Blog - Notícias Anteriores - Abril 2023
28/04/2023 -
Centrais pressionam Lula pela valorização do salário
mínimo
28/04/2023 -
Seminário no TST debaterá trabalho por aplicativos
28/04/2023 -
Saldo líquido de emprego no Caged é positivo em
195.171 vagas em março e supera estimativas
28/04/2023 -
Ministro pede vista e adia decisão do STF sobre
correção de contas do Fundo de Garantia
28/04/2023 -
Luiz Marinho discute revisão da reforma trabalhista
na Espanha: ‘Vamos beber dessa fonte’
27/04/2023 -
Julgamento no STF sobre contribuição assistencial
nada tem a ver com imposto sindical, esclarece
Barroso
27/04/2023 -
Governo Lula ainda não decidiu se aumentará salário
mínimo para R$ 1.320, diz ministro
27/04/2023 -
Proposta para política de valorização do mínimo
26/04/2023 -
Nova Central também mobiliza para o 1º de Maio
26/04/2023 -
Lula e Marinho se reúnem com lideranças sindicais
espanholas
26/04/2023 -
INSS precisa de recursos para reduzir filas, diz
Carlos Lupi
26/04/2023 -
Contribuição assistencial a sindicatos está a um
voto de ser aprovada pelo Supremo
26/04/2023 -
Sindicatos criticam incidência de contribuição de
inativos sobre valores acima do mínimo
26/04/2023 -
“Eu sei o custo da inflação para os mais pobres”,
afirma Campos Neto em audiência no Senado
25/04/2023 -
Nova Central
está de luto!
25/04/2023 -
Reforma ameaça a morte do Movimento Sindical
25/04/2023 -
Nota de Repúdio: O Brasil diz não à violência contra
as mulheres
25/04/2023 -
Governo está preparado para embate político sobre 8
de janeiro no Congresso, diz Padilha
25/04/2023 -
Lei prevê inclusão de dados sobre raça em documentos
trabalhistas
25/04/2023 -
Comissão de Fiscalização Financeira questiona Carlos
Lupi sobre desconto sindical em aposentadorias
24/04/2023 -
Moraes pede
vista e suspende análise de contribuição
assistencial
24/04/2023 -
Revisão do FGTS:
voto de Barroso surpreende juristas por não propor
correção de valores passados
24/04/2023 -
Centrais
sindicais se reúnem com entidades de base e esperam
levar 45 mil ao Vale do Anhangabaú no 1º de Maio
24/04/2023 -
Avanços Fundamentais – Por João Guilherme Vargas
Netto
24/04/2023 -
Lula sanciona mudanças sobre aplicação da Lei Maria
da Penha
24/04/2023 -
Perseguição
política ao MST é repudiada pelas Centrais Sindicais
24/04/2023 -
Trabalhadores debatem com diretor da OIT conjuntura
política, econômica e social do Brasil
20/04/2023 -
NCST participa de debate sobre a reforma tributária
em Brasília
20/04/2023 -
Indústria segue sem avançar. Produção de alimentos e
veículos recua
20/04/2023 -
Lula assina projeto de lei que garante verba para
piso da enfermagem
20/04/2023 -
Revisão do FGTS pode gerar impacto de R$ 661 bi à
União? Veja o que está em jogo no julgamento do STF
20/04/2023 -
Lula garante que golpistas de 8 de janeiro serão
julgados
20/04/2023 -
Convenção coletiva não pode condicionar estabilidade
à comprovação da gravidez
19/04/2023 -
1º de Maio em SP terá Lula e atrações musicais
19/04/2023 -
STF retoma julgamento sobre contribuição sindical
por acordo ou convenção coletiva
19/04/2023 -
Cármen Lúcia será relatora de denúncia da PGR contra
Sergio Moro
19/04/2023 -
Para o Dieese, TR não preserva valor dos depósitos
do FGTS, com perda de 68% desde 1999
19/04/2023 -
Valorização do Salário Mínimo – por Clemente Ganz
Lúcio
18/04/2023 -
CONTRATUH: Sem a participação da NCST, centrais
minam noticiário para emplacar reforma escusa
18/04/2023 -
Grupo de Trabalho da Reforma Tributária ouve
sindicalistas na quarta
18/04/2023 -
‘Não há a menor chance de Lula não dar aumento real
no salário mínimo em 2024’, diz Tebet
18/04/2023 -
Supremo pode julgar na quinta-feira revisão do FGTS
pela inflação
18/04/2023 -
Governo enfrenta fila da Previdência: “Aposentadoria
sairá em 45 dias”
17/04/2023 -
Exigência de intervenção sindical em demissões em
massa vale a partir da publicação da ata da decisão
do STF
17/04/2023 -
Governo propõe
salário mínimo de R$ 1.389 em 2024
17/04/2023 -
Alexandre manda PF ouvir Bolsonaro em inquérito
sobre atos de 8 de janeiro
17/04/2023 -
Sindicalistas e Lula se encontram com dirigente da
Federação de Sindicatos da China
17/04/2023 -
STF publica acórdão sobre 'revisão da vida toda' nos
benefícios do INSS
17/04/2023 -
Reforma trabalhista levou País a tornar-se "irmão
gêmeo do trabalho escravo", diz Marinho
17/04/2023 -
Alckmin diz estar confiante na aprovação do
arcabouço e da reforma tributária
14/04/2023 -
Mudança sindical desune Centrais
14/04/2023 -
Governo altera decreto e inclui NCST no GT
Interministerial para elaboração de proposta de
reestruturação das relações de trabalho e
valorização da negociação coletiva
14/04/2023 -
Maior bloco parlamentar da Câmara quer garantir a
Lula governabilidade
14/04/2023 -
Denunciado no TSE, Bolsonaro é alvo de outras 16
ações que podem tirá-lo das eleições
13/04/2023 -
‘Redução de juros poderá criar empregos em massa no
Brasil’, diz Luiz Marinho
13/04/2023 -
Precarização do trabalho pode ser combatida com
fiscalização, dizem debatedores
13/04/2023 -
CDH aprova expropriação de imóvel onde haja trabalho
análogo ao de escravo
13/04/2023 -
Paim apresenta projeto sobre negociação coletiva no
serviço público
13/04/2023 -
40h semanais: Chile reduz a jornada de trabalho
12/04/2023 -
1º de Maio unificado das centrais será no Vale do
Anhangabaú em 2023
12/04/2023 -
INPC desacelera em março, mas sobe 0,64%, revela
pesquisa
12/04/2023 -
“É preciso impedir a venda da Avibras”, alertam
centrais sindicais
12/04/2023 -
Comissão de Trabalho ouve ministro Luiz Marinho
nesta quarta
12/04/2023 -
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12/04/2023 -
Em março, cesta básica ficou mais barata em 13
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12/04/2023 -
Alckmin assume à presidência da República durante
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11/04/2023 -
Reforma sindical: história ensina que a imposição
não é o caminho para a unidade
11/04/2023 -
Comissão debate impactos da terceirização após
reforma trabalhista
11/04/2023 -
Lula anuncia prioridades para investimentos e volta
a criticar juros altos
11/04/2023 -
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11/04/2023 -
Debatedores criticam terceirização da atividade-fim
e defendem Estatuto do Trabalho
10/04/2023 -
Governo cria GTI
para fortalecer diálogo tripartite e avançar nas
negociações coletivas
10/04/2023 -
PI: “Muitos trabalhadores do Nordeste ainda não
estão sabendo dessa bomba de reforma sindical”
10/04/2023 -
“Valorizar salário mínimo é essencial no combate à
desigualdade”, diz CESIT
10/04/2023 -
MA: Chega ao fim
a maratona de conversas sobre o futuro do movimento
sindical no Nordeste
10/04/2023 -
Lula amplia margem de diálogo no Congresso
10/04/2023 -
Estado de São Paulo concentra 33% dos acidentes de
trabalho do país. E a capital, 25%
05/04/2023 -
Para as Centrais, salário mínimo deve subir 2,4% ao
ano
05/04/2023 -
CE: Iniciativa de diálogo com as bases da Nova
Central é elogiada pelos dirigentes sindicais
05/04/2023 -
Nova lei prioriza vaga de emprego no Sine para
mulher vítima de violência
05/04/2023 -
Delegacias da mulher passam a prestar atendimento 24
horas
05/04/2023 -
Aliados de Bolsonaro apostam na sua inelegibilidade
04/04/2023 -
Sindicalistas entregam proposta de valorização do
salário mínimo ao ministro do Trabalho
04/04/2023 -
Comissão de Trabalho vai debater a terceirização no
Brasil
04/04/2023 -
RN: Dirigentes sindicais mostram disposição para
luta em defesa da estrutura sindical
04/04/2023 -
Novo reajuste do mínimo em maio vai ter impacto de
R$ 4,4 bi
04/04/2023 -
Maioria esmagadora dos brasileiros dá razão a Lula
em seu embate contra os juros altos, diz Datafolha
04/04/2023 -
Governo trabalha para votar MPs a tempo em vez de
torná-las projetos de lei
03/04/2023 -
“Rever a reforma trabalhista é mais importante”,
afirmam dirigentes em Pernambuco
03/04/2023 -
Brasil tem 9,2 milhões de desempregados e 4 milhões
de desalentados
03/04/2023 -
PB: Nova Central
debate ‘reforma sindical’ em João Pessoa
03/04/2023 -
Brasil registra mais de 612 mil acidentes de
trabalho em 2022
03/04/2023 -
Justiça manda INSS fazer 'revisão da vida' toda na
aposentadoria de segurado
03/04/2023 -
Aposentados manterão luta contra os juros altos
28/04/2023 -
Centrais pressionam Lula pela valorização do salário
mínimo
Segundo o ministro Luiz Marinho, Lula trabalha
para anunciar a nova política para o mínimo em 1º de
maio, Dia do Trabalhador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se
comprometeu a retomar a política de valorização
permanente do salário mínimo – uma iniciativa que
garantiu aumentos reais (acima da inflação) para os
trabalhadores de 2004 a 2016. Mas as centrais
sindicais pressionam o governo a ousar mais na
fórmula que vai fixar o reajuste anual.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, Lula trabalha para anunciar a nova política
na próxima segunda-feira, 1º de maio, Dia do
Trabalhador. O presidente vai participar do ato
unificado das centrais sindicais no Vale do
Anhangabaú, em São Paulo.
Nos governos anteriores de Lula e também de Dilma
Rousseff (PT), o percentual de reajuste do mínimo se
baseava em dois fatores: a reposição da inflação do
período (de acordo com o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor, o INPC) e o crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto) nos dois anos anteriores. O
modelo ajudou a garantir o mais longo ciclo de
fortalecimento do mínimo – o ganho real (acima da
inflação) foi de 77,01% entre 2003 e 2017, segundo o
Dieese.
As centrais propõem que, nos próximos três anos da
gestão Lula, o aumento seja ainda mais robusto. Para
isso, ano a ano, o governo deve somar três
variáveis: a inflação, o crescimento do PIB de dois
anos antes e um adicional de 2,4%. A crer nas
projeções divulgadas pelo Banco Central, por meio do
Boletim Focus, essa política garantiria uma
valorização real média de 4,2% no triênio 2024-2026,
compensando perdas acumuladas nos últimos anos.
No Dia do Trabalhador, Lula anunciará a segunda alta
do salário mínimo no ano. Em 1º de janeiro, o piso
salarial dos brasileiros passou de R$ 1.212 para R$
1.302. Agora, o reajuste elevará o mínimo para R$
1.320. As centrais reivindicavam um valor maior – de
R$ 1.343.
Lula também formalizará a correção na tabela do
imposto de renda. A faixa de isenção vai subir dos
atuais R$ 1903,98 para R$ 2.640. De acordo com o
Estadão, caso o governo aprove uma política de
valorização do mínimo mais modesta, uma alternativa
é acabar com a tributação sobre a PLR (Participação
nos Lucros e Resultados).
“Nós queremos resgatar melhores condições de vida da
classe trabalhadora, em particular para os mais
baixos salários – para poder voltar o consumo, para
todos poderem voltar a viver melhor”, declarou Luiz
Marinho ao Portal da CUT. “O empresário só contrata
mais alguém se o produto dele vender mais. E vai
vender mais se a classe trabalhadora tiver aumento
da sua massa salarial, se mais gente tiver podendo
comprar mais. Se está comprando mais, se está
vendendo mais, você vai produzir mais.”
Fonte: Portal Vermelho
28/04/2023 -
Saldo líquido de emprego no Caged é positivo em
195.171 vagas em março e supera estimativas
Consenso Refinitiv esperava abertura líquida de
100 mil vagas em março; setor de serviços criou
122.323 postos formais
Após a criação de 245.813 vagas em fevereiro (dado
revisado), o mercado de trabalho formal registrou um
saldo positivo de 195.171 carteiras assinadas em
março, de acordo com os dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta
quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado decorreu de 2.168.418 de
admissões e de 1.973.247 de demissões.
Em março de 2022, houve abertura de 98.786 vagas com
carteira assinada.
O resultado superou as estimativas dos analistas de
mercado: o consenso Refinitiv esperava abertura
líquida de 100 mil vagas em março.
No primeiro trimestre de 2023, o saldo do Caged já é
positivo em 526.173 de postos. No mesmo período do
ano passado, houve criação líquida de 619.318 postos
formais.
Serviços puxam contratações
A abertura de vagas de trabalho com carteira assinada
em março foi puxada pelo desempenho do setor de
serviços no mês, com a criação de 122.323 postos
formais, seguido pela construção, que abriu 33.641
vagas.
Na indústria geral houve abertura de 20.984 vagas em
março, enquanto houve um saldo positivo de 18.555
postos de trabalho no comércio. Na agropecuária
foram fechadas 332 vagas no mês.
Em 22 das 27 Unidades da Federação foram registrados
resultados positivos no Caged. O melhor desempenho
foi novamente registrado em São Paulo, com a
abertura de 50.768 postos de trabalho. Já o pior
resultado foi registrado em Pernambuco, com o
fechamento de 5.266 postos de trabalho.
O salário médio de admissão nos empregos com
carteira assinada chegou a R$ 1.960,72. Comparado ao
mês anterior, houve redução real de R$ 30,06 no
salário médio de admissão, uma queda de 1,51%.
Fonte: InfoMoney
28/04/2023 -
Seminário no TST debaterá trabalho por aplicativos
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) realiza no dia
4 de maio o “Seminário 80 anos da CLT – Dignidade e
Justiça Social”. O evento acontece a partir das 9
horas, no edifício-sede do TST, em Brasília.
O evento visa abordar temas polêmicos como o
trabalho por meio de aplicativos de transporte e de
entrega.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), atualmente existem aproximadamente
1,5 milhão de pessoas atuando por meio de apps sem
qualquer vínculo empregatício.
Ainda na mesa de debate, representantes de
trabalhadoras domésticas e representantes de
trabalhadores que atuam no campo vão discutir a
necessidade de incluir esses profissionais no
mercado de trabalho.
A mesa será mediada pela ministra Kátia Magalhães
Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho.
Faça sua inscrição por meio de
formulário eletrônico e confira a programação
completa do evento.
Fonte: Agência Sindical
28/04/2023 -
Ministro pede vista e adia decisão do STF sobre
correção de contas do Fundo de Garantia
Por enquanto, são dois votos a favor da correção
com base na caderneta de poupança em vez da TR
Na retomada do julgamento sobre correção das contas
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
nesta quinta-feira (27), o ministro Nunes Marques
pediu vista e, com isso adiou uma decisão sobre
assunto. O julgamento no Supremo Tribunal Federal
(STF) começou na semana passada, quando o relator,
ministro Luís Roberto Barroso, apresentou seu voto.
Ao se manifestar, logo no início da sessão, Nunes
Marques elogiou o voto do relator, que “trouxe uma
solução muito inteligente”. Barroso propôs
substituir a Taxa Referencial (TR) pela remuneração
da caderneta de poupança. Mas apenas a partir da
publicação da ata, sem mexer no período anterior,
como pedia a Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) 5.090, apresentada pelo partido Solidariedade.
O voto do relator já foi acompanhado pelo ministro
André Mendonça.
Nunes Marques contou ter recebido ontem “vasto
material” do Ministério das Cidades e da Caixa
Econômica Federal sobre eventuais impactos da
mudança proposta pelo STF. Além do possível impacto
financeiro, uma possível medida seria aumentar juros
para os mutuários da casa própria. O ministro disse
que as informações “não me impressionaram”, mas por
questão de cautela pediu vista. E prometeu devolver
o caso ao plenário na “maior brevidade possível”.
Barroso também questionou os argumentos apresentados
pelo ministério e pelo banco.
Poupança forçada
O julgamento por enquanto suspenso envolve
aproximadamente 80 milhões de trabalhadores. Há 117
milhões de contas, ativas e inativas.
Em seu voto, Barroso afirmou que no caso do FGTS,
espécie de “poupança forçada”, de titularidade do
trabalhador, o saldo é corrigido por índice inferior
ao da poupança. Assim, o uso da TR não seria
“razoável”. No entendimento do ministro, não é
legítimo impor exclusivamente aos trabalhadores os
custos de políticas públicas (habitação, saneamento
e infraestrutura, que utilizam recursos do FGTS).
Fonte: Rede Brasil Atual
28/04/2023 -
Luiz Marinho discute revisão da reforma trabalhista
na Espanha: ‘Vamos beber dessa fonte’
Ministro brasileiro do Trabalho reuniu-se com a
colega Yolanda Díaz para conversar sobre as mudanças
no país europeu. Incluindo o trabalho em plataformas
digitais
“Vamos seguramente beber nessa fonte” – o processo
de revisão da reforma trabalhista –, afirmou o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
durante encontro com a 2ª vice-presidente e ministra
do Trabalho e Economia Social da Espanha, Yolanda
Díaz. A recente mudanca da legislação naquele país
foi o principal tema das conversas em Madri. O
representante brasileiro também buscou informações
sobre a Lei 12/2021, sobre trabalho em plataformas
digitais.
Marinho integra a comitiva do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que antes passou por Portugal.
Segundo ele, um dos objetivos é “mostrar ao
empresariado brasileiro que o diálogo social faz
bem”. O governo brasileiro afirma que as mudanças,
se ocorrerem, serão via negociação. Grupos de
trabalho estão discutindo alguns dos principais
temas.
Internacional do trabalho
“Estou convencida de que esta nova etapa entre Espanha
e Brasil é crucial para a construção de uma
internacional democrática que deve ser, ao mesmo
tempo, uma internacional laboral, que ponha os
interesses dos trabalhadores por cima dos interesses
daqueles que sempre gozaram de privilégios em nossos
países”, declarou a vice-presidenta.
Segundo ela, nesta quarta-feira (26) os dois países
deram “um passo adiante” ao assinar memorando de
cooperação. Em defesa dos direitos trabalhistas e da
democracia nas empresas, segundo afirmou. “Não pode
haver democracia sólida sem os trabalhadores e as
trabalhadoras.” A ministra disse seguir com “muita
atenção” o debate no Brasil. E observa que a
implementação do conceito de trabalho decente –
desenvolvido pelas Nações Unidas – ajuda a reduzir a
desigualdade no mundo.
Encontro com sindicalistas
Ontem, Lula e Luiz Marinho se encontraram com
dirigentes sindicais espanhóis, com o tema da
reforma trabalhista também incluído na pauta. “Podem
contar com a CCOO para comparar nossa experiência
nos processos de diálogo social, de análise ou
transição que afetam a Espanha e o mundo”, afirmou o
secretário-geral da central sindical, Unai Sordo, ao
receber o presidente brasileiro.
Segundo a entidade sindical Comisiones Obreras
(Comissões Operárias), a visita é ocasião para
retomar as relações políticas e econômicas entre os
países. “Na reconstrução que Lula conduz sobre a
presença brasileira no mundo, quase desmantelada por
seu antecessor, o ultradireitista Jair Bolsonaro”,
descreve a CCOO.
A Espanha aprovou uma revisão de sua legislação
trabalhista no início de 2022. Uma das principais
preocupações era com o grande número de contratos
temporários. Além disso, uma lei modificou o
Estatuto dos Trabalhadores para contemplar o
trabalho que envolve aplicativos.
Acesso aos algoritmos
“Os algoritmos merecem nossa atenção e análise, pelas
mudanças que estão introduzindo na gestão dos
serviços e atividades empresariais, em todos os
aspectos das condições de trabalho e, sobretudo,
porque essas alterações estão se dando de forma
distinta do sistema tradicional de participação das
pessoas trabalhadores na empresa”, diz trecho da
lei. Assim, a mesa de diálogo social não pode
“ignorar a incidência das novas tecnologias no
âmbito trabalhista e a necessidade de que a
legislação tenha em conta essa repercussão, tanto
nos direitos coletivos e individuais como na
competência das empresas”.
Dessa forma, foi introduzido um item no estatuto de
2015, a respeito do acesso a informações pelos
representantes dos trabalhadores. Assim, tornou-se
direito “ser informado pela empresa sobre os
parâmetros, regras e instruções em que se baseiam os
algoritmos ou sistemas de inteligência artificial
que afetam a tomada de decisões que podem incidir
nas condições de trabalho, no acesso e manutenção do
emprego”.
O mercado de trabalho da Espanha tem população ativa
de 23,488 milhões de pessoas, sendo 20,464 milhões
de ocupados e 3,024 milhões de desempregados. De
2021 para 2022, o total de ocupados cresceu 3,1% e o
desempregados caiu 11,8% O número de assalariados
por tempo indeterminado aumentou 9,2%, enquanto o de
temporários recuou 12,6%. Os dados, reunidos pelo
Ministério do Trabalho e Economia Social, são do
Instituto Nacional de Estatística (INE).
Fonte: Rede Brasil Atual
27/04/2023 -
Julgamento no STF sobre contribuição assistencial
nada tem a ver com imposto sindical, esclarece
Barroso
Para ministro, existe contradição entre
prestigiar a negociação coletiva e restringir o
financiamento das entidades. Assim, taxa
assistencial pode ser cobrada de todos, desde que
haja direito de oposição
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), divulgou esclarecimento sobre o
julgamento em curso que trata de contribuições para
entidades sindicais. Parte da mídia comercial
afirmou nos últimos dias que a Corte analisa a
“volta do imposto sindical”, mas o magistrado lembra
que esse assunto não faz parte da ação. O que se
discute, lembra Barroso, é a constitucionalidade da
contribuição assistencial a trabalhadores que não
são filiados a sindicatos.
O ministro observa que a contribuição assistencial
não pode ser confundida com a contribuição (ou
“imposto”) sindical. Esta deixou de ser obrigatória
a partir da “reforma” trabalhista de 2017 (Lei
13.467). “Portanto, o julgamento em questão não é
capaz de alterar nenhum ponto da Reforma
Trabalhista”, reforça Barroso.
Mudança de posição
O antigo imposto sindical era cobrado de todos os
trabalhadores, independentemente de filiação.
Equivalia a um dia de trabalho por ano. Também havia
cobrança para as entidades patronais, com base no
capital social das empresas.
O STF está prestes a mudar seu entendimento sobre a
contribuição assistencial. Barroso, em voto-vista
sobre o Recurso Extraordinário com Agravo (ARE)
1.018.459, admite a cobrança da contribuição todos
os trabalhadores, sindicalizados ou não. Mas desde
que cada um deles tenha o direito de oposição. O
recurso foi interposto pelo Sindicato dos
Metalúrgicos da Grande Curitiba.
Poder de negociação
“A cobrança das contribuições assistenciais está
prevista na CLT desde 1946. Ao contrário da
contribuição (ou “imposto”) sindical, a sua
arrecadação só pode ocorrer para financiar atuações
específicas dos sindicatos em negociações coletivas.
Como a jurisprudência do STF, construída ao longo
dos últimos anos, passou a conferir maior poder de
negociação aos sindicatos, identificou-se uma
contradição entre prestigiar a negociação coletiva
e, ao mesmo tempo, esvaziar a possibilidade de sua
realização, ao impedir que os sindicatos recebam por
uma atuação efetiva em favor da categoria
profissional”, argumenta o ministro.
Por isso, em seu voto, Barroso permite a cobrança da
assistencial, prevista em convenção ou acordo
coletivo, desde que o trabalhador possa,
individualmente, se opor ao desconto. “Trata-se de
solução intermediária que prestigia a liberdade
sindical e, ao mesmo tempo, garante aos sindicatos
alguma forma de financiamento”, comenta.
Até agora, cinco votos
Barroso acompanhou o voto revisto do relator, ministro
Gilmar Mendes, favorável à cobrança de todos os
trabalhadores. A ministra Cármen Lúcia também seguiu
o voto. Em seguida, Alexandre de Moraes pediu vista,
mas antes Edson Fachin e Dias Toffoli decidiram
acompanhar o relator. Então, neste momento, são
cinco votos a favor, faltando apenas um para que se
forme maioria sobre o tema.
Com isso, a proposta é de fixar a seguinte tese, com
repercussão geral:
É constitucional a instituição, por acordo ou
convenção coletivos, de contribuições assistenciais
a serem impostas a todos os empregados da categoria,
ainda que não sindicalizados, desde que assegurado o
direito de oposição.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/04/2023 -
Governo Lula ainda não decidiu se aumentará salário
mínimo para R$ 1.320, diz ministro
Reajuste dependerá de envio de medida provisória
ao Congresso, informou Carlos Lupi
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi,
afirmou nesta quarta-feira (25) que o governo Lula
ainda não definiu se haverá alteração no valor do
salário mínimo, hoje em R$ 1.302. O Orçamento foi
aprovado com a previsão de R$ 1.320 neste ano, e há
expectativa de que uma medida provisória aplique o
reajuste em maio.
“Foi negociado e proposto pelo governo o valor de R$
1.320, mas está R$ 1.302, e qualquer diferença
exigirá uma medida provisória e discussão com o
Congresso”, disse Carlos Lupi. “O valor não está
fechado ainda”, afirmou o ministro, alertando que os
ministérios da Fazenda; do Planejamento; e da Gestão
avaliam o assunto.
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, cada R$ 1
a mais no salário mínimo de R$ 1.302 elevaria hoje o
déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
em R$ 259,7 milhões. Na hipótese, seriam R$ 6,3
milhões extras na arrecadação do RGPS, ante um
acréscimo de R$ 266 milhões nos benefícios
previdenciários.
O ministro falou do salário mínimo durante reunião
da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da
Câmara dos Deputados. Carlos Lupi foi convidado para
explicar notícia segundo a qual o governo estaria
tentando encobrir rombo de R$ 7,7 bilhões em 2023
nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
O debate nesta quarta-feira foi proposto pelo
deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES). “A
Previdência é um tema sensível, portanto todo debate
com transparência ajuda os brasileiros e aqueles que
mais precisam”, afirmou o parlamentar.
Além de questionar a suposta “pedalada” no INSS,
Evair Vieira de Melo criticou descontos indevidos
nos benefícios e cobrou punições aos envolvidos.
“Existem inúmeras reclamações de aposentados e
pensionistas”, afirmou. Segundo Carlos Lupi, como os
descontos envolvem relação privada, pouco pode fazer
o governo.
Fila do INSS
Em resposta a parlamentares, o ministro da Previdência
Social anunciou que até o final do ano a meta é
atender novos pedidos de aposentadoria em até 45
dias, reduzindo a fila no INSS em cerca de 800 mil
pessoas. Hoje, segundo ele, cerca de 1,8 milhão
aguarda a resposta, sendo 1 milhão à espera de
perícia médica.
Para que essa meta seja atingida, Carlos Lupi espera
formalizar convênios com outros órgãos do Poder
Executivo e, assim, agilizar a análise cadastral nos
pedidos de aposentadoria. Ele informou que já se
reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
para pedir uma suplementação orçamentária para a
Previdência Social.
Participaram da reunião, presidida pela deputada Bia
Kicis (PL-DF), os deputados André Figueiredo
(PDT-CE); Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ); Capitão
Alberto Neto (PL-AM); Carla Zambelli (PL-SP); Daniel
Trzeciak (PSDB-RS); Gilson Daniel (PODE-ES);
Guilherme Boulos (Psol-SP); Jorge Solla (PT-BA);
Josenildo (PDT-AP); Junio Amaral (PL-MG); Márcio
Honaiser (PDT-MA); Mauro Benevides Filho (PDT-CE);
Padre João (PT-MG); Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP);
Rubens Pereira Júnior (PT-MA); Silas Câmara (Republicanos-AM);
e Tadeu Veneri (PT-PR).
Fonte: Agência Câmara
27/04/2023 -
Proposta para política de valorização do mínimo
Está aberto o debate sobre a política de
valorização do salário mínimo. O governo do
presidente Lula criou o Grupo de Trabalho, sob a
coordenação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, para estudar e fazer proposta para
concretizar o objetivo de promover o aumento real do
SM.
Clemente Ganz Lúcio*
As centrais sindicais apresentaram na Pauta da
Classe Trabalhadora a proposta de retomada dessa
importante política, parte essencial de dinâmica
econômica voltada para o desenvolvimento produtivo e
para a superação das desigualdades. Consideram que
os resultados alcançados pela política implementada
entre 2004 e 2016 foram muito positivos e robustos.
A política de valorização do SM garantiu aumento
real de mais de 78%, já descontada a inflação.
Atualmente o valor do SM é de R$ 1.302, dos quais R$
584 correspondem ao aumento real, o que incrementa
anualmente em mais de R$ 400 bilhões a massa de
rendimentos da economia.
Na primeira reunião do GT que trata do assunto, as
centrais sindicais apresentaram o estudo propositivo
elaborado pelo Dieese no qual indicam as regras para
a nova política de valorização do SM.
A proposta parte do pressuposto de que a experiência
passada de sucesso é ótima referência. Portanto, em
essência, propõem e defendem que a base da
valorização do SM seja a mesma política já executada
pelo governo do presidente Lula e da presidenta
Dilma, qual seja: mantida a data base de janeiro,
aplicar o reajusta do INPC dos últimos 12 meses
(janeiro a dezembro do ano anterior) para repor o
poder de compra e aumento real correspondente ao
crescimento da economia, este medido pela variação
do PIB (Produto Interno Bruto).
Essa é a base para o futuro que está assentada no
sucesso do passado.
A proposta apresenta também medidas complementares
para acelerar esse crescimento, considerando que há
grande distância a ser coberta pelos aumentos reais
para que o SM venha a cumprir os preceitos
constitucionais de atender às necessidades básicas
do trabalhador e da família ou, de forma
intermediária a este objetivo, chegar e manter no
mínimo valor que corresponda a 60% do salário médio
da economia, este objetivo é perseguido e mantido na
maior parte dos países desenvolvidos.
Esse acelerador significa no curto prazo, ou seja,
nos próximos 3 anos, implementar o aumento real não
aplicado pelo governo anterior, repondo a trajetória
de crescimento da economia ao aumento do SM (5,4%
aplicado em 3 parcelas anuais de 1,77%).
Considerando, a longo prazo, que garantir aumento
real ao SM é parte da estratégia de sustentação do
crescimento econômico por meio da ampliação do
consumo das famílias a partir da renda da base da
pirâmide salarial, o Dieese calculou qual foi a
variação média do PIB entre 1994 e 2022,
identificando crescimento médio anual do PIB de 2,4%
no período.
Objetivamente esse é um crescimento muito aquém
daquilo que o País precisa para promover mudanças
estruturais para alcançar padrão de desenvolvimento
socioambiental desejado.
Diante disso, as centrais propõem que a política de
valorização tenha como piso de aumento real, no
mínimo, esse crescimento médio passado de 2,4%, caso
o PIB tenha aumento inferior, sinalizando que o
aumento da base salarial é produto econômico a ser
promovido na sociedade brasileira.
Simples assim.
Fácil de implementar? Não.
Sem dúvida possível, se o nosso entendimento e
compromisso coletivo for com as transformações
estruturais que superem a fome, a pobreza, as
desigualdades, e estejamos mobilizados pelo sentido
essencial de justiça reunidos pela tarefa de
realizar mudanças fundamentais e organizados para
promover desenvolvimento produtivo em novo padrão de
industrialização.
(*) Professor universitário e sociólogo. Foi
diretor técnico do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos). Foi membro do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social e atuou no Comitê
Gestor. Assessor do Fórum das Centrais Sindicais
Fonte: Diap
26/04/2023 -
Nova Central também mobiliza para o 1º de Maio
As Centrais Sindicais realizam o 1º de Maio
Unificado, a partir das 10 horas, no Vale do
Anhangabaú, Centro, SP. Haverá também shows musicais
e atrações culturais. Tudo grátis.
O presidente Lula confirmou presença. Também foram
convidados o prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB)
e governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
As Centrais trabalham pra reunir cerca de 45 mil
pessoas no Anhangabaú. Segundo Moacyr Tesch,
presidente interino da Nova Central, por ser um ato
unificado, a representatividade dos trabalhadores
deve ser ampla. “Participam Servidores, rodoviários,
trabalhadores em turismo, entre tantos outros.
Estamos reforçando a convocação”, afirma.
O lema do 1º de Maio é “Emprego, Renda, Direitos e
Democracia”. Na pauta, 15 reivindicações que tratam
desde política de valorização do salário mínimo até
regulamentação do trabalho por aplicativos.
Salário mínimo – A expectativa gira em torno
do anúncio da nova política de valorização do
mínimo, um dos compromissos de campanha de Lula e
Item 1 da Pauta da Conclat 2022.
Pra definir essa política, foi criado em 18 de
janeiro um Grupo de Trabalho com as Centrais,
técnicos e vários Ministérios, que formularam
proposta ao governo. Os sindicalistas esperam que o
anúncio seja feito no ato do 1º de Maio.
“É uma política muito importante para o povo
brasileiro e uma das promessas de Lula. Entregamos a
proposta. Esperamos o retorno do governo”, diz
Moacyr. Ele completa: “O presidente sempre afirmou
que temos que cobrar. Estamos fazendo nosso papel”.
Estados – Além do ato nacional em SP, serão
realizadas atividades nas principais Capitais: Rio,
Salvador, Fortaleza, Distrito Federal, entre outras,
celebrarão o Dia do Trabalhador.
Agenda – Nesta segunda (24), as Centrais
voltam a se reunir. O encontro acontece às 9 horas
na CTB, Zona Oeste paulistana. O 1º de Maio é um dos
pontos da pauta.
Mais – Sites das Centrais.
Fonte: NCST
26/04/2023 -
Lula e Marinho se reúnem com lideranças sindicais
espanholas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro
do Trabalho, Luiz Marinho, se reuniram nesta
terça-feira (25/4), em Madri, com lideranças
sindicais espanholas do Sindicato Unión General de
Trabajadoras y Trabajadores de España (UGT) e da
Comisiones Obreras (CCOO).
Os sindicalistas lembraram que se reuniram com Lula
em novembro de 2021 e que disseram que a próxima vez
que se encontrassem seria com ele como presidente do
Brasil, e assim aconteceu.
O presidente e as centrais conversaram sobre a
reforma trabalhista na Espanha, que recuperou
direitos e lidou com a questão da melhora de
condições de vida dos trabalhadores de aplicativos.
Uma das conquistas dos trabalhadores espanhóis foi a
obrigação de que as empresas abram os dados e
parâmetros dos algoritmos das empresas.
Fonte: Planalto
26/04/2023 -
INSS precisa de recursos para reduzir filas, diz
Carlos Lupi
Ministro da Previdência reuniu-se com Haddad
nesta segunda
A Previdência Social precisa de recursos para
reduzir as filas do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), disse nesta segunda-feira (24) o
ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele
reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, para pedir verbas para cumprir a promessa de
campanha eleitoral de acabar com as filas na
concessão de aposentadorias, auxílios e pensões.
De acordo com Lupi, para zerar as filas do INSS, o
governo precisa fazer uma suplementação orçamentária
(remanejamento de verbas) para conceder até 900 mil
benefícios a mais que o previsto e zerar a fila em
2023.
“Para o que está sendo previsto de crescimento
vegetativo, de 1,1 milhão [de beneficiários] por
ano, que todo ano cresce, os recursos estão
previstos e orçados. Além desse crescimento
vegetativo, de cerca de 1 milhão, teremos de 800 mil
a 900 mil [beneficiários] a mais. Então, nós temos
também que encontrar uma solução para o pagamento”,
declarou Lupi.
O ministro da Previdência disse não ser possível
prever o impacto dos benefícios adicionais sobre o
Orçamento. Além de o valor dos benefícios variar,
informou Lupi, é necessário verificar o peso de cada
benefício na fila. Ele também citou a carência de
médicos peritos como motivo para a demora nas filas.
“Essa não é uma questão simples de resolver. Existem
vários tipos de problemas diferentes. Você tem a
perícia. A pessoa está de licença médica, e os
peritos avaliam se aquela licença é condizente. São
pessoas que pedem aposentadoria por invalidez e
precisam fazer um exame médico para isso”, declarou.
Segundo Lupi, existem 3,5 mil médicos peritos
trabalhando atualmente.
Lupi reiterou que pretende eliminar a fila do INSS
até o fim do ano. Ele prometeu que todos os
beneficiários terão os processos de pedidos de
benefícios decididos em até 45 dias, prazo
tradicional de análise do INSS.
Fonte: Agência Brasil
26/04/2023 -
Contribuição assistencial a sindicatos está a um
voto de ser aprovada pelo Supremo
Para passar a valer a contribuição assistencial é
preciso que os trabalhadores e as trabalhadoras
aprovem em assembleia. Índice a ser contribuído
também precisará da aprovação da categoria
por: Rosely Rocha
O recurso para analisar a legalidade da contribuição
assistencial para custear o funcionamento de
sindicatos, que está sendo julgado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), recebeu cinco votos
favoráveis por parte dos ministros Dias Toffoli,
Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luís
Roberto Barroso.
Na última sexta-feira (21), o ministro Alexandre de
Moraes pediu vistas e tem um prazo de 90 dias para
declarar o seu voto. A Corte é composta por 11
ministros, mas no momento, com a aposentadoria de
Ricardo Lewandowski, tem 10 membros. Portanto, a
contribuição assistencial está a um voto de ser
aprovada pela maioria dos ministros do STF.
No entendimento dos ministros que votaram a favor,
mesmo que a maioria da assembleia aprove a
contribuição, o trabalhador que se opor poderá pedir
o não pagamento, mas deverá fazer uma manifestação
expressa, por escrito.
Diferente do imposto sindical, extinto em 2017, em
que o trabalhador contribuía com um dia do ano do
seu salário, a contribuição será feita, inclusive,
pelos não sindicalizados, somente se for aprovada
pela maioria dos trabalhadores em assembleia,
portanto, sem ser obrigatória. Outra diferença é que
a contribuição sindical serve para remunerar as
atividades que o sindicato realiza para beneficiar o
trabalhador.
Para o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT
Nacional, Valeir Ertle essa é uma importante decisão
porque os sindicatos quando negociam melhores
salários e direitos negociam para toda a categoria.
“São os sindicatos que negociam os reajustes e a
aplicação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT)
para todos, e mesmo os que não são sindicalizados
são beneficiados, e isto tem um custo financeiro
para os sindicatos”, diz Valeir.
O dirigente ressalta que é muito importante que os
trabalhadores entendam que somente um sindicato
forte terá condições de “brigar” por melhores
salários e condições de vida.
“Fortalecer os sindicatos é fortalecer o poder de
negociação de todas as categorias de trabalhadores”,
diz Ertle.
O que disseram os ministros em seus votos
Ao apresentar seu voto na terça (18), Barroso trouxe a
tese de que a contribuição assistencial por
trabalhadores não associados é constitucional,
podendo ser instituída por acordo ou convenção
coletivos, desde que seja permitido ao empregado se
opor à cobrança.
"Convoca-se a assembleia com garantia de ampla
informação a respeito da cobrança e, na ocasião,
permite-se que o trabalhador se oponha àquele
pagamento. Ele continuará se beneficiando do
resultado da negociação, mas, nesse caso, a lógica é
invertida: em regra admite-se a cobrança e, caso o
trabalhador se oponha, ela deixa de ser cobrado",
afirmou Barroso.
Na votação, Gilmar Mendes mudou seu entendimento em
relação ao julgamento da questão feita no plenário
virtual do STF em 2020, quando havia rejeitado os
argumentos apresentados nos recursos, quando o
Supremo entendeu que a cobrança da contribuição
assistencial era inconstitucional.
"Havendo real perigo de enfraquecimento do sistema
sindical como um todo, entendo que a mudança de tais
premissas e a realidade fática constatada a partir
de tais alterações normativas acabam por demonstrar
a necessidade de evolução do entendimento
anteriormente firmado por esta Corte sobre a
matéria, de forma a alinhá-lo com os ditames da
Constituição Federal", afirmou Mendes.
Fachin ressaltou de que a contribuição assistencial
é exigível de toda a categoria, independentemente de
filiação.
A ministra Carmen Lúcia seguiu o entendimento que os
trabalhadores não sindicalizados podem contribuir
desde que não se oponham.
Fonte: CUT
26/04/2023 -
Sindicatos criticam incidência de contribuição de
inativos sobre valores acima do mínimo
Para deputada, emenda constitucional permite que
servidores que recebem abaixo do teto do INSS sejam
tributados em até 14%
Debatedores criticaram nesta segunda-feira (24), em
audiência pública na Comissão de Administração e
Serviço Público da Câmara dos Deputados, a cobrança
de contribuição previdenciária de servidores
públicos aposentados e pensionistas sobre valores
que superem um salário mínimo (hoje, R$ 1.302).
Essa regra está em vigor desde a Emenda
Constitucional 103, a qual estabelece que, havendo
déficit atuarial nas contas da Previdência Social, a
contribuição dos inativos pode incidir sobre valores
que excedam o salário mínimo. Antes, a Emenda
Constitucional 41 previa a incidência da
contribuição apenas sobre valores que ultrapassassem
o teto do Regime Próprio da Previdência Social-RGPS
(hoje, R$ 7.507,49).
Questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) por
meio de 12 ações diretas de inconstitucionalidade, a
regra atual recebeu voto favorável do ministro
relator, Luís Roberto Barroso. A decisão, no
entanto, está suspensa após voto divergente do
ministro Edson Fachin e um pedido de vista do
ex-ministro Ricardo Lewandowski.
A deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP),
que propôs o debate, afirmou que a audiência retoma
a luta contra ataques à aposentadoria de
trabalhadores. “Chegamos aqui com o compromisso de
revogar covardias e maldades praticadas contra
servidores aposentados e pensionistas”, disse. “Essa
emenda autoriza que servidores públicos que recebem
abaixo do teto do INSS possam ser confiscados,
retirando de seus salários até 14%”, completou. O
deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) afirmou que o
“confisco de aposentados é uma covardia.”
Reforma nos estados
Representando o Ministério da Previdência Social, a
coordenadora-geral de Normatização e Acompanhamento
Legal do Departamento de Regimes da Previdência,
Cláudia Fernanda Iten, explicou que a emenda
constitucional não impõe a adoção da regra por
estados e municípios.
“A emenda constitucional deu autonomia para que os
entes federativos façam suas próprias reformas. O
artigo 149, § 1º, da Constituição Federal, não é
autoaplicável”, disse. “Então, enquanto não houver o
referendo desse artigo na lei local, a contribuição
dos aposentados e pensionistas continua sendo
somente sobre a parcela que ultrapassa o teto do
regime geral [INSS]”, acrescentou.
Cláudia Iten informou, por fim, que o painel de
acompanhamento do ministério mostra que cerca de 30%
dos entes com regime próprio fizeram a reforma
local. “Grande parte referendou o artigo 149 e
começou a cobrar a contribuição sobre valores abaixo
do texto do regime geral, mas não necessariamente
acima do salário mínimo. Muitos passaram a cobrar
acima de 2 salários”, disse.
Reforma revogada
Deputado estadual de São Paulo, Carlos Giannazi (Psol)
afirmou que, após uma grande mobilização no estado,
a reforma que adotou o artigo 149 acabou revogada.
“Estávamos com 600 mil aposentados e pensionistas
sendo confiscados por essa reforma previdenciária
que foi aprovada pela reforma estadual.”
Presidente da Associação de Professores Aposentados
do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp),
Walneide Romano destacou a mobilização de diversas
entidades para conscientizar a população da
importância de revogar a medida pela Assembleia
Legislativa do Estado de S. Paulo.
“Passados mais de dois anos, o governador Rodrigo
Garcia sancionou, no dia 4 de novembro de 2022, a
lei que revogou a contribuição previdenciária de
servidores aposentados e pensionistas do estado que
ganham até o teto salarial do INSS”, disse.
Também participaram da audiência representantes da
Confederação dos Servidores Públicos do Brasil
(CSPB), Confederação dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef), Sindicato de
Especialistas de Educação do Magistério Oficial do
Estado de São Paulo (Udemo) e diversos sindicatos do
Estado de São Paulo.
Fonte: Agência Câmara
26/04/2023 -
“Eu sei o custo da inflação para os mais pobres”,
afirma Campos Neto em audiência no Senado
Sobre o mandato para perseguir o pleno emprego, o
presidente do BC respondeu que o mercado de trabalho
está perto do seu melhor momento
Questionado nesta terça-feira, 25, pelo senador
Fabiano Contarato (PT-ES), em audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado,
sobre a alta de preços de alimentos para os mais
pobres, o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto, respondeu que a inflação é o imposto
mais perverso que existe e disse saber o custo para
os mais pobres.
“O senhor sabe quanto custa um litro de leite, um
quilo de arroz, de feijão? Temos que sair da Faria
Lima e interagir com a população que mais precisa. O
BC possui mandato de fomentar pleno emprego. O que
tem sido feito para cumprir esse objetivo?”,
perguntou o parlamentar.
“Eu sei o custo da inflação para os mais pobres e
muitos estudos mostram a perda de capacidade de
compra da população. A inflação é o imposto mais
perverso que existe, prejudicando os pobres. A
inflação melhora situação fiscal, mas à custa de
desigualdade e piora em consumo”, rebateu Campos
Neto.
Sobre o mandato para perseguir o pleno emprego, o
presidente do BC respondeu que o mercado de trabalho
está perto do seu melhor momento nos últimos seis ou
sete anos e acrescentou que as pessoas têm tido
reajustes salariais para repor a inflação.
“Temos que perseguir a meta, que não é estabelecida
pelo governo, não pelo BC. Esse exercício de alongar
horizonte de convergência de inflação tem que ser
feito com credibilidade”, repetiu Campos Neto.
Fonte: InfoMoney
25/04/2023 -
Reforma ameaça a morte do Movimento Sindical
O professor, jornalista, analista político do DIAP –
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
e sócio da Contatos Assessoria Política, André
Santos, fez uma retrospectiva dos últimos mandatos
presidenciais pós golpe democrático e ditadura
militar e analisou em detalhes a inoportunidade de
uma reforma sindical como está sendo proposta por
três Centrais Sindicais (CUT, Força e UGT),
estimando que pode ser a morte do Movimento Sindical
Brasileiro.
“Não há um cenário positivo do sindicalismo na
representação do Congresso que facilite qualquer
reforma sindical. Isso pode trazer dificuldade. Hoje
é maior ideologicamente o quadro de representação de
direita que não simpatiza com o movimento sindical”,
destacou.
O projeto, segundo os próprios relator e proponente
do PL 5.552/2019, que foi elaborado pelo Fórum
Sindicato dos Trabalhadores – FST e apresentado pelo
deputado federal Lincoln Portela, tendo como relator
o deputado Luís Carlos Mota, também presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
– CNTC, não pode, no momento, ser apresentado em sua
originalidade pois encontraria resistência na
composição do Congresso. Até porque há concorrência
na substituição de Arthur Lira, na presidência do
Congresso Nacional.
"É preciso um cuidado muito grande para que o “tiro
não saia pela culatra”.
Na pauta sindical, o financiamento está atrelado a
negociação coletiva. Tudo o que se discute no
Congresso está relacionado a negociação. Grupos
empresariais analisam o trabalho intermitente. O
trabalho em aplicativos é outro tema que também tem
muita resistência na representação empresarial.
Há ainda a pauta social, onde estão em discussão os
programas mais médicos, bolsa família e salário
mínimo, que são prioridades.
Numa rápida e positiva visão histórica dos
presidentes Tancredo ao terceiro mandato de Lula,
reavivou a memória dos participantes do Seminário
numa releitura do que aconteceu no país, não apenas
no campo político, mas também da importância do
Sindicalismo em todo o processo.
Aproveitou ainda para repassar pelos partidos
políticos, desde o bipartidarismo com Arena e MDB,
até o pluripartidarismo que hoje contempla quase 40
unidades distintas e com diversas ideologias, com
poucos sólidos e muitos adaptados as variadas
representações políticas que hoje sobrevivem.
Traduziu a pouca representação do Executivo no atual
momento, com fortalecimento do Legislativo e do
Judiciário e amplitude dos impedimentos econômicos.
O aproximar da eleição municipal é outro entrave
para a atuação executiva para melhorar a renda do
setor social brasileiro, um dos carros chefes da
promessa do atual governo. Com um orçamento restrito
e controlado, o governo perde força até na escolha
de cargos.
Morte sindical
O presidente interino da Nova Central Sindical dos
Trabalhadores, Moacyr Auersvald, participou, de
Curitiba, do Seminário de hoje, relatando a disputa
que ele chamou de “ingrata” para o movimento
sindical. Moacyr relatou sua maratona no Norte e
Nordeste Brasileiro e anunciou que proximamente
estará circulando pelo Sudeste (São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais).
Acusou que há uma intenção de que fundir categorias
e isso vai representar a volta para no máximo 20
representações em todo o Brasil ou um Conselho
Nacional com a participação apenas dos 30 maiores
sindicatos, o que concentraria a representação
nacional praticamente a São Paulo, onde estão os
maiores sindicatos brasileiros.
Moacyr citou também que hoje, com a eleição de um
governo democrático, que sempre defendeu a
pluralidade de representação e agora se vê acossado
por um segmento que tenta se adonar das nossas
representações.
“A Nova Central não quer a reforma num momento de
desgaste absoluto, pela falta de unicidade,
ultratividade e custeio. Defende a manutenção do
artigo 8º da Constituição Federal”.
Fonte: Imprensa Contratuh
25/04/2023 -
Nota de Repúdio: O Brasil diz não à violência contra
as mulheres
As Mulheres representantes das Centrais Sindicais
signatárias abaixo repudiam todas as formas de
violência e opressão contra as mulheres. O
emblemático caso do empresário Thiago Brennand,
preso nos Emirados Árabes e que será extraditado em
breve para o Brasil, é uma vitória da Justiça
Brasileira.
O empresário sofre as acusações de estupro,
agressão, cárcere privado. A notícia de sua prisão e
extradição é positiva para o processo judicial e
demonstra que a Justiça do Brasil agirá de forma
firme e intolerante.
Não podemos, de forma alguma, naturalizar as
violências e opressões de gênero e, o que é pior,
culpabilizar as mulheres por essas ações! Sabemos
que, infelizmente, violência contra a mulher não tem
data e nem local para acontecer. Mas tampouco
podemos normalizar e admitir que casos como esse
continuem ocorrendo.
É importante destacar que no Brasil o Respeito às
mulheres voltou! A proteção dos direitos das
mulheres contra todas as formas de discriminação com
vistas a dar dignidade como indivíduos e titulares
de direitos. Vale também destacar que o efetivo
acesso à Justiça otimiza o potencial emancipatório e
transformador da sociedade.
Nossa luta é sempre por melhores condições de
trabalho, pelo fim das desigualdades sociais, do
machismo, do racismo, da homofobia e de todas as
formas de preconceito.
Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das
Centrais Sindicais – FNMT
Sônia Maria Zerino da Silva, Secretária Nacional de
Gênero da NCST
Antonieta de Cassia Dorledo, Secretária Nacional de
Mulheres da CSB
Celina Arêas, Secretária Nacional da Mulher
Trabalhadora da CTB
Juneia Batista, Secretária Nacional dde Mulheres da
CUT
Maria Auxiliadora dos Santos, Secretária Nacional de
Políticas para as Mulheres e Gênero da Força
Sindical
Santa Regina, Secretária Nacional da Mulher da UGT
Nilza Pereira de Almeida, Secretária-geral da
Intersindical
Fonte: NCST
25/04/2023 -
Governo está preparado para embate político sobre 8
de janeiro no Congresso, diz Padilha
Ministro de Relações Institucionais reuniu-se no
Palácio do Planalto com os líderes do governo na
Câmara, José Guimarães, e no Senado, Jaques Wagner
O ministro das Relações institucionais, Alexandre
Padilha, disse, nesta segunda-feira (24), que o
governo federal está preparado para o embate
político no Congresso sobre os atos antidemocráticos
de 8 de janeiro em Brasília, em resposta à
divulgação de novos vídeos sobre o ocorrido no fim
de semana.
Em entrevista à GloboNews, Padilha disse ainda que,
caso uma comissão parlamentar mista de inquérito
(CPMI) seja criada para investigar os ataques às
sedes dos Três Poderes, o governo escalará
parlamentares com experiências nesse tipo de
comissão para, em suas palavras, destruir a
“narrativa terraplanista” de que vítimas dos ataques
são responsáveis pelos atos, em meio à difusão entre
membros da oposição sobre a corresponsabilidade de
autoridades governamentais.
“Estaremos preparados para o embate político que
haverá no Congresso. Na nossa opinião, a apuração
dos atos terroristas está sendo feita pelo
Judiciário, pela Polícia Federal, pela AGU e vamos
continuar impulsionando essa ação”, disse.
“E vamos sim fazer o embate político, destruir essa
narrativa terraplanista que segmentos da oposição
tentam fazer querendo dizer que as vítimas dos atos
terroristas –que foi a democracia, foi o Congresso,
foi o Judiciário, foi o Executivo– são os
responsáveis. Então nós vamos fazer o enfrentamento
sim, caso seja instalada a CPMI, caso ela seja lida
nesta semana na sessão do Congresso”, acrescentou.
Padilha reuniu-se na manhã no Palácio do Planalto
com os líderes do governo na Câmara, José Guimarães
(PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para,
segundo o ministro, debater as prioridades do
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
está em viagem oficial a Portugal, no Congresso para
esta semana.
Ele confirmou que a possibilidade da instalação de uma
CPMI sobre os ataques de 8 de janeiro também fez
parte da pauta do encontro e assegurou que o governo
indicará parlamentares experientes para compor a
comissão.
“Se for lida a instalação da CPMI no Congresso, nós
estamos preparando sim um time forte, experiente,
que tem experiência em CPIs, que já acompanharam
outras CPIs. Nós temos tanto no Senado quanto na
Câmara parlamentares extremamente experientes e que
vão, caso instalada, trabalhar fortemente, nós vamos
estar acompanhando, para botar uma pá de cal nesta
teoria terraplanista.”
Fonte: InfoMoney
25/04/2023 -
Lei prevê inclusão de dados sobre raça em documentos
trabalhistas
Pelo texto, informações deverão subsidiar
políticas públicas para promover igualdade racial no
mercado de trabalho
Já está em vigor a
Lei 14.553/23, que determina a inclusão de
informações sobre pertencimento a segmento
étnico-racial em registros administrativos
direcionados a empregadores e a trabalhadores do
setor privado e do setor público, a fim de subsidiar
políticas públicas.
Sancionado sem vetos pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o texto publicado no Diário Oficial
da União nesta segunda-feira (24) decorre de uma
iniciativa do deputado Vicentinho (PT-SP), aprovada
pela Câmara em 2019 (PL 7720/10) e pelo Senado em
março deste ano.
A nova lei altera o Estatuto da Igualdade
Racial para estabelecer procedimentos e critérios de
coleta de informações relativas a cor e raça no
mercado de trabalho. Essas informações deverão ser
utilizadas na Política Nacional de Promoção da
Igualdade Racial, instituída por aquele estatuto.
Pela norma sancionada, os empregadores deverão
incluir, nos registros administrativos assinados
pelos empregados, um campo para que eles possam se
classificar segundo o segmento étnico e racial a que
pertencem, com utilização do critério da
autoclassificação e em grupos previamente
delimitados.
A medida abrangerá formulários de admissão e
demissão e de acidente de trabalho; a inscrição de
segurados e dependentes no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS); as pesquisas do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o
registro feito no Sistema Nacional de Emprego (Sine);
e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
A nova lei estabelece ainda que o IBGE fará, a cada
cinco anos, uma pesquisa destinada a identificar o
percentual de ocupação por parte de segmentos
étnicos e raciais no âmbito do setor público, a fim
de obter subsídios direcionados à implementação da
Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
Ao apresentar o projeto de lei em 2010, o deputado
Vicentinho lembrou que essas medidas haviam sido
discutidas durante os sete anos de tramitação, no
Congresso, da proposta que originou o Estatuto da
Igualdade Racial, mas acabaram rejeitadas em razão
da “emotividade” que marcou aquele debate.
Fonte: Agência Câmara
25/04/2023 -
Comissão de Fiscalização Financeira questiona Carlos
Lupi sobre desconto sindical em aposentadorias
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da
Câmara dos Deputados ouvirá nesta quarta-feira (26),
o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele
deverá falar sobre os descontos na folha de
pagamento dos aposentados em benefício de entidades
sindicais.
"Existem inúmeras reclamações de aposentados e
pensionistas afirmando a ocorrência de descontos
incidentes na folha, sem consentimento ou
desautorizados pelo beneficiário, da mensalidade
sindical", afirma o deputado Evair Vieira de Melo
(PP-ES), que pediu a realização da audiência.
Segundo ele, muitos segurados nem sabem que estão
pagando a mensalidade, porque "os inativos
dificilmente têm acesso à cópia do contracheque, que
apenas fica disponível na internet".
Vieira lembra que a dedução da mensalidade sindical
da aposentadoria só pode ser feita quando for
expressamente autorizada pelo segurado, "o que não
está sucedendo".
A audiência com Lupi será realizada a partir das 10
horas, no plenário 9.
Fonte: Agência Câmara
24/04/2023 -
Moraes pede vista e suspende análise de contribuição
assistencial
Não há prazo definido para o tema voltar a ser
discutido
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (21) vista
[mais tempo para examinar a matéria] do processo no
qual a Corte pode validar a cobrança da contribuição
assistencial aos sindicatos.
Com a decisão, não há prazo definido para o tema
voltar a ser discutido pelos ministros.
O caso é analisado no plenário virtual da Corte
desde sexta-feira (14). Até o momento, os ministros
Gilmar Mendes, relator, Luís Roberto Barroso e
Cármen Lúcia se manifestaram favoravelmente à
cobrança, que foi considerada inconstitucional em
2017 pelo próprio Supremo.
Cobrança
O processo específico julgado pela Corte trata da
possibilidade de cobrança nos casos de trabalhadores
não filiados aos sindicatos de sua categoria.
A contribuição assistencial está prevista no Artigo
513 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e
deve ser instituída pelos sindicatos por meio de
acordos e convenções.
A contribuição não se confunde com a contribuição
sindical, mais conhecida como imposto sindical, que
foi extinto com a reforma trabalhista de 2017 e não
está sendo analisado pelos ministros neste
julgamento.
Se a maioria do STF aprovar a volta do imposto,
acordos e convenções coletivas poderão ser impostas
a toda categoria de trabalhadores, conforme prevê a
lei, inclusive não sindicalizados, desde que seja
dada opção de recusa.
O julgamento seria encerrado nesta segunda-feira
(24).
Fonte: Agência Brasil
24/04/2023 -
Revisão do FGTS: voto de Barroso surpreende juristas
por não propor correção de valores passados
Se o voto do ministro prevalecer, perdas
anteriores em relação à inflação dos valores
depositados em contas do FGTS não serão compensadas
O voto do ministro Luís Roberto Barroso, relator no
Supremo Tribunal Federal (STF) da ação que discute a
correção monetária do Fundo de Garantia de Tempo de
Serviços (FGTS), causou surpresa em advogados, que
esperam algum tipo de modulação dos efeitos.
Barroso defendeu que a remuneração do FGTS não deve
ser menor que a da caderneta de poupança e propôs
que os efeitos da decisão passem a valer apenas para
o futuro, a partir da publicação da ata do
julgamento. Seu voto foi seguido pelo ministro André
Mendonça, mas o julgamento foi suspenso e será
retomado na próxima quinta-feira (27).
“Ao mesmo tempo em que o ministro reconhece a
necessidade de se garantir o direito à propriedade
dos trabalhadores, de modificar o atual modelo, ele
impossibilitou as discussões judiciais ao determinar
efeitos prospectivos. Eu acredito que isso ainda vai
gerar discussão”, afirmou a advogada Caroline
Floriani Bruhn de Lima, do escritório Bastos-Tigre,
Coelho da Rocha, Lopes e Freitas.
Se o voto de Barroso prevalecer, as perdas passadas
dos valores depositados em contas do FGTS, ba
comparação com a inflação do período, não serão
compensadas. O voto do ministro propõe que essas
perdas sejam tratadas pela via legislativa ou por
negociação coletiva, mas não diz como.
“Eu acreditava que ele daria ao menos algum período
retroativo, até pela antiguidade da ação”, afirma
Matheus Amorim, do SGMP Advogados.
A expectativa de correção retroativa levou a uma
“corrida” de trabalhadores aos escritórios de
advocacia para ajuizar ações. O objetivo era
garantir a compensação das perdas caso o Supremo
decida que somente quem tem ações ajuizadas até o
final do julgamento poderá pedir a correção.
Atualmente, o FGTS é corrigido pela Taxa Referencial
(TR) mais 3% ao ano. O Solidariedade, que propôs a
ação, argumenta que desde 1999 o índice não é
suficiente para repor o poder aquisitivo dos
trabalhadores.
Na prática, se o voto do relator for seguido pelos
demais ministros, nada mudará em relação à
remuneração atual do FGTS. Isso porque, desde 2019,
o rendimento do FGTS já está acima do que rende a
caderneta de poupança.
Fonte: InfoMoney
24/04/2023 -
Centrais sindicais se reúnem com entidades de base e
esperam levar 45 mil ao Vale do Anhangabaú no 1º de
Maio
As centrais sindicais se reuniram com as entidades
de base na sede do Sindicato dos Bancários, no
Centro de São Paulo, na manhã desta quarta-feira
(19), para reforçar as ações para o ato unificado
que será realizado no Dia Internacional do
Trabalhador.
Presente ao encontro, o vice-presidente nacional da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), Renê Vicente, destacou a importância da
iniciativa. “O 1º de maio é marcado pela pauta da
reconstrução nacional e as centrais sindicais têm
como papel buscar o desenvolvimento, geração de
empregos e distribuição de renda. Nós fortalecemos o
chamamento junto às entidades de base. Então, é
importante que a gente dê visibilidade ao ato e
agora, nessa reta final, reforçar a distribuição de
panfletos e o chamamento e organização das
categorias para que compareçam”, afirmou o
dirigente.
A meta das centrais é levar entre 40 e 45 mil
trabalhadores e trabalhadoras no Vale do Anhangabaú,
onde será realizado o principal evento do país.
Fonte: Portal CTB
24/04/2023 -
Avanços Fundamentais – Por João Guilherme Vargas
Netto
De todas as fotos que nos chegaram da cobertura pela
mídia grande e redes sociais, da visita presidencial
brasileira à China, quero destacar uma por seu
caráter singular, inaudito e relevante. A
singularidade é sempre uma chave.
Refiro-me à foto em que aparecem, pela ordem da
esquerda à direita, o presidente Lula, o presidente
do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo,
Moisés Selerges, o presidente da Força Sindical,
Miguel Torres, o presidente Xi, o presidente da UGT,
Ricardo Patah, o presidente da CUT, Sergio Nobre, e
o dirigente do MST, João Pedro Stédile.
É inaudito que dois Presidentes, de grandes e
poderosos países, se fotografem juntos com uma
delegação de dirigentes sindicais em visita ao país
anfitrião. Não concebo no mundo inteiro de hoje a
possibilidade de uma situação parecida.
O retrato é a confirmação da relevância para o
visitante e para o visitado do movimento sindical
dos trabalhadores, representado pelos dirigentes
sindicais brasileiros, que sofreram nos anos
bolsonaristas o mais afetado desprezo.
Os dirigentes sindicais participaram ativamente de
todos os grandes eventos durante a visita e, em
especial, reuniram-se com os colegas chineses que
foram convidados a visitar o Brasil.
Trata-se agora na volta da responsabilidade
acrescida depois desses desempenhos. A grande tarefa
que lhes será incumbida em sua volta, juntamente com
todos os dirigentes sindicais, será a organização e
efetivação das comemorações unitárias do 1º de Maio
(para as quais os convidados chineses não tiveram
condições de aceitar o convite de participação
devido à premência do tempo), tendo como eixo
central a defesa da política do salário mínimo e o
anúncio de seu novo valor.
Assim como ficaram bem na foto, os dirigentes,
cumprindo a pauta da Conclat 2022, devem fazer
redobrados esforços para garantir esses avanços,
fundamentais para os trabalhadores, para a economia
e para o próprio governo brasileiro.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
24/04/2023 -
Lula sanciona mudanças sobre aplicação da Lei Maria
da Penha
A motivação dos atos e a condição do agressor e da
vítima não são critérios para excluir a aplicação da
Lei Maria da Penha a casos de violência. Essa é a
previsão que passou a constar do texto da Lei
11.340/2006 a partir desta quinta-feira (20/4), com
a publicação de uma nova norma sancionada pelo
presidente Lula.
A
Lei 14.550/2023 acrescenta o artigo 40-A à Lei
Maria da Penha, para determinar que ela será
aplicada a "todas as situações previstas em seu
artigo 5º, independentemente da causa ou da
motivação dos atos de violência e da condição do
ofensor ou da ofendida".
Ela também altera o artigo 19 da Lei Maria da Penha
para acrescentar três parágrafos, que determinam que
as medidas protetivas de urgência devem ser
concedidas em juízo de cognição sumária a partir do
depoimento da mulher para a autoridade policial, ou
da apresentação de suas alegações por escrito.
O dispositivo ainda prevê que o pedido pode ser
negado se a autoridade avaliar que não há risco à
integridade física, psicológica, sexual, patrimonial
ou moral da mulher ou seus dependentes.
As medidas, no entanto, devem ser concedidas
independentemente da tipificação penal da violência,
do ajuizamento de ação penal ou cível da existência
de inquérito policial ou do registro de boletim de
ocorrência.
Fonte: Consultor Jurídico
24/04/2023 -
Perseguição política ao MST é repudiada pelas
Centrais Sindicais
Em nota entidades condenam a tentativa de
“criminalizar as manifestações do movimento dos sem
terra”, assim como a proposta de abertura de CPI
O movimento sindical saiu em defesa do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na última
quarta-feira (19). Devido ao Abril Vermelho, os Sem
Terra tem sido alvo de ataques injustificados de
diversos setores.
Dessa forma, os representantes os presidentes da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil
(CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força
Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central
dos Sindicatos Brasileiros (CSB), assinaram uma nota
conjunta em que ressaltam a “dívida histórica” que o
país tem com os trabalhadores e trabalhadoras
rurais, se solidariza com João Pedro Stédile e
repudia as tentativas de criminalizar o movimento.
Confira a íntegra da nota das centrais sindicais:
As Centrais Sindicais brasileiras reconhecem o Dia
17 de abril como um marco da luta pela reforma
agrária pela memória do Massacre de Eldorado dos
Carajás, ocorrido em 1996.
É importante lembrar que o Brasil tem uma dívida
histórica com os trabalhadores(as) rurais, do campo,
que lutaram durante toda a nossa história e
continuam a luta por terra, direito de morar,
trabalho, cidadania e dignidade.
O presidente Fernando Henrique Cardoso promulgou a
Lei 10.469, em 25 de junho de 2002, que instituiu o
17 de abril como o Dia Nacional de Luta pela Reforma
Agrária.
Assim, os movimentos populares do campo
transformaram o mês de abril em um período de
legítimas lutas, por terras e mais direitos.
O MST (Movimento dos Sem Terra) construiu sua
organização e seus métodos de luta, formas de
pressão e realizou neste mês (Abril) diversas
manifestações e atos, com a disposição e o intuito
político de abrir um processo negociação, depois de
um governo federal sombrio, que se pautou por formas
antidemocráticas e autoritárias.
De forma alguma, o governo Bolsonaro se preocupou ou
buscou dialogar com as questões as agrárias dos
trabalhadores brasileiros.
Diante disso, manifestamos nossa solidariedade ao
companheiro João Pedro Stédile, que tem sido alvo de
perversa perseguição política, inclusive com
estranhos pedidos de prisão, sem qualquer fundamento
jurídico.
Repudiamos as manobras de grupos políticos, alheios
ao viés considerados fundamentais no Estado
Democrático de Direito, para criminalizar as
manifestações do movimento dos sem terra, inclusive
com a absurda proposta de abertura de uma CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos
Deputados.
Repudiamos também exaltação da violência contra os
trabalhadores rurais. Esse modelo de ataque raivoso
não cabe mais em formas democráticas, que pressupõem
o diálogo como pilar.
São Paulo, 19 de abril de 2023
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Portal Vermelho
24/04/2023 -
Trabalhadores debatem com diretor da OIT conjuntura
política, econômica e social do Brasil
Representantes das Centrais Sindicais, foram
recebidos na segunda-feira (17), pelo Diretor-Geral
da OIT, Gilbert M. Houngbo, que está em visita
oficial ao Brasil, para convidar o presidente LULA
para a 111ª Conferência Internacional do trabalho
que acontecerá de 05 a 16 de junho, em Genebra na
Suíça.
Na pauta do encontro, o debate sobre o contexto e
conjuntura política, econômica e social do Brasil.
As lideranças sindicais destacaram a unidade de ação
do movimento sindical brasileiro e seu o importante
papel diante da grande mudança no país com a eleição
do presidente LULA em outubro de 2022.
O presidente da Força Sindical Goiás, Rodrigo Alves
Carvelo (Rodrigão) manifestou o compromisso da
Central em conjunto com as demais centrais sindicais
no fortalecimento da organização internacional do
trabalho. “É importante que tenhamos um maior
empenho e apoio da cooperação técnica e financeira
da OIT com o movimento sindical brasileiro,
principalmente nesse período de transição em que os
sindicatos debatem junto ao governo federal um
projeto de fortalecimento da negociação coletiva e a
estrutura sindical no país”, disse Rodrigão.
As Centrais sindicais também destacaram o importante
papel da OIT como organismo tripartite em que estão
representados os governos dos Estados Membros, os
empregadores e os trabalhadores, no estímulo
permanente ao diálogo social em nível mundial e o
necessário restabelecimento dos grupos e comissões
tripartites suprimidos durante o governo anterior,
agora sob a liderança e responsabilidade do novo
Ministro do Trabalho e Emprego.
Os representantes trataram ainda, das convenções
156, 158 e 190 – que entre outras coisas, tratam da
Igualdade de Oportunidades e de Tratamento para
Homens e Mulheres Trabalhadores: Trabalhadores com
Encargos de Família, do Término da Relação de
Trabalho por Iniciativa do Empregador e do Assédio e
Violência no trabalho.
O novo Diretor-Geral tomou nota atentamente e
destacou a força e resistência do sindicalismo do
Brasil. Participou da audiência, o atual Diretor da
OIT no Brasil, Dr. Vinicius Carvalho Pinheiro,
servidor da instituição, que estava lotado no
Panamá.
Representaram as centrais sindicais, Rodrigo e
Antônio Lisboa (CUT), Rodrigo Alves Carvelo,
presidente da Força Sindical de GOAIS e vereador de
Catalão, e Ortélio Palácio, assessor internacional
da Força Sindical, João Domingos e Pestana (NCST),
Lourenço Prado e Ana Paula Guedes (UGT), Carlos
Muller (CTB) e Werneck (CSB).
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, recebeu o novo Diretor-geral na terça-feira
(18), em audiência reservada. Durante o encontro,
houve o pedido de apoio para ratificação de muitas
Convenções da OIT e efetivo cumprimento das
Convenções já ratificadas pelo Brasil.
Fonte: Rádio Peão Brasil
20/04/2023 -
Indústria segue sem avançar. Produção de alimentos e
veículos recua
Setor está “longe de recuperar as perdas do
passado recente”, afirma o responsável pela pesquisa
do IBGE
A produção da indústria brasileira ficou
praticamente estagnada (-0,2%) de janeiro para
fevereiro, no terceiro resultado mensal negativo
seguido, segundo o IBGE. Em relação a igual mês de
2022, a atividade cai 2,4%. De acordo com os dados
divulgados nesta quarta-feira (19), a produção recua
1,1% no ano e varia também -0,2% em 12 meses.
Duas das quatro categorias pesquisadas e nove dos 25
ramos tiveram queda em fevereiro. O IBGE destaca
produtos alimentícios (-1,1%), químicos (-1,8%) e
farmoquímicos/farmacêuticos (-4,5%). Entre as altas,
a indústria extrativa cresceu 4,6%.
Produção da indústria de veículos cai
Já na comparação com fevereiro de 2022, o instituto
apurou resultado negativo em duas das quatro
categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 57 dos 80
grupos e 56,8% dos 789 produtos pesquisados. Mais
uma vez, as principais influências negativas vieram
de produtos químicos (-8%) e produtos alimentícios
(-3,8%), além de veículos automotores, reboques e
carrocerias (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-9%).
Por sua vez, o setor extrativo avançou 5,1%.
No bimestre, segundo a pesquisa do IBGE, houve
resultados negativos em duas das quatro categorias,
16 dos 25 ramos, 47 dos 80 grupos e 52,3% dos 789
produtos. Assim, o setor de produtos químicos, por
exemplo, caiu 5,3%.
Também foram registradas quedas na indústria de
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,2%),
metalurgia (-4,1%), e máquinas e equipamentos
(-5,1%). O segmento de veículos automotores recuou
2,3%. Do lado das altas, destaque, novamente, para
indústrias extrativas (3,5%), além de produtos
farmoquímicos/farmacêuticos (18,1%).
“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma
melhora no fim do ano passado, este início de 2023
apresenta perda na produção, permanecendo longe de
recuperar as perdas do passado recente”, afirma o
gerente da pesquisa, André Macedo.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/04/2023 -
Lula assina projeto de lei que garante verba para
piso da enfermagem
Texto será enviado ao Congresso Nacional e abre
crédito de R$ 7,3 bi
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, assinou nesta terça-feira (18) o projeto de
lei que abre previsão orçamentária para o pagamento
do piso nacional da enfermagem.
O texto a ser enviado ao Congresso Nacional abre
crédito especial no Orçamento da União no valor de
R$ 7,3 bilhões. O projeto destina os recursos ao
Ministério da Saúde para possibilitar o atendimento
de despesas com o piso nacional de enfermeiro,
técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.
Segundo o ministro da Secretaria da Relações
Institucionais, Alexandre Padilha, o projeto deve
ser analisado pelos parlamentares na próxima semana.
Piso
A legislação define que o piso salarial dos
enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) será de R$ 4.750. Ainda
segundo a norma, os técnicos de enfermagem devem
receber 70% desse valor (R$ 3.325) e os auxiliares
de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).
Atuação
Levantamento do Conselho Federal de Enfermagem aponta
que, atualmente, mais de 693,4 mil enfermeiros atuam
em todo o país (com 170,7 mil em exercício em São
Paulo, estado com maior número de trabalhadores). De
acordo com o mesmo banco de dados, o país conta com
450,9 mil auxiliares de enfermagem e mais de 1,66
milhão de técnicos de enfermagem, integrando cerca
de 2,8 milhões de profissionais em atuação, nas três
funções em todo o país.
Em relação às parteiras, estimativas do Ministério
da Saúde indicam que existem cerca de 60 mil em todo
o Brasil, assistindo a 450 mil partos por ano,
aproximadamente. As parteiras são responsáveis por
cerca de 20% dos nascimentos na área rural,
percentual que chega ao dobro nas regiões Norte e
Nordeste.
Fonte: Agência Brasil
20/04/2023 -
Revisão do FGTS pode gerar impacto de R$ 661 bi à
União? Veja o que está em jogo no julgamento do STF
Substituição da TR tem potencial de ganhos
significativos para trabalhadores com carteira
assinada, mas pode causar rombo bilionário ao
governo
O Supremo Tribunal Federal (STF) pode começar a
julgar nesta quinta-feira (20) uma ação que
questiona o uso da Taxa Referencial (TR) como índice
oficial para correção do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e sua substituição pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), atrelado à
inflação.
Em manifestação enviada ao STF, na última
segunda-feira (17), a Advocacia-Geral da União (AGU)
apresentou uma estimativa de impacto nos cofres
públicos de R$ 661 bilhões. O órgão aponta que o
FGTS, que tem cerca de R$ 118 bilhões disponíveis em
caixa, corre risco de deixar de operar caso a ação
seja aceita pelo STF.
“Aliás, a diferença entre o potencial impacto ao
FGTS (R$ 661 bilhões) e o seu patrimônio líquido
poderia resultar na necessidade de aporte da União
em aproximadamente R$ 543 bilhões”, afirma a AGU.
A ação aguarda julgamento há nove anos. O
Solidariedade argumenta que a TR se aproximava do
índice inflacionário na década de 90, mas passou a
sofrer defasagem a partir de 1999 devido a mudanças
feitas pelo Banco Central. Por isso, a legenda pede
que os valores do FGTS sejam corrigidos desde então.
A tendência apontada por advogados ouvidos pela
reportagem é a derrubada do TR. Isso porque o
próprio Supremo já declarou, duas vezes, a
inconstitucionalidade do uso da taxa para correção
monetária em outras situações.
Impactos
O cenário traçado pela União é o mais extremo — que se
concretizará caso a Corte decida que os valores
corrigidos devem ser pagos retroativamente, de 1999
até hoje. É incerta, contudo, a modulação de efeitos
que a Corte aplicará.
Uma das situações possíveis é que o Supremo limite a
correção até 2013, porque a ação do Solidariedade,
ajuizada em 2014, não pede que os efeitos sejam
aplicados para o futuro. Também é possível que a
Corte estabeleça a data do julgamento como marco
temporal para a correção, livrando a União do
impacto bilionário.
Outro caminho é a fixação de um limite para a
retroatividade. “Há uma súmula do STJ Superior
Tribunal de Justiça que diz que a prescrição nesses
casos de FGTS é de 30 anos. Mas não se sabe se o
Supremo vai aplicar outro prazo, como 5 ou 10 anos
retroativos”, pondera o tributarista Matheus
Gonçalves Amorim, sócio das áreas trabalhista e
previdenciária do SGMP Advogados.
A incerteza tem provocado uma “corrida” aos
escritórios de advocacia para pedir a correção. “Não
sabemos se vai haver alguma limitação para quem não
ajuizou ações antes do julgamento”, observa Amorim.
Isso porque há precedentes na Corte que definiram os
efeitos da decisão apenas para quem já havia entrado
com uma ação até a publicação da ata.
Fonte: InfoMoney
20/04/2023 -
Lula garante que golpistas de 8 de janeiro serão
julgados
Presidente diz que Brasil não tem espaço para
nazistas e fascistas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta
quarta-feira (19), que as pessoas que participaram
da tentativa de golpe em 8 de janeiro deste ano
serão julgadas e que, no Brasil, não existe espaço
para nazistas e fascistas. Na ocasião, os prédios do
Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal
(STF) e do Palácio do Planalto foram invadidos e
depredados por vândalos.
“Cada pessoa que participou do golpe vai ser
julgada, vai ter direito à presunção de inocência
que eu não tive, mas nós não deixaremos de julgar
cada um golpista, porque nesse país não existe
espaço para nazista, fascista e para quem não gosta
de democracia”, disse.
Lula afirmou ainda que não tem mais ressentimento e
mágoas pelos atos. “Quando chegar no dia 31 de
dezembro de 2026 [fim do mandato], eu só quero estar
numa reunião como essa, com vocês, para dizer que
fizemos aquilo que prometemos e muito mais,
cumprimos aquilo que nos propusemos. Meu propósito é
recuperar esse país imenso para 210 milhões de
brasileiros”, disse.
O presidente participou hoje da instalação do
Conselho de Participação Social da Presidência da
República e do início do processo de elaboração do
Plano Plurianual (PPA) Participativo 2024-2027. O
PPA Participativo é o mecanismo em que a sociedade
opina sobre as prioridades do governo para
investimentos de recursos e políticas públicas nos
próximos quatro anos.
Fonte: Agência Brasil
20/04/2023 -
Convenção coletiva não pode condicionar estabilidade
à comprovação da gravidez
Não se pode criar condicionante a direito
constitucionalmente garantido. Com esse
entendimento, a Seção Especializada em Dissídios
Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho
anulou uma cláusula de convenção coletiva que exigia
a comprovação da gravidez para a concessão de
estabilidade a gestantes.
A convenção coletiva de trabalho foi firmada pelo
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação de Castanhal (PA) e Região e pelo
sindicato das indústrias do setor no estado.
A regra, válida entre 2017 e 2018, previa a garantia
do emprego por 150 dias após o parto. Caso fosse
dispensada sem justa causa, a gestante deveria
comunicar sua gravidez ao empregador e apresentar
declaração médica. Do contrário, não receberia
indenização ou não seria reintegrada.
O Ministério Público do Trabalho argumentou que o
artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) não exige a ciência do
empregador para tal garantia.
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região anulou
a cláusula e condenou a empresa a pregar cópias da
decisão em locais públicos e de acesso fácil, para
que a categoria soubesse e as interessadas pudessem
ajuizar ações próprias em busca de valores não
recebidos.
O sindicato patronal recorreu ao TST e argumentou
que a cláusula foi fruto de negociação entre os
segmentos econômico e profissional. Segundo a
entidade, a regra buscou evitar desperdício de tempo
e de dinheiro.
A ministra Dora Maria da Costa, relatora do caso,
explicou que os direitos constitucionais à proteção
da gestante e da criança "estão revestidos de
indisponibilidade absoluta", e por isso não podem
ser renunciados por meio de norma convencional.
"Em termos constitucionais, o fator condicionante à
aquisição do direito à estabilidade é somente o fato
de a empregada estar grávida e de que a sua dispensa
não seja motivada", concluiu. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
RO 503-47.2018.5.08.0000
Fonte: Consultor Jurídico
19/04/2023 -
1º de Maio em SP terá Lula e atrações musicais
O Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, será
palco mais uma vez do 1º de Maio Unificado das
Centrais Sindicais.
Com o lema “Emprego, Renda, Direitos e Democracia”,
o evento, além de reforçar bandeiras de luta,
oferecerá muito entretenimento gratuito.
Pauta – Secretário-geral da Força da
Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, informa à
Agencia Sindical que o presidente Lula confirmou
participação na manifestação.
Também estão confirmados o cantor de MPB Zé Geraldo
e os sambistas Leci Brandão, Toninho Geraes e
Almirzinho. Pra quem curte Hip Hop, apresentações da
jovem MC Soffia, Edi Rock e Dexter. Engajado, o Hip
Hop carrega forte mensagem social.
Outra atração cultural será o bloco Ilú Obá de Min.
O grupo valoriza a cultura afro-brasileira e atua
pelo fortalecimento das mulheres negras. Na
discotecagem, a DJ Maria Teresa.
Pauta – O professor Douglas Izzo, presidente
da CUT-SP, explica que a pauta vai da revisão de
pontos na legislação trabalhista a questões sociais
e econômicas. Ele diz: “Há muito que avançar no
País, principalmente quanto aos direitos sociais e
trabalhistas, que foram perversamente cortados por
Temer e Bolsonaro”.
Unidade – Ronaldo Leite, secretário-geral da
CTB, entende que a unidade será fundamental para os
grandes embates do povo brasileiro. “A ação unitária
é essencial pra avançarmos no fortalecimento das
entidades sindicais, na valorização da negociação
coletiva e no combate ao trabalho precário”, ele
afirma.
Além da cidade de São Paulo, vários atos vão
acontecer em todo País.
Panfleto –
Clique aqui e baixe.
Mais – Acesse o site das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
19/04/2023 -
STF retoma julgamento sobre contribuição sindical
por acordo ou convenção coletiva
Ministros Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso já
votaram pela constitucionalidade da contribuição,
desde que se garanta o direito de oposição do
trabalhador
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na última
sexta-feira, 14 de abril, o julgamento que trata da
constitucionalidade da contribuição assistencial
feita pelos trabalhadores não filiados aos
sindicatos. O tema voltou à pauta em Plenária
Virtual após recursos apresentados por diferentes
entidades.
Dois dos votos já proferidos até o momento mostram
placar favorável à decisão de haver uma contribuição
assistencial, mantendo a garantia de recusa dos
trabalhadores. Caso nenhum ministro faça pedido de
vista ou peça destaque, o julgamento irá terminar na
próxima segunda-feira, 24.
O ministro Gilmar Mendes, relator do processo,
destacou em seu voto que a nova redação do artigo
578 da CLT, feita na reforma trabalhista, fragilizou
a forma de manutenção das atividades sindicais,
prejudicando o custeio de negociações coletivas.
Mendes mudou seu entendimento em relação ao
julgamento de 2018 após o ministro Luis Roberto
Barroso ter apresentado uma nova tese na semana
passada.
No novo entendimento, o trabalhador que não queira
contribuir deve fazer a oposição durante assembleia
da categoria, que necessitará ter a convocação
amplamente divulgada. No entanto, caso a maioria dos
participantes decida pela cobrança, ela irá valer
para todos os trabalhadores da base e não somente
aos que são associados - já que todo mundo será
beneficiado pelo acordo. Cabe destacar que a
proposta em discusão é diferente do que era
conhecido, antes, como "imposto sindical", já que no
novo formato o pagamento pelo trabalhador seria uma
contrapartida após o Sindicato conquistar uma
Convenção Coletiva forte.
Segundo Barroso, o próprio STF reconheceu em
diversos momentos a importância das convenções
coletivas, portanto, o fim das contribuições
trouxeram um risco de enfraquecimento dessa atuação
sindical. Nesse sentido, o ministro entende que o
Tribunal deve rever a decisão anterior, na qual
validava que a contribuição só poderia ser exigida
de quem fosse sindicalizado.
Modernização
O julgamento do STF ocorre em importante momento do
movimento sindical brasileiro, de construção de um
projeto que propõe modernizar toda sua estrutura. A
proposta está em discussão no grupo formado por
representantes das Centrais Sindicais, do governo
federal e do setor patronal. Diversos sindicatos
também iniciaram as discussões em suas bases para
colher contribuições ao projeto.
Dentre algumas das mudanças em debate, há a proposta
de prazo para os mandatos de dirigentes, regras de
transparência e exigência de comprovação do tamanho
da base que as entidades dizem representar. Também
propõe o fortalecimento dos acordos coletivos, tendo
como referência as campanhas unificadas para
determinados setores, e a criação de uma
contribuição negocial, definida em assembleia e paga
por todos os trabalhadores beneficiados pela
convenção coletiva aprovada.
Outra novidade seria a criação de um conselho
nacional de relações do trabalho, que teria o papel
de atuar na mediação de conflitos entre empresas e
trabalhadores, de forma a agilizar impasses na
Justiça, bem como seria o responsável por acompanhar
o funcionamento do sistema sindical.
Fonte: CUT
19/04/2023 -
Cármen Lúcia será relatora de denúncia da PGR contra
Sergio Moro
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal
Federal, foi sorteada relatora da denúncia
protocolada pela Procuradoria-Geral da República
nesta segunda-feira (17/4) contra o ex-juiz e hoje
senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A PGR alega
que o parlamentar caluniou o ministro do STF Gilmar
Mendes em um vídeo que passou a circular nas redes
sociais na última semana.
Na gravação, Moro ironiza Gilmar durante uma festa
junina, dizendo, de forma jocosa, que iria "comprar
um Habeas Corpus" do ministro. A denúncia, assinada
pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra
Araújo, pede a condenação de Moro por calúnia e cita
como agravante o fato de a declaração ser contra
funcionário público e dada na presença de várias
pessoas.
"O denunciado Sergio Fernando Moro emitiu a
declaração em público, na presença de várias
pessoas, com o conhecimento de que estava sendo
gravado por terceiro, o que facilitou a divulgação
da afirmação caluniosa", escreveu Araújo.
"O denunciando agiu com a nítida intenção de macular
a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando
descredibilizar a sua atuação como magistrado da
mais alta corte do país."
No texto da denúncia, a vice-PGR pede a notificação
de Moro para que apresente defesa preliminar; o
recebimento da denúncia; a instauração de ação
penal; a deflagração de instrução criminal; e a
decretação da perda do mandato do senador, caso
condenado a pena superior a quatro anos.
PET 11199
Fonte: Consultor Jurídico
19/04/2023 -
Para o Dieese, TR não preserva valor dos depósitos
do FGTS, com perda de 68% desde 1999
Fórmula precisa conciliar operações de crédito com
preservação de um patrimônio que é do trabalhador.
Questão será julgada pelo STF
A Taxa Referencial (TR) é inadequada para preservar
o valor dos depósitos no Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS). De junho de 1999 a dezembro do
ano passado, a perda acumulada pode chegar a 68,32%.
Em nota técnica, o Dieese aponta que “descasamento”
entre TR e inflação compromete a correção do saldo
do FGTS.
O documento foi divulgado em razão da proximidade do
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
5.090. Essa ADI questiona o uso da TR como fator de
correção dos depósitos das contas vinculadas. O
Supremo Tribunal Federal (STF) agendou o tema para a
próxima quinta-feira (20). “A iminência do
julgamento recolocou o problema da insuficiência da
correção dos depósitos em relação à inflação, que
resulta em perdas para os trabalhadores titulares
das contas”, afirma o Dieese.
O Solidariedade protocolou a ADI em 2014. O relator
é o ministro Luís Roberto Barroso.
Influência dos juros
A nota técnica, o Dieese lembra que a trajetória de
queda da taxa de juros pós-1999, que afetou
diretamente a TR, se acentuou nos seis últimos anos.
“Em junho de 2013, a Selic anualizada havia atingido
7,32%, o menor patamar observado até então. A taxa
voltou a subir até acumular 14,15% ao ano, em agosto
de 2016, em virtude da política monetária restritiva
perseguida pelo Banco Central naquele período.”
Agora, está em 13,75%.
Além da taxa básica, o instituto lembra que o BC fez
“ajustes” no redutor da fórmula de cálculo, usando
como justificativa exatamente a queda da Selic.
“Assim, de setembro de 2017 a novembro de 2021, a TR
mantida em 0% restringiu a remuneração das contas
vinculadas do FGTS aos juros de 3% ao ano. Com a
elevação da Selic, a partir do segundo trimestre de
2021, também o redutor aplicado à TBF (taxa básica
financeira) foi elevado, ampliando a distância entre
essa taxa e a TR.”
Distribuição de resultados
Devido à remuneração insuficiente e com, ao mesmo
tempo, desempenho superavitário do FGTS, o governo
criou a distribuição de resultados do Fundo de
Garantia, por meio de medida provisória, que se
tornou lei (13.446, 2017). O argumento era o de que
“participação nos resultados seria uma forma de
contornar o problema do baixo rendimento das contas
vinculadas, sem afetar o custo dos empréstimos e
financiamentos concedidos pelo Fundo”.
Assim, de 2016 a 2021, o FGTS contabilizou R$ 72,4
bilhões em resultados – R$ 54,6 bilhões (75,4%)
foram distribuídos aos trabalhadores. Para o Dieese,
isso mitigou o problema, mas não assegurou proteção
do valor real dos depósitos”.
Oferta de crédito
Uma mudança no fator de correção precisa considerar,
também, as operações de crédito, para manter
sustentabilidade a longo prazo. Com isso, nas áreas
de habitação popular, saneamento e infraestrutura
urbana, onde os recursos do Fundo de Garantia se
aplicam, se exigirá “encontrar uma fórmula que
permita a continuidade da oferta de crédito a baixo
custo. E, ao mesmo tempo, assegure a
sustentabilidade de longo prazo do FGTS”.
“Considerando que os recursos depositados são de
propriedade dos trabalhadores, mas estão à
disposição da União para aplicação em políticas
públicas de habitação, saneamento, infraestrutura e
microcrédito, é razoável e justo que o Estado
garanta a preservação e valorização desse
patrimônio”, sustenta o Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/04/2023 -
Valorização do Salário Mínimo – por Clemente Ganz
Lúcio
Está aberto o debate sobre a política de valorização
do salário mínimo. O governo do presidente Lula
criou o Grupo de Trabalho, sob a coordenação do
Ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho, para
estudar e fazer proposta para concretizar o objetivo
de promover o aumento real do SM.
As Centrais Sindicais apresentaram na Pauta da
Classe Trabalhadora a proposta de retomada dessa
importante política, parte essencial de uma dinâmica
econômica voltada para o desenvolvimento produtivo e
para a superação das desigualdades. Consideram que
os resultados alcançados pela política implementada
entre 2004 e 2016 foram muito positivos.
A política de valorização do mínimo garantiu um
aumento real de mais de 78%, já descontada a
inflação. Atualmente o valor é de R$ 1.302,00, dos
quais R$ 584,00 correspondem ao aumento real, o que
incrementa anualmente em mais de 400 bilhões a massa
de rendimentos da economia.
Na primeira reunião do GT, as Centrais Sindicais
apresentaram o estudo propositivo elaborado pelo
Dieese, no qual indicam as regras para a nova
política de valorização do SM.
A proposta parte do pressuposto de que a experiência
passada de sucesso é uma ótima referência. Portanto,
em essência, propõem e defendem que a base da
valorização do SM seja a mesma política já executada
pelo governo do Presidente Lula e da Presidenta
Dilma, qual seja: mantida a data base de janeiro,
aplicar o reajusta do INPC dos últimos doze meses
(janeiro a dezembro do ano anterior) para repor o
poder de compra e um aumento real correspondente ao
crescimento da economia, este medido pela variação
do Produto Interno Bruto (PIB). Essa é a base para o
futuro que está assentada no sucesso do passado.
A proposta apresenta também medidas complementares
para acelerar esse crescimento, considerando que há
uma grande distância a ser coberta pelos aumentos
reais para que o SM venha a cumprir os preceitos
constitucionais de atender às necessidades básicas
do trabalhador e da sua família ou, de forma
intermediária a este objetivo, chegar e manter no
mínimo um valor que corresponda a 60% do salário
médio da economia, este um objetivo perseguido e
mantido na maior parte dos países desenvolvidos.
Esse acelerador significa no curto prazo, ou seja,
nos próximos três anos, implementar o aumento real
não aplicado pelo governo anterior, repondo a
trajetória de crescimento da economia ao aumento do
SM (5,4% aplicado em três parcelas anuais de 1,77%).
Considerando, a longo prazo, que garantir um aumento
real ao SM é parte da estratégia de sustentação do
crescimento econômico através da ampliação do
consumo das famílias a partir da renda da base da
pirâmide salarial, o Dieese calculou qual foi a
variação média do PIB entre 1994 e 2022,
identificando um crescimento médio anual do PIB de
2,4% no período.
Objetivamente esse é um crescimento muito aquém
daquilo que o país precisa para promover mudanças
estruturais para alcançar a um padrão de
desenvolvimento socioambiental desejado.
Diante disso, as Centrais propõem que a política de
valorização tenha como piso de aumento real, no
mínimo, esse crescimento médio passado de 2,4%, caso
o PIB tenha aumento inferior, sinalizando que o
aumento da base salarial é um produto econômico a
ser promovido na sociedade brasileira.
Simples assim.
Fácil de implementar? Não.
Sem dúvida possível, se o nosso entendimento e
compromisso coletivo for com as transformações
estruturais que superem a fome, a pobreza, as
desigualdades, e estejamos mobilizados pelo sentido
essencial de justiça reunidos pela tarefa de
realizar mudanças fundamentais e organizados para
promover desenvolvimento produtivo em um novo padrão
de industrialização.
Clemente Ganz Lúcio. Sociólogo, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais, consultor.
Fonte: Agência Sindical
18/04/2023 -
CONTRATUH: Sem a participação da NCST, centrais
minam noticiário para emplacar reforma escusa
Não contentes com a proposta já recusada por boa
parte de representações sindicais de todo o Brasil,
as três Centrais de maior expressão no país, CUT,
Força e UGT, continuam a minar o noticiário para
tentar emplacar suas ideias e decretar o fim do
movimento sindical de base. A alegação agora é de
que querem acabar com o que eles chamam de
“sindicatos de fachada”, uma espécie de guerra para
garantir uma soberania que não emplaca na total
representação dos trabalhadores.
A coluna de Mariana Carneiro, do jornal O Estado de
São Paulo acaba de dar espaço para essas
informações. Ela cita que “os sindicatos estão
preparando sugestões para uma reforma sindical e a
proposta deve ser discutida ainda no primeiro
semestre de 2023.”
Até aí parece uma notícia promissora, no entanto,
esconde um propósito que vai além da criação de um
instrumento útil para o setor. Na verdade, o que
querem, com as tais câmaras de autorregulação,
vinculadas ao Ministério do Trabalho, é impor o fim
da representação de base e não o “expurgo de
sindicatos sem representatividade, criados para
arrecadar recursos e contribuições”.
O movimento sindical desde a Reforma Trabalhista
implantada por Temer e ampliada por Bolsonaro,
decretou uma insolvência econômica gradativa da
subsistência do setor. Agora o que se pretende é
ampliar essa insolvência, com absorção por alguns
segmentos mais privilegiados imprimindo regras e
limites para as negociações coletivas e mediação de
conflitos, em atitudes que vem de cima para baixo,
ignorando completamente a realidade regional de cada
representação.
O tal Conselho Tripartite de Relações do Trabalho,
no qual se inclui também o governo, não é a medida
mais salutar, pois limitaria a ações centralizadas
nas grandes representações, tão somente, favorecendo
alguns setores privilegiados e submetendo os demais
às decisões de cunho nacional.
O limite de mandatos nos sindicatos é outro anúncio
que difere do processo democrático nacional, já que
na própria política brasileira a reeleição é uma
prática que se repete há longos anos. Surge então
como um disfarce para alimentar a rotatividade de
grupos que poderão, independentemente da reeleição
se revezar no comando de uma “panela” que se desenha
justiceira, mas que se torna interesseira, desde a
elaboração de regras que sorrateiramente chegam ao
noticiário como uma solução salutar. As bases
sindicais já se movimentam e se preparam para
rejeitar o processo, já que o assunto tem seu
público específico, que é o trabalhador. E a ele
cabe a decisão do que é melhor para classe, a
despeito de interesses de segmentos que se dizem
detentores do poder, aproveitando-se do diálogo
aberto pelo atual governo.
O presidente da Contratuh, Wilson Pereira,
juntamente com outros representantes de
Confederações e Centrais Sindicais não alinhadas com
as três proponentes, rechaça qualquer iniciativa que
tenham como objetivo apenas centralizar a estrutura
sindical a serviço de limitados interesses. “Nosso
objetivo é discutir à exaustão qualquer reforma, a
exemplo do que já têm manifestado os trabalhadores
de nossas bases. A prova está na recente consulta
buscada pelo presidente interino da Nova Central,
Moacyr Auersvald, que acaba de retornar de uma
maratona por dez cidades do Norte e Nordeste, onde
houve 100% de adesão ao combate desta proposta
escusa”.
Fonte: Contratuh
18/04/2023 -
Grupo de Trabalho da Reforma Tributária ouve
sindicalistas na quarta
O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que
discute a reforma tributária promove nova audiência
pública nesta quarta-feira (19), desta vez para
ouvir representantes de sindicatos de diversas
categorias e do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).
A audiência será realizada no plenário 2, a partir
das 14h30. O debate foi proposto pelo coordenador do
grupo, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), e pelos
deputados Fernando Mineiro (PT-RN) e Newton Cardoso
Jr (MDB-MG).
Foram convidados para a audiência, entre outros:
- as economistas do Ipea Joana Simões de Melo Costa e
Mônica Mora Y Araujo de Couto e Silva Pessoa;
- o presidente nacional da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre;
- o presidente da Força Sindical, Miguel Eduardo
Torres;
- o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah;
- o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Gonçalves de
Araújo.
Debates anteriores
Na semana passada, os deputados ouviram representantes
dos setores de serviço, saúde e educação.
O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS),
Luigi Nese, defendeu a volta de um tributo sobre
movimentações financeiras, como a CPMF, para
viabilizar a aprovação da reforma tributária. Já os
representantes dos setores de saúde e educação
pediram alíquotas menores na reforma tributária.
Grupo de trabalho
Criado no dia 15 de fevereiro, o grupo de trabalho da
reforma tributária tem o prazo de 90 dias para
concluir os trabalhos, podendo ser prorrogado a
pedido.
O colegiado é coordenado pelo deputado Reginaldo
Lopes e relatado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro
(PP-PB), que também relatou o tema na legislatura
passada.
Fonte: Agência Câmara
18/04/2023 -
‘Não há a menor chance de Lula não dar aumento real
no salário mínimo em 2024’, diz Tebet
"Aumento vai ser real, o quanto vai depender da
aprovação do arcabouço, do incremento de receitas de
um lado e do corte de despesas do outro", disse a
ministra do Planejamento
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) Lula irá dar um aumento real ao salário mínimo
em 2024, como prometido durante a campanha
eleitoral. "Não há a menor chance de o presidente
não dar aumento real no salário mínimo", disse Tebet
nesta segunda-feira (17), segundo a Folha de S.
Paulo. "O aumento vai ser real, o quanto vai
depender da aprovação do arcabouço, do incremento de
receitas de um lado e do corte de despesas do
outro", ressaltou.
De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado pelo governo
ao Congresso, o salário mínimo deverá ser de R$
1.389 em 2024, sem aumento real. O valor, contudo,
poderá ser alterado.
Em nota, o ministério destacou que “eventuais novas
regras de reajuste, que prevejam aumentos reais para
o salário mínimo, serão oportunamente incorporadas
ao cenário fiscal quando da elaboração da lei
orçamentária anual”.
O projeto encaminhado ao Congresso considera apenas
a correção do valor previsto para dezembro de 2023
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC),que alcança a inflação sentida pelos
brasileiros de menor renda. O governo estima que
este índice feche o ano em 5,16%.
Fonte: Brasil247
18/04/2023 -
Supremo pode julgar na quinta-feira revisão do FGTS
pela inflação
Potencial de ganhos para quem tem carteira
assinada é significativo
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a
próxima quinta-feira (20) o julgamento que deve
definir a taxa de correção monetária do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com potencial
de ganhos significativos para os trabalhadores com
carteira assinada.
Na ação, aberta pelo partido Solidariedade, os
ministros podem determinar que os valores nas contas
do FGTS deveriam ter sido corrigidos sempre pela
inflação, e não pela Taxa Referencial (TR), como
ocorre desde o início dos anos 1990. A ação tramita
desde 2014 no Supremo.
O julgamento tem grande relevância tanto para os
trabalhadores quanto para o próprio Judiciário, que,
ao menos nos últimos 10 anos, viu-se inundado com
centenas de milhares de ações individuais e
coletivas reivindicando a correção do saldo do FGTS
por algum índice inflacionário.
Desde 2019, o andamento de todos os processos está
suspenso por decisão do ministro Luís Roberto
Barroso, relator do assunto no Supremo. Ele tomou a
decisão depois que o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) decidiu, em 2018, depois de receber milhares
de recursos, unificar o entendimento e manter a TR
como índice de correção do FGTS, em decisão
desfavorável aos trabalhadores.
Isso criou o risco de que as ações sobre o assunto
fossem indeferidas em massa antes de o Supremo se
debruçar sobre o tema, razão pela qual o relator
determinou a suspensão nacional de todos os
processos, em qualquer instância, até a decisão
definitiva do plenário do STF.
Esta é a quarta vez que a ação direta de
inconstitucionalidade (ADI) sobre o assunto entra na
pauta de julgamentos do plenário do Supremo. As
outras foram em 2019, 2020 e 2021. Em todas as
ocasiões, houve uma corrida para a abertura de ações
individuais e coletivas, na expectativa de se
beneficiar de uma possível decisão favorável aos
trabalhadores.
Segundo estimativas do Instituto Fundo de Garantia,
grupo que se dedica a evitar perdas no FGTS por seus
associados, chegam a R$ 720 bilhões, no período de
1999 a março de 2023, as perdas dos trabalhadores
com a correção pela TR no lugar do Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC) - um dos índices
oficiais de inflação.
O instituto disponibiliza uma calculadora em que é
possível saber qual seria a diferença no saldo do
FGTS em caso de correção pela inflação.
Jurisprudência favorece trabalhadores
A expectativa da comunidade jurídica é que o Supremo
decida que a aplicação da TR para a correção do
saldo do FGTS é inconstitucional, estabelecendo
algum outro índice inflacionário como taxa de
correção -- o INPC ou o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA).
“O Supremo já decidiu pela inconstitucionalidade da
TR como taxa de correção monetária de depósitos
trabalhistas e também de dívidas judiciais.
Portanto, há esses precedentes que levam a crer em
uma decisão similar sobre o FGTS”, disse o advogado
Franco Brugioni, do escritório Raeffray e Brugioni
Advogados, à Agência Brasil.
Em 2020, o Supremo considerou inconstitucional
aplicar a TR para correção monetária de débitos
trabalhistas. O entendimento foi de que a forma de
cálculo da TR, que é definida pelo Banco Central,
leva em consideração uma lógica de juros
remuneratórios, não tendo como foco a preservação do
poder de compra, que é objetivo central da correção
monetária.
A maior reclamação dos trabalhadores com carteira
assinada é que a TR costuma ficar sempre abaixo da
inflação, o que, na prática, corrói o poder de
compra do saldo do FGTS. Pela sua forma de cálculo,
a TR ficou zerada por longos períodos, em especial
entre os anos de 1999 e 2013. A taxa voltou a ficar
zerada por longos períodos, como em 2017 e 2019, por
exemplo.
“A TR não é um índice capaz de espelhar a inflação.
Logo, permitir a sua utilização para fins de
atualização monetária equipara-se a violar o direito
de propriedade dos titulares das contas vinculadas
do FGTS”, argumenta o Solidariedade, partido autor
da ação sobre o assunto no Supremo.
Quem tem direito?
Em tese, se o Supremo decidir pela aplicação de algum
índice inflacionário, todos os cidadãos que tiveram
carteira assinada de 1999 para cá teriam direito à
revisão do saldo do FGTS, explica Brugioni. Contudo,
o mais provável é que haja alguma modulação para
amenizar o imenso impacto sobre os cofres da União,
avaliou o advogado.
“É possível que o Supremo vá modular a questão de
forma a não permitir novas ações, daqui para a
frente. Talvez nem abarque quem entrou agora, talvez
coloque uma linha temporal. O contrário também é
possível”, disse Brugioni.
A Defensoria Pública da União (DPU) entrou como
interessada na ação, devido ao grande volume de
trabalhadores de baixa renda que procuram
atendimento em busca da revisão do FGTS. A DPU
chegou a soltar nota pública orientando os
interessados a aguardar a análise pelo Supremo antes
de acionar o Judiciário.
A DPU informou que, desde 2014, move uma ação civil
pública sobre o assunto na Justiça Federal do Rio
Grande do Sul, e que esse processo já teve o âmbito
nacional reconhecido. Em caso de desfecho favorável
no Supremo e na JF, “deve ser publicado um edital a
fim de comunicar os interessados para que proponham
ações individuais com o objetivo de executar a
decisão favorável”, disse a Defensoria Pública na
nota.
Sobre o FGTS
O FGTS foi criado em 1966 como uma espécie de poupança
do trabalhador com carteira assinada. Antes
facultativa, a adesão ao fundo se tornou obrigatória
a partir da Constituição de 1988. Pela regras
atuais, todos os empregadores são obrigados a
depositar 8% do salário de seus funcionários no
fundo. Isso se aplica aos empregados urbanos, rurais
e, desde 2015, também aos domésticos. O dinheiro
permanece sendo do trabalhado e fica vinculado a uma
conta, gerida pela Caixa Econômica Federal, e
somente pode ser sacado em condições previstas em
lei, sendo uma das principais delas a demissão sem
justa causa. Hoje o fundo serve para financiar
diferentes políticas públicas, em especial o Sistema
Financeiro Habitacional.
Fonte: Agência Brasil
18/04/2023 -
Governo enfrenta fila da Previdência: “Aposentadoria
sairá em 45 dias”
“Estamos retomando toda a organização do
Ministério da Previdência. Pegamos uma terra
arrasada e uma fila imensa”, declara Carlos Lupi
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, quer
reduzir a fila de espera para a aposentadoria e
garante que o governo Lula (PT) conseguirá bons
resultados já em 2023. Segundo Lupi, embora a
Previdência seja “o maior programa social das
Américas” e tenha o maior orçamento entre os
ministérios (R$ 888 bilhões), a demora na concessão
de benefícios ainda é grande. Há 1,8 milhão de
pedidos represados.
Ele atribui parte do problema ao legado do governo
de destruição de Jair Bolsonaro (PL). “Estamos
retomando toda a organização do Ministério da
Previdência. Pegamos uma terra arrasada e uma fila
imensa”, declarou Lupi em entrevista ao Correio
Braziliense publicada nesta segunda-feira (17). “Vou
anunciar a organização dessa fila, como é composta,
por setor, por tempo, tudo discriminado, para, até o
fim do ano, ter uma equação melhor da que temos
hoje.”
Quando foi ministro do Trabalho, Lupi criou o Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Agora, na Previdência, ele planeja uma base de dados
similar, o Cageb (Cadastro Geral dos Benefícios).
Eis o caminho, a seu ver, para “organizar a fila,
fazer uma fotografia”.
“Têm pessoas que estão aguardando perícia há 45
dias, que é muito tempo. Mas têm alguns que aguardam
há mais de um ano. Aí já é extrapolar”, afirma. Para
enfrentar a fila, diz ele, o desafio é diferenciar
as demandas “pelo tempo e pelas exigências”,
analisando caso a caso. A meta é reduzir o mais
rápido possível o tempo de espera: “Para mim, é
razoável – não bom – até 45 dias”.
Esse prazo, se cumprido, valerá não apenas para a
aposentadoria – mas também pra “pensão,
salário-maternidade, salário-doença, benefício de
prestação continuada (BPC), seguro defeso” e outros.
“Nossa intenção é organizar esses dados e mostrar,
claramente, o que é de cada um. Não existe fila
zerada – existe prazo aceitável de fila, e até
dezembro eu quero ter um prazo aceitável de espera.”
Se o plano for bem-sucedido, “o maior programa
social das Américas” ficará ainda mais abrangente.
“Trabalho para 37,6 milhões de brasileiros que
sobrevivem e recebem da Previdência. Dos municípios
brasileiros, 60% só sobrevivem por causa do dinheiro
dos aposentados e pensionistas que circula”, explica
Lupi. “Existe algum programa que bote mais
distribuição de renda real, com tanta força como a
Previdência Social? Eu não conheço.”
Para melhorar os rendimentos dos aposentados e
pensionistas, o ministro indica uma escolha
política. “No ano de 2022, o Bolsonaro pagou em
torno de R$ 300 bilhões em serviço de juros da
dívida interna e externa, e a Previdência pagou em
torno de R$ 300 bilhões em pensões e
aposentadorias”, compara. “O que é mais importante –
ajudar com esses recursos mil brasileiros, ou ajudar
37,6 milhões que recebem da Previdência?”
Fonte: Portal Vermelho
17/04/2023 -
Exigência de intervenção sindical em demissões em
massa vale a partir da publicação da ata da decisão
do STF
Plenário modulou os efeitos da decisão, deixando
claro que o entendimento não se aplica de forma
retroativa.
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a
exigência de intervenção sindical prévia em casos de
demissão em massa se aplica apenas às demissões
ocorridas após 14/6/2022, data da publicação da ata
do julgamento do mérito do Recurso Extraordinário
(RE) 999435, em que a tese de repercussão geral foi
fixada (Tema 638). A decisão foi tomada no
julgamento de embargos de declaração, na sessão
virtual encerrada em 12/4.
Nos embargos, a Empresa Brasileira de Aeronáutica
S/A (Embraer) e a Eleb Equipamentos Ltda. alegavam
que uma contradição entre a tese de julgamento e o
comando decisório do acórdão teria deixado em aberto
a possibilidade de aplicação retroativa do
entendimento.
Incerteza
No voto que prevaleceu no julgamento dos embargos, o
ministro Luís Roberto Barroso explicou que a
repercussão geral da matéria fora reconhecida em
março de 2013, e o mérito do RE julgado em junho de
2022, sem a suspensão dos processos sobre o tema.
Com isso, nesse período, as empresas não tinham
certeza sobre a exigência de negociação coletiva
para a dispensa em massa.
Embora o entendimento do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), contra o qual o recurso foi
interposto, fosse de que a negociação coletiva era
imprescindível, a matéria não estava pacificada na
Justiça do Trabalho, e Tribunais Regionais do
Trabalho proferiram decisões que validavam dispensas
coletivas apesar da ausência de intervenção
sindical.
Para o ministro, a aplicação retroativa da tese de
julgamento imporia ônus desproporcional aos
empregadores, também, por não haver expressa
disposição legal ou constitucional que impusesse o
requisito.
Acompanharam essa corrente os ministros Alexandre de
Moraes, Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques
e Gilmar Mendes. As ministras Rosa Weber e Cármen
Lúcia seguiram o relator, ministro Edson Fachin,
pela rejeição dos embargos. O ministro Luiz Fux se
declarou impedido.
Fonte: STF
17/04/2023 -
Governo propõe salário mínimo de R$ 1.389 em 2024
O governo Lula ainda está discutindo com as
centrais sindicais uma nova política de valorização
real (acima da inflação) do salário mínimo.
O salário mínimo em 2024 será de R$ 1.389 e, por
enquanto, não terá aumento acima da inflação. O
reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado nesta
sexta-feira (14) ao Congresso Nacional.
O reajuste segue a projeção de 5,16% para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este
ano. A estimativa também consta do PLDO.
O projeto também apresentou previsões de R$ 1.435
para o salário mínimo em 2025 e de R$ 1.481 para
2026. As projeções são preliminares e serão revistas
no PLDO dos próximos anos.
Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo
uma fórmula que previa o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no
país) de dois anos anteriores mais a inflação
oficial do ano anterior.
Nos últimos anos, o reajuste passou a seguir apenas
a reposição do INPC, por causa da Constituição, que
determina a manutenção do poder de compra do salário
mínimo. O novo governo está discutindo uma nova
política de valorização real (acima da inflação) do
salário mínimo.
“Eventuais novas regras de reajuste, que prevejam
aumentos reais para o salário mínimo, serão
oportunamente incorporadas ao cenário fiscal quando
da elaboração da lei orçamentária anual”, divulgou
em nota o Ministério do Planejamento. Um grupo de
trabalho sobre o tema já foi criado para discussão
com as centrais sindicais.
Segundo o Planejamento, cada aumento de R$ 1 no
salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$
368,5 milhões no orçamento. Isso porque os
benefícios da Previdência Social, o abono salarial,
o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação
Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à
variação do mínimo. A conta considera uma alta de R$
374,8 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 6,3
bilhões na arrecadação da Previdência Social.
O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda
pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do
INPC neste ano e da nova política de reajuste. Pela
legislação, o presidente da República é obrigado a
publicar uma medida provisória até o último dia do
ano com o valor do piso para o ano seguinte.
Em 2023, o salário mínimo está em R$ 1.304, com
ganho real de 1,41%. Com o reajuste para R$ 1.320,
previsto para 1º de maio, a valorização subirá para
2,8% acima da inflação de 2022.
O projeto original da LDO foi enviado ao Congresso
com o teto de gastos ainda em vigor. O texto, no
entanto, traz a permissão para que o Projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 preveja despesa
primária em valor superior ao teto de gastos,
condicionada à aprovação do novo arcabouço fiscal
pelo Congresso Nacional.
Com Agência Brasil
Fonte: Rádio Peão Brasil
17/04/2023 -
Alexandre manda PF ouvir Bolsonaro em inquérito
sobre atos de 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, determinou nesta sexta-feira (14/4) que a
Polícia Federal colha, em até dez dias, o depoimento
do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os atos
terroristas de 8 de janeiro.
A decisão foi tomada no Inquérito 4.921, que apura a
conduta dos autores intelectuais da invasão e
depredação do Supremo, do Congresso Nacional e do
Palácio do Planalto, sedes dos três poderes.
O pedido para ouvir Bolsonaro partiu da
Procuradoria-Geral da República e leva em conta um
vídeo de 10 de janeiro, dois dias depois dos atos,
em que o ex-presidente contestou, sem provas, o
resultado das eleições de 2022.
"Conforme amplamente veiculado pela imprensa
nacional, Jair retornou ao Brasil em 30/3/2023,
tornando possível a realização da diligência
solicitada pelo Ministério Público Federal e
encampada pela Procuradoria-Geral da República,
consistente em seu depoimento", diz Alexandre.
O inquérito que está no Supremo apura os crimes de
terrorismo, associação criminosa, abolição violenta
do Estado democrático de Direito, golpe de estado,
ameaça, perseguição e incitação ao crime.
Inq 4.922
Fonte: Consultor Jurídico
17/04/2023 -
Sindicalistas e Lula se encontram com dirigente da
Federação de Sindicatos da China
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, acompanhado do presidente da Força Sindical,
Miguel Torres, da CUT, Sérgio Nobre e da UGT,
Ricardo Patah se reuniram com dirigentes da
Federação Nacional dos Sindicatos da China – ACFTU.
O objetivo, de acordo com Miguel Torres é fortalecer
o multilateralismo, o desenvolvimento sustentável, a
construção da paz para um mundo melhor para todos e
todas.
Fonte: Rádio Peão Brasil
17/04/2023 -
STF publica acórdão sobre 'revisão da vida toda' nos
benefícios do INSS
O Supremo Tribunal Federal publicou na quinta-feira
(13/4) o acórdão sobre a chamada "revisão da vida
toda" nos benefícios do INSS. Em dezembro, os
ministros haviam decidido, por maioria de votos, que
os aposentados poderão usar todas as suas
contribuições, incluindo as recolhidas antes do
Plano Real, em 1994, para calcular seus benefícios.
À época, foi aprovada a tese do ministro Alexandre
de Moraes, pouco divergente da do relator, o
ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que afirma
que "o segurado que implementou as condições para o
benefício previdenciário após a vigência da Lei
9.876, de 26/11/1999, e antes da vigência das novas
regras constitucionais introduzidas pela Emenda
Constitucional 103/2019, tem o direito de optar pela
regra definitiva caso esta lhe seja mais favorável".
Pela tese, podem pedir a revisão aposentados e
pensionistas que começaram a contribuir com o INSS
desde antes de julho de 1994 e que se aposentaram
entre 1999 e 2019, quando foi aprovada a reforma da
Previdência pelo Congresso. Caso o aposentado tenha
recebido benefícios por período maior do que esses
dez anos, não caberá ação para revisão.
"Esse direito foi reconhecido para quem teve os
maiores salários anteriores a essa data, e foi
prejudicado pela regra de transição. Entretanto,
trata-se de uma ação de exceção e nem todos os
segurados têm direito a essa revisão", avalia o
advogado João Badari, especialista em Direito
Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e
Luchin Advogados.
No julgamento de dezembro, seguiram o voto do
relator os ministros Alexandre de Moraes, Edson
Fachin, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Rosa
Weber. Marco Aurélio havia votado no sentido de que,
na revisão dos benefícios do INSS, deve prevalecer a
aplicação da regra que considera todas as
contribuições dos aposentados e pensionistas no
cálculo do benefício, e não apenas as feitas depois
de julho de 1994, quando o resultado for mais
favorável ao segurado.
Alexandre, então, apontou que é preciso garantir ao
segurado o direito de optar pela regra que lhe for
mais favorável, sob pena de lhe causar grave
prejuízo. Os ministros Nunes Marques, Luís Roberto
Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli e Gilmar Mendes
tiveram votos divergentes e ficaram vencidos.
Caso concreto
Em 1999, a lei que reformou a Previdência criou regra
de transição que, para fins de cálculo do benefício
da aposentadoria, desconsiderou valores recebidos
antes do Plano Real. Até essa lei, todos os
benefícios eram concedidos com base nas últimas 36
contribuições feitas nos últimos 48 meses antes do
pedido de aposentadoria.
A ação que gerou o acórdão publicado pelo STF nesta
quinta foi impetrada contra o INSS por um
contribuinte do Rio Grande do Sul afetado por essas
regras. O pedido foi negado em primeira e segunda
instâncias, mas aceito no Superior Tribunal de
Justiça em 2019, decisão que permitiu que pessoas
que contribuíram com valores consideráveis antes de
julho de 1994 pudessem utilizá-los no cálculo do
benefício.
O INSS interpôs, então, recurso extraordinário ao
Supremo Tribunal Federal. Segundo alegou a
autarquia, a não aplicação da regra da Lei
9.876/1999 equivaleria à declaração de sua
inconstitucionalidade e a exclusão do período
contributivo anterior foi uma opção legislativa.
Clique
aqui para ler o acórdão
RE 1.276.977
Fonte: Consultor Jurídico
17/04/2023 -
Reforma trabalhista levou País a tornar-se "irmão
gêmeo do trabalho escravo", diz Marinho
O ministro do Trabalho criticou a “verdadeira
pregação contra o trabalho formal” nos últimos dois
governos
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, associou a
reforma trabalhista, implementada após o golpe
contra a presidente Dilma Rousseff em 2016, ao
trabalho escravo.
"A reforma trabalhista realizada recentemente traz
uma perversidade para a qualidade das relações de
trabalho (...) Além da terceirização, hoje o País é
irmão gêmeo do trabalho escravo. Criou-se a
possibilidade de que vale tudo e pode tudo", disse
Luiz Marinho, durante reunião na Câmara dos
Deputados para apresentar o plano de trabalho da
pasta, na quarta-feira (12).
Luiz Marinho também criticou a “verdadeira pregação
contra o trabalho formal” nos governos de Michel
Temer e Jair Bolsonaro.
Dados divulgados na semana passada pelo ministério
do Trabalho apontam que a lista de empregadores com
registro de trabalho análogo à escravidão chegou a
289. Desde a última atualização, em outubro de 2022,
foram anexados 132 novos nomes, entre pessoas física
e jurídicas flagradas cometendo o crime.
Fonte: Brasil247
17/04/2023 -
Alckmin diz estar confiante na aprovação do
arcabouço e da reforma tributária
Para Alckmin, a proposta de novo arcabouço
trata-se uma “reancoragem fiscal”, baseada no
controle da trajetória da dívida pública e em
superávits primários
O presidente em exercício da República, Geraldo
Alckmin, afirmou nesta sexta-feira que está
“confiante” com a aprovação do novo arcabouço fiscal
e da proposta de reforma tributária no Congresso. Na
avaliação de Alckmin, a proposta de nova regra
fiscal apresentada pelo governo foi “muito
inteligente” e será encaminhada nos próximos dias.
Para Alckmin, a proposta de novo arcabouço trata-se
uma “reancoragem fiscal”, baseada no controle da
trajetória da dívida pública e em superávits
primários. “O Brasil não pode gastar mais do que
arrecada, e precisa fazer uma curva de redução da
dívida, ou seja, responsabilidade fiscal”, afirmou
ele, que concedeu entrevista à BandNews. “O novo
arcabouço também vai trazer segurança para a redução
da taxa de juros”, complementou.
Sobre a reforma tributária, Alckmin afirmou que está
otimista com a proposta porque os presidentes da
Câmara e do Senado são favoráveis à proposta e que o
presidente Lula é “um entusiasta” da reforma.
“A sociedade está madura. Há quantos anos discutimos
reforma tributária? Todo mundo sabe que ela é
necessária, é um dos entraves para um maior
crescimento brasileiro. O Congresso vai debater
bastante, mas acho que ela será aprovada”, disse
Alckmin.
Fonte: Estadao
14/04/2023 -
Mudança sindical desune Centrais
O 1º de Maio deste ano corre dois riscos: excluir o
salário mínimo da centralidade da agenda sindical e
ocorrer de modo que divida o movimento à base de um
projeto de mudanças que fragmenta a unidade de ação.
Nesse sentido, Nota assinada pelos presidentes da
Nova Central Sindical de Trabalhadores, Central dos
Sindicatos Brasileiros e Pública Central do Servidor
alerta para o risco da desunião e imposição pelas
Centrais maiores, ou seja, CUT, Força e UGT.
Principais trechos:
“Após a posse do presidente Lula, o protagonismo de
entidades de representação social voltou a fazer
parte das pautas governamentais – essencial pra
construir um governo democrático.
O sindicalismo se mostra peça-chave, dando voz aos
trabalhadores, em todas as suas instâncias de
atuação, como o sistema confederativo, que trouxe (e
traz) inúmeras conquistas aos brasileiros.
Mas nem todas as discussões giram em torno da busca
pela unidade e por uma construção democrática,
ouvindo todos os setores de representação.
Grupo formado pela CUT, Força Sindical e UGT
apresenta projeto de renovação do sindicalismo, com
um texto criado a portas fechadas.
Um formato excludente, que apenas as beneficia, em
uma verdadeira busca por poder, e que foca na
representação por volume de trabalhadores, ferindo
um princípio básico do sindicalismo, a valorização e
autonomia dos Sindicatos de base.
Importante lembrar que todos os setores são
essenciais para a formação de um conjunto de
decisões.
A proposta de reforma sindical colocada pelas
Centrais citadas tenta a inclusão destas entidades
na pirâmide sindical, a redução da força de
representação de dezenas de categorias, o fim do
sistema confederativo, sobrepondo a representação de
categorias – o que fere princípios de igualdade e
inclusão do sindicalismo.
A Nova Central Sindical, a Central dos Sindicatos
Brasileiros e a Pública Central do Servidor, que
representam categorias diversas e milhões de
trabalhadores dos setores público e privado, e de
várias outras áreas essenciais para a economia,
defendem o debate democrático em torno do Projeto de
Lei 5.552/2019, elaborado pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores e discutido entre as Confederações,
Federações e Sindicatos, bem como com o setor
patronal, Ministério Público, Judiciário e
Legislativo.
O projeto visa regulamentar o Artigo 8º da
Constituição, sem alterar seu texto, mas deixando
claros os pontos que possam ter interpretação dúbia,
como a obrigatoriedade da homologação no Sindicato,
a cota de contribuição negocial que decorra da
negociação coletiva, o reconhecimento da negociação
coletiva em todas as suas formas, a garantia da
unicidade sindical, o retorno da ultratividade e
tantos outros pontos de convergência entre todas as
entidades do sistema confederativo.
Precisamos também deixar claro que se opor à
proposta colocada pelas outras Centrais é questão de
pragmatismo. Com um Congresso Nacional dividido,
onde pautas mais importantes para o governo têm
dificuldades de tramitação, discutir a reformulação
do sistema sindical se torna perigoso.
Se já existe um Projeto de Lei que apenas reforça a
importância de um artigo da Constituição e atende a
vários pontos destacados por todo sindicalismo, por
que não dar o passo mais fácil e, depois, com a
participação de todos os representantes da classe
trabalhadora construir algo mais sólido?
A reforma sindical sem diálogo criará um cavalo de
Tróia, que não terá adesão de todas as Centrais, do
sistema confederativo, de lideranças sindicais, dos
trabalhadores e muito menos dos parlamentares”.
Assinam: Moacyr Tesch Auersvald, Nova Central
Sindical de Trabalhadores; Antonio Fernandes dos
Santos Neto, Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB); José Gozze, Pública Central do Servidor.
NOTA –
Leia Pronunciamento das Centrais
Mais – Sites da
Nova Central,
CSB e
Pública.
Fonte: Agência Sindical
14/04/2023 -
Governo altera decreto e inclui NCST no GT
Interministerial para elaboração de proposta de
reestruturação das relações de trabalho e
valorização da negociação coletiva
Nesta quinta-feira (13), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) recebe com alívio a alteração
no Decreto nº 11.477, de 6 de abril de 2023, que
instituiu o Grupo de Trabalho Interministerial para
elaboração de proposta de reestruturação das
relações de trabalho e valorização da negociação
coletiva. Na publicação anterior o nome da NCST não
constava, o que indignou a diretoria nacional, as
estaduais e os mais de 1.300 sindicatos filiados à
Nova Central. Os dirigentes sindicais definiram o
documento como um ato vergonhoso para o governo.
O presidente interino da Nova Central, Moacyr
Auersvald, desde o conhecimento tomou todas
providências cabíveis e não se calou diante de tal
“erro grosseiro”. E na última sexta-feira (7), mesmo
sendo feriado, já pediu a reparação do decreto.
“Queremos acreditar que isso não foi de má fé, que
não tenha sido intencional, nos esforçamos para esse
entendimento. Mas, é fato que o primeiro decreto
demonstrou uma total ignorância da estrutura
sindical. Não só por nos excluir, mas por ignorar as
confederações representadas pelo Fórum Sindical dos
Trabalhadores (FST). Enfim, nos incluíram, repararam
parte do erro, porém continua unilateral. Vamos
continuar lutando para inclusão do sistema
confederativo”, enfatizou Moacyr.
Nos ofícios enviados ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, a NCST, ao pedir a retificação do grosseiro
erro material, destacou sua posição como uma das
Centrais representantes dos Trabalhadores e
considerou absurda a inclusão de uma entidade
inativa.
Confira trecho do documento: “É de conhecimento que
a Nova Central é uma das 6 Centrais reconhecidas
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, diante disso,
fácil notar que a inclusão da Confederação Geral dos
Trabalhadores – CGT (INATIVA/INAPTA) e a não
inclusão da NCST se passou apenas de erro material
que deverá ser retificado urgentemente.
A urgência se faz necessária em razão dos graves
impactos que o grosseiro erro ocasionou dentro do
movimento sindical brasileiro, uma vez que é de se
estranhar a não inclusão de uma Central reconhecida
e a inclusão de uma Central que sequer existe mais”.
Os dirigentes da NCST estão aliviados com a nova
publicação desta quarta-feira (12), feita pelo
presidente em exercício Geraldo Alckmin, mas estão
vigilantes quanto as questões na estrutura sindical.
“Sabemos que as divergências internas são muitas,
mas não é o momento de focarmos nisso. Temos pautas
bem mais importantes no momento. Assim espero que a
nossa posição seja sempre respeitada para que
possamos continuar a nossa luta pelo que realmente
importa: o bem da classe trabalhadora no Brasil”,
finalizou Auersvald.
Fonte: NCST
14/04/2023 -
Maior bloco parlamentar da Câmara quer garantir a
Lula governabilidade
A nova força reúne o União Brasil (59), PP (49),
Federação PSDB-Cidadania (18), PDT (17), PSB (14),
Avante (7), Solidariedade (5) e Patriota (4)
Com objetivo de garantir a governabilidade na Câmara
dos Deputados para o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, foi criado na Casa o maior bloco parlamentar
da atual legislatura com 173 deputados.
A nova força reúne o União Brasil (59), PP (49),
Federação PSDB-Cidadania (18), PDT (17), PSB (14),
Avante (7), Solidariedade (5) e Patriota (4).
A segunda maior força possui 142 deputados do bloco
formado pelo MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC.
Esses são os dois únicos blocos em funcionamento
atualmente na Câmara.
“Nós do PSB, aliados de primeira hora do presidente
[da Câmara] Arthur Lira (PP-AL), vamos iniciar a
largada desse bloco simbolizando que é um bloco que
vai procurar ajudar o presidente Lula a pavimentar a
governabilidade e a ter uma base sólida aqui na
Câmara”, disse o deputado Felipe Carreras (PE), que
vai liderar a nova força.
O líder negou que o bloco seja uma articulação de
Arthur Lira para medir força na Casa, uma vez que a
criação de outro bloco reduziu o poder do presidente
da Casa.
“Arthur não participou e em nenhum momento
interferiu na formação deste bloco. Foi uma
construção democrática dentro da Casa, olhando para
os desafios que o Brasil tem, e enxergando as
necessidades da formação de um bloco político”,
disse.
Carreras diz que será um desafio ser o primeiro
líder do maior bloco na Câmara. “O novo governo vem
com a missão de resgatar o país no cenário
internacional, no setor social e econômico. Meu
objetivo é promover o diálogo e viabilizar a
construção de um projeto de país onde o povo saia
ganhando”, assegurou.
Para ele, um dos grandes desafios será a definição
das novas regras fiscais para o país. “A matéria é
importante porque vai permitir ao governo federal
faça mais investimentos em programas sociais e de
desenvolvimento”, disse.
Em entrevista à GloboNews, nesta quinta-feira (13),
Arthur Lira confirmou que o objetivo do novo bloco é
ajudar na governabilidade e aprovar projetos
importantes como o arcabouço fiscal e as medidas
provisórias (MPs) emergenciais do governo.
Fonte: Portal Vermelho
14/04/2023 -
Denunciado no TSE, Bolsonaro é alvo de outras 16
ações que podem tirá-lo das eleições
O Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu, em
parecer enviado nessa quarta-feira (12) ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), a inelegibilidade do
ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso do poder
político. O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo
Gonet, concluiu que Bolsonaro cometeu ilegalidade ao
atacar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas
durante reunião com embaixadores no Palácio do
Planalto, em julho, sem apresentar qualquer prova. O
processo, movido pelo PDT, está sob sigilo por
determinação do relator do caso no TSE, o ministro
Benedito Gonçalves.
A expectativa é de que a denúncia seja apreciada
pelos ministros entre o final de abril e o início de
maio. Se o tribunal concluir que Bolsonaro se valeu
do cargo que ocupava para influenciar o voto do
eleitor, o ex-presidente ficará inelegível por oito
anos a partir de 2022. Ou seja, ele só poderia
voltar a disputar as eleições municipais em 2032.
Gonet não denunciou o general Walter Braga Netto,
que era vice na chapa de Bolsonaro.
Esse não é o único problema enfrentado pelo
ex-presidente na Justiça eleitoral. Ele é alvo de
outras 16 investigações no TSE, que também podem
tirá-lo das eleições por um período em função de
denúncias de abuso de poder político e econômico.
Veja as acusações:
– Uso eleitoreiro de programas sociais durante a
campanha eleitoral: “antecipação da transferência do
benefício do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás;
aumento do número de famílias beneficiadas pelo
Auxílio-Brasil; antecipação de pagamento de auxílio
a caminhoneiros e taxistas; programa de negociação
de dívidas com a Caixa Econômica Federal; liberação
de FGTS futuro para financiar imóveis; anúncio pela
Caixa Econômica Federal de crédito para mulheres
empreendedoras; crédito consignado do Auxílio-Brasil;
vantagens a concursados de segmentos alinhados a
Jair Bolsonaro”.
– Denúncia do PT de uso de “ecossistema de
desinformação” formado por perfis bolsonaristas a
partir da estratégia digital do vereador Carlos
Bolsonaro.
– O ex-presidente enfrenta três ações sobre o uso
eleitoral do desfile de 7 de Setembro, no ano
passado, durante as comemorações do bicentenário da
Independência.
– Outras três ações apuram se o ex-presidente
cometeu abuso durante viagens oficiais para o
funeral da rainha Elizabeth II e para a ONU.
– Três ações contestam a utilização do Palácio da
Alvorada, residência oficial da Presidência da
República, para a campanha eleitoral, por meio de
lives e eventos.
– Denúncia de tratamento privilegiado da Jovem Pan a
Bolsonaro durante o período eleitoral.
– Campanha paralela por empresários, pastores e
entidades religiosas.
– Investigação de mensagens de apoio a Bolsonaro
enviadas por número do governo do Paraná.
O TSE é formado por sete ministros: três procedentes
do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e
dois advogados indicados pelo Supremo.
Fonte: Congresso em Foco
13/04/2023 -
‘Redução de juros poderá criar empregos em massa no
Brasil’, diz Luiz Marinho
Na Câmara dos Deputados, ministro afirmou que o
governo quer consolidar uma política de retomada e
valorização permanente do salário mínimo
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
apresentou nesta quarta-feira (12), à Comissão de
Trabalho da Câmara dos Deputados, o plano de
trabalho da sua pasta para o ano de 2023. Entre os
vários temas abordados, ele ressaltou a necessidade
de falar sobre um assunto que “todas as áreas de
governo” devem ter como “ponto de reflexão sobre
economia”: a questão dos juros.
“A economia precisa entrar em fase de crescimento
para gerar processo de oportunidade. Os juros
brasileiros estão num patamar inaceitável. Esse deve
ser um tema da comissão, porque a redução de juros
poderá provocar a geração de empregos em massa no
Brasil”, disse. “Há um clamor de todas as atividades
econômicas, inclusive a constatação de banqueiros”,
de que os juros estão acima do razoável.
A observação de Marinho é realista. Em fevereiro, o
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban),
Isaac Sidney, afirmou que “os bancos não precisam de
juros altos para ter lucro”. Segundo ele na ocasião,
o que o setor precisa “é de uma agenda para reduzir
o custo de crédito”. Mais do que isso, o banqueiro
afirmou que “os juros precisam baixar e isso não
depende só dos bancos”.
Trabalho escravo
Outro ponto destacado pelo ministro do trabalho na sua
fala na comissão foi o trabalho escravo. Segundo
ele, em 100 dias o governo libertou 1.127 pessoas do
trabalho análogo à escravidão. Para Marinho, é “um
absurdo e inaceitável” que o país ainda conviva com
essa realidade.
A missão do governo e das instituições, inclusive o
Legislativo, não deve se resumir a pura e
simplesmente libertar trabalhadores nessa condição,
defendeu. “Nossa missão é impedir essa condição.
Precisamos encontrar caminhos para evitar que essa
aberração aconteça”, disse.
Salário mínimo
De acordo com o ministro do Trabalho, até maio o
Executivo encaminhará ao Parlamento um texto sobre o
salário mínimo. O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva já anunciou o mínimo a R$ 1.320 a partir do
próximo mês, “o que garante um bom índice de aumento
real”. No entanto, a ideia do governo é consolidar
uma política de retomada e valorização permanente do
teto, informou.
Segundo Marinho, a constatação do grupo de trabalho
constituído pelo governo e centrais sindicais é que
as políticas do salário mínimo dos governos Lula e
Dilma Rousseff tiveram eficiência muito grande,
gerando impactos na distribuição de renda, e não no
que economistas previam à época: que os impactos
seriam no sentido de aumentar a informalidade e a
pressão inflacionária.
“A constatação que tivemos derrubou por terra dos
esses mitos”, disse. Se a política tivesse sido
mantida pelos governos que sucederam Dilma, o
salário mínimo seria hoje de R$ 1.391, de acordo com
o ministro do Trabalho.
Ele destacou também que na agenda da área
trabalhista os atores devem ter em mente o chamado
“emprego verde”, pensando nas novas tecnologias e
oportunidades relacionadas à questão ambiental.
Defendeu ainda que toda a sociedade brasileira
esteja engajada nessa agenda.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/04/2023 -
Precarização do trabalho pode ser combatida com
fiscalização, dizem debatedores
Entidades, trabalhadores e juristas concordaram,
durante audiência pública da Comissão de Trabalho da
Câmara, que é preciso fiscalização para que a
terceirização não represente prejuízos aos
trabalhadores.
Para o vice-presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Aloysio Corrêa da Veiga, deve-se
aperfeiçoar a legislação vigente para que o
contratante seja responsável pelo cumprimento e
fiscalização das atividades da empresa terceirizada
junto aos seus trabalhadores.
“Embora a terceirização tenha se sedimentado no
cenário econômico e já tenha sofrido intervenção
legislativa, ainda existem pontos que precisam de
aprimoramento por este Congresso Nacional”, afirmou.
Supressão de direitos
Segundo estatísticas do Ministério do Trabalho, os
trabalhadores terceirizados sofrem de cinco a seis
vezes mais acidentes graves ou fatais durante seu
expediente, e 90% dos operários resgatados de
situações de trabalho análoga à escravidão eram
terceirizados, o que para o representante do Fórum
em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados
pela Terceirização, Gustavo Ramos, demonstra que a
modalidade representa, na maioria das vezes, uma
forma de suprimir os direitos dos trabalhadores.
“A terceirização se tornou um território livre, uma
zona franca para a super exploração de direitos no
Brasil, porque, de um lado, ela tolera, faculta,
potencializa essa realidade e, de outro, dificulta
enormemente a fiscalização, porque trata o trabalho
como objeto de comércio”, comentou Ramos.
Para a representante da Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho, Lydiane Machado, cabe ao
poder público mediar as relações trabalhistas para
que a terceirização não entre em conflito com o
bem-estar social proposto pela Constituição Federal.
“A gente vive em um Estado que adota um regime de
capitalismo, mas que também adota o regime de
bem-estar social”, lembrou. “O Estado tem de
intervir sempre que o capitalismo se sobrepõe de tal
forma à legislação que acaba gerando uma cadeia
produtiva a partir de escravização, precarização,
rebaixamento de salários e aprofundamento das
desigualdades sociais”, disse Lydiane.
Defesa
Já o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre
Furlan, afirmou que a lei de 2017, que regulamentou
a terceirização, não retirou direitos dos
trabalhadores e lembrou que a prática é uma
realidade no mundo todo. Ele acrescentou que a
contratação indireta pode, sim, trazer benefícios,
mas que a legislação tem de ser cumprida.
“A Lei da Terceirização dispôs de forma expressa a
responsabilidade da empresa contratante quanto à
segurança e à saúde dos trabalhadores terceirizados.
Obviamente, não estou aqui a defender o mau
empresário. Ao mau empresário, os rigores da lei”,
disse. “Agora, não é justo atacarmos um instituto
que existe no mundo inteiro porque exceções existem
de quem não cumpre a regra. Vocês me desculpem, isso
não é um papel adequado”, completou.
Legislação
O deputado Bohn Gass (PT-RS), que propôs a realização
da audiência, destacou a importância de se discutir
o tema para que a legislação vigente possa ser
aprimorada e garantir os direitos dos trabalhadores.
“O que nós temos hoje é a precarização e ainda com a
ausência do Estado, porque diminuiu drasticamente o
número de fiscais e auditores”, disse. Segundo o
deputado, é preciso rever, por exemplo, a permissão
para a terceirização de atividades-fim. “Isso foi
aprovado, mas não trouxe o que foi prometido pelos
defensores da medida: gerar emprego, dar
estabilidade, atrair investidores externos. Nada
disso se confirmou.”
Bohn Gass é relator de proposta (PL 4132/12) sobre o
tema em análise na comissão e afirmou que vai
elaborar um substitutivo no intuito de regulamentar
de forma mais eficiente a terceirização no País.
Fonte: Agência Câmara
13/04/2023 -
CDH aprova expropriação de imóvel onde haja trabalho
análogo ao de escravo
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou o
projeto de lei (PL 5.970/2019) que regulamenta a
expropriação de imóveis urbanos e rurais onde for
constatada a exploração do trabalho análogo ao de
escravo. De autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
e relatada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), a
proposta segue para análise da Comissão de Assuntos
Sociais (CAS).
Fonte: Agência Senado
13/04/2023 -
Paim apresenta projeto sobre negociação coletiva no
serviço público
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou, nesta
semana, o
PL (Projeto de Lei) 1.726/23, que “Estabelece as
normas gerais para a negociação coletiva na
Administração Pública direta, nas autarquias e
fundações públicas dos Poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.”
Segundo o projeto, “a negociação coletiva de que
trata esta lei é o mecanismo permanente de prevenção
e solução de conflitos envolvendo os servidores e
empregados públicos e a União, os estados, o
Distrito Federal e os municípios, bem como suas
autarquias e fundações públicas.”
“A necessidade de regulamentação da negociação
coletiva no serviço público, resultou ainda mais
evidente, após, durante 4 anos, os servidores terem
sido submetidos a um forte arrocho salarial”,
argumenta o senador na justificação do projeto.
E ainda “terem sido integralmente obstruídos os
canais de diálogo e negociação entre o governo e
entidades representativas”, acrescentou Paim.
E mais: “Por força disso, ao final de 2022
acumulavam-se perdas salariais expressivas,
superando, em grande parte dos casos, mais de 35%,
segundo a inflação aferida pelo IPCA-IBGE”, destacou
o senador gaúcho.
Tramitação
O projeto deverá ser analisado, inicialmente, pela CAS
(Comissão de Assuntos Sociais).
Fonte: Diap
13/04/2023 -
40h semanais: Chile reduz a jornada de trabalho
Ontem, 11 de abril, o Congresso chileno aprovou a
redução da jornada de trabalho semanal, que hoje é
de 45 horas e vai reduzir para 40.
O Senado chileno tinha aprovado por unanimidade e a
Câmara dos Deputados votou a favor da proposta. A
redução da jornada de trabalho será gradual ao longo
de cinco anos.
Um ano após a sua aplicação, a jornada de trabalho
será reduzida para 44 horas semanais. Após três anos
o limite será de 42 horas e após cinco anos chegará
a 40 horas, que é a jornada de trabalho recomendada
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A mudança na legislação também prevê a possibilidade
de trabalhar quatro dias e descansar três e fazer no
máximo 5 horas extras por semana (hoje é permitido
até 12 horas).
O diretor do escritório regional da OIT em Santiago,
Fabio Bertranou, falou à BBC News Mundo que a lei
ainda contempla um regime especial para setores que
exigem jornada extraordinária, como mineração e ou
transporte.
"A lei contempla a possibilidade de que as 40 horas
semanais sejam alcançadas fazendo-se uma média de
quatro semanas. Então, se uma semana for trabalhada
a mais, o importante é que a média dê 40", explicou.
Com a lei, o Chile torna-se o segundo país da
América Latina, depois do Equador, a aprovar a
semana de trabalho recomendada pela OIT.
Fonte: Mundo Sindical
12/04/2023 -
1º de Maio unificado das centrais será no Vale do
Anhangabaú em 2023
O 1º de Maio Unificado das centrais sindicais CUT,
Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical (Classe
Trabalhadora), CSB, Nova Central e Pública será no
Vale do Anhangabaú, região central da cidade de São
Paulo.
A escolha do local carrega uma importante história,
já que o Vale do Anhangabaú foi palco de protestos
como o de 16 de abril de 1984, que reuniu um milhão
e meio de pessoas nas ruas exigindo o fim do regime
militar no Brasil e eleições diretas para
presidente.
O lançamento do principal evento do Dia dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras ocorreu nesta
segunda-feira (3) nas ruas da capital paulista com
ato e panfletagem no Largo da Concórdia e na Rua São
Bento, altura do número 413, em frente ao Sindicato
dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e
Região, com caminhada pela região central.
Em 2023, o lema será “Emprego, Renda, Direitos e
Democracia”. As centrais levam às ruas 15
reivindicações que tratam desde a política de
valorização do salário mínimo até a regulamentação
do trabalho por aplicativos e a defesa das empresas
públicas (confira a pauta completa no final da
matéria).
“As pautas vão de mudanças na legislação trabalhista
até questões sociais e econômicas. Seguimos
reforçando a luta pela democracia, tão atacada no
último período pelo governo anterior. Temos muito
que avançar em nosso país, principalmente em relação
aos direitos sociais e trabalhistas que foram
perversamente retirados da classe trabalhadora e de
todo povo brasileiro”, afirma o presidente da CUT
São Paulo, Douglas Izzo.
Na capital paulista, as atividades começam a partir
das 10h. As centrais aguardam a confirmação da
presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). Além do ato nacional na cidade de São Paulo,
várias manifestações unificadas estão previstas em
todo país.
Entre as atrações culturais no Vale do Anhangabaú,
já estão confirmados os cantores Zé Geraldo, Leci
Brandão, Toninho Geraes, Almirizinho, MC Sofia, Edi
Rock, Dexter e Sidney Magal. Além de apresentação do
grupo bloco Ilú Obá de Min, a discotecagem será com
a DJ Maria Teresa.
Conheça as 15 pautas do 1º de Maio Unificado de
2023:
– Fortalecimento das negociações coletivas
– Mais empregos e renda
– Fim dos juros extorsivos
– Política de valorização do salário mínimo
– Direitos para todos
– Revogação dos marcos regressivos da legislação
trabalhista
– Fortalecimento da democracia
– Aposentadoria digna
– Trabalho igual, salário igual – Convenção 156 (OIT)
– Valorização do servidor público – Convenção 151
(OIT)
– Contra o assédio moral, a violência e o racismo
– Revogação do “Novo” Ensino Médio
– Desenvolvimento econômico e social
– Regulamentação do trabalho por aplicativos
– Em defesa das empresas públicas
Fonte: Mundo Sindical
12/04/2023 -
INPC desacelera em março, mas sobe 0,64%, revela
pesquisa
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que calcula a variação da cesta de compras das
famílias com renda até cinco salários mínimos,
avançou 0,64% em março.
O percentual representa uma desaceleração em relação
a fevereiro, quando ficou em 0,77%. O INPC acumula
no ano elevação de 1,88% e, nos últimos 12 meses, de
4,36%. Esse resultado é menor do que os 5,47%
registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em março de 2022, a taxa tinha ficado em 1,71%. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (11), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Depois da alta de 0,04% em fevereiro, os produtos
alimentícios apresentaram recuo de 0,07% em março.
Já nos produtos não alimentícios, apesar da alta de
0,87%, o percentual também é menor na comparação com
o observado em fevereiro quando subiu 1,01%.
Fonte: Agência Brasil
12/04/2023 -
“É preciso impedir a venda da Avibras”, alertam
centrais sindicais
As centrais sindicais divulgaram nota conjunta na
manhã desta terça-feira (11) alertando sobre a
possível venda da Avibras ao capital estrangeiro. O
alerta é feito após a notícia de que a empresa está
sendo negociada com com empresas da Alemanha (Rheinmetall)
e Emirados Árabes (Edge Group).
As lideranças das centrais sindicais alertam que a
venda a Avibras ao capital estrangeiro é grave
ameaça à soberania nacional, com perigosa
transferência de elevada tecnologia para capital
privado internacional. “É necessário que o Governo
Federal proíba a venda da Avibras”, defendem os
dirigentes sindicais.
Ainda de acordo com o texto, os sindicalistas
ressaltam que “o Brasil deve investir em alta
tecnologia, e não abrir mão dela.”
Confira a íntegra da Nota:
É preciso impedir a venda da Avibras, indústria
bélica reconhecida mundialmente, ao capital
estrangeiro
A Avibras, indústria bélica reconhecida mundialmente
pelos produtos e sistemas que desenvolve nas áreas
aeronáutica, espacial, eletrônica, veicular e de
defesa está sendo negociada com empresas da Alemanha
(Rheinmetall) e Emirados Árabes (Edge Group).
A venda da principal fabricante de material bélico
pesado do país representa grave ameaça à soberania
nacional, com perigosa transferência de elevada
tecnologia para capital privado internacional. Como
forma de interromper esse processo, é necessário que
o Governo Federal proíba a venda da Avibras.
O Brasil deve investir em alta tecnologia, e não
abrir mão dela. É perigosa transferência de
tecnologia de Defesa para empresas estrangeiras. A
capacidade de produção de armamentos e equipamentos
do setor, como mísseis, lançadores de foguetes,
veículos blindados, bombas inteligentes, sistemas de
comunicação por satélite e Veículos Aéreos Não
Tripulados devem ter o controle brasileiro.
Com a venda, a empresa compradora levaria para o seu
país de origem essa alta tecnologia. Já o Brasil, se
quiser manter seu programa de Defesa, seria obrigado
a buscar ferramentas e equipamentos no exterior.
Diante desse quadro que se desenha, as centrais
sindicais reivindicam a intervenção do Governo
Federal no sentido de proibir a venda dessa
indústria. Também é necessário defender o emprego
dos 1.400 trabalhadores, assim como garantir o
pagamento dos salários atrasados.
São Paulo, 11 de abril de 2023
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch, Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atenágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Nilza Almeida, Secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
12/04/2023 -
Comissão de Trabalho ouve ministro Luiz Marinho
nesta quarta
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados ouve
nesta quarta-feira (12) o ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, que apresentará o plano de
trabalho da pasta para este ano. A audiência é
iniciativa do próprio ministro.
A reunião ocorre no plenário 12, às 10 horas.
Fonte: Agência Câmara
12/04/2023 -
Lewandowski deixa STF após decidir que caso de Tacla
Duran contra Moro fica na Corte
Magistrado ocupou um assento entre os 11
ministros do Supremo por 17 anos. Seu substituto
será indicado pelo presidente Lula
O ministro Ricardo Lewandowski deixa o Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (11). Ele
anunciou no dia 30 de março a antecipação em um mês
de sua aposentadoria, que começaria em 11 de maio. O
magistrado ocupou um assento na Corte por 17 anos.
Nomeado em 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para ocupar a vaga de Carlos Velloso, ele
tomou posse em 16 de março de 2006.
Na última decisão que proferiu antes de deixar uma
das 11 cadeiras do STF, o ministro complicou um
pouco mais a vida do ex-juiz Sergio Moro. Ele
decidiu que a apuração da suposta tentativa de
extorsão de Moro sobre o advogado Rodrigo Tacla
Duran deve permanecer na suprema corte. Lewandowski
acolheu parecer da Procuradoria-geral da República (PGR),
segundo a qual os fatos envolvem autoridade com foro
privilegiado. Moro – que foi ministro da Justiça de
Jair Bolsonaro – hoje é senador pelo União Brasil.
Em depoimento ao novo juiz da Lava Jato, Eduardo
Appio, Tacla Duran disse que o agora senador Sergio
Moro e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
tentaram extorqui-lo. Appio enviou o caso ao STF e
determinou que Tacla Duran fosse colocado no
programa de proteção a testemunhas.
No depoimento, o advogado disse que não aceitou ser
extorquido e que “estava acontecendo um bullying
processual, em que me fizeram ser processado pelo
mesmo fato em cinco países por uma simples questão
de vingança”.
Hoje, nas edes sociais, Sergio Moro reagiu à decisão
de Lewandowski. Segundo ele, o pedido da PGR e a
decisão do ministro se baseiam em “falsas
acusações”. Ele acrescentou que o caso “não é de
competência do Supremo”, pois os fatos são
anteriores ao seu mandato de senador.
O substituto
O substitutio de Lewandowski será indicado pelo
presidente Lula e herdará o caso de Tacla Duran e
Moro no Supremo, assim como a relatoria de outros
cerca de 250 processos que estão com o ministro que
deixa a Corte hoje. Atualmente, o favorito para a
vaga é o advogado criminalista Cristiano Zanin
Martins, que defendeu Lula na Lava Jato.
Não há data para que Lula indique o ministro, que
depois precisa ser sabatinado pela Comissão de
Constituição e Justiça do Senado e aprovado pelo
Plenário da Casa. Enquanto o substituto não for
indicado, o tribunal ficará com dez membros, o que
significa que votações de julgamentos poderão
terminar em empate.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/04/2023 -
Em março, cesta básica ficou mais barata em 13
capitais brasileiras
Maiores quedas de preços foram registradas em
Recife e BH
Em março, o custo da cesta básica caiu em 13 das 17
capitais brasileiras que são analisadas pela
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos,
elaborada mensalmente pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Segundo dados da pesquisa divulgada segunda-feira
(10), as maiores quedas no custo da cesta básica
ocorreram em Recife (-4,65%), Belo Horizonte
(-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e
João Pessoa (-3,42%). Por outro lado, houve aumento
no preço das cestas de Porto Alegre (0,65%), São
Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
No mês de março, a cesta mais cara do país era a de
São Paulo, onde o preço médio dos produtos chegou a
R$ 782,23. Em seguida estavam as cestas de Porto
Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio
de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15).
No Norte e Nordeste do país, onde a composição da
cesta é um pouco diferente, ela custava mais barato.
Em Aracaju foi encontrada a cesta mais barata do
país, onde o custo médio estava em R$ 546,14.
Com base no valor da cesta mais cara, que em março
foi a de São Paulo, e levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o
salário mínimo deve ser suficiente para cobrir
despesas com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência,
o Dieese estimou que o salário mínimo ideal deveria
ser de R$ 6.571,52, o que significa que ele deveria
ser cinco vezes maior do que o salário mínimo atual,
de R$ 1.302.
Fonte: Agência Brasil
12/04/2023 -
Alckmin assume à presidência da República durante
viagem do presidente Lula à China
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,
assumiu nesta terça-feira, 11 de abril de 2023,
interinamente, a presidência da República em razão
de o presidente Lula iniciar a visita à China.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, Sérgio
Nobre, presidente da CUT, e Ricardo Patah, que fazem
parte da comitiva do presidente Lula à China,
participaram do ato em Brasília no qual Alckmin
assumiu interinamente de forma oficial a presidência
da República. Também participaram Moacyr Auersvald,
presidente interino da Nova Central, e Moisés
Selerges Júnior, presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres
destaca que com Lula e Alckmin o Brasil tem governo
sério, democrático, de diálogo. “Com eles e uma
ampla frente democrática, afastamos o risco de a
extrema-direita ter sido reeleita para governar o
nosso País”, afirma Torres.
O dirigente sindical ressalta que agora o trabalho é
para recolocar o Brasil nos trilhos do
desenvolvimento, com geração de empregos e
distribuição de renda, e novamente com protagonismo
nas relações internacionais. “Esta nossa viagem à
China, junto com o presidente Lula, demonstra também
a relevância do movimento sindical representativo e
atuante, da classe trabalhadora brasileira e dos
setores produtivos que geram empregos”, afirmou o
sindicalistas que também é presidente da CNTM e do
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das
Cruzes.
Fonte: Rádio Peão Brasil
11/04/2023 -
Reforma sindical: história ensina que a imposição
não é o caminho para a unidade
Nestes últimos meses, após a posse do presidente
Lula, o protagonismo de entidades de representação
social voltou a fazer parte das pautas
governamentais, mostrando um diálogo direto com a
população – essencial para construir um governo
democrático.
Na busca por uma maior representatividade de setores
da sociedade, o sindicalismo se mostra peça-chave,
dando voz, mais uma vez, aos trabalhadores e
trabalhadoras, em todas as suas instâncias de
atuação, como o sistema confederativo, que trouxe (e
traz) inúmeras conquistas sociais aos brasileiros e
brasileiras.
Mas nem todas as discussões giram em torno da busca
pela unidade e por uma construção aberta e
democrática, ouvindo a voz de todos os setores de
representação.
Um grupo formado pelas três centrais sindicais com
maior número de representados no Brasil (CUT, Força
Sindical e UGT) apresentou um projeto de renovação
do sindicalismo brasileiro, com um texto criado a
portas fechadas e sem a participação do sistema
confederativo.
Um formato excludente, que apenas as beneficia, em
uma verdadeira busca por poder, e que foca na
representação por volume de trabalhadores e
trabalhadoras, ferindo um princípio básico do
sindicalismo, a valorização e autonomia dos
sindicatos de base.
Importante lembrar que nem só de quantidade vive a
representatividade sindical. Todos os setores são
essenciais para a formação de um conjunto de
decisões.
Usar uma amostragem fria, como se trabalhadores e
trabalhadoras fossem apenas números para tentar
legitimar posições decididas a toque de caixa e sem
a busca de uma unidade, mostram o contrário do que
defendemos para um fortalecimento sustentável e
duradouro do sindicalismo.
Afinal, se falta diálogo, num futuro próximo,
faltará também identidade com as pautas defendidas,
destruindo uma construção que leva tempo e trabalho.
A proposta de reforma sindical colocada pelas
centrais destacadas é uma clara tentativa de
inclusão destas entidades na pirâmide sindical, a
redução da força de representação de dezenas de
categorias, o fim do sistema confederativo e a
valorização de sócios sobrepondo a representação de
categorias – o que fere totalmente princípios
básicos de igualdade e inclusão do sindicalismo.
Sindicato não é clube, não representa somente os
sócios e sim toda uma ou mais categorias.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Pública
Central do Servidor, que juntas representam
categorias diversas e milhões de trabalhadores e
trabalhadoras dos setores público e privado, e de
várias outras áreas essenciais para a economia do
país, defendem o debate democrático em torno do
Projeto de Lei 5.552/2019, que foi elaborado pelo
Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) e amplamente
discutido entre as confederações, federações e
sindicatos, bem como com o setor patronal,
ministério público, judiciário e legislativo.
O projeto consiste em regulamentar o Artigo 8º da
Constituição Federal, sem alterar seu texto, mas
deixando claros os pontos que possam ter
interpretação dúbia, como a manutenção da
obrigatoriedade da homologação dentro do sindicato,
instituir uma cota de contribuição negocial que
decorra da negociação coletiva, o reconhecimento da
negociação coletiva em todas as suas formas para
todas as categorias, a garantia da unicidade
sindical, o retorno da ultratividade e tantos outros
pontos de convergência e que são unânimes entre
todas as entidades do sistema confederativo.
Precisamos também deixar claro que se opor à
proposta de reforma sindical colocada pelas outras
centrais não é apenas uma questão de crítica à falta
de diálogo, mas de pragmatismo. Com um Congresso
Nacional dividido, onde pautas mais importantes para
o governo atualmente têm dificuldades de tramitação,
discutirmos a reformulação do sistema sindical se
torna perigoso e desnecessário neste momento.
Se já existe um projeto de lei que apenas reforça a
importância de um artigo da Constituição Federal e
que atende a vários pontos destacados por todo
sindicalismo brasileiro, independentemente de
posicionamento, porque não dar o passo mais fácil e,
depois, com a participação de todos os
representantes da classe trabalhadora brasileira
construir algo mais sólido e vanguardista?
Uma proposta de reforma sindical profunda e sem
diálogo criará um cavalo de Tróia, que prejudicará
todo o sistema sindical, implicando num esforço em
vão para algo que não terá adesão de todas as
centrais, do sistema confederativo, de lideranças
sindicais, dos trabalhadores e trabalhadoras e muito
menos dos parlamentares.
Assinam:
Moacyr Tesch Auersvald – Presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
Antonio Fernandes dos Santos Neto –
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
José Gozze – Presidente da Pública Central do
Servidor
Fonte: Portal CSB
11/04/2023 -
Comissão debate impactos da terceirização após
reforma trabalhista
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
promove audiência pública nesta terça-feira (11)
para discutir os impactos da terceirização no
mercado de trabalho, em especial após a Lei da
Terceirização e a reforma trabalhista, ambas de
2017.
O debate é uma iniciativa do deputado Bohn Gass
(PT-RS). Segundo ele, as recentes mudanças na
legislação precarizaram as relações trabalhistas,
uma vez que a terceirização, na visão de
parlamentar, tem sido usada para eximir as empresas
de encargos sociais com seus trabalhadores.
Bohn Gass acrescenta que não se sustenta o argumento
do setor público e da iniciativa privada de que o
custo da contratação direta é alto e impeditivo para
a geração de novos postos de trabalho. "Se há
recursos para contratação de empresa terceirizada e
se a presunção é de que essa empresa terceirizada
irá cumprir toda a legislação trabalhista e de
proteção social do trabalho, qual a matemática
aplicada que justifica essa economia da cadeia
produtiva?", indaga.
Na verdade, afirma o parlamentar, depreende-se que
os trabalhadores terceirizados custarão menos do que
a contratação direta pela tomadora do serviço. "Isso
se verifica porque as empresas terceirizadas
submetem a classe trabalhadora a condições de
vulnerabilidade (maior rotatividade), baixos
salários, precárias condições laborais (maiores
índices de acidente de trabalho e aquisição de
doenças ocupacionais), incidência de trabalho
análogo a escravo e inadimplência com as obrigações
trabalhistas", comenta.
Além disso, diz o deputado, trabalhadores
terceirizados têm de lidar com a ausência de
fiscalização e responsabilidade das tomadoras de
serviços, e com o desaparecimento das empresas
terceirizadas, que não pagam verbas rescisórias e
obrigam os funcionários a arcar com demandas
judiciais.
Convidados
Foram convidados para audiência, entre outros:
- o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), Aloysio Corrêa da Veiga;
- o presidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Antonio
Colussi; e
- o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait), Bob Everson Carvalho
Machado.
A reunião será realizada no plenário 14, às 14
horas.
Fonte: Agência Câmara
11/04/2023 -
Lula anuncia prioridades para investimentos e volta
a criticar juros altos
Até o início de maio devem ser anunciados
detalhes envolvendo um programa nos moldes do
Programa de Aceleração de Crescimento (PAC)
Em discurso de balanço das ações de governo pelos
100 primeiros dias de mandato, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta
segunda-feira (10), que o setor público deverá atuar
como indutor de investimento em obras de
infraestrutura nos próximos meses, e pediu que os
bancos públicos facilitem o acesso ao crédito.
Durante sua fala, Lula voltou a criticar o Banco
Central e disse que a manutenção da taxa básica de
juros (a Selic) em 13,75% ao ano prejudica a
economia.
A previsão do presidente é que, até o início de
maio, sejam anunciados os detalhes envolvendo um
programa nos moldes do Programa de Aceleração de
Crescimento (PAC), que marcou gestões anteriores do
Partido dos Trabalhadores.
Essa iniciativa deve contemplar a retomada de obras
paradas constatadas por técnicos da União e também
prioridades elencadas pelos governadores, em uma
lista de mais 400 empreendimentos entregue à Casa
Civil. De acordo com Lula, também está prevista a
aplicação de recursos nas áreas de inclusão digital
e transição energética.
“Vamos lançar editais para contratação de energia
solar e eólica que, somados, representarão
capacidade de geração equivalente à de nossas
maiores usinas hidrelétricas. E os leilões para
novas linhas de transmissão irão tornar ainda mais
rápida e atrativa a implantação desses parques de
energia limpa”, afirmou.
Lula também enumerou feitos dos 100 primeiros dias
do seu governo, como a retomada de programas sociais
como o Minha Casa, Minha Vida, e o novo formato do
Bolsa Família, com o benefício de R$ 600 por família
e adicional de R$ 150 por cada criança de até seis
anos.
No discurso, o presidente fez um aceno às alas
consideradas radicais do partido, que segundo ele,
são necessárias para garantir a pluralidade da
legenda e por isso devem coexistir com quadros de
perfil mais moderado. Ao citar o otimismo com a
proposta do novo arcabouço fiscal apresentada pelo
Ministério da Fazenda, Lula pressionou o Banco
Central mais uma vez, ao reclamar da taxa básica de
juros.
“Continuo achando que estão brincando com o país,
com o povo pobre e com os empresários que querem
investir. Só não vê quem não quer”, frisou.
Fonte: InfoMoney
11/04/2023 -
Condições indispensáveis da luta dos trabalhadores
A ação sindical e o reforço da unidade são
indispensáveis para que o movimento sindical
internacional resista à crise, reforce a democracia
e lute pela paz.
por João Guilherme Vargas Netto
A mídia grande e as redes sociais têm dado cobertura
a uma onda de greves que se espraiou pela Europa e
por outros países mobilizando os trabalhadores e
revalorizando os sindicatos.
Na sequência de um rigoroso inverno europeu, com a
disparada do custo de vida e dificuldades acrescidas
pela guerra na Ucrânia, os movimentos grevistas
reivindicatórios dos trabalhadores em transportes,
em serviços e do funcionalismo público foram maciços
e vitoriosos em muitos países, em alguns deles
superando uma letargia de vários anos.
Na França e em Israel o movimento sindical foi
coadjuvante de poderosas manifestações populares
contribuindo com suas greves políticas para a
magnitude dos movimentos, que em Israel obrigaram ao
recuo o primeiro ministro em seu ataque à Justiça e
na França, embora derrotados pelas manobras
parlamentares do presidente da República, persistem
em resistir contra o aumento da idade da
aposentadoria.
Nem todo o mundo do trabalho ainda se mobilizou e se
manifestou, seja na Europa ou em outros países,
principalmente os trabalhadores da produção fabril.
Isto se deve à melhor posição relativa desses
trabalhadores, garantidos por acordos coletivos
vantajosos com duração mais longa.
Juntamente com os esforços da OIT as direções
sindicais internacionais vêm trabalhando para dar
maior organicidade à luta dos trabalhadores,
enfrentada a crise na Confederação Sindical
Internacional que levou à destituição de seu
secretário geral por corrupção com propinas árabes.
As direções sindicais brasileiras procuram reforçar
os laços no âmbito dos BRICS sindicais, nos países
de língua portuguesa e, participantes da delegação
do governo brasileiro à China, estreitam relações
com os congêneres chineses, convidando-os a
visitarem proximamente o Brasil.
O fortalecimento da ação sindical e o reforço da
unidade são condições indispensáveis para que o
movimento sindical internacional cumpra, ao lado dos
trabalhadores, as tarefas de resistir à crise,
reforçar a democracia e lutar pela paz.
Fonte: Portal Vermelho
11/04/2023 -
Debatedores criticam terceirização da atividade-fim
e defendem Estatuto do Trabalho
O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH),
senador Paulo Paim (PT-RS), defendeu a revogação de
leis que autorizam a terceirização da atividade-fim
pelas empresas. O parlamentar é relator de uma
sugestão legislativa (SUG 12/2018) que institui o
novo Estatuto do Trabalho, tema debatido em
audiência pública do colegiado nesta segunda-feira
(10).
— Segundo o Dieese [Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos] havia 1,8
milhão de terceirizados formais no Brasil em 1995,
número que chegou a 4,1 milhões em 2005 e a 12,5
milhões em 2014. O mais grave de tudo é a
terceirização da atividade-fim. Ela potencializa o
trabalho escravo, a exploração da mão de obra e a
precarização. Cabe a nós revogar isso. De cada dez
trabalhadores resgatados em condição análoga à
escravidão, nove são terceirizados — destacou Paim.
Se for aprovada na CDH, a SUG 12/2018 começa a
tramitar como um projeto autônomo no Senado. A
audiência pública contou com a presença de
pesquisadores e representantes da Justiça do
Trabalho e do Ministério Público.
Para o ministro Maurício Godinho Delgado, do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), é preciso
"limitar a terceirização". Segundo o magistrado, a
terceirização da atividade-fim "é manifestamente
inconstitucional".
— Não há outro caminho dentro do projeto
constitucional. Não se poder ter uma posição radical
e extremada no sentido de negar qualquer validade da
terceirização. Isso já sabemos que não vai
funcionar. Mas não vejo outro caminho senão termos
uma flexibilidade para as atividades-meio. A
retomada dessa diferenciação pelo Estatuto do
Trabalho me parece um bom caminho. A posição da
jurisprudência era absolutamente equilibrada,
razoável, proporcional e de fácil entendimento. A
jurisprudência estava consolidada — afirmou.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
10/04/2023 -
Governo cria GTI para fortalecer diálogo tripartite
e avançar nas negociações coletivas
Por meio do
Decreto 11.477, publicado no DOU (Diário Oficial
da União), desta sexta-feira (7), o governo federal
instituiu GTI (Grupo de Trabalho Interministerial)
para elaboração de proposta de reestruturação das
relações de trabalho e valorização da negociação
coletiva.
Este decreto enseja novos caminhos para pautar a
reestruturação das relações trabalhistas no Brasil,
que tiveram série de mudanças com a Reforma
Trabalhista aprovada e implementada durante a gestão
do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Nova pactuação social
Objetivo do GTI, com essa proposta de nova pactuação
social, por meio da elaboração de proposição
legislativa de reestruturação das relações de
trabalho — destruídas pela contrarreforma de Temer —
é valorizar a negociação coletiva.
Essa mesa negocial vai ser coordenada pelo ministro
Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego.
Trata-se de grupo tripartite em que irão participar
o governo, por meio de vários ministérios, dos
empregadores, cujos representantes serão as
principais confederações patronais e dos
trabalhadores, representados também pelas principais
centrais sindicais.
Serão 36 representantes que se sentarão à mesa — 12
de cada segmento — para formular e construir nova
pactuação de diálogo social para a “democratização
das relações do trabalho e fortalecer o diálogo
entre o governo federal, os trabalhadores e os
empregadores.”
Por determinação do decreto, “cada membro do Grupo
de Trabalho Interministerial terá 1 suplente, que o
substituirá em suas ausências e seus impedimentos.”
Fonte: Diap
10/04/2023 -
“Valorizar salário mínimo é essencial no combate à
desigualdade”, diz CESIT
“A valorização do salário mínimo é das mais
importantes iniciativas para a reconstrução nacional
sob bases democráticas”, é o que aponta o balanço da
política de valorização do salário mínimo, realizado
pelo Cesit – Centro de Estudos Sindicais e de
Economia do Trabalho
O Cesit – Centro de Estudos Sindicais e de Economia
do Trabalho apresentou um balanço sobre a Política
de Valorização do Salário Mínimo nos anos 2000.
O estudo aponta que a valorização do salário mínimo
é uma das mais importantes iniciativas para a
reconstrução nacional sob bases democráticas. “O
salário mínimo é uma política efetivamente nacional,
com impactos regionais profundos, fundamental na
estruturação do mercado de trabalho e da política
social”.
O balanço aponta que a valorização do salário mínimo
favorece os mais pobres, especialmente pessoas
negras e mulheres. “É um instrumento decisivo no
combate à desigualdade, para a saúde, a educação e o
combate a fome no país”, aponta a pesquisa.
O balanço produzido pelo Cesit vai além e reafirma
que a valorização do salário mínimo não foi
incompatível com a retomada do crescimento
econômico, com inflação controlada, melhoria das
contas públicas, crescimento do emprego e da
formalização das relações de trabalho nos anos 2000.
“Ao contrário”, diz o texto, “impulsionou um padrão
de crescimento com inclusão social”, servindo como
um ‘farol’ para o conjunto dos rendimentos dos
trabalhadores.
Confira a íntegra do balanço: Balanço da Política
de Valorização do Salário Mínimo nos anos 2000
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/04/2023 -
MA: Chega ao fim a maratona de conversas sobre o
futuro do movimento sindical no Nordeste
Aconteceu em São Luís (MA), nesta quarta-feira (5),
a última conversa democrática sobre o futuro do
movimento sindical, promovida pela Nova central
Sindical de Trabalhadores (NCST), na região
Nordeste. Os dirigentes sindicais maranhenses
validaram a importância da iniciativa da Nova
Central com falas de esperança em dias melhores para
o movimento no Brasil.
“Esse encontro foi maravilhoso. É preciso ativar o
fogo de combate que está apagado e agradeço a NCST
nacional, ao seu presidente interino, Moacyr
Auersvald, e o assessor jurídico, Cristiano Meira,
por essa iniciativa de ir contra uma possível
reforma sindical que afetará as bases”, Humberto
França Mendes, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e
Construção Pesada - Infraestrutura de São Luís-MA -
SINDCONSTRUCIVIL-MA.
De forma unânime, os presidentes de federações e
sindicatos se dispuseram a entrar na luta da Nova
Central em defesa da estrutura sindical brasileira,
da sua pirâmide: confederação, federação e
sindicato.
“É preciso respeitar a nossa pirâmide para seguir em
frente. A força de união das categorias é o que vai
conseguir melhorias para todos. Somos uma família e
defendemos, assim como a Nova Central, a unicidade,
o desenvolvimento e a justiça social”, disse Jorge
Luis Mendes, presidente da Federação dos
trabalhadores na Indústria da Construção e do
mobiliário do Estado do Maranhão (FETICEMA).
Agradecimento ao Nordeste
“ Agradeço aos dirigentes sindicais do Nordeste, as
entidades filiadas à NCST, pela acolhida e apoio ao
nosso trabalho. Essa maratona de diálogo democrático
nos mostrou que é possível sim construir um futuro
melhor para todo movimento sindical, sem prejudicar
ninguém. Mas para isso as bases precisam ser
ouvidas, como fizemos. Todos precisam ter voz. E se
quiserem, de fato, apresentar um projeto de reforma
para o nosso segmento que seja formulado com a
participação de todos. O que está aí não pode
avançar, porque caso avance trará prejuízos para
sindicatos, federações, confederações e,
especialmente, as trabalhadoras e trabalhadores
brasileiros. E isso a NCST não vai deixar”,
enfatizou Moacyr Auersvald, presidente interino da
Nova Central.
Vale destacar também o importante apoio das
Confederações (CNTI, CSPB, CNTTT, CNTEEC E CONTRATUH),
bem como do FST – Fórum Sindical de Trabalhadores,
para realização dessa iniciativa.
A maratona de conversas será retomada em breve na
região Norte.
Fonte: NCST
10/04/2023 -
Lula amplia margem de diálogo no Congresso
Setores da imprensa forçam a ideia de que o
Congresso Nacional está parado e que o governo não
progride junto ao Legislativo.
Não é assim. O jornalista Neuriberg Dias, analista
político, diretor licenciado do Diap e sócio da
Contatos Assessoria, publicou o texto “100 dias do
governo Lula na relação com o Congresso”. O estudo
mostra forte ação legislativa e progressos em puxar
o Parlamento para o centro.
Números – “O governo atual sancionou 21 leis
ordinárias oriundas de proposições aprovadas pelos
parlamentares”, aponta o estudo. E já editou 14
Medidas Provisórias, de vigência imediata, mas que
precisam ser aprovadas em 120 dias pra ser
convertidas em lei.
Em entrevista à Agência Sindical, Neuriberg Dias
afirma: “Lula tem conseguido deslocar o Congresso
para o centro político, ampliando a frente de
diálogo”.
Comparativo – O então presidente Bolsonaro
sancionou 25 leis e publicou 10 MPs no mesmo tempo
de mandato. Sua primeira MP foi aprovada em junho de
2019.
O analista ressalta que “o governo foi eficaz ao
aprovar a PEC que garantiu o funcionamento do
Estado, no momento de transição conturbada”. A
chamada PEC da Transição.
Cautela – Para o consultor político, “o
governo teve cautela na reeleição de Lira e Pacheco,
garantindo postos nas mesas diretoras e comissões
das duas Casas”.
Segundo o estudo, a criação do novo bloco
parlamentar de centro, com 142 membros, “reforça que
o governo avança no campo legislativo, embora sem
quórum para mudanças constitucionais”.
Em regra, as votações exigem maioria simples – 257 e
41 votos, na Câmara e Senado. Neuriberg Dias, no
caso do arcabouço fiscal, principal pauta do
semestre, vê “condições relativamente tranquilas
para aprovação”.
Há dificuldades com a nova composição do Congresso.
“Porém, a formação da base parlamentar pra garantir
a votação da agenda do Executivo, em particular a
econômica e social, parece mais próxima”, aponta o
consultor.
Mais – Acesse o site do Diap.
Fonte: Agência Sindical
10/04/2023 -
Estado de São Paulo concentra 33% dos acidentes de
trabalho do país. E a capital, 25%
Acidentes de trabalho aumentaram no país em 2022.
Estado teve 204 mil, e quase 600 mortes. Mais de 51
mil acidentes foram na capital
Estado mais populoso e com maior concentração da mão
de obra, São Paulo também lidera indicadores de
acidentes de trabalho e mortes em 2022. De acordo
com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho,
iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), há
registros de 204.200 acidentes, com 592 mortes no
mercado formal. Este último número difere
ligeiramente do Radar, do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), que aponta 558 óbitos.
Assim, os acidentes no estado representam 33,3% do
total do Brasil – 612.920. Morreram 2.538
trabalhadores.
Além disso, apenas o município de São Paulo
concentrou 25% (51.200) dos acidentes de trabalho no
país em 2022, com 135 mortes. Segundo os dados do
Observatório, o número de acidentes cresceu 15% em
relação a 2021. Já o total de mortes aumentou 30%.
Setores com mais notificação
“O setor econômico com mais notificações no estado
foram as atividades de atendimento hospitalar, com
18,3 mil notificações de acidentes em 2022”, informa
o MPT. “Em seguida, vêm o comércio varejista, com
6.141, e o setor de transporte rodoviário de carga,
com 4.829. Cortes, lacerações, feridas e puncturas,
contusões e fraturas correspondem a 34% dos casos no
estado, enquanto esmagamentos são 11%.”
O MPT em São Paulo vai realizar audiência pública no
próximo dia 24, sobre subnotificação de acidentes no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Os dados que abastecem o Sinan, que incluem trabalho
sem carteira assinada, são do Ministério da Saúde.
O 28 de abril é o Dia Mundial da Segurança e Saúde
no Trabalho e também Dia Nacional em Memória das
Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Segundo
os dados do MTE, praticamente todos os acidentes de
2022 tiveram tratamento acima de 15 dias, o que leva
ao afastamento do trabalhador.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/04/2023 -
Para as Centrais, salário mínimo deve subir 2,4% ao
ano
Segunda, 3, aconteceu a primeira reunião do Grupo de
Trabalho, criado pelo presidente Lula, a fim de
propor uma política de aumento real, e continuado,
ao salário mínimo.
O aumento do mínimo, que remunera cerca de 50
milhões de brasileiros, foi congelado nos governos
Temer e Bolsonaro.
No encontro, que reuniu, em Brasília, sindicalistas,
técnicos do Dieese e representantes de vários
ministérios, as Centrais apresentaram documento
contendo as propostas. O ministro Luiz Marinho, do
Trabalho e Emprego, coordenou a reunião.
Modelo – Nos próximos três anos, o mínimo
seria reajustado em 2,4%, acima do INPC e da
variação do PIB (Produto Interno Bruno) dos dois
anos anteriores.
A proposta prevê ainda a adoção, a partir de 2027,
de um patamar para aumento real do salário mínimo,
da ordem de 2,4% ao ano. A regra vigoraria até 2053,
sendo revista a cada década.
Segundo Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum
das Centrais, esses 2,40% visam recuperar perdas
provocadas pela não-aplicação da regra de reajuste
entre 2020 e 2022. Ele explica que a proposta embute
um acelerador do crescimento dos valores. “O
objetivo é de alguma forma restabelecer o valor real
de quando o mínimo foi instituído em 1940”, diz. E
completa: “Desde então, a economia cresceu, mas o
salário mínimo não acompanhou”.
Conclat – Aumento real para o salário mínimo
é o primeiro item da Pauta Unificada aprovada na
Conclat, em 7 de abril passado.
Agenda – O governo vai estudar a proposta.
Nova reunião deve acontecer ainda neste mês.
Mais – Acesse o site das Centrais e
Ministério do Trabalho.
Fonte: Agência Sindical
05/04/2023 -
Nova lei prioriza vaga de emprego no Sine para
mulher vítima de violência
Vagas que sobrarem deverão ser destinadas a
mulheres em geral
Entrou em vigor nesta terça-feira (4) a
Lei 14.542/23, que reserva 10% das vagas
intermediadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine)
para mulheres em situação de violência doméstica ou
familiar. A nova norma altera a Lei do Sine e teve
origem no Projeto de Lei 3878/20, do deputado
Capitão Alberto Neto (PL-AM).
Segundo as alterações, não havendo o preenchimento
das vagas por ausência de mulheres em situação de
violência doméstica ou familiar, as vagas
remanescentes poderão ser preenchidas por mulheres
e, não havendo, pelo público em geral.
Por fim, o texto obriga os municípios que aderirem
ao Sine a prestar assistência a mulheres em situação
de violência doméstica e familiar.
Fonte: Agência Câmara
05/04/2023 -
Delegacias da mulher passam a prestar atendimento 24
horas
Mulheres vítimas de violência doméstica e familiar
têm direito a atendimento 24 horas por dia, sete
dias por semana, incluindo feriados nas delegacias
especializadas de atendimento à mulher (Deam). A
obrigatoriedade do funcionamento ininterrupto desse
tipo de delegacia passa a valer imediatamente,
porque a Lei 14.541, sancionada pelo presidente da
República, Luíz Inácio Lula da Silva, foi publicada
no Diário Oficial da União desta terça-feira (4).
De acordo coma nova lei, nos municípios onde não
houver Deam, a delegacia existente deverá priorizar
o atendimento da mulher vítima de violência por
agente feminina especializada. Os recursos do Fundo
Nacional de Segurança Pública (FNSP) destinados aos
estados poderão ser utilizados para a criação de
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher em
conformidade com as normas técnicas de padronização
estabelecidas pelo Poder Executivo.
O atendimento deverá ser feito, preferencialmente,
em sala reservada e por policiais do sexo feminino.
A regra deve ser obedecida não só pelas delegacias
que serão criadas, mas também por aquelas que já
existem. Às Deams compete a análise também de crimes
contra a dignidade sexual e feminicídios.
A lei teve origem no Projeto de Lei (PL) 781/2020,
do senador Rodrigo Cunha (União-AL), aprovado pelo
Senado no início de março.
Fonte: Agência Senado
05/04/2023 -
Aliados de Bolsonaro apostam na sua inelegibilidade
Integrantes do PL avaliam que o TSE deverá tornar
Bolsonaro inelegível e já deram início à busca por
um eventual sucessor para comandar a extrema direita
no Brasil
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o
ex-mandatário se tornará inelegível no âmbito do
processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) em função dos ataques ao sistema eleitoral e à
higidez do sistema eleitoral feitos por ele durante
uma reunião com embaixadores estrangeiros em julho
de 2022. De acordo com a jornalista Thaís Oyama, do
UOL, o PL encomendou, no mês passado, uma pesquisa
visando encontrar um nome capaz de substituí-lo, mas
“essa alternativa ainda não consta do horizonte do
eleitorado”.
Segundo a reportagem, ao responder ao questionamento
sobre quem poderia substituir o ex-mandatário, o
nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi o
mais citado, “mas a maior parte dos entrevistados
preferiu não indicar nome algum”.
Diante da perspectiva de Bolsonaro ser declarado
inelegível, o PL irá trabalhar para não perder o
legado de 58 milhões de eleitores que votaram no
ex-mandatário no último pleito. Nesta linha, o
partido deverá destacar que ele saia em defesa das
chamadas pautas de costume, uma das bases do
discurso bolsonarista e da extrema direita, além de
estimular o antipetismo junto ao eleitorado.
“Duas, em especial, surgiram com destaque na
pesquisa encomendada pelo partido: a defesa da
propriedade privada e o combate à criminalidade. A
primeira seria fruto do receio de parte do
eleitorado diante de uma imaginária ‘volta do
comunismo’ ao Brasil e, a segunda, resultado de uma
percepção de que a violência aumentou", ressalta a
reportagem.
Fonte: Brasil247
04/04/2023 -
Sindicalistas entregam proposta de valorização do
salário mínimo ao ministro do Trabalho
Nesta segunda-feira (3) foi instalado o Conselho de
valorização do salário mínimo para elaborar uma
Política de Valorização do Salário Mínimo. A reunião
contou com participação das Centrais Sindicais e de
seis ministérios, incluindo Trabalho, Fazenda e Casa
Civil.
Na oportunidade os sindicalistas entregaram ao
Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a proposta das
centrais sindicais para a Política de Valorização do
Salário Mínimo.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, destaca
que o documento, elaborado pelo Dieese –
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos, contém uma proposta de valorização
permanente. “Aumentar o valor piso nacional ê uma
forma de distribuir renda”, defende o líder
sindical.
Clique aqui e confira a íntegra do documento.
Fonte: Rádio Peão Brasil
04/04/2023 -
Comissão de Trabalho vai debater a terceirização no
Brasil
Na segunda quarta-feira deste mês, dia 11, a
Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados vai
debater os impactos da terceirização, sobretudo após
a vigência da Lei 13.429/17, e da Reforma
Trabalhista (Lei 13.467/17), aprovada na vigência do
governo de Michel Temer (MDB), que assumiu a
Presidência do País após o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O requerimento, deputado Bohn Gass (PT-RS) foi
aprovado na Comissão de Trabalho. A comissão ainda
não confirmou a lista de convidados, mas debate está
previsto para ocorrer no plenário 14, às 14h do dia
11.
Aplicativos
O colegiado aprovou também a criação da Subcomissão
Especial Permanente para analisar e discutir o
trabalho por aplicativos e por plataformas digitais.
A iniciativa foi do presidente do colegiado,
deputado Airton Faleiro (PT-BA).
Sobre o tema ainda foram apresentados 2 requerimentos
para realização de audiências públicas. Um é de
iniciativa da deputada Erika Kokay (PT-DF), e o
outro do deputado Túlio Gadelha (Rede-PE).
Fonte: Diap
04/04/2023 -
RN: Dirigentes sindicais mostram disposição para
luta em defesa da estrutura sindical
Neste último sábado (30), foi a vez de Natal (RN)
receber o presidente interino da Nova Central,
Moacyr Auersvald, e o assessor jurídico, Cristiano
Meira, para conversar sobre o futuro do movimento
sindical e a defesa da sua estrutura — da sua
pirâmide: confederação, federação e sindicato —
contra uma possível reforma.
“A conversa foi muito positiva em Natal. Mesmo sendo
sábado, os companheiros compareceram e colaboraram
para as mudanças reais que todos queremos para o
movimento. Isso demonstra que estamos no caminho
certo. Gostaria de agradecer a NCST/RN, suas
entidades filiadas, por todo apoio nesse momento tão
difícil. Cada vez precisamos nos unir em defesa das
entidades e da classe trabalhadora”, agradeceu
Moacyr Auersvald.
#NCSTemAção #GiroNCSTNordeste
Divulgue! Colabore! Participe!
Fonte: NCST
04/04/2023 -
Novo reajuste do mínimo em maio vai ter impacto de
R$ 4,4 bi
Segundo levantamento da IFI (Instituição Fiscal
Independente) do Senado, o aumento do salário mínimo
de R$ 1.302 para R$ 1.320, em maio, vai resultar em
impacto de R$ 4,4 bilhões nas contas públicas.
Com o reajuste previsto para maio, o governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai
conseguir poupar R$ 2,2 bilhões de janeiro a abril.
Dados do Ministério da Fazenda apontam que R$ 1 a
mais no salário mínimo aumenta os custos da União em
R$ 390 milhões por ano.
Dia 1º de janeiro, o salário mínimo passou de R$
1.212 para 1.302. Com o novo valor, o salário terá
ganho acima da inflação de 2,8%.
Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos), isto
representa o maior aumento real desde 2012, quando
foi de 7,59%.
Impactos positivos
Segundo o Dieese, os impactos da elevação do salário
mínimo na economia em 2023, de R$ 1.302, seguem
estas estimativas:
• 60,3 milhões de pessoas têm rendimento referenciado
no salário mínimo.
• R$ 69,3 bilhões representam o incremento de renda na
economia.
• R$ 37,4 bilhões correspondem ao aumento na
arrecadação tributária sobre o consumo.
GT do Salário Mínimo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou GT
(grupo de trabalho) para a elaboração de proposta de
Política de Valorização do Salário Mínimo. O decreto
que institui o GT foi publicado na edição de 27
fevereiro do DOU (Diário Oficial da União).
A política de valorização do mínimo é uma das
principais agendas que Lula trouxe da campanha. As
centrais sindicais defendem que o piso atual suba
para R$ 1.343 (com correção pelo INPC, de 5,93%,
somada ao PIB de 4,6% de 2021).
Composição e funcionamento do GT
O GT é composto por 14 membros, divididos entre
Administração Pública federal e representantes dos
trabalhadores. São esses:
• 1 representante do MTE, que coordena o GT;
• 1 do Ministério da Fazenda;
• 1 do Ministério da Previdência Social;
• 1 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços;
• 1 do Ministério do Planejamento e Orçamento;
• 1 da Secretaria-Geral da Presidência da República; e
• 1 da Casa Civil da Presidência da República;
• 1 da CUT (Central Única dos Trabalhadores);
• 1 da Força Sindical;
• 1 da UGT (União Geral dos Trabalhadores);
• 1 da CTB (Central dos Trabalhadores e das
Trabalhadoras do Brasil);
• 1 da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores);
• 1 da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros); e
• 1 das centrais sindicais.
Cada membro terá 1 suplente, que o substituirá nas
ausências e impedimentos. Os nomes serão indicados
pelos titulares dos órgãos e das entidades que
representam.
O representante da pasta do Trabalho poderá convidar
representantes de outros órgãos e entidades,
públicos e privados, e especialistas em assuntos
relacionados às suas atribuições em casos
específicos. Esses convidados não terão direito a
voto.
Além disso, as organizações representativas dos
empregadores serão consultadas sobre a proposta de
Política de Valorização do Salário Mínimo, de modo a
garantir o caráter tripartite das políticas de
trabalho.
Ainda, pesquisadores do Ipea (Instituto de Política
Econômica Aplicada) e do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) prestarão apoio administrativo.
As reuniões do GT são semanais, podendo haver
convocação de mais de 1 encontro por semana. Essas
são realizadas presencialmente ou por
videoconferência. A participação não é remunerada.
O GT terá duração de 45 dias, contado a partir de 19
de janeiro de 2023, prorrogável uma vez por igual
período. O relatório final das atividades do grupo
vai ser encaminhado aos titulares dos órgãos nesse
representados.
A data de 19 de janeiro considera despacho assinado
por Lula naquela ocasião, que determinou aos
ministérios do Trabalho e Emprego, da Fazenda, do
Planejamento e Orçamento, da Previdência Social, do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio e à
Secretaria-Geral e à Casa Civil da Presidência da
República a elaboração da proposta de valorização do
mínimo.
Fonte: Diap
04/04/2023 -
Maioria esmagadora dos brasileiros dá razão a Lula
em seu embate contra os juros altos, diz Datafolha
Para 80%, é correto criticar os juros altos,
enquanto 71% consideram que taxa está acima do que
deveria
O Datafolha perguntou aos brasileiros, nos dias 29 e
30 de março, como eles avaliam o patamar atual da
Selic. A pesquisa revelou que as críticas do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco
Central encontram eco na população. Para 80% dos
entrevistados, Lula tem razão. O apoio ao presidente
Lula neste tópico é maior entre os brasileiros que
recebem até dois salários mínimos (R$ 2.604), faixa
em que 85% dizem concordar com o presidente.
A pesquisa aponta também que para 71% dos
brasileiros, a taxa de juros está mais alta do que
deveria.
Mesmo entre os eleitores do PL, partido do
ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou Campos
Neto para o BC, a percepção de que os juros estão
mais altos do que o recomendado é de 77%. Entre as
regiões do país, essa opinião só fica abaixo dos 70%
no Nordeste (67%), aponta o Datafolha.
Entre os que têm ensino superior, 24% afirmam que
Lula age mal ao pressionar o BC; entre os
empresários, 28%; entre os que se declaram brancos,
19%.
Reportagem da Folha de S.Paulo relembra que Lula tem
feito duras críticas ao Banco Central. "Quero saber
de que serviu a independência do Banco Central", "é
só ler a carta do Copom para a gente ver que é uma
vergonha esse aumento de juros", "precisa cuidar da
política monetária, mas precisa cuidar também do
emprego, da inflação e da renda do povo", argumenta
o presidente.
Fonte: Brasil247
04/04/2023 -
Governo trabalha para votar MPs a tempo em vez de
torná-las projetos de lei
Queda de braço entre Câmara e Senado tem travado
o andamento das medidas provisórias editadas pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O ministro da Casa Civil afirmou nesta segunda-feira
(3) que o governo trabalha na construção de um
acordo para votar medidas provisórias antes de seu
vencimento, em vez de transformá-las em projetos de
lei.
A queda de braço declarada entre as duas Casas do
Congresso tem travado o andamento de medidas
provisórias editadas pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Nesse cenário, o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o governo
teria acenado com a possibilidade de um consenso a
partir da manutenção de apenas três ou quatro MPs,
enquanto as outras medidas seriam reeditadas na
forma de projetos de lei (PLs) com urgência
constitucional.
“Não, a ideia não é essa (mudar para PLs). A ideia é
que a gente trabalhe para a votação dessas medidas
no Congresso”, disse Rui Costa.
“O ministro (das Relações Institucionais) Padilha
está atuando de forma intensa para viabilizar, na
medida do possível, ou um acordo ou a celeridade nos
formatos que ficarem definidos. Mas para que as
medidas sejam avaliadas no tempo do seu prazo de
validade”, acrescentou Costa, dando ênfase às
medidas que tratam da estruturação do governo.
“Essas, sim, precisam efetivamente serem votadas
absolutamente dentro do prazo.”
Dentre as MPs prioritárias editadas por Lula estão a
que concede o Bolsa Família de 600 reais, a que
reorganiza a estrutura dos ministérios, e a que
recria o Minha Casa, Minha Vida, além da que retoma
o chamado voto de desempate no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
A divergência entre Lira e o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), perpassa pela disputa de
poder entre as duas Casas travada atualmente em
torno da tramitação de medidas provisórias.
Fonte: InfoMoney
03/04/2023 -
“Rever a reforma trabalhista é mais importante”,
afirmam dirigentes em Pernambuco
Em Pernambuco, nesta quinta-feira (30), os
dirigentes sindicais que participaram do encontro
com o presidente interino da Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST), Moacyr Aeursvald, e o
assessor jurídico da NCST, Cristiano Meira,
afirmaram que rever a reforma trabalhista é mais
importante que pensar em possível reforma sindical
neste momento.
“É preciso discutir um novo modelo de gestão que não
seja tão duro como a lei 13.467/2017, da reforma
trabalhista, que deixou os sindicatos de mãos
atacadas e os trabalhadores debaixo dos pés dos
patrões. A Nova Central está propondo o que é
correto para o movimento, um novo modelo de gestão
que garante os direitos das bases. Estou muito
satisfeito de ter participado dessa conversa”, disse
José Maria Martins, SINTRANSTUR/PE.
“De fato, eles entenderam o nosso principal objetivo
que é barrar o avanço desse projeto e focar no mais
importante que é rever a reforma trabalhista, que
foi extremamente voraz com a classe trabalhadora”,
disse Moacyr.
“Quero a agradecer a Nova Central Nacional por esse
encontro importantíssimo com as entidades filiadas à
NCST/ PE, por essa possibilidade de estar conosco e
de andar todo Nordeste para levar esclarecimentos
aos trabalhadores”, Israel Torres, presidente da
NCST/PE.
Fonte: NCST
03/04/2023 -
Brasil tem 9,2 milhões de desempregados e 4 milhões
de desalentados
São 13,2 milhões de brasileiros sem emprego no
trimestre móvel encerrado em fevereiro
Nada menos que 13,2 milhões de brasileiros estavam
sem emprego no trimestre móvel encerrado em
fevereiro. É o que aponta a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada
nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
No período analisado, o País acumulava 9,2 milhões
de desempregados e 4 milhões de desalentados
(aqueles que, embora disponíveis, não buscaram
trabalho por diversas motivações). A taxa de
desocupação caiu 2,6 pontos percentuais em relação a
fevereiro de 2022 – o que representa 2,8 milhões de
pessoas a menos no desemprego. Já a população
desalentada regrediu 0,7 ponto percentual.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de
Trabalho e Rendimento do IBGE, os primeiros meses do
ano – especialmente janeiro – são marcados por
demissões de trabalhadores temporários, que costumam
ser contratados no fim do ano. Ainda assim, como os
índices de 2022 estão melhores que os de 2022, se
comparados no mesmo período, o resultado é positivo.
Há 98,1 milhões de trabalhadores “na ativa”. Essa
população ocupada recuou 1,6% em relação a novembro,
mas cresceu 3% se comparada com fevereiro de 2022. O
nível de ocupação é de 56,4%. Esse conceito
representa o percentual de ocupados em relação à
população em idade de trabalhar.
O número de trabalhadores formais (com carteira de
trabalho assinada) no setor privado cresceu 6,4% em
relação a fevereiro do ano passado, enquanto o
número de empregados sem carteira assinada subiu
5,5%. Já a taxa de informalidade ficou em 38,9% da
população ocupada, menos que os 40,2% de fevereiro
de 2022. A renda real habitual ficou em R$ 2.853, um
salto de 7,5% na comparação com fevereiro de 2022.
Confira os principais dados da pesquisa:
- Taxa de desocupação: 8,6%
- População desocupada: 9,2 milhões de pessoas
- População ocupada: 98,1 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
- População desalentada: 4 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Trabalhadores informais: 38,2 milhões
- Taxa de informalidade: 38,9%
Fonte: Portal Vermelho
03/04/2023 -
Brasil registra mais de 612 mil acidentes de
trabalho em 2022
Levantamento é do Observatório de Segurança e
Saúde no Trabalho
O Brasil registrou, em 2022, 612,9 mil notificações
de acidentes de trabalho. O número de óbitos
provocados por esses acidentes chegou a 2,5 mil.
A atividade de atendimento hospitalar é o setor com
maior número de notificações, que chegam a mais de
59 mil casos. Técnicos de enfermagem foram os
profissionais mais acidentados, com 36 mil casos.
Os dados foram divulgados na quarta-feira (29) pelo
Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho,
iniciativa do Ministério Público do Trabalho,
Organização Internacional do Trabalho e diversos
órgãos do governo federal.
O professor Ildeberto Muniz, da Faculdade de
Medicina de Botucatu, unidade da Universidade de São
Paulo (USP), afirma que os dados refletem só os
números do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), aqueles vinculados a empregados formais, que
contribuem com a Previdência Social.
"A informação previdenciária tem como principal
filtro que ela se refere ao trabalhador que está
vinculado ao seguro de acidente de trabalho. Então,
aqueles dois terços da população trabalhadora que
não estão no mercado de trabalho, a gente nem pode
dizer que a falta daquela informação no dado da
Previdência seja sub-registro, porque não é intenção
da Previdência ter mesmo aquele registro, ele é por
princípio excluído."
Para complementar as informações, o observatório
também divulgou dados de notificação obrigatória de
atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS)
relacionados a casos de acidentes de trabalho. Foram
392 mil notificações de acidentes envolvendo
trabalhadores.
Em 2022, foram mais de 148 mil concessões de
benefícios previdenciários para acidentados e 6,5
mil de aposentadoria por invalidez.
A cidade de São Paulo registrou, no ano passado,
mais de 51 mil notificações de acidentes. O Rio vem
logo em seguida, com mais de 18 mil, e Belo
Horizonte, com 11 mil acidentes.
Segundo o procurador do trabalho Luiz Fabiano de
Assis, a plataforma SmartLab é hoje o maior
repositório de informação sobre a saúde do
trabalhador no país.
No site podem ser encontrados dados de 2012 a 2022,
apresentados em diversas formas de cruzamento e
informações. Os dados estão disponíveis para acesso
público pelo site smartlabbr.org.
Fonte: Agência Brasil
03/04/2023 -
Justiça manda INSS fazer 'revisão da vida' toda na
aposentadoria de segurado
Comprovado o cálculo mais vantajoso para o autor da
ação, o Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à
1ª Vara Federal de Pouso Alegre (MG) condenou o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na
última semana, a promover a chamada "revisão da vida
toda" na aposentadoria de um segurado dentro do
prazo de 30 dias.
O autor pediu que fossem considerados, no cálculo de
sua aposentadoria, períodos de contribuição
anteriores ao Plano Real, de julho de 1994 — ao
contrário do que estipulou a reforma da Previdência
de 1999.
A juíza Tânia Zucchi de Moraes lembrou que tanto o
Supremo Tribunal Federal quanto o Superior Tribunal
de Justiça já validaram a revisão da vida toda.
O primeiro a decidir favoravelmente sobre o tema foi
o STJ, em 2019, em julgamento de recursos
repetitivos. Já o STF confirmou o entendimento em
dezembro do ano passado, em julgamento com
repercussão geral reconhecida.
"Tratando-se de decisões proferidas em sede de
recurso especial repetitivo e recurso extraordinário
com repercussão geral, tem este juízo o dever de
observá-las", apontou a juíza.
Com base na planilha de cálculo apresentada pelo
segurado, a renda mensal inicial calculada pelo INSS
chegou a um valor de quase R$ 2,4 mil. Já o cálculo
revisado, com a inclusão das contribuições
anteriores a 1994, resultou em um total de
aproximadamente R$ 4,6 mil.
"Precedente importante que reafirma a viabilidade da
tese da revisão da vida toda já proclamada pelo STF,
em que pese o INSS continuar criando embaraços para
seu cumprimento", comenta o pesquisador e professor
Sérgio Salvador, que é o advogado da causa.
Processo 1004318-59.2020.4.01.3810
Fonte: Consultor Jurídico
03/04/2023 -
Aposentados manterão luta contra os juros altos
Dia 13, o Conselho Nacional de Previdência Social
reduziu a taxa de juros – de 2,14% pra 1,70% ao mês
– no empréstimo consignado a aposentados,
pensionistas e Servidores. Os bancos reagiram,
anunciaram boicote ao crédito e atraíram para seu
cartel até a Caixa Econômica Federal e o Banco do
Brasil.
O debate prosseguiu, sempre com os bancos na
ofensiva. Na terça (28), o Conselho deu um passo pra
trás e definiu o novo teto de juros em 1,97%.
“Recuamos no que queríamos para o teto de juros do
consignado pela pressão que os bancos fizeram. Mas
os juros continuam altos”, declara o ministro da
Previdência Social, Carlos Lupi. Ele promete “novos
caminhos” a fim de baratear o crédito aos
aposentados.
Segundo João Inocentini, presidente do Sindicato
Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi-Força
Sindical), a entidade defendeu 1,90% como teto de
juros. Ele diz: “Era preciso chegar a um acordo. As
pessoas que mais necessitam são os pobres, que
buscam dinheiro pra comer ou pagar dívidas.
Precisávamos resolver esse impasse sem demora”.
Advogada do Sindnapi, dra. Tonia Galetti, tem
assento no Conselho da Previdência. Ela avalia
positivamente a economia no bolso dos aposentados.
“Foi um avanço porque reflete no valor das parcelas
que as pessoas vão pagar para os bancos”, argumenta.
GT – Outro avanço é a criação de um Grupo de
Trabalho a fim de discutir pontos relacionados ao
consignado. “Queremos repensar o formato dos
produtos, a forma de abordagem, o acesso ao
empréstimo e a questão do cartão de crédito, que
pode se transformar numa dívida infinita”, adianta.
“Até 5 de abril serão definidos os nomes dos
integrantes do GT”, informa a dra. Tonia.
Fonte: Agência Sindical
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