Blog - Notícias Anteriores - Maio 2024
29/05/2024 -
Nova Central participa de ação social em Parobé-RS
29/05/2024 -
TST prorroga prazo para manifestações sobre direito
de oposição ao pagamento de contribuição
assistencial
29/05/2024 -
PDT agrega as 24 propostas das Centrais
29/05/2024 -
STJ valida depósito do FGTS na conta do empregado
após acordo trabalhista
29/05/2024 -
Levantamento do CNJ indica que despesa do Judiciário
bate recorde e chega a R$ 132,8 bilhões
29/05/2024 -
Aprovada urgência para projeto que cria cadastro de
condenados por violência contra a mulher
28/05/2024 -
Lula vence todos os postulantes da extrema-direita
em 2026, aponta pesquisa
28/05/2024 -
Professor Fausto, do Dieese, assume Sesi
28/05/2024 -
O PL da 'uberização' da Justiça do Trabalho
28/05/2024 -
Maioria dos brasileiros apoia semana de quatro dias,
aponta DataSenado
28/05/2024 -
TST valida norma coletiva sobre concessão de férias
em período de folgas
28/05/2024 -
Comissão aprova projeto que cria política de
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho
27/05/2024 -
Pauta da Classe Trabalhadora: Centrais divulgam
prioridades para 2024
27/05/2024 -
Abril tem ganho real em 77% das negociações
27/05/2024 -
Correções do salário mínimo e de benefícios
previdenciários têm impacto de R$ 51 bi nas contas
de 2025
27/05/2024 -
Jornada de trabalhadores de app aumentou e a renda
caiu, revela Ipea
27/05/2024 -
Luiz Marinho recebe representantes do Movimento
"Vida Além do Trabalho"
24/05/2024 -
Assistencial: líderes tentam construir acordo para
votar PL dia 5
24/05/2024 -
Nova Central celebra o Dia da Consciência Negra como
feriado nacional
24/05/2024 -
Luiz Marinho convida ao diálogo parlamentares,
empresários e trabalhadores durante ato das centrais
sindicais
24/05/2024 -
Contratação CLT elevaria arrecadação em mais de R$
140 bi em 5 anos, diz estudo
24/05/2024 -
TST e STF aprimoram acordo para reduzir processos e
fortalecer precedentes
23/05/2024 -
MTE simplifica registro sindical com novas
ferramentas online
23/05/2024 -
22 de Maio: Centrais Sindicais se unem na luta por
mais direitos
23/05/2024 -
Sindicalistas relatam preocupação com empregos no
Rio Grande do Sul
23/05/2024 -
Solidariedade aos trabalhadores da Renault
23/05/2024 -
Lula sanciona lei que garante sigilo de vítima de
violência doméstica
23/05/2024 -
Vai à Câmara a campanha Abril Verde, de prevenção de
acidentes de trabalho
22/05/2024 -
Centrais apresentam agendas legislativa e jurídica
ao Congresso
22/05/2024 -
Retorna à pauta da CCJ do Senado projeto
antissindical
22/05/2024 -
Wilson leva propostas das Centrais Sindicais para
amenizar tragédia do RS
22/05/2024 -
Desemprego de longa duração é o menor desde 2015,
aponta IBGE
22/05/2024 -
Audiência debate criação de comissões internas para
evitar discriminação de mulheres em empresas
22/05/2024 -
Prazo para entregar Imposto de Renda termina em 31
de maio; 15 milhões ainda não declararam
22/05/2024 -
Se você possui duas ou mais fontes pagadoras, você
pode estar pagando INSS acima do teto
21/05/2024 -
MPT recebe denúncias de violações trabalhistas
envolvendo enchentes
21/05/2024 -
Comissão debate empregabilidade e mercado de
trabalho para as pessoas com deficiência
21/05/2024 -
Após manifestação do Senado, Zanin mantém
desoneração da folha por 60 dias
21/05/2024 -
INSS é condenado a pagar adicional de insalubridade
a aposentado
21/05/2024 -
Limites da redução salarial pelo empregador
21/05/2024 -
Bolsa Família a mulheres vítimas de violência está
na pauta da CAS
20/05/2024 -
Cartilha do MPT lista os atos antissindicais
20/05/2024 -
Centrais farão Plenária
20/05/2024 -
Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de
59 cidades gaúchas
20/05/2024 -
Desemprego recua no 1º trimestre e alcança o menor
patamar em dez anos, diz IBGE
20/05/2024 -
AGU pede ao Supremo suspensão de decisão sobre
desoneração
20/05/2024 -
Chico Alencar quer que empresas com mais de 300
empregados tenham representante dos trabalhadores no
Conselho de Administração
20/05/2024 -
Comissão aprova projeto que proíbe empresa de negar
emprego à mulher por ser mãe
17/05/2024 -
CTB e Confederações discutem pacto para salvar a
indústria
17/05/2024 -
MTE e MPT discutem ações para preservar empregos e
renda no Rio Grande do Sul
17/05/2024 -
Tragédia no RS: Centrais propõem enfrentamento ao
ministro Luiz Marinho
17/05/2024 -
Cabeça de bacalhau; por João Guilherme
16/05/2024 -
Nova Central mobiliza entidades para doações ao RS
16/05/2024 -
Sindicalistas e Marinho debatem ações para ajudar o
RS
16/05/2024 -
Cesta aumenta no Norte e Nordeste
16/05/2024 -
Luiz Marinho recebe parlamentares em audiência para
tratar da tramitação do PLP 12/24
16/05/2024 -
Com 60% da população na pobreza, apoio a Milei é
contestado
16/05/2024 -
Possibilidade de acordo trabalhista sem advogado
preocupa especialistas
15/05/2024 -
Rogério Marinho manobra contra assistencial
15/05/2024 -
João Franzin: Apoio ao DIAP
15/05/2024 -
STF anula permissão de sindicalistas com
estabilidade acima do limite legal
15/05/2024 -
TST estende suspensão de prazos de ações envolvendo
o Rio Grande do Sul
15/05/2024 -
Enchentes alagam 9 em cada 10 empresas do RS.
Federação das indústrias fala em 'década perdida'
15/05/2024 -
Comissão aprova projeto que permite o exercício de
qualquer profissão como MEI
14/05/2024 -
Numa eventual disputa entre Lula e Tarcísio,
presidente vence por 46% a 40%
14/05/2024 -
CCJ do Senado pode votar veto para negar
contribuição a sindicato
14/05/2024 -
Centrais convocam ato para atualizar a Agenda da
Classe Trabalhadora
14/05/2024 -
Entidades representantes dos aposentados se
manifestam contra a desvinculação da aposentadoria e
salário mínimo
14/05/2024 -
Dieese: ‘Crise dos sindicatos é um problema de todas
as instituições democráticas’
13/05/2024 -
Inflação dos mais pobres, INPC sobe 0,37% em abril
13/05/2024 -
Centrais ajudam no socorro ao Sul
13/05/2024 -
Ministros de Lula e "mercado" já falam em mexer
novamente na Previdência Social
13/05/2024 -
Folha de pagamento de 17 setores será reonerada a
partir de 2025
13/05/2024 -
TSE marca julgamento de recursos que podem cassar
Sergio Moro
13/05/2024 -
Senado terá decisão final sobre projeto da nova Lei
do Primeiro Emprego
13/05/2024 -
Inflação oficial fica em 0,38% em abril deste ano
10/05/2024 -
Rogério Marinho (PL) apresenta na CCJ veto à taxa
assistencial
10/05/2024 -
Paim destaca aprovação do decreto de calamidade
pública no Rio Grande do Sul
10/05/2024 -
A desoneração da folha e o futuro da Previdência
Social
10/05/2024 -
Depois do 1º de Maio; por João Guilherme
10/05/2024 -
Mulher vítima de violência terá prioridade em
atendimento, aprova CDH
09/05/2024 -
STF suspende julgamento sobre idade mínima para
aposentadoria especial
09/05/2024 -
Lula quer contrapartida empresarial para negociar
desoneração da folha
09/05/2024 -
Custo da cesta básica sobe em 10 capitais
brasileiras no mês de abril
09/05/2024 -
Lula tem melhora em avaliação de governo e aprovação
pessoal, diz AtlasIntel
09/05/2024 -
Ministros e deputados do PT criticam sugestão de
Tebet para desvincular aposentadoria do aumento real
do salário mínimo
09/05/2024 -
TST anula decisão que ignorou laudo ao conceder
adicional de insalubridade
09/05/2024 -
CE aprova duas ausências anuais para trabalhador
participar de atividade escolar
08/05/2024 -
Lula tem aprovação de 50,7% e governo é "ótimo" ou
"bom" para 37,4%, aponta pesquisa CNT/MDA
08/05/2024 -
Campanha incentiva participação de jovens em
movimentos sindicais
08/05/2024 -
TST decidirá processos sobre direito à contribuição
assistencial
08/05/2024 -
A trajetória para o 1º de Maio de 2040
07/05/2024 -
Dieese: conquistas notáveis, mas problemas
estruturais persistem
07/05/2024 -
STF retoma julgamento sobre idade mínima para
aposentadoria especial
07/05/2024 -
Cobrança de contribuição assistencial exige
possibilidade de oposição
07/05/2024 -
Justiça do Trabalho do RS arrecada doações para
vítimas das enchentes
06/05/2024 -
NCST: Nossa solidariedade ao povo gaúcho
06/05/2024 -
Nota Centrais Sindicais: Viva o 1º de Maio de lutas
e conquistas
06/05/2024 -
Produção industrial cresce 0,9% em março, pouco
abaixo do esperado
06/05/2024 -
Preocupado com derrubada de vetos, Lula tenta acordo
em reunião com Pacheco e senadores
06/05/2024 -
82% das reclamações sobre vínculo decididas pelo STF
não esgotaram Justiça do Trabalho
03/05/2024 -
Greves de trabalhadores aumentaram 6% no país em
2023
03/05/2024 -
Marinho defende mais participação de trabalhadores
em lucros de empresas
03/05/2024 -
Lula sanciona lei que isenta quem ganha até R$ 2.824
de pagar imposto de renda
03/05/2024 -
1º de Maio; por João Guilherme
03/05/2024 -
Paulo Paim defende criação de Estatuto do Trabalho
03/05/2024 -
INSS pagou R$ 193 milhões a 17 mil mortos entre 2019
e 2023, aponta auditoria da CGU
03/05/2024 -
Procuradora do Trabalho diz que falta
comprometimento das empresas com prevenção de
acidentes
02/05/2024 -
1º de Maio:
Centrais pedem a Lula por Brasil mais justo
02/05/2024 -
Brasil registra mais de 244 mil empregos formais em
março
02/05/2024 -
Haddad atrela desoneração da folha à estabilidade da
Previdência
02/05/2024 -
Taxa de desemprego sobe para 7,9% no 1º trimestre do
ano, diz IBGE
02/05/2024 -
Empresa que omitir dados sobre igualdade salarial
será fiscalizada
02/05/2024 -
1º de Maio:
Senado avalia de redução de jornada até punição a
trabalho escravo
29/05/2024 -
TST prorroga prazo para manifestações sobre direito
de oposição ao pagamento de contribuição
assistencial
Processos sobre o tema estão com a tramitação
suspensa até o julgamento
O prazo para que pessoas, órgãos e entidades se
manifestem sobre o Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas em que se discute o modo, o
momento e o lugar apropriado para o empregado não
sindicalizado exercer seu direito de oposição ao
pagamento da contribuição assistencial ao sindicato
foi prorrogado em razão do reconhecimento do estado
de calamidade pública em diversos municípios do Rio
Grande do Sul. Com isso, o Tribunal Superior do
Trabalho receberá manifestações até 11 dias úteis
após o dia 31 de maio.
A medida consta de despacho do relator do processo,
ministro Caputo Bastos. Em edital publicado em 24 de
abril, ele havia fixado prazo de 15 dias úteis para
as manifestações e os pedidos de ingresso no caso na
condição de interessados (amicus curiae). Esse prazo
se encerraria em 16/5.
Contudo, diante da decretação do estado de
calamidade pública, o TST suspendeu a contagem dos
prazos processuais de 2 a 31 de maio.
Considerando que o incidente tem alcance nacional, o
ministro considerou prudente a suspensão do prazo
inicial, a fim de não prejudicar eventuais
interessados do Rio Grande do Sul. Os atos já
praticados e as manifestações já apresentadas no
período suspenso ficam preservados.
Suspensão de processos
Em abril, o relator determinou, também, o
sobrestamento dos processos que tratam da matéria,
pois o Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas tem como um dos seus objetivos
principais uniformizar as decisões judiciais.
“Considerando que as demandas em tramitação podem
apresentar soluções diversas sobre a mesma questão e
gerar dubiedade no âmbito do direito coletivo do
trabalho, considero imprescindível que os processos
em que se discuta a forma do exercício do direito de
oposição devem ser suspensos em todo o território
nacional”, concluiu.
(Secom/TST)
Fonte: TST
29/05/2024 -
PDT agrega as 24 propostas das Centrais
O documento final do VI Congresso Nacional do
Partido Democrático Trabalhista, de 22 a 25/5 em
Brasília, incorporou as 24 propostas das Centrais,
finalizadas dia 22/5. As teses atualizam a Pauta
Unitária da Conclat 2022.
O Partido fundado por Leonel Brizola busca reforçar
sua inserção junto ao sindicalismo e às categorias
profissionais. Para Antonio Neto, presidente da
Central CSB, membro da direção nacional e dirigente
da executiva de SP, o Congresso, fortalece e
revigora as teses do trabalhismo.
Ele informa que, além de buscar crescer junto às
entidades de classe, o PDT criou o “Observatório
Trabalhista”. O objetivo é acompanhar e mesmo dar
suporte a membros do Partido, no Legislativo e
Executivo, frente a matérias de interesse sindical e
ou de categorias.
No Congresso, Neto coordenou o GT I, sobre
“Trabalho, emprego e renda”. Antes, havia tido sete
encontros regionais, que debateram propostas como o
Novo Código Brasileiro do Trabalho. Segundo Antonio
Neto, “pra atualizar a CLT, reforçar o compromisso
trabalhista e assegurar práticas sintonizadas com a
OIT e as melhores normas internacionais no campo do
trabalho”. O Partido defende o Artigo VIII da
Constituição e o custeio sindical.
Espaço – Um dos espaços do PDT para o mundo
do trabalho se dá via movimento sindical do partido.
Em âmbito nacional, o movimento é coordenado pelo
metalúrgico Milton Cavalo (de Osasco/SP); no Estado
de São Paulo, por Alvaro Egea, do setor do vestuário
(Guarulhos/SP).
RS – O Estado é berço do trabalhismo. A
tragédia que aflige os gaúchos não poderia passar em
branco. Na abertura, o ex-ministro Ciro Gomes
defendeu que reconstrução daquele estado adote um
padrão de ação estatal e mobilização social que
sirva de modelo ao desenvolvimento nacional.
Mais – www.pdt.org.br – ou https://flb-ap.org.br/
Fonte: Agência Sindical
29/05/2024 -
STJ valida depósito do FGTS na conta do empregado
após acordo trabalhista
Os pagamentos de FGTS feitos diretamente ao
empregado após a Lei 9.491/1997, em decorrência de
acordos trabalhistas, são plenamente válidos.
A conclusão é da 1ª Seção do Superior Tribunal de
Justiça, que fixou tese sob o rito dos repetitivos
em julgamento na última quarta-feira (22/5). O
enunciado é vinculante e precisará ser observado por
juízes e tribunais.
A decisão foi unânime, conforme voto do ministro
Teodoro Silva Santos, relator. Na prática, o STJ
afasta a necessidade de que esses valores sejam
depositados em conta vinculada na Caixa Econômica
Federal, como prevê a Lei 9.491/1997.
O depósito direto na conta do empregador vem sendo
admitido em acordos homologados pela Justiça do
Trabalho. Isso é um problema para a Fazenda Nacional
porque exclui outras verbas às quais a União teria
direito.
É o caso, por exemplo, de multa pelo atraso no
recolhimento do FGTS, da correção monetária, dos
juros moratórios e da contribuição social. Na tese
aprovada, a 1ª Seção do STJ reconheceu o direito a
essas verbas e autorizou União e Caixa a fazerem a
cobrança junto aos empregadores.
O juiz autorizou
Para Santos, embora o depósito do FGTS diretamente na
conta do empregado não seja autorizado pela Lei
9.491/1997, é preciso reconhecer que a prática
decorre de acordo homologado pela Justiça do
Trabalho — ou seja, sob o crivo judicial.
O depósito na conta vinculada ao FGTS na Caixa
restringiria o uso desses valores. Conforme a lei, o
saque só seria possível após a aposentadoria, em
função de doenças graves ou outras hipóteses
específicas, como o financiamento de imóvel próprio.
A tese aprovada foi a seguinte:
São eficazes os pagamentos de FGTS realizados
diretamente ao empregado, após o advento da Lei
9.491/1997, em decorrência de acordo homologado na
Justiça do Trabalho. Assegura-se, no entanto, a
cobrança de todas as parcelas incorporáveis ao
fundo, consistente em multas, correção monetária,
juros moratórios e contribuição social, visto que a
União Federal e a Caixa Econômica Federal não
participaram da celebração do ajuste na via laboral,
não sendo por ele prejudicadas (art. 506, CPC)
REsp 2.003.509
REsp 2.004.215
REsp 2.004.806
Fonte: Consultor Jurídico
29/05/2024 -
Levantamento do CNJ indica que despesa do Judiciário
bate recorde e chega a R$ 132,8 bilhões
Alta na despesa ocorre no momento em que o
Congresso discute a possibilidade de magistrados
aumentarem seus rendimentos
Dados do relatório “Justiça em Números” do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) indicam que o Poder
Judiciário gastou R$ 132,8 bilhões em despesas como
salários de servidores e equipamentos no ano
passado, valor recorde se considerada a série
histórica iniciada em 2009.
Reportagem do jornal O Globo destaca que a alta na
despesa ocorre no momento em que o Congresso discute
a possibilidade de magistrados aumentarem seus
rendimentos. A Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) do Quinquênio, prevê um adicional no valor
pago a juízes e desembargadores pelo tempo de
serviço. O governo estima um impacto de R$ 82
bilhões nas contas públicas em quatro anos, caso a
versão atual do texto, que foi ampliada para incluir
outras categorias, seja mantida.
Fonte: Brasil247
29/05/2024 -
Aprovada urgência para projeto que cria cadastro de
condenados por violência contra a mulher
Texto poderá ser votado nas próximas sessões do
Plenário
A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira
(27) o regime de urgência para o Projeto de Lei
1099/24, da deputada Silvye Alves (União-GO), que
cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por
Violência contra a Mulher. No cadastro estarão dados
de pessoas condenadas com sentença transitada em
julgado.
Os projetos com urgência podem ser votados
diretamente no Plenário, sem passar antes pelas
comissões da Câmara. A proposta poderá ser votada
nas próximas sessões.
Fonte: Agência Câmara
28/05/2024 -
Lula vence todos os postulantes da extrema-direita
em 2026, aponta pesquisa
Levantamento do Paraná Pesquisas divulgou nesta
sexta cenários de uma eventual disputa entre o
presidente Lula, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de
Freitas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece como
vitorioso nas eleições de 2026 se concorresse com a
ex-primeira-dama Michelle Bolsonar e o atual
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ambos
de extrema-direita.
Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado
nesta sexta-feira (24), Lula aparece à frente de
Michelle Bolsonaro com 36,6% das intenções de voto,
ante 33% da ex-primeira-dama.
Contra Tarcísio, Lula venceria com 36,9% das
intenções de voto, ante 25,6 pontos percentuais
marcados pelo governador de SP.
O levantamento baseou-se em 2.020 entrevistas em 26
estados e Distrito Federal e em 160 municípios
brasileiros. Os dados foram coletados entre os dias
27 de abril e 1º de maio. A margem de erro é de 2,2
pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Fonte: Brasil247
28/05/2024 -
Professor Fausto, do Dieese, assume Sesi
Tem tudo pra ser a pessoa certa, no lugar certo, na
hora certa. Professor e doutor em Educação pela USP,
Fausto Augusto Junior deixa posto de diretor-técnico
do Dieese e assume presidência do Conselho Nacional
do Sesi. Ele tomou posse na quinta (23), em
Brasília.
O novo presidente do Serviço Social da Indústria
(criado em 1946) tem 28 anos de Dieese. De origem
simples e morador no ABC, por vários anos Fausto
dirigiu a subseção do Dieese no Sindicato dos
Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Região.
O novo titular do Sesi é reconhecido nas áreas de
desenvolvimento regional, industrial, educação,
sindicalismo, relações de trabalho e gestão de
pessoas.
Fausto Junior é professor da Escola Dieese de
Ciências do Trabalho e Fundação Instituto de
Administração, criada em 1980. Ele integra o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, no
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços, tendo atuado no Fórum Nacional do
Trabalho, do Ministério do Trabalho.
Indústria – O sindicalismo avalia que sua ida
para o Sesi é estrada que se abre pra avançar a
reindustrialização do País. Fausto afirma: “No caso
da política industrial, o governo tem a capacidade
indutiva. Quem efetiva mesmo são as empresas. Ouvir
a indústria nas suas necessidades, demandas e seus
problemas é fundamental pra melhor desenhar uma
política. Do ponto de vista do emprego, a indústria
tem papel relevante, com maioria dos postos formais
no mercado”.
Mais – Sesi – Setor Bancário Norte, Quadra 1,
Bloco I, Ed. Armando Monteiro Neto, 6º e 7º andares.
Asa Norte, Brasília – DF. Telefones 61 3217.0715 e
61 3217.0700.
Fonte: Agência Sindical
28/05/2024 -
O PL da 'uberização' da Justiça do Trabalho
A mecanização da cadeia de comando não é
suficiente para afastar a necessidade de maior
proteção jurídica às categorias
*João Victor Chaves
Tramita perante o Congresso Nacional o Projeto de
Lei 12/2024, que trata da regulamentação do trabalho
de motoristas que prestam serviços por empresas de
aplicativo. Uma das inovações da legislação é
reconhecer como autônomo o trabalho nestas
condições, sem o reconhecimento de vínculo de
emprego.
Se aprovado nos termos em que foi proposto, o PL
promoveria diversas mudanças na relação dos
trabalhadores das plataformas, que também seriam
obrigadas a se adaptar às novas exigências legais,
inclusive com pagamento de remuneração mínima mensal
aos trabalhadores. No entanto, o padrão de preços e
serviços continuaria a ser estabelecido pelas
plataformas. Outros benefícios, como férias
remuneradas e 13º salário, não estariam inclusos.
Diante dessas considerações, o emprego da expressão
"uberização" parece adequado para definir a piora
das condições de trabalho. Não são recentes as
tentativas de dilapidar as garantias previstas pela
CLT, e o PL da "uberização" representa mais um
movimento nesta direção.
Ainda que a CLT efetivamente não contenha previsões
para o trabalho por aplicativos, é necessário
ponderar que existe uma relação de dependência,
sobretudo diante das novas condições do mercado de
trabalho. A mecanização da cadeia de comando,
portanto, não é suficiente para afastar a
necessidade de maior proteção jurídica às
categorias.
O Projeto de Lei 12/2024 tem, inclusive, potencial
para diminuir a competência da Justiça do Trabalho,
como revela entrevista concedida pelo ministro
Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal, ao portal
Conjur, em que ele afirma que "é preciso repensar o
tamanho da Justiça do Trabalho no Brasil".
No mesmo sentido do PL 12/2024 estão diversas
decisões do Supremo Tribunal Federal, que está em
frequente conflito com o Tribunal Superior do
Trabalho.
Os ataques sofridos pela Justiça do Trabalho se
intensificaram e foram encorajados a partir da
aprovação da Lei 13.467/2017, a reforma trabalhista,
durante o governo Michel Temer. Muitas autoridades
jamais esconderam seu desapreço pela instituição, a
exemplo do deputado Ricardo Barros (Progressistas –
PR), líder do governo Bolsonaro e Ministro da Saúde
no governo Temer.
O que se observa, neste aspecto, é uma aliança entre
parlamentares e membros da cúpula do Poder
Judiciário com o objetivo comum de formalizar a "uberização"
não apenas do mercado de trabalho, mas também da
Justiça trabalhista.
*João Victor Chaves é advogado trabalhista e membro
fundador da Frente Ampla Democrática pelos Direitos
Humanos (FADDH).
Instagram @jvbchaves
Fonte: Brasil de Fato
28/05/2024 -
Maioria dos brasileiros apoia semana de quatro dias,
aponta DataSenado
Sete a cada dez brasileiros acreditam que o governo
deveria incentivar as empresas a adotar a semana de
trabalho de quatro dias. E a maioria da população
acredita que uma carga horária menor iria melhorar a
qualidade de vida dos trabalhadores. Os dados fazem
parte de uma pesquisa do Instituto DataSenado sobre
jornada de trabalho e qualidade de vida.
O estudo mostra que 73% dos brasileiros acreditam
que o governo deveria oferecer incentivos às
empresas que adotassem a semana de trabalho de
quatro dias. Para 54% da população, uma carga
horária menor iria melhorar a qualidade de vida dos
trabalhadores e que isso ocorreria principalmente
por afetar positivamente a saúde mental das pessoas.
Já 34% avaliam que não faria diferença enquanto que
9% acreditam que a situação pioraria. Os demais não
souberam ou preferiram não responder.
Dentre os cidadãos e as cidadãs que acreditam que a
redução da jornada de trabalho pioraria a qualidade
de vida dos trabalhadores, a maior preocupação é com
a possível diminuição da renda.
Porém, quando perguntados especificamente sobre a
redução do expediente de cinco para quatro dias, sem
redução de salário, cerca de metade dos brasileiros
(51% ) acredita que tal iniciativa seria benéfica.
Se por um lado, há confiança da população de que a
redução da jornada traria uma melhoria na qualidade
de vida do trabalhador, as opiniões se dividem no
quesito produtividade. Para 35%, a produtividade
aumentaria, enquanto que para 21% diminuiria e para
40% dos brasileiros a redução de jornada não faria
diferença na produtividade do trabalhador.
Resultados semelhantes são encontrados na percepção
sobre os impactos que a redução de jornada traria
para as empresas: para 40% dos cidadãos a redução da
jornada de trabalho não afetaria as empresas, para
21% traria lucros e para 33% prejuízos.
Parceria
O levantamento foi elaborado em parceria com o
gabinete da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS),
para ouvir a opinião dos brasileiros a respeito de
carga horária, produtividade e qualidade de vida dos
trabalhadores do país.
— Fiquei até impressionada com o resultado. É uma
mudança de cultura, de paradigma. Várias empresas
decidiram participar dessa nova forma de trabalhar
em um projeto piloto. Além do bem-estar do
trabalhador, isso pode trazer fortes benefícios. A
empresa pode ter economia — defendeu Soraya ao citar
dados sobre redução de gastos com energia, água e
aluguel de prédios.
Com base na pesquisa, a senadora apresentou um
projeto para instituir o Diploma Empresa Ideal para
as empregadoras que se comprometerem com a qualidade
de vida do funcionário (PRS 15/2024).
Entre os critérios para receber a premiação, estão:
redução da jornada semanal de trabalho, com a
manutenção dos salários; respeito às normas de
proteção do mercado de trabalho da mulher e da
maternidade; combate à discriminação no ambiente
laboral; e estímulo ao teletrabalho.
Fonte: Agência Senado
28/05/2024 -
Moraes nega recurso de Bolsonaro contra
inelegibilidade
Ex-presidente foi condenado pelo TSE por abuso
político e econômico
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Alexandre de Moraes, negou recurso apresentado pela
defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que o
Supremo Tribunal Federal (STF) analise a decisão da
Corte Eleitoral que o tornou inelegível.
Ao negar, Moraes argumentou que o recurso não atende
aos requisitos previstos em lei.
"Dessa forma, a controvérsia foi decidida com base
nas peculiaridades do caso concreto, de modo que
alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe
revolvimento do conjunto fático-probatório dos
autos, providência que se revela incompatível com o
Recurso Extraordinário", diz a decisão de
sexta-feira (24), mas publicada no domingo (26).
Entenda o caso
Moraes negou o recurso extraordinário referente à
condenação, em outubro de 2023, de Bolsonaro e de
seu vice na chapa, Walter Braga Netto, por abuso
político e econômico nas comemorações do
Bicentenário da Independência, em Brasília e no Rio
de Janeiro, para promover a candidatura.
Na ocasião, o TSE determinou a inelegibilidade de
ambos por oito anos, contados a partir do pleito de
2022.
Foi a segunda condenação de Bolsonaro à
inelegibilidade por oito anos. Contudo, o prazo de
oito anos continua valendo em função da primeira
condenação e não será contado duas vezes. O
ex-presidente está impedido de participar das
eleições até 2030.
Na primeira condenação, o ex-presidente foi
condenado também pelo TSE por abuso de poder
político e uso indevido dos meios de comunicação
pela reunião realizada com embaixadores, em julho de
2022, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema
eletrônico de votação.
Fonte: Agência Brasil
28/05/2024 -
TST valida norma coletiva sobre concessão de férias
em período de folgas
É válida norma coletiva que autoriza a concessão de
férias em período coincidente com o de folgas
decorrentes do sistema 1×1 (um dia de trabalho por
um dia de descanso) no que diz respeito a empregados
marítimos.
Com base nesse entendimento, a 5ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho manteve decisão que validou
norma coletiva em que foi convencionado o gozo de
férias de trabalhador marítimo junto com o período
de folga.
No processo, consta que o empregado pediu pagamento
de férias em dobro, argumentando a invalidade da
norma. Segundo ele, as férias e as folgas têm
natureza diversa e finalidades distintas.
Em seu voto, o ministro Breno Medeiros, relator do
caso, citou precedente do Supremo Tribunal Federal
segundo o qual são constitucionais os acordos e as
convenções coletivas que pactuam limitações ou
afastamentos de direitos trabalhistas, desde que
respeitados os direitos absolutamente indisponíveis.
“De acordo com a referida tese, é válida norma
coletiva que limita ou restringe direito
trabalhista, desde que não assegurados
constitucionalmente, ou seja, as cláusulas
normativas não podem ferir um patamar civilizatório
mínimo. No caso dos autos, verifica-se que a norma
coletiva estabeleceu que os dias de desembarque
fossem concedidos para fins de gozo de férias e/ou
folgas”, disse o ministro.
Segundo ele, não se extrai da norma coletiva a
supressão de direito constitucional do gozo de
férias. Ao contrário, afirma, a pactuação garantiu
180 dias de descanso por ano, entre folgas e férias.
“As partes, ao convencionarem o direito de 180 dias
entre folgas e férias, atenderam aos interesses dos
empregados substituídos, fixando um número de dias
de descanso superior a qualquer outro trabalhador
regido pela Consolidação das Leis do Trabalho”,
prosseguiu.
“Assim, tal como proferida, a decisão agravada está
em conformidade com o entendimento vinculante do
Supremo Tribunal Federal fixado no Tema nº 1.046 da
Tabela de Repercussão Geral”, concluiu o relator.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 100006-92.2019.5.01.0067
Fonte: Consultor Jurídico
28/05/2024 -
Comissão aprova projeto que cria política de
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de
trabalho
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou a
proposta de criação de uma política para facilitar a
inclusão e a permanência de pessoas com deficiência
no mercado de trabalho formal, em igualdade de
oportunidades com os demais cidadãos.
Conforme a proposta, a Política Nacional de Trabalho
com Apoio para Pessoas com Deficiência será
constituída de um conjunto de serviços de mediação,
assessoria, orientação, formação, treinamento e
acompanhamento personalizado, dentro e fora do local
de trabalho. Essas ações serão realizadas por
profissionais especializados.
O Poder Executivo será responsável por implementar,
monitorar e avaliar a política nacional.
Substitutivo
O texto aprovado foi o substitutivo da relatora,
deputada Erika Kokay (PT-DF), ao Projeto de Lei
3445/21, do deputado licenciado (SP) e atual
ministro das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha. O substitutivo também abarca dois textos
apensados, os PLs 2945/23 e 5079/23.
“O substitutivo institui uma política nacional que
não somente oferece serviços de mediação, formação e
acompanhamento personalizado, mas também promove a
adequação dos ambientes de trabalho e sensibiliza
empregadores sobre a importância da inclusão”,
esclareceu Erika Kokay. “Esse esforço coletivo é
essencial para remover barreiras físicas, sociais e
culturais, criando um mercado de trabalho mais
acessível e inclusivo.”
Fonte: Agência Câmara
27/05/2024 -
Pauta da Classe Trabalhadora: Centrais divulgam
prioridades para 2024
Em 2022 as Centrais Sindicais lançaram a PAUTA DA
CLASSE TRABALHADORA, documento no qual apresentaram
63 diretrizes para o desenvolvimento brasileiro a
partir da perspectiva do mundo do trabalho.
A Pauta é fruto dos debates feitos nas bases de cada
Central Sindical e consolidados nos documentos dos
respectivos Congressos. A diversidade de propostas e
posicionamentos foram reunidos em um documento base,
que foi debatido em cada Central Sindical. As
propostas recebidas foram novamente consolidadas e
lançadas na Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora, realizada em abril de 2022.
Desde 2023 até o presente muitas propostas
apresentadas na Pauta da Classe Trabalhadora foram
encaminhadas pelo Governo Federal como, por exemplo:
a retomada da política de valorização do salário
mínimo; a política de igualdade salarial entre
mulheres e homens nos locais de trabalho; a retomada
ampliada do Bolsa Família; a recuperação dos espaços
de participação institucional; a política de combate
à fome e à pobreza; a correção da tabela de imposto
de renda; o projeto elaborado na Mesa Nacional de
Negociação que trata da regulação da proteção dos
trabalhadores mediados por aplicativos; o grupo de
trabalho para tratar da valorização da negociação
coletiva e da atualização do sistema sindical e a
regulamentação do direito de negociação dos
servidores públicos, entre outros.
Essa é uma Pauta coletiva e a nossa referência para
as lutas, mobilizações, negociações e atuações
institucionais em nível nacional, regional e
setorial.
Na Plenária Nacional, realizada em Brasília no dia
22 de maio. atualizamos a Pauta da Classe
Trabalhadora com as prioridades para a atuação
sindical no ano 2024.
Clique aqui e confira a íntegra da Pauta da Classe
Trabalhadora 2024
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
União Geral dos Trabalhadores
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Central dos Sindicatos Brasileiros Intersindical
Central da Classe Trabalhadora Publica Central do
Servidor
Fonte: NCST
27/05/2024 -
Abril tem ganho real em 77% das negociações
Os reajustes salariais em abril tiveram ganho real
em 77% dos casos, segundo dados do boletim do Dieese
que avalia as negociações coletivas no Brasil.
No mês, o INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) medido no período de 12 meses fechou em
3,23%. Apenas 3,2% das negociações tiveram índices
insuficientes para repor as perdas salariais frente
à inflação, enquanto 19,8% corrigiram pelo índice.
Queda – O resultado de abril é inferior ao do
primeiro trimestre, quando 86,1% das negociações
conquistaram percentuais acima do índice
inflacionário.
Luís Ribeiro, técnico do Dieese, explica: “Em abril
houve uma grande quantidade de negociações de
categorias do comércio, que normalmente obtém apenas
reposição da inflação”.
Segundo ele, não há nenhum sinal na economia que
justifique o recuo. “O resultado mostra que foi
muito pouca a quantidade das negociações que não
conseguiram repor a inflação.
Isso indica que a economia se mantém está em
recuperação”, analisa Luís Ribeiro.
O técnico do Dieese pondera, no entanto, que ainda
não é possível avaliar como vai ficar o cenário nos
próximos meses, pois as enchentes que atingiram o
Rio Grande do Sul terão impacto no cenário
econômico, com pressão sobre a inflação.
Destaque – O ponto positivo em abril ficou
para indústria e serviços, no quais 88,8% e 86,9%
dos reajustes, respectivamente, ficaram acima do
índice inflacionário.
Já no comércio, esse percentual foi de 74%, com
22,8% dos reajustes iguais ao INPC, a maior
proporção entre os setores.
Regiões – Todas as áreas registraram mais de
80% de negociações com reajustes acima da inflação.
O Sudeste se destaca com 88,9% dos casos positivos,
enquanto o Sul teve o menor percentual abaixo da
inflação (1,4%).
Mais –
Site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
27/05/2024 -
Correções do salário mínimo e de benefícios
previdenciários têm impacto de R$ 51 bi nas contas
de 2025
Governo estima que o salário mínimo passe de R$
1.412 para R$ 1.502 no ano que vem
Nota técnica das consultorias de Orçamento da Câmara
dos Deputados e do Senado sobre o projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias de 2025 (PLN 3/24) mostra
que o impacto da correção do salário mínimo e da
variação do INPC sobre as contas públicas é estimado
em R$ 51,2 bilhões pelo governo, o que é pouco menos
de 1/5 do déficit da Previdência Social. A LDO
estabelece as regras para a elaboração e execução do
Orçamento da União.
O salário mínimo é referência para os benefícios da
Previdência Social, para o seguro-desemprego e para
o abono salarial do PIS/Pasep. Já o INPC corrige os
benefícios previdenciários acima de um salário
mínimo.
Para 2025, o governo estima que o mínimo passe de R$
1.412 para R$ 1.502 com base em um INPC de 3,35%
acumulado até novembro de 2024 e mais 2,9% do
crescimento da economia de 2023. Essa regra de
valorização do mínimo foi fixada em lei de 2023 (Lei
14.663/23).
Nos anexos do projeto da LDO, o governo faz uma
projeção das despesas da Previdência Social para os
próximos anos. Quando isso é feito com as regras
atuais e com a perspectiva de envelhecimento da
população, é observada uma redução das despesas em
relação ao Produto Interno Bruto (PIB) até 2028. Mas
em 2029 elas voltariam a subir, fazendo com que o
déficit passe de 2,32% do PIB em 2024 – ou R$ 268,2
bilhões – para 10,11% em 2100.
Fonte: Agência Câmara
27/05/2024 -
Jornada de trabalhadores de app aumentou e a renda
caiu, revela Ipea
Precarização das condições de trabalho cresceu em
uma década, porém motoristas e entregadores por
aplicativos são contra a regulamentação do governo
Entre 2012 e 2015, os motoristas autônomos em
aplicativos eram 400 mil e o rendimento médio ficava
em torno de R$ 3.100. Já em 2022, o número de
motoristas de passageiros chega próximo de 1 milhão
e o rendimento mensal passou a ser abaixo de R$
2.400.
O dado consta no estudo “Plataformização e
Precarização do Trabalho de Motoristas e
Entregadores no Brasil”, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), lançado na última
terça-feira (21).
Nesse levantamento ainda é revelado que os
trabalhadores dessa categoria que mantinham jornadas
entre 49 e 60 horas semanais cresceu de 21,8%, em
2012, para 27,3%, em 2022.
A situação mostra um dado amargo: os motoristas
trabalhadores em aplicativo passaram a trabalhar
mais e ganhar menos na última década.
Segundo o Ipea, esse aumento na jornada não se
repetiu com outras categorias autônomas e, para
completar, o número de trabalhadores que contribuíam
com a previdenciária, de forma absoluta, caiu de
47,8%, em 2015, para 24,8%, em 2022.
Ou seja, a precarização aumentou no grupo e, mesmo
assim, uma parcela ainda rechaça a organização do
governo para regulamentar o trabalho com a oferta de
benefícios e cobertura previdenciária.
Este quadro é ainda mais perverso com os
entregadores de motociclistas e bicicletas. A renda
menor desse público que correspondia a 56 mil
trabalhadores, em 2015, e foi a 366 mil, em 2021,
retraiu de R$ 2.250 para R$ 1.650 nestas datas.
Segundo Carlos Henrique Corseuil, diretor de Estudos
e Políticas Sociais do Ipea, com base na proposta de
regulamentação do trabalho de motoristas de
aplicativo que passou para análise legislativa, o
estudo visa “subsidiar a construção dessa política e
informar a sociedade como um todo são as principais
importâncias, pois muitas vezes as pessoas não sabem
onde buscar informação qualificada”.
De acordo com os autores do levantamento, Sandro
Sacchet e Mauro Oddo, técnicos do Ipea, mesmo que os
dados mostrem a precarização os trabalhadores ainda
“reproduzem a narrativa” de que são “empreendedores
de si mesmos”.
Fonte: Portal Vermelho
27/05/2024 -
Luiz Marinho recebe representantes do Movimento
"Vida Além do Trabalho"
Representantes do Movimento entregaram ao
ministro reivindicações do grupo e compartilharam
uma cópia da petição que foi submetida ao Congresso
Nacional
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
recebeu na quarta-feira (22), os líderes do
Movimento "Vida Além do Trabalho", que apresentaram
ao ministro as principais reivindicações do grupo e
compartilharam também uma cópia da petição que foi
submetida ao Congresso Nacional. O documento, que
recebeu o apoio de 781.421 trabalhadores de todo
país, tem o objetivo mobilizar os parlamentares
(senadores e deputados) para incluir na agenda
legislativa a discussão sobre a jornada de trabalho
que resulte na aprovação de leis que estabeleçam uma
jornada de trabalho justa para os trabalhadores de
vários setores como saúde, comércio e telemarketing,
por exemplo.
O Movimento "Vida Além do Trabalho" luta contra o
regime de trabalho 6x1, no qual o trabalhador está
em serviço durante seis dias e folga um. Eles
reivindicam a adoção de uma jornada 4x3 em todo o
Brasil e argumentam que essa mudança proporciona uma
melhor qualidade de vida e mais tempo para
atividades pessoais e familiares.
Durante o encontro, o ministro Luiz Marinho
expressou seu apoio às causas defendidas pelo
movimento. "Contem com o ministério para agregar
forças em prol da melhoria das condições de trabalho
das trabalhadoras e trabalhadores".
A deputada Erika Hilton, que também participou da
reunião, destacou a importância dessa pauta como uma
questão social crucial contra a precarização da vida
dos trabalhadores e defendeu a ampliação do debate
pelas entidades e instituições que defendem melhores
condições de trabalho.
Além dos representantes do movimento, Ricardo Cardos
Azevedo, Patrícia Shimano Ikunof, também participou
do encontro a assessora de Participação Social e
Diversidade do MTE, Anatalina Lourenço da Silva.
Fonte: MTE
24/05/2024 -
Assistencial: líderes tentam construir acordo para
votar PL dia 5
Há 2 projetos de lei em discussão no Senado
Federal que procuram regulamentar a questão da
contribuição assistencial. Ambos caminham na lógica
antissindical, de vetar o financiamento da
organização sindical, nos moldes da contrarreforma
trabalhista — Lei 13.467/17.
O texto está, agora, sob a relatoria do senador
Paulo Paim (PT-R), na
CAS (Comissão de Assuntos Sociais), onde ele
busca negociar com a oposição, liderada por Marinho,
a fim de construir texto de consenso para viabilizar
algum tipo de financiamento à organização e
estrutura sindicais.
Matéria estranha
O outro projeto — PL 2.830/19 —, também do senador
Styvenson Valentim recebeu parecer favorável de
Marinho, na CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça), com emenda que veta a contribuição. Embora
o projeto de lei não trate sobre financiamento
sindical. Esse já foi aprovado na CAS.
O texto em questão altera o artigo 883-A da CLT,
para estabelecer que decisão judicial transitada em
julgado poderá ser levada a protesto, gerar
inscrição do nome do executado em órgãos de proteção
ao crédito ou no BNDT (Banco Nacional de Devedores
Trabalhistas), depois de transcorrido o prazo de 15
dias da citação do executado, se não houver garantia
do juízo.
Acordo de líderes
Na reunião desta quarta-feira (22), na CCJ, foi
pactuado entendimento, entre o líder do governo no
Senado, Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Paim e o da
oposição, Rogério Marinho, para votar substitutivo,
dia 5 de junho, cujo relator na CAS é o senador
Paim, e na CCJ é Marinho, se algum acordo for
viabilizado.
Até a data acertada para votação do projeto na CAS e
CCJ, os líderes irão tentar construir acordo para
aprovar algum substitutivo — texto novo — que
englobe ambos os projetos, na linha de garantir
algum financiamento para os sindicatos.
Caso não haja acordo
Caso não seja possível a construção desse
entendimento, os projetos irão a votos,
independentemente, dos respectivos
conteúdos/pareceres. O primeiro na CAS, sob a
relatoria de Paim, e o segundo na CCJ, sob Marinho.
Até lá, será preciso que o movimento sindical se
mobilize, com vistas a dialogar com os
membros da CCJ, com propósito de convencê-los de
a necessidade de os sindicatos — que cumprem papel
social e político fundamentais de representar e
organizar os trabalhadores —, terem possibilidades
de garantir condições dignas de vida e trabalho às
categorias profissionais e econômicas.
Toda essa discussão foi acompanhada pelas centrais
sindicais, sob a assessoria do DIAP, que segue
pari passu a tramitação e discussão em torno
destes projetos de lei, em discussão no Senado
Federal.
Fonte: Diap
24/05/2024 -
Luiz Marinho convida ao diálogo parlamentares,
empresários e trabalhadores durante ato das centrais
sindicais
Em Brasília, o ministro do Trabalho e Emprego
participou de evento em defesa dos direitos
trabalhistas
Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
participou nesta quarta-feira (22) da abertura do
ato das centrais sindicais - Defesa da Pauta da
Classe Trabalhadora, em Brasília. Diante de
representantes sindicais e trabalhadores, Luiz
Marinho colocou o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) à disposição dos parlamentares, das entidades
empresariais e dos sindicatos, enfatizando a
importância do diálogo para a promoção do trabalho
decente e a defesa dos direitos trabalhistas.
O ministro destacou que o MTE está comprometido com
o debate histórico de resgate do trabalho decente e
com a construção de diálogo entre as entidades
representantes dos trabalhadores, dos empregadores e
dos parlamentares. “Estamos à disposição para ajudar
a esclarecer qualquer bancada ou parlamentar do
Senado ou da Câmara, independente do partido sobre a
situação real do trabalho. Estamos comprometidos em
pautar e planejar o necessário acúmulo de forças
para recuperar os direitos dos trabalhadores",
declarou o Ministro.
Luiz Marinho fez um apelo direto ao mundo
empresarial, convidando-os a sentarem à mesa de
negociação para construir alternativas e soluções em
conjunto com os sindicatos e trabalhadores. Ele
ressaltou a urgência do diálogo para manutenção do
emprego no Rio Grande do Sul e no dia a dia das
negociações trabalhistas no país. "Os trabalhadores,
trabalhadoras, são o sindicato real e verdadeiro,
vivo", destacou o ministro, reforçando a importância
de uma abordagem colaborativa na busca por soluções
que beneficiem ambas as partes, trabalhadores e
empregadores. O ministro enfatizou a disponibilidade
do ministério e de seus técnicos em auxiliar nas
negociações, independentemente de alinhamento
político ou ideológico.
Além disso, Luiz Marinho destacou o papel das
instituições como o Ministério Público do Trabalho
(MPT) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) como
facilitadores do diálogo entre empregadores e
trabalhadores, visando à construção de soluções que
garantam a manutenção dos empregos e o respeito aos
direitos trabalhistas. “A participação, a presença
ativa do Ministério do Trabalho e Emprego nessas
negociações reforça o compromisso do governo com a
valorização do trabalho e o bem-estar dos
trabalhadores brasileiros”, afirma o ministro.
Fonte: MTE
24/05/2024 -
Contratação CLT elevaria arrecadação em mais de R$
140 bi em 5 anos, diz estudo
As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que
validam a chamada “pejotização” podem gerar uma
perda bilionária de arrecadação. Levantamento da
Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) aponta que se os
trabalhadores que atuam por conta própria, após a
promulgação da reforma trabalhista, tivessem sido
contratados como celetistas, a arrecadação poderia
ser elevada em pelo menos R$ 144 bilhões – caso
todos fossem empregados em empresas do lucro real ou
lucro presumido -, considerando os valores
acumulados entre 2018 e 2023.
Caso fossem contratados como empregados em empresas
do Simples Nacional, representaria uma arrecadação
de R$ 89 bilhões. Esses valores representam,
respectivamente, cerca de 6,2% ou 3,8% da
arrecadação pública federal de 2023. As informações
estão na “Nota Técnica sobre o Impacto da
Pejotização sobre a Arrecadação Tributária”,
encomendada pela seccional paulista da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB- SP), obtida com
exclusividade pelo Valor.
O estudo foi realizado pelo economista Nelson
Marconi, professor coordenador do curso de graduação
em administração pública da Fundação Getulio Vargas,
e pelo pesquisador Marco Capraro Brancher.
A nota técnica traz diversas estimativas de perda de
arrecadação, considerando o cenário posterior à
edição da reforma trabalhista (Lei nº 13467, de
2017), que incentivou a contratação por meio de
pessoas jurídicas.
A avaliação parte da consideração ainda de que
centenas de contratos via pessoa jurídica estão
sendo validados pelo Supremo, conforme a pesquisa
“Terceirização e Pejotização no STF: Análise das
Reclamações Constitucionais”, desenvolvida pela
professora Olívia Pasqualeto, que também foi
divulgada com exclusividade ao Valor.
Em uma outra simulação, considerando a suposição de
que deve haver o avanço da pejotização com o passar
dos anos, presumindo que 50% da força de trabalho
com carteira assinada passe a atuar como pejotizada,
a perda arrecadatória, nesse caso seria de seria da
ordem de R$ 384 bilhões. Essa redução corresponde a
16,6% da arrecadação federal de 2023.
Regime de Trabalho impacta arrecadação
De acordo com o professor Nelson Marconi, as
estimativas demonstram um relevante impacto das
mudanças no regime de trabalho sobre a arrecadação
tributária. “É uma perda significativa e que causa
impacto relevante nas contas públicas, em um momento
que o governo está promovendo mecanismos para
aumentar a arrecadação”, diz. Para ele, além das
perdas sobre os direitos sociais, existe esse
impacto tributário que não está sendo considerado.
O professor ainda ressalta que o poder de
fiscalização e controle por parte da Receita Federal
também seria enfraquecido, caso exista essa
tendência maior à “pejotização”, pois é mais difícil
fiscalizar muitas empresas com somente um
funcionário que poucas empresas com muitos
funcionários, cujo recolhimento se dá diretamente na
fonte e de forma concentrada.
Gustavo Granadeiro Guimarães, presidente da Comissão
de Advocacia Trabalhista da OAB-SP, considera que a
competência da Justiça do Trabalho, prevista no
artigo 114 da Constituição, “vem sendo
paulatinamente suprimida por decisões da Suprema
Corte”.
“A sociedade civil precisa ser conscientizada, pois
as consequências não colocam em risco apenas a
Justiça do Trabalho, mas a própria existência de
direitos trabalhistas.”
Ele afirma que é preciso chamar a atenção para o
risco de verdadeiro rombo fiscal e previdenciário
que essa tendência do STF representa. “Haverá
drástica redução das folhas de pagamento das
empresas”, afirma ele, acrescentando que a Justiça
do Trabalho é responsável pela arrecadação de
bilhões de reais em impostos anualmente.
No fim de outubro, a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN) chegou a se manifestar contra a
tendência de admissão de reclamações contra decisões
trabalhistas sobre vínculo empregatício,
principalmente envolvendo profissionais contratados
como pessoa jurídica.
Segundo o documento, assinado pelo procurador Carlos
de Araujo Moreira, a prestação de serviço por
profissionais na modalidade pessoa jurídica não é,
por si só, considerada fraude à relação de emprego.
Mas, afirma, não é possível admitir que um contrato
seja firmado apenas para driblar a legislação, sem
se considerar a realidade.
“Tal artifício aniquilaria o dever que vincula
profissionais liberais qualificados ao pagamento de
Imposto de Renda e desfalcaria o caixa da
Previdência social, afastando-se da incidência da
contribuição social patronal”, diz no documento. A
manifestação foi anexada em reclamação de relatoria
do ministro Edson Fachin (RCL 60620).
Entre 2019 e junho de 2023, mais de 780 mil casos
envolvendo pedidos de reconhecimento de vínculo
foram levados à Justiça do Trabalho, segundo balanço
da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte: Valor Econômico
24/05/2024 -
Nova Central celebra o Dia da Consciência Negra como
feriado nacional
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), por
meio da sua secretária nacional e estadual de
Promoção de Igualdade Racial e Gênero, Cátia
Laurindo (Nega Show), celebra a instituição do Dia
da Consciência Negra como feriado nacional.
Nesta última segunda-feira (20), o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei
14.759 de 2023, que oficializa o Dia da Consciência
Negra, celebrado em 20 de novembro, como feriado
nacional. A data passa a ser chamada oficialmente de
Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra,
rebatizada em homenagem ao dia da morte do líder
quilombola Zumbi dos Palmares, em 1695.
“Celebramos o feriado nacional como uma vitória da
luta do povo negro no Brasil. A ampliação da nossa
representatividade deve ser uma meta social. O
presidente Lula e a ministra da Igualdade Racial,
Anielle Franco, estão de parabéns por mais esse
passo. Mas sabemos que é só um dia de celebração,
enquanto todos os outros são de luta", enfatizou
Cátia.
Antes da publicação, o dia 20 de novembro era
feriado apenas em alguns estados. Com essa inclusão,
os brasileiros terão seis feriados nacionais
previstos no segundo semestre: Independência do
Brasil (7 de setembro), Dia de Nossa Senhora
Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro),
Proclamação da República (15 de novembro), Dia
Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de
novembro) e Natal (25 de dezembro).
Fonte: NCST
24/05/2024 -
TST e STF aprimoram acordo para reduzir processos e
fortalecer precedentes
Documento reforça a parceria entre os tribunais e
o comprometimento com a modernização e a eficiência.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Lelio Bentes Corrêa, e do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso,
assinaram nesta quarta-feira (22) um termo aditivo
ao Acordo de Cooperação Técnica 3/2023, que visa
reduzir o número de ações judiciais e privilegiar o
julgamento de temas repetitivos.
O acordo, celebrado em 2023, também tem por objetivo
a identificação rápida e eficiente de questões
jurídicas para julgamento de precedentes
qualificados. Além disso, busca automatizar rotinas
de acesso a dados processuais.
Na cerimônia de assinatura, o presidente do TST
disse que o Poder Judiciário avança para adotar o
sistema de precedentes, garantindo uma
jurisprudência estável e segurança jurídica. “O
acordo é um passo importante na disseminação dessa
cultura no TST e na Justiça do Trabalho”, afirmou.
Ao elogiar a atuação da Justiça do Trabalho na
proteção dos direitos dos trabalhadores, o ministro
Barroso afirmou que ela tem um papel importante num
país com estratificação social e desigualdade e
assimetria entre empregadores e empregados.
Destacou, ainda, os princípios que orientam sua
atuação em questões trabalhistas: respeito aos
direitos fundamentais, preocupação com a
empregabilidade e a formalização do emprego,
segurança jurídica e atratividade de investimentos.
Barroso também mencionou a importância de revisar
alguns critérios relacionados à terceirização e à
responsabilidade subsidiária no setor público, para
minimizar a litigiosidade.
Participaram da solenidade os vice-presidentes do
STF e do TST, ministros Edson Fachin e Aloysio
Corrêa da Veiga.
O ministro Aloysio enfatizou a cooperação estreita
entre o TST e o STF, que envolve esforços para
filtrar os mais de 42 mil recursos extraordinários
trabalhistas recebidos anualmente. Segundo ele, o
acordo racionaliza as relações institucionais e
melhora a efetividade dos julgamentos.
Fonte: TST
23/05/2024 -
MTE simplifica registro sindical com novas
ferramentas online
Atualização do Cadastro Nacional de Entidades
Sindicais (CNES) prevê novas funcionalidades, como a
Solicitação de Incorporação (SI) e a Solicitação de
Fusão (SF)
A partir desta terça-feira (21) está disponível no
link do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais do
Ministério do Trabalho e Emprego (CNES/MTE) na
internet uma nova funcionalidade, que permite a
Solicitação de Cadastro (SC) de pedido do registro
de sindicatos, federações e confederações de forma
virtual, por meio de computadores, tablets ou até
mesmo aparelhos celulares, através de qualquer
navegador de Internet, sem a necessidade de se
dirigir a um posto presencial do Ministério.
A funcionalidade é uma das muitas melhorias
planejadas para o sistema CNES, que está em processo
de modernização pelo Serviço Federal de
Processamento de Dados (SERPRO) e as equipes da
Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) e do
Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) do
MTE. Para o próximo mês de junho, estão previstas a
entrada em funcionamento outras funcionalidades como
a Solicitação de Incorporação (SI) e a Solicitação
de Fusão (SF).
De acordo com o Secretário de Relações do Trabalho,
Marcos Perioto, a modernização do CNES é uma
necessidade e um objetivo central do MTE. “Após a
modernização de todas as funcionalidades dedicadas
ao público em geral, deve-se avançar na reforma dos
comandos gerenciais do CNES, operados pelos
servidores da SRT/MTE, e na migração da base de
dados para um novo e adequado aparato tecnológico, o
que dará maior eficiência e transparência na gestão
do Cadastro e facilitará a vida das entidades
sindicais e dos diferentes procedimentos de registro
sindical”, explica o secretário.
Para consulta ao Cadastro Nacional de Entidades
Sindicais, acesse:
cnes.trabalho.gov.br
Fonte: MTE
23/05/2024 -
22 de Maio: Centrais Sindicais se unem na luta por
mais direitos
Em Brasília, nesta quarta (22), a Nova Central,
juntamente com as demais centrais sindicais,
realizou o “22 de Maio por Mais Direitos”, para
reafirmar a luta pela pauta da classe trabalhadora.
A mobilização, que reuniu trabalhadores de todo o
Brasil, teve como objetivo principal atualizar a
Agenda da Classe Trabalhadora, que foi aprovada há
dois anos, na 3ª Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora (Conclat 2022).
A solidariedade e reconstrução do Rio Grande do Sul,
com medidas de proteção e amparo a seus
trabalhadores, teve destaque dentre os itens da
pauta.
O presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald,
ressaltou a importância da união das Centrais e em
especial agradeceu ao presidente da CUT, Sérgio
Nobre, pelo alcance da plenária.
“A atualização da CONCLAT significa melhorias para
classe trabalhadora, tanto no desenvolvimento
econômico como social. A possibilidade de uma
sociedade mais solidária, mais justa. Ainda mais
neste momento que enfrentamos a tragédia do Rio
Grande do Sul ”, enfatizou Moacyr.
A situação da educação no Brasil também foi uma das
cobranças de Moacyr, que ressaltou: "Os professores
de universidades e colégios federais já estão há
mais de 60 dias de greve e não se tem nenhuma
proposta decente. A proposta de reajuste salarial
oferecida pelo Governo Federal está muito longe de
recompor as perdas salariais sofridas nos últimos
anos. O governo precisa honrar a classe".
"Nós elegemos o presidente Lula, mas não foi o
suficiente. O Congresso Nacional não é a favor da
classe trabalhadora. E nisso fica claro a
importância da atuação sindical nas próximas
eleições. Precisamos nos organizar e apoiar figuras
que sejam comprometidas com a classe trabalhadora,
se não seremos pisoteados pela extrema-direita",
finalizou Moacyr.
Além da Nova Central, convocaram o ato: a CUT
(Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil), CSB
(Central dos Sindicatos Brasileiros), Força
Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores),
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e
Pública Central do Servidor.
Segue abaixo a pauta-base que foi debatida na
Plenária Nacional da Classe Trabalhadora:
- Pela reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e
por medidas de proteção e amparo a seus
trabalhadores e trabalhadoras;
- Educação: Revogação do Novo Ensino Médio;
- Valorização do Serviço Público: Contra a PEC
32/Reforma Administrativa;
- Em defesa da Convenção 151/defesa da negociação
coletiva;
- Trabalho decente: redução da jornada de trabalho e
empregos decentes;
- Salário igual para trabalho igual – Em defesa da lei
de igualdade salarial entre homens e mulheres;
- Reforma agrária e alimento no prato!
- Menos impostos para trabalhadores: juros baixos e
correção da tabela de imposto de renda;
- Valorização do salário mínimo e das aposentadorias;
- Transição justa e ecológica em defesa da vida;
- Em defesa do PLC 12/24, por Direitos dos Motoristas
por Aplicativos.
Fonte: NCST
23/05/2024 -
Sindicalistas relatam preocupação com empregos no
Rio Grande do Sul
Reunião com ministro foi por videoconferência na
última quinta-feira (16)
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu, por videoconferência, com sindicalistas do
Rio Grande do Sul na última quinta-feira (16). Os
sindicalistas relataram as dificuldades que o estado
enfrenta com a tragédia das enchentes e inundações.
A estimativa é de que a população afetada seja de
2,4 milhões de gaúchos em 463 municípios afetados.
Os sindicalistas relataram as preocupações com os
empregos, já que as empresas enfrentam dificuldades
para manter os trabalhadores. Eles informaram também
que já tem muitas empresas dando férias coletivas
e/ou demitindo.
O ministro Luiz Marinho ressaltou as diversas
iniciativas do governo federal para ajudar o Rio
Grande do Sul, com ações para a recuperação
econômica, renegociação de dívidas, ajuda
humanitária de reconstrução, abastecimento de água,
grupo apoio a desastres, transporte, Bolsa Família,
entre outros. Também citou as medidas divulgadas
pelo ministério como antecipação do Abono Salarial,
as duas parcelas adicionais do Seguro-Desemprego e
ainda a suspensão do recolhimento do FGTS por 4
meses para as empresas.
“Vivemos um momento de excepcionalidade. Precisamos
escutar todos os envolvidos neste processo, e
estamos entendendo que é preciso ter uma mesa de
negociação para consolidar um processo de negociação
dos empregos no RS”, ressaltou Marinho, que também
já se reuniu com as Confederações de Trabalhadores
para debater o assunto dos empregos no estado.
Fonte: MTE
23/05/2024 -
Solidariedade aos trabalhadores da Renault
Centrais sindicais se solidarizam e apoiam os
metalúrgicos da Renault (PR)
As Centrais Sindicais abaixo assinadas reforçam a
solidariedade e intensificam apoio a greve dos
metalúrgicos da Renault no Brasil.
Os metalúrgicos da fábrica da Renault em São José
dos Pinhais (PR), entraram em greve no dia 07 de
maio, após rejeitarem a proposta da empresa para a
Participação nos Lucros e Resultados 2024 (PLR).
Na proposta, a Renault se comprometia a pagar a
primeira parcela da PLR, no valor de R$ 18 mil, até
o dia 10 de maio, e continuar a negociação do valor
da 2ª parcela e da data base com o Sindicato dos
Metalúrgicos de Curitiba (PR).
O que os trabalhadores reivindicam é uma proposta que
já contemple a PLR com valor total mais a Data Base
com aumento real nos salários e no vale mercado.
Reforçamos esta reivindicação. E pedimos que a
empresa tenha sensibilidade social para entender que
salário digno, PLR e vale mercado são formas de
distribuir renda e fortalecer a economia.
Quando as negociações coletivas são valorizadas,
trabalhadores, empregadores e toda a sociedade
ganham!
São Paulo, 22 de maio de 2024
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Fonte: NCST
23/05/2024 -
Lula sanciona lei que garante sigilo de vítima de
violência doméstica
Sigilo não abrange nome do autor do crime, nem
demais dados da ação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei
que determina sigilo do nome da vítima em processos
que apuram crimes de violência doméstica e familiar
contra a mulher. O texto foi publicado nesta
quarta-feira (22) no Diário Oficial da União.
A publicação altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, e
destaca que o sigilo referido não abrange o nome do
autor do crime, “tampouco os demais dados do
processo”.
Em seu perfil nas redes sociais, Lula comentou a
sanção do Projeto de Lei (PL) 1822/2019 e avaliou
que o objetivo do governo é que mulheres não sejam
revitimizadas e constrangidas durante a ação.
“O [projeto de lei] PL aprimora a Lei Maria da
Penha, tão fundamental no combate à violência contra
as mulheres. Mais uma conquista, resultado da
persistência e perseverança da luta das mulheres
brasileiras”, postou.
A lei entra em vigor em 180 dias.
Fonte: Agência Brasil
23/05/2024 -
Vai à Câmara a campanha Abril Verde, de prevenção de
acidentes de trabalho
Vai à Câmara dos Deputados projeto que cria a
campanha Abril Verde, focada na prevenção dos
acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais. A
proposta do senador Paulo Paim (PT-RS) foi aprovada
em caráter terminativo na Comissão de Educação (CE),
nesta terça-feira (21) e segue para a Câmara.
O PL 1.063/2022, que recebeu parecer favorável do
senador Laércio Oliveira (PP-SE), cria uma campanha
nacional em prol da segurança do trabalho, a ser
celebrada anualmente em abril. Durante o mês, serão
realizadas atividades para conscientização sobre a
prevenção dos acidentes de trabalho e do adoecimento
ocupacional.
O Abril Verde, que terá um laço esverdeado como
símbolo, tem como objetivo divulgar os direitos
relacionados à segurança e à medicina do trabalho,
assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT - Decreto-Lei 5.452, de 1943). Os órgãos
públicos poderão, também, promover eventos sobre o
tema e divulgar materiais de conscientização.
O projeto original atribuía o custeio da campanha à
Lei Orçamentária Anual (LOA), do Ministério do
Trabalho e Previdência, da Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
(Fundacentro) e do Ministério Público do Trabalho.
Por meio de emenda, Laércio Oliveira excluiu a
previsão de financiamento. O senador explicou que,
ao estabelecer a LOA como fundo financiador, o
projeto “viola a iniciativa privativa do presidente
da República para apresentar proposições que versem
sobre organização administrativa e matéria
orçamentária”.
Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho
(OIT) adotou o 28 de abril como o Dia Mundial da
Segurança e Saúde no Trabalho. Além disso, como
lembra Paim na justificação do projeto, no dia 7
desse mês, é comemorado o Dia Mundial da Saúde. “A
segurança do trabalho é uma preocupação antiga, mas
que está cada vez mais presente na atualidade”, diz
o autor.
Segundo dados do Anuário Estatístico da Previdência
Social, apresentados pelo autor, foram registrados
576.951 acidentes de trabalho em 2017, dessas
ocorrências, 2.098 causaram mortes. Para Laércio, o
projeto representa um compromisso com a saúde e a
segurança dos trabalhadores brasileiros.
— É nossa responsabilidade garantir que cada
trabalhador, independentemente de sua ocupação,
tenha um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Isso não apenas reduz os custos associados a
acidentes e doenças, mas também eleva a qualidade de
vida de nossos cidadãos — disse o relator.
Fonte: Agência Senado
22/05/2024 -
Centrais apresentam agendas legislativa e jurídica
ao Congresso
As centrais sindicais apresentam a 3ª edição
da Agenda Legislativa no Congresso Nacional,
elaborada pelo DIAP, cujo propósito é subsidiar a
atuação das entidades sindicais na construção de
políticas públicas que visam mudanças no campo
social, trabalhista e econômico.
Nesse sentido, este documento —
Agenda Legislativa das centrais no Congresso —
cumpre papel crucial ao facilitar diálogo contínuo
com os parlamentares, tanto deputados federais
quanto senadores da República, em relação às
propostas em tramitação no Parlamento.
Agenda Jurídica
A
Agenda Jurídica das centrais sindicais no STF
organiza os temas relevantes em matéria de:
• Direito Administrativo;
• Direito Civil;
• Direito Previdenciário;
• Direito Tributário;
• Direitos Sociais;
• Direitos Trabalhistas;
• Relações sindicais; e
• Serviço Público.
Todos estes grandes temas estão submetidos à Suprema
Corte nas diversas modalidades de ação — ACO, ADC,
ADI, ADO, ADPF, ARE, MS, RCL, RE —, com ou sem data
para julgamento, de modo a acompanhar a tramitação,
interagindo na perspectiva de efetivação,
concretização, afirmação e ampliação dos direitos
dos trabalhadores e da cidadania ativa.
Nesta edição de 2024, há também a indicação dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda
2030, que servirão para orientar relatório a ser
elaborado pelas centrais sindicais na perspectiva da
afirmação dos objetivos relacionados à pauta do
desenvolvimento sustentável, da transição justa, do
trabalho digno e do crescimento econômico, contidos
na Pauta da Classe Trabalhadora — Conclat 2021 e
atualizações.
Fonte: Diap
22/05/2024 -
Retorna à pauta da CCJ do Senado projeto
antissindical
Depois das vistas coletiva, concedida na última
quarta-feira (15), retorna à pauta da CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) do Senado Federal, PL
2.830/19, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).
O projeto de lei em questão altera o artigo 883-A da
CLT, para estabelecer que decisão judicial
transitada em julgado poderá ser levada a protesto,
gerar inscrição do nome do executado em órgãos de
proteção ao crédito ou no BNDT (Banco Nacional de
Devedores Trabalhistas), depois de transcorrido o
prazo de 15 dias da citação do executado, se não
houver garantia do juízo.
O relator da matéria, senador Rogério Marinho
(PL-RN) apresentou parecer que incluiu emendas que
tratam da vedação à contribuição assistencial. Isto
é, veta a taxa a ser paga pelos trabalhadores em
razão da assinatura de acordo ou convenção coletiva
de trabalho.
Trata-se, pois, de “jabuti”, isto é, matéria
estranha ao projeto de lei, que nada tem a ver com
questões relativas ao financiamento da estrutura ou
organização sindical.
A reunião ocorre, nesta quarta-feira (22), às 10h,
no Anexo 2, Ala Senador Alexandre Costa, plenário 3.
Fonte: Diap
22/05/2024 -
Wilson leva propostas das Centrais Sindicais para
amenizar tragédia do RS
As Centrais Sindicais apresentaram as primeiras
propostas e compromissos para a mobilização de
espaços de diálogo social deliberativo e de
encaminhamento para ações local, nacional e
internacional.
O documento com as propostas concretas das Centrais
Sindicais, foi entregue ao ministro Luiz Marinho, do
Trabalho e Emprego, pelo presidente da Contratuh,
Wilson Pereira, que é dirigente da Nova Central
Sindical dos Trabalhadores, em nome das demais
Centrais, já que o ofício é assinado por todos os
representantes do Movimento Sindical Brasileiro.
O objetivo é mobilizar o movimento sindical em todo
o Brasil para iniciativas solidárias e imediatas,
com uma atuação de longa duração, tratando os
impactos das mudanças climáticas e da emergência
ambiental e sua influência no mundo trabalhista,
redução de empregos, renda e os direitos dos
trabalhadores.
O documento fala de propostas nacionais para o
enfrentando da crise a criação de políticas
permanentes; de propostas políticas de trabalho,
emprego, renda e direitos.
Mobilizar a disponibilização das estruturas
sindicais (sedes, colônias e demais espaços) para o
uso necessário em termos de alojamento, creches,
escolas, atendimento de saúde e outros serviços.
Integrar os dirigentes e equipes de trabalho dos
sindicatos às ações de recuperação, construção e
retomada das atividades produtivas e comunitárias.
Manter entidades sindicais em todo o território
nacional mobilizadas para doações e iniciativas
conforme as demandas locais ao longo do tempo.
Aportar o Auxílio Emergencial (Lei 14.347/2022)
reestruturado ao contexto da calamidade, entre
outras medidas que estão no documento oficial.
Fonte: Imprensa Contratuh
22/05/2024 -
Desemprego de longa duração é o menor desde 2015,
aponta IBGE
Dados indicam que, nos primeiros três meses deste
ano, 1,9 milhão de brasileiros procuravam trabalho
há mais de dois anos. Em 2021, sob Bolsonaro, o
índice chegou a 3,9 milhões
O número de trabalhadores que buscam emprego nos
últimos dois anos caiu ao menor patamar para um 1°
trimestre em nove anos.
Dados divulgados na última sexta (17) pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
indicaram que a chamada “taxa de desemprego de longa
duração” ficou em 22,2% no primeiro trimestre deste
ano, com 1,9 milhão de pessoas desocupadas há dois
anos ou mais.
A taxa de desemprego de longa duração é aquela que
representa o percentual de pessoas que estão
desocupadas há dois anos ou mais no país. O número
representa uma queda de 14,5% em comparação ao 1°
trimestre de 2023, quando 2,24 milhões de
trabalhadores buscavam emprego há pelo menos dois
anos.
Em geral, o trabalhador que fica mais tempo sem
trabalhar tem baixa qualificação, seja pela falta de
experiências profissionais ou de formação acadêmica.
No geral, a melhora do mercado de trabalho também
tem se refletido nos indicadores de renda. Dados da
Pnad de março, por exemplo, indicam que o rendimento
real habitual teve uma alta de 1,5% em relação ao
trimestre anterior e passou a R$ 3.123. No ano, o
crescimento foi de 4%.
No 3º trimestre de 2021, sob o governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro, o número de
trabalhadores procurando emprego há mais de dois
anos chegou a 3,9 milhões. Já no 4º trimestre de
2014, sob o governo da ex-presidente Dilma Rousseff,
o índice ficou em 1,1 milhões de pessoas buscando
emprego nos últimos 24 meses.
Fonte: Portal Vermelho
22/05/2024 -
Audiência debate criação de comissões internas para
evitar discriminação de mulheres em empresas
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados reúne-se na próxima
quinta-feira (23) para discutir projeto de lei que
cria a Comissão Interna da Mulher Trabalhadora em
médias e grandes empresas, para promover igualdade e
combater o assédio (PL 1111/22). Conforme a
proposta, as empresas que não instituírem essas
comissões poderão ser multadas e não poderão ser
contratadas pelo Poder Público.
O projeto foi apresentado pela deputada Maria do
Rosário (PT-RS) e aguarda votação no colegiado.
A audiência será realizada no plenário 14, a partir
das 14 horas, a pedido da deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA).
Fonte: Agência Câmara
22/05/2024 -
Prazo para entregar Imposto de Renda termina em 31
de maio; 15 milhões ainda não declararam
No total, a União espera receber cerca de 43
milhões de declarações neste ano
Cerca de 15 milhões de pessoas ainda não entregaram
a Declaração do Imposto de Renda das Pessoas Físicas
(IRPF). O prazo para a entrega termina em 31 de
maio. Para os contribuintes dos 336 municípios
gaúchos atingidos pelas enchentes, no entanto, a
data final para a declaração é 31 de agosto.
Até às 22h desta segunda-feira (20), pouco mais de
28 milhões de pessoas enviaram suas declarações. No
total, a União espera receber cerca de 43 milhões de
declarações. Aproximadamente 41 milhões foram
entregues no ano passado.
O contribuinte com conta prata ou ouro no Portal
Gov.br pode preencher a declaração por meio do
Programa IRPF 2024, que pode ser baixado no site da
Receita Federal. Também é possível fazer o documento
pelo aplicativo Meu Imposto de Renda; ou de forma
online pelo Portal e-CAC (Centro Virtual de
Atendimento).
A declaração deste ano traz mudanças em relação ao
ano passado. Uma delas é o aumento do limite que
isenta o contribuinte do Imposto de Renda para R$
30.639,90. No ano passado, esse limite era de R$
28.559,70.
Os valores de dedução, no entanto, não mudaram: até
R$ 2.275,08 por dependente; até R$ 3.561.60 por
pessoa em despesas com educação; até RS 16.754,34
por quem opta por desconto simplificado. Não há
limite de dedução para despesas médicas, de
hospitalização e de planos de saúde, comprovadas com
nota fiscal ou Declaração de Serviços Médicos e de
Saúde (DMED).
Quem enviar a declaração fora do prazo determinado
pela Receita Federal deverá pagar multa de 1% sobre
imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74, οu de
20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.
Calendário de restituições
Neste ano, a Receita Federal distribuiu as
restituições em cinco lotes principais. Além disso,
haverá outros cinco lotes residuais, com
restituições de pessoas que caíram na "malha fina" e
posteriormente conseguiram se acertar com o Leão.
Esses lotes serão pagos até fevereiro de 2025.
Em outra mudança realizada pelo governo federal por
conta da tragédia climática do Rio grande do Sul, os
contribuintes dos municípios atingidos terão
prioridade na restituição do imposto.
O primeiro lote de restituição do Imposto de Renda
em 2024 será pago no próximo dia 31 de maio. Na
sequência, estão previstos lotes para 28 de junho;
31 de julho; 30 de agosto; e 30 de setembro. Já os
lotes residuais estão previstos para 31 de outubro;
29 de novembro; e 31 de dezembro além de dois lotes
em 2025: nos dias 31 de janeiro e 28 de fevereiro.
Quem entrega a declaração primeiro tem mais chance
de receber a restituição já nos primeiros lotes.
Entretanto, a ordem é feita também de acordo com uma
série de prioridades definidas pela Receita Federal.
Pessoas idosas estão entre as que recebem logo no
início, sendo separadas em dois grupos: acima dos 80
anos e outro formado por pessoas com idades entre 60
e 79 anos.
Também têm prioridade pessoas que têm deficiências
(físicas ou mentais) ou moléstias graves;
contribuintes cuja maior fonte de renda seja o
magistério; além das pessoas que, ao preencherem a
declaração, usaram a versão pré-preenchida e optaram
por receber a restituição via pix.
Fonte: Brasil de Fato
22/05/2024 -
Se você possui duas ou mais fontes pagadoras, você
pode estar pagando INSS acima do teto
*
Dayane Matos
Você sabia que existe um teto para a contribuição ao
INSS? Este teto é definido por meio de portaria e é
atualizado anualmente, por exemplo, no ano de 2023,
este teto foi de R$ 7.507,49.
Bem, que o sistema tributário do nosso país é um dos
mais onerosos do mundo, todo mundo está cansado de
saber! Acontece, que ainda existem pessoas que
acreditam que esta onerosidade só é percebida,
quando estamos falando de empresas.
No entanto, isso é quase verdade. Seria uma verdade
absoluta, se nós, pessoas físicas, não pagássemos
impostos. Todavia, obrigados a pagar impostos até
sobre os nossos recebimentos. E é justamente sobre
isso, que vamos conversar hoje.
Você sabia que existe um teto para a contribuição ao
INSS? Este teto é definido por meio de portaria e é
atualizado anualmente, por exemplo, no ano de 2023,
este teto foi de R$ 7.507,49.
Isto quer dizer que se você possui mais de uma fonte
pagadora, você recebe o seu salário já com o
desconto do INSS referente aos 02 vínculos. Se a
soma destas duas contribuições ultrapassarem o teto,
você está pagando INSS a maior.
Sabemos que em algumas profissões, é normal a pessoa
trabalhar em mais de um lugar, a exemplo de:
médicos, dentistas, professores, dentre outros...
E veja, pagando o INSS acima do teto, você não
recebe nenhum benefício por isso, apenas está
jogando dinheiro fora.
A boa notícia, é que se você possui mais de 1 fonte
pagadora ligada ao Regime Geral da Previdência
Social, dá para recuperar os últimos 05 anos de tudo
o que foi pago a maior a título de INSS! Lembrando
que este valor será recebido diretamente na sua
conta bancária, devidamente atualizado pela SELIC.
* Advogada, pós graduada em Direito Público; Pós
Graduada em Direito Empresarial; MBA em Tributário,
Compliance e Auditoria Digital; Tributóloga pelo
IBPT ; Escritora de Artigos Jurídicos; Palestrante.
Migalhas:
https://www.migalhas.com.br/depeso/407713/voce-pode-estar-pagando-inss-acima-do-teto
Fonte: Migalhas
21/05/2024 -
MPT recebe denúncias de violações trabalhistas
envolvendo enchentes
Empresas têm obrigado funcionários a trabalhar em
áreas alagadas
Mesmo com cidades debaixo d’água, algumas empresas
têm obrigado funcionários a trabalhar em áreas
alagadas no Rio Grande do Sul.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu mais
de 90 denúncias de violações trabalhistas envolvendo
enchentes, desde o início da tragédia, no fim de
abril.
As irregularidades foram apresentadas por sindicatos
e trabalhadores das áreas do comércio, da indústria
e de serviços.
Sessenta por cento das denúncias são pela exigência
de que o empregado vá trabalhar em local de risco ou
em más condições.
O coordenador do Grupo de Trabalho Desastre
Climático da Procuradoria do Trabalho da 4ª Região,
o procurador Luiz Alessandro Machado, fala sobre os
perigos dessas situações.
Segundo ele, há áreas em que a Defesa Civil
recomenda que a população não permaneça, sob riscos
de desabamento, deslizamento, afogamentos, até mesmo
de choque elétrico. "Nesses locais nenhuma empresa
pode funcionar. O bom senso tem que estar à frente
de tudo. É preciso ver se há condições de trabalho".
Luiz Alessandro explicou que o empregado pode pedir
um atestado ao município para abonar as faltas. "O
trabalhador pode estar diretamente envolvido nas
enchentes e não ter condições de se deslocar até o
trabalho". Pode estar em um abrigo, não ter
condições de chegar à empresa, que também pode estar
alagada.
Além disso, com o atestado de acidente pelas
enchentes, o empregado pode fazer parte das
primeiras medidas trabalhistas de enfrentamento à
situação de calamidade pública.
Denúncias de irregularidades podem ser feitas no
site www.mpt.mp.br.
Fonte: Agência Brasil
21/05/2024 -
Comissão debate empregabilidade e mercado de
trabalho para as pessoas com deficiência
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados debate nesta
terça-feira (21) a empregabilidade e o mercado de
trabalho para as pessoas com deficiência. O debate
foi solicitado pela deputada Rosangela Moro (União-SP).
A deputada destaca que apenas 29,2% das pessoas com
deficiência participam do mercado de trabalho,
contra 66,4% das pessoas que não têm deficiência,
conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2022.
A mesma pesquisa, exemplifica a deputada, mostrou
que apenas uma a cada quatro pessoas com deficiência
com 25 anos ou mais concluíram, pelo menos, o ensino
básico obrigatório. Esse número corresponde a 25,6%.
"Garantir a inclusão no mercado de trabalho é
promover a igualdade de oportunidades e o respeito
às diferenças, além de fazer cumprir o Estatuto da
Pessoa com Deficiência, que preza pelo exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais, visando a
inclusão social e cidadania das pessoas com
deficiência", destaca.
O debate será realizado às 13 horas, no plenário 13.
Fonte: Agência Câmara
21/05/2024 -
Após manifestação do Senado, Zanin mantém
desoneração da folha por 60 dias
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal
Federal, suspendeu na sexta-feira (17) a decisão
assinada por ele mesmo que derrubava a desoneração
da folha de pagamentos para diversos setores da
economia. A decisão de Zanin vale por 60 dias e veio
após manifestação oficial do Senado, também nesta
sexta, a favor do pedido da Advocacia-Geral da União
(AGU) para que o STF suspendesse a ação que
questiona a prorrogação da desoneração para as
empresas até 2027. O pedido de suspensão faz parte
do acordo firmado entre Executivo e Legislativo para
manter a desoneração em 2024, tanto para empresas
quanto para prefeituras.
A manifestação do Senado havia sido determinada pelo
relator da ação, ministro Cristiano Zanin, após
pedido de suspensão feito pela AGU na quarta-feira
(15). A suspensão da ação por 60 dias é necessária
para evitar que os municípios e os setores
produtivos voltem a pagar 20% de impostos sobre a
folha salarial, o que aconteceria na segunda-feira
(20). Com uma decisão do STF pela suspensão, o
Congresso terá tempo para incluir a questão dos
municípios no projeto do senador Efraim Filho (União-PB),
que consolida o acordo sobre a desoneração das
empresas (PL 1.847/2024).
Pela proposta, a reoneração da folha para as
empresas começará a partir de 2025, de forma
gradual. O requerimento de urgência para votação da
matéria em Plenário já foi apresentado e o texto
deve ser votado na próxima semana. O relator é o
líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner
(PT-BA), que trabalhará para incluir no texto uma
solução para a reoneração da folha dos municípios.
A intenção de enviar uma manifestação ao STF pela
suspensão da ação havia sido informada pelo
presidente do senado, Rodrigo Pacheco, na
quinta-feira (16), após reunião com o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, em que foi fechado o
acordo a favor dos municípios. Para Pacheco, era
preciso que Legislativo e Executivo dessem à Corte a
segurança de que a suspensão era fruto de um "amplo
acordo federativo, de interesse do Brasil, dos
municípios e da União".
Fonte: Agência Senado
21/05/2024 -
INSS é condenado a pagar adicional de insalubridade
a aposentado
A concessão do benefício previdenciário deve ser
regida pela regra da prevalência da condição mais
vantajosa ou benéfica ao segurado, nos termos das
orientações do Supremo Tribunal Federal e do
Superior Tribunal de Justiça.
Esse foi o entendimento da 1ª Turma Recursal da
Seção Judiciária de Goiás para condenar o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar as
diferenças entre as parcelas devidas e as
efetivamente pagas desde a Data de Entrada do
Requerimento (DER) para aposentadoria, considerando
o adicional de insalubridade.
No caso, um técnico de saneamento acionou o
Judiciário solicitando revisão de sua aposentadoria
em virtude do período em que trabalhou exposto a
agentes nocivos à saúde.
O juízo de primeira instância concedeu o aumento do
benefício, mas negou o pagamento dos valores
atrasados. O INSS recorreu da decisão para que não
fosse reconhecida a revisão da aposentadoria. A
defesa do segurado, por sua vez, apresentou recurso
reiterando o pedido para o pagamento dos valores
atrasados.
Prevaleceu o entendimento do relator, juiz federal
José Godinho Filho, que afirmou que ficou comprovado
que o segurado foi exposto a agentes nocivos, de
modo que caberia ao INSS orientá-lo devidamente
sobre o direito à aposentadoria especial.
“É direito do segurado o recebimento de prestação
previdenciária mais vantajosa dentre aquelas cujos
requisitos cumpre, assegurando, consequentemente, a
prevalência do critério de cálculo que lhe
proporcione a maior renda mensal possível, a partir
do histórico de suas contribuições”, registrou.
O autor da ação foi representado pela advogada
previdenciarista Amelina Prado.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 1030786-49.2022.4.01.3500
Fonte: Consultor Jurídico
21/05/2024 -
Limites da redução salarial pelo empregador
Recentemente, a Eletrobras propôs uma redução de
12,5% nos salários de alguns de seus funcionários,
como parte dos ajustes no quadro e nas despesas com
pessoal realizados desde a privatização da empresa
em 2022. Tal notícia trouxe para o debate os limites
da redução salarial dos trabalhadores pelo
empregador.
A irredutibilidade salarial é assegurada pela
Constituição, com a ressalva de sua possibilidade
quando há disposição em acordo ou convenção coletiva
de trabalho, nos termos do artigo 7º, VI. Assim,
embora o salário não seja plenamente inviolável, ele
pode ser reduzido apenas por meio de normas
coletivas, fruto de negociações sindicais (ACTs ou
CCTs).
Ainda, de acordo com o artigo 468 da CLT, só é
lícita a alteração das condições de trabalho por
consentimento mútuo das partes, e desde que não
resulte em prejuízo direto ou indireto para o
empregado. Portanto, a redução salarial por acordo
individual entre as partes é vedada também pela CLT,
considerando o princípio da inalterabilidade
contratual lesiva. No entanto, essa proibição não se
aplica nos casos de pagamentos de gratificação,
sendo que essas podem ser suprimidas, por não
incorporarem o salário do empregado, nos termos dos
parágrafos 1º e 2º do mesmo artigo.
Embora a Constituição permita a redução salarial por
norma coletiva, os requisitos e as circunstâncias
específicas para tal redução não foram claramente
especificados. A CLT, em seu artigo 503 (que,
segundo a jurisprudência, não foi recepcionado pela
CF), também prevê a redução salarial, exigindo a
ocorrência de força maior ou prejuízos efetivamente
comprovados, não se aplicando, ainda, em caso de
imprevidência do empregador. No entanto, nem a
Constituição nem a CLT especificam uma
contraprestação correspondente para que ocorra a
redução salarial.
A jurisprudência, durante muito tempo, impôs alguns
requisitos adicionais para a redução salarial, como:
comprovação de conjuntura econômica excepcional da
empresa (como a força maior), caráter transitório da
medida, respeito ao salário-mínimo ou piso salarial
da categoria, instituição por norma coletiva e
fixação de contraprestação correspondente (como a
redução da jornada de trabalho). Um exemplo disso é
o julgado RR-1156-96.2011.5.04.0811, da 3ª Turma do
TST, de relatoria do ministro Alexandre de Souza
Agra Belmonte, publicado no DEJT de 24/04/2015.
Assim, segundo a jurisprudência do TST, o requisito
principal seria de que houvesse uma contraprestação
correspondente à redução salarial, proporcional ao
prejuízo dos empregados decorrente dessa redução.
Redução pode ser constitucional
Contudo, no Tema 1046, julgado em 2 de junho de 2022
pelo STF, foi firmada tese no sentido de que são
constitucionais os acordos e as convenções coletivos
de trabalho que pactuam limitações de direitos
trabalhistas, independentemente da concessão de
vantagens compensatórias, desde que respeitados os
direitos indisponíveis.
Portanto, atualmente, a tendência é de que a
jurisprudência trabalhista conclua pela
desnecessidade de contraprestação equivalente para a
redução salarial dos empregados, considerando a
ampla validade das normas coletivas, nos termos do
entendimento do Tema 1046 do STF. Sendo julgamento
recente, ainda está se formando a nova
jurisprudência trabalhista em respeito à tese
vinculante firmada.
É relevante destacar, ainda, que, durante a pandemia
da covid-19, foi publicada a Medida Provisória nº
936/20 (convertida na Lei nº 14.020/20), que
regulamentava a redução proporcional de jornada de
trabalho e salário por acordo individual e coletivo,
instituindo o Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda. A medida, publicada em cenário
extremamente particular, estabelecia a redução
salarial por até 90 dias e definia os requisitos e
percentuais adequados para tal redução. Entretanto,
a referida legislação era referente apenas ao estado
de emergência da covid-19 e perdeu sua vigência em
31 de dezembro de 2021.
Atualmente, a redução salarial dos empregados é
regulamentada pela Constituição e pela CLT, que
fornecem apenas diretrizes gerais, como a
necessidade de norma coletiva. A definição dos
critérios específicos para tal redução fica a cargo
da jurisprudência, que, caso a caso, deve buscar a
proteção dos direitos indisponíveis dos
trabalhadores nesse processo, respeitando, ainda, a
autonomia privada coletiva.
A tese vinculante firmada pelo STF leva a crer que a
nova jurisprudência trabalhista sobre o tema será
firmada no sentido da prevalência das condições
acordadas nas negociações coletivas,
independentemente de quais sejam essas e da fixação
de contraprestações equivalentes, desde que
respeitados, é claro, os direitos
constitucionalmente garantidos (em especial aqueles
previstos no artigo 7º, como é o caso do
salário-mínimo).
https://www.conjur.com.br/2024-mai-19/limites-da-reducao-salarial-pelo-empregador/
Fonte: Consultor Jurídico
21/05/2024 -
Bolsa Família a mulheres vítimas de violência está
na pauta da CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) pode votar na
quarta-feira (22), a partir das 9h, o projeto de lei
(PL) 3.324/2023, que inclui a mulher em situação de
violência doméstica e familiar entre os
beneficiários do programa Bolsa Família. A reunião
está marcada para as 9h e tem 12 itens na pauta (veja
aqui).
O PL 3.324/2023 foi proposto pela senadora Zenaide
Maia (PSD-RN) e tem relatório favorável da senadora
Leila Barros (PDT-DF). De acordo com o texto,
mulheres vítimas de violência doméstica e seus
dependentes devem ser incluídos com prioridade no
Bolsa Família caso precisem do benefício. Caso
aprovado, o projeto segue para a Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
20/05/2024 -
Cartilha do MPT lista os atos antissindicais
O Ministério Público do Trabalho publicou a cartilha
“Atos Antissindicais. O que fazer?”. Documento
idealizado pela Conalis – Coordenadoria Nacional de
Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social.
Segundo Viviann Brito Mattos, coordenadora nacional
de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo
Social, a cartilha visa reforçar a liberdade
sindical, como também “esclarecer conceitos,
conscientizar quanto a condutas ilícitas, orientar
como proceder diante de conduta antissindical, e,
ainda, explicar as consequências”.
A publicação lista e explica 10 pontos, de modo
didático. E define a conduta antissindical: “São
atos com o fim de prejudicar, dificultar ou impedir
de algum modo a organização, a administração, a ação
sindical, o direito de sindicalização e a negociação
coletiva”.
Para o Ministério, “atos antissindicais constituem
ilícito punível na esfera trabalhista, pois violam a
lei e a Constituição”. Eles podem afetar a autonomia
sindical, o direito de associação e greve, a
estabilidade do dirigente, a aplicação e o
reconhecimento de instrumentos normativos ou mesmo a
legitimidade de representação dos trabalhadores.
A vítimas potenciais são o próprio trabalhador, o
Sindicato, seus dirigentes, delegados, conselheiros
e representantes. Tais atos podem ser praticados
pelo empregador, tomador de serviços, Estado ou
terceiros.
Nos exemplos citados na Cartilha estão “punição ou
demissão de grevistas, bloqueio do Sindicato à sede
da empresa ou recusa à negociação coletiva”, entre
outros.
Papel – No fecho da Cartilha, afirma o MPT:
“Sindicatos são indispensáveis à melhoria das
condições de trabalho e promoção do trabalho digno,
inclusive pra evitar acidentes e doenças. É dever do
empregador respeitar a atuação sindical”.
Denúncia – Ao MPT:
www.mpt.mp.br ou
aplicativo MPT PARDAL.
Baixar – Clique
aqui e baixe a Cartilha.
Fonte: Agência Sindical
20/05/2024 -
Centrais farão
Plenária
Quarta, 22, as Centrais Sindicais realizarão
plenária em Brasília. A parte da manhã será dedicada
a debater a Pauta Unitária aprovada na Conclat 2022,
a fim de verificar onde houve avanços e quais os
próximos passos do movimento.
À tarde, as entidades de classe terão tarefas
institucionais, de encontros e debates com
parlamentares. Na agenda, encontros com o presidente
da Câmara, Artur Lira, e o do Senado, Rodrigo
Pacheco. Outras reuniões devem ocorrer até o final
da jornada do dia 22.
Segundo Miguel Torres, presidente da Força Sindical,
informou à Agência Sindical, “o objetivo é atualizar
pontos da Pauta da Conclat, reafirmar a defesa de
direitos trabalhistas e definir ações por novas
conquistas aos trabalhadores da ativa e
aposentados”.
Um dos temas da Plenária deve ser a redução da
jornada de trabalho, atualmente em 44 horas
semanais. Outro, acelerar o ritmo da redução do
imposto de renda nos salários. A reivindicação é
isentar do IR salários até R$ 5 mil.
Caravanas de várias partes do País começarão na
segunda (21) a se dirigir à Capital Federal.
Fonte: Agência Sindical
20/05/2024 -
Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de
59 cidades gaúchas
Valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por
conta do FGTS
Trabalhadores de 59 municípios do Rio Grande do Sul
afetados pelas fortes chuvas que atingem o estado
desde o fim de abril já podem fazer a solicitação de
saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) na modalidade Calamidade.
A lista atualizada dos municípios habilitados está
disponível
neste site.
Necessariamente, o estado de calamidade pública ou
situação de emergência do município precisa ser
reconhecido pelo governo federal por meio de
portaria do Ministério da Integração e do
Desenvolvimento Regional, publicada no Diário
Oficial da União, para o trabalhador ter direito ao
benefício. Em 1º de maio, o Decreto nº 57.596 já
havia reconhecido o estado de calamidade no
território gaúcho.
O Saque-Calamidade pode ser feito pelos
trabalhadores residentes em áreas afetadas por
desastre natural indicadas pelas secretarias
municipais de Defesa Civil. Para ter acesso ao
recurso, o trabalhador precisa ter saldo na conta do
FGTS. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por
conta vinculada, limitado ao saldo da conta.
A Caixa Econômica Federal informa que não há mais
intervalo mínimo de 12 meses entre o último e o novo
saque na modalidade Calamidade para os residentes
nos municípios habilitados do Rio Grande do Sul
neste mês de maio.
Fonte: Agência Brasil
20/05/2024 -
Desemprego recua no 1º trimestre e alcança o menor
patamar em dez anos, diz IBGE
Taxa de desocupação registrada nos três primeiros
meses do ano foi de 7,9%, segundo dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua)
O nível de desemprego no Brasil recuou em 21 estados
e no Distrito Federal durante o primeiro trimestre
de 2024, em comparação com o mesmo período do ano
passado. Esse movimento fez com que a taxa de
desocupação encerrasse os três primeiros meses do
ano em 7,9%, menor patamar para o período dos
últimos dez anos.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), os estados que
apresentaram redução no desemprego foram o Acre,
Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato
Grosso, Goiás e o Distrito Federal.
A desocupação aumentou em Rondônia, Roraima, Rio
Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Em Santa
Catarina, a taxa de desemprego permaneceu estável em
3,8%, indicando uma situação de pleno emprego.
Rondônia e Mato Grosso também estão entre os estados
com menores níveis de desocupação, registrando taxas
de 3,7%.
Fonte: Brasil247
20/05/2024 -
AGU pede ao Supremo suspensão de decisão sobre
desoneração
Órgão argumenta que governo fechou um acordo com
o Legislativo
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) a suspensão, por 60 dias, do
processo que trata da desoneração de impostos sobre
a folha de pagamento de 17 setores da economia e de
determinados municípios, até 2027.
Na petição, o órgão argumenta que o governo federal
fechou um acordo na semana passada com o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco, para restabelecer a
reoneração da folha de forma gradual, a partir de
2025.
Diante do acerto, a AGU pede que a liminar proferida
pelo ministro Cristiano Zanin no dia 25 de abril,
que suspendeu a desoneração a pedido do próprio
órgão, tenha efeito em 60 dias para permitir a
tramitação de projetos de lei que tratam da questão
e de compensações financeiras para o governo
federal.
"Ao priorizar soluções extrajudiciais por meio do
processo político – estimulando decisões mais
plurais e menos traumáticas – aplica-se o mesmo
princípio que fundamenta a possibilidade de
modulação dos efeitos de decisões em controle
concentrado, que vem a ser o da preservação do
interesse social e da segurança jurídica, bem como a
manutenção da paz social", argumentou a AGU.
No dia 25 de abril, Zanin entendeu que a aprovação
da desoneração pelo Congresso não indicou o impacto
financeiro nas contas públicas.
A liminar do ministro foi colocada para referendo no
plenário virtual da Corte, mas um pedido de vista
suspendeu o julgamento. O placar estava em 5 votos a
0 para confirmar a decisão de Zanin.
Fonte: Agência Brasil
20/05/2024 -
Chico Alencar quer que empresas com mais de 300
empregados tenham representante dos trabalhadores no
Conselho de Administração
A participação dos funcionários melhora o
ambiente produtivo e a qualidade do trabalho,
argumenta o deputado
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ)
protocolou, na quinta (16), o Projeto de Lei
1831/2024, que torna obrigatória a participação de
representantes dos trabalhadores nos conselhos de
administração das empresas de capital aberto ou
fechado que tenham 300 empregados ou mais.
O PL segue um modelo de participação trabalhista
amplamente utilizado em democracias que apresentam
menos desigualdade salarial e melhores condições de
trabalho do que o Brasil, onde a desigualdade entre
os mais ricos que são remunerados pelo capital e os
que vivem da renda do trabalho é enorme.
Na Europa, de acordo com a OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), essa
política é amplamente utilizada na Áustria,
Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Luxemburgo,
Holanda, Noruega, Polônia, Eslováquia, Eslovênia e
Suécia. O modelo mais comum, nesses países, é a
exigência de 33% de representatividade dos
trabalhadores nos conselhos das grandes empresas.
No Brasil, desde 2010, a Lei nº 12.353 tornou
obrigatória a presença de um representante dos
trabalhadores nos conselhos de estatais com mais de
200 funcionários. “Introduzir a participação dos
trabalhadores nas decisões das empresas privadas
melhora o ambiente produtivo, valoriza os anseios
dos empregados, gerando efeitos positivos na
distribuição de renda e na qualidade do trabalho”,
argumenta Chico.
O projeto foi assinado, em coautoria, pelos
deputados e deputadas Tarcísio Motta (PSOL-RJ); Ivan
Valente (PSOL-SP); Talíria Petrone (PSOL-RJ);
Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP); Guilherme
Boulos (PSOL-SP).
Fonte: PSol na Câmara
20/05/2024 -
Comissão aprova projeto que proíbe empresa de negar
emprego à mulher por ser mãe
A proposta continua em análise na Câmara dos
Deputados
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei
5355/23, da deputada Silvye Alves (União-GO), que
proíbe empresas de negar emprego à mulher em razão
de sua condição de mãe.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) já estabelece vedações para corrigir
distorções do acesso da mulher ao mercado de
trabalho. A lei proíbe o empregador, por exemplo, de
se recusar a promover ou dispensar do trabalho por
situação familiar ou gravidez.
A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ),
apresentou parecer favorável ao texto. “Além de
tratar-se aqui da decência humana e de um objetivo
constitucional, é válido lembrar que também estamos
tratando de um projeto que reforça um compromisso
assumido pelo Brasil perante a comunidade
internacional”, disse.
Próximos passos
A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo
pelas comissões de Trabalho; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
17/05/2024 -
CTB e Confederações discutem pacto para salvar a
indústria
Adilson Araújo (CTB), José Reginaldo (CNTI) e Rafael
Lucchesi (CNI)
“A hora é de construirmos caminhos para um
Pacto entre a produção e o trabalho, uma Frente
Ampla pelo desenvolvimento nacional com valorização
do trabalho” afirmou Adilson Araújo, presidente da
CTB (Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do
Brasil), em entrevista ao HP
Dirigentes sindicais das principais confederações,
federações e sindicatos de trabalhadores da
indústria decidiram convidar Rafael Lucchesi, um dos
mais ilustres dirigentes da CNI (Confederação
Nacional da Indústria) “para sentar à mesa, na Casa
da Classe Trabalhadora, como é chamada a sede da
CTB, e de ‘coração aberto’ discutir um diagnóstico e
propostas comuns para a devastadora
desindustrialização que afeta a economia
brasileira”, declarou o anfitrião.
Os números que constam da nota técnica da CTB, de
janeiro de 2024, são dramáticos: o Brasil, durante
50 anos, cresceu a uma taxa de 7% do PIB ao ano. Nos
últimos 40 anos, a média foi de 2% ao ano. A
indústria de transformação, que já foi 30% do PIB,
caiu para 11% do PIB em 2020. A taxa de
investimento, que já foi de 25%, caiu para 16,5% do
PIB em 2023. Segundo o IBGE, 39 milhões de
trabalhadores estão na informalidade.
José Reginaldo, da CNTI (Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria), principal confederação
do país, escalado para comentar a palestra de
Lucchesi, também falou ao HP. “Como apoiar a
indústria e atender os anseios dos trabalhadores –
de melhorias na educação, na saúde, na aposentadoria
– com esses juros escorchantes, que, só no ano
passado, teve um gasto de 800 bilhões de reais? E
ainda com o teto de gastos como uma faca no pescoço
do governo?”, questiona.
Para Artur Bueno, presidente da CNTA (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Alimentação), “fatos
são fatos, como, por exemplo, o porquê de o PIB da
China, que era menor que o do Brasil em 1980, ser
hoje é dez vezes maior. O que eles fizeram, o que
nós deixamos de fazer?”
Já Assis Melo, presidente da FITMETAL (Federação
Interestadual dos trabalhadores Metalúrgicos),
“considera importante percebermos que a
desindustrialização do país foi provocada de fora
para dentro”.
Carlos Müller, presidente da CONTTMAF (Confederação
Nacional dos Trabalhadores em transportes Marítimos
e Fluviais), avalia que “os sindicatos compreenderam
que a manifestação coletiva dos trabalhadores e dos
movimentos sociais é essencial para tentarmos mudar
a visão extremamente liberal de alguns gerentes da
Petrobrás que estão impedindo o desenvolvimento da
Marinha Mercante com bandeira brasileira (e da
indústria naval), o crescimento do emprego e a
geração significativa de riquezas em nosso país”.
Para Adilson, “a iniciativa é um passo importante
para a construção de uma agenda de desenvolvimento
nacional, com valorização do trabalho”.
CARLOS PEREIRA
Informações:
Seminário Nacional: Indústria, Democracia,
Desenvolvimento e Soberania:
Local: Sede da CTB – Rua Cardoso de Almeida, 1848,
Sumaré, SP
Data: 11 de junho, às 16h
Fonte: Hora do Povo
17/05/2024 -
MTE e MPT discutem ações para preservar empregos e
renda no Rio Grande do Sul
Ministro e procurador-geral do Trabalho buscam
soluções para construir uma ação interinstitucional
para preservação dos empregos e renda dos gaúchos
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o
procurador-geral do Trabalho do Ministério Público
do Trabalho, José de Lima, se reuniram nesta
quarta-feira (15) para debaterem sobre a atual
situação dos trabalhadores do Rio Grande do Sul, no
intuito de construir uma ação interinstitucional
para preservação dos empregos e renda dos gaúchos,
com vistas a reduzir o impacto social decorrente da
situação climática que o estado está vivenciado.
Os representantes das pastas buscam soluções que
garantam a proteção dos direitos trabalhistas, a
segurança no ambiente laboral e o amparo aos
trabalhadores mais vulneráveis. Essa colaboração
entre os órgãos governamentais reflete o compromisso
do governo federal com o bem-estar e a dignidade dos
trabalhadores gaúchos.
No encontro, o ministro Luiz Marinho ressaltou que o
governo federal está trabalhando na reconstrução do
estado e se mantém aberto ao diálogo para buscar
soluções que beneficiem a população. “O governo do
presidente Lula está trabalhando incansavelmente
pela reconstrução do Rio Grande do Sul, e vamos
manter o espaço de diálogo aberto para juntos
reconstruirmos a vida do povo gaúcho em tudo que
conseguirmos, seja na questão da moradia, de emprego
ou de benefícios sociais”, conclui o ministro.
Participaram ainda da reunião, o procurador regional
do Trabalho e secretário de Relacionais
Institucionais, Rafael Dias Marques e o
subprocurador geral do Trabalho, Gláucio Araújo
Oliveira.
Fonte: MTE
17/05/2024 -
Tragédia no RS: Centrais propõem enfrentamento ao
ministro Luiz Marinho
ENFRENTAMENTO DA MUDANÇA CLIMÁTICA E DA EMERGÊNCIA
AMBIENTAL
PERSPECTIVA DO TRABALHO, DO EMPREGO, DA RENDA E DOS
DIREITOS: TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS A PARTIR DA
TRAGÉDIA DO RIO GRANDE DO SUL
PROPOSTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
A crise ambiental e os impactos da mudança climática
se propagam e aceleram, trazendo transformações com
severas consequências para todas as formas de vida.
As respostas dos países, da economia, da política e
da cultura têm sido, em sua maioria, insuficientes,
com decisões e práticas que não conseguiram conter
essas graves mudanças ou até mesmo as agravaram.
As tragédias causadas por chuvas intensas, secas e
temperaturas extremamente elevadas ou baixas se
multiplicam ao redor do planeta. Os impactos sobre
as condições e qualidade de vida, sobre os empregos
e a renda do trabalho são devastadores.
A recente tragédia no estado do Rio Grande do Sul é
de dimensões sem precedentes. Segundo estimativa do
Ibre/FGV, os 397 municípios afetados respondem por
92% da indústria, 91% da economia de serviços, 88%
da administração pública e 79% da agropecuária. Essa
calamidade, a terceira e mais grave em menos de um
ano, exige respostas imediatas e de médio a longo
prazos, para atender às urgências e emergências,
sendo sustentadas e coordenadas pela ação cooperada
de todas as instituições do Estado e em articulação
com organizações da sociedade.
O enfrentamento e a superação dessa tragédia
precisam promover transformações estruturais na
forma, método, políticas, projetos, programas e
legislação, entre outros aspectos, que produzam
respostas capazes de mudar o paradigma de como
enfrentar os desafios da mudança climática e da
emergência ambiental.
As políticas de trabalho, emprego, renda e direitos
devem, ao mesmo tempo, responder às necessidades
imediatas das pessoas que vivem do trabalho, gerando
resiliência para que o sistema produtivo de bens e
serviços possa recuperar-se em novos padrões
tecnológicos e organizacionais, preservando os
postos de trabalho e mobilizando a força de trabalho
para as tarefas de construção e reconstrução das
cidades, dos territórios, da infraestrutura, dos
cuidados com pessoas, animais, saúde pública e da
natureza.
As Centrais Sindicais apresentam as primeiras
propostas/compromissos para a mobilização de espaços
de diálogo social deliberativo e de encaminhamento
para âmbitos de atuação desde o local até o nacional
e internacional.
Nossa ação visa mobilizar todas as entidades
sindicais locais e em todo o território para
iniciativas solidárias imediatas e para atuação de
longa duração, tratando estruturalmente dos impactos
das mudanças climáticas e da emergência ambiental
sobre o mundo do trabalho, os empregos, a renda e os
direitos.
PROPOSTAS PARA ENFRENTAR A CRISE NO RIO GRANDE DO
SUL
Imediatas:
- Mobilizar a disponibilização das estruturas
sindicais (sedes, colônias e demais espaços) para o
uso necessário em termos de alojamento, creches,
escolas, atendimento de saúde e outros serviços.
- Integrar os dirigentes e equipes de trabalho dos
sindicatos às ações de recuperação, construção e
retomada das atividades produtivas e comunitárias.
- Manter entidades sindicais em todo o território
nacional mobilizadas para doações e iniciativas
conforme as demandas locais ao longo do tempo.
- Aportar o Auxílio Emergencial (Lei 347/2022)
reestruturado ao contexto da calamidade.
Estruturais:
- Apoiar e fortalecer a articulação das entidades
sindicais no estado do Rio Grande do Sul, coordenado
com Comando Nacional das Centrais Sindicais para dar
os encaminhamentos necessários.
- Criar Câmaras Setoriais Regionais (empresas,
sindicatos, governos) para tratar das medidas para
cada contexto local e setorial, investindo na
pactuação de planos e projetos.
PROPOSTAS NACIONAIS (o enfrentamento desta crise e a
criação de políticas permanentes):
- Criar a Mesa de Diálogo Social sobre Clima e Meio
Ambiente com representação tripartite / multipartite
para tratar das medidas e dos projetos de
estruturação do sistema produtivo de bens e serviços
do futuro, reconstruídos com inovações tecnológicas
e de projetos com sustentabilidade
- Criar Câmaras Setoriais na Mesa de Diálogo Social
sobre Clima e Meio Ambiente, para desenhar e
mobilizar a capacidade de implementação de projetos,
políticas e programas alinhados à política de
desenvolvimento
- Conceber como constitutivos dos projetos,
políticas e programas formulados nos espaços da Mesa
de Diálogo Social sobre Clima e Meio Ambiente a
geração de trabalho e emprego, renda e proteções
segundo os princípios do Trabalho Decente (OIT).
- Viabilizar financiamentos nas cadeias produtivas
ancoradas pelas empresas mães e com garantias
estruturadas pelo Estado (BNDES).
- Desenvolver e aprimorar os instrumentos de
financiamento e de elaboração de projetos dos Bancos
Públicos.
- Criar uma Rede / Escritório / Serviço Nacional de
Elaboração de Elaboração de Projetos.
- Realizar mutirão nacional envolvendo Estados e
Municípios para implementar legislação de zoneamento
ecológico orientados para uma economia, uso da terra
e de ocupação do espaço regenerativos do meio
ambiente.
PROPOSTAS PARA AS POLÍTICAS DE TRABALHO, EMPREGO E
RENDA:
Aprimorar o Programa de Proteção / Sustentação dos
Empregos como instrumento para garantir os postos de
trabalho nas empresas atingidas pelas tragédias
ambientais:
- vinculado às iniciativas empresariais e setoriais
para a recuperação das empresas e organizações,
- reestabelecer metodologia de negociação coletiva,
- monitoramento e avaliação para a implementação
setorial e nas empresas,
- desenhar e implementar as propostas de
funcionamento e de financiamento.
Formular e implementar o Programa de Empregos de
Interesse Público/Comunitário desenhar o programa
nacional, com aplicação no território, envolvendo
todos os entes federativos, as entidades sindicais,
o setor produtivo, com regras adequadas ao tipo de
ocupação, criando os mecanismos de financiamento e
de gestão, controle e avaliação vinculado a projetos
de:
- Construção e reconstrução de cidades, bairros,
estabelecimentos e infraestrutura econômica e
social.
- Cuidados com pessoas, meio ambiente e saúde
pública
- Desenvolver e oferecer formação profissional para
as ocupações do Programa de Empregos de Interesse
Público / Comunitário e para atender às demandas de
qualificação decorrentes das inovações tecnológicas.
- Expandir, a partir da estrutura do Bolsa Família,
programas específicos ou complementares de
sustentação da renda para quem não for beneficiado
pelo Programa da Proteção dos Empregos e enquanto a
ocupação não responder a esta demanda de renda
Auxílio Calamidade Climática
- Organizar a estrutura e funcionamento do sistema
de intermediação de mão de obra para o contexto dos
programas acima.
- Investir no aprimoramento do FAT e do FGTS para
tratar dos desafios decorrentes dos impactos da
mudança climática e emergência ambiental.
- Desenvolver política para habitação e
infraestrutura urbana, para reforma ou construção,
com plano de financiamento diversificado segundo a
capacidade de financiamento das famílias.
- Elaboração de uma Política Nacional de Transição
Justa, com a participação ativa da representação do
movimento sindical, apresentando diretrizes para a
defesa dos direitos e a geração de novos e melhores
empregos.
Brasília, 14 de maio de 2024.
Fonte: NCST
17/05/2024 -
Cabeça de bacalhau; por João Guilherme
Todos estamos contentes com os resultados dos últimos
acordos e convenções coletivas de trabalho em que
86% delas superaram a inflação com ganhos reais,
segundo levantamento do Dieese.
Mas, quem de nós assistiu, testemunhou ou constatou
as campanhas salariais que levaram a estes
resultados?
Verdadeiras cabeças de bacalhau que podem existir,
mas que ninguém as vê.
Ainda que consideremos uma campanha minimamente
descrita com uma assembleia de pauta, uma ou algumas
assembleias em locais de trabalho, uma assembleia de
aprovação e a divulgação na base dos resultados,
mesmo assim o que pode ser registrado é exíguo,
quase nulo (com as exceções regulamentares).
Como se explica, então, a contradição entre
resultados exitosos e campanhas salariais fracas ou
inexistentes?
Explica-se, fundamentalmente, pela conjuntura
econômica positiva que impõe o avanço dos salários,
reforçada por um governo ativamente favorável aos
trabalhadores.
Que o governo, personificado na figura do
presidente, é favorável aos trabalhadores e
manifesta isso até mesmo em situações desvantajosas,
pode ser demonstrado pelo comparecimento de Lula à
comemoração do 1º de Maio, em São Paulo,
reverenciando assim as direções sindicais.
Que a conjuntura econômica é favorável e impulsiona
os ganhos demonstra-se pela situação do emprego.
Durante o ano de 2023 (e provavelmente até agora) um
terço dos trabalhadores demitidos o foram a pedido,
o que traduz a expectativa real de melhoria para os
trabalhadores que trocam empregos por outros
melhores.
Nesta situação as direções sindicais (com as
exceções regulamentares) apenas exerceram seu papel
institucional formalizando os acordos e convenções
vantajosos mesmo com campanhas fracas.
Urge modificar isso com uma verdadeira “subida” às
bases, o que reforçaria a possibilidade de manter os
ganhos, mas, sobretudo aproximaria as direções de
suas bases organizadas das quais têm se mantido
afastadas.
João Guilherme Vargas Netto, assessor sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/05/2024 -
Sindicalistas e Marinho debatem ações para ajudar o
RS
Sindicalistas se reúnem com ministro Marinho para
debater ações em prol do RS, entre as quais medidas
para reaquecer a economia e proteger direitos dos
trabalhadores.
As lideranças das centrais sindicais estiveram,
nesta terça-feira (14), com o ministro do Trabalho,
Luiz Marinho, para debater as propostas das centrais
sindicais para contribuir com a reconstrução do
Estado do Rio Grande do Sul.
Entre outras propostas medidas para reaquecer a
economia gaúcha e garantir a proteção dos direitos
dos trabalhadores.
O presidente da Força Sindical entregou um documento
com propostas que foram debatida entre as lideranças
da Central para amenizar o sofrimento da população
do Rio Grande do Sul.
Fonte: Rádio Peão Brasil
16/05/2024 -
Cesta
aumenta no Norte e Nordeste
Pesquisa mensal do Dieese, em 17 Capitais, em abril,
aponta elevação de preços no Norte e Nordeste.
Fortaleza, com 7,76%, e João Pessoa, com 5,40%,
registram as maiores altas. Maiores quedas ocorreram
em Brasília, com menos 2,66%, Rio de Janeiro, 1,37%
e Florianópolis, 1,22%. São Paulo tem a cesta mais
cara: R$ 822,84.
Entre abril do ano passado e o mesmo mês deste ano,
14 cidades tiveram altas, entre 1,49%, Brasília, e
9,24%, Salvador.
No Sul/Sudeste, caíram os preços da farinha de trigo
e da batatinha, dois alimentos básico do prato
nessas regiões.
A Agência Sindical ouviu a economista do Dieese,
Patrícia Lino Costa, que coordena a pesquisa. Ela
aponta alguns fatores para a alta nessas duas
regiões ou de alguns produtos, em escala nacional.
Clima – “A instabilidade climática veio pra
ficar. Observe que o verão foi esticado e tivemos um
começo de outono com altas temperaturas. Calor em
excesso é péssimo pra vários produtos que compõem a
cesta”.
Exportações – “Muitos países também sofrem as
mudanças no clima e isso leva ao aumento das
importações. O produtor nacional prefere exportar,
porque o preço internacional é mais vantajoso.
Aumento da exportação pode gerar falta do produto
aqui dentro”.
Estoques – “O governo anterior acabou com os
estoques reguladores. O governo atual tenta
reconstruir uma política nacional que passa pela
consolidação dos estoques. Mas essa é uma medida
cuja implementação não se faz da noite pro dia”.
Previsão – Fica difícil, segundo Patrícia
Costa, qualquer previsão acerca do comportamento dos
preços devido à instabilidade climática, que, a seu
ver, tende a se intensificar. Outro fator que vai
influir é a capacidade do governo de acelerar o
Plano Nacional de Abastecimento.
Mais – Sites do Dieese e da Conab.
Fonte: Agência Sindical
16/05/2024 -
Luiz Marinho recebe parlamentares em audiência para
tratar da tramitação do PLP 12/24
Segundo o ministro, fora a manutenção da carga
horária máxima de 12 horas, o MTE praticamente não
tem restrições para mudanças no Projeto
As possibilidades de ajustes e melhoria no PLP
12/24, que regulamenta o trabalho de motoristas de
aplicativos e sua tramitação no Congresso Nacional,
foram as tratativas da audiência do presidente da
Comissão Temática do Trabalho, deputado Augusto
Coutinho (Republicanos-PE), o relator na Comissão de
Indústria, Comércio e Serviços, deputado Lucas Ramos
(PSB-PE), o relator na Comissão do Trabalho,
deputado Luiz Gastão (PSD – CE) e o secretário do
Regime Geral de Previdência Social, Adroaldo da
Cunha Portal, com o ministro do Trabalho e Emprego,
Luiz Marinho, na tarde terça-feira (14) em Brasília.
Segundo informou o ministro, “o MTE praticamente não
tem restrições para mudanças no Projeto em relação
ao documento que foi apresentado no começo de
fevereiro”. Segundo ele, “a manutenção da carga
horária máxima de 12 horas é o único ponto não
negociável, por envolver a saúde dos motoristas e a
segurança deles e dos usuários do serviço”, frisou.
“A tramitação do Projeto de Lei tem avançado dentro
da regularidade”, informou o deputado Augusto
Coutinho, ressaltando que a expectativa é cumprir o
cronograma estabelecido no mês passado.
Para o deputado Luiz Gastão, “e importante que todos
tenham segurança jurídica e previsibilidade com
relação à forma como vão ser contratados”, afirmou.
Segundo ele, é importante ampliar as informações
relacionadas à precificação, à forma como as
plataformas pagam seus trabalhadores.
Fonte: MTE
16/05/2024 -
Com 60% da população na pobreza, apoio a Milei é
contestado
População argentina começa a substituir
alimentos, deixa de consumir produtos e a realizar
tarefas por conta dos ajustes fiscais impostos pelo
governo
A insatisfação com o governo argentino é crescente.
No último dia 9 o país passou por uma greve geral em
protesto contra o presidente Javier Milei e suas
medidas que tem levado a população a passar fome.
O representativo protesto capitaneado pela
Confederação Geral do Trabalho (CGT) foi entendido
como um contundente recado ao governo para que mude
as políticas de ajuste fiscal. As ações de Milei já
causaram queda real de 31% nas rubricas
orçamentárias para aposentadorias e pensões, 87% em
obras públicas, 39% em subsídios de transporte, 76%
em transferências para as províncias, 18% em cortes
para universidades e 13% em programas sociais.
Em texto de Ryan Dubé e Silvina Frydlewsky,
publicado no The Wall Street Journal, é apontado o
que o “choque econômico” de Milei tem causado na
população. No relato de uma aposentada, ela explica
que a sua aposentadoria não cobre mais seus gastos,
por isso deixou de comer carne bovina, comprar
alguns remédios e utilizar o transporte público,
sendo que muitas áreas deixaram de receber subsídios
do governo e encareceram, tornando a utilização
inviável para a população comum.
De acordo com a Universidade Católica, citada no
texto, 60% dos argentinos estão na pobreza, sendo
que este número era de 44% em dezembro, quando Milei
assumiu.
Em outro trecho da reportagem é colocado que até
mesmo em locais conservadores os apoiadores de Milei
estão cansados. Moradores do centro agrícola próximo
a Córdoba ainda apoiam o atual presidente, de acordo
com o prefeito de Los Surgentes, Gabriel Pellizzon,
mas é necessário que Milei vá mais devagar, pois as
pessoas não conseguem pagar as contas e comem
hambúrguer de frango ao de carne, diz o prefeito.
“Choque Fiscal”
Milei e seus apoiadores correram para comemorar a
queda da inflação do mês de abril, menor que 10%,
enquanto a população enfrenta dificuldades. O
primeiro superávit fiscal em 16 anos, também em
abril, foi alardeado pelo presidente
anarcocapitalista, ainda que a população esteja com
as contas aumentando.
De acordo com economistas consultados, as medidas
que fizeram obter estes resultados são momentâneas e
insustentáveis, sendo que para seguir neste ritmo o
governo deve emplacar outras mudanças para que a
economia seja estimulada. Para se chegar aos
resultados o governo Milei paralisou obras públicas,
cortou transferências de recursos às províncias
(estados), além de reduzir os aumentos de salário e
pensões antes indexados à inflação.
Nesse sentido, o presidente argentino tenta aprovar
no Senado sua Lei com cerca de 230 artigos que traz
privatizações de estatais, flexibiliza leis
trabalhistas e retomara o imposto de renda. Esta é a
versão reduzida do seu primeiro projeto com 660
artigos.
Mesmo que Milei consiga esta vitória, o entendimento
é de que o apoio dele com a população começa a
escorrer pelas mãos à medida que a população
enfrenta, a cada dia, uma recessão maior e fica
distante de bens básicos de alimentação e saúde.
Fonte: Portal Vermelho
16/05/2024 -
Possibilidade de acordo trabalhista sem advogado
preocupa especialistas
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho
regulamentou em março uma nova forma de mediação de
conflitos na área trabalhista, chamada reclamação
pré-processual (RPP). A iniciativa, oficializada
pela Resolução 377, permite a negociação de acordos
pré-processuais em disputas individuais e coletivas.
A medida está alinhada à tendência global de
desjudicialização de conflitos e à adequação do
Judiciário brasileiro aos objetivos de
desenvolvimento sustentável propostos pela
Organização das Nações Unidas (ONU) na Agenda 2030.
Na prática, porém, a teoria é outra. Especialistas
em Direito do Trabalho consultados pela revista
eletrônica Consultor Jurídico acreditam que a RPP
pode aumentar a celeridade das ações trabalhistas,
mas eles enxergam um enorme problema na novidade: a
possibilidade de dispensa de advogado para a
negociação de um acordo entre patrão e empregado.
A dispensa do advogado está prevista no artigo 11 da
resolução. Esse dispositivo estabelece que caso o
trabalhador ou o empregador esteja sem a assistência
de um profissional do Direito durante a mediação, a
condução das reuniões unilaterais e bilaterais e das
audiências será do magistrado supervisor do Centro
Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).
Risco às garantias
A chance de maior rapidez na tramitação das ações
agradou a advogados como Marcos Lemos, sócio da área
trabalhista do escritório Benício Advogados. “Ao
incentivar as partes a negociar e chegar a um acordo
de maneira extrajudicial, há uma efetiva tendência à
redução no volume de processos que ingressam no
Judiciário, o que vai permitir que os juízes
concentrem seus esforços nos casos que realmente
necessitam de uma decisão judicial, agilizando a
tramitação geral dos processos”, disse ele. “A
resolução pré-processual na Justiça do Trabalho é
uma ótima forma de diminuir o número de processos
que chegam à Justiça todos os anos e,
consequentemente, desinchar os tribunais regionais e
o Tribunal Superior do Trabalho. No Brasil, não há
uma grande cultura de conciliação prévia ao
ajuizamento de ações, como nos Estados Unidos, por
exemplo, mas, desde que ambas as partes estejam
devidamente representadas, é uma ótima forma de
resolver conflitos e diminuir o custo da Justiça”,
concordou o advogado Pedro Maciel.
A possibilidade de o causídico ser dispensado da
mediação, no entanto, foi duramente criticada pelos
especialistas ouvidos pela ConJur. Para o advogado e
professor de Direito do Trabalho da pós-graduação do
Insper Ricardo Calcini, a medida pode gerar prejuízo
considerável para as partes.
“A razoável duração dos processos judiciais,
garantia constitucional disposta no inciso LVXXVIII
do artigo 5º da Carta da República, não significa
atropelar os demais direitos e garantias que toda e
qualquer parte detém no âmbito do Poder Judiciário,
como o de estar acompanhada de advogado de sua
confiança, e que tenha capacidade profissional para
melhor lhe auxiliar na postulação dos seus
interesses.”
O juiz do Trabalho Otavio Calvet também defende a
necessidade dos advogados na negociação dos acordos.
“O advogado tem de participar por dois motivos.
Primeiro porque hoje em dia é muito difícil a
questão técnica que envolve o Direito do Trabalho,
então acho que o advogado tem de esclarecer sempre
os riscos e os direitos para ambas as partes,
trabalhador e empregador. E segundo porque se o
advogado não estiver presente, segundo a resolução,
o juiz tem de conduzir a sessão. E aí me parece que
pode haver uma situação estranha.”
O advogado Lívio Enescu, por sua vez, entende que a
resolução tem vício de origem. “A Justiça do
Trabalho como existe hoje é a mais célere do país.
Isso é inquestionável. Essa normativa, além de não
trazer mais celeridade à solução de conflitos
individuais e coletivos, tem vício de origem, pois
prescinde da presença da advocacia.”
Quem também questiona a possibilidade de acordo sem
a presença de um advogado é a Ordem dos Advogados do
Brasil. A entidade enviou em abril um ofício ao
Conselho Nacional de Justiça solicitando a revisão
da resolução. “A exclusão da advocacia desses
processos é contrária aos princípios fundamentais do
nosso sistema jurídico, onde o advogado é
indispensável à administração da Justiça, conforme
prescrito pelo artigo 133 da Constituição Federal e
reiterado pelo Estatuto da Advocacia e da OAB”, diz
trecho do documento.
A OAB defende a contratação de advogados dativos nos
casos em que as partes não possuam representação
legal. Nessa linha, o advogado Henrique de Paula, do
escritório Weiss Advocacia, é favorável à criação de
uma “Defensoria Trabalhista”, que atuaria na
negociação de RPPs.
Vulnerabilidade
A dispensa do advogado pode aumentar a vulnerabilidade
do trabalhador diante do seu empregador em um
conflito trabalhista, no entendimento da professora
de Direito do Trabalho e coordenadora do curso de
Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em
Campinas, Francesca Columbu.
“A advocacia trabalhista desenvolve um papel
fundamental no Estado democrático de Direito. Além
disso, não há uma necessária coligação entre o fato
de dispensar a presença do advogado e a garantia da
celeridade do acordo, que é o principal objetivo da
RPP. Uma coisa não exclui necessariamente a outra,
mas certamente ameaça a efetividade da satisfação do
direito laboral.”
O advogado Ricardo Nunes de Mendonça, do escritório
Gonçalves, Auache, Salvador, Allan e Mendonça,
acredita que a suposta celeridade das causas
trabalhistas promovida pela RPP deve fragilizar
ainda mais os trabalhadores.
“Em uma sociedade de risco, em que o emprego formal
tem se transformado em privilégio de poucos, a
informalidade cresce ano a ano e a desigualdade
alcança patamares altíssimos, a solução
pré-processual de mediação pode servir para
normalizar ainda mais a delinquência patronal —
plasmada nas inúmeras condenações proferidas pela
própria Justiça do Trabalho — e, com isso, ampliar
as taxas de lucro de quem emprega, às custas dos
direitos de quem trabalha.”
Por fim, Sergio Pelcerman, sócio da área trabalhista
da banca Almeida Prado & Hoffmann Advogados, faz um
contraponto à opinião dos colegas. “A
vulnerabilidade não se tornará maior ou prejudicial
ao empregado, até porque na Justiça do Trabalho, em
determinados tipos de ações, o empregado poderá
realizar reclamações sem a presença de advogado,
tratando-se de faculdade prevista na legislação
trabalhista. Inclusive, caso o empregado faça o
procedimento de RPP e desista do prosseguimento da
ação, não haverá penalidade ou imposição de custas,
por isso, trata-se de mais uma criação do TST que
visa a garantir a todas as partes envolvidas em
demandas trabalhistas uma forma de resolução de
conflitos.”
Fonte: Consultor Jurídico
15/05/2024 -
Rogério Marinho manobra contra assistencial
Bolsonarista-raiz e aliado do capital mais atrasado,
o senador Rogério Marinho (PL-RN) manobra pra
impedir regulamentação favorável ao sindicalismo
quanto à contribuição assistencial.
Agora, ele opera com o PL 2.830/19, do senador
Styvenson Valentim (Podemos-RN), a fim de modificar
o artigo 883-A da CLT, pra estabelecer que a decisão
judicial transitada em julgado poderá ser levada a
protesto ou gerar inscrição do nome do executado em
órgãos de proteção ao crédito depois de transcorrido
o prazo de 15 dias da citação do executado, se não
houver garantia do juízo.
Jabuti – Marinho meteu três jabutis nesse PL,
visando fazer o texto passar na CCJ (27 membros) e
enviá-lo a voto na Câmara Federal. O sindicalismo
atua em Brasília pra anular a manobra. Já houve
encontro com o próprio relator Marinho, a quem se
solicitou retirar as emendas esdrúxulas.
Embora a pressão seja grande, o sindicalismo não
está sem margem de manobra e negociação. André
Santos, consultor político e do Diap, explica as
saídas:
Retirada – Busca-se junto a Rogério Marinho a
retirada das emendas.
Vistas – Pedido pode ser feito por qualquer
um dos 27 membros da CCJ.
Comissões – Requerer seja a matéria examinada
em outras Comissões.
Diap – Para André Santos o ideal é o Projeto
caminhar na CCJ sem esses penduricalhos.
Ação – O sindicalismo precisa apresentar
texto alternativo quanto ao custeio, o que já foi
debatido com Marinho. O próprio Paulo Paim (PT-RS)
também pede essa alternativa.
O senador Humberto Costa preside a CAS. Mas Marinho
conseguiu a relatoria dos dois projetos (2.099/23 e
2.830/19).
Centrais e Confederações têm atuado juntos aos
senadores. No entender de André Santos, o mais
viável agora seria apresentar um texto alternativo,
ensejando negociações.
Mais – Site do Senado, do Diap e das
Centrais.
Fonte: Agência Sindical
15/05/2024 -
João
Franzin: Apoio ao DIAP
Ao longo das décadas, o sindicalismo brasileiro
criou três departamentos. Um de economia, Dieese; um
de assessoria política, Diap; e um de saúde do
trabalhador, Diesat.
A crise sindical, agravada pela reforma trabalhista
de Michel Temer, afetou duramente essas entidades,
que tentam a todo custo sobreviver.
Tenho especial admiração pelo Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar, o Diap, que
conheço desde a época da Assembleia Nacional
Constituinte.
Entendo que o Diap, concebido originalmente pelo
advogado, pensador e humanista Ulisses Riedel,
produziu os melhores quadros da assessoria sindical
nacional.
Assim que a Constituição foi promulgada, em outubro
de 1988, o Diap (com a Oboré e a editora Cortez)
lançou o “Quem foi quem na Constituinte”, mais que
um livro, um documento precioso do voto de cada
constituinte acerca dos assuntos de interesse dos
trabalhadores.
Ainda que frente a graves dificuldades econômicas, o
Diap publica, anualmente, o trabalho os “Cem cabeças
do Congresso”, indicando os parlamentares mais
articulados e influentes. Produz também, com
frequência, excelentes conteúdos sobre o Congresso
Nacional e outras áreas do Estado brasileiro.
Há uma gama de publicações da entidade, todas
voltadas para o interesse público, do sindicalismo e
da classe trabalhadora. Esse conteúdo é livre e pode
ser acessado no site – www.diap.org.br
Vale registrar que devemos ao Diap a redação dos
Artigos VII e VIII da Constituição Federal, que
regem os direitos trabalhistas e definem o formato
da organização sindical brasileira.
Por que falo no Diap? Porque a entidade, sem fins
lucrativos, lança agora uma campanha de filiação ou
refiliação junto ao movimento sindical. O site da
instituição traz as instruções de como proceder.
Num momento em que a cúpula do sindicalismo mostra
desorientação – como, por exemplo, um raquítico 1º
de Maio em São Paulo, inclusive com Lula presente -,
as direções precisam cuidar de contar com boas
assessorias. O Diap tem experiência, credibilidade e
quadros da melhor qualidade profissional, técnica e
política.
Numa fase de inflação controlada, redução do
desemprego e ganhos salariais reais, o centro da
luta classista se desloca para o Parlamento, hoje
majoritariamente conservador ou de direita. Esse
terreno ninguém conhece tão bem quanto o Diap.
Portanto, todos nós que atuamos no movimento
sindical devemos divulgar a campanha de filiação
lançada pelo Diap, porque a aprovação de leis
trabalhistas mais justas será também a construção de
uma democracia mais sólida a inclusiva.
João Franzin, jornalista há 45 anos, coordenador
da Agência Sindical há 32.
Fonte: Agência Sindical
15/05/2024 -
Enchentes alagam 9 em cada 10 empresas do RS.
Federação das indústrias fala em 'década perdida'
Empresas sofrem com alagamentos em locais de
produção e problemas de logística devido ao
fechamento de estradas e aeroporto
As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram
praticamente todas as empresas da região, que podem
não se recuperar mais e causar o empobrecimento do
estado, informa a Folha de São Paulo. A Federação
das Indústrias do Estado do Rio Grande Sul (Fiergs)
afirma que 91% das fábricas do estado estão debaixo
d´água e prevê uma década perdida para a unidade da
federação que representa 6% do PIB nacional.
A entidade também informou que os municípios
atingidos pela catástrofe representam pelo menos 83%
do recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços), principal fonte de
arrecadação do estado. Alguns espaços de produção
das empresas foram alagados, enquanto outros sofrem
com problemas de logística, já que boa parte das
estradas estão fechadas e o Aeroporto Salgado Filho,
em Porto Alegre, está completamente inundado e sem
previsão para a retomada das operações.
Algumas empresas sequer sabem o tamanho do prejuízo
causado pelas inundações, já que o nível das águas
permanece alto e ainda não permitiu o ingresso nas
instalações afetadas. O presidente em exercício da
Fiergs, Arildo Bennech Olivera, afirmou em
entrevista à Folha que a crise deve ter impacto na
economia nacional e que terá uma reunião com o
governo federal para apresentar uma série de
demandas. Entre elas, está a suspensão de impostos
das indústrias por três anos e financiamentos do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) diretamente às empresas, sem bancos
intermediários, com bom tempo de carência.
Fonte: Brasil247
15/05/2024 -
STF anula permissão de sindicalistas com
estabilidade acima do limite legal
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal
Federal, anulou decisão do Tribunal Regional do
Trabalho da 22ª Região (PI) que permitiu a um
sindicato de trabalhadores ter um número de membros
para desempenho de atividades sindicais acima do
limite legal.
No caso, o Sindicato das Empresas de Transportes
Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) solicitou
ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de
Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintreto)
a indicação de quais membros de uma diretoria
composta por 50 integrantes seriam detentores da
proteção contra demissão imotivada. A Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) limita esse número a sete
dirigentes sindicais e igual número de suplentes. O
Sintreto, porém, indicou que todos os 50 teriam
direito à estabilidade.
Ao julgar ação da Setut, a primeira instância
obrigou o sindicato dos trabalhadores a indicar
expressamente os titulares e suplentes que gozam de
estabilidade sindical. No entanto, o TRT-22 derrubou
essa decisão, alegando vedação de interferência
judicial na organização sindical.
Entendimento do STF
Toffoli destacou que a decisão do TRT-22 violou o
decidido pelo STF no julgamento da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 276.
Na ocasião, o Plenário assentou a recepção do artigo
522 da CLT que dispõe sobre o número máximo de
dirigentes sindicais detentores da garantia de
estabilidade de emprego estabelecida na Constituição
Federal (inciso VIII do artigo 8º).
O relator lembrou ainda que o Supremo considerou que
a limitação numérica da estabilidade dos dirigentes
sindicais não afeta o conteúdo da liberdade sindical
por não gerar restrição à atuação e à administração
do sindicato.
Para o ministro, a medida, além de evitar a criação
de situações de estabilidade genérica e ilimitada,
que conduziriam ao esvaziamento do direito do
empregador de promover a extinção do contrato sem
justa causa, “prestigia os princípios da
razoabilidade, da proporcionalidade e da segurança
jurídica”.
Com isso, o ministro determinou que o TRT-22 profira
nova decisão, desta vez respeitando o entendimento
firmado na ADPF 276. Com informações da assessoria
de imprensa do STF.
Clique
aqui para ler a decisão
RCL 65.626
Fonte: Consultor Jurídico
15/05/2024 -
TST estende suspensão de prazos de ações envolvendo
o Rio Grande do Sul
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Lelio Bentes Corrêa, estendeu até o dia 31
deste mês a suspensão dos prazos processuais de
todas as ações em andamento na corte em que sejam
partes o estado do Rio Grande do Sul ou seus
municípios e o Ministério Público do Trabalho da 4ª
Região; aquelas em que as partes sejam representadas
exclusivamente por advogados inscritos na seccional
gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) ou
pela Defensoria da União no estado; e os processos
vindos do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
(SP) e de suas varas do Trabalho.
Na última segunda-feira (6/5), o Órgão Especial do
TST havia aprovado a suspensão dos prazos até
sexta-feira (10/5). A extensão até o fim do mês leva
em conta a decisão no mesmo sentido do Conselho
Nacional de Justiça e a portaria do Ministério da
Integração e do Desenvolvimento Regional que
reconhece o estado de calamidade pública em
municípios gaúchos, em decorrência das chuvas
intensas.
De acordo com o Ato Segjud.GP 271/2024, os relatores
e as relatoras poderão avaliar outras situações não
enquadradas na suspensão, mas comprovadamente
afetadas pela calamidade pública, nos termos da
legislação processual. Com informações da assessoria
de imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
15/05/2024 -
Comissão aprova projeto que permite o exercício de
qualquer profissão como MEI
A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da
Câmara dos Deputados aprovou projeto que permite o
exercício de qualquer profissão como
microempreendedor individual (MEI). O texto aprovado
estabelece que devem ser observadas as normas
específicas da regulamentação de cada profissão.
O texto limita o capital para a atuação como MEI ao
equivalente a 5 vezes a renda bruta máxima anual
estipulada hoje para atuação no segmento.
Criado pelo Estatuto Nacional da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte, o MEI é o pequeno
empresário individual que tenha faturamento anual de
até R$ 81 mil, como regra, ou R$ 251,6 mil de
receita bruta para transportador autônomo de cargas,
em condições estipuladas na lei.
Exclusão de profissões
O texto também reduz o quórum exigido para que o
Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) determine a
exclusão de ocupações autorizadas a atuar na
qualidade de Microempreendedor Individual (MEI).
Pela proposta, a decisão que hoje deve ser unânime
passa a depender da concordância de 3/4 do
colegiado.
Mudanças no texto original
O texto aprovado é uma versão do relator
(substitutivo), deputado Josenildo (PDT-AP), ao
Projeto de Lei Complementar (PLP) 229/19, do
ex-deputado Lucas Gonzalez (MG).
O texto original proibia que atividades de grau de
risco elevado fossem enquadradas como MEI e
especificava que operações exigidas pela burocracia
para o MEI fossem feitas preferencialmente em modo
eletrônico, o que foi excluído pelo relator.
Segundo Josenildo, o texto busca “assegurar a
liberdade de exercício das atividades econômicas
como MEI e limite de capital para o registro, com
base em critérios específicos definidos pela
legislação”.
Próximos passos
O projeto, que tramita em regime de prioridade ainda
será avaliado pelas comissões de Finanças e
Tributação e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Caso aprovado, seguirá para o Plenário da
Câmara.
Fonte: Agência Câmara
14/05/2024 -
Numa eventual disputa entre Lula e Tarcísio,
presidente vence por 46% a 40%
Presidente tem vantagem sobre o governador de São
Paulo, potencial substituto de Jair Bolsonaro
Numa hipotética disputa entre Lula e Tarcísio de
Freitas para a eleição presidencial de 2026, o
presidente Lula, representando o PT, sai na frente
com 46% das intenções de voto, enquanto Tarcísio, do
Republicanos e potencial candidato do ex-presidente
Jair Bolsonaro, alcança 40%. Esses são os resultados
de uma pesquisa conduzida pela Genial/Quaest. Vale
ressaltar que Bolsonaro encontra-se impossibilitado
de concorrer devido a sua inelegibilidade,
decorrente de ataques ao sistema eleitoral em 2022.
O estudo envolveu 2.045 entrevistas presenciais
realizadas em 120 municípios brasileiros,
considerando uma margem de erro de 2,2 pontos
percentuais para mais ou para menos. Os dados
revelam uma perspectiva inicial sobre a preferência
dos eleitores em relação aos possíveis candidatos
para o próximo pleito presidencial. A Genial/Quaest,
responsável pelo levantamento, é financiada pela
corretora de investimentos digital Genial
Investimentos, que é controlada pelo banco Genial.
Além dos números relativos à preferência eleitoral
entre Lula e Tarcísio, a pesquisa também abordou a
opinião dos entrevistados sobre a possibilidade de
outros candidatos e figuras políticas. A análise
mostra uma divisão na percepção dos eleitores quanto
à viabilidade de diferentes nomes, mas Lula tem o
maior potencial de votos e é o melhor cabo eleitoral
nas eleições municipais.
Fonte: Brasil247
14/05/2024 -
CCJ do Senado pode votar veto para negar
contribuição a sindicato
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado
pode votar, nesta quarta-feira (15), o projeto de
lei — PL 2.830/19 — que assegura ao empregado o
direito efetivo de recusar a cobrança de
contribuição assistencial ao sindicato.
Trata-se do 18º item da pauta. Mas pedido de
inversão de pauta pode antecipar a apreciação do
projeto.
O relator do projeto, senador Rogério Marinho (PL-RN),
explicou que oposição ao pagamento será
simplificada, podendo ser feita até por e-mail ou
WhatsApp.
O projeto original, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
versava sobre a redução de 45 para 15 dias do prazo,
a partir da citação do executado, para que sofra
protesto e inscrição de nome em órgãos de proteção
ao crédito, em razão de decisão condenatória na
Justiça do Trabalho.
Saídas ou alternativas regimentais
É preciso mobilizar os senadores aliados na comissão —
Omar Aziz (PSD-AM), Zenaide Maia (PSD-RN), Angelo
Coronel (PSD-BA), Otto Alencar (PSD-BA), Eliziane
Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Jaques
Wagner (PT-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Humberto
Costa (PT-PE), Janaína Farias (PT-CE), Teresa Leitão
(PT-PE), Ana Paula Lobato (PDT-MA), Renan Calheiros
(MDB-AL) e Weverton Rocha (PDT-MA) —, a fim de não
deixar votar o parecer, usando o Regimento Interno
da Casa.
As alternativas são: pedir vistas, apresentar
requerimentos para realização de audiência pública,
e para que outras comissões examinem o projeto e,
finalmente, em caso de aprovação, recurso, para que
seja apreciado em plenário.
Tramitação
O texto foi aprovado pela CAS (Comissão de Assuntos
Sociais). Caso seja chancelado pela CCJ e não haja
recurso contra a decisão do colegiado, o projeto vai
ao exame da Câmara dos Deputados.
Fonte: Diap
14/05/2024 -
Centrais convocam ato para atualizar a Agenda da
Classe Trabalhadora
“Nosso ato unitário vai deixar claro que os juros
altos têm rebatimento direto na inflação dos
alimentos”, afirma Adilson Araújo, da CTB
Por consenso, o Fórum das Centrais Sindicais aprovou
na quinta-feira (09) a convocação de um ato para
atualizar a Agenda da Classe Trabalhadora, que foi
aprovada na 3ª Conferência Nacional da Classe
Trabalhadora (Conclat 2022). A atividade vai ocorrer
em Brasília no próximo dia 22 de maio.
Segundo Adilson Araújo, presidente da CTB (Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), o alvo
da vez é a política macroeconômica. Nesta semana, o
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central, sob a tutela do bolsonarista Roberto Campos
Neto, reduziu o corte da taxa básica de juros, a
Selic. Desta vez, o índice caiu apenas 0,25 ponto
percentual – de 11% ao ano para 10,5%.
“O movimento sindical entende que o governo tem uma
agenda positiva para os trabalhadores, que se soma a
projetos estratégicos como o PAC (Programa de
aceleração do Crescimento) e à NIB (Nova Indústria
Brasil)”, diz Adilson. “Mas esse conservadorismo
patrocinado pelo Roberto Campos Neto colide com o
nosso objetivo – que é um novo projeto nacional de
desenvolvimento.”
O dirigente sindical lembra que, após um ano e cinco
meses de governo, Lula já avançou com a retomada da
política de valorização do salário mínimo, a lei de
igualdade salarial, viabilização do piso nacional da
enfermagem e outras iniciativas. Mas, segundo
Adilson, “os trabalhadores não sentiram essas
conquistas – e não vão sentir enquanto houver juros
altos, arcabouço fiscal e déficit zero”.
“Nosso ato unitário vai deixar claro que os juros
altos têm rebatimento direto na inflação dos
alimentos. Enquanto a China amplia a oferta de
crédito e a taxa de investimento, o Brasil fica
preso às armadilhas do arcabouço”, afirma o
presidente da CTB.
De acordo com Adilson, o Brasil voltou a figurar
entre as dez maiores economias do mundo –
“provavelmente já temos o oitavo maior PIB”. Esse
crescimento, no entanto, foi acompanhado de arrocho
salarial e mais concentração de renda. “As centrais
precisam defender uma política que priorize
investimentos, crescimento e desenvolvimento”,
comenta. “Estamos vivendo a tragédia no Rio Grande
do Sul, mas vamos viver outras catástrofes. Ou
radicalizamos num projeto ambicioso de
infraestrutura, ou ficaremos para trás.”
A expectativa do Fórum das Centrais é reunir 5 mil
trabalhadores no ato de 22 de maio. Até lá, o
sindicalismo segue dedicado a apoiar a população
gaúcha com ações de solidariedade. Para as centrais,
a força-tarefa pela reconstrução do Rio Grande do
Sul tem de conciliar ações nacionais e locais, para
evitar demissões em massa e retirada de direitos.
Fonte: Portal Vermelho
14/05/2024 -
Entidades representantes dos aposentados se
manifestam contra a desvinculação da aposentadoria e
salário mínimo
Semana passada saiu na mídia que o governo federal
estudava a desvinculação da aposentadoria em relação
ao salário mínimo, o que faria os benefícios só
terem reajuste com a inflação do ano anterior e não
mais um aumento real, como ocorre com o salário
mínimo.
O assunto começou a ser abordado na equipe econômica
do governo. O governo já tenta um discurso para
amenizar o efeito que essa decisão está causando,
mas entidades representativas dos aposentados se
manifestaram em nota contra a possível mudança.
Na nota, as entidades lembram que na Constituição
Federal de 1988, define o direito à remuneração não
seja inferior ao salário mínimo.
Confira a íntegra da nota abaixo:
Contra a desvinculação das aposentadorias e do
salário mínimo
As instituições abaixo assinadas vêm a público
reafirmar a defesa dos aposentados e se posicionar
contrárias à pretensão da ministra do Planejamento
de apresentar, até 2025, uma proposta de
desvinculação das aposentadorias da correção do
salário mínimo.
É preciso lembrar que a Constituição Federal de
1988, define o direito à remuneração não inferior ao
salário mínimo. E no capítulo dos Direitos Sociais,
define que o salário mínimo deve cobrir todas as
necessidades do trabalhador e de sua família, ser
unificado em todo o território nacional e reajustado
periodicamente para garantir seu poder aquisitivo.
Além do mais, há um consenso nacional de que o valor
do salário mínimo encontra-se muito distante do
valor previsto na Constituição. Portanto, é
inconcebível que haja, dentro do próprio governo
federal, quaisquer tipos de estudos que prevejam
reajuste para o piso dos benefícios do INSS menores
que os concedidos ao piso salarial nacional.
Brasil, 10 de maio de 2024
COBAP - Confederação Brasileira de Aposentados e
Pensionistas;
SINDNAPI - Sindicato Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos - Força Sindical;
SINTAPI - Sindicato Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos da Central Única dos
Trabalhadores;
SINDIAPI - Sindicato Nacional dos Aposentados,
Pensionistas e Idosos da União Geral dos
Trabalhadores;
SINAB - Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil -
Central dos Sindicatos Brasileiros.
Fonte: Mundo Sindical
14/05/2024 -
Dieese: ‘Crise dos sindicatos é um problema de todas
as instituições democráticas’
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto,
a crise dos sindicatos no Brasil tem sido agravada
pela falta de regulamentação das redes sociais
Na quarta-feira (1°), como em todos os anos, foi
comemorado o Dia do Trabalhador. Além de celebrar a
luta dos homens e mulheres que histórica e
cotidianamente constroem o mundo à nossa volta, a
data serve também para refletir sobre as condições
de trabalho – e, portanto, de vida – a que milhões
de pessoas são submetidas todos os dias em diversas
partes do país e do planeta.
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam
que, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas
estão trabalhando no país, o que equivale a 58% da
população de 14 anos ou mais de idade. O índice é o
mais alto registrado desde 2014 e confirma o
movimento de recuperação do emprego do país após os
anos sob a pandemia de Covid-19. Além disso, nos
últimos anos os trabalhadores brasileiros puderam
comemorar algumas conquistas como, por exemplo, a
retomada da política de valorização do salário
mínimo, a publicação da Lei da Igualdade Salarial
(Lei nº 14.611/2023) entre mulheres e homens e a
retomada das políticas de apoio à agricultura
familiar.
Tais conquistas, contudo, só foram possíveis através
da organização dos trabalhadores em entidades
representativas como os já tão conhecidos
sindicatos. De acordo com o Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), a atuação dos sindicatos
em negociações coletivas foi responsável por
garantir, em 2023, que 77% dos reajustes salariais
no Brasil tivessem ganhos reais, ou seja, acima da
inflação. Segundo o Departamento, 17% dos reajustes
alcançaram o índice inflacionário e apenas 6% tiveram
perdas.
Todavia, apesar da importância, nas últimas décadas
– e sobretudo nos últimos anos, após a aprovação da
Reforma Trabalhista, em 2017 – os sindicatos têm
sofrido com sucessivos ataques e enfrentado um
processo de esvaziamento contínuo. De acordo com o
IBGE, de 2012 a 2022 os sindicatos brasileiros
perderam cerca de 5,3 milhões de trabalhadores
filiados. A última pesquisa sobre o tema registra
que, em 2022, das 99,6 milhões de pessoas ocupadas
no país, apenas 9,1 milhões eram associadas a
sindicatos.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto
Augusto Júnior, tal queda se deve a uma “crise geral
de representação” enfrentada por diversas sociedades
no mundo e pela dificuldade das organizações e
movimentos dos trabalhadores para lidar com os
problemas atuais colocados, sobretudo, pelo intenso
avanço e desenvolvimento das tecnologias digitais.
Representação dos sindicatos
Segundo o pesquisador, a desconfiança crescente, nos
últimos anos, em relação aos sindicatos não é um
problema apenas das organizações dos trabalhadores,
mas das instituições políticas como um todo. Uma
questão que, conforme ele, está diretamente ligada
ao modo como as redes sociais têm influenciado e até
mesmo reorganizado o debate público.
“O que a gente tem assistido, em todas as
avaliações, é uma análise separada. Você tem uma
matéria dizendo que os partidos estão em crise,
outra que o Congresso é mal avaliado, outra que o
Judiciário é isso, outra ainda que o sindicato é
aquilo. Na verdade, o que nós vivemos hoje é, sim,
uma crise geral das instituições da democracia
liberal da qual os sindicato faz parte”, explicou à
Pulsar.
“O sindicato é um sujeito desse processo de
representação coletiva que, de alguma forma, tem
sido afetado pelas relações das pessoas cada vez
mais mediadas pela tecnologia. As redes sociais, em
geral, têm afetado a própria ideia da representação
coletiva. Eu acho que é por aí que a gente deveria
olhar com mais atenção”, pontuou.
Engajamento
Para Fausto, além de aprofundar um processo de
pulverização da opinião pública – como o
experimentado nas manifestações de 2013, no Brasil –
as redes sociais têm enfraquecido as representações
coletivas ao privilegiarem a promoção de conflitos
ao invés da construção de consensos.
“É a questão do ‘termo do meio’. Qualquer acordo é
um termo do meio. Você está pegando conflitos
diferenciados, visões diferentes e você tem que
chegar em um consenso. Não vai ser tudo o que eu
quero, e nem vai ser tudo o que o outro quer. Vai
ser o meio do caminho. Este meio do caminho não
mobiliza as pessoas no mundo virtual. O engajamento
se dá pelo conflito, pela visão mais radicalizada,
pela fala mais contundente. Esse movimento pode
levar à mobilização, a um golpe de Estado, a muitas
coisas. Mas dificilmente vai levar a um acordo”,
analisou.
Ferramentas
Sobre as vias e estratégias para reverter este quadro,
o diretor técnico do Dieese elenca três pontos
principais: compreender a realidade que se
apresenta; atualizar os mecanismos de luta; e
desenvolver dispositivos legais que “acomodem” e
regulem essas novas formas de representação. Tarefas
que, segundo Fausto, demandam tempo e,
principalmente, um grande esforço coletivo e
integrado de diversos setores da sociedade.
“Tenho chamado atenção que nós temos usado as
ferramentas do século XX para tentar resolver os
problemas do século XXI. Brinco sempre com a ideia
de que é como se estivéssemos apertando uma porca
com um alicate. Eu posso apertar, mas ela come as
laterais, o aperto não fica perfeito, e de certo
modo é isso que nós estamos fazendo. Nós, hoje, não
temos ferramentas nem teóricas nem de organização
para dar conta deste novo mundo que surgiu”,
reconhece o pesquisador.
“Nós não estamos falando só de uma crise como a
gente falava há 10 ou 15 anos do movimento sindical,
que era um problema muitas vezes interno, de
financiamento, de renovação de lideranças. Tudo isso
o movimento sindical tem e precisa resolver esses
problemas passados que não foram resolvidos. O
problema é que eles foram somados a um conjunto novo
de problemas futuros que, de fato, não é um problema
só dele, mas é um problema social geral”, concluiu.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/05/2024 -
Inflação dos mais pobres, INPC sobe 0,37% em abril
O indicador, usado para a correção do salário
mínimo, mede o poder de compra das famílias de baixa
renda do país
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
apresentou alta de 0,37% em abril, acima do
resultado observado em março, de 0,19%. O indicador,
usado para a correção do salário mínimo, mede o
poder de compra das famílias de baixa renda do país,
a partir da variação de preço de determinados
produtos e serviços consumidos por aqueles que têm
rendimento de 1 a 5 salários mínimos.
Segundo os dados, divulgados nesta sexta-feira
(10/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em abril de 2023 a taxa foi de
0,53%. No ano, o INPC acumula alta de 1,95% e nos
últimos 12 meses, de 3,23%, abaixo dos 3,40%
observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Os preços dos produtos alimentícios passaram de
0,50% de variação em março para 0,57%, em abril. A
variação dos não alimentícios também foi maior.
Enquanto em março a alta havia sido de 0,09%, em
abril foi de 0,31%.
Regionalmente, Fortaleza foi a única unidade da
Federação a registrar queda de preços em abril, um
recuo de 0,13%, influenciado pela energia elétrica
residencial (-3,98%) e pela gasolina (-3,97%). Já a
maior variação aconteceu em Aracaju (0,84%), por
conta das altas da cebola (27,77%) e do tomate
(23,20%).
Fonte: Correio Braziliense
13/05/2024 -
Centrais ajudam no socorro ao Sul
As Centrais Sindicais publicam Nota unitária em
apoio ao gaúcho, vitimado por enchentes
impressionantes. As oito entidades convocam o
sindicalismo a se engajar nas ações solidárias,
assim como na reconstrução do que foi perdido em um
grande número de cidades no Estado.
Nota:
UNIDOS PELA RECONSTRUÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL
(Chamados das Centrais Sindicais sobre a tragédia no
Rio Grande do Sul. Solidariedade, ação, preservação
de vidas, de empregos e direitos).
A tragédia que devasta o Estado do Rio Grande do Sul
exige ações solidárias urgentes de todo o poder
público, da sociedade e dos Sindicatos de todas as
Centrais Sindicais.
Dirigentes e militantes, muitos deles também vítimas
das enchentes, atenderam ao chamado e já estão na
linha de frente com as equipes de salvamento para o
resgate de vítimas, doações, abrigo, arrecadação e
distribuição de alimentos.
É um trabalho longo, que exige foco, dedicação e
unidade de ação.
Após esse esforço inicial, quando a água baixar
novos desafios se apresentarão. Vamos lutar em outra
frente para garantir, primeiramente, a preservação
das vidas. E também pela manutenção dos empregos e
direitos dos trabalhadores gaúchos.
Por isso, as Centrais Sindicais convocam todos os
seus filiados, em todo o território brasileiro, a se
engajar nessa ação solidária!”.
Assinam – CSB, CTB, CUT, Força Sindical,
Intersindical, Nova Central, Pública e UGT.
Fonte: Agência Sindical
13/05/2024 -
Ministros de Lula e "mercado" já falam em mexer
novamente na Previdência Social
Em 2019, o governo de Bolsonaro conseguiu aprovar
uma reforma da Previdência, em um duro golpe contra
os trabalhadores brasileiros. A reforma aumentou as
exigências de idade mínima e de tempo de
contribuição para requerer a aposentadoria, além de
mudar a forma de cálculo para rebaixar o valor dos
benefícios. Agora, antes de completar cinco anos
desse grave ataque, a Previdência Social volta a
entrar na mira do governo e do “mercado”.
Em vários jornais, aumentam o número de editoriais e
artigos de porta-vozes da burguesia que falam sobre
a suposta necessidade de uma nova reforma da
Previdência, repetindo a falácia do déficit. Ao
mesmo tempo, integrantes do governo Lula-Alckmin
intensificam declarações sobre “estudos” para mexer
na Previdência e nos pisos constitucionais de
investimentos em Saúde e Educação.
Propostas “na mesa”
Depois de falas de secretários dos ministérios da
Fazenda e do Planejamento, que ocorrem desde o
início do 3° mandato de Lula, nos últimos dias foram
os próprios ministros Fernando Haddad e Simone Tebet
a defenderem a desvinculação dos benefícios de
aposentados e pensionistas do valor do Salário
Mínimo (SM) e uma nova reforma da Previdência.
Em recentes entrevistas ao Valor Econômico e
Estadão, a ministra do Planejamento Simone Tebet
informou que o ministério estuda propostas para
desvincular alguns benefícios da política de
reajuste do Salário Mínimo. A ideia é que
aposentadorias e benefícios, como seguro-desemprego,
abono salarial e BPC (Benefício de Prestação
Continuada), não sejam mais reajustados de acordo
com o SM. Ou seja, querem impor um reajuste anual
ainda menor que a já irrisória correção do piso
nacional.
Já Fernando Haddad, no dia 2 de maio, postou em sua
conta na rede X (ex-Twitter), em que recomenda um
artigo do economista da FGV Bráulio Borges. Texto
sobre as contas públicas que aponta como solução
“atacar” a Previdência Social para “restaurar” o
equilíbrio fiscal.
Fim dos pisos constitucionais em saúde e educação
Outra proposta em debate, que seria encaminhada via
uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), é o fim
dos pisos de investimentos na Saúde e Educação.
Atualmente, por lei, os gastos com saúde devem ser,
no mínimo, de 15% da receita corrente líquida, e os
de educação, de 18% da receita líquida de impostos.
A proposta é não ter esse piso. Ou seja, na prática,
permitir a redução ainda maior dos investimentos
nessas áreas essenciais, afetando a prestação de
serviços como o SUS, as escolas públicas, creches,
salário dos professores, etc.
Tudo em nome do arcabouço fiscal dos banqueiros
As falas de Fernando Haddad e Simone Tebet só
confirmam que o governo Lula-Alckmin está aplicando
e pretende avançar com uma política econômica a
serviço dos interesses da burguesia. Esse é o
sentido do novo arcabouço fiscal de Lula e Haddad,
que impõe a mesma política de teto de gastos e
arrocho nos investimentos públicos para pagar a
fraudulenta Dívida Pública, que beneficia,
sobretudo, banqueiros e especuladores.
A classe trabalhadora precisa acender o alerta desde
já. Não se pode aceitar nenhuma dessas propostas
ultraliberais. Ao contrário, é preciso cobrar de
Lula a revogação das reformas da Previdência, bem
como da Trabalhista e do Ensino Médio, feitas por
Temer, e outros ataques aos direitos dos
trabalhadores.
Fonte: CSP-Conlutas
13/05/2024 -
Folha de pagamento de 17 setores será reonerada a
partir de 2025
Governo anuncia acordo após reunião com políticos
Após um acordo entre o governo, o Congresso Nacional
e representantes de 17 setores da economia, a folha
de pagamento para essas atividades continuará
desonerada neste ano, mas haverá alíquotas
gradualmente recompostas entre 2025 e 2028.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto),
detalhou o fechamento do acordo após reunião com o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o líder do
Governo do Senado, Randolfe Rodrigues (sem
partido-AP).
“Isso é importante porque vamos dar respaldo a uma
receita da Previdência, e é da lógica da reforma da
Previdência o equilíbrio das contas. Quando a gente
pega o sacrifício de um trabalhador que tem de, às
vezes, trabalhar um ano, dois anos, três anos a
mais, como aconteceu com a reforma da Previdência,
temos que compreender que, da parte da receita, tem
que haver uma correspondência do mesmo esforço”,
disse Haddad no Senado.
A reoneração começa no próximo ano, com a
contribuição patronal dos 17 setores à Previdência
Social sendo feita da seguinte forma:
• 2024: desoneração total;
• 2025: alíquota de 5% sobre a folha de pagamento;
• 2026: alíquota de 10% sobre a folha de pagamento;
• 2027: alíquota de 15% sobre a folha de pagamento;
• 2028: alíquota de 20% sobre a folha de pagamento e
fim da desoneração.
Modulação
Antes de anunciar o acordo no Senado, Haddad se
encontrou com os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) André Mendonça e Luiz Fux. O ministro
da Fazenda afirmou que o governo pedirá ao Supremo a
modulação da liminar concedida pelo ministro do STF,
Cristiano Zanin, que barrou a desoneração da folha
salarial de setores da economia. Por meio da
modulação, o Judiciário pode dar aval ao acordo para
o encerramento gradual do benefício.
Prorrogada até o fim de 2027, após a aprovação de um
projeto de lei que cinco ministros do Supremo
consideraram inconstitucional, a desoneração da
folha de pagamento permite que empresas de 17
setores substituam a contribuição previdenciária, de
20% sobre a folha de pagamento dos empregados, por
uma alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.
Em vigor desde 2012, a desoneração permite que as
empresas dos setores beneficiados contribuam menos
para a Previdência Social e, em tese, contratem mais
trabalhadores.
No fim do ano passado, o Congresso aprovou o projeto
de lei que também reduziu de 20% para 8% da folha a
contribuição para a Previdência Social de pequenos
municípios. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
vetou o texto, mas o Congresso derrubou o veto no
fim do ano passado.
Nos últimos dias de 2023, o governo editou uma
medida provisória revogando a lei aprovada. Por
falta de acordo no Congresso para aprovar o texto, o
governo concordou em transferir a reoneração para
projetos de lei.
No entanto, no fim de abril, a Advocacia-Geral da
União recorreu ao Supremo. O ministro Cristiano
Zanin, do STF, acatou o pedido de suspensão imediata
da desoneração da folha e da ajuda aos pequenos
municípios. Desde então, o governo vem tentando
chegar a um acordo com os 17 setores da economia.
Fonte: Congresso em Foco
13/05/2024 -
TSE marca julgamento de recursos que podem cassar
Sergio Moro
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para as
sessões dos dias 16 e 21 deste mês o julgamento dos
recursos que pedem a cassação do mandato do senador
Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava
Jato.
O tribunal vai julgar recursos do PL e do PT contra
a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do
Paraná, que rejeitou a cassação do parlamentar no
mês passado. De acordo com as siglas, o senador
cometeu abuso do poder econômico por meio do uso
irregular de recursos de campanha nas eleições de
2022. Além disso, segundo os partidos, o parlamentar
se beneficiou de sua exposição como pré-candidato à
presidência, quando ainda estava filiado ao Podemos,
na disputa pelo Senado no Paraná.
No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou
atos de pré-candidatura à Presidência da República.
De acordo com a acusação, houve “desvantagem
ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo
de senador diante dos “altos investimentos
financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla
e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.
De acordo com o Ministério Público, foram gastos
aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo
Partidário, com o evento de filiação de Moro ao
Podemos e com a contratação de produção de vídeos
para promoção pessoal, além de consultorias
eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares
de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
Os advogados de Moro defenderam a manutenção do
mandato e negaram irregularidades na pré-campanha.
De acordo com o advogado Gustavo Guedes, Moro não se
elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha “mais
robusta”, conforme acusam as legendas.
Moro pode alterar cenário político
Os partidos do presidente Lula e do ex-presidente
Bolsonaro esperavam com a eventual cassação de Moro
iniciar uma nova disputa eleitoral no Paraná pela
cadeira no Senado. No PT, a disputa estava entre a
presidente nacional da sigla, deputada Gleisi
Hoffmann (PT-PR), e o ex-líder da bancada petista na
Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR).
Fonte: Congresso em Foco
13/05/2024 -
Inflação oficial fica em 0,38% em abril deste ano
Alimentos e remédios puxaram alta de preços
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), que mede a inflação oficial no país,
registrou taxa de 0,38% em abril deste ano. O
indicador ficou acima do observado no mês anterior
(0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano
passado (0,61%).
Segundo dados divulgados na sexta-feira (10) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o IPCA acumula taxa de inflação de 1,8% no
ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 3,69%,
abaixo dos 3,93% acumulados até março e dentro do
limite de meta definido pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) para este ano: entre 1,5% e 4,5%.
Os principais responsáveis pela inflação de abril
foram os alimentos e os gastos com saúde e cuidados
pessoais. O grupo de despesas alimentação e bebidas
registrou alta de preços de 0,7% no mês, puxada por
itens como mamão (22,76%), cebola (15,63%), tomate
(14,09%) e café moído (3,08%).
Fonte: Agência Brasil
13/05/2024 -
Senado terá decisão final sobre projeto da nova Lei
do Primeiro Emprego
O projeto da nova Lei do Primeiro Emprego (PL
5.228/2019), de autoria do senador Irajá (PSD-TO),
cria mecanismos para a inserção de jovens entre 18 e
29 anos no mercado de trabalho e institui o contrato
de primeiro emprego na carteira de trabalho. Para
isso, os jovens devem estar matriculados
regularmente e não terem a carteira de trabalho
assinada anteriormente. O projeto foi aprovado no
Senado em 2021, na Câmara dos Deputados, em novembro
de 2023, com modificações, e agora está novamente no
Senado para decisão final.
Fonte: Agência Senado
10/05/2024 -
Rogério Marinho (PL) apresenta na CCJ veto à taxa
assistencial
Nesta quarta-feira (8), o senador Rogério
Marinho (PL-RN) apresentou, parecer favorável na CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) ao PL 2.830/19,
com emenda sobre direito de oposição do empregado à
cobrança da contribuição assistencial prevista no PL
2.099/23.
O PL 2.099, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
foi
aprovado na CAE (Comissão de Assuntos
Econômicos), com parecer de Marinho, que veta
cobrança da taxa assistencial. O projeto, agora,
está na CAS (Comissão de Assuntos Sociais), sob a
relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS),
que articula parecer de consenso, favorável à
cobrança da taxa, nos termos
julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em
setembro de 2023.
O PL 2.830/19, de autoria do senador Styvenson
Valentim, modifica o artigo 883-A da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), para
estabelecer que a decisão judicial transitada em
julgado poderá ser levada a protesto, gerar
inscrição do nome do executado em órgãos de proteção
ao crédito ou no BNDT (Banco Nacional de Devedores
Trabalhistas) depois de transcorrido o prazo de 15
dias da citação do executado, se não houver garantia
do juízo.
Em síntese, pelo projeto reduz-se de 45 para 15 dias
o prazo, a partir da citação do executado, para que
sofra protesto e inscrição de nome em órgãos de
proteção ao crédito, em razão de decisão
condenatória na Justiça do Trabalho.
Como pode ser constatado pela ementa — resumo do
projeto —, o texto original nada tem a ver com a
questão da contribuição assistencial aos sindicatos
de trabalhadores.
Todavia, o relator tratou de aprovar no parecer dele
emenda estranha ao texto original do projeto de lei.
Assim, o texto pode ser alterado, se aprovado com as
3 emendas, na CCJ, cujo novo parecer, o relator
incluiu o direito de oposição do empregado à
cobrança da contribuição assistencial.
O senador Rogério Marinho tenta, de todo modo,
inviabilizar o financeiramente dos sindicatos no
País.
Taxa ou contribuição assistencial
Essa contribuição, nada tem a ver com o antigo imposto
sindical, cuja contrarreforma trabalhista, de 2017,
na prática extinguiu. Trata-se, pois, de
financiamento dos sindicatos, conforme decisão do
STF, em razão de aprovação de acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
O percentual da contribuição não é automático. É
definido em assembleia geral da categoria
profissional ou econômica convocada para tal fim.
O imposto sindical era, na realidade, contribuição
anual que o empregado fazia, de forma compulsória,
ao sindicato da categoria de trabalho dele. O valor
descontado era de 1 dia de salário por ano.
Tramitação
Antes de ser analisado pela CCJ, o projeto foi
aprovado pela CAS (Comissão de Assuntos
Sociais), em dezembro de 2019. Desse modo, se
aprovado, o texto pode ser encaminhado, salvo
recurso ao plenário, em contrário, ao exame da
Câmara dos Deputados.
A matéria deve retornar à pauta para discussão e
votação na próxima reunião da CCJ. Vale ressaltar
que ainda poderá ser pedido vista do projeto.
Fonte: Diap
10/05/2024 -
Paim destaca aprovação do decreto de calamidade
pública no Rio Grande do Sul
O senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou em
pronunciamento na quarta-feira (8) a importância da
aprovação do Decreto Legislativo (Decreto 236, de
2024), que reconhece o estado de calamidade pública
no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024.
O parlamentar enfatizou que o decreto autoriza a
União a tomar medidas excepcionais para acelerar o
envio de recursos para implementação das ações
necessárias para a reconstrução do estado após as
enchentes que atingiram quase todos os municípios
gaúchos.
— Isso é fundamental para que o governo do
presidente Lula possa aumentar os recursos e criar
incentivos fiscais para cumprir com sua obrigação na
ajuda, sem precisar cumprir regras sobre o limite de
gastos. Ele também flexibiliza as regras para a
contratação de serviços e compra de produtos por
parte do poder público. Por intermédio do decreto,
poderá haver a suspensão do pagamento da dívida do
estado durante a calamidade, reconstrução da
infraestrutura de estradas, saúde, assistência,
educação e habitação — enfatizou.
O senador ressaltou que cerca de 80% do território
gaúcho precisa ser reconstruído, o que deve demandar
“bilhões de reais em investimentos”. Ele também
anunciou a instalação de uma Comissão Externa para
tratar da tragédia e defendeu uma política nacional
contra catástrofes.
— O Brasil carece de um planejamento robusto, de
curto, médio e longo prazo, para a prevenção e
precaução de acidentes climáticos, a ser incorporado
como política de Estado. A Comissão tem por objetivo
centralizar e apresentar propostas legislativas,
acompanhar e fiscalizar os recursos destinados, além
de primar pelo respeito ao meio ambiente e aos
direitos humanos — destacou.
Fonte: Agência Senado
10/05/2024 -
A desoneração da folha e o futuro da Previdência
Social
O debate sobre a judicialização da desoneração
da folha proporciona excelente oportunidade para o
governo transformar desafios em oportunidades, isto
é, aproveitar o momento para ampliar a base de
custeio mediante a mudança da fonte de financiamento
da parte patronal da Previdência Social, passando da
folha de pagamento para a receita ou o faturamento
das empresas.
Antônio Augusto de Queiroz*
Essa medida soluciona um dos problemas estruturais
da Previdência Social.
Mas antes de prosseguir, é fundamental 2
esclarecimentos.
Previdência Pública é essencial
O primeiro é que a Previdência Pública universal é
essencial para a paz social no País e precisa ser
preservada e ampliada, pois essa responde pelas
aposentadorias — por idade, por tempo de
contribuição e por invalidez —, pelas pensões por
morte, auxílios-doença e reclusão, salário
maternidade e reabilitação profissional em caso de
acidente e doença.
O segundo é que a sugestão deste texto não visa
reduzir a participação total dos empregadores no
financiamento da Previdência — a contribuição
patronal —, mas sim ampliar a base de custeio e
modificar a fonte de financiamento da Previdência
para o faturamento ou receita, na parte que cabe às
empresas no custeio da Previdência Social pública,
buscando equacionar os problemas relacionados ao
capital morto — em máquinas, equipamentos e IA
(Inteligência Artificial) —, ao aumento de
produtividade do trabalho e às novas formas de
contratação.
Os trabalhadores permaneceriam contribuindo com base
na folha salarial, com percentual da remuneração, e
a aposentadoria continuaria sendo calculada com base
nos salários de contribuição ao longo da vida
profissional.
Feitos os esclarecimentos, é preciso registrar que a
simples desoneração da folha só faria sentido se
viesse acompanhada de 5 condições essenciais:
1) preservação dos benefícios previdenciários, com
garantia de repasse automático do valor
correspondente à eventual perda de receita, como já
ocorre atualmente — em 2025, o governo estima que
essa compensação seria da ordem de R$ 11 bilhões, se
mantida a desoneração;
2) implementação de mecanismos para evitar
volatilidade nas receitas previdenciárias,
especialmente em períodos de crise;
3) redução gradual da alíquota sobre a folha, porém
sem eliminar essa fonte, como forma de permitir a
fiscalização das obrigações fiscais das empresas;
4) aumento da competitividade nacional; e,
5) estímulo à formalização do mercado de trabalho.
Porém, isto nunca aconteceu: nem no governo Dilma
nem na prorrogação feita pelo Congresso Nacional no
terceiro governo Lula.
Ampliar as fontes e mudar a de financiamento
Atualmente, é indiscutível que o financiamento da
parte patronal da Previdência Social via folha de
pagamento está rapidamente se esgotando,
especialmente com a revolução tecnológica e as novas
formas de trabalho sem vínculo formal¹.
Portanto, urge ampliar as fontes de custeio e mudar
a fonte de financiamento antes que o sistema entre
em colapso ou as empresas se recusem a migrar devido
à alíquota a ser fixada sobre o faturamento ou
receita.
Com as formas precárias de trabalho, como a
“uberização” e a pejotização, acompanhadas pela
automação e digitalização que substituem a mão de
obra humana pelo trabalho das máquinas, além do
envelhecimento da força de trabalho ativa e aumento
da pressão sobre as contas da Previdência Social, as
receitas previdenciárias provenientes da folha de
pagamento já estão conduzindo à insuficiência de
financiamento da Previdência dentro do sistema de
Seguridade Social. Isso resulta no crescente uso de
recursos fiscais para cobrir o “déficit”.
Agora, considere o que acontecerá com a ampliação e
aceleração do emprego da inteligência artificial. É
evidente que, mantido esse modelo de financiamento,
o sistema previdenciário se tornará insustentável a
curto prazo, levando à ruína da Previdência Social
pública.
Evitar novas reformas com viés fiscal
No cenário atual, com receita previdenciária
insuficiente para pagar todos os benefícios do INSS
(Instituto Nacional de Seguro Social), o governo
inevitavelmente será compelido a implementar novas
reformas com viés fiscal, as quais acabariam
penalizando duplamente os aposentados e pensionistas
e os trabalhadores ou os filiados à Previdência
Social pública.
No caso dos aposentados e pensionistas, o governo
seria inicialmente pressionado a desvincular o
salário mínimo do piso de benefícios da Previdência
Social, especialmente enquanto durasse a política de
aumento real do mínimo, e, posteriormente, a
suprimir o reajuste automático dos benefícios,
promovendo arrocho nas aposentadorias e pensões.
Essa possibilidade impactaria, ainda, os benefícios
da Assistência Social, o seguro-desemprego, o abono
salarial e outras políticas de renda que têm como
referência o salário mínimo.
Adiamento no acesso, com a redução do valor
No caso dos trabalhadores ou filiados ao RGPS (Regime
Geral de Previdência Social), a cargo do INSS, os
prejuízos adviriam, de um lado, do aumento da
alíquota e do tempo de contribuição, e, de outro, da
redução dos futuros benefícios. Ou seja, seriam
punidos com o adiamento no acesso ao benefício e com
a redução no seu valor.
Além disso, a continuidade do atual sistema
prejudica os setores intensivos em mão de obra, os
quais enfrentam alíquota de pelo menos 20% sobre o
total da folha, enquanto beneficia setores que
empregam pouco, mas possuem alto faturamento, como
as big techs, o agronegócio e o sistema financeiro,
além de outros segmentos com automação elevada ou
pouca dependência de mão de obra direta. Esse
sistema não é sustentável para o futuro da
Previdência Social pública.
Base de custeio e fonte de financiamento
Com a ampliação da base de custeio mediante a mudança
da fonte de financiamento da parte patronal da
Previdência, da folha para o faturamento ou a
receita, desde que realizada com alíquota compatível
com o que é devido pelos contribuintes patronais ao
sistema previdenciário, a arrecadação permaneceria
constante, mesmo diante da automação da produção, do
uso de IA, da pejotização das relações de trabalho
ou de demissões de funcionários, pois não dependeria
de vínculos formais de emprego.
Seria a solução mais sustentável frente ao
envelhecimento da população e às alterações nos
modus de produção e prestação de serviços.
Além disso, com essa mudança, o governo superaria a
controvérsia atual sobre a desoneração da folha, que
tem sido problemático na relação do Poder Executivo
com parte do empresariado e com o Congresso
Nacional, e evitaria a necessidade de reformas
frequentes para manter o pagamento dos benefícios
previdenciários sempre que houvesse diminuição do
vínculo formal do empregado, independentemente da
motivação.
Portanto, a forma mais eficaz de assegurar receitas
mais perenes para a Previdência Pública e evitar
reformas que prejudiquem os segurados e os
beneficiários do RGPS a curto prazo, dentre outras
medidas, passa pela ampliação da base de custeio com
a mudança de fonte de financiamento, já que as
empresas continuarão faturando e tendo receitas.
A tendência é que, por força das novas formas de
trabalho, assim como do uso intensivo de tecnologia,
os empreendimentos dependem cada vez menos de mão de
obra humana. Esse tema é urgente e a mudança já
deveria ter sido feito na emenda à Constituição da
Reforma Tributária.
(*) Jornalista, analista e consultor político,
mestre em Políticas Públicas e Governo (FGV).
Sócio-diretor das empresas “Consillium Soluções
Institucionais e Governamentais” e “Diálogo
Institucional Assessoria e Análise de Políticas
Públicas”, foi diretor de Documentação do Diap. É
membro do Cdess (Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável da Presidência da
República) - Conselhão. Publicado originalmente na
revista eletrônica Teoria&Debate.
___________________
1 Na Índia, com força de trabalho de quase 1 bilhão
de pessoas, apenas 100 milhões possuem emprego
formal.
Fonte: Diap
10/05/2024 -
Depois do 1º de Maio; por João Guilherme
O fracasso da convocação para o ato comemorativo do
1º de Maio em São Paulo, pelas centrais sindicais,
ofuscou a comemoração do dia 28 de abril em memória
das vítimas de acidentes e mortes no trabalho, o
forte texto unitário publicado na Folha no próprio
dia 1º de maio e várias comemorações que tiveram
êxito no Paraná, no Pará, na Bahia, como exemplos.
Com o foco no desastre paulistano as redes sociais e
a mídia grande decretaram a falência do movimento
sindical e alguns cronistas e editoriais louvaram o
fim do trabalho organizado, exigindo ao mesmo tempo
que as direções sindicais passassem a representar
todos os trabalhadores informais, uberizados,
precários e todo o resto.
Mas é preciso cabeça fria para analisar os fatos e,
sem procurar culpados, compreender o acontecido e
tomar as medidas necessárias à correção de rumos.
Em primeiro lugar reconhecer a falência do modelo de
comemoração baseado na manifestação de massa, que só
ocorre em função de motivações muito concretas que
mobilizem multidões.
As eventuais comemorações futuras do 1º de Maio
devem ampliar sua abrangência nacional com atos
agregadores dos dirigentes e ativistas, abertos aos
trabalhadores e às trabalhadoras, mas sem a
expectativa de comparecimento maciço.
E, o que é fundamental, as direções devem
urgentemente “subir” às bases, refazendo e
garantindo as relações com os trabalhadores e as
trabalhadoras em seu dia a dia, a partir dos locais
de trabalho, em especial com os sindicalizados
atuais, sem o que nada de mais efetivo pode ser
feito.
Mudar o modelo das comemorações e “subir” às bases
são, portanto, as duas grandes lições que podem, se
compreendidas, restaurar a relevância do movimento
sindical em defesa da democracia e dos direitos em
um país de vida política normalizada.
Toda solidariedade aos atingidos pelas enchentes no
Rio Grande do Sul, esforço compartilhado também pelo
movimento sindical, que já se exerce
João Guilherme Vargas Netto, assessor sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil
10/05/2024 -
Mulher vítima de violência terá prioridade em
atendimento, aprova CDH
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na
quarta-feira (8) um projeto de lei que estabelece
prioridade à mulher vítima de violência doméstica no
atendimento social, psicológico e médico. O Projeto
de Lei (PL) 2.737/2019, da Câmara dos Deputados,
recebeu relatório favorável da senadora Janaína
Farias (PT-CE). O texto segue agora para o Plenário,
que também analisará requerimento de urgência.
Na reunião presidida pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), Janaína afirmou que dar prioridade a essas
mulheres é uma forma de contornar as consequências
da violência sofrida.
— É claro que a violência afeta as mulheres de
maneiras diferentes, provocando reações e
consequências variadas. [Cabe] ao Estado prover o
atendimento rápido e eficaz às mulheres que, em
situação de vulnerabilidade decorrente da violência,
dele necessitem. Por isso, a prioridade prevista no
projeto é tão relevante, servindo a minorar as
consequências da violência e a proporcionar sem
demora a recuperação da mulher — disse a relatora.
O texto altera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de
2006) para estabelecer o atendimento prioritário no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema
Único de Segurança Pública (Susp) e da Lei
Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742, de 1993).
Fonte: Agência Senado
09/05/2024 -
STF suspende julgamento sobre idade mínima para
aposentadoria especial
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, pediu vista, nesta terça-feira (7/5), dos
autos do julgamento do Plenário sobre alguns pontos
da reforma da Previdência de 2019, dentre eles o
requisito etário para a concessão de aposentadoria
especial a segurados expostos a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde.
Com o pedido de vista, a análise do caso foi
suspensa. O término da sessão virtual estava
previsto para a próxima sexta-feira (10/5).
Antes da interrupção do julgamento, quatro ministros
haviam se manifestado. Dois deles validaram os
trechos da reforma questionados, enquanto os outros
dois votaram a favor de invalidar tais pontos.
Contexto
Com a reforma de 2019, o tempo de contribuição e
efetiva exposição deixaram de ser os únicos
requisitos para a modalidade de aposentadoria
especial. Agora, também é preciso atingir uma idade
mínima, que varia de 55 a 60 anos conforme o total
de anos de contribuição na atividade especial.
A ação direta de inconstitucionalidade foi ajuizada
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Indústria (CNTI). Segundo a entidade, a fixação de
uma idade mínima obriga o trabalhador a exercer a
atividade insalubre mesmo após o tempo máximo,
previsto em lei, de exposição ao agente nocivo.
A CNTI também pede a inconstitucionalidade da
proibição de conversão do tempo especial em tempo
comum para a aposentadoria voluntária desses
trabalhadores — outra regra estabelecida pela
reforma.
A autora argumenta que, na contagem diferenciada, o
valor total pago à Previdência pelo segurado sujeito
a agente nocivo supera o valor recolhido pelo
segurado que trabalha sob condições normais.
Por fim, a entidade quer invalidar a regra da
reforma que reduziu o valor da aposentadoria
especial de 100% para 60% sobre o salário de
benefício.
A CNTI alega que o trabalhador sujeito a agentes
nocivos recolhe um montante superior de contribuição
previdenciária, mas recebe proventos em um valor
inferior ao do segurado que trabalha em condições
normais.
Matéria completa:
https://www.conjur.com.br/2024-mai-07/stf-suspende-julgamento-sobre-idade-minima-para-aposentadoria-especial/
Fonte: Consultor Jurídico
09/05/2024 -
Lula quer contrapartida empresarial para negociar
desoneração da folha
Presidente concedeu entrevista a emissoras de
rádio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta
terça-feira (7) que quer negociar com empresários a
desoneração da folha de pagamento. A declaração foi
feita em entrevista a emissoras de rádio durante o
programa Bom Dia, Presidente, produzido pela Empresa
Brasil de Comunicação (EBC).
“O empresário quer reduzir o que ele paga. Ele vai
transformar isso em empregos novos? Ele vai
transformar isso em aumento do salário? Ele vai
transformar isso em estabilidade? Desoneração, do
jeito que eles querem, é só para aumentar o lucro. É
isso o que eles querem. Nós queremos que tenha
contrapartida.”
Segundo Lula, o governo decidiu pedir a suspensão da
desoneração da folha ao Supremo Tribunal Federal
(STF) no intuito de chamar os empresários dos
setores envolvidos para sentar à mesa e negociar:
"que cada empresário diga o que vai fazer”.
“Esse negócio de dizer que é para manter emprego,
ninguém garante que mantém emprego. Qual é o
contrato que diz que ele vai garantir emprego? Quem
é que diz que, na primeira crise, ele não manda
gente embora? Não tem nada escrito. O que nós
queremos é apenas seriedade dos empresários.”
Fonte: Agência Brasil
09/05/2024 -
Custo da cesta básica sobe em 10 capitais
brasileiras no mês de abril
Fortaleza liderou o ranking, com alta de 7,76% em
relação a março
Em abril, o custo da cesta básica subiu em 10 das 17
capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa
Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada
mensalmente pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre março e abril, as maiores elevações na cesta
básica foram registradas nas capitais nordestinas. A
que apresentou a maior alta no período foi
Fortaleza, com aumento de 7,76%, seguida por João
Pessoa (5,40%), Aracaju (4,84%), Natal (4,44%),
Recife (4,24%) e Salvador (3,22%). Já as maiores
quedas ocorreram em Brasília (-2,66%), Rio de
Janeiro (-1,37%) e Florianópolis (-1,22%).
A cesta mais cara do país foi observada em São
Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos
custava, em média, R$ 822,24, seguida pela do Rio de
Janeiro (R$ 801,15).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a
composição da cesta é diferente, os menores valores
médios foram registrados em Aracaju (R$ 582,11),
João Pessoa (R$ 614,75) e Recife (R$ 617,28).
Com base no custo da cesta mais cara do país - a de
São Paulo – e, levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o
salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as
despesas de um trabalhador e da família dele com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese
estimou que o salário-mínimo ideal deveria ser de R$
6.912,69 em abril, o que representa 4,90 vezes o seu
valor atual, estabelecido em R$ 1.412,00.
Fonte: Agência Brasil
09/05/2024 -
Lula tem melhora em avaliação de governo e aprovação
pessoal, diz AtlasIntel
De acordo com o levantamento, 43% veem o governo
Lula como ótimo ou bom, contra 38% na pesquisa
anterior
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou
melhora em sua aprovação pessoal e na avaliação
positiva de seu governo em relação a março, apontou
pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça-feira.
De acordo com o levantamento, 43% veem o governo
Lula como ótimo ou bom, contra 38% na pesquisa
anterior do instituto realizada em março. Ao mesmo
tempo, 41% enxergam a gestão como ruim ou péssima,
repetindo o patamar da sondagem anterior, enquanto
15% veem a administração como regular, ante 18% em
março.
Sobre a avaliação pessoal de Lula, a AtlasIntel
apontou que 51% aprovam, ante 47% em março, enquanto
45% desaprovam, contra 46% na pesquisa anterior.
De acordo com o levantamento, as duas áreas de
atuação do governo com pior avaliação entre os
entrevistados são segurança pública e política
industrial e energética, com 53% de ruim e péssimo
cada. Na outra ponta, as áreas com melhor avaliação
são educação, com 44% de ótimo e bom, e agricultura,
com 43%.
A AtlasIntel também indagou qual o principal
problema do Brasil na opinião dos que responderam à
pesquisa, e os dois mais apontados foram
criminalidade e tráfico de drogas, com 59%, e
corrupção, com 54%.
Sobre a atual situação econômica do Brasil, 32% a
avaliaram como boa, ante 28% em março. Ao mesmo
tempo, 45% avaliaram o cenário econômico atual como
ruim, ante 53%, e 23% enxergaram como regular,
contra 19%.
Já sobre a expectativa para a situação econômica do
país daqui a seis meses, 52% apontaram que vai
melhorar, ante 50% em março, enquanto 33% entendem
que vai piorar, contra 42% na pesquisa anterior.
Para 15% a situação seguirá inalterada, ante 9% na
sondagem anterior.
A pesquisa AtlasIntel foi feita junto a 1.904
pessoas que responderam um questionário online entre
os dias 3 e 6 de maio. A margem de erro da pesquisa
é de 2 pontos percentuais.
Fonte: Brasil247
09/05/2024 -
Ministros e deputados do PT criticam sugestão de
Tebet para desvincular aposentadoria do aumento real
do salário mínimo
Medida é considerada prejudicial aos interesses
dos trabalhadores
A proposta de desvincular o pagamento das
aposentadorias do INSS da política de aumento real
do salário mínimo conta com a oposição de
ministérios de áreas sociais e abre nova frente de
críticas de deputados do PT a medidas consideradas
lesivas aos trabalhadores.
De acordo com a ministra, o país não consegue
estender indefinidamente a política de valorização
do mínimo à aposentadoria, ao Benefício de Prestação
Continuada (BPC), ao seguro-desemprego e ao abono
salarial. “Teremos que cortar o gasto público pela
convicção ou pela dor”, afirmou Tebet.
O ministro do Trabalho Luiz Marinho declarou à
coluna da jornalista Vera Rosa, no jornal O Estado
de S.Paulo, que é totalmente contra a proposta, que
considerou “absurda”.
Para o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), a
sugestão apresentada por Tebet não tem como
prosperar porque tiraria renda da parte mais pobre
da população.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o
partido não tem como apoiar a proposta de
desvincular as aposentadorias do aumento real do
salário mínimo. O deputado federal Lindbergh Farias
(PT-RJ) também criticou a sugestão, considerando-a
parte do “austericídio”.
Fonte: Brasil247
09/05/2024 -
TST anula decisão que ignorou laudo ao conceder
adicional de insalubridade
Por unanimidade, a 8ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho reformou a decisão do Tribunal Regional do
Trabalho da 17ª Região (ES) em que uma
transportadora de Marechal Floriano (ES) foi
condenada a pagar adicional de insalubridade a um
operador de equipamentos. Segundo o colegiado, o TRT
se equivocou ao desprezar um laudo pericial em
sentido contrário.
O operador ajuizou a ação trabalhista em dezembro de
2020, com pedido de adicional de insalubridade,
informando que trabalhava exposto a produtos
químicos, ruídos e poeira mineral sem usar máscara
ou capa de proteção. Ele afirmou ainda que operava
uma minipá carregadeira e que as vibrações do
veículo, as trepidações, os desníveis e, sobretudo,
o ruído emitido pelo motor justificavam o adicional.
O pedido foi negado pela 10ª Vara do Trabalho de
Vitória, mas depois concedido pelo TRT-17, que
determinou o pagamento do adicional no grau médio
(20%). Segundo a corte regional, os equipamentos de
proteção individual não eliminam a nocividade, que
pode resultar em perda auditiva e trazer diversas
outras consequências prejudiciais à saúde.
O TRT fundamentou ainda a concessão do adicional em
situações verificadas em outros julgados,
“principalmente em precedente do Supremo Tribunal
Federal (STF) acerca de aposentadoria especial de
trabalhadores expostos a agentes insalubres”.
Laudo não constatou insalubridade
A empresa, então, apelou ao TST alegando que o laudo
pericial não havia identificado trabalho em
condições insalubres. Segundo a ré, a Norma
Regulamentadora (NR) 15 do Ministério do Trabalho e
Emprego exige avaliação técnica pericial para
comprovar a insalubridade. “O laudo técnico é
expresso ao informar que a exposição ao ruído era
pontual, e ainda assim, quando existia, era
eliminada pela utilização dos EPIs”, sustentou a
empresa.
O desembargador convocado Eduardo Pugliesi, relator
do recurso, sustentou que o julgador não precisa se
limitar à conclusão do perito, pois ele pode
utilizar outras provas para formar o seu
convencimento. Contudo, no caso, o TRT se equivocou
ao desprezar a conclusão pericial e conceder o
adicional em grau médio ao operador.
Na sua avaliação, o laudo é claro ao dizer que,
embora o empregado tivesse exposição pontual a ruído
acima do limite de tolerância, foi comprovado que o
fornecimento do EPIs era suficiente para neutralizar
o ambiente insalubre. Por outro lado, não há
qualquer elemento que demonstre a exposição habitual
aos agentes insalubres ou que permita afastar a
análise pericial. “O juiz não pode ignorar a prova
técnica e invocar apenas a sua própria convicção
sobre a matéria para deferir o adicional de
insalubridade”, concluiu o relator. A decisão foi
unânime. Com informações da assessoria de imprensa
do TST.
Clique
aqui para ler o acórdão
RRAg 988-94.2020.5.17.0010
Fonte: Consultor Jurídico
09/05/2024 -
CE aprova duas ausências anuais para trabalhador
participar de atividade escolar
A Comissão de Educação (CE) aprovou, nesta
terça-feira (7), projeto que dá ao trabalhador o
direito de se ausentar do trabalho duas vezes por
ano para participar de reuniões e atividades
culturais na escola dos filhos.
A proposta, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO),
recebeu voto favorável do relator, o senador Cid
Gomes (PSB-CE) e agora segue para a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), para decisão
terminativa. O relatório foi lido na comissão pelo
senador Izalci Lucas (PL-DF).
Conforme o PL 4.138/2019, o trabalhador poderá se
ausentar do trabalho uma vez a cada semestre, no
período do dia em que for necessário, para
participar de reunião, diálogo com os professores ou
atividade cultural ou extracurricular organizada
pela escola dos filhos, desde que devidamente
atestado por servidor da direção. O projeto altera o
artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Fonte: Agência Senado
08/05/2024 -
Lula tem aprovação de 50,7% e governo é "ótimo" ou
"bom" para 37,4%, aponta pesquisa CNT/MDA
Segundo pesquisa do mesmo instituto em janeiro, a
aprovação de Lula era de 55,2%
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT) nesta terça-feira (7) aponta que a
aprovação do presidente Lula (PT) sofreu uma queda,
enquanto a avaliação negativa do governo federal
cresceu. De acordo com os dados, 50,7% dos
entrevistados aprovam o desempenho de Lula à frente
do governo, enquanto 43,7% desaprovam. Esse índice
marca uma diminuição de quatro pontos percentuais na
aprovação do presidente em comparação com a pesquisa
anterior, realizada em janeiro, na qual Lula contava
com 55,2% de aprovação.
No que diz respeito à avaliação do governo federal,
os resultados também apontam para uma queda na
percepção positiva: 37,4% dos entrevistados
consideraram a gestão como positiva, uma redução de
cinco pontos percentuais em relação à pesquisa
anterior. Por outro lado, a avaliação negativa do
governo cresceu mais de dois pontos, atingindo 30,5%
em maio. Aqueles que consideram o governo como
regular somam 30,6%, enquanto 1,5% não souberam ou
não responderam.
A pesquisa foi realizada presencialmente, ouvindo
2.002 pessoas entre os dias 1º e 5 de maio. A margem
de erro é de 2,2 pontos percentuais, com um nível de
confiança de 95%.
Fonte: Brasil247
08/05/2024 -
Campanha incentiva participação de jovens em
movimentos sindicais
Iniciativa é do Ministério Público do Trabalho
(MPT)
O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza,
durante todo este mês, a campanha Maio Lilás, que
busca estimular a participação dos jovens nos
sindicatos de trabalhadores. A campanha faz parte de
um conjunto de ações previstas no projeto
estratégico da Coordenadoria Nacional de Promoção da
Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis) do
MPT, denominado Sindicalismo e Juventude, que será
desenvolvido como piloto nas procuradorias regionais
do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro), 2ª Região
(São Paulo), 4ª Região (Rio Grande do Sul), 17ª
Região (Espírito Santo) e 20ª Região (Sergipe).
Segundo a procuradora regional do Trabalho Viviann
Brito Mattos, titular da Conalis, no âmbito do
projeto, foi feita uma análise da diversidade nos
sindicatos. “A gente percebeu que os sindicatos,
além de nem todos terem uma participação da
juventude dentro da sua própria estrutura, não havia
uma aproximação em relação às lutas da juventude
trabalhadora, que é mais suscetível, no momento
atual, ao subemprego, à precarização”, disse ela
nesta segunda-feira (6) em entrevista à Agência
Brasil.
O projeto buscar abrir espaço e diálogo social,
aproximando dois atores sociais, que são a juventude
trabalhadora e o movimento sindical. “Porque, a
partir do momento em que os jovens não têm voz, não
são ouvidos e acompanhados, isso dá uma perda em
termos de negociação coletiva, na proteção dos
direitos dos trabalhadores e, sobretudo, contribui,
inclusive, para a precarização dos direitos. E o
sindicato, por sua vez, quando não se aproxima da
juventude, ele deixa de conhecer a realidade daquele
momento, daquele jovem”, ressaltou.
Formas de trabalho
Viviann Brito Mattos destacou o surgimento de novas
formas de trabalho, que "ameaçam o futuro do próprio
emprego e precisam ser debatidas". "Todos os atores
envolvidos serão afetados e, no caso, a juventude é
aquela que vai ser a mais afetada no primeiro
momento.” Por isso, a procuradora defende o diálogo
entre a juventude trabalhadora e os sindicatos,
visando tornar o país mais justo para toda a
população.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) revelam que o número de filiados em
sindicatos com idade entre 16 e 29 anos caiu de 3
milhões para 1,3 milhão no Brasil, entre 2012 e
2022, o que representa perda de 55%. A procuradora
observou que esse é um fenômeno que ocorre também em
outros países. Para Viviann, a não filiação tem uma
série de razões. Uma delas tem a ver com mitos ou
representações sociais negativas.
Na avaliação da procuradora, o jovem está mais
suscetível a pressões externas, porque está em uma
faixa de idade em que muitas vezes não consegue nem
trabalhar, nem estudar. É a chamada geração nem-nem.
Além de sofrer com o desemprego, há o problema da
precarização, ou seja, da informalidade.
Ganho duplo
A coordenadora da Conalis argumentou que, com a
filiação aos sindicatos, ganham os dois lados:
jovens e os próprios movimentos sindicais. “Porque
hoje o que nós temos é um sindicato que precisa se
revitalizar e ele só se revitaliza a partir do
momento em que traz a juventude, dialoga com a
juventude. E esta precisa da proteção de direitos. E
para a proteção desses direitos, o sindicato é o
caminho. Só uma ação coletiva de direitos tem
condição de melhorar as condições de trabalho.”
A campanha Maio Lilás segue até o final deste mês. O
MPT tem o papel de aproximar as partes, para que
elas possam dialogar. Viviann deixou claro que esse
diálogo não significa que as duas partes precisam
concordar com tudo, “porque pode-se chegar ao um
mesmo resultado tendo opiniões diversas, mas com um
centro de convergência e aquilo pelo qual se luta".
A campanha é promovida pelo MPT desde 2017. A
escolha do mês tem como base a greve geral
organizada pelos trabalhadores de Chicago, nos
Estados Unidos, no final do século 19, muitos dos
quais foram mortos ou presos por lutarem por
valorização e por melhores condições de trabalho. Já
a cor lilás é uma homenagem às 129 mulheres
trabalhadoras, que foram trancadas e queimadas vivas
em um incêndio criminoso numa fábrica de tecidos, em
Nova York, em 8 de março de 1857, por reivindicarem
um salário justo e redução da jornada de trabalho.
No momento do incêndio, a fábrica confeccionava um
tecido de cor lilás.
Fonte: Agência Brasil
08/05/2024 -
TST decidirá processos sobre direito à contribuição
assistencial
No dia 22 de abril o ministro Guilherme Augusto
Caputo Bastos do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), relator do Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas (IRDR), decidiu pela manutenção e
repercussão geral da decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF), que julgou constitucional a cobrança
da contribuição assistencial a trabalhadores não
sindicalizados.
De acordo com a decisão, a contribuição assistencial
pode ser instituída por acordo ou convenção
coletiva, desde que seja assegurado o direito de
oposição pelo trabalhador.
A decisão judicial estabeleceu que o trabalhador
sindicalizado (ou não) tem até 15 dias, a partir da
data de assinatura da Convenção Coletiva, para se
manifestar na condição de comunicação pessoal e
escrita ao sindicato de sua categoria.
Como forma de garantir a uniformidade das decisões
judiciais e, por consequência lógica, da segurança
jurídica, o magistrado decidiu pela suspensão, em
todo o território nacional, dos atuais processos nos
quais se verifique debate alusivo à forma do
exercício do direito à oposição.
TST decidirá sobre a contribuição assistencial
Em janeiro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal)
confirmou a cobrança da contribuição assistencial
para todos os trabalhadores, mas não definiu o
regramento do direito à oposição.
A lacuna motivou muitas manifestações sobre o tema,
que resultaram numa proposta de Incidente de
Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) – é esta
ação que o TST julga no momento.
Na terça-feira (23), o ministro relator do caso,
Guilherme Augusto Caputo Barros, determinou que
todas as partes se manifestem num prazo de 15 dias.
Em sua decisão sobre a contribuição assistencial, o
Supremo havia ressaltado que qualquer interferência
de terceiros sobre a decisão tomada em assembleia
fica passível de punição.
Clique AQUI e acesse a íntegra do processo.
Fonte: Rádio Peão Brasil
08/05/2024 -
A trajetória para o 1º de Maio de 2040
As transformações em curso no mundo do
trabalho indicam futuro com agenda repleta de
desafios inéditos que emergem da inteligência
artificial e das novas tecnologias, das estratégias
de negócio que comportam a terceirização sem
limites, da busca incessante de resultados
econômicos não compartilhados, ampliados pela crise
ambiental e climática devastadora.
Clemente Ganz Lúcio*
Tudo junto e misturado, a desencadear processos
disruptivos nas profissões, nos postos de trabalho,
na forma de realizar as atividades laborais, na
formação profissional, nos direitos, na saúde, na
jornada de trabalho, nos salários, nas relações de
trabalho, na representação sindical e na negociação
coletiva.
Nessa década e meia futura será imperativo, que,
cada vez mais como o faz a cada ano, nos 1º de maio,
o movimento sindical atualize a agenda presente para
responder aos complexos desafios prospectivos. É
possível afirmar que em 2040, olhar retrospectivo
revelará processo de mudanças sem precedentes.
Considerando a velocidade crescente das
transformações com a extensão para todos os setores
econômicos e atividades produtivas, com intensidade
ininterrupta e encadeamentos complexos, será
necessário que o movimento sindical promova
investimento robusto e permanente em termos de
pesquisa, análise e estudos, debate propositivo,
formulação de estratégias de atuação e formação de
dirigentes e assessores.
Visão de longo prazo
Atuação coletiva que deve estar assentada em visão de
longo prazo compartilhada entre a classe
trabalhadora, com estratégias de atuação para
materializar respostas em tempo real — aqui e agora
—, que serão sempre provisórias e parciais, porém,
necessárias e urgentes, para atuar de forma
inteligente na disputa intensa visando à regulação
permanente das relações de trabalho no espaço da
negociação coletiva.
Nesse contexto, o movimento sindical terá a tarefa
de identificar as lutas eficazes a serem travadas e,
dessas, derivar o modelo organizativo eficiente para
promovê-las.
Mas essa atuação sindical deverá ir muito além, pois
o que está em questão, cada vez mais, é a complexa
relação entre tecnologia e trabalho e o modelo de
vida em sociedade.
Qual é a visão que orienta a inovação tecnológica?
Essas são invenções humanas, criação coletiva
orientada para fins e metas, que ampliam nossas
capacidades individuas e coletivas e que têm alto
impacto sobre a produtividade. O avanço que a
ciência permite em termos de inovação será
compartilhado?
Compartilhamento x poder da elite
A história está repleta de trajetórias opostas, nas
quais, ciência e inovação concentraram renda e poder
nas mãos da elite. O compartilhamento, quando veio,
foi resultado de organização coletiva e para a qual
o movimento sindical foi base social estruturante.
Para essas lutas se processarem foi essencial outras
conquistas que estão no coração da vida sindical,
como o direito à liberdade e a democracia. Eleições
livres, direito ao voto, partidos, políticas
sociais, direitos universais, direito ao trabalho,
legislação trabalhista são construções sociais
presentes no espaço da luta sindical.
O que se fará nesse próximo período?
O desafio para a ação sindical será o de promove os
meios — força política, capacidade de mobilização,
solidariedade e identidade, inventividade
propositiva — que forcem a elite a compartilhar os
ganhos que virão dos avanços técnicos.
A visão da igualdade e o princípio da equidade terão
que ganhar concretude distributiva eficiente e
responder, ao mesmo tempo, ao estoque de problemas
existentes — pobreza, desigualdade, precarização,
vulnerabilidade — e aos novos desafios de exclusões
que emergem a cada dia.
Tecnologia a serviço de todos
A tecnologia deveria servir para vivermos melhor, para
as pessoas terem melhor qualidade de vida,
trabalharem menos, ganharem mais, terem qualidade de
saúde, educação, cultura, moradia, transporte. Mas
não é isso que acontece.
A visão dominante da inovação tecnológica promove a
produção sem precedente de riqueza concentrada. É
desastrosa econômica, política e socialmente que as
decisões sobre as múltiplas dimensões das inovações
tecnológicas se afastem cada vez mais dos interesses
coletivos e gerais da sociedade.
Estes são intencionalmente atacados e depreciados,
substituídos pelo individualismo exacerbado, pela
competição, pela guerra, pelo ganho a qualquer
custo. O sofrimento do outro ou do coletivo é
invisibilizado.
Visão dominante sugere o caos
A visão presente e dominante é realizar inovação
tecnológica para substituir trabalho humano,
aumentar coerção e controle e a redução do custo do
trabalho.
Nessa perspectiva, o resultado será a destruição
crescente dos empregos, a disputa pelos postos de
trabalho precários, estratégias para resistir à
forma de vida vulnerável e insegura, a competição
para fugir de mercado de exclusões.
O desemprego tecnológico pode se tornar estrutural e
irreversível.
Deixado nas mãos das empresas, dos seus executivos e
dos investidores, a máquina econômica, social e
política está montada para promover riqueza e
exclusão sem precedentes.
Presente e futuro
No 1º de Maio de 2024, nas capitais e em centenas de
cidades, foram realizados atos, manifestações,
caminhadas e muitas atividades culturais, como
anualmente se faz. Avaliou-se os avanços
conquistados na política nacional, como a
valorização do salário mínimo, a lei de igualdade
salarial entre mulheres e homens, a retomada da
política industrial, entre outros. Foram indicadas
as prioridades da Pauta da Classe Trabalhadora,
escolhas realizadas para a trajetória de lutas.
O 1º de Maio de 2040 expressará as escolhas feitas a
cada dia nesses próximos anos. O desenvolvimento,
como expressão de padrão de qualidade de vida
coletivo, de modo compartilhado de viver bem com os
outros e com a natureza, sempre será resultado das
escolhas que fizermos socialmente no espaço da
política em sociedades democráticas.
Podemos ter em 2040, 1º de Maio distópico se
continuarmos fazendo escolhas que beneficiam a
elite. É urgente, desde agora, a cada ano, fazer os
1º de Maio serem expressão de transformação na base
de organização dos trabalhadores e trabalhadoras.
Para que o 1º de Maio de 2040 venha a ser momento de
celebração de conquistas coletivas, o movimento
sindical se desafia a inventar e promover respostas
aos desafios desse novo mundo do trabalho e desse,
fazer emergir o poder coletivo cimentado pela
solidariedade.
(*) Sociólogo, coordenador do Fórum das Centrais
Sindicais, membro do Cdess (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável) da
Presidência da República, membro do Conselho
Deliberativo da Oxfam Brasil, consultor e ex-diretor
técnico do Dieese (2004/2020).
Fonte: Diap
07/05/2024 -
Dieese: conquistas notáveis, mas problemas
estruturais persistem
Por ocasião do 1º de Maio, Dia Internacional
do Trabalhador, o Dieese preparou boletim especial,
com dados e informações sobre as conquistas deste
início do terceiro mandato do presidente Lula. E
também apontou os renitentes problemas estruturais
brasileiros, que precisam ser enfrentados.
O documento chama a atenção para o problema central,
nestes tempos atuais, que é o fortalecimento da
democracia. Fora do regime democrático, o País não
terá chances de superar os graves problemas que
acometem, secularmente, o desenvolvimento do Brasil.
Lembra ainda da reabertura dos “conselhos e
comissões para a construção de políticas públicas,
entretanto, o caminho da reconstrução é longo e
precisa passar pela solução de problemas históricos
e estruturais.”
No plano da economia política, destaca a retomada da
política de valorização e atualização do salário
mínimo, a lei da igualdade salarial, apoio à
agricultura familiar; a atualização da tabela de IR
em 2023; o programa Pé-de-Meia (Lei 14.818/24), de
incentivo para que os jovens concluam o ensino
médio.
Economia
Destaca as mudanças na política tributária, com a
aprovação da Reforma Tributária (EC 132/23), e na
sua regulamentação. Elenca, por exemplo, a
desoneração dos produtos da cesta básica para
“melhorar a vida da população”.
Todavia, chama a atenção para a necessidade de
“tributar mais os ricos para financiar as políticas
públicas e construir um País menos desigual.”
Atividade econômica
“A atividade econômica tem se desacelerado”, destaca.
O que compromete “o mercado de trabalho”, que perde
“dinamismo na abertura de novos postos de trabalho.
Isso, segundo o estudo, “demonstra a necessidade e
importância do Estado e dos investimentos do PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento), da
transição ecológica e do programa de
reindustrialização (NIB - Nova Indústria Brasil).”
Queda do desemprego e qualidade das ocupações
O estudo mostra que o “número de desempregados caiu ao
menor nível desde 2015, ainda que 8 milhões de
pessoas estejam procurando trabalho e outros 3,5
milhões sejam desalentados — trabalhadores que
desistiram de procurar ocupação, embora necessitem e
queiram trabalhar.”
Quanto à “qualidade do emprego também precisa
melhorar”, destaca.
Depois de “7 anos desde a Reforma Trabalhista e a
terceirização total”, a entidade aponta que as
“medidas apenas serviram para aprofundar a
precarização do trabalhador. Está mais do que na
hora de rever esses retrocessos.”
Leia a íntegra do documento
Fonte: Diap
07/05/2024 -
STF retoma julgamento sobre idade mínima para
aposentadoria especial
O Plenário do Supremo Tribunal Federal voltou a
julgar, na última sexta-feira (3/5), alguns pontos
da reforma da Previdência de 2019, dentre os quais o
requisito etário para a concessão de aposentadoria
especial a segurados expostos a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde. A análise
ocorre em sessão virtual, com término previsto para
a próxima sexta (10/5).
Com a reforma, o tempo de contribuição e efetiva
exposição deixou de ser o único requisito para essa
modalidade de aposentadoria. Agora, também é preciso
atingir uma idade mínima, que varia de 55 a 60 anos
conforme o total de anos de contribuição na
atividade especial.
A ação direta de inconstitucionalidade foi ajuizada
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Indústria (CNTI). Segundo a entidade, a fixação de
uma idade mínima obriga o trabalhador a exercer a
atividade insalubre mesmo após o tempo máximo,
previsto em lei, de exposição ao agente nocivo.
A CNTI também pede a inconstitucionalidade da
proibição de conversão do tempo especial em tempo
comum para a aposentadoria voluntária desses
trabalhadores — outra regra estabelecida pela
reforma.
A autora argumenta que, na contagem diferenciada, o
valor total pago à Previdência pelo segurado sujeito
a agente nocivo supera o valor recolhido pelo
segurado que trabalha sob condições normais.
Por fim, a entidade quer invalidar a regra da
reforma que reduziu o valor da aposentadoria
especial de 100% para 60% sobre o salário de
benefício.
A CNTI alega que o trabalhador sujeito a agentes
nocivos recolhe um montante superior de contribuição
previdenciária, mas recebe proventos em um valor
inferior ao do segurado que trabalha em condições
normais.
Até agora, quatro ministros se manifestaram. Dois
deles validaram os trechos questionados, enquanto os
outros dois votaram a favor de invalidar tais pontos
da reforma.
Voto do relator
O ministro Luís Roberto Barroso, relator da ADI, se
posicionou contra todos os pedidos formulados pela
autora e a favor das regras questionadas. Até o
momento, ele foi acompanhado por Gilmar Mendes.
O relator explicou que, antes da reforma, buscava-se
dar condições para que o segurado em atividade
insalubre se afastasse do mercado de trabalho assim
que completasse o tempo máximo de exposição ao
agente nocivo.
Com a reforma, a intenção passou a ser de estimular
sua migração para outras ocupações, devido à
constatação de que sua permanência em atividade é a
única solução financeiramente sustentável para o
sistema.
“O intuito não é incompatível com a Constituição,
uma vez que, ao lado da proteção contra os riscos
inerentes ao trabalho, ela também institui o
princípio do equilíbrio financeiro e atuarial na
Previdência Social”, indicou.
Barroso também lembrou que a idade mínima para
passar à inatividade antes do tempo exigido dos
trabalhadores em geral já é adotada em vários outros
países.
Conforme dados da Secretaria Especial de Previdência
e Trabalho do antigo Ministério da Economia, em
2018, antes da reforma, a duração média de uma
aposentadoria por tempo de contribuição de um
segurado homem foi de 21,19 anos.
No caso da aposentadoria por idade, a média foi de
12,84 anos. Já para beneficiários da aposentadoria
especial, o número foi consideravelmente maior:
28,64 anos.
“O modelo brasileiro, de fato, requeria mudanças que
aproximassem a situação dos segurados do Regime
Geral da Previdência Social (RGPS), sobretudo diante
do peso financeiro que as aposentadorias especiais
representam para o sistema”, assinalou o relator.
Com relação à proibição da conversão de tempo
especial em tempo comum, o ministro esclareceu que,
pela Constituição, o Legislativo não tem mais o
dever, mas apenas a possibilidade de fixar
requisitos e critérios diferenciados para atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde.
Além disso, tal medida foi proibida não só no RGPS,
mas também no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)
federal.
Na visão de Barroso, o contato com elementos nocivos
pode ser compensado de outras maneiras. A
Constituição garante, por exemplo, um adicional de
remuneração para atividades “penosas, insalubres ou
perigosas”, bem como a redução de riscos inerentes
ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança.
Já quanto ao cálculo da aposentadoria especial, o
relator ressaltou a possibilidade de exclusão das
bases de contribuição que causem uma diminuição do
valor do benefício, desde que mantido o tempo
mínimo.
As regras de cálculo são as mesmas tanto para a
aposentadoria especial por insalubridade quanto para
a aposentadoria voluntária. Assim, segundo ele, o
argumento de que os trabalhadores sujeitos a agentes
nocivos receberiam um valor menor é falso.
Na verdade, quando o tempo de contribuição for o
mesmo, nos casos de atividade especial de 20 ou 25
anos de contribuição, os valores serão idênticos aos
de segurados que trabalham em condições normais. Já
na hipótese de atividade especial de 15 anos, eles
serão mais elevados.
De acordo com Barroso, a alegação de que o segurado
sujeito a agentes nocivos recolheria contribuição em
valor superior aos demais também não é verdadeira.
Pela Lei 8.212/1991, as empresas que apresentem
risco de acidentes na sua atividade preponderante
precisam pagar uma contribuição adicional para
financiamento de aposentadoria — o chamado risco
ambiental do trabalho (RAT). Ou seja, o adicional
não é devido pelo segurado, mas sim pelo empregador.
Voto divergente
O ministro Luiz Edson Fachin divergiu de Barroso e
reconheceu a inconstitucionalidade dos trechos
contestados pela CNTI. Em uma sessão virtual do
último ano, ele foi acompanhado pela já aposentada
ministra Rosa Weber.
Para Fachin, apesar do “legítimo interesse do Estado
em preservar a viabilidade financeira da Previdência
Social”, essas mudanças da reforma desconfiguraram
“a dimensão securitária do instituto da
aposentadoria especial”.
Na sua visão, é equivocado “confundir os gastos que
o Estado tem com a aposentadoria” — e precisam ser
revistos conforme mudanças no perfil etário da
população — com “os gastos necessários para garantir
e manter a capacidade produtiva das pessoas”.
O magistrado alertou que não se pode permitir a
retirada de proteções em nome das necessidades de
uma reforma.
Segundo o ministro, o fato de pessoas com o
benefício terem a mesma expectativa de vida dos
demais aposentados indica que a política pública foi
bem-sucedida.
Ele lembrou que a porcentagem de aposentados com
regime especial é bem menor do que em alguns países
— não chega a 10%.
“Os prazos de carência para os trabalhadores em
condições insalubres de trabalho podem não ter
serventia nenhuma, porque, quanto mais exigente for
o trabalho, mais cedo as pessoas tendem a se
aposentar, comprometendo a sua renda no futuro”,
assinalou.
De acordo com Fachin, sempre que o Estado instituir
ou aumentar a idade de acesso à aposentadoria
especial, precisa garantir que as pessoas em
profissões com risco à saúde possam trabalhar por
mais tempo “com dignidade” ou tenham alguma renda.
Para ele, a instituição da idade viola a
Constituição sempre que “estiver dissociada de
medidas que promovam a extensão com dignidade da
capacidade laboral”, como aconteceu na reforma de
2019.
Quanto à proibição da conversão do tempo especial em
comum, Fachin considerou que a medida “desincentiva
os trabalhadores expostos a condições mais graves a
buscarem uma alternativa mais salubre”.
Além disso, o cálculo da aposentadoria especial, com
tal proibição, coloca em condições iguais pessoas
com situações, na verdade, diferentes. Isso porque a
pessoa em condições especiais precisaria trabalhar
pelo mesmo período que os demais trabalhadores para
ter a mesma renda.
Com base em pesquisas sobre condições laborais,
Fachin concluiu que “esse trabalhador não conseguirá
permanecer por todo esse tempo no mercado de
trabalho”. Ou seja, provavelmente vai se aposentar
mais cedo, com uma renda menor, “comprometendo seu
futuro”.
Clique
aqui para ler o voto de Barroso
Clique
aqui para ler o voto de Fachin
ADI 6.309
Fonte: Consultor Jurídico
07/05/2024 -
Cobrança de contribuição assistencial exige
possibilidade de oposição
No último ano, o Supremo Tribunal Federal validou a
cobrança da contribuição assistencial a sindicatos
imposta por acordo ou convenção coletivos a
trabalhadores não sindicalizados. Mas a decisão
impôs a condição de que seja garantido aos
trabalhadores o direito de oposição.
O argumento foi utilizado pela a 4ª Vara do Trabalho
de Brasília para negar pedido de um sindicato pelo
pagamento de contribuição assistencial de
funcionários de uma escola de tênis.
Existem três contribuições trabalhistas relacionadas
aos sindicatos. Uma delas é a contribuição
assistencial, instituída por meio de instrumento
coletivo, que busca custear as atividades
assistenciais do sindicato, principalmente
negociações coletivas.
O Sindicato dos Trabalhadores de Entidades
Recreativas de Assistência, Lazer e Desportos do
Distrito Federal pleiteava uma taxa de R$ 120 por
cada trabalhador, como previsto em uma convenção
coletiva de trabalho (CCT).
A entidade alegou que representava os empregados da
escola esportiva. Também apontou que, de acordo com
a CCT, a empresa que não recolhesse a contribuição
deveria arcar com ela, sem possibilidade de
descontar valores dos trabalhadores. Segundo o
sindicato, nenhum funcionário se opôs, mas a ré não
repassou a taxa.
Em sua defesa, a empresa disse não ter recebido a
relação de empregados do sindicato, alegou que
alguns empregados se opuseram e afirmou que não
houve assembleia específica para a taxa.
A juíza Patrícia Birchal Becattini analisou o edital
de convocação para a assembleia na qual a CCT foi
aprovada e notou que o documento não falava sobre
direito a oposição. A magistrada concluiu que “não
houve ampla divulgação da taxa e da possibilidade de
oposição”.
O edital foi publicado dois dias antes da
assembleia. O estatuto previa antecedência de cinco
dias. Além disso, a ata da assembleia não continha
lista de presença e não informava o número de
trabalhadores que compareceram.
“A par da constitucionalidade de instituição de
cobrança de contribuição a toda a categoria, deve a
entidade sindical observar todos os requisitos de
validade do próprio instrumento coletivo, em
especial quanto aos regramentos estatutários, como
requisito validade da norma e da cobrança dela
exarada”, diz Mauricio Corrêa da Veiga, advogado que
atuou no caso e sócio do escritório Corrêa da Veiga
Advogados.
Segundo ele, os preceitos da decisão do STF não
podem “convalidar obrigações irregularmente
instituídas”. Portanto, a cobrança é indevida quando
“inobservado o dever de ampla divulgação da
instituição de contribuição assistencial, com o fito
de dificultar o legítimo direito de oposição do
trabalhador não sindicalizado”.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0000029-97.2024.5.10.0004
Fonte: Consultor Jurídico
07/05/2024 -
Justiça do Trabalho do RS arrecada doações para
vítimas das enchentes
Valores e itens arrecadados serão destinados às
mais de 351 mil pessoas atingidas
A Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul está
arrecadando valores e, a partir de segunda-feira
(6), itens de primeira necessidade para ajudar as
vítimas das enchentes no estado.
Desde o início da semana, o Rio Grande do Sul vem
sendo atingido por fortes chuvas que afetam 235
municípios e mais de 351 mil pessoas. Segundo
balanço divulgado pelo governo estadual, até o
momento há 37 pessoas mortas, 74 feridas e 74
desaparecidas.
Dinheiro e itens de primeira necessidade
As contribuições em dinheiro, de qualquer valor, podem
ser feitas por pix ou transferências para:
Chave Pix: convenios@amatra4.org.br
Banco Sicredi – 748
Agência: 0106
Conta Corrente 06711-3
CNPJ 89.514.111/0001-20
A partir do meio-dia de segunda-feira, o TRT também
começará a arrecadar alimentos, cobertores, roupas,
itens de higiene e roupas de cama. As caixas
coletoras estarão na entrada principal e do subsolo
do edifício-sede do TRT-4 (Avenida Praia de Belas,
1.100, Porto Alegra) e no térreo do Foro Trabalhista
de Porto Alegre (Av. Praia de Belas, 1.432, Prédio
1, próximo aos elevadores). As doações serão
encaminhadas à Defesa Civil, que coordena a
distribuição às comunidades atingidas.
Ajudando Quem Precisa
A arrecadação faz parte da campanha “Ajudando Quem
Precisa”, ação social permanente do TRT-4, da
Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da
4ª Região (Amatra IV) e do Sindicato dos
Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU no RS (Sintrajufe/RS).
Nas enchentes de setembro passado, a campanha
destinou milhares de itens às comunidades do Vale do
Taquari. Foram entregues alimentos, kits de limpeza,
colchões, travesseiros, lençóis, produtos de
higiene, roupas, fraldas e brinquedos.
(Com informações do TRT-4)
Fonte: TST
06/05/2024 -
Nota Centrais Sindicais: Viva o 1º de Maio de lutas
e conquistas
As Centrais Sindicais e suas entidades de base -
sindicatos, federações e confederações - realizaram
o Ato de 1º de Maio em São Paulo, nas capitais e em
centenas de outros municípios, reunindo centenas de
milhares de trabalhadores e militantes.
No ato de São Paulo, milhares de militantes se
reuniram para ouvir suas lideranças e, com elas,
interagir. Nossas mensagens apontaram as conquistas
recentes e indicaram nossos desafios e as
prioridades futuras.
Na política nacional, destacamos a retomada da
valorização do salário mínimo, que beneficia milhões
de trabalhadores assalariados e autônomos,
aposentados e beneficiários de políticas de
transferência de renda; a política de igualdade
salarial entre homens e mulheres; a política para o
trabalho de cuidados está em fase final de
elaboração; as mesas nacionais de negociação que
produziram um acordo, transformado em projeto de
lei, para garantir direitos trabalhistas,
previdenciários e sindicais para os trabalhadores em
plataforma de transporte de pessoas; a isenção do
imposto de renda para quem ganha até dois salários
mínimos; a nova política industrial, orientada com
diretrizes de sustentabilidade socioambiental e
metas de geração de empregos de qualidade, entre
tantas outras conquistas recentes.
A luta sindical no chão das empresas acontece todos
os dias. Neste 1º de Maio, comemoramos a contínua
atuação sindical na organização das campanhas que
celebram, a cada ano, mais de 50 mil acordos e
convenções coletivas em todos os setores espalhados
pelo país. Os dados do DIEESE indicam que quase 90%
dos reajustes salariais conquistados nas negociações
coletivas foram acima da inflação, portanto, com
aumento real.
A militância reunida participou do ato político, que
também contou com muita cultura, música e poesia,
como é tradição e marca do movimento sindical nos 1º
de Maio. O ato contou com a participação de
lideranças do movimento popular e de dirigentes
sindicais de diversas categorias e setores que
puderam fazer o balanço das lutas, das conquistas e
indicar os desafios que teremos pela frente.
As presenças do presidente Lula, do ministro Márcio
Macedo, da Secretaria Geral da Presidência,
responsável pela relação com os movimentos sociais,
assim como de outros ministros e parlamentares, se
deram exclusivamente como convidados, não cabendo
nenhum papel organizativo ou de mobilização nesse
evento. Destacamos que os anúncios feitos pelo
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e pelo
presidente Lula vieram ao encontro da Pauta da
Classe Trabalhadora, atendendo nossas reivindicações
ou indicando os próximos passos a serem seguidos.
Este 1º de Maio também foi um momento para energizar
a militância para a próxima jornada de lutas que é
cada vez mais desafiadora. Apesar de todas as
adversidades que as Centrais e entidades sindicais
dos trabalhadores enfrentam, atacadas desde 2016,
com a extinção e severa restrição ao seu
financiamento, a campanha contínua contra os
sindicatos, a retirada do poder de negociação e a
supressão de dezenas de direitos trabalhistas,
continuamos firmes na luta, aqui no Brasil e pelo
mundo afora. Nada nos detém nem deterá. As
adversidades sempre foram e serão enfrentadas com a
determinação de superá-las.
Nunca houve vida fácil para a classe trabalhadora. O
sindicalismo está na origem das democracias
modernas, das liberdades políticas, no direito ao
voto universal, na distribuição dos ganhos
econômicos advindos do trabalho de todos. Tudo o que
temos hoje em termos de direitos trabalhistas,
sociais, previdenciários, sindicais e políticos veio
das lutas nas quais muitos deram suas vidas. O que
hoje parece natural tem uma história de
solidariedade e de luta da classe trabalhadora.
Renovamos nossa prioridade de investir na
valorização e no fortalecimento da negociação
coletiva, na capacidade autônoma da organização
sindical de se atualizar frente ao mundo do trabalho
do futuro e de termos regras transparentes para o
financiamento sindical conforme definido pelo STF
(Supremo Tribunal Federal).
Para aqueles que, persistentemente, atuam para
enfraquecer ou destruir o movimento sindical,
debilitar nossa capacidade de luta e de
representação e dinamitar a solidariedade da classe
trabalhadora, queremos deixar claro que a celebração
do 1º de Maio aumenta nossa resiliência e nos
fortalece para enfrentar e superar todos os ataques
e seguir lutando e trazendo novas conquistas para a
classe trabalhadora.
Manifestamos, diante da tragédia climática no estado
do Rio Grande do Sul, nossa solidariedade a toda
população atingida e conclamamos todas as entidades
sindicais a se juntarem na campanha de solidariedade
mobilizada pelas Centrais Sindicais. Viva o 1º de
Maio! Viva nossa unidade! Viva a energia e a
capacidade de luta da nossa militância.
São Paulo, 3 de maio de 2024
Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT (Central
Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor
Fonte: Mundo Sindical
06/05/2024 -
Produção industrial cresce 0,9% em março, pouco
abaixo do esperado
A produção industrial brasileira voltou a subir em
março, com expansão de 0,9%, após um dado
praticamente estável (0,1%) em fevereiro e uma queda
em janeiro, segundo dados da Pesquisa Industrial
Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira (3) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
No ano, a produção acumula alta de 1,9% e, em 12
meses, tem variação positiva de 0,7%.
A alta no mês veio um pouco abaixo da taxa esperada
pelo consenso LSEG de analistas, que previa avanço
de 1,0% em março ante fevereiro. A projeção para a
variação anual era de queda de 2,6%.
Segundo o IBGE, a indústria se encontra 0,4% acima
do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,3%
aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido
em maio de 2011.
Segundo André Macedo, gerente da PIM, André Macedo,
o desempenho positivo da indústria nos dois últimos
meses não elimina a queda observada em janeiro, mas
é uma melhora de comportamento.
“Em março, o crescimento ficou concentrado em poucas
atividades, com apenas cinco delas mostrando
expansão. Houve, portanto, uma mudança em relação à
dinâmica vista em janeiro e fevereiro, quando
ocorreu predomínio de taxas positivas entre as
atividades pesquisadas”, analisou em nota.
Ele também destacou o ganho de ritmo verificado ao
fim do primeiro trimestre de 2024, uma vez que o
último trimestre de 2023 registrou crescimento de
1,1%.
De fevereiro para março, duas das quatro grandes
categorias econômicas e somente cinco dos 25 ramos
industriais pesquisados mostraram avanço na
produção.
As principais influências positivas vieram de
produtos alimentícios (1,0%), produtos têxteis
(4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%) e
indústrias extrativas (0,2%).
Comparação anual
Frente a março de 2023, a indústria recuou 2,8%, com
resultados negativos em 17 dos 25 ramos pesquisados.
As principais influências negativas vieram de
produtos químicos (-8,1%), máquinas e equipamentos
(-12,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos
(-15,6%), veículos automotores, reboques e
carrocerias (-6,4%) e equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (-16,1%).
Os setores de confecção de artigos do vestuário e
acessórios (-11,1%), de produtos de metal (-5,3%),
de metalurgia (-3,2%), de produtos alimentícios
(-1,1%), de produtos diversos (-13,1%), de
manutenção, reparação e instalação de máquinas e
equipamentos (-9,1%), de artefatos de couro, artigos
para viagem e calçados (-7,9%) e de móveis (-7,0%)
também contribuíram negativamente para o resultado.
Fonte: InfoMoney
06/05/2024 -
Preocupado com derrubada de vetos, Lula tenta acordo
em reunião com Pacheco e senadores
Assunto foi discutido durante um jantar no
Palácio da Alvorada, que contou com a presença do
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ministros e
senadores de diferentes partidos
O presidente Lula (PT) reuniu-se com líderes do
Congresso Nacional em uma tentativa de traçar
estratégias e buscar apoio para as votações dos
vetos presidenciais, previstas para a próxima
quinta-feira (9). O assunto foi discutido durante um
jantar realizado no Palácio da Alvorada, que contou
com a presença do presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), ministros e senadores de
diferentes partidos.
O jantar foi dividido em duas partes e teve sua
abertura restrita ao presidente Lula, Pacheco e ao
líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Posteriormente, ministros como Rui Costa (Casa
Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança
Pública), Renan Filho (Transportes) e outros
senadores, incluindo Jorge Kajuru (PSB-GO), Leila
Barros (PDT-DF) e Hiran Gonçalves (PP-RR), se
juntaram ao encontro.
Segundo o jornal O Globo, participantes do encontro
relataram que Lula demonstrou preocupação com a
possibilidade dos vetos presidenciais serem
derrubados e questionou os parlamentares sobre o
clima político e os possíveis desdobramentos das
votações, especialmente em relação ao veto que
cortou R$ 5,6 bilhões em emendas e à restrição das
"saidinhas" de presos.
O presidente instou os parlamentares a buscarem um
acordo, apesar das prováveis derrotas. Enquanto o
Palácio do Planalto avançou com um acordo parcial
para recuperar parte dos cortes em emendas, setores
da oposição continuam a defender a derrubada total
dos vetos, especialmente em relação às "saidinhas".
“Mesmo com as prováveis derrotas, integrantes da
base avaliam que há disposição até em setores da
oposição para ouvir os argumentos do governo. O
Palácio do Planalto avançou com um acordo para
derrubar parcialmente o veto e retomar R$ 3,6
bilhões do valor cortado, mas setores da oposição
ainda desejam derrubar totalmente o veto. Em relação
às saidinhas, a derrubada é dada como certa”,
destaca um trecho da reportagem.
O encontro também abordou temas como as enchentes no
Rio Grande do Sul, com a promessa de cooperação do
Congresso para mitigar a crise. Também foram
discutidas iniciativas de transição energética, como
o projeto do mercado de carbono. O encontro foi
visto como uma tentativa de aproximação do Palácio
do Planalto com o Senado, em meio aos
desentendimentos entre o Executivo e o Legislativo.
Fonte: Brasil247
06/05/2024 -
82% das reclamações sobre vínculo decididas pelo STF
não esgotaram Justiça do Trabalho
As reclamações constitucionais foram usadas antes do
esgotamento dos processos na Justiça do Trabalho em
82% dos casos nos quais houve decisão do Supremo
Tribunal Federal sobre vínculo de emprego, durante
um período de sete meses.
Isso significa que ainda não havia decisão
definitiva das instâncias ordinárias ou do Tribunal
Superior do Trabalho antes da chegada desses casos
ao STF. O próprio Supremo entende que esse
esgotamento é uma exigência para as reclamações.
O dado é de uma pesquisa divulgada nesta
quinta-feira (2/5), feita pelo Núcleo de Extensão e
Pesquisa “O Trabalho Além do Direito do Trabalho” (NTADT),
do Departamento de Trabalho e Previdência Social da
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP),
em parceria com a Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).
O estudo analisou 1.039 decisões (monocrática e
colegiadas) proferidas pelo STF em reclamações
constitucionais entre julho de 2023 e fevereiro de
2024. A Anamatra já havia divulgado uma primeira
pesquisa em outubro do último ano.
Assim como na primeira pesquisa, o NTADT considerou
reclamações relativas a sete atividades
profissionais: trabalhadores autônomos de carga,
trabalhadores por demandas ou em plataformas
digitais, advogados associados, representantes
comerciais, trabalhadores em salões de beleza,
terceirizados e pejotizados.
A conclusão da associação quanto aos novos dados é
que a reclamação vem sendo usada como instrumento de
revisão das decisões da Justiça do Trabalho.
Nesta quinta, durante um painel no Congresso da
Anamatra (Conamat), Silvana Abramo — desembargadora
aposentada do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região, professora, membro do NTADT e uma das
coordenadoras da pesquisa — disse que “a reclamação
é usada constantemente e de forma intensiva para
cassar e reformar decisões da Justiça do Trabalho,
desconsiderando o processo legal”.
Outra conclusão da pesquisa é que, em 66% das
decisões do STF analisadas, não houve “aderência
estrita ao precedente utilizado como paradigma para
admissão da reclamação constitucional”. Ou seja,
segundo os pesquisadores, o precedente apontado na
reclamação não era totalmente aplicável ao caso
discutido na Justiça do Trabalho.
O estudo ainda constatou que 52% das decisões do
Supremo reanalisaram fatos e provas — o que, em
tese, não pode ser feito pela via da reclamação.
Foram consideradas apenas decisões em que os
ministros mencionaram fatos e provas no corpo da
fundamentação, descartadas aquelas com mera citação
de decisões de origem que continham tais elementos.
Em 65% dos casos houve devolução dos autos para novo
julgamento na origem ou apreciação do mérito pelo
próprio STF. Já em 21% deles, o Supremo afastou a
competência da Justiça do Trabalho e ordenou o envio
para a Justiça comum. A soma desses percentuais
representa o percentual de reclamações acolhidas
pelos ministros.
Para a Anamatra, isso configura “usurpação” do
artigo 114 da Constituição, que estabelece as
competências da Justiça do Trabalho. A partir das
decisões do STF, a associação vê uma “fragilização”
dessa competência, “com redução de sua capacidade
para avaliar fatos e provas”.
Clique
aqui para ler a nota técnica sobre a pesquisa
Fonte: Consultor Jurídico
03/05/2024 -
Greves de trabalhadores aumentaram 6% no país em
2023
Estudo do Dieese diz que reajuste salarial foi a
principal reivindição
Em 2023, os trabalhadores brasileiros deflagraram pelo
menos 1.132 greves. O número é 6,08% maior do que o
registrado em 2022. Os dados fazem parte do estudo
divulgado pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O
levantamento traz alguns destaques:
- Maioria das greves acontece na esfera pública do
trabalho;
- Reajuste salarial é a principal reivindicação;
- Na maioria das greves, há algum êxito nas
reivindicações e
- Privatizações não impediram mobilizações dos
trabalhadores.
As informações foram coletadas no Sistema de
Acompanhamento de Greves (SAG-Dieese), que se baseia
em notícias veiculadas nos jornais impressos e
eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical.
Dados gerais
As 1.132 greves de 2023 corresponderam a um total de
42 mil horas paradas. Na esfera pública, que engloba
o funcionalismo público e as empresas estatais,
foram 628 greves (55,5%) e 29.352 horas paradas. Na
esfera privada, 488 greves (43,1%) e 12.202 horas
paradas.
Quando se analisa a duração das mobilizações, a
maioria delas encerrou-se no mesmo dia: 637 greves
ou 56,3%. Outras 279 greves ou 24,6% delas durou
entre 2 e 5 dias. E aproximadamente 12% delas se
estenderam por mais de 10 dias.
Fonte: Agência Brasil
03/05/2024 -
Marinho defende mais participação de trabalhadores
em lucros de empresas
Luiz Marinho também sustentou que é errado
entender a expansão de postos de trabalho como um
fator que puxa a inflação para cima
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT),
afirmou, nesta quarta-feira (1º) que se deve
combater discursos que vendem equívocos sobre a
relação entre a geração de empregos e a alta da
inflação.
A declaração foi dada durante o ato que celebrou o
Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, realizado na
Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona
leste de São Paulo. Este ano, o tema definido pelas
centrais sindicais foi “Por um Brasil mais justo”.
Também integraram a comitiva do presidente Lula o
vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros
Anielle Franco, da Igualdade Racial, Cida Gonçalves,
das Mulheres, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento
Agrário, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da
Presidência da República, e André Fufuca, dos
Esportes. Outros ministros que compareceram foram
Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social
da Presidência da República, e Alexandre Padilha,
das Relações Institucionais.
Marinho sustentou que é errado entender a expansão
de postos de trabalho como um fator que puxa a
inflação para cima, como “os chamados especialistas
do mercado, muitas vezes, liderados pelo Banco
Central” argumentam. Segundo ele, o país precisa de
mais empregos e mais participação dos trabalhadores
nos lucros das companhias.
“Precisamos combater essa visão enviesada”,
declarou. “Hoje é um dia de luta, de resistência
global, em que a classe trabalhadora resiste
bravamente aos ataque ferozes do atraso, do
preconceito, do ódio e da raiva. Temos todos os
motivos para lutar, mas hoje, em particular, no
Brasil. Como diz o presidente Lula, temos também
motivos para festejar. Quais são as razões das
comemorações? Se olharmos o período recente do
Brasil, no qual o governo do golpe [de Michel Temer]
e o governo nefasto [de Jair Bolsonaro] vieram tirar
direitos da classe trabalhadora. É um processo de
retirada de direitos e temos obrigação de lutar com
vocês para reconstruir.”
O presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo,
ressaltou, em sua fala, a capacidade de Lula quanto
a manter proximidade com a base de articulações
políticas do país. Ele salientou que, com frequência,
o que se tem disseminado é o oposto. “Ao contrário,
foi o presidente Lula quem estabeleceu o diálogo com
o movimento social”, afirmou.
Lideranças sindicais também tomaram a palavra, ao
microfone, ao longo do evento, para abordar pautas
regionais, que dizem respeito à pasta da educação e
a outras áreas impactadas mais fortemente pelo
governo de Tarcísio de Freitas, alinhado ao
ex-presidente Jair Bolsonaro.
Algumas fizeram menção ao processo de privatização
em curso no estado de São Paulo, que inclui, entre
várias medidas, a transferência de empresas como a
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp) e a Empresa Metropolitana de Águas e
Energia S.A. (Emae) do setor público para a
iniciativa privada. Os diretores sindicais falaram,
ainda, sobre “uma elite atrasada”, que operaria
somente em função do capital, e a permanência de
agentes do fascismo no país.
Como em anos anteriores, o ato contou com uma
programação cultural, que ofereceu atrações do rap e
do samba ao público.
Fonte: Agência Brasil
03/05/2024 -
Lula sanciona lei que isenta quem ganha até R$ 2.824
de pagar imposto de renda
O presidente Lula (PT) assinou nesta quarta-feira
(1º) a sanção da lei que isenta as pessoas que
ganham até dois salários mínimos por mês (R$ 2.824,
nos números atuais) de pagar imposto de renda. A
assinatura foi feita em ato pelo Dia do Trabalhador
organizado por centrais sindicais em São Paulo.
- a lei, na prática, apenas oficializa a regra, que
já estava valendo por conta da MP 1.206/2024. Com a
sanção, a medida provisória já pode ser revogada.
- no evento, Lula prometeu ampliar a isenção para
até R$ 5.000 durante o seu mandato presidencial
atual. “Até o final do meu mandato, até R$ 5.000 [de
renda], as pessoas não pagarão imposto de renda”,
disse no discurso.
A versão final do projeto foi aprovada pelo Senado
em 17 de abril. O texto foi relatado pelo deputado
Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) e pelo senador
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
A declaração do imposto de renda de 2024 pode ser
feita até o dia 31 de maio.
Fonte: Congresso em Foco
03/05/2024 -
1º de
Maio; por João Guilherme
Merece leitura atenta e reflexiva o texto publicado
na Folha, ontem, assinado por oito dirigentes de
centrais sindicais em comemoração do Dia do
Trabalhador reivindicando democracia e direitos.
A publicação pela Folha reconhece a importância das
entidades e das posições assumidas e efetivadas pelo
movimento sindical dos trabalhadores no esforço
unitário para comemoração do 1º de Maio.
Comemoração que contou com manifestações em todo o
país, agregadoras, festivas e de luta ainda que com
baixo comparecimento de trabalhadores e
trabalhadoras das bases sindicais.
O evento em São Paulo com a presença do presidente
da República, do vice-presidente, de oito ministros
de Estado, de muitas outras autoridades convidadas e
de participantes que suportaram o verdadeiro forno
em que se transformou o local e ouviram os
dirigentes das centrais expressarem novamente as
ideias reproduzidas no texto da Folha.
Valorizando com ênfase a relação efetiva entre as
ações positivas do governo e as aspirações do
movimento sindical – cimentadas na base pela
política de valorização do salário-mínimo e na
cúpula pelo diálogo permanente e negociações
proveitosas – a manifestação paulistana não deixou
de apontar os temas de luta que ainda demandam
soluções e que exigem capacidade de mobilização que
não foi demonstrada na organização do ato, deixando
a desejar.
Talvez o Brasil seja no conjunto das nações o único
país em que o primeiro mandatário participa a
convite das direções sindicais unidas de um ato
comemorativo do 1º de Maio onde se afirmaram
vitórias e lutas, contribuindo para a normalização
da vida nacional, que segue.
João Guilherme Vargas Netto, assessor sindical
Fonte: Agência Sindical
03/05/2024 -
Paulo Paim defende criação de Estatuto do Trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em
pronunciamento na terça-feira (30), a importância da
criação do Estatuto do Trabalho. A instituição do
estatuto, chamado Nova CLT, é proposta em uma
sugestão legislativa (SUG 12/2018) que tramita na
Comissão de Direitos Humanos (CDH), com relatoria de
Paim. O parlamentar afirmou que o novo estatuto é um
caminho na busca da dignidade humana, tendo como
base a promoção dos direitos sociais e trabalhistas,
visando à construção de uma sociedade mais justa,
fraterna, solidária e democrática. É
também uma resposta à precarização do mundo do
trabalho causada pela reforma trabalhista de 2017,
que retirou direitos, disse o senador.
Paim ressaltou que o estatuto não vai tratar apenas
da remuneração, mas também de temas como a proibição
de terceirização nas atividades-fim, o cumprimento
do projeto de igualdade salarial entre homens e
mulheres, a rejeição do trabalho intermitente e a
redução da jornada de trabalho. Segundo o senador, o
texto vai regulamentar o direito de greve, além de
combater o trabalho escravo, a escravidão, o
trabalho infantil e o assédio moral e sexual.
— Vai tratar ainda de como é que funcionam e como
podem funcionar outras áreas: banco de horas,
trabalho externo, teletrabalho, trabalho por
aplicativo, período de descanso, área de
alimentação, férias, as políticas salariais, salário
mínimo, isonomia salarial, os adicionais legais que,
ao longo da história, foram construídos. Claro que
vai tratar da situação do emprego da mulher, por
exemplo, licença-maternidade. Aviso prévio, verbas
rescisórias para todos, homens e mulheres, a
organização sindical, entre tantos outros temas.
[...] Estamos batalhando muito pela valorização
também do salário dos aposentados e pensionistas.
O parlamentar encerrou o pronunciamento
parabenizando os trabalhadores e trabalhadoras "do
campo e da cidade" pelo Dia do Trabalhador,
comemorado nesta quarta, 1º de Maio.
Fonte: Agência Senado
03/05/2024 -
INSS pagou R$ 193 milhões a 17 mil mortos entre 2019
e 2023, aponta auditoria da CGU
Uma investigação conduzida pela Controladoria Geral
da União (CGU) constatou que o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) desembolsou R$ 193 milhões para
beneficiários que, segundo registros governamentais,
já estavam falecidos entre janeiro de 2019 e junho
de 2023, segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Análise identificou pagamentos a 17,7 mil pessoas
cujo óbito constava nos registros públicos.
Mais surpreendente ainda é o fato de que 75% desses
pagamentos continuaram sendo realizados até três
meses após o registro de óbito no Sistema Nacional
de Informações de Registro Civil (Sirc) e no Sistema
de Controle de Óbitos (Sisob), mesmo com dados
disponíveis no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da
Receita Federal.
Entre 2019 e 2022, houve um aumento constante nos
pagamentos feitos pelo INSS a beneficiários já
falecidos, totalizando respectivamente R$ 35,3
milhões, R$ 41,7 milhões, R$ 42 milhões e R$ 46
milhões. No entanto, em 2023, houve uma redução para
R$ 27,6 milhões.
O relatório da fiscalização não apenas identificou
esses problemas, mas também destacou a urgência de o
INSS avaliar e corrigir os pagamentos indevidos,
além de ajustar os critérios de controle para evitar
futuras ocorrências. Em resposta, o INSS confirmou
as descobertas da CGU e afirmou ter encaminhado os
dados às áreas responsáveis para as devidas
providências.
Fonte: Brasil247
03/05/2024 -
Procuradora do Trabalho diz que falta
comprometimento das empresas com prevenção de
acidentes
Audiência na Comissão de Trabalho debateu medidas
relacionadas ao Abril Verde, que promove a
conscientização sobre segurança e saúde do
trabalhador
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, a
coordenadora de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho
e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do
Ministério Público do Trabalho, Cirlene Luiza
Zimmermann, afirmou que, atualmente, a prevenção de
acidentes ainda é considerada “apenas um custo” para
as empresas, que tomam medidas mais baratas ou então
nenhuma medida e, como consequência, os acidentes
acontecem.
A audiência foi promovida no último dia 25 pela
Comissão de Trabalho, em memória às vítimas de
doenças e acidentes relacionados ao trabalho e em
referência ao Abril Verde, que visa conscientizar
sobre o tema.
Cirlene Zimmermann, que também é procuradora do
Trabalho, ressaltou que a Constituição estabelece,
como direito do trabalhador, a “redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança”. Ela também informou que quem
mais se acidenta ou fica doente no Brasil são
pessoas jovens, o que revela uma falha desde a
educação dos brasileiros.
“Quando nós olhamos o perfil de acidentalidade, a
partir da faixa etária dos trabalhadores, nós temos
os trabalhadores entre 18 e 24 anos como a faixa
etária que mais se acidenta, que mais adoece no
Brasil. Ou seja, no início da sua vida produtiva, os
trabalhadores estão adoecendo, ficando inválidos ou
morrendo no trabalho. E por quê? Porque nossa
educação não está preparando para o trabalho seguro
e saudável”, alertou.
De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no
Trabalho, foram 612,9 mil notificações de acidentes
de trabalho em 2022, sendo 2,5 mil com morte.
Para reverter esse quadro, Cirlene Zimmermann pediu
a aprovação de projeto de lei que estabelece que o
currículo da educação básica deverá incorporar
noções de segurança e saúde no trabalho como tema
transversal. Em análise na Câmara, o Projeto de Lei
559/24 precisa ser votado pelas comissões de
Educação e de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ).
Cirlene Zimmermann também destacou que muitos
brasileiros estão na informalidade e citou o exemplo
dos vendedores de chá mate no Rio de Janeiro, que
ganharam capacitação da prefeitura, mas não recebem
um olhar voltado à sua saúde e segurança no
trabalho, sendo que estão mais sujeitos a diversos
incidentes e doenças, como o câncer de pele.
A audiência sobre o tema foi requisitada pelo
deputado Bohn Gass (PT-RS). Ele disse que as
empresas são contra regulações "claras e objetivas"
e considerou "inaceitável" o alto número de
acidentes de trabalho notificados em dez anos (2011
a 2022) no Ministério da Previdência: mais de 7,5
milhões. “As empresas, para auferir seus lucros, não
querem regulações claras, objetivas, que têm custos.
Mas esses custos são em favor da vida das pessoas e
não do mundo de acidentes”, afirmou.
Trabalho escravo
O representante do Departamento Intersindical de
Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambiente de
Trabalho (Diesat), Eduardo Bonfim da Silva, contou
alguns casos que já acompanhou.
“Recentemente, no setor frigorífico no estado de
Goiás, uma empresa teve interrompida suas atividades
por exaustão dos trabalhadores, que trabalhavam
entre 10 e 16 horas ininterruptas. Outro exemplo que
nós vivenciamos no setor do comércio foi que duas
trabalhadoras em locais distintos, em estados
diferentes, foram impedidas de realizar suas
necessidades fisiológicas. Isso quer dizer trabalho
análogo à escravidão concreto, contemporâneo”,
afirmou.
Saúde mental
O presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho, Pedro Tourinho de
Siqueira, ressaltou que outro aspecto da segurança e
saúde do trabalho tem sido o adoecimento psíquico.
De acordo com dados do Observatório de Segurança e
Saúde no Trabalho, nos afastamentos pelo INSS entre
2012 e 2022 considerados acidentários, em terceiro
lugar estão doenças mentais, como transtorno
bipolar, transtornos ansiosos e depressão.
Fonte: Agência Câmara
02/05/2024 -
Brasil registra mais de 244 mil empregos formais em
março
Este é o melhor resultado do Caged para o mês
desde 2020
O Brasil fechou o mês de março com saldo positivo de
244.315 empregos com carteira assinada. No acumulado
do ano (janeiro/2024 a março/2024), o saldo foi
positivo em 719.033 empregos, o que representa um
aumento de 34% em relação aos três primeiros meses
do ano passado.
O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta
terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho, este foi o melhor resultado do Caged para o
mês de março desde 2020. “Ou seja, é um momento
importante, então eu creio que neste Primeiro de
Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe
trabalhadora por melhores condições”, disse Marinho
à Agência Brasil.
Fonte: Agência Brasil
02/05/2024 -
Haddad atrela desoneração da folha à estabilidade da
Previdência
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atrelou a
desoneração da folha de pagamento, medida que
impacta municípios e 17 setores em todo o país, à
estabilidade do sistema previdenciário do país.
Alvo da mais nova batalha entre os poderes Executivo
e Legislativo, a desoneração da folha de pagamento
está agora sob a alçada do Supremo Tribunal Federal
(STF), que suspendeu o julgamento do recurso que
poderá resultar no fim da desoneração. Não há data
para a retomada do julgamento. A suspensão da
desoneração continua em validade.
“O placar do Supremo deixa claro que nós temos de
encontrar um caminho para não prejudicar a
Previdência. A reforma da Previdência é uma cláusula
que tem de ser considerada porque senão, daqui a
três anos, vamos ter de fazer outra reforma da
Previdência se não tiver receita”, afirmou o
ministro.
Na última quinta-feira (25), o ministro Cristiano
Zanin, do Supremo, atendeu a pedido da Advocacia
Geral da União (AGU) e suspendeu trechos da lei,
concordando com o argumento do governo de que faltou
estudo de impacto financeiro da medida. Na
sexta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), anunciou o ingresso de um recurso contra a
decisão.
“Temos de ter muita responsabilidade com isso. A
receita da Previdência é sagrada, é para pagar os
aposentados, não dá para brincar com essas coisas”,
alfinetou o ministro, sem fazer referência direta ao
Congresso Nacional.
Aprovada em outubro pelo Senado, a prorrogação da
desoneração da folha de pagamento até 2027 afeta
diversos setores da economia. O Congresso defende a
medida como forma de manter e aumentar o número de
empregos no país, ao passo que o governo teme o
impacto econômico da prorrogação do desconto na
folha. O presidente Lula vetou parcialmente o
projeto. Os vetos, no entanto, foram derrubados pelo
Congresso.
Como última cartada, o Ministério da Fazenda
apresentou uma medida provisória (MP), no final de
2023, que propunha uma reoneração gradual dos
setores beneficiados, a fim de auxiliar a
perseguição da meta fiscal estabelecida pelo
governo. O texto também suspendia o Perse, programa
emergencial para o setor de eventos, criado durante
a pandemia. Em outra derrota para o Executivo, a MP
foi derrubada no Congresso.
Pacheco reagiu com irritação ao recurso do governo.
Segundo o presidente do Senado, o governo erra ao
judicializar o caso e tentar impor suas próprias
razões em uma espécie de “terceiro turno” de
discussões. Ele ainda afirma ter sido surpreendido
pela decisão monocrática do ministro Cristiano
Zanin.
Fonte: Congresso em Foco
02/05/2024 -
Taxa de desemprego sobe para 7,9% no 1º trimestre do
ano, diz IBGE
Dado apresentou alta de 0,5 ponto percentual em
relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023
A taxa média de desemprego no Brasil subiu a 7,9% no
trimestre encerrado em março, informou o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
nesta terça-feira (30).
O dado apresentou alta de 0,5 ponto percentual em
relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023.
No entanto, essa taxa ainda está abaixo dos 8,8%
registrados no mesmo trimestre móvel de 2023.
A mediana das previsões em pesquisa realizada pela
Reuters era de que a taxa ficaria em 8,1% no
período.
De acordo com o IBGE, a alta da desocupação na
comparação trimestral foi puxada pelo aumento no
número de pessoas em busca de trabalho (população
desocupada), que cresceu 6,7% frente ao trimestre
encerrado em dezembro de 2023. O número representa
um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho.
Apesar da alta, o instituto diz que a população
desocupada permanece 8,6% abaixo do contingente
registrado no mesmo trimestre móvel de 2023.
Ainda segundo o IBGE, outro fator que concorreu para
o aumento da taxa de desocupação foi a redução da
população ocupada do país. Esse contingente recuou
0,8% na comparação trimestral, embora permaneça 2,4%
acima do número de trabalhadores encontrados pela
PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2023.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas
Domiciliares do IBGE, “o aumento da taxa de
desocupação foi ocasionado pela redução na ocupação.
Esse panorama caracteriza um movimento sazonal da
força de trabalho no primeiro trimestre de cada, com
perdas na ocupação em relação ao trimestre
anterior”.
Apesar da alta na comparação trimestral, essa taxa
de desocupação foi a menor já registrada para um
trimestre encerrado em março desde 2014, quando
chegou a 7,2%.
Rendimento segue em alta
O rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$
3.123, com alta de 1,5% no trimestre e de 4,0% na
comparação anual.
De acordo com o IBGE, a comparação com o trimestre
encerrado em dezembro de 2023 indica altas no
rendimento de Transporte, armazenagem e correio
(4,3%, ou mais R$ 122), Outros serviços (6,7%, ou
mais R$ 158) e Serviços domésticos (2,1%, ou mais R$
25), sem variações significativas nos demais
grupamentos.
Frente ao primeiro trimestre de 2023, houve altas no
rendimento da Indústria (7,5%, ou mais R$ 215),
Comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas (3,9%, ou mais R$ 96), Transporte,
armazenagem e correio (7,1%, ou mais R$ 198) e
Administração pública, defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou
mais R$ 152).
Apesar da alta do rendimento médio, na comparação
trimestral, a massa de rendimentos dos
trabalhadores, que é a soma dos rendimentos de toda
a população ocupada no país, permaneceu estável ante
o trimestre encerrado em dezembro de 2023.
*com informações da Agência IBGE e Reuters.
Fonte: CNN Brasil
02/05/2024 -
Empresa que omitir dados sobre igualdade salarial
será fiscalizada
Afirmação foi feita pelo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
afirmou, nesta terça-feira (30), que as empresas que
omitem dados sobre igualdade salarial terão “um
olhar especializado” do área de fiscalização da
pasta. “Se querem atenção, terão uma atenção”,
disse, durante coletiva de imprensa para apresentar
dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged).
Marinho comentou decisão da Justiça Federal que
liberou alguns segmentos, como farmácias e
universidades, de divulgarem as informações de
transparência salarial e de critérios remuneratórios
previstas na regulamentação da Lei da Igualdade
Salarial. “Se tem coisa a esconder, vamos olhar.
Então, essas [empresas] terão nossa atenção. E se
trata de tão poucas, que nos aguardem a atenção. Mas
elas podem, ainda, se quiserem, voltar atrás.
Estamos abertos a dialogar. Esses segmentos que não
nos procurarem para o diálogo receberão a visita do
auditor-fiscal para observar o que é que eles querem
esconder”, disse, lembrando que a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), de 1943, prevê fiscalizações
das normas trabalhistas.
Segundo o ministério, das cerca de 50 mil empresas
que se enquadram na lei, menos de 300 receberam
autorização para omitir os dados. “Estamos falando
de um número insignificante do ponto de vista de
quantitativo”, disse, enaltecendo as empresas que
estão “entendendo o espirito da lei e estão
colaborando” para a política pública.
“A grande massa de empresas respondeu os dados,
então queria agradecer a visão da grande maioria,
esmagadora maioria dos nossos empregadores e
empregadoras que responderam tranquilamente, com
seriedade, as informações que nós estamos pedindo”,
disse. “Chama atenção quem está resistindo,
recorrendo ao Judiciário, que talvez esse não seja o
melhor caminho. Se tem algum problema, a gente
analisa, conversa, constrói, até porque nossa visão
não é de autuar, de castigar, nada, muito pelo
contrário, é de construir a partir do direito das
mulheres de ter salário igual”, acrescentou.
A Lei da Igualdade Salarial, sancionada em julho do
ano passado, torna obrigatória a igualdade salarial
entre homens e mulheres quando exercerem trabalho
equivalente ou a mesma função. As regras valem para
empresas com 100 ou mais empregados e que tenham
sede, filial ou representação no Brasil.
No mês passado, as confederações nacionais da
Industria (CNI) e do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) entraram com uma ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
contra a Lei de Igualdade Salarial entre os gêneros.
A ação, ainda sem decisão, pede uma medida cautelar
para suspender os efeitos de alguns dos
dispositivos, entre eles, o que determina a
divulgação de relatórios de transparência salarial,
explicando os critérios para os pagamentos. As
confederações alegam que há risco de divulgação de
dados individualizados, o que violaria o direito à
privacidade.
Entretanto, de acordo com o ministro Luiz Marinho,
os dados de transparência não são individualizados,
“portanto não há qualquer razão para essa
resistência”.
Na ação, as entidades alegam que não pretendem
questionar o princípio da isonomia, mas "a
necessidade de adequação da lei, para que
desigualdades legítimas e objetivas, como o tempo na
função e na empresa, e a perfeição técnica do
trabalho, não sejam consideradas como discriminação
por gênero". Elas argumentam ainda que a exigência
da divulgação de relatório de transparência salarial
e aplicação de sanções a qualquer caso de diferença
de remuneração são injustas, e justificam que planos
de carreiras no meio corporativo vão além da questão
de gênero.
Segundo Luiz Marinho, a transparência sobre a
igualdade salarial será um dos temas a serem
tratados pelo governo no âmbito das comemorações do
1º de Maio – Dia do Trabalhador. “É preciso chamar
atenção do mundo empresarial, da necessidade de as
empresas trabalharem com uma visão humanista em
relação às necessidades e ao respeito aos direitos
humanos, de homens e mulheres, em particular nesse
debate, das mulheres”, disse.
Fonte: Agência Brasil
02/05/2024 -
1º de Maio: Senado avalia de redução de jornada até
punição a trabalho escravo
O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, é
comemorado desde o fim do século 19 para marcar a
luta de movimentos trabalhistas por direitos, como
jornadas menos longas e condições mais seguras.
Esses temas continuam mobilizando o Senado
atualmente. Ao mesmo tempo em que se debatem
projetos que tratam da chaga histórica do trabalho
escravo — como a proposta que expropria terras em
que for verificada a exploração análoga à escravidão
(PL 5.970/2019) —, estão em pauta propostas
sintonizadas com o que há de mais novo no mundo do
trabalho, como o projeto que permite a redução da
jornada laboral sem redução salarial (PL
1.105/2023).
Fonte: Agência Senado
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