saia do Cidadania.
Caso isso não ocorra, será aberto um processo de
expulsão, de acordo com informações da coluna de
Lauro Jardim, em O Globo.
Um dos integrantes da executiva, presente ao
encontro, disse que Kajuru já havia provocado outros
problemas, mas que, de alguma maneira, eram
contornáveis. “O desgaste que ele traz ao partido
não compensa tê-lo em nossos quadros”, disse o
dirigente à coluna.
Fonte: RevistaForum
13/04/2021 -
Projeto cria socorro financeiro para trabalhador
informal na pandemia
Medida prevê ajuda mensal igual à metade do
salário mínimo
O Projeto de Lei 732/20 cria o Fundo Nacional de
Emergência em Defesa do Trabalho e Renda, a fim de
mitigar efeitos econômicos da pandemia do novo
coronavírus no caso dos trabalhadores informais ou
em vulnerabilidade social.
A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados foi
apresentada antes de o Congresso Nacional
reconhecer, por meio de decreto legislativo cuja
vigência expirou em 2020, emergência de saúde
pública de importância internacional.
Segundo o autor, deputado Helder Salomão (PT-ES), na
época a ideia era destinar uma ajuda mensal de 1/2
salário mínimo. Pelo texto, o fundo seria
constituído por meio de repasse do Tesouro Nacional
no valor de R$ 75 bilhões.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e
Família; de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
12/04/2021 -
Centrais defendem ‘imediata instalação’ da CPI da
Covid
Entidades exigem investigação sobre as
responsabilidades do governo federal na condução do
combate à pandemia de covid-19
Seis centrais sindicais manifestaram em nota,
divulgada neste sábado (10), apoio à decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar a
instalação da CPI da Covid no Senado. As entidades
exigem a investigação a respeito da condução no
combate à pandemia de covid-19 por parte do governo
federal.
“Há responsabilidades do governo federal a serem
apuradas com as quase 350 mil mortes que o país
tragicamente acumula, situação que confere ao Brasil
a vergonhosa denúncia internacional de péssima
condução no enfrentamento da crise sanitária”, diz o
texto assinado pelos presidentes das centrais.
Na quinta-feira (8), o ministro do STF Luís Roberto
Barroso concedeu liminar, atendendo a mandado de
segurança impetrado pelos pelos senadores Alessandro
Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO),
obrigando o Senado a adotar as providências
necessárias para a instalação da chamada CPI da
Covid, a fim de apurar eventuais omissões do governo
Bolsonaro no enfrentamento à pandemia.
O pedido de abertura foi assinado por 32 senadores,
cinco a mais que o necessário, em fevereiro. Mas o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
alinhado ao governo, não instalou a comissão,
alegando que “não é o momento adequado”. Na
sexta-feira (9), Bolsonaro disse que a decisão de
Barroso era “politicalha”.
“Manifestamos nossa solidariedade ao Supremo
Tribunal Federal e ao Ministro Luís Roberto Barroso
que determinou a instalação da CPI da Covid.
Destacamos que as regras previstas na Constituição e
os requisitos necessários foram cumpridos pelos
Senadores que protocolaram o pedido”, pontua a nota
das centrais.
Confira a íntegra do texto abaixo.
Centrais Sindicais apoiam decisão do STF para
a instalação da CPI
As Centrais Sindicais, CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
NCST e CSB defendem a imediata instalação da CPI da
Covid para investigar as responsabilidades do
governo do presidente Jair Bolsonaro na intencional
ausência de coordenação nacional para o
enfrentamento da pandemia, na orientação contrária à
ciência e à saúde para o isolamento social, o uso de
máscaras e a não aglomeração, a inexistente
aplicação em massa de testes e procedimentos de
tratamento dos infectados, no atraso na compra e
produção de vacinas, na falta de equipamentos e
medicamentos e nos outros inúmeros fatos que essa
CPI certamente levantará.
Há responsabilidades do governo federal a serem
apuradas com as quase 350 mil mortes que o país
tragicamente acumula, situação que confere ao Brasil
a vergonhosa denúncia internacional de péssima
condução no enfrentamento da crise sanitária.
Manifestamos nossa solidariedade ao Supremo Tribunal
Federal e ao Ministro Luís Roberto Barroso que
determinou a instalação da CPI da Covid. Destacamos
que as regras previstas na Constituição e os
requisitos necessários foram cumpridos pelos
Senadores que protocolaram o pedido.
Repudiamos os ataques que o STF e seus membros
receberam por parte do Presidente da República, pois
este vem, continuamente, demonstrando desprezo pelas
instituições, pela democracia e pelas pessoas,
evidenciando sua incapacidade para ocupar o cargo.
As instituições do Estado Democrático de Direito
devem ser protegidas e fortalecidas para que cumpram
sua missão constitucional, garantir a liberdade, os
direitos, o respeito e o bem estar todos os
cidadãos.
Exigimos, com urgência, a implementação das medidas
para estancar o contágio, as mortes, o colapso do
sistema de saúde e todas as demais mazelas que essa
tragédia sanitária promove. Por isso, apoiamos as
medidas e esforços de governadores, prefeitos e
gestores públicos para defender a vida, a renda, os
empregos e a nossa democracia.
Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de
Trabalhadores
Antônio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos
Brasileiros
Fonte: Rede Brasil Atual
12/04/2021 -
Fux antecipa pauta, e STF julgará CPI da Covid na
quarta-feira
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz
Fux, pautou para a próxima quarta-feira (14) o
julgamento do Mandado de Segurança 37.760, que
obriga o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
a instalar a CPI da Covid. No julgamento, os 10
ministros devem decidir, na sessão presencial, se
concordam com a decisão de obrigar a abertura,
determinada por Luís Roberto Barroso na quinta-feira
(8).
A decisão de Luiz Fux adianta em ao menos dois dias
a decisão sobre a questão. Ao decidir
monocraticamente pela abertura, Barroso pediu que o
caso fosse imediatamente pautado no Plenário Virtual
da Casa. Com isso, a previsão original é que o
julgamento começasse apenas na sexta-feira (16), se
estendendo até a sexta-feira seguinte (23).
No julgamento, os ministros irão se manifestar sobre
um mandado de Segurança apresentado pelos senadores
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Os dois deputados entendem que, por a CPI já contar
com 32 assinaturas – cinco a mais que o necessário
para a abertura da comissão – o presidente do Senado
não poderia mais postergar o início dos trabalhos.
A abertura da CPI da Covid pode representar um
desgaste político para o presidente Jair Bolsonaro,
que é criticado por parte do Legislativo pela sua
conduta da pandemia. Desde que Barroso tomou sua
decisão na quinta-feira, Bolsonaro já criticou a
decisão em dois momentos distintos, sendo inclusive
criticado por juízes federais e por governadores do
Nordeste.
Fonte: Congresso em Foco
12/04/2021 -
Mais de 70% das indústrias têm dificuldades em
conseguir matéria-prima
É o que revela pesquisa feita pela CNI
A escassez de insumos e matérias-primas nacionais
para a produção atingiu 73% das empresas da
indústria geral (extrativa e de transformação) e 72%
da indústria da construção em fevereiro. Os números
foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) dentro de
uma pesquisa feita com 1.782 empresas.
Os percentuais são próximos aos da sondagem
anterior, realizada em novembro de 2020, de 75% e
72%, respectivamente, fazendo com que as
expectativas anteriores dos empresários, de que a
normalização das cadeias produtivas nacionais se
desse no primeiro semestre de 2021, fossem
postergadas. Enquanto 37% acreditam que a situação
se normalize até o fim de junho, 42% creem que isto
acontecerá no segundo semestre e 14%, somente em
2022. Cerca de 6% esperavam que a normalização
ocorresse ainda em março.
Além da escassez de insumos nacionais, as empresas
também estão enfrentando dificuldades em conseguir
matérias-primas importadas, independente de pagarem
mais caro pelos produtos. Nas empresas da indústria
geral que precisam importar, em fevereiro 65%
estavam com essa barreira, patamar que chegou a 79%
na indústria da construção.
Segundo a CNI, as dificuldades atuais ainda são
resultado das incertezas que a economia atravessou
durante a primeira onda da pandemia de covid-19 em
2020, quando muitas empresas cancelaram a compra de
insumos. “A rápida retomada da economia no segundo
semestre de 2020 não pode ser acompanhada no mesmo
ritmo por todas as empresas, o que gerou
dificuldades nos diversos elos da cadeia”, explicou
a entidade.
Dólar alto prejudica importações
A desvalorização do real frente ao dólar, de acordo
com a CNI, além de elevar o custo das importações,
também fez com que as exportações de insumos
brasileiros se tornassem mais atrativas, levando
fornecedores nacionais a redirecionar para o mercado
internacional parte do que era comercializado aqui.
Com a escassez de insumos, várias empresas também
declararam na pesquisa dificuldade para atender
clientes. Na indústria da construção, o problema
atinge 30% delas, enquanto na indústria geral
aumenta para 45%. No setor de informática,
eletrônicos e ópticos, a falta de insumos alcançou
69% das empresas em fevereiro.
Ainda segundo a pesquisa da CNI, entre os setores
com maior dificuldade para atender às demandas dos
clientes estão: metalurgia, veículos automotores,
máquinas e equipamentos, móveis, têxteis, celulose e
papel, madeira, máquinas e materiais elétricos,
produtos de metal e material plástico.
Fonte: Agência Brasil
12/04/2021 -
Senador Kajuru grava conversa com Bolsonaro e revela
que ele quer derrubar ministros do STF
"A gente tem que fazer do limão uma limonada",
disse Bolsonaro. "Por enquanto é o limão que está
aí. Tem que tensionar o Supremo para botar em pauta
o impeachment dos ministros"
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) gravou uma
conversa bombástica que teve na noite de ontem com
Jair Bolsonaro. Nela, Bolsonaro fala em fazer do
limão da CPI uma limonada, pautando o impeachment de
ministros do Supremo Tribunal Federal. "Senador
Kajuru, que assinou pedido ao STF pela instalação da
CPI da Covid, gravou sua conversa com Jair
Bolsonaro. O presidente diz: 'Você tem que mudar o
objetivo da CPI, tem que ser ampla. Aí você faz um
excelente trabalho pelo Brasil'", postou a
jornalista Malu Gaspar, em seu twitter. Ela postou
ainda um resumo da conversa.
"Se não mudar, a CPI vai simplesmente ouvir o
Pazuello, vai ouvir gente nossa, para fazer um
relatório sacana", disse ainda Bolsonaro. Kajuru
responde: "Não, aí não, isso aí eu não faço nunca
não, presidente, pela minha mãe".
O presidente insiste: "A gente tem que fazer do
limão uma limonada ... Por enquanto é o limão que
está aí. Tem que tensionar o Supremo para botar em
pauta o impeachment dos ministros."
Kajuru se justifica: "E o que eu fiz? O senhor não
viu o que eu fiz não?" Ele explica que pediu o
impeachment do ministro Alexandre de Moraes, e apela
a Bolsonaro: "Mas eu só queria que o senhor desse
crédito a mim nesse ponto". Kajuru também revelou o
diálogo em seu canal no Youtube.
Fonte: Brasil247
12/04/2021 -
Salário mínimo deveria ser de R$ 5 mil, aponta
Dieese
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos) divulgou nesta quinta (8)
o resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos referente ao mês de março. Os dados
apontam que o Salário Mínimo no Brasil deveria ser
equivalente a R$ 5.315,74.
No estudo, o Dieese mostra leve redução do custo
médio da cesta básica de alimentos em 12 das 17
capitais pesquisadas, ao tempo que outras cinco
tiveram elevação no preço.
A cesta mais cara foi registrada em Florianópolis
(R$ 632,75), seguida pela de São Paulo (R$ 626,00),
Porto Alegre (R$ 623,37) e Rio de Janeiro (R$
612,56). O menor custo foi percebido em Salvador (R$
461,28).
O Dieese calcula o valor da cesta básica com
alimentos suficientes para sustentar uma família de
quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.
A partir daí, o resultado mostra que o salário
mínimo deveria ter sido equivalente a R$ 5.315,74.
Ou seja, 4,83 vezes o vigente de R$ 1.100,00.
Mais – Clique
aqui e acesse a pesquisa completa.
Fonte: Agência Sindical
12/04/2021 -
Samarco, responsável por tragédia de Mariana, pede
recuperação judicial
A mineradora Samarco, empresa responsável pelo
colapso da barragem de Fundão, em Mariana, ingressou
com um pedido de Recuperação Judicial (RJ) ao
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A
mineradora, uma associação da mineradora australiana
BHP Billiton e a brasileira Vale, apresentou o
pedido para reestruturar dívidas e, assim, evitar a
falência.
Em um comunicado nesta sexta-feira (9), a empresa
alegou que já buscou renegociar dívidas com
credores, mas que "diante de demandas inviáveis
impostas por eles, não foi possível chegar a um bom
termo das negociações". A estratégia do RJ veio após
as primeiras ações destes credores, cobrando valores
devidos pela mineradora.
A situação financeira da Samarco vem se deteriorando
desde novembro de 2015 – quando a barragem de
Fundão, no município mineiro de Mariana, se rompeu.
Uma montanha de lama, superior a 15 metros de altura
e com 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de
mineração, destruiu o vilarejo histórico de Bento
Rodrigues e cidades próximas.
Dias depois, os rejeitos alcançaram a bacia do Rio
Doce, que até hoje passa por um processo de
recuperação. Dezenove pessoas morreram, e uma
desaparecida jamais foi encontrada. A Vale, que
detém 50% das ações da Samarco, também é a
responsável pelo colapso da barragem de Feijão, em
Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019. Na ocasião,
259 pessoas morreram, e 11 continuam desaparecidas.
A empresa ficou com as operações reduzidas desde
então, mas ainda buscava pagar suas despesas. "Até
agosto de 2016, a Samarco buscou honrar seus
compromissos e realizou pagamentos regulares aos
credores", afirma a empresa no comunicado. As
negociações com credores começaram em novembro de
2018, e chegaram agora à recuperação judicial.
Fonte: Congresso em Foco
09/04/2021 -
Brasil bate novo recorde e registra 4.249 mortes por
Covid-19 nas últimas 24 horas
Já são 345.025 óbitos no Brasil em decorrência da
Covid-19 e mais de 13 milhões de casos.
Pesquisadores apontam que o país pode chegar a ter
cinco mil mortes por dia
O Brasil segue vendo a situação da pandemia piorar
cada vez mais em seu território. Nas últimas 24
horas, foram registradas 4.249 mortes por Covid-19,
o que significa um novo recorde de mortes diárias
pela doença no país.
Pesquisadores apontam que o Brasil pode ainda chegar
a ter cinco mil mortes por dia por causa da Covid-19.
Ainda de acordo com os dados divulgados pelo
Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass)
nesta quinta-feira (8), o país totaliza 345.025
óbitos em decorrência do coronavírus.
Foram contabilizados desde o início da pandemia
13.279. 857 casos de Covid-19 entre os brasileiros.
Fonte: Brasil247
09/04/2021 -
CPI da Covid: Barroso manda Senado apurar conduta de
Bolsonaro na pandemia
Ministro do STF afirma que os três requisitos
previstos na Constituição para a instalação das
investigações foram preenchidos. Ele também mandou o
tema para o plenário avaliar
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), concedeu liminar nesta quinta-feira
(8) obrigando o Senado a adotar providências
necessárias para a instalação da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de apurar
eventuais omissões do governo de Jair Bolsonaro no
enfrentamento da pandemia provocada pelo novo
coranavíris, a chamada CPI da Covid.
O pedido de abertura da CPI da Covid foi assinado
por 32 senadores, cinco a mais que o necessário, em
fevereiro. Porém, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG), alinhado com a posição do governo
federal, não o fez. Oficialmente, o parlamentar vem
alegando que “não é o momento adequado”. A liminar
concedida por Barroso atende a mandado de segurança
apresentado no mês passado pelos senadores
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Critérios preenchidos
Na decisão, o ministro Barroso destacou que a
Constituição estabelece que as CPIs devem ser
instaladas sempre que três requisitos forem
preenchidos: assinatura de um terço dos integrantes
da Casa, indicação de fato determinado a ser
apurado, e definição de prazo certo para duração.
Portanto, não cabe possibilidade de omissão ou
análise de conveniência política. Conforme o
ministro, há diversos precedentes da Suprema Corte
neste sentido.
Ainda segundo Barroso, não se pode negar o direito à
instalação da comissão em caso de cumpridas as
exigências sob pena de se ferir o direito da minoria
parlamentar. “Trata-se de garantia que decorre da
cláusula do Estado Democrático de Direito e que
viabiliza às minorias parlamentares o exercício da
oposição democrática. Tanto é assim que o quórum é
de um terço dos membros da Casa Legislativa, e não
de maioria. Por esse motivo, a sua efetividade não
pode estar condicionada à vontade parlamentar
predominante.”
Decisão correta
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da
Oposição na Câmara dos Deputados, comentou: “a
decisão do Ministro Barroso é corretíssima,
determinando a instalação de uma CPI que atendeu a
todas as exigências constitucionais. CPI é direito
de minoria, independente (sic) da opinião da maioria
ou da presidência sobre sua conveniência. Além de
tudo isso, ela servirá para evitar que quem cometeu
crimes fique impune e para mudar o comportamento do
governo federal, pelo receio das consequências.”
“Que vergonha para o Congresso Nacional ser
determinado pelo Supremo Tribunal Federal a cumprir
suas obrigações! Evidencia a conivência de seus
dirigentes que se mancham com o sangue das mortes no
Brasil. Se logo não abrirem o impeachment serão
humilhados novamente!”, postou a deputada Gleisi
Hoffmann (PT-PR).
Além de conceder a liminar, Barroso liberou o tema
para julgamento do colegiado imediatamente no
plenário. O ministro justificou a decisão
monocrática alegando que tinha a intenção de
submetê-la a plenário na data de hoje, dada a
urgência em razão do agravamento da crise sanitária.
“Mas, infelizmente, a relevância e a extensão do
julgamento relativo ao decreto restritivo de cultos
religiosos durante a pandemia impediram que o
fizesse”, justificou.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/04/2021 -
Mourão defende teto de gastos e nova reforma da
Previdência
Vice-presidente participou de evento com
investidores
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta
quinta-feira (8) a manutenção do teto federal de
gastos. Em evento com investidores, ele disse que a
“era do dinheiro fácil acabou” e defendeu uma nova
reforma da Previdência.
“Uma coisa é clara: temos que operar dentro do
limite da âncora que temos hoje que é a questão do
teto de gastos”, afirmou. “Não podemos fugir da
âncora fiscal, senão o país quebra e, se o país
quebrar, vamos ficar igual ao nosso vizinho do sul,
igual à Argentina, eterno mendigo”, disse o
vice-presidente, comparando a situação do Brasil com
o país sul-americano.
Durante a apresentação, Mourão defendeu a
continuidade das reformas e disse ser necessária uma
nova reforma da Previdência em breve, porque as
economias com a reforma de dois anos atrás foram
gastas com a pandemia de covid-19.
“O pilar das contas públicas, iniciamos com a
questão da nova Previdência, mas acho que ninguém aí
tem dúvida que nós vamos ter que fazer uma nova
reforma da Previdência, porque aquele ganho que foi
feito com a reforma de 2019 foi gasto no ano passado
para poder enfrentar a questão da pandemia”, disse.
Fonte: Agência Brasil
09/04/2021 -
Senadores discordam sobre liberação de compra de
vacinas pelo setor privado
A liberação da compra de vacinas contra a covid-19
pelo setor privado gera polêmica entre senadores. O
projeto (PL 948/2021), aprovado quarta (7) pela
Câmara dos Deputados, define que 50% das doses
adquiridas por empresas particulares poderão ser
usadas para imunizar “empregados, cooperados,
associados e outros trabalhadores que lhe prestem
serviços”. O projeto deve ser analisado em breve
pelo Senado.
Fonte: Agência Senado
09/04/2021 -
Lula em resposta a FHC: “Quer que eu passe o bastão,
corra mais do que eu”
FHC disse nesta semana que preferia uma terceira
opção a Lula e Bolsonaro. Ele disse ainda que Lula
deveria “passar o bastão”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu,
em entrevista exclusiva ao DCM TV, a provocações do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) e
do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), que querem que
ele desista da corrida presidencial em 2022.
FHC disse nesta semana que preferia uma terceira
opção a Lula e Bolsonaro. Ele disse ainda que Lula
deveria “passar o bastão”.
Já Ciro pediu que Lula tenha a “generosidade” de não
disputar a eleição em 2022 para formar uma aliança
contra Jair Bolsonaro.
A resposta do ex-presidente foi curta e grossa:
“Quem não quiser que o PT tenha [candidato], ou dá
um golpe como eles deram ou cresça, se organizem.
Qualquer um pode ser maior que o PT. Quer que eu
passe o bastão, corra mais do que eu. Mas tudo isso
já faz parte do humor da política brasileira”.
Com informações do DCM
Fonte: RevistaForum
09/04/2021 -
Paim defende volta da política de valorização do
salário mínimo
Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador
Paulo Paim (PT-RS) defendeu a volta da política de
valorização do salário mínimo. Ele argumenta que
essa medida, além de servir de estímulo à atividade
econômica, pode auxiliar a população mais pobre a
enfrentar o aumento do custo de vida.
— Em 12 meses, o arroz subiu 70%; o feijão, 50%; a
cebola, 69%. O bujão de gás ultrapassou R$ 100, o
leite subiu 27%, as frutas aumentaram 26%, a carne
aumentou mais de 20% e o tomate, 53% — afirmou.
O parlamentar também mencionou os aumentos dos
preços do diesel, da gasolina, da energia elétrica,
dos remédios, do aluguel e das roupas. Segundo ele,
a cesta básica já toma 60% do salário mínimo, a pior
proporção nos últimos 15 anos. Paim lembrou que a
inflação de 2020 foi mais do que o dobro da
registrada em 2019, tendência que, na sua opinião,
se mantém no ano atual.
Após destacar que os pobres são os que mais sofrem e
que o novo auxílio emergencial tem um valor muito
baixo, Paim destacou que a classe média também está
sentindo no bolso a desorganização da economia
brasileira. Para ele, o país é hoje uma "nave sem
rumo".
O senador também reiterou que é necessário ampliar a
campanha de vacinação contra a covid-19 por meio da
quebra temporária de patentes dos imunizantes.
Tramita no Senado um projeto de lei, de sua autoria,
com esse objetivo: o PL 12/2021. Esse projeto estava
na pauta de votações do Senado na quarta-feira (7),
mas teve sua votação adiada.
Fonte: Agência Senado
09/04/2021 -
Entidades de trabalhadores pedem ao Supremo lockdown
nacional
Uma arguição de descumprimento de preceito
fundamental foi ajuizada por 18 entidades
representativas de trabalhadores que apontam
violação do direito à saúde e à vida na condução das
políticas públicas do país para enfrentamento da
crise de Covid-19.
As entidades pedem a determinação liminar de ações
como o lockdown nacional e o toque de recolher. Elas
citam a ocupação de leitos de UTI superior a 90% e
os recordes diários de óbitos.
"Na busca da contenção da pandemia, governos
estaduais e municipais têm promovido indispensáveis
medidas restritivas, as quais, contudo, são
criticadas ou colocadas em dúvida sobre sua eficácia
pelas autoridades federais", apontam.
Os autores também pedem a proibição de shows,
congressos, atividades religiosas e esportivas e
aulas presenciais, o fechamento de bares e praias, a
adoção de trabalho remoto sempre que possível, a
suspensão dos voos e do transporte interestadual, a
redução da superlotação do transporte coletivo e a
ampliação e acompanhamento da testagem. Com
informações da assessoria do STF.
ADPF 822
Fonte: Consultor Jurídico
09/04/2021 -
STF decide que estados e municípios podem proibir
cultos durante a pandemia
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta
quinta-feira (8), que estados e municípios podem
proibir o funcionamento presencial de templos e
igrejas durante a pandemia de covid-19. Nove
ministros votaram a favor da autonomia dos prefeitos
e governadores e somente os ministros Kássio Nunes
Marques e Dias Toffoli divergiram.
A decisão foi tomada na Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 811, movida pelo PSD
contra um decreto assinado pelo governador de São
Paulo, João Doria (PSDB), com medidas mais duras de
combate ao coronavírus. Entre elas, estaria a
proibição de cultos presenciais em igrejas e templos
e qualquer natureza.
O julgamento foi marcado após o ministro Nunes
Marques decidir, de forma liminar, que estados e
municípios não poderiam impor restrições ao
funcionamento de templos e igrejas. A decisão
monocrática foi tomada a partir de pedido da
Associação Nacional dos Juristas Evangélicos e gerou
críticas de parlamentares e prefeitos. O prefeito de
Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil, chegou a dizer
que não respeitaria a decisão do ministro e
manterias as restrições na capital mineira.
Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski,
Carmen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Luís Roberto
Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes votaram
com o relator, Gilmar Mendes, que entendeu que
prefeitos e governadores podem, sim, impor
restrições a atividades religiosas presenciais.
Fonte: Congresso em Foco
09/04/2021 -
Produção industrial recua em dez locais em
fevereiro, diz IBGE
Região Nordeste teve uma perda de 2,6% no período
A produção industrial recuou em dez dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de janeiro para
fevereiro deste ano. As maiores quedas foram
observadas no Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%) e Bahia
(-5,8%), de acordo com os dados divulgados nesta
quinta-feira (8).
Também apresentaram recuos na produção os estados do
Paraná (-2,5%), Santa Catarina (-1,5%), São Paulo
(-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pernambuco
(-1,1%) e Amazonas (-0,9%). A Região Nordeste, única
que é analisada em seu conjunto, teve uma perda de
2,6% no período.
Por outro lado, cinco estados tiveram alta: Mato
Grosso (7,3%), Espírito Santo (4,6%), Goiás (2%),
Rio de Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (0,5%).
Na comparação com fevereiro de 2020, também foram
observadas quedas em dez dos 15 locais, com destaque
para Bahia (-20,9%), Pará (-11,4%) e Espírito Santo
(-10,1%). Cinco locais tiveram alta, sendo a maior
delas registrada em Santa Catarina (8,1%) e Rio
Grande do Sul (7,9%).
No acumulado do ano, oito dos 15 locais tivera alta,
sendo as mais acentuadas nos estados de Santa
Catarina (9,5%) e Rio Grande do Sul (8,4%). Entre os
sete locais com queda, a maior foi observada na
Bahia (-18%).
Já no acumulado de 12 meses, 13 locais tiveram
perdas em sua produção, com destaque para o Espírito
Santo (-14,1%). Dois estados tiveram resultados
positivos: Pernambuco (3%) e Pará (0,1%).
Fonte: Agência Brasil
09/04/2021 -
Dieese: custo da cesta básica cai em 12 capitais em
março
A maior queda foi em Salvador (3,74%), onde o
custo ficou em R$ 461,28
Em março, o custo da cesta básica caiu em 12 das 17
capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada
mensalmente pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores reduções foram observadas em Salvador
(-3,74%), Belo Horizonte (-3,11%), Rio de Janeiro
(-2,74%) e São Paulo (-2,11%). Já a maior alta foi
observada em Aracaju (5,13%), seguida por Natal
(2,83%), Curitiba (0,77%), Belém (0,55%) e Campo
Grande (0,26%).
No mês passado, a capital que teve a cesta básica
mais cara do país foi Florianópolis. Nessa capital,
o custo médio dos produtos que compõem a cesta
básica foi estimado em R$ 632,75. A capital com a
cesta mais barata em março foi Salvador, com custo
médio estimado em R$ 461,28.
Com base no preço da cesta básica de Florianópolis,
a mais cara observada pela pesquisa, o Dieese
estimou que o salário mínimo necessário para suprir
as despesas de um trabalhador e da família dele com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência, seria de
R$ 5.315,74, o que corresponde a 4,83 vezes o valor
vigente, de R$ 1.100,00.
Fonte: Agência Brasil
08/04/2021 -
Após liberação do auxílio emergencial mais baixo,
centrais vão manter pressão por R$ 600
Mesmo depois que a nova rodada do auxílio
emergencial de R$ 150 a R$ 375 começou ser paga
(depositada), nesta terça-feira (6), as centrais
sindicais vão seguir na campanha pelos R$ 600. Quem
está no Bolsa Família vai receber o auxílio de
acordo com o último dígito do NIS (Número de
Identificação Social), a partir de 16 de abril.
O calendário de pagamento do auxílio segue o mês de
nascimento dos beneficiários. A primeira parcela
será paga ao longo de abril, até dia 30, quando
receberá quem nasceu em dezembro. No total, serão 4
parcelas.
CUT, Força Sindical, UGT, NCST Nova Central, CTB e
CSB escreveram carta aos parlamentares pedindo para
restabelecer as regras de 2020 até o fim da
pandemia.
Movimentar a economia e salvar as empresas
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros), defende que o aumento do
auxílio é urgente não só para proteger o trabalhador
da fome fazendo isolamento em casa, mas também para
movimentar a economia e salvar as empresas.
“Mais de 300 mil mortes, vacinas a conta-gotas, sem
o auxílio emergencial de R$ 600. Infelizmente, o
caos se aproxima rapidamente”, disse o presidente da
UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.
Ajuda pífia
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o
auxílio de R$ 150 a R$ 375 pode agravar o problema
sanitário. “Como não é suficiente para comprar a
comida, a pessoa pode querer usar o dinheiro para
comprar água ou outro produto, e revender no farol.
Piora o contágio do vírus, porque ela se expõe ainda
mais”, afirma Torres.
Segundo ele, depois de enviar a carta a Brasília, as
centrais vão procurar prefeitos e governadores para
pedir que eles ajudem a convencer os parlamentares
argumentando que o recurso impulsiona as economias
locais. “Estamos em guerra. Imprimir dinheiro neste
momento não vai matar o Brasil”, diz Torres.
A nova rodada do auxílio emergencial terá quatro
parcelas de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375. O governo
estima que o benefício será pago a 45,6 milhões de
famílias.
Ardil do governo
Circulam informações que o governo não vai permitir
que a MP 1.039 seja votada pelo Poder Legislativo
para que os congressistas não alterem o valor e o
prazo de pagamento do benefício.
A medida provisória tem prazo de validade de 120
dias. Tem duração de 60 dias e pode ser renovada
apenas uma vez por mais 60 dias.
Desse modo, a MP vai valer, se não for alterada pelo
Congresso, por apenas o prazo necessário de sua
eficácia. Por esta razão, o governo se comprometeu
em pagar apenas 4 parcelas. Fez de caso pensado. (Com
informações da Folhapress)
Fonte: Diap
08/04/2021 -
Bolsonaro envia projeto que permite retomar programa
de manutenção de emprego
O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso um
projeto para alterar a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e abrir caminho para a volta do
programa de manutenção do emprego e renda (BEm), que
permite a redução de salário e jornada dos
trabalhadores. O texto também destrava a concessão
de crédito para micro e pequena empresa (Pronampe) e
precisa ser apreciada em sessão do Congresso
Nacional.
Os parlamentares esperam receber, ainda nesta
semana, uma medida provisória reativando o programa
de manutenção de empregos que impediu, segundo
cálculos da equipe econômica, 11 milhões de
demissões entre março e dezembro de 2020. A proposta
enviada na noite desta terça-feira (6) permite que
não seja exigida compensação para gastos com
programas temporários.
O governo projeta para o BEm a destinação de R$ 10
bilhões. O valor ficará bem abaixo dos R$ 33,5
bilhões custeados pela União em 2020. O governo
compensou perdas sofridas pelos trabalhadores
atingidos pelos cortes.
A Secretaria-Geral da Presidência da República alega
que a mudança não afasta as regras da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), não extrapola o teto
de gastos e não modifica o orçamento, por não criar,
diretamente, despesa. A medida se faz necessária
este ano devido ao fim do estado de calamidade
pública em 31 de dezembro.
Fonte: Congresso em Foco
08/04/2021 -
Câmara aprova compra de vacinas por empresas. Texto
vai ao Senado
A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta
quarta-feira (7) o PL 948/2021, que permite à
iniciativa privada comprar vacinas contra a covid-19
sem o repasse de doses ao Sistema Único de Saúde
(SUS). O texto agora segue para o Senado Federal.
Nesta terça-feira (6) o texto-base da proposta já
tinha sido aprovado e a sessão foi encerrada ainda
com destaques - sugestões de mudanças no projeto - a
serem analisados, o que foi concluído nesta quarta.
Os deputados analisaram mas de uma dezena de
destaques. Nenhum deles, apresentados tanto pela
oposição quanto por partidos da base governista,
acabou acolhido pela Casa.
Os parlamentares rejeitaram emendas que poderiam
impedir que a empresa que adquira vacinas possa
deduzir o valor do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), ou então obrigar a vacinação privada
a ter início apenas após os grupos prioritários
terem sido vacinados pelo Plano Nacional de
Imunização.
A relatora da proposta, Celina Leão (PP-DF),
apresentou substitutivo prevendo que as compras
pelas empresas sejam feitas junto a laboratórios que
já venderam vacinas ao governo federal. A conclusão
do negócio só poderá ocorrer após o cumprimento
integral do contrato e da entrega dos imunizantes ao
Ministério da Saúde. O substitutivo prevê ainda que
as companhias que optarem por vacinar seus
funcionários terão de doar a mesma quantidade de
imunizantes ao SUS.
Fonte: Congresso em Foco
08/04/2021 -
Petrobras persegue dirigente sindical. Centrais
repudiam
A Petrobras promove atos antissindicais. Nesta
semana, a empresa aplicou punição disciplinar ao
coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros
(FUP), Deyvid Bacelar, que teve suspensão de 29
dias, mesmo exercendo legalmente seu mandato
sindical.
Diante dessa postura da estatal, as Centrais
Sindicais lançaram Nota conjunta nesta quarta (7)
repudiando o ato. De acordo com as entidades, essa
punição, além de grave, viola a Convenção 98 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além
disso, essa Convenção tem força constitucional no
Brasil.
Para os dirigentes das Centrais, a perseguição de
sindicalistas afronta também a Convenção 135 da OIT,
que dispõe sobre a proteção dos representantes de
trabalhadores.
NOTA – Leia abaixo a Nota assinada pelos
presidentes das Centrais Sindicais.
Centrais repudiam atos antissindicais e
perseguição na Petrobras
Toda solidariedade ao coordenador-geral da FUP,
Deyvid Bacelar
A atual gestão da Petrobras persegue os
trabalhadores e suas lideranças. A prática
antissindical tornou-se uma rotina no interior da
estatal, que vem sendo enfraquecida e esvaziada de
sua função pública.
No dia 5 de abril, a Petrobras, por meio da Gerência
Geral da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), aplicou
punição disciplinar ao coordenador-geral da FUP
(Federação Única dos Petroleiros), Deyvid Bacelar,
impondo suspensão arbitrária de 29 dias, mesmo
estando ele em exercício legal de seu mandato
sindical.
A punição de dirigente sindical grevista viola a
Convenção 98 da Organização Internacional do
Trabalho, que tem força constitucional no Brasil, e
que a OIT define como “direito humano fundamental”.
A perseguição de dirigentes sindicais, por greves,
afronta ainda a Convenção 135 da OIT, também
ratificada pelo Brasil, assim como viola a
jurisprudência do TST (Tribunal Superior do
Trabalho).
Na Bahia, a Gerência Geral da RLAM, vem praticando
reiterados atos antissindicais e de perseguição aos
petroleiros, com a demissão arbitrária de
trabalhador terceirizado, prática de abuso e assédio
moral.
É o caso recente, por exemplo, quando a gerência da
empresa chama a atenção de um trabalhador porque ele
estava usando uma máscara de proteção contra a Covid
19 confeccionada pelo Sindipetro Bahia. O
trabalhador tem o direito de usar a logomarca do seu
sindicato, onde também consta a frase “privatizar
faz mal ao Brasil”, utilizada há mais de 20 anos
pelo movimento petroleiro, inclusive nas
dependências da Petrobras. Antes da gestão
Bolsonaro, nenhum tipo de censura foi aplicada ao
uso da logomarca.
Não há na frase ou no uso da máscara por parte do
trabalhador nenhuma conotação político-partidária. O
trabalhador tem o direito de utilizar a máscara e de
emitir sua opinião, mesmo nas dependências da
Petrobras, assim como ostentar, com orgulho, a
logomarca do seu sindicato.
A liberdade de expressão, de opinião e crença são
direitos do cidadão, garantidos no Artigo 5 º da
Constituição Federal. O Sindipetro Bahia denunciou o
fato ao Ministério Público do Trabalho para
inquérito civil e conta com a solidariedade e o
apoio das Centrais Sindicais. A prática
antissindical, reflexo da intolerância das classes
dominantes com a classe trabalhadora, constitui
crime e deve ser punida.
Exigimos respeito ao direito de livre associação e à
liberdade sindical, o respeito aos Direitos Humanos
e às convenções da OIT, o fim do assédio, das
práticas e ações antissindicais e do autoritarismo
no interior das empresas. Manifestamos nossa
solidariedade ao coordenador-geral da Federação
Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, aos
petroleiros que estão sendo perseguidos e assediados
e à luta da categoria contra a privatização, em
defesa do Brasil e dos seus direitos.
São Paulo, 7 de abril de 2021
Sérgio Nobre – Presidente da CUT
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT
Adilson Araújo – Presidente da CTB
José Reginaldo Inácio – Presidente da NCST
Antonio Neto – Presidente da CSB
Ubiraci Dantas Oliveira – Presidente da CGTB
Edson Carneiro Índio – Secretário-geral da
Intersindical
Emanuel Melato – Coordenação da Intersindical
José Gozze – Presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Agência Sindical
08/04/2021 -
Fome atinge 19 milhões no Brasil durante a pandemia
De acordo com estudo realizado pela Rede Brasileira
de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional (Rede PenSSAN), cerca de 19 milhões de
pessoas passaram fome durante a pandemia da Covid-19
no País. Outras 116 milhões conviveram com algum
grau de insegurança alimentar.
A Rede PenSSAN aponta que mais da metade das
famílias brasileiras (55,2%) passaram por algum tipo
de privação alimentar. A partir disso, se conclui
que a fome cresce aceleradamente no Brasil. Entre
2018 e 2020, a alta foi de 27,6% ante os 8%
registrados de 2013 a 2018.
Segundo Renato Maluf, professor da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro e coordenador da
Rede PenSSAN, não existem indícios de melhora na
situação em 2021. Ele explica: “A nossa pesquisa,
embora tenha apontado alta, ainda pegou a presença
do Auxílio Emergencial. Se fosse feita sem o
Auxílio, seria pior”.
Necessidade – De acordo com Renato, para que a fome
no País seja contida é essencial que o Emergencial
seja pago com um valor suficiente para suprir às
necessidades das famílias. “Esse Auxílio que o
governo está retomando não vai dar pra muita coisa”,
critica.
Mais – Acesse o site da
Rede PenSSAN.
Fonte: Agência Sindical
08/04/2021 -
Deputada propõe distribuição gratuita de máscaras
aos desempregados
Perpétua Almeida (PCdoB-AC) apresenta projeto de
lei para distribuir máscaras a desempregados,
beneficiários do auxílio emergencial, do Bolsa
Família e do BPC
Preocupada com o crescente número de casos de
Covid-19 no Brasil, a deputada federal Perpétua
Almeida (PCdoB-AC) apresentou, nesta terça-feira
(6/4), o Projeto de Lei 1.222/2021 que determina a
distribuição de máscaras para os desempregados, os
beneficiários do auxílio emergencial, do Bolsa
Família e do benefício de prestação continuada
(BPC).
Na avaliação da parlamentar, vacinação em massa e o
uso de máscaras são as formas mais eficientes para
combater o coronavírus no país. “Devemos continuar
realizando cuidados básicos de proteção como o uso
de máscaras, de álcool em gel, e praticando o
distanciamento social, além de dotar o nosso sistema
de saúde de condições para atender os doentes e
vacinar em massa”, afirmou.
Perpétua explica que com 80% ou mais da população
utilizando máscaras há uma redução muito acentuada
da transmissão, mas se o percentual for de 50%, por
exemplo, a redução é mínima. “A combinação de
elevados percentuais de uso de máscaras com medidas
de distanciamento físico e social tem resultado em
maior controle da transmissão. É o que mostram os
estudos, a Ciência”, pontuou.
Para a deputada, apenas a obrigatoriedade sobre o
uso de máscaras no Brasil é insuficiente. “A lei
deve ser acompanhada de campanhas sobre a
importância do uso, além da distribuição gratuita de
máscaras em larga escala. A França decidiu proibir a
máscaras caseiras, exigindo o uso das FFP2
(semelhante à PFF2 brasileira e à N95) ou máscaras
de tecido feitas de acordo com padrões de
qualidade”, ponderou Perpétua.
Assessoria de Comunicação da deputada Perpétua
Almeida
Fonte: Portal Vermelho
07/04/2021 -
“Auxílio não sustenta uma família”, diz presidente
da NCST
O anúncio do governo federal acerca do novo Auxílio
Emergencial não pegou o movimento sindical de
surpresa. Isso porque representantes das Centrais
Sindicais articulam desde o início do ano com o
Congresso Nacional e governadores para que o
benefício seja pago nos mesmos moldes do início da
pandemia da Covid-19, em 2020.
Segundo o presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores, José Reginaldo Inácio, essa
mobilização das Centrais permanece e a atuação está
voltada para a proteção social. “É vital que o
estado cumpra com seu papel constitucional de
garantir meios de sobrevivência da população”,
afirma Reginaldo.
Para o dirigente, o novo Emergencial não sustenta
uma família, o que obriga o trabalhador a escolher
entre morrer de fome ou morrer pela Covid-19.
“Isolamento social sem ter o que comer não existe.
Ou você deixa de viver por falta de oxigênio ou por
falta de uma alimentação”, critica.
O presidente da NCST também discorda da diminuição
nos valores e da abrangência do Auxílio Emergencial.
“Ao invés de diminuir a população, é preciso
aumentar. A grande luta que estamos travando no
momento é essa. Estamos mobilizando no Congresso pra
que seja votada a MP 1.039, para que ela não
caduque, e com isso aumente o valor do benefício e a
população assistida”, informa.
Apoio – Segundo o líder sindical, é de grande
importância o apoio de governadores para a
manutenção do Auxílio. Ele diz: “Estamos atuando
juntos com o compromisso de intensificar essa
necessidade de manutenção do Auxílio com o mesmo
patamar e valor de 2020”.
Vacina – Outra luta das Centrais Sindicais é pela
vacinação em massa de toda a população. Reginaldo
explica: “Temos que intensificar a vacinação já e
pra todos”.
Mais – Acesse o site da NCST.
Fonte: Agência Sindical
07/04/2021 -
Estamos pagando a falta de vacinas com a vida dos
trabalhadores, diz Dieese
Trabalhadores formais que não puderam ficar em
casa, como frentistas, caixas e motoristas de ônibus
também deveriam ter prioridade na vacinação
Levantamento realizado pelo estúdio de inteligência
de dados Lagom Data, publicado nesta segunda-feira
(5) pelo jornal El País Brasil, mostrou o aumento da
letalidade entre trabalhadores considerados
essenciais, e que deveria ter prioridade na fila da
vacina. Entre janeiro e fevereiro deste ano, com o
agravamento da pandemia, frentistas de postos de
gasolina, caixas de supermercado e motoristas de
ônibus tiveram aumento de mais de 60% nos óbitos
registrados, na comparação com o mesmo período de
2020, ainda antes da eclosão da doença.
O estudo, feito com as bases de dados do Novo Caged,
ligado ao Ministério da Economia, inclui apenas os
trabalhadores formais. Mas, de acordo com o
supervisor do escritório do Dieese em São Paulo,
Victor Pagani, os índices de letalidade para os
trabalhadores informais devem equivalentes.
Além da demora na prorrogação do auxílio emergencial
– que voltou a ser pago com valores ainda mais
reduzidos – Pagani atribui a gravidade desses
números, tanto dos trabalhadores formais, quanto
informais, ao atraso do governo federal na aquisição
de vacinas. Da mesma forma, esses índices de
letalidade demonstram que tais grupos também
deveriam ser incluídos entre os prioritários a serem
vacinados.
“Houve a vacinação do profissionais de saúde. Estão
na fila os profissionais da segurança pública e
educação. A gente vê, por esses dados, que outros
setores também deveriam ser priorizados. Mas como
não houve a compra das vacinas por parte do governo
quando havia a disponibilidade, agora a gente está
pagando esse preço da pior forma possível. Com morte
de trabalhadores”, afirmou o supervisor do Dieese,
em entrevista ao Jornal Brasil Atual, nesta
terça-feira (6).
Fonte: Rede Brasil Atual
07/04/2021 -
Câmara já tem mais de 100 pedidos de impeachment
abertos contra Bolsonaro
Confira um levantamento obtido pela Fórum com
todos os 108 pedidos de impedimento do presidente
Com o pedido apresentado pelo Movimento Nacional das
Favelas e Periferias nesta terça-feira (6), a Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados já recebeu 108
pedidos de impeachment contra o presidente Jair
Bolsonaro desde o início do governo. Destes, 102
estão abertos e constam como “em análise” pela
presidência da Câmara, comandada por Arthur Lira (PP-AL).
O levantamento foi feito pela Secretaria Geral da
Mesa por solicitação da liderança do PT na Câmara e
mostra que 94% dos pedidos foram feitos durante a
vigência da pandemia de Covid-19 – ainda que nem
todos sejam diretamente sobre a a atuação do
mandatário nesse momento crítico.
Para a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) o
número de pedidos “corresponde ao tamanho da crise
que o Brasil vive desde o primeiro dia de governo de
Bolsonaro”. “Foram tanto crimes cometidos desde
então, mas até o momento a Câmara finge que tudo vai
bem. 4195 mortes no Brasil nas últimas 24 horas.
Nada está bem, e o impeachment é a única solução
para superarmos a crise Bolsonaro”, declarou.
Destes, 41 foram apresentados desde o início de
fevereiro, quando o deputado federal Arthur Lira (PP-AL)
assumiu o comando da Câmara. Trinta foram
apresentados simultaneamente por estudantes de
direito na última semana, alegando que houve
negligência por parte de Bolsonaro no combate à
pandemia.
Enquanto o movimento estudantil adotou a tática da
difusão de diversos pedidos, lideranças do campo da
oposição lançaram uma nova peça em conjunto na
última quarta-feira (31) alegando que houve
interferência de Jair Bolsonaro nas Forças Armadas.
Fonte: RevistaForum
07/04/2021 -
Câmara aprova texto-base de projeto sobre compra de
vacinas pelo setor privado
Votação da proposta prossegue nesta quarta-feira.
Serão analisados destaques que podem alterar pontos
do texto
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(6), por 317 votos a 120, o texto-base da proposta
que permite à iniciativa privada comprar vacinas
contra a Covid-19 para a imunização gratuita de seus
empregados, desde que doe a mesma quantidade ao
Sistema Único de Saúde (SUS).
A votações dos destaques que podem alterar o texto
vai prosseguir nesta quarta-feira (7), em sessão do
Plenário marcada para as 13h55. Confira a pauta
completa.
O texto-base aprovado é um substitutivo da relatora,
deputada Celina Leão (PP-DF), que faz alterações no
Projeto de Lei 948/21, do deputado Hildo Rocha (MDB-MA).
A aquisição das vacinas, segundo o texto, poderá ser
feita pelas pessoas jurídicas de direito privado,
individualmente ou em consórcio.
Poderão ser vacinados ainda outros trabalhadores que
prestem serviços a elas, inclusive estagiários,
autônomos e empregados de empresas de trabalho
temporário ou de terceirizadas.
As emendas pendentes de votação pretendem, por
exemplo, proibir que as empresas deduzam os valores
gastos com a compra de vacinas de qualquer tipo de
tributo devido, embora não exista permissão para
isso no texto. Outra emenda quer permitir às
associações sem fins econômicos o repasse do custo
da compra de vacinas para seus associados.
Laboratórios
Essas compras, se feitas junto a laboratórios que já
venderam vacinas ao governo federal, poderão ocorrer
apenas depois do cumprimento integral do contrato e
da entrega dos imunizantes ao Ministério da Saúde.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
já aprovou cinco vacinas, sendo duas para uso
emergencial (Janssen e Coronavac) e as demais já com
registro definitivo (AstraZeneca e Pfizer). A
AstraZeneca é contada duas vezes, pois considera as
doses importadas da Índia e aquelas produzidas no
País.
Entre as vacinas previstas no cronograma do
Ministério da Saúde, duas ainda não têm autorização
para uso no Brasil: Covaxin (Índia) e Sputnik V
(Rússia).
Prioridades
Outra novidade no texto de Celina Leão é que a
vacinação dos empregados deve seguir os critérios de
prioridade estabelecidos no Programa Nacional de
Imunizações (PNI).
Quanto às pessoas jurídicas de direito privado sem
fins lucrativos (associações ou sindicatos, por
exemplo), a permissão vale para seus associados ou
cooperados.
Fonte: Agência Câmara
07/04/2021 -
Brasil já perdeu quase 6 mil profissionais de saúde
durante a pandemia do coronavírus
Segundo dados dos cartórios, as mortes entre
trabalhadores do setor aumentaram mais de 25% desde
março do ano passado
O número de mortes entre profissionais da saúde
aumentou 25,9% em meio à pandemia do coronavírus no
Brasil.
Segundo levantamento que reúne dados dos cartórios
brasileiros, 5.798 trabalhadores e trabalhadoras do
setor perderam a vida desde março do ano passado no
Brasil.
Levando-se em consideração apenas os dois primeiros
meses deste ano - em comparação ao início de 2020 -
a alta já alcança 29%. Se a tendência de crescimento
for mantida, até o fim do ano o país terá perdido
quase 8 mil profissionais.
Os dados são relativos a profissionais das áreas de
biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia,
fisioterapia, odontologia, psicologia, radiologia,
nutrição, gestão hospitalar, estética e cosmética e
ciências biológicas.
Entre médicos e médicas, houve crescimento de 28,8%
em relação a 2019 e 35% em comparação entre janeiro
e fevereiro de 2020 e de 2021. Mais de 690
profissionais com essa formação morreram ao longo da
emergência sanitária e o número pode superar a marca
de mil óbitos até o final do ano.
Na análise de óbitos apenas de profissionais de
enfermagem observou-se aumento de 32% ao longo da
pandemia e 24% nos dois primeiros meses deste ano. O
total de mortes está próximo a 2 mil.
Os maiores patamares de óbitos entre trabalhadores e
trabalhadoras da saúde foram registrados no Rio de
Janeiro (1.596 falecimentos), em São Paulo (1.563
falecimentos) e no Paraná (692 falecimentos).
Nem todos os óbitos foram causados diretamente pela
covid-19, mas o número de profissionais do setor que
morreram em decorrência da infecção pelo coronavírus
também é alto e passa de 1,4 mil.
As informações serão disponibilizadas no Portal da
Transparência do Registro Civil, base de dados que
recebe informações em tempo real de todos os
cartórios de registro do Brasil. A iniciativa é da
Associação Nacional dos Registradores de Pessoas
Naturais (Arpen-Brasil).
Fonte: Brasil de Fato
07/04/2021 -
TRF-3 autoriza sindicato de Campinas a comprar
vacina para Covid-19
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região autorizou o
Sindicato dos Empregados no Comércio de Campinas
(SP) a comprar cerca de 500 mil doses da vacina
contra o novo coronavírus para imunizar comerciários
e seus familiares.
"Vacinar um grupo expressivo de pessoas (80 mil,
mais seus parentes) não vai significar que os
vacinados irão 'furar filas', mas vai permitir que
aos grupos já instituídos outros sejam agregados,
diminuindo — ainda que por poucos dias — o
cronograma de vacinação que, por ser o Brasil uma
nação de 213 milhões de habitantes e extensão
territorial de 8.514.876 km², naturalmente será
demorado", disse o desembargador Johonsom di Salvo.
O magistrado fixou condições a serem cumpridas pelo
sindicato: submissão da compra, internalização e
conservação a ampla fiscalização pela Anvisa;
contratação de empresa e destinação de locais
apropriados, previamente autorizados pelo serviço de
vigilância sanitária, para que ocorra a vacinação;
prestação de contas à União e à Anvisa; cessão do
estoque excedente; entre outros.
Os advogados Thiago Terin Luz e Camila Eduarda M. de
Almeida, da Luz & Tedrus Bento Advogados,
patrocinaram a causa.
Distrito Federal
Conforme mostrou a ConJur em notícia publicada em 25
de março, há ao menos uma decisão semelhante, que
também libera a compra de vacinas por sindicatos. O
juiz Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal
Cível do DF autorizou que os servidores da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, do Sindicato
dos Delegados de Polícia de São Paulo e da
Associação Brasiliense das Agências de Turismo
Receptivo importassem o imunizante.
Ao permitir a vacinação, o juiz declarou a
inconstitucionalidade de dois dispositivos da Lei
14.125/2021, que dispõe sobre a aquisição e
distribuição de vacinas por pessoas jurídicas de
direito privado.
Foram analisados o artigo 2º, caput, e parágrafo 1º,
da normativa. No primeiro caso, a previsão diz que
os compradores podem importar imunizantes, "desde
que sejam integralmente doadas" ao Sistema Único de
Saúde (SUS).
O parágrafo 1º, por outro lado, diz que se os grupos
prioritários já tiverem sido imunizados, 50% das
doses podem ficar com os responsáveis pela
importação, indo o restante obrigatoriamente ao SUS.
A decisão derruba a expressão "desde que sejam
integralmente doadas aos SUS", no que se refere ao
caput, e a íntegra do parágrafo 1º, por suposta
violação à Constituição Federal. O magistrado
apreciou a compra de vacinas em termos de livre
concorrência privada mundial.
"Ao invés de flexibilizar e permitir a participação da
iniciativa privada, [a lei] acabou 'estatizando'
completamente todo o processo de imunização da
Covid-19 em solo brasileiro. À toda evidência, não
precisa grande esforço para concluir que, no afã de
construir uma solução positiva, que atendesse ao
clamor da população brasileira, o legislador pátrio
acabou maculando a Lei 14.125/21 com várias
inconstitucionalidades", diz o juiz.
5006437-15.2021.4.03.0000
Fonte: Consultor Jurídico
06/04/2021 -
Pesquisa XP: 60% rejeitam Bolsonaro e Lula lidera
sucessão presidencial
Lula, com 42% das intenções de voto, aparece à
frente de Bolsonaro, que tem 38%, na projeção de
segundo turno em 2022
Enquanto o ex-presidente Lula vem conquistando os
mais diversos setores da sociedade desde que voltou
ao jogo político-eleitoral, Jair Bolsonaro apresenta
ligeira queda em intenções de voto para 2022,
segundo pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta
segunda-feira (5).
Além disso, 60% da população brasileira disse não
aprovar a forma como Jair Bolsonaro governa o país.
33% disseram aprovar.
Avaliam como ruim ou péssimo o governo 48% da
população, quase metade. Como ótimo ou bom avaliam
27% e como regular 24%.
Fonte: Brasil247
06/04/2021 -
Presidente da NCST analisa o cenário das centrais
sindicais após a 'reforma' trabalhista
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores - NCST, José Reginaldo Inácio, foi o
convidado especial do programa Trabalhador em Foco
da TV Petrópolis. Na oportunidade, o líder sindical
apresentou a visão da entidade para o tema “O
cenário atual das Centrais Sindicais no Brasil após
a Reforma Trabalhista”.
Reginaldo também apresentou os pilares políticos e
conjunturais que levaram à criação da NCST, bem como
as principais bandeiras da entidade no contexto
histórico de crise pandêmica, economia em decadência
e os impactos sanitários e sociais resultantes. O
presidente da NCST relacionou uma série de
inciativas das centrais sindicais que visam a
preservação das vidas, dos empregos e da dignidade
da classe trabalhadora.
Assista:
https://youtu.be/-9eAytyw_V0
Fonte: Mundo Sindical
06/04/2021 -
Gilmar Mendes contraria Kassio Nunes e respalda
fechamento de igrejas e templos durante pandemia
Em razão da divergência, o tema será julgado no
plenário do STF na quarta-feira
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (5)
manter a proibição de cultos e missas durante a
pandemia de Covid-19 ao negar uma ação movida pelo
PSD. Com a decisão, Mendes contraria a liminar
concedida pelo ministro Kassio Nunes Marques no
sábado, quando o magistrado decidiu atender a uma
associação de juristas evangélicos. A decisão de
Mendes já era aguardada.
“O Decreto do Estado de São Paulo de alguma maneira
impede que os cidadãos respondam apenas à própria
consciência, em matéria religiosa? A restrição
temporária de frequentar eventos religiosos públicos
traduz ou promove, dissimuladamente, alguma
religião? A interdição de templos e edifícios
equiparados acarreta coercitiva conversão dos
indivíduos para esta ou aquela visão religiosa?
Certamente que não”, apontou Mendes em sua decisão.
O ministrou negou uma Arguição de descumprimento de
preceito fundamental (ADPF) apresentada pelo PSD que
alegava que os decretos que restringiam a presença
em igrejas e templos seriam inconstitucionais.
“É patente reconhecer que as medidas de restrição à
realização de cultos coletivos, por mais duras que
sejam, são não apenas adequadas, mas necessárias ao
objetivo maior de realização da proteção da vida e
do sistema de saúde”, sustentou o ministro.
Como a posição de Mendes colide com a de Marques, o
tema será apreciado no plenário do Supremo. O
presidente da Corte, Luiz Fux, marcou o julgamento
para quarta-feira (7). O ministro Marco Aurélio
Mello criticou publicamente a decisão de Nunes
Marques.
Com informações da Conjur
Fonte: RevistaForum
06/04/2021 -
Guedes ameaça reforma administrativa mais dura caso
não seja aprovada agora
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçou uma
reforma administrativa mais dura caso o projeto
enviado pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso não
seja aprovado no curto prazo.
“Estamos colocando parâmetros parecidos com os do
resto do mundo. Seria um erro muito grande atrasar
essa reforma agora, porque quanto mais para o futuro
reforma administrativa ficar, mais dura ela vai ser.
Se deixar para outro governo lá na frente, ele será
muito mais duro”, disse nesta segunda-feira, 5, em
videoconferência com a XP Investimentos.
“Acho que o Congresso está pensando nesse tempo. A
administrativa é candidata natural e é mais fácil
que tributária. Mas seria muito bom ver as duas
reformas aprovadas até o fim do ano”, afirmou.
Fonte: Brasil247
06/04/2021 -
Prorrogação do Imposto de Renda é destaque na pauta
desta terça
A prorrogação do prazo de entrega da declaração do
Imposto de Renda e a restituição prioritária para
profissionais da saúde e desempregados são dois
itens na pauta de votações do Plenário nesta
terça-feira (6). Em breve, o Senado também poderá
votar a criminalização do ato de furar a fila da
vacinação e de desviar insumos ou imunizantes contra
a covid-19. O líder do PSDB, senador Izalci Lucas
(DF), mencionou ainda a votação da quebra de
patentes de remédios e vacinas contra o novo
coronavírus e a proibição do reajuste dos
medicamentos durante a pandemia. O líder da minoria,
senador Jean Paul Prates (PT-RN), cobrou a votação
dos projetos que anulam quatro decretos que
ampliaram o porte de armas.
Fonte: Agência Senado
06/04/2021 -
Ação trabalhista não precisa conter cálculo
detalhado do valor da causa
Um juiz não pode exigir de pessoa que ajuíza ação na
Justiça do Trabalho que apresente cálculos
detalhados na sua reclamação, sob pena de violar o
direito de acesso ao Judiciário. Com esse
entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho anulou sentença que rejeitou a reclamação
de um bancário em razão da não apresentação dos
cálculos dos valores que pleiteava receber.
O ex-funcionário do Banco do Brasil S/A, que
pretendia o pagamento de horas extras, apontou como
valor estimado da causa R$ 160 mil. Contudo, o juízo
de primeiro grau extinguiu o processo sem julgamento
do mérito por entender que o parágrafo 1º do artigo
840 da CLT, na redação introduzida pela reforma
trabalhista (Lei 13.467/2017), determina a indicação
expressa do valor da causa, e não mero arbitramento.
Essa decisão foi mantida pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral
paulista).
O relator do recurso de revista do bancário,
ministro José Roberto Pimenta, observou que a
reforma trabalhista incluiu no dispositivo da CLT a
exigência de que o pedido formulado na reclamação
trabalhista seja "certo, determinado e com indicação
do valor". Segundo ele, o pedido certo é o que não é
realizado de forma implícita, em caráter vago ou
genérico (por exemplo, o pagamento de horas extras
não adimplidas no curso do contrato).
Por outro lado, o pedido determinado é aquele
realizado de modo preciso — seguindo o mesmo
exemplo, o pagamento da sétima e da oitava horas
durante um período definido. Por fim, é obrigação da
parte apontar o valor que pretende receber em razão
de cada pedido certo e determinado que formular, mas
sem a necessidade de um número preciso.
"A norma legal em questão em momento algum determina
que a parte está obrigada a trazer memória de
cálculo ou indicar de forma detalhada os cálculos de
liquidação que a levaram a atingir o valor indicado
em seu pedido", alegou o ministro, que lembrou que
esse é o entendimento contido na Instrução Normativa
41/2018 do TST, que dispõe que o valor da causa será
estimado.
Com a decisão da 2ª Turma, que foi unânime, o
processo retornará à 61ª Vara do Trabalho de São
Paulo para a retomada do julgamento.
RR 1001473-09.2018.5.02.0061
Fonte: Consultor Jurídico
05/04/2021 -
Centrais criticam Emergencial e tenta alterar
valores no Congresso
O presidente Bolsonaro anunciou quarta (31) que o
início do pagamento do Auxílio Emergencial será em 6
de abril. O benefício será pago a 45,6 milhões de
pessoas, ou seja, 22,6 milhões a menos que em 2020.
Os valores ficam bem abaixo dos R$ 600,00 pagos
antes. Pessoa que mora sozinha receberá quatro
parcelas de R$ 150,00; famílias com mais de uma
pessoa, R$ 250,00; mulheres chefes de família, R$
375,00.
O movimento sindical critica. Para Ricardo Patah,
presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de
SP, o Auxílio menor impactará toda a sociedade. “Não
dá pra comprar uma cesta básica. Uma família não
consegue sobreviver com R$ 250,00”, alerta o
dirigente.
O sindicalista teme também pelo desemprego,
principalmente no comércio. “Os R$ 600,00
conquistados após muita luta das Centrais Sindicais
permitiram evitar uma queda maior no PIB e com isso
manter muitos empregos”, ele comenta.
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central,
considera a diminuição de beneficiários e de valores
do Emergencial um erro do governo. O movimento
sindical atua pra que o Congresso vote a Medida
Provisória 1.039. “Fizemos uma Carta das Centrais
pedindo que os parlamentares votem a MP, pra não
caducar e, assim, oficializar esses valores. Também
vamos buscar ampliar o apoio da população. É preciso
que o Auxílio seja de R$ 600,00 e para a mesma
quantidade de assistidos ano passado”, explica o
presidente da Nova Central.
MAIS – Acesse o site das
Centrais
Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
05/04/2021 -
Inimigo dos trabalhadores quer proibir entidades
sindicais de receber quaisquer tipos de recursos
O projeto de lei (PL
1.124/21), do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR),
visa incluir o artigo 567 na CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho) para vedar que as entidades
sindicais recebam qualquer tipo de contribuição ou
auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro de
pessoa física, entidade ou governo estrangeiros.
De acordo com o projeto, fica proibido a entidade
sindical receber, direta ou indiretamente, sob
qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio
pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive por
meio de publicidade de qualquer espécie, procedente
de pessoas física, entidade ou governo estrangeiros,
sob pena de cancelamento automático do registro
sindical.
Na justificativa, o autor argumenta que tal
possibilidade de financiamento externo se configura
numa intervenção política de outros países no Brasil
por meio de entidade sindicais.
Projeto com esse tipo de conteúdo quer apenas
enfraquecer a organização e estrutura sindicais.
Visa, tão somente, fragilizar financeira e
economicamente os sindicatos. Trata-se de lógica
preconceituosa, pois o movimento sindical no mundo
inteiro faz parcerias, com o fim de intercâmbio e
troca de experiências, entre outras que podem
envolver convênios com propósito de ajudar na
formação e estruturação sindicais.
Isto chama-se assédio financeiro-material às
entidades sindicais, a fim de tentar inviabilizar a
luta dos trabalhadores.
Falsos e frágeis argumentos
“A política nacional não pode, em qualquer de suas
esferas, estar submetida a interferências
estrangeiras sob pena de ameaça à autodeterminação
do povo brasileiro acerca das escolhas tomadas para
a condução de seu destino”, justifica.
O deputado ainda associa a proibição fazendo
analogia aos partidos políticos. “O presente
projeto, dessa forma, estende às entidades sindicais
a proibição prevista no artigo 17 da Constituição
Federal relativamente aos partidos políticos,
garantindo-se, assim, a soberania nacional e os
interesses de todos os brasileiros contra
interferências externas ilegítimas”, finaliza.
Todavia, o deputado não faz menção as formas de
financiamento das agremiações que, de acordo com a
Constituição, são proibidas de receber financiamento
externo, mas contam com fontes seguras de
sustentação financeira para suas atividades.
Considerações
Se considerarmos que se refere apenas às entidades e
pessoas físicas e jurídicas estrangeiras, é
discutível. Essa regra já vale para partidos
políticos (art. 17, II). E a Lei do Estrangeiro
previa a vedação de atuação sindical desse.
A Lei de Migração de 2017 afastou essa proibição, em
atendimento ao disposto no Digesto de decisões (5ª
ed. 2006) do Comitê de Liberdade Sindical da OIT
(Organização Internacional do Trabalho) no item 420,
segundo o qual “a legislação deve ser flexibilizada
de modo a permitir que as organizações elejam seus
líderes livremente e sem obstáculos, e para permitir
que os trabalhadores estrangeiros tenham acesso a
postos sindicais, pelo menos após período razoável
de residência no país anfitrião.”
Esse Digesto decorre da interpretação da Convenção
98 da OIT (já ratificada pelo Brasil) quanto da
Convenção 87 (ainda não ratificada).
Ocorre que os sindicatos, com o fim da contribuição
sindical, perderam o último elo que havia com o
Estado. Diversamente dos partidos, que são pessoas
de direito privado, mas que recebem recursos
públicos, os sindicatos são entidades puramente
privadas e o princípio da liberdade sindical e à
vedação de interferência e a intervenção do Poder
Público na organização sindical, a lei não poderia
dispor de forma genérica quanto à essa vedação, que
não é aplicável a outras formas de associação
privada.
Assim, uma lei com esse caráter teria que ser mais
precisa e dizer em que circunstâncias e para que
fins seria vedada essa interferência estrangeira.
Por exemplo, vedar que governos estrangeiros doem,
até procede, pois haveria risco de interferência
política séria. Mas vedar que ONG (organizações não
governamentais) internacionais, fundações doem, é
muito pesado.
Tramitação
O projeto aguarda despacho do presidente da Câmara dos
Deputado. Deverá ser apensado a projetos já em
tramitação na Casa, que tratam de forma de
financiamento das entidades sindicais.
As proposições são, em geral, analisadas nas
comissões de Trabalho; de Finanças e Tributação; e
de Constituição e Justiça da Casa. Entretanto, só no
despacho da Presidência que que a tramitação vai ser
oficialmente definida.
Fonte: Diap
05/04/2021 -
Com pandemia no auge, rejeição a Bolsonaro vai a 59%
e bate recorde
Segundo o PoderData, os que aprovam o governo
Bolsonaro são 33%
O presidente Jair Bolsonaro é cada vez mais
rejeitado pela população brasileira. Com a pandemia
de Covid-19 no auge – fruto da política genocida do
bolsonarismo –, a desaprovação ao governo voltou a
bater recorde, saltando de 54% para 59% em 15 dias.
É o que aponta a nova pesquisa PoderData, realizada
entre segunda (29) e quarta-feira (31), com 3.500
pessoas. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual,
para mais ou para menos.
Os que aprovam o governo Bolsonaro eram 32% há duas
semanas e agora são 33%, o que indica estabilidade.
Houve redução expressiva dos que dizem não saber
responder, que são 8% hoje e eram 14% há 15 dias. É
mais um sinal da intensa polarização de opiniões
sobre a gestão Bolsonaro: ou as pessoas aprovam
(33%) ou desaprovam (59%).
A avaliação negativa do trabalho de Jair Bolsonaro
manteve-se estável. A proporção dos que consideram a
atual gestão “ruim ou péssima” é de 53%. Os que
consideram o trabalho do chefe do Executivo “bom ou
ótimo” somam 26%.
No período em que foi realizada a pesquisa, o Brasil
bateu sucessivos recordes de casos e de mortes por
Covid-19. A média móvel de vítimas em sete dias
atingiu 2.710 na terça-feira (29) – maior número
desde o início da pandemia.
Outro fator que pode ter impactado a avaliação do
presidente foram as trocas de seis ministros e dos
comandantes das Forças Armadas, feitas nesta semana.
As mudanças sugerem instabilidade no governo.
Os recortes da pesquisa mostram que quem mais aprova
Bolsonaro são os homens (41%); quem tem de 25 a 44
anos (38%); os que cursaram até o ensino fundamental
(50%); moradores da região Sul e Norte (38%); e quem
ganha até dois salários mínimos (42%).
Em contrapartida, quem mais desaprova são as
mulheres (64%); quem tem de 16 a 24 anos (65%); os
moradores da região Centro-Oeste (65%); quem ganha
de 2 a 5 salários mínimos (72%); e os que cursaram
até o ensino superior (66%).
Com informações do Poder360
Fonte: Portal Vermelho
05/04/2021 -
Lula está no segundo turno em 2022. Bolsonaro
disputa outra vaga com centro, diz cientista
político
Marcos Coimbra afirma que o presidente pode ficar
de fora do segundo turno das eleições presidenciais
do próximo ano
De acordo com o cientista político, Marcos Coimbra,
após a decisão do Supremo Tribunal Federal de anular
as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no âmbito da Operação Lava Jato mudou tudo
para as eleições de 2022.
Para ele, com os direitos políticos recuperados,
Lula está praticamente garantido no segundo turno,
se quiser ser candidato. A outra vaga será disputada
com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e
alguma candidatura de centro, caso haja unidade em
torno de um nome.
“A segunda vaga [para o 2º turno] será disputada
entre Bolsonaro e um candidato de centro. Bolsonaro
deve ter 20% dos votos, porque ele perdeu quatro
grupos importantes: os lava-jatistas, os liberais,
os anti-petistas e os conservadores”, avalia Márcio
Coimbra, coordenador da pós-graduação em Relações
Institucionais e Governamentais da Faculdade
Presbiteriana Mackenzie Brasília e diretor-executivo
do Interlegis no Senado Federal.
Para ele, “somadas [as intenções de voto em] Moro,
Huck, Doria e Leite se tem os mesmos 20% do
Bolsonaro. Caso haja uma união de centro, há a
possibilidade de tirar o presidente do segundo
turno”, aponta.
Com informações da Carta Capital
Fonte: RevistaForum
05/04/2021 -
Centrais: É urgente votar MP 1039!
Prezado (a) Parlamentar,
É urgente votar MP 1039!
O Auxílio Emergencial de R$ 600,00 é uma resposta
política diante da emergência sanitária
A crise sanitária não espera e continua matando
milhares de pessoas todos os dias no Brasil.
Tragicamente, fruto principalmente da
irresponsabilidade do governo federal, o país é o
pior caso de combate ao Covid-19.
Está na agenda do Congresso Nacional a Medida
Provisória 1039, que trata do auxílio emergencial. É
urgente que essa MP seja votada nas duas Casas,
ampliando o seu valor para R$ 600,00, com as regras
aplicadas em 2020 e duração compatível com o período
da pandemia.
A proteção econômica é fundamental para que as
pessoas e as empresas possam cumprir o isolamento
social necessário e aguardem os efeitos positivos da
vacina e da imunização crescente. A proteção
econômica evita mortes, permite que defendamos a
vida de todos e protege a economia da recessão e do
desemprego.
A emergência sanitária exige urgência política. Os
mais de 320 mil mortos, número que cresce
assustadoramente, o colapso do sistema de saúde e as
mazelas das políticas do governo federal exigem
respostas imediatas, firmes e ousadas.
É isso que esperamos do Parlamento brasileiro.
São Paulo, 01 de abril de 2021
Sérgio Nobre
CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES – CUT
Miguel Eduardo Torres
FORÇA SINDICAL
Ricardo Patah
UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES - UGT
Adilson Gonçalves de Araújo
CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL -
CTB
José Reginaldo Inácio
NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES- NCST
Antônio Fernandes dos Santos Neto
CENTRAL DOS SINDICATOS BRASILEIROS – CSB
Clique AQUI
e baixe o documento original
Fonte: Fórum das Centrais
05/04/2021 -
Mãe internada já pode pedir prorrogação do
salário-maternidade
O salário-maternidade, benefício no valor de um
salário mínimo que pode ser pedido ao INSS por mães
e adotantes, poderá ser prorrogado para além dos 120
dias regulares em caso de complicações médicas
envolvendo a mãe ou o recém-nascido. A mudança foi
regulamentada em portaria do Ministério da Economia.
A alteração ocorreu por uma decisão cautelar na Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.327, no
âmbito do Supremo Tribunal Federal, que permitiu a
prorrogação do benefício em situações excepcionais.
Com a mudança, mães que necessitem de tempo
prolongado de internação após o parto terão o
período coberto pelo benefício. Para solicitar a
prorrogação, a mãe deve procurar o INSS. Pelo
telefone, os serviços podem ser requeridos pela
central 135. Veja aqui como solicitar o benefício.
O salário-maternidade é um auxílio pago a mães que
têm de se afastar do trabalho em função do parto,
adoção e aborto nos casos previstos em lei. O
pagamento começa no dia do parto ou até 28 dias
antes. Com informações da Agência Brasil.
ADI 6.327
Fonte: Consultor Jurídico
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