Blog - Notícias Anteriores - Maio 2023
31/05/2023 -
Precisamos repudiar agentes da ditadura militar! Não
à homenagem ao Coronel Erasmo Dias!
31/05/2023 -
Semana de conciliação trabalhista tem 23 mil acordos
e movimenta mais de R$ 1 bilhão
31/05/2023 -
Mais de 1,1 mil bolsonaristas já viraram réus por
atos golpistas
31/05/2023 -
Mais de 1,3 milhão de empresas foram abertas de
janeiro a abril
31/05/2023 -
Com apenas 5 mulheres, comissão adia votação de PL
da equidade salarial
31/05/2023 -
PGR reafirma denúncia contra Moro por calúnia contra
Gilmar Mendes
31/05/2023 -
Padilha diz estar otimista com tributária e que meta
é votar na Câmara neste semestre
31/05/2023 -
Comissão deve votar nesta quarta a MP do Minha Casa,
Minha Vida
30/05/2023 -
Nova Central
celebra parceria entre MTE e Microsoft
30/05/2023 -
Sindicalistas elogiam medidas pró-indústria e
empregos
30/05/2023 -
STF valida saída do país de convenção contra
dispensa sem justa causa
30/05/2023 -
Debate na CDH
reforça necessidade de salários iguais entre homens
e mulheres
30/05/2023 -
CLT precisa de
ajustes pontuais para evoluir, diz Maria Cristina
Peduzzi
29/05/2023 -
Sindicatos querem unicidade, liberdade e
fortalecimento
29/05/2023 -
Ministro Marinho
valoriza Superintendências
29/05/2023 -
Centrais pedem que Lula transfira órgão de combate
ao trabalho escravo ao MTE
29/05/2023 -
CAE vota projeto que aumenta rigor contra
discriminação salarial
26/05/2023 -
Lula lança Projeto de Fortalecimento da Indústria
com presença de lideranças sindicais
26/05/2023 -
Texto conjunto de Centrais Sindicais exige retirada
de FUNDEB e FCDF do Arcabouço Fiscal
26/05/2023 -
Reforma Sindical avança – Nivaldo Santana
26/05/2023 -
Terceirização da atividade-fim é instrumento ao
trabalho escravo, diz Paim
26/05/2023 -
Volta de adicional para não cumprimento de intervalo
de descanso passa na CDH
26/05/2023 -
CAE deve votar projeto que prorroga desoneração da
folha
26/05/2023 -
Dedicação, empenho e liderança – João Guilherme
Vargas Netto
26/05/2023 -
CPMI do 8 de Janeiro é instalada; Eliziane é
designada relatora
25/05/2023 -
Diretores da Nova Central – SP avaliam
reestruturação e possível futuro do MSB
25/05/2023 -
GTI da Negociação Coletiva realiza primeira reunião
para apresentação de Projeto
25/05/2023 -
CDH aprova revogação de artigo da reforma
trabalhista sobre dispensa de trabalhador
25/05/2023 -
Haddad comemora placar de aprovação do texto-base do
arcabouço fiscal na Câmara
25/05/2023 -
Com derrota e fuga de Bolsonaro, PL abandona o sonho
do “1º milhão”
25/05/2023 -
Aposentados por invalidez podem ter tempo maior para
buscar direitos trabalhistas
25/05/2023 -
Trabalho parcial deve ter limite de 25 horas
semanais, aprova CDH
25/05/2023 -
CCJ aprova projeto que classifica estágio como
experiência profissional
24/05/2023 -
Nova Central participa de GTI para fortalecer
diálogo tripartite e avançar nas negociações
coletivas
24/05/2023 -
Desafio da Previdência é reduzir fila da perícia,
diz Carlos Lupi
24/05/2023 -
Primeira parcela do 13º salário do INSS começa a ser
paga nesta quinta
24/05/2023 -
A lamentável mente de parte dos empresários – Artur
Bueno de Camargo
24/05/2023 -
Comissão debate plano de trabalho do Ministério da
Previdência Social para os próximos anos
24/05/2023 -
CAE adia votação de projeto que prorroga desoneração
da folha até 2027
24/05/2023 -
É importante ainda neste semestre conseguirmos
entregar esse marco fiscal, diz Pacheco
23/05/2023 -
Sessão em homenagem aos 80 anos da CLT debate
proteção aos trabalhadores por aplicativos
23/05/2023 -
Seminário debaterá desafios do governo Lula e
reconstrução do país
23/05/2023 -
Com inflação menor, quase 70% das campanhas
salariais em 2023 têm aumento real
23/05/2023 -
Justiça do Trabalho inicia 7ª Semana de Conciliação
22/05/2023 -
Para justiça e
sindicatos, reforma de Temer foi desmonte de
direitos dos trabalhadores
22/05/2023 -
Marinho critica
‘senhores feudais modernos’ e defende revisão da
reforma e regulação de aplicativos
22/05/2023 -
Centrais e CNTC apoiam recursos ao SESC e SENAC
22/05/2023 -
Em abril, 63% das negociações salariais tiveram
reajustes acima do INPC, diz Fipe
22/05/2023 -
Prévia do PIB indica crescimento acima de 2,4% nos
três primeiros meses do ano
22/05/2023 -
Com chances de Bolsonaro se tornar inelegível,
Centrão já coloca nome de Tarcísio na disputa
presidencial de 2026
22/05/2023 -
Número de trabalhadores com mais de 50 anos dobra no
país
22/05/2023 -
Produção industrial tem alta em 11 de 15 regiões
pesquisadas em março
19/05/2023 -
Taxa de desemprego segue maior para mulheres, negros
e pessoas com menos escolaridade
19/05/2023 -
Centrais sindicais defendem políticas públicas para
pessoas com deficiência no Estado de SP
19/05/2023 -
Dallagnol não tem chances de reverter cassação,
dizem ministros do STF
19/05/2023 -
STF reacende a discussão em torno da contribuição
assistencial
19/05/2023 -
Cláusula Pétrea – João Guilherme Vargas Netto
19/05/2023 -
INSS terá cartão virtual para desconto em shows,
cinemas e viagens; veja como vai funcionar
18/05/2023 -
Nota das Centrais Sindicais sobre o Regime Fiscal
Sustentável
18/05/2023 -
Sindicalistas saúdam criação de Fórum do BNDES
18/05/2023 -
Após cassação de Dallagnol, Moro avalia que será o
próximo: 'eles vêm para cima de mim'
18/05/2023 -
Comissão do Senado rejeita projeto sobre
regulamentação de teletrabalho
18/05/2023 -
Bolsonaro compromete aliados que fraudaram carteira
de vacinação
18/05/2023 -
TSE e Ministério Público fazem parceria para
combater prática de assédio eleitoral
17/05/2023 -
Luiz Marinho
visita Nova Central em Brasília
17/05/2023 -
STF pode validar Convenção 158 contra demissão sem
justa causa
17/05/2023 -
Evidente que há questões que precisam ser revisadas,
diz Marinho sobre regras trabalhistas
17/05/2023 -
Trabalho intermitente cresce, mas renda média é
inferior ao SM
17/05/2023 -
Regime Fiscal Sustentável deve proteger o salário
mínimo
17/05/2023 -
Lula cumpre promessa e encerra “política de preços”
na Petrobras
16/05/2023 -
Nova Central participa de criação do Fórum
Permanente BNDES-Trabalho
16/05/2023 -
CGU aponta que Bolsonaro fez uso da máquina pública
durante campanha eleitoral
16/05/2023 -
Debatedores chamam atenção para a necessidade de
meio ambiente saudável no trabalho
16/05/2023 -
Lira diz que projeto de novo marco fiscal deve
passar por ajustes
16/05/2023 -
‘Se preparem, vamos ter boas notícias para a
indústria’, diz Alckmin em São Bernardo
16/05/2023 -
Semana de 4 dias de trabalho será testada no Brasil
15/05/2023 -
INPC de abril sobe 0,53% ante alta de 0,64% em
março, revela IBGE
15/05/2023 -
Novo Estatuto do Trabalho: CDH debaterá trabalho
remoto, inserção e outros temas
15/05/2023 -
Revisão da legislação trabalhista no Brasil
15/05/2023 -
Centrais participam do lançamento do projeto de
empoderamento dos trabalhadores na América do Sul
15/05/2023 -
Sancionada lei que libera R$ 7,3 bilhões para
pagamento do piso da enfermagem
15/05/2023 -
Trabalhadores tentam evitar até 700 demissões na
Bridgestone: ‘Decisão apenas para ganhar mais
dinheiro’
15/05/2023 -
Inflação acumulada no Brasil é a menor desde outubro
de 2020 e pressão por redução dos juros aumenta
15/05/2023 -
Revisão do FGTS: mudança na remuneração pode reduzir
investimentos públicos, diz Caixa
12/05/2023 -
MPT/Conalis lança campanha “Maio Lilás” 2023
12/05/2023 -
Centrais sindicais pedem a rejeição a projeto que
retira recursos do SESC e SENAC
12/05/2023 -
Nova regra para aposentadoria por periculosidade é
aprovada no Senado
12/05/2023 -
Trabalho intermitente não garante o salário mínimo e
condena trabalhador à fome
12/05/2023 -
Denúncias se avolumam contra Bolsonaro, que está
perto da inelegibilidade
11/05/2023 -
Reforma sindical quer fortalecer a negociação
coletiva – Clemente Ganz Lúcio
11/05/2023 -
Paim registra resistência da CLT em seus 80 anos,
apesar dos recentes retrocessos
11/05/2023 -
Telegram obedece decisão de Moraes e apaga mensagem
contra PL 2630
11/05/2023 -
Presidente da CNI defende “neoindustrialização” e
política de estado
10/05/2023 -
GT deve apresentar revisão da legislação trabalhista
no 1° semestre
10/05/2023 -
Demissão sem justa causa: STF marca julgamento que
pode mudar regras
10/05/2023 -
Para Lira, principal tarefa do Congresso hoje é
evitar retrocessos
10/05/2023 -
Projeto do Executivo define política para a
valorização do salário mínimo
09/05/2023 -
Reajuste do mínimo impacta até 54 milhões de
brasileiros, diz Dieese
09/05/2023 -
Mulheres contra mulheres: quem são as deputadas que
votaram contra a paridade salarial
09/05/2023 -
Lula indica braço direito de Haddad para a diretoria
de Política Monetária do BC
09/05/2023 -
Pacheco fala em urgência para aprovar arcabouço e
defende redução da taxa de juros
09/05/2023 -
União pede ao STF que reduza impacto de revisão da
vida toda no INSS
09/05/2023 -
Reindustrialização enfrenta entraves aprofundados
sob Bolsonaro e pandemia
08/05/2023 -
Uberização “é um
absurdo, é inaceitável”, diz Luiz Marinho
08/05/2023 -
Projeto de lei
quer rever pontos da reforma trabalhista
08/05/2023 -
Nova Central integra Conselhão
08/05/2023 -
Salário mínimo:
governo envia proposta de reajuste anual ao
Congresso; valor pode subir para R$ 1.441 em 2024
08/05/2023 -
Cesta básica tem aumento em 14 capitais brasileiras
no mês de abril
08/05/2023 -
Presidente do
TST defende CLT como instrumento de organização, e
não de dominação social
05/05/2023 -
Sindicalistas tomam posse no Conselhão do governo
Lula
05/05/2023 -
Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para
homens e mulheres
05/05/2023 -
Operação da PF tem efeito devastador para a imagem
de Bolsonaro
05/05/2023 -
Governo anuncia
antecipação do 13º para 30 milhões de beneficiários
05/05/2023 -
PF diz ter provas de que Bolsonaro sabia da fraude
em cartão de vacinação
04/05/2023 -
Documento das Centrais exalta CLT
04/05/2023 -
Governo Lula tem 52% de aprovação, aponta pesquisa
04/05/2023 -
CLT sofreu 4 mil alterações em 80 anos; era
Temer-Bolsonaro foi a pior
04/05/2023 -
Novo salário mínimo altera tabela de contribuição ao
INSS; veja o que muda
04/05/2023 -
Produto Interno Bruto cresce 2,5% em fevereiro
04/05/2023 -
Ministério da Saúde diz que sistema não foi invadido
durante falsificação de registro de vacinação de
Bolsonaro
04/05/2023 -
Comissão aprova projeto que altera regras para saque
em conta do FGTS
03/05/2023 -
“Não haverá futuro digno sem emprego decente”, diz
Lula em 1º de Maio das Centrais
03/05/2023 -
CAE aprova nova regra para aposentadoria especial
por periculosidade
03/05/2023 -
Medida provisória prorroga prazo para regulamentação
dos programas de alimentação do trabalhador
03/05/2023 -
Lula cria grupo para discutir novas regras para
serviços de transporte e entrega por aplicativo
03/05/2023 -
Paim diz que reforma trabalhista foi um retrocesso
03/05/2023 -
Comissão debate com a Febraban a suspensão do
crédito consignado para aposentados e pensionistas
03/05/2023 -
CAE vai debater projeto sobre desoneração da folha
de pagamentos
02/05/2023 -
“Todos que
tentaram dar golpe serão presos”, diz Lula no ato
das centrais
02/05/2023 -
Lula anuncia
política de reajuste do salário mínimo e isenção de
IR
02/05/2023 -
A CLT chega aos
80 anos como marco civilizatório da nossa história
02/05/2023 -
Desemprego no primeiro trimestre é o menor para o
período desde 2015
02/05/2023 -
STJ decide que salário pode ser penhorado para pagar
dívidas
02/05/2023 -
Lula diz que cobrar IR da PLR de trabalhadores e não
de empresas é absurdo
31/05/2023 -
Precisamos repudiar agentes da ditadura militar! Não
à homenagem ao Coronel Erasmo Dias!
É inadmissível que a Comissão de Constituição e
Justiça da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp) homenageie uma pessoa reconhecidamente
autoritária, violenta e antidemocrática como o
Coronel Erasmo Dias.
Além de comandar a invasão na PUC, em 1977, em
repressão ao movimento estudantil, fato que lhe deu
a justa fama de facínora, Erasmo Dias também, em
1964, quando comandante do Forte Itaipú, na Baixada
Santistas, prendeu sindicalistas como petroleiros,
portuários e estivadores, aprisionando todos no
navio Raul Soares, o navio prisão.
Não podemos aceitar que tais arbitrariedades sejam
esquecidas. O Brasil precisa aprender com sua
história para não repetir períodos de retrocesso e
obscurantismo.
Por isto pedimos para que o governador Tarcísio de
Freitas, que tem o poder de veto, vete este projeto
tão absurdo. 0 povo paulista não merece passar pelo
vexame e indignidade que tal homenagem representa.
Não merece ser exposto a uma ferida que já deveria
estar cicatrizada. Ditadura nunca mais!
São Paulo, 27 de maio de 2023
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da
CSP-Conlutas
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do
Servidor
Bruna Brelaz, presidente da UNE, (União Nacional dos
Estudantes)
Fonte: NCST
31/05/2023 -
Semana de conciliação trabalhista tem 23 mil acordos
e movimenta mais de R$ 1 bilhão
De acordo com balanço parcial, homologações
envolveram 335 mil pessoas. Quase R$ 200 milhões vão
para a União
Balanço parcial divulgado pelo Tribunal Superior do
Trabalho (TST) mostra que a Semana Nacional da
Conciliação Trabalhista realizou 23 mil acordos até
a última sexta-feira (26). Foram atendidas 335 mil
pessoas. A atividade movimentou mais de R$ 1,1
bilhão.
Desse total, quase R$ 191 milhões vão para a União
por meio de recolhimento previdenciário (INSS) e
Imposto de Renda, informa o TST. “Foi um esforço
concentrado”, afirmou o ministro Alexandre Ramos.
Nesse sentido, ele lembrou que o Judiciário segue
aberto à proposição de acordos, mesmo fora da semana
de conciliação.
Apenas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(TRT-2), o maior do país (Grande São Paulo e Baixada
Santista) registrou quase R$ 78,5 milhões
homologados em acordos. O valor superou o do último
mutirão de conciliação, realizado em novembro, que
somou R$ 55 milhões. “Neste ano, foram realizadas
12.987 audiências, que resultaram em 3.440 acordos
homologados”, informa o tribunal paulista. Além
disso, os acordos resultaram em aproximadamente R$
4,7 milhões para o INSS e em quase R$ 5,4 milhões
relativos ao Imposto de Renda.
Assim, um dos acordos envolveu a Embraer e o
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos,
no interior paulista. Segundo o TRT da 15ª Região, o
valor totaliza R$ 21,9 milhões, envolvendo 263
trabalhadores. O processo havia sido aberto em 1991.
Fonte: Rede Brasil Atual
31/05/2023 -
Mais de 1,1 mil bolsonaristas já viraram réus por
atos golpistas
Na STF encerrada nesta segunda (29), 131
denúncias foram aceitas, já totalizando 1.176. Novo
bloco com 70 começa a ser julgado dia 2
Um novo conjunto de 131 bolsonaristas que
participaram do atos golpistas de 8 de janeiro
tornaram-se réus por decisão da maioria dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Com
isso, até o momento, são 1.176 as ações abertas, de
um total de 1.390 acusações formais apresentadas
pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A sessão virtual que analisou esse bloco de
denúncias foi encerrada às 23h59 desta segunda-feira
(29). A principal acusação, em todos os casos, é a
de incitação à animosidade das Forças Armadas contra
Poder constituído e de associação criminosa.
As denúncias têm como alvo pessoas presas no
acampamento montado em frente ao Quartel-General do
Exército, em Brasília, no dia seguinte aos ataques
às sedes dos Três Poderes.
Além do relator Alexandre de Moraes, votaram
favoravelmente ao recebimento das denúncias os
ministros Dias Toffoli, Cármem Lúcia, Gilmar Mendes,
Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.
Nunes Marques e André Mendonça divergiram do
relator.
Com o recebimento da denúncia e a abertura de ação
penal, começa a nova fase de instrução do processo,
em que são ouvidas testemunhas de defesa e acusação,
por exemplo. Somente ao final dessa etapa é que o
STF deverá julgar, caso a caso, eventual condenação
dos réus. Não há prazo para que isso ocorra.
Na próxima sexta-feira (2), o STF começa a analisar
um novo lote de 70 denúncias, também por meio de
sessão virtual, que se estenderá até às 23h59 do dia
9 de junho. Com este sétimo bloco, as denúncias
submetidas à Corte somam 1.245.
Todas as análises que estão sendo feitas pelo STF
compõem dois inquéritos. O de número 4921 investiga
os autores intelectuais e as pessoas que instigaram
os atos, e a acusação é de incitação ao crime e
associação criminosa. O outro, 4922, investiga os
executores materiais. As denúncias abrangem os
crimes de associação criminosa armada, abolição
violenta do estado democrático de direito, golpe de
estado e dano qualificado. A acusação envolve ainda
a prática do crime de deterioração de patrimônio
tombado.
Com informações da Agência Brasil e STF
Fonte: Portal Vermelho
31/05/2023 -
Mais de 1,3 milhão de empresas foram abertas de
janeiro a abril
Tempo médio de abertura foi de um dia e seis
horas, segundo ministério
Mais de 1,3 milhão de empresas foram abertas no
Brasil entre janeiro e abril de 2023. O tempo gasto
para a abertura dessas empresas foi, em média, de 1
dia e seis horas, segundo o Mapa de Empresas –
documento elaborado pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
em parceria com o Serviço Federal de Processamento
de Dados (Serpro).
De acordo com o documento, de janeiro a abril deste
ano 1.331.940 empresas foram abertas no Brasil. Com
isso, há, no país, um total de 21 milhões de CNPJs
ativos. Deste total, 93,7% são de microempresas ou
empresas de pequeno porte.
Ainda segundo o estudo, 736.977 CNPJs foram
encerrados no primeiro quadrimestre do ano. Com
isso, o saldo ficou positivo, em 594.963 empresas.
“O total de aberturas foi 21,8% maior do que no
quadrimestre anterior e 1,6% menor em relação ao
mesmo período de 2022. Já os fechamentos
representaram aumento de 34,3% e 34,7%,
respectivamente, nas mesmas bases”, informou o
ministério.
Fonte: Agência Brasil
31/05/2023 -
Com apenas 5 mulheres, comissão adia votação de PL
da equidade salarial
O PL, uma promessa de campanha do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), propõe que homens e
mulheres recebam o mesmo salário
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) adiou a
votação do projeto de lei (PL) 1085/23, que trata da
igualdade salarial entre homens e mulheres, devido à
presença limitada de mulheres. Dos 33 parlamentares
presentes na sessão, apenas 5 eram mulheres.
O PL, uma promessa de campanha do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), propõe que homens e
mulheres recebam o mesmo salário e remuneração por
desempenharem a mesma função. Em casos de
discriminação comprovada por gênero, raça ou etnia,
o projeto prevê o pagamento de multas.
De acordo com o Metrópoles, no entanto, houve
divergências entre os senadores em relação à
equiparação salarial entre profissionais com
diferentes currículos, independentemente do gênero.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-RJ),
decidiu sugerir uma alteração no texto para
esclarecer a diferença entre equidade de remuneração
e salarial. A votação do projeto será retomada nesta
quarta-feira (31).
Fonte: Brasil247
31/05/2023 -
PGR reafirma denúncia contra Moro por calúnia contra
Gilmar Mendes
Caso envolve vídeo exibido em redes sociais
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra
Araújo, voltou a defender a denúncia apresentada
contra o senador Sergio Moro (União-PR) pelo crime
de calúnia.
O caso envolve um vídeo divulgado no mês passado nas
redes sociais em que Moro aparece em uma conversa
com pessoas não identificadas. Durante o diálogo, o
parlamentar afirma: “Não, isso é fiança,
instituto…para comprar um habeas corpus do Gilmar
Mendes".
A denúncia foi motivada por uma representação feita
pelo advogado de Mendes. Após o surgimento do vídeo,
Lindôra denunciou Moro ao Supremo Tribunal Federal
(STF).
Em nova manifestação enviada segunda (29) ao STF, a
vice-procuradora reafirmou que as declarações do
senador não estão acobertadas pela imunidade
parlamentar.
"A denúncia proposta expõe que o denunciado afirmou
livre, consciente e ciente da inveracidade de suas
palavras, durante evento em dia, hora e local não
sabidos na presença de diversas pessoas, acusando
falsamente o ministro do Supremo Tribunal Federal de
comercializar, no exercício da função jurisdicional,
decisão judicial concessiva de habeas corpus",
afirmou a procuradora.
Defesa
Em defesa prévia enviada antes do novo posicionamento
da PGR, Moro disse que as declarações foram feitas
durante uma festa junina, que teria sido realizada
em 2022, e não têm relação com seu mandato.
Segundo o parlamentar, as falas foram feitas quando
ele foi abordado por pessoas que participavam da
brincadeira conhecida como cadeia, parte tradicional
das festividades juninas. A relatora da denúncia é a
ministra Cármen Lúcia. Não há prazo para julgamento.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de Moro
informou que ele não vai se manifestar.
Fonte: Agência Brasil
31/05/2023 -
Padilha diz estar otimista com tributária e que meta
é votar na Câmara neste semestre
Fala do ministro de Relações Institucionais
ocorreu durante participação em reunião da Frente
Parlamentar do Empreendedorismo
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha, disse estar otimista com a aprovação da
reforma tributária. De acordo com ele, o Congresso
“assumiu a responsabilidade” e a meta é aprovar a
matéria na Câmara ainda neste semestre. Padilha
falou em reunião semanal da Frente Parlamentar do
Empreendedorismo (FPE), em Brasília.
Mais cedo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet,
disse que a reforma deverá ter mais dificuldade para
passar no Senado. Segundo ela, a Casa Alta deverá
levar todo o segundo semestre para discutir o
assunto.
Os senadores são eleitos por votação majoritária e
não proporcional, como os deputados. Isso os coloca
mais como representantes dos interesses dos Estados
do que de setores específicos da sociedade. Daí a
possível dificuldade na Casa Alta: cada Estado tenta
evitar perda de receita com a reforma.
Fonte: Estadão
31/05/2023 -
Comissão deve votar nesta quarta a MP do Minha Casa,
Minha Vida
A nova versão do programa traz mudanças como
voltar a atender as famílias de menor renda
A comissão mista responsável pela análise da medida
provisória que retoma o Programa Minha Casa, Minha
Vida (MP 1162/23), deve votar nesta quarta-feira
(31) o relatório do deputado Marangoni (União-SP).
Criado em 2009, o programa volta com mudanças. A
principal delas é o retorno da Faixa 1, que atende
as famílias de menor renda. Em audiência no início
do mês, Marangoni disse que deve incluir em seu
parecer medidas para garantir a melhoria de moradias
já existentes. O alvo são construções precárias,
principalmente nos bairros da periferia.
Depois de ser analisada e votada pela comissão,
presidida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), a MP
ainda será submetida aos plenários da Câmara e do
Senado.
A reunião será realizada às 10 horas, na sala 15 da
ala Alexandre Costa, no Senado.
Fonte: Agência Câmara
30/05/2023 -
Nova Central celebra parceria entre MTE e Microsoft
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, e o assessor
jurídico, Dr. Cristiano Meira, nesta última
sexta-feira (26), ao lado de outros representantes
das centrais sindicais e do estado de São Paulo,
participaram de uma conversa sobre capacitação
tecnológica com o ministro do Trabalho e Emprego (MTE),
Luiz Marinho, o Secretário de Inspeção do Trabalho,
Luiz Felipe Brandão de Mello, o Superintendente
Regional do Trabalho de São Paulo, Marcus Alves de
Mello, e os chefes de fiscalização.
O encontro, que aconteceu na Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRT/SP),
esclareceu como será a atuação do movimento sindical
na parceria do ministério com a Microsoft.
Os sindicatos devem incentivar a participação dos
trabalhadores nos cursos que serão em uma plataforma
on-line chamada Escola do Trabalhador 4.0, que
abrange desde o letramento digital básico até os
conhecimentos mais avançados em TI, como
programação.
Recentemente, o MTE anunciou 5,5 milhões de vagas
para cursos certificados pela Microsoft e pelo órgão
na área de tecnologia da informação (TI).
O programa chamado Caminho Digital busca preparar
trabalhadores para os novos desafios.
Ao finalizar a reunião o ministro deixou claro que
as portas de todos os órgãos do ministério do
Trabalho em Brasília e nos estados estão abertas
para o movimento sindical.
Fonte: NCST
30/05/2023 -
Sindicalistas elogiam medidas pró-indústria e
empregos
Quinta, 25, o governo lançou programa de
fortalecimento do setor. Objetivo é impulsionar a
cadeia produtiva automotiva e gerar empregos. Outras
medidas estão em estudo.
Participaram do anúncio, no Palácio do Planalto, o
vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio, Geraldo Alckmin; Fernando Haddad, Fazenda;
Centrais Sindicais; e empresários.
O governo reduz impostos pra baixar os preços dos
carros mais simples e favorecer o retorno do carro
popular. Medidas também visam fortalecer a produção
nacional para gerar empregos.
Força – Miguel Torres, presidente da Força
Sindical, lembra que revitalizar a indústria
nacional é antiga reivindicação do sindicalismo. Ele
diz: “A indústria é segmento básico pra gerar
empregos, assim como promover desenvolvimento
econômico e social”.
Os descontos serão de até 10,8%, conforme critérios
de preço, eficiência energética e densidade
industrial no País. Medida vale pra carros de até R$
120 mil. O mais barato hoje no mercado nacional
custa R$ 68 mil.
Para Sérgio Nobre, presidente da CUT, indústria
forte significa empregos de qualidade e melhores
salários. “O processo de desindustrialização levou
ao desemprego, à precarização e informalidade. Já
desenvolvimento depende de indústria forte e
empregos de qualidade”, diz.
Fiesp – Lula, Alckmin e o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, estiveram no encerramento
do Dia da Indústria, na Fiesp. O tom geral das falas
foi recuperar o protagonismo do setor industrial,
com uma política ativa, competitiva e moderna, que
leve em conta os avanços tecnológicos e a transição
energética.
Juros – Lula disse ser “uma excrescência
termos uma taxa de 13,75%”, ante uma inflação pouco
acima de 4%. Tomar empréstimos a essa taxa é
inviável a empresas e cidadãos.
Para o Presidente, indústria forte amplia a classe
média, gera empregos com salários melhores e
estimula o consumo. “Pra haver País forte e
indústria forte, é preciso que haja trabalhadores
fortes, consumindo as coisas que eles produzem”,
disse Lula.
Mais – Acesse o site das Centrais Sindicais e
da Fiesp.
Fonte: Agência Sindical
30/05/2023 -
STF valida saída do país de convenção contra
dispensa sem justa causa
Julgamento sobre o tema durou mais de 25 anos
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou
- por maioria - o decreto presidencial que retirou o
Brasil da Convenção 158 da Organização Mundial do
Trabalho (OIT), que proíbe demissões sem causa
justificada nos países aderentes.
A norma encontra-se suspensa no Brasil desde 1996,
em função de denúncia apresentada à OIT pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso, por meio do
decreto. O ato presidencial foi editado meses após o
Congresso Nacional ter aprovado a adesão do país à
convenção.
Pouco após a publicação do decreto, no início de
1997, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag) e a Central Única dos
Trabalhadores (CUT) acionaram o Supremo, alegando
que, antes de produzir efeitos, a saída do país da
convenção teria, necessariamente, de passar pelo
Poder Legislativo.
O julgamento sobre o assunto durou mais de 25 anos
no Supremo, sendo concluído somente na noite dessa
sexta-feira (26). Ao longo desse tempo, foram sete
pedidos de vista (mais tempo para análise), o que
fez a controvérsia se prolongar por diversas
formações do plenário.
Os últimos votos foram dados pelos ministros Gilmar
Mendes, André Mendonça e Nunes Marques no plenário
virtual, modalidade de julgamento em que os
ministros têm um período de tempo para votar de modo
remoto, sem deliberação presencial.
Ao final, o argumento das entidades trabalhistas foi
acolhido apenas parcialmente pelo Supremo. A maioria
dos ministros concordou que o presidente da
República não pode, daqui em diante, retirar por
decreto o Brasil de tratados internacionais, uma vez
que a própria adesão a essas normas internacionais
exige aval legislativo.
Ainda que com diferenças de fundamentação, essa
maioria entendeu, contudo, que o STF não poderia
atuar para anular o ato assinado por FHC. Na
prática, isso mantém o Brasil de fora da convenção
158 da OIT.
Justa causa
A Convenção 158 da OIT, a qual o Brasil havia aderido
após o Congresso ratificar o tratado internacional,
trata do término da relação de trabalho por
iniciativa do empregador.
A norma internacional estabelece que a dispensa de
funcionário, nos países aderentes ao acordo, somente
poderá ocorrer se houver “causa justificada
relacionada com sua capacidade ou seu comportamento,
ou baseada nas necessidades de funcionamento da
empresa, estabelecimento ou serviço”.
Criada em 1982, a convenção foi ratificada e está
vigente em 35 países, dos 180 que compõem a OIT.
Entre as nações que aprovaram e aplicam a norma
estão, por exemplo, Austrália, Espanha, França,
Finlândia, Camarões, Portugal, Suécia e Turquia,
entre outros.
Ainda pelo texto da convenção, não podem ser dadas
como causa justa para demissão: raça, cor, sexo,
estado civil, responsabilidades familiares,
gravidez, religião, opiniões políticas, ascendência
nacional ou origem nacional.
A justa causa também não pode se aplicar nos casos
de ausência temporal do trabalho por motivos de
doença ou lesão; se o empregado for candidato ou
representante dos trabalhadores; filiação a
sindicato ou a participação em atividades sindicais
e abertura de processo administrativo contra o
empregador por violação de normas trabalhistas.
A convenção abre espaço para que os países membros
excluam algumas atividades econômicas e incluam
outras exceções à norma, mas os advogados que
representam o interesse dos empregadores
argumentaram que a demissão sem justa causa é válida
há muitas décadas no Brasil, e que uma mudança de
regras poderia ocasionar imensa insegurança
jurídica.
Fonte: Agência Brasil
30/05/2023 -
Debate na CDH reforça necessidade de salários iguais
entre homens e mulheres
Convidados ouvidos pela Comissão de Direitos Humanos
(CDH) nesta segunda-feira (29) defenderam a
continuidade da luta pela obrigatoriedade de
salários iguais entre homens e mulheres. Os
debatedores pediram também agilidade de discussão,
pelo Senado, do PL 1.085/2023, que prevê multa de
dez vezes o maior salário pago por uma empresa em
caso de descumprimento da igualdade salarial. Em
caso de reincidência, a multa deverá ser elevada em
100%. Já aprovado pela Câmara, o texto é de
iniciativa do Poder Executivo e tramita em regime de
urgência.
A audiência pública integra um ciclo de debates que
vem orientando a criação de um Estatuto do Trabalho
(SUG 12/2018), relatado pelo presidente do
colegiado, senador Paulo Paim (PT-PT). Ele ressaltou
que as mulheres são maioria na CDH e comemorou o
fato de o PL 1.085/2023 ser relatado pela senadora
Zenaide Maia (PSD-RN), na CDH, e pela senadora
Teresa Leitão (PT-PE), nas Comissões de Assuntos
Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE).
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
30/05/2023 -
CLT precisa de ajustes pontuais para evoluir, diz
Maria Cristina Peduzzi
Ao longo de seus recém-completados 80 anos, a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) cumpriu
importante papel como instrumento disciplinador das
relações profissionais no Brasil. Porém, mesmo com
as atualizações feitas em 2017 pela reforma
trabalhista, a lei carece de mais ajustes, a fim de
flexibilizá-la quanto à dinâmica estabelecida pelas
plataformas digitais.
A avaliação é da ministra Maria Cristina Peduzzi, do
Tribunal Superior do Trabalho. Com a vivência de
quem presidiu a corte no biênio 2020-2022 — isto é,
em pleno período da crise da Covid-19 e em meio às
profundas mudanças promovidas pela epidemia no mundo
do trabalho —, a magistrada opinou sobre a CLT e os
novos tempos em sua participação na série "Grandes
Temas, Grandes Nomes do Direito", na qual a revista
eletrônica Consultor Jurídico conversa com algumas
das mais influentes personalidades do Direito
brasileiro sobre os assuntos de maior relevância da
atualidade.
"Hoje aos 80 anos, com uma série de modificações, a
CLT foi ajustada a seu tempo. Tivemos inclusive a
reforma trabalhista, que foi produzida em 2017 e que
objetivou justamente fazer ajustes, e ela vem se
mantendo jovem. Penso que teremos vida longa na CLT
com os ajustes pontuais produzidos e que são
necessários para que se evolua", disse a ministra.
Na entrevista, ela observou que o mundo do trabalho
vive uma quadra histórica incomum justamente no
momento em que o papel da CLT volta a ser celebrado.
"O momento em que ela completa 80 anos é muito
significativo e relevante para as relações de
trabalho, porque estamos inseridos em contexto de
reformas globais e tecnológicas importantes. Vivemos
na época em que a inteligência artificial substitui
parte das atividades realizadas pelos humanos."
Tais inovações têm levado a Justiça do Trabalho a se
adaptar, segundo a ministra. Um exemplo desse
movimento foi a digitalização dos processos e da
atividade jurisdicional como um todo.
"Sem dúvida o Poder Judiciário revelou a sua aptidão
e sua inserção neste mundo tecnológico quando veio a
pandemia. Eu tinha acabado de assumir a presidência
do TST quando foi decretado o estado de emergência,
e nós vivemos um período sem interrupção da
atividade jurisdicional. Porque já tínhamos o
processo judicial eletrônico praticamente
implementado."
Iniciativas como essa, porém, não podem ficar
limitadas à Justiça. Nesse sentido, também cabe ao
trabalhador, de acordo com a ministra, refletir
sobre as transformações e sobre o impacto delas em
sua vida profissional.
"As pessoas que trabalham, dependendo de sua
atividade, precisam se sintonizar com este novo
tempo. Por isso que o teletrabalho, que foi
disciplinado na época da reforma, foi tão
importante."
Ainda sobre os abalos causados pela nova dinâmica do
mercado de trabalho, Peduzzi acredita que marcos
civilizatórios como o reconhecimento do vínculo de
emprego e os direitos trabalhistas não vão acabar.
Porém, a legislação deve abrir espaço para as novas
formas de contrato.
"Nas contratações que se operam por meio das
plataformas digitais, nós temos relações autônomas
de trabalho que têm outro tipo de garantia.
Garantias, direitos mínimos civilizatórios sempre
existirão. O ser humano não vive num mundo selvagem,
ele vive no mundo em que a dignidade da pessoa
humana é um imperativo constitucional. Apenas temos
de ter flexibilidade para contemplar outras formas
que também asseguram direitos e disciplinam deveres
e obrigações."
Fonte: Consultor Jurídico
29/05/2023 -
Sindicatos querem unicidade, liberdade e
fortalecimento
Por Sebastião José*
Presidente do Sindicato dos Rodoviários do
Município do Rio de Janeiro
Presidente da NCST/RJ
Está em gestação um projeto elaborado pela cúpula de
três centrais sindicais. Esse projeto propõe
significativas alterações na atual estrutura de
organização sindical em nosso país, até agora sem
debate efetivo com a base sindical. Ao que consta, o
modelo sugerido nesse projeto, em vez de fortalecer
os sindicatos e o sistema confederativo, busca dar
poder absoluto para as centrais sindicais e
estabelecer protagonismo apenas para três delas.
Entendemos que o princípio da unicidade sindical,
previsto no artigo 8º da Constituição Federal, não
pode ser atacado, em hipótese alguma, sob risco de
enfraquecer definitivamente a representação dos
trabalhadores nas bases. Flexibilizar a
representação dos trabalhadores por ramo de
atividade e excluir as categorias diferenciadas -
como os rodoviários, por exemplo - são duas medidas
inadmissíveis! Somos sindicalistas, eleitos por
nossas categorias para defendê-las e zelar pelo seu
fortalecimento. É inadmissível que, além de
enfrentar o poder econômico dos patrões, o elitismo
que muitas vezes vigora no Judiciário e o poder
político dos governos, ainda tenhamos que nos
deparar com "fogo amigo" vindo de setores do próprio
movimento sindical.
Também é estranho que o papel do Ministério do
Trabalho passe a ser feito por um Conselho das
Centrais Sindicais, presidido por três delas apenas,
em sistema de rodízio. Isto seria privatizar essa
atividade, na prática, em prejuízo do conjunto das
demais centrais, das confederações, federações e
sindicatos.
Obviamente, uma proposta desse tipo é profundamente
antidemocrática. A ideia de que o sistema
confederativo acabaria, num prazo de 10 anos, com as
confederações e federações que efetivamente
organizam os sindicatos de base e a luta coletiva
dos trabalhadores de um determinado segmento ou
categoria é absurda. As federações e confederações
têm legitimidade para atuar em prol de
reivindicações gerais desses segmentos ou
categorias. Conhecem os problemas específicos do
setor e têm contato direto com os sindicatos
filiados.
É preciso respeitar os sindicatos de base –
essenciais à mobilização dos trabalhadores – e as
entidades superiores, federações e confederações.
Todas estes entes travam as lutas específicas das
categorias, seja em negociação com os empregadores,
seja na Justiça ou no Parlamento. Às centrais
sindicais cabem as lutas mais gerais dos
trabalhadores – de todas as categorias – como a
redução da jornada semanal para 40 horas, a geração
de empregos, a industrialização, o aumento do
salário mínimo, o direito de greve e, em última
instância, a própria defesa da democracia.
Pretender que as centrais sindicais substituam essas
entidades específicas de base e de representação
profissional é um disparate que só produziria
distanciamento das bases e enfraquecimento do
movimento sindical. Isto num momento que em, mais
que nunca, precisamos reatar e fortalecer os
vínculos diretos com os trabalhadores – expostos que
estão a todo tipo de desinformação nas redes sociais
que disseminam individualismo e descrédito aos
movimentos coletivos. Só o sindicato nas bases, em
contato direto com os trabalhadores, pode mudar
isso.
Transformar os sindicatos em meros departamentos
burocráticos das centrais sindicais a que estiverem
filiados é o oposto da democracia que precisamos e
queremos. Centralização, submissão a um comando
político e distanciamento das bases: uma tragédia!
Reverter a nefasta "reforma trabalhista" de 2017,
pelo menos em seus piores aspectos, é fundamental. O
debate deve levar em conta o PL-5552/2019, cuja
formulação foi amplamente discutida pelo movimento
sindical dentro do Fórum Sindical dos Trabalhadores
(FST), contando com amplo apoio das confederações,
federações e sindicatos para regulamentação do
artigo 8º da Constituição.
O movimento sindical não precisa de mais um "pacotaço"
elaborado nos gabinetes. Já sabemos muito bem o
caminho a ser perseguido: unicidade, liberdade e
fortalecimento dos sindicatos, federações,
confederações e centrais para que, irmanados,
libertem a massa trabalhadora brasileira da pobreza
e da exploração histórica e gigantesca que sofre
desde sempre.
Fonte: NCST
29/05/2023 -
Ministro Marinho valoriza Superintendências
Onze entre 10 dirigentes sindicais brasileiros
defendem um Ministério do Trabalho forte, ou seja,
com estrutura, quadro de Servidores e políticas de
proteção aos trabalhadores. Essa postura foi
reafirmada sexta (26), quando o ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho, apresentou ao sindicalismo
paulista o novo Superintendente do Estado, o Auditor
Marcus Alves de Mello.
O evento, na SRT-SP, Centro, Capital, reuniu
sindicalistas diversos e as Centrais Sindicais
reconhecidas. Presidentes nacionais da UGT, Ricardo
Patah, Nova Central, Moacyr Tesch, CSB, Antônio
Neto, e da Pública, José Gozze, estiveram presentes.
O ministro Marinho enfatizou o compromisso de
reestruturar a rede do Ministério no Estado, “com
pessoal, equipamentos e mais concursos”, a fim de
recompor o quadro devastado no governo Bolsonaro.
Ele também defendeu “formar comissão tripartite, pra
debater e encaminhar questões ligadas às relações de
trabalho” ou combater trabalho infantil e outros
abusos.
Abertura – O novo Superintendente, empossado
no mês de abril, valorizou o diálogo e a
participação das entidades. Disse: “Só o
sindicalismo é capaz de trazer até a SRT a real
situação dos trabalhadores e as demandas apontadas
pelas categorias”. As portas estarão abertas,
garantiu Marcus Alves de Mello.
Conclat – O resgate do Ministério do Trabalho
e Emprego consta das resoluções da terceira Conclat,
em São Paulo, dia 7 de abril do ano passado.
Mais – CUT, Força Sindical, UGT, Nova
Central, CSB e Pública
Fonte: Agência Sindical
29/05/2023 -
Centrais pedem que Lula transfira órgão de combate
ao trabalho escravo ao MTE
As centrais sindicais emitiram nota conjunta na qual
pedem que o presidente Lula (PT) transfira a
vinculação da Comissão Nacional de Erradicação do
Trabalho Escravo (CONATRAE) para o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE).
Atualmente, o órgão é vinculado ao Ministério dos
Direitos Humanos do governo federal. A proposta é
encampada pelo Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait), que representa os
auditores responsáveis por combater a prática
ilegal.
Confira a nota abaixo:
As Centrais Sindicais solicitam à vossa Excelência a
migração da Comissão Nacional de Erradicação do
Trabalho Escravo – Conatrae para o Ministério do
Trabalho e Emprego e apresenta as justificativas que
corroboram com essa transferência e não deixam
dúvidas da correlação que há entre as principais
finalidades e objetivos entre os entes.
Consideramos que a proposta de vinculação da
CONATRAE ao Ministério do Trabalho é um reforço
importante ao alinhamento com a missão histórica do
Ministério em promover e proteger os direitos
trabalhistas, ao mesmo tempo em que fortalece as
capacidades institucionais necessárias para
intensificar o combate ao trabalho escravo no
Brasil.
Acrescentamos ainda que essa vinculação ministerial
da CONATRAE pode ser definida mediante decreto
presidencial, nos termos da alínea “a” do inciso VI
do artigo 84 da Constituição Federal, considerando
oportunidade e conveniência.
Lembramos que o princípio da especialidade
administrativa, do qual decorrem as possibilidades
de descentralização e desconcentração, reafirmam a
possibilidade material da vinculação da CONATRAE que
deve estar restrita ao órgão que tenha maior
pertinência temática com a sua finalidade, no caso o
Ministério do Trabalho, que mantém a fiscalização do
trabalho, que é uma das principais ferramentas para
o combate ao trabalho escravo ou forçado.
Além disso, o Ministério do Trabalho e Emprego
possui total paridade institucional com as
finalidades da CONATRAE, pois foi incumbido das
políticas e diretrizes para geração de emprego e
renda e de apoio ao trabalhador e a trabalhadora, da
modernização do sistema de relações de trabalho e do
sistema sindical, da fiscalização do trabalho e
aplicação das sanções previstas em normas legais ou
coletivas, entre outras atividades que se relacionam
diretamente com a erradicação do trabalho escravo.
Pelos motivos expostos e que não foram totalmente
exauridos, uma vez que o trabalho escravo decorre de
violações de direitos fiscalizados e garantidos
pelos Auditores-Fiscais do Trabalho e o combate a
esse crime é matéria de específico interessada
inspeção do trabalho brasileira, solicitamos seu
empenho para que a Conatrae passe a ser vinculada ao
Ministério do Trabalho e Emprego.
Cordialmente,
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
José Gozze, Presidente da Pública Central do
Servidor
Nilza Almeida, Secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
Luiz Carlos Prates, Secretário da Executiva Nacional
da CSP-Conlutas
Fonte: Mundo Sindical
29/05/2023 -
CAE vota projeto que aumenta rigor contra
discriminação salarial
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) poderá
votar, nesta reunião de terça-feira (30), o projeto
de lei encaminhado pelo Executivo que reforça os
mecanismos de controle de igualdade salarial entre
homens e mulheres (PL 1.085/2023). A proposta, já
aprovada na Câmara dos Deputados, aguarda relatório
da senadora Teresa Leitão (PT-PE).
A iniciativa foi apresentada pela ministra das
Mulheres, Cida Gonçalves e pelo ministro do
Trabalho, Luiz Marinho. O texto prevê multa de 10
vezes o maior salário pago pela empresa em caso de
descumprimento da igualdade salarial. Em caso de
reincidência, a multa será elevada em 100%. A mulher
prejudicada ainda poderá ser indenizada por danos
morais, e a Justiça poderá emitir decisão liminar
até que o processo seja finalizado, para forçar a
empresa ao pagamento imediato do salário.
A Constituição, a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) e os acordos internacionais dos quais o Brasil
faz parte já estabelecem que, sendo idêntica a
função no mesmo estabelecimento empresarial, o
salário tem de ser igual, sem distinção de sexo,
etnia, nacionalidade ou idade. A nova proposição
aumenta as penalidades às empresas com práticas
discriminatórias e também estabelece mecanismos para
permitir a comparação objetiva dos salários e das
remunerações de homens e das mulheres. De acordo com
o governo, o objetivo é atingir a igualdade de
direitos no mundo do trabalho, “preparando o país
para a assunção de compromissos cada vez mais
evidentes com o desenvolvimento social e o
crescimento econômico”.
Tramitando em regime de urgência, o projeto foi
distribuído para apreciação simultânea pela CAE e
pelas comissões de Direitos Humanos (CDH) e de
Assuntos Sociais (CAS).
Justiça gratuita
Também está na pauta o projeto de lei (PLS 267/2017)
do senador Paulo Paim (PT-RS). Ele garante o acesso
dos trabalhadores à gratuidade judiciária.
Segundo o autor da proposição, tal direito foi
prejudicado pela reforma trabalhista de 2017. A
reforma acrescentou parágrafos ao artigo 844 da CLT
determinando que o reclamante, mesmo sendo
beneficiário de gratuidade judiciária, seja
condenado ao pagamento de custas judiciais em caso
de não comparecimento à audiência. Além disso,
determina o recolhimento das custas para propositura
de nova ação. De acordo com Paim, tais regras coíbem
os direitos dos trabalhadores e vão na contramão do
Novo Código de Processo Civil.
"Ao mesmo tempo, estranhamente, o citado dispositivo
admite que o empregador fique isento das custas e do
depósito recursal (garantia da futura execução),
quando ele for beneficiário da gratuidade de
justiça. Por isso, as alterações inseridas pela
reforma não estimulam o comparecimento da empresa
reclamada à audiência, fator esse que, certamente,
influenciará negativamente na solução do conflito
pelo instrumento da conciliação", explicou Paim.
O PLS já foi aprovado na CDH, na forma do relatório
do ex-senador Telmário Mota (RR). Na CAE, o projeto
aguarda relatório do senador Humberto Costa (PT-PE).
Em seguida, o projeto seguirá para as comissões de
Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais,
à qual cabe decisão terminativa.
Com Agência Câmara
Fonte: Agência Senado
26/05/2023 -
Lula lança Projeto de Fortalecimento da Indústria
com presença de lideranças sindicais
Lula e sindicalistas das centrais durante anúncio
para investimentos e reestruturação da indústria. ”
Precisamos gerar empregos com qualidade”, afirmou o
presidente da Força Sindical, Miguel Torres
Nesta quinta, 25 de maio de 2023, o presidente Lula
e o vice Geraldo Alckmin, Ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com
presença do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
entre outros membros do governo, lançaram um
programa de fortalecimento da indústria brasileira,
com medidas para facilitar a compra de carros
populares e alavancar a cadeia produtiva ligada ao
setor automotivo brasileiro.
O anúncio do governo prevê conceder descontos do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do
PIS/Cofins nos automóveis de valor até R$ 120 mil.
Os descontos variarão de 1,5% a 10,79%.
O evento foi realizado no Palácio do Planalto, em
Brasília, e contou com as presenças do presidente da
Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, de uma
delegação de líderes sindicais da central de todo o
país e dirigentes de outras centrais sindicais.
“A indústria é um segmento importante para a geração
de empregos, com direitos, para o povo brasileiro e
para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Uma pauta, enfim, que sempre defendemos. Vale
destacar que hoje, 25 de maio, é o dia da Indústria.
Saudamos os trabalhadores e trabalhadoras pioneiros
da indústria brasileira e expressamos nosso apoio a
todos os companheiros e companheiras que nos dias de
hoje alavancam este setor fundamental para o
desenvolvimento do País. A luta faz a lei!”, diz
Miguel Torres.
Fonte: Rádio Peão Brasil
26/05/2023 -
Texto conjunto de Centrais Sindicais exige retirada
de FUNDEB e FCDF do Arcabouço Fiscal
As centrais Sindicais reunidas assinaram documento
conjunto exigindo a retirada imediata do Relatório
do Arcabouço Fiscal do artigo que trata do Fundo
Constitucional do DF, do FUNDEB, do piso de
Enfermagem e do congelamento do funcionalismo
público.
O texto alerta sobre a gravidade que representa a
emenda de Autoria do deputado Cláudio Cajado
(PP-BA), relator do Novo Arcabouço Fiscal na Câmara
Federal e os riscos que ela trará para o Distrito
Federal.
Assinam o texto a Central Única dos Trabalhadores do
Distrito Federal (CUT-DF), Central das Trabalhadoras
e dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical,
União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central
(NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
O relator do PLP 93/2023, deputado federal
bolsonarista Cláudio Cajado (PP-BA), quer incluir o
Fundeb no teto de gastos. Além do Fundeb, ele também
encara como despesa os mínimos constitucionais da
educação e da saúde. Cajado pretende ainda reduzir o
valor do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Na nota conjunta, as centrais avisam que “esse texto
substitutivo prejudica substancialmente o Novo
Arcabouço Fiscal ao incluir no teto de gastos os
mínimos constitucionais da educação e da saúde. Isso
prejudicará o FUNDEB, o piso da Enfermagem e o
funcionalismo público.”
As centrais também lembram que “Essa nova versão do
arcabouço fiscal irá impedir também a retomada dos
investimentos necessários para impulsionar áreas
sociais que são as que mais necessitam e contam com
essa ajuda. Sendo assim, é condição indispensável
que o Distrito Federal permaneça unido para combater
essa afronta ao seu orçamento e estabilidade
financeira. “
O Fundo Constitucional é regulamentado pela lei
10.633/2002, “com a finalidade de prover os recursos
necessários à organização e manutenção da polícia
civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como assistência
financeira para execução de serviços públicos de
saúde e educação, conforme disposto no inciso XIV do
art. 21 da Constituição Federal” que trata das
obrigações da União.
Por ser a Capital do país, o Distrito Federal tem
demandas específicas que devem ser custeadas pela
União. A segurança dos prédios públicos federais e
das embaixadas se enquadra nessas demandas
específicas. Além disso, Brasília foi construída
para ser uma cidade exclusivamente administrativa e
ter, no máximo, 500 mil habitantes. Hoje o DF tem
mais de 3 milhões de habitantes – além de 1 milhão
de pessoas que vivem no entorno, que demandam por
serviços de saúde, educação e segurança em Brasília
– demanda essa que cresce de forma exponencial.
Ao mudar as regras do FCDF, Cajado afeta toda a
população do Distrito Federal, e de forma bem
negativa. Pelas atuais regras do FCDF, o total
disponível para o Distrito Federal ficaria em torno
de R$ 35 bilhões nos próximos 10 anos; com as novas
regras, esse valor seria de R$ 23 bilhões. A perda
de receita é de R$ 12 bilhões.
Fonte: SINPRO-DF
26/05/2023 -
Reforma Sindical avança – Nivaldo Santana
Nivaldo Santana é secretário de Relações
Internacionais da CTB
Durante a campanha eleitoral de 2002, sete partidos
que apoiaram a candidatura Lula (PT, PSB, PCdoB, PV,
Psol, Rede e Solidariedade) apresentaram para debate
as “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e
Transformação do Brasil”.
Uma das diretrizes apontava que “o novo governo irá
propor, a partir de um amplo debate e negociação,
uma nova legislação trabalhista”. Para isso, o
governo baixou um decreto, no dia 6 de abril,
criando um grupo de trabalho tripartite.
Esse Grupo de Trabalho Interministerial, com 36
representantes das centrais sindicais, das
confederações patronais e do governo, terá um prazo
de 90 dias para elaborar proposta de reestruturação
das relações de trabalho e valorização da
negociação.
A expectativa das centrais sindicais é que se
alcance uma proposta consensual e até o mês de
agosto seja encaminhado ao Congresso projeto de lei
de atualização trabalhista no país.
Revogar os marcos regressivos da reforma trabalhista
é uma necessidade para reconstruir direitos básicos
dos trabalhadores, liquidados pelas medidas
draconianas promovidas pelos governos Temer e
Bolsonaro.
O governo Lula herdou um país com economia
estagnada, com o tecido social esgarçado e
instituições do estado em frangalhos. A obra de
reconstrução não será tarefa fácil, em particular no
capítulo dos direitos dos trabalhadores.
Qualquer medida positiva nesta área já provoca
ruídos na mídia, com impactos em um congresso
refratário a mudanças progressistas nas relações
capital-trabalho. Por isso, uma necessidade
fundamental é a unidade das centrais sindicais nesta
discussão.
Não se alcança um país desenvolvido sem que haja
valorização do trabalho e do trabalhador. E essa
valorização não cairá do céu. Precisa de sindicatos
fortes e legislação trabalhista avançada!
Fonte: Agência Sindical
26/05/2023 -
Terceirização da atividade-fim é instrumento ao
trabalho escravo, diz Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em
pronunciamento nesta quarta-feira (24), a
preocupação com a terceirização da atividade-fim,
que ele considera um instrumento poderoso para o
trabalho escravo. Segundo o parlamentar, mais de 1,3
mil trabalhadores foram libertados neste ano devido
a denúncias em 17 unidades federativas.
— As empresas não oferecem os direitos básicos para
os trabalhadores em relação à Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). Por isso, teremos um cuidado
especial na nova CLT, no Estatuto do Trabalho. Isso
leva à situação como é hoje: de exploração, trabalho
precário, trabalho análogo à escravidão. De cada dez
trabalhadores libertos, nove são terceirizados.
O parlamentar ressaltou audiência pública promovida
na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para
discutir a CLT e o Novo Estatuto do Trabalho, além
do ciclo de debates sobre o assunto na Comissão de
Direitos Humanos (CDH) do Senado. O Novo Estatuto do
Trabalho é proposto pela Sugestão 12/2018, que está
em análise na CDH e poderá ser transformada em
projeto de lei. Paim afirmou ainda que o PL
859/2023, de autoria dele, está sendo instrumento de
debate e visa proibir a terceirização das
atividades-fim. O texto está tramitando na Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE).
O senador destacou que a CDH aprovou o PL
5.970/2019, de autoria do senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), que regulamenta a expropriação de imóveis
urbanos e rurais onde for constatada a exploração de
trabalhadores análoga ao trabalho escravo.
Fonte: Agência Senado
26/05/2023 -
Volta de adicional para não cumprimento de intervalo
de descanso passa na CDH
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta
quarta-feira (24) projeto do senador Paulo Paim
(PT-RS) que garante o pagamento do adicional de pelo
menos 50% sobre o valor da hora trabalhada, quando a
empresa não der intervalo para descanso ou
alimentação. O PLS 282/2017 segue agora para a
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O projeto visa derrubar uma das mudanças feitas na
reforma trabalhista de 2017 na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452, de 1943),
restabelecendo o direito de o trabalhador receber
acréscimo sobre o valor normal da hora trabalhada
quando a empresa não conceder o intervalo.
A reforma trabalhista permitiu à empresa não
conceder, ou conceder parcialmente, o intervalo
mínimo intrajornada (para descanso e alimentação), a
ser compensado com o pagamento da natureza
indenizatória, e não salarial, do período não
usufruído, acrescido de 50% da hora normal de
trabalho.
“A reforma trabalhista premia a infração à norma
trabalhista, uma vez que é vedada a concessão de
período inferior ao determinado em lei (de uma a
duas horas) e, muito pior, sua não concessão.
Trata-se de um estímulo à prática de ilicitude que
este Parlamento deve corrigir, evitando o tratamento
desumano aos trabalhadores”, defende Paim na
justificativa do projeto.
O relator na CDH, senador Flávio Arns (PSB-PR),
destacou que após a reforma trabalhista, a CLT
determina que a remuneração do intervalo negado ou
parcialmente concedido seja de exatos 50% da hora
trabalhada.
“Isso retira da Justiça a possibilidade de tratar
diferentemente os casos que chegam à sua atenção,
conforme as distintas situações de fato”, pondera.
Para ele, a reforma trabalhista contraria
entendimento já sedimentado de que o intervalo para
repouso e alimentação deve ser sempre gozado e pago
na integralidade. Arns também encara como uma
distorção — com reflexos sobre as contribuições
previdenciárias — o enquadramento da compensação
financeira como indenizatória, e não salarial.
Diferentemente do que acontece com a verba salarial,
ou remuneratória, essa verba não entra nos cálculos
de outras verbas trabalhistas, como 13º salário, um
terço de férias e INSS, nem dos tributos e impostos.
“Devemos promover a dignidade do trabalho e do
trabalhador ao restabelecer o texto anterior da
CLT”, defende Arns.
Fonte: Agência Senado
26/05/2023 -
CAE deve votar projeto que prorroga desoneração da
folha
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) discutiu na
terça-feira (23) projeto do senador Efraim Morais (União-PB)
que prorroga a desoneração da folha de pagamento até
2027 para 17 setores da economia (PL 334/2023). Sem
a nova lei, a desoneração acaba no final do ano.
Defensores da prorrogação dizem que o benefício
tributário gerou 600 mil empregos. Mas o governo
federal pede que proposta seja analisada junto com a
reforma tributária. A votação do projeto ficou para
a semana que vem.
Fonte: Agência Senado
26/05/2023 -
Dedicação, empenho e liderança – João Guilherme
Vargas Netto
A maior preocupação de um dirigente sindical deve
ser o cotidiano dos trabalhadores e das
trabalhadoras que representa.
A “subida” às bases e o relacionamento permanente e
motivado com os representados, esclarecendo-os,
mobilizando-os e unindo-os, ocupará quase todo o
tempo do dirigente, fortalecendo, assim, a entidade.
Em situações especiais, os dirigentes desenvolverão
outras atividades compatíveis com seus cargos e
responsabilidades.
Entre essas contarão o contato com seus colegas de
direção nas entidades em que participam, a garantia
de recursos financeiros, as negociações com o
patronato, as relações com o Judiciário, com os
meios de comunicação, com os movimentos sociais, com
o governo e os políticos. São momentos especiais em
que se revela e se torna mais efetiva a orientação
da entidade, a sua “pegada”.
Nas relações com o governo e os políticos, de apoio,
de crítica ou de contestação, a independência, a
autonomia e a legitimidade sindicais devem ser as
pedras de toque da defesa dos interesses classistas
– imediatos e de longo prazo – dos trabalhadores e
das trabalhadoras.
Uma ação profícua no Congresso Nacional, por
exemplo, compreendida sua complexidade em termos de
representações partidárias, lideranças, bancadas,
regionalidades e interesses conflitantes, deve
partir sempre de uma criteriosa e inteligente
análise da correlação de forças em relação ao tema
tratado, até mesmo porque, a meu juízo, não existe
uma “bancada sindical” – ela seria um excesso e uma
carência na hora da contagem dos votos.
Cada dirigente tem, portanto, muitas tarefas. O seu
cumprimento exige dedicação, empenho e liderança,
unidos aos trabalhadores e às trabalhadoras e
unindo-os em defesa de seus interesses.
Fonte: Agência Sindical
26/05/2023 -
CPMI do 8 de Janeiro é instalada; Eliziane é
designada relatora
Foi instalada nesta quinta-feira (25) a Comissão
Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) criada com
objetivo de investigar os ataques de 8 de janeiro
aos Poderes da República. Foram escolhidos o
deputado federal Arthur Maia (União-BA) para a
presidência da CPMI e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA)
para a relatoria. Ela já adiantou que apresentará o
plano de trabalho na reunião da próxima semana.
Acordo encaminhado pela bancada do governo sugeriu
que a criação dos postos de primeiro e segundo
vice-presidentes. Como não há previsão regimental no
Regimento Comum do Congresso Nacional para isso, os
integrantes da CPMI oficializaram os senadores Cid
Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES) para a primeira
e segunda vice-presidências, respectivamente, mas o
senador Otto Alencar (PSD-BA), que presidiu a
reunião preparatória, encaminhou a questão para que
a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
trate do assunto.
Ao assumir o comando da CPMI, o deputado Arthur Maia
afirmou que as investigações seguirão todos os
trâmites do processo democrático e que a comissão se
dedicará a "esclarecer os fatos e, não, confirmar
narrativas".
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
25/05/2023 -
Diretores da Nova Central – SP avaliam
reestruturação e possível futuro do MSB
Membros da diretoria da Nova Central Sindical de
Trabalhadores no Estado de São Paulo (NCST/SP),
ligados ao setor de transporte rodoviário de
passageiros, reuniram-se na sede da entidade na
manhã de terça-feira (23), para avaliar o possível
futuro do MSB – Movimento Sindical Brasileiro, após
aprovação da proposta de reestruturação que será
elaborado pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI)
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) instituído
pelo Decreto nº 11.477,com participação das Centrais
Sindicais e representação dos empresários.
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, e o assessor
jurídico, Dr. Cristiano Meira, ao lado de outras
lideranças dos trabalhadores e trabalhadoras,
representantes do governo e dos empresários,
participaram em Brasília, da primeira reunião do GTI
realizada na terça-feira (23), e definiram que nos
próximos meses traçarão novos caminhos para pautar a
reestruturação das relações trabalhistas no Brasil.
A preocupação dos sindicalistas da Nova Central – SP
é com o caminho que o GTI seguirá no debate já
iniciado, para que não cometa o mesmo erro do Fórum
Nacional do Trabalho (FNT), que em nome da
modernização sindical, excluíram setores importantes
da classe trabalhadora como as Confederações e
Federações e ampliaram demasiadamente os poderes das
centrais no processo de negociações coletivas.
No bate papo comentaram sobre o artigo do consultor
político das centrais, Clemente Ganz, no qual afirma
que reforma sindical é “necessária e deve acontecer
em parceria com o governo, centrais sindicais e o
setor empresarial”. Em sua opinião, não haverá
revogação de artigos da Lei Federal 13.467 de 2017.
“Vou ser muito claro, eu não vejo sentido prático em
a gente falar da revogação da reforma trabalhista.
Tem um novo mundo acontecendo e esse novo mundo, em
muitos aspectos, está muito pior do que o mundo de
2016, do trabalho”, afirma.
De acordo com Nailton Francisco de Souza (Porreta),
diretor de Comunicação da Nova Cenral – SP e
vice-presidente da FTTRESP – Federação dos
Trabalhadores em Transportes Rodoviário do Estado de
São Paulo, o MSB que já foi grande protagonista na
organização da classe trabalhadora na luta por
melhores condições de vida e também na reconstrução
democrática contra a Ditadura Militar, tem todas
condições de se aglutinar, reinventar e reconstruir
instituições sólidas e combativas.
“Nos últimos 6 anos tivemos que enfrentar uma forte
crise de identidade devido os altos níveis de
informalidade, a destruição de direitos trabalhistas
e o fechamento das portas de diálogo pelos governos
Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), que de
forma deliberada impuseram condições adversas para a
organização sindical. O fim da contribuição sindical
compulsória e centenas de alterações na Consolidação
das Leis do Trabalho, contribuiu decisivamente no
enfraquecimento do papel do movimento sindical”,
lembrou Nailton Porreta.
Fonte: Sec. de Comunicação da Nova Central – SP
25/05/2023 -
GTI da Negociação Coletiva realiza primeira reunião
para apresentação de Projeto
Grupo discute reestruturação das relações de
trabalho e valorização da negociação coletiva no
Brasil
Grupo de Trabalho Interministerial da Negociação
Coletiva teve sua primeira reunião nesta terça-feira
(23) para discutir sobre reestruturação das relações
de trabalho e valorização da negociação coletiva no
Brasil. A reunião, conduzida pelo ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, contou com a
participação de representantes do governo federal,
dos trabalhadores, como centrais sindicais, e dos
empregadores, como confederações do setor produtivo,
dentre as quais CNI, CNA, CNT.
Luiz Marinho destacou a importância do diálogo para
a retoma da normalidade e civilidade do
relacionamento das relações do trabalho. “Esse grupo
tem uma responsabilidade. Não é tarefa simples, não
é uma tarefa menor, é uma tarefa importante que
precisa ser valorizada. A principal ferramenta do
nosso trabalho é o diálogo, a conversa, a construção
de entendimentos”, ressaltou o ministro.
No encontro foi apresentado pela bancada dos
trabalhadores o Projeto de Valorização e
Fortalecimento da Negociação Coletiva e Atualização
do Sistema Sindical Brasileiro, elaborado em
conjunto pelas Centrais Sindicais, com os seguintes
objetivos: negociação coletiva valorizada e
fortalecida, direito de negociação coletiva para
servidores públicos, sindicatos representativos,
representação sindical ampliada, agregação sindical
incentivada, autonomia sindical para a organização e
o financiamento, participação de todos no processo
de transição, unidade fortalecida e autonomia para
regular e operar o sistema de relações do trabalho.
A próxima reunião tripartite está prevista para
acontecer 3 de julho, tendo a bancada dos
empregadores tempo para se aprofundar no Projeto
apresentado pelos trabalhadores e discutir os temas.
Em seguida, quando todos estiverem de acordo, o
Projeto será encaminhado ao Congresso Nacional.
Grupo de Trabalho Interministerial – GTI -
Coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o
GTI foi instituído pelo Decreto nº 11.477, de 6 de
abril de 2023, para tratar sobre a democratização
das relações do trabalho e fortalecer o diálogo
entre o Governo Federal, os trabalhadores e os
empregadores. Ao Grupo de Trabalho Interministerial
compete elaborar proposta legislativa de
reestruturação das relações de trabalho e
valorização da negociação coletiva.
Fonte: MTE
25/05/2023 -
CDH aprova revogação de artigo da reforma
trabalhista sobre dispensa de trabalhador
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta
quarta-feira (24) projeto que revoga o artigo da
reforma trabalhista (artigo 484-A da CLT) que trata
da possibilidade de extinção do contrato de trabalho
por acordo entre empregado e empregador (PLS
271/2017). A análise do PLS 271/2017, do senador
Paulo Paim (PT-RS), segue agora à Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE).
Hoje o trabalhador dispensado em comum acordo vê
reduzida em 50% as verbas relativas ao aviso prévio
e à indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS). A reforma trabalhista
ainda faculta ao empregado movimentar até 80% do
saldo de sua conta no FGTS, e não autoriza o
ingresso do trabalhador no seguro-desemprego.
Para Paim, a reforma trabalhista "deu margem a
fraudes, pois os empregadores podem constranger
empregados a aceitarem a dispensa em comum acordo
sob ameaça de, não o fazendo, ter de recorrer à
Justiça do Trabalho para obter as verbas devidas,
ficando desassistidos até que venha a decisão
judicial".
A relatora foi a senadora Eliziane Gama (PSD-MA),
que concordou com Paim. Para ela, "não existe comum
acordo entre empregado e empregador que culmine na
dispensa do empregado". O que há no entender da
senadora é a imposição do patrão sobre o empregado,
que ao ser dispensado abre mão de parte
significativa de seus direitos, "com a chancela da
própria CLT".
Eliziane entende que a reforma trabalhista errou ao
colocar trabalhadores e empresários "no mesmo
patamar", abrindo a possibilidade aos trabalhadores
"de renunciarem à própria fonte de sustento". Para
ela, as relações laborais são "naturalmente
díspares", pois os empregados dependem dos
empregadores na luta pela sobrevivência.
"Ante tal desigualdade, a legislação trabalhista é
permeada de dispositivos de caráter irrenunciável,
tais como o pagamento de horas extras, gratificação
natalina, terço de férias e a aquisição de
estabilidades laborais, em decorrência de gravidez e
doenças, por exemplo. Somente quando representado
pelo sindicato é que o trabalhador atua em pé de
igualdade com o patrão. Por isso as convenções e
acordos coletivos têm guarida na Constituição",
ressalta a senadora.
Fonte: Agência Senado
25/05/2023 -
Haddad comemora placar de aprovação do texto-base do
arcabouço fiscal na Câmara
Projeto de lei complementar foi aprovado com 372
votos favoráveis
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou
nesta quarta-feira o placar de 372 votos favoráveis
e 108 contrários para a aprovação do texto-base da
proposta de arcabouço fiscal na Câmara dos
Deputados.
“Não é fácil conseguir o placar que o texto-base do
marco fiscal conseguiu”, disse ele ao chegar ao
ministério.
O placar mostra uma vitória com folga para a
proposta capitaneada pelo governo, já que o projeto
de lei complementar exigia ao menos 257 votos
favoráveis para ser aprovado.
O texto-base foi aprovado na noite de terça-feira na
Câmara após ajustes de última hora feitos no texto
pelo relator Cláudio Cajado (PP-BA) para tornar
menos generosa a regra de gastos em 2024.
Fonte: InfoMoney
25/05/2023 -
Com derrota e fuga de Bolsonaro, PL abandona o sonho
do “1º milhão”
Mesmo com Bolsonaro, PL é apenas o 8º partido do
País em número de filiados.
A filiação de Jair Bolsonaro ao PL, em novembro de
2021, foi considerada um marco para a legenda de
Valdemar Costa Neto. Na visão dos dirigentes
partidários, era possível crescer, crescer e
crescer, passando velozmente de 761 mil filiados
para 1 milhão.
Em meio à euforia, ninguém parecia lembrar que o
então presidente da República havia fracassado na
tentativa de criar o próprio partido de
extrema-direita – o Aliança Pelo Brasil. Das 492 mil
assinaturas necessárias para a fundação de um
partido, os bolsonaristas conseguiram 180 mil.
As expectativas eram altas, mas não foi necessário
esperar muito tempo para concluir que o sonho do
“primeiro milhão” era inviável. Em abril de 2022,
cinco meses após a adesão de Bolsonaro, o PL
contabilizava apenas 770 mil filiados – um salto
minguado de 1,2%.
No mesmo período, embalado pela pré-candidatura de
Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da
República, o PT registrava um salto maior, de 1,5%,
alcançando a marca de 1,63 milhão de filiados. O
líder no ranking – e único partido com mais de 2
milhões de filiados – era o MDB.
A derrocada do bolsonarismo mostrou, de uma vez por
todas, que a meta do PL era descabida. A derrota
eleitoral de Bolsonaro, seguida da fuga para os
Estados Unidos, sepultou em definitivo os planos.
Dados compilados pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) mostram que, em abril de 2023, o PL
continua com os mesmos 770 mil filiados. Embora
detenha a maior bancada de deputados na Câmara
Federal, a sigla estagnou.
Hoje, o PL é apenas o oitavo partido do País em
número de filiados, atrás de MDB, PT, PSDB, PP, PDT,
União Brasil e PTB – todos com mais de 1 milhão de
adesões. De cada cem brasileiros filiados a algum
partido político, somente quatro escolheram a
legenda de Bolsonaro.
Fonte: Portal Vermelho
25/05/2023 -
Aposentados por invalidez podem ter tempo maior para
buscar direitos trabalhistas
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (24) proposta que amplia o prazo de
prescrição para a busca de direitos trabalhistas por
aposentados por invalidez (PL 298/2023). A autoria
do projeto é do senador Paulo Paim (PT-RS). A
relatora, senadora Soraya Thronicke (União-MS),
ressaltou que a proposta faz justiça em um momento
de vulnerabilidade do trabalhador.
O projeto segue agora para a análise da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Fonte: Agência Senado
25/05/2023 -
Trabalho parcial deve ter limite de 25 horas
semanais, aprova CDH
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) aprovou projeto que limita a
duração do contrato de trabalho de tempo parcial a
25 horas semanais (PLS 268/2017). O projeto, do
senador Paulo Paim (PT-RS), também proíbe que
trabalhadores sob o regime parcial prestem horas
extras. A análise do projeto segue agora à Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE).
O PLS 268/2017 revoga as regras que a reforma
trabalhista (Lei 13.467, de 2017) deu ao regime
parcial. Para Paim, o aumento da jornada de trabalho
parcial e a possibilidade de prestar horas extras é
uma deturpação, pois aproxima a jornada parcial da
integral. A relatora foi a senadora Augusta Brito
(PT-CE), para quem a reforma trabalhista
praticamente igualou o regime parcial ao integral,
"algo que fragiliza o trabalhador".
"Se o regime parcial se aproxima do integral em
quantidade de horas trabalhadas, qual é o estímulo
existente para o empregador contratar funcionários
em regime integral?", questiona a senadora em seu
relatório. Para ela, o Senado não pode admitir a
solidificação de "uma reforma nefasta que apenas
beneficia o patrão em detrimento do empregado, que
fica amplamente precarizado".
Augusta Brito argumentou que o capitalismo não pode
estar desatrelado da função do amparo humanista do
Estado. Ela observa que a sociedade brasileira ainda
tem "tendências escravagistas", algo comprovado
pelas inúmeras ações de libertação de trabalhadores
atuando em regimes análogos à escravidão por todo o
país. E cabe ao Senado, no entender da senadora,
combater essa tendência.
Fonte: Agência Senado
25/05/2023 -
CCJ aprova projeto que classifica estágio como
experiência profissional
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
2762/19, do deputado Flavio Nogueira (PT-PI), que
classifica o estágio curricular como experiência
profissional. A proposta muda a Lei do Estágio.
Pelo texto, caberá ao poder público regulamentar as
hipóteses em que o estágio valerá para as provas em
concurso público.
A proposta tramita em caráter conclusivo e,
portanto, poderá seguir ao Senado, a menos que haja
recurso para votação também no Plenário.
O relator, deputado Pedro Campos (PSB-PE), destacou
a importância do projeto. “O jovem não consegue
trabalhar porque não teve um emprego anterior e não
adquire experiência pelo fato de antes não ter
trabalhado. Essa triste realidade tende a ser
corrigida a partir da aprovação desta matéria”,
disse.
Desemprego
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Geografia e Estatística (IBGE),
divulgados na semana passada, mostram que os jovens
enfrentam maiores dificuldades em encontrar emprego.
De 18 a 24 anos, a taxa de desocupação foi de 18% no
primeiro trimestre deste ano, contra 8,2% na faixa
de 25 a 39 anos. A média geral da taxa de
desocupação do país, segundo a pesquisa, foi de 8,8%
no período.
Fonte: Agência Câmara
24/05/2023 -
Nova Central participa de GTI para fortalecer
diálogo tripartite e avançar nas negociações
coletivas
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, e o assessor
jurídico, Dr. Cristiano Meira, nesta terça-feira
(23), ao lado de outras lideranças dos trabalhadores
e representantes do governo e dos empresários,
participaram do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI)
para elaboração de proposta de reestruturação das
relações de trabalho e valorização da negociação
coletiva.
Criado pelo Decreto nº 11.477, o GTI é coordenado
pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e
irá traçar novos caminhos para pautar a
reestruturação das relações trabalhistas no Brasil,
que sofreram uma série de mudanças com a Reforma
Trabalhista aprovada e implementada durante a gestão
do ex-presidente Michel Temer (MDB).
O GTI é composto por 36 representantes — 12 de cada
segmento — para formular e construir nova pactuação
de diálogo social para a “democratização das
relações do trabalho e fortalecer o diálogo entre o
governo federal, os trabalhadores e os
empregadores.”
Por determinação do decreto, “cada membro do Grupo
de Trabalho Interministerial terá 1 suplente, que o
substituirá em suas ausências e seus impedimentos.”
Com informações do DIAP
Fonte: NCST
24/05/2023 -
Desafio da Previdência é reduzir fila da perícia,
diz Carlos Lupi
Ministro foi entrevistado no programa A Voz do
Brasil
O maior desafio da Previdência Social é reduzir a
fila da perícia médica: de 1,8 milhão de pessoas que
aguardam atendimento do INSS, mais de 1 milhão
esperam pela perícia.
A declaração é do ministro da Previdência Social,
Carlos Lupi, em entrevista ao programa Voz do Brasil
desta segunda-feira (22). Lupi destacou que estão em
curso mutirões para diminuir o tempo de espera,
principalmente em locais remotos.
“Nós temos hoje cerca de 3 mil peritos para cuidar
do Brasil inteiro. E o que acontece? No interior do
Brasil é difícil o acesso. Você vai, por exemplo, de
João Pessoa até Campina Grande, é fácil, mas no
interior da Paraíba é mais difícil. A mesma coisa no
Rio Grande do Norte. Imagina na Amazônia, onde você
só tem acesso a alguns municípios de barco. Então
nós estamos começando a fazer um mutirão, no qual
nós vamos pegar um grupo – e isso já está
acontecendo – de médicos peritos para irem,
principalmente, aos locais mais distantes onde as
pessoas precisam.”
Além disso, no próximo mês, o Ministério da
Previdência pretende concluir um convênio com o
Ministério da Saúde para informatizar os atestados
médicos para fins de licenças de saúde. De acordo
com Lupi, 30% desses documentos chegam ilegíveis ao
INSS.
“Olha só que coisa absurda, mas eu tenho que falar:
30% das pessoas que recebem um atestado médico para
tirar a licença saúde, o setor administrativo não
consegue ler [o atestado], porque a letra de médico,
com todo respeito, é uma letra com alguma
dificuldade [de leitura]. Então, o que acontece? O
Ministério da Saúde vai colocar isso no computador e
vai ficar informatizado o atestado. Então eu não vou
precisar de ninguém para interpretar. Já está ali
uma validade imediata.”
Outra medida que deve ser tomada para reduzir a fila
da perícia médica é o uso da telemedicina. Segundo o
ministro da Previdência, o atendimento online será
destinado para alguns casos e já entra em vigor no
segundo semestre deste ano.
“Alguém precisa fazer uma pessoa andar 400, 500
quilômetros, para mostrar que está com problema na
perna, que não pode andar, que está paraplégica, que
está cega? Será que usando um celular, uma imagem de
computador não dá pra ver e atestar isso? Na hora
que tiver dúvida, aí sim precisa ir para a perícia
[presencial].”
Em fevereiro, quando anunciou a realização de
mutirões para reduzir fila da perícia médica, o
ministro Carlos Lupi destacou que o atendimento se
daria com prioridade aos estados que concentram as
maiores filas de beneficiários: Bahia, Ceará e
Pernambuco.
Fonte: Rádio Nacional
24/05/2023 -
Primeira parcela do 13º salário do INSS começa a ser
paga nesta quinta
Abono beneficiará mais de 38 milhões de pessoas
com R$ 62,6 bilhões
A primeira parcela do 13º salário dos beneficiários
do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) começa
a ser depositada nesta quinta-feira (25) e será
creditada juntamente com o pagamento regular do
benefício mensal.
Anualmente, este abono é pago entre agosto e
novembro. Contudo, a antecipação do pagamento foi
assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em 4 de maio.
Os primeiros a receber os créditos são os
beneficiários quem ganham até um salário-mínimo e
possuem o Número de Identificação Social (NIS) com
final 1. A partir de 1º de junho, começarão a
receber aqueles que ganham mais que o piso nacional
e têm cartão do NIS com final de inscrição 1 e 6.
Todos os pagamentos vão ser feitos até 7 de junho.
Desde 1º de maio, o piso previdenciário é de R$
1.320,00. E o teto dos benefícios pagos pelo INSS
continua sendo R$ 7.507,49.
Investimento
Ao todo, o investimento federal será de R$ 62,6
bilhões e vai beneficiar mais de 38 milhões de
segurados da Previdência Social. De acordo com INSS,
o 13º salário do INSS é depositado a aposentados e
pensionistas por morte, além daqueles que tenham
recebido, neste ano, auxílio por incapacidade
temporária, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão.
Por lei, não têm direito ao 13º salário do INSS os
segurados que recebem benefícios assistenciais.
A primeira parcela do 13º salário é isenta de
descontos de impostos. Somente na segunda parcela
incide a tributação.
A consulta ao valor da primeira parcela do 13º
salário pode ser feita pelo aplicativo ou site Meu
INSS.
Fonte: Agência Brasil
24/05/2023 -
A lamentável mente de parte dos empresários – Artur
Bueno de Camargo
O jornal A Folha de S.Paulo de domingo (21) mostrou
a posição de alguns empresários claramente
insensíveis às questões que envolvem direitos
sociais e trabalhistas. Ou esta gente não se importa
com a vida das pessoas, ou ignora a realidade em que
vivemos, consequência dos governos Temer e
Bolsonaro.
Dizer que estão preocupados que o presidente Lula
reveja reforma trabalhista e previdenciária, feitas
pelos governos anteriores, posicionando-se de que
Lula não reveja o passado para trabalhar apenas com
o futuro, é muita insensibilidade.
É impressionante como criticam o atual governo Lula,
dizendo que o presidente não está tendo a mesma
habilidade que antes para negociar com o Congresso e
outros segmentos da sociedade organizada, mas se
esquecem que nem bem tomou posse e o governo teve a
turbulência do 8 de janeiro, quando vândalos
terroristas, motivados pelo governo Bolsonaro a um
golpe de estado, invadiram Brasília com sanha
destrutiva. E sobrou para o governo consertar antes
de poder começar a trabalhar!
Essa parcela dos empresários não fala da política de
destruição de matas e dos indígenas adotada pelo
governo anterior, que criou, inclusive, um ambiente
negativo nas relações internacionais para o país.
Dizer que é um desajuste rever o que foi feito no
passado, independente de imperfeições, só pode ser
porque está muito bom para eles – e a sociedade que
trabalha e constrói a riqueza do país, não tem a
menor importância.
Interessante, também, que abordam a pandemia, um
fator que proporcionou momento delicado, mas não
falam sobre a péssima condução do ex-presidente
Bolsonaro na proteção da saúde da sociedade. Foi o
ex-presidente que pregou e fez propaganda enganosa
de medicamentos, se omitiu na compra da vacinas e
desmotivou a vacinação.
Esses empresários reconhecem que os governos
anteriores do PT foram responsáveis por iniciativas
importantes do ponto de vista social; que devem ser
preservadas, mas dizem também que as transformações
econômicas de outros governos também devem ser
preservadas, mas, ora, desde que não sejam
iniciativas que favoreçam os mais ricos em
detrimento dos direitos da classe trabalhadora, de
direitos sociais conquistados.
Para finalizar quero dizer a essa parcela de
empresários que lamento profundamente este tipo de
visão que só protege o capitalismo e não resulta, a
médio e longo prazos, em benefício para a sociedade.
Políticas equivocadas que foram implementadas devem
ser revistas, sim. Se não houver um equilíbrio entre
o capital, o trabalho, o trabalhador e a sociedade
não haverá futuro para esse país.
Não pensem apenas em vocês, empresários. Sozinhos,
vocês não fazem nada.
Fonte: Agência Sindical
24/05/2023 -
Comissão debate plano de trabalho do Ministério da
Previdência Social para os próximos anos
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados recebe nesta quarta-feira (24) o
secretário-executivo do Ministério da Previdência
Social, Wolney Queiroz Maciel.
O convidado apresentará aos parlamentares as
propostas, o plano de trabalho e a agenda
estratégica da pasta para os próximos anos, a pedido
da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).
A audiência pública está marcada para as 16 horas,
no plenário 7.
Fonte: Agência Câmara
24/05/2023 -
CAE adia votação de projeto que prorroga desoneração
da folha até 2027
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) adiou para a
próxima semana a votação do projeto de lei (PL)
334/2023, que prorroga por quatro anos a desoneração
da folha de pagamento para 17 setores da economia. A
matéria estava na pauta desta terça-feira (23), mas
foi retirada após um pedido de vistas do líder do
governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).
O PL 334/2023 prorroga até o fim de 2027 a validade
da Lei 12.546, de 2011. A norma desonera a folha de
pagamentos até o fim desde ano. A desoneração da
folha é um mecanismo que permite às empresas dos
setores beneficiados pagarem alíquotas de 1% a 4,5%
sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha
de salários.
O texto, do senador Efraim Filho (União-PB), recebeu
um substitutivo do relator, senador Angelo Coronel
(PSB-BA). Para compensar a prorrogação, o projeto
estende, pelo mesmo período, o aumento de 1% na
alíquota da Cofins-Importação. De acordo com a Lei
12.546, de 2011, a mudança vale apenas até dezembro.
As áreas alcançadas pela medida são: confecção e
vestuário, calçados, construção civil, call center,
comunicação, empresas de construção e obras de
infraestrutura, couro, fabricação de veículos e
carrocerias, máquinas e equipamentos, proteína
animal, têxtil, tecnologia da informação (TI),
tecnologia de comunicação (TIC), projeto de
circuitos integrados, transporte metroferroviário de
passageiros, transporte rodoviário coletivo e
transporte rodoviário de cargas.
Para o senador Efraim, é necessário manter a
desoneração diante do cenário de inflação e juros
altos e das incertezas da economia mundial. Segundo
ele, a medida “vai ao encontro do princípio
constitucional da busca do pleno emprego”. O
parlamentar também afirmou que a desoneração não
afeta o teto de gastos, de modo que não resulta em
menos investimentos sociais.
Fonte: Agência Senado
24/05/2023 -
É importante ainda neste semestre conseguirmos
entregar esse marco fiscal, diz Pacheco
Presidente do Congresso Nacional esteve em
reunião com integrantes do Executivo, Legislativo e
setor produtivo
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
afirmou, nesta terça-feira (23), que existe boa
perspectiva para os próximos dias com a votação do
arcabouço fiscal na Câmara e, tão logo o projeto
chegue ao Senado, será votado com celeridade.
“Importante entregar neste semestre o marco fiscal.
E também o nosso grande anseio que é a reforma
tributária”, disse Pacheco, após reunião que
promoveu integrantes do Executivo, Legislativo e
setor produtivo, para discutir as pautas econômicas
prioritárias do Congresso: o novo arcabouço fiscal e
a reforma tributária.
“Vamos dialogar dos temas mais importantes. O
intuito é marcar momento de estabilidade, comunhão
de esforços, entre Executivo e Legislativo”, disse.
Pacheco ainda mencionou que temas que já passaram
pelo crivo do Congresso não devem ser revisitados.
“O Congresso fez o marco do saneamento, a
capitalização da Eletrobras, a autonomia do Banco
Central. São temas que já enfrentamos e consideramos
realidade nacional”, disse.
O presidente do Senado também considera importante
reconhecer a realidade reformista do Congresso e
destacou que há harmonia entre Senado e Câmara.
O tema taxa de juros também foi discutido na
reunião, que contou com a presença do presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto.
Estiveram no encontro também o presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), o líder Elmar Nascimento (União-BA),
os relatores do projeto do arcabouço fiscal, Claudio
Cajado (PP-BA), e da reforma tributária, Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB). Também estiveram o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário-executivo
da pasta, Gabriel Galípolo, e o presidente do BC,
Roberto Campos Neto. A reunião contou ainda com a
participação de representantes dos setores do
agronegócio, indústria e mineração. Entre os
empresários estavam Josué Gomes, da Coteminas,
Benjamin Steinbruch, da CSN, Isac Sidney, da
Febraban, e Flávio Rocha, da Riachuelo.
Fonte: InfoMoney
23/05/2023 -
Sessão em homenagem aos 80 anos da CLT debate
proteção aos trabalhadores por aplicativos
Presidente do TST alerta para rejeição à
Consolidação das Leis do Trabalho por parte dos
trabalhadores
Deputados, juízes do trabalho e sindicalistas que
participaram de sessão solene em homenagem aos 80
anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no
Plenário da Câmara afirmaram que os trabalhadores
contratados por plataformas digitais querem
direitos, mas não associam essas reivindicações à
CLT.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Rodrigo Rodrigues, disse que alguns destes
trabalhadores reproduzem o discurso de que a
negociação é melhor que a legislação. Para
Rodrigues, a lei deve ser um piso para a negociação.
“O capataz deste novo patrão que não tem rosto é um
algoritmo que exclui eles das relações de trabalho
sem nenhuma justificativa. Uma das maiores queixas
destes trabalhadores e entregadores por aplicativos
é a exclusão que eles sofrem das plataformas sem
nenhuma justificativa dada pela qual ele foi
excluído”, disse.
Ele citou a experiência da sua categoria, a de
professores. “Vários cursos estão sendo oferecidos
em plataformas em que um professor fica 12, 16 horas
sentado diante de um computador, aguardando receber
um aluno para poder receber por alguns minutos que
trabalha”, observou Rodrigues.
Rejeição à CLT
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
Lelio Corrêa, citou pesquisas de opinião que mostram
uma rejeição destes trabalhadores à CLT como uma
questão que merece ser investigada.
“O que se tem visado é o desmonte de direitos
sociais consagrados não apenas na CLT, mas na
própria Constituição Cidadã de 88. Tem-se buscado
aniquilar a essência do direito do trabalho,
corrompendo o seu sentido primordial, que é a
proteção de trabalhadores e trabalhadoras em face
dos abusos do capital”, afirmou Corrêa.
O deputado Vicentinho (PT-SP), um dos autores do
pedido de realização da sessão solene, informou que
está organizando a Frente Parlamentar em Defesa dos
Trabalhadores da Economia Informal.
Vicentinho afirmou que também deve relatar os
projetos sobre trabalhadores de plataformas na
Comissão de Trabalho. “E a CLT tem tudo a ver com
isso. Porque é a CLT que faz o combate ao trabalho
escravo, a CLT que surgiu para garantir um mínimo de
direitos. Para colocar no Estado brasileiro, como
estrutura do Estado, o direito a sermos tratados
bem, com respeito”, afirmou.
Reforma trabalhista
Rodrigo Rodrigues, da CUT, defendeu a revisão da
reforma trabalhista de 2017 porque os trabalhadores,
por exemplo, não querem mais acionar a Justiça em
busca de direitos com medo de ter que arcar com os
custos da ação em caso de derrota.
Vários convidados defenderam a Justiça do Trabalho,
pois, ao longo dos anos, já existiram muitas
tentativas de extinguir a instituição, repassando os
casos para a Justiça comum.
Fonte: Agência Câmara
23/05/2023 -
Seminário debaterá desafios do governo Lula e
reconstrução do país
Evento que acontece nos dias 24, 25 e 26,
promovido por 14 entidades, reunirá especialistas e
lideranças dos movimentos sociais em São Paulo, com
transmissão ao vivo
Acontece nos dias 24, 25 e 26 de maio, de maneira
presencial em São Paulo e virtual, o seminário
“100+50: Desafios do Governo Lula”. O evento é
promovido por 14 entidades e reunirá alguns dos mais
destacados economistas brasileiros para analisar o
desafio de deflagrar o processo de reconstrução do
país como transição para a implementação do Novo
Projeto Nacional de Desenvolvimento depois de quatro
anos de desmonte e obscurantismo.
A realização deste seminário, que reúne
principalmente fundações que assessoram partidos e
entidades sindicais e estudantis, resulta de um
processo de construção coletivo e unitário de forças
políticas e sociais comprometidas com a retomada do
desenvolvimento do país.
O evento terá cinco principais eixos temáticos: o
desmonte, os primeiros dias, o arcabouço fiscal, a
reconstrução nacional e a retomada do
desenvolvimento. Entre os convidados estão o
presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; o
secretário de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, Guilherme Mello; o economista Luiz Gonzaga
Beluzzo e a coordenadora nacional da Auditoria
Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli.
São promotoras do evento o Sindicato dos Escritores
de São Paulo; o Sindicato dos Jornalistas de São
Paulo Estado de São Paulo; o Sindicato dos
Engenheiros de São Paulo; a Federação Nacional dos
Engenheiros; Engenharia Pela Democracia; a Fundação
Perseu Abramo; a Fundação Maurício Grabois/Cátedra
Caudio Campos; a Fundação João Mangabeira; a
Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini; o
Instituto Claudio Campos; a União Municipal dos
Estudantes Secundaristas (Umes); a Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); a
Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e a
Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais
Universitários (CNTU).
Programação
Dia 24 – Mesa 1 | O desmonte de Bolsonaro e os
primeiros dias do governo Lula
Convidados: Aloizio Mercadante, presidente do
BNDES; Guilherme Mello, secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda; Adilson Araújo,
presidente da CTB e Rosa M. Marques, professora da
PUC-SP. Coordenador: Norian Segato, diretor da
Federação Nacional dos Jornalistas
Hora e local: 19h no Sindicato dos Jornalistas
– Rua Rego Freitas, 530
Link de transmissão:
youtube.com/@sindicatodosjornalistaspro380
Dia 25 – Mesa 2 | O arcabouço fiscal e a política
de reconstrução nacional do governo Lula
Convidados: Luiz Gonzaga Beluzzo, professor
titular da Unicamp; Moacyr Roberto, presidente da
NCST; Nelson Marconi, coordenador do Fórum de
Economia da FGV e Lucca Gidra, presidente da Umes-SP.
Coordenador: Nilson Araújo, presidente do Sindicato
dos Escritores
Hora e local: 19h na sede da UMES – Rua Ruy
Barbosa 323
Link de transmissão:
https://www.youtube.com/watch?v=22Xo_6oZ16c
Dia 26 – Mesa 3 | A reconstrução nacional e o
novo projeto nacional de desenvolvimento
Convidados: Maria Lúcia Fatorelli, coordenadora
nacional da Auditoria Cidadã da Dívida; Alexandre
Navarro, vice-presidente da Fundação João
Mangabeira; Allen Habert, diretor de Articulação
Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores
Liberais Universitários e Nilson Araújo, diretor da
Fundação Maurício Grabois e presidente do Sindicato
dos Escritores
Hora e local: 19h, no Sindicato dos Engenheiros
– Rua Genebra, 25
Link de transmissão:
https://www.youtube.com/live/GEyCFIAE-cM?feature=share
Fonte: Portal Vermelho
23/05/2023 -
Com inflação menor, quase 70% das campanhas
salariais em 2023 têm aumento real
De 3.200 negociações coletivas, só 8% ficaram
abaixo do INPC
Quase 70% (69,8%) das negociações coletivas deste
ano foram concluídas com aumento real – acima da
inflação medida pelo INPC-IBGE. De um total de 3.204
campanhas salariais, 22,1% foram equivalente ao INPC
e apenas 8,1% ficaram abaixo da inflação. Os dados,
do Ministério do Trabalho, foram analisados pelo
Dieese. Assim, a variação real média dos reajustes
em 2023, até abril, é de 0,79% acima do índice
oficial.
Entre os setores de atividade, a indústria tem o
maior índice de acordos com ganho real: 72,8%.
Depois vêm o setor de serviços (71,7%) e, bem atrás,
o comércio (53,6%). Esse último segmento, segundo
lembra o Dieese, “destaca-se pela significativa
frequência de reajustes iguais à inflação (38,4%),
bem acima da observada nos demais setores”.
Já o o valor médio dos pisos salariais está em R$
1.529,32, 17,46% acima do salário mínimo até abril
(R$ 1.302; o piso passou a R$ 1.320 neste mês). O
maior valor entre os setores é do comércio (R$
1.636,04) e o menor, da indústria (R$ 1.477,19).
Inflação contribui
Apenas no mês de abril, 62% das negociações resultaram
em reajustes acima do INPC. O número é menor do que
o observado nas três primeiras datas-bases de 2023,
no entanto, o percentual de reajustes abaixo da
inflação também caiu, atingindo a menor marca no ano
(3,6%)”, informa o Dieese. A variação real média dos
reajustes foi de 1,3%.
Foi a oitava variação real média positiva seguida,
invertendo uma sequência de 23 quedas. A diminuição
dos índices de inflação contribuiu para esse
resultado. Em julho do ano passado, por exemplo, o
INPC acumulado somava 11,92%. Neste mês, 3,83%.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/05/2023 -
Justiça do Trabalho inicia 7ª Semana de Conciliação
Evento mobiliza os 24 tribunais regionais do
Trabalho (TRTs) do país
A Justiça do Trabalho realiza a partir desta segunda
(22) até a próxima sexta-feira (26) a sétima edição
da Semana de Conciliação, em que promove um esforço
concentrado de assinatura de acordos entre patrões e
empregados.
O evento ocorre anualmente e mobiliza todos os 24
tribunais regionais do Trabalho (TRT) do país.
Qualquer pessoa com processos em tramitação pode
pedir participação na semana, na qual são mediadas
cerca de 40% de conciliações a mais do que numa
semana normal.
No ano passado, foram 21.167 acordos e R$
764.692.451,39 movimentados, segundo dados do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao todo, em
2022, 219.566 pessoas foram atendidas e 65.035
audiências foram realizadas.
Para participar, qualquer empresa ou empregado pode
solicitar a inclusão de seu processo na pauta da
semana. O pedido deve ser feito na Vara do Trabalho
ou no Centro Judiciário de Métodos Consensuais de
Solução de Disputas (Cejusc) locais.
Neste ano, foi criado um
conciliômetro, em que é possível acompanhar em
tempo real dados dados nacionais de valor
movimentado, total de acordos, número de pessoas
atendidas e o total de audiências realizadas.
Fonte: Agência Brasil
22/05/2023 -
Para justiça e sindicatos, reforma de Temer foi
desmonte de direitos dos trabalhadores
“Reforma, com esse nome, deveria ter observado um
diálogo tripartite”, afirma juíza do trabalho. Já o
presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que os
últimos sete anos foram “terríveis para a
democracia”
O desafio de revisão da legislação trabalhista é
preservar, por um lado, a autonomia de negociação
das partes e, de outro, a “indisponibilidade de
direitos”, segundo a juíza do Trabalho Noêmia Porto.
Durante simpósio organizado pelo Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC e pelo Ministério Público do
Trabalho, ela criticou a “reforma” feita em 2017
(Lei 13.467). “Reforma, com esse nome, deveria ter
observado um diálogo tripartite”, afirmou.
Para a juíza, também as entidades sindicais precisam
se atentar às transformações no mundo do trabalho,
inclusive em termos de representação. “Sindicatos
encapsulados em uma noção de classe, de categoria,
precisam urgentemente repensar esse modelo”, disse a
magistrada. Ele avalia que o Supremo Tribunal
Federal (STF) tem sido contraditório em relação ao
que chamou de liberdades “clássicas” e liberdades
sociais fundamentais. Mas lembrou que o mesmo STF
está prestes a mudar seu entendimento sobre a
contribuição assistencial, permitindo a cobrança
inclusive para trabalhadores não associados,
preservado o direito de oposição.
Já o presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que os
últimos sete anos foram “terríveis para a
democracia”. “A primeira coisa que os golpistas
fizeram foi desmontar a legislação e enfraquecer a
representação. A negociação coletiva – e é assim no
mundo inteiro – é ampliadora de direitos. Parece que
aqui a negociação é sempre para menos.” A ampliação
da terceirização, por exemplo, levou ao aumento de
casos de trabalho análogo à escravidão.
Ele também criticou o papel do STF, que segundo o
dirigente “legislou mais sobre a questão trabalhista
do que o TST”. O presidente da CUT disse ainda que
qualquer mudança legal passa pela valorização da
negociação coletiva, o que inclui financiamento das
entidades. “O que Bolsonaro e Temer fizeram não pode
se repetir no Brasil.”
O gerente corporativo e de Relações do Trabalho da
Volkswagen, Germano Vilhena, ressaltou a importância
da negociação permanente. Segundo ele, o acordo
firmado no país, com cinco anos de validade, dá
“previsibilidade” de gastos. Segundo ele, há três
tipos de relação capital-trabalho: litigiosa,
predatória e colaborativa.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/05/2023 -
Marinho critica ‘senhores feudais modernos’ e
defende revisão da reforma e regulação de
aplicativos
Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou de seminário no Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC: “É preciso estabelecer o
direito à valorização do trabalho”
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
afirmou nesta sexta-feira (19) que é preciso revisar
a legislação trabalhista. “Não precisa ser na
plenitude, mas alguns pontos são essenciais”,
acrescentou, destacando o fortalecimento da
negociação coletiva, o que passa pela sustentação
das entidades sindicais. Marinho também destacou a
importância de regular a atividade dos trabalhadores
em aplicativos. “Eu não estou falando contra a
tecnologia. Mas é preciso estabelecer o direito à
valorização do trabalho.”
Ao lado do presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Lelio Bentes Corrêa, o ministro
participou da última mesa de simpósio organizado
pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o
Ministério Público do Trabalho sobre democracia e
diálogo social nas relações de trabalho. Marinho
comparou o trabalho em plataformas, em alguns
aspectos, a uma situação de trabalho análogo à
escravidão. E disse que a Uber, por exemplo, não irá
embora do Brasil por causa de mudanças legais.
“Agora, é preciso, sim, falar em enquadramento, em
regulação. (…) Não vamos admitir os senhores feudais
modernos.”
Ele afirmou ainda que o princípio do negociado sobre
o legislado sempre existiu. “Sempre pôde negociar
acima da lei. Agora, aquém?” Marinho afirmou que a
“reforma trabalhista de 2017 (Lei 13.467) foi
produzida pelo “governo golpista” (Temer) e
aprimorado pelo “governo das trevas” (Bolsonaro).
Nesse sentido, fez um alerta, apontando empecilhos
para reconsolidar a democracia no Brasil. “Nós
vencemos a eleição, mas não vencemos o bolsonarismo.
Estamos procurando virar a página das trevas. Sem
democracia não há que falar em direitos.”
Entre os possíveis itens a serem revisados, está o
restabelecimento da ultratividade. Por esse
princípio, os acordos coletivos seguem válidos até
sua renovação, mesmo que ultrapassem o período
previsto. Já os sindicatos precisam ter meios para
exercer seu papel. “É importante ter regras
democráticas, que facilitem o papel da negociação
coletiva”, afirmou.
Para o presidente do TST, da forma como foi feita, a
“reforma” trabalhista teve “efeito trágico”. “Falar
em diálogo social é importante, mas é imprescindível
que se restabeleça a normalidade, com a organização
da classe trabalhadora. A Comissão de Peritos da OIT
(Organização Internacional do Trabalho) já deixou
claro que a negociação coletiva não é meio para
redução de direitos.” O ministro lembrou que há 40
milhões de pessoas na informalidade no país e
aproximadamente 4 bilhões no mundo, sem qualquer
tipo de proteção social.
Corrêa observou ainda que o Supremo Tribunal Federal
(STF) “caminha para formar maioria” em novo
entendimento sobre a contribuição assistencial. Se
isso for confirmado, a contribuição poderá ser
cobrada de sócios e não sócios das entidades,
preservado o direito de oposição individual.
Fonte: Rede Brasil Atual
22/05/2023 -
Centrais e CNTC apoiam recursos ao SESC e SENAC
NOTA DAS ENTIDADES:
As Centrais Sindicais solicitam que o Senado rejeite
os Artigos 11 e 12 do PLV 9/2023, inseridos pela
Câmara dos Deputados na Medida Provisória (MPV)
1.147, de 2022, que redirecionam para a Embratur 5%
das contribuições ao Sesc e Senac.
Esse indevido e injusto redirecionamento prejudicará
milhões de atendimentos oferecidos à população nas
áreas de saúde, educação, assistência, cultura,
lazer e profissionalização.
Trata-se de emenda alheia ao objeto central da MPV,
que retira recursos de um sistema que atende
milhares de trabalhadores em todo o País.
A inserção desses dois artigos fere as garantias
asseguradas pela legislação (Artigo 240) para
manutenção dos serviços sociais autônomos atingidos
pela proposta, no que se refere às suas finalidades
e aos recursos compulsórios. São justamente esses
recursos que permitem ao Sesc e Senac a realização
de suas atribuições.
Pelas razões acima expostas, as Centrais e as
Confederações dos Trabalhadores, representando o
movimento sindical e a classe trabalhadora,
solicitam que o Senado rejeite a inserção dos
Artigos 11 e 12 do PLV 9/2023, fruto da MPV
1.147/2022.
Protestos – Trabalhadores de entidades ligadas ao
Sistema S também se manifestam e vão às ruas contra
o corte de recursos, que põe em risco empregos no
setor.
Assinam:
Sérgio Nobre, presidente da CUT
Miguel Torres, presidente Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT
Adilson Araújo, presidente da CTB
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da Nova
Central
Antônio Neto, presidente da CSB
Julimar Roberto de Oliveira Nonato, presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
e Serviços da CUT
Luiz Carlos Motta, presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores no Comércio
Fonte: Agência Sindical
22/05/2023 -
Em abril, 63% das negociações salariais tiveram
reajustes acima do INPC, diz Fipe
Reajuste médio dos salários em abril foi de 5,0%,
para uma inflação 4,4%; foi a 7ª leitura consecutiva
de ganho real para os trabalhadores
No mês de abril, 63,5% das negociações salariais
resultaram em ganhos para os trabalhadores acima da
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC). É o que mostra o último Boletim
Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo
(USP).
O reajuste médio dos salários em abril foi de 5,0%,
para uma inflação acumulada de 4,4% em 12 meses, de
acordo com a Fipe. É a sétima leitura consecutiva em
que há ganho real para os trabalhadores.
Desde dezembro de 2022, a proporção dos reajustes
acima do INPC é maior do que 60%, informa a
Fundação. Na média de 2023, essa proporção está em
72,5%, ante 16,7% registrados no ano passado.
A prévia do Salariômetro da Fipe para o mês de maio
indica mediana dos reajustes em 6,3% e que 98,2% das
negociações resultem em ganhos acima do índice de
inflação.
No acumulado do ano até o momento, o reajuste
mediano real dos salários é de 0,53%, com os maiores
reajustes na região Sudeste (0,79%) e Centro-Oeste
(0,65%). Em seguida, aparecem Sul (0,53%), Nordeste
(0,07%) e Norte (0,07%).
Entre os setores da economia, o ganho real mais
significativo até o momento aconteceu na
agropecuária (1,29%), seguido da construção civil
(1,28%), serviços (0,57%), indústria (0,53%) e
comércio (0,16%).
Fonte: InfoMoney
22/05/2023 -
Prévia do PIB indica crescimento acima de 2,4% nos
três primeiros meses do ano
Índice calculado pelo Banco Central mostra
aceleração da atividade econômica na comparação com
o ano passado
O Banco Central divulgou o Índice de Atividade
Econômica (IBC-Br) nesta sexta-feira (19) que aponta
crescimento de 2,41% no primeiro trimestre de 2023
na comparação com os últimos três meses do ano
passado. O índice é o maior registrado desde o fim
de 2020.
Esse resultado é calculado após ajuste sazonal,
usado para comparações de meses diferentes. Mas o
IBC BR também cresceu em relação ao mesmo período do
ano passado. A alta foi de 3,87%.
Na análise isolada do mês de março, o IBC-Br
apresentou queda de 0,15%. Mas o período apresentou
alta de de 5,46% quando comparado com março de 2022.
O índice vinha caindo mensalmente desde agosto
passado. Em dezembro a trajetória de queda foi
interrompida. A partir de janeiro houve estabilidade
e, agora, o resultado mensal voltou a registrar
declínio.
Considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB),
o IBC-BR é um importante mecanismo de avaliação das
condições da economia brasileira. Ele compila e
analisa dados da arrecadação e de diversos setores,
como a agropecuária, a indústria, a prestação de
serviços e o comércio.
No acumulado em 12 meses, o indicador também está
positivo em 3,31%. O resultado oficial do PIB do
país no primeiro trimestre deve ser divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no
mês que vem.
Fonte: Brasil de Fato
22/05/2023 -
Com chances de Bolsonaro se tornar inelegível,
Centrão já coloca nome de Tarcísio na disputa
presidencial de 2026
Assunto foi discutido pelo presidente do PL,
Valdemar Costa Neto, pelo ex-ministro do governo
Bolsonaro e presidente do PP, Ciro Nogueira, e pelo
senador Flávio Bolsonaro
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) já discutem quem irá
sucedê-lo como candidato da direita em 2026, caso o
ex-mandatário seja declarado inelegível pela Justiça
Eleitoral. Segundo a coluna do jornalista Bruno
Boghossian, da Folha de S. Paulo, o assunto foi
discutido abertamente pelo presidente do PL,
Valdemar Costa Neto, pelo ex-ministro do governo
Bolsonaro e presidente do PP, Ciro Nogueira, e pelo
senador Flávio Bolsonaro (PL).
“Os três pareciam ter combinado o discurso. Na
GloboNews, Valdemar protestou por alguns segundos
contra um possível veto a Bolsonaro na eleição, mas
logo desfiou nomes que podem substituí-lo na urna.
Nogueira seguiu o mesmo roteiro em entrevista ao
Valor Econômico, assim como Flávio no jornal O
Globo”, destaca a reportagem.
Ainda conforme o jornalista, a movimentação tem
girado em torno da possibilidade do governador de
São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ser o
candidato da direita à Presidência da República em
2026.
“A ideia é somar o núcleo de Bolsonaro (PL, PP e
Republicanos) ao PSD (aliado de Tarcísio) e ao MDB
(que quer apoio do grupo na capital paulista). Na
prática, portanto, a candidatura pode ameaçar a
estabilidade da coalizão de Lula até 2026”, finaliza
Boghossian.
Ao todo, Jair Bolsonaro responde a 16 ações no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que podem torná-lo
inelegível. Ele também é investigado no âmbito dos
inquéritos das fake news, das milícias digitais, dos
terroristas de 8 de janeiro e do que apura uma
suposta interferência indevida na Polícia Federal.
Fonte: Brasil247
22/05/2023 -
Número de trabalhadores com mais de 50 anos dobra no
país
Levantamento do Senai mostra aumento entre 2006 e
2021
Em 15 anos, o número de trabalhadores acima de 50
anos dobrou no país. Em 2006, eram 4,4 milhões de
pessoas e, em 2021, passaram para 9,3 milhões –
aumento de 110,6%. O levantamento é do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ligado
à Confederação Nacional da Indústria (CNI), a partir
de dados da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS), que disponibiliza dados sobre mercado de
trabalho para estatísticas.
Conforme o levantamento, no período analisado, o
estoque de emprego geral cresceu 38,6%, o que mostra
o ritmo de crescimento da presença de trabalhadores
com 50 anos ou mais foi quase três vezes maior em
comparação ao emprego geral.
Os trabalhadores na faixa etária dos 50 ocupavam
12,6% das vagas em 2006. O percentual subiu para
19,1% em 2021. “A participação desse grupo no
estoque de emprego formal cresceu 51,6% nessa década
e meia”, revela a pesquisa.
Para o Senai, os resultados apontam para uma
tendência e a importância de elaboração de
políticas, por parte dos governos, empresas e
instituições de ensino, focadas na requalificação
desses profissionais com objetivo da permanência no
mercado de trabalho ou recolocação.
Mulheres
Em uma década e meia, a participação das mulheres com
mais de 50 anos no mercado de trabalho cresceu mais
em relação a dos homens da mesma faixa etária. Entre
elas, a alta foi de 120% entre 2006 e 2021. Porém,
as mulheres respondem por menos da metade dos
trabalhadores (42,4%) acima de 50.
Setores
Entre os setores da economia com maior contratação de
pessoas com 50 anos ou mais, aparecem comércio
(164%), serviços (136%) e indústria (96%).
Apenas a indústria (transformação, extrativa
mineral, serviços de utilidade pública e construção
civil) registrou 1,5 milhão de funcionários na faixa
etária no ano de 2020.
Estados e região
Na análise por regiões, metade dos trabalhadores está
no Sudeste. Porém, as regiões Norte e Centro-Oeste
foram as com os maiores aumentos proporcionais de
contratação, sendo 129% e 132% respectivamente,
superando a média nacional de 110,5%. “Todos os
estados do Nordeste e do Sudeste tiveram um ritmo de
contratações de 50+ abaixo da média, com exceção do
Maranhão, que aumentou em 139,4%, e de São Paulo,
com 118,6%”, aponta a pesquisa.
Fonte: Agência Brasil
22/05/2023 -
Produção industrial tem alta em 11 de 15 regiões
pesquisadas em março
A produção industrial cresceu em 11 dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), de fevereiro para março. Segundo
a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
Regional, divulgada na sexta-feira (19), as maiores
altas foram registradas nos estados do Mato Grosso
(9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%).
Mas foi o Rio Grande do Sul, com peso maior da
indústria do que os outros três estados que tiveram
maiores altas, que mais contribuiu para a expansão
nacional de 1,1%. O estado apresentou crescimento de
5,6%. “O resultado de março vem após dois meses
seguidos de resultados negativos. Alguns setores que
antes apresentavam trajetória negativa, em março
mostraram crescimento. Os de veículos automotores e
derivados do petróleo impactaram no desempenho da
indústria gaúcha. Esse avanço no estado também
elimina parte da perda acumulada nos dois meses
anteriores, de 11,5%”, afirma o analista do IBGE
Bernardo Almeida.
Também tiveram altas de fevereiro para março nos
estados da Bahia (5,6%), Pará (4,3%), Ceará (4%),
Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,7%) e São
Paulo (0,2%). A única região pesquisada, Nordeste,
cresceu 6,8%.
Por outro lado, quatro estados tiveram queda na
taxa: Espírito Santo (-1,8%), Santa Catarina
(-1,4%), Goiás (-1,4%) e Paraná (-1,3%).
No acumulado de 12 meses, no entanto, apenas seis
locais tiveram alta, enquanto em nove houve queda.
Fonte: Agência Brasil
19/05/2023 -
Taxa de desemprego segue maior para mulheres, negros
e pessoas com menos escolaridade
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, do IBGE, mostra também que diminuiu
o número de pessoas procurando trabalho há mais de
dois anos
Com a menor taxa para o primeiro trimestre desde
2015, o desemprego no Brasil segue mostrando
diferenças sociais e regionais. Enquanto a média
nacional foi de 8,8%, a taxa cai para 7,2% no caso
dos homens e sobe para 10,8% entre as mulheres.
Também fica fica abaixo da média para brancos (6,8%)
e acima para pretos (11,3%) e pardos (10,1%). Os
dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
No recorte regional, as maiores taxas foram
registradas na Bahia (14,4%), em Pernambuco (14,1%)
e no Amapá (12,2%). As menores, em Rondônia (3,2%),
Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
Em relação à escolaridade, o IBGE apura a maior taxa
de desemprego (15,2%) entre as pessoas com ensino
médio incompleto. Com ensino superior completo, cai
para 4,5%, mas dobra se for incompleto (9,2%).
Ainda segundo a pesquisa, no primeiro trimestre
havia 2,2 milhões de pessoas que procuravam trabalho
há dois anos ou mais. Esse número caiu 35,3% em
relação ao último período de 2022 (3,5 milhões).
A participação de desalentados (pessoas que
desistiram de procurar emprego) na força de trabalho
é de 3,5%. Sobe para 14,3% no Maranhão, 13,4% em
Alagoas e 13% no Piauí. Os menores índices são de
Santa Catarina (0,3%), Rondônia (0,6%) e Mato Grosso
do Sul (0,7%).
De acordo com a Pnad Contínua, a taxa média de
informalidade no país é de 39%. Mas vai a 59,6% no
Pará e a 57,2% no Amazonas, caindo para 26,1% em
Santa Catarina, 30,3% no Distrito Federal e 30,6% em
São Paulo.
Fonte: Rede Brasil Atual
19/05/2023 -
Centrais sindicais defendem políticas públicas para
pessoas com deficiência no Estado de SP
O secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência
do Estado de São Paulo, Marcos da Costa, se reuniu,
na tarde de quarta-feira (17), com representantes
Nova Central Sindical de Trabalhadores no Estado de
São Paulo (NCST/SP) e Força Sindical, para debater
projetos de acessibilidade no ambiente de trabalho;
mobilidade urbana; empregabilidade e inclusão social
de pessoas com deficiência.
De acordo com o Marcos, sua pasta trabalha
efetivamente com ações que contribuem para a
condução das políticas públicas com foco na melhoria
da qualidade de vida deste público específico de
suas famílias, com prioridade em quatro eixos:
saúde; educação; transporte;
emprego/empreendedorismo e defende parcerias com o
movimento sindical para divulgação e aperfeiçoamento
das ações já desenvolvidas pelo governo do Estado.
Dentre elas destacou o Plano Estadual Integrado para
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (PEIPTEA),
instituído no mês de abril pelo governador Tarcísio
de Freitas, que irá alinhar, articular e ampliar os
serviços de atendimento às cerca de 460 mil pessoas
autistas do Estado e o Polo de Empregabilidade
Inclusiva (PEI), direcionado as pessoas com
deficiência no mercado de trabalho.
“A nova gestão estadual atua no sentido de
transformar o estado de São Paulo em uma grande
potência de inclusão, desenvolvendo novas políticas
públicas e aprimorando as já existentes para se
tornar o maior centro de referência para pessoas com
deficiência da América Latina. Em parceria com os
sindicatos e empregadores podemos pautar a
importância de acolher este público em locais de
trabalho adaptados e seguros para que possam
desempenhar suas funções” disse o secretário.
Os representantes das centrais sindicais concordaram
com a proposta de trabalhar em conjunto, sugeriram a
formalização de um “Fórum Tripartite Permanente de
Acessibilidade e Mobilidade”, no qual empregadores,
governo Estadual e trabalhadores e trabalhadoras
possam articular, identificar e sugerir mecanismos
que derrubem barreiras na contratação e adaptação no
ambiente de trabalho, com o objetivo de promover o
desenvolvimento profissional, a inclusão e a
permanência de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho.
Participaram do encontro com o secretário pela Nova
Central – SP: Nailton Francisco de Souza (Porreta),
Rodrigo, Dr. Arnaldo Donizetti Dantas, Marcelo Lima
e pela Força Sindica, Alex, diretor do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região, que entregou um kit
de divulgação do espaço criado no sindicato voltado
a atender e debater práticas de inclusão no setor
metalúrgico.
Fonte: Sec. de Comunicação Estadual da NCST/SP
19/05/2023 -
Dallagnol não tem chances de reverter cassação,
dizem ministros do STF
Magistrados deram vários motivos para afirmar que
o ex-procurador da Lava Jato não vai recuperar seu
mandato
De acordo com informações de diferentes ministros da
Corte, o Supremo Tribunal Federal (STF) não
reverterá a cassação do ex-deputado federal Deltan
Dallagnol (Podemos-PR).
Os magistrados informam que o STF não reformará a
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por
dois motivos. As informações são da coluna de Mônica
Bergamo.
Os motivos
O primeiro deles é que o Supremo não costuma reverter
votações do TSE já que três de seus ministros
integram ao mesmo tempo as duas cortes.
O condenado que recorre ao STF, portanto, já tem
três votos contrários a ele, bastando apenas outros
três para ser derrotado novamente.
O segundo motivo é que, no caso de Deltan Dallagnol,
o placar foi sete a zero e não abriu brechas para a
discussão de novas teses jurídicas.
Há, no final das contas, uma terceira razão ainda
mais contundente, as decisões no TSE não são de
interpretação da Constituição, mas sim baseadas em
fatos e provas.
Fonte: RevistaForum
19/05/2023 -
STF reacende a discussão em torno da contribuição
assistencial
Por Renato Pereira Ribeiro
A contribuição assistencial está prevista nos
artigos 578 e 579 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), os quais, até o início da vigência
da reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017),
instituíam que todos os empregados e profissionais
liberais pertencentes a uma determinada categoria
profissional deviam pagar a dita contribuição ao
sindicato correspondente.
É sabido que com o advento da reforma trabalhista
essa contribuição perdeu seu caráter compulsório,
passando a exigir a anuência prévia e expressa de
cada participante da categoria econômica.
Os sindicatos passaram, então, a incluir novas
cláusulas nos acordos e convenções coletivas,
segundo as quais os empregados abrangidos por
aqueles instrumentos outorgavam a autorização
necessária para a efetivação dos descontos.
No intuito de reforçar o caráter estritamente
facultativo da contribuição assistencial e impedir
que os valores a esse respeito fossem descontados
dos trabalhadores, o governo federal editou a Medida
Provisória (MP) nº 873 em 1 de março de 2019, que
deixava claro que a autorização referida no artigo
579 da CLT não poderia ser outorgada através de
instrumento coletivo ou assembleia geral das
entidades sindicais, de modo que os trabalhadores
interessados em contribuir para a assistência e
subsistência de seu sindicato sindical deveriam
requerer o envio de boleto bancário para então
realizar o pagamento. A MP não foi posta a votação e
perdeu sua eficácia em 28 de junho de 2019, fazendo
com que o texto original da reforma trabalhista
sobre o tema retomasse a validade.
De forma concomitante aos eventos relatados acima, o
STF já havia decidido pela constitucionalidade do
texto da CLT que previa o fim da contribuição
assistencial compulsória (ADIn nº 5.794), e ao
julgar a reclamação nº 35.540, o ministro Luís
Roberto Barroso deferiu liminar suspendendo
determinação de lavra da Justiça fluminense para que
uma operadora de telecomunicações descontasse da
folha de pagamento de seus empregados a contribuição
sindical, independentemente de autorização prévia
individual, sob o entendimento de que a cobrança
poderia ser autorizada por assembleia geral da
categoria. Em seu voto, o ministro Barroso destacou
que o poder das assembleias gerais para aprovarem a
cobrança da contribuição sindical é incoerente com o
novo regime, asseverando que, nos termos da lei, a
autorização, prévia e expressa pelo trabalhador, é
obrigatória e não pode ser substituída pela vontade
da assembleia da categoria.
Atualmente, o pagamento da contribuição assistencial
segue sendo facultativo, devendo os trabalhadores
interessados procurarem seus respectivos sindicatos
a fim de outorgar a autorização necessária e passar
contribuir com seu custeio.
A recente sessão do plenário virtual do STF,
contudo, indica uma possível nova alteração no fluxo
dessa contribuição como é hoje, o que se depreende
da mudança no posicionamento do ministro Gilmar
Mendes, que passou a defender a constitucionalidade
da instituição da contribuição assistencial a todos
os empregados da categoria — mesmo que não
sindicalizados — por acordo ou convenção coletiva,
desde que assegurado o direito de oposição
individual.
Vale destacar que esse novo entendimento, caso
prevaleça, não implicará no retorno do "imposto
sindical", de caráter compulsório, uma vez que a
cobrança da contribuição somente poderá ser cobrada
dos trabalhadores não sindicalizados se (1) for
instituída em acordo ou convenção coletiva e (2) os
referidos trabalhadores não sindicalizados deixem de
exercer o seu direito à oposição.
Com ressalva às opiniões extremistas e maculadas
pela polarização que assola nossa sociedade,
entendemos que o amplo diálogo e a transparência são
elementos cruciais para a aceitação da decisão a ser
proferida pela Suprema Corte federal.
De nossa parte, entendemos que a constitucionalidade
das contribuições assistenciais é incontestável, e
sua cobrança, essencial ao livre exercício sindical.
Entretanto, tais direitos não são absolutos e nem de
qualquer forma capazes de sobrepujar liberdades
individuais.
Renato Pereira Ribeiro é advogado da área
trabalhista, sindical e remuneração de executivos da
Innocenti Advogados.
Fonte: Consultor Jurídico
19/05/2023 -
Cláusula Pétrea – João Guilherme Vargas Netto
A pronta intervenção do presidente Lula atalhou de
maneira brilhante uma provocação da Folha de São
Paulo na edição de segunda-feira, dia 15.
O jornal deu como manchete e desenvolveu em duas
longas matérias (ambas assinadas por Idiana
Tomazelli) que a “valorização do mínimo é desafio à
regra fiscal”, tudo levando a contrapor a proposta
de ajuste fiscal à política de valorização do
salário mínimo. Isto indisporia o movimento sindical
dos trabalhadores ao governo e criaria cizânia no
parlamento.
Ao blindar a política de valorização do salário
mínimo (e também o Bolsa Família) de eventuais
restrições decorrentes do ajuste fiscal, o
presidente Lula confirmou perante à sociedade, aos
meios de comunicação e ao movimento sindical sua
promessa de valorizar o salário mínimo, tornando-a
cláusula pétrea no ajuste.
A firme posição presidencial faz crescer a
responsabilidade do movimento sindical em apoiá-lo
no Congresso e garantir a aprovação da política de
valorização, enfrentando as contradições
parlamentares e a complexidade das discussões
congressuais; apesar de cláusula pétrea haverá a
disputa que a Folha de São Paulo exacerbou em sua
tentativa de semear a discórdia.
A esta tarefa militante o movimento sindical deve se
dedicar com ênfase, inteligência e obstinação,
conjugando o seu cumprimento com uma plataforma
unitária de lutas capaz de também atalhar uma
eventual crise nas montadoras, mobilizando as bases
e unindo-as em defesa do emprego, de medidas
emergenciais e contra os juros altos, juntamente com
as reivindicações específicas.
Tudo isto e mais o resto exige, como nunca, “a
subida” às bases, de tal maneira que, quando os
dirigentes sindicais falarem ao governo e o
ajudarem, falarem ao Congresso Nacional buscando
aliados e falarem à sociedade para esclarecê-la, o
façam repercutindo as vozes dos trabalhadores e
trabalhadoras que representam.
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical
de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.
Fonte: Agência Sindical
19/05/2023 -
INSS terá cartão virtual para desconto em shows,
cinemas e viagens; veja como vai funcionar
Aposentados, pensionistas e beneficiários de
auxílios terão acesso ao cartão virtual dentro do
aplicativo Meu INSS
O Ministério da Previdência Social informou nesta
quinta-feira (18) que vai lançar na próxima semana
um novo serviço aos beneficiários do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social).
Trata-se de um cartão virtual com dupla função: o
beneficiário poderá utilizá-lo para comprovar
vínculo com o INSS e usufruir de um “clube de
vantagens” com descontos em diferentes serviços.
O lançamento está previsto para 22 de maio. Os
beneficiários do INSS terão acesso ao cartão virtual
dentro do aplicativo Meu INSS.
A carteira vai oferecer o “clube de vantagens” por
meio de parceria com o Banco do Brasil (BBAS3) e com
a Caixa Econômica Federal. Serão beneficiados os
aposentados, os pensionistas e todos os demais
beneficiários de auxílios do INSS.
Entre as vantagens para os usuários com o cartão
virtual estão: descontos em cinemas; shows;
academias; lojas; cupom de desconto em viagens;
telemedicina e outras vantagens.
No Banco do Brasil até quem não é correntista da
instituição vai poder desfrutar dos benefícios. Já
na Caixa, o Meu INSS+ estará disponível apenas aos
usuários que recebem seus vencimentos pelo banco.
“Nesse primeiro momento, a parceria será com Banco
do Brasil e Caixa Econômica, mas vamos buscar outros
bancos e entes públicos e privados para entrar no
Meu INSS+”, diz Glauco André Fonseca Wanburg,
presidente interino do INSS.
Fonte: InfoMoney
18/05/2023 -
Nota das Centrais Sindicais sobre o Regime Fiscal
Sustentável
As Centrais Sindicais, abaixo assinadas, vêm
manifestar sua preocupação com a regra em debate no
Congresso Nacional - projeto PLP 93/2023, que trata
do Regime Fiscal Sustentável – cujo substitutivo
indica norma que impõe restrições ao cumprimento das
despesas orçamentárias relacionadas à folha salarial
e contratação de servidores públicos.
Vedar a realização de concursos públicos e negar
direitos aos trabalhadores e às trabalhadoras em
serviços públicos do Brasil, além de injusta com
toda a sociedade, que irá sofrer as consequências da
redução de investimentos em serviços públicos
essenciais, a medida nega o direito dos servidores
públicos a uma remuneração justa e digna. Na medida
que impede até mesmo a revisão inflacionária, regra
que não é vedada nem mesmo pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, principal instrumento de
controle das contas públicas do país, o substitutivo
desestimula a entrada dos profissionais mais
qualificados e deixa de reter importantes servidores
na Administração Pública.
As Centrais Sindicais atuarão junto ao parlamento
brasileiro no sentido de convencer o conjunto dos
Deputados para mudar no projeto os pontos citados,
visando dar garantia à população mais vulnerável de
que os serviços públicos serão prestados com
qualidade e na quantidade necessária; e que isso só
será possível com respeito ao direito dos servidores
públicos a condições de trabalho e remuneração
dignas.
Brasília, 16 de maio de 2023
Moacyr Roberto Tesch, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antônio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira de Almeida, Secretária-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: NCST
18/05/2023 -
Sindicalistas saúdam criação de Fórum do BNDES
No início, quando criado por Getúlio Vargas, era
BNDE – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico.
Mais tarde, ganhou um S de Social. Mas a atuação
social nunca foi seu forte, ainda que tivesse no FAT
(Fundo de Amparo ao Trabalhador) a principal fonte
de sustentação.
O governo Lula tenta reforçar o Social da sigla.
Para tanto inclui as Centrais Sindicais no Fórum
Permanente do Banco. O anúncio foi feito dia 12,
numa reunião, em São Paulo, entre Aloizio
Mercadante, presidente do BNDES, sindicalistas e o
Dieese.
O objetivo é discutir as pautas trabalhadoras.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, saúda a
iniciativa rumo ao desenvolvimento, crescimento
econômico e aos empregos. “O BNDES é o principal
instrumento que temos pra esses objetivos”, afirma o
dirigente.
Codefat – O Fundo de Amparo ao Trabalhador é
a principal fonte de recursos do Banco. Seu Conselho
Deliberativo é formado por representantes dos
trabalhadores, empregadores e do governo. Ronaldo
Leite, secretário-geral da CTB, explica que os
conselheiros aproveitaram para estreitar e atualizar
a relação Codefat-BNDES.
OIT – A ex-ministra Tereza Campello coordena
do Fórum. Ela afirma que o BNDES já iniciou
tratativas com a Organização Internacional do
Trabalho pra viabilizar ações preventivas que
garantam trabalho digno nos empregos associados ao
crédito do Banco.
Agenda – Dia 25, o BNDES deve anunciar, na
Fiesp, um conjunto de linhas de crédito a fim de
fomentar o desenvolvimento econômico e a geração de
empregos.
Para Antonio Neto, presidente da CSB, é alentador o
BNDES priorizar pautas tão importantes ao País, indo
na contramão dos últimos governos que anularam o
Banco. “O Brasil precisa avançar e gerar empregos é
pauta urgente”, alerta o dirigente.
Mais – Sites do BNDES e Centrais Sindicais.
Fonte: Agência Sindical
18/05/2023 -
Após cassação de Dallagnol, Moro avalia que será o
próximo: 'eles vêm para cima de mim'
O ex-juiz parcial e agora senador está
apreensivo. Ele buscou angariar apoio até da família
Bolsonaro para tentar evitar a cassação de Dallagnol
Após ver Deltan Dallagnol (Podemos-PR) tendo seu
mandato de deputado federal cassado por unanimidade
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-juiz
parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) está
preocupado porque tem certeza de que será o próximo
alvo da Justiça Eleitoral.
“A tensão de Moro se justifica: em tribunais
superiores, sua condenação é dada como certa. De
acordo com interlocutores que conversaram com o
ex-juiz nesta semana, ele estava extremamente
preocupado com o processo contra Deltan Dallagnol, e
tentou conseguir apoio inclusive da família
Bolsonaro para tentar evitar o pior, ou seja, a
perda de mandato do colega”, relata Mônica Bergamo,
da Folha de S. Paulo.
Em conversas nos bastidores, Moro já disse acreditar
que depois da decisão contra Dallagnol, 'eles vêm
para cima de mim'. No mundo político de Brasília a
aposta é a mesma: Moro também poderá perder o
mandato.
Ele ainda se faz de vítima, assim como Dallagnol, ao
afirmar que há uma estratégia organizada 'lá atrás'
para tirar da política quem atuou na Lava Jato.
“A eleição de Moro está sendo questionada na Justiça
Eleitoral do Paraná pelo PL. O partido apresentou um
pedido de cassação do mandato dele em dezembro de
2022, questionando supostas irregularidades nos
gastos de campanha”, informa a reportagem.
Deltan Dallagnol
O TSE cassou nesta terça-feira (16) o mandato de
Deltan Dallagnol com base na Lei da Ficha Limpa, que
proíbe candidatura de integrantes do Ministério
Público se houver pendência de análise. Dallagnol
foi procurador do MPF-PR na Operação Lava Jato, no
Paraná, onde são julgados os processos de primeira
instância jurídica.
Em ação contra o parlamentar, a federação PT, PCdoB
e PV argumentou que o então candidato não poderia
concorrer às eleições de 2022 por causa de
pendências de sindicâncias e reclamações
administrativas no Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP).
A cassação de Dallagnol ocorreu por unanimidade. O
relator do caso, ministro Benedito Gonçalves,
concluiu que, antes das eleições de 2022, o então
candidato "agiu para fraudar a lei, uma vez que
praticou, de forma capciosa e deliberada, uma série
de atos" para não ficar inelegível.
Fonte: Brasil247
18/05/2023 -
Comissão do Senado rejeita projeto sobre
regulamentação de teletrabalho
Em reunião extraordinária da CAE (Comissão de
Assuntos Econômicos), realizada nesta terça-feira
(16), o colegiado rejeitou PL 10/22, do senador
Chico Rodrigues (União-RR), que pretende modificar a
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para
regulamentar o regime híbrido de trabalho.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM), relator da
proposta, indicou no parecer a rejeição e
arquivamento do projeto, uma vez que a matéria não
traz qualquer avanço na regulação desta modalidade
de trabalho.
O parecer contrário ao projeto foi aprovado.
“A categoria bancária foi pioneira na regulamentação
do teletrabalho a partir de acordos e da sua
Convenção Coletiva de Trabalho, que garantiram
direitos superiores aos previstos nas normas
vigentes da CLT”, disse Alexandre Caso, que
representante o Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região no Grupo Nacional da Agenda
Legislativa das Centrais Sindicais.
“Em relação ao PL 10/22, apesar do relator indicar a
sua rejeição, a sua tramitação merece atenção do
movimento sindical, uma vez que o parecer é objeto
de debate, não significa posição consolidada, sendo
possíveis alterações e mudança na posição do relator
em relação ao texto”, acrescentou.
Tramitação
O projeto de lei ainda vai ser debatido e votado, em
caráter terminativo, isto é, se for rejeitado vai
ser arquivado, pela CAS (Comissão de Assuntos
Sociais). Todavia, se for aprovado, ainda vai ao
exame do plenário do Senado.
Fonte: Diap
18/05/2023 -
Bolsonaro compromete aliados que fraudaram carteira
de vacinação
Há um ponto em que o ex-presidente se
contradisse: ao já admitir que pode ter havido
fraude em sua carteira de vacinação.
Foi um depoimento frágil, sem nenhuma novidade. Mas
as declarações de Jair Bolsonaro (PL) à Polícia
Federal, na tarde desta terça-feira (16),
comprometeram não tanto ao próprio ex-presidente –
mas, em especial, aliados envolvidos no escândalo na
inserção de dados falsos no ConecteSUS. Com
certificados de vacinação adulterado, Bolsonaro, sua
filha e aliados teriam burlado restrições
sanitárias.
O depoimento, tomado no âmbito da Operação Venire,
foi vazado à imprensa. Bolsonaro insistiu que só
soube da fraude em sua carteira de vacinação por
meio do noticiário. Seu ex-ajudante de ordens, Mauro
Cid, adulterou cartões para simular que sete pessoas
– entre elas, Bolsonaro e sua filha – estavam
imunizados com a vacina contra a Covid-19. Segundo o
ex-presidente, a iniciativa foi feita sem seu
conhecimento, “à revelia”. Ele, Bolsonaro, agregou
que sequer sabia da possibilidade de inserir dados
falsos no ConecteSUS.
“Indagado se solicitou a Mauro Cesar Cid que
intermediasse a inserção de dados falsos de
vacinação contra a Covid-19 em seu nome no sistema
do Ministério da Saúde, respondeu que não”, indica
um trecho do depoimento de Bolsonaro. “Indagado se
solicitou a alguma outra pessoa a inserção de dados
falsos de vacinação contra a Covid-19 em seu nome no
sistema do Ministério da Saúde, respondeu que não.”
Mauro Cid e outros envolvidos no esquema estão
presos. A PF questionou Bolsonaro sobre o eventual
papel de cada um deles no escândalo – e se havia
algum pedido do ex-presidente por trás desses
crimes. O ex-presidente negou qualquer participação
direta, mas afirmou que Mauro Cid administrava a
conta do ex-presidente no aplicativo ConecteSUS. Mas
não soube – ou não quis – responder “sobre quem
administra a conta de L.F.B. nos sistemas “gov.br” e
ConecteSUS”.
Há um ponto em que Bolsonaro se contradisse. Quando
a operação veio à tona, com direito a busca e
apreensão em sua casa, ele declarou à imprensa que
não houve adulteração nos dados de sua carteira de
vacinação, nem do cartão de sua filha, Laura. Agora,
sob recomendação de seus advogados, o ex-presidente
já admite que pode ter havido fraude.
Um trecho do depoimento confirma essa guinada no
discurso de Bolsonaro: “Indagado se Mauro Cesar Cid
arquitetou e capitaneou toda a ação criminosa
relativa às inserções de dados falsos de vacinação
contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde,
à revelia, sem o conhecimento e sem a anuência do
declarante, respondeu que se Mauro Cid arquitetou
foi à revelia, sem qualquer conhecimento ou
orientação do declarante”.
Um dos locais onde houve invasão irregular no
sistema foi em Duque de Caxias (RJ). Uma enfermeira
da rede municipal confessou à polícia que emprestou
a senha para que o secretário municipal de Governo,
João Carlos de Sousa Brecha, alterasse os registros
de vacinação de Bolsonaro.
Mauro Cid deve depor nesta quinta-feira (18). O
ex-ajudante-de-ordens já havia tentado fraudar o
sistema no final de 2021, a fim de conseguir
certificados falsos para a própria família. Nesse
caso, Cid recorreu ao sistema de saúde de Cabeceiras
(GO). Pelo menos outros quatro militares se
envolveram na manobra.
Fonte: Portal Vermelho
18/05/2023 -
TSE e Ministério Público fazem parceria para
combater prática de assédio eleitoral
MPT recebeu quase 3.500 denúncias envolvendo
2.500 empresas e instituições públicas
Usado largamente no ano passado, o assédio eleitoral
é objetivo de acordo de cooperação firmado ontem
(16) entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o
Ministério Público do Trabalho (MPT). Para “prevenir
e reprimir” a prática, os órgãos públicos vão trocar
informações que possam subsidiar investigações e
processos judiciais. Podem elaborar campanhas de
conscientização, além de editar normas
regulamentadoras.
Assim, a última atualização do MPT mostra 3.477
denúncias recebidas sobre o tema, envolvendo 2.472
empresas e instituições públicas. “Foram firmados
418 termos de ajuste de conduta (TACs) e ajuizadas
82 ações civis públicas”, informa o Ministério
Público.
É uma parceria para assegurar o direito ao voto
livre e secreto, definiu o procurador-geral do
Trabalho, José de Lima Ramos Pereira. “O Tribunal
Superior Eleitoral e o Ministério Público do
Trabalho têm se dedicado para prevenir e reprimir
essa prática ilegal, buscando garantir a liberdade e
a segurança das trabalhadoras e dos trabalhadores
durante o processo eleitoral, pela prevenção,
conscientização e facilitação do acesso e das formas
de denunciar”, afirmou durante a cerimônia, em
Brasília.
Já o presidente do TSE, ministro Alexandre de
Moraes, chegou a comparar o assédio eleitoral ao
crime organizado. E também fez referência aos casos
de trabalho análogo à escravidão. “Todas as regiões
do país têm esse assédio eleitoral, da mesma forma
que o trabalho escravo não é primazia de uma outra
região, todas as regiões do país têm, com um número
maior número Sudeste, obviamente proporcionalmente a
mais eleitores, mas demonstrando que não importa se
a região mais ou menos desenvolvida economicamente
no país”, disse, apontando ameaça à democracia.
Fonte: Agência Brasil
17/05/2023 -
STF pode validar Convenção 158 contra demissão sem
justa causa
Por meio do plenário virtual, o STF (Supremo
Tribunal Federal) julga, entre as próximas sexta
(19) e terça-feira (25), ação contra o decreto do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que
ordenou o rompimento do Brasil em relação à
Convenção 158, da OIT (Organização Internacional do
Trabalho), que veda demissões de funcionários sem
apresentar “causa justificada relacionada à sua
capacidade ou comportamento na empresa”.
Há 2 ministros — Maurício Corrêa e Ayres Britto —
que consideraram a revogação da Convenção 158
deveria passar pelo Congresso Nacional e não poderia
ser feita de forma unilateral pelo presidente da
República.
Outros 3 ministros — Nelson Jobim, Teori Zavascki e
Dias Toffoli — entenderam que o decreto é
constitucional, enquanto outros 3 — Rosa Weber,
Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa — o
consideraram inconstitucional.
Até o momento, não há maioria formada. O maior
número deve defender que o presidente não pode tomar
essa decisão unilateralmente.
De qualquer forma, a demissão sem justa causa deverá
continuar válida, desde que a empresa pague as
multas rescisórias aos trabalhadores demitidos.
Eis os fatos
A Convenção 158 da OIT trata das regras, requisitos e
condições para a rescisão do contrato de trabalho
por parte do empregador, tendo sido aprovada na 68ª
Conferência Internacional da OIT, em 1982.
Inicialmente, o Brasil ratificou a referida
Convenção, tendo o Congresso Nacional aprovado o
texto no ano de 1992, com promulgação tendo ocorrido
em 1996, por meio do Decreto presidencial 1.855.
Por pressão do chamado mercado (patronato) e do
capital, FHC denunciou o Decreto 1.855.
No mesmo ano da promulgação, contudo, o presidente
FHC denunciou a Convenção à OIT, por meio do Decreto
presidencial 2.100/96, que foi objeto da ADI 1625,
sob o argumento de que a denúncia não poderia ter
sido promovida por ato exclusivo do presidente da
República, sendo necessária também a aprovação do
Congresso Nacional.
Ao final, portanto, o objetivo dessa ação é o de
restabelecer a vigência dessa Convenção no Brasil. O
que seria avanço importante para o aprimoramento das
relações de trabalho, em níveis mais civilizados.
Fonte: Diap
17/05/2023 -
Evidente que há questões que precisam ser revisadas,
diz Marinho sobre regras trabalhistas
Ministro do Trabalho entende que última reforma
não teve a eficiência que era esperada
O Ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho,
sinalizou, em entrevista ao Canal Livre, da Rede
Bandeirantes, que o governo planeja endereçar
alterações nas regras trabalhistas, mas que não está
em discussão uma revogação da legislação.
Segundo ele, é evidente que há pontos a serem
revisados e que a última reforma não teve a
eficiência que era esperada e levou a um processo de
trabalho precário profundo.
“Nós queremos provocar o diálogo entre as partes,
empregadores e trabalhadores. O governo atua mais em
provocar que as partes conversem para construção de
entendimento. Até pelo perfil do Congresso,
dificilmente adianta o governo fazer o melhor
projeto possível e submeter ao Congresso, a chance
de viabilidade é muito pequena”, disse durante
entrevista exibida no domingo, 14.
Entre os pontos que estão na mira do governo, há a
terceirização, que, segundo Marinho, levou a um
processo de diminuição da massa salarial forte no
país e de degradação dos contratos na ponta.
“No campo trabalhista, não falamos em fazer uma
revogação da legislação. É revisitar para fazer
revisão de pontos necessários. Por exemplo, você
precisa olhar o processo de terceirização, não para
impedir a terceirização”, afirmou.
“Ela é um instrumento, uma ferramenta do mercado de
trabalho e vai ficar, não tem conversa em relação a
isso, o que precisa é ajustar para não degradar,
como está acontecendo hoje, (em) algumas atividades
econômicas.”
Geração de emprego
Em relação à criação de empregos, o ministro afirmou
que a pasta “não faz milagre” e que a geração de
novas vagas precisa ser dada pela atividade
econômica. “A economia é que vai criar essas
condições”, disse.
Contudo, ele defendeu que é preciso neste momento
melhorar a qualidade do processo de formalização do
mercado de trabalho e a qualificação.
Fonte: InfoMoney
17/05/2023 -
Trabalho intermitente cresce, mas renda média é
inferior ao SM
No boletim número 25 “Emprego em Pauta” de
maio, do Dieese, mostra-se a ineficácia do contrato
de trabalho intermitente, nos moldes atuais, para
enfrentar o desemprego nacional.
Introduzido entre as centenas de alterações
promovidas pela chamada “Reforma Trabalhista”, em
vigor desde novembro de 2017 (Lei 13.467), “o
contrato de trabalho intermitente ou contrato de
zero hora, o trabalhador fica à disposição para
trabalhar, aguardando, sem remuneração, pelo chamado
do empregador.”
“O trabalhador, enquanto não for convocado, não
recebe. E, quando requisitado para executar algum
serviço, a renda é proporcional às horas
efetivamente trabalhadas.”
Essa modalidade de contratação é o maná para os
patrões e tragédia para os trabalhadores, porque não
garante contratação, a hora-trabalho é baixíssima,
não garante nenhum tipo de vínculo empregatício ou
benefício social, como por exemplo Previdência
Social, e a hora-trabalho é baixíssima.
Dados trazidos pelo Dieese
“Os defensores da contrarreforma alegavam que esse
tipo de contrato poderia gerar milhões de novos
postos de trabalho. Por outro lado, muitos
especialistas alertavam que isso não aconteceria e
que esse tipo de contratação não garantiria a esses
trabalhadores novas convocações para voltar ao
trabalho.” Leiam números:
“• 20% dos vínculos intermitentes firmados em 2021
não geraram trabalho ou renda;
• 46% dos vínculos intermitentes ativos em dezembro
de 2021 não registraram nenhuma atividade naquele
mês;
• Ainda em dezembro, a remuneração foi inferior a 1
salário mínimo em 44% dos vínculos intermitentes que
registraram trabalho;
• A remuneração mensal média dos vínculos
intermitentes foi de R$ 888, o que equivalia a 81%
do valor do salário mínimo naquele ano; e
• O número de contratos intermitentes representou
0,50% do estoque de empregos formais em 2021.”
Leia a íntegra do boletim do Dieese
Fonte: Diap
17/05/2023 -
Regime Fiscal Sustentável deve proteger o salário
mínimo
O governo encaminhou para o Congresso Nacional a
proposta que trata das regras para a gestão da
política fiscal, ou seja, como o Governo Federal
deverá tratar os investimentos e gastos
orçamentários na relação com o comportamento de
aumento ou queda das receitas em cada contexto
econômico.
O objetivo é manter um orçamento equilibrado,
financiando adequadamente as políticas públicas ao
longo do tempo e com qualidade nos desembolsos,
combinando responsabilidade social com
responsabilidade fiscal, dando maior transparência
às despesas e arrecadação. As regras propostas estão
alinhadas com as boas práticas internacionais porque
permitem uma visão de longo prazo, têm
flexibilidade, são orientadas por metas críveis,
combinando regras para a expansão das despesas em
ritmo menor que o crescimento econômico, gerando
condições para promover superávit primário, o que dá
sustentabilidade à dívida pública.
Aumentar a confiança no equilíbrio fiscal, estimular
a retomada dos investimentos, favorecer a queda dos
juros, sustentar o crescimento e a geração de
empregos são resultados esperados.
O Regime Fiscal Sustentável vem para substituir a
Lei do Teto de Gastos (EC 95/2016), regra que
demonstrou ser inviável porque foi mal formulada,
comprometendo gastos e investimentos fundamentais,
com uma rigidez que suscitou constantes mudanças e
flexibilizações.
A nova regra basicamente prevê que as despesas podem
crescer no limite de até 70% do aumento das receitas
primárias, com uma banda de crescimento mínimo de
0,6% (que é o crescimento vegetativo da população
brasileira) e com o limite máximo de 2,5% (PIB
potencial projeto de médio prazo).
A regra lista o que não fica subordinado a estes
limites, garantindo piso mínimo para o investimento
público e permitindo adequado financiamento para as
politicas públicas.
As Centrais Sindicais estiveram reunidas com o
Deputado Cláudio Cajado (PP BA), relator na Câmara
dos Deputados dessa matéria. Naquela oportunidade
destacaram as seguintes questões:
• É fundamental que o Brasil tenha um conjunto de
regras críveis e bem elaboradas para a gestão do
orçamento fiscal e que aumente a efetividade e a
eficácia da gestão das políticas públicas. Essas
regras devem gerar confiança, credibilidade e
previsibilidade.
• O Regime Fiscal Sustentável não pode e não deve se
orientar para a criminalização do gestor
público/governante. Deve orientar e estimular as
boas práticas e a gestão transparente.
• Três prioridades para o processo orçamentário
futuro:
- Garantir a vigência da política de valorização do
salário mínimo, assegurando os aumentos da base
salarial de toda a economia, instrumento indutor do
crescimento econômico que fortalece a capacidade
fiscal do Estado.
- Organizar o orçamento para atuar de forma
anticíclica, ou seja, nos momentos de crise o
governo ter instrumentos para atuar para superar as
adversidades.
- Garantir robustez nos investimentos sociais (saúde
e educação) e em infraestrutura econômica.
As Centrais Sindicais consideram urgente a aprovação
desse projeto para abrir caminhos para um arranjo
macroeconômico voltado ao investimento e crescimento
econômico, bem como abrindo espaço para a redução
dos juros básicos e para o tratamento no Congresso
Nacional de matérias de alta importância para o
país, como a reforma tributária.
Fonte: Rádio Peão Brasil
17/05/2023 -
Lula cumpre promessa e encerra “política de preços”
na Petrobras
DNA da PPI está presente na mais alta escalada da
inflação do Brasil nos últimos anos
Acabou a nefasta “política de preços” na Petrobras.
Em comunicado na manhã desta terça-feira (16), a
estatal anunciou o fim da chamada “paridade de
importação de preços” (PPI), vigente desde 2016,
quando foi adotada sob o governo Michel Temer (MDB).
“Os reajustes continuarão sendo feitos sem
periodicidade definida, evitando o repasse para os
preços internos da volatilidade conjuntural das
cotações internacionais e da taxa de câmbio”,
informou a Petrobras. A mudança vale para a
definição dos preços do diesel e da gasolina da
companhia.
Conforme aprovado pela diretoria executiva da
empresa em reunião na segunda-feira (15), a “nova
estratégia comercial” terá duas “referências de
mercado”: [1] O custo alternativo do cliente
(“alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos
mesmos produtos ou de produtos substitutos); e [2] O
valor marginal para a Petrobras (“baseado no custo
de oportunidade dadas as diversas”).
Encerrar a PPI e “abrasileirar” o preço dos
combustíveis foi uma das promessas de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) na campanha presidencial do ano
passado. O DNA da PPI está presente na mais alta
escalada da inflação do Brasil nos últimos anos. Foi
graças à disparada de preços nos combustíveis que,
em junho de 2022, o IPCA (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo, considerado a “inflação
oficial” do País), chegou a 11,89%.
A PPI tirava a autonomia do Brasil sobre o valor dos
combustíveis “na bomba”, ao promover um alinhamento
automático dos preços locais aos internacionais. As
oscilações estavam diretamente relacionadas a duas
variáveis: as variações cambiais (o valor do real em
relação ao dólar) e a cotação internacional do
petróleo.
Quando esses dois fatores explodiam simultaneamente
– como ocorreu no início de 2022 –, os combustíveis
acumulavam diversas altas seguidas, encarecendo sem
parar. A “política de preços” beneficiava acionistas
da Petrobras e o setor financeiro, mas jogava o ônus
da inflação nas costas do consumidor final – e, por
tabela, de todo o povo brasileiro.
O que muda agora que Lula cumpriu a promessa de
mudar a dinâmica dos preços dos combustíveis? A
cotação internacional não será ignorada, mas os
combustíveis serão precificados com base na
realidade nacional. “A Petrobras tem mais
flexibilidade para praticar preços competitivos, se
valendo de suas melhores condições de produção e
logística e disputando mercado com outros atores que
comercializam combustíveis no Brasil, como
distribuidores e importadores”, indica a empresa.
Em depoimento a jornalistas na semana passada, o
presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou
que a lógica da “estabilidade versus volatilidade”
determinará os preços dos combustíveis no Brasil. O
objetivo é evitar tanto o congelamento de preços
quanto a “maratona” de reajustes.
Fonte: Portal Vermelho
16/05/2023 -
Nova Central participa de criação do Fórum
Permanente BNDES-Trabalho
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, e o
presidente da NCST/Rio de Janeiro, Sebastião José,
na última sexta-feira (12), participaram de uma
reunião com o presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio
Mercadante. Na ocasião, Mercadante anunciou a
criação do Fórum Permanente BNDES-Trabalho.
Segundo Mercadante, o Fórum será um canal de diálogo
sobre as pautas da categoria: “Devemos transformar
essa reunião em um fórum permanente. Reuniões
bimestrais para alinhar o diagnóstico e para que o
BNDES esteja mais aberto, tanto às pautas
especificas quanto à discussão da pauta mais geral,
do BNDES e do País”.
A ideia é que o primeiro encontro do Fórum, a ser
coordenado pela diretora Socioambiental do BNDES,
Tereza Campello, possa reunir entidades ligadas ao
mundo do trabalho e da produção, tais como a OIT, a
Finep, o Ministério do Trabalho o MDIC e outros
bancos de desenvolvimento.
Moacyr Auersvald reiterou a importância dos empregos
gerados pelos financiamentos do BNDES: “Entendemos
que o BNDES é um banco de fomento muito importante
para a população, para a indústria. Precisamos
avaliar um meio de atrair empresas que gerem
empregos aqui, e empregos de ponta. Lembramos a
importância de que nossos empréstimos ao Banco sejam
vinculados à garantia de emprego”, completou
Auersvald.
A coordenadora do Fórum Permanente BNDES-Trabalho,
Tereza Campello, ainda informou que dentre os
seminários que estão sendo promovidos pela Comissão
de Estudos Estratégicos do BNDES, um deles abordará
o mundo do trabalho, com participação de
representantes das centrais que representam os
trabalhadores.
Representantes das demais centrais sindicais, que
integram o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (Codefat), também participaram do
encontro.
Com informações da Agência de Notícias do BNDES
Fonte: NCST
16/05/2023 -
CGU aponta que Bolsonaro fez uso da máquina pública
durante campanha eleitoral
Um balanço feito pela Controladoria-Geral da União
(CGU) apontou o uso da máquina pública nas eleições
presidenciais do ano passado pelo então candidato à
reeleição Jair Bolsonaro (PL). No total, foram
analisados 254 processos de sigilo da administração
anterior e pedidos emitidos por meio da Lei de
Acesso à Informação (LAI).
Uma parte mostra que a liberação do empréstimo
consignado para beneficiários do Auxílio Brasil se
concentrou justamente em outubro, no mês das
eleições. O uso impróprio deste benefício é,
inclusive, um dos argumentos que os ministros do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) utilizam para
tentar tornar Bolsonaro inelegível.
As informações ainda dão conta de que o cartão
corporativo da Presidência da República foi
utilizado para abastecimento em postos de gasolina
nos mesmos dias em que Bolsonaro participou de
motociatas, onde fez campanha eleitoral.
A quebra de sigilo do governo anterior foi uma das
pautas de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que saiu vitorioso da disputa eleitoral.
Agora, segundo o próprio ministro da CGU, Vinícius
de Carvalho, o governo pretende expandir o uso da
Lei de Acesso à Informação. “A gente vai cumprir a
LAI em nível muito mais intenso do que no governo
anterior”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.
Na próxima semana, o governo Lula deve anunciar
novas medidas para aprimorar a Lei de Acesso à
Informação. Uma delas é a reclassificação das
informações consideradas reservadas pelo Comissão
Mista de Reavaliação de Informação, que atua como
uma das instâncias de análise dos documentos.
Fonte: Brasil de Fato
16/05/2023 -
Debatedores chamam atenção para a necessidade de
meio ambiente saudável no trabalho
Subnotificação do trabalho informal, prejuízos
causados pela flexibilização de horários e casos de
desrespeito aos direitos dos empregados domésticos
foram pontos discutidos em audiência pública da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) nesta segunda-feira (15). A
reunião integrou um ciclo de debates proposto pelo
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), a fim
de aprofundar a discussão sobre os efeitos da
reforma trabalhista de 2017 e instruir a Sugestão (SUG)
12/2018, apresentada ao Senado por entidades de
defesa dos direitos dos trabalhadores, que propõe a
criação do Estatuto do Trabalho. O tema da audiência
foi O Estatuto do Trabalho e meio ambiente do
trabalho: trabalho digno; plataformas; teletrabalho;
normas regulamentadoras e responsabilidade civil.
A SUG 12/2018 foi elaborada durante o funcionamento
de Subcomissão do Estatuto do Trabalho, criada no
âmbito da CDH em 2017 para reavaliar e propor
alternativas à reforma trabalhista promovida pela
Lei 13.467, de 2017. O texto foi arquivado em
dezembro de 2022, com o encerramento da legislatura,
mas um requerimento de Paim, aprovado no Plenário em
março, desarquivou o projeto, que continua
tramitando na CDH. Relator, Paim afirmou que a
proposta tem objetivo de fortalecer a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), que completa 80 anos em
2023.
— Defendo a CLT, e continuarei defendendo sempre.
Quando falamos do Novo Estatuto do Trabalho,
trata-se de uma atualização fruto de uma sugestão
legislativa da qual tenho a honra de ser relator. É
um debate do século 21, um passo à frente, e não um
retrocesso. Em todos os eventos que realizamos e
vamos realizar, sempre o aprimoramos — asseverou
Paim.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
16/05/2023 -
Lira diz que projeto de novo marco fiscal deve
passar por ajustes
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), disse nesta segunda-feira (15), em
entrevista à BandNews TV e Rádio BandNews, que o
projeto do novo arcabouço fiscal (PLP 93/23), em
análise na Casa, terá que passar por “ajustes” para
ser votado no Plenário.
Segundo Lira, alguns partidos querem a inclusão de
mecanismos que comprometam o governo com o
cumprimento da meta de resultado primário, o chamado
enforcement. Também nesta segunda, o 1º
vice-presidente da Casa, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP),
divulgou um vídeo defendendo mudanças nesse sentido.
“Os ajustes serão necessários. Nós temos que
construir votos no Plenário e há determinados
partidos que não votarão se o projeto for muito
frouxo, for muito flexível, se não demonstrar as
amarras e os enforcements necessários”, disse o
presidente da Câmara.
CPIs
Além do projeto do novo marco fiscal, o
presidente da Câmara dos Deputados tratou de outros
temas na entrevista. Ele adiantou que devem ser
instaladas nesta semana, possivelmente na
quarta-feira, as comissões parlamentares de
inquérito (CPIs) que vão investigar a manipulação de
resultados de partidas de futebol, fraude nas lojas
Americanas e a atuação do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Elas foram
criadas no final de abril.
Lira falou especialmente da CPI do Futebol e
defendeu a regulamentação dos jogos no Brasil. “A
Câmara já votou a regulamentação, que está esperando
a deliberação do Senado há mais de um ano. É
importante que a gente regular o setor. Está clara a
influência dessas apostas online, que hoje
patrocínio 100% dos clubes brasileiros”, disse.
Relação com governo
Arthur Lira também falou da relação da Câmara dos
Deputados com o governo Lula. Após ser questionado,
ele afirmou que não há possibilidade de rompimento,
mas sugeriu mudanças na articulação governista.
“O que eu penso, e apelo, é que o governo precisa de
três movimentos: o governo precisa descentralizar,
confiar e precisa delegar. Ele descentralizando,
acreditando, confiando, melhorará a sua articulação
política”, disse.
Lira reforçou ainda que o Congresso não vai apoiar
propostas que cancelem leis aprovadas nos governos
passados, como a da independência do Banco Central
ou o marco legal do saneamento. No início do mês a
Câmara anulou trechos de dois decretos presidenciais
que alteravam ponto desse marco legal.
Outro ponto tratado pelo presidente da Câmara foi o
projeto que pretende coibir a disseminação de
discursos de ódio e notícias falsas na internet (PL
2630/20). Lira defendeu a regulamentação do que é
divulgado por meio das grandes plataformas de
internet, preservando a liberdade de expressão, mas
disse que ainda não há clima político para votar a
matéria.
Fonte: Agência Câmara
16/05/2023 -
‘Se preparem, vamos ter boas notícias para a
indústria’, diz Alckmin em São Bernardo
Nesta segunda-feira (15/05), durante o Fórum
Paulista de Desenvolvimento, realizado em São
Bernardo do Campo, o vice-presidente da República e
ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo
está trabalhando em um conjunto de medidas voltadas
à indústria para apresentá-lo no próximo dia 25,
quando é comemorado o Dia da Indústria.
“Se preparem, dia 25 vamos ter boas notícias para a
indústria”, prometeu Alckmin. A expectativa é que o
pacote inclua medidas de resgate do carro popular e
de apoio à indústria de caminhões num esforço para
aquecer o mercado de veículos.
Alckmin também destacou sustentabilidade como
necessidade para o Brasil liderar a mudança para uma
economia verde. Também citou o arcabouço fiscal e a
reforma tributária como projetos importantes do
governo Lula. Ainda, antes dos anúncios de projetos
específicos para os industriais, ele disse que
“temos que cuidar do macro”, ao citar as questões
fiscais antes de ações direcionadas para mercados
específicos.
Além de prefeitos da região, participaram da
abertura do fórum representantes da Volkswagen,
Mercedes-Benz e Scania, montadoras instaladas em São
Bernardo.
Fonte: O Grande ABC
16/05/2023 -
Semana de 4 dias de trabalho será testada no Brasil
Um dia a mais para cuidar da vida, com mesmo
salário e mesma produtividade sem aumento de carga
horária,
a iniciativa será monitorada para testar eficácia
A semana de 4 dias de trabalho será testada no
Brasil entre junho e dezembro de 2023. Quem
conduzirá os testes é a organização sem fins
lucrativos 4 Day Week e a Reconnect Happiness at
Work. As informações detalhas serão divulgadas no
próximo mês, mas o que se sabe é que haverá algum
custo e que não existem pré-requisitos. Para
demonstrar interesse as empresas devem preencher o
formulário a seguir: https://www.4dayweek.com/contact.
O modelo que será adotado é o 100-80-100, que
consiste em manter 100% do trabalho em 80% do tempo
por 100% do salário. Ou seja, o trabalhador ganha um
dia a mais, sem prejuízo no que recebe, mantendo a
produtividade.
Como indica o jornal O Globo, a ideia é acompanhar
as empresas participantes para medir indicadores
(criados pela universidade americana Boston College)
que avaliam níveis de estresse, produtividade,
rotatividade, melhora do bem-estar dos funcionários,
entre outras situações.
Em diversos países ao redor do mundo a questão da
jornada de trabalho é debatida com exemplos
colocados em prática. Diferentes modelos já foram
testados e os resultados que pesam a favor da semana
de 4 dias são animadores, o que indica ser um dos
caminhos para o futuro do mundo do trabalho.
No Reino Unido teste com 60 empresas permitiu que os
trabalhadores optassem entre 8 horas de trabalho por
4 dias ou 32 horas semanais em cinco dias. A
aprovação pelos trabalhadores ficou acima de 90% e a
receita das empresas cresceu 35% em comparação ao
período anterior. Além disso, ficou registrado a
melhora nos níveis de bem-estar e diminuição dos
casos de esgotamento profissional. Bélgica,
Islândia, Suécia, Emirados Árabes e Espanha também
já oferecem alternativas que permitem a redução de
um dia de trabalho, com ou sem redução de carga
horária. O que é comum a todos é a manutenção dos
salários, a não ser em casos específicos de
proporcionalidade a pedido do funcionário.
*Com informações O Globo.
Fonte: Portal Vermelho
15/05/2023 -
INPC de abril sobe 0,53% ante alta de 0,64% em
março, revela IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve
alta de 0,53% em abril, após uma elevação de 0,64%
em março, segundo dados divulgados na manhã desta
sexta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o
índice acumulou alta de 2,42% no ano. A taxa em 12
meses mostrou elevação de 3,83%, ante taxa de 4,36%
até março. O INPC mede a variação dos preços para as
famílias com renda de um a cinco salários mínimos e
chefiadas por assalariados.
Fonte: Estadão
15/05/2023 -
Novo Estatuto do Trabalho: CDH debaterá trabalho
remoto, inserção e outros temas
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove nesta
segunda-feira (15), a partir das 9h, debate sobre o
ambiente de trabalho com o objetivo de instruir
discussões no Senado sobre a sugestão legislativa
para criação de um Estatuto do Trabalho (SUG
12/2018). Prevista para começar às 9h, a audiência
pública compõe o ciclo de debates sobre o assunto
que atendem a requerimento do senador Paulo Paim
(PT-RS).
A reunião tratará temas como dignidade no trabalho,
home office (trabalho remoto) e normas que
regulamentam a atividade laborativa, que serão
debatidos por especialistas em direito e em relações
de trabalho. Confirmaram presença, entre outros, a
representante do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait) Ana Luiza Horcades, e o
presidente da Associação Latino-americana de Juízes
do Trabalho (ALJT), Hugo Cavalcanti Melo Filho.
A audiência está prevista para ser realizada na sala
4-A da Ala Nilo Coelho, no Anexo II do Senado
Federal.
Contra a reforma
A SUG 12/2018, apelidada de “novo Estatuto do
Trabalho”, e “nova CLT” por Paim, seu relator,
regulamenta assuntos relativos à inclusão social no
trabalho, autorregulação sindical, modernização
trabalhista, salário mínimo mensal e jornada de 40
horas semanais.
A sugestão — termo para ideia legislativa que se
origina da sociedade — possui as associações Sinait,
ALJT, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça
do Trabalho (Anamatra) e Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho (ANPT) como autores.
A apresentação do texto foi um dos objetivos da
Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET),
criada na CDH em 2017 para reavaliar e propor
alternativas à reforma trabalhista promovida pela
Lei 13.467, de 2017. A reforma alterou regras
relativas a remuneração, plano de carreira, jornada
de trabalho, entre outros pontos.
A sugestão legislativa foi arquivada em dezembro de
2022 em virtude do encerramento da legislatura. Mas
o requerimento de Paim, aprovado no Plenário em
março, desarquivou o projeto, que continua
tramitando na CDH.
Fonte: Agência Senado
15/05/2023 -
Revisão da legislação trabalhista no Brasil
por Nivaldo Santana
A expectativa é que neste primeiro semestre o Grupo
de Trabalho elabore um novo marco legal que
fortaleça as negociações coletivas e os sindicatos,
com a manutenção do artigo 8º da Constituição e os
sindicatos como base da negociação coletiva.
Durante a campanha presidencial, a chapa “Vamos
Juntos pelo Brasil”, liderada por Lula e Alckmin,
apresentou para debate na sociedade um documento
intitulado “Diretrizes para o Programa de
Reconstrução e Transformação do Brasil”.
Em um dos pontos, é afirmado que “o novo governo irá
propor … uma nova legislação trabalhista de extensa
proteção social a todas as formas de ocupação, de
emprego e de relação de trabalho… revogando os
marcos regressivos da atual legislação trabalhista”.
Coerente com essa afirmação, o ministro do Trabalho,
Luiz Marinho, criou um grupo de trabalho tripartite,
com participação de representações dos
trabalhadores, empresariais e do governo, para
atualizar as leis do trabalho do Brasil.
A expectativa é que neste primeiro semestre o Grupo
de Trabalho elabore um novo marco legal que
fortaleça as negociações coletivas e os sindicatos.
Definida a proposta, será encaminhada para
apreciação do Congresso Nacional.
Essa proposta em construção defende a manutenção do
artigo 8º da Constituição e os sindicatos como base
da negociação coletiva. Já o sistema sindical
brasileiro deve ser composto por sindicato,
federação, confederação e central sindical.
Para valorizar a negociação coletiva, aprovou-se o
retorno da ultratividade, a prevalência da norma
mais favorável e a proibição de práticas
antissindicais, bem como o retorno aos sindicatos
das homologações das rescisões contratuais.
Na questão do financiamento sindical, as centrais
apresentarão ao Grupo de Trabalho Tripartite a
proposta de legalização da contribuição negocial
definida em assembleia, com desconto em folha de
pagamento para o conjunto da categoria.
Esta pauta do movimento sindical está em linha com a
defesa de um novo rumo para o Brasil, assentado na
valorização do trabalho como um pilar essencial para
o projeto nacional de desenvolvimento. Para isso, é
preciso sindicato forte e representativo!
Fonte: Portal Vermelho
15/05/2023 -
Centrais participam do lançamento do projeto de
empoderamento dos trabalhadores na América do Sul
Na quinta-feira (11) foi realizado em São Paulo o
lançamento do o projeto Worker Empowerment in South
America (empoderamento dos/as Trabalhadores/as da
América do Sul), com a presença de Thea Lee,
Subsecretária de Relações Internacionais do
Ministério do Trabalho dos Estados Unidos, o
Solidarity Center entidade ligada Federação
Americana do Trabalho e Congresso de Organizações
Industriais (AFL–CIO).
A solenidade aconteceu na sede do Sentracos
(Secretariado Nacional dos Trabalhadores no Comércio
e Serviços), em São Paulo, o projeto Worker
Empowerment in South America (empoderamento dos/as
Trabalhadores/as da América do Sul).
A Subsecretária de Relações Internacionais do
Ministério do Trabalho dos EUA, Thea Lee, participou
e apresentou o projeto às lideranças sindicais
brasileiras. Miguel Torres, presidente da Força
Sindical destaca que um dos objetivos e realizar um
trabalho unitário para regulamentar a situação dos
trabalhadores por aplicativos. “Esta categoria
precisa ser regulamentada para garantir e proteger
seus direitos”, explica o dirigente sindical.
Thea enfatizou a importância das entidades sindicais
para as democracias, já que as entidades são as
vozes dos trabalhadores e trabalhadoras e que, para
cumprir esse papel, é preciso que as instituições
sejam robustas.
Segundo Thea o projeto Worker Empowerment in South
America visa uma ampliar uma parceria que rompa as
fronteiras físicas entre diversos países para
organizar a luta da classe trabalhadora, encontrando
objetivos comuns para avançar com direitos
trabalhistas.
O evento contou também com a presença de Patrick Del
Veccio, da Subsecretaria de Relações Internacionais
do Ministério do Trabalho dos Estados Unidos,
Gonzalo Martinez, Solidarity Center e Joeli Molina,
Solidarity Center e pela Força Sindical também
estava presente o secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna).
Fonte: Rádio Peão Brasil
15/05/2023 -
Sancionada lei que libera R$ 7,3 bilhões para
pagamento do piso da enfermagem
Com o novo piso, a previsão é que enfermeiros
recebam pelo menos R$ 4.750 por mês
Foi publicada no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (12) a Lei 14.581/23, que garante R$ 7,3
bilhões para o pagamento do piso nacional da
enfermagem. O projeto de lei foi aprovado no final
de abril, durante a sessão conjunta do Congresso
Nacional (PLN 5/23).
O dinheiro será usado pelo Ministério da Saúde para
auxiliar estados, municípios e o Distrito Federal no
pagamento dos salários a partir de maio. Os recursos
virão de superávit financeiro apurado em 2022 pelo
Fundo Social.
O piso foi criado pela Emenda Constitucional 124,
sancionada em agosto do ano passado. A medida havida
sido suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
até que fossem feitos cálculos sobre o financiamento
da medida.
Com o novo piso, a previsão é que enfermeiros
recebam pelo menos R$ 4.750 por mês; técnicos de
enfermagem, R$ 3.325; e auxiliares de enfermagem e
parteiras, R$ 2.375.
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no
País, existem atualmente 2,8 milhões profissionais
do setor, entre enfermeiros, auxiliares de
enfermagem e técnicos de enfermagem. Já parteiras,
são cerca de 60 mil. Elas ajudam em 450 mil partos
por ano, sendo 20% na área rural, percentual chega
ao dobro no Norte e Nordeste.
Fonte: Agência Câmara
15/05/2023 -
Trabalhadores tentam evitar até 700 demissões na
Bridgestone: ‘Decisão apenas para ganhar mais
dinheiro’
Sindicalista lembra que situação financeira da
empresa não é ruim e alerta para impacto na cadeia
produtiva
Representantes do Sindicato dos Borracheiros da
Grande São Paulo e Região (Sintrabor) e da
Bridgestone voltam a se reunir na próxima semana
para discutir a situação da fábrica de Santo André,
na região do ABC. A empresa já anunciou a intenção
de encerrar a fabricação de pneus para carros de
menor porte, de passeio, o que representaria
demissão de até 700 trabalhadores, 20% de um total
de 3.500 empregos diretos.
“A gente vai ver um posicionamento mais claro da
empresa. Vamos tentar convencer a empresa a desistir
dessa ideia”, afirma o presidente do sindicato,
Márcio Ferreira. Os representantes dos trabalhadores
também tentam conseguir apoio do poder público. Por
meio do presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
já se reuniram com o vice-presidente da República,
Geraldo Alckmin, e estão agendando encontro com o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Segundo a Bridgestone, trata-se de uma decisão
estratégica. “Vai deixar de fabricar pneus pequenos,
com margem de lucro menor”, resume Márcio. “Nessa
estratégia de negócio não estão incluídos esses 700
trabalhadores. Mas a empresa também tem que ter
responsabilidade social. Não está com situação
financeira ruim, vendas baixas. Simplesmente tomou
uma decisão para ganhar mais dinheiro.”
Efeito dominó
O dirigente chama ainda a atenção para o possível
efeito na cadeia produtiva. Ele estima que os cortes
na fábrica de Santo André podem eliminar, no total,
até 20 mil postos de trabalho.
A fábrica do ABC existe desde 1939. Pertencia à
Firestone, adquirida para japonesa Bridgestone em
1988. A outra unidade fica em Camaçari (BA), que
concentrará a produção de pneus para veículos de
passeio e caminhonetes caso a medida se concretize.
Fonte: Rede Brasil Atual
15/05/2023 -
Inflação acumulada no Brasil é a menor desde outubro
de 2020 e pressão por redução dos juros aumenta
Crescente controle sobre a inflação tem esvaziado
o discurso do Banco Central para justificar a
manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano
A divulgação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país,
que desacelerou em abril para 0,61%, ante alta de
0,71% em março, associado à variação acumulada nos
últimos 12 meses (4,18%), deverá pressionar o Banco
Central a reduzir a taxa básica de juros (Selic),
atualmente em 13,75% ao ano, menor patamar desde
outubro de 2020.
De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a
meta de inflação para este ano é 3,25%, com
tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para
menos. A meta será cumprida se ficar entre 1,75% e
4,75%. O resultado de abril, portanto, ficou abaixo
do teto da meta. No ano passado, a inflação
acumulada foi de 5,79%, acima da meta estipulada
pelo segundo ano consecutivo.
O Banco Central, responsável pela política
monetária, alega que a manutenção da taxa de juros
no atual patamar é necessária para conter a pressão
inflacionária. Os juros básicos estão no nível
máximo em seis anos. O Brasil tem hoje a maior taxa
de juros real do mundo.
Por outro lado, o nível elevado compromete a
retomada do crescimento econômico do Brasil e
encarece o crédito, o que tem provocado severas
críticas à autoridade monetária por parte do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de
integrantes do governo e da indústria.
Fonte: Brasil247
15/05/2023 -
Revisão do FGTS: mudança na remuneração pode reduzir
investimentos públicos, diz Caixa
Presidente do banco afirma que perfil da força de
trabalho no Brasil mudou, com mais informalidade, o
que pressiona o crescimento do fundo
A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita
Serrano, afirmou nesta sexta-feira (12) que mudanças
na remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) podem reduzir os investimentos
públicos feitos com recursos do fundo.
A Caixa não toma decisões sobre o FGTS (quem faz
isso é o conselho curador do fundo), mas o banco é o
agente operador. “Qualquer mudança na remuneração do
FGTS pode ter um impacto em investimentos públicos”,
afirmou Rita.
Ela também acrescentou esses investimentos podem
ficar mais caros. As declarações foram dadas na
coletiva de imprensa para comentar os resultados do
banco público no primeiro trimestre (lucro de R$ 1,9
bilhão, queda anuak de 23,9%).
Julgamento no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar uma
possível mudança na regra de remuneração do fundo,
que aumentaria a rentabilidade dos recursos dos
trabalhadores, mas a análise foi suspensa após
pedido de vista do ministro Nunes Marques.
Dois ministros (Luís Roberto Barroso e André
Mendonça) já votaram a favor de, no mínimo,
equiparar o rendimento do fundo ao da poupança.
Ainda faltam 8 ministros se manifestar no processo.
Pressão no FGTS
A presidente da Caixa disse que é preciso considerar
que o perfil da força de trabalho no Brasil mudou,
com mais informalidade, e que isso por si só já
pressiona o crescimento do FGTS (que recebe
contribuições sobre vagas com carteira assinada).
Serrano destacou ainda a distribuição do lucro do
fundo aos cotistas como um fator de pressão
adicional.
Fonte: InfoMoney
12/05/2023 -
MPT/Conalis lança campanha “Maio Lilás” 2023
Sem os sindicatos a vida dos trabalhadores
seria miserável
Depois do 1º de maio, Dia Internacional do
Trabalhador, em todo este mês, o MPT (Ministério
Público do Trabalho), por meio da Conalis
(Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical), promove a campanha “Maio Lilás”.
O objetivo dessa campanha da Conalis é conscientizar
a sociedade da importância da união e participação
pacífica dos trabalhadores e trabalhadoras em atos
coletivos em defesa de direitos e conquistas
daqueles que vivem do trabalho.
Isso como forma de exercício da liberdade de união e
expressão constitucionalmente garantidos, nos
incisos IV, IX, XVI, XVII, XVIII do artigo 5º da
Constituição¹, e da liberdade sindical, no artigo 8º
caput2, ambos da Constituição “Cidadã” de 1988.
Por que maio e lilás?
O mês de maio foi escolhido em virtude de neste se
comemorar, internacionalmente, o Dia do Trabalhador.
A cor lilás é em homenagem às 129 mulheres
trabalhadoras, que foram trancadas e queimadas vivas
em incêndio criminoso numa fábrica de tecidos, em
Nova Iorque (EUA), em 8 de março de 1857.
Elas reivindicarem salário justo e redução da
jornada de trabalho. No momento do incêndio, era
confeccionado tecido da cor lilás.
A campanha teve início em 2017, a paartir as
mudanças (para pior) promovidas nas relações de
trabalho por força da Lei 13.467/17 — Reforma
Trabalhista —, que desmantelou as relações de
trabalho, em favor do mercado e do capital, contra
as trabalhadoras e trabalhadores, e por isso não foi
reforma, mas contrarreforma.
__________________
1Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei,
a de cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
2Art. 8º É livre a associação profissional ou
sindical, observado o seguinte: [...]
Fonte: Diap
12/05/2023 -
Centrais sindicais pedem a rejeição a projeto que
retira recursos do SESC e SENAC
Segundo os presidentes de seis centrais sindicais e
dois de federações que assinam a nota, o repasse é
indevido e injusto por prejudicar milhões de
atendimentos oferecidos à população nas áreas de
saúde, educação, assistência, cultura, lazer e
profissionalização.
Confira a íntegra
As Centrais Sindicais solicitam que o Senado Federal
rejeite os artigos 11 e 12 do PLV 9/2023, inseridos
pela Câmara dos Deputados na MPV 1147/2022, que
redirecionam para a Embratur 5% das contribuições
repassadas ao SESC e ao SENAC.
Esse indevido e injusto redirecionamento prejudicará
milhões de atendimentos oferecidos à população nas
áreas de saúde, educação, assistência, cultura,
lazer e profissionalização.
Trata-se de emenda alheia ao objeto central da MPV
1147/2022, que retira recursos de um sistema que
atende milhares de trabalhadores e trabalhadoras em
todo o país. A inserção desses dois artigos fere as
garantias asseguradas pela legislação (art. 240)
para manutenção dos serviços sociais autônomos
atingidos pela proposta, no que se refere às suas
finalidades e aos recursos compulsórios. São
justamente esses recursos que permitem ao SESC e
SENAC a realização de suas atribuições.
Pelas razões acima expostas, as Centrais Sindicais e
as Confederações dos Trabalhadores, representando o
movimento sindical e a classe trabalhadora
brasileira, solicitam que o Senado Federal rejeite a
inserção dos artigos 11 e 12 do PLV 9/2023, fruto da
MPV 1147/2022.
Atenciosamente,
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores)
Sergio Nobre
Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres
Presidente Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo
Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil)
Antônio Neto
Presidente da CSB (Central dos Sindicatos
Brasileiros
Julimar Roberto de Oliveira Nonato
Presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT
Luiz Carlos Motta
Presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio
Fonte: NCST
12/05/2023 -
Nova regra para aposentadoria por periculosidade é
aprovada no Senado
Matéria segue para análise da Câmara dos
Deputados
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira
(10), por 66 votos favoráveis e nenhum contrário,
projeto de lei complementar que regulamenta a
aposentadoria especial por periculosidade. O texto
estabelece critérios de acesso a segurados do Regime
Geral da Previdência Social (RGPS) expostos a
agentes nocivos à saúde ou a risco pelo perigo
inerente à profissão. A matéria segue para a Câmara
dos Deputados.
Segundo o PLP 245/2019, tem direito a aposentadoria
especial o segurado com efetiva exposição a agentes
nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais
à saúde, incluídos em lista definida pelo Poder
Executivo. De acordo com o texto, deve ser observada
uma carência de 180 meses de contribuições.
Requisitos
De acordo com o texto, os requisitos são diferentes
para os segurados que se filiaram ao RGPS antes da
reforma da Previdência e para os que se filiaram
depois.
Para os filiados antes da reforma, são três
possibilidades, dentro da sistemática de pontos. A
primeira é a soma de idade e tempo de contribuição
de 66 pontos, com 15 anos de efetiva exposição. A
segunda é a soma de 76 pontos com 20 anos de efetiva
exposição. A terceira é a soma de 86 pontos com 25
anos de efetiva exposição.
Para os filiados depois da reforma, não há o sistema
de pontos, mas regras de idade mínima. A primeira é
de 55 anos de idade, com 15 anos de efetiva
exposição. A segunda é de 58 anos de idade, com 20
anos de efetiva exposição. A terceira é de 60 anos
de idade, com 25 anos de efetiva exposição.
Readaptação
A matéria estabelece a obrigatoriedade da empresa na
readaptação desses profissionais, com estabilidade
no emprego, após o tempo máximo de exposição a
agentes nocivos. O texto também prevê multa para
empresas que não mantiverem registros de atividades
atualizados.
Exposição
A proposta especifica o enquadramento de determinadas
atividades (como mineração subterrânea, vigilância
ostensiva, transporte de valores, serviços ligados à
eletricidade e explosivos) quanto ao tempo de
efetiva exposição.
A mineração subterrânea, quando em frente de
produção, será sempre enquadrada com o tempo máximo
de 15 anos. Quando houver afastamento da frente de
produção e exposição a amianto, será enquadrada com
tempo máximo de 20 anos.
As atividades em que há risco à integridade física
serão equiparadas às atividades em que se permite 25
anos de efetiva exposição a agentes nocivos
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde,
quando estas atividades forem de vigilância
ostensiva e outras. O projeto prevê o pagamento de
um benefício indenizatório, pago pela Previdência
Social, equivalente a 15% do salário de contribuição
quando o segurado for exposto e já tiver completado
o tempo mínimo de contribuição.
Regra de transição
O texto aprovado inclui uma regra de transição para
que os trabalhadores não fiquem sujeitos ao critério
de idade mínima estabelecida pela reforma da
Previdência, podendo em vez disso se aposentar de
acordo com uma combinação de tempo de contribuição e
idade.
A proposta assegura a aposentadoria especial nos
casos de insalubridade somente quando houver a
efetiva exposição a agente nocivo — o que, segundo
ele, torna o texto razoável para segurados e para o
Estado. Pelo substitutivo, a conversão será
reconhecida ao segurado que comprovar tempo de
efetivo exercício de atividade sujeita a condições
especiais, desde que cumprido até a data de entrada
em vigor da reforma da Previdência de 2019.
Outras atividades
O substitutivo reconhece o direito à aposentadoria
especial para atividades de segurança que fazem ou
não uso de armas de fogo. Serão contemplados também
os trabalhadores de atividades de vigilância
ostensiva, armadas ou não armadas, de transporte de
valores, atividades de segurança pessoal e
patrimonial em estações de metrô e trem, e
atividades de transportes de cargas e transporte
coletivo de passageiros.
*Com informações da Agência Senado
Fonte: Agência Brasil
12/05/2023 -
Trabalho intermitente não garante o salário mínimo e
condena trabalhador à fome
Os contratos de trabalho intermitente avançaram nos
últimos anos, embora ainda representassem apenas
0,50% do estoque de empregos formais em 2021,
segundo o Dieese. Mas é uma péssima alternativa para
os trabalhadores e trabalhadores. Em 44% dos
vínculos nesta controvertida modalidade a
remuneração da força de trabalho foi inferior a um
salário mínimo. O valor médio dos salários, de R$
888, equivalia a 81% do piso nacional.
Além disto, 46% dos vínculos intermitentes ativos em
dezembro de 2021 não registraram nenhuma atividade
naquele mês. Daí se conclui que trabalhadoras e
trabalhadores sujeitos ao trabalho intermitente
foram condenados a engrossar o exército de famintos
no Brasil, estimado em mais de 30 milhões de
brasileiros e brasileiras.
Contra a vontade do movimento sindical e das forças
progressistas, o contrato intermitente foi uma das
centenas de alterações promovidas pela reforma
trabalhista imposta pelo governo golpista de Michel
Temer, que entrou em vigor em novembro de 2017 (Lei
13.467/2017).
Nessa modalidade, também conhecida como contrato de
zero hora, o trabalhador fica à disposição para
trabalhar, aguardando, sem remuneração, pelo chamado
do empregador. Enquanto não for convocado, não
recebe. E, quando requisitado para executar algum
serviço, a renda é proporcional às horas
efetivamente trabalhadas.
Os apologistas da reforma neoliberal alegavam que
esse tipo de contrato poderia gerar milhões de novos
postos de trabalho. Os críticos alertaram, de outro
lado, que isto não iria ocorrer e que o resultado
concreto seria maior precarização das relações entre
capital e trabalho, o que de fato se verificou e tem
entre seus desdobramentos a criação de famintos.
A constitucionalidade do contrato intermitente é
questionada por muitos juristas, uma vez que a
Constituição estabelece o salário mínimo como piso
para a remuneração do trabalhador ou trabalhadora,
princípio que está sendo claramente violado pelos
empregadores que se utilizam desta modalidade
contratual.
O tema está em debate no Supremo Tribunal Federal
(STF). Conforme aponta o estudo do Dieese, “os dados
disponíveis indicam que, na prática, o trabalho
intermitente se converte em pouco tempo de trabalho
efetivo e em baixos rendimentos. Como em anos
anteriores, um em cada cinco vínculos do tipo não
chegou a sair do papel em 2021. Mesmo em dezembro,
mês em que o mercado de trabalho está mais aquecido,
quase metade dos vínculos intermitentes não gerou
nenhuma renda.
Fonte: Dieese
12/05/2023 -
Denúncias se avolumam contra Bolsonaro, que está
perto da inelegibilidade
O ex-presidente, que será julgado pelo TSE por
denunciar, sem provas, fraudes nas urnas, tem
chances reais de ficar fora das disputas eleitorais
e ainda ser preso
O cerco contra Bolsonaro se fecha cada vez mais.
Está em compasso de espera a divulgação do voto do
corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministro Benedito Gonçalves, sobre o processo
no qual o PDT pede a inelegibilidade dele por oito
anos.
Recentemente, o ex-presidente teve o celular
apreendido na sua casa, em Brasília, após operação
de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) que
investiga a falsificação do cartão de vacinação dele
e de sua filha.
Soma-se a isso, as investigações contra o
ex-presidente sobre a tentativa de apropriação das
joias sauditas e a participação dele como mentor
intelectual do ato golpista do 8/1.
Nesse contexto, o ex-presidente tem chances reais de
ficar fora das disputas eleitorais e ainda ser
preso.
No caso do TSE, o ex-presidente será julgado por
denunciar, sem provas, fraudes nas urnas eletrônicas
colocando sob suspeita o sistema eleitoral
brasileiro durante reunião com embaixadores
estrangeiros em julho de 2022.
No mês passado, a última fase da investigação
judicial foi concluída com a manifestação do
Ministério Público. O parecer, assinado pelo
vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco,
foi no sentido de que o ex-presidente cometeu abuso
de poder econômico.
Após o voto de Benedito Gonçalves, que está sendo
aguardo ainda para este mês, o presidente do TSE,
ministro Alexandre de Moraes, será responsável em
pautar a votação no plenário.
Além de Moraes, participam da votação Benedito
Gonçalves, Cármen Lúcia, Sergio Silveira Banhos,
Carlos Horbach, Raul Araújo Filho e Nunes Marques,
este último substitui Ricardo Lewandowski, que se
aposentou. Ao todo, tramita na Justiça Eleitoral
mais 16 ações contra o ex-presidente.
“O que Bolsonaro fez nos últimos anos –
especialmente em 2022 – para tentar se reeleger não
tem precedentes. O ex-presidente praticamente
‘gabaritou’ as ilegalidades previstas na lei
eleitoral”, diz o advogado Luiz Eduardo Peccinin,
colunista convidado do UOL, doutorando em direito
pela UFPR e membro Academia Brasileira de Direito
Eleitoral e Político (Abradep).
Para ele, Bolsonaro atacou sem provas o sistema
eleitoral, o TSE e usou de meios de comunicação
públicos para se promover (TV Brasil).
Além disso, o especialista apontou que o
ex-presidente empregou recursos públicos para
financiar motociatas e comícios para seus
apoiadores.
“Ampliou benefícios sociais às vésperas do período
eleitoral e, no dia do pleito, promoveu blitzes em
rodovias onde seu adversário Lula tinha melhor
votação. Isso tudo sem falar na intrincada rede de
disseminação de fake news que o favoreceu desde
2018, esquema que ainda aguarda uma elucidação
plena, fora da Justiça Eleitoral”, completou.
Fonte: Portal Vermelho
11/05/2023 -
Reforma sindical quer fortalecer a negociação
coletiva – Clemente Ganz Lúcio
A proposta de reforma sindical que está sendo
elaborada em conjunto por representantes de dez
centrais sindicais e do governo prevê maior poder de
decisão da negociação coletiva, confirmação da
unicidade sindical (representação com base mínima
por município) e a criação de um Conselho de
Relações de Trabalho para regulação do sistema,
formado por trabalhadores e empregadores.
“São três diretrizes [no projeto]: fortalecer a
negociação coletiva, criar efetiva capacidade dos
sindicatos de se posicionarem bem nesse processo de
negociação e para estruturação sindical, e dar
autonomia para que trabalhadores e empresas possam
desenhar seu processo de organização do trabalho”,
afirma o sociólogo Clemente Ganz, coordenador do
Fórum das Centrais Sindicais. Ele integra o grupo
que está preparando o documento que, uma vez
debatido com sindicatos e empresários, será
encaminhado pelo Executivo ao Congresso, na forma de
um projeto de lei.
De maneira complementar, diz Clemente, o projeto
pretende promover direito equivalente para os
servidores do setor público. Ou seja, a lei deverá
reconhecer o direito dos trabalhadores estatutários
– regidos pelo Estatuto do Servidor Público – à
negociação coletiva.
A intenção é colocar as propostas em debate
“imediatamente”, diz o sociólogo. Ele ressalta “o
compromisso firmado pelo presidente Lula com as
centrais, de enviar ao Congresso mudanças na
organização sindical e no sistema de negociação
coletiva, buscando justamente dar capacidade de
atuação frente às mudanças no mundo do trabalho, e
dar à negociação coletiva capacidade de rever muitas
das regras da reforma trabalhista de 2017”.
A reforma feita no governo Temer acabou com o
imposto sindical, extinguindo sem alternativa a
fonte de financiamento sindical, provocou a
fragilização dos sindicatos e cortou direitos. Mas
deu grande poder regulatório à negociação coletiva.
“Então vamos tratar de regular as situações de
trabalho pela negociação coletiva”, afirma Clemente.
Outra mudança necessária, na opinião do sociólogo,
visa melhorar a vida dos trabalhadores sem vínculos
formais, atualmente sem nenhuma proteção sindical, e
com baixa cobertura trabalhista ou previdenciária.
“As centrais sindicais, organizadas nacionalmente e
setorialmente, fariam também a incidência na
representação dessa massa de trabalhadores que não
são assalariados clássicos, nem servidores:
trabalhador autônomo, doméstico, cooperado, PJ,
entre outros.”
Segundo o coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, essa população em condições extremas de
precariedade é praticamente metade da força de
trabalho do país. “São cerca de 50 a 55 milhões
protegidos pelo sistema sindical clássico, e outros
50 a 55 milhões sem proteção, dos quais 20 a 24
milhões por conta própria; 6 a 7 milhões no serviço
doméstico, e os demais, cooperados, “pejotizados”, e
uma massa terceirizada que vive no limbo, de
subcontratados. Temos mais ou menos a metade
protegida por um sistema sindical fragilizado, e
outra metade com quase absoluta desproteção
sindical, baixíssima proteção previdenciária e
trabalhista.”
Clemente indica dois desafios principais: recolocar
o sindicato como instrumento de proteção da força de
trabalho formalizada, por meio da negociação
coletiva valorizada, com alta taxa de representação
no sindicato; e reorganizar o sistema sindical, por
meio das centrais e federações, para conseguir
representar a outra parte — atualmente descoberta,
com uma interação forte junto ao governo. “Para que,
por meio do Executivo, junto ao Congresso Nacional,
sejam estabelecidas regras que gerem proteção
previdenciária, de saúde e direitos equivalentes.”
Conselho de autorregulação
A regulamentação permanente do novo sistema, com
eventuais atualizações, seria feita por um Conselho
de Relações do Trabalho. De acordo com Clemente,
esse conselho teria uma câmara formada pelas
centrais e por quadros dirigentes do movimento
sindical; e outra, autônoma, para tratar da
organização sindical das empresas, com
representantes de sindicatos patronais. “E os dois
juntos regulariam o sistema de negociação coletiva”,
explica o sociólogo.
O objetivo da proposta é instituir processos para
que a negociação coletiva seja bem desenvolvida,
impedindo práticas antissindicais, com direito
efetivo de representação e de informação. Clemente
lembra que a Constituição brasileira delega aos
sindicatos o papel de fazer a representação dos
trabalhadores – de toda base, sócios e não sócios
das entidades.
Para exercer essa representação, ele destaca as
assembleias como instrumentos chaves. Nelas se
definem a pauta da negociação, os indicativos de
greve ou de continuação das conversas. Nelas também,
os participantes deliberam pela celebração dos
acordos e autorizam os sindicatos a receberem uma
receita decorrente das negociações, gerada com a
contribuição dos trabalhadores, para que possam
financiar sua ação de forma consistente e
qualificada.
OCDE cobra apoio aos sindicatos
Os resultados da onda neoliberal que demoliu
estruturas trabalhistas e sindicais mundo afora já
acendeu o sinal de alerta em organizações
internacionais, que identificam piora aguda das
relações de trabalho, dos direitos humanos e das
condições de vida das populações.
Segundo Clemente, estudos da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) mostram que 140
países fizeram reformas trabalhistas e sindicais, de
2000 até 2020. Todas flexibilizaram as formas de
contratação e remuneração, tiraram poder dos
sindicatos, enfraqueceram a negociação coletiva,
diminuíram o papel do Estado e da Justiça do
Trabalho, criaram formas mais flexíveis e menos
onerosas de demissões e desligamentos de
trabalhadores.
Outro levantamento, feito em 36 países pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), aponta queda na sindicalização e
perda da participação dos acordos coletivos na
regulação da proteção do trabalho. “Isso é fruto da
disseminação da ideia de que o sindicato só
representa o trabalhador que é associado; e de que a
empresa só é obrigada a cumprir uma convenção, um
acordo coletivo, se for sócia de entidade patronal.
E as empresas, de forma crescente, têm se desfiliado
do sindicato patronal para não ter nenhuma obrigação
com relação a convenções e acordos trabalhistas. O
resultado disso, em duas décadas, é que estudos
recentes da União Europeia e da OCDE indicam aos
países urgência na retomada do apoio aos sindicatos,
e que estabeleçam metas de proteção sindical de 80%
da população.”
A situação é tão crítica, diz Clemente, que países
que nunca tiveram Salário Mínimo passaram a
estabelecer políticas de renda mínima. O exemplo
mais significativo é a Alemanha. A desproteção
sindical e a fragmentação da representação derivaram
numa massa de trabalhadores, principalmente
imigrantes, recebendo abaixo da renda mínima
considerada vital no país, situação em que o Estado
precisa complementar a receita do cidadão. “Como as
empresas, de maneira continuada, contratavam abaixo
da renda mínima vital e os sindicatos não conseguiam
produzir instrumentos coletivos de proteção, porque
as empresas se desfiliavam do sindicato patronal, o
governo alemão decidiu implementar uma política de
Salário Mínimo.”
Unicidade sindical
Ironia perversa, ao próprio preceito da liberdade
sindical tem sido aplicada uma interpretação
distorcida, contrária a seus princípios originais.
“A não interferência patronal e do Estado na
organização dos trabalhadores, o direito de fazer
greve e se organizar para apresentar uma pauta, isso
se transformou num instrumento dos neoliberais para
estraçalhar com a estrutura sindical, a partir de
marcos regulatórios”, alerta o sociólogo. Por
exemplo, quando a liberdade sindical é invocada para
servir de justificativa para a negociação
individual, em termos violentamente assimétricos, ou
para a multiplicação sem critério de entidades
sindicais.
“Por isso, o movimento sindical, neste momento, está
pactuando que devemos encaminhar mudanças nos marcos
normativos sem propor uma PEC (Proposta de Emenda
Constitucional) para alterar o artigo 8º da
Constituição, que estabelece o princípio da
unicidade sindical – com base mínima municipal — e
impede a fragmentação espúria”, argumenta Clemente.
O coordenador do Fórum das Centrais Sindicais também
adverte para as ações parlamentares que ameaçam
insistir no desmonte sindical. Ele lembra que,
recentemente, o relator da Reforma Trabalhista de
2017, o agora senador Rogério Marinho (PL-RN),
apresentou um projeto de regulamentação para
trabalho mediado por aplicativo, que não reconhece
vínculo das empresas com os trabalhadores. “Eles têm
essas propostas elaboradas para continuar um projeto
de flexibilização do mundo do trabalho e
enfraquecimento da ação coletiva dos sindicatos.”
Nesse sentido, Clemente defende a nova reforma em
debate para dar centralidade à negociação coletiva,
recuperar a autonomia do movimento sindical e sua
capacidade de financiamento. “É por meio da
negociação que se chega na base sindical; com ela
que chamamos os trabalhadores. A negociação coletiva
é a substância que permite ao sindicato voltar a ter
uma relação com os trabalhadores, é a tarefa
principal dos sindicatos.”
Fonte: Agência Sindical
11/05/2023 -
Paim registra resistência da CLT em seus 80 anos,
apesar dos recentes retrocessos
O senador Paulo Paim (PT-RS) registrou nesta
terça-feira (9), em pronunciamento no Plenário, os
80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
completados no dia 1º de maio. Observou que os
objetivos primários da CLT são a efetiva liberdade
dos trabalhadores, com remuneração justa e condições
dignas de trabalho. O senador lamentou os
retrocessos na legislação que precarizaram os
direitos trabalhistas.
Nascida no governo de Getúlio Vargas, a CLT tem
servido, segundo Paim, como ferramenta poderosa na
busca pelos direitos humanos dos trabalhadores. Ele
destacou que, ao longo dos seus 80 anos, a CLT
enfrenta críticas constantes de quem a considera
ultrapassada, mas ignoram "a sua capacidade de
resistência, de resistir e preservar o seu objetivo,
qual seja, conferir proteção aos trabalhadores”.
— Os críticos da CLT também são os mesmos que querem
negar aos trabalhadores e às trabalhadoras direitos
que a CLT resiste e garante: o direito ao trabalho
digno, com remuneração justa; o direito ao descanso
[remunerado] e às condições seguras de trabalho,
entre outros; enfim, o direito de o trabalhador
brasileiro envelhecer de forma saudável e poder
viver com justa aposentadoria. Não é de graça que o
Brasil lidera a lista de países com maior
concentração de renda do mundo. Aqui, 27,8% de tudo
o que se arrecada está nos bolsos de apenas 1% dos
brasileiros — avaliou.
O parlamentar lamentou a aprovação da lei 13.429,
que permitiu a terceirização da atividade fim, e da
lei 13.467, intitulada de reforma trabalhista. Para
ele, foram” os mais violentos ataques à CLT ao longo
dos seus 80 anos”. Paim também apontou que durante
os debates da terceirização para liberar a atividade
fim já se falava do aumento do trabalho escravo. E,
somente em 2023, já foram resgatados quase 1.000
trabalhadores em regime de escravidão ou de condição
análoga à do trabalho escravo, acrescentou.
— A escravidão contemporânea não vai assegurar
nenhum direito aos trabalhadores, seja da CLT, seja
previdenciário. Não é demais lembrar que 50% dos
trabalhadores brasileiros estão na informalidade.
Como participei dos debates das reformas trabalhista
e previdenciária, posso dizer: para aprovar a
reforma trabalhista em 2017, foi informado que ela
ia gerar dez milhões de empregos. Não gerou nenhum!
As consequências são as que conhecemos. Na verdade,
o objetivo da reforma foi na linha de retirar
direitos dos trabalhadores — ressaltou.
Fonte: Agência Senado
11/05/2023 -
Telegram obedece decisão de Moraes e apaga mensagem
contra PL 2630
Ministro havia imposto multa de R$ 500 mil por
hora que a mensagem não fosse deletada, além de ter
determinado a suspensão do aplicativo por 72 horas
caso ordem não fosse cumprida
Obedecendo à determinação do ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o
Telegram apagou de sua plataforma, por volta das
14h30 desta quarta-feira (10), a mensagem contra o
PL 2630 enviada aos usuários ontem. A informação é
da Folha de S. Paulo.
O ministro havia imposto uma multa de R$ 500 mil por
hora que a mensagem não fosse deletada, além de ter
determinado a suspensão do aplicativo em todo o
território nacional por 72 horas caso a ordem não
fosse cumprida.
“Por determinação do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a
empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do
Telegram caracterizou FLAGRANTE e ILÍCITA
DESINFORMAÇÃO atentatória ao Congresso Nacional, ao
Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à
Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente,
distorceu a discussão e os debates sobre a regulação
dos provedores de redes sociais e de serviços de
mensageria privada (PL 2630), na tentativa de
induzir e instigar os usuários à coagir os
parlamentares”, diz a decisão de Moraes publicada na
manhã de ontem.
Fonte: Brasil247
11/05/2023 -
Moraes manda Telegram apagar mensagem contra PL das
Fake News
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal(STF), mandou o Telegram apagar a mensagem
enviada na terça-feira (9) aos usuários da
plataforma contra a aprovação do projeto de lei para
combater a divulgação de fake news, na qual diz que
representa “um ataque à democracia”.
Moraes também determinou que a plataforma deverá
enviar nova mensagem aos usuários afirmando que a
publicação configura "flagrante e ilícita
desinformação" por ter afirmado que a eventual
aprovação do projeto de lei pode ser entendida como
censura.
O ministro determinou ainda que os representantes
legais do Telegram no país prestem depoimento à
Polícia Federal no prazo de 48 horas.
Segundo o despacho, o Telegram ficará foram do ar
por 72 horas em caso de descumprimento das cláusulas
de decisão.
Na mensagem em massa disparada na terça-feira, o
Telegram Brasil diz que o Projeto de Lei das Fake
News representa "um ataque à democracia". Segundo a
plataforma, o PL “concede poderes de censura” ao
governo federal e cria um sistema de vigilância
permanente que “matará a internet moderna”, se
aprovado pelo Congresso Nacional.
O Telegram ainda ameaça que, se o PL passar com a
redação atual, “empresas como o Telegram podem ter
que deixar de prestar serviços no Brasil”.
Fonte: Agência Brasil
11/05/2023 -
Presidente da CNI defende “neoindustrialização” e
política de estado
Em entrevista à Folha, Ricardo Alban falou sobre
a importância da “neoindustrialização” e das
políticas de estado para desenvolvimento econômico e
social do Brasil.
Em entrevista à Folha nesta terça-feira (9), o
empresário Ricardo Alban, novo presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), eleito na
última quarta (3), falou sobre a importância de
atualizar o discurso da industrialização para a “neoindustrialização”.
Segundo ele, “há uma percepção de atualização.” E
que a mudança de discurso “motiva mais ainda”.
Ele também evita usar o termo “subsídio” pois ela se
tornou “pejorativa” no Brasil e, em vez disso, fala
sobre incentivos e financiamento direcionado.
“Ninguém reclamava de subsídio na época que deu
grande impulso no agro, e hoje temos grande
admiração pelo agro”, disse à Folha. “Nenhum setor
na história do Brasil foi mais subsidiado do que o
agronegócio no início da sua pujança. Isso fez mal
ou bem?”.
Alban espera que o novo governo tenha um forte
compromisso com a industrialização, e o fato de Lula
ter restabelecido o Ministério da Indústria e
Comércio e convidado Geraldo Alckmin para ser
ministro mostra um começo promissor. Para ele, o
vice-presidente e ministro “demonstra compromisso
para fazer um processo de industrialização mais
aguerrido e que mitigue hiatos do passado”.
O gestor acredita que o foco não deve ser a
reindustrialização, mas sim a neoindustrialização,
que envolve estimular novas vantagens competitivas e
mitigar desvantagens em diversos setores. O termo
“neoindustrialização” representa uma abordagem mais
voltada para o futuro do que a reindustrialização,
reconhecendo que o Brasil ainda possui nichos de
indústrias avançadas e que uma política de
industrialização requer uma abordagem de longo
prazo.
Política de Estado
Alban também destaca a necessidade de uma política
industrial de longo prazo no Brasil que se concentre
na criação de políticas de estado em vez de
políticas de governo. Ele destacou que o país não
tem uma política industrial planejada e executada
desde o regime militar, “sem fazer nenhuma apologia
à ditadura”, sendo fundamental a conscientização
sobre a importância de haver políticas de Estado.
“Política industrial, como política de
infraestrutura ou de Estado, nunca é de curto prazo.
Tivemos muita política de governo. Precisamos criar
consciência de que é preciso ter políticas de
Estado.”, disse.
Juros altos
Com relação aos juros, Alban acredita que os atuais
juros reais no Brasil “são insustentáveis”, mas é
preciso encontrar uma forma adequada de abordar o
assunto sem transformá-lo em um debate político ou
ideológico. “É óbvio que eu não concordo com os
juros atuais do Brasil, mas eu também entendo que
precisamos achar a forma adequada de discutir esse
assunto e fazer um movimento uníssono e seguro”,
declarou.
Ele sugere que todos os setores da economia se unam
para uma discussão técnica e séria sobre o assunto.
“Seguramente, não existe pressão de demanda para
justificar essa política monetária”, afirma.
Por fim, Alban acredita que incentivos e
financiamentos devem ser direcionados a regiões
específicas para mitigar as grandes lacunas e
desigualdades no Brasil. Ele acredita que a Zona
Franca gera incentivos e renúncias e que precisa
haver uma racionalidade econômica e social
sustentável para sua existência. Alban destaca a
importância do planejamento e da racionalidade para
traçar um novo caminho de crescimento econômico e
social para a região.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: Portal Vermelho
10/05/2023 -
GT deve apresentar revisão da legislação trabalhista
no 1° semestre
Ministro do Trabalho espera que Congresso vote
proposta ainda em 2023
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
disse nesta segunda-feira (8), em entrevista à
Agência Brasil, que o governo pretende apresentar
novas propostas para revisão da atual legislação
trabalhista até o final deste semestre. A
expectativa é de que, já no segundo semestre, essas
propostas sejam encaminhadas para votação pelo
Congresso Nacional.
As revisões, explicou o ministro, estão sendo
discutidas em grupos de trabalho tripartites, com
participação de governo, trabalhadores e
empregadores. No próximo dia 23, por exemplo,
lideranças empresariais e representantes dos
trabalhadores estarão reunidos para estabelecer
datas e prioridades dos grupos.
“Nessa reunião do dia 23 é que se vai tirar as metas
de quanto tempo o grupo deseja para cumprir essa
tarefa de construção dos textos para submeter ao
Congresso. Mas ouço lideranças empresariais e de
trabalhadores dizerem que é desejável que se conclua
isso no primeiro semestre”, disse Marinho. “Não é
uma tarefa fácil, mas é a meta que eles estão
colocando e com a qual estamos de pleno acordo”.
Segundo ele, o governo vem tentando ser apenas
intermediário nessa comissão tripartite, deixando
que as propostas sejam construídas pelas partes: “é
um grupo tripartite, formado por empresários,
trabalhadores e sob a coordenação do governo. O
propósito do governo é mais de coordenar as partes,
de provocar, para que as partes construam o
entendimento. É evidente que o governo tem um
posicionamento, mas desejamos que as partes
construam esse entendimento porque seguramente isso
será melhor para a tramitação no Congresso
Nacional”.
Na tarde de hoje, o ministro participou do 11.º
Congresso Nacional dos Metalúrgicos e das
Metalúrgicas da Central Única dos Trabalhadores (CNM/CUT),
que ocorre até a próxima quinta-feira (11) em um
hotel em Guarulhos (SP). Com o tema Reconstruir o
Brasil de Forma Sustentável e Humanizada com
Trabalho Decente, Soberania, Renda e Direitos, o
congresso pretende debater temas relacionados,
principalmente, ao trabalho e à indústria.
Durante o evento, o ministro comentou a necessidade
de se regular as plataformas de aplicativos no
Brasil, tais como Uber, Ifood e 99.
“Fico me perguntando qual é o papel das novas
tecnologias, com as inovações tecnológicas. É
fundamental, é importante e é preciso que sempre se
aprimore as novas tecnologias. Elas são muito
bem-vindas. Mas imagino que quando falávamos de
novas formas, novos mecanismos e novas tecnologias,
era para criar melhores condições de vida para a
população do mundo todo, que serviria para acabar
com a fome e a miséria. E não que as novas
tecnologias iriam servir para explorar ainda mais os
trabalhadores e trabalhadoras”, disse Marinho.
“O que as famosas plataformas estão fazendo no
Brasil e no mundo é ir transformando os
trabalhadores quase que em escravos dos algoritmos.
Precisamos reagir para criar condições de que
trabalhadores de plataformas sejam respeitados”,
acrescentou ele, durante o evento.
Após discursar e responder dúvidas dos
participantes, o ministro conversou com a reportagem
da Agência Brasil. Ele voltou a falar sobre a
regulamentação de aplicativos. Segundo ele, esse
tema também vem sendo discutido em reuniões de
trabalhadores e representantes dessas empresas e a
ideia é que uma proposta seja construída também
pelas partes.
“Acho mais difícil cumprir esse prazo [de
apresentação da proposta] no primeiro semestre. Mas
seria desejável. Isso vai depender também da
maturidade das partes. Espero é que os empregadores
venham para a mesa no propósito de construção”,
disse Marinho. “É desejável que, o mais rápido
possível, se construam essas propostas para que elas
sejam submetidas ao Congresso, que dará a palavra
final”, falou ele.
Fonte: Agência Brasil
10/05/2023 -
Demissão sem justa causa: STF marca julgamento que
pode mudar regras
Corte apreciará, ainda no mês de maio,
constitucionalidade de decreto editado por FHC
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou, para o
plenário virtual, entre 19 e 26 de maio, o
julgamento que discute se houve a incorporação da
Convenção 158 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) nas leis brasileiras. Pela convenção,
é obrigatório ao empregador justificar o motivo pelo
qual está demitindo o seu empregado.
O caso será julgado na ADI 1.625, que tramita na
Corte há mais de 25 anos e estava congelada no
gabinete do ministro Gilmar Mendes após um pedido de
vista feito em outubro do ano passado. Os autos
foram devolvidos para julgamento nesta quinta-feira
(4/5).
A ação discute a validade da denúncia da Convenção
158 da OIT feita pelo então presidente da República,
Fernando Henrique Cardoso. Na época, o presidente
afirmou que o Brasil não iria mais aplicar a
convenção. No entanto, ele a excluiu do ordenamento
brasileiro sem a anuência do Congresso. Por isso, o
tema chegou ao Supremo.
A Constituição estabelece que só o Congresso pode
“resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional”. Os
ministros julgarão, portanto, se o chefe do
Executivo pode denunciar acordo internacional sem a
chancela do Legislativo.
Após duas décadas, não existe uma maioria formada ou
mesmo uma corrente majoritária. Até o momento, oito
ministros votaram. Os ministros aposentados Ayres
Britto e Maurício Corrêa, o relator, julgaram que a
validade do decreto deve ser analisada pelo
Congresso. Nelson Jobim, também aposentado, Teori
Zavascki, morto após acidente aéreo, e Dias Toffoli
reconheceram a constitucionalidade do ato executivo.
Já Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, ambos
aposentados, e a ministra Rosa Weber consideraram o
decreto inconstitucional.
Em resumo:
- Questão deve ser analisada pelo Congresso — Maurício
Corrêa e Ayres Britto (2 votos)
- Decreto é constitucional — Nelson Jobim, Teori
Zavascki e Dias Toffoli (3 votos)
- Decreto é inconstitucional — Rosa Weber, Ricardo
Lewandowski e Joaquim Barbosa (3 votos)
A questão é controversa porque pode afetar a dispensa
sem justa causa no Brasil. Se o STF derrubar o
decreto de FHC, as empresas passariam a ter de
justificar a demissão para que ela seja “não
arbitrária”. A motivação pode ser por questões
financeiras da companhia ou de mau desempenho do
funcionário, por exemplo.
Se a empresa não motivar a demissão, nesse caso,
haveria uma demissão arbitrária, o que é vedada pela
OIT 158. Caberia a uma lei federal a ser editada
pelo Congresso Nacional disciplinar quais seriam as
punições neste caso. A demissão por erros graves,
por justa causa, permaneceria intacta.
Além da ADI 1.625, há outra ação em tramitação no
Supremo que discute a validade do decreto
presidencial, a ADC 39. A diferença é que esta é de
2015 e tem diante de si uma composição mais recente
do Tribunal.
Até agora, já votaram quatro ministros. Dias Toffoli
votou como na ADI 1.625 pela constitucionalidade do
decreto. Edson Fachin votou pela
inconstitucionalidade e foi acompanhado por Ricardo
Lewandowski e Rosa Weber. Esse processo, entretanto,
ainda não foi pautado. Os autos estão conclusos ao
relator.
Fonte: Jota
10/05/2023 -
Para Lira, principal tarefa do Congresso hoje é
evitar retrocessos
Relação com o governo Lula ainda está no começo e
em fase de ajustes, disse ele
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), disse nesta terça-feira (9), ao participar
de evento em Nova York realizado pelo grupo Lide de
lideranças empresariais, que a principal tarefa do
Congresso Nacional hoje é evitar retrocessos em
temas analisados recentemente pelo Poder
Legislativo.
“A principal reforma pela qual o Congresso terá que
brigar diariamente é a de não deixar retroceder em
tudo o que já foi aprovado no Brasil no sentido do
que o que é mais liberal”, afirmou Arthur Lira, sob
os aplausos da plateia.
Na visão do presidente da Câmara, a relação com o
governo Luiz Inácio Lula da Silva ainda está no
começo e em fase de ajustes, já que o eleitorado
ponderou, nas últimas eleições, entre um Poder
Legislativo “majoritariamente liberal e
conservador”, mas elegeu um chefe do Poder Executivo
“mais progressista”.
Arthur Lira alertou para os riscos de polarização
excessiva neste atual cenário. “O desafio é fazer
com que a tramitação do Novo Arcabouço Fiscal e da
reforma tributária fiquem à margem da polarização, à
margem das discussões políticas, porque esses são
temas nacionais e precisarão do esforço de todos”,
disse.
O presidente da Câmara sugeriu que os governadores
busquem acordo sobre a adoção, no País, de um
imposto sobre valor agregado dos produtos e
serviços, em substituição aos hoje existentes, de
forma a simplificar o sistema tributário.
“Faremos a reforma tributária possível: se for mais
dura, com mais transição; se for mais leve, com
menos transição”, afirmou Arthur Lira. “O mais
importante é a segurança jurídica, que tem faltado
no Brasil ultimamente”, ressaltou. “E não é o
Congresso que tem instabilizado a segurança jurídica
no País”, assegurou.
Presente ao mesmo evento nos Estados Unidos, o
relator das atuais propostas de reforma tributária (PECs
45/19 e 110/19), deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
antecipou parte dos objetivos. “A ideia é ter uma
legislação única, porque os empresários e os
investidores precisam ter clareza na tributação”,
afirmou.
“Com a reforma tributária, vamos atender até o novo
arcabouço fiscal, porque só promoveremos superávit
primário ou com crescimento econômico ou com aumento
de impostos, e aumento de impostos, particularmente,
eu não quero fazer”, assegurou o relator. Ainda não
há data para a apresentação do parecer.
Fonte: Agência Câmara
10/05/2023 -
Projeto do Executivo define política para a
valorização do salário mínimo
Proposta prevê a correção pela variação do INPC,
acrescida do aumento do PIB
O Projeto de Lei 2385/23, do Poder Executivo, define
a política de valorização do salário mínimo para
vigorar a partir de 2024. O texto, fruto de
discussões entre governo e trabalhadores, está em
análise na Câmara dos Deputados e, na prática,
retoma estratégia adotada anteriormente durante a
vigência da Lei 12.382/11.
Na data de referência, a proposta prevê a correção
do salário mínimo pela variação do Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC) acumulada nos 12
meses encerrados em novembro do ano anterior,
acrescida, caso tenha sido positiva, da taxa de
crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do
segundo ano anterior.
Para o governo, segundo a justificativa da proposta,
“reajustes programados e cumulativos acima da
inflação refletem política que, por um lado, garante
o aumento escalonado e estruturado do poder
aquisitivo da população e, por outro lado,
proporciona previsibilidade a agentes econômicos,
políticos e sociais”.
Essa política de valorização do salário mínimo
beneficiará 40 milhões de pessoas, incluindo
trabalhadores, aposentados, pensionistas e
beneficiários de programas sociais, informa a
proposta. O impacto fiscal e orçamentário foi
estimado em R$ 18,1 bilhões para 2024, R$ 25,2
bilhões para 2025 e R$ 39,1 bilhões para 2026.
Tramitação
O projeto ainda será despachado para análise das
comissões permanentes da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
09/05/2023 -
Reajuste do mínimo impacta até 54 milhões de
brasileiros, diz Dieese
Uma entre quatro pessoas é beneficiada com o
aumento do salário mínimo. Na segunda (1), o governo
do presidente Lula reajustou o piso para R$1.320.
Quem tem carteira assinada é impactado diretamente.
O reajuste do salário mínimo impacta cerca de 54
milhões de brasileiros, revela estudo do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos). O levantamento foi feito baseado
nos dados de 2021 da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad).
Na segunda (1), o governo Lula aumentou o salário
mínimo para R$1.320. Em janeiro, o piso ajustado
pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tinha
era de R$1.212. Um aumento real de 2,8%, descontada
a inflação.
De acordo com o Dieese, com o reajuste, 25,4% da
população será beneficiada diretamente ou
indiretamente.
Quem tem carteira assinada é impactado diretamente.
São trabalhadores como empregadas domésticas,
servidores públicos, aposentados, pensionistas e os
que recebem o Benefício de Prestação Continuada
(BPC), assistência dada pelo governo a idosos e
pessoas com deficiência de baixa renda. Na conta do
órgão, cerca de 22,731 milhões de pessoas.
“Os grupos diretamente impactados pelo salário
mínimo são os empregados do setor privado e público
com carteira assinada (inclusive os trabalhadores
domésticos); os servidores públicos estatutários; e
as pessoas que recebem aposentadoria, pensão ou BPC,
com valor igual ou inferior ao salário mínimo”, diz
o estudo.
Indiretamente, são 31,3 milhões de pessoas que têm
alguém na família que ganha o mínimo. “Os grupos
indiretamente impactados são constituídos por
indivíduos que residem em domicílios onde existe,
pelo menos, uma pessoa diretamente impactada”,
apontou o Dieese.
Fonte: Portal Vermelho
09/05/2023 -
Mulheres contra mulheres: quem são as deputadas que
votaram contra a paridade salarial
O projeto de lei de paridade salarial entre mulheres
e homens, aprovado recentemente na Câmara, registrou
dez votos contrários, à proposta vindos de
deputadas, em um movimento em que mulheres votaram
contra uma proposta que defende as próprias
mulheres. A lista das deputadas que se manifestaram
contra a proposta é composta, basicamente, por
parlamentares ligadas às pautas conservadoras, e
aliadas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro
(PL).
Veja quem votou contra a proposta
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
- Chris Tonietto (PL-RJ)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Carla Zambelli (PL-SP)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Rosângela Moro (União-SP)
- Dani Cunha (União-RJ)
- Adriana Ventura (Novo-SP)
- Any Ortiz (Cidadania-RS).
Assim como os votos femininos, os votos masculinos
contrários ao projeto de lei também vieram em grande
maioria do PL. Ao todo, os parlamentares do PL
registraram 18 votos contra a proposta. Para a
apreciação, o PL liberou os parlamentares enquanto
os outros blocos e partidos indicaram a aprovação da
matéria. A única exceção veio do Novo, que se
posicionou inteiramente contrário.
(Mais informações: Congresso em Foco)
Fonte: Congresso em Foco
09/05/2023 -
Lula indica braço direito de Haddad para a diretoria
de Política Monetária do BC
Nome de Gabriel Galípolo, atual
secretário-executivo da Fazenda, precisa passar por
sabatina no Senado
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda,
Gabriel Galípolo, foi indicado pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva para a diretoria de Política
Monetária do Banco Central (BC). A confirmação foi
feita nesta segunda-feira (8) pelo ministro Fernando
Haddad, em entrevista coletiva. Para a diretoria de
Fiscalização, foi indicado Ailton Aquino dos Santos,
servidor de carreira.
Ambos terão de passar por sabatina no Senado. Caso
seja aprovado, Galípolo passará a compor o Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC, que define a taxa
básica de juros (Selic). Os juros são objeto de
crítica constante do governo, mas Haddad
contemporizou. Ele afirmou que Fazenda e BC têm
conversando com regularidade.
Procurando entrosamento
“Estamos procurando entrosamento, todo mundo é
testemunha do esforço que vem sendo feito, de parte
a parte, no sentido de permitir uma coordenação
maior das políticas fiscal e tributária”, afirmou o
ministro. “Sempre fui um crítico do divórcio entre
política fiscal e tributária. (…) O fato é que
estamos nos reunindo permanente, Fazenda e Banco
Central.” Nesse sentido, ele acredita que a
indicação de Galípolo vai fortalecer esse movimento
em busca da “convergência plena”.
Haddad não crê em rejeição do “mercado”, um dos
questionamentos feitos na coletiva. Ele afirmou que
Galípolo foi presidente de banco (Fator), é
conhecido dos economistas e coautor das políticas
públicas do governo. Além disso, o ministro contou
que ouviu pela primeira vez o nome do
secretário-executivo para o cargo do próprio
presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante uma
viagem a Zurique. “Não imagino que Galípolo enfrente
resistência no Senado”, acrescentou.
Assim, caso a indicação se confirme, Haddad indicou
Dario Durigan como secretário-executivo da Fazenda.
“Com tudo correndo bem na tramitação dos nomes dos
diretores junto ao Senado Federal, o Dario assume a
secretaria imediatamente após a posse do Gabriel
Galípolo no Banco Central”, comentou o ministro.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/05/2023 -
Pacheco fala em urgência para aprovar arcabouço e
defende redução da taxa de juros
Na avaliação do senador, é “absolutamente
possível” ter uma redução gradativa da taxa básica
de juros,
que atualmente está em 13,75% ao ano
Com elogios ao trabalho da equipe econômica de
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou, nesta
segunda-feira (8), que o arcabouço fiscal idealizado
pela equipe será “aprovado com sentimento de
urgência” assim que chegar ao Senado. O líder também
declarou que a taxa básica de juros é um
“atravancador” do crescimento nacional e que é, no
atual cenário, é possível reduzi-la gradativamente.
Para além da boa avaliação do trabalho da equipe
econômica do governo petista, Pacheco também entrou
em sintonia com o governo no que diz respeito à taxa
básica de juros.
Apesar de não adotar o tom crítico do Executivo, o
senador avaliou que com o novo governo, e as
reformas planejadas, é “absolutamente possível” ter
uma redução gradativa da taxa básica de juros, que
atualmente está em 13,75% ao ano.
“No momento que nós temos um novo governo, que nós
temos um arcabouço fiscal apresentado na iminência
de ser aprovado, nós temos uma boa perspectiva de
reforma tributária, nós temos uma contenção relativa
da inflação, nós temos o nosso câmbio controlado
nesse instante na relação real dólar, e eu vejo
absolutamente possível se ter um redução gradativa
dessa taxa básica de juros”, argumentou Pacheco,
durante reunião com a diretoria do Fiesp, em São
Paulo.
Fonte: InfoMoney
09/05/2023 -
União pede ao STF que reduza impacto de revisão da
vida toda no INSS
AGU quer que decisão tenha efeitos somente daqui
para frente
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre a revisão da vida toda
de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). Em dezembro, o plenário da Corte
autorizou o recálculo do benefício para incluir
contribuições anteriores à implantação do Plano
Real, em 1994.
A decisão beneficiou, sobretudo, os aposentados que
fizeram contribuições altas antes de 1994 e que
buscaram na Justiça o recálculo de seus benefícios.
Agora, a AGU pede que todos os processos judiciais
ligados ao assunto sejam suspensos até que o Supremo
esclareça diversos pontos questionados pela União,
que disse haver pontos obscuros no julgamento.
Um dos principais pedidos da AGU é para que a
decisão do Supremo tenha efeitos somente daqui para
frente, não permitindo a revisão de aposentadorias
já pagas, vedando, na prática, que beneficiários
peçam o pagamento de valores atrasados a que teriam
direito.
Outro pedido da União é para que o Supremo
estabeleça quando ocorre a prescrição do direito, ou
seja, a partir de quanto tempo os beneficiários
perdem o direito de pleitear o recálculo da
aposentadoria. A ideia é evitar que seja exigido o
pagamento de resíduos referentes a parcelas pagas há
décadas.
Em suma, a União deseja que o Supremo exclua do
julgamento benefícios já extintos e também os
quitados sob as regras antigas, de modo que não haja
efeito retroativo da decisão. Outra solicitação é
para que não seja possível pedir o recálculo caso o
beneficiário já tenha tido o procedimento negado em
definitivo pela Justiça, antes do novo entendimento
do STF.
Tais providências seriam necessárias “para
preservação da segurança jurídica e em razão do
impacto da nova tese de repercussão geral sobre as
contas públicas, bem como levando em conta os
limites da capacidade administrativa do INSS”, diz o
texto dos embargos de declaração apresentados pela
AGU.
A petição cita também as dificuldades
administrativas no INSS para processar o recálculo
de quem tem direito. Isso porque, de acordo com
manifestação do instituto no processo, os sistemas
atuais não permitem a inserção de valores anteriores
ao Plano Real. Para modificar os programas, será
necessário fazer investimentos tecnológicos.
(Mais informações: Ag. Brasil)
Fonte: Agência Brasil
09/05/2023 -
Reindustrialização enfrenta entraves aprofundados
sob Bolsonaro e pandemia
Setor estratégico para o país, indústria terá de
lidar com desafios impostos pela falta de política
por parte do Estado nos últimos anos e descompassos
na área macroeconômica
Em meio ao atual processo de busca pela reconstrução
do Brasil, um dos focos centrais no campo econômico
é o fortalecimento da indústria. O setor passa por
dificuldades há anos, mas a situação piorou
sobremaneira sob Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, que
sempre desprezaram o papel do Estado como indutor do
desenvolvimento. Agora, a partir de uma nova
concepção estratégica do governo Lula, políticas
nessa área podem ganhar novo impulso. Mas, a
realidade impõe desafios que ainda terão de ser
destrinchados para alavancar a reindustrialização do
país.
Reflexo dos problemas enfrentados sobretudo nos
últimos anos, entre janeiro e fevereiro, a produção
da indústria nacional teve queda de 0,2%, acumulando
recuo de 0,6% por três meses consecutivos, conforme
Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, divulgada
em abril. A produção da indústria nacional, segundo
o levantamento, ainda está 2,6% abaixo do patamar
pré-pandemia da covid-19, considerado até fevereiro
de 2020. O resultado também ficou 19% abaixo do
recorde da série, alcançado em maio de 2011.
“A indústria é um polo irradiador de crescimento
econômico ímpar em comparação com qualquer outro
setor. Também é o que tem a maior intensidade
tecnológica e de inovação e no qual as inovações
também têm maiores transbordamentos para outros
setores. Então, a indústria é incomparável enquanto
polo irradiador de crescimento, de inovações e,
portanto, de ganho de produtividade para outros
setores”, explica ao Vermelho Marco Antonio Rocha,
professor do Instituto de Economia da Unicamp.
Além disso, a indústria está entre os setores que
geram empregos com melhores remunerações e mais
qualificações. “Isso tudo faz da indústria um
ponto-chave ao longo de toda a história do
capitalismo como uma fonte de desenvolvimento e de
riqueza”, argumenta.
Ações e sinalizações do governo Lula vão no sentido
de valorizar o setor, como elemento estratégico para
o salto que o Brasil precisa dar tanto do ponto de
vista econômico como social. Uma das mais recentes
foi a reativação do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial.
Outro ponto importante foi o anúncio, pela
Transpetro, de que a prioridade da nova gestão é
voltar a construir navios no Brasil. Para isso, a
empresa criou um grupo de trabalho interno para
fazer um levantamento em até 60 dias sobre as
demandas do setor, a situação dos estaleiros e os
custos envolvidos nas operações.
Em audiência pública realizada na Câmara dos
Deputados em abril, a ministra da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu
“colocar a ciência, a tecnologia e a inovação a
serviço da reindustrialização do país, uma
prioridade do governo Lula e uma necessidade social
contemporânea”.
Ela explicou, ainda, que é preciso “construir
soluções tecnológicas para arranjos produtivos, de
modo a agregar valor, aproveitando as grandes
disputas geopolíticas e tirando delas
oportunidades”. Neste sentido, destacou, entre
outros pontos, a importância do Complexo Industrial
da Saúde, a política de incentivo à produção de
semicondutores (chips) e programas de apoio à
infraestrutura em pesquisa, como o Proinfa, alinhado
à reindustrialização da economia.
Recentemente, o vice-presidente Geraldo Alckmin,
ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços, lembrou que a desindustrialização precoce
e “extremamente preocupante” que o país viveu nos
últimos anos levou à redução da importância da
manufatura industrial na economia.
Alckmin destacou ações já realizadas pela atual
gestão, como a própria criação do MDIC, os esforços
para a redução do Custo Brasil e a ampliação da
competitividade e inovação da indústria. Também
apontou o Padis (Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de
Semicondutores), que garante isenção fiscal para
estimular o setor de semicondutores e de placas
solares.
Entraves
Para dar novo impulso à indústria nacional, na
avaliação de Marco Antonio Rocha, da Unicamp, é
preciso também superar barreiras que travam o
desenvolvimento da área e impedem que o país se
modernize, nos moldes do que vem acontecendo pelo
mundo.
Políticas industriais de grande porte no plano
internacional, que são onerosas, têm sido colocadas
em prática, levando em conta aspectos como a
preocupação em criar cadeias mais sistêmicas e
resilientes a um cenário turbulento que tende a se
manter assim, além de questões ambientais e mesmo
investimentos que possam resultar no melhor
enfrentamento de emergências sanitárias e de saúde,
cuja necessidade a pandemia de Covid-19 deixou
clara.
“No Brasil, estamos muito atrasados nessa discussão,
que começa depois da crise de 2008, se intensifica
em 2021 e em 2022 e 2023 a gente já tem políticas
muito bem desenhadas pelo mundo começando a andar”,
aponta Rocha.
Ele completa salientando que, “por conta de quatro
anos de governo ultraliberal em que a política
industrial é vista como uma interferência do Estado,
o Brasil ficou de lado desse processo. Então, a
gente já começa com um certo atraso no planejamento.
Para além disso, a gente tem um problema sério que é
uma certa criminalização das políticas industriais
que foram feitas no passado recente, o que torna o
debate público muito fechado e muito avesso a uma
coisa que é uma realidade internacional”.
Rocha alerta para aspectos que podem acabar
dificultando o processo de reindustrialização,
inclusive na proposta de arcabouço fiscal, como a
vedação a capitalizações, por exemplo, a bancos
públicos e restrições orçamentárias a uma política
que é custosa.
Para ele, “primeiro a gente tem que resolver esse
imbróglio relacionado ao debate de política
industrial no Brasil e a utilização de certos
instrumentos e depois a gente tem que fazer a
política macroeconômica dialogar melhor com a
política de desenvolvimento e com um Projeto
Nacional de Desenvolvimento e, por fim, a gente tem
que olhar e organizar a governança dessa política
industrial nos moldes mais modernos e como vem se
desenhando mundo afora”.
Fonte: Portal Vermelho
08/05/2023 -
Uberização “é um absurdo, é inaceitável”, diz Luiz
Marinho
“É impensável falar que a Uber pode sair do
Brasil, igual foi aventado”, diz o ministro do
Trabalho
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, diz que a
regulação de serviços por aplicativos como o Uber é
fundamental não apenas para garantir “proteção para
uma empresa em relação à outra” e evitar a
“concorrência desleal”. Segundo Marinho, é também
uma forma de combater a “uberização” do trabalho
nessas modalidades, hoje marcadas pela precarização.
Em entrevista ao Poder360, ele diz não acreditar que
empresas abandonem o Brasil em caso de regulação.
“Não tememos isso porque está crescente o trabalho
de novas empresas nesse processo. A própria Uber me
disse o seguinte: ‘Olha, o mercado número 1 da Uber
no mundo está no território brasileiro’”, disse
Marinho. “Então é impensável falar que a Uber pode
sair do Brasil, igual foi aventado. Isso não existe
em absoluto.”
Para o ministro, melhorar as condições de trabalho é
dever dessas plataformas. “A história da
‘uberização’ – virou até sinônimo, é uma empresa – é
exatamente a lógica da precarização, da
superexploração das pessoas em relação a uma nova
tecnologia. Isso é um absurdo, é inaceitável”,
afirmou. “O que precisamos é que as tecnologias
estejam à disposição da humanidade, favorecendo
maior remuneração, maior conforto.”
Ele acrescentou “não ter nada contra as empresas”,
mas, sim, contra a uberização. “Não está proibida a
rentabilidade, não está proibida a palavra lucro. O
que tem que estar proibido é a exploração”, resumiu.
“É preciso garantir seguridade social, ou seja,
Previdência Social para esses profissionais, mas é
preciso ir além. É preciso falar de jornada, para
não ter jornada extenuante, para evitar acidente,
doença e ter um ambiente saudável nesse trabalho.”
Fonte: Portal Vermelho
08/05/2023 -
Projeto de lei quer rever pontos da reforma
trabalhista
Grupo de trabalho tem 90 dias para propor nova
lei
Uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na campanha eleitoral era rever a reforma
trabalhista. Após mais de 100 dias, o governo busca
negociar com sindicatos e entidades patronais
alternativas para essa mudança.
A reforma, ocorrida em 2017, no governo de Michel
Temer, opôs entidades patronais e de trabalhadores.
Com a mudança de mais de 100 artigos, o texto
flexibilizou alguns direitos, o que acabou
enfraquecendo sindicatos e favorecendo negociações
individuais.
Para o professor de Direito da Universidade de
Brasília (UnB) Cristiano Paixão a reforma precarizou
o trabalho no país. “Começam a surgir formas de
precarização do trabalho. Diminui a proteção social
do trabalho. Um projeto de lei que não teve
interlocução com a sociedade, especialmente com os
trabalhadores, os sindicatos. Seria importante ter
uma revisão, e um tipo de controle judicial para
diminuir os efeitos nocivos dessa lei”.
No começo de abril, um grupo de trabalho foi formado
para discutir a reestruturação das relações de
trabalho e a valorização da negociação coletiva.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
disse que o governo busca um entendimento entre
trabalhadores e empregadores, mas ressalta pontos
que devem ser abordados na discussão. “É evidente
que trabalhadores e empregadores precisam construir
um entendimento em relação ao papel dos sindicatos.
Nós enxergamos a necessidade do sindicato ser
altamente representativos. A qualidade dos contratos
entre empregadores e trabalhadores, com seus
prestadores de serviço.Uma má qualidade do contrato
leva ao trabalho precário, podendo chegar à condição
de trabalho escravo, que é o que está acontecendo no
Brasil, então eu creio que seja importante para a
mesa visitar”.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, que
participa do grupo, disse que hoje não há condições
políticas para um “revogaço”, mas é possível
mudanças pontuais para garantir direitos aos
trabalhadores. “A reforma prejudicou muito os
trabalhadores. O nós propomos, nesse primeiro
momento, uma nova redação para a terceirização, a
volta das homologações com a assistência dos
sindicatos, a questão do fim da contratação do
trabalho intermitente”.
Já Roberto Lopes, advogado da Confederação Nacional
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, defende que
ocorram novas mudanças que permitam maior
flexibilização para negociação entre patrões e
empregados e não uma revisão da reforma. “Algumas
regras da CLT deveriam ter uma ampliação de
negociação por parte dos trabalhadores e empregados.
O trabalhador hoje conhece seus direitos, os
sindicatos estão aí para auxiliá-los. Então, a gente
acha que seria interessante ampliar esse conceito,
permitindo que os trabalhadores junto com os
empregadores estejam em harmonia, no sentido de
diminuir a intervenção do Estado nas relações do
trabalho”.
O grupo de trabalho que discute pontos da reforma
trabalhista tem prazo de 90 dias, podendo ser
prorrogado pelo mesmo período, para elaborar um
projeto de lei que será enviado ao Congresso
Nacional.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2023 -
Nova
Central integra Conselhão
Volta o Conselhão, desmontado por Bolsonaro. Nesta
quinta (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
oficializou o Conselho de Desenvolvimento Econômico
Social e Sustentável, com 246 integrantes.
O sindicalismo está dentro do Conselhão. A Agência
Sindical entrevistou Moacyr Roberto Tesch Auersvald,
presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores, que tem dois representantes no órgão.
Central – “Estamos eu, do setor hoteleiro, e
o João Domingos, presidente da CSPB e um dos vices
da nossa Central, representando os Servidores
Públicos no Conselho”.
Lula – “Presidente relembrou, em sua fala, as
principais contribuições efetivas do Conselhão ao
País, quando de seus dois governos”.
Efetivo – “O Conselho tem efetividade.
Iniciativas como o Minha Casa, Minha Vida, o PAC, o
financiamento para a linha branca, entre outras,
foram todas propostas do Conselhão”.
Vice – “O vice e ministro da Indústria e
Comércio, Geraldo Alckmin, fez também uma fala muita
boa, destacando o caráter amplo de democrático do
Conselho”.
Esperança – “A composição é ampla, eclética,
como é o nosso País, a nossa sociedade. Mas vi ali
um sentimento geral de esperança e muita confiança
no poder da democracia e do diálogo”.
Itamarati – “A cerimônia aconteceu no
Itamarati, onde Lula assinou o decreto
restabelecendo o Conselho. Tinha banqueiro,
operário, indígena, negros, pecuaristas, religioso,
enfim, a sociedade brasileira como ela é”.
Regras – “O Conselho de Desenvolvimento
Econômico Social e Sustentável terá agenda, grupos
de trabalho, comissões e outros instrumentos. Quem
faltar três vezes cai fora”.
Sustentabilidade – “Do banqueiro ao indígena,
havia um interesse geral na questão do
desenvolvimento sustentável. Esse estado de espírito
é real. O que considero um avanço”.
Espírito público – “A participação de tantos
conselheiros, sem qualquer vantagem monetária ou
pessoal, mostra que estamos resgatando o espírito
público em nosso País”.
Honra – “Como trabalhador, brasileiro e
dirigente sindical, me sinto honrado com o convite
pra integrar o Conselho. Sinceramente, é um motivo
prestígio a qualquer cidadão. Poder debater o Brasil
e apresentar propostas benéficas ao nosso povo é uma
oportunidade que nos enche de honra”.
Mais – Site da Nova Central, Agência Brasil e
Secom.
Fonte: Agência Sindical
08/05/2023 -
Salário mínimo: governo envia proposta de reajuste
anual ao Congresso; valor pode subir para R$ 1.441
em 2024
Cálculos de economista da XP consideram projeção
para o INPC deste ano e o crescimento do PIB de
2022; valor cria reajuste de 9,2% em relação ao
atual
O governo federal enviou na sexta-feira (5) ao
Congresso o projeto de lei que estabelece a fórmula
de reajuste anual do salário mínimo. Com isso, o
salário mínimo pode subir para R$ 1.441 em 2024.
O governo Lula acabou de reajustar o salário mínimo
de 2023, ao elevá-lo de R$ 1.302 para R$ 1.320 na
segunda-feira (1º). Agora, enviou ao Congresso o
projeto de lei para definir os próximos reajustes (a
proposta precisa ser aprovada tanto pela Câmara
quanto pelo Senado).
O texto prevê a retomada da fórmula que considera o
crescimento econômico do país medido pelo Produto
Interno Bruto (PIB) e a recomposição de perdas
inflacionárias pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC).
Os reajustes anuais levarão em conta o INPC dos 12
meses anteriores e o PIB de dois anos atrás, segundo
o governo (em 2024, por exemplo, será levado em
consideração o crescimento da economia de 2022).
Reajuste de 2024
Caso o projeto seja aprovado como está, o salário
mínimo deve subir dos atuais R$ 1.320 para R$ 1.441
no próximo ano, segundo cálculos de Tiago
Sbardelotto, economista da XP. O levantamento foi
feito a pedido do UOL.
Para chegar ao número, Sbardelotto considerou a
projeção da XP para o INPC deste ano (6,9%) e o
crescimento do PIB de 2022 (2,9%). O valor significa
um reajuste de 9,2% em relação ao mínimo atual.
Mas o reajuste pode ser diferente, a depender da
inflação deste ano. O Ministério da Fazenda, por
exemplo, projeta um INPC de 5,16% em 2023, segundo o
boletim macrofiscal publicado em março. Neste
cenário, como a projeção é menor que a da XP, o
salário mínimo subiria para R$ 1.429.
Reajustes acima da inflação
O governo diz que o salário mínimo também é referência
para repasses diretos do governo federal e vai
beneficiar mais de 25 milhões de brasileiros, via
aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e o
Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O despacho que oficializa o envio do projeto ao
Congresso foi publicado no “Diário Oficial da União”
desta sexta (5), mas o texto integral da proposta
ainda não foi divulgado. Lula já havia antecipado a
fórmula de reajuste no domingo (30 de abril), em
pronunciamento em rede nacional de rádio e
televisão.
“O projeto de lei é para que esta conquista seja
permanente, e o salário mínimo volte a ser
reajustado todos os anos acima da inflação, como
acontecia quando governamos o Brasil”, afirmou Lula
no pronunciamento.
“A valorização do salário mínimo não é essencial
apenas para quem ganha salário mínimo. Com mais
dinheiro em circulação, as vendas do comércio
aumentam, a indústria produz mais. A roda da
economia volta a girar e novos empregos são
criados”, afirmou o presidente em seu discurso.
Retomada da fórmula
A “política de valorização do salário mínimo” foi
instituída pelo governo em 2007 e transformada em
lei em 2011, mas foi interrompida no governo Jair
Bolsonaro (PL), pois a gestão anterior passou a
reajustar o mínimo apenas pela inflação (sem
considerar o PIB dos anos anteriores).
O atual governo diz que a fórmula de reajuste que
será retomada “foi fundamental para que o mínimo
alcançasse aumento real de 77% entre 2003 e 2015,
contribuísse para a retirada do país do Mapa da Fome
e para a redução da desigualdade social”.
Fonte: InfoMoney
08/05/2023 -
Cesta básica tem aumento em 14 capitais brasileiras
no mês de abril
Cesta mais cara do país continua sendo a de São
Paulo
No mês de abril, o custo da cesta básica aumentou em
14 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos,
divulgada mensalmente pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Segundo a pesquisa, a
cesta só não subiu em Natal, onde o preço médio
apresentou queda de 1,48% em relação a março, em
Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%).
Por outro lado, as maiores altas foram observadas em
Porto Alegre, onde houve elevação de 5,02% no custo
mensal da cesta, em Florianópolis (3,65%), em
Goiânia (3,53%), em Brasília (3,43%) e em Fortaleza
(3,38%).
Em abril, a cesta básica mais cara do país continua
sendo a de São Paulo, o que vem acontecendo pelo
menos desde o início deste ano. No mês passado, o
conjunto dos alimentos básicos na capital paulista
custava em torno de R$ 794,68. Em seguida estavam as
cestas de Porto Alegre (R$ 783,55), Florianópolis
(R$ 769,35) e do Rio de Janeiro (R$ 750,77). Nas
cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da
cesta é diferente, os menores valores médios foram
registrados em Aracaju (R$ 553,89), Recife (R$
582,26), João Pessoa (R$ 585,42) e Salvador (R$
585,99).
Com base no valor da cesta mais cara, que no mês de
abril foi novamente a de São Paulo, o Dieese
calculou qual seria o salário-mínimo ideal no país
para cobrir as despesas com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência. Segundo a entidade, o
salário-mínimo deveria ter sido de R$ 6.676,11 em
abril, ou 5,13 vezes superior ao que o mínimo valia
no mês passado (R$ 1.302,00).
Nesta semana, o governo federal anunciou o reajuste
no valor do novo salário-mínimo do país: a partir
deste mês, ele passa a valer R$ 1.320,00.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2023 -
Presidente do TST defende CLT como instrumento de
organização, e não de dominação social
“Foi a CLT que deu aos trabalhadores brasileiros uma
identidade - a carteira de trabalho. Trata-se de
prova viva do Direito como instrumento de
organização, e não de dominação social”, afirmou, na
quarta-feira (3), o presidente do Tribunal Superior
do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa, na
abertura da sessão solene comemorativa aos 80 anos
da Consolidação das Leis do Trabalho. O evento, no
edifício-sede do TST, em Brasília, reuniu
autoridades dos três Poderes.
O magistrado enfatizou que, há 80 anos, o conjunto
de leis teve caráter “vanguardista”, mas que, nos
últimos anos, se disseminou no país o discurso da
“proteção excessiva”, da “necessidade de
flexibilização” e do incentivo ao empreendedorismo
para gerar empregos e movimentar a economia. No
entanto, segundo ele, o que se visa é o desmonte de
direitos sociais consagrados, ao se idealizar uma
autodeterminação da força de trabalho onde existe
subordinação jurídica “impregnada de resquícios
escravocratas”.
Segundo Lelio Bentes, o Direito não pode servir à
manutenção de estruturas de poder opressoras,
reforçando desigualdades e legitimando a exploração.
Ele defendeu, como medida urgente, “em uma sociedade
que se pretende democrática”, marcadores
identitários para além da classe social, como os de
gênero, raça, etnia e orientação sexual.
(Mais informações: TST)
Fonte: TST
05/05/2023 -
Sindicalistas tomam posse no Conselhão do governo
Lula
O presidente Lula assinou, nesta quinta-feira (4),
em Brasília, um decreto nomeando os conselheiros(as)
que compõem o novo Conselho de Desenvolvimento
Econômico, Social e Sustentável.
Foi a primeira reunião plenária do chamado
“Conselhão”, com presenças de dirigentes sindicais
conselheiros, entre eles Miguel Torres, presidente
da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Além de
Torres, os presidentes da CUT, UGT, CTB, CSB e Nova
Central também tomaram posse.
“Já temos um histórico de propostas para colaborar
com a retomada do desenvolvimento do Brasil. As
propostas da Conclat, por exemplo. Portanto, é
importante destacar a volta efetiva do Conselhão e
as nossas lutas contra o desemprego, a pobreza, a
fome, as desigualdades e a exclusão social no
Brasil”, diz Miguel Torres.
“Quando criamos o Conselhão, em 2003, ampliamos o
diálogo com a sociedade e promovemos mais políticas
públicas. Agora, o Conselhão volta melhor, com um
olhar para a sustentabilidade e participação recorde
de mulheres. Vamos ouvir todos e cuidar do povo”,
disse o presidente Lula.
O Conselhão é composto por mais de 240 pessoas da
sociedade civil, com mandato de 2 anos, de diversos
setores: artistas, influenciadores digitais,
médicos, empresários, líderes indígenas, sociais e
sindicais, entre outros.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/05/2023 -
Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para
homens e mulheres
Texto aprovado determina que empresas com mais de
100 empregados publiquem, a cada 6 meses, relatórios
de transparência salarial
A Câmara dos Deputados aprovou na sessão
deliberativa desta quinta-feira (4) proposta que
institui medidas para tentar garantir a igualdade
salarial e remuneratória entre mulheres e homens na
realização de trabalho de igual valor ou no
exercício da mesma função. O texto segue agora para
análise do Senado.
Foi aprovado o substitutivo elaborado pela relatora,
deputada Jack Rocha (PT-ES), ao Projeto de Lei
1085/23, do Poder Executivo. “Este será mais um
passo para avançarmos no enfrentamento à
desigualdade no ambiente de trabalho, que se
aprofundou durante a pandemia de Covid-19”, afirmou
a relatora.
Foram 325 votos favoráveis e 36 contrários ao
parecer final de Jack Rocha, definido após
negociação entre os líderes partidários. Em razão de
um acordo, não foram apresentados destaques que
poderiam alterar a versão da relatora.
O texto aprovado altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) para definir que a igualdade salarial
será obrigatória. Para isso, estabelece mecanismos
de transparência e de remuneração a serem seguidos
pelas empresas, determina o aumento da fiscalização
e prevê a aplicação de sanções administrativas.
Ato do Poder Executivo definirá protocolo de
fiscalização contra a discriminação salarial e
remuneratória entre homens e mulheres. Em caso de
discriminação por motivo de sexo, raça, etnia,
origem ou idade, além das diferenças salariais o
empregador deverá pagar multa administrativa
equivalente a dez vezes o valor do novo salário
devido ao empregado discriminado – será o dobro na
reincidência.
Conforme o substitutivo aprovado, a quitação da
multa e das diferenças salariais não impedirá a
possibilidade de indenização por danos morais à
empregada, consideradas as especificidades do caso
concreto.
Atualmente, em razão da reforma trabalhista do
governo Temer, a CLT prevê multa fixada pelo juiz em
“comprovada” discriminação por motivo de sexo ou
etnia, em favor do empregado prejudicado, de 50% do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social (R$ 3.753,74 atualmente).
Regras
Embora o texto aprovado inove ao criar a
obrigatoriedade de equiparação salarial a ser
verificada por meio documental, as demais regras que
definem as situações em que a desigualdade poderá
ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas
definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.
A única mudança feita pela proposta prevê a não
aplicação dessas regras apenas quando o empregador
adotar, por meio de negociação coletiva, plano de
cargos e salários. Hoje isso é possível também
quando o empregador tiver pessoal organizado em
quadro de carreira por meio de norma interna.
Em relação aos trabalhadores sem acesso a plano de
cargos e salários, a CLT define que uma igual
remuneração deverá ser paga no exercício de
“idêntica função” por “todo trabalho de igual valor”
no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção
de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
Por “trabalho de igual valor”, a lei define aquele
feito com “igual produtividade e com a mesma
perfeição técnica” por pessoas cuja diferença de
tempo de serviço para o mesmo empregador não seja
superior a quatro anos. A diferença de tempo na
função não poderá ser superior a dois anos.
Além disso, atualmente a CLT prevê que a equiparação
salarial só será possível entre empregados
contemporâneos no cargo ou na função, ou seja, não
vale entre aqueles com diferença maior de tempo no
cargo.
A lei proíbe ainda, para a reivindicação de
igualdade salarial, a indicação de decisões
proferidas em relação a empregados com diferença de
tempo muito superior a dois anos, mesmo no âmbito de
ação judicial própria do empregado mais recentemente
contratado.
Relatórios
Para facilitar a fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego, o substitutivo aprovado
determina às pessoas jurídicas de direito privado
com cem ou mais empregados a publicação semestral de
relatórios de transparência salarial e
remuneratória.
Os relatórios deverão conter informações que
permitam aos fiscais comparar os valores recebidos
por mulheres e homens, observada a legislação de
proteção de dados pessoais. Caso o relatório não
seja apresentado, caberá multa de até 3% da folha de
salários, limitada a cem salários mínimos (hoje, R$
132 mil).
Com essa documentação, cujo formato será definido
por regulamento, deverá ser possível verificar a
proporção da ocupação de cargos de direção, gerência
e chefia preenchidos por mulheres e homens. Poderão
ser analisadas outras possíveis desigualdades,
decorrentes de raça, etnia, nacionalidade e idade.
Segundo o texto aprovado, quando for identificada
desigualdade na análise do relatório,
independentemente do descumprimento da CLT, a
empresa deverá apresentar e implementar plano para
reduzir diferenças, com metas e prazos.
Na elaboração desse plano será garantida a
participação de representantes das entidades
sindicais e de representantes das trabalhadoras e
dos trabalhadores nos locais de trabalho.
Divulgação
Na internet, o Poder Executivo deverá tornar públicos,
além das informações dos relatórios, indicadores
atualizados periodicamente sobre mercado de trabalho
e renda desagregados por sexo.
Devem estar disponíveis indicadores de violência
contra a mulher, de vagas em creches públicas, de
acesso à formação técnica e superior e de serviços
de saúde, bem como demais dados públicos que
impactem o acesso ao emprego e à renda pelas
mulheres e possam orientar a elaboração de políticas
públicas.
Diversidade
O texto aponta também outras medidas para se atingir a
igualdade salarial:
- disponibilização de canais específicos para
denúncias;
- promoção e implementação de programas de diversidade
e inclusão no ambiente de trabalho por meio da
capacitação de gestores, lideranças e empregados(as)
sobre a temática da equidade entre homens e mulheres
no mercado de trabalho, com aferição de resultados;
e
- fomento à capacitação e formação de mulheres para
ingresso, permanência e ascensão no mercado de
trabalho em igualdade de condições com os homens.
Fonte: Agência Câmara
05/05/2023 -
Operação da PF tem efeito devastador para a imagem
de Bolsonaro
De acordo com a Quaest, nenhum evento em 2023
provocou tantas reações negativas para Bolsonaro do
que a revelação da fraude em sua carteira de
vacinação. Operação Venire foi o assunto político
mais comentado nas redes em 2023
Jair Bolsonaro e seus asseclas se enganaram. A
recepção calorosa ao ex-presidente na abertura do
28ª Agrishow, na segunda-feira (1), em Ribeirão
Preto (SP), foi interpretada, erroneamente, como uma
espécie de “volta por cima” do bolsonarismo. Mas a
operação de busca e apreensão da Polícia Federal
(PF) na casa de Bolsonaro, nesta quarta-feira (2),
mostrou o inverso: a imagem do ex-capitão segue
derretendo.
De acordo com a Quaest Pesquisa e Consultoria – que
monitorou o impacto do caso nas redes sociais –,
nenhum evento em 2023 provocou tantas reações
negativas para Bolsonaro do que a revelação da
fraude em sua carteira de vacinação. E mais: a ação
da PF, batizada de Operação Venire, foi o assunto
político mais comentado nas redes em 2023 e teve um
efeito devastador para a imagem do ex-presidente.
Estima-se que, em menos de 24 horas, as 450 mil
menções diretas ao tema nas plataformas digitais
tiveram um alcance de quase 30 milhões de
interações. Dessas reações, nada menos que 81% foram
negativas.
“Esta operação teve um poder e um impacto muito
forte na imagem de Bolsonaro. Ela conseguiu furar a
bolha e captar um pouco o bolsonarista e impactar a
imagem do ex-presidente”, declarou ao UOL Jonatas
Varella, diretor de dados da Quaest. “Entre os
militantes mais ‘raiz’, houve quem o defendesse –
mas com uma estratégia diferente: não foi dizer que
ele cometeu crime ou não, mas que foi um crime
irrelevante.”
Os 81% de interações negativas relacionadas a esse
episódio superam os 60% de postagens críticas a
Bolsonaro entre 4 e 6 de março, quando o caso das
joias sauditas estourou. Na ocasião, foram 300 mil
menções diretas, com alcance de quase 17 milhões de
reações. Para fazer seus levantamentos, a Quaest
monitora postagens em três redes sociais – o Twitter,
o Facebook e o Instagram.
Fonte: Portal Vermelho
05/05/2023 -
Governo anuncia antecipação do 13º para 30 milhões
de beneficiários
Pagamentos, tradicionalmente realizados no
segundo semestre, serão feitos nos meses de maio e
junho
O governo federal anunciou na noite desta
quinta-feira (4) que o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) assinou um decreto que antecipa o 13º
salário dos beneficiários da Previdência Social. A
antecipação vai custar R$ 62,6 bilhões.
Segundo o governo, 30 milhões de beneficiários vão
receber o repasse em duas parcelas, uma em maio e
outra em junho, seguindo o calendário de pagamentos
do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). O
abono é tradicionalmente pago no segundo semestre de
cada ano, em agosto e em novembro.
Recebem o abono anual os segurados e dependentes da
Previdência Social que tenham recebido auxílio por
incapacidade temporária, auxílio-acidente,
aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão
durante o ano de 2023. A oficialização do decreto
será publicado no Diário Oficial da União de
sexta-feira (5).
São Paulo é o estado que receberá o maior repasse
para pagamento do abono anual levando em conta os
dois meses de pagamento. Serão R$ 17,7 bilhões em
recursos.
Na sequência aparece Minas Gerais, com R$ 6,9
bilhões em repasses, seguido pelo Rio de Janeiro (R$
6 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 5 bilhões), Paraná
(R$ 3,67 bilhões) e Bahia (R$ 3,6 bilhões).
Fonte: CNN Brasil
05/05/2023 -
PF diz ter provas de que Bolsonaro sabia da fraude
em cartão de vacinação
A PF informa ainda que foram lançados no sistema do
Ministério da Saúde registros de duas supostas doses
em nome de Bolsonaro; seis dias depois os dados
foram excluídos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha “plena
ciência” da fraude em sua carteira de vacinação. A
afirmação é feita em relatório da Operação Venire,
da Polícia Federal (PF). O órgão reitera, inclusive,
que existem provas de que o ex-presidente sabia da
inserção fraudulenta dos dados de vacinação.
A corporação diz ainda que a fraude pode “ter sido
realizada com o objetivo de gerar vantagem indevida
para o ex-presidente relacionada a fatos e situações
que necessitem de comprovante de vacina contra a
covid-19?. Bolsonaro e aliados sempre rejeitaram os
imunizantes.
A tese é corroborada pelo ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu
despacho ele escreveu considerar “plausível, lógica
e robusta” a hipótese de que o ex-chefe do
Executivo, “de maneira velada”, procurou “eventuais
vantagens advindas da imunização, especialmente
considerado o fato de não ter conseguido a
reeleição”.
Burlar restrições sanitárias
Os documentos teriam servido para burlar restrições
sanitárias impostas por Brasil e Estados Unidos, de
acordo com os investigadores. No esquema, operado de
Duque de Caxias, município fluminense governado por
um aliado do ex-presidente, foram beneficiados sua
filha Laura, de 12 anos, o tenente-coronel Cid, suas
filhas, além dos assessores Max Guilherme e Sergio
Cordeiro.
A PF informa que, no dia 21 de dezembro, foram
lançados no sistema do Ministério da Saúde registros
de duas supostas doses em nome de Bolsonaro. As
aplicações datam de agosto e outubro de 2022. Seis
dias após o lançamento, os dados foram excluídos. Já
o certificado de Laura foi emitido em inglês pelo
aplicativo ConecteSUS no dia 27 de dezembro. No fim
do ano, a família embarcou para os Estados Unidos.
Com informações do Estadão
Fonte: RevistaForum
04/05/2023 -
Documento das Centrais exalta CLT
Todas as Centrais Sindicais reconhecidas, exceto a
CUT, subscrevem documento que reafirma a importância
da Consolidação das Leis do Trabalho. No recente 1º
de Maio, a CLT completou 80 anos, fato lembrado por
Miguel Torres (Força Sindical) e Alvaro Egea (CSB)
no palanque do Ato Unitário, no Anhangabaú, São
Paulo.
Instituída por Getúlio Vargas em 1943, ou seja, 13
anos após a vitória da Revolução de 30, a CLT é
definida no documento “como marco civilizatório da
nossa história” – vale lembrar, apenas 55 anos após
a Abolição da Escravatura.
Lembra o documento: “A CLT passou um pente fino nos
diversos ofícios praticados no País em uma enorme
tarefa de organizar o mundo do trabalho. Ela definiu
o que é rural e urbano, o que é serviço público e
privado, delimitou jornadas, definiu deveres dos
empregadores, abordou questões de saúde e segurança,
previdência, representação sindical etc. Foi um
esforço de projetar o País em escala nunca antes
vista”. E reforça: “A segurança do povo brasileiro
frente à contradição entre capital e trabalho ainda
reside na legislação trabalhista, nas convenções
coletivas e na organização sindical”.
TST – Na segunda, Dia do Trabalhador, o
presidente do Tribunal Superior do Trabalho publicou
artigo na Folha de S. Paulo, página A3, alusivo às
oito décadas. O ministro Lelio Bentes Corrêa conclui
seu texto com uma exaltação: “Vida longa à CLT!”. A
Agência Sindical toma emprestada a exautação do
ministro e reafirma “Vida longa a nossa querida
CLT!”.
Documento –
Clique aqui e leia na íntegra.
Fonte: Agência Sindical
04/05/2023 -
Governo Lula tem 52% de aprovação, aponta pesquisa
Para 39% dos brasileiros, o governo Lula é “ótimo
ou bom”. Em contrapartida, para 28%, é “ruim ou
péssimo”.
Após quatro meses à frente do Planalto, o governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado
pela maioria dos brasileiros. É o que aponta uma
pesquisa do Ipespe, contratada pela Febraban
(Federação Brasileira de Bancos) e divulgada nesta
terça-feira (2).
Conforme o levantamento, 52% aprovam a gestão,
enquanto 38% desaprovam. Outros 10% não souberam ou
não quiseram responder. As oscilações em relação à
pesquisa Ipespe/Febraban anterior ocorreram dentro
da margem de erro: antes, o governo tinha 51% de
aprovação e 36% de reprovação.
Para 39% dos brasileiros, o governo Lula é “ótimo ou
bom”. Em contrapartida, para 28%, é “ruim ou
péssimo”. Já para outros 28%, é “regular”. Quanto à
expectativa sobre o restante do mandato
presidencial, 51% dizem que o governo será “ótimo ou
bom”, 27% afirmam que será “ruim ou péssimo” e 17%
declaram que será “regular”. Houve 5% de
entrevistados que não souberam ou não responderam.
A pesquisa questionou as áreas para as quais Lula
deve dar mais atenção neste ano. As mais citadas
foram Saúde (25%), Emprego e Renda (21%), Educação
(18%), Inflação e Custo de Vida (10%) e Fome e
Pobreza (8%).
A pesquisa Ipespe/Febraban ouviu 2 mil eleitores, de
todas as regiões do País, de 14 a 19 de abril. A
margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. De
acordo com o Ipespe, a pesquisa de avaliação do
governo Lula será feita a cada dois meses.
Fonte: Portal Vermelho
04/05/2023 -
CLT sofreu 4 mil alterações em 80 anos; era
Temer-Bolsonaro foi a pior
Para Marcelo Soares, coordenador do estudo, é
errado dizer que a CLT “parou no tempo”, como se vê
pela quantidade de alterações
A primeira legislação trabalhista que teve alcance
nacional no Brasil completa 80 anos. Em 1º de maio
de 1943, o presidente Getúlio Vargas sancionou o
Decreto-Lei Nº 5.452/1943, que criou a CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho). Até sua
criação, o Brasil acumulava quase 15 mil normas,
leis e decretos incidentes sobre as relações de
trabalho, em nível federal, estadual ou municipal.
Na tentativa de organizar esse cipoal de marcos
legais, Vargas convocou cinco juristas – Arnaldo
Lopes Süssekind, Dorval Lacerda Marcondes, José de
Segadas Viana, Luís Augusto Rego Monteiro e Oscar
Saraiva. Coube a essa comissão redigir os 921
artigos da CLT e pôr o Brasil na vanguarda das
legislações do trabalho.
Passadas oito décadas, uma das importantes e
avançadas leis brasileiras já sofreu quase 4 mil
alterações – ou, precisamente, 3.946 –, entre
avanços, retrocessos ou meros ajustes. É o que
aponta um levantamento da Lagom Data para o Valor
Econômico, com base em “registros oficiais de
alteração da lei, disponíveis no site do governo
federal”.
A maior onda de ataques à CLT ocorreu nos seis anos
pós-golpe de 2016, sob os governos ultraliberais de
Michel Temer (MDB, 2016-2018) e Jair Bolsonaro (PL,
2019-2022). Juntos, esses dois presidentes
responderam por 1.397 das 3.946 alterações – o
equivalente a 35%. Já a ditadura militar – que durou
21 anos (1964-1985) – foi responsável por 1.286
mudanças.
Já os presidentes que mais mexeram na legislação de
Vargas, conforme o levantamento, foram Bolsonaro
(899 alterações), Castello Branco (597), Michel
Temer (498), Eurico Dutra (436) e Ernesto Geisel
(401). Boa parte das mudanças de Temer se concentrou
na nefasta reforma trabalhista, de 2017. Bolsonaro,
por sua vez, tentou criar, via medida provisória, o
“contrato verde-amarelo”, que retirava ainda mais
direitos dos trabalhadores.
Para Marcelo Soares, fundador da Lagom Data e
coordenador do estudo, é errado dizer que a CLT
“parou no tempo”, como se vê pela quantidade de
alterações. “Essa falácia (de projeto que não
evoluiu) circulou muito na reforma trabalhista de
2017″, diz Soares. “Foi por causa desse argumento
que decidi checar se era isso mesmo – e, obviamente,
não era.”
Fonte: Portal Vermelho
04/05/2023 -
Novo salário mínimo altera tabela de contribuição ao
INSS; veja o que muda
A primeira faixa de contribuição, cuja alíquota é
de 7,5%, subiu R$ 18 e passa a valer já neste mês
Além de reajustar o piso previdenciário do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), o novo salário
mínimo mudou também a tabela de contribuição para a
Previdência Social.
O valor de contribuição é reajustado de acordo com o
novo salário mínimo, que subiu de R$ 1.302 para R$
1.320 na segunda-feira (1º), Dia do Trabalho.
A nova tabela vale para empregados com carteira
assinada, domésticos e trabalhadores avulsos.
Com a mudança, a primeira faixa de contribuição para
o INSS, cuja alíquota é de 7,5%, também subiu R$ 18,
de R$ 1.302 para R$ 1.320. As demais faixas não
foram alteradas (veja na tabela abaixo).
A mudança passa a valer já neste mês, e os holerites
de junho (referentes a maio) já virão com os novos
valores de contribuição.
Salário de
contribuição |
|
Alíquota |
Antes |
Agora |
7,50% |
Até R$ 1.302,00 |
Até 1.320,00 |
9,00% |
De R$ 1.302,01 a R$
2.571,29 |
De 1.320,01 até
2.571,29 |
12,00% |
De R$ 2.571,30 a R$
3.856,94 |
De 2.571,30 até
3.856,94 |
14,00% |
De R$ 3.856,95 a R$
7.507,49 |
De 3.856,95 até
7.507,49 |
|
Contribuição de MEIs à Previdência
A elevação do salário-mínimo também mudou o cálculo da
contribuição de microempreendedores individuais
(MEI) à Previdência. O valor, que estava em R$ 65,10
com o mínimo de R$ 1.302, agora subiu para R$ 66,00
(uma diferença de R$ 0,90).
O reajuste vale apenas para os boletos com
vencimento a partir de 20 de junho. A cota deste
mês, que vence em 20 de maio, continuará a ser paga
pelo valor antigo (de R$ 65,10). Para os MEI
caminhoneiros, que pagam mais para o INSS, a
contribuição passará de R$ 156,24 para R$ 158,40.
Reajuste dos benefícios
Além da tabela de contribuição para o INSS (tanto de
empregados e domésticos com carteira assinada quanto
de MEIs e caminhoneiros), o salário-mínimo também
define o valor dos benefícios do INSS de quem recebe
o piso previdenciário nacional.
Com isso, o reajuste para R$ 1.320 também vai
aumentar em R$ 18 o benefício de quem recebe o
equivalente ao mínimo.
O reajuste vale para aposentadorias, auxílio-doença
e pensão por morte, mas não inclui quem recebe
benefícios superiores ao salário mínimo, pois eles
são reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) e subiram 5,93% no começo deste
ano.
Os pagamentos com o novo valor começam no dia 25 e
vão até 7 de junho, de acordo com o calendário de
pagamentos do INSS. Para quem recebe acima do mínimo
(e não vai ser beneficiado pelo aumento), os
depósitos ocorrerão entre 1º e 7 de junho.
Fonte: InfoMoney
04/05/2023 -
Produto Interno Bruto cresce 2,5% em fevereiro
FGV atribui resultado à atividade agropecuária
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a
soma de todos os bens e serviços produzidos no país,
cresceu 2,5% em fevereiro deste ano, na comparação
com janeiro. O dado é do Monitor do PIB, divulgado
nesta quarta-feira (3) pela Fundação Getulio Vargas
(FGV).
Na comparação com fevereiro do ano passado, o
crescimento chegou a 2,7%. Segundo a coordenadora da
pesquisa, Juliana Trece, o crescimento da economia
em fevereiro deveu-se, principalmente, à atividade
agropecuária. A indústria e os serviços também
cresceram, ainda que de forma mais moderada.
Na comparação do trimestre encerrado em fevereiro
deste ano com o trimestre findo em fevereiro de
2021, houve alta de 2,7%, devido a crescimentos no
consumo das famílias (4,4%), na formação bruta de
capital fixo, isto é, os investimentos (2,4%), na
exportação de bens e serviços (0,2%) e nas
importações (1,6%).
Fonte: Agência Brasil
04/05/2023 -
Ministério da Saúde diz que sistema não foi invadido
durante falsificação de registro de vacinação de
Bolsonaro
Bolsonaro é o centro de mais um escândalo nesta
quarta-feira (3)
Todos os registros de vacinação feitos pelo SUS são
rastreáveis, e, no período em que a Polícia Federal
(PF) diz que os dados de Jair Bolsonaro foram
adulterados não houve relatos de invasão, informou o
Ministério da Saúde.
Bolsonaro é o centro de mais um escândalo nesta
quarta-feira (3). A PF apreendeu seu celular, bem
como o de sua mulher, Michelle, e deteve três
auxiliares do ex-chefe de estado em uma operação
para investigar possível adulteração em seus
registros de imunização. Os auxiliares teriam atuado
na falsificação do documento.
A plataforma da pasta passa por inspeções de rotina
para manter a sua segurança e auditorias são
realizadas com frequência nela, informou ainda a
Saúde. (Com informações do UOL).
Fonte: Brasil247
04/05/2023 -
Comissão aprova projeto que altera regras para saque
em conta do FGTS
Proposta amplia possibilidades de saque, em
decorrência de doenças graves, pandemia e desastre
natural, entre outros
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou proposta que altera e amplia as
possibilidades de saque, pelo trabalhador, na conta
vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). O texto altera a Lei 8.036/90, que trata do
FGTS.
O relator na comissão, deputado Fernando Rodolfo
(PL-PE), elaborou substitutivo ao Projeto de Lei
2541/15, do ex-senador Pedro Taques (MT), cujo
objetivo era ampliar a possibilidade de saque no
FGTS em decorrência de doenças graves – hoje isso só
é permitido para pacientes em estágio terminal e
portadores do HIV.
No substitutivo, o relator aproveitou 29 das 33
propostas que tramitam em conjunto. “As iniciativas
que alteram a Lei 8.036/90 foram condensadas em
redação mais ampla, ficando a cargo de decreto a
regulamentação em casos específicos”, explicou
Fernando Rodolfo, ao recomendar a aprovação.
A Lei do FGTS já permite atualmente o saque no fundo
em algumas hipóteses, como a aquisição da casa
própria ou na demissão do trabalhador. O
substitutivo aprovado acrescenta ou altera as
seguintes possibilidades de saque no FGTS:
- quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes
for acometido por doença grave, nos termos de
regulamento;
- diante de necessidade pessoal, cuja urgência e
gravidade decorra de situação de calamidade pública
ou de pandemia declarada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), reconhecidas pelo Poder Executivo
Federal;
- de desastre natural ou tecnológico, conforme
disposto em regulamento, respeitada a Classificação
e Codificação Brasileira de Desastres e observadas
as condições previstas na lei;
- quando o trabalhador ou qualquer de seus
dependentes, em razão de deficiência, por
prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese
para promoção de acessibilidade e inclusão social;
- quando o trabalhador ou o cônjuge necessitar
submeter-se a técnicas de reprodução humana
assistida, conforme regulamento;
- quando a trabalhadora ou a dependente do
trabalhador estiver gestante, ou na ocasião do
nascimento ou adoção de filho, conforme regulamento;
- em caso de decretação de estado de calamidade
financeira do ente federativo ao qual estiver
vinculado, quando o trabalhador da administração
pública, ainda que terceirizado, vier a sofrer
qualquer tipo de atraso, redução ou restrição de
remunerações, enquanto durar o estado de calamidade
financeira, estando limitado o saque mensal aos
valores atrasados, reduzidos ou restringidos; e
- quando o valor do saldo disponível das contas
vinculadas exceder a seis vezes a remuneração do
trabalhador na data de sua opção.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pelas comissões de
Trabalho; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois
seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara
03/05/2023 -
“Não haverá futuro digno sem emprego decente”, diz
Lula em 1º de Maio das Centrais
Presidente Lula alertou ainda em sua fala que
enquanto houver desigualdade de gênero. “Pela
primeira vez vamos garantir de verdade que a mulher
tem que ganhar o mesmo salário do homem, se ela
tiver o trabalho igual”, afirmou
Defesa do emprego, paridade de salários entre homens
e mulheres, defesa da soberania e combate à pobreza
marcam discurso do presidente Lula no 1º de Maio, em
São Paulo. “Esse 1º de Maio de está cheio de
simbolismo e temos pela frente um longo caminho para
vencer os retrocessos impostos pelo governo anterior
e reposicionar o país”, destacou Lula.
Entre as tarefas que postas para o governo,
salientou Lula, estão o fim na desigualdade salarial
entre homens e mulheres e o combate à violência e ao
assédio. “Pela primeira vez a gente vai garantir de
verdade que a mulher tem que ganhar o mesmo salário
do homem, se ela tiver o trabalho igual”, afirmou o
presidente da República”.
Sobre a luta pela redução dos juros, Lula voltou a
criticar os juros altos e destacou que a o
desemprego e afirmou: “A taxa de juros não controla
a inflação, ela controla a taxa de desemprego”,
reclamou.
Lula também anunciou a volta da política de
valorização do salário mínimo que, entre 2003 e
2016, valorizou 74% o salário acima da inflação.
“Nós instituímos outra vez o aumento real do salário
acima da inflação. Daqui pra frente, o trabalhador
receberá, além da inflação, a média do crescimento
do PIB, como nós fazíamos quando fui presidente”,
comemorou.
O presidente destacou ainda que quando o salário
aumenta, quem ganha não é só o trabalhador, ganha
toda a cadeia produtiva. “O comércio vai gerar
emprego e vai encomendar coisa da indústria. A
indústria vai gerar emprego e a roda da economia vai
voltar a girar”.
Fonte: Rádio Peão Brasil
03/05/2023 -
CAE aprova nova regra para aposentadoria especial
por periculosidade
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou
nesta terça-feira (2) um projeto de lei complementar
(PLP 245/2019), que regulamenta a aposentadoria
especial por periculosidade. O texto, do senador
Eduardo Braga (MDB-AM), estabelece critérios de
acesso a segurados do Regime Geral da Previdência
Social (RGPS) expostos a agentes nocivos à saúde ou
a risco pelo perigo inerente à profissão. A proposta
segue para o Plenário em regime de urgência.
O relator, senador Esperidião Amin (PP-SC),
apresentou relatório favorável e acatou parcialmente
17 das 47 emendas recebidas. Segundo o PLP 245/2019,
tem direito a aposentadoria especial o segurado com
efetiva exposição a agentes nocivos químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, incluídos
em lista definida pelo Poder Executivo. De acordo
com o texto, deve ser observada uma carência de 180
meses de contribuições.
Os requisitos divergem para os segurados que se
filiaram ao RGPS antes da reforma da Previdência
(Emenda Constitucional 103, de 2019) e para os que
se filiaram depois. Para os filiados anteriormente,
são três possibilidades, dentro da sistemática de
pontos. A primeira é a soma de idade e tempo de
contribuição de 66 pontos, com 15 anos de efetiva
exposição. A segunda é a soma de 76 pontos com 20
anos de efetiva exposição. A terceira é a soma de 86
pontos com 25 anos de efetiva exposição.
Para os filiados posteriormente à reforma, não há o
sistema de pontos, mas regras de idade mínima. A
primeira é de 55 anos de idade, com 15 anos de
efetiva exposição. A segunda é de 58 anos de idade,
com 20 anos de efetiva exposição. A terceira é de 60
anos de idade, com 25 anos de efetiva exposição.
A matéria estabelece obrigatoriedade da empresa na
readaptação desses profissionais, com estabilidade
no emprego, após o tempo máximo de exposição a
agentes nocivos. O texto também prevê multa para
empresas que não mantiverem registros de atividades
atualizados.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
03/05/2023 -
Medida provisória prorroga prazo para regulamentação
dos programas de alimentação do trabalhador
Regra deverá tratar da portabilidade dos
programas, restringir o benefício à compra de
alimentos e proibir descontos para empregadores
A Medida Provisória 1173/23 prorroga em um ano, até
1º de maio de 2024, o prazo para regulamentação,
pelo Poder Executivo, dos programas de alimentação
do trabalhador. A MP, assinada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, foi publicada em edição extra
do Diário Oficial da União na última sexta-feira
(28).
Em 2022, o Congresso Nacional aprovou um a Lei
14.442/22 determinado que o auxílio-alimentação (ou
vale-refeição) destina-se exclusivamente para
pagamento em restaurantes e similares ou de gêneros
alimentícios comprados no comércio. Aquela norma deu
prazo para regulamentação da regra até 1º de maio de
2023.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, não
houve tempo hábil para isso, em razão da
complexidade do tema. Entre outros itens, a
regulamentação deverá tratar da portabilidade e da
operacionalização dos programas de alimentação do
trabalhador. Hoje opcionais, os programas envolvem
incentivo fiscal a empresas.
Tramitação
A MP 1173/23 já está em vigor, mas terá de ser
analisada pelos Plenários da Câmara dos Deputados e
do Senado.
Fonte: Agência Câmara
03/05/2023 -
Lula cria grupo para discutir novas regras para
serviços de transporte e entrega por aplicativo
Na mesma edição extra do Diário Oficial da União
(DOU) em que foi publicado o aumento do salário
mínimo, nesta segunda-feira (1º), Dia do
Trabalhador, foram publicados mais dois decretos: um
com o objetivo de criar regras para os serviços de
transporte e entrega por aplicativo e outro para
elaborar proposta de equiparação salarial entre
homens e mulheres.
A pretensão do governo de elaborar normas sobre
esses dois temas já vinha sendo antecipada pelo
menos desde a campanha eleitoral, no ano passado.
Agora, com os decretos assinados pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram criados dois
grupos de trabalho que deverão elaborar os atos
normativos.
O governo pretende apresentar uma proposta para
regulamentar as relações de trabalho por meio de
aplicativos ainda no primeiro semestre, conforme
declarado em março pelo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho.
Na semana passada, Marinho e Lula assinaram, em
viagem oficial à Espanha, memorandos para a
cooperação com o governo espanhol na elaboração de
uma regulamentação, visando aproveitar a experiência
do país europeu, que em 2021 criou regras para esse
tipo de atividade por meio de uma reforma
trabalhista.
Em discurso após encontro com centrais sindicais
internacionais, em março, Marinho disse que o
ministério está “ouvindo e experimentando várias
experiências espalhadas mundo afora”. Na ocasião,
ele afirmou que “do jeito que está hoje não dá para
ficar”.
Presente na reunião, Lula discursou no sentido de
combater a exploração do trabalho e o alto grau de
informalidade no país, sem citar diretamente os
aplicativos. “Precisamos repensar as relações no
mundo do trabalho e recuperar direitos e dignidade
para trabalhadores”, escreveu Lula no Twitter depois
do encontro.
Oficialmente, o grupo de trabalho recém-criado
deverá apresentar proposta de ato normativo em até
150 dias, prazo que pode ser prorrogado por igual
período.
O grupo contará com 15 representantes do governo –
incluindo quatro do Ministério do Trabalho e
Emprego, que ficará encarregado de coordenar os
trabalhos.
O grupo deverá ser formado também por 15
representantes dos trabalhadores, todos indicados
pelas principais centrais sindicais – Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NSCT) e União
Geral dos Trabalhadores (UGT).
Completam o grupo de trabalho 15 representantes dos
empregadores, incluindo membros de entidades
patronais como a Associação Brasileira de Mobilidade
e Tecnologia (Amobitec), que reúne as maiores
empresas do segmento em atuação no Brasil, entre as
quais Uber, iFood, Amazon, 99 e Buser, entre outras.
Fonte: CNN Brasil
03/05/2023 -
Paim diz que reforma trabalhista foi um retrocesso
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em
pronunciamento nesta terça-feira (2), a importância
do Dia do Trabalhador, celebrado em 1° de maio. Para
o parlamentar, houve um retrocesso nos últimos anos,
especialmente após a reforma trabalhista de 2017,
que retirou direitos conquistados ao longo de
décadas. Paim ressaltou que a reforma contribuiu
para a queda de rendimentos e o aumento da
informalidade, incentivando a terceirização em todos
os setores.
— A reforma trabalhista dificultou o acesso do
trabalhador à Justiça do Trabalho, reduzindo o
acesso gratuito aos tribunais e até prevendo que
trabalhadores têm que ressarcir empregadores caso
percam processos. Ela reduziu o poder dos sindicatos
em negociações e ainda comprometeu a
sustentabilidade financeira das entidades, tirando
delas, por exemplo, o valor que é arrecadado por
meio da contribuição sindical.
O senador ainda criticou a possibilidade de
empregadores reduzirem o salário dos empregados,
além da diminuição do pagamento de horas extras.
Para Paim, é fundamental que o Brasil retome o
equilíbrio da relação de trabalho, pois os
trabalhadores foram os mais prejudicados.
O parlamentar ressaltou que foi proposto, via
sugestão legislativa na Comissão de Direitos Humanos
(CDH), novo estatuto do trabalho que poderia
substituir a reforma trabalhista. Paim, que é
relator da matéria, destacou que o texto está sendo
discutido com entidades sindicais, centrais,
entidades de classes, juristas, pesquisadores,
professores, entre outras.
— Buscamos um relatório final que contemple a todos
de forma equilibrada, trazendo no seu princípio a
promoção dos direitos sociais, humanização das
relações do trabalho, buscando a construção de uma
sociedade justa, fraterna, solidária e democrática —
afirmou.
Fonte: Agência Senado
03/05/2023 -
Comissão debate com a Febraban a suspensão do
crédito consignado para aposentados e pensionistas
Bancos suspenderam empréstimos após anúncios de
taxas menores, mas retomaram o crédito com anúncio
de novo aumento
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados debate nesta quarta-feira (3), com o
diretor de Produtos Bancários da Febraban, Rafael
Baldi, a suspensão das linhas de crédito consignado
para aposentados e pensionistas do INSS.
O debate foi solicitado pelo deputado Pastor
Henrique Vieira (Psol-RJ). O parlamentar lembra que
o Conselho Nacional da Previdência Social aprovou a
redução da taxa máxima de juros do empréstimo
consignado para beneficiários do INSS. O teto de
juros passou de 2,14% para 1,70%, e a taxa para o
cartão de crédito consignado também foi reduzida, de
3,06% para 2,62%. Posteriormente, os valores foram
revistos para 1,94% e 2,89%, respectivamente.
"Embora a medida do governo tenha sido tomada para
beneficiar os aposentados e pensionistas que
precisam de crédito para complementar suas rendas e
não ficarem vulneráveis a outras modalidades de
empréstimos ainda mais extorsivas, os principais
bancos do País, através da Febraban, reagiram
alegando que a redução implicará restrição da oferta
de empréstimos consignados", afirma o parlamentar.
O parlamentar acrescenta ser importante ressaltar
que o crédito consignado apresenta baixíssimo risco
para as instituições financeiras, já que os
pagamentos são descontados diretamente na folha de
pagamento dos beneficiários do INSS.
A reunião será realizada às 16 horas, no plenário 7.
Fonte: Agência Câmara
03/05/2023 -
CAE vai debater projeto sobre desoneração da folha
de pagamentos
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vai debater
a prorrogação, até 2027, da desoneração da folha de
pagamentos para 17 de setores da economia. O
colegiado aprovou nesta terça-feira (2) requerimento
de audiência pública (REQ 24/2023 - CAE), proposto
pelo senador Efraim Filho (União-PB). A data do
encontro não foi definida.
A prorrogação da desoneração está prevista no
Projeto de Lei (PL) 334/2023, também de Efraim
Filho. “Nesse momento desafiador, ainda com inflação
e juros altos, a prorrogação da desoneração da folha
de pagamentos reduz as incertezas
jurídico-econômicas e garante uma redução da atual
carga tributária e uma maior solidez às empresas
abarcadas pela proposta”, argumenta o parlamentar.
Devem participar da audiência pública os seguintes
convidados:
- Vivien Suruagy, presidente da Federação Nacional de
Call Center, Instalação e Manutenção de
Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de
Informática (Feninfra);
- Sergio Paulo Galindo, presidente da Associação das
Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e
Tecnologias Digitais (Brasscom);
- Ricardo Patah, presidente União Geral dos
Trabalhadores (UGT); e
- representante Ministério da Fazenda.
Fonte: Agência Senado
02/05/2023 -
“Todos que tentaram dar golpe serão presos”, diz
Lula no ato das centrais
Promessa vem na esteira da CPI que, no Congresso,
investigará ataques do 8 de janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do
ato nacional de 1º de maio das centrais sindicais em
São Paulo, em homenagem ao Dia do Trabalhador e da
Trabalhadora e prometeu que todas as pessoas que
participaram da tentativa de golpe de estado no dia
8 de janeiro em Brasília serão presas.
“Eu queria convidar todo mundo a virar soldado
contra as ‘fake news’. A gente não pode permitir que
a mentira continue prevalecendo nesse país. Cada
companheiro que tem um celular precisa ficar atento,
precisa ficar esperto. Não pode mandar mensagem
mentirosa, não pode passar para frente aquilo que
você sabe que pode prejudicar a pessoa”, disse o
presidente.
Lula continuou: “A mentira nunca levou ninguém a
lugar nenhum e foi a verdade que derrotou o
ex-presidente da República”. “Eles tentaram dar um
golpe no dia 8 (de janeiro). Todas as pessoas que
tentaram dar um golpe serão presas porque esse país
tem democracia de verdade”, afirmou Lula.
A promessa vem na esteira da CPI que, no Congresso,
investigará ataques do 8 de janeiro.
Fonte: Brasil247
02/05/2023 -
Lula anuncia política de reajuste do salário mínimo
e isenção de IR
Governo enviará projeto que estabelece reajuste
acima da inflação
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, anunciou, neste domingo (30), que vai enviar
ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um projeto
de lei (PL) que, se aprovado, tornará obrigatório o
reajuste do salário mínimo acima da inflação. Lula
também se comprometeu a, até o fim de seu atual
mandato, em 2026, aprovar a isenção do pagamento do
imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil
mensais.
“Nos próximos dias, encaminharei ao Congresso
Nacional um projeto de lei para que esta conquista
seja permanente e o salário mínimo volte a ser
reajustado todos os anos acima da inflação”,
antecipou Lula ao fazer um pronunciamento em rede
nacional de rádio e TV, por ocasião do Dia do
Trabalhador, nesta segunda-feira (1º).
Segundo o presidente, a “valorização do salário
mínimo” é parte do projeto de governo, que busca
“recompor as conquistas perdidas pelos trabalhadores
e trabalhadoras” ao longo dos últimos anos. “A
partir de amanhã, o salário mínimo passa a valer R$
1.320,00 para trabalhadores da ativa, aposentados e
pensionistas. É um aumento pequeno, mas real”,
reconheceu Lula ao ponderar que, nos últimos seis
anos, o reajuste do valor salário mínimo sempre
ficou abaixo da inflação acumulada.
Fim do congelamento
Lula também comentou a medida que eleva, a partir de
maio, a faixa de isenção do Imposto de Renda cobrado
de trabalhadores formais – uma promessa de campanha
do presidente. A correção da tabela já tinha sido
anunciada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho.
“Estamos mudando a faixa de isenção do Imposto de
Renda, que há oito anos estava congelada em R$
1.903,98. A partir de agora, até R$ 2.640,00 por mês
não pagará mais nenhum centavo de imposto”, pontuou
Lula ao classificar esta como “outra medida muito
importante”.
“E até o final do meu mandato, a isenção valerá para
até R$ 5 mil por mês”, acrescentou Lula, voltando a
se comprometer com a elevação gradual da faixa de
isenção que, segundo o governo federal, passará a
vigorar já a partir de maio por meio da combinação
de duas medidas.
Além de, na prática, elevar a faixa de isenção dos
atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.112, o governo
concederá um desconto de R$ 528 sobre o imposto pago
na fonte, que é retido automaticamente, todos os
meses. A soma dos dois valores totaliza os R$
2.640,00 anunciados – cifra que equivale a dois
salários mínimos de R$ 1.320.
Trabalhadores
“Não haverá reconstrução do Brasil sem a valorização
dos trabalhadores e das trabalhadoras. O Brasil vai
voltar a crescer com inclusão social e com novos
empregos sendo criados. Podem estar certos de que o
esforço de seu trabalho vai ser cada vez mais
reconhecido e recompensado. E o 1º de Maio, que
sempre foi um dia de luta, voltará a ser um dia de
conquista para o povo trabalhador”, disse Lula, ao
defender a política de valorização do salário mínimo
como um “grande instrumento de transformação
social”.
“Foi graças a isso que [nos governos petistas, entre
2003 e 2016], milhões de brasileiros e brasileiras
saíram da extrema pobreza, abrindo caminho para uma
vida melhor. É preciso lembrar que a valorização do
salário mínimo não é essencial apenas para quem o
ganha. Com mais dinheiro em circulação, as vendas do
comércio aumentam. A indústria produz mais. A roda
da economia volta a girar e novos empregos são
criados.”
Fonte: Agência Brasil
02/05/2023 -
A CLT chega aos 80 anos como marco civilizatório da
nossa história
A Consolidação das Leis Trabalhistas, aprovada pelo
presidente Getúlio Vargas no dia 1º de Maio de 1943,
representou uma mudança radical na forma como o
Estado brasileiro trata o povo. Com 922 artigos, a
CLT passou um pente fino nos diversos ofícios
praticados no país em uma enorme tarefa de organizar
o mundo do trabalho. Ela definiu o que é rural e
urbano, o que é serviço público e privado, delimitou
jornadas, definiu os deveres dos empregadores,
abordou questões de saúde e segurança, previdência
social, representação sindical etc. Foi um esforço
de projetar o país em larga escala nunca antes
visto.
Não se pode dizer que não havia nenhuma lei
trabalhista antes da CLT. A construção da nossa
República, já em seu advento em 1889, buscou, ainda
que tardiamente, inserir o país no mundo
capitalista. Mas aquelas primeiras leis eram tão
frágeis e tendenciosas quanto as ideias das classes
dominantes sobre o fim da escravidão. Mesmo após a
abolição, em 13 de maio de 1888, as relações
patrão/empregado mantiveram o caráter autoritário,
desumano e injusto que vigorou em quase 400 anos de
escravidão.
Após a Revolução de 30 foi implementado um projeto
desenvolvimentista que exigia tanto uma mão de obra
mais qualificada, quanto um crescente mercado
consumidor. E a criação, em novembro de 1930, do
Ministério do Trabalho, chamado de nada menos que
“Ministério da Revolução”, foi fundamental para
criar a estrutura de proteção ao trabalhador para o
Brasil industrializado que Vargas vislumbrava.
Demandas sindicais, como jornada de trabalho de 8
horas, salário-mínimo, voto feminino, regulamentação
da sindicalização, licença-maternidade, entre
outras, reivindicadas em greves, como as de 1917 e
1919, e por meio de organizações, como a
Confederação Operária Brasileira (1906 a 1920),
encontraram lugar no projeto do governo. Direitos
trabalhistas mais abrangentes começaram a aparecer
desde então.
A CLT proporcionou, enfim, a criação de uma classe
média no Brasil, oferecendo ao povo a possibilidade
de organizar a vida, de planejar o futuro, de
crescer profissionalmente e de ascender socialmente.
São gerações de pais e mães de família que não só
passaram a ter mais segurança em seus empregos, como
também a buscar qualificação técnica e a valorizar a
educação dos filhos.
Em sua história a legislação trabalhista passou por
diversas mudanças. Algumas vezes para melhor, como a
equiparação dos direitos de homens e mulheres e de
trabalhadores rurais e urbanos, a proibição da
discriminação (por sexo, raça e cor ou estado
civil), negociação coletiva e da organização
sindical no serviço público, redução da jornada de
48 para 44 horas semanais etc. Conquistas que
resultaram de lutas sindicais e sociais.
Mas, como os descendentes dos oligarcas da República
Velha jamais aceitaram a mudança de status dos
trabalhadores de escravizados e semi-escravizados
para civis com participação política, econômica e
cultural, nem sempre as mudanças foram populares.
Basta observar que quanto mais o governo sustenta
uma concepção feudal do Brasil, maior é o número de
mudanças na CLT que ele promove. Durante a ditadura
militar, por exemplo, houve várias alterações, como
a substituição da lei que garantia estabilidade no
emprego após dez anos registrado em uma mesma
empresa, pela criação do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS). Mudança que incentivou a
rotatividade da força de trabalho.
O maior desmonte em toda a história da legislação
ocorreu, entretanto, nos governos de Michel Temer e
de Jair Bolsonaro. Não é mero deboche chamar a
reforma trabalhista de 2017 de “deforma” como muitos
críticos fazem. Com alteração de mais de 200
dispositivos, seguida por outras minirreformas, a
Lei nº 13.467/2017 forjou uma verdadeira deformação
na CLT.
Assistimos ao fenômeno da uberização, vendido pelos
governos Temer e Bolsonaro, como geração de
empregos. São empregos, todavia, circunscritos ao
aqui e agora, que mal formam um presente, quem dirá
um futuro.
A ampla retirada de direitos e a redução do poder do
Estado tiveram efeitos nefastos, como a fragilização
dos sindicatos, a precarização do trabalho, a
diminuição do rendimento médio da população, a
desindustrialização, a elevação do número de pessoas
vivendo abaixo da linha da pobreza, fome
generalizada, além do aumento da criminalidade e da
violência.
A reforma foi anunciada como “modernização” como se
representasse um avanço nas relações de trabalho
existentes. Mas o cerceamento das leis trabalhistas,
do movimento sindical e da classe operária, práticas
reeditadas ao longo da história, são formas de
conter o desenvolvimento inaugurado na década de
1930. Desenvolvimento que, todavia, ainda está em
curso.
Mesmo que a CLT tivesse completado sua missão de
garantir segurança e poder de escolha para todos os
brasileiros, ainda assim a presença do Estado e a
participação ativa das entidades sindicais seriam
importantes para garantir isonomia na relação
patrão/empregado.
Somente uma mudança de patamar histórico, com uma
elevação coletiva da consciência, poderia engendrar
relações seguras e justas independente da obrigação
da lei. A realidade do Brasil de 2023 está muito
longe desse patamar. O que move nossa sociedade é a
constante tensão entre a busca das classes
dominantes por privilégios e a luta classes
populares para que a vida seja mais do que o pão de
cada dia.
É um grande cinismo atribuir à retirada de direitos
o caráter de “modernização” quando a essência desta
prática é a do retrocesso à República Velha. Os 80
anos da CLT são ainda pouco tempo frente aos quase
400 anos de escravidão que normalizaram o racismo,
os abusos e a exploração desenfreada dos
trabalhadores.
É por isso que neste 1º de Maio de 2023 a CLT chega
aos 80 anos como um dos maiores marcos
civilizatórios da nossa história. A crise
socioeconômica de 2016 a 2022, agravada pela
pandemia, reforçou a importância e a necessidade da
Consolidação das Leis Trabalhistas.
A segurança do povo brasileiro frente à contradição
entre o capital e o trabalho ainda reside na
legislação trabalhista, nas convenções coletivas e
na organização sindical. É isso que buscamos
construir: um país com contratos sociais justos,
públicos e incontestáveis que diminuam as
disparidades regionais e sociais, e acima de tudo,
que assegurem ao trabalhador sua liberdade, sua
dignidade e sua posição como cidadão.
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Fonte: Centrais Sindicais
02/05/2023 -
Desemprego no primeiro trimestre é o menor para o
período desde 2015
No primeiro trimestre de 2023, a taxa de desemprego
alcançou 8,8%, representando um aumento de 0,9 ponto
percentual em relação ao trimestre anterior. Apesar
disso, esse é o menor resultado para esse período
desde 2015, quando foi registrado 8,0%. Essas
informações são provenientes da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),
que foi divulgada hoje pelo IBGE.
O aumento em relação ao trimestre anterior foi
resultado do fim dos empregos de fim de ano.
No setor público, a quantidade de empregados sem
carteira de trabalho diminuiu em 7,0%, uma queda de
207 mil pessoas. Já no setor privado, o número de
empregados sem carteira assinada caiu em -3,2%, ou
seja, menos 430 mil pessoas.
Além disso, é importante destacar que o total de
trabalhadores autônomos com CNPJ também apresentou
uma queda de 8,1% (equivalente a menos 559 mil
pessoas). Por outro lado, a quantidade de empregados
com carteira assinada no setor privado permaneceu
estável.
Informalidade cai
A taxa de informalidade foi de 39,0%, ou seja, 38,1
milhões de trabalhadores informais. Valor inferior
ao trimestre anterior, que registrou 38,8%, e também
inferior ao mesmo período do ano anterior, que foi
de 40,1%.
Rendimento médio é maior do que o mesmo período
de 2022
No trimestre encerrado em março, o rendimento real
habitual (R$ 2.880) permaneceu estável em relação ao
trimestre anterior, mas registrou um aumento de 7,4%
em relação ao mesmo período do ano anterior. Na
comparação entre as categorias, houve um aumento de
3,5% (ou mais R$ 82) no setor de Comércio, reparação
de veículos automotores e motocicletas e um aumento
de 1,9% (ou mais R$ 21) nos Serviços domésticos. Em
contrapartida, o grupamento de Transporte,
armazenagem e correio apresentou uma redução de 3,8%
(ou menos R$ 107). A massa de rendimento real
habitual, estimada em R$ 277,2 bilhões, também ficou
estável em relação ao trimestre anterior, mas
registrou um aumento de 10,8% na comparação anual.
Fonte: Rádio Peão Brasil
02/05/2023 -
STJ decide que salário pode ser penhorado para pagar
dívidas
Impacto econômico nas finanças pessoais deve ser
avaliado
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) decidiu que, em casos excepcionais, é possível
a penhora de salários para pagamento de dívidas. O
julgamento da questão foi realizado na quarta-feira
(19).
Pelo entendimento firmado pelo tribunal, a penhora
poderá ser determinada pela Justiça quando outros
meios para cobrar o devedor não tenham obtido
resultado. Além disso, o impacto econômico nas
finanças pessoais também deverá ser avaliado.
O colegiado seguiu voto do relator, ministro João
Otávio de Noronha, para quem a impenhorabilidade do
salário deve seguir como regra, porém, cada caso de
cobrança de dívidas deve ser analisado
individualmente para assegurar o pagamento e a
dignidade do devedor.
O caso julgado envolve um credor que tem uma dívida
de R$ 110 mil e recebe salário de R$ 8,5 mil. Na
primeira vez que a questão foi analisada pelo STJ, a
Quarta Turma negou a penhora de 30% dos ganhos por
entender que deveria ser seguida a lei que impede a
penhora para saldar dívidas de até 50 salários
mínimos.
Fonte: Agência Brasil
02/05/2023 -
Lula diz que cobrar IR da PLR de trabalhadores e não
de empresas é absurdo
Em reunião fechada com centrais sindicais nesta
quinta-feira (27), em Brasília, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) classificou como absurdo o
fato de que os trabalhadores paguem imposto de renda
sobre PLR (participações em lucros), mas empresas
não sejam cobradas em seus lucros e dividendos.
Os sindicalistas têm reivindicado isenção de IR para
PLR. O petista então pediu que Fernando Haddad,
ministro da Fazenda, dê especial atenção para a
proposta.
Entre os sindicalistas, o pleito tem sido encabeçado
por Antonio Neto, presidente da @CSBbrasil
"Tem empresas com lucros e resultados muito
positivos que, além de não pagar imposto, muitas
vezes se negam a pagar a PLR para os trabalhadores.
Ou quando paga, paga só para gerentes e gestores. É
uma injustiça trabalhador pagar imposto na PLR e as
empresas, não", afirma Neto.
Durante a disputa eleitoral, o também pedetista Ciro
Gomes tinha como uma de suas principais propostas a
implantação da taxação de lucros e dividendos de
empresas, que foi interrompida no Brasil em 1996,
durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Após o encontro com Lula e os sindicalistas, Luiz
Marinho, ministro do Trabalho, manifestou apoio à
proposta de isenção de IR para PLR.
"Se não tem cobrança nos lucros das empresas, porque
a participação tem imposto? Lá atrás, quando o Guido
[Mantega] era ministro [da Fazenda], ajustaram um
valor de isenção e enfim depois ficou parado. Tem
que ajustar isso", disse.
Fonte: Portal CSB
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