Blog - Notícias Anteriores - Abril 2024
30/04/2024 -
Presidente Lula estará no 1º de Maio em SP
30/04/2024 -
Leia estudo sobre contribuição assistencial ou de
negociação coletiva
30/04/2024 -
Centrais sindicais divergem sobre desoneração da
folha, após suspensão pelo STF
30/04/2024 -
Pacheco anuncia recurso ao STF para manter
desoneração da folha
30/04/2024 -
Já está valendo: segurados do INSS podem pedir
Atestmed pela Central 135
29/04/2024 -
Nova Central São Paulo debate organização do 1° de
Maio Unificado das centrais
29/04/2024 -
Relatório da regulamentação do trabalho de
motoristas de aplicativo deve ser apresentado antes
do recesso
29/04/2024 -
A vida segue – João Guilherme
29/04/2024 -
Supremo recebe segunda ação contra lei sobre
igualdade salarial
29/04/2024 -
Zanin suspende lei que prorrogou desoneração da
folha até 2027
26/04/2024 -
Tribunal recebe manifestações sobre direito de
oposição ao pagamento de contribuição assistencial
26/04/2024 -
Governo Lula reduz juros do consignado de
aposentados e pensionistas do INSS
26/04/2024 -
Lira diz que volta do imposto sindical não passa na
Câmara
26/04/2024 -
Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?
26/04/2024 -
Governo estuda nova modalidade de crédito consignado
como alternativa ao saque-aniversário
26/04/2024 -
Zanin será relator de ação do governo contra
desoneração
25/04/2024 -
Lula confirma presença no 1º de Maio unificado das
centrais
25/04/2024 -
Polarização persiste e atrapalha, alerta consultor
25/04/2024 -
Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não
chegaram a acordo
25/04/2024 -
Cejusc TST chega a R$ 500 milhões em acordos
firmados desde sua criação
25/04/2024 -
Demissões por justa causa crescem e revelam outra
face da precarização
24/04/2024 -
Comissão promove debate sobre ambiente digno e
seguro no trabalho
24/04/2024 -
Mudanças climáticas afetam saúde de 70% dos
trabalhadores no mundo
24/04/2024 -
Economista explica melhora na renda
24/04/2024 -
"A economia em 2024 vai crescer mais do que todos os
jornalistas econômicos falaram", diz Lula
24/04/2024 -
MPT tem legitimidade nas ações coletivas sobre meio
ambiente de trabalho
24/04/2024 -
Com “semana de 4 dias”, Portugal sinaliza redução da
jornada
23/04/2024 -
Beneficiários do INSS começam a receber o 13º a partir
de quarta-feira
23/04/2024 -
Comissão de Trabalho debate possibilidade do fim do
saque-aniversário do FGTS
23/04/2024 -
Nova Central repudia "mulher submissa" defendida
pela deputada Mical Silva
23/04/2024 -
Regulamentação do trabalho de motorista de
aplicativo é tema de novo debate na Câmara
23/04/2024 -
Terceirização e 'pejotização' são fenômenos
distintos, diz Fachin
22/04/2024 -
Atenção, Confederações! Inscrições abertas para o
seminário Democracia, Assédio Eleitoral e Liberdade
de Escolha
22/04/2024 -
A importância e os desafios das frentes
parlamentares
22/04/2024 -
86,1% dos reajuste salariais tiveram ganho real no
primeiro trimestre
22/04/2024 -
Debatedores defendem mais ação para prevenir
acidentes e doenças do trabalho
22/04/2024 -
Sindicato e escritório de advocacia são condenados
por cobrarem honorários de trabalhadores
22/04/2024 -
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$
1.848 em 2023
19/04/2024 -
Senado aprova projeto que eleva isenção do IR para
até dois salários mínimos
19/04/2024 -
Ministro do Trabalho volta a defender alternativa ao
saque-aniversário no FGTS
19/04/2024 -
Com Lula, Brasil salta de 12ª para 8ª maior economia
do mundo, diz FMI
19/04/2024 -
Decisão lamentável; por João Guilherme
19/04/2024 -
Normas internacionais estabelecem padrões mínimos
para o trabalho decente
18/04/2024 -
Nova Central participa de diálogo das centrais com
sindicalistas chineses
18/04/2024 -
Sindicalismo lança em SP o 1º de Maio
18/04/2024 -
Deputado Jorge Solla apresenta PEC que eleva pensão
por morte
18/04/2024 -
Parte que justifica falta a audiência não precisa
pagar custas, diz TST
18/04/2024 -
Comissão aprova projeto que atualiza taxas da
Justiça do Trabalho
17/04/2024 -
Registro Sindical: MTE atualiza Cnes e implanta
novas funcionalidades ao sistema
17/04/2024 -
1º de Maio: Centrais escolhem o Itaquerão para ato
unificado
17/04/2024 -
Governo prevê salário mínimo de R$ 1.502 em 2025,
diz Haddad
17/04/2024 -
INSS alerta que não usa intermediário para liberar
salário-maternidade
17/04/2024 -
Sindnapi combate entidades suspeitas de abusos aos
aposentados
17/04/2024 -
Projeto prevê valor mínimo para indenização por dano
extrapatrimonial
16/04/2024 -
Entidades preparam um grande 28 de Abril
16/04/2024 -
Ministro do Trabalho participa de audiência na
Câmara nesta quarta
16/04/2024 -
Inflação de março pesou menos para famílias de renda
alta, aponta Ipea
16/04/2024 -
Centrais iniciam panfletagem do 1º de Maio Unitário
nesta terça (16)
16/04/2024 -
PEC do fim da reeleição ganha relator e começa a
avançar no Senado
16/04/2024 -
Recusa a voltar ao trabalho anula pedido de rescisão
indireta, diz juíza
15/04/2024 -
Trabalho aprova regulamentação de aposentadoria
especial para exposição às substâncias prejudiciais
à saúde
15/04/2024 -
Fim da contribuição de aposentados começa a
tramitar; está na CCJ
15/04/2024 -
Central sindical argentina anuncia greve geral
contra governo Milei
15/04/2024 -
O esquenta do 1º de Maio – João Guilherme Vargas
Netto
15/04/2024 -
Rescisão de trabalhador com estabilidade só pode ser
validada no sindicato
12/04/2024 -
Deputada aprova
relatório de aposentadoria especial para trabalhos
de risco
12/04/2024 -
Aprovada urgência para projeto que reajusta faixa de
isenção do IRPF
12/04/2024 -
Deputados anunciam acordo para votar em junho
regulamentação do trabalho com aplicativo
12/04/2024 -
Em GO, MG, SP e PR, aprovação do governo Lula é
maior que a votação recebida em 2022
12/04/2024 -
Projeto regulamenta a correção de débitos
trabalhistas
11/04/2024 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,19%
11/04/2024 -
Ato no Brás, SP, lançará 1º de Maio 2024
11/04/2024 -
Sindicalistas se reúnem com Secretário Geral da
Presidência da República
11/04/2024 -
Inteligência artificial afeta empregos, mas também
abre oportunidades no mercado, avaliam especialistas
11/04/2024 -
Senado aprova plano para combate integrado à
violência contra a mulher
11/04/2024 -
Atuação como militante sindical não caracteriza
relação de emprego
10/04/2024 -
Eleições municipais, sucessão no Congresso e futuro
do governo Lula
10/04/2024 -
Isenção de Imposto de Renda para dois salários
mínimos vai ao Plenário
10/04/2024 -
Novo projeto de desoneração está sendo discutido com
municípios, diz Pacheco
10/04/2024 -
Senadores discutem negociação coletiva de trabalho
no serviço público
10/04/2024 -
TST anula dispensa sem aval sindical de grávida
forçada a se demitir
10/04/2024 -
Regulamentação de redes sociais no Brasil é
inevitável, diz Pacheco
09/04/2024 -
Oposição consegue segurar projeto sobre redução da
jornada: relatório será de bolsonarista
09/04/2024 -
CAE examina aumento na isenção do IR, para até dois
salários mínimos
09/04/2024 -
Brasil: quase 16 mil morreram em acidentes de
trabalho em sete anos
09/04/2024 -
Por unanimidade, STF define que Constituição não
prevê 'poder moderador' das Forças Armadas ou
intervenção militar
09/04/2024 -
Governo inclui 248 empregadores na ‘lista suja’ do
trabalho escravo
09/04/2024 -
Proposta autoriza parcerias entre INSS e sindicatos
para realização de perícia médica
09/04/2024 -
Projeto proíbe empresa de negar emprego à mulher por
ser mãe
08/04/2024 -
Centrais sindicais e Dieese debatem ciência e
tecnologia em conferência
08/04/2024 -
Nota da Centrais Sindicais: Motorista autônomo
protegido e com direitos
08/04/2024 -
STF adia retomada do julgamento sobre correção do
FGTS
08/04/2024 -
Comissões debatem regulamentação da atividade dos
trabalhadores de aplicativos
08/04/2024 -
Preços da cesta básica em março aumentaram em 10 e
caíram em sete capitais
08/04/2024 -
Normalização – João Guilherme Vargas Netto
05/04/2024 -
Indicadores da sindicalização no Brasil – Nivaldo
Santana
05/04/2024 -
É urgente desanuviar o ambiente político no Brasil
05/04/2024 -
FETICVERGS lança
documento para orientar classe trabalhadora em 2024
05/04/2024 -
Toffoli diz que INSS abrirá mão da sucumbência em
revisão da vida toda
05/04/2024 -
Indicador antecedente de emprego no Brasil sobe pelo
4° mês seguido em março, diz FGV
04/04/2024 -
Fevereiro combina aumento de empregos e salários
04/04/2024 -
Produção da indústria recua 0,3% em fevereiro,
revela IBGE
04/04/2024 -
Pacheco: manutenção da desoneração não abala relação
com o governo
04/04/2024 -
TSE agenda julgamento do processo de cassação do
senador Jorge Seif para esta quinta (4)
04/04/2024 -
Empresa tem de pagar horas extras em revezamento
acima de 6 horas
04/04/2024 -
Desembargador do TRE vota pela cassação de Moro e
empata julgamento
04/04/2024 -
Projeto prevê medidas para proteger mulher agredida
no ambiente de trabalho
03/04/2024 -
Participe da Conferência CT&I e o Mundo do Trabalho
03/04/2024 -
Ditadura aumentou a desigualdade e a pobreza,
afirmam centrais
03/04/2024 -
Revisão da vida toda: STF adia julgamento de
recurso; entenda
03/04/2024 -
Pacheco derruba reoneração da folha de pagamento de
municípios em MP
03/04/2024 -
Dirigente sindical é demitido por justa causa por
falar mal da empresa
02/04/2024 -
Centrais sindicais farão 1º de Maio Unificado na
Arena Corinthians
02/04/2024 -
Para 63%, data do golpe de 1964 deve ser desprezada,
diz pesquisa
02/04/2024 -
Nova lei cria certificado para empresa que promove
saúde mental dos empregados
02/04/2024 -
Advogada critica STF na questão da vida toda
02/04/2024 -
Gilmar Mendes defende redução do tamanho da Justiça
do Trabalho
02/04/2024 -
TST invalida redução de salário apenas para uma
categoria de empregados
01/04/2024 -
Brasil registra mais de 306 mil empregos formais em
fevereiro
01/04/2024 -
Julgamento que pode cassar e deixar Moro inelegível
começa nesta segunda-feira
01/04/2024 -
FGTS Futuro é regulamentado e aguarda normas
operacionais para valer
01/04/2024 -
O Supremo atropelou direitos dos aposentados
01/04/2024 -
Datafolha: para 55% dos brasileiros, Bolsonaro quis
dar um golpe de Estado
01/04/2024 -
Reeleição de Lula "é o caminho natural", diz Haddad
01/04/2024 -
Proposta torna obrigatório estudo sobre gestão de
risco de desastre na mineração
30/04/2024 -
Presidente Lula estará no 1º de Maio em SP
Mais uma vez Lula participará das comemorações do 1º
de Maio – Dia do Trabalhador. O ato unitário é
organizado pelas Centrais Sindicais, com
participação de Federações, Sindicatos e entidades
do movimento popular. O evento ocorrerá no
estacionamento Oeste da Neo Química Arena, Estádio
do Corinthians, Itaquera, Zona Leste de SP.
O tema do 1º de Maio é “Por um Brasil Mais Justo”.
Além da participação do maior Presidente, que se
projetou como líder sindical nos anos 70 e 80, o 1º
de Maio terá muitas atrações musicais. A expectativa
é atrair cerca de 50 mil pessoas. Outras bandeiras:
Jornada de 40 horas; Menos Imposto de Renda nos
Salários; e Igualdade salarial entre homens e
mulheres em igual função.
Miguel – O presidente da Força Sindical,
Miguel Torres, afirma: “O presidente Lula faz
questão de participar. E é muito importante para a
classe trabalhadora, pois sabemos das ações de
governo na área social desde a sua posse. Há muito
que se avançar, mas temos consciência da realidade,
da conjuntura e das dificuldades no Congresso”.
Música – Atrações pra todos os gostos, desde
artistas de extrato mais popular até músicos como
Paula Lima e Ivo Meirelles. Sem cobrança de
ingresso.
SERVIÇO
- O acesso será pelo Portão do Estacionamento Oeste.
- Público passará por pórticos com detectores de
metais e revista em bolsas e mochilas.
- Entrada de ambulantes no espaço reservado ao público
está proibida.
- Proibida a entrada de objetos cortantes,
perfurantes, rígidos, fogos de artifício, latas,
garrafas (inclusive plásticas).
- As bebidas vendidas serão servidas diretamente em
copos.
- Proibida bebida alcoólica no estacionamento.
- Haverá quatro pontos pra distribuição de água.
SEGURANÇA E SAÚDE
120 banheiros químicos. Dois postos médicos. Duas
ambulâncias UTI de plantão. Contingente policial
será definido e destacado pelos órgãos públicos de
segurança.
COMO CHEGAR
De Metro – Estações Artur Alvim e Corinthians
Itaquera.
MAIS INFORMAÇÕES – Sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
30/04/2024 -
Leia estudo sobre contribuição assistencial ou de
negociação coletiva
Os sindicatos são entes com personalidade
jurídica de direito privado, detentores, no entanto,
de atribuições constitucionais e legais de interesse
público, o que os situa em zona intermediária entre
o direito público (não estatal) e o direito privado.
José Eymard Loguercio*
Onde mais se manifestam essas atribuições é no
poder/dever¹ de negociação coletiva para a
fixação de condições de salário e trabalho com
efeito erga omnes — aplicação para toda a
representação e não somente para os associados — e
que se positivam em forma de acordos coletivos de
trabalho ou convenções coletivas de trabalho.
Acordos coletivos — celebrados pelo sindicato de
trabalhadores com 1 ou mais empresas — e convenções
coletivas — celebradas entre sindicatos de
categorias profissional e econômica² são
instrumentos de natureza híbrida. São contratos —
portanto, têm natureza obrigacional — com efeito de
lei (normativos).
Alcançam tanto associados quanto não associados,
dentro da representação legal dos sindicatos — no
caso das convenções — e todas as pessoas
trabalhadoras da empresa, associadas ou não
associadas, no caso dos acordos coletivos.
Alcançam, ainda, trabalhadores que venham a ser
contratados no período de vigência do acordo ou da
convenção e não somente aqueles que estavam em
atividade por ocasião da celebração.
Sem fixar a dimensão jurídico-política e a proteção
constitucional derivada do reconhecimento da
liberdade e da autonomia sindical como direito
fundamental e, portanto, no arco de proteção
nacional e internacional dos Direitos Humanos
individuais e coletivos, não se pode compreender a
questão das formas de financiamento das atividades
sindicais e, em especial, da chamada contribuição
assistencial ou de negociação coletiva.
O objetivo deste trabalho é:
• traçar o panorama quanto ao tema;
• fazer balizamento da legislação e da
jurisprudência;
• estabelecer glossário que possa facilitar a
compreensão, prevenindo quanto ao uso indevido de
figuras jurídicas para “disfarçar”
antissindicalidades; e
• contribuir para a fixação de critérios objetivos
para a aplicação do instituto no debate público nos
espaços institucionais — mesas de negociação,
Congresso Nacional, Poder Judiciário, Ministério
Público.
(*) Advogado trabalhista e do corpo técnico do
Diap
_____________________
Leia-o na íntegra
1 Cf. artigo 8º, incisos III e VI da Constituição
federal e artigo 616 da CLT: “Art. 616 - Os
Sindicatos representativos de categorias econômicas
ou profissionais e as empresas, inclusive as que não
tenham representação sindical, quando provocados,
não podem recusar-se à negociação coletiva.”
2 Para a finalidade deste estudo, os termos:
instrumento coletivo, acordo coletivo, convenção
coletiva, contrato coletivo designam, sempre, os
“acordos de caráter normativo” celebrados com a
presença de sindicato(s) representante(s) de
categoria profissional, de um lado e, de outro, a
empresa (no caso dos acordos coletivos) ou o(s)
sindicato(s) representante(s) da categoria
econômica. Federações e Confederações celebram
instrumentos coletivos dentro de determinadas
condições ou participam de sua celebração, conforme
características das negociações coletivas de
categorias, ramos ou setor.
Fonte: Diap
30/04/2024 -
Centrais sindicais divergem sobre desoneração da
folha, após suspensão pelo STF
Enquanto a CTB argumenta que isso coloca milhões
de empregos em risco e estimula a precarização do
mercado de trabalho, a CUT defende o veto do governo
por considerar a desoneração ineficaz
A discussão em torno da desoneração da folha de
pagamento para 17 setores da economia ganhou um novo
capítulo com divergências entre as centrais
sindicais e a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) de suspender a medida. As Centrais Sindicais e
entidades do Sistema Confederativo lamentaram o veto
do Governo Federal ao Projeto de Lei que prorrogaria
a desoneração, argumentando que isso coloca milhões
de empregos em risco e estimula a precarização do
mercado de trabalho. A CUT (Central Única dos
Trabalhadores), por sua vez, apoia a suspensão.
O Sistema Confederativo inclui a CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a NCST
(Nova Central), a CNTI (Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria), a Contricom
(Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria da Construção e do Mobiliário) e a
Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e
Metalúrgicas do Brasil).
Para essas entidades, o veto representa um equívoco
da equipe econômica ao colocar o ajuste fiscal no
setor produtivo e no emprego formal, o que poderia
resultar em desemprego ou informalidade para os
trabalhadores. Além disso, ressaltaram a ausência de
debate com o movimento sindical antes da decisão.
“Consideramos também essencial preservar a saúde
financeira do INSS e os investimentos em seguridade
social, sendo necessário assegurar a compensação da
redução da arrecadação decorrente da desoneração”,
dizem estas entidades.
Segundo o movimento Desonera Brasil, estudos apontam
que, de 2019 a 2023, os setores que permaneceram com
a folha desonerada geraram quase 20% de empregos a
mais, enquanto o número de vagas de trabalho dos
demais setores cresceu apenas 14%. O levantamento
destaca que os salários são, em média, 12,7%
superiores aos das atividades que não são
desoneradas e, só neste ano, as empresas já criaram
151 mil novos empregos.
Por outro lado, o presidente da CUT, Sérgio Nobre,
elogiou o veto presidencial, criticando a falta de
garantias ou contrapartidas para a manutenção dos
empregos e direitos durante o período de
desoneração. No entanto, o Congresso Nacional
derrubou o veto, levando o governo a judicializar a
questão.
A decisão do STF de suspender a desoneração foi
endossada por outros três ministros, destacando a
preocupação com os custos fiscais da medida e sua
eficácia na geração de empregos. Um estudo da
Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério
da Fazenda questionou a eficácia da política de
desoneração da folha de pagamentos, argumentando que
o custo fiscal elevado poderia prejudicar outras
políticas públicas essenciais.
O estudo da SPE também destacou que os setores
beneficiados pela desoneração permaneceram
praticamente estáveis em termos de geração de
empregos formais, enquanto o restante da economia
teve um desempenho superior.
Diante dessas divergências, a discussão sobre a
desoneração da folha de pagamento continua em pauta,
com argumentos tanto a favor quanto contra a medida.
O desfecho dessa disputa terá impactos
significativos no mercado de trabalho e na economia
brasileira como um todo.
Em defesa da desoneração, as Centrais Sindicais e
entidades do Sistema Confederativo defendem
fortalecer as finanças públicas uma reforma
tributária progressiva, que deve compreender a
regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas,
correção da tabela e revisão das alíquotas do IRPF e
a taxação dos dividendos e das remessas de lucros
pelas multinacionais, entre outras coisas.
A proposta de reforma tributária proposta pelo
governo inclui alíquota zero para alguns itens da
cesta básica e alíquota reduzida em 60% para carnes
bovinas, suína e de peixe, e o sal. Há ainda o
Imposto Seletivo – conhecido como “imposto do
pecado” –, uma sobretaxação aos produtos que causam
danos à saúde e/ou ao meio ambiente. Ao mesmo tempo,
a proposta também prevê dinheiro de volta (cashback)
dos tributos pagos pelas famílias de baixa renda. No
entanto, setores do agronegócio e dos supermercados
reagem com lobby para se beneficiar, impedir taxação
de ultraprocessados ou impedir o cashback.
“É necessário também ressaltar que mais do que
desonerar, o Governo deve persistir na redução da
taxa de juros e ampliar os investimentos públicos
para estimular o crescimento da economia e
implementar uma política mais robusta de geração de
emprego e renda”.
Fonte: Portal Vermelho
30/04/2024 -
Pacheco anuncia recurso ao STF para manter
desoneração da folha
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou na
sexta-feira (26) que enviará ao Supremo Tribunal
Federal (STF) um recurso contra a decisão do
ministro Cristiano Zanin que revogou a desoneração
da folha de pagamento, que havia sido prorrogada
pelo Legislativo até 2027. Pacheco também afirmou
que as premissas que embasaram o pedido da
Advocacia-Geral da União (AGU) e que foram aceitas
por Cristiano Zanin não são verdadeiras. A decisão
começou a ser julgada no plenário virtual do STF na
sexta, e a análise vai até o próximo dia 6.
Fonte: Agência Senado
30/04/2024 -
Já está valendo: segurados do INSS podem pedir
Atestmed pela Central 135
Em até cinco dias os documentos poderão ser
anexados no Meu INSS usando login e senha ou
apresentados em uma Agência da Previdência Social
(mediante agendamento)
Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) já podem fazer o pedido de análise documental
(Atestmed) nos casos de benefício por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença) direto na Central
de Atendimento 135. Neste caso, terão até cinco dias
para apresentar os documentos em uma Agência da
Previdência Social (APS) ou anexar a documentação
pelo aplicativo ou site Meu INSS. Desta vez, no
entanto, será necessário utilizar login e senha.
A ação, que estava prevista na Portaria 1.669,
assinada pelo presidente do INSS, Alessandro
Stefanutto, está em vigor. Diz o texto: "Para a
concluir a formalização do Atestmed, o usuário
deverá apresentar a documentação faltante pelo Meu
INSS, no aplicativo de celular, pela internet, ou na
Agência da Previdência Social, preferencialmente com
prévio agendamento pelo telefone 135".
O requerimento de Atestmed somente será finalizado
quando todos os documentos forem apresentados. Caso
o segurado não consiga fazer a apresentação dos
documentos, o requerimento será cancelado. O
cancelamento, no entanto, não impede o segurado de
fazer um novo requerimento a qualquer momento.
O segurado precisa ter atestado médico ou
odontológico e documento oficial com foto para dar
andamento ao pedido na agência do INSS. Caso não
esteja com tudo em mãos, poderá retornar em outro
momento com a documentação completa, observando-se o
prazo limite de até cinco dias a contar da data de
protocolo do requerimento pela Central 135.
O que deve ter no atestado
A concessão de benefício por incapacidade temporária
por meio documental (Atestmed) ficará condicionada à
apresentação de documentação médica ou odontológica
para fins previdenciários, física ou eletrônica,
legível e sem rasuras, contendo, obrigatoriamente,
os seguintes elementos:
I - nome completo;
II - data de emissão do(s) documento(s) médico(s) ou
odontológico(s), que não poderá ser superior a 90
dias da data de entrada do requerimento;
III - diagnóstico por extenso ou código da
Classificação Internacional de Doenças (CID);
IV - assinatura do profissional emitente, que poderá
ser eletrônica e passível de validação, respeitados
os parâmetros estabelecidos pela legislação vigente;
V - identificação do profissional emitente, com nome e
registro no Conselho de Classe (Conselho Regional de
Medicina ou Conselho Regional de Odontologia), no
Ministério da Saúde (Registro do Ministério da
Saúde), ou carimbo, legíveis;
VI - data de início do repouso ou de afastamento das
atividades habituais; e
VII - prazo estimado necessário, preferencialmente em
dias.
Fonte: INSS
29/04/2024 -
Relatório da regulamentação do trabalho de
motoristas de aplicativo deve ser apresentado antes
do recesso
Ministro do Trabalho diz que projeto do governo
pode ser melhorado; outra proposta foi apresentada
por frente parlamentar em defesa dos motoristas
O relatório sobre o projeto que regulamenta o
trabalho dos motoristas de aplicativo deve ser
apresentado na Câmara antes do recesso de julho. A
afirmação foi feita pelo relator da proposta na
Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, deputado
Augusto Coutinho (Republicanos-PE), durante a
audiência pública que debateu o assunto por cinco
horas e que teve a presença do ministro do Trabalho,
Luiz Marinho.
O projeto enviado pelo governo (PLP 12/24),
apresentado em março, estabelece a remuneração ao
motorista por hora; a remuneração por quilômetro
rodado, como preferem muitos motoristas, é objeto de
outra proposta, apresentada pela frente parlamentar
da Câmara em defesa dos motoristas de aplicativo.
Para o ministro, a regulamentação pode ser por hora
ou por quilômetro, a depender da melhor formulação
preferida pelos motoristas. “O projeto de lei não é
do governo, é um projeto construído em mesa, que
precisa ser complementado. Muitos debates que os
senhores estão colocando aqui as plataformas não
topavam. Quem sabe agora, aqui no Parlamento, as
plataformas estejam de acordo em aproximar, em
aperfeiçoar o projeto para que responda a ansiedade
dos trabalhadores de aplicativo”, disse Marinho.
Mas o ministro é contra o enquadramento do motorista
de aplicativo no regime do microempreendedor
individual (MEI), porque ficaria menos amparado na
seguridade social, como explicou o secretário do
Regime Geral de Previdência Social, Adroaldo da
Cunha. “Seria mais cômodo para o governo federal não
instituir a contribuição previdenciária, pois o
custo para abarcar um segmento fragilizado, mais
vulnerável do que a média dos contribuintes da
previdência, tem um custo, e esse custo não é
barato”, disse. “O plano oferecido aqui na proposta
do projeto garante cobertura completa, não é uma
meia cobertura. É o Estado brasileiro reconhecendo a
importância dos trabalhadores de aplicativo e o
quanto eles têm um alto grau de vulnerabilidade.”
Opinião das empresas
Estiveram presentes representantes das empresas de
aplicativos 99 e Uber. O diretor de relações
governamentais da 99, Fernando Paes, acha que é
preciso descobrir o que pode ser melhorado no
projeto. “Eu acho que o ponto central dessa
discussão é entender quais seriam as melhorias
viáveis, razoáveis que pudessem trazer melhores
condições ao trabalhador e ao mesmo tempo garantir o
equilíbrio de um modelo de prestação de serviços que
é extremamente relevante hoje para a sociedade”,
salientou.
Mesma opinião tem o diretor de políticas públicas da
Uber, Ricardo Leite. Ele defende que os novos custos
e modelagem consigam manter um equilíbrio: ser
suportados pelas empresas do setor, pelos
trabalhadores - que precisam ter ganhos condizentes
- e pelos usuários que usam as plataformas hoje. “Se
a gente tiver uma discussão irreal em relação a esse
equilíbrio, isso vai ter um impacto no número de
viagens que hoje são realizadas e vai representar no
final do mês menos ganhos para os motoristas e para
as empresas e para a economia de maneira geral.”
O representante de outro aplicativo, Indrive,
Rodrigo Porto, acha que a proposta do governo
beneficia os interesses do 99 e da Uber e
inviabiliza o seu aplicativo. Mas destaca como
pontos positivos a segurança jurídica e o
estabelecimento das empresas como intermediadoras.
Outra proposta
A proposta do governo é rechaçada pelo presidente da
Frente de Apoio Nacional dos Motoristas Autônomos,
Paulo Xavier. Segundo ele, a proposta da frente
parlamentar, que apresenta forma de cálculo de
remuneração baseada em quilômetro rodado, foi
resultado de mais de 70 horas de trabalho de
motoristas de todo o Brasil.
O relator, deputado Augusto Coutinho, falou que vai
conversar com os relatores das outras comissões para
apresentar um relatório negociado. Ele adiantou que
já está em contato com o relator da Comissão do
Trabalho. “[A gente] vai construir um relatório que
tente ser harmonioso, para que a gente avance com
essa matéria e que até o meio deste ano, antes do
recesso, a gente consiga oferecer ao Brasil uma
legislação justa e que atenda uma necessidade que
hoje é real na nossa vida”, disse o deputado.
O debate foi proposto pelo presidente da comissão,
deputado Josenildo (PDT-AP), que acredita que a
troca de ideias durante a audiência permitirá
aprimorar pontos do projeto do governo.
Fonte: Agência Câmara
29/04/2024 -
A vida
segue – João Guilherme
Felizmente a vida nacional se normaliza, os
acontecimentos deixam de ser extraordinários,
alimentando a polarização, e tornam-se corriqueiros.
Assim também na vida sindical em que as preocupações
cotidianas dos dirigentes e dos ativistas ocupam seu
tempo e o dos trabalhadores.
São as campanhas salariais com ganhos reais, os
esforços para sindicalização, as eventuais greves,
as comemorações festivas das datas significativas ou
o entristecimento pelas mortes de companheiros
pranteados.
É a constante e necessária “subida” às bases.
No avançar do calendário próximo crescem as
expectativas sobre duas datas: o 28 de abril, em
memória dos mortos no trabalho, e o 1º de Maio, Dia
do Trabalhador.
Escrevi “expectativas”, mas deveria ter escrito com
mais acuidade “iniciativas” para a preparação dos
atos.
As direções e os ativistas têm realizado os
esquentas preparatórios e, em todo o País, estão
previstos atos cujo alcance e relevância dependem
exatamente destes esforços.
Em São Paulo, por exemplo, o 28 de abril será
marcado com almoço, confraternização e música e o 1º
de Maio, realizado em campo aberto na Zona Leste da
cidade, reafirmará seu caráter unitário,
reivindicatório, afirmativo e agregador.
É dessa combinação de acontecimentos correntes e da
preparação dos grandes eventos que está
transcorrendo nestes dias a vida sindical, vida que
segue reforçando cada vez mais a normalização, que
não é isenta de muitas e variadas peripécias.
João Guilherme Vargas Netto. Assessor de várias
entidades sindicais.
Fonte: Agência Sindical
29/04/2024 -
Supremo recebe segunda ação contra lei sobre
igualdade salarial
O Partido Novo questionou no Supremo Tribunal
Federal alguns pontos da lei que trata da igualdade
salarial entre homens e mulheres. Esse é o segundo
processo sobre o tema que chega à corte. A primeira
ação foi proposta pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional do
Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.631,
o partido sustenta que partes da Lei 14.611/2023 são
inconstitucionais, ao obrigar empresas com mais de
cem empregados a divulgar salários e critérios
remuneratórios em relatórios de transparência a
serem enviados ao Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE). O preenchimento obrigatório desse documento
está regulamentado no Decreto 11.795/2023 e na
Portaria 3.714/2023 do MTE, e seu descumprimento
prevê a imposição de multas às empresas.
O Novo argumenta que a divulgação desse relatório
sobre a composição das remunerações é
inconstitucional por expor informações sensíveis
sobre estratégia de preços e custos das empresas,
violando o princípio constitucional da livre
iniciativa. A legenda explica que mesmo que a
empresa não queira divulgar, tais dados poderão ser
disponibilizados pela União ou até mesmo por
entidade sindical dos trabalhadores.
Assim, o Novo pediu na ação a suspensão de qualquer
divulgação de relatório sobre remuneração de
empregados, do pagamento de multas em caso de
descumprimento, de imposição de elaboração de plano
de ação contra a desigualdade salarial e também da
determinação de que os empregadores entreguem uma
cópia desse plano ao sindicato dos trabalhadores.
Segundo o partido, tal obrigatoriedade permite a
intervenção dos trabalhadores nas políticas da
empresa, bem como evita que os empregadores
interfiram em eleições que envolvam sindicatos
profissionais.
A ação do Novo foi distribuída ao ministro Alexandre
de Moraes, que já relata a ADI 7.612, ajuizada pela
CNI e pela CNC. Com informações da assessoria de
imprensa do STF.
ADI 7.631
Fonte: Consultor Jurídico
29/04/2024 -
Zanin suspende lei que prorrogou desoneração da
folha até 2027
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal
Federal, suspendeu pontos da lei que prorroga a
desoneração da folha de pagamento de municípios e de
diversos setores produtivos até 2027. Na avaliação
do magistrado, a norma não observou o que dispõe a
Constituição quanto ao impacto orçamentário e
financeiro.
A liminar foi concedida na ação direta de
inconstitucionalidade em que o presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), questiona
a validade de dispositivos da Lei 14.784/2023. A
decisão será submetida a referendo no Plenário
Virtual do Supremo a partir desta sexta-feira
(26/4).
No final de 2023, com o objetivo de equilibrar as
contas públicas, o presidente Lula editou a Medida
Provisória 1.202/2023. O texto previa a retomada
gradual da carga tributária sobre 17 atividades
econômicas e a limitação das compensações
tributárias decorrentes de decisões judiciais, além
da volta da tributação sobre o setor de eventos. Na
sequência, o Congresso aprovou a Lei 14.784/2023,
que, além de prorrogar a desoneração desses setores,
diminuiu para 8% a alíquota da contribuição
previdenciária incidente sobre a folha de pagamento
dos municípios.
Impacto financeiro
Na decisão, o ministro Zanin afirmou que a lei não
atendeu à condição estabelecida na Constituição
Federal de que para a criação de despesa obrigatória
é necessária a avaliação do seu impacto orçamentário
e financeiro. A inobservância dessa condição, frisou
o ministro, torna imperativa a atuação do Supremo na
função de promover a compatibilidade da legislação
com a Constituição.
Zanin afirmou ainda que a manutenção da norma poderá
gerar desajuste significativo nas contas públicas e
um esvaziamento do regime fiscal. A suspensão, disse
o ministro, busca preservar as contas públicas e a
sustentabilidade orçamentária.“A solução provisória,
que busca privilegiar o espaço institucional de cada
poder, sem descurar da função constitucional do
Supremo Tribunal Federal de verificar a validade dos
atos normativos à luz da Constituição Federal,
consiste em suspender a eficácia dos arts. 1o, 2o,
4o e 5o da Lei n. 14.784/2023, com a imediata
submissão desta decisão ao Plenário do Supremo
Tribunal Federal para confirmação ou não de tal
deliberação, que busca preservar as contas públicas
e a sustentabilidade orçamentária”, afirmou Zanin na
decisão. Com informações da assessoria de imprensa
do STF.
Clique
aqui para ler a decisão
ADI 7.633
Fonte: Consultor Jurídico
26/04/2024 -
Tribunal recebe manifestações sobre direito de
oposição ao pagamento de contribuição assistencial
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas
vai discutir modo, momento e lugar para empregado
não sindicalizado exercer o direito
Está aberto prazo de 15 dias úteis para que pessoas,
órgãos e entidades se manifestem sobre o Incidente
de Resolução de Demandas Repetitivas nº IRDR -
1000154-39.2024.5.00.0000, em que se discute o modo,
o momento e o lugar apropriado para o empregado não
sindicalizado exercer seu direito de oposição ao
pagamento da contribuição assistencial ao sindicato.
Também é possível solicitar a admissão como
amicus curiae.
A concessão do prazo consta de
edital assinado pelo relator do processo,
ministro Caputo Bastos.
Cobrança compulsória
O Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas foi
proposto pela Seção Especializada de Dissídios
Coletivos (SDC) num caso envolvendo o Sindicato dos
Empregados no Comércio de Passo Fundo e Região e o
Sindicato do Comércio Varejista de Passo Fundo,
examinado em novembro do ano passado.
No curso do dissídio coletivo, foi firmado um acordo
que previa, entre outros pontos, o pagamento da
contribuição mesmo de pessoas não associadas ao
sindicato. Quem fosse contra o desconto poderia se
opor a ele mediante comunicação pessoal e escrita ao
sindicato, no prazo de 15 dias, a contar da
assinatura da convenção coletiva e de sua divulgação
nas redes sociais.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
homologou integralmente o acordo. Mas a cláusula foi
questionada pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT), que argumentou que a cobrança compulsória de
contribuições sindicais viola a liberdade sindical
individual.
O incidente de resolução de demandas repetitivas
visa assegurar o entendimento uniforme sobre a mesma
questão de direito.
Fonte: TST
26/04/2024 -
Governo Lula reduz juros do consignado de
aposentados e pensionistas do INSS
O governo Lula vem defendendo a queda no teto dos
juros do consignado para acompanhar a redução na
Selic e privilegiar o aposentado
O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)
aprovou hoje (24) a redução do limite de juros para
operações de crédito consignado de aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). Por 14 votos a 1, o novo teto de juros ficou
estabelecido em 1,68% ao mês. Então, uma redução de
0,04 ponto percentual em relação ao limite anterior
de 1,72% ao mês, que estava em vigor desde fevereiro
deste ano.
Além da redução para o crédito consignado, o teto
dos juros para o cartão de crédito consignado também
reduziram, passando de 2,55% para 2,49% ao mês.
Trata-se de uma política de redução dos juros nesta
modalidade, em curso desde o início do governo Lula.
As novas taxas entram em vigor oito dias após a
publicação da instrução normativa no Diário Oficial
da União. O prazo normal seria de cinco dias, mas
contou com prazo maior a pedido dos bancos.
A redução dos juros tem justificativa no corte de
0,5 ponto percentual na Taxa Selic, os juros básicos
da economia. Em março, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic
de 11,25% para 10,75% ao ano. Desde agosto, o
ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, tem
acompanhado os cortes na Selic. Então, proposto
reduções no teto do consignado à medida que os juros
baixam.
Impasse com os bancos
A decisão de reduzir os juros enfrentou resistência
dos bancos, que alegaram descompasso entre as taxas
do consignado e a realidade do mercado financeiro.
Em fevereiro, as instituições financeiras
conseguiram aprovar um dispositivo que usa a taxa do
Depósito Interbancário (DI) no prazo médio de dois
anos como referência para o crédito consignado.
Com o novo teto de juros, os bancos oficiais terão
que reduzir suas taxas para continuarem a oferecer o
crédito consignado. Atualmente, o Banco do Nordeste
cobra 1,76% ao mês; o Banco do Brasil, 1,74% ao mês;
e o Banco da Amazônia, 1,77% ao mês. Todas essas
taxas estão acima do novo limite, o que levou as
instituições a suspenderem a oferta desse tipo de
crédito.
A Caixa Econômica Federal, que cobrava 1,71% ao mês,
também terá que reduzir sua taxa para se adequar ao
novo teto.
Histórico de embates no consignado
A definição do limite de juros para o crédito
consignado do INSS tem sido um tema de embate entre
os ministérios da Previdência Social e da Fazenda.
Em março de 2023, o CNPS havia estabelecido o teto
em 1,7% ao mês, medida que foi suspensa pelos
bancos.
No ano passado, o impasse foi resolvido pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que definiu o
teto em 1,97% ao mês. Agora, com a nova redução, o
limite passa a ser de 1,68% ao mês, alinhado com a
queda na taxa Selic e o objetivo de oferecer
condições mais vantajosas para aposentados e
pensionistas do INSS.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual
26/04/2024 -
Lira diz que volta do imposto sindical não passa na
Câmara
Presidente da Câmara dos Deputados afirmou que já
conversou sobre o assunto com o ministro do
Trabalho, Luiz Marinho
Nesta quarta-feira (24), o presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o retorno
do imposto sindical não deve ser aprovado pelos
parlamentares. O assunto foi abordado pelo deputado
durante participação em um evento da Confederação
das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil
(CACB).
A volta do imposto sindical é um dos temas que
interessa ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho. No então, os parlamentares consideram a
medida um retrocesso.
– Quando esse assunto vai a plenário ele não tem
respaldo, não tem respaldo para invasão de terra,
para mudança de leis através de decretos, portarias
ou projetos – explicou o presidente da Câmara.
Lira também afirmou que chegou a conversar com
Marinho sobre o assunto.
– Eu conversei com o ministro Marinho e disse a ele
que se o plenário da Câmara sentir o cheiro de que
ele está querendo alterar a reforma trabalhista ou
retornar alguns assuntos que o Congresso não vota,
através de resoluções, regulamentações e decretos,
os PDLs irão a plenário e nós derrubaremos –
apontou.
Fonte: PlenoNews
26/04/2024 -
Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?
Miguel Torres*
Os números ultrapassam 2 dígitos, segundo dados
divulgados pelo IBGE, na última sexta-feira (19).
Assim, a chamada renda domiciliar per capita no
Brasil cresceu 11,5%, em 2023 em comparação com
2022, e atingiu recorde de R$ 1.848.
Isso, de acordo com a Pnad Contínua Rendimento de
Todas as Fontes1, do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), é o maior valor da série
histórica da pesquisa, que teve início em 2012.
Por que essa renda aumentou
Conjunto de fatores políticos e econômicos
contribuíram objetivamente para esse aumento. No
plano político, o principal fator foi a vitória de
Lula, em outubro de 2022, cuja liderança e
capacidade colocou o País num nível de mais
estabilidade econômica, política e social.
No plano econômico, pode-se citar a melhora ou
reaquecimento do mercado de trabalho, o aumento real
do salário mínimo e o aumento do número de
beneficiários de programas sociais, como o Bolsa
Família, a massa de rendimento mensal domiciliar per
capita também teve aumento de 12,2% em comparação ao
ano anterior, e chegou a R$ 398,3 bilhões.
Ambiente econômico e de negócios
O ambiente econômico e de negócios são outros fatores,
que produzem atmosfera mais favorável para a melhora
da situação das famílias.
As empresas voltaram a investir no Brasil. Há 2
exemplos bastante significativos.
A fabricante de máquinas agrícolas John Deere
anunciou, nesta segunda-feira (22), investimento de
mais de R$ 700 milhões na fábrica de Catalão (GO)2,
onde são produzidos pulverizadores e colhedoras de
cana.
E a BYD — fabricante chinesa — anunciou, na última
sexta-feira (19), o aumento do investimento da
empresa no Brasil, de R$ 3 bilhões para R$ 5,5
bilhões, o equivalente a 83% a mais do que
confirmado inicialmente3.
Com a vitória de Lula, o Brasil mudou e vai melhorar
muito mais, e neste 1º de Maio, Dia Internacional do
Trabalhador, diferentemente de anos anteriores,
teremos o que comemorar.
A Luta faz a Lei!
(*) Presidente da Força Sindical, do Sindicato
dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, e
da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos)
Fonte: Diap
26/04/2024 -
Governo estuda nova modalidade de crédito consignado
como alternativa ao saque-aniversário
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
debateu, nesta quarta-feira (24), o fim do
saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço). O saque-aniversário é opção dada
ao trabalhador de, no mês de aniversário, sacar
parte do saldo que tem no FGTS. O debate ocorreu às
16h30, no plenário 9.
O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) destaca que,
recentemente, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho,
afirmou que enviará ao Congresso Nacional proposta
para extinguir essa modalidade de saque.
“Nos últimos 20 anos, os recursos mantidos no FGTS
renderam 128,2%, abaixo da inflação acumulada do
período (210,4%)”, criticou Neto. “O possível fim do
saque-aniversário do FGTS não parece uma medida
positiva, em especial para a população de renda
média e baixa”, avaliou o parlamentar.
Para o Capitão Alberto Neto, o fim do
saque-aniversário pode levar o trabalhador a
contratar operações financeiras emergenciais com
juros elevados e mesmo valer-se do mercado informal.
Ele entende que o saque-aniversário “serve como uma
alternativa importante de recursos para a quitação
de dívidas mais caras, notadamente as linhas
rotativas”.
Dados citados pelo parlamentar, da ABBC (Associação
Brasileira de Bancos), indicam que 34,5 milhões
valeram-se do saque-aniversário em dezembro de 2023.
Alternativa ao saque-aniversário
Em meados de abril, o ministro do Trabalho e Emprego,
Luiz Marinho, reiterou, em audiência pública no
colegiado, que o governo estuda nova modalidade de
crédito consignado como alternativa ao
saque-aniversário no FGTS.
“Estou convencido de que é melhor acabar com o
saque-aniversário”, disse Luiz Marinho. Com isso,
defendeu ele, o FGTS voltará a servir como proteção
para o trabalhador no desemprego e como fonte de
financiamento da infraestrutura.
Setor privado
Durante a reunião, Luiz Marinho explicou que a nova
modalidade de crédito com base na folha de pagamento
será dirigida a trabalhadores do setor privado e
operacionalizada por meio de plataformas digitais
(do e-Social e do FGTS).
Segundo ele, não há condições de manter as 2
modalidades de crédito — o novo consignado e o
saque-aniversário — em razão do risco de
endividamento excessivo do trabalhador. O governo
estuda o assunto desde o ano passado.
“Antes de mandar um projeto de lei, queremos
conversar com o Congresso, ouvir e combinar o jogo
antes, para saber se tem aderência ou não”, disse
Marinho. “É preciso que a gente enfrente esse
debate”, reiterou o ministro.
Marinho defendeu mudanças. “A nova modalidade não
trará prejuízos, pelo contrário. O trabalhador terá
crédito barato, a partir da folha de pagamento, e
preservará o FGTS se vier a perder o emprego. Será
muito melhor”, assegurou.
Regra atual
Segundo a Lei 13.932/19, o saque-aniversário é
opcional. No mês de aniversário, o trabalhador pode
sacar parte do saldo existente na conta vinculada do
FGTS. Caso seja demitido após a opção, só terá
direito a receber a multa rescisória.
Por outro lado, caso mude de ideia, o trabalhador
pode voltar para a modalidade tradicional, mas terá
que cumprir 2 anos de carência — ou seja, só poderá
sacar o FGTS depois de 24 meses, mesmo em caso de
demissão.
De abril de 2020, quando começou o
saque-aniversário, até fevereiro deste ano, foram
realizadas quase 178,6 milhões de operações,
superando R$ 101,4 bilhões no total. Pelos dados no
período, o valor médio foi de R$ 567,99 cada uma.
(Com informações da Agência Câmara)
Fonte: Diap
26/04/2024 -
Zanin será relator de ação do governo contra
desoneração
Ação também contesta decisão que invalidou trecho
de MP sobre o tema
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Cristiano Zanin será o relator da ação na qual o
governo federal pretende derrubar a desoneração de
impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da
economia e de determinados municípios. Mais cedo, a
ação foi protocolada pela Advocacia-Geral da União
(AGU).
A escolha de Zanin para relatar o caso foi feita por
prevenção. O ministro já atua como relator em uma
outra ação sobre a questão. Não há previsão para a
decisão do ministro.
No entendimento da AGU, a desoneração foi prorrogada
até 2027 pelo Congresso Nacional, sem estabelecer o
impacto financeiro da renúncia fiscal. A petição foi
assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
pelo advogado-geral da União Jorge Messias.
A ação também contesta a decisão do presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que invalidou
trecho da Medida Provisória (MP) 1.202/2023. A MP
derrubou a desoneração previdenciária para pequenas
e médias prefeituras.
Fonte: Agência Brasil
25/04/2024 -
Lula confirma presença no 1º de Maio unificado das
centrais
Além da participação do presidente Lula, centrais
também confirmaram a lista de artistas do Festival
Cultura e Direitos, que vão agitar a celebração do
Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora
As oito centrais sindicais que organizam a
celebração do 1º de Maio, Dia Internacional do
Trabalhador e da Trabalhadora, confirmaram nesta
terça-feira (23) a participação do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. O evento vai ocorrer no
estacionamento da Neo Química Arena, o Itaquerão, na
zona leste da cidade de São Paulo.
Pelo sexto ano consecutivo, as centrais sindicais
CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB,
Intersindical e Pública realizam o ato do 1º de Maio
de forma unificada. Será um momento de celebração,
com uma série de shows confirmada, mas também de
“reflexão”.
O tema deste ano é “Por um Brasil Mais Justo” e
destaca as pautas como emprego decente, correção da
tabela de Imposto de Renda, juros mais baixos,
valorização do serviço e dos servidores e servidoras
públicos, salário igual para trabalho igual entre
homens e mulheres e aposentadoria digna. A
expectativa das entidades é reunir cerca de 50 mil
pessoas no evento que terá início às 10h.
Inicialmente, as centrais farão um ato político, com
as falas de lideranças sindicais e convidados que
representam o movimento popular e a sociedade civil
organizada. Do mesmo modo, parlamentares, lideranças
partidárias, ministros e autoridades do governo
federal, incluindo o presidente Lula, também devem
participar.
Festival Cultura e Direitos
Assim, após o ato político, o palco no Itaquerão vai
dar lugar ao Festival Cultura e Direitos. As
centrais confirmaram hoje a lista de artistas que
irão participar: Paula Lima, Quesito Melodia,
Afonsinho BV, Pagode dos Meninos, Trio da Lua – Na
trilha do Xaxado, Taty Dantas, Dexter, Roger Deff,
Bateria Show da Gaviões da Fiel, Afro-X, Arnaldo
Tiffu, Almirzinho, Arlindinho, Ivo Meirelles, Doce
Encontro. Sérgio Loroza e Pameloza comandam a
apresentação do festival.
O acesso do público será pelo Portão do
Estacionamento Oeste. Os participantes deverão
passar por detectores de metais, além da revista em
bolsas e mochilas. Nesse sentido, objetos cortantes,
perfurantes, rígidos, fogos de artifício, latas,
garrafas (inclusive plásticas) estão proibidos.
A entrada de ambulantes no espaço reservado ao
público está proibida. Vendedores credenciados vão
servir as bebidas diretamente em copos (assim como
ocorre em estádios de futebol). E não será permitida
bebida alcoólica dentro do estacionamento do
estádio.
Servidores e motoristas de aplicativos
Na semana passada, em entrevista coletiva que anunciou
o 1º de Maio unificado, as centrais sindicais também
manifestaram apoio à luta dos servidores federais da
educação. Professores e técnicos das universidades e
Institutos Federais estão em greve desde o último
dia 15. Eles reivindicam reajuste salarial e
orçamentário, reestruturação de carreira e pela
revogação de normas aprovadas nos governos
anteriores, de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
O governo negocia com as categorias, mas não
pretende atender as reivindicações por reajuste
salarial neste ano. Na última sexta (19), o
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos (MGI) dobrou a proposta, ampliando para 9%
a oferta de reajuste salarial, mas somente para o
ano que vem.
Outra pauta quente é o projeto de lei dos
aplicativos (PLP 12/2024). Um grupo de trabalho,
decretado no 1º de maio do ano passado por Lula,
envolvendo empresas e trabalhadores, tem atuado para
regulamentar o trabalho dos motoristas por
aplicativo.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/04/2024 -
Polarização persiste e atrapalha, alerta consultor
O Brasil vive uma situação paradoxal. A economia vai
bem, os empregos crescem, a renda aumenta. Mas a
população avalia mal o governo. Por quê?
A Agência Sindical entrevistou o consultor político
Neuriberg Dias, diretor de Documentação do Diap
(licenciado). Ele atua cotidianamente no Congresso
Nacional, acompanha as pautas e observa, de perto, a
movimentação entre os parlamentares.
Trechos principais:
Polarização – “Não foi ainda superada a
polarização ideológica e, por isso, a pauta de
costumes entra com força na população, superando
mesmo a pauta social e econômica”.
Base – “A composição conservadora do
Congresso dificulta o diálogo e a articulação. Esses
parlamentares não têm interesse em repercutir em
suas bases as boas iniciativas e as políticas
construtivas do governo”.
Superação – “O cenário deixado pelo
ex-presidente era desolador. Não se supera isso com
facilidade, ainda mais com a força que a pauta de
costumes adquiriu e é repercutida”.
Redes – “O governo precisa ser mais ágil e
criativo na utilização das redes sociais. Hoje, esse
terreno é dominado pela direita, pra não dizer pelos
extremistas. Os meios tradicionais de comunicação já
não têm mais a mesma potência”.
Articulação – “Afora a articulação congressual,
o governo precisa se entender mais com formadores de
opinião, seja o empresariado, o sindicalismo ou os
movimentos sociais”.
Mudanças – “Os meios legais de divulgação
sofreram restrições nos últimos anos. E Lula sozinho
não tem condições de massificar ganhos no salário
mínimo, ampliação das políticas sociais e mesmo os
investimentos que têm sido feitos pelo governo e o
setor privado”.
Sindicalismo – “O movimento pode ajudar,
divulgando as conquistas em suas bases e também os
avanços por parte do governo”.
Mais – Sites do Diap, IBGE e Dieese.
Fonte: Agência Sindical
25/04/2024 -
Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não
chegaram a acordo
Fórum das Centrais Sindicais debate proposta de
reajuste do Piso Regional RS. Confira os índices
negociados em Santa Catarina e Paraná
Fórum das Centrais Sindicais reuniu-se mais uma vez
na manhã desta terça-feira (23) com o governo para
debater o piso regional do Rio Grande do Sul.
Diante do impasse e da proposta apresentada pelo
setor patronal de apenas 2,21% as entidades
entregaram documento pedindo celeridade na
elaboração do projeto de reajuste, considerando o
índice 8,45% apresentado como contraproposta.
O índice proposto pelo governo é avaliado como
inaceitável, pelas Centrais que pleitearam
inicialmente 14,82% referente a justa e necessária
recomposição do valor histórico do Mínimo Regional.
As Centrais também pediram que sirvam de parâmetro
os porcentuais de reajuste negociados e aprovados
nos Estados de Santa Catarina e Paraná.
As lideranças também querem que sejam levados em
conta, também, os índices alcançados pelos acordos e
convenções coletivas de vários setores econômicos,
como o agronegócio do Estado, cujas negociações se
mostram superiores a 7%.
Fonte: Rádio Peão Brasil
25/04/2024 -
Demissões por justa causa crescem e revelam outra
face da precarização
Professor da Unicamp diz que reformas reforçaram
poder do empregador de gerir força de trabalho e
juíza aponta que opção gera menor custo e pouco tem
a ver com comportamento
Segundo a LCA Consultoria, em janeiro deste ano,
houve mais de 39,5 mil demissões por justa causa no
Brasil — o que corresponde a 2,09% do total de
desligamentos do mês. O número é 11,5% maior do que
em dezembro e 25,6% superior em relação ao primeiro
mês de 2023. Para além de questões comportamentais
dos indivíduos e do mercado que podem explicar parte
desse crescimento, esses números parecem também
refletir o maior poder que o patronato passou a ter
a partir do recente processo de retirada de direitos
da classe trabalhadora.
Junto à divulgação desses números, vieram as
análises. Parte indicava a possível influência do
maior dinamismo do mercado de trabalho sobre as
demissões, inclusive naquelas por justa causa.
Outras especulavam sobre fatores comportamentais
ligados ao retorno ao trabalho após a pandemia, tais
como o aumento da ansiedade e do estresse, que
resultariam em um aumento dos conflitos e,
consequentemente, nesse tipo de demissão.
No entanto, para além desses aspectos mais
circunstanciais que podem pesar sobre as demissões,
a análise da pesquisa abre caminho para a
compreensão de questões de fundo estrutural que
incidem cotidianamente na vida laboral.
Direitos destruídos
No sistema capitalista, sobretudo em sua fase atual, a
precarização das relações de trabalho, a perda de
direitos básicos e os avanços tecnológicos que
dispensam cada vez mais a mão de obra humana, entre
outros fatores, resultam num ambiente
progressivamente hostil e desanimador aos
trabalhadores.
Cada vez mais, eles se vêem obrigados a alocar um
tempo maior para o trabalho, ganhando salários mais
baixos, com menos garantias e sabendo que sempre
haverá alguém disposto a ocupar a sua vaga. Soma-se
a isso a concepção meritocrática em voga, que sempre
culpa a pessoa pelo seu insucesso.
“Há, de fato, uma situação resultante das
transformações no mundo do trabalho e as pessoas
estão sendo provocadas por essas transformações.
Elas estão expostas a uma concorrência sempre muito
forte para ocupar as poucas oportunidades de
trabalho de qualidade existentes na sociedade
contemporânea”, explica, ao Portal Vermelho, José
Dari Krein, professor da Unicamp e diretor do Centro
de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit).
Ele argumenta que a grande maioria dos trabalhos é
de pouca qualidade, baixa realização pessoal e
pequeno rendimento — mesmo para muita gente que pôde
se especializar fazendo uma faculdade, por exemplo
—, o que gera uma série de frustrações.
“A explicação hegemônica que foi sendo apresentada e
que convenceu boa parte da sociedade é a de que a
responsabilidade é do indivíduo. Se ele não tem uma
posição melhor no mercado de trabalho, é porque ele
falhou, não estudou, não se esforçou, não tem
empregabilidade, porque não é empreendedor e não é
líder. E esse indivíduo ainda é exposto a um
ambiente de concorrência com poucas oportunidades de
trabalho”, diz Krein.
Por tudo isso, se no século 19 era comum o
adoecimento por doenças ligadas à insalubridade do
trabalho ou da moradia, como a tuberculose, no
século 21, parte considerável das doenças laborais
está ligada a fatores emocionais e psicológicos,
como o estresse, a angústia e a depressão, além da
autocobrança gerada por esse ambiente, o que
amplifica ainda mais esses males.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em
2019, um bilhão de pessoas viviam com transtornos
mentais e 15% dos adultos em idade laboral sofriam
com algum problema dessa natureza.
Despotismo nas empresas
Mas, há outra questão que pesa bastante e que diz
respeito a como esse ambiente de precarização pode
mudar o comportamento por parte dos patrões. “Ao
mesmo tempo em que temos esse cenário, do ponto de
vista do trabalhador, temos também um poder
despótico sendo adotado em parte das empresas”,
aponta Krein. Segundo o professor, as reformas
trabalhistas “reforçaram o poder do empregador gerir
sua força de trabalho de acordo com aquilo que ele
acha mais conveniente”.
Quando uma pessoa é desligada por justa causa,
recebe apenas parte de seus direitos — ela perde,
por exemplo, o acesso ao Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço, a indenização dos 40% sobre o FGTS e o
direito ao aviso prévio. “Isso significa que é um
custo menor para o empregador despedir por justa
causa”, explica, ao Portal Vermelho, Valdete Souto
Severo, doutora em Direito do Trabalho pela USP e
juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.
A juíza salienta que “a maioria das alegações de
justa causa não se dá por uma questão
comportamental, mas sim por alegação de faltas
injustificadas ou outras questões que não tem a ver
diretamente com uma insubordinação, por exemplo, por
parte do trabalhador”.
Com medo de acabar ficando “marcado” no mercado de
trabalho e ter dificuldades para se recolocar,
muitos trabalhadores acabam não recorrendo à Justiça
no caso de uma demissão que acredita ter sido
arbitrária.
Ainda assim, Valdete explica que há muitos pedidos
de reversão de justa causa de trabalhadores
“desesperados porque não têm nem acesso ao
seguro-desemprego e porque saíram do emprego sem
receber nada. E via de regra, esses processos
terminam ou em conciliação ou em reversão da justa
causa, exatamente porque não há um motivo grave que
justifique esse tipo de desligamento”.
Para o professor Krein, “num ambiente como esse e em
meio a uma sociedade mais polarizada, obviamente que
as tensões vão se colocando e podem gerar algum tipo
de conflito — ou, como a empresa diz, de
‘indisciplina’. Mas, é preciso dizer que
fundamentalmente quem faz a demissão por justa causa
não é o empregado, é o empregador”.
Fonte: Portal Vermelho
25/04/2024 -
Cejusc TST chega a R$ 500 milhões em acordos
firmados desde sua criação
O TST conciliou 2.097 processos desde fevereiro
de 2023
O Centro Judiciário de Métodos Consensuais de
Solução de Conflitos do Tribunal Superior do
Trabalho (Cejusc/TST) registrou, desde a sua
criação, em fevereiro de 2023, o montante de meio
bilhão de reais referente a acordos firmados em
audiências conciliatórias.
Foram 2.097 processos conciliados no período, com
índice de conciliação acima de 65%. A celeridade na
resolução dos processos por meio da mediação
especializada tem despertado o interesse de grandes
empresas, como o Banco do Brasil, que, em maio de
2023, negociou um acordo de R$ 50 milhões com o
Cejusc/TST, envolvendo 3.800 trabalhadores.
Fonte: Secom/TST
24/04/2024 -
Comissão promove debate sobre ambiente digno e
seguro no trabalho
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
promove audiência pública nesta quinta-feira (25)
para discutir a importância de promover um ambiente
de trabalho digno, sustentável, seguro e saudável.
O deputado Bohn Gass (PT-RS), que solicitou o
debate, lembra que neste mês é realizada a campanha
Abril Verde, para conscientizar a população sobre
riscos dos acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais, bem como formas de preveni-los.
Campanha
A campanha surgiu para lembrar o Dia Mundial de
Segurança e Saúde no Trabalho, instituído em 2003
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), e
o Dia Nacional em Memória às Vítimas de Acidentes e
Doenças Relacionadas ao Trabalho, instituído pela
Lei 11.121/05. As duas datas são celebradas em 28 de
abril.
"O Abril Verde é o mês dedicado a discutir com toda
a sociedade temas relacionados à saúde, à segurança
e à prevenção de riscos no ambiente do trabalho.
Para tanto, é prevista a realização de uma série de
eventos alusivos à promoção do ambiente do trabalho
digno, sustentável, seguro e saudável, destacando as
graves questões que podem ter sérias implicações na
saúde e na segurança dos trabalhadores e das
trabalhadoras", informa Bohn Gass.
Acidentes fatais
Segundo o deputado, dados do Observatório de Segurança
e Saúde no Trabalho (SmartLab), de 2002 a 2021,
mostram que 51.837 trabalhadores e trabalhadoras
sofreram acidentes fatais no Brasil.
Esse número representa uma taxa de mortalidade de 6
óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego no mercado
de trabalho formal e coloca o Brasil como o segundo
lugar em mortalidade no trabalho entre os países do
G-20 e das Américas, atrás apenas do México.
No mesmo período, ocorreram mais de 12 milhões de
acidentes e doenças do trabalho, o que significa, em
média, 602 mil acidentes por ano, 1.650 por dia e 69
por hora.
Hora e local
A audiência pública está marcada para as 9 horas, no
plenário 12.
Fonte: Agência Câmara
24/04/2024 -
Mudanças climáticas afetam saúde de 70% dos
trabalhadores no mundo
Os dados constam de relatório da OIT divulgado
nesta segunda-feira
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta
que mais de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras
que integram a força de trabalho global estão
expostas a graves riscos para a saúde em razão das
mudanças climáticas. Os dados constam de um
relatório, divulgado nesta segunda-feira (22) pela
organização.
O documento indica que mais de 2,4 bilhões de
pessoas, de uma força de trabalho global de 3,4
bilhões estão, provavelmente, expostas ao calor
excessivo em algum momento da sua jornada de
trabalho.
“Quando calculada como percentagem da força de
trabalho global, a proporção aumentou de 65,5% para
70,9 % desde 2000. Além disso, o relatório estima
que 18.970 vidas e 2,09 milhões de anos de vida
ajustados por deficiência são perdidos todos os anos
devido a 22,87 milhões de lesões ocupacionais
atribuíveis ao calor excessivo”, informou a OIT.
Os dados são de 2020. A OIT afirma que as medidas de
segurança e saúde no trabalho encontram dificuldades
para se adequar a essa nova realidade. De acordo com
o documento, inúmeras condições de saúde dos
trabalhadores estão associadas às mudanças
climáticas, incluindo câncer, doenças
cardiovasculares, respiratórias, disfunções renais e
problemas de saúde mental.
Segundo a OIT, o cenário é de 1,6 bilhão de
trabalhadores expostos à radiação ultravioleta (UV),
com mais de 18.960 mortes anual, devido ao câncer da
pele não melanoma; e 1,6 bilhão de pessoas,
provavelmente expostas à poluição atmosférica no
local de trabalho, resultam em até 860 mil mortes ao
ano, entre as pessoas que trabalham ao ar livre.
O documento aponta ainda mais de 870 milhões de
trabalhadores na agricultura, provavelmente expostos
a pesticidas, com mais de 300 mil mortes atribuídas
ao envenenamento; e 15 mil mortes resultado à
exposição a doenças parasitárias e transmitidas por
vetores.
Para a Organização, as considerações sobre saúde e
segurança no trabalho devem fazer parte das
respostas às mudanças climáticas. O relatório cita o
exemplo de alguns países que implementaram medidas
de mitigação dos impactos das mudanças climáticas -
tais como medidas de eficiência energética - nos
locais de trabalho, e mudanças na legislação para
abordar especificamente o calor excessivo no
ambiente laboral.
Entre as alterações, estão a observação de limites
máximos de temperatura e diretrizes para medidas
adaptativas, a exigência de proteção extra;
alteração nas listas de doenças ocupacionais,
limites de exposição ocupacional, treinamento e
informação, avaliação de riscos e medidas
preventivas no local de trabalho.
“À medida que os riscos das alterações climáticas
evoluem e se intensificam, será necessário reavaliar
a legislação existente ou criar novos regulamentos e
orientações. Algumas populações de trabalhadores
podem ser especialmente vulneráveis aos efeitos das
alterações climáticas e podem, portanto, precisar de
proteções extras”, diz o documento da OIT.
Fonte: Agência Brasil
24/04/2024 -
Economista explica melhora na renda
A renda per capita no Brasil bateu recorde de
crescimento em 2023. Subiu de R$ 1.658,00 pra R$
1.848,00, alta de 11,5% em relação ao ano anterior.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Continuado, do IBGE, divulgados dia 19. O percentual
representa novo recorde desde a série histórica
iniciada em 2012.
Entre os fatores que contribuíram para a elevação
estão os programas sociais do governo Lula, como
Bolsa Família, associados à valorização do salário
mínimo, acima da inflação, e queda no desemprego.
Economista – Pedro Afonso Gomes, presidente
do Conselho Regional de Economia do Estado de São
Paulo, explica: “Sempre que há aumento significativo
da renda dos mais pobres, isso movimenta toda a
economia – serviços, indústria, agricultura. A
tendência entre as famílias de baixa renda é gastar,
pois não há margem pra poupança”.
O IBGE mostra que a massa total de rendimentos em
2023 atingiu R$ 398,3 bilhões. E um dos pontos
positivos é que 74,2% do montante estão concentrados
em renda do trabalho. O cálculo não leva em conta só
recursos salariais, mas também os obtidos por
aposentadorias, pensões, programas sociais e
aluguéis.
“O aumento na renda do trabalho é importante, pois
mostra que ela não tem se fixado nas mãos de poucas
pessoas, mas ocorre distribuição devido ao aumento
dos postos de trabalho”, avalia Pedro Afonso.
Mínimo – A política de valorização do salário
mínimo, com aumento real, teve papel relevante no
impulsionamento do rendimento médio no País. Isso
porque impacta não só no mercado de trabalho, mas
também eleva benefícios como aposentadorias, pensões
e BCP/Loas, destinados a pessoas com deficiência ou
de baixíssima renda.
Outro componente positivo do quadro é o Bolsa
Família. O programa chegou a 19% dos domicílios
nacionais, maior percentual da série histórica.
Segundo o presidente do Corecon-SP, isso mostra a
importância de políticas acertadas do Estado. Ele
diz: “Tem gente que acredita na mão invisível do
mercado, mas não existe economia eficiente sem ação
estatal. O impulso começa em algum lugar, neste
caso, pelo governo. A partir daí a iniciativa
privada e os demais setores engrenam”.
Mais – Site do IBGE e da Secom –
https://www.gov.br/secom/pt-br
Fonte: Agência Sindical
24/04/2024 -
"A economia em 2024 vai crescer mais do que todos os
jornalistas econômicos falaram", diz Lula
Presidente destacou que o Brasil atravessa um
momento de grande expectativa econômica
O presidente Lula desafiou, nesta terça-feira (23),
as previsões pessimistas sobre a economia
brasileira, afirmando que o PIB do país crescerá
além das estimativas dos jornalistas econômicos e
instituições financeiras internacionais.
"A economia em 2024 vai crescer mais do que todos os
jornalistas econômicos falaram. Porque as coisas
estão acontecendo no Brasil. Nunca antes houve uma
quantidade de políticas de inclusão social colocada
em prática", disse Lula durante café da manhã com
jornalistas, em Brasília.
"O Brasil goza hoje de uma credibilidade externa que
a gente não tinha nem nos meus primeiros dois
mandatos. A nossa volta e a garantia do processo
democrático nesse país gerou uma expectativa
extraordinária", seguiu o presidente.
"O Brasil vive um novo momento, de expectativa.
Nunca antes na história do país houve um programa de
crédito para todo mundo como anunciamos ontem",
finalizou, em referência ao programa Acredita, de
incentivos a microempreendedores.
Fonte: Brasil247
24/04/2024 -
MPT tem legitimidade nas ações coletivas sobre meio
ambiente de trabalho
O Ministério Público do Trabalho tem legitimidade
ativa nas ações coletivas para a tutela dos direitos
difusos, coletivos e individuais homogêneos de
trabalhadores.
Esse entendimento é da 5ª Turma do Tribunal Superior
do Trabalho, que manteve, por unanimidade, a decisão
que reconheceu a competência do MPT para ingressar
com ação civil pública em um caso envolvendo a morte
de um trabalhador.
A discussão diz respeito a um empregado que morreu
por causa do rompimento de um andaime. Um outro
trabalhador ficou ferido. Segundo o MPT, o acidente
ocorreu porque a empresa empregadora descumpriu
normas regulamentares de segurança no canteiro de
obras.
Outro entendimento
Em segunda instância, foi determinada a ilegitimidade
do MPT porque o acidente teria sido um caso isolado,
envolvendo apenas dois trabalhadores. O TST, no
entanto, discordou dessa decisão. Segundo a corte
superior, a controvérsia diz respeito ao meio
ambiente laboral.
“Nada obstante o Tribunal Regional tenha concluído
pela heterogeneidade do direito tutelado, porque
circunscrito apenas a dois trabalhadores,
constata-se que a controvérsia envolve debate
relacionado ao meio ambiente laboral,
especificamente à segurança do trabalho”, disse em
seu voto o relator do caso, ministro Douglas Alencar
Rodrigues.
Segundo o magistrado, havendo a possibilidade de a
empresa não ter proporcionado um meio ambiente de
trabalho adequado para seus empregados, em razão do
suposto descumprimento de diversas normas, há
legitimidade do MPT.
“Extrai-se do acórdão regional que as outras
empresas envolvidas no acidente firmaram TACs com o
MPT contendo obrigações de fazer, notadamente em
relação ao trabalho em altura, o que já evidencia o
descumprimento de normas regulamentares ligadas à
segurança do trabalho no canteiro de obras”, conclui
o ministro.
A decisão foi tomada em agravo contra decisão do
próprio relator, que em 2023 determinou o retorno do
caso para que a primeira instância prosseguisse com
o julgamento.
Processo 542-86.2020.5.10.0010
Fonte: Consultor Jurídico
24/04/2024 -
Com “semana de 4 dias”, Portugal sinaliza redução da
jornada
Das 41 empresas portuguesas que participaram do
projeto-piloto que mediu os impactos da iniciativa,
95% aprovaram
A vitória dos conservadores nas eleições de março
não deve afetar a luta pela redução da jornada de
trabalho em Portugal. Depois da Bélgica, da Nova
Zelândia e do Chile, agora é Portugal que, mesmo sob
o governo da direitista Aliança Democrática (AD),
planeja a implantação da “semana de quatro dias”.
No ano passado, empresas portuguesas participaram de
um projeto-piloto que mediu os impactos da
iniciativa. A ideia, lançada internacionalmente pela
rede The 4-Day Week Global (A Semana Global de 4
Dias), era ceder um dia de folga por semana para o
trabalhador, em troca da manutenção da
produtividade.
Por ter essas características, o projeto também
ficou conhecido como “100-80-100”. Para receber 100%
do salário com apenas 80% da jornada, o trabalhador
precisa manter 100% de sua produtividade. É uma
aposta para diminuir a jornada sem prejudicar os
salários.
Testes no Reino Unido, em 2022, mostraram a eficácia
da medida. No ano passado, foi a vez de Portugal
examinar a viabilidade da “semana de quatro dias”. O
governo português, ainda sob a liderança do então
primeiro-ministro António Costa, do Partido
Socialista, contratou o economista Pedro Gomes para
coordenar um programa experimental de seis meses.
Expoente da causa, Gomes é professor de Economia na
Universidade de Londres e autor do ensaio
Sexta-Feira É o Novo Sábado”. Em entrevista ao blog
Portugal Giro, o economista afirmou que as mudanças
na rotina de trabalho “foram bem-sucedidas”,
mediante adaptações. “As empresas sentem que todos
os objetivos semanais estão sendo cumpridos, aliado
a uma melhoria enorme no empenho e motivação dos
trabalhadores”, declarou. Das 41 empresas que
adeririam ao teste, 95% aprovaram.
A mudança do Partido Socialista para a Aliança
Democrática poderia pôr em risco a continuidade da
proposta. Mas, segundo o Ministério do Trabalho e da
Solidariedade Social, o “projeto ainda está sendo
avaliado”. Está previsto também um programa-piloto
no serviço público.
Até lá, Pedro Gomes está encarregado de finalizar o
relatório final com observações e análises sobre a
“semana de quatro dias”. “O projeto terminou e
estamos preparando o relatório final para maio ou
junho”, afirma. “Claro que (a mudança no governo)
afeta os próximos passos – mas primeiro tem que ter
o relatório para depois ver o posicionamento do novo
governo.”
Segundo o Portugal Giro – que teve acesso a
resultados preliminares da pesquisa de Gomes –, os
ajustes em horários e procedimentos trazem
contrapartidas para empresas e trabalhadores. Veja
abaixo os principais avanços listados pelo blog:
– “Quase metade (46%) considerava difícil conciliar
vida pessoal e profissional. O número caiu para 8%
durante os seis meses do programa. E 65% dizem ter
ficado mais com a família”
– “A média de horas semanais (trabalhadas) caiu de
39,3 para 34 (-13,7%). Mais da metade (58,8%) das
empresas deu um dia de folga por semana e 41,5%
decidiram implementar nove dias úteis de trabalho a
cada 15 dias”
– “Os trabalhadores (85%) disseram que, depois de
trabalhar em empresa com uma semana de quatro dias,
só mudariam para uma companhia com horário
tradicional se tivessem aumento de salário superior
a 20%”
Fonte: Portal Vermelho
23/04/2024 -
Beneficiários do INSS começam a receber o 13º a
partir de quarta-feira
Antecipação da primeira parcela será paga junto
com benefício de abril
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) começam a receber a primeira
metade da parcela do 13º salário, a partir desta
quarta-feira (24). Em geral, a primeira parcela do
abono anual, também conhecido como 13º dos
beneficiários da Previdência Social, ocorre em
agosto de cada ano.
No mês passado, o governo federal determinou a
antecipação do pagamento das duas parcelas do 13º
salário a 33,6 milhões de beneficiários. De acordo
com dados da folha de pagamentos, o volume de
recursos só com a primeira parcela do benefício
injetará R$ 33,68 bilhões na economia brasileira.
O valor antecipado corresponde a 50% do total do
abono anual e sobre a primeira parcela não incide
desconto de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
Nos casos em que é possível a cobrança, o imposto
será descontado somente na segunda parcela do 13º.
Calendário
O calendário de pagamentos leva em conta o número
final do cartão de benefício, sem considerar o
último dígito verificador, que aparece depois do
traço, também chamado de Número de Identificação
Social (NIS).
O dinheiro será depositado junto com o benefício
referente ao mês de abril, pago entre 24 de abril e
8 de maio. Os segurados com benefício com dígito
final 1 e que ganham até um salário mínimo vigente
(R$1.412) serão os primeiros a receber e, assim, por
dia diante. A segunda parcela do 13º salário do INSS
de 2024 será paga com os benefícios regulares de
maio, creditado entre o fim de maio e o início de
junho.
O calendário de pagamentos completo do INSS pode ser
acompanhado no
link calendário 2024.
Quem tem direito
Recebem o abono os segurados e pensionistas da
Previdência Social que durante o ano de 2024 tenham
recebido aposentadoria, auxílio por incapacidade
temporária, auxílio-acidente, pensão por morte ou
auxílio-reclusão.
O 13º é devido a aposentados, pensionistas, além de
pessoas que receberem, ao longo de 2024, benefícios
temporários, como auxílio por incapacidade
temporária e auxílio-reclusão. Nesses casos
temporários, o valor é proporcional ao tempo de
recebimento do benefício.
Quem recebe salário-maternidade também tem direito
ao 13º proporcional. Porém, ele é pago junto com a
última parcela do salário-maternidade e, por isso, a
pessoa não recebe o valor extra junto com os demais
beneficiários, agora.
O décimo terceiro não é pago a quem recebe o
Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os idosos e
as pessoa com deficiência com BPC não têm direito a
essa parcela adicional.
Como consultar
Os segurados podem consultar o número do cartão do
benefício no site e pelo aplicativo Meu INSS,
disponível para smartphones com sistemas Android e
iOS. Nos dois casos, é necessário fazer login e
senha no portal Gov.br.
Para acessar todos os detalhes sobre o pagamento do
benefício, basta clicar no serviço “Extrato de
pagamento”.
Outra forma é pela central telefônica 135, que
funciona de segunda à sábado, das 7h às 22h.
Fonte: Agência Brasil
23/04/2024 -
Comissão de Trabalho debate possibilidade do fim do
saque-aniversário do FGTS
Governo estuda nova modalidade de crédito consignado
como alternativa ao saque-aniversário
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
debate, nesta quarta-feira (24), o fim do
saque-aniversário do FGTS. O saque-aniversário é um
opção dada ao trabalhador de, no mês de aniversário,
sacar parte do seu saldo de FGTS. O debate será
realizado às 16h30, no plenário 12.
O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) destaca que,
recentemente, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho,
afirmou que enviará ao Congresso Nacional uma
proposta para extinguir essa modalidade de saque.
"Nos últimos 20 anos, os recursos mantidos no FGTS
renderam 128,2%, abaixo da inflação acumulada do
período (210,4%)", critica Neto. "O possível fim do
saque-aniversário do FGTS não parece uma medida
positiva, em especial para a população de renda
média e baixa", avalia o parlamentar.
Para o Capitão Alberto Neto, o fim do
saque-aniversário pode levar o trabalhador a
contratar operações financeiras emergenciais com
juros elevados e mesmo valer-se do mercado informal.
Ele entende que o saque-aniversário "serve como uma
alternativa importante de recursos para a quitação
de dívidas mais caras, notadamente as linhas
rotativas".
Dados citados pelo parlamentar, da Associação
Brasileira de Bancos (ABBC), indicam que 34,5
milhões valeram-se do saque-aniversário em dezembro
de 2023.
Fonte: Agência Câmara
23/04/2024 -
Regulamentação do trabalho de motorista de
aplicativo é tema de novo debate na Câmara
O governo mandou um projeto sobre o assunto que
tem causado polêmica entre deputados e motoristas
A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da
Câmara dos Deputados realiza uma audiência pública
nesta quinta-feira (25) para discutir o projeto de
lei do governo que regulamenta a atividade dos
trabalhadores de aplicativos (Projeto de Lei
Complementar 12/24).
A audiência será realizada sala 31, do anexo 2 da
Câmara, a partir das 9 horas.
O debate foi proposto pelo presidente da comissão,
deputado Josenildo (PDT-AP), e ouvirá representante
de diversas empresas de aplicativo de transporte
individual. Os ministros do Trabalho e da
Previdência Social também foram convidados.
Impactos em diversos setores
Josenildo afirma que a proposta do governo traz
implicações para diversos setores da sociedade. Por
isso, ele quer discutir como o projeto pode
influenciar a renda e as condições de trabalho, a
proteção social desses motoristas, a segurança dos
usuários e a viabilidade econômica das empresas.
O parlamentar acredita que a troca de ideias durante
a audiência permitirá aprimorar pontos do projeto do
governo, "visando à construção de uma legislação
mais eficiente, justa e alinhada com as necessidades
e demandas do setor".
Polêmica
O assunto causou polêmica em debate na Câmara dos
Deputados na semana passada, onde estiveram
presentes centenas de motoristas de aplicativo.
As divergências incluem a forma de remuneração, a
contribuição previdenciária e representação da
categoria por sindicatos. O governo argumenta que o
texto é fruto da negociação entre empresas e
trabalhadores.
A Frente Parlamentar em Defesa dos Motoristas de
Aplicativos, por sua vez, defende a aprovação de
outra proposta: o Projeto de Lei 536/24,
que determina como parâmetro da remuneração o km
rodado e o minuto trabalhado.
O projeto do governo fixa essa remuneração em R$
32,10 por hora trabalhada, o que não inclui períodos
de espera.
Outros debates
Regulamentação do trabalho de motorista de aplicativo
também será tema de debate na Comissão de Viação e
Transportes na quarta (24).
Fonte: Agência Câmara
23/04/2024 -
Terceirização e 'pejotização' são fenômenos
distintos, diz Fachin
O Tema 725 de repercussão geral do Supremo não
analisou fenômenos como a “pejotização” e o trabalho
intermediado por aplicativos, e as reclamações ao
Supremo só cabem quando há esgotamento dos recursos
nas instâncias ordinárias.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, utilizou esta argumentação para negar um
pedido de liminar da empresa de telefonia TIM por um
julgamento na Justiça do Trabalho que reconheceu
vínculo empregatício entre a companhia e um
executivo de contas. O acórdão fora proferido pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR).
Segundo Fachin, não houve esgotamento de recursos
nos tribunais, o que, de início, impede análise do
Supremo, tendo em vista que não cabe ao órgão
aplicar entendimento fixado em repercussão geral
nestes casos.
“Isso significa, noutras palavras, que, se a decisão
reclamada ainda comportar reforma por via de recurso
a algum tribunal, inclusive a tribunal superior, não
se permitirá acesso à Suprema Corte por via de
reclamação”, disse o ministro.
O caso em questão, segundo Fachin, também não tem
relação direta com o julgado no Tema 725, que
reconheceu a licitude do modelo de contratação de
terceirização da atividade-fim.
A discussão versa sobre fraude trabalhista por meio
de “pejotização”, e não sobre terceirização, que
carrega consigo necessariamente o vínculo entre o
empregado e a empresa contratada para a prestação de
serviços.
“A contratação de um trabalhador pessoa física como
pessoa jurídica por uma determinada empresa
(fenômeno denominado PJtização), a existência de
fraude na contratação mediante formação de vínculo
formal entre empresas, ou ainda, a contratação de um
trabalhador pessoa física por uma plataforma digital
de intermediação de serviços são hipóteses que
sequer foram aventadas quando do julgamento da ADPF
324 ou do Tema 725 de Repercussão Geral”, argumentou
Fachin.
Atrito interpretativo
O tema tem sido objeto de controvérsia na corte. Assim
como no caso julgado, há centenas de reclamações
correndo no STF contra decisões da Justiça do
Trabalho reconhecendo vínculo de emprego, alegando
desrespeito ao definido no Tema 725.
Assim como os ministros, a própria
Procuradoria-Geral da República tem emitido posições
contraditórias sobre o tema.
No processo em questão, a PGR opinou pelo não
cabimento da reclamação por conta da alegação de
fraude trabalhista, que não tem relação com
terceirização.
O mesmo órgão opinou, em janeiro, na reclamação
64.018, pelo afastamento de vínculo entre
trabalhadores e aplicativos de entrega, ainda que
essas situações não tenham relação com contratação
de empresa terceirizada.
Fachin deixou claro o atrito interpretativo entre os
ministros da corte quando cita que, em casos de
reconhecimento de fraude, não cabe reclamação.
“Venho insistindo no descabimento da reclamação
constitucional como instrumento apto a desconstituir
vínculos reconhecidos pela Justiça do Trabalho
quando essa justiça especializada verifica presentes
indícios de fraude, para além dos requisitos dos
artigos 2º e 3º da CLT”, disse, em posição que
contraria perspectivas de outros magistrados do STF
sobre o mesmo tema (reclamações 56.499 e 60.436, por
exemplo, relatados por Luís Roberto Barroso).
“A apreciação das reclamações constitucionais por
este Supremo Tribunal Federal não pode, de forma
abstrata e generalizada, impor natureza comercial ao
vínculo decorrente de qualquer espécie de contrato,
excluindo, aprioristicamente, o regime de direitos
fundamentais sociais trabalhistas preconizado pelo
art. 7º da Constituição da República, se, nessa
relação, estiverem presentes os elementos
caracterizadores da relação de emprego.”
Clique
aqui para ler a decisão
RCL 60.620
Fonte: Consultor Jurídico
22/04/2024 -
Atenção, Confederações! Inscrições abertas para o
seminário Democracia, Assédio Eleitoral e Liberdade
de Escolha
O Tribunal Superior do Trabalho e o Ministério
Público do Trabalho firmaram o Acordo de Cooperação
Técnica TSE nº 13/2023 estabelecendo mútua
cooperação para o combate ao assédio eleitoral no
meio ambiente do trabalho. Nesse contexto, a Escola
Judiciária Eleitoral (EJE), em parceria com o
Ministério Público do Trabalho, promoverá, no dia 30
de abril de 2024, o Seminário Interinstitucional
“Democracia, Assédio Eleitoral e Liberdade de
Escolha”.
O evento será realizado das 9h30 às 17h, no
Auditório I do TSE e possui como objetivo promover o
debate sobre prevenção e combate ao assédio
eleitoral; difundir informações acerca do histórico,
conceitos, fundamentação legal, situações concretas
e mecanismos de enfrentamento; e, ainda, aprimorar a
atuação dos partícipes do sistema de defesa da
democracia quanto à temática.
As inscrições podem ser realizadas por meio do link:
https://www.tse.jus.br/eventos-internet/40796. O
evento terá transmissão pelo YouTube da Escola.
Fonte: MPT
22/04/2024 -
A importância e os desafios das frentes
parlamentares
As frentes parlamentares e bancadas informais
desempenham papel relevante no cenário político,
representando forma interessante de articulação,
representação e influência para interesses diversos.
Compostas por parlamentares de diferentes partidos e
ideologias, essas frentes abordam questões
econômicas, ambientais, religiosas e cívicas,
preenchendo lacunas muitas vezes negligenciadas
pelos partidos políticos tradicionais.
Antônio Augusto de Queiroz*
No Congresso Nacional, algumas frentes se destacam
pela atividade intensa, como a da agricultura e
pecuária, que integra diversos setores do
agronegócio. Apesar da heterogeneidade, com membros
de visões políticas distintas, como na bancada
ambientalista, que inclui ruralistas, as frentes
desempenham papel crucial na representação e na
pressão política.
Mesmo não estando explicitamente previstas nos
regimentos internos das casas legislativas1, as
frentes parlamentares têm ganhado importância
crescente como instrumentos de representação e
influência política. Seu propósito principal é
articular interesses, promover debates, propor
legislação e influenciar políticas públicas
relacionadas aos temas de interesse no Congresso
Nacional, mas não se limite a isto.
Sua ação vai além, pois também busca garantir acesso
aos demais centros de poder, visando promover
decisões favoráveis ou bloquear aquelas que são
prejudiciais aos interesses que representam.
No entanto, em algumas poucas frentes, surgem
preocupações relacionadas à forma de atuação,
especialmente em 3 cenários.
Primeiramente, observam-se frentes que dão
prioridade à batalha política em detrimento da
implementação de políticas públicas em benefício do
segmento que representam, especialmente aquelas com
agendas para questões comportamentais, de segurança
e/ou religiosas.
Em segundo lugar, há frentes que se dedicam à defesa
do setor produtivo, porém seus líderes concentram
esforços na oposição ao governo. E, por último, há
frentes, estruturadas e gerenciada por consultoria,
que se comportam como clubes fechados, impondo
restrições à participação em seus eventos, inclusive
de ordem financeira.
Apesar dessa natureza privada, essas organizações,
que utilizam instalações do Poder Legislativo e
incluem detentores de mandatos parlamentares, não
devem operar como clubes exclusivos.
É fundamental que observem os princípios da
transparência e da publicidade, obrigatório para
todos os agentes que desempenham funções públicas,
inclusive em espaços não institucionais, como é o
caso das frentes parlamentares. Qualquer
desvirtuamento dessas finalidades e meios empregados
pode comprometer a imagem das frentes e dos
profissionais que atuam no ramo.
Para evitar desvio de finalidade e prevenir
escândalos, é essencial que o Poder Legislativo
estabeleça regulamentação mais precisa sobre a
atuação de grupos de interesse por meio dessas
frentes. Isso inclui o projeto de lei que
regulamenta a atividade de RIG (Relações
Institucionais e Governamentais), incorporando boas
práticas e abordando 6 condições indispensáveis à
sua regulamentação:
• registro e transparência;
• ética e integridade;
• acesso equitativo;
• respeito aos regimentos e regulamento dos poderes e
órgãos;
• limitações de gastos; e
• proibição de atividades ilegais.
Tais medidas visam promover atuação mais
transparente, ética e responsável por parte dos
profissionais de RIG, contribuindo para a
integridade e eficiência dos processos decisórios
nos poderes Legislativo e Executivo.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo pela FGV.
Sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”, ex-diretor de Documentação do Diap. É
membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável) da Presidência da
República - Conselhão.
_________________________
1 Na Câmara, o Ato da Mesa 69, de 10 de novembro de
2005 instituiu o registro de frentes parlamentares e
estabeleceu as prerrogativas dessas, buscando
disciplinar o seu funcionamento. O ato assegura às
frentes parlamentares registradas o direito de
requerer a utilização de espaço físico da Câmara
para a realização de reunião, o que, por si só, já
garante a repercussão pública do evento, mas
condiciona a autorização à não implicação em
despesas como a contratação de pessoal e
fornecimento de passagens aéreas, e a não
interferência no andamento dos trabalhos da Casa.
Porém, tramitam projetos de resolução para
incorporar ao Regimento a disciplina de frentes
parlamentares, como o PRC 84, de 2021, os PRC 4 e 6,
de 2022.
No Senado Federal, inexiste normatização para a
constituição de frentes parlamentares, mas têm
proliferado a criação desses organismos mediante
projetos de resolução, aprovados em plenário. Na
atual Legislatura, foram apresentados 23 projetos de
criação de frentes parlamentares.
Fonte: Diap
22/04/2024 -
86,1% dos reajuste salariais tiveram ganho real no
primeiro trimestre
Levantamento do Dieese revela ganho real no
primeiro trimestre do ano. Saiba as negociações que
superaram a inflação e os reajustes equivalentes ao
INPC.
De acordo com o levantamento do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos) , até 9 de abril, 86,1% dos 1.825
resultados analisados registraram ganho real no
acumulado do primeiro trimestre do ano.
Os reajustes equivalentes ao INPC foram observados
em 10,7% dos casos, enquanto os demais 3,2%
conseguiram apenas resultados abaixo da variação do
índice inflacionário.
O desempenho das negociações de março de 2024,
registradas até 9 de abril, apresenta muitas
semelhanças com o observado nas duas datas-bases
imediatamente anteriores.
As três primeiras datas-bases do ano registraram, em
média, os seguintes resultados:
- acima da inflação – em mais de 85% dos casos;
- iguais ao índice inflacionário – em cerca de 10% e
- inferiores ao INPC em percentuais abaixo de 5%, com
menor incidência em janeiro (2,8%).
Resultados por setor econômico
As negociações na indústria seguem com os maiores
percentuais de reajustes acima da inflação em 2024
(88,0%). O setor de serviços obteve 86,9% de
reajuste acima da inflação. Já o comércio, registrou
76% de negociações com aumento real.
Valorização do salário mínimo é influencia
positiva
Um fator importante que influenciou o desempenho das
negociações no começo de ano foi a valorização do
salário mínimo em janeiro (6,97% sobre o valor
vigente desde maio de 2023).
Algo em torno de um quarto das negociações do
primeiro trimestre registrou reajustes em
percentuais entre 6,5% e 7,5%, resultando em ganhos
reais que variaram entre 2,8% e 3,6% acima da
inflação.
Fonte: Rádio Peão Brasil
22/04/2024 -
Debatedores defendem mais ação para prevenir
acidentes e doenças do trabalho
Em audiência pública da Comissão de Educação e
Cultura (CE), participantes defenderam nesta
quinta-feira (18) tornar lei a campanha anual Abril
Verde, dedicada à prevenção dos acidentes de
trabalho e das doenças ocupacionais em nível
nacional. Para os participantes, é preciso
intensificar as ações de conscientização sobre a
saúde e o cuidado com o trabalhador.
A sugestão do debate foi do senador Paulo Paim
(PT-RS), que é autor de um projeto de lei sobre o
tema. O PL 1.063/2022 está sendo analisado pela
comissão e tem o senador Laércio Oliveira (PP-SE)
como relator.
No debate, Paim ressaltou que os acidentes laborais
trazem prejuízos para, além do trabalhador e sua
família, a sociedade e as empresas. No caso das
organizações, as consequências podem envolver
multas, embargos, perdas em causas judiciais, baixa
da produtividade, além de afetar a imagem das
empresas:
— Para a sociedade, as despesas são imensas, com o
aumento de doenças e afastamentos, a perda potencial
de trabalhadores produtivos e, por fim, o próprio
desemprego. Mas nada se compara aos prejuízos
causados ao próprio trabalhador e a sua família.
De acordo com dados do Anuário Estatístico da
Previdência Social, foram registrados mais de 648
mil acidentes de trabalho em 2022.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
22/04/2024 -
Sindicato e escritório de advocacia são condenados
por cobrarem honorários de trabalhadores
Para a Sexta Turma, a cobrança é ilegal e causou
dano moral coletivo
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou um sindicato do Espírito Santo e um
escritório de advocacia a pagarem R$ 60 mil por dano
moral coletivo. A razão é que eles ficavam com parte
dos créditos recebidos pelos trabalhadores
sindicalizados em ações judiciais em que eram
representados pela entidade sindical. Para o
colegiado, a cobrança é ilegal e tem impacto social.
Honorários
A ação civil pública foi apresentada pelo Ministério
Público do Trabalho (MPT) para anular a cláusula do
contrato entre o sindicato e o escritório que
determinava desconto de 10%, 7% ou 2% dos créditos
recebidos pelos trabalhadores nas ações judiciais.
Para o MPT, a cobrança é ilegal. Além do
ressarcimento aos sindicalizados, pediu a condenação
de ambos por dano moral coletivo.
Cobrança ilegal
O juízo da 12ª Vara do Trabalho de Vitória (ES)
considerou nula a cláusula, com fundamento na
legislação que prevê a gratuidade da prestação da
assistência jurídica do sindicato aos associados.
Ainda determinou que o sindicato e o escritório
parassem de fazer as cobranças e devolvessem os
valores descontados indevidamente dos trabalhadores.
Contudo, o próprio juízo de primeiro grau indeferiu
o pedido de indenização por dano moral coletivo, por
entender que o ato dizia respeito aos trabalhadores
individualmente.
Escritório
O Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região manteve
a sentença e, também, a condenação solidária do
escritório de advocacia, por entender que, ao
efetuar os descontos de forma contrária à lei, ele
teria concorrido para o ilícito e, assim, deveria
responder por sua reparação.
Apesar de declarar a nulidade da cláusula, o TRT
também afastou a tese do dano moral coletivo, por
entender que a conduta do sindicato e do escritório
não foi grave a esse ponto.
Dano moral coletivo
No TST, o relator do recurso de revista do MPT,
ministro Augusto César, votou pela condenação do
sindicato e do escritório, solidariamente, ao
pagamento também de indenização por dano moral
coletivo, no valor de R$ 60 mil, em favor do Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Assistência gratuita
De acordo com o ministro, o TST entende que a
prestação da assistência jurídica gratuita pelo
sindicato decorre de legislação expressa. Por isso,
a imposição ao empregado de pagamento dos honorários
advocatícios contratuais, quando assistido pela
entidade sindical, é ilegal.
“O escritório de advocacia, por sua vez, concorreu
com a ilicitude, circunstância que justifica a
condenação solidária”, explicou. Por fim, o ministro
concluiu que a conduta das entidades foi relevante
tanto sob a ótica da afronta à ordem jurídica quanto
sob a da repulsa social.
A decisão foi unânime. Contudo, o sindicato
apresentou recurso de embargos com o objetivo de que
o caso seja julgado pela Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) do TST.
Processo: RR-36200-20.2013.5.17.0012
Fonte: TST
22/04/2024 -
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$
1.848 em 2023
O rendimento médio mensal domiciliar per capita do
Brasil chegou a R$ 1.848 em 2023. Esse é o maior
valor já apurado no país e representa um crescimento
de 11,5% ante o valor de 2022, R$ 1.658. O recorde
anterior tinha sido em 2019 (R$ 1.744), ano que
precedeu a pandemia da covid-19.
Os dados fazem parte de uma edição especial da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
A pesquisa Rendimento de todas as fontes 2023 apura
todas as formas de renda dos brasileiros, o que
inclui dinheiro obtido com trabalho, aposentadoria,
pensão, programas sociais, rendimento de aplicações
financeiras, alugueis e bolsas de estudo, por
exemplo.
O IBGE aponta que em 2023, o Brasil tinha 215,6
milhões de habitantes. Desses, 140 milhões tinham
algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da
população, a maior proporção registrada pela
pesquisa iniciada em 2012.
Em 2022, eram 62,6%. O nível mais baixo foi atingido
em 2021, no auge da pandemia. Eram 59,8%, mesmo
patamar de 2012.
Fonte: Agência Brasil
19/04/2024 -
Senado aprova projeto que eleva isenção do IR para
até dois salários mínimos
O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados
e irá à sanção presidencial
O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) o projeto
de lei que corrige a tabela do Imposto de Renda
(IR), aumentando a isenção para quem recebe até dois
salários mínimos por mês. O texto, já aprovado pela
Câmara dos Deputados, irá à sanção presidencial.
O PL 81/2024 reajusta para R$ 2.259,20 o limite de
renda mensal que não precisa pagar Imposto de Renda.
A lei que instituiu a nova política de valorização
do salário mínimo, de 2023, autoriza um desconto
sobre o imposto de 25% sobre o valor do limite de
isenção. No caso, R$ 564,80, valor que somado a R$
2.259,20 resulta em R$ 2.824, o que corresponde ao
valor de dois salários mínimos.
Em seu relatório, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
disse que o objetivo da proposição é parear a
incidência tributária com a política de valorização
do salário mínimo e, assim, evitar sua desidratação.
Segundo ele, o Poder Executivo tem apresentado
várias propostas para modernizar o Imposto de Renda
e torná-lo mais justo.
“Certamente várias outras propostas ainda virão.
Todas caminhando na direção de, cada vez mais,
colocar o rico no Imposto sobre a Renda e o pobre no
orçamento, como prometeu o presidente Lula”, disse
Randolfe.
Durante debate, senadores da oposição cobraram a
promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva de isentar do imposto de renda para pessoas
com rendimentos de até R$ 5 mil.
Cantilena dos gastos
“Se não houvesse tantos gastos, haveria a
possibilidade de um ajuste melhor dessa tabela do
Imposto de Renda. Existe uma promessa que não foi
cumprida, e duvido que em 2025 tenhamos uma isenção
da faixa salarial de R$ 5 mil para o nosso imposto
de renda”, disse o senador Sérgio Moro (União
Brasil-PR), destacando que votaria a favor da
proposta.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA),
admitiu que o valor aprovado não é o desejável pelo
governo, mas reafirmou que há intenção de ampliar a
faixa de isenção. “O compromisso do presidente Lula
é, até o final de seu governo, esse valor chegar até
R$ 5 mil. Mas, em função de todas as necessidades de
manter a responsabilidade fiscal, fizemos apenas na
primeira faixa para beneficiar as pessoas mais
necessitadas”, explicou.
*Com informações da Agência Senado
Fonte: Rede Brasil Atual
19/04/2024 -
Ministro do Trabalho volta a defender alternativa ao
saque-aniversário no FGTS
Deputado que pediu o debate com o ministro
criticou a proposta: “O saque-aniversário é como se
fosse o 14º salário do trabalhador”
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
reiterou nesta quarta-feira (17) que o governo
estuda nova modalidade de crédito consignado como
alternativa ao saque-aniversário no Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Estou convencido de que é melhor acabar com o
saque-aniversário”, disse Luiz Marinho. Com isso,
defendeu ele, o FGTS voltará a servir como proteção
para o trabalhador no desemprego e como fonte de
financiamento da infraestrutura.
O ministro participou de audiência pública na
Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, a fim
de apresentar as prioridades para este ano. O debate
foi proposto pelo deputado Capitão Alberto Neto
(PL-AM).
Setor privado
Durante a reunião, Luiz Marinho explicou que a nova
modalidade de crédito com base na folha de pagamento
será dirigida a trabalhadores do setor privado e
operacionalizada por meio de plataformas digitais
(do e-Social e do FGTS).
Segundo ele, não há condições de manter as duas
modalidades de crédito – o novo consignado e o
saque-aniversário – em razão do risco de
endividamento excessivo do trabalhador. O governo
estuda o assunto desde o ano passado.
“Antes de mandar um projeto de lei, queremos
conversar com o Congresso, ouvir e combinar o jogo
antes, para saber se tem aderência ou não”, disse
Luiz Marinho. “É preciso que a gente enfrente esse
debate”, reiterou o ministro.
Críticas à ideia
O deputado Capitão Alberto Neto criticou a
possibilidade de extinção do saque-aniversário.
Segundo ele, 57% dos recursos são usados hoje para
quitar dívidas. “O saque-aniversário é como se fosse
o 14º salário do trabalhador”, afirmou.
Luiz Marinho defendeu mudanças. “A nova modalidade
não trará prejuízos, pelo contrário. O trabalhador
terá crédito barato, a partir da folha de pagamento,
e preservará o FGTS se vier a perder o emprego. Será
muito melhor”, assegurou.
Regra atual
Pela Lei 13.932/19, o saque-aniversário é opcional. No
mês de aniversário, o trabalhador pode sacar parte
do saldo existente na conta vinculada do FGTS. Caso
seja demitido após a opção, só terá direito a
receber a multa rescisória.
Por outro lado, caso mude de ideia, o trabalhador
pode voltar para a modalidade tradicional, mas terá
que cumprir dois anos de carência – ou seja, só
poderá sacar o FGTS depois de 24 meses, mesmo em
caso de demissão.
De abril de 2020, quando começou o
saque-aniversário, até fevereiro deste ano, foram
realizadas quase 178,6 milhões de operações,
superando R$ 101,4 bilhões no total. Pelos dados no
período, o valor médio foi de R$ 567,99 cada uma.
Fonte: Agência Câmara
19/04/2024 -
Com Lula, Brasil salta de 12ª para 8ª maior economia
do mundo, diz FMI
País terminará 2024 com um PIB de US$ 2,331
trilhões, ultrapassando a Itália
Sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o Brasil deve terminar 2024 no posto de
oitava maior economia do mundo. Quem projeta esse
cenário é a nova edição da World Economic Outlook,
publicação semestral do FMI (Fundo Monetário
Internacional). Os dados foram divulgados nesta
terça-feira (16).
Pelo segundo ano seguido, a instituição admite que
errou em suas projeções pessimistas relacionadas ao
PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Para 2024 e
2025, a estimativa era de crescimento de,
respectivamente, 1,7% e 1,9%. Agora, o FMI já prevê
uma alta de 2,2% neste ano e de 2,1% no ano que vem.
A se confirmarem essas tendências, o Brasil
terminará 2024 com um PIB de US$ 2,331 trilhões.
Nesse cenário, o País ultrapassará a Itália, que
terá um PIB estimado em US$$ 2,328 trilhões ao fim
do ano.
Em 2023, Lula já havia surpreendido o FMI, ganhado
três posições no ranking global e levado o Brasil da
12ª para a nova maior economia do mundo. Agora, ao
superar a Itália em 2024, o PIB brasileiro será o
oitavo do Planeta. Nos primeiros palpites do FMI, a
passagem do Brasil ao novo posto só ocorreria em
2026.
Esta não é, porém, a maior surpresa apresentada pela
World Economic Outlook. De acordo com a publicação,
a Índia vai ultrapassar a Alemanha antes do previsto
inicialmente, tornando-se a terceira maior economia
mundial em em 2027, atrás apenas de Estados Unidos e
China.
Índia e China, por sinal, serão responsáveis pelo
impulso maior ao crescimento econômico global, que
deve ser de 3,2% em 2024. Enquanto os chineses
tendem a avançar 4,6% no ano (acima da média), os
norte-americanos devem ver seu PIB crescer 2,7%.
Segundo Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe
do FMI, “a economia global continua mostrando uma
resiliência considerável, com um crescimento que se
mantém estável e a inflação diminuindo, mas muitos
desafios permanecem. No mundo pós-pandemia, os
países dos BRICs empurram o PIB do mundo para
frente.
Fonte: Portal Vermelho
19/04/2024 -
Decisão lamentável; por João Guilherme
Recentemente o juiz Eduardo Pires, da 30ª Vara do
Trabalho de São Paulo, decidiu que o trabalhador não
sindicalizado não tem direito aos benefícios
conquistados pelo sindicato (quem não contribui não
tem direito).
Com sua decisão, que provocou polêmica nas redes
sociais, infringiu a Constituição, agrediu a lógica
e o bom senso e deu um tiro no pé do movimento
sindical. Poderá haver recurso.
Infringiu a Constituição, que em seu artigo 8º
parágrafo III determina que “ao sindicato cabe a
defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria” representada em sua
totalidade pelo sindicato, confirmado o princípio da
unicidade (parágrafo II do mesmo artigo). Nesta
representação não cabe exclusão, para o bem ou para
o mal.
Com exceção das discriminações estatutárias (eleição
de diretoria, sorteio de colônia de férias, alguns
serviços sindicais etc.) agride a lógica e o bom
senso desconsiderar que uma assembleia de campanha
salarial é aberta a todos os trabalhadores; que uma
greve, por exemplo, deve contar com adesão de todos
(seria um contrassenso o direito de greve apenas
para a minoria sindicalizada) e que exigimos a
contribuição decorrente da negociação de toda a
categoria, aprovada em assembleia.
Nesta última questão temos o apoio do STF, que é
contraditado pelo PL 2.099 defendido pelo senador
Rogério Marinho e combatido pelo movimento sindical,
que procura dividir a categoria do mesmo modo que a
decisão do juiz, com sinal trocado.
A agressão à lógica e ao bom senso ficam evidentes
se considerarmos um caso em que o êxito da
negociação foi decorrente de uma assembleia maciça e
de uma greve vitoriosa, convocada e dirigida pelo
sindicato.
E é um tiro no pé do movimento sindical porque, com
vezo punitivista e justiceiro, abre caminho a uma
pluralidade sindical avessa à Constituição e a
serviço dos patrões, dividindo a seu bel-prazer a
categoria representada unicitariamente pelo
sindicato.
João Guilherme Vargas Netto, assessor sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
19/04/2024 -
Normas internacionais estabelecem padrões mínimos
para o trabalho decente
Brasil ratificou 82 convenções da OIT que estão
em vigor, mas algumas normas consideradas
importantes ainda aguardam incorporação. Entenda
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma
agência especializada das Nações Unidas fundada em
1919. Sua missão é promover oportunidades de
trabalho decente e produtivo para todos, em
condições de liberdade, equidade, segurança e
dignidade.
Uma das formas de disseminar esses valores e a
adoção de práticas que concretizam essas ideias no
mundo é por meio de normas internacionais, que são
denominadas convenções.
As convenções são tratados internacionais sobre um
tema determinado, que estabelecem princípios e
diretrizes a serem observados pelos países que as
assinam. Segundo Sérgio Paixão Pardo, especialista
em Normas Internacionais do Trabalho do Escritório
da OIT para o Cone Sul, nesses 105 anos de atuação,
isso “tem aberto a possibilidade de melhorar as
condições de trabalho de milhões de pessoas no mundo
inteiro”.
O Brasil é um dos membros fundadores da OIT e
participa das conferências anuais desde sua criação,
em 1919. Em mais de um século, o País ratificou 82
Convenções que ainda estão em vigor. Algumas,
contudo, ainda não foram formalmente incorporadas à
legislação interna.
Entenda a estrutura da OIT
A OIT é a única agência das Nações Unidas com
estrutura tripartite. Nela, trabalhadores,
empregadores e governos estão em condições de
igualdade. Essa estrutura visa garantir o diálogo
social e que as opiniões dos diferentes atores
componham normas, políticas e programas de trabalho.
Para atingir consenso sobre a adoção de boas
práticas internacionais no mundo do trabalho, as
delegações dos 187 Estados-membros da OIT se reúnem
todos os anos em Genebra, na Suíça, na Conferência
Internacional do Trabalho.
Todas as delegações também têm estrutura tripartite,
e cada representante, individualmente, tem liberdade
para votar as deliberações como quiser, de acordo
com o seu próprio convencimento.
Como os países aderem às convenções e às
recomendações da OIT
Durante a Conferência Internacional, um país manifesta
sua intenção de aderir a uma convenção específica.
Com a adesão, formalmente chamada de ratificação, o
Estado assume a obrigação legal de aplicar os
princípios.
Também pode optar por adotar uma recomendação.
Embora a recomendação não seja de observância
obrigatória, tem um papel crucial na orientação de
políticas públicas eficazes. Esse instrumento também
serve como fonte de inspiração para a criação de
normas coletivas - aquelas negociadas entre
empregados e empregadores - que têm um impacto
direto nas condições de trabalho.
“Costuma-se imaginar que uma convenção não se
incorpora à prática nacional se ela não for
ratificada. Mas, nos últimos anos, a negociação
coletiva tem sido uma porta de entrada dos elementos
e das diretrizes que estabelecem as convenções.
Ainda que não tenha força de lei, a negociação
coletiva permite a incorporação desses princípios”,
explica Sérgio Paixão.
https://www.tst.jus.br/-/conven%C3%A7%C3%B5es-da-oit-estabelecem-padr%C3%B5es-m%C3%ADnimos-para-o-trabalho-decente
Fonte: TST
18/04/2024 -
Sindicalismo lança em SP o 1º de Maio
Centrais e Sindicatos de diversas categorias
realizaram terça, 16, o lançamento oficial das
atividades rumo ao ato unitário do 1º de Maio, Dia
do Trabalhador. A panfletagem convocatória aconteceu
das 6 às 9 horas nas estações de trem e metrô do
Brás, região central da Capital.
O tema geral deste ano é “Por um País mais justo”.
Mas o panfleto convocatório também cobra: Emprego
decente; Menos juros; Aposentadoria digna; Correção
da tabela do imposto de renda; Valorização do
serviço público; e Salário igual pra trabalho igual.
CTB – Adilson Araújo, presidente da CTB,
afirma: “A convocação é pra toda a população. Terça,
iniciamos a distribuição de 500 mil panfletos, que
apresentam os principais eixos das reivindicações da
classe trabalhadora. Nos próximos dias, vamos
panfletear outros locais. A intenção é levar o
máximo de pessoas pra esse evento de luta e lazer”.
O presidente da CTB-SP, Rene Vicente dos Santos,
esteve na panfletagem. “Foi boa a adesão popular. A
expectativa é grande pra um ótimo 1º de Maio”, diz.
A escolha do local, ele crê, aumentará a presença do
público. Rene continua: “Realizar o ato na periferia
permite maior presença da população. A localização é
ótima, próxima do trem e metrô, em espaço grande.
Esperamos que os trabalhadores participem e suas
famílias”.
Ato – Estacionamento do Itaquerão (estádio do
Corinthians), Zona Leste SP, perto da estação
Corinthians-Itaquera e do terminal de ônibus local.
A partir das 10 horas. Terá shows gratuitos e falas
de ordem trabalhista.
Coletiva – Segunda, 15, presidentes das
Centrais concederam coletiva de imprensa acerca do
ato unitário. Estiveram dirigentes da CTB, CUT,
Força Sindical, UGT, CSB, NCST, Intersindical e
Pública Central de Servidores.
Lula – O presidente da República deve
participar do 1º de Maio Unitário.
Mais – Site e redes sociais das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
18/04/2024 -
Deputado Jorge Solla apresenta PEC que eleva pensão
por morte
O deputado Jorge Solla (PT-BA) elaborou PEC
(proposta de emenda à Constituição), e vai
apresentar à Câmara dos Deputados, que eleva o valor
mínimo da pensão por morte da Previdência Social,
hoje frequentemente muito baixo.
A proposta garante aos dependentes do trabalhador ou
trabalhadora falecida pensão por morte que seja, no
mínimo, igual a 50% da média dos salários de
contribuição — as remunerações sobre as quais
incidiram as contribuições previdenciárias do
segurado ou segurada falecida.
Salário de contribuição é o valor que serve de base
de incidência das alíquotas das contribuições
previdenciárias, fração numérica com a qual,
aplicando-se a alíquota, se obtém o montante da
contribuição a ser recolhida para a Previdência
Social.
Segundo o deputado, “infelizmente, muitas vezes, o
atual valor da pensão por morte fica na casa dos 30%
da média dos salários de contribuição.”
Trata-se de alteração que garante elevação
significativa do padrão de vida de quem dependia
economicamente do trabalhador ou trabalhadora que
morreu.
Apoio à proposta
A PEC apresentada pelo deputado federal Jorge Solla
precisa de 171 assinatura de deputados federais para
ser protocolada à Mesa da Câmara dos Deputados e, em
seguida, ser apreciada pelo Congresso Nacional.
O texto da proposta contou com a assessoria do
especialista em Previdência Social pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas), Luciano Fazio. Ele
realiza estudos e pareceres sobre questões
previdenciárias, sendo inclusive consultor externo
do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos).
Como é hoje a pensão por morte
O caput do artigo 23 da EC (Emenda à Constituição)
103/19, que trata da Reforma da Previdência,
estabeleceu que a pensão será equivalente à cota
familiar de 50% do valor da aposentadoria recebida
ou daquela a que teria direito se fosse aposentado
ou aposentada por incapacidade permanente na data do
óbito, acrescida de cotas de 10% por dependente, até
o máximo de 100%.
Fonte: Diap
18/04/2024 -
Parte que justifica falta a audiência não precisa
pagar custas, diz TST
Embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
estabeleça o pagamento das custas em caso de falta à
audiência, essa obrigação desaparece se houver a
apresentação de justificativa dentro do prazo de 15
dias previsto na lei.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho não admitiu o recurso de uma
empresa de Paragominas (PA) contra a decisão que
havia isentado a família de um eletricista morto em
acidente de trabalho do pagamento de custas
processuais. A viúva e os filhos faltaram à
audiência do processo porque a advogada da família
passou mal minutos antes do início, deixando-os
despreparados.
O eletricista morreu em julho de 2022 ao ter contato
com um cabo energizado durante procedimentos para
combater um incêndio num depósito de madeira da
empresa. A mulher, a filha e o filho do empregado
ajuizaram, então, ação com pedido de indenização por
dano moral e material.
No dia marcado para a audiência na Vara do Trabalho
de Paragominas, a família não compareceu à sala. Em
razão da ausência injustificada naquele momento, o
juízo determinou o arquivamento do processo e o
pagamento das custas de R$ 58 mil. A medida está
prevista no artigo 844, parágrafo 2º, da CLT,
incluído pela reforma trabalhista (Lei 13.467/2017),
para quem falta à audiência, ainda que tenha o
benefício da Justiça gratuita, a não ser que
comprove, em 15 dias, que a ausência ocorreu por
motivo legalmente justificável.
Condição emocional
Dentro desse prazo, a família alegou que a advogada
havia passado mal minutos antes da audiência. Por
isso, a viúva e os filhos entenderam que não tinham
condição emocional e técnica de defenderem seus
interesses diante do juízo e da empresa e se
retiraram.
O juízo admitiu a justificativa e retirou o
pagamento das custas. A decisão foi mantida pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP),
para quem a ausência se deu por evento alheio à
vontade da parte, conforme o artigo 223, parágrafo
1º, do Código de Processo Civil.
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Breno Medeiros, explicou que o artigo 791 da CLT
permite que as pessoas e as empresas apresentem
reclamações trabalhistas sem advogado. Contudo, a
ação demanda conhecimentos técnicos, ainda que o
processo seja orientado pelo princípio da
informalidade.
Nesse aspecto, o relator ressaltou que o caso
envolve pedido de indenização pela morte do marido e
pai em acidente de trabalho, o que exige
conhecimentos técnicos sobre responsabilidade civil
nas relações de emprego. A decisão foi unânime.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 480-05.2022.5.08.0116
Fonte: Consultor Jurídico
18/04/2024 -
Comissão aprova projeto que atualiza taxas da
Justiça do Trabalho
Texto ainda precisa ser analisado nas comissões
de Finanças; e de Constituição e Justiça da Câmara
dos Deputados
A Comissão de Administração e Serviço Público da
Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) que reajusta os
valores das custas e emolumentos cobrados pela
Justiça do Trabalho.
São valores previstos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e pagos pelas partes para dar
andamento aos processos judiciais.
O texto aprovado é um substitutivo do relator,
deputado Felipe Francischini (União-PR), ao Projeto
de Lei 1290/22. O parecer reduz o tamanho do
reajuste.
Correção menor
O TST havia proposto uma correção das taxas com base
no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
acumulado entre o último reajuste (agosto de 2002) e
fevereiro de 2022. Nesse período, a inflação
acumulada foi de 233%.
Francischini aplicou uma correção menor, com base no
INPC acumulado em 12 meses. Segundo ele, a mudança
valoriza “o sistema de prestação judicial sem
penalizar os seus demandantes”. Com a medida, todos
os valores foram reduzidos em relação à proposta
original.
Por exemplo, o valor mínimo das custas relativas ao
processo de conhecimento passa dos atuais R$ 10,64
para R$ 12,02 (aumento de 13%) no texto aprovado. O
TST havia proposto R$ 35,77. A taxa máxima referente
aos cálculos realizados por contador judicial sai
dos atuais R$ 638,46 para R$ 721,28. O tribunal
havia pedido R$ 2.146,44.
Correção anual
O deputado manteve a correção anual das custas e
emolumentos pelo INPC, mediante ato do presidente do
TST. Mecanismo semelhante existe para as taxas
cobradas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Próximos passos
O PL 1290/22 será analisado, em caráter conclusivo,
nas comissões de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
17/04/2024 -
Registro Sindical: MTE atualiza Cnes e implanta
novas funcionalidades ao sistema
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
modernizou, na última quinta-feira (11), o uso do
Cnes (Cadastro Nacional de Entidades Sindicais)
pelas entidades.
Executada por meio de contrato com o Serpro, 2
funcionalidades essenciais para a manutenção dos
dados e informações das entidades sindicais do País
foram atualizadas no Cnes.
A primeira dessas é a SA (Solicitação de Alteração
Estatutária), funcionalidade que permite às
entidades sindicais pleitearem a alteração de
categoria ou base territorial registradas no Cnes.
A segunda funcionalidade é a SR (Solicitação de
Recadastramento), que visa auxiliar as entidades
sindicais no cumprimento do disposto no artigo 35,
da Portaria MTE 3.472/23.
O prazo final para recadastramento das entidades
sindicais é até dia 30 de setembro de 2024.
No próximo mês, está previsto a implantação de nova
funcionalidade, a SC (Solicitação de Registro) e, em
sequência, virão a SF (Solicitação de Fusão) e a SI
(Solicitação de Incorporação).
“Benefícios às entidades sindicais”
Segundo o secretário de Relações do Trabalho, Marcos
Periotto, “a modernização é prioridade total na
atual gestão, com a finalidade de garantir
benefícios às entidades sindicais e aos cidadãos”.
Com estas atualizações, as entidades sindicais
poderão acessar essas novas funcionalidades no Cnes
por meio de qualquer navegador de Internet,
utilizando-se de computadores, tablets ou aparelhos
celulares.
O acesso permanece seguro por meio do linque Cnes —
https://cnes.trabalho.gov.br/app/ —, com o uso
obrigatório do certificado digital.
Fonte: Diap
17/04/2024 -
1º de Maio: Centrais escolhem o Itaquerão para ato
unificado
Pela primeira vez fora do centro de São Paulo, ato
unificado do Dia do Trabalho vai ocorrer sob o mote
“Por um Brasil mais Justo”, que vai reivindicar
emprego decente, correção da tabela do Imposto de
Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna,
salário igual para trabalho igual e valorização do
serviço público.
As oito centrais sindicais iniciam os preparativos
para a celebração do 1º de Maio, Dia Internacional
do Trabalhador e da Trabalhadora que, neste ano,
será realizado no estacionamento da Neo Química
Arena, o Itaquerão, na zona leste da cidade de São
Paulo.
Os presidentes das centrais — NCST, CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, CSB, Intersindical Central da
Classe e Pública — em coletiva de imprensa nesta
segunda-feira (15), informaram que a troca de lugar
foi para ficar mais próximo da classe trabalhadora.
A arena externa do Itaquerão foi cedida pelo
Corinthians e considerada um espaço ideal pela
organização por conta da facilidade de acesso ao
transporte coletivo e pela formação operária da
região. Seguindo a tradição, o evento dos
trabalhadores terá dois momentos, o primeiro deles,
político, com falas dos dirigentes e representantes
de movimentos sociais e partidários para rememorar
as lutas do passado, atualizando as suas pautas de
reivindicação e planejando as lutas do futuro.
A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que esteve nas duas últimas edições, também é
esperada neste ano. Na sequência, a festa segue com
shows e apresentações. A expectativa das entidades
dos trabalhadores é reunir cerca de 50 mil pessoas
no evento que terá início às 10h. O ato em São Paulo
também será acompanhado por eventos em todo o país.
Bandeiras de luta
No palco do Itaquerão, as centrais sindicais sairão em
defesa “Por um Brasil mais Justo”, mote da
celebração deste ano que vai destacar emprego
decente, correção da tabela do Imposto de Renda,
juros mais baixos, aposentadoria digna, salário
igual para trabalho igual e valorização do serviço
público.
Fonte: Rede Brasil Atual com adaptações da Imprensa
Nova Central
17/04/2024 -
Governo prevê salário mínimo de R$ 1.502 em 2025,
diz Haddad
Novo valor representará alta de 6,37% em relação
ao piso atual, de R$ 1.412, com ganho acima da
inflação pelo segundo ano consecutivo, após longo
período de congelamento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou
nesta segunda-feira (15) que o governo vai propor
salário mínimo de R$ 1.502 em 2025. Ele confirmou a
informação em entrevista à Globonews. O valor do
piso nacional consta na Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO) que o governo deve encaminhar
ainda hoje ao Congresso Nacional.
Em linha com a política de valorização que o governo
Lula recriou no ano passado, o novo valor do salário
mínimo representará alta de 6,37% em relação ao piso
atual, de R$ 1.412. Tal política considera a
variação do PIB de dois anos antes – alta de 2,9% em
2023 – e mais a inflação dos 12 meses anteriores.
“Não costumamos antecipar os dados do PLDO antes da
entrevista oficial. Mas vazaram esses dois dados, aí
a imprensa toda está dando”, disse Haddad,
confirmando os números divulgados anteriormente. A
apresentação oficial do projeto está marcada para as
17h.
O valor do salário mínimo, entretanto, ainda pode
mudar, conforme eventuais revisões do IBGE sobre o
PIB do ano passado, bem como dos cálculos da
inflação, com base no Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC).
No ano passado, já com a política de valorização em
vigor, o piso nacional registrou aumento de R$ 1.320
para o valor atual. Na ocasião, o reajuste foi
6,97%, três pontos percentuais acima da inflação do
período, após quase sete anos de congelamento.
Ao mesmo tempo, Haddad certificou que o PLDO também
vai trazer meta de zero para as contas públicas.
Nesse sentido, trata-se de um afrouxamento em
relação à estimativa anterior, quando o governo
previa déficit zero para este ano e superávit de
0,5% do PIB para o ano que vem. O ministro afirmou,
no entanto, que o governo não desistiu deste
objetivo e vai buscar o superávit em 2026.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/04/2024 -
INSS alerta que não usa intermediário para liberar
salário-maternidade
Benefício é acessado pelo site e de forma
gratuita
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
divulgou alerta para sites e páginas em redes
sociais que se apresentam como canais para conseguir
o salário-maternidade.
O instituto informa que não usa intermediários para
a concessão do benefício. Para solicitar o
salário-maternidade, basta acessar o aplicativo ou
site do INSS ou a Central de Atendimento 135.
O serviço é gratuito, ou seja, não são cobradas
multas ou valores adiantados para liberação do
auxílio.
“Nos casos que as seguradas necessitem de auxílio de
terceiros, a recomendação do INSS é para que busquem
auxílio de um (a) advogado (a) devidamente
registrado (a) na Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) ou Defensoria Pública, sendo esta uma
alternativa para as pessoas que não têm condições
financeiras para contratar um advogado. O objetivo é
evitar que seguradas caiam em golpe de pessoa que se
apresente como advogado (a), mas não é”, diz a nota
do INSS.
O instituto lembra que não devem ser fornecidos
dados pessoais – CPF, nome, data de nascimento – a
estranhos ou em sites desconhecidos.
“Sites e redes sociais que oferecem facilidades e
mesmo se apresentam como canais para conseguir o
salário-maternidade não são canais oficiais e devem
ser vistos com desconfiança, pois podem representar
risco à segurança de dados do cidadão. O INSS não
utiliza intermediários para a concessão deste
benefício e nem cobra multas ou valores adiantados
para que o salário-maternidade seja liberado”.
Fonte: Agência Brasil
17/04/2024 -
Sindnapi combate entidades suspeitas de abusos aos
aposentados
O Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos) manifesta seu apoio à decisão
do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS de
investigar denúncias contra abusos e realizar
mudanças no procedimento de novas associações de
aposentados à entidades representativas.
Até o novo procedimento seja implantado pelo
DatavPrev, o INSS deve bloquear a partir de maio os
descontos das mensalidades de novas adesões. A
liberação só ocorrerá após adoção do sistema de
biometria e assinatura eletrônica.
Conscientes dos abusos de entidades
mal-intencionadas, desde janeiro de 2023, o
Sindicato tem acompanhado o quadro e cobrado do INSS
a apuração das denúncias relacionadas ao desconto de
valor indevido nos benefícios, bem como a adoção de
ações para impedir a prática.
Para o Sindnapi, a medida tomada representa um
avanço na proteção aos aposentados e às entidades
que trabalham de forma séria.
O presidente da entidade, Milton Cavalo, afirma que
o bloqueio temporário dos descontos das mensalidades
via INSS não impede novas associações. Contudo,
somente após a efetivação do novo procedimento, os
descontos serão retomados.
Fonte: Agência Brasil
17/04/2024 -
Projeto prevê valor mínimo para indenização por dano
extrapatrimonial
Piso previsto terá como referência o salário
mínimo; hoje o teto leva em conta o salário do
trabalhador
O Projeto de Lei 875/24 altera a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) para equalizar o pagamento de
indenização por dano extrapatrimonial, de forma a
torná-lo menos “discriminatório”. A proposta, do
deputado Jonas Donizette (PSB-SP), está em análise
na Câmara dos Deputados.
Incorporado à CLT pela reforma trabalhista de 2017,
o dano extrapatrimonial são os danos cometidos
contra a esfera moral ou existencial de um indivíduo
ou de uma empresa. Ofensas à honra e à intimidade de
uma pessoa ou à imagem e à marca de uma empresa são
exemplos desse tipo de dano.
Atualmente, para reparar o dano extrapatrimonial, a
CLT prevê indenizações limitadas ao salário
contratual do ofendido, conforme a gravidade da
ofensa. No caso de dano a empresa, a legislação
vincula a indenização ao salário contratual do
ofensor.
Salário mínimo
O que o projeto de Jonas Donizette faz é vincular a
indenização ao salário mínimo, em vez do salário do
ofendido ou do ofensor. Pela proposta, se julgar
procedente o pedido, o juiz fixará a indenização a
ser paga a cada um dos ofendidos, em um dos
seguintes parâmetros:
- ofensa de natureza leve, no mínimo, três vezes o
salário mínimo;
- ofensa de natureza média, no mínimo cinco vezes o
salário mínimo;
- ofensa de natureza grave, no mínimo 20 vezes o
salário mínimo;
- ofensa de natureza gravíssima, no mínimo 50 vezes
o salário mínimo.
Se o ofendido for empresa, a indenização será fixada
conforme os mesmos critérios.
Indenizações discrepantes
Na avaliação de Jonas Donizette, a redação atual da
CLT pode acarretar o pagamento de indenizações
discrepantes para um mesmo ato. Ele exemplifica com
a situação de dois empregados de uma mesma empresa
vítimas de um mesmo dano de natureza leve e que leve
à imposição de indenização por seu valor máximo,
sendo que um deles trabalha na limpeza, com
remuneração de um salário mínimo e o outro exerce um
cargo de gerência, com renumeração de R$ 10 mil
reais.
“Nos termos vigentes, a indenização do empregado do
setor de limpeza será de R$ 4.236. Já a do gerente
será de R$ 30 mil”, comparou o autor da proposta.
“Se esse mesmo exemplo se referir a uma infração de
natureza grave, a diferença será ainda mais
gritante: o primeiro receberá uma indenização de R$
28.240 e o segundo, de R$ 200 mil. É como se o
sofrimento imputado aos empregados com remuneração
mais alta fosse maior”, criticou.
Decisão do STF
O parlamentar lembra ainda que o Supremo Tribunal
Federal (STF) reconheceu em parte essa discrepância,
ao determinar que o tabelamento de valores dos danos
extrapatrimoniais trabalhistas previsto na CLT
tivessem um caráter de orientação, servindo como
parâmetro, mas não como teto. Dessa maneira, seria
possível arbitrar valores superiores ao previsto na
norma trabalhista.
“A nossa intenção é ir além do que decidiu o STF.
Assim, em vez de a CLT estipular um teto para o
valor da indenização, a norma passaria a determinar
um piso. Ou seja, caracterizado o dano, o valor
previsto na lei seria o mínimo aplicável, cabendo ao
juiz elevá-lo ou não”, defendeu Donizete.
“Além disso, para eliminar a discriminação apontada,
estamos propondo uma equalização dos valores da
indenização, cujo valor mínimo será o mesmo para
todos os que forem vítimas, com base no salário
mínimo”, concluiu.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado ainda pelas comissões de Trabalho; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
16/04/2024 -
Entidades preparam um grande 28 de Abril
O 28 de abril deste ano será diferente. Sindicatos,
Centrais, Diesat, Dieese, profissionais de saúde e
entidades populares (cerca de 35) somam forças pra
realizar um grande evento na Praça Vladimir Herzog,
Centro de São Paulo.
A data foi instituída pela OIT como o “Dia Mundial
da Segurança e da Saúde no Trabalho, em memória às
vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho”.
Nos últimos anos, a data era marcada por ações
individuais de Sindicatos ou categorias. A
realização unitária pode significar a retomada dessa
bandeira pelo sindicalismo, de forma unitária.
Otimismo – A dirigente comerciária e da UGT
nacional, Cleonice Caetano (Cleo), vê possibilidade
de um grande evento. Ela saúda o apoio da
Fundacentro e da Superintendência do Trabalho
(antiga DRT). A dirigente também coordena o Fórum
Nacional das Centrais Sindicais da Saúde do
Trabalhador e da Trabalhadora, no âmbito do Fórum
das Centrais.
Além de cards, cartazes e outros materiais, os
organizadores pensam numa manifestação (cujo nome é
Ato e Canto Pela Vida) que tenha o antes, o durante
e o depois. Para tanto, dia 28 será lançada Carta
Aberta, que colherá adesões.
O estresse da vida atual acrescentou transtornos
mentais ao rol de acidentes e doenças mais comuns
nos ambientes de trabalho. Cléo, que tem formação
também em Assistência Social, comenta: “Cresceu
demais a incidência de doenças mentais, como
depressão, por exemplo”.
Segundo a dirigente, Ministérios do Trabalho e
Emprego, da Saúde, da Previdência e das Mulheres,
além de autoridades em geral estão sendo convidados.
ATO E CANTO PELA VIDA – DIA 28/4
11 HORAS – Encontro e reencontro dos
participantes, familiares e entidades.
12 HORAS – CANTO, com Paulinho Timor trazendo o
Samba do Trabalhador.
13 HORAS – ATO em Memória às Vítimas de
Acidentes e Doenças relacionadas ao trabalho.
Simultaneamente – Almoço no sistema “QUEM PODE
PAGA, QUEM NÃO PODE COME”. E obra coletiva com a
marca das mãos dos participantes.
Local: Praça Vladimir Herzog. Rua Santo
Antônio, 33, ao lado da Câmara, perto do Metrô
Anhangabaú.
Participação – O Espaço da Cidadania já
recebe inscrições no e-mail ecidadania@ecidadania.org.br
– Quem se inscrever com antecedência receberá a
programação com mais detalhes.
Fonte: Agência Sindical
16/04/2024 -
Ministro do Trabalho participa de audiência na
Câmara nesta quarta
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
recebe nesta quarta-feira (17) o ministro da área,
Luiz Marinho. Ele vai apresentar aos parlamentares
os planos da pasta para este ano.
A reunião será realizada no plenário 12, a partir
das 10 horas, a pedido do deputado Capitão Alberto
Neto (PL-AM).
Neto quer que o ministro fale também sobre Projeto
de Lei Complementar 12/24, que regulamenta o
trabalho dos motoristas de aplicativo.
Fonte: Agência Câmara
16/04/2024 -
Inflação de março pesou menos para famílias de renda
alta, aponta Ipea
Recuo de passagens aéreas ajudou a frear preços
As famílias com renda mensal alta (acima de R$
21.059,92) sentiram menos o peso da inflação, em
março, se comparadas com os lares de renda muito
baixa (menor que R$ 2.105,99). Enquanto a inflação
oficial do país ficou em 0,16%, o peso para o bolso
das famílias que estão no topo da pirâmide foi de
0,05%. Já para a base, 0,22%.
A análise faz parte do estudo Indicador de Inflação
por Faixa de Renda, divulgado nesta segunda-feira
(15), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), órgão ligado ao Ministério do Planejamento e
Orçamento.
O Ipea faz o desdobramento do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Na passagem de fevereiro para março, a inflação das
famílias de renda alta passou de 0,83% para 0,05. No
caso das famílias de renda muito baixa, a
desaceleração no período foi menos expressiva, de
0,78% para 0,22%.
A análise da pesquisadora Maria Lameiras destaca que
os preços dos alimentos no domicílio e dos
combustíveis explicam grande parte deste alívio
inflacionário em março. Mas as famílias de renda
alta foram mais beneficiadas pela descompressão do
grupo educação, que em fevereiro tinha sido
impactado por reajuste de mensalidades escolares.
Um dos principais motivos para grupos familiares
sentirem inflações diferentes é devido o perfil de
consumo desses lares. Os mais pobres, por exemplo,
têm o orçamento mais sensível a mudança nos preços
de alimentos.
Já as famílias mais endinheiradas sentem mais
alterações no custo de passagens aéreas, por
exemplo. Esse item apresentou recuo de 9,1% em
março, o que levou a uma “descompressão ainda mais
significativa para a faixa de renda alta”, segundo o
Ipea.
Doze meses
No acumulado de 12 meses, há uma inversão. As famílias
de renda muito baixa percebem um aumento de 3,25% no
custo de vida, abaixo da média nacional, 3,93%. Já
os lares com renda alta tiveram inflação de 4,77%.
Nesse período, a maior contribuição de inflação para
famílias de menor renda são os alimentos, que
subiram 0,79%. No caso das famílias de renda alta,
os maiores pesos ficaram com os itens transportes
(0,97%) e saúde e cuidados pessoais (0,99%).
Fonte: Agência Brasil
16/04/2024 -
Centrais iniciam panfletagem do 1º de Maio Unitário
nesta terça (16)
As centrais sindicais Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central de Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB) Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST), Central de Sindicatos do
Brasil (CSB), Intersindical – Central da Classe
Trabalhadora e Pública – Central do Servidor irão
iniciar a panfletagem de convocação do Dia do
Trabalhador – 1º de Maio Unificado – nesta
terça-feira (16 de abril), entre as 06 e 09 horas,
no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás-SP).
Vale destacar que nos próximos dias, os
sindicalistas estarão em diversos locais da cidade
realizando a panfletagem e convidando os
trabalhadores para participarem do ato do Dia 1º de
Maio.
O Dia do Trabalhador, promovido pelas Centrais
Sindicais, será realizado no Estacionamento do
Itaquerão (Estádio do Corinthians), na zona leste da
capital paulista, a partir das 10 horas.
Lema do 1º de maio unitário
Este ano, o lema do 1º de Maio Unificado será “Por um
Brasil mais Justo” e vai destacar:
- emprego decente;
- correção da tabela do Imposto de Renda;
- juros mais baixos;
- aposentadoria digna;
- salário igual para trabalho igual
- valorização do serviço público.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical ressalta
que o Dia do Trabalhador das centrais é importante
de mostrar a unidade da classe trabalhadora. “Vamos
unir nossas vozes por mais direitos, empregos e
renda para todos”, afirma o dirigente sindical.
“Há muita luta pela frente para reconquistar e
ampliar os direitos”, acrescenta.
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/04/2024 -
PEC do fim da reeleição ganha relator e começa a
avançar no Senado
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) foi oficializado
como o relator da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) do fim da reeleição. Agora, o texto para
proibir que presidente, governador e prefeito possa
concorrer a um segundo mandato consecutivo deve
avançar no Senado. A PEC está na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). Castro foi escolhido
como relator por sua proximidade com o tema
eleitoral. O senador é o relator do Código
Eleitoral, também em análise na comissão.
Além da proibição da reeleição para cargos do
Executivo, a PEC também deverá aumentar os mandatos
dos políticos brasileiros. Para a maioria dos
cargos, o tempo de mandato passará dos quatro anos
atuais para cinco anos. Já para senadores, que já
contam com um mandato com o dobro de anos dos demais
cargos eletivos, o tempo para ficar no Senado
passará de oito anos para dez anos.
De acordo com Castro, o próximo passo é decidir
sobre a inclusão na PEC de um tema que tem o apoio
da maior parte dos líderes partidários: a
coincidência de eleições. Os senadores querem fazer
com que as eleições brasileiras aconteçam todas no
mesmo ano, sem a divisão atual de eleição municipal
em um ano e dois anos depois das eleições gerais,
incluindo para presidente.
O problema, no entanto, é qual seria o modelo para
unificar os pleitos e como se daria a transição do
modelo atual para o novo. Sem uma resposta
definitiva, Castro deve fazer uma pesquisa interna
com os senadores, apresentando opções para a
coincidência e a transição.
“O objetivo da pesquisa é identificar a preferência
entre os senadores e seguir apenas com a opção de
maior aderência”, diz o relator em nota.
Depois dessa definição, o texto deve avançar na CCJ.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já
disse que vê espaço para a Casa analisar o tema
ainda em 2024. Por causa das eleições municipais, a
análise dos projetos deve ficar concentrada no
primeiro semestre.
De autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a PEC
foi apresentada em 2022. Nos últimos meses a
proposta angariou apoio dentro do Senado,
principalmente depois de Pacheco colocar o texto
como uma de suas prioridades para 2024. No entanto,
o presidente Lula já disse a senadores que é contra
a medida.
Fonte: Congresso em Foco
16/04/2024 -
Recusa a voltar ao trabalho anula pedido de rescisão
indireta, diz juíza
Por considerar que um trabalhador se recusou a
voltar ao trabalho, a 1ª Vara do Trabalho de
Itumbiara (GO) negou o pedido de um ex-funcionário
para que fosse declarada a rescisão indireta do
contrato laboral.
A sentença foi proferida pela juíza Dânia Carbonera
Soares. O ex-empregado foi condenado, ainda, a pagar
honorários de quase R$ 40 mil à parte contrária.
Segundo a decisão, o funcionário ficou afastado pelo
INSS entre abril e junho de 2022. Após o término do
período de auxílio-doença previdenciário, ele não
aceitou voltar ao trabalho.
O homem foi admitido em dezembro de 2020 para
desempenhar a função de caldeireiro. Um ano e 4
meses depois, alegou sentir desconforto nos ombros e
joelhos, supostamente devido ao aumento da
intensidade do trabalho. Ele, então, buscou o INSS.
Segundo o processo, o próprio reclamante deixa claro
que não contactou a empresa entre o término do
benefício, em 18 de junho, e o dia 6 de outubro de
2022. Em 17 de outubro do mesmo ano, foi concedido,
novamente, ao autor benefício de auxílio-doença
previdenciário e afastamento, válido até 17 de
janeiro de 2023.
Nove dias após o término do benefício, no dia 26 de
janeiro, o trabalhador apresentou o pedido de
rescisão indireta do contrato de trabalho.
A magistrada considerou que o limbo previdenciário
foi ocasionado pelo próprio trabalhador, pois teria
recusado o retorno ao trabalho, e também julgou
improcedente o pedido relativo ao reconhecimento da
rescisão indireta do contrato.
Foi acatado também o argumento da defesa da empresa
sobre as patologias apontadas pelo autor não
possuírem nexo de causalidade com as atividades
laborais desenvolvidas por ele na empresa, “uma vez
que são de origem degenerativa e com manifestação
atrelada ao avanço da idade do trabalhador”.
Dânia Carbonera Soares condenou, ainda, o
trabalhador a pagar ao advogado da empresa
honorários de sucumbência arbitrados em 7% sobre os
pedidos julgados improcedentes (R$ 537.948,16), o
que equivale a aproximadamente R$ 40 mil. A empresa
foi assessorada pelo advogado Diêgo Vilela.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0010053-39.2023.5.18.0121
Fonte: Consultor Jurídico
15/04/2024 -
Trabalho aprova regulamentação de aposentadoria
especial para exposição às substâncias prejudiciais
à saúde
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou, nesta quarta-feira (10), o PLP (Projeto de
Lei Complementar) 42/23, do deputado Alberto Fraga
(PL-DF), que garante a concessão de aposentadoria
especial a trabalhadores expostos a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde.
Pelo texto aprovado, o benefício consistirá em renda
mensal equivalente a 100% do salário em atividade e
não mais de 60% da média, com acréscimo de 2% para
cada ano de contribuição, que exceder 15 anos para
as mulheres e 20 anos para os homens.
O texto aprovado, com alterações —
substitutivo —, foi relatado pela deputada
Geovania de Sá (PSDB-SC). A matéria, agora, vai ao
exame da Comissão de Previdência, Assistência
Social, Infância, Adolescência e Família.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto
regulamenta artigo da Constituição Federal que trata
da concessão de benefício diferenciado a
trabalhadores sujeitos à efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde.
Pela proposta, a aposentadoria será concedida ao
segurado da Previdência Social que tiver trabalhado
sujeito a condições especiais, por no mínimo 15
anos, desde que comprove, além do tempo de trabalho,
a permanente exposição a agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física.
Regra atual
Segundo a EC (Emenda à Constituição) 103/19, Reforma
da Previdência, na regra geral, a aposentadoria
especial autoriza regras diferenciadas por meio de
“lei complementar para servidores e segurados cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a
agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais
à saúde, ou associação desses agentes (art. 40, §
4º-C e art. 201, §1º, inciso II, da CF).”
“Como regra transitória restou garantida
aposentadoria aos 55, 58 ou 60 anos de idade, quando
o agente ensejar aposentadoria aos 15, 20 ou 251
anos de contribuição, respectivamente (art. 19, §1º,
inciso I, e art. 10, § 2º, inciso II, da EC) e, como
consequência da previsão de nova regra revoga o art.
15 da EC 20, de 1998, que estabelecia a recepção com
status de lei complementar dos art. 57 e 58 da Lei
8.213, de 24 de julho de 1991 (art. 35, inciso II).
Note-se que a CF admite a possibilidade de adoção de
regras diferenciadas, mas não obriga que o
legislador crie norma nesse sentido.”
Atividades especiais
São consideradas atividades laborais especiais aquelas
expostas a:
• explosivos, eletricidade, materiais ionizantes,
substâncias radioativas e materiais inflamáveis,
ambientes de ruídos ou calor excessivos, transporte
de valores e vigilância patrimonial ou pessoal,
armada ou desarmada.
Regulamentação
O autor, deputado Alberto Fraga (PL-DF), observou que,
apesar de assegurada na Constituição, a concessão de
aposentadoria especial precisa ser regulamentada por
lei.
“Não fosse assim, como ficaria a situação de
exposição a ruídos elevados e à violência, por dever
de ofício, como o caso de transporte de valores? Há
decisões judiciais importantes no sentido de
reconhecer a situação especial de algumas
categorias, como os vigilantes, mas não há lei que a
assegure”, ressaltou o parlamentar.
Pelo projeto, o aposentado que continuar no
exercício de atividade ou operação que o sujeite a
agentes nocivos, os quais serão determinados em
regulamento, terá a aposentadoria automaticamente
cancelada.
A empresa que não atualizar laudo técnico em relação
dos agentes nocivos existentes no ambiente de
trabalho ou que emitir comprovante de efetiva
exposição em desacordo com o laudo estará sujeita a
multa determinada pela CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho).
Tramitação
A proposta vai ser analisada, agora, respectivamente,
pelas comissões de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família; de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Depois segue para votação no plenário.
Fonte: Diap
15/04/2024 -
Fim da contribuição de aposentados começa a
tramitar; está na CCJ
A
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 6/24, do
deputado Cleber Verde (MDB-MA), tem por objetivo
extinguir, de forma gradual, a contribuição
previdenciária dos servidores públicos aposentados e
pensionistas.
A proposta atingiu e superou o número mínimo de
assinaturas (117) de deputados para ser protocolada
e iniciar a tramitação no Congresso Nacional. Leia
nota técnica do Mosap (Moimento Nacional dos
Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas).
A matéria aguarda distribuição à relatoria na CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania)
da Câmara dos Deputados.
“PEC Social”
A “PEC Social”, como também é chamada, poderá ser
anexada à PEC 555/06, formulada pelo ex-deputado
Luiz Carlos Mota (PSB-MG). Ambas as propostas visam
eliminar a contribuição previdenciária de 11%
imposta aos servidores aposentados desde a Reforma
da Previdência de 1999, aprovada no governo Fernando
Henrique Cardoso.
Caso a “PEC Social” seja anexada à PEC 555/06, ambos
os textos poderão seguir diretamente ao exame e
votação no plenário da Câmara, sem a necessidade de
análise na CCJ e em comissão especial (mérito).
Caso o texto seja aprovado, em 2 turnos, a proposta
segue ao exame do Senado Federal.
Negociação
Para acelerar o processo, foi realizada reunião, no
último dia 20, entre os autores das PEC,
representantes de entidades e o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Lira destacou a importância de base de apoio mais
robusta para garantir a aceitação da proposta, com
número maior de deputados favoráveis, além das
atuais 175 assinaturas.
O deputado e ex-deputados, respectivamente,
proponentes — Cleber Verde e Luiz Carlos Mota — e as
organizações que defendem os servidores aposentados
afirmaram que estão mobilizando esforços para
ampliar o apoio parlamentar tanto na Câmara quanto
no Senado.
Fonte: Diap
15/04/2024 -
Central sindical argentina anuncia greve geral
contra governo Milei
Paralisação está marcada para o dia 9 de maio
A Confederação Geral do Trabalho (CGT), maior
central sindical da Argentina, anunciou nessa
quinta-feira (11) greve geral contra o ajuste fiscal
feito pelo presidente ultraliberal do país, Javier
Milei.
A greve está marcada para o dia 9 de maio, informou
a CGT, acrescentando que também convocará uma
mobilização em 1º de maio por ocasião do Dia do
Trabalho.
Será a segunda greve no país desde a posse de Milei,
em dezembro de 2023. Os sindicatos são contra o
corte dos gastos públicos proposto pelo atual
governo e a intenção do presidente de realizar uma
reforma trabalhista.
O governo tem argumentado que o ajuste é necessário
para organizar as finanças públicas de um país que
tem déficits fiscais há anos, além de grandes
dívidas, como a que mantém com o Fundo Monetário
Internacional (FMI), de US$ 44 bilhões.
O presidente, que agitou o clima político da
Argentina no ano passado, derrotando o governo
peronista de seu antecessor, quer eliminar o déficit
fiscal neste ano. Especialistas dizem que o objetivo
é derrubar a inflação, mesmo que a redução de
subsídios estatais e o corte de gastos possa
aumentar ainda mais o nível de pobreza da população.
Fonte: Agência Brasil
15/04/2024 -
O esquenta do 1º de Maio – João Guilherme Vargas
Netto
Enquanto as direções responsáveis estão ocupadas no
planejamento e preparação dos atos do 28 de abril,
em memória das vítimas de acidente do trabalho, e
das comemorações unitárias do 1º de Maio, todas as
entidades devem organizar o esquenta para tanto.
Sugiro para o curso do mês de abril a realização de
reuniões – presenciais e virtuais – dos dirigentes e
dos ativistas, sob os mais variados pretextos, com
discussões de temas que, ao mesmo tempo
unificadores, tenham a preocupação de abordar
assuntos de interesse corrente do movimento
sindical.
Seria a ocasião, por exemplo, de uma informação
abrangente por um economista qualificado sobre a
conjuntura econômica e as perspectivas, uma
informação pertinente e mobilizadora sobre o combate
às mortes e acidentes do trabalho, uma informação
atualizada sobre a correlação de forças no Congresso
Nacional e uma informação precisa sobre as últimas
posições jurídicas a respeito do mundo do trabalho.
A reunião, ao mesmo tempo em que aproximaria as
direções de personalidades relevantes em cada
assunto, reforçaria a atuação dos dirigentes pra
derrotar o PL 2.099 no Senado e organizar a “subida”
às bases na preparação dos atos do dia 28 de abril
(que é também um esquenta) e do 1º de Maio.
O esquenta seria uma boa ocasião de reforçar a
relevância do movimento sindical para a continuidade
das lutas necessárias à normalização da vida dos
brasileiros.
João Guilherme Vargas Netto. Consultor de
entidades sindicais.
Fonte: Agência Sindical
15/04/2024 -
Rescisão de trabalhador com estabilidade só pode ser
validada no sindicato
Saiba como funciona a rescisão de contrato de
trabalho para funcionários com estabilidade. Conheça
os direitos e processos legais
Os trabalhadores com estabilidade que solicitam a
dispensa do emprego devem fazer a homologação da
rescisão do contrato de trabalho no sindicato da
categoria.
Se a homologação não for chancelada pela entidade de
classe ou por uma autoridade competente, o documento
poderá ser anulado pela Justiça. No período de
estabilidade, o funcionário não pode ser dispensado
sem justa causa.
Caso ocorra a demissão, o empregado terá direito à
indenização pelo período proporcional de
estabilidade. Têm direito a estabilidade:
- mulheres grávidas (antes e depois da gestação),
- dirigentes sindicais,
- dirigentes de cooperativas e
- integrantes eleitos para a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA).
A determinação consta no artigo 500 da Consolidação
das Leis do Trabalho.
De acordo com a advogada Thaís Farah, do
departamento jurídico do
Sinpospetro-RJ, muitos trabalhadores não têm
conhecimento e, por isso, em diversos casos saem
prejudicados, sem saber que a legislação os protege.
Ela afirma que, em qualquer situação de demissão, o
trabalhador pode procurar orientação no sindicato
para verificar se seus direitos foram respeitados ou
violados.
Para ilustrar melhor, usaremos como exemplo uma
decisão recente da Quarta Turma do Tribunal Superior
do Trabalho que anulou o pedido de demissão de uma
vendedora que estava grávida na ocasião.
A rescisão foi anulada por não ter sido homologada
pelo sindicato ou outra autoridade competente.
De acordo com os processos já julgados pelo Tribunal
Superior do Trabalho, é necessário a homologação,
independentemente da duração do contrato de
trabalho.
Para os magistrados, o reconhecimento jurídico da
demissão da empregada gestante só é completo com a
assistência do sindicato profissional ou de outra
autoridade competente.
Thais Farah destaca que, em caso de justa causa no
período de estabilidade, é preciso fazer uma breve
investigação, a fim de confirmar os fatos, para que
o funcionário não seja prejudicado.
Fonte: Rádio Peão Brasil
12/04/2024 -
Deputada aprova relatório de aposentadoria especial
para trabalhos de risco
O PLP entrou na pauta da Comissão do Trabalho na
manhã desta quarta-feira, dia 10
Como relatora do Projeto de Lei Complementar (PLP)
n° 42/2023, a deputada federal Geovania de Sá
(PSDB), desempenhou um papel crucial na análise e na
elaboração de pareceres e aprovação do referido
projeto na Comissão do Trabalho, na manhã desta
quarta-feira, dia 10.
A proposta é dispor sobre os requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
beneficiários do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), nos casos de atividades exercidas como dos
eletricitários, metalúrgicos, ceramistas, mineiros,
químicos, vigilantes e tantos outros profissionais
sob condições especiais que prejudiquem a saúde, e
devido a exposição de agentes nocivos.
“Me debrucei nesse projeto. Estou há 10 anos no
Congresso Nacional, e pra mim, foi uma das maiores
injustiças cometidas nesse Congresso Federal quando
votamos a reforma da Previdência. Sempre fui
defensora dos trabalhadores e confesso que estou
emocionada. Nós vamos ficar marcados na vida dos
trabalhadores, que representam 6% da classe
trabalhadora no Brasil. Estamos corrigindo, a maior
injustiça cometida. Não podemos comparar alguém que
trabalha em escritório no ar-condicionado, com quem
trabalha numa mina ou cerâmica, é impossível.
Estamos deixando aos trabalhadores o maior legado
dessa Casa. Expresso minha gratidão à comissão e a
todos os envolvidos no processo, enfatizando a
importância das audiências públicas e do debate
democrático para alcançar um resultado significativo
em prol dos trabalhadores brasileiros. Hoje sento
que cumpri o meu dever com os trabalhadores desse
país. Muito obrigada. Parabéns a todos,
eletricitários, metalúrgicos, ceramistas, mineiros,
químicos, vigilantes e tantos outros profissionais
que acordam cedo, dormem tarde e que ganham pão de
cada dia para as suas famílias enfrentando todos
esses agentes nocivos prejudiciais à sua saúde. Mais
que hoje, nós estamos conquistando e aprovando um
relatório importante”, finalizou a parlamentar.
A parlamentar irá solicitar ao líder do partido ao
presidente Arthur Lira levar para o plenário da
Câmara Federal o PLP.
Fonte: TNSul.com
12/04/2024 -
Aprovada urgência para projeto que reajusta faixa de
isenção do IRPF
Será analisado com urgência pelo Plenário do Senado
o PL 81/2024, que reajusta a faixa de isenção de
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para evitar a
tributação de pessoas que ganham até dois salários
mínimos. O texto foi aprovado na terça-feira (9)
pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e o
requerimento de urgência (REQ 45/2024 - CAE) foi
aprovado nesta quarta-feira (10) em Plenário.
O projeto, do deputado federal José Guimarães
(PT-CE), recebeu voto favorável do senador Randolfe
Rodrigues (sem partido-AP) na CAE. O texto foi
citado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
como uma das prioridades para o mês de abril.
De acordo com o projeto, quem ganha até R$ 2.259,20
por mês não precisará mais pagar imposto de renda.
Hoje esse limite está em R$ 2.112,00. O projeto
também reajusta os valores da parcela sujeita a
alíquota zero de tributação para os demais patamares
de renda. A cobrança do imposto começa a incidir nos
montantes acima da faixa de isenção, como é
atualmente.
Conta
Com o reajuste do salário mínimo no começo do ano para
R$ 1.412,00, as pessoas que ganham dois salários
mínimos — o equivalente a R$ 2.824,00 — passaram a
integrar a primeira faixa de tributação, que paga
7,5%. Com a nova faixa de isenção, reajustada para
R$ 2.259,20, esses contribuintes de menor renda
passarão a ficar isentos. Significa que não haverá
cobrança de IRPF sobre a diferença de R$ 564,80,
entre o salário recebido e o limite da isenção.
Isso ocorre porque a lei que instituiu a nova
política de valorização do salário mínimo (Lei
14.663, de 2023) autorizou desconto, sobre o imposto
retido na fonte, de 25% sobre o valor do limite de
isenção, no caso, R$ 564,80. Se esse desconto não
fosse aplicado, a política de valorização do mínimo
seria neutralizada.
Fonte: Agência Senado
12/04/2024 -
Deputados anunciam acordo para votar em junho
regulamentação do trabalho com aplicativo
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa
dos Motoristas de Aplicativos, deputado Daniel
Agrobom (PL-GO) anunciou, nesta terça-feira (9),
acordo com o governo para a retirada da urgência
constitucional do PLP (Projeto de Lei Complementar)
12/24, do Poder Executivo, que regulamenta a
atividade desses trabalhadores. A proposta do
Executivo trancaria a pauta de votação do plenário
da Câmara, a partir de 20 de abril. Na Agência
Câmara
“Foi firmada data para votação em 12 de junho. Eles
[governo] deram mais 60 dias para que a gente possa
trabalhar nesse projeto nas três comissões e colocar
emendas”, disse Agrobom. Esta foi a primeira
audiência pública realizada por comissões temáticas.
Outras ocorrerão ao longo da tramitação do projeto.
Na próxima quarta-feira (17) está prevista a
realização de comissão geral para debater a
proposição, no plenário da Câmara dos Deputados.
Com a retirada da urgência constitucional, o acordo
prevê que a proposta seja previamente analisada,
respectivamente, nas comissões de Trabalho,
Indústria e Comércio e Constituição e Justiça, com
prazo máximo de 20 dias em cada colegiado.
O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) confirmou a
negociação, intermediada com o ministro de Trabalho,
Luiz Marinho. “O que tem é a posição do governo de
que, se houver o compromisso dessa Casa de votar o
projeto até junho, ele retira a urgência”.
Direitos
Divergências e dúvidas marcaram o debate em torno da
proposta durante reunião conjunta das comissões de
Trabalho; e de Desenvolvimento Econômico, nesta
terça-feira (9). Em defesa do projeto de lei, o
secretário-executivo do Ministério do Trabalho,
Francisco Macena, lembrou que o texto é resultado de
10 meses de debate interno entre representantes do
governo, dos motoristas e dos aplicativos.
O texto propõe a criação de nova categoria: a de
autônomos com direito à transparência na relação de
trabalho, segurança, jornada máxima de 12 horas por
dia e remuneração mínima de R$ 32,10 por hora
trabalhada para os motoristas de aplicativos.
“Isso garante os direitos sociais e os direitos da
Previdência e, a partir daí, o direito à
aposentadoria, o direito à licença maternidade e, se
sofrer acidente, à cobertura para o trabalhador e
sua família”.
O presidente do Sindicato dos Motoristas de
Aplicativo de São Paulo, Leandro da Cruz, defendeu a
proposta. “Esse projeto de lei, de fato, protege o
trabalhador, traz clareza e traz as plataformas para
negociarem ano a ano”.
Precificação
Representante das empresas, o diretor executivo da
Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e
Tecnologia), André Porto, reconheceu a necessidade
de segurança jurídica para a atividade, apesar de
apontar divergências com pontos do projeto de lei.
“No início, a bancada de trabalhadores trouxe a
demanda de remuneração mínima baseada no quilômetro
e no minuto e o nosso ponto era: essa regulamentação
já existe e se chama táxi. O trabalho intermediado
por aplicativo é uma nova forma de trabalho que
precisa de regulamentação específica. A ingerência
do Estado na precificação desse serviço poderia até
ter uma constitucionalidade duvidosa”.
O diretor do Uber no Brasil, Ricardo Leite Ribeiro,
admitiu custos para as empresas com o projeto de
lei, mas afirmou que houve concessões mútuas na
negociação com governo e trabalhadores, visando o
equilíbrio financeiro da atividade.
Representante da Fembrapp (Federação dos Motoristas
por Aplicativos do Brasil), Eduardo Lima de Souza
disse não ser contra a regulamentação, mas afirmou
que o texto deixa brecha para as empresas
determinarem a precificação.
“A Uber faz 44 bilhões de corridas por ano. Quem vai
monitorar tudo isso? É um sistema? Quem dá
garantias? Temos aqui provas de motoristas fazendo
corridas no valor de R$ 0,70 por km. Os motoboys
hoje estão cobrando R$ 1 e o motorista já baixou
para R$ 0,70. São pontos que a gente não pode
aceitar”.
Sindicatos
Outro alvo de crítica no projeto de lei é a previsão
de representação dos motoristas de aplicativos por
sindicatos, como afirmou o diretor do Instituto
Livre Mercado, Rodrigo Marinho. “Esse estímulo
absurdo à sindicalização não tem necessidade nenhuma
de estar na legislação, porque há a possibilidade de
todo e qualquer trabalhador se reunir em sindicato”.
Já o diretor técnico do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos), Fausto Augusto Junior, ressaltou a
importância dos instrumentos coletivos, inclusive na
valorização remuneratória da categoria.
“A maioria dos trabalhadores ganha acima do piso. E
qual o instrumento para que eles conquistem mais do
que o piso? A negociação coletiva, a organização, o
direito à greve, que é um direito constitucional que
esses trabalhadores não têm, porque se param, não
recebem”.
Preocupações
Organizador do debate, o deputado Capitão Alberto Neto
(PL-AM) teme que a proposta do Executivo leve a
desemprego e à falência das pequenas plataformas
digitais. “Esse projeto foi feito para estilo Uber
ou estilo 99. Esse projeto praticamente extingue os
outros aplicativos”.
Para o deputado Saulo Pedroso (PSD-SP), que também
solicitou a audiência, o prazo maior para debate vai
permitir o aperfeiçoamento do projeto de lei enviado
pelo Executivo.
Assista a íntegra da audiência pública realizada
pelas comissões de Trabalho; e de Desenvolvimento
Econômico:
https://www.youtube.com/watch?v=s9QL7lQJ9rk
Fonte: Diap
12/04/2024 -
Em GO, MG, SP e PR, aprovação do governo Lula é
maior que a votação recebida em 2022
Números da pesquisa Quaest refletem uma tendência
de crescimento na aceitação do governo do presidente
Lula
Uma pesquisa realizada pela Quaest e encomendada
pela Genial Investimentos, divulgada nesta
quinta-feira (11), revelou o cenário político em
relação à aprovação do governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) em comparação com o seu
desempenho nas urnas no segundo turno em 2022.
O levantamento, que ouviu eleitores a partir dos 16
anos de idade entre 4 e 7 de abril, demonstrou que a
aprovação de Lula nos estados de São Paulo, Minas
Gerais, Paraná e Goiás ultrapassa sua votação no
segundo turno das eleições presidenciais.
De acordo com os resultados da pesquisa Quaest, em
São Paulo, onde Lula obteve 44,76% dos votos, contra
55,24% para Jair Bolsonaro, a aprovação atual do
presidente é de 50%. Em Minas Gerais, a aprovação de
Lula atinge 52%, superando os 50,2% dos votos que
recebeu no estado durante o segundo turno, em uma
disputa acirrada onde superou Bolsonaro por uma
margem estreita.
No Paraná e em Goiás, apesar de Lula ter sido menos
votado, com 37,6% e 41,29% dos votos
respectivamente, a pesquisa mostra uma realidade
distinta em termos de aprovação. Embora tenha
enfrentado uma avaliação negativa por parte de 41%
dos entrevistados no Paraná e 40% em Goiás, esses
números ainda refletem uma melhoria em relação ao
seu desempenho eleitoral nesses estados, destacando
uma tendência de crescimento na aceitação de sua
gestão.
Fonte: Brasil247
12/04/2024 -
Projeto regulamenta a correção de débitos
trabalhistas
Projeto de Lei Complementar será analisado por
duas comissões antes de ir para o Plenário da Câmara
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/24 prevê a
atualização monetária dos débitos trabalhistas, por
meio de índice oficial de inflação. Em caso de
atraso na quitação, o montante será acrescido de
juros proporcionais, à taxa de 1% ao mês.
O texto em análise na Câmara dos Deputados insere a
regra na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O
juiz poderá conceder indenização suplementar caso os
juros de mora não sejam suficientes para reparar os
danos de forma adequada.
A proposta em análise revoga ainda a Lei de
Desindexação da Economia, em vigor desde 1991. A
norma prevê que os débitos trabalhistas deverão
sofrer juros de mora diários equivalentes à Taxa
Referencial (TR), calculada pelo Banco Central.
“A Justiça do Trabalho é o único ramo do Poder
Judiciário que tem índice de correção monetária
específico determinado por lei, a TR, fruto de
planos econômicos”, disse o autor da proposta,
deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
“A TR não é nem sequer um índice de atualização
monetária, mas um índice de juros, e tem sofrido
diversas reduções e expurgos ao longo do tempo”,
continuou o parlamentar. Em 2023, a inflação (IPCA)
acumulou 4,62% no ano; a TR, 1,76%.
“A proposta pretende corrigir uma distorção,
revogando a norma em vigor, e vai ao encontro da
atual tendência do Direito do Trabalho em proteger o
caráter da verba alimentícia devidamente corrigido,
garantindo o valor real”, concluiu ele.
Próximos passos
O projeto será analisado pelas comissões de Trabalho e
de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois
seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
11/04/2024 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,19%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, registrou taxa de 0,19% em
março. A taxa ficou abaixo do 0,81% de fevereiro. O
INPC acumula taxas de 1,52% no ano e de 3,4% em 12
meses.
O dado foi divulgado nesta quarta-feira (10) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em março e no acumulado do ano, o INPC ficou acima
do registrado pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação
oficial. O IPCA registrou taxas de 0,16% em março e
1,42% no ano.
Em 12 meses, no entanto, o INPC acumulado ficou
abaixo do resultado da inflação oficial (3,93%).
O IPCA considera a média das variações da cesta de
compras de várias faixas de renda, já que considera
os gastos das famílias com renda de um até 40
salários mínimos. Como o peso dos bens e serviços no
orçamento das famílias é diferente, alguns itens têm
mais peso no INPC do que no IPCA, por isso os
índices são diferentes.
Segundo o INPC, os produtos alimentícios passaram de
0,95% em fevereiro para 0,50% em março. A variação
dos não alimentícios foi de 0,77% para 0,09%.
Fonte: Agência Brasil
11/04/2024 -
Ato no Brás, SP, lançará 1º de Maio 2024
“Por um Brasil mais justo”. Este é o mote da
manifestação do 1º de Maio, cujo lançamento oficial
ocorrerá terça, 16, em São Paulo. “A panfletagem vai
começar às 6 da manhã nas estações de trem e metrô
do Brás”, adianta João Carlos Gonçalves (Juruna),
secretário-geral da Força Sindical.
O boletim convocatório deu entrada em gráfica na
terça (9). Os Sindicatos poderão retirá-lo nas
Centrais as quais são filiados. Organizam o 1º de
Maio 2024 as Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central, CSB, Intersindical e Pública.
Mulher – Um dos temas que puxarão o ato deste ano,
junto ao estacionamento do estádio Itaquerão (Zona
Leste-SP), será a igualdade salarial entre homens e
mulheres, conforme a Lei 14.611/2023. Juruna
comenta: “É uma bandeira importante e urgente. Mas a
efetivação da Lei só ocorrerá se houver pressão do
movimento sindical”, observa o dirigente da Força.
Entre os itens que mobilizarão neste Dia do
Trabalhador estão, ainda, Emprego Decente, Correção
da Tabela do Imposto de Renda, Aposentadoria Digna,
Valorização do Serviço Público e Menos Juros.
O Dia do Trabalhador cairá numa quinta. Haverá shows
e várias atrações artísticas. A partir das 10 horas.
O local do ato fica próximo ao Metrô
Corinthians-Itaquera.
Marcha – Uma das ideias dos organizadores é que o
Ato do 1º de Maio aprove uma nova Marcha a Brasília.
Nessas Marchas, o sindicalismo busca mostrar sua
relevância, bem como a importância social e
econômica nacional da pauta unitária e das demandas
de categorias específicas.
Fonte: Agência Sindical
11/04/2024 -
Sindicalistas se reúnem com Secretário Geral da
Presidência da República
Lideranças sindicais entregam Pauta da Classe
Trabalhadora ao Secretário Geral da Presidência da
República em reunião produtiva
Lideranças sindicais estiveram reunidas, na tarde de
terça-feira (9), com o Secretário Geral da
Presidência da República, Marcio Macedo.
Os sindicalistas, entre eles, o presidente da Força
Sindical, Miguel Torres e o vice-presidente da
Central, Sérgio Luiz Leite (Serginho), entregaram a
Macedo a Conclat 2022- Pauta da Classe Trabalhadora.
Durante o encontro, que contou também com a presença
do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, eles também
entregaram as Pautas Legislativas e Judiciárias.
Também foram temas do encontro:
- PL dos trabalhadores em aplicativos;
- Fortalecimento das negociações coletivas;
- Custeio sindical;
- 1º de Maio Unitário das Centrais Sindicais, entre
outros.
Além dos representantes da Força Sindical,
participaram os presidentes da UGT, Ricardo Patah,
da CSB, Antonio Neto e o vice-presidente da CTB,
Ubiraci Dantas.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/04/2024 -
Inteligência artificial afeta empregos, mas também
abre oportunidades no mercado, avaliam especialistas
A inteligência artificial (IA) afeta parte dos
atuais empregos, mas também abre oportunidades para
trabalhadores e empreendedores, avaliaram
especialistas reunidos nesta terça-feira (9) na
Câmara dos Deputados.
Eles participaram do debate “Profissões em Risco:
Inteligência Artificial e a Empregabilidade”. O
deputado Helio Lopes (PL-RJ), relator de estudo em
curso no Centro de Estudos e Debates Estratégicos
(Cedes), coordenou a reunião.
“O resultado líquido dos impactos da inteligência
artificial é incerto, dependerá de empresas e
trabalhadores”, resumiu Marcello Luiz de Souza
Junior, um dos gerentes em São Paulo do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Segundo ele, um estudo do Fundo Monetário
Internacional (FMI) divulgado em janeiro concluiu
que dois em cada cinco empregos hoje no mundo
poderão ser afetados pela IA, com risco de eventual
agravamento das desigualdades sociais.
No Brasil, avaliou o FMI, 22% dos empregos seriam
afetados de forma negativa, mas 19% acabariam
beneficiados. Os 59% restantes não estão expostos à
IA. Os efeitos no País se aproximariam daqueles
previstos nas economias emergentes.
O pesquisador Tiago Manke, do Instituto Cappra,
destacou que profissionais de IA são os mais
requisitados atualmente, segundo estudo do Fórum
Econômico Mundial. Por outro lado, atendentes,
vendedores e outros perdem empregos.
Educação empreendedora
O executivo Edgar Andrade, da empresa de inovação
Fablab Recife, defendeu maior estímulo à educação
empreendedora e à oferta de crédito para novos
negócios, inclusive para os pequenos e os
convencionais.
“Muita gente ficará de fora com a agenda
tecnológica, e o empreendedorismo será a
alternativa”, disse Andrade. “É preciso criar
condições para quem produz bolo de pote na favela
conseguir gerar mais e melhores receitas”, afirmou.
Medidas necessárias
Para Marcello Souza Júnior, universidades e
organizações como o Senai devem auxiliar as empresas
no aproveitamento das tecnologias. Para os
trabalhadores, a educação continuada ajudará na
permanência ou na recolocação no mercado.
“É preciso ainda resolver o abismo digital que
existe no País, de modo que uma mesma tecnologia
possa ser explorada na avenida Paulista, em São
Paulo, e no interior do Acre, para evitar
desigualdades e, sim, resolver problemas”, disse.
Tiago Manke explicou que as novas tecnologias estão
mais acessíveis. Segundo ele, existem na internet
aplicativos de IA simples e gratuitos, por meio dos
quais um microempreendedor conseguirá melhorar o
desempenho do negócio.
“Devemos quebrar esse medo das pessoas com a IA”,
observou. “Um vendedor de cachorro-quente tem
capacidade para aproveitar novas tecnologias”,
disse, citando, como exemplo, dez aplicações que
poderiam nesse caso e em outros.
O deputado Helio Lopes citou o sucesso do pix,
aplicativo para transferência de dinheiro criado
pelo Banco Central. “Na Baixada Fluminense, os
camelôs usam essa tecnologia no celular, acho que
acontecerá o mesmo com a IA”, comentou.
Segundo Edgar Andrade, o Brasil deve ainda retomar a
discussão sobre a renda básica universal, porque
aumentará a quantidade de pessoas fora do mercado.
“E, na minha cabeça, quem deverá pagar por isso é
quem tem mais”, afirmou.
O que é o Cedes
O Cedes é um órgão técnico-consultivo da Câmara dos
Deputados com 23 parlamentares dedicado a discutir
de temas de caráter inovador ou com potencial de
transformar as realidades econômica, política e
social do Brasil.
Desde sua instalação, em 2003, já foram publicados
33 trabalhos, muitos dos quais transformados em lei
ou incorporados na administração pública. Os
documentos produzidos pelo Cedes podem ser baixados
gratuitamente
aqui.
Fonte: Agência Câmara
11/04/2024 -
Senado aprova plano para combate integrado à
violência contra a mulher
Por ter sido alterada, proposta terá nova
apreciação na Câmara
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (9), o
Projeto de Lei 501/2019, que prevê a criação de um
plano de metas de estados, Distrito Federal e
municípios para o enfrentamento integrado da
violência contra a mulher. A proposta também
determina a criação da Rede Estadual de
Enfrentamento da Violência contra a Mulher e da Rede
de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.
As metas deverão conter ações necessárias para a
prevenção da violência contra a mulher e a atenção
humanizada para quem estiver em situação de
violência, bem como aos seus dependentes.
De acordo com a senadora Janaína Farias (PT-CE), que
apresentou o parecer em plenário, a matéria busca
aperfeiçoar o cumprimento das normas protetivas,
articulando o acesso dos estados e municípios aos
recursos federais destinados a políticas de
segurança pública e direitos humanos. Segundo
Janaína, o projeto contribui para a proteção das
mulheres ao definir mais detalhadamente as
atribuições de cada ente público responsável pela
efetivação das medidas preconizadas na legislação.
“Dessa forma, a União contribui para o cumprimento
do dever do Estado e, portanto, de todos os entes
federados, de criar mecanismos de proteção à vida
das meninas e mulheres deste país, meninas e
mulheres que já deram um basta ao medo e, hoje,
exigem do poder público a adoção de rápidas e
efetivas medidas capazes de lhes garantir a
integridade dos seus direitos humanos, em especial
ao direito de viver uma vida digna, livre de
qualquer tipo de violência”, avalia.
A matéria, já aprovada pela Câmara dos Deputados,
recebeu parecer favorável da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) do Senado. Por ter tido
alterações, a matéria retorna para apreciação na
Câmara.
Fonte: Agência Brasil
11/04/2024 -
Atuação como militante sindical não caracteriza
relação de emprego
Uma mulher que prestou serviços para entidade
sindical por oito anos não obteve reconhecimento de
vínculo empregatício com o sindicato, como pretendia
em reclamação trabalhista. Para a juíza Katiussia
Maria Paiva Machado, da 8ª Vara do Trabalho de São
Paulo (SP), ficou evidente a ocupação dela como
militante sindical, não como empregada daquela
associação.
No processo, a mulher disse que atuou de 2015 a 2023
no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São
Paulo, na cidade de Mogi das Cruzes-SP.
Ela afirmou que desempenhava a função de assistente
de direção, e que também fazia panfletagem e
conversava com trabalhadores na porta de fábrica.
Declarou ainda que recebeu ajuda de custo da
entidade até setembro de 2018, mesmo sem anotação em
carteira.
Após essa data, a profissional afirma que parou de
ser paga pela entidade, que providenciou registro em
carteira para ela em uma empresa de metalurgia, a
qual passou a arcar com o salário mensal.
O empregador, porém, faltou com a obrigação por
cerca de 12 meses até decretar falência. Assim, a
mulher teve seu contrato encerrado em dezembro de
2021 e permaneceu com suas atividades no sindicato
até março de 2023, sem nada receber no período.
A sentença proferida pela juíza Lavia Lacerda
Menendez, da 8ª Vara do Trabalho de São Paulo-SP,
destaca que a condição apresentada descaracteriza o
elemento “onerosidade”, necessário para o
reconhecimento da relação de emprego. “O conjunto
probatório apresenta uma relação diversa da
empregatícia”, afirma a magistrada, ressaltando que
a trabalhadora só se insurgiu quanto à falta de
salário no término da relação que mantinha com o
sindicato.
“Conforme se vê, o trabalho era realizado de forma
autônoma, para realização dos exclusivos interesses
das partes, voltados para as atividades de
militância sindical e diversos dos interesses
presentes em uma relação de emprego”, concluiu a
julgadora.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 1000690-06.2023.5.02.0008
Fonte: Consultor Jurídico
10/04/2024 -
Eleições municipais, sucessão no Congresso e futuro
do governo Lula
O futuro do terceiro governo Lula e as
perspectivas de reeleição estão intimamente ligados
aos resultados das eleições municipais e ao desfecho
da sucessão nas Casas do Congresso Nacional. Estes 2
eventos são cruciais para determinar a trajetória do
governo nos próximos anos.
Antônio Augusto de Queiroz*
Desde o início da nova gestão, o presidente Lula
enfrentou desafios monumentais, herdando País com
finanças em frangalhos, máquina pública
desestruturada e Congresso Nacional marcado pelo
conservadorismo, eleito em meio a escândalos de
orçamento secreto e disseminação de fake news. No
entanto, mesmo com essas dificuldades, o governo tem
conseguido articular combinação de democracia,
respeito ao meio ambiente, estabilidade financeira e
inclusão social.
Apesar de momento de queda na popularidade, causado
pelo sensacionalismo midiático, pelo populismo e
pela hostilidade da oposição, a governabilidade não
está em risco iminente. Os indicadores de risco
político, como instabilidade econômica, escândalos
de corrupção ou ampliação da polarização, não
parecem ameaçar o governo no curto prazo. No
entanto, crise externa poderia mudar esse cenário.
A atenção agora se volta para os próximos eventos
políticos, especialmente devido ao risco de
desagregação da base aliada, composta por partidos
que não compartilham totalmente da visão de mundo do
presidente Lula. A possível união dessas forças
políticas de centro-direita com a oposição radical
poderia representar desafio significativo para o
governo na relação com o Poder Legislativo.
Nas eleições municipais, os partidos de esquerda e
centro-esquerda, particularmente o PT, precisam
alcançar bom desempenho eleitoral para fortalecer a
posição política. Isso é indispensável para ampliar
a representatividade desses partidos em níveis
estaduais e federal, garantindo a continuidade do
projeto político em 2026.
Para alcançar esse objetivo, é fundamental evitar o
desperdício de energia em debates com a
extrema-direita, focando em programas de governo,
ideias e políticas públicas. Isso ajudará a promover
debate público mais racional e a reafirmar a
importância das ações do governo federal na melhoria
das condições de vida da população.
Quanto à sucessão no Congresso, o governo precisa
manter a base de apoio sólida para aprovar as
propostas estratégicas. Isso significa buscar
alianças com as forças majoritárias no Parlamento,
visando garantir a estabilidade nas relações entre
Executivo e Legislativo. A eleição de presidentes
das casas, hostis ao governo representaria obstáculo
significativo para a agenda governamental. Portanto,
é essencial evitar essa possibilidade e buscar
ambiente de cooperação no Congresso Nacional, porém
em bases programáticas e não apenas pragmáticas.
A sensibilidade política em jogo tanto nas eleições
municipais quanto na sucessão do Congresso é
evidente, como ilustrado por algumas ações do atual
presidente do Senado, que tem usado sua posição para
tomar decisões que afetam o governo, visando
possíveis aspirações políticas para o governo de
Minas Gerais.
A inclusão na agenda de temas como costumes e
restrições aos ministros do Supremo Tribunal
Federal, para atrair o eleitorado conservador local,
e a desoneração da folha de pagamento das
prefeituras, para beneficiar as administrações
municipais do estado, são exemplos claros de como
isso pode gerar complicações para a gestão do
presidente Lula.
Além disto, a delicadeza da relação política se
torna ainda mais evidente diante da presença de
partidos que, embora façam parte da base aliada ou
até mesmo ocupem ministérios no governo, podem vir a
apoiar outros candidatos na sucessão do presidente
Lula. A possível adesão do PP, União, Republicanos e
PSD, a candidaturas concorrentes gera preocupação
legítima. Portanto, durante as eleições municipais e
a sucessão nas Casas do Congresso, é imprescindível
agir com prudência, considerando as possíveis
ramificações desses apoios alternativos.
Por outro lado, a oposição encontra-se em posição
delicada devido ao iminente julgamento de diversos
crimes cometidos por seus integrantes, incluindo a
tentativa de golpe ocorrida em janeiro de 2023. O
líder máximo dessa oposição, o ex-presidente Jair
Bolsonaro, enfrenta sérias acusações perante o
Supremo Tribunal Federal, o que pode resultar em
prisão. Essa situação de fragilidade da oposição
pode representar tanto desafio quanto oportunidade
para o governo.
Diante desse cenário, o governo precisa gerenciar os
riscos políticos com cautela, aproveitando a
relativa vantagem que possui na conjuntura atual. A
quantidade de entregas planejadas para este e o
próximo ano, especialmente nas áreas de habitação,
saúde e infraestrutura, pode contribuir
significativamente para a melhoria da imagem do
governo perante a população em geral e, em
particular, entre os segmentos mais necessitados.
Assim, a estratégia mais sensata para enfrentar os
desafios advindos da eleição municipal e da sucessão
no Congresso Nacional é adotar postura de prudência
e calibragem, focalizando na entrega e aprimoramento
da qualidade dos serviços oferecidos à população.
Adicionalmente, é crucial comunicar de maneira
apropriada os avanços obtidos e transmitir esperança
e confiança em futuro melhor para todos. Essa
abordagem não apenas consolidará a posição do
governo, mas também colaborará para a preservação da
estabilidade política e institucional do País, assim
como para sólida performance nas próximas disputas.
Se necessário, realizar mudanças no ministério,
substituindo aqueles que não conseguem efetivamente
concretizar ou comunicar as conquistas da pasta e do
governo, e, consequentemente, não estão à altura das
responsabilidades, é imprescindível.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo pela FGV.
Sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”, foi diretor de Documentação do Diap. É
membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável) da Presidência da
República - Conselhão. Publicado originalmente na
revista eletrônica Teoria&Debate.
Fonte: Diap
10/04/2024 -
Isenção de Imposto de Renda para dois salários
mínimos vai ao Plenário
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou
nesta terça-feira (9) o projeto que reajusta a faixa
de isenção de Imposto de Renda para contemplar
pessoas que ganham até dois salários mínimos. O
projeto, de autoria do deputado federal José
Guimarães, recebeu voto favorável do senador
Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e agora segue
para análise do Plenário do Senado com requerimento
de urgência aprovado.
De acordo com o PL 81/2024, quem ganha até R$
2.259,20 por mês não precisará pagar imposto de
renda. Atualmente esse limite está em R$ 2.112,00. O
projeto também reajusta os valores da parcela
sujeita a alíquota zero de tributação dos demais
patamares de renda, mas as faixas de cobrança de
imposto acima daquela isenta permanecem idênticas às
atuais, com exceção da de 7,5%.
Com o reajuste do salário mínimo no começo do ano
para R$ 1.412,00, as pessoas que ganham dois
salários mínimos — o equivalente a R$ 2.824,00 —
passaram a integrar a primeira faixa de tributação,
que paga 7,5%. Com o reajuste da faixa de isenção
para R$ 2.259,20, elas passarão a ficar isentas.
Isto porque a lei que instituiu a nova política de
valorização do salário mínimo (Lei 14.663, de 2023)
autoriza desconto sobre o imposto, na fonte, de 25%
sobre o valor do limite de isenção, no caso, R$
564,80, valor que somado a R$ 2.259,20 resulta em R$
2.824,00. Se esse desconto não fosse aplicado, a
política de valorização do mínimo seria
neutralizada.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
10/04/2024 -
Novo projeto de desoneração está sendo discutido com
municípios, diz Pacheco
O governo fará nesta semana rodadas de discussão com
os municípios para definir um novo modelo para a
desoneração da folha para as prefeituras. A decisão
foi comunicada nesta segunda-feira (8), após reunião
entre o presidente do Senado, senador Rodrigo
Pacheco, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad,
e das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha. Também participaram os líderes do governo
no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e
no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Na reunião, ficou definido que o governo deve
apresentar um projeto de lei para tratar do tema,
após a decisão de Pacheco de não prorrogar parte da
medida provisória que acabaria com a desoneração
para os municípios a partir de 2 de abril (MP
1.202/2023).
— Essa discussão está sendo travada pelo Ministério
da Fazenda junto aos municípios. Nesta semana haverá
rodadas em relação a isso, e o Congresso Nacional se
coloca à disposição para também participar dessa
discussão, mas fica estabilizada essa questão com
alguma segurança jurídica, com a lei que definiu a
desoneração dos municípios mantida até que um
projeto de lei possa ser debatido, primeiramente na
Câmara dos Deputados e depois no Senado Federal —
disse Pacheco.
A lei à qual se referiu o presidente do Senado é a
Lei 14.784, de 2023, que prorrogou o benefício da
desoneração da folha para 17 setores da economia e
também instituiu a desoneração para as prefeituras,
com a redução de 20% para 8% na alíquota
previdenciária sobre os salários dos servidores de
municípios com até 142 mil habitantes. Aprovado pelo
Congresso (como PL 334/2023), o texto foi
integralmente vetado pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e depois retomado, com a derrubada do
veto pelos congressistas. Por esse motivo,
parlamentares apontaram invasão de competência com
relação à MP 1.202, que pretendia acabar com a
desoneração, pois o tema já havia sido decidido pelo
Congresso com a derrubada do veto.
Fonte: Agência Senado
10/04/2024 -
Senadores discutem negociação coletiva de trabalho
no serviço público
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) discutiu em
audiência pública, na segunda-feira (8), a
negociação coletiva de trabalho no setor público. O
Congresso Nacional ratificou em 2010 dois textos da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) que
tratam desse tema. Mas faltou regulamentar a
negociação coletiva. O representante da Confederação
dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos
Santos, apresentou um anteprojeto do marco
regulatório das relações de trabalho no setor
público, elaborado por um grupo interministerial no
ano passado. Santos pediu a análise da proposta
pelos senadores.
Fonte: Agência Senado
10/04/2024 -
Regulamentação de redes sociais no Brasil é
inevitável, diz Pacheco
O presidente do Senado Federal, senador Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), disse na segunda-feira (8) que a
regulamentação das redes sociais no país é
inevitável para que não haja discricionariedade por
parte das plataformas.
“O que podemos contribuir para efetivação da solução
desse debate que se travou nos últimos dias é
entregar marcos legislativos que sejam inteligentes
e eficientes para poder disciplinar o uso dessas
redes sociais no país”, disse o senador, em
entrevista coletiva, após manifestações do
empresário Elon Musk, dono da rede X, sobre decisões
do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Alexandre de Moraes.
Segundo Pacheco, é preciso ter uma disciplina legal
sobre o tema, inclusive para evitar que o Poder
Judiciário tenha que decidir sobre questões
relativas ao uso das redes sociais sem que haja uma
lei que discipline o assunto.
“Isso acaba gerando controvérsias como essa que nós
vimos de o Poder Judiciário precisar agir em relação
a atos antidemocráticos, a violações de direitos,
atentado à democracia e isso ser interpretado como
algum tipo de censura ou inibição da liberdade de
expressão”.
Pacheco citou o projeto de lei sobre a regulação das
plataformas digitais, que foi aprovado em 2020 no
Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Brasil
10/04/2024 -
TST anula dispensa sem aval sindical de grávida
forçada a se demitir
O pedido de demissão da empregada estável só é
válido com a assistência do sindicato.
A 4a turma do TST anulou o pedido de demissão feito
por uma vendedora que estava grávida na ocasião. A
nulidade decorreu do fato de a rescisão não ter sido
homologada por sindicato ou autoridade competente,
como determina a CLT, quando se trata de pedido de
demissão de pessoa com direito à estabilidade.
A vendedora disse que havia sido forçada a pedir
demissão, durante a gravidez, após sofrer assédio de
um cliente, fato que já havia sido comunicado a seu
chefe. Outro motivo foi o medo de pegar covid-19,
porque, segundo seu relato, a empresa não fornecia
proteção e expunha empregados e clientes ao vírus.
Contudo, pediu a nulidade da dispensa e o
reconhecimento do direito à estabilidade, com
indenização compensatória por esse período. Entre
outros pontos, ela alegou que o pedido de demissão
não havia sido homologado pelo sindicato, como exige
o art. 500 da CLT em casos que envolvem a
estabilidade.
O juízo da 54ª vara do Trabalho de São Paulo julgou
improcedentes os pedidos, e o TRT da 2ª região
manteve a decisão. Para o TRT, a CF/88 protege as
gestantes apenas de despedidas por iniciativa do
empregador, e o art. 500 da CLT só se aplica a
empregados com estabilidade por tempo de serviço.
A ministra Maria Cristina Peduzzi, relatora do
recurso de revista da trabalhadora, afirmou que, de
acordo com a jurisprudência do TST, é necessária a
homologação, independentemente da duração do
contrato de trabalho. "O reconhecimento jurídico da
demissão da empregada gestante só se completa com a
assistência do sindicato profissional ou de
autoridade competente", assinalou, lembrando que a
estabilidade provisória é direito indisponível e,
portanto, irrenunciável.
Por unanimidade, a turma declarou nula a dispensa e
determinou o retorno do processo ao TRT para que
examine outros pedidos da vendedora.
Processo: RR-1000170-73.2021.5.02.0054
Confira
aqui o acórdão.
Fonte: Migalhas
09/04/2024 -
Oposição consegue segurar projeto sobre redução da
jornada: relatório será de bolsonarista
Texto estava pronto para ser votado no plenário
do Senado, mas voltou para análise em comissão
Há 37 dias o projeto de lei sobre redução da jornada
de trabalho aguarda parecer na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado. O texto já havia passado
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e seguido para
o plenário da Casa, para a votação final, mas
praticamente em seguida a oposição conseguiu aprovar
requerimento, apresentado pelo senador Laércio
Oliveira (PP-SE), para “oitiva” na CAE.
Dessa forma, o PL 1.105/2023 agora aguarda parecer
de Eduardo Gomes, do PL de Tocantins. É empresário e
bolsonarista. Em rede social, chama o ex-presidente
de “líder que marcou a história do Brasil”. Ainda no
MDB, foi líder do antigo governo.
PL 1.105
De autoria do senador Weverton (PDT-MA), o projeto
permite a redução de jornada sem diminuição
salarial, mediante acordo ou convenção coletiva. Não
se aplica ao regime de tempo parcial.
A ideia original do PL 1.105 é tornar passível de
negociação o período compreendido entre as 30 horas
previstas na CLT para o regime parcial e as 44 horas
de jornada máxima fixada pela Constituição de 1988.
Assim, essa diferença de 14 horas poderia ser objeto
de “negociação triangular entre o empregador, o
empregado e o sindicato”.
A redução aprovada na Constituição de 1988, de 48
para 44 horas semanais, foi a última alteração
legal. Desde então, algumas categorias ou empresas
conseguem avanços em acordos específicos.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/04/2024 -
CAE examina aumento na isenção do IR, para até dois
salários mínimos
Em reunião deliberativa nesta terça-feira (9), com
início previsto para as 10h, a Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) deve analisar o projeto de lei (PL)
81/2024, que viabiliza a isenção do Imposto de Renda
das Pessoas Físicas (IRPF) para quem recebe até dois
salários mínimos (R$ 2.842,00) por mês.
De iniciativa do líder do governo na Câmara,
deputado José Guimarães (PT-CE), o projeto incorpora
o texto da Medida Provisória (MP) 1.206/2024, sobre
o mesmo tema. Até o momento, foram apresentadas 13
emendas à proposição, todas de autoria do senador
Mecias de Jesus (Republicanos-RR). A matéria foi
distribuída ao líder do governo no Congresso,
senador Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP), que ainda
não apresentou relatório sobre a proposição.
Aprovado na Câmara em 12 de março, o texto é um
substitutivo do relator, deputado Emanuel Pinheiro
Neto (MDB-MT), que exclui do projeto original um
trecho que não constava na MP sobre permissão dada
ao Poder Executivo para atualizar por decreto a
tabela progressiva mensal do IRPF a partir de 2025 a
fim de manter com alíquota zero a faixa igual a dois
salários mínimos.
O projeto segue assim redação igual à da MP, que tem
força de lei e já está em vigor, prevendo isenção
para rendimentos de até R$ 2.259,20 após a dedução
do desconto simplificado de R$ 564,80 do valor de
dois salários (R$ 2.824,00 menos R$ 564,80). O
reajuste da tabela passou a valer pela MP a partir
fevereiro deste ano e tem impacto orçamentário
calculado em R$ 3,03 bilhões em 2024; R$ 3,53
bilhões em 2025; e R$ 3,77 bilhões em 2026.
Fonte: Agência Senado
09/04/2024 -
Brasil: quase 16 mil morreram em acidentes de
trabalho em sete anos
Levantamento é referente a trabalhadores com
carteira assinada
Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de
Trabalho mostram que 15,9 mil pessoas morreram no
Brasil em acidentes do trabalho de 2016 a 2022.
Segundo o levantamento, houve um aumento de 25,4%
nos óbitos no período: saltaram de 2.265, em 2016,
para 2.842, em 2022 - o último ano com dados
consolidados.
O diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundação
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho (Fundacentro), Remígio Todeschini, ressalta
que os números consideram apenas as mortes de
trabalhadores com carteira assinada.
“Esses são os acidentados que têm vínculo de CLT
[Consolidação das Leis do Trabalho]. Porque, por
exemplo, todo o pessoal de aplicativos está fora
daí. E aí quando você fala em geral no Brasil, você
tem 12 mil mortos de motocicleta no país por ano. E
a grande maioria deles é de trabalhadores que não
têm registro”, destaca.
Os dados mostram ainda um aumento de 11,7% no número
de acidentes trabalhistas típicos que não resultaram
em morte, no período de 2016 a 2022: subiram de
354.084 para 418.684. Os acidentes de trajeto também
registraram elevação, de 16%: aumentaram de 108.150,
em 2016, para 125.505, em 2022.
No total, os casos de acidentes típicos,
incapacidade permanente, doenças do trabalho,
óbitos, e acidentes de trajeto somaram 656.667 em
2022, uma alta de 10,6% sobre o registrado em 2016.
Todeschini cita como medidas para diminuir esse
cenário a vigilância e a cobrança permanente das
normas de segurança do trabalho, a implementação de
programas de gerenciamento de riscos dentro dos
locais de trabalho, e a instalação de processos de
participação do trabalhador nas comissões internas
de prevenção de acidentes.
“É preciso que haja uma reversão das políticas
compensatórias e indenizatórias para políticas de
promoção, proteção, prevenção dos acidentes, com
essa participação ativa dos envolvidos”, destaca.
Fonte: Agência Brasil
09/04/2024 -
Por unanimidade, STF define que Constituição não
prevê 'poder moderador' das Forças Armadas ou
intervenção militar
Por unanimidade, ou seja, 11 votos a 0, a Suprema
Corte definiu um importante esclarecimento sobre os
limites para a atuação das Forças Armadas
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, por
unanimidade, ou seja, 11 votos a 0, um importante
esclarecimento sobre os limites para a atuação das
Forças Armadas, reafirmando que a Constituição não
permite uma “intervenção militar constitucional” e
nem encoraja uma ruptura democrática.
Com o resultado, o STF também rejeita a tese de que
as Forças Armadas seriam um "poder moderador" , que
atuaria como uma espécie uma instância superior para
mediar eventuais conflitos entre Legislativo,
Executivo e Judiciário - como foi reivindicado pelos
golpistas do 8 de janeiro.
O Supremo já havia formado maioria de 6 votos a 0
contra a interpretação de que as Forças Armadas
podem exercer “poder moderador” no país, com o voto
proferido pelo ministro Gilmar Mendes.
A votação partiu de uma ação do PDT, relatada pelo
ministro Luiz Fux e julgada em plenário virtual. O
julgamento termina às 23h59 desta segunda (8), mas
todos os ministros já votaram.
Fonte: Brasil247
09/04/2024 -
Governo inclui 248 empregadores na ‘lista suja’ do
trabalho escravo
Recorde de incluídos faz a vergonhosa lista
alcançar 654 pessoas físicas ou jurídicas.
Atualização do Cadastro de Empregadores é feita pelo
Ministério do Trabalho e Emprego
A “Lista Suja” do trabalho escravo teve a inclusão
de 248 empregadores pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e chegou a 654 nomes – recordes
negativos em termos gerais e de novas inclusões. O
Cadastro de Empregadores, divulgado na última
sexta-feira (5), reúne os patrões que submeteram
trabalhadores a condições análogas à escravidão. O
documento é atualizado semestralmente.
Este vergonhoso acréscimo na lista foi o maior já
registrado na história, sendo que 43 inserções dizem
respeito a escravidão no âmbito doméstico.
De acordo com o MTE, as atividades econômicas com
maior número de inclusões foram:
- trabalho doméstico (43);
- cultivo de café (27);
- criação de bovinos (22);
- produção de carvão (16);
- construção civil (12).
Fiscalização
O trabalho de fiscalização de auditores do trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o
responsável pela identificação desses empregadores.
As ações contam com o apoio da Defensoria Pública da
União, Ministério Público Federal, Ministério
Público do Trabalho, da Polícia Federal e Polícia
Rodoviária Federal.
A partir do flagrante decorrente da ação fiscal, os
auditores lavram autos de infração conforme
constatam as violações descobertas. Cada auto gera
um processo para o empregador, que tem o direito ao
contraditório e a ampla defesa.
Dessa forma, somente são incluídos na Lista Suja os
empregadores que tiveram todo o processo de
irregularidade julgado, ou seja, quando confirmada a
submissão dos trabalhadores à situação análoga à
escravidão.
Dessa forma, estas 248 novas inclusões de pessoas
físicas ou jurídicas permanecem por dois anos no
Cadastro. Inclusive nesta última atualização 50
nomes deixaram de ter seu nome na Lista Suja. Porém,
caso voltem a ser autuados e julgados culpados terão
seus nomes de volta na vergonhosa lista que expõe
violadores dos direitos humanos.
Para denunciar casos de trabalho análogo à
escravidão, as pessoas podem utilizar de forma
anônima e segura o Sistema Ipê Trabalho Escravo, do
MTE com a Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
Outra maneira para denunciar é pelo Disque 100, a
central telefônica coordenada pelo Ministério de
Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). O serviço é
gratuito e funciona sete dias por semana, 24 horas
por dia. Basta telefonar para o número 100, conforme
indica o Ministério do Trabalho e Emprego.
Confira aqui todos os
654 envolvidos com trabalho escravo, lista que
teve na edição anterior a inclusão de nomes ligados
à cervejaria Kaiser, do grupo Heineken, por vínculo
com a Transportadora Sider, com 23 trabalhadores
resgatados.
Fonte: Portal Vermelho
09/04/2024 -
Proposta autoriza parcerias entre INSS e sindicatos
para realização de perícia médica
O Projeto de Lei 849/24 permite que o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) formalize parcerias
com sindicatos para a realização de perícias médicas
com uso de telemedicina. O texto, em análise na
Câmara dos Deputados, altera a Lei de Benefícios da
Previdência Social.
Autor da proposta, o deputado Wolmer Araújo (Solidariedade-MA)
argumentou que as parcerias poderão ampliar a oferta
desses exames a distância, beneficiando populações
mais isoladas, como ribeirinhos.
“Essas perícias médicas remotas por meio da
infraestrutura de sindicatos e outras entidades
tornarão o acesso à Previdência Social mais
inclusivo, atendendo às necessidades específicas das
diversas comunidades”, analisou o parlamentar.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Previdência,
Assistência Social, Infância, Adolescência e
Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
09/04/2024 -
Projeto proíbe empresa de negar emprego à mulher por
ser mãe
Proposta sobre assunto tramita na Câmara dos
Deputados
O Projeto de Lei 5355/23, que tramita na Câmara dos
Deputados, proíbe empresas de negar emprego à mulher
em razão de sua condição de mãe.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) estabelece vedações para corrigir distorções
do acesso da mulher ao mercado de trabalho. A lei
proíbe o empregador, por exemplo, de recusar
promoção ou dispensa do trabalho por situação
familiar ou gravidez.
Segundo a deputada Silvye Alves (União-GO), autora
da proposta, quando algumas mulheres fazem
entrevista para vaga de emprego, enfrentam
preconceitos por serem mães. “Uma lei que as
protejam de discriminação na hora da contratação de
trabalho, em razão de sua condição de mãe, seria um
importante passo para promover a igualdade de
oportunidades”, afirma a parlamentar.
Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de
Trabalho; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
08/04/2024 -
Centrais sindicais e Dieese debatem ciência e
tecnologia em conferência
As centrais sindicais e o Dieese realizaram, nesta
sexta-feira (5), a Conferência Livre de CT&I e o
Mundo do Trabalho, no auditório da Escola Dieese, em
São Paulo.
José Reginaldo, diretor de Formação Sindical e
Qualificação Profissional da Nova Central Sindical,
e representantes da Central dos Sindicatos
Brasileiros - CSB, CTB - Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, CUT Brasil, Força Sindical
Brasil, UGT Brasil e DIEESE fizeram suas
considerações sobre os impactos da inovação no mundo
do trabalho e as possibilidades de desenvolvimento
científico e tecnológico para geração de melhorias
nas condições de vida e trabalho.
Participaram da mesa da Conferência o ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, o secretário-geral adjunto
da Comissão Organizadora da V CNCTI, Anderson Gomes,
o presidente do SindCT e representante do Fórum das
Carreiras de Ciência e Tecnologia, Fernando Morais
Santos, o diretor técnico do DIEESE, Fausto Augusto
Jr.
Para Marinho, pensar em ciência, tecnologia e
informação sem a questão do trabalho seria
incompleto. “Temos uma janela de oportunidades.
Riquezas naturais, universidades, institutos
federais, sindicatos. Essa evolução é necessário.
Mas precisamos pensar qual o limite de implementação
desse processo (inteligência artificial) e o que
fazer com o trabalho. Como vai ser esse mundo daqui
a 20 anos?”, questionou. “Qual será o tamanho do
desastre se o debate não for bem feito?”
Fausto, do Dieese, defendeu a regulamentação de
dispositivo do Artigo 7º da Constituição (sobre
direitos os trabalhadores), que fala em “proteção
frente à automação”. “Isso (o debate sobre inovação)
não pode ficar no mundo das empresas e da
universidade. Tem que chegar nos locais de
trabalho”, disse o diretor técnico do Dieese. Os
representantes das centrais enfatizaram a
importância de conciliar essas mudanças com
“proteção civilizatória”, para evitar (mais)
precarização.
As resoluções do debate sistematizado vão contribuir
com a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia
e Inovação (V CNCTI), que será promovida de 5 a 6 de
junho pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI).
Com informações da Rede Brasil Atual - RBA
Fonte: NCST
08/04/2024 -
Nota da Centrais Sindicais: Motorista autônomo
protegido e com direitos
As Centrais Sindicais defendem e investem na
negociação coletiva como instrumento permanente de
regulação das relações de trabalho. Por isso,
propusemos ao presidente Lula a criação de uma Mesa
Nacional de Negociação para tratar das relações de
trabalho mediadas por plataforma no transporte de
pessoas e mercadorias.
Na Pauta da Classe Trabalhadora 2022, apresentamos a
reivindicação prioritária da promoção das proteções
trabalhista, previdenciária, social e sindical das
pessoas que trabalham mediados por plataformas ou
aplicativos.
Foi um longo e duro processo negocial no qual a
representação da categoria, que está em formação,
estabeleceu com empresas e o governo um debate
propositivo de alto nível. O primeiro passo foi dado
no âmbito das empresas de transporte de pessoas,
para o qual foram definidas as primeiras regras que
deverão reger as relações de trabalho e definir as
bases para a proteção previdenciária. Como em toda a
negociação, as complexidades dos problemas e dos
desafios colocam as partes em interação, muitas
vezes conflituosa. Mas chegou-se a um acordo base,
que deve ser valorizado e enaltecido e que foi
transformado no Projeto de Lei Complementar 12/2024,
que agora está em análise no Congresso Nacional.
O acordo tripartite garante ao motorista autônomo a
proteção previdenciária e trabalhista, trabalho
decente, direito e acesso à informação, capacidade
de organização, representação e contratação
coletiva.
O trabalho autônomo, assim devidamente
caracterizado, passa a ser considerado como uma
relação de trabalho entre a empresa que opera o
aplicativo e a pessoa que trabalha de forma
autônoma. Cabe ao trabalhador decidir sobre dias,
horários e períodos em que se conectará ao
aplicativo, sem exigência de exclusividade.
Outro grande avanço é a efetivação do direito à
participação no sistema previdenciário, com os
trabalhadores e trabalhadoras passando a ter o
direito à aposentadoria, aos auxílios saúde e
maternidade e a garantia de proteção da família. Os
trabalhadores contribuirão com o regime geral da
previdência social com uma alíquota de 7,5% e as
empresas com uma contribuição quase três vezes
maior, de 20%. Atualmente, menos de ¼ dos/as
trabalhadores têm alguma cobertura previdenciária.
A garantia de um piso remuneratório e de cobertura
de custos parte de R$ 32,10 por hora, o que para uma
jornada de oito horas ou 176 horas/mês garante uma
remuneração base de R$ 5.650,00. Destaque-se que
essa remuneração é mínima: preço dinâmico, variações
de tempo e distâncias continuam sendo
contabilizadas.
Direito à representação sindical, a negociação
coletiva e acesso com transparência às informações
que são de domínio das plataformas (oferta de
viagens, pontuação, bloqueio, suspensão e exclusão),
mecanismos para questionar medidas das plataformas e
política para a eliminação de todas as formas de
discriminação fazem parte das conquistas construídas
no processo negocial.
O desafio imediato de promover acordos para as
relações de trabalho nas plataformas de transporte
de mercadorias permanece. Propor e viabilizar
políticas e programas voltados a modernização da
frota, de saúde e segurança, entre outros devem
compor as próximas pautas sindicais desses
trabalhadores.
Consideramos que o primeiro passo foi dado por uma
representação coletiva que se fez presente de forma
propositiva e que construiu, na mesa de negociação,
a base de partida para a luta contínua por direitos
trabalhistas.
São Paulo, 05 de abril de 2024.
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Sérgio Nobre
Presidente da Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil
Antônio Fernandes dos Santos Neto
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros
Fonte: NCST
08/04/2024 -
STF adia retomada do julgamento sobre correção do
FGTS
Placar está em 3 votos a 0 contra uso da TR para
remunerar contas
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou na
quinta-feira (4) a retomada do julgamento sobre a
legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para
correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
O processo que trata da questão estava na pauta de
julgamento de hoje, mas não chegou a ser analisado.
A nova data ainda não foi definida.
A discussão sobre o índice de correção das contas do
fundo foi interrompida em novembro do ano passado,
após pedido de vista (mais tempo para análise) feito
pelo ministro Cristiano Zanin. O processo foi
devolvido para julgamento no dia 25 de março.
Até o momento, o placar é de 3 votos a 0 para
considerar inconstitucional o uso da TR para
remunerar as contas dos trabalhadores. Votaram nesse
sentido o relator, Luís Roberto Barroso, e os
ministros André Mendonça e Nunes Marques.
Governo
Mais cedo, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao
STF uma proposta para destravar o julgamento do
caso. A sugestão foi construída após consulta a
centrais sindicais e outros órgãos envolvidos na
causa.
Em nome do governo federal, a AGU defendeu que as
contas do fundo garantam correção mínima que
assegure o valor do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação.
A proposta vale somente para novos depósitos a
partir da decisão do STF e não se aplicaria a
valores retroativos.
Para a AGU, deve ser mantido o atual cálculo que
determina a correção com juros de 3% ao ano, o
acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além
da correção pela TR. Contudo, se o cálculo atual não
alcançar o IPCA, caberia ao Conselho Curador do FGTS
estabelecer a forma de compensação. O IPCA acumulado
nos últimos 12 meses é de 4,50%.
Entenda
O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de
uma ação protocolada em 2014 pelo partido
Solidariedade. A legenda sustenta que a correção
pela TR, com rendimento próximo de zero, por ano,
não remunera adequadamente os correntistas, perdendo
para a inflação real.
Criado em 1966 para substituir a garantia de
estabilidade no emprego, o fundo funciona como uma
poupança compulsória e proteção financeira contra o
desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o
empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40%
sobre o montante.
Após a entrada da ação no STF, leis começaram a
vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com
juros de 3% ao ano e acréscimo de distribuição de
lucros do fundo, além da correção pela TR. No
entanto, a correção continua abaixo da inflação.
Fonte: Agência Brasil
08/04/2024 -
Comissões debatem regulamentação da atividade dos
trabalhadores de aplicativos
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
promove, na próxima terça-feira (9) audiência
pública conjunta com a Comissão de Desenvolvimento
Econômico sobre a regulamentação da atividade dos
trabalhadores de aplicativos proposta no Projeto de
Lei Complementar 12/24, de autoria do governo. O
debate foi sugerido pelos deputados Capitão Alberto
Neto (PL-AM) e Saulo Pedroso (PSD-SP).
Alberto Neto teme os impactos negativos da proposta
e alerta para enquete no site da Câmara dos
Deputados, na qual 95% dos quase 19 mil
participantes afirmaram que “discordam totalmente”
do projeto de lei. "Nos comentários, muitos
levantaram pontos negativos do projeto, em geral com
queixas sobre a perda de liberdade, a taxação da
previdência social (INSS) e o desbalanceamento dos
valores em relação aos custos da operação",
ressaltou.
O debate ocorre às 16 horas, no plenário2.
Fonte: Agência Câmara
08/04/2024 -
Preços da cesta básica em março aumentaram em 10 e
caíram em sete capitais
Os preços médios da cesta básica, em março, subiram
em 10 capitais e caíram em sete, segundo pesquisa
divulgada na quinta-feira (4) pelo Dieese. No
trimestre e em relação a igual período de 2023, o
instituto apurou alta em todas as cidades.
Assim, de fevereiro para março, os principais
aumentos foram registrados em capitais do Nordeste:
Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal (4,49%) e
Aracaju (3,90%). As reduções consideradas mais
expressivas foram observadas no Rio de Janeiro
(-2,47%), em Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande
(-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%). No primeiro
trimestre de 2024, a cesta sobe 10,58% em Salvador e
10,06% em Recife.
Salário mínimo
Segundo a pesquisa, a cesta mais cara é a de São
Paulo: R$ 813,26. E a de menor custo, a de Aracaju
(R$ 555,22). A composição nas cidades do Norte e do
Nordeste é diferente.
Dessa forma, com base na cesta mais cara de março, o
Dieese calculou em R$ 6.832,20 o salário mínimo para
as despesas básicas do trabalhador e sua família
(quatro pessoas). Esse valor corresponde a 4,84
vezes o mínimo oficial (R$ 1.412,00). A proporção
caiu tanto em relação a fevereiro (4,95 vezes) como
ante março do ano passado (5,05).
Cesta x renda
Ainda segundo o Dieese, o tempo médio para adquirir os
produtos da cesta básica foi de 108 horas e 26
minutos. Maior que o de fevereiro (107 horas e 38
minutos) e menor que há um ano (112 horas e 53
minutos). O trabalhador remunerado pelo salário
mínimo comprometeu 53,29% da renda líquida para
comprar os produtos, ante 52,90% no mês anterior e
55,47% em março do ano passado.
Entre os itens pesquisados, o preço médio do óleo de
soja caiu nas 17 capitais pesquisadas. O da batata
também recuou nas cidades do Centro-Sul. Tanto o
arroz como a carne bovina de primeira tiveram queda
em 13 das 17 cidades. Do lado das altas, o preço da
banana aumentou em 15, o do tomate em 14 e o do café
em pó, em 12.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/04/2024 -
Normalização – João Guilherme Vargas Netto
Almejar a normalização da vida nacional (que é o
contrário de uma polarização continuada e renitente)
não deve significar a aceitação de uma mesmice
preguiçosa e indulgente.
Para a ação sindical a vida nacional normalizada não
resolve, por si só, os problemas, mas facilita seu
enfrentamento e sua solução.
Basta citar as negociações salariais em curso nas
diferentes categorias e datas-bases que se
beneficiam de uma conjuntura favorável e, dependendo
da mobilização dos trabalhadores, conseguem
resultados que interessam a todos ou à maioria.
A ação sindical prossegue, em suas várias formas
(como resenha a cada semana a Rádio Peão Brasil),
atacando os problemas correntes da vida dos
trabalhadores e das trabalhadoras e apresentando a
todos a orientação unitária das direções sindicais
sem ser desorientada pelos aspectos mais perversos
do negacionismo, da intransigência e da
falsificação.
O esforço efetivo das direções sindicais buscando
junto aos senadores garantir a derrota do PL 2.099
lesivo às contribuições decorrentes das negociações,
deve prosseguir confiando em que o diálogo
convincente e a afirmação dos argumentos, combinada
com a mobilização das bases sindicais, produza o
resultado desejado.
Assim também algumas datas expressivas no calendário
sindical, como o dia 28 de abril, em memória das
vítimas de mortes e acidentes de trabalho e o 1º de
maio, cuja comemoração deve ser um marco relevante
do esforço sindical pela normalização da vida
brasileira.
João Guilherme Vargas Neto. Consultor de diversas
entidades sindicais.
Fonte: Agência Sindical
05/04/2024 -
Indicadores da sindicalização no Brasil – Nivaldo
Santana
Sandro Pereira Silva e André Gambier Campos,
técnicos de Planejamento da Diretoria de Estudos e
Políticas do IPEA, realizaram um interessante estudo
sobre a sindicalização no Brasil.
O texto divulgado em fevereiro deste ano e
disponível no portal do IPEA, trata da “Filiação
sindical de trabalhadores no Brasil (2012-2022):
indicadores, contexto institucional e fatores
determinantes”.
O documento de 50 páginas mostra que não só no
Brasil, mas também nos países mais industrializados,
há uma tendência de diminuição no número de
trabalhadores sindicalizados e, em consequência,
diminuição do poder sindical.
Vários fatores explicam essa nova realidade do
sindicalismo, mas os autores destacam que as
mudanças no padrão de acumulação do capital e a
ascensão do neoliberalismo estão na raiz da queda do
número de trabalhadores sindicalizados.
Depois dos “trinta anos gloriosos do Estado do
bem-Estar Social” no pós-guerra, explica o
documento, o mundo passou a viver um processo de
reestruturação industrial, com a crise do fordismo e
implantação de novos modelos industriais.
Paralelamente, houve mudanças profundas nas relações
do trabalho, com ataques aos sindicatos e avanço das
terceirizações, subcontratações, em uma expressão,
avanço na precarização do trabalho.
Tudo isso somado com o aumento do desemprego,
informalidade, rotatividade, mudanças na organização
e gestão do trabalho e enfraquecimento do papel do
estado-nação para sustentar o chamado estado do
bem-estar social.
Essa realidade ocorreu também no Brasil e foi
agravada, mais recentemente, por três fatores:
recessão de 2015/2016, a reforma trabalhista de 2017
e a pandemia da Covid de 2020/2021, período em que a
sindicalização se retraiu bastante no país.
O Brasil tinha em 2012 uma população ocupada de 89,2
milhões e 14,4 milhões de sindicalizados. Dez anos
depois, o total de ocupados foi para 99,6 milhões e
a sindicalização diminuiu para 9,1 milhões, queda de
5,3 milhões.
Importante destacar, em valores absolutos, o número
de sindicalizados por faixa etária: de 15 a 29 anos:
1.359.000 sindicalizados; de 30 a 59 anos: 6.937.300
sindicalizados; acima de 60 anos: 835.800
sindicalizados.
O estudo dos técnicos do IPEA aponta algumas
características desse novo quadro de sindicalização.
Cabe destacar, nos limites desta breve resenha,
quatro tendências importantes:
1. Mulheres: a tendência de queda da sindicalização
feminina foi menor e hoje a participação relativa
das mulheres entre os sindicalizados aumentou;
2. Idade: pouca sindicalização entre homens de 14 a
29 anos e grande maioria dos sindicalizados com
trabalhadores com mais de 30 anos, o que aponta para
um processo de “envelhecimento” do universo de
sindicalizados;
3. Escolaridade: há uma tendência crescente de maior
sindicalização entre os trabalhadores com mais anos
de estudo;
4. Tempo de emprego: o universo de sindicalizados se
concentra principalmente com aqueles trabalhadores
com mais de seis anos de vínculo empregatício –
geralmente mais estáveis, jornada semanal regular e
maiores salários.
Para enfrentar a realidade apontada neste estudo, o
movimento sindical brasileiro precisa buscar formas
novas e criativas de organização, ampliar a
sindicalização e avançar na renovação e
fortalecimento de suas entidades representativas.
É fundamental, para tanto, a luta pela consolidação
da democracia no país, a retomada do crescimento
econômico ancorada na industrialização, com
valorização do trabalho e geração de empregos de
qualidade.
Nivaldo Santana é Secretário Sindical Nacional do
PCdoB e secretário de Relações Internacionais da CTB
Fonte: Agência Sindical
05/04/2024 -
É urgente desanuviar o ambiente político no Brasil
O Brasil e o mundo estão imersos em
polarização extrema entre forças políticas
antagônicas e entre pessoas com pensamentos e visões
de mundo distintos. O que tem gerado ambiente de
fundamentalismo no qual o discurso de ódio e a
violência verbal predominam, especialmente por parte
das forças de extrema-direita.
Antônio Augusto De Queiroz*
Este fenômeno, enraizado nas redes sociais, nos
serviços de mensagens privados e até mesmo nas ruas,
tem sufocado o diálogo entre essas forças opostas e
contaminado todas as instituições, incluindo a
instituição familiar. Esse grau de radicalismo não
deixa espaço para civilidade, tolerância ou respeito
às opiniões divergentes, caracterizando-se mais como
batalha entre inimigos a serem eliminados do que
busca por soluções. Essa escalada se aproxima
perigosamente da barbárie.
Essa radicalização, baseada em ressentimentos e na
culpabilização do adversário político pelos
problemas enfrentados, ameaça a própria democracia.
A estratégia utilizada, sobretudo pela
extrema-direita, de apontar culpados na esquerda e
nos movimentos sociais sem oferecer soluções tem
sido eficaz para incitar o ódio e criar seguidores
fanáticos, porém é ineficaz na resolução dos
problemas reais da população.
Neste ambiente hostil, a civilidade, a razão e a
verdade são substituídas por narrativas muitas vezes
desprovidas de evidências, alimentando-se do
negacionismo e das fake news. A persistência desse
clima de conflito pode trincar os pilares
democráticos, minar a confiança nas instituições
políticas e desqualificar a política como
instrumento civilizatório.
Esse desgaste do tecido social, que já vem ocorrendo
no cotidiano das pessoas, atinge seu auge sempre que
há consulta popular, como o plebiscito sobre a saída
do Reino Unido da União Europeia (Brexit) ou
eleições presidenciais, como as ocorridas nos
últimos 8 anos nos Estados Unidos, no Brasil e na
Argentina, quando emergem os sentimentos e até os
instintos mais primitivos do ser humano.
Nas eleições municipais deste ano, especialmente nas
médias e grandes cidades, não será diferente.
De fato, a escalada dessa divisão entre brasileiros
preocupa especialmente, porque as táticas da
extrema-direita, ancoradas em acusação sem provas e
na desqualificação da política e de suas lideranças,
buscam mesclar religião e política, explorando a fé
e a ignorância de parte da população, além de também
contar com financiamento de setores empresariais e
partidos políticos.
Se não for contida, essa escalada levará seus
seguidores à realidade paralela, desconectada dos
fatos.
Nesse clima conflituoso e beligerante, a democracia
e a política, que foram concebidas pela humanidade
para resolver, de forma pacífica e pactuada, as
contradições que os indivíduos na sociedade não
podem nem devem resolver por si mesmos, estão em
risco. E não há solução para os problemas coletivos
fora da política. Sem essa, é cada 1 por si.
Para enfrentar esse desafio, além do trabalho que já
está sendo realizado pelas instituições estatais,
especialmente pelo Supremo Tribunal Federal, são
urgentes esforço conjunto do governo e das
instituições da sociedade e abordagem multifacetada
que promova o diálogo, a tolerância e a
racionalidade.
Esse esforço deve envolver educação cívica, reformas
regulatórias para coibir práticas antidemocráticas,
reforma no Sistema Político e, principalmente,
mudança comportamental por parte das lideranças
políticas e da mídia.
Sem esse esforço de pacificação do País, as eleições
municipais estarão sujeitas à violência e à
intolerância, prejudicando o debate público e o
interesse das comunidades locais. O ovo da serpente
está sendo chocado e não podemos permitir que essa
nasça e cresça!
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo pela FGV.
Sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”, foi diretor de Documentação do Diap. É
membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável) da Presidência da
República - Conselhão.
Fonte: Diap
05/04/2024 -
FETICVERGS lança documento para orientar classe
trabalhadora em 2024
A diretoria da Federação dos Trabalhadores dos
Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do
Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul (FETICVERGS),
filiada à Nova Central, formulou um documento com as
tendências do mundo do Trabalho.
No documento da FETICVERGS constam os interesses e
preocupações da classe trabalhadora no Brasil em
2024 e os caminhos para fortalecer a atuação dos
sindicatos.
"Parabenizo a FETICVERGS pela iniciativa e muitos
pontos no documento podem servir de base para outras
categorias. Um modelo a ser seguido", afirmou o
presidente da Nova Central Sindical, Moacyr
Auersvald.
CLIQUE AQUI E TENHO ACESSO AO DOCUMENTO DA
FETICVERGS
Fonte: NCST
05/04/2024 -
Toffoli diz que INSS abrirá mão da sucumbência em
revisão da vida toda
Fala do ministro foi corroborada pelo presidente
da Corte, Luís Roberto Barroso.
Durante sessão plenária nesta quarta-feira, 3,
ministro Dias Toffoli afirmou que contatou o
Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e sugeriu
que o INSS abra mão da sucumbência, em favor da
União, nas ações da revisão da vida toda, já que são
mais de três milhões de ações ajuizadas, de modo que
os pensionistas teriam que pagar, ao INSS, R$ 54
bilhões, imaginando 10% de honorários.
Em julgamento de embargos que questionam a não
modulação de efeitos pelo Supremo em caso de quebra
de coisa julgada tributária, ministro Dias Toffoli
mencionou que Jorge Messias registrou pertinente a
sugestão, tendo contatado a ministra Maria Thereza
de Assis Moura, presidente do Conselho da Justiça
Federal, para averiguar a possibilidade de renúncia
da sucumbência.
Em complemento à fala de Toffoli, ministro Luís
Roberto Barroso afirmou que, em ida ao CNJ, o
advogado reiterou que a União renunciará a
sucumbências e custas nessas ações. O presidente da
Corte considerou a postura da União "legítima".
Relembre
No mês passado, por maioria de sete votos a quatro, o
STF derrubou entendimento firmado no caso da revisão
da vida toda ao julgar obrigatória a observância da
regra de transição e tirar a opção do segurado de
escolha do regime previdenciário mais benéfico.
A decisão foi proferida durante a análise de duas
ADIns (2.110 e 2.111) que questionavam a criação do
fator previdenciário e a exigência de carência para
o pagamento de salário-maternidade para as
contribuintes individuais.
O processo relativo à revisão da vida toda (RE
1.276.977) estava pautado, mas não foi chamado a
julgamento e ainda não foi prevista nova data para
votação.
A Corte definiu que o art. 3º da lei 9.876/99 tem
natureza obrigatória, não tendo o segurado o direito
de opção por critério diverso, ficando vencidos os
ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Edson
Fachin e Cármen Lúcia.
Migalhas:
https://www.migalhas.com.br/quentes/404812/toffoli-diz-que-inss-abrira-mao-da-sucumbencia-em-revisao-da-vida-toda
Fonte: Migalhas
05/04/2024 -
Indicador antecedente de emprego no Brasil sobe pelo
4° mês seguido em março, diz FGV
Reuters - O Indicador Antecedente de Emprego do
Brasil avançou em março pela quarta vez consecutiva,
renovando uma máxima desde outubro de 2022, informou
nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de
trabalho no Brasil, subiu 1,0 ponto em março, para
79,5 pontos, maior nível desde outubro de 2022
(79,8).
"Essa sequência de resultados positivos sugere um
primeiro semestre favorável para o mercado de
trabalho, mas o patamar ainda baixo do indicador e o
ritmo de recuperação não deixam imaginar que essa
retomada vai ser em ritmo mais forte do que já vem
ocorrendo", avaliou Rodolpho Tobler, economista da
FGV Ibre.
"A continuidade desse cenário favorável no ambiente
macroeconômico é fator chave para a evolução do
indicador."
Entre os componentes de destaque do IAEmp em março
estão os de Emprego Previsto da Indústria e de
Tendência dos Negócios de Serviços que contribuíram
com 0,6 e 0,7 ponto, respectivamente, para a leitura
geral.
Dados recentes do IBGE mostraram que o Brasil
registrou uma taxa de desemprego de 7,8% no
trimestre até fevereiro, diante do aumento no número
de pessoas em busca de trabalho.
Fonte: Brasil247
04/04/2024 -
Fevereiro combina aumento de empregos e salários
Mês curto, com apenas 24 dias úteis, fevereiro se
mostrou um bom período para os trabalhadores
brasileiros.
Segundo o Caged (Ministério do Trabalho e Emprego),
foram criados 306 mil postos formais, com Carteira
assinada.
Outra boa notícia nos dá o Dieese, no Boletim “De
Olho nas Negociações”, de março. O informativo
registra que as negociações coletivas avaliadas
alcançaram resultados 88% acima da inflação – em
dezembro, eram 83,9%: em janeiro, 85,7%.
Segundo o Dieese, por segmento econômico, é na
indústria que está o maior índice de ganhos reais.
Ou seja, 88,9%.
Razões – Economista do Dieese e professor
universitário, Rodolfo Viana saúda os avanços, mas
ressalva que é preciso melhorar o padrão de
desenvolvimento nacional.
Ele avalia: “A economia precisa elevar seu patamar
de qualidade, pra manter o crescimento e agregar
novos avanços. Falta-nos, por exemplo, gerar mais
empregos de nível técnico”.
O economista, que responde pela subseção do Dieese
nos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, observa:
“Empregos de nível técnico ensejam ganhos de
produtividade. Tais ganhos possibilitam melhorar o
padrão salarial e de renda, em geral”.
Mas o sindicalismo, sozinho, não tem força pra puxar
essa fila. O professor menciona ganhos efetivos no
salário mínimo e em programas inclusivos, como o
Bolsa-Família. Para Rodolfo Viana, “precisamos
elevar nosso patamar de desenvolvimento”. Isso, ele
diz, se faz com indústria forte. E completa: “Uma
indústria pujante, com maior produtividade, tem
capacidade pra puxar os demais setores, gerando
melhorias gerais no padrão nacional de
desenvolvimento”.
Num ambiente de crescimento do emprego e maior
produtividade, Rodolfo Viana vê, por exemplo,
oportunidade para que haja redução da jornada, como
pleiteia o sindicalismo, há décadas.
Mais – Site do Dieese e do Ministério do Trabalho.
Fonte: Agência Sindical
04/04/2024 -
Produção da indústria recua 0,3% em fevereiro,
revela IBGE
Resultado é o segundo mês consecutivo de queda
A produção da indústria brasileira caiu 0,3% em
fevereiro. É o segundo mês seguido de baixa. Em
janeiro, o desempenho tinha sido de -1,5%. Os dados
fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada
nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.
Apesar das duas quedas seguidas, no acumulado de 12
meses a indústria nacional apresenta evolução de 1%.
Em janeiro de 2024, esse acumulado anual era de
0,4%.
O nível atual da produção industrial brasileira
encontra-se 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de
fevereiro de 2020, e 17,7% inferior ao ponto máximo
da série, alcançado em maio de 2011.
Atividades
Comparando fevereiro com janeiro deste ano, dez dos 25
ramos industriais pesquisados mostraram redução na
produção. As influências negativas mais importantes
foram nos itens produtos químicos (-3,5%),
indústrias extrativas (-0,9%) e produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).
Já entre as atividades que apontaram avanço,
veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%)
e celulose, papel e produtos de papel (5,8%)
exerceram os principais impactos positivos.
No recorte das grandes categorias econômicas, o
setor de bens intermediários recuou 1,2%, tendo sido
a única taxa negativa dos quatro grupos pesquisados.
Entre os crescimentos, há destaque para o segmento
de bens de consumo duráveis, que avançou 3,6% e
apontou o crescimento mais acentuado nesse mês, após
também avançar em janeiro (1,5%) e dezembro de 2023
(6,6%). Bens de capital (1,8%) e bens de consumo
semi e não duráveis (0,4%) também registraram
resultados positivos.
Na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de
2023, houve uma alta de 5%. Nesse tipo de
confrontação - mês com o mesmo período do ano
anterior - essa foi a sétima alta seguida e a mais
expressiva desde junho de 2021 (quando o resultado
foi de 12,1%, em um soluço de recuperação parcial
dos efeitos da pandemia de covid-19).
“O resultado de fevereiro teve perfil disseminado de
taxas positivas e foi o mais elevado desde junho de
2021 (12,1%), sendo influenciado não só pela baixa
base de comparação, mas também pelo efeito
calendário, já que fevereiro de 2024 teve 19 dias
úteis, um a mais que fevereiro de 2023”, explica o
gerente da pesquisa, André Macedo.
Fonte: Agência Brasil
04/04/2024 -
Empresa tem de pagar horas extras em revezamento
acima de 6 horas
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou
o agravo de uma indústria contra sua condenação ao
pagamento de horas extras além da sexta hora diária
a um auxiliar de operação que fazia turnos
ininterruptos de revezamento com jornada de 12 horas
durante quatro dias consecutivos. A decisão que a
empresa pretendia reformar considerou nula a
cláusula coletiva que ampliava a jornada dos turnos
para além de oito horas.
Segundo seu relato na reclamação, o auxiliar
trabalhava em 2018 na indústria, na cidade de Serra
(ES), no sistema de 12 horas diárias de trabalho,
durante quatro dias, e quatro dias de folga (4 x 4),
com alternância entre o horário diurno e o noturno.
O regime era autorizado por norma coletiva.
Ainda segundo o trabalhador, a jornada de 12 horas
durante quatro dias seguidos era “extremamente
extenuante”. Por isso, ele pediu que as normas
coletivas fossem declaradas inválidas e que lhe
fossem pagas horas extraordinárias além da sexta.
Ao examinar o caso, o Tribunal Regional do Trabalho
da 17ª Região (ES) manteve a sentença que havia
considerado regular a jornada adotada, em razão da
autorização na norma coletiva, e não deferiu as
horas extras pretendidas pelo trabalhador.
Limite constitucional
O ministro Mauricio Godinho Delgado, relator do
recurso de revista do auxiliar, destacou, em decisão
monocrática, que o acordo coletivo pode estabelecer
turnos ininterruptos de revezamento, desde que
limitados a oito horas por dia, conforme estabelece
o artigo 7º, inciso XIV, da Constituição Federal.
Ultrapassado esse limite, considera-se irregular a
cláusula coletiva (Súmula 423 do TST).
Com a nulidade da cláusula, o relator condenou a
empresa ao pagamento das horas excedentes da sexta
diária e da 36ª semanal como extraordinárias.
O agravo interposto pela empresa foi distribuído à
desembargadora convocada Adriana Goulart de Sena
Orsini. Segundo ela, as normas jurídicas que regem a
duração do trabalho são, de maneira geral,
imperativas. “Embora exista um significativo espaço
à criatividade autônoma coletiva privada para criar
regras específicas, há claros limites.”
A relatora observou que o Supremo Tribunal Federal,
no Tema 1.046 de repercussão geral, reiterou que há
limites objetivos à negociação coletiva, com a
percepção de que determinados direitos são
indisponíveis. A seu ver, o limite de oito horas por
dia para os turnos de revezamento se enquadram nessa
definição e representam patamar mínimo. Por
unanimidade, o colegiado negou provimento ao agravo
da empresa. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 884-64.2018.5.17.0013
Fonte: Consultor Jurídico
04/04/2024 -
Pacheco: manutenção da desoneração não abala relação
com o governo
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, alegou
inconstitucionalidade para não prorrogar um artigo
da Medida Provisória 1202/2023 que aumentaria de 8%
para 20% a alíquota previdenciária dos pequenos
municípios. Ele lembrou que o Congresso Nacional
aprovou o benefício e derrubou o veto no ano
passado. Pacheco rebateu o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, negando irresponsabilidade fiscal
na decisão e afirmou que o diálogo continuará em
busca de soluções.
Apesar da renúncia de R$ 10 bilhões com a não
prorrogação desse artigo, o líder do governo no
Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a equipe
econômica ainda vai analisar o que poderá ser feito.
Mas negou que a atitude de Pacheco cause um ruído na
relação com o Poder Executivo ou seja um
"apocalipse".
Fonte: Agência Senado
04/04/2024 -
TSE agenda julgamento do processo de cassação do
senador Jorge Seif para esta quinta (4)
Foi marcado para esta quinta-feira (4), às 10h, no
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o julgamento do
processo que pede a cassação do senador Jorge Seif
(PL) por suposto abuso de poder econômico na
campanha para o Senado em 2022, quando disputou a
eleição pela primeira vez e foi eleito para o cargo.
Mesmo sendo arquivado por unanimidade no TRE-SC
(Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina), a
coligação autora da ação, formada pelos partidos
Patriota, PSD e União Brasil, recorreu à instância
superior, onde obteve parecer favorável da PGE
(Procuradoria-Geral Eleitoral), do MPF (Ministério
Público Federal).
A coligação alega que Seif teria sido beneficiado
pela cessão de helicóptero por parte de empresário
da construção civil, o suposto uso da estrutura da
empresa Havan, na campanha, e suposto financiamento
de propaganda eleitoral por parte de sindicato no
estado.
Seif foi secretário nacional de Pesca e Aquicultura,
entre 2019 e 2022 no governo Bolsonaro. O filho
“04”, do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro é
“assessor” do senador, em Balneário Camboriú (SC).
Suplentes
Além de Seif, também, respondem ao processo os
suplentes na chapa: Hermes Artur Klann, 1º suplente,
é empresário no setor de transporte de Brusque (SC),
e Adrian Rogers Censi, 2º suplente, empresário do
setor calçadista.
A coligação que entrou com a ação ficou em segundo
lugar nas eleições de 2022, com o nome do
ex-governador Raimundo Colombo (PSD). O grupo
defende que a recontagem de votos, excluindo somente
a votação de Seif.
Fonte: Diap
04/04/2024 -
Desembargador do TRE vota pela cassação de Moro e
empata julgamento
O desembargador José Rodrigo Sade, do Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, votou nesta
quarta-feira (3) a favor da cassação do mandato e
pela inelegibilidade por oito anos do senador Sergio
Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. Com
a manifestação do magistrado, o placar do julgamento
está 1 a 1.
Após o empate na votação, a desembargadora Claudia
Cristina Cristofani pediu vista do processo (mais
tempo para analisar) e suspendeu o julgamento, que
será retomado na próxima segunda-feira (8).
Se for cassado pelo TRE, Moro não deixará o cargo
imediatamente porque a defesa poderá recorrer ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a eventual
cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições
serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do
senador. Ele ainda ficará inelegível por oito anos.
O julgamento começou na segunda-feira (1º), quando o
relator do caso, desembargador Luciano Carrasco
Falavinha Souza, se manifestou contra a cassação e
pela rejeição das ações nas quais o PT, o PL e o
Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de
abuso de poder econômico pela suposta realização de
gastos irregulares no período de pré-campanha nas
eleições de 2022.
Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de
pré-candidatura à Presidência da República. De
acordo com a acusação, houve "desvantagem ilícita"
em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador
diante dos "altos investimentos financeiros"
realizados antes de Moro deixar a sigla e se
candidatar ao Senado pelo União.
Conforme a acusação do Ministério Público, foram
gastos aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do
Fundo Partidário com o evento de filiação de Moro ao
Podemos e com a contratação de produção de vídeos
para promoção pessoal, além de consultorias
eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares
de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
No entendimento de Sade, Moro foi beneficiado
eleitoralmente. Para o magistrado, ao realizar a
pré-campanha à Presidência e depois sair candidato
ao Senado, Moro gastou mais que os demais candidatos
ao Senado e provocou desequilíbrio na disputa.
“O investigado Sergio Moro assumiu o risco
verdadeiro de começar a gastar como candidato
presidencial, expondo-se a ver sua candidatura
impugnada sob a acusação de poder econômico",
afirmou.
O julgamento prossegue para a tomada dos votos de
mais cinco magistrados.
No primeiro dia do julgamento, a defesa de Moro
defendeu a manutenção do mandato e negou
irregularidades na pré-campanha.
Fonte: Agência Brasil
04/04/2024 -
Projeto prevê medidas para proteger mulher agredida
no ambiente de trabalho
Proposta surgiu de discussões para garantir
proteção às servidoras públicas vítimas de
violência, mas foi estendida a todos os ambientes
O Projeto de Lei 816/24 prevê a possibilidade de o
juiz determinar providências específicas para
proteger mulher agredida no ambiente de trabalho,
quando o agressor frequentar o mesmo local.
O autor da proposta, deputado Alberto Fraga (PL-DF),
argumenta que são "bastante comuns" os casos em que
o marido ou o companheiro trabalha no mesmo local da
vítima, o que justifica a medida.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera a
Lei Maria da Penha e inclui essas providências entre
as medidas protetivas de urgência que o juiz pode
adotar em casos de violência contra a mulher.
Fraga lembra que a proposta surgiu, inicialmente, de
discussões do Grupo Alpha Bravo Brasil, como forma
de garantir maior proteção no caso de servidoras
públicas vítimas de violência doméstica e sob riscos
no ambiente de trabalho. "Em debates, ampliou-se seu
escopo para abranger as trabalhadoras de modo geral,
cabendo ao juiz avaliar quais medidas serão
razoáveis e efetivas nestes caso", destacou.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
03/04/2024 -
Participe da Conferência CT&I e o Mundo do Trabalho
Inscrições gratuitas:
https://sagu.dieese.org.br/competo/turmas_abertas
Em
5 de abril, das 10h às 12h30, Central Dos Sindicatos
Brasileiros - CSB, CTB - Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil, CUT Brasil, Força Sindical
Brasil, NCST - Nova Central, Ugt Brasil e DIEESE
realizam a Conferência Livre de CT&I e o Mundo do
Trabalho, no auditório da Escola DIEESE, em São
Paulo.
O objetivo é discutir os impactos da inovação no
mundo do trabalho e possibilidades de
desenvolvimento científico e tecnológico que gerem
melhorias nas condições de vida e trabalho de todos.
Participam da mesa da Conferência o ministro do
Trabalho, Luiz Marinho, o secretário-geral adjunto
da Comissão Organizadora da V CNCTI, Anderson Gomes,
os presidentes das Centrais Sindicais, o presidente
do SindCT e representante do Fórum das Carreiras de
Ciência e Tecnologia, Fernando Morais Santos, o
diretor técnico do DIEESE, Fausto Augusto Jr.
O debate será sistematizado visando contribuir com a
5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação (V CNCTI), Para um Brasil justo,
sustentável e desenvolvido, que será promovida de 5
a 6 de junho pelo Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI).
Conferência Livre CT&I e o Mundo do Trabalho
05 de abril de 2024, das 10h às 12h30
Auditório da Escola DIEESE de Ciências do Trabalho
Rua Aurora, 957 – República – São Paulo - SP
Participe do debate!
Fonte: Dieese
03/04/2024 -
Ditadura aumentou a desigualdade e a pobreza,
afirmam centrais
Sindicalistas lembram que caminho da reconstrução
ainda tem ameaças: “Falar sobre golpismo não é falar
sobre o passado”
Além da truculência e da violência política, a
ditadura trouxe efeitos nefastos do ponto de vista
econômico, afirmam centrais sindicais em nota. “Ao
contrário da falácia do milagre econômico, vendida
pelos militares como propaganda de governo, os
trabalhadores foram extremamente prejudicados nos 21
anos de ditadura, sofrendo com um progressivo
empobrecimento, enfraquecimento e com o cerceamento
aos sindicatos. Enfraquecimento que foi projetado
para que a economia de mercado pudesse, sem
resistência, se sobrepor aos interesses sociais.”
Assim, afirmam os dirigentes, o regime buscou “impor
à força uma política econômica baseada no arrocho
salarial, na retirada de direitos, no aumento da
dívida externa e na explosão da inflação”.
Golpismo presente
Segundo os sindicalistas, desde a redemocratização, em
1985, o Brasil tenta reconstruir sua caminho, mas
com ameaças ainda presentes. “Ficou claro no governo
Bolsonaro e, sobretudo, na tentativa de golpe de 8
de janeiro de 2023, que falar sobre golpismo não é
falar sobre o passado.”
Confira a nota na íntegra
60 anos do golpe militar: aprender com a história
para construir uma democracia com justiça social
Em abril de 2024 completam-se seis décadas da
deflagração do golpe militar que prejudicou o Brasil
por 21 anos.
Se hoje somos uma democracia, com instituições
funcionando, liberdade política e liberdade de
organização, devemos isso àqueles que lutaram pelo
fim do regime iniciado em 1º de abril de 1964.
Muitos dos quais foram torturados ou morreram por
esta luta.
De forma truculenta, a ditadura destruiu famílias e
privou o país de importantes quadros políticos,
culturais e do movimento social.
Isso tudo para impor à força uma política econômica
baseada no arrocho salarial, na retirada de
direitos, no aumento da dívida externa e na explosão
da inflação.
Ao contrário da falácia do milagre econômico,
vendida pelos militares como propaganda de governo,
os trabalhadores foram extremamente prejudicados nos
21 anos de ditadura, sofrendo com um progressivo
empobrecimento, enfraquecimento e com o cerceamento
aos sindicatos. Enfraquecimento que foi projetado
para que a economia de mercado pudesse, sem
resistência, se sobrepor aos interesses sociais.
Com isso, a ditadura aumentou a desigualdade e a
pobreza, atrasando o desenvolvimento humano,
político e ambiental do país.
Desde a redemocratização, em 1985, o Brasil caminha
no sentido de se recompor, de reparar os retrocessos
promovidos nos 21 anos anteriores e de buscar
avançar, driblando as sequelas que ainda persistem.
Não sem dificuldades. Ficou claro no governo
Bolsonaro e, sobretudo, na tentativa de golpe de 8
de janeiro de 2023, que falar sobre golpismo não é
falar sobre o passado.
Por isso devemos usar os 60 anos do golpe como uma
oportunidade de refletir sobre o assunto e de
transmitir para as novas gerações a nossa história e
as raízes da realidade em que vivemos no presente
momento.
Só assim poderemos construir a almejada união
nacional em torno daqueles que querem o bem do
Brasil e do povo brasileiro.
São Paulo, 1º de abril de 2024
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araujo, Presidente da CTB (Central de
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Moacyr Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Nilza Pereira, Secretária Geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: Rede Brasil Atual
03/04/2024 -
Revisão da vida toda: STF adia julgamento de
recurso; entenda
Tese tinha sido derrubada em votação do fator
previdenciário, mas é preciso decidir o que vai
acontecer com ações que já estão na Justiça
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento
dos embargos de declaração (recurso) da revisão da
vida toda. A discussão seria retomada nesta
quarta-feira (3), mas o presidente do STF, ministro
Luís Roberto Barroso, retirou a pauta da lista de
julgamentos. A nova data ainda não foi confirmada
pela Corte.
Na prática, o recurso permitia a aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) incluir salários antigos no cálculo de seus
benefícios para aumentar a renda mensal. O embargo
de declaração é uma ferramenta jurídica utilizada
para questionar pontos que não ficaram claros em um
julgamento.
Aprovada em dezembro de 2022, a tese foi derrubada
pela Corte em 21 de março durante a votação da
constitucionalidade do fator previdenciário, mas os
ministros ainda precisam decidir o que vai acontecer
com as milhares de ações que ainda aguardam desfecho
na Justiça.
Desde a aprovação, muitos beneficiários pediram a
recontagem para rever seus proventos e muitos já
ganharam a ação. A pedido do Infomoney a empresa de
jurimetria Data Lawyer Insights localizou na base de
dados da Justiça Federal, que conta com 27 milhões
de processos, mais de 71 mil ações relacionadas à
revisão das aposentadorias.
Derrubada da tese
Em 21 de março, numa manobra estratégica, o STF
derrubou a revisão da vida toda ao julgar as Ações
Diretas de Inconstitucionalidade (ADI 2110 e 2111).
Ao declararem a constitucionalidade da Lei 9.876/99,
que alterou o cálculo das aposentadorias e
implementou o fator previdenciário, os ministros
eliminaram de uma vez por todas a esperança de
milhares de aposentados que poderiam conseguir o
benefício obtido na mesma Corte, em 2022.
Segundo advogados, todo o avanço obtido no
julgamento realizado há dois anos foi para o “ralo”
sem que os ministros nem chegassem a discutir a
revisão em si. Ao considerarem constitucional o
artigo 3º da Lei 9.876, de 1999, que criou o fator e
estabeleceu a regra de transição a ser usada para os
cálculos da aposentadoria, a maioria da Corte julgou
procedente a fórmula e que não será possível ao
aposentado escolher o melhor cálculo para ele, como
já havia sido permitido em 2022.
É por isso que a espera do julgamento, em 3 de
abril, era aguardada por todos os envolvidos.
Fonte: InfoMoney
03/04/2024 -
Pacheco derruba reoneração da folha de pagamento de
municípios em MP
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
deixou que o trecho relacionado a reoneração da
folha de pagamentos dos municípios caduque na medida
provisória (MP) 1.202 de 2023. Pacheco prorrogou o
restante da MP, com exceção dos trechos relacionados
à reoneração.
“A decisão significa que a discussão sobre o tema da
desoneração da folha de pagamento e seu eventual
novo modelo devem ser tratados integralmente por
projeto de lei, e não por MP”, disse Pacheco em
nota. “[…] uma MP não pode revogar uma lei
promulgada no dia anterior, como se fosse mais um
turno do processo legislativo”.
Inicialmente, o governo Lula (PT) editou a MP para
reonerar tanto os 17 setores da economia
beneficiados com a prorrogação da desoneração da
folha até 2027 como os municípios, que também foram
beneficiados. Depois de negociações com o Congresso,
a administração petista desistiu de reonerar os 17
setores e retirou esse trecho da MP. Mas a
reoneração dos municípios permaneceu.
A escolha foi criticada por Pacheco ainda em
fevereiro. Na época, o presidente do Senado lembrou
que foi uma escolha do Congresso estender a
desoneração da folha de pagamentos para os
municípios. Assim como com a desoneração para os 17
setores, o veto de Lula sobre os municípios já foi
derrubado pelos deputados e senadores.
A desoneração para os 17 setores da economia deve
voltar a ser discutido por projeto de lei (PL). Essa
é uma opção para a desoneração dos municípios
também, mas há ainda a chance de o governo levar o
caso para o Supremo Tribunal Federal (STF) por
possível inconstitucionalidade na renúncia de
receita previdenciária dos municípios.
Com a decisão de Pacheco, permaneceu na MP o fim do
Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos
(Perse) e o limite de compensação para créditos como
forma de proteção da arrecadação do Estado. Entenda
aqui o conteúdo da medida provisória.
A comissão de análise da MP será feita por meio de
uma comissão mista do Congresso. O relator do
colegiado será o vice-líder do Governo na Câmara,
deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA). A comissão
será instalada em 9 de abril.
Fonte: Congresso em Foco
03/04/2024 -
Dirigente sindical é demitido por justa causa por
falar mal da empresa
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou
o exame do recurso de um motorista de uma
transportadora de Umuarama (PR) que foi demitido por
justa causa após falar mal da empresa para o chefe
por WhatsApp e, depois, mostrar as mensagens aos
colegas, entre outras atitudes. A Justiça do
Trabalho reconheceu que ele cometeu faltas graves
que afastaram sua garantia de emprego por ser
dirigente sindical.
O artigo 543, parágrafo 3º, da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) dá a dirigentes sindicais a
garantia de emprego a partir do momento do registro
de sua candidatura ao cargo até um ano após o fim do
seu mandato. A dispensa só é admitida em caso de
falta grave devidamente apurada, ou seja, se for por
justa causa.
O motorista tinha garantia de emprego até 18 de
novembro de 2023. Após promover uma auditoria
interna e suspender o contrato do motorista em 19 de
março de 2019, a transportadora pleiteou o
reconhecimento judicial de três faltas graves para
embasar a justa causa. No pedido, relatou que o
empregado já sofrera, desde 2017, diversas
advertências por não cumprir normas internas,
avariar cargas, fazer horas extras sem autorização e
causar prejuízos a terceiros.
A principal falta grave apontada para a justa causa,
porém, foram mensagens de WhatsApp em que, com
termos ofensivos, o motorista afrontava o chefe com
frases como “mande embora se vc tiver capacidade
para isso”, e dizia que tinha vergonha de dizer que
trabalhava em um “lixo de empresa”. Para a
companhia, isso configura ato lesivo à honra e à boa
fama do empregador.
Como desdobramento da falta grave, o motorista, no
pátio da empresa, teria mostrado as mensagens aos
demais colegas e novamente falado mal da
empregadora, dizendo que ela não poderia demiti-lo
em razão da estabilidade sindical. O ato foi
classificado como mau procedimento. Além disso, ele
teria se recusado a abrir conta para receber o
salário, atitude considerada insubordinação.
Provas abundantes
O juízo de primeiro grau confirmou a justa causa. Com
base nas provas apresentadas pela empresa, inclusive
prints das telas de celular com as mensagens
trocadas com o chefe, e nos depoimentos de
testemunhas, a conclusão foi de que os incidentes
diziam respeito apenas à esfera individual do
trabalhador. Não foi comprovada atuação sindical ou
em defesa dos demais trabalhadores, nem perseguição
pelo mandato sindical.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
manteve a sentença, observando que o empregado já
tinha histórico de advertências por descumprir
obrigações e, quando passou a exercer mandato
sindical, praticou as três faltas graves indicadas
pela empresa.
O motorista tentou rediscutir o caso no TST,
reconhecendo que sua conduta foi reprovável, mas
“não foi praticada de má-fé, nem acarretou prejuízos
à empresa”. Ele sustentou também que não foi
observada a gradação pedagógica das penas e que a
dispensa foi desproporcional e inadequada.
Gradação das penalidades
A relatora da matéria, desembargadora convocada
Margareth Rodrigues Costa, observou que o TRT
analisou os fatos e as provas da causa e verificou a
reiteração de condutas inadequadas no ambiente de
trabalho. Também constatou a gradação das
penalidades pelo empregador, que tentou corrigir a
conduta do trabalhador aplicando as punições de
advertência e suspensão.
Na avaliação da magistrada, invalidar essa conclusão
demandaria reexame de fatos e provas, não cabível na
esfera do TST. Ela ressaltou que os TRTs são
soberanos na avaliação do conjunto fático-probatório
e que ao TST, como corte revisora, cabe somente a
apreciação das questões de direito. Com informações
da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
AIRR 436-05.2019.5.09.0749
Fonte: Consultor Jurídico
02/04/2024 -
Centrais sindicais farão 1º de Maio Unificado na
Arena Corinthians
O lema deste ano deve ser “Por um Brasil mais
Justo!”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
vice-presidente, Geraldo Alckmin, serão convidados.
As centrais sindicais avançaram nas definições do
Dia do Trabalhador de 2024. O ato nacional do 1º de
Maio será no estacionamento da Neo Química Arena, o
estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo.
A programação começará às 10 horas.
Na reunião realizada pelas centrais na terça-feira
(26), houve consenso em algumas pautas: empregos
decentes, correção da tabela do imposto de renda,
menos juros, valorização do serviço e dos servidores
públicos. O lema deste ano deve ser “Por um Brasil
mais Justo!”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, serão
convidados.
“Resolvemos o essencial”, afirma Nivaldo Santana,
dirigente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores
e Trabalhadoras do Brasil). Ato político e shows
musicais estão previstos. Segundo Nivaldo, “a
programação está em curso e as bandeiras do ato
podem ter ajustes”.
Mais uma vez, o sindicalismo dará uma demonstração
de unidade. Além da CTB, estão na organização do 1º
de Maio a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros),
a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a Força
Sindical, Intersindical – Central da Classe
Trabalhadora, a NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores), a Pública – Central do Servidor e
UGT (União Geral dos Trabalhadores).
Com o Brasil às voltas com a epidemia de dengue, as
entidades incluíram uma ação de conscientização
entre as mensagens de 2024. Esta deve ser a palavra
de ordem: “Todos contra o Aedes Aegypti – Previna-se
contra a Dengue, Zika e Chikungunya”.
Ao longo do mês de abril, as centrais promoverão uma
série de atividades para divulgar o 1º de Maio. Um
panfleto preliminar, apresentado na reunião desta
semana, reforça o sentido do Dia do Trabalhador:
“Uma data de celebração e reflexão para levar a toda
a população brasileira a luta das Centrais Sindicais
por um Brasil Mais Justo e mais igual, com
desenvolvimento econômico sustentável”.
Fonte: Portal Vermelho
02/04/2024 -
Para 63%, data do golpe de 1964 deve ser desprezada,
diz pesquisa
Datafolha apontou, ainda, que para 55%, Jair
Bolsonaro tentou dar um golpe após derrota para
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra 39% que
pensam o contrário
A data em que ocorreu o golpe cívico-militar de 1964
deve ser desprezada, segundo 63% dos brasileiros e
merece celebração de acordo com 28%; 7% não souberam
opinar. Os dados fazem parte de pesquisa Datafolha,
divulgada no sábado (30), véspera do dia em que, há
60 anos, os militares tomaram o poder, instaurando o
regime de exceção que perseguiu, torturou e matou
opositores e que terminou somente em 1985.
Ainda de acordo com o levantamento, 58% dos
bolsonaristas autodeclarados acreditam que a data
deve ser desprezada, enquanto 33% que ela deve ser
comemorada.
No outro lado do espectro político, entre os que se
dizem petistas, 68% defendem o desprezo, contra 26%
que pensam o oposto. Já entre o segmento que se vê
como politicamente neutro, 60% opinaram pelo
desprezo e 26% pela celebração.
No recorte por classe social, as pessoas que ganham
10 salários mínimos ou mais — que correspondem aos
2% mais ricos — são os que mais defendem o desprezo
(80%) ante a celebração (20%).
A negação com relação à comemoração da data é um
dado positivo quando analisado sob o prisma não do
esquecimento, mas da não celebração. E aumentou em
relação a 2019, primeiro ano do governo de Jair
Bolsonaro, defensor da ditadura, da tortura e dos
desaparecimentos rotineiros durante o regime. Em
abril daquele ano, quando foi feita a mesma
aferição, os percentuais eram de 57% pelo desprezo,
contra 36% pela comemoração.
Durante sua passagem pela presidência da República,
Bolsonaro e seus apoiadores se empenhavam em
defender o regime opressor, inclusive por meio de
homenagens no âmbito institucional, como as notas do
Ministério da Defesa tratando o golpe como uma
revolução democrática.
O Datafolha também mediu a percepção dos brasileiros
quanto à tentativa de Bolsonaro se perpetuar no
poder de maneira antidemocrática. Para 55%, o
ex-presidente tentou dar um golpe após ser derrotado
pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outros 39% pensam o contrário; 7% não souberam
dizer.
Além disso, a pesquisa quis saber a opinião dos
entrevistados quanto à possibilidade de anistia para
os golpistas do 8 de Janeiro de 2023: 63% são
contrários ao perdão, 31% são favoráveis, 2% se
dizem indiferentes e 4% não opinaram.
O instituto ouviu 2.002 pessoas em 147 cidades
brasileiras nos dias 19 e 20 de março. A margem de
erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou
menos.
Com agências
Fonte: Portal Vermelho
02/04/2024 -
Nova lei cria certificado para empresa que promove
saúde mental dos empregados
O certificado terá validade de dois anos e será
concedido por uma comissão nomeada pelo Ministério
da Saúde
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou,
sem vetos, a lei que cria o Certificado Empresa
Promotora da Saúde Mental, voltado para as empresas
que seguem critérios de promoção da saúde mental e
do bem-estar de seus funcionários.
Para obter o certificado, as empresas devem
desenvolver ações e políticas que efetivamente
promovam a saúde mental dos trabalhadores. Caso
descumpram as diretrizes, o certificado poderá ser
revogado.
O certificado será concedido por comissão nomeada
pelo Ministério da Saúde, que deverá aferir se as
práticas desenvolvidas pela empresa estão alinhadas
com as diretrizes.
Publicada no Diário Oficial, a Lei 14.831/24 tem
origem em projeto (PL 4358/23) da deputada Maria
Arraes (Solidariedade-PE), aprovado na Câmara dos
Deputados e no Senado. Segundo Arraes, o objetivo da
lei é criar “um ambiente corporativo mais humano”.
Validade e transparência
O certificado terá validade de dois anos, período após
o qual a empresa deverá passar por nova avaliação
para renovação. Enquanto válido, as empresas poderão
utilizá-lo em sua comunicação e materiais
promocionais. Paralelamente, o governo federal
poderá promover ações publicitárias para incentivar
a adoção do certificado.
Para subsidiar a concessão e a manutenção do
certificado, a empresa deverá fazer uma espécie de
prestação de contas e atuar com transparência.
Assim, terá de divulgar regularmente as ações e
políticas relacionadas à promoção da saúde mental e
do bem-estar de seus funcionários nos meios de
comunicação utilizados pela empresa. Terão ainda de
manter um canal para receber sugestões e avaliações.
Fonte: Agência Câmara
02/04/2024 -
Advogada critica STF na questão da vida toda
Dia 21, o Supremo Tribunal Federal decidiu
contrariamente à revisão da vida toda para
aposentados e pensionistas da Previdência. Por sete
votos a quatro, os ministros vetaram a regra mais
vantajosa, capaz de elevar o valor dos proventos.
Decisão frustrou quem acalentava expectativa de
elevar a renda. Advogados especializados nas
questões previdenciárias também mostram
contrariedade ante a decisão da Corte.
Em entrevista à Agência Sindical, a dra. Tonia
Galetti, Coordenadora Jurídica do Sindnapi da Força
Sindical, comenta: “A derrubada da tese pelo STF é
triste porque retira o direito de milhares de
pessoas, que restarão prejudicadas. Na prática, elas
ficam proibidas de utilizar no cálculo toda a sua
vida laboral”.
Reviravolta – O direito à revisão da vida
toda havia sido reconhecido pelo STF em 2022. Com
isso, aposentados poderiam pleitear na Justiça o
recálculo do benefício, com base em todas as
contribuições feitas. Isso poderia resultar num
valor maior em relação à regra de transição, fixada
em 1999 pela reforma da Previdência, no governo
Fernando Henrique.
Votos – Votaram contra a revisão da vida toda
Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux, Dias Toffoli,
Gilmar Mendes, Roberto Barroso e Kássio Nunes
Marques. A favor, André Mendonça, Cármen Lúcia,
Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
O Sindnapi esperava outra decisão. A dra. Tonia
Galetti afirma: “A expectativa era que o STF
mantivesse sua decisão em favor das pessoas e não se
utilizasse de manobra pra retirar um direito antes
reconhecido pela própria Corte”. E continua: “Essa
decisão lança descrença no Judiciário e no
Executivo. A população nunca vence e ou tem
respeitadas sequer decisões anteriores favoráveis.
Como diz o ministro Gilmar Mendes, no Brasil até o
passado é incerto”.
Cifras – O governo estima economia de R$ 480
bilhões.
Mais – Site do Sindnapi.
Fonte: Agência Sindical
02/04/2024 -
Gilmar Mendes defende redução do tamanho da Justiça
do Trabalho
Segundo o decano do STF, a justiça trabalhista
estaria superdimensionada no País
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal
Federal, trouxe à tona uma discussão crucial para o
futuro do sistema judiciário brasileiro: a
necessidade de reavaliar o papel e o tamanho da
Justiça do Trabalho. Em uma entrevista exclusiva à
revista eletrônica Consultor Jurídico e ao Anuário
da Justiça Brasil 2024, Mendes apontou que nos
próximos dez anos será fundamental discutir a
estrutura da Justiça do Trabalho, considerando as
mudanças nas relações laborais.
Segundo o ministro, embora reconheça a importância
da Justiça do Trabalho, especialmente diante das
assimetrias regionais do país, ele sugere que a
instituição possa estar superdimensionada. Mendes
destaca que debates sobre questões como acidentes de
trabalho têm levantado a questão sobre se esses
casos devem ser de competência da Justiça do
Trabalho ou da Justiça comum.
Essa declaração ganha ainda mais relevância em um
contexto de crescente tensão entre o Supremo
Tribunal Federal e o Tribunal Superior do Trabalho,
especialmente em relação ao vínculo empregatício de
motoristas e entregadores de aplicativos como Uber e
iFood. O STF e a Justiça do Trabalho têm tomado
decisões divergentes sobre o assunto, o que tem
gerado disputas jurídicas.
Além disso, Mendes abordou o aumento exponencial do
número de processos no país, que ultrapassou a marca
dos 80 milhões em 2023. Apesar disso, ele expressa
otimismo ao destacar o processo de desjudicialização
em curso no Brasil, sugerindo que algumas questões,
como disputas de consumidores, poderiam ser
resolvidas por meio de arbitragem ou autocomposição,
sem a necessidade de recorrer ao Judiciário.
Outros temas abordados na entrevista incluem a
necessidade de conciliação entre os poderes
Judiciário e Legislativo, especialmente em casos
sensíveis como a descriminalização do porte de
drogas; o uso da inteligência artificial nos
tribunais e os desafios e vantagens dos julgamentos
virtuais.
Fonte: Brasil247
02/04/2024 -
TST invalida redução de salário apenas para uma
categoria de empregados
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o
recurso de uma empresa contra a anulação da cláusula
de norma coletiva que previa a redução de salário
apenas dos empregados mensalistas. Com isso, fica
mantida a decisão da 7ª Turma da corte, que, em
julgamento anterior, considerou que houve renúncia
ao direito à irredutibilidade salarial sem
contrapartida relevante.
O acordo coletivo, de março de 2002, entre a empresa
e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Gráficas do Município do Rio de Janeiro autorizava a
redução salarial de 12% dos empregados do
departamento gráfico, mas não abrangia os
executivos. Por outro lado, aumentava sua
participação no programa de Participação nos Lucros
e Resultados (PnR) de 1,5 para 2,7 salários-base
nominais.
Na ação, oito desses trabalhadores relataram que a
empresa havia sido autuada pela fiscalização do
trabalho para pagar adicional de periculosidade de
30% para o pessoal da gráfica. Em seguida, ela
informou que proporia acordo coletivo para reduzir o
salário dos empregados que iriam receber o
adicional, alegando que, caso contrário, teria de
fechar o departamento gráfico. O acordo foi assinado
e, após serem dispensados em 2009, os trabalhadores
pediram o pagamento da diferença salarial referente
à redução.
O juízo de primeiro grau julgou procedente o pedido,
considerando que a redução salarial foi um ato
unilateral da empresa. Segundo a sentença, ainda que
houvesse outras compensações (estabilidade, prêmios,
adicional de periculosidade etc.), a medida
afrontava o princípio da irredutibilidade salarial.
Validade do acordo
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ),
porém, reformou a sentença, assinalando que a
Constituição Federal admite a redução de salários
por meio de norma coletiva. Para o TRT, a medida
visava à manutenção dos postos de trabalho.
Ao examinar o recurso de revista dos trabalhadores,
a 7ª Turma considerou que o aumento da participação
nos lucros e resultados era inexpressivo e não
poderia ser entendido como contrapartida para a
redução de 12% do salário de todos os empregados
mensalistas da empresa, especialmente porque o mesmo
parâmetro não havia sido adotado para os executivos.
Quanto ao pagamento do adicional de periculosidade,
o colegiado assinalou que não representa concessão
de novo direito, mas apenas o respeito a uma norma
obrigatória.
Divergência inespecífica
Nos embargos à SDI-1, a empresa apresentou uma decisão
sobre o mesmo tema supostamente contrária ao
entendimento da 7ª Turma. A demonstração da
divergência entre as turmas do TST é um dos
requisitos para o exame do recurso de embargos à SDI-1,
órgão responsável pela uniformização da
jurisprudência do tribunal.
Contudo, prevaleceu no julgamento o voto do ministro
Alberto Balazeiro, que lembrou que a Súmula 296 do
TST exige a identidade de fatos para caracterizar o
conflito de teses. A seu ver, o julgado apresentado
como divergente não era específico o suficiente para
a admissão do apelo.
Entre outros pontos, nesse caso a redução salarial
trazia como contrapartida a garantia dos postos de
trabalho, o pagamento de adicional de periculosidade
e a regulamentação da PNR. Na empresa ré, ela se
resumia ao pagamento do adicional e ao reajuste da
PLR.
Ficou vencida a relatora, ministra Maria Helena
Mallmann. Embora considerasse válida a divergência
de jurisprudência apontada pela empresa, ela votou
pela rejeição do apelo. Segundo ela, há limites à
negociação coletiva e a redução salarial apenas para
os mensalistas, com exclusão dos executivos, cria
“castas” de empregados e afronta a isonomia e a
solidariedade social. Com informações da assessoria
de imprensa do TST.
RR 166-30.2010.5.01.0066
Fonte: Consultor Jurídico
01/04/2024 -
Brasil registra mais de 306 mil empregos formais em
fevereiro
Os cinco maiores setores da economia registraram
saldo positivo
O Brasil fechou o mês de fevereiro com saldo
positivo de 306.111 empregos com carteira assinada,
resultado de 2.249.070 admissões e de 1.942.959
desligamentos. O balanço é do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado
nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho
e Emprego.
Os cinco grandes setores da economia registraram
saldo positivo em fevereiro. Serviços lidera com
193.127 novos postos de trabalho; seguido pela
indústria, 54.448 postos; construção, 35.053 postos;
comércio. 19.724 postos; e agropecuária que fechou o
mês com saldo de 3.759 postos de trabalho.
No mês passado, 24 unidades da Federação registraram
saldos positivos de postos de trabalho. Os estados
com maior saldo foram São Paulo (101.163 postos),
Minas Gerais (35.980 postos) e Paraná (33.043
postos). Os estados com saldo negativo foram Alagoas
(-2.886); Maranhão (-1.220) e Paraíba (-9 postos).
O salário médio de admissão em fevereiro/2024 foi R$
2.082,79. Comparado ao mês anterior, houve redução
real de R$ 50,42 no salário médio de admissão, uma
variação negativa de menos 2,36%.
Acumulado do ano
No acumulado do ano (janeiro/2024 a fevereiro/2024), o
saldo de empregos foi positivo em 474.614 empregos,
resultado de 4.342.227 admissões e 3.867.613
desligamentos.
Nos últimos 12 meses (março/2023 a fevereiro/2024),
foi registrado saldo positivo de 1.602.965 empregos,
decorrente de 23.714.985 admissões e de 22.112.020
desligamentos.
Fonte: Agência Brasil
01/04/2024 -
Julgamento que pode cassar e deixar Moro inelegível
começa nesta segunda-feira
São três datas previstas para a análise de duas
ações que podem, também, deixar o ex-juiz inelegível
até 2030. Caso pode ser levado para o Tribunal
Superior Eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR)
começa nesta segunda-feira (1º) a julgar as ações
que podem levar à cassação e inelegibilidade por
oito anos do senador e ex-ministro de Bolsonaro
Sergio Moro (União Brasil-PR). São três datas
previstas para o julgamento, as outras duas são
quarta-feira (3) e outra segunda (8). Duas ações
serão analisadas, uma da Federação Brasil da
Esperança, formada pelo Partido dos Trabalhadores
(PT), Partido Verde (PV) e pelo Partido Comunista do
Brasil (PCdoB), e a outra do Partido Liberal (PL).
Sergio Moro responde por abuso de poder econômico e
utilização indevida de veículos ou meios de
comunicação social. O ex-juiz é acusado de se
beneficiar na corrida para o Senado de pré-campanha
à Presidência da República ocorrida meses antes.
Moro era do Podemos em 2021 e tinha intenção de ser
candidato à presidente. Perto do prazo final para
trocas partidárias, pulou para o União Brasil para
se candidatar ao Senado. Por isso, as ações apontam
que os gastos de pré-campanha voltados para a
disputa ao Palácio do Planalto são
“desproporcionais” em relação aos demais
concorrentes à uma vaga no Senado pelo Paraná. Tanto
a Federação Brasil da Esperança quanto o PL falam em
gastos acima dos quase R$ 4,5 milhões permitidos.
Nova eleição
Em caso de condenação, a chapa será cassada, ou seja,
além de Moro o suplente Luís Felipe Cunha perde o
mandato e fica inelegível até 2030. Sendo assim,
seria necessária uma nova eleição para o Senado no
Paraná. Independente de qualquer decisão que o
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná tome, o caso
pode ser levado para o Tribunal Superior Eleitoral.
O TRE é composto por sete desembargadores. Em
dezembro do ano passado, a Procuradoria Regional
Eleitoral no Paraná emitiu parecer favorável à
cassação da chapa e à inelegibilidade de Moro e Luís
Felipe Cunha.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/04/2024 -
FGTS Futuro é regulamentado e aguarda normas
operacionais para valer
Regra permite usar depósitos futuros para
financiar casa própria. Por enquanto, nova
modalidade será voltada para Faixa 1 (até R$2.640)
da Minha Casa, Minha Vida
O Conselho Curador do Fundo de Garantia aprovou,
nessa terça (26), a regulamentação do FGTS Futuro
para a Faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida. A
nova modalidade possibilita a utilização do fundo
para a liquidação, amortização ou pagamento de
prestações dos financiamentos habitacionais.
Assim, o trabalhador com carteira assinada que
recebe até dois salários mínimos (R$2.640) vai
poder, em breve, usar depósitos futuros do FGTS para
adquirir a casa própria.
A expectativa do governo é beneficiar pouco mais de
43 mil famílias. Se tiver êxito, a ideia é no futuro
ampliar também para aquelas com renda até R$ 8 mil.
A medida vai permitir que a Caixa, agente operador
do FGTS, fornece as informações sobre a conta
vinculada do trabalhador à instituição financeira,
que vai solicitar o bloqueio dos valores para
quitação ou amortização das prestações.
No entanto, a Caixa Econômica Federal precisa
aprovar ainda normas operacionais para definir como
serão realizados os repasses das transferências dos
depósitos feitos pelo patrão na conta do trabalhador
para o agente financiador do Minha Casa, Minha Vida.
O trabalhador continuará a arcar com o valor
restante da prestação.
Como funciona
Todos os meses, o empregador deposita, no FGTS, 8% do
salário do trabalhador com carteira assinada. Por
meio do FGTS Futuro, o trabalhador usaria esse
adicional de 8% para comprovar a renda.
Com o Fundo de Garantia considerado dentro da renda
mensal, o mutuário poderá financiar um imóvel mais
caro ou comprar o imóvel inicialmente planejado e
acelerar a amortização do financiamento.
Cada contrato de financiamento definirá o período
pelo qual os depósitos futuros serão utilizados. A
instituição financeira será responsável por avaliar
a capacidade de pagamento do mutuário e propor um
financiamento acessório com o FGTS Futuro.
No caso de o trabalhador perder o emprego, o
Conselho Curador definiu que serão suspensas as
prestações por até seis meses; e o valor não pago
será incorporado ao saldo devedor. Essa regra já é
aplicada aos financiamentos habitacionais concedidos
com recursos do FGTS.
No entanto, o trabalhador deverá estar ciente de
que, caso perca o emprego, ele terá de arcar com o
valor integral da prestação: o valor que pagava
antes mais os 8% do salário anterior depositados
pelo antigo empregador.
Fonte: Portal Vermelho
01/04/2024 -
O Supremo atropelou direitos dos aposentados
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal),
de derrubar a chamada “revisão da vida toda” foi
temerária por 2 motivos.
Luís Nassif*
O primeiro, pelo fato de os novos ministros,
Cristiano Zanin e Flávio Dino, terem derrubado os
votos dos ministros que se aposentaram e que eles
substituíram.
De fato, na primeira votação, em 25 de outubro de
2022, votaram a favor da revisão os ministros
Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Cármen Lúcia,
Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Gilmar Mendes.
Depois, o julgamento foi interrompido por pedido de
vistas do ministro Nunes Marques.
Na retomada da votação, Zanin e Dino simplesmente
ignoraram os votos já dados por Ricardo Lewandowski
e Rosa Weber e votaram contra a revisão.
Cria-se enorme insegurança jurídica. Basta apenas
que 1 ministro entre com pedido de vistas aguardando
recém-nomeado que mude o voto anterior.
O que ambos ministros fizeram foi recorrer a
subterfúgio, esperteza. No mínimo, deveriam ter
aguardado a causa transitar em julgado para depois
apreciar as ADI (ações diretas de
Inconstitucionalidade). O que se fez foi mostrar que
não importa em que estágio está o processo, não
importa o resultado das votações anteriores, mudou o
quadro, nada mais vale.
Foi assim com a Lava Jato e foi assim com a revisão
da vida toda. Em essência, não há diferença alguma.
O segundo ponto é a rendição à chamada prudência
fiscal — ou seja, ignorar direitos dos cidadãos por
receio do impacto sobre as contas públicas.
A tal revisão da vida toda só estava acessível a
quem requereu a aposentadoria de 10 anos para cá,
cujos últimos salários foram inferiores à média.
Daí, postulavam o direito de calcular todos os
salários, mesmo aqueles anteriores ao Plano Real.
Tratava-se, portanto, de porcentagem minúscula dos
aposentados. Entidades ligadas a aposentados
calcularam impacto de R$ 1,5 bilhão e R$ 3 bilhões
nas contas públicas ao longo dos anos. Aí aparece a
Previdência com a conta absurda de impacto de R$ 480
bilhões.
E a augusta Corte aceita esse disparate sem
discutir. Da mesma maneira que demoliu os direitos
trabalhistas baseado em engodo repetido
exaustivamente pelo ministro Luís Roberto Barroso: a
de que o Brasil tinha mais de 90% das ações
trabalhistas do mundo.
Tem sido assim indefinidamente, luta tenaz das
corporações do Estado para se apossar de fatias cada
vez maiores do Orçamento. E cuidado de mãe mineira
com o Orçamento Público, quando se trata de garantir
qualquer direito dos anônimos.
Hoje em dia, segundo dados da Pnad (Pesquisa
Nacional de Amostra por Domicílio), a maior média
salarial entre empregados é dos empregados do Setor
Público, militar e funcionário público estatutário,
com R$ 5.534 na média. A média de empregados do
setor privado, com carteira de trabalho assinada, é
de R$ 2.854.
(*) Jornalista. É editor do blog GGN. Publicado
originalmente no blog
Fonte: Diap
01/04/2024 -
Datafolha: para 55% dos brasileiros, Bolsonaro quis
dar um golpe de Estado
Segundo os números, quase 40% dos entrevistados
acham que o ex-mandatário não tinha a pretensão de
impedir a posse de Lula
A pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira
(29), mostrou que, para 55% dos brasileiros, Jair
Bolsonaro (PL) tentou dar um golpe para permanecer
no poder após ser derrotado por Lula em outubro de
2022.
De acordo com as estatísticas, publicadas no jornal
Folha de S.Paulo, 39% dos ouvidos acham que o
ex-mandatário não tinha a pretensão de colocar em
prática uma ruptura institucional; 7% não souberam
responder ao questionamento.
Pelos números, entre os eleitores que se dizem
bolsonaristas, 73% não acreditam que Bolsonaro
tentou impedir a posse do atual presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 147 cidades
brasileiras nos dias 19 e 20 de março. A margem de
erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou
menos.
Fonte: Brasil247
01/04/2024 -
Reeleição de Lula "é o caminho natural", diz Haddad
Perguntado se seria o sucessor do presidente,
Haddad afirmou que "a melhor coisa" a fazer neste
momento é "se concentrar no dia a dia do ministério"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante
entrevista à Rádio Itatiaia na quarta-feira (27),
afirmou que a reeleição do presidente Lula (PT) em
2026 "é o caminho natural" e evitou falar sobre
suceder o chefe. “A melhor coisa que uma pessoa tem
que fazer quando está num cargo com o nível de
responsabilidade do Ministério da Fazenda é se
concentrar no dia a dia do ministério, tentando
encontrar alternativas para os problemas que o país
está enfrentando”, opinou, segundo o Metrópoles.
Haddad também disse que as próximas eleições
presidenciais ainda estão longe, e que Lula segue
como melhor candidato. “No que depender, acredito,
de mim e do Partido dos Trabalhadores, esse é o
caminho natural: garantir o direito do presidente de
se apresentar, depois de ter feito o grande governo
que ele fará com a nossa ajuda".
Fonte: Brasil247
01/04/2024 -
Proposta torna obrigatório estudo sobre gestão de
risco de desastre na mineração
Projeto foi aprovado pelo Senado e é analisado
pela Câmara dos Deputados
O Projeto de Lei 1303/19 determina que as atividades
mineradoras tenham projeto de gerenciamento de risco
de acidentes ambientais. O texto, já aprovado pelo
Senado, muda o Código de Minas e é analisado pela
Câmara dos Deputados.
Segundo a proposta, as mineradoras deverão
apresentar esse documento junto com o Relatório
Anual de Lavra. A senadora Zenaide Maia (PSD-RN),
autora da proposta, informou que o objetivo é evitar
tragédias como os rompimentos das barragens da Vale
em Mariana (MG) e Brumadinho (MG).
“Esses graves episódios, que ceifaram centenas de
vidas, sem contar os prejuízos materiais, na casa
dos milhões, e ambientais, de valor inestimável,
demonstram a necessidade de mecanismos preventivos
de acidentes”, argumentou a senadora.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável; de Minas e Energia; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
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