Blog - Notícias Anteriores - Maio 2022
31/05/2022 -
Com saída de Doria, Lula cresce cinco pontos e vence
eleição no 1º turno, diz pesquisa FSB/BTG
31/05/2022 -
Entenda como veto do STF à ultratividade prejudica
os trabalhadores
31/05/2022 -
TCU aponta crime de responsabilidade na compra de
tratores pelo governo Bolsonaro
31/05/2022 -
Revisão da vida toda: André Mendonça é o novo
relator de processo no STF
31/05/2022 -
Comissão de Trabalho recebe ministro do setor nesta
terça
30/05/2022 -
Carestia, desmonte, estagnação e pandemia mostram um
país à deriva
30/05/2022 -
Sindicalistas,
ativistas e parlamentares pedem votação de projeto
que concede 14º salário para aposentados
30/05/2022 -
Caminhoneiros ameaçam paralisar
30/05/2022 -
Bolsonaro e Lula sobem em pesquisa XP/Ipespe:
números são diferentes do Datafolha
30/05/2022 -
Confiança da indústria sobe pelo segundo mês, diz
FGV
30/05/2022 -
TST valida atos de ação coletiva praticados sem a
participação do MPT
27/05/2022 -
NCST repudia demissões da Pfizer
27/05/2022 -
Lula estará com movimentos sociais nessa sexta, 27
27/05/2022 -
Fome chega a 36% das famílias brasileiras
27/05/2022 -
Programa de serviço civil voluntário é mais um passo
rumo à precarização do trabalho
27/05/2022 -
Em meio a discussão sobre aumento da miséria, Senado
confirma salário mínimo de R$ 1.212
27/05/2022 -
Guedes promete privatizar a Petrobrás e acelerar
reformas em um eventual segundo mandato de Bolsonaro
26/05/2022 -
Lira descarta PEC da mensalidade em universidade
pública
26/05/2022 -
Vale-gás entra na pauta
26/05/2022 -
Lula cresce entre evangélicos, chega a 43%, e
Bolsonaro estaciona nos 35%, diz PoderData
26/05/2022 -
Câmara aprova MP que define salário mínimo em R$
1.212
26/05/2022 -
INSS paga a segunda parcela do 13º salário
26/05/2022 -
Governo Bolsonaro paga R$ 7,7 milhões de seguro
desemprego a mortos
26/05/2022 -
Trabalhador deve compensar seguro-desemprego e
aposentadoria retroativa
25/05/2022 -
Reajustes ficam abaixo da inflação em 41% das
negociações em 2022
25/05/2022 -
Sem João Doria, aumentam as chances de Lula vencer
no 1º turno
25/05/2022 -
Cartilha orienta trabalhadores e empresas sobre
conciliação em processo trabalhista
25/05/2022 -
Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa discute
pagamento de 14º salário a aposentado e pensionista
25/05/2022 -
Moro vira réu e Lula pede julgamento justo ao
ex-juiz parcial
25/05/2022 -
‘Prévia’ da inflação tem maior alta para maio desde
2016 e se mantém acima dos 12%
25/05/2022 -
Portaria dispensa uso de máscara nas unidades do
INSS
24/05/2022 -
Eleições 2022: PCdoB planeja candidaturas sindicais
em todo o Brasil
24/05/2022 -
Após impor desistência de Doria, presidente do PSDB
indica apoio a Simone Tebet, que tem 2%
24/05/2022 -
Bolsolão do Lixo: Orçamento secreto para compra de
caminhões cresceu mais de 800%
24/05/2022 -
Escândalo do MEC será tema de audiência na Câmara
24/05/2022 -
Cancelada reunião da CAS sobre correção monetária de
dívidas trabalhistas
24/05/2022 -
OIT vê retrocesso na recuperação do mercado de
trabalho
23/05/2022 -
TST empossa
quatro ministros na presença de Bolsonaro, que já
defendeu a extinção da Justiça do Trabalho
23/05/2022 -
CAS vai debater aumento da correção monetária de
dívidas trabalhistas
23/05/2022 -
Lula tem 41% das intenções de voto, contra 32% de
Bolsonaro, diz nova pesquisa Exame/Ideia
23/05/2022 -
Lira determina instalação de comissão sobre reforma
tributária nesta terça-feira
23/05/2022 -
Justiça do Trabalho condena Havan por induzir
empregados a votar no candidato do dono
20/05/2022 -
Centrais se solidarizam com ministro Alexandre de
Morais
20/05/2022 -
Presidente da Força entrega pauta dos trabalhadores
para Arthur Lira
20/05/2022 -
Comissão aprova concessão automática de benefícios
da Previdência após 45 dias
20/05/2022 -
Guedes ignora inflação de 12% e diz que Brasil já
"saiu do inferno"
20/05/2022 -
Entra em vigor a lei que torna permanente o Auxílio
Brasil de R$ 400
20/05/2022 -
Trabalhador poderá usar até 50% do FGTS em
privatização da Eletrobras
20/05/2022 -
Lula diz que privatização da Eletrobras deixará
conta de luz mais cara
19/05/2022 -
Nota das Centrais: Contra a carestia e em defesa da
democracia
19/05/2022 -
‘Reforma’ trabalhista não criou empregos como
prometido, aponta estudo da USP
19/05/2022 -
Tragédia humana: Bolsonaro deixa 1,3 milhão de
famílias sem Auxílio Brasil
19/05/2022 -
Brasil tem 2,8 milhões de trabalhadores com carteira
assinada a menos do que no início da Lava Jato
19/05/2022 -
Nota das Centrais - Todo apoio a greve da Renault no
Paraná
19/05/2022 -
Toffoli rejeita ação de Bolsonaro contra Alexandre
de Moraes
18/05/2022 -
Notícia sobre medida provisória faz Guedes recuar de
ataque ao FGTS
18/05/2022 -
Saques emergenciais esvaziam Fundo de Garantia
18/05/2022 -
Inflação medida pelo IGP-10 recua para 0,10% em
maio, diz FGV
18/05/2022 -
Entidades lançam campanha por revogação da ‘reforma’
trabalhista, que ‘vendeu ilusões’
17/05/2022 -
Governo prepara proposta para diminuir o FGTS, diz
jornal
17/05/2022 -
Mais de 10 milhões que elegeram Bolsonaro em 2018
votarão em Lula, diz PoderData
17/05/2022 -
“A internet deu voz aos imbecis”, diz Moraes sobre
ataques às instituições
17/05/2022 -
Indústria deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até
2025
17/05/2022 -
Justiça arquiva denúncia contra Flávio Bolsonaro no
caso das rachadinhas
17/05/2022 -
TST invalida cláusula de acordo coletivo que cria
condições para estabilidade da gestante
17/05/2022 -
Lei garante atendimento integral para prevenção de
câncer em mulheres
17/05/2022 -
Congresso prorroga saque do FGTS
16/05/2022 -
Negros e mulheres são os que mais sofrem com o
desemprego, mostra IBGE
16/05/2022 -
Quem fez a reforma trabalhista tem mentalidade
escravocrata, diz Lula
16/05/2022 -
Pesquisa traz Lula e Bolsonaro sem alterações nas
intenções de votos
16/05/2022 -
STF garante licença de 180 dias a pais solteiros
16/05/2022 -
Sindicato não
tem de repassar contribuição a federação à qual não
é filiado
16/05/2022 -
Comissão de Trabalho discute impacto da privatização
da Eletrobras na manutenção dos empregos
13/05/2022 -
Ministro entrega estudos de privatização da PPSA e
da Petrobras
13/05/2022 -
Arthur Lira enrola e não recebe Pauta da Conclat
13/05/2022 -
Câmara dos Deputados aprova MP que amplia
precarização do trabalho
13/05/2022 -
TST: não precisa haver impedimento de locomoção para
configurar crime de trabalho escravo
13/05/2022 -
Lula diz que não manterá teto de gastos caso seja
eleito
13/05/2022 -
Para Paim, governo deve usar lucros da Petrobras
para conter alta no preço dos combustíveis
12/05/2022 -
Presidente da Comissão de Trabalho na Câmara recebe
representantes da NCST
12/05/2022 -
Lula mantém vantagem na pesquisa PoderData, enquanto
presidente estaciona
12/05/2022 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
1,04%
12/05/2022 -
Paim insiste na volta da política de valorização do
salário mínimo para conter a inflação
12/05/2022 -
Lula lidera com 46% e tem chance de vitória no
primeiro turno, aponta Genial/Quaest
12/05/2022 -
Preferência pelo home-office pode ter causado
recorde de pedidos de demissão no país
12/05/2022 -
Justiça confirma indenização de R$ 500 mil para
filhos de trabalhador contaminado
11/05/2022 -
Maio Lilás 2022:
MPT chama atenção para a importância dos sindicatos
11/05/2022 -
Indústria cresce em nove dos 15 locais analisados
pelo IBGE
11/05/2022 -
Pesquisa CNT aponta vantagem de Lula. Mais da metade
não votaria ‘de jeito nenhum’ em Bolsonaro
11/05/2022 -
Trabalhador do Correio busca PLR
11/05/2022 -
TSE reafirma segurança das urnas e rejeita tese de
militares
11/05/2022 -
Empresas poderão acessar benefícios requeridos por
empregados
11/05/2022 -
Parlamentares acusam Bolsonaro de destruir poder de
compra do salário mínimo
10/05/2022 -
Com Bolsonaro e Guedes, salário mínimo perde poder
de compra pela primeira vez desde o Plano Real
10/05/2022 -
Voto feminino será decisivo
10/05/2022 -
Ministro da Economia defende taxar super-ricos e
desonerar empresas
10/05/2022 -
Reforma Trabalhista não entregou o que prometeu,
avaliam especialistas
10/05/2022 -
Política de preços da Petrobras gerou reajuste do
diesel, criticam deputados
10/05/2022 -
Brasil e Turquia são países com inflação, juros e
desemprego mais elevados
09/05/2022 -
De MP em MP, Bolsonaro liquida (ainda mais) os
direitos do trabalhador
09/05/2022 -
NCST comemora aprovação do projeto que cria piso
salarial da enfermagem
09/05/2022 -
Bolsonaro estaciona, Lula segue isolado no topo e ainda
pode vencer no 1º turno, diz Ipespe
09/05/2022 -
Ministério lança programa sobre segurança no
trabalho
09/05/2022 -
Aumento de juros
não acaba com inflação e é mortal para trabalhadores
09/05/2022 -
Custo da cesta básica aumenta nas 17 capitais
pesquisadas pelo Dieese
06/05/2022 -
MP libera FGTS para creche e flexibiliza jornada de
trabalho para mães
06/05/2022 -
Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil será lançado
neste sábado (7)
06/05/2022 -
Calendário das Eleições 2022 é aprovado pelo TSE
06/05/2022 -
Senado aprova piso de R$ 400 do Auxílio Brasil, que
será permanente
06/05/2022 -
Mês do trabalhador para reforçar identidade coletiva
e de luta!
06/05/2022 -
Brasil ganha 2 milhões de eleitores entre 16 e 17
anos
06/05/2022 -
Sancionada lei que prevê plano nacional para
enfrentamento da violência contra a mulher
05/05/2022 -
Inflação ‘comeu’ um terço dos salários no pós
impeachment. De 2020 a 2022, produtos básicos
dobraram de preço
05/05/2022 -
Sindicato precisa ser “freio de arrumação na
ganância empresarial”, diz Lula
05/05/2022 -
Presidente da Câmara reafirma compromisso com
melhoria dos índices de desemprego
05/05/2022 -
Paim quer oficializar campanha Abril Verde de
prevenção aos acidentes de trabalho
05/05/2022 -
Governo lança portal com informações sobre o FGTS
Digital
05/05/2022 -
Quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas
04/05/2022 -
NCST participa de sessão no Senado pelo Dia do
Trabalhador e fim da escravidão
04/05/2022 -
Sindicatos e Justiça do Trabalho defendem revogação
da reforma trabalhista; indústria rebate
04/05/2022 -
Solidariedade formaliza apoio à pré-candidatura de
Lula
04/05/2022 -
Produção industrial estaciona em março e desaba no
primeiro trimestre
04/05/2022 -
Vai à CDH projeto de inclusão de dados sobre raça em
documentos trabalhistas
03/05/2022 -
INSS começa a pagar 13º a quem recebe mais que o
salário mínimo
03/05/2022 -
De revogação da reforma a privatizações: as
propostas dos presidenciáveis para o trabalhador
03/05/2022 -
Bolsonaro quer tirar o foco dos problemas reais do
povo, diz Orlando Silva
03/05/2022 -
Indústria calçadista gerou mais de 17 mil postos no
ano
03/05/2022 -
Fim do estado de emergência da Covid-19 afeta
trabalhadores de todo o país
02/05/2022 -
Com eleições, ‘o
Brasil será reconstruído’, afirma Lula no 1° de Maio
02/05/2022 -
1º de maio:
Emprego, direitos, democracia e vida
02/05/2022 -
Centrais
repudiam atos antidemocráticos de bolsonaristas no
1º de Maio
02/05/2022 -
Estável, desemprego atinge 12 milhões. Informalidade
se mantém alta e renda despenca
02/05/2022 -
Economia patina
e trabalhadores pagam a conta, diz boletim do Dieese
02/05/2022 -
Congresso mantém veto à lei que determina retorno ao
trabalho de gestantes vacinadas
31/05/2022 -
Com saída de Doria, Lula cresce cinco pontos e vence
eleição no 1º turno, diz pesquisa FSB/BTG
Levantamento aponta que ex-presidente tem 14
pontos percentuais de vantagem em relação a Jair
Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
lidera a corrida eleitoral pela Presidência da
República, com 46% das intenções de voto, de acordo
com nova pesquisa FSB/BTG, divulgada na manhã desta
segunda-feira (30). De acordo com o levantamento, se
as eleições fossem hoje, Lula seria eleito em
primeiro turno.
A pesquisa é a primeira feita pelas empresas depois
da desistência do ex-governador de São Paulo João
Doria, que era pré-candidato pelo PSDB. Com a saída
do tucano, Lula cresceu 5 pontos percentuais.
Clique aqui para fazer o download da íntegra do
estudo.
O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), aparece em
segundo lugar, com 32%, no cenário principal
testado, com 11 pré-candidatos. O ex-ministro e
ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) aparece na
terceira posição, com 9%.
A senadora Simone Tebet (MDB) ficou com 2%, enquanto
o deputado federal André Janones (Avante) teve 1%.
Leonardo Péricles (UP), Luciano Bivar (União
Brasil), Sofia Manzano (PCB), Vera Lucia (PSTU),
Eymael (DC) e Felipe D'Ávila (Novo) não pontuaram.
Brancos, nulos e indecisos somaram 8% dos
entrevistados.
Se forem considerados apenas os votos válidos, Lula
tem 51% o que, portanto, garantiria a vitória em
primeiro turno, o que já havia sido demonstrado pelo
Datafolha na quinta-feira (26).
"Ao contrário do que muitos imaginavam, a
desistência de nomes da chamada terceira via tem
reforçado a polarização entre Lula e Bolsonaro.
Quando Moro saiu, Bolsonaro cresceu. Agora, com a
saída de Doria, foi a vez de Lula ganhar terreno",
destacou Marcelo Tokarski, sócio-diretor do
Instituto FSB Pesquisa.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno, Lula apareceu com 19
pontos de vantagem em relação a Jair Bolsonaro. O
petista somou 54% das intenções de voto, contra 35%
do atual chefe do Executivo.
A pesquisa ouviu 2.000 eleitores de 16 anos ou mais
entre os dias 27 e 29 de maio. As entrevistas foram
feitas por telefone. O índice de confiança do
levantamento é de 95%. A pesquisa foi feita pelo
Instituto FSB, contratada pelo banco BTG Pactual e
registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob
o número de protocolo BR-03196/2022.
Fonte: Brasil de Fato
31/05/2022 -
Entenda como veto do STF à ultratividade prejudica
os trabalhadores
Ministros do Supremo Tribunal Federal decidem
que, após 24 meses, acordo coletivo de trabalho
perde validade e direitos conquistados podem ser
cancelados até novo acordo ser assinado
Seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) votaram contra a manutenção do Acordo Coletivo
de Trabalho (ACT) e da Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT) vencidos até a fixação de novo. O
mecanismo, que tem o nome técnico de ultratividade,
garantia que, enquanto um novo acordo era negociado
valiam as cláusulas com conquistas relacionadas as
condições de trabalho, benefícios, reajustes
salariais, piso salarial, jornada de trabalho,
vale-refeição, vale-transporte e plano de saúde,
entre outros benefícios.
A aprovação da ultratividade era uma luta da CUT e
demais centrais para que os trabalhadores
mantivessem esses e outros benefícios.
Mas, o STF concluiu na sexta-feira (27) o julgamento
da Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) 323, que discute a ultratividade
de normas coletivas e votou contra os
trabalhadores.
“Apesar de o conjunto normativo negociado
coletivamente, em acordos e convenções coletivas de
trabalho, constituírem patrimônio jurídico dos
trabalhadores (§ 2º do artigo 114 da Constituição),
sem a ultratividade, as condições negociadas valerão
apenas no período de vigência das normas”, explica o
advogado Ricardo Carneiro, do escritório LBS, que
atende a CUT Nacional.
“Isto demandará forte mobilização dos trabalhadores
em torno dos seus sindicatos, pela defesa dos seus
acordos e convenções coletivas, muitas delas,
inclusive, históricas e de âmbito nacional, como a
dos bancários”, ressaltou Carneiro.
A decisão do STF contra a ultratividade vai
interferir em cerca de 4,65 milhões de processos que
têm como palavras chaves nas iniciais norma
coletiva, acordo coletivo ou convenção coletiva e
supressão ou prevalência ou limites de direitos
trabalhistas. Os dados são do Data Lawyer Insights,
plataforma de aplicação de métodos estatísticos no
Direito, a “jurimetria”.
Desde 2016 os direitos dos trabalhadores estão sob
ataque e a declaração da inconstitucionalidade da
ultratividade, conforme prevista na Súmula nº 277 do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), é mais uma
batalha perdida na trincheira do STF, afirma Ricardo
Carneiro.
O TST havia julgado que as conquistas em convenções
ou acordos poderiam ser mantidas até que um novo
acordo fosse negociado.
Embora a ultratividade nunca tenha existido na
prática, era comum nas proximidades da data-base os
sindicatos entrarem na Justiça com pedido de
dissídio coletivo, enquanto não havia o julgamento
do novo acordo. Isso garantia a manutenção dos
direitos, mas desde a reforma Trabalhista de 2017,
de Michel Temer (MDB-SP) a ultratividade foi
totalmente vetada.
Em 2020, o Congresso Nacional havia incluído no
texto da Medida Provisória (MP) nº 936 que os ACTs
poderiam ser prorrogados enquanto não houvesse um
novo acordo. No entanto, Jair Bolsonaro (PL) vetou
esse item da MP.
O pedido contrário à ultratividade veio,
previsivelmente, de uma entidade patronal, a
Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
(Confenen), por meio da Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 323.
Votaram pelo fim da ultratividade os ministros do
STF Gilmar Mendes (relator) , Nunes Marques,
Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias
Toffoli e Cármen Lúcia.
Fonte: CUT
31/05/2022 -
TCU aponta crime de responsabilidade na compra de
tratores pelo governo Bolsonaro
Lucas Furtado, subprocurador-geral do Ministério
Público junto ao TCU, pede a suspensão dos
pagamentos feitos pelo Ministério da Cidadania à
empresa XCMG
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da
União (TCU) apontou a existência de indícios de
crime de responsabilidade na aquisição de tratores
por parte do governo Jair Bolsonaro (PL) por meio do
desvio de recursos que deveriam ser empregados para
reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a
população pobre.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o
subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado apresentou,
na semana passada, um pedido para que o caso seja
investigado e também solicitou a suspensão dos
pagamentos feitos para a empresa chinesa XCMG,
fornecedora dos equipamentos.
O caso veio à tona após uma reportagem apontar que o
Ministério da Cidadania usou R$ 89,8 milhões, no
final do ano passado, para comprar 247 máquinas
agrícolas por meio de emendas do chamado orçamento
secreto - utilizado pelo governo Bolsonaro para
beneficiar aliados e cooptar o apoio do Congresso -
encaminhadas ao Ministério da Cidadania, que não tem
tradição em compras do gênero.
Além disso, a aquisição foi feita por meio de manobra
de uma determinação do TCU que destinava os recursos
"exclusivamente ao custeio de despesas com
enfrentamento do contexto da calamidade relativa à
pandemia de Covid-19 e de seus efeitos sociais e
econômicos e que tenham a mesma classificação
funcional da dotação cancelada ou substituída".
"Desta forma, a meu ver, o governo novamente age em
desacordo com os princípios de deveriam nortear a
atuação do administrador público, em especial,
confronta os princípios da impessoalidade e da
legalidade", diz o subprocurador-geral Lucas Furtado
na representação.
"Os fatos noticiados pela Folha denotam, em tese,
inadequada execução orçamentária, motivada
supostamente por interesses políticos e em
desvirtuamento do princípio da impessoalidade que
orienta a distribuição de recursos públicos, podendo
caracterizar eventual crime de responsabilidade, por
atentar contra a lei orçamentária", ressalta ele em
outro trecho do documento.
Fonte: Brasil247
31/05/2022 -
Revisão da vida toda: André Mendonça é o novo
relator de processo no STF
Substituição de relator dá fôlego ao governo
federal para tentar uma reviravolta no caso, que foi
reiniciado por Nunes Marques
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal
Federal (STF), tornou-se o relator oficial da ação
que ficou popularmente conhecida como ‘revisão da
vida toda’ para beneficiários da Previdência Social.
A troca era esperada, uma vez que Mendonça recebeu
os processos do ex-ministro Marco Aurélio, que se
aposentou. A substituição oficial dá mais fôlego ao
governo federal para tentar uma reviravolta no caso
de impacto bilionário aos cofres públicos, isso
porque o julgamento do RE 1.276.977 será reiniciado
e com novo relator, que pode mudar a posição
defendida por Marco Aurélio.
O reinício se dará pelo pedido de destaque do
ministro Nunes Marques feito poucos minutos do prazo
final reservado ao plenário virtual. O placar estava
6 a 5 a favor dos aposentados e prevalecia a posição
do relator, ministro Marco Aurélio, e o entendimento
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o
assunto, no sentido de que o segurado do INSS tem,
diante de mudanças nas regras previdenciárias, o
direito de optar pela regra que lhe seja mais
favorável. Com a entrada de Mendonça o placar pode
ser invertido.
A defesa do aposentado Vanderlei Martins de Medeiros
e o terceiro interessado Instituto de Estudos
Previdenciários (Ieprev) ajuizaram petições
suscitando questão de ordem no processo para anular
o destaque do magistrado e manter o voto do relator
original, ministro Marco Aurélio, a favor dos
aposentados, mesmo se a discussão for reiniciada. No
entanto, ainda não há decisão sobre esse pedido.
Mesma questão, diferentes valores
De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
e nota técnica do Ministério da Economia, o impacto
de autorizar a ‘revisão da vida toda’ para os cofres
públicos seria de R$ 46,4 bilhões ao longo de dez
anos.
Porém, no dia 8 de março de 2022, último dia do
julgamento em plenário virtual, equipes do
Ministério da Economia e da Previdência Social
afirmaram que o impacto estava subestimado e o valor
da LDO se referia apenas aos benefícios de
aposentadoria por tempo de contribuição, porém, a
tese alcança todos os benefícios previdenciários com
contribuições anteriores a 1994, como
auxílio-doença, pensão por morte e aposentadorias
por invalidez, o que elevaria o valor para mais de
R$ 360 bilhões.
O grupo “Lesados pelo INSS Revisão da Vida Toda”
contesta a previsão do órgão federal de R$ 46
bilhões e contratou estatísticos e matemáticos, que
estimam impacto econômico entre R$ 2,7 bilhões e R$
5,5 bilhões nos gastos federais com Previdência,
conforme a mediana do indicador de inflação.
Entenda a revisão da vida toda
Em 1999, foi promulgada a Lei 9.876, uma reforma
previdenciária que criou duas fórmulas para apuração
da média salarial, sobre as quais são calculadas as
aposentadorias. A regra geral definiu que, para
trabalhadores que começassem a contribuir a partir
de 27 de novembro de 1999, o cálculo da previdência
deveria ser sobre 80% dos recolhimentos mais altos
desde o início das contribuições.
Mas a mesma lei fixou uma regra de transição para
quem já era contribuinte: o benefício deveria ser
calculado a partir das contribuições realizadas a
partir de julho de 1994 (quando foi instituído o
Plano Real). No STF, os segurados visam uma revisão,
para incluir nos cálculos todo o período de
contribuição do segurado, e não só após 1994. Dessa
forma, beneficiaria os segurados que tiveram as
maiores contribuições antes desse período.
Até 1994, o país tinha uma alta inflação devido às
mudanças frequentes de moedas. Naquele ano, foi
instituído o Plano Real. A Lei 9.876/1999 então
definiu que iriam ser considerados os salários a
partir de julho de 1994. No entanto, algumas pessoas
tiveram suas maiores contribuições antes de 1994.
Então quando elas começaram a se aposentar depois
disso, tiveram benefícios menores do que poderiam
ter. E muitas pessoas passaram a entrar no
Judiciário para pleitear que a aposentadoria
considerasse todo o histórico contributivo, e não
apenas de 1994 para frente.
O STJ decidiu, em 2019, pela validade da “revisão da
vida toda”, autorizando que, quando mais vantajosa,
os segurados teriam direito ao cálculo da média
aritmética simples dos maiores salários de
contribuição correspondentes a 80% de todo o período
contributivo, e não só a partir do Plano Real. O
INSS recorreu ao STF por meio do recurso
extraordinário que está em análise pelos ministros.
Fonte: Jota
31/05/2022 -
Comissão de Trabalho recebe ministro do setor nesta
terça
José Carlos Oliveira está no cargo há menos de dois
meses
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados recebe na próxima
terça-feira (31) o ministro do Trabalho, José Carlos
Oliveira.
Oliveira assumiu o cargo no fim de março no lugar de
Onyx Lorenzoni, que chefiava o ministério desde
agosto de 2021. Onyx e outros oito ministros
deixaram o governo para disputar as eleições deste
ano.
A reunião com o ministro será realizada no plenário
12, a partir das 9h30.
Fonte: Agência Câmara
30/05/2022 -
Carestia, desmonte, estagnação e pandemia mostram um
país à deriva
Para o Dieese, governo mostra preocupação apenas
com o processo eleitoral e tem gestão “desastrosa”
na economia
“O país está à deriva e a única ação executada pelo
governo é entregar o que o dinheiro estrangeiro quer
comprar: das riquezas minerais aos produtos
agrícolas de exportação; de empresas de saneamento
básico e distribuição de eletricidade a ações de
empresas e títulos da dívida pública”, afirma o
Dieese em boletim
divulgado nesta sexta-feira (27). Para o
instituto, a hegemonia neoliberal no país,
“acelerada com golpe e fúria após 2016″, mostrou ”
incompatibilidade entre gerir a economia pela lógica
do arrocho fiscal, monetário e de salários e
alcançar níveis de crescimento econômico que
permitam reduzir o desemprego, a miséria e a
exclusão”.
No Brasil, a inflação crescente “é um dos aspectos
mais devastadores para as condições de vida da
classe trabalhadora”, segundo o Dieese. O IPCA,
indicador oficial da inflação, soma 12,13% em 12
meses, maior taxa acumulada desde outubro de 2003.
“As expectativas são de que o IPCA-IBGE acumule alta
próxima de 8% em 2022, e que atinja 4% em 2023,
sinalizando que os impactos da elevação de custos,
que atingem a economia global, por aqui será sentido
de forma ainda mais intensa, sobretudo pelos que
vivem da remuneração do próprio trabalho.”
Acordos salariais
Além disso, a inflação compromete os resultados das
negociações coletivas. Apenas no primeiro trimestre,
40% dos acordos e convenções coletivas pesquisados
tiveram reajuste abaixo da inflação. Acima, apenas
29%. A variação média dos reajustes foi de -0,49%.
“Os pisos salariais também estão em patamar cada vez
mais insuficiente para garantir sobrevivência diante
da inflação galopante”, acrescenta o Dieese. No
mesmo período, o valor médio dos pisos foi de R$
1.387,82. Só 14,5% acima do salário mínimo oficial
(R$ 1.212).
Mesmo com postura “irresponsável” do governo em
relação à pandemia, o avanço da vacinação ajudou a
fazer com que a atividade econômica voltasse ao
nível anterior a março de 2020. Assim, há certa
melhora nos indicadores do emprego no país. “Embora
com maior precariedade e informalidade”, ressalva o
Dieese. Agora, são aproximadamente 11,9 milhões de
desempregados. A taxa de informalidade chega 40,1%
dos ocupados, enquanto o rendimento médio cai 8,7%
em um ano.
Ações de desmonte
“A situação é agravada pela desregulamentação
financeira mundial e pela estagnação econômica
verificada nos países centrais do capitalismo”, diz
ainda o instituto, listando iniciativas oficiais que
contribuíram para o desmonte interno. “Como
planejado e executado, o conjunto de ações da
chamada “ponte para o futuro” resultou, desde 2016,
no rebaixamento progressivo do padrão de vida da
classe trabalhadora no Brasil. Entre os instrumentos
usados com esse propósito estão a Emenda
Constitucional nº 95/2016 (Teto de gastos), a
contrarreforma trabalhista (Lei 13.467/2017), a
liberação geral da terceirização (Lei 13.429/2017),
a contrarreforma da Previdência (Emenda
Constitucional nº 103/2019), o desmonte do aparato
estatal de fiscalização ambiental, entre outros.
Esse cenário de destruição se tornou ainda pior com
a persistente pandemia e o morticínio decorrente da
atuação (ou falta de atuação) do governo federal, e
com a escalada inflacionária, impulsionada pela
guerra na Ucrânia.”
Dessa forma, para o Dieese, o governo mostra
preocupação apenas com o processo eleitoral e a
busca da reeleição. Com isso, “opera a gestão
desastrosa da economia, que mantém o crescimento do
país em patamares inferiores aos dos vizinhos da
América do Sul”.
Fonte: Rede Brasil Atual
30/05/2022 -
Sindicalistas, ativistas e parlamentares pedem
votação de projeto que concede 14º salário para
aposentados
Já aprovada em duas comissões, proposta aguarda
votação na CCJ
Sindicalistas, ativistas e parlamentares defenderam
o pagamento do 14º salário a aposentados e
pensionistas em audiência pública da Comissão de
Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos
Deputados.
Um projeto em análise na Câmara trata da concessão
em dobro do abono anual, que é o 13º salário pago a
segurados e dependentes da Previdência Social que
recebem aposentadoria, pensão por morte,
auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão
(PL 4367/20).
O pagamento do 14º salário estava previsto
inicialmente para os anos de 2020 e 2021. O objetivo
é compensar os efeitos da crise provocada pela
pandemia de Covid-19 na vida de aposentados e
pensionistas.
Especialista em direito tributário, o advogado
Sandro Lúcio Gonçalves lembrou que, nos momentos
mais difíceis da pandemia, muitas vezes, os
aposentados foram os únicos responsáveis pelo
sustento das famílias.
“Os filhos que perderam os empregos no momento que
tudo parou foram para a casa do pai, da mãe, do avô
e da avó. E aumentou a despesa dele, mas ele não
teve ajuda durante a pandemia”, lembrou Gonçalves.
Reforma da Previdência
Além da questão do sustento da família durante a
pandemia provocada pelo novo coronavírus, a
presidente da Federação das Associação dos
Aposentados do Estado do Rio de Janeiro, Yedda
Gaspar, reclamou que a renda dos aposentados já vem
se deteriorando desde a reforma da Previdência, em
2019.
“A pandemia do aposentado não começou em março de
2020, não. A pandemia do aposentado começou com a
reforma da Previdência em 2019. Aí a gente já
começou a ver o empobrecimento das viúvas. O marido
morria, ela já não recebia 100%, era 60%. Por quê?
Por causa da reforma da Previdência”, criticou.
Investimento
Para a deputada Flávia Morais (PDT-GO), a aprovação do
projeto não vai representar um gasto, mas sim um
investimento para o governo. A parlamentar foi
relatora do PL 4367/20 na Comissão de Seguridade
Social e Família, onde o texto foi aprovado no ano
passado.
Flávia Morais argumentou que o dinheiro a mais pago
ao aposentado vai servir para fomentar a economia
neste momento de crise. “O aposentado que receber
esse dinheiro não vai investir, não vai mandar para
o exterior, não vai comprar lote, ele vai comprar
comida, ele vai gastar, ele vai fazer nossa economia
girar", afirmou a deputada. "É um investimento na
nossa economia, que se faz muito necessário neste
momento de carestia que nós estamos vivendo”, disse.
Respeito
Para o deputado Delegado Antônio Furtado (União-RJ),
que propôs a realização do debate nesta quarta, o
idoso que trabalhou a vida toda e contribuiu para o
crescimento do Brasil precisa ser respeitado, como
acontece em nações com maior grau de
desenvolvimento.
“O Japão é um país que dá valor ao idoso, onde o
idoso é respeitado, ele é ouvido, ele é o esteio,
ele é uma casa. A família dá importância ao idoso.
Infelizmente, o Brasil não chegou a esse nível de
evolução, mas precisa chegar e vai chegar”, acredita
Furtado.
O projeto do 14º salário para aposentados e
pensionistas também já foi aprovado pela Comissão de
Finanças e Tributação, e previa o pagamento do
abono, até o limite de dois salários mínimos, no mês
de março dos anos de 2022 e 2023. O texto ainda
aguarda análise da Comissão de Constituição e
Justiça.
Fonte: Agência Câmara
30/05/2022 -
Caminhoneiros ameaçam paralisar
Os caminhoneiros estão insatisfeitos com o governo
de Jair Bolsonaro. Segundo um dos líderes da
categoria, Wallace Landim (Chorão), nova paralisação
não foi descartada, já que os preços dos
combustíveis seguem subindo. A informação é do
Correio Braziliense.
Chorão foi entrevistado pelo portal. Segundo o líder
da categoria, em razão da crise econômica, os
trabalhadores ainda não querem fazer greve. “Mas com
a situação em que o país está, e piorando cada vez
mais, somos obrigados a fazer uma paralisação”,
afirma. Ele lembra que parte da categoria já está
paralisando por falta de condições mínimas de
trabalho.
Parte dos caminhoneiros não apoia a greve, pois não
querem se posicionar contra Bolsonaro, visto que
grande base eleitoral do presidente da República
está dentro da categoria.
“Nossa luta não é contra o governo em si, eu mesmo
fiz campanha para o presidente, votei nele. Na
realidade, nós estamos cobrando que o chefe da Nação
chame a responsabilidade dos preços dos combustíveis
para ele mesmo”, explica Chorão.
Para o líder dos caminhoneiros, Bolsonaro utilizou
narrativa de que realmente era necessário mexer na
política de preços da Petrobras, durante sua
campanha. Porém, quando foi eleito, mudou o
discurso. “A gente vem acompanhando a transferência
de responsabilidade — tirando a culpa dele e
colocando no Ministro de Minas e Energia e na
própria Petrobras. Enquanto isso o povo fica
sofrendo”, ressalta.
Segundo Chorão, os caminhoneiros não suportam mais a
atual política de preços, o constante reajuste nos
combustíveis, o arrocho e o empobrecimento. “O pobre
está cada vez ficando mais pobre, e não tem mais o
poder de compra”, conclui.
Paralisação – A categoria não quer se indispor com o
presidente da República, mas grande parte dos
trabalhadores não têm condições de continuar com
suas obrigações profissionais, devido aos custos. A
reportagem do Correio Braziliense ouviu o
caminhoneiro Gustavo Ávilla, que informa:
“Independente se um dos líderes mandar, planejar
greve ou não, a categoria vai ter que parar por
falta de condição”.
Fonte: Agência Sindical
30/05/2022 -
Bolsonaro e Lula sobem em pesquisa XP/Ipespe:
números são diferentes do Datafolha
Marcos Coimbra diz que nos levantamentos feitos
presencialmente a vantagem de Lula é maior,
com tendência de vitória no primeiro turno; Ipespe
é feita por telefone
Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (27),
aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) liderando a corrida presidencial, com 45% dos
votos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em
segundo, com 34%. Lula estaria com cerca de 48% dos
votos válidos, portanto dentro da margem de erro
para vencer no primeiro turno.
De acordo com o instituto, os dois cresceram dentro
da margem de erro. As entrevistas, de acordo com o
instituto, foram feitas pelo telefone através do
Sistema CATI IPESPE.
Na sequência de Lula e Bolsonaro, aparecem Ciro
Gomes, que manteve 8%, Simone Tebet, que oscilou de
2% para 3%.
Segundo turno
Em uma simulação para o segundo turno, Lula se mantém
à frente com 53%, mesmo número da leitura anterior.
Bolsonaro oscilou um ponto para cima, indo a 35% —
diferença de 18 pontos percentuais.
Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência
nacional, nos dias 23, 24 e 25 de maio. A pesquisa
está registrada no TSE sob o número BR-07856/2022. A
margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
Marcos Coimbra
O sociólogo Marcos Coimbra aponta em relatório
realizado nesta sexta-feira, em que faz um agregado
de diversas pesquisas, que nos levantamentos feitos
presencialmente a vantagem de Lula é maior, com
tendência de vitória no primeiro turno, conforme
apontou o Datafolha divulgado nesta quinta-feira
(26).
Datafolha
Datafolha divulgado na noite desta quinta-feira (26)
mostrou que Lula atingiu 54% dos votos válidos entre
os eleitores ouvidos pelo instituto, o que lhe
garantiria a vitória na corrida presidencial já no
primeiro turno. Nos votos totais, o petista obteve
48% das intenções de voto, contra 27% de Jair
Bolsonaro, o que mostra uma ampla vantagem de 21% do
antigo mandatário.
Fonte: RevistaForum
30/05/2022 -
Confiança da indústria sobe pelo segundo mês, diz
FGV
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,3 pontos
de abril para maio deste ano e chegou a 99,7 pontos,
em uma escala de zero a 200 pontos. Essa foi a
segunda alta consecutiva do indicador, que atingiu o
maior patamar desde dezembro do ano passado (100,1
pontos).
Houve aumento da confiança dos empresários em 12 dos
19 segmentos da indústria brasileira pesquisados
pela FGV.
O Índice de Expectativas, que analisa a confiança do
empresariado no futuro, cresceu 3 pontos e atingiu
99 pontos. Já o Índice da Situação Atual, que
calcula a percepção sobre o presente, subiu 1,6
ponto e chegou a 100,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci)
da Indústria aumentou 1 ponto percentual em maio e
chegou a 80,8%, o maior nível desde outubro de 2021.
Fonte: Agência Brasil
30/05/2022 -
TST valida atos de ação coletiva praticados sem a
participação do MPT
De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior
do Trabalho (TST), não há nulidade por ausência de
intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT)
nas ações coletivas em que o sindicato figura como
substituto processual, sobretudo quando não for
evidenciado nenhum prejuízo. Com base nesse
entendimento, a 5ª Turma do TST deu provimento a
recurso de revista de um banco contra a anulação de
atos processuais praticados em ação civil coletiva
sem a participação do MPT.
A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários de Chapecó, Xanxerê e
Região (SC) contra o Banco Santander (Brasil) S.A.,
visando ao pagamento de horas extras. Inicialmente
protocolada como ação civil pública, ela foi
convertida em ação coletiva. O juízo de primeiro
grau indeferiu o pedido do MPT para participar da
ação e a julgou improcedente. Entre outros aspectos,
a decisão considerou que o sindicato estava
assessorado por dez advogados, o que dispensaria a
intervenção do órgão ministerial.
No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região (SC) declarou a nulidade do processo a partir
do despacho que negou a intervenção do MPT e
determinou o retorno dos autos à origem. Segundo a
corte regional, a intervenção do Ministério Público
é obrigatória nas demandas coletivas, de acordo com
a lei que disciplina as ações civis públicas (Lei
7.347/1985) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei
8.078/1990).
No entanto, ao analisar o recurso de revista do
Santander, o relator, ministro Breno Medeiros,
explicou que, na Justiça do Trabalho, a eventual
decretação de nulidade depende da comprovação de
manifesto prejuízo às partes, nos termos do artigo
794 da CLT.
Em um dos precedentes citados pelo relator, a
Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2)
do TST estabelece que, ainda que se considerasse
aplicável ao caso o dispositivo do CDC que prevê a
obrigatoriedade da intimação do Ministério Público
nas ações civis coletivas em que não seja parte, a
norma deve ser interpretada conjuntamente com a CLT.
Com o provimento do recurso, o processo retornará ao
TRT para o prosseguimento do julgamento. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RR 820-57.2018.5.12.0057
Fonte: Consultor Jurídico
27/05/2022 -
NCST
repudia demissões da Pfizer
Nesta quinta-feira (26), a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), entidade que representa
milhares de entidades sindicais, emitiu nota de
repúdio sobre as demissões dos trabalhadores
propagandistas, propagandistas vendedores e
vendedores de produtos farmacêuticos, pela empresa
Laboratórios Pfizer LTDA.
As demissões ocorreram, em todo o território
nacional, indiscriminadamente, inclusive foram
demitidos trabalhadores que possuem estabilidade,
sobre o falso pretexto de que a empresa Pfizer não
mais possui às atividades de propaganda e promoção
médica.
Na nota assinada pelo presidente da NCST, Professor
Oswaldo Augusto de Barros, a entidade solicita
manifestação mais clara da empresa sobre as
demissões. Colocando-se como apoio de entidades
sindicais na busca por uma solução mais justa e
razoável.
Leia aqui a íntegra da Nota de Repúdio
Fonte: NCST
27/05/2022 -
Lula estará com movimentos sociais nessa sexta, 27
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se
encontra com representantes de movimentos populares
nesta sexta-feira, 27 de maio, às 17h, na Casa de
Portugal, em São Paulo, no evento Movimentos
Populares com Lula – Juntos pelo Brasil.
A perspectiva é que o encontro reúna em torno de mil
pessoas. Estão confirmadas representações de vários
segmentos sociais, como juventude, sindical, negros
e negras, mulheres, movimento popular urbano,
movimento popular rural, indígenas, quilombolas,
povos e comunidades tradicionais, LGBTQIA+,
movimentos de moradia e ambiental.
O ex-presidente receberá do grupo manifestação de
apoio e um documento assinado por mais de 60
entidades com propostas para superação da crise e
reconstrução do Brasil.
O encontro será transmitido pelas redes sociais do
ex-presidente.
Serviço
Movimentos Populares com Lula – Juntos pelo Brasil
Data: 27 de maio – 17 horas
Local: Casa de Portugal – Av. da Liberdade, 602
– Liberdade – São Paulo
Fonte: Portal Vermelho
27/05/2022 -
Fome chega a 36% das famílias brasileiras
Estudo da FGV Social, centro de pesquisas da
Fundação Getúlio Vargas, conduzido pelo economista
Marcelo Neri, aponta que, em 2021, 36% das famílias
brasileiras foram ameaçadas pela fome. Os resultados
foram publicados no jornal O Globo desta quinta
(26).
Segundo os dados coletados, em algum período do ano
essas famílias não tiveram dinheiro pra colocar
comida na mesa. Esse é o maior patamar da pesquisa,
iniciada em 2006, além de ser a primeira vez que a
insegurança alimentar no Brasil ultrapassa a média
mundial, de 35%.
De acordo com Marcelo Neri, a insegurança alimentar
aumentou quatro vezes mais no Brasil do que na média
mundial. Ele explica que essa situação de fome se
agravou durante a pandemia, combinado com a crise
econômica que provocou recessão entre 2014 e 2019,
quando a desigualdade de renda aumentou.
Além da recessão, outros fatores contribuíram para
esse quadro. A inflação, que estava alta no começo
do período, com o Banco Central aumentando a taxa
básica de juros, e a falta de reajuste no Bolsa
Família.
Para o consultor da Action Aid, Francisco Menezes, o
cenário deste ano é ainda mais dramático para as
famílias. “A inflação foi aumentando de 2020 pra cá.
Para as famílias mais pobres, significa comer menos
ou pior”, afirma.
Mulher – Ainda de acordo com Marcelo Neri, as
mulheres foram as que mais sofreram pela fome. Entre
os homens, a insegurança alimentar caiu de 27% para
26%. Já para as mulheres, deu um salto de 33% para
47%. Esse aumento afetou também as crianças.
“Vimos a volta das crianças mais novas à escola, a
subnutrição já deixou uma marca. Estamos falando de
educação e nutrição, a base do desenvolvimento da
pessoa. Isso tem um efeito estrutural, que precisa
ser atacado o quanto antes”, ressalta o economista
da FGV Social.
Merenda – Francisco Menezes explica que há
cerca de 4 milhões de pessoas cadastradas para
receber o Auxílio Brasil, mas é preciso uma medida
urgente pra atender a população com fome, que hoje é
estimada entre 25 milhões e 30 milhões de
brasileiros.
“Vai ser preciso rever os R$ 400,00 repassados pelo
Auxílio Brasil, porque já foram superados diante da
elevação dos preços. O Programa Nacional de
Alimentação Escolar é outro ponto de atenção. Muitas
vezes a merenda pode se tornar a refeição principal
dos alunos. Será preciso aumentar o valor per capita
que é repassado aos municípios para merenda”,
conclui Menezes.
Mais – Clique
aqui e veja reportagem completa do jornal O
Globo.
Fonte: Agência Sindical
27/05/2022 -
Programa de serviço civil voluntário é mais um passo
rumo à precarização do trabalho
MP aprovada pelo Senado vai no mesmo sentido de
mudanças promovidas desde 2017, aponta diretor do
Dieese
O Senado aprovou nesta quarta-feira (25) a Medida
Provisória (MP) n° 1099, que cria o Programa
Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário.
Direcionado a jovens de 18 a 29 anos, àqueles com 50
anos ou mais sem emprego formal há mais de 24 meses
e a pessoas com deficiência, a proposta aprovada
permite aos municípios contratar os trabalhadores
para atividades consideradas de interesse público,
que não sejam de atribuição dos servidores
municipais.
Os contratos preveem jornada máxima de 22 horas
semanais, com limite de 8 horas diárias. O valor da
bolsa que será paga deverá ser calculado com base no
total de horas dos serviços executados e do curso de
formação técnico-profissional realizado, tomando
como base o valor equivalente do salário mínimo
dividido por hora.
Na prática, os participantes do programa terão como
teto de remuneração mensal menos da metade do piso
nacional, R$ 572, sem direitos previdenciários e
trabalhistas.
Durante a votação em plenário, a proposta foi
criticada por parlamentares. “Esse projeto pega os
que estão vulneráveis. Eles não têm direito a
afastamento por doenças, não se recolhe nada para a
Previdência Social. Não têm direito à
licença-maternidade ou paternidade, nem à folga
semanal. Eu digo que não é por aí”, apontou a
senadora Zenaide Maia (Pros-RN).
Na mesma sessão, o senador Jean Paul Prates (PT-RN)
alertou que a proposta poderá criar um “trem da
alegria” em período eleitoral, já que permite a
contratação sem a realização de concurso público. A
senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lembrou que há
manifestações contra a medida provisória vindas de
diversas entidades como a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) e o Ministério Público do Trabalho
(MPT).
Precarização e menos direitos
Pelo projeto, terão prioridade de contratação os
beneficiários de programas de renda e os integrantes
de famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico. O
programa terá duração de 24 meses e também será
aplicável ao Distrito Federal.
“Esse processo de criação de novas formas de
contratação vem desde 2017, com a criação do
trabalho intermitente, e o governo tenta empurrar
uma nova modalidade”, aponta o diretor-técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior, em entrevista ao
Jornal Brasil Atual. “Mais uma vez, uma forma de
contratação precária que limita a jornada e tem como
arremedo de compensação a colocação dos cursos, que
podem inclusive ser executados de forma virtual, e
quando vamos observando são modalidades, nesse caso,
no setor público, que precarizam o mercado de
trabalho.”
Fausto Augusto aponta que é necessário avançar no
processo de formalização e ampliação dos direitos
trabalhistas e não na sua redução, ainda mais quando
atinge segmentos específicos da população. “Vemos de
novo a ideia de categorizar trabalhadores de modo
diferente. Isso é muito perigoso, em especial quando
vem do próprio Estado, que se propõe a fazer
contratações precárias e de alguma forma se
aproveitar desse movimento de alta taxa de
desemprego e elevada vulnerabilidade”, pontua. “As
pessoas têm dificuldade para entrar no mercado de
trabalho, com a inflação corroendo o poder de compra
das famílias. É neste momento que deveríamos ampliar
uma discussão sobre renda básica, sobre como
aumentar a proteção social e se caminha num processo
de interferência no mercado de trabalho com redução
de direitos trabalhistas.”
“O sistema público de emprego tem um tripé, se
baseia no seguro-desemprego, na qualificação
profissional e no processo de intermediação de mão
de obra, algo que vem sendo desmontado neste
governo, principalmente quando se fez a extinção do
Ministério do Trabalho.
O que se vê é um arremedo da qualificação, da
intermediação, buscando uma aceleração de um tipo de
contratação que dá muito pouca oportunidade para
quem entra nesse programa de avançar depois para uma
condição melhor”, pondera o diretor do Dieese.
Com informações da Agência Senado
Fonte: Brasil de Fato
27/05/2022 -
Em meio a discussão sobre aumento da miséria, Senado
confirma salário mínimo de R$ 1.212
O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (26)
a MP 1.091/2021, que fixou o valor do salário mínimo
em R$ 1.212 desde 1º de janeiro de 2022. Com a
aprovação, a MP segue para promulgação do presidente
Jair Bolsonaro.
O crescimento da fome e da miséria no Brasil nos
últimos anos foi bastante discutida pelos senadores
durante a votação da medida provisória. O presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco, elogiou a relatora,
Soraya Thronicke (União-MS), por manifestar que o
valor pequeno do mínimo é um problema grave da
sociedade brasileira, mas é menos debatido do que
"querelas ideológicas em redes sociais".
— O Brasil vive uma dicotomia entre problemas reais
e problemas criados com objetivos eleitorais e
oportunistas. Os problemas reais são os dois
dígitos: dois dígitos na inflação, nos juros, no
desemprego e na gasolina, que se aproxima de R$ 10
já em algumas cidades. Esses são os problemas reais,
que precisam de soluções verdadeiras. E há os
problemas criados como cortina de fumaça pra
esconder os problemas reais — alertou Pacheco.
O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) apresentou uma
emenda para que o mínimo passasse a ser de R$ 1.300
a partir de julho. Soraya Thronicke chegou a
negociar esse aumento com o Ministério da Economia.
Mas a pasta vetou, alegando não haver fundos, pois o
reajuste impactaria os cofres públicos em mais de R$
16 bilhões até dezembro, segundo o governo.
— A manchete do jornal O Globo de hoje é a seguinte:
a fome no Brasil bateu o recorde mundial de 36% [das
famílias brasileiras]. Nada é mais humilhante! E
sabem quem passa mais fome no Brasil? As mulheres —
lamentou Kajuru.
Já Cid Gomes (PDT-CE) reclamou que o governo não
teria R$ 16 bilhões pra aumentar o salário mínimo,
"mas tem R$ 30 bilhões pra comprar votos de
deputados pelo orçamento secreto". Para Cid Gomes,
falta ao governo a lógica de que o aumento do mínimo
reaquece a economia.
Citando dados do IBGE, Soraya ressaltou que mais de
60 milhões de brasileiros recebem até dois salários
mínimos, cerca de 70% da população ocupada. Já dados
do INSS explicitam que 25 milhões recebem
aposentadorias no valor de um mínimo, "ou seja, dois
terços dos beneficiários da Previdência". Por isso,
o Brasil precisa recriar uma política de valorização
do salário mínimo, defendeu a senadora.
Fonte: Agência Senado
27/05/2022 -
Guedes promete privatizar a Petrobrás e acelerar
reformas em um eventual segundo mandato de Bolsonaro
Nesta quinta-feira (26), o ministro da Economia,
Paulo Guedes, disse que em uma possível reeleição do
presidente, Jair Bolsonaro (PL), a Petrobrás será
privatizada e as reformas que estão propostas pela
pasta vão acontecer, segundo o UOL.
"Vamos privatizar a Petrobrás, fazer vários acordos
comerciais, vamos fazer bem mais do que temos feito
até agora", afirmou.
A proposta de privatização da estatal foi anunciada
no dia 12 de maio pelo ministro de Minas e Energia,
Adolfo Sachsida, diante do aumento constante de
preços dos combustíveis no Brasil.
O chefe da Economia ainda está em Davos participando
do Fórum Econômico Mundial, e no evento, Guedes
declarou que a pandemia acabou impedindo que as
reformas que previa avançassem como esperado,
entretanto, ele não especificou sobre quais reformas
estava falando.
O ministro ressaltou que o Brasil está saindo da
crise com o "fiscal forte" e com a política
monetária necessária para combater a inflação,
enquanto o mundo — sobretudo países do Ocidente —
está "entrando no inferno", em uma crise que promete
ser longa, o Brasil está saindo.
Fonte: Brasil247
26/05/2022 -
Lira descarta PEC da mensalidade em universidade
pública
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira
(PP-AL), concedeu entrevista nesta quarta (25) ao
portal G1 e esclareceu que a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 206/2019, que prevê a cobrança de
mensalidade em universidades públicas, não está em
seu radar para votação em Plenário. A matéria é
discutida na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Casa e tem como relator o deputado Kim
Kataguiri (União-SP).
Lira afirma que sequer sabe qual é o teor da PEC e
que ela não está prevista pra ser colocada em
votação na Câmara. “Entre a Comissão e o Plenário
tem uma distância muito grande. Como projeto
polêmico, precisa ser estudado antes. Não sei do que
se trata o texto”, informou o parlamentar.
Quase – A matéria tinha previsão de votação
na CCJ na terça (24), mas foi retirada de pauta por
conta da ausência do relator. Após intenso debate,
os deputados aprovaram requerimento para a
realização de audiência pública sobre o tema. Apenas
depois da audiência, que ainda não tem data marcada
pra ocorrer, é que a Proposta retornará à pauta na
Comissão.
Teor – De acordo com o autor da PEC 206/2019,
General Peternelli (PSL-SP), a gratuidade atual gera
distorções graves na sociedade, pois privilegia
alunos de família de maior renda, que estudam em
escolas particulares, em detrimento dos alunos em
escolas públicas, integrantes de famílias de baixa
renda.
“O gasto público nessas universidades é desigual e
favorece os mais ricos. Não seria correto que toda a
sociedade financie o estudo de jovens de classes
mais altas”, afirma Peternelli.
Mais – Site da Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Sindical
26/05/2022 -
Vale-gás entra
na pauta
Inflação alta coloca novos itens nas pautas de
reivindicações. Algumas categorias já pleiteiam
pagamento de abono, fornecimento de vale-gás e
aumento nos itens da cesta básica.
A informação é de Miguel Torres, presidente da Força
Sindical. A direção nacional da Central se reuniu
segunda-feira, 23, analisou com o Dieese a
conjuntura nacional e orientou que os filiados
acrescentem tais itens às suas pautas, em especial o
vale-gás, visto que o botijão de 13 quilos já
compromete 10% do salário mínimo vigente (R$
1.212,00).
“Os Sindicatos buscam meios de enfrentar a alta no
custo de vida. Também orientamos que sejam
intensificadas as negociações de Participação nos
Lucros e/ou Resultados. Mas esses encaminhamentos
dependem de cada entidade”, comenta o dirigente.
Eleições – A reunião do comando forcista
tratou também das eleições deste ano. Segundo
Miguel, todos os esforços devem ser feitos em defesa
da democracia. Há forte alinhamento dos dirigentes à
candidatura Lula. O presidente da Força diz: “Das
nossas Regionais, só um companheiro estava em dúvida
e disse que pode votar em Bolsonaro”.
Base – Jair Bolsonaro tem perdido apoio entre
os trabalhadores. Miguel Torres diz: “Muitos
companheiros se desiludiram com o governo. A
recessão, o desemprego, o arrocho e a inflação estão
fazendo a ficha cair”.
Mais – Site da Força Sindical.
Fonte: Agência Sindical
26/05/2022 -
Lula cresce entre evangélicos, chega a 43%, e
Bolsonaro estaciona nos 35%, diz PoderData
Petista teve oscilação positiva de 1 ponto
percentual na pesquisa; entre evangélicos, alta de
Lula foi de 8 pontos
O cenário da corrida eleitoral pelo Palácio do
Planalto tem sinais de estabilidade, de acordo com
nova pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira
(25). O levantamento aponta que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida eleitoral
no primeiro com folga.
O petista figura com 43% das intenções de voto
contra 35% de Jair Bolsonaro (PL). Na sequência,
aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5%, André Janones
(Avante), com 3%, e Simone Tebet (MDB), com 2%.
O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) foi
mantido no estudo porque só desistiu de concorrer na
segunda-feira (23). O anúncio, porém, já foi
suficiente para o tucano cair para 1% nas intenções
de voto (ele pontuava de 2% a 4% em levantamentos
anteriores). O efeito geral na corrida eleitoral foi
pequeno.
Evangélicos: Lula diminui diferença
A nova rodada da pesquisa PoderData mostra que também
que Bolsonaro ainda lidera entre os evangélicos, mas
viu a sua vantagem para o ex-presidente Lula
diminuir para 13 pontos percentuais.
De acordo com o levantamento, o ex-capitão soma 46%
das intenções de voto no segmento para o primeiro
turno das eleições de 2022. Já o petista tem 33%. Na
pesquisa anterior, realizada de 8 a 10 de maio,
Bolsonaro aparecia com 52% entre os evangélicos.
Segundo turno: Lula lidera com folga
O levantamento aponta Lula tem uma vantagem de 11
pontos percentuais sobre Bolsonaro no segundo turno.
O petista soma 50% das intenções de voto contra 39%
de Bolsonaro. Na pesquisa anterior, realizada entre
os dias 10 e 12 de maio, Lula aparecia com 49% e
Bolsonaro, 38%.
Em levantamentos do PoderData, Lula já esteve 25
pontos à frente do atual presidente. Os índices
foram registrados no final de agosto e início de
setembro de 2021. A menor diferença entre os
favoritos da eleição ocorreu no último mês, e foi de
9 pontos.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData. Os dados
foram coletados de 22 a 24 de maio de 2022, por meio
de ligações para celulares e telefones fixos. Foram
3.000 entrevistas em 301 municípios nas 27 unidades
da Federação. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O
registro no TSE é BR-05638/2022.
Fonte: Brasil de Fato
26/05/2022 -
Câmara aprova MP que define salário mínimo em R$
1.212
Matéria segue para análise do Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(24) a Medida Provisória 1091/21, que instituiu o
valor de R$ 1.212 para o salário mínimo em 2022. A
matéria segue para análise do Senado.
O novo valor considera a correção monetária pelo
Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de
janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação
de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do
Ministério da Economia. O valor diário do salário
mínimo corresponde a R$ 40,40, e o valor horário, a
R$ 5,51.
No total, o aumento será de 10,18% em relação ao
valor anterior, que era R$ 1.100. Os estados também
podem ter salários mínimos locais e pisos salariais
por categoria maiores do que o valor fixado pelo
governo federal, desde que não sejam inferiores ao
valor do piso nacional.
A relatora, deputada Greyce Elias (Avante-MG),
recomendou a rejeição de todas as 11 emendas
propostas na Câmara e manteve integralmente o texto
editado pelo Poder Executivo em janeiro deste ano.
“A estimativa é que cada real de aumento no salário
mínimo gera um incremento direto, em 2022, de apenas
R$ 15 milhões na arrecadação previdenciária,
conforme o Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO)”, afirmou a deputada.
O novo mínimo altera o valor de cálculo de
benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas.
No caso das aposentadorias e pensões por morte ou
auxílio-doença, os valores deverão ser atualizados
com base no novo mínimo. O mesmo vale para o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), que
corresponde a um salário mínimo e é pago a idosos a
partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa
renda.
Fonte: Agência Brasil
26/05/2022 -
INSS paga a segunda parcela do 13º salário
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou
a pagar nesta quarta-feira (25) os valores da
segunda parcela do décimo terceiro salário de
aposentados e pensionistas. Inicialmente, recebem
aqueles que ganham um salário mínimo (R$ 1.212). Os
que ganham acima disso recebem a partir do dia 1º
até 7 de junho. A primeira parcela foi paga em
abril.
Para consultar o valor, o beneficiário pode entrar
no aplicativo Meu INSS (para dispositivos
eletrônicos com tablets ou celulares) ou no portal
gov.br/meuinss. Outra opção é a central de
atendimento por telefone, pelo número 135. Nesse
caso, é preciso informar dados como o número do CPF
e outras informações cadastrais. O atendimento por
telefone está disponível de segunda a sábado, das 7h
às 22h.
Ao todo, com a primeira e segunda parcelas pagas,
serão injetados cerca de R$ 56,7 bilhões na
economia. Mais de 36 milhões de pessoas vão receber
a segunda cota da gratificação, que vai cair na
conta junto com o pagamento regular de maio. Este é
o terceiro ano consecutivo que os pagamentos do
décimo terceiro salário do INSS ocorrem entre abril,
maio e junho. O adiantamento foi possível após
edição de portaria do INSS, ainda em março.
Quem recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC)
não tem décimo terceiro.
Fonte: Agência Brasil
26/05/2022 -
Governo Bolsonaro paga R$ 7,7 milhões de seguro
desemprego a mortos
“As potenciais irregularidades identificadas
representam menos de 1% do total de requerimentos
processados no período”, disse em nota o ministério
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU),
revelou nessa terça-feira (24), que o ministério do
Trabalho e da Previdência pode ter pagado, de
maneira irregular, R$ 97,239 milhões em
seguros-desemprego solicitados no ano passado a
pessoas que já morreram.
O ministério, por sua vez, admite que pode ter feito
os pagamentos. Através de nota, a pasta explica que
o sistema de gestão do benefício faz uma conferência
com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis)
para avaliar se o segurado faleceu antes de cada
pagamento. “Contudo, a incorporação dessa informação
ao Cnis leva alguns dias, o que pode permitir que
pagamentos a segurados falecidos sejam realizados”.
Foram encontrados também pagamentos indevidos de R$
78,6 milhões a beneficiários com outro vínculo ativo
ou aposentados e pensionistas, e de R$ 9,9 milhões a
trabalhadores demitidos por justa causa ou a pedido.
A CGU levantou ainda “situações de risco” que,
apesar de não representarem falhas de controle,
podem resultar em pagamentos em desacordo com os
objetivos pretendidos pelo programa. Nessa situação,
o governo federal pagou, por exemplo, R$ 599,7
milhões a pessoas com o CPF em situação diferente de
“regular” na Receita Federal.
“Menos de 1% do total”
O ministério disse também que “as potenciais
irregularidades identificadas representam menos de
1% do total de requerimentos processados no
período”.
“Com relação às demais suspeitas de irregularidades,
reforçamos que não se trata de informações que o
Ministério ignorou no momento do pagamento, mas sim
informações que só se tornaram disponíveis após o
pagamento”, encerrou o órgão.
Com informações do Metrópoles
Fonte: RevistaForum
26/05/2022 -
Trabalhador deve compensar seguro-desemprego e
aposentadoria retroativa
Para que seja atendida a regra do artigo 124,
parágrafo único da Lei 8.213/1991, que veda o
recebimento conjunto do seguro-desemprego com
qualquer benefício de prestação continuada da
Previdência Social, basta que haja o abatimento dos
valores recebidos a título de seguro-desemprego do
montante devido pelo INSS.
Com esse entendimento, a 1ª Turma do Superior
Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso
especial ajuizado por um trabalhador, para permitir
o acúmulo do benefício de seguro-desemprego e da
aposentadoria, deferida judicialmente e com efeitos
retroativos.
O pedido da aposentadoria por tempo de contribuição
foi feito em maio de 2012 e negado
administrativamente. O trabalhador ajuizou ação
visando obter o benefício e, por isso, continuou
trabalhando. Posteriormente, foi demitido e recebeu
seguro-desemprego entre janeiro e maio de 2017.
O trabalhador, então, conseguiu decisão judicial que
garantiu o pagamento da aposentadoria com efeitos
retroativos. O valor da parcela mensal a ser paga
pelo INSS se mostrou maior do que o que ele recebeu
a título de seguro-desemprego.
Assim, no cumprimento da sentença, propôs a
compensação desses benefícios: nos meses de janeiro
a maio de 2017, ele receberia o pagamento da
aposentadoria descontado o valor do
seguro-desemprego.
O INSS impugnou o cálculo, apontando ofensa ao
artigo 124, parágrafo único da Lei 8.213/1991 e
pedindo a exclusão total da parcela da aposentadoria
nos referidos meses. E a Justiça Federal deu razão.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região concluiu
que a compensação ou o desconto pretendido
equivaleria ao pagamento conjunto do
seguro-desemprego e do benefício previdenciário, o
que é vedado por lei.
Relator no STJ, o desembargador convocado Manoel
Erhardt entendeu que o abatimento é possível, uma
vez que o seguro-desemprego só foi recebido pelo
trabalhador pelo fato de ele seguir trabalhando após
o indevido indeferimento da aposentadoria pelo INSS.
Aplica-se ao caso a mesma conclusão alcançada pela
1ª Seção, quando fixou tese segundo a qual, no
período entre o indeferimento administrativo e a
efetiva implantação de auxílio-doença ou de
aposentadoria por invalidez, mediante decisão
judicial, o segurado tem direito a receber o salário
e o benefício.
“Para que seja atendida a regra prevista no artigo
124, parágrafo único, da Lei 8.213/1991, que veda o
recebimento conjunto do seguro-desemprego com
qualquer benefício de prestação continuada da
Previdência Social, exceto pensão por morte ou
auxílio-acidente, basta, no presente caso, que haja
o abatimento dos valores recebidos a título de
seguro-desemprego do montante devido”, concluiu o
desembargador convocado Manoel Erhardt.
Clique
aqui para ler o acórdão
REsp 1.982.937
Fonte: Consultor Jurídico
25/05/2022 -
Reajustes ficam abaixo da inflação em 41% das
negociações em 2022
Em abril, acordos que perderam para o INPC
representaram 46%
O resultado das negociações salariais foi um pouco
melhor em abril, segundo o Dieese, mas o desempenho
no ano mostra que 40,8% dos reajustes ficaram abaixo
da variação do INPC-IBGE. Do total de acordos, 31,6%
tiveram índices equivalentes ao da inflação e 27,6%
ficaram acima. Apesar de um ligeiro avanço sobre
março, o mês passado teve a menor proporção de
reajustes com ganho real neste ano e a segunda menor
nos últimos 15 meses.
De acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira
(24), que ainda pode sofrer alterações, de janeiro a
abril o comércio teve reajustes iguais ou acima da
inflação em 67% dos acordos. Na indústria, foram
64%, embora com mais aumentos reais (29,4%). Já o
setor de serviços teve 45,1% abaixo e 29,8% acima do
INPC.
Abaixo do necessário
Apenas no mês passado, de 163 casos analisados, 54%
tiveram reajustes maiores (8%) ou equivalentes (46%)
à variação do indicador usado como referência em
negociações salariais. “Esses dados preliminares
praticamente repetem os da data-base março, quando
53,7% das negociações conseguiram reajustes iguais
ou superiores ao INPC”, diz o Dieese. “Por outro
lado, o percentual de reajustes abaixo da inflação
segue em alto patamar (46% do total, em abril).”
Também no mês passado, a variação real média dos
reajustes foi de -0,76%. Nos últimos 15 meses, essa
variação foi negativa em todas. A inflação crescente
segue sendo um desafio. Se em abril o índice
necessário para repor perdas era de 11,73%, agora em
maio o INPC acumulado subiu para 12,47%. “Os
reajustes abaixo do INPC-IBGE de abril foram, em
média, equivalentes a apenas 83% do valor necessário
para a recomposição plena dos salários”, informa o
Dieese em seu
boletim.
O valor médio dos pisos, neste ano, é de R$ 1.414,77
– 16,7% acima do salário mínimo atual. O maior valor
médio é do comércio (R$ 1.481,54) e o menor, da
indústria (R$ 1.380,19).
Fonte: Rede Brasil Atual
25/05/2022 -
Sem João Doria, aumentam as chances de Lula vencer
no 1º turno
“Politicamente, Lula aumenta as chances de
vitória no primeiro turno, com o voto útil, pois o
eleitor do Doria rejeita mais Bolsonaro (77%) do que
Lula (62%)”, afirmou o cientista político Felipe
Nunes
O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest,
diz que a desistência do o ex-governador de São
Paulo João Doria de disputar à Presidência da
República é favorável ao ex-presidente Lula que pode
vencer a disputa já no primeiro turno. Após encontro
de cúpula do PSDB, Doria disse nesta segunda-feira
(23) que não será candidato.
“Hoje, serenamente, entendo que não sou a escolha da
cúpula do PSDB. Me retiro da disputa com o coração
ferido, mas com a alma leve”, anunciou o
ex-governador.
“Politicamente, Lula aumenta as chances de vitória
no primeiro turno, com o voto útil, pois o eleitor
do Doria rejeita mais Bolsonaro (77%) do que Lula
(62%)”, afirmou Felipe Nunes, para quem,
numericamente, não tem mudanças significativas.
“Doria sempre apareceu com pouco voto (3 a 5%), mas
Ciro tem o maior potencial entre esses eleitores
(54%), Lula tem potencial de 36% e Bolsonaro de 19%.
Tebet é muito desconhecida”, avaliou o cientista
político.
De acordo com Nunes, a chamada terceira via “aumenta
as chances de organizar sua tropa para tentar
viabilizar uma opção fora da polarização”. “A
coordenação das elites é fundamental para que os
eleitores possam tomar decisões eleitorais. Até
aqui, a terceira via mais atrapalhou do que ajudou o
eleitor”, afirmou.
O ex-governador é o oitavo pré-candidato da terceira
via a abdicar da candidatura a presidente. Os
tucanos agora discutem um provável apoio à
pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB).
Fonte: Portal Vermelho
25/05/2022 -
Cartilha orienta trabalhadores e empresas sobre
conciliação em processo trabalhista
O documento lançado pela Justiça do Trabalho
durante a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista
2022,
visa incentivar a solução consensual de processos
A Justiça do Trabalho lançou nesta segunda (23/5)
uma publicação para auxiliar milhares de pessoas que
têm processo tramitando na Justiça do Trabalho a
optarem pela conciliação: uma forma mais rápida e
prática para solucionar o conflito.
A
cartilha "Conciliação Trabalhista - Um guia para
buscar um acordo em seu processo" lançada
durante a cerimônia de abertura da Semana Nacional
da Conciliação Trabalhista 2022. O mutirão reúne ao
longo da semana um esforço concentrado dos 24
Tribunais Regionais do Trabalho do país para
finalizar processos por meio da conciliação. O
evento de lançamento nesta segunda, em
Florianópolis, segue até sexta-feira (27), em todo o
país.
Toda hora é hora!
A conciliação pode ser requisitada a qualquer hora,
independentemente da fase em que o processo se
encontra. Atualmente, cerca de 2 milhões de
processos tramitam nas instâncias trabalhistas.
Destinada principalmente a pessoas e empresas, a
cartilha busca, em linguagem simples e didática,
explicar como funciona esse mecanismo efetivo e
célere de solução das disputas judiciais. O guia
informa, por exemplo, que mesmo sendo o ramo mais
célere do Poder Judiciário, um processo trabalhista
pode durar em média dois anos (entre decisões,
recursos e tramitação nos três graus de jurisdição).
Ao optar pela conciliação, a solução do processo
acontece no mesmo dia.
A cartilha também lista dez motivos para conciliar,
além de explicar quem pode solicitar a conciliação,
quando ela pode ser feita no processo trabalhista e
como funciona uma audiência na Justiça do Trabalho,
além de indicar quais os contatos dos centros de
conciliação distribuídos em todas as Regiões do
Brasil.
As versões impressas serão disponibilizadas nos
Centros Judiciários de Métodos Consensuais de
Solução de Disputas (Cejusc-JT) e nas Varas do
Trabalho. Mas você pode consultar a versão digital.
Fonte: TST
25/05/2022 -
Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa discute
pagamento de 14º salário a aposentado e pensionista
Projeto em análise na Câmara prevê pagamento
temporário do valor extra
A Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara
dos Deputados debate nesta quarta-feira (25) a
concessão de 14º salário a aposentados e
pensionistas do regime geral da Previdência Social.
O debate foi proposto pelo deputado Delegado Antônio
Furtado (União-RJ). Ele lembra que durante a
pandemia de Covid-19 aposentados e pensionistas
tiveram a antecipação das parcelas do 13º salário
para os meses de abril e maio de 2020.
"Cabe destacar que esse adiantamento do 13º salário
dos aposentados e pensionistas teve um impacto
social muito importante, porque neste período de
pandemia, muitas famílias se socorreram dos valores
que foram recebidos do INSS para a sua
sobrevivência", afirma o parlamentar, ressaltando
que mais de 30 milhões de pessoas recebem benefícios
previdenciários.
Um projeto em análise na Câmara trata da concessão
em dobro do abono anual, que é o 13º salário pago a
segurados e dependentes da Previdência Social que
recebem aposentadoria, pensão por morte,
auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão
(PL 4367/20). O texto permitia esse pagamento
dobrado, excepcionalmente, nos anos de 2020 e 2021.
De autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o
projeto foi aprovado pela Comissão de Finanças no
fim do ano passado e previa o pagamento do abono,
até o limite de dois salários mínimos, no mês de
março dos anos de 2022 e 2023. O texto ainda aguarda
análise da Comissão de Constituição e Justiça.
Foram convidados para discutir o assunto na Comissão
dos Direitos da Pessoa Idosa, entre outros, a
presidente da Federação das Associação dos
Aposentados do Estado do Rio de Janeiro, Yedda
Gaspar, e representantes do Ministério da Economia e
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A audiência será realizada no plenário 12, a partir
das 15 horas, e poderá ser acompanhada ao vivo pelo
portal e-Democracia.
Fonte: Agência Câmara
25/05/2022 -
Moro vira réu e Lula pede julgamento justo ao
ex-juiz parcial
“Só espero que nessa acusação contra Moro ele
tenha o direito de defesa e à presunção de inocência
que eu não tive com ele”, disse o ex-presidente
Em entrevista nesta terça-feira (24) para a Rádio
Mais Brasil News, transmitida para região do
Distrito Federal, pela frequência 101.7 FM, e para
região de Manaus (AM) pela frequência 95,1 FM, o
ex-presidente disse esperar um julgamento justo ao
ex-juiz Sergio Moro que virou réu numa ação
apresentada por deputados petistas na 2ª Vara
Federal Cível de Brasília.
Os parlamentares querem que Moro seja condenado a
ressarcir os cofres públicos por ter causado
prejuízo à Petrobras e à economia brasileira com sua
atuação à frente da Lava Jato.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a operação
acabou com 4,4 milhões de empregos e causou um
impacto na economia de R$ 172,2 bilhões que deixaram
de ser investidos no país.
“Só espero que nessa acusação contra Moro ele tenha
o direito de defesa e à presunção de inocência que
eu não tive com ele”, disse Lula. “Espero que ele
possa se defender, que a imprensa possa ser
honesta”, completou. Numa decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) o ex-juiz foi considerado
parcial no julgamento dos processos contra o
ex-presidente.
Bancada
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes
(MG), elogiou os colegas da bancada responsáveis
pela ação: Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), José
Guimarães (CE), Natália Bonavides (RN) e Paulo
Pimenta (RS).
“MAIS UMA VITÓRIA: Hoje Moro se tornou réu em ação
popular, onde sou um dos signatários, que pede o
ressarcimento aos cofres públicos pelos danos
causados à economia brasileira pela Lava Jato. A
história vai colocando todos em seus devidos
lugares”, afirmou o deputado Paulo Pimenta.
Erika Kokay cobrou punição ao ex-juiz: “Moro vira
réu em ação que nós do PT movemos por danos causados
à Petrobras. Atuação de Moro gerou prejuízos a
empresa, desmontou o setor de óleo e gás e trouxe
impactos severos para a economia brasileira. Não
pode ficar impune pelos abusos que cometeu e danos
que causou!”
“MORO VIROU RÉU! O ex-juiz (ladrão) vai responder
pelos prejuízos causados ao país e à Petrobras com
as ilegalidades da Lava Jato”, escreveu no Twitter
Natália Bonavides.
Fonte: Portal Vermelho
25/05/2022 -
‘Prévia’ da inflação tem maior alta para maio desde
2016 e se mantém acima dos 12%
Alimentos, combustíveis e remédios foram alguns
dos itens com aumento neste mês
A “prévia” da inflação oficial subiu menos do que em
abril, mas teve a maior taxa para meses de maio
desde 2016. Assim, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) atingiu 0,59% – e
agora soma 4,93% no ano e 12,20% em 12 meses. Oito
dos nove grupos tiveram alta neste mês, segundo o
IBGE, que divulgou os resultados na manhã desta
terça-feira (24).
De acordo com o instituto, entre os itens que
causaram maior impacto no índice geral estão
produtos farmacêuticos (alta de 5,24% e impacto de
0,17 ponto percentual), higiene pessoal (3,03% e
0,11 ponto), passagens aéreas (18,40% e 0,09 ponto),
gasolina (1,24% e 0,08) e etanol (7,79% e 0,07
ponto). Por outro lado, o custo da energia elétrica
caiu 14,09%, após a entrada em vigor da bandeira
verde.
Alimentos e remédios
Também nesse grupo (Habitação, o único com queda em
maio), o IBGE apurou aumento médio de 0,81% no gás
encanado, com reajuste no Rio de Janeiro. Já a taxa
de água e esgoto subiu 0,55%, após reajuste aplicado
em São Paulo.
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (alta de 2,19%)
teve a influência dos remédios e itens de higiene
pessoal, enquanto Transportes registrou elevação de
1,80%, com aumento dos combustíveis. Também subiu o
seguro de veículo: 3,84%, já somando 18,24% no ano.
Com reajustes em vários municípios, o custo com táxi
aumentou 5,94%, o metrô subiu 2,17% e o ônibus
urbano, 0,17%.
Em Alimentação e Bebidas (1,52% em maio), o IBGE
destaca a influência dos alimentos para consumo na
domicílio, com alta de 1,71%. Subiram, por exemplo,,
itens como leite longa vida (7,99%) e batata inglesa
(16,78%), com impactos de 0,06 e 0,04 ponto,
respectivamente. Além desses, “também foram
registradas altas em outros alimentos importantes na
cesta de consumo dos brasileiros”, como cebola
(14,87%) e pão francês (3,84%). Caíram os preços
médios de fruta (-2,47%), tomate (-11%) e cenoura
(-16,19%, após alta de 15,02% em abril).
Alta em todas as regiões
A alimentação fora do domicílio subiu mais: de 0,28%,
no mês passado, para 1,02%. O lanche teve alta de
1,89%, ante 0,07% em abril, enquanto o custo com
refeição foi de 0,45% para 0,52%. No grupo
Comunicação, o IBGE cita ainda aumentos da TV por
assinatura (4%), plano de telefonia móvel (0,36%) e
correio (2,41%).
Entre as áreas pesquisadas, o menor resultado do
IPCA-15 foi apurado na Grande Curitiba (0,12%) e o
maior, na região metropolitana de Fortaleza (1,29%).
No acumulado em 12 meses, a taxa vai de 10,38%
(Belém) a 13,24% (Salvador). Na Grande São Paulo,
ficou em 12,03%.
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 9 de
junho.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/05/2022 -
Portaria dispensa uso de máscara nas unidades do
INSS
Foi publicada nesta terça-feira (24) no Diário
Oficial da União a portaria que dispensa o uso de
máscara de proteção facial nas unidades do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
A portaria determina, também, que as unidades do
INSS deverão ter afixados em suas instalações
informativos nos quais constem “orientações sobre a
higiene adequada das mãos, o cuidado coletivo da
saúde e a utilização dos ambientes compartilhados”.
Peritos
E desde segunda (23), após 52 dias de greve, os
peritos do instituto voltaram ao trabalho. Nas
negociações com o governo federal, os médicos
peritos se comprometeram a repor os dias parados e
reduzir o estoque de perícias não realizadas durante
o período de greve.
Para reduzir a fila de exames periciais agendados,
foi definida a realização de até 12 atendimentos
diários por profissional. No entanto, de acordo com
lei de 2019 os médicos que ultrapassarem essa
quantidade de atendimentos vão receber R$ 61,72 por
perícia extraordinária.
Os servidores terão 8 meses para compensar os dias
não trabalhados de modo presencial ou remoto.
Fonte: Agência Brasil
24/05/2022 -
Eleições 2022: PCdoB planeja candidaturas sindicais
em todo o Brasil
De 83 deputados federais eleitos em 2010, a
“bancada sindical” caiu para 51 em 2014 e apenas 33
em 2018
A pouco mais de cem dias para as eleições 2022, o
PCdoB (Partido Comunista do Brasil) contabiliza 50
pré-candidatos oriundos do movimento sindical na
disputa às assembleias legislativas, à Câmara
Distrital, à Câmara dos Deputados e ao Senado. São
nomes ligados sobretudo à CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) – mas
também haverá candidaturas vinculadas a outras
centrais sindicais.
“Melhorar a composição do parlamento com quadros
sindicais organicamente comprometidos com a agenda
dos trabalhadores é ação de grande relevância
política. Além da liderança sindical, os comunistas
que militam nesta frente precisam se tornar líderes
políticos de massas e representar os interesses
classistas no Poder Legislativo”, afirma Nivaldo
Santana, secretário de Movimento Sindical do PCdoB.
As estatísticas respaldam Nivaldo. Conforme o Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar), o número de parlamentares de origem
trabalhista no Congresso Nacional tem encolhido a
cada pleito. De 83 deputados federais eleitos em
2010, a “bancada sindical” caiu para 51 em 2014 e
apenas 33 em 2018.
Para a deputada federal Alice Portugal, retrocessos
recentes – como a reforma trabalhista (2017) e a
reforma da Previdência (2019) – se devem, em boa
medida, a essa sub-representação de sindicalistas na
política. “O governo Temer (2016-2018) aprovou a
reforma trabalhista, enfraqueceu os sindicatos,
tirou o imposto sindical e rasgou a CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho). Mas o governo
Bolsonaro foi o que mais retirou direitos dos
trabalhadores brasileiros”, diz Alice.
“Bolsonaro refina as injustiças, ao aprovar, por
exemplo, um trabalho ‘voluntário’ que é, na verdade,
o trabalho desregulamentado a 50% do salário mínimo
– a uberização do trabalho. Além do desmonte da
estrutura do Ministério do Trabalho, há agressões ao
Ministério Público do Trabalho e um desdém
generalizado com os interesses dos trabalhadores”,
acrescenta a deputada.
Para reverter essa tendência, o PCdoB planeja, em
todo Brasil, o lançamento de candidaturas de
lideranças com experiência em lutas sindicais e
sociais. Historicamente, o sindicalismo tem sido uma
fonte de grandes parlamentares comunistas. Exemplo
disso é a bancada atual do PCdoB na Câmara Federal.
De um total de oito deputados, cinco – Alice
Portugal (BA), Daniel Almeida (BA), Jandira Feghali
(RJ), Perpetua Almeida (AC) e Professora Marcivania
(AP) – já atuaram no movimento sindical.
Antes de se tornar deputada, Jandira foi presidente
da Associação Nacional dos Médicos Residentes e
dirigente do Sindicato dos Médicos do Rio de
Janeiro. No Acre, Perpétua foi fundadora do Sinteac
(Sindicato dos Trabalhadores em Educação) e
presidente do Sindicato dos Bancários. Já Marcivania
destaca a própria categoria profissional em seu nome
público. Formada em Letras e Direito pela
Universidade Federal do Amapá, ela é professora da
rede estadual de ensino do Amapá desde 1992.
Os dois deputados federais do PCdoB-BA também foram
dirigentes sindicais: Alice Portugal integrou as
direções da Assufba, da Fasubra e da CUT, enquanto
Daniel Almeida presidiu o Sindicato da Indústria
Têxtil de Salvador e Camaçari, além da seção da CUT
na Região Metropolitana de Salvador.
“Para investir contra essas ações negativas que
atingem os trabalhadores e seus direitos, precisamos
aumentar nossa representação no Congresso”, enfatiza
Alice. “É necessário eleger homens e mulheres
comprometidos com a defesa dos trabalhadores.”
Colaborou Andressa Schpallir
Fonte: Portal Vermelho
24/05/2022 -
Após impor desistência de Doria, presidente do PSDB
indica apoio a Simone Tebet, que tem 2%
Bruno Araújo deve se reunir com presidentes do
MDB e Cidadania para chancelar a aliança em torno do
nome da senadora
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta
segunda-feira (23), após João Doria (PSDB) anunciar
sua desistência da candidatura à presidência, que
seu partido deve, de fato, oficializar apoio à
senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB.
Araújo, costurando uma aliança com os emedebistas e
o Cidadania, fez pressão para que Doria abrisse mão
da disputa.
“Nós temos o entendimento com o diálogo com o
Cidadania [e com o MDB], vamos dar um passo a
frente. A construção agora não é só definir o nome.
E o nome de Simone é o nome posto nessa construção.
Agora precisamos construir um projeto de compromisso
de programa com o Brasil”, disse o cacique tucano.
“Eu gostaria que nós tivéssemos uma candidatura
própria, mas há algo maior. Uma vontade coletiva. O
Brasil não precisa de mais uma divisão interna”,
prosseguiu.
Simone Tebet, por sua vez, divulgou nota após o
anúncio de desistência de Doria, afirmando que o
ex-governador é "aliado". "Doria nunca foi
adversário. Sempre foi aliado. Sua contribuição com
a luta pela vacina jamais será esquecida. Vamos
conversar e receber suas sugestões para nosso
programa de governo", escreveu a senadora, que
registra, atualmente, 2% nas pesquisas de intenção
de voto.
Desistência de Doria
O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
anunciou em pronunciamento na tarde desta
segunda-feira (23) que desistiu da candidatura à
presidência.
Com 2% nas pesquisas de intenção de voto, o tucano
vinha sendo pressionado pelo seu partido a abrir mão
da disputa em nome da construção de um outro nome da
chamada "terceira via", que deve ser o da senadora
Simone Tebet (MDB-MS).
"Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que
não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito essa
realidade com a cabeça erguida, sou um homem que
respeita o bom senso, dialogo e equilíbrio, e sempre
seguirei buscando o consenso mesmo que seja contra
minha vontade pessoal", declarou.
Apático, Doria chegou a chorar durante seu discurso de
desistência. "Me retiro da disputa com o coração
ferido mas a alma leve", disse ainda.
Fonte: RevistaForum
24/05/2022 -
Bolsolão do Lixo: Orçamento secreto para compra de
caminhões cresceu mais de 800%
Antigo esquema da velha política ganhou força com
Jair Bolsonaro, que via emendas de relator financia
compras de veículo
Um antigo esquema da velha política de utilização do
serviço de limpeza urbana para compras
superfaturadas foi retomado com força no governo
Jair Bolsonaro (PL) por meio das chamadas emendas do
relator, que abastecem o orçamento secreto.
Reportagem de André Shalders, Julia Affonso e
Vinícius Valfré na edição deste domingo (22) do
jornal O Estado de S.Paulo mostra que entre 2019 e
2022 o orçamento para compras de caminhões de lixo
com recursos do governo federal aumentou 833%,
passando de R$ 24 milhões para atuais R$ 200,2
milhões. O número de veículos comprados saltou de 85
para 453 - alta de 532%.
O esquema, que abastece pequenas cidades de redutos
eleitorais de aliados do governo, funciona através
de órgãos controlados pelo Centrão como a
Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste
(Sudeco), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e
principalmente a Companhia de Desenvolvimento do
Vale do São Francisco (Codevasf).
Por meio de emendas do relator, o destino é remetido
a apadrinhados políticos, que fazem licitações em
muitos casos com preços inflados. A entrega do
veículo geralmente é feita em atos políticos com a
presença dos parlamentares, como fez Fernando Collor
de Mello (PTB) em Minador do Negrão, no interior de
Alagoas, em agosto de 2021.
"Em Minador do Negrão, na festa de 59 anos da
cidade, anunciei a pavimentação asfáltica do centro
da cidade até o Povoado Jequiri, um sonho antigo que
finalmente sai do papel. Entreguei também um
caminhão compactador de lixo, um tratador e anunciei
mais de R$ 850 mil para a Saúde", escreveu o senador
junto com fotos em frente ao caminhão de lixo.
Segundo a reportagem, caminhões são destinados a
pequenas cidades sem qualquer plano para construção
de aterros sanitários, como determinado em lei. Em
cidades, como Minador do Negrão, o caminhão é muito
maior que a capacidade de produção de lixo. Com 15
metros cúbicos, o município leva dois dias para
encher a caçamba do veículo, que custou R$ 361,9
mil.
Desde 2019, o governo já destinou R$ 381 milhões
para essa finalidade. A reportagem identificou
pagamentos inflados de R$ 109 milhões. A diferença
dos preços de compra de modelos idênticos, em alguns
casos, chegou a 30%.
Fonte: Brasil de Fato
24/05/2022 -
Escândalo do MEC será tema de audiência na Câmara
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados
promove audiência pública na quarta-feira (25) com o
presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), Marcelo Lopes, para discutir
denúncias de irregularidades no órgão. O FNDE é uma
autarquia, vinculada ao Ministério da Educação,
responsável por transferir recursos financeiros e
prestar assistência técnica em educação aos estados,
aos municípios e ao Distrito Federal.
O pedido para realização do debate é do deputado
Rogério Correia (PT-MG). Ele quer esclarecimento
sobre os indícios de superfaturamento, crime de
tráfico de influência e improbidade administrativa
em relação à aquisição e distribuição de ônibus
escolares, bem como na aquisição de kits de robótica
com sobrepreço e irregularidades na distribuição aos
municípios, e ainda os critérios técnicos adotados
em relação à alocação dos recursos orçamentários nos
programas e sua distribuição aos municípios.
Fonte: Congresso em Foco
24/05/2022 -
Cancelada reunião da CAS sobre correção monetária de
dívidas trabalhistas
A reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
prevista para ocorrer na quinta-feira (26), às
10h30, foi cancelada. A pauta da reunião era a
discussão do projeto de lei do Senado que, se
aprovado, vai permitir uma correção monetária de
débitos trabalhistas maior do que a prevista
atualmente (PLS 396/2018). O debate será remarcado
para nova data a ser definida pela comissão.
O projeto prevê a aplicação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) no
cálculo da correção de dívidas trabalhistas.
Trata-se do consolidado trimestral do IPCA, índice
que mede a inflação a partir da variação do custo de
vida das famílias com renda mensal de um a 40
salários mínimos.
Atualmente essas dívidas são corrigidas pela Taxa
Referencial (TR), um fator de correção monetária
determinado diariamente pelo Banco Central. O autor
do projeto, senador Lasier Martins (Podemos-RS),
afirma que a TR não reflete as mudanças no custo de
vida da população e leva à perda do valor real do
dinheiro.
Fonte: Agência Senado
24/05/2022 -
OIT vê retrocesso na recuperação do mercado de
trabalho
Crises múltiplas estão causando uma piora na
recuperação global do mercado de trabalho, revela a
Organização Internacional do Trabalho, OIT.
O relatório “Monitor do Mundo do Trabalho” mostra
que o número de horas trabalhadas ficou 3,8% abaixo
do índice pré-crise (quarto trimestre de 2019). Esse
volume equivale a um déficit de 112 milhões de
empregos a tempo integral, revela o documento
divulgado esta segunda-feira.
Inflação e interrupções de produção
A OIT faz uma relação das várias crises globais que
estão tendo influência direta no mercado de
trabalho: inflação (especialmente sobre os preços de
energia e de alimentos), turbulência financeira,
potenciais dívidas e interrupções nas cadeias de
produção exacerbadas pela guerra na Ucrânia.
Segundo o relatório, desde que a Rússia invadiu o
país vizinho, o mercado de trabalho já está sendo
afetado não apenas na região, mas em outros países.
A agência da ONU revela que existe um risco
crescente de haver ainda mais deterioração das horas
trabalhadas em 2022 e um impacto ainda maior no
mercado de trabalho durante os próximos meses.
Incertezas
Outro destaque do documento é o aumento das
divergências entre as economias mais ricas e as mais
pobres. Os países de renda alta já estão sentindo
uma recuperação nas horas trabalhadas, mas nações de
rendas baixa ou média-baixa sofrem com retrocessos
desde o início do ano e a OIT prevê que a situação
piore no segundo trimestre.
O relatório nota que em alguns países em
desenvolvimento, os governos estão “cada vez mais
restritos pela falta de espaço fiscal e desafios
ligado à sustentabilidade da dívida, enquanto as
empresas enfrentam incertezas econômicas e
financeiras e os trabalhadores continuam sem acesso
suficiente à proteção social”.
Mais de dois anos depois do início da pandemia de
Covid-19, muitas pessoas no mundo continuam sofrendo
com os impactos dos mercados de trabalho. A
recuperação salarial ainda não chegou para a maioria
dos trabalhadores.
No ano passado, três entre cinco funcionários viviam
em países onde os ordenados ainda não haviam
retornado ao nível visto no último trimestre de
2019.
Mulheres
Outra revelação do estudo da OIT: as lacunas de
gênero em relação a horas trabalhadas também
aumentaram durante a pandemia. O nível entre janeiro
e março desde ano esteve 0,7% acima dos valores
registrados no quatro semestre de 2019. As mulheres
no emprego informal são as mais afetadas.
Um dado mais otimista apresentado no relatório está
ligado ao aumento das ofertas de emprego nas
economias avançadas, mas a OIT pede cautela,
destacando “não haver nenhuma evidência forte de
aquecimento do mercado laborado, justamente devido
ao grande número de pessoas desempregadas”.
A agência nota que as pessoas que trabalham na
economia informal acabam sendo ainda mais afetadas
por interrupções na produção e no comércio que estão
piorando com a crise na Ucrânia. Isso porque a alta
no preço dos alimentos e das commodities está
prejudicando de maneira mais acentuada a famílias
mais pobres e aos pequenos comerciantes.
Fonte: ONU News
23/05/2022 -
TST empossa quatro ministros na presença de
Bolsonaro, que já defendeu a extinção da Justiça do
Trabalho
Pelo menos dois deles tinham tom mais crítico à
“reforma” trabalhista. Na cerimônia, presidente
encontra ministro Alexandre de Moraes
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem agora
quatro novos ministros, de um total de 27 que
compõem a Corte. A posse ocorreu quinta (19), em
cerimônia presencial, inclusive com o presidente da
República, que logo no início de seu mandato falou
na possibilidade de extinção do Judiciário
trabalhista. Segundo ele, as ações poderiam ser
transferida para a Justiça comum. Pelo menos dois
deles já fizeram comentários mais críticos à
“reforma” trabalhista de 2017.
Além disso, a cerimônia reuniu no mesmo auditório
Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Isso na mesma semana em
que o chefe do Executivo foi à Justiça com uma
notícia-crime contra o ministro, sem sucesso. Os
dois se cumprimentaram quando o presidente da
República foi chamado para condecorar os novos
ministros – Bolsonaro se aproximou, fez um gesto
para que Moraes se levantasse, e os dois trocaram um
aperto de mão. Mas o presidente não acompanhou os
aplausos quando ao nome do ministro foi anunciado.
Segurança jurídica
Tomou posse o ministro Sergio Pinto Martins, vindo do
TRT (tribunal regional) da 2ª Região, em São Paulo,
onde era desembargador desde 2007. Também foi
corregedor regional. Ele chegou a declarar, anos
atrás, que a reforma implementada em 2017 (Lei
13.467) não traria segurança jurídica, ao contrário
do anunciado. Isso porque toda a jurisprudência
teria de ser reformulada. “Tenho 32 anos de
magistratura e espero, ao chegar ao TST, conseguir
ajudar na diminuição dos processos trabalhistas já
em tramitação”, declarou.
Os outros três ministros – Morgana Richa, Amaury
Rodrigues e Alberto Bastos Balazeiro – tiveram a
posse ratificada na sessão solene, porque já haviam
assumido os seus cargos administrativamente.
Balazeiro, natural de Salvador, ocupou vaga
destinada ao Ministério Público. De 2019 a 2021, foi
o procurador-geral do Trabalho. Ele já afirmou que,
além de não impulsionar a economia, a “reforma”
ajudou a aumentar a informalidade. “Não há nenhum
estudo, inclusive mundial, que aponte uma relação
entre reduzir encargos trabalhistas diretos e você
ter avanço na economia”, afirmou em entrevista ao
programa Poder em Foco, dois anos atrás.
Negociação coletiva
O curitibano Amaury Rodrigues Pinto Junior foi
presidente do TRT da 24ª Região, em Mato Grosso do
Sul. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, em
2021, ele defendeu a “reforma”, mas acrescentou que
era preciso garantir mais poder aos sindicatos para
fortalecer, de fato, a negociação coletiva.
“Negociar é sempre melhor do que legislar. Ao mesmo
tempo, os sindicatos tiveram a sua capacidade
econômica reduzida porque ficaram sem fonte de
sustento. Como eu vou ter uma capacidade negocial se
eu não tenho capacidade econômica? Essa é uma
dificuldade que eu vislumbro e é clara na relação
trabalhista”, declarou.
Já Morgana de Almeida Richa, também paranaense, de
Toledo, foi desembargadora do TRT da 9ª Região, em
seu estado, e integrante do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). Também presidiu a Associação dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra) local.
Ao passar pela sabatina no Senado, ela afirmou que a
legislação precisa acompanhar as transformações do
mundo do trabalho e defendeu regulamentação para o
chamado teletrabalho (home office).
Fonte: Rede Brasil Atual
23/05/2022 -
CAS vai debater aumento da correção monetária de
dívidas trabalhistas
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado vai
promover audiência pública na próxima quinta-feira
(26), a partir das 10h30, para debater o projeto de
lei que muda o índice de correção monetária de
débitos trabalhistas (PLS 396/2018). Se aprovado,
ele vai permitir uma correção maior.
A audiência foi proposta pelo relator do projeto,
senador Paulo Paim (PT-RS), e também pela senadora
Zenaide Maia (Pros-RN). Até agora quatro presenças
estão confirmadas:
- Valter Pugliesi, diretor legislativo da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra);
- Adauto Duarte, diretor de Relações Institucionais,
Trabalhistas e Sindicais da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban);
- Thômaz Nunnenkamp, coordenador do Conselho de
Assuntos Tributários, Legais e Cíveis da Federação
das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs);
- Flávio Obino Filho, consultor trabalhista da
Federação do Comércio de Bens e de Serviços do
Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS);
Também estão convidados representantes da Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e de
entidades sindicais e empresariais.
Projeto
O PLS 396/2018 prevê a aplicação no cálculo de
correção de dívidas trabalhistas o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).
Trata-se do consolidado trimestral do IPCA, índice
que mede a inflação a partir da variação do custo de
vida das famílias com renda mensal de um a 40
salários mínimos.
Atualmente, o que se usa para corrigir essas dívidas
é a Taxa Referencial (TR), um fator de correção
monetária determinado diariamente pelo Banco
Central. O autor do projeto, senador Lasier Martins
(Podemos-RS), afirma que a TR não reflete as
mudanças no custo de vida da população e leva à
perda do valor real do dinheiro.
Fonte: Agência Senado
23/05/2022 -
Lula tem 41% das intenções de voto, contra 32% de
Bolsonaro, diz nova pesquisa Exame/Ideia
Levantamento mostra estabilidade na corrida
eleitoral pelo Palácio do Planalto; em 15 dias,
quadro não se alterou
Uma nova pesquisa Ideia, encomendada pela revista
Exame, mostra um quadro de estabilidade na disputa
presidencial, com Lula (PT) mantendo a liderança,
com 41% das intenções de voto, enquanto o presidente
Jair Bolsonaro (PL) aparece com 32%.
O petista teve oscilação negativa de 1 ponto
percentual, mesma variação que teve o atual chefe do
Executivo desde a última pesquisa Exame/Ideia,
realizada há 15 dias.
Considerando apenas os votos válidos, excluindo
brancos e nulos, Lula chega a 46%, patamar próximo
de uma vitória no primeiro turno. Jair Bolsonaro
(PL) teria 35,9% dos válidos.
O levantamento divulgado nesta sexta-feira (20)
mostra ainda que Ciro Gomes (PDT), com 9% das
intenções de voto totais, e João Doria, com 2%,
também oscilaram um ponto para menos em relação à
pesquisa anterior.
Em seguida, quatro candidatos registram 1% cada:
Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), André
Janones (Avante) e Felipe D'Ávila (Novo). Os demais
não chegam a 1% dos votos. Brancos e nulos são 6% e
indecisos 8%.
Lula vence segundo turno
O levantamento mostra ainda que Lula segue vencendo
Bolsonaro na simulação de segundo turno por 46% a
39%. A distância entre os dois é de 7 pontos
percentuais, a menor em um ano - na pesquisa de
abril, a diferença era de 9 pontos. Brancos e nulos
somaram 15%.
A pesquisa Exame/Ideia ouviu 1,5 mil pessoas por
telefone entre os dias 14 e 19 de maio. A margem de
erro é de três pontos percentuais para mais ou para
menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal
Superior Eleitoral com o número BR-01734/2022.
Fonte: Brasil de Fato
23/05/2022 -
Lira determina instalação de comissão sobre reforma
tributária nesta terça-feira
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
determinou a instalação de comissão especial nesta
terça-feira (24) para iniciar a análise da PEC 7/20,
que altera todo o sistema tributário brasileiro. O
texto substitui todos os tributos atuais por apenas
três classes de impostos: sobre renda, consumo e
propriedade. Na ocasião, serão definidos o
presidente da comissão e o relator do texto, que
teve admissibilidade aprovada pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania em novembro de
2021.
A proposta foi defendida pela deputada Bia Kicis
(PL-DF), que cobrou a leitura do ato de instalação
do colegiado. “A meu ver, é a melhor proposta de
reforma tributária que temos hoje no Congresso.
Acredito que essa é a que melhor traduz os anseios
da população, da sociedade com relação a uma reforma
tributária que seja clara, que seja transparente,
que seja eficiente”, disse.
O texto é de autoria do deputado Luiz Philippe de
Orleans e Bragança (PL-SP). Entre outros pontos, o
texto determina a extinção de praticamente todos os
tributos atuais. No lugar deles, seriam instituídos
apenas as três bases de incidência (renda, consumo e
propriedade), que poderão ser cobrados
indistintamente pelas três esferas administrativas.
Hoje, as três bases são tributadas exclusivamente
pela União. Os estados tributam majoritariamente o
consumo e os municípios, a propriedade.
Conforme a PEC, estados e municípios poderão criar
seus impostos sobre renda e patrimônio na forma de
um adicional do imposto federal, delegando sua
cobrança ao fisco federal.
Para evitar o “efeito cascata”, o imposto sobre o
consumo será cobrado apenas na etapa de venda ao
consumidor final no estado de destino da mercadoria.
Acabariam a cobrança do tributo nas operações entre
empresas e a utilização da substituição tributária
(em que uma empresa paga pelo restante da cadeia
produtiva).
Agenda
A instalação da nova comissão está marcada para as
14h30, no plenário 5. Em seguida, serão eleitos os
dirigentes do colegiado.
Fonte: Agência Câmara
23/05/2022 -
Justiça do Trabalho condena Havan por induzir
empregados a votar no candidato do dono
Relatora afirma que conduta é “ilegal e
inadmissível, à medida que afronta a liberdade de
voto e assedia moralmente seus funcionários com
ameaças de demissão”
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2,
que inclui a Grande São Paulo e a Baixada Santista),
o maior do país, confirmou condenação da empresa
Havan por coagir uma funcionária a votar em
determinado candidato, nas eleições presidenciais de
2018. O nome não é citado, mas o dono do grupo,
Luciano Hang, é notório apoiador do atual presidente
da República, Jair Bolsonaro. A condenação por dano
moral foi decidida pela 4ª Turma do TRT. A relatora
do processo, desembargadora Ivani Contini Bramante,
afirmou que a conduta do empresário é “ilegal e
inadmissível, à medida que afronta a liberdade de
voto e assedia moralmente seus funcionários com
ameaças de demissão”.
A ação foi aberta por uma auxiliar de vendas. De
acordo com os testemunhos, os constrangimentos
ocorriam em lives, durante reuniões presenciais, e
por meio de ordens internas. “Além disso, vinculavam
os empregos ao resultado da eleição”, diz o TRT.
“Se não votar, demito”
Ainda segundo o TRT paulista, também há relatos de que
eram realizadas pesquisas de opinião de voto no
sistema interno da Havan. Em um vídeo, citado no
processo, o dono da empresa – que publicamente gosta
de falar em liberdade – se dirige aos funcionários
afirmando que se o candidato indicado não fosse
eleito, as lojas seriam fechadas e todos ficariam
sem emprego.
A condenação inclui dispensa discriminatória. Cinco
dias antes da rescisão do contrato, a trabalhadora
fez boletim de ocorrência contra um gerente,
denunciando ter sido agredida, o que resultou em
ferimentos nas costas. “De acordo com testemunha
ouvida a pedido da empregada, o chefe era rude,
falava de maneira inadequada com subordinados e
tinha o hábito de beliscar as pessoas.”
Gerente com mania de beliscar
No processo, a relatora lembrou que o alegado delito
foi filmado, a empresa realizou procedimento interno
de apuração, mas não juntou a documentação aos
autos, buscando com isso afastar a dispensa
considerada discriminatória. E concluiu que a Havan
“optou por afastar o empregado vitimado e manter o
gerente que, para dizer o mínimo, faz prática de
condutas abusivas para com seus subordinados”. No
auto, uma testemunha afirma que o gerente “tinha o
hábito de beliscar as pessoas, o que inclusive
aconteceu com o depoente, e que essas práticas eram
desagradáveis no dia a dia”.
Desse modo, as atitudes da empresa atingiram a honra
da trabalhadora, causando dano moral, concluiu o
colegiado. “O tratamento dispensado ao empregado
deve ser dotado de respeito e urbanidade,
evitando-se tratamento humilhante ou vexatório,
tratamento este que causou prejuízos à reclamante,
afetando a sua honra e autoestima, tendo, como
consequência lógica, a configuração de dano moral
in re ipsa (“do próprio fato”, em latim) e a
obrigação de indenizar.” Foi mantido valor de R$ 30
mil, que a empresa – com anunciado lucro líquido de
R$ 1,3 bilhão em 2021 – queria reduzir.
Fonte: Rede Brasil Atual
20/05/2022 -
Centrais se solidarizam com ministro Alexandre de
Morais
As centrais sindicais manifestaram publicamente,
através de nota, apoio e solidariedade ao Ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de
Moraes que tem sofrido constantes, implacáveis e
infundados ataques do atual governo federal.
Veja a íntegra da nota:
Nota de Solidariedade ao Ministro do STF
Alexandre de Moraes
As centrais Sindicais veem a público manifestar
total apoio e solidariedade ao Exmo. Ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Repudiamos de forma veemente os ataques constantes,
implacáveis e infundados que o atual governo federal
tem lançado contra o ministro, que, por sua vez,
está exercendo papel fundamental na construção e no
exercício da democracia brasileira.
A mais recente das muitas ofensivas descabidas que o
presidente Bolsonaro apresenta contra o Poder
Judiciário é a ação que alega abuso de autoridade do
ministro Alexandre de Moraes. Para justificar seus
ataques o presidente alegou que está em curso uma
“injustificada investigação no inquérito das fake
news, quer pelo seu exagerado prazo quer pela
ausência de fato ilícito”.
Com isso Bolsonaro mostra que sua ação não visa o
bem do país, mas sim se blindar contra investigações
em que ele e sua campanha aparecem envolvidos. Além
disso, esse é uma estratégia já conhecida deste
desgoverno: criar fatos para esconder os grandes
problemas que assolam o povo brasileiro e que a
atual gestão não apenas não tem envergadura para
resolver, como aprofunda de forma alarmante. Basta
ver a crescente inflação, custo de vida e a
persistente alta taxa de desemprego.
É importante destacar que esses ataques têm também
nítida intenção de fragilizar as instituições
judiciárias, como forma enfraquecer a democracia e
colocar em dúvida o processo eleitoral brasileiro.
Reiteramos nossa confiança na integridade do
processo eleitoral brasileiro, através das urnas
eletrônicas e do modelo de votação e apuração das
eleições em outubro de 2022. Entendemos que não há
democracia nem Estado de Direito sem os três
pilares: liberdade de expressão e liberdade de
imprensa, eleições livres, periódicas e igualitárias
e um Poder Judiciário independente.
Apoiamos as investigações acerca de Jair Bolsonaro e
do atual governo nas quais Alexandre Moraes é
relator, bem como a legitimidade de suas ações como
Ministro. Quem não deve, não teme.
Acreditamos e defendemos a credibilidade e seriedade
das eleições livres, democráticas e com pluralismo
partidário. O STF, assim como, o TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) são imprescindíveis para um
regime verdadeiramente democrático.
São Paulo, 18 de maio de 2022
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores
Fonte: Rádio Peão Brasil
20/05/2022 -
Presidente da Força entrega pauta dos trabalhadores
para Arthur Lira
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
entregou nesta quinta-feira (19/05) a pauta da
Classe Trabalhadora – documento elaborado por nove
centrais sindicais - ao presidente da Câmara dos
deputados federais, Arthur Lira, em Brasília. A
reunião foi agendada pelo deputado federal e
presidente do Solidariedade, Paulinho da Força.
Durante a reunião, o líder sindical falou sobre a
importância da Pauta da Classe Trabalhadora,
aprovada na CONCLAT 2022, realizada em 7 de abril. O
documento contém propostas que visam um país mais
justo, com empregos e distribuição de renda. “São
propostas viáveis e sustentáveis e que também servem
para orientação aos trabalhadores”, explicou Torres.
A pauta é assinada pela CUT, Força Sindical, UGT,
CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Central
Pública do Servidor e Intersindical/Instrumento de
Luta.
Vale ressaltar que a pauta da Classe Trabalhadora
orienta o plano de lutas em defesa de mudanças
urgentes e necessárias ao desenvolvimento do País.
Ela indica prioridades como: política de valorização
do salário mínimo, programa de geração e renda,
combate a carestia, erradicação da fome, recuperação
do poder de compra para aposentados e pensionistas ,
menos juros, promoção da saúde e segurança do
trabalhador, entre outros temas.
“Falamos que o movimento sindical tem propostas
viáveis para o crescimento econômico, geração de
empregos e renda e melhorias de vida para a
população”, explicou o presidente da Força Sindical.
O sindicalista também entregou ao presidente da
Câmara as Pautas Legislativa e Judiciária.
Fonte: Fsindical
20/05/2022 -
Comissão aprova concessão automática de benefícios
da Previdência após 45 dias
Prazo para pagamento será contado após a
apresentação da documentação exigida pelo INSS,
independente de análise
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 544/20, do
deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que
prevê a concessão automática dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) quando
ultrapassado o prazo de 45 dias após a apresentação
da solicitação.
O texto aprovado também prevê que o primeiro
pagamento do benefício seja automaticamente efetuado
até 45 dias após a apresentação da documentação
exigida pelo INSS.
O projeto foi relatado pela deputada Carmen Zanotto
(Cidadania-SC), que deu parecer favorável. Ela
explicou que a Lei de Benefícios da Previdência
Social prevê que o primeiro pagamento do benefício
seja efetuado até 45 dias após a entrega da
documentação.
“Porém, o INSS não observa o cumprimento do prazo
sob o argumento de que os documentos ainda não foram
examinados, resultando em longas filas virtuais de
idosos e pessoas com deficiência em situação de
miséria, à espera do primeiro pagamento”, disse a
deputada.
O texto aprovado também prevê a possibilidade de
devolução dos valores recebidos indevidamente.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será
analisado agora pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Câmara
20/05/2022 -
Guedes ignora inflação de 12% e diz que Brasil já
"saiu do inferno"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ignorou a alta
da inflação, que chegou a 12% nos últimos doze meses
fechados em abril, e afirmou que o Brasil “já saiu
do inferno” provocado pela alta dos preços.
“Está faltando manteiga na Holanda, tem gente
brigando na fila da gasolina no interior da
Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40
anos e vai ter dois dígitos já já. Eles estão indo
para o inferno. Nós já saímos do inferno, conhecemos
o caminho e sabemos como se sai rápido do fundo do
poço", disse Guedes nesta quinta-feira (19), durante
evento promovido pela Arko Advice e Traders Club, de
acordo com o G1.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de abril
subiu 1,06%, maior índice para o mês desde 1996. No
acumulado anual, o IPCA acumula alta de 4,29% e de
12,13% nos últimos 12 meses.
Guedes também ignorou os dados produzidos pela sua
própria pasta. Nesta quinta-feira (19), a Secretaria
de Política Econômica (SPE), ligada ao próprio
Ministério da Economia, anunciou uma piora nas
projeções da inflação para este ano ao elevar o
índice de de 6,55% para 7,90%.
O centro da meta de inflação para este ano é de 3,5%,
com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou
para menos.
Fonte: Brasil247
20/05/2022 -
Entra em vigor a lei que torna permanente o Auxílio
Brasil de R$ 400
Emenda da Câmara dos Deputados tornou o benefício
permanente; texto original do Executivo previa o
pagamento só até dezembro
Entrou em vigor nesta quinta-feira (19) a Lei
14.342/22, que institui um benefício extraordinário
para complementar o valor do Auxílio Brasil até este
chegar a R$ 400 por família em situação de pobreza
ou de extrema pobreza. Hoje o valor médio do auxílio
é de R$ 224, segundo o governo.
Uma emenda da Câmara dos Deputados tornou o
benefício de caráter permanente. Inicialmente ele
estava previsto para vigorar somente até dezembro.
A lei tem origem em uma medida provisória (MP
1076/21) editada pelo presidente Jair Bolsonaro, e
aprovada pelos deputados em abril. O relator da MP
foi o deputado João Roma (PL-BA).
O benefício extraordinário será calculado a partir
da soma de quatro benefícios financeiros do Auxílio
Brasil (primeira infância, composição familiar, de
superação da extrema pobreza e compensatório de
transição), até chegar ao valor de R$ 400.
Ele será pago juntamente com o Auxílio Brasil, que
substituiu o programa Bolsa Família, no limite de um
benefício por família.
Fonte: Agência Câmara
20/05/2022 -
Trabalhador poderá usar até 50% do FGTS em
privatização da Eletrobras
Interessados poderão investir a partir de R$ 200,
e aplicação será via Fundos Mútuos de Privatização (FMPs),
em um formato similar ao da Vale e da Petrobras
As pessoas que tiverem dinheiro no Fundo de Garantia
por Tempo de Serviços (FGTS) poderão usar até 50% do
valor depositado para investir na privatização da
Eletrobras, que na quarta-feira (18) recebeu aval do
Tribunal de Contas da União (TCU).
O TCU aprovou por 7 votos a favor e 1 contrário a
segunda etapa do processo de privatização da
estatal, o que abre caminho para a capitalização da
gigante do setor elétrico brasileiro. Os
interessados poderão investir a partir de R$ 200 do
seu FGTS.
O próximo passo para a privatização será o governo
protocolar os pedidos de registro de oferta pública
de ações (OPA) da Eletrobras na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e de ADRs na SEC (a CVM
americana). Os ADRs são recibos de ações listadas no
exterior e que são negociados nas Bolsas dos Estados
Unidos.
O governo pretende concluir a capitalização da
estatal até agosto — dois meses antes das eleições.
Fundos Mútuos de Privatização
Mas o trabalhador que participar da operação não vai
deter ações da Eletrobras diretamente, pois o
investimento será feito via Fundos Mútuos de
Privatização (FMPs), em um formato similar ao que
foi criado e adotado nos anos 2000 para a Vale
(antiga Vale do Rio Doce) e a Petrobras.
As regras para participar da privatização já foram
definidas pela Caixa Econômica Federal, e quem
aderir vai comprar cotas dos FMPs (e esses fundos
investirão em ações da Eletrobras). Especialistas se
dividem sobre se vale a pena investir por esse
modelo.
Também foi estabelecido um teto de R$ 6 bilhões para
o uso do FGTS no processo de desestatização da
Eletrobras (se os pedidos de aplicações superarem
esse valor, haverá rateio). Além disso, o
trabalhador não poderá sacar o dinheiro se pedir o
resgate do FMP, pois o salvo voltará para a sua
conta do FGTS.
Fonte: InfoMoney
20/05/2022 -
Lula diz que privatização da Eletrobras deixará
conta de luz mais cara
Num processo eivado de irregularidades, o
Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por 7
votos contra 1, o andamento do processo de
privatização da estatal
O ex-presidente Lula se manifestou sobre a decisão,
nesta quarta-feira (18), dos ministros do Tribunal
de Contas da União (TCU) que autorizaram o governo
Bolsonaro a continuar capitalização da Eletrobras,
processo pelo qual deixará de ser acionista
majoritária. Na opinião dele, a venda da empresa vai
deixar as contas de luz dos brasileiros mais caras.
“Sem uma Eletrobras pública, o Brasil perde boa
parte da sua soberania e segurança energética. As
contas de luz devem ficar ainda mais caras. Só que
quem não sabe governar tenta vender empresas
estratégicas, ainda mais correndo para vender em
liquidação. #LuzParaPoucos”, postou o pré-candidato
à Presidência da República no Twitter.
Em discurso no início do mês, na ocupação Vila Soma,
em Sumaré (SP), o ex-presidente disse que iria lutar
contra as privatizações da Eletrobras, Correios e
Banco do Brasil. “Nós vamos brigar, vamos tentar
evitar que os Correios sejam privatizados, vamos
evitar que a Eletrobras seja privatizada, que o
Banco do Brasil seja privatizado. Vamos recuperar a
Petrobras para o povo brasileiro”, discursou na
ocasião.
A ex-presidente Dilma Rousseff foi taxativa: “Ao
privatizar a Eletrobras, o Brasil abdica de sua
soberania, perde competitividade, diminui o
potencial de geração de energia renovável e penaliza
todos os consumidores.”
“Ontem sofremos com o 7×1 outra vez. O TCU aprovou,
com apenas um voto contrário, o processo de
privatização da Eletrobras. A soberania nacional se
enfraquece. O povo sai prejudicado. Os trabalhadores
sofrem as consequências. Pra variar, só grandes
empresários se beneficiam”, criticou a deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Irregularidades
Num processo eivado de irregularidades, o TCU aprovou,
por 7 votos contra 1, o andamento do processo de
privatização da Eletrobras. Apenas o ministro Vital
do Rêgo votou pela suspensão do julgamento.
O ministro apontou novamente irregularidades no
procedimento como a falta de transparência, erros
nos cálculos do valor da empresa, valoração de
Itaipu e dividendos ligados à Eletronuclear.
Rêgo chegou a pedir a suspensão do processo até o
tribunal concluir uma fiscalização sobre dívidas
judiciais da companhia, que poderiam causar uma
subavaliação da estatal, mas o pedido foi negado.
Para deixar de ser controlador da empresa, o governo
Bolsonaro calcula receber R$ 67 bilhões. Vital do
Rêgo disse que o valor está subvalorizado. De acordo
com ele, o preço da estatal seria ao menos R$ 140
bilhões. “Fizeram um calendário louco para entregar
essa Eletrobras à iniciativa privada”, criticou o
ministro.
Fonte: Portal Vermelho
19/05/2022 -
Nota das Centrais: Contra a carestia e em defesa da
democracia
Tendo em vista as carências da classe trabalhadora
em meio a uma conjuntura marcada pela carestia,
aumento da fome e da pobreza, aumento da inflação,
redução da renda e alta taxa de desemprego, as
Centrais Sindicais, após reunião realizada em São
Paulo em 17 de maio de 2022, apontam que a luta
contra a carestia e a defesa da democracia deverão
nortear as ações do movimento sindical brasileiro ao
longo deste ano.
Já está claro que o atual governo não tem capacidade
ou interesse em debelar as causas da crise econômica
e social. O governo até agora, depois de mais de
três anos no poder, não apresentou nenhuma política
consistente de desenvolvimento e geração de
empregos. Ao contrário, implementa uma gestão
voltada ao receituário de privatizações, cortes
orçamentários e aumento da taxa de juros.
Como se não bastasse, não resolver a crise buscando
caminhos que só a aprofundam, o governo ainda cria
problemas de outra ordem, ameaçando, frequentemente,
a estabilidade da democracia brasileira e o retorno
do golpismo e da ditadura.
Conclamamos aos trabalhadores brasileiros reforçar a
mobilização contra a fome, a miséria e em defesa da
democracia:
- reforçando a unidade das centrais sindicais como
forma de intensificar a luta;
- ampliando a resistência sobre as investidas aos
direitos trabalhistas no legislativo e judiciário;
- apoiando e processo eleitoral que acontecerá em
outubro;
- fortalecendo as campanhas salariais das diversas
categorias como uma forma de luta unitária contra a
carestia;
- convocando atos nacionais, regionais e locais
contra a carestia, a miséria, o desemprego e a
defesa da democracia.
Esperamos com tais ações e mobilizações suscitar o
debate entre a população acerca da necessidade de
mudança da atual rota política e econômica que só
beneficia os mais ricos e de apoiar um projeto de
desenvolvimento econômico baseado na
industrialização, geração de empregos de qualidade,
valorização do salário mínimo e da renda do
trabalhador, justiça social e soberania.
Está mais do que na hora de dar um basta! Por isso,
convocamos todas as instituições democráticas a se
unirem pela melhoria das condições da população, na
defesa da democracia e contra o golpismo.
São Paulo, 17 de maio de 2022
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da Nova Central
Sindical de Trabalhadores
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Nilza Pereira, Secretário Geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor
Fonte: Brasil de Fato
19/05/2022 -
‘Reforma’ trabalhista não criou empregos como
prometido, aponta estudo da USP
De acordo com pesquisadores, “reforma” que
precarizou direitos dos trabalhadores não teve
“impacto significativo” na evolução da taxa de
desemprego no Brasil
Em estudo publicado terça (17), pesquisadores do
Centro de Pesquisa em Macroeconomia das
Desigualdades, da Universidade de São Paulo (Made-USP),
concluem que a “reforma” trabalhista aprovada em
2017 “não apresentou efeito estatisticamente
significante sobre a taxa de desemprego”. O
resultado da pesquisa desmonta o argumento do
governo golpista de Michel Temer, autor da
“reforma”, que à época estimava que a precarização
dos direitos dos trabalhadores criaria entre 2 e 6
milhões de empregos.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores Gustavo
Pereira Serra, Ana Bottega e Marina da Silva Sanches
compararam a taxa de desemprego do Brasil com a de
11 países da América Latina e Caribe que não não
passaram por mudanças nas leis trabalhistas no mesmo
período.
Eles combinaram a taxa de desemprego e outras
variáveis econômicas desses países, como crescimento
do PIB, inflação, câmbio e juros, para criar o que
chamaram “Brasil sintético”. Os países selecionados
foram Bahamas, Bolívia, Chile, Colômbia, República
Dominicana, Guiana, México, Nicarágua, Santa Lúcia,
São Vicente e Granadinas e Trinidade e Tobago.
O resultado foi que, entre 2018 e 2020, as taxa de
desemprego no Brasil real e no “sintético” tiveram
comportamento similar. “Os resultados obtidos não
nos permitem afirmar que a reforma trabalhista de
2017 teve impacto significativo para o menor (ou
maior) crescimento da taxa de desemprego no Brasil”,
afirmam os pesquisadores. Assim, eles também
destacam que “o discurso político em torno dos
resultados da reforma na época da sua proposta não
se realizou”, afirmam os pesquisadores.
Em linha
O gráfico abaixo, produzido pelos pesquisadores,
indica que as quedas observadas na taxa de
desemprego no Brasil entre 2018 e 2019 foram
“relativamente maiores” do que no “Brasil
sintético”. Mas no ano seguinte, as trajetórias de
alta foram equivalentes. Por fim, o Brasil real
acabou ficando com desemprego levemente acima, na
comparação com o país simulado, que não passou pelo
processo de precarização dos direitos.
“Isto indicaria que, entre 2017 e 2020, o aumento da
taxa de desemprego do Brasil teria sido cerca de 1%
superior em comparação à representação sintética
para o Brasil, no caso de não ter havido a reforma
trabalhista”, diz o estudo.
Por outro lado, os pesquisadores chamam a atenção
que a “reforma” também afetou diversos outros
aspectos trabalhistas, além da taxa de desemprego.
“O mercado de trabalho brasileiro é marcado por
problemas de informalidade e rotatividade que geram
baixa produtividade, além de uma grande desigualdade
da renda do trabalho. Mas não se sabe com precisão
se e como a reforma impactou essas questões”,
afirmam.
Fonte: Brasil de Fato
19/05/2022 -
Tragédia humana: Bolsonaro deixa 1,3 milhão de
famílias sem Auxílio Brasil
Oito mil delas vivem nas ruas e 233 mil têm
filhos com até quatro anos. São grupos que deveriam
ter prioridades
Apesar de decretar sigilo parcial sobre os números,
o governo Bolsonaro não conseguiu esconder o que
está sendo considerada uma tragédia humana. 1,3
milhão de famílias no Brasil, mesmo habilitadas,
estão na fila de espera para receber os R$ 400,00 do
Auxílio Brasil. Oito mil delas vivem nas ruas e 233
mil têm filhos com até quatro anos. São grupos que
deveriam ter prioridades.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) chegou
aos cálculos com base em dados do Cadastro Único (o
Cecad). Divulgados pelo Estadão, os números bateram
em 1,3 de famílias sem o auxílio no mês de março. No
editorial desta terça-feira (17), o jornal diz que,
se funcionasse, “o Auxílio Brasil ainda seria um
modesto alívio para os problemas agravados pelo
desgoverno bolsonariano. A fila dos pobres não
anda.”
“É um absurdo pensar que em meio a esta crise, cerca
de 1,3 milhão de famílias ainda esperam por receber
o pagamento do Auxílio Brasil, enquanto o governo
usa o benefício como politicagem”, reagiu o deputado
Daniel Almeida (PCdoB-BA).
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), disse que a vitrine eleitoral de
Bolsonaro “está dando água” e o povo que precisa
passando necessidade.
O deputado Frei Anastácio (PT-PB) lembrou que
Bolsonaro deixou 22 milhões de famílias sem renda
com o fim do Bolsa Família e do auxílio emergencial.
“Bolsonaro usa o Auxílio Brasil como barganha
eleitoral”, criticou.
“O Bolsa Família, um dos programas sociais mais
importantes do mundo, foi para o lixo com Bolsonaro.
No lugar dele, o oportunista genocida, de olho
apenas nas eleições, criou o Auxílio Brasil, que já
está cheio de entraves para a concessão do
benefício”, protestou o senador Humberto Costa
(PT-PE).
Fonte: Portal Vermelho
19/05/2022 -
Brasil tem 2,8 milhões de trabalhadores com carteira
assinada a menos do que no início da Lava Jato
A reforma trabalhista aprovada após o golpe
contra Dilma Rousseff deteriorou ainda mais o
ambiente, aumentando a informalidade
A formalidade vem perdendo seu espaço no mercado de
trabalho desde o início da operação Lava Jato.
Levantamento da LCA Consultores mostra que o número
bruto de empregados com carteira assinada diminuiu
em 2,8 milhões em relação a 2014.
Já o número de pessoas que trabalham sem registro ou
por conta própria cresceu em 6,3 milhões nos últimos
oito anos. No primeiro semestre de 2022, 38,1% dos
trabalhadores tiveram suas carteiras assinadas. O
pico para os empregados com carteira assinada foi de
43%, porcentagem alcançada em 2014.
O Dieese aponta a Lava Jato de Curitiba como
responsável pela destruição de 4,4 milhões de
empregos, ao quebrar grandes empregadores, como a
indústria naval e praticamente todas as maiores
construtoras brasileiras. A reforma trabalhista
aprovada após o golpe contra Dilma Rousseff
deteriorou ainda mais o ambiente., aumentando a
informalidade.
Calculado a partir dos dados do setor provado no
regime CLT e domésticos com carteira assinada, o
estudo mostra que eventuais melhoras na taxa de
desemprego podem não traduzir a realidade, na
prática.
Fonte: Brasil247
19/05/2022 -
Nota das Centrais - Todo apoio a greve da Renault no
Paraná
Manifestamos total apoio aos trabalhadores em greve
da Renault de São José dos Pinhais-PR e repudiamos a
repressão e violência da Polícia Militar do Paraná,
que ao pressionar e intimidar os trabalhadores,
violam o direito de greve, que é garantido na
Constituição Federal.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba tem
buscado negociar uma proposta decente de PLR,
recuperação salarial e de manutenção dos empregos.
Mas a Renault, não só se esquiva do diálogo como
utiliza da força policial do governo do Estado para
reprimir a mobilização dos trabalhadores. Ação que
tem se mostrado, além de inconstitucional, inócua,
já que os trabalhadores aderiram à paralisação e se
mostram dispostos a manter a greve até conseguirem
um bom acordo.
As reivindicações dos trabalhadores são justas, e
nós das Centrais Sindicais nos somamos ao Sindicato,
ao exigir que a empresa cesse toda forma de pressão,
abra um diálogo democrático para negociação,
apresente uma proposta que atenda as reivindicações
dos trabalhadores.
São Paulo, 18 de maio de 2022
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da
Central Sindical CSP-Conlutas
Nilza Pereira, Secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical –
Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor
Fonte: Fsindical
19/05/2022 -
Toffoli rejeita ação de Bolsonaro contra Alexandre
de Moraes
Presidente apresentou a notícia-crime alegando
suposto abuso de autoridade por parte de Moraes
O pedido de investigação apresentado pelo presidente
Jair Bolsonaro (PL) contra o ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi
rejeitado nesta quarta-feira (18), pelo ministro
Dias Toffoli, da mesma Corte.
Bolsonaro apresentou a notícia-crime nesta terça
(17), alegando suposto abuso de autoridade por parte
de Moraes. O presidente da República argumentou que
o chamado inquérito das fake news, no qual é
investigado, não se justifica.
"Considerando-se que os fatos narrados na inicial
evidentemente não constituem crime e que não há
justa causa para o prosseguimento do feito, nego
seguimento", escreveu Toffoli na decisão.
Objetivo da ação, segundo Bolsonaro
A ação impetrada por Bolsonaro tem o objetivo de
apurar, segundo o presidente, cinco aspectos da
conduta, na visão do líder extremista, tomada por
Moraes contra ele, que seriam a duração não razoável
da investigação, a negativa de acesso aos autos, a
prestação informação inverídica sobre procedimento,
a exigência de cumprimento de obrigação sem amparo
legal e a instauração de inquérito sem justa causa.
Fonte: RevistaForum
18/05/2022 -
Notícia sobre medida provisória faz Guedes recuar de
ataque ao FGTS
Ministério da Economia chegou a cogitar reduzir
de 8% para 2% o recolhimento do empregador para o
Fundo de Garantia, com redução de 40% para 20% na
multa em caso de demissão sem justa causa
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
entrou mais uma vez na mira do Ministério da
Economia. A pasta chegou a elaborar três minutas de
medida provisória (MP) para alterar as regras do
fundo. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, que
teve acesso a esses documentos, a intenção é reduzir
de 8% para 2% a contribuição que os empregadores
recolhem sobre os salários. Além disso, a multa em
caso de demissão sem justa causa cairia dos atuais
40% para 20%. É mais uma tentativa de requentar
propostas que foram apresentadas na MP 905/19, que
pretendiam criar o “contrato verde e amarelo”, mas
que acabaram caducando. Mas, dessa vez, as mudanças
valeriam para todos os trabalhadores com carteira
assinada.
Após a divulgação da notícia sobre o ataque a mais
um direito dos trabalhadores, o ministro Paulo
Guedes afirmou que a proposta não tem a sua
aprovação e não vai avançar. Mas, diante do
precedente e da insistência, o episódio serve de
alerta sobre as possíveis intenções do governo para
um eventual segundo mandato.
Para especialistas ouvidos pela RBA, trata-se, mais
uma vez, de tentar jogar nas costas dos próprios
trabalhadores a responsabilidade pelos elevados
índices de desemprego no país. Os resultados da
reforma “trabalhista”, no entanto, demonstram que
baratear os custos de contratação, com a
precarização de direitos, não traz o resultado
desejado. Pelo contrário, desde 2016, a
informalidade vem subindo, enquanto a massa salarial
se reduz. Com menos dinheiro em circulação, a
demanda por produtos diminui. Como resultado, não há
criação de novos empregos nos setores privados da
economia.
Objetivos inconfessáveis
“A gente sabe perfeitamente que não vai ter geração de
emprego reduzindo direitos”, afirmou a economista e
pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de
Economia do Trabalho da Universidade Estadual de
Campinas (Cesit-Unicamp) Marilane Teixeira. Para
ela, o objetivo da proposta é “aumentar as margens
de lucro das empresas”. Como efeitos, ela prevê
também o aumento da rotatividade e da informalidade.
Para o economista Clóvis Scherer, do Dieese, que
assessora a CUT no Conselho Curador do FGTS, a
intenção do governo Bolsonaro é “minar as bases de
sustentação financeira” do fundo, para depois
extingui-lo. “Uma das maneiras é torná-lo
irrelevante pela redução da sua alíquota de
contribuição.”
Os economistas acreditam que Guedes recuou, ao menos
por ora, temendo os impactos políticos na disputa
eleitoral. “Eles querem agradar os empregadores, mas
vão ter uma legião de trabalhadores insatisfeitos”,
ressalta Marilane. “É uma jogada que muitos querem
fazer, mas vai ter muita resistência política na
sociedade”, disse Scherer.
Precarização
Com a redução das multas, os empregadores teriam menos
amarras para demitir. Por outro lado, ao receber
valores menores na demissão, os trabalhadores teriam
menos tempo para encontrar uma nova vaga de emprego.
Ansiosos, ou até desesperados para conseguir uma
ocupação, ficariam cada vez mais expostos à
precarização e à informalidade. O empresário, por
sua vez, poderia aproveitar a situação para reduzir
os salários, ampliando a rotatividade.
“Vai aumentar a oferta de pessoas dispostas a
trabalhar, sem que haja demanda suficiente por esse
trabalho. O que deve fazer com que esse valor da
força de trabalho se reduza. É queda de renda”,
alertou a pesquisadora do Cesit-Unicamp.
“Atualmente, quem volta para o mercado de trabalho
sempre volta para uma condição muito mais
desfavorável, porque a média salarial é muito
menor”, acrescentou.
“Não é pelo custo da demissão que o empresário
decide se vai contratar ou não”, disse Scherer. “O
empresário contrata se olhar para o mercado e ver
que o seu produto está vendendo, que está faturando
mais e a empresa vai crescer. Isso depende
basicamente de uma massa salarial forte o suficiente
para que as famílias estejam demandando esses
produtos. Tudo aquilo que faz reduzir o valor pago
aos trabalhadores – inclusive as multas do FGTS –
reduz a massa salarial.”
Habitação e infraestrutura
Além dos impactos diretos sobre os direitos dos
trabalhadores, os economistas também chamaram a
atenção para consequências indiretas da fragilização
do FGTS. Uma das funções do fundo é financiar
políticas públicas de habitação popular. Seus
recursos servem para financiar obras públicas de
infraestrutura urbana, como saneamento, por exemplo.
Nesse sentido, o esvaziamento do fundo, em função da
redução da alíquota de contribuição, prejudicaria a
retomada dos investimentos e das obras nesse
setores, com impacto negativo sobre o emprego.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/05/2022 -
Saques emergenciais esvaziam Fundo de Garantia
Segundo levantamento feito pelo Globo, o governo
Bolsonaro já autorizou, desde 2019, saques
extraordinários do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) em pelo menos R$ 123,7 bilhões, O
montante equivale a 20% do saldo total do Fundo, que
hoje está em torno de R$ 605 bilhões.
“Isso ajuda a esvaziar o Fundo, pois com estes
saques a saída de dinheiro é maior do que as
contribuições. Cria uma situação de perda de
recursos, e o Governo se vale de um recurso que não
deveria para tentar melhorar sua popularidade”,
explica Clóvis Scherer, economista do Dieese.
O saque do Fundo de Garantia fora das condições
previstas, como para financiar casa própria,
demissão sem justa causa ou doença grave, foi
autorizada pela primeira vez em 2017, no governo do
ex-presidente Michel Temer. Jair Bolsonaro acelerou
a estratégia, com saques extraordinários em 2019,
2020 e agora em 2022. Ele também criou a modalidade
do saque aniversário.
A última autorização foi de saques de até R$
1.000,00 e a possibilidade de mulheres pagarem
cursos profissionalizantes e creches para filhos com
recursos de suas contas no FGTS. “Isso é usar o
dinheiro do trabalhador para resolver problemas do
próprio Governo. Depois, em uma possível
necessidade, esse valor pode fazer falta”, afirma
Clóvis Scherer.
Economia – As medidas foram anunciadas neste
ano eleitoral, como uma forma de o governo injetar
recursos na economia. A previsão deste ano é de
crescimento menor do que 1%. O governo Bolsonaro foi
o que mais usou recursos do FGTS para estímulos
econômicos e sociais, e o avanço sobre o Fundo de
Garantia deve aumentar.
Habitação – O uso recorrente dos recursos do
FGTS reduz a disponibilidade do Fundo para o
financiamento habitacional, o que dificulta os
negócios das empresas do setor. Isso tende a agravar
o déficit habitacional, sobretudo nas famílias de
baixa renda.
Mais – Acesse a página do FGTS no site da
Caixa.
Fonte: Agência Sindical
18/05/2022 -
Inflação medida pelo IGP-10 recua para 0,10% em
maio, diz FGV
Indicador acumula taxa de inflação de 12,13% em
12 meses
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de
0,10% em maio deste ano, taxa inferior aos 2,48%
observados em abril.
Com o resultado, o indicador acumula taxa de
inflação de 12,13% em 12 meses, quase um terço do
registrado em maio de 2021 (35,91%).
A queda da taxa de abril para maio foi puxada pelos
três subíndices que compõem o IGP-10. O Índice de
Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado,
recuou de 2,81% em abril para 0,08% em maio.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o
varejo, caiu de 1,67% em abril para 0,54% em maio.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
passou de 1,17% para 0,74%.
Fonte: Agência Brasil
18/05/2022 -
Entidades lançam campanha por revogação da ‘reforma’
trabalhista, que ‘vendeu ilusões’
Para professor espanhol, revisão da lei no país
ajuda a superar cultura de “sempre rebaixar e
degradar” condições de trabalho.
Mudanças exigem diálogo social
Entidades do mundo acadêmico, jurídico e sindical se
uniram para lançar campanha pela revogação da
“reforma” trabalhista (Lei 13.467, de 2017). O passo
inicial do movimento “Revoga Já” foi dado no último
sábado (14), com seminário durante todo o dia,
presencial e virtual, na Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo (USP). A recente
experiência na Espanha foi um dos cenários
examinados. Para o professor Francisco José Trillo
Párraga, mais conhecido como Paco Trillo, da
Universidade de Castilla-La Mancha, nenhuma reforma
pode ser feita pelo caminho autoritário, “mas por
acordo, por diálogo social”.
O caso brasileiro pode ser visto como exemplo. O
secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir
Ertle, lembrou que originalmente o projeto de
reforma do Executivo tinha sete artigos e 19
dispositivos. Saiu do Congresso com 117 artigos e
138 dispositivos. “E foi feita a toque de caixa”,
lembrou. “Foi apresentado relatório na segunda, na
terça aprovado o regime de urgência e aprovado na
mesma semana na Câmara, sem nenhum tipo de debate.”
Argumentos falaciosos
No Senado, o dirigente acredita que alguns
parlamentares foram iludidos com a promessa feita
por líderes do governo de que uma medida provisória
“corrigiria” alguns pontos do projeto. Essa MP nunca
apareceu. “Foi sancionado na íntegra.” No mesmo
período, acrescentou, outro projeto que liberou
completamente a terceirização (Lei 13.429, também em
2017). “A pejotização aumentou de forma assustadora,
o trabalho intermitente, precário. Todos os dias tem
uma tentativa (de aprofundar a reforma trabalhista),
com artigos e emendas nefastas para a classe
trabalhadora”, afirmou o sindicalista.
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), os governistas
“venderam muitas ilusões para convencer a população
acerca da necessidade de flexibilização dos
direitos”. A argumentação recorrente era de que isso
precisava ser feito para que o emprego crescesse.
“Nós sabíamos e denunciamos que os argumentos eram
falaciosos. E a aprovação da terceirização deixou
claro que o interesse era tirar direitos e aumentar
a exploração da mão de obra.”
Trabalhador empobreceu
O cenário é de empobrecimento, disse Paim. Ele citou
dados do Dieese mostrando que, em março, mais da
metade dos acordos salariais ficou aquém do INPC.
Situação agravada pelo fim da política de
valorização do salário mínimo. O piso nacional
chegou a corresponder a US$ 350, e hoje está em
torno de US$ 250. Além disso, novas modalidades de
trabalho, como os aplicativos, se caracterizam por
jornadas extenuantes “e não têm sequer reconhecidos
os seus direitos trabalhistas básicos”. “Que país é
este?”, indagou o senador, que é relator do projeto
que prevê o chamado Estatuto do Trabalho,
apresentado ainda em 2018.
Paco Trillo apontou reformas que foram impostas ao
longo do anos, que desenvolveram certa cultura na
Espanha de que, por exemplo, “um mau emprego seria
melhor do que o desemprego.” Isso abriu caminho,
lembrou, para a contínua degradação das modalidades
de contratação e ampliando os contratos temporários,
com alta rotatividade, o que prejudicava tanto a
situação do trabalhador como a própria economia.
“Uma tendência de sempre, sempre, sempre rebaixar e
degradar condições de trabalho”, afirmou o
pesquisador, para quem um certo “déficit
democrático” proporcionou a reforma trabalhista de
2012, agora revisada. Mas a mudança obtida
representa apenas um “ponto de partida”, lembrou.
A ministra Delaíde Miranda Arantes, do Tribunal
Superior do Trabalho, lembrou que 17 dos 27
integrantes do TST assinaram manifesto em que
fundamentavam sua posição contrária ao projeto. “Nós
havíamos falado sobre o resultado nefasto que teria
a reforma trabalhista”, afirmou a também integrante
da Associação Juízes para a Democracia (AJD). Ela
observou, por exemplo, que o princípio do legislado
sobre o negociado, defendido pelo setor patronal,
sempre se aplicou em prejuízo do trabalhador. A
rigor, acrescentou a ministra, “o Brasil nunca teve
um Estado de bem-estar social completo”.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/05/2022 -
Governo prepara proposta para diminuir o FGTS, diz
jornal
O Governo Federal estuda a elaboração de um plano de
estímulo ao emprego que prevê uma forte redução da
contribuição dos patrões para o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo seria reduzir o
custo dos empregadores na contratação.
A informação foi trazida pelo jornal Folha de
S.Paulo, que disse ter tido acesso a três versões
elaboradas pelo Ministério da Economia deste plano.
A primeira proposta seria cortar a alíquota de
contribuição que as empresas recolhem para os
trabalhadores. Hoje, a taxa obrigatória é de 8%.
Caso as mudanças se concretizem, o valor passaria a
ser de 2%.
Além disso, a equipe econômica do governo também
estaria considerando a possibilidade de reduzir a
multa do FGTS em caso de demissão. Trata-se do valor
que o empregador precisa pagar ao empregado no
momento em que este é demitido sem justa causa.
Hoje, a multa é de 40% do Fundo de Garantia. Com as
possíveis mudanças, passaria a ser de 20%.
A flexibilização do contrato de trabalho regido pela
CLT seria feita por meio de Medida Provisória, já
que o instrumento é válido imediatamente, mas que
depois precisa ser votado pelo Legislativo. O jornal
também diz ter tido acesso a três versões dessa
possível MP.
“A proposta de redução das alíquotas das
contribuições dos serviços sociais autônomos não
apenas reduzirá o custo da contratação de
trabalhadores, como também contribuirá com a geração
de novos empregos”, diz o texto, que se repete nos
três documentos.
As minutas teriam sido elaboradas pela Subsecretaria
de Política Fiscal da SPE (Secretaria de Política
Econômica), vinculada ao Ministério da Economia,
comandado por Paulo Guedes.
Procurados, a pasta da Economia e o Palácio do
Planalto não se manifestaram oficialmente.
Fonte: Congresso em Foco
17/05/2022 -
Mais de 10 milhões que elegeram Bolsonaro em 2018
votarão em Lula, diz PoderData
Detalhamento da pesquisa mostra que 18% dos
eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno
das eleições de 2018 já declaram voto em Lula.
Detalhamento da pesquisa PoderData divulgado nesta
segunda-feira (16) pelo site Poder 360 mostra que
18% dos eleitores que votaram em Jair Bolsonaro (PL)
contra Fernando Haddad (PT) no segundo turno das
eleições de 2018 dizem que votarão em Lula (PT) já
no primeiro turno das eleições presidenciais deste
ano.
Em 2018, Bolsonaro foi eleito com 55,13% dos votos
válidos, conquistando 57.796.986 votos. Desse
montante, 10.403.457 mudaram sua visão sobre o
presidente e afirmam que votarão em Lula.
Nesse nicho, 61% - 35,2 milhões - dizem que
repetirão o voto em Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT),
João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e André
Janones (Avante) somam 11% das intenções de
transferência do voto bolsonarista em 2018.
Entre aqueles que elegeram Bolsonaro em 2018, 27% -
mais de 1 a cada 4 eleitores - desaprovam o governo.
Outros 66% aprovam e 8% não souberam responder. No
total, a reprovação de Bolsonaro chega a 56% - com
36% de aprovação.
Lula herda 64% dos votos daqueles que dizem
desaprovar o atual presidente, além de somar 45% das
intenções daqueles que não sabem como avaliar a
gestão federal.
Na população em geral, considerando toda a amostra
da pesquisa, Lula tem 42% das intenções de voto,
ante 35% de Bolsonaro.
Fonte: RevistaForum
17/05/2022 -
“A internet deu voz aos imbecis”, diz Moraes sobre
ataques às instituições
Um dos protagonistas no embate entre o Executivo e o
Judiciário, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), afirmou que “a internet deu
voz aos imbecis”. Ele também disse que a justiça
“não vai se acovardar” diante de “milícias digitais
de extrema direita” e que a democracia será
garantida com as eleições.
“A internet deu voz aos imbecis. Hoje, todo mundo é
especialista. A pessoa bota terno, gravata, coloca
painel falso de livros atrás e começa a falar desde
a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina,
passando pelo Judiciário e acaba sempre atacando o
Supremo”, falou.
As declarações do ministro foram dadas sábado (14)
durante o Congresso Brasileiro de Magistrados,
realizado na Bahia.
Durante sua fala, o ministro destacou a necessidade
de o Poder Judiciário garantir a continuidade da
democracia no Brasil.
“Tenho certeza que o Supremo Tribunal Federal, todos
vocês aqui, nós vamos garantir a democracia no
Brasil com eleições limpas, transparentes e com
urnas eletrônicas. Em 19 de dezembro, quem ganhar
vai ser diplomado. E o Poder Judiciário continuará
fiscalizando e garantindo a democracia.”
Alexandre de Moraes é relator no Supremo do
inquérito que apura a possível atuação de grupos de
milícia digital que apoiam o presidente Jair
Bolsonaro nas redes sociais. Esses grupos seriam
responsáveis por insuflar declarações com intuito de
colocar em dúvida a lisura do sistema eleitoral
brasileiro e a segurança das urnas.
Este inquérito foi aberto em julho de 2021. Um dos
resultados foi o a condenação do deputado federal
Daniel Silveira (PTB-RJ) por ataques às
instituições. Silveira, no entanto, recebeu um
indulto presidencial que o isentou de cumprir a pena
a que foi condenado.
Jair Bolsonaro é um dos investigados no STF por
declarações contra o sistema eleitoral. Em uma live
realizada em julho de 2021 o presidente dedicou mais
de uma hora para falar que há indícios de
irregularidades que comprometem o resultado das
votações. Nenhuma das falas foi comprovada.
Fonte: Congresso em Foco
17/05/2022 -
Indústria deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até
2025
Projeção é do Mapa do Trabalho Industrial,
divulgado pela CNI
O Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas
até 2025 para atender necessidades projetadas pelas
indústrias, de forma a repor inativos, atualizar
funcionários ou preencher as novas vagas programadas
para o setor. É o que prevê o Mapa do Trabalho
Industrial 2022-2025, divulgado nesta segunda-feira
(16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Deste total, 2 milhões precisarão de qualificação
visando à formação inicial para a reposição de
inativos ou para o preenchimento de novas vagas. Os
7,6 milhões restantes serão via formação continuada
para trabalhadores que precisam se atualizar para
exercer funções.
Segundo a CNI, “isso significa que 79% da
necessidade de formação nos próximos quatro anos
serão em aperfeiçoamento”.
Cadeia produtiva
De acordo com a entidade, essas projeções têm por base
a necessidade de uso de novas tecnologias e mudanças
na cadeia produtiva que tanto influenciam – e
transformam – o mercado de trabalho. Assim sendo,
acrescenta a CNI, cada vez mais o Brasil precisará
investir em aperfeiçoamento e requalificação.
O levantamento divulgado, feito pelo Observatório
Nacional da Indústria, tem por finalidade
identificar demandas futuras por mão de obra e
orientar a formação profissional de base industrial
no país.
As áreas com maior demanda por formação são
transversais (que permitem ao profissional atuar em
diferentes áreas, como técnico em segurança do
trabalho, técnico de apoio em pesquisa e
desenvolvimento e profissionais da metrologia, por
exemplo), metal mecânica, construção, logística e
transporte, e alimentos e bebidas.
Fonte: Agência Brasil
17/05/2022 -
Justiça arquiva denúncia contra Flávio Bolsonaro no
caso das rachadinhas
O órgão do TJRJ atendeu ao pedido próprio
Ministério Público após a defesa do filho do
presidente Jair Bolsonaro conquistar sucessivas
vitórias no STJ
Desembagadores do Órgão Especial do Tribunal de
Justiça do Rio aprovaram por unanimidade o
arquivamento da denúncia do Ministério Público do
Rio contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e
outras 16 pessoas no caso das rachadinhas.
O órgão do TJRJ atendeu ao pedido próprio Ministério
Público após a defesa do filho do presidente Jair
Bolsonaro conquistar sucessivas vitórias no Superior
Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a revista Veja, a tendência é que o MP
refaça a investigação a partir do primeiro relatório
de inteligência financeira obtido pelo órgão, ainda
em 2018, e tente novas medidas judiciais para
revalidar o caso.
A denúncia imputa ao senador os crimes de peculato,
lavagem de dinheiro, organização criminosa e
apropriação indébita. Os desvios por meio de
funcionários “fantasmas” aconteceram quando ele era
deputado estadual no Rio, cargo que ocupou entre o
início de 2003 e o fim de 2018.
Fonte: Brasil247
17/05/2022 -
TST invalida cláusula de acordo coletivo que cria
condições para estabilidade da gestante
A norma exigia que a empregada grávida demitida
se apresentasse até 90 dias do aviso-prévio para ter
direito à reintegração
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)
do Tribunal Superior do Trabalho invalidou cláusula
de acordo coletivo que estabelecia “condições
especiais” em relação à estabilidade provisória das
empregadas gestantes do setor de vestuário de
Estância Velha (RS). Segundo o colegiado, normas que
imponham restrições à estabilidade
constitucionalmente garantida são inconstitucionais.
90 dias
O acordo havia sido homologado pelo Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região (RS) no âmbito do dissídio
coletivo ajuizado pelo Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias do Vestuário, Calçados e Componentes
de Estância Velha contra o Sindicato das Indústrias
do Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul. A
cláusula 17ª, intitulada “Condições Especiais da
Trabalhadora Gestante”, assegurava a estabilidade
provisória, desde a concepção até 60 dias após o
término da licença-maternidade. No entanto, se fosse
demitida e julgasse estar grávida, a empregada
deveria se apresentar para ser reintegrada no prazo
máximo de 90 dias após a concessão do aviso-prévio,
“sob pena de nada mais poder postular em termos de
reintegração, salários correspondentes ou
estabilidade provisória”.
Garantia
Ao recorrer da homologação da cláusula, o Ministério
Público do Trabalho (MPT) sustentou que a garantia
de emprego da gestante “não constitui conquista
negocial, mas sim direito constitucionalmente
garantido e indisponível da trabalhadora”.
Tratando-se de garantia prevista na Constituição,
argumentou que a norma coletiva não pode impor
condições ou requisitos para o seu exercício.
Inconstitucional
A relatora do recurso, ministra Kátia Arruda, destacou
que o Supremo Tribunal Federal (STF), visando
proteger a maternidade e a criança recém-nascida,
decidiu que é inconstitucional cláusula de acordo ou
convenção coletiva de trabalho que imponha
restrições à estabilidade assegurada na
Constituição.
Segundo ela, no caso, o elastecimento do período de
estabilidade por mais 60 dias após a
licença-maternidade, previsto na cláusula, parece, a
princípio, benéfico às empregadas gestantes.
Contudo, os 180 dias resultantes se sobrepõem, no
todo ou em parte, ao período previsto no artigo 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), que vai desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto.
Na avaliação da ministra, se o período estabilitário
assegurado na norma coletiva coincide com a garantia
prevista na Constituição, é inviável a imposição de
condições ao seu exercício, uma vez que o ADCT não
impõe nenhuma condicionante a esse direito. “Nem
mesmo o desconhecimento, pelo empregador, do estado
gravídico da empregada dispensada sem justa causa
afasta a garantia constitucional”, ressaltou.
A decisão foi unânime.
Processo: ROT-22721-12.2020.5.04.0000
Fonte: TST
17/05/2022 -
Lei garante atendimento integral para prevenção de
câncer em mulheres
Foi sancionada a Lei 14.335, que garante atendimento
integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para
detecção, prevenção e tratamento de cânceres de
mama, uterino e colorretal em mulheres,
independentemente da idade. O senador Marcelo Castro
(MDB-PI), que é médico e já foi ministro da Saúde,
advertiu que o câncer colorretal é o segundo que
mais afeta as mulheres, depois do câncer de mama.
Também médica, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN)
destacou a importância do diagnóstico precoce. A
proposta inicial (PLS 374/2014), da ex-senadora
Vanessa Grazziotin (AM), foi convertida no PL
6.554/2019. A nova lei entra em vigor em novembro.
Fonte: Agência Senado
17/05/2022 -
Congresso prorroga saque do FGTS
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo
Pacheco, prorrogou por 60 dias o prazo de cinco
medidas provisórias (MPs) que tramitam na Casa.
Entre elas, está a MP 1.105/2022, que possibilita
movimentação da conta vinculada do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS). Os atos assinados por
Pacheco foram publicados no Diário Oficial da União
(DOU) da sexta-feira (13).
A MP 1.105/2022 permite o saque extraordinário do
FGTS no limite de até R$ 1 mil por trabalhador. A
lei ainda estabelece que o pagamento será feito pela
Caixa Econômica Federal, seguindo programação
divulgada pela instituição. Os saques começaram em
20 de abril.
Caso o trabalhador tenha um saldo menor que R$ 1 mil
na conta vinculada, a retirada será no montante
disponível. Já em relação às demais quantias
bloqueadas, elas não estarão disponíveis para o
saque nessa modalidade de retirada extraordinária.
Será admitido o crédito automático, desde que o
trabalhador não se manifeste de forma contrária. Mas
caso o titular da conta vinculada do FGTS não deseje
a disponibilidade do valor, poderá solicitar o
“desfazimento do crédito” até 10 de novembro de
2022.
Fonte: Agência Senado
16/05/2022 -
Negros e mulheres são os que mais sofrem com o
desemprego, mostra IBGE
Desocupação entre homens e pessoas brancas fica
abaixo da média nacional , mostra Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada
sexta-feira (13) pelo IBGE.
A PNAD Contínua trimestral mostrou, além da
permanência da taxa do desemprego em 11,1%, que
enquanto as taxas de desocupação das pessoas brancas
(8,9%) e de homens (9,1%) ficaram abaixo da média
nacional (11,1%), as das mulheres (13,7%) e de
pessoas pretas (13,3%) e pardas (12,9%) continuaram
mais altas no primeiro trimestre deste ano.
A desocupação por faixas de idade também ficou
estável no período, frente ao trimestre anterior.
Mesmo no caso dos jovens de 18 a 24 anos (22,8%),
que tradicionalmente têm elevadas taxas de
desocupação, não houve crescimento, acompanhando o
panorama nacional.
“São jovens ainda em processo de formação, que não
têm uma inserção muito efetiva no mercado de
trabalho, ocupando, muitas vezes, trabalhos
temporários. Eles entram e saem do mercado com mais
frequência. Muito em função de, às vezes, terem que
compatibilizar estudos com trabalho. Há ainda outros
aspectos estruturais, como pouca experiência e
qualificação. Por isso, estão rotineiramente
pressionando do mercado”, afirma a coordenadora de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Fonte: IBGE
16/05/2022 -
Quem fez a reforma trabalhista tem mentalidade
escravocrata, diz Lula
Para ex-presidente, “em qualquer lugar do mundo,
se tiver economia forte, tem sindicato forte”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou
duramente a reforma trabalhista de 2017, que retirou
direitos, enfraqueceu a Justiça do Trabalho e atacou
o movimento sindical. Ao participar nesta
quinta-feira (12), em São Paulo, do 4º SindiMais –
encontro anual promovido pela Força Sindical –, Lula
denunciou a natureza reacionária da medida,
implantada no governo Michel Temer (MDB).
“A mentalidade de quem fez a reforma trabalhista e a
reforma sindical é uma mentalidade escravocrata. É a
mentalidade de quem acha que o sindicato não tem que
ter força ou representatividade”, disse Lula. “No
mundo desenvolvido, onde você tem economia forte,
tem sindicato forte. Em qualquer lugar do mundo,
seja nos países nórdicos, seja na Europa, no Japão,
se tiver economia forte, tem sindicato forte”,
comparou.
O SindiMais deste ano teve como tema “Projeto para o
Brasil e o Futuro das Relações Trabalhistas e
Sindicais”. A atividade ocorreu no auditório do
Palácio do Trabalhador, sede Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade.
Lula integrou a mesa de debate “Organização
Político-Sindical na Atualidade”, ao lado dos
presidentes da Força, Miguel Torres, e da UGT,
Ricardo Patah. A mediação foi do jornalista Ricardo
Franzin, da Agência Sindical. Na opinião do
ex-presidente, “o Estado tem que funcionar como
árbitro para que as partes possam negociar aquilo
que interessa ao conjunto tanto dos empresários
quanto dos trabalhadores”.
Houve críticas também ao governo Jair Bolsonaro
(PL). “O presidente disse que é importante o povo
comprar arma, porque somente com arma vai evitar um
governo ditador. Ele é o ditador”, disparou Lula.
“Quero que o povo vá é para a universidade e que o
trabalhador possa ter livro na sua casa. É a
qualificação profissional que valoriza salário e
torna o país competitivo.”
Para Lula, o Brasil precisa de um projeto que
garanta tanto crescimento quanto desenvolvimento.
“Se não discutir desenvolvimento, não tem
crescimento do País. Crescimento gera emprego,
emprego gera renda, a renda gera o consumo e o
consumo gera para a empresa”, afirmou. “Assim, a
roda da economia volta a funcionar – e é o que eu
digo todo dia: o trabalhador vai voltar a fazer
churrasquinho. O milagre da economia é a
participação do trabalhador.”
Lula defendeu a formação de mesas tripartites – com
governo, empresários e trabalhadores – para formular
uma nova legislação trabalhista. “Tem duas coisas
que temos que ter certeza e que vale para os
dirigentes sindicais, para o presidente, para os
empresários e para os trabalhadores: precisamos
conquistar credibilidade, para que as pessoas
acreditem naquilo que a gente fala, e precisamos ter
previsibilidade. Ninguém pode ser pego de surpresa
toda noite”, disse o ex-presidente.
“Eu, por exemplo, não sou daqueles que defende a CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) tal como ela
estava. Acho que ela precisa adaptar e fazer algumas
mudanças para que a gente pudesse adaptar ao atual
mercado de trabalho”, ponderou. “Mas era importante
que a gente tivesse o mínimo necessário garantido
para que os sindicatos, livremente, pudessem
negociar o máximo.”
Miguel Torres, presidente da Força Sindical,
denunciou a exclusão social, a fome e a falta de
moradias e de condições de vida dignas para milhões
de brasileiros. “O movimento sindical unificado tem
resistido aos ataques aos direitos e demonstrado
união e projetos para o País sair da crise, se
desenvolver e gerar empregos de qualidade”, afirmou.
Ele citou como exemplo a Pauta da Classe
Trabalhadora, aprovada na Conclat 2022. “Temos
compromisso com o povo brasileiro, com a democracia
e com a eleição de governos e parlamentos
progressistas, voltados ao social.”
Com informações da Força Sindical
Fonte: Portal Vermelho
16/05/2022 -
Pesquisa traz Lula e Bolsonaro sem alterações nas
intenções de votos
Uma semana após divulgar pesquisa, o Instituto
Ipespe divulgou nova rodada nesta sexta-feira (13)
que mostra posições de Lula e Bolsonaro praticamente
inalteradas com relação à rodada anterior. O quadro
está praticamente congelado com relação à rodada da
primeira semana de maio. O Instituto Ipespe divulgou
nova rodada da sua pesquisa de intenção de voto para
presidente da República nesta sexta-feira (13).
O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva,
manteve os mesmos 44% de intenção de voto da rodada
anterior, da primeira semana de maio. O presidente
Jair Bolsonaro (PL) subiu um ponto, passando de 31%
para 32%.
Em terceiro, vem Ciro Gomes (PDT), com os mesmos 8%
da rodada anterior. Também mantém-se inalterado o
percentual de João Doria (PSDB), com 3%. E André
Janones (Avante), com 2%. Simone Tebet (MDB) tem
também o mesmo patamar de 1%. Os demais candidatos
não pontuaram.
Na simulação de segundo turno, Lula tem 54% e
Bolsonaro, 35%. Lula manteve o mesmo percentual e
Bolsonaro subiu um ponto.
O Ipespe fez mil entrevistas por telefone entre os
dias 9 e 11 de maio. A margem de erro é de 3,2
pontos percentuais.
Fonte: Congresso em Foco
16/05/2022 -
STF garante licença de 180 dias a pais solteiros
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quinta
(12), por unanimidade, que os pais solteiros têm
direito a licença estendida, equiparada à
licença-maternidade. Agora, em vez de ficar só cinco
dias afastado do trabalho para cuidar do filho
recém-nascido, como o previsto na CLT, o homem
poderá se afastar por 180 dias.
O tema foi analisado após pedido de um pai solteiro
de gêmeos gerados a partir de fertilização in vitro
e barriga de aluguel, em 2014. Como ele é Servidor
Público, a tese abrange apenas Servidores Públicos
Federais. Mas advogados entendem que pode ser
aplicada também a funcionários de empresas privadas.
“A fundamentação adotada nos votos dos ministros é
no sentido de que todos os pais de famílias
monoparentais devem ter direito ao benefício,
independentemente do regime jurídico ou das razões
subjacentes”, declarou Gabriela Dourado ao Valor
Ecônomico, sócia da Advocacia Velloso.
Normalmente, as empresas concedem 120 dias de
Licença-maternidade. Para os empregadores inscritos
no Programa Empresa Cidadã, há um acréscimo de 60
dias, atingindo os mesmos 180 dias dos Servidores
Públicos.
Caso – O Servidor obteu decisão favorável no
Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São
Paulo. Mas o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), onde ele ocupa cargo de perito médico,
recorreu da concessão do benefício ao STF.
Decisão – Os ministros consideraram que a CLT já
prevê a licença estendida para pais solteiros
adotivos ou que ficam viúvos no parto ou pós-parto
do filho. Portanto, não haveria lógica em não
aplicar nos casos de filhos biológicos gerados por
fertilização in vitro. “Estaríamos criando uma
desigualdade se decidíssemos de forma contrária”,
disse a ministra Cármen Lúcia.
O ministro Luiz Fux, presidente da Corte, tratou a
licença como sendo parental. “Abarca tanto vínculos
biológicos como de adoção, resultantes de arranjo
monoparental de qualquer um dos sexos”, disse. Ele
completou: “número de crianças sob a proteção do
sistema é que precisa ser computado, não o gênero
paterno ou materno”.
Fonte: Jornal Valor Econômico
16/05/2022 -
Sindicato não tem de repassar contribuição a
federação à qual não é filiado
Para a SDI-1, a vinculação não se dá de forma
automática
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho julgou
improcedente o pedido da Federação dos Trabalhadores
em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado
de Santa Catarina (Fetessesc) de repasse de 15% da
contribuição sindical do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Joinville.
Conforme a SDI-1, o repasse é indevido, pois o
sindicato não é filiado a essa federação.
A contribuição sindical é recolhida uma vez por ano,
em favor do sistema sindical, quer se trate de
empregado, profissional liberal ou empregador. Para
o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC),
o repasse do montante devido às federações não
pressupõe a filiação do sindicato a elas, e, por
isso, o pedido da Fetessesc foi deferido.
Unicidade
A Terceira Turma do TST manteve a decisão, com o
entendimento de que o enquadramento hierárquico dos
sindicatos à federação da categoria profissional ou
econômica a que pertencem é automático,
independentemente de filiação, pois o artigo 8º,
inciso II, da Constituição da República impôs a
unicidade para todos os graus da estrutura sindical.
Jurisprudência divergente
Ao interpor embargos à SDI-1, o sindicato apontou
divergência específica entre a decisão da Terceira
Turma e outras Turmas do TST, nas quais prevalece o
entendimento de que a filiação é essencial para o
repasse da contribuição.
O relator do recurso de embargos do sindicato,
ministro Alexandre Ramos, observou que o artigo 534
da CLT faculta aos sindicatos organizarem-se em
federação, e o artigo 537 preconiza que o pedido de
reconhecimento da federação será encaminhado ao
Ministério do Trabalho, “juntamente com os estatutos
e cópias autenticadas das atas da assembleia de cada
sindicato ou federação que autorizar a filiação”.
Conforme o relator, a filiação é necessária para o
repasse do percentual das contribuições sindicais, e
a vinculação não se dá de forma automática. A
decisão foi unânime.
Processo: ED-E-ED-RR-3159-80.2012.5.12.0030
Fonte: TST
16/05/2022 -
Comissão de Trabalho discute impacto da privatização
da Eletrobras na manutenção dos empregos
Audiência também vai tratar dos riscos de
concentração do mercado e do aumento da tarifa de
energia
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço
Público da Câmara dos Deputados realiza audiência
pública na terça-feira (17) sobre os impactos da
privatização da Eletrobras na manutenção dos postos
de trabalho, bem como das condições de prestação do
serviço público sob responsabilidade da empresa e a
sua política de precificação.
A audiência será no plenário 12, logo após a reunião
deliberativa marcada para 11 horas. O debate poderá
ser acompanhado de forma virtual e interativa pelo
e-Democracia.
O deputado Rogério Correia (PT-MG), autor do pedido
de realização da audiência, lembra que a Eletrobras
é o maior grupo de energia elétrica da América
Latina e um dos maiores do mundo e que, portanto, os
riscos de sua privatização devem ser exaustivamente
debatidos.
Riscos da privatização
"Há sérios riscos no processo que devem ser
considerados e debatidos por este Parlamento", disse
Correia, e citou os riscos de concentração de
mercado, de aumento da tarifa de energia, de
demissão em massa e perda de direitos trabalhistas,
e de precarização dos postos de trabalho, uma vez
que é comum nas empresas privatizadas o aumento da
terceirização e dos acidentes de trabalho.
Correia também lembrou que o projeto para a
capitalização da Eletrobras aprovado no Congresso
previa duas contrapartidas aos atuais empregados da
estatal – mas ambas acabaram vetadas pelo governo
federal quando sancionou o texto.
Debatedores
Foram convidados para a audiência:
- o advogado, professor e consultor em litígio
estratégico internacional, Felipe Vasconcellos;
- o ex-ministro de Minas e Energia e ex-diretor da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Nelson
Hubner;
- o representante do Coletivo Nacional dos
Eletricitários (CNE), Victor Rodrigues da Costa;
- a auditora-fiscal aposentada da Receita Federal e
fundadora da organização Auditoria Cidadã da Dívida,
Maria Lucia Fattorelli;
- a representante Instituto Ilumina, Clarice Ferraz;
e
- o representante da Confederação Nacional dos
Urbanitários (CNU), Mauro Martinelli.
Fonte: Agência Câmara
13/05/2022 -
Ministro entrega estudos de privatização da PPSA e
da Petrobras
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida,
entregou, nesta quinta-feira (12), ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, pedido para iniciar os
estudos de privatização da Petrobras e da Pré-Sal
Petróleo S.A. (PPSA), a estatal responsável por
comercializar o óleo e o gás extraídos da camada
pré-sal.
Em declaração à imprensa após a reunião, Paulo
Guedes afirmou que encaminhará a proposta à
Secretaria Especial do Programa de Parcerias de
Investimentos para análise de viabilidade. “O Adolfo
[Sachsida], ministro de Minas e Energia, me entrega
isso hoje e encaminho imediatamente à Secretaria
Especial do Programa de Parcerias de Investimentos
para que ela faça uma resolução Ad referendum e
inicie os estudos. Isso deve ser feito hoje mesmo e
vamos dar sequência aos estudos para a PPSA e,
depois então, para o caso da Petrobras”, afirmou
Guedes.
Quarta-feira, em seu primeiro discurso como ministro
de Minas e Energia, Sachsida afirmou que é urgente
dar prosseguimento ao processo de capitalização da
Eletrobras e que vai priorizar os estudos para a
privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A.
Ele antecipou que seu primeiro ato como ministro
seria solicitar a Guedes, presidente do conselho do
Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a
inclusão desses novos estudos de privatização.
Fonte: Agência Brasil
13/05/2022 -
Arthur Lira enrola e não recebe Pauta da Conclat
Dia 7 de abril, uma quinta-feira, as Centrais
Sindicais realizaram a terceira Conclat, que aprovou
a Pauta Unitária da Classe Trabalhadora. Na terça,
12, os dirigentes se reuniram com o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, que recebeu a Pauta. O
documento também foi entregue ao ex-presidente Lula,
dias depois.
Mas até agora Arthur Lira, presidente da Câmara, não
recebeu as lideranças e a Pauta. Os sindicalistas
apontam má vontade. Sérgio Luiz Leite,
vice-presidente da Força Sindical, ironiza: “Será
que ele está esperando autorização do Bolsonaro?”
Desde 1º de janeiro de 2019 as Centrais esperam ser
recebidas pelo presidente da República.
A Pauta Unitária propõe medidas de curto prazo pra
aquecer a economia, gerar empregos e combater a
carestia. Também elenca propostas rumo à retomada do
crescimento, com emprego, direitos e distribuição de
renda.
Tradição – À direita ou à esquerda, é comum o
diálogo entre presidentes do Legislativo e a cúpula
sindical. Serginho lembra que, “de Severino
Cavalcanti a Aldo Rebelo, todos nos receberam e
ouviram nossos argumentos”. As Centrais já estiveram
com líderes partidários e o Presidente da Comissão
de Trabalho.
Apesar da enrolação, as Centrais vão insistir na
audiência com o presidente da Câmara.
Mais – Sites das Centrais.
Fonte: Agência Sindical
13/05/2022 -
Câmara dos Deputados aprova MP que amplia
precarização do trabalho
Segundo o texto aprovado, que ainda vai ser
analisado pelo Senado, pelo Programa Nacional de
Prestação de Serviço Civil Voluntário, vinculado ao
Ministério do Trabalho e Previdência, os municípios
pagarão bolsas, em razão da prestação de serviços em
atividades consideradas como de interesse público
O plenário aprovou nesta quarta-feira (11) a Medida
Provisória 1099/22, que cria um programa de serviço
civil voluntário remunerado por bolsas pagas pelos
municípios e vinculado à realização de cursos pelos
trabalhadores que forem selecionados.
Ao encaminhar o voto contrário da Bancada, o
vice-líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA),
destacou que a aprovação da medida “vai na direção
do desmonte, da precarização”.
“É um crime contra os trabalhadores brasileiros. É
mais um desmonte deste governo, na linha da
precarização do emprego e a substituição de trabalho
formal por trabalho absolutamente informal, sem
remuneração, sem qualquer garantia para os
trabalhadores”, afirmou.
Segundo o texto aprovado, que ainda vai ser
analisado pelo Senado, pelo Programa Nacional de
Prestação de Serviço Civil Voluntário, vinculado ao
Ministério do Trabalho e Previdência, os municípios
pagarão bolsas, em razão da prestação de serviços em
atividades consideradas como de interesse público.
O programa é direcionado a jovens de 18 a 29 anos e
a pessoas com 50 anos ou mais sem emprego formal há
mais de dois anos. Conforme substitutivo da deputada
bolsonarista Bia Kicis (PL-DF), o programa terá
duração de 24 meses a contar da futura lei. O prazo
original era até 31 de dezembro de 2022.
Reforma trabalhista
Para Daniel Almeida, a proposta repete a narrativa da
chamada reforma trabalhista, em vigor há mais de
quatro anos, que foi aprovada com o falso discurso
que geraria mais empregos.
“Nada disso aconteceu. Quem está pagando a conta são
os trabalhadores, que estão precarizados e sem
empregos. A uberização tomou conta do país. Esta
medida vai nessa direção. Ela traz mais precarização
e não gera qualquer emprego, apenas para se afastar
do problema central da geração de emprego, que é
investimento, deixar de dar dinheiro a banqueiro e
passar a investir na atividade produtiva”,
denunciou.
A proposta foi votada sob forte resistência de
partidos oposicionistas, como PT, PV, PSB, Psol e
Rede.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que orientou a
obstrução da Bancada do partido, ressaltou que a
medida provisória flexibiliza ainda mais a
legislação, com salário abaixo do mínimo, sem
vínculos empregatícios ou direitos.
“Me impressiona a cara de pau para editar uma medida
provisória dessa. O Brasil tem um drama do
desemprego, milhões e milhões de famílias afetadas
pelo desemprego, afetadas pela fome, e o governo
publica medida para dizer que faz algo para gerar
emprego e que é absolutamente instituidora de mais
precarização do trabalho”, assinalou.
Os oposicionistas ressaltaram que o projeto é alvo
de críticas das centrais sindicais e da Associação
Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra).
Férias de 30 dias
Por meio de emenda do PT, ficou garantido o recesso de
30 dias para os trabalhadores, após um ano de
trabalho. Entretanto, a base bolsonarista rejeitou
outros destaques da oposição, que buscavam recuperar
direitos trabalhistas e sociais aos jovens e
adultos.
Entre eles, um do PCdoB que buscava garantir o
pagamento do salário mínimo aos participantes do
programa, além de outros que previam direito à
alimentação, vinculação à Previdência e redução do
prazo de vigência do programa para evitar que se
perpetuasse esse tipo de precarização do trabalho.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
13/05/2022 -
TST: não precisa haver impedimento de locomoção para
configurar crime de trabalho escravo
Com isso, tribunal regional terá que rever sua
decisão sobre fazenda em Mato Grosso, onde 15
trabalhadores foram encontrados em condições
degradantes
A constatação de condições degradantes caracteriza a
prática de trabalho análogo à escravidão, ainda que
não haja restrições à liberdade de locomoção. Esse
foi o entendimento unânime da Primeira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), que reconheceu
trabalho em condições análogas às da escravidão na
Fazenda Santa Laura, em Nova Santa Helena (MT). Por
isso, o TST determinou que o Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 23ª Região examine questão
relativa à expropriação da propriedade.
Segundo o tribunal, em fiscalização realizada na
fazenda – pertencente à Agropecuária Princesa do
Aripuana –, foram encontradas 15 pessoas, inclusive
mulher e criança, que moravam perto do lixo. Além
disso, “dormiam em ripas de madeira sobre tijolos ou
em redes sob as árvores, tomavam banho em riacho,
por falta de água no poço, utilizavam banheiros
distantes, com a fossa exposta, e cozinhavam em
local precário e insalubre, entre outras
irregularidades”.
Os fiscais encontraram, perto de um curso d´água,
embalagens de agrotóxicos, que possivelmente eram
lavadas no local, após o produto ser diluído.
“Diante dessa constatação, o Ministério Público do
Trabalho ajuizou ação civil pública, pedindo a
caracterização do trabalho em condições análogas à
escravidão, com a expropriação da fazenda e o
pagamento de indenização por dano moral coletivo.”
Condutas alternativas
Mesmo reconhecendo condições degradantes, o TRT não
considerou trabalho análogo à escravidão. E reduziu
a indenização por dano moral coletivo de R$ 6
milhões para R$ 160 mil (-97%). Agora, terá que
rever sua decisão.
O relator do recurso apresentado pelo MPT, ministro
Hugo Scheuermann, observou que o artigo 149 do
Código Penal, que tipifica o crime, não exige a
presença da restrição à liberdade de locomoção para
sua caracterização. “O dispositivo elenca condutas
alternativas que, isoladamente, são suficientes à
configuração do crime, e, de acordo com entendimento
firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não é
necessário que se prove a coação física da liberdade
de ir e vir ou mesmo o cerceamento da liberdade de
locomoção, bastando a submissão da vítima a
trabalhos forçados ou jornada exaustiva ou a
condições degradantes de trabalho.”
Oitenta anos
O TST abriu nesta quinta (12) seminário internacional
para debater os 80 anos da Justiça do Trabalho no
país. Nesta sexta, por exemplo, a partir das 10h15,
haverá exposição da ministra do STF Cármen Lúcia. O
evento tem transmissão em tempo real pelo página do
tribunal no YouTube.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/05/2022 -
Lula diz que não manterá teto de gastos caso seja
eleito
Para o ex-presidente, que lidera as pesquisas de
intenção de voto, o teto limita a capacidade de
investimento do Estado
Reuters – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
que lidera as pesquisas de intenção de voto para a
eleição presidencial de outubro, garantiu nesta
quarta-feira que não manterá o teto de gastos se for
eleito, ao mesmo tempo que afirmou que o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) melhorará a relação
com a dívida pública.
“Eu posso contar uma coisa para vocês: não haverá
teto de gastos no nosso governo. Não que eu vá ser
irresponsável, ser irresponsável para endividar o
futuro da nação. É que nós vamos ter que gastar
naquilo que é necessário na produção de ativos
produtivos, ativos rentáveis, e a educação é um
ativo rentável, é aquilo que dá o retorno mais
rápido, para que a gente produzir”, disse o
ex-presidente durante encontro com reitores das
universidades federais em Juiz de Fora (MG).
Lula tem defendido que, para garantir a
responsabilidade fiscal, não é necessário a
manutenção do teto, incluído na Constituição por
emenda aprovada no governo Michel Temer e que limita
o crescimento das despesas à inflação. O petista
argumenta que, durante seus dois mandatos na
Presidência, não havia teto de gastos e não houve
déficit.
“Quem vai derrubar o gasto em relação ao PIB é o
crescimento econômico, não é o corte orçamentário.
Basta a economia crescer que vai derrubar a
diferença”, disse, afirmando ainda que antes de seu
governo o país não tinha reservas cambiais. “Nós
deixamos as maiores reservas internacionais da
história, o que está salvando esse país agora.”
Para alterar ou revogar o teto de gastos é
necessária uma nova alteração constitucional, que
para ser aprovada precisa de três quintos dos votos
dos deputados e dos senadores em dois turnos em cada
uma das Casas legislativas.
Para Lula, o teto limita a capacidade de
investimento do Estado.
Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro, que ocupa
a segunda colocação nas pesquisas, afirmou que
pretende discutir, após as eleições, uma alteração
da emenda constitucional que criou o teto de gastos
com o objetivo de permitir o uso de recursos para
obras de infraestrutura em caso de excesso de
arrecadação de impostos.
Fonte: InfoMoney
13/05/2022 -
Para Paim, governo deve usar lucros da Petrobras
para conter alta no preço dos combustíveis
O senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou, em
pronunciamento nesta quinta-feira (12), preocupação
com a declaração do novo ministro de Minas e
Energia, Adolfo Sachsida, de que pretende iniciar
estudos para privatizar a Petrobras.
Paim lamentou que a medida conte com o aval do
governo federal. Na opinião dele, no lugar de vender
sua participação acionária na companhia, o governo
deveria apoiar a aprovação do PL 1.472/2021, que
cria um fundo de estabilização dos preços, a partir
dos lucros recebidos pela União como acionista da
Petrobras.
Segundo Paim, não é admissível que o consumidor
pague mais de R$ 7 pelo litro da gasolina e do
diesel, enquanto a Petrobras registrou um lucro
líquido de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre
deste ano.
— O Senado aprovou o projeto do fundo de
compensação, para segurar a alta do petróleo. Está
na Câmara. A Câmara tem de apreciar a matéria.
Enfim, privatizar a Petrobras é fazer gol contra o
Brasil. Essa empresa pública é patrimônio do povo
brasileiro. Ela é fundamental e necessária ao
extremo, eu diria, para o crescimento e o
desenvolvimento econômico e social do Brasil —
disse.
O senador ainda citou dados de pesquisa do PoderData
em que 54,5% dos brasileiros disseram ser contrários
à privatização da Petrobras. Para os entrevistados,
não há motivo para vender uma empresa eficiente,
localizada num país com muito petróleo. Eles
apontaram ainda que o setor gera emprego e renda
para o Brasil.
Paim lembrou também que, na Bahia, depois da
privatização da Refinaria Landulpho Alves, os
baianos passaram a pagar até 35% a mais pelo
combustível.
— A Refinaria Alberto Pasqualini, lá em Canoas (RS),
está também na mira. O que acontece? Compram a preço
vil, demitem trabalhadores e aumentam abusivamente
os preços — denunciou.
Fonte: Agência Senado
12/05/2022 -
Presidente da Comissão de Trabalho na Câmara recebe
representantes da NCST
Nesta terça-feira (10), o presidente da Comissão de
Trabalho na Câmara, Leônidas Cristino (PDT-CE),
recebeu a Pauta Unitária da Classe Trabalhadora,
aprovada pela Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat),
e agendas Legislativa e Judiciária das centrais
sindicais.
Representando o presidente da Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST), professor Oswaldo Augusto
de Barros, o primeiro vice-presidente, Moacyr
Roberto Tesch, ressaltou a importância da atuação
dos parlamentares nas pautas trabalhistas.
Custeio Sindical
Em outra reunião na Comissão, os representantes da
NCST —Moacyr Tesch e Cristiano Meira, assessor
jurídico — debateram o Projeto de Lei 5.552/2019,
apresentado pelo deputado Lincoln Portela (PL-MG). O
PL entre outras medidas, regulamenta o artigo 8º da
Constituição, dispondo sobre a organização sindical.
No projeto defendido pela NCST, o custeio sindical
será efetivado por intermédio da cota de custeio,
fixada em assembleia geral, descontada de todos os
trabalhadores, sindicalizados ou não, conforme
previsto no artigo 513, alínea “e”, da Consolidação
das Leis do Trabalho.
Fonte: NCST
12/05/2022 -
Lula mantém vantagem na pesquisa PoderData, enquanto
presidente estaciona
Levantamento mostra estabilidade no segundo
turno. Petista continua na frente, contra Bolsonaro
e Ciro
A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva subiu dois pontos, no limite da margem de
erro, na pesquisa PoderData divulgada nesta
quarta-feira (11). O petista está com 42% das
intenções de voto na simulação de primeiro turno com
todos os pré-candidatos anunciados. Já o presidente
Jair Bolsonaro (PL) ficou com 35%.
Entre os demais nomes, o ex-governador e ex-ministro
Ciro Gomes (PDT) tem 5%. Na sequência, vêm João
Doria (PSDB), com 4%, André Janones (Avante), com
3%, e Simone Tebet (MDB), com 2%. De acordo com os
responsáveis pelo levantamento, Eymael (DC),
Leonardo Péricles (UP), Luciano Bivar (União
Brasil), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Pablo Marçal
(Pros), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU) não
tiveram menções suficientes para chegar a 1%. Outros
5% votariam em branco ou nulos, enquanto 4% disseram
não saber.
Vantagem de Lula em três regiões
Lula sobe a 49% entre eleitores que recebem até dois
salários mínimos por mês, um grupo que chega a quase
metade da população (46%). Bolsonaro tem 28%. O
presidente vai a 40% entre os que recebem mais de
cinco mínimos, ante 33% do petista, que se sai
melhor entre pessoas com ensino fundamental (48%) e
na região Nordeste (52%). No grupo com ensino
superior, empate técnico: 40% para Bolsonaro e 39%
para Lula.
O melhor desempenho do presidente se dá nas regiões
Centro-Oeste (44%) e Norte (43%). O petista vence no
Sudeste (40% a 33%) e no Sul (38% a 33%).
Segundo turno
Em simulações de segundo turno, Lula vence Bolsonaro
por 49% a 38%. Essa diferença já foi bem maior, mas
estava em nove na pesquisa anterior, portanto subiu
dentro da margem de erro. E é a primeira que sobe
para dois dígitos desde março. Entre Ciro e
Bolsonaro, empate técnico: 42% para o pré-candidato
do PDT e 40% para o presidente. Já entre Lula e
Ciro, o petista dilatou sua vantagem, que agora é de
24 pontos (49% a 25%).
Segundo a pesquisa PoderData, foram realizadas 3 mil
entrevistas, por telefone, em 288 municípios das 27
unidades da federação, de domingo (8) até ontem
(10). A margem de erro é de dois pontos, com
intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi
registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob
o número BR-08423/2022.
Mais cedo, outra pesquisa (Genail/Quaest) trouxe
vantagem maior para Lula, 46% contra 29% de
Bolsonaro. A pesquisa Quaest, encomendada pelo Banco
Genial, ouviu 2 mil pessoas presencialmente.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/05/2022 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
1,04%
No acumulado de 12 meses, índice chega a 12,47%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
que mede a inflação para famílias com renda até
cinco salários mínimos, registrou taxa de 1,04% em
abril deste ano, a maior variação para um mês de
abril desde 2003 (1,38%). Em março deste ano, a taxa
havia ficado em 1,71%.
Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (11)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), no mês de abril, o INPC ficou abaixo da
inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou
taxa de 1,06%.
No acumulado de 12 meses, no entanto, o INPC chegou a
12,47%, acima dos 12,13% apurados pelo IPCA.
Em abril, os produtos alimentícios tiveram inflação
de 2,26%, enquanto os não alimentícios registraram
taxa de 0,66%.
Fonte: Agência Brasil
12/05/2022 -
Paim insiste na volta da política de valorização do
salário mínimo para conter a inflação
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou que estudos
indicam que o valor do salário mínimo atingiu sua
mais baixa cotação desde a implantação do Plano
Real em 1994, no governo de Itamar Franco. Em
pronunciamento na terça-feira (10), lamentou a
decisão do governo federal de revogar a política
nacional de valorização do salário mínimo, que o
reajustava com a inflação mais o PIB.
— Informo que, por conta dessa preocupação,
reapresentei projeto de lei que havia proposto ainda
no ano de 2004 para restabelecer a política nacional
de valorização do salário mínimo com inflação mais o
PIB. Aquele instrumento foi fundamental naquele
período, extensivo também aos benefícios dos
aposentados e pensionistas.
Paim alertou que o salário mínimo perdeu o poder de
compra de modo “insustentável”, pois as famílias
brasileiras que vivem dele, gastam, em média, 70% de
seu valor com produtos da cesta básica, hoje muito
caros. Portanto, diante da situação de recessão que
o País atravessa, além dos altos índices de
inflação, do aumento nas taxas de juros e do preço
dos produtos, torna-se urgente fazer voltar a
política nacional de valorização do salário mínimo.
— Com um salário mínimo com aumento real pela
inflação mais o PIB, a economia gira; entra dinheiro
no comércio; aumentam emprego e renda e todos
ganham; as cidades também ganham. É urgente fazer
voltar essa política.
Fonte: Agência Senado
12/05/2022 -
Lula lidera com 46% e tem chance de vitória no
primeiro turno, aponta Genial/Quaest
Em nova pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta
quarta-feira (11) e realizada entre os dias 5 e 8 de
maio, traz o ex-presidente Lula liderando a corrida
presidencial com 46% das intenções de voto contra
29% de Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno. Num
possível segundo turno, Lula venceria com 54%,
contra 34% de Bolsonaro.
O cenário na pesquisa estimulada aponta para chance
de vitória de Lula no primeiro turno. O petista
possui mais intenções de votos do que os demais
pré-candidatos somados.
Lula (PT): 46%
Bolsonaro (PL): 29%
Ciro Gomes (PDT): 7%
João Doria (PSDB): 3%
André Janones (Avante): 3%
Simone Tebet (MDB): 1%
Felipe D’Ávila (Novo): 1%
Luciano Bivar (União Brasil): 0%
Branco/Nulo/Não vai votar: 6%
Não sabe: 3%
O ex-presidente Lula lidera as intenções de voto nas
regiões Nordeste (62%), Sudeste (43%), Norte (36%) e
Sul (40%). Bolsonaro lidera apenas no Centro-Oeste,
com 48%.
Fonte: Congresso em Foco
12/05/2022 -
Preferência pelo home-office pode ter causado
recorde de pedidos de demissão no país
Consultoria especializada em recursos humanos
avalia que trabalhadores estão se realocando no
mercado neste período de pandemia mais branda e
procurando ocupações de acordo com suas habilidades
O número de pedidos de demissão registrados pelo
Cadastro Geral de Empregados (Caged), bateu um
recorde no mês de março de 2022. Ao todo, mais de
603 mil trabalhadores (33% do total de
desligamentos), pediram para sair de seus empregos.
O número chama atenção em uma realidade de mais de
12 milhões de desempregados no país e é o maior
desde janeiro de 2020.
De acordo com os dados publicados pelo jornal Valor
Econômico, o que chama a atenção é a evolução dos
números desde o início deste ano. Em janeiro foram
544,5 mil pedidos de demissão. Em fevereiro, 560,2
mil e, em março, 603,1 mil. De acordo com a
reportagem, lideram o ranking três dos setores onde
mais é possível migrar para um novo emprego. São
eles as funções administrativas e serviços
complementares; informação e comunicação; e
atividades profissionais, científicas ou técnicas
são os segmentos onde mais se observou pedidos de
demissão. Porém, o setor onde mais houve pedidos de
demissão foi o de alimentação.
De acordo com uma análise da LCA Consultores,
divulgada pelo jornal, o motivo dos pedidos de
demissão pode estar relacionado ao trabalho em home
office que se tornou uma tendência após o início da
pandemia do coronavírus, em 2020, quando milhões de
trabalhadores – aqueles cujas funções permitiam –
migraram do trabalho presencial para o remoto.
O economista da LCA, Bruno Imaizumi, explicou à
reportagem que o avanço desta forma de trabalho
provocou uma mudança de comportamento nos
trabalhadores que priorizam benefícios que o
trabalho remoto, cuja oferta cresceu nos últimos
tempos, proporciona, entre eles não precisar fazer
longos deslocamentos, seja por meio dos péssimos
transportes coletivos, que vivem lotados, seja com
carro próprio, no momento em que os preços dos
combustíveis disparam e o litro de gasolina pode
custa mais de R$ 8 em alguns postos do país.
Além disso, ele afirmou, com o avanço da vacinação,
quem antes havia ficado desempregado e aceitado
empregos que não condiziam com suas habilidades,
agora voltam a procurar trabalhos ‘mais
condizentes’.
Em sintonia com a análise da LCA, um levantamento
feito pelo Blue Management Institute (BMI) aponta
que mais da metade dos trabalhadores (54,2%) que têm
melhor condição financeira priorizaram o trabalho
remoto ou híbrido durante a pandemia.
Um outro dado, levantado, que também chama a atenção
é que o nível de escolaridade dos brasileiros que
pedem demissão é alto. O estudo justifica que no
Brasil a alta taxa de desemprego impacta mais sobre
a população sem instrução, portanto, são os
trabalhadores com maior formação os que figuram na
estatística da demissão voluntária.
Fonte: CUT
12/05/2022 -
Justiça confirma indenização de R$ 500 mil para
filhos de trabalhador contaminado
Dois filhos de um trabalhador morto após
contaminação por amianto têm direito a indenização
no valor de R$ 500 mil, imposta à Eternit, segundo
sentença da Justiça do Trabalho. Assim, a 6ª Turma
do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT-2), em São Paulo, manteve condenação
determinada na primeira instância (5ª Vara do
Trabalho de Osasco, na região metropolitana).
O funcionário morreu em 2017, de câncer colorretal,
depois de trabalhar como servente na fábrica daquele
município durante quase oito anos. Desse modo, teve
contato constante com o pó do produto, fornecido
para a indústria da construção civil. A morte
ocorreu pouco mais de um ano após o diagnóstico. A
empresa recorreu, afirmando que o trabalhador era
fumante. E contestou o laudo.
Nexo causal
Segundo o relator do processo na 6ª Turma, Fernando
Cesar Teixeira Franca, não há como negar o chamado
nexo causal entre o trabalho e a doença. “É de
clareza solar que o falecimento do Sr. Oswaldo
acarretou danos morais a seus familiares, o
denominado dano moral em ricochete”, escreveu. “Deve
ser considerado, ainda, que o falecimento foi
precedido de longo e exaustivo tratamento médico
para doença sabidamente debilitante (neoplasia
maligna), sendo que os ora recorridos acompanharam o
sofrimento de seu progenitor por todo o período.”
Além disso, o juiz afirmou que a exposição à
contaminação por amianto é “potencialmente
cancerígena”, segundo resolução da Organização
Mundial da Saúde de 1977. E acrescentou que pelo
menos 66 países já baniram a produção e o uso. Ele
também citou entendimento do Supremo Tribunal
Federal (STF) no sentido de proibir que as unidades
da federação adotem leis que liberam a produção do
amianto crisotila. “Logo, salta aos olhos que a
exposição do trabalhador ao pó de amianto
potencialmente enseja o surgimento de neoplasia
maligna em diversas formas, não estando limitada ao
câncer de pulmão, conforme, inclusive, destaca o
Instituto Nacional do Câncer”, cita ainda o
magistrado.
Ainda segundo o juiz, a empresa não forneceu
equipamentos de proteção individual (EPIs)
adequados. “Chama, ainda, atenção para o fato de que
o homem sequer foi vítima de câncer nas vias
respiratórias, e que o tabagismo não afasta as
conclusões técnicas científicas atestadas pela
perícia e pelos inúmeros documentos médicos
presentes nos autos”, afirmou.
Fonte: CUT
11/05/2022 -
Maio Lilás 2022: MPT chama atenção para a
importância dos sindicatos
Com o tema “Sindicato para quê? Para fortalecer
você!”, campanha promovida pelo MPT conta com
material diversificado, como cards, animação e
podcast
O Ministério Público do Trabalho (MPT) promove, ao
longo do mês de maio, a campanha Maio Lilás 2022,
com o objetivo de dar visibilidade à importância da
atuação dos sindicatos na defesa e ampliação dos
direitos dos trabalhadores. Com o tema “Sindicato
pra quê? Para fortalecer você!”, a campanha é
promovida pela Coordenadoria de Liberdade Sindical e
do Diálogo Social (Conalis) e conta com produtos
multimídia, como cards para divulgação nas redes
sociais, uma animação, um podcast e uma edição
temática do programa institucional de televisão do
MPT “Trabalho Legal”.
A campanha deste ano tem como objetivo levar ao
conhecimento das trabalhadoras e dos trabalhadores
as ações das entidades sindicais para a conquista de
direitos sociais e trabalhistas, com base nas
experiências passadas e atuais dos sindicatos. O
coordenador nacional da Conalis, Ronaldo Lima dos
Santos, explica que os direitos trabalhistas que
hoje estão previstos em lei foram conquistados pela
classe trabalhadora organizada e só posteriormente
reconhecidos pelo Estado.
“Praticamente todos os direitos trabalhistas e
sociais, como limitação da jornada de trabalho, 13º
salário, férias remuneradas, descanso semanal
remunerado, adicionais salariais, como de
hora-extra, noturno, de insalubridade e de
periculosidade, limitação de jornada, aposentadoria,
entre outros, foram frutos de uma longa e histórica
luta da organização coletiva das trabalhadoras e dos
trabalhadores, principalmente por meio das entidades
sindicais”, esclarece o procurador.
Ronaldo Lima ressalta, ainda, que a campanha deste
ano tem como ênfase a valorização das boas práticas
das entidades sindicais, mostrando direitos que são
por elas conquistados, como aumentos salariais,
participação nos lucros, planos de saúde, além das
ações que realizam nas questões de gênero, raça,
proteção do jovem no mercado de trabalho, entre
outras.
Segundo ele, “a ideia é que os trabalhadores possam
compreender como os sindicatos ainda são importantes
para conquista de direitos, principalmente por meio
da negociação coletiva. Atualmente, cerca de 70% dos
trabalhadores, por exemplo, desconhecem que somente
o salário-mínimo tem reajuste automático por lei,
sendo que os demais trabalhadores dependem da
atuação do sindicato para conseguirem algum reajuste
ou aumento salarial”.
Com foco em prover essa conscientização, os cards da
campanha para divulgações nas redes sociais do MPT
trazem esclarecimentos sobre conquistas trabalhistas
dos sindicatos. Já o programa de TV Trabalho Legal
trará reportagens, bem como uma Roda de Conversa
para debater o tema, com a participação de
representantes de entidades sindicais. Também serão
divulgados uma animação e um podcast.
Fonte: MPT
11/05/2022 -
Indústria cresce em nove dos 15 locais analisados
pelo IBGE
Maior expansão foi em São Paulo: 8,4%
A produção industrial cresceu em nove dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), na passagem de fevereiro para
março deste ano. A maior alta foi observada em São
Paulo (8,4%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)
Regional, divulgada nesta terça-feira (10), no Rio
de Janeiro.
Outros estados com alta acima da média nacional
(0,3%) foram Ceará (3,8%), Mato Grosso (2,8%), Minas
Gerais (2,4%), Rio de Janeiro (2,1%) e Paraná
(0,6%). Única região analisada no estudo, o Nordeste
teve expansão acima da média do país: 1,8%.
Outros estados com alta foram Amazonas (0,3%) e
Bahia (0,1%). Ao mesmo tempo, seis estados tiveram
queda na produção: Santa Catarina (-3,8%), Pará
(-3,3%), Espírito Santo (-3%), Pernambuco (-1,1%),
Rio Grande do Sul (-0,3%) e Goiás (-0,2%).
Fonte: Agência Brasil
11/05/2022 -
Pesquisa CNT aponta vantagem de Lula. Mais da metade
não votaria ‘de jeito nenhum’ em Bolsonaro
Petista vence nas simulações de segundo turno.
Segundo o levantamento, 79% vão votar com certeza e
68% confiam nas urnas eletrônicas
Pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (10)
pela Confederação Nacional do Transporte, também
mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) à frente nas intenções de voto, no espontâneo
ou no estimulado. Ele também lidera nas simulações
de segundo turno.
No voto espontâneo, Lula tem 33,4%, ante 27,3% do
atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Ambos
avançaram em relação a fevereiro, quando tinham
32,8% e 24,4%, respectivamente. O ex-ministro e
ex-governador Ciro Gomes (PDT) está em terceiro, com
3,8%, enquanto o também ex-governador João Doria
(PSDB) está com 0,9%. Depois vem o deputado Andrés
Janones, do Avante, com 0,5%, e “outros” (1,2%).
Votos em branco ou nulos somam 5,8%. Ainda há 27,1%
de indecisos.
Já no estimulado, Lula vai a 40,6% (42,2% em
fevereiro) e Bolsonaro, a 32% (tinha 28%). Na
sequência, aparecem Ciro (7,1%), Doria (3,1%),
Janones (2,5%), a senadora do MDB Simone Tebet
(2,3%) e Felipe d’Avila (Novo, 0,3%). Em
branco/nulos somam 5,1%. Os indecisos são 7% do
total.
Voto “útil”
Segundo a pesquisa CNT, 28,2% dos entrevistados
disseram que votam com certeza em Bolsonaro se ele
for candidato. E 53,9% não votam “de jeito nenhum”.
Em relação a Lula, 35% votam com certeza e 44% não.
Em outra situação, 22,7% poderiam mudar o voto no
primeiro turno para evitar ou garantir que ocorra
segundo turno, 70,5% não mudariam e 6,8% não sabem
ou não responderam. E 79,2% garantiram que
comparecerão às urnas. Outros 14,2% disseram ser
provável o comparecimento, 3,6% responderam que é
mais provável não ir e 1,4% afirmaram que com
certeza não vão votar. Já 68% afirmaram confiar nas
urnas eletrônicas, 28,6% não confiam e 3,4% não
sabem ou não responderam.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula teria 50,8% dos
votos contra Bolsonaro (36,8%). Em fevereiro, o
petista tinha 53,2% e o presidente, 35,3%. Entre
Ciro e o atual presidente, o nome do PDT venceria
por 44,2% a 37,8%. Bolsonaro ficaria com 38,8% se o
adversário fosse Doria (33,9%). E com 39,6% ante
Simone Tebet (30,5%). Lula vence também nas
simulações contra Doria (50,2% x 16,5%) e Simone
Tebet (503% x 26,4%).
Segundo a CNT, foram entrevistadas 2.002 pessoas,
dos dias 4 a 7. A margem de erro é de 2,2 pontos
percentuais, com nível de confiança de 95%. Confira
aqui a versão resumida da pesquisa.
Fonte: Rede Brasil Atual
11/05/2022 -
Trabalhador do Correio busca PLR
Sindicatos dos trabalhadores na Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT), liderados pela
Federação Interestadual (Findect), darão o pontapé
inicial na negociação da Participação nos Lucros
e/ou Resultados. A esperança neste ano é que o
benefício atenda aos anseios da categoria, já que a
ECT registrou lucro recorde de R$ 3,7 bilhões em
2021.
A direção dos Correios já informou, por meio de
ofício protocolado dia 6, que abrirá a negociação da
PLR através de comissão paritária. Para início das
discussões, a estatal já solicitou a indicação dos
representantes dos trabalhadores. Em Nota, o
Sindicato dos Trabalhadores na ECT em São Paulo (Sintect-SP)
diz que a luta será por um bom acordo pra todos.
Segundo o presidente do Sintect-SP, Elias Cesário (Diviza),
ainda não há data definida para a primeira reunião
com a direção da empresa. “Estamos aguardando a ECT
nos comunicar para dar início às negociações”,
informa o dirigente.
Para Diviza, após o anúncio de lucro recorde nos
últimos anos, a esperança é que haja uma boa
negociação e que contemple a todos os trabalhadores.
“Toda vez que discute PLR, a empresa tenta enfiar
goela abaixo uma boa parte do pagamento para o alto
escalão e sempre deixando as migalhas para os
trabalhadores da base”, critica.
Luta – “Vamos lutar pra tentar conquistar uma
Participação nos Lucros igualitária a todos os
trabalhadores e trabalhadoras dos Correios”,
completa o presidente do Sintect-SP.
Fonte: Agência Sindical
11/05/2022 -
TSE reafirma segurança das urnas e rejeita tese de
militares
O presidente do Tribunal, ministro Edson Fachin,
disse não existir problemas na auditagem das urnas e
segurança do processo eleitoral
Em respostas técnicas sobre opiniões e recomendações
feita pelo Ministério da Defesa, o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson
Fachin, disse nesta segunda-feira (9) não existir
problemas na auditagem das urnas e segurança do
processo eleitoral. Os militares apontavam três
eventuais falhas nessas fases.
No documento, os técnicos da Corte descartaram a
existência dos problemas. Os militares também
fizeram quatro sugestões que já haviam sido
incorporadas para as próximas eleições.
Fachin destacou que o êxito e a credibilidade
conquistados pela instituição nessa tarefa maior de
promoção da democracia firmam a Justiça Eleitoral
“como verdadeiro patrimônio imaterial da sociedade
brasileira”.
As respostas foram envidas em ofício circular aos
integrantes da Comissão de Transparência das
Eleições (CTE) e do Observatório de Transparência
das Eleições (OTE).
O ministro finalizou o ofício, “afirmando que,
ciente e cumpridor do papel constitucional ao longo
dos últimos 90 anos, o TSE manterá firme atuação
voltada a garantir paz e segurança nas eleições, a
aprimorar o processo eleitoral, a propagar
informações de qualidade e, acima de tudo, a exortar
o respeito ao resultado das eleições como condição
de possibilidade do Estado de Direito Democrático e
de uma sociedade livre, justa e solidária, nos
termos da Constituição Federal.”
No ofício, o TSE diz também que em sua constante
jornada de transparência e diálogo, apresentou
esclarecimentos e apontou as medidas que já são
adotadas, a fim assegurar eleições íntegras, seguras
e transparentes.
“Não se pode olvidar que, em seu mister de assegurar
a democracia, esta Justiça especializada busca o
constante aprimoramento do processo eleitoral
brasileiro. Nessa ordem de ideias, algumas das
sugestões apresentadas continuarão sob a análise do
corpo técnico deste Tribunal”, diz o documento de 35
páginas.
Com informações do TSE
Fonte: Portal Vermelho
11/05/2022 -
Empresas poderão acessar benefícios requeridos por
empregados
Empresas privadas e entes da administração pública -
direta e indireta de qualquer poder da União,
estados e municípios - que têm, em seu quadro,
ocupantes de cargo, emprego ou função pública terão
acesso às decisões administrativas de benefícios
requeridos por seus empregados.
A medida está prevista na Portaria nº 1.012,
publicada no Diário Oficial da União de hoje (10)
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A portaria assegura que serão resguardadas as
informações consideradas sigilosas, e que o uso dos
dados dos segurados em finalidade diversa da
estabelecida “acarretará a respectiva
responsabilização”.
Para ter acesso à consulta é necessário que a empresa
se cadastre previamente junto à Receita Federal, por
meio da Unidade de Atendimento ao Contribuinte da
Receita Federal do Brasil da jurisdição do
estabelecimento centralizador (raiz ou matriz).
A consulta poderá então ser feita a partir do site
do INSS, nas opções de “serviços para empresas”.
“As informações de benefício que serão fornecidas
referem-se à data do requerimento, da concessão, de
início e de cessação, quando houver, além do seu
status no momento da consulta”, define a portaria.
Entre os benefícios passíveis de consulta estão
auxílio por incapacidade temporária;
auxílio-acidente; aposentadorias; pensão por morte
acidentária; e antecipação de auxílio por
incapacidade temporária.
Fonte: Agência Brasil
11/05/2022 -
Parlamentares acusam Bolsonaro de destruir poder de
compra do salário mínimo
Levantamento de corretora aponta que Brasil
piorou com Jair Bolsonaro. Presidente será o
primeiro, desde o Plano Real, a entregar mandato com
salário mínimo valendo menos do que quando assumiu
cargo
Os brasileiros têm sentido no bolso diariamente o
peso da inflação e a diminuição do poder de compra
no governo Bolsonaro, mas um levantamento feito pela
corretora Tullet Prebon Brasil não deixa dúvidas que
sob Bolsonaro, o Brasil piorou. Será a primeira vez,
desde o Plano Real, que um presidente entregará o
cargo com o salário mínimo valendo menos do que
quando entrou.
Parlamentares repercutiram os cálculos da corretora.
Na avaliação deles, a perda do poder de compra do
salário mínimo mostra a incompetência do presidente
e leva o Brasil ao caos.
“Quando Bolsonaro sair da Presidência, no fim do
ano, o salário mínimo estará valendo menos do que
quando ele entrou. Ele é o primeiro presidente desde
o Plano Real a conseguir essa “façanha”. A falta de
gestão e de habilidade desse presidente não
surpreende, mas nos leva ao caos”, critica a
deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Para Orlando Silva (PCdoB-SP), Bolsonaro é “um
verdadeiro exterminador de vidas, destruidor de
sonhos”.
Desde Fernando Henrique Cardoso, nenhum governante,
seja no primeiro ou segundo mandato, entregou um
mínimo que tivesse perdido poder de compra. Pelos
cálculos da corretora Tullett Prebon Brasil, a perda
será de 1,7%, se a inflação não acelerar mais do que
o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do Banco
Central, base das projeções da corretora.
“Variação do salário mínimo sob gestão dos
presidentes (em períodos distintos): FHC, 50,9%;
Lula +57,8%; Dilma +12,7%; Temer +3,3%; Bolsonaro
-1,7%. Muita incompetência!”, comentou a deputada
Alice Portugal (PCdoB-BA) elencando a variação do
salário mínimo nos governos anteriores.
De acordo com o levantamento, o piso salarial deve
cair de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro
de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação.
Entre os fatores que explicam a perda inédita estão
o ajuste fiscal e a aceleração da inflação. Há três
anos, não há reajuste do piso acima da inflação. O
último foi em 2019, quando ainda prevalecia a regra
de correção que considerava a inflação mais a
variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos
antes.
“Fome, desemprego e desespero! Essa é a marca do
governo Bolsonaro. Lamentavelmente o salário mínimo
do Brasil perdeu o poder de compra pela primeira
vez, desde a implementação do Plano Real. A economia
desce ladeira abaixo, o bolso do trabalhador sofre,
todos os brasileiros amargam essa triste realidade”,
condenou o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).
O senador Paulo Paim (PT-RS) considera a perda de
poder de compra do salário mínimo insustentável.
“Mais de 60% dele é gasto com produtos da cesta
básica. A Política Nacional de Valorização do
Salário Mínimo (Inflação + PIB) foi extinta pelo
atual governo. Inaceitável. É preciso retomá-la
urgentemente”, defendeu.
O líder da Minoria na Câmara, Deputado Alencar
(PT-SP), só vê como alternativa a eleição do
ex-presidente Lula. “Desde 1994, com a criação do
Real, o miliciano do Planalto será o primeiro
presidente a encerrar um mandato com o salário
mínimo valendo menos do que no início da sua gestão.
Eleger Lula é uma questão de sobrevivência
nacional”, disse.
“Bolsonaro será o 1º presidente desde o Plano Real a
terminar o mandato com salário mínimo valendo menos.
O Brasil vale menos com Bolsonaro! Nosso povo passa
fome, não tem emprego, não tem dignidade! O Brasil
PIOROU! #ForaBolsonaro”, postou no Twitter o líder
da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados com
informações de O Globo
10/05/2022 -
Com Bolsonaro e Guedes, salário mínimo perde poder
de compra pela primeira vez desde o Plano Real
Bolsonaro é o primeiro presidente a deixar o
salário mínimo valendo menos do que quando entrou.
Corretora calcula perda de 1,7% no poder de compra e
queda no piso de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 até
dezembro de 2022
Com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro
da Economia, Paulo Guedes, o salário mínimo do
Brasil perdeu o poder de compra pela primeira vez,
desde a implementação do Plano Real, em 1994.
Bolsonaro vai terminar o mandato, em dezembro de
2022, deixando o piso salarial valendo menos do que
quando entrou. As informações são do jornal O Globo.
Desde o Plano Real, todos os presidentes, seja no
primeiro ou segundo mandato, conseguiram reajustar o
salário superando a inflação. Nenhum dos
governantes, neste período, entregou um mínimo que
tivesse perdido o poder de compra. Enquanto que sob
o governo Bolsonaro, o Brasil terá uma perda de
1,7%, até o final do ano, segundo os cálculos da
corretora Tullet Prebon Brasil. A baixa, contudo,
ainda pode ser maior se a inflação acelerar mais do
que o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do
Banco Central, usado como base das projeções da
corretora. Há 16 semanas, as previsões vêm sendo
revisadas para cima.
A perda percentual significa uma queda no piso
salarial de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre
dezembro de 2018 a dezembro de 2022. De acordo com o
relatório da corretora, a perda inédita está
relacionada ao ajuste fiscal que mostra o impacto de
reajustes no piso em uma gama de outras despesas da
União, como benefícios sociais e gastos com
Previdência. Mas há, principalmente, uma relação
também direta com a aceleração da inflação. A
avaliação é de que a reposição da inflação passada
que o governo Bolsonaro vem promovendo não garante a
preservação total do poder de compra do salário
mínimo diante do aumento dos preços cada vez maior
de um ano para o outro.
Brasil tem o segundo pior mínimo
Desde que assumiu, Bolsonaro vem seguindo à risca o
abandono da política de valorização real do piso
salarial, criada nos governos de Luiz Inácio Lula da
Silva e Dilma Rousseff (PT). Há três anos, não há
reajuste do piso acima da inflação como prevalecia a
regra de correção, que considerava a inflação mais a
variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos
antes. De 2019 para cá, o governo apenas reajusta a
perda resultante da inflação anual acumulada, que é
obrigatória por norma constitucional.
O valor do mínimo, sem qualquer ganho real de poder
de compra, já havia rendido ao Brasil, no começo
deste ano, o posto de segundo país com o menor
salário mínimo. A perda foi constatada pelo estudo
da plataforma CupomValido, que levou em comparação
os 35 países membros da OCDE. México oferece o pior
piso, seguido pelo Brasil. Antes de Bolsonaro, no
governo de Michel Temer (MDB) o aumento real
acumulado do mínimo foi de 0,79% ante o 0% com o
atual presidente.
Mas a reposição já chegou a ser de 59,21% durante os
governos petistas, de abril de 2003 a janeiro de
2016. No período, Lula se tornou o presidente que
maior aumento real concedeu ao salário mínimo desde
a sua criação, em 1º de maio de 1940.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/05/2022 -
Voto
feminino será decisivo
O Tribunal Superior Eleitoral divulgou o mapa do
eleitorado. As mulheres ampliam presença e já são
53% do total. Homens representam 47%. Em números, o
eleitorado feminino supera em 8,5 milhões o
masculino. A proporção feminina cresce. Em março, as
mulheres possuíam 78 milhões de títulos; homens,
69,8 milhões.
Entre os grupos a quem o voto é facultativo, isto é,
pessoas com 16 e 17 anos, e as acima dos 70, a
discrepância é ainda maior: mulheres são 56%;
homens, 44% do eleitorado.
Diferença – Dados relativos a eleições
passadas mostram aumento do peso do voto feminino.
Em 2002, as mulheres respondiam por um contingente
de 58,6 milhões, 51% do universo apto ao voto; os
homens eram 56,4 milhões (49% do total). Quatro anos
depois, esses índices subiram para 51,5% (mulheres)
e 48,5% (homens).
Em 2018, as mulheres atingiram o patamar de 52,5% do
eleitorado apto ao voto (77,3 milhões de títulos);
homens, 47,5% (69,8 milhões).
São Paulo – No Estado, as mulheres
contabilizavam, em março, 17,2 milhões de títulos –
53% do eleitorado. Os homens possuíam, no mesmo
período, 15 milhões de títulos, ou 47%.
Lula – A maioria feminina é uma das vantagens
eleitorais de Lula (PT). Em todas as pesquisas, ele
aparece à frente de Bolsonaro com larga vantagem
quando se trata do voto da mulher.
Mais – Acesse o
site do
Tribunal Superior Eleitoral.
Fonte: Agência Sindical
10/05/2022 -
Ministro da Economia defende taxar super-ricos e
desonerar empresas
A sugestão é para que a reforma tributária avance
no Senado
Para destravar a reforma tributária no Senado, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
segunda-feira (9) que o governo pode apresentar uma
versão “mais enxuta” do projeto com a proposta de
aumento do imposto de renda sobre os super-ricos e
redução dos impostos cobrados sobre as empresas.
“A hora é agora. Já aprovamos essa reforma na Câmara
[dos Deputados], ela está travada no Senado. Podemos
fazer uma versão mais enxuta, tributando os
super-ricos e reduzindo o imposto sobre as
empresas”, disse Guedes durante a apresentação de
uma nova ferramenta para monitorar os investimentos
no país.
O ministro defendeu ainda o fim de toda tributação
sobre a indústria “para permitir que o Brasil, que
tem todas as matérias-primas, seja uma potência
mundial”. Ele disse que o governo já segue nesse
caminho, e mencionou a redução no Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), promovida via
decretos publicados no fim do mês passado.
A fala do ministro ocorre depois de o ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), ter suspendido, na sexta-feira (6), parte da
redução do IPI, atendendo a pedido do partido
Solidariedade.
A legenda alegou que a redução do IPI em todo o país
para produtos que também são produzidos na Zona
Franca de Manaus prejudicaria a vantagem competitiva
e o desenvolvimento da região.
Moraes suspendeu liminarmente (de maneira
provisória) a redução do IPI para todos os produtos
que também sejam produzidos na Zona Franca, onde
vigora regime tributário diferenciado, protegido
pela Constituição. Isso inclui itens como sapatos,
TV’s, aparelhos de som, móveis, brinquedos e outros.
"A redução de alíquotas nos moldes previstos pelos
decretos impugnados, sem a existência de medidas
compensatórias à produção na Zona Franca de Manaus,
reduz drasticamente a vantagem comparativa do polo,
ameaçando, assim, a própria persistência desse
modelo econômico diferenciado constitucionalmente
protegido”, escreveu o ministro.
Fonte: Agência Brasil
10/05/2022 -
Reforma Trabalhista não entregou o que prometeu,
avaliam especialistas
Em vigor há quatro anos e meio, a reforma
trabalhista ainda provoca debates acalorados, que se
intensificam com a proximidade das eleições
presidenciais. Partidos de esquerda defendem a
revogação do texto aprovado no governo Michel Temer,
alegando que a reforma teve efeito contrário ao
proposto, ou seja, em vez de criar, reduziu o número
de empregos. Por outro lado, defensores das mudanças
afirmam que o cenário econômico, afetado pela
pandemia, atrapalhou os objetivos da nova lei e que
as novas regras impediram que o cenário fosse ainda
pior.
Este foi o assunto discutido pelo Congresso em Foco
Talk da quinta-feira (5). Com o tema “Reforma
trabalhista – problema ou solução”, o diretor de
redação do Congresso em Foco, Edson Sardinha,
conversou com dois especialistas com posições
diferentes sobre o tema: o professor da Universidade
Federal da Bahia Vitor Araújo Filgueiras, PhD em
Economia, e a advogada Juliana Dias de Castro, da
Comissão de Direito do Trabalho OAB-PR.
Defendida pelo governo Michel Temer (MDB) como uma
forma de estimular a economia e criar empregos, a
reforma trabalhista entrou em vigor em 11 de
novembro de 2017, mudando regras sobre férias,
jornada de trabalho, contribuição sindical, entre
outras. A reforma trabalhista modificou mais de 100
itens da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e
flexibilizou uma série de direitos dos empregados.
Entre as principais mudanças, a criação do contrato
intermitente, a introdução da ideia de negociado
prevalecendo sobre o legislado, a ampliação da
jornada de trabalho parcial, a ampliação da
terceirização para as atividades-fim e não somente
nas atividades-meio e a regulamentação do
teletrabalho.
O professor Vitor Filgueiras é incisivo em afirmar
que a reforma falhou em criar os seis milhões de
empregos que foram propagandeados durante a criação.
“A reforma foi apresentada, vendida, como se ela
fosse um remédio para o trabalhador brasileiro. Que
melhoraria o mercado de trabalho e criaria empregos.
Houve uma promessa, a política pública foi feita com
base nessa promessa, e isso não ocorreu”, ressaltou.
Vitor destaca que, estruturalmente, a reforma trouxe
uma redução nos direitos dos trabalhadores de três
maneiras: a supressão direta, a flexibilização da
legislação e a redução da efetividade das
instituições da justiça trabalhista. Para o
professor, a reforma foi baseada na falácia de que a
redução dos custos do trabalhador leva a maiores
empregos, o que não é comprovado empiricamente.
Juliana Castro reforça que a reforma foi positiva em
muitos aspectos, como a modernização dos tipos de
trabalho e a formalização de trabalhadores. Para a
especialista, “a intenção da lei foi boa, a prática
que não deu certo”, devido a visão limitada de
empresários que agem de má-fé e acreditam em
maximizar o lucro por meio da exploração do
trabalhador.
A jurista destaca que muitas das regras
estabelecidas pela reforma trabalhista foram
utilizadas nos últimos dois anos por conta da
pandemia da covid-19. Em especial, a possibilidade
do teletrabalho e o fracionamento das férias em três
partes, e que o fim da reforma anularia esses
avanços.
“A revogação da reforma trabalhista traria um
retrocesso tanto para o empregador, quanto para o
empregado. As normas que foram estabelecidas
modernizaram e deram uma maior autonomia aos
contratos”, afirmou.
Vitor discorda e ressalta que a revogação da reforma
“não é o fim do mundo” como alguns empresários
pregam. Para o professor, “aumentar a produtividade
por meio da exploração do trabalhador não é
economicamente sustentável” e o verdadeiro
crescimento é obtido por meio da inovação e do
investimento em capacidade técnica.
Os participantes
Juliana Dias de Castro faz parte da Comissão de
Direito do Trabalho da OAB-PR e é diretora
Administrativa e Financeira do Instituto de Estudos
de Transporte e Logística (IET). É pós-graduada em
Direito do Trabalho e Previdenciário pela Associação
Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST) e
tem MBA em Administração e Logística pela Uninter
Centro Universitário Internacional.
Vitor Filgueiras é um dos organizadores do livro
Reforma trabalhista no Brasil: Promessas e
realidade, publicado pela Rede de Estudos e
Monitoramento Interdisciplinar da Reforma
Trabalhista (REMIR), do qual é um dos coordenadores.
A obra conta com a participação de professores e
pesquisadores de instituições brasileiras que
estudam a temática. Ele é coordenador dos projetos
Caminhos do Trabalho (UFBA-MPT) e Vida Pós-Resgate (UFBA-MPT).
Vice presidente da Associação Brasileira de Estudos
do Trabalho (Abet), foi auditor-fiscal do Ministério
do Trabalho entre 2007 e 2017.
Fonte: Congresso em Foco
10/05/2022 -
Política de preços da Petrobras gerou reajuste do
diesel, criticam deputados
Petrobras anunciou novo preço e reajuste começa a
valer nesta terça-feira (10). Jair Bolsonaro, que
tem criticado os seguidos aumentos, não mexe na
política de preços que beneficia acionistas da
estatal
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) aumento
do preço médio do diesel de 8,87% nas suas
refinarias, com o combustível para distribuidoras
passando a valer R$ 4,91 por litro, a partir de
terça-feira (10), segundo comunicado da empresa.
Apesar de ter criticado os seguidos aumentos no
preço dos combustíveis, Jair Bolsonaro não mexe na
política de preços da estatal, que dolariza os
preços praticados no mercado interno.
Em nota, a companhia ressaltou que o reajuste foi
feito após 60 dias e que os valores da gasolina e do
GLP (gás de cozinha) foram mantidos.
Após o anúncio, a deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) retomou a crítica à manutenção da
política de preços estabelecida no governo Temer e
mantida por Bolsonaro. Para ela, é urgente muda-la.
“Mais um reajuste na Petrobras. Desta vez, quase 9%
de aumento no preço do diesel nas refinarias. É
aumento também no preço dos alimentos, no frete, no
transporte de passageiros. Tá tudo caro com
Bolsonaro. É urgente acabar com a política criminosa
de preços da Petrobras”, destacou.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) o novo
aumento é um crime e classificou Bolsonaro como
“carrasco” diante do cenário vivido pela população
brasileira em seu governo. “O salário mínimo perde
poder de compra, a inflação dispara, a economia
parada. As pessoas não aguentam mais, as famílias
não têm mais como comprar comida. Bolsonaro é um
carrasco!”, afirmou.
A política de preços praticada pela Petrobras com a
anuência de Jair Bolsonaro deverá aumentar
significativamente o lucro da estatal no primeiro
trimestre deste ano, transferindo mais lucros e
dividendos a seus acionistas em detrimento dos
consumidores. Levantamento com base nas projeções de
quatro instituições financeiras (Itaú BBA, UBS,
Credit Suisse e Goldman Sachs) indica que a
companhia deve registrar, no primeiro balanço do
ano, receita líquida de R$ 144 bilhões, avanço de
67,2% frente ao primeiro trimestre de 2021.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
10/05/2022 -
Brasil e Turquia são países com inflação, juros e
desemprego mais elevados
Economia brasileira não registrava patamares tão
elevados desses índices desde 2016
O Brasil divide com a Turquia o posto de países com
as mais altas taxas de juros, inflação e desemprego,
segundo levantamento divulgado no domingo (8) pelo
portal G1. Dados da agência de classificação de
risco Austin Rating apontam que somente os dois
países apresentam os três indicadores acima dos 10%.
Na comparação com outras nações, a pesquisa mostra
que Espanha e África do Sul, por exemplo, registram
índice de desemprego acima do verificado no Brasil,
mas têm juros e inflação mais baixos. Ao mesmo
tempo, Rússia e Argentina vivem os cenários de juros
básicos e inflação mais elevados do globo, mas com
desemprego abaixo dos 10%.
Assim, apenas Brasil e Turquia apresentam números
desfavoráveis nos três indicadores, fundamentais
para balizar análises econômicas. Os dados
consideram a realidade de março e abril de 2022,
porém avaliando também meses anteriores.
Uma análise em retrospectiva mostra que o Brasil não
registrava patamares tão elevados desses índices
desde 2016, quando uma recessão trouxe diversos
desafios econômicos para o país.
A agência Austin Rating aponta que essa combinação
de altas taxas ocorreu ao longo de um período de
quatro meses, na época. A análise considera os dados
compilados pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), desde 2012.
Fonte: Brasil de Fato
09/05/2022 -
De MP em MP, Bolsonaro liquida (ainda mais) os
direitos do trabalhador
Presidente tem recorrido a medidas provisórias
(MPs) para fazer, “a conta-gotas”, sua própria
reforma trabalhista
O presidente Jair Bolsonaro (PL) herdou de seu
antecessor, Michel Temer (MDB), uma devastadora
reforma trabalhista, que retirou direitos,
enfraqueceu a Justiça do Trabalho e atacou o
movimento sindical. A ofensiva, porém, não teve fim.
Conforme levantamento do jornal O Globo, Bolsonaro
tem recorrido a medidas provisórias (MPs) para
fazer, “a conta-gotas”, sua própria reforma
trabalhista. Foram nada menos que seis MPs editadas
apenas em 2022. Como regra, as mudanças flexibilizam
ainda mais a legislação e prejudicam os
trabalhadores.
A MP 1099, por exemplo, foi publicada em janeiro com
o objetivo de criar um esdrúxulo “serviço civil
voluntário”. Relatada pela deputada bolsonarista Bia
Kicis (PL-DF), a medida permite a contratação sem
vínculo de empregatício de jovens entre 18 e 29 anos
e trabalhadores acima de 50 anos. Em vez dos
direitos e benefícios garantidos pela Constituição e
pela CLT ao trabalhador formal, esses “voluntários”
recebem apenas meio salário mínimo e são
encaminhados a cursos de qualificação profissional.
Já a MP 1105, de março, foi tão-somente uma ação
eleitoreira do governo, que autorizou um novo saque
de até R$ 1 mil do FGTS (Funda de Garantia do Tempo
do Serviço) por trabalhador. Além de não combater
efetivamente a crise econômica nem o desemprego,
essa MP ainda põe sob risco as contas do FGTS.
Outro retrocesso é a MP 1108, que adapta o trabalho
remoto ao gosto das empresas e prevê contratos de
prestação de serviços por produção ou tarefa, no
lugar da jornada de trabalho. Até mesmo aprendizes e
estagiários são estimulados a iniciar na profissão
pelo regime de teletrabalho. Além disso, a medida
permite acordos individuais entre patrão e
trabalhador, dificultando deliberadamente a atuação
do movimento sindical.
Bolsonaro também atendeu a lobby de alguns setores
econômicos para que recursos do FGTS possam ser
usados em benefícios desses setores. É o caso das
MPs que autorizam o uso do fundo de garantia para
pagar creches e cursos profissionais. As MPs do
governo ampliam, ainda, o limite de jornada para
aprendizes que já concluíram o ensino médio, além de
permitir a redução da jornada e de salário das
trabalhadoras após a licença-maternidade.
O governo também quer editar uma MP para legalizar a
exploração de trabalhadores que prestam serviço por
aplicativos como Uber e iFood. Embora possa garantir
a inclusão desses trabalhadores na Previdência
Social, a MP deve reconhecer a falta de vínculo
empregatício entre essas empresas e os trabalhadores
– que chegam a ter uma jornada superior a 12 ou 13
horas por dia.
Fonte: Portal Vermelho
09/05/2022 -
NCST comemora aprovação do projeto que cria piso
salarial da enfermagem
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
parabeniza a categoria da saúde por sua luta pela
aprovação do Projeto de Lei 2564/20, na quarta-feira
(4), na Câmara dos Deputados. Aprovado por ampla
maioria, o PL fixa em R$ 4.750 o piso nacional
salarial a ser pago para enfermeiros pelos serviços
de saúde públicos e privados. Nos demais casos,
haverá proporcionalidade: 70% do piso dos
enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50%
para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
“Com a aprovação do projeto, os profissionais da
área terão mais qualidade de vida. Mas é preciso
também que sejam extintas as jornadas de trabalho
extensas, com sobrecarga de trabalho. Isso
compromete a saúde física e mental da categoria,
além de comprometer a qualidade da assistência”,
enfatizou Mário Jorge – diretor nacional de Saúde e
Segurança no Trabalho da NCST.
“O piso salarial representa uma justa valorização
desses profissionais imprescindíveis para a saúde
brasileira! Parabéns a todos os enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras que
fizeram uma grande mobilização durante todo esse
tempo. A participação de vocês fez toda a diferença
para essa aprovação! Viva a Enfermagem! ”, agradeceu
a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Saúde (CNTS)
em comunicado à imprensa.
Tramite para sanção
Agora o texto aprovado, segundo parlamentares, só será
encaminhado para sanção do presidente Jair Bolsonaro
após acordo referente a fonte de custeio. Sobre o
orçamento, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC),
relatora da proposta, informou: “o piso salarial
somente irá à sanção presidencial após a votação da
PEC 122/15, do Senado, que proíbe a União de criar
despesas aos demais entes federativos sem prever a
transferência de recursos para o custeio”.
O texto prevê ainda a atualização monetária anual do
piso da categoria com base no Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção
de salários eventualmente superiores ao valor
inicial sugerido, independentemente da jornada de
trabalho para a qual o profissional tenha sido
contratado.
Carmen Zanotto estimou que a proposta tem impacto de
R$ 50 milhões ao ano na União, mas não calculou os
gastos dos entes públicos e do setor privado. Ela
afirmou que o Congresso vai viabilizar recursos para
garantir o piso salarial.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
Fonte: NCST
09/05/2022 -
Bolsonaro estaciona, Lula segue isolado no topo e
ainda pode vencer no 1º turno, diz Ipespe
Resultado mostra estabilidade na corrida
eleitoral após leve redução de vantagem de Lula na
liderança
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue
na liderança isolada da corrida eleitoral pelo
Palácio do Planalto, de acordo com nova pesquisa
Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (6). Nos votos
totais, o petista oscilou um ponto para baixo e foi
de 45% para 44%. Bolsonaro manteve os 31% da
pesquisa anterior.
Em votos válidos, Lula ficou 48,8%, enquanto
Bolsonaro teve 34%. O resultado mostra que o
ex-presidente ainda tem chances consideráveis de
vencer a eleição no 1º turno. Em votos totais, a
soma de todos os outros candidatos foi de 46%, dois
pontos acima de Lula, o que representa um empate
técnico, já que a margem de erro é de 3,2 pontos
percentuais.
Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e André Janones
(Avante) também mantiveram os mesmos índices do
levantamento anterior, de 8%, 3% e 2% dos votos
totais, respectivamente. Simone Tebet oscilou de 2%
para 1% e Luiz Felipe d’Ávila marcou 1%. Outros
candidatos não chegaram a 1%.
Na pesquisa espontânea, em que não são mostrados os
nomes dos candidatos, a tendência também é de
estabilidade. O petista manteve os 38% da pesquisa
anterior e Bolsonaro oscilou um ponto para mais, de
28% para 29%. Os demais candidatos somam 9% e
indecisos 17%. Brancos e nulos são 7%.
Segundo turno
No segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 54% a 34% -
mesmo placar da pesquisa anterior. O petista também
vence Ciro (52% a 25%) e Doria (55% a 19%).
Bolsonaro perde também para o candidato do PDT por
45% a 38% e vence Doria por 39% a 37%.
A pesquisa ouviu 1 mil eleitores por telefone entre
os dias 2 e 4 de maio em todas as regiões do país. A
margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos
percentuais para mais ou para menos, com um
intervalo de confiança de 95,5%. O estudo está
registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o
protocolo BR-03473/2022.
Fonte: Brasil de Fato
09/05/2022 -
Ministério lança programa sobre segurança no
trabalho
Ideia do programa é promover a conduta
empresarial responsável
O Ministério do Trabalho e Previdência lançou
quinta-feira (5) o Programa Trabalho Sustentável.
Trata-se de um conjunto de orientações a
trabalhadores e empregadores sobre a importância de
cumprir as normas de proteção ao trabalho,
especialmente as de saúde e segurança. A ideia do
programa é promover a conduta empresarial
responsável, o respeito aos direitos dos
trabalhadores.
“É um processo de mudança cultural que se moderniza
a cada dia, que não somente bate na porta das
empresas para fazer a fiscalização, mas também se
consolida como uma unidade de inteligência.
Conseguiremos identificar setores problemáticos,
chamar a sociedade civil e os representantes dos
trabalhadores”, afirmou o secretário-executivo do
ministério, Bruno Dalcolmo, no lançamento do
programa, em encontro online.
Para Dalcomo, as empresas precisam estar
regularizadas e “ter a sensibilidade da importância
de estarem alinhadas com o Marco Regulatório, de
respeitarem sem ressalvas os direitos dos
trabalhadores”.
O programa traz quatro eixos de iniciativa: ações de
diálogo setorial, capacitações, campanhas e soluções
tecnológicas. Os participantes também conheceram os
primeiros produtos do Programa Trabalho Sustentável
voltados a empregadores, trabalhadores, bem como
para toda a sociedade.
Os auditores-fiscais do Trabalho demonstraram a
Ferramenta de Avaliação de Risco para o Programa de
Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR), o
Sistema Ipê Trabalho Infantil e o Autodiagnóstico
Trabalhista para a Conduta Empresarial Responsável,
desenvolvidos em parceria com a Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Fonte: Agência Brasil
09/05/2022 -
Aumento de juros não acaba com inflação e é mortal
para trabalhadores
Mesmo diante de uma inflação que não tem origem em
excesso de demanda - muito pelo contrário, o Banco
Central optou por elevar novamente a taxa de juros
SELIC, dos atuais 11,75% para 12,75% em uma clara
demonstração de que tanto a equipe econômica como a
presidência não têm a menor ideia de como debelar a
alta ininterrupta dos preços no país, mesmo em um
cenário de estagnação econômica, alto desemprego e
queda da renda.
O processo inflacionário recente tem causas muito
claras, destacando-se a política de preços da
Petrobras que eleva os preços dos combustíveis e do
gás de cozinha e por compor os custos de todas as
cadeias produtivas, dissemina essa elevação para
toda economia. A excessiva variação cambial; o
aumento dos preços internacionais dos alimentos;
redução da área plantada para gêneros alimentícios;
o desmonte dos estoques reguladores; a
desorganização da política de promoção da
agricultura familiar; e o aumento de custos
financeiros devido ao aumento dos juros.
Pode-se até argumentar que a inflação é um fenômeno
nesse momento presente em vários países, mas ao
contrário de outros países, o governo federal e a
equipe econômica ao invés de agirem para debelar as
causas do aumento de preços preferem promover o
receituário de privatizações, cortes orçamentários e
aumento de juros. Além de se tratar de uma receita
que foi abandonada pelos principais países do mundo,
antes mesmo da pandemia, ainda aprofunda os
principais problemas do país: inflação e desemprego.
O aumento de juros não soluciona a atual inflação
porque a origem da elevação de preços não é o
excesso de atividade econômica. Desse modo, quando o
governo aumenta os juros, ele está desestimulando
ainda mais os investimentos produtivos, fundamentais
para a geração de empregos e renda e retomada do
crescimento econômico, posto que é muito mais
vantajoso ganhar dinheiro aplicando no mercado
financeiro. Ou seja, ao mesmo tempo em que este
aumento de juros irá impedir uma melhora substancial
na economia e no emprego, há pouco efeito sobre as
reais causas da atual elevação da inflação.
Ademais, é importante salientar que a alta da Selic
tem efeitos sobre as demais taxas de juros de
mercado, ou seja, quando o Banco Central aumenta a
Selic normalmente as instituições financeiras elevam
ainda mais as taxas de juros das demais modalidades
de crédito, como por exemplo, cartão de crédito,
empréstimo pessoal, cheque especial, financiamento
imobiliário etc...tendo como resultado o agravamento
o endividamento e aumento da inadimplência das
famílias e dos pequenos negócios, principalmente.
Instabilidades econômicas sempre existiram. Os
preços internacionais sempre oscilaram: o petróleo
já atingiu mais de US$ 100 em outras oportunidades,
inclusive recentemente. O que mudou foram os
instrumentos disponíveis de defesa da economia
nacional, cada vez mais dependente da produção
externa. Mesmo diante de cenário complexo, a
resposta desse governo, de aumento dos juros,
somente irá promover mais recessão sem equacionar os
problemas, jogando nas costas de trabalhadores e
trabalhadoras do Brasil as consequências da completa
ausência de estratégia econômica do atual governo.
Este cenário deve suscitar a discussão não somente
da necessidade de interrupção desse modelo
econômico, mas também o que fazer com toda sua
“herança” de destruição. No caso da política
monetária, a independência do Banco Central era
vista como fundamental para estabilidade
inflacionária: mesmo aprovada nos moldes desejados
pelos seus defensores, hoje em dia temos a maior
inflação já registrada desde a implantação do Plano
Real em 1994. Os que acusavam governos anteriores de
serem perdulários, inflacionistas e populistas, e
que hoje tem total comando da economia do país,
apresentam como produtos inflação recorde, alto
desemprego, queda na renda do trabalho, estagnação
econômica e déficit fiscal recorde. E o que oferecem
é mais recessão.
É urgente que tenhamos um novo norte em termos de
política econômica, que ofereça solução para os
grandes problemas da população e não um conjunto de
promessas feita para agradar apenas uma ínfima parte
do país. Desenvolvimento econômico com emprego de
qualidade, renda e investimento e justiça social
devem nortear a lógica da política econômica,
revertendo assim o cenário de estagnação e inflação,
crescimento da miséria e da precarização do
trabalho.
Sérgio Nobre - Presidente da Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres - Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo - Presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Oswaldo Augusto de Barros - Presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Antônio Fernandes dos Santos Neto - Presidente da
Central dos Sindicatos Brasileiros
Ricardo Patah - Presidente da União Geral dos
Trabalhadores
Luiz Carlos Prates (Mancha) - Secretaria Executiva
Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro da Silva (Índio) - Secretário-Geral
da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze - Presidente - Pública Central do
Servidor
Fonte: Mundo Sindical
09/05/2022 -
Custo da cesta básica aumenta nas 17 capitais
pesquisadas pelo Dieese
Altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande
e Porto Alegre
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em
abril em todas as 17 capitais onde o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional
da Cesta Básica de Alimentos. De março para abril,
as altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande
(6,42%), Porto Alegre (6,34%), Florianópolis
(5,71%), São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%),
Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). A menor variação
foi observada em João Pessoa (1,03%).
Segundo a pesquisa, São Paulo foi a capital onde a
cesta básica teve o maior custo (R$ 803,99), seguida
por Florianópolis (R$ 788), Porto Alegre (R$ 780,86)
e Rio de Janeiro (R$ 768,42). Nas cidades do Norte e
Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das
demais capitais, os menores valores médios foram
registrados em Aracaju (R$ 551,47) e João Pessoa (R$
573,70).
Na comparação com abril do ano passado, todas as
capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com
variações que oscilaram entre 17,07%, em João
Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande.
A pesquisa indicou ainda que o salário mínimo
necessário para a manutenção de uma família de
quatro pessoas deveria ser de R$ 6.754,33, ou 5,57
vezes o mínimo de R$ 1.212,00 em abril de 2022. Em
março, o valor necessário era de R$ 6.394,76, ou
5,28 vezes o piso mínimo. Em abril de 2021, o valor
do mínimo necessário era de R$ 5.330,69, ou 4,85
vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100.
Fonte: Agência Brasil
06/05/2022 -
MP libera FGTS para creche e flexibiliza jornada de
trabalho para mães
O Congresso vai analisar uma medida provisória
editada pelo governo para estimular a geração e
manutenção de empregos para mulheres e jovens. A
MP 1.116/2022 cria o Programa Emprega + Mulheres
e Jovens, que prevê medidas como a liberação dos
recursos da conta vinculada ao FGTS para pagamento
de creche e a flexibilização da jornada de trabalho
para mães com filhos pequenos (ou pais, em alguns
casos), com adoção de período parcial e compensação
por banco de horas.
Os detalhes sobre o uso dos recursos da conta
vinculada do FGTS no pagamento de creche, como
limite de valor e número de parcelas, serão
definidos pelo Conselho Curador do Fundo. A MP
também permite que as mulheres possam usar o FGTS
para pagar cursos de qualificação e abre brecha para
a suspensão do contrato de trabalho para que elas
possam fazer cursos oferecidos pelos empregadores,
por exemplo. A suspensão também poderá abranger pais
com filhos pequenos, em alguns casos (como no fim do
período de licença-maternidade da esposa ou
companheira).
Entre outros pontos, a proposta dispensa empresas de
instalação de local para assistência de filhos de
empregadas no período da amamentação caso instituam
um benefício batizado de reembolso-creche. Esse
benefício será destinado a trabalhadoras para o
pagamento de creche ou de pré-escola de filhos entre
quatro meses e cinco anos de idade.
Empresas e funcionários (homens e mulheres) com
filhos pequenos também poderão negociar a
flexibilização da jornada, com redução de salários,
tempo parcial com compensação de banco de horas.
Jovens
Para estimular a contratação de jovens aprendizes, o
governo também elevou com a MP o limite de duração
do contrato de dois anos para três anos. No caso de
o contratado ter 14 anos e de jovens em situação de
vulnerabilidade, o período pode chegar a quatro
anos. As empresas que contratarem esses jovens
poderão contabilizar a cota em dobro.
Fonte: Agência Senado
06/05/2022 -
Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil será lançado
neste sábado (7)
O movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, que reúne
partidos políticos, centrais sindicais e
personalidades em torno da pré-candidatura do
ex-presidente Lula à presidência da República, será
lançado neste sábado (7), às 10h, Expo Center Norte,
em São Paulo. O evento não será aberto ao público,
só entrará quem tiver convite, mas será transmitido
pelo YouTube de Lula.
Formado com o objetivo de reconstruir o Brasil, com
desenvolvimento sustentável, emprego e salário
decente, proteção social e com o povo no Orçamento
da União, como diz o ex-presidente Lula, o Vamos
Juntos pelo Brasil reúne 7 partidos políticos e 7
centrais sindicais além de movimentos sociais como o
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
No lançamento do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil
haverá pronunciamentos do ex-governador Geraldo
Alckmin e do ex-presidente Lula.
Participação do evento, presidentes e lideranças do
PT, PSB, PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede, e
das centrais sindicais CUT, Força, UGT, CTB, NCST,
Intersindical Central da Classe Trabalhadora e
Pública Central do Servidor, além representantes dos
movimentos sociais e personalidades.
(Redação CUT)
Fonte: Rádio Peão Brasil
06/05/2022 -
Calendário das Eleições 2022 é aprovado pelo TSE
Primeiro turno será dia 2 de outubro e eventual
segundo turno no dia 30 de outubro
Em sessão administrativa realizada nesta
quinta-feira (16), o Plenário do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, o
Calendário Eleitoral das Eleições 2022.
No dia 2 de outubro do próximo ano, os brasileiros
vão às urnas para escolher presidente da República,
governadores, senadores e deputados federais,
estaduais e distritais. Eventual segundo turno para
presidente e governador poderá ocorrer no dia 30 de
outubro. As datas correspondem ao primeiro e último
domingo do mês, conforme prevê a Constituição
Federal. Os eleitos serão diplomados até o dia 19 de
dezembro de 2022.
O relator, ministro Edson Fachin, afirmou que o
objetivo da resolução é a transparência de todas as
fases do processo eleitoral e lembrou que o
calendário já começa este ano, uma vez que nesta
sexta-feira (17) vence o prazo estipulado para que
os tribunais eleitorais anunciem os juízes
auxiliares responsáveis pelas representações,
reclamações e pedidos de direito de resposta (Lei
9.504/1997, art. 96, § 3º) durante a campanha.
A partir de 1º de janeiro, fica proibida a
distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios
por parte da Administração Pública, exceto em casos
como calamidade pública, estado de emergência e
execução orçamentária do exercício anterior.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso,
agradeceu ao ministro Edson Fachin e aos servidores
do gabinete responsáveis pelo “primoroso e exaustivo
trabalho que desenvolveu ao longo dos meses para que
pudéssemos completar este ano, véspera de ano
eleitoral, com todas as resoluções devidamente
elaboradas e aprovadas para que possamos ter um
quadro jurídico totalmente estável e seguro para a
eleições democráticas de 2022”.
Fonte: TSE
06/05/2022 -
Senado aprova piso de R$ 400 do Auxílio Brasil, que
será permanente
Aprovada pelo Senado, a Medida Provisória 1.076/2021
criou um benefício extra para garantir o pagamento
mínimo de R$ 400 do Auxílio Brasil. O relator,
senador Roberto Rocha (PTB-MA), destacou o caráter
permanente do benefício e o limite de 30% do
desconto do pagamento de pescadores que recebam o
seguro-defeso e o benefício. Já o senador Jean Paul
Prates (PT-RN) ponderou que o novo Bolsa Família não
atende os mais pobres, que ainda lidam com a
inflação. A medida segue para a sanção presidencial.
Fonte: Agência Senado
06/05/2022 -
Mês do trabalhador para reforçar identidade coletiva
e de luta!
Consciência sobre a importância dos sindicatos e da
luta pelos direitos tem ganhado espaço e cada vez
mais pessoas vem percebendo a falsidade do discurso
meramente identitário sem base social e de classe.
por João Carlos Juruna, Ronaldo Leite
Neste ano, os sindicatos voltaram às praças para
comemorar o 1º de maio. Retomar as ruas, mesmo com o
corte de financiamento promovido por Temer e
Bolsonaro, mostra como os sindicatos estão vivos!
O ato da Praça Charles Miller completou o conjunto
de atos do Dia do Trabalhador realizados desde o
aprofundamento da escalada recessiva e conservadora,
com a posse de Jair Bolsonaro. Nos 4 anos desta
gestão presidencial, marcada por um perfil
anti-trabalhador, fizemos bem em unir nossas forças
para enfrentar todos os males que tivemos e ainda
temos que enfrentar. Realizamos 2 atos online nos
anos em que a pandemia estava mais forte, 2020 e
2021, e presenciais, um no início e outro no fim do
desgoverno.
Comparações com os megaeventos realizados na Praça
Campos de Bagatelle, com shows populares e sorteios
de prêmios para a população, que alguns insistem em
fazer, são incorretas. Desde 2017, as comemorações
expressam nossa resistência, nosso pesar com a
pandemia, além de reafirmar nossas lutas.
É importante trazer esse contexto para desfazer
interpretações que usam métricas de comparação
incompatíveis com a realidade atual. Isso porque os
atos do 1º de Maio servem como um termômetro
político e tem um peso muito grande em um ano
eleitoral. A falsa comparação do 1º de Maio de 2022
com outros eventos e a cobrança de uma linearidade
que não existe, induz a uma avaliação política
errada, de esvaziamento, quando na verdade estamos
atuando em prol das mudanças que o país precisa.
Não vamos deixar de fazer aqui um balanço daquilo
que podemos melhorar. Para além dos discursos sobre
nossas pautas, que são necessários, mas que precisam
fluir melhor, a comemoração do Dia do Trabalhador
deve, antes de tudo, atrair o povo. E não há
incompatibilidade em fazer um evento popular com um
nível político elevado.
Podemos, nós sindicalistas, mudar algumas coisas,
mexer aqui e ali, fazer juntos ou separados,
convidar artistas de sucesso e até mesmo realizar
sorteios para que o público compareça para
prestigiar, se divertir e se envolver nos debates
acerca dos rumos do país. Avançamos em nosso papel
de mobilizar e de atualizar o movimento sindical.
Mas, à parte todo e esforço e boa vontade, devemos
considerar, e muitos analistas escondem ou não se
dão conta, que existem questões profundas que dizem
respeito à disseminação no senso comum de uma
campanha antissindical. Estas têm a mesma raiz da
mentalidade escravocrata que se perpetua no Brasil,
mesmo depois da abolição de 1888. Isso está no
centro dos problemas. Problemas que pavimentaram as
reformas liberais de Michel Temer, a vitória de Jair
Bolsonaro, a pobreza, o desemprego e a precarização.
Hoje, a mentalidade antissindical se disfarça de um
discurso moderno. Os defensores da reforma
trabalhista que retirou direitos, por exemplo, dizem
que devemos olhar para a frente e não para trás.
Como se restituir direitos fosse olhar para trás e,
aprofundar a reforma, olhar para frente. Na verdade,
é a reforma, com sua ampla retirada de direitos, que
é o retrocesso ao Brasil pré-CLT.
Mais do que isso, a fantasia pós-moderna que prega
um discurso antissindical mascara ideias
conservadoras que não ajudam os trabalhadores.
Estamos falando de discursos que incentivam a
divisão do movimento social e político em pautas
individuais baseadas em diferenças em detrimento da
união de forças daqueles que querem e precisam se
organizar para a luta. Esta é uma arma que
atualmente os neoliberais usam para colocar os
trabalhadores uns contra os outros e, sobretudo,
contra o movimento sindical. Está evidente quem
ganha com isso. E, percebendo sua decadência, os
arautos do liberalismo tenderão a ficar ainda mais
agressivos.
Após a longa pandemia e com as adversidades
políticas e econômicas, entretanto, a realidade se
impõe; a consciência sobre a importância dos
sindicatos e da luta pelos direitos tem ganhado
espaço e cada vez mais pessoas vem percebendo a
falsidade do discurso meramente identitário sem base
social e de classe. A fundação do sindicato na
Amazon nos EUA e as mudanças na legislação
trabalhista na Espanha são alguns exemplos.
Essas são as questões de fundo que não só desafiam o
nosso 1º de Maio, mas que tentam nos liquidar dia a
dia. Por isso, além de continuar avançando em nossos
atos e exercícios de diálogo e de unidade,
precisamos também reforçar o discurso
pró-trabalhador e esforçar para elevar a consciência
política do povo brasileiro.
Lançar o mês do trabalhador é uma forma de valorizar
e reforçar nossa identidade operária para que todos
e todas tenham em mente tudo pelo que devemos lutar:
jornada de trabalho decente, valorização salarial,
saúde e segurança no trabalho, aposentadoria digna,
convenção coletiva. Nosso movimento é um movimento
agregador, que respeita a diversidade e aproxima a
todos. E é com ele que vamos superar a crise, o
desgoverno e criar condições para um país melhor.
Publicado originalmente no Poder360
Fonte: Portal Vermelho
06/05/2022 -
Brasil ganha 2 milhões de eleitores entre 16 e 17
anos
Edson Fachin disse que a juventude brasileira foi
convocada a participar das eleições em outubro, e a
resposta foi impressionante
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou que, de
janeiro até esta quarta-feira, 4, que foi o último
dia para tirar o título de eleitor, 2.042.817
milhões de novos eleitores entre 16 e 17 anos foram
registrados. A figura representa um aumento de 47,2%
em relação ao mesmo período em 2018 e de 57,4 % em
relação a 2014.
Em sessão na manhã desta quinta-feira, 5, o
presidente do TSE, Edson Fachin, disse que a
juventude brasileira foi convocada a participar das
eleições em outubro, e a resposta foi
impressionante.
"A juventude brasileira foi convocada a participar
das eleições em outubro e a resposta foi
impressionante. Bom lembrar que a Justiça Eleitoral
sempre realiza campanhas de conscientização e
incentivo ao eleitorado como um todo, em especial
aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Neste
ano, pela primeira vez, a campanha contou com a
adesão espontânea de artistas e influenciadores, que
dialogam diretamente com esse eleitorado. O que
vimos foi a sociedade brasileira mobilizada pela
democracia, dos 8 aos 80 ninguém disse não", disse.
Fonte: Brasil247
06/05/2022 -
Sancionada lei que prevê plano nacional para
enfrentamento da violência contra a mulher
O objetivo é determinar a previsão de ações,
estratégias e metas específicas sobre violência
doméstica
O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou
a Lei 14.330/22, que inclui o Plano Nacional de
Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a
Mulher como instrumento de implementação da Política
Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS).
Essa política está prevista na Lei 13.675/18.
A nova norma foi publicada no Diário Oficial da
União desta quinta-feira (5) e é fruto do Projeto de
Lei 4287/20, da deputada Margarete Coelho (PP-PI). O
texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2020
e pelo Senado Federal em março, como parte da pauta
prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim
da Violência contra a Mulher.
O objetivo da norma é determinar a previsão de
ações, estratégias e metas específicas sobre esse
tipo de violência.
A proposta estabelece que o plano deve ser
implementado em conjunto com órgãos e instâncias
estaduais, municipais e do Distrito Federal
responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento
das mulheres em situação de violência.
Fonte: Agência Câmara
05/05/2022 -
Inflação ‘comeu’ um terço dos salários no pós
impeachment. De 2020 a 2022, produtos básicos
dobraram de preço
Enquanto o custo de vida sobe, a renda do
trabalhador cai. Cesta básica equivale a mais de 60%
do salário mínimo
A inflação, que sobe desde meados de 2020, já
corroeu um terço o poder de compra dos salários se
considerado o período a partir de 2017, no pós
impeachment. O INPC-IBGE (índice usado como
referência nas negociações salariais) soma 32,5% de
janeiro de 2017 a março deste ano. As estimativas
são de que, pelo menos por enquanto, os preços
continuem aumentando.
Visível na prateleiras de supermercados e nas
plaquinhas das feiras livres, a alta dos preços se
associa à redução do poder aquisitivo. Apenas no
período de pandemia, entre o final de 2019 e igual
período de 2021, o rendimento médio calculado pelo
IBGE caiu em torno de 8%, para R$ 2.377. Mas o
Dieese lembra que mais da metade dos ocupados (54%)
ganhava R$ 1.500 ou menos. Só nos últimos 12 meses,
até março, o rendimento caiu 8,7%.
Produtos da cesta básica
“A queda no poder de compra dos trabalhadores é
agravada porque os preços dos produtos da cesta
básica subiram ainda mais do que a inflação geral”,
informa o Dieese. “Desde o começo da pandemia, o
custo do conjunto de alimentos básicos teve
acréscimo de R$ 243 em São Paulo, aumento de 47%
entre março de 2020 e março de 2022.” Assim, o valor
estava em R$ 761 no terceiro mês do ano. Isso
corresponde a 63% do salário mínimo oficial (R$
1.212).
Assim, alguns dos produtos do dia a dia mais que
dobraram de preço neste período, também com base na
cesta básica paulistana. O café, por exemplo, saltou
de R$ 18,48 para R$ 39,08 nestes dois anos –
variação de 111,5%. Já o óleo foi de R$ 3,88 para R$
9,41 (142,5%). O preço da carne aumentou 50%, para
R$ 45,74, o que ajuda a explicar por que o consumo
desse item foi o menor em duas décadas e meia,
segundo a Embrapa.
Preço do botijão dispara
O litro da gasolina aumentou 53%, para R$ 7,01. E o
preço médio do botijão de gás subiu 57% em dois
anos, para R$ 109. Em alguns locais do país, chega a
R$ 160. “Essa elevação tem obrigado muitos
brasileiros a procurarem combustíveis alternativos
e, muitas vezes, perigosos, como lenha e álcool”,
observa o Dieese.
O instituto deverá divulgar nesta sexta-feira (6) os
dados da cesta básica em abril. Na próxima quarta
(11), saem o IPCA e o INPC do mês passado. A
“prévia” já mostrou a maior inflação mensal em 27
anos. Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom)
deve anunciar nova alta dos juros, para o maior
nível em cinco anos, medida que não tem ajudado no
combate à inflação.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/05/2022 -
Sindicato precisa ser “freio de arrumação na
ganância empresarial”, diz Lula
Fala aconteceu durante evento de apoio do
Solidariedade, de Paulinho da Força, à
pré-candidatura do petista
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
declarou nesta terça-feira (3) que os sindicatos
precisam funcionar como um “freio de arrumação na
ganância empresarial”. A fala ocorreu durante o
evento em que o Solidariedade, do deputado federal
Paulinho da Força (SP), ligado à Força Sindical,
declarou apoio ao petista na disputa à Presidência.
“É importante que o sindicato seja um freio de
arrumação na ganância empresarial. O sindicato não
quer que o empresário tenha prejuízo, pois se o
empresário tiver prejuízo, a fábrica quebra e o
trabalhador fica sem emprego. Essa gente tem que
entender que nós não somos imbecis. O sindicalista
quer que a fábrica, na sua categoria, seja forte,
ganhe muito, produza muito, venda muito, aumente o
salário dos trabalhadores e gere emprego”, disse
Lula.
Pouco antes, Lula comentou a revogação da
contribuição sindical, um dispositivo eliminado pela
reforma trabalhista, de 2017, durante o governo de
Michel Temer (MDB), e pediu que as instituições de
classe tenham “soberania” para definir, em
assembleia, como será a contribuição dos
trabalhadores.
“Por que que o Temer acabou com a contribuição
assistencial aos sindicatos? Como é que o sindicato
vai viver se não tem recurso para suas atividades?
Na verdade, o trabalhador não gostava de pagar
imposto sindical. Pagar um dia de serviço ao
sindicato… era o dia que a gente era mais xingado
dentro da fábrica”, disse Lula.
“Mas a gente não quer de volta o imposto sindical,
não. A gente quer apenas um artigo em uma lei que
diga que a contribuição sindical é de
responsabilidade do sindicato, de convocar os
trabalhadores em uma assembleia livre e soberana
para decidirem como os trabalhadores vão contribuir.
Eles não fizeram isso porque o fascismo não aceita
um sindicato forte, e não tem democracia forte no
mundo que não tenha sindicato forte”, completou o
petista.
No mesmo evento, Paulinho da Força pediu a Lula para
“esquecer” a reforma trabalhista e deixar que o tema
envolvendo as mudanças nos direitos dos
trabalhadores ficasse nas mãos do Congresso.
“Lula, esquece a reforma trabalhista, ganha a
eleição que em dois meses o Marcelo Ramos (PSD-AM) e
eu resolvemos isso no Congresso”, disse Paulinho,
durante cerimônia do partido em apoio à Lula, nesta
terça-feira (3).
“Digo isso porque acho que precisamos tratar do
Brasil, nunca teve tanta gente morando nas ruas,
tantos desempregados, a inflação voltou, Bolsonaro
destruiu nosso país”, afirmou Paulinho.
O ex-presidente Lula discordou de Paulinho quanto à
“facilidade” prometida pelo apoiador para derrubar a
reforma no Congresso após as eleições.
“Agradeço o Paulinho, mas não é fácil como você
vendeu não, você sabe que o jogo é pesado, se a
gente eleger uma maioria de deputados que pensa
contrário a você estaremos enrolados”, disse o
pré-candidato petista.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de
2022. O confronto entre os candidatos será
transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por
nossas plataformas digitais.
Fonte: CNN Brasil
05/05/2022 -
Presidente da Câmara reafirma compromisso com
melhoria dos índices de desemprego
"Poder Público deve proporcionar crescimento da
economia e geração de empregos”, disse Lira, em
discurso lido pelo deputado Bohn Gass, que presidia
a comissão geral
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), reafirmou o compromisso da Casa pela
continuidade da melhoria dos índices de desemprego e
fortalecimento das políticas econômicas
responsáveis.
Em discurso lido no Plenário pelo deputado Bohn Gass
(PT-RS), na comissão geral para debater o
diagnóstico, as desigualdades e as perspectivas do
mundo do trabalho no Brasil, Lira salientou que em
2020 e 2021, o País atingiu índices recordes de
desempregados, na casa de 15%. Mas, segundo ele, os
números mais atuais revelam processo de recuperação
em curso. “A taxa de desocupação caiu para 11% no
trimestre encerrado em janeiro deste ano, menos
resultado para período desde 2016, sendo que ainda
temos 12 milhões de brasileiros à espera de um
salário”, disse.
Lira destacou que a esse cenário se soma o de
inflação, sendo que o IPCA foi em 2022 o maior para
o mês de março em 20 anos, reduzindo o poder de
compra do brasileiro. Ainda conforme o presidente da
Câmara, as taxas de informalidade seguem
preocupantes. “A cada dez trabalhadores, quatro são
informais e não há sinais de que esse índice possa
apresentar redução em curto prazo”, apontou. Segundo
ele, os mais prejudicados são aqueles já vitimados
pela exclusão social.
Lira ressaltou ainda que, durante a pandemia, o
trabalho remoto se generalizou em muitos setores
produtivos, aportando resiliência em muitos setores
da economia. Ele ponderou, no entanto, que esta
modalidade de trabalho prejudicou quem não possui
meios, equipamentos e tecnologias para exercê-la.
“É crucial que os embates políticos olhem para esses
elementos da realidade trabalhista. O Poder Público
deve proporcionar crescimento da economia e geração
de empregos formais, que dependem da melhoria do
ambiente de negócios e atração de investidores”,
disse.
Fonte: Agência Câmara
05/05/2022 -
Paim quer oficializar campanha Abril Verde de
prevenção aos acidentes de trabalho
A campanha Abril Verde, de conscientização e
prevenção aos acidentes de trabalho, pode ser
oficializada em lei. É o que pretende o senador
Paulo Paim (PT-RS). Ele é autor do PL 1.063/2022 que
institucionaliza a campanha em todo o país. A
proposição aguarda deliberação pelas comissões e
plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado
05/05/2022 -
Governo lança portal com informações sobre o FGTS
Digital
Versão digital entra em operação até final do ano
O Ministério do Trabalho e Previdência lançou nesta
quarta-feira (4) um portal com informações sobre a
versão digital do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço. O FGTS Digital é um conjunto de sistemas
integrados que vai gerenciar os processos
relacionados ao cumprimento da obrigação de
recolhimento do FGTS.
A expectativa do governo é de que as funcionalidades
do FGTS Digital comecem a operar ainda este ano.
O portal contém notícias e informações para que os
usuários que venham a utilizar o serviço se
familiarizem mais facilmente com o novo ambiente
digital. Além de informações sobre o FGTS Digital, a
página apresentará, entre outros serviços,
legislações consideradas pertinentes, perguntas e
respostas frequentes e canais de contato.
O portal com o material explicativo do FGTS Digital
pode ser acessado no
site do
Ministério do Trabalho e Previdência.
A nova plataforma diminuirá o tempo gasto pelas
empresas para cumprirem suas obrigações, uma vez que
fará uso da base de dados do eSocial e os débitos já
serão individualizados desde a origem, utilizando o
CPF como um dos elementos essenciais de
identificação do trabalhador.
De acordo com o subsecretário de Inspeção do
Trabalho, Rômulo Machado, “estudos indicam a redução
de cerca de 36 horas mensais no tempo gasto somente
com o recolhimento do FGTS”. Tempo que, segundo ele,
“resultará em ganho de produtividade”.
Durante o evento de lançamento do portal, o
presidente do Conselho Curador do FGTS e
secretário-executivo adjunto do ministério, Ricardo
Moreira, disse que o FGTS Digital vai reduzir a
cobrança de inadimplências.
“Hoje temos uma cobrança que pode ser aperfeiçoada e
trazê-la para dentro de um prazo prescricional.
Vamos sair do prazo de 5 anos, para trazer essa
arrecadação com inadimplência para um prazo mais
rápido. Trata-se de uma ferramenta importante para
manter a sustentabilidade do fundo que
proporcionará, ao trabalhador, maior transparência
para fiscalização dos contratos de trabalho e para o
recolhimento do FGTS para o fundo”, disse.
A forma escolhida para o pagamento do FGTS pelas
empresas será o PIX. Guias de pagamentos do FGTS
poderão ser emitidas no portal do FGTS Digital ou na
própria tela do ambiente virtual do eSocial.
Benefícios do FGTS Digital
- Emissão de guias rápidas e/ou personalizadas;
- Consulta de extratos de pagamentos realizados;
- Individualização dos extratos de pagamento;
- Verificação de débitos em aberto;
- Pagamento da multa indenizatória a partir das
remunerações devidas de todo o período trabalhado.
Fonte: Agência Brasil
05/05/2022 -
Quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas
O percentual de famílias com dívidas a vencer
alcançou 77,7% do total de famílias brasileiras em
abril. É o maior da série histórica da Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência do Consumidor. O
índice é apurado desde 2010 pela Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Em
abril de 2021, o percentual correspondia a 67,5%.
A tendência de alta no endividamento vai se manter.
“A inflação alta e persistente (IPCA em 11,3% ao
ano) mantém a necessidade de crédito para recompor
renda, fazendo com que as famílias busquem nos
recursos de terceiros uma saída pra manutenção do
nível de consumo”, diz o presidente da Confederação,
José Roberto Tadros.
O cartão de crédito segue como o tipo de dívida mais
comum entre os consumidores. O endividamento no
cartão teve aumento em abril, representando 88,8% de
famílias e revelou que o endividamento está
ocorrendo mais no consumo de curto prazo.
Mais pessoas estão endividadas no período de até
três meses (25,1% do total de endividados). Já o
percentual de endividados por mais de um ano segue
em queda, representando 32,9% dos endividados.
Atrasos – A parcela com dívidas ou contas em
atraso alcançou o maior patamar histórico, atingindo
28,6% do total de famílias, 4,3 pontos percentuais
acima do apurado em abril de 2021. O valor também
representa crescimento de 4,4 p.p. em relação a
fevereiro de 2020, antes da pandemia.
A fração que declara não ter condições de pagar as
contas em atraso chegou a 10,9%. O percentual é o
maior desde dezembro de 2020.
Ricos – Por faixa de renda, o endividamento
cresceu nos dois grupos apurados, com destaque para
o das famílias com ganhos acima de dez salários
mínimos, que desde o início do ano vem apresentando
avanço mais acelerado do que o da parcela com menor
renda.
Com 74,5% das famílias mais abastadas endividadas, o
percentual é o maior da série histórica da pesquisa.
No grupo com renda até dez salários mínimos, o
percentual de endividados chegou a 78,6%, subindo 10
p.p. em relação a abril de 2021.
Entre as famílias de menor renda, o indicador de
contas/dívidas atrasadas alcança 31,9% das famílias
do grupo, o maior nível histórico. Já entre as
famílias com renda superior a 10 mínimos, o
percentual também aumentou e alcançou 13,5% de
famílias – maior desde abril de 2016.
A economista Izis Ferreira avalia que a alta da
inadimplência nas duas faixas de renda está
associada ao consumo em um pior ambiente
inflacionário. “Os orçamentos mais acirrados levam
mais famílias a atrasar o pagamento de contas e
dívidas e usar mais o cartão de crédito, para o
consumo de curto prazo”, afirma.
O contínuo encarecimento do crédito e a fragilidade
no mercado de trabalho devem seguir afetando
negativamente a dinâmica da inadimplência.
(Site G1)
Fonte: Agência Sindical
04/05/2022 -
Sindicatos e Justiça do Trabalho defendem revogação
da reforma trabalhista; indústria rebate
Tema foi debatido em comissão geral da Câmara dos
Deputados
Sindicatos de trabalhadores, juízes e procuradores
do Trabalho defenderam a revogação da reforma
trabalhista de 2017, em comissão geral no Plenário
da Câmara dos Deputados sobre diagnóstico, as
desigualdades e as perspectivas do mundo do trabalho
no Brasil. No debate, nesta terça-feira (3), a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu a
reforma.
O debate foi solicitado pelo deputado Bohn Gass
(PT-RS), em razão do Dia do Trabalho (1º de Maio).
Ele também defendeu revogação da reforma trabalhista
(Lei 13.467/17). “O que vejo é retrocesso. Muitas
conquistas obtidas com muita luta ao longo da
história estão sendo destruídas”, afirmou. “São
27,25 milhões de brasileiros em situação de
desalento, desemprego ou trabalhando menos do que o
desejado”, completou. E acrescentou que dos 96
milhões de pessoas ocupadas, 1/3 são informais – ou
seja, não têm proteção social, não contribuem para a
previdência e não vão se aposentar. “Metade da
população economicamente ativa encontra-se sem algum
tipo de atividade econômica com proteção. O nome
disso é exclusão”, resumiu, ressaltando que mulheres
e negros são os mais atingidos.
Na avaliação do parlamentar, o quadro não é fruto da
pandemia de Covid-19, já que os dados não diferem
muito dos anteriores à pandemia, em 2019. “Não foi a
pandemia, foi a reforma trabalhista, o congelamento
do salário mínimo, foi o corte das políticas
sociais, o corte dos investimentos públicos, que
prejudicou a indústria, foi o desmonte do Estado
brasileiro, foram as privatizações a preço de
banana”, citou. Ele defendeu ainda a aprovação pela
Casa de política de reajuste do salário mínimo acima
da inflação, e não apenas a inflação. O líder do PT,
Reginaldo Lopes (MG), apoiou o reajuste do salário
mínimo com ganho real a partir de 2023.
Presidente da Associação Nacional dos Magistrados da
Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Antônio Colussi
também defendeu a revisão da reforma trabalhista e
discussão do tema pelos candidatos às eleições
presidenciais. “Não apenas a revisão, mas a própria
revogação”, frisou. Para ele, a reforma trabalhista
gerou precarização das relações de trabalho,
dificultando o acesso dos trabalhadores ao
Judiciário e retirando direitos sociais.
Visão da indústria
Gerente executiva da Relação do Trabalho da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sylvia
Teixeira de Sousa, por sua vez, defendeu a reforma
trabalhista de 2017. “Nosso País precisa de um
ambiente de negócios que contribua para a expansão
das atividades produtivas e das oportunidades de
trabalho formal. E nesse sentido a modernização da
legislação trabalhista de 2017 foi e continua sendo
uma peça fundamental nesse desafio de avanços que
precisamos para tornar nosso País inovador, dinâmico
e capaz de produzir desenvolvimento econômico e
gerar renda e trabalho formal para o brasileiro“,
opinou.
“Não houve redução ou extinção de direitos
trabalhista, mas aperfeiçoamento da lei,
considerando as novas formas de trabalhar e de
produzir”, completou. “Por meio de amplo debate
legislativo, foram regulamentados a negociação
coletiva e o teletrabalho”, acrescentou ainda.
Segundo ela, a negociação coletiva tem sido bem
avaliada pela indústria após a reforma e houve queda
nos litígios trabalhistas a partir da lei, com a
redução em mais de 40% no número de processos
trabalhistas nas varas do trabalho entre 2016 e
2021. Na avaliação dela, a lei incentivou o diálogo
e a resolução de conflitos extrajudiciais. Para ela,
“a informalidade é a verdadeira precarização do
trabalho”.
Diretora executiva do Instituto Millenium, Marina
Helena Santos também defendeu a reforma trabalhista
e a liberdade econômica – “regras claras e fáceis,
que permitam que as pessoas empreendam”. Para ela, a
reforma trabalhista deve ser aprofundada e deve ser
feita reforma fiscal, para reduzir a alta carga
tributária.
Menos acordos coletivos
Defensor da revogação da reforma trabalhista, o
diretor-técnico do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
Fausto Augusto Júnior, contestou a ideia de que
houve aumento da negociação coletiva após a reforma
trabalhista. “A gente tem assistido à uma redução
dos acordos e convenções coletivas. Em 2016, nós
tivemos 47 mil acordos e convenções, coletivas. Em
2012, não chegamos a 35 mil acordos negociados. Ou
seja, menos de 12 mil negociações aconteceram no
Brasil após a reforma trabalhista”, disse.
O diretor do Dieese salientou que a reforma
trabalhista não diminuiu a informalidade e gerou
empregos, como prometido; ao contrário, gerou a
precarização do trabalho, ao que se soma um cenário
de aumento da inflação e da cesta básica e queda da
renda do trabalhador. “Nós estamos hoje com uma
renda média do trabalhador hoje de R$ 2.377, 8%
menor do que 2019, mas 54% dos trabalhadores ganham
até R$ 1.500”, completou.
A revogação da reforma trabalhista também foi
defendida entidades sindicais como a Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores
do Brasil e Intersindical Central da Classe
Trabalhadora. Segundo o secretário Nacional de
Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, “a reforma
não gerou emprego, nem renda, só desemprego,
desamparo e desalento”. Na visão dele, foi provado
não apenas no Brasil como no mundo que a reforma não
traz nenhum benefício para os trabalhadores.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara
04/05/2022 -
Solidariedade formaliza apoio à pré-candidatura de
Lula
O Solidariedade oficializou nesta terça-feira (3)
apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, do PT, em um ato que marca o retorno
da Força Sindical e do partido de Paulinho da Força
ao grupo petista. O Solidariedade foi uma das siglas
que apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma
Rousseff (PT), em 2016.
“O Bolsonaro destruiu o Brasil. Nós precisamos
juntar forças para gente fazer um novo Brasil. Por
isso, Lula, você tem a nossa confiança que vai
reconstruir o Brasil […]. Nós vamos enfrentar uma
guerra não da direita do Brasil, vamos enfrentar uma
guerra com a direita do mundo. Por isso, o
Solidariedade aqui hoje declara apoio a você”, disse
Paulinho da Força nesta terça. O evento ocorreu no
Palácio do Trabalhador, no bairro da Liberdade, em
São Paulo.
Com isso, sobe para seis as siglas que compõem a
Frente de apoio à Lula. Além do próprio PT, também
estão o PSB, partido do pré-candidato a vice,
Geraldo Alckmin, o PCdoB, o PV, a Rede e o Psol.
Esse ingresso do Solidariedade na Frente,
entretanto, não foi tão pacífico e gerou
insatisfações internas em alas petistas mais
tradicionais. Paulinho da Força chegou a ser vaiado
durante um encontro com Lula e o pré-candidato a
vice, Alckmin, que ocorreu em Brasília, na semana
passada.
No último dia 19, após se encontrar com o
ex-presidente e com Gleisi Hoffmann, Paulinho
afirmou que o partido fecharia questão sobre o apoio
à pré-candidatura do petista.
Participaram do ato do Solidariedade de apoio ao PT,
em São Paulo, políticos do PSD, partido que não
apoia oficialmente Lula, como senador Omar Aziz
(PSD-AM) e o vice-presidente da Câmara, Marcelo
Ramos (PSD-AM). Também estavam presentes o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Marília Arraes, do
Solidariedade, que será candidata ao governo de
Pernambuco.
Fonte: Congresso em Foco
04/05/2022 -
Produção industrial estaciona em março e desaba no
primeiro trimestre
Setor automobilístico cresceu em março, aponta
IBGE, mas cai 10% na soma dos três primeiros meses
de 2022
A produção industrial praticamente não avançou de
fevereiro para março (0,3%), segundo os dados do
IBGE, que divulgou a pesquisa do setor na manhã
desta terça-feira (3). Na comparação com março do
ano passado, a atividade cai 2,1%. No primeiro
trimestre, em relação a igual período de 2021, o
tombo é ainda maior, de 4,5%. Em 12 meses, ainda
sobe (1,8%), mas o instituto observa que essa alta
anualizada vem “reduzindo sua intensidade de
crescimento” desde agosto.
No mês, o IBGE destaca as atividades de veículos
automotores, reboques e carrocerias (crescimento de
6,9%), outros produtos químicos (7,8%), bebidas
(6,4%) e máquinas e equipamentos (4,9%), entre
outras. Tiveram queda produtos alimentícios (-1,7%),
coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (-2,1%) e produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-8,4%).
Ante março de 2021, que teve um dia a mais, a
indústria teve resultados negativos em três das
quatro categorias, 17 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos
e 60,1% dos 805 produtos pesquisados. As principais
influências negativas vieram de produtos de borracha
e de material plástico (-14,5%), produtos de metal
(-15,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(-20,8%), além de produtos têxteis (-17,7%). Entre
as que tiveram resultado positivo, estão , de outros
produtos químicos (8%) e bebidas (12%).O setor de
veículos automotores cresceu 2,5%.
Pressão de custos
Já no trimestre, segundo o IBGE, a atividade foi menor
em 22 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 65,6% dos 805
produtos. Assim, nessa comparação, a indústria
automobilística caiu 10,2% e a de produtos de
borracha e material plástico recuou 16,3%. Tabém
registram queda produtos de metal (-16,2%) e
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,6%),
entre outros setores. A indústria de coque e
derivados cresceu 5,4% e a de produtos alimentícios,
2,4%.
O gerente da pesquisa, André Macedo, aponta
“questões complicadoras na oferta, que é algo mais
global, afetado pelo mercado internacional, e na
demanda doméstica”. Segundo ele, as fábricas ainda
refletem o aumento dos custos de produção e sentem a
escassez de matérias-primas. “Além disso, a inflação
vem diminuindo a renda disponível e os juros sobem e
encarecem o crédito. Também o mercado do trabalho,
que apresenta alguma melhora, ainda mostra índices
como uma massa de rendimentos que não avança.”
Fonte: Rede Brasil Atual
04/05/2022 -
Vai à CDH projeto de inclusão de dados sobre raça em
documentos trabalhistas
O PL 6.557/2019, projeto de lei que prevê a inclusão
de dados sobre raça e etnia em documentos
trabalhistas, avançou em sua tramitação no Senado: a
matéria foi aprovada nesta terça-feira (3)
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora segue
para a Comissão de Direitos Humanos (CDH). O senador
Paulo Paim (PT-RS), relator da matéria na CAS,
afirmou que a medida contribuirá, por exemplo, para
a implementação de políticas públicas.
Fonte: Agência Senado
03/05/2022 -
INSS começa a pagar 13º a quem recebe mais que o
salário mínimo
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou
a pagar nesta segunda-feira (2) a antecipação do
décimo terceiro a aposentados e pensionistas que
recebem mais de um salário mínimo. A previsão é que,
até sexta-feira (6), mais de 31 milhões de segurados
recebam a primeira parcela, paga conforme o dígito
final do Número de Inscrição Social (NIS).
Consulta
O extrato com os valores e as datas de pagamento do
décimo terceiro está disponível desde o mês passado.
A consulta pode ser feita tanto pelo aplicativo Meu
INSS, disponível para celulares e tablets, quanto
pelo site gov.br/meuinss.
Quem não tiver acesso à internet pode consultar a
liberação do décimo terceiro pelo telefone 135. É
preciso informar o número do Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) e confirmar alguns dados ao atendente
antes de fazer a consulta. O atendimento telefônico
está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Fonte: Agência Brasil
03/05/2022 -
De revogação da reforma a privatizações: as
propostas dos presidenciáveis para o trabalhador
Confira as ideias de cada candidato para
enfrentar os problemas que afligem os trabalhadores,
como o desemprego,
a queda na renda e a inflação
O 1º de Maio deste ano se realizou num cenário de
crise: cerca de 11% dos trabalhadores brasileiros
estão desocupados, o ganho de quem trabalha é menor
do que o de dez anos atrás e a inflação, a maior em
27 anos. Pré-candidatos a presidente dizem que têm a
solução para esses problemas. Mas, afinal, quais as
propostas de cada um deles para gerar emprego e
renda, e melhorar a vida do trabalhador?
Lula
O ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto
para as eleições de 2022, tem dito que pretende
rever a reforma trabalhista de 2017. Idealizada pelo
governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), a
reforma flexibilizou os contratos de trabalho com a
promessa de criar 6 milhões de empregos. Desde que
ela entrou em vigor, no entanto, o desemprego não
caiu.
Segundo a equipe da pré-campanha, Lula também
pretende aumentar investimentos públicos para
aquecer a economia e gerar emprego. O petista,
aliás, já criticou a lei do teto de gastos, que
limitou o crescimento dos gastos de governo.
Bolsonaro
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que pretende
concorrer à reeleição, também já disse ser favorável
a uma mudança no teto de gastos. Por outro lado, o
governo defende a reforma trabalhista e já propôs
inclusive novas flexibilizações de contratos de
trabalho, argumentando que a redução de obrigações
tende a fazer empresários contratarem mais.
Bolsonaro também tem dito que a privatização de
empresas públicas e a concessão de aeroportos,
portos e estradas à iniciativa privada pode aumentar
os investimentos no país, gerando empregos.
Ele aparece atualmente como segundo colocado nas
principais pesquisas eleitorais.
Ciro
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto,
Ciro Gomes (PDT) já disse que pretende revogar a
reforma trabalhista de 2017 e a lei do teto de
gastos. Ele também pretende rever desonerações
fiscais e taxar fortunas para criar um plano de
investimento para que o governo aporte R$ 3 trilhões
na economia em dez anos.
Com esse dinheiro, Ciro promete criar uma frente de
trabalho e iniciar um conjunto de obras públicas,
criando 2 milhões de empregos em dois anos.
Doria
João Doria (PSDB) é o quarto pré-candidato em
pesquisas eleitorais. Ele declarou ao Brasil de Fato
que deve focar seus esforços na qualificação da mão
de obra, caso seja eleito, para aumentar a
produtividade dos trabalhadores. “A baixa
remuneração e a elevada informalidade são também
subprodutos desse grave problema de reduzida
produtividade do trabalho”, pontuou.
O pré-candidato defende mudanças no Ensino Médio e
Ensino Superior para preparar estudantes para o
mercado de trabalho. Declarou também que é
necessário dar atenção “à proteção dos chamados ‘uberizados’”.
Tebet
A senadora Simone Tebet é a pré-candidata do MDB à
Presidência. Ao Brasil de Fato, ela defendeu o
programa de concessões de Temer, seu colega de
partido, e disse que ele pode gerar empregos.
“Pretendemos aprofundar o programa de concessões
lançado no governo Temer e que vem rendendo frutos
até hoje”, disse.
Tebet afirmou que a geração de empregos depende de
um melhor ambiente econômico no país, que por sua
vez viria a partir de uma política “menos
beligerante e mais comprometida com os reais
interesses do país”. “Será fundamental recuperar o
diálogo entre governo, trabalhadores e empresários”,
afirmou.
Sofia Manzano
A economista e pré-candidata à Presidência Sofia
Manzano (PCB) apresentou sete propostas para geração
de emprego e melhoria da qualidade de vida do
trabalhador ao Brasil de Fato. Entre elas está a
revogação da reforma trabalhista, a redução da
jornada de trabalho sem redução de salários e o
aumento do salário mínimo para mais de R$ 6 mil.
Manzano também defende a ampliação dos serviços
públicos e a realização de concursos para
contratação de servidores. A pré-candidata prometeu
reforma agrária e reestatização de empresas
privatizadas nos últimos governos “com objetivo
estratégico de estabelecer programa de emprego para
jovens”.
Vera Lúcia
A pré-candidata Vera Lúcia (PSTU) também enviou sete
propostas ao Brasil de Fato. Ela pretende dobrar o
salário mínimo em três anos e reduzir a jornada de
trabalho mantendo salários. Também defendeu a
revogação da reforma trabalhista e o fim de toda
política de precarização do trabalho.
Vera também pretende expropriar 315 bilionários
brasileiros e não pagar a dívida pública. Usando os
recursos, quer criar “um plano de obras públicas
para construir 6 milhões de casas e saneamento
básico”.
André Janones
O deputado federal André Janones é pré-candidato a
presidente pelo Avante. Janones tem dito que seu
eventual governo terá como objetivo central a
redução da desigualdade.
Para Janones, com uma reforma tributária e redução
da taxa de juros, o governo tiraria dinheiro de
ricos e o destinaria a pobres. Isso geraria consumo
e empregos.
Felipe d’Avila
O cientista político Felipe d’Avila, pré-candidato
pelo Novo, defende a abertura da economia brasileira
a investimentos privados e estrangeiros, com o
objetivo de reduzir o desemprego. D’Avila é
favorável a concessões de bens públicos à iniciativa
privada.
Fonte: Brasil de Fato
03/05/2022 -
Bolsonaro quer tirar o foco dos problemas reais do
povo, diz Orlando Silva
“A fome voltou para a casa dos brasileiros, o
desemprego explodiu e a renda dos trabalhadores
diminuiu. Bolsonaro tenta tirar o foco, por isso,
ele traz está pauta”, afirmou o deputado
Ao incentivar seus apoiadores a se manifestarem em
defesa do deputado condenado Daniel Silveira
(PTB-RJ), a favor do indulto e contra o Supremo
Tribunal Federal (STF), Bolsonaro tenta tirar o foco
dos reais problemas da população como a carestia,
fome e desemprego. A afirmação é do deputado Orlando
Silva (PCdoB-SP) que participou do ato do 1º de Maio
promovido pelas centrais sindicais em São Paulo.
“Esse movimento quem faz é o Bolsonaro para tirar o
foco dos problemas reais do nosso povo. A fome
voltou para a casa dos brasileiros, o desemprego
explodiu e a renda dos trabalhadores diminuiu.
Bolsonaro tenta tirar o foco, por isso, ele traz
está pauta”, afirmou o deputado ao Portal Vermelho.
Como reação, o deputado diz que é preciso dialogar
com povo, conversar com os trabalhadores e fazer um
balanço do que foi experiência de um governo popular
e o que é a realidade do governo Bolsonaro.
“É desse jeito discutindo os problemas concretos da
vida das pessoas que nós poderemos tocar o coração
do nosso povo, conquistar apoio e derrotar
Bolsonaro”, disse.
Orlando afirmou que o centro das manifestações do 1º
de Maio é a defesa dos direitos dos trabalhadores,
emprego e o combate a carestia que está levando
sofrimento às famílias. “Ao mesmo tempo é inevitável
fazer a defesa da democracia. Bolsonaro é um
antidemocrático e uma ameaça à democracia. Por isso,
a defesa da democracia é parte da agenda de hoje”,
concluiu.
Fonte: Portal Vermelho
03/05/2022 -
Indústria calçadista gerou mais de 17 mil postos no
ano
A indústria calçadista brasileira segue criando
oportunidades de trabalho para milhares de
brasileiros. Em março, conforme dados elaborados
pela Associação Brasileira das Indústrias de
Calçados (Abicalçados), as fábricas nacionais
criaram 4,77 mil postos, respondendo por mais de um
terço do total gerado pela Indústria de
Transformação no mês. No acumulado do primeiro
trimestre do ano, o setor calçadista soma a criação
de 17,8 mil vagas, encerrando o período com 284 mil
pessoas empregadas em todo o País, 11,5% mais do que
no mesmo intervalo do ano passado.
Respondendo por quase 30% dos empregos do setor
calçadista no Brasil, o Rio Grande do Sul é o maior
empregador da atividade. Tendo gerado 6,1 mil vagas
no primeiro trimestre, o setor gaúcho encerrou março
com mais de 82 mil pessoas empregadas, 10,3% mais do
que no mesmo mês de 2021.
O segundo empregador da atividade no Brasil é o
Ceará, que no trimestre criou 1,1 mil vagas e
encerrou março com 62,6 mil pessoas empregadas no
setor, 5,8% mais do que no mesmo mês do ano passado.
Com crescimento de 26,8% no estoque de emprego, em
relação a 2021, o setor calçadista baiano gerou 2,86
mil postos no primeiro trimestre. Com o resultado,
em março as fábricas de calçados locais empregavam
38,55 mil trabalhadores.
São Paulo apareceu no quarto posto entre os estados
empregadores do setor calçadista verde-amarelo. No
primeiro trimestre, as fábricas paulistas geraram
3,7 mil vagas, encerrando março com 32,52 mil
pessoas empregadas na atividade, 14,7% mais do que
no mês três de 2021.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo
Ferreira, destaca que os dados positivos são
indicadores da recuperação da atividade,
especialmente nas exportações. Entre janeiro e março
deste ano, as fábricas de calçados exportaram o
equivalente a US$ 320,6 milhões, 65,8% mais do que
no mesmo período de 2021. “O setor calçadista
responde rapidamente aos estímulos da economia.
Neste ano, em que as exportações têm sido o motor do
crescimento e, consequentemente, da criação de
empregos na atividade”, comemora o dirigente.
Fonte: Abicalçados
03/05/2022 -
Fim do estado de emergência da Covid-19 afeta
trabalhadores de todo o país
A portaria que encerrou o estado de emergência
provocado pela Covid-19, assinada pelo ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, no último dia 22,
apresentará consequências para trabalhadores de todo
o Brasil, uma vez que o fim do período de exceção
vai provocar modificações importantes na esfera
trabalhista.
Como o texto da Portaria GM/MS Nº 913 deu 30 dias de
prazo para os governos municipais, estaduais e
federal promoverem uma transição, a medida entrará
em vigor no próximo dia 22. Cerca de 170 portarias e
dois mil atos administrativos serão afetados pela
portaria.
Segundo os advogados Fabiana Zani e Rodrigo Salerno,
do escritório SAZ Advogados, a revogação da
Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional
(Espin) — documento que regulamentou a quarentena, o
isolamento social, o uso obrigatório de máscaras, a
vacinação e a investigação epidemiológica, entre
outros — não vai acabar com o teletrabalho,
modalidade que se popularizou nos últimos dois anos.
"Recentemente, com a publicação da Medida Provisória
1108/22, o teletrabalho ganhou novas regras na
legislação brasileira. Desse modo, os gestores que
quiserem continuar com profissionais trabalhando
remotamente devem fazer isso a partir de contrato.
Recomendamos, portanto, que os empregadores
aproveitem o prazo da portaria para adequar os
contratos que desejam que continuem em modalidade de
teletrabalho ou misto", explicam os advogados.
Os efeitos da portaria ministerial serão sentidos
principalmente pelos trabalhadores que precisam se
afastar de suas atividades por terem contraído a
Covid-19. Segundo Fabiana Zani, a revogação da Espin
afeta especialmente mulheres grávidas e aqueles que
atuam com aplicativos de entrega.
"A lei emergencial garante às grávidas o
teletrabalho. Entretanto, muitas retornam ao
presencial após serem vacinadas ou assinarem
documento de responsabilidade. Voltando a
regularidade, uma opção para quem deseja manter as
gestantes em casa é fazer um novo contrato no modelo
remoto. Já os entregadores por aplicativo, que
tinham direito a auxílio financeiro quando
diagnosticados com Covid-19, perderão esse
benefício".
De modo geral, o trabalhador vai ter de comprovar a
necessidade de se manter afastado das suas
atividades. "Com o decreto de Emergência de Saúde
Públicas, muitas portarias e atos administrativos
facilitaram o afastamento de pessoas com suspeita ou
diagnóstico da doença. Não era nem preciso o
atestado de saúde para que o funcionário ficasse em
casa. Revogada a Espin, tudo volta como era antes.
Afastamentos por doenças precisam de atestado
médico", explica Zani.
Fonte: Consultor Jurídico
02/05/2022 -
Com eleições, ‘o Brasil será reconstruído’, afirma
Lula no 1° de Maio
“A liberdade finalmente abriu as asas sobre o
povo brasileiro. E vamos voltar a ser um país
civilizado”, disse o ex-presidente ao discursar no
ato do Pacaembu, em São Paulo
Em discurso rápido, de apenas 15 minutos, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou
ainda não ser candidato, mas disse que o Brasil vai
eleger “alguém melhor” que o atual presidente e que
o Brasil será reconstruído. Aos dirigentes
sindicais, no ato de 1° de Maio, propôs uma “mesa de
negociação” para discutir direitos e políticas
públicas.
“A liberdade finalmente abriu as asas sobre o povo
brasileiro. E vamos voltar a ser um país
civilizado”, disse Lula quase no final de seu
pronunciamento, às 16h15. Ele chegou à praça Charles
Miller às 15h20, praticamente ao final do show de
Leci Brandão. “Vamos pegar um país destruído”,
alertou. “Quem sabe o que precisa não é nenhum
capitão, é o povo trabalhador deste país.”
O petista referiu-se ao atual presidente como
fascista e genocida. Além de apontar relações com a
milícia. “Ele nunca recebeu os dirigentes sindicais,
os movimentos sociais. Ele só governa, quem sabe,
para seus milicianos. Alguns, quem sabe, com
responsabilidade pela morte de Marielle Franco“,
afirmou.
Alta da inflação
O ex-presidente acrescentou que mesmo os mais jovens
têm “um parente que viveu melhor” quando ele
governava. Falou sobre a alta da inflação: “Quando a
inflação cresce, o salário diminui, o carrinho tem
menos compra, na mesa tem menos coisa para vocês
comerem”. Destacou a política de valorização do
salário mínimo e a criação de empregos com carteira
durante sua gestão. E disse ainda que a Eletrobras
não pode ser privatizada – isso tornaria inviável,
por exemplo, um programa como o Luz para Todos. E
repetiu: tem 76 anos, “energia de 30 e tesão de
brigar por este país” como nunca teve.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/05/2022 -
1º de maio: Emprego, direitos, democracia e vida
O tempo presente exige a unidade da nação, das suas
instituições e organizações, para defender e
fortalecer nossa democracia e seus instrumentos,
impedindo todas as ameaças golpistas No Dia do
Trabalhador e da Trabalhadora, celebramos nossas
lutas e apresentamos as propostas para o futuro. Em
1886, os trabalhadores nos Estados Unidos
reivindicaram a redução da jornada de trabalho sem
redução dos salários. Repressão, assassinato, pena
de morte e prisão foram respostas autoritárias que
exigiram novas etapas de lutas e novas bandeiras,
como a liberdade e o direito de organização.
Quase um século e meio depois, a data celebra e
remete a inúmeras conquistas, como os direitos
trabalhistas, jornada e condições de trabalho,
salário, proteção laboral e previdenciária. A
organização sindical lutou para ter sistemas de
relações de trabalho que tratem dos conflitos e das
mudanças no mundo do trabalho por meio de negociação
e, quando necessário, exercer seu direito de greve.
A luta do movimento sindical buscou a garantia da
liberdade, a promoção do Estado Democrático de
Direito e impedir recorrentes ímpetos autoritários
nefastos com o propósito de cercear a liberdade e
restringir os mais variados direitos.
No Brasil, o período recente vem marcado pelos
retrocessos com a retirada de direitos e proteções,
a promoção de empregos precários e vulneráveis,
informalidade crescente e sem proteção
previdenciária, ataques aos sindicatos e
desvalorização da negociação coletiva.
Uma economia deprimida e rastejante entrega nossas
riquezas naturais, destrói o meio ambiente,
privatiza o patrimônio público para enriquecer o
interesse privado, desindustrializa nosso sistema
produtivo, enfraquece o Estado e as políticas
sociais. O governo ataca as instituições, ameaça com
golpes, negligencia a vida e a ciência.
As ameaças são reais em nosso país. A fome, a
pobreza e a miséria massacram a vida de milhões; o
desemprego gera desespero e tira a esperança de uma
vida melhor; a carestia arrocha os salários; a
violência e o negacionismo no enfretamento da
pandemia matou centenas de milhares de brasileiros.
Nesse 1º de maio, convocamos os trabalhadores e as
trabalhadoras para lutar pela superação das ameaças
ao emprego, aos direitos, à democracia e à vida.
Convidamos a sociedade a participar ativamente das
mobilizações e manifestação para enfrentar os
ataques e as ameaças e afirmar nossas propostas que
estão da Pauta da Classe Trabalhadora lançada,
recentemente, na Conclat (Conferência da Classe
Trabalhadora).
A sociedade precisa estar atenta e não esquecer que,
em regimes autoritários, os direitos são suprimidos,
a liberdade cerceada e as desigualdades acirradas.
Nossa unidade deve ser inquebrantável na defesa da
democracia e da vida.
Nossa prioridade é ampliar a unidade e capacidade de
fazer crescer a nossa força política para superar os
ataques e ameaças aos direitos, à democracia e à
vida. A participação de todos nessa luta é
fundamental.
Nesse 1º de maio, queremos manifestar nosso direito
de escolha sobre os rumos do país, fato que se
materializa no processo eleitoral, que precisa ser
livre e transparente, no qual o debate público e o
voto devem consolidar a escolha do projeto de país
que iremos construir daqui para frente, seus
governantes e legisladores.
O tempo presente exige a unidade da nação, das suas
instituições e organizações, para defender e
fortalecer nossa democracia e seus instrumentos,
impedindo todas as ameaças golpistas. O momento
histórico exige construir e fortalecer uma Frente
Ampla pela Democracia e pela Vida. Essa luta é nossa
prioridade e para qual iremos somar forças.
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos
Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos
Trabalhadores
Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da Nova
Central Sindical de Trabalhadores
Nilza Pereira de Almeida, secretária-geral
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente – Pública Central do Servidor
Fonte: Rádio Peão Brasil
02/05/2022 -
Centrais repudiam atos antidemocráticos de
bolsonaristas no 1º de Maio
O presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse
que a movimentação em prol de Bolsonaro e do
deputado condenado Daniel Silveira é uma agressão ao
Estado Democrático de Direito
Presentes no ato unificado do 1º de Maio, neste
domingo, em São Paulo, os dirigentes da CTB, UGT e
CUT repudiaram os atos antidemocráticos de
bolsonaritas que atacam instituições como o Supremo
Tribunal Federal (STF). Já as manifestações
convocadas pelas centrais têm como centralidade a
defesa dos empregos, direitos e a democracia.
O presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse
que a movimentação em prol de Bolsonaro e do
deputado condenado Daniel Silveira é uma agressão ao
Estado Democrático de Direito.
“É uma afronta a Constituição e a causa democrática,
portanto, nós devemos repudiar. Por outro lado,
evidentemente, esconde-se atrás desse arroubo
autoritário, a incompetência do governo genocida que
não atribui valor a vida nem tão pouco ao drama que
vive a maioria do povo. Cresce o desemprego junto
com a fome e a indigência, um Brasil que segue
colapsado”, afirmou Adilson.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, também considerou
as manifestações fascistas mais um ataque a
democracia. “Se Bolsonaro tivesse apoio força
política ele já teria implantado uma ditadura. Nosso
principal recado aqui na praça Charles Miller é que
nós não queremos Bolsonaro”, afirmou.
De acorco dom ele, a classe trabalhadora está
vivendo seu pior momento com um terço da população
desempregada ou vivendo com um trabalho precário que
não garante o sustento da família. “A fome voltou a
atingir milhares de brasileiros, as famílias estão
inteiras nas calçadas pedindo ajuda, uma cena
dramática que a gente já havia erradicado no final
do governo Lula”, criticou Nobre.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Ricardo Patah, disse que o 1º de Maio é um dia
fundamental para unir as forças para enfrentar “o
demônio e derrubar o fascismo”. “Um momento
histórico para mostrar nossa indignação contra essa
direita fascistas que quer se apropriar do dia para
atacar a Constituição”.
Fonte: Portal Vermelho
02/05/2022 -
Estável, desemprego atinge 12 milhões. Informalidade
se mantém alta e renda despenca
Em 12 meses, número de ocupados cresce, em parte
devido às vagas sem carteira e por conta própria
A taxa média de desemprego no país manteve-se em
11,1% no trimestre encerrado em março, segundo o
IBGE. Isso corresponde a 11,949 milhões de
desempregados no país. Esse número fica estável no
trimestre e cai em um ano (eram 15,257 milhões em
igual período de 2021), em boa parte devido ao
trabalho informal (sem carteira ou por conta
própria).
Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do
IBGE, Adriana Beringuy, a estabilidade da taxa de
desemprego se explica por não haver maior procura
por trabalho no trimestre, ao contrário do que
costuma acontecer neste período. “Se olharmos a
desocupação em retrospecto, pela série histórica da
pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre,
essa população costuma aumentar devido aos
desligamentos que há no início do ano. O trimestre
encerrado em março se diferiu desses padrões”,
comentou.
Com e sem carteira
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta
sexta-feira (29), os ocupados agora somam 95,275
milhões, número estável no trimestre (-0,5%) e com
crescimento de 9,4% em 12 meses. Também nesse
período, o total de empregados com carteira assinada
no setor privado (34,875 milhões) aumenta 10,7%. Mas
os sem carteira (12,216 milhões) crescem muito mais:
19,3%. Já o total de trabalhadores por conta própria
(25,283 milhões) tem acréscimo de 7,3%.
Assim, a taxa de informalidade se mantém acima dos
40%. No trimestre encerrado em março, foi de 40,1%
dos ocupados, ante 40,7% em dezembro. Há um ano,
essa taxa era menor (39,1%).
O rendimento, por sua vez, foi estimado em R$ 2.548.
Pequena alta, de 1,5%, no trimestre. Em um ano,
despenca: 8,7%. A massa de rendimentos, sem variação
significativa, é de R$ 237,673 bilhões.
Emprego formal
O mercado formal abriu 136.189 vagas com carteira em
março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (o “novo” Caged), divulgado pelo
Ministério do Trabalho e Previdência. O resultado é
a diferença entre contratações e desligamentos no
mês passado. O estoque de empregos agora é de
41.293.528. O salário médio de admissão caiu 7,7% em
12 meses.
Fonte: Rede Brasil Atual
02/05/2022 -
Economia patina e trabalhadores pagam a conta, diz
boletim do Dieese
Se a situação econômica geral é negativa, o
Dieese destaca como o baixo crescimento econômico
afeta em específico os trabalhadores, principalmente
devido à inflação
O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou um boletim
especial em referência ao 1º de maio, Dia
Internacional do Trabalhador e Trabalhadora. Segundo
o documento, que realiza um diagnóstico da economia
nacional, a “economia patina, com escolhas do
governo, resquícios da pandemia e crise
internacional, e trabalhadores pagam a conta”.
O Boletim reconhece que “o mercado de trabalho volta
a mostrar sinais de recuperação”, mas afirma que não
há um processo vigoroso de retomada do
desenvolvimento em decorrência da “inação de um
governo mais preocupado em agradar as bases
políticas do que em dar respostas concretas para os
problemas da população”.
Se a situação econômica geral é negativa, o Dieese
destaca como o baixo crescimento econômico afeta em
específico os trabalhadores, principalmente devido à
inflação.
“Desde meados de 2020, a inflação sobe mês a mês,
quase ininterruptamente. Em março de 2022, o
INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
chegou a quase 12%”, ressalta o Boletim. “A queda no
poder de compra dos trabalhadores é agravada porque
os preços dos produtos da cesta básica subiram ainda
mais do que a inflação geral. Desde o começo da
pandemia, o custo do conjunto de alimentos básicos
teve acréscimo de R$ 243 em São Paulo, aumento de
47% entre março de 2020 e março de 2022”,
complementa.
Enquanto a variação dos preços aumenta, os salários
não acompanham – ano passado, quase metade dos
acordos e negociações coletivas ficou abaixo da
variação de preços verificada. “A quantidade de
reajustes abaixo da inflação cresceu de 23,7%, em
2019, para 47,3%, em 2021. No último ano, apenas
15,6% alcançaram ganhos reais”.
O Dieese sustenta, por fim, que a reversão desse
cenário de gravidade econômica depende do
fortalecimento das entidades sindicais e da “atuação
dessas organizações na ampliação dos direitos
individuais e coletivos é fundamental”.
Fonte: Reconta Aí
02/05/2022 -
Congresso mantém veto à lei que determina retorno ao
trabalho de gestantes vacinadas
O Congresso Nacional decidiu pela manutenção da
maioria dos vetos apreciados na sessão desta
quinta-feira (28). Um deles é o veto parcial (VET
15/2022) à Lei 14.311, de 2022, que determina o
retorno ao trabalho presencial das gestantes com
esquema vacinal completo contra o coronavírus. A
lei, originária do PL 2.058/2021, disciplina o
trabalho das grávidas não imunizadas quando a
atividade não puder ser feita à distância — questão
até então não prevista na Lei 14.151, de 2021, que
trata do afastamento da empregada gestante durante a
pandemia.
Com a decisão do Congresso, fica mantido o veto ao
item que previa, no caso de retorno por interrupção
da gestação, o recebimento de salário-maternidade
nas duas semanas de afastamento garantidas pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Também foi
mantido o veto à previsão de considerar gravidez de
risco no caso de o trabalho ser incompatível com sua
realização em domicílio por meio de teletrabalho,
trabalho remoto ou outra forma à distância,
substituindo a remuneração pelo salário-maternidade.
Nos dois casos, os vetos foram justificados por
contrariedade ao interesse público, ao instituir
concessão de benefício previdenciário destinado à
situação de maternidade de forma diversa ao previsto
para o auxílio-maternidade.
Fonte: Agência Senado
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