Blog - Notícias Anteriores - Maio 2019
31/05/2019 -
Alterações na Lei Maria da Penha trazem resultado
positivo
31/05/2019 -
30M traz segundo tsunami pela educação em duas
semanas
31/05/2019 -
Emendas de deputados alteram reforma da Previdência
de Bolsonaro e Guedes
31/05/2019 -
PIB minguado põe Brasil em 38º lugar em lista de 43
países
31/05/2019 -
Governo estuda liberar saques em contas ativas do
FGTS, diz Guedes
31/05/2019 -
Parlamentares defendem Sistema S, mas pedem mais
transparência e diálogo com governo
31/05/2019 -
CDH aprova projeto que proíbe gestantes de
realizarem atividades insalubres
31/05/2019 -
CDH aprova mudança no pagamento de honorário
pericial pelo trabalhador
31/05/2019 -
STJ alinha posição com STF e define em repetitivo
que, sem previsão legal, não há direito à
desaposentação
30/05/2019 -
Educação volta às ruas contra o corte de verbas
30/05/2019 -
STF: é inconstitucional item da ‘reforma’
trabalhista que permite grávidas em atividades
insalubres
30/05/2019 -
MP que altera Código Florestal perderá validade, diz
Davi Alcolumbre
30/05/2019 -
Câmara aprova MP que cria programa de revisão do
INSS
30/05/2019 -
Presidente da CNI bate de frente com Bolsonaro
30/05/2019 -
Paim convoca população para manifestação nesta
quinta-feira
30/05/2019 -
Direção do PDT vê democracia ameaçada por ações do
governo Bolsonaro
30/05/2019 -
Preços sobem 1,27% na saída das fábricas em abril
30/05/2019 -
Trabalhadores paralisam Argentina com grande greve
contra Macri
30/05/2019 -
Proposta cria prazo para regularizar a representação
das partes em causa trabalhista
30/05/2019 -
Justiça Federal é competente para julgar
restabelecimento de auxílio-acidente cessado por
aposentadoria
29/05/2019 -
Presidentes dos três Poderes vão lançar pacto com
metas econômicas
29/05/2019 -
Cármen Lúcia suspende decisão que autorizava
desconto sindical em folha
29/05/2019 -
Em quatro meses, pequenos negócios criam quase 300
mil empregos
29/05/2019 -
Mudança nas regras de reajuste do mínimo preocupa
debatedores na CDH
29/05/2019 -
Mudança na tramitação de MPs pode ser votada nesta
semana
29/05/2019 -
Paulo Guedes se diz confiante na aprovação da
reforma da Previdência
29/05/2019 -
Maia pede ao relator que antecipe parecer sobre
reforma da Previdência
29/05/2019 -
Taxa de desemprego na Grande São Paulo aumenta pelo
2º mês seguido
29/05/2019 -
Confiança do empresário da indústria cai 0,7 ponto
em maio
28/05/2019 -
Estudantes confirmam atos em Brasília e 23 capitais
contra cortes na Educação na quinta-feira
28/05/2019 -
Greve geral: motoristas de ônibus da Grande São
Paulo e Baixada Santista vão parar
28/05/2019 -
Estudo mostra que Capitalização fracassou em 60% dos
países que mudaram Previdência
28/05/2019 -
Trabalhar até os 65 anos 'não é sacrifício', diz
relator da Previdência
28/05/2019 -
Fachin suspende liminar que autoriza venda de
subsidiária da Petrobras
28/05/2019 -
Caged mostra efeitos negativos da "reforma"
trabalhista
28/05/2019 -
Parlamentares dizem que ato pró-Bolsonaro revela um
governo decadente
28/05/2019 -
Paim defende dispensa pericial a aposentados por
invalidez em decorrência do HIV/Aids
27/05/2019 -
Atos por Bolsonaro fracassam e perdem para a
mobilização em defesa da educação
27/05/2019 -
Flávio Dino: Manifestações vão piorar a
governabilidade de Bolsonaro
27/05/2019 -
Abril tem a maior criação de emprego formal para o
mês desde 2013
27/05/2019 -
CDH debate política de reajuste do salário mínimo
27/05/2019 -
Frente em Defesa dos Direitos dos Idosos será
lançada sexta-feira (31)
27/05/2019 -
Comissão de Finanças debate correção da tabela do
imposto de renda
27/05/2019 -
Audiência discute direitos de trabalhadores
terceirizados
27/05/2019 -
Começa hoje a 5ª Semana Nacional da Conciliação
Trabalhista
27/05/2019 -
Empresa deve indenizar trabalhador demitido um mês
após ajuizar ação
24/05/2019 -
Desigualdade de renda atinge o pior patamar
24/05/2019 -
Mandato tresloucado e confronto com Congresso e STF
24/05/2019 -
Câmara conclui votação de medida provisória da
reforma administrativa
24/05/2019 -
Deputados podem apresentar emendas à reforma da
Previdência até o dia 30
24/05/2019 -
Comissão Especial vai debater reforma da Previdência
24/05/2019 -
Critérios para indenização por dano extrapatrimonial
decorrente de relações de trabalho podem ser
revogados
24/05/2019 -
CDH revoga dispositivo da reforma trabalhista para
garantir Justiça gratuita ao trabalhador
24/05/2019 -
Peça apresentada antes da reforma trabalhista não
deve ser corrigida, decide TST
23/05/2019 -
Centrais sindicais: greve geral vai parar o Brasil
contra reforma da Previdência
23/05/2019 -
Nota da Nova Central sobre a Greve Geral do dia 14
de Junho
23/05/2019 -
Deputados aprovam manutenção do Coaf no Ministério
da Economia
23/05/2019 -
M. Queiroz: Parlamentarismo branco em ação
23/05/2019 -
Partidos de oposição buscam unir amplas forças
contra Bolsonaro
23/05/2019 -
CAS ouvirá Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes sobre
reforma da Previdência
23/05/2019 -
Aprovado na CCJ projeto que regula atraso em
audiências de causas trabalhistas
23/05/2019 -
Dirigentes eleitos para sindicato não formalizado
não conseguem estabilidade no emprego
22/05/2019 -
Treze capitais já anunciaram atos em defesa da
educação no dia 30; confira lista
22/05/2019 -
Lideranças de oposição preparam amplo movimento
contra Bolsonaro
22/05/2019 -
Trabalhadores protestam contra MP que privatiza
saneamento básico
22/05/2019 -
Barão de Cocais (MG) vive a tensão de esperar a lama
22/05/2019 -
Pela primeira vez, pesquisa aponta desaprovação
maior que aprovação de Bolsonaro
22/05/2019 -
Redução da desigualdade melhora economia do país,
diz Paim
22/05/2019 -
Confiança da indústria cai 1,6 ponto na prévia de
maio, diz FGV
22/05/2019 -
Marco Aurélio libera recurso sobre adicional de 10%
na multa de FGTS
22/05/2019 -
Custeio de plano de saúde de aposentado pode ser
diferente de ativos
21/05/2019 -
Centrais sindicais reforçarão manifestação
estudantis do dia 30
21/05/2019 -
Governo fecha estratégia para aprovar 3 MPs durante
a semana
21/05/2019 -
Governo está com medo que atos pela educação
protestem contra reforma da Previdência
21/05/2019 -
Bancos vão ficar com 62% da renda do trabalhador se
capitalização for aprovada
21/05/2019 -
Previdência: texto alternativo foi ruído de
comunicação, diz Marinho
21/05/2019 -
Bolsonaro diz que está disposto a dialogar com
parlamentares sobre reforma da Previdência
21/05/2019 -
Impacto da Reforma da Previdência sobre os direitos
humanos é tema de debate em comissão
21/05/2019 -
Comissão especial debate sobre categorias que têm
critérios diferenciados de aposentadoria
21/05/2019 -
Cai confiança do empresário industrial pelo quarto
mês, avalia CNI
21/05/2019 -
Empresa não precisa pagar salário entre concessões
de auxílio-doença
20/05/2019 -
Maia anuncia agenda conjunta com o Senado para
reestruturar o Estado
20/05/2019 -
Para socorrer farra financeira, governo zera verbas
de 11 ministérios
20/05/2019 -
Janaina Paschoal se diz contra manifestação de apoio
a Bolsonaro
20/05/2019 -
Demissões em massa serão tema de audiência pública
com empresários no Senado
20/05/2019 -
Comissão da reforma da Previdência debate BPC e
aposentadoria rural
20/05/2019 -
Comissão de senadores que acompanha reforma da
Previdência faz audiência pública
20/05/2019 -
Teto de gastos é política ‘suicida’ de austeridade
fiscal, diz Paim
20/05/2019 -
CDH pode proibir trabalho insalubre para grávidas e
lactantes
20/05/2019 -
Imprensa destaca nota pública da Anamatra e da ANPT
sobre a possível redução nas NRs de segurança e
saúde no trabalho
20/05/2019 -
Aposentados têm direito a plano de saúde com as
mesmas condições dos ativos
17/05/2019 -
Desemprego volta a subir, diz IBGE
17/05/2019 -
Após prévia do PIB, Dieese diz que Brasil pode
entrar em recessão
17/05/2019 -
Número dos sem aposentadoria nem trabalho dispara
17/05/2019 -
Um em cada quatro desempregados está há dois anos
procurando trabalho
17/05/2019 -
Em meio a sua “balbúrdia” governo avança sobre
direitos
17/05/2019 -
Fiscais do Trabalho criticam governo e defendem
normas de segurança
17/05/2019 -
Para Paulo Paim, manifestações vão muito além dos
cortes na educação
17/05/2019 -
TRT-18 vai decidir se norma coletiva pode suprimir
adicional noturno e de feriado
16/05/2019 -
Bolsonaro sobre estudantes que protestam: “são uns
idiotas úteis, uns imbecis”
16/05/2019 -
UNE convoca novas manifestações para o dia 30
16/05/2019 -
Mobilização por educação ganha apoio de senadores na
CCJ
16/05/2019 -
Deputados criticam medidas que afetam sindicatos e
aposentadorias
16/05/2019 -
MP 873 é antissindical, inconstitucional e traz
'grave intervenção' do Estado
16/05/2019 -
Para Ministério Público há indícios de que Flávio
Bolsonaro praticou lavagem de dinheiro
16/05/2019 -
Na CMO, Guedes condiciona aumento real do salário
mínimo à reforma da Previdência
16/05/2019 -
Manifestação contra corte de verbas é legítima,
defende Humberto Costa
16/05/2019 -
No Maranhão, decisão de tribunal 'zera' receita de
sindicato
15/05/2019 -
Adiada reunião da MP sobre contribuição sindical
15/05/2019 -
Moro perde de novo e registro sindical vai ficar com
Ministério da Economia
15/05/2019 -
Governo é derrotado na Câmara e Weintraub terá de
explicar corte em universidades
15/05/2019 -
Tsunami contra o desmonte da educação tomará as ruas
do Brasil nesta quarta-feira
15/05/2019 -
Maia: só reforma da Previdência não garante
crescimento econômico necessário
15/05/2019 -
Guedes: governo pode rever deduções e reduzir
alíquotas do IR
15/05/2019 -
Apesar do alto índice de mortes no trabalho,
Bolsonaro quer reduzir normas de segurança
15/05/2019 -
Redução na segurança no trabalho fará país campeão
em acidentes, diz Paim
15/05/2019 -
É preciso congelar impostos da alimentação do
trabalhador, diz Plínio Valério
15/05/2019 -
Projeto permite que mulher vítima de violência
doméstica saque o FGTS
14/05/2019 -
Greve Nacional da Educação ganha força com apoio de
pais e alunos
14/05/2019 -
Comissão que avalia MP da contribuição sindical
elege presidente nesta manhã
14/05/2019 -
Governo quer reduzir em 90% as normas de segurança e
saúde do trabalho vigentes no país
14/05/2019 -
Governo fracassa na economia; crescimento baixo e
arrocho à vista
14/05/2019 -
Para participantes de audiência, reforma da
Previdência não combate privilégios
14/05/2019 -
Dono da Gol cita ‘benefícios financeiros’ a Rodrigo
Maia
14/05/2019 -
Pedidos de recurso e revisão do INSS passam a ser
feitos por internet
14/05/2019 -
Frente parlamentar reúne economistas para discutir a
reforma da Previdência
14/05/2019 -
CDH vai discutir impacto da reforma da Previdência
na vida das mulheres
14/05/2019 -
Projeto garante pagamento do adicional de 1/3 sobre
férias vendidas
13/05/2019 -
Comissão realiza audiência para debater MPs que
atingem beneficiários da Previdência e sindicatos
13/05/2019 -
Bolsonaro e Guedes querem acabar com abono salarial
em cinco estados
13/05/2019 -
Se governo não negociar, decreto das armas será
derrubado, diz analista do Diap
13/05/2019 -
Brasil se mobiliza contra cortes e ataques às
universidades
13/05/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa registra
0,6% em abril
13/05/2019 -
Bolsonaro diz que governo vai corrigir tabela do
Imposto de Renda
13/05/2019 -
Governo tenta, mas não consegue descaracterizar
acidente de trajeto
13/05/2019 -
Comissões discutem possibilidade de extinção de
Conselho de Idosos
10/05/2019 -
Ataque de Bolsonaro à educação leva às ruas
estudantes, professores e pesquisadores
10/05/2019 -
MP da contribuição sindical escolhe presidente e
vice na terça-feira
10/05/2019 -
Para economista, reforma não combate privilégios: 'É
muita hipocrisia'
10/05/2019 -
Paulo Rocha diz que reforma da Previdência provocará
caos no país
10/05/2019 -
MP que combate fraudes no INSS é aprovada em
comissão e segue para o Plenário
10/05/2019 -
Equipe econômica do governo estuda mudanças nas
regras do FGTS
10/05/2019 -
Comissão aprova transferência do Coaf para o
Ministério da Economia
09/05/2019 -
Pesquisa
CNI/Ibope mostra que maioria é contra reforma da
Previdência
09/05/2019 -
TRF manda Michel Temer de volta para prisão
09/05/2019 -
Centrais sindicais vão engrossar greve nacional da
educação, dia 15
09/05/2019 -
"Nova" Previdência indica desconhecimento ou má-fé
do governo
09/05/2019 -
Frente parlamentar defende indústria têxtil da
concorrência externa
09/05/2019 -
CAS aprova projeto que estende regra de reajuste do
salário mínimo até 2023
09/05/2019 -
Bolsonaro extingue mais de 50 conselhos e colegiados
09/05/2019 -
Indústria recua em 9 dos 15 locais pesquisados pelo
IBGE
09/05/2019 -
Banco Central mantém juros básicos no menor nível da
história
08/05/2019 -
Governo gastará 40 milhões para convencer população
sobre reforma
08/05/2019 -
Nota das Centrais contra os cortes nas verbas da
Educação
08/05/2019 -
Empresa não deve ser culpada por acidente a caminho
de casa, propõe MP
08/05/2019 -
Cesta básica em 18 capitais tiveram alta em abril,
aponta Dieese
08/05/2019 -
Oposição quer mais debates na comissão especial da
reforma da Previdência
08/05/2019 -
Paim condena troca de votos para reforma da
Previdência por cargos em ministérios
08/05/2019 -
Indicadores de mercado de trabalho apresentam piora
em abril
08/05/2019 -
Empregado com filho com deficiência terá prioridade
para marcar férias, aprova CDH
08/05/2019 -
Auxílio a vítimas de Brumadinho não pode excluir
outros benefícios, dizem debatedores
07/05/2019 -
Comissão que avalia MP da contribuição sindical será
instalada no Congresso
07/05/2019 -
Nota: Nova Central nega fusão com qualquer outra
central sindical
07/05/2019 -
Greve Nacional da Educação dia 15 de maio ganha
adesão de entidades
07/05/2019 -
Caminhoneiros se revoltam contra alta do diesel
07/05/2019 -
Centrais articulam greve geral mirando setor de
transporte
07/05/2019 -
Deputado da bancada da bala diz que Bolsonaro pode
não concluir mandato
07/05/2019 -
Inflação para famílias de menor renda avança em
abril, divulga FGV
07/05/2019 -
Finanças discute a reforma da Previdência com Paulo
Guedes
07/05/2019 -
Validade de norma coletiva que restringe direito
trabalhista é tema de repercussão geral
06/05/2019 -
MPT faz campanha para destacar importância da ação
sindical
06/05/2019 -
Comissão especial da reforma da Previdência reúne-se
nesta terça
06/05/2019 -
CDH vai discutir Previdência e trabalho com foco em
isenções fiscais
06/05/2019 -
Produção industrial brasileira cai 1,3% de fevereiro
para março
06/05/2019 -
Impacto da reforma da Previdência entre os idosos é
tema de novo debate
06/05/2019 -
Construção civil desaba com o agravamento da crise
06/05/2019 -
Desemprego em alta faz trabalhadores sentirem
saudades do governo Lula
06/05/2019 -
A capitalização é o grande inimigo a se combater,
alerta diretor do Diap
03/05/2019 -
4,8 milhões de desempregados já deixaram de buscar
trabalho, diz IBGE
03/05/2019 -
Ministro decide por urgência na avaliação do STF
sobre fim de conselhos sociais
03/05/2019 -
Márcio Jerry: "Bolsonaro não enfrenta os problemas
reais do Brasil"
03/05/2019 -
CNTA orienta filiados a atuarem forte na base e
reforça apoio à greve geral
03/05/2019 -
Silvio Santos vende apoio ao fim da Previdência
03/05/2019 -
CNBB critica "reformas" previdenciária e trabalhista
03/05/2019 -
Bolsonaro nomeia como interlocutor deputado que
pediu impeachment de Mourão
03/05/2019 -
Ministro suspende norma que admite que trabalhadoras
grávidas e lactantes desempenhem atividades
insalubres
02/05/2019 -
Em discurso no Dia do Trabalho, Bolsonaro evita
falar sobre desemprego
02/05/2019 -
Emprego, salário? Para governo, 1º de Maio é dia de
controle sindical
02/05/2019 -
1º de Maio Unitário dá a arrancada para a greve geral de
14 de junho
02/05/2019 -
No primeiro trimestre do ano 'novo', mais desemprego
e mais desalento
02/05/2019 -
Subutilizados no mercado de trabalho chegam a 28,3
milhões, diz IBGE
02/05/2019 -
Comissão da reforma da Previdência deve votar
parecer em junho
02/05/2019 -
Ataque aos Correios é a nova diretriz do governo
02/05/2019 -
Preço de produtos na saída das fábricas sobe 1,63%
em março, diz IBGE
02/05/2019 -
Projeto prevê atendimento prioritário especial para
idosos maiores de 80 anos
31/05/2019 -
Alterações na Lei Maria da Penha trazem resultado
positivo
Por Guilherme de Souza Nucci
Introduziu-se, na Lei Maria da Penha, o artigo 12-C,
nos seguintes termos:
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou
iminente à vida ou à integridade física da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou de
seus dependentes, o agressor será imediatamente
afastado do lar, domicílio ou local de convivência
com a ofendida:
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia, quando o Município
não for sede de comarca; ou
III - pelo policial, quando o Município não for sede
de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia.
§ 1º. Nas hipóteses dos incisos II e III do caput
deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo
de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual
prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida
aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público
concomitantemente.
§ 2º. Nos casos de risco à integridade física da
ofendida ou à efetividade da medida protetiva de
urgência, não será concedida liberdade provisória ao
preso.
O propósito de conferir ao delegado de polícia a
viabilidade de determinar algumas medidas de
proteção à mulher ofendida por companheiro, namorado
ou marido já foi tentado antes. Evitou-se a
aprovação por se considerar que essa atividade seria
privativa do juiz de Direito.
A Lei 13.827/2019, entretanto, ultrapassou essa
barreira e foi adiante. Admitiu que, verificada a
existência de risco atual ou iminente à vida ou
integridade física da mulher em situação de
violência doméstica e familiar (ou de dependentes),
o agressor poderá ser afastado imediatamente do lar,
domicílio ou lugar de convivência (podendo ser um
simples barraco embaixo de uma ponte) com a
ofendida: (a) pelo juiz (nenhuma polêmica); (b) pelo
delegado de polícia, quando o município não for sede
de comarca, vale dizer, quando não houver juiz à
disposição; (c) pelo policial (civil ou militar),
quando não houver juiz nem tampouco delegado
disponível no momento da “denúncia” (entenda-se como
fato ocorrido contra a mulher).
Teve a referida lei a cautela de prever a
comunicação da medida ao juiz, no prazo máximo de 24
horas, decidindo em igual prazo, para manter ou
revogar a medida, cientificando o Ministério
Público. Nota-se a ideia de preservar a reserva de
jurisdição, conferindo à autoridade judicial a
última palavra, tal como se faz quando o magistrado
avalia o auto de prisão em flagrante (lavrado pelo
delegado de polícia). Construiu-se, por meio de lei,
uma hipótese administrativa de concessão de medida
protetiva — tal como se fez com a lavratura do auto
de prisão em flagrante (e quanto ao relaxamento do
flagrante pelo delegado). Não se retira do juiz a
palavra final. Antecipa-se medida provisória de
urgência (como se faz no caso do flagrante: qualquer
um pode prender quem esteja cometendo um crime).
Em seguida, menciona-se, inclusive, a viabilidade de
qualquer policial, civil ou militar, de fazer o
mesmo, quando no local não existir nem juiz nem
delegado. Ora, policiais devem prender em flagrante
quem estiver cometendo crime; depois o delegado
avaliará e, finalmente, o juiz dará a última
palavra.
Não se fugiu desse contexto. Não visualizamos
nenhuma inconstitucionalidade nem usurpação de
jurisdição. Ao contrário, privilegia-se o mais
importante: a dignidade da pessoa humana. A mulher
não pode apanhar e ser submetida ao agressor, sem
chance de escapar, somente porque naquela localidade
inexiste um juiz (ou mesmo um delegado). O policial
que atender a ocorrência tem a obrigação de afastar
o agressor. Depois, verifica-se, com cautela, a
situação concretizada.
Argumentar com reserva de jurisdição em um país
continental como o Brasil significaria, na prática,
entregar várias mulheres à opressão dos seus
agressores, por falta da presença estatal (judicial
ou do delegado). O princípio constitucional da
dignidade da pessoa humana encontra-se acima de
todos os demais princípios e é perfeitamente o caso
de se aplicar nesta hipótese.
Afaste-se o agressor e, após, debata-se a
viabilidade ou inviabilidade da medida. O delegado
ou policial não está prendendo o autor da agressão,
mas somente “separando” compulsoriamente a vítima e
seu agressor. Uma medida de proteção necessária e
objetiva.
Aliás, como tenho defendido, o delegado de polícia é
um operador do Direito concursado, preparado e
conhecedor das leis penais e processuais penais. Por
isso, pode, com perfeição, analisar a medida
protetiva. Pode avaliar, ainda, se lavra ou não a
prisão formal pelo auto de prisão em flagrante. E,
também por isso, pode validar, em primeiro momento,
a prisão em flagrante feita por policiais na rua.
Eis por que a audiência de custódia significa uma
dupla avaliação sobre a validade da prisão em
flagrante (delegado e juiz). Por isso, a audiência
de custódia não tem sentido, a nosso ver. O delegado
valida o flagrante. Após, o juiz o aceita ou
rejeita, sem necessidade de se inventar um juiz de
custódia.
Por outro lado, a referida lei em comento permite
que o juiz, comunicado da medida em 24 horas, possa
mantê-la ou afastá-la, como faz com o auto de prisão
em flagrante.
Preocupação deve ser levantada no tocante ao
parágrafo 2º do artigo 12-C: “Nos casos de risco à
integridade física da ofendida ou à efetividade da
medida protetiva de urgência, não será concedida
liberdade provisória ao preso”. Mais uma vez, o
legislador se mostra ingênuo ou totalmente
desinformado. Muitos casos de afastamento do
agressor se dão em relação a crimes de ameaça ou
lesão simples, cujas penas são pífias. Como pode o
magistrado ser proibido de conceder liberdade
provisória nesses casos? Essa parte não encontra
suporte constitucional, por ofender a
proporcionalidade e a legalidade.
Finalmente, o registro da medida provisória (artigo
38-A da Lei Maria da Penha) é salutar, permitindo um
maior controle sobre as decisões tomadas em favor da
mulher agredida.
A Lei 13.827/2019 produz um resultado positivo.
Fonte: Consultor Jurídico
31/05/2019 -
30M traz segundo tsunami pela educação em duas
semanas
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm
maiores mobilizações. “Brincaram com o formigueiro,
deu nisso!”, afirmou o cientista Miguel Nicolelis
sobre ato que levou 1,8 milhão às ruas
Os atos em defesa da educação pública no país e
contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro
superaram as expectativas dos organizadores, segundo
a União Nacional dos Estudantes (UNE). Em São Paulo,
foi estimada a participação de 300 mil pessoas.
Muitas chegaram no começo da manifestação por volta
de 17h no Largo da Batata, bairro de Pinheiros, zona
oeste da capital. Outras foram se incorporando ao
longo dos mais de 4 quilômetros percorridos até a
dispersão, por volta de 21h, na Avenida Paulista.
Belo Horizonte reuniu 200 mil manifestantes. Rio de
Janeiro e Recife, pelo menos 100 mil pessoas cada
uma. A mobilização no Distrito Federal atraiu cerca
de 20 mil pessoas. Em Salvador foram 70 mil pessoas,
40 mil em Belém, outras 30 mil em São Luís. Pelas
contas dos organizadores em torno de 1,8 milhão de
pessoas foram às ruas de 190 cidades do Brasil – dos
26 estados e do Distrito Federal –, além de outras
10 do exterior.
“Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou
nas redes sociais o cientista Miguel Nicolelis. Já
na Avenida Paulista, a presidenta da UNE, Marianna
Dias, registrou: “O dia 30 de maio entra pra
história do nosso país. Quando estudantes,
professores, trabalhadores, pais, o povo brasileiro
voltou às ruas num grande tsunami. Para quem não
acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós
somos rebeldes. Nós somos questionadores”.
Marianna admitiu a superação das expectativas em
relação ao alcance das manifestações, e assimilou a
energia e vibração que vinha do asfalto, tomado por
jovens, “organizados” ou “autônomos”. O trocadilho
impresso na faixa gigantesca que acompanhou a
passeata, “O Brasil se UNE pela educação”, traduzia
uma realidade. “Se eles querem proibir, inibir a
nossa voz e a nossa manifestação, eles vão falhar.
Porque o povo que saiu de casa, não volta mais pra
casa, se a educação do nosso país não for
respeitada. Nós queremos escola, nós queremos
educação e nós vamos construir a maior greve geral
(marcada para 14 de junho), ao lado dos
trabalhadores, da história deste país. E eu desafio
o governo Bolsonaro a dizer ao povo brasileiro
porque que eles não gostam da educação”, bradou a
presidenta da UNE.
“A universidade é o lugar da transformação, da
liberdade, da democracia. Eles têm ódio disso. Por
isso nós os derrotaremos gritando, fazendo
balbúrdia, fazendo esse país se tornar um caos.
Porque Bolsonaro não governa enquanto os cortes não
forem revertidos. Essa é a promessa do povo que está
indo pras ruas do Brasil. Bolsonaro, você não vai
ter paz e nós não temos medo de você.”
Independentemente dos números da mobilização, uma
nota divulgada pelo ministro da Educação, Abraham
Weintraub, na tarde desta quinta, atestava que o
governo está – além de desorientado – incomodado. O
ministro sustenta que professores, servidores,
estudantes e pais ou responsáveis “não são
autorizados a divulgar e estimular protestos durante
o horário escolar”. O ministro também espera que
sejam feitas denúncias por meio do site da Ouvidoria
do ministério. Pelo que se viu nas ruas de todo o
Brasil, o ministro está falando para as paredes.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/05/2019 -
Emendas de deputados alteram reforma da Previdência
de Bolsonaro e Guedes
Deputados de diferentes partidos, inclusive do
partido do presidente da República, apresentaram 277
sugestões de modificações à proposta de reforma da
Previdência do governo, mais do que na reforma
fracassada do governo de Michel Temer.
Esse número é maior do que as 164 emendas
apresentadas ao projeto de Michel Temer, que
fracassou em 2017, significando que a pressão por
mudanças na reforma de Bolsonaro e Guedes é maior.
Agora o relator da reforma da Previdência, Samuel
Moreira (PSDB-SP) vai concentrar sua atividade na
elaboração do relatório a ser apreciado e votado no
plenário da Câmara dos Deputados. Sua expectativa é
apresentar o parecer antes de 15 de junho. "Estamos
fazendo o relatório ouvindo as lideranças, os
líderes de partidos. O presidente [da Câmara]
Rodrigo Maia (DEM-RJ) também tem peso, as opiniões
dele. Nós estamos construindo e partindo para o
fechamento do relatório", informa reportagem de
Thiago Resende na Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
31/05/2019 -
PIB minguado põe Brasil em 38º lugar em lista de 43
países
O recuo de 0,2% no PIB no primeiro trimestre deixa o
Brasil em 38º posição numa lista de 43 países
confeccionada pela consultoria Austin Rating. O
Brasil está empatado com o México e acima apenas de
Letônia, Coreia do Sul, Indonésia e Nigéria. Outro
estudo, da consultoria AC Pastore, mostra ainda que
a recuperação brasileira tem sido ainda mais lenta
do que a observada em diversos países que passaram
por grandes recessões.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"no primeiro trimestre, o desempenho da economia
brasileira ficou bem abaixo do crescimento médio dos
países selecionados pela Austin Rating, que neste
primeiro trimestre foi de 2,3%, na comparação com o
mesmo período do ano anterior. O país que mais
cresceu no início de 2019 foi Cingapura (3,8%)."
E acrescenta: "com a revisão de projeções para o
desempenho da economia ao longo de 2019, a tendência
é que o Brasil termine o ano em posição ainda
inferior. Considerando a expectativa média do último
boletim Focus, de 1,23%, o Brasil ficaria em 37º
lugar."
Fonte: Brasil247
31/05/2019 -
Governo estuda liberar saques em contas ativas do
FGTS, diz Guedes
O governo estuda liberar saques de contas ativas do
Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), numa
medida similar à implementada pelo governo Michel
Temer no caso de contas inativas. A informação foi
confirmada nesta quinta-feira (30) pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes.
O objetivo é o mesmo: injetar recursos capazes de
alavancar a volta do crescimento. A medida,
entretanto, ainda segue em estudo, e só deve ser
implementada após a eventual aprovação da reforma da
Previdência. “Nós temos que começar pelas coisas
mais importantes”, disse Guedes.
“As coisas devem se acelerar nas próximas três ou
quatro semanas”, disse o ministro, em referência à
tramitação da reforma da Previdência no Congresso.
Ao citar medidas de estímulo ao crescimento que
devem ser anunciadas após a aprovação da nova
Previdência, Guedes mencionou a nova rodada de
liberação dos saques nas contas do FGTS. “Inativas e
ativas. Ativas também”, afirmou ele, sem dar mais
detalhes sobre a medida.
O governo cogita a liberação dos saques em contas
ativas ante o esgotamento dos recursos disponíveis
nas contas inativas, que já tiveram o saque liberado
pelo governo Temer. Guedes ressalvou, porém, que a
medida segue em estudo, e que ainda “não foi batido
o martelo”.
Hoje, o saque nas contas ativas do FGTS só é
permitido em situações específicas, como no caso do
trabalhador ser demitido sem justa causa ou se for
para utilizar os recursos na aquisição de casa
própria.
O ministro comentou nesta quinta-feira (30) o
desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no
primeiro trimestre, que teve uma retração de 0,2% de
acordo com os dados divulgados nesta manhã pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Para ele, o resultado já era esperado.
Fonte: Agência Brasil
31/05/2019 -
Parlamentares defendem Sistema S, mas pedem mais
transparência e diálogo com governo
Diretor do Senai disse que 80% das pessoas
formadas por entidades conseguem emprego no primeiro
ano
Deputados defenderam nesta quinta-feira (30) as
entidades do Sistema S, mas pediram mais
transparência na gestão das organizações,
rotatividade dos dirigentes e maior interação com a
sociedade, que desconhece o trabalho feito por elas.
O assunto foi debatido pela Comissão de
Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e
Serviços da Câmara dos Deputados, a pedido do
deputado Glaustin Fokus (PSC-GO).
O Sistema S é composto por nove entidades (Senai,
Sesc, Sesi, Senac, Senar, Sescoop, Sest, Senat e
Sebrae), mantidas por confederações patronais, que
promovem cursos de educação e capacitação de
trabalhadores de determinados setores da economia.
Também realizam alguns trabalhos sociais.
Recentemente o sistema foi alvo de críticas do
ministro da Economia, Paulo Guedes, que defendeu
corte nas alíquotas das contribuições, que pode
chegar a 3,1% da folha, para diminuir a carga
tributária das empresas.
Para o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), as
entidades do sistema realizam um trabalho relevante,
mas a população desconhece isso, assim como não sabe
de onde vêm os recursos que alimentam as
organizações. “Isso tem que ser passado para a
sociedade. Ela precisa entender de onde vêm e para
onde vão os recursos”, disse.
As entidades do Sistema S são mantidas por
contribuições pagas pelas médias e grandes empresas
sobre a folha salarial. No ano passado, a
contribuição somou R$ 17 bilhões.
Governança
Os deputados Amaro Neto (PRB-ES) e Alexis Fonteyne
(Novo-SP) também destacaram a importância do Sistema
S para a economia, mas pediram rotatividade dos
dirigentes das entidades. “Às vezes demora demais,
são os mesmos representantes de muitos anos e acaba
passando para a sociedade que não há rotatividade à
frente do sistema”, disse Neto. Já Fonteyne defendeu
a saída dos dirigentes que entram para a política,
para evitar “conflito de interesses”.
Durante o debate, que ouviu representantes das
entidades, o deputado Osires Damaso (SPC-TO) propôs
que o Sistema S realize um estudo sobre a atuação em
cada estado e apresente os resultados para as
bancadas estaduais. Segundo ele, em alguns locais o
sistema pode funcionar melhor do que em outros.
Damaso disse ainda que há uma demanda dos
empresários por redução da carga tributária que não
pode ser desprezada. “Hoje o meu pensamento é que
precisamos desonerar as empresas”, afirmou.
Diálogo
O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, disse aos
deputados que o Sistema S já está conversando com o
governo sobre mudanças na gestão. O ministro Paulo
Guedes propôs que as entidades assinem contratos de
gestão com objetivos e metas. “O governo está tendo
acesso a mais informações e está colocando pontos
que estamos abertos”, afirmou.
Lucchesi defendeu o trabalho realizado pelas
entidades. “No período de crise, 80% das pessoas que
formamos encontram emprego no primeiro ano”, disse,
referindo-se ao trabalho do Senai.
Ele e os demais convidados à audiência foram
enfáticos em afirmar que não haverá ganho para
economia com o corte de recursos para o sistema.
“Isso não vai gerar nenhum emprego. O que gera
emprego é crescimento econômico”, disse o presidente
da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander
Costa.
A CNT mantém duas organizações do sistema (Sest e
Senat).
Fonte: Agência Câmara
31/05/2019 -
CDH aprova projeto que proíbe gestantes de
realizarem atividades insalubres
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou, na manhã desta
quinta-feira (30), projeto de lei que proíbe o
trabalho de gestante ou lactante em atividades,
operações ou locais insalubres (PLS 254/2017). A
aprovação ocorre um dia após o Supremo Tribunal
Federal (STF) considerou inconstitucionais trechos
de dispositivos da reforma trabalhista (Lei 13.467,
de 2017) que admitiam a possibilidade de
trabalhadoras grávidas e que estejam amamentando
desempenharem atividades insalubres em algumas
hipóteses.
— Essa decisão o Supremo Tribunal Federal já tomou
dia 29. É redundante lermos o relatório e aprovar.
Estaríamos na mesma linha, exatamente, da decisão
que o Supremo tomou ontem à noite — destacou o
presidente da Comissão, senador Paulo Paim (PT-RS),
autor do projeto.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
31/05/2019 -
CDH aprova mudança no pagamento de honorário
pericial pelo trabalhador
Foi aprovado, nesta quinta-feira (30), na Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa
(CDH), projeto que determina que quem perde uma
causa na qual tenha havido perícia, tendo recorrido
à Justiça gratuita, não arcará com o pagamento de
honorários periciais (PLS 361/2017).
Atualmente, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de
2017) determina que o beneficiário da Justiça
gratuita pague honorários periciais, caso saia
vencedor da ação trabalhista.
Autor do projeto e presidente da CDH, o senador
Paulo Paim (PT-RS) ressalta que a alteração
introduzida pela reforma trabalhista é
inconstitucional, pois a Constituição federal
determina que a assistência jurídica será integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos. Diante disso, a proposta de Paim visa ao
retorno da redação anterior, do art. 790-B da
Consolidação das Leis de Trabalho (CLT — Decreto-lei
5.452, de 1943), para garantir ao beneficiário da
Justiça gratuita a isenção de pagamento dos
honorários periciais.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
31/05/2019 -
STJ alinha posição com STF e define em repetitivo
que, sem previsão legal, não há direito à
desaposentação
Sob o rito dos recursos repetitivos, a Primeira
Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
realinhou o entendimento sobre o direito à
desaposentação com a tese firmada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), reconhecendo que, por falta
de previsão legal, não é possível ao segurado do
INSS já aposentado adquirir novo benefício em
decorrência das contribuições recolhidas após a
concessão da aposentadoria.
Ao dar provimento ao recurso do INSS, os ministros
alteraram a tese firmada no Tema 563 para os termos
estipulados pelo STF, sob o regime vinculativo da
repercussão geral (Tema 503), estabelecendo que, "no
âmbito do Regime Geral de Previdência Social – RGPS,
somente lei pode criar benefícios e vantagens
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão
legal do direito à 'desaposentação', sendo
constitucional a regra do artigo 18, parágrafo 2°,
da Lei 8.213/1991".
O caso tomado como representativo da controvérsia
teve origem em ação ordinária de segurado com o
objetivo de renunciar à aposentadoria por tempo de
serviço concedida pelo INSS, com a consequente
concessão de outro benefício de mesma natureza, cujo
cálculo computaria as contribuições feitas após o
jubilamento.
O Tribunal Regional da 4ª Região entendeu que seria
possível a desaposentação, mas determinou ao
segurado a restituição dos valores já recebidos da
autarquia previdenciária.
Direitos disponíveis
No STJ, foram interpostos dois recursos especiais: um
do aposentado, sustentando que a devolução dos
valores recebidos seria desnecessária; e outro do
INSS, alegando que a Lei 8.213/1991 veda a renúncia
à aposentadoria concedida.
O tema foi afetado ao rito dos repetitivos. Ao
decidir a controvérsia, a Primeira Seção deu
provimento ao recurso do particular e negou ao do
INSS. “Os benefícios previdenciários são direitos
patrimoniais disponíveis e, portanto, suscetíveis de
desistência pelos seus titulares, prescindindo-se da
devolução dos valores recebidos da aposentadoria a
que o segurado deseja preterir para a concessão de
novo e posterior jubilamento”, afirmou a seção na
ocasião.
A autarquia recorreu ao STF. Após o julgamento do
recurso extraordinário, o processo voltou ao STJ
para retratação.
Juízo de retratação
O relator, ministro Herman Benjamin, observou que a
posição adotada pelo STJ anteriormente “não se
harmoniza com a orientação firmada pelo STF, razão
pela qual se justifica, em juízo de retratação, a
modificação do julgado para alinhá-lo ao decidido
pela Suprema Corte”. Ao citar precedentes da
Primeira e da Segunda Turmas, ressaltou que o STJ já
vem aplicando o entendimento do STF.
“Assim, consoante o artigo 1.040 do Código de
Processo Civil de 2015, de rigor a reforma do
acórdão recorrido para realinhá-lo ao posicionamento
do STF acerca da impossibilidade de o segurado já
aposentado fazer jus a novo benefício em decorrência
das contribuições vertidas após a concessão da
aposentadoria”, disse.
Fonte: STJ
30/05/2019 -
Educação volta às ruas contra o corte de verbas
Protestos devem ocorrer em 150 municípios de 20
estados.
Uma nova manifestação contra os ataques ao orçamento
das universidades e outras instituições de ensino e
pesquisa toma conta do país. As entidades estudantis
afirmaram, de acordo com o jornal O Estado de S.
Paulo, anunciam protestos em 150 municípios de 20
estados. A manifestação é liderada pela União
Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União
Brasileira dos Secundaristas (Ubes).
As entidades destacam que protestos são uma resposta
à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub,
que reduziu o orçamento das universidades federais,
bloqueou recursos para ações e programas da área e
cortou bolsas de pesquisa. “São atos com caráter
diferente. Quem foi às ruas no domingo defendia um
governo e suas propostas. Nós estamos defendendo a
educação, as universidades, os programas para o
ensino básico”, disse Marianna Dias, presidenta da
UNE.
Pedro Gorki, presidente da Ubes, afirmou que a
entidade pediu para que todas as escolas, institutos
e universidades, coloquem uma faixa, como a que foi
retirada pelos manifestantes bolsonaristas, na porta
de suas unidades. “Ações como essas só mostram a
necessidade de nos fortalecermos ainda mais”, disse.
Fonte: Portal Vermelho
30/05/2019 -
STF: é inconstitucional item da ‘reforma’
trabalhista que permite grávidas em atividades
insalubres
Tribunal derruba um dos itens mais polêmicos do
projeto aprovado em 2017 que deu origem à Lei
13.467. Um "retrocesso social", afirma confederação
dos metalúrgicos
Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu nesta quarta-feira (29) que é
inconstitucional o item da “reforma” trabalhista que
permite a trabalhadoras grávidas e lactantes atuarem
em atividades consideradas insalubres. Esse foi um
dos itens mais polêmicos do projeto aprovado em
2017, que se tornou a Lei 13.467.
Com a decisão, o plenário referendou liminar dada há
um mês pelo relator da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 5.938, ministro
Alexandre de Moraes, que suspendia incisos do artigo
394 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
alterados pela “reforma”. Para Moraes, trata-se não
só de “salvaguarda da mulher, mas também total
proteção ao recém-nascido, possibilitando
convivência com a mãe de maneira harmônica, sem os
perigos do ambiente insalubre”.
A ação foi apresentada pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), ligada à
Força Sindical. Pela lei aprovada ainda na gestão
Temer, trabalhadores podem exercer atividades
insalubres em grau médio ou mínimo e lactantes, em
qualquer grau, a não ser que apresentem atestado de
saúde que recomende o afastamento. O único voto
contrário foi o do ministro Marco Aurélio Mello.
Segundo a CNTM, “se trata de flagrante violação aos
fundamentos da dignidade da pessoa humana e dos
valores sociais do trabalho, princípios norteadores
da República Federativa do Brasil, bem como o
objetivo fundamental da república de erradicar a
pobreza e reduzir as desigualdades sociais e
regionais”. A entidade afirma que o ato representa
uma inconstitucionalidade “cristalina”, além de ser
um retrocesso social. “O STF corrigiu uma grande
maldade da reforma trabalhista”, declarou o
presidente da confederação e da Força, Miguel
Torres. “Prevaleceu a justiça e o humanismo em
proteção à maternidade, às mulheres e às crianças.”
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já
havia se manifestado pela procedência do pedido. “A
(suposta) proteção – ou melhor, desproteção – que
encerra não atende à urgência reclamada pela
situação de vulnerabilidade da trabalhadora gestante
ou lactante, nem condiz com a relevância dos bens
jurídicos em questão (vida, saúde, maternidade,
infância e trabalho digno e seguro)”, afirmou em
parecer. “Registre-se, por fim, que a norma
impugnada contraria também o princípio
constitucional da isonomia.”
Fonte: Agência Sindical
30/05/2019 -
MP que altera Código Florestal perderá validade, diz
Davi Alcolumbre
Durante as votações em Plenário nesta quarta-feira
(29), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
informou que cumprirá o acordo com as lideranças
partidárias e só votará duas das três medidas
provisórias que têm validade até segunda-feira (3).
Assim, as MPs 871 e 872, ambas de 2019, serão
votadas pelos senadores na sessão deliberativa desta
quinta-feira (30). Já a MP 867/2018, que muda regras
de regularização ambiental, não será votada e
perderá sua eficácia.
— Nós construímos um acordo com os líderes
partidários. É uma reclamação constante dos
senadores em relação aos prazos em que as medidas
provisórias chegam para apreciação do Senado. A
construção hoje foi: nós temos três medidas
provisórias que estão vencendo na semana que vem, eu
precisei construir um acordo com os líderes para que
nós não perdêssemos todas as medidas provisórias.
Não vamos votar a MP 867 por conta da insatisfação
dos senadores em relação ao prazo. Os senadores
estão certos, querem mais tempo para deliberar sobre
essas matérias — afirmou Davi à imprensa após a
sessão plenária.
Durante a ordem do dia, vários senadores se
manifestaram contra a votação do texto.
Fonte: Agência Senado
30/05/2019 -
Câmara aprova MP que cria programa de revisão do
INSS
A votação ocorreu no começo da madrugada desta
quinta-feira
O plenário da Câmara aprovou na madrugada desta
quinta-feira (30) a Medida-Provisória (MP) 871/19,
que cria um programa de revisão de benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exige
cadastro do trabalhador rural e restringe o
pagamento de auxílio-reclusão apenas aos casos de
pena em regime fechado.
O Senado já marcou para hoje a votação da MP, que
perde a validade na segunda-feira (3).
Pelo texto aprovado na Câmara, de relatoria do
deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), o INSS
passará a ter acesso a dados da Receita Federal, do
Sistema Único de Saúde (SUS), de movimentação do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e
outros para concessão, revisão ou manutenção de
benefícios.
Com a aprovação da MP, o pequeno produtor rural
precisará comprovar o tempo de exercício de
atividade rural por meio de autodeclaração
ratificada pelo Programa Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Pronater). O INSS não
aceitará mais documentações emitidas por sindicatos
rurais.
Durante a votação dos destaques, foi aprovado o que
trata do compartilhamento de dados de entidades
privadas obtidos pelo INSS com outras entidades
privadas e que manteve o Benefício de Prestação
Continuada (BPC) na lista de tipos de benefícios que
poderão ser alvo de pente fino por parte do INSS.
Também foi aprovado o aumento de 30 dias para 60
dias o prazo para o trabalhador rural e agricultor
familiar apresentar provas contra indícios de
irregularidades apontadas pelo INSS.
A proibição de pessoas que não sejam médicas,
presentes durante a perícia do segurado, exceto
quando autorizada pelo médico perito, também foi
aprovada. Além disso, a perícia por telemedicina não
poderá ser usada.
Fonte: Agência Brasil
30/05/2019 -
Presidente da CNI bate de frente com Bolsonaro
Robson Andrade contesta na Justiça decreto do
Sistema S.
Segundo o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim,
Robson Andrade comandou a primeira reunião de
diretoria depois de voltar ao comando da
Confederação nacional da Indústria (CNI). Ele ficou
afastado quase 90 dias por causa de sua prisão. "E
já voltou batendo de frente com o governo", escreve
o colunista.
Na reunião, ficou decidido que a CNI vai
judicializar o decreto de transparência, assinado
por Jair Bolsonaro no dia 12. Por ele, as entidades
que integram o Sistema S estão obrigadas a detalhar
gastos com salários e serviços prestados à
sociedade.
Fonte: Portal Vermelho
30/05/2019 -
Paim convoca população para manifestação nesta
quinta-feira
O senador Paulo Paim (PT-RS) convocou nesta
quarta-feira (29), em Plenário, estudantes,
professores, trabalhadores e aposentados para a
manifestação em defesa da educação e contra a
reforma da previdência, prevista para esta
quinta-feira em todos os estados da Federação.
O parlamentar julgou injusto o bloqueio no orçamento
do Ministério da Educação e no Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,
anunciado pelo governo no início do ano. Na visão de
Paim, essas áreas devem ser priorizadas quando se
objetiva o desenvolvimento das pessoas e do país.
— Aonde o governo quer chegar? Há uma nítida
tentativa de inviabilizar a educação brasileira,
programas de bolsa de estudo, pesquisa, as condições
de trabalho de professores, dos alunos, dos
funcionários. Inclusive, na questão da Previdência,
em que os professores praticamente perdem a
aposentadoria especial, nos moldes que a proposta
foi apresentada pelo governo — disse.
Fonte: Agência Senado
30/05/2019 -
Direção do PDT vê democracia ameaçada por ações do
governo Bolsonaro
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, diz que o
partido está preocupado com a atual situação do
país, sobretudo em relação aos ataques que estão
sendo feitos às instituições democráticas e as
organizações sociais.
"Todos nós estamos muito preocupados com as ameaças
da sociedade democrática, as ameaças contra as
organizações sociais. A gente vê um governo raivoso,
alimentado pelo ódio, pelo desmonte do Estado, para
trazer prejuízo ao trabalhador, para trazer prejuízo
ao aposentado, e o PDT vai ser uma trincheira de
luta ao lado desse povo mais sofrido”, afirmou Lupi.
Após a reunião da direção nacional da sigla, que
terminou nesta terça-feira à noite (28), na sede em
Brasília, Lupi diz que o partido pretende ser
aproximar mais da população para falar sobre o
projeto nacional desenvolvimentista da sigla.
O vice-presidente do partido, Ciro Gomes,
ex-candidato a presidente, falou sobre as
manifestações pró-Bolsonaro do último domingo (26).
“Nós sabemos das contradições da vida política
brasileira. Nós sabemos das distorções do judiciário
brasileiro. Nós sabemos das absolutamente
preocupantes e renitentes distorções da vida
parlamentar do Brasil. Mas, em nenhuma hipótese, o
caminho para resolver essas contradições é a
violência, o ódio, a truculência, fechar o Congresso
Nacional, fechar Supremo Tribunal Federal, que foram
expressões bastante graves feitas nas ruas do Brasil
por compatriotas nossos, equivocados”, disse Ciro.
Prosseguiu: “Nós não toleraremos que o senhor Jair
Bolsonaro, incompetente, despreparado, sem projeto e
sem proposta, transfira as culpas e as
responsabilidades que são dele, para essas eventuais
distorções que aqui e ali nos preocupam”.
Quanto à proposta de reforma da Previdência, Ciro
ressaltou o seu aspecto negativo para a população
assalariada, que todo o projeto prejudica,
principalmente, os trabalhadores que ganham até dois
salários mínimos.
“Se ela (Reforma da Previdência] ainda tem chance de
andar, é porque boa parte muito conservadora do
Congresso, que é a turma dele, é que está
sustentando a possibilidade disso. E aí vem, agora,
inventar, é para entupir o vazio de propostas, o
desemprego galopante e a brutal falta de
inteligência estratégica, que um oportunista
mentiroso se elegeu fazendo e, agora, não sabe o que
entregar”, disparou.
Da redação com informação da assessoria de
comunicação do PDT
Fonte: Portal Vermelho
30/05/2019 -
Preços sobem 1,27% na saída das fábricas em abril
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a
inflação de produtos na porta de saída das fábricas
brasileiras, registrou alta de preços de 1,27% em
abril deste ano. A inflação é, no entanto, inferior
às taxas registradas em março deste ano (1,59%) e em
abril do ano passado (1,58%).
De acordo com dados divulgados nesta quarta (29)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o IPP acumula taxas de 2,57% no ano e de
8,61% em 12 meses.
Em abril, 22 das 24 atividades industriais
pesquisadas registraram inflação em seus produtos,
com destaque para refino de petróleo e produtos de
álcool (3,18%), indústrias extrativas (3,02%) e
metalurgia (2,29%).
Por outro lado, as quedas de preços dos produtos
têxteis (-0,21%) e da madeira (-0,71%) evitaram uma
inflação maior do IPP em abril.
Entre as quatro grandes categorias de uso, a maior
taxa de inflação foi observada nos bens de consumo
semi e não duráveis (1,81%), seguidos pelos bens
intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo (1,06%). Os bens de
consumo duráveis registraram alta de preços de 1,02%
e os bens de capital - as máquinas e equipamentos -,
uma taxa de 0,79%.
Fonte: Agência Brasil
30/05/2019 -
Trabalhadores paralisam Argentina com grande greve
contra Macri
Manifestantes seguram bandeiras durante
paralisação em Buenos Aires
A Argentina ficou paralisada nesta quarta-feira (29)
em função de uma greve geral dos principais
sindicatos do país contra as medidas de ajuste
econômico do presidente de centro-direita Mauricio
Macri em meio a uma crise que abala suas aspirações
de ser reeleito em outubro.
Sem transporte de passageiros, escolas ou trabalho
em repartições públicas e bancos, muitas ruas de
Buenos Aires estavam vazias antes das manifestações,
que serão realizadas por alguns grupos que aderiram
à medida de força convocada pela poderosa central
sindical CGT.
Para garantir o sucesso da greve, vários piquetes de
organizações sociais e partidos de esquerda
bloqueavam o trânsito de veículos em alguns acessos
à capital argentina.
Controlada pelo peronismo, atualmente na oposição, a
CGT demanda que o governo imponha aumentos salariais
que os equiparem à inflação alta – que chegou a
cerca de 50% nos últimos 12 meses – e a redução de
alguns impostos que afetam os trabalhadores.
As tarifas de serviços altas são outro alvo dos
protestos, já que as fortes elevações registradas
nos últimos anos, com as quais o governo tentou
reduzir seu déficit, são uma das causas de a pobreza
ter atingido 32% da população neste ano, segundo
dados oficiais.
Macri almeja se manter na presidência na eleição de
outubro, mas a queda nas pesquisas provocada pela
crise econômica mostra que será difícil. A fórmula
peronista de Alberto Fernández e da ex-presidente
Cristina Fernández de Kirchner lidera na maior parte
das sondagens.
Os aeroportos não estavam operando nesta
quarta-feira por causa da greve, e não havia
exportação de grãos a partir dos portos da área de
Rosario, uma das regiões agroindustriais mais
importantes do mundo.
Os efeitos da paralisação também serão sentidos no
esporte: a final da Recopa Sul-Americana, que
deveria ser disputada pelo local River Plate e pelos
brasileiros do Atlético Paranaense, foi adiada para
quinta-feira.
Fonte: Agência Brasil
30/05/2019 -
Proposta cria prazo para regularizar a representação
das partes em causa trabalhista
O Projeto de Lei 1724/19 prevê prazo de cinco dias,
a partir da primeira audiência em órgãos da Justiça
do Trabalho, para a regularização da representação
processual em causa trabalhista, especialmente por
parte das empresas que figuram no polo passivo.
A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT – Decreto-Lei 5.452/43).
O autor, deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), disse
que a ideia é aumentar a celeridade processual e
minimizar riscos para as partes. “Atualmente é
necessário requerer ao juiz do Trabalho prazo para
que seja juntado o instrumento de substabelecimento
de procuração para advogado ou carta de preposição
para o preposto”, disse.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisada pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
30/05/2019 -
Justiça Federal é competente para julgar
restabelecimento de auxílio-acidente cessado por
aposentadoria
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) entendeu que compete à Justiça Federal o
julgamento de ação em que um aposentado pede a
restauração do recebimento de auxílio-acidente,
cessado em razão da concessão de aposentadoria por
idade.
O conflito negativo de competência foi suscitado
pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS)
após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
remeter à Justiça estadual a ação movida contra o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Para o juízo suscitante, apesar de a matéria tratar
de acidente de trabalho, ela não se insere na
competência da Justiça estadual, uma vez que não
versa apenas sobre esse assunto, não se enquadrando
na ressalva do artigo 109, inciso I, da Constituição
Federal, conforme entendeu a Justiça Federal.
Acidente de trabalho
O relator do conflito no STJ, ministro Og Fernandes,
explicou que as disposições contidas no artigo 109,
I, da CF preveem tanto a competência da Justiça
Federal para os casos em que a União, autarquias e
empresas públicas federais sejam parte, quanto da
Justiça estadual para o processo e julgamento das
ações provenientes de acidentes de trabalho.
O ministro observou que “o pedido e a causa de pedir
não decorrem de acidente de trabalho, pois, embora
se esteja pedindo o restabelecimento do benefício
acidentário, a causa de pedir decorre da restrição
legal constante nos parágrafos 2º e 3º do artigo 86
da Lei 8.213/1991”.
Segundo o ministro, o Supremo Tribunal Federal (STF)
já se manifestou sobre a competência da Justiça
Federal nos casos em que se discute apenas a
possibilidade de cumulação de benefício acidentário
com a aposentadoria. Dessa forma, para o relator,
não seria aplicável a orientação fixada pelas
Súmulas 15 do STJ e 501 do STF.
Nesse mesmo sentido, Og Fernandes afirmou que o caso
não estaria compreendido por outros entendimentos
firmados no STF e no STJ sobre a interpretação
extensiva da Constituição quanto à competência da
Justiça estadual para o julgamento de ações de
benefício acidentário – como também as que discutam
as suas consequências e relações derivadas –, uma
vez que o caso não se refere apenas ao
restabelecimento de benefício.
Cumulação
Para ele, a matéria em discussão trata da manutenção
do auxílio, de forma cumulada, com aposentadoria
posteriormente concedida – o que passou a ser
obstado a partir da edição de medida provisória,
posteriormente convertida na Lei 9.528/1997, em
razão de os valores relativos ao auxílio-acidente
terem sido incorporados na base de cálculo da
aposentadoria.
“Ademais, além de a causa de pedir não se referir a
acidente de trabalho, observe-se que a atual
conjuntura da Justiça Federal, em que o acesso do
jurisdicionado vem se tornando mais próximo, e
fácil, tende a retirar a competência da Justiça
estadual para os feitos previdenciários de natureza
acidentária”, ressaltou Og Fernandes.
Fonte: STJ
29/05/2019 -
Presidentes dos três Poderes vão lançar pacto com
metas econômicas
Rodrigo Maia afirma que, antes de assinar, vai
submeter o texto aos líderes partidários da Câmara
Os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo
Tribunal Federal (STF), Rodrigo Maia, Davi
Alcolumbre e Dias Toffoli, reuniram-se nesta
terça-feira (28) com o presidente Jair Bolsonaro
para a discutir a assinatura, no mês que vem, de um
pacto de entendimento com metas econômicas.
Segundo Maia, o texto está organizado e vai ser
levado aos líderes partidários da Câmara. “Preciso
respaldar minha decisão ouvindo os líderes, pelo
menos a maioria, para assinar em nome da Câmara”,
destacou.
De acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, que participou da reunião, o Brasil vive
uma grave crise e, por essa razão, é preciso manter
o diálogo entre os Poderes. “O esforço de todos é
ver o Brasil daqui a um ano como um país que cresce.
Claro que o texto vai ser construído de comum
acordo. Temos um texto-base e vai ser costurado”,
disse ele, sem detalhar a proposta.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
29/05/2019 -
Cármen Lúcia suspende decisão que autorizava
desconto sindical em folha
Cabe ao trabalhador decidir sobre desconto de
contribuição sindical, e não a assembleia de classe.
Assim entendeu a ministra Cármen Lúcia, do Supremo
Tribunal Federal, ao suspender acórdão do TRT-4 que
determinou que uma empresa descontasse a
contribuição sindical dos trabalhadores, sem a
autorização.
O argumento do tribunal regional foi de que a
assembleia geral supriria a necessidade de
autorização prévia do empregado.
Na liminar desta sexta-feira (24/5), a ministra
considera que o entendimento de que a assembleia
geral "preenche os requisitos legais que justificam
a determinação de seu recolhimento" diverge do que a
Corte fixou na ADI 5.794, que declarou
constitucional o fim da contribuição sindical
obrigatória.
No caso, o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul ajuizou
ação civil pública contra a empresa, pedindo que o
reconhecimento da obrigação de recolher a
contribuição sindical. O pedido foi negado pela
primeira instância. Ao analisar o recurso, porém, a
8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região julgou procedente.
A reclamação no STF foi ajuizada no último dia 20 de
maio. A empresa, representada pela advogada Renata
Ruaro De Meneghi Meneguzzi, do escritório Durval
Balen, Ferreira & De Meneghi Advocacia, sustentou
que a medida descumpriu a decisão do Supremo.
A empresa alegou que o STF entendeu pela
constitucionalidade da Lei 13.467/17, "que
privilegia os princípios da liberdade sindical, de
associação e de expressão, entendendo que, para esta
contribuição específica – sindical -, a autorização
deve ser individual e expressa". Rcl 34.889
Fonte: Consultor Jurídico
29/05/2019 -
Mudança nas regras de reajuste do mínimo preocupa
debatedores na CDH
Participantes de audiência pública realizada pela
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) mostraram-se preocupados com uma
possível mudança na política de reajuste do salário
mínimo. Eles temem prejuízos no ganho real e o
consequente empobrecimento dos trabalhadores
brasileiros. O assunto foi debatido nesta
terça-feira (28) no colegiado, a pedido do seu
presidente, senador Paulo Paim (PT-RS).
Atualmente, de acordo com a legislação (Lei 13.152,
de 2015), o valor do minimo deve ser reajustado pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais
a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois
anos anteriores. O governo pretende usar como
parâmetro apenas a inflação, o que para
representantes sindicais significa retrocesso numa
política pública que vem dando certo. O mínimo hoje
é de R$ 998, e a regra atual foi fixada por lei a
partir de 2007 e foi sendo prorrogada desde então,
mas a última lei, de 2015, só previa reajustes por
essas regras até 2019.
O técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Clóvis Scherer, lembrou que nos últimos dois anos
está havendo aumento da pobreza no país e o
agravamento na concentração de renda. Ele também
destacou o longo caminho percorrido até a adoção da
fórmula de cálculo atual.
— Foram várias marchas a Brasília realizadas a cada
ano, entre 2004 e 2009, que trouxeram como ponto
principal a necessidade de erguer o valor do mínimo
e levá-lo a um patamar de dignidade. Na América do
Sul, a maioria dos países está com salários mínimos
em patamares superiores ao nosso. Nada fizemos além
de recuperar um nível de renda que já foi alcançado
no país anteriormente — avaliou.
Defesa conjunta
A representante do Sindicato dos Auditores Fiscais do
Trabalho, Mônica Damous Duailibe, destacou a
importância do salário mínimo e a necessidade de sua
valorização.
— De 2002 a 2014, o número de empregados formais no
Brasil cresceu de 23 milhões para 39 milhões e foi
justamente o período de maior valorização do salário
mínimo — ressaltou.
Já a presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),
Noemia Aparecida Garcia Porto, destacou o papel do
Judiciário na aplicação das regras sobre o salário
mínimo.
— Estamos dispostos a fazer o que é nosso papel
constitucional, que é de atuar como guardiões da
Constituição e dar efetividade ao que diz respeito
aos direitos sociais que se vinculam ao mundo do
trabalho — avaliou.
Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), uma perda do
poder aquisitivo dos trabalhadores teria
consequência imediata na economia:
— Isso não é questão de partido. É uma questão de
país. Se você tira o poder de compra, tira o poder
de venda. Se o comércio não vende, a industria não
produz e o governo não arrecada — avaliou.
Fonte: Agência Senado
29/05/2019 -
Em quatro meses, pequenos negócios criam quase 300
mil empregos
Levantamento foi feito pelo Sebrae, com base em
dados do Caged
Os pequenos negócios voltaram a responder pela
geração de novos empregos no mês de abril. Segundo
levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), baseado nos
dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério da Economia,
esse segmento gerou, no mês passado, 93,7 mil postos
de trabalho formais. O saldo foi quase três vezes
maior que o gerado pelas média e grandes empresas e
representou 72,3% do total de empregos gerados no
país no mesmo período, que foi de 129,6 mil.
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os
pequenos negócios abriram quase 300 mil novos
empregos. As médias e grandes empresas (MGE) criaram
apenas 20,3 mil novas vagas. Entretanto, o saldo de
postos de trabalho gerados pelas micro e pequenas
empresas (MPE), no primeiro quadrimestre deste ano,
ainda está 14,4% abaixo do saldo gerado por elas no
mesmo período do ano passado.
“A recuperação do emprego passa pela retomada da
economia, que depende diretamente da retomada da
confiança de investidores, da aprovação das reformas
no Congresso Nacional”, analisa o presidente do
Sebrae, Carlos Melles. “Os números mostram que o
empreendedorismo está no sangue do povo brasileiro.
Foram os pequenos negócios os grandes responsáveis
pelo grande número de abertura de vagas no mercado
de trabalho. E isso mesmo em tempos difíceis
economicamente”, acrescenta.
Serviços
O levantamento do Sebrae apontou ainda que nos
primeiros quatro meses do ano, as MPEs do setor de
Serviços capitanearam a geração de empregos, com um
saldo de 193 mil novos postos de trabalho, 69% do
total de empregos gerados no período de 2019. As
MPEs que atuam no comércio, porém, ainda continuam a
registrar saldos negativos de vagas de trabalho no
acumulado de 2019, o que significa que demitiram
mais do que contrataram. Mesmo assim, ainda geraram
10,6 mil postos no mês passado.
Em todos os setores, as MPEs registraram saldos
positivos de empregos gerados no mês de abril de
2019, mas foram os pequenos negócios do setor de
Serviços que puxaram a geração de empregos, criando
mais de 55 mil postos de trabalho, 3,6 vezes mais do
que as MPEs da construção civil, segundo setor em
que as micro e pequenas empresas mais empregaram
nesse mês. Pelo levantamento, as médias e grandes
empresas tiveram uma queda de 1.057 postos de
trabalho neste segmento, enquanto os pequenos
negócios abriram 15,1 mil vagas.
Estados
As micro e pequenas empresas do estado de São Paulo
lideraram a geração de empregos no país em abril
deste ano, respondendo pela criação de 29,3 mil
postos de trabalho e foram acompanhadas pelas MPEs
de Minas Gerais, com 14,7 mil empregos. Com isso, as
MPEs da região Sudeste foram as que mais geraram
postos de trabalho neste mês no país (52,9 mil
empregos), seguidas pelos pequenos negócios da
região Nordeste, que responderam pela geração de
17,8 mil empregos. Praticamente todos os estados do
país tiveram saldo positivo, com exceção ao Rio
Grande do Sul, que registrou mais demissões que
contratações no segmento.
Fonte: Agência Brasil
29/05/2019 -
Mudança na tramitação de MPs pode ser votada nesta
semana
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que
pretende pautar ainda nesta semana a votação da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 70/11, que
modifica o prazo de tramitação das medidas
provisórias no Congresso Nacional. Ele quer dar
início às discussões do texto já nesta quarta-feira
(29).
Rodrigo Maia disse que a proposta não retira nenhuma
prerrogativa do governo federal para edição das MPs.
A PEC prevê 80 dias para a Câmara e 30 para o Senado
analisarem as Medidas Provisórias e extingue as
comissões mistas de deputados e senadores, que
atualmente analisam as propostas e as remetem para o
Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
29/05/2019 -
Paulo Guedes se diz confiante na aprovação da
reforma da Previdência
Ministro da Economia diz que povo quer mudança
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
terça (28), em Brasília, que está confiante na
aprovação da reforma da Previdência. Ele afirmou que
as manifestações de apoio ao governo são a prova de
que o povo quer mudança.
“Estamos confiantes que o Congresso vai aprovar a
reforma [da Previdência]. Acho que as manifestações
simplesmente confirmam a ideia de que o povo quer
mudanças”, disse, ao chegar no Ministério da
Economia, após café da manhã, no Palácio da
Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro, os
presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
do Senado, David Alcolumbre, e do Supremo Tribunal
Federal, Dias Toffoli.
Segundo Guedes, o encontro foi “excelente, em um
ambiente ótimo”, sem antagonismo entre os poderes.
“Estão todos buscando melhorar o país”, disse.
Fonte: Agência Brasil
29/05/2019 -
Maia pede ao relator que antecipe parecer sobre
reforma da Previdência
Presidente da Câmara quer mais tempo para votar a
proposta neste semestre no Plenário
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai pedir ao
relator da reforma da Previdência, deputado Samuel
Moreira (PSDB-SP), que apresente seu parecer antes
da data prevista (15 de junho). Segundo Rodrigo
Maia, é preciso encurtar o prazo da votação, para
que o texto não fique muito no limite no final do
semestre.
“Sou otimista. Precisamos terminar essa matéria na
Câmara no primeiro semestre, e seria bom que a gente
conseguisse antecipar em uma semana, ou cinco dias,
para ter mais tempo para votação na comissão e no
Plenário se não vai ficar muito apertado”, disse.
Fonte: Agência Câmara
29/05/2019 -
Taxa de desemprego na Grande São Paulo aumenta pelo
2º mês seguido
A taxa de desemprego total na Região Metropolitana
de São Paulo aumentou de 16,1%, em março, para
16,7%, em abril.
Os dados, divulgados nesta terça-feira (28), são da
Pesquisa de Emprego e Desemprego, da Fundação
Sistema Estadual de Análise de Dados e do
Departamento de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Seade-Dieese). O total de
desempregados foi estimado em 1.872 mil pessoas, 100
mil a mais do que no mês anterior.
Segundo suas componentes, a taxa de desemprego
aberto aumentou de 13,5% para 13,9% e a de
desemprego oculto passou de 2,6% para 2,8%. A taxa
de desemprego total é composta pela soma das taxas
de desemprego aberto e oculto. A taxa de desemprego
aberto contabiliza pessoas que procuraram trabalho
nos últimos 30 dias e não exerceram nenhum trabalho
nos últimos sete dias anteriores à entrevista.
Já a taxa de desemprego oculto corresponde a pessoas
cuja situação de desemprego está oculta pelo
trabalho precário, conhecido como bico, ou pelo
desalento; sendo que não houve procura de trabalho
nos últimos 30 dias, e, sim, nos últimos 12 meses
anteriores à entrevista.
Nível de ocupação
Segundo a pesquisa, o resultado decorreu do aumento
insuficiente do nível de ocupação (geração de 105
mil postos de trabalho, ou 1,1%), para absorver a
expansão da População Economicamente Ativa (205 mil
pessoas se incorporaram à força de trabalho da
região, ou 1,9%).
O contingente de ocupados foi estimado em 9.339 mil
pessoas. Houve diminuição do emprego assalariado
(-1,3%), resultado da retração do assalariamento com
carteira de trabalho assinada no setor privado
(-2,2%), parcialmente compensada pelo aumento do
assalariamento sem carteira assinada (3,6%).
A pesquisa constatou aumento nos contingentes de
autônomos (9,6%), empregados domésticos (1,0%) e
aqueles classificados nas demais posições (4,5%) –
composto por empregadores, donos de negócio
familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e
profissionais liberais.
Entre fevereiro e março de 2019, permaneceu
relativamente estável o rendimento médio real dos
ocupados (-0,1%) e elevou-se o dos assalariados
(1,0%), que passaram a ser estimados em R$ 2.100 e
R$ 2.208, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
29/05/2019 -
Confiança do empresário da indústria cai 0,7 ponto
em maio
O Índice de Confiança da Indústria, calculado pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,7 ponto de
abril para maio. Com a queda, o indicador passou
para 97,2 pontos, em uma escala de zero a 200.
A confiança caiu em dez dos 19 segmentos industriais
pesquisados pela FGV. A queda foi puxada pelo recuo
de 1,5 ponto do Índice de Expectativas, que mede a
confiança dos empresários no futuro: passou para
95,9 pontos. A principal influência veio da
perspectiva de contratações do setor nos próximos
três meses, que diminuiu 3,6 pontos.
Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança
dos empresários no momento presente, permaneceu
estável em 98,5 pontos. Houve queda de 2,9 pontos do
indicador do nível de estoques, mas as outras duas
variáveis cresceram, o que levou à estabilidade do
Índice da Situação Atual.
Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., o
resultado mostra um empresariado ligeiramente
pessimista em relação aos próximos meses.
Quanto à situação atual, há, para Campelo Jr., sinais
dúbios. “Após meses andando de lado, o nível de
utilização da capacidade voltou a subir, mas houve,
em paralelo, acúmulo de estoques indesejados”,
disse.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci)
subiu 0,8 ponto percentual entre abril e maio,
retornando para 75,3%, o mesmo patamar de novembro
de 2018.
Fonte: Agência Brasil
28/05/2019 -
Estudantes confirmam atos em Brasília e 23 capitais
contra cortes na Educação na quinta-feira
Entidades pedem que estudantes saiam às ruas com
suas produções acadêmicas e
materiais de estudo para simbolizar a luta em
defesa da educação
Estudantes de todo o país saem às ruas para a
segunda mobilização contra os cortes na educação do
governo Bolsonaro. Eles prometem repetir os
protestos realizados no ultimo dia 15 de maio, que
paralisaram as atividades em universidades,
institutos federais e escolas públicas e privadas em
mais de 170 cidades pelo Brasil que reuniram mais de
1 milhão de participantes. As entidades estudantis
já confirmaram atos em Brasília e mais 23 capitais
do país (confira abaixo) na próxima quinta-feira
(30). As ações também devem servir para acumular
forças para a greve geral do dia 14 de junho contra
a proposta de reforma da Previdência.
Na semana passada, o governo repôs nos investimentos
da educação R$ 1,58 bilhão, mas os cortes ainda
alcançam R$ 4,25 bilhões, o que ainda ameaça
inviabilizar o funcionamento de universidades e
institutos federais no próximo ano. Além da
reposição insuficiente, os estudantes apontam outros
ataques à Educação que se somam aos cortes e motivam
as mobilizações.
No dia seguinte às grandes mobilizações, o governo
Bolsonaro editou decreto que altera regras sobre
escolha de dirigentes universitários, que deverão
agora contar com o aval dos ministros da Casa Civil
e da Secretaria Geral da Presidência da República.
Para os estudantes, a as indicações nas mãos do
governo ferem diretamente a autonomia e a democracia
universitária.
Também no mesmo dia, o governo Bolsonaro demitiu
mais um presidente do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
órgão responsável pelo Enem. Elmer Vicenzi, que
ocupava o cargo, foi afastado após contrariar o
pedido do Ministério da Educação (MEC) para usar
dados sigilosos de alunos na emissão de uma nova
carteira estudantil. A ação foi vista como uma
tentativa de retaliação contra as entidades
estudantis.
Já na semana passada, os presidentes da União
Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira
dos Estudantes Secundaristas (Ubes) foram agredidos
e impedidos de falar em audiência pública da Câmara
dos Deputados que recebia o ministro da Educação,
Abraham Weintraub, responsável pelos cortes.
A UNE, a UBES e a Associação Nacional de
Pós-Graduandos (ANPG) convocam a todos e todas
estudantes a irem às ruas na próxima quinta-feira
(30) portando suas suas produções acadêmicas e
materiais de estudo como símbolos da luta em defesa
da educação.
Confira a programação fechada até esta segunda-feira
(27) dos atos do #30M
Fonte: Rede Brasil Atual
28/05/2019 -
Greve geral: motoristas de ônibus da Grande São
Paulo e Baixada Santista vão parar
Categorias se juntam a metroviários e motoristas
da capital paulista e vão paralisar serviços contra
o desmonte da Previdência Social
Motoristas de ônibus que atuam no transporte coletivo
municipal e intermunicipal de Guarulhos, Arujá, do
ABC paulista e da Baixada Santista anunciaram nesta
segunda-feira (27) que vão participar da greve
geral, no dia 14 de junho, contra a “reforma” da
Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Os
trabalhadores se juntam aos motoristas e cobradores
de ônibus da capital paulista e aos metroviários,
que também vão paralisar os serviços.
Na Baixada Santista, a greve geral deve parar o
transporte coletivo municipal e intermunicipal de
Santos, Guarujá, Cubatão, Bertioga, Praia Grande,
Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Em toda a região são
transportados cerca de 200 mil passageiros por dia.
O sistema intermunicipal é gerido pela Empresa
Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU),
incluindo o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos
(VLT). Os trabalhadores de cargas da região também
vão aderir à paralisação.
Na Grande São Paulo, o transporte coletivo municipal
e intermunicipal de Guarulhos e Arujá, além de São
Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André e
Diadema, também vai parar em 14 de junho. No caso do
ABC, a categoria ainda vai realizar uma assembleia
de confirmação da greve na próxima semana, mesma
situação dos motoristas de ônibus de Osasco, que
ainda não definiram a adesão. Junto à capital, os
motoristas da Grande São Paulo transportam cerca de
8 milhões de pessoas por dia.
O Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil
também decidiu paralisar os serviços na greve geral.
A entidade representa os trabalhadores das linhas
11-Coral (Luz/Estudantes), 12-Safira (Brás/Calmon
Viana) e 13-Jade (Aeroporto de Guarulhos/Engenheiro
Goulart), da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM). As demais linhas ainda vão
definir a participação na mobilização.
Representantes de diversas categorias se reuniram
hoje na sede do Sindicato dos Metroviários de São
Paulo, na zona leste da capital. O secretário-geral
do Sindicato dos Condutores de Guarulhos (Sincoverg)
e secretário de Saúde da CUT São Paulo, Wagner
Menezes, o Marrom, ressaltou que a paralisação dos
trabalhadores do transporte é fundamental para o
sucesso da greve geral. “Estamos trabalhando forte
nessa greve. Vamos dialogar com os demais
ferroviários, rodoviários de outras cidades,
inclusive de outros estados, pelo Brasil afora. A
luta agora é de todos”, afirmou.
O coordenador do Sindicato dos Metroviários de São
Paulo Wagner Fajardo defendeu que serviços
essenciais, como o transporte, são fundamentais na
mobilização da greve. “É justo que nossas categorias
contribuam com a luta geral que vai beneficiar a
todos os trabalhadores.” São dois tipos de viés,
segundo ele: “Um de defesa dos nossos direitos e
outro de contribuir na luta das demais categorias de
trabalhadores. Essa reforma é realmente um
descalabro. Ela liquida com os direitos
previdenciários dos trabalhadores. Ela é tão ruim
que o Bolsonaro sequer conseguiu unir seus
apoiadores para defendê-la. Nós vamos lutar
firmemente para impedir a aprovação desse projeto no
Congresso Nacional”.
No próximo dia 5, os trabalhadores do transporte vão
a Brasília para a fundação da Frente Parlamentar em
Defesa do Transporte Público. A expectativa é de
haver uma reunião com lideranças de outras regiões
do país para ampliar o alcance da greve geral. Além
das mobilizações em cada categoria, os trabalhadores
na plenária também decidiram realizar uma coleta
simultânea de assinaturas para um abaixo-assinado
contra a “reforma” da Previdência em estações do
metrô, no próximo dia 29, além de fazer uma coletiva
de imprensa das Centrais e sindicatos no dia 10 de
junho. Na semana da greve será distribuída uma carta
aberta explicando a paralisação e os fundamentos da
proposta do governo.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/05/2019 -
Estudo mostra que Capitalização fracassou em 60% dos
países que mudaram Previdência
O sistema de capitalização, que é um dos aspectos
mais perversos da reforma da Previdência proposta
por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, fracassou em 60%
dos países que o adotaram, segundo estudo da OIT -
Organização Internacional do Trabalho.
O sistema de capitalização liquida o princípio da
solidariedade entre os trabalhadores. Na
capitalização, o trabalhador faz a própria poupança
para sua aposentadoria.
Reportagem do UOL mostra que entre 1981 e 2014, 30
países modificaram seu para adotá-la. Até o ano
passado, 18 desses países já haviam feito uma nova
reforma, revertendo ao menos em parte as mudanças.
"Com 60% dos países que privatizaram aposentadorias
públicas obrigatórias tendo revertido a
privatização, e com evidências acumuladas de
impactos sociais e econômicos negativos, é possível
afirmar que o experimento fracassou", afirma o
estudo publicado no UOL.
Fonte: Brasil247
28/05/2019 -
Trabalhar até os 65 anos 'não é sacrifício', diz
relator da Previdência
O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da
reforma da Previdência na Câmara, disse nesta
segunda-feira (27) que não vê sacrifício no fato de
contribuintes que antes se aposentavam apenas pelo
tempo de contribuição terem que pagar e esperar por
mais tempo para atender a regra da idade mínima para
obter a sua aposentadoria.
"Eu não acho que seja sacrifício trabalhar até os 62
anos, trabalhar até os 65 anos. Não pode ser um
sacrifício. O que não pode é querer aposentadorias
para virar complementação do salário", disse o
parlamentar durante reunião com empresários em São
Paulo. A informação é da Folha.
A proposta de idade mínima é a cláusula mais
prejudicial aos trabalhadores mais pobres, que em
sua esmagadora maioria, começam a trabalhar mais
cedo. De acordo com o texto apresentado pelo governo
Jair Bolsonaro estabelece idade mínima de 65 anos
para homens e 62 anos para mulheres.
Para o relator, a aposentadoria somente por tempo de
contribuição "desvirtua" o sistema de previdência,
pois a média de idade de quem se aposenta por tempo
de contribuição pelo regime geral é de 54 anos, o
que descaracteriza a Previdência Social.
"Ninguém para aos 55 anos, então desvirtua um
processo fundamental que é o sistema de Previdência
para nós, para os idosos e jovens, que vão virar
idosos", afirmou.
O tucano defende a retirada da idade mínima da
Constituição e que essa definição deve ser feita a
partir de estatísticas de órgãos como o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
ou seja, pode mudar a qualquer tempo.
Fonte: Brasil247
28/05/2019 -
Fachin suspende liminar que autoriza venda de
subsidiária da Petrobras
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin derrubou a decisão que autorizou a venda da
Transportadora Associada de Gás, empresa subsidiária
da Petrobras. A decisão foi assinada na sexta-feira
(24) e foi proferida a partir de uma reclamação
ajuizada pelos sindicato dos petroleiros de São
Paulo, Bahia, Paraná e Santa Catarina.
A decisão do ministro derruba a liminar concedida em
janeiro pelo presidente do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, que
havia autorizado a venda dos ativos da subsidiária,
conforme planos da estatal.
Segundo Fachin, até o julgamento final do caso, deve
prevalecer a decisão de outro ministro da Corte,
Ricardo Lewandowski, que entendeu que o controle
acionário de empresas públicas de economia mista só
pode ser feito com autorização do Legislativo.
Antes de chegar aos tribunais superiores, a venda da
subsidiária também foi impedida pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife, no
âmbito de uma ação popular protocolada pelo
sindicato dos petroleiros de Alagoas e Sergipe para
suspender a licitação aberta pela Petrobras.
No processo, A Advocacia-Geral da União (AGU) alegou
que, ao contrário do que sustentou o sindicato, a
regularidade do processo de venda foi reconhecida
pelo Tribunal de Contas de União (TCU) e observou as
melhores práticas do mercado. Segundo a estatal, o
processo de venda faz parte de um terço do programa
interno de desinvestimentos da Petrobras, que foi
orçado em R$ 21 bilhões.
Em nota, a Petrobras esclareceu que ainda não foi
intimada da decisão proferida pelo ministro Edson
Fachin e que vai avaliar a decisão e tomar as
medidas cabíveis "em prol dos seus interesses e de
seus investidores".
"A Petrobras reforça a importância dos
desinvestimentos através da gestão de portfólio para
a redução do seu nível de endividamento e geração de
valor, em linha com seu Plano de Negócios e Gestão
2019-2023 e Plano de Resiliência", conclui a nota.
Fonte: Agência Brasil
28/05/2019 -
Caged mostra efeitos negativos da "reforma"
trabalhista
Emprego com carteira assinada cresce lentamente no
país, puxado pelo setor de serviços e caracterizado
por salários menores de admissão, além de alta
rotatividade.
Os dados de criação de postos formais de abril foram
positivos em todos os setores da economia e regiões,
segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério da Economia,
divulgado na última sexta-feira. Em abril de 2019,
empresas e o setor público contrataram 1.374.628 de
pessoas, mas demitiram 1.245.027, gerando um saldo
líquido de emprego de 129.601.
Esse é o melhor resultado para abril e representa um
crescimento de 0,34% em relação a março. No ano,
foram criados 313.835 postos, alta de 0,82% ante
igual período de 2018. Já nos últimos doze meses até
abril, houve expansão de 477.896 empregos, alta de
1,25%. Dado o fraco crescimento econômico, essa leve
expansão de vagas pode ter sido ajudada pela
liberação de contratos de trabalho intermitente e
por tempo parcial, pela reforma trabalhista
(aprovada em 2016), segundo avaliação da economista
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
Maria Andréa Parente.
“Os trabalhos intermitente e parcial podem estar
inflando os números do Caged. Se não fosse essa
possibilidade da reforma trabalhista, os dados
poderiam até mesmo ser negativos”, diz Parente. Ela
avalia, por outro lado, que o resultado de abril é
positivo e veio acima das suas expectativas. “É
preciso lembrar também que março foi um mês ruim por
conta do Carnaval. Então já se esperava que, na
comparação com março, os dados viriam positivos”,
reforçou a economista.
Em relação ao trabalho intermitente, houve 9.972
admissões e 4.550 desligamentos em abril, um saldo
de 5.422 empregos. Por setor, o trabalho temporário
se distribuiu assim: comércio (1.539); serviços
(2.840); construção civil (246); indústria de
transformação (774); extrativa mineral (8); Serviços
industriais de utilidade pública (SIUP) e
agricultura (8), mostrou o Caged.
Já no regime de trabalho por tempo parcial, ocorreu
7.419 admissões e 4.592 desligamentos, gerando saldo
de 2.827 empregos. Por segmento, a distribuição foi:
serviços (1.480 postos); comércio (1.216); indústria
de transformação (77); construção civil (18);
administração Pública (28); SIUP (7); e Agropecuária
(1).
Rendimento em queda
As formas mais flexíveis de contratação também estão
impactando, junto com a elevada taxa de desemprego,
a redução real dos rendimentos e a queda dos
salários de admissão, afirma o economista do
Conselho Federal de Economia (Cofecon), Newton
Marques. Em abril, o salário médio de contratação
foi de R$ 1.584,51, enquanto o de demissão foi de R$
1.747,85.
Em relação a igual mês de 2018, registrou-se queda
1,32% para o salário médio de admissão e de 1,19%
para o salário de desligamento. “A reforma
trabalhista tem permitido às empresas trocarem
contratos antigos por de menores custos. Além disso,
como a taxa de desemprego está muito alta, as
pessoas acabam aceitando salários menores”, afirma
Marques.
“Estamos em um processo de precarização do mercado
de trabalho e de uma alta rotatividade”, complementa
o economista. Agostinho Pascalicchio, professor de
econômica da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
acrescenta que, para ofertar menores salários, as
empresas podem estar optando por contratar mais
jovens no lugar de pessoas que estão há mais tempo
no mercado. Para Pascalicchio, a deterioração das
expectativas de crescimento da economia ocorrida no
mês de maio pode se refletir em dados menos
positivos do emprego nos próximos resultados do
Caged.
Setores e região
Em abril, todos os setores apresentaram saldo positivo
de emprego: serviços (66.295 postos); indústria de
transformação (20.479 postos); construção civil
(14.067 postos); agropecuária (13.907 postos);
comércio (12.291 postos); administração pública
(1.241 postos); SIUP (867 postos) e extrativa
Mineral (454 postos).
O mesmo ocorreu nas cinco regiões do país:
Centro-Oeste (15.240 postos); Sul (14.570 postos);
Norte (3.092 postos); Sudeste (81.106 postos) e
Nordeste (15.593 postos). Os maiores saldos de
emprego ocorreram nos estados de São Paulo (50.168
postos); Minas Gerais (22.348) e Paraná (10.653).
Mas caiu em Alagoas (-4.692); Rio Grande do Sul
(-2.498) e Rio Grande do Norte (-501).
As informações são do Diário Comércio Indústria &
Serviços
Fonte: Portal Vermelho
28/05/2019 -
Parlamentares dizem que ato pró-Bolsonaro revela um
governo decadente
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira
Feghali (PCdoB-RJ), diz que as manifestações
pró-Bolsonaro realizadas neste domingo (26) revelam
o que as pesquisas já registraram: um governo em
queda livre e decadente.
“Muitos gritos histéricos antidemocráticos e até
pedidos pelo fechamento do parlamento deram o tom
das pequenas manifestações pró-Governo deste
domingo. Isso reforça que o governo está em
decadência absoluta, já registrado nas últimas
pesquisas de opinião. E são só cinco meses, hein”,
escreveu a deputada no Twitter.
Segundo ela, as imagens da manifestação são óbvias.
“O que se viu longe de um clamor absoluto pelas
reformas propostas, como a da previdência. Nem
contra os cortes na Educação houve reação”, afirmou.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o protesto
foi mais um tiro no pé. “Mesmo com incentivo do
próprio presidente, foi pouca gente para rua e parte
dos atos com uma pauta antidemocrática, destrutiva.
O governo fica ainda mais fraco e isolado. Bolsonaro
deve estar de ressaca”, diz.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que os atos
não foram a favor do Brasil, mas sim contra a
democracia, contra a educação, contra os direitos do
povo e pela intervenção militar. “Em São Paulo, uma
mulher com camisa de Marielle Franco foi perseguida
e hostilizada. Inaceitável”, criticou.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) diz que os
manifestantes pró-Bolsonaro demonstraram atitudes
antidemocráticas. “Lá no Paraná, tiraram a faixa em
defesa da educação pública e ainda comemoraram tal
atitude?”, questionou.
Fonte: Portal Vermelho
28/05/2019 -
Paim defende dispensa pericial a aposentados por
invalidez em decorrência do HIV/Aids
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta
segunda-feira (27), em Plenário, a derrubada do veto
presidencial ao Projeto de Lei do Senado (PLS)
188/2017, que propunha a dispensa de reavaliação
pericial a aposentados por invalidez em decorrência
do HIV/Aids. No início do mês, O presidente
Bolsonaro julgou a matéria inconstitucional e
contrária ao interesse público.
O parlamentar defendeu sua proposta no âmbito
econômico. Segundo ele, é mais caro para o país
custear uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para
o tratamento desses pacientes do que pagar uma
aposentadoria de um salário-mínimo.
— Muitas dessas pessoas, aposentadas há 15, 20 anos,
foram, de repente, desaposentadas. Recebiam, em
média, um salário-mínimo. Qual a empresa que vai
contratar um cidadão como esse, em época de recessão
e desemprego como estamos vivendo? Essas pessoas
estavam bem na época em que foram aposentadas,
porque, com o seu salário-mínimo, elas podiam se
alimentar, pagar uma passagem para buscar os
remédios, mas a partir do momento que eles perdem o
benefício, vão se manter como? — questionou Paim.
Fonte: Agência Senado
27/05/2019 -
Atos por Bolsonaro fracassam e perdem para a
mobilização em defesa da educação
Protestos em defesa do governo e de sua agenda de
retrocessos ficam menores do que a mobilização do
dia 15 de maio. Na quinta-feira (30), estudantes,
professores e trabalhadores estarão de volta às ruas
Os atos a favor do governo Bolsonaro neste domingo
(26) ficaram aquém das expectativas dos apoiadores
do governo e foram menores do que os atos de 15 de
maio, contra o contingenciamento de verbas na
educação pública federal.
Segundo balanço do Portal G1 às 17h de ontem, os
atos em favor de Bolsonaro somaram 122 cidades de 21
estados, mais o Distrito Federal. No dia 15, com
medição também às 17h, os protestos alcançaram 162
cidades dos 26 estados do país, mais o Distrito
Federal, sendo que o dia terminou com atos em 222
cidades.
Na quinta-feira (30), os estudantes estarão de volta
às ruas do país e a expectativa é que a mobilização
cresça em relação ao dia 15, já que o governo não
sinalizou qualquer mudança no sentido aliviar os
cortes orçamentários.
Uma imagem que simbolizou o fracasso do dia de
protestos deste domingo foi registrada na
manifestação em Curitiba. Em frente ao prédio
histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
uma faixa que trazia mensagem em defesa da educação
foi retirada pelos bolsonaristas.
A denúncia foi feita pelo reitor da UFPR, Ricardo
Fonseca. “Neste exato momento manifestantes
retiraram, com muitos aplausos, uma faixa no Prédio
Histórico da UFPR em que estava escrito: “Em defesa
da educação”. Inacreditável”, disse Fonseca pelo
Twitter.
O ato violento dos bolsonaristas curitibanos faz
parte do ambiente de obscurantismo difundido no país
por Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação,
Abraham Weintraub, em campanha contra a
Universidade, com perseguições ideológicas e cortes
de verbas.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/05/2019 -
Flávio Dino: Manifestações vão piorar a
governabilidade de Bolsonaro
Ao comentar as manifestações de apoiadores de
Bolsonaro, o governador maranhense destacou que o
isolamento do presidente em “guetos ideológicos” e a
hostilidade contra o Congresso Nacional e o Supremo
Tribunal Federal que os atos deste domingo
expressaram aumentarão as dificuldades do governo.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, comentou
através do Twitter, as manifestações em apoio à
Bolsonaro ocorridas neste domingo (26). Para Dino,
os atos promovidos pelos setores de extrema direita
são um “gesto defensivo , típico de quem não está
conseguindo impor a sua agenda”. Para ele, o
governabilidade de Bolsonaro deve ficar pior do que
já está. “A governabilidade vai piorar, pois quem
governa não pode se refugiar em guetos ideológicos,
a não ser em último caso. Tampouco pode promover
gestos de hostilidade à maioria do Congresso
Nacional e até ao Supremo”, declarou o governador
maranhense.
Mesmo que Bolsonaro tenha afirmando que as
manifestações foram em defesa do Brasil e pela
aprovação das reformas que enviou ao Congresso
Nacional, o que se viu de fato foi muita hostilidade
contra os poderes Legislativo e Judiciário. Também
não faltou louvação ao ministro Sérgio Moro, numa
demonstração de as ideias do chamado “lava-jatismo”
ajudam na mobilização dos segmentos mais fanático
que apoiam Bolsonaro e seu governo.
Flávio Dino considera que os atos deste domingo “são
suficientes para conter pautas de derrubada do
governo Bolsonaro, nascidas dentro da própria elite.
Mas são insuficientes para impulsionar a agenda
extremista e sectária”. A cobertura da chamada
“grande mídia” ao longo do dia já refletiu um pouco
do que diz o governador. Sem avaliar a dimensão das
manifestações, a Globo, em especial, tentou
associá-las à defesa da reforma da previdência, ao
“pacote anticrime” de Sérgio Moro e à Medida
Provisória 870, em especial à manutenção do COAF
vinculado ao Ministério da Justiça e não ao da
Economia, como aprovou a Câmara de Deputados. Ocorre
que quase não se viu manifestantes tratando dessas
questões.
O governador destacou ainda que as manifestações
deste dia 26 foram bem menores do que as que
ocorreram no dia 15 de maio em defesa da educação.
Segundo o portal G1, até as 19:30 do domingo, 156
cidades de 26 estados e no Distrito Federal havia
realizado atos. Já no dia 15 de maio, as
manifestações em defesa da educação ocorreram em 198
cidades de todos os estados e no Distrito Federal.
Com um detalhe, apenas em São Paulo e no Rio de
Janeiro, as manifestações deste domingo foram
massivas. Nas demais cidades as atividades tiveram
pouca expressão, ao contrário do que ocorreu no dia
15. Para Flávio Dino, “dependendo dos próximos dias,
se governo Bolsonaro mantiver beligerância, os atos
de 30 de maio podem ser ainda maiores”.
Fonte: Portal Vermelho
27/05/2019 -
Abril tem a maior criação de emprego formal para o
mês desde 2013
Serviços e indústria de transformação puxaram
abertura de vagas
Beneficiada pelos serviços e pela indústria, a
criação de empregos com carteira assinada atingiu,
em abril, o maior nível para o mês em seis anos.
Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho, 129.601 postos formais de trabalho foram
criados no último mês. O indicador mede a diferença
entre contratações e demissões.
A última vez em que a criação de empregos tinha
superado esse nível foi em abril de 2013, quando as
admissões superaram as dispensas em 196.913. A
criação de empregos totaliza 313.835 de janeiro a
abril e 477.896 nos últimos 12 meses.
Na divisão por ramos de atividade, todos os oito
setores pesquisados criaram empregos formais em
abril. O campeão foi o setor de serviços, com a
abertura de 66.290 postos, seguido pela indústria de
transformação (20.470 postos). Em terceiro lugar,
vem a construção civil (14.067 postos).
O nível de emprego aumentou na agropecuária (13.907
postos); no comércio (12.291 postos), na
administração pública (1.241 postos); nos serviços
industriais de utilidade pública, categoria que
engloba energia e saneamento (867 postos) e
extrativismo mineral (454 postos).
Tradicionalmente, a geração de emprego é alta em
abril, por causa do início das safras e do
aquecimento da indústria e dos serviços.
Destaques
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelos
atendimentos médicos, odontológicos e veterinários,
com a abertura de 20.589 postos formais; seguido
pelo comércio e administração de imóveis, valores
mobiliários e serviço técnico, com 13.023 vagas. Na
indústria de transformação, a criação de empregos
foi impulsionada pela indústria de produtos
alimentícios e de bebidas (9.884 postos); pela
indústria química de produtos farmacêuticos,
veterinários e perfumaria (7.680 postos) e pela
indústria têxtil (1.845 postos).
Regiões
Todas as regiões brasileiras criaram empregos com
carteira assinada em abril. O Sudeste liderou a
abertura de vagas, com 81.106 postos, seguido pelo
Nordeste (15.593 vagas) e pelo Centro-Oeste (15.240
vagas), influenciado pela safra. O Sul criou 14.570
postos, e o Norte registrou 3.092 vagas a mais no
mês passado.
Na divisão por estados, 23 unidades da Federação
geraram empregos e quatro demitiram mais do que
contrataram. As maiores variações positivas no saldo
de emprego ocorreram em São Paulo (abertura de
50.168 postos), em Minas Gerais (22.348), no Paraná
(10.653) e na Bahia (10.093). Os estados que
registraram o fechamento de vagas formais foram
Alagoas (-4.692 postos), Rio Grande do Sul (-2.498),
Rio Grande do Norte (-501) e Pará (-25).
Fonte: Agência Brasil
27/05/2019 -
CDH debate política de reajuste do salário mínimo
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promoverá audiência pública na
próxima terça-feira (28), a partir das 9h, para
debater a política de reajuste do salário mínimo. O
evento acontecerá no plenário 6 da Ala Senador Nilo
Coelho e será interativo. O requerimento para
realizar a audiência é do senador Paulo Paim
(PT-RS).
Já estão confirmadas as presenças de Clóvis Scherer,
técnico do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese); Edson Índio,
secretário geral da Intersindical – Central da
Classe Trabalhadora; Mônica Damous Duailibe,
representante do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait); e Sandro Jadir
Albuquerque, vice-presidente da Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB).
Além deles, a audiência terá representantes da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, de associações de
magistrados e de procuradores do trabalho e de
outras centrais sindicais.
Fonte: Agência Senado
27/05/2019 -
Frente em Defesa dos Direitos dos Idosos será
lançada sexta-feira (31)
Será lançada na próxima sexta-feira (31) a Frente
Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Idosos.
O objetivo do novo colegiado, proposto pelo deputado
Julio Cesar Ribeiro (PRB-DF), é promover políticas
públicas relativas à defesa do idoso; acompanhar a
tramitação de matérias que tratem do assunto
correlato, fiscalizando o efetivo cumprimento das
normas aprovadas pelo Congresso Nacional; e
estimular a assistência ao idoso, propondo e
analisando projetos que garantam a promoção e defesa
dos direitos dos idosos.
O evento será realizado às 14h30, no auditório
Freitas Nobre.
Fonte: Agência Câmara
27/05/2019 -
Comissão de Finanças debate correção da tabela do
imposto de renda
A atualização da tabela do Imposto de Renda será
discutida nesta terça-feira (28) em audiência da
Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados.
“A última correção da tabela do imposto de renda
aconteceu em 2015. A não atualização desta tabela
tem levado os brasileiros a pagarem mais imposto a
cada ano”, reclama o deputado Jerônimo Goergen
(PP-RS), um dos requerentes da audiência.
Foram convidados para discutir o assunto, entre
outros, o secretário especial da Receita Federal do
Brasil, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque; e o
presidente do Sindicato Nacional dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco
Nacional), Kleber Cabral.
O debate, que também foi sugerido pelos deputados
Eduardo Cury (PSDB-SP), Enio Verri (PT-PR) e Rui
Falcão (PT- SP), será realizado a partir das 14
horas, em plenário a definir.
Fonte: Agência Câmara
27/05/2019 -
Audiência discute direitos de trabalhadores
terceirizados
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria,
Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados discute,
na próxima terça-feira (28), o projeto que pretende
garantir os direitos dos trabalhadores nas
contratações de serviços terceirizados (PL 6456/16).
A proposta, de autoria da deputada Erika Kokay
(PT-DF), determina, por exemplo, que a contratação
de serviços terceirizados implica necessariamente a
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços
quanto aos direitos trabalhistas e previdenciários.
O projeto também altera a Lei das Licitações para
estabelecer a exigência de garantia para as
provisões de encargos trabalhistas quanto a férias,
décimo terceiro salário e multa do FGTS por dispensa
sem justa causa.
O texto recebeu parecer pela rejeição do deputado
Laercio Oliveira (SD-SE) e aguarda votação no
colegiado.
A audiência foi sugerida pelo deputado José Ricardo
(PT-AM) e ouvirá, entre outros, a procuradora do
Ministério Público do Trabalho da 10ª Região, Ana
Cristina Desirée Ribeiro; o presidente da Central
Única dos Trabalhadores (CUT-DF), Rodrigo Brito; e o
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs),
Julimar Roberto de Oliveira Nonato.
O debate será realizado a partir das 15h30, no
plenário 5.
Fonte: Agência Câmara
27/05/2019 -
Começa hoje a 5ª Semana Nacional da Conciliação
Trabalhista
Começa hoje (27) e vai até 31 de maio a 5ª Semana
Nacional da Conciliação Trabalhista, que este ano
tem como slogan “Menos Conflitos. Mais Soluções: com
a conciliação o saldo é sempre positivo”.
Promovida pelo Conselho Superior da Justiça do
Trabalho (CSJT), em parceria com os tribunais
regionais do Trabalho de todo o país, a iniciativa
tem como objetivo dar mais celeridade à solução de
conflitos trabalhistas.
Durante a semana, a Justiça do Trabalho ampliará o
número de audiências entre empregadores e
empregados, na tentativa de obter o maior número
possível de acordos.
“A solução amigável dos conflitos trabalhistas é a
forma mais rápida, vantajosa e moderna para a
solução dos litígios”, avaliou, em nota divulgada
pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), o
coordenador da Comissão Nacional de Promoção à
Conciliação da Justiça do Trabalho e vice-presidente
do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva.
Segundo o TST, nas quatro primeiras edições do
evento, foram contabilizados mais de 700 mil
atendimentos, cerca de 102 mil acordos consolidados
e uma movimentação de recursos superior a R$ 2
bilhões.
Para participar da 5ª Semana, os interessados devem
entrar em contato com o Tribunal Regional do
Trabalho de origem.
Fonte: Agência Brasil
27/05/2019 -
Empresa deve indenizar trabalhador demitido um mês
após ajuizar ação
Trabalhador receberá R$ 5 mil de dano moral.
A 2ª turma do TRT da 11ª região condenou uma empresa
ao pagamento de danos morais por ter demitido um
trabalhador, sem justa causa, um mês após o
ex-empregado ajuizar ação trabalhista. Para o
colegiado, a dispensa é discriminatória e grave,
pois inibe a busca do cidadão pela Justiça.
O homem ajuizou ação contra a empresa buscando a
retificação da função na sua carteira de trabalho,
as diferenças de salário decorrentes de desvio de
função e reflexos legais. Pouco mais de um mês
depois do ajuizamento, o trabalhador foi
surpreendido com a rescisão do contrato, sem justa
causa. A empresa sustentou que a dispensa ocorreu
por redução do quadro funcional, dentro dos limites
de seu poder diretivo.
Represália
Relatora, a desembargadora Joicilene Jeronimo Portela
Freire entendeu que o contexto dos autos confirma a
narrativa autoral, de que a dispensa ocorreu como
represália ao empregado por ter buscado a Justiça do
Trabalho, pois a empresa não apresentou qualquer
prova para sustentar suas alegações de redução do
quadro funcional.
“O ato torna-se mais grave quando avaliado sob um
espectro mais amplo, pois passa a inibir a busca do
judiciário, por parte dos trabalhadores, para a
consecução de seus direitos, por receio de que,
assim o fazendo, perderão seus postos e, com isso, a
fonte de subsistência sua e de sua família.”
Assim, a 2ª turma determinou o pagamento de R$ 5 mil
por dano moral.
Processo: 0000798-85.2018.5.11.0005
Fonte: Migalhas
24/05/2019 -
Desigualdade de renda atinge o pior patamar
A desigualdade de renda no Brasil atingiu no
primeiro trimestre de 2019 o maior patamar desde o
começo da série histórica, em 2012, segundo o
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (IBRE/FGV).
Os dados utilizados no levantamento do IBRE são os
da PNAD Contínua, do IBGE.
No primeiro trimestre deste ano, a desigualdade
aumentou em relação ao quarto trimestre do ano
passado. Este aumento foi constatado pelo índice de
Gini, que mede a desigualdade em uma escala de 0
(igualdade perfeita) a 1 (desigualdade absoluta).
Índice de GINI
- 4º trimestre de 2018: 0,625;
- 1º trimestre de 2019: 0,627.
Esse é o 17º trimestre consecutivo em que a
desigualdade de renda aumenta no país, desde
julho-agosto-setembro de 2015, no governo Dilma.
Desde o início de 2015, a renda média real dos mais
pobres desabou -20%, mostra o levantamento do IBRE/FGV.
Enquanto isso, a renda média real dos mais ricos
aumentou +3,3%.
O aumento da desigualdade no primeiro trimestre de
2019 é um reflexo da estagnação e recessão
econômica, aprofundada no governo Bolsonaro, quando
todos os indicadores econômicos ficaram no vermelho
nos três primeiros meses do ano: produção
industrial, vendas do comércio varejista, volume de
serviços e o emprego – são 13,4 milhões de
brasileiros desempregados no trimestre encerrado em
março, a rigor 28,3 milhões de pessoas, quando se
somam os subempregados.
Na segunda-feira (20), o boletim Focus do Banco
Central (BC) voltou a derrubar pela 12ª vez
consecutiva a estimativa de crescimento da economia
em 2019. A previsão para o desempenho do Produto
Interno Bruto (PIB) caiu de 1,45% na semana passada
para 1,24%.
Em janeiro, a previsão de alta do PIB para este ano
era de 2,4%.
Institutos e bancos já apontam para recessão no
primeiro trimestre deste ano.
Fonte: Hora do Povo
24/05/2019 -
Mandato tresloucado e confronto com Congresso e STF
O país está sem rumo e sem perspectivas.
Bolsonaro só está há 5 meses no exercício do
mandato, mas movimenta-se e comporta-se como se
estivesse nos estertores.
Marcos Verlaine*
A convocação, pelo presidente da República, de
manifestação para o próximo domingo (26), com o
objetivo de emparedar o Congresso Nacional e o
Supremo Tribunal Federal não deve surpreender a
ninguém. Embora seja, evidentemente, loucura ou
burrice. Quem ficar surpreso é porque tem memória
fraca.
A iniciativa do presidente em convocar a população
para esse despropósito alimenta populismo de direita
e confesso descompromisso com a democracia.
Deputado federal por 28 anos (7 mandatos), nos
primórdios vivia bradando na tribuna da Câmara que
era preciso fechar o Congresso. Alguém esqueceu
isso?
No impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ao
proferir seu voto, homenageou notório torturador da
ditadura de 1964 — Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Anos antes, em entrevista, disse que Fernando
Henrique Cardoso merecia ser fuzilado e que, para o
Brasil dar certo, 30 mil deveriam ser mortos.
Defensor de pautas controversas. Se notabilizou
pelas boçalidades que proferia em entrevistas,
discursos e confrontos corriqueiros no Legislativo.
Então não deve haver surpresas na postura do
presidente no exercício do cargo. Bolsonaro exerce
uma antipresidência.
Não faz sentido o presidente da República convocar
protestos, ainda mais contra outros poderes da
República. Daí advém, além da impostura no cargo, o
fato de exercer uma antipresidência.
Quais podem ser os desdobramentos dessa loucura?
Basicamente duas.
Antes, um prognóstico. Tudo indica que será uma
movimentação esvaziada ou pelo menos não terá a
adesão maciça esperada. A aprovação do governo e do
presidente estão em franco declínio, tanto nas
camadas populares, quanto na elite econômica. Os
frequentes editoriais do jornal O Estado de S. Paulo
revelam isto.
O 1º desdobramento é que mesmo que aconteça a
manifestação, o presidente criará fato que o jogará,
definitivamente, em confronto aberto contra os
outros 2 poderes da República. O que não é bom para
o governo, os demais poderes e a democracia, que
ficará mais fragilizada do que está.
O 2º desdobramento é que se movimento for fraco, não
atingir o público desejado pelos organizadores,
deixará o governo mais comprometido frágil do que
está.
Ao fim e ao cabo, aconteça o que acontecer, o
governo perderá e ficará mais exposto e terá sua
agenda comprometida no Congresso Nacional. O que,
aos olhos da oposição não será negativo. Pelo
contrário. Mas o mercado, que o apoiou e o elegeu,
não aprova essa movimentação tresloucada.
Dessa iniciativa do presidente depreende-se que no
exercício do cargo e do mandato, Jair Bolsonaro
ainda não compreendeu seu papel na principal
magistratura do país. Pior para ele, pior para o
Brasil, que elegeu mandatário sem preparo político e
psicológico para enfrentar os grandes problemas do
país e do povo.
Enquanto isto, a crise econômica se aprofunda,
chegando em níveis de depressão. O desemprego cresce
e o presidente nada apresenta para, pelo menos,
reduzir esse que é um dos principais problemas da
sociedade brasileira.
Diante desse quadro, a manifestação convocada para
domingo revela algo surpreendente, o presidente está
perdido. O país está sem rumo e sem perspectivas.
Bolsonaro só está há 5 meses no exercício do
mandato, mas movimenta-se e comporta-se como se
estivesse nos estertores.
Aguardemos domingo.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
24/05/2019 -
Câmara conclui votação de medida provisória da
reforma administrativa
O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta
quinta-feira (23) a votação da Medida Provisória
(MP) 870/19, que trata da reforma administrativa.
Após um acordo entre os partidos, a emenda que
restringia a atuação dos auditores fiscais de
investigar crimes apenas de ordem fiscal foi
rejeitada. A matéria segue agora para o Senado.
Pelo texto suprimido, auditores só seriam
autorizados a compartilhar com outros órgãos como o
Ministério Público indícios de crimes tributários.
Na terça-feira (21), os auditores fizeram atos
públicos contra o texto da MP.
Segundo eles, o compartilhamento de dados, pela
emenda, só seria permitido com autorização judicial,
o que inviabiliza a investigação de crimes conexos à
sonegação, privando o Ministério Público Federal e a
Polícia Federal de informações fornecidas pela
Receita Federal a respeito de atividades financeiras
suspeitas.
Em votação simbólica, os deputados também aprovaram
destaque do PSB e retiraram do texto o ponto que
transferia ao Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações o controle do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(FNDCT). O fundo continuará sob a administração da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Quarta (22), o plenário aprovou o texto-base da MP
870. Os deputados aprovaram o texto da comissão
mista que analisou a matéria e que devolve para o
Ministério da Economia o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf).
O governo havia transferido o órgão para o
Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O texto ainda transferiu novamente para o Ministério
da Justiça e Segurança Pública a Fundação Nacional
do Índio (Funai), que também ficará responsável pela
demarcação de terras indígenas. Antes, o órgão
estava subordinado ao Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos e a demarcação era
uma atribuição do Ministério da Agricultura.
Os deputados firmaram um acordo para evitar uma das
polêmicas, a recriação de dois ministérios fundidos
(Cidades e Integração Nacional). Pelo acordo, os
deputados aprovaram a manutenção dos dois no
Ministério do Desenvolvimento Regional, revertendo a
mudança proposta pelo projeto de lei de conversão do
senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Fonte: Agência Brasil
24/05/2019 -
Deputados podem apresentar emendas à reforma da
Previdência até o dia 30
Relator da proposta pretende apresentar seu
parecer até o dia 15 de junho
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
prorrogou, a pedido de parlamentares, até o dia 30
de maio o prazo para apresentação de emendas à
proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19). A
data limite para que os parlamentares pudessem
oferecer emendas ao texto terminaria hoje.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, as
propostas podem receber emendas durante as 10
primeiras sessões do Plenário após a instalação da
comissão especial, mas o prazo pode ser ampliado se
houver acordo entre os deputados.
Fonte: Agência Câmara
24/05/2019 -
Comissão Especial vai debater reforma da Previdência
A reforma da Previdência (PEC 6/2019) será tema de
debate, em audiência pública, na Comissão Especial
da Previdência (CEPREV) criada no Senado. A reunião
vai ocorrer na próxima quarta-feira (29), às 14h, na
sala 3 da Ala Alexandre Costa.
Para participar do debate, foram convidados o
assessor especial do Ministro da Defesa, Eduardo
Castanheira Garrido Alves; o consultor legislativo
do Senado, Pedro Fernando de Almeida Nery Ferreira;
o diretor-executivo da Instituição Fiscal
Independente (IFI), Felipe Scudeler Salto.
A proposta do governo federal é apontada como a
principal medida para o reequilíbrio das contas
públicas. Entretanto, existem diversos pontos
polêmicos na proposta, como a idade mínima para a
aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa
privada, servidores públicos e produtores rurais.
Uma emenda constitucional precisa ser aprovada em
dois turnos na Câmara dos Deputados e em dois turnos
no Senado. As novas regras passam a valer após a
promulgação pelo Congresso.
Fonte: Agência Senado
24/05/2019 -
Critérios para indenização por dano extrapatrimonial
decorrente de relações de trabalho podem ser
revogados
O senador Paulo Paim (PT-RS) pretende revogar o
artigo 223-G da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que criou novos critérios para cálculo da
indenização por dano extrapatrimonial decorrente de
relações de trabalho. Para isso, apresentou o PLS
358/2017, que foi aprovado nesta quinta-feira (23)
na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH). Os novos critérios foram
incluídos na CLT pela reforma trabalhista de 2017.
Paim justifica a medida ao afirmar que os parâmetros
atualmente definidos são injustos e obrigam os
trabalhadores a receberem valores ínfimos, em caso
de serem eles os ofendidos. Isso porque o valor de
seu salário é a referência tanto para o recebimento
da indenização quanto para o pagamento.
O relator da matéria, senador Telmário Mota (Pros-RR),
que emitiu parecer favorável, considera a atual
norma uma injustiça com o trabalhador.
— O salário é sempre utilizado como referência para
a definição do valor, não importando quem seja
ofensor ou ofendido: se um gigante corporativo
contra um servente ou vice-versa. Nesse caso, o
servente entra com tudo o que ganha, enquanto o
gigante corporativo mal tomará conhecimento contábil
do valor pago. É desproporcional — disse.
A proposição vai para exame das comissões de
Assuntos Econômicos (CAE); Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ); e de Assuntos Sociais (CAS),
cabendo a esta a decisão terminativa, ou seja, sem
passar pelo Plenário, a menos que haja recurso.
O PLS 358/2017 é um dos três aprovados nesta
quinta-feira pela CDH para revogar pontos da reforma
trabalhista. Os outros dois são o PLS 270/2017 e o
PLS 267/2017. Todos foram apresentados por Paulo
Paim e relatados por Telmário Mota.
Fonte: Agência Senado
24/05/2019 -
CDH revoga dispositivo da reforma trabalhista para
garantir Justiça gratuita ao trabalhador
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou, nesta quinta-feira
(23), o projeto de lei (PLS 267/2017), do senador
Paulo Paim (PT-RS), que garante o acesso dos
trabalhadores à gratuidade judiciária. Segundo ele,
tal direito foi prejudicado pela reforma trabalhista
de 2017.
O projeto retoma a redação original do artigo 844 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que trata
do assunto. A reforma acrescentou parágrafos ao
artigo determinando que o reclamante, mesmo sendo
beneficiário de gratuidade judiciária, seja
condenado ao pagamento de custas judiciais em caso
de não comparecimento à audiência. Além disso,
determina o recolhimento das custas para propositura
de nova ação.
De acordo com Paim, tais regras coíbem os direitos
dos trabalhadores e vão na contramão do Novo Código
de Processo Civil.
"Ao mesmo tempo, estranhamente, o citado dispositivo
admite que o empregador fique isento das custas e do
depósito recursal (garantia da futura execução),
quando ele for beneficiário da gratuidade de
justiça. Por isso, as alterações inseridas pela
reforma não estimulam o comparecimento da empresa
reclamada à audiência, fator esse que, certamente,
influenciará negativamente na solução do conflito
pelo instrumento da conciliação", opinou no texto do
projeto.
O relator da matéria, senador Telmário Mota (Pros-RR)
emitiu relatório favorável ao defender o direito ao
acesso à Justiça a todo trabalhador.
"O projeto é preciso ao atacar uma das mais
lamentáveis e nefastas consequências da reforma
trabalhista do governo Temer: a cobrança de custas
dos trabalhadores envoltos em audiência de
julgamento. Em boa hora, o projeto em tela retoma o
alcance da redação original do art. 844 da CLT,
dando a devida proteção e assistência ao
trabalhador, que, afinal, é a parte hipossuficiente
da relação", defendeu no parecer.
Emenda de Redação
Telmário sugeriu apenas uma emenda de redação. O texto
seguirá agora para análise nas Comissões de Assuntos
Econômicos (CAE), de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS), sendo
nesta última em caráter terminativo.
Fonte: Agência Senado
24/05/2019 -
Peça apresentada antes da reforma trabalhista não
deve ser corrigida, decide TST
Ato processual que ocorreu antes da vigência da
Reforma Trabalhista deve cumprir apenas os
requisitos vigentes à época de sua apresentação. A
decisão é da subseção II especializada em Dissídios
Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do
Trabalho.
Os ministros cassaram decisão que determinava a um
empregado que acrescentasse à petição inicial de sua
reclamação a descrição da doença do trabalho alegada
e o valor da pensão pedida.
A exigência de adequação da peça é prevista no
artigo 840, parágrafo 1º, da CLT, com a redação dada
pela reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017). Dentre
outros requisitos, há necessidade de breve exposição
dos fatos e o pedido, que deverá ser certo,
determinado e com indicação de seu valor.
A reclamação trabalhista foi ajuizada em maio de
2017. Na audiência de conciliação e julgamento, em
2018, o industriário afirmou que tinha exames
médicos para comprovar as doenças adquiridas na
vigência do contrato.
O primeiro grau determinou que ele emendasse a
petição inicial para descrever e comprovar as
doenças. Ao analisar recurso do trabalhador, o
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região entendeu
que não se tratava de ajuste, mas de acréscimo de
informações para instruir melhor o processo.
A relatora do recurso no TST, ministra Maria Helena
Mallmann, a ordem judicial era "manifestamente
ilegal e contrária à jurisprudência do TST". Ela
afirmou ainda que o empregado teria ônus
desproporcional para obter a reforma da decisão por
outra via recursal.
Segundo a ministra, a aplicação das normas
processuais previstas na CLT e alteradas pela
reforma trabalhista é imediata, mas atinge situações
iniciadas ou consolidadas na vigência da lei
revogada. Essa interpretação consta da Instrução
Normativa 41 do TST, de 21/6/2018.
"A reclamação trabalhista ajuizada antes de
11/11/2017 é subordinada aos preceitos constantes no
texto da CLT vigente até então", afirmou. "Na época,
a redação do artigo 840 era no sentido de que a
petição inicial deveria conter uma breve exposição
dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a
data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante". Com informações da Assessoria de
Imprensa do TST.
Processo: 5325-84.2018.5.15.0000
Fonte: Consultor Jurídico
23/05/2019 -
Centrais sindicais: greve geral vai parar o Brasil
contra reforma da Previdência
Trabalhadores afirmam a relator da PEC que
compreendem necessidade de o país modernizar as
regras para a aposentadoria da população, mas
proposta de Bolsonaro é excludente e privilegia
apenas alguns setores da sociedade
São Paulo – Representantes de cinco centrais
sindicais, após reunião em Brasília, nesta
terça-feira (21), com o relator da reforma da
Previdência, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP),
alertaram o Congresso Nacional que, se a proposta de
reforma da Previdência continuar tramitando, o
Brasil vai parar. Eles confirmaram a organização de
uma greve geral em 14 de junho e a adesão a uma nova
edição do “tsunami da educação”, no próximo dia 30,
em apoio ao movimento estudantil em defesa da
educação pública de qualidade e contra os cortes
orçamentários de instituições federais de ensino
pelo governo. “Vamos à maior greve geral da história
do Brasil, no dia 14, contrária a reforma da
previdência”, acrescentou o secretário de Assuntos
Jurídicos da CUT, Valeir Ertle.
Os representantes disseram que compreendem a
necessidade do país de modernizar a previdência,
adequando as regras de aposentadoria a uma nova
realidade econômica e social. Entretanto, não é esta
a proposta encaminhada pelo governo que deve ser
discutida. “Nós colocamos à disposição o seguinte:
tem que parar essa reforma e fazer um amplo debate
com a sociedade para discutir uma reforma
verdadeira. A CUT defende uma previdência pública e
universal, onde todos estão dentro dessa
previdência, de juízes a militares”, afirmou Valeir.
O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho (SD-SP), presidente licenciado da Força
Sindical, disse que o relator da Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 6/2019 reconheceu a dificuldade
em aprovar pelo menos quatro pontos da reforma, além
de não compreender algumas regras elaboradas pela
equipe econômica do governo.
“Ele não consegue aprovar o Benefício de Prestação
Continuada (BPC), as novas regras para professores e
trabalhadores rurais, nem a capitalização. Ele ainda
reconhece que ninguém entende a transição. São 20
páginas sobre transição e parece que as pessoas não
vão se aposentar nunca mais“, disse Paulinho ao
repórter Uélson Kalinovski, da TVT.
Ainda de acordo com representantes das centrais,
mesmo que governo e Congresso cheguem a um acordo e
retirem esses quatro pontos da reforma, os
trabalhadores continuarão trabalhando nas ruas para
impedir a aprovação da PEC.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/05/2019 -
Nota da Nova Central sobre a Greve Geral do dia 14
de Junho
Prezados companheiros e companheiras,
A respeito da Greve Geral programada para o dia 14
de Junho, cumprimos o dever de nos dirigir às
entidades que compõe nossa malha orgânica para
alguns esclarecimentos. Movimentos paredistas desta
natureza, não são realizados diretamente pelos
presidentes das entidades de cúpula. São os
sindicatos de base que conquistam apoio adesão a
esse tipo de mobilização. Portanto, consideramos que
seria imprudente impor a participação de qualquer
filiado. No entanto, é dever e nossa
responsabilidade nos posicionar institucionalmente e
sugerir encaminhamentos.
É de conhecimento de todos o nosso descontentamento
com a agenda do governo que retira direitos
trabalhistas e sociais, ao mesmo tempo em que busca
diversos mecanismos para estrangular financeiramente
as instituições de ensino e, particularmente, as
entidades sindicais - trincheira natural de
resistência à esse desmonte de qualquer resquício de
Bem-Estar Social resultante da Constituição de 1988.
Existem motivos de sobra para organizarmos uma
reação à altura desses ataques que atingem a classe
trabalhadora, sua representação sindical e a própria
sociedade.
Pelas razões expostas, a Nova Central apoia e
recomenda a participação de suas entidades filiadas
nesse movimento paredista. Nossa recomendação, no
entanto, é que a greve seja um movimento pluralista,
disposto a agregar todos os segmentos da sociedade,
sem distinção. Sugerimos que tenhamos prudência e
maturidade para evitar, na medida do possível,
discursos de caráter político/partidário.
Munidos das melhores intensões, estamos seguros de
que a soma de nossos esforços trará bons frutos.
Abraço fraterno do companheiro Calixto.
José Calixto Ramos
Presidente da NCST
Fonte: NCST
23/05/2019 -
Deputados aprovam manutenção do Coaf no Ministério
da Economia
Câmara vota destaques do texto da MP da Reforma
Administrativa
Por 228 votos, o plenário da Câmara dos Deputados
manteve a decisão da comissão mista que analisou a
Medida Provisória da Reforma Administrativa (MP
870/19) e aprovou nesta quarta-feira (22) a volta do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
para o Ministério da Economia.
Os deputados rejeitaram um destaque que queria
restaurar o texto original que determinava que o
órgão ficaria sob a guarda do Ministério da Justiça
e Segurança Pública. Entre os deputados, 210 votaram
pela aprovação do destaque e quatro se abstiveram.
Com isso, o órgão definitivamente sai do Ministério
da Justiça e Segurança Pública. A permanência do
Coaf na pasta comandada por Sergio Moro era
defendida pelo ministro.
Criado em 1998, no âmbito do Ministério da Fazenda,
o Coaf é uma órgão de inteligência financeira do
governo federal que atua principalmente na prevenção
e no combate à lavagem de dinheiro.
Um pouco antes, os deputados haviam aprovado o texto
base da MP 870/19, que reduziu o número de
ministérios de 29 para 22. O texto também transferiu
novamente para o Ministério da Justiça e Segurança
Pública a Fundação Nacional do Índio (Funai), que
também ficará responsável pela demarcação de terras
indígenas. Antes o órgão estava subordinado ao
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos e a
demarcação era uma atribuição do Ministério da
Agricultura.
Os deputados firmaram um acordo para evitar uma das
polêmicas, a recriação de dois ministérios fundidos
(Cidades e Integração Nacional). Pelo acordo os
deputados aprovaram a manutenção dos dois órgãos no
Ministério do Desenvolvimento Regional, revertendo a
mudança proposta pelo projeto de lei de conversão do
senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Fonte: Agência Brasil
23/05/2019 -
M. Queiroz: Parlamentarismo branco em ação
Pelo curso da relação entre Legislativo e
Executivo, é possível que isso avance para uma nova
conformação governamental, diferente do chamado
“presidencialismo imperial” vigente.
Marcos Queiroz*
A inoperância política da gestão de Jair Bolsonaro
(PSL) no Congresso Nacional tem impulsionado a ideia
de se instalar no país um sistema de governança a
partir do Legislativo. “Parlamentarismo branco” ou
“semipresidencialismo” são algumas das denominações
que têm sido dadas a essa empreitada.
Com o fracasso do modelo de coalizão pretendido pelo
Palácio do Planalto, baseado em bancadas setoriais
(agronegócio, religiosa e segurança pública), a
indisposição em construir uma base aliada nos moldes
tradicionais, estruturada em partidos políticos; e a
inabilidade no trato com os parlamentares ganha
corpo cada vez mais o espírito de independência do
Legislativo em relação ao Executivo.
A Constituição Federal assegura ao presidente da
República uma série de recursos institucionais que
lhe atribuem poder de agenda no Congresso. Possui
iniciativa privativa de determinadas leis; pode
solicitar urgência a projetos de sua autoria, o que
garante preferência de votação; e dispõe
exclusivamente da edição de medidas provisórias, que
possuem força de lei por até 120 dias. Entretanto,
tais recursos só funcionam de maneira eficaz se o
governo dispuser de maioria parlamentar.
Nesse sentido, a implementação de uma agenda de
governo fica prejudicada, pois as políticas públicas
se consignam em leis aprovadas pelo Parlamento. A
adoção de uma agenda própria pelo Legislativo isola
o Executivo, lhe garantindo nacos residuais de
poder.
O Congresso vem trabalhando uma agenda de
empoderamento institucional que pode lhe permitir
distanciamento do governo sem que isso possa
comprometer a sobrevivência política dos
parlamentares.
A aprovação de matérias que permitem aos
congressistas alocar recursos orçamentários a suas
bases eleitorais sem necessidade de aval do
Executivo ou possibilidade de bloqueio, aliada a uma
revisão do pacto federativo (seja numa reforma
tributária ou outra proposta) com uma nova
distribuição de receitas entre União, estados e
municípios, é a chave para a não-dependência do
governo.
Há quem discorde desse movimento por entender se
tratar de um esvaziamento do poder presidencial de
maneira casuística. Para outros, cumpre-se o
princípio constitucional de independência entre os
poderes e promove um equilíbrio de forças entre o
Legislativo e o Executivo. Antagonismos à parte, há
um benefício implícito nisso, pois se trata de um
passo importante para debilitar a famigerada
política de “toma lá, dá cá”.
O fato concreto é que hoje, na prática, esse sistema
já está em operação. O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, cristalizou isso ao romper
relações com o líder do governo na Casa e afirmar
que se preocupa com o povo e não com o Palácio do
Planalto. E pelo curso da relação entre Legislativo
e Executivo, é possível que isso avance para uma
nova conformação governamental, diferente do chamado
“presidencialismo imperial” vigente.
(*) Jornalista e analista político, com
especialização em processo legislativo
Fonte: Diap
23/05/2019 -
Partidos de oposição buscam unir amplas forças
contra Bolsonaro
Reunidos em Brasília, nesta quarta-feira (22),
dirigentes do PCdoB, PDT, PT, PSB e PSOL debateram
sobre a necessidade de unir amplas forças e
aprovaram uma agenda unitária a ser discutida com
entidades e organizações da sociedade, movimentos
sociais e centrais sindicais tendo como centro a
defesa da democracia
O Fórum dos Partidos de Oposição tem realizado
reuniões periódicas desde o ano passado. Além da
defesa da democracia, a agenda aprovada nesta
quarta-feira inclui ainda a luta contra os ataques
do governo de Jair Bolsonaro à soberania nacional e
os direitos sociais. Com isto estas bandeiras
unificadoras, o Fórum fortalecer a unidade das
forças democráticas, patrióticas e populares. O
objetivo é também construr propostas para superar a
profunda crise política, econômica e social em que o
país se encontra.
Para o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino,
reunião foi um marco. Segundo ele, “os partidos
afirmam que a hora é de unidade democrática a mais
ampla, e dessa indispensável mensagem ser levada a
toda a sociedade”. Para isso, segundo Sorrentino, os
partidos de oposição deverão liderar uma ampla
interlocução com outros segmentos políticos, com a
sociedade civil, os movimentos, personalidades e com
os integrantes de instituições brasileira. “São
varias frentes de lutas, com diferentes pautas e
configurações, que precisam ser conectadas em defesa
da democracia, da soberania nacional e direitos da
sociedade”, enfatizou o dirigente comunista.
“Hoje foi a melhor e mais produtiva reunião do fórum
dos partidos de oposição. PT, PSB, PSOL, PDT e PCdoB
unidos na leitura do momento político e engajados
para discutir saídas para crise brasileira”, afirmou
a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, por
meio de suas redes sociais.
Os presidentes dos cinco partidos decidiram também
solicitar um encontro com os ministros do Supremo
Tribunal Federal para debater a crise institucional
por que passa o país e a defesa do estado
democrático de direito.
A agenda de contatos definida inclui CNBB, OAB, ABI,
Andifes, SBPC, Clube de Engenharia, MST, MTST, UNE e
todas as centrais sindicais, entre outras entidades
e organizações.
Participaram da reunião de hoje os presidentes do
PSB, Carlos Siqueira, do PT, Gleisi Hoffmann, do
PDT, Carlos Lupi, do PSOL, Juliano Medeiros, e o
vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, além de
líderes dos partidos na Câmara e Senado.
Da redação, com informações do Fórum dos Partidos
de Oposição
Fonte: Portal Vermelho
23/05/2019 -
CAS ouvirá Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes sobre
reforma da Previdência
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai realizar
audiências públicas para discutir a PEC 6/2019, que
trata da reforma da Previdência, com a presença do
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do
ministro da Economia, Paulo Guedes. Os
requerimentos, apresentados pelo presidente do
colegiado, senador Romário (Pode-RJ), foram
aprovados nesta quarta-feira (22).
Romário defende que o assunto seja mais estudado, a
fim de que os parlamentares possam formular melhor o
seu voto, quando o texto for remetido da Câmara ao
Senado.
As datas das audiências públicas serão agendadas
pela CAS, de acordo com a disponibilidade dos
ministros.
Fonte: Agência Senado
23/05/2019 -
Aprovado na CCJ projeto que regula atraso em
audiências de causas trabalhistas
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
(Decreto-Lei 5.452, de 1943) poderá ser modificada
para permitir que, nas audiências em que houver
atraso injustificado, as partes e os advogados
deixem o tribunal após 30 minutos de espera. Essa
possibilidade está prevista no Projeto de Lei (PL)
1.539/2019, aprovado na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) esta quarta-feira (22).
Sem recurso para análise em Plenário, o texto
seguirá para a Câmara dos Deputados.
A proposta do senador Styvenson Valentim (Pode-RN)
está amparada em dispositivo do Código de Processo
Civil (Lei 13.105, de 2015). Além da liberação das
partes e dos advogados após 30 minutos de espera,
está prevista a remarcação da audiência para a data
mais próxima possível. Atualmente, a CLT só admite
que as partes deixem o tribunal após atraso do juiz
por mais de 15 minutos.
“Acreditamos que a aprovação deste projeto
representará um incentivo para a ágil condução dos
trabalhos judiciários e contribuirá para maior
celeridade da prestação jurisdicional”, disse
Styvenson na justificação do projeto.
O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),
considerou que, além de igualar algumas regras do
processo trabalhista aos termos e condições
utilizados no processo civil, a proposta impõe
alguns limites à postergação das audiências, medida
que acaba tumultuando as varas trabalhistas.
— O projeto é singelo, coloca na CLT o que já esta
no Código de Processo Civil e me parece muito
adequado — defendeu Anastasia.
Fonte: Agência Senado
23/05/2019 -
Dirigentes eleitos para sindicato não formalizado
não conseguem estabilidade no emprego
O registro do sindicato no extinto Ministério do
Trabalho é condição necessária para a estabilidade.
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho negou
provimento ao recurso ordinário de um grupo de
empregados da Yazaki do Brasil Ltda., de Nossa
Senhora do Socorro (SE), contra decisão desfavorável
à sua pretensão de reconhecimento da estabilidade
garantida aos dirigentes sindicais. Não ficou
demonstrada, no caso, a existência de pedido de
registro do sindicato no extinto Ministério do
Trabalho, condição necessária para a reintegração.
Dispensa
Os empregados disseram, na reclamação trabalhista, que
haviam sido dispensados sem justa causa logo após
terem sido eleitos para a direção do Sindicato dos
Trabalhadores Metalúrgicos de Nossa Senhora do
Socorro e Região (Sindmetal). O juízo da 5ª Vara do
Trabalho de Aracaju avaliou que eles detinham a
garantia provisória e deferiu a antecipação de
tutela para determinar a reintegração pedida. Na
decisão, o juízo se baseou no estatuto, na ata de
posse dos membros da diretoria e no comunicado em
que o sindicato havia dado ciência da eleição à
empresa.
Representatividade
A empresa, então, impetrou mandado de segurança ao
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) e
sustentou que o Sindimetal jamais havia representado
a categoria de seus empregados, cuja representação
cabia ao Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias
Metalúrgicas do Estado de Sergipe (Simese). Segundo
a Yazaki, todas as convenções coletivas de trabalho
e as rescisões de contratos foram firmadas ou
homologadas pelo Simese e não houve qualquer
registro de atuação do Sindimetal.
O TRT concedeu a segurança pleiteada pela empresa e
cassou a decisão de primeiro grau em razão da
ausência da formalização do pedido do registro
sindical, levando os empregados a interpor o recurso
ordinário examinado pela SDI-2.
Registro sindical
Prevaleceu, no julgamento, o voto do ministro Douglas
Alencar Rodrigues. Segundo ele, para o
reconhecimento da garantia provisória de emprego,
prevista nos artigos 8º, inciso VIII, da
Constituição da República, e 543, parágrafo 3º, da
CLT, não basta o registro dos estatutos sindicais no
Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
O ministro assinalou que, de acordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
estabilidade alcança o empregado eleito dirigente de
sindicato em processo de obtenção do registro
sindical. “Desse modo, a estabilidade sindical
apenas existirá a partir do instante em que for
formulado o requerimento no Ministério do Trabalho,
pois a partir desse instante é que se instala a
expectativa de aquisição da personalidade jurídica
sindical”, explicou. “No período anterior ao pedido
de registro há apenas uma associação civil, de
caráter não sindical, ainda que a razão social adote
a denominação ‘sindicato’”.
A decisão foi por maioria. Ficaram vencidos os
ministros Delaíde Miranda Arantes (relatora), Lelio
Bentes Corrêa e Maria Helena Mallmann.
Processo: RO-293-31.2016.5.20.0000
Fonte: TST
22/05/2019 -
Treze capitais já anunciaram atos em defesa da
educação no dia 30; confira lista
Manifestações ocorrem em repúdio aos cortes de
verba nas universidades e à proposta de reforma da
Previdência
Após o sucesso do Dia Nacional Em Defesa da
Educação, ocorrido em 15 de maio, estudantes e
professores convocam os brasileiros para mais um dia
de luta e reforço da defesa da educação pública,
gratuita e de qualidade, e também contra os cortes
de 30% da verba destinada às universidades federais
anunciados pelo ministro da Educação, Abraham
Weintraub. O Segundo Dia Nacional Em Defesa da
Educação acontece no dia 30 de maio com atos em
todas as regiões do país.
De acordo com a Confederação Nacional de
Trabalhadores da Educação (CNTE), mais de um milhão
de pessoas participaram das manifestações do dia 15
de maio em 200 municípios de todos os estados
brasileiros. A mobilização do dia 30 promete ser
ainda maior, segundo os organizadores. O novo ato
também é um "esquenta" para a Greve Geral contra a
reforma da Previdência que ocorre no dia 14 de
junho.
Até o momento, treze capitais brasileiras divulgaram
horário e local das mobilizações no dia 30. Confira:
São Paulo (SP) - Local: Largo da Batata -
Horário: 16h
Rio de Janeiro (RJ) - Horário: 15h
Porto Alegre (RS) - Local: Esquina Democrática
- Borges de Medeiros X Rua dos Andradas - Horário:
18h
Belo Horizonte (MG) - Local: Praça da Estação
- Avenida dos Andradas - Horário: 09h
Brasília (DF) - Horário: 10h
Salvador (BA) - Local: Praça do Campo Grande
- Horário: 10h
Curitiba (PR) - Local: Praça Santos Andrade -
Horário: 18h
Fortaleza (CE) - Horário: 10h
Belém (PA) - Horário: 13h
Recife (PE) - Local: Rua da Aurora - Horário:
15h
Manaus (AM) - Local: Praça da Saudade -
Horário: 15h
Natal (RN) - Horário: 10h
São Luis (MA) - Local: Praça Deodoro -
Horário: 15h
Fonte: Brasil de Fato
22/05/2019 -
Lideranças de oposição preparam amplo movimento
contra Bolsonaro
Nesta segunda-feira (20), cerca de 40 lideranças
políticas e sociais reuniram-se, em São Paulo, para
debater a situação do país e buscar formas de
construir uma ampla unidade em um movimento de
oposição ao atual presidente da República, Jair
Bolsonaro.
Entre os presentes, estavam o advogado Pedro
Serrano, que cedeu seu apartamento para o encontro,
os ex-candidatos a presidente Fernando Haddad (PT) e
Guilherme Boulos (Psol); o deputado federal e
presidente do PcdoB-SP, Orlando silva; os
ex-ministros Aloízio Mercadante (PT) e José Gregori
(PSDB), o deputado federal e presidente do PV, José
Luis Penna; o ex-senador e vereador Eduado Suplicy,
o ex-deputado José Aníbal e o vereador tucano Daniel
Anneberg, ambos do PSDB; José Gustavo, porta voz da
Rede; o ex-candidato ao governo de São Paulo pelo
PDT, Marcelo Cândido; o vereador de Campinas,
Gustavo Petta (PCdoB); a presidenta da União
Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, além
de outras lideranças do PDT, Cidadania, PSOL e PCdoB
e dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
e do movimento negro.
"A ideia é ver se a gente quebra o gelo e atua com
uma plataforma comum", disse o advogado Pedro
Serrano, que cedeu seu apartamento para o encontro.
Já o advogado Marco Aurélio Carvalho defendeu a
busca por uma "pauta comum". "O que nos une é maior
do que aquilo que nos divide", disse ele.
"Uma mistura dessas só vi nas Diretas-Já", disse
Gregori, ao encontrar Suplicy no elevador. Os
convidados que chegavam ao evento recebiam um broche
onde se lia "Direitos Já".
O deputado Orlando Silva (PCdoB), considerou o
encontro importante e sua realização cheia de
significado. "Representantes de diversas correntes
políticas, que fizeram intensas disputas políticas,
se reuniram em torno da defesa da democracia. Foi um
degelo", destacou o parlamentar comunista. E
enfatizou: "Espero que inspire o combate ao
sectarismo que tem sido uma marca da atual
conjuntura política".
“O encontro foi um marco importante no esforço de
construção de uma ampla frente democrática contra os
retrocessos representados pelo governo Bolsonaro,
pra além das forças de esquerda, nós conseguimos
reunir forças que sempre estiveram juntas em defesa
da democracia, que se uniram pela ultima vez nas
diretas já, e que agora voltam a se unir pra
defender a constituição de 88, os direitos civis,
sociais, políticos e a democracia no nosso país. É
um esforço permanente de unir setores democráticos e
progressistas em defesa do Brasil e da democracia”
Relatou Petta, que fará parte do núcleo que
organizará as próximas atividades.
Uma unidade histórica, pautada pela luta em defesa
da democracia brasileira e pela compreensão de que
nesse momento, o que os une é maior do que aquilo
que lhes divide. O movimento se chamará “Direitos Já
– Fórum pela Democracia” e terá um manifesto que
será lançado no TUCA, da PUC-SP, ainda sem data
prevista. A ideia é replicar esse esforço por todo o
país e buscar adesão nas demais regiões, como os
governadores do Nordeste.
Fonte: Portal Vermelho/SP, com informações do Estadão
22/05/2019 -
Trabalhadores protestam contra MP que privatiza
saneamento básico
Na manhã desta terça (21), quase cinco mil
trabalhadores foram ao prédio da Sabesp, na avenida
do Estado, São Paulo, em protesto contra o Projeto
de Lei de Conversão 8/19 (antiga MP 868/18) que, se
aprovado, privatiza o serviço de saneamento básico.
Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água,
Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema-SP),
o ato contou com apoio da CTB, CUT, CGTB, Nova
Central, Fenatema, FNU e também vários sindicatos.
Para José Antônio Faggian, presidente do Sintaema-SP,
a participação superou a expectativa. “Mandamos o
recado. Os trabalhadores não aceitam a privatização
do saneamento, porque além de piorar o serviço, vai
aumentar a tarifa”, afirma o dirigente.
Durante o ato, também foi debatido a manifestação
programada para o dia 30 em defesa da Educação.
“Assim como o saneamento atinge todas as pessoas, a
Educação é uma causa que afeta a todos
trabalhadores. Por isso, vamos nos mobilizar dia 30
em defesa da educação”, ressalta Faggian.
O protesto teve passeata pela avenida do Estado,
avenida Santos Dumont, estação Armênia do Metrô até
a sede do Sintaema, na avenida Tiradentes, 1323.
Congresso – O presidente da CTB de São Paulo, Rene
Vicente, informou que diversas lideranças da
categoria, que formam a Frente Nacional do
Saneamento Público, estão em Brasília. “Eles fazem
pressão junto aos deputados, inclusive com a
apresentação de carta dos governos estaduais, que
também são contrários a MP”, conta.
Segundo Rene, o projeto traz várias características
de inconstitucionalidade. “Tanto a Federação como a
Confederação da categoria, deverão ingressar com uma
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), junto
ao Supremo Tribunal Federal, caso ele venha a ser
aprovado”, adianta.
Fonte: Agência Sindical
22/05/2019 -
Barão de Cocais (MG) vive a tensão de esperar a lama
Vale anunciou que talude pode desabar até o fim
desta semana e causar o rompimento de mais uma
barragem de rejeitos
“Eu trabalho aqui. Aqui é meu sustento. Desde o dia
8 de fevereiro, praticamente, eu não consigo levar
minha vida normal. É muito triste viver uma situação
dessa e saber que pode vir a lama e devastar um
lugar tão bonito como é hoje”, desabafa Rogério
Souza Reis, comerciante, que mora em Barão de
Cocais, região Central de Minas Gerais, há mais de
20 anos.
A qualquer momento, o talude norte da mina do Congo
Soco pode desabar e causar o rompimento da barragem
de rejeitos Sul Superior, tornando a Vale
responsável por mais um crime socioambiental. A
previsão é que cerca de seis mil moradores
ribeirinhos serão atingidos e que a lama pode chegar
até o centro comercial da cidade.
Rogério mora no bairro Vila Regina, às margens do
São João, rio que possivelmente será contaminado
pela lama caso a barragem se rompa. As casas dele e
de seus vizinhos podem ser atingidas em 40 minutos.
“Comecei a construir aqui desde o chão. Eu mesmo que
fiz a base, a maioria das coisas que estão prontas
aqui teve a minha mão. Eu que mexi a massa para os
pedreiros. Praticamente quase tudo aqui, as árvores
que estão plantadas, foi a gente mesmo que fez. Para
mim, aqui é meu lugar”, relata. Segundo Rogério,
somente as pessoas acamadas, cadeirantes e algumas
com dificuldade de mobilidade foram retiradas de
casa e levadas para hotéis.
Em nota, a Vale informa que, desde a identificação
da movimentação do talude, vem tomando uma série de
medidas necessárias para avisar a população sobre a
situação e que, ainda, não existem elementos
técnicos para se afirmar que o escorregamento do
talude causará a ruptura da barragem Sul Superior.
Mesmo assim, a mineradora ressalta que está
reforçando o nível de alerta e que a cava e a
barragem são monitoradas 24h por dia. No domingo
(19), a mineradora paralisou o transporte de carga
que passava na Estrada de Ferro Vitória a Minas, nas
imediações da mina Gongo Soco. O transporte de
passageiros já havia sido paralisado na quinta (16),
seguindo determinação da Agência Nacional de
Mineração (ANM) como medida de segurança.
Brumadinho
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem
de Brumadinho da Assembleia Legislativa de Minas
Gerai, realizou, na última segunda (20), uma
audiência pública na cidade sobre os impactos do
rompimento, que despejou milhões 13 milhões de
metros cúbicos de rejeitos tóxicos de mineração.
Moradores de Pires, local atingido pela lama,
denunciaram aos deputados que a Vale iniciou uma
obra há cerca de um quilômetro da comunidade, onde
seria depositado os resíduos da barragem rompida.
Essa medida seria para cumprir ordens judiciais de
limpeza do rio.
Após cinco meses do maior crime socioambiental do
país, ainda são cerca de 30 desaparecidos debaixo da
lama e 240 mortos.
Fonte: Brasil de Fato
22/05/2019 -
Pela primeira vez, pesquisa aponta desaprovação
maior que aprovação de Bolsonaro
Levantamento do Atlas Político mostra que 36,2%
dos brasileiros avaliam o governo federal como ruim
ou péssimo
O governo de Jair Bolsonaro (PSL), pela primeira vez
desde o início do mandato, foi negativamente
avaliado por uma pesquisa de opinião. Um
levantamento do Atlas Político constatou mais
avaliações da gestão como ruim ou péssima, 36,2%, do
que como ótima ou boa, 28,6%. Uma parcela de 31,3%
afirmou considerar o governo regular.
Destaca-se o percentual das pessoas que aprovam o
governo, que decresceu cinco pontos desde a última
pesquisa, realizada em abril. A pesquisa consultou 2
mil pessoas, entre 19 e 21 de maio, e tem margem de
erro de 2 pontos percentuais.
Motivos da queda
A mesma pesquisa revela outros números que podem
ajudar a explicar a queda de popularidade de Jair
Bolsonaro. Um exemplo é repercussão dos protestos
contra cortes anunciados pelo mandato nos
investimentos em educação pública: 51,5% dos
entrevistados pelo Atlas Brasil disseram ser contra
os cortes. Por outro lado, 45% dos brasileiros
apoiam o contingenciamento.
Também pode ter pesado na balança, a investigação
das finanças do senador Flávio Bolsonaro, filho do
presidente, pelo Ministério Público. Mais da metade
das pessoas (54,3%) afirmam ser a favor de que
Flávio seja preso, ao passo em que 86,3% disseram
ter ficado sabendo do caso.
Fonte: Brasil de Fato
22/05/2019 -
Redução da desigualdade melhora economia do país,
diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu em Plenário,
nesta terça-feira (21), a redução da desigualdade
social para o crescimento do país. Segundo o
parlamentar, a redução não melhora apenas a
economia, mas também, a distribuição de renda. Ele
destacou, que essa redução não interessa apenas ao
governo.
— Quando se eleva a renda dos pobres e da classe
média, todos se beneficiam, porque vai haver o
chamado crescimento e também a inclusão social. É
bom para o povo, é bom para todos, repito, para o
trabalhador, para a trabalhadora, para os
empreendedores, para o comércio, para os municípios,
para os estados, enfim, para o nosso país — disse.
Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI)
citado pelo senador, mostra que, se a renda da
população 20% mais pobres crescer um ponto
percentual, o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) aumenta 0,38 ponto percentual num período de
cinco anos. Ainda segundo estudo, já se a fatia dos
rendimentos dos 20% mais ricos cresce um ponto
percentual, o PIB encolhe 0,08 ponto percentual.
— Creio que isso desmonta a velha teoria de que,
primeiro, o bolo precisa crescer para depois haver
divisão. Eu entendo diferente: vamos fazer o bolo
crescer juntos, juntos fazendo a repartição. Com a
pobreza aumentando, o Banco Mundial diz que hoje, no
Brasil, somos 40,3 milhões de pobres — destacou o
senador.
Fonte: Agência Senado
22/05/2019 -
Confiança da indústria cai 1,6 ponto na prévia de
maio, diz FGV
O Índice de Confiança da Indústria recuou 1,6 ponto
na prévia de maio em relação ao resultado de abril.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), com a queda
o indicador passou para 96,3 pontos em uma escala de
zero a 200 pontos.
A queda do índice foi puxada pela redução na
confiança em relação ao momento atual e aos próximos
meses. O Índice da Situação Atual caiu 0,4 ponto
para 98,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas
recuou 2,9 pontos, indo para 94,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da
Indústria subiu 0,2 ponto para 74,7%, na prévia de
maio.
O resultado consolidado do Índice de Confiança será
divulgado no próximo dia 28, no Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
22/05/2019 -
Marco Aurélio libera recurso sobre adicional de 10%
na multa de FGTS
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal, liberou para julgamento recurso que discute
a constitucionalidade da cobrança de adicional de
10% nas multas de FGTS em caso de demissão sem justa
causa. O valor é cobrado em conjunto com a multa de
40%, mas a fatia fica com a União. O julgamento
ainda não tem data para acontecer.
O adicional foi criado pela Lei Complementar
110/2001 para cobrir uma despesa específica da
União: a recomposição, determinada pelo Supremo, das
contas vinculadas ao FGTS atingidas pelos expurgos
inflacionários dos Planos Verão e Collor I, rombo
então orçado em R$ 42 bilhões.
A repercussão geral foi reconhecida em 2015 na ação
apresentada pela Intelbras. No recurso, a empresa
alega que a cobrança é indevida pois sua finalidade
já foi atingida em 2007. Além disso, a Intelbras
aponta que a Caixa Econômica Federal afirmou, em
ofício, que a arrecadação da contribuição está sendo
remetida ao Tesouro Nacional, uma vez que as contas
do FGTS já não são mais deficitárias.
A cobrança chegou a ser extinta pelo Congresso em
2013, mas a proposta foi vetada pela presidente
Dilma Rousseff. Mas foi a mensagem da presidente que
motivou o recurso que agora çserá julgado pelo
Supremo.
Também em 2015, o ministro lembrou que o Supremo já
analisou a constitucionalidade da contribuição no
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
2.556, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa. No
entanto, segundo o ministro, "a controvérsia
contemporânea envolve definir se a satisfação do
motivo pelo qual foi criada implica a
inconstitucionalidade superveniente da obrigação
tributária".
"A controvérsia, passível de repetição em inúmeros
casos, está em saber se, constatado o exaurimento do
objetivo para o qual foi instituída a contribuição
social, deve ser assentada a extinção do tributo ou
admitida a perpetuação da cobrança ainda que o
produto da arrecadação seja destinado a fim diverso
do original", registrou o ministro. RE 878.313
Fonte: Consultor Jurídico
22/05/2019 -
Custeio de plano de saúde de aposentado pode ser
diferente de ativos
A Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) garante aos
aposentados as mesmas condições e qualidade de
assistência médica. Contudo, não garante direito
adquirido a um determinado modelo de custeio. Tanto
que, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, é possível que o empregador possua carteira
distinta para aposentados.
A decisão é do ministro Marco Buzzi, do STJ, ao
reformar acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo
que havia obrigado a Amil a cobrar de uma aposentada
demitida o mesmo valor que pagava quando era
empregada ativa.
Segundo o ministro, a decisão do TJ-SP contraria
orientação do Superior Tribunal de Justiça sobre o
tema. O ministro explica que a corte já firmou
jurisprudência no sentido de que a Lei dos Planos de
Saúde não confere a ex-empregados direito adquirido
a um determinado modelo de custeio, mas tão somente
garante a paridade em relação à qualidade e ao
conteúdo de cobertura assistencial.
"Destaque-se, ademais, que, para tanto, é possível
que o empregador estabeleça carteiras distintas para
membros da ativa e aposentados ou demitidos,
custeadas a partir de regimes de contribuição
diferentes", complementou.
Assim, o ministro deu provimento ao recurso,
reformando a decisão do TJ-SP e julgando
improcedente o pedido da aposentada demitida para
adequação da mensalidade de seu plano de saúde no
mesmo valor dos membros da ativa. REsp 1.806.217
Fonte: Consultor Jurídico
21/05/2019 -
Centrais sindicais reforçarão manifestação
estudantis do dia 30
Reunidos nesta segunda-feira (20) em São Paulo,
dirigentes das centrais sindicais decidiram orientar
as entidades filiadas a reforçar as manifestações
convocadas para o dia 30 em todo o país pela UNE
(União Nacional dos Estudantes) em defesa da
Educação e contra os cortes de verbas para
universidades públicas determinado pelo governo
Bolsonaro.
Os sindicalistas avaliaram como um grande êxito a
greve nacional da Educação e os atos promovidos no
dia 15 de maio contra a reforma da Previdência e os
cortes nas universidades e estão confiantes na
continuidade das mobilizações, que terão um ponto
alto no dia 14 de junho com a greve geral que está
sendo convocada pelas centrais sindicais e os
movimentos sociais.
“A mobilização vem num crescendo”, informou o
presidente da CTB, Adilson Araújo. “Condutores e
metroviários de São Paulo já definiram que vão
participar da paralisação, o que é meio caminho
andado para o seu sucesso no estado”. No dia 27 de
maio haverá uma plenária geral dos trabalhadores e
trabalhadoras paulistas em transportes e em 5 de
junho será realizada uma plenária nacional do ramo
em Brasília.
Na próxima quinta-feira (23) a CTB São Paulo fará
uma reunião para organizar a mobilização dos
sindicatos filiados. No dia 21 ocorrerá um ato em
frente à Sabesp (na Ponte Pequena) contra a MP 868-PLV
8/2019 e em defesa "da água e da vida", que
igualmente está sendo considerado parte da
mobilização geral contra a política ultraliberal do
governo da extrema direita.
As centrais também vão promover plenárias estaduais
unificadas para preparar a greve geral, que também
deve contar com a solidariedade e o apoio ativo dos
estudantes, religiosos e movimentos sociais reunidos
nas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. “Estamos
confiantes. O movimento será grande. Vamos lutar até
a vitória contra a proposta da dupla
Bolsonaro/Guedes, cujo propósito é a extinção das
aposentadorias públicas e privatização do sistema”,
complementou Araújo.
Na opinião do presidente da CTB "o Brasil vive uma
crise de grande dimensão, que se manifesta na
economia, na política, na segurança e nas
instituições. Hoje presenciamos o presidente,
desesperando, apelando à sua horda extremista por
uma ruptura golpista. Vamos às ruas em defesa da
democracia, da soberania nacional e dos direitos
sociais. O povo brasileiro reclama soluções
urgentes, com medidas emergenciais para a tragédia
do desemprego em massa, a estagnação da economia, a
violência, a instabilidade monetária e a inflação,
que já está de volta apesar da depressão do mercado
interno".
"Foi um dia extraordinário o 15. O dia 30 de maio
será mais um ‘esquenta’ para dia 14 de junho. E
todos os caminhos apontam que será uma grande greve
geral", afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT.
Fonte: CTB e CUT
21/05/2019 -
Governo fecha estratégia para aprovar 3 MPs durante
a semana
Plano tem o aval de Bolsonaro
O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e os líderes do
Governo Joice Hasselmann (no Congresso) e o major
Vitor Hugo (na Câmara) fecharam nessa 2ª feira
(20.mai.2019) uma estratégia para aprovar 3 MPs
(Medidas Provisórias) que estão próximas a vencer:
- na 3ª feira (21.mai), o governo planeja
passar no Congresso a MP 863, que abre as empresas
aéreas brasileiras para até 100% capital
estrangeiro, e a 866, que cria a empresa pública NAV
Brasil para operar o serviço de navegação aérea,
atualmente a cargo da Infraero;
- na 4ª feira (22.mai), a MP 870, que reduziu
de 29 para 22 o número de ministérios no governo
Bolsonaro.
Governo aposta alto
Ao divulgar sua estratégia, o governo se auto-impõe 1
desafio: precisa ter sucesso na aprovação das 3 MPs
nesta semana. Não é tarefa trivial.
Fonte: Poder360
21/05/2019 -
Governo está com medo que atos pela educação
protestem contra reforma da Previdência
O governo Bolsonaro entrou em pânico com as
gigantescas manifestações de protesto do último dia
15 de maio e agora teme que os atos convocados por
estudantes e professores para o próximo dia 30
assumam também o caráter de contestação à reforma da
Previdência.
A reforma previdenciária é alvo de críticas e da
oposição dos movimentos sindicais e populares, que
estão preparando uma greve geral para o dia 14 de
junho. O receio do governo é que a pressão popular
influencie os deputados, que para não se
incompatibilizarem com as ruas poderão até votar
contra a PEC de Bolsonaro e Guedes.
Reportagem da jornalista Talita Fernandes, da Folha
de S.Paulo, informa que a equipe de Bolsonaro
monitora a possibilidade de profissionais da
educação ampliarem o mote das manifestações marcadas
para o dia 30 de maio.
Já durante as manifestações de 15 de maio último,
cujo objetivo principal era o protesto contra os
cortes de verbas na educação, apareceram cartazes
com palavras de ordem contra a reforma da
Previdência, aponta a reportagem.
Fonte: Brasil247
21/05/2019 -
Bancos vão ficar com 62% da renda do trabalhador se
capitalização for aprovada
Simulação apresentada no Senado pela Unafisco
prevê que taxa dos bancos aumenta a cada ano,
podendo chegar a mais de 77%
Simulação apresentada nesta segunda-feira (20) em
audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) no Senado, sobre a
reforma da Previdência proposta pelo projeto do
governo Jair Bolsonaro (PSL), demonstra o fracasso
que ocorreria com o sistema de capitalização que
consta da proposta, levando o trabalhador aposentado
à miséria.
Segundo dados do diretor de Defesa Profissional e
Assuntos Técnicos da Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco),
Mauro José Silva, o valor das contribuições
previdenciárias arrecadadas de empregados e
empregadores foi de R$ 423,06 bilhões em 2018. Já a
previsão de acréscimo no faturamento médio anual
para as instituições financeiras, num sistema de
capitalização, pode ser estimado em até R$ 388
bilhões, nos próximos 70 anos.
Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019
resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao
fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02.
Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na
reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o
que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do
empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com
apenas R$ 170.102,58.
No 59º ano, após ingressar no sistema de
capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os
77%. Um cenário que, segundo Silva, possibilitaria o
recebimento de uma aposentadoria no valor de R$ 750,
o que equivale a apenas um quarto do total
contribuído. “Um sistema sem empregador, e com
instituição financeira, é um fracasso. É condenar o
trabalhador à miséria”, concluiu.
Silva considerou a capitalização um “sistema
complicado do ponto de vista do trabalhador”. Para
ele, além de significar a “transferência de renda”
dos empregados para os bancos, essa modalidade não
cobrirá benefícios já existentes, como o salário
família e o salário maternidade.
A capitalização funciona como uma espécie de
poupança: o dinheiro descontado mensalmente do
salário de cada trabalhador vai para uma conta
individual, e não se mistura com as contribuições
dos demais beneficiários. Pelo sistema atual, o de
repartição, os pagamentos feitos pelo pessoal da
ativa financiam as aposentadorias dos inativos.
Dieese
Economista do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Juliano Musse disse que o cenário é preocupante. Ele
considerou a PEC 6/2019 uma “reforma impositiva”
porque, segundo afirmou, a medida não passou por uma
prévia discussão com os trabalhadores. Ao questionar
quem são os maiores interessados com a reforma da
Previdência, Juliano ponderou que outras questões,
como o desemprego, a informalidade e a saúde dos
trabalhadores que enfrentam doenças crônicas são
mais urgentes e deveriam ser o foco do debate. “A
reforma é importante, mas desde que não minimize
direitos sociais conseguidos com a Constituição de
1988”.
O consultor do Senado Luiz Alberto dos Santos frisou
que a PEC 6/2019 não é de fácil compreensão. Para
ele, o texto apresenta contradições, traz incertezas
e tende a gerar custos diferenciados para a
empregabilidade das pessoas. Ao ressaltar que os
mercados demonstram volatilidade ao longo do tempo,
o especialista disse que o regime previdenciário
baseado na capitalização pressupõe uma renda
questionável, porque dependerá de quanto,
efetivamente, aquela aplicação renderá. “No Brasil,
nós temos renda média muito baixa. As pessoas não
têm dinheiro para destinar a uma sistemática de
provisão fora do regime público, e essa é uma
diferença fundamental.”
Retrocessos
O representante do Coletivo Nacional de Advogados de
Servidores Públicos, Guilherme Zagallo, alertou que
experiências de privatização da Previdência
significaram retrocessos em outros países:
estagnação das taxas de cobertura, diminuição do
valor dos benefícios e aumento da desigualdade de
renda. Para o advogado, a desconstitucionalização da
aposentadoria, pretendida pelo Executivo, significa
um risco político porque, a cada governo, pode-se
criar novas regras para a concessão do benefício.
O advogado mencionou que o Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias veda a renúncia de
receita que a capitalização causará, desacompanhada
da estimativa de impacto orçamentário e financeiro.
Ele lembrou que o Brasil já passou por uma tentativa
de privatização antes da instituição do INSS, quando
houve a unificação dos regimes, mas disse que a
medida não obteve sucesso. Guilherme comentou,
ainda, que esse assunto tem sido omitido no debate
sobre a PEC 6/2019.
“Não fomos bem-sucedidos no passado, em relação à
experiência de capitalização. A promessa de melhoria
da economia por meio dessa reforma não altera a
realidade. É uma bomba social de efeito retardado”.
O coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes
Rodrigues Nery, considerou o sistema de
capitalização o ponto mais grave da PEC 6/2019. Para
ele, as poupanças pessoais são “qualitativamente
diferentes” da seguridade social, já que não dispõem
de garantia, nem previsibilidade. Além disso, Nery
ressaltou que “poupar de maneira suficiente para uma
aposentadoria decente é difícil para muitos
trabalhadores”.
Com informações da Agência Senado
Fonte: Rede Brasil Atual
21/05/2019 -
Previdência: texto alternativo foi ruído de
comunicação, diz Marinho
O secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, classificou como ruído de
comunicação as informações de que haveria um texto
alternativo apresentado por parlamentares para a
reforma da Previdência.
“Não há nenhuma dificuldade, o que houve foi um
ruído de comunicação. O próprio presidente [da
Comissão Especial de Reforma da Previdência] Marcelo
Ramos deu uma segunda declaração nesse sentido,
dizendo que as alterações que poderão ocorrer serão
em cima do projeto apresentado pelo governo, como
sempre foi no parlamento”, afirmou nesta
segunda-feira (20), ao chegar ao Ministério da
Economia.
Marinho disse que o governo dará apoio ao relatório
da comissão se forem mantidos os princípios da
proposta que são idade mínima para aposentadoria,
regras de transição, igualdade entre os sistemas dos
servidores públicos e dos trabalhadores privados e
menor contribuição para quem ganha menos e maior
para quem ganha mais.
“Se o relatório for na linha do que acreditamos,
evidente que haverá apoio do governo pelo relatório.
O que nos interessa é o impacto fiscal e a
preservação da linha mestra que foi apresentada
dentro do projeto enviado ao parlamento”, disse,
referindo-se à previsão de economia de mais de R$ 1
trilhão em dez anos.
“É normal que quando se entrega um projeto com essa
complexidade ao parlamento e é constituída uma
comissão especial que alterações sejam feitas”,
enfatizou.
Sobre a possibilidade de adoção de medidas de
compensação, caso a reforma produza menor economia
de gastos que a esperada pelo governo, Marinho disse
que o protagonismo agora é do Congresso Nacional.
“O relator [Samuel Moreira, PSDB-SP] tem dito que
sua determinação é de apresentar um texto que
respeite os pressupostos que eu disse anteriormente
e com impacto fiscal relevante, que é o que
interessa para o país. Não adianta termos esse
processo de desgaste, de negociação com o parlamento
e com a sociedade brasileira para não termos impacto
que signifique uma tranquilidade para o país, pelo
menos, nos próximos 20 anos. Esse é o momento em que
o protagonismo está com o Congresso Nacional”,
argumentou.
Fonte: Agência Brasil
21/05/2019 -
Bolsonaro diz que está disposto a dialogar com
parlamentares sobre reforma da Previdência
O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu
nesta segunda-feira (20) a medalha de mérito
industrial da Federação das Indústrias do Estado do
Rio de janeiro.
A honraria é concedida a pessoas que contribuíram
para a indústria e a economia fluminense. Em seu
discurso de agradecimento, Bolsonaro disse que seu
principal objetivo é não atrapalhar os
empreendedores brasileiros.
O presidente também aproveitou o evento para
defender a aprovação de medidas enviadas pelo
governo ao Congresso, como a reforma da Previdência
e o pacote anticrime.
De acordo com ele, não há crise entre os poderes em
torno dessas matérias, e o governo está disposto a
dialogar com o Congresso, inclusive caso os
parlamentares tenham propostas melhores do que a do
governo para apresentar.
A reforma também foi defendida pelo presidente da
Firjan, Eduardo Eugênio Vieira, que apresentou um
estudo com os impactos que a medida pode ter nos
próximos anos.
A projeção prevê que, em 2024, as contas públicas
vão voltar a um patamar positivo e que R$ 1,4
trilhão possam ser destravados nos próximos dez
anos, caso a medida seja aprovada. Essa soma inclui
R$ 655 bilhões em recursos públicos e R$ 729 bilhões
em recursos privados. Vieira citou algumas áreas que
poderiam ser beneficiadas.
De acordo com ele, isso será possível graças a
investimentos na ordem de R$ 770 bilhões para
habitação, R$ 221 bilhões para saneamento, R$ 130
bilhões na saúde e R$ 33 bilhões na educação.
Vieira ressaltou que a instituição está atuando com
a bancada federal do Rio para garantir a aprovação
da medida.
Fonte: Portal EBC
21/05/2019 -
Impacto da Reforma da Previdência sobre os direitos
humanos é tema de debate em comissão
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias debate
nesta quarta-feira (22) a Reforma da Previdência e
seus impactos aos direitos humanos. O debate atende
a requerimento do deputado Helder Salomão (PT-ES).
O parlamentar explica que a questão da Previdência
Social está no centro da agenda política do País. “É
imperioso que esta Comissão faça parte desta
discussão, levando o olhar dos direitos humanos para
a definição, ou não, de um novo modelo
previdenciário para o País. É fundamental que
tenhamos clareza do que tais mudanças podem impactar
sobre as vidas das pessoas, em especial de pessoas
com deficiência e idosos”, afirma.
Foram convidados, entre outros:
- o dirigente da Confederação de Funcionários de Saúde
Municipal do Chile e representante da Coordenação No
Más Administradora de Fundo de Pensão, Carolina
Espinoza;
- o senador da República do Chile, Juan Inacio Latorre;
- a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria
Lúcia Fattorelli; e
- o advogado Especialista em Direito Previdenciário,
Erick Magalhães.
A reunião será realizada às 14 horas, no plenário 9.
Fonte: Agência Câmara
21/05/2019 -
Comissão especial debate sobre categorias que têm
critérios diferenciados de aposentadoria
A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC
6/19) realiza, nesta quinta-feira (23), audiência
pública para debater sobre as categorias com
critérios diferenciados de aposentadoria, como os
professores, por exemplo.
Foram convidados o presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de
Ensino (Contee), Gilson Luiz Reis, e o secretário
Especial Adjunto de Previdência do Ministério da
Economia, Narlon Gutierre Nogueira.
A audiência está marcada para as 9h30 em plenário
ainda a ser definido.
Fonte: Agência Câmara
21/05/2019 -
Cai confiança do empresário industrial pelo quarto
mês, avalia CNI
A confiança do empresário industrial caiu pelo
quarto mês seguido. O Índice de Confiança do
Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,9 ponto em maio
e atingiu 56,5 pontos. O indicador acumula recuo de
8,2 pontos desde fevereiro. As informações são da
pesquisa divulgada nesta segunda-feira (20) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando
estão acima de 50 pontos mostram que os empresários
estão otimistas. Segundo a pesquisa, o ICEI está
dois pontos acima da média histórica (54,5 pontos) e
permanece distante da linha divisória dos 50 pontos.
“Apesar dessa sequência de quedas, a confiança do
empresário ainda pode ser considerada elevada”,
destaca a CNI.
De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, o
ICEI costuma aumentar na passagem de dezembro para
janeiro e, com mais intensidade, em períodos de
mudança de governo. “Agora passamos por um momento
de reavaliação, já que os empresários estão
percebendo mais dificuldades nesse início de ano em
relação à avaliação feita no fim de ano”, destaca,
em nota.
“Uma queda na incerteza melhoraria o índice. O
andamento da reforma da Previdência seria muito
importante para uma recuperação da confiança e
poderia sinalizar o andamento de outras reformas
também importantes, como a tributária, que teria
efeitos mais imediatos na economia”, afirmou.
Segundo a CNI, a retração no índice foi causada,
principalmente, pela piora das condições atuais da
economia e das empresas, que recuaram dois pontos e
atingiu 47,8 pontos em maio. Conforme o documento,
ao se afastar da linha divisória, o índice mostra
que o empresário percebe piora das condições de
negócio.
Em relação às expectativas, apesar do recuo de 1,8
ponto ante abril, o índice registrou 60,8 pontos e
ainda permanece bem acima da linha divisória dos 50
pontos. Isso sinaliza confiança do empresário sobre
a melhoria das condições futuras da economia e da
empresa, destaca a CNI.
Setores e regiões
O Icei de todas as regiões, portes e segmentos
retraíram em maio. As maiores quedas ocorreram nas
regiões Norte, com recuo de 3,8 pontos, e
Centro-Oeste, com queda de 3,3 pontos. Em relação ao
porte, a retração foi maior nas médias empresas, de
2,6 pontos. Entre os segmentos, a maior diminuição
na confiança do empresário ocorreu na indústria de
extração: 4,6 pontos.
Esta edição do ICEI foi feita entre 2 a 13 de maio
com 2.404 empresas. Dessas, 952 são pequenas, 885
são médias e 567 são de grande porte, informou a
CNI.
Fonte: Agência Brasil
21/05/2019 -
Empresa não precisa pagar salário entre concessões
de auxílio-doença
Indústria de bebidas não tem obrigação de pagar
salários dos períodos entre interrupções e
renovações de benefício previdenciário. Assim fixou
a 7ª Turma do Tribunal Trabalho da 4ª Região.
Com a decisão, a turma absolveu uma indústria de
bebidas de pagar salários referentes a intervalos
entre interrupções e renovações de benefício
previdenciário concedido a um ex-empregado.
Prevaleceu o entendimento da relatora,
desembargadora Denise Pacheco. Ao analisar as provas
do processo, a magistrada observou que nesses
intervalos não houve retorno do autor ao trabalho.
“Não por negativa da empregadora e sim por
iniciativa do próprio autor, que comparecia à
empresa, mas em busca de uma justificativa para
gestionar junto ao INSS a continuidade ou a
reativação do seu benefício de auxílio-doença”,
afirmou.
Conforme a desembargadora, se não havia condições de
trabalho e se o próprio reclamante não se
considerava apto, não havia obrigação de pagamento
de salários, e sim obrigações da própria Previdência
Social.
“Em resumo, tendo o autor mantido um longo
afastamento do emprego, por mais de quatro anos, em
gozo de benefício previdenciário de auxílio-doença,
por vezes descontinuado para logo ser reativado, sem
retorno ao trabalho, não é do empregador a
responsabilidade pelo pagamento dos salários nesses
hiatos”, concluiu.
O autor da ação trabalhou em uma unidade da empresa
de junho de 2007 a novembro de 2014. Ele sofreu uma
fratura no punho esquerdo e ficou afastado das
atividades por mais de quatro anos, entre janeiro de
2010 e setembro de 2014, recebendo auxílio-doença do
INSS. Dois meses após retornar às atividades, foi
despedido sem justa causa.
Ações de Origem
O trabalhador ajuizou um primeiro processo, pedindo,
entre outros direitos, que sua lesão fosse
reconhecida como acidente de trabalho, o que lhe
garantiria estabilidade provisória de um ano após a
alta do INSS, mas o pleito foi indeferido.
Uma particularidade ocorrida durante seu período de
afastamento motivou uma segunda ação: ao longo dos
quatro anos de licença médica, o INSS lhe deu alta
algumas vezes. Segundo informações do processo,
quando isso acontecia o trabalhador ia à empresa e
apresentava um atestado médico de um especialista,
demonstrando que ainda não estava apto para
retornar.
O médico da empresa ratificava o atestado e em
seguida o INSS restabelecia o benefício. Entretanto,
nesses intervalos, o autor ficava sem salário e sem
o pagamento do auxílio previdenciário. Entendendo
que a empresa deveria remunerá-lo por esses
intervalos, o trabalhador ajuizou a segunda ação.
Porém, não obteve êxito no primeiro e no segundo
grau. Com informações da Assessoria de Imprensa do
TRT-4.
Fonte: Consultor Jurídico
20/05/2019 -
Maia anuncia agenda conjunta com o Senado para
reestruturar o Estado
“Câmara e Senado terão uma agenda muito objetiva
de reestruturação do Estado brasileiro, e vamos
fazer isso junto com o ministro Paulo Guedes”,
afirmou
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
disse nesta sexta-feira (17) que irá trabalhar com
os líderes partidários e o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre, para apresentar nas próximas
semanas uma agenda voltada para a reestruturação do
Estado brasileiro e medidas de curto prazo para
estimular o aquecimento da economia.
“Nós vamos deixar bem claro para a sociedade que a
Câmara e o Senado terão uma agenda muito racional,
muito objetiva de reestruturação do Estado
brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro
Paulo Guedes”, afirmou Maia no 91º Encontro Nacional
da Indústria da Construção (Enic), organizado pela
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),
no Rio de Janeiro.
Na avaliação de Maia, a polarização política nas
redes sociais tem levado a contestações da
democracia em vários países, e o Congresso deve
mostrar para a sociedade que tem uma agenda muito
racional para o desenvolvimento do País.
“Nós não vamos ficar olhando para essas guerrilhas
virtuais que existem em todos os campos políticos, é
uma confusão enorme esse negócio de rede social. Se
a gente ficar olhando rede social, a gente não faz a
[reforma da] Previdência, não melhoramos a educação,
saúde”, disse.
Previdência
De acordo com Maia, não foram as dificuldades para
aprovar a reforma da Previdência que levaram à
redução das projeções do crescimento econômico.
"As projeções caíram por outras questões. Isso que
me preocupa. Estou preocupado com o curto prazo.
Estamos caminhando para o aumento do desemprego e o
aumento da pobreza", afirmou.
Para a Maia, a reforma da Previdência segue o
cronograma dos trabalhos da Casa e deverá ser
aprovada até julho na Câmara dos Deputados. "A
Previdência não era mais para ser um dilema, precisa
ser a solução", disse o presidente.
Reforma administrativa
Rodrigo Maia defendeu também a reforma administrativa
do Estado, para melhorar a eficiência dos gastos
públicos.
“Nós precisamos reestruturar a gestão pública no
Brasil. O Estado brasileiro ficou caro. Os três
Poderes, as carreiras típicas de Estado, os
servidores da Câmara, recebem 67% mais que o seu
equivalente no setor privado. Nos estados, a média é
30%”, avaliou.
Segundo o presidente, os estudos de uma reforma
administrativa já estão sendo analisados pela Câmara
dos Deputados e devem ser apresentados em breve.
“Não quero tirar um real daqueles que fizeram
concurso e tem os seus diretos, mas daqui para
frente vamos reconstruir as carreiras”, concluiu.
Fonte: Agência Câmara
20/05/2019 -
Para socorrer farra financeira, governo zera verbas
de 11 ministérios
Cortes atingem áreas sociais prioritárias.
Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio, os dados divulgados nesta quinta-feira (16)
pelo IBGE, indicando que um em cada quatro
desempregados está há dois anos procurando emprego,
é um sintoma muito grave de um mercado de trabalho e
de uma dinâmica econômica que estão fracas.
Só entre as pessoas que buscam trabalho no período
de um mês a um ano, o número de desempregados é de
6,1 milhões, enquanto as que buscam há mais de dois
anos chega ainda há 3,3 milhões de pessoas, como
revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad Contínua).
“O tempo médio de procura (por emprego) cresce, e
esse crescimento do tempo de procura é sinal de um
mercado de trabalho que tem uma dinâmica muito
fraca. Tanto que as pessoas têm uma procura de longa
duração e uma dificuldade estrutural para achar um
posto de trabalho”, ressalta Clemente.Segundo o
jornal O Estado de S. Paulo, o governo zerou verba
de 140 projetos em 11 ministérios. Segundo um
levantamento do jornal, os bloqueios anunciados pelo
governo federal, que congelou todo o Orçamento
previsto neste ano para políticas em áreas
sensíveis, como contenção de cheias e inundações,
prevenção de uso de drogas, assistência à
agricultura familiar e revitalização de bacias
hidrográficas na região do São Francisco.
Sem poder cortar as despesas obrigatórias, como
salários e aposentadorias, e com a "reforma" da
Previdência tramitando lentamente, a guilhotina do
governo para fechar a conta de pagamentos da farra
financeira — o famigerado "ajuste fiscal" — teve de
avançar sobre diversas políticas públicas. Estudo da
Associação Contas Abertas feito a pedido do Estadão
mostra que cerca de 140 ações orçamentárias em 11
ministérios estão com 100% de seus recursos
bloqueados, a maioria delas na área de
infraestrutura.
Fonte: Portal Vermelho
20/05/2019 -
Janaina Paschoal se diz contra manifestação de apoio
a Bolsonaro
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP),
conhecida por ter sido uma das autoras do pedido de
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff,
publicou uma série de mensagens no Twitter na qual
afirma ser contra as manifestações que estão sendo
convocadas para apoiar o presidente Jair Bolsonaro
no dia 26 de maio. Para ela, se as ruas estiverem
vazias, Bolsonaro perceberá que terá de parar de
"fazer drama" para trabalhar. A reportagem é do
Jornal Estado de S.Paulo.
"Pelo amor de Deus, parem as convocações! Essas
pessoas precisam de um choque de realidade. Não tem
sentido quem está com o poder convocar
manifestações! Raciocinem! Eu só peço o básico!
Reflitam!", escreveu. "Àqueles que amam o Brasil, eu
rogo: não se permitam usar! Não me calei diante dos
crimes da esquerda, não me calarei diante da
irresponsabilidade da direita", afirma também.
Janaina conta na rede social que tem recebido muitos
pedidos para gravar vídeos e áudios colaborando com
as convocações. Por isso, decidiu se posicionar no
Twitter para explicar por que não vai ajudar. "O
presidente foi eleito para governar nas regras
democráticas, nos termos da Constituição Federal.
Propositalmente, ele está confundindo discussões
democráticas com toma-lá-dá-cá", escreve.
A parlamentar diz também que não tem cabimento
deputados eleitos legitimamente (aliados de
Bolsonaro) fugirem das dificuldades de convencer os
colegas (pela aprovação de medidas no Congresso) e
ficarem instigando o povo a gerar o caos.
Fonte: Brasil247
20/05/2019 -
Demissões em massa serão tema de audiência pública
com empresários no Senado
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) discutira em
audiência pública com empresários a demissão em
massa. O debate foi requerido pela senadora Soraya
Thronicke (PSL-MS) para instruir o projeto de lei
que condiciona as demissões de grande número de
trabalhadores a acordo ou convenção coletiva de
trabalho (PLS 132/2018). Para ela, o empresário
precisa ter liberdade para demitir. A autora da
proposta, senadora Rose de Freitas (Pode-ES),
considera a demissão coletiva cruel para as famílias
e para a economia local. A data e o nome dos
convidados serão confirmados pela CAS.
Fonte: Agência Senado
20/05/2019 -
Comissão da reforma da Previdência debate BPC e
aposentadoria rural
Colegiado também vai discutir a situação das
categorias com critérios diferenciados de
aposentadoria
A comissão especial da reforma da Previdência
realiza três audiências públicas nesta semana para
debater diferentes pontos da Proposta de Emenda
Constitucional 6/19.
Nesta terça-feira (21), a reunião irá debater o
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o abono
salarial. Confirmaram presença Arthur Bragança de
Vasconcelos Weintraub, assessor especial da
Presidência da República; Luciana de Barros Jaccoud,
pesquisadora no Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA); e Pedro Rossi, professor do
Instituto de Economia da Universidade de Campinas –
(Unicamp).
A reunião será às 14h30, no plenário 4.
Trabalhador rural
Na quarta-feira (22), a comissão realiza nova
audiência, desta vez para debater a aposentadoria do
trabalhador rural. Foram convidados o secretário
especial adjunto de Previdência e Trabalho no
Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal; a
presidente do Instituto Brasileiro de Direito
Previdenciário (IBDP), Jane Lúcia Wiheim Berwanger ;
o presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de
Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro),
Marina Brito Battilani; e representante da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag).
A reunião será às 14h30, em local a ser definido.
Categorias diferenciadas
E na quinta-feira (23), a comissão especial volta a se
reunir para debater a situação das categorias com
critérios diferenciados de aposentadoria. Foram
convidados para o debate o presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Luiz
Reis; e o secretário especial adjunto de Previdência
do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira.
A audiência será às 9h30, em plenário a ser
definido.
Fonte: Agência Câmara
20/05/2019 -
Comissão de senadores que acompanha reforma da
Previdência faz audiência pública
A comissão especial de senadores que acompanha a
tramitação da reforma da Previdência (PEC 6/2019) na
Câmara dos Deputados promove audiência pública
interativa na quarta-feira (22), às 14h.
Serão ouvidos o assessor especial do Ministério da
Defesa Eduardo Castanheira Garrido Alves e o
consultor legislativo do Senado Pedro Fernando de
Almeida Nery Ferreira.
Esta será a segunda audiência pública da comissão.
Em abril, foram ouvidos representantes do Ministério
da Economia.
A comissão especial que acompanha a PEC 6/2019 tem
nove senadores titulares e nove suplentes. O
presidente é o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o
relator é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A
reunião será na sala 3 da Ala Alexandre Costa, no
anexo 2 do Senado Federal.
Fonte: Agência Senado
20/05/2019 -
Teto de gastos é política ‘suicida’ de austeridade
fiscal, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou em Plenário,
nesta sexta-feira (17), que a Emenda Constitucional
95, que estabelece um teto de gastos ao governo por
20 anos, é uma política "suicida" de austeridade
fiscal. A emenda foi aprovada pelo Congresso
Nacional em dezembro de 2016 e estabelece que as
despesas federais só poderão aumentar de acordo com
a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando para
o cálculo dos gastos a taxa medida nos últimos 12
meses, até junho do ano anterior.
O senador citou afirmações feitas pelo presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avaliando que os
limites impostos pela Emenda do Teto, em combinação
com a crise econômica, podem levar o Brasil a um
colapso social nos próximos anos.
Paim defendeu que o Congresso Nacional revogue a
Emenda Constitucional 95 para que o governo volte a
investir em áreas fundamentais e estratégicas para
retomada do crescimento.
— Precisamos rever a Emenda 95 para permitir a
expansão dos investimentos públicos até que a crise
seja superada. O país está estagnado; a desigualdade
aumentando; um país que vem ano a ano perdendo
participação na economia global e que acaba de ser
rebaixado à oitava economia do planeta e que, por
outro lado, é o país que fica entre os três, quatro
com maior concentração de renda do mundo. Isso tem
que ser debatido, conversado; temos que ver qual é o
caminho — disse.
Fonte: Agência Senado
20/05/2019 -
CDH pode proibir trabalho insalubre para grávidas e
lactantes
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) se reúne na próxima quinta-feira
(23), a partir das 9h, e pode aprovar projeto de lei
que modifica um dos pontos mais polêmicos da reforma
trabalhista de 2017: a flexibilização do trabalho de
mulheres gestantes e lactantes em locais insalubres.
O PLS 254/2017, do senador Paulo Paim (PT-RS),
restabelece a proibição do trabalho em atividades,
operações ou locais insalubres para mulheres que
estejam grávidas ou amamentando. Elas deverão
exercer as suas atividades em local apropriado. A
reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) permite o
trabalho em condições de insalubridade moderada,
mediante apresentação de atestado médico.
Na justificação da matéria, Paim afirma que que
admitir o trabalho da mulher gestante ou lactante em
operações ou locais insalubres, viola o princípio
constitucional da proteção do trabalho da mulher,
além de colocar em risco a vida da mãe e do feto.
Caso seja aprovada, a proposta ainda passará por
outras três comissões, sendo a última delas a
Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que dará a
palavra final.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
20/05/2019 -
Imprensa destaca nota pública da Anamatra e da ANPT
sobre a possível redução nas NRs de segurança e
saúde no trabalho
Em nota, associações lembraram que NRs cumprem
função constitucional de tutela da pessoa humana
Diversos jornais e portais de notícias de várias
regiões do país destacaram a nota pública divulgada,
na quarta (15/5), pela Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e pela
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).
Na nota, as entidades expressam inconformidade com a
possível redução de 90% das Normas Regulamentadoras
(NRs) de segurança e saúde no trabalho vigentes no
país, conforme declaração do presidente da
República, Jair Bolsonaro.
Entre os jornais e portais que veicularam notícias
sobre a nota destacam-se: Folha de S. Paulo,
Estadão, O Globo, Valor Econômico, Correio
Braziliense, O Popular (GO), UOL e Yahoo.
Na nota, as entidades destacam que constitui
retrocesso inadmissível qualquer esforço de
revogação dessas NRs, a bem da redução dos custos de
produção. “Propor o enxugamento dos custos
previdenciários – como o Governo tem proposto ao
Congresso Nacional, a reboque da PEC n.6/2019 - e ao
mesmo tempo sugerir relaxamento das normas de saúde
e segurança do trabalho significa, ao cabo e fim,
entoar um discurso essencialmente incoerente,
potencialmente inconsequente e economicamente
perigoso”, afirma trecho do documento.
Clique aqui e confira a íntegra do documento.
Fonte: Anamatra
20/05/2019 -
Aposentados têm direito a plano de saúde com as
mesmas condições dos ativos
É direito do aposentado que optou pela manutenção do
plano de saúde coletivo obter as mesmas condições e
qualidades de assistência médica de quando estava na
ativa. Com este entendimento, a 8ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região condenou uma
fundação a manter o plano da reclamante e de seus
dependentes nas mesmas condições de cobertura
assistencial de que gozava quando da vigência do
contrato de trabalho, com valores para o grupo
familiar equivalentes aos dos empregados da ativa.
O relator do processo, o desembargador Marcos César
Amador Alves, explica no voto que a reclamante é
beneficiária do plano de saúde coletivo empresarial
fornecido pela ré, juntamente com seu marido e
filhos, mas, ao optar pela manutenção do plano de
saúde após rescisão contratual, como lhe faculta a
legislação, foi surpreendida com um aumento
substancial dos valores cobrados, que passaram de R$
579,20 para R$ 1.629,61, sem qualquer clareza de
informação quanto à apuração e determinação do
valor.
Além disso, houve declaração, reduzida a termo pela
empresa, de opção pelo plano de saúde vitalício no
ato da dispensa, na qual consta expressamente que a
"mensalidade do plano de inativos deverá observar a
tabela de preços constante do contato coletivo
empresarial celebrado entre a fundação e a sua
ex-empregada, sendo certo, ainda que estará sujeita
aos reajustes previsto no referido contrato".
Apesar disso, segundo o desembargador-relator, "não
houve comprovação pela empresa da paridade dos
valores adimplidos pelos empregados ativos da
reclamada com os inativos, assim como a cota-partes
do empregador quanto ao custeio do plano de saúde da
autora, enquanto vigente contrato de trabalho".
Em agosto de 2017, a aposentada entrou com ação
trabalhista no TRT-2 pleiteando seus direitos. Na
época, o juízo de 1º grau julgou o pedido
improcedente e condenou a autora o pagamento dos
honorários advocatícios no valor de R$ 720,00. Essa
decisão também foi reformada pelo julgamento do
recurso. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TRT-2.
Processo 10013885920175020028
Fonte: Consultor Jurídico
17/05/2019 -
Desemprego volta a subir, diz IBGE
No primeiro trimestre, a taxa de desemprego foi de
12,7% no primeiro trimestre, 1,1 ponto percentual
acima do registrado no trimestre anterior. Nos
primeiros três meses de 2019, 13,4 milhões de
pessoas procuravam emprego no país.
Segundo o IBGE, as maiores taxas de desemprego foram
registradas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre
(18%). As menores, em Santa Catarina (7,2%) e Paraná
e Rondônia, ambos com 8,9%.
Em São Paulo, a taxa de desemprego ficou em 13,5%,
acima da média nacional e 1,1 ponto percentual acima
da registrada no quarto trimestre de 2018.
Subutilização
De acordo com o IBGE, um a cada quatro desempregados
brasileiros estavam há mais de dois anos procurando
trabalho no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, 3,3
milhões de brasileiros se encontravam nessa posição.
Nos primeiros três meses de 2019, a taxa de
subutilização da força de trabalho brasileira bateu
recorde, chegando a 25%. No total, 28,3 milhões de
brasileiros estavam sem trabalho ou trabalhavam
menos do que gostariam.
Fonte: Portal Vermelho
17/05/2019 -
Após prévia do PIB, Dieese diz que Brasil pode
entrar em recessão
Banco Central indica que economia brasileira
recuou 0,68% no 1º trimestre
Após o Banco Central indicar a "prévia" do Produto
Interno Bruto (PIB), nesta quarta-feira (15), com
retração de 0,68%, o diretor técnico do Dieese,
Clemente Ganz Lúcio alerta que o Brasil caminha para
entrar em uma recessão oficial.
"Três trimestres seguidos de queda colocam
tecnicamente o país numa recessão. Os indicadores
estão apontando para uma dinâmica fraca em 2019, e
um crescimento abaixo de 1,5%. A expectativa para
2020 é também de um crescimento menor do que vinha
se indicando", explicou Clemente à Rádio Brasil
Atual. O PIB será divulgado no próximo dia 30 pelo
IBGE.
De acordo com o diretor técnico, o governo de Jair
Bolsonaro não tem uma virtude econômica, sem criar
capacidade de consumo para a população. "O
desemprego está alto, os salários arrochados e o
crédito está caro. As empresas não investem e o
governo não gasta, só corta", criticou.
Ele ainda rebate o argumento do governo federal de
que as coisas vão melhorar após a aprovação da
"reforma" da Previdência. "O governo ameaça que é
necessária a reforma da Previdência, como fez no
passado, quando diziam que era preciso fazer a
reforma trabalhista para gerar milhões de empregos,
mas só vemos trabalhos precários e informais. Essas
ameaças são feitas para fazer a sociedade aceitar
mudanças ruins", afirmou Clemente.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/05/2019 -
Número dos sem aposentadoria nem trabalho dispara
Eles são sustentados por outros integrantes da
própria família, como esposas e filhos.
Matéria do jornal Valor Econômico informa que a
crise amplia universo dos sem aposentadoria nem
trabalho acima de 50 anos. De acordo com o texto,
dois anos de recessão e a consequente crise no
mercado de trabalho fizeram crescer rapidamente o
número de homens de 50 a 69 anos de idade no país
que não trabalham nem procuram emprego, mesmo sem
receber aposentadoria ou pensão.
Os dados são de um levantamento da consultoria LCA a
pedido do Valor, que mostra que o total de pessoas
que reúnem essas condições estava em 1,843 milhão em
2017, 11% acima do ano anterior (189 mil pessoas a
mais). O contingente representava 9,6% dos homens
dessa faixa etária.
Esse fenômeno foi inicialmente identificado por um
estudo das pesquisadoras Ana Amélia Camarano e
Daniele Fernandes, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), que observam há anos a
tendência desse grupo, batizado de "nem nem
maduros", diz o Valor. As pesquisadoras afirmam que
os homens que se encaixam no perfil "nem nem"
representavam 4,2% da faixa etária em 1992. Esse
número cresceu para 6,2% em 2005 e alcançou 8,3% em
2015.
Família
Segundo a LCA Consultores, que levantou os números
mais recentes a partir da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), esses
homens têm como característica comum pertencer a
famílias de baixa renda e ter baixa escolaridade. "É
preocupante, porque são pessoas que têm e terão
muita dificuldade de se recolocar no mercado de
trabalho. Com o tempo, ficam desatualizadas, perdem
autoestima e desistem de procurar recolocação", diz
Cosmo Donato, economista da LCA.
O levantamento mostra que a maioria esmagadora é
beneficiária de programas sociais, como Bolsa
Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Do 1,843 milhão de "nem-nem maduros", 1,418 milhão
(77%) participa desses programas. Acredita-se também
que parte é sustentada por outros integrantes da
própria família, como esposas e filhos.
Fonte: Portal Vermelho
17/05/2019 -
Um em cada quatro desempregados está há dois anos
procurando trabalho
Desemprego continua maior entre mulheres e
negros, aponta IBGE
Praticamente um quarto dos desempregados brasileiros
(24,8%) está há pelo menos dois anos procurando
trabalho, segundo o IBGE. Perto da metade, 45,4%,
estão à procura de um mês a até um ano.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
quinta-feira (16). O instituto mostra ainda que
14,1% procuram trabalho de um ano a até dois anos,
enquanto 15,7% estão fora do mercado há menos de um
mês.
O IBGE divulgou hoje informações detalhadas sobre a
pesquisa, que em 30 de abril mostrou crescimento do
desemprego no primeiro trimestre. São
aproximadamente 13,4 milhões de pessoas
desempregadas.
As mulheres eram maioria (52,4%) na população em
idade de trabalhar. Mas, entre os efetivamente
ocupados, os homens representam 56,3%. No
desemprego, as mulheres também são maioria: 52,6%.
Isso acontece em todas as regiões, chegando a 56,2%
no Sul.
Segundo a pesquisa, a taxa média de desocupação é de
12,7%. Mas cai para 10,9% entre os homens e sobe
para 14,9% no caso das mulheres.
O desemprego é maior também entre os negros. De
acordo com o instituto, dos 13,4 milhões de
desempregados no primeiro trimestre, os pardos
(classificação usada pelo IBGE) representavam mais
da metade: 51,2%. Os brancos eram 35,2% do total e
os pretos, 12,7%. Somando-se pardos e pretos, são
quase dois terços dos desempregados.
Em 2012, quando havia 7,6 milhões de desempregados,
os pardos eram 48,9% do total e os brancos, 40,2%.
Os pretos somavam 10,2%.
Entre os que se declararam brancos, a taxa de
desemprego foi de 10,2%, abaixo da média nacional. A
de pretos e pardos ficou acima, com 16% e 14,5%,
respectivamente. Os pardos eram 47,9% da população
fora da força de trabalho, os brancos eram 42,2% e
os pretos, 8,9%.
A pesquisa mostra ainda estabilidade no rendimento
médio dos ocupados, estimado em R$ 2.291.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/05/2019 -
Em meio a sua “balbúrdia” governo avança sobre
direitos
No Congresso não é diferente, cuja pauta do
governo não é apenas a reforma da Previdência, em
fase de audiências públicas, na comissão especial.
As comissões mistas aprovaram e agora serão votadas
no plenário da Câmara, as medidas provisórias (MP)
870 e 871. A 1ª reestrutura os ministérios. A 2ª
dificulta acesso aos benefícios previdenciários do
Regime Geral, a cargo do INSS.
Marcos Verlaine*
Engana-se redondamente quem pensa ou fala que o
governo Bolsonaro está paralisado ou inoperante em
razão de suas confusões internas, a partir das
“balbúrdias” protagonizadas pelo núcleo “ideológico”
do governo, liderado pelo próprio presidente da
República.
Enquanto esse núcleo “ideológico” “distrai” e
“diverte” o grande público nas redes sociais ou nas
mídias tradicionais — rádio, TV e jornais — o núcleo
econômico opera efetivo e pesado contra os
interesses do povo em geral, e dos trabalhadores em
particular. Este núcleo é o que opera os interesses
do mercado, sob a batuta do ministro da Economia,
Paulo Guedes.
O dado mais recente para mostrar que o governo
funciona a “pleno vapor”, foi o anúncio pelo
presidente Jair Bolsonaro (PSL), na segunda-feira
(13), que vai rever todas as normas regulamentadoras
de segurança e saúde no trabalho. Essa nova medida,
sob o comando do secretário especial de Previdência
e Trabalho, Rogério Marinho, está no contexto do seu
pronunciamento no dia 1º de Maio (Dia Internacional
do Trabalhador).
Para os trabalhadores, nenhuma vírgula
No pronunciamento transmitido em cadeia nacional de
rádio e TV, no 1º de maio, Bolsonaro afirmou que seu
governo tem compromisso de garantir a “plena
liberdade da atividade econômica no país”. A fala de
2 minutos do presidente começou com referência à
assinatura da chamada “MP [881/19] da Liberdade
Econômica”.
A MP estabelece normas gerais para garantir a livre
iniciativa de negócios no país, de forma
desburocratizada. Permite que empreendimentos
considerados de baixo risco sejam desenvolvidos sem
depender de qualquer ato de liberação pela
Administração Pública. Na prática, atividades
econômicas que não oferecem risco sanitário,
ambiental e de segurança não vão precisar mais de
licenças, autorizações, registros ou alvarás de
funcionamento. Liberou geral.
Mesmo sendo o Dia Internacional do Trabalhador, o
presidente em seu pronunciamento em cadeia nacional,
ao invés de fazer discurso voltado às pautas
essenciais aos trabalhadores ou propor medidas para
os 13,4 milhões de desempregados no Brasil, se
limitou a falar sobre “liberdade econômica”. Para os
trabalhadores, nenhuma vírgula.
Pauta legislativa regressiva
No Congresso não é diferente. A pauta do governo não é
apenas a reforma da Previdência, em fase de
audiências públicas, na comissão especial. Embora no
Legislativo haja ponto de inflexão do governo, pois
o Planalto, felizmente, não tem conseguido
estruturar base parlamentar de apoio mais robusta
para acelerar seu "pacote de maldades".
As comissões mistas aprovaram e agora serão votadas
no plenário da Câmara, as medidas provisórias (MP)
870 e 871. A 1ª reestrutura os ministérios, a partir
do dia 1º de janeiro. A 2ª dificulta acesso aos
benefícios previdenciários do Regime Geral, a cargo
do INSS.
A comissão mista alterou a MP 870 devolvendo o
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
que vai ficar mesmo sob a responsabilidade do
Ministério da Economia. A MP o colocou sob a
responsabilidade do Ministério da Justiça.
A situação da Fundação Nacional do Índio (Funai)
também foi alterada. Ficou decidido que o órgão
ficará sob a responsabilidade do Ministério da
Justiça e com a missão de fazer a demarcação de
terras indígenas. Inicialmente, a MP transferia tal
tarefa para o Ministério da Agricultura, e o órgão
para o Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos, cuja titular é a ministra Damares
Alves. Estas foram as 2 derrotas pontuais para o
governo.
Quanto ao antigo Ministério do Trabalho, que foi
extinto e algumas de suas atribuições foram
transferidas para os ministérios da Economia, e da
Justiça, houve alteração relevante. Muito embora, os
trabalhadores continuem sem pasta específica e,
portanto, sem políticas públicas para reduzir o
enorme desemprego que cresce e prejudica sobremodo o
consumo das famílias.
A alteração determina que o órgão que cuida do
Registro Sindical seria do MJSP e vá agora para a
alçada do Ministério da Economia.
A MP 871, que cria dificuldades para acesso aos
benefícios previdenciários, também foi aprovada com
modificações. Esta MP, se junta à Reforma
Trabalhista e a PEC 6, e dificultam acesso a
benefícios do INSS em caso de acidente de trabalho.
Este “combo” funciona como verdadeiros entraves para
que o trabalhador tenha proteção. E piora: a reforma
da Previdência do governo Bolsonaro vai criar mais
empecilhos para concessão de benefícios do INSS.
E olhe que nem mencionei os cortes nos recursos para
a educação, que pode paralisar várias instituições
de ensino (com anúncio de greve) em todo o país. E o
ministro Abraham Weintraub, não descartou novos
contingenciamentos na pasta caso a equipe econômica
decida ampliar o bloqueio de recursos no caixa do
governo ainda neste semestre.
Como se vê, o governo Bolsonaro apenas parece que
está paralisado, pois opera, em grande medida, sob a
distração e criatividade do núcleo “ideológico”.
(*) Jornalista, analista político e assessor
parlamentar do Diap
Fonte: Diap
17/05/2019 -
Fiscais do Trabalho criticam governo e defendem
normas de segurança
Segundo entidade que representa os fiscais, sem
as NRs, que Bolsonaro quer "simplificar", país
estaria em situação ainda pior em relação a
acidentes
A intenção do governo de "simplificar" as normas
regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho é
criticada pelos auditores-fiscais, por meio do
Sinait, sindicato nacional da categoria. A entidade
lembra que as NRs começaram a ser implementadas
ainda no período da ditadura, quando o Brasil era
"campeão mundial" de acidentes. "De lá para cá, o
cenário melhorou muito, em grande parte graças ao
esforço de construção das NRs e da Fiscalização do
Trabalho", afirma o sindicato, em nota, lembrando
que ainda há "um longo caminho a percorrer para
alcançar uma situação que seja, no mínimo,
aceitável".
De acordo com a entidade, nos últimos seis anos
ocorreu um acidente de trabalho a cada 49 segundos,
"o que levaria qualquer governo a adotar medidas
diametralmente opostas ao que se anuncia". Ainda
mais, acrescenta o Sinait, em um mercado de trabalho
caracterizado pelo alto índice de informalidade. "É
preciso investir muito mais para reverter a situação
de insegurança e insalubridade nos ambientes de
trabalho. Não o contrário."
Da mesma forma que aconteceu com a "reforma"
trabalhista, o governo trata as medidas como
"modernização". Não por acaso, o anúncio das
possíveis mudanças foi feito pelo secretário
especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, o ex-deputado Rogério Marinho, do PSDB,
que não foi reeleito em 2018, mas se notabilizou
pelo texto final da reforma da legislação, que
resultou na Lei 13.467.
Para o Sinait, afirmar que a legislação das NRs não
é moderna, como dizem empresários e governo, é algo
questionável, pois as normas regulamentadoras "são
construídas em comissões tripartites – com
representantes do governo, de empregados e
empregadores", além de haver um processo contínuo de
discussão. "A grande maioria das 37 NRs passou e
passa por atualização constante para adequá-las à
legislação e à realidade do mundo do trabalho."
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a NR 12, que
trata de segurança em máquinas e equipamentos.
Reunida neste mês em Brasília, a Comissão Tripartite
Paritária Permanente (CTPP) aprovou um novo texto,
que deverá passar por uma última revisão antes de
ser publicado, em junho.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/05/2019 -
Para Paulo Paim, manifestações vão muito além dos
cortes na educação
O Senador Paulo Paim (PT- RS) falou nesta
quinta-feira (16), em Plenário, que as manifestações
ocorridas ontem em mais de 170 cidades do país, não
foi apenas pelo contingenciamento anunciado pelo
governo federal na educação. Para Paulo Paim, vai
além dos cortes.
— A reforma joga as futuras gerações na insegurança
do sistema de capitalização. Se o sistema de
capitalização é tão bom, proponham para as Forças
Amadas; proponham para a Polícia Militar; proponham
para a Polícia Civil; proponham para aqueles que têm
aposentadoria especial. Ninguém vai aceitar — disse
o Senador.
Paulo Paim lembrou mensagem escrita por ele, no
Twitter, dias antes das manifestações: "Os
estudantes estão a sinalizar a crise que está no
país. A crise de governo é gravíssima”. O senador
ressaltou que é preciso sair do palanque e pensar no
povo brasileiro de forma coletiva e avançar nas
políticas públicas que a população espera.
Fonte: Agência Senado
17/05/2019 -
TRT-18 vai decidir se norma coletiva pode suprimir
adicional noturno e de feriado
O Plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª
Região (GO) vai decidir sobre a validade de norma
coletiva de trabalho que, em regime de compensação
de jornada 12x36, suprime o pagamento em dobro dos
feriados e o adicional noturno.
A corte analisará Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas (IRDR) instaurado a pedido do
desembargador Welington Peixoto. O processo será
relatado pelo desembargador Paulo Pimenta,
presidente do TRT-18. Até o julgamento, estão
suspensos todos os casos que tramitam na Justiça
local sobre esse tema.
O tribunal já tem uma tese sobre o tema (Súmula
9/2010). Pelo texto, no regime de 12 horas de
trabalho seguidas por 36 horas de descanso, são
assegurados a redução da hora noturna, o intervalo
intrajornada e o pagamento em dobro dos feriados
trabalhados.
No entanto, segundo o relator, as três turmas de
julgamento têm decidido a mesma questão de forma
divergente. Alguns julgados seguiram o entendimento
de que são inválidas as normas coletivas, por
considerar que não se pode negociar matérias
atinentes à higiene, saúde e segurança do trabalho.
Já outros julgados consideraram essas normas
válidas, diante do reconhecimento pela Constituição
Federal das convenções e acordos coletivos de
trabalho, valorizando o princípio da autonomia da
vontade no direito coletivo.
Para Pimenta, há ofensa à isonomia e à segurança
jurídica por entendimento divergente das turmas e
também no primeiro grau de jurisdição. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18.
Processo 0010730-20.2018.5.18.0000
Fonte: Consultor Jurídico
16/05/2019 -
Bolsonaro sobre estudantes que protestam: “são uns
idiotas úteis, uns imbecis”
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira
(15) em Dallas, no estado norte-americano do Texas,
que o bloqueio é necessário e que os manifestantes
que protestam contra isso no Brasil “uns idiotas
úteis, uns imbecis”.
“É natural, é natural. Agora… a maioria ali é
militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se
perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da
água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas
úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como
massa de manobra de uma minoria espertalhona que
compõe o núcleo de muitas universidades federais do
Brasil”, afirmou Bolsonaro.
O presidente afirmou ainda que a “educação também
está deixando muito a desejar no Brasil. Você pega
as provas do Pisa, que eu peguei agora, de três em
três anos, de 2000 pra cá, cada vez mais ladeira
abaixo”.
Em um português quase incompreensível, Bolsonaro
disse ainda:
“A garotada com 15 anos de idade, da nona série, 70%
não sabe a regra de três simples. Qual o futuro
dessas pessoas? Que falta, que tão desempregada.
Qual é o futuro dessas pessoas? Falam porque tão
desempregados 14 milhões, sim, mas parte deles não
tem qualquer qualificação porque esse cuidado não
teve nas administrações do PT ao longo de 13 ano.”
Fonte: RevistaForum
16/05/2019 -
UNE convoca novas manifestações para o dia 30
As grandes manifestações contra os cortes nas verbas
para a Educação, que reuniram mais de dois milhões
de pessoas em todo o Brasil abriram um ciclo de
lutas que não vai parar tão cedo e terá repercussões
políticas.
Os estudantes decidiram por meio da sua máxima
entidade representativa, a União nacional dos
Estudantes (UNE), marcar novos protestos para o
próximo dia 30, uma quinta-feira. "É o início do
gosto amargo que o Bolsonaro vai sentir", diz
presidente da entidade, Marianna Dias. A informação
é da Folha de S.Paulo.
Reportagem da jornalista Angela Pinho aponta que
"após manifestações em todo o país, a UNE anunciou
um novo dia de protestos contra os cortes na
educação daqui a duas semanas.
Entrevistada pelo jornal, Marianna Dias afirma:
"Precisamos mostrar para o Bolsonaro e para o Brasil
a força dos estudantes e do povo".
Consciente do papel que o Movimento Estudantil pode
desempenhar na atual crise política e social do
país, Marianna Dias destaca: "As pessoas sempre
esperam que os jovens estejam na linha de frente",
informa o jornal.
Fonte: Brasil247
16/05/2019 -
Mobilização por educação ganha apoio de senadores na
CCJ
As manifestações e a greve geral nacional que
ocorrem em várias cidades do país nesta quarta-feira
(15), em protesto contra os cortes na Educação
anunciados pelo Governo Jair Bolsonaro, receberam o
apoio de senadores durante reunião da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Além do contingenciamento de verbas destinadas a
universidades federais e a bolsas de programas de
pesquisa, professores, estudantes e trabalhadores da
educação protestam contra as declarações do ministro
da Educação Abraham Weintraub, que associou o
bloqueio de recursos em um primeiro momento a atos
de "balbúrdia". Depois, alegou que medida foi tomada
porque a arrecadação de impostos está menor do que o
previsto, e o dinheiro pode voltar às universidades
caso ela suba.
Para o senador Weverton (PDT-MA), que trouxe o
debate à tona na comissão, o governo faz chantagem
ao dizer que só devolverá os recursos em caso de
aprovação da reforma da Previdência.
— Não dá para se falar em um país, em um futuro, se
a gente condena de arrancada a educação dos nossos
jovens. [...] Vir dizer que só vai devolver recursos
se aprovar reforma é chantagem sim — criticou o
senador.
A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), disse
ter ficado feliz com a notícia de que a juventude
voltou a tomar as ruas do país em defesa da
educação. Para ela, contingenciar recursos das
universidades e dos institutos federais sob o
argumento de que seriam locais de “balbúrdia” é
notadamente ilegal.
— Esse não é um argumento sério. A motivação do
governo vai interferir, sim, no juízo de valor dos
tribunais — disse.
Segundo o presidente da Comissão de Educação,
Cultura e Esporte (CE), senador Flávio Arns (Rede-PR),
o governo precisa valorizar as instituições de
ensino e buscar o diálogo para resolver os
problemas. Para ele, mesmo em um momento de crise, a
área deveria ser protegida.
— O ministro não pode dizer que é local de
balbúrdia. Se tem problemas, então vamos discutir os
problemas. Educação é prioridade absoluta. Essa
manifestação do povo é muito boa. Sem violência, sem
conflitos — apontou.
Rose de Freitas (Pode-ES) afirmou que o governo
parece não considerar a educação como uma pauta
prioritária. Para ela, o Senado precisa ajudar a
resgatar o orçamento das universidades.
— Vamos votar reformas por compromissos, mas da
educação não se pode se tirar um tostão sequer.
Vamos, no colégio de líderes, ajudar a reestabelecer
o orçamento das universidades e dos institutos
federais — defendeu.
Na avaliação do senador Marcos Rogério (DEM-RO), é
preciso rever alguns problemas no funcionamento das
universidades, mas nada justifica o
contingenciamento de verbas. O senador disse que o
governo se comunica mal.
— Parece um erro de comunicação, me parece um
improviso. É fato que o Brasil está em uma condição
econômica ruim. Há perda de arrecadação. Tem que
fazer contingenciamentos, mas começar pela educação
e vocalizar isso me parecer um erro monumental. Não
dá para o Parlamento aceitar isso como natural
—argumentou.
Fonte: Agência Senado
16/05/2019 -
Deputados criticam medidas que afetam sindicatos e
aposentadorias
MPs perdem validade no final de junho caso não
sejam aprovadas
Deputados criticam e pediram a rejeição de duas
medidas provisórias (MP 871/19 e MP 873 /19) que
afetam aposentadorias e a autonomia dos sindicatos.
Em audiência da Comissão de Legislação Participativa
nessa terça-feira (14), os deputados questionaram
representantes do governo e de centrais sindicais.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), que propôs a
audiência, afirma que medida provisória 871, editada
para combater fraudes no INSS, já é de fato o início
da reforma da Previdência, porque impõe dificuldades
para a requisição de aposentadorias e outros
benefícios.
"É um absurdo. Além de desautorizar os sindicatos
dos trabalhadores rurais a conceder a autorização,
ela prejudica as pessoas mais necessitadas, que são
os pensionistas e aposentados com deficiência, que
agora têm que correr pro INSS pra não perder o
benefício. Enquanto isso, o funcionário do INSS
recebe R$ 63 por cada corte – e, portanto, está "desaposentando"
as pessoas", explicou.
Essa medida provisória reduz o prazo de
reivindicação dos benefícios previdenciários. Hoje,
quando um trabalhador tem um benefício negado, ele
tem até 5 anos para exercer esse direito. A medida
diminui esse prazo para 90 dias.
Já a outra MP (873) muda as regras da contribuição
sindical, impedindo o desconto em folha dos
trabalhadores para os sindicatos. Deputados e
sindicalistas temem que a medida provoque
desarticulação dos sindicatos e até mesmo o
fechamento de alguns.
A representante da Central dos Sindicatos
Brasileiros, Zilmara Alencar, afirmou que as medidas
não afetam apenas os sindicatos, mas também toda a
classe trabalhadora.
"Apenas com o mecanismo de coletividade atuando em
nome de toda a classe trabalhadora é que nós vamos
poder de fato construir ambientes que possam
permitir que essa precarização de direitos não
ocorram, nem essa retirada de benefícios como estão
ocorrendo por meio da medida provisória 871 e 873",
disse.
De acordo com o deputado Leonardo Monteiro (PT/MG),
a intenção é impedir a aprovação das medidas
provisórias, que perdem a validade no final de junho
caso não sejam aprovadas.
Fonte: Agência Câmara
16/05/2019 -
MP 873 é antissindical, inconstitucional e traz
'grave intervenção' do Estado
Alerta é do Ministério Público do Trabalho, que
divulgou nota técnica sobre o tema. Segundo o MPT,
norma do governo também contraria convenções
internacionais
A Medida Provisória (MP) 873, sobre contribuições
sindicais, fere a Constituição e configura "grave e
vedada interferência e intervenção do Estado na
organização sindical", afirma o Ministério Público
do Trabalho (MPT), em nota técnica divulgada nesta
terça-feira (14) pela Coordenadoria Nacional de
Promoção da Liberdade Sindical (Conalis). Segundo o
vice-coordenador, o procurador Alberto Emiliano, a
MP "impede que os sindicatos estabeleçam livremente
em seus estatutos, ou negociem e regulem formas de
financiamento e de desconto em acordos e convenções
coletivas de trabalho".
A MP 873 foi editada pelo governo Bolsonaro em 1º de
março, sexta-feira de carnaval. Com a mudança,
considerada pelo movimento sindical uma tentativa de
"asfixiar" financeiramente as entidades, as
contribuições, além de autorização prévia,
individual e por escrito, não podem ser descontadas
via folha de pagamento, mas por boleto. Desde então,
vários sindicatos recorreram à Justiça e têm
conseguido decisões favoráveis.
Para o procurador, a medida traz "diversas
restrições às fontes de custeio dos sindicatos,
causa embaraço à liberdade sindical e ao próprio
sustento dos sindicatos de trabalhadores, a quem
cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais de toda a categoria, sendo obrigatória a
sua participação nas negociações coletivas de
trabalho". A nota técnica é assinada por ele e pelo
coordenador nacional, João Hilário Valentim, que já
havia manifestado posição crítica à iniciativa do
governo.
Os procuradores sustentam ainda que a negociação
coletiva e a liberdade sindical integram os quatro
princípios da Declaração da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) sobre os Princípios
e Direitos Fundamentais no Trabalho. São itens
básicos para a consolidação do conceito de trabalho
decente. "Os trabalhadores abrangidos pela
negociação coletiva devem participar do
financiamento desse processo, sob pena de
inviabilizar e fragilizar a atuação sindical, bem
como desincentivar novas filiações", afirmam.
Para eles, a regra imposta do boleto bancário "tem o
potencial de inviabilizar a atuação sindical",
fragilizando o sistema de financiamento das
entidades, "cuja missão é coletiva e não
individual". E também contraria a Constituição, que
no artigo 8º autoriza o desconto em folha.
A nota conclui que a MP "não pode prevalecer ante a
sua flagrante inconstitucionalidade e
inconvencionalidade".
Enquanto isso, a MP 873 segue empacada no Congresso.
Uma reunião da comissão mista responsável por
apreciar a medida, marcada para hoje, foi adiada.
Seriam eleitos presidente e vice do colegiado.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/05/2019 -
Para Ministério Público há indícios de que Flávio
Bolsonaro praticou lavagem de dinheiro
Há indícios de lavagem de dinheiro nas transações
imobiliárias do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
filho do presidente da República; esta é a suspeita
do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre essas
transações realizadas no período de 2010 a 2017 e
foi uma das razões pelas quais a instituição pediu a
quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, em janeiro de
2018, o filho de Bolsonaro realizou operações
envolvendo 19 imóveis na zona sul do Rio e na Barra
lucrando com transações relâmpago.
Reportagem de Catia Seabra e Italo Nogueira nesta
quinta-feira (16) informa que os promotores apontam
suspeitas nas transações com a MCA Participações,
empresa que tem entre os sócios uma firma do Panamá.
Ministério Público também suspeita de
irregularidades na compra de duas quitinetes em
Copacabana em 2012, que rendeu ao senador R$ 813 mil
num intervalo de menos de um ano e meio.
A reportagem cita outras transações em que Flávio
Bolsonaro pode ter cometido ilegalidades.
Fonte: Brasil247
16/05/2019 -
Na CMO, Guedes condiciona aumento real do salário
mínimo à reforma da Previdência
Em audiência na Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO), nesta terça-feira
(14), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse
que o salário mínimo poderá ter um reajuste maior do
que a inflação se a reforma da Previdência for
aprovada. Guedes negou cortes no Ministério da
Educação ao anunciar um reforço de R$3 bilhões para
a pasta. Em resposta, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA)
disse que a economia com as novas regras de
aposentadoria será ao longo dos anos e não resolverá
os cortes na educação superior agora. Na avaliação
do senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR), o governo
tem outras propostas para tirar o país da crise,
além da reforma da Previdência, como privatização de
empresas e reforma tributária.
Fonte: Agência Senado
16/05/2019 -
Manifestação contra corte de verbas é legítima,
defende Humberto Costa
O senador Humberto Costa (PT-PE) usou a tribuna do
Plenário, nesta quarta-feira (15), para criticar a
declaração do presidente Bolsonaro sobre os
participantes da Greve Nacional da Educação, que
acontece hoje em defesa da educação, ciência e
tecnologia públicas, e da liberdade de ensinar e
aprender, em todo país. O chefe de Estado se referiu
aos manifestantes como “idiotas úteis”.
Na visão do senador, essa afirmação do presidente só
mostra que ele está completamente alheio ao que se
passa no país. Humberto Costa declarou que a
paralisação reuniu, hoje, alunos, professores,
servidores de instituições públicas e também
estudantes de escolas e universidades privadas e
outros segmentos sociais. Todos contra o corte de
verbas das universidades federais, anunciado pelo
Ministério da Educação, disse.
— É extremamente expressivo o protesto dos
brasileiros contra essa política de asfixiamento dos
institutos e das universidades federais por meio de
um corte de verbas, que se deu pelo absurdo
argumento de que as universidades promovem
balbúrdia. E de lá dos Estados Unidos [onde está o
presidente], ele chama os brasileiros, que estão
contra esses bárbaros cortes, de idiotas funcionais,
de imbecis. É um escárnio! — reprovou.
Fonte: Agência Senado
16/05/2019 -
No Maranhão, decisão de tribunal 'zera' receita de
sindicato
TJ veta desconto em folha de contribuição e
mensalidade de entidade dos servidores. "A intenção
é fechar o sindicato", afirma dirigente
Em processo "relâmpago", o Tribunal de Justiça do
Maranhão decidiu vetar desconto em folha da
contribuição e da mensalidade em favor do Sindicato
dos Servidores da Justiça (Sindjus) daquele estado.
O TJ se baseou na Medida Provisória (MP) 873,
publicada pelo governo federal em 1º de março e que
tem sido objeto de questionamentos judiciais em todo
o país. O sindicato tenta derrubar a decisão. Ainda
ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPT)
divulgou nota técnica pela qual considera
inconstitucional a MP do governo.
"Foi um processo em três dias, gerado de ofício,
onde a chefe da folha de pagamento pergunta se
deveria continuar procedendo ao desconto em folha ou
se deveria suspender tudo", diz o presidente do
Sindjus, Aníbal da Silva Lins. Se a decisão do TJ
for mantida, acrescenta, "ficaremos impedidos de ter
um único centavo nas contas do sindicato". Segundo
ele, a entidade tem 5.500 trabalhadores na base,
sendo 2.800 filiados. "A intenção é clara:
inviabilizar e fechar o Sindjus."
A decisão do presidente do tribunal, desembargador
José Joaquim Figueiredo dos Santos, atendeu a
consulta da coordenadora de pagamento da casa, Kênia
Silva. Ele se baseou integralmente na MP 873,
determinando que não pode haver desconto da
contribuição, nem da mensalidade sindical e que a
Coordenadoria deveria "se abster" de efetuar
qualquer tipo de desconto. Assim, o Sindjus deveria
enviar boleto bancário "ou equivalente eletrônico" à
residência ou ao local de trabalho de cada um dos
empregados.
Aníbal afirma que todo o processo ocorreu "sem que
tivéssemos sido intimados a nos manifestar, a nos
defender, a fazer o contraditório". Ele cita o
artigo 8º da Constituição, que no inciso IV
determina o desconto em folha da contribuição. Sem
conseguir revogar a decisão administrativamente, o
sindicato impetrou nesta quarta-feira (15) mandado
de segurança, pedindo liminar para garantir esse
desconto. A entidade alegou que a decisão do TJ
poderá impedir o pagamento de "compromissos
financeiros já agendados", contas e impostos. Mas a
relatora decidiu pedir informações ao tribunal,
inviabilizando o desconto neste mês.
O presidente do sindicato afirma que outras
entidades tiveram suas fontes de receita mantidas –
ou seja, a medida atingiu apenas o Sindjus. Ele
lembra ainda que o TJ maranhense foi denunciado em
2018 na Organização Internacional do Trabalho (OIT),
pela Internacional de Serviços Públicos (ISP), por
conduta antissindical e descumprimento de
convenções. O caso está para ser julgado.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/05/2019 -
Adiada reunião da MP sobre contribuição sindical
A comissão mista da Medida Provisória 873/19, que
deveria ocorrer nesta terça-feira (14), às 15h, foi
adiada. Nela, ocorreria a eleição para presidente e
vice-presidente da comissão na qual será debatida a
MP que impede o desconto em folha salarial da
contribuição sindical.
A medida provisória, publicada em 1º de março,
determina que a contribuição sindical passe a ser
feita através de boleto bancário encaminhado à
residência do empregado ou à sede da empresa. Também
estabelece que a contribuição seja paga apenas pelos
trabalhadores que tiverem expressado seu
consentimento individualmente.
O texto reforça as mudanças já realizadas pela
reforma trabalhista (Lei 13.467/17), no âmbito da
contribuição sindical. No entanto, causou polêmica,
visto que, para alguns, estaria ferindo a
Constituição Federal e prejudicando a organização
dos trabalhadores.
A reunião ainda não possui nova data.
Fonte: Agência Câmara
15/05/2019 -
Moro perde de novo e registro sindical vai ficar com
Ministério da Economia
No governo Bolsonaro, o ministro Sergio Moro, da
Justiça, acumula derrotas seguidas. Seu plano
nacional de segurança é cheio de furos e não
consegue apoio no Congresso Nacional, ainda que
majoritariamente bolsonarista.
Derrota recente também seu deu na questão do Coaf
(Conselho de Controle das Atividades Financeiras),
que foi deslocado para o Ministério da Economia, ou
seja, o colo de Paulo Guedes.
Registro sindical - Nova derrota do juiz de
primeira Instância. No encaminhamento da Medida
Provisória 870, o registro sindical acabou deslocado
para a Pasta da Economia.
Portanto, o registro das entidades de classe e
assuntos conexos ficam sob os humores de Rogério
Marinho, o relator da draconiana Reforma Trabalhista
e mentor da MP 873 (flagrantemente
inconstitucional), que visa asfixiar as finanças
sindicais.
Fonte: Agência Sindical
15/05/2019 -
Governo é derrotado na Câmara e Weintraub terá de
explicar corte em universidades
Foram 307 votos pela convocação - MEC bloqueou
30% do orçamento
Em mais uma derrota do governo no Congresso, a
Câmara aprovou nesta 3ª feira (14.mai.2019) a
convocação do ministro da Educação, Abraham
Weintraub, para prestar esclarecimentos no plenário
da Casa sobre o corte no orçamento de universidades.
O pedido foi feito pelo deputado Orlando Silva (PC
do B-SP). Foram 307 a favor da convocação e 82
contrários.
O ministro deve falar no plenário nesta 4ª feira
(15.mai) às 15h. Weintraub já é convidado para falar
na Câmara pela manhã sobre o mesmo assunto, mas na
Comissão de Educação.
Os únicos partidos a darem porcentagem expressiva de
suas bancadas contra a convocação foram o PSL
(85,19%) e o Novo (87,5%).
Fonte: Poder360
15/05/2019 -
Tsunami contra o desmonte da educação tomará as ruas
do Brasil nesta quarta-feira
Professores, estudantes, trabalhadores da educação e
pais de alunos estarão nas ruas nesta quarta-feira
(15). Estão programados atos em mais de 40 locais,
além de greves que devem atingir diferentes
instituições de ensino.
"Estamos fazendo uma manifestação de todos os
setores. Temos expectativa muito positiva porque a
gente acha que Bolsonaro precisa entender que não é
simples ignorar o clamor das ruas", convoca a
presidenta da UNE, Marianna Dias.
Até agora já são mais de 70 universidades que
confirmaram a adesão à greve e aos atos que
ocorrerão em todas as capitais. Segundo o presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE), Heleno Araújo, o corte de recursos
da área "colocou lenha na fogueira" e ajudou a
ampliar a adesão. "Somente juntos vamos fortalecer
essa luta pelo direito social e humano a uma
educação pública e de qualidade da creche à pós
graduação", disse.
Em São Paulo, a manifestação será realizada no vão
livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na
Avenida Paulista, a partir das 14h. Todas as
entidades estudantis estarão presentes. Já no Rio de
Janeiro, os manifestantes realizarão uma caminhada
no centro da capital, da Candelária até a Central, a
partir das 15h. Confira, abaixo, os locais e
horários das manifestações pelo Brasil.
Nas redes sociais, a hashtag #TsunamidaEducação
virou o assunto mais comentado do Twitter no Brasil.
Fonte: Brasil247
15/05/2019 -
Maia: só reforma da Previdência não garante
crescimento econômico necessário
Em palestra a investidores, o presidente da
Câmara defendeu reestruturação do Estado e
investimentos públicos para evitar retrocesso social
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
defendeu a reestruturação do Estado e a retomada dos
investimentos públicos como complementos da reforma
da Previdência para impedir que o Brasil sofra
retrocessos sociais.
Durante palestra a investidores em Nova York,
Rodrigo Maia afirmou que a reforma sozinha não será
suficiente para promover o crescimento econômico e a
geração de empregos necessários ao País. “A
Previdência é uma agenda que organiza o nosso
passado, para termos tranquilidade para construir o
futuro, mas o Brasil tem outros problemas muito
sérios que a gente até agora não foi capaz de
organizar”, declarou.
“A gente vai ter que pensar uma solução para, de
alguma forma, depois da reforma da Previdência, ter
capacidade de ampliar gastos no Brasil. Não tem
muita saída, porque vivemos 5 anos em uma recessão”,
acrescentou.
Para evitar que o Brasil entre “em um colapso social
muito rápido”, Rodrigo Maia cobrou a interação entre
os governos federal, estaduais e municipais. “A PEC
do Teto veio com o objetivo de ser a primeira de
algumas reformas com [a votação da] reforma da
Previdência em 2017. Como a Previdência não veio em
2017, o que veio foi a queda da inflação, por causa
da recessão, estamos em uma situação um pouco
difícil”, disse.
“Nós voltamos a fazer campanha contra a fome no
final do ano passado, ninguém deu bola para isso,
mas o Brasil tinha saído dessa agenda há alguns
anos”, declarou o presidente. “A gente está com o
risco de voltar, segundo um organismo da ONU, a
participar de ambientes que o nosso país havia
saído”, acrescentou.
Para ele, um importante passo para garantir avanços
é superar a polarização política, que dificulta a
deliberação de propostas e poderia ser amenizada no
Legislativo. “Isso significa que, além desse
ambiente mais radical, nós temos uma sociedade que
está mais sofrida e está precisando que a gente
consiga acelerar um pouquinho o ambiente de diálogo
para que as soluções apareçam no Parlamento e no
governo brasileiros”.
Fonte: Agência Câmara
15/05/2019 -
Guedes: governo pode rever deduções e reduzir
alíquotas do IR
Assunto entrará em proposta de reforma tributária
As deduções da tabela do Imposto de Renda (IR) podem
ser revistas, em troca de uma alíquota menor, disse
nesta terça-feira (14) o ministro da Economia, Paulo
Guedes. Em audiência pública na Comissão Mista de
Orçamento (CMO), ele declarou que o governo pretende
tratar do tema na discussão das desonerações e
isenções que constará da proposta de reforma
tributária.
“Os mais pobres gastam [cerca de] R$ 100 bilhões e
dão R$ 20 bilhões para os mais favorecidos? Tem algo
errado. Claro que tem que olhar isso. À medida que o
país fica mais apertado, tem que escolher onde vai
reduzir. Esse tema será revisto na proposta de
reduzir todas as alíquotas e tirar deduções”,
declarou o ministro.
Ele respondeu a uma pergunta da senadora Kátia Abreu
(PDT-TO), que disse que o Orçamento destina R$ 108
bilhões por ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) para
os mais pobres, enquanto o gasto anual com deduções
de saúde e educação corresponde a R$ 20 bilhões.
“Temos que examinar nosso Orçamento e remover sinais
de favorecimento para quem tem mais. Chega a hora em
que não há mais recursos públicos para esse tipo de
favor”, acrescentou Guedes.
O ministro explicou que pretende trabalhar em
conjunto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
para construir uma proposta de reforma tributária. A
ideia, segundo Guedes, consiste em unificar a
proposta que tramita na Casa sobre o tema com
sugestões da equipe econômica. “O Rodrigo Maia falou
que vai reativar a proposta aqui, dando apoio ao
encaminhamento à proposta do [ex-secretário de
Política Econômica Bernard] Appy. Nós ativamos a
nossa de cá e, quem sabe, trabalhamos juntos e
fazemos a coisa acontecer”, disse.
Guedes explicou que a principal divergência da
equipe econômica em relação à proposta que tramita
na Câmara diz respeito ao Imposto sobre Valor
Adicionado (IVA). O texto no Congresso previa a
unificação de tributos federais, do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos
estados e do Imposto sobre Serviços (ISS) dos
municípios em um único imposto que seria
compartilhado entre União, governos estaduais e
prefeituras.
O governo atual pretende unificar apenas os tributos
federais num IVA e deixar aos estados e municípios a
opção de aderir. “É mais viável juntar os impostos
federais e juntar tudo num IVA. Não achamos que nós
devemos ter o poder de ir a um estado e dizer que
deve aderir a um imposto. Podemos sugerir, não
impor”, explicou.
Tabela
Em relação à declaração do presidente Jair Bolsonaro
de que pretende corrigir a tabela do Imposto de
Renda, Guedes disse que ainda está esperando o
momento certo para conversar com o presidente e
demonstrar o impacto fiscal da proposta. Ele disse
que o governo não tem como abrir mão de uma receita
de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões por ano num momento
em que pretende economizar em torno de R$ 100
bilhões por ano (cerca de R$ 1,1 trilhão em dez
anos) com a reforma da Previdência.
“Quando há um problema desse, eu normalmente não
falo. Eu fico quieto, espero para conversar com o
presidente. Estamos no meio de uma batalha, que é a
reforma da Previdência. Não adianta me distraírem e
me chamarem para uma outra guerra. Eu estou focado
nesta”, declarou.
O ministro atribuiu a técnicos da pasta o vazamento
do cálculo de que a correção retroativa da tabela do
Imposto de Renda, sem mudanças desde 2015,
provocaria impacto de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões
por ano. “Na hora em que estamos fazendo uma reforma
da Previdência para conseguir R$ 100 bilhões de
economia [por ano], alguém chega e fala para dar R$
60 bilhões para todo mundo, começa a confundir as
coisas. Então, vazou um negócio. Agora, eu concordo
que toda vez que não se atualiza [a tabela],
aumentam os impostos. Se não atualizou, tributou
mais”, explicou.
Guedes também criticou a pejotização – brechas na
legislação que permitem a pessoas físicas
trabalharem como pessoas jurídicas e pagarem menos
Imposto de Renda. “A pejotização é uma forma de
elisão fiscal. Temos que acabar com isso. Inclusive,
essa é uma forma muito presente entre os
economistas”, declarou o ministro.
Convidado para discutir o projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, Paulo Guedes
deixou a audiência depois de pouco mais de três
horas. O ministro foi reunir-se com Jair Bolsonaro
horas antes da viagem do presidente a Dallas, onde
receberá uma homenagem. Guedes fará parte da
comitiva.
Fonte: Agência Brasil
15/05/2019 -
Apesar do alto índice de mortes no trabalho,
Bolsonaro quer reduzir normas de segurança
Brasil tem média anual de 2.700 mortes causadas
por acidente de trabalho, número que pode aumentar
com diminuição das Normas Reguladoras (NRs)
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que irá
“modernizar”, “desburocratizar” e “simplificar” as
Normas Reguladoras (NR) que tratam da proteção à
saúde e à segurança dos trabalhadores. Atualmente, o
Brasil tem 37 NRs e, mesmo assim, cerca de 2.700
trabalhadores morrem, anualmente, vítimas de
acidentes de trabalho no país.
“Essas normas foram construídas ao longo de anos, em
torno de debates, diagnósticos e estudos de
construção de regras que permitem às empresas
construir sistemas de proteção que evitem as
mortes”, explica Clemente Ganz Lúcio,
diretor-técnico do Dieese, em entrevista à
jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Segundo ele, boa parte das mortes causadas por
acidentes de trabalho são decorrência do não
cumprimento das normas de segurança. As NRs se
referem, por exemplo, ao uso correto de maquinário,
à maneira como as empresas devem fornecer
equipamentos de proteção, ao treinamento dos
trabalhadores para executar suas tarefas de modo
seguro, entre outras orientações.
“E agora o presidente fala em rever as normas”,
critica o diretor-técnico do Diesse. “No campo do
trabalho, a simplificação deverá causar o aumento da
desproteção e do número de acidentes. Nós deveríamos
estar melhorando as condições de proteção e
segurança no trabalho, mas não é isso que o governo
se propõe... Ele se propõe simplesmente a eliminar,
simplificar ou retirar das normas uma série de
obrigações exigidas para que as empresas garantam,
na hora de organizar o sistema produtivo, não só o
treinamento, mas também todo o material de
proteção”, afirma.
Bolsonaro chega a falar em reduzir em 90% as normas
de segurança e saúde no trabalho. Um anúncio que
desperta preocupação também no Ministério Público do
Trabalho (MPT). “Não vejo como cortar em 90% e não
ter redução da proteção dos trabalhadores. Temos que
aguardar o governo apresentar as propostas, mas com
preocupação”, declarou o procurador Leonardo Osório
Mendonça, coordenador nacional de Defesa do Meio
Ambiente do Trabalho do MPT.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/05/2019 -
Redução na segurança no trabalho fará país campeão
em acidentes, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta
terça-feira (14), em Plenário, o anúncio feito pelo
governo na segunda-feira (13) de que reduzirá em 90%
as normas de segurança no trabalho. Ele disse que
entre as normas a serem revistas, figuram a que
trata da regulamentação do maquinário, das padarias
até o setor siderúrgico, além de outras referentes a
insalubridade, periculosidade, construção civil e
trabalho a céu aberto. Para o senador, com a redução
das normas, o país será o campeão mundial nesse tipo
de acidente.
O parlamentar gaúcho lembrou que o Brasil é o quarto
país do mundo em acidentes de trabalho. E que isso
acontece mesmo tendo as normas de segurança
orientadas pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
Paulo Paim disse que o Brasil teve 4,2 milhões
acidentes de trabalho entre 2012 e 2018, que
provocaram, além de quase 16 mil mortes, grandes
gastos para o Estado. E argumentou que não se
economiza com o afrouxamento das regras de
segurança.
— Cerca de R$ 28,7 bilhões foram gastos de 2012 até
agora em relação a benefícios acidentários que
incluem auxílio-doença, aposentadoria por invalidez,
pensão por morte e auxílio-acidente. Não adianta,
deu acidente alguém vai pagar e quem vai pagar no
fim é o Estado. Mas a sequela maior é aquela que
perde o braço, a perna, o olho — disse.
Fonte: Agência Senado
15/05/2019 -
É preciso congelar impostos da alimentação do
trabalhador, diz Plínio Valério
O Senador Plínio Valério (PSDB- AM) falou nesta
terça-feira(14), em Plenário, que é preciso uma
reforma tributária no pais. Para ele, o excesso de
impostos cobrados pelo governo e juros altos dos
bancos impede a criação de empregos. Ele lembrou que
grande parte do salário do trabalhador é gasto
apenas com alimentação. Para ele, é preciso congelar
esses impostos.
— Que esses impostos sejam congelados, e aqueles
alimentos mais comuns, como — repito aqui — a
farinha, o feijão, o arroz, possam chegar com mais
facilidade à mesa da família brasileira, do
trabalhador brasileiro, que vê, a cada dia, cada vez
mais, seu poder de compra, mesmo de suprir as
necessidades básicas, ser trucidado, ser aniquilado
— disse.
Dados do Instituto de Geografia e Estatística
(IBGE), citados pelo Senador, apontam que as
famílias de baixa renda gastam 93% de seus
rendimentos com despesas de alimentação, habitação,
aluguel, transporte e saúde, sendo que 30% é só para
alimentação.
Fonte: Agência Senado
15/05/2019 -
Projeto permite que mulher vítima de violência
doméstica saque o FGTS
O Projeto de Lei 1379/19 permite o saque do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pela mulher
trabalhadora vítima de violência doméstica.
O projeto altera as leis Maria da Penha (11.340/06)
e do FGTS (8.036/90). Atualmente, já é permitido o
saque em algumas situações, como despedida sem justa
causa e aquisição de imóvel.
“Um dos fatores que mais sujeitam mulheres à
subserviência e as mantém em um relacionamento
abusivo em que são vítimas de todo tipo de violência
é a dependência financeira total ou parcial do
marido ou companheiro”, afirma o autor da proposta,
deputado Júnior (PSL-SP).
“Muitas mantêm-se junto ao agressor por não ter
condições financeiras de recomeçar a sua vida”,
complementa. Segundo ele, o projeto visa “dar a
chance de sobrevivência a mulher”.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de
Trabalho, de Administração e Serviço Público; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
14/05/2019 -
Greve Nacional da Educação ganha força com apoio de
pais e alunos
A Greve Nacional da Educação, marcada para quarta
(15), em todo o País, ganha força com mobilização de
professores, demais trabalhadores em Educação,
estudantes e comunidade escolar.
A manifestação tem base em três pontos: 1) reforma
da Previdência que prejudica os mais pobres,
professores e trabalhadores rurais; 2) contra os
sucessivos cortes nas políticas educacionais, que
afetam o ensino superior e a educação básica; 3) a
ameaça de acabar com a vinculação constitucional que
assegura recursos para a educação (Fundeb e outras
políticas).
CNTE - Heleno Manoel Gomes Araújo, presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação, prevê grande paralisação dos professores,
com apoio de várias categorias. “Estamos mobilizados
em todo o território nacional. Já definimos os
principais pontos de manifestação”, afirma.
De acordo com o dirigente, também estão mobilizadas
associações de pais, entidades estudantis como UNE,
Ubes e mesmo associações de prefeitos e municípios.
“É importante lembrar que outras categorias estão
manifestando apoio, como os petroleiros”, destaca
Heleno Araújo.
Masp - Em São Paulo, os atos serão em frente
ao Masp, às 14 horas. Celso Napolitano, presidente
da Federação dos Professores do Estado de São Paulo
(Fepesp), informa que as escolas estão se reunindo
internamente em assembleias e deliberando pela
participação. “Também estamos recebendo apoios de
grupos de pais e estudantes”, diz. Segundo ele, o
trabalho de repassar informações e esclarecimentos
sobre o prejuízo da reforma se intensifica a cada
dia. “Acredito que vamos chegar à reta final com uma
grande adesão à greve”, comenta Napolitano.
Apeoesp - Roberto Guido, secretário de
Comunicação da entidade, conta que os diretores
realizam visitas às escolas e distribuem
informativos. “Agora é importante esse trabalho de
esclarecimento pra garantir o maior número de
participação dos professores. Portanto, as ações
estão sendo aceleradas”, explica Guido.
UNE - A Executiva da União Nacional dos Estudantes
se reuniu semana passada, quando decidiu fazer
assembleias e atos contra os cortes na educação e em
defesa das universidades e institutos federais.
“Reforçamos a convocatória pra que todos os
estudantes aprovem a Greve Nacional da Educação em
assembleias. Além de estarem nas ruas de todo Brasil
com os professores e secundaristas”, diz trecho do
documento aprovado na sede das entidades estudantis.
Clique aqui e leia o documento na íntegra.
Movimento - A Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee),
a Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE), Sindicatos do setor e entidades
estudantis se encontraram em Belo Horizonte quinta
(9). Eles debateram a formação de um movimento
nacional. “A Educação está sendo duramente atacada
pelo governo Bolsonaro, e temos que nos organizar
para uma luta permanente em sua defesa. Nosso
primeiro desafio é a greve nacional dos
trabalhadores no ensino, dia 15”, aponta o
coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.
Centrais - Dirigentes das Centrais Sindicais se
reuniram sexta (10), no Dieese, em SP. Eles
decidiram pró-participação na paralisação nacional
da Educação, bem como mobilizar para a greve geral
contra a reforma da Previdência, em 14 de junho. O
clima é de unidade e otimismo. “Estou animado com a
mobilização dos Sindicatos”, diz o secretário-geral
da CTB, Wagner Gomes.
Mais informações: www.cnte.org.br,
www.contee.org.br, www.une.org.br
Fonte: Agência Sindical
14/05/2019 -
Comissão que avalia MP da contribuição sindical
elege presidente nesta manhã
A comissão mista que analisa a medida provisória
editada para impedir o desconto em folha salarial da
contribuição sindical (873/19) elege hoje o
presidente e o vice-presidente do colegiado. A
eleição estava prevista para quarta-feira passada
(8), mas foi adiada.
A medida provisória, publicada em 1º de março,
determina que a contribuição sindical seja feita
através de boleto bancário encaminhado à residência
do empregado ou à sede da empresa. Também estabelece
que a contribuição seja paga apenas pelos
trabalhadores que tiverem expressado seu
consentimento individualmente.
Antes da edição da MP, a contribuição era descontada
diretamente da folha salarial, no mês de março de
cada ano.
A comissão mista reúne-se às 10 horas, no plenário 6
da Nilo Coelho, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
14/05/2019 -
Governo quer reduzir em 90% as normas de segurança e
saúde do trabalho vigentes no país
O governo federal vai rever todas as Normas
Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho do
país — conhecidas como NRs — com "o objetivo de
simplificar as regras e melhorar a produtividade". A
ideia é reduzir em 90% as normas vigentes. A
informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo
presidente Jair Bolsonaro, por meio de sua conta no
Twitter.
"Governo federal moderniza as normas de saúde,
simplificando, desburocratizando, dando agilidade ao
processo de utilização de maquinários, atendimento à
população e geração de empregos", escreveu o
presidente.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, já havia
anunciado, na semana passada, que a ideia é tornar o
ambiente mais propício a quem quer empreender e
"trazer investimentos para o Brasil", melhorando a
capacidade de competição com outros países, na
tentativa de retomar o crescimento.
O que vai ser revisto
De acordo com o Ministério da Economia, todas as
Normas Regulamentadoras do país serão revistas. A
primeira será a NR-12, que trata da regulamentação
de maquinário para setores que vão de padarias a
fornos siderúrgicos. Neste caso, a expectativa é que
a nova norma seja entregue em junho.
Ainda de acordo com Marinho, o Brasil tem hoje quase
cinco mil documentos, portarias, instruções
normativas e decretos muito antigos — já defasados —
que ainda são considerados por agentes de
fiscalização de saúde e segurança do trabalho. Além
disso, não há uma uniformização dos procedimentos, o
que resulta em ações de fiscalização distintas que
variam de acordo com cada estado.
Fonte: Extra
14/05/2019 -
Governo fracassa na economia; crescimento baixo e
arrocho à vista
A dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes já prepara uma
nova projeção de queda do PIB e já admite que
crescimento não chegará a 2% neste ano. Para
contornar a dificuldade, promoverá corte adicional
no Orçamento, o que só acarretará mais problemas
sociais; já está aceso o sinal de alerta de uma
recessão.
Reportagem de Julio Wiziack na Folha de S.Paulo
indica que a equipe econômica comandada pelo
neoliberal Paulo Guedes fará uma revisão do
crescimento da economia para entre 1,5% e 2% neste
ano, o que pode levar amais arrocho sobre a
população: um bloqueio adicional de até R$ 10
bilhões na próxima revisão orçamentária.
Há menos de duas semanas, o governo bloqueou quase
R$ 30 bilhões do Orçamento e já tinha reduzido a
previsão de um crescimento do de 2,5% para 2,2%.
Os bancos e o conjunto do mercado já trabalham com
uma projeção de um crescimento próximo de 1,5%.
Já foi aceso o sinal de uma recessão, com a
sequência de três trimestres seguidos de retração da
economia, aponta a reportagem.
Fonte: Brasil247
14/05/2019 -
Para participantes de audiência, reforma da
Previdência não combate privilégios
Durante audiência pública, na Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa (CDH),
debatedores afirmaram que a proposta de reforma da
Previdência enviada pelo governo ao Congresso (PEC
6/2019) destrói o sistema de seguridade social
definido na Constituição de 1988. O debate na CDH
discutiu Previdência e trabalho com foco na
auditoria da dívida pública. Os participantes
entendem que o problema não está no deficit da
Previdência, mas na política econômica, que
privilegia o pagamento de altas taxas de juros da
dívida. O representante do governo, porém, afirmou
que o envelhecimento da população compromete o
sistema de solidariedade entre as gerações, base do
sistema previdenciário atual.
Fonte: Agência Senado
14/05/2019 -
Dono da Gol cita ‘benefícios financeiros’ a Rodrigo
Maia
O empresário Henrique Constantino, um dos donos da
Gol Linhas Aéreas, afirmou em colaboração premiada
ter repassado R$ 7 milhões em propina a pedido de
Michel Temer. O empresário também afirma ter
transferido "benefícios financeiros" ao presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A
delação foi homologada no dia 16 de abril.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca
que "sobre Temer, Constantino disse que o então
vice-presidente da República participou de uma
reunião em junho de 2012, em Brasília, ao lado de
Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN),
que eram deputados na época. Segundo o empresário,
durante o encontro foi solicitado o pagamento de R$
10 milhões 'em troca de atuação ilícita de membros
do grupo em diversos negócios'. O interesse do
empresário era a liberação de financiamento de R$
300 milhões do Fundo de Investimento do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), controlado
pela Caixa Econômica Federal, para a ViaRondon,
empresa ligada a Constantino."
A matéria ainda acrescenta que "do valor pedido
pelos emedebistas, o empresário diz que pagou R$
7,077 milhões, divididos em duas partes. Uma fatia
para a campanha do ex-deputado Gabriel Chalita,
então integrante do MDB, à Prefeitura de São Paulo,
em 2012, e outra para empresas indicadas por Lúcio
Funaro para intermediar a propina, como Viscaya e
Dallas."
Fonte: Brasil247
14/05/2019 -
Pedidos de recurso e revisão do INSS passam a ser
feitos por internet
A partir desta segunda-feira (13) os pedidos de
revisão de valor do benefício, de recursos e de
cópia de processos do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) poderão ser feitos apenas pela
internet, no Meu INSS, ou pelo telefone 135.
A estimativa do INSS é que atualmente esses serviços
levem mais de 70 mil pessoas por mês às agências.
Com as solicitações feitas pela internet ou
telefone, o órgão espera melhorar o atendimento ao
público e poupar trabalho e gastos aos cidadãos que
precisam se descolar em busca de uma agência do
órgão.
A mudança faz parte do projeto de transformação
digital implantado pelo INSS para ampliar a oferta
de serviços digitais.
Como acessar o Meu INSS
O Meu INSS é acessível por meio de computador ou
celular. Para usar o serviço é preciso se cadastrar
e obter uma senha no próprio site. Também é possível
obter a senha no internet banking de instituições da
rede credenciada que são Banco do Brasil, Banrisul,
Bradesco, Caixa, Itaú, Mercantil do Brasil,
Santander, Sicoob e Sicredi. Em caso de dúvida,
basta ligar para o 135.
Para acessar os serviços de cópia de processo,
revisão e recurso basta ir em
Agendamentos/Requerimentos, escolher o requerimento
ou clicar em Novo Requerimento, atualizar os dados
caso seja pedido e, em seguida, escolher a opção
Recurso e Revisão ou Processos e Documentos. Este
último é para aqueles que buscam uma cópia de
processo.
Fonte: Agência Brasil
14/05/2019 -
Frente parlamentar reúne economistas para discutir a
reforma da Previdência
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência
Social reúne-se nesta terça-feira (14) para discutir
a proposta do governo Bolsonaro que muda regras para
concessão de aposentadorias e pensões (PEC 6/19).
O evento ouvirá economistas e representantes de
entidades de diversas formações teóricas e
políticas. O objetivo é formalizar um manifesto em
defesa da Previdência Social no Brasil e contra a
reforma.
A reunião será realizada no auditório Nereu Ramos, a
partir das 9 horas.
Fonte: Agência Câmara
14/05/2019 -
CDH vai discutir impacto da reforma da Previdência
na vida das mulheres
A comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) realizará mais uma audiência
pública sobre a Reforma da Previdência nesta
terça-feira (14), às 14h, com foco no impacto que a
reforma terá sobre as mulheres. A reunião faz parte
de um ciclo de debates que se iniciou em fevereiro
na CDH, por requerimento do presidente da comissão
Paulo Paim (PT-RS).
Para debater sobre essas questões, foram convidados
Leonardo Rolim, Secretário de Previdência do
Ministério da Economia; Maria da Glória Guimarães,
Líder do grupo Mulheres do Brasil; Gláucia Morelli,
presidente da Confederação das Mulheres do Brasil;
Marcela Azevedo, representante do Movimento Mulheres
em Luta e um representante do Ministério da Mulher,
Família e Direitos Humanos.
A Reforma da Previdência (PEC 6/2019) tem sido muito
criticada por grupos feministas, os quais
interpretam que, se aprovada, a proposta prejudicará
a vida das mulheres trabalhadoras. Nas manifestações
do dia 8 de março, por exemplo, muitas mulheres
levantaram bandeira contra a PEC por acreditarem que
ela reforça a desigualdade de gênero existente no
país.
Alguns dos pontos levantados pelas militantes são
relacionados à desconsideração da divisão sexual do
trabalho e da dupla jornada feminina, ao aumento da
idade mínima de aposentadoria para as mulheres, ao
aumento do tempo de contribuição para receber o
benefício integral, à redução do valor do Benefício
de Prestação Continuada (BPC) e das pensões por
morte e invalidez. Isso porque as mulheres
representam a maioria dos beneficiados pelas
pensões.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
14/05/2019 -
Projeto garante pagamento do adicional de 1/3 sobre
férias vendidas
O Projeto de Lei 1140/19 prevê que o trabalhador que
vender dez dias de férias receberá 1/3 de abono
referente a esse período. Apresentada pelo deputado
Carlos Bezerra (MDB-MT), a proposta está em análise
da Câmara dos Deputados.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT
– 5.452/43) assegura ao empregado o direito de
converter o correspondente a 10 dias de férias em
abono pecuniário, mas sem a incidência do terço a
mais previsto na Constituição.
O Tribunal Superior do Trabalho, em julgamento
quanto à incidência de 1/3 sobre o abono pecuário,
em 2014, também foi contrário à concessão desse
direito ao trabalhador.
Paralisação
O projeto também prevê que o 1/3 adicional de férias
seja pago nos casos de paralisação total ou parcial
da empresa por mais de 30 dias. Hoje a CLT veda o
direito de férias ao empregado que deixar de
trabalhar, recebendo salário, por mais de 30 dias,
em virtude de paralisação da empresa.
Ambas as medidas já constaram em projetos que
tramitaram na Câmara (PLs 4705/12 e 7989/14),
apresentados pelo próprio Carlos Bezerra.
“Tendo em vista o arquivamento dos projetos e a
manutenção do posicionamento judicial divergente ou
em contrário sobre as matérias, reapresentamos
nossas propostas para a análise nesta Casa”, afirma
o parlamentar.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço
Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
13/05/2019 -
Comissão realiza audiência para debater MPs que
atingem beneficiários da Previdência e sindicatos
A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos
Deputados realiza audiência pública nesta
terça-feira (14) para debater a Medida Provisória
871/19, que institui o Programa Especial para
Análise de Benefícios com Indícios de
Irregularidade; e a Medida Provisória 873/19, que
altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), autor do
requerimento para realização da audiência, afirma
que as duas MPs editadas pelo governo federal trazem
“forte impacto para a vida dos trabalhadores,
aposentados, beneficiários da Previdência e das
organizações sindicais brasileiras”.
Foram convidados para o debate:
– o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Vagner Freitas;
– o presidente da Força Sindical, Miguel Torres;
– o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo;
– o presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah;
– representante do Conlutas - Central Sindical e
Popular (CSP), Luiz Carlos Prates;
– o presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos;
– o secretário-geral da Intersindical - Central da
Classe Trabalhadora, Edson Carneiro da Silva;
– o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB),
Antonio Neto; e
– o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides
Veras dos Santos.
Também foram convidados representantes do Ministério
da Economia e da Casa Civil.
Fonte: Agência Câmara
13/05/2019 -
Bolsonaro e Guedes querem acabar com abono salarial
em cinco estados
A dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes quer acabar com
o pagamento do abono salarial em cinco estados: São
Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul.
O benefício é pago a trabalhadores de baixa renda e
é uma espécie de 14º salário. Pelas regras atuais,
têm direito ao abono trabalhadores com carteira
assinada que recebem até dois salários mínimos (R$
1,9 mil) por mês.
Reportagem dos jornalistas Thiago Resende e Angela
Boldrini na Folha de S.Paulo informa que pela
proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro e
Guedes, o critério da renda mensal será alterado
para um salário mínimo. Isto reduzirá o número de
trabalhadores que podem sacar o benefício.
"Em cinco estados do país vigora um piso mais alto
do que o nacional. É vedado um patrão contratar um
empregado em São Paulo, por exemplo, por menos de R$
1,1 mil mensais. Dependendo da categoria, esse
mínimo é até mais elevado", indica a reportagem.
O Ministério da Economia propõe que a referência
para ter direito ao abono é o piso nacional (R$
998).
Fonte: Brasil247
13/05/2019 -
Se governo não negociar, decreto das armas será
derrubado, diz analista do Diap
Rodrigo Maia alertou: ou o governo Bolsonaro
dialoga ou o presidente da Câmara colocará em
votação uma das várias propostas de deputados para
suspender o decreto. Senadores já entraram com ação
no STF
O Decreto 9.785 do presidente Jair Bolsonaro, que
facilita o porte e pode colocar armas nas mãos de 19
milhões de pessoas, será derrubado no Congresso
Nacional se não for modificado. “O presidente
extrapolou. O decreto não se sustenta com o conteúdo
atual. E o Rodrigo Maia (presidente da Câmara) quer
convencer o Executivo, mostrar as
inconstitucionalidades. Em resumo, se o governo não
modificar, o Congresso vai derrubar”, afirma o
analista político Antônio Augusto de Queiroz, o
Toninho, do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap).
Como um gesto de que quer dialogar, o governo
poderia reeditar o texto, reduzindo seu escopo, por
exemplo em relação às categorias que abrange. O
decreto permite o porte de armas letais de uso
exclusivo das Forças Armadas, e amplia as categorias
que podem transportar armas de fogo, como
jornalistas e políticos. Mesmo menores de 18 anos
passam a poder praticar tiro esportivo, se
autorizados pelos pais ou responsáveis.
Rodrigo Maia (DEM-RJ) já apontou para “algumas
inconstitucionalidades” do decreto. "Sem dúvida
nenhuma, aquilo que for inconstitucional do decreto
de armas, ou vamos dialogar com o governo ou vou ter
que votar um dos oito ou nove projetos de decreto
legislativo”, afirmou na quinta-feira (9). Maia foi
claro ao dizer que o decreto “entrou nas atribuições
do Congresso Nacional”.
Um dos projetos de decreto legislativo (PDL) em
tramitação na Câmara, propondo a derrubada do texto,
é de autoria do deputado Helder Salomão (PT-ES).
Bolsonaro vai ter de se explicar
Nesta sexta-feira (10), a ministra Rosa Weber, do
Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu dar prazo de
cinco dias para Bolsonaro explicar o decreto, em
resposta à Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) 581, por meio da qual os
senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano
Contarato (Rede-ES) contestam a medida do Executivo.
Ambos os senadores também apresentaram projeto de
decreto legislativo para suspender a medida do
governo. “O presidente não poderia fazer isso sem
consultar o Legislativo. É um ‘liberou geral’. O
Brasil vai se transformar num faroeste. Nunca na
história humana o ‘olho por olho, dente por dente’
resolveu alguma coisa”, disse Randolfe, à Agência
Senado.
As inconstitucionalidades do texto são evidentes.
Primeiro porque ofende um dos princípios
fundamentais, talvez o maior, da Constituição. “Não
se pode colocar o direito à propriedade acima do
direito à vida”, diz Queiroz, do Diap. “Se o governo
não reeditar ou revogar o atual e fizer um novo, ou
o Congresso revoga, ou uma decisão judicial
derruba.”
Outro argumento é que um decreto não pode modificar
a lei, no caso, o Estatuto do Desarmamento. “O
decreto não pode contrariar a lei e nem ultrapassar
seu escopo. E o texto de Bolsonaro extrapola o que a
lei prevê em muitos pontos.”
Como signatária do PDL que tem o objetivo de
derrubar a medida, a deputada Maria do Rosário
(PT-RS) diz que ele “desconsidera a vida, por isso
nós chamamos de ‘decreto da morte’”. Segundo ela,
trata-se de “um decreto psicopata”.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/05/2019 -
Brasil se mobiliza contra cortes e ataques às
universidades
A edição brasileira do jornal El País publica nesta
segunda-feira reportagem da jornalista Naiara
Galarraga sobre a ampla mobilização social que se
espalha por todo o país contra os cortes e ataques
do governo Bolsonaro às universidades.
No alvo de uma brutal ofensiva que tem acentuado
caráter antidemocrático, a comunidade universitária
do país - estudantes, professores e reitores -
protestam de variadas formas contra os cortes de
verbas destinadas às universidades públicas.
As duas últimas semanas foram marcadas por
manifestações. Nesta quarta-feira (15), ocorre o Dia
Nacional de Luta, em que estudantes e professores
estão convocados a sair às ruas em defesa das
universidades.
"Foi neste panorama já polarizado que o ministro da
Educação, Abraham Weintraub, resolveu usar uma
retórica ainda mais belicosa contra as instituições
para anunciar os cortes. Foi o que ajudou a tirar as
cientistas do laboratório. Foi o ingrediente que
faltava para unir o mal-estar no setor, onde os
professores de todos os níveis já se mobilizavam
contra as mudanças prometidas na reforma da
Previdência. Agora, a convocatória nacional da
categoria contra alterações nas aposentadorias,
prevista para a quarta-feira dia 15, ganhou o
reforço da UNE (União Nacional dos Estudantes)", diz
a reportagem.
Fonte: Brasil247
13/05/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa registra
0,6% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, ficou em 0,6% em abril deste
ano. A taxa ficou abaixo do 0,77% do INPC de março,
mas acima de 0,21% de abril do ano passado.
Segundo dados divulgados sexta (10) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC
de abril também ficou acima do IPCA, que mede a
inflação oficial e que registrou taxa de 0,57% no
mês.
O INPC acumula taxas de 2,29% no ano e de 5,07% em
12 meses, também acima das taxas registradas pelo
IPCA nos períodos: 2,09% e 4,94%, respectivamente.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,64% em
abril, enquanto os não alimentícios tiveram inflação
de 0,58% no período.
Fonte: Agência Brasil
13/05/2019 -
Bolsonaro diz que governo vai corrigir tabela do
Imposto de Renda
O presidente disse também que pretende indicar
Moro para o STF
O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (12)
que o governo vai fazer a correção na tabela do
Imposto de Renda Pessoa Física para o ano que vem.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro
afirmou que orientou o ministro da Economia, Paulo
Guedes, que a tabela do IR deve ser corrigida “no
mínimo” com a inflação. O governo também estuda
aumentar os limites de deduções.
“Hoje em dia, o Imposto de Renda é redutor de renda.
Falei para o Paulo Guedes que, no mínimo, este ano
temos que corrigir de acordo com a inflação a tabela
para o ano que vem. E, se for possível, ampliar o
limite de desconto com educação, saúde. Isso é
orientação que eu dei para ele [Guedes]. Espero que
ele cumpra, que orientação não é ordem. Mas, pelo
menos, corrigir o Imposto de Renda pela inflação,
isso, com toda a certeza, vai sair”, afirmou
Bolsonaro.
A defasagem na tabela do Imposto de Renda Pessoa
Física (IRPF) chega a 95,46%, divulgou o Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco
Nacional) em janeiro. O levantamento foi feito com
base na diferença entre a inflação oficial pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
acumulada de 1996 a 2018 e as correções da tabela no
mesmo período.
Desde 2015, a tabela do Imposto de Renda não sofre
alterações. De 1996 a 2014, a tabela foi corrigida
em 109,63%. O IPCA acumulado, no entanto, está em
309,74%. De acordo com o Sindifisco Nacional, a
falta de correção na tabela prejudica principalmente
os contribuintes de menor renda, que estariam na
faixa de isenção, mas são tributados em 7,5% por
causa da defasagem.
Sergio Moro no STF
Na entrevista, Bolsonaro também disse que pretende
indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública,
Sergio Moro, para a próxima vaga que for aberta no
Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o
presidente, Moro tem “qualificação” para ser
ministro da Corte Suprema.
“Eu fiz um compromisso com ele [Moro] porque ele
abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: ‘a
primeira vaga que tiver lá, está à sua disposição’.
Obviamente, ele teria que passar por uma sabatina no
Senado. Eu sei que não lhe falta competência para
ser aprovado lá. Mas uma sabatina técnico-política,
tá certo? Então vou honrar esse compromisso com ele
e, caso ele queira ir para lá, será um grande
aliado, não do governo, mas dos interesses do nosso
Brasil dentro do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
Durante o mandato de quatro anos, Bolsonaro poderá
fazer duas indicações ao Supremo. A próxima vaga
será aberta em 2020, quando o ministro Celso de
Mello completará 75 anos e deve ser aposentado
compulsoriamente. No ano seguinte, será a vez do
ministro Marco Aurélio deixar a Corte.
Reformas
O presidente da República voltou a defender a
necessidade da reforma da Previdência, que,
atualmente está sob análise em uma comissão especial
na Câmara dos Deputados. “Acredito que a maioria dos
parlamentares vai nos dar o devido apoio por ocasião
dessa reforma que precisa ser feita. É como uma
vacina, né? Tem que dar a vacina no moleque, senão
ele pode ter um problema mais grave lá na frente. A
grande vacina no momento é a nova Previdência”. E
acrescentou: “Com uma boa reforma previdenciária
agora, vamos ter folga de caixa para atender às
necessidades básicas da população brasileira”.
Sobre a medida provisória da reforma administrativa,
que deverá ser apreciada esta semana no plenário da
Câmara, o presidente disse não acreditar que o
Congresso vá deixar caducar a medida, que foi
modificada em uma comissão mista na semana passada.
Para não expirar, o texto de conversão da medida
provisória precisa ter a votação concluída nas duas
Casas até o dia 3 de junho.
Entre principais mudanças, a comissão mista decidiu
tirar o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e
Segurança Pública e transferi-lo para o Ministério
da Economia. Outra mudança proposta foi desmembrar o
Ministério do Desenvolvimento Regional, trazendo de
volta os ministérios das Cidades e da Integração
Nacional.
Fonte: Agência Brasil
13/05/2019 -
Governo tenta, mas não consegue descaracterizar
acidente de trajeto
Relatório aprovado nesta semana no Congresso
Nacional exclui item que ameaçava estabilidade após
afastamento e depósito de FGTS. Sindicalistas e
observadores criticam medida do Executivo
Aprovado na última quinta-feira (9) em comissão
mista no Congresso, o relatório sobre a Medida
Provisória (MP) 871 acabou retirando um item que já
provocava bastante polêmica: a descaracterização dos
acidentes ocorridos no trajeto casa-trabalho como
acidentes de trabalho. Para tentar um acordo, o
relator, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR),
acatou 120 emendas, de um total de 578, e retirou o
dispositivo que isentava o empregador de
responsabilidade em acidentes ocorridos durante o
percurso.
A iniciativa do governo provocou protestos de
sindicalistas e especialistas em saúde do trabalho.
"É mais uma tentativa de tirar responsabilidade do
empregador e direito do trabalhador", resume Carlos
Damarindo, diretor do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região. "É um pleito antigo das
empresas", observa.
Atualmente, quem sofre acidente indo de casa para o
trabalho, ou no sentido contrário, e necessita de
afastamento recebe um benefício, o chamado
auxílio-doença acidentário. O funcionário continua
tendo direito ao FGTS e garante estabilidade de 12
meses após o retorno ao serviço.
"Descaracterizar os acidentes que ocorrem no
percurso da residência até o local de trabalho e
vice-versa como sendo acidentes de trabalho, com o
argumento de não ser tempo à disposição do
empregador, além de ser um contrassenso, uma vez que
que essas horas de locomoção já representam um
dispêndio da força de trabalho da classe
trabalhadora para quem a paga um salário, representa
vulnerabilizá-la ainda mais, colocando-a num limbo
da proteção social no Brasil, já tão fragilizada",
critica Daniele Correia, técnica do Departamento
Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos
Ambientes de Trabalho (Diesat).
"Cabe a pergunta: se não é responsabilidade do
empregador, será responsabilidade de quem? Do Estado
brasileiro? Um Estado que tardiamente criou um
sistema de seguridade social que completou apenas
três décadas e, de forma inconclusa, vai se
responsabilizar de que forma?", questiona Daniele.
Para ela, não faz sentido a argumentação governista
de que era preciso "adaptar" a legislação
previdenciária às mudanças na lei trabalhista. "A
contrarreforma trabalhista por si só não faz nenhum
sentido para os interesses da classe trabalhadora.
Ela vai na contramão dos direitos sociais duramente
conquistados, que já tinham seu limites, por nunca
resolver os conflitos entre capital versus trabalho.
Agora, descaracterizar também na legislação
previdenciária indica claramente a opção política, o
projeto de sociedade que estamos sendo impelidos a
vivenciar."
Essa é também a perspectiva do diretor do Sindicato
dos Bancários. "No nosso entendimento, o trabalhador
já está à disposição da empresa (no trajeto)." Ele
lembra que é uma situação recorrente, ainda mais em
uma cidade como São Paulo, com limitações crônicas
de mobilidade.
A mudança na CLT refere-se à jornada de trabalho. Um
item aprovado na Lei 13.467, de "reforma"
trabalhista, estabelece que o tempo gasto pelo
empregado "desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno,
caminhando ou por qualquer meio de transporte,
inclusive o fornecido pelo empregador" não será
computado na jornada.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
divulgou nota em que critica a proposta, agora
retirada do texto. "Entendemos que o trabalhador, ao
sofrer um acidente a caminho ou voltando do
trabalho, e impossibilitado de trabalhar, precisará
mais do que nunca do auxílio do Estado, e não pode
ficar desamparado como pretende o governo aos propor
tais mudanças", afirma.
Sub-notificação
Os dados disponíveis são de certa forma "alarmantes",
diz Damarindo. De 2012 a 2018, segundo ele, citando
dados do Observatório do Ministério Público do
Trabalho, foram notificados quase 400 mil acidentes
dessa natureza. Desde casos relativamente simples,
como cortes, até fraturas e esmagamento. A
ocorrência mais comum é de fratura, com 31% dos
casos.
De acordo com a técnica do Diesat, os acidentes de
trajeto representam em média 20% dos acidentes de
trabalho registrados na Previdência Social. Mas ela
observa que, além desse número considerável, existe
grande sub-notificação nas estatísticas, ou seja,
casos não notificados. "E, obviamente, não
quantifica aqueles que estão em trabalhos
informais", lembra Daniele.
Ela acrescenta que muitos casos são caracterizados
apenas como acidentes de trânsito, sem entrar na
estatística da Previdência ou da Saúde. "Isso nos
mostra uma questão importante: o país não tem sequer
dados fidedignos à respeito da situação concreta em
que está submetida a classe trabalhadora, apesar dos
dados que temos já apontar um genocídio
populacional. Em vez de caminhar em direção de maior
proteção social, caminha na desconstrução da mínima
que existe", aponta.
A MP do pretenso "pente-fino" na Previdência segue
agora para o plenário da Câmara. Aprovada, vai para
o Senado.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/05/2019 -
Comissões discutem possibilidade de extinção de
Conselho de Idosos
As comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa;
e de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados discutem nesta terça-feira (14) o decreto
que possibilita a extinção do Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa Idosa.
O Decreto 9.759/19, de 11 de abril, extinguiu mais
de 700 conselhos, comitês e outros colegiados de
participação social, mas concedeu prazo até 28 de
maio para que os órgãos apresentassem ao governo
proposta justificada de recriação.
“A medida vai totalmente contra o Estado Democrático
de Direito, instituído pela Constituição de 1988,
que, por si só, pressupõe participação popular. O
empoderamento e participação da sociedade civil são
uma conquista da qual não se deve abrir mão”, afirma
a deputada Leandre (PV-PR), uma das requerentes do
debate.
Na Câmara tramitam várias propostas de decreto
legislativo para sustar o decreto (PDL 113/19 e
outros).
Diálogo
A presidente do colegiado, deputada Lídice da Mata
(PSB-BA), que também pediu a realização da
audiência, afirma que o Conselho dos Direitos do
Idoso tem atuado para garantir a efetivação das
políticas públicas em prol das pessoas idosas e que
“o fortalecimento desses conselhos vai ao encontro
dos anseios de uma sociedade verdadeiramente
democrática”.
Lídice da Mata acredita que a audiência desta terça
propiciará “o estreitamento do diálogo sobre as
consequências políticas, programáticas e sociais de
uma possível dissolução do Conselho Nacional dos
Direitos do Idoso”.
Foram convidados para discutir o assunto, entre
outros, a ministra da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos, Damares Alves; o ministro da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni; e a presidente do Conselho
Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Maria Lúcia
Secoti.
Fonte: Agência Câmara
10/05/2019 -
Ataque de Bolsonaro à educação leva às ruas
estudantes, professores e pesquisadores
Depois do Colégio Militar do Rio, manifestações
nesta quarta em São Paulo, Niterói, Curitiba, Porto
Alegre, Recife e Natal reagem a cortes e
perseguições. E preparam greve do setor no dia 15
No aquecimento para a greve nacional de setores da
educação no próximo dia 15 de maio, professores,
estudantes e pesquisadores de diversas áreas do
conhecimento realizaram nesta quarta-feira (8) a
Marcha pela Ciência – Contra os cortes e o desmanche
da Educação em diversas cidades do país.
Os atos, além de anteciparem a paralisação geral
contra a "reforma" da Previdência, ocorrem na
esteira do recente anúncio feito pelo governo
federal de bloqueio de 30% da verba destinada às
universidade e institutos federais, repudiado nesta
quarta nas cidades de Curitiba, Natal, Niterói,
Porto Alegre, Recife e São Paulo, à exemplo do ato
no Colégio Militar do Rio de Janeiro no início da
semana.
Na capital paulista, a repórter Ana Rosa Carrara, da
Rádio Brasil Atual, acompanhou a mobilização que
percorreu parte da Avenida Paulista, na região
central, até a sede da secretaria da Presidência da
República em São Paulo, e reuniu quase três mil
pessoas, segundo estimativas dos organizadores.
Durante o ato, a doutoranda em energia pela
Universidade de São Paulo (USP) e co-fundadora do
Coletivo Cientista, Mariana Moura, considerou que a
baixa nos investimentos em pesquisa pode impactar
severamente a economia brasileira. "É um desastre do
ponto de vista real e para o futuro ainda pior.
Porque vai manter o país vendendo matéria-prima,
comprando tecnologia e no subdesenvolvido, na
mísera, é esse o resultado a longo prazo de uma
política como essa", afirma a pesquisadora.
A manifestação em Natal, organizada pela Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC),
realizou além do protesto, aulas livres, mostras
científicas e atividades artísticas com mais de mil
pessoas. Em Recife, reitores de cinco universidades
públicas de Pernambuco reagiram aos cortes criaram
um calendário de mobilizações para mostrar a
importância das instituições de ensino superior ao
país. Em Niterói, município do Rio de Janeiro, cerca
de 10 mil manifestantes marcharam contra os cortes
do governo de Jair Bolsonaro, assim como em Curitiba
e Porto Alegre.
Mas, enquanto os atos ocorriam pelos municípios, a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível
Superior (Capes) anunciava a suspensão de novas
bolsas de mestrado e doutorado em todo o país. O
corte atinge alunos que apresentaram trabalhos
recentemente em processo seletivos já concluídos ou
em andamento.
"Como é que a gente vai fazer a economia gerar, se a
gente não consegue produzir para que o nosso país
consiga dar respostas inclusive ao próprio mercado
financeiro que, hoje, vem decaindo, não só pelos
cortes na educação, mas em ciência e segurança,
porque hoje a gente entende que há um processo de
desmonte como um todo", analisa a diretora de
Universidades Privadas da União Nacional dos
Estudantes (UNE), Keully Leal, à repórter Ana Rosa.
Uma nova mobilização está marcada para o dia 15 de
maio em repúdio aos cortes na educação e contra a
"reforma" da Previdência que atinge em cheio
diversos segmentos de trabalhadores do país.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/05/2019 -
MP da contribuição sindical escolhe presidente e
vice na terça-feira
A comissão mista que analisa a medida provisória (MPV)
873/2019, editada para impedir o desconto em folha
salarial da contribuição sindical vai se reunir
próxima terça-feira (14), às 10h, para eleger o
presidente e do vice-presidente.
A medida provisória, publicada em 1º de março,
determina que a contribuição sindical passa a ser
feita através de boleto bancário encaminhado à
residência do empregado ou à sede da empresa. Também
estabelece que a contribuição seja paga apenas pelos
trabalhadores que tiverem expressado seu
consentimento individualmente.
O texto reforça as mudanças já realizadas pela
reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017), no âmbito
da contribuição sindical. No entanto, causou
polêmica, visto que, para alguns, estaria ferindo a
Constituição Federal e prejudicando a organização
dos trabalhadores.
Facultativa
A contribuição dos trabalhadores para os sindicatos
deixou de ser obrigatória quando a reforma
trabalhista entrou em vigor, mas as empresas ainda
podiam descontar o pagamento direto da folha
salarial.
Antes da reforma, a contribuição, equivalente a um
dia de trabalho, era obrigatoriamente descontada do
salário todos os anos na folha do mês de março. A
lei de 2017 determinou, então, que o desconto só
poderia acontecer mediante autorização prévia e
expressa do empregado.
Mesmo com essa nova determinação, em 2018 mais de
100 decisões judiciais permitiram o desconto sem a
autorização prévia e individual do trabalhador.
Assim, um dos principais argumentos do governo para
a implantação da medida é a necessidade de reforçar
o que está presente na lei, evitando essa atuação do
Poder Judiciário.
A reunião da comissão mista ocorrerá na sala 6 da
ala senador Nilo Coelho.
Fonte: Agência Sindical
10/05/2019 -
Para economista, reforma não combate privilégios: 'É
muita hipocrisia'
Paulo Guedes afirmou em audiência na Câmara que
Previdência é "fábrica de privilégios". "É muita
hipocrisia de quem viveu fazendo fortuna com
especulação financeira", rebate Marilane Teixeira
Para a economista e pesquisadora do Centro de
Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da
Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp)
Marilane Teixeira, a audiência realizada pela
Comissão Especial da Câmara, nessa quarta-feira (8),
com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode ser
considerada um "fracasso" da perspectiva de quem
buscava obter dados para fundamentar a "reforma" da
Previdência.
Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio
Brasil Atual, a assessora sindical na área de
relações e gênero criticou um dos principais
argumentos utilizados pelo ministro no colegiado que
analisa o mérito da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019, o de combate aos
privilégios. "Mais de 80% das pessoas recebem entre
um e até no máximo três pisos previdenciários, que
correspondem a R$ 3 mil. Falar de privilégios para
quem recebe esse valor é uma falta de bom senso que
mostra, de alguma forma, o distanciamento que a
equipe econômica de Bolsonaro tem da realidade
objetiva do nosso país", rebate.
"É muita hipocrisia da parte dele (Paulo Guedes) ir
para a audiência e falar de concentração de renda,
alguém que viveu a vida inteira justamente fazendo
fortuna com base na especulação financeira",
ressalta.
Há ainda outros pontos, de acordo com Marilane, que
faltaram ser comentados pelo ministro e sua equipe.
Entre eles, o que será feito com o montante poupado,
estimado em R$ 1 trilhão em 10 anos; como farão o
financiamento da transição e de que forma se dará o
regime de capitalização que rompe com o modelo
tripartite que envolve Estado, trabalhadores e
empregadores.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/05/2019 -
Paulo Rocha diz que reforma da Previdência provocará
caos no país
O senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou em Plenário,
nesta quinta-feira (9), que a reforma da Previdência
apresentada pelo governo Bolsonaro provocará um caos
no Brasil. Para ele, a equipe econômica esconde e
impede o acesso de dados, além de faltar com a
verdade sobre informações que, segundo ele,
justificam as mudanças nas regras das aposentadorias
propostas pelo Executivo Federal.
O parlamentar lembrou que caso a Proposta de Emenda
à Constituição (PEC 06/2019) seja aprovada da forma
como está, provocará impactos negativos nos
municípios brasileiros além de não focar na redução
das desigualdades sociais, o que, para ele, deveria
ser a principal justificativa para uma reforma. De
acordo com o senador, a proposição coloca em xeque
conquistas históricas dos trabalhadores e
principalmente, traz retrocessos para os mais
pobres.
— De todos os benefícios pagos pelo INSS, 66% têm o
valor de um salário mínimo. Ou seja, são os pobres
que recebem os benefícios. Mas, adivinhem, o que o
governo quer fazer, o Presidente Bolsonaro? Propõe o
maior corte de despesas justamente para essa
expressiva fatia da população, ou seja, no Regime
Geral da Previdência e no BPC [Benefício de
Prestação Continuada], o que traz esse retrocesso
principalmente para os pobres — disse.
Ele questionou a equipe econômica do governo de
embasar a mudança da previdência pública sob o
argumento da falta de sustentabilidade.
— O que alegam para essa atrocidade é a
sustentabilidade do regime. Dizem que o regime está
falido e, por isso, pretendem economizar R$1
trilhão, mas não dizem que 81% dessa economia sairão
do bolso dos brasileiros que ganham até dois
salários mínimos. É sabido por todos que o dinheiro
da seguridade social movimenta a economia da maioria
dos municípios e estes perderão arrecadação —
acrescentou.
Fonte: Agência Senado
10/05/2019 -
MP que combate fraudes no INSS é aprovada em
comissão e segue para o Plenário
Relator da medida provisória acatou cerca de 120
das 578 emendas apresentadas por deputados e
senadores
A comissão mista que analisou a Medida Provisória
(871/19) que busca combater fraudes e benefícios
irregulares no Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) aprovou, nesta quinta-feira (9), o relatório
do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR).
Para tentar chegar a um acordo que permitisse a
votação, o relator afirma que acolheu mais de 120
emendas das 578 que foram apresentadas por deputados
e senadores. E, nesta quinta, Paulo Eduardo Martins
apresentou uma complementação de voto, em que
acolheu novas sugestões dos parlamentares.
Ele retirou da MP, por exemplo, a previsão de prazo
de 180 dias do parto ou adoção para a beneficiária
requerer o salário-maternidade. Antes da medida
provisória, o prazo para requerer o benefício era de
cinco anos. Deputados contrários à redução para 180
dias argumentaram, por exemplo, que muitas
trabalhadoras rurais só conseguem protocolar o seu
requerimento de salário-maternidade quando o INSS,
em ações de atendimento itinerante, visita a cidade
ou a comunidade rural de residência da trabalhadora.
Acidentes
Outro ponto acatado pelo relator na complementação de
voto foi a manutenção da regra atual no que diz
respeito a acidentes com empregados a caminho do
trabalho. O parecer de Paulo Eduardo Martins
isentava as empresas de ônus nesses casos; mas, para
garantir a aprovação, o relator voltou atrás nesse
ponto.
Segundo o relator, o objetivo central da medida foi
mantido.
“O espírito da medida enviada pelo governo foi
mantido, a essência dela, que é criação do programa
de revisão de benefícios irregulares. Para traduzir,
ele cria uma espécie de força-tarefa para analisar
os processos que estão sob suspeita e que estão
represados no INSS. Um estoque de cerca de 3 milhões
de processos”, disse.
Cadastro
Apesar das modificações acatadas pelo relator, alguns
pontos continuaram provocando polêmica e foram alvo
de destaques apresentados pela oposição, com o
objetivo de tentar mudar o texto.
Um dos destaques tentava jogar para 2029 o prazo
para que a comprovação do exercício de atividade
rural passe a ser feito exclusivamente com base nas
informações do Cadastro Nacional de Informações
Sociais - CNIS. A obrigatoriedade do cadastramento
foi estabelecida pela medida provisória, e substitui
as declarações emitidas por sindicatos rurais. De
acordo com o texto do governo, o cadastro passará a
valer já no ano que vem.
Parlamentares alegam que as prefeituras não terão
condições de cumprir esse prazo, como a senadora
Eliziane Gama (Cidadania-MA). “Nós não somos
contrários ao cadastro. O cadastro é importante.
Neste caso específico, o que nós queremos é dar
tempo para isso”, disse.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice
Hasselmann (PSL-SP), disse que o trabalhador rural
não ficará fora do cadastro. “O governo não está
aqui promovendo, e jamais promoverá, demonização,
perseguição, o que nós queremos é que o homem do
campo de fato seja atendido. O que nós queremos é
combater a fraude e fazer com que o dinheiro chegue
aonde deve chegar num processo mais justo e mais
moderno”, afirmou.
Sindicatos
O outro destaque tentava garantir a participação dos
sindicatos no cadastro, que deveria ser mantido pelo
Ministério da Economia em parceria com o sindicato
do segurado. Mas a modificação também foi rejeitada.
A medida provisória que busca combater fraudes e
benefícios irregulares no INSS segue agora para
análise do Plenário da Câmara e depois do Senado.
Fonte: Agência Câmara
10/05/2019 -
Equipe econômica do governo estuda mudanças nas
regras do FGTS
O objetivo é estimular a economia - Contas têm em
estoque R$ 545 bi
A equipe econômica do governo estuda fazer mudanças
no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Os
objetivos são estimular a economia, elevar a
rentabilidade do dinheiro e flexibilizar as formas
de acesso aos recursos.
O governo analisa inclusive ampliar as
possibilidades de saques das contas e a
rentabilidade do FGTS. De acordo com o jornal O
Estado de S.Paulo, os estudos sobre o aumento da
rentabilidade do fundo –que tem guardado R$545
bilhões– estão em fase inicial.
O FGTS é uma conta aberta na Caixa Econômica Federal
vinculada ao contrato de trabalho. Nela, os
empregadores depositam, em nome dos empregados, o
valor correspondente a 8% do salário dos
funcionários.
O fundo foi criado para ser usado em compras de
casas, ajuda em caso de doenças graves ou proteção
dos trabalhadores que são demitidos sem justa causa.
O dinheiro guardado quase sempre tem ganhos abaixo
da inflação porque o rendimento equivale à taxa
referencial, mais os juros de 3%.
Em 2016, o ex-presidente Michel Temer liberou o
saque de R$ 44 bilhões de contas inativas. De acordo
com a Caixa, mais de 30,2 milhões de brasileiros
tiveram direito ao saque do beneficio. A medida
ajudou a estimular o PIB (Produto Interno Bruto)
daquele ano, que cresceu 1,1% após 2 anos de
retração.
Fonte: Poder360
10/05/2019 -
Comissão aprova transferência do Coaf para o
Ministério da Economia
Por 14 votos a 11, a comissão especial mista que
analisa a Medida Provisória da Reforma
Administrativa (MP 870/19) decidiu tirar o Conselho
de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do
Ministério da Justiça e Segurança Pública e
transferi-lo para o Ministério da Economia.
A permanência do Coaf na pasta comandada por Sergio
Moro era defendida pelo ministro. A mudança teve o
apoio dos partidos do chamado centrão (DEM, PP, PSD,
PR, PTB, PRB, Pros, Podemos e Solidariedade) e da
oposição.
Criado em 1998, no âmbito do Ministério da Fazenda,
o Coaf é uma órgão de inteligência financeira do
governo federal que atua principalmente na prevenção
e no combate à lavagem de dinheiro.
Demarcação
A comissão também aprovou, por 15 votos a 9, emenda
para que a demarcação de terras deixe de ser uma
atribuição do Ministério da Agricultura (Mapa). Os
parlamentares decidiram suprimir do texto da MP o
trecho que transferia essa responsabilidade ao Mapa.
O retorno da Fundação Nacional do Índio (Funai) ao
Ministério da Justiça já estava previsto no
relatório do líder de governo no Senado, Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), apresentado na última
terça-feira (7). Com a nova emenda, a demarcação de
terras voltará a ser responsabilidade da Funai.
Tramitação
A votação desta quinta-feira foi apenas a primeira
etapa da MP que trata da reforma administrativa. As
mudanças aprovadas hoje ainda precisam ser também
aprovadas pelo plenário da Câmara e depois pelo do
Senado. Para não expirar, o texto de conversão da
medida provisória precisa ser ter a votação
concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho.
Fonte: Agência Brasil
09/05/2019 -
Pesquisa CNI/Ibope mostra que maioria é contra
reforma da Previdência
Levantamento da entidade empresarial foi
divulgado pelo Twitter junto com hashtag favorável
ao projeto de Bolsonaro. Quase dois terços dos
entrevistados desconhecem armadilhas da reforma
Cerca de dois terços da população ainda desconhecem
as armadilhas da proposta de "reforma" da
Previdência do governo Bolsonaro. Pesquisa
encomendada pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), divulgada nesta quarta-feira (8) – com a
hashtag #NovaPrevidência, em apoio à medida – mostra
que 36% dos entrevistados afirmam ter conhecimento
amplo ou conhecer os principais pontos das mudanças
pretendidas nas aposentadorias em discussão na
Câmara dos Deputados.
Outro dado relevante é que a maioria esmagadora dos
brasileiros (80%) disse que a aposentadoria deveria
ocorrer até os 60 anos – e não acima, como prevê a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que
tramita na Câmara. Na proposta do governo Bolsonaro,
a idade mínima é de 65 anos para homens e de 62 para
mulheres.
O caráter solidário do sistema de Previdência também
é defendido por ampla maioria: 77% dos brasileiros
acreditam que é dever da sociedade garantir um
salário mínimo a todos os idosos de baixa renda,
inclusive àqueles que nunca contribuíram para a
Previdência.
Pela proposta do governo, o Benefício de Prestação
Continuada (BCP), que paga um salário mínimo a
idosos a partir dos 65 anos que não conseguiram
contribuir, teria o seu valor reduzido de um salário
mínimo para R$ 400. O mínimo integral só seria
alcançado aos 70 anos.
O levantamento, realizado pelo Ibope, ouviu 2 mil
pessoas em 126 municípios entre 12 e 15 de abril. No
site especial Minha Aposentadoria, as pessoas têm
acesso a todos os pontos da "reforma" e às suas
principais consequências.
Segundo a pesquisa, intitulada Retratos da Sociedade
Brasileira – Reforma da Previdência, a maior parte
dos brasileiros (59%) diz que é preciso reformar o
sistema de aposentadorias (a pergunta da pesquisa
não esclarece se é mudar para melhor ou para pior).
E 83% dos entrevistados afirmam que não estão
dispostos a pagar mais impostos para manter as
regras atuais.
Outros dados do levantamento revelam que 68% dos
brasileiros acreditam que saem prejudicados quando
alguns grupos se aposentam com regras diferentes do
restante da população, e 59% dizem que é injusto que
o valor da aposentadoria das pessoas que se
aposentam mais cedo seja menor que o das pessoas que
se aposentam mais tarde. Minoria de 24% acredita que
os brasileiros se aposentam mais cedo do que as
populações de países desenvolvidos.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/05/2019 -
TRF manda Michel Temer de volta para prisão
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região cassou
nesta quarta-feira por 2 votos a 1 o habeas corpus
que beneficiava o ex-presidente Michel Temer e
determinou que ele volte à prisão.
O tribunal também cassou o habeas corpus que
beneficiava o ex-coronel da Polícia Militar de São
Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima,
amigo pessoal de Temer.
Temer e Lima haviam sido presos em março no âmbito
da operação Descontaminação, que apura desvios de
recursos na Eletronuclear e solto poucos dias
depois, graças ao habeas corpus agora cassado.
Fonte: Brasil247
09/05/2019 -
Frente parlamentar defende indústria têxtil da
concorrência externa
Foi lançada nesta quarta-feira (8) na Câmara dos
Deputados a Frente Parlamentar Mista José Alencar
para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de
Confecção. O objetivo é defender um segmento da
economia que se considera prejudicado pela
concorrência externa e que quer mudanças na
legislação para evitar o que considera concorrência
desleal de outros países.
A frente, integrada por deputados e senadores, é
presidida pelo deputado Marcos Pereira (PRB-SP), 1º
vice-presidente da Câmara. Segundo o deputado, o
Brasil tem sido vítima de dumping – prática de
vender produtos a preços baixos, no mercado
internacional, para derrotar a concorrência.
“O setor emprega 1,5 milhão de pessoas, sendo 75%
mulheres, e é vítima de dumping de alguns países que
não têm rigor na legislação trabalhista e
ambiental”, disse.
O deputado defende alterações na legislação para
combater o dumping e a prática de truste – quando há
grande concentração de um setor na mão de poucas
empresas, que ditam o preço e impedem a
concorrência. Ele apresentou dados que demonstram
déficit de R$ 4 bilhões no comércio exterior
brasileiro em razão dessas práticas. “As exportações
de têxteis e confecções no ano passado foram de R$ 1
bilhão, enquanto as importações de produtos
estrangeiros chegaram a R$ 5 bilhões”, disse.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil, Fernando Pimentel, defende ainda uma reforma
tributária que simplifique o pagamento de tributos,
diminua a carga tributária do setor e dê mais
segurança para o empresário que quiser investir.
“Precisamos de um ambiente de investimentos mais
previsível, uma reforma tributária que simplifique,
que reduza a médio e longo prazo os impostos e
alongue o pagamento dos mesmos. Temos 13 milhões de
desempregados e isso não é razoável no Brasil”,
disse.
Fonte: Agência Câmara
09/05/2019 -
Centrais sindicais vão engrossar greve nacional da
educação, dia 15
As centrais sindicais vão engrossar as mobilizações
dos estudantes, professores e trabalhadores da
educação no atos marcados para o próximo dia 15 de
maio, greve nacional da educação.
A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira
(8), que reuniu representantes da CUT, Força, UGT,
CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central
e CSB. Para os sindicalistas, a mobilização dos
educadores contra os cortes de 30% das verbas do
setor, será um aquecimento para a greve geral dos
trabalhadores contra a reforma da Previdência,
marcada para o dia 14 de junho.
"É um grande esquenta em todo o país para a greve
geral de toda a classe trabalhadora contra o fim da
aposentadoria e para dar um basta ao desemprego",
explica o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
"Fizemos um gol na conjuntura com a união das
centrais sindicais no Dia Internacional do
Trabalhador e recuperamos o sentido da data, que é
rememorar as lutas já feitas e organizar as próximas
batalhas da classe trabalhadora", completou.
As centrais farão assembleias, atos, mobilizações,
panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas
ruas da cidade, com objetivo de explicar o que a
reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro
impactará na vida da classe trabalhadora e dialogar
com a população sobre o dia 14 de junho.
Balanço do 1º de Maio
Além de definir os próximos passos da luta, a reunião
das centrais também fez uma balanço sobre o 1º de
Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
"O clima era de fraternidade entre a direção das
centrais, mas também por toda militância presente no
1º de maio deste ano e conseguimos colocar nossa
agenda de luta na imprensa como um todo", disse
Sergio Nobre.
Fonte: Brasil247
09/05/2019 -
"Nova" Previdência indica desconhecimento ou má-fé
do governo
Em audiência pública, ministro da Economia afirma
que atual modelo previdenciário está quebrado. Para
comunistas, argumento demonstra má-fé da gestão de
Bolsonaro.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
O ministro da Economia, Paulo Guedes, abriu a série
de audiências públicas na comissão especial da
Reforma da Previdência nesta quarta-feira (8). Após
o debate realizado na Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJC), que acabou em briga
depois de Guedes ter se sentido ofendido ao ouvir
que agia como “tchutchuca” com bancos e como
“tigrão” com a população pobre, o ministro retornou
à Casa para defender sua proposta de alteração nas
regras previdenciárias. Desta vez, Guedes não
economizou adjetivos e afirmou que o sistema
previdenciário brasileiro está quebrado.
“A velha Previdência é um regime condenado à
falência”, disse Guedes ao começar sua fala. “Há 50
milhões de brasileiros que não contribuem para a
Previdência e eles envelhecerão. E [essa] é a
garantia de quebra da velha Previdência”, disse.
O ministro afirmou ainda que o atual sistema é uma
“fábrica de privilégios”, em que os mais ricos são
mais favorecidos do que os mais pobres. Segundo ele,
campanha publicitária dos opositores da reforma
esconde isso.
Depois de Guedes, foi a vez do secretário especial
de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, fazer a
defesa do texto. Marinho afirmou que os pilares da
famigerada Reforma da Previdência são o combate aos
privilégios e a busca da equidade.
Marinho disse ainda que, se aprovada neste ano, a
reforma poderá levar a um crescimento da economia
estimado em 2,9%. Sem isso, destaca Marinho, a
variação do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos
bens e serviços produzidos no país em um ano, poderá
ser de apenas 0,8%. No futuro, sem as mudanças nas
aposentadorias e pensões, o cenário é de
encolhimento da economia a partir de 2021.
Após ouvir os argumentos do governo, a líder da
Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), criticou a
proposta do governo Bolsonaro.
“Se não há desconhecimento e não há má-fé, nós
precisaríamos interpretar este projeto do governo
como um projeto claro de eliminação da Previdência
pública brasileira. É uma mentira atrás da outra.
Por que não dizem que a reforma é para privatizar a
Previdência Social? Decretar que o atual sistema
está falido é uma decretação de quem não o conhece
ou, de fato, aponta para um projeto claro de
capitalização”, questionou.
Para a parlamentar, a proposta do governo deixa o
cidadão a própria sorte. “A substituição proposta
pelo governo é dizer o seguinte: vai cidadão,
sozinho, lá para o banco, resolver sua vida. Poupe o
que puder, quando puder. Você que se vire. E lá na
frente, se não for possível bancar seu salário
mínimo, o governo entra. E o que diz à sociedade em
suas propagandas? Estamos acabando com os
privilégios. Não é verdade”, destacou Jandira.
Como opções para estimular o crescimento, Jandira
Feghali defendeu a discussão de outros temas, como
reforma tributária e revisão do pacto federativo.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder da
Minoria e membro do PCdoB na comissão especial,
questionou o aumento da idade para que as mulheres
se aposentem. De acordo com as regras da PEC 6/2019,
a idade mínima para aposentar será de 65 anos para
os homens e 62 para as mulheres.
“Nos meus cinco mandatos, nunca vi uma proposta tão
cruel como essa. Nossa expectativa é que o Estado
possa dar maior suporte às mulheres, que têm, duas,
às vezes, três jornadas”, destacou.
Outro ponto criticado pelos comunistas na audiência
com Guedes está relacionado ao Benefício de
Prestação Continuada (BPC). Para a deputada Perpétua
Almeida (PCdoB-AC), “não é possível que a base e a
Oposição não consigam chegar a um acordo sobre o
BPC”.
De acordo com a regra do governo Bolsonaro, idosos
sem meios de se sustentar terão de aguardar até os
70 anos para receber integralmente o Benefício de
Prestação Continuada. Atualmente, o benefício, no
valor de um salário mínimo, é pago mensalmente à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou
mais que comprove não possuir meios de se sustentar,
e nem de ter auxílio da família.
O governo propõe o pagamento de um valor menor, de
R$ 400, a partir dos 60 anos de idade. Se o idoso
não tiver o tempo mínimo de contribuição para se
aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele
continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos. A
partir dos 70 anos passaria a receber um salário
mínimo.
“Não podemos concordar com isso. Um salário mínimo
transformado em R$ 400 reais. Isso é privilégio?”,
questionou a deputada Perpétua Almeida.
O tema também é alvo de críticas de partidos
aliados. Ao menos 13 partidos que se disseram
favoráveis à PEC 6/2019 já se manifestaram contra a
regra. Apesar de manter o discurso da aprovação do
texto integral, o governo já estuda a alteração para
conseguir avançar com a proposta.
Fonte: Portal Vermelho
09/05/2019 -
CAS aprova projeto que estende regra de reajuste do
salário mínimo até 2023
O projeto de lei do Senado que estende até 2023 as
regras usadas atualmente para o cálculo do salário
mínimo foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS), nesta quarta-feira (8). De acordo com o PLS
416/2018, a remuneração dos trabalhadores deve ser
corrigida pela inflação do ano anterior mais a
variação do Produto Interno Bruto (PIB) verificada
dois anos antes.
O texto recebeu uma emenda do relator, senador Paulo
Paim (PT-RS). O parlamentar propôs o acréscimo de um
ano no prazo de vigência da Lei 12.382, de 2011. O
texto original previa que as regras vigessem até
2022. Com a emenda esse prazo foi estendido até 31
de dezembro de 2023.
A justificativa de Paim foi “manter os efeitos e
outras disposições da lei durante esse novo ciclo de
valorização remuneratória do povo brasileiro”.
O atual modelo de correção do salário mínimo vale
desde 2006. As regras foram confirmadas em 2011 e
2015, mas a legislação em vigor (Lei 13.152, de
2015) só prevê a manutenção desses critérios até 1º
de janeiro de 2019. Sem a prorrogação do prazo, a
partir de 2020, o Poder Executivo fica livre para
definir se haverá e de quanto será o reajuste, como
já o fez no projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, em que prevê
a correção do mínimo pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC), com valor estimado em R$
1.040.
O projeto, do ex-senador Lindbergh Farias, traz duas
novidades em relação à política em vigor. O texto
assegura um aumento de real de 1% ao ano, mesmo que
o PIB apresente variação menor ou negativa. Além
disso, estende as regras de reajuste a todos os
benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência
Social (RGPS). É o caso de aposentadorias, auxílios
(doença, acidente e reclusão), salário-maternidade,
salário-família e pensões por morte.
Inflação
O PLS 416/2018 adota o INPC para o cálculo da
inflação. Caso o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) deixe de divulgar o indicador em
um ou mais meses, cabe ao Poder Executivo estimar o
percentual dos períodos não disponíveis. Também cabe
ao Palácio do Planalto informar a cada ano os
valores mensal, diário e horário do salário mínimo.
Fonte: Agência Senado
09/05/2019 -
Bolsonaro extingue mais de 50 conselhos e colegiados
Os 55 conselhos e colegiados criados em governos
anteriores foram extintos por Bolsonaro. Na lista
está o Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social, o Conselhão, que fazia promovia debates
entre os setores empresarial e sindical com o
Palácio do Planalto desde 2003. Estruturas criadas
para abrir canais de diálogo com a sociedade, como o
Fórum de Emprego, Trabalho e de Previdência Social,
também foram extintas.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que
"em abril, Bolsonaro publicou medida que extinguia a
partir de 28 de junho todos os conselhos da
administração direta ou indireta. A iniciativa no
entanto, estabelecia a necessidade de que a extinção
de cada estrutura fosse detalhada em novos decretos
até agosto para ser efetuada. A medida desta
quarta-feira (8) é a primeira de uma série de
decretos que devem ser publicados nos próximos
meses. Segundo a Casa Civil, o objetivo é dar
transparência à decisão."
A matéria ainda acrescenta: "em abril, após evento
de cem dias do governo, o ministro da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, já havia anunciado que faria um
pente-fino nos conselhos federais. Na época, o
ministro disse que eles foram criados de acordo com
uma "visão completamente distorcida do que é
representação e participação da população".
Fonte: Brasil247
09/05/2019 -
Indústria recua em 9 dos 15 locais pesquisados pelo
IBGE
Nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram
queda na produção industrial. Segundo a Pesquisa
Industrial Mensal – Produção Física Regional,
divulgada nesta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro,
os recuos mais intensos ocorreram no Pará (-11,3%) e
na Bahia (-10,1%).
Também tiveram queda na produção Mato Grosso
(-6,6%), Pernambuco (-6%), Minas Gerais (-2,2%),
Ceará (-1,7%), São Paulo (-1,3%) e Amazonas (-0,5%).
A Região Nordeste, única pesquisada de forma
conjunta, teve redução de 7,5%. Com isso, a produção
nacional fechou com redução de 1,3%, conforme
divulgado na semana passada.
Por outro lado, seis locais tiveram alta na
produção: Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro
(2,9%), Goiás (2,3%), Paraná (1,5%), Santa Catarina
(1,2%) e Rio Grande do Sul (1%).
Na comparação com março do ano passado, 12 locais
apresentaram queda, com destaque para Pará (-12,5%)
e Mato Grosso (-12,3%). Dos três locais com alta, o
melhor resultado foi obtido pelo Rio Grande do Sul
(3,4%).
No acumulado do ano, dez locais tiveram queda na
produção. A maior delas foi no Espírito Santo
(-8,5%). Dos cinco locais com alta, o principal
crescimento deu-se no Paraná (7,8%).
Já no acumulado de 12 meses, foram nove locais em
queda, com destaque para Goiás (-4,1%) e seis com
alta, sendo a maior no Pará (7,2%).
Fonte: Agência Brasil
09/05/2019 -
Banco Central mantém juros básicos no menor nível da
história
Pela nona vez seguida, o Banco Central (BC) não
alterou os juros básicos da economia. Por
unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era
esperada pelos analistas financeiros.
Com a decisão de hoje (8), a Selic continua no menor
nível desde o início da série histórica do Banco
Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de
2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a
ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao
ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom
voltou a reduzir os juros básicos da economia até
que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central
para manter sob controle a inflação oficial, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA). Em março, o indicador fechou em 4,58% no
acumulado de 12 meses. O índice subiu pressionado
por alimentos e transportes. O IPCA de abril só será
divulgado em 10 de maio.
Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN)
estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de
tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA,
portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem
ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada
em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2019 -
Governo gastará 40 milhões para convencer população
sobre reforma
Para convencer a população que a proposta de reforma
da Previdência é necessária e acabará com
privilégios, o governo Bolsonaro anunciou que
gastará R$ 40 milhões na nova campanha publicitária
que fará a defesa da proposta de reforma da
Previdência. As propagandas devem ser lançadas na
segunda quinzena de maio e serão veiculadas em
rádio, televisão, jornais e internet, com o slogan
"Nova Previdência, pode perguntar".
A propaganda tentará convencer a população de que a
reforma da Previdência "promoverá justiça social e
ampliará a capacidade de investimentos do país, com
geração de emprego".
A campanha foi formulada pela Secretaria Especial de
Comunicação (Secom), a Secretaria de Governo, e
produzida pela agência Artplan.
A linguagem visual terá a predominância das cores
verde e amarelo da bandeira brasileira.
Para a televisão, as peças serão em formato de
pergunta e resposta e terão um selo com a frase
"Essa é a verdade". Foi informado ainda que terão
outdoors, mas não foi anunciado em quais cidades
serão exibidos.
A nota do governo diz que as mensagens da propaganda
abordaram "a redução de privilégios históricos do
sistema previdenciário brasileiro, que inclui a
diminuição da contribuição de quem ganha menos e o
aumento da contribuição de quem ganha mais; a
manutenção das regras vigentes para quem já está
aposentado; o aumento dos recursos para a Educação;
e a economia promovida a Estados e municípios, o que
vai auxiliar no equilíbrio das contas públicas",
informou.
Segundo cálculos do governo, com a reforma na
Previdência serão economizados mais de R$ 1 trilhão
em dez anos.
A população que pagará a conta
Dificilmente será apresentado tal como são os pontos
principais da proposta de reforma, como o "benefício
de prestação continuada", onde o aposentado deverá
continuar pagando até completar 70 anos, após isso,
receberá um salário-mínimo de aposentadoria, ou a
implantação do "Sistema de Capitalização", onde os
benefícios serão pagos baseado nas contribuições
feitas pelo próprio trabalhador aos bancos.
A proposta de reforma ainda inclui o aumento da
idade mínima para se aposentar, com aumento para
homens e mulheres (62 anos para mulheres e 65 anos
para homens), com contribuição mínima de 20 anos e
ainda há mudança na aposentadoria rural: 60 anos
tanto para homens quanto para mulheres, com
contribuição de 20 anos. E essa idade mínima vai
aumentando. Com o passar dos anos, nessa proposta,
não haverá mais aposentadoria por tempo de
contribuição.
Fonte: Portal Vermelho
08/05/2019 -
Nota das Centrais contra os cortes nas verbas da
Educação
Reunidas no dia 6 de maio de 2019, as Centrais
Sindicais – CUT, Força Sindical, CTB, UGT,
CSP-Conlutas, CGTB, CSB, NCST, Intersindical
Instrumento de Luta e Intersindical Central,
declaram-se absolutamente contrárias aos cortes de
mais de 30% na educação superior, ensino técnico e
ensino básico, anunciados pelo MEC.
Frente às medidas de cortes contra a educação, os
estudantes, docentes, professoras e professores do
ensino básico e técnico, juntamente com servidores e
técnicos administrativos iniciaram inúmeras
mobilizações pelo país como, por exemplo, no Colégio
Pedro II –RJ, na UFPR (Universidade Federal do
Paraná), UFBA (Universidade Federal da Bahia), entre
outras instituições de ensino. As Centrais Sindicais
declaram total apoio a essas manifestações.
As Centrais Sindicais aproveitam o ensejo para
reafirmar seu compromisso e apoio ativo à Greve
Nacional da Educação, convocada para o próximo dia
15 de maio.
Vamos juntos à Greve Geral dia 14 de junho de 2019.
Em defesa de nossa aposentadoria. Basta de
desemprego!
Assinam:
Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical (FS)
Adilson Araújo, Presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Antônio Neto, Presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB)
José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central
Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da
CSP-CONLUTAS
Ubiraci Dantas, Presidente da CGTB
Ricardo Patah, Presidente da UGT
Mané Melato, Intersindical instrumento de Luta
Edson Carneiro- Intersindical Central
Fonte: NCST
08/05/2019 -
Empresa não deve ser culpada por acidente a caminho
de casa, propõe MP
Relator da medida provisório, o deputado Paulo
Martins (PSC-RJ) disse que parecer foi produzido com
a equipe econômica do governo federal
O governo federal resolveu propor que lesões
sofridas por funcionários no percurso de casa para o
trabalho ou no retorno à residência não sejam mais
consideradas acidente de trabalho. A sugestão consta
como alteração da Medida Provisória (MP) antifraudes
no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A
informação é do jornal Folha de S.Paulo.
O relator da MP, deputado Paulo Martins (PSC-PR),
apresentou nesta terça-feira (07/05/2019) seu
parecer, defendendo a aprovação do texto. Contudo,
ele apresentou alterações à versão original
encaminhada ao Congresso pelo Executivo federal. O
relatório foi produzido em reuniões com técnicos da
equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com o deputado, já que a reforma
trabalhista, aprovada em 2017, não considera como
jornada de trabalho o tempo de deslocamento do
empregado, a legislação previdenciária tem que se
adaptar às novas regras.
O secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, confirmou que o relatório do
deputado foi construído junto com a equipe
econômica.
“O que o governo apresentou evidentemente foi
assinado pelo Executivo. O que está lá [no parecer]
é porque o governo apresentou o projeto”, disse
Marinho, que é ex-deputado federal e foi relator da
reforma trabalhista aprovada na gestão do
ex-presidente Michel Temer (MDB).
Fonte: 24Horasnews
08/05/2019 -
Cesta básica em 18 capitais tiveram alta em abril,
aponta Dieese
Em abril, o custo da cesta básica subiu em todas as
18 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da
Cesta Básica, divulgada hoje (7), pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
As altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande
(10,07%), São Luís (7,10%) e Aracaju (4,94%).
A cesta mais cara do país foi a de São Paulo, onde o
conjunto de alimentos essenciais custava, em média,
R$ 522,05, seguida pela cesta do Rio de Janeiro, R$
515,58, e de Porto Alegre, R$ 499,38. As cestas mais
baratas, em abril, eram as de Salvador, R$ 396,75, e
Aracaju, R$ 404,68.
Nos primeiros quatro meses de 2019, todas as cidades
analisadas pela pesquisa apresentaram alta
acumulada. Os maiores aumentos foram observados em
Vitória (23,47%) e Recife (22,45%). O menor aumento
acumulado ocorreu em Florianópolis, com alta de
5,35%.
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara do país, observada em São
Paulo, o valor do salário mínimo em dezembro,
necessário para suprir as despesas de um trabalhador
e de sua família com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência, seria de R$ 4.385,75, o que equivale a
4,39 vezes o valor do salário mínimo atual, de R$
998,00.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2019 -
Oposição quer mais debates na comissão especial da
reforma da Previdência
Partidos de oposição defenderam, nesta terça-feira
(7), mais debates sobre a proposta de reforma da
Previdência (PEC 6/19) na comissão especial que
discute o tema. Os líderes participaram de reunião
com o presidente do colegiado, deputado Marcelo
Ramos (PR-AM), e propuseram 15 audiências públicas
em Brasília e, no mínimo, mais 10 audiências nos
estados.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), afirmou que a oposição quer focar o
debate na economia, mas sem deixar de discutir
questões temáticas como os benefícios, as mulheres e
o modelo de previdência que se quer adotar.
“Precisamos também que os dados cheguem à Câmara,
porque o governo ainda não os encaminhou”, disse a
líder em referência aos números que embasam a
proposta do governo.
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon
(PSB-RJ), afirmou que foi feito um acordo de não
obstruir os debates na comissão, que devem acontecer
durante maio e junho. Depois disso, deve começar a
discussão sobre o parecer do relator, deputado
Samuel Moreira (PSDB-SP).
“Queremos o debate para mostrar que há alternativas
melhores do que essa apresentada pelo governo. O
ideal é que a comissão comece os trabalhos ouvindo o
secretário de Previdência, Rogério Marinho, e
termine com uma audiência com o ministro da
Economia, Paulo Guedes”, disse Molon.
A proposta
A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende
alterar o sistema de Previdência Social para os
trabalhadores do setor privado e para os servidores
públicos de todos os Poderes e de todos os entes
federados (União, estados e municípios). A idade
mínima para aposentar será de 65 anos para os homens
e 62 para as mulheres. Há regras de transição para
os atuais contribuintes.
O texto retira da Constituição vários dispositivos
que hoje regem a Previdência Social, transferindo a
regulamentação para lei complementar. O objetivo,
segundo o governo, é conter a diferença entre o que
é arrecadado pelo sistema e o montante usado para
pagar os benefícios. Em 2018, o déficit
previdenciário total – setores privado e público
mais militares – foi de R$ 266 bilhões.
Fonte: Agência Câmara
08/05/2019 -
Paim condena troca de votos para reforma da
Previdência por cargos em ministérios
O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou nesta
terça-feira (7) o teor de notícia publicada pelo
jornal Folha de S. Paulo, de que o governo planeja
recriar dois ministérios para conseguir votos
favoráveis à reforma da Previdência, na comissão
especial que analisa o tema na Câmara dos Deputados.
— Isso aqui é uma forma de comprar votos. Seja na MP
[Medida Provisória 871/2019, sobre fraudes no INSS],
seja também na reforma da Previdência. Tiveram que
fechar ministério e estão abrindo agora. E assumem
abertamente que é uma forma de comprar votos — disse
o parlamentar.
O parlamentar questionou os reais benefícios que o
país terá, caso a reforma da Previdência seja
aprovada. Segundo ele, durante a tramitação da
reforma trabalhista, o governo afirmou que milhões
de empregos seriam criados, mas o que se viu foi o
aumento do desemprego. O senador lembrou, que eram
12 milhões de trabalhadores fora do mercado de
trabalho e atualmente, são 14 milhões.
— Na reforma da Previdência, eles estão dizendo. Um
fala que vai gerar oito, outro fala cinco, outro
fala quatro milhões de empregos. Não vai gerar, de
novo, um só emprego, porque é interesse de mercado,
e mercado é especulação financeira — afirmou.
Fonte: Agência Senado
08/05/2019 -
Indicadores de mercado de trabalho apresentam piora
em abril
Os dois indicadores do mercado de trabalho da
Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram piora na
passagem de março para abril deste ano. O Indicador
Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar
as tendências do mercado de trabalho para os
próximos meses, com base na opinião de consumidores
e de empresários da indústria e de serviços, recuou
1 ponto no período.
Com essa, que foi a terceira queda consecutiva, o
indicador passou para 92,5 pontos, em uma escala de
zero a 200, o menor nível desde outubro do ano
passado. Em três meses, o Iaemp acumula perda de 8,6
pontos.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego, que mede a
percepção dos consumidores sobre o mercado de
trabalho atual, subiu 0,7 ponto de março para abril
e chegou a 94,8 pontos, em uma escala invertida de
zero a 200. Nessa escala invertida, quanto maior a
pontuação, pior é o resultado.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2019 -
Empregado com filho com deficiência terá prioridade
para marcar férias, aprova CDH
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou nesta terça-feira (7) um
projeto de lei que estabelece que o empregado que
tenha filho com deficiência terá preferência para
marcar suas férias de forma a fazê-las coincidir com
as férias escolares do filho. O texto segue para
análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em
caráter terminativo.
Segundo a autora do PL1.236/2019, senadora Mara
Gabrilli (PSDB-SP), a proposta está diretamente
relacionada com a ideia de desenvolvimento de uma
política pública de inclusão das crianças,
adolescentes e jovens com deficiência no ensino
regular.
Ao ler seu parecer favorável ao projeto, a relatora,
senadora Leila Barros (PSB-DF), afirmou que a
iniciativa é louvável e necessária para garantir —
tanto da escola quanto dos pais — atenção especial
às pessoas com deficiência. Ela apresentou emenda
para trocar a palavra “filho” do projeto original
para “pessoa com deficiência sob sua guarda ou
tutela”.
— Tais pessoas, muitas vezes crianças e jovens,
demandam, ao longo do ano letivo, especial atenção,
não raro individualizada, do educador e do sistema
de ensino, processo que, com frequência, acaba por
sofrer brusca interrupção durante as férias
escolares, porquanto nem todos os responsáveis têm
condições financeiras de arcar, nesse interregno,
com as despesas inerentes ao seu acompanhamento,
havendo ainda a dificuldade de encontrar mão de obra
especializada para a tarefa — explicou a senadora.
Ela ainda acrescentou que a proposição transfere a
iniciativa para definição do período de descanso
anual, hoje nas mãos do empregador, para o empregado
que tenha filho com deficiência, “revelando-se
benéfica para o próprio empregador, que não terá a
atenção de seus empregados dividida, comprometendo a
produtividade de seu empregado”, disse. No parecer,
Leila apresentou apenas emendas de redação.
O senador Eduardo Girão (Pode-CE) elogiou a
proposta.
Fonte: Agência Senado
08/05/2019 -
Auxílio a vítimas de Brumadinho não pode excluir
outros benefícios, dizem debatedores
O auxílio emergencial pecuniário estabelecido pela
Medida Provisória (MP) 875/19 para as vítimas do
rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG)
não pode levar à perda do direito a outros meios de
complementação de renda disponíveis. Este é o
entendimento dos participantes de audiência pública,
nesta terça-feira (7), da comissão mista que analisa
a MP.
O texto estabelece auxílio de até um salário mínimo
destinado pela mineradora Vale a todos os habitantes
de Brumadinho, que já está sendo pago por meio de
acordo. O defensor público federal Renan Vinícius
Sotto Mayor frisou, porém, que não se pode “dar com
uma mão e tirar com a outra”, o que pode ocorrer se
o auxílio se tornar um obstáculo ao recebimento
cumulativo, por exemplo, do Benefício de Prestação
Continuada (BPC).
No entendimento do defensor público, o auxílio às
vítimas previsto na MP deve ser pago não em parcela
única, mas em várias parcelas enquanto durar a
necessidade. Ele também comparou a situação em
Brumadinho com a tragédia da barragem do Fundão, em
Mariana (MG), quando também foi estabelecido auxílio
financeiro emergencial às vítimas.
“Até hoje, quem foi atingido pela barragem do Fundão
tem dificuldade de acesso ao auxílio. 24 mil
famílias ainda nem foram cadastradas”, lamentou.
Aumento da renda
Gestor do programa Bolsa Família e do Cadastro Único
em Brumadinho, Washington Moreira de Carvalho
observou que o recebimento do auxílio emergencial,
quando lançado no sistema de cadastro do
beneficiário, pode levar a uma alteração de renda
capaz de afetar o recebimento da Bolsa Família.
A representante da prefeitura de Brumadinho,
Christiane Alves Passos Nogueira, lembrou que o
desastre da barragem criou uma situação peculiar, já
que pessoas de fora de Brumadinho, como as
envolvidas em ações de resgate e o pessoal de
imprensa, por exemplo, geraram aumento de demanda ao
município.
Para a diretora do Departamento de Benefícios do
Ministério da Cidadania, Caroline Augusta Paranayba
Scaravelli, a medida provisória mostra que o governo
federal se preocupou com as consequências do
rompimento da barragem e em proporcionar um auxílio
correspondente à vulnerabilidade social das vítimas.
“O ministério espera que Brumadinho vire uma
referência em municípios afetados por desastres”,
definiu.
O relator da MP, senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG), citou as ações legislativas contra
desastres de barragens e classificou como “muito
justa” a emenda que preserva os rendimentos dos
beneficiários pelo auxílio emergencial. O deputado
Padre João (PT-MG), presidente da comissão,
ressalvou que a Vale precisa assegurar o cumprimento
de seus deveres em Brumadinho.
Benefício
A MP institui auxílio emergencial pecuniário para
famílias residentes de Brumadinho (MG) que sejam
beneficiárias do Programa Bolsa Família, do
Benefício de Prestação Continuada ou da Renda Mensal
Vitalícia. O auxílio emergencial consiste no
pagamento de R$ 600, em parcela única, a cerca de
2.280 famílias, totalizando R$ 1,3 milhão. Os
recursos são de responsabilidade do Ministério da
Cidadania e, futuramente, devem ser ressarcidos por
aqueles que vierem a ser identificados como
responsáveis pelo desastre, ocorrido em janeiro.
Fonte: Agência Câmara
07/05/2019 -
Comissão que avalia MP da contribuição sindical será
instalada no Congresso
A comissão mista que vai analisar a medida
provisória que altera regras sobre contribuição
sindical previstas na CLT será instalada nesta
quarta-feira (8). A MP 873/2019, publicada em 1º de
março, impede o desconto em folha salarial da
contribuição sindical, que passa a ser feita através
de boleto bancário encaminhado à residência do
empregado ou à sede da empresa. Também determina que
a contribuição seja paga apenas pelos trabalhadores
que tiverem expressado seu consentimento
individualmente.
De acordo com o relatório do ministro da Economia,
Paulo Guedes, que orientou o texto da medida
provisória, o custeio das entidades deve ser
realizado por meio de recursos privados,
provenientes das contribuições individuais dos
servidores voluntariamente filiados, sem qualquer
interferência do Estado. Também ressalta que a
filiação do trabalhador à entidade representativa
deve ser voluntária, expressa e individual, não
podendo ser decidida através de assembleias.
O texto reforça as mudanças já realizadas pela
reforma trabalhista (Lei 13.467 de 2017), no âmbito
da contribuição sindical. No entanto, causou
polêmica, visto que, para alguns, estaria ferindo a
Constituição Federal e prejudicando a organização
dos trabalhadores.
A contribuição dos trabalhadores para os sindicatos
deixou de ser obrigatória quando a reforma
trabalhista entrou em vigor, mas as empresas ainda
podiam descontar o pagamento direto da folha
salarial.
Antes da reforma, a contribuição, equivalente a um
dia de trabalho, era obrigatoriamente descontada do
salário todos os anos na folha do mês de março. A
lei de 2017 determinou, então, que o desconto só
poderia acontecer mediante autorização prévia e
expressa do empregado.
Mesmo com essa nova lei, no entanto, em 2018 mais de
100 decisões judiciais permitiram o desconto sem a
autorização prévia e individual do trabalhador.
Assim, um dos principais argumentos do governo para
a implementação da medida é a necessidade de
reforçar o que está presente na lei, evitando essa
atuação do poder judiciário.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que
o objetivo da MP é “deixar ainda mais claro que
contribuição sindical é fruto de prévia, expressa e
individual autorização do trabalhador” e “combater o
ativismo judiciário que tem contraditado o
Legislativo”.
Inconstitucionalidade
Já existem oito ações diretas de inconstitucionalidade
no Ministério Público Federal que visam contestar a
Medida Provisória 873. Segundo o senador Randolfe
Rodrigues, líder da Rede, a MP fere a Constituição
Federal:
— Essa medida provisória, editada na ressaca do fim
do carnaval, fere princípios que estão na própria
Constituição. Não cumpre relevância, não cumpre
urgência e é inconstitucional já que fere o
princípio do artigo 8º da Constituição, que
estabelece a liberdade sindical — explicou.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também
argumenta que o texto é inconstitucional porque
impediria a livre organização dos trabalhadores em
entidades sindicais.
— Na nossa avaliação, o governo Bolsonaro toma essa
medida como forma de enfraquecer os instrumentos de
luta da classe trabalhadora que são os sindicatos. —
afirmou Rodrigo Britto, presidente da instituição.
Por outro lado, membros do governo, como a deputada
Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmam que a MP não é
inconstitucional, pois visa garantir a liberdade de
associação dos trabalhadores.
Eleição
A comissão mista atuará por 120 dias para debater a
medida e propor emendas. A primeira reunião, na qual
será realizada a eleição para presidente e vice,
ocorrerá às 15h30 no Plenário nº 6 do Anexo II do
Senado, na ala Nilo Coelho.
Fonte: Agência Senado
07/05/2019 -
Nota: Nova Central nega fusão com qualquer outra
central sindical
Mais uma vez a Nova Central Sindical de
Trabalhadores – NCST é surpreendida com mais uma
falsa notícia de fusão com outra central sindical.
Desta vez, trata-se de outro boato citando uma
suposta discussão de fusão com a CSB.
Novamente a NCST vem a público reiterar que não está
ou esteve em negociação de fusão com outra central
e, ao mesmo tempo, declarar sua mais profunda
estranheza com esse tipo de falsa notícia.
É salutar reafirmar que a NCST respeita todas as
centrais sindicais, mas, não se cogita fusão com
qualquer uma delas, inclusive, tem decisão do seu
Conselho Deliberativo terminantemente contrário a
movimentos dessa ordem.
Reafirmamos, categoricamente, que toda e qualquer
notícia de fusão que porventura cite a NCST não tem
qualquer fundamento, e as pessoas envolvidas estão
faltando com a verdade.
Por fim, reconhecemos que a estrutura sindical passa
por um momento jamais vivenciado, com ataques
perpetrados por todos os lados. Entretanto, a NCST
reforça seu compromisso no sentido de manter uma
convivência harmônica com todas as demais centrais
sindicais e, em conjunto com suas entidades
filiadas, continuar sua incansável luta em defesa
dos direitos da classe trabalhadora brasileira.
Pela Diretoria,
José Calixto Ramos
Presidente - NCST
Fonte: NCST
07/05/2019 -
Greve Nacional da Educação dia 15 de maio ganha
adesão de entidades
A Greve Nacional da Educação, convocada para o dia
15 de maio pelos trabalhadores em Educação - contra
o desmonte da aposentadoria – terá um reforço ainda
maior por parte da comunidade universitária, da rede
pública e privada, de institutos federais, cursos
técnicos profissionalizantes, além das e entidades
estudantis, como a UNE e Ubes.
O reforço na pauta de mobilização acontece após o
anúncio de cortes orçamentários do governo Bolsonaro
na rede federal de ensino, o que acarretará grande
desmonte das instituições públicas, e com isso,
grande queda da qualidade na Educação.
A Confederação Nacional de Trabalhadores em
Estabelecimentos de Ensino (Contee), em nota,
declarou sua “indignação e seu repúdio à decisão do
MEC em cortar verbas destinadas às universidades”.
Em resposta ao novo ministro da Educação, que na
semana passada justificou os cortes por causa das
"balbúrdias" nas universidades, a Contee disse que o
governo Bolsonoro é quem promove uma verdadeira
baderna no Brasil. “Distúrbio é o que fazem
Bolsonaro, Weintraub e cia. ao tomar medidas
baseadas em perseguição ideológica e tentar eliminar
o pensamento crítico. Caos é a tentativa do próprio
Ministério da Educação de destruir a universidade
pública”. E reiteram o “combate à criminalização do
pensamento e da livre manifestação”.
Em comunicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE)
convoca as entidades estudantis universitárias para
mobilizarem os estudantes universitários para uma
grande paralização na próxima quarta-feira (15).
“Basta de ataque a autonomia universitária, basta de
ataque a liberdade de expressão, basta de
perseguições e de ataques ao pensamento crítico e
científico! Por mais investimentos e seriedade na
gestão da educação!”, conclama a nota.
Desde as primeiras horas desta segunda-feira (6), a
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes)
organizam manifestações nas instituições federais de
ensino de todo o país. Nas ruas, nas redes, com a
palavra de ordem de "não aos cortes". E reforçam a
mobilização para a próxima quarta-feira (15).
Em seu site, o Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes), que
representa professores do ensino superior e básico,
técnico e tecnológico no país também mobilizam
contra os cortes. Em comunicado, repudiam os cortes
e as declarações feitas pelo ministro da Educação
sobre as universidades e convocaram sua base a
aderir à paralisação.
A Greve Nacional da Educação foi definida pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE), mas agora reforçada por outras entidades
representativas da sociedade civil que se
pronunciaram publicamente aderindo o movimento.
Antes da greve, as universidades públicas convocam
assembleias nos campis para discutirem detalhes da
paralisação geral.
Fonte: Portal Vermelho
07/05/2019 -
Caminhoneiros se revoltam contra alta do diesel
Líder diz que está difícil controlar a categoria.
Em matéria do site Congresso em Foco, um dos
principais líderes dos caminhoneiros, Wanderlei
Alves, disse não saber até quando a categoria vai
aguentar pagar o alto preço do Diesel. “Não sei até
quando o pessoal vai se controlar”, afirmou. Com o
novo aumento no preço definido pela Petrobras, ele
disse temer “uma revolta” na categoria.
“Tenho conversado com o ministro Tarcísio [Gomes, da
Infraestrutura], e ele tem se mostrado comprometido
com a fiscalização da tabela de frete, cumprido com
a promessa dele. Eu estou mostrando isso para os
colegas. Mas é muita indignação. O ministro está se
esforçando, dá pra notar. Mas não sei até quando o
pessoal vai se controlar”, afirmou.
Fonte: Portal Vermelho
07/05/2019 -
Centrais articulam greve geral mirando setor de
transporte
Paralisação em 14 de junho vai coincidir com
abertura da Copa América. Sindicalistas também vão
intensificar agenda com lideranças partidárias no
Congresso. Comissão Justiça e Paz se solidariza
Depois de realizar balanço positivo do 1º de Maio,
unificado pela primeira vez, as centrais sindicais
se reuniram nesta segunda-feira (6) em São Paulo
para discutir a organização da greve geral de 14 de
junho e as ações que serão realizadas até lá. Para
os dirigentes, o setor de transporte precisa de
atenção específica para reforçar o movimento em
protesto contra o projeto de "reforma" da
Previdência, em tramitação na Câmara. A data da
greve coincide com a abertura da Copa América de
futebol, com a partida entre as seleções do Brasil e
da Bolívia, no estádio do Morumbi.
Segundo o presidente da Força Sindical, Miguel
Torres, anfitrião da reunião desta tarde, a partir
de agora serão intensificadas as agendas com líderes
partidários em Brasília, além de visitas aos
sindicatos de algumas categorias profissionais, com
"olhar muito especial" no setor de transporte,
considerado fundamental para a greve. Há uma
plenária prevista para o próximo dia 18, na sede do
Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Ele voltou a destacar a importância da unidade entre
as centrais, que neste momento apostam nos pontos de
convergência, como a mobilização contra a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 6, que mexe com a
Previdência Social. Do ponto de vista dos
sindicalistas, o ideal seria a retirada da PEC para
uma tentativa de negociação, mas essa possibilidade
é considerada praticamente inviável. Para Miguel,
afirmar, como faz o governo, que a "reforma" trará
investimentos e crescimento é uma "lorota".
"Para o empresariado e o país, o que vai trazer a
retomada do crescimento é a reforma tributária.
Antes de mexer na Previdência, tem outras coisas a
fazer. Essa reforma vai trazer mais desigualdade,
não vai resolver o problema do desemprego, não vai
trazer tranquilidade para os empresários", diz o
dirigente.
Segundo ele, não há qualquer relação entre a data
escolhida para a greve geral e a abertura da Copa
América. O dia foi definido porque a partir da
segunda quinzena de junho o movimento na Câmara
começa a declinar, em parte pelas comemorações do
período. Antes disso, no próximo dia 15 as centrais
manifestarão apoio à paralisação dos trabalhadores
no setor da educação. E também vão manter as
articulações com as frentes Brasil Popular e Povo
sem Medo, presentes no ato de 1º de Maio. Segundo o
presidente da CTB, Adilson Araújo, o objetivo é
realizar em junho uma greve ainda mais ampla que a
de 28 de abril de 2017.
O 15 de maio é visto como um "esquenta" para a
greve, segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio
Nobre. "Fizemos um gol com a união das centrais
sindicais e recuperamos o sentido da data", afirmou.
Durante a reunião na sede da Força, foi lida
mensagem da Comissão Brasileira Justiça e Paz, da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
que fez referência à "história manifestação unitária
das centrais", manifestando ainda a intenção de
"compartilhar de novas iniciativas que almejem
impedir o desmonte da Previdência pública como maior
conquista do povo brasileiro". Segundo a nota, a
proposta do governo "é contra os interesses dos
segurados e benéfica para empresas e para o sistema
financeiro".
"A Seguridade Social é um direito do cidadão e um
dever do Estado, um projeto de nação e não um
negócio de compra e venda!", afirma a Comissão.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/05/2019 -
Deputado da bancada da bala diz que Bolsonaro pode
não concluir mandato
Líder da bancada da bala, o deputado Capitão Augusto
Rosa (PR-SP), presidente da Frente Parlamentar da
Segurança Pública, faz análise pessimista do quadro
político e considera que Bolsonaro pode não concluir
o mandato.
O deputado vê deterioração no apoio ao governo no
Parlamento. Considera que a relação entre Executivo
e Legislativo está "muito, muito ruim".
As informações estão no site BR18. De acordo com o
deputado, "de cada 10 deputados, oito reclamam e
dois ficam quietinhos". Pintando o quadro em cores
fortes, o Capitão Augusto Rosa arremata: "Ninguém
defende o governo".
O deputado é também pessimista quanto à evolução da
situação econômica. A piora da economia pode criar,
segundo ele, "um risco real de impeachment do
presidente". "Com 100 dias, (o desgaste do governo)
já se tornou irreversível".
Fonte: Brasil247
07/05/2019 -
Inflação para famílias de menor renda avança em
abril, divulga FGV
A inflação para famílias com renda de 1 a 2,5
salários mínimos avançou no mês de abril e seguiu
com uma taxa acumulada maior que o índice geral. Os
dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV).
A variação de preços para famílias de menor renda é
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe
1 (IPC-C1), que fechou o mês de abril com alta de
0,73%. O resultado de abril representa uma
aceleração da inflação em relação a março, quando a
variação foi de 0,67%.
Em 12 meses, a inflação para as famílias com renda
de 1 a 2,5 salários mínimos acumula 5,86%, enquanto
o índice geral calculado pela FGV, o IPC-BR, soma
5,19%.
Segundo a FGV, o aumento do IPC-C1 foi registrado em
sete das oito classes de despesas que fazem parte do
orçamento dessas famílias. A classe de saúde e
cuidados pessoais se destacou nesse aspecto, já que
saltou de uma inflação de 0,25% em março para uma de
1,08% em abril. Os medicamentos em geral
contribuíram para o resultado, já que a inflação de
0,09% em março aumentou para 1,68% em abril.
Tarifas de ônibus urbanos, móveis para residência,
bilhete lotérico e passagens aéreas foram itens
ítens que puxaram a inflação nas classes
transportes, habitação e despesas diversas.
Fonte: Agência Brasil
07/05/2019 -
Finanças discute a reforma da Previdência com Paulo
Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi convidado
pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados para discutir, nesta quarta-feira (8), a
proposta do governo Bolsonaro para a reforma da
Previdência (PEC 6/19). A intenção é que o ministro
apresente os possíveis impactos que a aprovação ou
não da medida possa causar no sistema arrecadatório
e no orçamento da União.
A audiência foi proposta pelo deputado Sergio Souza
(MDB-PR) e Enio Verri (PT-PR) e será realizada a
partir das 10 horas, no plenário 4.
Debate na CCJ
Guedes já falou sobre a reforma na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e
insistiu que o atual sistema previdenciário “está
condenado”, mas reconheceu que caberá ao Congresso
definir os pontos que permanecerão na reforma da
Previdência.
A reforma já foi aprovada pela CCJ e, agora, está em
análise na comissão especial.
O presidente dessa comissão especial, deputado
Marcelo Ramos (PR-AM), espera que a proposta seja
votada até junho no colegiado, mas a oposição quer
tempo para debater o texto.
Fonte: Agência Câmara
07/05/2019 -
Validade de norma coletiva que restringe direito
trabalhista é tema de repercussão geral
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar a
validade de norma coletiva de trabalho que limita ou
restringe direito trabalhista não assegurado
constitucionalmente. A matéria teve repercussão
geral reconhecida pelo Plenário Virtual da Corte e é
tratada no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE)
1121633, de relatoria do ministro Gilmar Mendes.
No caso dos autos, a Mineração Serra Grande S.A.
questiona acórdão do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) que, ao manter decisão do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 18ª Região (Goiás), afastou a
aplicação de norma coletiva de trabalho que afastava
o pagamento de horas de trajeto (in itinere) pelo
tempo de ida ou de retorno do trabalho com veículo
fornecido pela empresa.
No Supremo, a mineradora defende a manutenção do que
foi pactuado em negociação coletiva e sustenta
violação ao princípio da prevalência da negociação
coletiva, contido no artigo 7º, inciso XXVI, da
Constituição Federal, e ao da segurança jurídica,
tendo em vista o possível temor dos empregados de
firmar acordos diante do risco de ter sua validade
negada pelo Poder Judiciário. A empresa diz que está
localizada a apenas 3,5km da zona urbana, o que
possibilitaria que o trajeto fosse ser feito a pé ou
por outros meios de transporte.
Manifestação
Para o relator do recurso, ministro Gilmar Mendes, a
matéria apresenta “inegável relevância do ponto de
vista social, econômico ou jurídico” e a
controvérsia transcende os interesses subjetivos da
causa, já que a correta interpretação do artigo 7º,
inciso XXVI, da Constituição Federal é tema
recorrente nos tribunais trabalhistas brasileiros.
Segundo o relator, a questão tem gerado insegurança
sobre a validade e o alcance do pactuado em
convenções e acordos coletivos em face das normas
previstas na Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT). Por essas razões, reconheceu a repercussão
geral da matéria constitucional. Nesse ponto, a
manifestação do relator foi seguida por unanimidade.
Mérito
Quanto ao mérito do recurso, o ministro Gilmar Mendes
destacou que o STF firmou entendimento no sentido de
reconhecer a validade de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, ainda que disponha sobre a
redução de direitos trabalhistas. “Entretanto,
cumpre destacar que redução ou limitação dos
direitos trabalhistas pelos acordos coletivos deve,
em qualquer caso, respeito aos direitos
absolutamente indisponíveis, constitucionalmente
assegurados”, explicou. Ele se manifestou pela
reafirmação a jurisprudência do Supremo e pelo
provimento do recurso da empresa. Nesse ponto, no
entanto, o relator ficou vencido e o recurso será
submetido a julgamento no Plenário físico, em data
ainda não definida.
Fonte: STF
06/05/2019 -
MPT faz campanha para destacar importância da ação
sindical
"Conheça quem te representa" é o tema do chamado
Maio Lilás. Em 2018, o Ministério Público recebeu
mais de 8 mil denúncias sobre ataques à liberdade e
à organização sindical
O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza neste
mês a campanha do Maio Lilás, para ressaltar a
importação da atuação dos sindicatos para o
trabalhador. O slogan é "Conheça quem te
representa". De acordo com o MPT, de 2012 a 2017
foram celebradas mais de 53 mil convenções
coletivas, assegurando direitos.
A escolha da cor deve-se à versão de que era o lilás
o tecido confeccionado pelas mulheres que
trabalhavam em uma fábrica de Nova York em 8 de
março de 1857, quando um incêndio criminoso matou
129 delas, que faziam greve por melhores salários e
condições de trabalho. O episódio deu origem ao Dia
Internacional da Mulher.
"Este ano, o foco será nas boas práticas sindicais e
nas conquistas dos trabalhadores, tais como o
direito ao aviso prévio, ao 13º salário, à
irredutibilidade salarial, obtidas pelos sindicatos,
que representam toda a categoria, sejam os
trabalhadores sindicalizados ou não", afirma o
titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da
Liberdade Sindical (Conalis), do MPT, João Hilário.
O Ministério Público informou que apenas no ano
passado registrou 8.151 denúncias na área de
liberdade e organização sindical. Isso levou à
abertura de 1.277 procedimentos de mediação, ao
ajuizamento der 358 ações e à celebração de 295
termos de ajustamento de conduta (TACs).
Ainda segundo o MPT, citando dados do Cadastro
Nacional de Entidades Sindicais e do Dieese, havia
em 2018 no país 11.578 sindicatos, 424 federações e
36 confederações de trabalhadores. "Segundo dados da
Relação Anual de Informações Sociais, isso
abrangeria, em termos de representação,
aproximadamente 46 milhões de trabalhadores", afirma
o procurador.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/05/2019 -
Comissão especial da reforma da Previdência reúne-se
nesta terça
Cronograma prevê 11 sessões de audiência pública
A comissão especial que vai analisar o mérito da
reforma da Previdência na Câmara terá a primeira
reunião ordinária nesta terça-feira (7), às 14h30.
Segundo cronograma apresentado pelo presidente do
colegiado, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), serão
realizadas 11 audiências públicas com cerca de 60
convidados para debater o tema.
Segundo Ramos, apesar de haver sugestões para ouvir
130 pessoas, esse número deve ser reduzido. “Não
posso usar o argumento de fazer audiência pública e
inviabilizar o momento da matéria de ser votada. Vou
tentar coordenar para que a gente possa ter mais
tempo para discutir as emendas”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que os trabalhos no
colegiado têm de ser coordenados com a construção de
maioria no plenário. “Não adianta votar na comissão
sem a garantia no plenário”, disse. Marcelo Ramos
quer aprovar a reforma na comissão e entregar o
texto para análise do Plenário da Câmara até julho.
Gabinete de inteligência
Para garantir os 308 votos necessários para a
aprovação da medida na Câmara, o governo porá à
disposição dos deputados, a partir da próxima
terça-feira (7), técnicos do Ministério da Economia
para tirar dúvidas sobre a proposta.
Segundo a líder do governo no Congresso, deputada
Joice Hasselmann (PSL-SP), esse “gabinete de
inteligência” da Previdência será montado em uma
sala da liderança do governo no Congresso e vai
funcionar principalmente às terças, quartas e
quintas-feiras.
“O grupo do Ministério da Economia vai dar
informações aos parlamentares tirando qualquer
dúvida que possa haver em relação ao texto,
inclusive por região. Queremos dar segurança para o
parlamentar explicar para seu eleitor por que a nova
Previdência é tão importante”, explicou Joice.
Tramitação
A comissão especial será composta por 49 membros e 49
suplentes de 25 partidos com representação na
Câmara. Na comissão especial, será examinado o
mérito da proposição. Essa comissão terá o prazo de
até 40 sessões do Plenário, contados a partir de sua
formação, para aprovar um parecer.
Somente na comissão especial poderão ser
apresentadas emendas, com o mínimo de 171
assinaturas de deputados cada uma, no prazo de dez
sessões do Plenário. A relatoria da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC 6/2019) está sob a
responsabilidade do deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP).
Após a publicação do parecer da comissão especial e
o intervalo de duas sessões, a proposta será
incluída na ordem do dia do Plenário da Câmara, onde
será submetida a dois turnos de discussão e votação.
Entre os dois turnos, há um intervalo de cinco
sessões do Plenário. Para ser aprovada, a proposta
precisa ter, em ambos os turnos, três quintos dos
votos dos deputados – 308, em votação nominal. Em
seguida, o texto vai para o Senado onde será
submetido a uma nova tramitação.
Fonte: Agência Brasil
06/05/2019 -
CDH vai discutir Previdência e trabalho com foco em
isenções fiscais
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) vai debater, nesta segunda-feira
(6), sobre Previdência e trabalho, com foco na
Desvinculação de Receitas da União (DRU), na
sonegação e nas isenções fiscais. A audiência faz
parte de um ciclo de debates solicitado pelo
presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS).
A DRU é uma ferramenta que permite ao governo
federal usar livremente 20% de todos os tributos
federais vinculados por lei a fundos ou despesas. Na
prática, possibilita que o governo aplique recursos
destinados a áreas como educação, saúde e
Previdência Social em qualquer despesa considerada
prioritária e na formação de superávit primário.
Foram convidados para participar da reunião o
diretor da Instituição Fiscal Independente do Senado
Federal (IFI) Rodrigo Octávio Orair; o diretor de
Documentação do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto
Queiroz; o presidente da Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip),
Floriano Martins de Sá Neto; o técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), Juliano Sander Musse; e o
diretor de Assuntos Parlamentares do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do
Brasil (Sindifisco Nacional), George Alex Lima de
Souza.
Também devem participar do encontro representantes
da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia e do Conselho Nacional de
Educação (CNE).
A audiência pública será interativa, aberta à
participação popular, e está marcada para as 9h, no
Plenário 6 da Ala Nilo Coelho.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)
Fonte: Agência Senado
06/05/2019 -
Produção industrial brasileira cai 1,3% de fevereiro
para março
A produção industrial brasileira recuou 1,3% na
passagem de fevereiro para março, segundo dados da
Pesquisa Industrial Mensal divulgados nessa sexta
(3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, a
indústria havia crescido 0,6%.
Foram registradas quedas em todos os tipos de
comparação temporal: em relação a março do ano
passado (-6,1%), média móvel trimestral (-0,5%),
acumulado do ano (-2,2%) e acumulado de 12 meses
(-0,1%).
Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas
tiveram queda na produção na passagem de fevereiro
para março, com destaque para os alimentos, que
recuaram 4,9%.
Outros setores que influenciaram a queda de 1,3% da
indústria em março, na comparação com fevereiro,
foram automotores, reboques e carrocerias (-3,2%),
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (-2,7%), indústrias extrativas
(-1,7%) e outros produtos químicos (-3,3%).
Nove segmentos tiveram alta na produção e evitaram
uma queda maior da indústria no período, com
destaque para produtos farmoquímicos (4,6%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas,
apenas os bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos usados no setor produtivo, tiveram alta
(0,4%). A maior queda foi observada nos bens
intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo (-1,5%).
Entre os bens de consumo, houve queda de 1,3% nos
bens duráveis e de 1,1% nos bens semi e não
duráveis.
Fonte: Agência Brasil
06/05/2019 -
Impacto da reforma da Previdência entre os idosos é
tema de novo debate
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da
Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (7) o
impacto da reforma da Previdência (PEC 6/19) na
população mais velha com o secretário de Previdência
e Trabalho, Rogério Marinho.
A audiência foi sugerida pelos deputados Denis
Bezerra (PSB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Tereza
Nelma (PSDB-AL), e Carmen Zanotto (PPS-SC).
No mês passado, especialistas ouvidos pela comissão
criticaram a falta de diagnóstico do Executivo para
fundamentar a reforma e questionaram a eficácia das
mudanças.
O diretor técnico do Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Clemente Ganz disse que o diagnóstico que o governo
faz para respaldar a reforma é fraco e não possui
uma previsão dos impactos econômicos das mudanças.
“Qual o efeito de tirar da economia R$ 1 trilhão?
Você está tirando potência da dinâmica econômica.
Dimensionar esses efeitos é fundamental”, afirmou.
Participação popular
O debate será realizado a partir das 15 horas no
plenário 14.
O evento será transmitido, ao vivo, pela internet e
quem quiser poderá enviar perguntas aos convidados.
Fonte: Agência Câmara
06/05/2019 -
Construção civil desaba com o agravamento da crise
Mercado informal domina o setor.
A coluna "Painel" do jornal Folha de S. Paulo
informa que o ano já acabou para a construção civil.
O setor não acredita na panaceia da "reforma" da
Previdência Social. Quem ainda pode se beneficiar
são empresas de material de construção ou
escritórios que atuam no início dos projetos — a
construção propriamente dita deve colher os frutos
só em 2020.
“Há um lapso de tempo entre a tomada de decisão de
investimento e o desembolso no canteiro”, diz
Eduardo Zaidan, do Sinduscon-SP (sindicato da
construção). A estimativa é que o PIB do setor suba
1% a 2%, mas impulsionado pelo mercado informal, não
pelas construtoras. Para piorar a situação, os
custos estão em alta. A inflação do setor nos
últimos 12 meses até abril cresceu 6,59% —só insumos
como areia e aço, por exemplo, avançaram mais que
12%.
O financiamento imobiliário ainda respira: o número
de imóveis dados como garantia em venda de
apartamentos ou casas aumentou 15% nos 12 meses até
fevereiro deste ano, segundo a Fipe e a Arisp
(associação dos registradores de imóveis). No mesmo
período, a quantidade de imóveis retomados por
inadimplência caiu 15,5%, o que pode indicar melhora
no segmento, segundo a coluna.
Fonte: Portal Vermelho
06/05/2019 -
Desemprego em alta faz trabalhadores sentirem
saudades do governo Lula
Crescimento de 10,2% no número de desempregados
no primeiro trimestre do governo Bolsonaro já faz
eleitores se arrependerem do voto
O aumento do desemprego registrado no primeiro
trimestre do governo Bolsonaro já faz eleitores se
arrependerem do voto e sentirem saudades dos
governos do PT, em especial do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, quando havia políticas de
estímulo ao crescimento. "Ele não está do lado da
população pobre, está do lado dos ricos. Não vejo
ele ajudando o meu lado. Votei completamente errado.
Se eu tivesse votado num homem que desse
serviço...", diz o pedreiro Pedro de Santana. Ao
repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, ele
conta que quer largar o bico, mas está desempregado
há 10 meses.
"Falar que o Lula foi ruim para o trabalhador é
mentira", afirma o metalúrgico Laerte de Paula. Com
as contas de água e luz atrasadas, ele diz que
mandou mais de uma centena de currículos, "mas até
agora, nada".
Dados divulgados pelo IBGE na última terça-feira
(30) revelam que o número de desempregados cresceu
10,2%, para um total de 13,387 milhões nos primeiros
três meses deste ano. A taxa de subutilização –
pessoas que trabalham em jornada reduzida por falta
de opção – atingiu 25%, a maior da série histórica.
Segundo o professor de economia da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Rubens
Sawaya, medidas adotadas pelo governo, como cortes
no orçamento, colaboram para o agravamento do
desemprego. Para combater a crise, o Estado deveria
ampliar gastos para estimular a demanda, aquecendo a
economia.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/05/2019 -
A capitalização é o grande inimigo a se combater,
alerta diretor do Diap
Dia 30 de abril, a Agência Sindical entrevistou
Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), diretor
licenciado do Diap e membro da Queiroz Assessoria,
em Brasília. Ele falou durante seminário
preparatório da Campanha Salarial dos Engenheiros do
Estado de São Paulo.
A entrevista tratou do regime de capitalização
previsto na PEC da reforma da Previdência,
apresentada ao Congresso Nacional pelo presidente
Bolsonaro. Toninho critica a capitalização, pois ela
quebra o padrão de distribuição (repartição) da
Previdência Pública e impõe a lógica da acumulação
privada.
“O regime de capitalização é o principal inimigo a
ser combatido na reforma da Previdência”, orienta o
consultor político e sindical.
Leia íntegra da entrevista
Agência - Em sua fala, hoje, no Sindicato dos
Engenheiros no Estado de São Paulo, você não
recomendou o regime de capitalização da Previdência
e advertiu que muitos países já revertem o modelo e
voltam para o sistema público. Como está essa
situação no mundo?
Toninho - O regime de capitalização visa substituir
o regime de repartição, que é solidário, no qual a
atual geração paga a aposentadoria da anterior e a
futura geração pagará a aposentadoria da atual.
Contribui na perspectiva da distribuição de renda e
tem um caráter tripartite: a contribuição do
trabalhador, a contribuição do empregador e a
contribuição da sociedade através dos impostos
arrecadados pelo governo.
É um sistema que injeta dinheiro na economia, faz a
economia funcionar e esse dinheiro retorna para o
próprio governo, através de impostos, pois a carga
tributária incide sobre o consumo; e esse dinheiro
das aposentadorias tem natureza alimentar, ele vai
direto para o consumo. Isso no regime de repartição.
Na capitalização, não há contribuição do governo e a
patronal. E a contribuição do próprio trabalhador é
inferior ao que ele paga no regime de repartição.
Então, ele vai acumular muito pouco na conta
individual que terá na seguradora e isso,
certamente, não será suficiente para manter uma
velhice com dignidade.
Tanto é que, nos cerca de 40 países que a adotaram,
18 deles já estão revendo esse modelo para colocar
um pilar público, porque o que acumula, dos poucos
que conseguem acumular, não é suficiente para manter
a velhice com dignidade. Um exemplo: se com a
contribuição do trabalhador, que no Brasil é de 11%
- do empregador que é dobro disso e o governo ainda
cobre quando há insuficiência de financiamento -
mesmo assim essas aposentadorias não são grande
coisa. Imagine num ambiente onde não há contribuição
governamental, e patronal e a do próprio trabalhador
é menor!
No caso do Chile o nível de cobertura previdenciária
de pessoas que estão vinculadas a Previdência caiu
assustadoramente. O número de trabalhadores com
direito ou condições pra se aposentar caiu muito
mais ainda. E a reserva dos que conseguiram se
aposentar não é suficiente para a expectativa de
sobrevida. Então, a pessoa terá que reduzir ainda
mais o valor do benefício. Tanto que a maioria dos
aposentados nesses países recebe menos que um
salário mínimo de benefício previdenciário, porque
não tem poupança, não tem renda suficiente pra
acumular mais do que isso.
No caso brasileiro, se a gente adotar o regime de
capitalização, vai ser uma tragédia porque a
previdência pública é assistência social e tem
caráter solidário, que garante a economia do
Interior.
Mais de 70% dos municípios recebem um benefício
previdenciário que é maior que sua economia é capaz
de gerar. Maior que o Fundo de Participação do
Município e maior que a receita própria do
município.
Portanto, o idoso e o aposentado naquela localidade
assumem a condição de arrimo de família. Ou seja,
todos se agregam em torno dele, que movimenta a
economia local e impede migração para os grandes
centros, onde vão enfrentar uma vida miserável.
Então, sob qualquer ponto de vista que se analise, o
regime de capitalização é uma tragédia. E não
adianta dizer que é alternativo ou facultativo. Isso
é mentira. Quando o FGTS foi adotado, em 1967,
também se dizia que era opcional. O trabalhador
procurava o emprego e empregador dizia: você tem
duas opções pela estabilidade no emprego ou pelo
FGTS. Só que eu só estou contratando pelo FGTS.
Então, essa opção não é do trabalhador; é do
empregador.
O mesmo vale para a capitalização. Se eu sou
empregador e vou contratar, por que eu vou empregar
alguém pagando o dobro do que ele paga para a
Previdência, se eu tenho a alternativa no regime de
capitalização, de não pagar nada. Então, o regime de
capitalização deve ser a prioridade zero do
enfrentamento dessa reforma.
Fonte: Agência Sindical
03/05/2019 -
4,8 milhões de desempregados já deixaram de buscar
trabalho, diz IBGE
Últimos dados sobre emprego no Brasil mostram
que, das 13,4 milhões de pessoas sem emprego, 37,8%
desistiram da procura
O número de pessoas aptas ao trabalho mas sem
emprego no Brasil superou a marca dos 13,4 milhões
no primeiro trimestre de 2019. Isso significa dizer
que 12,7% dos brasileiros e brasileiras estão
desempregados. Os dados atualizados foram divulgados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), na última terça (30).
"Os dados confirmam o indicativo do aumento do
número do desemprego. Talvez o mais importante seja
o volume desse aumento de desocupados. São 1,2
milhões de pessoas, comparando com o trimestre
anterior. A taxa aumentou mais de um ponto
percentual, o que é muito significativo em um
primeiro trimestre", comenta Patrícia Pelatieri,
coordenadora de pesquisas do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Uma análise mais aprofundada sobre os dados do IBGE
revela outros recortes que permitem avaliar a
evolução do cenário laboral brasileiro: 6,8 milhões
de pessoas estão subocupadas. Tratam-se, em geral,
de trabalhadores informais ou que se dedicam aos
chamados bicos, trabalhando menos horas do que
poderiam.
O sociólogo Ricardo Antunes, um dos maiores
estudiosos brasileiros sobre o mundo do trabalho,
explicou em entrevista ao Brasil de Fato que este
tipo de trabalho, informal, intermitente é a "antessala
do desemprego".
Os números apontam também para um grupo crescente de
trabalhadores desalentados, ou seja, desempregados
que deixaram de procurar emprego, cresceu 3,9% no
último trimestre. No total, 180 mil pessoas
desistiram de encontrar um trabalho, somando 4,8
milhões de brasileiros.
Antunes interpreta que a condição de desalento não
significa que o trabalhador ou a trabalhadora não
queira mais buscar emprego porque não precisa. "Eles
não buscam mais emprego porque estão fazendo isso há
um, dois anos. Para buscar emprego você tem que
acordar cedo, ter dinheiro para condução, para
alimentação. É muito custoso", analisa.
Somados os trabalhadores sub-ocupados, os
trabalhadores que poderiam trabalhar mas não o fazem
por diversos motivos – uma mãe que não pode
trabalhar por ter que cuidar de um filho pequeno sem
acesso a creche, por exemplo – e os trabalhadores
desalentados, o Brasil atingiu o recorde de 28,3
milhões de pessoas classificadas pelo IBGE como
subutilizadas.
"É muito preocupante olhar esse quadro,
principalmente ao verificarmos o perfil dos
desalentados, dos sub-ocupados e desempregados. São,
em sua maioria, mulheres jovens entre 18 e 24 anos.
Trabalhadores de ocupações elementares, com baixa
escolaridade. Estamos falando de um empobrecimento
da classe trabalhadora muito significativo", alerta
Pelatieri.
De acordo com Antunes, a criação de bolsões de
desempregados é servil ao sistema capitalista.
Sobretudo no cenário atual, em que as políticas
sociais estão em retração, e com os efeitos da
reforma trabalhista, tornando trabalhadores cada vez
mais reféns às condições degradantes impostas pelos
empregadores.
"O desemprego é o flagelo mais brutal. E cada vez
mais esse bolsão de desempregados se confunde com o
bolsão de subempregados, de informais intermitentes,
porque todos esses vivenciam muitos horários de suas
vidas em que deveriam trabalhar para sobreviver, na
condição real de desemprego", concluiu Antunes.
Fonte: Brasil de Fato
03/05/2019 -
Ministro decide por urgência na avaliação do STF
sobre fim de conselhos sociais
Para Marco Aurélio de Mello, decreto de Bolsonaro
representa usurpação de competência do Executivo
sobre Legislativo e atuação dos conselhos é parte do
Estado democrático de direito
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco
Aurélio de Mello determinou que o colegiado da Corte
aprecie com urgência a inconstitucionalidade do
decreto 9.759, que extingue os conselhos da
Administração Pública Federal, cujos colegiados são
integrados por representantes da sociedade civil.
Mello é relator de uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6.121 com pedido de
liminar impetrada pelo Partido dos Trabalhadores
(PT). A decisão é um vitória parcial da oposição.
Os conselhos foram criados nos governos de Luiz
Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff – alguns
deles desde o governo de Fernando Henrique Cardoso –
e vinham se consolidando como importantes meios de
participação da sociedade civil nas políticas
públicas do país.
O magistrado afirma que a edição pelo Executivo do
decreto revela usurpação da competência do Congresso
Nacional, já que a os conselhos precisam de
regulamentação a ser feita em lei no “sentido
formal”.
Parlamentares oposicionistas já tinham argumentado
que a extinção dos conselhos viola o modelo
constitucional de formulação e implementação de
políticas públicas, que demanda participação e
fiscalização popular.
Em outro trecho da sua decisão, Marco Aurélio de
Mello destaca que considera, com o decreto do
presidente Jair Bolsonaro, “violados os princípios
republicano, democrático e da participação popular
previstos na Constituição Federal”.
Segundo ressalta ainda o magistrado, “considerada a
‘Política Nacional de Participação Social’, os
conselhos, no que revestidos de caráter consultivo,
consubstanciam ‘ferramenta de efetivação da
democracia brasileira’, porque instrumentalizam
diálogo permanente entre o governo e os diversos
grupos organizados da sociedade civil”.
O ministro acrescentou também, ao falar sobre a
importância destes órgãos, que eles ampliam a
participação democrática do povo nos rumos das
políticas públicas ou na efetivação dos direitos
garantidos legal e constitucionalmente.
Para Marco Aurélio de Mello, a participação dos
cidadãos na condução dos assuntos estatais é
considerada uma “exigência ínsita ao Estado
Democrático de Direito”. Na ADI 6.121, o PT
argumentou que a o decreto de extinção dos órgãos da
administração pública representa irregularidade
formal do Executivo.
Irregularidade do Executivo
O decreto 9.759, assinado em 12 de abril, estabelece
um prazo de 60 dias para que conselhos, comitês,
comissões, grupos, juntas, equipes, mesas, fóruns,
salas e qualquer outra denominação de colegiado
feita por participação social que não tenham sido
criados por lei justifiquem sua existência para
serem avaliados.
O objetivo, conforme explicou na ocasião o próprio
Executivo, é reduzir de 700 para 50 o número destes
colegiados, que estão previstos na Política Nacional
de Participação Social (PNPS) e no Sistema Nacional
de Participação Social (SNPS) - programas, criados
em 2014, também extintos.
Entre os ameaçados estão organismos fundamentais
para a sociedade brasileira como o Conselho Nacional
dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), o
Conselho Nacional de Combate à Discriminação e
Promoção dos Direitos de LGBT (CNCD/LGBT), o
Conselho Nacional de Erradicação do Trabalho
Infantil (Conaeti), o dos Direitos do Idoso (CNDI),
o de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC),
o Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), o
de Relações do Trabalho, o de Agroecologia e
Produção Orgânica (CNAPO), a Comissão Nacional de
Política Indigenista (CNPI), a da Biodiversidade (Conabio),
o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI).
Para a cientista política Carla Bezerra, vários
desses órgãos possuem atribuições essenciais à
execução de políticas públicas diversas. “A
extinção, sem detalhar de quais órgãos estamos
falando, tem como efeito imediato uma enorme
insegurança jurídica”, avaliou.
A pauta da mais alta Corte do país é decidida,
tradicionalmente, pelo presidente do tribunal, que é
hoje o ministro Dias Toffoli. Mas com a decisão do
ministro Marco Aurélio, a previsão é de que a ADI
entre na pauta de julgamento do STF até junho.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/05/2019 -
Márcio Jerry: "Bolsonaro não enfrenta os problemas
reais do Brasil"
Em cinco tuítes, o deputado federal Márcio Jerry
(PCdoB) resumiu como tem sido até agora os quatro
meses de mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL):
1. O presidente Jair Bolsonaro comete desatinos
todos os dias. Não enfrenta nenhum dos problemas
reais do país, prefere fazer guerra política
permanente, atacar direitos, propor absurdos contra
o povo.
2. Governo Bolsonaro mira os mais pobres e as
políticas públicas fundamentais para o país. É o
governo que quer fazer da previdência mais um bom
negócio para os banqueiros, expondo a maioria do
povo à desassistência previdenciária.
3. Governo Bolsonaro é o da violência. Discursa
estimulando a conflagração, flexibiliza uso de
armas, prega agressões, ataca a educação, ameaça
retirar ainda mais recursos da saúde.
4. Nunca o Brasil passou tantos vexames
internacionais. Um dos maiores países do planeta
exposto todos os dias ao ridículo pelas patetices
presidenciais. Jair Bolsonaro se comporta como uma
vassalo dos EUA e um bobão perante o mundo.
5. Na cruzada bolsonarista os alvos são o povo, os
sindicatos, a imprensa, a educação, saúde, os
direitos, a democracia. Enfim, tudo que a sociedade
brasileira erigiu ao longo de décadas vira alvo da
maluquice do presidente, filhos e "guru". Muito
absurdo junto. Reage, Brasil!
Fonte: Portal Vermelho
03/05/2019 -
CNTA orienta filiados a atuarem forte na base e
reforça apoio à greve geral
"A greve geral precisa ser construída através do
esclarecimento da sociedade sobre as maldades da
reforma da Previdência". Quem faz esta afirmação é
Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação e Afins. Em entrevista nesta quinta (2)
à Rádio Web Agência Sindical, o dirigente avaliou
positivamente o ato de 1º de Maio Unificado.
"Este 1º de Maio teve todos os motivos para
protestar. Houve uma presença significativa de
público. E o que pude notar é que todos estavam
contestando esse modelo de governo que está aí",
comenta Artur.
O sindicalista afirma que é preciso ir além da
crítica ao modelo de governo. Para ele, só com esse
argumento não se consegue convencer os trabalhadores
e a sociedade. “É preciso ser objetivo. O modelo
desse governo atende interesses do grande capital.
Nós temos que pontuar cada ataque e o quanto ele vai
atingir a sociedade”, diz.
O presidente da CNTA antecipa como deve ser a
mobilização na categoria. Dia 11, em Limeira, haverá
mobilização em portas das fábricas comandadas pelo
Sindicato local, com apoio da Confederação. “Vamos
realizar ações em nossas bases, usando a Calculadora
do Dieese. Em dois minutos conseguimos mostrar o
quanto essa reforma acaba com as aposentadorias. Com
isso, esperamos mobilizar os trabalhadores para a
greve geral do dia 14 de junho”, destaca Artur
Bueno.
Reformas - O dirigente lembra que a reforma
trabalhista não trouxe nada daquilo que foi
prometido. “E a reforma da Previdência também não
trará nada ao desenvolvimento do País”, aponta.
Artur continua: “O governo não tem credibilidade. A
cada dia é uma notícia que causa transtorno para
economia e desenvolvimento do País. Isso causa todo
tipo de insegurança e com isso afasta os
investimentos. Por isso, o Brasil está parado”.
Mais informações: www.cntaafins.org.br
Fonte: Agência Sindical
03/05/2019 -
Silvio Santos vende apoio ao fim da Previdência
O SBT, de Silvio Santos, recebeu o presidente Jair
Bolsonaro na tarde desta quinta-feira 2 e, com isso,
consagrou a venda do apoio da emissora à Reforma da
Previdência. O canal já é forte apoiador do governo
Bolsonaro.
O presidente participou da gravação do Programa
Silvio Santos, após chegar de helicóptero no
complexo localizado na Rodovia Anhanguera, em
Osasco. Ele postou foto nos estúdios com Silvio
Santos em suas redes sociais.
"Gravando com o maior comunicador deste país.
Assuntos de interesse de todos os brasileiros,
incluindo a Nova Previdência. Programa irá ao ar
neste domingo. Não percam!", tuitou Bolsonaro.
Em janeiro de 2018, Silvio Santos fez o mesmo com
Michel Temer, que acabou deixando o poder sem
aprovar a reforma da Previdência.
Este ano, o SBT recebeu R$ 7,3 milhões em verbas
publicitárias da secretaria de comunicação do
governo federal, ficando atrás apenas da Record, que
pela primeira vez ultrapassou a Globo e liderou a
fatia.
Além da mudança na estrutura de distribuição, que
deixou a Globo em terceiro lugar em 2019, o montante
pago ao SBT também é muito maior em comparação aos
anos anteriores. Em 2018, a emissora de Silvio
Santos recebeu R$ 1,1 milhão e em 2017, a partilha
foi de R$ 1,34 milhão.
Fonte: Brasil247
03/05/2019 -
CNBB critica "reformas" previdenciária e trabalhista
A mensagem, divulgada durante a missa de
abertura, foi reforçada pelo presidente da CNBB, dom
Sérgio da Rocha
Matéria do jornal O Estado de S. Paulo informa que a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
criticou o projeto de “reforma” da Previdência do
governo de Jair Bolsonaro (PSL) por
"desconstitucionalizar" as regras da Previdência,
durante a abertura da sua 57.ª Assembleia Geral da
Conferência Nacional, nesta quarta-feira, 1º, em
Aparecida, interior de São Paulo.
A mensagem, divulgada durante a missa de abertura,
foi reforçada pelo presidente da CNBB, dom Sérgio da
Rocha, durante a homilia. "Os trabalhadores são os
mais fragilizados na sociedade, os que sofrem com o
desemprego e com a falta de condições dignas de
trabalho", disse.
Já na mensagem, cujo texto ele também assina, a CNBB
pediu que trabalhador e sindicatos participem da
discussão para preservar "sua justa e digna"
aposentadoria. A Assembleia Geral reúne mais de 400
bispos para discutir, até o próximo dia 10, os
desafios e diretrizes da Igreja brasileira até 2023.
O conclave também elegerá a nova presidência da CNBB
para os próximos quatro anos.
A mensagem destaca que a Previdência é fundamental
para garantir a dignidade do trabalhador que se
aposenta. "Reconhecer a necessidade de avaliar o
sistema não permite desistir da lógica da
solidariedade e da proteção social através da
capitalização, como propõe a PC 06/2019. Também não
é ético desconstitucionalizar regras da Previdência,
inseridas na Constituição de 1988", afirma o texto.
"Reforma" trabalhista
A CNBB criticou também a "reforma" trabalhista, por
ter agravado o problema do desemprego. "A
flexibilização de direitos dos trabalhadores,
institucionalizada pela lei 13.467 de 2017, como
solução para superar a crise, mostrou-se
ineficiente. Além de suscitar questionamentos
éticos, o desemprego aumentou e já são mais de treze
milhões de desempregados. O Estado não pode abrir
mão do seu papel de mediador das relações
trabalhistas, numa sociedade democrática", afirma.
O texto do clero reafirma o princípio orientador da
doutrina social da Igreja na primazia do trabalho e
do bem comum sobre o lucro e o capital. "Nos nossos
dias, difunde-se o paradigma da utilidade econômica
como princípio das relações sociais e, por isso, de
trabalho, almejando a maior quantidade possível de
lucro, imediatamente e a todo o custo, em detrimento
da dignidade e dos direitos dos trabalhadores e das
trabalhadoras."
A mensagem cita o papa Francisco, para quem o
desemprego juvenil é a primeira e mais grave forma
de exclusão e marginalização dos jovens. "A
impossibilidade de trabalho gera a perda do sentido
da vida e, consequentemente, leva à pobreza e à
marginalização. Incentivamos os trabalhadores e
trabalhadoras e as suas organizações a colaborarem
ativamente na construção de uma economia justa e de
uma sociedade democrática."
Fonte: Portal Vermelho
03/05/2019 -
Bolsonaro nomeia como interlocutor deputado que
pediu impeachment de Mourão
O presidente Jair Bolsonaro escolheu o deputado
evangélico de direita Marco Feliciano (Pode-SP) como
seu interlocutor no Congresso. Feliciano é o autor
do pedido de impeachment do vice-presidente,
Hamilton Mourão.
A jornalista Mônica Bergamo informa em sua coluna no
jornal Folha de S.Paulo que Feliciano foi recebido
três vezes nesta semana pelo presidente.
Participaram juntos na Agrishow, em SP, na última
segunda-feira e no dia seguinte foi convocado para
uma reunião de Bolsonaro com o presidente da Frente
Parlamentar Evangélica, Silas Câmara.
Na quinta, o presidente e o deputado, ambos de
extrema direita, viajaram juntos a Santa Catarina
para participar do congresso evangelístico Gideões.
O setor evangélico, decisivo na campanha eleitoral e
na formação da base de apoio do governo Bolsonaro
tem agora no deputado Feliciano um interlocutor que
fará a linha direta com o Palácio do Planalto,
informa a coluna.
Fonte: Brasil247
03/05/2019 -
Ministro suspende norma que admite que trabalhadoras
grávidas e lactantes desempenhem atividades
insalubres
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), deferiu liminar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 5938 para suspender
norma que admite a possibilidade de trabalhadoras
grávidas e lactantes desempenharem atividades
insalubres em algumas hipóteses. A ação foi ajuizada
no Supremo pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos. O relator verificou que
estão presentes no caso os requisitos da
plausibilidade jurídica do direito e do perigo da
demora, necessários para a concessão da cautelar.
A confederação questiona expressões contidas nos
incisos II e III do artigo 394-A da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) com a redação conferida pelo
artigo 1º da Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista).
A norma admite que trabalhadoras gestantes exerçam
atividades consideradas insalubres em grau médio ou
mínimo e lactantes desempenhem atividades insalubres
em qualquer grau, exceto quando apresentarem
atestado de saúde emitido por médico de confiança da
mulher que recomende o afastamento durante a
gestação e a lactação. Tal permissão legal, segundo
a entidade autora, afronta a proteção que a
Constituição Federal atribui à maternidade, à
gestação, à saúde, à mulher, ao nascituro, aos
recém-nascidos, ao trabalho e ao meio ambiente do
trabalho equilibrado.
Liminar
Na análise da plausibilidade jurídica do pedido (fumus
boni juris), o relator observou que as normas
impugnadas expõem as empregadas gestantes a
atividades insalubres de grau médio ou mínimo e as
empregadas lactantes a atividades insalubres de
qualquer grau e impõem a elas o ônus de apresentar
atestado de saúde como condição para o afastamento.
Em análise preliminar da matéria, ele entendeu que
as expressões impugnadas não estão em consonância
com diversas garantias constitucionais, entre elas a
proteção à maternidade, que norteia outros direitos
sociais, como a licença-maternidade, o direito à
segurança no emprego assegurado à gestante e normas
de saúde, higiene e segurança, “os quais representam
não apenas normas de proteção à mulher gestante ou
lactante, mas também ao nascituro e recém-nascido
lactente”.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a proteção
da mulher grávida ou da lactante em relação ao
trabalho insalubre caracteriza-se como direito
social protetivo tanto da mulher quanto da criança.
“A proteção à maternidade e a integral proteção à
criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser
afastados pelo desconhecimento, pela impossibilidade
ou pela própria negligência da gestante ou lactante
em juntar um atestado médico, sob pena de
prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido”,
ressaltou.
O perigo da demora (periculum in mora), outro
requisito para a concessão de liminar, está
demonstrado em razão de as expressões questionadas
permitirem a exposição de empregadas grávidas e
lactantes a trabalho em condições insalubres, o que,
segundo o relator, deve ser obstado de imediato.
“Mesmo em situações de manifesto prejuízo à saúde da
trabalhadora, por força do texto impugnado, será
ônus desta a demonstração probatória e documental
dessa circunstância, o que obviamente desfavorece a
plena proteção do interesse constitucionalmente
protegido, na medida em que sujeita a trabalhadora a
maior embaraço para o exercício de seus direitos”,
destacou.
A decisão cautelar suspende a eficácia da expressão
“quando apresentar atestado de saúde, emitido por
médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento”, contida dos dispositivos impugnados.
Fonte: STF
02/05/2019 -
Em discurso no Dia do Trabalho, Bolsonaro evita
falar sobre desemprego
País tem 13 milhões de desempregados - Presidente
cita ‘dificuldades iniciais’ - Ênfase foi sobre
liberdade econômica
O presidente Jair Bolsonaro fez 1 pronunciamento em
rede nacional de rádio e televisão neste 1º de Maio,
Dia do Trabalho. Em sua fala de 1 minuto e 52
segundos, ele evitou falar sobre o desemprego –que
atinge 13,4 milhões de brasileiros. A proposta de
reforma da Previdência também não foi citada.
O texto do pronunciamento foi lido em 1 teleprompter.
A ênfase do discurso de Bolsonaro foi a medida
provisória da liberdade econômica, assinada na 3ª
feira. A MP altera a legislação sobre pequenas
empresas e startups para tentar para minimizar a
burocracia. De acordo com as mudanças, as empresas
contempladas não precisarão de alvará para testar
novos produtos e serviços, caso tais mercadorias não
afetem nem saúde ou nem a segurança pública e
sanitária.
LEIA A ÍNTEGRA DO QUE FALOU O PRESIDENTE:
“Senhoras e senhores, boa noite.
Na data de ontem [30.abr.2019], foi realizada a
cerimônia de assinatura da medida provisória que
trata da declaração dos direitos de liberdade
econômica cuja finalidade é estabelecer,
principalmente, garantias de livre mercado.
É uma iniciativa do nosso Ministério da Economia,
que restringe o papel do Estado no controle e na
fiscalização da atividade econômica. Está
concretizada em direitos considerados essenciais ao
crescimento do país, dos quais destaco: desenvolver
a atividade econômica de baixo risco para o sustento
próprio da sua família; produzir, empregar e gerar
renda assegurada a liberdade para o desenvolvimento
econômico; não ter restringida, por qualquer
autoridade, sua liberdade em definir o preço de
produtos e de serviços; receber tratamento
igualitário de órgãos e de entidades da
administração pública, dentre outros.
Esse é o compromisso do meu governo com a plena
liberdade econômica. Única maneira de proporcionar
por mérito próprio e sem interferência do Estado o
engrandecimento de cada cidadão.
O caminho é longo. Eu sei que unidos ultrapassaremos
essas dificuldades iniciais que são naturais nas
transições de governo. Especialmente se as
concepções políticas forem antagônicas. O Brasil
elegeu a esperança. Razão pela qual estarei sempre
atento para não decepcioná-los.
É o meu compromisso com você neste Dia do Trabalho.
Boa noite e que Deus abençoe o nosso Brasil.”
Fonte: Poder360
02/05/2019 -
Emprego, salário? Para governo, 1º de Maio é dia de
controle sindical
Sergio Moro anuncia novo "marco normativo" de
registro de entidades sindicais, que no ano passado
foram objeto de investigação.
Mas não houve consulta aos atores envolvidos
No dia consagrado ao trabalhador, normalmente os
governantes dedicam discursos a temas como emprego,
salário e crescimento. No caso do atual mandatário,
que não tem agenda oficial no dia de hoje, o 1º de
Maio serve para publicar portaria sobre registro
sindical digital.
Essa área, considerada bastante sensível, saiu do
Ministério do Trabalho, extinto por Jair Bolsonaro,
e foi para a pasta da Justiça, comandada por Sergio
Moro. Em certo sentido, a questão social voltou a
ser caso de polícia, como era admitido de maneira
mais clara no tempo da República Velha.
A portaria sai em edição extraordinária do Diário
Oficial da União, nesta quarta-feira (1º). Segundo
representantes das centrais, a medida foi elaborada
sem nenhum tipo de negociação com o movimento
sindical, apesar de se tratar de tema de interesse
direto das entidades.
Terça (30), o governo anunciou o "marco normativo do
registro sindical", criado, segundo anúncio oficial,
para dar "transparência e celeridade" ao processo. O
objetivo é de, até o final do ano que vem, reduzir o
período entre solicitação e distribuição de 919 para
10 dias. E a decisão final cairia de quatro anos
para nove meses.
Segundo Moro, a "reorganização" do setor deve
"coibir malversações nesta área", além de atender
aos interessados – que não foram consultados a
respeito. O governo espera que todos os 25 mil
processos que tramitaram nos últimos 15 anos estejam
digitalizados até o final de 2020.
A atividade de registro sindical estava interrompida
desde o ano passado. Uma operação da Polícia
Federal, chamada Registro Espúrio, apurou fraudes na
concessão de registros. A investigação envolvia
políticos ligados ao PTB.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/05/2019 -
1º de Maio Unitário dá a arrancada para a greve
geral de 14 de junho
Diante de um público de 200 mil pessoas,
lideranças sindicais, sociais e políticas
reafirmaram nesta quarta-feira (1/5), Dia
Internacional do Trabalhador, a disposição para
convocar uma greve geral contra a reforma da
Previdência do governo Bolsonaro (PSL). No 1º de
Maio mais representativo da história – com todas as
centrais sindicais, a Frente Brasil Popular e a
Frente Povo sem Medo –, cresceu o consenso para uma
nova paralisação nacional, já pré-convocada para 14
de junho.
Por André Cintra
“O golpe de 2016 abortou o sonho do povo brasileiro
e impôs um retrocesso inédito, com medidas como a
contrarreforma trabalhista e o congelamento dos
gastos públicos. Foi uma orientação reacionária que
o governo Bolsonaro está aprofundando”, declarou
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Segundo ele, “é um momento importante, um momento de
reflexão”, que passa pela unidade das centrais e do
conjunto do movimento sindical. “Temos de buscar uma
perspectiva de desenvolvimento para o País, de
geração de empregos, de um Brasil melhor.”
Na opinião Ubiraci Oliveira, o Bira, presidente da
CGTB, “este é um momento histórico. Os trabalhadores
do Brasil se uniram contra esse crime que é a
reforma da Previdência”. De acordo com Bira, a
proposta de desmonte da Previdência Social
apresentada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) “é
ruim para todo mundo, mas é pior para as mulheres”.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
afirmou que o sindicalismo não pode sucumbir a uma
“reforma que tira direitos e mantém privilégios”.
Luiz Gonçalves, o Luizinho, da Nova Central (NCST),
ressaltou a unidade: “Estamos juntos com as demais
centrais contra essa mentira que está prevalecendo”.
Para Vagner Freitas – que preside a CUT –, “a única
forma de barrar essa reforma é fazer o enfrentamento
nas ruas. É greve geral!”.
Políticos
O deputado federal Orlando Silva, presidente do
PCdoB-SP, acusou o presidente Jair Bolsonaro de
liderar uma gestão entreguista, “a serviço das
grandes empresas” e de interesses externos.
“Bolsonaro tem um governo formado por um bando de
malucos e um bando de usurpadores. Ele brinca com a
democracia e quer acabar com a luta dos
trabalhadores, com os sindicatos”, afirmou Orlando.
O parlamentar destacou o bem-sucedido empenho do
movimento sindical para viabilizar um Dia do
Trabalhador unificado, em conjunto com as frentes e
com os partidos de oposição ao governo Bolsonaro.
“Esta é a reposta que temos de dar: todos unidos em
defesa da democracia, dos direitos e do nosso povo.
Hoje tem de ser o começo, o primeiro passo de uma
grande caminhada, que vai produzir uma grande greve
geral e dizer ‘não’ à reforma da Previdência!”.
Dois candidatos à Presidência nas eleições 2008,
Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL),
marcaram presença no 1º de Maio Unitário. “Não é nem
uma reforma da Previdência. A gente precisa chamar a
coisa pelo nome: é a destruição da Previdência
pública no Brasil, disse Boulos. “Claro que temos
diferenças. Mas, quando se trata de defender
direitos, este palco fala a mesma língua.”
Haddad retomou uma bandeira de sua campanha
eleitoral: “Temos que defender que a pessoa tenha um
livro numa mão e uma carteira de trabalho na outra”.
E defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, condenado sem provas e preso desde abril de
2018. “Não teremos paz e segurança enquanto Lula
estiver preso”, disse Haddad.
Pela Frente Brasil Popular falou João Pedro Stédile,
dirigente nacional do MST. “Nós, dos movimentos
populares, estamos aqui para cerrar fileiras com o
movimento sindical e dizer que mobilizaremos nossa
base contra a reforma da Previdência”, afirmou
Stédile. “O povo brasileiro não suportará nenhuma
perda de direitos. Viva o povo brasileiro! Lula
livre!”
Fonte: Portal Vermelho
02/05/2019 -
No primeiro trimestre do ano 'novo', mais desemprego
e mais desalento
Total de desempregados aumentou em 1,2 milhão em
três meses e foi a quase 13,4 milhões.
A subutilização da força de trabalho (25%) bateu
recorde, segundo o IBGE
No primeiro trimestre do "novo" governo, o número de
desempregados cresceu 10,2%, em 1,2 milhão, para um
total de 13,387 milhões, segundo a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada
na manhã desta terça-feira (30) pelo IBGE. A taxa de
desemprego foi a 12,7%, ante 11,6% no último
trimestre do ano. Não variou significativamente em
relação a igual período de 2018 (13,1%). O total de
ocupados (91,863 milhões) caiu 0,9% no trimestre,
com menos 873 mil. A subutilização da força de
trabalho é recorde e o desalento continua subindo.
A taxa de subutilização, que indica gente que
poderia estar trabalhando mais, atingiu 25%, o maior
nível da série histórica, iniciada em 2012. A
população subutilizada chega a 28,3 milhões, com
acréscimo de 1,5 milhão de pessoas no trimestre e de
819 mil em 12 meses.
De acordo com o IBGE, o numero de pessoas
desalentadas – que desistiram de procurar emprego –
subiu também nas duas comparações, somando 4,8
milhões. O percentual de desalentados manteve o
recorde da série (4,4%).
Considerados 12 meses, o país abriu 1,591 milhão de
ocupações (1,8%). Mas o que cresce é sempre o
trabalho informal. Basicamente, o emprego sem
carteira (466 mil a mais no período) e os
trabalhadores por conta própria (879 mil).
O número de empregados no setor privado com carteira
assinada foi estimado em 32,918 milhões, estável
tanto no trimestre como em 12 meses. O total de sem
carteira (11,124 milhões) caiu 3,2% no primeiro
período de 2019 (menos 365 mil) e cresceu 4,4% em
relação a igual período do ano passado. Isso
aconteceu também com os trabalhadores por conta
própria: estável nos primeiros três meses e com
crescimento de 3,8% em 12 meses.
Estimado em R$ 2.291, o rendimento médio ficou
estável no início do ano. E teve crescimento de 3,3%
em relação a 2018.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/05/2019 -
Subutilizados no mercado de trabalho chegam a 28,3
milhões, diz IBGE
A população subutilizada no mercado de trabalho
atingiu o número recorde 28,3 milhões de pessoas no
primeiro trimestre deste ano, ou seja, 5,6% a mais
do que no último trimestre de 2018 e 3% a mais do
que no primeiro trimestre daquele ano. Os dados são
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.
De acordo com o IBGE, é considerado subutilizado
todo aquele que está desempregado, que trabalha
menos do que poderia, que não procurou emprego mas
estava disponível para trabalhar ou que procurou
emprego mas não estava disponível para a vaga.
A taxa de subutilização também é a maior da série
histórica: 25%, superior aos 23,8% do trimestre
anterior e aos 24,6% do primeiro trimestre de 2018.
O número de pessoas desalentadas, ou seja, aquelas
que desistiram de procurar emprego chegou a 4,8
milhões, 3,9% superior (mais 180 mil pessoas) em
relação ao último trimestre de 2018 e 5,6% superior
(mais 256 mil pessoas) em relação ao primeiro
trimestre do ano passado.
A população fora da força de trabalho, ou seja, que
não está nem trabalhando nem procurando emprego,
ficou estável em 65,3 milhões, ante o último
trimestre de 2018 e 1% superior (mais 649 mil
pessoas) em relação ao primeiro trimestre de 2018
(64,6 milhões).
Fonte: Agência Brasil
02/05/2019 -
Comissão da reforma da Previdência deve votar
parecer em junho
O presidente da comissão especial que vai analisar o
mérito da reforma da Previdência na Câmara, deputado
Marcelo Ramos (PR-AM), disse nesta terça-feira (30)
que espera votar o parecer da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 6/2019) em junho no colegiado.
“Se o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia quer votar
em plenário em julho, vamos montar o cronograma para
terminar os trabalhos em junho. Acontece que existem
elementos nesse debate que independem de nós porque
a elaboração do relatório na comissão tem que ser
coordenada com a construção de maioria no plenário.
Não adianta votar na comissão sem ter a garantia de
maioria no plenário”, afirmou o parlamentar.
Ramos reuniu-se nesta terça-feira com o relator da
reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), e com o vice-presidente da comissão,
deputado Silvio Costa Filho (PRB-PE), para definir
um cronograma de trabalho que será apresentado aos
coordenadores de bancada dos partidos que compõem o
colegiado na próxima terça-feira (7), quando
ocorrerá a primeira reunião ordinária da comissão.
O plano de trabalho prevê que 11 audiências públicas
sejam feitas em maio ouvindo a equipe econômica e
representantes de corporações e da sociedade civil.
A ideia de Ramos é reunir a comissão três vezes por
semana.
“Temos 130 sugestões de pessoas a serem ouvidas em
requerimentos protocolados. A nossa ideia é ouvir
entre 50 e 60 pessoas, as mais variadas, desde
representantes de associações corporativas,
técnicos, acadêmicos, a equipe do Ministério da
Economia”, informou.
Marcelo Ramos também se reuniu com os deputados da
oposição, Júlio Delgado (PSB-MG), e Orlando Silva
(PCdoB-SP). “A reunião com o presidente da comissão
especial foi muito produtiva. Tratamos de
procedimentos. Ficou claro que não vai ter
açodamento. Existe um regimento que vale para o
governo e para a oposição. É necessário um debate
aprofundado”, afirmou Orlando Silva.
Para Júlio Delgado, é pouco provável votar o parecer
na comissão especial em junho. “Não precisa ter
pressa para fazer a coisa direito que acolha o
sentimento de todos os brasileiros”, disse Delgado.
“O mais importante é ter algo atingindo aqueles que
são privilegiados.”
O presidente, vice-presidente e relator da comissão
especial da reforma da Previdência também se reúnem
esta tarde com secretário especial da Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, no Ministério da
Economia.
Fonte: Agência Brasil
02/05/2019 -
Ataque aos Correios é a nova diretriz do governo
O desmonte da estrutura pública brasileira tem um
novo capítulo com o ataque direto de Bolsonaro aos
Correios. O ex-capitão discutiu com Salim Mattar,
secretário especial de Desestatização e
Desinvestimento do ministério da Economia, as
possibilidades de privatização da maior estatal
brasileira, que emprega 106 mil funcionários.
Mattar acusou os Correios de "práticas de corrupção"
e destacou que "decisões equivocadas causaram um
rombo de mais de R$ 11 bilhões no fundo de pensão
dos funcionários dos Correios, o Postalis."
Bolsonaro sempre alimentou a ideia de privatizar os
Correios. Em outubro de 2018, antes de ser eleito,
afirmou que a estatal tem grande chance de
privatização.
A matéria do jornal Folha de S. Paulo destaca que os
ataques de Mattar à estatal não se resumiram a
generalidades: ele também fustigou os planos de
assistência dos funcionários. "Mattar argumentou que
o rombo no plano de saúde dos funcionários dos
Correios atingiu R$ 3,9 bilhões."
Fonte: Brasil247
02/05/2019 -
Preço de produtos na saída das fábricas sobe 1,63%
em março, diz IBGE
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) – que mede a
variação de preços dos produtos industrializados no
momento em que saem das fábricas – registrou
inflação de 1,63% em março deste ano. A taxa é
superior ao 0,45% de fevereiro deste ano e ao 1,08%
de março do ano passado.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de 1,32% no
ano e de 8,98% em 12 meses.
Dezenove das 24 atividades industriais pesquisadas
tiveram alta de preços em março, com destaque para
refino de petróleo e produtos de álcool (6,74%),
indústrias extrativas (12,13%), alimentos (0,71%) e
metalurgia (0,83%).
Entre as cinco atividades com queda de preços estão
perfumaria (-0,94%), borracha (-0,57%) e bebidas
(-0,39%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, a
maior alta de preços foi observada entre os bens de
consumo semi e não duráveis (2,24%) e os bens
intermediários, ou seja, os insumos industrializados
usados no setor produtivos (1,59%). Também tiveram
inflação os bens de capital, isto é, as máquinas e
equipamentos (0,91%).
Os bens de consumo duráveis tiveram queda de preços
de 0,03% no mês.
Fonte: Agência Brasil
02/05/2019 -
Projeto prevê atendimento prioritário especial para
idosos maiores de 80 anos
O Projeto de Lei 927/19 torna obrigatório o
atendimento prioritário especial para idosos maiores
de 80 anos e pessoas com deficiência.
A medida é acrescentada à Lei 10.048/00, que já
prevê atendimento prioritário às pessoas com
deficiência, aos idosos com idade igual ou superior
a 60 anos, às gestantes, às lactantes, às pessoas
com crianças de colo e aos obesos. Pela proposta, as
pessoas com deficiência e com mais de 80 anos serão
atendidas preferencialmente em relação às demais.
“Dentre os beneficiários do atendimento prioritário
há pessoas que demandam um tratamento especial, por
serem ainda mais vulneráveis”, justifica o deputado
Hélio Costa (PRB-SC), autor da medida.
Pelo texto, os órgãos da administração pública, as
empresas prestadoras de serviços públicos, as
instituições financeiras e estabelecimentos
comerciais de grande circulação deverão divulgar, em
lugar visível, essa prioridade.
Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas
comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência; de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
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