Blog - Notícias Anteriores - Maio 2020
29/05/2020 -
Taxa de desemprego sobe para 12,6% em abril, diz
IBGE
29/05/2020 -
Datafolha: rejeição a Bolsonaro vai a 43%, mas ele
mantém apoio de 33%
29/05/2020 -
Câmara aprova projeto da MP 936, mas governo impede
mudança na base de cálculo
29/05/2020 -
Não cabe a partidos pedir apreensão do celular de
Bolsonaro, diz Aras
29/05/2020 -
Celso de Mello envia pedidos de impeachment de
general Augusto Heleno à Procuradoria-Geral
29/05/2020 -
Pesquisa da CNI mostra que 22% das empresas só têm
condições de manter atividades por mais um mês
29/05/2020 -
Fiscais do Trabalho interditam três minas da Vale
após registros de coronavírus
28/05/2020 -
Mercado formal fecha 860 mil vagas em abril. Em
cinco anos, 3 milhões de empregos cortados
28/05/2020 -
Eduardo Bolsonaro defende ‘reação enérgica’ contra o
STF
28/05/2020 -
Maioria das greves em 2019 foi para manter direitos,
aponta Dieese, que cita ‘ambiente hostil’
28/05/2020 -
Câmara aprova negociação de dívidas de micro e
pequenas empresas
28/05/2020 -
Proposta suspende pagamento de acordo trabalhista
durante pandemia
28/05/2020 -
Um jovem em cada seis vai ficar desempregado por
causa da pandemia, alerta OIT
28/05/2020 -
Senado aprova aumento do salário mínimo para R$
1.045; MP vai a sanção presidencial
27/05/2020 -
Moraes manda Weintraub explicar à PF ofensas a
ministros do Supremo em reunião ministerial
27/05/2020 -
Orlando Silva propõe prorrogar desoneração da folha;
ele é relator da MP 936
27/05/2020 -
Celso de Mello e Cármen Lúcia repudiam ataques de
bolsonaristas ao Judiciário
27/05/2020 -
Celso nega acesso de Flávio Bolsonaro a depoimento
de Paulo Marinho
27/05/2020 -
PF cumpre mandados de busca e apreensão em inquérito
do Supremo sobre fake news
27/05/2020 -
Câmara aprova MP que aumentou o salário mínimo para
R$ 1.045
27/05/2020 -
Proposta prevê rescisão unilateral do contrato de
trabalho durante pandemia
26/05/2020 -
Senado convoca Abraham Weintraub para explicar
declarações em reunião ministerial
26/05/2020 -
Bolsonaro defende arquivamento de inquérito: “Nunca
interferi nos trabalhos da Polícia Federal”
26/05/2020 -
Indústria prevê recuperação lenta após o fim da
pandemia
26/05/2020 -
Desprezadas por Guedes, pequenas empresas empregam
mais e podem reorganizar economia
26/05/2020 -
Oposição quer CPI contra Bolsonaro em paralelo a
pedido de impeachment
26/05/2020 -
PDT acusa general Heleno de violar a Lei de
Segurança Nacional
26/05/2020 -
Comissão mista ouve na quinta-feira ministro da
Economia, Paulo Guedes
25/05/2020 -
Live das Centrais: Calixto Ramos avalia impactos da
tecnologia no mundo do trabalho
25/05/2020 -
Defender a democracia, deter o golpismo do governo
Bolsonaro; afirmam centrais
25/05/2020 -
Centrais entregam a Doria proposta de enfrentamento
à crise do coronavírus
25/05/2020 -
Bolsonaro volta a participar de ato com
aglomerações; Brasil já tem 22 mil mortes por
covid-19
25/05/2020 -
Aposentados e pensionistas recebem segunda parcela
do 13º a partir desta segunda (25)
25/05/2020 -
Empresa não pode exigir exame de trabalhador com
atestado médico de Covid
25/05/2020 -
Mudança de estrutura jurídica empresarial não afeta
contrato de trabalho
22/05/2020 -
Dieese: Congresso deve incluir na MP 936 melhora
salarial e participação de sindicatos
22/05/2020 -
Guedes já fala em pagar auxílio de apenas R$ 200 a
trabalhadores
22/05/2020 -
Bolsonaro usa pandemia para ‘ensaiar’ nova reforma
trabalhista, alerta Sakamoto
22/05/2020 -
Empresas usam pretexto da pandemia para dar calote
em trabalhadores
22/05/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego sobem 76,2% na primeira
quinzena de maio
22/05/2020 -
INSS paga segunda parcela do 13º a partir de
segunda-feira
21/05/2020 -
Juristas e frente de partidos apresentam pedido
unificado de impeachment de Bolsonaro nesta
quinta-feira
21/05/2020 -
Centrais sindicais fazem proposta para enfrentamento
da Covid-19 ao governo do Estado de SP
21/05/2020 -
Dirigentes do FST debatem com Orlando Silva
alterações na 936
21/05/2020 -
Bolsonaro derrete e avaliação ruim ou péssimo
alcança 50%, o dobro do ótimo ou bom
21/05/2020 -
Trabalho não é mercadoria ou bem de consumo, afirma
ministro do TST
21/05/2020 -
Senado aprova inclusão de covid-19 na cobertura de
seguros para doença e morte
21/05/2020 -
Câmara aprova projeto que suspende parte das
perícias do INSS durante pandemia
21/05/2020 -
Falta de medidas de segurança tem contaminado
trabalhadores, afirma Paim
20/05/2020 -
Em videoconferência, Toffoli diz que falta de
coordenação no combate à Covid prejudica retomada da
economia
20/05/2020 -
MP 936 retira direitos trabalhistas e não poupa nem
as gestantes
20/05/2020 -
Defender os empregos e a renda dos trabalhadores,
por Orlando Silva
20/05/2020 -
Pesquisa Fórum aponta queda de 20% em aprovação do
governo Bolsonaro na ação contra Coronavírus
20/05/2020 -
Ministério lança canal para registro de denúncias
trabalhistas
20/05/2020 -
Bolsonaro faz piada idiota no dia em que o Brasil
supera mil mortes por Covid-19
19/05/2020 -
Centrais sindicais lançam campanha #ForaBolsonaro
19/05/2020 -
Bolsonaro jogou 170 mil brasileiros na pobreza
extrema em 2019
19/05/2020 -
Recesso legislativo de julho é cancelado
19/05/2020 -
Dirigente alerta para risco à saúde de motoristas em
São Paulo
19/05/2020 -
Parlamentares criticam vetos à ampliação do auxílio
emergencial
19/05/2020 -
MPF abre investigação sobre vazamento de operação da
PF a Flavio Bolsonaro
19/05/2020 -
Celso de Mello decidirá sobre divulgação de reunião
ministerial até sexta
19/05/2020 -
Juíza autoriza liberação integral de FGTS de
trabalhadora dispensada sem justa causa
18/05/2020 -
Centrais sindicais atribuem saída de Teich à
“insanidade de Bolsonaro”
18/05/2020 -
Bolsonaro volta a fazer palanque e aglomeração em
frente ao Palácio do Planalto
18/05/2020 -
Paulo Marinho diz que decidiu revelar informações
sobre clã Bolsonaro após denúncias de Moro
18/05/2020 -
Indústria deve se adaptar a necessidades da
pandemia, defende Dieese
18/05/2020 -
Coronavírus: trabalhador demitido poderá manter
plano de saúde por um ano
18/05/2020 -
Celso manda notificar Bolsonaro sobre ação ligada a
pedido de impeachment no STF
18/05/2020 -
Para não pagar pensão, empresa tem de provar que
empregado não está mais doente
15/05/2020 -
Centrais sindicais denunciam golpe da Carteira
Verde-Amarela na Câmara
15/05/2020 -
Orlando quer reposição maior para trabalhador com
contrato suspenso
15/05/2020 -
Bolsonaro edita MP que desresponsabiliza agente
público por erro durante pandemia
15/05/2020 -
TCU: auxílio emergencial pago irregularmente a
militares tem de ser devolvido
15/05/2020 -
Humberto Costa defende processo de impeachment de
Bolsonaro
15/05/2020 -
Pesquisa diz que em abril 14,4% das indústrias
paralisaram atividades
15/05/2020 -
Produção industrial cai nos 15 locais pesquisados em
março, diz IBGE
14/05/2020 -
Presidenta do TST apoia medidas de Bolsonaro que
flexibilizam direitos trabalhistas
14/05/2020 -
Governo prevê queda de 4,7% no PIB de 2020, podendo
chegar a 6% se quarentena for até junho
14/05/2020 -
Lewandowski determina divulgação de exames de
Bolsonaro para Covid-19
14/05/2020 -
"Quem não quiser trabalhar, que fique em casa,
porra", diz Bolsonaro em novo ataque ao isolamento
social
14/05/2020 -
Rede, PV, PSB e PDT convocam mobilização pelo
impeachment de Bolsonaro na sexta-feira
14/05/2020 -
Com pandemia, 76% do setor industrial reduziu
produção
14/05/2020 -
Pesquisa CNI: Confiança do empresário da indústria é
a menor da série histórica
13/05/2020 -
Pesquisa aponta 43% no índice de rejeição ao governo
de Jair Bolsonaro
13/05/2020 -
Depoimento e vídeo de reunião confirmam que
Bolsonaro queria intervir na PF no Rio
13/05/2020 -
Senado amplia lista de profissionais que terão
prioridade em testes de coronavírus
13/05/2020 -
Pandemia suspende contratos de 3,9 milhões de
trabalhadores formais
13/05/2020 -
Bolsonaro entrega exames de coronavírus ao STF
13/05/2020 -
País tem 33,9 milhões de idosos e 22,9% trabalham em
locais expostos
13/05/2020 -
Para TST, sindicato pode ser parte em ação sobre
horas extras e adicional noturno
12/05/2020 -
Presidente da Caixa garante três parcelas do auxílio
de R$ 600 a quem tiver cadastro aprovado
12/05/2020 -
Cresce o número de pedidos de seguro-desemprego
12/05/2020 -
Em nova sabotagem ao isolamento, Bolsonaro
classifica academias e salões de beleza como
essenciais
12/05/2020 -
Governos do Ceará, Bahia e Maranhão ignoram decreto
de Bolsonaro sobre salões de beleza e academias
12/05/2020 -
Sindicatos protestam contra obrigação de plantão de
trabalhadores da educação
12/05/2020 -
CNI prevê queda de 4,2% na economia brasileira em
2020
12/05/2020 -
Suspender acordo trabalhista é o mesmo que chancelar
descumprimento de decisão
12/05/2020 -
Alteração de regime de turnos de revezamento em
refinaria é válida, diz TST
11/05/2020 -
Centrais Sindicais repudiam megarrodízio em SP,
defendem lockdown e exigem audiência com prefeito
11/05/2020 -
Sindicalistas e movimento “Não Demita” defendem
preservação dos empregos
11/05/2020 -
Governo deve aumentar lista de serviços essenciais
11/05/2020 -
Gasto de Bolsonaro com cartão corporativo é duas
vezes maior que de antecessores na presidência
11/05/2020 -
Celso libera acesso a vídeo de reunião para PGR,
AGU, Moro e delegada
11/05/2020 -
Não há sucessão trabalhista em recuperação judicial,
decide TST
11/05/2020 -
Desigualdade no Brasil registra pior índice desde
2012
08/05/2020 -
Congresso promulga emenda que institui Orçamento de
Guerra
08/05/2020 -
A pé, Bolsonaro e Guedes levam empresários para
pressionar STF em audiência de última hora
08/05/2020 -
40% dos brasileiros tiveram perda do poder de compra
desde início da pandemia
08/05/2020 -
Rodrigo Maia diz que pressão contra isolamento
social é ato 'quase criminoso'
08/05/2020 -
Parcelamento do FGTS pode ser suspenso por até seis
meses
08/05/2020 -
Paim apela a Bolsonaro que sancione projetos de
ajuda a trabalhadores na crise
08/05/2020 -
Empresa consegue afastar multa por homologação
tardia da rescisão contratual
08/05/2020 -
Bolsonaro inclui construção civil e indústria como
atividades essenciais
08/05/2020 -
Bolsonaro chama de “minoria barulhenta” pessoas que
buscam auxílio emergencial na Caixa
07/05/2020 -
Relator da MP 936, deputado Orlando Silva quer
reduzir perdas salariais
07/05/2020 -
1º de Maio virtual alcança 10 milhões e dá amplitude
à luta do trabalhador
07/05/2020 -
Bolsonaro pede a Celso de Mello que reconsidere
ordem de entrega de vídeo citado por Moro
07/05/2020 -
Pnad: metade dos brasileiros tem rendimento mensal
de R$ 850; 1% ganha R$ 28 mil
07/05/2020 -
TRF-3 ordena que Bolsonaro entregue ‘laudos de todos
os exames’ de coronavírus
07/05/2020 -
Decisão sobre covid-19 como doença ocupacional é
instrumento importante para trabalhadores
07/05/2020 -
Paim pede agilidade do governo na liberação do
auxílio emergencial
06/05/2020 -
Número de acordos com base na MP 936 cresce, mas
sindicatos melhoram o conteúdo, diz Dieese
06/05/2020 -
Inquérito Bolsonaro: Celso de Mello atende Aras e
libera vídeos de reunião ministerial e oitivas com
generais
06/05/2020 -
Justiça dá 72 horas para Bolsonaro se manifestar
sobre novo chefe da PF
06/05/2020 -
Indicado por Bolsonaro, Aras diz que não apresentará
denúncia porque depoimento de Moro é fraco
06/05/2020 -
Juiz dá cinco dias para que Bolsonaro se manifeste
sobre fraude nas eleições
06/05/2020 -
Para a OIT, pandemia já impacta 81% da força de
trabalho no mundo
06/05/2020 -
Pandemia afeta produção industrial no Brasil; índice
tem o pior mês de março desde 2002
06/05/2020 -
Bancos poderão conceder empréstimo com garantia do
FGTS
04/05/2020 -
Bolsonaro vai a ato contra democracia e diz que não
aceita interferência do STF
04/05/2020 -
Do 1º de Maio emerge ampla articulação em defesa da
vida e da democracia
04/05/2020 -
Rodrigo Maia fala em impor ordem democrática a
bolsonaristas após agressão a jornalistas
04/05/2020 -
Jornalistas e juízes protestam contra agressão
bolsonarista
04/05/2020 -
Moro diz à PF que Bolsonaro ameaçou demiti-lo em
reunião gravada com ministros
04/05/2020 -
Jornal Nacional quebra o silenciamento e volta a dar
espaço para Lula e Dilma
29/05/2020 -
Taxa de desemprego sobe para 12,6% em abril, diz
IBGE
Índice é superior aos 11,2% do trimestre
encerrado em janeiro.
A taxa de desemprego no país subiu para 12,6% no
trimestre encerrado em abril deste ano, segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), divulgada nesta quinta-feira (28) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A taxa é superior aos 11,2% do trimestre
encerrado em janeiro.
Em relação ao trimestre encerrado em abril de 2019,
a taxa ficou estatisticamente estável, já que o
índice de desemprego daquele período era de 12,5%.
Fonte: Agência Brasil
29/05/2020 -
Datafolha: rejeição a Bolsonaro vai a 43%, mas ele
mantém apoio de 33%
Jair Bolsonaro tem sua pior avaliação, mas ainda
mantém uma base fiel, de um terço do eleitorado,
segundo o instituto
Jair Bolsonaro, que nesta quinta-feira colocou-se
acima das leis, ao dizer que não cumprirá ordens do
STF, registrou sua pior avaliação desde que tomou
posse, segundo pesquisa Datafolha, divulgada há
instantes. Segundo levantamento já sob o impacto da
divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de
abril, 43% dos brasileiros consideram o governo ruim
ou péssimo, o que representa o recorde negativo da
sua gestão.
“A aprovação de Bolsonaro segue estável, os mesmos
33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o
governo regular, potenciais eleitores-pêndulo numa
disputa polarizada, caíram de 26% para 22%”, aponta
reportagem da Folha.
Um fato interessante é que Bolsonaro perde apoio
entre os mais ricos. “Se antes eles eram um esteio
da aprovação do presidente, agora estão entre os que
mais o rejeitam, com 49% de ruim ou péssimo”, aponta
a pesquisa. “Entre aqueles 55% que assistiram ao
polêmico vídeo da reunião ministerial de 22 de
abril, a rejeição a Bolsonaro sobe a 53%.”
Fonte: Brasil247
29/05/2020 -
Câmara aprova projeto da MP 936, mas governo impede
mudança na base de cálculo
Governo se opôs à mudança na base de cálculo,
afirmando que haveria impacto no orçamento. Sessão
teve protestos pela democracia
O plenário da Câmara aprovou na noite desta
quinta-feira (28) o projeto de lei de conversão à
Medida Provisória 936, sobre um programa emergencial
que permite redução de jornada e salário durante o
período de calamidade pública decretado por causa da
pandemia. O governo conseguiu derrubar um item
importante do novo texto, que mudava a base de
cálculo do benefício pago pelo governo em caso da
redução salarial e preservaria a renda de um número
maior de trabalhadores. Assim, entre a renda do
trabalho e a despesa pública, a maioria da Câmara
optou pela segunda alternativa.
O relator, Orlando Silva (PCdoB-SP), fez alterações
ao texto original, aumentando a abrangência e
estendendo até o ano que vem a desoneração da folha
de pagamento, que atinge 17 setores da economia (Lei
12.546, de 2011). O parecer conseguiu apoio também
entre partidos de centro. A sessão foi marcada por
protestos contra o governo e em defesa da
democracia.
Para Orlando Silva, a Casa está conseguindo aprovar
medidas para proteção do emprego e da renda dos
trabalhadores, “o que será fundamental para a fase
posterior, na retomada da atividade econômica”. m
seu parecer, o deputado propôs mudança na base de
cálculo do chamado Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e Renda, o item mais polêmico
do projeto, que exigiu votação nominal. Com 355
votos contra 155, o governo conseguiu aprovar
destaque que retomou a proposta original.
Por essa proposta, o cálculo é feito sobre o valor
mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria
direito. A alteração, segundo afirma a oposição,
garantiria renda integral para aproximadamente 90%
dos trabalhadores.
Inclusão de gestantes
As regras valem para empregados com carteira assinada,
contratos de aprendizagem e jornada parcial. Outra
mudança do relator foi direcionada às gestantes: a
trabalhadora receberá o salário original se o parto
ocorrer durante o período de redução ou de suspensão
do contato de trabalho.
“Quanto maior o salário do empregado, maior a perda
de renda sofrida. Por isso, para maximizar a
recomposição da renda, propomos que o benefício seja
calculado com base na média dos salários dos 3
últimos meses anteriores à redução ou à suspensão”,
disse Orlando Silva, fixando como piso o valor de um
salário mínimo e como teto, três mínimos.
“Dessa forma, os empregados com média salarial de
até 3 salários mínimos que preencham os requisitos
para a percepção do benefício poderão ter uma
recomposição de renda plena, e os que ganham acima
desse patamar, uma recomposição significativamente
maior do que a prevista na Medida Provisória”,
escreveu o relator. O líder do governo, Vitor Hugo
(PSL-GO), se opôs à mudança na base de cálculo,
afirmando que haveria impacto expressivo nos cofres
públicos – segundo ele, um impacto de R$ 22 bilhões.
Marcelo Ramos (PL-AM) ainda fez uma proposta
intermediária, para um teto de dois mínimos.
“Poderíamos ter avançado nesse acordo”, lamentou o
líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), pouco
antes da votação do destaque governista.
Ameaça galopante
Muitos deputados aproveitaram o tempo disponível para
protestar contra o governo. Para Rogério Correia
(PT-MG), o projeto significa “um esforço da
democracia, enquanto alguns ameaçam a democracia”.
Marcelo Freixo (Psol-RJ) identificou uma “ameaça
galopante à democracia”, enquanto Alessandro Molon
(PSB-RJ) afirmou que “a Constituição não será
rasgada sob os nossos olhos”.
O líder do PDT, Wolney Queiroz (PE), disse que era o
relatório possível, resultado de uma “construção
democrática”. Segundo ele, o projeto “ajuda
empresas, mantém empregos, garante renda”. E também
lamentou o “tensionamento” provocado pelo governo.
Citando o ex-governador Eduardo Campos, sugeriu que
o presidente da República “deixe de ingresia”, um
sinônimo de balbúrdia ou alarido. “Desça do
palanque, abandone aquele cercadinho, sente na
cadeira presidencial e comece a governar. (…) Vossa
Excelência não pode se limitar a ser um mero
receitador de cloroquina.”
Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) também fez referência
ao discurso do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
filho do presidente da República, sobre um momento
de “ruptura”. “Isso significa ir contra a harmonia
entre os poderes, ir contra a Constituição.”
Efraim Filho (DEM-PB) destacou a prorrogação da
desoneração da folha. “Não haverá crescimento sem
preservar os empregos, que são mais importantes que
qualquer arrecadação de caixa neste momento”,
declarou. Mas Luis Miranda (DF), do mesmo partido,
disse que a bancada apoiava o destaque do governo.
Outro ponto de questionamento ao projeto foi a
manutenção da possibilidade de acordos individuais,
sem participação sindical, com reduções de 25%, 50%
ou 70%. Mas o relator observou que o Supremo
Tribunal Federal (STF), acionado, já validou essa
modalidade de acordo.
Houve momento para um breve instante de
descontração. Quando o deputado Ênio Verri (PT-RS)
falava, uma voz de criança o interrompeu – era seu
neto, pedindo um pedaço de papel. O parlamentar
pediu desculpas pela interrupção, mas o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), perguntou o nome
do neto (João Miguel) e acenou para ele: “Quebra um
pouco o ambiente pesado da política dos últimos
dias”.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/05/2020 -
Não cabe a partidos pedir apreensão do celular de
Bolsonaro, diz Aras
O procurador-geral da República, Augusto Aras, se
manifestou no Supremo Tribunal Federal contra a
apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro. O
pedido foi feito por partidos políticos no curso do
inquérito que apura a suposta interferência
presidencial na Polícia Federal.
Segundo Aras, como a PGR é responsável por propor
diligências investigadas contra o presidente perante
o STF, não cabe às legendas partidárias interferirem
no processo de apuração.
"Quanto às diligências requeridas pelos noticiantes,
como sabido, a legislação processual não contempla a
legitimação de terceiros para a postulação de
medidas apuratórias sujeitas a reserva de
jurisdição, relativas a supostos crimes de ação
penal pública", afirma a manifestação, enviada nesta
quarta-feira (27/5).
Ainda de acordo com Aras, "cabe ao procurador-geral
da República o pedido de abertura de inquérito, bem
como a indicação das diligências investigativas, sem
prejuízo do acompanhamento de todo o seu trâmite por
todos os cidadãos".
O pedido foi formulado pelo PDT, PSB e PV por meio
de uma notícia-crime.
Além do presidente, as siglas solicitam a apreensão
dos celulares de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ);
Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da Polícia
Federal; do ex- Ministro da Justiça Sergio Moro; e
da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
Inquérito
A manifestação de Aras foi enviada ao ministro Celso
de Mello, relator do inquérito que apura as
acusações feitas por Moro ao pedir demissão do
Ministério da Justiça.
Em despachos feitos no último dia 21, o ministro já
havia se posicionado no sentido de que compete ao
PGR a análise das notícias-crime apresentadas no
curso do inquérito.
Além da notícia-crime apresentada pelas siglas,
outros dois pedidos foram enviados ao STF. Celso
determinou a remessa de todas elas à
Procuradoria-Geral da República.
Inq. 4.831
Fonte: Consultor Jurídico
29/05/2020 -
Celso de Mello envia pedidos de impeachment de
general Augusto Heleno à Procuradoria-Geral
São três processos abertos pela oposição contra o
ministro de Bolsonaro por nota em que ele ameaça com
"consequências imprevisíveis”
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal
Federal), enviou à PGR (Procuradoria-Geral da
República) três pedidos de impeachment contra o
ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, general Augusto Heleno.
Os pedidos referem-se à nota, divulgada na semana
passada, em que Heleno classificou de inconcebível o
pedido de apreensão do celular do presidente Jair
Bolsonaro em notícia-crime no inquérito que analisa
a suposta interferência do presidente na Polícia
Federal. Heleno afirmou que a decisão sobre a
solicitação pode ter “consequências imprevisíveis
para a estabilidade nacional”.
Os três pedidos foram feitos pela oposição, sendo um
do PDT, outro da deputada federal Margarida Salomão
(PT-MG) e outro de Natália Bonavides (PT-RN). Os
pedidos apontam para, principalmente, para crimes
contra a Lei de Segurança Nacional e crimes de
responsabilidade contra o livre exercício do Poder
Judiciário.
Em diversos processos, o Supremo tem deixado a cargo
apenas da PGR apresentar denúncias contra o poder
Executivo por crimes de responsabilidade. Se
apresentadas, as denúncias são, então, julgadas pelo
STF.
Com informações do UOL
Fonte: RevistaForum
29/05/2020 -
Pesquisa da CNI mostra que 22% das empresas só têm
condições de manter atividades por mais um mês
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez um
levantamento apontando que três de cada quatro
executivos diminuíram ou paralisaram sua produção.
De acordo com os números, 22% das empresas só têm
condições financeiras de manter suas atividades por
mais um mês e 45% afirmam que o prazo em que
continuarão funcionando é de até três meses. O
levantamento foi encomendado pelo Instituto FSB
Pesquisa.
Ao todo, 74% das empresas foram afetadas
negativamente pela crise e 82% tiveram queda no
faturamento nos últimos 45 dias, mas 66% delas não
exoneraram seus empregados.
Entre as que fecharam postos de trabalho, 78% das
indústrias creem que voltarão a contratar.
"É possível enxergar a resiliência do empresário
industrial nos dados trazidos pela pesquisa", disse
o presidente da CNI, Robson Andrade. "A demissão é
uma das últimas opções e, por isso, é preciso dar
condições para evitar que os executivos cheguem a
esse ponto", disse ele, de acordo com relato
publicado no jornal O Globo.
A redução da jornada, autorizada pela medida
provisória (MP) 936, impactou 39% das indústrias
consultadas, e 22% delas foram atingidas pela
suspensão temporária dos contratos.
As estatísticas também mostraram que, para 26% dos
entrevistados, os impostos são os principais
problemas financeiros das indústrias, seguidos da
folha de pagamento (23% do total).
O levantamento foi feito, por telefone, com 1.017
executivos industriais de todas as regiões do
Brasil, entre os dias 15 e 25 de maio. A margem de
erro é de três pontos percentuais.
Fonte: Brasil247
29/05/2020 -
Fiscais do Trabalho interditam três minas da Vale
após registros de coronavírus
De acordo com os auditores, até segunda-feira
havia quase 200 trabalhadores infectados. Empresa
recorreu e garantiu manutenção
Diante de várias ocorrências de coronavírus,
auditores-fiscais do Trabalho interditaram ontem
(27) as minas de Cauê, Conceição e Periquito, da
Vale, no município mineiro de Itabira. Segundo o
Sinait, sindicato da categoria, “a fiscalização
identificou várias irregularidades que propiciavam a
disseminação do novo coronavírus no ambiente
laboral”.
A empresa informou que, após tomar conhecimento do
termo de interdição pela Superintendência Regional
do Trabalho, recorreu à Justiça. E conseguiu liminar
na 2ª Vara de Itabira, determinando manutenção das
atividades.
De acordo com os fiscais, até o meio-dia de
segunda-feira (25), quando a operação começou, havia
quase 200 trabalhadores com diagnóstico positivo.
Isso significa aproximadamente 9% dos funcionários
testados, acrescentam.
Ao considerar que a situação coloca trabalhadores da
Vale e terceirizados em “situação de grave e
iminente risco, foi determinada a interdição de todo
o complexo minerador até que medidas adicionais para
conter a disseminação do vírus entre os
trabalhadores sejam implementadas”. Entre essas
medidas, estão testagem de todos os trabalhadores,
implementação de um programa de vigilância
epidemiológica e melhorias nas medidas de
distanciamento social.
A empresa já havia montado postos de atendimento
para aplicar testes, nas três minas, atendendo 15
funcionários de cada vez. Procurada por meio da
assessoria de comunicação, a Vale não deu retorno
até o fechamento deste texto.
Testes preocupam
Na última quinta-feira (21), o presidente do Metabase
(sindicato que representa a categoria), André Viana,
informou que até as 13h daquele dia a Vale havia
realizado 642 testes – e 81 haviam testado positivo.
“Temos até agora, em apenas três dias de testes,
12,6% dos trabalhadores infectados com o vírus.
Infelizmente, se a projeção continuar, no próximo
ciclo de testes deveremos ter, cerca de 900
funcionários da Vale e das empresas terceirizadas
infectados. Não quero ser alarmista, apenas
precavido”, afirmou, durante entrevista coletiva.
Há pouco mais de um mês, a Vale acionou protocolo de
emergência em um dique da mina Cauê. Segundo a
mineradora, o procedimento era preventivo e não
havia necessidade da retirada dos moradores no
entorno da barragem.
A economia local gira em torno da empresa. Foi em
Itabira, a 100 quilômetros de Belo Horizonte, que a
Vale iniciou suas atividades, em 1942. É também a
terra do poeta Carlos Drummond de Andrade, que citou
a companhia em sua obra.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/05/2020 -
Mercado formal fecha 860 mil vagas em abril. Em
cinco anos, 3 milhões de empregos cortados
Segundo o governo, que divulgou os dados do Caged
pela primeira vez no ano, as admissões caíram 56% e
as demissões cresceram 17%
No dia em que voltou a divulgar dados do mercado
formal de trabalho, no agora chamado Novo Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o
governo informou o fechamento de 860 mil vagas
apenas em abril. Foram registradas 598.596
contratações e 1.459.099 demissões, resultando em
menos 860.503 postos de trabalho com carteira
assinada.
Segundo o Ministério da Economia, as admissões
caíram 56,5% na comparação com abril do ano passado.
Já as demissões aumentaram 17,2%. Em São Paulo,
foram fechadas 260.902 vagas.
Agora, o estoque de empregos formais no país é de
38,046 milhões. Em abril de 2015, era de 41,068
milhões. Em cinco anos, o país perdeu 3 milhões de
vagas formais.
Queda no ano
Com acréscimo de vagas em janeiro e fevereiro e corte
em março e abril, o resultado é negativo também no
acumulado de 2020. De janeiro a abril, o “Novo
Caged” registra 4.999.981 admissões e 5.763.213
desligamentos – menos 763.232 empregos formais. Em
igual período de 2019, houve saldo de 313.835.
Nestes quatro meses, o volume de contratações caiu
9,6%, enquanto o de demissões subiu 10,5%.
Das 860.503 vagas a menos em abril, o setor de
serviços cortou 362.378 e de comércio/reparação de
veículos, 230.209. A indústria de transformação
fechou 191.752 postos de trabalho.
Naquilo que o governo chama de “modernização
trabalhista”, o trabalho intermitente tem saldo de
14.123 vagas no ano e o trabalho parcial, de 7.710.
Já os desligamentos “por acordo” somaram 66.786.
Assim, mesmo a “modernização” resultou em diminuição
do emprego.
Medida provisória
No mês passado, o salário médio de admissão foi de R$
1.814,62. O Ministério da Economia não divulgou o
rendimento médio dos demitidos, que tem sido sempre
maior que o dos contratados.
O governo afirma que a Medida Provisória 936
preservou 8,1 milhões de empregos. A MP, que está
para ser votada na Câmara, permite redução de
jornada e salário.
O governo informou que houve mudança na base de
dados. As informações passaram para o Sistema de
Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). “Com a
mudança, o cumprimento de 13 obrigações fiscais,
previdenciárias e trabalhistas fica centralizado em
um só sistema e aumenta a qualidade da informação e
há aperfeiçoamento do registro administrativo.”
Fonte: Rede Brasil Atual
28/05/2020 -
Eduardo Bolsonaro defende ‘reação enérgica’ contra o
STF
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou nesta
4ª feira (27.mai.2020) decisões dos ministros do STF
(Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e
Celso de Mello –este, relator de inquérito que apura
suposta tentativa de interferência do presidente
Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
O filho do presidente Jair Bolsonaro participou de
live do portal Terça Livre, canal mantido pelo
blogueiro Allan dos Santos, 1 dos alvos de operação
que fez buscas em endereços ligados a diversas
autoridades no âmbito do processo sobre fake news
instaurado no Supremo.
Na transmissão, Eduardo pregou uma reação contra a
Suprema Corte. “Temos de pontuar, diagnosticar o
problema e depois começar a tomar algumas atitudes”,
afirmou.
O deputado endossou fala do blogueiro Allan dos
Santos de que outros Poderes estariam tramando
contra o governo.
“Até entendo quem tem uma postura moderada para
não chegar num momento de ruptura, de cisão ainda
maior, de conflito ainda maior. Eu entendo essas
pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas
falando abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro,
não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai
ocorrer. Essas reuniões aqui que o Allan está
falando de altas autoridades, até mesmo de dentro de
setores políticos, a gente discute esse tipo de
coisa”, afirmou.
O deputado afirmou que pode ser alvo de novas
operações. Também criticou as decisões de Celso de
Mello no inquérito que investiga a suposta
interferência de Bolsonaro na PF.
“Se a gente mantiver essa postura colaborativa,
amanhã eles vão entrar na nossa casa.”
O escritor Olavo de Carvalho também participou do
debate. Disse que “esse Alexandre de Moraes não
tem de ter direito de falar” e que é “a favor
da pena de morte para esses caras”.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) e o médico
bolsonarista Ítalo Marsili também participaram da
live.
Fonte: Poder360
28/05/2020 -
Maioria das greves em 2019 foi para manter direitos,
aponta Dieese, que cita ‘ambiente hostil’
De 1.118 paralisações registradas, mais de 80%
foram para preservar direitos. Houve maioria ligeira
no setor público
A maior parte das greves realizadas em 2019 foi para
manter condições de trabalho ou contra
descumprimento de direitos, segundo levantamento
feito pelo Dieese. Foram 1.118 paralisações
registradas pelo instituto, ante 1.453 no ano
anterior. E 82%, assim como em 2018, tinham o
chamado “caráter defensivo”, ou seja, referente a
direitos não respeitados ou manutenção de condições.
“Além do fato surpreendente de que, mesmo em momento
de queda consistente no número de greves (que já
dura três anos), as mais de mil greves deflagradas
em 2019 ocorreram em ambiente resolutamente hostil à
sustentação de mobilizações de trabalhadores”,
afirma o Dieese, completando em seguida:. “Essas
greves foram encampadas em meio ao impacto da
asfixia no financiamento das entidades sindicais; à
permanência do alto desemprego, ao avanço do
trabalho informal; a expectativas pouco confiantes
em um futuro melhor e, sobretudo, em meio a uma
difusa sensação de instabilidade, que se intensifica
com a recente reconfiguração das forças políticas do
país.”
Entre as principais reivindicações, estiveram o
pagamento de salários atrasados, incluindo também
itens como férias e 13º. Segundo o Dieese, 43% das
greves incluíam essa reivindicação. E 34% eram por
reajuste no salário ou no piso da categoria,
enquanto 21,5% relacionavam-se com questões como
alimentação, transporte e assistência médica.
Público e privado
Outra característica dos movimentos é a curta duração.
Perto de 57% das greves terminaram no primeiro dia –
incluem-se aqui as chamadas paralisações de
“advertência”, com o objetivo de abrir negociação.
Estas representaram 39% do total. E aproximadamente
82% duraram até cinco dias, no máximo. Apenas 11% se
estendeu durante mais de 10.
As paralisações na área pública, incluindo estatais,
superaram por pouco as do setor privado, com 566 e
548 registros, respectivamente. Mas a quantidade de
horas paradas foi bem maior no setor público, com
73% do total no ano passado. A predominância foi de
greves na esfera municipal (63%) e na área de
educação e saúde (209 e 80, respectivamente).
Ainda pelo levantamento do Dieese, em 2019 as greves
por empresa ou local de trabalho representaram 59%
dos movimentos. Já as que envolveram toda a
categoria profissional somaram 41%. Nas greves do
setor privado, destaque para trabalhadores em
transportes, principalmente urbanos, coletores de
lixo e do setor de saúde – em especial de
organizações sociais.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/05/2020 -
Câmara aprova negociação de dívidas de micro e
pequenas empresas
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em
sessão deliberativa extraordinária virtual, o
projeto de lei complementar que abre a possibilidade
para que micro e pequenas empresas, participantes do
regime tributário especial do Simples Nacional,
realizarem a negociação de débitos conforme a Lei
13.988/20.
A lei, aprovada no mês passado, estabelece os
requisitos e as condições para empresas devedoras
resolvam litígios com a União, relativos à cobrança
de débitos junto à Fazenda Pública.
A possibilidade de negociação inclui cobrança de
impostos, contribuições, taxas e outras dívidas de
natureza não tributária. Podem ser retratados
débitos ainda em cobrança administrativa, em disputa
judicial ou mesmo já inscritas em dívida ativa.
Fonte: Agência Brasil
28/05/2020 -
Proposta suspende pagamento de acordo trabalhista
durante pandemia
Suspensão seria aplicada por 90 dias,
prorrogáveis, para micro e pequenas empresas e os
empregadores pessoa física
O Projeto de Lei 2841/20 determina a suspensão, em
situações como a da pandemia causada pelo novo
coronavírus, dos débitos trabalhistas e das parcelas
de acordos que envolvem as micro e pequenas empresas
e os empregadores pessoa física. Em março, o
Congresso Nacional reconheceu estado de calamidade
pública em decorrência da Covid-19.
O texto em tramitação na Câmara dos Deputados insere
o dispositivo na Consolidação das Leis do Trabalho
(Decreto-Lei 5.452/43). A CLT hoje já prevê que, em
situações de paralisação temporária ou definitiva do
trabalho motivada por lei ou ato oriundo de
autoridade, o pagamento da indenização caberá à
esfera de governo responsável.
A proposta prevê que, decretado o estado de
calamidade pública e paralisadas as atividades
econômicas por determinação das autoridades, a
suspensão dos débitos e parcelas de acordos ocorrerá
pelo prazo de 90 dias, prorrogáveis por igual
período.
“Os efeitos da Covid-19 impactam de forma negativa o
trabalhador, mas também prejudicam o empregador”,
disse o autor da proposta, deputado Nereu Crispim
(PSL-RS). “Há robusto entendimento jurisprudencial
no sentido da suspensão do pagamento de acordo
trabalhista durante estado de calamidade pública.”
Fonte: Agência Câmara
28/05/2020 -
Um jovem em cada seis vai ficar desempregado por
causa da pandemia, alerta OIT
Os jovens são as principais vítimas da crise
econômica causada pela pandemia do novo coronavírus,
revela a Organização Internacional do Trabalho
(OIT), em um estudo publicado nesta quarta-feira
(27).
Ao apresentar o relatório à imprensa, o
diretor-geral da OIT, Guy Ryder, pediu aos governos
que “prestem muita atenção a essa geração do
confinamento” para evitar que ela seja afetada pela
crise a longo prazo. Ele explicou que os jovens são
desproporcionalmente afetados pela crise, devido a
perturbações no mercado de trabalho, na educação e
na formação.
De acordo com a OIT, um em cada seis jovens (com
idade abaixo dos 29 anos) entrevistados parou de
trabalhar desde o surgimento da covid-19. E aqueles
que mantiveram seus empregos viram seu horário de
trabalho diminuir em 23%.
Conclusão de estudos também está ameaçada
Além disso, cerca de metade dos jovens estudantes
relata um “provável atraso” na conclusão completa de
seus estudos, enquanto 10% deles acreditam que não
serão capazes de conclui-los.
Com uma taxa de 13,6% em 2019, o desemprego juvenil
já era maior do que em qualquer outro grupo
populacional. Pelo menos 267 milhões de jovens
estavam desempregados, não frequentavam a escola,
nem cursos profissionalizantes.
Os jovens de 15 a 24 anos que trabalhavam,
geralmente mantinham formas de emprego que os
tornavam mais vulneráveis, porque eram empregos mal
remunerados, ou informais, ou devido à sua condição
de trabalhadores migrantes.
“A crise econômica causada pela covid-19 está
atingindo os jovens – especialmente as mulheres –
com mais força e rapidez do que outros grupos
populacionais”, disse Guy Ryder, citado no
comunicado.
“A menos que sejam tomadas medidas urgentes para
melhorar sua situação, talvez tenhamos de suportar o
legado do vírus por décadas”, acrescentou.
Testes em massa ameaça menos mercado de trabalho
Esta quarta edição do Observatório da OIT sobre o
impacto da covid-19 também mostra que uma política
rigorosa de testes em massa leva a muito menos
perturbações no mercado de trabalho e em termos
sociais do que as medidas de quarentena e
confinamento.
Nos países que testam sua população em larga escala,
a redução média no horário de trabalho é de até 50%.
Segundo a OIT, há três razões para isso: testes e
triagem reduzem a necessidade de medidas estritas de
contenção; promovem a confiança do público,
incentivando o consumo e ajudando a apoiar o
emprego; e ajudam a minimizar as interrupções
operacionais no local de trabalho.
Além disso, podem contribuir diretamente para a
criação de novos empregos, mesmo que temporários.
“Testes e triagens podem ser um componente valioso
da estratégia para combater o medo, reduzir riscos e
reviver nossas economias e sociedades”, afirmou
Ryder.
Américas serão região mais afetada
Globalmente, a crise continua a causar “uma redução
sem precedentes na atividade econômica e no tempo de
trabalho em todo mundo”, observa a OIT, sendo a
região das Américas a mais afetada, seguida pela
Europa e pela Ásia Central.
Em comparação com o quarto trimestre de 2019, a
organização observou uma queda de 4,8% nas horas de
trabalho no primeiro trimestre de 2020 (o que
equivale a 135 milhões de empregos com base em uma
semana de trabalho de 48 horas).
As perspectivas para o segundo trimestre são
“desastrosas”: as horas trabalhadas deverão cair
cerca de 10,7%, o equivalente a 305 milhões de
empregos em período integral.
Fonte: Rede Brasil Atual
28/05/2020 -
Senado aprova aumento do salário mínimo para R$
1.045; MP vai a sanção presidencial
O Senado aprovou por unanimidade nesta quarta-feira
(27) a Medida Provisória que fixou o valor do
salário mínimo em R$ 1.045.
A proposta, já votada na Câmara, poderia perder a
validade na próxima segunda-feira (1º), e agora
segue para a sanção presidencial.
O relator da matéria, senador Paulo Paim (PT-RS),
explicou que o valor diário do salário mínimo fica
fixado em R$ 34,63, e a hora de trabalho em R$ 4,75.
Na Câmara, os deputados aprovaram nesta quarta-feira
um projeto de lei que facilita a renegociação de
dívidas das microempresas. É a inclusão dessas
empresas nas regras da Lei do Contribuinte Legal. O
texto segue para análise dos senadores.
Ficou marcado para esta quinta-feira a votação da
Medida Provisória que define regras para pagamento
de benefício a trabalhador que tiver salário
reduzido durante a pandemia do novo coronavírus.
Fonte: Portal EBC
27/05/2020 -
Moraes manda Weintraub explicar à PF ofensas a
ministros do Supremo em reunião ministerial
Decisão foi do ministro Alexandre de Moraes,
relator de ação que questiona delações caluniosas de
Weintraub na reunião ministerial
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de
Moraes determinou que o ministro da Educação,
Abraham Weintraub, preste depoimento à Polícia
Federal em até cinco dias para dar esclarecimentos
sobre as declarações feitas durante a reunião
ministerial cujo vídeo foi divulgado na última
sexta-feira 22.
Na reunião, Weintraub defendeu a prisão dos
ministros do STF. “Eu, por mim, botava esses
vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, disse
Weintraub. Em seguida, após a repercussão negativa,
afirmou que tentavam deturpar sua fala para
desestabilizar o país.
Alexandre de Moraes é relator de ação que questiona
delações caluniosas de Weintraub na reunião,
realizada dia 22 de abril. A decisão do magistrado é
desta terça-feira 26, de acordo com informações da
CNN.
Moraes também determinou imediata ciência ao
procurador-geral da República, Augusto Aras, para
que, se entender necessário, acompanhe o depoimento
de Weintraub, bem como se manifeste em relação às
providências cabíveis.
Fonte: Brasil247
27/05/2020 -
Orlando Silva propõe prorrogar desoneração da folha;
ele é relator da MP 936
O jornal Valor Econômico publicou nesta
terça-feira (26) matéria dos jornalistas Raphael Di
Cunto, Fabio Graner e Marcelo Ribeiro sobre a
proposta do relator da MP 936, deputado Orlando
Silva (PCdoB/SP) de prorrogar a desoneração da folha
de pagamento. De acordo com a reportagem, o deputado
explica que adiar a reoneração é medida destinada a
preservar empregos, sobretudo no momento em que
pandemia paralisou economia, levando empresas a
dificuldades
Relator da Medida Provisória (MP) 936, que permite a
redução da jornada de trabalho e salários em até
70%, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) negocia com
os partidos da Câmara incluir na proposta a
prorrogação, por mais dois anos, da desoneração da
folha de salários para alguns setores.
Orlando Silva explicou à reportagem do Valor que
essa é uma demanda das empresas e que, até o
momento, teve a simpatia dos partidos com os quais
conversou. Setores intensivos em mão de obra como
“call centers”, construção civil, tecnologia da
informação, transportes, têxtil, empresas
jornalísticas e de radiodifusão, entre outros, são
alguns dos segmentos beneficiados pela medida.
Juntos, eles empregam cerca de 6 milhões de pessoas.
Adiar a decisão de reonerar a folha é uma medida
destinada a preservar empregos, sobretudo neste
momento em que a pandemia paralisou a economia
levando as empresas à situação de grandes
dificuldades.
A reportagem do Valor destaca que o programa de
desoneração foi adotado no governo Dilma Rousseff e
chegou a ter mais de 50 setores beneficiados. Com a
crise fiscal, o seu alcance foi se restringindo e
hoje beneficia menos de 20 setores. Em 2019, seu
custo foi de R$ 9,9 bilhões, segundo dados da
Receita Federal.
Sobre a resistência da área econômica de tratar
desse tema fora do escopo da reforma tributária,
Orlando Silva comentou: “O governo é contra tudo. O
governo é contra até o distanciamento social [como
instrumento de controle da pandemia], que dirá de
medidas para ajudar a economia. O que temos que
fazer é construir uma saída dentro do Congresso”,
disse.
Ainda de acordo com a matéria do Valor, o deputado
salientou que o próprio ministro da Economia, Paulo
Guedes, fala sistematicamente a favor da desoneração
da folha de salários das empresas. “Seria
contraditório um governo em que o próprio porta-voz
defende reduzir os impostos sobre contratações para
aumentar os empregos ir contra essa medida”,
comentou.
Orlando Silva foi o relator, em 2018, do projeto que
reduziu a política de desoneração da folha – na
época, para pagar a desoneração do diesel após a
greve dos caminhoneiros. O projeto aprovado acabou
imediatamente com o benefício para parte dos setores
e fixou o fim da desoneração para os demais em
dezembro de 2020.
Os setores remanescentes voltaram a procurar o
relator nos últimos dias para pedir a prorrogação da
vigência da desoneração. Há o temor de que uma
reoneração da folha de salários, aliada aos impactos
da covid-19 na economia, levem a uma enxurrada de
demissões.
Isso porque as companhias atualmente pagam um
percentual (que varia conforme o setor) sobre o
faturamento como contribuição previdenciária e
voltariam a pagar o equivalente à 20% da folha de
salários. Trata-se, portanto, de um custo pesado
para as empresas que já estão tendo que absorver
prejuízos causados pela pandemia.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa do
Comércio, Serviço e Empreendedorismo, deputado
Efraim Filho (DEM-PB) afirmou que esta alinhado com
o relator e que apoiará as alterações no texto caso
isso contribua para conter a onda de desemprego
causada pela pandemia.
“O maior desafio do Brasil pós pandemia será a
geração de empregos. Medidas efetivas para mantê-los
e dar oportunidades para quem está na fila do
desemprego, devem ser mais importantes do que a
arrecadação de impostos. Se for preciso compensar,
vamos buscar uma forma viável dentro do Congresso”,
disse o líder do DEM na Câmara ao Valor.
Segundo Efraim, o setor de comércio e serviços é
“quem mais paga imposto e gera emprego no Brasil e
não pode ser o mais sacrificado. Não existe retomada
do crescimento econômico sem a preservação e geração
de novos empregos.”
De acordo com a apuração da reportagem, a proposta
de prorrogação da desoneração por dois anos foi
apresentada à equipe econômica do governo na
sexta-feira. Na avaliação do time do ministro Paulo
Guedes há dois problemas com a ideia: fonte de
recursos para bancar a nova desoneração, que
exigiria compensação com aumento de algum outro
tributo; e, mais importante, o governo está
preparando uma política ampla de desoneração,
inspirada no desenho da “carteira de trabalho verde
amarela” (MP 905, que caiu), mas mais horizontal.
A área econômica tem se reunido nos últimos dias
para discutir os próximos passos no pós-crise e um
dos tópicos é a reforma tributária, tanto via
simplificação do PIS/Cofins, como via desoneração da
folha, com a possibilidade de introdução de um
imposto sobre transações para compensar as perdas de
receitas. O problema é que esse tributo sobre
transações defendido por Guedes encontra
resistências no Palácio do Planalto e junto à classe
política. Ele é inspirado na antiga e extinta CPMF,
mas com alcance mais amplo, não só em transações
financeiras, mas em negócios digitais.
Responsável pela indicação do relator da MP, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também
gostaria que a política de desoneração da folha de
salários fosse objeto de debate no âmbito da reforma
tributária. “O presidente Rodrigo Maia procurava
situar esse debate sobre a desoneração da folha na
reforma tributária, mas, durante a crise, vai ser
difícil avançar nessa reforma. Acho que devemos
prorrogar até aprovar a reforma”, concluiu o
relator.
Fonte: Valor Econômico
Fonte: RadioPeaoBrasil
27/05/2020 -
Celso de Mello e Cármen Lúcia repudiam ataques de
bolsonaristas ao Judiciário
Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso
de Mello e Cármem Lúcia repudiaram nesta 3ª feira
(26.mai.2020), durante julgamento da 2ª Turma, atos
ofensivos contra ministros e juízes.
O decano do Supremo tem sido alvo de ataques por
parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro
depois da abertura do inquérito que investiga se o
mandatário tentou interferir na Polícia Federal.
Na 6ª feira (22.mai), o magistrado tornou público o
vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, que era
apontado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro
como uma prova de que Bolsonaro tentou interferir na
corporação.
A ministra Cármen Lúcia disse que todas as pessoas
submetem-se à Constituição e que os ministros da
Corte atuam “sem parcialidade nem pessoalidade”. O
decano endossou: “Sem 1 Poder Judiciário
independente não haverá liberdade nem democracia”.
“Sem 1 Poder Judiciário independente, que repele
injunções marginais e ofensivas ao postulado da
separação de Poderes e que buscam muitas vezes
ilegitimamente controlar a atuação dos juízes e dos
tribunais, jamais haverá cidadãos livres nem regime
político fiel aos princípios e valores que consagram
o primado da democracia”, afirmou Celso de Mello.
Fonte: Poder360
27/05/2020 -
Celso nega acesso de Flávio Bolsonaro a depoimento
de Paulo Marinho
O depoimento prestado por Paulo Marinho à Polícia
Federal encontra-se sob sigilo e, por isso, não é
dado à defesa do senador Flávio Bolsonaro ter acesso
a ele. Esse foi o entendimento adotado pelo ministro
do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello ao negar
um pedido de Flávio no fim da noite desta
segunda-feira (25/5).
No pedido, a defesa havia invocado o artigo 7º,
inciso XXI da Lei 8.906/94, que garante ao advogado
do cliente investigado a prerrogativa de assistir ao
interrogatório ou depoimento.
Celso de Mello ressaltou que a norma é clara ao
atribuir essa prerrogativa ao réu investigado, o que
não se aplica a Flávio Bolsonaro nesse caso, mas sim
a Paulo Marinho.
Além disso, também lembrou que o inquérito policial
não permite a instalação do regime de contraditório,
justamente por causa de sua unilateralidade.
Por fim, Celso destacou que os atos de investigação
que devem ser praticados em sigilo, como é o caso do
depoimento, podem tornar-se acessíveis aos
investigados posteriormente, depois de ser
formalmente incorporados aos atos do inquérito,
conforme a Súmula Vinculante 14, do STF.
Inq 4.831
Fonte: Consultor Jurídico
27/05/2020 -
PF cumpre mandados de busca e apreensão em inquérito
do Supremo sobre fake news
A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta
quarta-feira (27), mandados de busca e apreensão no
inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre
fake news. Agentes da corporação cumprem 29 mandados
de busca e apreensão no âmbito do procedimento,
presidido pelo ministro Alexandre de Moraes. As
ordens judiciais estão sendo cumpridas no Distrito
Federal, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Paraná,
em Santa Catarina e no Mato Grosso.
O presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, abriu
o inquérito em março de 2019, com o objetivo de
apurar ofensas e ameaças que "atingem a
honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal
Federal, de seus membros e familiares".
Fonte: Brasil247
27/05/2020 -
Câmara aprova MP que aumentou o salário mínimo para
R$ 1.045
Texto seguirá para o Senado
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta
terça-feira (26), a Medida Provisória 919/20, que
aumenta o salário mínimo para R$ 1.045,00 em 2020. A
matéria, aprovada na forma do projeto de lei de
conversão do deputado Coronel Armando (PSL-SC), será
analisada agora pelo Senado.
O texto aprovado incorporou o aumento intermediário
que vigorou em janeiro deste ano por meio da Medida
Provisória 916/19 no valor de R$ 1.039,00. Com a
incorporação da redação, o projeto de conversão
revoga essa MP. O valor diário do salário mínimo
corresponderá a R$ 34,83; e o valor horário, a R$
4,75.
Índices de inflação
A MP 916/19, editada no final do ano passado, tinha
elevado o mínimo de R$ 998 para R$ 1.039, um
reajuste de 4,1% correspondente à estimativa do
Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC) para
2019.
Entretanto, como a inflação de dezembro é divulgada
somente em janeiro, quando o índice anual de 2019
foi fechado, ele alcançou alta de 4,48%, o que
deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. A
edição da MP 919/20, em fevereiro, corrigiu o valor
para R$ 1.045, representando uma alta nominal de
4,7% em relação ao mínimo de 2019.
Impacto
O governo estima que, para cada aumento de R$ 1,00
no salário mínimo, os gastos públicos elevam-se em
aproximadamente em R$ 355,5 milhões. As despesas
impactadas pelo mínimo são: abono salarial e seguro
desemprego, benefícios previdenciários (como
aposentadorias e pensões) e benefícios assistenciais
(como o Benefício da Prestação Continuada - BPC).
Emendas
O Plenário rejeitou emendas que pretendiam garantir o
pagamento da diferença entre os valores de janeiro e
fevereiro ou explicitar que a data de reajuste do
piso é janeiro de cada ano.
Fonte: Agência Câmara
27/05/2020 -
Proposta prevê rescisão unilateral do contrato de
trabalho durante pandemia
Se medida virar lei, indenização devida ao
empregado caberá à União
O Projeto de Lei 2833/20 determina que, em casos como
o da pandemia de Covid-19, será admitida a rescisão
unilateral do contrato de trabalho, hipótese em que
a indenização devida ao empregado caberá à União. Em
março, o Congresso Nacional reconheceu estado de
calamidade pública em decorrência do novo
coronavírus.
O texto em tramitação na Câmara dos Deputados insere
o dispositivo na Consolidação das Leis do Trabalho
(Decreto-Lei 5.452/43). A CLT atualmente já prevê
que, em situações de paralisação temporária ou
definitiva do trabalho motivada por lei ou ato
oriundo de autoridade, o pagamento da indenização
caberá à esfera de governo responsável.
“A pandemia de Covid-19 é um problema de saúde
pública que gera graves reflexos econômicos”,
ressalta o autor da proposta, deputado Nereu Crispim
(PSL-RS). “O intuito do projeto é criar alternativas
para mitigar os efeitos negativos nas relações
trabalhistas.”
A proposta estabelece ainda que o estado de
calamidade pública, para fins trabalhistas,
constitui hipótese de força maior, sendo possível
rescisão unilateral independentemente da extinção da
empresa ou de um dos estabelecimentos em que
trabalhe o empregado.
Fonte: Agência Câmara
26/05/2020 -
Senado convoca Abraham Weintraub para explicar
declarações em reunião ministerial
Em sessão remota nesta segunda-feira (25), o
Plenário do Senado aprovou a convocação do ministro
da Educação, Abraham Weintraub, para dar explicações
sobre declarações que fez em 22 de abril, durante
reunião com o presidente da República e outros
ministros. No vídeo dessa reunião, Weintraub disse
que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
deveriam ser presos e que há muita corrupção em
Brasília.
Os requerimentos foram apresentados pela senadora
Rose de Freitas (Podemos-ES) e pelo senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP). Ainda não foi marcada a data
para a audiência.
Para Rose de Freitas, é inadmissível pensar em
política ouvindo as palavras que foram proferidas
por Weintraub. Ela disse que, no início do vídeo da
reunião ministerial, achou que estava assistindo a
um filme de terror, mas que teve certeza do que
estava vendo ao chegar ao trecho do ministro da
Educação. Para a senadora, o silêncio do Congresso
“envergonha e não colabora com o país”.
— Apenas quero respeito aos poderes constituídos, à
população, ao Congresso Nacional, ao Senado. Não
iremos a lugar algum se nos omitirmos — disse a
senadora ao defender o requerimento.
Fonte: Agência Senado
26/05/2020 -
Bolsonaro defende arquivamento de inquérito: “Nunca
interferi nos trabalhos da Polícia Federal”
O presidente, que visitou a PGR e militares nesta
segunda, afirmou que é momento de "todos se unirem"
O presidente Jair Bolsonaro divulgou uma nota nesta
segunda-feira (25) afirmando que deve ser arquivado
o arquivamento do inquérito que investiga suposta
tentativa de intervenção do ex-capitão na Polícia
Federal.
“Por questão de Justiça, acredito no arquivamento
natural do Inquérito que motivou a divulgação do
vídeo. Reafirmo meu compromisso e respeito com a
Democracia e membros dos Poderes Legislativo e
Judiciário”, declarou o presidente.
“Nunca interferi nos trabalhos da Polícia Federal.
São levianas todas as afirmações em sentido
contrário. Os depoimentos de inúmeros delegados
federais ouvidos confirmam que nunca solicitei
informações a qualquer um deles. Espero
responsabilidade e serenidade no trato do assunto”,
disse ainda.
Bolsonaro prega também a harmonia entre as
instituições e crê que é momento de “todos se
unirem”. Nesta segunda, o presidente visitou de
surpresa a Procuradoria-Geral da República,
responsável pelo inquérito, e tirou foto com o
procurador Augusto Aras.
O ex-capitão ainda teve um encontro fora da agenda
com a cúpula das Forças Armadas. O conteúdo do
encontro não foi revelado. Participaram o ministro
da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; o comandante da
Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa
Júnior; o comandante do Exército, General de
Exército Edson Leal Pujol, e o comandante da Força
Aérea, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos
Moretti Bermúdez.
Vale lembrar que o encontro com militares vem em
meio ao flerte autoritário do ministro-chefe do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general
Augusto Heleno, que na sexta-feira (22) divulgou uma
nota ameaçadora se colocando contra a apreensão do
celular do presidente.
Fonte: RevistaForum
26/05/2020 -
Indústria prevê recuperação lenta após o fim da
pandemia
Setor de alimentos mantém nível de produção mas
outros estão parados
No Dia da Indústria, comemorado nesta segunda-feira
(25), o setor acredita que os efeitos da pandemia
serão maiores enquanto durar o distanciamento
social. Pesquisas recentes da Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
mostram que os empresários ainda estão pessimistas
para os próximos seis meses. “E isso é devido,
principalmente, à falta de perspectiva do fim do 'lockdown'
(confinamento ou bloqueio total). Enquanto os
empresários não têm um horizonte de volta à
normalidade, isso acaba afetando diretamente as
expectativas”, disse à Agência Brasil o gerente de
Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.
Ele destacou que a grande dificuldade é fazer com
que as medidas de socorro anunciadas pelo governo
federal cheguem na ponta aos empresários, sobretudo
os de pequeno porte, que são os tomadores de crédito
final. A Firjan defende que esse crédito tem de
chegar ao empresário, principalmente por meio dos
bancos públicos, que são o canal mais direto do
governo para o empresariado.
Pesquisa divulgada pela entidade, no último dia 13,
estima que a pandemia do novo coronavírus levará o
estado do Rio de Janeiro a ter uma queda do Produto
Interno Bruto (PIB) este ano da ordem de 4,6%, a
maior da série histórica iniciada pela entidade em
2002. A redução é puxada, principalmente, pelas
quedas da indústria (-5,3%) e de comércio e serviços
(-4,3%). A indústria de transformação, que estava
dando sinais de recuperação, deverá sofrer retração
de 5,2% no ano, enquanto a indústria extrativa
mineral de petróleo e gás deverá cair 6,1% em 2020.
Fonte: Agência Brasil
26/05/2020 -
Desprezadas por Guedes, pequenas empresas empregam
mais e podem reorganizar economia
Em vídeo da reunião ministerial, Paulo Guedes diz
que o governo perderia dinheiro salvando ‘empresas
pequenininhas’.
Ao contrário, Dieese afirma que, no cenário
previsto pela OIT, são elas que precisam de aporte
Salvar as pequenas empresas em meio à crise
econômica agravada pela pandemia do novo
coronavírus, não é jogar dinheiro fora, como sugeriu
o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao contrário,
são os pequenos e médios empreendimentos que
empregam a maior parcela dos trabalhadores no Brasil
e são responsáveis pelo giro econômico. E que podem
ainda reorganizar a lógica de produção no
pós-pandemia. A avaliação é do diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Júnior.
Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, o especialista
contesta a justificativa do ministro para o aporte
de recursos públicos apenas nas grandes companhias.
Durante reunião ministerial do dia 22 de abril, que
teve o vídeo revelado na última sexta-feira (22),
Guedes disse que o governo “perderia dinheiro
salvando empresas pequenininhas”.
A fala também foi criticada pela Federação
Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos
Estaduais (Febrafite) e pela Associação dos Agentes
Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Afresp).
Em nota, as entidades chamaram a declaração de
“afronta” e de “despreparo do governo para lidar com
as questões emergenciais”.
Cenário previsto pela OIT
Com base em dados da Receita Federal, o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
mostra que 54% dos empregos formais no país são
criados a partir dos pequenos e médios
empreendimentos. Ao todo, o setor representa 99% do
total de empresas no Brasil. Sem investimentos
públicos e na falta de capital de giro em meio à
atual crise, no entanto, será um dos mais
prejudicados no cenário previsto pelo Dieese.
A Organização Mundial do Trabalho (OIT) já divulgou
que provavelmente 195 milhões de trabalhadores
ficarão sem emprego no segundo semestre. Desse
total, apenas um terço conta com a proteção social
necessária para continuar prosseguindo e ter
sobrevivência econômica.
E, de acordo com Fausto, mesmo as mudanças
tecnológicas, que eram previstas apenas para até 10
anos, foram antecipadas e “empurradas sobre os
trabalhadores”. “É inevitável que aumente o
desemprego. E a gente vai ter que trabalhar outras
lógicas”, destaca o diretor técnico do Dieese.
Outra lógica: a economia solidária
“O que a gente tende a ver são alternativas surgindo.
Eu acho que não só a cooperativa enquanto lógica de
produção, mas a economia solidária como um todo. Ela
certamente pode e deve ganhar espaço. E ganhar
espaço porque a lógica da solidariedade é algo que a
gente está assistindo no nosso país. A economia
solidária não é uma coisa nova. É algo que já existe
há muito tempo no Brasil. A lógica de produção
solidária, a lógica de produção cooperada, eles
tendem a ser elementos importantes nesse
enfrentamento, inclusive na alteração da lógica de
produção”, defende.
Fausto destaca que boa parte dos pequenos e médios
empreendimentos já atuam por meio da economia
solidária, em que o trabalhador participa da gestão.
“Quando a gente fala na necessidade de um olhar para
essas empresas, não é defender o empresário. É
defender um conjunto de trabalhadores que, até por
conta de um chamamento ao empreendedorismo, veio
trocando a condição de assalariado para trabalhador
por conta própria em várias formas”, ressalta.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/05/2020 -
Oposição quer CPI contra Bolsonaro em paralelo a
pedido de impeachment
Parlamentares querem unificar pedidos de CPI,
procurando ganhar força e apurar a interferência de
Bolsonaro na PF
O governo Jair Bolsonaro está mais frágil após a
divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de
abril e da revelação de novas mensagens trocadas, na
véspera, entre o presidente e o então ministro da
Justiça, Sergio Moro. Diante da série de crimes
cometidos por Bolsonaro, parlamentares da oposição
apontam que sua versão sobre a interferência na
Polícia Federal se esfarelou e pressionam pela
abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) no Congresso para investigar o caso.
Na avaliação de deputados e senadores, vários
elementos da gravação reforçam a denúncia do
ex-ministro Sergio Moro, segundo a qual Bolsonaro
cobrou a troca do ex-diretor-geral da PF Maurício
Valeixo com o objetivo de blindar a própria família.
Agora, a oposição quer unificar pedidos de CPI,
procurando ganhar força e garantir a criação do
colegiado para apurar a interferência na PF.
Além das demandas por CPIs, há 36 requerimentos de
impeachment de Bolsonaro nas mãos do presidente da
Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O
número mínimo de assinaturas necessário para
instalar a comissão é de 171 parlamentares na Câmara
dos Deputados e 27 no Senado. Caso criada, a CPI
poderá solicitar depoimentos e ter acesso a diversos
documentos do governo federal que uma comissão
normal da Câmara ou do Senado não teria.
“A publicação do vídeo da reunião ministerial e das
mensagens de Bolsonaro a Moro agravam a situação
política no País”, diz o deputado federal Orlando
Silva (PCdoB-SP), autor de um pedido de CPI que, até
este domingo (24), tinha 101 assinaturas. Para ele,
a unificação dos pedidos de abertura de CPI não
precisa ser formal, reunindo todos os requerimentos
em uma peça só. “A unidade pode se dar na política”,
disse Orlando.
O novo trecho das conversas, revelado pelo Estadão
no sábado (23), evidencia que o presidente falava da
Polícia Federal – e não da sua segurança pessoal –
quando exigiu substituições nessa área na reunião
ministerial de 22 de abril. Mostra ainda que
Bolsonaro, antes da reunião no Planalto, enviou
WhatsApp para Moro comunicando que já havia decidido
demitir o então diretor-geral da PF, Maurício
Valeixo. “Moro, Valeixo sai esta semana”, escreveu o
presidente às 6h26 do mesmo dia, a poucas horas da
reunião. “Está decidido”, continuou ele, em outra
mensagem enviada na sequência.
A deputada Fernanda Melchionna (RS), líder do PSOL
na Câmara, afirma que o vídeo releva um “show de
horrores” e comprova as denúncias contra Bolsonaro.
“Não podemos naturalizar o que aconteceu como uma
reunião. Parecia mais uma reunião da máfia”, disse.
“Vários crimes foram cometidos, mas o que fica
evidente é que, ao falar de proteção de filhos e de
amigos, ao olhar para Moro, o presidente estava se
referindo à Polícia Federal, e não ao GSI [Gabinete
de Segurança Institucional, responsável pela
segurança presidencial].”
O líder do Cidadania na Câmara, Arnaldo Jardim (SP),
afirma que o partido vai trabalhar ao longo da
semana para que outros autores de pedidos de
abertura de CPI se unam em um só. “Os pedidos estão
andado paralelo. Cada um tem sua força, mas
isoladamente estão fragilizados. Nossa intenção é
que haja uma ação mais coordenada entre as
diferentes iniciativas para buscar concretizar uma
proposta única e que possa ter adesão”, disse
Jardim.
Para o líder do PSB na Câmara, o deputado Alessandro
Molon (RJ), as novas mensagens de Bolsonaro a Moro
ajudam “a esclarecer por que Bolsonaro olha para o
ex-ministro da Justiça na reunião ministerial – uma
confirmação do que já havia dito por mensagem de
WhatsApp”. Segundo Molon, “como uma peça de um
quebra-cabeça, as novas mensagens contribuem para
comprovar os crimes de responsabilidade de
Bolsonaro.”
O PSB também apresentou requerimento para
instauração de CPI para investigar as acusações de
Moro – a autoria é do deputado federal Aliel Machado
(PR). A legenda protocolou, além disso, um pedido de
impeachment do presidente. “O que pode ajudar na
abertura do processo é a pressão popular, que, neste
momento, deve se dar pelas redes sociais”, disse
Molon. Rodrigo Maia, diz ele, precisa “perceber que
tem apoio da sociedade. Os pedidos refletem o anseio
da população brasileira, que cresce a cada pesquisa
de opinião. É um processo que vai se acumulando.”
Até a semana passada, Rodrigo Maia (DEM-RJ) alegava
que a prioridade do Congresso, no momento, tem de
ser o combate à pandemia do novo coronavírus. Na
opinião de Molon, Maia precisa “perceber que tem
apoio da sociedade. Os pedidos refletem o anseio da
população brasileira, que cresce a cada pesquisa de
opinião. É um processo que vai se acumulando”. Para
Orlando Silva, a dificuldade será viabilizar a CPI
por meio de sessões virtuais, sem que parlamentares
estejam presencialmente em Brasília.
Com a autorização do STF (Supremo Tribunal Federal)
para as investigações, Bolsonaro pode ser enquadrado
em seis crimes: falsidade ideológica, coação no
curso do processo, advocacia administrativa,
obstrução de Justiça, corrupção passiva
privilegiada, prevaricação. Se houver denúncia, a
Câmara aprovar o prosseguimento e o STF aceitar a
abertura de ação penal, o presidente é afastado do
cargo automaticamente por 180 dias.
Com informações da Folha e do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
26/05/2020 -
PDT acusa general Heleno de violar a Lei de
Segurança Nacional
O PDT protocolou uma notícia-crime no Supremo
Tribunal Federal (STF) acusando o ministro do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general
Augusto Heleno, de violar os artigos 17 e 18 da Lei
de Segurança Nacional (Lei 7.170, de 1983). O
ministro afirmou ser uma afronta o encaminhamento de
três notícias-crime à Procuradoria-Geral da
República que pedem a apreensão do celular do
presidente Jair Bolsonaro. Para o líder do PDT no
Senado, senador Weverton (MA), Heleno deve, como
ministro de Estado, lealdade e respeito à
Constituição. "Ninguém está acima da lei. Ele não
está em um quartel, lidando com os seus
subordinados", afirmou o senador.
Fonte: Agência Senado
26/05/2020 -
Comissão mista ouve na quinta-feira ministro da
Economia, Paulo Guedes
A comissão mista destinada a acompanhar a situação
fiscal durante a crise do coronavírus vai promover
uma audiência pública nesta quinta-feira (28), às
10h, para ouvir o ministro da Economia, Paulo
Guedes. O objetivo será debater as ações do
ministério relacionadas ao combate à crise
decorrente da covid-19.
Conforme o ato de criação (Decreto Legislativo 6, de
2020), a comissão deve realizar uma audiência
pública a cada dois meses com a presença do ministro
da Economia, para apresentação e avaliação de
relatório da situação fiscal e da execução
orçamentária e financeira das medidas relacionadas à
crise do covid-19.
A comissão mista é composta por seis senadores e
seis deputados, com o mesmo número de suplentes. O
senador Confúcio Moura (MDB-RO) preside a comissão,
que tem o deputado Francisco Jr. (PSD-GO) como
relator. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é a
vice-presidente do colegiado.
Fonte: Agência Senado
25/05/2020 -
Live das Centrais: Calixto Ramos avalia impactos da
tecnologia no mundo do trabalho
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
participou, nesta sexta-feira (22/05), da segunda
edição da Live das Centrais no formato
videoconferência. O presidente da entidade, José
Calixto Ramos, avaliou os impactos da tecnologia nas
novas configurações do mundo do trabalho. Com o tema
“Pela Vida, Democracia, Emprego e Renda – A unidade
das centrais no enfrentamento à precarização do
trabalho na pandemia Covid-19”, o debate virtual,
mediado por Clemente Ganz Lúcio, contou com a
participação especial do jornalista Leonardo
Sakamoto. É a segunda live unitária dos presidentes
das centrais, que, a partir de agora, será realizada
quinzenalmente.
O presidente da NCST, durante sua intervenção,
enfatizou a precarização do trabalho a partir de
novas atividades advindas de recursos tecnológicos:
uberização, home office entre outras atividades e
denunciou, “modalidades que têm resultado em
jornadas de trabalho exaustivas; de 10, 12, 14 horas
de trabalho/dia.”
O líder sindical também relacionou os impactos
econômicos e sociais resultantes da redução do poder
de compra das famílias, gerando desemprego e
falência de micro, pequenas e médias empresas com a
redução, permanente e gradativa, do mercado
consumidor do país. Além disso, Calixto dastaca que
o empobrecimento da classe trabalhadora tem forte
impacto na queda da arrecadação tributária, uma vez
que, além de sua característica regressiva (incide
mais entre a população socialmente vulnerável), os
tributos brasileiros arrecadam, majoritariamente,
sobre as rendas do trabalho e o consumo, ambos
dependentes de maior incremento do poder de compra
da população.
“A tecnologia desemprega ou coloca os trabalhadores
em ocupações precárias e inseguras. Aos poucos e
gradativamente, vai se observando o desaparecimento
o trabalho presencial. Isso retira dinamismo da
economia. Se as empresas não vendem, não produzem.
Se não produzem, não geram empregos, nem salários,
nem a arrecadação tributária resultante,
enfraquecendo as finanças do Estado que poderiam
contribuir, inclusive, com investimentos para o
enfrentamento da grave pandemia que nos acomete. O
sindicalismo está desafiado a se renovar, para atuar
como agente de transformação, para gerar qualidade
no mundo do trabalho”, avaliou Calixto.
Os debatedores destacaram que 100 milhões de
brasileiros - quase metade da população - requereram
o auxílio emergencial. Auxílio este que só foi
possível a partir do empenho unitário das
organizações sindicais brasileiras em uma ampla
articulação política junto ao Congresso Nacional que
buscou aumentar o valor do benefício - antes
proposto pelo governo a apenas R$ 200 reais - bem
como a ampliação da base de beneficiários. A
significativa procura pelo beneficio, avaliaram, se
deve ao empenho dos governantes de implementar uma
agenda neoliberal, que colaborou para a ampliação
das desigualdades e concentração de renda,
interrompendo o ciclo de avanços sociais alcançados
na década anterior.
Assista a íntegra desta edição da Live das Centrais:
https://www.facebook.com/watch/live/?v=911999572600494&ref=watch_permalink
Fonte: NCST
25/05/2020 -
Defender a democracia, deter o golpismo do governo
Bolsonaro; afirmam centrais
Confira a Nota das centrais sindicais
Defender a democracia, deter o golpismo do
governo Bolsonaro
As centrais sindicais vêm a público manifestar sua
indignação contra mais um atentado contra a
democracia e os direitos do povo brasileiro.
Nesta sexta-feira (22/5) o país assistiu a mais um
atentado contra a democracia, desta vez vindo do
General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de
Segurança Institucional, que declara que a entrega
do celular do Presidente da República para ser
periciado pela polícia poderia “ter consequências
imprevisíveis para a estabilidade nacional”.
O que causou a ira golpista do general foi uma
decisão do Ministro Celso de Mello do Supremo
Tribunal Federal que notificou o Procurador Geral da
União sobre o fato do Presidente Jair Bolsonaro
entregar seu celular para ser periciado pela polícia
no curso de uma investigação aberta no STF.
Ao invés de cumprir a Lei e respeitar a decisão do
Ministro do Supremo, o Ministro Heleno faz um
chamado ao descumprimento da ordem judicial, o que
configura crime previsto na legislação penal.
A nota distribuída pelo general é um chamado ao
descumprimento de uma ordem judicial pela mais alta
autoridade do país, o Presidente da República. O
manifesto do Ministro é um apelo à quebra da ordem
constitucional, um golpe contra a democracia.
Na democracia nenhum cidadão está acima da lei, nem
mesmo o Presidente da República.
Os trabalhadores brasileiros condenam a posição
arbitrária do general Heleno e conclamam todas as
forças democráticas do país a cerrarem fileiras em
defesa da democracia e da Constituição, isolando e
impedindo a continuidade da escalada golpista.
#ForaBolsonaro
São Paulo, 22 de maio de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros
Edson Carneiro Índio – secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Mané Melato – Intersindical instrumento de Luta
José Gozze – Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor.
Fonte: RadioPeaoBrasil
25/05/2020 -
Centrais entregam a Doria proposta de enfrentamento
à crise do coronavírus
Texto defende o isolamento social e estabelece
regras para a proteção do trabalhador no retorno às
atividades, que devem ser retomadas somente quando a
epidemia estiver controlada
As centrais sindicais só aceitam a flexibilização da
quarentena em São Paulo quando o nível de
contaminação cair por 14 dias seguidos e a taxa de
ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)
for inferior a 60%. O alerta faz parte da proposta
entregue pelas entidades à secretaria de
Desenvolvimento Econômico do estado.
O governo João Doria (PSDB) elabora um protocolo com
regras de flexibilização pós-pandemia. E, na
avaliação das entidades, o documento estará
incompleto se não considerar a visão dos
trabalhadores.
No rol de propostas, seis centrais defendem que será
preciso distanciamento mínimo de pelo menos dois
metros entre as pessoas em local de trabalho. Também
será necessária a instalação de cabines de
desinfecção e a entrada escalonada nos vestiários
das empresas. A retomada também não pode ter
descartada a possibilidade de testagem e a garantia
de que as pessoas que estão nos grupos de risco
permaneçam em casa.
“Ninguém melhor do que nós, trabalhadores, para
conhecer os locais de trabalho. Cada local e cada
categoria têm as suas especificidades. Quando
negociamos, a gente sabe o que ‘pega’ naquela
categoria, como é que ela funciona. E quais empresas
têm maior capacidade de fornecer inclusive uma
proteção maior ao trabalhador”, explica o secretário
de Saúde da CUT São Paulo, José Freire da Silva, em
entrevista ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da
TVT.
Articulação no Legislativo
A bancada do PT na Assembleia Legislativa também
elaborou um plano de combate à pandemia. A proposta
agrupa seis eixos, entre eles o isolamento social
total, a garantia de alimentos e a suspensão de
tarifas públicas. Mas o líder do PT na Casa,
deputado Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, lembra
que o governo federal precisará também prorrogar o
pagamento do auxílio emergencial. As entidades
defendem que o isolamento social mais rígido seja
decretado em lei.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/05/2020 -
Bolsonaro volta a participar de ato com
aglomerações; Brasil já tem 22 mil mortes por
covid-19
Neste domingo (24), o presidente Jair Bolsonaro
voltou a participar de manifestações em apoio ao
governo. Em frente ao Palácio do Planalto, as
aglomerações desrespeitaram as recomendações
sanitárias em um momento em que o Brasil registra
mais de 22 mil mortos pela covid-19.
Bolsonaro deixou sua residência, no Palácio da
Alvorada, de helicóptero e, antes de ir ao Planalto,
sobrevoou a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos
Três Poderes, onde aconteciam as manifestações.
Quando pousou, Bolsonaro foi cumprimentar os
manifestantes. Sem máscara - o que contrário decreto
do Distrito Federal - o presidente se dirigiu ao
apoiadores, que empunhavam bandeiras do Brasil, de
Israel e atacavam as instituições, especialmente o
Supremo Tribunal Federal, que nesta semana levantou
o sigilo da reunião ministerial apontada por Sergio
Moro como prova da tentativa de interferência do
presidente na Polícia Federal.
Fonte: Congresso em Foco
25/05/2020 -
Aposentados e pensionistas recebem segunda parcela
do 13º a partir desta segunda (25)
Começa hoje (25) o pagamento da segunda parcela do
13° salário de aposentados e pensionistas do INSS, o
Instituto Nacional do Seguro Social. Os créditos
seguem a tabela de pagamento do instituto, que varia
de acordo com o número final do benefício, e vão até
o dia 5 de junho.
Para quem recebe um salário mínimo, o depósito será
feito até o prazo final, dia 5 de junho. Já os
trabalhadores com renda mensal acima do mínimo,
terão o crédito entre os dias 1º e 5 de junho.
Quase 40 milhões de pessoas devem receber o 13º
salário ainda em maio, o que vai injetar cerca de
R$71 bilhões na economia.
Por lei, tem direito ao 13º quem, durante o ano,
recebeu benefício previdenciário de aposentadoria,
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente
ou auxílio-reclusão.
Vale lembrar, que nessa segunda parcela é feito o
desconto do Imposto de Renda.
Fonte: Portal EBC
25/05/2020 -
Empresa não pode exigir exame de trabalhador com
atestado médico de Covid
Exigir que empregado que tem atestado médico
recomendando que fique afastado do trabalho vá à
empresa fazer exame para comprovar a doença
contraria as recomendações que visam à preservação
da saúde do funcionário e da sociedade.
Com esse entendimento, a 43ª Vara do Trabalho do Rio
de Janeiro concedeu, nesta quarta-feira (20/5),
tutela de urgência para proibir os Supermercados
Guanabara de exigir que funcionários com suspeita de
Covid-19, mesmo aqueles com atestado médico, fossem
fazer novo exame em unidade da empresa. Caso
descumpra a ordem, terá que pagar R$ 10 mil por
caso.
O presidente do Sindicato dos Comerciários, Márcio
Ayer, afirma que tentou negociar com os
Supermercados Guanabara, mas não obteve sucesso. De
acordo com Ayer, a empresa também não aceitou a
sugestão do Ministério Público do Trabalho de que os
atestados dos comerciários com suspeita do novo
coronavírus fossem levados por outra pessoa, com o
objetivo de evitar que o funcionário contaminado
tivesse que ir à empresa. Por isso, a entidade foi à
Justiça.
Na decisão, o juiz Eduardo Mussi Dietrich Filho
afirmou que, "em condições normais", a empresa
poderia exigir que os empregados se submetessem a
exame de seus médicos. Contudo, a epidemia do
coronavírus não é uma situação normal.
"Nessa linha de raciocínio, o ato de exigir dos
empregados que possuem atestado médico com
indicativo para afastamento do trabalho o
comparecimento à unidade da empresa para realização
de exame pessoal contraria todas as orientações que
visam à preservação da saúde não apenas do próprio,
mas de toda a sociedade. A determinação patronal em
sentido contrário expõe o trabalhador possivelmente
infectado, forçando-o a entrar em contato com outras
pessoas, seja no seu local de trabalho, nos
containers instalados, e também no trajeto para
chegar até o local. E isso é inaceitável nos tempos
em que vivemos", opinou o juiz.
O julgador também destacou que a companhia tem a
obrigação reduzir riscos à saúde dos trabalhadores,
como determina o artigo 7º, XXII, da Constituição, e
o artigo 157, I, da CLT.
0100358-88.2020.5.01.0043
Fonte: Consultor Jurídico
25/05/2020 -
Mudança de estrutura jurídica empresarial não afeta
contrato de trabalho
O contrato de trabalho não pode ser afetado por
mudança de estrutura jurídica empresarial, de modo
que as obrigações assumidas pela empresa sucedida,
em regra, serão de responsabilidade do sucessor.
O entendimento é do juiz André Luiz Marques Cunha
Junior, da 5ª Vara do Trabalho de Manaus, ao
determinar que empregadora restabeleça plano de
saúde vitalício de ex-empregado. A decisão, em
caráter liminar, foi tomada na segunda-feira (18/5).
Segundo os autos, o contrato do trabalhador prevê
plano vitalício para todos os que atuaram por mais
de 20 anos na empresa. O autor trabalhou na
companhia por 23 anos. Ainda assim, teve o benefício
cortado depois de ser demitido.
O corte ocorreu porque entre a contratação e a
demissão, a estrutura jurídica da empresa foi
alterada. Para o magistrado, no entanto, os artigos
448 e 448-A da CLT proíbem a mudança.
Segundo o dispositivo, “caracterizada a sucessão
empresarial ou de empregadores, as obrigações
trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que
os empregados trabalhavam para a empresa sucedida,
são de responsabilidade do sucessor”.
Na decisão, o juiz ressalta que “a sucessão
mencionada se verifica, inclusive, na CTPS do
reclamante, em que o registro do início do contrato
se deu pela Gillete do Brasil e a anotação de baixa
foi realizada pela sucessora, Procter & Gamble do
Brasil, além de ser fato de conhecimento público e
notório”.
0000309-77.2020.5.11.0005
Fonte: Consultor Jurídico
22/05/2020 -
Dieese: Congresso deve incluir na MP 936 melhora
salarial e participação de sindicatos
Participação das entidades sindicais garante
menores perdas salariais na comparação com as
negociações individuais,
ressalta o diretor técnico do Dieese
São Paulo – A Medida Provisória (MP) 936, que
institui o Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda, deve ser apreciada pelo
Congresso Nacional na próxima semana. O Dieese
defende que os parlamentares aprimorem a proposta,
ampliando a recomposição dos salários, hoje limitada
ao teto do seguro-desemprego, que é de R$ 1.813,03.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da
proposta na Câmara, defende a ampliação da
recomposição para até três salários mínimos, para
trabalhadores que tenham os contratos de trabalho
suspensos. O limite também incide na recomposição
proporcional para aqueles que sofreram redução das
jornadas.
“É uma queda de braços com o ministério da Economia,
que vê qualquer iniciativa do tipo como aumento de
gastos. A cabeça fiscalista do Paulo Guedes não
mudou muito. Ele Acredita que é melhor dar dinheiro
para os bancos do que colocar nas mãos da
população”, avalia o diretor técnico do Dieese,
Fausto Augusto Junior, em comentário na Rádio Brasil
Atual nesta quinta (21).
Outra alteração defendida pelo Dieese é a inclusão
dos sindicatos nas negociações para trabalhadores
que ganham até três salários mínimos. Para essa
faixa salarial, a MP permite “negociação individual”
entre patrões e empregados.
Impactos econômicos
“Os acordos individuais têm garantido basicamente os
dispositivos da medida provisória, com capacidade de
fiscalização e controle muito limitadas. No caso da
participação dos sindicatos, uma das coisas que têm
sido alcançadas é o aumento dessa taxa de
reposição”, disse Fausto.
Ele defende também que os parlamentares aprovem a
ampliação da duração do programa. A medida, editada
em 1º de abril, tem validade de 90 dias. Mas,
segundo Fausto, os impactos econômicos da pandemia
devem se fazer sentir para além desse período. Sem
essa extensão, haverá, já no próximo mês, uma
explosão nas demissões.
Para o diretor do Dieese, a redução nas perdas
salariais e a ampliação do programa são medidas
importantes, não apenas para garantir a renda do
trabalhador, mas para evitar alta no desemprego e o
agravamento da situação econômica do país.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/05/2020 -
Guedes já fala em pagar auxílio de apenas R$ 200 a
trabalhadores
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já admite que
talvez seja necessário prorrogar o auxílio
emergencial para desempregados e autônomos, mas
afirma que o programa não deve ser permanente e
defende uma redução do atual valor de R$ 600. O
titular da pasta aponta R$ 200 como uma quantia
possível de ser paga aos trabalhadores por mais um
ou dois meses. De acordo com ele, o governo não tem
orçamento para pagar R$ 600 para quase 60 milhões de
pessoas por muito tempo.
Guedes falou sobre a redução do auxílio durante
reunião, na terça-feira (19), com empresários do
setor de serviços. "Ele falou da possibilidade de
pensar em uma fórmula de sair dessa situação sem
desproteger as pessoas, na medida em que a crise de
saúde também vai diminuindo", disse uma fonte que
participou da reunião. O relato foi publicado no
jornal Correio Braziliense.
A avaliação do ministro demonstra que o governo Jair
Bolsonaro continua sinalizando a falta de empatia
para com a classe trabalhadora, que já sofre com o
coronavírus, com os efeitos da PEC do Teto dos
Gastos, que congela investimentos públicos por 20
anos, e com os cortes de direitos trabalhistas.
Esses duas últimas medidas já haviam sido colocadas
em prática bem antes do início da pandemia, ainda no
governo Michel Temer e foram mantidas pela atual
gestão.
Novo imposto
No encontro, o ministro afirmou também que pretende
desonerar a folha de pagamento das empresas para
incentivar a geração de empregos no pós-pandemia. Em
compensação, a ideia seria criar um imposto sobre
movimentações financeiras, nos moldes da antiga
CPMF.
De acordo com uma fonte que participou da conversa,
a medida está em estudo porque transferir o custo da
folha de pagamentos para o imposto único que deve
ser criado pela reforma tributária deixaria a
alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) muito
alta, possivelmente perto de 35%. "O governo vai
precisar de uns R$ 300 bilhões por ano para acabar
com a contribuição. Isso elevaria em mais 10 pontos
percentuais a alíquota do IVA", disse.
Fonte: Brasil247
22/05/2020 -
Bolsonaro usa pandemia para ‘ensaiar’ nova reforma
trabalhista, alerta Sakamoto
Ativista participou de debate ao vivo ao lado
jornalista Ana Claudia Mielke, secretária-geral do
FNDC, que destacou os ataques à liberdade de
imprensa e manifestação promovidos pelo atual
governo
As Medidas Provisórias (MPs) 927 e 936, editadas pelo
presidente Jair Bolsonaro para regular as relações
de trabalho durante a pandemia, são “balões de
ensaio” para uma nova rodada de retirada de
direitos, avalia o jornalista Leonardo Sakamoto. Em
debate promovido pela Oxfam Brasil sobre os riscos
para a democracia durante a pandemia, ele afirmou
também que aliados do governo pressionam para que
algumas medidas, aprovadas recentemente, se tornem
permanentes.
Como exemplo, Sakamoto citou dispositivo previsto na
MP 936 que permite a negociação individual entre
patrões e empregados para decidir sobre redução de
jornadas e salários, sem a participação dos
sindicatos. A medida vale para trabalhadores que
ganham até três salários mínimos.
“São balões de ensaio para uma nova reforma
trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores.
Empresários estão pedindo para que essas medidas se
tornem permanentes. Ou seja, estão se utilizando de
um momento de vulnerabilidade e crise social, quando
os trabalhadores deveriam ser os primeiros a serem
protegidos”, disse.
Ele também alertou para o crescimento do trabalho
escravo, por conta da suspensão da atuação dos
grupos de fiscalização. Mundialmente, o trabalho
análogo à escravidão atinge 40 milhões de pessoas,
produzindo lucro anual de cerca de US$ 170 bilhões.
A saída, segundo Sakamoto, não é pressionar pelo
retorno da fiscalização, neste momento, já que os
auditores fiscais do trabalho poderia tanto serem
contaminados como servirem de vetores de
contaminação para populações vulneráveis.
“A saída é mais Estado, é mais governo. A saída é
criar estruturas de proteção trabalhista para que
essas pessoas não precisem cair em empregos
bizarros. Não precisem ir atrás de propostas de
emprego ‘esquisitas’. Ou seja, é proteger o
trabalhador. É garantir recursos para que o
trabalhador possa ficar em casa com tranquilidade”.
Ele afirmou ainda que as respostas dadas pelo
governo, como o pagamento do auxílio emergencial,
têm sido atrasadas e insuficientes. Também destacou
que propostas como a tributação de heranças e
grandes fortunas garantiriam recursos para socorrer
os trabalhadores. “Mas quando alguém propõe, ouve-se
o grito ‘comunista!’. Não é sensato.”
Ataques à imprensa
Além dos riscos aos direitos trabalhistas, a
jornalista Ana Claudia Mielke, secretária-geral do
Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC),
destacou os constantes ataques promovidos por
Bolsonaro contra a liberdade de expressão e de
imprensa. Ela ressaltou a falta de transparência do
governo e o cerceamento aos órgãos de participação
popular.
“O que a temos visto nos últimos anos é um ataque
frontal e direto às instituições. Quando Bolsonaro
assume, esses ataques se tornam ainda mais potentes.
Uma das primeiras ações do governo foi tentar
limitar a Lei de Acesso à Informação (LAI). Outra
grande aposta foi fechar os espaços de participação.
Mais de 100 conselhos e coordenações colegiadas
foram fechadas, enfraquecendo os poucos espaços de
participação”, relembrou a jornalista.
Sobre os constantes ataques à imprensa por Bolsonaro
e integrantes de seu governo, ela afirmou que o
presidente está interessado apenas no seu próprio
direito de liberdade de expressão, para ofender
grupos minoritários e vulneráveis. Inspirados em
seus discursos toscos, seus apoiadores passaram a
desferir até mesmo ataques físicos a profissionais
da imprensa.
“Na semana passada, tivemos uma pichação, em Belo
Horizonte, com as inscrições ‘jornalista bom é
jornalista morto’. Vimos uma repórter da Band sendo
agredida com um mastro de bandeira, no último
domingo. O discurso bolsonarista contra a liberdade
de imprensa autoriza essas manifestações de ódio e
violência. E democracia sem liberdade de expressão
não existe.”
Fonte: Rede Brasil Atual
22/05/2020 -
Empresas usam pretexto da pandemia para dar calote
em trabalhadores
Total acumulado de 10 mil processos corresponde a
pouco mais de 20% das 48.655 ações protocoladas na
Justiça trabalhista entre 21 de abril e 20 de maio
Ao longo dos últimos 30 dias, 455 trabalhadores
entraram na Justiça diariamente após serem demitidos
em função da crise do novo coronavírus. Eles afirmam
que, após a dispensa, não receberam o conjunto ou
parte das verbas rescisórias obrigatórias, compostas
pelo aviso prévio, férias vencidas e proporcionais,
13º salário e a multa de 40% aplicada ao FGTS.
O total acumulado de cerca de 10 mil processos
corresponde a pouco mais de 20% das 48.655 ações
protocoladas na Justiça trabalhista entre 21 de
abril e 20 de maio. Segundo juristas e advogados, o
fenômeno acontece porque as empresas, principalmente
de pequeno porte, estão cortando vagas sem caixa
para arcar com as despesas geradas pelas demissões.
Os dados fazem parte de uma ferramenta lançada pela
Fintedlab e pela Datalawer, startups especializadas
em monitoramento de dados na Justiça. As empresas
desenvolveram robôs que leem as publicações dos
processos distribuídos na Justiça do Trabalho para
estabelecer os pontos centrais dessas demandas.
Desde meados de março, quando começou a pandemia, já
foram protocoladas 18.163 ações desse tipo. “O que
percebemos é que, conforme avançam os casos de
infecção, também crescem os de processos na Justiça
do Trabalho”, diz o fundador da Fintedlab, Alexandre
Zavaglia.
O valor total das causas solicitadas em função da
pandemia passa hoje dos R$ 920 milhões, com valor
médio de R$ 50.748 por processo, segundo dados de
quarta-feira (20). O maior volume solicitado, aponta
a ferramenta, é proveniente das ações individuais:
R$ 654,37 milhões, de 16.673 ações judiciais; contra
R$ 267,36 milhões, de 1.490 ações coletivas.
Uma dessas ações foi proposta pelo metalúrgico
Guilherme Silva Adegas, demitido no dia 31 de março
de uma empresa de Campinas (SP), onde trabalhava com
usinagem de peças há cinco anos. Ele afirma no
processo que tinha direito a uma rescisão de R$ 20
mil, mas recebeu cerca de R$ 13 mil.
“Não me pagaram os 40% do FGTS e o aviso prévio”,
afirma Adegas. Segundo ele, a empresa explicou na
dispensa que não pagaria todos os valores devidos,
embora tenha pedido alguns dias para propor um
acordo. “Um dia, liguei lá e o departamento de
recursos humanos me mandou procurar os meus direitos
na Justiça.”
Da Redação, com informações do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
22/05/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego sobem 76,2% na primeira
quinzena de maio
Levantamento foi divulgado pela Secretaria de
Trabalho
Os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com
carteira assinada subiram 76,2% na primeira quinzena
de maio em relação ao mesmo período do ano passado.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (21)
pela Secretaria de Trabalho do Ministério da
Economia e considera tanto os atendimentos
presenciais – nas unidades do Sistema Nacional de
Emprego (Sine) e das Superintendências Regionais do
Trabalho – e os requerimentos virtuais.
Na primeira metade do mês, 504.313 benefícios de
seguro-desemprego foram requeridos, contra 286.272
pedidos registrados no mesmo período do ano passado.
Ao todo, 77,5% dos benefícios foram pedidos pela
internet no mês passado, contra apenas 1,7% no mesmo
período de 2019.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
22/05/2020 -
INSS paga segunda parcela do 13º a partir de
segunda-feira
Serão beneficiados 30,8 milhões de aposentados e
pensionistas
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa,
na próxima segunda-feira (25), a pagar o 13º de
aposentados e pensionistas. O depósito da segunda
parte desse abono anual será realizado no período de
25 de maio a 5 de junho, conforme a tabela de
pagamento de 2020. A antecipação do 13º é uma das
medidas anunciadas pelo governo federal para o
enfrentamento da pandemia da covid-19.
Para aqueles que recebem um salário mínimo, o
depósito da antecipação será feito entre os dias 25
de maio e 5 de junho, de acordo com o número final
do benefício, sem levar em conta o dígito
verificador. Segurados com renda mensal acima do
piso nacional terão seus pagamentos creditados entre
os dias 1º e 5 de junho.
Segundo o Ministério da Economia, em todo o país,
35,8 milhões de pessoas receberão seus benefícios de
maio. O INSS injetará na economia um total de R$
71,5 bilhões. Desse total de pagamento referente a
maio, 30,8 milhões de beneficiários receberão a
segunda parcela do 13º, o equivalente a R$ 23,8
bilhões.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
21/05/2020 -
Juristas e frente de partidos apresentam pedido
unificado de impeachment de Bolsonaro nesta
quinta-feira
Uma imensa articulação composta por juristas, mais
de 400 entidades, personalidades e 7 partidos
políticos, entrará com um pedido de impeachment
contra Bolsonaro nesta quinta-feira, 21, às 11h, em
Brasília. Celso Antônio Bandeira de Melo, Lenio
Streck, Pedro Serrano, Carol Proner e três ex
ministros da justiça Tarso Genro, José Eduardo
Cardoso e Eugênio Aragão, são integrantes desse
conjunto da sociedade brasileira que pretende pôr um
basta à catástrofe do governo Boslonaro.
Fazem parte da articulação PT, Psol, PCdoB, PSTU,
PCB, e UP.
O pedido cita crimes de responsabilidade e contra a
saúde pública cometidos por Bolsonaro, como a
participação em atos antidemocráticos que pediram
fechamento do Congresso e do STF, interferência na
Polícia Federal com a exoneração de Maurício Valeixo
do comando, o apoio ao grupo "300 do Brasil".
"É uma longa lista de crimes contra o livre
exercício dos poderes constitucionais, contra o
livre exercício dos direitos políticos, individuais
e sociais, contra a segurança interna do país e
contra a probidade administrativa", afirmou o PSOL
em nota.
Fonte: Brasil247
21/05/2020 -
Centrais sindicais fazem proposta para enfrentamento
da Covid-19 ao governo do Estado de SP
As centrais sindicais elaboraram sugestões conjuntas
em relação ao documento preliminar “COVID-19 –
Protocolos para reabertura – Protocolo Padrão (visão
transversal e visão por ambiente)”, elaborados pelo
GESP, e firmam clara posição em defesa do direito à
vida, à saúde, ao emprego e a condições de trabalho
decentes e seguras.
As centrais sindicais reunidas defendem o isolamento
social como instrumento de contenção da pandemia e
entendem que sua flexibilização só poderá ocorrer
quando a ciência encontrar os elementos seguros que
assim o propiciem. Conforme as diretrizes médicas,
são pré-requisitos para possibilidade de reabertura:
a melhora dos indicadores epidemiológicos
reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde,
Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde,
a redução no contágio por 14 dias consecutivos, e
uma taxa de ocupação de leitos de UTIs e
respiradores inferior à 60% em âmbito local e/ou
regional.
Assim, importante destacar que poucos conhecem a
realidade dos ambientes de trabalho como os
trabalhadores que nesses atuam diariamente e,
considerando a abrangência dos sindicatos que as
integram, as centrais sindicais não poderiam se
furtar de participar deste debate, tendo sempre como
foco a preservação da VIDA das pessoas e a criação
de mecanismos efetivos que contribuam para o
controle, da maneira mais célere possível, desta
pandemia.
O documento unitário foi entregue ao governo do
estado, através da secretária Patricia Ellen da
Silva, Secretária de Desenvolvimento Econômico
Governo do Estado de São Paulo.
Confira a íntegra do documento
Proposta das Centrais Sindicais para o GESP
Fonte: RadioPeaoBrasil
21/05/2020 -
Dirigentes do FST debatem com Orlando Silva
alterações na 936
Integrantes do Fórum Sindical dos Trabalhadores se
reuniram segunda (18), por meio de videoconferência,
com o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Ele é
relator da Medida Provisória 936, baixada pelo
governo em 1° de abril. A MP permite que o
empregador suspenda o contrato de trabalho, reduza
salários em até 70% e também altere a jornada de
funcionários.
Participaram o professor Oswaldo Augusto de Barros,
coordenador do FST, e Artur Bueno de Camargo,
presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Alimentação (CNTA Afins), além de
suas assessorias.
Durante o encontro virtual, os sindicalistas
apresentaram suas apreensões ao deputado. “Preocupa
muito essa medida. Ela nos deixa sem ter pra onde
correr”, comenta o professor Oswaldo. O dirigente
afirmou à Agência Sindical que a reunião serviu pra
debater com o relator meios de se evitarem perdas
drásticas aos trabalhadores.
Caducar – Artur Bueno de Camargo diz: “Essa
MP deveria caducar. Mas percebemos que não existe a
possibilidade. O governo vai insistir”. Com o
objetivo de amenizar prejuízos, ele questionou o
relator sobre o que pode ser feito pra que a MP 936
não afete tanto os trabalhadores – que neste momento
de pandemia já perdem renda e poder aquisitivo.
“Pedimos a participação dos Sindicatos nas
negociações entre patrões e empregados; a garantia
de que as empresas não demitam antes de aderir à MP
936, porque elas têm se utilizado de má-fé; e, por
fim, sugerimos descontos em impostos e taxas
bancárias. Sabemos que as pessoas estão perdendo a
cada dia seu poder aquisitivo. Por que o governo e
os bancos não podem fazer sua parte pra amenizar
isso?”, questiona Artur.
Compromisso – Orlando Silva observou que
ampliar as garantias não será fácil. Mas ele
reafirmou seu compromisso: “Vou tentar ao máximo
garantir e aumentar a reposição da renda dos
trabalhadores, sobretudo dos que recebem menos de
três salários mínimos. Além de outras proposições
que preservem direitos durante a pandemia”.
Para Artur Bueno, o importante é não perder o foco e
ter unidade. “Vamos trabalhar em cima do relatório
do deputado. E enviar carta pra que as entidades
sindicais encaminhem a deputados e vereadores
pedindo apoio à nossa pauta. Temos que atuar em
conjunto. É muito importante o empenho de todo o
sindicalismo, a fim de evitar tantas perdas aos
trabalhadores”, comenta.
Após apresentação do relatório, haverá debates
acerca da 936. Ao final, a MP irá a voto.
Fonte: Agência Sindical
21/05/2020 -
Bolsonaro derrete e avaliação ruim ou péssimo
alcança 50%, o dobro do ótimo ou bom
Pesquisa realizada pelo instituto Ipespe para a
corretora XP Investimentos, divulgada nesta
quarta-feira (20), mostra que a aprovação de Jair
Bolsonaro segue despencando à medida em que aumenta
o número de mortes pela pandemia do novo
coronavírus.
Segundo a pesquisa, o percentual de brasileiros que
consideram o governo Jair Bolsonaro ruim ou péssimo
subiu de 42% para 50% entre 24 de abril e 20 de
maio.
Já os brasileiros que consideram o governo ótimo ou
bom caíram de 31% para 25% no mesmo período, marcado
pelas demissões de Luiz Mandetta e Nelson teich do
Ministério da Saúde, e pela saída de Sérgio Moro do
Ministério da Justiça.
Os entrevistados foram questionados também sobre
impactos da crise causada pelo coronavírus. Para
68%, o pior ainda está por vir, enquanto 22% avaliam
que o pior já passou.
A pesquisa mostra que se mantém alto o apoio ao
isolamento social como medida de enfrentamento à
pandemia. Para 76%, ele é a melhor forma de se
prevenir e tentar evitar o aumento da contaminação
pelo coronavírus, enquanto 7% discordam. Outros 14%
avaliam que ele está sendo exagerado.
Para este levantamento, a XP/Ipespe realizou 1.000
entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17
e 18 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos
percentuais.
Fonte: Brasil247
21/05/2020 -
Trabalho não é mercadoria ou bem de consumo, afirma
ministro do TST
Para vice-presidente, relação desigual exige
maior grau de proteção social
São Paulo – Em transmissão ao vivo nesta
quarta-feira (20), o vice-presidente do Tribunal
Superior do Trabalho, Luiz Philippe Vieira de Mello
Filho, ressaltou a “relação assimétrica”, desigual,
das relações trabalhistas. “É preciso destacar que é
uma conquista histórica da humanidade, em termos de
civilização, que o trabalho não seja tratado como
uma mercadoria”, afirmou.
Assim, prosseguiu o ministro, o trabalhador “não é
como se fosse um bem de consumo qualquer, como uma
geladeira ou um televisor” e não pode ser visto
“como se estivesse tratando de um risco na geladeira
ou uma promissória que não foi paga”. O fator humano
exige “uma regulação intensa do judiciário e um ramo
altamente especializado, para reequilibrar essas
desigualdades, na perspectiva da paz social”.
Segundo ele, a pandemia do coronavírus é um evento
“de proporção catastrófica”, que causará sequelas
humanas, grandes danos à economia e muitas
transformações no mundo do trabalho. “Não há nada de
igual magnitude, no âmbito global, nos últimos 100
anos”, afirmou. Para ele, esse também é o maior
desafio da Justiça do Trabalho em sua história.
Um dos possíveis efeitos é o maior volume de
trabalho, devido às constantes videoconferências,
além das “intercorrências domésticas”, como a
presença dos filhos em casa. Além disso, os
aplicativos são exemplo “da imensa exclusão
tecnológica” existentes no país.
Produtividade
Ao passar pela “maior prova de sua existência”, o vice
do TST disse que o Judiciário trabalhista segue
“importante e eficiente em termos de celeridade e
produtividade”. E destacou os trabalhadores que
continuam nas ruas, se expondo a riscos. “Não são
invisíveis”, lembrou. O ministro respondeu algumas
perguntas, nenhuma sobre medidas provisórias que
“flexibilizam” direitos no período da pandemia.
O tribunal informou que tem mantido produtividade no
período da pandemia. De acordo com boletim, de 16 de
março – quando as atividades e sessões presenciais
foram suspensas – até a última segunda-feira (18), o
TST julgou 58 mil processos. De janeiro a abril, o
número de ações julgadas cresceu 5,8%.
Esta é a segunda live promovida pelo TST, que na
semana passada apresentou a presidenta do tribunal,
ministra Maria Cristina Peduzzi, favorável às MPs.
Na próxima quarta-feira (27), será a vez do
corregedor-geral, Aloysio Corrêa da Veiga.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/05/2020 -
Senado aprova inclusão de covid-19 na cobertura de
seguros para doença e morte
O Senado aprovou por unanimidade, com 77 votos, a
inclusão das mortes decorrentes da pandemia de
coronavírus na cobertura dos seguros de vida ou
invalidez permanente. O mesmo se aplica à
assistência médica ou hospitalar para os planos de
saúde nos casos de infectados pela covid-19. O
projeto (PL 2.113/2020), da senadora Mara Gabrilli
(PSDB-SP), determina que o seguro, inclusive o já
celebrado, não poderá conter restrição de cobertura
a qualquer doença ou lesão decorrente de emergência
de saúde pública (Lei 13.979, de 2020). A matéria
aprovada nesta quarta-feira (20) será analisada
agora pela Câmara dos Deputados.
Pelo projeto, a alteração não poderá resultar no
aumento do preço do prêmio pago pelo segurado. O
texto estabelece também que o prazo máximo para o
pagamento da indenização é de dez dias corridos,
contados a partir da data de entrega da documentação
comprobatória, requerida nos documentos contratuais,
na sociedade seguradora.
As operadoras do plano de saúde e seguro de vida
ainda ficam proibidas de suspender ou o cancelar os
contratos por falta de pagamento durante a
emergência de saúde pública, que se encerra em 31 de
dezembro deste ano.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
21/05/2020 -
Câmara aprova projeto que suspende parte das
perícias do INSS durante pandemia
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
quarta-feira (20), em sessão virtual, o texto-base
do Projeto de Lei 2048/20, do deputado Ricardo Izar
(PP-SP), que suspende durante a pandemia de Covid-19
as convocações de pessoas diagnosticadas com as
doenças de Alzheimer ou de Parkinson e outras para
perícias relativas ao auxílio-doença da Previdência
Social. O texto vai agora ao Senado.
Foi aprovado o substitutivo apresentado pelo
relator, deputado Fred Costa (Patriota-MG). Ele
incluiu no texto as doenças crônicas progressivas
degenerativas e as que reduzem a imunidade. “Se a
recomendação é de que todas as pessoas permaneçam em
casa tanto quanto possível, esse apelo é ainda mais
enfático nesses casos”, disse.
Costa ampliou o rol de favorecidos pela suspensão,
incluindo aposentados por incapacidade permanente e
pensionistas diagnosticados com as enfermidades, e
facilitou a prorrogação do auxílio-doença. “É
preciso dar prioridade à saúde, especialmente das
pessoas sujeitas a formas graves da Covid-19”,
afirmou. “Penso que é o caso dos pacientes com
fibromialgia.”
A Lei de Benefícios Previdenciários (Lei 8.213/91)
prevê que, no caso do auxílio-doença e de outros
benefícios da Previdência Social, poderá haver
convocação pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) para eventuais avaliações e perícias médicas.
“A suspensão dessas convocações é necessária no
momento atual”, disse Ricardo Izar, autor da
proposta.
O projeto foi apresentado em conjunto com as
deputadas Margarete Coelho (PP-PI) e Soraya Santos
(PL-RJ).
Norma do INSS
Segundo o líder do governo, deputado Vitor Hugo
(PSL-GO), o projeto é importante para não
sobrecarregar pessoas com doenças degenerativas. Ele
lembrou, porém, que o INSS editou ainda em março uma
portaria com o mesmo teor. "Precisamos tentar
resolver de maneira infralegal as questões
possíveis, para não engessar o governo", afirmou.
Fonte: Agência Câmara
21/05/2020 -
Falta de medidas de segurança tem contaminado
trabalhadores, afirma Paim
Em pronunciamento nesta quarta-feira (20), o
senador Paulo Paim (PT-RS) disse que trabalhadores
da cadeia produtiva do setor de agroindústrias
instaladas na Região Sul estão sendo contaminados
com o vírus da covid-19. Segundo ele, um dos
principais motivos da propagação da doença, conforme
o Ministério Público do Trabalho (MPT), é a falta de
equipamentos adequados de segurança para proteger a
mão de obra, considerada essencial à produção de
alimentos.
— Desde o início da pandemia, procuradores do
trabalho instauraram 30 inquéritos civis e ajuizaram
três ações civis públicas. O MPT determinou também
uma lista de recomendações a serem cumpridas pelas
empresas, que são: a reorganização das linhas de
produção para que os trabalhadores mantenham um
distanciamento mínimo de dois metros um do outro; a
modificação no transporte desses funcionários que
usam ônibus fretado; a não aglomeração tanto na
entrada quanto na saída dos veículos. Ordenou,
ainda, uma vigilância ativa por parte das empresas,
para tentar localizar os casos no início e isolar as
pessoas afetadas e evitar o contato entre eles. Como
se vê, a vida das pessoas deve estar em primeiro
lugar, pois isso é o que importa.
Paim disse que os frigoríficos do Rio Grande do Sul
já assinaram acordo com o MPT para a retomada das
atividades e se comprometeram em cumprir
integralmente os protocolos estabelecidos
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), bem como em acatar as normas e
orientações determinadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o senador, o
acordo também prevê a testagem de todos os
trabalhadores para a covid-19, garantindo, para
isso, assistência social, cuidados nos bairros e
residências dos operários, além de uma doação de R$
1,2 milhão para dois hospitais da região.
De acordo com o senador, a pandemia tem atingindo a
todos. Para ele, todas essas medidas são importantes
para a manutenção da segurança e da higiene. Paim
argumentou que essas são iniciativas imprescindíveis
para manter as linhas de produção em plena
atividade, para não se correr o risco de uma
paralisação do setor, o que causaria uma grave crise
de desabastecimento de proteína animal.
— Pois isso é que vai garantir a saúde, os empregos
e a renda do nosso povo. Se isso não for feito,
vamos ter sérios problemas na cadeia alimentar; vai
faltar alimentação — afirmou.
Fonte: Agência Senado
20/05/2020 -
Em videoconferência, Toffoli diz que falta de
coordenação no combate à Covid prejudica retomada da
economia
Presidente do STF conversou com dirigentes das
centrais sindicais e propôs que sejam construídas
soluções para a situação dos trabalhadores diante da
pandemia.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, participou nesta terça-feira
(19) de videoconferência com líderes sindicais para
debater a situação dos trabalhadores diante da
pandemia da Covid-19. Na pauta do encontro, o
destaque foi o desemprego e a precariedade do
trabalho durante e após as medidas de isolamento
social, além da necessidade de ações articuladas
visando à retomada das atividades do setor
produtivo.
"Estamos há dois meses sem perspectiva, essa é a
verdade”, afirmou. “Falta coordenação, falta
orientação, faltam medidas que nos deem
tranquilidade. Estou convicto de que a sociedade,
tendo os sindicatos como representantes dos
trabalhadores, deve apresentar uma proposta".
Toffoli afirmou que o Ministério da Economia – que
acumulou pastas importantes como Trabalho,
Previdência e Indústria e Comércio – pode contribuir
mais e deve ser acionado pelas centrais.
Os sindicalistas apresentaram os principais
problemas encontrados pelo setor como consequências
do enfrentamento ao novo coronavírus, como o
crescimento do desemprego e a necessidade de
protocolos de segurança sanitária para a retomada do
sistema produtivo – como orientações aos
trabalhadores que estão na linha de frente do
contágio – e da alternância de horários para reduzir
o trânsito e evitar aglomeração de pessoas.
O ministro ressaltou que as soluções devem ser
discutidas no âmbito político. "Não há outro caminho
que não seja pela política", disse, ao lembrar que o
STF tem tomado decisões para garantir os direitos
sociais e individuais, sempre respeitando o
Parlamento.
Participaram da videoconferência os representantes
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio
Nobre; da Força Sindical, Miguel Torres; da União
Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), Adilson Araújo; da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos; da Central
dos sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto; do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio; e do
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(DIAP), Celso Napolitano.
Fonte: STF
20/05/2020 -
MP 936 retira direitos trabalhistas e não poupa nem
as gestantes
Medida estabelece que trabalhadores,
independentemente de sua condição, poderão ter
contratos suspensos e redução da jornada e do
salário
São Paulo – A trabalhadora gestante tem direitos
específicos previstos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Mas com a Medida Provisória (MP) 936
essas garantias serão extintas justamente neste
momento de pandemia do novo coronavírus. Editada em
1º abril pelo governo Bolsonaro, a MP permite – via
acordos individuais – a suspensão dos contratos de
trabalho. Assim como a redução proporcional de
jornada e salários de todos os trabalhadores,
independentemente de sua condição.
Esta é a norma, inclusive, que criou o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Com
medidas que podem ser adotadas durante o período de
calamidade pública, decretado em 20 de março, o
governo defende que milhões de empregos serão
preservados com a MP. Na prática, no entanto,
especialistas consultados pelo Seu Jornal, da TVT,
apontam para uma redução dos direitos trabalhistas.
E com prejuízos graves à proteção e à estabilidade
das trabalhadoras gestantes – que podem, inclusive,
perder o salário maternidade.
De acordo com a secretária nacional de Mulheres da
CUT, Junéia Batista, a MP atinge em cheio o
benefício porque os recolhimentos previdenciários,
que são responsabilidade do empregador, também serão
suspensos. “Eles (empregadores) podem realmente
aparecer com uma cláusula, dizendo que não vão
pagar. O que vai ser uma briga para as mulheres, por
que quem vai entrar na Justiça? Para não perder seu
emprego vai ficar por isso mesmo, e pode sim
realmente perder parte do seu salário-maternidade, é
provável”, observa a dirigente.
Pressão para que o texto mude
A economista Marilane Teixeira, pesquisadora do Centro
de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho da
Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp),
defende que o principal, neste momento, é que o
texto proteja a renda dos trabalhadores e que não
ignore normas específicas para as gestantes. “A
própria medida provisória teria que ter salvo as
situações que, no caso da presença da gravidez, as
mulheres terão essa garantia do emprego para além do
direito que elas já têm na Constituição, por meio da
estabilidade e garantia de salários durante todo o
período da gestação e do pós-parto. Então isso
precisa aparecer (no texto).”
Fonte: Rede Brasil Atual
20/05/2020 -
Defender os empregos e a renda dos trabalhadores,
por Orlando Silva
A MP 936 é tímida nas soluções, condicionada por
uma concepção fiscalista do gasto público que não
tem lugar no momento e, em muitos aspectos,
regressiva para os empregados.
A pandemia do novo coronavírus colocou o Brasil
diante de múltiplos desafios. Os mais prementes são
tomar todas as medidas necessárias para salvar vidas
e minimizar o quanto possível os efeitos danosos do
alastramento do contágio, como o colapso do sistema
de saúde, e criar as condições básicas para a
preservação dos empregos e da renda dos
trabalhadores.
Há um falso debate, imposto por uma insana disputa
política capitaneada pelo presidente Bolsonaro, que
pretende contrapor duas tarefas que devem ser
executadas ao mesmo tempo. É impensável que haja
possibilidade de recuperação econômica em um país
devastado pela morte; por outro lado, não há como se
antever a saída sem estímulos do Estado nacional
para a salvaguarda dos setores econômicos e a
preservação dos empregos e da renda. São agendas
concomitantes em qualquer lugar do mundo, e devem
sê-lo aqui também.
Nesse contexto, a Medida Provisória 936, que trata
do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda, autoriza reduções de jornadas de trabalho
e de salários, mediante complementação de parte das
perdas pelo Tesouro Nacional.
É importante dizer que, por si só, a previsão de
reduções de salários já representa um importante
apoio para as empresas, até porque demissões têm
custos financeiros imediatos e futuros, para o
momento da retomada, com novas contratações e
treinamentos. Além disso, há outras medidas,
corretas a meu ver, relativas à facilitação de
crédito e diferimento de impostos.
No que diz respeito aos trabalhadores, a proposta do
governo é tímida nas soluções, condicionada por uma
concepção fiscalista do gasto público que não tem
lugar no momento e, em muitos aspectos, regressiva
para os empregados. Designado relator do texto,
tenho procurado construir uma maioria política para
minimizar as perdas salariais, particularmente para
aqueles que ganham menos.
Uma pedra angular do meu relatório é preservar os
vencimentos dos trabalhadores que ganham até 3
salários mínimos ou R$ 3.135. Convenhamos, não é
muito. Quem sustenta uma família com esta renda
praticamente não tem como fazer poupança, o dinheiro
retorna todo para girar a roda da economia, via
consumo e impostos. Não faz sentido – é recessivo,
inclusive – que trabalhadores com renda mais baixa
tenham seus vencimentos ainda mais achatados.
Há impacto fiscal? Sim! Pequeno, diante do benéfico
impacto social que proporciona. Ademais, chega a ser
ínfimo se comparado aos pacotes econômicos feitos
por governos de outros países.
Outra questão relevante é colocar as entidades
sindicais na mesa de negociação com as empresas. É
uma covardia sem tamanho querer que o trabalhador
individualmente negocie com o patrão em uma situação
absolutamente excepcional como a pandemia, que
objetivamente traz custos econômicos e efeitos
perversos como o desemprego.
Além do mais, é pacífico que toda norma jurídica
exige interpretação conforme a Constituição para ser
válida. A CLT, por exemplo, já prevê, em seu artigo
503, a possibilidade de redução salarial em até 25%
em casos de “força maior”, entendido como
acontecimento inevitável em relação à vontade do
empregador. Mas isso sempre foi feito mediante
convenção coletiva, porque o artigo 7º, inciso VI,
da Constituição Federal é expresso ao garantir a
“irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo”.
Também é nossa intenção garantir a manutenção dos
rendimentos das trabalhadoras gestantes. A ideia é
que a grávida que tiver redução de jornada ou
contrato suspenso com a redução de vencimentos
prevista no programa, assim que solicitar o
salário-maternidade, passe a perceber o valor
anterior ao afastamento, ou seja, do contrato
original.
Em política, sempre que possível, creio e trabalho
pelo entendimento, desde que este não seja um
entendimento contrário ao princípio básico da
justiça social, que é cuidar primeiro de quem mais
precisa. Minha relatoria não é contra o governo, é a
favor de prioridades claras: salvar vidas,
viabilizar empresas, garantir os empregos e a renda
dos trabalhadores – essa é a única maneira de
retomar a economia.
Fonte: Portal Vermelho
20/05/2020 -
Pesquisa Fórum aponta queda de 20% em aprovação do
governo Bolsonaro na ação contra Coronavírus
A Pesquisa Fórum, realizada em parceria com a
Offerwise, revela que a aprovação do governo federal
na gestão da pandemia do coronavírus despencou no
intervalo de um mês. Em abril, o ótimo e bom do
governo era de 46%, neste mês, caiu para 26,1%. Já o
número de entrevistados que consideram a atuação do
governo de Jair Bolsonaro ruim e péssima teve um
salto no período. Em abril eram 19,6%; neste mês, o
índice de ruim e péssimo subiu para 38,5%. O
percentual de pessoas que considera o governo
regular se manteve estável, em abril era de 30,5% e
em maio foi de 31,3%.
O levantamento mostra ainda que a avaliação do
presidente Jair Bolsonaro na gestão do coronavírus
também teve uma sensível queda. Em abril, 38,9% dos
entrevistados consideravam a atuação do ex-capitão
ótima e boa, já em maio, esse índice caiu para
28,5%. Uma queda de de 10,4%. Enquanto a reprovação,
assim como do governo federal, também subiu, de
35,4% em abril para 46,3% em maio. Ou seja, um
aumento de 10,9%.
Fonte: Brasil247
20/05/2020 -
Bolsonaro faz piada idiota no dia em que o Brasil
supera mil mortes por Covid-19
No dia em que o Brasil registrou 1.179 mortes em 24
horas, causadas pela Covid-19, Jair Bolsonaro
debochou novamente da pandemia ao falar sobre o uso
da cloroquina contra a doença.
Durante transmissão pelas redes sociais com o
jornalista Magno Martins, Bolsonaro disse que o novo
protocolo para uso da substância, determinado pelo
Ministério da Saúde após a saída do ex-ministro
Nelson Teich, é resultado da democracia, porque
“você toma se quiser”. “Quem for de direita toma
cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína”, disse
ele.
De acordo com o Ministério da Saúde, as novas 1.179
mortes subiram o total de óbitos para 17.971. Essa
foi a primeira vez que o país ultrapassou a marca de
mil mortes diárias causadas pelo novo coronavírus.
O balanço também mostra que o Brasil agora registra
271.628 casos confirmados da doença, um aumento de
17.408 em relação ao que foi contabilizado na
segunda-feira (18). A letalidade da COVID-19 no país
é de 6,6%.
Fonte: Brasil247
20/05/2020 -
Ministério lança canal para registro de denúncias
trabalhistas
Nova ferramenta registrará denúncias trabalhistas
no portal Gov.br
A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia
lançou um canal para registro de denúncias
trabalhistas no portal Gov.br. Com a nova
ferramenta, o objetivo é que o trabalhador não tenha
que ir a uma das unidades das superintendências
regionais do Trabalho do Ministério da Economia para
registrar uma reclamação.
Assim, diz a secretaria, há redução de custos e
melhora na gestão pública, e servidores que atuavam
no atendimento presencial poderão ser deslocados
para realizar outras atividades.
Como denunciar
O canal pode ser usado para denúncias, reclamações e
registro de irregularidades trabalhistas. É preciso
cadastrar o CPF - Cadastro de Pessoas Físicas - e
uma senha na área de acesso ao portal Gov.br.
Não é possível fazer denúncia anônima, mas os dados
do denunciante são sigilosos e não serão divulgados
no curso de uma possível fiscalização. O tempo
estimado para realizar uma denúncia trabalhista é de
cerca de 15 minutos.
No caso de trabalho análogo ao de escravo, não é
exigida a identificação do denunciante no Gov.br,
mas a denúncia deve ser feita pelo Sistema Ipê,
disponível também no portal Gov.br.
Fonte: Agência Brasil
19/05/2020 -
Centrais sindicais lançam campanha #ForaBolsonaro
Centrais Sindicais brasileiras lançam, nesta
segunda-feira (18), uma campanha pela saída do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A avaliação
é que a insatisfação com o governo de Bolsonaro vem
crescendo devido à péssima postura do presidente
ante a pandemia da Covid-19.
Além dos ataques aos trabalhadores e trabalhadoras
desde o início de da gestão, agora, diante da
pandemia da Covid-19, ao invés de tomar medidas
rápidas e radicais de quarentena, minimiza a doença
e coloca a vida da população em risco. É um
genocida!
O “Fora Bolsonaro” está sendo lançado oficialmente
por todas as Centrais Sindicais às 20h pelas redes
sociais e incluirá a fixação de cartazes, a começar
nesta madrugada, com a colagem de 10 mil exemplares
em São Paulo. Às 21h, haverá uma projeção no centro
da capital paulista.
Participe dessa luta! Use a Hashtag #ForaBolsonaro
Fonte: RadioPeaoBrasil
19/05/2020 -
Bolsonaro jogou 170 mil brasileiros na pobreza
extrema em 2019
Problemas na implementação do Bolsa Família são o
principal fator para o aumento;
número de pessoas em condições miseráveis é maior
desde 2012
Dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio
(PNAD) Contínua de 2019, divulgados no início de
maio, apontam um crescimento da população que vive
com menos de 1,9 dólar por dia.
Segundo reportagem de Bruno Lupion, do Deutsche
Welle, mais de 170 mil brasileiros desceram abaixo
da linha da pobreza extrema. No total, são 13,8
milhões de pessoas nessa faixa de renda, o que
representa 6,7% da população. O número é o mais alto
desde 2012.
O principal motivo seria a deficiência na aplicação
do programa Bolsa Família. O primeiro ano de governo
Bolsonaro deixou acumular uma grande fila de pessoas
– de cerca de 1 milhão – que buscavam o benefício
mas não conseguiam acessá-lo.
Em março de 2020, o Ministério Público Federal
chegou a pedir explicações para o governo Bolsonaro
sobre um suposto esvaziamento do Bolsa Família no
Nordeste. Somente 3% dos novos beneficiários do
programa eram da região, apenas 0,23% das famílias
nordestinas registradas no Cadastro Único do Governo
Federal (porta de entrada pro programa) foram
chamadas este ano.
Houve uma ligeira queda na desigualdade de renda em
razão do crescimento nos ganhos das classes médias.
O índice de Gini foi de 0,545 para 0,542 – o que fez
o IBGE considerar o valor como estável.
“Se olharmos somente os gráficos da renda média e da
desigualdade, parece que temos uma boa notícia. Mas
é importante olhar ao longo de toda a distribuição
[da população]: os mais pobres continuaram perdendo
em 2019, como vêm perdendo sistematicamente desde
2015”, disse ao DW o sociólogo Rogério Barbosa, do
Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de
São Paulo (USP).
Fonte: RevistaForum
19/05/2020 -
Recesso legislativo de julho é cancelado
O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre,
informou que não haverá recesso parlamentar em
julho. A decisão foi tomada após reunião com as
lideranças partidárias nesta segunda-feira (18). Por
acordo com o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), tanto
o Senado como a Câmara dos Deputados seguirão
trabalhando sem interrupção em julho.
"A decisão foi tomada por nós parlamentares, por
entendermos que o Legislativo precisa continuar
trabalhando para amenizar os efeitos negativos da
pandemia de Covid-19", ressaltou Alcolumbre.
Conforme previsão constitucional, a sessão
legislativa é realizada de 2 de fevereiro a 17 de
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Os dias
compreendidos entre esses dois períodos configuram o
recesso parlamentar.
Fonte: Agência Câmara
19/05/2020 -
Dirigente alerta para risco à saúde de motoristas em
São Paulo
Segunda (11), começou a vigorar em São Paulo um
megarrodízio que restringe a circulação de carros na
cidade o dia todo. Nos dias pares podem circular
carros com placa final par, e nos dias ímpares,
final ímpar. A medida inclui sábados e domingos.
A iniciativa do prefeito Bruno Covas visa reforçar o
isolamento social e diminuir o avanço do novo
coronavírus, mas preocupa motoristas e cobradores de
São Paulo. Esses profissionais são obrigados a lidar
diariamente com um contingente muito grande de
pessoas.
Presidente da Nova Central São Paulo, o condutor
Luiz Gonçalves (Luizinho) explica que a medida pode
agravar a superlotação dos transportes públicos e
aumentar o risco de contaminação, tanto para os
trabalhadores do setor como para os usuários.
Levantamento feito pelo Sindicato da categoria, do
qual Luizinho é dirigente, indica que 514
funcionários de empresas de ônibus da capital
paulista estão com suspeita de contaminação pelo
novo coronavírus, sendo que 122 casos já foram
confirmados e 30 pessoas morreram.
“É uma categoria que trabalha diretamente com o
público. Eles precisam de medidas de proteção. É
responsabilidade das empresas garantir o
fornecimento de EPIs como máscaras, luvas e álcool
em gel para os trabalhadores”, ele alerta.
Além disso, o dirigente explica que devido à
pandemia e para reduzir prejuízos, as empresas
reduziram o quadro de funcionários. Muitos
trabalhadores foram colocados em férias, tiveram
contratos suspensos ou jornadas reduzidas. O que
impacta no déficit de profissionais da categoria.
Para preservar a saúde dos trabalhadores, Luizinho
defende colocar a frota completa de ônibus nas ruas
e a contratação de mais profissionais. “Só somos
serviços essenciais quando precisamos atender à
população. Mas na hora de nos ouvir ou preservar
vidas não. Nessa hora o lucro fala mais alto”,
critica o sindicalista.
Fonte: Agência Sindical
19/05/2020 -
Parlamentares criticam vetos à ampliação do auxílio
emergencial
Parlamentares lamentaram que garçons, artistas,
motoristas de aplicativos e pescadores, entre
outros, tenham sido excluídos da lista de possíveis
beneficiários do auxílio
Autor e relator do Projeto de Lei 873/20, aprovado
pelo Congresso, que amplia a relação de beneficiados
com o auxílio emergencial de R$ 600, criticaram
nesta sexta-feira (15) os vetos à proposta.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou 11
pontos ao sancionar a proposta que ampliava para
dezenas de categorias o pagamento do auxílio
destinado aos trabalhadores informais afetados pela
pandemia de Covid-19. Com os vetos, a nova norma
apenas estende o auxílio para mães menores de 18
anos.
O relator da matéria na Câmara, deputado Cezinha de
Madureira (PSD-SP), se disse assustado com os vetos,
uma vez que a proposta foi negociada com lideranças
governistas na Câmara. “Esse veto nos assusta muito
porque havia uma concordância. E nos preocupa porque
onde fica a segurança com o líder do governo? O
líder não tem autonomia para tocar as demandas, para
fazer os acordos? Como ficam os próximos acordos? É
preocupante, sim. ”
O projeto aprovado é de autoria do senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP). Ele fez um apelo para que
parlamentares derrubem os vetos. "Bolsonaro demorou
cerca de 1 mês para sancionar nosso PL que amplia o
auxílio emergencial. Não satisfeito com a demora,
trouxe vetos injustificáveis! Negou o benefício de
R$ 600 a pescadores, motoristas de aplicativos,
taxistas, e muitos outros. Vamos lutar para derrubar
esses vetos!", afirmou o senador em suas redes
sociais.
Vice-líder da Minoria, a deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) disse em suas redes sociais que
"Bolsonaro zomba do povo brasileiro". Ela criticou o
veto a ampliação do benefício a outras categorias.
"São pessoas que passam fome hoje e poderiam receber
a renda emergencial! Excluiu garçons, artistas,
motoristas de app e até pescadores!", ressaltou.
A Rádio Câmara entrou em contato com lideranças do
governo, mas não obteve retorno. Os vetos ainda
serão analisados pelo Congresso Nacional, que pode
aprová-los ou não.
Fonte: Agência Câmara
19/05/2020 -
MPF abre investigação sobre vazamento de operação da
PF a Flavio Bolsonaro
O órgão acredita que "há notícias de novas provas
que demandam atividade investigatória" sobre a
operação Furna da Onça
O Ministério Público Federal decidiu abrir uma
investigação nesta segunda-feira (18) para apurar as
acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho de
que o senador Flávio Bolsonaro teria recebido
informações privilegiadas sobre operação contra o
então assessor Fabrício Queiroz.
Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha
de S.Paulo, Paulo Marinho revelou que a Polícia
Federal avisou Flávio com antecedência da Operação
Furna da Onça, que investigava o esquema de
“rachadinha” comandado pelo ex-assessor do filho do
presidente, Fabrício Queiroz.
O MPF pediu o desarquivamento de um inquérito
policial conduzido pela PF em 2018 sobre suspeitas
de vazamentos. Para o procurador Eduardo Benones, do
Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do
Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, “há
notícias de novas provas que demandam atividade
investigatória”.
“As investigações do controle externo visam
descobrir se policiais federais vazaram informações
sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso
fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma
simples informações, os policiais responsáveis podem
ser presos e até perder o cargo por improbidade”,
disse Banone aos jornalistas Paulo Roberto Netto,
Rayssa Motta e Pepita Ortega, do Estado de S. Paulo.
Marinho, que afirmou nesta segunda ter provas do que
disse, deve ser convocado para dar depoimento.
Em razão do que foi exposto, o empresário pediu
proteção ao governo do Rio de Janeiro.
Fonte: RevistaForum
19/05/2020 -
Celso de Mello decidirá sobre divulgação de reunião
ministerial até sexta
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, deve liberar decisão sobre a divulgação ou
não da reunião ministerial do presidente Jair
Bolsonaro até a próxima sexta-feira (22/5) — embora
o gabinete esteja mobilizado para uma decisão
antecipada.
O decano é relator do Inquérito 4.831, que investiga
as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça
Sergio Moro, ao pedir demissão da pasta.
Segundo Moro, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro o
pressionou para trocar indevidamente o comando da
Polícia Federal.
Celso de Mello recebeu na tarde desta segunda-feira
(18/5) a equipe da Polícia Federal, chefiada pela
delegada Christiane Correa Machado, que atualizou o
decano sobre o andamento das investigações criminais
e entregou o vídeo, conforme nota da assessoria do
STF. O ministro já começou a assistir ao vídeo.
O decano definiu inicialmente que o inquérito
tramitaria com ampla publicidade, mas depois impôs
sigilo temporário no caso específico da reunião. A
gravação da reunião foi enviada à corte e
transcrita. Agora, aguarda-se manifestação do
ministro sobre o alcance da publicidade que será
dada à reunião.
Inq 4.831
Fonte: Consultor Jurídico
19/05/2020 -
Juíza autoriza liberação integral de FGTS de
trabalhadora dispensada sem justa causa
Sendo o FGTS o direito à estabilidade econômica do
trabalhador e meio de garantir sua sobrevivência,
certo é que, em tempos de epidemia e, portanto, de
um desastre natural de proporções, até o momento,
desconhecidas, o direito à vida do trabalhador deve
ser assegurado por meio, também, de seu direito à
estabilidade econômica, conferida pelo FGTS.
Com esse entendimento, a juíza Patrícia Pereira de
Sant'anna, da 1ª Vara do Trabalho de Lages (SC),
autorizou a liberação imediata do valor integral do
FGTS de uma trabalhadora, ao contrário do que prevê
a MP 946/2020, que limitava o valor e as datas de
saque do fundo em caso de demissão sem justa causa.
Segundo a juíza, o artigo 2º do Decreto 5.113/2004,
que trata de hipóteses de desastres naturais, traz
uma lista exemplificativa e não taxativa, "posto que
não há como exigir do legislador a previsão de todas
as situações fáticas de desastre natural que podem
ocasionar o direito à liberação do FGTS". "Dessa
maneira, deve-se fazer uma interpretação extensiva,
com base no princípio da razoabilidade, utilizando o
sentido de justiça, bem como no da proporcionalidade
em sentido estrito", completou.
Para Sant'anna, a edição da MP 946/2020 pelo Governo
Federal foi "desnecessária", especialmente o artigo
6º, que estabelece R$ 1.045 como valor máximo para
saque, uma vez que já há norma a respeito da
liberação do FGTS em face da epidemia e que prevê um
valor superior para liberação no artigo 4º do
Decreto 5.113/2004, que é o de R$ 6.220.
"Sem dúvida, existe regra mais favorável e ela que
deve ser aplicada no âmbito do direito do trabalho.
Além disso, não é possível que o Poder Executivo
edite Medida Provisória a respeito da qual já há
regulamentação legal", afirmou a magistrada. Ainda
que assim não fosse, ela considerou que a
trabalhadora tem direito ao saque do valor integral
do FGTS em razão do direito constitucional à vida.
0000804-88.2020.5.12.0007
Fonte: Consultor Jurídico
18/05/2020 -
Centrais sindicais atribuem saída de Teich à
“insanidade de Bolsonaro”
“Neste governo, o Ministério da Saúde não passa
de um nome fantasia, um Ministério de fachada”,
apontam as entidades
Pela segunda vez em menos de um mês, o Ministério da
Saúde do governo Jair Bolsonaro fica sem seu
titular. Pressionado a adotar a cartilha
negacionaista e irresponsável do presidente, o
ministro Nelson Teich pediu demissão nesta
sexta-feira (15). Na opinião das centrais sindicais,
a nova baixa deixa claro como a insanidade de
Bolsonaro impede uma resposta eficiente da Saúde à
crise do coronavírus.
“Para a surpresa do presidente, Teich não aceitou
ser capacho dos engodos de Bolsonaro e escancarou
que, neste governo, o Ministério da Saúde não passa
de um nome fantasia, um Ministério de fachada. O
episódio, mais uma vez, coloca em risco as vidas de
milhares de cidadãos brasileiros, em especial dos
trabalhadores e dos mais pobres”, denunciam as
centrais.
Confira a nota.
NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
Mais um ministro da Saúde não suporta insanidade de
Bolsonaro e deixa o cargo
Colocar em situação de risco e abandono a vida do
povo brasileiro tornou-se algo corriqueiro desde a
posse deste governo em 2019. A lista de maldades já
não cabe em uma nota, nem em uma grande reportagem.
No atual caso que envolve a conduta do Ministério da
Saúde no enfrentamento da pandemia do coronavírus,
uma série de erros grosseiros nos expõe a cada dia
ao horror do aumento exponencial de mortes. Em meio
ao recorde diário de brasileiros e brasileiras
infectados e mortos pelo Covid-19, que faz do Brasil
o sexto País com mais casos e letalidade nesta
pandemia, mais um ministro da saúde deixa o cargo,
dessa vez apenas 29 dias após ter assumido. É o
segundo ministro da Pasta que sai do governo Jair
Bolsonaro por tentar seguir a ciência e as
orientações da OMS em vez dos delírios destruidores
e paranoicos do presidente.
Os erros começaram com a demissão de Luiz Henrique
Mandetta, justamente por ele ter defendido ideias de
combate à crise e ter procurado manter a população
bem informada. A nomeação de Nelson Teich, ao que
parece, seguiu critérios absurdos. Bolsonaro mostrou
ao país que tentou substituir Mandetta por um
ministro sem traquejo político e sem experiência no
setor público de saúde, para que este não o
impedisse de agir conforme seus interesses escusos,
impondo uma política de insegurança e morbidez.
Mas, para a surpresa do presidente, Teich não
aceitou ser capacho dos engodos de Bolsonaro e
escancarou que, neste governo, o Ministério da Saúde
não passa de um nome fantasia, um Ministério de
fachada. O episódio, mais uma vez, coloca em risco
as vidas de milhares de cidadãos brasileiros, em
especial dos trabalhadores e dos mais pobres.
Já está mais do que na hora de resolver o maior
problema que assola o Brasil hoje que é o governo
Bolsonaro. Ele se torna um problema ainda maior que
a pandemia quando age pela disseminação do vírus e
defende tratamentos que podem debilitar ainda mais a
saúde das pessoas.
A pandemia é algo terrível e assustador e só podemos
vencê-la com políticas públicas sérias, a exemplo da
Alemanha, China, Coréia do Sul, Cuba e Nova
Zelândia.
Seguimos na pressão diária sobre o Congresso
Nacional para interromper votações de projetos e
medidas provisórias que, aproveitando-se do momento
de crise, tentam tirar ainda mais direitos dos
trabalhadores, classe essencial à construção da
riqueza do País e da recuperação econômica no
pós-pandemia.
São Paulo, 15 de maio de 2020
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros
Edson Carneiro Índio – secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da
CSP-Conlutas
Mané Melato – Intersindical instrumento de LutaJosé
Gozze – Presidente da Pública, Central do Servidor
Fonte: Portal Vermelho
18/05/2020 -
Bolsonaro volta a fazer palanque e aglomeração em
frente ao Palácio do Planalto
Antes da chegada de Bolsonaro no ato, seguranças do
Planalto pediram a manifestantes a retirada de
faixas contra o Congresso e o STF, colocadas nas
grades de proteção no entorno do local
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ)
participou, neste domingo (17), de manifestação na
porta do Palácio do Planalto, onde desfilou
acompanhado de vários ministros e pelo menos dois de
seus filhos, Eduardo e Carlos.
Ele chamou o ato de democrático e que o governo
federal “tem dado todo o apoio” para atender doentes
da Covid-19 e que espera que a epidemia passe logo.
“Manifestação pura da democracia. Estou muito honrado
com isso. O governo federal tem dado todo o apoio
para atender as pessoas que contraíram o vírus e
esperamos brevemente ficar livre dessa questão, para
o bem de todos nós. O Brasil, tenho certeza,
certeza, voltará mais forte”, declarou.
Antes da chegada de Bolsonaro no ato, seguranças do
Planalto pediram a manifestantes a retirada de
faixas contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal
Federal), colocadas nas grades de proteção no
entorno do local.
Uma delas chamava os dois órgãos de “sabotadores” e
pedia uma nova Constituição.
Estavam com ele os ministros Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional), Jorge
Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência), Bento
Albuquerque (Minas e Energia), Tereza Cristina
(Agricultura), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Wagner
Rosário (Controladoria-Geral da União), André
Mendonça (Justiça) e Marcos Pontes (Ciência e
Tecnologia).
Fonte: RevistaForum
18/05/2020 -
Paulo Marinho diz que decidiu revelar informações
sobre clã Bolsonaro após denúncias de Moro
O empresário Paulo Marinho, que decidiu revelar em
entrevista à jornalista Monica Bergamo que o senador
Flávio Bolsonaro foi avisado pela Polícia Federal
que seu então assessor Fabrício Queiroz estava sendo
investigado na Operação Furna da Onça, afirmou ter
decidido “dar publicidade às informações” depois das
denúncias de Sergio Moro.
“Agradeço as manifestações de apoio que tenho
recebido neste momento em que, após as denúncias do
Min. Sérgio Moro, considerei a necessidade de dar
publicidade às informações que podem colaborar com
as investigações sobre a tentativa de interferência
na PF”, publicou Marinho no Twitter.
Ele disse ainda que “em função de novas
circunstâncias surgidas nas últimas horas”,
solicitou ao governador do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel, proteção policial à sua família e foi
atendido.
Ao pedir demissão, Moro denunciou que Bolsonaro
tentou interferir no comando da Polícia Federal,
demitindo o então diretor-geral Maurício Valeixo,
com o objetivo de proteger sua família.
Fonte: Brasil247
18/05/2020 -
Indústria deve se adaptar a necessidades da
pandemia, defende Dieese
Diante da falta de liderança do governo federal,
entidade defende que governos estaduais tomem a
frente do processo de reconversão industrial.
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) defendeu, em nota
técnica, a necessidade de a indústria nacional se
adaptar para atender às necessidades geradas pela
pandemia do novo coronavírus, a Covid-19. Esse tipo
de esforço é chamado de reconversão industrial e é
típico de períodos de calamidade como os ocasionados
por uma guerra, por exemplo.
Além de contribuir para suprir as necessidades de
produção do país e abastecer os setores com mais
carência em períodos de emergência, o processo de
adaptação da indústria pode auxiliar no combate à
recessão econômica, garantindo a demanda e a criação
de empregos.
Na nota técnica, divulgada na quinta-feira (14), o
Dieese ressalta que a magnitude da Covid-19 colocou
em risco a capacidade de oferta de leitos em
hospitais, bem como disponibilidade de kits de
testes, ventiladores, respiradores, produtos de
esterilização e limpeza e Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs).
Além disso, lembra que os efeitos da pandemia devem
se potencializar na América Latina devido à
vulnerabilidade social na região. “Segundo a Cepal
[Comissão Econômica para a América Latina e Caribe],
a AL [América Latina] já acumulava sete anos de
baixo crescimento e a crise atual tende a ser a pior
de sua história”, diz o documento.
Os técnicos do Dieese citam como exemplo de
reconversão industrial medidas adotadas durante a
Segunda Guerra Mundial, a saber, compras públicas
pelo governo norte-americano; estímulos à cooperação
entre empresários; investimento estatal na
construção de novas fábricas para ampliar a oferta
de equipamentos, componentes e insumos; substituição
de importações e, por fim, criação de novos tributos
para apoiar o financiamento da adaptação das
indústrias.
“É crucial fortalecer o Sistema Único de Saúde
(SUS), bem como o Complexo Industrial da Saúde (CIS),
tornando-os vetores estruturantes do enfrentamento à
pandemia no curto prazo. Também se torna evidente a
urgência de uma agenda nacional de longo prazo que
conduza à trajetória de desenvolvimento econômico e
social e garanta soberania ao país em uma área tão
relevante como a dos cuidados com saúde”,
acrescenta.
O documento cita algumas medidas já tomadas pelo
governo brasileiro, como isenção temporária de
alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) para artigos de laboratório e farmácia, luvas
e termômetros. O governo federal anunciou, ainda,
investimentos da ordem de R$ 703 milhões em compras
públicas com dispensa de licitação.
No entanto, ressalta a entidade, no Brasil tornou-se
mais difícil implementar um esforço coordenado de
reconversão devido à fragilização estrutural do
Estado brasileiro sob o mote do “Estado mínimo”. A
nota afirma que o modelo institucional que deu corpo
ao Complexo Industrial da Saúde tem sido
desmantelado a partir do biênio 2016/2017.
O ex-presidente Michel Temer extinguiu o
departamento responsável pela gestão do CIS e a
Coordenação de Equipamentos e Materiais Médicos, à
qual caberia a designação das estratégias de
fornecimento de respiradores, máscaras, luvas e
afins.
Diante desse cenário e da ausência de liderança mais
firme por parte do governo federal, o Dieese defende
que governos estaduais tomem a frente do processo.
“Na ausência do governo federal no papel de
articulador dessa iniciativa, os governos estaduais,
por meio das secretarias de saúde ou dos consórcios
interestaduais recentemente formados, devem assumir
o planejamento e a coordenação das ações”, conclui o
documento.
Fonte: Portal Vermelho
18/05/2020 -
Coronavírus: trabalhador demitido poderá manter
plano de saúde por um ano
Projeto de lei apresentado pela senadora Mara
Gabrilli (PSDB-SP) assegura a empregados o direito
de manter por um ano os vínculos com os planos de
saúde corporativos caso tenham seus contratos de
trabalho rescindidos ou suspensos durante a pandemia
da covid-19.
A previsão do PL 2.631/2020 se estende aos
servidores públicos que vierem a ser exonerados
durante a crise do coronavírus e, em todos os casos,
também cobre as suas famílias, dependentes e
sucessores. A responsabilidade do pagamento aos
planos de saúde cabe ao empregador, no caso de
suspensão contratual, ou do empregado, se for
demitido ou exonerado.
Mara Gabrilli entende que as pessoas que
contribuíram para os planos de saúde não podem ser
subitamente privadas de seus direitos, situação que
agravaria a sobrecarga do Sistema Único de Saúde
(SUS).
“Sabemos das dificuldades que empregados e
servidores irão ter para cumprir seus compromissos
financeiros. A eles caberá a decisão sobre os
pagamentos mais relevantes e a escolha em caso de
demissão ou rescisão contratual. Neste momento tão
difícil, a saúde pode ser o melhor investimento”,
justifica a parlamentar.
Fonte: Agência Senado
18/05/2020 -
Celso manda notificar Bolsonaro sobre ação ligada a
pedido de impeachment no STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de
Mello determinou que o presidente Jair Bolsonaro
seja notificado sobre uma ação que pede que o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
seja obrigado a analisar um pedido de impeachment.
Os advogados José Rossini Campos do Couto Corrêa e
Thiago Santos Aguiar de Pádua protocolaram na Câmara
um pedido de impeachment contra Bolsonaro por crime
de responsabilidade. Como Maia ainda não analisou a
questão, os advogados recorreram ao STF. Na decisão,
Celso de Mello permite que o presidente conteste a
ação.
"O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, manda que o oficial de justiça cite o
excelentíssimo senhor presidente da República, Jair
Messias Bolsonaro, com endereço no Palácio do
Planalto, Praça dos Três Poderes, Brasília (DF),
para, na condição de litisconsorte passivo
necessário, integrar a relação processual e,
querendo, contestar o pedido", diz a decisão.
Crime de responsabilidade
Os autores do pedido de impeachment acusam Bolsonaro
de cometer crimes de responsabilidade durante a
epidemia de coronavírus, tais como participar de
manifestações com aglomeração de pessoas e se
posicionar contra as políticas de isolamento social
defendidas pela Organização Mundial da Saúde.
Na ação ao STF, os advogados alegam omissão por
parte de Rodrigo Maia por não ter analisado o pedido
até o momento. Eles apontam "ato omissivo cuja
inércia repercute na conduta do presidente da
República".
Fonte: Consultor Jurídico
18/05/2020 -
Para não pagar pensão, empresa tem de provar que
empregado não está mais doente
Empresa deve demonstrar que empregado está curado de
doença ocupacional para deixar de lhe pagar pensão
mensal por danos materiais.
Esse foi o entendimento da 7ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho ao determinar que a
Mercedes-Benz do Brasil só pode parar de pagar
pensão a um metalúrgico quando provar que ele se
curou. A montadora também deverá arcar com as
despesas médicas comprovadas pelo empregado de forma
proporcional à contribuição do trabalho como causa
da enfermidade.
O metalúrgico, que por mais de 10 anos executou
tarefas que sobrecarregavam os membros superiores,
foi vítima de doenças articulares, especialmente dos
cotovelos (epicondilite). O laudo pericial foi
conclusivo em relação à origem ocupacional do
problema ortopédico, em razão dos esforços
repetitivos. Com isso, a empresa foi condenada ao
pagamento de pensão mensal durante o afastamento do
empregado.
Ônus da prova
Ao esclarecer os critérios objetivos para o pagamento
da pensão, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG) definiu que o período de convalescença
seria apurado na liquidação (fase de cálculo) da
sentença. Segundo o TRT-3, caberia ao metalúrgico
provar esse período, por intermédio de licenças
concedidas pelo INSS ou por qualquer outro meio
hábil.
O relator do recurso de revista do trabalhador no
TST, ministro Cláudio Brandão, salientou que o
artigo 818 da CLT atribui o ônus da prova à parte
que alega. “No mesmo sentido, estabelece o artigo
373, incisos I e II, do Código de Processo Civil que
cabe ao autor comprovar o fato constitutivo do seu
direito e ao réu fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito autoral”, frisou.
Segundo o relator, o metalúrgico se desincumbiu
satisfatoriamente de comprovar o fato constitutivo
do direito à indenização por meio do laudo pericial,
que atestou sua incapacidade parcial para o trabalho
e o nexo de causalidade da doença com as atividades
desempenhadas.
Por outro lado, o ministro assinalou que a
indenização por danos materiais, na forma de pensão
mensal, visa ressarcir a vítima do valor do trabalho
para o qual ficou inabilitada, enquanto durar a
convalescença. “Ora, o ônus de provar a cessação da
enfermidade pertence a quem interessa o fim do
pagamento da pensão, e não cabe transferi-lo ao
autor da ação”, concluiu. A decisão foi unânime. Com
informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR 160400-26.2009.5.03.0143
Fonte: Consultor Jurídico
15/05/2020 -
Centrais sindicais denunciam golpe da Carteira
Verde-Amarela na Câmara
Deputado Celso Maldaner quer incluir trechos da
Carteira Verde-Amarela em outra proposta,
a Medida Provisória 927, da qual o parlamentar é o
relator
Em carta aberta ao presidente da Câmara Federal,
deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), dirigentes das
centrais sindicais brasileiras denunciaram a
tentativa do governo Jair Bolsonaro de recriar,
ilegalmente, a nefasta MP (Medida Provisória) da
Carteira Verde-Amarela. A MP foi revogada pelo
governo em abril, quando estava prestes a caducar.
Mas, segundo o jornal Valor Econômico, o deputado
Celso Maldaner (MDB-SC) quer incluir trechos da
Carteira Verde-Amarela em outra proposta, a Medida
Provisória 927, da qual o parlamentar é o relator.
“As Centrais Sindicais rechaçam de forma contundente
essa manobra”, diz o texto, que acusa Maldaner de
agir “em combinação com o Palácio do Planalto”.
A carta é assinada pelos presidentes da CUT, Força
Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical
(Central da Classe Trabalhadora), CGTB, CSP-Conlutas,
Intersindical Instrumento de Luta e Pública, Central
do Servidor. Os dirigentes fazem, no texto, um apelo
a Rodrigo Maia, que diz priorizar, na Câmara, “a
análise e votação de temas relativos ao
enfrentamento do estado de calamidade pública e à
emergência de saúde pública gerada pela pandemia”.
“Vimos solicitar pronta manifestação contrária ao
intento do deputado Maldaner”, apontam as centrais.
“Ressaltamos que a reforma legislativa
consubstanciada no programa do emprego verde e
amarelo não é medida de caráter emergencial,
tampouco relaciona-se com o enfrentamento da
pandemia.”
Leia abaixo a íntegra do documento:
São Paulo, 13 de maio de 2020.
EXMO. SR.
DEPUTADO FEDERAL RODRIGO MAIA
MD. PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
BRASÍLIA – DF
Senhor Presidente,
Recebemos com pesar e indignação a notícia,
publicada no jornal Valor Econômico de 13 de maio de
2020, sobre a tentativa de reintroduzir itens da
extinta Medida Provisória do emprego verde e amarelo
na Medida Provisória nº 927, empenhada pelo relator
da MP, deputado Celso Maldaner (MDB-SC).
As Centrais Sindicais rechaçam de forma contundente
essa manobra que, segundo informações do jornal,
atua em combinação com o Palácio do Planalto e visa
aproveitar-se da crise política, econômica e social
gerada pela pandemia de COVID-19 para,
reiteradamente, ameaçar a legislação trabalhista, os
direitos e garantias dos trabalhadores.
Em concordância com o procedimento estipulado por
Vossa Excelência, de priorizar, na Câmara dos
Deputados, a análise e votação de temas relativos ao
enfrentamento do estado de calamidade pública e à
emergência de saúde pública gerada pela pandemia,
vimos solicitar pronta manifestação contrária ao
intento do deputado Maldaner.
Ressaltamos que a reforma legislativa
consubstanciada no programa do emprego verde e
amarelo não é medida de caráter emergencial,
tampouco relaciona-se com o enfrentamento da
pandemia e, portanto, deve respeitar o rito
regulamentar de não ser reapresentada no total ou
parcialmente, nesta legislatura.
Contando com a pronta iniciativa de Vossa
Excelência, despedimo-nos reiterando nossas cordiais
saudações sindicais.
Atenciosamente,
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros
Edson Carneiro Índio – secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da
CSP-CONLUTAS
Mané Melato – Intersindical instrumento de Luta
José Gozze – Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor.
Fonte: Portal Vermelho
15/05/2020 -
Orlando quer reposição maior para trabalhador com
contrato suspenso
O deputado federal defende o aumento do teto de R$
1.813,00 para R$ 3.135
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) é o
relator da Medida Provisória 936/2020, que dispõe
sobre a suspensão de contrato de trabalho e a
redução de jornada e salário durante a pandemia do
novo coronavírus. O parlamentar defende o aumento da
reposição da renda dos trabalhadores, por parte do
governo, em relação aos salários suspensos ou
reduzidos.
“Quem ganha a partir de um salário mínimo e meio
perde crescentemente na proposta do governo. O
momento exige mais, é importante reduzir danos”,
declarou ao site Congresso em Foco.
Segundo a MP, o governo federal complementará com
até R$ 1.813, valor máximo da parcela do
seguro-desemprego, a remuneração dos trabalhadores
atingidos pela proposta.
Orlando defende o aumento desse teto para até três
salários mínimos, ou seja R$ 3.135 . Assim, quem
ganha até três salários mínimos teria direito à
reposição integral. Empregados que recebem acima
disso teriam o benefício calculado sobre o novo
teto.
A mudança pode gerar um custo extra para o governo
de R$ 16 bilhões, pelas estimativas do deputado. O
Ministério da Economia calcula que o custo seria
maior, na faixa dos R$ 20 bilhões. O programa tem
orçamento de R$ 51,2 bilhões.
Imposto de Renda
Nas redes sociais, Orlando Silva defendeu nesta
quinta-feira (14) que o Estado precisa investir.
“Só conseguiremos derrotar a pandemia e reconstruir
a economia do país se o Estado chamar para si a
tarefa e fizer a roda girar. É preciso investimento
público, manutenção do emprego, injetar dinheiro na
economia através dos trabalhadores. É agora ou
nunca!”, escreveu.
Neste sentido ele tem a intenção de incluir em sua
proposta a elevação para R$ 5 mil no limite de
isenção do IR. À Folha de S. Paulo, Orlando afirmou
acreditar que a iniciativa poderia ter apoio do “Centrão”.
Proteção dos sindicatos
Orlando Silva também considera importante fazer com
que os sindicatos avalizem os acordos entre
empregados e patrões e autorizar o Executivo a
prorrogar o programa total ou parcialmente, caso
seja necessário.
“Defendo um cuidado maior com as trabalhadoras
gestantes, uma vez que não sabemos exatamente os
riscos que a contaminação dela pode produzir para a
saúde do bebê”, explicou.
Votação
Na semana passada, em debate on line promovido pelo
Centro de Mídia Barão de Itararé, o parlamentar
ponderou que o melhor mesmo seria “derrotar a MP”.
Contudo, diante da falta de votos suficientes para
tal, o esforço tem sido no sentido de reduzir
perdas.
“Objetivamente, temos apoio de, no máximo, 130 dos
513 deputados. Precisaríamos do dobro disso pra
rejeitá-la. Por isso a oposição entendeu que a
melhor opção era articular mudanças no texto. Pois
esperar que a MP caducasse também levaria muito
tempo. Seriam quatro meses em que a medida da forma
que está poderia causar um estrago imenso. Por isso,
nossa meta é alterar o texto para proteger o
trabalhador”, explicou o parlamentar.
As negociações entre o governo e o Congresso para
colocar a MP na pauta ainda não avançaram. O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
pretende pautar a proposta na sessão remota da
próxima terça-feira (19), conforme apurou o
Congresso em Foco. Mas ainda não há acordo entre o
relator, deputado Orlando Silva e o Ministério da
Economia.
Orlando afirmou ao site que pretende elaborar um
relatório que unifique a Câmara. “Converso com os
líderes e vejo que todos querem preservar empregos e
renda dos trabalhadores. Isso inspira o meu
esforço.”
Regras
A medida provisória autoriza as empresas a reduzirem
jornada e salário por até três meses e a suspenderem
contratos de trabalho por até 60 dias. As regras já
estão em vigor, mas precisam da aprovação do
Congresso para serem convertidas em lei.
O governo está usando recursos do seguro-desemprego
para complementar a remuneração dos trabalhadores. O
valor a ser pago varia conforme o corte de salário
feito pelo empregador.
Fonte: Portal Vermelho
15/05/2020 -
Bolsonaro edita MP que desresponsabiliza agente
público por erro durante pandemia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou
no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira
(14) a Medida Provisória (MP) 966 que
desresponsabiliza agentes públicos por eventuais
ações equivocadas e omissões em atos relacionados
com a pandemia de covid-19.
Além do capitão reformado, também assinam a MP o
ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da
Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos
Rosário.
Segundo o texto da medida, os agentes públicos serão
responsabilizados somente nas esferas civil e
administrativa caso seja comprovada ação ou omissão
com dolo (provocar dano) ou erro grosseiro, quando o
assunto for saúde pública e efeitos econômicos e
sociais, no âmbito da pandemia.
Sendo que erro grosseiro, de acordo com a MP, se
caracteriza somente quando há “erro manifesto,
evidente e inescusável praticado com culpa grave,
caracterizado por ação ou omissão com elevado grau
de negligência, imprudência ou imperícia”.
O texto também prevê que o “mero nexo de causalidade
entre a conduta e o resultado danoso não implica
responsabilização do agente público”, devendo ser
comprovada a ligação entre ambos por meio, por
exemplo, de conluio entre os agentes.
Posição
Na manhã desta quinta-feira (14), o presidente foi
questionado sobre a MP por jornalistas, ao deixar o
Palácio da Alvorada em direção ao Palácio do
Planalto. "Vou ver isso aqui quando chegar lá
agora”, respondeu Bolsonaro.
Por se tratar de uma medida provisória, a MP entrou
em vigor no momento em que foi publicada no Diário
Oficial da União. Para se manter vigente, no
entanto, deve ser analisada e votada pelo Congresso
Nacional em até 120 dias.
Fonte: Brasil de Fato
15/05/2020 -
TCU: auxílio emergencial pago irregularmente a
militares tem de ser devolvido
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a
devolução do auxílio emergencial de R$ 600 pago
irregularmente a militares, pensionistas e
anistiados integrantes da folha de pagamento do
Ministério da Defesa. Segundo o governo, cerca de
73,2 mil militares ativos, inativos, de carreira,
temporários, pensionistas, dependentes e anistiados
receberam o auxílio. O senador Rodrigo Cunha
(PSDB-AL) apoiou a decisão do TCU.
Fonte: Agência Senado
15/05/2020 -
Humberto Costa defende processo de impeachment de
Bolsonaro
O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu, em
pronunciamento nesta quinta-feira (14), o
impeachment do presidente República, Jair Bolsonaro.
Ele informou que em breve será apresentado, "por
mais de 300 entidades da sociedade civil e por
partidos políticos como o PT", mais um pedido de
impeachment.
Segundo Humberto, muitas instituições acusam o
presente de cometer vários crimes de
responsabilidade.
— Com certeza, há em profusão razões para abertura
do processo de impeachment. O presidente já cometeu
crime de responsabilidade contra a saúde pública, a
administração pública, o regime democrático e a
Constituição — afirmou ele.
O senador lembrou também das denúncias de que o
presidente vem tentando interferir indevidamente na
Polícia Federal, "para impedir o aprofundamento de
investigações que envolvem pessoas de sua
proximidade política e pessoal".
Humberto ressaltou que já foram apresentados mais de
30 pedidos de abertura de processo de impeachment no
Congresso Nacional.
— Muitos desses pedidos são muito bem fundamentados,
apresentados por entidades de larga
representatividade na sociedade brasileira e por
importantes partidos políticos da nossa vida
democrática — declarou.
Fonte: Agência Senado
15/05/2020 -
Pesquisa diz que em abril 14,4% das indústrias
paralisaram atividades
Queda nas indústrias de veículos automotores
chegou a 59,5%
O percentual de indústrias de transformação que
paralisaram suas atividades em abril chegou a 14,4%.
O aumento é de 10,2 pontos percentuais em relação a
março deste ano e de 11,5 pontos percentuais em
relação à média dos meses de abril.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (14) no Rio
de Janeiro, são da Fundação Getulio Vargas (FGV). As
principais cidades iniciaram medidas de isolamento
social em meados de março devido à pandemia do novo
coronavírus (covid-19).
Entre os setores mais afetados por paralisações em
abril, destacam-se veículos automotores (59,5%),
couros e calçados (38,9%) e vestuário (34,1%).
A pesquisa também mostrou que a média de turnos de
trabalho na indústria caiu para 2,19 turnos, queda
de 0,34 turno em relação a janeiro deste ano e de
0,44 turno em relação à média dos meses de abril.
O percentual de empresas que estão aumentando sua
produção sem dificuldades caiu de 52,2% em janeiro
para 21,4% em abril. Para aproximadamente 20% do
setor industrial, a pandemia foi diretamente a
principal restrição ao aumento da produção, pela
redução de demanda interna e externa, dificuldade de
fornecimento dos insumos importados e devido à
necessidade de paralisação parcial ou total das
atividades por questões de saúde.
Fonte: Agência Brasil
15/05/2020 -
Produção industrial cai nos 15 locais pesquisados em
março, diz IBGE
Este recuo é o primeiro desde início da série
histórica em 2012
A produção industrial recuou nos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), na passagem de fevereiro para
março deste ano. É a primeira vez que isso ocorre
desde o início da série histórica, em 2012. As
maiores quedas foram observadas no Ceará (-21,8%),
no Rio Grande do Sul (-20,1%) e em Santa Catarina
(-17,9%).
Também tiveram quedas na produção Pará (-12,8%),
Amazonas (-11,0%), Região Nordeste, a única região a
ser pesquisada (-9,3%), Pernambuco (-7,2%), Espírito
Santo (-6,2%), São Paulo (-5,4%), Bahia (-5,0%),
Paraná (-4,9%), Mato Grosso (-4,1%), Goiás (-2,8%),
Rio de Janeiro (-1,3%) e Minas Gerais (-1,2%).
Na comparação com março do ano passado, houve queda
em 11 dos 15 locais, com destaque para Santa
Catarina (-15,6%), Espírito Santo (-14,2%), Rio
Grande do Sul (-13,7%) e Ceará (-10,5%). Quatro
estados tiveram alta na taxa: Rio de Janeiro (9,4%),
Bahia (5,8%), Paraná (1,6%) e Pernambuco (1,4%).
No acumulado no ano, houve queda em dez dos 15
locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo
(-13,3%) e Minas Gerais (-8,4%). Cinco locais
tiveram crescimento, sendo os maiores avanços
registrados no Rio de Janeiro (9,8%) e na Bahia
(7,1%).
No acumulado de 12 meses, sete locais tiveram queda,
sendo a maior delas no Espírito Santo (-17,2%). O
Rio Grande do Sul manteve estabilidade na produção e
sete locais tiveram alta, com destaque para o
Amazonas (5,2%).
Fonte: Agência Brasil
14/05/2020 -
Presidenta do TST apoia medidas de Bolsonaro que
flexibilizam direitos trabalhistas
Juíza disse ter “visão positiva” sobre MPs, pela
preocupação de se preservar emprego e renda
São Paulo – “Estamos nos reinventando”, disse a
presidenta do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
Maria Cristina Peduzzi, em live na tarde desta
quarta-feira (13) para falar sobre o comportamento
do setor durante a pandemia de coronavírus. A
magistrada defendeu as medidas provisórias de
flexibilização editadas pelo governo (MPs 927 e
936), criticadas no meio jurídico, que permitem
redução de direitos por meio de acordos individuais.
“A minha visão é positiva”, afirmou, sobre os
efeitos das MPs sobre as relações de trabalho. “Acho
que não foi só o Direito do Trabalho. Temos nos
diversos ramos, em cada área, uma legislação que
está sendo apresentada para resolver problemas.
Tivemos a possibilidade de suspensão dos contrato,
para evitar a rescisão”, acrescentou, citando a
possibilidade de antecipação de férias individuais,
entre outras medidas. O mais importante neste
momento é preservar emprego e renda, disse ainda a
juíza.
O último bloco da transmissão, que durou uma hora,
era dedicado a perguntas do público, mas a
magistrada respondeu basicamente uma, sobre decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF) relativa à MP 927:
a Corte validou a medida, mas derrubou, por maioria,
o artigo que exigia comprovação de nexo causal para
considerar doença ocupacional casos de contaminação
pelo coronavírus.
Cautelosa, a presidenta do TST afirmou que o acórdão
do julgamento, realizado em 29 de abril, ainda não
foi publicado. Mas lembrou que o voto do ministro
Alexandre de Moraes, que inclui não só profissionais
da saúde, como motoboys, por exemplo, invoca
precedente do próprio STF que considera o Artigo 927
do Código Civil (reparação de danos) compatível com
o Artigo 7º da Constituição (direitos dos
trabalhadores). Assim, seria constitucional a
responsabilização objetiva do empregador por danos
decorrentes de acidentes do trabalho.
Modo remoto
Segundo Maria Cristina, todos as áreas do TST já estão
executando suas funções pelo modo remoto, e isso se
repete no primeiro grau (Varas do Trabalho), por
meio de videoconferências. No início da transmissão,
ela criticou ato do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) suspendeu os prazos processuais da Justiça do
Trabalho no Rio de Janeiro, “sem qualquer
argumentação jurídica, sem qualquer verificação
empírica, sem qualquer apoio científico”. Ela
manifestou surpresa com a decisão: “Os processos
devem chegar a um fim, para o bem da sociedade e das
partes”. No TST, os prazos voltaram a ser contados
no último dia 4.
A magistrada, que assumiu a presidência em 19 de
fevereiro, disse que tem trabalhado até 18 horas por
dia, inclusive nos fins de semana, por causa da
pandemia. Um mês depois, o TST suspendeu a prestação
presencial de serviços. Para ela, a situação traz
impactos econômicos, sociais e psicológicos e a
preservação de contratos deve se dar por meio da
“solidariedade entre empregado, empregador e
Estado”. A Justiça do Trabalho também está
destinando valores de indenizações por danos morais
coletivos ou multas para ações de prevenção ao
coronavírus.
A RBA encaminhou três perguntas durante a
transmissão. A primeira fazia referência às críticas
a respeito da prevalência de acordos individuais
sobre negociações coletivas e a segunda, sobre o
risco de aumento descontrolado das jornadas de
trabalho devido ao sistema virtual. A terceira
questão era justamente sobre possibilidade de nova
jurisprudência sobre o tema.
Na quarta-feira que vem (20), às 16h, o TST
promoverá nova live, com o vice-presidente, ministro
Vieira de Mello Filho. Ele falará sobre conciliação
e mediação pré-processual. Por fim, uma semana
depois, será a vez do corregedor-geral da Justiça do
Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/05/2020 -
Governo prevê queda de 4,7% no PIB de 2020, podendo
chegar a 6% se quarentena for até junho
A previsão para o PIB de 2020 que, em março, era de
um crescimento de 0,02%, foi revisada e, agora, o
ministério da Economia estima que o Produto Interno
Bruto (PIB) deve cair 4,7% neste ano em comparação
com o ano passado. Se confirmado, este será o pior
resultado do índice na história brasileira. Em
janeiro, o governo esperava um crescimento de 2,4%
do PIB.
Em um estudo divulgado também nesta quarta-feira
(13), o Ministério da Economia associa diretamente
os impactos econômicos da crise do novo coronavírus
às medidas de isolamento social, conforme destacou o
secretário de Política Econômica do ministério,
Adolfo Sachsida.
Segundo a pasta, caso o isolamento se estenda até o
final de junho, a queda do PIB pode chegar a 6%.
Em relação à inflação, o ministério estima um IPCA
de 1,77% neste ano. Em janeiro, a previsão era de
uma inflação de 3,62%.
Já a situação das contas públicas também deve se
agravar. A previsão para o resultado primário, que,
em março, era de um déficit de R$ 87 bilhões, agora
é de um saldo negativo de R$ 571 bilhões para este
ano. A dívida pública, que, em março, estava
prevista para ficar em 76% do PIB neste ano, agora a
previsão é de salto para quase 90% do PIB. Segundo o
estudo do governo, essas projeções levam em conta
que o isolamento continue até o dia 31 de maio.
Fonte: Portal EBC
14/05/2020 -
"Quem não quiser trabalhar, que fique em casa,
porra", diz Bolsonaro em novo ataque ao isolamento
social
Menos de 24 horas após o Brasil registrar 881 mortes
em único dia devido ao novo coronavírus, totalizando
12,4 mil óbitos, Jair Bolsonaro voltou a defender o
fim do isolamento social e a reabertura da economia.
“O povo tem de voltar a trabalhar. Quem não quiser
trabalhar, que fique em casa, porra. Ponto final”,
disse Bolsonaro nesta quarta-feira (13) a um grupo
de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada,
informam os jornalistas Mateus Vargas e Emilly
Behnke, de O Estado de S.Paulo.
Sob aplauso dos apoiadores, Bolsonaro voltou a
atacar os governadores, principalmente o de São
Paulo, João Doria (PSDB), que ampliou as medidas de
isolamento para tentar conter o avanço da pandemia
no Estado.
“O governador de São Paulo (Doria) falou que é
melhor isolamento do que o sepultamento. Quem ficar
em casa parado vai morrer de fome. Até o urso quando
hiberna tem prazo para hibernar. Não podemos ficar
hibernando em casa”, disparou.
"Ficar em casa, para quem pode, legal, sem problema
nenhum. Agora, para quem não tem condições,
geladeira está vazia, três, quatro filhos chorando
de fome, é desumano”, emendou.
Fonte: Brasil247
14/05/2020 -
Rede, PV, PSB e PDT convocam mobilização pelo
impeachment de Bolsonaro na sexta-feira
Mais de 30 pedidos de impeachment contra Jair
Bolsonaro já foram protocolados na Câmara dos
Deputados
Quatro partidos do campo progressista – Rede, PV,
PSB e PDT – se uniram em uma mobilização pelo
impeachment de Jair Bolsonaro e estão convocando,
para sexta-feira (15), o ato “Janelas pela
Democracia: Impeachment Já”.
O ato, de acordo com os partidos, visa “unir
cidadãos e cidadãs que defendem publicamente a
democracia e que apoiam os pedidos de impeachment de
Bolsonaro”.
Mais de 30 pedidos de impeachment contra Bolsonaro,
que apontam inúmeros crimes de responsabilidade que
teriam sido cometidos pelo presidente, já foram
protocolados na Câmara dos Deputados. O presidente
da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no entanto, tem
afirmado que “não é hora” para impeachment e o
próprio Bolsonaro já vem costurando acordos com o
centrão para impedir a abertura de um processo.
“Vivemos as consequências trágicas da pandemia da
COVID-19, com a morte de milhares de brasileiros. O
Presidente da República prefere negligenciar as
orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e,
na contramão de todos os estudos científicos, age de
todas as formas para conseguir o fim da quarentena e
do isolamento social”, diz o texto de convocação do
ato, que acontecerá a partir das 18h30 e estimulará
as pessoas a expressarem seu apoio ao impeachment
nas janelas de suas casas e apartamentos e contará
com intervenções online de políticos e artistas.
“A crise política é agravada por inúmeras condutas
ilegais assumidas pelo Presidente da República, que
podem ser enquadradas como crime de
responsabilidade, com flagrante desrespeito à
Constituição Federal, passíveis de impeachment”,
completam os organizadores.
Apesar de não estarem junto aos quatro partidos na
organização do ato, os outros dois principais
partidos da oposição, PT e PSOL, também já se
manifestaram a favor do impeachment de Bolsonaro. O
ex-presidente Lula, nesta quarta-feira (13), pediu
em entrevista que Rodrigo Maia autorize a abertura
de um processo. O PSOL, por sua vez, conta com
parlamentares que são autores de um dos pedidos
protocolados na Câmara.
Fonte: RevistaForum
14/05/2020 -
Com pandemia, 76% do setor industrial reduziu
produção
Entre os empresários, 45% reclamaram de
inadimplência dos clientes
Sondagem especial feita pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) aponta que 91% da indústria
brasileira relata impactos negativos por causa da
pandemia da covid-19, doença provocada pelo novo
coronavírus. Três quartos (76%) das empresas
industriais reduziram ou paralisaram a produção.
Três de cada quatro empresas, novamente 76% dos
entrevistados, apontaram queda da demanda por seus
produtos, metade desses (38%) observaram que a queda
foi “intensa”. Os setores que descreveram a
diminuição da demanda foram de vestuário (82%),
calçados (79%), móveis (76%), impressão e reprodução
(65%) e a indústria têxtil (60%).
Dentre os empresários, 45% reclamaram de
inadimplência dos clientes e 44% informaram ter tido
encomendas e pedidos cancelados.
Além de queda da demanda, 77% dos empresários
identificaram que houve diminuição da oferta de
matérias primas e de insumos para a produção - por
causa da desorganização da estrutura logística - o
sistema de transporte em especial -, o que
dificultou acesso a insumos ou matérias primas
necessários à produção.
Quase a totalidade dos empresários entrevistados
(95%) afirmaram ter adotado medidas em relação aos
empregados desde campanhas de prevenção, medidas de
higiene e afastamento de empregados de grupos de
risco ou que apresentaram sintomas.
Metade das empresas deram férias para parte dos
empregados, 36% fez uso do banco de horas, 19%
reduziram a jornada de trabalho, 16% iniciaram
férias coletivas, 15% dispensaram os trabalhadores e
8% fizeram a suspensão temporária dos contratos de
trabalho.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
14/05/2020 -
Pesquisa CNI: Confiança do empresário da indústria é
a menor da série histórica
Devido a pandemia do novo coronavírus, que diminuiu
o consumo, os empresários industriais do Brasil
estão temorosos com o presente e o futuro. Foi o que
revelou o Índice de Confiança do Empresário
Industrial de maio da Confederação Nacional da
Indústria (CNI). O índice continua no menor patamar
da série histórica, em 34,7 pontos. A pesquisa
utiliza uma escala que varia de 0 a 100. Todo valor
abaixo de 50 pontos é considerado negativo.
O economista da CNI Marcelo Azevedo destaca os
principais pontos revelados no estudo.
O Índice de Confiança é dividido em dois pontos: as
condições atuais e as expectativas. Em relação ao
presente, ele caiu quase nove pontos percentuais,
ficando em 25 pontos. Essa queda vem ocorrendo desde
fevereiro.
Apesar do descontentamento com o presente, os
empresários estão menos pessimistas em relação aos
próximos seis meses. Nesse quesito, o índice
aumentou quase 5 pontos em maio, e foi para 39,5.
A pesquisa da CNI é realizada para traçar as
expectativas dos empresários e promover estratégias
para o setor, explica o economista da entidade,
Marcelo Azevedo.
O levantamento ouviu 1.370 empresários, a maioria
donos de pequenas e médias empresas, entre os dias 4
e 8 de maio.
Fonte: Portal EBC
14/05/2020 -
Lewandowski determina divulgação de exames de
Bolsonaro para Covid-19
O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo
Lewandowski determinou, nesta quarta-feira (13/5), a
divulgação dos exames a que o presidente Jair
Bolsonaro se submeteu para verificar se havia
contraído a Covid-19.
Como a União entregou os exames a Lewandowski antes
de ser intimada na reclamação movida pelo jornal O
Estado de S. Paulo, o ministro entendeu que houve
perda superveniente do objeto da ação.
Afinal, o veículo obteve o que havia pedido em ação
na Justiça de São Paulo — o acesso aos documentos
médicos de Bolsonaro, o que estava suspenso por
decisão do presidente do Superior Tribunal de
Justiça, João Otávio de Noronha.
Assim, Lewandoswki ordenou a juntada aos autos
eletrônicos de todos os laudos e documentos
entregues pela União, “aos quais se dará ampla
publicidade”.
O resultado dos dois exames apresentados foi
negativo. Bolsonaro usou os pseudônimos Airton
Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, mas
apresentou RG e CPF verdadeiros.
Direitos civis
Agente público ou não, a todo e qualquer indivíduo
garante-se a proteção à sua intimidade e
privacidade, direitos civis sem os quais não haveria
estrutura mínima sobre a qual se fundar o Estado
Democrático de Direito. Inclusive ao presidente da
República.
Com esse entendimento, o presidente do Superior
Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de
Noronha, suspendeu decisão do Tribunal Regional
Federal da 3ª Região que determinava à União a
apresentação dos exames realizados pelo presidente
Jair Bolsonaro para detecção do novo coronavírus.
Para o ministro, a administração pública não pode
ser compelida a apresentar o resultado de exames de
saúde de pessoa física ocupante de cargo público,
pois isso extrapola seu âmbito de atuação.
Fonte: Consultor Jurídico
13/05/2020 -
Pesquisa aponta 43% no índice de rejeição ao governo
de Jair Bolsonaro
Pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça (12), revela
que a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro
disparou e já alcança 43,4% de reprovação.
A aprovação de Bolsonaro caiu de 34,5%, em janeiro,
para 32%, em maio. Mas os números impressionam no
aumento do índice negativo. O total de pessoas que
consideram a gestão do presidente como ruim ou
péssima subiu de 31% para 43,4%, no mesmo período
avaliado.
Esse é o pior resultado já registrado na avaliação
do governo. Já o desempenho pessoal do presidente
teve impressionantes 55,4% de reprovação, diante da
atuação na crise do coronavírus.
Governadores - Os números divulgados mostram, ainda,
que os governadores brasileiros tiveram um salto na
aprovação média, passando de 30,5%, em janeiro, para
41,3%, em maio. Prefeitos também tiveram boa
avaliação, com aumento de 34,4% para 40,1%, no mesmo
período.
Pesquisa - Contratada pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT) e realizada pelo Instituto MDA,
2.002 pessoas de 25 estados foram entrevistadas, de
7 a 10 de maio. A margem de erro da pesquisa é de
2,2 pontos percentuais.
Fonte: Vermelho
13/05/2020 -
Depoimento e vídeo de reunião confirmam que
Bolsonaro queria intervir na PF no Rio
Presidente teria dito que mudanças eram
necessárias para proteger sua família de
perseguições; falas ainda são sigilosas
O delegado Alexandre Ramagem confirmou, em
depoimento à Polícia Federal em Brasília, na
segunda-feira (11), que o presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) manifestou interesse em mudar a chefia
da PF no Rio de Janeiro.
Ramagem foi nomeado por Bolsonaro para assumir a
diretoria-geral da PF em 28 de abril, mas teve que
deixar o cargo por ordem do Supremo Tribunal Federal
(STF), após o ministro Alexandre de Morais ver
indício de desvio de finalidade na escolha
presidencial.
“Perguntado se o depoente tinha conhecimento do
interesse do presidente da República em substituir o
superintendente Carlos Henrique, respondeu que tinha
ciência da preocupação do presidente com a
produtividade operacional, não apenas do Rio de
Janeiro, mas também das outras superintendências;
que não tem ciência de qualquer pedido de troca ou
sugestões de nomes para a troca do superintendente
Carlos Henrique por parte do Presidente da
República”, diz um trecho do depoimento.
O delegado negou ter conhecimento sobre a intenção
do presidente de interferir em investigações ligadas
a ele ou aos filhos dele, Eduardo e Carlos.
A versão condiz com o vídeo de uma reunião
ministerial apresentado nesta terça-feira (12) à
Polícia Federal, em Brasília. O ex-ministro Sergio
Moro e representantes da Procuradoria-Geral da
República (PGR) acompanharam a exibição.
Na ocasião, Bolsonaro justificou que a mudança na PF
do Rio era para proteger sua família de perseguição,
segundo o jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com relatos de pessoas que acompanharam a
fala, o presidente afirmou que trocaria todo o
comando da área de segurança, inclusive o ministro
Sergio Moro, para que seus familiares não fossem
“prejudicados”. Ainda conforme o jornal, o
presidente disse aos presentes que não poderia ser
surpreendido pela Polícia Federal.
O vídeo da reunião ainda está sob sigilo. A defesa
de Moro, no entanto, pede que o conteúdo seja
disponibilizado publicamente por “interesse
público”.
“É de extrema relevância e interesse público que a
íntegra desse vídeo venha à tona. Ela não possui
menção a nenhum tema sensível à segurança nacional”,
argumentou o advogado de Moro, Rodrigo Sanchez Rios,
em nota.
Fonte: Brasil de Fato
13/05/2020 -
Senado amplia lista de profissionais que terão
prioridade em testes de coronavírus
O Senado aprovou nesta terça-feira (12), por
unanimidade, projeto da Câmara que dá prioridade nos
testes diagnósticos de coronavírus aos profissionais
essenciais ao controle de doenças e à manutenção da
ordem pública que tenham contato direto com pessoas
e materiais contaminados. O PL 1.409/2020 sofreu
várias alterações e terá que voltar à Câmara dos
Deputados.
O projeto é do deputado Dr. Zacharias Calil (DEM-GO).
A versão aprovada pela Câmara garantia prioridade
nos testes de covid-19 aos profissionais de saúde
que estivessem em contato direto com pessoas
infectadas ou com suspeita de infecção pelo
coronavírus. No Senado, a relatora, senadora Zenaide
Maia (Pros-RN), ampliou a lista.
O substitutivo (texto alternativo) apresentado pela
senadora estendeu a prioridade a todos os
profissionais essenciais ao controle de doenças e à
manutenção da ordem pública que tenham tido contato
direto com contaminados ou suspeitos. Além disso,
determinou que esses profissionais serão tratados e
orientados sobre sua condição de saúde e sobre sua
aptidão para retornar ao trabalho.
O PL também determina que, durante a emergência de
saúde pública decorrente do coronavírus, o poder
público e os empregadores ou contratantes adotarão
medidas para preservar a saúde e a vida de todos os
esses profissionais, além de fornecer,
gratuitamente, os equipamentos de proteção
individual recomendados pela Anvisa aos que
estiverem em atividade e em contato direto com quem
possa ter a doença.
Fonte: Agência Senado
13/05/2020 -
Pandemia suspende contratos de 3,9 milhões de
trabalhadores formais
Segundo o Ministério da Economia, a crise provocada
pela epidemia de covid-19 já levou à suspensão
integral de 3,9 milhões de contratos de
trabalhadores formais, sendo um terço desse total em
São Paulo.
Após autorização concedida pelo governo em abril,
7,2 milhões de pessoas tiveram o contrato suspenso
por até dois meses ou jornadas e salários cortados
por até três meses.
A região Sudeste, que concentra o maior número de
trabalhadores com carteira assinada do país também é
a responsável pela maior fatia de acordos com esses
cortes. Foram 3,9 milhões de pessoas atingidas na
região, mais da metade (54%) do total. Somente São
Paulo reúne um terço dos afetados no país.
Centro-Oeste (6%) e Norte (5%) são as regiões com
menos casos de acordos.
Ainda sobre as modalidades de acordo, os contratos
suspensos representam mais da metade (54,9%) do
total. Entre as reduções, o corte de metade de
jornadas e salários é o mais frequente até o
momento, com 1,2 milhão de pessoas afetadas (17,2%).
A faixa etária mais atingida pelas medidas são os
trabalhadores entre 30 e 49 anos, que representam
metade das suspensões de contratos. Veja as tabelas
abaixo para ter mais detalhes.
Há ainda 167 mil trabalhadores intermitentes (2,3%)
que perderam possibilidades de trabalho com a crise
e tiveram que recorrer ao controverso auxílio
emergencial de R$ 600, fornecido pelo Governo
Federal.
A MP dos cortes
No dia 1º de abril, o presidente Jair Bolsonaro editou
MP (Medida Provisória) que autoriza a suspensão de
contratos ou redução de salários e jornadas de
trabalhadores durante a crise provocada pela
pandemia.
Trabalhadores afetados recebem uma compensação do
governo que pode chegar a 100% do que receberiam de
seguro-desemprego em caso de demissão. O valor
mensal médio dos benefícios está em R$ 720,73.
Por acordo individual, o empregador pode fazer
cortes de jornadas e salários em 25%, 50% ou 70% por
até três meses, a depender da faixa de renda do
trabalhador. Nos acordos coletivos, é permitida
redução em qualquer percentual.
O governo paga a esses trabalhadores uma proporção
do valor do seguro-desemprego equivalente ao
percentual do corte de salário. A compensação é de
25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego, que varia de
R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
A suspensão de contratos, por sua vez, pode ser
feita por até dois meses. Nesse caso, o empregado
recebe valor integral do seguro-desemprego.
Para fazer frente às compensações dos contratos
reduzidos ou suspensos até agora, o governo já
estima um gasto de R$ 12,7 bilhões. O custo total do
programa aos cofres públicos é estimado em R$ 51,2
bilhões.
Pelas contas da equipe econômica, a medida deve
alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira
assinada, mais de 70% de todos os empregados formais
do país.
Segundo o IBGE, o Brasil tinha 33,1 milhões de
trabalhadores com carteira assinada no setor privado
no trimestre encerrado em março.
Tipos de cortes
Suspensão de contrato: 3,9 milhões de trabalhadores
(54,9%)
Redução de 50% de jornadas e salários: 1,2 milhão
(17,2%)
Redução de 25%: 964 mil (13,4%)
Redução de 70%: 879 mil (12,2%)
Intermitentes: 167 mil (2,3%)
Regiões
Sudeste: 54% do total
Nordeste: 19%
Sul: 16%
Centro-Oeste: 6%
Norte: 5%
Idade
30 a 39 anos: 30,8% do total
40 a 49 anos: 20,7%
18 a 24 anos: 17,5%
25 a 29 anos: 16,4%
50 a 64 anos: 12,7%
até 17 anos: 1,1%
acima de 65 anos: 0,8%
Publicado em Folhapress
Fonte: Portal Vermelho
13/05/2020 -
Bolsonaro entrega exames de coronavírus ao STF
Já estão nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski
os exames de Jair Bolsonaro para o novo coronavírus.
Segundo a AGU, resultados deram negativo
Jair Bolsonaro enviou nesta terça-feira, 12, ao
ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF) o resultado dos exames que ele fez
para detectar a presença do novo coronavírus.
Lewandowski é o relator da ação em que o jornal O
Estado de S.Paulo pediu que a corte suspenda a
decisão do presidente do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, que
desobrigou o presidente Jair Bolsonaro de apresentar
exames feitos para detectar o coronavírus.
Segundo a Advocacia-geral da União (AGU), eles
comprovam que o presidente testou negativo para a
doença causada pelo novo coronavírus.
Em fala a jornalistas na noite desta terça-feira,
Bolsonaro também comentou informações sobre o vídeo
da reunião ministerial citada por Moro e falou
novamente contra o isolamento social: "estou vendo
ameaça de lockdown, isso é um absurdo, é
inadmissível".
Fonte: Brasil247
13/05/2020 -
País tem 33,9 milhões de idosos e 22,9% trabalham em
locais expostos
Levantamento feito pelo Departamento Intersindical
de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese)
revela que o Brasil tem 33,9 milhões de pessoas com
60 anos ou mais, o que significa que 16,2% da
população do País estão no grupo de risco de
contrair a Covid-19.
Do total de idosos brasileiros, quase 8 milhões
trabalham em locais onde ficam mais expostos a
riscos do que os mais jovens e 24,9% contribuem com
50% ou mais de sua renda nas despesas da família.
Esse contingente de brasileiros é ignorado pelo
presidente Jair Bolsonaro que defende que apenas os
mais velhos fiquem em quarentena, sem levar em conta
qualquer estudo sobre as necessidades ou como vivem
as pessoas com 60 anos ou mais e suas famílias no
País.
Foi isso que levou o Dieese a fazer um estudo para
mostrar que o fim da quarentena tem de levar em
consideração a ciência e também a realidade do
Brasil que tem milhões de idosos ainda trabalhando e
ajudando a família com parte dos seus recursos.
A pesquisa do Dieese mostra, por exemplo, que do
total de brasileiros com 60 anos ou mais, 22,9%
trabalham, 83,2% moram com alguma pessoa e 21,9%
moram com um parente que ainda frequenta a escola, o
que indica que a obsessão de Bolsonaro pela volta ao
trabalho, com poucas restrições, é um risco tanto
para os idosos quanto para seus familiares.
Fonte: CUT
13/05/2020 -
Para TST, sindicato pode ser parte em ação sobre
horas extras e adicional noturno
Uma disputa entre o Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários de Curitiba e o Banco
Bradesco S.A. resultou em uma decisão do Tribunal
Superior do Trabalho sobre a possibilidade de um
sindicato atuar como representante de trabalhadores
quando estão em jogo direitos individuais. A Segunda
Turma do TST entendeu que, caso os direitos em
questão sejam homogêneos, o sindicato tem, sim,
legitimidade para fazer parte da ação.
O entrevero começou quando empregados do Bradesco se
queixaram de violação sistemática das regras básicas
de duração da jornada de trabalho e entraram com uma
ação coletiva para receber horas extras e adicional
noturno. A 5ª Vara do Trabalho de Curitiba, porém,
extinguiu o processo com a alegação de que o
sindicato não tinha legitimidade para representar os
trabalhadores, entendimento confirmado pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), que manteve
a sentença.
Um recurso de revista foi ajuizado no TST e a
Segunda Turma deu razão ao sindicado e aos
empregados do banco por entender que se tratava de
direitos homogêneos. Assim, a ação voltará à 5ª Vara
do Trabalho de Curitiba para o prosseguimento do
julgamento.
Segundo o relator do recurso de revista, o ministro
José Roberto Pimenta, o fato de o grupo de
empregados do Bradesco ter sofrido a mesma lesão
trabalhista caracteriza a existência de direitos
individuais homogêneos, o que, para ele, torna o
sindicato um agente legítimo para representar os
trabalhadores.
"A homogeneidade não está nas consequências
individuais no patrimônio de cada trabalhador
advindas do reconhecimento desse direito, mas no ato
praticado pelo empregador de descumprir normas
regulamentares e de lei”, explicou Pimenta. "A
homogeneidade diz respeito ao direito, e não à sua
quantificação", completou o relator. Com informações
da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do
Trabalho.
Processo RR 1049-66.2018.5.09.0003
Fonte: Consultor Jurídico
12/05/2020 -
Presidente da Caixa garante três parcelas do auxílio
de R$ 600 a quem tiver cadastro aprovado
Segundo Pedro Guimarães, mais de 50 milhões de
brasileiros já receberam a primeira parcela do
benefício
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro
Guimarães, garantiu nesta segunda-feira (11) que
todos os brasileiros que solicitarem o auxílio
emergencial de R$ 600 até o dia 3 de julho e tiverem
o cadastro aprovado receberão as três parcelas
previstas, totalizando, no acumulado, R$ 1.800.
“Ninguém precisa se preocupar porque todos os que
forem aprovados receberão as três parcelas”, disse
Guimarães, que participou, por videoconferência, de
reunião da comissão mista que acompanha os gastos do
governo federal com medidas contra a pandemia de
Covid-19.
Ao informar que 50,1 milhões de brasileiros já
receberam o benefício, Guimarães destacou que 94% já
efetuaram o saque. Ele disse ainda que o governo
deve encaminhar nesta semana à Caixa o resultado da
análise de 17 milhões de cadastros, entre aqueles
considerados inconclusivos por algum motivo (15,5
milhões) ou aguardando processamento (5,2 milhões).
“Já pagamos 50 milhões e temos ainda mais alguns que
virão desta analise que a Dataprev e o Ministério da
Cidadania irão enviar à Caixa”, disse. "Vamos
começar o pagamento, e talvez terminar, nesta
semana, mas, certamente, não serão [beneficiados]
todos os 17 milhões”, adiantou.
Dentre os já aprovados, segundo disse aos
parlamentares, 19,2 milhões são beneficiários do
Bolsa Família; 10,5 milhões estão inscritos no
CadÚnico - cadastro de pessoas em situação de
pobreza ou extrema pobreza –; e 20,3 milhões fizeram
o pedido por meio do aplicativo ou do site da Caixa
(veja infográfico abaixo). Do total de 96,9 milhões
de pedidos de auxílio emergencial, 26,1 milhões
foram negados (12,1 milhões via aplicativo, 13,3
milhões do CadÚnico e 700 mil do Bolsa Família).
Fonte: Agência Câmara
12/05/2020 -
Cresce o número de pedidos de seguro-desemprego
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11)
pelo Ministério da Economia, de janeiro a abril de
2020, foram contabilizados 2.337.081 pedidos de
seguro-desemprego de trabalhadores sob o regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), um aumento
de 1,3% em comparação com o acumulado no mesmo
período de 2019 (2.306.115).
Este ano, o número de pedidos realizados pela
internet aumentou. Como o trabalhador tem até 120
dias para requerer o seguro-desemprego, é possível
estimar que até 250 mil pedidos ainda possam ser
feitos nos meses seguintes por não terem sido
realizados presencialmente em março e abril.
Na comparação entre os pedidos registrados em abril
de 2020 (748.484) e o mesmo mês de 2019 (612.909),
houve aumento de 22,1%. A utilização por internet no
mês de 2020 foi de 87%, enquanto esta alternativa
representou 1,7% em abril de 2019. Os estados que
registraram o maior número de pedidos foram São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em relação a março de 2020, verificou-se um aumento
de 39,4% no número de requerimentos, o que pode
indicar que a reabertura das unidades de atendimento
e a retomada do atendimento presencial possibilitou
que mais trabalhadores acessassem o benefício.
O acesso ao benefício pode ser todo feito de forma
virtual, tanto pelo gov.br/trabalho quanto pelo
aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
Fonte: Congresso em Foco
12/05/2020 -
Em nova sabotagem ao isolamento, Bolsonaro
classifica academias e salões de beleza como
essenciais
Decreto do presidente contorna decisão do STF e
pressiona reabertura junto a governadores e
prefeitos em pandemia que já matou mais de 11 mil no
país
O presidente Jair Bolsonaro classificou como
atividades essenciais academias de esporte, salões
de beleza e barbearias, em decreto publicado nesta
segunda-feira (11).
A medida é mais um ato de sabotagem de Bolsonaro ao
isolamento social, necessário para conter a pandemia
de coronavírus e recomendado pelas principais
autoridades saúde de todo o mundo.
Nas últimas semanas, enquanto o país soma mais de 11
mil mortos por coronavírus, o presidente tem dado
declarações contra o isolamento e promovendo ele
próprio atos de aglomeração.
Depois de atritos entre Bolsonaro e governadores que
defendem o isolamento, decisão do Supremo Tribunal
de Federal estabeleceu que cabe aos governadores e
prefeitos decidir sobre as medidas de restrição de
circulação e o fechamento de atividades não
essenciais.
O decreto de Bolsonaro, ao incluir atividades que
ampliam circulação e contato de pessoas como
essenciais, pode minar os esforços dos governadores
e acirrar protestos de bolsonaristas pela
reabertura.
“Coloquei hoje, porque saúde é vida: academias,
salão de beleza e cabeleireiro, também. Higiene é
vida. Só três [foram definidas] hoje”, debochou o
presidente, na entrada do Palácio do Planalto, pouco
antes da publicação do decreto e indicando que mais
atividades devem ser colocadas como essenciais nos
próximos dias.
Fonte: RevistaForum
12/05/2020 -
Governos do Ceará, Bahia e Maranhão ignoram decreto
de Bolsonaro sobre salões de beleza e academias
Camilo Santana (PT), Rui Costa (PT) e Flávio Dino
(PCdoB), governadores do Ceará, da Bahia e Maranhão
respectivamente, anunciaram que vão ignorar o
decreto de Jair Bolsonaro, que amplia os serviços
essenciais para incluir academias e salões de
beleza, e vão manter as medidas de isolamento social
para combater a pandemia do novo coronavírus.
"Informo que, apesar do presidente baixar decreto
considerando salões de beleza, barbearias e
academias de ginástica como serviços essenciais,
esse ato em NADA ALTERA o atual decreto estadual em
vigor no Ceará, e devem permanecer fechados.
Entendimento do Supremo Tribunal Federal", avisou
Camilo Santana, se referindo à decisão da Corte que
reafirmou que Estados e municípios têm autonomia
para determinar regras de isolamento social
próprias.
Bolsonaro criticou a posição do Supremo e, na semana
passada, foi à Corte acompanhado de empresários para
pressionar pelo relaxamento das medidas de
isolamento social.
O governador Rui Costa foi na mesma linha de Camilo.
“A Bahia vai ignorar isso. Manteremos o nosso padrão
de trabalho é responsável. O objetivo é salvar
vidas”, afirmou.
“Todas as medidas legais serão adotadas para manter
o isolamento”, reforçou o governador. A Bahia tem
mais de 200 mortos e de 5,7 mil infectados
confirmados pelo Covid-19.
Flávio Dino afirmou que no Maranhão "nada muda até o
dia 20", ou seja, as medidas de isolamento estão
mantidas.
"Bolsonaro deveria estar preocupado com a atividade
realmente essencial que cabe a ele cuidar, a de
presidente da República, e passar a exercê-la com
seriedade", criticou.
Fonte: Brasil247
12/05/2020 -
Sindicatos protestam contra obrigação de plantão de
trabalhadores da educação
Trabalhadores da educação protestaram contra
obrigação de fazer plantão em escolas fechadas,
tendo que circular em meio à pandemia de covid-19
São Paulo – Trabalhadores da educação municipal da
capital paulista protestaram nesta segunda-feira
(11) contra a obrigatoriedade de fazer plantões em
escolas fechadas, sendo obrigados a circular pela
cidade em meio à pandemia de coronavírus. As
Instruções Normativas 13 e 15, da Secretaria da
Educação, determinam que parte dos profissionais
deve ficar nas escolas durante todo o horário de
funcionamento. Mesmo que não haja nenhum tipo de
atendimento a estudantes, famílias ou comunidade.
Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São
Paulo (Sindsep), nove trabalhadores da educação
morreram de covid-19. “É um ato em memória dos
trabalhadores, e também um ato de denúncia contra o
governo do prefeito Bruno Covas (PSDB). Há um
descaso com as condições de trabalho. E com a
obrigação de trabalhadores que não executam serviços
essenciais de se deslocar pela cidade,
desrespeitando a lógica do isolamento social. Os
trabalhadores são tratados como descartáveis pela
prefeitura”, disse o presidente da entidade, Sérgio
Antiqueira.
A Secretaria da Educação justifica a necessidade de
plantões dos trabalhadores da educação em meio à
pandemia de covid-19 por obrigações administrativas
de cada escola. Entre elas cita apontamentos para
pagamento de salários, recebimentos de materiais e
dos cartões de alimentação escolar devolvidos pelos
Correios e posterior contato com as famílias.
Também relacionam os plantões com ações locais
realizadas pela Secretaria Municipal da Saúde, como
campanhas de vacinação e ações de enfrentamento do
coronavírus. O sindicato estima em 18 mil o número
de trabalhadores da educação que precisam circular
todos os dias.
Injustificável
O Sindsep avalia que tais medidas não justificam a
imposição de plantão diário. “São servidores da
educação obrigados a se deslocar diariamente, para
ir a locais que estão fechados, sem atendimento à
população. Trabalhadores se expondo ao risco para
cumprir função nenhuma, para cuidar do patrimônio da
escola. Isso não é papel de diretor, de agente de
apoio, de analista de esporte ou bibliotecário.
Queremos que os trabalhadores dos serviços
essenciais tenham EPI de qualidade, em quantidade
suficiente. Mas a segurança dos profissionais dos
serviços não essenciais se dá com teletrabalho”,
afirmou Antiqueira.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/05/2020 -
CNI prevê queda de 4,2% na economia brasileira em
2020
A Confederação Nacional da Indústria, a CNI,
divulgou, nesta segunda-feira (11), a projeção do
setor para o PIB, o Produto Interno Bruto, do Brasil
em 2020.
A estimativa da CNI é de uma queda de 4,2% do PIB
neste ano em comparação com o ano passado. Isso no
cenário mais provável. Mas, a indústria ressalta
que, em um cenário mais pessimista, a queda no
Produto Interno Bruto brasileiro pode chegar a 7,3%.
Isso se as medidas tomadas para amenizar os impactos
econômicos da pandemia não tiverem efeito.
Em um cenário mais otimista, que a CNI considera
menos provável, a redução do PIB se limitaria a 0,9%
em relação a 2019.
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, destaca que
novas medidas de auxílio emergencial para empresas e
trabalhadores podem ser necessárias para acompanhar
a evolução da pandemia.
A CNI projeta que o tamanho da queda no PIB vai
depender se as políticas de auxílio econômico serão
suficientes para evitar a falência de empresas.
Também vai depender da evolução da pandemia, pois
ainda não se sabe, segundo a CNI, se o avanço do
coronavírus vai permitir o relaxamento das medidas
mais duras de distanciamento social.
Antes da crise provocada pelo novo coronavírus, a
Indústria brasileira projetava um crescimento do PIB
de 2,5% para este ano.
Em 2019, o PIB cresceu 1,1%, segundo o IBGE.
Fonte: Portal EBC
12/05/2020 -
Suspender acordo trabalhista é o mesmo que chancelar
descumprimento de decisão
Postular a suspensão do pagamento de acordo
trabalhista homologado se equipara a pedir que o
magistrado permita o descumprimento de uma decisão
já transitada em julgado.
Foi com base nesse entendimento que a desembargadora
Sônia Aparecida Gindro, da Subseção 1 Especializada
em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região, cassou decisão
que permitia que a empresa Viação Miracatiba
suspendesse o pagamento de dívida trabalhista.
"A par de se afigurar como ocorrência de inegável
gravidade e que vem produzindo efeitos nefastos nos
diversos setores, ainda assim não justifica
malferir, a res judicata como pretendido, diante de
sua natureza de imutabilidade, tratando-se de
garantia constitucional que não pode ser colocada à
margem", afirma a decisão, proferida no último dia
7.
Para a magistrada, embora esteja claro que a crise
causada pelo novo coronavírus impacta negativamente
no caixa das empresas, a ré exerce função essencial.
Desta forma, os efeitos da epidemia são menos
danosos à companhia, uma vez que ela segue atuando.
"Por se encontrar no ramo de atividade empresarial
considerada essencial, está operando e até mesmo
tendo obtido concessão, conforme comprovado pela ora
impetrante, para itinerário mais prolongado [...]
sendo certo não se vislumbrar a total escassez de
recursos, como, infelizmente, em muitos outros
estabelecimentos comerciais tem ocorrido", afirma a
decisão.
Ainda segundo a desembargadora, "o período é de
grave crise, a qual, contudo, não justifica o
abandono e desrespeito às garantias constitucionais,
dentre as quais a coisa julgada, nem mesmo
modificável por lei, na forma do quanto previsto no
art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, verbis: 'a
lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada'".
1001405-77.2020.5.02.0000
Fonte: Consultor Jurídico
12/05/2020 -
Alteração de regime de turnos de revezamento em
refinaria é válida, diz TST
Por considerar a alteração benéfica aos
trabalhadores, conforme o artigo 468 da CLT, a 3ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho declarou
válida a mudança do regime de revezamento para
horário fixo de empregados da Petrobras em Duque de
Caxias (RJ).
Os empregados trabalhavam em turnos de revezamento,
com limite de 168 horas mensais, em escala 3x2 (três
dias de trabalho por dois de descanso), conforme
estabelecido por norma coletiva. Com a alteração,
promovida unilateralmente pela Petrobras, passaram a
ter turnos fixos, em escala 5x2 (cinco dias de
trabalho por dois dias de folga, com a venda de um
dia de folga), sujeitos à duração mensal do trabalho
de 200 horas.
Na reclamação trabalhista, o Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria de Destilação e Refinação
de Petróleo de Duque Caxias pretendia o pagamento
das horas extras excedentes à 168ª hora mensal entre
9/2 e 6/3/2015. Esse período corresponde a uma
"parada de manutenção programada", em que os
equipamentos para manutenção, conforme programação
anual prévia realizada da empresa.
O relator do recurso de revista da Petrobras,
ministro Agra Belmonte, assinalou que, de acordo com
o artigo 468 da CLT, a alteração do contrato
individual de trabalho só é lícita por mútuo
consentimento e desde que não resultem prejuízos ao
empregado. Na sua avaliação, o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento é prejudicial à
saúde do trabalhador, tanto que se desenvolve em
jornada de seis horas.
Para o ministro, a mudança da jornada se insere nas
faculdades do empregador, que detém o comando do
empreendimento. “A questão sobrepuja o mero
interesse econômico, prevalecendo o direito
indisponível do trabalhador à saúde e à qualidade de
vida”, frisou. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
RR 11181-94.2015.5.01.0203
Fonte: Consultor Jurídico
11/05/2020 -
Centrais Sindicais repudiam megarrodízio em SP,
defendem lockdown e exigem audiência com prefeito
O megarrodízio anunciado pela Prefeitura de São
Paulo, a ser implementado a partir desta
segunda-feira, 11 de maio, para combater a pandemia
do coronavírus, pode ter efeito contrário ao
pretendido e aumentar ainda mais o contágio.
A restrição ao uso de veículos irá sobrecarregar o
transporte público, especialmente metrô, ônibus e
trens, prejudicando motoristas e cobradores, além
dos trabalhadores em serviços essenciais que
precisam se deslocar ao trabalho.
Diante do exposto, as Centrais Sindicais repudiam o
megarrodízio de veículos anunciado pela Prefeitura
de São Paulo, defendem o lockdown (bloqueio total,
que é restrição de circular em áreas públicas sem
motivos emergenciais) no município e solicita que o
prefeito Bruno Covas receba os representantes do
fórum das centrais.
Defendemos que o planejamento do tráfego nas cidades
ou de qualquer outra medida que envolva saúde dos
trabalhadores e da população deva ser feito com a
participação dos representantes da classe
trabalhadora, do setor patronal e de especialistas,
para definir estratégias adequadas à situação.
O megarrodízio é tão drástico, que não foi
implementada em nenhuma cidade do mundo, nesse
período de pandemia do COVIDA19. Até porque o visa
diminuir o congestionamento e não evitar o aumento
do contágio. Fosse esse o objetivo, o carro seria
muito mais seguro do que o transporte público nessa
crise em que o isolamento social é fundamental.
Trabalhadores de serviços considerados essenciais,
como hospitais, farmácias, supermercados, casas
lotéricas, pet shops postos de gasolina, empresas de
alimentação e outras de manutenção, também terão de
se submeter ao megarrodízio.
Centrais Sindicais
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Sérgio Nobre – Presidente Nacional da CUT
Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova Central
Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos
Sindicatos Brasileiros
São Paulo, 8 de maio de 2020
Fonte: Agência Sindical
11/05/2020 -
Sindicalistas e movimento “Não Demita” defendem
preservação dos empregos
Dirigentes das Centrais Sindicais participaram na
quinta (7) de videoconferência com representantes do
movimento “Não Demita”, a fim de debater propostas
visando fazer frente aos impactos econômicos da
pandemia do novo coronavírus.
Mais de quatro mil empresas, entre corretoras,
construtoras, lojas de varejo e do setor de saúde e
bancário integram o movimento e estão comprometidas
a não demitir seus funcionários até 31 de maio. Ou
seja, mesmo objetivo do sindicalismo, que é a
preservação dos empregos e da renda.
Para o movimento, a manutenção dos empregos pode
ajudar a minimizar um colapso econômico e social no
pós-pandemia. Esses empresários defendem que demitir
um funcionário gera um custo imediato, muitas vezes
maior que garantir dois meses de salários.
Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos
Comerciários de São Paulo, avalia a iniciativa como
positiva. “Neste momento, em que enfrentamos um alto
índice de demissões, iniciativas como essa vêm para
somar e mostrar que o importante é manter a renda
para nos recuperarmos dessa crise assim que a
pandemia passar”, diz o dirigente.
Segundo Patah, coordenadores do movimento se
comprometeram a fazer uma interlocução com o
Ministério da Economia, para que as Centrais
apresentem suas propostas em defesa da classe
trabalhadora nesse momento de instabilidade
econômica. “O governo não abre um canal de diálogo
com o sindicalismo. Então, quem sabe dessa forma
consigamos ser ouvidos”, ele comenta.
Renda - O dirigente avalia que o governo não está
preocupado com os trabalhadores. “É um absurdo.
Temos presenciado milhares de pessoas nas filas das
agências bancárias pra ter acesso aos R$ 600,00.
Muito além de fomentar o comércio local, esse
auxílio é uma questão de sobrevivência pra quem não
tem como trabalhar durante a pandemia, não tem renda
e, por consequência, nem o que comer”.
Pacto - Uma nova reunião está agendada para a
próxima semana, a fim de encaminhar a criação de um
pacto social pela manutenção dos empregos.
Mais - Acesse a página do
“Não Demita”
e conheça o movimento.
Fonte: Agência Sindical
11/05/2020 -
Governo deve aumentar lista de serviços essenciais
Jair Bolsonaro já havia decretado que as
atividades industriais e a construção civil também
são essenciais durante a pandemia da covid-19. Com a
ampliação da lista de serviços fundamentais, ele
amplia o confronto com autoridades de saúde, que
pedem o máximo possível de isolamento social
Jair Bolsonaro informou que ampliará o rol de
atividades essenciais durante a pandemia do
coronavírus, ou seja, autorizadas a funcionar a
despeito das medidas de distanciamento social.
"Devo botar mais algumas profissões como essenciais.
Vou abrir, já que eles não querem abrir, a gente vai
abrindo aí", afirmou Bolsonaro a apoiadores, em
frente ao Palácio da Alvorada.
Na quinta-feira (7), Bolsonaro decretou que as
atividades industriais e a construção civil também
são essenciais. O governo já tinha classificado como
essenciais atividades, como indústrias químicas e
petroquímicas de matérias primas ou produtos de
saúde, higiene, transporte, alimentos e bebidas e
produção, entre outras.
Fonte: Brasil247
11/05/2020 -
Gasto de Bolsonaro com cartão corporativo é duas
vezes maior que de antecessores na presidência
Presidente, que se gaba por supostamente
"economizar", na verdade, dobrou os gastos com o
cartão em 2020 e se recusa a detalhar quais foram as
despesas
Crítico contumaz dos gastos com cartão corporativo
de governos anteriores, o presidente Jair Bolsonaro
dobrou a média de gastos com o cartão nos quatro
primeiros meses de 2020 com relação à média dos
últimos cinco anos.
De janeiro a abril, de acordo com informações
fornecidas pelo Portal da Transparência do governo,
o presidente gastou R$3,76 milhões, enquanto a média
dos últimos cinco anos foi de R$1,9 milhões.
Bolsonaro, em 2020, dobrou seus próprios gastos, já
que em 2019 a fatura do período foi de R$2 milhões.
Além do gasto desenfreado no cartão corporativo da
presidência, o governo aumentou outras despesas
sigilosas da presidência, através do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI) e Agência Brasileira
de Inteligência (Abin): foram gastos, de janeiro a
abril, R$7,55 milhões – 122% a mais do que foi gasto
no mesmo período do último ano do governo Temer.
Apesar de, no final de abril, quando Sérgio Moro
pediu demissão do governo, Bolsonaro ter se gabado
por, supostamente, “economizar” com o cartão
corporativo, o governo vem desrespeitando uma
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de
dezembro do ano passado que o obrigaria a detalhar
exatamente em que foi gasto o dinheiro.
Ao jornal Estadão, o governo se limitou a dizer que
o aumento nos gastos do cartão corporativo está
relacionado às viagens internacionais do presidente,
mas não detalhou quando ou com o que os valores
foram usados.
Fonte: RevistaForum
11/05/2020 -
Celso libera acesso a vídeo de reunião para PGR,
AGU, Moro e delegada
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, levantou o sigilo parcial do vídeo de uma
reunião ministerial, na noite deste sábado (9/5),
apenas para agentes diretamente envolvidos na
investigação do Inquérito 4.831.
Na decisão, o ministro afirmou que deve decidir, "brevissimamente",
sobre a divulgação total ou parcial do conteúdo de
um HD com a gravação da reunião, que está lacrado em
seu gabinete.
Estão autorizados a assistir à mídia o
Procurador-Geral da República, Augusto Aras e o
Advogado-Geral da União, José Levi, ou
representantes apontados por eles; o ex-ministro
Sérgio Moro e seus advogados; a delegada da PF
Christiane Corrêa Machado e sua equipe; e Hugo
Sinvaldo Silva da Gama Filho, juiz federal auxiliar
que atua no gabinete de Celso.
"Para tanto, a Drª Christiane Corrêa Machado,
Delegada de Polícia Federal, deverá comunicar a
todos esses personagens a que me referi no parágrafo
anterior, em ordem a que possam comparecer,
querendo, perante a Polícia Federal em Brasília,
Distrito Federal, no dia designado pela Senhora
Presidente do Inquérito, que lhes exibirá, em ato
único, o conteúdo integral de referido HD", instruiu
o ministro.
A reunião gravada em vídeo ocorreu entre o
presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente
Hamilton Mourão e alguns ministros, em 22/4. Segundo
denúncia de Sérgio Moro à Polícia Federal, foi nessa
reunião que o presidente cobrou a substituição do
superintendente da PF no Rio de Janeiro e do então
diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, além de
solicitar relatórios de inteligência e informação da
PF.
Fonte: Consultor Jurídico
11/05/2020 -
Não há sucessão trabalhista em recuperação judicial,
decide TST
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
decidiu de maneira unânime nesta quinta-feira (7/5)
que não existe sucessão trabalhista em caso de
recuperação judicial. A sentença foi dada no caso de
uma profissional da cidade de Fazenda Vilanova (RS),
que pleiteava o pagamento de verbas rescisórias por
parte da companhia que arrematou a empresa em que
ela trabalhava.
Contratada inicialmente pela Santa Rita Comércio
Indústria e Representação, a trabalhadora alegou que
seu contrato foi preservado quando a empresa comprou
a Laticínios BG, que fazia parte do grupo LBR
Lácteos. Tempos depois, a Santa Rita entrou em
recuperação judicial e teve algumas unidades
arrematadas pela Lactalis do Brasil.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho da cidade de Estrela
(RS) havia decidido que o empregador havia
transferido seu contrato para a Lactalis, o que não
configurava novo trabalho — dessa maneira, a empresa
sucessora seria responsável pela totalidade da
condenação. O mesmo entendimento teve o Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região.
Um recurso de revista alcançou o TST e a corte
superior decidiu em favor da Lactalis, pois entendeu
que a empresa não pode ser responsabilizada por
dívidas contraídas antes da aquisição da Santa Rita.
Segundo a relatora do recurso, ministra Kátia
Arruda, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu
no julgamento da ADI 3934 que "o arrematante não tem
responsabilidade pelas obrigações do devedor no caso
da alienação de filiais ou de unidades produtivas
isoladas ocorrida no curso da recuperação judicial".
Com informações da assessoria de imprensa do
Tribunal Superior do Trabalho.
RR-20218-39.2016.5.04.0782
Fonte: Consultor Jurídico
11/05/2020 -
Desigualdade no Brasil registra pior índice desde
2012
Quase 70% das pessoas que recebem Bolsa Família não
têm saneamento básico.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
divulgou na última quarta-feira (6), dados de 2019.
A análise é realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e investiga dados
socioeconômicos, entre eles, educação, trabalho e
renda. Um dos índices mede a desigualdade no país e
constatou que em 2019, as desigualdades se
mantiveram no pior nível da série desde 2012.
Segundo a PNAD, o dado vem aumentando desde 2015 e
manteve o resultado negativo de 2018.
O desemprego no Brasil atingiu em 2019, R$ 12,6
milhões de pessoas. A dimensão racial é um dos
fatores da desigualdade: as pessoas brancas, por
exemplo, têm um rendimento médio mensal de R$ 2.999,
as pardas R$ 1.719 e as pretas R$ 1.673.
A concentração e a desigualdade econômica é medida
através do índice de Gini, cujos valores variam de 0
(perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração e
desigualdade). Ou seja, quanto menor o índice, menor
é a desigualdade. No cálculo do índice para o
rendimento médio mensal recebido de todos os
trabalhos, a Região Sul do Brasil teve a menor taxa:
0,451, seguido da Centro-Oeste: 0,485. Já o maior
índice foi do Nordeste com 0,531. De 2018 para 2019,
a Região Norte caiu de 0,517 para 0,504, a Sudeste
de 0,508 para 0,504, e a Centro-Oeste de 0,486 para
0,485.
Outra forma analisar a desigualdade é a partir do
índice de Gini do rendimento domiciliar per capita.
Para obter o dado, soma-se a renda mensal dos
moradores do domicílio, em reais. O resultado é
dividido pelo número de moradores. O Brasil
registrou o valor de 0,543 nesse índice. O Nordeste
tem a maior desigualdade (0,559), sendo a única
região onde houve aumento do índice em 2019. Por
outro lado, o Sul apresentou o menor índice (0,467)
e o Norte a maior redução (de 0,551 para 0,537).
Bolsa Família
A relação da desigualdade pode ser observada também no
número de acesso a bens e serviços por parte de
pessoas que recebem programas de benefícios do
governo. No país, 13,5% dos domicílios particulares
permanentes recebiam, em 2019, renda referente ao
Programa Bolsa Família, contra 13,7% em 2018. A
cifra era de 15,9% dos domicílios em 2012, e a
partir desse ano foi se reduzindo anualmente.
O Norte e o Nordeste tinham as maiores proporções de
domicílios com beneficiários do programa: 25,0% e
27,6%, respectivamente, e o Sul, a menor proporção
(4,7%). O Nordeste sofreu a maior redução
proporcional (- 6,1%) de domicílios com
beneficiários do programa entre 2012 e 2019.
O benefício de prestação continuada (BPC-LOAS) -
concedido a pessoas incapazes de exercer uma
atividade laboral, assim como os idosos acima de 65
anos, que não conseguem sobreviver e se auto
sustentar - atendeu 3,7% dos domicílios do país, em
2019. O número praticamente se manteve igual ao de
2018 (3,6%) e 1,1 ponto percentual acima do de 2012
(2,6%).
O rendimento mensal domiciliar per capita nos
domicílios que recebiam o Programa Bolsa Família foi
de R$ 352 e naqueles que não recebiam foi de R$
1.641. Para os que recebiam o BPC-LOAS, o rendimento
médio per capita foi de R$ 755 e, para os que não
recebiam, R$ 1.433.
Outro dado que reflete o aumento da desigualdade diz
respeito aos acessos a bens e serviços. Entre os que
recebem Bolsa Família, 68,5% não tinham esgotamento
sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a
rede geral, já nos domicílios que não recebiam o
benefício, 72.8% tinham o serviço.
O mesmo comportamento foi verificado em relação à
posse de bens, principalmente máquina de lavar e
microcomputador. Enquanto 32% dos domicílios que
recebiam o Bolsa Família em 2019 tinham máquina de
lavar e 12,6% tinham microcomputador, 71,4% dos que
não recebiam tinham máquina e 45,6%, computador.
Fonte: Brasil de Fato
08/05/2020 -
Congresso promulga emenda que institui Orçamento de
Guerra
Em sessão solene nesta quinta-feira (7), o Congresso
Nacional promulgou a emenda constitucional que
institui o chamado Orçamento de Guerra (Emenda
Constitucional 106, de 2020, decorrente
da PEC 10/2020). A emenda facilita os gastos do
governo federal no combate à pandemia de coronavírus
— pois separa os gastos com a pandemia do orçamento
geral da União. A PEC havia sido aprovada pelo
Senado no último dia 17. A Câmara dos Deputados, por
sua vez, concluiu a votação da matéria na
quarta-feira (6).
A emenda também cria um regime extraordinário fiscal
e autoriza o Banco Central a comprar títulos de
empresas privadas no mercado secundário (títulos que
já fazem parte de carteiras de fundos e corretoras,
por exemplo). O objetivo seria garantir liquidez ao
mercado de capitais. Além disso, a emenda permite
processos mais rápidos para compras, obras e
contratações de pessoal temporário e serviços.
Fonte: Agência Senado
08/05/2020 -
A pé, Bolsonaro e Guedes levam empresários para
pressionar STF em audiência de última hora
Durante o trajeto entre o Planalto e a corte, com
empresários aglomerados, Paulo Guedes colocou a
máscara no queixo e disse que estava acompanhado de
45% do PIB
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia,
atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé na manhã
desta quinta-feira (7) com um grupo de
representantes empresariais para audiência de última
hora com o presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Durante o trajeto entre o Planalto e a corte, no dia
em que muitas cidades decretaram lockdown por causa
do coronavírus, Guedes afirmou que estava
acompanhado de 45% do Produto Interno Bruto (PIB).
Entre os empresários, estavam representantes das
montadoras de veículos e da Confederação Nacional
das Indústrias (CNI), segundo informações da
GloboNews.
Os empresários estavam em reunião com Bolsonaro e
Guedes no Palácio do Planalto mostrando números da
queda da indústria durante o coronavírus, quando o
presidente teria sugerido apresentar os dados a
Toffoli.
A travessia causou aglomeração e foi acompanhada por
alguns apoiadores, que estão acampados na Praça dos
Três Poderes. Durante o trajeto, houve aglomeração
entre os empresários, que estavam todos de máscara.
Em determinado momento, Guedes retirou a máscara e
colocou no queixo.
Fonte: RevistaForum
08/05/2020 -
40% dos brasileiros tiveram perda do poder de compra
desde início da pandemia
Quatro em cada 10 brasileiros tiveram perda de poder
de compra desde o início da pandemia, revela
pesquisa da CNI - Confederação Nacional da
Indústria. Além disso do total de entrevistados, 23%
perderam completamente a renda e 17% tiveram redução
no ganho mensal.
A pesquisa também revelou que 48%, ou quase metade
dos trabalhadores tem medo de perder o emprego. Por
isso, 77% dos brasileiros reduziram o consumo de
produtos neste período da quarentena e a tendência é
que as pessoas mantenham esse nível de consumo mesmo
no período após a pandemia.
Ainda de acordo com a CNI, 86% da população é
favorável ao isolamento social, apesar das possíveis
perdas econômicas, e apenas três em cada 10
brasileiros falam em retornar à mesma rotina de
trabalho anterior à pandemia.
Um dado preocupante da pesquisa é a respeito do
endividamento do brasileiro. Mais da metade, 53% da
população têm dívidas, sendo que 15% contraíram
essas dívidas no período da pandemia. E dentre os
que têm dívidas, 40% afirmam que estão com contas
atrasadas e 57% dos endividados passaram a atrasar
as contas neste momento da pandemia.
A pesquisa da Confederação Nacional da Industria foi
feita pela FSB Comunicações com pouco mais de dois
mil entrevistados em todo o país, entre os dias 2 e
4 de maio. A margem de erro da pesquisa é de dois
pontos percentuais.
Fonte: Portal EBC
08/05/2020 -
Rodrigo Maia diz que pressão contra isolamento
social é ato 'quase criminoso'
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta
quinta-feira (7), em entrevista à GloboNews, que
entende a preocupação com a retomada das atividades
econômicas, mas que a pressão com esse objetivo
neste momento é um ato "quase criminoso".
No manhã da quinta-feira, Jair Bolsonaro levou um
grupo de empresários ao Supremo Tribunal Federal
(STF) para fazer pressão perante o ministro Dias
Toffoli, presidente da Corte, pelo fim do isolamento
social, alegando a necessidade de retomada da
economia.
Maia considera que a flexibilização do isolamento
social não deve ser adotada em razão dos problemas
econômicos, mas baseada em decisão técnica e que
essa pressão vai acarretar o aumento do número de
mortes no Brasil, informa o G1.
Fonte: Brasil247
08/05/2020 -
Parcelamento do FGTS pode ser suspenso por até seis
meses
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) ajustou as normas de parcelamentos de
débitos de empresas, devido aos efeitos econômicos
da pandemia da covid-19. A resolução nº 961 foi
publicada nesta quinta-feira (7) no Diário Oficial
da União.
Segundo o documento, as parcelas com vencimento
entre os meses de março e agosto de 2020
eventualmente inadimplidas [descumpridas] não
implicarão na rescisão automática do contrato de
parcelamento. Ou seja, as empresas terão até seis
meses a mais para recolher o FGTS em atraso.
Segundo a resolução, no caso de não quitação das
parcelas, fica autorizada a reprogramação de
vencimentos para acomodar sequencialmente as
parcelas que permaneceram em aberto a partir de
setembro de 2020, independente de formalização de
aditamento contratual. Mas haverá incidência de
atualização, multa e demais encargos.
Nos novos contratos de parcelamento que vierem a ser
firmados até 31 de dezembro de 2020 poderá ser
concedida carência de 90 dias para o início do
vencimento das parcelas do acordo. Essa carência que
não se aplicará aos débitos de FGTS rescisórios.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2020 -
Paim apela a Bolsonaro que sancione projetos de
ajuda a trabalhadores na crise
O senador Paulo Paim (PT-RS) fez um apelo ao governo
federal, nesta quinta-feira (7), para que o
presidente Jair Bolsonaro sancione o PL 873/2020,
que amplia os potenciais beneficiários do auxílio
emergencial de R$ 600 mensais, e o PL 1.282/2020,
que amplia a concessão de créditos para pequenas e
microempresas. Os projetos foram aprovados pelo
congresso, para ajudar trabalhadores a enfrentar a
crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Paim citou pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que aponta
que 90% dos pequenos negócios tiveram perda média de
75% em seu faturamento. A pesquisa também mostrou
que 600 mil microempresários fecharam as portas
durante a pandemia e que 30% dos empresários buscam
empréstimos para manter seus negócios. Porém,
segundo Paim, as empresas têm encontrado burocracia
e taxas de juros abusivas ao tentar obter crédito. O
senador ressaltou que as microempresas e empresas de
pequeno porte representam 60% dos empregos no
Brasil.
— Especialista falam que chegaremos a milhões de
desempregados. O importante nesse momento é salvar
vidas, garantir emprego, garantindo renda e
condições para os nossos empresários manterem seus
negócios. Porque ali está o emprego. Essas relações
têm que ser solidárias e equilibradas. Pelo amor de
Deus, sancione esse projeto. O Congresso já fez a
sua parte. Por favor, governo, faça também a sua. O
povo está esperando. As pessoas estão sofrendo
muito. Passando fome, sem emprego e sem
renda— lamentou.
Fonte: Agência Senado
08/05/2020 -
Empresa consegue afastar multa por homologação
tardia da rescisão contratual
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu
da condenação imposta a uma empresa a multa por
atraso no pagamento das verbas rescisórias devidas a
uma ex-funcionária. Embora tivesse quitado as
parcelas dentro do prazo, a empresa demorou a
homologar a rescisão do contrato de trabalho no
sindicato, como exigia a lei na época.
A empregada foi dispensada em 4/9/2014, e as verbas
rescisórias foram depositadas três dias depois em
sua conta bancária. No entanto, somente em 2/10/2014
o termo de rescisão foi homologado. Na reclamação
trabalhista, ela sustentava ter direito ao pagamento
da multa prevista no parágrafo 8º do artigo 477 da
CLT porque, conforme o parágrafo 6º do mesmo
dispositivo, a quitação e a entrega dos documentos
relativos à rescisão devem ser feitas no prazo de 10
dias a partir do término do contrato.
A relatora do recurso de revista da Telefônica,
ministra Delaíde Miranda Arantes, ressalvou seu
entendimento de que o acerto da rescisão deve
ocorrer conjuntamente à homologação e de que o
simples ato de depositar os valores no prazo não
dispensa o empregador das demais obrigações que
integram o ato rescisório.
No entanto, a ministra explicou que, na Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1),
responsável pela uniformização da jurisprudência do
TST, prevalece o entendimento de que o fato gerador
da penalidade é o atraso na quitação das verbas
rescisórias, e não na homologação da rescisão.
Assim, se a empregadora, ao efetuar o pagamento,
observou os prazos previstos em lei, não deve ser
penalizada com a multa. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do Tribunal
Superior do Trabalho.
RR-1347-71.2016.5.07.0007
Fonte: Consultor Jurídico
08/05/2020 -
Bolsonaro inclui construção civil e indústria como
atividades essenciais
Foi publicado em edição extra do DOU nesta
quinta-feira, 7, decreto (10.342/20) que altera
norma anterior para definir os serviços públicos e
as atividades essenciais durante a pandemia do
coronavírus.
Agora, atividades de construção civil e indústrias,
obedecidas as determinações do ministério da Saúde,
também são consideradas essenciais. O decreto já
está em vigor.
A medida já havia sido anunciada mais cedo por
Bolsonaro, quando foi ao STF encontrar o ministro
Toffoli, ao lado de Paulo Guedes e um grupo de
empresários, para tratar da retomada de atividades
econômicas no país. "Não adianta ficarmos em casa e
quando sairmos não ter o que comprar nas
prateleiras."
_____________
DECRETO Nº 10.342, DE 7 DE MAIO DE 2020
Altera o Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020,
que regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro
de 2020, para definir os serviços públicos e as
atividades essenciais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº
13.979, de 6 de fevereiro de 2020,
DECRETA:
Art. 1º O Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 3º
.........................................................................................................
§ 1º
...............................................................................................................
........................................................................................................................
LII - produção, transporte e distribuição de gás
natural;
LIII - indústrias químicas e petroquímicas de
matérias-primas ou produtos de saúde, higiene,
alimentos e bebidas;
LIV - atividades de construção civil, obedecidas as
determinações do Ministério da Saúde; e
LV - atividades industriais, obedecidas as
determinações do Ministério da Saúde.
.............................................................................................................."
(NR)
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Brasília, 7 de maio de 2020; 199º da Independência e
132º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Walter Souza Braga Netto
Jorge Antonio de Oliveira Francisco
Fonte: Migalhas
08/05/2020 -
Bolsonaro chama de “minoria barulhenta” pessoas que
buscam auxílio emergencial na Caixa
Em live na noite desta quinta-feira (7), Jair
Bolsonaro chamou de “minoria barulhenta” as milhões
de pessoas que estão se dirigindo às agências da
Caixa Econômica Federal por não terem conseguido
receber o auxílio emergencial de R$ 600 com cadastro
no aplicativo disponibilizado pelo governo.
“O Pedro Guimarães, presidente da Caixa, que vai
falar alguma coisa sobre o pessoal que caiu em
(inaudível), que está sob análise. É uma minoria
barulhenta, uns realmente têm razão, outros se
equivocaram e outros não têm direito”, afirmou
Bolsonaro, passando a palavra ao presidente da
Caixa.
Bolsonaro ainda falou da pressão que fez sobre o
Supremo Tribunal Federal (STF) ao levar empresários
à corte para pedir o fim do isolamento social.
“Eles falaram da necessidade de voltar ao trabalho.
Dizem que agora estão na UTI. A gente sabe depois da
UTI ou vai para casa ou vai para o repouso eterno”,
afirmou.
Fonte: RevistaForum
07/05/2020 -
Relator da MP 936, deputado Orlando Silva quer
reduzir perdas salariais
Segunda (4), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
designou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) como
relator da Medida Provisória 936, que pode ser
votada nesta quinta (7). A medida permite às
empresas suspender contratos de trabalho durante a
crise do coronavírus, além de reduzir salários e
jornada de forma proporcional.
As regras valem para quem tem Carteira assinada,
para os contratos de aprendizagem e de jornada
parcial. O PCdoB tem uma posição crítica à medida.
Segundo Orlando Silva, a proposta do governo impõe
pesadas perdas a todos os profissionais que ganham
mais do que um salário mínimo. “Não é razoável que
um trabalhador que vive no limite sofra cortes.
Vamos procurar reduzir essas perdas para os mais
pobres".
Os prejuízos na renda mensal serão maiores ainda
para quem tem salário acima de R$ 3 mil. Esses
trabalhadores serão os mais afetados pelo corte, já
que o governo entrará com o pagamento de apenas uma
fatia do seguro-desemprego, cujo teto hoje é de R$
1,8 mil.
O deputado afirma que suas prioridades serão reduzir
as perdas salariais dos trabalhadores, incluir os
Sindicatos nas negociações e ampliar o acesso ao
seguro-desemprego a todos os que vierem a ser
demitidos. Atualmente, para ter direito ao
benefício, o trabalhador deverá ter recebido ao
menos seis salários nos meses imediatamente
anteriores à data da dispensa.
“Além disso, é fundamental assegurar a sobrevivência
daqueles trabalhadores que vierem a ser demitidos e
o acesso ao seguro-desemprego para todos será uma
garantia diante do agravamento da crise econômica",
completa o parlamentar.
Medidas provisórias são publicadas pelo governo
federal e têm força de lei, a partir de sua
publicação, por até 120 dias. Para continuarem
valendo, precisam de aprovação de Câmara e Senado
dentro do prazo.
Fonte: Agência Sindical
07/05/2020 -
1º de Maio virtual alcança 10 milhões e dá amplitude
à luta do trabalhador
A celebração do 1º de Maio realizado pelas
plataformas digitais de modo unitário pelas Centrais
Sindicais entra pra história e derruba a dependência
ante a grande mídia.
Além da transmissão pelas mídias sociais das
entidades de classe, o evento foi destaque no canal
aberto da TVT (TV dos Trabalhadores) e na Rádio
Brasil Atual (98,9 FM), ocupando lacunas deixadas
pela imprensa comercial do Brasil.
A estimativa de público alcançado supera 10 milhões
de pessoas, conta à Agência Sindical Paulo Salvador,
diretor-geral da Rede Brasil Atual. A transmissão do
evento colocou a TVT em quarto lugar como emissora
de televisão aberta na grande São Paulo e a Rádio
Brasil Atual ficou entre as 30 mais ouvidas.
Desafio - Para Salvador, a pandemia fez com
que sindicalistas se reinventassem. “Foi um desafio,
porque não dava pra fazer presencial devido à
quarenta imposta pela pandemia que estamos
enfrentando. Mas, com isso, a gente aprendeu e
cresceu”.
Paulo explica que a aferição não conta sites, blogs
e redes sociais de parceiros e de diversas entidades
que fizeram do evento sucesso de público. “Esse
número de 10 milhões é uma estimativa. O alcance
pode ter sido bem maior”, diz. A Agência Sindical
participou da divulgação do Dia do Trabalhador
on-line.
Palanque - O sucesso fez com que o principal
telejornal do País, na Globo, rompesse seu bloqueio.
Com imagens geradas pela TVT, o Jornal Nacional
exibiu falas de ex-presidentes e ex-candidatos –
como Lula, Dilma, FHC, Ciro Gomes e Marina Silva – e
personalidades políticas que há anos não ocupavam o
mesmo palanque.
Para Paulo Salvador, foi um acerto colocar gente de
várias posições políticas. “Depois de décadas
dedicando-se a criminalizar Lula, Dilma e a
esquerda, o Jornal Nacional mostrou os
ex-presidentes do PT na condição de atores políticos
cujas vozes precisam ser ouvidas”, diz.
Parceria - Diretor de programação da TVT,
Antônio Jordão Pacheco, explica que a divulgação
prévia e ação conjunta da emissora, da Rádio Brasil
Atual e da RBA com comunicadores, artistas e
ativistas fizeram deste 1º de Maio uma das maiores
manifestações do Dia do Trabalhador. “Foi um pool de
ações que alcançou um público carente por esse tipo
de produto, que não tem espaço na mídia tradicional.
Foi um acerto no formato, no caráter unitário, nas
atrações musicais e nas participações políticas.
Estão todos de parabéns”, afirma Jordão.
Assista - Acesse a
TVT
e confira como foi o 1º de Maio virtual.
Fonte: Agência Sindical
07/05/2020 -
Bolsonaro pede a Celso de Mello que reconsidere
ordem de entrega de vídeo citado por Moro
A Advocacia Geral da União (AGU) pediu ao ministro
Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que
reconsidere a ordem de entrega da gravação da
reunião ministerial de Jair Bolsonaro com Sergio
Moro em 22 de abril.
O decano do STF havia dado 72 horas para que o
Executivo apresentasse as imagens, que seriam a
prova de que Bolsonaro teria interferido no comando
da Polícia Federal, conforme denunciado por Moro ao
pedir demissão do Ministério da Justiça.
Para justificar o pedido, a defesa do governo
federal alegou que o encontro tratou de “assuntos
potencialmente sensíveis do Estado”, informa
reportagem do Estado de S.Paulo.
O chefe da assessoria especial da Presidência, Célio
Faria Júnior, negou ter apagado a gravação, conforme
noticiado pelo site O Antagonista, e disse que as
imagens estão com o chefe da Secretaria Especial de
Comunicação, a Secom, Fábio Wajngarten, segundo
reportagem do Estado de S.Paulo.
O ex-ministro Sérgio Moro ironizou a postura de Jair
Bolsonaro, divulgando o seu pedido ao ministro Celso
de Mello.
Fonte: Brasil247
07/05/2020 -
Pnad: metade dos brasileiros tem rendimento mensal
de R$ 850; 1% ganha R$ 28 mil
Mesmo com a recuperação do mercado de trabalho, o
rendimento médio obtido pelos trabalhadores não tem
refletido melhoras.
De acordo com a PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo
IBGE, na verdade, na passagem de 2018 para 2019, a
quantia apresentou uma ligeira queda de R$2.317 para
R$2.308.
O IBGE avalia que isso mantém um movimento percebido
nos últimos anos, devido às mudanças estruturais
verificadas no mercado de trabalho após a crise.
A informalidade cresceu, e as vagas com carteira
assinada encolheram. Isso significa que muitas
pessoas demitidas de empregos formais, passaram a
trabalhar por conta própria, ou sem carteira,
recebendo menos. Com isso muitas desigualdades
verificadas historicamente na sociedade brasileira
se aprofundaram ou, pelo menos, se mantiveram.
Enquanto o salário das mulheres caiu de R$2.010 para
R$1.985 em média, o dos homens subiu de R$2.551 para
R$2.555.
O que significa que a cada real ganho por um homem
no Brasil em 2019, uma mulher ganhou apenas 77
centavos. E mesmo sendo 52,4% da população em idade
de trabalhar, elas de fato são apenas 43,2% dos
trabalhadores.
A pesquisadora do IBGE Alessandra Brito afirma que
isso se relaciona também com os setores em que
mulheres ou homens são predominantes. E ressalta que
a desigualdade não é só de gênero.
E o fosso entre o topo e a base da pirâmide também
se mantém muito profundo. Enquanto metade da
população brasileira tinha um rendimento médio
mensal de apenas R$850, entre os 1% mais ricos, essa
média foi maior do que R$28 mil, quase 34 vezes
mais.
Considerando toda a massa de rendimentos produzida
no país, quase 43% dela ficou com as pessoas entre
os 10% com maiores rendimentos.
No lado oposto, a população entre os 10% com menores
rendimentos deteve apenas 0,8% da massa total.
A pesquisadora do IBGE explica que isso se reflete
no índice de Gini, um indicador global para medição
de inconformidade e que no caso do rendimento médio
per capita ficou em 0,543 no ano passado.
Apesar da desigualdade não diminuir, a PNAD apontou
que um importante mecanismo de redução desse
desequilíbrio, o Bolsa Família, está chegando para
um menor número de domicílios. Em 2019, 13,5% deles
recebiam o benefício, menos do que os 13,7%
registrados no ano anterior e 2,4 pontos percentuais
abaixo da proporção de 2012.
Nesses domicílios o rendimento médio mensal per
capita é de apenas R$ 352. Muito abaixo dos 1.641 em
média verificados nos domicílios que não precisam
participar do programa.
Fonte: Portal EBC
07/05/2020 -
TRF-3 ordena que Bolsonaro entregue ‘laudos de todos
os exames’ de coronavírus
Desembargador considerou que as condições de
saúde do presidente são de interesse público dos
cidadãos e deu prazo de 48 horas
O TRF-3 ordenou nesta quarta-feira (6) que o
presidente Jair Bolsonaro divulgue o resultado de
seus exames para comprovar que não foi infectado
pelo coronavírus, como alega. A informação é do
jornal O Estado de S. Paulo, que solicitou na
Justiça o direito de ter acesso aos exames.
Na decisão, que se dirige à Advocacia Geral da União
(AGU), o desembargador André Nabarrete Neto pede que
o Palácio do Planalto entregue “os laudos de todos
os exames”, e não relatórios médicos, como foi feito
inicialmente.
“É de sumo interesse público que os cidadãos
conheçam as condições médicas do Senhor Presidente”,
reforça o desembargador, em sua decisão. Nabarrete
deu um prazo de 48 horas para a divulgação dos
resultados, sob pena de multa fixada em R$ 5 mil por
dia de omissão injustificada.
“A urgência da tutela é inegável, porque o processo
pandêmico se desenrola diariamente, com o aumento de
mortos e infectados. A sociedade tem que se
certificar que o Sr. Presidente está ou não
acometido da doença”, escreveu.
Procurada pelo jornal, a AGU informou que está
analisando a decisão e avaliando outras medidas
judiciais cabíveis.
Fonte: RevistaForum
07/05/2020 -
Decisão sobre covid-19 como doença ocupacional é
instrumento importante para trabalhadores
Na contramão de Bolsonaro, ministros do STF
concordaram que novo coronavírus coloca
diariamente trabalhadores do serviço essencial em
risco
A covid-19 pode ser considerada doença ocupacional,
de acordo com os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF). Na quarta-feira (29), quando foi
analisada a Medida Provisória (MP) 927 – editada
pelo presidente Jair Bolsonaro –, os ministros
julgaram como ilegal o artigo 29 da medida, que
estabelecia que os casos de contaminação pelo novo
coronavírus não seriam “considerados ocupacionais,
exceto mediante comprovação do nexo causal”.
Por unanimidade, o STF reiterou, de forma liminar,
que a pandemia expõe diariamente trabalhadores da
saúde e de outros serviços essenciais, como de
supermercados, farmácias, além de motoboys, ao risco
de contaminação.
A decisão chamou a atenção de representantes dos
trabalhadores, que viram a suspensão como um ato
importante no contexto de pandemia. Na cidade de São
Paulo, por exemplo, o presidente do Sindicato dos
Servidores Municipais de SP (Sindsep), Sérgio
Antiqueira, pondera que embora o parecer da Corte
não seja automático, ele é um instrumento jurídico
fundamental para os trabalhadores.
“O prefeito Bruno Covas, quando publicou o decreto
de estado de emergência, incluiu o artigo 4º
colocando que os trabalhadores que contraíssem a
doença fossem tratados com a licença 143, que é o
código utilizado para a licença e afastamento médico
por qualquer outro motivo que não seja relacionado a
acidente de trabalho”, lembra o presidente do
Sindsep, ressaltando que a decisão do STF não anula
o decreto, mas torna-o questionável por contrariar a
Constituição.
“O governo do município e o governo de (João) Doria
não divulgam o número de adoecimento dos
trabalhadores, que está relacionado também com as
condições de trabalho, a falta de EPIs (equipamentos
de proteção individual), que eles negam o tempo
todo, mas a gente sabe a realidade”, destaca.
Na decisão liminar, os ministros também suspenderam
o artigo 31 da norma que limitava a atuação dos
auditores-fiscais do Trabalho. Por outro lado, a
Suprema Corte manteve os demais artigo da MP 927 que
alteram e suspendem direitos trabalhistas – como
férias e banco de horas – durante o período de
calamidade pública decretado por causa da pandemia.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/05/2020 -
Paim pede agilidade do governo na liberação do
auxílio emergencial
O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou, nesta
quarta-feira (6), a falta de agilidade do governo
federal para liberar o auxílio emergencial de R$ 600
para ajudar trabalhadores a enfrentar a crise
causada pela epidemia de coronavírus. Segundo Paim,
32 milhões de pessoas foram consideradas sem
condições de receber o auxílio, e 13,6 milhões
precisarão refazer o pedido. Paim propôs que
prefeituras, câmaras de vereadores e entidades de
classe sejam autorizadas a fazer o cadastramento
para agilizar o atendimento da população.
— Muitos chegam com 10 horas de antecedência para
sacar e não levam. Levam lençol, dormem no chão e
não conseguem o benefício. O quadro é triste. Temos
que pensar na vida das pessoas. Na sobrevivência. A
miséria aumenta. Esse pagamento tem que ser feito
imediatamente. Sem burocracia e sem obstáculos
— lamentou.
Paulo Paim lembrou que o PL 873/2020, que amplia os
potenciais beneficiários do auxílio emergencial, e o
PL 1.282/2020, que amplia a concessão de créditos
para micro e pequena empresa, já aprovados pelo
Congresso, ainda não foram sancionados pelo
presidente Jair Bolsonaro. Ele cobrou a sanção.
— É preciso agir rápido. A situação é gravíssima.
Estamos tratando de vidas, emprego e renda — disse.
O senador anunciou que apresentou o PL 2.376/2020,
para tornar obrigatório o uso de máscaras de
proteção facial, a realização de testes e o
fornecimento de equipamentos de proteção individual
aos trabalhadores, durante o período de calamidade
pública.
Fonte: Agência Senado
06/05/2020 -
Número de acordos com base na MP 936 cresce, mas
sindicatos melhoram o conteúdo, diz Dieese
Mais de 4 milhões de trabalhadores já foram
atingidos pelas negociações
São Paulo – Levantamento feito pelo Dieese aponta
número crescente de negociações com base na Medida
Provisória (MP) 936, mas em muitos casos as
entidades sindicais têm conseguido condições
melhores. Isso inclui, por exemplo, manutenção da
renda líquida mensal dos trabalhadores, preservação
de benefícios e garantia de manutenção da negociação
coletiva.
Até agora, as negociações acompanhadas pelo Dieese
abrangem em torno de 4,41 milhões de trabalhadores.
Grande parte deles, ou 68,8%, se concentra na região
Sudeste. Entre as várias medidas implementadas,
estão normas de prevenção e higiene, afastamento de
funcionários de grupos de risco, concessão de férias
coletivas, redução de jornada com pagamento de forma
escalonada e “reposição total do salário líquido
mensal e/ou garantia do pagamento de piso mínimo”,
garantia de estabilidade, preservação de benefícios,
antecipação do 13º e garantia da presença sindical
no processo.
Editada em 1º de abril, a MP 936 criou o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Trata
de medidas que podem ser adotadas durante o período
de estado de calamidade pública, decretado em 20 de
março. Permite – via acordos individuais – suspensão
dos contratos de trabalho, com redução proporcional
de jornada e salários, prevendo pagamento de
benefício emergencial.
Emergencial
Em 17 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF)
considerou a MP constitucional, rejeitando liminar
requerida em ação direta de inconstitucionalidade.
Os ministros ressaltaram o caráter emergencial das
medidas.
O Dieese cita justamente a permissão de acordos
individuais, questionada na ação, como um dos
aspectos mais prejudiciais da medida provisória. O
instituto lembra que o artigo 7º da Constituição
veda redução salarial, a não ser que estabelecida
por meio de convenção ou acordo coletivo.
O levantamento traz dados por unidade da federação e
categoria profissional. Confira
aqui a íntegra.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/05/2020 -
Inquérito Bolsonaro: Celso de Mello atende Aras e
libera vídeos de reunião ministerial e oitivas com
generais
Os ministros Luiz Eduardo Ramos, Augusto Heleno e
Walter Souza Braga Netto terão de prestar depoimento
à Polícia Federal
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal, autorizou na tarde desta terça-feira a
convocação de três ministros do governo do
presidente Jair Bolsonaro para prestar depoimento em
inquérito que investiga o ex-capitão por tentativa
de interferência na Polícia Federal. O vídeo de uma
reunião ministerial também será analisado.
Os ministros general Luiz Eduardo Ramos, da
Secretaria de Governo, general Augusto Heleno, do
Gabinete de Segurança Institucional, e general
Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil, devem ser
ouvidos pela PF segundo decisão de Mello. Ele
atendeu a um pedido feito pelo procurador-geral da
República, Augusto Aras.
Além dos três integrantes do gabinete de Bolsonaro,
foram convocados a deputada federal Carla Zambelli
(PSL-SP), o ex-diretor da PF Maurício Valeixo, o
diretor da Abin, Alexandre Ramagem – barrado pelo
STF para o comando da PF, e outros quatro delegados.
Todos estes foram citados no depoimento do
ex-ministro Sérgio Moro, realizado no sábado.
Além disso, Mello também permitiu que a PGR tenha
acesso à gravação de uma reunião minsiterial
realizada no dia 22 de abril no Palácio do Planalto.
Segundo Moro, Bolsonaro o ameaçou de demissão caso
não pudesse substituir o Superintendente da PF do
Rio de Janeiro, Carlos Henrique, e ainda solicitou
relatórios de inteligência.
Fonte: RevistaForum
06/05/2020 -
Justiça dá 72 horas para Bolsonaro se manifestar
sobre novo chefe da PF
Processo do MBL questiona nomeação e alteração na
superintendência do Rio, que investiga família do
presidente
O juiz federal da 8ª Vara Cível do Distrito Federal,
Francisco Alexandre Ribeiro, deu 72 horas para que o
governo Jair Bolsonaro se manifeste sobre a nomeação
de Rolando Alexandre de Souza. O processo foi movido
pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e pede que a
nomeação seja suspensa.
Rolando é próximo da família Bolsonaro e braço
direito de Alexandre Ramagem, chefe da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência). O seu primeiro ato no
comando da PF foi promover alterações na
superintendência do Rio, que investiga um dos filhos
do presidente, Flávio Bolsonaro, e as ligações da
família com as milícias cariocas.
Alexandre Ramagem era a primeira escolha de
Bolsonaro para o cargo, mas a nomeação foi barrada
na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal Alexandre de Moraes.
Ramagem também é próximo do presidente e amigo dos
filhos. A nomeação dele surgiu na esteira do pedido
de demissão do ex-ministro Sergio Moro, que acusa o
presidente de interferir na PF para proteger a
família de investigações, o que é objeto de uma
investigação no STF.
Com informações do UOL
Fonte: RevistaForum
06/05/2020 -
Indicado por Bolsonaro, Aras diz que não apresentará
denúncia porque depoimento de Moro é fraco
Em conversas com pessoas próximas, Augusto Aras tem
dito que é impossível que o inquérito prospere para
uma denúncia contra Bolsonaro.
O depoimento do ex-juiz da Lava Jato é motivo de
piada. Aqueles que não viram novidades o definiram
com uma frase do ex-ministro: a montanha pariu um
rato. O ex-juiz usou a expressão quando o The
Intercept Brasil mostrou as mensagens dele com
procuradores da Lava Jato.
O depoimento de Moro provocou também outro efeito:
faz com que ele seja contestado também na área
criminal. Segundo o Painel da Folha de S.Paulo,
ministros do STF, advogados, integrantes da Polícia
Federal e da Procuradoria-Geral da República avaliam
que o depoimento apresentou poucas novidades e não
tem elementos para provar crimes de Jair Bolsonaro.
Fonte: Brasil247
06/05/2020 -
Juiz dá cinco dias para que Bolsonaro se manifeste
sobre fraude nas eleições
O juiz José Vidal Silva Neto, da 4ª Vara Federal do
Ceará, ordenou o presidente Jair Bolsonaro a se
manifestar em até cinco dias sobre supostas
evidências a respeito de fraude nas eleições de
2019.
A determinação ocorre no curso de ação ação popular
movida pelo deputado federal Célio Studart Barbosa
(PV-CE) em face da União e do presidente. O processo
foi iniciado depois que Bolsonaro disse ter "provas"
de que ele foi eleito no primeiro turno.
"E nós temos não apenas palavra, nós temos
comprovado, brevemente eu quero mostrar", afirmou
Bolsonaro em 10 de março, durante viagem aos Estados
Unidos. Até hoje o Planalto não apresentou
evidências para sustentar a alegação.
Segundo Studart, "a incompleta acusação de Jair
Messias Bolsonaro, que reprisa supostos fatos sem
apresentar provas, põe em risco a democracia
brasileira [...]. Fragiliza o meio pelo qual o povo
escolhe seus representantes".
Na última semana, o presidente chegou a reafirmar a
ocorrência das supostas fraudes. Ele disse, no
entanto, que apresentaria evidências "juntamente com
um projeto de lei" a respeito do tema.
No despacho, o juiz Vidal Neto determina que, após a
defesa de Bolsonaro se manifestar, o Ministério
Público seja intimado para que tome ciência da ação
e requeira "o que for de direito" na tramitação
processual.
Fonte: Consultor Jurídico
06/05/2020 -
Para a OIT, pandemia já impacta 81% da força de
trabalho no mundo
O suplemento Fim de Semana, do jornal Valor
Econômico, publica reportagem de oito páginas sobre
os impactos da pandemia no novo coronavírus no mundo
do trabalho e nas condições do emprego. Assinada por
Amália Sfatle, a reportagem se apoia em dados da
OIT, Banco Mundial, FMI, Dieese e também em
avaliações de analistas.
O que a matéria mostra, e não deixa de ser chocante,
é a dimensão do estrago. A Organização Internacional
do Trabalho alerta que o impacto da pandemia no
mundo do trabalho afeta 2,7 bilhões de trabalhadores
ou 81% da força de trabalho mundial. “Desse total,
1,25 bilhão de pessoas pertencem a setores que
enfrentam declínio severo na produção e alto risco
de desligamento”.
Brasil - O Dieese, no cenário mais
pessimista, estima que o número de desocupados pode
subir em 4,4 milhões. Na melhor das hipóteses
traçadas, restarão 1,1 milhão de desempregados. Já a
Fundação Getúlio Vargas projeta desemprego de 17,8%
ainda este ano.
As perspectivas, sob todos os ângulos, são
dramáticas. Estudo do Banco Mundial alerta que “as
relações entre empregador e empregado podem ser
dissolvidas permanentemente devido ao choque. O
capital humano do trabalho pode ser perdido”.
O estrago da recessão prolongada, duramente agravado
pela pandemia, pode ser medida pelos pedidos de
seguro-desemprego nos Estados Unidos. Em 21 de
março, esses pedidos foram de 3,3 milhões, enquanto
no auge da crise de 2009 eles ficaram em 665 mil. Os
EUA contam hoje 26 milhões de novos desempregados.
Mágica - Os analistas mais atentos apontam
aumento do trabalho à distância, das tarefas
intermitentes e do home office. Mas o trabalho
remoto não se aplica a diversas funções e fica mais
restrito às chamadas funções cognitivas. Não há
mágica, portanto. A desorganização tende a ser
brutal.
Crise, desemprego, pandemia, tudo isso exige ações
rápidas. Klaus Zimmermann, que preside a Global
Labor Organization-GLO, receita socorro urgente. Ele
diz: “O foco, neste momento, deve ser a compensação
de perdas. Ou seja, entregar o que quer que seja
necessário para todo mundo, além da estabilização do
emprego”.
A recomendação de Zimmermann, vale observar, bate de
frente com a resistência do governo brasileiro, que
tentou empurrar um abono emergencial de apenas R$
150,00 aos milhões de informais. Teve que engolir os
R$ 600,00 aprovados pelo Congresso Nacional.
Economistas antes neoliberais e alinhados ao
deus-mercado, agora, defendem gastos estatais e a
impressão de moeda. Professor emérito da Federal do
Rio de Janeiro, João Saboia afirma: “Dívida pública
não se paga, se financia, desde que o setor privado
esteja disposto a refinanciá-la”.
Nobel - O economista Christhoper Pissarides,
Prêmio Nobel, dirige o Instituto do Futuro do
Trabalho, critica o padrão neoliberal imposto. E
recomenda: “A saúde e o bem-estar devem ser
reconhecidos como o primeiro objetivo da economia. A
Covid-19 revelou a verdade de que as medidas de
saúde e bem-estar, e não o PIB, são os indicadores
do sucesso”.
Mais - Clique
aqui
e acesse a matéria no Valor.
Fonte: Agência Sindical
06/05/2020 -
Pandemia afeta produção industrial no Brasil; índice
tem o pior mês de março desde 2002
A produção industrial brasileira teve uma queda de
9,1% na passagem de fevereiro para março deste ano.
Esse foi o maior recuo desde maio de 2018 (-11%) e o
pior mês de março desde 2002. Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
resultado é reflexo das medidas de isolamento social
provocadas pela pandemia de Covid-19.
Na comparação com março de 2019, a queda chegou a
3,8%. A indústria acumula perdas de 2,4% na média
móvel trimestral, 1,7% no ano e 1% em 12 meses.
Na passagem de fevereiro para março, houve quedas na
produção em 23 dos 26 ramos industriais pesquisados,
com destaque para veículos automotores, reboques e
carrocerias (-28%), confecção de artigos do
vestuário e acessórios (-37,8%), bebidas (-19,4%),
couro, artigos para viagem e calçados (-31,5%) e
produtos de borracha e de material plástico
(-12,5%).
Por outro lado, três atividades tiveram alta na
produção: impressão e reprodução de gravações
(8,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de
higiene pessoal (0,7%) e manutenção, reparação e
instalação de máquinas e equipamentos (0,3%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da
indústria, a principal queda ficou com bens de
consumo duráveis (-23,5%). As demais categorias
tiveram as seguintes taxas de queda: os setores de
bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos
usados no setor produtivo (-15,2%), bens de consumo
semi e não-duráveis (-12%) e bens intermediários,
isto é, insumos industrializados usados no setor
produtivo (-3,8%).
Fonte: Portal EBC
06/05/2020 -
Bancos poderão conceder empréstimo com garantia do
FGTS
Caixa terá 30 dias para definir as regras para
operações
Os trabalhadores que optaram pela modalidade
saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) terão acesso a uma nova linha de
crédito. O Conselho Curador do FGTS referendou nesta
terça-feira (5) resolução, publicada no dia 27 de
abril no Diário Oficial, que regulamenta o crédito.
O empréstimo terá como garantia a parcela anual do
saque-aniversário. Pela resolução do Conselho
Curador do FGTS, a Caixa tem 30 dias, a partir da
data da publicação da resolução, para definir os
procedimentos operacionais para viabilizar a
operação e os bancos têm mais 30 dias para oferecer
o empréstimo.
O saque-aniversário é uma modalidade que permite a
retirada de parte do saldo de qualquer conta ativa
ou inativa do fundo a cada ano, no mês de
aniversário, em troca de não receber parte do que
tem direito em caso de demissão sem justa causa. O
pagamento é feito conforme cronograma por mês de
nascimento.
Segundo o Ministério da Economia, o
saque-aniversário deve criar um mercado de até R$
100 bilhões em recebíveis de crédito nos próximos
quatro anos. Os recebíveis representam os recursos
de que os bancos podem se apropriar em caso de
inadimplência.
A garantia de receber parte do saldo do FGTS em caso
de inadimplência reduz os riscos para os bancos, que
podem cobrar taxas mais baixas.
A lei que criou o saque-aniversário no ano passado
já previa o uso dinheiro a ser sacado a cada ano
como garantia em operações de crédito. Mas ainda
precisava de regulamentação.
Extrato do FGTS
O Conselho Curador também aprovou hoje resolução que
dispensa a Caixa de enviar o extrato do FGTS em
papel, devido ao documento está disponível em site,
aplicativo e mensagens pelo celular. Caso o
trabalhador queira manter o recebimento do extrato
pelos Correios terá que fazer uma solicitação à
Caixa.
Saneamento
O conselho também aprovou resolução que autoriza a
Caixa a suspender o recebimento de parcelas de
financiamento de projetos de saneamento básico com
recursos do FGTS, por seis meses, até outubro de
2020. A suspensão será feita a pedido das empresas
de saneamento que tomaram o empréstimo. As parcelas
com pagamento suspenso serão diluídas ao longo do
tempo restante do financiamento. A medida tem o
objetivo de reduzir os efeitos econômicos da
pandemia de covid-19 nesse setor.
Fonte: Agência Brasil
04/05/2020 -
Bolsonaro vai a ato contra democracia e diz que não
aceita interferência do STF
“Chega de interferência, não vamos admitir mais
interferência. Acabou a paciência”, disse o
presidente.
Jornalistas foram agredidos por apoiadores do
governo
Em meio à pandemia do novo coronavírus, Jair
Bolsonaro participou mais uma vez de um ato
promovido por seus apoiadores, em Brasília, para
atacar o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.
Desta vez, o presidente esteve acompanhado da filha
Laura, de 9 anos, e disse que não vai mais admitir
“interferência” e que tem o povo e as Forças Armadas
ao seu lado. A declaração de Bolsonaro fez
referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes,
que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a
direção-geral da Polícia Federal.
“Queremos a independência verdadeira, não apenas uma
letra da Constituição, não queremos isso. Chega de
interferência, não vamos admitir mais interferência,
vamos levar o Brasil pra frente. Acabou a
paciência”, disse Bolsonaro em frente ao Palácio do
Planalto em vídeos divulgados por bolsonaristas nas
redes sociais.
Na sequência, ele declara ainda: “Tenho certeza de
uma coisa, nós temos um povo emocionado, nós temos
as Forças Armadas ao lado do povo pela lei, pela
ordem, pela democracia, pela liberdade e o que é
mais importante: temos Deus conosco”.
Bolsonaro também voltou a atacar governadores que
impõe medidas restritivas na tentativa de conter o
avanço da epidemia. “O Brasil como um todo reclama
volta ao trabalho. Essa destruição de empregos
irresponsável por parte de alguns governadores é
inadmissível. O preço vai ser muito alto ali na
frente, fome, desemprego, miséria. Isso não é bom e
o país de forma altiva vai enfrentar os seus
problemas. Sabemos do efeito do vírus, mas
infelizmente muitos serão infectados. É uma
realidade e teremos que enfrentar. Não podemos fazer
com que o efeito colateral seja mais danoso que o
próprio vírus, há 50 dias venho falando isso”, disse
Bolsonaro.
Agressão a jornalistas
O Estadão noticiou que profissionais do jornal que
faziam a cobertura da manifestação foram agredidos
por apoiadores de Bolsonaro. O fotógrafo Dida
Sampaio e motorista Marcos Pereira receberam chutes,
murros e uma rasteira e precisaram deixar o local
escoltados pela Polícia Militar. Já os repórteres
Júlia Lindner e André Borges foram insultados pelos
manifestantes. São frequentes os episódios em que o
presidente incita seus apoiadores contra a imprensa,
especialmente após a publicação de reportagens que
trazem a público episódios que desagradam Bolsonaro
ou ao ser questionado sobre episódios a respeito dos
quais não quer se manifestar.
Com informações do Sul21
Fonte: Rede Brasil Atual
04/05/2020 -
Do 1º de Maio emerge ampla articulação em defesa da
vida e da democracia
Com extensa participação dos segmentos sindicais,
políticos, artísticos e sociais, o 1º de Maio
Unificado, em formato “live”, consolida união
nacional em prol da saúde, do emprego e do
fortalecimento dos instrumentos democráticos de
intervenção popular
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
participou, nesta sexta-feira (01/05), do evento
nacional “1º de Maio Unificado”. Com ampla
participação dos segmentos sindicais, políticos,
artísticos e sociais, o evento, em formato “live”,
consolida união nacional em prol da saúde, do
emprego e do fortalecimento dos instrumentos
democráticos de intervenção popular. Entre os
convidados do evento, participaram adversários
políticos e ex-presidentes, como Luiz Inácio Lula da
Silva (PT); Fernando Henrique Cardoso (PSDB); Dilma
Rousseff (PT); Fernando Haddad (PT) e o ex-candidato
Ciro Gomes (PDT), união que evidencia a amplitude do
movimento em defesa da vida e do Estado Democrático
de Direito.
Com variada programação cultural; artistas,
cantores, compositores e poetas - nacionais e
internacionais - participaram do maior evento
sindical, em escala e abrangência, já realizado no
Brasil. “O 1º de Maio Unificado foi histórico,
reunindo as maiores entidades do país e do mundo. A
ousadia dessa empreitada demonstrou-se um sucesso,
com ampla repercussão na imprensa nacional e
internacional, unindo diversos atores sociais em
defesa da democracia, da saúde e do emprego; uma
autêntica ‘contra-pandemia’ de união e
solidariedade”, avaliou o presidente da NCST, José
Calixto Ramos.
Assista a participação do presidente da NCST:
https://www.youtube.com/watch?v=0upVUh0sZwY&feature=emb_logo
A diretora nacional de Mulheres da NCST, Sônia Maria
Zerino, por sua vez, oportunizou o debate em torno
dos impactos econômicos e sociais às mulheres
trabalhadoras. “As mulheres representam 70% da força
de trabalho entre os profissionais de saúde no
mundo. Não bastasse o enorme desafio de encarar essa
pandemia, estas profissionais enfrentam tripla
jornada, dada características culturais que ainda
lhes reservam a responsabilidade, quase que
exclusiva, de cuidar da casa e dos filhos. Expostas,
em maior medida, ao desemprego, à pobreza e à
violência; as circunstâncias exigem que somemos
esforços para garantir apoio financeiro, segurança e
dignidade a essas mulheres, mães e guerreiras, que
tanto colaboram para o bem-estar nacional”, reforçou
a líder sindical.
Assista a participação da diretora nacional de
Mulheres da NCST:
https://www.youtube.com/watch?v=HFA4JnIGA4E&feature=emb_logo
Assista a íntegra do evento:
https://www.youtube.com/watch?v=PPW19thI71M&feature=emb_logo
Fonte: NCST
04/05/2020 -
Rodrigo Maia fala em impor ordem democrática a
bolsonaristas após agressão a jornalistas
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, condenou os
ataques que bolsonaristas promoveram durante o fim
de semana contra profissionais da comunicação e
saúde. Segundo ele, “cabe às instituições
democráticas impor a ordem legal a esse grupo que
confunde fazer política com tocar o terror”.
No sábado, um bolsonarista atacou um grupo de
enfermeiras que protestava em Brasília por melhores
condições de trabalho.
Durante o conflito entre bolsonaristas e defensores
de Sergio Moro, também no sábado, os apoiadores do
ocupante do Planalto agrediram profissionais de
comunicação que encontravam-se na porta Polícia
Federal, em Curitiba, para cobrir o depoimento do
ex-juiz.
Na manhã, durante o ato de bolsonaristas em apoio ao
ocupante do Planalto e pelo fim da quarentena,
profissionais do jornal Estado de S.Paulo, Folha de
S.Paulo e Rede Globo foram espancados e tiveram que
ser escoltados pela polícia.
Fonte: Brasil247
04/05/2020 -
Jornalistas e juízes protestam contra agressão
bolsonarista
As entidades, relata o jornal Correio Braziliense,
lembraram que mais do que agressões físicas e
verbais, o ato atenta contra a liberdade de
imprensa. “Esse tipo de atitude tem um perigoso
sentido político, pois ajuda a engrossar o perverso
e criminoso coro contra a liberdade de imprensa –
que, por uma triste ironia, é lembrada exatamente
neste 3 de maio, em todo o mundo.”
A associação Brasileira de Imprensa (ABI) também
emitiu nota em que lembrou que as agressões
ocorreram no Dia Mundial da Imprensa. “Esses atos
violentos são mais graves porque não há, e parte do
presidente ou de autoridades do governo, qualquer
condenação a eles. Pelo contrário, é o próprio
presidente e seus ministros que incentivam as
agressões contra a imprensa e seus profissionais”,
destacou.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo
(Abraji) também emitiu nota manifesta preocupação
com os profissionais da imprensa. “Em pleno Dia
Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas foram
hostilizados e covardemente agredidos por militantes
políticos ao realizarem a cobertura de manifestações
em apoio ao presidente Jair Bolsonaro na Praça dos
Três Poderes, em Brasília. Tais acontecimentos
evidenciam o risco cada vez maior ao qual o discurso
belicoso e ultrajante do presidente da República
expõe os repórteres brasileiros”, escreveu.
Por meio de nota, também se manifestou o presidente
da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe),
Fernando Mendes. “É inaceitável a agressão covarde
sofrida por jornalistas no pleno exercício de suas
atividades. No dia em que se comemora a liberdade de
imprensa, causa perplexidade e indignação os atos de
violência contra esses profissionais, mas que também
atingem a Democracia e o Estado de Direito. A
liberdade de expressão já havia sido atacada
recentemente, quando profissionais de saúde sofreram
agressões verbais durante uma manifestação pacífica.
Atitudes absurdas como essas, devem ser repudiadas
com veemência e os responsáveis identificados e
punidos dentro de todo o rigor da lei.”
Fonte: Portal Vermelho
04/05/2020 -
Moro diz à PF que Bolsonaro ameaçou demiti-lo em
reunião gravada com ministros
Em depoimento, ex-ministro afirmou que o
presidente queria troca de comando na
superintendência do Rio, que investiga o filho,
Flávio Bolsonaro
Em seu depoimento prestado no último sábado (2), o
ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou que o
presidente Jair Bolsonaro ameaçou demiti-lo em uma
reunião do conselho de ministros do governo federal
caso Moro não concordasse com uma nova substituição
do superintendente da Polícia Federal no Rio.
Segunda Moro, essa reunião ocorreu em 22 de abril e
foi gravada em vídeo pela própria Presidência da
República, o que poderia comprovar suas acusações de
que Bolsonaro tentou realizar interferências
indevidas na PF. A informação foi revelada pelo
jornal O Globo.
Esse encontro do conselho de ministros ocorreu dois
dias antes do pedido de demissão de Sergio Moro. No
depoimento, o ex-ministro afirmou ainda que
Bolsonaro deixou claro diversas vezes seu interesse
em nomear uma pessoa de sua confiança na
Superintendência da PF no Rio, mas sem explicar os
motivos. Segundo ele, essa cobrança foi feita diante
dos demais ministros do governo nesse encontro do
conselho.
A PF do Rio investiga um esquema de desvio de
salários de funcionários do gabinete de Flávio
Bolsonaro, quando o filho do presidente era deputado
estadual, e a ligação dele com as milícias cariocas.
Na mesma reunião, Bolsonaro teria manifestado sua
insatisfação com a falta de acesso a informações de
inteligência da PF. Moro disse que o ministro
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
discordou do presidente e disse que esses relatórios
não poderiam ser fornecidos.
Fonte: RevistaForum
04/05/2020 -
Jornal Nacional quebra o silenciamento e volta a dar
espaço para Lula e Dilma
Nas últimas cinco polêmicas do governo Bolsonaro,
os dois ex-presidentes não tiveram as posições
repercutidas
O Jornal Nacional, da TV Globo, exibiu trechos da
super live realizada pelas centrais sindicais que
contou com a participação diversas lideranças e
artistas. Lula e Dilma, renegados pelo telejornal,
ganharam espaço ao pedir unidade.
“Onze centrais sindicais se uniram para exibir, pela
primeira vez, shows de artistas e mensagens de
políticos de diferentes correntes, muitos deles
adversários históricos”, disse o apresentador
William Bonner.
Os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Fernando
Henrique Cardoso e os ex-ministros Ciro Gomes e
Marina Silva ganharam destaque na edição do
telejornal e tiveram trechos de suas falas sendo
exibidos. “Todos destacaram a necessidade de união
para vencer os problemas na economia, na política e
na saúde”, avaliou Bonner.
O JN tem sido bastante criticado por “esconder” as
figuras dos ex-presidente Lula e Dilma. Levantamento
realizado pelo jornalista Maurício Sycer, do Uol,
mostra que, enquanto FHC é costumeiramente acionado,
os dois não ganham o mesmo espaço no telejornal.
Nas últimas cinco grandes polêmicas, o tucano foi
ouvido três vezes e os ex-presidentes petistas
nenhuma.
“No mundo que eu espero depois da tragédia do
coronavírus, o coletivo haverá de triunfar sobre o
individual, a solidariedade e a generosidade
triunfarão sobre o lucro”, disse Lula no trecho
exibido pelo JN nesta sexta.
Fonte: RevistaForum
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