Blog - Notícias Anteriores - Maio 2019

 

 

31/05/2019 - Alterações na Lei Maria da Penha trazem resultado positivo


31/05/2019 - 30M traz segundo tsunami pela educação em duas semanas


31/05/2019 - Emendas de deputados alteram reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes


31/05/2019 - PIB minguado põe Brasil em 38º lugar em lista de 43 países


31/05/2019 - Governo estuda liberar saques em contas ativas do FGTS, diz Guedes


31/05/2019 - Parlamentares defendem Sistema S, mas pedem mais transparência e diálogo com governo


31/05/2019 - CDH aprova projeto que proíbe gestantes de realizarem atividades insalubres


31/05/2019 - CDH aprova mudança no pagamento de honorário pericial pelo trabalhador


31/05/2019 - STJ alinha posição com STF e define em repetitivo que, sem previsão legal, não há direito à desaposentação


30/05/2019 - Educação volta às ruas contra o corte de verbas


30/05/2019 - STF: é inconstitucional item da ‘reforma’ trabalhista que permite grávidas em atividades insalubres


30/05/2019 - MP que altera Código Florestal perderá validade, diz Davi Alcolumbre


30/05/2019 - Câmara aprova MP que cria programa de revisão do INSS


30/05/2019 - Presidente da CNI bate de frente com Bolsonaro


30/05/2019 - Paim convoca população para manifestação nesta quinta-feira


30/05/2019 - Direção do PDT vê democracia ameaçada por ações do governo Bolsonaro


30/05/2019 - Preços sobem 1,27% na saída das fábricas em abril


30/05/2019 - Trabalhadores paralisam Argentina com grande greve contra Macri


30/05/2019 - Proposta cria prazo para regularizar a representação das partes em causa trabalhista


30/05/2019 - Justiça Federal é competente para julgar restabelecimento de auxílio-acidente cessado por aposentadoria


29/05/2019 - Presidentes dos três Poderes vão lançar pacto com metas econômicas


29/05/2019 - Cármen Lúcia suspende decisão que autorizava desconto sindical em folha


29/05/2019 - Em quatro meses, pequenos negócios criam quase 300 mil empregos


29/05/2019 - Mudança nas regras de reajuste do mínimo preocupa debatedores na CDH


29/05/2019 - Mudança na tramitação de MPs pode ser votada nesta semana


29/05/2019 - Paulo Guedes se diz confiante na aprovação da reforma da Previdência


29/05/2019 - Maia pede ao relator que antecipe parecer sobre reforma da Previdência


29/05/2019 - Taxa de desemprego na Grande São Paulo aumenta pelo 2º mês seguido


29/05/2019 - Confiança do empresário da indústria cai 0,7 ponto em maio


28/05/2019 - Estudantes confirmam atos em Brasília e 23 capitais contra cortes na Educação na quinta-feira


28/05/2019 - Greve geral: motoristas de ônibus da Grande São Paulo e Baixada Santista vão parar


28/05/2019 - Estudo mostra que Capitalização fracassou em 60% dos países que mudaram Previdência


28/05/2019 - Trabalhar até os 65 anos 'não é sacrifício', diz relator da Previdência


28/05/2019 - Fachin suspende liminar que autoriza venda de subsidiária da Petrobras


28/05/2019 - Caged mostra efeitos negativos da "reforma" trabalhista


28/05/2019 - Parlamentares dizem que ato pró-Bolsonaro revela um governo decadente


28/05/2019 - Paim defende dispensa pericial a aposentados por invalidez em decorrência do HIV/Aids


27/05/2019 - Atos por Bolsonaro fracassam e perdem para a mobilização em defesa da educação


27/05/2019 - Flávio Dino: Manifestações vão piorar a governabilidade de Bolsonaro


27/05/2019 - Abril tem a maior criação de emprego formal para o mês desde 2013


27/05/2019 - CDH debate política de reajuste do salário mínimo


27/05/2019 - Frente em Defesa dos Direitos dos Idosos será lançada sexta-feira (31)


27/05/2019 - Comissão de Finanças debate correção da tabela do imposto de renda


27/05/2019 - Audiência discute direitos de trabalhadores terceirizados


27/05/2019 - Começa hoje a 5ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista


27/05/2019 - Empresa deve indenizar trabalhador demitido um mês após ajuizar ação


24/05/2019 - Desigualdade de renda atinge o pior patamar


24/05/2019 - Mandato tresloucado e confronto com Congresso e STF


24/05/2019 - Câmara conclui votação de medida provisória da reforma administrativa


24/05/2019 - Deputados podem apresentar emendas à reforma da Previdência até o dia 30


24/05/2019 - Comissão Especial vai debater reforma da Previdência


24/05/2019 - Critérios para indenização por dano extrapatrimonial decorrente de relações de trabalho podem ser revogados


24/05/2019 - CDH revoga dispositivo da reforma trabalhista para garantir Justiça gratuita ao trabalhador


24/05/2019 - Peça apresentada antes da reforma trabalhista não deve ser corrigida, decide TST


23/05/2019 - Centrais sindicais: greve geral vai parar o Brasil contra reforma da Previdência


23/05/2019 - Nota da Nova Central sobre a Greve Geral do dia 14 de Junho


23/05/2019 - Deputados aprovam manutenção do Coaf no Ministério da Economia


23/05/2019 - M. Queiroz: Parlamentarismo branco em ação


23/05/2019 - Partidos de oposição buscam unir amplas forças contra Bolsonaro


23/05/2019 - CAS ouvirá Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes sobre reforma da Previdência


23/05/2019 - Aprovado na CCJ projeto que regula atraso em audiências de causas trabalhistas


23/05/2019 - Dirigentes eleitos para sindicato não formalizado não conseguem estabilidade no emprego


22/05/2019 - Treze capitais já anunciaram atos em defesa da educação no dia 30; confira lista


22/05/2019 - Lideranças de oposição preparam amplo movimento contra Bolsonaro


22/05/2019 - Trabalhadores protestam contra MP que privatiza saneamento básico


22/05/2019 - Barão de Cocais (MG) vive a tensão de esperar a lama


22/05/2019 - Pela primeira vez, pesquisa aponta desaprovação maior que aprovação de Bolsonaro


22/05/2019 - Redução da desigualdade melhora economia do país, diz Paim


22/05/2019 - Confiança da indústria cai 1,6 ponto na prévia de maio, diz FGV


22/05/2019 - Marco Aurélio libera recurso sobre adicional de 10% na multa de FGTS


22/05/2019 - Custeio de plano de saúde de aposentado pode ser diferente de ativos


21/05/2019 - Centrais sindicais reforçarão manifestação estudantis do dia 30


21/05/2019 - Governo fecha estratégia para aprovar 3 MPs durante a semana


21/05/2019 - Governo está com medo que atos pela educação protestem contra reforma da Previdência


21/05/2019 - Bancos vão ficar com 62% da renda do trabalhador se capitalização for aprovada


21/05/2019 - Previdência: texto alternativo foi ruído de comunicação, diz Marinho


21/05/2019 - Bolsonaro diz que está disposto a dialogar com parlamentares sobre reforma da Previdência


21/05/2019 - Impacto da Reforma da Previdência sobre os direitos humanos é tema de debate em comissão


21/05/2019 - Comissão especial debate sobre categorias que têm critérios diferenciados de aposentadoria


21/05/2019 - Cai confiança do empresário industrial pelo quarto mês, avalia CNI


21/05/2019 - Empresa não precisa pagar salário entre concessões de auxílio-doença


20/05/2019 - Maia anuncia agenda conjunta com o Senado para reestruturar o Estado


20/05/2019 - Para socorrer farra financeira, governo zera verbas de 11 ministérios


20/05/2019 - Janaina Paschoal se diz contra manifestação de apoio a Bolsonaro


20/05/2019 - Demissões em massa serão tema de audiência pública com empresários no Senado


20/05/2019 - Comissão da reforma da Previdência debate BPC e aposentadoria rural


20/05/2019 - Comissão de senadores que acompanha reforma da Previdência faz audiência pública


20/05/2019 - Teto de gastos é política ‘suicida’ de austeridade fiscal, diz Paim


20/05/2019 - CDH pode proibir trabalho insalubre para grávidas e lactantes


20/05/2019 - Imprensa destaca nota pública da Anamatra e da ANPT sobre a possível redução nas NRs de segurança e saúde no trabalho


20/05/2019 - Aposentados têm direito a plano de saúde com as mesmas condições dos ativos


17/05/2019 - Desemprego volta a subir, diz IBGE


17/05/2019 - Após prévia do PIB, Dieese diz que Brasil pode entrar em recessão


17/05/2019 - Número dos sem aposentadoria nem trabalho dispara


17/05/2019 - Um em cada quatro desempregados está há dois anos procurando trabalho


17/05/2019 - Em meio a sua “balbúrdia” governo avança sobre direitos


17/05/2019 - Fiscais do Trabalho criticam governo e defendem normas de segurança


17/05/2019 - Para Paulo Paim, manifestações vão muito além dos cortes na educação


17/05/2019 - TRT-18 vai decidir se norma coletiva pode suprimir adicional noturno e de feriado


16/05/2019 - Bolsonaro sobre estudantes que protestam: “são uns idiotas úteis, uns imbecis”


16/05/2019 - UNE convoca novas manifestações para o dia 30


16/05/2019 - Mobilização por educação ganha apoio de senadores na CCJ


16/05/2019 - Deputados criticam medidas que afetam sindicatos e aposentadorias


16/05/2019 - MP 873 é antissindical, inconstitucional e traz 'grave intervenção' do Estado


16/05/2019 - Para Ministério Público há indícios de que Flávio Bolsonaro praticou lavagem de dinheiro


16/05/2019 - Na CMO, Guedes condiciona aumento real do salário mínimo à reforma da Previdência


16/05/2019 - Manifestação contra corte de verbas é legítima, defende Humberto Costa


16/05/2019 - No Maranhão, decisão de tribunal 'zera' receita de sindicato


15/05/2019 - Adiada reunião da MP sobre contribuição sindical


15/05/2019 - Moro perde de novo e registro sindical vai ficar com Ministério da Economia


15/05/2019 - Governo é derrotado na Câmara e Weintraub terá de explicar corte em universidades


15/05/2019 - Tsunami contra o desmonte da educação tomará as ruas do Brasil nesta quarta-feira


15/05/2019 - Maia: só reforma da Previdência não garante crescimento econômico necessário


15/05/2019 - Guedes: governo pode rever deduções e reduzir alíquotas do IR


15/05/2019 - Apesar do alto índice de mortes no trabalho, Bolsonaro quer reduzir normas de segurança


15/05/2019 - Redução na segurança no trabalho fará país campeão em acidentes, diz Paim


15/05/2019 - É preciso congelar impostos da alimentação do trabalhador, diz Plínio Valério


15/05/2019 - Projeto permite que mulher vítima de violência doméstica saque o FGTS


14/05/2019 - Greve Nacional da Educação ganha força com apoio de pais e alunos


14/05/2019 - Comissão que avalia MP da contribuição sindical elege presidente nesta manhã


14/05/2019 - Governo quer reduzir em 90% as normas de segurança e saúde do trabalho vigentes no país


14/05/2019 - Governo fracassa na economia; crescimento baixo e arrocho à vista


14/05/2019 - Para participantes de audiência, reforma da Previdência não combate privilégios


14/05/2019 - Dono da Gol cita ‘benefícios financeiros’ a Rodrigo Maia


14/05/2019 - Pedidos de recurso e revisão do INSS passam a ser feitos por internet


14/05/2019 - Frente parlamentar reúne economistas para discutir a reforma da Previdência


14/05/2019 - CDH vai discutir impacto da reforma da Previdência na vida das mulheres


14/05/2019 - Projeto garante pagamento do adicional de 1/3 sobre férias vendidas


13/05/2019 - Comissão realiza audiência para debater MPs que atingem beneficiários da Previdência e sindicatos


13/05/2019 - Bolsonaro e Guedes querem acabar com abono salarial em cinco estados


13/05/2019 - Se governo não negociar, decreto das armas será derrubado, diz analista do Diap


13/05/2019 - Brasil se mobiliza contra cortes e ataques às universidades


13/05/2019 - Inflação para famílias com renda mais baixa registra 0,6% em abril


13/05/2019 - Bolsonaro diz que governo vai corrigir tabela do Imposto de Renda


13/05/2019 - Governo tenta, mas não consegue descaracterizar acidente de trajeto


13/05/2019 - Comissões discutem possibilidade de extinção de Conselho de Idosos


10/05/2019 - Ataque de Bolsonaro à educação leva às ruas estudantes, professores e pesquisadores


10/05/2019 - MP da contribuição sindical escolhe presidente e vice na terça-feira


10/05/2019 - Para economista, reforma não combate privilégios: 'É muita hipocrisia'


10/05/2019 - Paulo Rocha diz que reforma da Previdência provocará caos no país


10/05/2019 - MP que combate fraudes no INSS é aprovada em comissão e segue para o Plenário


10/05/2019 - Equipe econômica do governo estuda mudanças nas regras do FGTS


10/05/2019 - Comissão aprova transferência do Coaf para o Ministério da Economia


09/05/2019 - Pesquisa CNI/Ibope mostra que maioria é contra reforma da Previdência


09/05/2019 - TRF manda Michel Temer de volta para prisão


09/05/2019 - Centrais sindicais vão engrossar greve nacional da educação, dia 15


09/05/2019 - "Nova" Previdência indica desconhecimento ou má-fé do governo


09/05/2019 - Frente parlamentar defende indústria têxtil da concorrência externa


09/05/2019 - CAS aprova projeto que estende regra de reajuste do salário mínimo até 2023


09/05/2019 - Bolsonaro extingue mais de 50 conselhos e colegiados


09/05/2019 - Indústria recua em 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE


09/05/2019 - Banco Central mantém juros básicos no menor nível da história


08/05/2019 - Governo gastará 40 milhões para convencer população sobre reforma


08/05/2019 - Nota das Centrais contra os cortes nas verbas da Educação


08/05/2019 - Empresa não deve ser culpada por acidente a caminho de casa, propõe MP


08/05/2019 - Cesta básica em 18 capitais tiveram alta em abril, aponta Dieese


08/05/2019 - Oposição quer mais debates na comissão especial da reforma da Previdência


08/05/2019 - Paim condena troca de votos para reforma da Previdência por cargos em ministérios


08/05/2019 - Indicadores de mercado de trabalho apresentam piora em abril


08/05/2019 - Empregado com filho com deficiência terá prioridade para marcar férias, aprova CDH


08/05/2019 - Auxílio a vítimas de Brumadinho não pode excluir outros benefícios, dizem debatedores


07/05/2019 - Comissão que avalia MP da contribuição sindical será instalada no Congresso


07/05/2019 - Nota: Nova Central nega fusão com qualquer outra central sindical


07/05/2019 - Greve Nacional da Educação dia 15 de maio ganha adesão de entidades


07/05/2019 - Caminhoneiros se revoltam contra alta do diesel


07/05/2019 - Centrais articulam greve geral mirando setor de transporte


07/05/2019 - Deputado da bancada da bala diz que Bolsonaro pode não concluir mandato


07/05/2019 - Inflação para famílias de menor renda avança em abril, divulga FGV


07/05/2019 - Finanças discute a reforma da Previdência com Paulo Guedes


07/05/2019 - Validade de norma coletiva que restringe direito trabalhista é tema de repercussão geral


06/05/2019 - MPT faz campanha para destacar importância da ação sindical


06/05/2019 - Comissão especial da reforma da Previdência reúne-se nesta terça


06/05/2019 - CDH vai discutir Previdência e trabalho com foco em isenções fiscais


06/05/2019 - Produção industrial brasileira cai 1,3% de fevereiro para março


06/05/2019 - Impacto da reforma da Previdência entre os idosos é tema de novo debate


06/05/2019 - Construção civil desaba com o agravamento da crise


06/05/2019 - Desemprego em alta faz trabalhadores sentirem saudades do governo Lula


06/05/2019 - A capitalização é o grande inimigo a se combater, alerta diretor do Diap


03/05/2019 - 4,8 milhões de desempregados já deixaram de buscar trabalho, diz IBGE


03/05/2019 - Ministro decide por urgência na avaliação do STF sobre fim de conselhos sociais


03/05/2019 - Márcio Jerry: "Bolsonaro não enfrenta os problemas reais do Brasil"


03/05/2019 - CNTA orienta filiados a atuarem forte na base e reforça apoio à greve geral


03/05/2019 - Silvio Santos vende apoio ao fim da Previdência


03/05/2019 - CNBB critica "reformas" previdenciária e trabalhista


03/05/2019 - Bolsonaro nomeia como interlocutor deputado que pediu impeachment de Mourão


03/05/2019 - Ministro suspende norma que admite que trabalhadoras grávidas e lactantes desempenhem atividades insalubres


02/05/2019 - Em discurso no Dia do Trabalho, Bolsonaro evita falar sobre desemprego


02/05/2019 - Emprego, salário? Para governo, 1º de Maio é dia de controle sindical


02/05/2019 - 1º de Maio Unitário dá a arrancada para a greve geral de 14 de junho


02/05/2019 - No primeiro trimestre do ano 'novo', mais desemprego e mais desalento


02/05/2019 - Subutilizados no mercado de trabalho chegam a 28,3 milhões, diz IBGE


02/05/2019 - Comissão da reforma da Previdência deve votar parecer em junho


02/05/2019 - Ataque aos Correios é a nova diretriz do governo


02/05/2019 - Preço de produtos na saída das fábricas sobe 1,63% em março, diz IBGE


02/05/2019 - Projeto prevê atendimento prioritário especial para idosos maiores de 80 anos


 

 

31/05/2019 - Alterações na Lei Maria da Penha trazem resultado positivo


Por Guilherme de Souza Nucci


Introduziu-se, na Lei Maria da Penha, o artigo 12-C, nos seguintes termos:


Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:


I - pela autoridade judicial;


II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou


III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia.


§ 1º. Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.


§ 2º. Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.


O propósito de conferir ao delegado de polícia a viabilidade de determinar algumas medidas de proteção à mulher ofendida por companheiro, namorado ou marido já foi tentado antes. Evitou-se a aprovação por se considerar que essa atividade seria privativa do juiz de Direito.


A Lei 13.827/2019, entretanto, ultrapassou essa barreira e foi adiante. Admitiu que, verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar (ou de dependentes), o agressor poderá ser afastado imediatamente do lar, domicílio ou lugar de convivência (podendo ser um simples barraco embaixo de uma ponte) com a ofendida: (a) pelo juiz (nenhuma polêmica); (b) pelo delegado de polícia, quando o município não for sede de comarca, vale dizer, quando não houver juiz à disposição; (c) pelo policial (civil ou militar), quando não houver juiz nem tampouco delegado disponível no momento da “denúncia” (entenda-se como fato ocorrido contra a mulher).


Teve a referida lei a cautela de prever a comunicação da medida ao juiz, no prazo máximo de 24 horas, decidindo em igual prazo, para manter ou revogar a medida, cientificando o Ministério Público. Nota-se a ideia de preservar a reserva de jurisdição, conferindo à autoridade judicial a última palavra, tal como se faz quando o magistrado avalia o auto de prisão em flagrante (lavrado pelo delegado de polícia). Construiu-se, por meio de lei, uma hipótese administrativa de concessão de medida protetiva — tal como se fez com a lavratura do auto de prisão em flagrante (e quanto ao relaxamento do flagrante pelo delegado). Não se retira do juiz a palavra final. Antecipa-se medida provisória de urgência (como se faz no caso do flagrante: qualquer um pode prender quem esteja cometendo um crime).


Em seguida, menciona-se, inclusive, a viabilidade de qualquer policial, civil ou militar, de fazer o mesmo, quando no local não existir nem juiz nem delegado. Ora, policiais devem prender em flagrante quem estiver cometendo crime; depois o delegado avaliará e, finalmente, o juiz dará a última palavra.


Não se fugiu desse contexto. Não visualizamos nenhuma inconstitucionalidade nem usurpação de jurisdição. Ao contrário, privilegia-se o mais importante: a dignidade da pessoa humana. A mulher não pode apanhar e ser submetida ao agressor, sem chance de escapar, somente porque naquela localidade inexiste um juiz (ou mesmo um delegado). O policial que atender a ocorrência tem a obrigação de afastar o agressor. Depois, verifica-se, com cautela, a situação concretizada.


Argumentar com reserva de jurisdição em um país continental como o Brasil significaria, na prática, entregar várias mulheres à opressão dos seus agressores, por falta da presença estatal (judicial ou do delegado). O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana encontra-se acima de todos os demais princípios e é perfeitamente o caso de se aplicar nesta hipótese.


Afaste-se o agressor e, após, debata-se a viabilidade ou inviabilidade da medida. O delegado ou policial não está prendendo o autor da agressão, mas somente “separando” compulsoriamente a vítima e seu agressor. Uma medida de proteção necessária e objetiva.


Aliás, como tenho defendido, o delegado de polícia é um operador do Direito concursado, preparado e conhecedor das leis penais e processuais penais. Por isso, pode, com perfeição, analisar a medida protetiva. Pode avaliar, ainda, se lavra ou não a prisão formal pelo auto de prisão em flagrante. E, também por isso, pode validar, em primeiro momento, a prisão em flagrante feita por policiais na rua. Eis por que a audiência de custódia significa uma dupla avaliação sobre a validade da prisão em flagrante (delegado e juiz). Por isso, a audiência de custódia não tem sentido, a nosso ver. O delegado valida o flagrante. Após, o juiz o aceita ou rejeita, sem necessidade de se inventar um juiz de custódia.


Por outro lado, a referida lei em comento permite que o juiz, comunicado da medida em 24 horas, possa mantê-la ou afastá-la, como faz com o auto de prisão em flagrante.


Preocupação deve ser levantada no tocante ao parágrafo 2º do artigo 12-C: “Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso”. Mais uma vez, o legislador se mostra ingênuo ou totalmente desinformado. Muitos casos de afastamento do agressor se dão em relação a crimes de ameaça ou lesão simples, cujas penas são pífias. Como pode o magistrado ser proibido de conceder liberdade provisória nesses casos? Essa parte não encontra suporte constitucional, por ofender a proporcionalidade e a legalidade.


Finalmente, o registro da medida provisória (artigo 38-A da Lei Maria da Penha) é salutar, permitindo um maior controle sobre as decisões tomadas em favor da mulher agredida.


A Lei 13.827/2019 produz um resultado positivo.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

31/05/2019 - 30M traz segundo tsunami pela educação em duas semanas


São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm maiores mobilizações. “Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou o cientista Miguel Nicolelis sobre ato que levou 1,8 milhão às ruas


Os atos em defesa da educação pública no país e contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro superaram as expectativas dos organizadores, segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE). Em São Paulo, foi estimada a participação de 300 mil pessoas. Muitas chegaram no começo da manifestação por volta de 17h no Largo da Batata, bairro de Pinheiros, zona oeste da capital. Outras foram se incorporando ao longo dos mais de 4 quilômetros percorridos até a dispersão, por volta de 21h, na Avenida Paulista.


Belo Horizonte reuniu 200 mil manifestantes. Rio de Janeiro e Recife, pelo menos 100 mil pessoas cada uma. A mobilização no Distrito Federal atraiu cerca de 20 mil pessoas. Em Salvador foram 70 mil pessoas, 40 mil em Belém, outras 30 mil em São Luís. Pelas contas dos organizadores em torno de 1,8 milhão de pessoas foram às ruas de 190 cidades do Brasil – dos 26 estados e do Distrito Federal –, além de outras 10 do exterior.


“Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou nas redes sociais o cientista Miguel Nicolelis. Já na Avenida Paulista, a presidenta da UNE, Marianna Dias, registrou: “O dia 30 de maio entra pra história do nosso país. Quando estudantes, professores, trabalhadores, pais, o povo brasileiro voltou às ruas num grande tsunami. Para quem não acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós somos rebeldes. Nós somos questionadores”.


Marianna admitiu a superação das expectativas em relação ao alcance das manifestações, e assimilou a energia e vibração que vinha do asfalto, tomado por jovens, “organizados” ou “autônomos”. O trocadilho impresso na faixa gigantesca que acompanhou a passeata, “O Brasil se UNE pela educação”, traduzia uma realidade. “Se eles querem proibir, inibir a nossa voz e a nossa manifestação, eles vão falhar. Porque o povo que saiu de casa, não volta mais pra casa, se a educação do nosso país não for respeitada. Nós queremos escola, nós queremos educação e nós vamos construir a maior greve geral (marcada para 14 de junho), ao lado dos trabalhadores, da história deste país. E eu desafio o governo Bolsonaro a dizer ao povo brasileiro porque que eles não gostam da educação”, bradou a presidenta da UNE.


“A universidade é o lugar da transformação, da liberdade, da democracia. Eles têm ódio disso. Por isso nós os derrotaremos gritando, fazendo balbúrdia, fazendo esse país se tornar um caos. Porque Bolsonaro não governa enquanto os cortes não forem revertidos. Essa é a promessa do povo que está indo pras ruas do Brasil. Bolsonaro, você não vai ter paz e nós não temos medo de você.”


Independentemente dos números da mobilização, uma nota divulgada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, na tarde desta quinta, atestava que o governo está – além de desorientado – incomodado. O ministro sustenta que professores, servidores, estudantes e pais ou responsáveis “não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar”. O ministro também espera que sejam feitas denúncias por meio do site da Ouvidoria do ministério. Pelo que se viu nas ruas de todo o Brasil, o ministro está falando para as paredes.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

31/05/2019 - Emendas de deputados alteram reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes


Deputados de diferentes partidos, inclusive do partido do presidente da República, apresentaram 277 sugestões de modificações à proposta de reforma da Previdência do governo, mais do que na reforma fracassada do governo de Michel Temer.


Esse número é maior do que as 164 emendas apresentadas ao projeto de Michel Temer, que fracassou em 2017, significando que a pressão por mudanças na reforma de Bolsonaro e Guedes é maior.


Agora o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP) vai concentrar sua atividade na elaboração do relatório a ser apreciado e votado no plenário da Câmara dos Deputados. Sua expectativa é apresentar o parecer antes de 15 de junho. "Estamos fazendo o relatório ouvindo as lideranças, os líderes de partidos. O presidente [da Câmara] Rodrigo Maia (DEM-RJ) também tem peso, as opiniões dele. Nós estamos construindo e partindo para o fechamento do relatório", informa reportagem de Thiago Resende na Folha de S.Paulo.

Fonte: Brasil247

 


 

31/05/2019 - PIB minguado põe Brasil em 38º lugar em lista de 43 países


O recuo de 0,2% no PIB no primeiro trimestre deixa o Brasil em 38º posição numa lista de 43 países confeccionada pela consultoria Austin Rating. O Brasil está empatado com o México e acima apenas de Letônia, Coreia do Sul, Indonésia e Nigéria. Outro estudo, da consultoria AC Pastore, mostra ainda que a recuperação brasileira tem sido ainda mais lenta do que a observada em diversos países que passaram por grandes recessões.


A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "no primeiro trimestre, o desempenho da economia brasileira ficou bem abaixo do crescimento médio dos países selecionados pela Austin Rating, que neste primeiro trimestre foi de 2,3%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O país que mais cresceu no início de 2019 foi Cingapura (3,8%)."


E acrescenta: "com a revisão de projeções para o desempenho da economia ao longo de 2019, a tendência é que o Brasil termine o ano em posição ainda inferior. Considerando a expectativa média do último boletim Focus, de 1,23%, o Brasil ficaria em 37º lugar."

Fonte: Brasil247

 


 

31/05/2019 - Governo estuda liberar saques em contas ativas do FGTS, diz Guedes


O governo estuda liberar saques de contas ativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), numa medida similar à implementada pelo governo Michel Temer no caso de contas inativas. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (30) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.


O objetivo é o mesmo: injetar recursos capazes de alavancar a volta do crescimento. A medida, entretanto, ainda segue em estudo, e só deve ser implementada após a eventual aprovação da reforma da Previdência. “Nós temos que começar pelas coisas mais importantes”, disse Guedes.


“As coisas devem se acelerar nas próximas três ou quatro semanas”, disse o ministro, em referência à tramitação da reforma da Previdência no Congresso.


Ao citar medidas de estímulo ao crescimento que devem ser anunciadas após a aprovação da nova Previdência, Guedes mencionou a nova rodada de liberação dos saques nas contas do FGTS. “Inativas e ativas. Ativas também”, afirmou ele, sem dar mais detalhes sobre a medida.


O governo cogita a liberação dos saques em contas ativas ante o esgotamento dos recursos disponíveis nas contas inativas, que já tiveram o saque liberado pelo governo Temer. Guedes ressalvou, porém, que a medida segue em estudo, e que ainda “não foi batido o martelo”.


Hoje, o saque nas contas ativas do FGTS só é permitido em situações específicas, como no caso do trabalhador ser demitido sem justa causa ou se for para utilizar os recursos na aquisição de casa própria.


O ministro comentou nesta quinta-feira (30) o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, que teve uma retração de 0,2% de acordo com os dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ele, o resultado já era esperado.

Fonte: Agência Brasil

 


 

31/05/2019 - Parlamentares defendem Sistema S, mas pedem mais transparência e diálogo com governo


Diretor do Senai disse que 80% das pessoas formadas por entidades conseguem emprego no primeiro ano


Deputados defenderam nesta quinta-feira (30) as entidades do Sistema S, mas pediram mais transparência na gestão das organizações, rotatividade dos dirigentes e maior interação com a sociedade, que desconhece o trabalho feito por elas.


O assunto foi debatido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Glaustin Fokus (PSC-GO).


O Sistema S é composto por nove entidades (Senai, Sesc, Sesi, Senac, Senar, Sescoop, Sest, Senat e Sebrae), mantidas por confederações patronais, que promovem cursos de educação e capacitação de trabalhadores de determinados setores da economia. Também realizam alguns trabalhos sociais.


Recentemente o sistema foi alvo de críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defendeu corte nas alíquotas das contribuições, que pode chegar a 3,1% da folha, para diminuir a carga tributária das empresas.


Para o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), as entidades do sistema realizam um trabalho relevante, mas a população desconhece isso, assim como não sabe de onde vêm os recursos que alimentam as organizações. “Isso tem que ser passado para a sociedade. Ela precisa entender de onde vêm e para onde vão os recursos”, disse.


As entidades do Sistema S são mantidas por contribuições pagas pelas médias e grandes empresas sobre a folha salarial. No ano passado, a contribuição somou R$ 17 bilhões.


Governança

Os deputados Amaro Neto (PRB-ES) e Alexis Fonteyne (Novo-SP) também destacaram a importância do Sistema S para a economia, mas pediram rotatividade dos dirigentes das entidades. “Às vezes demora demais, são os mesmos representantes de muitos anos e acaba passando para a sociedade que não há rotatividade à frente do sistema”, disse Neto. Já Fonteyne defendeu a saída dos dirigentes que entram para a política, para evitar “conflito de interesses”.


Durante o debate, que ouviu representantes das entidades, o deputado Osires Damaso (SPC-TO) propôs que o Sistema S realize um estudo sobre a atuação em cada estado e apresente os resultados para as bancadas estaduais. Segundo ele, em alguns locais o sistema pode funcionar melhor do que em outros. Damaso disse ainda que há uma demanda dos empresários por redução da carga tributária que não pode ser desprezada. “Hoje o meu pensamento é que precisamos desonerar as empresas”, afirmou.


Diálogo

O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, disse aos deputados que o Sistema S já está conversando com o governo sobre mudanças na gestão. O ministro Paulo Guedes propôs que as entidades assinem contratos de gestão com objetivos e metas. “O governo está tendo acesso a mais informações e está colocando pontos que estamos abertos”, afirmou.


Lucchesi defendeu o trabalho realizado pelas entidades. “No período de crise, 80% das pessoas que formamos encontram emprego no primeiro ano”, disse, referindo-se ao trabalho do Senai.


Ele e os demais convidados à audiência foram enfáticos em afirmar que não haverá ganho para economia com o corte de recursos para o sistema.


“Isso não vai gerar nenhum emprego. O que gera emprego é crescimento econômico”, disse o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa.


A CNT mantém duas organizações do sistema (Sest e Senat).

Fonte: Agência Câmara

 


 

31/05/2019 - CDH aprova projeto que proíbe gestantes de realizarem atividades insalubres


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou, na manhã desta quinta-feira (30), projeto de lei que proíbe o trabalho de gestante ou lactante em atividades, operações ou locais insalubres (PLS 254/2017). A aprovação ocorre um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucionais trechos de dispositivos da reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) que admitiam a possibilidade de trabalhadoras grávidas e que estejam amamentando desempenharem atividades insalubres em algumas hipóteses.


— Essa decisão o Supremo Tribunal Federal já tomou dia 29. É redundante lermos o relatório e aprovar. Estaríamos na mesma linha, exatamente, da decisão que o Supremo tomou ontem à noite — destacou o presidente da Comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

31/05/2019 - CDH aprova mudança no pagamento de honorário pericial pelo trabalhador


Foi aprovado, nesta quinta-feira (30), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), projeto que determina que quem perde uma causa na qual tenha havido perícia, tendo recorrido à Justiça gratuita, não arcará com o pagamento de honorários periciais (PLS 361/2017).


Atualmente, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) determina que o beneficiário da Justiça gratuita pague honorários periciais, caso saia vencedor da ação trabalhista.


Autor do projeto e presidente da CDH, o senador Paulo Paim (PT-RS) ressalta que a alteração introduzida pela reforma trabalhista é inconstitucional, pois a Constituição federal determina que a assistência jurídica será integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Diante disso, a proposta de Paim visa ao retorno da redação anterior, do art. 790-B da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT — Decreto-lei 5.452, de 1943), para garantir ao beneficiário da Justiça gratuita a isenção de pagamento dos honorários periciais.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

31/05/2019 - STJ alinha posição com STF e define em repetitivo que, sem previsão legal, não há direito à desaposentação


Sob o rito dos recursos repetitivos, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) realinhou o entendimento sobre o direito à desaposentação com a tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), reconhecendo que, por falta de previsão legal, não é possível ao segurado do INSS já aposentado adquirir novo benefício em decorrência das contribuições recolhidas após a concessão da aposentadoria.


Ao dar provimento ao recurso do INSS, os ministros alteraram a tese firmada no Tema 563 para os termos estipulados pelo STF, sob o regime vinculativo da repercussão geral (Tema 503), estabelecendo que, "no âmbito do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à 'desaposentação', sendo constitucional a regra do artigo 18, parágrafo 2°, da Lei 8.213/1991".


O caso tomado como representativo da controvérsia teve origem em ação ordinária de segurado com o objetivo de renunciar à aposentadoria por tempo de serviço concedida pelo INSS, com a consequente concessão de outro benefício de mesma natureza, cujo cálculo computaria as contribuições feitas após o jubilamento.


O Tribunal Regional da 4ª Região entendeu que seria possível a desaposentação, mas determinou ao segurado a restituição dos valores já recebidos da autarquia previdenciária.


Direitos disponíveis

No STJ, foram interpostos dois recursos especiais: um do aposentado, sustentando que a devolução dos valores recebidos seria desnecessária; e outro do INSS, alegando que a Lei 8.213/1991 veda a renúncia à aposentadoria concedida.


O tema foi afetado ao rito dos repetitivos. Ao decidir a controvérsia, a Primeira Seção deu provimento ao recurso do particular e negou ao do INSS. “Os benefícios previdenciários são direitos patrimoniais disponíveis e, portanto, suscetíveis de desistência pelos seus titulares, prescindindo-se da devolução dos valores recebidos da aposentadoria a que o segurado deseja preterir para a concessão de novo e posterior jubilamento”, afirmou a seção na ocasião.


A autarquia recorreu ao STF. Após o julgamento do recurso extraordinário, o processo voltou ao STJ para retratação.


Juízo de retratação

O relator, ministro Herman Benjamin, observou que a posição adotada pelo STJ anteriormente “não se harmoniza com a orientação firmada pelo STF, razão pela qual se justifica, em juízo de retratação, a modificação do julgado para alinhá-lo ao decidido pela Suprema Corte”. Ao citar precedentes da Primeira e da Segunda Turmas, ressaltou que o STJ já vem aplicando o entendimento do STF.


“Assim, consoante o artigo 1.040 do Código de Processo Civil de 2015, de rigor a reforma do acórdão recorrido para realinhá-lo ao posicionamento do STF acerca da impossibilidade de o segurado já aposentado fazer jus a novo benefício em decorrência das contribuições vertidas após a concessão da aposentadoria”, disse.

Fonte: STJ

 


 

30/05/2019 - Educação volta às ruas contra o corte de verbas


Protestos devem ocorrer em 150 municípios de 20 estados.


Uma nova manifestação contra os ataques ao orçamento das universidades e outras instituições de ensino e pesquisa toma conta do país. As entidades estudantis afirmaram, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, anunciam protestos em 150 municípios de 20 estados. A manifestação é liderada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Secundaristas (Ubes).


As entidades destacam que protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais, bloqueou recursos para ações e programas da área e cortou bolsas de pesquisa. “São atos com caráter diferente. Quem foi às ruas no domingo defendia um governo e suas propostas. Nós estamos defendendo a educação, as universidades, os programas para o ensino básico”, disse Marianna Dias, presidenta da UNE.


Pedro Gorki, presidente da Ubes, afirmou que a entidade pediu para que todas as escolas, institutos e universidades, coloquem uma faixa, como a que foi retirada pelos manifestantes bolsonaristas, na porta de suas unidades. “Ações como essas só mostram a necessidade de nos fortalecermos ainda mais”, disse.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

30/05/2019 - STF: é inconstitucional item da ‘reforma’ trabalhista que permite grávidas em atividades insalubres


Tribunal derruba um dos itens mais polêmicos do projeto aprovado em 2017 que deu origem à Lei 13.467. Um "retrocesso social", afirma confederação dos metalúrgicos


Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (29) que é inconstitucional o item da “reforma” trabalhista que permite a trabalhadoras grávidas e lactantes atuarem em atividades consideradas insalubres. Esse foi um dos itens mais polêmicos do projeto aprovado em 2017, que se tornou a Lei 13.467.


Com a decisão, o plenário referendou liminar dada há um mês pelo relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.938, ministro Alexandre de Moraes, que suspendia incisos do artigo 394 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) alterados pela “reforma”. Para Moraes, trata-se não só de “salvaguarda da mulher, mas também total proteção ao recém-nascido, possibilitando convivência com a mãe de maneira harmônica, sem os perigos do ambiente insalubre”.


A ação foi apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), ligada à Força Sindical. Pela lei aprovada ainda na gestão Temer, trabalhadores podem exercer atividades insalubres em grau médio ou mínimo e lactantes, em qualquer grau, a não ser que apresentem atestado de saúde que recomende o afastamento. O único voto contrário foi o do ministro Marco Aurélio Mello.


Segundo a CNTM, “se trata de flagrante violação aos fundamentos da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho, princípios norteadores da República Federativa do Brasil, bem como o objetivo fundamental da república de erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. A entidade afirma que o ato representa uma inconstitucionalidade “cristalina”, além de ser um retrocesso social. “O STF corrigiu uma grande maldade da reforma trabalhista”, declarou o presidente da confederação e da Força, Miguel Torres. “Prevaleceu a justiça e o humanismo em proteção à maternidade, às mulheres e às crianças.”


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já havia se manifestado pela procedência do pedido. “A (suposta) proteção – ou melhor, desproteção – que encerra não atende à urgência reclamada pela situação de vulnerabilidade da trabalhadora gestante ou lactante, nem condiz com a relevância dos bens jurídicos em questão (vida, saúde, maternidade, infância e trabalho digno e seguro)”, afirmou em parecer. “Registre-se, por fim, que a norma impugnada contraria também o princípio constitucional da isonomia.”

Fonte: Agência Sindical

 


 

30/05/2019 - MP que altera Código Florestal perderá validade, diz Davi Alcolumbre


Durante as votações em Plenário nesta quarta-feira (29), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, informou que cumprirá o acordo com as lideranças partidárias e só votará duas das três medidas provisórias que têm validade até segunda-feira (3). Assim, as MPs 871 e 872, ambas de 2019, serão votadas pelos senadores na sessão deliberativa desta quinta-feira (30). Já a MP 867/2018, que muda regras de regularização ambiental, não será votada e perderá sua eficácia.


— Nós construímos um acordo com os líderes partidários. É uma reclamação constante dos senadores em relação aos prazos em que as medidas provisórias chegam para apreciação do Senado. A construção hoje foi: nós temos três medidas provisórias que estão vencendo na semana que vem, eu precisei construir um acordo com os líderes para que nós não perdêssemos todas as medidas provisórias. Não vamos votar a MP 867 por conta da insatisfação dos senadores em relação ao prazo. Os senadores estão certos, querem mais tempo para deliberar sobre essas matérias — afirmou Davi à imprensa após a sessão plenária.


Durante a ordem do dia, vários senadores se manifestaram contra a votação do texto.

Fonte: Agência Senado

 


 

30/05/2019 - Câmara aprova MP que cria programa de revisão do INSS


A votação ocorreu no começo da madrugada desta quinta-feira


O plenário da Câmara aprovou na madrugada desta quinta-feira (30) a Medida-Provisória (MP) 871/19, que cria um programa de revisão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exige cadastro do trabalhador rural e restringe o pagamento de auxílio-reclusão apenas aos casos de pena em regime fechado.


O Senado já marcou para hoje a votação da MP, que perde a validade na segunda-feira (3).


Pelo texto aprovado na Câmara, de relatoria do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), o INSS passará a ter acesso a dados da Receita Federal, do Sistema Único de Saúde (SUS), de movimentação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outros para concessão, revisão ou manutenção de benefícios.


Com a aprovação da MP, o pequeno produtor rural precisará comprovar o tempo de exercício de atividade rural por meio de autodeclaração ratificada pelo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pronater). O INSS não aceitará mais documentações emitidas por sindicatos rurais.


Durante a votação dos destaques, foi aprovado o que trata do compartilhamento de dados de entidades privadas obtidos pelo INSS com outras entidades privadas e que manteve o Benefício de Prestação Continuada (BPC) na lista de tipos de benefícios que poderão ser alvo de pente fino por parte do INSS. Também foi aprovado o aumento de 30 dias para 60 dias o prazo para o trabalhador rural e agricultor familiar apresentar provas contra indícios de irregularidades apontadas pelo INSS.


A proibição de pessoas que não sejam médicas, presentes durante a perícia do segurado, exceto quando autorizada pelo médico perito, também foi aprovada. Além disso, a perícia por telemedicina não poderá ser usada.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/05/2019 - Presidente da CNI bate de frente com Bolsonaro


Robson Andrade contesta na Justiça decreto do Sistema S.


Segundo o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, Robson Andrade comandou a primeira reunião de diretoria depois de voltar ao comando da Confederação nacional da Indústria (CNI). Ele ficou afastado quase 90 dias por causa de sua prisão. "E já voltou batendo de frente com o governo", escreve o colunista.


Na reunião, ficou decidido que a CNI vai judicializar o decreto de transparência, assinado por Jair Bolsonaro no dia 12. Por ele, as entidades que integram o Sistema S estão obrigadas a detalhar gastos com salários e serviços prestados à sociedade.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

30/05/2019 - Paim convoca população para manifestação nesta quinta-feira


O senador Paulo Paim (PT-RS) convocou nesta quarta-feira (29), em Plenário, estudantes, professores, trabalhadores e aposentados para a manifestação em defesa da educação e contra a reforma da previdência, prevista para esta quinta-feira em todos os estados da Federação.


O parlamentar julgou injusto o bloqueio no orçamento do Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, anunciado pelo governo no início do ano. Na visão de Paim, essas áreas devem ser priorizadas quando se objetiva o desenvolvimento das pessoas e do país.


— Aonde o governo quer chegar? Há uma nítida tentativa de inviabilizar a educação brasileira, programas de bolsa de estudo, pesquisa, as condições de trabalho de professores, dos alunos, dos funcionários. Inclusive, na questão da Previdência, em que os professores praticamente perdem a aposentadoria especial, nos moldes que a proposta foi apresentada pelo governo — disse.

Fonte: Agência Senado

 


 

30/05/2019 - Direção do PDT vê democracia ameaçada por ações do governo Bolsonaro


O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, diz que o partido está preocupado com a atual situação do país, sobretudo em relação aos ataques que estão sendo feitos às instituições democráticas e as organizações sociais.


"Todos nós estamos muito preocupados com as ameaças da sociedade democrática, as ameaças contra as organizações sociais. A gente vê um governo raivoso, alimentado pelo ódio, pelo desmonte do Estado, para trazer prejuízo ao trabalhador, para trazer prejuízo ao aposentado, e o PDT vai ser uma trincheira de luta ao lado desse povo mais sofrido”, afirmou Lupi.


Após a reunião da direção nacional da sigla, que terminou nesta terça-feira à noite (28), na sede em Brasília, Lupi diz que o partido pretende ser aproximar mais da população para falar sobre o projeto nacional desenvolvimentista da sigla.


O vice-presidente do partido, Ciro Gomes, ex-candidato a presidente, falou sobre as manifestações pró-Bolsonaro do último domingo (26).


“Nós sabemos das contradições da vida política brasileira. Nós sabemos das distorções do judiciário brasileiro. Nós sabemos das absolutamente preocupantes e renitentes distorções da vida parlamentar do Brasil. Mas, em nenhuma hipótese, o caminho para resolver essas contradições é a violência, o ódio, a truculência, fechar o Congresso Nacional, fechar Supremo Tribunal Federal, que foram expressões bastante graves feitas nas ruas do Brasil por compatriotas nossos, equivocados”, disse Ciro.


Prosseguiu: “Nós não toleraremos que o senhor Jair Bolsonaro, incompetente, despreparado, sem projeto e sem proposta, transfira as culpas e as responsabilidades que são dele, para essas eventuais distorções que aqui e ali nos preocupam”.


Quanto à proposta de reforma da Previdência, Ciro ressaltou o seu aspecto negativo para a população assalariada, que todo o projeto prejudica, principalmente, os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.


“Se ela (Reforma da Previdência] ainda tem chance de andar, é porque boa parte muito conservadora do Congresso, que é a turma dele, é que está sustentando a possibilidade disso. E aí vem, agora, inventar, é para entupir o vazio de propostas, o desemprego galopante e a brutal falta de inteligência estratégica, que um oportunista mentiroso se elegeu fazendo e, agora, não sabe o que entregar”, disparou.

 

Da redação com informação da assessoria de comunicação do PDT

Fonte: Portal Vermelho

 


 

30/05/2019 - Preços sobem 1,27% na saída das fábricas em abril


O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação de produtos na porta de saída das fábricas brasileiras, registrou alta de preços de 1,27% em abril deste ano. A inflação é, no entanto, inferior às taxas registradas em março deste ano (1,59%) e em abril do ano passado (1,58%).
De acordo com dados divulgados nesta quarta (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de 2,57% no ano e de 8,61% em 12 meses.


Em abril, 22 das 24 atividades industriais pesquisadas registraram inflação em seus produtos, com destaque para refino de petróleo e produtos de álcool (3,18%), indústrias extrativas (3,02%) e metalurgia (2,29%).


Por outro lado, as quedas de preços dos produtos têxteis (-0,21%) e da madeira (-0,71%) evitaram uma inflação maior do IPP em abril.


Entre as quatro grandes categorias de uso, a maior taxa de inflação foi observada nos bens de consumo semi e não duráveis (1,81%), seguidos pelos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (1,06%). Os bens de consumo duráveis registraram alta de preços de 1,02% e os bens de capital - as máquinas e equipamentos -, uma taxa de 0,79%.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/05/2019 - Trabalhadores paralisam Argentina com grande greve contra Macri


Manifestantes seguram bandeiras durante paralisação em Buenos Aires


A Argentina ficou paralisada nesta quarta-feira (29) em função de uma greve geral dos principais sindicatos do país contra as medidas de ajuste econômico do presidente de centro-direita Mauricio Macri em meio a uma crise que abala suas aspirações de ser reeleito em outubro.


Sem transporte de passageiros, escolas ou trabalho em repartições públicas e bancos, muitas ruas de Buenos Aires estavam vazias antes das manifestações, que serão realizadas por alguns grupos que aderiram à medida de força convocada pela poderosa central sindical CGT.


Para garantir o sucesso da greve, vários piquetes de organizações sociais e partidos de esquerda bloqueavam o trânsito de veículos em alguns acessos à capital argentina.


Controlada pelo peronismo, atualmente na oposição, a CGT demanda que o governo imponha aumentos salariais que os equiparem à inflação alta – que chegou a cerca de 50% nos últimos 12 meses – e a redução de alguns impostos que afetam os trabalhadores.


As tarifas de serviços altas são outro alvo dos protestos, já que as fortes elevações registradas nos últimos anos, com as quais o governo tentou reduzir seu déficit, são uma das causas de a pobreza ter atingido 32% da população neste ano, segundo dados oficiais.


Macri almeja se manter na presidência na eleição de outubro, mas a queda nas pesquisas provocada pela crise econômica mostra que será difícil. A fórmula peronista de Alberto Fernández e da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner lidera na maior parte das sondagens.


Os aeroportos não estavam operando nesta quarta-feira por causa da greve, e não havia exportação de grãos a partir dos portos da área de Rosario, uma das regiões agroindustriais mais importantes do mundo.


Os efeitos da paralisação também serão sentidos no esporte: a final da Recopa Sul-Americana, que deveria ser disputada pelo local River Plate e pelos brasileiros do Atlético Paranaense, foi adiada para quinta-feira.

Fonte: Agência Brasil

 


 

30/05/2019 - Proposta cria prazo para regularizar a representação das partes em causa trabalhista


O Projeto de Lei 1724/19 prevê prazo de cinco dias, a partir da primeira audiência em órgãos da Justiça do Trabalho, para a regularização da representação processual em causa trabalhista, especialmente por parte das empresas que figuram no polo passivo.


A proposta está em análise na Câmara dos Deputados. O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43).


O autor, deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), disse que a ideia é aumentar a celeridade processual e minimizar riscos para as partes. “Atualmente é necessário requerer ao juiz do Trabalho prazo para que seja juntado o instrumento de substabelecimento de procuração para advogado ou carta de preposição para o preposto”, disse.


Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

30/05/2019 - Justiça Federal é competente para julgar restabelecimento de auxílio-acidente cessado por aposentadoria


A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que compete à Justiça Federal o julgamento de ação em que um aposentado pede a restauração do recebimento de auxílio-acidente, cessado em razão da concessão de aposentadoria por idade.


O conflito negativo de competência foi suscitado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) remeter à Justiça estadual a ação movida contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Para o juízo suscitante, apesar de a matéria tratar de acidente de trabalho, ela não se insere na competência da Justiça estadual, uma vez que não versa apenas sobre esse assunto, não se enquadrando na ressalva do artigo 109, inciso I, da Constituição Federal, conforme entendeu a Justiça Federal.


Acidente de trabalho

O relator do conflito no STJ, ministro Og Fernandes, explicou que as disposições contidas no artigo 109, I, da CF preveem tanto a competência da Justiça Federal para os casos em que a União, autarquias e empresas públicas federais sejam parte, quanto da Justiça estadual para o processo e julgamento das ações provenientes de acidentes de trabalho.


O ministro observou que “o pedido e a causa de pedir não decorrem de acidente de trabalho, pois, embora se esteja pedindo o restabelecimento do benefício acidentário, a causa de pedir decorre da restrição legal constante nos parágrafos 2º e 3º do artigo 86 da Lei 8.213/1991”.


Segundo o ministro, o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou sobre a competência da Justiça Federal nos casos em que se discute apenas a possibilidade de cumulação de benefício acidentário com a aposentadoria. Dessa forma, para o relator, não seria aplicável a orientação fixada pelas Súmulas 15 do STJ e 501 do STF.


Nesse mesmo sentido, Og Fernandes afirmou que o caso não estaria compreendido por outros entendimentos firmados no STF e no STJ sobre a interpretação extensiva da Constituição quanto à competência da Justiça estadual para o julgamento de ações de benefício acidentário – como também as que discutam as suas consequências e relações derivadas –, uma vez que o caso não se refere apenas ao restabelecimento de benefício.


Cumulação

Para ele, a matéria em discussão trata da manutenção do auxílio, de forma cumulada, com aposentadoria posteriormente concedida – o que passou a ser obstado a partir da edição de medida provisória, posteriormente convertida na Lei 9.528/1997, em razão de os valores relativos ao auxílio-acidente terem sido incorporados na base de cálculo da aposentadoria.


“Ademais, além de a causa de pedir não se referir a acidente de trabalho, observe-se que a atual conjuntura da Justiça Federal, em que o acesso do jurisdicionado vem se tornando mais próximo, e fácil, tende a retirar a competência da Justiça estadual para os feitos previdenciários de natureza acidentária”, ressaltou Og Fernandes.

Fonte: STJ

 


 

29/05/2019 - Presidentes dos três Poderes vão lançar pacto com metas econômicas


Rodrigo Maia afirma que, antes de assinar, vai submeter o texto aos líderes partidários da Câmara


Os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Dias Toffoli, reuniram-se nesta terça-feira (28) com o presidente Jair Bolsonaro para a discutir a assinatura, no mês que vem, de um pacto de entendimento com metas econômicas.
Segundo Maia, o texto está organizado e vai ser levado aos líderes partidários da Câmara. “Preciso respaldar minha decisão ouvindo os líderes, pelo menos a maioria, para assinar em nome da Câmara”, destacou.


De acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que participou da reunião, o Brasil vive uma grave crise e, por essa razão, é preciso manter o diálogo entre os Poderes. “O esforço de todos é ver o Brasil daqui a um ano como um país que cresce. Claro que o texto vai ser construído de comum acordo. Temos um texto-base e vai ser costurado”, disse ele, sem detalhar a proposta.

(Mais informações: Câmara)

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/05/2019 - Cármen Lúcia suspende decisão que autorizava desconto sindical em folha


Cabe ao trabalhador decidir sobre desconto de contribuição sindical, e não a assembleia de classe. Assim entendeu a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, ao suspender acórdão do TRT-4 que determinou que uma empresa descontasse a contribuição sindical dos trabalhadores, sem a autorização.


O argumento do tribunal regional foi de que a assembleia geral supriria a necessidade de autorização prévia do empregado.


Na liminar desta sexta-feira (24/5), a ministra considera que o entendimento de que a assembleia geral "preenche os requisitos legais que justificam a determinação de seu recolhimento" diverge do que a Corte fixou na ADI 5.794, que declarou constitucional o fim da contribuição sindical obrigatória.


No caso, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul ajuizou ação civil pública contra a empresa, pedindo que o reconhecimento da obrigação de recolher a contribuição sindical. O pedido foi negado pela primeira instância. Ao analisar o recurso, porém, a 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região julgou procedente.


A reclamação no STF foi ajuizada no último dia 20 de maio. A empresa, representada pela advogada Renata Ruaro De Meneghi Meneguzzi, do escritório Durval Balen, Ferreira & De Meneghi Advocacia, sustentou que a medida descumpriu a decisão do Supremo.


A empresa alegou que o STF entendeu pela constitucionalidade da Lei 13.467/17, "que privilegia os princípios da liberdade sindical, de associação e de expressão, entendendo que, para esta contribuição específica – sindical -, a autorização deve ser individual e expressa". Rcl 34.889

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

29/05/2019 - Mudança nas regras de reajuste do mínimo preocupa debatedores na CDH


Participantes de audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) mostraram-se preocupados com uma possível mudança na política de reajuste do salário mínimo. Eles temem prejuízos no ganho real e o consequente empobrecimento dos trabalhadores brasileiros. O assunto foi debatido nesta terça-feira (28) no colegiado, a pedido do seu presidente, senador Paulo Paim (PT-RS).


Atualmente, de acordo com a legislação (Lei 13.152, de 2015), o valor do minimo deve ser reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. O governo pretende usar como parâmetro apenas a inflação, o que para representantes sindicais significa retrocesso numa política pública que vem dando certo. O mínimo hoje é de R$ 998, e a regra atual foi fixada por lei a partir de 2007 e foi sendo prorrogada desde então, mas a última lei, de 2015, só previa reajustes por essas regras até 2019.


O técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clóvis Scherer, lembrou que nos últimos dois anos está havendo aumento da pobreza no país e o agravamento na concentração de renda. Ele também destacou o longo caminho percorrido até a adoção da fórmula de cálculo atual.


— Foram várias marchas a Brasília realizadas a cada ano, entre 2004 e 2009, que trouxeram como ponto principal a necessidade de erguer o valor do mínimo e levá-lo a um patamar de dignidade. Na América do Sul, a maioria dos países está com salários mínimos em patamares superiores ao nosso. Nada fizemos além de recuperar um nível de renda que já foi alcançado no país anteriormente — avaliou.


Defesa conjunta

A representante do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho, Mônica Damous Duailibe, destacou a importância do salário mínimo e a necessidade de sua valorização.


— De 2002 a 2014, o número de empregados formais no Brasil cresceu de 23 milhões para 39 milhões e foi justamente o período de maior valorização do salário mínimo — ressaltou.


Já a presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Aparecida Garcia Porto, destacou o papel do Judiciário na aplicação das regras sobre o salário mínimo.


— Estamos dispostos a fazer o que é nosso papel constitucional, que é de atuar como guardiões da Constituição e dar efetividade ao que diz respeito aos direitos sociais que se vinculam ao mundo do trabalho — avaliou.


Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), uma perda do poder aquisitivo dos trabalhadores teria consequência imediata na economia:
— Isso não é questão de partido. É uma questão de país. Se você tira o poder de compra, tira o poder de venda. Se o comércio não vende, a industria não produz e o governo não arrecada — avaliou.

Fonte: Agência Senado

 


 

29/05/2019 - Em quatro meses, pequenos negócios criam quase 300 mil empregos


Levantamento foi feito pelo Sebrae, com base em dados do Caged


Os pequenos negócios voltaram a responder pela geração de novos empregos no mês de abril. Segundo levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, esse segmento gerou, no mês passado, 93,7 mil postos de trabalho formais. O saldo foi quase três vezes maior que o gerado pelas média e grandes empresas e representou 72,3% do total de empregos gerados no país no mesmo período, que foi de 129,6 mil.


No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os pequenos negócios abriram quase 300 mil novos empregos. As médias e grandes empresas (MGE) criaram apenas 20,3 mil novas vagas. Entretanto, o saldo de postos de trabalho gerados pelas micro e pequenas empresas (MPE), no primeiro quadrimestre deste ano, ainda está 14,4% abaixo do saldo gerado por elas no mesmo período do ano passado.


“A recuperação do emprego passa pela retomada da economia, que depende diretamente da retomada da confiança de investidores, da aprovação das reformas no Congresso Nacional”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Os números mostram que o empreendedorismo está no sangue do povo brasileiro. Foram os pequenos negócios os grandes responsáveis pelo grande número de abertura de vagas no mercado de trabalho. E isso mesmo em tempos difíceis economicamente”, acrescenta.


Serviços

O levantamento do Sebrae apontou ainda que nos primeiros quatro meses do ano, as MPEs do setor de Serviços capitanearam a geração de empregos, com um saldo de 193 mil novos postos de trabalho, 69% do total de empregos gerados no período de 2019. As MPEs que atuam no comércio, porém, ainda continuam a registrar saldos negativos de vagas de trabalho no acumulado de 2019, o que significa que demitiram mais do que contrataram. Mesmo assim, ainda geraram 10,6 mil postos no mês passado.


Em todos os setores, as MPEs registraram saldos positivos de empregos gerados no mês de abril de 2019, mas foram os pequenos negócios do setor de Serviços que puxaram a geração de empregos, criando mais de 55 mil postos de trabalho, 3,6 vezes mais do que as MPEs da construção civil, segundo setor em que as micro e pequenas empresas mais empregaram nesse mês. Pelo levantamento, as médias e grandes empresas tiveram uma queda de 1.057 postos de trabalho neste segmento, enquanto os pequenos negócios abriram 15,1 mil vagas.


Estados

As micro e pequenas empresas do estado de São Paulo lideraram a geração de empregos no país em abril deste ano, respondendo pela criação de 29,3 mil postos de trabalho e foram acompanhadas pelas MPEs de Minas Gerais, com 14,7 mil empregos. Com isso, as MPEs da região Sudeste foram as que mais geraram postos de trabalho neste mês no país (52,9 mil empregos), seguidas pelos pequenos negócios da região Nordeste, que responderam pela geração de 17,8 mil empregos. Praticamente todos os estados do país tiveram saldo positivo, com exceção ao Rio Grande do Sul, que registrou mais demissões que contratações no segmento.

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/05/2019 - Mudança na tramitação de MPs pode ser votada nesta semana


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que pretende pautar ainda nesta semana a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 70/11, que modifica o prazo de tramitação das medidas provisórias no Congresso Nacional. Ele quer dar início às discussões do texto já nesta quarta-feira (29).


Rodrigo Maia disse que a proposta não retira nenhuma prerrogativa do governo federal para edição das MPs. A PEC prevê 80 dias para a Câmara e 30 para o Senado analisarem as Medidas Provisórias e extingue as comissões mistas de deputados e senadores, que atualmente analisam as propostas e as remetem para o Plenário da Câmara.

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/05/2019 - Paulo Guedes se diz confiante na aprovação da reforma da Previdência


Ministro da Economia diz que povo quer mudança


O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça (28), em Brasília, que está confiante na aprovação da reforma da Previdência. Ele afirmou que as manifestações de apoio ao governo são a prova de que o povo quer mudança.


“Estamos confiantes que o Congresso vai aprovar a reforma [da Previdência]. Acho que as manifestações simplesmente confirmam a ideia de que o povo quer mudanças”, disse, ao chegar no Ministério da Economia, após café da manhã, no Palácio da Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Senado, David Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.


Segundo Guedes, o encontro foi “excelente, em um ambiente ótimo”, sem antagonismo entre os poderes. “Estão todos buscando melhorar o país”, disse.

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/05/2019 - Maia pede ao relator que antecipe parecer sobre reforma da Previdência


Presidente da Câmara quer mais tempo para votar a proposta neste semestre no Plenário


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai pedir ao relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que apresente seu parecer antes da data prevista (15 de junho). Segundo Rodrigo Maia, é preciso encurtar o prazo da votação, para que o texto não fique muito no limite no final do semestre.


“Sou otimista. Precisamos terminar essa matéria na Câmara no primeiro semestre, e seria bom que a gente conseguisse antecipar em uma semana, ou cinco dias, para ter mais tempo para votação na comissão e no Plenário se não vai ficar muito apertado”, disse.

Fonte: Agência Câmara

 


 

29/05/2019 - Taxa de desemprego na Grande São Paulo aumenta pelo 2º mês seguido


A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo aumentou de 16,1%, em março, para 16,7%, em abril.


Os dados, divulgados nesta terça-feira (28), são da Pesquisa de Emprego e Desemprego, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados e do Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Seade-Dieese). O total de desempregados foi estimado em 1.872 mil pessoas, 100 mil a mais do que no mês anterior.


Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto aumentou de 13,5% para 13,9% e a de desemprego oculto passou de 2,6% para 2,8%. A taxa de desemprego total é composta pela soma das taxas de desemprego aberto e oculto. A taxa de desemprego aberto contabiliza pessoas que procuraram trabalho nos últimos 30 dias e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias anteriores à entrevista.


Já a taxa de desemprego oculto corresponde a pessoas cuja situação de desemprego está oculta pelo trabalho precário, conhecido como bico, ou pelo desalento; sendo que não houve procura de trabalho nos últimos 30 dias, e, sim, nos últimos 12 meses anteriores à entrevista.


Nível de ocupação

Segundo a pesquisa, o resultado decorreu do aumento insuficiente do nível de ocupação (geração de 105 mil postos de trabalho, ou 1,1%), para absorver a expansão da População Economicamente Ativa (205 mil pessoas se incorporaram à força de trabalho da região, ou 1,9%).


O contingente de ocupados foi estimado em 9.339 mil pessoas. Houve diminuição do emprego assalariado (-1,3%), resultado da retração do assalariamento com carteira de trabalho assinada no setor privado (-2,2%), parcialmente compensada pelo aumento do assalariamento sem carteira assinada (3,6%).


A pesquisa constatou aumento nos contingentes de autônomos (9,6%), empregados domésticos (1,0%) e aqueles classificados nas demais posições (4,5%) – composto por empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e profissionais liberais.


Entre fevereiro e março de 2019, permaneceu relativamente estável o rendimento médio real dos ocupados (-0,1%) e elevou-se o dos assalariados (1,0%), que passaram a ser estimados em R$ 2.100 e R$ 2.208, respectivamente.

Fonte: Agência Brasil

 


 

29/05/2019 - Confiança do empresário da indústria cai 0,7 ponto em maio


O Índice de Confiança da Indústria, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,7 ponto de abril para maio. Com a queda, o indicador passou para 97,2 pontos, em uma escala de zero a 200.


A confiança caiu em dez dos 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV. A queda foi puxada pelo recuo de 1,5 ponto do Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro: passou para 95,9 pontos. A principal influência veio da perspectiva de contratações do setor nos próximos três meses, que diminuiu 3,6 pontos.


Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no momento presente, permaneceu estável em 98,5 pontos. Houve queda de 2,9 pontos do indicador do nível de estoques, mas as outras duas variáveis cresceram, o que levou à estabilidade do Índice da Situação Atual.


Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., o resultado mostra um empresariado ligeiramente pessimista em relação aos próximos meses.

Quanto à situação atual, há, para Campelo Jr., sinais dúbios. “Após meses andando de lado, o nível de utilização da capacidade voltou a subir, mas houve, em paralelo, acúmulo de estoques indesejados”, disse.


O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,8 ponto percentual entre abril e maio, retornando para 75,3%, o mesmo patamar de novembro de 2018.

Fonte: Agência Brasil

 


 

28/05/2019 - Estudantes confirmam atos em Brasília e 23 capitais contra cortes na Educação na quinta-feira


Entidades pedem que estudantes saiam às ruas com suas produções acadêmicas e

materiais de estudo para simbolizar a luta em defesa da educação


Estudantes de todo o país saem às ruas para a segunda mobilização contra os cortes na educação do governo Bolsonaro. Eles prometem repetir os protestos realizados no ultimo dia 15 de maio, que paralisaram as atividades em universidades, institutos federais e escolas públicas e privadas em mais de 170 cidades pelo Brasil que reuniram mais de 1 milhão de participantes. As entidades estudantis já confirmaram atos em Brasília e mais 23 capitais do país (confira abaixo) na próxima quinta-feira (30). As ações também devem servir para acumular forças para a greve geral do dia 14 de junho contra a proposta de reforma da Previdência.


Na semana passada, o governo repôs nos investimentos da educação R$ 1,58 bilhão, mas os cortes ainda alcançam R$ 4,25 bilhões, o que ainda ameaça inviabilizar o funcionamento de universidades e institutos federais no próximo ano. Além da reposição insuficiente, os estudantes apontam outros ataques à Educação que se somam aos cortes e motivam as mobilizações.


No dia seguinte às grandes mobilizações, o governo Bolsonaro editou decreto que altera regras sobre escolha de dirigentes universitários, que deverão agora contar com o aval dos ministros da Casa Civil e da Secretaria Geral da Presidência da República. Para os estudantes, a as indicações nas mãos do governo ferem diretamente a autonomia e a democracia universitária.


Também no mesmo dia, o governo Bolsonaro demitiu mais um presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Enem. Elmer Vicenzi, que ocupava o cargo, foi afastado após contrariar o pedido do Ministério da Educação (MEC) para usar dados sigilosos de alunos na emissão de uma nova carteira estudantil. A ação foi vista como uma tentativa de retaliação contra as entidades estudantis.


Já na semana passada, os presidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) foram agredidos e impedidos de falar em audiência pública da Câmara dos Deputados que recebia o ministro da Educação, Abraham Weintraub, responsável pelos cortes.


A UNE, a UBES e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) convocam a todos e todas estudantes a irem às ruas na próxima quinta-feira (30) portando suas suas produções acadêmicas e materiais de estudo como símbolos da luta em defesa da educação.


Confira a programação fechada até esta segunda-feira (27) dos atos do #30M

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

28/05/2019 - Greve geral: motoristas de ônibus da Grande São Paulo e Baixada Santista vão parar


Categorias se juntam a metroviários e motoristas da capital paulista e vão paralisar serviços contra o desmonte da Previdência Social
 

Motoristas de ônibus que atuam no transporte coletivo municipal e intermunicipal de Guarulhos, Arujá, do ABC paulista e da Baixada Santista anunciaram nesta segunda-feira (27) que vão participar da greve geral, no dia 14 de junho, contra a “reforma” da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Os trabalhadores se juntam aos motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista e aos metroviários, que também vão paralisar os serviços.


Na Baixada Santista, a greve geral deve parar o transporte coletivo municipal e intermunicipal de Santos, Guarujá, Cubatão, Bertioga, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Em toda a região são transportados cerca de 200 mil passageiros por dia. O sistema intermunicipal é gerido pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), incluindo o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Os trabalhadores de cargas da região também vão aderir à paralisação.


Na Grande São Paulo, o transporte coletivo municipal e intermunicipal de Guarulhos e Arujá, além de São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André e Diadema, também vai parar em 14 de junho. No caso do ABC, a categoria ainda vai realizar uma assembleia de confirmação da greve na próxima semana, mesma situação dos motoristas de ônibus de Osasco, que ainda não definiram a adesão. Junto à capital, os motoristas da Grande São Paulo transportam cerca de 8 milhões de pessoas por dia.


O Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil também decidiu paralisar os serviços na greve geral. A entidade representa os trabalhadores das linhas 11-Coral (Luz/Estudantes), 12-Safira (Brás/Calmon Viana) e 13-Jade (Aeroporto de Guarulhos/Engenheiro Goulart), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As demais linhas ainda vão definir a participação na mobilização.


Representantes de diversas categorias se reuniram hoje na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital. O secretário-geral do Sindicato dos Condutores de Guarulhos (Sincoverg) e secretário de Saúde da CUT São Paulo, Wagner Menezes, o Marrom, ressaltou que a paralisação dos trabalhadores do transporte é fundamental para o sucesso da greve geral. “Estamos trabalhando forte nessa greve. Vamos dialogar com os demais ferroviários, rodoviários de outras cidades, inclusive de outros estados, pelo Brasil afora. A luta agora é de todos”, afirmou.


O coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo Wagner Fajardo defendeu que serviços essenciais, como o transporte, são fundamentais na mobilização da greve. “É justo que nossas categorias contribuam com a luta geral que vai beneficiar a todos os trabalhadores.” São dois tipos de viés, segundo ele: “Um de defesa dos nossos direitos e outro de contribuir na luta das demais categorias de trabalhadores. Essa reforma é realmente um descalabro. Ela liquida com os direitos previdenciários dos trabalhadores. Ela é tão ruim que o Bolsonaro sequer conseguiu unir seus apoiadores para defendê-la. Nós vamos lutar firmemente para impedir a aprovação desse projeto no Congresso Nacional”.


No próximo dia 5, os trabalhadores do transporte vão a Brasília para a fundação da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Público. A expectativa é de haver uma reunião com lideranças de outras regiões do país para ampliar o alcance da greve geral. Além das mobilizações em cada categoria, os trabalhadores na plenária também decidiram realizar uma coleta simultânea de assinaturas para um abaixo-assinado contra a “reforma” da Previdência em estações do metrô, no próximo dia 29, além de fazer uma coletiva de imprensa das Centrais e sindicatos no dia 10 de junho. Na semana da greve será distribuída uma carta aberta explicando a paralisação e os fundamentos da proposta do governo.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

28/05/2019 - Estudo mostra que Capitalização fracassou em 60% dos países que mudaram Previdência


O sistema de capitalização, que é um dos aspectos mais perversos da reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, fracassou em 60% dos países que o adotaram, segundo estudo da OIT - Organização Internacional do Trabalho.


O sistema de capitalização liquida o princípio da solidariedade entre os trabalhadores. Na capitalização, o trabalhador faz a própria poupança para sua aposentadoria.


Reportagem do UOL mostra que entre 1981 e 2014, 30 países modificaram seu para adotá-la. Até o ano passado, 18 desses países já haviam feito uma nova reforma, revertendo ao menos em parte as mudanças.


"Com 60% dos países que privatizaram aposentadorias públicas obrigatórias tendo revertido a privatização, e com evidências acumuladas de impactos sociais e econômicos negativos, é possível afirmar que o experimento fracassou", afirma o estudo publicado no UOL.

Fonte: Brasil247

 


 

28/05/2019 - Trabalhar até os 65 anos 'não é sacrifício', diz relator da Previdência


O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência na Câmara, disse nesta segunda-feira (27) que não vê sacrifício no fato de contribuintes que antes se aposentavam apenas pelo tempo de contribuição terem que pagar e esperar por mais tempo para atender a regra da idade mínima para obter a sua aposentadoria.


"Eu não acho que seja sacrifício trabalhar até os 62 anos, trabalhar até os 65 anos. Não pode ser um sacrifício. O que não pode é querer aposentadorias para virar complementação do salário", disse o parlamentar durante reunião com empresários em São Paulo. A informação é da Folha.


A proposta de idade mínima é a cláusula mais prejudicial aos trabalhadores mais pobres, que em sua esmagadora maioria, começam a trabalhar mais cedo. De acordo com o texto apresentado pelo governo Jair Bolsonaro estabelece idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.


Para o relator, a aposentadoria somente por tempo de contribuição "desvirtua" o sistema de previdência, pois a média de idade de quem se aposenta por tempo de contribuição pelo regime geral é de 54 anos, o que descaracteriza a Previdência Social.


"Ninguém para aos 55 anos, então desvirtua um processo fundamental que é o sistema de Previdência para nós, para os idosos e jovens, que vão virar idosos", afirmou.


O tucano defende a retirada da idade mínima da Constituição e que essa definição deve ser feita a partir de estatísticas de órgãos como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ou seja, pode mudar a qualquer tempo.

Fonte: Brasil247

 


 

28/05/2019 - Fachin suspende liminar que autoriza venda de subsidiária da Petrobras


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin derrubou a decisão que autorizou a venda da Transportadora Associada de Gás, empresa subsidiária da Petrobras. A decisão foi assinada na sexta-feira (24) e foi proferida a partir de uma reclamação ajuizada pelos sindicato dos petroleiros de São Paulo, Bahia, Paraná e Santa Catarina.


A decisão do ministro derruba a liminar concedida em janeiro pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, que havia autorizado a venda dos ativos da subsidiária, conforme planos da estatal.


Segundo Fachin, até o julgamento final do caso, deve prevalecer a decisão de outro ministro da Corte, Ricardo Lewandowski, que entendeu que o controle acionário de empresas públicas de economia mista só pode ser feito com autorização do Legislativo.


Antes de chegar aos tribunais superiores, a venda da subsidiária também foi impedida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife, no âmbito de uma ação popular protocolada pelo sindicato dos petroleiros de Alagoas e Sergipe para suspender a licitação aberta pela Petrobras.


No processo, A Advocacia-Geral da União (AGU) alegou que, ao contrário do que sustentou o sindicato, a regularidade do processo de venda foi reconhecida pelo Tribunal de Contas de União (TCU) e observou as melhores práticas do mercado. Segundo a estatal, o processo de venda faz parte de um terço do programa interno de desinvestimentos da Petrobras, que foi orçado em R$ 21 bilhões.


Em nota, a Petrobras esclareceu que ainda não foi intimada da decisão proferida pelo ministro Edson Fachin e que vai avaliar a decisão e tomar as medidas cabíveis "em prol dos seus interesses e de seus investidores".


"A Petrobras reforça a importância dos desinvestimentos através da gestão de portfólio para a redução do seu nível de endividamento e geração de valor, em linha com seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023 e Plano de Resiliência", conclui a nota.

Fonte: Agência Brasil

 


 

28/05/2019 - Caged mostra efeitos negativos da "reforma" trabalhista


Emprego com carteira assinada cresce lentamente no país, puxado pelo setor de serviços e caracterizado por salários menores de admissão, além de alta rotatividade.


Os dados de criação de postos formais de abril foram positivos em todos os setores da economia e regiões, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, divulgado na última sexta-feira. Em abril de 2019, empresas e o setor público contrataram 1.374.628 de pessoas, mas demitiram 1.245.027, gerando um saldo líquido de emprego de 129.601.


Esse é o melhor resultado para abril e representa um crescimento de 0,34% em relação a março. No ano, foram criados 313.835 postos, alta de 0,82% ante igual período de 2018. Já nos últimos doze meses até abril, houve expansão de 477.896 empregos, alta de 1,25%. Dado o fraco crescimento econômico, essa leve expansão de vagas pode ter sido ajudada pela liberação de contratos de trabalho intermitente e por tempo parcial, pela reforma trabalhista (aprovada em 2016), segundo avaliação da economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Maria Andréa Parente.


“Os trabalhos intermitente e parcial podem estar inflando os números do Caged. Se não fosse essa possibilidade da reforma trabalhista, os dados poderiam até mesmo ser negativos”, diz Parente. Ela avalia, por outro lado, que o resultado de abril é positivo e veio acima das suas expectativas. “É preciso lembrar também que março foi um mês ruim por conta do Carnaval. Então já se esperava que, na comparação com março, os dados viriam positivos”, reforçou a economista.


Em relação ao trabalho intermitente, houve 9.972 admissões e 4.550 desligamentos em abril, um saldo de 5.422 empregos. Por setor, o trabalho temporário se distribuiu assim: comércio (1.539); serviços (2.840); construção civil (246); indústria de transformação (774); extrativa mineral (8); Serviços industriais de utilidade pública (SIUP) e agricultura (8), mostrou o Caged.


Já no regime de trabalho por tempo parcial, ocorreu 7.419 admissões e 4.592 desligamentos, gerando saldo de 2.827 empregos. Por segmento, a distribuição foi: serviços (1.480 postos); comércio (1.216); indústria de transformação (77); construção civil (18); administração Pública (28); SIUP (7); e Agropecuária (1).


Rendimento em queda

As formas mais flexíveis de contratação também estão impactando, junto com a elevada taxa de desemprego, a redução real dos rendimentos e a queda dos salários de admissão, afirma o economista do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Newton Marques. Em abril, o salário médio de contratação foi de R$ 1.584,51, enquanto o de demissão foi de R$ 1.747,85.


Em relação a igual mês de 2018, registrou-se queda 1,32% para o salário médio de admissão e de 1,19% para o salário de desligamento. “A reforma trabalhista tem permitido às empresas trocarem contratos antigos por de menores custos. Além disso, como a taxa de desemprego está muito alta, as pessoas acabam aceitando salários menores”, afirma Marques.


“Estamos em um processo de precarização do mercado de trabalho e de uma alta rotatividade”, complementa o economista. Agostinho Pascalicchio, professor de econômica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, acrescenta que, para ofertar menores salários, as empresas podem estar optando por contratar mais jovens no lugar de pessoas que estão há mais tempo no mercado. Para Pascalicchio, a deterioração das expectativas de crescimento da economia ocorrida no mês de maio pode se refletir em dados menos positivos do emprego nos próximos resultados do Caged.


Setores e região

Em abril, todos os setores apresentaram saldo positivo de emprego: serviços (66.295 postos); indústria de transformação (20.479 postos); construção civil (14.067 postos); agropecuária (13.907 postos); comércio (12.291 postos); administração pública (1.241 postos); SIUP (867 postos) e extrativa Mineral (454 postos).


O mesmo ocorreu nas cinco regiões do país: Centro-Oeste (15.240 postos); Sul (14.570 postos); Norte (3.092 postos); Sudeste (81.106 postos) e Nordeste (15.593 postos). Os maiores saldos de emprego ocorreram nos estados de São Paulo (50.168 postos); Minas Gerais (22.348) e Paraná (10.653). Mas caiu em Alagoas (-4.692); Rio Grande do Sul (-2.498) e Rio Grande do Norte (-501).


As informações são do Diário Comércio Indústria & Serviços

Fonte: Portal Vermelho

 


 

28/05/2019 - Parlamentares dizem que ato pró-Bolsonaro revela um governo decadente


A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), diz que as manifestações pró-Bolsonaro realizadas neste domingo (26) revelam o que as pesquisas já registraram: um governo em queda livre e decadente.


“Muitos gritos histéricos antidemocráticos e até pedidos pelo fechamento do parlamento deram o tom das pequenas manifestações pró-Governo deste domingo. Isso reforça que o governo está em decadência absoluta, já registrado nas últimas pesquisas de opinião. E são só cinco meses, hein”, escreveu a deputada no Twitter.


Segundo ela, as imagens da manifestação são óbvias. “O que se viu longe de um clamor absoluto pelas reformas propostas, como a da previdência. Nem contra os cortes na Educação houve reação”, afirmou.


Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o protesto foi mais um tiro no pé. “Mesmo com incentivo do próprio presidente, foi pouca gente para rua e parte dos atos com uma pauta antidemocrática, destrutiva. O governo fica ainda mais fraco e isolado. Bolsonaro deve estar de ressaca”, diz.


A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que os atos não foram a favor do Brasil, mas sim contra a democracia, contra a educação, contra os direitos do povo e pela intervenção militar. “Em São Paulo, uma mulher com camisa de Marielle Franco foi perseguida e hostilizada. Inaceitável”, criticou.


A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) diz que os manifestantes pró-Bolsonaro demonstraram atitudes antidemocráticas. “Lá no Paraná, tiraram a faixa em defesa da educação pública e ainda comemoraram tal atitude?”, questionou.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

28/05/2019 - Paim defende dispensa pericial a aposentados por invalidez em decorrência do HIV/Aids


O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta segunda-feira (27), em Plenário, a derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 188/2017, que propunha a dispensa de reavaliação pericial a aposentados por invalidez em decorrência do HIV/Aids. No início do mês, O presidente Bolsonaro julgou a matéria inconstitucional e contrária ao interesse público.


O parlamentar defendeu sua proposta no âmbito econômico. Segundo ele, é mais caro para o país custear uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento desses pacientes do que pagar uma aposentadoria de um salário-mínimo.


— Muitas dessas pessoas, aposentadas há 15, 20 anos, foram, de repente, desaposentadas. Recebiam, em média, um salário-mínimo. Qual a empresa que vai contratar um cidadão como esse, em época de recessão e desemprego como estamos vivendo? Essas pessoas estavam bem na época em que foram aposentadas, porque, com o seu salário-mínimo, elas podiam se alimentar, pagar uma passagem para buscar os remédios, mas a partir do momento que eles perdem o benefício, vão se manter como? — questionou Paim.

Fonte: Agência Senado

 


 

27/05/2019 - Atos por Bolsonaro fracassam e perdem para a mobilização em defesa da educação


Protestos em defesa do governo e de sua agenda de retrocessos ficam menores do que a mobilização do dia 15 de maio. Na quinta-feira (30), estudantes, professores e trabalhadores estarão de volta às ruas


Os atos a favor do governo Bolsonaro neste domingo (26) ficaram aquém das expectativas dos apoiadores do governo e foram menores do que os atos de 15 de maio, contra o contingenciamento de verbas na educação pública federal.


Segundo balanço do Portal G1 às 17h de ontem, os atos em favor de Bolsonaro somaram 122 cidades de 21 estados, mais o Distrito Federal. No dia 15, com medição também às 17h, os protestos alcançaram 162 cidades dos 26 estados do país, mais o Distrito Federal, sendo que o dia terminou com atos em 222 cidades.


Na quinta-feira (30), os estudantes estarão de volta às ruas do país e a expectativa é que a mobilização cresça em relação ao dia 15, já que o governo não sinalizou qualquer mudança no sentido aliviar os cortes orçamentários.


Uma imagem que simbolizou o fracasso do dia de protestos deste domingo foi registrada na manifestação em Curitiba. Em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma faixa que trazia mensagem em defesa da educação foi retirada pelos bolsonaristas.


A denúncia foi feita pelo reitor da UFPR, Ricardo Fonseca. “Neste exato momento manifestantes retiraram, com muitos aplausos, uma faixa no Prédio Histórico da UFPR em que estava escrito: “Em defesa da educação”. Inacreditável”, disse Fonseca pelo Twitter.


O ato violento dos bolsonaristas curitibanos faz parte do ambiente de obscurantismo difundido no país por Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, em campanha contra a Universidade, com perseguições ideológicas e cortes de verbas.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

27/05/2019 - Flávio Dino: Manifestações vão piorar a governabilidade de Bolsonaro


Ao comentar as manifestações de apoiadores de Bolsonaro, o governador maranhense destacou que o isolamento do presidente em “guetos ideológicos” e a hostilidade contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal que os atos deste domingo expressaram aumentarão as dificuldades do governo.


O governador do Maranhão, Flávio Dino, comentou através do Twitter, as manifestações em apoio à Bolsonaro ocorridas neste domingo (26). Para Dino, os atos promovidos pelos setores de extrema direita são um “gesto defensivo , típico de quem não está conseguindo impor a sua agenda”. Para ele, o governabilidade de Bolsonaro deve ficar pior do que já está. “A governabilidade vai piorar, pois quem governa não pode se refugiar em guetos ideológicos, a não ser em último caso. Tampouco pode promover gestos de hostilidade à maioria do Congresso Nacional e até ao Supremo”, declarou o governador maranhense.


Mesmo que Bolsonaro tenha afirmando que as manifestações foram em defesa do Brasil e pela aprovação das reformas que enviou ao Congresso Nacional, o que se viu de fato foi muita hostilidade contra os poderes Legislativo e Judiciário. Também não faltou louvação ao ministro Sérgio Moro, numa demonstração de as ideias do chamado “lava-jatismo” ajudam na mobilização dos segmentos mais fanático que apoiam Bolsonaro e seu governo.


Flávio Dino considera que os atos deste domingo “são suficientes para conter pautas de derrubada do governo Bolsonaro, nascidas dentro da própria elite. Mas são insuficientes para impulsionar a agenda extremista e sectária”. A cobertura da chamada “grande mídia” ao longo do dia já refletiu um pouco do que diz o governador. Sem avaliar a dimensão das manifestações, a Globo, em especial, tentou associá-las à defesa da reforma da previdência, ao “pacote anticrime” de Sérgio Moro e à Medida Provisória 870, em especial à manutenção do COAF vinculado ao Ministério da Justiça e não ao da Economia, como aprovou a Câmara de Deputados. Ocorre que quase não se viu manifestantes tratando dessas questões.


O governador destacou ainda que as manifestações deste dia 26 foram bem menores do que as que ocorreram no dia 15 de maio em defesa da educação. Segundo o portal G1, até as 19:30 do domingo, 156 cidades de 26 estados e no Distrito Federal havia realizado atos. Já no dia 15 de maio, as manifestações em defesa da educação ocorreram em 198 cidades de todos os estados e no Distrito Federal. Com um detalhe, apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro, as manifestações deste domingo foram massivas. Nas demais cidades as atividades tiveram pouca expressão, ao contrário do que ocorreu no dia 15. Para Flávio Dino, “dependendo dos próximos dias, se governo Bolsonaro mantiver beligerância, os atos de 30 de maio podem ser ainda maiores”.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

27/05/2019 - Abril tem a maior criação de emprego formal para o mês desde 2013


Serviços e indústria de transformação puxaram abertura de vagas


Beneficiada pelos serviços e pela indústria, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em abril, o maior nível para o mês em seis anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 129.601 postos formais de trabalho foram criados no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.


A última vez em que a criação de empregos tinha superado esse nível foi em abril de 2013, quando as admissões superaram as dispensas em 196.913. A criação de empregos totaliza 313.835 de janeiro a abril e 477.896 nos últimos 12 meses.


Na divisão por ramos de atividade, todos os oito setores pesquisados criaram empregos formais em abril. O campeão foi o setor de serviços, com a abertura de 66.290 postos, seguido pela indústria de transformação (20.470 postos). Em terceiro lugar, vem a construção civil (14.067 postos).


O nível de emprego aumentou na agropecuária (13.907 postos); no comércio (12.291 postos), na administração pública (1.241 postos); nos serviços industriais de utilidade pública, categoria que engloba energia e saneamento (867 postos) e extrativismo mineral (454 postos).


Tradicionalmente, a geração de emprego é alta em abril, por causa do início das safras e do aquecimento da indústria e dos serviços.


Destaques

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelos atendimentos médicos, odontológicos e veterinários, com a abertura de 20.589 postos formais; seguido pelo comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico, com 13.023 vagas. Na indústria de transformação, a criação de empregos foi impulsionada pela indústria de produtos alimentícios e de bebidas (9.884 postos); pela indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (7.680 postos) e pela indústria têxtil (1.845 postos).


Regiões

Todas as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em abril. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 81.106 postos, seguido pelo Nordeste (15.593 vagas) e pelo Centro-Oeste (15.240 vagas), influenciado pela safra. O Sul criou 14.570 postos, e o Norte registrou 3.092 vagas a mais no mês passado.


Na divisão por estados, 23 unidades da Federação geraram empregos e quatro demitiram mais do que contrataram. As maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram em São Paulo (abertura de 50.168 postos), em Minas Gerais (22.348), no Paraná (10.653) e na Bahia (10.093). Os estados que registraram o fechamento de vagas formais foram Alagoas (-4.692 postos), Rio Grande do Sul (-2.498), Rio Grande do Norte (-501) e Pará (-25).

Fonte: Agência Brasil

 


 

27/05/2019 - CDH debate política de reajuste do salário mínimo


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promoverá audiência pública na próxima terça-feira (28), a partir das 9h, para debater a política de reajuste do salário mínimo. O evento acontecerá no plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho e será interativo. O requerimento para realizar a audiência é do senador Paulo Paim (PT-RS).


Já estão confirmadas as presenças de Clóvis Scherer, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); Edson Índio, secretário geral da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora; Mônica Damous Duailibe, representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); e Sandro Jadir Albuquerque, vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).


Além deles, a audiência terá representantes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, de associações de magistrados e de procuradores do trabalho e de outras centrais sindicais.

Fonte: Agência Senado

 


 

27/05/2019 - Frente em Defesa dos Direitos dos Idosos será lançada sexta-feira (31)

 

Será lançada na próxima sexta-feira (31) a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Idosos. O objetivo do novo colegiado, proposto pelo deputado Julio Cesar Ribeiro (PRB-DF), é promover políticas públicas relativas à defesa do idoso; acompanhar a tramitação de matérias que tratem do assunto correlato, fiscalizando o efetivo cumprimento das normas aprovadas pelo Congresso Nacional; e estimular a assistência ao idoso, propondo e analisando projetos que garantam a promoção e defesa dos direitos dos idosos.


O evento será realizado às 14h30, no auditório Freitas Nobre.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/05/2019 - Comissão de Finanças debate correção da tabela do imposto de renda


A atualização da tabela do Imposto de Renda será discutida nesta terça-feira (28) em audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.


“A última correção da tabela do imposto de renda aconteceu em 2015. A não atualização desta tabela tem levado os brasileiros a pagarem mais imposto a cada ano”, reclama o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), um dos requerentes da audiência.


Foram convidados para discutir o assunto, entre outros, o secretário especial da Receita Federal do Brasil, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque; e o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), Kleber Cabral.


O debate, que também foi sugerido pelos deputados Eduardo Cury (PSDB-SP), Enio Verri (PT-PR) e Rui Falcão (PT- SP), será realizado a partir das 14 horas, em plenário a definir.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/05/2019 - Audiência discute direitos de trabalhadores terceirizados


A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados discute, na próxima terça-feira (28), o projeto que pretende garantir os direitos dos trabalhadores nas contratações de serviços terceirizados (PL 6456/16).


A proposta, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), determina, por exemplo, que a contratação de serviços terceirizados implica necessariamente a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto aos direitos trabalhistas e previdenciários.


O projeto também altera a Lei das Licitações para estabelecer a exigência de garantia para as provisões de encargos trabalhistas quanto a férias, décimo terceiro salário e multa do FGTS por dispensa sem justa causa.


O texto recebeu parecer pela rejeição do deputado Laercio Oliveira (SD-SE) e aguarda votação no colegiado.


A audiência foi sugerida pelo deputado José Ricardo (PT-AM) e ouvirá, entre outros, a procuradora do Ministério Público do Trabalho da 10ª Região, Ana Cristina Desirée Ribeiro; o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF), Rodrigo Brito; e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), Julimar Roberto de Oliveira Nonato.

 

O debate será realizado a partir das 15h30, no plenário 5.

Fonte: Agência Câmara

 


 

27/05/2019 - Começa hoje a 5ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista


Começa hoje (27) e vai até 31 de maio a 5ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, que este ano tem como slogan “Menos Conflitos. Mais Soluções: com a conciliação o saldo é sempre positivo”.


Promovida pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), em parceria com os tribunais regionais do Trabalho de todo o país, a iniciativa tem como objetivo dar mais celeridade à solução de conflitos trabalhistas.


Durante a semana, a Justiça do Trabalho ampliará o número de audiências entre empregadores e empregados, na tentativa de obter o maior número possível de acordos.


“A solução amigável dos conflitos trabalhistas é a forma mais rápida, vantajosa e moderna para a solução dos litígios”, avaliou, em nota divulgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), o coordenador da Comissão Nacional de Promoção à Conciliação da Justiça do Trabalho e vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva.


Segundo o TST, nas quatro primeiras edições do evento, foram contabilizados mais de 700 mil atendimentos, cerca de 102 mil acordos consolidados e uma movimentação de recursos superior a R$ 2 bilhões.


Para participar da 5ª Semana, os interessados devem entrar em contato com o Tribunal Regional do Trabalho de origem.

Fonte: Agência Brasil

 


 

27/05/2019 - Empresa deve indenizar trabalhador demitido um mês após ajuizar ação


Trabalhador receberá R$ 5 mil de dano moral.


A 2ª turma do TRT da 11ª região condenou uma empresa ao pagamento de danos morais por ter demitido um trabalhador, sem justa causa, um mês após o ex-empregado ajuizar ação trabalhista. Para o colegiado, a dispensa é discriminatória e grave, pois inibe a busca do cidadão pela Justiça.


O homem ajuizou ação contra a empresa buscando a retificação da função na sua carteira de trabalho, as diferenças de salário decorrentes de desvio de função e reflexos legais. Pouco mais de um mês depois do ajuizamento, o trabalhador foi surpreendido com a rescisão do contrato, sem justa causa. A empresa sustentou que a dispensa ocorreu por redução do quadro funcional, dentro dos limites de seu poder diretivo.


Represália

Relatora, a desembargadora Joicilene Jeronimo Portela Freire entendeu que o contexto dos autos confirma a narrativa autoral, de que a dispensa ocorreu como represália ao empregado por ter buscado a Justiça do Trabalho, pois a empresa não apresentou qualquer prova para sustentar suas alegações de redução do quadro funcional.


“O ato torna-se mais grave quando avaliado sob um espectro mais amplo, pois passa a inibir a busca do judiciário, por parte dos trabalhadores, para a consecução de seus direitos, por receio de que, assim o fazendo, perderão seus postos e, com isso, a fonte de subsistência sua e de sua família.”


Assim, a 2ª turma determinou o pagamento de R$ 5 mil por dano moral.

Processo: 0000798-85.2018.5.11.0005

Fonte: Migalhas

 


 

24/05/2019 - Desigualdade de renda atinge o pior patamar


A desigualdade de renda no Brasil atingiu no primeiro trimestre de 2019 o maior patamar desde o começo da série histórica, em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV).


Os dados utilizados no levantamento do IBRE são os da PNAD Contínua, do IBGE.


No primeiro trimestre deste ano, a desigualdade aumentou em relação ao quarto trimestre do ano passado. Este aumento foi constatado pelo índice de Gini, que mede a desigualdade em uma escala de 0 (igualdade perfeita) a 1 (desigualdade absoluta).


Índice de GINI

- 4º trimestre de 2018: 0,625;

- 1º trimestre de 2019: 0,627.


Esse é o 17º trimestre consecutivo em que a desigualdade de renda aumenta no país, desde julho-agosto-setembro de 2015, no governo Dilma.


Desde o início de 2015, a renda média real dos mais pobres desabou -20%, mostra o levantamento do IBRE/FGV.


Enquanto isso, a renda média real dos mais ricos aumentou +3,3%.


O aumento da desigualdade no primeiro trimestre de 2019 é um reflexo da estagnação e recessão econômica, aprofundada no governo Bolsonaro, quando todos os indicadores econômicos ficaram no vermelho nos três primeiros meses do ano: produção industrial, vendas do comércio varejista, volume de serviços e o emprego – são 13,4 milhões de brasileiros desempregados no trimestre encerrado em março, a rigor 28,3 milhões de pessoas, quando se somam os subempregados.


Na segunda-feira (20), o boletim Focus do Banco Central (BC) voltou a derrubar pela 12ª vez consecutiva a estimativa de crescimento da economia em 2019. A previsão para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,45% na semana passada para 1,24%.


Em janeiro, a previsão de alta do PIB para este ano era de 2,4%.


Institutos e bancos já apontam para recessão no primeiro trimestre deste ano.

Fonte: Hora do Povo

 


 

24/05/2019 - Mandato tresloucado e confronto com Congresso e STF


O país está sem rumo e sem perspectivas. Bolsonaro só está há 5 meses no exercício do mandato, mas movimenta-se e comporta-se como se estivesse nos estertores.


Marcos Verlaine*


A convocação, pelo presidente da República, de manifestação para o próximo domingo (26), com o objetivo de emparedar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal não deve surpreender a ninguém. Embora seja, evidentemente, loucura ou burrice. Quem ficar surpreso é porque tem memória fraca.


A iniciativa do presidente em convocar a população para esse despropósito alimenta populismo de direita e confesso descompromisso com a democracia.


Deputado federal por 28 anos (7 mandatos), nos primórdios vivia bradando na tribuna da Câmara que era preciso fechar o Congresso. Alguém esqueceu isso?


No impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ao proferir seu voto, homenageou notório torturador da ditadura de 1964 — Carlos Alberto Brilhante Ustra.


Anos antes, em entrevista, disse que Fernando Henrique Cardoso merecia ser fuzilado e que, para o Brasil dar certo, 30 mil deveriam ser mortos.


Defensor de pautas controversas. Se notabilizou pelas boçalidades que proferia em entrevistas, discursos e confrontos corriqueiros no Legislativo. Então não deve haver surpresas na postura do presidente no exercício do cargo. Bolsonaro exerce uma antipresidência.


Não faz sentido o presidente da República convocar protestos, ainda mais contra outros poderes da República. Daí advém, além da impostura no cargo, o fato de exercer uma antipresidência.


Quais podem ser os desdobramentos dessa loucura?


Basicamente duas.


Antes, um prognóstico. Tudo indica que será uma movimentação esvaziada ou pelo menos não terá a adesão maciça esperada. A aprovação do governo e do presidente estão em franco declínio, tanto nas camadas populares, quanto na elite econômica. Os frequentes editoriais do jornal O Estado de S. Paulo revelam isto.


O 1º desdobramento é que mesmo que aconteça a manifestação, o presidente criará fato que o jogará, definitivamente, em confronto aberto contra os outros 2 poderes da República. O que não é bom para o governo, os demais poderes e a democracia, que ficará mais fragilizada do que está.


O 2º desdobramento é que se movimento for fraco, não atingir o público desejado pelos organizadores, deixará o governo mais comprometido frágil do que está.


Ao fim e ao cabo, aconteça o que acontecer, o governo perderá e ficará mais exposto e terá sua agenda comprometida no Congresso Nacional. O que, aos olhos da oposição não será negativo. Pelo contrário. Mas o mercado, que o apoiou e o elegeu, não aprova essa movimentação tresloucada.


Dessa iniciativa do presidente depreende-se que no exercício do cargo e do mandato, Jair Bolsonaro ainda não compreendeu seu papel na principal magistratura do país. Pior para ele, pior para o Brasil, que elegeu mandatário sem preparo político e psicológico para enfrentar os grandes problemas do país e do povo.


Enquanto isto, a crise econômica se aprofunda, chegando em níveis de depressão. O desemprego cresce e o presidente nada apresenta para, pelo menos, reduzir esse que é um dos principais problemas da sociedade brasileira.


Diante desse quadro, a manifestação convocada para domingo revela algo surpreendente, o presidente está perdido. O país está sem rumo e sem perspectivas. Bolsonaro só está há 5 meses no exercício do mandato, mas movimenta-se e comporta-se como se estivesse nos estertores.


Aguardemos domingo.


(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

Fonte: Diap

 


 

24/05/2019 - Câmara conclui votação de medida provisória da reforma administrativa


O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quinta-feira (23) a votação da Medida Provisória (MP) 870/19, que trata da reforma administrativa.


Após um acordo entre os partidos, a emenda que restringia a atuação dos auditores fiscais de investigar crimes apenas de ordem fiscal foi rejeitada. A matéria segue agora para o Senado.


Pelo texto suprimido, auditores só seriam autorizados a compartilhar com outros órgãos como o Ministério Público indícios de crimes tributários.


Na terça-feira (21), os auditores fizeram atos públicos contra o texto da MP.


Segundo eles, o compartilhamento de dados, pela emenda, só seria permitido com autorização judicial, o que inviabiliza a investigação de crimes conexos à sonegação, privando o Ministério Público Federal e a Polícia Federal de informações fornecidas pela Receita Federal a respeito de atividades financeiras suspeitas.


Em votação simbólica, os deputados também aprovaram destaque do PSB e retiraram do texto o ponto que transferia ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações o controle do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O fundo continuará sob a administração da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).


Quarta (22), o plenário aprovou o texto-base da MP 870. Os deputados aprovaram o texto da comissão mista que analisou a matéria e que devolve para o Ministério da Economia o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).


O governo havia transferido o órgão para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.


O texto ainda transferiu novamente para o Ministério da Justiça e Segurança Pública a Fundação Nacional do Índio (Funai), que também ficará responsável pela demarcação de terras indígenas. Antes, o órgão estava subordinado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e a demarcação era uma atribuição do Ministério da Agricultura.


Os deputados firmaram um acordo para evitar uma das polêmicas, a recriação de dois ministérios fundidos (Cidades e Integração Nacional). Pelo acordo, os deputados aprovaram a manutenção dos dois no Ministério do Desenvolvimento Regional, revertendo a mudança proposta pelo projeto de lei de conversão do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Fonte: Agência Brasil

 


 

24/05/2019 - Deputados podem apresentar emendas à reforma da Previdência até o dia 30


Relator da proposta pretende apresentar seu parecer até o dia 15 de junho


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, prorrogou, a pedido de parlamentares, até o dia 30 de maio o prazo para apresentação de emendas à proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19). A data limite para que os parlamentares pudessem oferecer emendas ao texto terminaria hoje.


De acordo com o Regimento Interno da Câmara, as propostas podem receber emendas durante as 10 primeiras sessões do Plenário após a instalação da comissão especial, mas o prazo pode ser ampliado se houver acordo entre os deputados.

Fonte: Agência Câmara

 


 

24/05/2019 - Comissão Especial vai debater reforma da Previdência


A reforma da Previdência (PEC 6/2019) será tema de debate, em audiência pública, na Comissão Especial da Previdência (CEPREV) criada no Senado. A reunião vai ocorrer na próxima quarta-feira (29), às 14h, na sala 3 da Ala Alexandre Costa.


Para participar do debate, foram convidados o assessor especial do Ministro da Defesa, Eduardo Castanheira Garrido Alves; o consultor legislativo do Senado, Pedro Fernando de Almeida Nery Ferreira; o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Scudeler Salto.


A proposta do governo federal é apontada como a principal medida para o reequilíbrio das contas públicas. Entretanto, existem diversos pontos polêmicos na proposta, como a idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos e produtores rurais.


Uma emenda constitucional precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e em dois turnos no Senado. As novas regras passam a valer após a promulgação pelo Congresso.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/05/2019 - Critérios para indenização por dano extrapatrimonial decorrente de relações de trabalho podem ser revogados


O senador Paulo Paim (PT-RS) pretende revogar o artigo 223-G da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que criou novos critérios para cálculo da indenização por dano extrapatrimonial decorrente de relações de trabalho. Para isso, apresentou o PLS 358/2017, que foi aprovado nesta quinta-feira (23) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Os novos critérios foram incluídos na CLT pela reforma trabalhista de 2017.


Paim justifica a medida ao afirmar que os parâmetros atualmente definidos são injustos e obrigam os trabalhadores a receberem valores ínfimos, em caso de serem eles os ofendidos. Isso porque o valor de seu salário é a referência tanto para o recebimento da indenização quanto para o pagamento.


O relator da matéria, senador Telmário Mota (Pros-RR), que emitiu parecer favorável, considera a atual norma uma injustiça com o trabalhador.


— O salário é sempre utilizado como referência para a definição do valor, não importando quem seja ofensor ou ofendido: se um gigante corporativo contra um servente ou vice-versa. Nesse caso, o servente entra com tudo o que ganha, enquanto o gigante corporativo mal tomará conhecimento contábil do valor pago. É desproporcional — disse.


A proposição vai para exame das comissões de Assuntos Econômicos (CAE); Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); e de Assuntos Sociais (CAS), cabendo a esta a decisão terminativa, ou seja, sem passar pelo Plenário, a menos que haja recurso.


O PLS 358/2017 é um dos três aprovados nesta quinta-feira pela CDH para revogar pontos da reforma trabalhista. Os outros dois são o PLS 270/2017 e o PLS 267/2017. Todos foram apresentados por Paulo Paim e relatados por Telmário Mota.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/05/2019 - CDH revoga dispositivo da reforma trabalhista para garantir Justiça gratuita ao trabalhador


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou, nesta quinta-feira (23), o projeto de lei (PLS 267/2017), do senador Paulo Paim (PT-RS), que garante o acesso dos trabalhadores à gratuidade judiciária. Segundo ele, tal direito foi prejudicado pela reforma trabalhista de 2017.


O projeto retoma a redação original do artigo 844 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que trata do assunto. A reforma acrescentou parágrafos ao artigo determinando que o reclamante, mesmo sendo beneficiário de gratuidade judiciária, seja condenado ao pagamento de custas judiciais em caso de não comparecimento à audiência. Além disso, determina o recolhimento das custas para propositura de nova ação.


De acordo com Paim, tais regras coíbem os direitos dos trabalhadores e vão na contramão do Novo Código de Processo Civil.


"Ao mesmo tempo, estranhamente, o citado dispositivo admite que o empregador fique isento das custas e do depósito recursal (garantia da futura execução), quando ele for beneficiário da gratuidade de justiça. Por isso, as alterações inseridas pela reforma não estimulam o comparecimento da empresa reclamada à audiência, fator esse que, certamente, influenciará negativamente na solução do conflito pelo instrumento da conciliação", opinou no texto do projeto.


O relator da matéria, senador Telmário Mota (Pros-RR) emitiu relatório favorável ao defender o direito ao acesso à Justiça a todo trabalhador.


"O projeto é preciso ao atacar uma das mais lamentáveis e nefastas consequências da reforma trabalhista do governo Temer: a cobrança de custas dos trabalhadores envoltos em audiência de julgamento. Em boa hora, o projeto em tela retoma o alcance da redação original do art. 844 da CLT, dando a devida proteção e assistência ao trabalhador, que, afinal, é a parte hipossuficiente da relação", defendeu no parecer.


Emenda de Redação

Telmário sugeriu apenas uma emenda de redação. O texto seguirá agora para análise nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS), sendo nesta última em caráter terminativo.

Fonte: Agência Senado

 


 

24/05/2019 - Peça apresentada antes da reforma trabalhista não deve ser corrigida, decide TST


Ato processual que ocorreu antes da vigência da Reforma Trabalhista deve cumprir apenas os requisitos vigentes à época de sua apresentação. A decisão é da subseção II especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho.


Os ministros cassaram decisão que determinava a um empregado que acrescentasse à petição inicial de sua reclamação a descrição da doença do trabalho alegada e o valor da pensão pedida.


A exigência de adequação da peça é prevista no artigo 840, parágrafo 1º, da CLT, com a redação dada pela reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017). Dentre outros requisitos, há necessidade de breve exposição dos fatos e o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor.


A reclamação trabalhista foi ajuizada em maio de 2017. Na audiência de conciliação e julgamento, em 2018, o industriário afirmou que tinha exames médicos para comprovar as doenças adquiridas na vigência do contrato.


O primeiro grau determinou que ele emendasse a petição inicial para descrever e comprovar as doenças. Ao analisar recurso do trabalhador, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região entendeu que não se tratava de ajuste, mas de acréscimo de informações para instruir melhor o processo.


A relatora do recurso no TST, ministra Maria Helena Mallmann, a ordem judicial era "manifestamente ilegal e contrária à jurisprudência do TST". Ela afirmou ainda que o empregado teria ônus desproporcional para obter a reforma da decisão por outra via recursal.


Segundo a ministra, a aplicação das normas processuais previstas na CLT e alteradas pela reforma trabalhista é imediata, mas atinge situações iniciadas ou consolidadas na vigência da lei revogada. Essa interpretação consta da Instrução Normativa 41 do TST, de 21/6/2018.


"A reclamação trabalhista ajuizada antes de 11/11/2017 é subordinada aos preceitos constantes no texto da CLT vigente até então", afirmou. "Na época, a redação do artigo 840 era no sentido de que a petição inicial deveria conter uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante". Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Processo: 5325-84.2018.5.15.0000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

23/05/2019 - Centrais sindicais: greve geral vai parar o Brasil contra reforma da Previdência


Trabalhadores afirmam a relator da PEC que compreendem necessidade de o país modernizar as regras para a aposentadoria da população, mas proposta de Bolsonaro é excludente e privilegia apenas alguns setores da sociedade


São Paulo – Representantes de cinco centrais sindicais, após reunião em Brasília, nesta terça-feira (21), com o relator da reforma da Previdência, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), alertaram o Congresso Nacional que, se a proposta de reforma da Previdência continuar tramitando, o Brasil vai parar. Eles confirmaram a organização de uma greve geral em 14 de junho e a adesão a uma nova edição do “tsunami da educação”, no próximo dia 30, em apoio ao movimento estudantil em defesa da educação pública de qualidade e contra os cortes orçamentários de instituições federais de ensino pelo governo. “Vamos à maior greve geral da história do Brasil, no dia 14, contrária a reforma da previdência”, acrescentou o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle.


Os representantes disseram que compreendem a necessidade do país de modernizar a previdência, adequando as regras de aposentadoria a uma nova realidade econômica e social. Entretanto, não é esta a proposta encaminhada pelo governo que deve ser discutida. “Nós colocamos à disposição o seguinte: tem que parar essa reforma e fazer um amplo debate com a sociedade para discutir uma reforma verdadeira. A CUT defende uma previdência pública e universal, onde todos estão dentro dessa previdência, de juízes a militares”, afirmou Valeir.


O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), presidente licenciado da Força Sindical, disse que o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 reconheceu a dificuldade em aprovar pelo menos quatro pontos da reforma, além de não compreender algumas regras elaboradas pela equipe econômica do governo.


“Ele não consegue aprovar o Benefício de Prestação Continuada (BPC), as novas regras para professores e trabalhadores rurais, nem a capitalização. Ele ainda reconhece que ninguém entende a transição. São 20 páginas sobre transição e parece que as pessoas não vão se aposentar nunca mais“, disse Paulinho ao repórter Uélson Kalinovski, da TVT.


Ainda de acordo com representantes das centrais, mesmo que governo e Congresso cheguem a um acordo e retirem esses quatro pontos da reforma, os trabalhadores continuarão trabalhando nas ruas para impedir a aprovação da PEC.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

23/05/2019 - Nota da Nova Central sobre a Greve Geral do dia 14 de Junho


Prezados companheiros e companheiras,


A respeito da Greve Geral programada para o dia 14 de Junho, cumprimos o dever de nos dirigir às entidades que compõe nossa malha orgânica para alguns esclarecimentos. Movimentos paredistas desta natureza, não são realizados diretamente pelos presidentes das entidades de cúpula. São os sindicatos de base que conquistam apoio adesão a esse tipo de mobilização. Portanto, consideramos que seria imprudente impor a participação de qualquer filiado. No entanto, é dever e nossa responsabilidade nos posicionar institucionalmente e sugerir encaminhamentos.


É de conhecimento de todos o nosso descontentamento com a agenda do governo que retira direitos trabalhistas e sociais, ao mesmo tempo em que busca diversos mecanismos para estrangular financeiramente as instituições de ensino e, particularmente, as entidades sindicais - trincheira natural de resistência à esse desmonte de qualquer resquício de Bem-Estar Social resultante da Constituição de 1988. Existem motivos de sobra para organizarmos uma reação à altura desses ataques que atingem a classe trabalhadora, sua representação sindical e a própria sociedade.


Pelas razões expostas, a Nova Central apoia e recomenda a participação de suas entidades filiadas nesse movimento paredista. Nossa recomendação, no entanto, é que a greve seja um movimento pluralista, disposto a agregar todos os segmentos da sociedade, sem distinção. Sugerimos que tenhamos prudência e maturidade para evitar, na medida do possível, discursos de caráter político/partidário.


Munidos das melhores intensões, estamos seguros de que a soma de nossos esforços trará bons frutos.


Abraço fraterno do companheiro Calixto.


José Calixto Ramos

Presidente da NCST

Fonte: NCST

 


 

23/05/2019 - Deputados aprovam manutenção do Coaf no Ministério da Economia


Câmara vota destaques do texto da MP da Reforma Administrativa


Por 228 votos, o plenário da Câmara dos Deputados manteve a decisão da comissão mista que analisou a Medida Provisória da Reforma Administrativa (MP 870/19) e aprovou nesta quarta-feira (22) a volta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia.


Os deputados rejeitaram um destaque que queria restaurar o texto original que determinava que o órgão ficaria sob a guarda do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Entre os deputados, 210 votaram pela aprovação do destaque e quatro se abstiveram.


Com isso, o órgão definitivamente sai do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A permanência do Coaf na pasta comandada por Sergio Moro era defendida pelo ministro.


Criado em 1998, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Coaf é uma órgão de inteligência financeira do governo federal que atua principalmente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro.


Um pouco antes, os deputados haviam aprovado o texto base da MP 870/19, que reduziu o número de ministérios de 29 para 22. O texto também transferiu novamente para o Ministério da Justiça e Segurança Pública a Fundação Nacional do Índio (Funai), que também ficará responsável pela demarcação de terras indígenas. Antes o órgão estava subordinado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos e a demarcação era uma atribuição do Ministério da Agricultura.


Os deputados firmaram um acordo para evitar uma das polêmicas, a recriação de dois ministérios fundidos (Cidades e Integração Nacional). Pelo acordo os deputados aprovaram a manutenção dos dois órgãos no Ministério do Desenvolvimento Regional, revertendo a mudança proposta pelo projeto de lei de conversão do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Fonte: Agência Brasil

 


 

23/05/2019 - M. Queiroz: Parlamentarismo branco em ação


Pelo curso da relação entre Legislativo e Executivo, é possível que isso avance para uma nova conformação governamental, diferente do chamado “presidencialismo imperial” vigente.


Marcos Queiroz*


A inoperância política da gestão de Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional tem impulsionado a ideia de se instalar no país um sistema de governança a partir do Legislativo. “Parlamentarismo branco” ou “semipresidencialismo” são algumas das denominações que têm sido dadas a essa empreitada.


Com o fracasso do modelo de coalizão pretendido pelo Palácio do Planalto, baseado em bancadas setoriais (agronegócio, religiosa e segurança pública), a indisposição em construir uma base aliada nos moldes tradicionais, estruturada em partidos políticos; e a inabilidade no trato com os parlamentares ganha corpo cada vez mais o espírito de independência do Legislativo em relação ao Executivo.


A Constituição Federal assegura ao presidente da República uma série de recursos institucionais que lhe atribuem poder de agenda no Congresso. Possui iniciativa privativa de determinadas leis; pode solicitar urgência a projetos de sua autoria, o que garante preferência de votação; e dispõe exclusivamente da edição de medidas provisórias, que possuem força de lei por até 120 dias. Entretanto, tais recursos só funcionam de maneira eficaz se o governo dispuser de maioria parlamentar.


Nesse sentido, a implementação de uma agenda de governo fica prejudicada, pois as políticas públicas se consignam em leis aprovadas pelo Parlamento. A adoção de uma agenda própria pelo Legislativo isola o Executivo, lhe garantindo nacos residuais de poder.


O Congresso vem trabalhando uma agenda de empoderamento institucional que pode lhe permitir distanciamento do governo sem que isso possa comprometer a sobrevivência política dos parlamentares.


A aprovação de matérias que permitem aos congressistas alocar recursos orçamentários a suas bases eleitorais sem necessidade de aval do Executivo ou possibilidade de bloqueio, aliada a uma revisão do pacto federativo (seja numa reforma tributária ou outra proposta) com uma nova distribuição de receitas entre União, estados e municípios, é a chave para a não-dependência do governo.


Há quem discorde desse movimento por entender se tratar de um esvaziamento do poder presidencial de maneira casuística. Para outros, cumpre-se o princípio constitucional de independência entre os poderes e promove um equilíbrio de forças entre o Legislativo e o Executivo. Antagonismos à parte, há um benefício implícito nisso, pois se trata de um passo importante para debilitar a famigerada política de “toma lá, dá cá”.


O fato concreto é que hoje, na prática, esse sistema já está em operação. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, cristalizou isso ao romper relações com o líder do governo na Casa e afirmar que se preocupa com o povo e não com o Palácio do Planalto. E pelo curso da relação entre Legislativo e Executivo, é possível que isso avance para uma nova conformação governamental, diferente do chamado “presidencialismo imperial” vigente.


(*) Jornalista e analista político, com especialização em processo legislativo

Fonte: Diap

 


 

23/05/2019 - Partidos de oposição buscam unir amplas forças contra Bolsonaro


Reunidos em Brasília, nesta quarta-feira (22), dirigentes do PCdoB, PDT, PT, PSB e PSOL debateram sobre a necessidade de unir amplas forças e aprovaram uma agenda unitária a ser discutida com entidades e organizações da sociedade, movimentos sociais e centrais sindicais tendo como centro a defesa da democracia


O Fórum dos Partidos de Oposição tem realizado reuniões periódicas desde o ano passado. Além da defesa da democracia, a agenda aprovada nesta quarta-feira inclui ainda a luta contra os ataques do governo de Jair Bolsonaro à soberania nacional e os direitos sociais. Com isto estas bandeiras unificadoras, o Fórum fortalecer a unidade das forças democráticas, patrióticas e populares. O objetivo é também construr propostas para superar a profunda crise política, econômica e social em que o país se encontra.


Para o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, reunião foi um marco. Segundo ele, “os partidos afirmam que a hora é de unidade democrática a mais ampla, e dessa indispensável mensagem ser levada a toda a sociedade”. Para isso, segundo Sorrentino, os partidos de oposição deverão liderar uma ampla interlocução com outros segmentos políticos, com a sociedade civil, os movimentos, personalidades e com os integrantes de instituições brasileira. “São varias frentes de lutas, com diferentes pautas e configurações, que precisam ser conectadas em defesa da democracia, da soberania nacional e direitos da sociedade”, enfatizou o dirigente comunista.


“Hoje foi a melhor e mais produtiva reunião do fórum dos partidos de oposição. PT, PSB, PSOL, PDT e PCdoB unidos na leitura do momento político e engajados para discutir saídas para crise brasileira”, afirmou a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, por meio de suas redes sociais.


Os presidentes dos cinco partidos decidiram também solicitar um encontro com os ministros do Supremo Tribunal Federal para debater a crise institucional por que passa o país e a defesa do estado democrático de direito.


A agenda de contatos definida inclui CNBB, OAB, ABI, Andifes, SBPC, Clube de Engenharia, MST, MTST, UNE e todas as centrais sindicais, entre outras entidades e organizações.


Participaram da reunião de hoje os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, do PT, Gleisi Hoffmann, do PDT, Carlos Lupi, do PSOL, Juliano Medeiros, e o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, além de líderes dos partidos na Câmara e Senado.


Da redação, com informações do Fórum dos Partidos de Oposição

Fonte: Portal Vermelho

 


 

23/05/2019 - CAS ouvirá Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes sobre reforma da Previdência


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai realizar audiências públicas para discutir a PEC 6/2019, que trata da reforma da Previdência, com a presença do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os requerimentos, apresentados pelo presidente do colegiado, senador Romário (Pode-RJ), foram aprovados nesta quarta-feira (22).


Romário defende que o assunto seja mais estudado, a fim de que os parlamentares possam formular melhor o seu voto, quando o texto for remetido da Câmara ao Senado.


As datas das audiências públicas serão agendadas pela CAS, de acordo com a disponibilidade dos ministros.

Fonte: Agência Senado

 


 

23/05/2019 - Aprovado na CCJ projeto que regula atraso em audiências de causas trabalhistas


A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (Decreto-Lei 5.452, de 1943) poderá ser modificada para permitir que, nas audiências em que houver atraso injustificado, as partes e os advogados deixem o tribunal após 30 minutos de espera. Essa possibilidade está prevista no Projeto de Lei (PL) 1.539/2019, aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) esta quarta-feira (22). Sem recurso para análise em Plenário, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados.


A proposta do senador Styvenson Valentim (Pode-RN) está amparada em dispositivo do Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015). Além da liberação das partes e dos advogados após 30 minutos de espera, está prevista a remarcação da audiência para a data mais próxima possível. Atualmente, a CLT só admite que as partes deixem o tribunal após atraso do juiz por mais de 15 minutos.


“Acreditamos que a aprovação deste projeto representará um incentivo para a ágil condução dos trabalhos judiciários e contribuirá para maior celeridade da prestação jurisdicional”, disse Styvenson na justificação do projeto.


O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), considerou que, além de igualar algumas regras do processo trabalhista aos termos e condições utilizados no processo civil, a proposta impõe alguns limites à postergação das audiências, medida que acaba tumultuando as varas trabalhistas.


— O projeto é singelo, coloca na CLT o que já esta no Código de Processo Civil e me parece muito adequado — defendeu Anastasia.

Fonte: Agência Senado

 


 

23/05/2019 - Dirigentes eleitos para sindicato não formalizado não conseguem estabilidade no emprego


O registro do sindicato no extinto Ministério do Trabalho é condição necessária para a estabilidade.


A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao recurso ordinário de um grupo de empregados da Yazaki do Brasil Ltda., de Nossa Senhora do Socorro (SE), contra decisão desfavorável à sua pretensão de reconhecimento da estabilidade garantida aos dirigentes sindicais. Não ficou demonstrada, no caso, a existência de pedido de registro do sindicato no extinto Ministério do Trabalho, condição necessária para a reintegração.


Dispensa

Os empregados disseram, na reclamação trabalhista, que haviam sido dispensados sem justa causa logo após terem sido eleitos para a direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Nossa Senhora do Socorro e Região (Sindmetal). O juízo da 5ª Vara do Trabalho de Aracaju avaliou que eles detinham a garantia provisória e deferiu a antecipação de tutela para determinar a reintegração pedida. Na decisão, o juízo se baseou no estatuto, na ata de posse dos membros da diretoria e no comunicado em que o sindicato havia dado ciência da eleição à empresa.


Representatividade

A empresa, então, impetrou mandado de segurança ao Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) e sustentou que o Sindimetal jamais havia representado a categoria de seus empregados, cuja representação cabia ao Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas do Estado de Sergipe (Simese). Segundo a Yazaki, todas as convenções coletivas de trabalho e as rescisões de contratos foram firmadas ou homologadas pelo Simese e não houve qualquer registro de atuação do Sindimetal.


O TRT concedeu a segurança pleiteada pela empresa e cassou a decisão de primeiro grau em razão da ausência da formalização do pedido do registro sindical, levando os empregados a interpor o recurso ordinário examinado pela SDI-2.


Registro sindical

Prevaleceu, no julgamento, o voto do ministro Douglas Alencar Rodrigues. Segundo ele, para o reconhecimento da garantia provisória de emprego, prevista nos artigos 8º, inciso VIII, da Constituição da República, e 543, parágrafo 3º, da CLT, não basta o registro dos estatutos sindicais no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.


O ministro assinalou que, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a estabilidade alcança o empregado eleito dirigente de sindicato em processo de obtenção do registro sindical. “Desse modo, a estabilidade sindical apenas existirá a partir do instante em que for formulado o requerimento no Ministério do Trabalho, pois a partir desse instante é que se instala a expectativa de aquisição da personalidade jurídica sindical”, explicou. “No período anterior ao pedido de registro há apenas uma associação civil, de caráter não sindical, ainda que a razão social adote a denominação ‘sindicato’”.


A decisão foi por maioria. Ficaram vencidos os ministros Delaíde Miranda Arantes (relatora), Lelio Bentes Corrêa e Maria Helena Mallmann.

Processo: RO-293-31.2016.5.20.0000

Fonte: TST

 


 

22/05/2019 - Treze capitais já anunciaram atos em defesa da educação no dia 30; confira lista


Manifestações ocorrem em repúdio aos cortes de verba nas universidades e à proposta de reforma da Previdência


Após o sucesso do Dia Nacional Em Defesa da Educação, ocorrido em 15 de maio, estudantes e professores convocam os brasileiros para mais um dia de luta e reforço da defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e também contra os cortes de 30% da verba destinada às universidades federais anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. O Segundo Dia Nacional Em Defesa da Educação acontece no dia 30 de maio com atos em todas as regiões do país.


De acordo com a Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), mais de um milhão de pessoas participaram das manifestações do dia 15 de maio em 200 municípios de todos os estados brasileiros. A mobilização do dia 30 promete ser ainda maior, segundo os organizadores. O novo ato também é um "esquenta" para a Greve Geral contra a reforma da Previdência que ocorre no dia 14 de junho.


Até o momento, treze capitais brasileiras divulgaram horário e local das mobilizações no dia 30. Confira:


São Paulo (SP) - Local: Largo da Batata - Horário: 16h


Rio de Janeiro (RJ) - Horário: 15h

 

Porto Alegre (RS) - Local: Esquina Democrática - Borges de Medeiros X Rua dos Andradas - Horário: 18h


Belo Horizonte (MG) - Local: Praça da Estação - Avenida dos Andradas - Horário: 09h

Brasília (DF) - Horário: 10h


Salvador (BA) - Local: Praça do Campo Grande - Horário: 10h

Curitiba (PR) - Local: Praça Santos Andrade - Horário: 18h

Fortaleza (CE) - Horário: 10h

 

Belém (PA) - Horário: 13h

Recife (PE) - Local: Rua da Aurora - Horário: 15h

Manaus (AM) - Local: Praça da Saudade - Horário: 15h


Natal (RN) - Horário: 10h

São Luis (MA) - Local: Praça Deodoro - Horário: 15h

Fonte: Brasil de Fato

 


 

22/05/2019 - Lideranças de oposição preparam amplo movimento contra Bolsonaro


Nesta segunda-feira (20), cerca de 40 lideranças políticas e sociais reuniram-se, em São Paulo, para debater a situação do país e buscar formas de construir uma ampla unidade em um movimento de oposição ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro.


Entre os presentes, estavam o advogado Pedro Serrano, que cedeu seu apartamento para o encontro, os ex-candidatos a presidente Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (Psol); o deputado federal e presidente do PcdoB-SP, Orlando silva; os ex-ministros Aloízio Mercadante (PT) e José Gregori (PSDB), o deputado federal e presidente do PV, José Luis Penna; o ex-senador e vereador Eduado Suplicy, o ex-deputado José Aníbal e o vereador tucano Daniel Anneberg, ambos do PSDB; José Gustavo, porta voz da Rede; o ex-candidato ao governo de São Paulo pelo PDT, Marcelo Cândido; o vereador de Campinas, Gustavo Petta (PCdoB); a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, além de outras lideranças do PDT, Cidadania, PSOL e PCdoB e dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e do movimento negro.


"A ideia é ver se a gente quebra o gelo e atua com uma plataforma comum", disse o advogado Pedro Serrano, que cedeu seu apartamento para o encontro. Já o advogado Marco Aurélio Carvalho defendeu a busca por uma "pauta comum". "O que nos une é maior do que aquilo que nos divide", disse ele.


"Uma mistura dessas só vi nas Diretas-Já", disse Gregori, ao encontrar Suplicy no elevador. Os convidados que chegavam ao evento recebiam um broche onde se lia "Direitos Já".


O deputado Orlando Silva (PCdoB), considerou o encontro importante e sua realização cheia de significado. "Representantes de diversas correntes políticas, que fizeram intensas disputas políticas, se reuniram em torno da defesa da democracia. Foi um degelo", destacou o parlamentar comunista. E enfatizou: "Espero que inspire o combate ao sectarismo que tem sido uma marca da atual conjuntura política".


“O encontro foi um marco importante no esforço de construção de uma ampla frente democrática contra os retrocessos representados pelo governo Bolsonaro, pra além das forças de esquerda, nós conseguimos reunir forças que sempre estiveram juntas em defesa da democracia, que se uniram pela ultima vez nas diretas já, e que agora voltam a se unir pra defender a constituição de 88, os direitos civis, sociais, políticos e a democracia no nosso país. É um esforço permanente de unir setores democráticos e progressistas em defesa do Brasil e da democracia” Relatou Petta, que fará parte do núcleo que organizará as próximas atividades.


Uma unidade histórica, pautada pela luta em defesa da democracia brasileira e pela compreensão de que nesse momento, o que os une é maior do que aquilo que lhes divide. O movimento se chamará “Direitos Já – Fórum pela Democracia” e terá um manifesto que será lançado no TUCA, da PUC-SP, ainda sem data prevista. A ideia é replicar esse esforço por todo o país e buscar adesão nas demais regiões, como os governadores do Nordeste.

Fonte: Portal Vermelho/SP, com informações do Estadão

 


 

22/05/2019 - Trabalhadores protestam contra MP que privatiza saneamento básico


Na manhã desta terça (21), quase cinco mil trabalhadores foram ao prédio da Sabesp, na avenida do Estado, São Paulo, em protesto contra o Projeto de Lei de Conversão 8/19 (antiga MP 868/18) que, se aprovado, privatiza o serviço de saneamento básico.


Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema-SP), o ato contou com apoio da CTB, CUT, CGTB, Nova Central, Fenatema, FNU e também vários sindicatos.


Para José Antônio Faggian, presidente do Sintaema-SP, a participação superou a expectativa. “Mandamos o recado. Os trabalhadores não aceitam a privatização do saneamento, porque além de piorar o serviço, vai aumentar a tarifa”, afirma o dirigente.


Durante o ato, também foi debatido a manifestação programada para o dia 30 em defesa da Educação. “Assim como o saneamento atinge todas as pessoas, a Educação é uma causa que afeta a todos trabalhadores. Por isso, vamos nos mobilizar dia 30 em defesa da educação”, ressalta Faggian.


O protesto teve passeata pela avenida do Estado, avenida Santos Dumont, estação Armênia do Metrô até a sede do Sintaema, na avenida Tiradentes, 1323.


Congresso – O presidente da CTB de São Paulo, Rene Vicente, informou que diversas lideranças da categoria, que formam a Frente Nacional do Saneamento Público, estão em Brasília. “Eles fazem pressão junto aos deputados, inclusive com a apresentação de carta dos governos estaduais, que também são contrários a MP”, conta.


Segundo Rene, o projeto traz várias características de inconstitucionalidade. “Tanto a Federação como a Confederação da categoria, deverão ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), junto ao Supremo Tribunal Federal, caso ele venha a ser aprovado”, adianta.

Fonte: Agência Sindical

 


 

22/05/2019 - Barão de Cocais (MG) vive a tensão de esperar a lama


Vale anunciou que talude pode desabar até o fim desta semana e causar o rompimento de mais uma barragem de rejeitos


“Eu trabalho aqui. Aqui é meu sustento. Desde o dia 8 de fevereiro, praticamente, eu não consigo levar minha vida normal. É muito triste viver uma situação dessa e saber que pode vir a lama e devastar um lugar tão bonito como é hoje”, desabafa Rogério Souza Reis, comerciante, que mora em Barão de Cocais, região Central de Minas Gerais, há mais de 20 anos.


A qualquer momento, o talude norte da mina do Congo Soco pode desabar e causar o rompimento da barragem de rejeitos Sul Superior, tornando a Vale responsável por mais um crime socioambiental. A previsão é que cerca de seis mil moradores ribeirinhos serão atingidos e que a lama pode chegar até o centro comercial da cidade.


Rogério mora no bairro Vila Regina, às margens do São João, rio que possivelmente será contaminado pela lama caso a barragem se rompa. As casas dele e de seus vizinhos podem ser atingidas em 40 minutos. “Comecei a construir aqui desde o chão. Eu mesmo que fiz a base, a maioria das coisas que estão prontas aqui teve a minha mão. Eu que mexi a massa para os pedreiros. Praticamente quase tudo aqui, as árvores que estão plantadas, foi a gente mesmo que fez. Para mim, aqui é meu lugar”, relata. Segundo Rogério, somente as pessoas acamadas, cadeirantes e algumas com dificuldade de mobilidade foram retiradas de casa e levadas para hotéis.


Em nota, a Vale informa que, desde a identificação da movimentação do talude, vem tomando uma série de medidas necessárias para avisar a população sobre a situação e que, ainda, não existem elementos técnicos para se afirmar que o escorregamento do talude causará a ruptura da barragem Sul Superior. Mesmo assim, a mineradora ressalta que está reforçando o nível de alerta e que a cava e a barragem são monitoradas 24h por dia. No domingo (19), a mineradora paralisou o transporte de carga que passava na Estrada de Ferro Vitória a Minas, nas imediações da mina Gongo Soco. O transporte de passageiros já havia sido paralisado na quinta (16), seguindo determinação da Agência Nacional de Mineração (ANM) como medida de segurança.


Brumadinho

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho da Assembleia Legislativa de Minas Gerai, realizou, na última segunda (20), uma audiência pública na cidade sobre os impactos do rompimento, que despejou milhões 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos de mineração.


Moradores de Pires, local atingido pela lama, denunciaram aos deputados que a Vale iniciou uma obra há cerca de um quilômetro da comunidade, onde seria depositado os resíduos da barragem rompida. Essa medida seria para cumprir ordens judiciais de limpeza do rio.


Após cinco meses do maior crime socioambiental do país, ainda são cerca de 30 desaparecidos debaixo da lama e 240 mortos.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

22/05/2019 - Pela primeira vez, pesquisa aponta desaprovação maior que aprovação de Bolsonaro


Levantamento do Atlas Político mostra que 36,2% dos brasileiros avaliam o governo federal como ruim ou péssimo


O governo de Jair Bolsonaro (PSL), pela primeira vez desde o início do mandato, foi negativamente avaliado por uma pesquisa de opinião. Um levantamento do Atlas Político constatou mais avaliações da gestão como ruim ou péssima, 36,2%, do que como ótima ou boa, 28,6%. Uma parcela de 31,3% afirmou considerar o governo regular.


Destaca-se o percentual das pessoas que aprovam o governo, que decresceu cinco pontos desde a última pesquisa, realizada em abril. A pesquisa consultou 2 mil pessoas, entre 19 e 21 de maio, e tem margem de erro de 2 pontos percentuais.


Motivos da queda

A mesma pesquisa revela outros números que podem ajudar a explicar a queda de popularidade de Jair Bolsonaro. Um exemplo é repercussão dos protestos contra cortes anunciados pelo mandato nos investimentos em educação pública: 51,5% dos entrevistados pelo Atlas Brasil disseram ser contra os cortes. Por outro lado, 45% dos brasileiros apoiam o contingenciamento.


Também pode ter pesado na balança, a investigação das finanças do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, pelo Ministério Público. Mais da metade das pessoas (54,3%) afirmam ser a favor de que Flávio seja preso, ao passo em que 86,3% disseram ter ficado sabendo do caso.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

22/05/2019 - Redução da desigualdade melhora economia do país, diz Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu em Plenário, nesta terça-feira (21), a redução da desigualdade social para o crescimento do país. Segundo o parlamentar, a redução não melhora apenas a economia, mas também, a distribuição de renda. Ele destacou, que essa redução não interessa apenas ao governo.


— Quando se eleva a renda dos pobres e da classe média, todos se beneficiam, porque vai haver o chamado crescimento e também a inclusão social. É bom para o povo, é bom para todos, repito, para o trabalhador, para a trabalhadora, para os empreendedores, para o comércio, para os municípios, para os estados, enfim, para o nosso país — disse.


Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) citado pelo senador, mostra que, se a renda da população 20% mais pobres crescer um ponto percentual, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) aumenta 0,38 ponto percentual num período de cinco anos. Ainda segundo estudo, já se a fatia dos rendimentos dos 20% mais ricos cresce um ponto percentual, o PIB encolhe 0,08 ponto percentual.


— Creio que isso desmonta a velha teoria de que, primeiro, o bolo precisa crescer para depois haver divisão. Eu entendo diferente: vamos fazer o bolo crescer juntos, juntos fazendo a repartição. Com a pobreza aumentando, o Banco Mundial diz que hoje, no Brasil, somos 40,3 milhões de pobres — destacou o senador.

Fonte: Agência Senado

 


 

22/05/2019 - Confiança da indústria cai 1,6 ponto na prévia de maio, diz FGV


O Índice de Confiança da Indústria recuou 1,6 ponto na prévia de maio em relação ao resultado de abril.


Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), com a queda o indicador passou para 96,3 pontos em uma escala de zero a 200 pontos.


A queda do índice foi puxada pela redução na confiança em relação ao momento atual e aos próximos meses. O Índice da Situação Atual caiu 0,4 ponto para 98,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas recuou 2,9 pontos, indo para 94,5 pontos.


O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria subiu 0,2 ponto para 74,7%, na prévia de maio.


O resultado consolidado do Índice de Confiança será divulgado no próximo dia 28, no Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

 


 

22/05/2019 - Marco Aurélio libera recurso sobre adicional de 10% na multa de FGTS


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, liberou para julgamento recurso que discute a constitucionalidade da cobrança de adicional de 10% nas multas de FGTS em caso de demissão sem justa causa. O valor é cobrado em conjunto com a multa de 40%, mas a fatia fica com a União. O julgamento ainda não tem data para acontecer.


O adicional foi criado pela Lei Complementar 110/2001 para cobrir uma despesa específica da União: a recomposição, determinada pelo Supremo, das contas vinculadas ao FGTS atingidas pelos expurgos inflacionários dos Planos Verão e Collor I, rombo então orçado em R$ 42 bilhões.


A repercussão geral foi reconhecida em 2015 na ação apresentada pela Intelbras. No recurso, a empresa alega que a cobrança é indevida pois sua finalidade já foi atingida em 2007. Além disso, a Intelbras aponta que a Caixa Econômica Federal afirmou, em ofício, que a arrecadação da contribuição está sendo remetida ao Tesouro Nacional, uma vez que as contas do FGTS já não são mais deficitárias.


A cobrança chegou a ser extinta pelo Congresso em 2013, mas a proposta foi vetada pela presidente Dilma Rousseff. Mas foi a mensagem da presidente que motivou o recurso que agora çserá julgado pelo Supremo.


Também em 2015, o ministro lembrou que o Supremo já analisou a constitucionalidade da contribuição no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.556, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa. No entanto, segundo o ministro, "a controvérsia contemporânea envolve definir se a satisfação do motivo pelo qual foi criada implica a inconstitucionalidade superveniente da obrigação tributária".


"A controvérsia, passível de repetição em inúmeros casos, está em saber se, constatado o exaurimento do objetivo para o qual foi instituída a contribuição social, deve ser assentada a extinção do tributo ou admitida a perpetuação da cobrança ainda que o produto da arrecadação seja destinado a fim diverso do original", registrou o ministro. RE 878.313

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

22/05/2019 - Custeio de plano de saúde de aposentado pode ser diferente de ativos


A Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) garante aos aposentados as mesmas condições e qualidade de assistência médica. Contudo, não garante direito adquirido a um determinado modelo de custeio. Tanto que, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é possível que o empregador possua carteira distinta para aposentados.


A decisão é do ministro Marco Buzzi, do STJ, ao reformar acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo que havia obrigado a Amil a cobrar de uma aposentada demitida o mesmo valor que pagava quando era empregada ativa.


Segundo o ministro, a decisão do TJ-SP contraria orientação do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema. O ministro explica que a corte já firmou jurisprudência no sentido de que a Lei dos Planos de Saúde não confere a ex-empregados direito adquirido a um determinado modelo de custeio, mas tão somente garante a paridade em relação à qualidade e ao conteúdo de cobertura assistencial.


"Destaque-se, ademais, que, para tanto, é possível que o empregador estabeleça carteiras distintas para membros da ativa e aposentados ou demitidos, custeadas a partir de regimes de contribuição diferentes", complementou.


Assim, o ministro deu provimento ao recurso, reformando a decisão do TJ-SP e julgando improcedente o pedido da aposentada demitida para adequação da mensalidade de seu plano de saúde no mesmo valor dos membros da ativa. REsp 1.806.217

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

21/05/2019 - Centrais sindicais reforçarão manifestação estudantis do dia 30


Reunidos nesta segunda-feira (20) em São Paulo, dirigentes das centrais sindicais decidiram orientar as entidades filiadas a reforçar as manifestações convocadas para o dia 30 em todo o país pela UNE (União Nacional dos Estudantes) em defesa da Educação e contra os cortes de verbas para universidades públicas determinado pelo governo Bolsonaro.


Os sindicalistas avaliaram como um grande êxito a greve nacional da Educação e os atos promovidos no dia 15 de maio contra a reforma da Previdência e os cortes nas universidades e estão confiantes na continuidade das mobilizações, que terão um ponto alto no dia 14 de junho com a greve geral que está sendo convocada pelas centrais sindicais e os movimentos sociais.


“A mobilização vem num crescendo”, informou o presidente da CTB, Adilson Araújo. “Condutores e metroviários de São Paulo já definiram que vão participar da paralisação, o que é meio caminho andado para o seu sucesso no estado”. No dia 27 de maio haverá uma plenária geral dos trabalhadores e trabalhadoras paulistas em transportes e em 5 de junho será realizada uma plenária nacional do ramo em Brasília.


Na próxima quinta-feira (23) a CTB São Paulo fará uma reunião para organizar a mobilização dos sindicatos filiados. No dia 21 ocorrerá um ato em frente à Sabesp (na Ponte Pequena) contra a MP 868-PLV 8/2019 e em defesa "da água e da vida", que igualmente está sendo considerado parte da mobilização geral contra a política ultraliberal do governo da extrema direita.


As centrais também vão promover plenárias estaduais unificadas para preparar a greve geral, que também deve contar com a solidariedade e o apoio ativo dos estudantes, religiosos e movimentos sociais reunidos nas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. “Estamos confiantes. O movimento será grande. Vamos lutar até a vitória contra a proposta da dupla Bolsonaro/Guedes, cujo propósito é a extinção das aposentadorias públicas e privatização do sistema”, complementou Araújo.


Na opinião do presidente da CTB "o Brasil vive uma crise de grande dimensão, que se manifesta na economia, na política, na segurança e nas instituições. Hoje presenciamos o presidente, desesperando, apelando à sua horda extremista por uma ruptura golpista. Vamos às ruas em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos sociais. O povo brasileiro reclama soluções urgentes, com medidas emergenciais para a tragédia do desemprego em massa, a estagnação da economia, a violência, a instabilidade monetária e a inflação, que já está de volta apesar da depressão do mercado interno".


"Foi um dia extraordinário o 15. O dia 30 de maio será mais um ‘esquenta’ para dia 14 de junho. E todos os caminhos apontam que será uma grande greve geral", afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT.

Fonte: CTB e CUT

 


 

21/05/2019 - Governo fecha estratégia para aprovar 3 MPs durante a semana


Plano tem o aval de Bolsonaro

 

O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e os líderes do Governo Joice Hasselmann (no Congresso) e o major Vitor Hugo (na Câmara) fecharam nessa 2ª feira (20.mai.2019) uma estratégia para aprovar 3 MPs (Medidas Provisórias) que estão próximas a vencer:


- na 3ª feira (21.mai), o governo planeja passar no Congresso a MP 863, que abre as empresas aéreas brasileiras para até 100% capital estrangeiro, e a 866, que cria a empresa pública NAV Brasil para operar o serviço de navegação aérea, atualmente a cargo da Infraero;


- na 4ª feira (22.mai), a MP 870, que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios no governo Bolsonaro.

Governo aposta alto

 

Ao divulgar sua estratégia, o governo se auto-impõe 1 desafio: precisa ter sucesso na aprovação das 3 MPs nesta semana. Não é tarefa trivial.

Fonte: Poder360

 


 

21/05/2019 - Governo está com medo que atos pela educação protestem contra reforma da Previdência


O governo Bolsonaro entrou em pânico com as gigantescas manifestações de protesto do último dia 15 de maio e agora teme que os atos convocados por estudantes e professores para o próximo dia 30 assumam também o caráter de contestação à reforma da Previdência.


A reforma previdenciária é alvo de críticas e da oposição dos movimentos sindicais e populares, que estão preparando uma greve geral para o dia 14 de junho. O receio do governo é que a pressão popular influencie os deputados, que para não se incompatibilizarem com as ruas poderão até votar contra a PEC de Bolsonaro e Guedes.


Reportagem da jornalista Talita Fernandes, da Folha de S.Paulo, informa que a equipe de Bolsonaro monitora a possibilidade de profissionais da educação ampliarem o mote das manifestações marcadas para o dia 30 de maio.


Já durante as manifestações de 15 de maio último, cujo objetivo principal era o protesto contra os cortes de verbas na educação, apareceram cartazes com palavras de ordem contra a reforma da Previdência, aponta a reportagem.

Fonte: Brasil247

 


 

21/05/2019 - Bancos vão ficar com 62% da renda do trabalhador se capitalização for aprovada


Simulação apresentada no Senado pela Unafisco prevê que taxa dos bancos aumenta a cada ano, podendo chegar a mais de 77%


Simulação apresentada nesta segunda-feira (20) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) no Senado, sobre a reforma da Previdência proposta pelo projeto do governo Jair Bolsonaro (PSL), demonstra o fracasso que ocorreria com o sistema de capitalização que consta da proposta, levando o trabalhador aposentado à miséria.


Segundo dados do diretor de Defesa Profissional e Assuntos Técnicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro José Silva, o valor das contribuições previdenciárias arrecadadas de empregados e empregadores foi de R$ 423,06 bilhões em 2018. Já a previsão de acréscimo no faturamento médio anual para as instituições financeiras, num sistema de capitalização, pode ser estimado em até R$ 388 bilhões, nos próximos 70 anos.


Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58.


No 59º ano, após ingressar no sistema de capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os 77%. Um cenário que, segundo Silva, possibilitaria o recebimento de uma aposentadoria no valor de R$ 750, o que equivale a apenas um quarto do total contribuído. “Um sistema sem empregador, e com instituição financeira, é um fracasso. É condenar o trabalhador à miséria”, concluiu.


Silva considerou a capitalização um “sistema complicado do ponto de vista do trabalhador”. Para ele, além de significar a “transferência de renda” dos empregados para os bancos, essa modalidade não cobrirá benefícios já existentes, como o salário família e o salário maternidade.


A capitalização funciona como uma espécie de poupança: o dinheiro descontado mensalmente do salário de cada trabalhador vai para uma conta individual, e não se mistura com as contribuições dos demais beneficiários. Pelo sistema atual, o de repartição, os pagamentos feitos pelo pessoal da ativa financiam as aposentadorias dos inativos.


Dieese

Economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Juliano Musse disse que o cenário é preocupante. Ele considerou a PEC 6/2019 uma “reforma impositiva” porque, segundo afirmou, a medida não passou por uma prévia discussão com os trabalhadores. Ao questionar quem são os maiores interessados com a reforma da Previdência, Juliano ponderou que outras questões, como o desemprego, a informalidade e a saúde dos trabalhadores que enfrentam doenças crônicas são mais urgentes e deveriam ser o foco do debate. “A reforma é importante, mas desde que não minimize direitos sociais conseguidos com a Constituição de 1988”.


O consultor do Senado Luiz Alberto dos Santos frisou que a PEC 6/2019 não é de fácil compreensão. Para ele, o texto apresenta contradições, traz incertezas e tende a gerar custos diferenciados para a empregabilidade das pessoas. Ao ressaltar que os mercados demonstram volatilidade ao longo do tempo, o especialista disse que o regime previdenciário baseado na capitalização pressupõe uma renda questionável, porque dependerá de quanto, efetivamente, aquela aplicação renderá. “No Brasil, nós temos renda média muito baixa. As pessoas não têm dinheiro para destinar a uma sistemática de provisão fora do regime público, e essa é uma diferença fundamental.”


Retrocessos

O representante do Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos, Guilherme Zagallo, alertou que experiências de privatização da Previdência significaram retrocessos em outros países: estagnação das taxas de cobertura, diminuição do valor dos benefícios e aumento da desigualdade de renda. Para o advogado, a desconstitucionalização da aposentadoria, pretendida pelo Executivo, significa um risco político porque, a cada governo, pode-se criar novas regras para a concessão do benefício.


O advogado mencionou que o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias veda a renúncia de receita que a capitalização causará, desacompanhada da estimativa de impacto orçamentário e financeiro. Ele lembrou que o Brasil já passou por uma tentativa de privatização antes da instituição do INSS, quando houve a unificação dos regimes, mas disse que a medida não obteve sucesso. Guilherme comentou, ainda, que esse assunto tem sido omitido no debate sobre a PEC 6/2019.


“Não fomos bem-sucedidos no passado, em relação à experiência de capitalização. A promessa de melhoria da economia por meio dessa reforma não altera a realidade. É uma bomba social de efeito retardado”.


O coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery, considerou o sistema de capitalização o ponto mais grave da PEC 6/2019. Para ele, as poupanças pessoais são “qualitativamente diferentes” da seguridade social, já que não dispõem de garantia, nem previsibilidade. Além disso, Nery ressaltou que “poupar de maneira suficiente para uma aposentadoria decente é difícil para muitos trabalhadores”.

Com informações da Agência Senado

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

21/05/2019 - Previdência: texto alternativo foi ruído de comunicação, diz Marinho


O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, classificou como ruído de comunicação as informações de que haveria um texto alternativo apresentado por parlamentares para a reforma da Previdência.


“Não há nenhuma dificuldade, o que houve foi um ruído de comunicação. O próprio presidente [da Comissão Especial de Reforma da Previdência] Marcelo Ramos deu uma segunda declaração nesse sentido, dizendo que as alterações que poderão ocorrer serão em cima do projeto apresentado pelo governo, como sempre foi no parlamento”, afirmou nesta segunda-feira (20), ao chegar ao Ministério da Economia.


Marinho disse que o governo dará apoio ao relatório da comissão se forem mantidos os princípios da proposta que são idade mínima para aposentadoria, regras de transição, igualdade entre os sistemas dos servidores públicos e dos trabalhadores privados e menor contribuição para quem ganha menos e maior para quem ganha mais.


“Se o relatório for na linha do que acreditamos, evidente que haverá apoio do governo pelo relatório. O que nos interessa é o impacto fiscal e a preservação da linha mestra que foi apresentada dentro do projeto enviado ao parlamento”, disse, referindo-se à previsão de economia de mais de R$ 1 trilhão em dez anos.


“É normal que quando se entrega um projeto com essa complexidade ao parlamento e é constituída uma comissão especial que alterações sejam feitas”, enfatizou.


Sobre a possibilidade de adoção de medidas de compensação, caso a reforma produza menor economia de gastos que a esperada pelo governo, Marinho disse que o protagonismo agora é do Congresso Nacional.


“O relator [Samuel Moreira, PSDB-SP] tem dito que sua determinação é de apresentar um texto que respeite os pressupostos que eu disse anteriormente e com impacto fiscal relevante, que é o que interessa para o país. Não adianta termos esse processo de desgaste, de negociação com o parlamento e com a sociedade brasileira para não termos impacto que signifique uma tranquilidade para o país, pelo menos, nos próximos 20 anos. Esse é o momento em que o protagonismo está com o Congresso Nacional”, argumentou.

Fonte: Agência Brasil

 


 

21/05/2019 - Bolsonaro diz que está disposto a dialogar com parlamentares sobre reforma da Previdência


O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu nesta segunda-feira (20) a medalha de mérito industrial da Federação das Indústrias do Estado do Rio de janeiro.


A honraria é concedida a pessoas que contribuíram para a indústria e a economia fluminense. Em seu discurso de agradecimento, Bolsonaro disse que seu principal objetivo é não atrapalhar os empreendedores brasileiros.


O presidente também aproveitou o evento para defender a aprovação de medidas enviadas pelo governo ao Congresso, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime.


De acordo com ele, não há crise entre os poderes em torno dessas matérias, e o governo está disposto a dialogar com o Congresso, inclusive caso os parlamentares tenham propostas melhores do que a do governo para apresentar.


A reforma também foi defendida pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Vieira, que apresentou um estudo com os impactos que a medida pode ter nos próximos anos.


A projeção prevê que, em 2024, as contas públicas vão voltar a um patamar positivo e que R$ 1,4 trilhão possam ser destravados nos próximos dez anos, caso a medida seja aprovada. Essa soma inclui R$ 655 bilhões em recursos públicos e R$ 729 bilhões em recursos privados. Vieira citou algumas áreas que poderiam ser beneficiadas.


De acordo com ele, isso será possível graças a investimentos na ordem de R$ 770 bilhões para habitação, R$ 221 bilhões para saneamento, R$ 130 bilhões na saúde e R$ 33 bilhões na educação.


Vieira ressaltou que a instituição está atuando com a bancada federal do Rio para garantir a aprovação da medida.

Fonte: Portal EBC

 


 

21/05/2019 - Impacto da Reforma da Previdência sobre os direitos humanos é tema de debate em comissão


A Comissão de Direitos Humanos e Minorias debate nesta quarta-feira (22) a Reforma da Previdência e seus impactos aos direitos humanos. O debate atende a requerimento do deputado Helder Salomão (PT-ES).


O parlamentar explica que a questão da Previdência Social está no centro da agenda política do País. “É imperioso que esta Comissão faça parte desta discussão, levando o olhar dos direitos humanos para a definição, ou não, de um novo modelo previdenciário para o País. É fundamental que tenhamos clareza do que tais mudanças podem impactar sobre as vidas das pessoas, em especial de pessoas com deficiência e idosos”, afirma.


Foram convidados, entre outros:

- o dirigente da Confederação de Funcionários de Saúde Municipal do Chile e representante da Coordenação No Más Administradora de Fundo de Pensão, Carolina Espinoza;

- o senador da República do Chile, Juan Inacio Latorre;

- a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli; e

- o advogado Especialista em Direito Previdenciário, Erick Magalhães.

 

A reunião será realizada às 14 horas, no plenário 9.

Fonte: Agência Câmara

 


 

21/05/2019 - Comissão especial debate sobre categorias que têm critérios diferenciados de aposentadoria


A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 6/19) realiza, nesta quinta-feira (23), audiência pública para debater sobre as categorias com critérios diferenciados de aposentadoria, como os professores, por exemplo.


Foram convidados o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Luiz Reis, e o secretário Especial Adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira.


A audiência está marcada para as 9h30 em plenário ainda a ser definido.

Fonte: Agência Câmara

 


 

21/05/2019 - Cai confiança do empresário industrial pelo quarto mês, avalia CNI


A confiança do empresário industrial caiu pelo quarto mês seguido. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,9 ponto em maio e atingiu 56,5 pontos. O indicador acumula recuo de 8,2 pontos desde fevereiro. As informações são da pesquisa divulgada nesta segunda-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).


Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão otimistas. Segundo a pesquisa, o ICEI está dois pontos acima da média histórica (54,5 pontos) e permanece distante da linha divisória dos 50 pontos. “Apesar dessa sequência de quedas, a confiança do empresário ainda pode ser considerada elevada”, destaca a CNI.


De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, o ICEI costuma aumentar na passagem de dezembro para janeiro e, com mais intensidade, em períodos de mudança de governo. “Agora passamos por um momento de reavaliação, já que os empresários estão percebendo mais dificuldades nesse início de ano em relação à avaliação feita no fim de ano”, destaca, em nota.


“Uma queda na incerteza melhoraria o índice. O andamento da reforma da Previdência seria muito importante para uma recuperação da confiança e poderia sinalizar o andamento de outras reformas também importantes, como a tributária, que teria efeitos mais imediatos na economia”, afirmou.


Segundo a CNI, a retração no índice foi causada, principalmente, pela piora das condições atuais da economia e das empresas, que recuaram dois pontos e atingiu 47,8 pontos em maio. Conforme o documento, ao se afastar da linha divisória, o índice mostra que o empresário percebe piora das condições de negócio.


Em relação às expectativas, apesar do recuo de 1,8 ponto ante abril, o índice registrou 60,8 pontos e ainda permanece bem acima da linha divisória dos 50 pontos. Isso sinaliza confiança do empresário sobre a melhoria das condições futuras da economia e da empresa, destaca a CNI.


Setores e regiões

O Icei de todas as regiões, portes e segmentos retraíram em maio. As maiores quedas ocorreram nas regiões Norte, com recuo de 3,8 pontos, e Centro-Oeste, com queda de 3,3 pontos. Em relação ao porte, a retração foi maior nas médias empresas, de 2,6 pontos. Entre os segmentos, a maior diminuição na confiança do empresário ocorreu na indústria de extração: 4,6 pontos.


Esta edição do ICEI foi feita entre 2 a 13 de maio com 2.404 empresas. Dessas, 952 são pequenas, 885 são médias e 567 são de grande porte, informou a CNI.

Fonte: Agência Brasil

 


 

21/05/2019 - Empresa não precisa pagar salário entre concessões de auxílio-doença


Indústria de bebidas não tem obrigação de pagar salários dos períodos entre interrupções e renovações de benefício previdenciário. Assim fixou a 7ª Turma do Tribunal Trabalho da 4ª Região.


Com a decisão, a turma absolveu uma indústria de bebidas de pagar salários referentes a intervalos entre interrupções e renovações de benefício previdenciário concedido a um ex-empregado.


Prevaleceu o entendimento da relatora, desembargadora Denise Pacheco. Ao analisar as provas do processo, a magistrada observou que nesses intervalos não houve retorno do autor ao trabalho.


“Não por negativa da empregadora e sim por iniciativa do próprio autor, que comparecia à empresa, mas em busca de uma justificativa para gestionar junto ao INSS a continuidade ou a reativação do seu benefício de auxílio-doença”, afirmou.


Conforme a desembargadora, se não havia condições de trabalho e se o próprio reclamante não se considerava apto, não havia obrigação de pagamento de salários, e sim obrigações da própria Previdência Social.


“Em resumo, tendo o autor mantido um longo afastamento do emprego, por mais de quatro anos, em gozo de benefício previdenciário de auxílio-doença, por vezes descontinuado para logo ser reativado, sem retorno ao trabalho, não é do empregador a responsabilidade pelo pagamento dos salários nesses hiatos”, concluiu.


O autor da ação trabalhou em uma unidade da empresa de junho de 2007 a novembro de 2014. Ele sofreu uma fratura no punho esquerdo e ficou afastado das atividades por mais de quatro anos, entre janeiro de 2010 e setembro de 2014, recebendo auxílio-doença do INSS. Dois meses após retornar às atividades, foi despedido sem justa causa.


Ações de Origem

O trabalhador ajuizou um primeiro processo, pedindo, entre outros direitos, que sua lesão fosse reconhecida como acidente de trabalho, o que lhe garantiria estabilidade provisória de um ano após a alta do INSS, mas o pleito foi indeferido.


Uma particularidade ocorrida durante seu período de afastamento motivou uma segunda ação: ao longo dos quatro anos de licença médica, o INSS lhe deu alta algumas vezes. Segundo informações do processo, quando isso acontecia o trabalhador ia à empresa e apresentava um atestado médico de um especialista, demonstrando que ainda não estava apto para retornar.


O médico da empresa ratificava o atestado e em seguida o INSS restabelecia o benefício. Entretanto, nesses intervalos, o autor ficava sem salário e sem o pagamento do auxílio previdenciário. Entendendo que a empresa deveria remunerá-lo por esses intervalos, o trabalhador ajuizou a segunda ação. Porém, não obteve êxito no primeiro e no segundo grau. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-4.

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

20/05/2019 - Maia anuncia agenda conjunta com o Senado para reestruturar o Estado


“Câmara e Senado terão uma agenda muito objetiva de reestruturação do Estado brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro Paulo Guedes”, afirmou


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta sexta-feira (17) que irá trabalhar com os líderes partidários e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para apresentar nas próximas semanas uma agenda voltada para a reestruturação do Estado brasileiro e medidas de curto prazo para estimular o aquecimento da economia.


“Nós vamos deixar bem claro para a sociedade que a Câmara e o Senado terão uma agenda muito racional, muito objetiva de reestruturação do Estado brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro Paulo Guedes”, afirmou Maia no 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio de Janeiro.


Na avaliação de Maia, a polarização política nas redes sociais tem levado a contestações da democracia em vários países, e o Congresso deve mostrar para a sociedade que tem uma agenda muito racional para o desenvolvimento do País.


“Nós não vamos ficar olhando para essas guerrilhas virtuais que existem em todos os campos políticos, é uma confusão enorme esse negócio de rede social. Se a gente ficar olhando rede social, a gente não faz a [reforma da] Previdência, não melhoramos a educação, saúde”, disse.


Previdência

De acordo com Maia, não foram as dificuldades para aprovar a reforma da Previdência que levaram à redução das projeções do crescimento econômico.


"As projeções caíram por outras questões. Isso que me preocupa. Estou preocupado com o curto prazo. Estamos caminhando para o aumento do desemprego e o aumento da pobreza", afirmou.


Para a Maia, a reforma da Previdência segue o cronograma dos trabalhos da Casa e deverá ser aprovada até julho na Câmara dos Deputados. "A Previdência não era mais para ser um dilema, precisa ser a solução", disse o presidente.


Reforma administrativa

Rodrigo Maia defendeu também a reforma administrativa do Estado, para melhorar a eficiência dos gastos públicos.


“Nós precisamos reestruturar a gestão pública no Brasil. O Estado brasileiro ficou caro. Os três Poderes, as carreiras típicas de Estado, os servidores da Câmara, recebem 67% mais que o seu equivalente no setor privado. Nos estados, a média é 30%”, avaliou.


Segundo o presidente, os estudos de uma reforma administrativa já estão sendo analisados pela Câmara dos Deputados e devem ser apresentados em breve. “Não quero tirar um real daqueles que fizeram concurso e tem os seus diretos, mas daqui para frente vamos reconstruir as carreiras”, concluiu.

Fonte: Agência Câmara

 


 

20/05/2019 - Para socorrer farra financeira, governo zera verbas de 11 ministérios


Cortes atingem áreas sociais prioritárias.


Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, os dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo IBGE, indicando que um em cada quatro desempregados está há dois anos procurando emprego, é um sintoma muito grave de um mercado de trabalho e de uma dinâmica econômica que estão fracas.


Só entre as pessoas que buscam trabalho no período de um mês a um ano, o número de desempregados é de 6,1 milhões, enquanto as que buscam há mais de dois anos chega ainda há 3,3 milhões de pessoas, como revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).


“O tempo médio de procura (por emprego) cresce, e esse crescimento do tempo de procura é sinal de um mercado de trabalho que tem uma dinâmica muito fraca. Tanto que as pessoas têm uma procura de longa duração e uma dificuldade estrutural para achar um posto de trabalho”, ressalta Clemente.Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o governo zerou verba de 140 projetos em 11 ministérios. Segundo um levantamento do jornal, os bloqueios anunciados pelo governo federal, que congelou todo o Orçamento previsto neste ano para políticas em áreas sensíveis, como contenção de cheias e inundações, prevenção de uso de drogas, assistência à agricultura familiar e revitalização de bacias hidrográficas na região do São Francisco.


Sem poder cortar as despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias, e com a "reforma" da Previdência tramitando lentamente, a guilhotina do governo para fechar a conta de pagamentos da farra financeira — o famigerado "ajuste fiscal" — teve de avançar sobre diversas políticas públicas. Estudo da Associação Contas Abertas feito a pedido do Estadão mostra que cerca de 140 ações orçamentárias em 11 ministérios estão com 100% de seus recursos bloqueados, a maioria delas na área de infraestrutura.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

20/05/2019 - Janaina Paschoal se diz contra manifestação de apoio a Bolsonaro


A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), conhecida por ter sido uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, publicou uma série de mensagens no Twitter na qual afirma ser contra as manifestações que estão sendo convocadas para apoiar o presidente Jair Bolsonaro no dia 26 de maio. Para ela, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá de parar de "fazer drama" para trabalhar. A reportagem é do Jornal Estado de S.Paulo.


"Pelo amor de Deus, parem as convocações! Essas pessoas precisam de um choque de realidade. Não tem sentido quem está com o poder convocar manifestações! Raciocinem! Eu só peço o básico! Reflitam!", escreveu. "Àqueles que amam o Brasil, eu rogo: não se permitam usar! Não me calei diante dos crimes da esquerda, não me calarei diante da irresponsabilidade da direita", afirma também.


Janaina conta na rede social que tem recebido muitos pedidos para gravar vídeos e áudios colaborando com as convocações. Por isso, decidiu se posicionar no Twitter para explicar por que não vai ajudar. "O presidente foi eleito para governar nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal. Propositalmente, ele está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá", escreve.


A parlamentar diz também que não tem cabimento deputados eleitos legitimamente (aliados de Bolsonaro) fugirem das dificuldades de convencer os colegas (pela aprovação de medidas no Congresso) e ficarem instigando o povo a gerar o caos.

Fonte: Brasil247

 


 

20/05/2019 - Demissões em massa serão tema de audiência pública com empresários no Senado


A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) discutira em audiência pública com empresários a demissão em massa. O debate foi requerido pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) para instruir o projeto de lei que condiciona as demissões de grande número de trabalhadores a acordo ou convenção coletiva de trabalho (PLS 132/2018). Para ela, o empresário precisa ter liberdade para demitir. A autora da proposta, senadora Rose de Freitas (Pode-ES), considera a demissão coletiva cruel para as famílias e para a economia local. A data e o nome dos convidados serão confirmados pela CAS.

Fonte: Agência Senado

 


 

20/05/2019 - Comissão da reforma da Previdência debate BPC e aposentadoria rural


Colegiado também vai discutir a situação das categorias com critérios diferenciados de aposentadoria


A comissão especial da reforma da Previdência realiza três audiências públicas nesta semana para debater diferentes pontos da Proposta de Emenda Constitucional 6/19.


Nesta terça-feira (21), a reunião irá debater o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o abono salarial. Confirmaram presença Arthur Bragança de Vasconcelos Weintraub, assessor especial da Presidência da República; Luciana de Barros Jaccoud, pesquisadora no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); e Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas – (Unicamp).


A reunião será às 14h30, no plenário 4.


Trabalhador rural

Na quarta-feira (22), a comissão realiza nova audiência, desta vez para debater a aposentadoria do trabalhador rural. Foram convidados o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho no Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal; a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Lúcia Wiheim Berwanger ; o presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Marina Brito Battilani; e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).


A reunião será às 14h30, em local a ser definido.


Categorias diferenciadas

E na quinta-feira (23), a comissão especial volta a se reunir para debater a situação das categorias com critérios diferenciados de aposentadoria. Foram convidados para o debate o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Luiz Reis; e o secretário especial adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira.


A audiência será às 9h30, em plenário a ser definido.

Fonte: Agência Câmara

 


 

20/05/2019 - Comissão de senadores que acompanha reforma da Previdência faz audiência pública


A comissão especial de senadores que acompanha a tramitação da reforma da Previdência (PEC 6/2019) na Câmara dos Deputados promove audiência pública interativa na quarta-feira (22), às 14h.


Serão ouvidos o assessor especial do Ministério da Defesa Eduardo Castanheira Garrido Alves e o consultor legislativo do Senado Pedro Fernando de Almeida Nery Ferreira.


Esta será a segunda audiência pública da comissão. Em abril, foram ouvidos representantes do Ministério da Economia.


A comissão especial que acompanha a PEC 6/2019 tem nove senadores titulares e nove suplentes. O presidente é o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o relator é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A reunião será na sala 3 da Ala Alexandre Costa, no anexo 2 do Senado Federal.

Fonte: Agência Senado

 


 

20/05/2019 - Teto de gastos é política ‘suicida’ de austeridade fiscal, diz Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou em Plenário, nesta sexta-feira (17), que a Emenda Constitucional 95, que estabelece um teto de gastos ao governo por 20 anos, é uma política "suicida" de austeridade fiscal. A emenda foi aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2016 e estabelece que as despesas federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando para o cálculo dos gastos a taxa medida nos últimos 12 meses, até junho do ano anterior.


O senador citou afirmações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avaliando que os limites impostos pela Emenda do Teto, em combinação com a crise econômica, podem levar o Brasil a um colapso social nos próximos anos.


Paim defendeu que o Congresso Nacional revogue a Emenda Constitucional 95 para que o governo volte a investir em áreas fundamentais e estratégicas para retomada do crescimento.


— Precisamos rever a Emenda 95 para permitir a expansão dos investimentos públicos até que a crise seja superada. O país está estagnado; a desigualdade aumentando; um país que vem ano a ano perdendo participação na economia global e que acaba de ser rebaixado à oitava economia do planeta e que, por outro lado, é o país que fica entre os três, quatro com maior concentração de renda do mundo. Isso tem que ser debatido, conversado; temos que ver qual é o caminho — disse.

Fonte: Agência Senado

 


 

20/05/2019 - CDH pode proibir trabalho insalubre para grávidas e lactantes


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) se reúne na próxima quinta-feira (23), a partir das 9h, e pode aprovar projeto de lei que modifica um dos pontos mais polêmicos da reforma trabalhista de 2017: a flexibilização do trabalho de mulheres gestantes e lactantes em locais insalubres.


O PLS 254/2017, do senador Paulo Paim (PT-RS), restabelece a proibição do trabalho em atividades, operações ou locais insalubres para mulheres que estejam grávidas ou amamentando. Elas deverão exercer as suas atividades em local apropriado. A reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) permite o trabalho em condições de insalubridade moderada, mediante apresentação de atestado médico.


Na justificação da matéria, Paim afirma que que admitir o trabalho da mulher gestante ou lactante em operações ou locais insalubres, viola o princípio constitucional da proteção do trabalho da mulher, além de colocar em risco a vida da mãe e do feto.


Caso seja aprovada, a proposta ainda passará por outras três comissões, sendo a última delas a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que dará a palavra final.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

20/05/2019 - Imprensa destaca nota pública da Anamatra e da ANPT sobre a possível redução nas NRs de segurança e saúde no trabalho


Em nota, associações lembraram que NRs cumprem função constitucional de tutela da pessoa humana


Diversos jornais e portais de notícias de várias regiões do país destacaram a nota pública divulgada, na quarta (15/5), pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e pela Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT). Na nota, as entidades expressam inconformidade com a possível redução de 90% das Normas Regulamentadoras (NRs) de segurança e saúde no trabalho vigentes no país, conforme declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro.


Entre os jornais e portais que veicularam notícias sobre a nota destacam-se: Folha de S. Paulo, Estadão, O Globo, Valor Econômico, Correio Braziliense, O Popular (GO), UOL e Yahoo.


Na nota, as entidades destacam que constitui retrocesso inadmissível qualquer esforço de revogação dessas NRs, a bem da redução dos custos de produção. “Propor o enxugamento dos custos previdenciários – como o Governo tem proposto ao Congresso Nacional, a reboque da PEC n.6/2019 - e ao mesmo tempo sugerir relaxamento das normas de saúde e segurança do trabalho significa, ao cabo e fim, entoar um discurso essencialmente incoerente, potencialmente inconsequente e economicamente perigoso”, afirma trecho do documento.


Clique aqui e confira a íntegra do documento.

Fonte: Anamatra

 


 

20/05/2019 - Aposentados têm direito a plano de saúde com as mesmas condições dos ativos


É direito do aposentado que optou pela manutenção do plano de saúde coletivo obter as mesmas condições e qualidades de assistência médica de quando estava na ativa. Com este entendimento, a 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região condenou uma fundação a manter o plano da reclamante e de seus dependentes nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, com valores para o grupo familiar equivalentes aos dos empregados da ativa.


O relator do processo, o desembargador Marcos César Amador Alves, explica no voto que a reclamante é beneficiária do plano de saúde coletivo empresarial fornecido pela ré, juntamente com seu marido e filhos, mas, ao optar pela manutenção do plano de saúde após rescisão contratual, como lhe faculta a legislação, foi surpreendida com um aumento substancial dos valores cobrados, que passaram de R$ 579,20 para R$ 1.629,61, sem qualquer clareza de informação quanto à apuração e determinação do valor.


Além disso, houve declaração, reduzida a termo pela empresa, de opção pelo plano de saúde vitalício no ato da dispensa, na qual consta expressamente que a "mensalidade do plano de inativos deverá observar a tabela de preços constante do contato coletivo empresarial celebrado entre a fundação e a sua ex-empregada, sendo certo, ainda que estará sujeita aos reajustes previsto no referido contrato".


Apesar disso, segundo o desembargador-relator, "não houve comprovação pela empresa da paridade dos valores adimplidos pelos empregados ativos da reclamada com os inativos, assim como a cota-partes do empregador quanto ao custeio do plano de saúde da autora, enquanto vigente contrato de trabalho".


Em agosto de 2017, a aposentada entrou com ação trabalhista no TRT-2 pleiteando seus direitos. Na época, o juízo de 1º grau julgou o pedido improcedente e condenou a autora o pagamento dos honorários advocatícios no valor de R$ 720,00. Essa decisão também foi reformada pelo julgamento do recurso. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-2.

Processo 10013885920175020028

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

17/05/2019 - Desemprego volta a subir, diz IBGE


No primeiro trimestre, a taxa de desemprego foi de 12,7% no primeiro trimestre, 1,1 ponto percentual acima do registrado no trimestre anterior. Nos primeiros três meses de 2019, 13,4 milhões de pessoas procuravam emprego no país.


Segundo o IBGE, as maiores taxas de desemprego foram registradas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18%). As menores, em Santa Catarina (7,2%) e Paraná e Rondônia, ambos com 8,9%.


Em São Paulo, a taxa de desemprego ficou em 13,5%, acima da média nacional e 1,1 ponto percentual acima da registrada no quarto trimestre de 2018.


Subutilização

De acordo com o IBGE, um a cada quatro desempregados brasileiros estavam há mais de dois anos procurando trabalho no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, 3,3 milhões de brasileiros se encontravam nessa posição.


Nos primeiros três meses de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho brasileira bateu recorde, chegando a 25%. No total, 28,3 milhões de brasileiros estavam sem trabalho ou trabalhavam menos do que gostariam.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

17/05/2019 - Após prévia do PIB, Dieese diz que Brasil pode entrar em recessão


Banco Central indica que economia brasileira recuou 0,68% no 1º trimestre


Após o Banco Central indicar a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), nesta quarta-feira (15), com retração de 0,68%, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio alerta que o Brasil caminha para entrar em uma recessão oficial.


"Três trimestres seguidos de queda colocam tecnicamente o país numa recessão. Os indicadores estão apontando para uma dinâmica fraca em 2019, e um crescimento abaixo de 1,5%. A expectativa para 2020 é também de um crescimento menor do que vinha se indicando", explicou Clemente à Rádio Brasil Atual. O PIB será divulgado no próximo dia 30 pelo IBGE.


De acordo com o diretor técnico, o governo de Jair Bolsonaro não tem uma virtude econômica, sem criar capacidade de consumo para a população. "O desemprego está alto, os salários arrochados e o crédito está caro. As empresas não investem e o governo não gasta, só corta", criticou.


Ele ainda rebate o argumento do governo federal de que as coisas vão melhorar após a aprovação da "reforma" da Previdência. "O governo ameaça que é necessária a reforma da Previdência, como fez no passado, quando diziam que era preciso fazer a reforma trabalhista para gerar milhões de empregos, mas só vemos trabalhos precários e informais. Essas ameaças são feitas para fazer a sociedade aceitar mudanças ruins", afirmou Clemente.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/05/2019 - Número dos sem aposentadoria nem trabalho dispara


Eles são sustentados por outros integrantes da própria família, como esposas e filhos.


Matéria do jornal Valor Econômico informa que a crise amplia universo dos sem aposentadoria nem trabalho acima de 50 anos. De acordo com o texto, dois anos de recessão e a consequente crise no mercado de trabalho fizeram crescer rapidamente o número de homens de 50 a 69 anos de idade no país que não trabalham nem procuram emprego, mesmo sem receber aposentadoria ou pensão.


Os dados são de um levantamento da consultoria LCA a pedido do Valor, que mostra que o total de pessoas que reúnem essas condições estava em 1,843 milhão em 2017, 11% acima do ano anterior (189 mil pessoas a mais). O contingente representava 9,6% dos homens dessa faixa etária.


Esse fenômeno foi inicialmente identificado por um estudo das pesquisadoras Ana Amélia Camarano e Daniele Fernandes, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que observam há anos a tendência desse grupo, batizado de "nem nem maduros", diz o Valor. As pesquisadoras afirmam que os homens que se encaixam no perfil "nem nem" representavam 4,2% da faixa etária em 1992. Esse número cresceu para 6,2% em 2005 e alcançou 8,3% em 2015.


Família

Segundo a LCA Consultores, que levantou os números mais recentes a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), esses homens têm como característica comum pertencer a famílias de baixa renda e ter baixa escolaridade. "É preocupante, porque são pessoas que têm e terão muita dificuldade de se recolocar no mercado de trabalho. Com o tempo, ficam desatualizadas, perdem autoestima e desistem de procurar recolocação", diz Cosmo Donato, economista da LCA.


O levantamento mostra que a maioria esmagadora é beneficiária de programas sociais, como Bolsa Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Do 1,843 milhão de "nem-nem maduros", 1,418 milhão (77%) participa desses programas. Acredita-se também que parte é sustentada por outros integrantes da própria família, como esposas e filhos.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

17/05/2019 - Um em cada quatro desempregados está há dois anos procurando trabalho


Desemprego continua maior entre mulheres e negros, aponta IBGE


Praticamente um quarto dos desempregados brasileiros (24,8%) está há pelo menos dois anos procurando trabalho, segundo o IBGE. Perto da metade, 45,4%, estão à procura de um mês a até um ano.


Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (16). O instituto mostra ainda que 14,1% procuram trabalho de um ano a até dois anos, enquanto 15,7% estão fora do mercado há menos de um mês.


O IBGE divulgou hoje informações detalhadas sobre a pesquisa, que em 30 de abril mostrou crescimento do desemprego no primeiro trimestre. São aproximadamente 13,4 milhões de pessoas desempregadas.


As mulheres eram maioria (52,4%) na população em idade de trabalhar. Mas, entre os efetivamente ocupados, os homens representam 56,3%. No desemprego, as mulheres também são maioria: 52,6%. Isso acontece em todas as regiões, chegando a 56,2% no Sul.


Segundo a pesquisa, a taxa média de desocupação é de 12,7%. Mas cai para 10,9% entre os homens e sobe para 14,9% no caso das mulheres.


O desemprego é maior também entre os negros. De acordo com o instituto, dos 13,4 milhões de desempregados no primeiro trimestre, os pardos (classificação usada pelo IBGE) representavam mais da metade: 51,2%. Os brancos eram 35,2% do total e os pretos, 12,7%. Somando-se pardos e pretos, são quase dois terços dos desempregados.


Em 2012, quando havia 7,6 milhões de desempregados, os pardos eram 48,9% do total e os brancos, 40,2%. Os pretos somavam 10,2%.


Entre os que se declararam brancos, a taxa de desemprego foi de 10,2%, abaixo da média nacional. A de pretos e pardos ficou acima, com 16% e 14,5%, respectivamente. Os pardos eram 47,9% da população fora da força de trabalho, os brancos eram 42,2% e os pretos, 8,9%.


A pesquisa mostra ainda estabilidade no rendimento médio dos ocupados, estimado em R$ 2.291.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/05/2019 - Em meio a sua “balbúrdia” governo avança sobre direitos


No Congresso não é diferente, cuja pauta do governo não é apenas a reforma da Previdência, em fase de audiências públicas, na comissão especial. As comissões mistas aprovaram e agora serão votadas no plenário da Câmara, as medidas provisórias (MP) 870 e 871. A 1ª reestrutura os ministérios. A 2ª dificulta acesso aos benefícios previdenciários do Regime Geral, a cargo do INSS.


Marcos Verlaine*


Engana-se redondamente quem pensa ou fala que o governo Bolsonaro está paralisado ou inoperante em razão de suas confusões internas, a partir das “balbúrdias” protagonizadas pelo núcleo “ideológico” do governo, liderado pelo próprio presidente da República.


Enquanto esse núcleo “ideológico” “distrai” e “diverte” o grande público nas redes sociais ou nas mídias tradicionais — rádio, TV e jornais — o núcleo econômico opera efetivo e pesado contra os interesses do povo em geral, e dos trabalhadores em particular. Este núcleo é o que opera os interesses do mercado, sob a batuta do ministro da Economia, Paulo Guedes.


O dado mais recente para mostrar que o governo funciona a “pleno vapor”, foi o anúncio pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), na segunda-feira (13), que vai rever todas as normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. Essa nova medida, sob o comando do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, está no contexto do seu pronunciamento no dia 1º de Maio (Dia Internacional do Trabalhador).


Para os trabalhadores, nenhuma vírgula

No pronunciamento transmitido em cadeia nacional de rádio e TV, no 1º de maio, Bolsonaro afirmou que seu governo tem compromisso de garantir a “plena liberdade da atividade econômica no país”. A fala de 2 minutos do presidente começou com referência à assinatura da chamada “MP [881/19] da Liberdade Econômica”.


A MP estabelece normas gerais para garantir a livre iniciativa de negócios no país, de forma desburocratizada. Permite que empreendimentos considerados de baixo risco sejam desenvolvidos sem depender de qualquer ato de liberação pela Administração Pública. Na prática, atividades econômicas que não oferecem risco sanitário, ambiental e de segurança não vão precisar mais de licenças, autorizações, registros ou alvarás de funcionamento. Liberou geral.


Mesmo sendo o Dia Internacional do Trabalhador, o presidente em seu pronunciamento em cadeia nacional, ao invés de fazer discurso voltado às pautas essenciais aos trabalhadores ou propor medidas para os 13,4 milhões de desempregados no Brasil, se limitou a falar sobre “liberdade econômica”. Para os trabalhadores, nenhuma vírgula.


Pauta legislativa regressiva

No Congresso não é diferente. A pauta do governo não é apenas a reforma da Previdência, em fase de audiências públicas, na comissão especial. Embora no Legislativo haja ponto de inflexão do governo, pois o Planalto, felizmente, não tem conseguido estruturar base parlamentar de apoio mais robusta para acelerar seu "pacote de maldades".


As comissões mistas aprovaram e agora serão votadas no plenário da Câmara, as medidas provisórias (MP) 870 e 871. A 1ª reestrutura os ministérios, a partir do dia 1º de janeiro. A 2ª dificulta acesso aos benefícios previdenciários do Regime Geral, a cargo do INSS.


A comissão mista alterou a MP 870 devolvendo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que vai ficar mesmo sob a responsabilidade do Ministério da Economia. A MP o colocou sob a responsabilidade do Ministério da Justiça.


A situação da Fundação Nacional do Índio (Funai) também foi alterada. Ficou decidido que o órgão ficará sob a responsabilidade do Ministério da Justiça e com a missão de fazer a demarcação de terras indígenas. Inicialmente, a MP transferia tal tarefa para o Ministério da Agricultura, e o órgão para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, cuja titular é a ministra Damares Alves. Estas foram as 2 derrotas pontuais para o governo.


Quanto ao antigo Ministério do Trabalho, que foi extinto e algumas de suas atribuições foram transferidas para os ministérios da Economia, e da Justiça, houve alteração relevante. Muito embora, os trabalhadores continuem sem pasta específica e, portanto, sem políticas públicas para reduzir o enorme desemprego que cresce e prejudica sobremodo o consumo das famílias.


A alteração determina que o órgão que cuida do Registro Sindical seria do MJSP e vá agora para a alçada do Ministério da Economia.


A MP 871, que cria dificuldades para acesso aos benefícios previdenciários, também foi aprovada com modificações. Esta MP, se junta à Reforma Trabalhista e a PEC 6, e dificultam acesso a benefícios do INSS em caso de acidente de trabalho.


Este “combo” funciona como verdadeiros entraves para que o trabalhador tenha proteção. E piora: a reforma da Previdência do governo Bolsonaro vai criar mais empecilhos para concessão de benefícios do INSS.


E olhe que nem mencionei os cortes nos recursos para a educação, que pode paralisar várias instituições de ensino (com anúncio de greve) em todo o país. E o ministro Abraham Weintraub, não descartou novos contingenciamentos na pasta caso a equipe econômica decida ampliar o bloqueio de recursos no caixa do governo ainda neste semestre.


Como se vê, o governo Bolsonaro apenas parece que está paralisado, pois opera, em grande medida, sob a distração e criatividade do núcleo “ideológico”.


(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

Fonte: Diap

 


 

17/05/2019 - Fiscais do Trabalho criticam governo e defendem normas de segurança


Segundo entidade que representa os fiscais, sem as NRs, que Bolsonaro quer "simplificar", país estaria em situação ainda pior em relação a acidentes


A intenção do governo de "simplificar" as normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho é criticada pelos auditores-fiscais, por meio do Sinait, sindicato nacional da categoria. A entidade lembra que as NRs começaram a ser implementadas ainda no período da ditadura, quando o Brasil era "campeão mundial" de acidentes. "De lá para cá, o cenário melhorou muito, em grande parte graças ao esforço de construção das NRs e da Fiscalização do Trabalho", afirma o sindicato, em nota, lembrando que ainda há "um longo caminho a percorrer para alcançar uma situação que seja, no mínimo, aceitável".


De acordo com a entidade, nos últimos seis anos ocorreu um acidente de trabalho a cada 49 segundos, "o que levaria qualquer governo a adotar medidas diametralmente opostas ao que se anuncia". Ainda mais, acrescenta o Sinait, em um mercado de trabalho caracterizado pelo alto índice de informalidade. "É preciso investir muito mais para reverter a situação de insegurança e insalubridade nos ambientes de trabalho. Não o contrário."


Da mesma forma que aconteceu com a "reforma" trabalhista, o governo trata as medidas como "modernização". Não por acaso, o anúncio das possíveis mudanças foi feito pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o ex-deputado Rogério Marinho, do PSDB, que não foi reeleito em 2018, mas se notabilizou pelo texto final da reforma da legislação, que resultou na Lei 13.467.


Para o Sinait, afirmar que a legislação das NRs não é moderna, como dizem empresários e governo, é algo questionável, pois as normas regulamentadoras "são construídas em comissões tripartites – com representantes do governo, de empregados e empregadores", além de haver um processo contínuo de discussão. "A grande maioria das 37 NRs passou e passa por atualização constante para adequá-las à legislação e à realidade do mundo do trabalho."


Foi o que aconteceu, por exemplo, com a NR 12, que trata de segurança em máquinas e equipamentos. Reunida neste mês em Brasília, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) aprovou um novo texto, que deverá passar por uma última revisão antes de ser publicado, em junho.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

17/05/2019 - Para Paulo Paim, manifestações vão muito além dos cortes na educação


O Senador Paulo Paim (PT- RS) falou nesta quinta-feira (16), em Plenário, que as manifestações ocorridas ontem em mais de 170 cidades do país, não foi apenas pelo contingenciamento anunciado pelo governo federal na educação. Para Paulo Paim, vai além dos cortes.


— A reforma joga as futuras gerações na insegurança do sistema de capitalização. Se o sistema de capitalização é tão bom, proponham para as Forças Amadas; proponham para a Polícia Militar; proponham para a Polícia Civil; proponham para aqueles que têm aposentadoria especial. Ninguém vai aceitar — disse o Senador.


Paulo Paim lembrou mensagem escrita por ele, no Twitter, dias antes das manifestações: "Os estudantes estão a sinalizar a crise que está no país. A crise de governo é gravíssima”. O senador ressaltou que é preciso sair do palanque e pensar no povo brasileiro de forma coletiva e avançar nas políticas públicas que a população espera.

Fonte: Agência Senado

 


 

17/05/2019 - TRT-18 vai decidir se norma coletiva pode suprimir adicional noturno e de feriado


O Plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) vai decidir sobre a validade de norma coletiva de trabalho que, em regime de compensação de jornada 12x36, suprime o pagamento em dobro dos feriados e o adicional noturno.


A corte analisará Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) instaurado a pedido do desembargador Welington Peixoto. O processo será relatado pelo desembargador Paulo Pimenta, presidente do TRT-18. Até o julgamento, estão suspensos todos os casos que tramitam na Justiça local sobre esse tema.


O tribunal já tem uma tese sobre o tema (Súmula 9/2010). Pelo texto, no regime de 12 horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso, são assegurados a redução da hora noturna, o intervalo intrajornada e o pagamento em dobro dos feriados trabalhados.


No entanto, segundo o relator, as três turmas de julgamento têm decidido a mesma questão de forma divergente. Alguns julgados seguiram o entendimento de que são inválidas as normas coletivas, por considerar que não se pode negociar matérias atinentes à higiene, saúde e segurança do trabalho.


Já outros julgados consideraram essas normas válidas, diante do reconhecimento pela Constituição Federal das convenções e acordos coletivos de trabalho, valorizando o princípio da autonomia da vontade no direito coletivo.


Para Pimenta, há ofensa à isonomia e à segurança jurídica por entendimento divergente das turmas e também no primeiro grau de jurisdição. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18. Processo 0010730-20.2018.5.18.0000

Fonte: Consultor Jurídico

 


 

16/05/2019 - Bolsonaro sobre estudantes que protestam: “são uns idiotas úteis, uns imbecis”


O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (15) em Dallas, no estado norte-americano do Texas, que o bloqueio é necessário e que os manifestantes que protestam contra isso no Brasil “uns idiotas úteis, uns imbecis”.


“É natural, é natural. Agora… a maioria ali é militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil”, afirmou Bolsonaro.


O presidente afirmou ainda que a “educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Você pega as provas do Pisa, que eu peguei agora, de três em três anos, de 2000 pra cá, cada vez mais ladeira abaixo”.


Em um português quase incompreensível, Bolsonaro disse ainda:


“A garotada com 15 anos de idade, da nona série, 70% não sabe a regra de três simples. Qual o futuro dessas pessoas? Que falta, que tão desempregada. Qual é o futuro dessas pessoas? Falam porque tão desempregados 14 milhões, sim, mas parte deles não tem qualquer qualificação porque esse cuidado não teve nas administrações do PT ao longo de 13 ano.”

Fonte: RevistaForum

 


 

16/05/2019 - UNE convoca novas manifestações para o dia 30


As grandes manifestações contra os cortes nas verbas para a Educação, que reuniram mais de dois milhões de pessoas em todo o Brasil abriram um ciclo de lutas que não vai parar tão cedo e terá repercussões políticas.


Os estudantes decidiram por meio da sua máxima entidade representativa, a União nacional dos Estudantes (UNE), marcar novos protestos para o próximo dia 30, uma quinta-feira. "É o início do gosto amargo que o Bolsonaro vai sentir", diz presidente da entidade, Marianna Dias. A informação é da Folha de S.Paulo.


Reportagem da jornalista Angela Pinho aponta que "após manifestações em todo o país, a UNE anunciou um novo dia de protestos contra os cortes na educação daqui a duas semanas.


Entrevistada pelo jornal, Marianna Dias afirma: "Precisamos mostrar para o Bolsonaro e para o Brasil a força dos estudantes e do povo".


Consciente do papel que o Movimento Estudantil pode desempenhar na atual crise política e social do país, Marianna Dias destaca: "As pessoas sempre esperam que os jovens estejam na linha de frente", informa o jornal.

Fonte: Brasil247

 


 

16/05/2019 - Mobilização por educação ganha apoio de senadores na CCJ


As manifestações e a greve geral nacional que ocorrem em várias cidades do país nesta quarta-feira (15), em protesto contra os cortes na Educação anunciados pelo Governo Jair Bolsonaro, receberam o apoio de senadores durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).


Além do contingenciamento de verbas destinadas a universidades federais e a bolsas de programas de pesquisa, professores, estudantes e trabalhadores da educação protestam contra as declarações do ministro da Educação Abraham Weintraub, que associou o bloqueio de recursos em um primeiro momento a atos de "balbúrdia". Depois, alegou que medida foi tomada porque a arrecadação de impostos está menor do que o previsto, e o dinheiro pode voltar às universidades caso ela suba.


Para o senador Weverton (PDT-MA), que trouxe o debate à tona na comissão, o governo faz chantagem ao dizer que só devolverá os recursos em caso de aprovação da reforma da Previdência.


— Não dá para se falar em um país, em um futuro, se a gente condena de arrancada a educação dos nossos jovens. [...] Vir dizer que só vai devolver recursos se aprovar reforma é chantagem sim — criticou o senador.


A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), disse ter ficado feliz com a notícia de que a juventude voltou a tomar as ruas do país em defesa da educação. Para ela, contingenciar recursos das universidades e dos institutos federais sob o argumento de que seriam locais de “balbúrdia” é notadamente ilegal.


— Esse não é um argumento sério. A motivação do governo vai interferir, sim, no juízo de valor dos tribunais — disse.


Segundo o presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Flávio Arns (Rede-PR), o governo precisa valorizar as instituições de ensino e buscar o diálogo para resolver os problemas. Para ele, mesmo em um momento de crise, a área deveria ser protegida.


— O ministro não pode dizer que é local de balbúrdia. Se tem problemas, então vamos discutir os problemas. Educação é prioridade absoluta. Essa manifestação do povo é muito boa. Sem violência, sem conflitos — apontou.


Rose de Freitas (Pode-ES) afirmou que o governo parece não considerar a educação como uma pauta prioritária. Para ela, o Senado precisa ajudar a resgatar o orçamento das universidades.


— Vamos votar reformas por compromissos, mas da educação não se pode se tirar um tostão sequer. Vamos, no colégio de líderes, ajudar a reestabelecer o orçamento das universidades e dos institutos federais — defendeu.


Na avaliação do senador Marcos Rogério (DEM-RO), é preciso rever alguns problemas no funcionamento das universidades, mas nada justifica o contingenciamento de verbas. O senador disse que o governo se comunica mal.


— Parece um erro de comunicação, me parece um improviso. É fato que o Brasil está em uma condição econômica ruim. Há perda de arrecadação. Tem que fazer contingenciamentos, mas começar pela educação e vocalizar isso me parecer um erro monumental. Não dá para o Parlamento aceitar isso como natural —argumentou.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/05/2019 - Deputados criticam medidas que afetam sindicatos e aposentadorias


MPs perdem validade no final de junho caso não sejam aprovadas


Deputados criticam e pediram a rejeição de duas medidas provisórias (MP 871/19 e MP 873 /19) que afetam aposentadorias e a autonomia dos sindicatos. Em audiência da Comissão de Legislação Participativa nessa terça-feira (14), os deputados questionaram representantes do governo e de centrais sindicais.


O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), que propôs a audiência, afirma que medida provisória 871, editada para combater fraudes no INSS, já é de fato o início da reforma da Previdência, porque impõe dificuldades para a requisição de aposentadorias e outros benefícios.


"É um absurdo. Além de desautorizar os sindicatos dos trabalhadores rurais a conceder a autorização, ela prejudica as pessoas mais necessitadas, que são os pensionistas e aposentados com deficiência, que agora têm que correr pro INSS pra não perder o benefício. Enquanto isso, o funcionário do INSS recebe R$ 63 por cada corte – e, portanto, está "desaposentando" as pessoas", explicou.


Essa medida provisória reduz o prazo de reivindicação dos benefícios previdenciários. Hoje, quando um trabalhador tem um benefício negado, ele tem até 5 anos para exercer esse direito. A medida diminui esse prazo para 90 dias.


Já a outra MP (873) muda as regras da contribuição sindical, impedindo o desconto em folha dos trabalhadores para os sindicatos. Deputados e sindicalistas temem que a medida provoque desarticulação dos sindicatos e até mesmo o fechamento de alguns.


A representante da Central dos Sindicatos Brasileiros, Zilmara Alencar, afirmou que as medidas não afetam apenas os sindicatos, mas também toda a classe trabalhadora.


"Apenas com o mecanismo de coletividade atuando em nome de toda a classe trabalhadora é que nós vamos poder de fato construir ambientes que possam permitir que essa precarização de direitos não ocorram, nem essa retirada de benefícios como estão ocorrendo por meio da medida provisória 871 e 873", disse.


De acordo com o deputado Leonardo Monteiro (PT/MG), a intenção é impedir a aprovação das medidas provisórias, que perdem a validade no final de junho caso não sejam aprovadas.

Fonte: Agência Câmara

 


 

16/05/2019 - MP 873 é antissindical, inconstitucional e traz 'grave intervenção' do Estado


Alerta é do Ministério Público do Trabalho, que divulgou nota técnica sobre o tema. Segundo o MPT,

norma do governo também contraria convenções internacionais


A Medida Provisória (MP) 873, sobre contribuições sindicais, fere a Constituição e configura "grave e vedada interferência e intervenção do Estado na organização sindical", afirma o Ministério Público do Trabalho (MPT), em nota técnica divulgada nesta terça-feira (14) pela Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis). Segundo o vice-coordenador, o procurador Alberto Emiliano, a MP "impede que os sindicatos estabeleçam livremente em seus estatutos, ou negociem e regulem formas de financiamento e de desconto em acordos e convenções coletivas de trabalho".


A MP 873 foi editada pelo governo Bolsonaro em 1º de março, sexta-feira de carnaval. Com a mudança, considerada pelo movimento sindical uma tentativa de "asfixiar" financeiramente as entidades, as contribuições, além de autorização prévia, individual e por escrito, não podem ser descontadas via folha de pagamento, mas por boleto. Desde então, vários sindicatos recorreram à Justiça e têm conseguido decisões favoráveis.


Para o procurador, a medida traz "diversas restrições às fontes de custeio dos sindicatos, causa embaraço à liberdade sindical e ao próprio sustento dos sindicatos de trabalhadores, a quem cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais de toda a categoria, sendo obrigatória a sua participação nas negociações coletivas de trabalho". A nota técnica é assinada por ele e pelo coordenador nacional, João Hilário Valentim, que já havia manifestado posição crítica à iniciativa do governo.


Os procuradores sustentam ainda que a negociação coletiva e a liberdade sindical integram os quatro princípios da Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. São itens básicos para a consolidação do conceito de trabalho decente. "Os trabalhadores abrangidos pela negociação coletiva devem participar do financiamento desse processo, sob pena de inviabilizar e fragilizar a atuação sindical, bem como desincentivar novas filiações", afirmam.


Para eles, a regra imposta do boleto bancário "tem o potencial de inviabilizar a atuação sindical", fragilizando o sistema de financiamento das entidades, "cuja missão é coletiva e não individual". E também contraria a Constituição, que no artigo 8º autoriza o desconto em folha.


A nota conclui que a MP "não pode prevalecer ante a sua flagrante inconstitucionalidade e inconvencionalidade".


Enquanto isso, a MP 873 segue empacada no Congresso. Uma reunião da comissão mista responsável por apreciar a medida, marcada para hoje, foi adiada. Seriam eleitos presidente e vice do colegiado.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

16/05/2019 - Para Ministério Público há indícios de que Flávio Bolsonaro praticou lavagem de dinheiro


Há indícios de lavagem de dinheiro nas transações imobiliárias do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República; esta é a suspeita do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre essas transações realizadas no período de 2010 a 2017 e foi uma das razões pelas quais a instituição pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador.


Segundo o jornal Folha de S.Paulo, em janeiro de 2018, o filho de Bolsonaro realizou operações envolvendo 19 imóveis na zona sul do Rio e na Barra lucrando com transações relâmpago.


Reportagem de Catia Seabra e Italo Nogueira nesta quinta-feira (16) informa que os promotores apontam suspeitas nas transações com a MCA Participações, empresa que tem entre os sócios uma firma do Panamá.


Ministério Público também suspeita de irregularidades na compra de duas quitinetes em Copacabana em 2012, que rendeu ao senador R$ 813 mil num intervalo de menos de um ano e meio.


A reportagem cita outras transações em que Flávio Bolsonaro pode ter cometido ilegalidades.

Fonte: Brasil247

 


 

16/05/2019 - Na CMO, Guedes condiciona aumento real do salário mínimo à reforma da Previdência


Em audiência na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), nesta terça-feira (14), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o salário mínimo poderá ter um reajuste maior do que a inflação se a reforma da Previdência for aprovada. Guedes negou cortes no Ministério da Educação ao anunciar um reforço de R$3 bilhões para a pasta. Em resposta, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que a economia com as novas regras de aposentadoria será ao longo dos anos e não resolverá os cortes na educação superior agora. Na avaliação do senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR), o governo tem outras propostas para tirar o país da crise, além da reforma da Previdência, como privatização de empresas e reforma tributária.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/05/2019 - Manifestação contra corte de verbas é legítima, defende Humberto Costa


O senador Humberto Costa (PT-PE) usou a tribuna do Plenário, nesta quarta-feira (15), para criticar a declaração do presidente Bolsonaro sobre os participantes da Greve Nacional da Educação, que acontece hoje em defesa da educação, ciência e tecnologia públicas, e da liberdade de ensinar e aprender, em todo país. O chefe de Estado se referiu aos manifestantes como “idiotas úteis”.


Na visão do senador, essa afirmação do presidente só mostra que ele está completamente alheio ao que se passa no país. Humberto Costa declarou que a paralisação reuniu, hoje, alunos, professores, servidores de instituições públicas e também estudantes de escolas e universidades privadas e outros segmentos sociais. Todos contra o corte de verbas das universidades federais, anunciado pelo Ministério da Educação, disse.


— É extremamente expressivo o protesto dos brasileiros contra essa política de asfixiamento dos institutos e das universidades federais por meio de um corte de verbas, que se deu pelo absurdo argumento de que as universidades promovem balbúrdia. E de lá dos Estados Unidos [onde está o presidente], ele chama os brasileiros, que estão contra esses bárbaros cortes, de idiotas funcionais, de imbecis. É um escárnio! — reprovou.

Fonte: Agência Senado

 


 

16/05/2019 - No Maranhão, decisão de tribunal 'zera' receita de sindicato


TJ veta desconto em folha de contribuição e mensalidade de entidade dos servidores. "A intenção é fechar o sindicato", afirma dirigente


Em processo "relâmpago", o Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu vetar desconto em folha da contribuição e da mensalidade em favor do Sindicato dos Servidores da Justiça (Sindjus) daquele estado. O TJ se baseou na Medida Provisória (MP) 873, publicada pelo governo federal em 1º de março e que tem sido objeto de questionamentos judiciais em todo o país. O sindicato tenta derrubar a decisão. Ainda ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou nota técnica pela qual considera inconstitucional a MP do governo.


"Foi um processo em três dias, gerado de ofício, onde a chefe da folha de pagamento pergunta se deveria continuar procedendo ao desconto em folha ou se deveria suspender tudo", diz o presidente do Sindjus, Aníbal da Silva Lins. Se a decisão do TJ for mantida, acrescenta, "ficaremos impedidos de ter um único centavo nas contas do sindicato". Segundo ele, a entidade tem 5.500 trabalhadores na base, sendo 2.800 filiados. "A intenção é clara: inviabilizar e fechar o Sindjus."


A decisão do presidente do tribunal, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Santos, atendeu a consulta da coordenadora de pagamento da casa, Kênia Silva. Ele se baseou integralmente na MP 873, determinando que não pode haver desconto da contribuição, nem da mensalidade sindical e que a Coordenadoria deveria "se abster" de efetuar qualquer tipo de desconto. Assim, o Sindjus deveria enviar boleto bancário "ou equivalente eletrônico" à residência ou ao local de trabalho de cada um dos empregados.


Aníbal afirma que todo o processo ocorreu "sem que tivéssemos sido intimados a nos manifestar, a nos defender, a fazer o contraditório". Ele cita o artigo 8º da Constituição, que no inciso IV determina o desconto em folha da contribuição. Sem conseguir revogar a decisão administrativamente, o sindicato impetrou nesta quarta-feira (15) mandado de segurança, pedindo liminar para garantir esse desconto. A entidade alegou que a decisão do TJ poderá impedir o pagamento de "compromissos financeiros já agendados", contas e impostos. Mas a relatora decidiu pedir informações ao tribunal, inviabilizando o desconto neste mês.


O presidente do sindicato afirma que outras entidades tiveram suas fontes de receita mantidas – ou seja, a medida atingiu apenas o Sindjus. Ele lembra ainda que o TJ maranhense foi denunciado em 2018 na Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela Internacional de Serviços Públicos (ISP), por conduta antissindical e descumprimento de convenções. O caso está para ser julgado.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

15/05/2019 - Adiada reunião da MP sobre contribuição sindical


A comissão mista da Medida Provisória 873/19, que deveria ocorrer nesta terça-feira (14), às 15h, foi adiada. Nela, ocorreria a eleição para presidente e vice-presidente da comissão na qual será debatida a MP que impede o desconto em folha salarial da contribuição sindical.


A medida provisória, publicada em 1º de março, determina que a contribuição sindical passe a ser feita através de boleto bancário encaminhado à residência do empregado ou à sede da empresa. Também estabelece que a contribuição seja paga apenas pelos trabalhadores que tiverem expressado seu consentimento individualmente.


O texto reforça as mudanças já realizadas pela reforma trabalhista (Lei 13.467/17), no âmbito da contribuição sindical. No entanto, causou polêmica, visto que, para alguns, estaria ferindo a Constituição Federal e prejudicando a organização dos trabalhadores.


A reunião ainda não possui nova data.

Fonte: Agência Câmara

 


 

15/05/2019 - Moro perde de novo e registro sindical vai ficar com Ministério da Economia


No governo Bolsonaro, o ministro Sergio Moro, da Justiça, acumula derrotas seguidas. Seu plano nacional de segurança é cheio de furos e não consegue apoio no Congresso Nacional, ainda que majoritariamente bolsonarista.


Derrota recente também seu deu na questão do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras), que foi deslocado para o Ministério da Economia, ou seja, o colo de Paulo Guedes.


Registro sindical - Nova derrota do juiz de primeira Instância. No encaminhamento da Medida Provisória 870, o registro sindical acabou deslocado para a Pasta da Economia.


Portanto, o registro das entidades de classe e assuntos conexos ficam sob os humores de Rogério Marinho, o relator da draconiana Reforma Trabalhista e mentor da MP 873 (flagrantemente inconstitucional), que visa asfixiar as finanças sindicais.

Fonte: Agência Sindical

 


 

15/05/2019 - Governo é derrotado na Câmara e Weintraub terá de explicar corte em universidades


Foram 307 votos pela convocação - MEC bloqueou 30% do orçamento


Em mais uma derrota do governo no Congresso, a Câmara aprovou nesta 3ª feira (14.mai.2019) a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para prestar esclarecimentos no plenário da Casa sobre o corte no orçamento de universidades.


O pedido foi feito pelo deputado Orlando Silva (PC do B-SP). Foram 307 a favor da convocação e 82 contrários.


O ministro deve falar no plenário nesta 4ª feira (15.mai) às 15h. Weintraub já é convidado para falar na Câmara pela manhã sobre o mesmo assunto, mas na Comissão de Educação.


Os únicos partidos a darem porcentagem expressiva de suas bancadas contra a convocação foram o PSL (85,19%) e o Novo (87,5%).

Fonte: Poder360

 


 

15/05/2019 - Tsunami contra o desmonte da educação tomará as ruas do Brasil nesta quarta-feira


Professores, estudantes, trabalhadores da educação e pais de alunos estarão nas ruas nesta quarta-feira (15). Estão programados atos em mais de 40 locais, além de greves que devem atingir diferentes instituições de ensino.


"Estamos fazendo uma manifestação de todos os setores. Temos expectativa muito positiva porque a gente acha que Bolsonaro precisa entender que não é simples ignorar o clamor das ruas", convoca a presidenta da UNE, Marianna Dias.


Até agora já são mais de 70 universidades que confirmaram a adesão à greve e aos atos que ocorrerão em todas as capitais. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o corte de recursos da área "colocou lenha na fogueira" e ajudou a ampliar a adesão. "Somente juntos vamos fortalecer essa luta pelo direito social e humano a uma educação pública e de qualidade da creche à pós graduação", disse.


Em São Paulo, a manifestação será realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, a partir das 14h. Todas as entidades estudantis estarão presentes. Já no Rio de Janeiro, os manifestantes realizarão uma caminhada no centro da capital, da Candelária até a Central, a partir das 15h. Confira, abaixo, os locais e horários das manifestações pelo Brasil.


Nas redes sociais, a hashtag #TsunamidaEducação virou o assunto mais comentado do Twitter no Brasil.

Fonte: Brasil247

 


 

15/05/2019 - Maia: só reforma da Previdência não garante crescimento econômico necessário


Em palestra a investidores, o presidente da Câmara defendeu reestruturação do Estado e investimentos públicos para evitar retrocesso social


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu a reestruturação do Estado e a retomada dos investimentos públicos como complementos da reforma da Previdência para impedir que o Brasil sofra retrocessos sociais.


Durante palestra a investidores em Nova York, Rodrigo Maia afirmou que a reforma sozinha não será suficiente para promover o crescimento econômico e a geração de empregos necessários ao País. “A Previdência é uma agenda que organiza o nosso passado, para termos tranquilidade para construir o futuro, mas o Brasil tem outros problemas muito sérios que a gente até agora não foi capaz de organizar”, declarou.


“A gente vai ter que pensar uma solução para, de alguma forma, depois da reforma da Previdência, ter capacidade de ampliar gastos no Brasil. Não tem muita saída, porque vivemos 5 anos em uma recessão”, acrescentou.


Para evitar que o Brasil entre “em um colapso social muito rápido”, Rodrigo Maia cobrou a interação entre os governos federal, estaduais e municipais. “A PEC do Teto veio com o objetivo de ser a primeira de algumas reformas com [a votação da] reforma da Previdência em 2017. Como a Previdência não veio em 2017, o que veio foi a queda da inflação, por causa da recessão, estamos em uma situação um pouco difícil”, disse.


“Nós voltamos a fazer campanha contra a fome no final do ano passado, ninguém deu bola para isso, mas o Brasil tinha saído dessa agenda há alguns anos”, declarou o presidente. “A gente está com o risco de voltar, segundo um organismo da ONU, a participar de ambientes que o nosso país havia saído”, acrescentou.


Para ele, um importante passo para garantir avanços é superar a polarização política, que dificulta a deliberação de propostas e poderia ser amenizada no Legislativo. “Isso significa que, além desse ambiente mais radical, nós temos uma sociedade que está mais sofrida e está precisando que a gente consiga acelerar um pouquinho o ambiente de diálogo para que as soluções apareçam no Parlamento e no governo brasileiros”.

Fonte: Agência Câmara

 


 

15/05/2019 - Guedes: governo pode rever deduções e reduzir alíquotas do IR


Assunto entrará em proposta de reforma tributária


As deduções da tabela do Imposto de Renda (IR) podem ser revistas, em troca de uma alíquota menor, disse nesta terça-feira (14) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), ele declarou que o governo pretende tratar do tema na discussão das desonerações e isenções que constará da proposta de reforma tributária.


“Os mais pobres gastam [cerca de] R$ 100 bilhões e dão R$ 20 bilhões para os mais favorecidos? Tem algo errado. Claro que tem que olhar isso. À medida que o país fica mais apertado, tem que escolher onde vai reduzir. Esse tema será revisto na proposta de reduzir todas as alíquotas e tirar deduções”, declarou o ministro.


Ele respondeu a uma pergunta da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), que disse que o Orçamento destina R$ 108 bilhões por ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) para os mais pobres, enquanto o gasto anual com deduções de saúde e educação corresponde a R$ 20 bilhões. “Temos que examinar nosso Orçamento e remover sinais de favorecimento para quem tem mais. Chega a hora em que não há mais recursos públicos para esse tipo de favor”, acrescentou Guedes.


O ministro explicou que pretende trabalhar em conjunto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para construir uma proposta de reforma tributária. A ideia, segundo Guedes, consiste em unificar a proposta que tramita na Casa sobre o tema com sugestões da equipe econômica. “O Rodrigo Maia falou que vai reativar a proposta aqui, dando apoio ao encaminhamento à proposta do [ex-secretário de Política Econômica Bernard] Appy. Nós ativamos a nossa de cá e, quem sabe, trabalhamos juntos e fazemos a coisa acontecer”, disse.


Guedes explicou que a principal divergência da equipe econômica em relação à proposta que tramita na Câmara diz respeito ao Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). O texto no Congresso previa a unificação de tributos federais, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados e do Imposto sobre Serviços (ISS) dos municípios em um único imposto que seria compartilhado entre União, governos estaduais e prefeituras.


O governo atual pretende unificar apenas os tributos federais num IVA e deixar aos estados e municípios a opção de aderir. “É mais viável juntar os impostos federais e juntar tudo num IVA. Não achamos que nós devemos ter o poder de ir a um estado e dizer que deve aderir a um imposto. Podemos sugerir, não impor”, explicou.


Tabela

Em relação à declaração do presidente Jair Bolsonaro de que pretende corrigir a tabela do Imposto de Renda, Guedes disse que ainda está esperando o momento certo para conversar com o presidente e demonstrar o impacto fiscal da proposta. Ele disse que o governo não tem como abrir mão de uma receita de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões por ano num momento em que pretende economizar em torno de R$ 100 bilhões por ano (cerca de R$ 1,1 trilhão em dez anos) com a reforma da Previdência.


“Quando há um problema desse, eu normalmente não falo. Eu fico quieto, espero para conversar com o presidente. Estamos no meio de uma batalha, que é a reforma da Previdência. Não adianta me distraírem e me chamarem para uma outra guerra. Eu estou focado nesta”, declarou.


O ministro atribuiu a técnicos da pasta o vazamento do cálculo de que a correção retroativa da tabela do Imposto de Renda, sem mudanças desde 2015, provocaria impacto de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões por ano. “Na hora em que estamos fazendo uma reforma da Previdência para conseguir R$ 100 bilhões de economia [por ano], alguém chega e fala para dar R$ 60 bilhões para todo mundo, começa a confundir as coisas. Então, vazou um negócio. Agora, eu concordo que toda vez que não se atualiza [a tabela], aumentam os impostos. Se não atualizou, tributou mais”, explicou.


Guedes também criticou a pejotização – brechas na legislação que permitem a pessoas físicas trabalharem como pessoas jurídicas e pagarem menos Imposto de Renda. “A pejotização é uma forma de elisão fiscal. Temos que acabar com isso. Inclusive, essa é uma forma muito presente entre os economistas”, declarou o ministro.


Convidado para discutir o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, Paulo Guedes deixou a audiência depois de pouco mais de três horas. O ministro foi reunir-se com Jair Bolsonaro horas antes da viagem do presidente a Dallas, onde receberá uma homenagem. Guedes fará parte da comitiva.

Fonte: Agência Brasil

 


 

15/05/2019 - Apesar do alto índice de mortes no trabalho, Bolsonaro quer reduzir normas de segurança


Brasil tem média anual de 2.700 mortes causadas por acidente de trabalho, número que pode aumentar com diminuição das Normas Reguladoras (NRs)


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que irá “modernizar”, “desburocratizar” e “simplificar” as Normas Reguladoras (NR) que tratam da proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores. Atualmente, o Brasil tem 37 NRs e, mesmo assim, cerca de 2.700 trabalhadores morrem, anualmente, vítimas de acidentes de trabalho no país.


“Essas normas foram construídas ao longo de anos, em torno de debates, diagnósticos e estudos de construção de regras que permitem às empresas construir sistemas de proteção que evitem as mortes”, explica Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.


Segundo ele, boa parte das mortes causadas por acidentes de trabalho são decorrência do não cumprimento das normas de segurança. As NRs se referem, por exemplo, ao uso correto de maquinário, à maneira como as empresas devem fornecer equipamentos de proteção, ao treinamento dos trabalhadores para executar suas tarefas de modo seguro, entre outras orientações.


“E agora o presidente fala em rever as normas”, critica o diretor-técnico do Diesse. “No campo do trabalho, a simplificação deverá causar o aumento da desproteção e do número de acidentes. Nós deveríamos estar melhorando as condições de proteção e segurança no trabalho, mas não é isso que o governo se propõe... Ele se propõe simplesmente a eliminar, simplificar ou retirar das normas uma série de obrigações exigidas para que as empresas garantam, na hora de organizar o sistema produtivo, não só o treinamento, mas também todo o material de proteção”, afirma.


Bolsonaro chega a falar em reduzir em 90% as normas de segurança e saúde no trabalho. Um anúncio que desperta preocupação também no Ministério Público do Trabalho (MPT). “Não vejo como cortar em 90% e não ter redução da proteção dos trabalhadores. Temos que aguardar o governo apresentar as propostas, mas com preocupação”, declarou o procurador Leonardo Osório Mendonça, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

15/05/2019 - Redução na segurança no trabalho fará país campeão em acidentes, diz Paim


O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta terça-feira (14), em Plenário, o anúncio feito pelo governo na segunda-feira (13) de que reduzirá em 90% as normas de segurança no trabalho. Ele disse que entre as normas a serem revistas, figuram a que trata da regulamentação do maquinário, das padarias até o setor siderúrgico, além de outras referentes a insalubridade, periculosidade, construção civil e trabalho a céu aberto. Para o senador, com a redução das normas, o país será o campeão mundial nesse tipo de acidente.


O parlamentar gaúcho lembrou que o Brasil é o quarto país do mundo em acidentes de trabalho. E que isso acontece mesmo tendo as normas de segurança orientadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Paulo Paim disse que o Brasil teve 4,2 milhões acidentes de trabalho entre 2012 e 2018, que provocaram, além de quase 16 mil mortes, grandes gastos para o Estado. E argumentou que não se economiza com o afrouxamento das regras de segurança.


— Cerca de R$ 28,7 bilhões foram gastos de 2012 até agora em relação a benefícios acidentários que incluem auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente. Não adianta, deu acidente alguém vai pagar e quem vai pagar no fim é o Estado. Mas a sequela maior é aquela que perde o braço, a perna, o olho — disse.

Fonte: Agência Senado

 


 

15/05/2019 - É preciso congelar impostos da alimentação do trabalhador, diz Plínio Valério


O Senador Plínio Valério (PSDB- AM) falou nesta terça-feira(14), em Plenário, que é preciso uma reforma tributária no pais. Para ele, o excesso de impostos cobrados pelo governo e juros altos dos bancos impede a criação de empregos. Ele lembrou que grande parte do salário do trabalhador é gasto apenas com alimentação. Para ele, é preciso congelar esses impostos.


— Que esses impostos sejam congelados, e aqueles alimentos mais comuns, como — repito aqui — a farinha, o feijão, o arroz, possam chegar com mais facilidade à mesa da família brasileira, do trabalhador brasileiro, que vê, a cada dia, cada vez mais, seu poder de compra, mesmo de suprir as necessidades básicas, ser trucidado, ser aniquilado — disse.


Dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), citados pelo Senador, apontam que as famílias de baixa renda gastam 93% de seus rendimentos com despesas de alimentação, habitação, aluguel, transporte e saúde, sendo que 30% é só para alimentação.

Fonte: Agência Senado

 


 

15/05/2019 - Projeto permite que mulher vítima de violência doméstica saque o FGTS


O Projeto de Lei 1379/19 permite o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pela mulher trabalhadora vítima de violência doméstica.


O projeto altera as leis Maria da Penha (11.340/06) e do FGTS (8.036/90). Atualmente, já é permitido o saque em algumas situações, como despedida sem justa causa e aquisição de imóvel.


“Um dos fatores que mais sujeitam mulheres à subserviência e as mantém em um relacionamento abusivo em que são vítimas de todo tipo de violência é a dependência financeira total ou parcial do marido ou companheiro”, afirma o autor da proposta, deputado Júnior (PSL-SP).


“Muitas mantêm-se junto ao agressor por não ter condições financeiras de recomeçar a sua vida”, complementa. Segundo ele, o projeto visa “dar a chance de sobrevivência a mulher”.


Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/05/2019 - Greve Nacional da Educação ganha força com apoio de pais e alunos


A Greve Nacional da Educação, marcada para quarta (15), em todo o País, ganha força com mobilização de professores, demais trabalhadores em Educação, estudantes e comunidade escolar.


A manifestação tem base em três pontos: 1) reforma da Previdência que prejudica os mais pobres, professores e trabalhadores rurais; 2) contra os sucessivos cortes nas políticas educacionais, que afetam o ensino superior e a educação básica; 3) a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação (Fundeb e outras políticas).


CNTE - Heleno Manoel Gomes Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, prevê grande paralisação dos professores, com apoio de várias categorias. “Estamos mobilizados em todo o território nacional. Já definimos os principais pontos de manifestação”, afirma.


De acordo com o dirigente, também estão mobilizadas associações de pais, entidades estudantis como UNE, Ubes e mesmo associações de prefeitos e municípios. “É importante lembrar que outras categorias estão manifestando apoio, como os petroleiros”, destaca Heleno Araújo.


Masp - Em São Paulo, os atos serão em frente ao Masp, às 14 horas. Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), informa que as escolas estão se reunindo internamente em assembleias e deliberando pela participação. “Também estamos recebendo apoios de grupos de pais e estudantes”, diz. Segundo ele, o trabalho de repassar informações e esclarecimentos sobre o prejuízo da reforma se intensifica a cada dia. “Acredito que vamos chegar à reta final com uma grande adesão à greve”, comenta Napolitano.


Apeoesp - Roberto Guido, secretário de Comunicação da entidade, conta que os diretores realizam visitas às escolas e distribuem informativos. “Agora é importante esse trabalho de esclarecimento pra garantir o maior número de participação dos professores. Portanto, as ações estão sendo aceleradas”, explica Guido.


UNE - A Executiva da União Nacional dos Estudantes se reuniu semana passada, quando decidiu fazer assembleias e atos contra os cortes na educação e em defesa das universidades e institutos federais. “Reforçamos a convocatória pra que todos os estudantes aprovem a Greve Nacional da Educação em assembleias. Além de estarem nas ruas de todo Brasil com os professores e secundaristas”, diz trecho do documento aprovado na sede das entidades estudantis. Clique aqui e leia o documento na íntegra.


Movimento - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sindicatos do setor e entidades estudantis se encontraram em Belo Horizonte quinta (9). Eles debateram a formação de um movimento nacional. “A Educação está sendo duramente atacada pelo governo Bolsonaro, e temos que nos organizar para uma luta permanente em sua defesa. Nosso primeiro desafio é a greve nacional dos trabalhadores no ensino, dia 15”, aponta o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.


Centrais - Dirigentes das Centrais Sindicais se reuniram sexta (10), no Dieese, em SP. Eles decidiram pró-participação na paralisação nacional da Educação, bem como mobilizar para a greve geral contra a reforma da Previdência, em 14 de junho. O clima é de unidade e otimismo. “Estou animado com a mobilização dos Sindicatos”, diz o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes.


Mais informações: www.cnte.org.br, www.contee.org.br, www.une.org.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

14/05/2019 - Comissão que avalia MP da contribuição sindical elege presidente nesta manhã


A comissão mista que analisa a medida provisória editada para impedir o desconto em folha salarial da contribuição sindical (873/19) elege hoje o presidente e o vice-presidente do colegiado. A eleição estava prevista para quarta-feira passada (8), mas foi adiada.


A medida provisória, publicada em 1º de março, determina que a contribuição sindical seja feita através de boleto bancário encaminhado à residência do empregado ou à sede da empresa. Também estabelece que a contribuição seja paga apenas pelos trabalhadores que tiverem expressado seu consentimento individualmente.


Antes da edição da MP, a contribuição era descontada diretamente da folha salarial, no mês de março de cada ano.


A comissão mista reúne-se às 10 horas, no plenário 6 da Nilo Coelho, no Senado.

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/05/2019 - Governo quer reduzir em 90% as normas de segurança e saúde do trabalho vigentes no país


O governo federal vai rever todas as Normas Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho do país — conhecidas como NRs — com "o objetivo de simplificar as regras e melhorar a produtividade". A ideia é reduzir em 90% as normas vigentes. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, por meio de sua conta no Twitter.


"Governo federal moderniza as normas de saúde, simplificando, desburocratizando, dando agilidade ao processo de utilização de maquinários, atendimento à população e geração de empregos", escreveu o presidente.


O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, já havia anunciado, na semana passada, que a ideia é tornar o ambiente mais propício a quem quer empreender e "trazer investimentos para o Brasil", melhorando a capacidade de competição com outros países, na tentativa de retomar o crescimento.


O que vai ser revisto

De acordo com o Ministério da Economia, todas as Normas Regulamentadoras do país serão revistas. A primeira será a NR-12, que trata da regulamentação de maquinário para setores que vão de padarias a fornos siderúrgicos. Neste caso, a expectativa é que a nova norma seja entregue em junho.


Ainda de acordo com Marinho, o Brasil tem hoje quase cinco mil documentos, portarias, instruções normativas e decretos muito antigos — já defasados — que ainda são considerados por agentes de fiscalização de saúde e segurança do trabalho. Além disso, não há uma uniformização dos procedimentos, o que resulta em ações de fiscalização distintas que variam de acordo com cada estado.

Fonte: Extra

 


 

14/05/2019 - Governo fracassa na economia; crescimento baixo e arrocho à vista


A dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes já prepara uma nova projeção de queda do PIB e já admite que crescimento não chegará a 2% neste ano. Para contornar a dificuldade, promoverá corte adicional no Orçamento, o que só acarretará mais problemas sociais; já está aceso o sinal de alerta de uma recessão.


Reportagem de Julio Wiziack na Folha de S.Paulo indica que a equipe econômica comandada pelo neoliberal Paulo Guedes fará uma revisão do crescimento da economia para entre 1,5% e 2% neste ano, o que pode levar amais arrocho sobre a população: um bloqueio adicional de até R$ 10 bilhões na próxima revisão orçamentária.


Há menos de duas semanas, o governo bloqueou quase R$ 30 bilhões do Orçamento e já tinha reduzido a previsão de um crescimento do de 2,5% para 2,2%.


Os bancos e o conjunto do mercado já trabalham com uma projeção de um crescimento próximo de 1,5%.


Já foi aceso o sinal de uma recessão, com a sequência de três trimestres seguidos de retração da economia, aponta a reportagem.

Fonte: Brasil247

 


 

14/05/2019 - Para participantes de audiência, reforma da Previdência não combate privilégios


Durante audiência pública, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), debatedores afirmaram que a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso (PEC 6/2019) destrói o sistema de seguridade social definido na Constituição de 1988. O debate na CDH discutiu Previdência e trabalho com foco na auditoria da dívida pública. Os participantes entendem que o problema não está no deficit da Previdência, mas na política econômica, que privilegia o pagamento de altas taxas de juros da dívida. O representante do governo, porém, afirmou que o envelhecimento da população compromete o sistema de solidariedade entre as gerações, base do sistema previdenciário atual.

Fonte: Agência Senado

 


 

14/05/2019 - Dono da Gol cita ‘benefícios financeiros’ a Rodrigo Maia


O empresário Henrique Constantino, um dos donos da Gol Linhas Aéreas, afirmou em colaboração premiada ter repassado R$ 7 milhões em propina a pedido de Michel Temer. O empresário também afirma ter transferido "benefícios financeiros" ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A delação foi homologada no dia 16 de abril.


A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que "sobre Temer, Constantino disse que o então vice-presidente da República participou de uma reunião em junho de 2012, em Brasília, ao lado de Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), que eram deputados na época. Segundo o empresário, durante o encontro foi solicitado o pagamento de R$ 10 milhões 'em troca de atuação ilícita de membros do grupo em diversos negócios'. O interesse do empresário era a liberação de financiamento de R$ 300 milhões do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), controlado pela Caixa Econômica Federal, para a ViaRondon, empresa ligada a Constantino."


A matéria ainda acrescenta que "do valor pedido pelos emedebistas, o empresário diz que pagou R$ 7,077 milhões, divididos em duas partes. Uma fatia para a campanha do ex-deputado Gabriel Chalita, então integrante do MDB, à Prefeitura de São Paulo, em 2012, e outra para empresas indicadas por Lúcio Funaro para intermediar a propina, como Viscaya e Dallas."

Fonte: Brasil247

 


 

14/05/2019 - Pedidos de recurso e revisão do INSS passam a ser feitos por internet


A partir desta segunda-feira (13) os pedidos de revisão de valor do benefício, de recursos e de cópia de processos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão ser feitos apenas pela internet, no Meu INSS, ou pelo telefone 135.


A estimativa do INSS é que atualmente esses serviços levem mais de 70 mil pessoas por mês às agências. Com as solicitações feitas pela internet ou telefone, o órgão espera melhorar o atendimento ao público e poupar trabalho e gastos aos cidadãos que precisam se descolar em busca de uma agência do órgão.


A mudança faz parte do projeto de transformação digital implantado pelo INSS para ampliar a oferta de serviços digitais.


Como acessar o Meu INSS

O Meu INSS é acessível por meio de computador ou celular. Para usar o serviço é preciso se cadastrar e obter uma senha no próprio site. Também é possível obter a senha no internet banking de instituições da rede credenciada que são Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa, Itaú, Mercantil do Brasil, Santander, Sicoob e Sicredi. Em caso de dúvida, basta ligar para o 135.


Para acessar os serviços de cópia de processo, revisão e recurso basta ir em Agendamentos/Requerimentos, escolher o requerimento ou clicar em Novo Requerimento, atualizar os dados caso seja pedido e, em seguida, escolher a opção Recurso e Revisão ou Processos e Documentos. Este último é para aqueles que buscam uma cópia de processo.

Fonte: Agência Brasil

 


 

14/05/2019 - Frente parlamentar reúne economistas para discutir a reforma da Previdência


A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social reúne-se nesta terça-feira (14) para discutir a proposta do governo Bolsonaro que muda regras para concessão de aposentadorias e pensões (PEC 6/19).


O evento ouvirá economistas e representantes de entidades de diversas formações teóricas e políticas. O objetivo é formalizar um manifesto em defesa da Previdência Social no Brasil e contra a reforma.


A reunião será realizada no auditório Nereu Ramos, a partir das 9 horas.

Fonte: Agência Câmara

 


 

14/05/2019 - CDH vai discutir impacto da reforma da Previdência na vida das mulheres


A comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizará mais uma audiência pública sobre a Reforma da Previdência nesta terça-feira (14), às 14h, com foco no impacto que a reforma terá sobre as mulheres. A reunião faz parte de um ciclo de debates que se iniciou em fevereiro na CDH, por requerimento do presidente da comissão Paulo Paim (PT-RS).


Para debater sobre essas questões, foram convidados Leonardo Rolim, Secretário de Previdência do Ministério da Economia; Maria da Glória Guimarães, Líder do grupo Mulheres do Brasil; Gláucia Morelli, presidente da Confederação das Mulheres do Brasil; Marcela Azevedo, representante do Movimento Mulheres em Luta e um representante do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.


A Reforma da Previdência (PEC 6/2019) tem sido muito criticada por grupos feministas, os quais interpretam que, se aprovada, a proposta prejudicará a vida das mulheres trabalhadoras. Nas manifestações do dia 8 de março, por exemplo, muitas mulheres levantaram bandeira contra a PEC por acreditarem que ela reforça a desigualdade de gênero existente no país.


Alguns dos pontos levantados pelas militantes são relacionados à desconsideração da divisão sexual do trabalho e da dupla jornada feminina, ao aumento da idade mínima de aposentadoria para as mulheres, ao aumento do tempo de contribuição para receber o benefício integral, à redução do valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e das pensões por morte e invalidez. Isso porque as mulheres representam a maioria dos beneficiados pelas pensões.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

 


 

14/05/2019 - Projeto garante pagamento do adicional de 1/3 sobre férias vendidas


O Projeto de Lei 1140/19 prevê que o trabalhador que vender dez dias de férias receberá 1/3 de abono referente a esse período. Apresentada pelo deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), a proposta está em análise da Câmara dos Deputados.


Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – 5.452/43) assegura ao empregado o direito de converter o correspondente a 10 dias de férias em abono pecuniário, mas sem a incidência do terço a mais previsto na Constituição.


O Tribunal Superior do Trabalho, em julgamento quanto à incidência de 1/3 sobre o abono pecuário, em 2014, também foi contrário à concessão desse direito ao trabalhador.


Paralisação

O projeto também prevê que o 1/3 adicional de férias seja pago nos casos de paralisação total ou parcial da empresa por mais de 30 dias. Hoje a CLT veda o direito de férias ao empregado que deixar de trabalhar, recebendo salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação da empresa.


Ambas as medidas já constaram em projetos que tramitaram na Câmara (PLs 4705/12 e 7989/14), apresentados pelo próprio Carlos Bezerra.


“Tendo em vista o arquivamento dos projetos e a manutenção do posicionamento judicial divergente ou em contrário sobre as matérias, reapresentamos nossas propostas para a análise nesta Casa”, afirma o parlamentar.


Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/05/2019 - Comissão realiza audiência para debater MPs que atingem beneficiários da Previdência e sindicatos


A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta terça-feira (14) para debater a Medida Provisória 871/19, que institui o Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade; e a Medida Provisória 873/19, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).


O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), autor do requerimento para realização da audiência, afirma que as duas MPs editadas pelo governo federal trazem “forte impacto para a vida dos trabalhadores, aposentados, beneficiários da Previdência e das organizações sindicais brasileiras”.


Foram convidados para o debate:

– o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas;

– o presidente da Força Sindical, Miguel Torres;

– o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo;

– o presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah;

– representante do Conlutas - Central Sindical e Popular (CSP), Luiz Carlos Prates;

– o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos;

– o secretário-geral da Intersindical - Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro da Silva;

– o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto; e

– o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos.


Também foram convidados representantes do Ministério da Economia e da Casa Civil.

Fonte: Agência Câmara

 


 

13/05/2019 - Bolsonaro e Guedes querem acabar com abono salarial em cinco estados


A dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes quer acabar com o pagamento do abono salarial em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


O benefício é pago a trabalhadores de baixa renda e é uma espécie de 14º salário. Pelas regras atuais, têm direito ao abono trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos (R$ 1,9 mil) por mês.


Reportagem dos jornalistas Thiago Resende e Angela Boldrini na Folha de S.Paulo informa que pela proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes, o critério da renda mensal será alterado para um salário mínimo. Isto reduzirá o número de trabalhadores que podem sacar o benefício.


"Em cinco estados do país vigora um piso mais alto do que o nacional. É vedado um patrão contratar um empregado em São Paulo, por exemplo, por menos de R$ 1,1 mil mensais. Dependendo da categoria, esse mínimo é até mais elevado", indica a reportagem.


O Ministério da Economia propõe que a referência para ter direito ao abono é o piso nacional (R$ 998).

Fonte: Brasil247

 


 

13/05/2019 - Se governo não negociar, decreto das armas será derrubado, diz analista do Diap


Rodrigo Maia alertou: ou o governo Bolsonaro dialoga ou o presidente da Câmara colocará em votação uma das várias propostas de deputados para suspender o decreto. Senadores já entraram com ação no STF


O Decreto 9.785 do presidente Jair Bolsonaro, que facilita o porte e pode colocar armas nas mãos de 19 milhões de pessoas, será derrubado no Congresso Nacional se não for modificado. “O presidente extrapolou. O decreto não se sustenta com o conteúdo atual. E o Rodrigo Maia (presidente da Câmara) quer convencer o Executivo, mostrar as inconstitucionalidades. Em resumo, se o governo não modificar, o Congresso vai derrubar”, afirma o analista político Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).


Como um gesto de que quer dialogar, o governo poderia reeditar o texto, reduzindo seu escopo, por exemplo em relação às categorias que abrange. O decreto permite o porte de armas letais de uso exclusivo das Forças Armadas, e amplia as categorias que podem transportar armas de fogo, como jornalistas e políticos. Mesmo menores de 18 anos passam a poder praticar tiro esportivo, se autorizados pelos pais ou responsáveis.


Rodrigo Maia (DEM-RJ) já apontou para “algumas inconstitucionalidades” do decreto. "Sem dúvida nenhuma, aquilo que for inconstitucional do decreto de armas, ou vamos dialogar com o governo ou vou ter que votar um dos oito ou nove projetos de decreto legislativo”, afirmou na quinta-feira (9). Maia foi claro ao dizer que o decreto “entrou nas atribuições do Congresso Nacional”.


Um dos projetos de decreto legislativo (PDL) em tramitação na Câmara, propondo a derrubada do texto, é de autoria do deputado Helder Salomão (PT-ES).


Bolsonaro vai ter de se explicar

Nesta sexta-feira (10), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu dar prazo de cinco dias para Bolsonaro explicar o decreto, em resposta à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 581, por meio da qual os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES) contestam a medida do Executivo.


Ambos os senadores também apresentaram projeto de decreto legislativo para suspender a medida do governo. “O presidente não poderia fazer isso sem consultar o Legislativo. É um ‘liberou geral’. O Brasil vai se transformar num faroeste. Nunca na história humana o ‘olho por olho, dente por dente’ resolveu alguma coisa”, disse Randolfe, à Agência Senado.


As inconstitucionalidades do texto são evidentes. Primeiro porque ofende um dos princípios fundamentais, talvez o maior, da Constituição. “Não se pode colocar o direito à propriedade acima do direito à vida”, diz Queiroz, do Diap. “Se o governo não reeditar ou revogar o atual e fizer um novo, ou o Congresso revoga, ou uma decisão judicial derruba.”


Outro argumento é que um decreto não pode modificar a lei, no caso, o Estatuto do Desarmamento. “O decreto não pode contrariar a lei e nem ultrapassar seu escopo. E o texto de Bolsonaro extrapola o que a lei prevê em muitos pontos.”


Como signatária do PDL que tem o objetivo de derrubar a medida, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) diz que ele “desconsidera a vida, por isso nós chamamos de ‘decreto da morte’”. Segundo ela, trata-se de “um decreto psicopata”.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

13/05/2019 - Brasil se mobiliza contra cortes e ataques às universidades


A edição brasileira do jornal El País publica nesta segunda-feira reportagem da jornalista Naiara Galarraga sobre a ampla mobilização social que se espalha por todo o país contra os cortes e ataques do governo Bolsonaro às universidades.


No alvo de uma brutal ofensiva que tem acentuado caráter antidemocrático, a comunidade universitária do país - estudantes, professores e reitores - protestam de variadas formas contra os cortes de verbas destinadas às universidades públicas.


As duas últimas semanas foram marcadas por manifestações. Nesta quarta-feira (15), ocorre o Dia Nacional de Luta, em que estudantes e professores estão convocados a sair às ruas em defesa das universidades.


"Foi neste panorama já polarizado que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, resolveu usar uma retórica ainda mais belicosa contra as instituições para anunciar os cortes. Foi o que ajudou a tirar as cientistas do laboratório. Foi o ingrediente que faltava para unir o mal-estar no setor, onde os professores de todos os níveis já se mobilizavam contra as mudanças prometidas na reforma da Previdência. Agora, a convocatória nacional da categoria contra alterações nas aposentadorias, prevista para a quarta-feira dia 15, ganhou o reforço da UNE (União Nacional dos Estudantes)", diz a reportagem.

Fonte: Brasil247

 


 

13/05/2019 - Inflação para famílias com renda mais baixa registra 0,6% em abril


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,6% em abril deste ano. A taxa ficou abaixo do 0,77% do INPC de março, mas acima de 0,21% de abril do ano passado.


Segundo dados divulgados sexta (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC de abril também ficou acima do IPCA, que mede a inflação oficial e que registrou taxa de 0,57% no mês.


O INPC acumula taxas de 2,29% no ano e de 5,07% em 12 meses, também acima das taxas registradas pelo IPCA nos períodos: 2,09% e 4,94%, respectivamente.


Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,64% em abril, enquanto os não alimentícios tiveram inflação de 0,58% no período.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/05/2019 - Bolsonaro diz que governo vai corrigir tabela do Imposto de Renda


O presidente disse também que pretende indicar Moro para o STF


O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (12) que o governo vai fazer a correção na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física para o ano que vem. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que orientou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que a tabela do IR deve ser corrigida “no mínimo” com a inflação. O governo também estuda aumentar os limites de deduções.


“Hoje em dia, o Imposto de Renda é redutor de renda. Falei para o Paulo Guedes que, no mínimo, este ano temos que corrigir de acordo com a inflação a tabela para o ano que vem. E, se for possível, ampliar o limite de desconto com educação, saúde. Isso é orientação que eu dei para ele [Guedes]. Espero que ele cumpra, que orientação não é ordem. Mas, pelo menos, corrigir o Imposto de Renda pela inflação, isso, com toda a certeza, vai sair”, afirmou Bolsonaro.

 

A defasagem na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) chega a 95,46%, divulgou o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) em janeiro. O levantamento foi feito com base na diferença entre a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulada de 1996 a 2018 e as correções da tabela no mesmo período.


Desde 2015, a tabela do Imposto de Renda não sofre alterações. De 1996 a 2014, a tabela foi corrigida em 109,63%. O IPCA acumulado, no entanto, está em 309,74%. De acordo com o Sindifisco Nacional, a falta de correção na tabela prejudica principalmente os contribuintes de menor renda, que estariam na faixa de isenção, mas são tributados em 7,5% por causa da defasagem.


Sergio Moro no STF

Na entrevista, Bolsonaro também disse que pretende indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para a próxima vaga que for aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o presidente, Moro tem “qualificação” para ser ministro da Corte Suprema.


“Eu fiz um compromisso com ele [Moro] porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: ‘a primeira vaga que tiver lá, está à sua disposição’. Obviamente, ele teria que passar por uma sabatina no Senado. Eu sei que não lhe falta competência para ser aprovado lá. Mas uma sabatina técnico-política, tá certo? Então vou honrar esse compromisso com ele e, caso ele queira ir para lá, será um grande aliado, não do governo, mas dos interesses do nosso Brasil dentro do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.


Durante o mandato de quatro anos, Bolsonaro poderá fazer duas indicações ao Supremo. A próxima vaga será aberta em 2020, quando o ministro Celso de Mello completará 75 anos e deve ser aposentado compulsoriamente. No ano seguinte, será a vez do ministro Marco Aurélio deixar a Corte.


Reformas

O presidente da República voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência, que, atualmente está sob análise em uma comissão especial na Câmara dos Deputados. “Acredito que a maioria dos parlamentares vai nos dar o devido apoio por ocasião dessa reforma que precisa ser feita. É como uma vacina, né? Tem que dar a vacina no moleque, senão ele pode ter um problema mais grave lá na frente. A grande vacina no momento é a nova Previdência”. E acrescentou: “Com uma boa reforma previdenciária agora, vamos ter folga de caixa para atender às necessidades básicas da população brasileira”.


Sobre a medida provisória da reforma administrativa, que deverá ser apreciada esta semana no plenário da Câmara, o presidente disse não acreditar que o Congresso vá deixar caducar a medida, que foi modificada em uma comissão mista na semana passada. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória precisa ter a votação concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho.


Entre principais mudanças, a comissão mista decidiu tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e transferi-lo para o Ministério da Economia. Outra mudança proposta foi desmembrar o Ministério do Desenvolvimento Regional, trazendo de volta os ministérios das Cidades e da Integração Nacional.

Fonte: Agência Brasil

 


 

13/05/2019 - Governo tenta, mas não consegue descaracterizar acidente de trajeto


Relatório aprovado nesta semana no Congresso Nacional exclui item que ameaçava estabilidade após afastamento e depósito de FGTS. Sindicalistas e observadores criticam medida do Executivo


Aprovado na última quinta-feira (9) em comissão mista no Congresso, o relatório sobre a Medida Provisória (MP) 871 acabou retirando um item que já provocava bastante polêmica: a descaracterização dos acidentes ocorridos no trajeto casa-trabalho como acidentes de trabalho. Para tentar um acordo, o relator, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), acatou 120 emendas, de um total de 578, e retirou o dispositivo que isentava o empregador de responsabilidade em acidentes ocorridos durante o percurso.


A iniciativa do governo provocou protestos de sindicalistas e especialistas em saúde do trabalho. "É mais uma tentativa de tirar responsabilidade do empregador e direito do trabalhador", resume Carlos Damarindo, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. "É um pleito antigo das empresas", observa.


Atualmente, quem sofre acidente indo de casa para o trabalho, ou no sentido contrário, e necessita de afastamento recebe um benefício, o chamado auxílio-doença acidentário. O funcionário continua tendo direito ao FGTS e garante estabilidade de 12 meses após o retorno ao serviço.


"Descaracterizar os acidentes que ocorrem no percurso da residência até o local de trabalho e vice-versa como sendo acidentes de trabalho, com o argumento de não ser tempo à disposição do empregador, além de ser um contrassenso, uma vez que que essas horas de locomoção já representam um dispêndio da força de trabalho da classe trabalhadora para quem a paga um salário, representa vulnerabilizá-la ainda mais, colocando-a num limbo da proteção social no Brasil, já tão fragilizada", critica Daniele Correia, técnica do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat).


"Cabe a pergunta: se não é responsabilidade do empregador, será responsabilidade de quem? Do Estado brasileiro? Um Estado que tardiamente criou um sistema de seguridade social que completou apenas três décadas e, de forma inconclusa, vai se responsabilizar de que forma?", questiona Daniele.


Para ela, não faz sentido a argumentação governista de que era preciso "adaptar" a legislação previdenciária às mudanças na lei trabalhista. "A contrarreforma trabalhista por si só não faz nenhum sentido para os interesses da classe trabalhadora. Ela vai na contramão dos direitos sociais duramente conquistados, que já tinham seu limites, por nunca resolver os conflitos entre capital versus trabalho. Agora, descaracterizar também na legislação previdenciária indica claramente a opção política, o projeto de sociedade que estamos sendo impelidos a vivenciar."


Essa é também a perspectiva do diretor do Sindicato dos Bancários. "No nosso entendimento, o trabalhador já está à disposição da empresa (no trajeto)." Ele lembra que é uma situação recorrente, ainda mais em uma cidade como São Paulo, com limitações crônicas de mobilidade.


A mudança na CLT refere-se à jornada de trabalho. Um item aprovado na Lei 13.467, de "reforma" trabalhista, estabelece que o tempo gasto pelo empregado "desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador" não será computado na jornada.


O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, divulgou nota em que critica a proposta, agora retirada do texto. "Entendemos que o trabalhador, ao sofrer um acidente a caminho ou voltando do trabalho, e impossibilitado de trabalhar, precisará mais do que nunca do auxílio do Estado, e não pode ficar desamparado como pretende o governo aos propor tais mudanças", afirma.


Sub-notificação

Os dados disponíveis são de certa forma "alarmantes", diz Damarindo. De 2012 a 2018, segundo ele, citando dados do Observatório do Ministério Público do Trabalho, foram notificados quase 400 mil acidentes dessa natureza. Desde casos relativamente simples, como cortes, até fraturas e esmagamento. A ocorrência mais comum é de fratura, com 31% dos casos.


De acordo com a técnica do Diesat, os acidentes de trajeto representam em média 20% dos acidentes de trabalho registrados na Previdência Social. Mas ela observa que, além desse número considerável, existe grande sub-notificação nas estatísticas, ou seja, casos não notificados. "E, obviamente, não quantifica aqueles que estão em trabalhos informais", lembra Daniele.


Ela acrescenta que muitos casos são caracterizados apenas como acidentes de trânsito, sem entrar na estatística da Previdência ou da Saúde. "Isso nos mostra uma questão importante: o país não tem sequer dados fidedignos à respeito da situação concreta em que está submetida a classe trabalhadora, apesar dos dados que temos já apontar um genocídio populacional. Em vez de caminhar em direção de maior proteção social, caminha na desconstrução da mínima que existe", aponta.


A MP do pretenso "pente-fino" na Previdência segue agora para o plenário da Câmara. Aprovada, vai para o Senado.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

13/05/2019 - Comissões discutem possibilidade de extinção de Conselho de Idosos


As comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados discutem nesta terça-feira (14) o decreto que possibilita a extinção do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.


O Decreto 9.759/19, de 11 de abril, extinguiu mais de 700 conselhos, comitês e outros colegiados de participação social, mas concedeu prazo até 28 de maio para que os órgãos apresentassem ao governo proposta justificada de recriação.


“A medida vai totalmente contra o Estado Democrático de Direito, instituído pela Constituição de 1988, que, por si só, pressupõe participação popular. O empoderamento e participação da sociedade civil são uma conquista da qual não se deve abrir mão”, afirma a deputada Leandre (PV-PR), uma das requerentes do debate.


Na Câmara tramitam várias propostas de decreto legislativo para sustar o decreto (PDL 113/19 e outros).


Diálogo

A presidente do colegiado, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que também pediu a realização da audiência, afirma que o Conselho dos Direitos do Idoso tem atuado para garantir a efetivação das políticas públicas em prol das pessoas idosas e que “o fortalecimento desses conselhos vai ao encontro dos anseios de uma sociedade verdadeiramente democrática”.


Lídice da Mata acredita que a audiência desta terça propiciará “o estreitamento do diálogo sobre as consequências políticas, programáticas e sociais de uma possível dissolução do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso”.


Foram convidados para discutir o assunto, entre outros, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves; o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e a presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Maria Lúcia Secoti.

Fonte: Agência Câmara

 


 

10/05/2019 - Ataque de Bolsonaro à educação leva às ruas estudantes, professores e pesquisadores


Depois do Colégio Militar do Rio, manifestações nesta quarta em São Paulo, Niterói, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Natal reagem a cortes e perseguições. E preparam greve do setor no dia 15


No aquecimento para a greve nacional de setores da educação no próximo dia 15 de maio, professores, estudantes e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento realizaram nesta quarta-feira (8) a Marcha pela Ciência – Contra os cortes e o desmanche da Educação em diversas cidades do país.


Os atos, além de anteciparem a paralisação geral contra a "reforma" da Previdência, ocorrem na esteira do recente anúncio feito pelo governo federal de bloqueio de 30% da verba destinada às universidade e institutos federais, repudiado nesta quarta nas cidades de Curitiba, Natal, Niterói, Porto Alegre, Recife e São Paulo, à exemplo do ato no Colégio Militar do Rio de Janeiro no início da semana.


Na capital paulista, a repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual, acompanhou a mobilização que percorreu parte da Avenida Paulista, na região central, até a sede da secretaria da Presidência da República em São Paulo, e reuniu quase três mil pessoas, segundo estimativas dos organizadores.


Durante o ato, a doutoranda em energia pela Universidade de São Paulo (USP) e co-fundadora do Coletivo Cientista, Mariana Moura, considerou que a baixa nos investimentos em pesquisa pode impactar severamente a economia brasileira. "É um desastre do ponto de vista real e para o futuro ainda pior. Porque vai manter o país vendendo matéria-prima, comprando tecnologia e no subdesenvolvido, na mísera, é esse o resultado a longo prazo de uma política como essa", afirma a pesquisadora.


A manifestação em Natal, organizada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizou além do protesto, aulas livres, mostras científicas e atividades artísticas com mais de mil pessoas. Em Recife, reitores de cinco universidades públicas de Pernambuco reagiram aos cortes criaram um calendário de mobilizações para mostrar a importância das instituições de ensino superior ao país. Em Niterói, município do Rio de Janeiro, cerca de 10 mil manifestantes marcharam contra os cortes do governo de Jair Bolsonaro, assim como em Curitiba e Porto Alegre.


Mas, enquanto os atos ocorriam pelos municípios, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) anunciava a suspensão de novas bolsas de mestrado e doutorado em todo o país. O corte atinge alunos que apresentaram trabalhos recentemente em processo seletivos já concluídos ou em andamento.


"Como é que a gente vai fazer a economia gerar, se a gente não consegue produzir para que o nosso país consiga dar respostas inclusive ao próprio mercado financeiro que, hoje, vem decaindo, não só pelos cortes na educação, mas em ciência e segurança, porque hoje a gente entende que há um processo de desmonte como um todo", analisa a diretora de Universidades Privadas da União Nacional dos Estudantes (UNE), Keully Leal, à repórter Ana Rosa.


Uma nova mobilização está marcada para o dia 15 de maio em repúdio aos cortes na educação e contra a "reforma" da Previdência que atinge em cheio diversos segmentos de trabalhadores do país.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

10/05/2019 - MP da contribuição sindical escolhe presidente e vice na terça-feira


A comissão mista que analisa a medida provisória (MPV) 873/2019, editada para impedir o desconto em folha salarial da contribuição sindical vai se reunir próxima terça-feira (14), às 10h, para eleger o presidente e do vice-presidente.


A medida provisória, publicada em 1º de março, determina que a contribuição sindical passa a ser feita através de boleto bancário encaminhado à residência do empregado ou à sede da empresa. Também estabelece que a contribuição seja paga apenas pelos trabalhadores que tiverem expressado seu consentimento individualmente.


O texto reforça as mudanças já realizadas pela reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017), no âmbito da contribuição sindical. No entanto, causou polêmica, visto que, para alguns, estaria ferindo a Constituição Federal e prejudicando a organização dos trabalhadores.


Facultativa

A contribuição dos trabalhadores para os sindicatos deixou de ser obrigatória quando a reforma trabalhista entrou em vigor, mas as empresas ainda podiam descontar o pagamento direto da folha salarial.


Antes da reforma, a contribuição, equivalente a um dia de trabalho, era obrigatoriamente descontada do salário todos os anos na folha do mês de março. A lei de 2017 determinou, então, que o desconto só poderia acontecer mediante autorização prévia e expressa do empregado.


Mesmo com essa nova determinação, em 2018 mais de 100 decisões judiciais permitiram o desconto sem a autorização prévia e individual do trabalhador. Assim, um dos principais argumentos do governo para a implantação da medida é a necessidade de reforçar o que está presente na lei, evitando essa atuação do Poder Judiciário.


A reunião da comissão mista ocorrerá na sala 6 da ala senador Nilo Coelho.

Fonte: Agência Sindical

 


 

10/05/2019 - Para economista, reforma não combate privilégios: 'É muita hipocrisia'


Paulo Guedes afirmou em audiência na Câmara que Previdência é "fábrica de privilégios". "É muita hipocrisia de quem viveu fazendo fortuna com especulação financeira", rebate Marilane Teixeira


Para a economista e pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp) Marilane Teixeira, a audiência realizada pela Comissão Especial da Câmara, nessa quarta-feira (8), com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode ser considerada um "fracasso" da perspectiva de quem buscava obter dados para fundamentar a "reforma" da Previdência.


Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, a assessora sindical na área de relações e gênero criticou um dos principais argumentos utilizados pelo ministro no colegiado que analisa o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, o de combate aos privilégios. "Mais de 80% das pessoas recebem entre um e até no máximo três pisos previdenciários, que correspondem a R$ 3 mil. Falar de privilégios para quem recebe esse valor é uma falta de bom senso que mostra, de alguma forma, o distanciamento que a equipe econômica de Bolsonaro tem da realidade objetiva do nosso país", rebate.


"É muita hipocrisia da parte dele (Paulo Guedes) ir para a audiência e falar de concentração de renda, alguém que viveu a vida inteira justamente fazendo fortuna com base na especulação financeira", ressalta.


Há ainda outros pontos, de acordo com Marilane, que faltaram ser comentados pelo ministro e sua equipe. Entre eles, o que será feito com o montante poupado, estimado em R$ 1 trilhão em 10 anos; como farão o financiamento da transição e de que forma se dará o regime de capitalização que rompe com o modelo tripartite que envolve Estado, trabalhadores e empregadores.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

10/05/2019 - Paulo Rocha diz que reforma da Previdência provocará caos no país


O senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou em Plenário, nesta quinta-feira (9), que a reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro provocará um caos no Brasil. Para ele, a equipe econômica esconde e impede o acesso de dados, além de faltar com a verdade sobre informações que, segundo ele, justificam as mudanças nas regras das aposentadorias propostas pelo Executivo Federal.


O parlamentar lembrou que caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) seja aprovada da forma como está, provocará impactos negativos nos municípios brasileiros além de não focar na redução das desigualdades sociais, o que, para ele, deveria ser a principal justificativa para uma reforma. De acordo com o senador, a proposição coloca em xeque conquistas históricas dos trabalhadores e principalmente, traz retrocessos para os mais pobres.


— De todos os benefícios pagos pelo INSS, 66% têm o valor de um salário mínimo. Ou seja, são os pobres que recebem os benefícios. Mas, adivinhem, o que o governo quer fazer, o Presidente Bolsonaro? Propõe o maior corte de despesas justamente para essa expressiva fatia da população, ou seja, no Regime Geral da Previdência e no BPC [Benefício de Prestação Continuada], o que traz esse retrocesso principalmente para os pobres — disse.


Ele questionou a equipe econômica do governo de embasar a mudança da previdência pública sob o argumento da falta de sustentabilidade.


— O que alegam para essa atrocidade é a sustentabilidade do regime. Dizem que o regime está falido e, por isso, pretendem economizar R$1 trilhão, mas não dizem que 81% dessa economia sairão do bolso dos brasileiros que ganham até dois salários mínimos. É sabido por todos que o dinheiro da seguridade social movimenta a economia da maioria dos municípios e estes perderão arrecadação — acrescentou.

Fonte: Agência Senado

 


 

10/05/2019 - MP que combate fraudes no INSS é aprovada em comissão e segue para o Plenário


Relator da medida provisória acatou cerca de 120 das 578 emendas apresentadas por deputados e senadores


A comissão mista que analisou a Medida Provisória (871/19) que busca combater fraudes e benefícios irregulares no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, nesta quinta-feira (9), o relatório do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR).


Para tentar chegar a um acordo que permitisse a votação, o relator afirma que acolheu mais de 120 emendas das 578 que foram apresentadas por deputados e senadores. E, nesta quinta, Paulo Eduardo Martins apresentou uma complementação de voto, em que acolheu novas sugestões dos parlamentares.


Ele retirou da MP, por exemplo, a previsão de prazo de 180 dias do parto ou adoção para a beneficiária requerer o salário-maternidade. Antes da medida provisória, o prazo para requerer o benefício era de cinco anos. Deputados contrários à redução para 180 dias argumentaram, por exemplo, que muitas trabalhadoras rurais só conseguem protocolar o seu requerimento de salário-maternidade quando o INSS, em ações de atendimento itinerante, visita a cidade ou a comunidade rural de residência da trabalhadora.


Acidentes

Outro ponto acatado pelo relator na complementação de voto foi a manutenção da regra atual no que diz respeito a acidentes com empregados a caminho do trabalho. O parecer de Paulo Eduardo Martins isentava as empresas de ônus nesses casos; mas, para garantir a aprovação, o relator voltou atrás nesse ponto.


Segundo o relator, o objetivo central da medida foi mantido.


“O espírito da medida enviada pelo governo foi mantido, a essência dela, que é criação do programa de revisão de benefícios irregulares. Para traduzir, ele cria uma espécie de força-tarefa para analisar os processos que estão sob suspeita e que estão represados no INSS. Um estoque de cerca de 3 milhões de processos”, disse.


Cadastro

Apesar das modificações acatadas pelo relator, alguns pontos continuaram provocando polêmica e foram alvo de destaques apresentados pela oposição, com o objetivo de tentar mudar o texto.


Um dos destaques tentava jogar para 2029 o prazo para que a comprovação do exercício de atividade rural passe a ser feito exclusivamente com base nas informações do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS. A obrigatoriedade do cadastramento foi estabelecida pela medida provisória, e substitui as declarações emitidas por sindicatos rurais. De acordo com o texto do governo, o cadastro passará a valer já no ano que vem.


Parlamentares alegam que as prefeituras não terão condições de cumprir esse prazo, como a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). “Nós não somos contrários ao cadastro. O cadastro é importante. Neste caso específico, o que nós queremos é dar tempo para isso”, disse.


A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que o trabalhador rural não ficará fora do cadastro. “O governo não está aqui promovendo, e jamais promoverá, demonização, perseguição, o que nós queremos é que o homem do campo de fato seja atendido. O que nós queremos é combater a fraude e fazer com que o dinheiro chegue aonde deve chegar num processo mais justo e mais moderno”, afirmou.


Sindicatos

O outro destaque tentava garantir a participação dos sindicatos no cadastro, que deveria ser mantido pelo Ministério da Economia em parceria com o sindicato do segurado. Mas a modificação também foi rejeitada.


A medida provisória que busca combater fraudes e benefícios irregulares no INSS segue agora para análise do Plenário da Câmara e depois do Senado.

Fonte: Agência Câmara

 


 

10/05/2019 - Equipe econômica do governo estuda mudanças nas regras do FGTS


O objetivo é estimular a economia - Contas têm em estoque R$ 545 bi


A equipe econômica do governo estuda fazer mudanças no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Os objetivos são estimular a economia, elevar a rentabilidade do dinheiro e flexibilizar as formas de acesso aos recursos.


O governo analisa inclusive ampliar as possibilidades de saques das contas e a rentabilidade do FGTS. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, os estudos sobre o aumento da rentabilidade do fundo –que tem guardado R$545 bilhões– estão em fase inicial.


O FGTS é uma conta aberta na Caixa Econômica Federal vinculada ao contrato de trabalho. Nela, os empregadores depositam, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário dos funcionários.


O fundo foi criado para ser usado em compras de casas, ajuda em caso de doenças graves ou proteção dos trabalhadores que são demitidos sem justa causa. O dinheiro guardado quase sempre tem ganhos abaixo da inflação porque o rendimento equivale à taxa referencial, mais os juros de 3%.


Em 2016, o ex-presidente Michel Temer liberou o saque de R$ 44 bilhões de contas inativas. De acordo com a Caixa, mais de 30,2 milhões de brasileiros tiveram direito ao saque do beneficio. A medida ajudou a estimular o PIB (Produto Interno Bruto) daquele ano, que cresceu 1,1% após 2 anos de retração.

Fonte: Poder360

 


 

10/05/2019 - Comissão aprova transferência do Coaf para o Ministério da Economia


Por 14 votos a 11, a comissão especial mista que analisa a Medida Provisória da Reforma Administrativa (MP 870/19) decidiu tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e transferi-lo para o Ministério da Economia.


A permanência do Coaf na pasta comandada por Sergio Moro era defendida pelo ministro. A mudança teve o apoio dos partidos do chamado centrão (DEM, PP, PSD, PR, PTB, PRB, Pros, Podemos e Solidariedade) e da oposição.


Criado em 1998, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Coaf é uma órgão de inteligência financeira do governo federal que atua principalmente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro.


Demarcação

A comissão também aprovou, por 15 votos a 9, emenda para que a demarcação de terras deixe de ser uma atribuição do Ministério da Agricultura (Mapa). Os parlamentares decidiram suprimir do texto da MP o trecho que transferia essa responsabilidade ao Mapa. O retorno da Fundação Nacional do Índio (Funai) ao Ministério da Justiça já estava previsto no relatório do líder de governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), apresentado na última terça-feira (7). Com a nova emenda, a demarcação de terras voltará a ser responsabilidade da Funai.


Tramitação

A votação desta quinta-feira foi apenas a primeira etapa da MP que trata da reforma administrativa. As mudanças aprovadas hoje ainda precisam ser também aprovadas pelo plenário da Câmara e depois pelo do Senado. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória precisa ser ter a votação concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho.

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/05/2019 - Pesquisa CNI/Ibope mostra que maioria é contra reforma da Previdência


Levantamento da entidade empresarial foi divulgado pelo Twitter junto com hashtag favorável ao projeto de Bolsonaro. Quase dois terços dos entrevistados desconhecem armadilhas da reforma


Cerca de dois terços da população ainda desconhecem as armadilhas da proposta de "reforma" da Previdência do governo Bolsonaro. Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira (8) – com a hashtag #NovaPrevidência, em apoio à medida – mostra que 36% dos entrevistados afirmam ter conhecimento amplo ou conhecer os principais pontos das mudanças pretendidas nas aposentadorias em discussão na Câmara dos Deputados.


Outro dado relevante é que a maioria esmagadora dos brasileiros (80%) disse que a aposentadoria deveria ocorrer até os 60 anos – e não acima, como prevê a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que tramita na Câmara. Na proposta do governo Bolsonaro, a idade mínima é de 65 anos para homens e de 62 para mulheres.


O caráter solidário do sistema de Previdência também é defendido por ampla maioria: 77% dos brasileiros acreditam que é dever da sociedade garantir um salário mínimo a todos os idosos de baixa renda, inclusive àqueles que nunca contribuíram para a Previdência.


Pela proposta do governo, o Benefício de Prestação Continuada (BCP), que paga um salário mínimo a idosos a partir dos 65 anos que não conseguiram contribuir, teria o seu valor reduzido de um salário mínimo para R$ 400. O mínimo integral só seria alcançado aos 70 anos.


O levantamento, realizado pelo Ibope, ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 12 e 15 de abril. No site especial Minha Aposentadoria, as pessoas têm acesso a todos os pontos da "reforma" e às suas principais consequências.


Segundo a pesquisa, intitulada Retratos da Sociedade Brasileira – Reforma da Previdência, a maior parte dos brasileiros (59%) diz que é preciso reformar o sistema de aposentadorias (a pergunta da pesquisa não esclarece se é mudar para melhor ou para pior). E 83% dos entrevistados afirmam que não estão dispostos a pagar mais impostos para manter as regras atuais.


Outros dados do levantamento revelam que 68% dos brasileiros acreditam que saem prejudicados quando alguns grupos se aposentam com regras diferentes do restante da população, e 59% dizem que é injusto que o valor da aposentadoria das pessoas que se aposentam mais cedo seja menor que o das pessoas que se aposentam mais tarde. Minoria de 24% acredita que os brasileiros se aposentam mais cedo do que as populações de países desenvolvidos.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

09/05/2019 - TRF manda Michel Temer de volta para prisão


O Tribunal Regional Federal da 2ª Região cassou nesta quarta-feira por 2 votos a 1 o habeas corpus que beneficiava o ex-presidente Michel Temer e determinou que ele volte à prisão.


O tribunal também cassou o habeas corpus que beneficiava o ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo pessoal de Temer.


Temer e Lima haviam sido presos em março no âmbito da operação Descontaminação, que apura desvios de recursos na Eletronuclear e solto poucos dias depois, graças ao habeas corpus agora cassado.

Fonte: Brasil247

 


 

09/05/2019 - Frente parlamentar defende indústria têxtil da concorrência externa


Foi lançada nesta quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção. O objetivo é defender um segmento da economia que se considera prejudicado pela concorrência externa e que quer mudanças na legislação para evitar o que considera concorrência desleal de outros países.


A frente, integrada por deputados e senadores, é presidida pelo deputado Marcos Pereira (PRB-SP), 1º vice-presidente da Câmara. Segundo o deputado, o Brasil tem sido vítima de dumping – prática de vender produtos a preços baixos, no mercado internacional, para derrotar a concorrência.


“O setor emprega 1,5 milhão de pessoas, sendo 75% mulheres, e é vítima de dumping de alguns países que não têm rigor na legislação trabalhista e ambiental”, disse.


O deputado defende alterações na legislação para combater o dumping e a prática de truste – quando há grande concentração de um setor na mão de poucas empresas, que ditam o preço e impedem a concorrência. Ele apresentou dados que demonstram déficit de R$ 4 bilhões no comércio exterior brasileiro em razão dessas práticas. “As exportações de têxteis e confecções no ano passado foram de R$ 1 bilhão, enquanto as importações de produtos estrangeiros chegaram a R$ 5 bilhões”, disse.


O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Fernando Pimentel, defende ainda uma reforma tributária que simplifique o pagamento de tributos, diminua a carga tributária do setor e dê mais segurança para o empresário que quiser investir.


“Precisamos de um ambiente de investimentos mais previsível, uma reforma tributária que simplifique, que reduza a médio e longo prazo os impostos e alongue o pagamento dos mesmos. Temos 13 milhões de desempregados e isso não é razoável no Brasil”, disse.

Fonte: Agência Câmara

 


 

09/05/2019 - Centrais sindicais vão engrossar greve nacional da educação, dia 15


As centrais sindicais vão engrossar as mobilizações dos estudantes, professores e trabalhadores da educação no atos marcados para o próximo dia 15 de maio, greve nacional da educação.


A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira (8), que reuniu representantes da CUT, Força, UGT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central e CSB. Para os sindicalistas, a mobilização dos educadores contra os cortes de 30% das verbas do setor, será um aquecimento para a greve geral dos trabalhadores contra a reforma da Previdência, marcada para o dia 14 de junho.


"É um grande esquenta em todo o país para a greve geral de toda a classe trabalhadora contra o fim da aposentadoria e para dar um basta ao desemprego", explica o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.


"Fizemos um gol na conjuntura com a união das centrais sindicais no Dia Internacional do Trabalhador e recuperamos o sentido da data, que é rememorar as lutas já feitas e organizar as próximas batalhas da classe trabalhadora", completou.


As centrais farão assembleias, atos, mobilizações, panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas ruas da cidade, com objetivo de explicar o que a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro impactará na vida da classe trabalhadora e dialogar com a população sobre o dia 14 de junho.


Balanço do 1º de Maio

Além de definir os próximos passos da luta, a reunião das centrais também fez uma balanço sobre o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.


"O clima era de fraternidade entre a direção das centrais, mas também por toda militância presente no 1º de maio deste ano e conseguimos colocar nossa agenda de luta na imprensa como um todo", disse Sergio Nobre.

Fonte: Brasil247

 


 

09/05/2019 - "Nova" Previdência indica desconhecimento ou má-fé do governo


Em audiência pública, ministro da Economia afirma que atual modelo previdenciário está quebrado. Para comunistas, argumento demonstra má-fé da gestão de Bolsonaro.


Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara


O ministro da Economia, Paulo Guedes, abriu a série de audiências públicas na comissão especial da Reforma da Previdência nesta quarta-feira (8). Após o debate realizado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que acabou em briga depois de Guedes ter se sentido ofendido ao ouvir que agia como “tchutchuca” com bancos e como “tigrão” com a população pobre, o ministro retornou à Casa para defender sua proposta de alteração nas regras previdenciárias. Desta vez, Guedes não economizou adjetivos e afirmou que o sistema previdenciário brasileiro está quebrado.


“A velha Previdência é um regime condenado à falência”, disse Guedes ao começar sua fala. “Há 50 milhões de brasileiros que não contribuem para a Previdência e eles envelhecerão. E [essa] é a garantia de quebra da velha Previdência”, disse.


O ministro afirmou ainda que o atual sistema é uma “fábrica de privilégios”, em que os mais ricos são mais favorecidos do que os mais pobres. Segundo ele, campanha publicitária dos opositores da reforma esconde isso.


Depois de Guedes, foi a vez do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, fazer a defesa do texto. Marinho afirmou que os pilares da famigerada Reforma da Previdência são o combate aos privilégios e a busca da equidade.


Marinho disse ainda que, se aprovada neste ano, a reforma poderá levar a um crescimento da economia estimado em 2,9%. Sem isso, destaca Marinho, a variação do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país em um ano, poderá ser de apenas 0,8%. No futuro, sem as mudanças nas aposentadorias e pensões, o cenário é de encolhimento da economia a partir de 2021.


Após ouvir os argumentos do governo, a líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), criticou a proposta do governo Bolsonaro.


“Se não há desconhecimento e não há má-fé, nós precisaríamos interpretar este projeto do governo como um projeto claro de eliminação da Previdência pública brasileira. É uma mentira atrás da outra. Por que não dizem que a reforma é para privatizar a Previdência Social? Decretar que o atual sistema está falido é uma decretação de quem não o conhece ou, de fato, aponta para um projeto claro de capitalização”, questionou.


Para a parlamentar, a proposta do governo deixa o cidadão a própria sorte. “A substituição proposta pelo governo é dizer o seguinte: vai cidadão, sozinho, lá para o banco, resolver sua vida. Poupe o que puder, quando puder. Você que se vire. E lá na frente, se não for possível bancar seu salário mínimo, o governo entra. E o que diz à sociedade em suas propagandas? Estamos acabando com os privilégios. Não é verdade”, destacou Jandira.


Como opções para estimular o crescimento, Jandira Feghali defendeu a discussão de outros temas, como reforma tributária e revisão do pacto federativo.


A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder da Minoria e membro do PCdoB na comissão especial, questionou o aumento da idade para que as mulheres se aposentem. De acordo com as regras da PEC 6/2019, a idade mínima para aposentar será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.


“Nos meus cinco mandatos, nunca vi uma proposta tão cruel como essa. Nossa expectativa é que o Estado possa dar maior suporte às mulheres, que têm, duas, às vezes, três jornadas”, destacou.


Outro ponto criticado pelos comunistas na audiência com Guedes está relacionado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), “não é possível que a base e a Oposição não consigam chegar a um acordo sobre o BPC”.


De acordo com a regra do governo Bolsonaro, idosos sem meios de se sustentar terão de aguardar até os 70 anos para receber integralmente o Benefício de Prestação Continuada. Atualmente, o benefício, no valor de um salário mínimo, é pago mensalmente à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir meios de se sustentar, e nem de ter auxílio da família.


O governo propõe o pagamento de um valor menor, de R$ 400, a partir dos 60 anos de idade. Se o idoso não tiver o tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos. A partir dos 70 anos passaria a receber um salário mínimo.


“Não podemos concordar com isso. Um salário mínimo transformado em R$ 400 reais. Isso é privilégio?”, questionou a deputada Perpétua Almeida.


O tema também é alvo de críticas de partidos aliados. Ao menos 13 partidos que se disseram favoráveis à PEC 6/2019 já se manifestaram contra a regra. Apesar de manter o discurso da aprovação do texto integral, o governo já estuda a alteração para conseguir avançar com a proposta.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

09/05/2019 - CAS aprova projeto que estende regra de reajuste do salário mínimo até 2023


O projeto de lei do Senado que estende até 2023 as regras usadas atualmente para o cálculo do salário mínimo foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta quarta-feira (8). De acordo com o PLS 416/2018, a remuneração dos trabalhadores deve ser corrigida pela inflação do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) verificada dois anos antes.


O texto recebeu uma emenda do relator, senador Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar propôs o acréscimo de um ano no prazo de vigência da Lei 12.382, de 2011. O texto original previa que as regras vigessem até 2022. Com a emenda esse prazo foi estendido até 31 de dezembro de 2023.


A justificativa de Paim foi “manter os efeitos e outras disposições da lei durante esse novo ciclo de valorização remuneratória do povo brasileiro”.


O atual modelo de correção do salário mínimo vale desde 2006. As regras foram confirmadas em 2011 e 2015, mas a legislação em vigor (Lei 13.152, de 2015) só prevê a manutenção desses critérios até 1º de janeiro de 2019. Sem a prorrogação do prazo, a partir de 2020, o Poder Executivo fica livre para definir se haverá e de quanto será o reajuste, como já o fez no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, em que prevê a correção do mínimo pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com valor estimado em R$ 1.040.


O projeto, do ex-senador Lindbergh Farias, traz duas novidades em relação à política em vigor. O texto assegura um aumento de real de 1% ao ano, mesmo que o PIB apresente variação menor ou negativa. Além disso, estende as regras de reajuste a todos os benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS). É o caso de aposentadorias, auxílios (doença, acidente e reclusão), salário-maternidade, salário-família e pensões por morte.


Inflação

O PLS 416/2018 adota o INPC para o cálculo da inflação. Caso o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deixe de divulgar o indicador em um ou mais meses, cabe ao Poder Executivo estimar o percentual dos períodos não disponíveis. Também cabe ao Palácio do Planalto informar a cada ano os valores mensal, diário e horário do salário mínimo.

Fonte: Agência Senado

 


 

09/05/2019 - Bolsonaro extingue mais de 50 conselhos e colegiados


Os 55 conselhos e colegiados criados em governos anteriores foram extintos por Bolsonaro. Na lista está o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que fazia promovia debates entre os setores empresarial e sindical com o Palácio do Planalto desde 2003. Estruturas criadas para abrir canais de diálogo com a sociedade, como o Fórum de Emprego, Trabalho e de Previdência Social, também foram extintas.


A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "em abril, Bolsonaro publicou medida que extinguia a partir de 28 de junho todos os conselhos da administração direta ou indireta. A iniciativa no entanto, estabelecia a necessidade de que a extinção de cada estrutura fosse detalhada em novos decretos até agosto para ser efetuada. A medida desta quarta-feira (8) é a primeira de uma série de decretos que devem ser publicados nos próximos meses. Segundo a Casa Civil, o objetivo é dar transparência à decisão."


A matéria ainda acrescenta: "em abril, após evento de cem dias do governo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já havia anunciado que faria um pente-fino nos conselhos federais. Na época, o ministro disse que eles foram criados de acordo com uma "visão completamente distorcida do que é representação e participação da população".

Fonte: Brasil247

 


 

09/05/2019 - Indústria recua em 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE


Nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram queda na produção industrial. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro, os recuos mais intensos ocorreram no Pará (-11,3%) e na Bahia (-10,1%).


Também tiveram queda na produção Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6%), Minas Gerais (-2,2%), Ceará (-1,7%), São Paulo (-1,3%) e Amazonas (-0,5%).


A Região Nordeste, única pesquisada de forma conjunta, teve redução de 7,5%. Com isso, a produção nacional fechou com redução de 1,3%, conforme divulgado na semana passada.


Por outro lado, seis locais tiveram alta na produção: Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%), Goiás (2,3%), Paraná (1,5%), Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1%).


Na comparação com março do ano passado, 12 locais apresentaram queda, com destaque para Pará (-12,5%) e Mato Grosso (-12,3%). Dos três locais com alta, o melhor resultado foi obtido pelo Rio Grande do Sul (3,4%).


No acumulado do ano, dez locais tiveram queda na produção. A maior delas foi no Espírito Santo (-8,5%). Dos cinco locais com alta, o principal crescimento deu-se no Paraná (7,8%).


Já no acumulado de 12 meses, foram nove locais em queda, com destaque para Goiás (-4,1%) e seis com alta, sendo a maior no Pará (7,2%).

Fonte: Agência Brasil

 


 

09/05/2019 - Banco Central mantém juros básicos no menor nível da história


Pela nona vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.


Com a decisão de hoje (8), a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.


A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em março, o indicador fechou em 4,58% no acumulado de 12 meses. O índice subiu pressionado por alimentos e transportes. O IPCA de abril só será divulgado em 10 de maio.


Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/05/2019 - Governo gastará 40 milhões para convencer população sobre reforma


Para convencer a população que a proposta de reforma da Previdência é necessária e acabará com privilégios, o governo Bolsonaro anunciou que gastará R$ 40 milhões na nova campanha publicitária que fará a defesa da proposta de reforma da Previdência. As propagandas devem ser lançadas na segunda quinzena de maio e serão veiculadas em rádio, televisão, jornais e internet, com o slogan "Nova Previdência, pode perguntar".


A propaganda tentará convencer a população de que a reforma da Previdência "promoverá justiça social e ampliará a capacidade de investimentos do país, com geração de emprego".


A campanha foi formulada pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom), a Secretaria de Governo, e produzida pela agência Artplan.


A linguagem visual terá a predominância das cores verde e amarelo da bandeira brasileira.


Para a televisão, as peças serão em formato de pergunta e resposta e terão um selo com a frase "Essa é a verdade". Foi informado ainda que terão outdoors, mas não foi anunciado em quais cidades serão exibidos.


A nota do governo diz que as mensagens da propaganda abordaram "a redução de privilégios históricos do sistema previdenciário brasileiro, que inclui a diminuição da contribuição de quem ganha menos e o aumento da contribuição de quem ganha mais; a manutenção das regras vigentes para quem já está aposentado; o aumento dos recursos para a Educação; e a economia promovida a Estados e municípios, o que vai auxiliar no equilíbrio das contas públicas", informou.


Segundo cálculos do governo, com a reforma na Previdência serão economizados mais de R$ 1 trilhão em dez anos.


A população que pagará a conta

Dificilmente será apresentado tal como são os pontos principais da proposta de reforma, como o "benefício de prestação continuada", onde o aposentado deverá continuar pagando até completar 70 anos, após isso, receberá um salário-mínimo de aposentadoria, ou a implantação do "Sistema de Capitalização", onde os benefícios serão pagos baseado nas contribuições feitas pelo próprio trabalhador aos bancos.


A proposta de reforma ainda inclui o aumento da idade mínima para se aposentar, com aumento para homens e mulheres (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), com contribuição mínima de 20 anos e ainda há mudança na aposentadoria rural: 60 anos tanto para homens quanto para mulheres, com contribuição de 20 anos. E essa idade mínima vai aumentando. Com o passar dos anos, nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

08/05/2019 - Nota das Centrais contra os cortes nas verbas da Educação


Reunidas no dia 6 de maio de 2019, as Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSP-Conlutas, CGTB, CSB, NCST, Intersindical Instrumento de Luta e Intersindical Central, declaram-se absolutamente contrárias aos cortes de mais de 30% na educação superior, ensino técnico e ensino básico, anunciados pelo MEC.


Frente às medidas de cortes contra a educação, os estudantes, docentes, professoras e professores do ensino básico e técnico, juntamente com servidores e técnicos administrativos iniciaram inúmeras mobilizações pelo país como, por exemplo, no Colégio Pedro II –RJ, na UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFBA (Universidade Federal da Bahia), entre outras instituições de ensino. As Centrais Sindicais declaram total apoio a essas manifestações.


As Centrais Sindicais aproveitam o ensejo para reafirmar seu compromisso e apoio ativo à Greve Nacional da Educação, convocada para o próximo dia 15 de maio.


Vamos juntos à Greve Geral dia 14 de junho de 2019.


Em defesa de nossa aposentadoria. Basta de desemprego!


Assinam:

Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical (FS)
Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Antônio Neto, Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS
Ubiraci Dantas, Presidente da CGTB
Ricardo Patah, Presidente da UGT
Mané Melato, Intersindical instrumento de Luta
Edson Carneiro- Intersindical Central

Fonte: NCST

 


 

08/05/2019 - Empresa não deve ser culpada por acidente a caminho de casa, propõe MP


Relator da medida provisório, o deputado Paulo Martins (PSC-RJ) disse que parecer foi produzido com a equipe econômica do governo federal


O governo federal resolveu propor que lesões sofridas por funcionários no percurso de casa para o trabalho ou no retorno à residência não sejam mais consideradas acidente de trabalho. A sugestão consta como alteração da Medida Provisória (MP) antifraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A informação é do jornal Folha de S.Paulo.


O relator da MP, deputado Paulo Martins (PSC-PR), apresentou nesta terça-feira (07/05/2019) seu parecer, defendendo a aprovação do texto. Contudo, ele apresentou alterações à versão original encaminhada ao Congresso pelo Executivo federal. O relatório foi produzido em reuniões com técnicos da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL).


De acordo com o deputado, já que a reforma trabalhista, aprovada em 2017, não considera como jornada de trabalho o tempo de deslocamento do empregado, a legislação previdenciária tem que se adaptar às novas regras.


O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, confirmou que o relatório do deputado foi construído junto com a equipe econômica.


“O que o governo apresentou evidentemente foi assinado pelo Executivo. O que está lá [no parecer] é porque o governo apresentou o projeto”, disse Marinho, que é ex-deputado federal e foi relator da reforma trabalhista aprovada na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Fonte: 24Horasnews

 


 

08/05/2019 - Cesta básica em 18 capitais tiveram alta em abril, aponta Dieese


Em abril, o custo da cesta básica subiu em todas as 18 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada hoje (7), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).


As altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (10,07%), São Luís (7,10%) e Aracaju (4,94%).


A cesta mais cara do país foi a de São Paulo, onde o conjunto de alimentos essenciais custava, em média, R$ 522,05, seguida pela cesta do Rio de Janeiro, R$ 515,58, e de Porto Alegre, R$ 499,38. As cestas mais baratas, em abril, eram as de Salvador, R$ 396,75, e Aracaju, R$ 404,68.


Nos primeiros quatro meses de 2019, todas as cidades analisadas pela pesquisa apresentaram alta acumulada. Os maiores aumentos foram observados em Vitória (23,47%) e Recife (22,45%). O menor aumento acumulado ocorreu em Florianópolis, com alta de 5,35%.


Salário mínimo

Com base na cesta mais cara do país, observada em São Paulo, o valor do salário mínimo em dezembro, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 4.385,75, o que equivale a 4,39 vezes o valor do salário mínimo atual, de R$ 998,00.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/05/2019 - Oposição quer mais debates na comissão especial da reforma da Previdência


Partidos de oposição defenderam, nesta terça-feira (7), mais debates sobre a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19) na comissão especial que discute o tema. Os líderes participaram de reunião com o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), e propuseram 15 audiências públicas em Brasília e, no mínimo, mais 10 audiências nos estados.


A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a oposição quer focar o debate na economia, mas sem deixar de discutir questões temáticas como os benefícios, as mulheres e o modelo de previdência que se quer adotar.


“Precisamos também que os dados cheguem à Câmara, porque o governo ainda não os encaminhou”, disse a líder em referência aos números que embasam a proposta do governo.


O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que foi feito um acordo de não obstruir os debates na comissão, que devem acontecer durante maio e junho. Depois disso, deve começar a discussão sobre o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).


“Queremos o debate para mostrar que há alternativas melhores do que essa apresentada pelo governo. O ideal é que a comissão comece os trabalhos ouvindo o secretário de Previdência, Rogério Marinho, e termine com uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes”, disse Molon.


A proposta

A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende alterar o sistema de Previdência Social para os trabalhadores do setor privado e para os servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios). A idade mínima para aposentar será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Há regras de transição para os atuais contribuintes.


O texto retira da Constituição vários dispositivos que hoje regem a Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, segundo o governo, é conter a diferença entre o que é arrecadado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios. Em 2018, o déficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 266 bilhões.

Fonte: Agência Câmara

 


 

08/05/2019 - Paim condena troca de votos para reforma da Previdência por cargos em ministérios


O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou nesta terça-feira (7) o teor de notícia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, de que o governo planeja recriar dois ministérios para conseguir votos favoráveis à reforma da Previdência, na comissão especial que analisa o tema na Câmara dos Deputados.


— Isso aqui é uma forma de comprar votos. Seja na MP [Medida Provisória 871/2019, sobre fraudes no INSS], seja também na reforma da Previdência. Tiveram que fechar ministério e estão abrindo agora. E assumem abertamente que é uma forma de comprar votos — disse o parlamentar.


O parlamentar questionou os reais benefícios que o país terá, caso a reforma da Previdência seja aprovada. Segundo ele, durante a tramitação da reforma trabalhista, o governo afirmou que milhões de empregos seriam criados, mas o que se viu foi o aumento do desemprego. O senador lembrou, que eram 12 milhões de trabalhadores fora do mercado de trabalho e atualmente, são 14 milhões.


— Na reforma da Previdência, eles estão dizendo. Um fala que vai gerar oito, outro fala cinco, outro fala quatro milhões de empregos. Não vai gerar, de novo, um só emprego, porque é interesse de mercado, e mercado é especulação financeira — afirmou.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/05/2019 - Indicadores de mercado de trabalho apresentam piora em abril


Os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram piora na passagem de março para abril deste ano. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar as tendências do mercado de trabalho para os próximos meses, com base na opinião de consumidores e de empresários da indústria e de serviços, recuou 1 ponto no período.


Com essa, que foi a terceira queda consecutiva, o indicador passou para 92,5 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor nível desde outubro do ano passado. Em três meses, o Iaemp acumula perda de 8,6 pontos.


Já o Indicador Coincidente de Desemprego, que mede a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, subiu 0,7 ponto de março para abril e chegou a 94,8 pontos, em uma escala invertida de zero a 200. Nessa escala invertida, quanto maior a pontuação, pior é o resultado.

Fonte: Agência Brasil

 


 

08/05/2019 - Empregado com filho com deficiência terá prioridade para marcar férias, aprova CDH


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta terça-feira (7) um projeto de lei que estabelece que o empregado que tenha filho com deficiência terá preferência para marcar suas férias de forma a fazê-las coincidir com as férias escolares do filho. O texto segue para análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em caráter terminativo.


Segundo a autora do PL1.236/2019, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a proposta está diretamente relacionada com a ideia de desenvolvimento de uma política pública de inclusão das crianças, adolescentes e jovens com deficiência no ensino regular.


Ao ler seu parecer favorável ao projeto, a relatora, senadora Leila Barros (PSB-DF), afirmou que a iniciativa é louvável e necessária para garantir — tanto da escola quanto dos pais — atenção especial às pessoas com deficiência. Ela apresentou emenda para trocar a palavra “filho” do projeto original para “pessoa com deficiência sob sua guarda ou tutela”.


— Tais pessoas, muitas vezes crianças e jovens, demandam, ao longo do ano letivo, especial atenção, não raro individualizada, do educador e do sistema de ensino, processo que, com frequência, acaba por sofrer brusca interrupção durante as férias escolares, porquanto nem todos os responsáveis têm condições financeiras de arcar, nesse interregno, com as despesas inerentes ao seu acompanhamento, havendo ainda a dificuldade de encontrar mão de obra especializada para a tarefa — explicou a senadora.


Ela ainda acrescentou que a proposição transfere a iniciativa para definição do período de descanso anual, hoje nas mãos do empregador, para o empregado que tenha filho com deficiência, “revelando-se benéfica para o próprio empregador, que não terá a atenção de seus empregados dividida, comprometendo a produtividade de seu empregado”, disse. No parecer, Leila apresentou apenas emendas de redação.


O senador Eduardo Girão (Pode-CE) elogiou a proposta.

Fonte: Agência Senado

 


 

08/05/2019 - Auxílio a vítimas de Brumadinho não pode excluir outros benefícios, dizem debatedores


O auxílio emergencial pecuniário estabelecido pela Medida Provisória (MP) 875/19 para as vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) não pode levar à perda do direito a outros meios de complementação de renda disponíveis. Este é o entendimento dos participantes de audiência pública, nesta terça-feira (7), da comissão mista que analisa a MP.


O texto estabelece auxílio de até um salário mínimo destinado pela mineradora Vale a todos os habitantes de Brumadinho, que já está sendo pago por meio de acordo. O defensor público federal Renan Vinícius Sotto Mayor frisou, porém, que não se pode “dar com uma mão e tirar com a outra”, o que pode ocorrer se o auxílio se tornar um obstáculo ao recebimento cumulativo, por exemplo, do Benefício de Prestação Continuada (BPC).


No entendimento do defensor público, o auxílio às vítimas previsto na MP deve ser pago não em parcela única, mas em várias parcelas enquanto durar a necessidade. Ele também comparou a situação em Brumadinho com a tragédia da barragem do Fundão, em Mariana (MG), quando também foi estabelecido auxílio financeiro emergencial às vítimas.


“Até hoje, quem foi atingido pela barragem do Fundão tem dificuldade de acesso ao auxílio. 24 mil famílias ainda nem foram cadastradas”, lamentou.


Aumento da renda

Gestor do programa Bolsa Família e do Cadastro Único em Brumadinho, Washington Moreira de Carvalho observou que o recebimento do auxílio emergencial, quando lançado no sistema de cadastro do beneficiário, pode levar a uma alteração de renda capaz de afetar o recebimento da Bolsa Família.


A representante da prefeitura de Brumadinho, Christiane Alves Passos Nogueira, lembrou que o desastre da barragem criou uma situação peculiar, já que pessoas de fora de Brumadinho, como as envolvidas em ações de resgate e o pessoal de imprensa, por exemplo, geraram aumento de demanda ao município.


Para a diretora do Departamento de Benefícios do Ministério da Cidadania, Caroline Augusta Paranayba Scaravelli, a medida provisória mostra que o governo federal se preocupou com as consequências do rompimento da barragem e em proporcionar um auxílio correspondente à vulnerabilidade social das vítimas.


“O ministério espera que Brumadinho vire uma referência em municípios afetados por desastres”, definiu.


O relator da MP, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), citou as ações legislativas contra desastres de barragens e classificou como “muito justa” a emenda que preserva os rendimentos dos beneficiários pelo auxílio emergencial. O deputado Padre João (PT-MG), presidente da comissão, ressalvou que a Vale precisa assegurar o cumprimento de seus deveres em Brumadinho.


Benefício

A MP institui auxílio emergencial pecuniário para famílias residentes de Brumadinho (MG) que sejam beneficiárias do Programa Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada ou da Renda Mensal Vitalícia. O auxílio emergencial consiste no pagamento de R$ 600, em parcela única, a cerca de 2.280 famílias, totalizando R$ 1,3 milhão. Os recursos são de responsabilidade do Ministério da Cidadania e, futuramente, devem ser ressarcidos por aqueles que vierem a ser identificados como responsáveis pelo desastre, ocorrido em janeiro.

Fonte: Agência Câmara

 


 

07/05/2019 - Comissão que avalia MP da contribuição sindical será instalada no Congresso


A comissão mista que vai analisar a medida provisória que altera regras sobre contribuição sindical previstas na CLT será instalada nesta quarta-feira (8). A MP 873/2019, publicada em 1º de março, impede o desconto em folha salarial da contribuição sindical, que passa a ser feita através de boleto bancário encaminhado à residência do empregado ou à sede da empresa. Também determina que a contribuição seja paga apenas pelos trabalhadores que tiverem expressado seu consentimento individualmente.


De acordo com o relatório do ministro da Economia, Paulo Guedes, que orientou o texto da medida provisória, o custeio das entidades deve ser realizado por meio de recursos privados, provenientes das contribuições individuais dos servidores voluntariamente filiados, sem qualquer interferência do Estado. Também ressalta que a filiação do trabalhador à entidade representativa deve ser voluntária, expressa e individual, não podendo ser decidida através de assembleias.


O texto reforça as mudanças já realizadas pela reforma trabalhista (Lei 13.467 de 2017), no âmbito da contribuição sindical. No entanto, causou polêmica, visto que, para alguns, estaria ferindo a Constituição Federal e prejudicando a organização dos trabalhadores.


A contribuição dos trabalhadores para os sindicatos deixou de ser obrigatória quando a reforma trabalhista entrou em vigor, mas as empresas ainda podiam descontar o pagamento direto da folha salarial.


Antes da reforma, a contribuição, equivalente a um dia de trabalho, era obrigatoriamente descontada do salário todos os anos na folha do mês de março. A lei de 2017 determinou, então, que o desconto só poderia acontecer mediante autorização prévia e expressa do empregado.


Mesmo com essa nova lei, no entanto, em 2018 mais de 100 decisões judiciais permitiram o desconto sem a autorização prévia e individual do trabalhador. Assim, um dos principais argumentos do governo para a implementação da medida é a necessidade de reforçar o que está presente na lei, evitando essa atuação do poder judiciário.


O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que o objetivo da MP é “deixar ainda mais claro que contribuição sindical é fruto de prévia, expressa e individual autorização do trabalhador” e “combater o ativismo judiciário que tem contraditado o Legislativo”.


Inconstitucionalidade

Já existem oito ações diretas de inconstitucionalidade no Ministério Público Federal que visam contestar a Medida Provisória 873. Segundo o senador Randolfe Rodrigues, líder da Rede, a MP fere a Constituição Federal:


— Essa medida provisória, editada na ressaca do fim do carnaval, fere princípios que estão na própria Constituição. Não cumpre relevância, não cumpre urgência e é inconstitucional já que fere o princípio do artigo 8º da Constituição, que estabelece a liberdade sindical — explicou.


A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também argumenta que o texto é inconstitucional porque impediria a livre organização dos trabalhadores em entidades sindicais.


— Na nossa avaliação, o governo Bolsonaro toma essa medida como forma de enfraquecer os instrumentos de luta da classe trabalhadora que são os sindicatos. — afirmou Rodrigo Britto, presidente da instituição.


Por outro lado, membros do governo, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmam que a MP não é inconstitucional, pois visa garantir a liberdade de associação dos trabalhadores.


Eleição

A comissão mista atuará por 120 dias para debater a medida e propor emendas. A primeira reunião, na qual será realizada a eleição para presidente e vice, ocorrerá às 15h30 no Plenário nº 6 do Anexo II do Senado, na ala Nilo Coelho.

Fonte: Agência Senado

 


 

07/05/2019 - Nota: Nova Central nega fusão com qualquer outra central sindical


Mais uma vez a Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST é surpreendida com mais uma falsa notícia de fusão com outra central sindical. Desta vez, trata-se de outro boato citando uma suposta discussão de fusão com a CSB.


Novamente a NCST vem a público reiterar que não está ou esteve em negociação de fusão com outra central e, ao mesmo tempo, declarar sua mais profunda estranheza com esse tipo de falsa notícia.

 

É salutar reafirmar que a NCST respeita todas as centrais sindicais, mas, não se cogita fusão com qualquer uma delas, inclusive, tem decisão do seu Conselho Deliberativo terminantemente contrário a movimentos dessa ordem.


Reafirmamos, categoricamente, que toda e qualquer notícia de fusão que porventura cite a NCST não tem qualquer fundamento, e as pessoas envolvidas estão faltando com a verdade.


Por fim, reconhecemos que a estrutura sindical passa por um momento jamais vivenciado, com ataques perpetrados por todos os lados. Entretanto, a NCST reforça seu compromisso no sentido de manter uma convivência harmônica com todas as demais centrais sindicais e, em conjunto com suas entidades filiadas, continuar sua incansável luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora brasileira.


Pela Diretoria,


José Calixto Ramos

Presidente - NCST

Fonte: NCST

 


 

07/05/2019 - Greve Nacional da Educação dia 15 de maio ganha adesão de entidades


A Greve Nacional da Educação, convocada para o dia 15 de maio pelos trabalhadores em Educação - contra o desmonte da aposentadoria – terá um reforço ainda maior por parte da comunidade universitária, da rede pública e privada, de institutos federais, cursos técnicos profissionalizantes, além das e entidades estudantis, como a UNE e Ubes.


O reforço na pauta de mobilização acontece após o anúncio de cortes orçamentários do governo Bolsonaro na rede federal de ensino, o que acarretará grande desmonte das instituições públicas, e com isso, grande queda da qualidade na Educação.


A Confederação Nacional de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), em nota, declarou sua “indignação e seu repúdio à decisão do MEC em cortar verbas destinadas às universidades”.


Em resposta ao novo ministro da Educação, que na semana passada justificou os cortes por causa das "balbúrdias" nas universidades, a Contee disse que o governo Bolsonoro é quem promove uma verdadeira baderna no Brasil. “Distúrbio é o que fazem Bolsonaro, Weintraub e cia. ao tomar medidas baseadas em perseguição ideológica e tentar eliminar o pensamento crítico. Caos é a tentativa do próprio Ministério da Educação de destruir a universidade pública”. E reiteram o “combate à criminalização do pensamento e da livre manifestação”.


Em comunicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) convoca as entidades estudantis universitárias para mobilizarem os estudantes universitários para uma grande paralização na próxima quarta-feira (15). “Basta de ataque a autonomia universitária, basta de ataque a liberdade de expressão, basta de perseguições e de ataques ao pensamento crítico e científico! Por mais investimentos e seriedade na gestão da educação!”, conclama a nota.


Desde as primeiras horas desta segunda-feira (6), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) organizam manifestações nas instituições federais de ensino de todo o país. Nas ruas, nas redes, com a palavra de ordem de "não aos cortes". E reforçam a mobilização para a próxima quarta-feira (15).


Em seu site, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que representa professores do ensino superior e básico, técnico e tecnológico no país também mobilizam contra os cortes. Em comunicado, repudiam os cortes e as declarações feitas pelo ministro da Educação sobre as universidades e convocaram sua base a aderir à paralisação.


A Greve Nacional da Educação foi definida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), mas agora reforçada por outras entidades representativas da sociedade civil que se pronunciaram publicamente aderindo o movimento.


Antes da greve, as universidades públicas convocam assembleias nos campis para discutirem detalhes da paralisação geral.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

07/05/2019 - Caminhoneiros se revoltam contra alta do diesel


Líder diz que está difícil controlar a categoria.


Em matéria do site Congresso em Foco, um dos principais líderes dos caminhoneiros, Wanderlei Alves, disse não saber até quando a categoria vai aguentar pagar o alto preço do Diesel. “Não sei até quando o pessoal vai se controlar”, afirmou. Com o novo aumento no preço definido pela Petrobras, ele disse temer “uma revolta” na categoria.


“Tenho conversado com o ministro Tarcísio [Gomes, da Infraestrutura], e ele tem se mostrado comprometido com a fiscalização da tabela de frete, cumprido com a promessa dele. Eu estou mostrando isso para os colegas. Mas é muita indignação. O ministro está se esforçando, dá pra notar. Mas não sei até quando o pessoal vai se controlar”, afirmou.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

07/05/2019 - Centrais articulam greve geral mirando setor de transporte


Paralisação em 14 de junho vai coincidir com abertura da Copa América. Sindicalistas também vão intensificar agenda com lideranças partidárias no Congresso. Comissão Justiça e Paz se solidariza


Depois de realizar balanço positivo do 1º de Maio, unificado pela primeira vez, as centrais sindicais se reuniram nesta segunda-feira (6) em São Paulo para discutir a organização da greve geral de 14 de junho e as ações que serão realizadas até lá. Para os dirigentes, o setor de transporte precisa de atenção específica para reforçar o movimento em protesto contra o projeto de "reforma" da Previdência, em tramitação na Câmara. A data da greve coincide com a abertura da Copa América de futebol, com a partida entre as seleções do Brasil e da Bolívia, no estádio do Morumbi.


Segundo o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, anfitrião da reunião desta tarde, a partir de agora serão intensificadas as agendas com líderes partidários em Brasília, além de visitas aos sindicatos de algumas categorias profissionais, com "olhar muito especial" no setor de transporte, considerado fundamental para a greve. Há uma plenária prevista para o próximo dia 18, na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.


Ele voltou a destacar a importância da unidade entre as centrais, que neste momento apostam nos pontos de convergência, como a mobilização contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que mexe com a Previdência Social. Do ponto de vista dos sindicalistas, o ideal seria a retirada da PEC para uma tentativa de negociação, mas essa possibilidade é considerada praticamente inviável. Para Miguel, afirmar, como faz o governo, que a "reforma" trará investimentos e crescimento é uma "lorota".


"Para o empresariado e o país, o que vai trazer a retomada do crescimento é a reforma tributária. Antes de mexer na Previdência, tem outras coisas a fazer. Essa reforma vai trazer mais desigualdade, não vai resolver o problema do desemprego, não vai trazer tranquilidade para os empresários", diz o dirigente.


Segundo ele, não há qualquer relação entre a data escolhida para a greve geral e a abertura da Copa América. O dia foi definido porque a partir da segunda quinzena de junho o movimento na Câmara começa a declinar, em parte pelas comemorações do período. Antes disso, no próximo dia 15 as centrais manifestarão apoio à paralisação dos trabalhadores no setor da educação. E também vão manter as articulações com as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, presentes no ato de 1º de Maio. Segundo o presidente da CTB, Adilson Araújo, o objetivo é realizar em junho uma greve ainda mais ampla que a de 28 de abril de 2017.


O 15 de maio é visto como um "esquenta" para a greve, segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. "Fizemos um gol com a união das centrais sindicais e recuperamos o sentido da data", afirmou.


Durante a reunião na sede da Força, foi lida mensagem da Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que fez referência à "história manifestação unitária das centrais", manifestando ainda a intenção de "compartilhar de novas iniciativas que almejem impedir o desmonte da Previdência pública como maior conquista do povo brasileiro". Segundo a nota, a proposta do governo "é contra os interesses dos segurados e benéfica para empresas e para o sistema financeiro".


"A Seguridade Social é um direito do cidadão e um dever do Estado, um projeto de nação e não um negócio de compra e venda!", afirma a Comissão.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

07/05/2019 - Deputado da bancada da bala diz que Bolsonaro pode não concluir mandato


Líder da bancada da bala, o deputado Capitão Augusto Rosa (PR-SP), presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, faz análise pessimista do quadro político e considera que Bolsonaro pode não concluir o mandato.


O deputado vê deterioração no apoio ao governo no Parlamento. Considera que a relação entre Executivo e Legislativo está "muito, muito ruim".


As informações estão no site BR18. De acordo com o deputado, "de cada 10 deputados, oito reclamam e dois ficam quietinhos". Pintando o quadro em cores fortes, o Capitão Augusto Rosa arremata: "Ninguém defende o governo".


O deputado é também pessimista quanto à evolução da situação econômica. A piora da economia pode criar, segundo ele, "um risco real de impeachment do presidente". "Com 100 dias, (o desgaste do governo) já se tornou irreversível".

Fonte: Brasil247

 


 

07/05/2019 - Inflação para famílias de menor renda avança em abril, divulga FGV


A inflação para famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos avançou no mês de abril e seguiu com uma taxa acumulada maior que o índice geral. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).


A variação de preços para famílias de menor renda é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que fechou o mês de abril com alta de 0,73%. O resultado de abril representa uma aceleração da inflação em relação a março, quando a variação foi de 0,67%.


Em 12 meses, a inflação para as famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos acumula 5,86%, enquanto o índice geral calculado pela FGV, o IPC-BR, soma 5,19%.


Segundo a FGV, o aumento do IPC-C1 foi registrado em sete das oito classes de despesas que fazem parte do orçamento dessas famílias. A classe de saúde e cuidados pessoais se destacou nesse aspecto, já que saltou de uma inflação de 0,25% em março para uma de 1,08% em abril. Os medicamentos em geral contribuíram para o resultado, já que a inflação de 0,09% em março aumentou para 1,68% em abril.


Tarifas de ônibus urbanos, móveis para residência, bilhete lotérico e passagens aéreas foram itens ítens que puxaram a inflação nas classes transportes, habitação e despesas diversas.

Fonte: Agência Brasil

 


 

07/05/2019 - Finanças discute a reforma da Previdência com Paulo Guedes


O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi convidado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para discutir, nesta quarta-feira (8), a proposta do governo Bolsonaro para a reforma da Previdência (PEC 6/19). A intenção é que o ministro apresente os possíveis impactos que a aprovação ou não da medida possa causar no sistema arrecadatório e no orçamento da União.


A audiência foi proposta pelo deputado Sergio Souza (MDB-PR) e Enio Verri (PT-PR) e será realizada a partir das 10 horas, no plenário 4.


Debate na CCJ

Guedes já falou sobre a reforma na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e insistiu que o atual sistema previdenciário “está condenado”, mas reconheceu que caberá ao Congresso definir os pontos que permanecerão na reforma da Previdência.


A reforma já foi aprovada pela CCJ e, agora, está em análise na comissão especial.


O presidente dessa comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), espera que a proposta seja votada até junho no colegiado, mas a oposição quer tempo para debater o texto.

Fonte: Agência Câmara

 


 

07/05/2019 - Validade de norma coletiva que restringe direito trabalhista é tema de repercussão geral


O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar a validade de norma coletiva de trabalho que limita ou restringe direito trabalhista não assegurado constitucionalmente. A matéria teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual da Corte e é tratada no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1121633, de relatoria do ministro Gilmar Mendes.


No caso dos autos, a Mineração Serra Grande S.A. questiona acórdão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, ao manter decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª Região (Goiás), afastou a aplicação de norma coletiva de trabalho que afastava o pagamento de horas de trajeto (in itinere) pelo tempo de ida ou de retorno do trabalho com veículo fornecido pela empresa.


No Supremo, a mineradora defende a manutenção do que foi pactuado em negociação coletiva e sustenta violação ao princípio da prevalência da negociação coletiva, contido no artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal, e ao da segurança jurídica, tendo em vista o possível temor dos empregados de firmar acordos diante do risco de ter sua validade negada pelo Poder Judiciário. A empresa diz que está localizada a apenas 3,5km da zona urbana, o que possibilitaria que o trajeto fosse ser feito a pé ou por outros meios de transporte.


Manifestação

Para o relator do recurso, ministro Gilmar Mendes, a matéria apresenta “inegável relevância do ponto de vista social, econômico ou jurídico” e a controvérsia transcende os interesses subjetivos da causa, já que a correta interpretação do artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal é tema recorrente nos tribunais trabalhistas brasileiros. Segundo o relator, a questão tem gerado insegurança sobre a validade e o alcance do pactuado em convenções e acordos coletivos em face das normas previstas na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Por essas razões, reconheceu a repercussão geral da matéria constitucional. Nesse ponto, a manifestação do relator foi seguida por unanimidade.


Mérito

Quanto ao mérito do recurso, o ministro Gilmar Mendes destacou que o STF firmou entendimento no sentido de reconhecer a validade de acordo ou convenção coletiva de trabalho, ainda que disponha sobre a redução de direitos trabalhistas. “Entretanto, cumpre destacar que redução ou limitação dos direitos trabalhistas pelos acordos coletivos deve, em qualquer caso, respeito aos direitos absolutamente indisponíveis, constitucionalmente assegurados”, explicou. Ele se manifestou pela reafirmação a jurisprudência do Supremo e pelo provimento do recurso da empresa. Nesse ponto, no entanto, o relator ficou vencido e o recurso será submetido a julgamento no Plenário físico, em data ainda não definida.

Fonte: STF

 


 

06/05/2019 - MPT faz campanha para destacar importância da ação sindical


"Conheça quem te representa" é o tema do chamado Maio Lilás. Em 2018, o Ministério Público recebeu mais de 8 mil denúncias sobre ataques à liberdade e à organização sindical


O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza neste mês a campanha do Maio Lilás, para ressaltar a importação da atuação dos sindicatos para o trabalhador. O slogan é "Conheça quem te representa". De acordo com o MPT, de 2012 a 2017 foram celebradas mais de 53 mil convenções coletivas, assegurando direitos.


A escolha da cor deve-se à versão de que era o lilás o tecido confeccionado pelas mulheres que trabalhavam em uma fábrica de Nova York em 8 de março de 1857, quando um incêndio criminoso matou 129 delas, que faziam greve por melhores salários e condições de trabalho. O episódio deu origem ao Dia Internacional da Mulher.


"Este ano, o foco será nas boas práticas sindicais e nas conquistas dos trabalhadores, tais como o direito ao aviso prévio, ao 13º salário, à irredutibilidade salarial, obtidas pelos sindicatos, que representam toda a categoria, sejam os trabalhadores sindicalizados ou não", afirma o titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), do MPT, João Hilário.


O Ministério Público informou que apenas no ano passado registrou 8.151 denúncias na área de liberdade e organização sindical. Isso levou à abertura de 1.277 procedimentos de mediação, ao ajuizamento der 358 ações e à celebração de 295 termos de ajustamento de conduta (TACs).


Ainda segundo o MPT, citando dados do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais e do Dieese, havia em 2018 no país 11.578 sindicatos, 424 federações e 36 confederações de trabalhadores. "Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, isso abrangeria, em termos de representação, aproximadamente 46 milhões de trabalhadores", afirma o procurador.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

06/05/2019 - Comissão especial da reforma da Previdência reúne-se nesta terça


Cronograma prevê 11 sessões de audiência pública


A comissão especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara terá a primeira reunião ordinária nesta terça-feira (7), às 14h30. Segundo cronograma apresentado pelo presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), serão realizadas 11 audiências públicas com cerca de 60 convidados para debater o tema.


Segundo Ramos, apesar de haver sugestões para ouvir 130 pessoas, esse número deve ser reduzido. “Não posso usar o argumento de fazer audiência pública e inviabilizar o momento da matéria de ser votada. Vou tentar coordenar para que a gente possa ter mais tempo para discutir as emendas”, afirmou.


O parlamentar disse ainda que os trabalhos no colegiado têm de ser coordenados com a construção de maioria no plenário. “Não adianta votar na comissão sem a garantia no plenário”, disse. Marcelo Ramos quer aprovar a reforma na comissão e entregar o texto para análise do Plenário da Câmara até julho.


Gabinete de inteligência

Para garantir os 308 votos necessários para a aprovação da medida na Câmara, o governo porá à disposição dos deputados, a partir da próxima terça-feira (7), técnicos do Ministério da Economia para tirar dúvidas sobre a proposta.


Segundo a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), esse “gabinete de inteligência” da Previdência será montado em uma sala da liderança do governo no Congresso e vai funcionar principalmente às terças, quartas e quintas-feiras.


“O grupo do Ministério da Economia vai dar informações aos parlamentares tirando qualquer dúvida que possa haver em relação ao texto, inclusive por região. Queremos dar segurança para o parlamentar explicar para seu eleitor por que a nova Previdência é tão importante”, explicou Joice.


Tramitação

A comissão especial será composta por 49 membros e 49 suplentes de 25 partidos com representação na Câmara. Na comissão especial, será examinado o mérito da proposição. Essa comissão terá o prazo de até 40 sessões do Plenário, contados a partir de sua formação, para aprovar um parecer.


Somente na comissão especial poderão ser apresentadas emendas, com o mínimo de 171 assinaturas de deputados cada uma, no prazo de dez sessões do Plenário. A relatoria da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019) está sob a responsabilidade do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).


Após a publicação do parecer da comissão especial e o intervalo de duas sessões, a proposta será incluída na ordem do dia do Plenário da Câmara, onde será submetida a dois turnos de discussão e votação.


Entre os dois turnos, há um intervalo de cinco sessões do Plenário. Para ser aprovada, a proposta precisa ter, em ambos os turnos, três quintos dos votos dos deputados – 308, em votação nominal. Em seguida, o texto vai para o Senado onde será submetido a uma nova tramitação.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/05/2019 - CDH vai discutir Previdência e trabalho com foco em isenções fiscais


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vai debater, nesta segunda-feira (6), sobre Previdência e trabalho, com foco na Desvinculação de Receitas da União (DRU), na sonegação e nas isenções fiscais. A audiência faz parte de um ciclo de debates solicitado pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS).


A DRU é uma ferramenta que permite ao governo federal usar livremente 20% de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas. Na prática, possibilita que o governo aplique recursos destinados a áreas como educação, saúde e Previdência Social em qualquer despesa considerada prioritária e na formação de superávit primário.


Foram convidados para participar da reunião o diretor da Instituição Fiscal Independente do Senado Federal (IFI) Rodrigo Octávio Orair; o diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto Queiroz; o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Martins de Sá Neto; o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Juliano Sander Musse; e o diretor de Assuntos Parlamentares do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), George Alex Lima de Souza.


Também devem participar do encontro representantes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e do Conselho Nacional de Educação (CNE).


A audiência pública será interativa, aberta à participação popular, e está marcada para as 9h, no Plenário 6 da Ala Nilo Coelho.

 

Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)

Fonte: Agência Senado

 


 

06/05/2019 - Produção industrial brasileira cai 1,3% de fevereiro para março


A produção industrial brasileira recuou 1,3% na passagem de fevereiro para março, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nessa sexta (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, a indústria havia crescido 0,6%.


Foram registradas quedas em todos os tipos de comparação temporal: em relação a março do ano passado (-6,1%), média móvel trimestral (-0,5%), acumulado do ano (-2,2%) e acumulado de 12 meses (-0,1%).


Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção na passagem de fevereiro para março, com destaque para os alimentos, que recuaram 4,9%.


Outros setores que influenciaram a queda de 1,3% da indústria em março, na comparação com fevereiro, foram automotores, reboques e carrocerias (-3,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,7%), indústrias extrativas (-1,7%) e outros produtos químicos (-3,3%).


Nove segmentos tiveram alta na produção e evitaram uma queda maior da indústria no período, com destaque para produtos farmoquímicos (4,6%).


Entre as quatro grandes categorias econômicas, apenas os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, tiveram alta (0,4%). A maior queda foi observada nos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-1,5%).
Entre os bens de consumo, houve queda de 1,3% nos bens duráveis e de 1,1% nos bens semi e não duráveis.

Fonte: Agência Brasil

 


 

06/05/2019 - Impacto da reforma da Previdência entre os idosos é tema de novo debate


A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (7) o impacto da reforma da Previdência (PEC 6/19) na população mais velha com o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.


A audiência foi sugerida pelos deputados Denis Bezerra (PSB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Tereza Nelma (PSDB-AL), e Carmen Zanotto (PPS-SC).


No mês passado, especialistas ouvidos pela comissão criticaram a falta de diagnóstico do Executivo para fundamentar a reforma e questionaram a eficácia das mudanças.


O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Clemente Ganz disse que o diagnóstico que o governo faz para respaldar a reforma é fraco e não possui uma previsão dos impactos econômicos das mudanças. “Qual o efeito de tirar da economia R$ 1 trilhão? Você está tirando potência da dinâmica econômica. Dimensionar esses efeitos é fundamental”, afirmou.


Participação popular

O debate será realizado a partir das 15 horas no plenário 14.


O evento será transmitido, ao vivo, pela internet e quem quiser poderá enviar perguntas aos convidados.

Fonte: Agência Câmara

 


 

06/05/2019 - Construção civil desaba com o agravamento da crise


Mercado informal domina o setor.


A coluna "Painel" do jornal Folha de S. Paulo informa que o ano já acabou para a construção civil. O setor não acredita na panaceia da "reforma" da Previdência Social. Quem ainda pode se beneficiar são empresas de material de construção ou escritórios que atuam no início dos projetos — a construção propriamente dita deve colher os frutos só em 2020.


“Há um lapso de tempo entre a tomada de decisão de investimento e o desembolso no canteiro”, diz Eduardo Zaidan, do Sinduscon-SP (sindicato da construção). A estimativa é que o PIB do setor suba 1% a 2%, mas impulsionado pelo mercado informal, não pelas construtoras. Para piorar a situação, os custos estão em alta. A inflação do setor nos últimos 12 meses até abril cresceu 6,59% —só insumos como areia e aço, por exemplo, avançaram mais que 12%.


O financiamento imobiliário ainda respira: o número de imóveis dados como garantia em venda de apartamentos ou casas aumentou 15% nos 12 meses até fevereiro deste ano, segundo a Fipe e a Arisp (associação dos registradores de imóveis). No mesmo período, a quantidade de imóveis retomados por inadimplência caiu 15,5%, o que pode indicar melhora no segmento, segundo a coluna.

Fonte: Portal Vermelho

 


 

06/05/2019 - Desemprego em alta faz trabalhadores sentirem saudades do governo Lula


Crescimento de 10,2% no número de desempregados no primeiro trimestre do governo Bolsonaro já faz eleitores se arrependerem do voto


O aumento do desemprego registrado no primeiro trimestre do governo Bolsonaro já faz eleitores se arrependerem do voto e sentirem saudades dos governos do PT, em especial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando havia políticas de estímulo ao crescimento. "Ele não está do lado da população pobre, está do lado dos ricos. Não vejo ele ajudando o meu lado. Votei completamente errado. Se eu tivesse votado num homem que desse serviço...", diz o pedreiro Pedro de Santana. Ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, ele conta que quer largar o bico, mas está desempregado há 10 meses.


"Falar que o Lula foi ruim para o trabalhador é mentira", afirma o metalúrgico Laerte de Paula. Com as contas de água e luz atrasadas, ele diz que mandou mais de uma centena de currículos, "mas até agora, nada".


Dados divulgados pelo IBGE na última terça-feira (30) revelam que o número de desempregados cresceu 10,2%, para um total de 13,387 milhões nos primeiros três meses deste ano. A taxa de subutilização – pessoas que trabalham em jornada reduzida por falta de opção – atingiu 25%, a maior da série histórica.


Segundo o professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Rubens Sawaya, medidas adotadas pelo governo, como cortes no orçamento, colaboram para o agravamento do desemprego. Para combater a crise, o Estado deveria ampliar gastos para estimular a demanda, aquecendo a economia.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

06/05/2019 - A capitalização é o grande inimigo a se combater, alerta diretor do Diap


Dia 30 de abril, a Agência Sindical entrevistou Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), diretor licenciado do Diap e membro da Queiroz Assessoria, em Brasília. Ele falou durante seminário preparatório da Campanha Salarial dos Engenheiros do Estado de São Paulo.


A entrevista tratou do regime de capitalização previsto na PEC da reforma da Previdência, apresentada ao Congresso Nacional pelo presidente Bolsonaro. Toninho critica a capitalização, pois ela quebra o padrão de distribuição (repartição) da Previdência Pública e impõe a lógica da acumulação privada.


“O regime de capitalização é o principal inimigo a ser combatido na reforma da Previdência”, orienta o consultor político e sindical.


Leia íntegra da entrevista


Agência - Em sua fala, hoje, no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, você não recomendou o regime de capitalização da Previdência e advertiu que muitos países já revertem o modelo e voltam para o sistema público. Como está essa situação no mundo?


Toninho - O regime de capitalização visa substituir o regime de repartição, que é solidário, no qual a atual geração paga a aposentadoria da anterior e a futura geração pagará a aposentadoria da atual. Contribui na perspectiva da distribuição de renda e tem um caráter tripartite: a contribuição do trabalhador, a contribuição do empregador e a contribuição da sociedade através dos impostos arrecadados pelo governo.


É um sistema que injeta dinheiro na economia, faz a economia funcionar e esse dinheiro retorna para o próprio governo, através de impostos, pois a carga tributária incide sobre o consumo; e esse dinheiro das aposentadorias tem natureza alimentar, ele vai direto para o consumo. Isso no regime de repartição.


Na capitalização, não há contribuição do governo e a patronal. E a contribuição do próprio trabalhador é inferior ao que ele paga no regime de repartição. Então, ele vai acumular muito pouco na conta individual que terá na seguradora e isso, certamente, não será suficiente para manter uma velhice com dignidade.


Tanto é que, nos cerca de 40 países que a adotaram, 18 deles já estão revendo esse modelo para colocar um pilar público, porque o que acumula, dos poucos que conseguem acumular, não é suficiente para manter a velhice com dignidade. Um exemplo: se com a contribuição do trabalhador, que no Brasil é de 11% - do empregador que é dobro disso e o governo ainda cobre quando há insuficiência de financiamento - mesmo assim essas aposentadorias não são grande coisa. Imagine num ambiente onde não há contribuição governamental, e patronal e a do próprio trabalhador é menor!


No caso do Chile o nível de cobertura previdenciária de pessoas que estão vinculadas a Previdência caiu assustadoramente. O número de trabalhadores com direito ou condições pra se aposentar caiu muito mais ainda. E a reserva dos que conseguiram se aposentar não é suficiente para a expectativa de sobrevida. Então, a pessoa terá que reduzir ainda mais o valor do benefício. Tanto que a maioria dos aposentados nesses países recebe menos que um salário mínimo de benefício previdenciário, porque não tem poupança, não tem renda suficiente pra acumular mais do que isso.


No caso brasileiro, se a gente adotar o regime de capitalização, vai ser uma tragédia porque a previdência pública é assistência social e tem caráter solidário, que garante a economia do Interior.


Mais de 70% dos municípios recebem um benefício previdenciário que é maior que sua economia é capaz de gerar. Maior que o Fundo de Participação do Município e maior que a receita própria do município.


Portanto, o idoso e o aposentado naquela localidade assumem a condição de arrimo de família. Ou seja, todos se agregam em torno dele, que movimenta a economia local e impede migração para os grandes centros, onde vão enfrentar uma vida miserável.


Então, sob qualquer ponto de vista que se analise, o regime de capitalização é uma tragédia. E não adianta dizer que é alternativo ou facultativo. Isso é mentira. Quando o FGTS foi adotado, em 1967, também se dizia que era opcional. O trabalhador procurava o emprego e empregador dizia: você tem duas opções pela estabilidade no emprego ou pelo FGTS. Só que eu só estou contratando pelo FGTS. Então, essa opção não é do trabalhador; é do empregador.


O mesmo vale para a capitalização. Se eu sou empregador e vou contratar, por que eu vou empregar alguém pagando o dobro do que ele paga para a Previdência, se eu tenho a alternativa no regime de capitalização, de não pagar nada. Então, o regime de capitalização deve ser a prioridade zero do enfrentamento dessa reforma.

Fonte: Agência Sindical

 


 

03/05/2019 - 4,8 milhões de desempregados já deixaram de buscar trabalho, diz IBGE


Últimos dados sobre emprego no Brasil mostram que, das 13,4 milhões de pessoas sem emprego, 37,8% desistiram da procura


O número de pessoas aptas ao trabalho mas sem emprego no Brasil superou a marca dos 13,4 milhões no primeiro trimestre de 2019. Isso significa dizer que 12,7% dos brasileiros e brasileiras estão desempregados. Os dados atualizados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última terça (30).


"Os dados confirmam o indicativo do aumento do número do desemprego. Talvez o mais importante seja o volume desse aumento de desocupados. São 1,2 milhões de pessoas, comparando com o trimestre anterior. A taxa aumentou mais de um ponto percentual, o que é muito significativo em um primeiro trimestre", comenta Patrícia Pelatieri, coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).


Uma análise mais aprofundada sobre os dados do IBGE revela outros recortes que permitem avaliar a evolução do cenário laboral brasileiro: 6,8 milhões de pessoas estão subocupadas. Tratam-se, em geral, de trabalhadores informais ou que se dedicam aos chamados bicos, trabalhando menos horas do que poderiam.


O sociólogo Ricardo Antunes, um dos maiores estudiosos brasileiros sobre o mundo do trabalho, explicou em entrevista ao Brasil de Fato que este tipo de trabalho, informal, intermitente é a "antessala do desemprego".


Os números apontam também para um grupo crescente de trabalhadores desalentados, ou seja, desempregados que deixaram de procurar emprego, cresceu 3,9% no último trimestre. No total, 180 mil pessoas desistiram de encontrar um trabalho, somando 4,8 milhões de brasileiros.


Antunes interpreta que a condição de desalento não significa que o trabalhador ou a trabalhadora não queira mais buscar emprego porque não precisa. "Eles não buscam mais emprego porque estão fazendo isso há um, dois anos. Para buscar emprego você tem que acordar cedo, ter dinheiro para condução, para alimentação. É muito custoso", analisa.


Somados os trabalhadores sub-ocupados, os trabalhadores que poderiam trabalhar mas não o fazem por diversos motivos – uma mãe que não pode trabalhar por ter que cuidar de um filho pequeno sem acesso a creche, por exemplo – e os trabalhadores desalentados, o Brasil atingiu o recorde de 28,3 milhões de pessoas classificadas pelo IBGE como subutilizadas.


"É muito preocupante olhar esse quadro, principalmente ao verificarmos o perfil dos desalentados, dos sub-ocupados e desempregados. São, em sua maioria, mulheres jovens entre 18 e 24 anos. Trabalhadores de ocupações elementares, com baixa escolaridade. Estamos falando de um empobrecimento da classe trabalhadora muito significativo", alerta Pelatieri.


De acordo com Antunes, a criação de bolsões de desempregados é servil ao sistema capitalista. Sobretudo no cenário atual, em que as políticas sociais estão em retração, e com os efeitos da reforma trabalhista, tornando trabalhadores cada vez mais reféns às condições degradantes impostas pelos empregadores.


"O desemprego é o flagelo mais brutal. E cada vez mais esse bolsão de desempregados se confunde com o bolsão de subempregados, de informais intermitentes, porque todos esses vivenciam muitos horários de suas vidas em que deveriam trabalhar para sobreviver, na condição real de desemprego", concluiu Antunes.

Fonte: Brasil de Fato

 


 

03/05/2019 - Ministro decide por urgência na avaliação do STF sobre fim de conselhos sociais


Para Marco Aurélio de Mello, decreto de Bolsonaro representa usurpação de competência do Executivo sobre Legislativo e atuação dos conselhos é parte do Estado democrático de direito


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello determinou que o colegiado da Corte aprecie com urgência a inconstitucionalidade do decreto 9.759, que extingue os conselhos da Administração Pública Federal, cujos colegiados são integrados por representantes da sociedade civil.


Mello é relator de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.121 com pedido de liminar impetrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A decisão é um vitória parcial da oposição.


Os conselhos foram criados nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff – alguns deles desde o governo de Fernando Henrique Cardoso – e vinham se consolidando como importantes meios de participação da sociedade civil nas políticas públicas do país.


O magistrado afirma que a edição pelo Executivo do decreto revela usurpação da competência do Congresso Nacional, já que a os conselhos precisam de regulamentação a ser feita em lei no “sentido formal”.


Parlamentares oposicionistas já tinham argumentado que a extinção dos conselhos viola o modelo constitucional de formulação e implementação de políticas públicas, que demanda participação e fiscalização popular.


Em outro trecho da sua decisão, Marco Aurélio de Mello destaca que considera, com o decreto do presidente Jair Bolsonaro, “violados os princípios republicano, democrático e da participação popular previstos na Constituição Federal”.


Segundo ressalta ainda o magistrado, “considerada a ‘Política Nacional de Participação Social’, os conselhos, no que revestidos de caráter consultivo, consubstanciam ‘ferramenta de efetivação da democracia brasileira’, porque instrumentalizam diálogo permanente entre o governo e os diversos grupos organizados da sociedade civil”.


O ministro acrescentou também, ao falar sobre a importância destes órgãos, que eles ampliam a participação democrática do povo nos rumos das políticas públicas ou na efetivação dos direitos garantidos legal e constitucionalmente.


Para Marco Aurélio de Mello, a participação dos cidadãos na condução dos assuntos estatais é considerada uma “exigência ínsita ao Estado Democrático de Direito”. Na ADI 6.121, o PT argumentou que a o decreto de extinção dos órgãos da administração pública representa irregularidade formal do Executivo.


Irregularidade do Executivo

O decreto 9.759, assinado em 12 de abril, estabelece um prazo de 60 dias para que conselhos, comitês, comissões, grupos, juntas, equipes, mesas, fóruns, salas e qualquer outra denominação de colegiado feita por participação social que não tenham sido criados por lei justifiquem sua existência para serem avaliados.


O objetivo, conforme explicou na ocasião o próprio Executivo, é reduzir de 700 para 50 o número destes colegiados, que estão previstos na Política Nacional de Participação Social (PNPS) e no Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) - programas, criados em 2014, também extintos.


Entre os ameaçados estão organismos fundamentais para a sociedade brasileira como o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT (CNCD/LGBT), o Conselho Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), o dos Direitos do Idoso (CNDI), o de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC), o Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), o de Relações do Trabalho, o de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), a da Biodiversidade (Conabio), o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI).


Para a cientista política Carla Bezerra, vários desses órgãos possuem atribuições essenciais à execução de políticas públicas diversas. “A extinção, sem detalhar de quais órgãos estamos falando, tem como efeito imediato uma enorme insegurança jurídica”, avaliou.


A pauta da mais alta Corte do país é decidida, tradicionalmente, pelo presidente do tribunal, que é hoje o ministro Dias Toffoli. Mas com a decisão do ministro Marco Aurélio, a previsão é de que a ADI entre na pauta de julgamento do STF até junho.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

03/05/2019 - Márcio Jerry: "Bolsonaro não enfrenta os problemas reais do Brasil"


Em cinco tuítes, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) resumiu como tem sido até agora os quatro meses de mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL):


1. O presidente Jair Bolsonaro comete desatinos todos os dias. Não enfrenta nenhum dos problemas reais do país, prefere fazer guerra política permanente, atacar direitos, propor absurdos contra o povo.


2. Governo Bolsonaro mira os mais pobres e as políticas públicas fundamentais para o país. É o governo que quer fazer da previdência mais um bom negócio para os banqueiros, expondo a maioria do povo à desassistência previdenciária.


3. Governo Bolsonaro é o da violência. Discursa estimulando a conflagração, flexibiliza uso de armas, prega agressões, ataca a educação, ameaça retirar ainda mais recursos da saúde.


4. Nunca o Brasil passou tantos vexames internacionais. Um dos maiores países do planeta exposto todos os dias ao ridículo pelas patetices presidenciais. Jair Bolsonaro se comporta como uma vassalo dos EUA e um bobão perante o mundo.


5. Na cruzada bolsonarista os alvos são o povo, os sindicatos, a imprensa, a educação, saúde, os direitos, a democracia. Enfim, tudo que a sociedade brasileira erigiu ao longo de décadas vira alvo da maluquice do presidente, filhos e "guru". Muito absurdo junto. Reage, Brasil!

Fonte: Portal Vermelho

 


 

03/05/2019 - CNTA orienta filiados a atuarem forte na base e reforça apoio à greve geral


"A greve geral precisa ser construída através do esclarecimento da sociedade sobre as maldades da reforma da Previdência". Quem faz esta afirmação é Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins. Em entrevista nesta quinta (2) à Rádio Web Agência Sindical, o dirigente avaliou positivamente o ato de 1º de Maio Unificado.


"Este 1º de Maio teve todos os motivos para protestar. Houve uma presença significativa de público. E o que pude notar é que todos estavam contestando esse modelo de governo que está aí", comenta Artur.


O sindicalista afirma que é preciso ir além da crítica ao modelo de governo. Para ele, só com esse argumento não se consegue convencer os trabalhadores e a sociedade. “É preciso ser objetivo. O modelo desse governo atende interesses do grande capital. Nós temos que pontuar cada ataque e o quanto ele vai atingir a sociedade”, diz.


O presidente da CNTA antecipa como deve ser a mobilização na categoria. Dia 11, em Limeira, haverá mobilização em portas das fábricas comandadas pelo Sindicato local, com apoio da Confederação. “Vamos realizar ações em nossas bases, usando a Calculadora do Dieese. Em dois minutos conseguimos mostrar o quanto essa reforma acaba com as aposentadorias. Com isso, esperamos mobilizar os trabalhadores para a greve geral do dia 14 de junho”, destaca Artur Bueno.


Reformas - O dirigente lembra que a reforma trabalhista não trouxe nada daquilo que foi prometido. “E a reforma da Previdência também não trará nada ao desenvolvimento do País”, aponta. Artur continua: “O governo não tem credibilidade. A cada dia é uma notícia que causa transtorno para economia e desenvolvimento do País. Isso causa todo tipo de insegurança e com isso afasta os investimentos. Por isso, o Brasil está parado”.


Mais informações: www.cntaafins.org.br

Fonte: Agência Sindical

 


 

03/05/2019 - Silvio Santos vende apoio ao fim da Previdência


O SBT, de Silvio Santos, recebeu o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quinta-feira 2 e, com isso, consagrou a venda do apoio da emissora à Reforma da Previdência. O canal já é forte apoiador do governo Bolsonaro.


O presidente participou da gravação do Programa Silvio Santos, após chegar de helicóptero no complexo localizado na Rodovia Anhanguera, em Osasco. Ele postou foto nos estúdios com Silvio Santos em suas redes sociais.


"Gravando com o maior comunicador deste país. Assuntos de interesse de todos os brasileiros, incluindo a Nova Previdência. Programa irá ao ar neste domingo. Não percam!", tuitou Bolsonaro.


Em janeiro de 2018, Silvio Santos fez o mesmo com Michel Temer, que acabou deixando o poder sem aprovar a reforma da Previdência.


Este ano, o SBT recebeu R$ 7,3 milhões em verbas publicitárias da secretaria de comunicação do governo federal, ficando atrás apenas da Record, que pela primeira vez ultrapassou a Globo e liderou a fatia.


Além da mudança na estrutura de distribuição, que deixou a Globo em terceiro lugar em 2019, o montante pago ao SBT também é muito maior em comparação aos anos anteriores. Em 2018, a emissora de Silvio Santos recebeu R$ 1,1 milhão e em 2017, a partilha foi de R$ 1,34 milhão.

Fonte: Brasil247

 


 

03/05/2019 - CNBB critica "reformas" previdenciária e trabalhista


A mensagem, divulgada durante a missa de abertura, foi reforçada pelo presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha


Matéria do jornal O Estado de S. Paulo informa que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou o projeto de “reforma” da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) por "desconstitucionalizar" as regras da Previdência, durante a abertura da sua 57.ª Assembleia Geral da Conferência Nacional, nesta quarta-feira, 1º, em Aparecida, interior de São Paulo.


A mensagem, divulgada durante a missa de abertura, foi reforçada pelo presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha, durante a homilia. "Os trabalhadores são os mais fragilizados na sociedade, os que sofrem com o desemprego e com a falta de condições dignas de trabalho", disse.


Já na mensagem, cujo texto ele também assina, a CNBB pediu que trabalhador e sindicatos participem da discussão para preservar "sua justa e digna" aposentadoria. A Assembleia Geral reúne mais de 400 bispos para discutir, até o próximo dia 10, os desafios e diretrizes da Igreja brasileira até 2023. O conclave também elegerá a nova presidência da CNBB para os próximos quatro anos.


A mensagem destaca que a Previdência é fundamental para garantir a dignidade do trabalhador que se aposenta. "Reconhecer a necessidade de avaliar o sistema não permite desistir da lógica da solidariedade e da proteção social através da capitalização, como propõe a PC 06/2019. Também não é ético desconstitucionalizar regras da Previdência, inseridas na Constituição de 1988", afirma o texto.


"Reforma" trabalhista

A CNBB criticou também a "reforma" trabalhista, por ter agravado o problema do desemprego. "A flexibilização de direitos dos trabalhadores, institucionalizada pela lei 13.467 de 2017, como solução para superar a crise, mostrou-se ineficiente. Além de suscitar questionamentos éticos, o desemprego aumentou e já são mais de treze milhões de desempregados. O Estado não pode abrir mão do seu papel de mediador das relações trabalhistas, numa sociedade democrática", afirma.


O texto do clero reafirma o princípio orientador da doutrina social da Igreja na primazia do trabalho e do bem comum sobre o lucro e o capital. "Nos nossos dias, difunde-se o paradigma da utilidade econômica como princípio das relações sociais e, por isso, de trabalho, almejando a maior quantidade possível de lucro, imediatamente e a todo o custo, em detrimento da dignidade e dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras."


A mensagem cita o papa Francisco, para quem o desemprego juvenil é a primeira e mais grave forma de exclusão e marginalização dos jovens. "A impossibilidade de trabalho gera a perda do sentido da vida e, consequentemente, leva à pobreza e à marginalização. Incentivamos os trabalhadores e trabalhadoras e as suas organizações a colaborarem ativamente na construção de uma economia justa e de uma sociedade democrática."

Fonte: Portal Vermelho

 


 

03/05/2019 - Bolsonaro nomeia como interlocutor deputado que pediu impeachment de Mourão


O presidente Jair Bolsonaro escolheu o deputado evangélico de direita Marco Feliciano (Pode-SP) como seu interlocutor no Congresso. Feliciano é o autor do pedido de impeachment do vice-presidente, Hamilton Mourão.


A jornalista Mônica Bergamo informa em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo que Feliciano foi recebido três vezes nesta semana pelo presidente. Participaram juntos na Agrishow, em SP, na última segunda-feira e no dia seguinte foi convocado para uma reunião de Bolsonaro com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara.


Na quinta, o presidente e o deputado, ambos de extrema direita, viajaram juntos a Santa Catarina para participar do congresso evangelístico Gideões.


O setor evangélico, decisivo na campanha eleitoral e na formação da base de apoio do governo Bolsonaro tem agora no deputado Feliciano um interlocutor que fará a linha direta com o Palácio do Planalto, informa a coluna.

Fonte: Brasil247

 


 

03/05/2019 - Ministro suspende norma que admite que trabalhadoras grávidas e lactantes desempenhem atividades insalubres


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5938 para suspender norma que admite a possibilidade de trabalhadoras grávidas e lactantes desempenharem atividades insalubres em algumas hipóteses. A ação foi ajuizada no Supremo pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. O relator verificou que estão presentes no caso os requisitos da plausibilidade jurídica do direito e do perigo da demora, necessários para a concessão da cautelar.


A confederação questiona expressões contidas nos incisos II e III do artigo 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) com a redação conferida pelo artigo 1º da Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista). A norma admite que trabalhadoras gestantes exerçam atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo e lactantes desempenhem atividades insalubres em qualquer grau, exceto quando apresentarem atestado de saúde emitido por médico de confiança da mulher que recomende o afastamento durante a gestação e a lactação. Tal permissão legal, segundo a entidade autora, afronta a proteção que a Constituição Federal atribui à maternidade, à gestação, à saúde, à mulher, ao nascituro, aos recém-nascidos, ao trabalho e ao meio ambiente do trabalho equilibrado.


Liminar

Na análise da plausibilidade jurídica do pedido (fumus boni juris), o relator observou que as normas impugnadas expõem as empregadas gestantes a atividades insalubres de grau médio ou mínimo e as empregadas lactantes a atividades insalubres de qualquer grau e impõem a elas o ônus de apresentar atestado de saúde como condição para o afastamento. Em análise preliminar da matéria, ele entendeu que as expressões impugnadas não estão em consonância com diversas garantias constitucionais, entre elas a proteção à maternidade, que norteia outros direitos sociais, como a licença-maternidade, o direito à segurança no emprego assegurado à gestante e normas de saúde, higiene e segurança, “os quais representam não apenas normas de proteção à mulher gestante ou lactante, mas também ao nascituro e recém-nascido lactente”.


Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a proteção da mulher grávida ou da lactante em relação ao trabalho insalubre caracteriza-se como direito social protetivo tanto da mulher quanto da criança. “A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser afastados pelo desconhecimento, pela impossibilidade ou pela própria negligência da gestante ou lactante em juntar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido”, ressaltou.


O perigo da demora (periculum in mora), outro requisito para a concessão de liminar, está demonstrado em razão de as expressões questionadas permitirem a exposição de empregadas grávidas e lactantes a trabalho em condições insalubres, o que, segundo o relator, deve ser obstado de imediato. “Mesmo em situações de manifesto prejuízo à saúde da trabalhadora, por força do texto impugnado, será ônus desta a demonstração probatória e documental dessa circunstância, o que obviamente desfavorece a plena proteção do interesse constitucionalmente protegido, na medida em que sujeita a trabalhadora a maior embaraço para o exercício de seus direitos”, destacou.


A decisão cautelar suspende a eficácia da expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento”, contida dos dispositivos impugnados.

Fonte: STF

 


 

02/05/2019 - Em discurso no Dia do Trabalho, Bolsonaro evita falar sobre desemprego


País tem 13 milhões de desempregados - Presidente cita ‘dificuldades iniciais’ - Ênfase foi sobre liberdade econômica


O presidente Jair Bolsonaro fez 1 pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão neste 1º de Maio, Dia do Trabalho. Em sua fala de 1 minuto e 52 segundos, ele evitou falar sobre o desemprego –que atinge 13,4 milhões de brasileiros. A proposta de reforma da Previdência também não foi citada.


O texto do pronunciamento foi lido em 1 teleprompter.


A ênfase do discurso de Bolsonaro foi a medida provisória da liberdade econômica, assinada na 3ª feira. A MP altera a legislação sobre pequenas empresas e startups para tentar para minimizar a burocracia. De acordo com as mudanças, as empresas contempladas não precisarão de alvará para testar novos produtos e serviços, caso tais mercadorias não afetem nem saúde ou nem a segurança pública e sanitária.


LEIA A ÍNTEGRA DO QUE FALOU O PRESIDENTE:


“Senhoras e senhores, boa noite.


Na data de ontem [30.abr.2019], foi realizada a cerimônia de assinatura da medida provisória que trata da declaração dos direitos de liberdade econômica cuja finalidade é estabelecer, principalmente, garantias de livre mercado.


É uma iniciativa do nosso Ministério da Economia, que restringe o papel do Estado no controle e na fiscalização da atividade econômica. Está concretizada em direitos considerados essenciais ao crescimento do país, dos quais destaco: desenvolver a atividade econômica de baixo risco para o sustento próprio da sua família; produzir, empregar e gerar renda assegurada a liberdade para o desenvolvimento econômico; não ter restringida, por qualquer autoridade, sua liberdade em definir o preço de produtos e de serviços; receber tratamento igualitário de órgãos e de entidades da administração pública, dentre outros.


Esse é o compromisso do meu governo com a plena liberdade econômica. Única maneira de proporcionar por mérito próprio e sem interferência do Estado o engrandecimento de cada cidadão.


O caminho é longo. Eu sei que unidos ultrapassaremos essas dificuldades iniciais que são naturais nas transições de governo. Especialmente se as concepções políticas forem antagônicas. O Brasil elegeu a esperança. Razão pela qual estarei sempre atento para não decepcioná-los.


É o meu compromisso com você neste Dia do Trabalho.


Boa noite e que Deus abençoe o nosso Brasil.”

Fonte: Poder360

 


 

02/05/2019 - Emprego, salário? Para governo, 1º de Maio é dia de controle sindical


Sergio Moro anuncia novo "marco normativo" de registro de entidades sindicais, que no ano passado foram objeto de investigação.

Mas não houve consulta aos atores envolvidos


No dia consagrado ao trabalhador, normalmente os governantes dedicam discursos a temas como emprego, salário e crescimento. No caso do atual mandatário, que não tem agenda oficial no dia de hoje, o 1º de Maio serve para publicar portaria sobre registro sindical digital.


Essa área, considerada bastante sensível, saiu do Ministério do Trabalho, extinto por Jair Bolsonaro, e foi para a pasta da Justiça, comandada por Sergio Moro. Em certo sentido, a questão social voltou a ser caso de polícia, como era admitido de maneira mais clara no tempo da República Velha.


A portaria sai em edição extraordinária do Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (1º). Segundo representantes das centrais, a medida foi elaborada sem nenhum tipo de negociação com o movimento sindical, apesar de se tratar de tema de interesse direto das entidades.


Terça (30), o governo anunciou o "marco normativo do registro sindical", criado, segundo anúncio oficial, para dar "transparência e celeridade" ao processo. O objetivo é de, até o final do ano que vem, reduzir o período entre solicitação e distribuição de 919 para 10 dias. E a decisão final cairia de quatro anos para nove meses.


Segundo Moro, a "reorganização" do setor deve "coibir malversações nesta área", além de atender aos interessados – que não foram consultados a respeito. O governo espera que todos os 25 mil processos que tramitaram nos últimos 15 anos estejam digitalizados até o final de 2020.


A atividade de registro sindical estava interrompida desde o ano passado. Uma operação da Polícia Federal, chamada Registro Espúrio, apurou fraudes na concessão de registros. A investigação envolvia políticos ligados ao PTB.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

02/05/2019 - 1º de Maio Unitário dá a arrancada para a greve geral de 14 de junho

Diante de um público de 200 mil pessoas, lideranças sindicais, sociais e políticas reafirmaram nesta quarta-feira (1/5), Dia Internacional do Trabalhador, a disposição para convocar uma greve geral contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL). No 1º de Maio mais representativo da história – com todas as centrais sindicais, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo –, cresceu o consenso para uma nova paralisação nacional, já pré-convocada para 14 de junho.


Por André Cintra


“O golpe de 2016 abortou o sonho do povo brasileiro e impôs um retrocesso inédito, com medidas como a contrarreforma trabalhista e o congelamento dos gastos públicos. Foi uma orientação reacionária que o governo Bolsonaro está aprofundando”, declarou Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).


Segundo ele, “é um momento importante, um momento de reflexão”, que passa pela unidade das centrais e do conjunto do movimento sindical. “Temos de buscar uma perspectiva de desenvolvimento para o País, de geração de empregos, de um Brasil melhor.”


Na opinião Ubiraci Oliveira, o Bira, presidente da CGTB, “este é um momento histórico. Os trabalhadores do Brasil se uniram contra esse crime que é a reforma da Previdência”. De acordo com Bira, a proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) “é ruim para todo mundo, mas é pior para as mulheres”.


O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que o sindicalismo não pode sucumbir a uma “reforma que tira direitos e mantém privilégios”. Luiz Gonçalves, o Luizinho, da Nova Central (NCST), ressaltou a unidade: “Estamos juntos com as demais centrais contra essa mentira que está prevalecendo”. Para Vagner Freitas – que preside a CUT –, “a única forma de barrar essa reforma é fazer o enfrentamento nas ruas. É greve geral!”.


Políticos

O deputado federal Orlando Silva, presidente do PCdoB-SP, acusou o presidente Jair Bolsonaro de liderar uma gestão entreguista, “a serviço das grandes empresas” e de interesses externos. “Bolsonaro tem um governo formado por um bando de malucos e um bando de usurpadores. Ele brinca com a democracia e quer acabar com a luta dos trabalhadores, com os sindicatos”, afirmou Orlando.


O parlamentar destacou o bem-sucedido empenho do movimento sindical para viabilizar um Dia do Trabalhador unificado, em conjunto com as frentes e com os partidos de oposição ao governo Bolsonaro. “Esta é a reposta que temos de dar: todos unidos em defesa da democracia, dos direitos e do nosso povo. Hoje tem de ser o começo, o primeiro passo de uma grande caminhada, que vai produzir uma grande greve geral e dizer ‘não’ à reforma da Previdência!”.


Dois candidatos à Presidência nas eleições 2008, Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), marcaram presença no 1º de Maio Unitário. “Não é nem uma reforma da Previdência. A gente precisa chamar a coisa pelo nome: é a destruição da Previdência pública no Brasil, disse Boulos. “Claro que temos diferenças. Mas, quando se trata de defender direitos, este palco fala a mesma língua.”


Haddad retomou uma bandeira de sua campanha eleitoral: “Temos que defender que a pessoa tenha um livro numa mão e uma carteira de trabalho na outra”. E defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado sem provas e preso desde abril de 2018. “Não teremos paz e segurança enquanto Lula estiver preso”, disse Haddad.


Pela Frente Brasil Popular falou João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST. “Nós, dos movimentos populares, estamos aqui para cerrar fileiras com o movimento sindical e dizer que mobilizaremos nossa base contra a reforma da Previdência”, afirmou Stédile. “O povo brasileiro não suportará nenhuma perda de direitos. Viva o povo brasileiro! Lula livre!”

Fonte: Portal Vermelho

 


 

02/05/2019 - No primeiro trimestre do ano 'novo', mais desemprego e mais desalento


Total de desempregados aumentou em 1,2 milhão em três meses e foi a quase 13,4 milhões.

A subutilização da força de trabalho (25%) bateu recorde, segundo o IBGE


No primeiro trimestre do "novo" governo, o número de desempregados cresceu 10,2%, em 1,2 milhão, para um total de 13,387 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na manhã desta terça-feira (30) pelo IBGE. A taxa de desemprego foi a 12,7%, ante 11,6% no último trimestre do ano. Não variou significativamente em relação a igual período de 2018 (13,1%). O total de ocupados (91,863 milhões) caiu 0,9% no trimestre, com menos 873 mil. A subutilização da força de trabalho é recorde e o desalento continua subindo.


A taxa de subutilização, que indica gente que poderia estar trabalhando mais, atingiu 25%, o maior nível da série histórica, iniciada em 2012. A população subutilizada chega a 28,3 milhões, com acréscimo de 1,5 milhão de pessoas no trimestre e de 819 mil em 12 meses.


De acordo com o IBGE, o numero de pessoas desalentadas – que desistiram de procurar emprego – subiu também nas duas comparações, somando 4,8 milhões. O percentual de desalentados manteve o recorde da série (4,4%).


Considerados 12 meses, o país abriu 1,591 milhão de ocupações (1,8%). Mas o que cresce é sempre o trabalho informal. Basicamente, o emprego sem carteira (466 mil a mais no período) e os trabalhadores por conta própria (879 mil).


O número de empregados no setor privado com carteira assinada foi estimado em 32,918 milhões, estável tanto no trimestre como em 12 meses. O total de sem carteira (11,124 milhões) caiu 3,2% no primeiro período de 2019 (menos 365 mil) e cresceu 4,4% em relação a igual período do ano passado. Isso aconteceu também com os trabalhadores por conta própria: estável nos primeiros três meses e com crescimento de 3,8% em 12 meses.


Estimado em R$ 2.291, o rendimento médio ficou estável no início do ano. E teve crescimento de 3,3% em relação a 2018.

Fonte: Rede Brasil Atual

 


 

02/05/2019 - Subutilizados no mercado de trabalho chegam a 28,3 milhões, diz IBGE


A população subutilizada no mercado de trabalho atingiu o número recorde 28,3 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano, ou seja, 5,6% a mais do que no último trimestre de 2018 e 3% a mais do que no primeiro trimestre daquele ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.


De acordo com o IBGE, é considerado subutilizado todo aquele que está desempregado, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego mas não estava disponível para a vaga.


A taxa de subutilização também é a maior da série histórica: 25%, superior aos 23,8% do trimestre anterior e aos 24,6% do primeiro trimestre de 2018.


O número de pessoas desalentadas, ou seja, aquelas que desistiram de procurar emprego chegou a 4,8 milhões, 3,9% superior (mais 180 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2018 e 5,6% superior (mais 256 mil pessoas) em relação ao primeiro trimestre do ano passado.


A população fora da força de trabalho, ou seja, que não está nem trabalhando nem procurando emprego, ficou estável em 65,3 milhões, ante o último trimestre de 2018 e 1% superior (mais 649 mil pessoas) em relação ao primeiro trimestre de 2018 (64,6 milhões).

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/05/2019 - Comissão da reforma da Previdência deve votar parecer em junho


O presidente da comissão especial que vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), disse nesta terça-feira (30) que espera votar o parecer da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019) em junho no colegiado.


“Se o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia quer votar em plenário em julho, vamos montar o cronograma para terminar os trabalhos em junho. Acontece que existem elementos nesse debate que independem de nós porque a elaboração do relatório na comissão tem que ser coordenada com a construção de maioria no plenário. Não adianta votar na comissão sem ter a garantia de maioria no plenário”, afirmou o parlamentar.


Ramos reuniu-se nesta terça-feira com o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e com o vice-presidente da comissão, deputado Silvio Costa Filho (PRB-PE), para definir um cronograma de trabalho que será apresentado aos coordenadores de bancada dos partidos que compõem o colegiado na próxima terça-feira (7), quando ocorrerá a primeira reunião ordinária da comissão.


O plano de trabalho prevê que 11 audiências públicas sejam feitas em maio ouvindo a equipe econômica e representantes de corporações e da sociedade civil. A ideia de Ramos é reunir a comissão três vezes por semana.


“Temos 130 sugestões de pessoas a serem ouvidas em requerimentos protocolados. A nossa ideia é ouvir entre 50 e 60 pessoas, as mais variadas, desde representantes de associações corporativas, técnicos, acadêmicos, a equipe do Ministério da Economia”, informou.


Marcelo Ramos também se reuniu com os deputados da oposição, Júlio Delgado (PSB-MG), e Orlando Silva (PCdoB-SP). “A reunião com o presidente da comissão especial foi muito produtiva. Tratamos de procedimentos. Ficou claro que não vai ter açodamento. Existe um regimento que vale para o governo e para a oposição. É necessário um debate aprofundado”, afirmou Orlando Silva.


Para Júlio Delgado, é pouco provável votar o parecer na comissão especial em junho. “Não precisa ter pressa para fazer a coisa direito que acolha o sentimento de todos os brasileiros”, disse Delgado. “O mais importante é ter algo atingindo aqueles que são privilegiados.”


O presidente, vice-presidente e relator da comissão especial da reforma da Previdência também se reúnem esta tarde com secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, no Ministério da Economia.

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/05/2019 - Ataque aos Correios é a nova diretriz do governo


O desmonte da estrutura pública brasileira tem um novo capítulo com o ataque direto de Bolsonaro aos Correios. O ex-capitão discutiu com Salim Mattar, secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do ministério da Economia, as possibilidades de privatização da maior estatal brasileira, que emprega 106 mil funcionários.


Mattar acusou os Correios de "práticas de corrupção" e destacou que "decisões equivocadas causaram um rombo de mais de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis."


Bolsonaro sempre alimentou a ideia de privatizar os Correios. Em outubro de 2018, antes de ser eleito, afirmou que a estatal tem grande chance de privatização.


A matéria do jornal Folha de S. Paulo destaca que os ataques de Mattar à estatal não se resumiram a generalidades: ele também fustigou os planos de assistência dos funcionários. "Mattar argumentou que o rombo no plano de saúde dos funcionários dos Correios atingiu R$ 3,9 bilhões."

Fonte: Brasil247

 


 

02/05/2019 - Preço de produtos na saída das fábricas sobe 1,63% em março, diz IBGE


O Índice de Preços ao Produtor (IPP) – que mede a variação de preços dos produtos industrializados no momento em que saem das fábricas – registrou inflação de 1,63% em março deste ano. A taxa é superior ao 0,45% de fevereiro deste ano e ao 1,08% de março do ano passado.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de 1,32% no ano e de 8,98% em 12 meses.


Dezenove das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta de preços em março, com destaque para refino de petróleo e produtos de álcool (6,74%), indústrias extrativas (12,13%), alimentos (0,71%) e metalurgia (0,83%).


Entre as cinco atividades com queda de preços estão perfumaria (-0,94%), borracha (-0,57%) e bebidas (-0,39%).


Entre as quatro grandes categorias econômicas, a maior alta de preços foi observada entre os bens de consumo semi e não duráveis (2,24%) e os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivos (1,59%). Também tiveram inflação os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (0,91%).


Os bens de consumo duráveis tiveram queda de preços de 0,03% no mês.

Fonte: Agência Brasil

 


 

02/05/2019 - Projeto prevê atendimento prioritário especial para idosos maiores de 80 anos


O Projeto de Lei 927/19 torna obrigatório o atendimento prioritário especial para idosos maiores de 80 anos e pessoas com deficiência.


A medida é acrescentada à Lei 10.048/00, que já prevê atendimento prioritário às pessoas com deficiência, aos idosos com idade igual ou superior a 60 anos, às gestantes, às lactantes, às pessoas com crianças de colo e aos obesos. Pela proposta, as pessoas com deficiência e com mais de 80 anos serão atendidas preferencialmente em relação às demais.


“Dentre os beneficiários do atendimento prioritário há pessoas que demandam um tratamento especial, por serem ainda mais vulneráveis”, justifica o deputado Hélio Costa (PRB-SC), autor da medida.


Pelo texto, os órgãos da administração pública, as empresas prestadoras de serviços públicos, as instituições financeiras e estabelecimentos comerciais de grande circulação deverão divulgar, em lugar visível, essa prioridade.


Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara