Blog - Notícias Anteriores - Maio 2021
31/05/2021 -
29M pelo fora
Bolsonaro chegou a mais de 200 cidades e ganhou as
redes sociais
31/05/2021 -
De mala pronta
para o PSD, Maia faz caminho inverso e se aproxima
de Lula
31/05/2021 -
Trabalhadores sofrem com sobrecarga em home office,
segundo Dieese
31/05/2021 -
Falta de ação do
Governo agravou desemprego
31/05/2021 -
Barroso frustra
Bolsonaro, Lupi e Ciro e diz que não haverá voto
impresso em 2022
31/05/2021 -
Volta da
exigência da prova de vida junto ao INSS preocupa
senadores
28/05/2021 -
Rejeição a Bolsonaro vai a 59% e volta a bater
recorde, diz pesquisa
28/05/2021 -
Centrais entregam agenda dos trabalhadores aos
dirigentes do Congresso
28/05/2021 -
Oposição convoca
atos de protesto contra Bolsonaro em 85 cidades
28/05/2021 -
Desemprego bate
recorde e atinge 14,7% no Brasil, diz IBGE
28/05/2021 -
Bolsonaro vai ao
STF contra lockdown e toque de recolher em estados e
municípios
28/05/2021 -
Recusa de retorno ao emprego não afasta direito de
gestante à indenização estabilitária
26/05/2021 -
Centrais apresentam pauta única prioritária ao
Congresso
27/05/2021 -
Apoio a impeachment de Bolsonaro é maior nas ruas do
que no Congresso
27/05/2021 -
Lira diz que analisa pedidos de impeachment de
Bolsonaro: “Vamos nos posicionar em breve”
27/05/2021 -
Câmara aprova MP do novo salário mínimo de R$ 1.100
27/05/2021 -
Paim aponta dificuldades de trabalhadores por causa
da covid-19
27/05/2021 -
Aprovado estímulo para empregador contratar jovens
sem experiência
26/05/2021 -
#600ContraFome: segundo ato emergencial à vida
26/05/2021 -
Privatização da Eletrobras atingirá bolso dos
consumidores
26/05/2021 -
CCJ da Câmara aprova por 39 a 26 Reforma
Administrativa; vai à comissão especial
26/05/2021 -
Paim criticou retorno ao Congresso de projeto sobre
igualdade salarial
25/05/2021 -
Centrais Sindicais e Movimentos Sociais reivindicam
R$ 600 contra a fome que se expande no país
25/05/2021 -
Vacinas, Empregos e R$ 600 contra a Fome
25/05/2021 -
Reforma administrativa deve aumentar a corrupção,
prevê estudo
25/05/2021 -
Avanço da informalidade é obstáculo para o futuro da
economia, alerta Dieese
25/05/2021 -
Décimo terceiro
do INSS começa a ser depositado hoje
25/05/2021 -
Empresa faz
"paredão de eliminação" e é condenada por assédio
moral
25/05/2021 -
Proposta amplia proibições em caso de anotação na
carteira de trabalho
24/05/2021 -
Pressão sindical
adia votação da PEC 32 na Comissão
24/05/2021 -
Países não
reconhecem covid como doença profissional e deixam
trabalhadores desprotegidos
24/05/2021 -
Comissão discute
efeitos da pandemia no mercado de trabalho
24/05/2021 -
Ausência de
pagamento de FGTS gera rescisão indireta de contrato
de trabalho
24/05/2021 -
Sindicato e
Fenaj repudiam agressões a repórter da CNN em ato
com Bolsonaro
24/05/2021 -
Projeto de
estímulo ao primeiro emprego tem votação adiada
21/05/2021 -
Toffoli pede vista e STF adia julgamento de RE sobre
dispensa coletiva
21/05/2021 -
CCJ remarca para
terça (25) votação da Reforma Administrativa
21/05/2021 -
Deputados acionam o STF por afastamento imediato de
Salles
21/05/2021 -
Lei que flexibiliza atendimento médico para
gestantes é sancionada
21/05/2021 -
TST admite recurso da Fiesp contra recolhimento de
contribuição sindical de empregados
21/05/2021 -
OIT abre sua
primeira conferência virtual sob ‘devastação’ do
mundo do trabalho
21/05/2021 -
Cozinheiro ressalta importância da homologação no
Sindicato
20/05/2021 -
Sindicalismo
luta pra adiar PEC destrutiva
20/05/2021 -
Pazuello diz na CPI da Covid que Bolsonaro nunca lhe
deu ordens diretas
20/05/2021 -
STF tem 3 votos
favoráveis para dispensa em massa sem negociação
coletiva
20/05/2021 -
Ação de
trabalhador contra sindicato é de competência da
Justiça do Trabalho
20/05/2021 -
Câmara conclui
votação de MP que viabiliza privatização da
Eletrobras; vai ao Senado
20/05/2021 -
1,3 milhão de
trabalhadores desistem de procurar emprego desde o
início da pandemia
19/05/2021 -
Mulheres das Centrais discutem PLC 130 com senador
Paulo Paim e deputada Jandira Feghali
19/05/2021 -
OMS e OIT
apontam que longas jornadas de trabalho prejudicam
saúde
19/05/2021 -
Câmara dos
Deputados quer interrogar Rogério Marinho sobre
orçamento secreto
19/05/2021 -
Décimo terceiro
do INSS começa a ser depositado dia 25
19/05/2021 -
MPT pode questionar desconto de contribuições de não
sindicalizados
19/05/2021 -
Comissão aprova
projeto que permite renovação de estágio e
aprendizagem por um ano
19/05/2021 -
O avanço da
Covid-19 e o pesadelo bolsonarista
19/05/2021 -
TST: Empresa pagará R$ 5 mil por cancelar plano de
saúde de aposentado
18/05/2021 -
Nota: Força
Sindical, UGT, CSB e NCST sobre conflito entre
Palestinos e Israelenses
18/05/2021 -
”Governo não tem tese de defesa, então vive de
agredir”, diz Renan
18/05/2021 -
Maioria dos brasileiros apoia impeachment de
Bolsonaro, revela Datafolha
18/05/2021 -
TST nega autorização para desconto de contribuição
sindical por norma coletiva
18/05/2021 -
STF julga nesta
quarta-feira se sindicatos podem negociar nas
demissões coletivas
18/05/2021 -
Empregador não pode deixar de apresentar documentos
trabalhistas em juízo
17/05/2021 -
Centrais
sindicais pedem suspensão de votações da PEC 32/20
na CCJ
17/05/2021 -
Centrais debatem
igualdade para as mulheres
17/05/2021 -
Desligamentos do emprego por morte cresceram 71,6%
no 1º tri de 2021
17/05/2021 -
58% dos
brasileiros dizem que Bolsonaro não tem condições de
liderar o país
17/05/2021 -
Governo
Bolsonaro quer acabar com a verba para a creche
pública e transformar em voucher
17/05/2021 -
Lei que
instituiu home office para grávidas deixou lacunas,
dizem advogadas
14/05/2021 -
Lei garante trabalho remoto para gestante durante
pandemia
14/05/2021 -
Centrais buscam
salário mínimo regional em SP
14/05/2021 -
Fora Bolsonaro: partidos da oposição convocam
manifestações para o dia 26 de maio
14/05/2021 -
AGU entra com
pedido para que Pazuello possa ficar calado e não
saia preso da CPI da Covid
14/05/2021 -
Mortes de idosos
por Covid tiraram R$ 3,8 bilhões da economia
14/05/2021 -
Reforma
Administrativa: PEC 32/20 entra na pauta da CCJ como
item único
14/05/2021 -
Redução de
salário na pandemia sem acordo escrito é inválida
14/05/2021 -
Trabalhadora que
não quis se vacinar pode ser dispensada por justa
causa
13/05/2021 -
Lula dispara no
Datafolha e tem 41% contra 23% de Bolsonaro
13/05/2021 -
“Eu não sou
carcereiro”, diz Aziz após pedidos de prisão de
Wajngarten
13/05/2021 -
Reforma administrativa inverte a lógica da
Constituição, alerta Dieese
13/05/2021 -
O auxílio emergencial de R$ 150 é uma vergonha, diz
Paulo Paim
13/05/2021 -
Salário mínimo necessário foi R$ 5.330,69 em abril
13/05/2021 -
ISP denuncia
Bolsonaro na OEA
13/05/2021 -
Proposta isenta
o 13º de imposto e de contribuição previdenciária
12/05/2021 -
Lula venceria Bolsonaro hoje por 45,7% a 41%, aponta
pesquisa
12/05/2021 -
Centrais esperam que Supremo faça justiça ao FGTS
12/05/2021 -
Presidente da Anvisa critica Bolsonaro e diverge
sobre máscara, vacina e aglomeração: "A conduta do
presidente difere da minha"
12/05/2021 -
Governo Bolsonaro é ruim/péssimo para 49% e 58%
desaprovam sua forma de governar
12/05/2021 -
PF pede que STF
investigue Toffoli por suposta venda de sentenças
12/05/2021 -
FGTS poderá ser
usado para abater prestações de imóveis do SFI
12/05/2021 -
Inflação para
famílias com renda mais baixa cai para 0,38%
11/05/2021 -
Lira pode pautar
mudanças regimentais que buscam dificultar atuação
da oposição na Câmara
11/05/2021 -
A corrupção
bolsonarista no orçamento público
11/05/2021 -
CPI da Covid
quer investigar se presidente da Anvisa sofreu
pressão de Bolsonaro para boicotar vacinas chinesa e
russa
11/05/2021 -
Câmara discute consignado para aposentados nesta
quinta-feira
11/05/2021 -
Dieese constata
mais um aumento no valor da cesta básica
11/05/2021 -
Cabe honorário
na execução trabalhista, cumulado ao da fase de
conhecimento
11/05/2021 -
Gestante que ajuizou ação depois do parto tem
direito a indenização
10/05/2021 -
STF adia
julgamento de ADI sobre índice de correção do FGTS
10/05/2021 -
Centrais sindicais
pedem audiência com Luiz Fux para tratar da correção
monetária do FGTS
10/05/2021 -
Bolsonaro opera
orçamento paralelo para aliados, indica jornal
10/05/2021 -
Calheiros diz
que em nenhum outro lugar o presidente falou “tantos
absurdos” sobre pandemia
10/05/2021 -
Bolsonaro
confirma que vai indicar alguém 'terrivelmente
evangélico' para o STF
10/05/2021 -
Correção do FGTS
pode superar R$ 250 Bilhões
10/05/2021 -
Acidente de
trabalho não obriga empresa a arcar com plano de
saúde vitalício
07/05/2021 -
Bolsonaro ataca
China e produção de vacina está suspensa
07/05/2021 -
Com medo de
derrota na próxima eleição, Bolsonaro ameaça: “Vai
ter voto impresso em 2022 e ponto final”
07/05/2021 -
Governo
Bolsonaro quer ‘passar a boiada’ da privatização do
SUS
07/05/2021 -
Interessados em
recalcular correção do FGTS devem esperar STF, diz
DPU
07/05/2021 -
Queiroga foge de
perguntas na CPI como a do apoio de Bolsonaro à
cloroquina
06/05/2021 -
Fala de Teich na
CPI aponta crime de Bolsonaro contra saúde, dizem
deputados
06/05/2021 -
Oposição derrota
o governo na CCJ e rejeita projeto que previa
punição a ministros do Supremo
06/05/2021 -
Paim destaca
plano americano e movimento sindical de
trabalhadores
06/05/2021 -
Centrais trabalham por GT do desenvolvimento
06/05/2021 -
Governo Bolsonaro só comprou metade das vacinas que
foram anunciadas
06/05/2021 -
Copom eleva
juros básicos da economia para 3,5% ao ano
06/05/2021 -
Produção
industrial tem segunda queda consecutiva em março,
de 2,4%
05/05/2021 -
TV GGN: NCST
participa da Live ‘O Sindicato como Peça Central do
Desenvolvimento Nacional’
05/05/2021 -
Governo libera
13º para aposentados e injeta R$ 53 bilhões na
economia
05/05/2021 -
Presidente do Senado nega Auxílio de R$ 600,00
05/05/2021 -
16,2 milhões de
brasileiros perderam totalmente a renda na pandemia
05/05/2021 -
Câmara aprova
projeto que revoga Lei de Segurança Nacional e cria
nova norma
05/05/2021 -
Empregado deve pagar honorários de sucumbência sobre
parte negada da ação
04/05/2021 -
Centrais
encaminham grupo de trabalho tripartite para
alavancar economia
04/05/2021 -
Bolsonaro teve
postura negacionista contra Covid-19, diz presidente
da CPI
04/05/2021 -
Lira quer votar texto que autoriza privatizações dos
Correios no final do primeiro semestre
04/05/2021 -
Aumento dos desalentados é desperdício de mão de
obra e conhecimento, alerta Dieese
04/05/2021 -
Perdas no FGTS:
STF julga ação que pode render bilhões a
trabalhadores
04/05/2021 -
Nunes Marques
intima Bolsonaro e Lira em MS sobre apreciação de
impeachment
04/05/2021 -
Petrobras é
condenada por vedar acesso de dirigentes sindicais
ao local de trabalho
04/05/2021 -
Empregado deve pagar honorários de sucumbência sobre
parte negada da ação
03/05/2021 -
Em discurso no
ato do 1º de Maio, Lula prega esperança: “Sabemos a
nossa força”
03/05/2021 -
Para associação
dos juízes, flexibilização desconsidera leis e
adoecimento no trabalho
03/05/2021 -
Confiança da indústria cresce em 18 setores, revela
pesquisa
03/05/2021 -
Desemprego bate recorde e atinge 14,4 milhões de
brasileiros
03/05/2021 -
Gilmar Mendes
pede vista em julgamento de ADI sobre jornada
"12x36"
31/05/2021 -
29M pelo fora Bolsonaro chegou a mais de 200 cidades
e ganhou as redes sociais
Com incentivo ao uso de máscara e tentativa de
preservar distanciamento, manifestações em todos os
estados e nas redes sociais marcaram o 29M
As manifestações do #29M pelo “Fora Bolsonaro” foram
gigantescas nas principais cidades do Brasil. “O
presidente genocida também não acelera a vacinação
porque ele tem medo disso aqui”, disse a atriz Maria
Bopp, a Blogueirinha do Fim do Mundo, diante da
imagem da Paulista tomada por mais de 80 mil pessoas
no ato desse sábado, que pedia pelo fora Bolsonaro.
“Se hoje foi assim, imagina com todo mundo
vacinado.”
Neste sábado (29) ocorreram manifestações pelo
impeachment do presidente Jair Bolsonaro em 213
cidade brasileiras dos 26 estados e do Distrito
Federal, e 14 no mundo. Balanço divulgado no final
do dia pelos organizadores estimou em 420 mil o
número de pessoas que protestaram contra o descaso
que já matou 461mil pessoas, contra a falta de
vacinas para combater a covid-19, a fome, o
desemprego, os ataques aos indígenas, aos negros, ao
meio ambiente.
“Se o povo vai às ruas protestar em plena pandemia,
é porque o governo e mais perigoso que o próprio
vírus”, explicavam cartazes empunhados nos quatro
cantos do Brasil. Quem não pode estar nas ruas,
diante do receio da ser contagiado pelo coronavírus
que assola as pessoas há mais de um ano, inundou as
redes sociais da insatisfação com o governo omisso
de Bolsonaro. A #29MForaBolsonaro contou com 202 mil
participações apenas no Twitter, 1.828.048 postagens
e 841 mil retuítes. No fim da tarde e no começo da
noite, panelaços foram ouvidos em diversas cidades
país afora.
O analista de dados Pedro Barciela aponta que a
repercussão foi plural e obteve alto engajamento.
“Essa diversidade presente hoje no campo
antibolsonarista é o que permite que cada vez mais
ele sensibilize outros usuários, converse com outros
atores e interfira no debate público. A ideia aqui
não é ‘furar a bolha’, mas sim dialogar com o maior
número de bolhas possível”, tuitou.
Fechou com chave de ouro
O ato em São Paulo foi o maior do país, com mais de 80
mil pessoas nas ruas. Da concentração em frente ao
Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das
16h, os manifestantes marcharam pela Rua da
Consolação e seguiram sentido à Praça Roosevelt, às
18h. Gritos, cartazes, bandeiras, adesivos pediam o
impeachment de Jair Bolsonaro, a compra de mais
vacinas e a ampliação do auxílio emergencial.
Capitais como Brasília, Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Curitiba e Belo Horizonte também acabaram se
surpreendendo com manifestações próximas de superar
10 mil participantes.
Antes do ato, o vão-livre do Masp estava fechado
pela Polícia Militar de São Paulo, mas foi aberto
pelos manifestantes, após uma forte chuva cair na
Avenida Paulista. Totalmente pacífico, o protesto
foi acompanhado pela Polícia Militar e pela Guarda
Civil Metropolitana (GCM).
A manifestação foi organizada pela Frente Povo Sem
Medo e a Frente Brasil Popular, em conjunto das
organizações estudantis, centrais sindicais e outros
coletivos independentes. Ao longo do ato,
representantes de partidos e movimentos sociais –
como a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o líder do
Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MTST),
Guilherme Boulos – discursaram contra o governo
Bolsonaro.
“Chegou a hora de dar um basta e tirarmos o
Bolsonaro do governo. Não vamos mais esperar até
2022, enquanto o nosso povo morre. Chegou a hora de
semear um projeto de esperança e hoje é só o começo.
Viemos às ruas com responsabilidade e sem medo de
lutar”, afirmou Boulos.
Ato com responsabilidade
Diferente das manifestações pró-Bolsonaro, em que o
uso de máscara não é respeitado, nos atos do
#29MForaBolsonaro, Brasil afora, elas estavam em
todos os rostos. Em algumas cidades, como em São
Paulo, a UNE e o MTST organizaram tendas de
distribuição de máscaras PFF2, álcool em gel. Também
ofereciam instruções para evitar contaminações no
protesto. Os organizadores instruíam as pessoas a
trocar máscaras de pano por modelos mais seguros,
como a PFF2.
“No Brasil que tem um presidente que nega a vacina,
e é um genocida, o povo tem de ir às ruas, porque
ficar em casa também está matando”, disse a
militante e defensora de direitos humanos Preta
Ferreira, ao Mídia Ninja.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/05/2021 -
De mala pronta para o PSD, Maia faz caminho inverso
e se aproxima de Lula
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ)
espera apenas a oficialização de sua saída do DEM
para se filiar ao PSD. Ele acompanhará o prefeito do
Rio, Eduardo Paes, e deve levar outros políticos
para o partido criado por Gilberto Kassab, que
também deixou o DEM por discordâncias políticas.
Paes e Maia terão o controle da legenda no Rio e
serão, ao lado de Kassab, as principais estrelas da
sigla no plano nacional.
O PSD nasceu de uma dissidência do DEM.
Curiosamente, na época, Rodrigo Maia se opôs a
Kassab. O primeiro defendia que o partido
permanecesse na oposição ao PT. Já o segundo, que
virou ministro de Dilma Rousseff, criou a nova
legenda para se aliar ao governo petista. Agora,
Maia rompe com o DEM por não aceitar a aproximação
do partido com Jair Bolsonaro.
Nos últimos meses, o ex-presidente da Câmara fez
elogios a Lula, chamado por ele de estadista e
democrata. O presidente do DEM, ACM Neto, com quem
Maia rompeu durante a eleição na Câmara, quer a
expulsão dele. Já o deputado alega falta de espaço
político para se desfiliar sem perder o mandato por
infidelidade partidária.
O nome de Maia é lembrado como um possível de vice
de Lula. Os dois se encontraram no início do mês.
Kassab também tem defendido publicamente a indicação
do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG), como um possível presidenciável. Pacheco
deve trocar o DEM pelo PSD e também é lembrado como
um possível vice do petista em 2022.
Fonte: Congresso em Foco
31/05/2021 -
Trabalhadores sofrem com sobrecarga em home office,
segundo Dieese
Risco de contaminação no transporte público
também foi apontado em audiência que discutiu
condições de trabalho na pandemia
Em debate na Comissão de Trabalho, Administração e
Serviço Público da Câmara dos Deputados, a
representante do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Patrícia Toledo, apontou aumento na carga de
trabalho para os trabalhadores em home office e
risco de contaminação no transporte público e nos
locais de trabalho para os que estão exercendo as
atividades presencialmente.
A comissão realizou reunião virtual nesta
quinta-feira (27) para discutir a situação dos
trabalhadores na pandemia. Toledo citou levantamento
do Dieese sobre o assunto. “70% dos trabalhadores
afirmam que, em 2020 e 2021, estão trabalhando mais
do que a jornada contratada. Existe aí uma tensão,
inclusive, em manter o nível de rendimento diante
dessas novas exigências, causando uma série de
doenças”, afirmou.
O representante do Ministério Público do Trabalho
(MPT), Jefferson Rodrigues, informou que o órgão
teve aumento exponencial de denúncias. Ele lamentou
a extinção do Ministério do Trabalho, que poderia
estar atuando para minimizar os efeitos da pandemia.
"A fiscalização foi bastante desarticulada em um
momento que tanto se precisa”, destacou.
Para suprir essa carência, Rodrigues disse que o MPT
vem trabalhando na proteção aos trabalhadores com
notas técnicas. “O esforço vem sendo feito pelo MPT
para impactar positivamente na realidade dos
trabalhadores. O MPT não parou um dia sequer",
disse.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) sugeriu a
continuidade do trabalho da subcomissão criada para
acompanhar a situação dos trabalhadores durante e
após a pandemia. “Para através dela fazer a
sequência de estudos necessários para minimizar a
dor de tantos trabalhadores e trabalhadoras durante
esse período de pandemia", afirmou.
Saúde e educação
A representante do Fórum dos Profissionais de Saúde de
Minas Gerais, Lourdes Machado, afirmou que os
profissionais da categoria têm três vezes mais
chances de contrair Covid-19; tiveram sua carga de
trabalho aumentada; enfrentam a falta de material de
proteção, as chamas EPIs; além de precarização, com
locais de trabalho insalubres.
“Nós temos nos dedicado de uma forma exaustiva,
cotidiana, só que a gente precisa mais do que
palavras bonitas, mais do que campanhas na televisão
ressaltando a importância dos profissionais de
saúde. A gente precisa de reconhecimento, de
respeito, de valorização”, salientou.
O presidente do Conselho Nacional dos Trabalhadores
em Educação, Heleno Araújo, afirmou que os
profissionais da educação tiveram que se adaptar à
nova realidade do ensino remoto sem que tivessem
tido suporte de material ou internet para dar
continuidade às aulas.
Fonte: Agência Câmara
31/05/2021 -
Falta de ação do Governo agravou desemprego
Mercado de trabalho segue batendo recordes
negativos. IBGE divulgou quinta (27) a taxa de
desemprego de 14,7% no trimestre encerrado em março.
Maior índice da série histórica.
Total de desempregados chega a 14,8 milhões, também
no maior número da série iniciada em 2012. São 880
mil desempregados a mais em três meses.
Outro recorde é o de desalentados, pessoas que
desistiram de procurar emprego. Agora, somam 5,9
milhões, alta de 25,1% ante igual período de 2020.
Para o economista Rodolfo Viana, da subseção Dieese
nos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, resultado já
era esperado. A pandemia e a inação do governo
pioraram a situação, que era ruim. “O desemprego já
era alto, mas piorou ante a pandemia, negação da
gravidade e falta de iniciativas pra conter os
impactos da crise”, critica. A taxa de desemprego só
não está maior porque 4,6 milhões de pessoas saíram
do mercado de trabalho. Ou seja, não estão ocupadas
nem desocupadas.
Queda – A massa de rendimentos (R$ 212,5 bi) caiu
6,7% frente ao primeiro trimestre de 2020. Ou seja,
R$ 15,2 bi a menos na economia. Rodolfo diz: “Menos
massa salarial, menos consumo, menos serviços
contratados, menos vendas, menos bens industriais
comprados”.
A saída seria controlar a pandemia, com Emergencial
de R$ 600,00 e sua abrangência. “O País precisa de
crédito barato para os micro, pequenos e médios
empresários conseguirem atravessar essa fase sem ter
que fechar as portas e demitir mais gente”,
argumenta Rodolfo.
Mais –
Clique aqui
e confira pesquisa do IBGE.
Fonte: Agência Sindical
31/05/2021 -
Barroso frustra Bolsonaro, Lupi e Ciro e diz que não
haverá voto impresso em 2022
“Já passou o tempo de golpes, quarteladas,
quebras da legalidade constitucional”, disse o
ministro, presidente do Tribunal Superior Eleitoral
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF) e que acumula a presidência do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), frustrou a
pretensão de Jair Bolsonaro, seus correligionários
e, até mesmo, integrantes do PDT, como o presidente
Carlos Lupi e Ciro Gomes. Ele afirmou que não haverá
voto impresso nas eleições de 2022.
“Já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras
da legalidade constitucional”, disse, em entrevista,
neste domingo (30), a Mariana Muniz, em O Globo.
“Ganhou, leva. Perdeu, vai embora. (Donald) Trump,
nos Estados Unidos, esperneou muito, mas está na
Flórida, não em Washington. A democracia tem lugar
para liberais, progressistas e conservadores. Nela
só não cabem a intolerância, a violência e a não
aceitação dos resultados legítimos das urnas”,
declarou. Barroso.
Segundo o ministro, “nunca, desde a introdução das
urnas em 1996, houve qualquer denúncia de fraude
documentada e comprovada. Se alguém tiver qualquer
prova nesse sentido, tem o dever cívico de
apresentá-la”.
Nos tribunais
O presidente do TSE vê como “um dos grandes perigos da
introdução do voto impresso” o fato de as eleições
“passarem a ser disputadas nos tribunais e não nas
urnas”.
“Veja: em 2020 tivemos mais de 400 mil candidatos.
Se uma pequena fração deles resolver pedir
recontagem, fazer conferência de votos e contratar
advogados para garimpar nulidades, vamos ter
centenas ou milhares de processos contestando os
resultados. Nos Estados Unidos, onde é caríssimo ir
ao Judiciário, Trump propôs mais de 50 ações. Nenhum
juiz aceitou interferir. Não tenho certeza de que o
mesmo se passaria aqui”, destacou.
“Acho que a principal razão da desconfiança é o
desconhecimento de como o sistema é seguro,
transparente e auditável. Por isso, estamos tomando
uma série de providências para deixar isso claro,
com vídeos explicativos e criando uma comissão de
observadores externos, que acompanharão cada passo
do processo, desde o desenvolvimento do programa até
a divulgação dos resultados”, acrescentou Barroso.
Fonte: RevistaForum
31/05/2021 -
Volta da exigência da prova de vida junto ao INSS
preocupa senadores
A partir de junho, aposentados e pensionistas do
INSS terão de voltar a fazer a prova de vida para
evitar o bloqueio de seus benefícios (a prova de
vida estava suspensa desde o ano passado, devido à
pandemia). O vice-presidente do Senado, Veneziano
Vital do Rêgo (MDB-PB), criticou a retomada da
medida neste momento, já que a pandemia continua no
país. Ele alertou para os riscos a que os idosos
terão de se submeter ao ter de ir às agências do
INSS. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
concordou com a preocupação e sugeriu a Veneziano
que redija uma carta ao INSS com essas ponderações.
Fonte: Agência Senado
28/05/2021 -
Rejeição a Bolsonaro vai a 59% e volta a bater
recorde, diz pesquisa
Números parecem captar os primeiros efeitos da
CPI da Covid-19
Três a cada cinco brasileiros rejeitam a gestão Jair
Bolsonaro, aponta pesquisa PoderData divulgada nesta
quarta-feira (26). Conforme o novo levantamento, a
reprovação ao governo subiu cinco pontos percentuais
em duas semanas e foi novamente a 59%, voltando ao
patamar recorde já registrado em março passado. Já a
aprovação está em 35%.
Os números parecem captar os primeiros efeitos da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19,
instalada em 27 de abril. Conforme destaca o site
Poder360 – que divulga as sondagens da PoderData –,
a pesquisa atual é a primeira realizada “com a CPI
da Covid funcionando já de maneira plena, sobretudo
depois de todos os depoimentos de ex-ministros da
Saúde. A comissão tem produzido intenso conteúdo
noticioso negativo sobre o governo Bolsonaro”.
Embora a aprovação à gestão tenha alterado dentro da
margem de erro, parte dos chamados “indiferentes”
passaram a avaliar negativamente o bolsonarismo. O
percentual de eleitores que não aprovavam nem
reprovavam o governo passou de 10% para 6% em 15
dias. “O resultado indica que o noticiário
desfavorável não chega a perfurar o núcleo de apoio
mais próximo do presidente. Mas teve impacto sobre o
crescimento da desaprovação”, conclui o Poder360.
Os segmentos que mais rejeitam Bolsonaro são os
eleitores de 16 a 24 anos (75%), os moradores do
Nordeste (66%) e os que ganham de 5 a 10 salários
mínimos (70%). Já a região Norte é única onde a
maioria apoia o governo (74%). A aprovação a
Bolsonaro é maior entre homens (40%) do que entre
mulheres (29%).
A pesquisa Poder Data ouviu 2.500 pessoas, em 462
municípios, de todas os estados, de 24 a 26 de maio.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos.
Fonte: Portal Vermelho
28/05/2021 -
Centrais entregam agenda dos trabalhadores aos
dirigentes do Congresso
A Agenda Legislativa das centrais sindicais no
Congresso Nacional com as prioridades para este ano
em defesa da “Vida, do Emprego e da Democracia” foi
entregue, nesta quarta-feira (26), ao
vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo
Ramos (AM-PL), como parte do ato #600ContraFome,
realizado na manhã de quarta-feira, em frente ao
Congresso.
O documento assinado pelas centrais — CGTB, CSB,
CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical,
Intersindical, NCST, Pública e UGT —, contém os 23
projetos e medidas que tramitam no Congresso
Nacional e têm relação com os 12 pontos defendidos
pelas centrais sindicais.
As reivindicações principais são a volta do auxílio
emergencial de R$ 600, políticas de geração de
emprego e renda, vacinação em massa da população
brasileira, contra as privatizações e contra a
proposta reforma Administrativa, cuja tramitação vem
sendo acelerada no Congresso.
A primeira prioridade, destacada na Agenda, é a
proteção econômica por meio do auxílio emergencial
com as mesmas regras de 2020 e idêntica cobertura
para os quase 70 milhões de beneficiados.
A segunda prioridade é a proteção dos empregos e
salários, assim como o posicionamento contrário em
relação às medidas de flexibilização e precarização
laboral. Reformas Tributária, Administrativas e as
privatizações estão entre as proposições destacadas.
A Agenda Legislativa unitária foi elaborada pelo
DIAP e vai ser permanentemente atualizada com o
posicionamento das centrais em relação aos projetos
e medidas em tramitação, assim como com as propostas
elaboradas. A atualização dessa Agenda e de um
mapeamento completo com mais de 120 propostas que
tramitam no Congresso Nacional está disponível no
portal do DIAP.
Leia os 12 pontos prioritários para 2021: Vida,
Emprego e Democracia:
1) Aprovar o Auxílio Emergencial com o valor de R$
600/R$ 1.200, com as mesmas regras de acesso
anteriores e duração garantida enquanto durarem os
efeitos econômicos da pandemia, para proteger os
trabalhadores não assalariados e sustentar o consumo
das famílias.
2) Implementar medidas de proteção dos empregos e
salários, para proteger os assalariados, evitar o
desemprego e sustentar a demanda das famílias.
3) Aprovar medidas de apoio econômico às micro,
pequenas, médias e grandes empresas para enfrentarem
as adversidades da crise econômica decorrentes da
crise sanitária.
4) Fortalecer as iniciativas de lockdown dos entes
federados — estados, Distrito Federal e municípios
—, contribuindo com os esforços de articulação e de
coordenação, com o objetivo de inverter rapidamente
a curva de contágios e de mortes.
5) Criar no âmbito do Congresso Nacional uma
Comissão Nacional de Enfrentamento da Crise
Sanitária e Econômica, com participação dos Poderes,
dos entes federados e da sociedade civil organizada.
6) Contribuir com as iniciativas dos entes
subnacionais no investimento para a compra de
vacinas.
7) Exigir que o Brasil, por seus representantes,
posicione-se oficialmente perante a Organização
Mundial do Comércio em favor da proposta encaminhada
pela Índia e África do Sul para suspender as
patentes de vacinas, medicamentos e insumos
hospitalares para combater a Covid-19 enquanto durar
a pandemia e que o Congresso Nacional assim se
manifeste.
8) Exigir que se adotem as medidas jurídicas
cabíveis, no âmbito e competência de cada um dos
Poderes, para a suspensão de patente e licença
compulsória das vacinas, medicamentos e insumos
hospitalares para combater a Covid-19, tendo em
vista o interesse público e a gravidade da crise
sanitária decorrente do Coronavírus, adotando as
ações necessárias para a imediata fabricação da
vacina no Brasil.
9) Aportar os recursos necessários para o orçamento
da saúde, permitindo o enfrentamento adequado da
crise sanitária, assim como a célere liberação dos
recursos para a sustentabilidade da rede hospitalar
e preventiva de saúde no Brasil.
10) Criar um Comitê Científico de Crise para
colaborar nas prospecções e na elaboração de medidas
de combate à crise sanitária, com a participação da
representação dos trabalhadores.
11) Investir na elaboração de um Projeto Nacional de
Desenvolvimento que reoriente as estratégicas
nacionais, regionais, setoriais de crescimento
econômico com justiça social; a reindustrialização
do país, a inovação, a geração de emprego de
qualidade e o crescimento dos salários com proteção
social e laboral. (Implementar o Grupo de Trabalho
no Congresso Nacional sobre Reindustrialização e
Emprego).
12) Adotar medidas para combater o racismo, o
desmatamento, a ocupação de terras indígenas e o
trabalho infantil. A igualdade salarial entre homens
e mulheres, além de ampliar políticas de combate à
violência de gênero, doméstica, familiar e a
LGBTfobia também devem ser priorizadas no
Parlamento.
Fonte: Diap
28/05/2021 -
Oposição convoca atos de protesto contra Bolsonaro
em 85 cidades
Frentes e movimentos de oposição, além de entidades
estudantis e sindicais, organizam atos contra o
governo do presidente Jair Bolsonaro para este
próximo sábado (29) em pelo menos 85 cidades. Eles
pedem o impeachment do presidente, novas medidas de
proteção, incentivo à produção de vacinas nacionais
e criticar cortes na educação. Os atos ganham fôlego
com o avanço da CPI da Covid no Senado.
Essa é a segunda convocação de atos contra o
presidente desde o início da pandemia. A primeira
ocorreu ainda no ano passado, na Esplanada dos
Ministérios.
Os grupos ainda se dividem quanto à realização
manifestações presenciais durante a pandemia, mas
representantes estudantis garantem a distribuição de
kits de higienização com álcool em gel, máscaras e
cestas básicas.
"Os movimentos sociais estavam com a decisão de não
promover os atos por conta das questões sanitárias.
Em nenhum momento o Bolsonaro se preocupou com isso.
Inclusive os atos que ele faz são sem máscara. Essa
é uma preocupação grande nossa, levar máscara pra
todo mundo, álcool pra todo mundo,deixar as pessoas
com algum distanciamento", disse o presidente da
União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão.
Além do impeachment do presidente, a pauta dos atos
inclui retomada do auxílio emergencial para R$ 600,
o fim da violência contra a população negra e
indígena, cortes de verbas na Educação e as reformas
administrativa e tributária.
De acordo com a presidente da União dos Estudantes
Secundaristas (Ubes) Rozana Barroso, a CPI da
Pandemia contribuiu em motivar os estudantes e
sindicalistas a irem às ruas.
"Estamos vivendo uma situação onde o Brasil está
assistindo o mundo inteiro avançar na vacinação
enquanto a gente retrocede. E foi por uma escolha,
foi por um objetivo. Saber que tudo isso foi
escolhido e ouvir todas as coisas que tem sido
mostrado na CPI, nos indigna demais", falou.
(Mais informações: Congresso em Foco)
Fonte: Congresso em Foco
28/05/2021 -
Desemprego bate recorde e atinge 14,7% no Brasil,
diz IBGE
De acordo com o instituto, são 14,8 milhões de
pessoas desempregadas no Brasil atualmente
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) informou, nesta quinta-feira (27), que a taxa
de desemprego no Brasil bateu o recorde, ao atingir
14,7% no 1º trimestre de 2021. São 14,8, milhões de
pessoas desempregadas.
"É a maior taxa e o maior contingente de desocupados
de todos os trimestres da série histórica, iniciada
em 2012", informou o IBGE. O relato foi publicado
pelo portal G1.
O resultado representou aumento de 6,3%, ou de mais
880 mil pessoas na procura por um emprego no país,
em comparação com 4º trimestre de 2020. Ao todo,
1,956 milhão de pessoas entraram nas estatísticas do
desemprego em apenas um ano.
Fonte: Brasil247
28/05/2021 -
Bolsonaro vai ao STF contra lockdown e toque de
recolher em estados e municípios
O presidente Jair Bolsonaro, agora representado pela
Advocacia-Geral da União, protocolou no Supremo
Tribunal Federal, nesta quinta-feira (27/5), ação
direta de inconstitucionalidade em face de medidas
restritivas denominadas "lockdown" e toque de
recolher impostos por alguns estados e municípios
devido a novos avanços do coranavírus.
Segundo a petição, assinada pelo advogado-geral da
União, André Mendonça, o "intuito da ação é garantir
a coexistência de direitos e garantias fundamentais
do cidadão, como as liberdades de ir e vir, os
direitos ao trabalho e à subsistência, em conjunto
com os direitos à vida e à saúde de todo cidadão,
mediante a aplicação dos princípios constitucionais
da legalidade, da proporcionalidade, da democracia e
do Estado de Direito".
No dia em que o Brasil chegou oficialmente a 456.753
mortes pela Covid-19, a nova iniciativa presidencial
no STF defende que a proteção à saúde "deve ser
conjugada com a proteção mínima das demais
liberdades fundamentais e, ainda, deve considerar os
devastadores efeitos que medidas extremas e
prolongadas trazem para a subsistência das pessoas,
para a educação, para as relações familiares e
sociais, e para a própria saúde — física e emocional
— da população".
Em março deste ano, o presidente, sem a assinatura
do então AGU, José Levi, havia acionado o Supremo
contra decretos do Distrito Federal, da Bahia e do
Rio Grande do Sul que estabeleceram medidas mais
rígidas de combate à Covid-19, como a restrição de
circulação de pessoas, toque de recolher e
fechamento de estabelecimentos comerciais.
O relator do caso no STF, ministro decano Marco
Aurélio, indeferiu a petição e escreveu na decisão
que não cabe ao presidente da República postular, em
nome próprio sem representação, ação direta de
inconstitucionalidade visando derrubar decretos
estaduais.
Agora, ao puxar André Mendonça do Ministério da
Justiça para vaga deixada por Levi, o Executivo
federal tenta mais uma vez reverter na Suprema Corte
decisão do ano passado que reconheceu a competência
dos entes federados em medidas sanitárias de combate
à Covid.
Fonte: Consultor Jurídico
28/05/2021 -
Recusa de retorno ao emprego não afasta direito de
gestante à indenização estabilitária
A recusa de reintegração em uma empresa não afasta o
direito de uma trabalhadora receber indenização
referente ao período de estabilidade da gestante.
Assim entendeu a 7° Turma do Tribunal Superior do
Trabalho, ao condenar uma empresa a indenizar uma
trabalhadora pelo período de estabilidade da
gestante.
Segundo os autos, a auxiliar trabalhou por menos de
dois meses para a empregadora até ser dispensada.
Duas semanas após a demissão, ela soube que estava
grávida de sete semanas e ingressou com reclamação
trabalhista contra a companhia.
A autora pediu indenização correspondente ao período
de estabilidade da gestante e, caso não fosse
concedido o direito, que fosse reintegrada à
empresa. A companhia, em sua defesa, disse que
oferecera à auxiliar a possibilidade de retornar ao
emprego logo assim que tomou conhecimento da
gravidez. Sustentou, ainda, que ela havia renunciado
à reintegração, com a alegação de que residia no
Estado do Pará, o que retiraria qualquer
responsabilidade ou punição da empresa.
Em 1° e 2° instância, o pedido da trabalhadora foi
recusado sob a justificativa de que a empregada
havia se recusado a retornar ao emprego. Para os
tribunais, tal atitude demonstrou a intenção da
empregada de obter exclusivamente a indenização
pecuniária, o que não é o objetivo primeiro da
garantia prevista na Constituição Federal. A autora
recorreu e argumentou que não houve renúncia, mas a
necessidade, após a dispensa, de fixar residência no
Pará.
Ao analisar o processo, o ministro Renato de Lacerda
Paiva observou que o único requisito previsto no
artigo 10, inciso II, alínea "b", do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para
que seja reconhecido o direito à estabilidade da
gestante é a comprovação do seu estado de gravidez
no momento da dispensa. "A estabilidade não tutela
apenas o direito da mãe, mas principalmente do
nascituro, e é a gravidez que atrai a proteção
constitucional, marcando o termo inicial da
estabilidade", concluiu o magistrado. Com
informações do TST.
RR-12175-41.2016.5.18.0001
Fonte: Consultor Jurídico
27/05/2021 -
Apoio a impeachment de Bolsonaro é maior nas ruas do
que no Congresso
O apoio ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro
tem maior apoio na sociedade do que no Congresso
Nacional, responsável por seu andamento ou não.
Levantamento feito pelo Painel do Poder, ferramenta
de pesquisa da unidade de inteligência do Congresso
em Foco, revela que 26,7% dos parlamentares são
favoráveis, total ou parcialmente, à abertura de
processo contra o presidente da República. Em
fevereiro, esse percentual era de 28,82%.
O índice é inferior ao registrado pelo Datafolha em
pesquisa divulgada no último dia 15. De acordo com o
instituto, 49% da população defende o afastamento de
Bolsonaro pelo Congresso. Outros 46% são contrários.
Segundo o Painel do Poder, 59,16% discordam parcial
ou totalmente da abertura do processo contra
Bolsonaro. Na pesquisa anterior, esse índice era de
68,16%. Os demais parlamentares se declararam
indiferentes ao assunto.
Para a abertura de um processo de impeachment, é
necessário o voto de 342 (66,6%) dos 513 deputados.
O Painel também mostra que cresceu no Congresso,
ainda que de forma tímida, a avaliação de que há
chances de aprovação do impeachment. O percentual
daqueles que consideram que há possibilidade de o
processo avançar subiu de 2,23% para 8,46%, na
comparação com fevereiro. Já os que descartam a
chance de saída antecipada do presidente caiu de
89,94% para 74,65%, em igual período.
Supervisor técnico da pesquisa, o economista André
Sathler ressalta que o cenário reflete o momento e
pode se alterar devido à sensibilidade política.
Repousam sobre a gaveta do presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), cerca de 120 pedidos de
impeachment do presidente. A maioria deles se refere
a atos de Bolsonaro relacionados à pandemia.
O levantamento foi realizado entre 29 de março e 17
de abril. Foram entrevistados por telefone 71
parlamentares, observadas todas as proporções. O
Painel do Poder é ferramenta fundamental para quem
quer conhecer tendências políticas no Congresso.
Fonte: Congresso em Foco
27/05/2021 -
Lira diz que analisa pedidos de impeachment de
Bolsonaro: “Vamos nos posicionar em breve”
Mudando seu discurso, presidente da Câmara
sinaliza que pandemia não pode ser empecilho para a
abertura de um processo de impeachment.
Alçado à presidência da Câmara com o apoio do
governo, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que está
analisando os mais de 100 processos de impeachment
de Jair Bolsonaro protocolados na casa.
“Vamos nos posicionar muito em breve sobre grande
parte deles”, disse Lira, que já se pronunciou
dizendo que a maioria dos argumentos não justificam
o impedimento do presidente.
A crise aprofundada pela pandemia, argumento de
muitos políticos do centro para não se debater o
tema, não é empecilho para que os requerimentos
sejam colocados em apreciação.
“Temos a obrigação de trabalhar uma estrutura para
trabalharmos a viabilidade no Brasil apto a se
recompor rapidamente no cenário econômico”, disse
Lira à Rádio Bandeirantes na manhã desta
quarta-feira (26).
“Quando [o presidente] perde a capacidade política,
perde a capacidade de gestão econômica, cria no
Brasil uma condição de desemprego absurda, cria uma
condição de inflação incontrolável” afirmou o
deputado.
Fonte: RevistaForum
27/05/2021 -
Câmara aprova MP do novo salário mínimo de R$ 1.100
Texto ainda passará por análise do Senado
A Câmara aprovou nesta quinta-feira (26) o
texto-base da Medida Provisória (MP) que fixou o
salário-mínimo no valor de R$ 1.100. Trata-se de um
aumento de 5,26% (R$ 55) em relação ao valor do ano
passado, de R$ 1.045. A MP ainda passará por análise
do Senado.
O valor proposto pelo governo para este ano
corresponde à variação de 5,22% para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período
de janeiro a dezembro de 2020. O INPC apura a
inflação mensal das famílias com renda de um a cinco
salários-mínimos. Como os preços subiram neste ano,
as projeções do governo mudaram. Na proposta de Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) havia sido
sugerido um mínimo de R$ 1.088.
Alguns deputados reclamaram do reajuste fixado pelo
governo. Para eles, o aumento não contempla a
escalada da inflação e da crise econômica gerada
pela pandemia. “Sabemos que é importante qualquer
reajuste que seja, embora seja indigno no mesmo
momento que a inflação está descontrolada, que
aumenta o desemprego, que há insegurança alimentar
da população, a contrapartida seja um aumento de
apenas 5% [no salário]”, disse Tadeu Alencar
(PSB-PE).
Representantes da base governista afirmaram que o
governo fez o possível com o reajuste. “Claro, se o
presidente Bolsonaro pudesse dar um aumento muito
maior, ele daria. Mas não tem previsão orçamentária
para uma correção maior. Foi a correção possível. Se
tivéssemos possibilidades, um reajuste muito maior
seria oferecido”, disse o deputado Sanderson (PSL-RS).
Fonte: Agência Brasil
27/05/2021 -
Paim aponta dificuldades de trabalhadores por causa
da covid-19
Em pronunciamento nesta quarta-feira (26), o senador
Paulo Paim (PT-RS) chamou a atenção para o drama
daquelas pessoas que superaram a covid-19 e que
tentam retornar ao trabalho.
Segundo ele, além de sofrerem com as sequelas ainda
desconhecidas da doença, alguns trabalhadores
encontram dificuldades para agendar a perícia junto
ao INSS ou simplesmente são dispensados pelos
empregadores alguns dias depois de retomarem as
atividades laborais.
Paim apontou ainda que algumas empresas se negam a
emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
com a especificação de que o contágio do trabalhador
pelo novo coronavírus ocorreu no ambiente de
trabalho.
De acordo com o senador, se essa informação constar
no documento, a covid-19 pode ser considerada doença
ocupacional, o que gera uma série de direitos para o
trabalhador.
— Nesse caso, o trabalhador passa a ter direito ao
auxílio-acidentário e à estabilidade provisória no
emprego. Porém, não é o que tem ocorrido. Faço um
apelo para que as entidades fiscalizadoras do
trabalho estejam atentas a essas demandas e que os
sindicatos apoiem os trabalhadores nesse difícil
momento. Eu sei que estão apoiando, mas é preciso
que haja o movimento de uma caminhada solidária,
para não haver esse prejuízo — afirmou.
Paim ainda manifestou preocupação com a situação dos
órfãos da pandemia. Segundo o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), 45 mil crianças e
adolescentes perderam o pai e a mãe durante a crise
sanitária.
Para ele, essa situação gera consequências
emocionais e econômicas, o que exige do governo
medidas para garantir a essas crianças e
adolescentes um ambiente que garanta o seu
desenvolvimento saudável e um futuro promissor.
— É preciso o fortalecimento de órgãos que atuam nos
direitos de crianças e adolescentes e na assistência
social. Nunca a participação do Estado foi tão
relevante como é e tem de ser agora — destacou.
O senador voltou a defender ainda a aprovação, pela
Câmara dos Deputados, do PL 12/2021, que prevê a
quebra temporária de patentes de medicamentos,
insumos e vacinas contra a covid-19.
Fonte: Agência Senado
27/05/2021 -
Aprovado estímulo para empregador contratar jovens
sem experiência
Os senadores aprovaram na terça-feira (25) projeto (PL
5.228/2019) que institui o contrato de primeiro
emprego em carteira de trabalho. A proposta da Nova
Lei do Primeiro Emprego pretende estimular a
contratação de jovens estudantes, que não tenham
sido empregados de maneira formal, ao permitir que o
empregador pague alíquotas especiais do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da
Contribuição Previdenciária Patronal (CPP). O
projeto vai agora à Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
26/05/2021 -
Centrais apresentam pauta única prioritária ao
Congresso
As centrais sindicais entregam, nesta
quarta-feira (26), aos presidentes da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
lista com 24 propostas em discussão no Congresso que
consideram merecer atenção prioritária do Poder
Legislativo.
Esta vai ser a 2ª vez que as centrais desenvolvem
agenda conjunta sobre propostas em discussão no
Legislativo. A 1º vez que este fato ocorreu foi em
2009, na gestão do então deputado Michel Temer (MDB-SP),
na presidência da Câmara. Na época, a pauta das
centrais consistia em 7 proposições.
Eis o documento.
A lista vai ser entregue depois de manifestação
programada para esta quarta-feira, na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília.
Assinam a proposta CUT, Força Sindical, UGT, CSB,
NCST, CTB, Pública, CGTB, Intersindical e
CSP-Conlutas.
Eis a íntegra do documento.
Entre os projetos citados, 19 estão em tramitação na
Câmara e 5 no Senado. Nem todos os projetos citados
na lista têm aceitação das centrais. Há 12 textos
que as organizações são contra.
Dentre as proposições emergenciais que as entidades
apoiam, destaque para:
• aumento do auxílio: ampliar, de R$ 250 (valor
intermediário) para R$ 600, e de 40 milhões de
pessoas para 70 milhões;
• proteção ao emprego: extensão do Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda; e
• teto de gastos: exclusão de educação, saúde e
segurança pública da regra do teto.
Dentre as prioritárias destacam-se as proposições
listadas nas páginas 11 e 12 da publicação, que em
razão da pandemia do novo coronavírus ganharam
relevância.
Elaborada em conjunto com o DIAP, a Agenda é um
“documento de resistência e atuação propositiva no
Congresso Nacional, que traz o posicionamento e faz
propostas do movimento sindical”, escrevem as
centrais, em nota.
O ato pré-divulgação da lista vai ser realizado na
Esplanada dos Ministérios. Segundo a organização do
movimento, vai ser evitado aglomeração de pessoas
por causa da pandemia de Covid-19. A organização do
evento afirma ainda que vai ser seguido todos os
protocolos sanitários para evitar contágio e
propagação do coronavírus.
Fonte: Diap
26/05/2021 -
#600ContraFome: segundo ato emergencial à vida
José Reginaldo Inácio, presidente da NCST
por José Reginaldo Inácio
Em 2020, no mundo, 255 milhões empregos foram
perdidos,
segundos dados da OIT. Tal cenário é ainda mais
desolador para a classe trabalhadora diante do
flagelo falimentar agravado com a exposição forçada
à contaminação e morte de milhões de trabalhadoras e
trabalhadores por Covid-19, muitas delas evitáveis
se houvesse condições mínimas de prevenção ou
vacina. Aliás, não se pode ignorar que “no mundo,
um trabalhador morre por acidente de trabalho ou
doença laboral a cada 15 segundos” e nessa conta
não foi estimada as vítimas do covid-19.
Por aqui o Estado brasileiro não cumpre o seu papel,
viola Constituição Federal (CF) já no seu 1º Artigo,
os fundamentos do Estado democrático, principalmente
a cidadania, a dignidade da pessoa humana e os
valores sociais do trabalho. Daí o porquê de o
Brasil figurar como o
2º país do G20 em mortalidade por acidentes no
trabalho, ter a “2ª
maior concentração de renda entre mais de 180 países,
1% mais rico deter mais do que o dobro da renda dos
40% mais pobres”, além de estar “enquadrado
entre os dez países mais desiguais do mundo,
sendo o único latino-americano na lista onde figuram
os africanos. O Brasil é mais desigual que Botsuana,
com 0,533 pelo índice de Gini, pequeno país vizinho
a África do Sul com pouco mais que dois milhões de
habitantes."
A vida, o emprego digno e a democracia sofrem
violações contínuas. Princípios constitucionais são
a cada dia mais severamente atacados: a destruição
dos direitos fundamentais e sociais, se foi
deflagrada com EC 95, em 2016, agora tende a piorar
com PEC 186/19 (EC 109/21) e a PEC 32/20 (Reforma
Administrativa); a destruição dos direitos
trabalhistas e previdenciários, com as leis
13.429/17 (terceirização irrestrita), 13.467/17
(reforma trabalhista, surge o trágico trabalho
intermitente) e com EC 103/19 (reforma
previdenciária); a destruição do direito à vida é
flagrante quando há a recusa estatal até de se
cumprir o Artigo 196 da CF e, aí, as demonstrações
são diversas.
É total absurdo que, durante a pior crise sanitária
da nossa história, com recordes diários de mortes e
contaminações, termos que aqui conclamar pela
garantia de recursos orçamentários para o sistema de
saúde, para o SUS, para a pesquisa, ciência e
tecnologia, o combate à fome, condições mínimas de
prevenção, saúde e segurança...
No Brasil a mórbida realidade se tornou um suplício
contínuo que apavora a quem depende do trabalho para
viver e se vê próximo de estar entre os mais de meio
milhão de mortos em anunciação. Saber que em boa
parte seriam e são mortes evitáveis é revoltante,
mas não é tudo. Há ainda os drásticos impactos da
desproteção social do trabalho e da previdência que
assolam a população ocupada e desocupada.
Mais de metade da população brasileira (em idade de
trabalhar) está fora da força de trabalho: 76,4
milhões de pessoas. O número de desocupados,
desalentados e informais ultrapassa 54 milhões, e,
mesmo assim, persistem medidas, leis, normas e
procedimentos gestados pelo executivo federal e/ou
deliberados pela maioria do legislativo – e para
piorar, sustentados por parte do judiciário –, que
impõem barreiras antissindicais para impedir que a
classe trabalhadora seja, individual ou
coletivamente, representada pelos sindicatos,
inclusive no pior momento de sua história, como
está, por exemplo, estabelecido em certos artigos da
MP 1045/21.
Para agravar esse cenário de incerteza e
insegurança, o comando do país sabota as medidas de
segurança, incentiva a população, principalmente a
classe trabalhadora, a descumprir com normas e
procedimentos de saúde que possam protegê-la, nega a
eficácia da vacina, do uso de máscara, do isolamento
social.
Infelizmente, não sem razão, afinal temos a
pior condução no combate ao covid-19 do mundo,
ao ponto de até a comunidade científica
internacional atestar esta hedionda atuação. Um
presidente que induz a população à exposição ao
covid-19; que ao negar a ciência, a saúde e a vida,
impõe a alienação, a desigualdade, a miséria e o
extermínio seletivo ao povo brasileiro.
“Atrás
de renda e sem home office, pobres morrem mais de
Covid”, esta foi a manchete da Folha de
21/04/2021. Quem são esses pobres? Trabalhadoras e
trabalhadores. Vítimas, não só desse governo, mas
também do mal que vem das reformas trabalhistas e da
previdenciária: são terceirizadas/os, informais,
trabalhadoras/es intermitentes... milhões que não
conseguem se aposentar e também se concentram nas
filas do desemprego, da dependência e disputa por
auxílio emergencial. Subsistem numa aglomeração
forçada: filas, paradas e pontos ônibus, metrôs,
trens... e são impedidos de se proteger e de
proteger aos seus... São as/os elegíveis à morte,
descartáveis... aos milhares, centenas de milhares,
milhões...
A cruel percepção do que é necropolítica em
exercício e ação, do que é a emergência da fome, da
miséria, tem que mover a unidade sindical e social
popular no sentido de uma transformação real.
Inspiradora de dignidade e de vida, em que a luta
pelo auxilio emergencial, de pelo menos R$600,00 e
com o mesmo número de beneficiários de 2020, por
vacina já e para todos estejam entre as prioridades,
mas tão somente como mais um vigoroso ato; do
contrário sequer estabelecer condição mínima de
existência e de prevenção ao isolamento social sem a
dor intensa da fome será suficiente, mesmo que
signifiquem ações concretas, inadiáveis e
emergenciais para o momento. Não há dúvida, são
ações determinantes para a superação de um dos
piores e mais tristes momentos da história da classe
trabalhadora brasileira. Contudo, a miséria e a
ignorância não podem ser mantidas como símbolo
ideológico de um governo abjeto que as usa no
sacrifício de quem trabalha para saciar aqueles que
o mantém no poder.
* José Reginaldo Inácio é Sindicalista,
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
– NCST, Secretário de Educação da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria e Diretor de
Estudos e Pesquisas do Observatório Sindical
Brasileiro “Clodesmidt Riani” – OSBCR.
Fonte: NCST
26/05/2021 -
Privatização da Eletrobras atingirá bolso dos
consumidores
O Senado tem até 22 de junho pra votar a Medida
Provisória 1.031/2021, que autoriza a privatização
da Eletrobras. Se não, a Medida, aprovada na Câmara
dia 20, perde validade.
Entidades alertam que a privatização é crime de
lesa-pátria e vai aumentar as contas em até 20%.
Além disso, há risco de apagões, como houve depois
que privatizaram a Companhia de Eletricidade do
Amapá.
Para Murilo Pinheiro, presidente da Federação
Nacional dos Engenheiros e do Sindicato da categoria
no Estado de SP, o Congresso prestará um desserviço
à Nação se aprovar a ‘MP do apagão’, especialmente
numa época de pandemia. “Mais absurdo ainda é uma
decisão dessa importância ser tomada às pressas, por
Medida Provisória, sem discussão com os técnicos da
área, o setor produtivo e os consumidores”, alerta.
Agência Nacional de Energia Elétrica, Fiesp e o
Dieese também apontam que a consequência imediata da
privatização do sistema Eletrobras será conta de luz
mais cara aos consumidores residenciais, comerciais
e industriais. Projeta-se aumento entre 16% e 20%.
Dieese – “Pro consumidor, o mais provável é a
subida no preço da energia”, diz o diretor-técnico
do Dieese, Fausto Augusto Junior. Ele classifica o
sistema Eletrobras como “um diamante” que levou mais
de seis décadas pra ser lapidado. E que agora pode
ser transferido à iniciativa privada, em mais um ato
de desmonte do Estado. “Em empresas desse tipo, não
se trata apenas da rentabilidade”, observa. “Estamos
falando de segurança energética e soberania
nacional. A MP vai no sentido contrário. Não é
possível simplesmente sair vendendo as empresas, com
uma visão absolutamente ideológica”, critica.
Mais – Acesse os sites da
FNE,
Seesp e
Dieese.
Fonte: Agência Sindical
26/05/2021 -
CCJ da Câmara aprova por 39 a 26 Reforma
Administrativa; vai à comissão especial
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara
dos Deputados aprovou a admissibilidade, nesta
terça-feira (25), da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 32/20, do Poder Executivo, que propõe
reforma na Administração Pública, que reduz o
tamanho e o papel do Estado brasileiro. Trata-se de
proposta precarizante que vai na mesma direção das
propostas aprovadas anteriormente, como a
Trabalhista e da Previdência, por exemplo.
O escore foi apertado. Foram 39 votos favoráveis e
26 contrários. O texto aprovado vai ser analisado,
agora, por comissão especial, que vai examinar o
mérito da proposta do governo Bolsonaro.
Conteúdo da proposta admitida pela CCJ
A Reforma Administrativa enviada pelo governo ao
Congresso restringe a estabilidade no serviço
público e cria 5 tipos de vínculos com o Estado.
O texto estabelece que leis complementares tratarão
de temas como política de remuneração, ocupação de
cargos de liderança e assessoramento, progressão e
promoção funcionais e definição dos cargos típicos
de Estado.
O relator da proposta, deputado Darci de Matos
(PSD-SC), apresentou parecer com 3 supressões ao
texto.
Alterações do texto do governo
Um dos itens retirados é o que previa os novos
princípios da Administração Pública: imparcialidade,
transparência, inovação, responsabilidade, unidade,
coordenação, boa governança pública e
subsidiariedade.
Segundo Darci de Matos, “a inclusão de novos
princípios no texto constitucional, embora seja boa
a intenção, pode gerar interpretações múltiplas e
completamente divergentes, o que consequentemente
gerará provocações ao STF (Supremo Tribunal Federal)
para dispor sobre sua efetiva aplicabilidade em
situações, por exemplo, de improbidade
administrativa”. Para o relator, a inclusão dos
novos princípios geraria insegurança jurídica.
Outro item retirado da proposta proibia que
servidores ocupantes de cargos típicos de Estado
pudessem exercer qualquer outra atividade
remunerada. O relator considerou esse trecho
inconstitucional porque impedia o exercício de outra
atividade mesmo que houvesse compatibilidade de
horários.
Também foi retirado trecho que permitia ao
presidente da República extinguir entidades da
Administração Pública autárquica e fundacional.
Segundo Matos, essas entidades são vinculadas e não
subordinadas aos ministérios, e a possibilidade de
extinção por decreto do chefe do Poder Executivo
prejudicaria o modelo de separação de poderes.
Depois de a comissão especial apreciar a proposta, o
texto também terá de passar pelo plenário da Câmara,
em 2 turnos de votações, antes de ir ao exame do
Senado Federal.
Na comissão de mérito, o presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), indicou para presidir os
trabalhados do colegiado, o deputado Fernando
Monteiro (PP-PE), e o relator vai ser Arthur Maia (DEM-BA).
(Com informações da Agência Câmara)
Fonte: Diap
26/05/2021 -
Paim criticou retorno ao Congresso de projeto sobre
igualdade salarial
“Inaceitável”. Foi assim que o senador Paulo Paim
(PT-RS) classificou, nesta terça-feira (25), o
retorno ao Congresso do projeto de lei que
estabelece multa para empresas que pagarem salários
diferentes para homens e mulheres que exerçam a
mesma função (PLC 130/2011). Ele ressaltou que a
desigualdade de salários entre gêneros no Brasil é
um fato histórico e consequência do preconceito.
Paim acrescentou, ainda, ter sido relator da
proposta no Senado e afirmou que o PLC foi aprovado
por unanimidade no Plenário e contou com o apoio
“determinante” da bancada feminina, além do consenso
de todos os líderes partidários, “inclusive do
governo”. Entretanto, reiterou Paim, uma alteração
no texto feita por “acordo” para evitar o veto foi
determinante para a volta da proposta, que já havia
sido aprovada pelos parlamentares e aguardava a
sanção do presidente da República.
— A manobra para adiar a apreciação da matéria e
construir outro projeto é inaceitável porque, ou o
projeto não irá dizer coisa com coisa, ou vai negar
o direito. Lamentável. Seremos o último país a
instituir a igualdade salarial. É preciso garantir
que homens e mulheres tenham oportunidades iguais.
Mesma função, mesma atividade, mesmo salário. O
Congresso não pode mais se omitir dessa
responsabilidade — declarou.
Fonte: Agência Senado
25/05/2021 -
Centrais Sindicais e Movimentos Sociais reivindicam
R$ 600 contra a fome que se expande no país
Conforme informa o Painel da Folha de São Paulo,
presidentes das principais centrais sindicais do
país vão a Brasília na próxima quarta (26), em ato
inédito, entregar pessoalmente aos presidentes da
Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo
Pacheco (DEM-MG), uma agenda legislativa com
propostas que elaboraram em conjunto.
São 23 proposições, ao todo. Entre elas, a aprovação
do auxílio emergencial de R$ 600 pelo tempo que
durar os efeitos econômicos da pandemia.
Ainda segundo a Folha, eles também falam em medidas
de proteção ao emprego. “Pela primeira vez, de forma
unitária, as centrais sindicais têm uma proposta de
resistência e atuação propositiva junto ao
Congresso”, afirmou Sérgio Nobre, presidente da CUT.
Em artigo publicado nesse domingo na página da Força
Sindical, Miguel Torres, presidente da entidade,
afirma que “Milhões de brasileiros e brasileiras
estão passando fome, sem emprego, renda e moradias
dignas, e precisam urgente do auxílio de R$ 600.
Deixá-los nesta situação de carestia é um crime,
tanto quanto o genocídio das quase 500 mil pessoas
por covid no Brasil causado pelo negacionismo e pela
incompetência do governo federal.”
“É um grande sinal de que os trabalhadores estão se
organizando em defesa da democracia”, afirmou
Ricardo Patah, presidente da UGT.
Para o presidente da CSB (Central dos Sindicatos
Brasileiros), Antonio Neto, a agenda tem foco na
defesa da vida, dos empregos e da democracia,
“contra os ataques desse governo genocida”.
“O primeiro grande embate é a defesa do auxílio
emergencial de R$ 600. Não podemos aceitar que o
presidente em uma canetada aumente o próprio salário
em mais de R$ 10 mil e para o povo ofereça R$ 150”,
disse Neto.
“O recorde de lucros dos bancos em um cenário de
penúria para a população brasileira é a evidência de
precisamos mudar a rota. Nossas propostas visam
colaborar com a retomada do desenvolvimento com um
mínimo de dignidade social. Precisamos interromper
esse contínuo ciclo de expansão da fome, da miséria
e do desemprego”, concluiu o presidente da Nova
Central, José Reginaldo Inácio.
Imprensa NCST com informações da Folha de São
Paulo
Fonte: NCST
25/05/2021 -
Vacinas, Empregos e R$ 600 contra a Fome
Na quarta, 26 de maio, às 10h30, faremos um ato
nacional em Brasília, em frente ao Congresso
Nacional, para exigir vacinas e rapidez na vacinação
para todos contra a Covid-19, medidas urgentes
contra o desemprego, a fome e a pobreza e o imediato
retorno do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim
da pandemia.
O ato não terá aglomeração e seguirá os protocolos
de segurança e saúde contra a propagação do
coronavírus. Mas será com certeza um momento
histórico e politicamente muito expressivo, com as
presenças dos presidentes das Centrais Sindicais e
de líderes de movimentos sociais e uma tenda
incentivando o gesto solidário de distribuição de
alimentos por todo o País.
Milhões de brasileiros e brasileiras estão passando
fome, sem emprego, renda e moradias dignas, e
precisam urgente do auxílio de R$ 600. Deixá-los
nesta situação de carestia é um crime, tanto quanto
o genocídio das quase 500 mil pessoas por Covid no
Brasil causado pelo negacionismo e pela
incompetência do governo federal.
Que cada parlamentar coloque a mão na consciência e,
independente de sua filiação partidária, tenha um
gesto de grandeza pelo povo brasileiro, exigindo a
votação da MP do auxílio emergencial (medida
provisória 1.039), para que ela não caduque como
deseja o governo.
O auxílio emergencial de R$ 600,00 mensais foi pago
a mais de 68 milhões de brasileiros em 2020,
garantindo-lhes segurança alimentar e renda para a
compra de produtos essenciais e ajudando a economia
do País. Hoje são em média R$ 250, valor
insuficiente para as despesas, e em quatro parcelas
para somente 38,6 milhões de pessoas. Não dá,
Congresso Nacional! Tem de ser R$ 600, até o fim da
pandemia, para todos que precisam enfrentar sem
risco social a crise, a pandemia, o desemprego, a
informalidade e o alto custo de vida.
No ato do dia 26 também entregaremos ao Congresso
Nacional a primeira Agenda Legislativa das Centrais
Sindicais, com nossas posições em relação a mais de
vinte projetos que estão em tramitação e afetam os
trabalhadores e trabalhadoras.
Exigimos respeito à democracia, às instituições
democráticas, à liberdade de expressão e aos
direitos sociais, trabalhistas, sindicais e
previdenciários da classe trabalhadora; repudiamos
as privatizações de empresas públicas estratégicas;
e lutamos pela retomada do desenvolvimento econômico
e social do Brasil, com a geração de emprego de
qualidade (trabalho decente) para todos,
distribuição de renda, justiça e inclusão social.
Convocamos todas as estaduais, os sindicatos, as
federações, as confederações e os ativistas da Força
Sindical a se engajarem no ato #600contraFome,
divulgando-o junto às suas bases, nas mídias locais
e regionais, em suas páginas na internet e nas redes
sociais. Vamos resistir. A luta faz a lei!
Fonte: Agência Sindical
25/05/2021 -
Reforma administrativa deve aumentar a corrupção,
prevê estudo
A PEC 32/2020 prevê fim das restrições na
contratação de pessoas sem vínculo com o serviço
público para cargos em comissão e funções, entre
outras alterações constitucionais.
A reforma administrativa prevista na Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, enviada pelo
governo federal ao Congresso em setembro do ano
passado, deve aumentar a corrupção na administração
pública e facilitar a captura do Estado pelo setor
privado. As conclusões estão em nota técnica
assinada por Vinícius Amaral, consultor legislativo
do Senado Federal na área de assessoramento em
orçamentos.
A PEC 32 está sendo discutida na tarde desta
segunda-feira (24) na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, com previsão
de ser votada nesta terça-feira (25).
Partindo da premissa de que a preocupação com o
impacto fiscal dos gastos com servidores é a
principal motivação para realização da reforma,
Vinícius Amaral fez uma análise sobre como as
alterações constitucionais propostas na PEC 32 podem
justamente piorar o quadro fiscal.
De acordo com Vinícius, ao menos duas alterações
tendem a aumentar a corrupção na administração
pública, por exemplo, o que traria impacto
financeiro aos cofres públicos.
Uma delas é a eliminação das atuais restrições à
ocupação de cargos em comissão e funções de
confiança. A reforma administrativa altera o artigo
37 da Constituição Federal para permitir que pessoas
sem vínculos com a administração possam ocupar esses
cargos e funções sem qualquer limitação.
“A título de exemplo, estudo da FIESP [Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo] estimou o custo
médio anual da corrupção no Brasil entre 1,38% e
2,3% do PIB. Considerando o PIB de 2019 (R$ 7,4
trilhões), esse custo anual ficaria entre R$ 102,1
bilhões e R$ 170,2 bilhões. Dada essa magnitude,
mesmo incrementos percentualmente pequenos já teriam
expressivo impacto fiscal”, destaca a nota técnica
sobre o impacto financeiro da corrupção.
O documento prossegue ressaltando que, no mesmo
estudo, a FIESP “sugeriu como uma das medidas para
combater a corrupção no Brasil a eliminação da
nomeação de pessoas sem vínculo para o serviço
público, incluindo essa medida como parte de uma
reforma administrativa”.
Com base nos cargos em comissão e funções de
confiança existentes na União, Estados, DF e
Municípios, Vinícius Amaral calcula uma expansão
mínima de 207,3 mil postos ocupados por pessoas sem
vínculo com a administração pública caso a PEC 32
seja aprovada, o que representa um incremento de 29%
em relação a hoje.
A segunda alteração com potencial para aumento da
corrupção é a ampliação das possibilidades para
contratos de gestão, com permissão para criação de
regras próprias para a contratação de bens e
serviços pelo Poder Público e apresentação de uma
programação unificada no orçamento, sem necessidade
de que o orçamento de cada órgão seja detalhado por
diversos classificadores orçamentários.
De acordo com a nota, isso representa “um gigantesco
retrocesso para a transparência do orçamento,
dificultando enormemente o controle parlamentar e
social e abrindo portas para todo tipo de abuso”.
O documento destaca também que a PEC 32 facilita a
captura do Estado pelo setor privado, principalmente
devido às medidas que ampliam a possibilidade de
contratação de pessoal sem concurso público. Caso a
proposta seja aprovada, o ingresso por concurso deve
tornar-se exceção em vez de regra. “Dessa forma, as
autoridades máximas da Administração poderão obter
amplo domínio sobre a força de trabalho do setor
público e, se essa for a sua intenção, estarão em
condições de dirigir a atividade estatal para o
benefício de interesses privados”, diz a nota
técnica.
Fonte: Portal Vermelho
25/05/2021 -
Avanço da informalidade é obstáculo para o futuro da
economia, alerta Dieese
No setor de serviços, uma em cada cinco vagas sem
carteira assinada deixou de existir durante a
pandemia
Em função da pandemia, a renda do trabalho teve
redução global de US$ 3,7 bilhões. A queda
registrada no último ano e meio equivale a 4,4% do
PIB mundial. Os dados foram lembrados na 109ª edição
da Conferência Internacional do Trabalho, inaugurada
na última quinta-feira (20). No Brasil, a situação é
agravada por conta do aumento da informalidade. O
setor de serviços, por exemplo, o mais atingido pela
crise, registrou redução de 20% das vagas informais,
segundo o Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
Além do avanço do desemprego, o diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior, aponta como
principais consequências a redução de renda e o
aumento da pobreza. Com a capacidade de consumo
reduzida, uma eventual retomada da economia fica
ainda mais prejudicada.
“Temos hoje uma somatória de duas grandes crises.
Uma que advém da própria pandemia. Do outro lado,
uma crise do ponto de vista da seguridade do
trabalho”, disse Fausto, em entrevista a Glauco
Faria no Jornal Brasil Atual desta segunda-feira
(24). Segundo ele, as promessas de que a
precarização dos direitos trabalhistas resultaria em
redução da informalidade não se confirmaram.
De volta ao passado
Essa agenda começou a ser implementada com a “reforma”
trabalhista do governo Temer. E vem sendo
aprofundada no governo Bolsonaro. Como resultado,
desde 2016 as desigualdades sociais vêm se ampliando
no Brasil. E as principais vítimas desse processo
são os jovens. De acordo com o IBGE, um terço das
pessoas com idade entre 18 e 24 anos estão
desempregadas.
“Quando há uma quantidade grande de jovens que nem
sequer conseguem ocupação, temos um desperdício de
talento e de potencial que cobra muito caro. Além de
estar desempregado, o tempo médio fora do mercado é
muito longo, de mais de dois anos”, avaliou o
diretor do Dieese. Nesse sentido, é necessário
pensar novamente em políticas de qualificação que
melhorem a inserção dos jovens no mercado, além de
reverter o quadro de precarização dos direitos
trabalhistas.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/05/2021 -
Décimo terceiro do INSS começa a ser depositado hoje
Datas estão sendo informadas no aplicativo Meu
INSS
Antecipada para maio por causa da pandemia de covid-19,
a primeira parcela do décimo terceiro do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) começa a ser paga
hoje (25). Os depósitos ocorrerão até 8 de junho.
A segunda parcela do décimo terceiro será paga entre
24 de junho e 5 de julho. As datas são distribuídas
conforme o dígito final do benefício, começando
pelos segurados de final 1 e terminando nos de final
0.
Essas datas valem para quem recebe aposentadorias,
auxílios e pensões de até um salário mínimo. Para
quem ganha acima do mínimo, o calendário é um pouco
diferente. A primeira parcela será paga de 1º a 8 de
junho; e a segunda, de 1º a 7 de julho. Começam a
receber os segurados de final 1 e 6, passando para 2
e 7 no dia seguinte e terminando nos finais 9 e 0.
As datas estão sendo informadas no site e no
aplicativo Meu INSS. A primeira parcela do décimo
terceiro é isenta de Imposto de Renda e equivale à
metade do benefício mensal bruto pago pelo INSS. O
imposto só é cobrado na segunda parcela.
A tributação varia conforme a idade. O segurado de
até 64 anos paga Imposto de Renda caso receba acima
de R$ 1.903,98. De 65 anos em diante, a tributação
só é cobrada se o benefício for superior a R$
3.807,96.
O decreto com a antecipação do décimo terceiro para
aposentados e pensionistas foi publicado em 4 de
maio. Segundo o Ministério da Economia, a medida
deve injetar cerca R$ 52,7 bilhões na economia do
país e não terá impacto orçamentário, por tratar-se
apenas de mudança de data de pagamento.
Fonte: Agência Brasil
25/05/2021 -
Empresa faz "paredão de eliminação" e é condenada
por assédio moral
Expor o empregado a situação vexatória e humilhante
configura assédio moral e enseja pagamento de danos
morais. Com esse entendimento, a 16ª Vara do
Trabalho de Fortaleza condenou as empregadoras de
uma mulher que foi dispensada em "paredão de
eliminação" entre empregados.
A empregada, autora da ação, afirmou que foi
dispensada pouco mais de um mês após sua admissão,
mas não recebeu as verbas trabalhistas a que teria
direito. Além disso, disse que sua dispensa ocorreu
de forma extremamente vexatória, alegando que ainda
sofre de depressão em decorrência da situação.
Na ocasião, o superior coagiu os funcionários a
escolher quem deveria ser demitido e dizer o porquê,
procedimento inspirado no paredão de eliminação do
programa de televisão Big Brother Brasil. A autora
do processo foi escolhida por meio desse "paredão".
Na audiência de instrução, uma das testemunhas
afirmou ter sido dispensada na mesma situação: o
gestor reunia todos e informava que cada um tinha
que escolher outro funcionário para ser dispensado;
o depoente afirmou que se sentiu constrangido com a
situação e se recusou a votar.
O juiz Ney Fraga Filho, da 16ª Vara do Trabalho de
Fortaleza, reconheceu que há provas inequívocas que
foi o superior hierárquico da funcionária que
determinou que fosse feito o "paredão" que levou a
sua dispensa. E que o procedimento foi feito na
frente dos demais empregados e acabou por humilhar a
mulher, o que configura assédio moral.
A sentença, então, determinou que as empresas devem
indenizar a ex-empregada por danos morais e fazer a
anotação da carteira de trabalho, o pagamento de
aviso-prévio, 13º salário, férias, horas extras,
repouso semanal remunerado, multa e FGTS. O valor
total da condenação foi fixado em cerca de R$ 14
mil.
0000308-70.2020.5.07.0016
Fonte: Consultor Jurídico
25/05/2021 -
Proposta amplia proibições em caso de anotação na
carteira de trabalho
Projeto insere na CLT vedações já previstas em
portaria ministerial
O Projeto de Lei 549/21 proíbe o empregador de
efetuar na carteira de trabalho anotações que possam
causar dano à imagem do empregado, especialmente
referentes a sexo, gênero, sexualidade, origem,
raça, cor, estado civil, situação familiar, idade,
condição de autor em reclamações trabalhistas, saúde
e desempenho profissional ou comportamento.
A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados
altera dispositivo previsto na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). Atualmente, segundo a norma, “é
vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras
à conduta do empregado” na Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS).
O autor, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), explicou
que a alteração insere na CLT a mesma redação
adotada pela Portaria 41/07 do então Ministério do
Trabalho e Emprego, hoje Secretaria do Trabalho do
Ministério da Economia.
“A CTPS é documento de significativo valor para o
empregado, por retratar a vida profissional. Não
pode conter informação que cause dano, dificultando
a própria reinserção no mercado do trabalho”,
afirmou o parlamentar.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
24/05/2021 -
Pressão sindical adia votação da PEC 32 na Comissão
Adiada votação da Proposta de Emenda Constitucional
32/2020 – reforma Administrativa – na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara. Previsão é que
seja votada terça (25).
Para o analista do Diap, André Santos, o adiamento
da votação se deu por dois fatores fundamentais: a
pressão sobre o Congresso Nacional e conflitos na
base da situação. “Até na base governista não há
consenso pela aprovação da Proposta como está”,
afirma.
Congressistas sentem a pressão de Servidores,
principalmente do setor da segurança, que compõe a
base do governo. “Estamos perto do período
eleitoral. Matérias como essa dificilmente são
pautadas. Os parlamentares pensam no impacto em seu
eleitorado”.
Lideradas pelo Movimento Basta, dezenas de entidades
assinaram Carta Aberta contra. Centrais Sindicais
também combatem a PEC. Audiências públicas
demonstram à população o desmonte que prejudica
Servidores e a população carente de proteção social.
Para Antonio Carlos Fernandes Lima, coordenador do
Basta e presidente da Confederação Nacional das
Carreiras e Atividades de Estado, a luta sindical e
social surtiu efeito. “Vejo avanço das forças que
priorizam a vida. É momento de priorizar áreas da
saúde, segurança, ciência e tecnologia. Setores que
estão na linha de frente no combate à pandemia”,
avalia.
Pressão será mantida. “Trabalhamos pela não –
votação da proposta, que desrespeita os Servidores e
a sociedade. Essa PEC conseguiu unificar setores
privado e público como jamais tinha acontecido. É
vitória da sociedade, do sindicalismo e do belo
trabalho que os parlamentares de oposição estão
fazendo na CCJ”, conclui o dirigente.
Mais – Sites das
Centrais,
Movimento Basta
e
Conacate.
Fonte: Agência Sindical
24/05/2021 -
Países não reconhecem covid como doença profissional
e deixam trabalhadores desprotegidos
Segundo entidades sindicais internacionais, “os
programas seguridade social e os sistemas de saúde
pública quase nunca são suficientes para mitigar os
impactos da pandemia”
Levantamento elaborado por entidades sindicais
internacionais mostra que muitos trabalhadores
atingidos na pandemia ficam à margem de qualquer
proteção porque seus respectivos governos não
reconhecem a covid-19 como doença profissional. Até
abril, estimam, 3 milhões de pessoas morreram em
consequência da covid. “E 2020 foi o ano mais
perigoso para muitos setores econômicos,
especialmente os da saúde”, afirmam a UNI Global
Union e a Confederação Sindical Internacional (CSI).
Segundo informe conjunto, a pandemia atingiu de
maneira desproporcional “mulheres, negros,
migrantes, trabalhadores precários e outros
vulneráveis”. Muitos estão na linha de frente de
combate à covid, “sub valorizados e mal
remunerados”.
Sem acesso a direitos
Mas, “desafortunadamente”, ressaltam as entidades,
milhões desses trabalhadores não têm acesso a
direitos ou benefícios legais. Isso porque “seus
governos não reconhecem a covid-19 como uma doença
profissional”. Esse tipo de enfermidade se contrai
devido a fatores de risco no trabalho. “Em muitos
países, se as condições de trabalho causam uma
enfermidade, os trabalhadores podem receber proteção
social ou benefícios vitalícios. Isto inclui
pagamento de despesas médicas, salários e outros
custos de saúde a longo prazo”, diz a nota.
Os sindicalistas observam que, se já é difícil
comprovar a relação entre lesão e trabalho, a tarefa
se mostra ainda mais desafiadora no caso de uma
doença que circula na comunidade. “Em muitos desses
casos, a carga probatória recai sobe os
trabalhadores, que devem demonstrar a evidência
médica que relacione a doença diretamente com o
lugar de trabalho.”
Para tentar resolver o problema, alguns governos têm
adotado políticas e normas legais específicas. Mas,
ainda no caso da covid, a questão se tornou
controversa. Muitos casos são, pelo menos a
princípio, assintomáticos.
Políticas públicas
Assim, a melhor política seria de “posição de
presunção” da doença, o que permite acesso imediato
aos benefícios, mas poucos países adotam essa
iniciativa. A UNI Global e a CSI analisaram
políticas em 181 locais – 124 países, 37 estados
americanos, 13 províncias e territórios do Canadá e
sete estados da Austrália. “O que encontramos foi
preocupante”, afirmam.
“Os sistemas de indenização de trabalhadores, os
programas de seguridade social e os sistemas de
saúde pública quase nunca são suficientes para
mitigar os impactos da pandemia entre os
trabalhadores”, apontam as entidades sindicais.
Segundo o levantamento, em pouco mais da metade (98)
dos locais analisados se reconhece a covid-19 como
doença profissional por meio de um processo
regulatório. Mas apenas 6% tem “políticas de
presunção” para todos os trabalhadores e 17% para os
da área de saúde. As 10 áreas com melhores
resultados concentram apenas 2% do total dos
trabalhadores, “deixando a grande maioria com
direitos e benefício limitados quanto ao impacto da
covid-19”.
Apelo à OIT
O relatório aponta o Brasil como país com baixo índice
de atenção ao problema. “Em uma situação mais
perigosa, o governo do Brasil reconheceu a covid-19
como enfermidade profissional, mas os trabalhadores
informaram que é impossível ter acesso a qualquer
tipo de benefício por parte do Estado.” A Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da
Economia, diz que, conforme o caso, a covid-19 pode
ser considerada doença do trabalho. Já existem
decisões judiciais nesse sentido.
“Sem o apoio necessário, os trabalhadores e suas
famílias devem enfrentar, por si próprios, as
enormes consequências do vírus, incluindo os
impactos de longo prazo, os problemas psicológicos e
sanitários e outras enfermidades cardíacas e
pulmonares relacionadas”, alertam. “A OIT
(Organização Internacional do Trabalho) deve atuar
urgentemente para reconhecer a covid-19 como uma
doença profissional. Esse reconhecimento estimularia
os estados-membro a fazer o mesmo, aumentando assim
a proteção social dos trabalhadores em nível
mundial.”
Fonte: Rede Brasil Atual
24/05/2021 -
Comissão discute efeitos da pandemia no mercado de
trabalho
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados promove, na próxima
quinta-feira (27), audiência pública para discutir
as dificuldades que os trabalhadores têm enfrentado
em virtude dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre
suas rotinas.
O debate acontece no plenário 12, às 14 horas, e
será possível participar pela internet.
Foram convidados:
- a presidente do Conselho Regional Psicologia de
Minas Gerais, Lourdes Aparecida Machado;
- o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande
Curitiba, Sérgio Butka;
- a representante do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Patricia Toledo Pelatieri;
- o médico especialista em Medicina do Trabalho Zuher
Handar;
- o presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo; e
- o vice-presidente regional da Força Sindical do
Paraná, Nelson Silva de Souza.
A audiência foi proposta pelo deputado Paulo Ramos
(PDT-RJ). Ele enumera dificuldades trazidas pela
pandemia, como o desemprego, o aumento da
informalidade, a precarização, a necessidade de
medidas de segurança, a adaptação a novas
tecnologias e a sobrecarga de trabalho.
Fonte: Agência Câmara
24/05/2021 -
Ausência de pagamento de FGTS gera rescisão indireta
de contrato de trabalho
A ausência ou irregularidade no recolhimento dos
depósitos do FGTS, mesmo existindo acordo de
parcelamento com a Caixa Econômica Federal, pode
resultar em rescisão indireta do contrato de
trabalho — a chamada justa causa do empregador. Com
esse entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 18ª Região reconheceu à reclamante o
direito à rescisão indireta de seu contrato de
trabalho.
O juízo da 3ª Vara do Trabalho de Aparecida de
Goiânia (GO) entendeu que o comprovante apresentado
pela empresa do parcelamento de débitos fundiários
junto à Caixa seria suficiente parar julgar
improcedente o pedido da mulher.
O relator do caso no TRT, Mario Sergio Bottazzo,
pontuou que o Tribunal Superior do Trabalho possui
jurisprudência no sentido de que, mesmo o empregador
provando parcelamento dos débitos fundiários, o não
recolhimento regular dos depósitos do FGTS constitui
motivo suficiente para levar à rescisão indireta do
contrato de trabalho.
O reiterado comportamento irregular do empregador
ficou comprovado e caracteriza falta grave de sua
parte. Segunda a legislação trabalhista, o ato
faltoso do empregador é um dos motivos que ensejam a
rescisão indireta do contrato.
De acordo com a fundamentação de acórdão do TST
transcrito pelo relator, "o termo de confissão de
dívida e compromisso de pagamento não possui o
condão de afastar o reconhecimento da rescisão
indireta, que pressupõe, apenas, o descumprimento de
obrigação legal durante o contrato de trabalho,
consoante disposto no já mencionado dispositivo
celetista".
Ao dar provimento ao recurso, o TRT-18 também
condenou a empresa ao pagamento das verbas
rescisórias devidas.
0010865-06.2020.5.18.0083
Fonte: Consultor Jurídico
24/05/2021 -
Sindicato e Fenaj repudiam agressões a repórter da
CNN em ato com Bolsonaro
Entidades que representam jornalistas mostraram
indignação com a violência perpetrada por seguidores
do presidente da República contra profissionais de
imprensa e cobraram providências
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) e a Federação
Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiram uma nota
de repúdio para condenar as agressões sofridas pelo
repórter Pedro Duran, da CNN, enquanto cobria a
manifestação convocada pelo presidente Jair
Bolsonaro, na tarde deste domingo (23), no Aterro do
Flamengo, capital fluminense.
As entidades cobraram uma resposta das autoridades,
relatando que Duran foi impedido de exercer sua
função profissional por conta da fúria de
manifestantes antidemocráticos, precisando ser
retirado do local por policiais militares que
acompanhavam a aglomeração.
Confirma a íntegra da Nota de Repúdio emitida
pelo SJPMRJ e pela Fenaj:
Em mais uma manifestação de truculência,
intransigência, absoluto desrespeito com a atividade
jornalística e a liberdade de imprensa e de
expressão, grupos bolsonaristas atacaram hoje, 23/5,
o repórter da CNN Pedro Duran durante a cobertura da
manifestação promovida no Rio de Janeiro pelo
presidente da República, Jair Bolsonaro. O repórter
foi impedido de exercer sua função profissional e
teve que ser escoltado por policiais militares para
escapar da fúria dos antidemocratas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Município do Rio (SJPMRJ) e a Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj) repudiam veementemente os
ataques ao repórter. O Relatório da Violência contra
Jornalista e Liberdade de Imprensa – 2020, produzido
pela Fenaj, mostra que nos dois últimos anos é
crescente a insegurança para o exercício da
profissão de jornalista no Brasil. Os ataques que
profissionais de imprensa vêm sofrendo por parte de
grupos de apoiadores do presidente passaram a ser
frequentes e, lamentavelmente, são alimentados pela
pessoa que ocupa o mais alto cargo da Nação.
Diante dos graves fatos registrados nesta manhã, o
SJPMRJ e a Fenaj cobram das autoridades do município
do Rio as providências necessárias no sentido de
punir os responsáveis pela manifestação, que
desrespeitou todas as medidas sanitárias de combate
à pandemia e pôs em risco a vida de milhares de
cidadãos cariocas.
A liberdade de imprensa é um dos pilares da
Democracia. E dela jamais abriremos mão.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Município do Rio de Janeiro
Federação Nacional dos Jornalistas
Fonte: RevistaForum
24/05/2021 -
Projeto de estímulo ao primeiro emprego tem votação
adiada
Prevista para a sessão deliberativa de quinta-feira
(20), foi adiada novamente a votação do Projeto de
Lei (PL) 5.228/2019, que institui uma série de
incentivos às empresas para inserção de jovens no
mercado de trabalho. A matéria deverá ser pautada
novamente nesta semana. A proposta foi denominada
pelo autor, senador Irajá (PSD-TO), como "Lei Bruno
Covas", em homenagem ao prefeito de São Paulo,
falecido em 16 de maio.
O adiamento da votação atendeu a requerimento do
líder do PT, senador Paulo Rocha (PA). O senador
Paulo Paim (PT-RS) expressou o apelo ao relator,
senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), pelo
adiamento, argumentando que não houve tempo para uma
redação final que expressasse um entendimento mais
amplo em torno do tema.
Irajá defendeu a votação urgente diante da
"relevância social do projeto" e da situação de
elevado desemprego entre os jovens. Por sua vez,
Veneziano argumentou que seu relatório acolheu “sem
extremismo “ uma série de sugestões dentro do
propósito de apoio à inserção de jovens no mercado
de trabalho. Ao fim, com a concordância de ambos, o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, determinou o
adiamento da votação do projeto de lei.
Fonte: Agência Senado
21/05/2021 -
Toffoli pede vista e STF adia julgamento de RE sobre
dispensa coletiva
Um pedido de vista do ministro Dias Toffoli
suspendeu nesta quinta-feira (20/5) o julgamento no
qual o Supremo Tribunal Federal vai decidir sobre a
possibilidade de empresas dispensarem trabalhadores
em massa sem negociação coletiva.
Na sessão desta quinta, antes do pedido de Toffoli,
o ministro Luís Roberto Barroso havia votado contra
o acolhimento do recurso extraordinário que
desobriga o empregador de acordar a dispensa com o
sindicato laboral. Com isso, o resultado provisório
está em três votos a dois em favor da tese formulada
pelo relator, ministro Marco Aurélio, segundo a qual
a dispensa em massa de trabalhadores prescinde de
negociação coletiva. Acompanham o relator os
ministros Alexandre de Moraes e Nunes Marques. Além
de Barroso, o ministro Edson Fachin também abriu
divergência.
O ministro Luís Barroso sustentou sua tese contra o
voto do relator sob o entendimento de que, em
julgamento de casos envolvendo questões
trabalhistas, devem ser consideradas premissas como
garantia dos direitos fundamentais trabalhistas
inscritos na Constituição, preservação de empregos,
formalização do trabalho e promoção da negociação
coletiva.
Segundo ele, existe omissão constitucional contra
dispensa sem justa causa. E a dispensa coletiva é um
fato socialmente relevante não só pelo impacto sobre
milhares de trabalhadores, mas também sobre a
comunidade na qual vivem.
"Não há razão pela qual não se deva sentar numa mesa
de negociação. A intervenção sindical prévia é
exigência procedimental para a dispensa em massa dos
trabalhadores", sustentou.
RE 999.435
Fonte: Consultor Jurídico
21/05/2021 -
CCJ remarca para terça (25) votação da Reforma
Administrativa
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara
dos Deputados adiou, para próxima terça-feira (25),
votação do parecer pela admissibilidade da proposta
de Reforma Administrativa, a PEC 32/20, do governo
Bolsonaro. Caso seja aprovada na comissão técnica, o
texto ainda vai passar pela comissão especial, cuja
análise vai ser quanto ao mérito da proposta do
governo.
O parecer do relator, deputado Darci de Matos
(PSD-SC), favorável à proposta, foi lido na última
segunda-feira (17). Ele propôs 2 mudanças no texto
do governo; a retirada da parte que proíbe que
servidores ocupantes de cargos típicos de Estado
possam exercer qualquer outra atividade remunerada.
Segundo o parecer de Matos, o trecho “impede, a
título de exemplificação, que determinado ocupante
de cargo típico de Estado possa exercer uma
atividade remunerada de músico, mesmo que essa
atividade não comprometa sua jornada e suas
atividades no cargo público”, o que feriria a
previsão constitucional do livre exercício de
qualquer trabalho.
O outro ponto que Darci de Matos sugere que seja
retirado é o que estabelece que o presidente da
República possa extinguir entidades da Administração
Pública autárquica e fundacional.
Segundo o relator, o trecho não pode ser admitido do
ponto de vista constitucional, pois as entidades
desempenham atividades administrativas de forma
descentralizada. Segundo Matos, essas são vinculadas
e não subordinadas aos ministérios, e possuem
personalidade jurídica própria.
Nota Técnica da Consultoria Legislativa do Senado
Segundo a Nota Técnica 69/21, da Consultoria
Legislativa do Senado, embora a proposta de Reforma
Administrativa apresentada pelo Executivo como
“medida de redução de gastos públicos, a PEC 32/20
apresenta diversos efeitos com impactos fiscais
adversos, tais como aumento da corrupção,
facilitação da captura do Estado por agentes
privados e redução da eficiência do setor público em
virtude da desestruturação das organizações” do
Estado brasileiro.
Ainda segundo a NT, “os efeitos previstos [na
proposta] de redução de despesas são limitados,
especialmente no caso da União. Assim, estimamos que
a PEC 32/20, de forma agregada, deverá piorar a
situação fiscal da União, seja por aumento das
despesas ou por redução das receitas.”
Fonte: Diap
21/05/2021 -
Deputados acionam o STF por afastamento imediato de
Salles
A bancada do PT na Câmara protocolou nesta
quinta-feira (20) uma notícia-crime no Supremo
Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento
imediato de Ricardo Salles do cargo de ministro do
Meio Ambiente.
O pedido foi endereçado ao ministro Alexandre de
Moraes, que autorizou a operação da Polícia Federal
deflagrada nesta quarta-feira (19) e que teve Salles
como um dos alvos.
Os deputados pedem também que o ministro do Meio
Ambiente fique proibido de contatar qualquer outro
investigado no caso, sob pena de prisão. A ação
investiga crimes contra a administração pública como
corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e,
especialmente, facilitação de contrabando praticados
por agentes públicos e empresários do ramo
madeireiro.
Os parlamentares lembraram das denúncias feitas ao
Supremo, também por meio de notícia-crime, pelo
então superintendente da Polícia Federal no
Amazonas, Alexandre Saraiva. Após acionar o STF, o
delegado foi exonerado. A notícia-crime denuncia
“inferência do Ministro em favor de madeireiros que
agem à margem da lei na extração de madeira na
Amazônia e que haviam sido alvo de operações da
Polícia Federal”.
“Não há nenhum sentido um Ministro do Meio Ambiente
ser conivente com crimes ambientais e ainda por cima
viabilizar meios para que aconteçam. É um total
disparate para o Brasil, ser um dos maiores
detentores da biodiversidade do planeta e permitir
ter em seu comando um agente, categoricamente
assumido como contrário a todo tipo de preservação
ambiental”, declaram os autores da notícia-crime.
Fonte: Congresso em Foco
21/05/2021 -
Lei que flexibiliza atendimento médico para
gestantes é sancionada
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta
quarta-feira (19/5) projeto de lei que estende o
prazo de validade de prescrições médicas e pedidos
de exames para mulheres grávidas e puérperas. O
puerpério é o período que começa no parto e termina
quando o organismo da mulher volta às condições
normais, o que dura entre 45 e 60 dias.
De acordo com o projeto da deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), os documentos, a critério do médico,
podem se manter válidos durante todo o período da
gravidez ou do puerpério em que foram emitidos,
podendo ser usados formulários por meio eletrônico.
O projeto foi aprovado no Congresso no dia 27 de
abril e será publicado na edição desta quinta-feira
(20/7) do Diário Oficial da União.
A medida ainda estabelece que o sistema de saúde
deverá facilitar o acesso de grávidas e puérperas a
cuidados intensivos e à internação em unidades de
terapia intensiva (UTIs), durante a emergência de
saúde pública decorrente da pandemia de Covid-19,
conforme recomendação da Organização Pan-Americana
da Saúde (Opas) e do próprio Ministério da Saúde. As
informações são da Agência Brasil.
Fonte: Consultor Jurídico
21/05/2021 -
TST admite recurso da Fiesp contra recolhimento de
contribuição sindical de empregados
Para a maioria da SDC, o ônus econômico no
recolhimento e no repasse da contribuição justifica
o interesse da entidade.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que a
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
pode recorrer de decisão que fixou normas para as
empresas recolherem e repassarem aos sindicatos dos
trabalhadores as contribuições assistenciais dos
empregados nas indústrias de calçados de São Paulo e
Cotia (SP). Por maioria, os ministros entenderam que
o procedimento gera ônus econômico para as empresas,
o que justifica o direito de recorrer.
Aceito o apelo, a SDC adequou cláusula coletiva para
limitar os descontos da contribuição apenas aos
empregados associados ao sindicato profissional.
Contribuição assistencial
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados
de São Paulo e o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias de Calçados, Roupas e Acessórios do
Vestuário de Cotia e Região ajuizaram dissídio
coletivo, em 2017, contra a Fiesp, pretendendo o
reajuste salarial e a manutenção das demais
condições de trabalho previstas no Acordo Coletivo
de Trabalho 2016/2017.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região julgou,
ao julgar as cláusulas em que não houve consenso,
decidiu que as empresas devem descontar dos
empregados a contribuição assistencial de 1% ao mês
dos salários, autorizada em assembleia geral da
categoria. Fixou, também, outras obrigações para as
indústrias, como prazo para o repasse das
contribuições ao sindicato profissional, sob pena de
multa, e a elaboração e o envio de lista com o nome
dos empregados e o valor das respectivas
contribuições e dos salários.
Interesse recursal patronal
A Fiesp recorreu ao TST questionando, entre outros
aspectos, a obrigação de cobrar a contribuição de
todos os empregados, independentemente de eles serem
filiados aos sindicatos. Para o relator, não há
interesse da federação no caso, pois o cumprimento
da cláusula não implicaria custos para as empresas.
Contudo, prevaleceu, no julgamento, o entendimento
de que a legitimidade recursal da Fiesp decorre de
três razões: o custo da elaboração de cálculos, da
burocracia e do trabalho para efetuar os descontos,
os ônus processuais a que está sujeita, com multa de
10% e eventuais despesas com advogados, em caso de
descumprimento, e a necessidade de dar cumprimento
aos precedentes vinculantes do Supremo Tribunal
Federal (STF) sobre a matéria.
O ministro Ives Gandra Martins Filho, que abriu a
divergência, observou, ainda, que os trabalhadores
não irão acionar a Justiça contra um desconto de 1%
ao mês dos salários, em razão da relação custo
benefício, “pois nessa demanda nem sequer terão a
assistência judiciária dos sindicatos, a par do ônus
para os trabalhadores não associados de terem de
apresentar sua oposição na sede ou subsedes do
sindicato”. Segundo ele, o não reconhecimento do
interesse recursal das entidades patronais, na
prática, representaria vedação de acesso ao
Judiciário.
Ilegalidade
Em relação ao tema de fundo, o ministro disse que o
TST tem jurisprudência firme (Precedente Normativo
119 e Orientação Jurisprudencial 17 da SDC) sobre a
impossibilidade de instituir contribuição
assistencial a empregados não associados,
independentemente de autorização em assembleia geral
da categoria, por afronta à liberdade de associação.
constitucionalmente assegurada. Lembrou, ainda, que
o STF fixou tese de repercussão geral sobre a
inconstitucionalidade da imposição de contribuições
a empregados não sindicalizados.
A decisão foi por maioria, vencidos os ministros
Mauricio Godinho Delgado, Vieira de Mello Filho e
Kátia Arruda, que não conheciam do recurso por
ausência de interesse recursal. Processo:
RO-1004102-76.2017.5.02.0000
Fonte: TST
21/05/2021 -
OIT abre sua primeira conferência virtual sob
‘devastação’ do mundo do trabalho
Pandemia fez crescer o desemprego, enquanto a
renda do trabalho despencou o equivalente a 4,4% do
PIB mundial em 2020
Pela primeira vez, a Conferência Internacional do
Trabalho, aberta nesta quinta-feira (20), será
realizada de forma virtual. Marcado para 2020 e
adiado devido à pandemia, o evento promovido pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT) está na
109ª edição. “Concluindo com êxito esta Conferência,
a OIT dará um passo a mais pra a superação da
pandemia de covid-19, que devastou o mundo do
trabalho no último ano e meio”, declarou o diretor
geral da organização, Guy Ryder. “E fazê-lo
contribuirá de maneira crucial para construir o
futuro da melhor maneira.”
A mensagem foi encaminhada ao embaixador Osmar
Zniber, de Marrocos, eleito presidente da
Conferência na sessão de abertura. Também foram
escolhidos os três vices, representando os governos
(Chad Blackman, Barbados), os empregadores (Ronnie
Goldberd, Estados Unidos) e os trabalhadores (Annette
Chipeleme, Zâmbia). A maioria das comissões iniciará
atividades em 3 de junho, durante duas semanas e
meia. O evento terá duas fases, em junho e em
novembro/dezembro.
Informe do início do ano aponta uma “diminuição sem
precedentes” na ocupação ao longo de 2020. Foram 114
milhões de empregos a menos em relação ao ano
anterior. Desse total, 81 milhões de pessoas
deixaram de compor a força de trabalho, enquanto o
desemprego aumentou em 33 milhões, chegando a um
total estimado em 220 milhões, número equivalente à
população do Brasil. Mulheres e trabalhadores jovens
estão entre os grupos mais atingidos. De acordo com
a OIT, em 2020 se perdeu um total de 8,8% das horas
trabalhadas, o que corresponde a 255 milhões de
postos de trabalho com jornada integral.
Renda cai, pobreza cresce
A OIT calcula ainda que a renda do trabalho se
reduziu, globalmente, em US$ 3,7 bilhões. Valor
equivalente, acrescenta a entidade, em 4,4% do PIB
mundial. Consequências: redução do consumo, aumento
da desigualdade e da pobreza.
O governo brasileiro – cujas políticas seguem na
lupa dos peritos da OIT – será representado pelo
secretário especial de Previdência Social e do
Trabalho (Ministério da Economia), Bruno Bianco
Legal. O delegado dos empregadores é Vander Costa
presidente da Confederação nacional do Transporte. E
o dos trabalhadores, Carlos Augusto Müller, da CTB.
Fonte: Rede Brasil Atual
21/05/2021 -
Cozinheiro ressalta importância da homologação no
Sindicato
Muitos saem do emprego sem receber totalmente os
direitos. Por isso, a homologação no Sindicato é
importante, porque confere e garante as verbas
rescisórias.
A obrigatoriedade da homologação no Sindicato foi
derrubada pela reforma trabalhista de Michel Temer –
Lei 13.467/17.
É o caso do cozinheiro Genivaldo da Rocha. Após sua
demissão, o trabalhador buscou o Sindicato dos
Trabalhadores em Bares, Hotéis e Restaurantes de SP
(Sinthoresp) para detectar se havia alguma
irregularidade. E tinha. O valor estava errado,
porque não incluía gorjetas. “Sempre tentavam pagar
abaixo do salário-base e começaram a demitir quem
procurava o Sindicato”, relata.
O cozinheiro, que teve também suspensas as parcelas
referentes à demissão, conta: “Corri atrás do meu
direito e aconselhei o mesmo aos colegas demitidos”.
Ana Sabino, advogada responsável pelo setor de
Iniciais Trabalhistas do Sinthoresp, explica: “O
prazo de pagamento das verbas rescisórias, bem como
da entrega ao empregado dos documentos da rescisão,
é de até 10 dias, a partir do término do contrato e
independentemente do tipo de rescisão efetuada”.
Genivaldo da Rocha recomenda a homologação no
Sindicato. Ele diz: “Me instruíram muito bem.
Atendimento que provavelmente não teria com advogado
contratado. Houve audiência de conciliação e já tem
data pra próxima”.
Fonte: Agência Sindical
20/05/2021 -
Sindicalismo luta pra adiar PEC destrutiva
Sindicalismo tenta junto a parlamentares barrar a
Proposta de Emenda Constitucional PEC 32/2020 –
reforma administrativa – encaminhada pelo governo.
Votação prevista pra esta quinta.
Lideradas pelo Movimento Basta, dezenas de entidades
assinam Carta Aberta aos deputados contra a PEC 32.
Centrais Sindicais também atuam na resistência.
Audiências públicas se multiplicam pelo País.
Segundo o documento, a PEC 32 agride a população que
mais precisa da proteção social e o funcionalismo
público, que pode até ser extinto.
Desequilibra – Para Antonio Carlos Fernandes,
presidente da Confederação Confederação Nacional das
Carreiras Típicas de Estado – Conacate e um dos
dirigentes do Movimento Basta, a PEC da Reforma
Administrativa é gravíssima. Ele diz: “A PEC quebra
o equilíbrio entre sociedade, Estado e mercado. Há
famílias inteiras vivendo nas ruas. A pandemia
persiste e mata. O mercado acha que isso não é com
ele. Desmontar o Estado, ainda mais agora, é algo
inominável”. E completa: “A prioridade é a vida!”
“Luta contra a PEC interessa a todos. Ao
funcionalismo, aos trabalhadores do setor privado
que dependem desses serviços e a milhões de
brasileiros sem renda e sem emprego, que só têm
esses serviços pra socorrer”, afirma trecho da Carta
Aberta.
“Em meio à pandemia é ainda mais impróprio votar PEC
de tamanha repercussão na vida dos Servidores, do
povo e para o Estado”, afirma Lineu Mazano,
dirigente do Plano dos Servidores Públicos da Nova
Central e presidente do Sispesp (estadual). Ele
lembra que, pela Constituição, os governos devem
atender os direitos humanos fundamentais.
Mais –
Site das
Centrais,
Basta,
Conacate
e
Fórum Sindical
dos Trabalhadores – FST.
Fonte: Agência Sindical
20/05/2021 -
Pazuello diz na CPI da Covid que Bolsonaro nunca lhe
deu ordens diretas
“O presidente nunca me deu ordens diretas para
nada”, disse o ex-ministro da Saúde numa clara
estratégia de proteger o presidente, mesmo correndo
o risco de se incriminar
Questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL)
sobre as recomendações que recebia de Bolsonaro
sobre as ações contra à pandemia do coronavírus, o
ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta
quarta-feira (19) na CPI da Covid: “O presidente
nunca me deu ordens diretas para nada”. Com isso,
ficou clara a estratégia de blindar Bolsonaro, mesmo
correndo o risco de se incriminar.
Sobre o a afirmação subserviente, o ex-ministro
afirmou: “Aquilo foi uma declaração simplória, um
jargão para efeito de internet”. Numa live em
outubro do ano passado, ao lado do presidente, após
ser desautorizado numa decisão anunciada a
governadores sobre a compra das doses de vacina da
Coronav, o ex-ministro afirmou o seguinte: “É
simples assim: um manda e o outro obedece”.
“Sua nomeação deu-se sob a condição de cumprimento
de alguma ordem específica, como a recomendação de
tratamento precoce para a Covid com cloroquina ou
outro medicamento?”, indagou o relator. “Em hipótese
alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas
para nada”, respondeu Pazuello.
Questionado sobre a frequência em que se reunia com
o presidente, ele respondeu que era menos do que
gostaria. Quando havia o encontro, segundo ele, era
para apresentar ideias e contar com estava a
pandemia.
Amparado pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
Pazuello ainda não utilizou o direito de permanecer
em silêncio em questionamentos que possam lhe
incriminar.
Fonte: Portal Vermelho
20/05/2021 -
STF tem 3 votos favoráveis para dispensa em massa
sem negociação coletiva
O julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a
possibilidade de empresas dispensarem trabalhadores
em massa sem negociação coletiva, iniciado nesta
quarta-feira (19/5), será retomado na sessão desta
quinta-feira. O recurso extraordinário tem três
votos favoráveis à desnecessidade de o empregador
acordar a dispensa com o sindicato laboral e um
contrário a esse entendimento. Para o ministro Marco
Aurélio, relator do recurso extraordinário — que tem
repercussão geral reconhecida —, "o trabalhador não
é um tutelado do sindicato".
Dois ministros seguiram o entendimento do relator,
para quem "a dispensa em massa de trabalhadores
prescinde de negociação coletiva": Alexandre de
Moraes e Nunes Marques. Divergiu o ministro Edson
Fachin.
Para chegar ao entendimento que fixou como tese, o
ministro Marco Aurélio considerou inicialmente o
inciso I do artigo 7º da Constituição, segundo o
qual é direito do trabalhador a "relação de emprego
protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, dentre outros direitos".
Para o ministro, o dispositivo tem uma parte
implícita, que respalda a diminuição de folha de
pessoal, para que a empresa fuja da "morte civil" e
da "falência", mediante verba compensatória. A lei
complementar mencionada pela norma constitucional
não foi editada, mas essa ausência, segundo Marco
Aurélio, foi suprida pelo artigo 10 do ADCT.
Além disso, o relator mencionou que o artigo 7º da
Constituição prevê um rol taxativo de situações em
que direitos trabalhistas podem ser relativizados
mediante negociação coletiva. "(...)As exceções
contempladas afastam a possibilidade de se inserir
outras no cenário jurídico", afirmou.
Quanto ao inciso XXVI do mesmo artigo, segundo o
qual o trabalhador tem o direito ao "reconhecimento
das convenções e acordos coletivos de trabalho", o
relator propôs, em seu voto, interpretação
sistemática do texto constitucional. "Se tomado
separadamente o preceito, será possível a
flexibilização, independentemente do tema", disse.
Mas acrescentou: "A Carta da República é um grande
todo. Não contém preceitos isolados, passíveis de
interpretação como se fossem de autonomia maior, até
mesmo podendo chegar-se a um paradoxo, a uma
incoerência".
Por fim, Marco Aurélio ainda mencionou o artigo
477-A da CLT, acrescido pela reforma trabalhista e
que equipara as dispensas individuais imotivadas às
"plúrimas ou coletivas".
Ao acompanhar o relator, o ministro Alexandre de
Moraes afirmou que a "dispensa coletiva constitui
cessação simultânea de grande quantidade de contrato
de trabalho por motivo singular e incomum a todos,
ante a necessidade de o ente empresarial reduzir
definitivamente o quadro de empregados por razões de
ordem econômica e financeira".
O procurador-geral da República, Augusto Aras,
tentou introduzir no julgamento desta quarta a tese
segundo a qual seria obrigatório levar em conta a
Convenção 158 da OIT. Segundo ele, "não se admite
demissão em massa dos trabalhadores sem prévia
negociação coletiva". "A norma internacional é
protetiva do trabalhador."
Aras disse que, ao mesmo tempo em que "o Estado não
pode impedir empresas de demitir", essas companhias
têm a obrigação de propor negociação prévia em casos
de demissão em massa. "A empresa tem o direito de
fazer a demissão em massa e não esperar por chancela
do sindicato, mas deve fazer negociação prévia,
adotando, por exemplo, plano de demissão",
completou.
RE 999.435
Fonte: Consultor Jurídico
20/05/2021 -
Ação de trabalhador contra sindicato é de
competência da Justiça do Trabalho
Conforme determina o artigo 114 da Constituição da
República, é da Justiça do Trabalho a competência
para julgar ações relativas a relações laborais, o
que inclui a representação sindical. Com esse
entendimento, a 6ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho reconheceu a competência da Justiça
trabalhista para cuidar de reclamação movida por um
metalúrgico contra o sindicato de sua categoria.
Na ação, o ex-mecânico da Ford do Brasil, de Taubaté
(SP), pede que o Sindicato dos Metalúrgicos de
Taubaté e Região pague indenização por danos morais
de R$ 50 mil, alegando que a entidade foi omissa e
conivente com a sua demissão e a de mais 135
empregados, ocorridas em 2015.
O trabalhador sustenta na ação que o ato demissional
foi "completamente irregular e questionável", pois o
sindicato da categoria não estava presente no
momento da demissão, nem na assinatura de
documentos. Segundo ele, os demitidos foram
informados de que a entidade sabia da programação da
empresa e, ainda assim, não compareceu e assinou,
posteriormente, documento que só poderia ter sido
assinado no dia da dispensa, na presença dos
trabalhadores, chancelando o ato abusivo da
montadora.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Taubaté julgou
improcedente o pedido de indenização e o Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região (interior de São
Paulo), ao examinar o recurso, entendeu que o caso
deveria ser julgado pela Justiça comum, e não pela
Justiça do Trabalho, por se tratar de relação de
natureza civil entre a entidade sindical e seu
filiado. "Não há relação de trabalho apta a
justificar a competência da Justiça do Trabalho",
afirmou a corte regional.
Porém, a relatora do recurso de revista do
trabalhador, ministra Kátia Arruda, lembrou que o
inciso III do artigo 114 da Constituição da
República prevê a competência da Justiça do Trabalho
para processar e julgar casos em razão da matéria
(ações sobre representação sindical) e em razão da
pessoa (ações entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores e entre sindicatos e empregadores). O
inciso IX do mesmo artigo confere competência à
Justiça do Trabalho também para processar e julgar
"outras controvérsias decorrentes da relação de
trabalho, na forma da lei".
"Tratando-se a hipótese dos autos de ação entre
sindicato e trabalhador, decorrente da atuação
sindical na representação de seus filiados, é
competente a Justiça do Trabalho para julgar a
demanda, conforme expressa previsão constitucional",
concluiu. Por unanimidade, a turma determinou o
retorno do processo à origem para que prossiga o
julgamento. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
RR 10101-49.2017.5.15.0102
Fonte: Consultor Jurídico
20/05/2021 -
Câmara conclui votação de MP que viabiliza
privatização da Eletrobras; vai ao Senado
A Câmara dos Deputados concluiu, no início da
madrugada desta quinta-feira (20), a votação da MP
(Medida Provisória) 1.031/21, que viabiliza a
desestatização da Eletrobras, estatal vinculada ao
Ministério de Minas e Energia que responde por 30%
da energia gerada no País. O texto-base da “MP do
Apagão” foi chancelado por 313 a 166. A matéria vai
ser enviada ao exame do Senado.
O plenário rejeitou todos os destaques apresentados
pelos partidos ao texto do relator, deputado Elmar
Nascimento (DEM-BA). Em seguida, a sessão foi
encerrada.
Segundo o Stiu-DF (Sindicato dos Urbanitários no
Distrito Federal), o primeiro efeito da privatização
vai ser o “aumento de tarifa de cerca de 20% nas
contas de luz das residências.”
Ainda segundo a entidade sindical “estimativa é
feita pela Plataforma Operária e Camponesa para Água
e Energia e pelo MAB (Movimento dos Atingidos por
Barragens), com base em dados da Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica).
Modelo previsto
O modelo adotado pela MP prevê a emissão de novas
ações da Eletrobras, a serem vendidas no mercado sem
a participação da empresa, resultando na perda do
controle acionário de voto mantido atualmente pela
União.
Essa forma de desestatização é a mesma proposta no
PL 5.877/19, que o governo enviou à Câmara, mas não
foi adiante. Apesar de perder o controle, a União
terá ação de classe especial (golden share) que lhe
garante poder de veto em decisões da assembleia de
acionistas, a fim de evitar que algum desses ou
grupo de vários detenha mais de 10% do capital
votante da Eletrobras.
Pontos rejeitados. Leia os destaques votados e
rejeitados:
• emenda do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES)
pretendia retirar do texto dispositivos como
contratação de energia de pequenas centrais
hidrelétricas e de termelétricas;
• destaque do MDB pretendia retirar do texto a
previsão de compra de energia de termelétricas
movidas a gás natural;
• emenda do deputado Merlong Solano (PT-PI) incluía
artigo para exigir o pagamento, pela Eletrobras, de
diferença de avaliação de ativos da distribuidora de
energia do Piauí quando da oferta da empresa em
renegociações de dívidas na década de 90;
• destaque do PT pretendia retirar do texto artigo
que prevê a concessão de nova outorga para o grupo
Eletrobras por mais 30 anos;
• emenda do deputado Wolney Queiroz (PDT-PE)
pretendia conceder ao governo poder de veto na
administração da Eletrobras, após a desestatização,
em relação a medidas que impactem a segurança
energética e hídrica do País;
• destaque do PCdoB pretendia evitar a dispensa
concedida à Eletrobras desestatizada de pagar 2,5%
da receita anual que obtiver, ao longo de cinco
anos, a título de uso do bem público porque mudou do
regime de serviço público para produção
independente;
• destaque do PSol pretendia evitar que, mesmo após
a capitalização, as garantias concedidas pela União
à Eletrobras e a suas subsidiárias continuem valendo
para os contratos firmados anteriormente, inclusive
os assumidos pela nova estatal que ficará com a
Eletronuclear e Itaipu;
• destaque do PSB pretendia evitar que essa mesma
garantia continuasse, após a capitalização, para a
Eletrobras e suas subsidiárias, mantendo-a para a
nova estatal;
• emenda do deputado Danilo Cabral (PSB-PE)
pretendia retirar do processo de desestatização da
Eletrobras a subsidiária Companhia Hidroelétrica do
São Francisco (Chesf), vinculando-a ao Ministério do
Desenvolvimento Regional; e
• emenda do deputado Wolney Queiroz (PDT-PE)
garantia, por cinco anos, o emprego de 90% dos
empregados da Eletrobras após a desestatização. (Com
informações da Agência Câmara)
Fonte: Diap
20/05/2021 -
1,3 milhão de trabalhadores desistem de procurar
emprego desde o início da pandemia
Número de desempregados desalentados se aproxima
de 6 milhões no primeiro ano de pandemia no país
Quase 1,3 milhão de trabalhadores desempregados
deixaram de procurar emprego no primeiro ano da
pandemia de Covid-19.
Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), que aponta que esse
contingente passou a integrar o grupo de
trabalhadores desalentados no país – desempregados
que desistiram de procurar emprego por saberem que
não serão absorvidos no mercado de trabalho.
Este é um dos aspectos mais evidentes da crise
econômica e social do país no quadro da pandemia.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira (20), a
Folha de S.Paulo cita, entre outros, o economista
Hélio Zylberstajn, professor sênior da FEA-USP e
coordenador do Projeto Salariômetro, da Fipe: “A
pandemia expulsou parte das pessoas do mercado de
trabalho, e elas não conseguiram voltar”.
Fonte: Brasil247
19/05/2021 -
Mulheres das Centrais discutem PLC 130 com senador
Paulo Paim e deputada Jandira Feghali
Líderes da Força Sindical, CGTB, CSB, CTB, CUT, Nova
Central e UGT participaram nesta tarde de Live com o
senador Paulo Paim (PT-RS) e a deputada federal
Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Em pauta, o PLC 130/2011
sobre igualdade salarial entre homens e mulheres que
voltou à Câmara dos Deputados.
O PLC 130/2011, que estabelece multa para empresas
que pagarem salários diferentes para homens e
mulheres que exerçam a mesma função, havia sido
aprovado pelo Senado no dia 30 de março e aguardava
sanção presidencial, mas o presidente da Câmara,
deputado Arthur Lira, solicitou à Presidência da
República a volta do projeto.
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária de
políticas para mulheres da Força Sindical, foi uma
das coordenadora do encontro e falou sobre a
importância do debate para fortalecer a as ações das
mulheres trabalhadoras e dirigentes sindicais.
Os Químicos da Força marcaram presença no evento e
destacam a luta por igualdade e equidade e pelo fim
das discriminações.
Fonte: Mundo Sindical
19/05/2021 -
OMS e OIT apontam que longas jornadas de trabalho
prejudicam saúde
Relatório divulgado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT) aponta que as longas jornadas de
trabalho podem provocar mortes por acidente vascular
cerebral e doença isquêmica do coração. Em 2016, foi
registrada alta de 29% nos óbitos em decorrência
dessas doenças, em comparação com o início da
avaliação, em 2000.
A análise das entidades globais registraram que, em
2016, 398 mil pessoas morreram vítimas de acidente
vascular cerebral e 347 mil em decorrência de
doenças cardíacas em consequência de uma carga
horária de 55 horas semanais de trabalho.
Segundo a OMS e OIT, as longas jornadas são
responsáveis por cerca de um terço da carga total
estimada de doenças relacionadas ao trabalho.
O documento conclui que trabalhar 55 ou mais horas
por semana está associado a risco estimado de 35%
maior de acidente vascular cerebral e 17% mais
chances de óbito em decorrência de doenças
cardíacas, em comparação com jornadas de 35 a 40
horas por semana. Além disso, o número de
trabalhadores nesta situação de excesso de trabalho
aumenta. Cerca de 9% da população global já é
afetada.
Pandemia – O diretor-geral da OMS, Tedros
Adhanom, afirma que a pandemia da Covid-19 acelera
fatores que podem aumentar o tempo de trabalho. “O
teletrabalho se tornou a norma em muitos setores,
muitas vezes confundindo fronteiras entre casa e
trabalho”, explica. Para ele, isso decorre da
redução de operação de empresas e uma sobrecarga aos
que continuam empregados, que acabam trabalhando por
mais tempo.
“Nenhum trabalho compensa o risco de acidente
vascular cerebral ou doença cardíaca. Governos,
empregadores e trabalhadores precisam cooperar pra
chegar a um acordo sobre limites para proteger a
saúde dos trabalhadores”, conclui o diretor da
Organização Mundial da Saúde.
Mais – Clique
aqui e tenha acesso ao estudo completo.
Fonte: Agência Sindical
19/05/2021 -
Câmara dos Deputados quer interrogar Rogério Marinho
sobre orçamento secreto
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério
Marinho foi convidado a depor na Câmara no dia 8 de
junho sobre o orçamento secreto, criado para
favorecer aliados do governo.
Um pedido de convocação do ministro, apresentado
pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), foi
transformado em convite e aprovado por unanimidade
pelo colegiado, nesta terça-feira (18), informa O
Estado de S.Paulo.
O deputado requerente chamou o orçamento secreto de
"esquema espúrio" e acusou o governo de ferir as
normas constitucionais.
Um esquema montado por Jair Bolsonaro para controlar
o Congresso, no fim do ano passado, criou um
orçamento secreto de R$ 3 bilhões. Por ordem do
Palácio do Planalto, o dinheiro foi liberado pelo
Ministério do Desenvolvimento Regional em troca de
apoio ao governo.
Fonte: Brasil247
19/05/2021 -
Décimo terceiro do INSS começa a ser depositado dia
25
Pagamentos são para aposentados e pensionistas
Antecipada para maio por causa da pandemia de covid-19,
a primeira parcela do décimo terceiro do Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) começará a ser paga
no próximo dia 25. Os depósitos ocorrerão até 8 de
junho.
A segunda parcela do décimo terceiro será paga entre
24 de junho e 5 de julho. As datas são distribuídas
conforme o dígito final do benefício, começando nos
segurados de final 1 e terminando nos segurados de
final 0.
Tais datas valem para quem recebe aposentadorias,
auxílios e pensões de até um salário mínimo. Para
quem ganha acima do mínimo, o calendário é um pouco
diferente. A primeira parcela será paga de 1º a 8 de
junho; e a segunda, de 1º a 7 de julho. Começam a
receber os segurados de final 1 e 6, passando para 2
e 7 no dia seguinte e terminando nos finais 9 e 0.
As datas estão sendo informadas no site e no
aplicativo Meu INSS. A primeira parcela do décimo
terceiro é isenta de Imposto de Renda e equivale à
metade do benefício mensal bruto pago pelo INSS. O
imposto só é cobrado na segunda parcela.
A tributação varia conforme a idade. O segurado de
até 64 anos paga Imposto de Renda caso receba acima
de R$ 1.903,98. De 65 anos em diante, a tributação
só é cobrada se o benefício for superior a R$
3.807,96.
O decreto com a antecipação do décimo terceiro para
aposentados e pensionistas foi publicado em 4 de
maio. Segundo o Ministério da Economia, a medida
deve injetar cerca R$ 52,7 bilhões na economia do
país e não terá impacto orçamentário, por tratar-se
apenas de mudança de data de pagamento.
Fonte: Agência Brasil
19/05/2021 -
MPT pode questionar desconto de contribuições de não
sindicalizados
O Ministério Público do Trabalho (MPT) possui
competência para propor ação em defesa de direitos
individuais homogêneos, o que inclui o
questionamento de desconto salarial efetuado a
título de contribuição assistencial para empregados
não filiados a um sindicato. Esse entendimento foi
adotado pela Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho para
rejeitar o recurso de uma entidade sindical contra o
reconhecimento da legitimidade do MPT para
questionar o desconto.
O MPT ajuizou em 2014 ação civil pública para
pleitear que o Sindicato dos Empregados dos Agentes
Autônomos no Comércio do Rio Grande do Sul (Seaacom/RS)
se abstivesse de instituir a obrigatoriedade da
contribuição assistencial, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho, também a
trabalhadores não filiados, salvo mediante expressa
e prévia autorização individual.
O sindicato, em sua defesa, sustentou que, no caso,
há um grupo específico de trabalhadores que o
Ministério Público pretende proteger, que são os
empregados não associados que não desejam
contribuir. Dentro desse grupo, "os direitos em tese
violados, como direito de liberdade de associação e
intangibilidade salarial, não são transindividuais
ou indivisíveis, mas direitos individuais dos
empregados, que podem ser individualizados e
individualmente exercidos".
Essa tese foi rejeitada pelo juízo de primeiro grau,
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
e pela 6ª Turma do TST, o que levou o sindicato a
interpor embargos à SDI-1, também sem sucesso.
O relator, ministro Alberto Bresciani, considerou
que, em complementação às normas constitucionais, a
Lei Complementar 75/1993 atribuiu ao Ministério
Público a legitimidade para propor ação civil
pública em defesa dos direitos constitucionais,
individuais indisponíveis, homogêneos, sociais,
difusos e coletivos. Para o ministro, o caso trata
de direitos individuais homogêneos, que dizem
respeito a grupo, categoria ou classe de pessoas
determinadas ou determináveis que compartilhem
prejuízos divisíveis, de origem comum, normalmente
provenientes das mesmas circunstâncias de fato.
Segundo o ministro, a pretensão do MPT volta-se para
pessoas determinadas, cujos prejuízos ou potenciais
prejuízos resultam do mesmo fato, que é a inclusão
de cláusula em negociação coletiva prevendo o dever
de contribuição assistencial também para empregados
não associados. "A origem comum faz presumir a
uniformidade da gênese dos direitos", argumentou o
relator, para quem, ainda que seja disponível, há
relevância social no direito tutelado, o que
justifica a ação do MPT, conforme diversos
precedentes do TST. A decisão foi por maioria,
vencidos parcialmente os ministros Breno Medeiros e
Maria Cristina Peduzzi. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
E-RR 20725-23.2014.5.04.0021
Fonte: Consultor Jurídico
19/05/2021 -
Comissão aprova projeto que permite renovação de
estágio e aprendizagem por um ano
Hoje, os dois tipos de contrato são restritos a
dois anos
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (18) proposta permitindo que os
contratos de estágio e de aprendizagem possam ser
renovados por mais um ano.
Hoje, os dois tipos de contrato são restritos a dois
anos. Esses prazos estão previstos, respectivamente,
na Lei do Estágio e na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
A proposta aprovada é um substitutivo do deputado
Lucas Gonzalez (Novo-MG) ao Projeto de Lei 4813/12,
do deputado Ricardo Izar (PP-SP). O relator
recomendou a rejeição das demais propostas
apensadas, inclusive a principal – PL 4579/09, do
ex-deputado Dr. Pinotti (SP) –, que “puxa” a
tramitação.
“A medida é integralmente benéfica para a geração de
profissionais mais capacitados e prontos para um
mercado de trabalho cada vez mais exigente e
necessitado”, disse Gonzalez.
O substitutivo determina ainda que os estagiários
que concluírem o curso superior durante o estágio
poderão permanecer no emprego por mais seis meses.
Tramitação
A proposta principal (PL 4579/09) e os apensados,
inclusive o que foi aprovado nesta terça-feira pela
Comissão de Trabalho, serão analisados agora nas
comissões de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
19/05/2021 -
O avanço da Covid-19 e o pesadelo bolsonarista
A ameaça que paira sobre o Brasil de uma terceira
onda da Covid-19 remete à escalada sem limite das
irresponsabilidades do governo Bolsonaro. Os números
voltam a subir e já há projeções que indicam a
possibilidade de o Brasil chegar à marca trágica de
750 mil óbitos dentro de alguns meses. Isso poderá
ocorrer caso o Brasil não acelere o ritmo da
vacinação e a população não mantenha medidas
preventivas, como o uso de máscaras e o
distanciamento social.
Ocorre que no Brasil, como estão demonstrando quase
todos os depoimentos na CPI da Covid-19, Bolsonaro e
seu governo foram negligentes na aquisição de
vacinas e agora o país enfrenta escassez de
imunizantes e de insumos para a sua produção.
Ademais, o presidente segue em sua linha de
contestar as medidas de proteção social ao
desrespeitar as pessoas que buscam se proteger em
suas casas e estimula aglomerações de seus
seguidores em manifestações contrárias ao Estado
Democrático de Direito.
Vale ressaltar o esforço dos gestores que seguem em
busca de soluções para a escassez de vacinas e
insumos para suprir as carências de trabalhadores e
empresas afetadas pela pandemia, e não contam com
apoio necessário do governo federal. Do mesmo modo,
destaca-se as ações semelhantes e de solidariedade
de entidades da sociedade civil. Deste modo,
constitui-se, na prática, um amplo movimento em
defesa do Brasil e contra Bolsonaro.
Esses prognósticos e diagnósticos se repetem
exatamente pela natureza do governo Bolsonaro. O
país está fendido em dois extremos por decorrência
da realidade trágica da combinação das crises
econômicas e sanitária, o que prenuncia para breve
um cenário ainda mais dramático. A indiferença do
bolsonarismo diante dessa situação certamente o
conduzirá cada vez mais para o isolamento,
resultando num acúmulo de contradições cuja evolução
pode levar o país para grandes antagonismos.
Existe uma situação concreta, de grande tragédia
social e humanitária, que não tem como perdurar por
tempo indefinido. É uma constatação que permite
vislumbrar a soma de forças cada mais amplas no
sentido de procurar saídas. Consequentemente, o
responsável por esse grave momento, o bolsonarismo,
tende a reagir cada vez mais com autoritarismo, a
única forma para se manter como projeto de poder. É
um cenário desafiador, que exige firmeza e clareza
de objetivo para encontrar soluções e livrar o país
desse pesadelo.
Fonte: Portal Vermelho
19/05/2021 -
TST: Empresa pagará R$ 5 mil por cancelar plano de
saúde de aposentado
Para colegiado, supressão do plano foi ilícita e
abalou psicologicamente o aposentado por invalidez.
A 2ª turma do TST condenou uma empresa a pagar R$ 5
mil de indenização a um motorista que teve o plano
de saúde cancelado por quase um ano após a
aposentadoria por invalidez. Para a turma, a
supressão do plano foi ilícita e abalou
psicologicamente o empregado.
O motorista ficou afastado diversos períodos, em
razão de uma hérnia de disco de origem ocupacional,
até ser concedida sua aposentadoria por invalidez,
em novembro de 2014.
Na reclamação trabalhista, ele disse que, em
dezembro do mesmo ano, a empresa o excluiu do plano
de assistência médico-hospitalar que mantinha,
levando-o a optar pelo pagamento integral da
mensalidade dele e de sua esposa, com base na lei
dos planos de saúde (lei 9.656/98).
Contudo, em junho de 2015, ao precisar fazer exames,
foi informado que seu contrato fora cancelado pela
empresa. Segundo o motorista, a supressão foi
arbitrária e abusiva e atingiu sua dignidade quando
mais necessitava.
Suspensão do contrato
A empresa, em sua defesa, sustentou que a legislação
determina que a aposentadoria por invalidez gera a
suspensão total do contrato de trabalho. Também
argumentou que não houve comprovação de que o
cancelamento do benefício teria gerado dano ao
aposentado e que, por outro lado, havia provas de
que ele não havia necessitado do plano.
O juízo de primeiro grau e o TRT da 15ª região
rejeitaram o pedido de indenização. Segundo o TRT,
embora pudesse ter causado ao empregado alguns
dissabores, o cancelamento indevido, por si só, não
era suficiente para condenar a empresa, e cabia ao
trabalhador comprovar qualquer ocorrência
extraordinária que lhe assegurasse a indenização por
danos morais, o que não ocorreu.
Ato ilícito
O relator do recurso de revista do motorista, ministro
José Roberto Pimenta, entendeu que, uma vez
constatado que o cancelamento se deu de forma
indevida, é evidente a violação dos direitos da
personalidade. "O empregado se viu abalado
psicologicamente porque teve dificultado seu acesso
e de sua família à assistência à saúde", afirmou o
relator.
De acordo com o ministro, o dano moral, em si, não é
passível de prova, pois acontece no íntimo do ser
humano, "de modo que não é possível demonstrá-lo
materialmente". A decisão foi unânime.
Processo: 11746-43.2015.5.15.0082
Fonte: Migalhas
18/05/2021 -
Nota: Força Sindical, UGT, CSB e NCST sobre conflito
entre Palestinos e Israelenses
A Força Sindical, a UGT (União Geral dos
Trabalhadores) e a CSB (Central de Sindicatos
Brasileiros) manifestam profunda preocupação e
repudiam a violência indiscriminada que está
acontecendo no conflito entre Israelenses e
Palestinos, na Faixa de Gaza.
É preocupante, principalmente, a violência
desproporcional de Israel contra os Palestinos, que
tem deixado centenas de mortos, dezenas de feridos e
desabrigados, sendo a grande maioria do lado
Palestino.
Consideramos que tudo e qualquer ataque violento
indiscriminado contra crianças, civis e os
trabalhadores, viola o direito internacional, e deve
ser devidamente investigado, e os responsáveis
rigorosamente punidos de acordo as normas e leis
estabelecidas em nível nacional e internacional.
Fazemos um apelo para que a ONU e a comunidade
internacional exerçam ao máximo sua influência
diplomática que permitam um imediato cessar fogo na
região, e contribuam de forma clara e efetiva para
um processo de paz, que assegure a dignidade, a
segurança, a justiça social, a paz e o
desenvolvimento sustentável para um Estado da
Palestina, o Estado de Israel, e essa região do
oriente médio.
Ressaltamos a importância de um processo de paz,
baseado na tolerância, democracia e diálogo
permanente.
São Paulo, 17 de maio de 2021
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT)
Antonio Neto, presidente da Central de Sindicatos
Brasileiros (CSB)
José Reginaldo Inácio Presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST)
Fonte: Mundo Sindical
18/05/2021 -
”Governo não tem tese de defesa, então vive de
agredir”, diz Renan
O avanço dos trabalhos da CPI da Covid deixa cada
vez mais claras as omissões do governo federal na
condução da pandemia. O colegiado está na terceira
semana de depoimentos e ouve na quarta-feira (19)
testemunha chave para as investigações: o
ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
“Muita coisa comprovada e que continuam, enquanto o
governo não tem uma tese de defesa. Qualquer
investigação, em qualquer lugar, você tem um
investigado e uma tese de defesa. O governo não tem,
então vive de agredir, de tentar expor as pessoas,
confrontar, fazer fake news e mentir”, afirmou o
relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL),
ao Congresso em Foco.
Ao insistir no negacionismo, Jair Bolsonaro complica
ainda mais sua situação. É como avalia o relator
sobre a participação do presidente neste domingo
(16) em manifestação contra o lockdown e em apoio ao
governo federal. Mais uma vez, Bolsonaro ignorou as
recomendações de autoridades sanitárias e, sem
máscara, provocou aglomerações.
“Esse é o maior problema do presidente, que reincide
a cada dia. É isso que o diferencia de qualquer
outro chefe de estado. Ele continua estimulando
aglomeração, a cloroquina, contra a vacinação... até
agora não se vacinou”, afirma o senador.
O relator diz que essa insistência do presidente só
reforça a responsabilidade da CPI, que não deixará
de responsabilizar ninguém. “Poderia ser diferente,
como ele não cede, ele se considera inimputável...
As coisas tendem a podem piorar”.
Fonte: Congresso em Foco
18/05/2021 -
Maioria dos brasileiros apoia impeachment de
Bolsonaro, revela Datafolha
Segundo a pesquisa, a tendência detectada em relação
ao impeachment reflete os números negativos para
Bolsonaro apontados em outros pontos do levantamento
feito nesta semana. O presidente atingiu sua pior
avaliação no mandato e ficou muito atrás de Lula na
corrida presidencial
De acordo com pesquisa Datafolha, 49% dos
brasileiros apoiam impeachment de Bolsonaro contra
46% que se dizem contrários. Essa é a primeira vez
nos levantamentos já feitos pelo Instituo que,
numericamente, os que são a favor do afastamento do
presidente aparecem na frente dos que são contra. O
Datafolha entrevistou presencialmente 2.071 pessoas
em todo o Brasil na terça (11) e na quarta (12). A
margem de erro é de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Segundo o levantamento, os índices representam um
empate técnico dentro da margem de erro, mas
praticamente se inverteram em relação a março deste
ano, quando 50% afirmavam se opor ao impeachment,
ante 46% que se declararam a favor.
“A tendência detectada em relação ao impeachment
reflete os números negativos para Bolsonaro
apontados em outros pontos da pesquisa feita nesta
semana. O presidente, por exemplo, atingiu sua pior
avaliação no mandato nos levantamentos do Datafolha
e apareceu muito atrás de seu principal adversário
na corrida eleitoral para 2022, o ex-presidente
Lula, do PT”, diz matéria de Felipe Bächtold no UOL.
Em outros pontos da pesquisa, Bolsonaro é avaliado
como ótimo ou bom por apenas 24% dos entrevistados,
queda de seis pontos percentuais em relação a dois
meses atrás. Na pesquisa eleitoral, 54% disseram
agora que não votariam de jeito nenhum na reeleição
do atual mandatário. Em simulação de segundo turno,
Lula aparece com 55% ante 32% do presidente.
O Datafolha mostra que a oposição ao impeachment é
maior em alguns segmentos que apoiam Bolsonaro em
outros campos da pesquisa. A reprovação ao
impeachment vai a 52% entre homens e no Sul do país.
Também sobe para 60% entre entrevistados que dizem
não ter medo do coronavírus, 57% entre evangélicos e
56% entre assalariados registrados.
Já o apoio ao afastamento cresce entre jovens de 16
a 24 anos (57%), moradores do Nordeste (também 57%),
desempregados que procuram emprego (62%) e
entrevistados que dizem ter muito medo do
coronavírus (60%). Entre eleitores do ex-presidente
Lula, o apoio ao afastamento salta para 74%.
Com informações do UOL
Fonte: Portal Vermelho
18/05/2021 -
TST nega autorização para desconto de contribuição
sindical por norma coletiva
Conforme determinou a reforma trabalhista (Lei nº
13.467/2017), o desconto das contribuições sindicais
dos empregados de uma empresa só pode ser efetivado
com autorização individual, mesmo que haja previsão
em norma coletiva. Esse entendimento foi adotado
pela 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho para
julgar improcedente o pedido feito por um sindicato
da cidade de Araraquara (SP) para que o desconto
fosse feito com base em permissão coletiva.
Na reclamação trabalhista, ajuizada em abril de
2019, o Sindicato dos Empregados em Empresas de
Asseio e Conservação e Trabalhadores na Limpeza
Urbana de Araraquara, São Carlos, Matão e Região
argumentou que havia deliberação e autorização
expressas do desconto em folha nas normas coletivas
da categoria. Por isso, pedia a retenção e o repasse
dos valores dos empregados da Sodexo Facilities
Ltda.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(interior de São Paulo) manteve a sentença do juízo
da 85ª Vara do Trabalho de São Paulo, que julgara o
pedido procedente. "Em homenagem ao princípio da
autonomia privada coletiva, a norma negociada deve
prevalecer sobre a legislada, conferindo, assim, a
máxima efetividade às normas constitucionais",
destacou a corte regional.
No entanto, o relator do recurso de revista da
empresa, ministro Brito Pereira, explicou que, com a
alteração legislativa introduzida pela reforma
trabalhista, a contribuição sindical deixou de ser
obrigatória — seu pagamento passou a ser faculdade
do empregado. "A autorização para tanto deve ser
prévia, expressa e individual", afirmou o relator.
De acordo com o ministro, embora o artigo 578 da CLT
não exija que a autorização seja individual, a maior
efetividade da norma que garante a faculdade do
empregado de pagar a contribuição sindical somente é
alcançada mediante a interpretação de que, para que
o desconto seja realizado, é necessário que a
autorização seja individual. Na sua avaliação, a
permissão por meio de norma coletiva, ainda que
aprovada em assembleia geral, não observa o
princípio constitucional da liberdade de associação.
Ainda segundo o relator, o Supremo Tribunal Federal
reconheceu a constitucionalidade dos dispositivos da
reforma trabalhista que suprimiram o caráter
compulsório das contribuições sindicais e
condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa
autorização dos filiados. A decisão foi unânime. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
RR 1000476-17.2019.5.02.0085
Fonte: Consultor Jurídico
18/05/2021 -
STF julga nesta quarta-feira se sindicatos podem
negociar nas demissões coletivas
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem
decidir nesta quarta-feira (19) se as demissões
coletivas poderão ser feitas sem que as empresas
negocie com os sindicatos que representam os
trabalhadores e trabalhadoras que correm risco de
demissão. O julgamento estava marcado para a
quinta-feira (13), mas foi adiado.
Como explicou o advogado da CUT Nacional, sócio do
escritório LBS, especializado em Advocacia
Trabalhista e Sindical, José Eymard Loguércio, no
caso do adiamento do julgamento sobre a correção
monetária do FGTS, é comum o STF rerirar temas da
pauta, adiando o julgamento. O julgamento da
correção ainda não foi remarcado, mas o das
demissões coletivas será julgado esta semana.
O sindicato e as demissões coletivas
A atuação sindical nos casos de demissão em massa
evita prejuízos para os trabalhadores e para a
economia do país, fato importante que deve ser
levado em consideração pelos ministros da Corte,
afirma Eymard Loguércio.
Segundo ele, no julgamento desta quarta, os
ministros do STF também devem considerar que o
Brasil assinou acordos internacionais junto à
Organização Mundial do Trabalho (OIT) que garantem a
participação dos sindicatos nesse tipo de
negociação. Apesar da reforma Trabalhista, de 2017,
de Michel Temer (MDB-SP) ter retirado este direito,
ela não se sobrepõe a um acordo internacional
assinado pelo país, ressalta Eymard.
“Casos de demissões coletivas têm repercussão
econômica, social e política e mexem com a vida das
famílias e até de cidades inteiras, e isto tem de
ter avaliado também. Nesses casos o empregador tem
de negociar antes de efetivar as dispensas, é o que
recomenda a OIT em suas convenções”, diz Eymard.
O caso que será julgado pelo STF
O caso em pauta no STF é o da Embraer, que em 2009,
demitiu 4.200 trabalhadores em São José dos Campos
(SP). Mas, a decisão dos ministros ganha mais
importância porque terá jurisprudência em todas as
ações sobre o caso. Isto quer dizer que os tribunais
de Justiça do Trabalho terão de basear suas decisões
no que foi definido pelos ministros da mais alta
Corte do país.
O julgamento da demissão em massa na Embraer pode,
inclusive, mudar os rumos da demissão coletiva que
sofreu 100 trabalhadores do restaurante Fogo de
Chão, da unidade do Rio de Janeiro. De junho do ano
passado até agora, houve diferentes decisões sobre o
caso até que o Superior Tribunal do Trabalho (TST)
manteve as demissões no restaurante.
CUT atuará como Amicus Curiae no STF
O processo que decidirá se os sindicatos podem
negociar as demissões coletivas já esteve na pauta
do plenário virtual do Supremo. O relator, ministro
Marco Aurélio de Mello, citando a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), prevê que a demissão é uma
iniciativa unilateral, “não exigindo concordância da
parte contrária, muito menos do sindicato'.
Para Marco Aurélio, a Constituição diz que os
sindicatos só podem atuar nas medidas que sua
negociação como a redução do salário e as jornadas
superiores a oito horas diárias e 44 horas semanais
ou maiores do que seis horas para o trabalho em
turnos ininterruptos. O ministro Alexandre de Moraes
acompanhou a decisão do relator. Apesar dos dois
votos desfavoráveis aos sindicatos, a pauta foi
retirada do plenário virtual e agora está no
Plenário presencial da Corte.
Durante a votação no Supremo, a CUT estará sendo
representada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material
Elétrico de Belo Horizonte e Contagem, filiado à
Central, como Amicus Curiae (amigos da Corte). Pelo
Amicus Curiae uma instituição pode fornecer
subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes
melhor base para questões relevantes e de grande
impacto, mesmo não fazendo parte da ação. Redação
CUT
Fonte: Mundo Sindical
18/05/2021 -
Empregador não pode deixar de apresentar documentos
trabalhistas em juízo
O empregador não pode negar apresentação à Justiça
de documentos relativos ao contrato de trabalho de
seus empregados sob alegação de não constituir prova
contra si mesmo. Esse foi o entendimento da Seção
Especializada 2 do Tribunal Regional do Trabalho da
12ª Região ao negar mandado de segurança impetrado
por uma empresária.
Uma auxiliar de pizzaiolo havia movido ação de
produção antecipada de provas contra a empregadora.
A autora teve o contrato suspenso por dois períodos
de 30 dias devido à crise de Covid-19, mas não sabia
precisar o início e fim da suspensão. O sindicato a
alertou de que poderia ter direito a um mês de
garantia de emprego, e por isso ela requisitou à
pizzaria documentos como cópia dos acordos de
suspensão dos contratos, folhas de pagamento e
controles de ponto.
A empresária não apresentou os documentos, e assim a
1ª Vara do Trabalho de Balneário Camboriú (SC)
autorizou uma ordem de busca e apreensão, cuja
legalidade foi questionada no mandado de segurança.
A defesa da empregadora alegou que ela poderia
recusar o pedido antes da instrução processual, para
não produzir prova contra si.
O desembargador-relator Narbal Filet adotou o
entendimento manifestado pelo Ministério Público do
Trabalho. Segundo o parecer, a decisão não obrigaria
a produção de prova contra si, mas apenas a
apresentação de documentos comuns a ambas as partes
da relação de trabalho. O colegiado acompanhou o
voto por unanimidade. Com informações da assessoria
do TRT-12.
0003041-19.2020.5.12.0000
Fonte: Consultor Jurídico
17/05/2021 -
Centrais sindicais pedem suspensão de votações da
PEC 32/20 na CCJ
O Fórum das Centrais Sindicais, reunido virtualmente
nesta quinta-feira(13), com as presenças da CGTB,
CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova
Central e UGT, aprovou o encaminhamento à Mesa
Diretora e aos demais membros da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados
para que suspendam as votações sobre a Proposta de
Emenda Constitucional PEC 32/2020, que trata da
Reforma Administrativa.
Consideram as centrais sindicais que, em função da
pandemia, o momento é impróprio para votar matéria
de tamanha repercussão na vida dos trabalhadores do
serviço público, do próprio serviço público, bem
como para toda a sociedade brasileira, dado que o
objetivo exposto na PEC 32/2020 é bastante amplo e
complexo, visando “transformar o estado brasileiro”.
Assim exposto, as centrais sindicais, ao propor a
suspensão de votações nesse período de pandemia do
coronavírus, também reivindicam mais espaços de
debates e de diálogo sobre o tema, dos quais tem
interesse em participar e apresentar suas
contribuições.
No aguardo da compreensão e do atendimento,
manifestam saudações sindicais.
Brasília, 13 de maio de 2021.
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Fórum das Centrais
17/05/2021 -
Centrais debatem igualdade para as mulheres
Dirigentes mulheres das Centrais Sindicais realizam
nesta segunda (17), às 17 horas, a live “Igualdade
na Vida e no Trabalho”. No centro do debate o
Projeto de Lei Complementar 130/2011, que combate a
desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Além das sindicalistas ligadas à CUT, Força
Sindical, CTB, UGT, CSB, CGTB e Nova Central,
participam a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
e o senador Paulo Paim (PT-RS).
A proposta insere na CLT multa à empresa que pagar
salários diferentes pra homens e mulheres na mesma
função. De autoria do então deputado Marçal Filho (MDB-MS),
o projeto já havia sido aprovado pelo Congresso e
aguardava sanção presidencial. Mas retornou à
Câmara, sob alegação de que seu mérito foi alterado.
Empresários defendem veto.
Dia 22 de abril, o presidente Bolsonaro, alinhado ao
pensamento patronal, anunciou intenção de vetar o
PL. Ele diz temer que as empresas não contratem
mulheres.
A deputada Jandira lembra que o projeto tramita há
mais de uma década e que as mulheres lutam pra
superar desigualdades em vários setores. Ela
considera inaceitável a diferença de remuneração na
mesma função. “Devemos avançar em outras
legislações, a fim de romper com o atraso”, observa
a parlamentar.
Maria Auxiliadora, secretária Nacional de Políticas
para as Mulheres da Força, convoca pro evento: “A
participação das nossas lideranças reforçará a luta
das mulheres por igualdade no mercado de trabalho”.
Link da Live – Acesse o link e faça a
inscrição –
https://bit.ly/3w8xfop
Fonte: Agência Sindical
17/05/2021 -
Desligamentos do emprego por morte cresceram 71,6%
no 1º tri de 2021
O Amazonas foi o estado com maior crescimento: de
114, nos três primeiros meses de 2020, para 613 este
ano, ou seja, houve alta de 437,7%
Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os
desligamentos dos empregos celetistas por morte no
Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para
22,6 mil. As informações estão no boletim Emprego em
Pauta, do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que fez
comparativos a partir de dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria de
Trabalho do Ministério da Economia.
O Amazonas foi o estado com o maior crescimento
percentual de desligamentos por morte: de 114, no
primeiro trimestre de 2020, para 613 no mesmo
período deste ano, o que representa alta de 437,7%.
Em seguida, vêm três estados do Norte: Roraima,
Rondônia e Acre.
Em Roraima, os desligamentos por morte cresceram
177,8%, de 18 para 50. Em Rondônia, passaram de 70
para 188 (+ 168,6%) e, no Acre, de 21 para 44 (+
109,5%).
No estado de São Paulo, o mais populoso do país, os
desligamentos por morte cresceram 76,4%, passando de
4,5 mil para 7,9 mil pessoas.
Entre todas as atividades econômicas, as que
apresentaram maior crescimento no número de
desligamentos por morte estão: educação, com 106,7%;
transporte, armazenagem e correio, com 95,2%;
atividades administrativas e serviços
complementares, com 78,7%; e atenção à saúde humana,
com 75,9%.
Nas atividades de atenção à saúde humana, os
desligamentos por morte saíram 498 para 876 entre os
primeiros trimestres de 2020 e 2021. Entre
enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116% (de
25 para 54) e 204% (de 25 para 76), respectivamente.
Os desligamentos por morte de técnicos de enfermagem
saíram de 145 para 233, crescendo 60,7%.
O Dieese destaca que o emprego no setor privado com
carteira assinada não é predominante entre os
médicos. Assim, pode haver desligamentos por morte
que não computados no Caged.
Fonte: Portal Vermelho
17/05/2021 -
58% dos brasileiros dizem que Bolsonaro não tem
condições de liderar o país
Segundo o Datafolha, trata-se do maior percentual
da série histórica desde que o instituto começou a
fazer a pergunta, em abril de 2020
Para 58% dos brasileiros, Bolsonaro não tem
capacidade de liderar o Brasil. É o que atesta o
Datafolha na pesquisa realizada na terça (11) e
quarta-feira (12). Trata-se do maior percentual da
série histórica desde que o instituto começou a
fazer a pergunta, em abril de 2020. Outros pontos do
levantamento indicam que o presidente alcançou a
pior avaliação do seu mandato (24%) e ainda seria
derrotado por Lula num eventual segundo turno. O
ex-presidente teria 55% contra 32% dele.
38% dos entrevistados avaliam que ele possui
condições de comandar a nação e 4% responderam não
saber. O resultado vem a público em meio às críticas
pela lentidão na vacinação contra a Covid-19, o
descontrole da pandemia e a deterioração da
economia.
O levantamento foi feito a partir de 2.071
entrevistas de forma presencial em 146 municípios
espalhados por todo o Brasil. A margem de erro é de
2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na pesquisa anterior, de março, 56% disseram não
enxergar capacidade, 42% afirmaram que sim e 3% não
opinaram. Desde a aferição de 27 abril do ano
passado, a parcela dos que respondem que o
presidente carece de aptidão para governar o país é
superior à dos que veem o contrário.
No recorte geográfico, o diagnóstico de incapacidade
atinge o maior patamar (65%) no Nordeste —região
que, segundo o Datafolha, concentra hoje a maior
resistência a Bolsonaro e desaprovação do governo.
Já na região Sul, que entrega ao presidente suas
maiores taxas de aprovação e intenção de voto para
2022, o percentual dos que o julgam capaz é de 44%,
ante 51% que pensam o contrário.
Com informações do UOL
Fonte: Portal Vermelho
17/05/2021 -
Governo Bolsonaro quer acabar com a verba para a
creche pública e transformar em voucher
Política deve fazer parte do novo formato do
programa Bolsa Família; MP prevê o fim do programa
Brasil Carinhoso, responsável pela expansão da rede
de creches públicas
O governo do presidente Bolsonaro (sem partido) deve
apresentar um novo formato para o programa Bolsa
Família que deve acabar com as verbas destinadas à
ampliação das creches públicas para crianças em
situação de vulnerabilidade social.
Segundo informações do UOL, no lugar da verba para
creche, o governo pretende criar um voucher mensal
de R$ 250 para creches privadas que só beneficiará
famílias que deixem o programa social.
O objetivo do governo é extinguir o programa Brasil
Carinho, criado no governo Dilma Rousseff (PT) e que
financiava a expansão de vagas de creche focadas em
crianças de famílias beneficiárias do Bolsa Família
e do Benefícios de Prestação Continuada (BPC) ou
para crianças de famílias que tenham pessoas com
deficiências.
O repasse vai receber o nome de Auxílio Creche e
pretender servir como “porta de saída” do Bolsa
Família. Em pronunciamento durante um evento em
Alagoas, na última quinta-feira (13), o presidente
Bolsonaro fez menção ao novo formato do Bolsa
Família.
“Está quase pronta também a questão do novo Bolsa
Família. E mais: brevemente a inclusão no Bolsa
Família não será mais procurando prefeituras pelo
Brasil, será feito através de um aplicativo. Vamos
libertar as pessoas mais humildes do jugo de quem
quer que seja”, disse Bolsonaro.
A MP que deve ser editada pelo governo federal deve
repassar algo em torno de R$ 6,6 bilhões para
creches para privadas e não coloca nenhuma outra
política no lugar da ação Brasil Carinhoso.
Dessa maneira, o governo federal deixa de executar
uma política destinada ao fortalecimento da educação
infantil na rede pública para privilegiar o repasse
indireto de verba para o setor privado da educação
infantil.
Criado pela gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff,
o Brasil Carinho aplicou, até 2015, mais de R$ 2,6
bilhões na expansão da rede de creches.
Com informação do UOL
Fonte: RevistaForum
17/05/2021 -
Lei que instituiu home office para grávidas deixou
lacunas, dizem advogadas
A Lei 14.151, que instituiu o trabalho remoto para
mulheres grávidas enquanto durar o estado de
calamidade de saúde por causa da Covid-19, deixou
algumas brechas, apontadas por especialistas.
Segundo o texto, sancionado por Jair Bolsonaro na
quinta-feira (13/5), a empregada gestante não poderá
exercer suas atividades de forma presencial, mas
ficará à disposição para trabalhar "em seu
domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto
ou outra forma de trabalho a distância".
As advogadas Ana Paula Ferreira Vizintini e Paula
Ottero, da equipe de Direito Trabalhista do
escritório Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel,
apontam questões importantes que não foram
respondidas pelo texto da lei.
"No atual cenário, como já vem acontecendo com
outras diversas normas trabalhistas relacionadas ao
combate ao coronavírus, a lei traz, inicialmente,
alguns questionamentos, ainda sem respostas claras e
objetivas, tais como: (i) a gestante poderá exercer
remotamente atividades diversas daquelas exercidas
presencialmente? (ii) a gestante poderá ter seu
contrato de trabalho suspenso ou sua jornada e
salário reduzidos com complementação pelos programas
governamentais ou o empregador terá que arcar com a
integralidade da remuneração? (iii) como fica a
situação da trabalhadora doméstica, que se ativa em
domicílio, mas diverso do seu?", questionam.
"Como ocorre em outras inovações legislativas, só o
tempo ditará e pacificará os entendimentos a
respeito, mas, por cautela, sugerimos, sempre,
atenção a chamada mens legis, ou intenção do
legislador com a promulgação do texto", opinam.
"Na hipótese da lei em comento, a ideia é afastar a
trabalhadora gestante — inserta em reconhecido grupo
de risco no cenário da pandemia — do risco de
exposição no trabalho presencial, sem prejuízo do
seu sustento. Portanto, a avaliação de eventuais
medidas alternativas a respeito deve seguir, sempre,
essa mesma inspiração."
Roberto Kurtz, sócio trabalhista do Kincaid Mendes
Vianna Advogados, concorda. "Como a lei não faz
qualquer tipo de ressalva e o intuito foi justamente
proteger a gestante e o nascituro dos riscos da
Covid-19, estaria a cargo do empregador o pagamento
dos salários mesmo sem a prestação dos serviços",
afirmou o advogado.
Ele aponta algumas alternativas. "Nesses casos o
empregador poderia buscar alternativas para atribuir
à empregada outras atividades, desde que não fujam
do escopo do contrato e sejam compatíveis com a sua
condição pessoal ou, até mesmo, fazer uso da
suspensão temporária do contrato de trabalho
expressamente autorizada pelo artigo 13 da Medida
Provisória nº 1.045, de 27 de abril de 2021."
Erika Mello, especialista em compliance trabalhista
do PG Advogados, lembra que, além da nova lei, a
"empregada gestante também não pode ser dispensada,
pois goza de garantia de emprego desde a confirmação
da gravidez até cinco meses após o parto".
Se o empregador não puder oferecer os equipamentos
necessários para o trabalho em home office,
impedindo a empregada gestante de trabalhar, o
período da jornada normal deve ser computado como
tempo de trabalho à disposição do empregador. "Ou
seja, a trabalhadora não poderá sofrer nenhum
prejuízo."
"É recomendável que os empregadores deixem as regras
claras e formalizem da melhor forma o que for
possível e necessário", prossegue a advogada, de
modo a garantir acompanhamento e apoio à funcionária
durante o período em que o contrato tiver de ser
adaptado.
"Apesar de a MP ter dispensado, para a alteração de
regime para uma das formas de trabalho à distância,
a necessidade de acordo individual, coletivo, bem
como o registro prévio da alteração no contrato
individual de trabalho, é recomendável que os
empregadores deixem as regras claras e formalizem da
melhor forma o que for possível e necessário."
"O artigo 75-E, Parágrafo Único, da CLT, por
exemplo, prevê que no regime de teletrabalho 'o
empregado deverá assinar termo de responsabilidade
comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas
pelo empregador'", exemplifica.
"Recursos como suspensão do contrato de trabalho,
banco de horas e concessão de férias podem ser boas
alternativas, mas precisam ser analisados com
cautela para o correto dimensionamento dos
benefícios e riscos a curto, médio e longo prazo,
tanto para o empregador quanto para a empregada",
completa a advogada.
Mas, para o advogado Arno Bach, a lei pode ter
efeito contrário da proteção. "Em que pese proteger
a maternidade, a lei traz um retrocesso e cria-se um
preconceito para contratação de mulheres. Do jeito
que foi aprovada, quem vai pagar essa conta serão os
empregadores, sem nenhum auxílio do Estado."
"Assim, infelizmente, uma possível solução é
suspender o contrato de trabalho das funcionárias
gestantes — inclusive as empregadas domésticas
gestantes —, que são os 120 dias de vencimento da MP
1.045, e acompanhar o desenrolar da vacinação. Elas
manterão seus direitos trabalhistas preservados, mas
terão que se afastar e — neste caso — não receberão
seus salários", finaliza.
Fonte: Consultor Jurídico
14/05/2021 -
Lei garante trabalho remoto para gestante durante
pandemia
Novo regime deverá ser concedido sem redução de
salário
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a
Lei 14.151/21, que garante regime de
teletrabalho – sem redução do salário – às
trabalhadoras grávidas durante a pandemia de
Covid-19. A nova lei foi publicada no Diário Oficial
da União desta quinta-feira (13).
O projeto (PL 3932/20) que deu origem à lei foi
apresentado pela deputada Perpétua Almeida
(PCdoB-AC) e outras 15 parlamentares. O texto foi
aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto de 2020
e pelo Senado, em abril passado.
Fonte: Agência Câmara
14/05/2021 -
Centrais buscam salário mínimo regional em SP
Dirigentes das Centrais Sindicais participaram terça
(11) de reunião com o secretário da Casa Civil do
governo estadual de SP, Cauê Macris. No encontro, os
sindicalistas debateram a proposta de reajuste para
estabelecer o novo salário mínimo regional.
A ideia é que seja feita uma recomposição da
defasagem acumulada nos últimos meses, incluindo o
valor da cesta básica na capital. De acordo com
levantamento do Dieese, as faixas para o Piso
Regional (de R$ 1.163,55 e R$ 1.183,33) acumulam
perda inflacionária de 8,35% após o congelamento em
abril de 2019.
Danilo Pereira da Silva, presidente da Força São
Paulo, afirma que esse reajuste do Piso pode trazer
proteção aos trabalhadores mais vulneráveis e também
devolver o poder de compra. “O custo de vida em SP é
um dos mais caros do País e o aumento na renda
impacta diretamente no consumo local”, explica
Danilo.
Edison Laércio de Oliveira, dirigente da UGT-SP,
afirma que é contraditório que o Estado com maior
participação no PIB brasileiro possua o menor Piso
Regional e históricamente a cesta básica mais cara.
“As Centrais Sindicais justificam a incorporação da
variação da cesta na composição do cálculo do
reajuste do Piso”, conclui Edison.
Dieese – O Departamento elaborou documento que
aponta a eficácia do estabelecimento desse salário
mínimo regional. Segundo o estudo, caso seja
aplicado esse reajuste, a recomposição possibilita
chegar próximo ao poder de compra, mensurado em
cestas básicas, dos demais estados.
Clique
aqui e leia o estudo completo elaborado pelo
Dieese.
Fonte: Agência Câmara
14/05/2021 -
Fora Bolsonaro: partidos da oposição convocam
manifestações para o dia 26 de maio
Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos
de esquerda preparam mobilizações contra o governo
federal
As centrais sindicais, movimentos sociais e os
partidos de oposição (PT, PSOL, PCdoB e PDT) estão
organizando, para o dia 26 de maio, a primeira
grande mobilização da campanha Fora Bolsonaro.
Por conta da CPI da Covid, a capital do Distrito
Federal, Brasília, será o centro das mobilizações.
São Paulo e Rio de Janeiro também terão atos. Estão
confirmados atos em Brasília, São Paulo e Por conta
da pandemia, os atos ainda não são consenso entre os
grupos.
Com o avanço dos depoimentos na CPI da Covid,
acumulam-se evidências de que o governo Bolsonaro
deliberadamente atuou para não impedir o avanço do
coronavírus no Brasil. Além disso, o presidente
Bolsonaro enfrenta o seu pior momento no que diz
respeito a aprovação de seu mandato: 45% da
população rejeitam o governo federal, segundo o
último Datafolha.
Fonte: RevistaForum
14/05/2021 -
AGU entra com pedido para que Pazuello possa ficar
calado e não saia preso da CPI da Covid
Advocacia-Geral da União fez a solicitação junto
ao Supremo Tribunal Federal.
Depoimento do ex-ministro da Saúde está marcado
para a próxima quarta-feira
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta
quinta-feira (13) com um pedido de habeas corpus
junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o
ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello possa ficar
calado e também para que não saia preso da CPI da
Covid. O general tem depoimento marcado para a
próxima quarta-feira (19), após a oitiva ter sido
adiada por duas semanas sob alegação que ele havia
entrado em contato com duas pessoas infectadas pelo
coronavírus.
Cerca de uma hora antes, segundo o Valor Econômico,
um advogado de nome Rafael Mendes de Castro Alves já
havia entrado com pedido similar. Ainda segundo o
jornal, a princípio, Castro Alves não tem relação
direta com Pazuello.
O depoimento de Pazuello na CPI da Covid é um dos
mais esperados, pois foi ele que ficou à frente do
Ministério da Saúde por cerca de um ano, todo o
período em meio à pandemia. Dentre os
esclarecimentos que terá de dar está por que o
governo Bolsonaro ignorou as ofertas apresentadas
pela Pfizer em agosto do ano passado para a
aquisição de vacinas. O fato foi confirmado pelo
presidente regional da Pfizer na América Latina,
Carlos Murillo, na sessão desta quinta da CPI da
Covid.
O general terá de explicar também a insistência com
o tratamento precoce baseado em remédios
comprovadamente sem eficácia contra a covid-19, como
a cloroquina e a ivermectina. Além disso, terá de
falar sobre a falta de orientações claras à
população sobre uso de máscara de distanciamento
social, dentre outros pontos.
Fonte: Rede Brasil Atual
14/05/2021 -
Mortes de idosos por Covid tiraram R$ 3,8 bilhões da
economia
Cálculo mostra ainda que a morte de um idoso
arrimo de família implica em redução de 48,4% da
renda per capita dos familiares remanescentes, de R$
1.475,6 para R$ 760,4.
As mortes de idosos por Covid-19 no Brasil tiraram
cerca de R$ 3,8 bilhões de circulação da economia
nos 13 meses e meio de pandemia até abril. O dado
foi calculado pelo jornal Valor Econômico e
avalizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).
A base para o cálculo são 301 mil óbitos de idosos
listados na Central de Informações do Registro Civil
(CRC) e compilados pelo Valor Data, além de
informações sobre renda média da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (Pnad/IBGE) em 2019, ano que
precede a crise sanitária. Naquele ano, pessoas com
mais de 60 anos tinham rendimento total médio de R$
2.249.
O montante perdido equivale a 1,3% do rendimento
total da população nos 12 meses de 2019, R$ 294,4
bilhões, o último dado aferido pelo IBGE, que
considera salários, aposentadorias, pensões e outras
fontes de renda.
O Valor Econômico também divulgou dados de nota
técnica do Ipea que ainda será publicada, com
cálculo da economista Ana Amélia Camarano, que
mostra o baque financeiro causado na renda familiar
pela morte de um idoso responsável pelo sustento da
família.
Segundo Ana Amélia, há redução de 48,4% na renda per
capita dos familiares remanescentes, que cai de R$
1.475,6 para R$ 760,4. O impacto da perda é maior do
que o causado pelo desemprego ou morte de um adulto,
que leva a uma redução de 43,7% na renda per capita
dos remanescentes.
Fonte: Portal Vermelho
14/05/2021 -
Reforma Administrativa: PEC 32/20 entra na pauta da
CCJ como item único
Depois de o relator, deputado Darci de Matos
(PSD-SC), ter publicado o
parecer
dele na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da
Câmara dos Deputados, que trata da Reforma
Administrativa (PEC 32/20), a presidente do
colegiado, Bia Kicis (PSL-DF), resolveu pautar a
matéria, nesta quinta-feira (13). Havia acordo e
programação para realização de audiências até esta
sexta-feira (14).
O acordo foi quebrado. O objetivo da presidente Bia
Kicis é adiantar a tramitação proposta no colegiado.
Na forma regimental, cabe ainda ao colegiado pedido
de vista, o que impede que a proposição seja
apreciada antes de cumprir o prazo mínimo de 2
sessões do plenário da Casa.
Sendo pautada nesta quinta e tendo o pedido de vista
concedido, a proposição fica pronta para votação
para a próxima semana. Se aprovada, a Reforma
Administrativa vai ser analisada em comissão
especial, com prazo previsto de tramitação de 40
sessões, sendo as 10 primeiras previstas para
emendas.
Para apresentação de emendas na comissão especial
são necessárias o apoio de 171 deputados.
Presidência e relatoria na comissão especial
Importante lembrar, que o presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL) já escolheu o presidente da comissão
especial. Falta apenas formalizar na instalação do
colegiado.
O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) vai comandar a
comissão; Arthur Maia (DEM-BA), que encabeçou apoio
dentro de seu partido à eleição de Lira para o
comando da Câmara, vai ser o relator. As indicações
ou escolhas foram divulgadas em 17 de março.
Fonte: Diap
14/05/2021 -
Redução de salário na pandemia sem acordo escrito é
inválida
Empresa deve pagar diferença salarial a auxiliar
de serviços gerais que teve salário reduzido.
A redução de salário durante a pandemia da covid-19,
prevista pela MP 936/20, só pode ocorrer com a
concordância do empregado. Do contrário, a alteração
é inválida e o empregador terá de quitar a diferença
salarial. Assim decidiu o juiz do Trabalho
substituto Pedro Ivo Lima Nascimento, da vara de
Nova Mutum, ao condenar uma empresa a pagar
remuneração integral a auxiliar de serviços gerais.
Depois de quase seis anos de emprego, a trabalhadora
foi dispensada sem justa causa em agosto do ano
passado, sem receber o salário do último mês
trabalhado, além das verbas rescisórias, como aviso
prévio, férias e 13º salário.
Ao acionar a Justiça do Trabalho, a auxiliar pediu
também o pagamento de diferenças decorrentes da
redução salarial ocorrida pela adesão da empregadora
ao Programa Emergencial de Emprego e Renda,
instituído pela MP 936/20. Conforme a trabalhadora,
a diminuição salarial teria permanecido após o
limite de tempo estabelecido na medida provisória.
Em sua defesa, a empresa confirmou ter aderido ao
programa de garantia de emprego para enfrentar as
dificuldades financeiras agravadas pela crise
sanitária, que a teria impossibilitado de honrar com
seus compromissos, inclusive as verbas da rescisão
do contrato com a auxiliar. Argumentou, por fim, que
a situação deveria ser enquadrada como força maior,
prevista na CLT, com a consequente redução da multa
pelos atrasos.
Entretanto, ao decidir o caso, o magistrado destacou
que a redução salarial decorrente da diminuição
proporcional da jornada de trabalho somente pode se
dar por meio de acordo individual escrito entre
empregado e empregador.
O magistrado observou, ainda, que não foi informada
a existência de convenção ou acordo coletivo
autorizando a redução, circunstância em que isso
também poderia ocorrer, conforme exceção autorizada
pela Constituição Federal quando trata da
irredutibilidade do salário.
"O empregador não pode se valer do que prevê o
artigo 501 da CLT para, por si só, suprimir direitos
do trabalhador, o que vai de encontro ao princípio
da alteridade previsto no art. 2º, §2º da CLT,
segundo o qual cabe ao empregador arcar com os
riscos da atividade econômica, sendo ilícita,
portanto, também por esse prisma, a redução
salarial."
Pelo mesmo princípio, condenou a escola ao pagamento
do FGTS que deixou de ser recolhido durante o
contrato e negou a redução da multa devida pela
dispensa sem justa causa.
"Não há que se falar no reconhecimento da força
maior (art. 501, da CLT) a fim de vilipendiar
direitos indisponíveis dos empregados, a exemplo do
recolhimento do FGTS, considerando o princípio da
alteridade nas relações de trabalho, como já dito
anteriormente."
Diante disso, condenou a empresa aos pagamentos dos
valores devidos.
Processo: 0000002-96.2021.5.23.0121
Fonte: Migalhas
14/05/2021 -
Trabalhadora que não quis se vacinar pode ser
dispensada por justa causa
A necessidade de proteção da saúde de todos os
trabalhadores e pacientes de hospital deve se
sobrepor ao direito individual de se abster da
imunização. Com esse entendimento, a 2ª Vara do
Trabalho de São Caetano do Sul (SP) validou a
dispensa por justa causa de uma auxiliar de limpeza
de hospital que se negou a tomar a vacina contra a
Covid-19.
A autora alegava que o fato de não ter comparecido
no dia da vacinação não seria suficiente para
configurar justa causa, já que não haveria lei que
obrigasse o empregado a ser vacinado. Ela pedia a
conversão para dispensa injusta e o pagamento de
verbas rescisórias, multa de 40% sobre o saldo do
FGTS e indenização por danos morais.
A empregadora assinalava que a trabalhadora teria se
recusado a tomar a vacina por duas vezes. Segundo a
defesa, uma funcionária de hospital não imunizada
que está na linha de frente da Covid-19 representa
risco para si e para a sociedade.
A juíza Isabela Parelli Haddad Flaitt fundamentou
sua decisão em precedentes do Supremo Tribunal
Federal, em guia técnico do Ministério Público do
Trabalho e no artigo 3º da Lei 13.979/2020, que
prevê possibilidade de vacinação compulsória.
"A conduta da autora de se recusar a ser vacinada,
laborando em um ambiente hospitalar e sem apresentar
explicações médicas para uma possível abstenção,
configura ato de insubordinação passível de demissão
por justa causa", ressaltou a magistrada. Assim, os
pedidos foram julgados totalmente improcedentes.
1000122-24.2021.5.02.0472
Fonte: Consultor Jurídico
13/05/2021 -
Lula dispara no Datafolha e tem 41% contra 23% de
Bolsonaro
Ex-presidente aparece com uma diferença de 18
pontos de Jair Bolsonaro no primeiro turno, segundo
pesquisa Datafolha. No segundo turno, Lula registra
55%, contra 32% de Bolsonaro
O ex-presidente Lula disparou na pesquisa Datafolha
divulgada nesta quarta-feira (12) e registrou 41%
das intenções de voto para 2022, contra apenas 23%
de Jair Bolsonaro, uma distância de 18 pontos.
No segundo turno, Lula aparece com 55% e Bolsonaro,
32%. Outros candidatos, como Sergio Moro, Ciro
Gomes, Luciano Huck e João Doria aparecem com
percentuais de 7% para baixo.
O levantamento foi realizado com 2.071 pessoas, de
forma presencial, em 146 municípios, nos dias 11 e
12 de maio. A margem de erro é de dois pontos
percentuais.
Primeiro turno:
Lula 41%
Bolsonaro 23%
Moro 7%
Ciro 6%
Huck 4%
Doria 3%
Segundo turno:
Lula 55%
Bolsonaro 32%
Fonte: Brasil247
13/05/2021 -
“Eu não sou carcereiro”, diz Aziz após pedidos de
prisão de Wajngarten
As contradições nas respostas de Fabio Wajngarten à
CPI da Covid nesta quarta-feira (12) levaram
senadores a pedir a prisão imediata do ex-chefe da
comunicação do Planalto. A prisão em flagrante é uma
prerrogativa das comissões de inquérito e a ordem
deve partir do presidente do colegiado.
O primeiro a pedir a detenção de Wajngarten foi o
relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
"Vossa excelência mais uma vez mente. Mentiu diante
dos áudios publicados, mentiu em relação à
entrevista que concedeu. Mas esse é o primeiro caso
de alguém que, em desprestígio da verdade, mente. O
presidente pode até decidir diferentemente. Mas eu
vou, diante do flagrante evidente, pedir a prisão de
vossa senhora”, disse o senador.
Omar Aziz (PP-AM), presidente da CPI foi contra a
ideia de prisão. "Se depender de mim eu não vou
mandar prender o senhor Fabio Wajngarten [...] Eu
não sou carcereiro de ninguém, sou um democrata",
disse.
Além de Renan, pediram a prisão de Wajngarten o
senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano
Contarato (Rede-ES).
Fonte: Congresso em Foco
13/05/2021 -
Reforma administrativa inverte a lógica da
Constituição, alerta Dieese
Para Fausto Augusto Junior, diretor técnico da
entidade, proposta desorganiza as políticas públicas
e entrega prestação de serviços essenciais à
iniciativa privada
“De alguma forma, inverte a lógica da Constituição
de 1988, em que cabe ao Estado garantir os direitos
sociais, tendo a iniciativa privada um papel
complementar. Essa PEC faz o inverso. Coloca a
iniciativa privada como a responsável pelos
serviços, cabendo ao estado um papel complementar”,
afirmou, em entrevista a Glauco Faria no Jornal
Brasil Atual desta quarta-feira (12).
Reforma administrativa e fim da estabilidade
O principal risco embutido é o fim da estabilidade do
servidor público. Impede até mesmo que a
estabilidade apareça como cláusula nas negociações
coletivas dos trabalhadores do setor público. Além
disso, a proposta introduz contratos temporários
para o funcionalismo público.
“Poderíamos, assim como outros governos, estar
abrindo concursos públicos, colocando gente para
dentro, para aparelharmos o Estado e termos bastante
militantes trabalhando para nós no futuro”, disse
Guedes, revelando preconceito e ignorância sobre o
tema. É justamente concurso público e a estabilidade
que blindam o servidor de qualquer influência
política.
Em aparente contradição, o texto amplia as
atribuições dos chefes do poder Executivo, nas três
esferas – federal, estadual e municipal. Além de
demitir servidores a qualquer momento, prefeitos,
governadores e o presidente da República poderão
criar e extinguir instituições estatais sem precisar
contar com a aprovação do Legislativo. “De uma hora
para outra, o presidente pode resolver acabar com a
Funai (Fundação Nacional do Índio), por exemplo. É
um absurdo do ponto de vista da compreensão da
divisão de poderes.”
Supostos privilégios
Segundo Fausto, os defensores da proposta utilizam
como pretexto o argumento de que os servidores
públicos têm muitos “privilégios”. “Veja um servidor
na Noruega, na Suécia. Ele anda de metrô, às vezes
de bicicleta. Ele não tem 20 automóveis, mais 50
servidores, mais 30 assessores”, disse Guedes na
CCJ. No entanto, o diretor técnico do Dieese afirma
que não estão incluídas na reforma as carreiras de
estado que recebem os maiores salários e benefícios.
“Quem vai perder estabilidade não é o juiz, o fiscal
que cuida da arrecadação ou os procuradores. Quem
vai perder são os professores, enfermeiros, médicos
e assistentes sociais. Claramente é um projeto que
destina colocar os direitos sociais na mão da
iniciativa privada”, declarou Fausto. O maior
absurdo, segundo ele, é que esta proposta esteja
sendo discutida em meio à pandemia. A “maior
catástrofe sanitária” da história brasileira seria
ainda mais grave se não houvesse o SUS, um “modelo”
de articulação entre diferentes entes e esferas do
sistema público.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/05/2021 -
O auxílio emergencial de R$ 150 é uma vergonha, diz
Paulo Paim
Em pronunciamento nesta quarta-feira (12), o senador
Paulo Paim (PT-RS) afirmou que o auxílio emergencial
de R$ 150 é uma vergonha, pois não compra nem metade
de uma cesta básica (o valor da parcela do novo
auxílio pode variar entre R$ 150 e R$ 375, mas
estima-se que a maioria dos beneficiados receberão o
menor valor). Na opinião de Paim, é preciso voltar
ao valor original de R$ 600, no mínimo.
O senador também pediu a aprovação do PL 4.194/2020,
projeto de lei de sua autoria, que regulamenta o
programa Renda Básica da Cidadania, previsto na Lei
10.835, de 2004.
— Essa lei foi aprovada há cerca de 16 anos. Ela
determina que o beneficio deverá atender as despesas
mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e
saúde. O Brasil não pode continuar errando,
sacrificando sua população e acabando com gerações
inteiras.
Paim ressaltou ainda que a fome está cada vez mais
presente no dia a dia do brasileiro, tendo aumentado
drasticamente com a pandemia de coronavírus. Segundo
ele, cerca de 100 milhões de brasileiros se
alimentam mal, o que pode ter reflexos na saúde.
Fonte: Agência Senado
13/05/2021 -
ISP
denuncia Bolsonaro na OEA
A Internacional de Serviços Público – Brasil (ISP)
denuncia o presidente Jair Bolsonaro na Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização
dos Estados Americanos (OEA). E pede medidas
cautelares da CIDH em favor de trabalhadores de
saúde do Brasil. A denúncia é contra práticas do
Executivo prejudiciais ao funcionalismo,
especialmente os servidores da saúde, que estão
atuando à frente da pandemia. A medida foi
totalmente apoiada pelas centrais sindicais e
entidades representativas desses trabalhadores
A PSI destaca, entre os argumentos, que é preciso
“prevenir danos irreparáveis à saúde (artigo 10 do
Protocolo de San Salvador), à integridade física
(artigo 5.1 da Convenção Americana de Direitos
Humanos) e à vida (artigo 4.1 Convenção Americana de
Direitos Humanos e ao trabalho digno (artigos 6 e 7
do Protocolo de San Salvador), diante dos atos da
República Federativa do Brasil (Brasil),
Estado-parte da Organização dos Estados Americanos”.
Durante a pandemia de Covid-19, a ISP tem feito
pesquisas e campanhas em favor dos profissionais de
serviços essenciais no país, dentre eles
trabalhadores de saúde. Tem, também, denunciado a
forma que Estado brasileiro tem “negado o direito ao
diálogo social e a negociação coletiva garantida em
legislação nacional e em convenções internacionais
da OIT ratificadas pelo país. Da mesma forma, tem
denunciado práticas antissindicais que atentam
contra a democracia e reprimem a liberdade de
expressão e organização sindical”.
No setor público e privado, registrados no Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do
Ministério
da Saúde brasileiro, o pessoal da saúde são cerca de
3 milhões de pessoas, entre os que exercem funções
assistenciais (75,75%) e administrativas (24,75%).
As ocupações mais frequentes são como médicos,
enfermeiros, odontólogos e técnicos de enfermagem,
totalizando cerca de 1,3 milhão de pessoas.
“Trata-se, assim, de uma coletividade não só
determinável, como individualizável pelo Estado
brasileiro – como ocorreu recentemente, com a
vacinação prioritária deste público -, nos termos do
artigo 25.4.b do Regulamento da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos”, explica a PSI.
A entidade detalha que o governo federal e
instâncias subnacionais reiteradamente propagaram
informações contraditórias, falsas e em desacordo
com as recomendações científicas para enfretamento
da pandemia de Covid-19.
“Foram feitas campanhas públicas contra o
distanciamento social e uso de máscaras; mensagens
contra a segurança de vacinas; além da produção,
distribuição e recomendação indiscriminada de
medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e
ivermectina (vulgarmente apelidados de “kit covid”)
sabidamente ineficazes para Covid-19, cujo consumo
traz efeitos maléficos para a população. Estudo
minucioso feito pelo Centro de Pesquisas e Estudos
de Direito Sanitário – CEPEDISA e a Conectas
Direitos Humanos indica sistematicidade e a
intencionalidade dos atos do Estado brasileiro na
criação de insegurança sanitária, de propagação da
pandemia”, informa.
Veja a carta de apoio das centrais sindicais:
“Ao Senhor Secretário Executivo da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização
dos Estados Americanos
Nós entidades sindicais brasileiras, signatárias
desta Carta, apoiamos integralmente a denúncia feita
pela ISP – Internacional de Serviços Públicos sobre
as condições de trabalho no setor saúde, solicitando
medidas em favor dos trabalhadores e das
trabalhadoras em saúde do país,nos estabelecimentos
públicos e privados, por conta de violações aos
direitos à vida, à integridade, à saúde e ao
trabalho digno, previstos da Convenção Americana de
Direitos e no Protocolo de San Salvador, cometidos
pelo Estado brasileiro no contexto da pandemia de
Covid-19.
A solicitação de medidas cautelares demonstra que
durante toda a pandemia – e até o presente momento –
trabalhadores e trabalhadoras de saúde que estão na
frente de combate à pandemia do país, não tiveram
acesso a equipamentos de proteção individual ou à
testagem em quantidade e qualidade suficientes, não
tiveram capacitação profissional para enfretamento à
Covid-19, e vem sendo submetidos a condições
inseguras e exaustivas de trabalho diante do colapso
do sistema de saúde.
Estes fatores levaram a adoecimento, mortes e
sofrimento mental evitáveis de trabalhadores e
trabalhadoras em saúde e foram agravados pela
ausência de ações coordenadas de enfrentamento à
Covid-19 e da adoção de medidas que impediriam maior
propagação da pandemia por parte do Estado
brasileiro.
As condições de trabalho desfavoráveis em um serviço
essencial como o da saúde estão afetando também quem
precisa de atendimento, pois a qualidade cai e o
risco de vida e de contágio aumenta e enquanto
cidadãos e cidadãs referendamos o pleito e pedimos
vossa atenção.
Desta forma, apoiamos as solicitações da ISP e
reiteramos a necessidade do Estado brasileiro adotar
as seguintes medidas urgentes:
1. aquisição de equipamentos de segurança individual.
2. testagem contínua para Covid-19;
3. capacitação técnica para os trabalhadores e as
trabalhadoras de saúde;
4. condições dignas, saudáveis e seguras de trabalho;
5. contratação e recomposição das equipes desfalcadas;
6. aquisição de insumos para atenção devida a todos os
pacientes (como medicamentos para intubação e
oxigênio);
7. campanha clara em prol de medidas sanitárias
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS);
8. restauração da Mesa Nacional de Negociação
Permanente do SUS;
9. suspensão de recomendações de uso de medicamentos
comprovadamente ineficazes ao tratamento de Covid-19.
Atenciosamente.
Centrais Sindicais;
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CSP – CONLUTAS – Central Sindical e Popular
CTB -Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhadores
FS – Força Sindical
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
Pública –Central do Servidor
UGT – União Geral dos Trabalhadores
Entidades;
ABEN- Associação Brasileira de Enfermagem
CONFETAM- Confederação Nacional dos Trabalhadores
Municipais
CONTRACS – Confederação dos Trabalhadores no
Comercio e Serviços
FNU – Federação Nacional dos Urbanitários
FMB – Federação Médica Brasileira
FNN – Federação Nacional dos Nutricionistas
FENAFAR- Federação Nacional dos Farmacêuticos
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
FENAPSI – Federação Nacional dos Psicólogos
FENAS – Federação Nacional dos Assistentes Sociais
FENAJUD – Federação Nacional dos Servidores do
Judiciários nos Estados
FENAFISCO – Federação Nacional do Fisco Estadual e
Distrital
RNMP – Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares
SINDNAÇÕES – Sindicato Nacional dos Trabalhadores em
Embaixadas, Consulados, Organismos
Internacionais e Empregados que laboram para Estado
Estrangeiro ou para Membros do Corpo
Diplomático Estrangeiro no Brasil
SINAFRESP – Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas
do Estado de São Paulo
STIEENNF – Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias de Energia Elétrica do Norte e Noroeste
Fluminense
SINDCOP – Sindicato dos Agentes Penitenciários de
São Paulo”
Fonte: Blog do Servidor
13/05/2021 -
Salário mínimo necessário foi R$ 5.330,69 em abril
O cálculo é feito pelo Dieese com base na cesta
básica mais cara do país, levando em consideração
uma família de quatro pessoas.
O salário mínimo necessário para adquirir itens da
cesta básica em abril foi de R$ 5.330,69, segundo o
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). O valor, que corresponde a
4,85 vezes ao piso nacional vigente, de R$ 1,1 mil,
foi calculado com base na cesta básica mais cara do
país no mês passado, registrada para Florianópolis,
no valor de R$ 634,53.
O cálculo é feito levando em consideração uma
família de quatro pessoas, com dois adultos e duas
crianças. Em março, o valor do mínimo necessário
deveria ter sido de R$ 5.315,74 ou 4,83 vezes o
salário mínimo em vigor.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos
da cesta básica em abril ficou em 110 horas e 38
minutos, também maior do que em março, quando foi de
109 horas e 18 minutos.
O Dieese calcula ainda que, em abril, o trabalhador
que ganha o salário mínimo de R$ 1,1 mil precisou
comprometer 54,36% da renda para comprar os
alimentos básicos para uma pessoa adulta. O
percentual é calculado sobre o valor após o desconto
de 7,5% referente à Previdência Social.
Fonte: Portal Vermelho
13/05/2021 -
Proposta isenta o 13º de imposto e de contribuição
previdenciária
Constituição prevê gratificação natalina
integral, afirma o autor do projeto
O Projeto de Lei 635/21 determina que o 13º salário,
ou gratificação natalina, será isento do Imposto de
Renda da Pessoa Física (IRPF) e da contribuição
previdenciária. O texto está em análise na Câmara
dos Deputados.
O 13º salário é um direito trabalhista garantido
pela Constituição (art. 7º, inciso VIII).
“O mandamento constitucional tem por objetivo
proporcionar a percepção da chamada gratificação
natalina de forma integral, sem tributação ou
descontos”, afirma o autor da proposta, deputado
Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA).
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado pelas comissões de Trabalho, Administração
e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
12/05/2021 -
Lula venceria Bolsonaro hoje por 45,7% a 41%, aponta
pesquisa
Desempenho de Bolsonaro à frente da Presidência
tem 40% de apoio e 57% de rejeição
Se a eleição ao Planalto ocorresse hoje, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
venceria no segundo turno o atual presidente, Jair
Bolsonaro, por 45,7% contra 41%. Nova pesquisa do
instituto Atlas, divulgada nesta segunda-feira (10),
mostra que os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz
Henrique Mandetta (DEM), estão em empate técnico com
Bolsonaro em cenários de segundo turno, embora
numericamente à frente. Lula, no momento, é o único
que supera o atual presidente com ou sem margem de
erro.
Para Andrei Roman, CEO do Atlas, a liberação do novo
auxílio emergencial e a melhora nos números da
pandemia ajudaram o bolsonarismo a reconquistar uma
pequena parte do eleitorado perdido. “A pesquisa
anterior, de março, foi feita no ponto de maior
estresse”, declarou Roman ao El País. Segundo ele,
mesmo que o auxílio pague menos de um terço do valor
original de 2020 e ainda que a média de casos e
mortes por Covid-19 siga alta, houve um “um alívio
relativo”.
Ainda assim, Bolsonaro segue distante dos
indicadores positivos que ostentava em meados de
2020, no auge do pagamento do auxílio emergencial de
R$ 600. Hoje, seu desempenho à frente da Presidência
da República tem 40% de apoio e 57% de rejeição. Já
o governo é aprovado por 31%, ante 53% que o
desaprovam. A pesquisa Atlas ouviu 3.828
brasileiros, de 6 a 9 de maio, pela internet.
Nas simulações para o primeiro turno da eleição
presidencial de 2022, há um empate técnico na
liderança entre Bolsonaro (37%) e Lula (33,2%). Os
dois cresceram acima da margem de erro entre a
pesquisa de março e o levantamento atual – Bolsonaro
parece ter herdado intenções de votos que estavam,
antes, com o ex-juiz Sergio Moro. Mas sobressai,
agora, o fato de que, do primeiro para o segundo
turno, o presidente cresce apenas quatro pontos
percentuais, ao passo que o petista sobe 12,5
pontos.
Em outras projeções, Bolsonaro está numericamente à
atrás de Mandetta (40,5% a 42,4%) e Ciro (40,9% e
41,9%), mas à frente de Fernando Haddad, do PT
(41,6% a 40,9%). Nesses três cenários, porém, há
empate técnico, pois a margem de erro é de dois
pontos percentuais. Caso o segundo turno acontecesse
hoje, o presidente só venceria Marina Silva, da Rede
(41,2% a 36%), João Doria, do PSDB (40,9% a 34,8%),
o apresentador Luciano Huck (41,4% a 29,2%) e Sergio
Moro (38,1% a 26%).
Fonte: Portal Vermelho
12/05/2021 -
Centrais esperam que Supremo faça justiça ao FGTS
CUT, Força, UGT, Nova Central, CTB e CSB
encaminharam sexta (7) pedido de audência ao
presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. O
objetivo é tratar da votação da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI 5.090), que contesta a
Taxa Referencial como o índice que corrige o saldo
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.
Julgamento aconteceria dia 13, mas foi adiado. A
Ação, movida pelo partido Solidariedade, reivindica
correção dos saldos pelo INPC ou o IPCA Especial. Há
também um grande número de outras ações individuais
ou de Sindicatos, por meio do substituto processual.
“Estamos certos de que, com diálogo, apoiados no
respeito às instituições e em nossa Constituição,
chegaremos a um bom termo que beneficiará não só os
trabalhadores, mas toda a economia do País”, diz a
Nota das entidades.
Segundo Miguel Torres, presidente da Força, a crise,
o desemprego e a carestia justificam a urgência na
definição da matéria que interessa a milhões de
contas. “A correção do Fundo beneficiará
trabalhadores e a própria economia nacional”, ele
observa.
Estimativa – O FGTS rende juros de 3% ao ano
com a TR. Mas a inflação nos últimos 12 meses chegou
a 6,10%. Estima-se que um trabalhador com dez anos
de Carteira e salário de R$ 2 mil teria R$ 5 mil a
receber se houvesse substituição da TR pelo IPCA.
Expectativa quanto à melhoria na correção tem gerado
grande procura nos Sindicatos.
Nota – Clique
aqui e leia na íntegra.
Mais – Acesse o site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
12/05/2021 -
Presidente da Anvisa critica Bolsonaro e diverge
sobre máscara, vacina e aglomeração: "A conduta do
presidente difere da minha"
"Eu penso que a população não deva se orientar
por condutas dessa maneira. Ela deve se orientar
principalmente pelo que está sendo preconizado pelos
órgãos da linha de frente no enfrentamento da
doença", disse Antonio Barra Torres, em depoimento
na CPI da Covid
Em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta
terça-feira (11), o presidente da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra
Torres, afirmou que as falas de Jair Bolsonaro
contra a vacina não refletem a posição da agência.
"Discordar de vacinas não guarda uma razoabilidade
histórica", disse. "Eu penso que a população não
deva se orientar por condutas dessa maneira. Ela
deve se orientar principalmente pelo que está sendo
preconizado pelos órgãos da linha de frente no
enfrentamento da doença".
Sobre o comportamento de Bolsonaro em relação às
vacinas, Barra Torres disse que este "vai contra
tudo o que temos preconizado em todas as
manifestações públicas. Entendemos que a política de
vacinação é essencial".
O presidente da Anvisa negou que tenha sido
pressionado pelo governo federal em relação à
liberação ou proibição de vacinas contra a Covid-19.
Manifestação sem máscara
Questionado sobre sua presença em uma manifestação
ocorrida em março de 2020, onde foi flagrado sem
máscara com Bolsonaro, Barra Torres se mostrou
arrependido: "Estive no Planalto com o presidente
naquele dia, havia uma manifestação e quando cheguei
ele foi até perto dos apoiadores. Aguardei a
interação, tratamos do que tinha que tratar. Hoje,
tenho a consciência de que se eu tivesse pensado
mais cinco minutos, não teria feito até porque não
era um assunto que precisasse de urgência para ser
tratado. Não refleti na questão da imagem negativa.
Depois disso, nunca mais houve esse tipo de
comportamento meu."
"A conduta do presidente difere da minha. As
manifestações que faço são todas no sentido do que a
ciência determina. Naquela época, o que preconizava
o Ministério era o uso de máscaras usadas por
profissionais de saúde, entre outros grupos. Não
havia consenso sobre uso de máscara pela população",
completou.
Fonte: Brasil247
12/05/2021 -
Governo Bolsonaro é ruim/péssimo para 49% e 58%
desaprovam sua forma de governar
Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira
não é nada favorável para Bolsonaro: atuação na
pandemia é péssima na visão de 58% da população e
63% avaliam que a economia brasileira está no
caminho errado
Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira (11)
mostra a corrosão do governo Jair Bolsonaro. Para
49% da população brasileira, o governo federal é
"ruim e péssimo" e 58% desaprovam a maneira de
Bolsonaro governar o país. Somente 29% julgam o
governo como "ótimo e bom" e 35% aprovam a
administração do país pelo atual ocupante do Palácio
do Planalto.
A atuação de Bolsonaro no combate à pandemia de
Covid-19, na visão de 58% da população, é "ruim e
péssima", e somente 22% avaliam como "ótima e boa".
O levantamento ainda mostra que 63% avaliam que a
economia brasileira está no caminho errado, contra
26% que acham que está no caminho certo.
Para 2022, 81% esperam que o cenário político atual
mude totalmente ou pelo menos um pouco.
A margem de erro do levantamento é de 3.2 pontos
percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Brasil247
12/05/2021 -
PF pede que STF investigue Toffoli por suposta venda
de sentenças
Em uma ação inédita, a Polícia Federal enviou ao
Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura
de inquérito envolvendo o ministro da corte Dias
Toffoli. O pedido tem como base uma delação premiada
feita pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio
Cabral (MDB), que acusou o ministro de integrar um
esquema de venda de sentenças. A informação foi
divulgada pela Folha de S. Paulo.
Segundo o ex-governador, Toffoli teria recebido R$ 4
milhões para favorecer duas prefeituras do estado do
Rio de Janeiro. Tais valores seriam dados em troca
de julgamentos enquanto Toffoli compunha o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
O pedido pode ser recusado pela suprema corte, mas
inflama bases bolsonaristas, que enxergam no STF um
impeditivo do poder presidencial. Dias Toffoli foi o
presidente do STF nos primeiros dois anos do governo
de Jair Bolsonaro, e cultiva publicamente boa
relação com o presidente da República.
A assessoria do ministro disse que Toffoli não tem
conhecimento dos fatos mencionados e afirmou que
jamais recebeu os valores ilegais. "O ministro
refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer
qualquer pessoa no exercício de suas funções",
escreveu.
Fonte: Congresso em Foco
12/05/2021 -
FGTS poderá ser usado para abater prestações de
imóveis do SFI
Medida valerá a partir de agosto para imóveis de
até R$ 1,5 milhão
A partir de agosto, os trabalhadores poderão usar
recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) para abater prestações do primeiro imóvel
financiado com recursos do Sistema de Financiamento
Imobiliário (SFI), que financia imóveis com recursos
livres dos bancos. A medida foi aprovada nesta
terça-feira (11) pelo Conselho Curador do Fundo e
entra em vigor nos próximos 90 dias.
Com a decisão, o mutuário terá duas possibilidades.
Na primeira, poderá usar o saldo da conta para
reduzir o saldo devedor do imóvel. Na segunda,
poderá abater até 80% da prestação em 12 meses,
prorrogáveis ao fim de cada período.
Até agora, o uso do FGTS para quitar parte do
financiamento imobiliário era restrito ao Sistema
Financeiro da Habitação (SFH), que também financia
unidades de até R$ 1,5 milhão, mas tem juros
limitados a 12% ao ano e é parcialmente custeado com
recursos da caderneta de poupança. A permissão foi
estendida ao SFI, que não tem limite de juros e tem
como principal fonte de recursos grandes
investidores empresariais, como bancos comerciais e
bancos de investimento.
A medida só entrará em vigor em agosto porque o
Conselho Curador do FGTS deu 90 dias para que as
instituições financeiras se adaptem. O órgão também
impôs algumas condições. Os recursos do FGTS só
poderão ser usados para cobrir o financiamento do
primeiro imóvel próprio, e o mutuário deverá ter
conta no Fundo de Garantia há mais de três anos.
Portabilidade
Na reunião, o Conselho Curador também alterou regras
para facilitar a portabilidade dos contratos, que
permite a migração de financiamentos para bancos com
juros menores. Em caso de descontos no valor do
imóvel para diminuir a prestação, a instituição
financeira que recebe o financiamento terá de
devolver ao FGTS a quantia descontada e incluir o
valor no saldo devedor.
O Conselho também definiu que os juros dos novos
financiamentos após a migração de bancos não poderão
ser inferiores a 6% ao ano, rendimento atual do
FGTS. A mudança visa evitar que eventuais operações
de portabilidade tragam prejuízos ao Fundo. Hoje, os
financiamentos habitacionais com recursos do FGTS
cobram até 8,16% ao ano, considerando a margem do
banco. Com as novas normas, caberá a cada mutuário
fazer as contas para saber se a portabilidade será
vantajosa.
Fonte: Agência Brasil
12/05/2021 -
Inflação para famílias com renda mais baixa cai para
0,38%
INPC acumula 2,35% no ano e 7,59% em 12 meses
Em todo o país, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de
compras de famílias com renda de até cinco salários
mínimos, registrou inflação de 0,38% em abril deste
ano. Segundo dados divulgados nesta terça-feira
(11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC acumula
2,35% no ano e 7,59% em 12 meses.
Em março deste ano, o IPNC havia ficado em 0,86%. Já
em abril, foi de -0,23%.
As taxas registradas pelo INPC em abril e no
acumulado de 12 meses são mais altas do que as
observadas na inflação oficial, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): 0,31%
em abril e 6,76% em 12 meses.
Em abril, segundo o INPC, os produtos alimentícios
subiram 0,49% ante a alta de 0,07% em março. Já os
produtos não alimentícios registraram inflação mais
moderada em abril (0,35%) do que em março (1,11%).
Fonte: Agência Brasil
11/05/2021 -
Lira pode pautar mudanças regimentais que buscam
dificultar atuação da oposição na Câmara
Um requerimento que pede urgência ao projeto está
sobre a mesa do presidente da casa legislativa
Está na pauta do plenário da Câmara dos Deputados
nesta semana a apreciação de um pedido de urgência
sobre projeto de resolução apoiado por bolsonaristas
que busca alterar o regimento interno da casa
legislativa para limitar a atuação da oposição. O
objetivo é impedir que os parlamentares
oposicionistas utilizem o chamado “kit obstrução”.
Desde a última semana, parlamentares da oposição
denunciam a inclusão do Requerimento nº 942/21, de
04 de abril, na pauta. O texto, que pode ser
colocado em votação pelo presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), a qualquer momento, pede a
tramitação em regime de urgência do Projeto de
Resolução 35/2021. A medida, de autoria do deputado
federal Efraim Filho (DEM-PB), tem como objetivo
promover mudanças regimentais polêmicas.
“Enquanto os olhos do Brasil estão voltados para os
desdobramentos da CPI da Covid, o presidente da
Câmara, Arthur Lira, colocou em pauta, sem
discussão, uma proposta de mudança do Regimento
Interno com a única intenção de atrapalhar a atuação
da oposição. É um escândalo!”, disse tuíte publicado
pela bancada do PSOL na Câmara na última
quarta-feira (5).
“O Projeto de Resolução defendido por Lira busca
limitar bruscamente as possibilidades e instrumentos
de obstrução das pautas absurdas do governo pela
oposição da Câmara. É um grave ataque ao sistema
democrático brasileiro no parlamento, que precisa
garantir direitos às minorias”, completou.
Com a manutenção do item na pauta, o jornalista Luís
Costa Pinto, do Brasil 247, destacou que o projeto
pode ser usado por Lira para dar um “golpe” na
oposição diante da repercussão do caso “Bolsolão”,
um orçamento secreto no valor de R$ 3 bilhões que
teria sido montado por Bolsonaro para compra de
apoio de parlamentares no Congresso Nacional.
A deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF),
presidenta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),
é uma das defensoras do projeto. “A esquerda sempre
fez obstrução. Aliás, isso é uma coisa que a gente
quer mexer no regimento, para que a Casa seja
realmente governada pela maioria, dando espaço para
minoria. Mas em uma democracia, é a maioria que
vence. Hoje, nosso regimento permite que a minoria
acabe sempre vencedora. Isso acaba sendo muito ruim
para o País”, disse Kicis à jornalista Camilla
Turtelli, do Estado de S. Paulo, em fevereiro.
Fonte: RevistaForum
11/05/2021 -
A corrupção bolsonarista no orçamento público
As denúncias de “orçamento paralelo”, que teria
movimentado R$ 3 bilhões desde o final do ano
passado com a responsabilidade direta do governo
Bolsonaro, têm enorme gravidade. Começa pela
definição precisa de que se trata de corrupção e
chega à manipulação dos recursos públicos a serviço
de um projeto autoritário de poder. As evidências de
negociatas se agravam quando se constata que o país
passa por um “ajuste fiscal” violento, em meio ao
avanço da pandemia e da crise econômica.
O episódio serve também para uma reflexão sobre as
finanças públicas, que exigem rigoroso controle pela
institucionalidade democrática do Estado. Isso
porque o chamado sistema orçamentário – que abrange
o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA)
– é o esteio da gestão de um governo. A forma como
os impostos são arrecadados e distribuídos é o seu
centro gravitacional.
Além de evitar corrupção, o controle democrático
sobre esse sistema permite entender e combater as
manipulações que geram injustiças e desigualdades
sociais. Na lógica do neoliberalismo, que predomina
no capitalismo contemporâneo e tem sido aplicado
pelo governo Bolsonaro de forma despótica, o sistema
orçamentário precisa estar submetido a cortes
sistemáticos, afrontando a Constituição, para gerar
o superávit que sustenta o giro da ciranda
financeira.
A retórica é bem conhecida, proferida repetidamente
pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, meras
promessas de que com a estabilização orçamentária
dos cortes violentos nos setores sociais e de
infraestrutura chega-se à confiança externa, os
investimentos privados crescem e a economia entra
num círculo virtuoso. Na prática, o que ocorre é uma
monumental drenagem das divisas nacionais por meio
de juros e correções dos títulos públicos, processo
que tem gerando lucros exorbitantes dos bancos às
custas do orçamento público enquanto outros setores
de economia desmoronam, empresas fecham e o
desemprego cresce.
O “ajuste fiscal” é uma espécie de vaca sagrada da
especulação financeira, que impede a oferta de
serviços e investimentos públicos. Os cortes largos
no orçamento pelo governo Bolsonaro, em meio à
pandemia e à grave crise econômica, têm como
objetivo unicamente atender a essa farra com o
orçamento. A falta de transparência nessa área
crucial do Estado, decorrente das restrições à
democracia pelo poder econômica, abre caminho para
práticas como essa agora denunciada envolvendo o
governo Bolsonaro.
Fonte: Portal Vermelho
11/05/2021 -
CPI da Covid quer investigar se presidente da Anvisa
sofreu pressão de Bolsonaro para boicotar vacinas
chinesa e russa
Comissão, que ouvirá Antonio Barra Torres nesta
terça-feira (11), poderá quebrar seu sigilo na
investigação sobre boicote às vacinas chinesa e
russa
A CPI da Covid poderá quebrar o sigilo telefônico e
telemático do presidente da Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, para
verificar se ele sofreu pressão de Jair Bolsonaro
para atrasar a análise do registro de vacinas.
O diretor da agência, que é contra-almirante da
Marinha, falará nesta terça-feira (11) na comissão e
também será questionado sobre o assunto, informa a
Folha de S.Paulo.
Torres é aliado próximo de Bolsonaro, por isso
haverá perguntas se ele sofreu algum tipo de pressão
para acelerar ou retardar a análise do registro de
vacinas e se ele já deixou o posicionamento
ideológico contaminar alguma decisão.
Alguns senadores disseram que o processo de registro
da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês
Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, estará
entre os questionamentos feitos ao presidente da
agência reguladora, pois a vacina foi alvo de
diversos ataques de Bolsonaro.
Haverá questionamentos também sobre a vacina russa
Sputnik V. Senadores acreditam que a Anvisa está
boicotando a aprovação do imunizante, que tem sido
usado em diversos países.
Fonte: Brasil247
11/05/2021 -
Câmara discute consignado para aposentados nesta
quinta-feira
A Comissão de da Câmara dos Deputados promove nesta
quinta-feira (13) audiência pública sobre a
concessão de empréstimo consignado sem autorização
para aposentados e pensionistas.
O debate acontece no plenário 8, às 9h30. O evento
será interativo, com possibilidade de
participar pela internet.
Os deputados Celso Russomanno (Republicanos-SP) e
Carlos Sampaio (PSDB-SP) propuseram a audiência. "Em
diversas ocasiões, o empréstimo indevido nem é
depositado na conta do suposto beneficiário, e
quando é efetivamente creditado, ele não consegue
devolvê-lo, arcando com descontos que desequilibram
totalmente seu já comprometido orçamento doméstico",
afirma Russomanno.
"É uma questão que exige um posicionamento enérgico
por parte do INSS, que, por força da Lei Geral de
Proteção de Dados, está sujeito ao dever de sigilo
pela guarda dos bancos de dados de seus segurados",
destaca ele no requerimento.
Participam do debate:
- o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), Leonardo Rolim;
- o coordenador-geral da Consultoria Técnica e Sanções
Administrativas da Secretaria Nacional do Consumidor
do Ministério da Justiça, Leonardo Marques; e
- o presidente do Instituto Nacional de Defesa do
Consumidor (Inadec), Sr. Arthur Rollo.
Também foram convidados os presidentes do Banco
Central do Brasil; da Empresa de Tecnologia e
Informações da Previdência (Dataprev); da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban); da Associação
Brasileira de Bancos (ABBC); e dos bancos Pan e C6.
Fonte: Agência Câmara
11/05/2021 -
Dieese constata mais um aumento no valor da cesta
básica
O Dieese publicou o resultado mensal da Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos. No
levantamento da entidade, a cesta aumentou em 15 das
17 capitais pesquisadas. O maior valor ultrapassou
R$ 600,00.
A cesta mais cara de abril foi encontrada em
Florianópolis, ao custo de R$ 643,53. São Paulo (R$
632,61), Porto Alegre (R$ 626,11), Rio de Janeiro
(R$ 622,04) e Vitória (R$ 610,98) vêm logo na
sequência. A cesta com menor valor foi a de
Salvador, saindo por R$ 457,56.
Para o Dieese, as principais variações nos custos se
deram no quilo da carne bovina e no açúcar, com
aumento em 15 cidades; seguidos por café em pó, óleo
de soja e manteiga, que tiveram alta em 14 cidades.
Salário – Diante do aumento na cesta básica de
alimentos, a entidade aponta que o salário mínimo
vigente no País deveria ser de R$ 5.330,69, o que
corresponde a 4,85 vezes o piso em vigor. Em março,
o Dieese estimava que o mínimo deveria ter sido R$
5.315,74. O levantamento considera o valor
necessário para compra dos alimentos básicos para a
sobrevivência de uma família de quatro pessoas,
sendo dois adultos e duas crianças.
São Paulo – Com dados da capital paulista, o estudo
mostra que a carne bovina subiu 5,65% em relação a
março. Em seguida, aparecem manteiga (2,36%), açúcar
refinado (2,07%), óleo de soja (1,98%), farinha de
trigo (1,78%), café em pó (1,47%) e feijão
carioquinha (0,29%). A variação nos últimos 12 meses
aponta para uma alta de 13,73% no valor total da
cesta.
Mais – Acesse o site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
11/05/2021 -
Cabe honorário na execução trabalhista, cumulado ao
da fase de conhecimento
É cabível a fixação de honorários advocatícios na
execução trabalhista, cumulativamente aos deferidos
na fase de conhecimento. O entendimento é da 1ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
Em primeira instância, o juiz negou o pagamento
argumentando que a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) diz que os honorários cabem apenas na fase de
conhecimento. O TRT-1 discordou.
Para a corte, diante da omissão presente na CLT,
deve ser aplicado o artigo 85, parágrafo 1º, do
Código de Processo Civil. Segundo o dispositivo, são
devidos honorários na reconvenção, no cumprimento de
sentença — provisório ou definitivo —, na execução e
nos recursos interpostos, cumulativamente.
"Diante da incompletude da norma celetista é que se
justifica a aplicação supletiva do parágrafo 1º do
art. 85 do CPC, observando o disposto nos incisos do
parágrafo 2º, norma de conteúdo idêntico ao
parágrafo 2º do artigo 791-A da CLT", disse em seu
voto o desembargador Mario Sergio M. Pinheiro,
relator do processo.
"Tendo em vista a natureza dos embargos à execução
de ação autônoma de caráter incidental, cabível a
fixação de honorários advocatícios na execução",
prossegue o magistrado. A decisão foi unânime.
Atuaram no caso os advogados Ruy Smith e Rafael
Almeida. Eles comemoraram a decisão. "O entendimento
fixado imprime maior responsabilidade às partes e
inibe atitudes protelatórias, permitindo que a ação
tenha um desfecho mais célere".
Processo 0100308-53.2020.5.01.0046
Fonte: Consultor Jurídico
11/05/2021 -
Gestante que ajuizou ação depois do parto tem
direito a indenização
Um empregado tem direito de solicitar indenização
referente ao período de contrato, mesmo que
tardiamente, sem configurar renúncia ao direito. A
partir desse entendimento, a 6ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho condenou uma empresa a pagar
indenização estabilitária a uma auxiliar de serviços
gerais dispensada durante a gravidez.
Segundo os autos, a autora foi contratada em
fevereiro de 2018 e dispensada um mês depois, sem
justa causa. Em setembro do mesmo ano ela teve a
criança, 28 semanas após a dispensa. A
ex-funcionária entrou com ação e alegou que era
evidente que já estava grávida no momento da
rescisão, e a Constituição Federal veda a dispensa
arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após
o parto.
O pedido foi indeferido em primeira e segunda
instância sob a justificativa de que, além de a
empresa não ter tido ciência da gestação na data da
dispensa, houve abuso por parte da trabalhadora pela
demora em ingressar com a ação, o que só foi feito
10 meses após o parto. Os tribunais afirmaram ainda
que a autora teria escondido a gravidez da empresa
de maneira "deliberada e intencional".
Porém, ao analisar o processo, o ministro do TST
Augusto César observou que para que a empregada
tenha direito à garantia, exige-se apenas que ela
esteja grávida e que a dispensa não se tenha dado
por justa causa. "É irrelevante o conhecimento do
estado gravídico, seja pelo empregador, seja pela
própria gestante", destacou.
O magistrado também afirmou que a Orientação
Jurisprudencial (OJ) 399 da Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST não
considera abuso de exercício do direito de ação o
seu ajuizamento após decorrido o período de garantia
de emprego. Assim, foi determinada a indenização.
Com informações da assessoria de imprensa do TST.
RR-496-89.2019.5.23.0004
Fonte: Consultor Jurídico
10/05/2021 -
STF adia julgamento de ADI sobre índice de correção
do FGTS
O julgamento da ADI que definiria se a taxa
referencial (TR) poderia ter sido usada como índice
de correção do saldo das contas do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS) foi retirado de pauta do
Supremo Tribunal Federal. A ação estava prevista
para ser julgada no próximo dia 13 e, agora, não há
previsão de quando voltará a ser apreciada.
Caso a decisão do STF sobre a constitucionalidade do
uso da TR seja favorável aos trabalhadores, a conta
pode chegar a quase R$ 296 bilhões à Administração,
segundo a Advocacia Geral da União. A chamada "tese
do século" — modulação dos efeitos da decisão em que
o STF definiu que o ICMS não integra a base de
cálculo do PIS e da Cofins — gerará um impacto de R$
250 bilhões aos cofres públicos, se a União for
obrigada a devolver aos contribuintes os valores
pagos a mais.
Atualmente, esses saldos são corrigidos pela TR, mas
desde 1999 o índice não acompanha a inflação. O
partido Solidariedade alegou, então, que a TR se
desvinculou de seus objetivos iniciais e impede que
a poupança concorra com outras aplicações
financeiras.
Segundo a argumentação do Solidariedade, autor da
ADI, o FGTS pertence ao trabalhador e, ao corrigir
as contas em índices menores que a inflação, o
governo viola seu direito de propriedade, além de
tirar do fundo seu poder aquisitivo real.
De acordo com estimativas, uma pessoa com dez anos
de carteira assinada e salário de R$ 2 mil mensais
pode ter mais de R$ 5 mil a receber com a revisão da
correção monetária e substituição da TR pelo Índice
de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), do IBGE. Já
alguém com os mesmos dez anos e R$ 8 mil de salário
pode passar dos R$ 20 mil a receber. Mas o valor
exato depende do período de depósitos e saques
efetuados.
ADI 5.090
Fonte: Consultor Jurídico
10/05/2021 -
Centrais sindicais pedem audiência com Luiz Fux para
tratar da correção monetária do FGTS
As centrais sindicais se pronunciaram nesta sexta,
7, a respeito da retirada da ADI 5090 da pauta do
STF. A votação estava marcada para o próximo dia 13,
mas foi suspensa.
A ADI 5090 que revisará a Taxa Referencial (TR) para
correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) entre os anos de 1999 e 2013 gerou
grande interesse dos trabalhadores que entraram com
ações para reaver a defasagem. Com a retirada de
pauta, as centrais solicitaram em nota uma audiência
com o presidente do STF, Luiz Fux. Segundo a nota, a
intenção é estabelecer um diálogo para “chegar a um
bom termo que beneficiará não só os trabalhadores,
mas toda a economia do país”.
Leia aqui a nota:
ADI 5090 é benéfica para os trabalhadores e para
toda a economia
Neste momento de desemprego, carestia e grave crise
econômica, a ação para revisão do uso da Taxa
Referencial (TR) para correção monetária do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a ADI 5090 –
Ação Direta de Inconstitucionalidade, que seria
julgada no dia 13 de maio, gerou uma grande
mobilização de trabalhadores que ingressaram com
ações individuais e coletivas para receber a
diferença com a correção do TR.
Esta mobilização é justificada uma vez que, caso
procedente, a decisão poderia garantir aos
trabalhadores valores retroativos referentes ao
rendimento do FGTS. A revisão dos valores recebidos
poderia ser solicitada por qualquer trabalhador que
tenha tido a carteira assinada entre o período de
1999 a 2013.
Considerando a urgência do assunto para os
trabalhadores e que o Supremo Tribunal Federal (STF)
retirou da pauta a votação sobre a ADI, sem dar
perspectivas para uma nova data de julgamento, os
presidentes das centrais sindicais solicitam uma
audiência com o presidente da casa, Ministro Luiz
Lux.
Contamos com a sensibilidade social do STF diante do
fato de que os trabalhadores estão sendo
prejudicados com a falta de correção e necessitam da
restituição dos rendimentos a que tem direito.
Estamos certos de que neste diálogo, apoiados no
respeito às instituições democráticas e em nossa
Constituição Cidadã, chegaremos a um bom termo que
beneficiará não só os trabalhadores, mas toda a
economia do país.
São Paulo, 7 de maio de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Radio Peão Brasil
10/05/2021 -
Bolsonaro opera orçamento paralelo para aliados,
indica jornal
O governo de Jair Bolsonaro seria o responsável por
liberar verbas para emendas parlamentares a aliados
no Congresso Nacional, em um esquema de "Orçamento
paralelo " que teria movimentado R$ 3 bilhões desde
o final do ano passado. As afirmações são do jornal
'O Estado de S. Paulo'.
Segundo o jornal, por meio de ofícios encaminhados
principalmente ao Ministério do Desenvolvimento
Regional, os parlamentares indicavam à pasta onde
gostariam de alocar valores, em montantes muito
superiores aos R$ 8 milhões que tem direito
anualmente em emendas parlamentares.
O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
teria direito a R$ 277 milhões, 34 vezes o seu valor
anual, segundo reportagem. Também são citados os
nomes dos deputados Vicentinho Junior (PL-TO),
Ottaci Nascimento (SD-RR), Bosco Saraiva (SD-AM),
Lucio Mosquini (MDB-RO) e da ex-deputada Flávia
Arruda (PL-TO), hoje ministra-chefe da Secretaria de
Governo da Presidência da República, responsável
justamente pela articulação com o Congresso.
Os ofícios mostram que deputados e senadores aliados
do governo tinham como proposta preferencial alocar
recursos em locais como a Companhia de
Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf),
para que a estatal liberasse, com mais facilidade,
valores para a conclusão de obras e para a aquisição
de máquinas como tratores, caminhões-pipa e
escavadeiras. Nem sempre os valores iam para seus
redutos eleitorais. Em alguns casos, aponta a
reportagem, tratores eram adquiridos por valores
259% acima do valor de mercado.
Tais pedidos mostrariam um controle maior que o
imaginado de parlamentares do Centrão sobre o
orçamento da União, uma vez que caberia apenas ao
ministro da pasta, Rogério Marinho, organizar a
destinação dos recursos.
Segundo o 'Estadão', em um primeiro momento nenhum
dos parlamentares reconheceu participar do esquema.
Após serem confrontados com os ofícios, reconheceram
os pedidos.
Fonte: Congresso em Foco
10/05/2021 -
Calheiros diz que em nenhum outro lugar o presidente
falou “tantos absurdos” sobre pandemia
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI
do Genocídio, declarou, neste sábado (8), que Jair
Bolsonaro é o presidente que falou mais “absurdos”
no mundo sobre a pandemia do coronavírus.
Disse, ainda, em entrevista ao Grupo Prerrogativas,
retransmitida pela Fórum, que caso as apurações
comprovem que ele contribuiu para o agravamento do
“morticínio no Brasil”, o presidente será
responsabilizado.
“Em nenhum outro lugar, o chefe de Estado ou de
governo falou publicamente esses absurdos para os
seus governados, para a sua população. Então, não
dá. Só tivemos isso no Brasil. Eu espero que o
presidente da República não tenha responsabilidade
com o agravamento do morticínio no Brasil. Espero
que a CPI não chegue a tanto. Mas se a CPI chegar,
não tenho nenhuma dúvida que ele será
responsabilizado sim”, afirmou.
Calheiros ressaltou que Bolsonaro tentou
desacreditar as vacinas contra a Covid-19 em
inúmeras oportunidades.
“O que deve ser levado em conta é a maneira como o
governo minimizou a pandemia, como o governo
entendia que ela não era letal, não causa mortes,
como o governo minimizou o papel da vacina, que é o
único instrumento que pode resolver o problema, e
como o governo fechou as portas para os produtores
de vacinas. Não foi só para a Pfizer. Por quê?
Porque o presidente disse várias vezes que não
acreditava na vacina, muito menos na chinesa, que
quem tomasse ia virar jacaré e afinar a voz”,
relembrou o senador.
Grupo paralelo
Em relação ao depoimento do ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, na CPI do Genocídio, o relator disse:
“Tivemos um depoimento do atual ministro que não foi
esclarecedor, porque visivelmente ele defendeu uma
estratégia de não responder as perguntas
objetivamente e, consequentemente, não falar a
verdade. Mas ainda reconheceu a existência do grupo
paralelo, o constrangimento em algumas oportunidades
de ser desautorizado pelo discurso negacionista do
presidente da República”.
Fonte: RevistaForum
10/05/2021 -
Bolsonaro confirma que vai indicar alguém
'terrivelmente evangélico' para o STF
Jair Bolsonaro voltou a afirmar que irá indicar
“alguém terrivelmente evangélico” para o Supremo
Tribunal Federal (STF)e que já tem um nome em vista
para a vaga que será aberta em julho.
"Dia 4 de julho é o dia do terrivelmente evangélico.
Tem um cotado aí, por enquanto é ele, mas não está
batido o martelo. Uma vez eu disse, 'imagina uma
sessão do STF começar com uma oração com esse
ministro'", disse Bolsonaro durante um encontro com
apoiadores neste sábado (8) em Brasília, de acordo
com o jornal Valor Econômico.
O indicado para a Corte irá assumir a vaga aberta
com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello,
que completa 75 anos em julho. No ano passado,
Bolsonaro indicou Kassio Nunes Marques para assumir
uma cadeira na Corte.
Fonte: Brasil247
10/05/2021 -
Correção do FGTS pode superar R$ 250 Bilhões
A maior disputa judicial brasileira atual se dá em
torno do critério de reajuste do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço – FGTS. A sessão de julgamento
estava marcada pra quinta, dia 13, mas o Supremo
Tribunal Federal (STF) adiou a decisão. Busca-se
corrigir o saldo pelo INPC ou IPCA.
Os saldos têm sido corrigidos pela TR (Taxa
Referencial). Mas, desde 1999 o índice não acompanha
a inflação. A Adi 5.090 em exame foi proposta pelo
Solidariedade. A alegação do partido (presidido pelo
deputado federal Paulinho da Força) é que “a TR se
desvinculou de seus objetivos iniciais e impede que
a poupança concorra com outras aplicações
financeiras”.
Segundo o Solidariedade, o FGTS pertence ao
trabalhador. Ao corrigir as contas abaixo da
inflação, “o governo viola seu direito de
propriedade, além de tirar do Fundo seu poder
aquisitivo real”, argumenta.
Projeção – Estima-se que um trabalhador com dez anos
de Carteira assinada, e salário de R$ 2 mil, pode
ter R$ 5 mil a receber se houver revisão da correção
monetária e substituição da TR pelo IPCA. Mas o
valor exato varia caso a caso.
Acesse – www.solidariedade.org.br
Fonte: Agência Sindical
10/05/2021 -
Acidente de trabalho não obriga empresa a arcar com
plano de saúde vitalício
Mesmo que decorrente da prática profissional, um
acidente não obriga empresa a arcar com plano de
saúde vitalício. De acordo com esse entendimento, a
17ª Turma do Tribunal do Trabalho da 2ª Região optou
por afastar a manutenção de sentença de primeiro
grau que condenava uma empresa montadora de imóveis.
O reclamante é um soldador cujas tarefas requeriam
movimentos constantes e repetitivos com postura anti
ergonômica dos braços e movimentos de elevação acima
dos ombros — sem pausas e sem rodízios
profissionais.
Os exames médicos apresentados pela empresa traziam
resultados negativos, não apontando o trabalho como
causador da redução de sua capacidade laboral. O
empregado pediu, então, a manutenção do plano de
saúde vitalício pago pela empresa e indenizações por
danos materiais e morais.
De acordo com a decisão, o laudo pericial foi claro
em apontar que o reclamante é portador de
tendinopatia dos ombros, doença profissional causada
pelas atividades exercidas pela ré, apresentando
incapacidade laboral parcial e permanente para
atividades que exijam empenho do membro superior
direito.
No entanto, foi negada ao soldador a manutenção do
plano de saúde de forma vitalícia pela empresa. A
relatora designada Anneth Konesuke afirmou que, para
casos assim, "não existe previsão legal para
condenar a empregadora à manutenção vitalícia do
plano de saúde às suas expensas".
"Os planos de saúde são oferecidos pelas empresas
como um benefício social aos empregados. Para manter
o plano de saúde que possui, o empregado tem que
arcar com o seu custeio, por ser uma determinação
proveniente de lei, não havendo outro meio de manter
o mesmo plano de saúde", complementou.
As indenizações, no entanto, foram mantidas pelos
desembargadores, apenas com alterações em valor. O
valor arbitrado da multa por dano material, de R$
350 mil, foi reduzido em 30%, e o da indenização por
dano moral, R$ 30 mil, perdeu R$ 5 mil. Com
informações da assessoria de imprensa do TRT da 2ª
Região.
1000205-29.2019.5.02.0466
Fonte: Consultor Jurídico
07/05/2021 -
Bolsonaro ataca China e produção de vacina está
suspensa
O presidente Jair Bolsonaro promoveu novos ataques à
China durante essa semana e a resposta chegou de
forma rápida. Nesta quinta (6), o Instituto Butantan
informou que a produção da vacina CoronaVac está
suspensa por falta de insumo.
Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, o novo
atraso para a entrega de material se dá em
consequência das declarações feitas por Bolsonaro
contra o governo da China. Covas aponta falta de
alinhamento entre os dois países.
Agora, o Instituto Butantan aguarda uma rápida
solução para o problema. “Espero que o ministro das
Relações Exteriores atue o mais breve possível para
que tenhamos a liberação desses insumos pela China
para retomar a produção da vacina aqui em São
Paulo”, informou Dimas Covas em coletiva.
Solicitação – Um pedido foi feito à Sinovac
(laboratório chinês que fornece ao Brasil) para o
envio de 6 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo,
que seria capaz de produção aproximadamente 10
milhões de doses. De acordo com o diretor do
Butantan, apenas 2 mil litros do material chegarão
da China nos próximos dias.
Ataque – O presidente Bolsonaro afirmou nesta
semana que o vírus é novo e ninguém sabe se nasceu
em laboratório ou a partir do consumo de algum
animal inadequado. “Será que não estamos enfrentando
uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu
PIB? Não vou dizer para vocês”, questionou.
O governador de SP, João Doria, que estava ao lado
de Dimas Covas na coletiva, criticou o
posicionamento do governo federal. “Isso causa um
profundo mal-estar na chancelaria chinesa. Quero
registrar meu protesto com essas manifestações
agressivas e desnecessárias contra a China”,
argumentou Doria.
Fonte: Agência Sindical
07/05/2021 -
Com medo de derrota na próxima eleição, Bolsonaro
ameaça: “Vai ter voto impresso em 2022 e ponto
final”
O presidente disse que pode haver um "fraudão" no
pleito
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto
impresso durante transmissão ao vivo realizada nesta
quinta-feira (6). O mandatário atacou o ministro
Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, e
disse que, se o Parlamento aprovar, “vai ter voto
impresso e ponto final”.
“Alguns acham que pode ter fraude apenas pra
presidência… Se enganam. Pode ter pra senador, pra
deputado federal e deputado federal. E se vier um
‘Fraudão’ aí, vai reclamar com quem? Com o Papa?”,
afirmou o presidente, fazendo campanha para o
projeto de lei de autoria da deputada bolsonarista
Bia Kicis (PSL-DF).
“Se o Parlamento brasileito, por maioria
qualificada, aprovar e promulgar, vai ter voto
impresso em 2022 e ponto final. Não vou nem falar
mais nada. Vai ter voto impresso. Se não tiver voto
impresso é sinal de que não vai ter eleição. Acho
que o recado tá dado”, completou.
A declaração foi dada pelo presidente após ele
comentar sobre uma fala de Barroso, presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que a
aprovação do voto impresso poderia “criar o caos”
“Acho que ele é dono do mundo, o Barroso. Só pode
ser. O homem da verdade absoluta, não pode ser
contestado. Estou preocupado, se Jesus Cristo baixar
aqui na Terra, ele vai ser boy do ministro Barroso.
Ninguém aceita mais esse voto que esta aí”, declarou
o presidente.
Durante a transmissão, o presidente ainda criticou a
empresa AstraZeneca. “Aumentou o lucro em 2021, vai
aumentar em 2022, 2023… Por isso temos que encontrar
um remédio”, disse. Na sequência ele reclamou da CPI
do Genocídio e atacou o relator, senador Renan
Calheiros (MDB-AL): “”Frase não mata ninguém. Vamos
investigar o seu filho governador?”.
Fonte: RevistaForum
07/05/2021 -
Governo Bolsonaro quer ‘passar a boiada’ da
privatização do SUS
Ministério da Saúde se junta ao setor privado
para aprovar a Política Nacional de Saúde
Suplementar, que usa o SUS para alavancar o setor
A estratégia de “aproveitar a pandemia para passar a
boiada” em termos de desmonte do Estado está sendo
adotada pelo governo de Jair Bolsonaro também para
iniciar a privatização do SUS justamente quando
deveria ser fortalecido. Desde o último dia 30, está
em consulta pública a Política Nacional de Saúde
Suplementar para o enfrentamento da pandemia da
covid-19. Com o argumento de integrar ao SUS as
ações da saúde privada o Ministério da Saúde
pretende alavancar o mercado de planos e seguros de
saúde. Há tempos o setor reivindica ações
governamentais para ampliar o seu mercado.
De acordo com Ligia Bahia e Mário Scheffer,
especialistas no tema, a proposta é mais uma
tentativa de mudar as regras do jogo, reduzindo
direitos assegurados e impondo prejuízos adicionais
ao SUS e também à fatia da população cliente desses
planos particulares.
Na prática, essa “integração” consiste na inserção
do SUS na rede de prestadores de serviços médicos de
planos com cobertura reduzida, que aguardam
aprovação. Mais conhecidos como planos populares,
esses convênios foram criados pelo ex-ministro da
Saúde e atualmente deputado Ricardo Barros (PP-PR),
líder do governo na Câmara. Seu objetivo, alega, é
“fazer o SUS caber no orçamento da Saúde”.
SUS a serviço da rede privada
“A proposta vislumbra uma integração reversa, na qual
o SUS entra como coadjuvante e as operadoras se
apresentam como as protagonistas do sistema de
saúde”. É o que destacam os especialistas em nota
técnica (link abaixo) divulgada nesta quarta-feira
(5) pelo Grupo de Estudos sobre Planos de Saúde da
Faculdade de Medicina da USP e pelo Grupo de
Pesquisa e Documentação sobre Empresariamento na
Saúde, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Uma das promessas do plano do governo Bolsonaro é
“promover o atendimento à saúde para um melhor
desfecho clínico e com custo adequado”. Mas na
verdade é uma verdadeira “boiada” no melhor estilo
Ricardo Salles.
“Os planos de saúde comercializam o atendimento
sintomático e curativo a demandas espontâneas, cujos
procedimentos serão ou não autorizados em
estabelecimentos de saúde. A estrutura assistencial
dos planos privados não inclui medidas que previnam
exposição a riscos. As redes prestadoras de serviços
têm qualidade distintas, de acordo com os tipos e
preços de planos. Esse modus operandi leva a
desfechos ineficazes, como descontinuidade de
tratamentos, indefinição de responsabilidades e
conflitos entre operadoras, profissionais de saúde e
pacientes”, diz trecho da nota.
Além disso, segundo os autores, as empresas de
planos privados fizeram “um papelão” durante a
pandemia. Recusaram-se a participar dos esforços
para a unificação de leitos de UTI, mantiveram
reajustes abusivos das mensalidades e negaram a
cobertura de testes de Covid-19.
Por essas e outras razões, os especialistas
recomendam que a proposta seja sustada.
Clique
aqui para acessar a nota técnica. E saiba como
participar da consulta e votar contra a proposta do
governo que pretende lesar o SUS.
Fonte: Rede Brasil Atual
07/05/2021 -
Interessados em recalcular correção do FGTS devem
esperar STF, diz DPU
Em nota, a Defensoria Pública da União esclareceu
que os interessados no recálculo da correção
monetária e recomposição de saldo do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não precisam
ajuizar ação neste momento ou solicitar
"habilitação" em ação civil pública movida pelo
órgão.
Segundo a DPU, o interesse no assunto foi reavivado
com a proximidade do julgamento, no Supremo Tribunal
Federal, da ação direta de inconstitucionalidade que
pede a mudança do índice de correção monetária do
FGTS. O tema está em pauta para o próximo dia 13/5.
Atualmente, os saldos são corrigidos pela taxa
referencial (TR) — índice que desde 1999 não
acompanha a inflação. O partido Solidariedade alega
que a TR se desvinculou de seus objetivos iniciais e
pede que seja estabelecido algum índice mais
condizente com a demanda.
Em 2014, após um grande volume de solicitações de
assistência jurídica relacionadas ao tema, a DPU
ajuizou ação civil pública na Justiça Federal do Rio
Grande do Sul. O processo foi julgado improcedente
em primeira instância e aguarda análise pelo
Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
O órgão explica que é preciso aguardar o fim do
julgamento da ADI no STF e verificar seu impacto nas
demais ações. Caso a decisão seja favorável à
substituição do índice e o TRF-4 dê provimento ao
recurso da DPU, após o trânsito em julgado deve ser
publicado um edital para comunicar os interessados
para que proponham ações individuais.
Fonte: Consultor Jurídico
07/05/2021 -
Queiroga foge de perguntas na CPI como a do apoio de
Bolsonaro à cloroquina
Em várias ocasiões, a falta de respostas objetivas
irritou o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL)
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recusou-se
nesta quinta-feira (6) a responder na CPI da Covid
do Senado se compartilhava da visão de Bolsonaro
sobre a aplicação de cloroquina no tratamento da
Covid-19. Em várias ocasiões, a falta de respostas
objetivas irritou o relator da comissão, Renan
Calheiros (MDB-AL).
“Vossa Excelência compartilha da opinião do
presidente da República sobre o tratamento precoce,
especialmente sobre o uso da cloroquina para
pacientes da Covid-19? Objetivamente”, indagou Renan
Calheiros. O ministro não respondeu dizendo que iria
aguardar o protocolo da Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de
Saúde (Conitec).
Ele ainda foi questionado se não havia pressão de
Bolsonaro para que a pasta recomendasse o uso da
cloroquina, medicamento com eficácia não comprovada
cientificamente contra a doença. “Não há pressão, a
exemplo do que aconteceu no período do Ministro
Mandetta e do Ministro Teich?”, perguntou o relator.
“Senador, eu posso responder pela minha gestão.
Então, na minha gestão, não houve qualquer tipo de
pressão de quem quer que seja para a manutenção de
qualquer fármaco em protocolo clínico e diretriz
terapêutica”, respondeu.
Com respostas sendo dadas pela tangente, o relator
anunciou a convocação da assessora do Ministério da
Saúde Mayra Pinheiro que planejou visitas a médicos
nas UBS de Manaus para cobrar o uso da cloroquina no
tratamento precoce da Covid-19. Ela, que assessorou
o ex-ministro Eduardo Pazuello, permanece na atual
equipe.
Sobre o decreto anunciado por Bolsonaro contra o
isolamento social nos estados e municípios, Queiroga
afirmou que não foi consultado sobre a medida.
“Então há um aconselhamento paralelo”, concluiu o
relator, referindo-se as orientações dadas ao
presidente fora da pasta de Saúde, o mesmo que
ocorria nas gestões de Mandetta e Teich.
China
O ministro também não respondeu ao questionamento
sobre a fala de Bolsonaro que, sem citar
nominalmente a China, insinuou que o novo
coronavírus pode ter sido criado pelo país asiático
como parte de uma bacteriológica. “É um vírus novo,
ninguém sabe se nasceu em um laboratório ou nasceu
por algum ser humano ingerir um animal inadequado.
Mas está aí. Os militares sabem que é uma guerra
química bacteriológica e radiológica. Será que
estamos enfrentando uma nova guerra? Qual país que
mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês.”,
afirmou o presidente.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que fez o
questionamento, também se irritou como o ministro
diante da resposta. O ministro disse que o
presidente não falou o nome da China. “Ontem o
presidente da república fez uma das declarações mais
graves e sérias que eu já vi um presidente da
república no Brasil fazer, de que a pandemia poderia
fazer parte de uma guerra química provinda da sua
origem, evidentemente ele não fala o nome, mas da
China. Isso é muito grave. Se nós estamos vivendo
uma guerra química é uma das piores situações
mundiais desde a Segunda Guerra Mundial se não, nós
estamos fazendo uma injúria contra o nosso maior
fornecedor de vacinas neste momento”, afirmou o
senador.
A oitiva do presidente da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres,
que seria nesta quinta-feira, foi adiada para a
próxima terça-feira (11).
Fonte: Portal Vermelho
06/05/2021 -
Fala de Teich na CPI aponta crime de Bolsonaro
contra saúde, dizem deputados
Ex-ministro da Saúde afirmou que deixou a pasta
por discordar do uso da cloroquina contra a Covid-19.
Deputados repercutem declarações na CPI
O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse, nesta
quarta-feira (5), à Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Covid, que deixou o governo
Bolsonaro por discordar da orientação do presidente
da República sobre o uso da cloroquina no tratamento
da doença. Teich é o segundo a prestar depoimento à
CPI. Ele sucedeu Luiz Henrique Mandetta, mas
permaneceu menos de um mês à frente da pasta.
A divergência com Bolsonaro sobre o protocolo do uso
da cloroquina no combate ao coronavírus foi
considerada a gota d’água para a queda de Teich, em
maio de 2020. O ex-ministro afirmou ainda que não
tinha autonomia para montar sua equipe e que o
Ministério era tutelado por Bolsonaro.
“[Deixei o cargo] após constatação de que não teria
a autonomia e liderança que imaginava indispensável
para o exercício do cargo. Essa falta de autonomia
ficou mais evidente em relação às divergências com o
governo quanto à eficácia e extensão do uso do
medicamento cloroquina para o tratamento Covid-19”,
afirmou o ex-ministro.
A pressão pelo uso de medicamento sem eficácia
comprovada repercutiu entre os parlamentares. A
deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) destacou
que a CPI “está confirmando o que denunciávamos: o
caos foi proposital e conduzido por uma arrogância
anticiência e mirando objetivos econômicos em
prejuízo da saúde do povo brasileiro. E isso não
ocorreu sem aviso, pelo contrário, havia um mundo
todo alertando. Devem pagar por isso”, cobrou a
deputada.
O líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE),
foi um dos que postou trechos da fala de Teich sobre
o assunto e pontuou a falta de autonomia em sua
breve gestão.
“Teich disse que deixou o Ministério da Saúde por
não ter autonomia. O ex-ministro afirmou também que
tinha um entendimento diferente sobre a cloroquina.
Ele disse: ‘O pedido (de demissão) específico foi
por causa do pedido de ampliação do uso da
cloroquina. Era um problema pontual, mas isso
refletia numa falta de liderança’”, destacou Renildo.
Para o vice-líder do PCdoB na Câmara deputado
Orlando Silva (SP) “em poucas palavras” Teich disse
o essencial: “1) não tinha autonomia para a montagem
da equipe e para as ações do ministério, já que a
pasta é tutelada por Bolsonaro; 2) foi pressionado
por Bolsonaro a aceitar a adoção da cloroquina.
Diante da recusa, saiu”.
Para o deputado Daniel Almeida (BA), “o depoimento
de Teich revela, por A+B, que a pandemia chegou num
patamar trágico por irresponsabilidade de
Bolsonaro”.
Código Penal
Para o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), os
depoimentos de Teich e Mandetta são provas cabais de
que Bolsonaro cometeu crime contra a saúde pública,
infringido o artigo 132 do Código Penal por “expor a
vida de outrem” ao recomendar medicamentos
ineficazes que provocam efeitos colaterais graves e
podem matar. “Impeachment e cadeia”, defendeu.
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou que
Teich apenas reforçou o que foi dito por Luiz
Henrique Mandetta: “O Ministério da Saúde era apenas
uma fachada para que a política de morte de
Bolsonaro continuasse. E isso comprovou-se com a
ocupação militar na pasta por Pazuello. Sem
autonomia não existe ministério!”, disse Padilha,
ex-ministro da Saúde no Governo Dilma.
O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon
(PSB-RJ), diz que é preciso investigar mais
profundamente o entusiasmo do governo pela
cloroquina, um dos motivos apresentados por Teich
para deixar a pasta. “É dever da CPI investigar o
que está por trás de tamanha obsessão do governo por
um medicamento comprovadamente ineficaz contra covid”,
disse.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
06/05/2021 -
Oposição derrota o governo na CCJ e rejeita projeto
que previa punição a ministros do Supremo
Numa votação apertada, na qual a oposição venceu
por 33 a 32, deputados da CCJ rejeitaram o parecer
da deputada bolsonarista Chris Tonietto (PSL) que
previa crime de responsabilidade aos ministros do
STF que "interfiram em atribuições dos poderes
Legislativo e Executivo"
O governo de Jair Bolsonaro sofreu uma importante
derrota política nesta quarta-feira (5) na Câmara
Federal.
A Comissão de Constituição e Justiça rejeitou, por
33 votos contra 32, a constitucionalidade do Projeto
de Lei 4754/16, do deputado Sóstenes Cavalcante
(PSD-RJ), que previa a instituição do crime de
responsabilidade para os ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) que "interfiram em
atribuições dos poderes Legislativo e Executivo".
Na última sexta-feira (30), a matéria recebeu
parecer da deputada bolsonarista Chris Tonietto (PSL-RJ)
pela aprovação. A parlamentar entendeu que a matéria
é constitucional. “Na prática, o STF vem esvaziando
completamente o sentido objetivo das palavras da
Constituição, substituindo-o pelo programa
ideológico de seus onze ministros”, diz Tonietto.
Ela fala em hipertrofia do órgão e em ativismo
judiciário.
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirmou que
pautar a proposta representa "revanchismo" por conta
da prisão do deputado Daniel Silveira. Para
Melchionna, se trata de iniciativa apoiada pelo
governo para colocar uma "espada" sobre a cabeça dos
ministros do Supremo para evitar decisões que
apontem a inconstitucionalidade de ações do
Executivo.
Fonte: Brasil247
06/05/2021 -
Paim destaca plano americano e movimento sindical de
trabalhadores
Preocupado com a crise sanitária que já levou à
morte de mais de 400 mil brasileiros e prejudica a
economia, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse, em
pronunciamento esta quarta-feira (5), que os
governos precisam adotar, cada vez mais, políticas
humanitárias. Ele destacou como exemplo o plano
econômico recentemente anunciado por Joe Biden,
presidente dos Estados Unidos.
— Será um pacote de estímulos ao emprego, à renda, à
saúde, à educação, a creches e a licenças
remuneradas. E, lembramos, essa crise é a maior
desde a Segunda Guerra mundial — declarou Paim.
Segundo o parlamentar, trata-se de um plano
destinado ao “social” para amenizar as perdas
provocadas pela pandemia. Atitude que, em sua
opinião, significa “expandir o papel do governo na
vida dos americanos comuns”. Ele ressaltou que Biden
está atuando no combate às crises “econômicas e da
saúde” causadas pela covid-19.
Movimento sindical
Paim afirmou que o movimento sindical, tanto no Brasil
como nos Estados Unidos, precisa ser "revigorado”.
Ele observou que Biden destacou a importância dos
sindicatos dos trabalhadores que atuam diretamente
na melhoria das condições de vida das pessoas, por
reconhecer que tais entidades fortalecem a
"democracia, o diálogo e a justiça”.
— Segundo Biden, os Estados Unidos não foram
construídos por Wall Street. Foram construídos pela
classe trabalhadora e seus sindicatos. Os
sindicatos, segundo o presidente [dos Estados
Unidos], construíram um movimento positivo de
diálogo entre o empresariado e os trabalhadores.
Eles colocam também o poder nas mãos dos
trabalhadores e, assim, nivelam o jogo, tornando-se,
ainda segundo Biden, uma voz forte em defesa dos
necessitados, dos pobres, dos miseráveis e dos que
passam fome — ressaltou Paim.
Fonte: Agência Senado
06/05/2021 -
Centrais trabalham por GT do desenvolvimento
As Centrais Sindicais articulam no Congresso
Nacional medidas de proteção ao emprego, renda e
indústria, com vistas à retomada econômica. Segunda,
3, após reunião virtual com o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ganhou força a ideia de um
Grupo de Trabalho que adote a agenda do
desenvolvimento.
O GT deve ter senadores, deputados, representantes
dos trabalhadores e entidades empresariais. A
iniciativa, que já havia sido debatida com o
presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), recebeu
apoio de Rodrigo Pacheco.
Clemente Ganz Lúcio, assessor técnico das Centrais
Sindicais, espera que Grupo funcione já nas próximas
semanas. Devem participar, a princípio, CUT, Força
Sindical, CTB, Nova Central, UGT e CSB. Um GT não
tem a formalidade de uma Comissão, o que facilita
seu trâmite.
“O Brasil deve cuidar do fortalecimento da
indústria. Como o GT vai ter participação patronal,
será um trabalho de convencimento e estratégias. A
questão do emprego precisa ser colocada como parte
do projeto nacional”, explica à Agência Sindical.
Benefício
Bandeira unitária das Centrais Sindicais, o
Emergencial tem resistências. Pacheco vê limites na
lei e no orçamento. Mas aceita discutir eventual
Programa de Renda Básica. As Centrais insistem no
pagamento dos quatro meses do Auxílio de R$ 600,00.
Ainda quanto ao Emergencial, seguem as tratativas
com lideranças partidárias.
Para as lideranças sindicais, as recentes medidas
adotadas pelo presidente Joe Biden, dos Estados
Unidos, denunciam o esgotamento do modelo
neoliberal. Clemente Ganz afirma: “É preciso
construir outra agenda. Pra isso, é fundamental que
o Congresso Nacional se coloque como o fórum dessa
discussão e dos encaminhamentos”.
Mais – Acesse site das
Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
06/05/2021 -
Governo Bolsonaro só comprou metade das vacinas que
foram anunciadas
Segundo a área técnica do Ministério, havia
281.023.470 doses contratadas e 281.889.400 estão
“em fase de negociação”
A gestão Jair Bolsonaro mentiu sobre número de doses
de vacinas contra a Covid-19 compradas até o
momento. Diferentemente do que informam anúncios que
estão sendo veiculados na grande mídia, o Ministério
da Saúde não adquiriu 560 milhões de doses.
Ao responder a um questionamento oficial formulado
pelo Congresso, a pasta informou que o número
contratado é a metade disso: 280 milhões de doses.
Segundo a área técnica do Ministério, havia
281.023.470 doses contratadas e 281.889.400 estão
“em fase de negociação”.
As informações chegaram ao Congresso na
segunda-feira 3 em resposta a um requerimento de
informações do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR). Além
das propagandas oficiais, o ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, também usou o número. “O governo
federal já tem contratados mais de 560 milhões de
doses de vacina”, disse ele, após reunião do comitê
de combate à Covid, que reúne Executivo, Legislativo
e Judiciário.
Já com as propagandas, a pasta gastou R$ 1,1 milhão
de reais para divulgar na TV “publicidade que
ressalta o compromisso do governo federal em vacinar
toda a população”. No dia 25, o Ministério fez sete
inserções sobre o tema nas TVs Globo, Record, SBT,
Band e RedeTV.
Com informações do Estadão
Fonte: Portal Vermelho
06/05/2021 -
Copom eleva juros básicos da economia para 3,5% ao
ano
Decisão era esperada pelo mercado financeiro
Em meio ao aumento da inflação de alimentos,
combustíveis e energia, o Banco Central (BC) subiu
os juros básicos da economia em 0,75 ponto
percentual pela segunda vez consecutiva. Por
unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
elevou a taxa Selic de 2,75% para 3,5% ao ano. A
decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Em comunicado, o Banco Central indicou que deve
elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual na
próxima reunião, em 15 e 16 de junho. "Para a
próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do
processo de normalização parcial do estímulo
monetário com outro ajuste da mesma magnitude. O
Copom ressalta que essa visão continuará dependendo
da evolução da atividade econômica, do balanço de
riscos e das projeções e expectativas de inflação",
destacou o texto.
Pela primeira vez, o Copom destacou que leva em
conta a "suavização das flutuações do nível de
atividade econômica e fomento do pleno emprego" em
suas decisões, desde que o estímulo para o
crescimento econômico não comprometa a estabilidade
dos preços. A novidade está relacionada à nova lei
de autonomia do BC, que estabelece o controle da
inflação como objetivo principal do órgão, seguido
da manutenção do crescimento econômico e do emprego
como objetivos secundários.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
06/05/2021 -
Produção industrial tem segunda queda consecutiva em
março, de 2,4%
Informação é da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE.
Recuo foi puxado pela queda de 8,4% na produção de
veículos automotores, reboques e carrocerias.
A produção industrial recuou 2,4% em março na
comparação com o mês anterior e intensificou perda
de 1% que havia sido registrada em fevereiro, quando
houve a interrupção de nove meses de resultados
positivos. As informações, divulgadas nesta
quarta-feira (5), são parte da Pesquisa Industrial
Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). No ano, a indústria acumula
crescimento de 4,4% e, nos últimos 12 meses, queda
de 3,1%.
A queda da indústria em março foi acompanhada por
três das grandes categorias econômicas do setor. A
categoria bens de consumo semi e não-duráveis caiu
10,2%, a maior perda desde abril de 2020, quando
havia registrado -12,6%. Os bens de consumo duráveis
(-7,8%) e os bens de capital (-6,9%) intensificaram
as perdas registradas no mês anterior. Já o setor
produtor de bens intermediários (0,2%) foi o único a
registrar taxa positiva.
O recuo mensal teve predomínio de taxas negativas e
foi puxado principalmente pela queda de 8,4% na
produção de veículos automotores, reboques e
carrocerias. Foi o terceiro resultado negativo
consecutivo, acumulando perda de 15,8% no trimestre.
O comportamento recente interrompe uma sequência de
oito meses de taxas positivas, que acumularam
expansão de 1.196,9%.
Destacaram-se ainda as atividades de confecção de
artigos do vestuário e acessórios (-14,1%), de
outros produtos químicos (-4,3%), de produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%), de couro,
artigos para viagem e calçados (-11,2%), de produtos
de borracha e de material plástico (-4,5%), de
bebidas (-3,4%), de móveis (-9,3%), de produtos
têxteis (-6,4%) e de produtos de minerais não
metálicos (-2,5%).
Os principais impactos positivos vieram das
indústrias extrativas (5,5%), outros equipamentos de
transporte (35%) e coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (1,7%).
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o recuo
do setor industrial está relacionado à
intensificação da pandemia da Covid-19. Ele afirma
que as atividades com taxas positivas em março estão
repondo perdas registradas em meses anteriores.
Fonte: Agência Brasil
05/05/2021 -
TV GGN: NCST participa da Live ‘O Sindicato como
Peça Central do Desenvolvimento Nacional’
Presidente da entidade, José Reginaldo Inácio,
participou do debate sobre o tema junto a grandes
lideranças sindicais do país.
Nesta segunda-feira (03/05), a TV GGN reuniu algumas
das maiores lideranças sindicais do país na Live "O
Sindicato como Peça Central do Desenvolvimento
Nacional". Conduzido pelo jornalista Luis Nassif,
o debate virtual discutiu o papel do sindicalismo no
enfrentamento à agenda política/econômica que
desmantela direitos trabalhistas e sociais
consagrados na Constituição de 1988. O presidente da
Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, José
Reginaldo Inácio, participou das discussões em torno
do tema.
Assista a Live na íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=0PVkKGi5k7o
NCST na Live
Na oportunidade o presidente da NCST apresentou o
empenho da agenda neoliberal, intensificada a partir
do governo Temer e “turbinada” por Paulo Guedes no
governo Bolsonaro, em desestruturar os mecanismos de
reação do movimento sindical aos sucessivos ataques
ao arcabouço de leis de proteção ao trabalho. O
líder sindical relembrou o excelente desempenho
sindical nas negociações coletivas das categorias
representadas.
“É preciso resgatar a memória do ótimo desempenho do
movimento sindical, antes e durante o momento atual.
O abrupto ataque à estrutura sindical, retirando
suas fontes de financiamento e outras prerrogativas
que fortaleciam suas atividades, se deu por conta do
incontestável sucesso das entidades sindicais nas
negociações coletivas. De 2013 até 2017, tínhamos em
torno de 50.000 negociações anuais. Nessas
negociações nós renovávamos ou conquistávamos,
anualmente, cerca de três milhões e 500 mil
cláusulas positivas para a classe trabalhadora. Ao
perceber o ótimo desempenho sindical nessas
intervenções, desde a reforma trabalhista e as
terceirizações irrestritas, governos de perfil
reacionário buscaram congelar a capacidade de dos
sindicatos reagirem à agenda de retrocessos
encomendada pelo mercado”, recordou o presidente da
NCST.
Reginaldo completou: “A autonomia das assembleias
foi duramente atacada na tentativa de fechar o cerco
contra qualquer mecanismo eficaz de enfretamento à
exploração desmedida do trabalho. No Brasil pós
reforma trabalhista, nesse quadro de ilícitos e
fraudes, o país coleciona uma população de
desocupados, desalentados ou na informalidade de
mais de 54 milhões de trabalhadores. Nós temos, no
Brasil de hoje, mais de 50% de desempregados em
idade economicamente ativa. Ainda assim, para além
da defesa das categorias representadas e mesmo neste
período da pandemia, o movimento sindical
desempenhou papel estruturante, dando respostas
rápidas para questões humanitárias urgentes, como o
auxílio emergencial para os desempregados e
combalidos do país”, analisou.
O presidente da NCST também apresentou as armadilhas
inseridas na PEC 186 e a PEC 32, que visam
desmantelar o serviço público brasileiro.
“Em pleno período de pandemia, é incompreensível que
o movimento sindical necessite entrar na briga por
coisas elementares, como orçamento público para a
Saúde e para a pesquisa científica. Afastar a
sociedade do uso do serviço público, retirando do
Estado a responsabilidade por ofertar serviços
essenciais, tem se revelado mecanismo eficaz de
afastar o cidadão comum e as classes sociais menos
favorecidas de participar da política. As PEC’s 32 e
186, colocam em situação terrível os serviços de
Saúde e Educação do país. A reação a estas emendas
torna-se indispensável para assegurar um mínimo
necessário para o resgate do desenvolvimento
nacional”, concluiu Reginaldo.
Fonte: NCST
05/05/2021 -
Governo libera 13º para aposentados e injeta R$ 53
bilhões na economia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou,
nesta 3ª feira (4.mai.2021), um decreto que antecipa
o pagamento do 13º salário dos aposentados e
pensionistas do INSS (Instituto Nacional de
Seguridade Social) em 2021. A informação foi
confirmada pela Secretaria Geral da Presidência. Eis
a
íntegra do comunicado (133 KB).
O novo pagamento será feito em duas parcelas. A
primeira será paga entre os dias 25 deste mês e 8 de
junho, e correspondente a 50% do benefício devido no
mês de maio de 2021. A segunda será paga entre 24 de
junho e 7 de julho. O pagamento, em geral, acontece
em agosto e novembro.
A medida tem como objetivo aumentar a renda dos
beneficiários, o que deve injetar R$ 53 bilhões na
economia brasileira. A ação não tem impacto
orçamentário [pois não tem acréscimo na despesa
prevista para o ano].
O pagamento faz parte de uma série de ações que o
Ministério da Economia estuda para mitigar
dificuldades da população em meio à piora da
pandemia e recrudescimento de medidas de isolamento
social neste início de ano.
Segundo o governo federal, grande parte dos
beneficiários do INSS são pessoas idosas, com
comorbidades ou inválidas [integrantes dos grupos
mais vulneráveis a covid].
Fonte: Poder360
05/05/2021 -
Presidente do Senado nega Auxílio de R$ 600,00
Dois dias após o 1º de Maio, as Centrais Sindicais
se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco. Participaram do encontro virtual CUT, Força
Sindical, Nova Central, UGT, CSB, CTB, Pública e
Intersindical.
Na pauta, a aprovação imediata das Medidas
Provisórias 1.039 e 1.045, que protegem empregos e
salários; oferecem apoio a micro e pequenas
empresas; e também a elevação do Auxílio Emergencial
pra R$ 600,00, enquanto durar a pandemia.
Atualmente, o Auxílio, fixado por Bolsonaro, varia
de R$ 150,00 a R$ 375,00.
Apesar de reconhecer a importância do pleito, o
presidente do Senado não vê como elevar o valor.
Segundo Pacheco, não há orçamento pra pagar R$
600,00.
Miguel Torres, presidente da Força, critica: “É
preciso aprovar novo orçamento de guerra. É insano
impor teto de gastos enquanto as pessoas passam
fome”.
Outra solicitação é a presença de Sindicatos nas
negociações do que prevê a MP 1.045. “Tem muito
trabalhador perdendo direito. É fundamental a ação
sindical nas negociações”, defende José Reginaldo
Inácio, presidente da Nova Central.
GT – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
apoia a criação de um Grupo de Trabalho pra discutir
medidas de proteção ao emprego, renda e à indústria
é visto como avanço pelos sindicalistas. O GT, que
também tem apoio do presidente da Câmara, Arthur
Lira, deve contar com senadores, deputados,
representantes dos trabalhadores e também dos
empresários.
As Centrais vão continuar articulando no Senado. “Os
Sindicatos devem manter pressão sobre deputados e
senadores pra ampliar o apoio e aprovar as MPs”,
argumenta Miguel Torres.
Mais – Acesse site das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
05/05/2021 -
16,2 milhões de brasileiros perderam totalmente a
renda na pandemia
Entre quem ganha até um salário mínimo, o
percentual dos que ficaram sem rendimento do
trabalho é de 29%
A pandemia de Covid-19 deixou cerca de 16,2 milhões
de brasileiros sem nenhuma renda. É o que aponta a
pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”,
encomendada pela CNI (Confederação Nacional da
Indústria) ao Instituto FSB Pesquisa. De acordo com
o levantamento, o número de trabalhadores que
tiveram a renda zerada corresponde a 14% dos
empregados do País (com ou sem carteira assinada).
Quem mais sofreu esse impacto foram os trabalhadores
de baixa renda. Entre quem ganha até um salário
mínimo, o percentual dos que ficaram sem rendimento
do trabalho é de 29%. O índice é sensivelmente menor
entre quem ganha de um a dois mínimos (11%), de dois
a cinco salários (5%) e mais de cinco mínimos (1%).
Os números mostram a importância do auxílio
emergencial, idealizado pela oposição ao governo
Bolsonaro e pelos movimentos sindical e social.
Quando foi instituído em 2021, no valor-base de R$
600, o benefício se voltava justamente a esses
trabalhadores que foram afetados pela pandemia –
sobretudo os desempregados e informais.
A pesquisa também que o ritmo da vacinação e a
segunda onda da covid-19 derrubaram a expectativa do
brasileiro em uma retomada econômica mais rápida.
Para 71%, a economia vai levar, pelo menos, um ano
para se recuperar. Esse sentimento impacta os
hábitos de consumo e foi influenciado pela
vacinação: 83% dos entrevistados consideram o ritmo
de vacinação no Brasil lento e 35% das pessoas que
ainda não foram imunizadas não têm expectativa de
serem vacinadas neste ano.
A pesquisa mostrou um medo menor da população em
perder o emprego do que em 2020. Em abril de 2021,
41% assinalaram ter um medo grande ou muito grande
de perder o emprego. Em julho de 2020, eram 45% – e,
em maio de 2020, 48%.
Apesar disso, 32% dos trabalhadores afirmaram que a
renda diminuiu e 14% perderam totalmente a renda,
nos últimos 12 meses. Para 41%, a renda ficou
estável e 10% registraram aumento. Em outra
pergunta, quanto às expectativas sobre sua renda
para os próximos seis meses, 3% acreditam que
perderão totalmente, 9% veem redução parcial e 83%
consideram que não terão mudanças.
O Instituto FSB Pesquisa ouviu por telefone 2.010
pessoas, de todas as regiões do País, de 16 a 20 de
abril. A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos.
Com informações da CNI e do O Globo
Fonte: Portal Vermelho
05/05/2021 -
Câmara aprova projeto que revoga Lei de Segurança
Nacional e cria nova norma
Proposta normativa aprovada cria dez crimes
contra a democracia e inclui condutas no Código
Penal
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o
texto-base da proposta que revoga a Lei de Segurança
Nacional (LSN), norma editada na década de 1980, no
contexto da ditadura militar, que vem sendo aplicada
recentemente contra adversários do governo
Bolsonaro, entre eles o youtuber Felipe Neto e os
líderes populares Guilherme Boulos e Sônia Guajajara.
A proposta aprovada pelos parlamentares tem
referência no Projeto de Lei (PL) 6764/2002, que
tramita em bloco com outras 14 medidas de teor
semelhante. O texto votado é o parecer da relatora,
Margarete Coelho (PP-PI), que, além de revogar a
norma da ditadura, define dez crimes contra o Estado
Democrático e de Direito, inserindo essas condutas
no Código Penal.
O texto prevê os crimes de atentado à soberania,
atentado à integridade nacional, espionagem, golpe
de Estado, abolição violenta do Estado Democrático
de Direito, interrupção do processo eleitoral,
comunicação enganosa em massa, violência política,
sabotagem e atentado a direito de manifestação.
A votação do PL foi simbólica, modalidade em que não
é possível contar os votos nem identificar o
posicionamento individual dos parlamentares. Os
partidos PSL, PSOL e a liderança do governo, por
razões distintas entre si, foram os únicos a
orientarem suas bancadas a se posicionarem contra o
texto. Já PT, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, PDT,
PCdoB, PV, Rede, Republicanos, Podemos, Novo e
Cidadania pediram votos favoráveis ao PL.
Os partidos de oposição produziram consenso sobre a
necessidade de se invalidar a Lei de Segurança
Nacional, mas divergiram em relação a pontos
específicos do texto do PL que, na avaliação da
liderança do Psol, ainda trariam risco de
criminalização e perseguição de forças populares,
apesar das diferentes mudanças feitas ao longo das
negociações políticas prévias à votação. As costuras
fizeram com que o texto fosse alterado mais de dez
vezes.
Fonte: Brasil de Fato
05/05/2021 -
Empregado deve pagar honorários de sucumbência sobre
parte negada da ação
Nas ações ajuizadas após a vigência da reforma
trabalhista, de 2017, as partes se sujeitam à
condenação em honorários de sucumbência recíproca
quando o pedido de danos morais é parcialmente
acolhido, mesmo que o empregado seja beneficiário da
gratuidade de Justiça. Esse entendimento foi adotado
pela 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho para
condenar um operador de loja a pagar honorários
advocatícios sobre a diferença do valor da
indenização por danos morais pretendido por ele e o
montante deferido na sentença.
Na reclamação trabalhista, ajuizada em 2019, o
operador, que atuava numa loja da Sendas
Distribuidora S.A. (Assaí Atacadista) em Valparaíso
de Goiás (GO), pediu a condenação da empresa em
diversas parcelas, entre elas a indenização por dano
moral. O motivo era o fato de ele permanecer em pé
durante toda a jornada, sem que a loja fornecesse
assentos para descanso. O valor desejado era de R$ 4
mil.
O juízo de primeiro grau acolheu a pretensão, mas
fixou a indenização em R$ 3 mil, condenando a
empresa ao pagamento de honorários sucumbenciais
sobre o crédito líquido a ser pago ao empregado.
Essa obrigação foi afastada para o trabalhador por
ele ser beneficiário da Justiça gratuita. A decisão
foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da
18ª Região (GO).
No recurso de revista apresentado ao TST, a empresa
sustentou que, se a lei prevê o pagamento de
honorários para ambas as partes em caso de
sucumbência recíproca, não há motivo para afastar
tal instituto em razão da concessão da Justiça
gratuita. Outro argumento foi o de que a lei também
prevê a possibilidade de suspensão caso não exista
crédito suficiente para o pagamento, "no intuito de
resguardar os direitos dos trabalhadores".
Assunto novo
O relator do recurso, ministro Alexandre Ramos,
salientou que se trata de questão nova, referente à
interpretação da legislação após a vigência da
reforma trabalhista, sobre a qual ainda não há
jurisprudência consolidada no âmbito do TST ou em
decisão de efeito vinculante no Supremo Tribunal
Federal.
A lei introduziu na CLT o artigo 791-A, que trata
dos honorários de sucumbência de 5% a 15% sobre o
valor da condenação. O parágrafo 3º do dispositivo
prevê que, no caso de procedência parcial, o juízo
arbitrará os honorários de forma recíproca, vedada a
compensação entre eles. O parágrafo 4º, por sua vez,
estabelece que será exigido do beneficiário da
Justiça gratuita o pagamento de honorários
sucumbenciais caso ele tenha obtido créditos capazes
de suportar a despesa. Do contrário, a obrigação
ficará sob condição suspensiva de exigibilidade por
dois anos, extinguindo-se após esse prazo.
Segundo o ministro, a sucumbência recíproca e
parcial deve ser analisada em relação a cada pedido,
não podendo ser afastada pelo acolhimento parcial da
pretensão. No caso, o trabalhador pediu indenização
de R$ 4 mil e conseguiu R$ 3 mil. Como o pedido foi
apenas parcialmente acolhido, os honorários incidem
para o advogado do empregado, sobre o valor obtido,
e para o advogado da empresa, sobre a diferença
rejeitada.
O relator explicou que o objetivo dessa alteração
foi restabelecer o equilíbrio processual entre as
partes e responsabilizá-las pelas escolhas
processuais, bem como desestimular lides temerárias,
"evitando a mobilização irresponsável da máquina
judiciária". Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
RR 12170-70.2019.5.18.0241
Fonte: Consultor Jurídico
04/05/2021 -
Centrais encaminham grupo de trabalho tripartite
para alavancar economia
Fórum que envolve CUT, CTB, NTSC, UGT, CSB e
Força levou proposta ao presidente do Senado, que,
assim como o presidente da Câmara, deu sinal verde
O Fórum das Centrais anunciou após reunião virtual
nesta segunda-feira (3) com o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o encaminhamento da
criação de um grupo tripartite envolvendo Congresso,
representantes dos trabalhadores e de confederações
patronais visando criar propostas para a retomada
econômica e consequente geração de empregos no país.
O tema já havia sido acordado com presidente da
Câmara, Artur Lira (PP-AL), na semana anterior.
A intenção é colocar o grupo em funcionamento o mais
rápido possível, nas próximas semanas, a fim de
começar a tratar de propostas concretas. Os
trabalhadores serão representados pela Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NTSC), União Geral de
Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) e Força Sindical.
Dois dias antes da reunião, no sábado (1º), Dia do
Trabalhador, as centrais fizeram um ato virtual
unificado onde o emprego foi um dos temas centrais.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na sexta-feira
(30) pelo IBGE, o total de desempregados subiu a
14,423 milhões no país, maior número da série
histórica. São 400 mil a mais em um trimestre
(crescimento de 2,9%) e 2,080 milhões em 12 meses
(16,9%). A taxa média de desemprego no trimestre
encerrado em fevereiro foi a 14,4%.
Auxílio emergencial e MP 1045
Outro ponto abordado na reunião foi a elevação para R$
600 do valor da nova rodada do auxílio emergencial.
Atualmente ele varia de R$ 150 a R$ 375. O Fórum das
Centrais argumentou sobre a necessidade de o
Congresso Nacional viabilizar o reajuste. Para isso,
seria necessário um entendimento com o governo
federal. Apesar de cientes da dificuldade para que
isso ocorra, os representantes dos trabalhadores
terão o reforço do ex-presidente Lula nesta semana.
Ele está em Brasília para, dentre outros
compromissos, articular com lideranças do Congresso
Nacional o aumento do valor. Ainda nesse campo,
Pacheco afirmou que pretende levar ao Congresso um
programa de renda cidadã básica.
O terceiro grande ponto em debate foi a Medida
Provisória 1.045/2021, que institui o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda,
editada pelo governo federal e publicada no Diário
Oficial da União na quinta-feira (28). Neste ponto,
as centrais reivindicam maior participação dos
sindicatos nas negociações coletivas, visto que a
normativa da gestão Bolsonaro-Guedes praticamente
exclui a representação dos trabalhadores.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/05/2021 -
Bolsonaro teve postura negacionista contra Covid-19,
diz presidente da CPI
O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz
(PSD-AM), afirmou na noite desta segunda-feira que
Jair Bolsonaro teve uma postura negacionista durante
a pandemia de Covid-19
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da
Covid, disse que Jair Bolsonaro teve uma postura
negacionista durante a pandemia e que seus atos
serão passados a limpo durante a Comissão
Parlamentar de Inquérito que tomará seus primeiros
depoimentos a partir desta terça-feira (4).
"O presidente, desde o primeiro momento, foi
negacionista – e todo mundo sabe disso", disse Aziz
durante entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV
Cultura. "[O presidente] estimulou aglomerações,
achava equivocadamente que poderíamos sair dessa
pandemia com a imunização de rebanho – e isso não
aconteceu."
Ao comentar o tratamento que tais atos receberão da
comissão, Aziz evitou dar detalhes do que poderá ser
feito no futuro. "Acho que os equívocos que foram
cometidos precisam ser reavaliados e precisa ser
feito uma autocrítica destes equívocos", ponderou.
"Estes equívocos custaram ao Brasil muitas vidas",
informa o Congresso em Foco.
O senador disse que a CPI da Covid não vai "acabar
em pizza" e garantiu ser possível, se necessário,
acareações entre ministros e membros e ex-membros do
governo, assim como a participação de governadores.
Fonte: Brasil247
04/05/2021 -
Lira quer votar texto que autoriza privatizações dos
Correios no final do primeiro semestre
Presidente da Câmara destacou a importância das
reformas estruturantes, como a reforma
administrativa, para garantir a retomada do
crescimento econômico
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), afirmou que a proposta que autoriza o
governo a privatizar os Correios deve ser votada
entre junho e julho (PL 591/21). Lira deu a
declaração em entrevista ao programa Canal Livre, da
Rede Bandeirantes, neste domingo. Ele avalia que o
governo tem votos para aprovar a proposta e
ressaltou que o Congresso é reformista.
Para Lira, seu compromisso não é com o mérito do
texto, mas com fazer as discussões acontecerem. “É
meu dever [fazer com] que os debates aconteçam, e
com muita firmeza e diálogo fazer com que eles
andem. A intensidade do que vai ser aprovado,
depende do momento. Mas temos obrigação que o Brasil
tenha uma gestão melhor das suas contas públicas”,
afirmou.
Reforma Administrativa
Arthur Lira voltou a defender a importância das
reformas estruturantes e destacou a reforma
administrativa como uma das prioridades do
Parlamento. Para Lira, é uma reforma que é base para
que o cenário econômico do Brasil melhore, inclusive
no período da pós-pandemia. Ele ressaltou que os
efeitos do texto são para o futuro, ou seja, não
atingem os atuais servidores em seus direitos. “O
objetivo não é avaliar o funcionário, mas o
serviço”, destacou.
Lira avalia que há condições do texto ser aprovado
pelo Plenário. “Há uma soma de matérias que não
podemos nos dar o luxo, por problemas políticos e
ideológicos, de parar o Congresso Nacional. Temos o
problema do recrudescimento da pandemia, temos os
problemas do orçamento, mas temos que pensar no
amanhã do Brasil. Temos que continuar produzindo,
combatendo a pandemia e pensar no Brasil no
pós-pandemia”, explicou.
Arthur Lira destacou ainda que a proposta que acaba
com os chamados supersalários do funcionalismo vai
caminhar junto com a proposta de reforma
administrativa (PL 6726/16).
O projeto já passou pelo Senado e aguarda votação na
Câmara dos Deputados desde 2018. A proposta
normatiza as regras para o pagamento das verbas e
gratificações que ultrapassem o limite
constitucional, que é o salário dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), hoje fixado em R$
39.293,32.
“Não podemos discutir uma reforma administrativa e
deixar de atacar isso”, ponderou.
Fonte: Agência Câmara
04/05/2021 -
Aumento dos desalentados é desperdício de mão de
obra e conhecimento, alerta Dieese
Diretor técnico do Dieese Fausto Augusto Junior
chama a atenção para a deterioração da qualificação
da mão de obra por conta da elevação do desalento,
que cresceu 26,8% no último trimestre em comparação
com o mesmo período do ano passado
Entre dezembro de 2020 e fevereiro deste ano, os
desalentados – aqueles que desistiram de procurar
trabalho – somam 5,952 milhões, de acordo com a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua divulgada pelo IBGE na última sexta-feira
(3). Na comparação com o mesmo período do ano
passado, o desalento cresceu 26,8%. Junto ao aumento
da informalidade e do desemprego, que atinge mais de
14,4 milhões, esses números representam a
deterioração do mercado de trabalho brasileiro.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Junior, a questão do desalento é
preocupante, pois “quanto mais tempo a pessoa fica
fora do mercado de trabalho, mais difícil fica para
ela voltar”. Em entrevista ao Jornal Brasil Atual
nesta segunda-feira (3), ele desfaz o mito de que o
desalento atinge apenas o trabalhador mais pobre,
com baixa escolaridade.
Segundo ele, muitos são os universitários
recém-formados que desistiram de procurar uma vaga.
Ou, ainda, são pessoas que conseguiram acumular
recursos com o trabalho formal, mas agora estão
consumindo suas poupanças. Com isso, passam a
depender cada vez mais das suas famílias ou dos
programas sociais.
O diretor do Dieese aponta que será preciso
implementar políticas de requalificação profissional
para garantir a inserção desses milhões no mercado
de trabalho novamente. “Tudo isso é um grande
desperdício de mão de obra e conhecimento e vai ser
cobrado um preço lá na frente. Porque em vez de
estarem se aperfeiçoando, essas pessoas vão se
distanciando do mercado, o que é algo bastante
grave”, alertou Fausto.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/05/2021 -
Perdas no FGTS: STF julga ação que pode render
bilhões a trabalhadores
Na pauta da Corte desde o ano passado, o
plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) pode
começar a julgar, no próximo dia 13, a correção do
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). A
decisão poderá render uma “bolada” para quem
trabalhou com carteira assinada entre 1999 e 2013.
Isso porque, nesse período, o FGTS era corrigido
pela TR (Taxa Referencial), mais 3% de juros ao ano,
e não acompanhava a inflação.
Ou seja, o dinheiro estava sendo administrado pelo
governo e, quando era devolvido — como no caso de
demissões sem justa causa —, tinha-se a falsa
impressão de que havia rendido. Na verdade, os
trabalhadores tiveram perdas, porque a inflação da
época corroeu o saldo do FGTS.
A ideia é que o indicador seja substituído por algum
índice de inflação, como o INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor) ou pelo IPCA-E (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial). Se
isso acontecer, os trabalhadores poderão ter as
perdas restituídas.
Advogado especialista em direito do trabalho do
TozziniFreire Advogados, Marcelo Faria explica que o
STF discutirá se as pessoas que tiveram saldo em
conta vinculada de FGTS em algum momento, desde
janeiro de 1999, ainda que já tenham feito o saque,
devem receber alguma restituição dessas perdas.
“Com essa perspectiva de receber eventuais
diferenças, os trabalhadores têm procurado a
Justiça, individualmente ou em ações coletivas
ajuizadas por associações ou sindicatos. Com uma
decisão favorável, os trabalhadores seriam
beneficiados pelo recebimento de eventuais
diferenças devidas pelo reconhecimento de que a
correção efetuada com os saldos de FGTS não foi
suficiente para compensar a perda inflacionária”,
afirmou Faria.
Marcelo Faria ressalta que, considerando todos os
envolvidos e as repercussões da decisão a ser
proferida, nos âmbitos econômico, social e jurídico,
é imprevisível traçar um prognóstico do julgamento.
“Há a possibilidade de, mesmo julgando a favor dos
trabalhadores, o STF aplicar alguma ‘modulação’ no
julgamento, ou seja, estipular parâmetros e
limitações para o efetivo recebimento de diferenças
de atualizações. De qualquer forma, é certo que o
STF tem uma jurisprudência que reconhece que a TR
não pode ser utilizada como parâmetro para a
atualização monetária, por desrespeitar o direito de
propriedade previsto na Constituição”, destaca o
advogado.
Não há uma estimativa sobre o valor que isso envolve
— porque dependerá do índice de inflação a ser
escolhido e da modulação escolhida pelo STF —, a não
ser que ele certamente chegará à casa dos bilhões de
reais.
“Bolada”
De acordo com Pedro Maciel, sócio trabalhista da
Advocacia Maciel, com a possível revisão da taxa de
correção do FGTS, muitos empregados teriam um
aumento substancial em seus depósitos. Ele ressalta,
porém, que a expectativa é incerta.
“Corrigir os valores do FGTS de todos os
trabalhadores que tiveram esse prejuízo no período
de 1999 a 2021 traria um prejuízo enorme à União,
sendo que creio ser mais possível o resultado do
julgamento, se favorável, não retroagir até o ano de
1999, tendo em vista a grande dificuldade econômica
que passa o país”, explica Maciel.
No entanto, há uma informação importante, que
aumenta a expectativa por um julgamento favorável.
Recentemente, o STF disse que a TR não é um índice
que acompanha a inflação e por isso não pode ser
aplicado para corrigir os precatórios. Ele
determinou, que o INPC deve ser aplicado nesse caso.
Portanto, se o STF entendeu dessa forma nas
correções dos precatórios, é possível que haja essa
decisão na ação do FGTS.
Uma ponderação
Não se trata nem de otimismo, nem tampouco de
pessimismo. Mas, a julgar pelas últimas decisões do
STF, as chances de essa ser favorável aos
trabalhadores são remotas.
Nos últimos anos, todas as demandas encaminhadas
para julgamento dos ministros da Corte Suprema foram
derrotadas. A mais recente, em abril, foi em relação
à equiparação salarial entre terceiros e efetivos.
Adivinhe qual foi a decisão da Supremo?
Quem “chutou” que a Corte tomou decisão contrária à
tese da igualdade de diretos acertou. Vamos aguardar
para que a matéria seja de fato apreciada e que a
decisão seja favorável à reparação da injustiça.
(Com informações da portal Metrópoles)
Fonte: Diap
04/05/2021 -
Nunes Marques intima Bolsonaro e Lira em MS sobre
apreciação de impeachment
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foram intimados a
apresentar manifestação referente a pedido de
análise de impeachment do chefe do Executivo por
crime de responsabilidade.
Bolsonaro e Lira são as partes agravadas em um
recurso interposto no Supremo Tribunal Federal pelos
advogados Thiago Santos Aguiar de Pádua e José
Rossini Campos do Couto Correa. Segundo eles,
Bolsonaro se omitiu no combate à Covid-19 e
incentivou comportamento contrário às medidas de
prevenção ao contágio da doença — o que fundamentou
pedido de impeachment apresentado na Câmara. Como a
peça não foi apreciada pela presidência da Casa,
recorreram ao Supremo, via mandado de segurança.
Mas, na última sexta-feira (30/4), o ministro Nunes
Marques negou liminar para apreciação imediata da
Câmara sobre o tema. Segundo o magistrado, não
haveria previsão legal de prazo ou critério jurídico
para intervenção do Judiciário na morosidade do
Legislativo.
Em agravo regimental protocolado nesta segunda-feira
(3/5), os autores contestaram a decisão do ministro,
argumentando que a demora da Câmara deveria ser
reconhecida como abuso de poder por omissão.
MS 37.083
Fonte: Consultor Jurídico
04/05/2021 -
Petrobras é condenada por vedar acesso de dirigentes
sindicais ao local de trabalho
Por constatar violação de atos ligados ao direito de
greve e sindicalização, a 3ª Vara do Trabalho de
Vitória condenou a Petrobras a pagar indenização por
danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil, por
ter impedido o acesso de um dirigente sindical ao
seu local de trabalho.
A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Petroleiros
do Espírito Santo (Sindipetro-ES), representado
pelos advogados Edwar Barbosa Felix e Luis Filipe
Marques Porto Sá Pinto. Segundo a juíza Suzane
Schulz Ribeiro, a empresa confessou que vedava o
acesso de dirigentes sindicais fora do horário de
expediente ou aos locais onde eles não prestam
serviços.
A juíza Suzane Schulz Ribeiro ressaltou que a
Petrobras deve exercer seu direito de propriedade,
mas ao mesmo tempo preservar a liberdade sindical e
o direito de associação dos trabalhadores:
"O ingresso de dirigentes sindicais em seu próprio
local de trabalho, durante o horário de expediente,
seja para execução de tarefas, seja para realizar
solicitações pertinentes com o seu direito de
férias, não representa abuso de prerrogativas
sindicais, ou violação do direito de propriedade da
ré. Pelo contrário, a atitude da reclamada é que
representa conduta antissindical", destacou.
A magistrada entendeu que a empresa ofendeu os
direitos de toda uma coletividade. Por isso, também
determinou que a ré deixe de promover ações
semelhantes, sob pena de multa de R$ 50 mil.
0000761-28.2020.5.17.0003
Fonte: Consultor Jurídico
03/05/2021 -
Em discurso no ato do 1º de Maio, Lula prega
esperança: “Sabemos a nossa força”
"O Brasil pode voltar a ser um país de todos",
disse o ex-presidente
O ex-presidente Lula participou neste 1º de Maio,
dia do trabalhador, do ato “1º de Maio Pela Vida,
Democracia, Emprego, Vacina para todos e pelo
Auxílio Emergencial de R$ 600”, realizado pelas
centrais sindicais com diversas lideranças sociais e
políticas e artistas. Lula responsabilizou Bolsonaro
pelas mortes por Covid-19, destacou a crise
econômica e social do país, mas tentou levar uma
mensagem de esperança.
“Este é um 1º de maio triste para os trabalhadores e
as trabalhadoras do nosso país. Um dia de luto”,
disse o ex-mandatário no início seu discurso.
“[Luto] pelas 400 mil vidas perdidas por conta
docovid-19, muitas delas porque o governo Bolsonaro
se recusou a comprar as vacinas que lhe foram
oferecidas; pelos 14 milhões de desempregados,
vítimas de uma política econômica que enriquece os
milionários e empobrece os trabalhadores e a classe
média; pelos 19 milhões de brasileiros que estão
hoje passando fome, abandonados à própria sorte por
esse desgoverno”, completou.
Apesar de reconhecer que o “país está sendo
devastado pelo governo do ódio e da incompetência”,
Lula pregou a esperança em dias melhores. “Minha
indignação diante de tanta injustiça é muito grande.
Mas ainda maior que a indignação é a minha confiança
no povo brasileiro. Ele é maior do que essa gente
que está destruindo nosso país. O Brasil vai dar a
volta por cima. Não podemos perder a esperança”,
declarou.
Lula disse que sabe o tamanho do desafio, mas que
“sabemos também a nossa força”. “A primeira coisa
que nossos inimigos tentam matar em nós é a
esperança. E um povo sem esperança está condenado a
aceitar migalhas, a ser tratado como gado a caminho
do matadouro, como se não houvesse outro jeito”,
afirmou.
“É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser
um país de todos”, disse, em referência ao lema do
seu governo. “Com geração de empregos, salários
dignos e direitos reconquistados. Com saúde e
educação públicas de qualidade. Um país de livros em
vez de armas, de respeito ao meio ambiente e às
minorias, do amor em vez do ódio. Nós já construímos
uma vez esse Brasil. E juntos vamos construir de
novo. Trabalhadores: lutar sempre, desistir jamais”,
finalizou.
Antes do ex-líder sindical, falaram no ato virtual
os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma
Rousseff. O ato foi organizado pelas centrais CUT,
Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical,
Pública e CGTB.
Fonte: RevistaForum
03/05/2021 -
Para associação dos juízes, flexibilização
desconsidera leis e adoecimento no trabalho
Sob a alegação de preservação de empregos,
medidas precarizam as regras trabalhistas com
reflexos diretos na dignidade dos trabalhadores,
afirma juíza
Dados divulgados pelo IBGE e pelo Dieese mostram
como a pandemia “tem agravado a relativização de
direitos sociais”, ainda mais depois da chamada
“reforma” trabalhista, a Lei 13.467, de 2017. Isso
acontece “em colisão com o texto constitucional e
com as convenções internacionais das quais o Brasil
é signatário”, afirma a presidenta da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),
Noemia Porto, em comentário alusivo ao 1º de Maio.
“Ao contrário do incremento das normas de proteção
jurídica em favor de um ambiente de trabalho
sustentável, nos vemos imersos em iniciativas que,
sob a alegação de preservação de empregos,
precarizam as regras trabalhistas com reflexos
diretos na dignidade do trabalhador e da
trabalhadora”, afirma a juíza.
Ela destaca, por exemplo, a recente Medida
Provisória (MP) 1.046, que flexibiliza regras sobre
teletrabalho, férias, banco de horas e FGTS. Também
permite suspensão de exames médicos. “Essa e outras
novas medidas provisórias repetem, em parte, o
modelo adotado pelas MPs de 2020 e sem que, até
agora, tenham dado resultados positivos no sentido
da efetiva proteção do emprego e das pessoas”, diz
Noemia Porto.
Saúde, segurança e trabalho digno
Para a presidenta da Anamatra, iniciativas como essa
desconsideram um cenário que ele chama de
“preocupante”, com adoecimento do trabalho, além de
leis e orientações internacionais que apontam
caminhos mais adequados contra a crise. Ela cita
relatório da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), publicado nesta semana, em razão do Dia
Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado
na quarta-feira (28): Antecipar, preparar e
responder a crises: investir agora em sistemas de
SST resilientes. A OIT tem, por exemplo, as
convenções 155 (segurança e saúde), 161 (serviços de
saúde), 187 (quatro promocional de segurança e saúde
no trabalho) e da recomendação 205 (emprego e
trabalho digno).
Assim, mais de 100 anos depois das origens do Dia do
Trabalho, o Brasil vive a pandemia em meio a uma
“extensa” mudança da legislação trabalhista. “Com
mais de um ano imersos na pandemia e todos os seus
reflexos na vida de trabalhadoras e trabalhadoras, a
data nos leva à reflexão sobre a importância do
trabalho decente e da imprescindibilidade dos que
atuam nesse sentido, como a Justiça do Trabalho”,
diz a magistrada.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/05/2021 -
Confiança da indústria cresce em 18 setores, revela
pesquisa
Houve melhora em 18 dos 30 setores analisados
pela CNI
As expectativas da indústria para os próximos seis
meses melhoraram em 18 dos 30 setores em abril,
segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o Índice de Confiança do Empresário
Industrial (ICEI) divulgado sexta-feira (30) pela
entidade, “celulose e papel, couros, bebidas, móveis
e obras de infraestrutura, que estavam sem confiança
em março, ultrapassaram a linha divisória dos 50
pontos neste mês, indicando que voltaram a ficar
confiantes”.
O ICEI varia de zero a 100 pontos, sendo 50 pontos a
linha de corte, separando otimismo de pessimismo,
por parte dos empresários. O levantamento aponta que
os setores com as maiores altas de confiança em
abril foram bebidas (+7,8 pontos); celulose e papel
(+5,2 pontos); e couro e artefatos (+4,2 pontos).
Já os que apresentaram as maiores quedas de
confiança foram biocombustíveis (-7,9 pontos);
outros equipamentos de transporte (-2,9 pontos); e
manutenção e reparação (-2,6 pontos).
Fonte: Agência Brasil
03/05/2021 -
Desemprego bate recorde e atinge 14,4 milhões de
brasileiros
Houve aumento de 16,9% na taxa de desocupação
frente a igual período de 2020
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,4% no
trimestre encerrado em fevereiro. Segundo a nova
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, 14,4 milhões de trabalhadores buscaram
emprego sem encontrá-lo no período. Tanto o
percentual quando o número absoluto de desempregados
são recordes para fevereiro na série histórica,
iniciada em 2012. Os dados foram divulgados pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) nesta sexta-feira (30), véspera do Dia
do Trabalhador de 2021.
Anteriormente, a maior taxa de desemprego para meses
de fevereiro tinha sido a de 2017 (13,2%). A taxa do
trimestre encerrado em fevereiro de 2021 também
ficou acima do verificado no trimestre móvel
anterior (encerrado em novembro, com 14,1%) e também
do resultado de janeiro (14,2%). Além disso, houve
alta de 2,7 pontos percentuais em relação ao mesmo
trimestre móvel de 2020, quando a taxa era de 11,6%.
A quantidade de trabalhadores sem emprego também
cresceu. Houve aumento de 2,9% frente ao trimestre
anterior (400 mil pessoas desocupadas a mais) e alta
de 16,9% frente a igual período do ano anterior (2,1
milhões de pessoas a mais). Havia 12,3 milhões de
desempregados no trimestre encerrado em fevereiro de
2020 – antes, portanto, da pandemia de Covid-19.
No período, a população ocupada (empregados,
empregadores, funcionários públicos) era de 85,9
milhões de pessoas. Isso representa estabilidade
estatística em relação ao trimestre móvel anterior
(encerrado em novembro de 2020) e queda de 8,3%
(menos 7,8 milhões de pessoas) frente a igual
período do ano anterior. Já a população subutilizada
(32,6 milhões de pessoas) ficou estável frente ao
trimestre móvel anterior e cresceu 21,9% (mais 5,9
milhões de pessoas) em relação a igual trimestre de
2020.
Já a força de trabalho (que soma pessoas ocupadas ou
em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade)
estava em 100,3 milhões no trimestre até fevereiro
de 2021. O número é 0,7% a mais que no trimestre
anterior (721 mil pessoas a mais) e 5,4% abaixo de
igual período do ano anterior (5,7 milhões de
pessoas a menos).
A população desalentada (6 milhões de pessoas) é
recorde da série histórica, ficando estável frente
ao trimestre móvel anterior – mas crescendo 26,8%
ante o mesmo período de 2020. O percentual de
desalentados na força de trabalho (5,6%) ficou
estável frente ao trimestre móvel anterior e subiu
1,4 p.p. ante o mesmo período de 2020 (4,2%).
A renda média dos trabalhadores recuou frente ao
trimestre imediatamente anterior. O rendimento médio
real habitual dos trabalhadores (considerando a soma
de todos os trabalhos) foi de R$ 2.520 no trimestre
móvel até fevereiro de 2021, queda de 2,5% frente ao
trimestre móvel anterior e 1,3% acima de igual
período do ano anterior.
Com informações do Valor Econômico e do IBGE
Fonte: Portal Vermelho
03/05/2021 -
Gilmar Mendes pede vista em julgamento de ADI sobre
jornada "12x36"
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, pediu vista no julgamento de ação direta de
inconstitucionalidade que questiona a possibilidade
de a chamada jornada "12x36" ser pactuada por meio
de acordo individual. Assim, o caso fica suspenso
até a devolução dos autos. A previsão consta do
artigo 59-A, incluído na Consolidação das Leis do
Trabalho pela reforma trabalhista (Lei 13.467/17).
Segundo a norma, as partes podem, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis
horas ininterruptas de descanso.
Além disso, o parágrafo único desse artigo prevê que
a remuneração mensal decorrente da jornada "12x36"
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão
considerados compensados os feriados e as
prorrogações de trabalho noturno.
A ADI estava sendo julgada no Plenário virtual da
Corte, em sessão que se encerra nesta sexta-feira
(30/4). Até o pedido de vista, apenas o relator do
caso, ministro Marco Aurélio, havia votado. Em seu
entendimento, os dispositivos são inconstitucionais,
devendo a ação deve ser julgada procedente.
A ADI foi proposta pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Saúde. Ela sustenta que, ao
permitir a adoção de jornada de 12x36 por meio de
acordo individual, a nova redação do artigo da CLT
viola o disposto no inciso XXIII do artigo 7º da
Constituição Federal, que estabelece a garantia de
“duração do trabalho normal não superior a 8 horas
diárias e 44 semanais”, condicionando a fixação de
jornadas ininterruptas à celebração de acordo ou
convenção coletiva de trabalho.
ADI 5.994
Fonte: Consultor Jurídico
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