Blog - Notícias Anteriores - Maio 2025
28/05/2025 -
INSS, CLT e reajuste dos servidores agitam a semana
no Congresso
Semana decisiva no Congresso: reajuste de
servidores, mudanças na CLT e debates sobre direitos
trabalhistas e previdenciários movimentam plenário e
comissões
Retorna à pauta do plenário da Câmara dos Deputados
nesta semana o PL 1.663/2023, que revoga
dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). O projeto, que já passou pelas comissões,
conta com emendas de plenário que tratam do
financiamento sindical, entre outros pontos
abordados na legislação trabalhista. Há também uma
série de destaques para votação em separado, que
divergem do parecer do relator, deputado Ossésio
Silva (Republicanos-PE).
Outra matéria no plenário, que conta com urgência
aprovada pelos deputados, é o PL 1.846/2025, que
revoga dispositivo da Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991. O projeto veda a realização de descontos
nos benefícios previdenciários referentes a
mensalidades de associações e demais entidades de
aposentados legalmente reconhecidas.
Matéria completa:
https://diap.org.br/index.php/noticias/agencia-diap/92241-fim-dos-descontos-do-inss-revogacao-de-dispositivos-da-clt-e-
reajuste-dos-servidores-estao-em-pauta
Fonte: Diap

28/05/2025 -
TST recebe manifestações sobre gratuidade de justiça
para sindicatos
Tema será julgado sob a sistemática dos recursos
repetitivos
O Tribunal Superior do Trabalho está recebendo
manifestações escritas de pessoas, órgãos e
entidades interessados no recurso em que se discutem
os requisitos para a concessão da gratuidade de
justiça a sindicatos que atuam como substitutos
processuais de seus representados. O tema foi
submetido à sistemática dos recursos repetitivos (-IncJulgRREmbRep–0010502-23.2022.5.03.0097),
e a tese a ser firmada no julgamento terá natureza
vinculante e será aplicada a todos os processos
individuais e coletivos em tramitação na Justiça do
Trabalho.
A questão jurídica a ser discutida é a seguinte:
“A concessão do benefício da justiça gratuita a
sindicato, na condição de substituto processual,
depende de prova inequívoca de que a entidade
sindical não pode arcar com as despesas do processo
sem comprometer a sua atividade ou é o bastante a
mera declaração de hipossuficiência econômica?”
O prazo para as manifestações é de 15 dias úteis a
contar da publicação, em 23 de maio, inclusive
quanto ao interesse para participar do processo para
fornecer informações e colaborar na sua resolução (amicus
curiae). As manifestações devem ser apresentadas
como petição no próprio processo, sob a relatoria do
ministro Agra Belmonte.
Leia a
íntegra do edital.
Fonte: TST

28/05/2025 -
CAS debate contratação de empregados como empresas
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai debater na
quinta-feira (29) os impactos da "pejotização" —
termo para a prática de contratar trabalhadores como
pessoa jurídica (PJ), e não como empregado com
carteira assinada. A audiência, proposta pelo
senador Paulo Paim (PT-RS), está marcada para as 9h.
No requerimento (REQ 27/2025 - CAS), Paim lembra que
o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu todos os
processos judiciais que discutem a "pejotização" no
país em busca de uma interpretação definitiva sobre
o tema.
"Ao contratar um profissional como se ele fosse uma
empresa, ou seja, um prestador de serviços, pode
haver a supressão de direitos trabalhistas e a
precarização das condições de trabalho. Além disso,
o fenômeno pode acarretar em desigualdade entre os
trabalhadores e promover a insegurança jurídica",
afirma o senador.
A audiência tem os seguintes convidados:
- Ministro do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) Augusto César de Carvalho
- Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT)
da 4ª Região Clóvis Schuch Santos
- Vice-presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Marco
Aurélio Treviso
- Diretor do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais
do Trabalho, Renato Bignami
- Coordenador nacional de Combate às Fraudes nas
Relações de Trabalho do Ministério Público do
Trabalho (MPT), Renan Bernardi Kalil
- Pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e
Economia do Trabalho da Universidade de Campinas
(Unicamp) Magda Barros Biavaschi
- Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Extensão "O
Trabalho além do Direito do Trabalho" da
Universidade de São Paulo (USP), Guilherme Feliciano
- Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) Dercylete Lisboa Loureiro e Matheus Klein
Viana
- Representantes do Supremo Tribunal Federal e da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), ainda não
nomeados
Fonte: Agência Senado

28/05/2025 -
Centrais sindicais repudiam suspensão de
conselheiros do CNPS
As principais centrais sindicais do país divulgaram
nesta segunda-feira (26) uma nota conjunta
repudiando a decisão do ministro da Previdência
Social, Wolney Queiroz, de suspender, sem
justificativa formal, os conselheiros indicados
pelas entidades sindicais ao Conselho Nacional de
Previdência Social (CNPS).
De acordo com o comunicado, a medida foi tomada de
forma unilateral e comunicada apenas por telefone,
sem publicação oficial, notificação prévia ou
exposição de motivos. As entidades denunciam o ato
como “autoritário, antidemocrático e ilegítimo”, e
alertam para o risco de enfraquecimento da
participação social nas decisões da Previdência.
“A participação dos trabalhadores da ativa e dos
aposentados na gestão tripartite da Previdência
Social é uma conquista histórica consagrada na
Constituição de 1988”, afirmam os signatários. Para
eles, a exclusão representa um ataque direto à
democracia e aos direitos sociais.
Na nota, as centrais também rebatem qualquer
tentativa de criminalizar o movimento sindical sob o
pretexto de investigar supostas fraudes. “As
verdadeiras fraudes devem, sim, ser investigadas e
punidas com rigor — mas é inadmissível que, sob esse
pretexto, se criminalize todo o movimento sindical
dos aposentados e trabalhadores.”
O texto termina com um apelo direto ao ministro para
que revogue a decisão, sob pena de romper com o
pacto democrático e comprometer a legitimidade do
CNPS como espaço plural de formulação de políticas
previdenciárias.
Confira a íntegra da Nota das centrais:
Centrais sindicais repudiam suspensão de
conselheiros no CNPS
Fomos surpreendidos, na última sexta-feira, com uma
decisão inaceitável do ministro da Previdência
Social, Wolney Queiroz: a suspensão, sem qualquer
justificativa formal, dos conselheiros indicados
pelas centrais sindicais e pelas entidades sindicais
nacionais dos aposentados, pensionistas e idosos no
Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).
Trata-se de uma medida autoritária, antidemocrática
e ilegítima, tomada à revelia das entidades
representativas dos trabalhadores e sem o mínimo
respeito institucional. Não houve qualquer
notificação formal, publicação de ato normativo ou
exposição de motivos. O ministério limitou-se a
comunicar por telefone a decisão — um gesto de
desprezo pelas representações legítimas da classe
trabalhadora.
A participação dos trabalhadores da ativa e dos
aposentados na gestão tripartite da Previdência
Social é uma conquista histórica consagrada na
Constituição de 1988. A tentativa de silenciar essas
vozes representa um ataque direto à democracia e aos
direitos sociais.
Não aceitaremos que entidades sérias e combativas
sejam tratadas como organizações de fachada. As
verdadeiras fraudes devem, sim, ser investigadas e
punidas com rigor — mas é inadmissível que, sob esse
pretexto, se criminalize todo o movimento sindical
dos aposentados e trabalhadores.
O ministro Wolney Queiroz precisa rever sua decisão.
Caso contrário, estará rompendo com o pacto
democrático, ao violar direitos constitucionais e
comprometer a legitimidade do CNPS como espaço
plural de construção das políticas de Previdência
Social.
São Paulo, 26 de maio de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Fonte: Rádio Peão Brasil

28/05/2025 -
Prévia da inflação recua para 0,36% em maio
Alimentos, vestuário, saúde e habitação
pressionam IPCA-15 para cima. Passagens aéreas
ajudam a conter alta.
A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15,
ficou em 0,36% em maio, segundo o IBGE. O índice
representa uma desaceleração frente aos 0,43% de
abril, mas ainda pressiona o bolso, com alta
acumulada de 2,80% no ano e 5,40% em 12 meses.
O setor que mais subiu foi o de vestuário (0,92%),
seguido por saúde e cuidados pessoais (0,91%),
impactado pelo reajuste de até 5,09% nos
medicamentos, e habitação (0,67%), puxado pela conta
de luz, que teve alta de 1,68% após a Aneel adotar a
bandeira amarela.
Alimentos continuam pressionando
Apesar da desaceleração, a alimentação no domicílio
ainda teve alta de 0,30%, com destaque para
batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído
(4,82%). Por outro lado, caíram os preços do tomate
(-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%).
Passagens aéreas ajudam a conter alta
O grupo Transportes caiu 0,29%, influenciado pela
queda de 11,18% nas passagens aéreas. Também houve
impacto das tarifas zero aos domingos e feriados em
capitais como Brasília, Belém e Curitiba.
Goiânia lidera entre as capitais
Regionalmente, Goiânia teve a maior alta (0,79%),
devido à gasolina e ao etanol. Curitiba teve o menor
índice (0,18%). O IPCA-15 mede a inflação para
famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos e
cobre 11 capitais e o DF.
Fonte: Congresso em Foco

28/05/2025 -
Aprovado saque do FGTS para quem tem esclerose
múltipla ou lateral amiotrófica
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou,
nesta terça-feira (27), o projeto que inclui entre
as hipóteses de saque do FGTS o acometimento do
trabalhador ou de dependente por esclerose múltipla
ou esclerose lateral amiotrófica (PL
2.360/2024). O autor do projeto é o senador
Fernando Dueire (MDB-PE), que explicou ter se
inspirado nas dificuldades encontradas por sua
esposa, que tem esclerose múltipla. A proposta
poderá seguir direto para a análise da Câmara dos
Deputados, se não houver pedido para votação no
Plenário do Senado. A relatoria foi do senador
Esperidião Amin (PP-SC).
Fonte: Agência Senado

27/05/2025 -
Registro sindical cancelado: saiba como regularizar
As entidades podem solicitar um novo registro,
desde que cumpram os requisitos previstos na
Portaria MTE nº 3.472/2023
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio
da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT),
publicou orientações para sindicatos que tiveram o
registro sindical cancelado e desejam regularizar
sua situação. As entidades podem solicitar um novo
registro, desde que atendam aos requisitos
estabelecidos na Portaria MTE nº 3.472/2023,
incluindo a entrega de documentos obrigatórios, como
edital de convocação, atas de assembleia e estatuto
social.
A regularização é destinada a entidades cujo
registro foi cancelado por manter dados
desatualizados por mais de oito anos no Cadastro
Nacional de Entidades Sindicais (CNES) ou por não
realizarem a Atualização Sindical até 31 de dezembro
de 2024. Em alguns casos, é possível reaproveitar
documentos do registro anterior, desde que estejam
em conformidade com as exigências legais e não tenha
havido alteração na categoria ou na base territorial
da entidade.
As orientações completas para regularizar o registro
sindical cancelado estão
disponíveis aqui.
Em caso de dúvidas, a entidade pode buscar
orientação técnica especializada ou entrar em
contato com a Secretaria de Relações do Trabalho
pelo e-mail:
atendimento.cgrs@trabalho.gov.br.
Fonte: MTE

27/05/2025 -
Apoio ao fim da escala 6x1 no Congresso vai além dos
governistas
Proposta tem apoio expressivo entre os
parlamentares que se dizem independentes;
no Senado, mais da metade diz concordar totalmente
com a PEC.
A proposta de se modificar a Constituição para
extinguir a escala de trabalho 6x1 quando um
funcionário trabalha em seis dias na semana para
folgar em apenas um tem um nível apoio no Congresso
Nacional que vai além dos parlamentares de esquerda.
A informação é da pesquisa Painel do Poder,
realizada pelo Congresso em Foco com os próprios
deputados e senadores.
A rodada mais recente do Painel do Poder, realizada
de 27 de março a 25 de abril de 2025, entrega o
mapa: 50% dos parlamentares dizem concordar com a
proposta (44% concordam totalmente e 6% concordam
parcialmente), enquanto 44% dizem discordar (39%
totalmente + 5% parcialmente) e 6% se dizem
indiferentes.
Em outras palavras, o fim da escala 6x1 tem a
simpatia de metade do Congresso. Para passar em
votação, porém, ela precisa do apoio de três quintos
da Câmara e de três quintos do Senado.
Para a realização do levantamento, o Painel do Poder
fez uma série de perguntas a 69 parlamentares no
Congresso Nacional. A amostra considerada na
pesquisa foi montada de forma a reproduzir os perfis
partidário, regional e ideológico do conjunto total
de parlamentares. Na pergunta sobre o fim da escala
6x1, especificamente, os parlamentares foram
convidados a informar o seu grau de concordância com
a PEC em uma escala de 1 a 5 sendo que 1 corresponde
a discordar completamente, 3 significa a uma postura
indiferente e 5 equivale a concordância total.
Os dados da pesquisa também permitem ver o
posicionamento dos parlamentares por perfil
ideológico. O resultado reafirma que o apoio à
proposta não se restringe ao governo Lula:
- A proposta, como se esperaria, tem um viés mais
próximo ao governo: dentre os parlamentares que se
identificam como base de Lula, o grau de apoio é de
4,29, em uma escala de 1 a 5. Dentro da oposição, a
média de todas as respostas ficou 1,58.
- Entre os parlamentares que se dizem independentes,
no entanto, a nota média na escala de 1 a 5 fica em
3,09. Fica pouco acima da média de 3, mais próximo
da base que da oposição.
Câmara e Senado
A discussão sobre a escala 6x1 ganhou tração após a
deputada Erika Hilton (Psol-SP) anunciar uma PEC que
estabelece o fim desse tipo de trabalho, ainda em
2024. Neste ano, o governo entrou em campo para
apoiar a proposta, que tem forte apelo popular, e o
tema foi citado no pronunciamento oficial do
presidente Lula no Dia do Trabalhador.
Do outro lado, o texto enfrenta resistência entre os
empresários. O presidente da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), disse que o debate a respeito do
fim da escala vai precisar ouvir todos os lados
envolvidos.
Também é possível que a discussão do texto comece no
Senado. A parlamentar Eliziane Gama (PSD-MA)
anunciou que entraria com um projeto nessa direção.
Outros sinais
A pesquisa Painel do Poder captou outros sinais sobre
a PEC do fim da escala 6 x 1:
- A proposta parece ter maior aceitação no Senado,
onde mais metade dos entrevistados respondeu que
concorda totalmente com a proposta.
- Embora o texto tenha avaliação positiva, apenas 21%
dos parlamentares veem uma chance de aprovação alta
ou muito alta para ela nos próximos 6 meses. Para
38%, as chances são muito baixas.
Fonte: Congresso em Foco

27/05/2025 -
Processos trabalhistas batem recorde em 15 anos
Justiça do Trabalho recebeu mais de 4 milhões de
casos em 2024 –desses, 3,60 milhões eram novas ações
A matéria do Poder360 destaca que a Justiça do
Trabalho brasileira registrou, em 2024, o maior
número de processos dos últimos 15 anos. Foram mais
de 4 milhões de casos recebidos, dos quais 3,6
milhões eram novas ações, representando um aumento
de 16,1% em relação a 2023.
Principais Destaques:
- Crescimento Pós-Pandemia: Após uma queda
durante a pandemia, o número de ações trabalhistas
voltou a crescer, atingindo níveis não vistos desde
2017.
- Dados de 2025: De janeiro a abril de 2025,
já foram registrados 1,2 milhão de novos processos
trabalhistas, um aumento de 6,38% em comparação com
o mesmo período do ano anterior.
Análise:
O aumento expressivo no número de ações trabalhistas
indica uma retomada da judicialização das relações
de trabalho no Brasil. Esse crescimento pode ser
atribuído a diversos fatores, incluindo mudanças
legislativas, decisões judiciais que ampliaram o
acesso à justiça gratuita e a alta rotatividade no
mercado de trabalho.
A tendência sugere que, mesmo após a reforma
trabalhista de 2017, que visava reduzir o número de
processos, os trabalhadores continuam buscando a
Justiça do Trabalho para resolver conflitos,
especialmente em um cenário econômico desafiador.
Apesar da queda, para a professora-doutora do DTB
(Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade
Social) da faculdade de direito da USP (Universidade
de São Paulo) Julia Lenzi, não houve redução de
conflitos. O que se deu foi “temor” com relação a
possíveis condenações após as mudanças na CLT.
De acordo com Lenzi, o que aconteceu foi “um certo
resguardo no sentido de esperar como os tribunais
iam interpretar aquelas alterações na regulação do
trabalho”. A professora avalia que essas mudanças na
legislação trabalhista podem ter alimentado a
judicialização ao enfraquecer sindicatos e favorecer
negociações individuais.
Eu seu twitter (X) João Carlos Gonçalves, Juruna,
secretário geral da Força Sindical vai na mesma
linha: “A campanha contra os sindicatos tem
consequências! Sem acordos e convenções coletivas,
os trabalhadores ficam sem amparo. Desamparado, o
trabalhador busca soluções no processo trabalhista.
Simples assim!”
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no
Poder360.
Fonte: Rádio Peão Brasil

27/05/2025 -
STF julga nesta semana novo recurso sobre ‘revisão
da vida toda’ do INSS
Em julgamento de 2022, os ministros liberaram a
revisão, que foi derrubada em 2024 pela própria
Corte
O Supremo Tribunal Federal ( STF) marcou para esta
quarta-feira novos recursos do INSS no caso da
chamada “revisão da vida toda”.
O tema volta à pauta da Corte após uma decisão no
início de abril que determinou que segurados do INSS
não precisarão devolver os valores a mais da
aposentadoria que eventualmente receberam em razão
desse mecanismo.
A tese da “revisão da vida toda”, que discutia se
todas as contribuições previdenciárias feitas ao
INSS pelos trabalhadores no período anterior a julho
de 1994 poderiam ser consideradas no cálculo das
aposentadorias, foi considerada válida pela Corte em
2022, e depois derrubada em 2024.
Decisão de 2022
Em 2022, o plenário do STF havia decidido que o
mecanismo da “revisão da vida toda” é
constitucional. Isso significa que todas as
contribuições previdenciárias feitas ao INSS pelos
trabalhadores no período anterior a julho de 1994
poderiam ser consideradas no cálculo das
aposentadorias, o que poderia aumentar os
rendimentos de parte dos aposentados.
Entretanto, a decisão não entrou em vigor porque
ainda havia um recurso pendente contra ela,
ingressado pelo governo.
Decisão de 2024
No ano passado, ao julgar uma lei de 1999, os
ministros aprovaram uma tese que estabelece que o
segurado não pode optar pela regra mais favorável.
Por maioria, o tribunal entendeu que os segurados
não têm direito de opção, mesmo que a regra seja
mais benéfica a ele. É uma decisão exatamente oposta
à revisão da vida toda.
Com isso, a revisão da vida toda fica prejudicada,
já que os segurados poderão seguir apenas as regras
do fator previdenciário, sem direito à escolha.
O que vai ser julgado agora
Agora, a corte marcou para 28 de maio o julgamento do
processo da revisão da vida toda em si, ou seja, o
processo original.
Em 10 de abril deste ano, os ministros derrubaram os
recursos pedindo a revisão, mantendo posicionamento
contrário à tese, mas definiram que quem já recebeu
os valores não precisa devolvê-los ao INSS.
Fonte: Agência O Globo

27/05/2025 -
Empresa não precisa indenizar trabalhador por
intervalo externo, decide TST
Trabalhador que exerce atividades externas deve
provar quando não tirar o intervalo, mesmo que a
empresa registre os horários de entrada e saída.
Quando o empregado executa o trabalho fora da
companhia, ela não consegue acompanhar se o tempo de
pausa foi utilizado.
O entendimento é do Tribunal Superior do Trabalho,
que aceitou o recurso da empresa Eletropaulo e
invalidou a condenação atribuída anteriormente.
Dessa forma, a companhia do setor elétrico não
precisará indenizar o trabalhador e o TST reforça a
própria regra, de que as “peculiaridades” das
funções externas tornam inviável a companhia
fiscalizar os horários e intervalo dos funcionários.
“Quanto ao intervalo intrajornada do trabalhador
externo, a SBDI-1 desta Corte Superior fixou tese no
sentido de que é ônus do empregado que desempenha
trabalho externo a prova de irregular fruição do
intervalo intrajornada, ainda que haja a
possibilidade de controle dos horários de início e
término da jornada”, avaliou o ministro Ives Gandra
da Silva Martins Filho, relator do caso.
Além disso, o ministro disse que a decisão anterior,
para a Eletropaulo indenizar o funcionário, “por
descumprimento do seu ônus de prova, foi proferido
em contrariedade ao entendimento sedimentado neste
Tribunal Superior”.
A condenação havia sido determinada pelo Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). O TST, no
entanto, recusou o pedido da empresa sobre
equiparação salarial e pagamento de horas extras,
por falta de relevância jurídica suficiente.
As advogadas Tattiany Martins Oliveira e Ligia
Martoni, do escritório Gasparini, Barbosa e Freire
Advogados, atuaram do caso.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 1001306-16.2022.5.02.0719
Fonte: Consultor Jurídico

26/05/2025 -
Comissão do Trabalho aprova audiência sobre Agenda
das Centrais Sindicais para 2025
Audiência pública reunirá centrais sindicais e
especialistas para apresentar propostas legislativas
em defesa dos direitos dos trabalhadores em 2025.
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
aprovou o Requerimento nº 34/2025, de autoria do
deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), que propõe a
realização de uma audiência pública destinada à
apresentação da Agenda Legislativa e da Agenda
Jurídica das Centrais Sindicais para o ano de 2025.
Sob o lema “Por um Brasil mais justo: solidário,
democrático, soberano e sustentável”, o encontro,
ainda sem data marcada, reunirá representantes das
principais entidades sindicais do país com o
objetivo de expor propostas e prioridades para o
próximo período legislativo.
A iniciativa busca fortalecer o diálogo entre o
Parlamento e o movimento sindical, em um cenário de
debates intensos sobre direitos trabalhistas,
negociações coletivas, previdenciária e valorização
do trabalho.
No requerimento o deputado convida presidentes das
centrais como, CUT, Força Sindical, UGT, CSB e CTB
além de especialistas e representantes do Executivo.
A expectativa é que o evento sirva como ponto de
partida para a articulação de políticas voltadas à
proteção e à ampliação dos direitos dos
trabalhadores brasileiros.
Fonte: Diap

26/05/2025 -
Clamor popular pela redução da jornada – João
Guilherme Vargas Netto
No Brasil republicano tem sido difícil a luta pela
redução constitucional da jornada de trabalho, ainda
que várias reduções tenham acontecido em empresas e
categorias por esforço do movimento sindical, com
greves, mobilizações e negociações.
Determinada, pela primeira vez, na constituinte e
Constituição de 1934, a jornada de 48 horas semanais
permaneceu inalterada na Constituição de 1937 (do
Estado Novo), na constituinte e Constituição
democrática de 1946, na Constituição de 1967(da
ditatura militar) e somente foi reduzida para 44
horas semanais na Constituição de 1988, precedida a
redução constitucional por inúmeras e importantes
reduções conquistadas em empresas e categorias,
conforme relatei no artigo anterior.
Sob a vigência da Constituição de 1988 as
dificuldades e empecilhos à redução ficaram patentes
na trajetória da PEC 231/95 até seu arquivamento em
2023, atravessando várias legislaturas.
Ficou demonstrado que não bastaram as inúmeras
mobilizações sindicais, abaixo-assinados e marchas à
Brasília, tendo os adversários pura e simplesmente
resistido à mudança, mesmo à manobra reducionista de
Michel Temer de 2010.
Agora, com um Congresso Nacional cuja correlação de
forças nos assuntos de interesses dos trabalhadores
é mais desfavorável do que havia sido nas
legislaturas que discutiram a PEC 231/95
(principalmente depois da deforma trabalhista), a
luta pela PEC 6×1, para ter êxito, precisa ser
enfrentada com seriedade.
Ainda que facilitada pelo apelo midiático do fim da
escala 6×1( que implica redução da jornada), pelo
ostensivo apoio do presidente da República e em uma
conjuntura econômica favorável, o avanço da redução
dependerá da mobilização imediata, persistente,
unitária e inteligente das bases do movimento
sindical que devem procurar cada deputado e cada
senador convencendo-os da necessidade e
possibilidade da redução, alertando-os para
consequências eleitorais de sua posições, enquanto
as direções sindicais nacionais articulem na
sociedade (movimento sociais, direções partidárias,
instituições representativas e sensibilidades
religiosas) um verdadeiro clamor popular pela
redução. As bases e as direções devem procurar
também as Assembleias Legislativas e as Câmaras de
Vereadores, ampliando o clamor.
João Guilherme Vargas Netto. Consultor de
entidades sindicais de trabalhadores.
Fonte: Agência Sindical

26/05/2025 -
Nos bastidores, Lula diz a aliados que pretende se
candidatar à reeleição em 2026: "só perco para mim
mesmo"
Presidente já articula reeleição com líderes do
PT e do MDB, apostando na recuperação econômica até
o pleito
A sucessão presidencial de 2026 já começa a
movimentar os bastidores de Brasília. Crescem entre
parlamentares do centro e da direita as especulações
sobre uma eventual desistência do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), seja por conta do
desgaste político do governo, seja em função da
idade. Aos 79 anos, Lula, no entanto, tem deixado
clara sua disposição de disputar um novo mandato.
"Vou disputar 2026. E só perco essa eleição para mim
mesmo", teria dito Lula em conversa com membros da
cúpula do PT, segundo a coluna do jornalista Paulo
Cappelli, do Metrópoles.
A afirmação foi vista pelos interlocutores como um
indicativo claro de que o presidente não pretende
repetir a postura do argentino Alberto Fernández,
que abriu mão da tentativa de reeleição e deixou
espaço para outro nome da esquerda em seu país.
Ministros próximos ao presidente relataram que Lula
não demonstra preocupação com os atuais índices de
reprovação de seu governo.
O Planalto interpreta os resultados das pesquisas
como insatisfação com a gestão, mas não com a figura
pessoal do presidente. A aposta central é que, até
outubro de 2026, o cenário econômico terá melhorado,
impulsionado por investimentos e geração de
empregos, o que poderia reverter a avaliação
negativa.
Ainda de acordo com a reportagem, a movimentação
pela reeleição já está em curso. Uma das prioridades
do presidente tem sido garantir o apoio do MDB,
partido que possui capilaridade nacional e
influência nas alianças regionais. Lula vem
promovendo encontros com lideranças emedebistas, em
busca da consolidação dessa aliança.
Há, no entanto, divisões internas na sigla. Enquanto
o ex-presidente Michel Temer e o prefeito de São
Paulo, Ricardo Nunes, demonstram resistência à
reeleição de Lula, figuras como Renan Filho e Jader
Barbalho, que ocupam cargos no governo federal, já
se alinham ao projeto de continuidade.
Outro movimento significativo do presidente ocorre
dentro do próprio PT. Lula tem se envolvido nas
articulações para a sucessão interna do partido e
defende a candidatura de Edinho Silva, atual
prefeito de Araraquara, à presidência da legenda.
Para Lula, a modernização do partido é essencial
para manter a centralidade do partido na política
nacional e deve ser realizada antes das eleições de
2026.
Fonte: Brasil247

26/05/2025 -
Davi dá até 17 de junho para acordo de instalação da
CPMI do INSS
Presidente do Congresso exige acordo entre Senado
e Câmara sobre composição da comissão.
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi
Alcolumbre (União-AP), estabeleceu prazo até 17 de
junho para que líderes partidários cheguem a um
acordo sobre a composição da Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no
Instituto Nacional do Seguro Social. O ponto de
impasse é o equilíbrio entre Senado e Câmara na
indicação de membros.
O pedido para abertura da comissão foi apresentado
por Damares Alves (Republicanos-DF) e Coronel
Fernanda (PL-MT), com apoio de 36 senadores e 223
deputados número acima do mínimo exigido. A
investigação mira descontos indevidos nos benefícios
de aposentados e pensionistas, com prejuízo estimado
em R$ 6,3 milhões entre 2019 e 2024.
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), vice-líder do
governo, relatou que Alcolumbre recusou a instalação
de uma CPI restrita ao Senado. Ele não aceita fazer
a CPI só do Senado. [...] Disse que não concorda.
Ponto final, que ele só aceita fazer a CPMI,
afirmou.
Segundo Kajuru, a proposta atual apresenta
desequilíbrio, com maior peso para os deputados
Precisa também ter uma conversa sobre isso, disse. A
definição da composição será discutida até o prazo
fixado pelo presidente do Congresso. Costurado o
acordo, a expectativa é de instalação em agosto.
Mesmo com o adiamento, Kajuru afirmou que a CPMI
sairá do papel. Ele criticou a postura de
governistas que não apoiam a criação do colegiado.
ElO vice-líder avalia que a própria reputação do
Executivo sai prejudicada sem esse apoio, e que a
investigação não afeta um candidato específico ao
Planalto.
Todos nós sabemos: começou no governo Bolsonaro, deu
sequência no governo Lula. Vamos procurar os
culpados e vamos prendê-los o mais rapidamente
possível, declarou.
Fonte: Congresso em Foco

26/05/2025 -
INSS: agências dos Correios vão atender vítimas de
fraudes
Medida começa no dia 30 deste mês
A partir do próximo dia 30, agências dos Correios
vão prestar atendimento a aposentados e pensionistas
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que
podem ter sido vítimas de descontos não autorizados
feitos por entidades associativas. O anúncio foi
feito nesta quinta-feira (22).
Durante coletiva de imprensa, o presidente do INSS,
Giberto Waller, destacou que o serviço presencial
será disponibilizado com foco na população de
aposentados e pensionistas que não tem acesso à
tecnologia.
“O atendimento presencial é exclusivo nas agências
dos Correios. As agências do INSS não receberão esse
tipo de pedido. A gente tem uma outra demanda, uma
outra finalidade para essas agências da previdência
social. Mesmo porque a gente não tem a capilaridade
que os Correios têm.”
Segundo Waller, o INSS trabalha atualmente com um
total de 1.570 agências distribuídas em pouco mais
de 700 municípios grandes, onde a maioria da
população tem acesso à tecnologia e, portanto, não
precisaria se deslocar em busca de atendimento
presencial.
“A gente está utilizando a parceria com os Correios
para chegar em municípios pequenos onde há mais
dificuldade no uso da tecnologia ou no uso da
telefonia”, destacou o ministro, citando que a pasta
disponibiliza, como canais de comunicação, o
aplicativo Meu INSS, sites oficiais e o número de
telefone 135.
Para ser atendido em uma agência dos Correios, o
aposentado ou pensionista precisa apenas de um
documento de identificação. Em casos de pessoas
acamadas ou com dificuldade de deslocamento, é
possível que uma terceira pessoa compareça ao local,
desde que portando uma procuração.
“A pessoa com a procuração, não vai ter a
possibilidade de mudar nenhum dado cadastral – [a
visita à agência] é somente para fazer a consulta se
houve ou não desconto”, destacou o presidente do
INSS.
“A ideia é que os Correios, ao receberem essa
pessoa, façam o atendimento, abram a tela informando
se houve desconto, de qual associação [foi feito o
desconto], e se foi autorizado ou não. Ela fecha a
manifestação automaticamente, recebe um protocolo
com número, horário e data. Isso vai ter uma
importância depois”, completou.
Fonte: Agência Brasil

26/05/2025 -
TRT-15 diz que Justiça do Trabalho deve julgar caso
de pejotização
A 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª
Região (interior de São Paulo) deu provimento ao
recurso de uma trabalhadora contratada como
prestadora de serviços, mas que afirma ter atuado
como bancária com vínculo trabalhista em atividades
comuns da instituição financeira.
O colegiado declarou a competência da Justiça do
Trabalho para processar e julgar a ação e determinou
o retorno dos autos ao juízo da Vara do Trabalho de
Salto (SP), que havia encerrado o processo alegando
a incompetência da JT por entender que o caso se
tratava de contrato de natureza civil.
Segundo alegou a trabalhadora, ela foi admitida em
13 de abril de 2022 pela primeira reclamada (uma
instituição financeira), mediante “o ficto ‘contrato
de prestação de serviços’ celebrado com a segunda
reclamada (uma corretora de seguros)”, mas na
realidade prestou serviços exclusivamente ao banco,
“de forma ininterrupta e sob sua subordinação
jurídica, sendo dispensada em 9/9/2022”.
Durante o período em que trabalhou, a profissional
fazia “tarefas típicas da atividade bancária, sem
qualquer tipo de autonomia, restando evidente a
contratação fraudulenta com intuito de burlar as
normas trabalhistas”. Por isso pediu o
reconhecimento do vínculo empregatício diretamente
com o banco.
O juízo da Vara do Trabalho de Salto afirmou que “a
constituição de pessoas jurídicas (pejotização) ou a
elaboração de contrato civil, todas para travestir
uma relação empregatícia, tem sido prática muito
comum no Brasil, mas se a parte autora comprovar a
presença dos requisitos do vínculo empregatício, a
prestação de serviços fica descaracterizada em
outros moldes, tendo direito a todas as verbas
trabalhistas”.
Ele ressaltou, porém, que “essa análise não deve ser
feita perante a Justiça do Trabalho, de acordo com a
atual jurisprudência”, e por isso declarou a
incompetência material para apreciar o litígio e,
com fundamento no artigo 64, §3º, do CPC, determinou
o envio dos autos à Justiça comum estadual.
A relatora do acórdão, desembargadora Gisela
Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, não
concordou com a decisão.
“Por força de mandamento constitucional (artigo 114,
I, da Constituição Federal), não há como se afastar
a competência da Justiça do Trabalho para processar
e julgar a presente ação que objetiva o
reconhecimento do vínculo empregatício, sob o
argumento de fraude à legislação trabalhista”,
afirmou a relatora, que embasou sua tese em decisões
do TST, a exemplo do Ag-RRAg-1000861-57.2020.5.02.0043
e do RR-1000747-41.2021.5.02.0025. Com informações
da assessoria de imprensa do TRT-15.
Clique
aqui para ler a decisão
Processo 0011230-33.2023.5.15.0085
Fonte: Consultor Jurídico

23/05/2025 -
Governo Lula é aprovado por 40% e desaprovado por
54%, diz Ipespe
Números mostram cenário de estabilidade em
comparação com o levantamento anterior, realizado em
março
Uma pesquisa divulgada pelo Ipespe nesta
quarta-feira (21) mostra que o governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é desaprovado por 54%
dos brasileiros e aprovado por 40%, informa a CNN
Brasil. Outros 6% não souberam ou não responderam. O
levantamento mostra estabilidade em comparação ao
levantamento anterior, realizado em março, quando a
aprovação foi de 41% e a desaprovação registrou os
mesmos 54%.
O Ipespe também perguntou aos entrevistados sobre as
expectativas sobre o futuro do governo: 44%
responderam que deve piorar, 39% apostam numa
melhora e 16% acreditam que a situação deve
permanecer a mesma.
Foram ouvidas 2,5 mil pessoas em todo o país entre
os dias 14 e 19 de maio. A margem de erro é de dois
pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível
de confiança é de 95,45%.
Fonte: Brasil247

23/05/2025 -
Governo lança guia para sindicatos para garantir
igualdade salarial nas negociações
O governo federal lançou um guia para orientar
sindicatos a garantir a igualdade salarial durante
as negociações de acordos e convenções coletivas. A
iniciativa busca ampliar a implementação prática da
Lei nº 14.611/2023 – a Lei da Igualdade Salarial
entre Homens e Mulheres – sancionada em julho de
2023 pelo presidente Lula, mas ainda com efetividade
limitada.
O próprio documento aponta que, em 2024, segundo
dados do IBGE, mulheres ganhavam, em média, 22% a
menos que os homens, com a diferença chegando a até
39,1% no caso das mulheres negras.
“As perspectivas mais tradicionais costumam atribuir
as diferenças salariais à baixa escolaridade e à
falta de experiência profissional. No entanto, as
evidências indicam que essa explicação não se
sustenta, uma vez que as mulheres ocupadas possuem,
em média, um nível de escolaridade mais elevado do
que os homens em todas as ocupações”, diz o guia.
O material ressalta ainda que as mulheres enfrentam
desafios adicionais na carreira que as colocam em
posição desfavorável, como maior vulnerabilidade ao
desemprego em períodos de crise, são mais afetadas
pela informalidade e interrupções na carreira devido
à maternidade ou trabalho de cuidado de familiares.
“(…) as disparidades salariais são resultado de
práticas discriminatórias e da divisão sexual do
trabalho, que historicamente relegam às mulheres
papéis subvalorizados, tanto no mercado de trabalho,
quanto no trabalho doméstico e de cuidados”,
argumenta.
Além de dados e o histórico que explicam as raízes
da disparidade salarial persistente, o guia
elaborado por técnicos do Ministério do Trabalho e
do Ministério das Mulheres explica como os
sindicatos podem colaborar para reverter este
cenário.
“É importante que as entidades sindicais busquem
incluir, nas pautas de negociação coletiva e
mediação trabalhista,1 cláusulas que visem a
promoção da equidade de gênero nas relações de
trabalho. Garantir também a presença das mulheres
nas mesas de negociação pode fortalecer os
sindicatos aumentando sua legitimidade e
representatividade. Promover essa participação é
essencial para construir um mercado de trabalho mais
inclusivo e igualitário, com isso beneficiando toda
a sociedade.”
Baixe o guia
aqui.
Fonte: Brasil247

23/05/2025 -
Abril tem
menos ganhos reais
Pode ser esporádico, mas pode indicar uma tendência.
O fato é que tem crescido o número de negociações
coletivas com reajustes salariais abaixo da
inflação.
O Boletim “De olho nas negociações”, do Dieese, em
abril, aponta essa tendência. Chega a 20% o número
de acordos firmados com índices inferiores ao INPC.
Em março, eles foram 8,5%. Em fevereiro, os acordos
negativos haviam sido 4,4%; em janeiro, 5,3%.
Ganhos reais também em queda. No período, segundo o
Boletim, foi de 67,7% o índice dos acordos acima do
INPC. Já os acordos firmados iguais ao INPC foram
12,3%.
Técnico – Segundo Luís Ribeiro, técnico do
Dieese, o quadro geral ainda é positivo. “Os dados
de março e abril mostram leve tendência de piora.
Mas não podemos perder de vista o contexto positivo
dos últimos dois anos, que superaram com sobra as
negociações coletivas durante o governo Bolsonaro”,
explica.
Nos primeiros quatro meses deste ano, 82,4% dos
3.151 reajustes analisados pelo Dieese alcançaram
resultados acima da inflação. Quanto aos últimos 12
meses, 83,7% dos 19.706 acordos analisados obtiveram
ganhos reais.
Abril – A análise cobre 130 negociações. Essa
amostra é considerada pequena, o que pode ter puxado
para baixo a média dos resultados positivos – em
março foram analisados 574 acordos. Novos números
serão agregados ao banco de dados do Dieese ao longo
do mês, podendo alterar esse quadro.
Causas – Umas delas é o aumento da inflação
em 12 meses, que subiu de 4,56%, em janeiro, pra
5,53%, em abril. “O contexto global está cheio de
turbulências por causa das tarifas do governo Trump.
Os empregadores podem ter ficado mais cautelosos
frente às incertezas internas e externas. Só
saberemos se isso é uma tendência nos próximos
meses”, afirma Luís.
Maio – É um mês de muitas datas-bases, com
categorias mais fortes e maior número de negociações
coletivas. Segundo o técnico do Dieese, 25% do total
de negociações no ano ocorrem neste mês. O resultado
de maio terá grande impacto nos números gerais de
2025, acredita Luís Ribeiro.
Clique aqui para ler a pesquisa completa.
Mais – Site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical

23/05/2025 -
Paim cobra projetos de proteção aos aposentados
O senador Paulo Paim, em pronunciamento no Plenário
nesta quarta-feira (21), defendeu o andamento de
projetos que protejam aposentados e pensionistas de
fraudes envolvendo empréstimos consignados. O
senador afirmou que a Câmara dos Deputados está
unificando propostas sobre o tema e sugeriu que o
Senado siga na mesma direção. Ele destacou o projeto
de lei de sua autoria que exige assinatura
presencial na contratação de crédito consignado (PL
74/2023).
— O objetivo principal é proteger essa parcela da
população vulnerável da nossa sociedade contra a
ação de grupos criminosos que agem com extrema
crueldade e desumanidade — afirmou.
Paim informou que o relatório da senadora Damares
Alves (Republicanos-DF) já está concluído. Segundo
ele, o texto deve ser apresentado até a próxima
semana e mantém a essência da proposta original, com
foco na proteção de aposentados e pensionistas.
O senador explicou que o projeto também exige que a
instituição financeira forneça ao idoso uma cópia do
contrato firmado. Segundo Paim, a regra é para
coibir fraudes praticadas por terceiros — muitas
vezes familiares — e impedir que empréstimos sejam
liberados por meios digitais ou telefônicos sem o
consentimento claro do beneficiário.
— Serão abrangidos pela regra contratos, serviços ou
produtos da modalidade de consignação, como
empréstimos, financiamentos, arrendamentos,
hipotecas, aplicações financeiras, retiradas de
dinheiro, investimentos duvidosos ou qualquer outro
tipo de operação que possua natureza de crédito
consignado — explicou.
Fonte: Agência Senado

22/05/2025 -
A sociedade do conformismo e a perda dos direitos
dos trabalhadores
Durante
muito tempo, os trabalhadores aceitaram calados as
imposições dos patrões. Mas foi essa exploração,
principalmente após a Revolução Industrial, que fez
nascer a luta por melhores salários, condições de
trabalho e dignidade. Era trabalhar 16 horas por dia
em ambientes insalubres, sem descanso, sem direitos.
A escolha era entre morrer de fome ou trabalhar até
morrer.
Foi esse cenário de sofrimento que fez os
trabalhadores se unirem. Surgiram os sindicatos,
associações e movimentos operários. Lutas duras,
greves, prisões e até mortes foram necessárias para
conquistar o que muitos hoje tomam como garantido:
salário mínimo, jornada de 8 horas, férias, 13º
salário, aposentadoria.
Mas, com o tempo, o mundo mudou — e nem sempre para
melhor. Depois da Segunda Guerra Mundial, a economia
cresceu e com ela vieram avanços para os
trabalhadores. Os sindicatos ganharam força, as leis
trabalhistas se consolidaram, o voto passou a valer
mais, e muitos acreditaram que a luta estava
vencida. Essa foi a primeira armadilha: o
conformismo.
Nos dias de hoje, vivemos uma realidade perigosa. O
capital, antes usado para gerar empregos, agora é
desviado para a especulação financeira. O lucro
fácil dos bancos e das bolsas interessa mais do que
abrir fábricas ou contratar trabalhadores. As
empresas terceirizam, contratam de forma precária e
pagam cada vez menos. Tudo em nome da tal
“competitividade”.
E o pior: muitos acreditam que essa situação é
“normal”. Trabalhadores de aplicativos, por exemplo,
rodam 10, 12 horas por dia sem nenhum direito
garantido. Não têm férias, não têm aposentadoria,
não têm sequer seguro. E o discurso de que “são seus
próprios patrões” só serve para esconder a
realidade: são explorados sem nenhuma proteção.
Enquanto isso, as reformas trabalhistas, vendidas
como solução para o desemprego, só enfraqueceram os
direitos conquistados com tanto esforço. A promessa
era gerar milhões de empregos. O que veio foi mais
informalidade, mais insegurança e menos dignidade
para quem trabalha.
A mídia, por sua vez, cumpre bem o seu papel nesse
sistema. Vende a pobreza como fracasso pessoal.
Criminaliza greves e protestos. Ridiculariza os
sindicatos. Divide os trabalhadores e faz muitos
acreditarem que lutar por direitos é “coisa do
passado”. Enquanto isso, os verdadeiros culpados
pela crise — banqueiros, grandes empresários e
políticos aliados — seguem lucrando como nunca.
Vivemos em uma sociedade cada vez mais excludente.
Quem é pobre, negro, da periferia, LGBTQIA+ ou
analfabeto sofre ainda mais. E, se não reagirmos,
esse sistema só tende a piorar. Os direitos não são
eternos. O que foi conquistado com luta pode ser
perdido com silêncio.
Por isso, é preciso despertar. O conformismo é uma
armadilha. A luta da classe trabalhadora nunca foi
fácil, mas é necessária. Precisamos resgatar a
consciência de classe, fortalecer os sindicatos,
cobrar dos políticos compromissos reais com o povo e
lutar por uma economia que coloque o ser humano no
centro, e não o lucro.
Não há progresso sem justiça social. E não há
justiça social sem trabalhadores conscientes e
organizados.
Eduardo Annunciato – Chicão
Presidente do Sindicato dos Eletricitários de São
Paulo e da Federação Nacional dos Trabalhadores em
Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA
Diretor de Educação da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria (CNTI)
Vice-presidente da Força Sindical
Fonte: Fenatema

22/05/2025 -
CCJ do Senado aprova fim da reeleição para cargos do
Executivo
PEC aumenta mandatos para cinco anos e unifica
eleições
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba
com a reeleição no Brasil para presidente,
governadores e prefeitos foi aprovada, nesta
quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2002 ainda aumenta
os mandatos do Executivo, dos deputados e dos
vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue
para análise do plenário do Senado.
A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de
oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o
tempo para cinco anos, igual período dos demais
cargos. A proposta ainda unifica as eleições no
Brasil para que todos os cargos sejam disputados de
uma única vez, a partir de 2034, acabando com
eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.
A proposta prevê um período de transição para o fim
da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas
de hoje. Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se
reeleger pela última vez e os vencedores terão
mandato estendido de seis anos. Isso para que todos
os cargos coincidam na eleição de 2034.
Em 2030, será a última eleição com possibilidade de
reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em
2034, não será mais permitida qualquer reeleição e
os mandatos passarão a ser de cinco anos.
Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI)
acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos
senadores.
“A única coisa que mudou no meu relatório foi em
relação ao mandato de senadores que estava com dez
anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já
que o mandato de senador sempre é mais extenso do
que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ
estava formando maioria para mandatos de cinco anos,
então me rendi a isso”, explicou o parlamentar.
Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato
de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam
eleitos para mandatos de cinco anos. A mudança
também obriga os eleitores a elegerem os três
senadores por estado de uma única vez. Atualmente,
se elegem dois senadores em uma eleição e um senador
no pleito seguinte.
Os parlamentares argumentaram que a reeleição não
tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada
dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim
da reeleição.
O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito,
governador ou presidente no cargo tem mais condições
de concorrer, o que desequilibraria a disputa.
“Foi um malefício à administração pública do Brasil
a introdução da reeleição, completamente contrária a
toda a nossa tradição republicana. Acho que está
mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal”,
argumentou Castro.
A possibilidade de reeleição foi incluída no país no
primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em
1997, mudança que permitiu a reeleição do político
em 1998.
Fonte: Agência Brasil

22/05/2025 -
Injustiça: bilionário no Brasil paga 5% de IR, o
mesmo que um trabalhador
O dado foi revelado pelo secretário do Ministério
da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, durante audiência
na comissão na Câmara que avalia o projeto de
isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da
Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, revelou dados que
mostram por que o Brasil possui a pior distribuição
de renda do planeta. O mestre em Direito pela
Universidade de Yale disse nesta terça-feira (20),
na Câmara dos Deputados, que quem ganha acima de R$
1 bilhão anual no país paga 5,54% de tributo.
“Então, é uma situação realmente muito injusta. Você
tem trabalhadores assalariados logo começando a
pagar imposto nessa faixa de 5%, e o bilionário
pagando 5% também”, disse o secretário na audiência
da Comissão Especial que avalia o projeto de isenção
do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para
quem ganha até R$ 5 mil.
Com base nos dados da Receita Federal de 2022, o
secretário diz que os trabalhadores de baixa renda
podem ser tributados a 27,5% do IRPF, mas a carga
efetiva média para contribuinte de alta renda não
chega a 6%.
O economista mostrou uma tabela na qual consta que
as pessoas que ganham por ano entre R$ 150 milhões a
R$ 350 milhões pagam de IRPF 1,87%. “Não é erro, é
1,87%”, frisou.
“Os mais ricos no Brasil não são trabalhadores
assalariados e se beneficiam de rendas que são
isentas”, diz. Ele revelou outras faixas de
milionários e bilionários: quem ganha R$ 350 milhões
a R$ 500 milhões (3,88%), de R$ 500 milhões a R$ 750
milhões (2,77%) e de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão
(5,54%).
Para acabar com esse disparate, o secretário afirmou
que a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva é fazer uma reforma do Imposto de Renda
neutra, cujo primeiro passo é isentar quem ganha até
R$ 5 mil e dar um benefício para quem ganha entre R$
5 mil e R$ 7 mil, que vai declinando conforme a
renda vai subindo.
“E o objetivo desse benefício é o seguinte: é
impedir que alguém que ganha R$ 5,1 mil tenha um
rendimento líquido menor do que alguém que ganha R$
5 mil. Então, a gente foi criando essa escadinha
para zerar o benefício só nos R$ 7 mil”, explicou.
Marcos Pinto faz um resumo desse benefício: “Essa
isenção vai beneficiar 14 milhões de pessoas. São 10
milhões de pessoas que ganham até R$ 5 mil que vão
ser beneficiadas, e 4 milhões de pessoas que ganham
entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Então, a gente tem 14
milhões de pessoas beneficiadas”.
Quem paga?
Para fechar a conta, com justiça tributária sem
aumento de arrecadação, o projeto propõe a taxação
de apenas 140 mil pessoas que recebem mais de R$ 50
mil por mês ou R$ 600 mil por ano.
“Só 140 mil pessoas. E não é um imposto que está
criando uma alíquota, como há nos países
desenvolvidos, de 45%. Ele está dizendo: ‘Olhe, quem
não pagou 10% tem que pagar 10%’. É isso.
Simplesmente, é isso que está sendo feito”, diz.
Além disso, o secretário afirmou que o governo criou
uma salvaguarda adicional para o sócio da empresa
que paga muito imposto.
“Não é que pague muito, paga o que a lei determina
que pague, 34%. O sócio dessa empresa, caso a
tributação somada do imposto mínimo, mais a
tributação efetiva da empresa ultrapasse 34%, vai
ter o direito de receber a diferença de volta”,
afirmou.
Fonte: Portal Vermelho

22/05/2025 -
Câmara aprova urgência para PL que proíbe desconto
automático no INSS
Projeto deverá ser votado no Plenário na próxima
semana
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(20) a urgência para o projeto de lei (PL 1846/25)
que proíbe o desconto automático de mensalidades de
associações e sindicatos nos benefícios do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
Com isso, o projeto irá ser votado direto no
Plenário, sem precisar passar por aprovação das
comissões da Casa.
A mensalidade associativa é uma contribuição que
aposentados, pensionistas ou pessoas de uma
determinada categoria profissional pagam
periodicamente para integrar uma associação,
sindicato ou entidade de classe sem fins lucrativos
que representa os interesses de seus afiliados.
O presidente da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), o mérito do projeto será
analisado na próxima semana, "pois o projeto de lei
sobre o reajuste de servidores do Executivo (PL
1466/25) tranca a pauta".
Segundo Motta, todas propostas relacionadas ao
combate de fraudes no INSS serão juntadas.
Fraudes nos descontos
Os descontos dos aposentados e pensionistas são alvo
de investigação da Polícia Federal e da
Controladoria-Geral da União (CGU), que apuram a
atuação de organizações criminosas para fraudar os
benefícios previdenciários, associando de forma não
autorizada os segurados do INSS.
Mais de 1,74 milhão de aposentados e pensionistas do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
solicitaram reembolso de descontos não autorizados
feitos por entidades associativas, conforme balanço
divulgado nesta terça-feira (20).
Fonte: Agência Brasil

22/05/2025 -
CCJ aprova exigência de laudo detalhado de perícia
médica do INSS
Texto seguirá para o Senado caso não haja recurso
para votação no Plenário da Câmara
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
aprovou projeto de lei exigindo que o perito médico
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
entregue laudo detalhado para concessão ou
manutenção de auxílio-doença ou auxílio por
incapacidade temporária. A proposta também permite
que o empregador recorra contra o resultado da
avaliação. Atualmente, o recurso é permitido apenas
ao segurado. Como a proposta tramita em caráter
conclusivo, o texto seguirá para o Senado caso não
haja recurso para votação no Plenário da Câmara.
A proposta aprovada é o substitutivo ao Projeto de
Lei 5773/19, do deputado Afonso Motta (PDT-RS). A
relatora, deputada Fernanda Pessoa (União-CE),
explica que o objetivo principal é solucionar
conflitos entre a perícia médica do INSS e os
médicos do trabalho das empresas sobre a capacidade
dos empregados após a cessação do auxílio-doença ou
auxílio-acidente.
Laudo conclusivo
O texto exige que a perícia médica do INSS entregue ao
segurado um laudo conclusivo do exame contendo:
- nome completo do segurado que se submeteu à perícia;
- declaração inequívoca de existência ou não do nexo
causal entre a doença e a atividade laboral;
- declaração inequívoca da aptidão ou inaptidão do
segurado para o retorno ao trabalho;
- número de dias aos quais o segurado fará jus ao
benefício;
- orientações para o recebimento do benefício, em
linguagem acessível para o segurado;
- orientações para o segurado ou seu empregador
apresentarem recurso administrativo ou judicial;
- assinatura, nome e matrícula do médico perito.
Segundo o texto aprovado, além dos recursos à
Previdência Social, o empregador poderá pleitear
judicialmente a concessão ou reativação de auxílio
por incapacidade temporária a seus empregados.
Fonte: Agência Câmara

21/05/2025 -
Entidades expõem ao governo plebiscito pelo fim da
escala 6×1 e isenção do IR
A presidenta da UNE, Manuella Mirella, saudou a
iniciativa da Secretaria-Geral de receber os
movimentos sociais para entender como vai funcionar
o processo de consulta popular
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo
apresentaram ao governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva o Plebiscito Popular 2025, que será
realizado para consultar o povo brasileiro sobre as
propostas do fim da escala 6×1 sem redução de
salário, isenção de imposto de renda para quem ganha
até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.
Ao lado do movimento popular, sindical e estudantil,
as frentes explicaram, nesta segunda-feira (19) à
noite, ao ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Márcio Macêdo, como vai funcionar o
plebiscito, previsto para setembro.
“Dois temas coincidem com propostas já encaminhadas
pelo governo federal e a outra, da jornada de
trabalho, coincide com propostas que tramitam e
foram apresentadas pelo parlamento. É uma
demonstração de sintonia entre o que pensam e
desejam os movimentos sociais, o governo e nosso
parlamento”, disse o ministro durante o encontro.
Ele afirmou que o governo deseja uma ampla
participação para que a sociedade possa opinar em
temas tão relevantes.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE),
Manuella Mirella, saudou a iniciativa da
Secretaria-Geral de receber os movimentos sociais
para entender como vai funcionar o processo de
consulta popular que está sendo organizado e
salientou a importância da participação da juventude
na discussão da jornada de trabalho e também na
isenção do imposto de renda com taxação dos
super-ricos.
Alessandra Miranda, da Comissão para a Ação
Sociotransformadora da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil, CNBB, lembrou a importância da
consulta chegar a pessoas de todas as religiões
incorporando opiniões diversas sobre temas tão
importantes para o Brasil.
“Foi, sobretudo, uma reunião de trabalho para que a
gente pudesse apresentar a construção do plebiscito
popular, as atividades que nós estamos promovendo e
planejar o processo de acompanhamento da tramitação
para avançar com a aprovação do projeto de isenção
de imposto de renda com a taxação dos ricos e o de
redução da jornada de trabalho com o fim da escala
6×1”, disse Igor Felippe, da Secretaria das Frentes
para Organização do Plebiscito.
Escala 6×1
A proposta, que está tramitando no Congresso, prevê a
redução da jornada semanal, das atuais 44 horas para
36. A medida acaba também com a chamada escala 6×1,
que consiste em seis dias de trabalho para apenas um
de descanso.
Deputados da base do governo voltaram a defender a
proposta de emenda à Constituição (PEC), que precisa
de 171 assinaturas para começar a tramitar.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) observou que a
carga de trabalho média do brasileiro (39 horas
semanais) é maior que a média mundial, de 38,2
horas.
“Trazendo para humanização a jornada de trabalho,
teremos trabalhador mais satisfeito e rendendo muito
mais”, considerou.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a
jornada 6×1 já não é mais aceita pelos trabalhadores
brasileiros.
“[A redução da jornada] evita o esgotamento dos
trabalhadores e gera mais emprego para outras
mulheres e homens deste país”, disse.
Com informações da Ascom/Secretaria-Geral e
Agência Câmara
Fonte: Portal Vermelho

21/05/2025 -
Queda no desemprego só é ruim para a economia num
mundo invertido
Visão restrita do mercado ignora subutilização da
força de trabalho e tenta transformar emprego em
problema.
O mercado de trabalho brasileiro vem demonstrando
avanços, puxado pelos investimentos e pelo mercado
interno. Atualmente, a taxa de desocupação gira em
torno de 7%, mas registrou 6,2% no final de 2024,
antes do impacto da política monetária mais
restritiva. A renda do trabalho também apresenta
recuperação.
No entanto, esse cenário positivo tem sido
interpretado por alguns setores econômicos como um
problema, com base na premissa de que um mercado de
trabalho aquecido pressiona os salários, o que
poderia elevar os custos para as empresas e ser
repassado aos preços, gerando inflação. Essa visão
não considera a possibilidade de aumentar a
capacidade instalada ou elevar a produtividade por
meio de inovação e investimento. Aliás, a capacidade
instalada, segundo a CNI, está em 78,9% (março de
2025), abaixo da média histórica da própria
instituição, havendo portanto espaço para atender à
demanda e tempo para investimentos que ampliem essa
capacidade.
Mas, considerando que a relação entre baixo
desemprego e inflação seja verdadeira, é necessário
avançar na compreensão da diversidade do mercado de
trabalho.
O Brasil possui profundas desigualdades regionais,
raciais, de idade e de gênero. Em 2024, por exemplo,
a taxa de desocupação entre mulheres negras foi de
9,3%, no Nordeste, chegou a 8,6%. Elevar a taxa de
desemprego como forma de “controlar” a inflação
significa dizer que essas populações irão pagar um
preço maior, de novo.
Além disso, em um mercado de trabalho heterogêneo e
precário como o brasileiro, o indicador mais
adequado para avaliar a real demanda por trabalho é
a taxa de subutilização da força de trabalho que,
apesar da redução recente, ainda registra 15,2% de
média nacional e 25,5% no Nordeste. Esse dado inclui
desempregados, subocupados e a força de trabalho
potencial, como os desalentados.
Diferente dos países desenvolvidos, onde a taxa de
desemprego é um parâmetro mais direto da situação do
mercado de trabalho, no Brasil essa taxa é
insuficiente para captar a complexidade do mundo do
trabalho. O elevado índice de subutilização da força
de trabalho indica que uma parcela significativa da
população está sendo aproveitada com menos
intensidade do que sua real capacidade permite,
inclusive impedindo aumentos mais expressivos de
salários.
A recuperação recente dos salários acaba refletindo
esta questão: o salário médio atual ainda não
garante uma vida digna, como demonstra o cálculo do
DIEESE sobre o salário mínimo necessário para
sustentar uma família, mesmo com duas pessoas
trabalhando. Dessa forma, há ainda um longo caminho
a percorrer até que essa situação possa ser um
“problema”.
O que está em debate são diferentes visões de mundo:
um lado reveste a discussão de um tecnicismo que
esconde a defesa de interesses próprios. E outro
prega que o desenvolvimento deve ser sinônimo de
melhoria material, com bons empregos e salários.
Vamos simplificar a discussão e impedir que as
pessoas tenham uma vida digna? É possível pensar um
modelo no qual gerar bons empregos com bons salários
para todos e todas possa ser uma boa ideia!
Adriana Marcolino é presidente do Dieese
Fonte: Agência Sindical

21/05/2025 -
Não adianta aumentar alíquota do IR porque ricos não
pagam, diz secretário da Fazenda
A oitiva de Marcos Pinto marca o início dos
trabalhos do colegiado que analisa o projeto de lei
que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem
ganha mais de R$ 5 mil
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da
Fazenda, Marcos Pinto, afirmou na manhã desta
terça-feira (20), que “não adiantaria” ter somente
uma alíquota mais alta para o Imposto de Renda no
Brasil, superior a 27,5%, como existem em outros
países como Inglaterra e Estados Unidos.
“Os mais ricos do Brasil não são trabalhadores
assalariados e se beneficiam de rendas que são as
rendas isentas. Então, simplesmente criar uma faixa
maior não iria adiantar nem resolver o problema”,
explicou o secretário, durante audiência pública na
Comissão Especial do Imposto de Renda.
A oitiva de Marcos Pinto marca o início dos
trabalhos do colegiado que analisa o projeto de lei
que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem
ganha mais de R$ 5 mil.
Na Câmara, o principal ponto de debate entre os
parlamentares é a compensação para a medida.
Fonte: Estadão Conteúdo

21/05/2025 -
Custo de cesta básica ideal para uma pessoa chega a
R$ 432 em abril
Renda de 70% da população é insuficiente para ter
alimentação saudável
Levantamento do Instituto Pacto Contra a Fome
mostrou que a cesta básica ideal para uma
alimentação saudável no Brasil teve um custo de R$
432 por pessoa em abril deste ano. Isso representa
21,4% da renda média per capita dos brasileiros,
estimada em R$ 2.020, de acordo com dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), divulgados no último dia 8 pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Os dados constam na edição de maio do Boletim Mensal
de Monitoramento da Inflação dos Alimentos,
realizado pelo instituto. A publicação revelou ainda
que mais de 70% da população brasileira não tem
renda suficiente para arcar com os custos dessa
alimentação adequada e com as demais despesas.
Além disso, a entidade ressalta que mais de 10% da
população vive com uma renda inferior ao valor total
da cesta, o que equivale a cerca de 21,7 milhões de
pessoas.
“Essa estimativa revela que, mesmo sendo um direito
garantido, a alimentação adequada está fora do
alcance da maioria da população. Nosso objetivo é
evidenciar a distância entre a garantia
constitucional e a realidade econômica das
famílias”, afirmou, em nota, o gerente de
Inteligência Estratégica do Pacto Contra a Fome,
Ricardo Mota.
Sem monitoramento contínuo e políticas públicas
efetivas e baseadas em evidências, o enfrentamento
da insegurança alimentar continua ineficaz.
Para calcular o custo da cesta ideal, o instituto
usou como base a cesta do Núcleo de Epidemiologia e
Biologia da Nutrição (NEBIN), da Universidade de São
Paulo (USP), composta por alimentos in natura e
minimamente processados, alinhada ao Guia Alimentar
para a População Brasileira e à Comissão EAT-Lancet.
Inflação
Segundo o boletim, o impacto da inflação alimentar é
até 2,5 vezes maior para famílias vulneráveis do que
para as de alta renda.
A publicação destaca a pressão dos preços do setor
alimentício na inflação do mês de abril. O grupo de
Alimentação e Bebidas subiu 0,82% no mês, com
destaque para a alta expressiva nos preços da batata
(18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%) -
alimentos que lideraram o impacto no Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No mesmo mês, o índice geral [IPCA] ficou em 0,43%,
o que reforça o peso desproporcional da inflação de
alimentos sobre o custo de vida das famílias,
principalmente as de menor renda, concluiu o Pacto
Contra a Fome.
A avaliação do instituto é que, embora haja queda em
produtos como arroz (-4,19%), mamão (-5,96%) e
feijão preto (-5,45%), a pressão inflacionária
continua concentrada em itens essenciais e in
natura, sensíveis a variações climáticas e sazonais.
Fonte: Agência Brasil

21/05/2025 -
Justiça do Trabalho adota nacionalmente ferramenta
de IA Galileu para auxiliar a produção de sentenças
Desenvolvido pelo Tribunal Regional do Trabalho da
4ª Região (TRT-4), o Galileu, baseado em
inteligência artificial generativa, foi recentemente
autorizado para uso em toda a Justiça do Trabalho. A
ferramenta busca apoiar os magistrados (as) na
elaboração de minutas de sentenças, com o objetivo
de gerar maior agilidade, padronização e eficiência
ao processo judicial.
O Galileu é mais uma solução de inteligência
artificial adotada na instituição e atua como um
assistente virtual, realizando a leitura automática
de petições iniciais e contestações, organizando as
informações de forma estruturada e sugerindo minutas
com os tópicos da sentença já dispostos em ordem
lógica.
Em cada item, são inseridos os detalhes dos pedidos
e dos argumentos apresentados pelas partes, além de
subsídios para a tomada de decisão, como
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), precedentes qualificados e decisões
anteriores do próprio juiz ou juíza.
Utilização nacional
A tecnologia, que começou a ser testada no TRT da 4ª
Região em 2023, foi nacionalizada pelo Conselho
Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), que
autorizou formalmente o uso do Galileu em todos os
Tribunais Regionais do Trabalho.
A Secretaria de Tecnologia da Informação e
Comunicação do Conselho (SETIC/CSJT) e o TRT da 4ª
Região prestarão o apoio contínuo para garantir a
evolução segura e eficaz da ferramenta.
Fonte: CSJT

20/05/2025 -
Ministério Público do Trabalho lança HQ que critica
práticas antissindicais
A nova HQ do Ministério Público do Trabalho
critica as práticas antissindicais e promove a
defesa dos direitos trabalhistas.
O Ministério Público do Trabalho lançou uma nova
edição da HQ MPT em Quadrinhos, que mostra como
práticas antissindicais afetam os direitos de
trabalhadores. O lançamento da revista integra as
ações do Maio Lilás 2025, campanha que busca
promover diálogo social e conscientizar sobre a
importância da participação da categoria na defesa
de seus direitos.
A revista reúne sete mini histórias que tratam de
temas como filiação e participação sindical,
desinformação, chapas fantasmas e greve.
Atos antissindicais são aqueles que buscam
prejudicar, dificultar ou impedir de algum o pleno
exercício da liberdade sindical, como, por exemplo:
Atos de interferência em:
- Organização e administração sindical,
- Direito de sindicalização e de greve e
- Negociação coletiva.
Além de violarem a lei, a Constituição Federal e
normas internacionais, essas práticas podem afetar a
autonomia sindical e causar o enfraquecimento da
atividade sindical.
Baixe aqui a revista do MPT
Fonte: Rádio Peão Brasil

20/05/2025 -
IBC-Br, a prévia do PIB, aponta crescimento de 1,3%
no 1º trimestre, diz Banco Central
Desempenho representa uma aceleração da economia
brasileira na comparação com o último trimestre de
2024, quando o mesmo índice cresceu 0,5%
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno
Bruto (PIB), apontou expansão de 1,3% no primeiro
trimestre de 2025. Em março, o IBC-Br subiu 0,8%
ante fevereiro. O dado foi divulgado nesta
segunda-feira (19) pela autoridade monetária, já com
ajuste sazonal — mecanismo utilizado para suavizar
as variações típicas de determinados períodos do ano
e permitir uma comparação mais precisa. As
informações são do g1.
O desempenho representa uma aceleração da economia
brasileira na comparação com o último trimestre de
2024, quando o mesmo índice cresceu 0,5%. O IBC-Br é
amplamente utilizado como referência para avaliar o
ritmo da atividade econômica no país, ainda que o
resultado oficial do PIB, medido pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só
será divulgado no próximo dia 30 de maio.
Apesar do bom desempenho no início do ano, tanto o
Banco Central quanto o mercado financeiro estimam
que o ritmo de crescimento da economia deve
arrefecer nos próximos trimestres. A expectativa do
mercado é de uma expansão de 2,02% em 2025, abaixo
dos 3,4% registrados no ano passado. Já o BC projeta
uma alta de 1,9% no período.
Em declaração feita em maio, o presidente do Banco
Central, Gabriel Galípolo, afirmou que há “sinais de
desaceleração da economia, mas que eles ainda são
muito iniciais”, destacando a necessidade de manter
atenção sobre o comportamento dos preços.
Segundo a instituição, esse desaquecimento gradual
está alinhado com a estratégia de controle da
inflação. “É um elemento necessário para a
convergência da inflação à meta [de 3%]”, pontuou o
BC em documentos recentes.
Na ata da mais recente reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom), o Banco Central também destacou
que o chamado "hiato do produto" segue positivo — o
que indica que a economia ainda opera acima de seu
potencial sem gerar, por ora, pressões
inflacionárias significativas.
A autoridade monetária reforçou ainda que a atual
política de juros elevados já contribui para reduzir
o ritmo da atividade e que esse impacto deverá ser
mais evidente sobre o mercado de trabalho nos
próximos meses.
Fonte: Brasil247

20/05/2025 -
Comissão especial do Imposto de Renda promove
primeira audiência nesta terça
A comissão especial da Câmara dos Deputados criada
para analisar projeto de lei que altera a legislação
do Imposto de Renda (PL 1087/25) realiza sua
primeira audiência pública nesta terça-feira (20).
O debate atende a pedido do relator, deputado Arthur
Lira (PP-AL), e está marcado para as 9h30, no
plenário 2.
O projeto, do Poder Executivo, aumenta o limite de
isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5
mil por mês a partir de 2026. A proposta do governo
é compensar a isenção para quem ganha menos, taxando
mais quem ganha acima de R$ 600 mil por ano.
Previsões apontam que a isenção deve custar R$ 25,8
bilhões por ano.
Debate qualificado
Arthur Lira diz que a proposta trata de relevante
alteração no sistema tributário brasileiro, ao
propor a redução do imposto sobre a renda para as
faixas de menor rendimento e instituir a tributação
mínima sobre as altas rendas. Mas ressalta que a
iniciativa impacta diretamente os contribuintes, as
empresas, os entes federativos e o mercado
financeiro.
"Dessa forma, a realização da audiência pública com
a participação de especialistas e de representantes
de entidades relevantes permitirá um debate
qualificado e plural sobre os possíveis efeitos da
proposta, contribuindo para o aperfeiçoamento
legislativo e para a construção de soluções
equilibradas e justas para o sistema tributário
nacional", justifica o relator.
Cronograma
A comissão especial foi instalada no dia 6 de maio e é
presidida pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA),
vice-líder do governo. O colegiado é composto de 34
membros titulares e igual número de suplentes.
No cronograma proposto por Arthur Lira, o relatório
deve ser apresentado no dia 27 de junho, e a votação
na comissão está prevista para o dia 16 de julho.
Fonte: Agência Câmara

20/05/2025 -
Centrais sindicais listam 10 pontos da PEC 66/2023
que prejudicam os servidores públicos
As centrais sindicais CSB, CTB, Força Sindical,
NCST, UGT e Pública organizaram os motivos pelos
quais a PEC 66/2023 é uma ameaça aos direitos dos
servidores públicos.
A proposta, que nasceu originalmente para facilitar
a renegociação de dívidas previdenciárias de estados
e municípios, impõe que os entes federados abandonem
seus Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) e
adotem as regras estabelecidas na Reforma da
Previdência de Bolsonaro, aprovada em 2019.
Confira os pontos críticos da PEC 66/2023, conforme
as centrais:
1 – AFETARÁ TODOS OS ESTADOS, MUNICÍPIOS E DF
Reconstitucionalização das regras previdenciárias,
anulando o pacto federativo e desrespeitando as
realidades dos entes federados.
2 – AUMENTO DA IDADE MÍNIMA PARA APOSENTADORIA
A PEC 66/2023 aumenta a idade mínima para
aposentadoria de homens e mulheres, dificultando
ainda mais o acesso ao benefício.
3 – TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO MÍNIMA
Exigência de um tempo de contribuição mínimo maior,
prolongando a necessidade de trabalho para obter a
aposentadoria.
4 – CÁLCULO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA
Ampliação do período de cálculo da média de 80% para
100% das contribuições, reduzindo significativamente
o valor dos benefícios.
5 – CÁLCULO DO BENEFÍCIO DE PENSÃO
Redução dos valores das pensões, impactando
diretamente as famílias que dependem desses
recursos.
6 – ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS
Restrição na possibilidade de acumulação de
benefícios, prejudicando servidores e suas famílias.
7 – AUMENTO DAS ALÍQUOTAS DE CONTRIBUIÇÃO
Elevação das alíquotas de contribuição previdenciária,
onerando ainda mais os servidores públicos.
8 – REGRAS DE TRANSIÇÃO INJUSTAS
Imposição de pedágio de 100% no tempo de serviço para
aposentadoria, penalizando aqueles próximos à
aposentadoria.
9 – COMBINAÇÃO DE REGRAS MAIS RIGOROSAS.
Submissão dos servidores às regras mais gravosas,
aplicando o que for mais prejudicial entre a União e
o ente federado.
10 – FALTA DE DEBATE COM SERVIDORES E SOCIEDADE
Ausência de diálogo com servidores e sociedade civil,
comprometendo a legitimidade das alterações
previdenciárias.
Fonte: CSB

20/05/2025 -
Quase 1,5 mi de aposentados que não autorizaram
descontos pedem reembolso
Governo prometeu ressarcir todas as pessoas
lesadas pelas fraudes nos descontos
Quase 1,5 milhão de aposentados e pensionistas do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pediram o
reembolso de mensalidades descontadas da folha de
pagamento dos seus benefícios sem autorização.
A quantidade de beneficiários que contestaram os
descontos e solicitaram o dinheiro de volta, de
1.467.933 em quatro dias, foi atualizada neste
sábado, 17, pelo INSS. O governo prometeu ressarcir
todas as pessoas lesadas pelas fraudes nos
descontos.
Os pedidos foram feitos após a Operação Sem
Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela
Controladoria Geral da União (CGU), que investigam
um esquema de fraudes em mensalidades cobradas por
sindicatos e associações e descontadas diretamente
na folha de pagamento dos beneficiários do INSS sem
autorização.
A polícia suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção
e enriquecimento ilícito envolvendo funcionários do
governo. O então presidente do INSS, Alessandro
Stefanutto, e outros dirigentes foram afastados dos
cargos. O ministro da Previdência Social, Carlos
Lupi, pediu demissão e foi substituído pelo
secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz.
Segundo o INSS, foram feitas 1.494.956 consultas de
quarta-feira, 14, até este sábado, 17, sendo que
1.467.933 beneficiários (98%) não autorizaram os
descontos e solicitaram o reembolso – o valor
descontado não foi divulgado. Outros 27.023
reconheceram que autorizaram o pagamento de
mensalidades. As informações foram dadas pelo
aplicativo Meu INSS e pela Central 135. No total, 41
entidades foram contestadas.
As associações têm até 15 dias úteis para responder
cada contestação. Caso a entidade não comprove que o
desconto foi autorizado, ela deverá realizar o
ressarcimento ao INSS, que depositará o valor na
conta do beneficiário.
Se a associação comprovar a autorização, o
beneficiário poderá apresentar outra contestação. Se
não houver uma solução pela entidade, o caso será
encaminhado à Advocacia-Geral da União (AGU), que
poderá entrar na Justiça para garantir o
ressarcimento.
O governo afirma que os aposentados serão
ressarcidos com o dinheiro bloqueado dos bens das
associações e pessoas investigadas e, se o valor não
for suficiente, admite gastar recursos da União para
restituir os valores às pessoas prejudicadas.
Na quinta-feira, 15, o ministro Wolney Queiroz
afirmou no Senado que todos os aposentados lesados
receberão o dinheiro de volta. Em entrevista ao
Estadão, o procurador Hebert Mesquita, que comanda a
investigação no Ministério Público Federal (MPF),
disse ser “muito difícil” cobrir os prejuízos com os
bloqueios de bens dos envolvidos, o que pode
arrastar a solução e levar o governo a colocar
recursos do Orçamento na devolução.
Fonte: Estadão Conteúdo

19/05/2025 -
Nova Central alerta: MTE prorroga implementação de
norma sobre riscos ocupacionais
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou,
nesta sexta-feira (16/5), a prorrogação da entrada
em vigor da nova redação da Norma Regulamentadora nº
1 (NR-1), que trata do Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais (GRO). Por meio da Portaria nº 765, a
implementação obrigatória das mudanças foi adiada
para 25 de maio de 2026, concedendo um período
adicional para que as empresas se adaptem às novas
exigências.
A atualização da NR-1, estabelecida pela Portaria
MTE nº 1.419 de 27 de agosto de 2024, introduz a
obrigatoriedade de incluir fatores de risco
psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos
(PGR). Esses fatores abrangem aspectos como estresse
ocupacional, assédio moral, sobrecarga de trabalho e
outras condições que podem afetar a saúde mental dos
trabalhadores.
Durante o período de transição, que se estende até
maio de 2026, a fiscalização será de caráter
educativo e orientativo, sem aplicação de
penalidades. Esse intervalo visa proporcionar às
empresas tempo suficiente para ajustar seus
processos e promover ambientes de trabalho mais
seguros e saudáveis.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
destaca a importância dessa atualização normativa e
reforça seu compromisso em acompanhar e apoiar a
implementação das mudanças, visando garantir
condições de trabalho dignas e seguras para todos os
trabalhadores.
Fonte: NCST

19/05/2025 -
Desemprego sobe em 12 estados no 1º trimestre e
atinge 7% da população, aponta IBGE
Alta foi registrada em 12 estados; desigualdades
de gênero, raça e escolaridade permanecem marcantes
no mercado de trabalho brasileiro
A taxa de desocupação no Brasil subiu para 7,0% no
primeiro trimestre de 2025, conforme os dados da
PNAD Contínua Trimestral divulgados nesta
sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa
um avanço de 0,8 ponto percentual em relação ao
trimestre anterior (6,2%), mas ainda está 0,9 ponto
abaixo do mesmo período de 2024 (7,9%).
A alta do desemprego foi observada em 12 das 27
Unidades da Federação, com estabilidade nas demais.
Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%)
lideraram as taxas mais elevadas. Já Santa Catarina
(3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%)
registraram os menores índices.
O rendimento médio real mensal habitual no país foi
de R$ 3.410, com alta tanto em relação ao trimestre
anterior (R$ 3.371) quanto ao mesmo período de 2024
(R$ 3.279). As maiores médias foram registradas no
Centro-Oeste (R$ 3.848), Sul (R$ 3.840) e Sudeste
(R$ 3.814); as menores, no Nordeste (R$ 2.383) e
Norte (R$ 2.649).
Recorte por gênero e escolaridade
O levantamento também revela fortes disparidades entre
diferentes grupos da população. Enquanto a taxa de
desocupação entre homens foi de 5,7%, entre mulheres
alcançou 8,7%. Por cor ou raça, a taxa ficou abaixo
da média nacional para brancos (5,6%) e acima para
pretos (8,4%) e pardos (8,0%).
Em termos de escolaridade, o índice mais alto de
desemprego foi verificado entre pessoas com ensino
médio incompleto (11,4%). Aqueles com ensino
superior completo apresentaram a menor taxa: 3,9%.
A taxa de subutilização da força de trabalho — que
considera desocupados, subocupados e pessoas em
desalento — ficou em 15,9%, com destaque negativo
para o Piauí (34,0%), Bahia e Alagoas (ambos com
27,5%). Santa Catarina (5,3%) apresentou o menor
nível.
Desalentados e informalidade
O percentual de desalentados — pessoas que desistiram
de procurar trabalho — foi de 2,8% no país. Maranhão
(10,3%), Alagoas (9,8%) e Piauí (8,6%) concentraram
os maiores índices.
Por outro lado, o mercado de trabalho formal
apresentou leve avanço. O percentual de empregados
com carteira assinada no setor privado chegou a
74,6%. Os estados com maior formalização foram Santa
Catarina (87,8%), São Paulo (83,4%) e Rio Grande do
Sul (81,5%).
A taxa de informalidade segue elevada, atingindo 38%
da população ocupada. Maranhão (58,4%), Pará (57,5%)
e Piauí (54,6%) lideram esse indicador. Em
contrapartida, Santa Catarina (25,3%), Distrito
Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%) apresentaram os
menores níveis.
Fonte: InfoMoney

19/05/2025 -
Confiança da indústria sobe em maio após dois meses
de queda
Apesar de alta, empresários industriais continuam
pessimistas
Após dois meses de queda, os empresários industriais
estão um pouco mais confiantes em maio, mas
continuam pessimistas. O Índice de Confiança do
Empresário Industrial (Icei), medido pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) subiu para
48,9 pontos em maio, alta em relação aos 48 pontos
registrados em abril.
Apesar da alta, o indicador continua abaixo da linha
divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do
pessimismo. O índice, no entanto, mantém-se abaixo
da média histórica de 53,8 pontos.
De acordo com a CNI, o principal motivo para a alta
foi a avaliação menos negativa sobre o momento atual
da economia brasileira. Um dos componentes do Icei,
o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção
atual sobre a economia e a própria empresa, subiu de
42,7 pontos em abril para 44 pontos em maio. Abaixo
da linha de 50 pontos desde janeiro de 2023, o
indicador vinha caindo desde setembro do ano
passado.
O Índice de Expectativas, que mede as perspectivas
para os próximos seis meses, subiu de 50,7 para 51,3
pontos. Esse indicador é dividido em duas partes. A
previsão positiva para a própria empresa subiu de
55,5 pontos, em abril, para 55,8 pontos em maio,
indicando manutenção da confiança. A previsão para a
economia também melhorou, passando de 41,1 pontos
para 42,5 pontos, ficando abaixo da linha que separa
o otimismo do pessimismo.
Segundo a CNI, os movimentos indicam reversão
parcial em relação à deterioração das expectativas
desde o fim do ano passado. Para a entidade, os
industriais demonstram confiança em relação à
própria empresa, mas continuam pessimistas em
relação à economia atual e ao cenário econômico
futuro.
A pesquisa foi realizada com 1.175 empresários entre
os dias 5 e 9 de maio. Desse total, 443 são de
pequeno porte, 451 de médio porte e 281 de grande
porte.
Fonte: Agência Brasil

19/05/2025 -
STF decide se Congresso vai ter que tipificar
retenção de salário
Ação protocolada pela PGR afirma que o
Legislativo se omitiu ao não tipificar o crime de
retenção dolosa de salário, que é mencionado na
Constituição.
O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF)
começa nesta sexta-feira (16) o julgamento que pode
determinar um prazo para o Congresso legislar sobre
retenção salarial. A ação, protocolada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2023,
aponta omissão do Legislativo brasileiro por não
deliberar sobre o tema.
A Constituição de 1988 estabelece como crime a
retenção dolosa do salário, quando um empregador
intencionalmente deixa de entregar a um funcionário
o pagamento estabelecido em contrato. Mas ainda
falta uma lei que tipifique esse crime e estabeleça
uma pena aplicável. A PGR afirma que essa lacuna faz
com que quem cometa a retenção siga impune
criminalmente, o que faz com que o direito ao
salário fique sem a proteção que a Constituição
estabelece.
Com base nisso, o pedido requer que isso seja
reconhecido como omissão por parte dos legisladores,
e que se estabeleça um prazo razoável para que o
Congresso aprove uma lei sobre o tema.
O caso tem a relatoria do ministro Dias Toffoli e
está no plenário virtual da Corte, onde será votado
pelos 11 ministros do STF. O julgamento começa nesta
sexta-feira às 11h e vai até a sexta que vem, à meia
noite. Nesse período, cada um dos ministros deve
registrar o seu voto no sistema. Se pelo menos seis
ministros concordarem a respeito do tema, a Corte
forma maioria para confirmar uma decisão.
Fonte: Congresso em Foco

19/05/2025 -
TST obriga empresa de calçados a criar programa de
vigilância epidemiológica
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou
decisão de segunda instância e acolheu recurso do
Ministério Público do Trabalho para condenar uma
empresa de calçados a implantar programa de
vigilância epidemiológica para detecção precoce de
casos de doenças laborais.
Na ação (com pedido de tutela inibitória), o MPT
pediu a condenação da empresa porque esta, mesmo
sendo multada após autuação, manteve irregularidades
quanto às normas de segurança do trabalho em uma de
suas filiais, sobretudo em relação aos riscos
ergonômicos nas atividades dos empregados.
A tutela inibitória, como medida judicial, visa
impedir que práticas consideradas ilícitas continuem
ocorrendo. É uma medida de prevenção. No caso, o
pedido do MPT foi para que a empresa se adequasse às
condições de segurança e saúde, implementando um
programa de vigilância.
A empresa disse que procurou se adequar às normas de
saúde. Também questionou a ação ajuizada, pois,
segundo a indústria, após a autuação, foram
contratados profissionais da área de ergonomia,
medicina e segurança do trabalho, tudo no intuito de
viabilizar seu programa de ergonomia, que envolveu,
ainda, as modificações em máquinas e equipamentos.
Segundo a empresa, apesar da criação de um
cronograma de implantação e de gestão de ergonomia,
o MPT não ficou satisfeito e fez nova inspeção em
uma filial da indústria.
A empresa questionou a autuação, alegando que as
penalidades aplicadas na área decorrem de
interpretação subjetiva quanto ao cumprimento ou não
das obrigações do empregador.
Pedido negado em primeiro grau
Ao julgar o caso, o juízo da 1ª Vara do Trabalho de
Sapiranga (RS) concluiu que o pedido do MPT não
tinha fundamento em norma. Também negou o pedido de
tutela inibitória. Segundo a sentença, o que se
busca é a promoção e a melhoria da condição social
dos trabalhadores, o que não poderia ser executado
via ordem judicial.
Ainda de acordo com a sentença, acolher o pedido
importaria na criação de medidas não previstas em
lei, trazendo custos imprevisíveis, indistintamente,
a todos os empregadores, fazendo com que o
Judiciário exerça função atípica.
“Se a sociedade entender que é indispensável a
instituição de tal programa, o foro adequado para
transformá-lo em obrigatório não é o Poder
Judiciário”, diz a sentença. O Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS) manteve a sentença e
indeferiu a tutela inibitória.
A decisão aponta que, embora constatado o
descumprimento da legislação trabalhista, as provas
revelam que a empresa buscou corrigir as
irregularidades, adequando-se às normas de higiene e
segurança no trabalho. Diante da decisão, o MPT
recorreu ao TST.
Caso revela a necessidade da tutela inibitória
A relatora do recurso na 2ª Turma, ministra Maria
Helena Mallmann, observou que, como a empresa
descumpriu as normas ligadas ao meio ambiente de
trabalho, haveria a possibilidade de repetir a
ilegalidade.
“Uma vez praticado o ilícito pela fábrica, pode-se
inferir que haja continuação ou repetição”. Nesse
sentido, segundo ela, é válida a tutela inibitória
para a efetividade da proteção do direito material.
A ministra ainda afirmou que, até mesmo quando
constatada a posterior regularização da situação que
ensejou o pedido de tutela inibitória, o que não é a
hipótese dos autos, justifica-se o provimento a fim
de prevenir o eventual descumprimento de decisão
judicial reparatória e a repetição da prática de
ofensa a direito material. Com informações da
assessoria de imprensa do TST.
Clique
aqui para ver o acórdão
Processo 20477-69.2017.5.04.0371
Fonte: Consultor Jurídico

16/05/2025 -
Centrais sindicais entregam pauta da classe
trabalhadora ao Corregedor-Geral da Justiça do
Trabalho
Em reunião realizada nesta quarta-feira (14),
representantes das centrais sindicais estiveram com
o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho (CGJT),
ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, para
apresentar a pauta de reivindicações da classe
trabalhadora e as principais agendas do movimento
sindical.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
esteve representada na reunião por seu presidente,
Moacyr Auersvald, e pelo diretor Wilson Pereira.
Durante o encontro, Moacyr ressaltou a importância
do diálogo institucional com o Judiciário
trabalhista. “A Justiça do Trabalho é um dos pilares
fundamentais da democracia e da proteção dos
direitos sociais. É essencial mantê-la fortalecida e
em sintonia com as necessidades reais dos
trabalhadores e trabalhadoras do nosso país”,
afirmou.
As centrais enfatizaram temas como a valorização da
negociação coletiva, o combate à precarização das
relações de trabalho, a regulamentação do trabalho
em plataformas digitais e a defesa da estrutura
sindical.
O ministro Luiz Philippe recebeu as propostas com
atenção e destacou a importância da atuação das
centrais sindicais na construção de um país mais
justo e igualitário.
Fonte: NCST

16/05/2025 -
Proposta pelo fim da escala 6x1 racha Congresso;
metade se diz contra
Conforme a pesquisa, 39,39% dos parlamentares
entrevistados disseram discordar totalmente da
proposta, enquanto 43,93% afirmaram concordar
totalmente com o texto.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) pelo fim
da escala 6x1 tem dividido o Congresso, conforme
levantamento do Painel do Poder, pesquisa realizada
pelo Congresso em Foco com dados colhidos entre os
dias 27 de março e 25 de abril de 2025. Foram
ouvidos 69 parlamentares, entre deputados e
senadores.
De autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), a
matéria teve concordância média de 3,11 em uma
escala de 1 a 5, sendo 1 "discordo totalmente" e 5
"concordo totalmente". A PEC, no entanto, demonstra
muita polarização no Congresso, ou seja, a maioria
dos parlamentares se posicionaram nos extremos.
Polarização
Conforme a pesquisa, 39,39% dos parlamentares
entrevistados disseram discordar totalmente da
proposta, enquanto 43,93% afirmaram concordar
totalmente com o texto. Apenas três congressistas
entrevistados não responderam ou responderam que não
sabem.
Por este motivo, o levantamento também realizou a
avaliação da proposta excluindo as maiores e menores
notas. Após o procedimento, ainda foi constatado um
grau de concordância mediano. "Essa perspectiva
também se confirma pelo fato de que a subtração das
piores notas das melhores notas também resulta em um
valor positivo", diz trecho da pesquisa.
O item divide o Congresso devido à resistência da
oposição. O Painel do Poder revelou que entre
parlamentares oposicionistas, o grau de concordância
com a PEC da escala 6x1 foi de 1,58. Os
congressistas da base entrevistados, por sua vez,
registraram grau de concordância de 4,29 na escala
de 1 a 5. Enquanto deputados e senadores
considerados independentes obtiveram a média de
3,09.
A pesquisa também demonstrou que houve concordância
maior entre os senadores do que entre deputados. A
mediana dos membros do Senado, isto é a resposta que
mais apareceu, foi 5, que corresponde a "concordo
totalmente". Já na Câmara dos Deputados a maior
parte das respostas foi 3, que diz "indiferente".
Tramitação da PEC
Na última quarta-feira (7), a Comissão de Trabalho da
Câmara dos Deputados instalou uma subcomissão para
avaliar a proposta de emenda à Constituição (PEC)
8/25, que propõe o fim da escala de trabalho 6x1. A
presidência ficará a encargo da deputada Erika
Hilton, autora da proposta, e a relatoria, do
deputado Luiz Gastão (PSD-CE).
A PEC da deputada pretende acabar com a escala 6x1,
aquela em que se trabalha seis dias para folgar um.
O texto prevê a instituição de uma jornada semanal
de 36 horas. Atualmente, o limite é de 44 horas
semanais, respeitada a carga horária diária de 8
horas de trabalho.
A maioria dos parlamentares presentes na reunião
demonstrou concordância com a redução da jornada de
trabalho, considerada ultrapassada e prejudicial aos
trabalhadores. Contudo, reconhecem a necessidade de
ajustes para atender às demandas empresariais.
A deputada Erika Hilton, por sua vez, destacou
pesquisas que indicam a aprovação de quase 70% da
população brasileira à redução da jornada. Ela
defendeu a construção de um consenso que atenda aos
diferentes setores.
Fonte: Congresso em Foco

16/05/2025 -
Governo prevê que déficit do INSS vai a 11% do PIB
até o fim do século
Dado está no Projeto de Lei Orçamentária de 2026
e reflete a expectativa de envelhecimento da
população.
O governo prevê que o déficit do INSS, hoje em 2,58%
do PIB (R$ 328 bilhões), poderá chegar a 11,59% do
PIB até 2100, somando R$ 30,88 trilhões. A projeção
faz parte da proposta de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (PLDO) de 2026 e reflete o
envelhecimento da população brasileira.
Com menos jovens entrando no mercado de trabalho e
mais idosos recebendo benefícios, o sistema
previdenciário de repartição (em que os ativos
sustentam os inativos) deve enfrentar crescente
desequilíbrio nas próximas décadas.
Leia aqui, na íntegra, o anexo ao PLOA 2026 com
as projeções.
Reforma de 2019 não garante equilíbrio
A projeção indica que, em algum momento, o Brasil deve
passar por outra reforma da Previdência. Mesmo com
as regras mais rígidas estabelecidas em 2019, como
os ajustes em idade mínima e tempo de contribuição,
o rombo continuará aumentando.
De acordo com as estimativas do governo:
- A população com 60 anos ou mais deve subir de
13,8% (2019) para 32,2% (2060).
- A faixa entre 16 e 59 anos cairá de 62,8% (2010)
para 52,1% (2060).
O documento também aponta o crescimento de gastos
judiciais com benefícios como aposentadoria especial
e auxílio-acidente, hoje superiores a R$ 27 bilhões
por ano em precatórios.
Fonte: Congresso em Foco

16/05/2025 -
Reduções da jornada de trabalho
Agora que o movimento sindical prepara-se para
participar, unido e mobilizado, na luta no Congresso
Nacional para a aprovação da PEC de redução da
jornada de trabalho e extinção da escala 6 x 1, é
útil rememorar dois episódios anteriores desta
exigência de redução.
O primeiro deles refere-se à Constituinte e à
Constituição de 1988, quando foi aprovada uma
redução de 48 para 44 horas semanais. Este resultado
foi precedido pela conquista da redução da jornada
em inúmeras campanhas salariais por empresas e por
categorias. As reduções demonstraram, além da
necessidade, a possibilidade de tal avanço e nestas
conquistas deve-se destacar o papel decisivo
desempenhado pelos metalúrgicos de São Paulo e seu
sindicato.
O outro episódio, de longa duração, foi a trajetória
da PEC 231, de 1995, do deputado Inácio Arruda (PC
do B/CE) que propunha uma redução de 44 horas para
40 horas semanais e aumentava o valor das horas
extras.
Depois de inúmeras tentativas de votação,
acompanhadas todas de grandes mobilizações, marchas
a Brasília e abaixo-assinados efetivados pelo
movimento sindical, chegou-se a 2010 em que o
presidente da Câmara, deputado Michel Temer
(PMDB/SP), no afã de desmobilizar e dividir a luta
pela PEC redutora, propôs uma redução escalonada em
dois anos, de 44 para 42 horas semanais. A proposta
não avançou e foi retirada depois da divisão das
centrais sindicais.
Como resultados, além da negação da proposta Temer,
mais uma vez a luta pela PEC 231 foi paralisada,
apesar de sucessivas tentativas sem êxito para sua
discussão. A PEC 231/95 foi arquivada em 2023, quase
30 anos após sua apresentação.
No artigo da próxima semana vou extrair as lições
decorrentes destes episódios.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical
Fonte: Agência Sindical

15/05/2025 -
Nova Central reforça apoio à nota pública do FST em
defesa do sindicalismo legítimo
Confederações do Fórum Sindical dos Trabalhadores
(FST) esclarecem que entidades sindicais não têm
qualquer envolvimento no caso do INSS
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) divulgou,
nesta segunda-feira (12), uma nota pública em defesa
do sindicalismo legítimo e da correta identificação
das entidades que de fato representam os
trabalhadores. A entidade, que reúne as
confederações sindicais, considerou importante
esclarecer que, diante das recentes denúncias
envolvendo descontos indevidos em benefícios
previdenciários de aposentados e pensionistas, tais
práticas não têm qualquer vínculo com o sindicalismo
sério, estruturado e respaldado pela Constituição
Federal e pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Conforme consta no documento assinado pelos
presidentes das confederações e apoiado pela Nova
Cenral: “É fundamental esclarecer que as entidades
citadas nas investigações não possuem registro
sindical perante o Ministério do Trabalho e Emprego,
não integram o sistema confederativo nacional, e não
representam categorias profissionais na forma da CLT
(arts. 511 e seguintes)”.
“Tratam-se de associações civis sem base de
representação definida e sem prerrogativa legal para
negociação coletiva, não sendo, portanto, sindicatos
no sentido jurídico e constitucional do termo”,
esclarece a nota.
As confederações que compõem o FST são categóricas
ao afirmar que “a tentativa de generalização e
confusão entre entidades civis e os sindicatos
verdadeiros prejudica a imagem de toda a estrutura
sindical brasileira e desinforma a opinião pública.
Tal confusão interessa exclusivamente àqueles que
desejam um mundo do trabalho fragmentado, desprovido
de proteção coletiva, onde os trabalhadores estejam
isolados e enfraquecidos em sua capacidade de
negociação. Interessa, ainda, a setores econômicos
que lucram com a precarização do trabalho, e a
agentes políticos que instrumentalizam escândalos
pontuais para atacar o modelo sindical previsto no
art. 8º da Constituição da República”.
CLIQUE AQUI E LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO FST
Fonte: NCST

15/05/2025 -
Para Motta, projeto sobre isenção do IR deve ser
aprovado pelo Congresso até 30 de setembro
Essa é data limite para que mudanças na
legislação do Imposto de Renda possam valer em 2026
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
(Republicanos-PB), afirmou que, em razão do
princípio da noventena, a expectativa é que o
Congresso aprove até o dia 30 de setembro o projeto
que concede isenção do Imposto de Renda (IR) para
quem ganha até R$ 5 mil mensais (PL 1087/25).
O princípio da noventena prevê a anterioridade de 90
dias para a vigência de lei sobre determinados
impostos. Portanto, para a nova legislação do IR
entrar em vigor em 2026, o texto precisa virar lei
até o dia 30 de setembro.
A declaração de Motta foi dada em evento promovido
pelo Valor Econômico nesta quarta-feira (14), em
Nova York. O evento compõe o Brazil Week, que reúne
autoridades, empresários e investidores para debater
o desenvolvimento econômico brasileiro.
Formas de compensação
Segundo Motta, há um ambiente favorável à aprovação da
proposta, mas os parlamentares têm a tarefa de
aperfeiçoar o texto encaminhado pelo Executivo. O
presidente destacou que a Câmara deve buscar novas
formas de compensação para a isenção fiscal que o
governo propõe.
Para compensar a perda de receitas que o aumento da
isenção trará, o Executivo prevê um imposto mínimo
de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por
mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.
“O desafio é como fazer para melhorar o projeto do
ponto de vista da compensação. Temos um calendário
estabelecido para que o Senado também tenha tempo de
analisar a matéria, e os senadores também podem
alterar o texto”, destacou Motta.
Diálogo
O presidente disse ainda que o Congresso, em conjunto
com os demais Poderes, tem a missão de pacificar o
país para atrair mais empresários e investidores a
injetarem recursos no Brasil.
“Precisamos ter um ambiente de harmonia e
pacificação para que todas as nossas potencialidades
possam ser aproveitadas pelas iniciativas privadas e
o poder público”, defendeu.
Fonte: Agência Câmara

15/05/2025 -
Por que a escala 4×3 é o caminho para um futuro mais
justo e produtivo
Eduardo Annunciato, Chicão, fala sobre como a
escala 4×3 traz uma nova perspectiva para o
equilíbrio entre vida pessoal e profissional,
promovendo ganhos operacionais.
A
discussão sobre jornadas de trabalho mais
equilibradas precisa, urgentemente, ganhar espaço no
debate público e legislativo. Um modelo promissor
que merece atenção é a escala 4×3, com jornadas de
10 horas diárias — sendo 9 horas de trabalho efetivo
e 1 hora destinada à refeição. Essa proposta não só
é viável como pode trazer benefícios concretos para
empresas, trabalhadores e para o país como um todo.
Sob o ponto de vista empresarial, a adoção da escala
4×3 representa uma série de ganhos operacionais. Com
menos dias de deslocamento, há redução de custos com
vale-transporte e vale-refeição. A produtividade
tende a aumentar, já que o tempo de adaptação diária
ao ambiente de trabalho — muitas vezes chamado de
“tempo de plataforma” — é otimizado. Além disso,
trabalhadores mais descansados e satisfeitos
costumam apresentar menos afastamentos por doenças,
o que significa menor rotatividade e menos
interrupções nas equipes.
Já para os trabalhadores, os benefícios são ainda
mais significativos. Ter três dias de descanso por
semana permite recuperar a saúde física e mental,
estar mais presente com a família, investir em
estudos ou simplesmente aproveitar o tempo livre
para lazer e autocuidado. Essa melhora na qualidade
de vida tem impacto direto na motivação e no
desempenho profissional. Trabalhadores mais felizes
produzem mais e adoecem menos — uma equação simples,
mas poderosa.
Do ponto de vista social e econômico, a escala 4×3
pode contribuir para um crescimento mais sustentável
do País. Menos pessoas adoecendo, menos sobrecarga
nos sistemas de saúde. Mais tempo livre e mais
bem-estar se traduzem em uma sociedade mais
equilibrada e produtiva. Inclusive, o próprio
governo se beneficia, direta e indiretamente, ao ver
uma redução nos custos sociais e um aumento na
arrecadação, reflexo de uma economia mais ativa e
saudável.
Claro, é preciso reconhecer que nem todas as
atividades podem se adaptar a esse modelo,
especialmente aquelas consideradas essenciais e que
exigem presença contínua, como saúde, segurança
pública e serviços de emergência. Para esses casos,
devem ser discutidas compensações alternativas, de
forma justa e proporcional. No entanto, para todas
as demais áreas onde essa mudança for viável, é
fundamental que ela seja incentivada.
É hora de o Legislativo Federal liderar esse debate
com seriedade, buscando apoio do Executivo e da
sociedade civil para implementar uma mudança
estrutural nas leis trabalhistas. O modelo 4×3 não é
apenas uma pauta trabalhista — é uma questão de
desenvolvimento humano, social e econômico.
Se temos a possibilidade de construir um modelo mais
justo, equilibrado e eficiente, por que insistir em
um sistema ultrapassado que só favorece o
esgotamento?
O Brasil precisa avançar. E a escala 4×3 pode ser um
importante passo nessa direção.
Eduardo Annunciato, Chicão, é Presidente do
Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da
Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia,
Água e Meio Ambiente – FENATEMA, Diretor de Educação
da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Indústria (CNTI) e Vice-presidente da Força Sindical
Fonte: Rádio Peão Brasil

15/05/2025 -
Paim critica proposta de congelamento do salário
mínimo
Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira
(13), o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a
proposta de "congelar" o reajuste do salário mínimo
por seis anos, sugerida por economistas como medida
de controle fiscal. De acordo com a proposta, as
próximas correções do salário mínimo não permitiriam
aumentos reais acima da inflação. Paim afirmou que a
medida ameaçaria a renda de cerca de 60 milhões de
brasileiros.
O senador defende a manutenção da política de
valorização do salário mínimo, que garante reajustes
anuais com base não apenas na inflação, mas também
no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Ele
destacou que esse mecanismo assegura ganhos reais
para trabalhadores e aposentados, além de funcionar
como instrumento de distribuição de renda e combate
à desigualdade.
— É claro que somos contra esse congelamento, nem
por um ano, muito menos por seis anos. O salário
mínimo é um poderoso instrumento de distribuição de
renda, mesmo quando consideramos o trabalho
informal, porque o salário mínimo é como um farol no
qual as pessoas que estão na informalidade se
baseiam para ganhar o mínimo.
Paim ressaltou ainda que o salário mínimo movimenta
a economia de pequenos municípios, onde grande parte
da população depende desse valor para viver. Segundo
ele, 80% dos aposentados e pensionistas recebem o
piso, o que torna essa renda essencial para o
funcionamento do comércio local e para a arrecadação
das prefeituras.
— O salário mínimo desempenha um papel essencial na
criação de empregos e no aumento da renda, gerando
impactos positivos em negócios locais, mercados,
padarias, armazéns de pequeno porte, de grande
porte, lojas, revitalizando, assim, a economia dos
municípios.
Fonte: Agência Senado

15/05/2025 -
INSS notifica aposentados sobre descontos indevidos;
veja como acessar
Na mensagem direcionada aos aposentados que
tiveram descontos de entidades, o INSS afirma que a
partir de amanhã os beneficiários poderão informar
se autorizaram.
O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)
iniciou, nesta terça-feira (13), a medida de
notificar aposentados e pensionistas que tiveram
descontos associativos indevidos em suas contas. As
notificações são enviadas pelo aplicativo Meu INSS.
Para acessar, o beneficiário deve ter o aplicativo
baixado no celular e criar uma conta, com login e
senha. A conta vai estar relacionada com outros
serviços do governo por ser da plataforma gov.br.
Após entrar na conta, o ícone de um sino no topo
direito permite receber notificações do aplicativo.
Existem duas mensagens no aplicativo, para quem teve
descontos e para quem não teve. "Aviso importante
para você: foi identificado desconto de entidade
associativa no seu benefício. A partir de amanhã
(14), você poderá informar se autorizou ou não
através do Meu INSS ou ligue 135", diz a
notificação.
Para quem não teve descontos, a mensagem é: "Fique
tranquilo, nenhum desconto foi feito em seu
benefício. O governo federal descobriu a fraude dos
descontos associativos não autorizados e seguirá
trabalhando para proteger você e seu benefício".
Escândalo do INSS
Operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) e
Controladoria-Geral da União, em 23 de abril,
revelou irregularidades nos descontos associativos
de sindicatos e associações. As investigações
apontam que, de 2019 a 2024, essas entidades
receberam R$ 6,3 bilhões em descontos. As
irregularidades apontadas dizem respeito a descontos
sem autorização dos beneficiários. Diante do
escândalo, caíram o presidente do INSS e o
ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Na última semana, o INSS anunciou que devolverá R$
292,7 milhões a aposentados e pensionistas entre os
dias 26 de maio e 6 de junho. O montante é referente
a mensalidades descontadas em abril por associações
e sindicatos, mesmo após o bloqueio determinado pelo
órgão. Conforme o instituto, a folha de bloqueio já
havia sido processada antes da suspensão.
O ressarcimento previsto para valores cobrados a
partir de março de 2020. O INSS, além de atribuir a
devolução automática dos valores, vai notificar os
cerca de 9 milhões de beneficiários lesados pelo
aplicativo Meu INSS. Após o aposentado ou
pensionista afirmar não reconhecer o desconto, o
governo dará 15 dias para a entidade apresentar
documentos e comprovar que houve autorização do
beneficiário nos descontos.
Fonte: Congresso em Foco

15/05/2025 -
Sessão especial destaca êxito do grupo que atua
contra trabalho escravo
Uma sessão especial do Senado celebrou na
terça-feira (13) os 30 anos de atuação do Grupo
Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do
Trabalho. O órgão promoveu mais de 8,5 mil operações
e libertou mais de 66 mil trabalhadores submetidos a
condições análogas à escravidão.
A homenagem foi sugerida pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), que presidiu a sessão. Ele lembrou que,
nesta quarta-feira, o país celebra os 137 anos de
assinatura da Lei Áurea, que declarou extinta a
escravidão no Brasil.
— Hoje é dia 13 de maio, data da assinatura da Lei
Áurea, que deveria ter assegurado a liberdade do
povo negro. Mas, infelizmente, o trabalho escravo
persiste no nosso país. O grupo móvel se transformou
na mais eficaz ferramenta estatal de combate à chaga
da escravidão moderna. Vocês são abolicionistas,
tanto quanto foram os outros no passado. Vocês são
uma resposta à altura dessa gravíssima violação aos
direitos humanos até hoje — disse o parlamentar.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que a
erradicação do trabalho escravo deve ser uma missão
assumida por toda a sociedade brasileira — e não
apenas uma atribuição do Estado.
— Nossa teimosia e nossa persistência podem
transformar a visão de pessoas. Não estou dizendo
que é fácil. É uma missão da sociedade brasileira.
Ela tem que se indignar para dizer: “Não queremos
fazer a reparação, queremos evitar que essa agressão
aconteça” — disse Marinho.
O ministro defendeu uma maior formalização dos
empregos no Brasil, segundo as regras da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT — Decreto Lei
5.452, de 1943). Marinho disse que a contratação de
trabalhadores como pessoas jurídicas (PJs) — prática
conhecida como “pejotização” — contribui para a
escravidão moderna.
— A terceirização e a ‘pejotização’ do jeito que
estão colocadas são irmãs do trabalho escravo. É o
respeito às relações de trabalho formal que pode
levar ao fim do trabalho escravo no Brasil. Fico
surpreso como vejo gente importante falando contra a
CLT, defendendo a ‘pejotização’ — afirmou.
Fonte: Agência Senado

14/05/2025 -
Movimento contra escala 6×1 ganha força
Centrais Sindicais e Movimentos Sociais se unem em
prol do “Plebiscito Popular 2025”, iniciativa do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Proposta é levar as discussões de pautas
trabalhistas à população. Votação popular fortalece
os debates no Congresso Nacional.
Principais pautas a serem votadas são: redução da
jornada de trabalho sem redução salarial; fim da
escala 6×1; revisão da Tabela do Imposto de Renda;
taxação dos super-ricos; e igualdade salarial entre
homens e mulheres.
João Carlos Gonçalves (o Juruna), secretário-geral
da Força Sindical, reforça à Agência Sindical a
importância da mobilização para o sindicalismo. “A
participação do povo nos debates é muito importante.
No Congresso Nacional, quanto mais manifestação
popular, mais peso o Projeto tem nas votações. É
essencial que as Centrais e Sindicatos se engajem na
busca por assinaturas pra que a gente consiga
avançar os debates no Parlamento”, diz.
Plebiscito – Assinatura estará disponível
entre julho e setembro. Conclusões serão
encaminhadas ao Governo Federal.
Mobilização – Ações nas ruas e diálogos com a
população devem espalhar a consulta pública pelo
País. Juruna reforça: “Centrais e Sindicatos
precisam levar o assunto para as bases. Precisamos
colher o máximo de assinaturas possíveis nos postos
de trabalhos. Nos comércios, nas fábricas e nas
ruas”.
Representação política – A iniciativa impacta
nas reflexões da população em relação ao Congresso
Nacional e seus representantes, segundo Juruna, e
gera conexão entre sociedade e Congresso.
Ele reforça: “Com o plebiscito, a população
avalia os projetos que tramitam na Casa do Povo.
Resulta no entendimento sobre o papel dos
parlamentares e seus posicionamentos. Ano que vem
teremos eleições e precisamos refletir sobre a
necessidade de aumentar a quantidade de
representantes da classe trabalhadora na política
nacional”.
MST – Jornalista João Franzin, da Agência
Sindical, esteve na Feira da Reforma Agrária do MST,
em São Paulo. Na ocasião, conversou com Rafael,
membro dos Comitês Populares. Ele explica as etapas
do Plebiscito.
Clique e assista ao vídeo.
Assinatura – Fique atento aos sites das
Centrais e Movimentos Sociais e aguarde a abertura
das votações.
Mais – Sites das Centrais, MST e movimentos
estudantis.
Fonte: Agência Sindical

14/05/2025 -
Alckmin rebate empresários e lista ações do governo
que impulsionam economia
Em evento do setor de supermercados, presidente
em exercício lembra dos avanços na geração de
emprego, no combate à inflação e no aumento da massa
salarial que aquecem a economia
O presidente da República em exercício, Geraldo
Alckmin, defendeu, nesta segunda-feira (12) medidas
tomadas pelo governo federal que vêm contribuindo
para reduzir a inflação, aumentar o poder de compra
da classe trabalhadora e impulsionar o crescimento,
em contraponto a críticas de representantes do
empresariado sobre o ambiente econômico. As falas
foram feitas durante a abertura do Apas Show 2025,
promovido pelo setor supermercadista, em São Paulo.
Para ilustrar a melhora das condições econômicas do
país, Alckmin relatou ter ido a um mercado em
Pindamonhangaba, no final de semana, e o encontrou
lotado. “Despencou o desemprego, melhorou a massa
salarial, a economia cresceu 3,4% e o setor
supermercadista cresceu 6,5%, quase o dobro do PIB”,
justificou.
Como forma de dar continuidade ao desenvolvimento e
estabelecer algum nível de justiça tributária,
Alckmin destacou os efeitos da proposta de isenção
do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
mensais e a redução para quem ganha até R$ 7 mil. O
texto foi encaminhado pelo governo ao Congresso em
março.
O presidente em exercício salientou que a alíquota
atual de 27,5%, paga por boa parte dos
trabalhadores, “não é razoável” e que a mudança
proposta é neutra do ponto de vista fiscal porque
compensa a perda de arrecadação com a cobrança maior
sobre os mais ricos. “Aliás, é para isso que existe
o IR: para ter justiça tributária. Isso vai melhorar
a renda da população, que poderá consumir mais”,
salientou.
Outro ponto abordado foram as ações do governo
frente à inflação de alimentos. Como principais
fatores que influenciaram o aumento desses itens no
ano passado, Alckmin lembrou a seca intensa, que fez
a safra cair, e a disparada do dólar por fatores
externos, que elevou a cotação a R$ 6,20.
“O que fez o governo naquela emergência? Zerou o
imposto de importação. É claro que isso não resolve
tudo, mas naquele momento não aumentamos, nem
criamos tributos para exportar; nós baixamos o
imposto de importação. Foi transitório, mas ajudou
em alguns itens”, disse.
Neste ano, destacou que “o clima até agora está
ótimo, devemos ter uma safra recorde e o dólar
despencou de R$ 6,20 para R$ 5,70. Então, isso deve
derrubar o preço dos alimentos e a inflação”.
Alckmin também ressaltou a importância da reforma
tributária tanto para a população quanto para o
empresariado, já que isenta toda a cesta básica,
inclusive a carne, além de baratear e simplificar o
sistema. “Depois de totalmente implantada, em 15
anos, o Ipea mostra que o PIB brasileiro pode
crescer 12% a mais; os investimentos, 14% a mais e
as exportações, 17% a mais”, afirmou.
O presidente também rebateu as críticas do setor ao
“Crédito do Trabalhador”, segundo as quais o
programa de consignado estaria contribuindo para
endividar os trabalhadores. “O objetivo não é
aumentar o endividamento das pessoas, mas melhorar a
sua renda. Muito trabalhador está pagando 50%, 60%,
80% de juros ao ano”, ponderou.
Com o programa, exemplificou, uma pessoa que paga R$
600 de prestação de empréstimo passará a pagar R$
320 porque “despenca o spread, já que não tem risco;
então, neste caso, sobrariam R$ 280 para consumir ou
fazer poupança, enfim, o objetivo é melhorar a renda
dos trabalhadores”.
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
também foi abordado durante a abertura do evento. O
governo vem estudando a possibilidade de substituir
o vale-refeição por repasse via Pix, uma forma de
diminuir as despesas geradas pelas operadoras dos
vales.
“O voucher foi feito para ajudar o trabalhador na
sua alimentação, só que está com uma intermediação
absurdamente cara, então vamos trabalhar para
reduzir isso e buscar alternativa para beneficiar o
consumidor e o setor produtivo”, declarou.
Fonte: Portal Vermelho

14/05/2025 -
Protocolado pedido de CPI Mista para investigar
fraudes no INSS
A criação da comissão depende da leitura do
pedido pelo presidente do Congresso, senador Davi
Alcolumbre, durante sessão conjunta
Foi protocolado na segunda-feira (12) o pedido para
a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) para investigar descontos ilegais
nas folhas de benefício de segurados do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido de
investigação foi apresentado pela deputada Coronel
Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
O pedido tem as assinaturas de 223 deputados e de 36
senadores, mais que o mínimo exigido para requerer
esse tipo de comissão, que é de 171 deputados e 27
senadores, um terço da composição de cada Casa
legislativa. A criação da comissão depende da
leitura do pedido pelo presidente do Congresso,
senador Davi Alcolumbre (União-AP), durante sessão
conjunta.
No pedido de criação da comissão, as parlamentares
lembram que as investigações da Policia Federal e da
Controladoria-Geral da União apontaram, em abril, a
existência de um esquema de cobrança de mensalidades
irregulares descontadas dos benefícios de
aposentados e de pensionistas sem autorização. Os
desvios, entre os anos de 2019 e 2024, são estimados
em R$ 6,3 milhões.
“A maioria das vítimas são idosos e pensionistas,
grupo especialmente vulnerável a práticas abusivas.
(...) Investigar e punir os responsáveis é essencial
para garantir justiça a essas pessoas e evitar novas
violações”, informam as parlamentares no documento.
Para elas, a investigação é fundamental para
identificar e corrigir essas falhas, além de
aprimorar os mecanismos de controle e fiscalização
do INSS. A confiança da população no sistema
previdenciário e nas instituições públicas — diz o
documento — depende da resposta efetiva a casos de
corrupção e fraude, por isso é necessária a apuração
e a punição dos responsáveis.
Comissão
A CPMI deve ser formada por 15 deputados e 15
senadores titulares, com o mesmo número de
suplentes. O prazo previsto para os trabalhos é de
180 dias. As despesas são estimadas em R$ 200 mil.
Pedido de CPI
No final de abril, foi protocolado na Câmara um outro
o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI), mas apenas com deputados, para
investigar os mesmos desvios. O requerimento de
criação da CPI (RCP 2/25) foi entregue com 185
assinaturas de deputados de 14 partidos.
Fonte: Agência Câmara

14/05/2025 -
Paim defende assinatura presencial para empréstimos
a aposentados do INSS
Em pronunciamento no Plenário na segunda-feira (12),
o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a aprovação do
projeto de lei (PL 74/2023), de sua autoria, que
torna obrigatória a assinatura presencial em
contratos de crédito consignado firmados por idosos,
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS). Ele destacou que a proposta
busca prevenir fraudes. Já aprovado na Comissão de
Direitos Humanos (CDH), o texto também prevê a
aplicação de multas às instituições financeiras que
descumprirem a regra.
— Na primeira infração, a instituição é advertida.
Na segunda, a multa será de R$ 20 mil; na terceira,
de R$ 60 mil; e, a partir da quarta, de R$ 120 mil.
O objetivo é prevenir essa parcela vulnerável da
sociedade contra ações de grupos criminosos que
demonstram crueldade e desumanidade. O texto também
exige que a instituição financeira forneça a cópia
do contrato firmado ao idoso — explicou.
O parlamentar ressaltou que, segundo auditoria do
Tribunal de Contas da União (TCU), mais de 35 mil
reclamações sobre empréstimos consignados foram
registradas apenas em 2023. Ele defendeu o confisco
dos bens dos envolvidos e a devolução imediata dos
valores descontados de forma indevida. Paim
mencionou ainda que a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) orienta que, caso as irregularidades
sejam comprovadas, os bancos cancelem as operações.
— Segundo a federação, em 2023 foram contratados R$
79 bilhões em 23,3 milhões de operações de crédito
consignado. No mesmo ano, a plataforma consumidor.gov.br
contabilizou 5.339 reclamações sobre empréstimos
consignados do INSS não autorizados, envolvendo,
inclusive, seus bancos associados. As queixas
continuam subindo. Empréstimos consignados de R$ 5
mil, R$ 6 mil, R$ 7 mil desviavam R$ 50, R$ 70, R$
100 por pessoa que ganha um salário mínimo. Isso faz
muita falta, dinheiro que era usado para comprar
remédios, comida, ajudar os familiares, pagar
aluguel — disse.
Fonte: Agência Senado

14/05/2025 -
Pensão previdenciária não pode ser penhorada para
pagar dívida trabalhista
A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho não
admitiu o recurso de um vigilante contra decisão que
negou a penhora de 30% da pensão por morte recebida
pelos filhos do sócio de uma empresa de segurança.
Segundo o colegiado, a pensão previdenciária não se
transmite com a herança e, portanto, não pode ser
penhorada para pagar dívida trabalhista de sócio
executado falecido.
No processo, consta que a empresa, de Americana
(SP), foi condenada a pagar diversas parcelas ao
condutor. Em 2021, depois de várias tentativas de
receber o valor devido, ele pediu a penhora de 30%
dos benefícios previdenciários de um dos sócios
executados, que faleceu no decorrer do processo.
O pedido foi negado pelo primeiro grau e pelo
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(interior de São Paulo), diante da natureza
alimentar da pensão para a subsistência dos filhos
do falecido. O vigilante então recorreu ao TST.
Pensão previdenciária não é herança
A relatora, ministra Liana Chaib, observou que, no
caso de morte do devedor, seu patrimônio (espólio)
responde pelas dívidas deixadas até o momento da
partilha.
Contudo, a pensão previdenciária não se transmite
com a herança, por se tratar de um direito subjetivo
dos dependentes.
Para fundamentar a decisão, a ministra lembrou que o
Superior Tribunal de Justiça já concluiu que o VGBL
(Vida Gerador de Benefício Livre, tipo de
previdência privada que funciona como um seguro de
vida) não é considerado herança, e o mesmo
raciocínio se aplica à pensão por morte. A decisão
foi unânime. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Clique
aqui para ver o acórdão
Processo 0011603-75.2021.5.15.0007
Fonte: Consultor Jurídico

13/05/2025 -
Fortalecimento sindical é peça-chave para base
social do governo
*Antônio Augusto de Queiroz
O terceiro mandato do presidente Lula se depara com
um cenário profundamente adverso para os
trabalhadores e o movimento sindical, fruto de anos
de desmonte promovido por governos anteriores. A
reforma trabalhista de 2017, sob o governo Temer, e
o avanço das políticas anti-sindicais no governo
Bolsonaro deixaram um legado de precarização,
retirada de direitos e estrangulamento financeiro
das entidades sindicais. Nesse contexto, o
restabelecimento de uma relação de parceria entre o
governo e o movimento sindical não é apenas uma
questão de justiça social, mas uma necessidade
estratégica para garantir a sustentação política de
um projeto progressista.
Apesar das conquistas iniciais do governo Lula III,
materializadas em políticas públicas de interesse
dos assalariados, como o aumento real do salário
mínimo, a reforma do imposto de renda, a promoção da
igualdade salarial entre homens e mulheres, o
movimento sindical segue enfraquecido, sem condições
materiais de exercer seu histórico papel de defensor
dos direitos trabalhistas e de mobilização popular.
Segundo o IBGE, a taxa de sindicalização tem
decrescido ano a ano: em 2023, foi de apenas 9,2%,
ante 15,7% em 2015. A crise financeira das entidades
sindicais, agravada pela suspensão de repasses como
o do sistema Contag, ameaça paralisar uma das poucas
estruturas ainda capazes de organizar a base social
em defesa de políticas públicas inclusivas. Se o
governo não agir com urgência para restabelecer
fontes de financiamento — como a regulamentação da
contribuição negocial — e para valorizar a
interlocução com os sindicatos de trabalhadores,
revertendo tendências como a de pejotização, perderá
um aliado fundamental na disputa política contra as
forças conservadoras.
O sindicalismo sempre foi um pilar essencial para a
implementação de políticas de redistribuição de
renda e valorização do trabalho, e um defensor da
ordem democrática. No entanto, enquanto as entidades
patronais contam com amplo acesso a recursos —
inclusive por meio do sistema "S" —, os sindicatos
laborais enfrentam uma asfixia financeira planejada,
com propostas legislativas que buscam inviabilizar
qualquer forma de sustentação autônoma. Essa
desigualdade de condições é uma distorção
antidemocrática que precisa ser combatida com
medidas concretas.
O governo Lula não pode subestimar o risco de um
retrocesso ainda maior em 2026. A extrema direita
está organizada, bem financiada, com forte apoio
financeiro no meio empresarial, e disposta a avançar
sobre os direitos sociais e a própria democracia.
Sem um movimento sindical fortalecido, capaz de
mobilizar a classe trabalhadora e articular a defesa
das conquistas sociais, fica fragilizada a base
eleitoral dos partidos progressistas. A sinalização
de redução da jornada de trabalho, embora
importante, será insuficiente se não vier
acompanhada de um projeto de reestruturação sindical
que garanta autonomia e capacidade de luta.
O momento exige uma aliança firme entre o governo e
os movimentos sociais. A reconstrução do
sindicalismo passa pela restauração de suas fontes
de financiamento, pelo fortalecimento das
negociações coletivas, pelo combate às tentativas de
criminalização da luta sindical e reversão da
precarização das relações de trabalho. Se o governo
não agir agora, o preço a ser pago não será apenas a
derrota eleitoral, mas o desmonte de décadas de
avanços civilizatórios. A hora é de união e ação — o
futuro do projeto democrático e popular depende
disso.
*Antônio Augusto de Queiroz é jornalista,
analista e consultor político, mestre em Políticas
Públicas e Governo pela FGV. É sócio-diretor da
empresa “Consillium Soluções Institucionais e
Governamentais”, foi diretor de Documentação do DIAP
e é membro da Câmara Técnica de Transformação do
Estado, do Ministério da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos, e do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social Sustentável da Presidência da
República – o Conselhão.
Fonte: Diap

13/05/2025 -
“Mercado de trabalho melhorou ao longo de 2024”,
aponta Dieese
Mercado de trabalho melhorou ao longo de 2024,
mas precarização do trabalho é o principal obstáculo
para avançar ainda mais
De acordo com dados do Índice da Condição do
Trabalho (ICT-DIEESE), o mercado de trabalho
melhorou ao longo de 2024.
A pesquisa indica que o ICT-DIEESE ficou em 0,64 no
quarto trimestre de 2024, o que significa 0,07 ponto
acima do observado no mesmo trimestre de 2023. Essa
melhora no índice ocorre em ritmo similar ao
registrado nos três trimestres anteriores, quando
houve elevações de 0,06 na comparação interanual.
Os resultados do ICT-DIEESE no quarto trimestre de
2024 mostram ainda o desempenho positivo do mercado
de trabalho ao longo do ano, especialmente a redução
da desocupação e o aumento do rendimento médio.
Por outro lado, a distribuição desigual dos
rendimentos do trabalho e a desaceleração da geração
de empregos formais têm impedido avanços mais
robustos no mercado de trabalho.
Ao se comparar com o período anterior à crise de
2014-2015, a precarização do trabalho é o principal
obstáculo para que o ICT-DIEESE volte a patamares
próximos àquele período, reflexo da perda de
participação do emprego com carteira assinada e do
emprego público na ocupação.
O que é o ICT-DIEESE
Criado pelo Dieese – Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Índice da
Condição do Trabalho (ICT-DIEESE) é um indicador que
busca sintetizar a situação do trabalho no país.
Foi desenvolvido a partir da base de dados da PnadC/IBGE.
O ICT-DIEESE varia entre 0 e 1 e é resultado da
composição de três dimensões:
- ICT-Inserção Ocupacional (formalização do vínculo
de trabalho, contribuição para a previdência, tempo
de permanência no trabalho);
- ICT-Desocupação (desocupação e desalento, procura
por trabalho há mais de cinco meses, desocupação e
desalento dos responsáveis pelo domicílio) e
- ICT-Rendimento (rendimento por hora trabalhada;
concentração dos rendimentos do trabalho).
Quanto à interpretação e análise, o indicador não
define a condição ideal do trabalho, apenas indica
que quanto mais próximo o valor do índice estiver de
1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e,
quanto mais próximo de zero, pior.
Fonte: Rádio Peão Brasil

13/05/2025 -
Jornada 6x1 é cruel, diz ministro do Trabalho, Luiz
Marinho
Governo é favorável à redução, mas desde que haja
um debate saudável
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse no
sábado (10), em São Paulo, que a jornada 6x1 é
cruel, mas que não vê a possibilidade de se acabar
imediatamente com esse tipo de escala.
De acordo com o ele, o governo é favorável à redução
da jornada, mas ele defende que haja um “debate
saudável” sobre esse tema e acerca do fim da escala
6x1 para que esses projetos possam ser aprovados.
“Eu enxergo que é possível, plenamente possível
(aprovar a redução da jornada] com um debate
responsável, com tranquilidade, sem criar um susto
para o empresariado. É preciso olhar isso sobre
todos os aspectos. Eu enxergo que seria plenamente
possível o Congresso aprovar a redução da jornada de
trabalho imediatamente para 40 horas semanais sem
redução de salário e iniciar um processo maduro de
debate na construção gradativa para acabar com 6x1.
Mas, do ponto de vista prático, ele diz não enxergar
a possibilidade de se acabar imediatamente com a
escala 6x1.
“Isso seria muito positivo, porque o 6x1 é uma
jornada cruel, em especial para as mulheres”, disse
o ministro.
A declaração do ministro ocorreu após visita à
quinta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária,
promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem-Terra (MST) no Parque da Água Branca, na capital
paulista.
De acordo com Marinho, debater esses temas é
importante para toda a sociedade brasileira.
“Um bom ambiente de trabalho ajuda não somente na
saúde, mas ajuda na produtividade e na qualidade do
seu produto. Nós queremos um país saudável. Nós
queremos um povo feliz. E nós queremos salário
decente e empregos para todos e todas”, disse ele.
Matéria completa:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-05/jornada-6x1-e-cruel-diz-ministro-do-trabalho-luiz-marinho
Fonte: Agência Brasil

13/05/2025 -
Alerta sindical: PL 2830/19 coloca contribuição
assistencial em risco
Projeto de Lei no Senado reacende debate sobre
financiamento sindical e ameaça estrutura das
entidades de trabalhadores
Está de volta ao plenário do Senado Federal o
Projeto de Lei 2830/19, que reacende o debate sobre
o financiamento das entidades sindicais e o direito
à oposição da contribuição assistencial, também
conhecida como contribuição negocial. A proposta,
que inicialmente tratava de temas processuais na
Justiça do Trabalho, ganhou contornos explosivos com
emenda que impacta diretamente o sustento das
entidades.
O PL 2830/19, de autoria do senador Styvenson
Valentim (PODEMOS-RN), foi originalmente concebido
para reduzir de 45 para 15 dias o prazo para
protesto e inscrição de devedores trabalhistas nos
órgãos de proteção ao crédito. No entanto, o relator
da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), senador Rogério Marinho (PL-RN),
introduziu mudanças que modificam profundamente a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no que diz
respeito à contribuição sindical.
Entre as alterações, está a ampliação do direito de
oposição dos trabalhadores à cobrança da
contribuição negocial. Na prática, isso incentiva a
não contribuição, mesmo quando os benefícios
negociados em convenções coletivas são usufruídos
por toda a categoria — filiados ou não — ao prever
que o trabalhador poderá manifestar oposição ao
desconto sindical: a) no ato da contratação; b) em
até 60 dias após o início da relação de trabalho ou
no prazo de 60 dias após a assinatura de acordo ou
convenção coletiva; c) ser feita pessoalmente ou por
qualquer meio, inclusive eletrônico.
Além disso, a cobrança de contribuição assistencial
será feita pelo sindicato exclusivamente por meio de
boleto bancário ou arranjo de pagamentos
instantâneos instituído pelo Banco Central do Brasil
(Pix), sendo vedada a atribuição de responsabilidade
ao empregador pelo pagamento, desconto em folha de
pagamento e repasse às entidades sindicais. Exceto a
critério do empregador, e desde que exista previsão
em acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
pagamento por meio de desconto em folha da
contribuição poderá ser fixado.
E ainda, segundo o texto, fica vedada a cobrança e o
envio de boleto, ou equivalente, à residência do
empregado ou à sede da empresa, em caso de oposição
apresentada pelo empregado.
Íntegra do parecer aprovado do senador Rogério
Marinho (PL-RN), contra a contribuição assistencial,
pronto para votação no plenário do Senado.
Histórico da tramitação
A matéria foi apreciada pelas Comissões de Assuntos
Sociais (CAS) e de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), cabendo a esta decisão terminativa. Na CAS,
sob a relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS), em
substituição à senadora Juíza Selma (Podemos-MT),
foi aprovado, em 2019, parecer sem modificações.
Depois, no exame em 2024, na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), o relator senador
Rogério Marinho (PL-RN) incorporou conteúdo
semelhante por ele relatado na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), quando analisou o PL 2099/2023,
que atualmente aguarda parecer na CAS, na relatoria
do senador Paulo Paim (PT-RS).
Na CCJ, em análise terminativa, foi aprovado o
parecer favorável com a Emenda nº 1, que promoveu
modificações significativas sobre o custeio
sindical. Para evitar o envio para a Câmara dos
Deputados, foi apresentado recurso assinado por
vários senadores para que a matéria também fosse
apreciada pelo Plenário do Senado Federal. Em função
do recurso, abriu-se prazo para apresentação de
emendas, sendo apresentada a Emenda nº 2, de autoria
do senador Paulo Paim (PT-RS), fazendo com que a
matéria retornasse para análise da emenda pelas
comissões.
Emenda Paim
A emenda do senador Paulo Paim busca assegurar a
contribuição assistencial com base no princípio da
solidariedade, desde que haja previsão em convenção
coletiva e respeito ao direito de oposição.
O texto da emenda propõe a inclusão do artigo 513-A
na CLT, deixando claro que a contribuição pode
alcançar não filiados — desde que respeitadas as
garantias constitucionais, com a seguinte redação:
“Art. 513-A. A contribuição assistencial ou de
negociação coletiva é de natureza solidária,
condicionada à sua instituição pela celebração de
convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de
trabalho, de caráter normativo e aplicação para
filiados e não filiados das entidades de
trabalhadores ou empresariais, desde que assegurada
manifestação e respeitado o direito de oposição de
não filiados.”
Apesar da importância da proposta, a emenda foi
rejeitada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em
votação simbólica, que teve parecer contrário do
relator Rogério Marinho (PL-RN), que se mantém firme
na tentativa de desidratar o papel financeiro dos
sindicatos. A urgência da matéria foi aprovada e o
projeto principal volta para deliberação em plenário
com a deliberação na CAS na quarta-feira, 07/05.
O que está em jogo?
Este não é apenas um embate técnico sobre prazos ou
procedimentos. Trata-se da sobrevivência das
entidades sindicais brasileiras. Enfraquecer os
sindicatos é minar a capacidade de trabalhadores e
trabalhadoras de obterem melhores salários,
condições de trabalho e direitos sociais por meio da
negociação coletiva.
Com a urgência aprovada, a votação do PL 2830/19
pode acontecer a qualquer momento. É essencial que
parlamentares, movimentos sociais e a sociedade
civil estejam atentos — e atuem com firmeza para
impedir mais um retrocesso nas relações de trabalho.
Acompanhe a tramitação das propostas:
PL 2830/2019 e
PL 2099/2023;
Emenda apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS);
parecer aprovado do senador Rogério Marinho (PL-RN)
contra a contribuição assistencial pronto para
votação no plenário do Senado.
Fonte: Diap

12/05/2025 -
INPC
tem alta de 0,48% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
teve alta de 0,48% em abril. No ano, o acumulado é
de 2,49% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%, acima
dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente
anteriores. Em abril de 2024, a taxa foi de 0,37%.
Os produtos alimentícios desaceleraram de março
(1,08%) para abril (0,76%). A variação dos não
alimentícios passou de 0,32% em março para 0,39% em
abril.
Quanto aos índices regionais, a maior variação
ocorreu em Porto Alegre (1,07%), influenciada pela
alta da energia elétrica residencial (3,34%) e do
tomate (45,96%). A menor variação ocorreu em
Brasília (0,01%), com a redução de 1,69% na
gasolina.
Fonte: IBGE

12/05/2025 -
Preço da Cesta Básica sobe em 15 de 17 capitais
pesquisadas em abril
São Paulo apresentou o maior custo, com R$ 909,25
O preço da cesta básica de alimentos aumentou em 15
capitais do país no mês de abril, em comparação a
março. As principais elevações ocorreram em Porto
Alegre (5,3%), Recife (4%), Vitória (4%), e São
Paulo (3,2%). Os dados, divulgados na quinta-feira
(8), são do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que
pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos
em 17 capitais.
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos
alimentos básicos apresentou o maior custo: R$
909,25, seguida de Florianópolis (R$ 858,20), Rio de
Janeiro (R$ 849,70) e Porto Alegre (R$ 834,22). Os
menores valores foram registrados em Aracaju (R$
579,93 ), Salvador (R$ 632,12), João Pessoa (R$
641,57) e no Recife (R$ 652,71).
Comparando o preço da cesta básica de abril de 2025
com a do mesmo mês de 2024, houve alta em 15 das 17
capitais pesquisadas, com variações que oscilaram
entre 3,92%, em Natal, e 10,5%, em São Paulo. As
reduções foram observadas em Salvador (-1,25%) e
Aracaju (-0,37%).
No acumulado dos quatro primeiros meses do ano (de
janeiro a abril), o custo aumentou em todas as
cidades pesquisadas, com taxas que oscilaram entre
4,39%, em Brasília, e 10,94%, no Recife.
Com base na cesta mais cara que, em abril, foi a de
São Paulo, e levando em consideração a determinação
constitucional de que o salário mínimo deveria ser
suficiente para suprir as despesas de uma família,
de quatro pessoas, com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência, o Dieese estimou que o valor do salário
mínimo necessário, no quarto mês do ano, deveria ter
sido R$ 7.638,62 ou 5,03 vezes o mínimo de R$ 1.518.
Fonte: Agência Brasil

12/05/2025 -
Renda média dos brasileiros atinge recorde de R$
3.057 em 2024
Valor é o mais alto desde 2012, segundo pesquisa
do IBGE.
O rendimento médio real dos brasileiros atingiu R$
3.057 em 2024, de acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). É o valor mais alto desde 2012.
Esses rendimentos são provenientes de trabalho,
programas sociais, aposentadorias, pensões e outras
fontes, como aluguéis, investimentos e bolsas de
estudo. O valor superou o recorde anterior de R$
2.974 e representa um aumento de 2,9% em relação a
2023 (R$ 2.971) e de 3,3% em relação a 2019 (R$
2.948), período pré-pandemia.
Além do aumento do rendimento médio real, houve
também um aumento na parcela da população com algum
tipo de rendimento. Em 2024, 66,1% da população
residente no Brasil (143,4 milhões de pessoas) tinha
alguma renda, comparado a 64,9% em 2023.
Segundo Gustavo Fontes, analista do IBGE, o
crescimento do rendimento médio foi impulsionado
principalmente pelo trabalho, embora programas
sociais governamentais também tenham contribuído:
"Apesar de programas sociais do governo importantes
terem também contribuído para esse crescimento, o
rendimento do trabalho em 2024 foi bastante
importante no crescimento do rendimento de todas as
fontes".
A pesquisa também analisou o rendimento mensal real
domiciliar per capita, que considera o rendimento
dividido por todos os moradores da residência,
incluindo aqueles sem rendimento. Esse valor também
atingiu o maior patamar da série histórica em 2024
(R$ 2.020), representando um aumento de 4,7% em
relação a 2023 e de 19,1% em relação a 2012 (R$
1.696), início da série histórica. Os rendimentos do
trabalho correspondem a 74,9% do total do rendimento
domiciliar, enquanto outras fontes representam
25,1%.
Fonte: Congresso em Foco

12/05/2025 -
Seminário discutirá mudanças climáticas e seus
impactos nas relações de Trabalho
O evento será realizado 22 de maio, das 9h às
13h, na sede do Tribunal Superior do Trabalho, em
Brasília. As inscrições já estão abertas.
Instituições do mundo do trabalho no Brasil
promovem, em 22 de maio, na sede do Tribunal
Superior do Trabalho, em Brasília, o Seminário
“Mudanças Climáticas e seus Impactos nas Relações de
Trabalho”. O evento será realizado das 9h às 13h e
as inscrições já estão abertas.
As vagas presenciais são limitadas, mas, quem não
puder participar do evento em Brasília, poderá
acompanhar a transmissão ao vivo no canal do TST no
YouTube. No entanto, a certificação só será
concedida para a participação presencial.
Participe!
Inscreva-se aqui.
Programação
O objetivo do evento é discutir os efeitos das
mudanças climáticas nas relações laborais e no meio
ambiente do trabalho, destacando os desafios
enfrentados em diferentes setores, as condições de
trabalho em cenários extremos e as estratégias para
minimizar os impactos negativos e promover as
adaptações climáticas nos postos de trabalho.
Na programação estão previstas palestras com as
temáticas sobre:
- Negociações Climáticas e as Relações de Trabalho;
- Implicações das Mudanças Climáticas no Dia a Dia do
Trabalho;
- Adaptação Climática nos Postos de Trabalho; e
- Encaminhamentos sobre Possibilidades de Atuação
Prática.
Ação Interinstitucional
O evento é uma iniciativa do Grupo de Trabalho
Interinstitucional Nacional (GETRIN Nacional), do
Programa Trabalho Seguro da Justiça do Trabalho. O
GETRIN é composto por representantes do judiciário
trabalhista, Ministério Público do Trabalho (MPT) e
Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de
outras entidades da sociedade civil.
O seminário tem como público-alvo magistrados (as) e
servidores (as) do Poder Judiciário, membros e
servidores (as) do Ministério Público,
representantes de empresas, sindicatos, órgãos
públicos e trabalhadores (as), além de acadêmicos
(as), pesquisadores (as) e a sociedade civil em
geral.
Fonte: TST

09/05/2025 -
Emenda pelo fim da contribuição assistencial vai ao
plenário do Senado
Nesta quarta-feira (7), o Senado votou a emenda do
senador Rogério Marinho (PL-RN), que extingue a
contribuição assistencial e estabelece que os
sindicatos não podem cobrar nenhuma taxa dos
trabalhadores. O senador Paulo Paim apresentou uma
emenda para modificar a proposta de Marinho, mas
esta foi completamente rejeitada pelo autor. Agora,
o projeto de Marinho, sob regime de urgência,
seguirá para votação no plenário do Senado.
Diante disso, as entidades sindicais precisam se
mobilizar amplamente para evitar que o movimento
sindical brasileiro seja inviabilizado pela extinção
definitiva de seus recursos.
O diretor da Nova Central e presidente da Contratuh,
Wilson Pereira, acompanhado de outros diretores da
entidade, esteve na manhã desta quarta-feira no
Senado e na Câmara dos Deputados, dialogando com
parlamentares e se posicionando contra a aprovação
da medida. Wilson lamentou profundamente que o
senador Rogério Marinho siga atuando como um dos
principais opositores da classe sindical, promovendo
iniciativas que restringem os direitos dos
trabalhadores e contando com o apoio da ala
conservadora do Congresso para fragilizar o
movimento sindical.
Detalhes da emenda
A proposta de Rogério Marinho amplia as opções
disponíveis para empresas recorrerem antes de sofrer
protestos ou inscrições em órgãos de proteção ao
crédito, o que pode atrasar o pagamento de dívidas
trabalhistas e dificultar a rápida execução de
decisões judiciais.
Além disso, a emenda reduz algumas penalidades para
empregadores que não cumprem decisões judiciais
dentro do prazo de 15 dias. Isso pode diminuir a
pressão sobre empresas inadimplentes e enfraquecer a
eficácia da cobrança de dívidas trabalhistas.
Fim da contribuição assistencial
Embora a emenda de Rogério Marinho não esteja
diretamente relacionada ao artigo 883-A, ela foi
incorporada ao projeto. Seu objetivo é limitar a
cobrança da contribuição assistencial pelos
sindicatos, o que pode comprometer o financiamento
dessas entidades e reduzir sua capacidade de atuação
na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Impactos para os trabalhadores
Com mais possibilidades de recurso para empregadores,
os trabalhadores podem enfrentar processos mais
longos para receber indenizações e salários
atrasados.
A flexibilização das penalidades também pode
diminuir a pressão sobre empresas inadimplentes,
tornando a cobrança de dívidas trabalhistas menos
eficaz e dificultando a punição de empregadores que
não cumprem decisões judiciais.
A extinção da contribuição assistencial pode
enfraquecer financeiramente os sindicatos,
dificultando a organização de greves, negociações
coletivas e outras ações de defesa dos direitos
trabalhistas.
Oposição à proposta
As emendas de Rogério Marinho enfrentam forte
resistência entre sindicatos e parlamentares que
defendem os direitos trabalhistas. Há um movimento
para barrar essas alterações e preservar o projeto
original, sem as mudanças propostas pelo senador. No
entanto, neste primeiro “round”, a força da
representação conservadora no Congresso prevaleceu.
Agora, os sindicalistas intensificam sua mobilização
para tentar convencer os parlamentares a rejeitarem
essas medidas.
Geraldo alerta
O secretário geral da Contratuh, Geraldo Gonçalves de
Oliveira Filho, conversando com o presidente Wilson
Pereira, comentou que o momento é de mobilização
geral das bases trabalhadoras a fim de conversar com
os parlamentares. “É preciso que os nossos
dirigentes sindicais vão, nos seus estados a cada
parlamentar, a fim de eles possam apoiar a ideia da
emenda de Paulo Paim, a fim de não desestruturar de
vez o movimento sindical brasileiro”. Há uma grande
confiança, ainda, de que a decisão possa demover o
parlamento de uma atitude tão radical e tão nociva
ao trabalhador e às representações sindicais.
Fonte: Imprensa Contratuh

09/05/2025 -
Maio Lilás reflete sobre o trabalho com campanha
‘CLT: Quem conhece, defende’
A iniciativa Maio Lilás busca ampliar o
conhecimento sobre os direitos previstos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entenda
Neste mês de maio, o Ministério Público do Trabalho
(MPT) dá início à campanha Maio Lilás, que neste ano
traz o slogan “CLT: Quem conhece, defende”. A ação
convida especialmente os jovens a refletirem sobre o
papel do emprego formal na construção de relações de
trabalho mais estáveis, protegidas e justas. Entenda
na TVT News.
A iniciativa busca ampliar o conhecimento sobre os
direitos previstos na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e estimular espaços de diálogo e
construção coletiva sobre o futuro do trabalho.
A campanha inclui uma série de ações, como conteúdos
nas redes sociais do MPT, uma edição especial da
Revista MPT em Quadrinhos — dedicada à
conscientização sobre práticas antissindicais — e um
evento nacional em celebração aos 16 anos da
Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade
Sindical e do Diálogo Social (Conalis). As
atividades pretendem aproximar diferentes públicos
da discussão sobre proteção social e caminhos
possíveis para garantir um trabalho digno em tempos
de mudanças profundas nas formas de contratação.
CLT protetora no Maio Lilás
Se de um lado a chamada “nova economia” oferece
promessas de autonomia e flexibilidade, do outro, a
realidade de milhares de trabalhadores é marcada
pela ausência de direitos e pela vulnerabilidade. É
o que aponta uma pesquisa recente da ONG Ação da
Cidadania, divulgada em abril. Segundo o
levantamento, 41% dos entregadores de comida por
aplicativo já sofreram acidentes de trabalho; entre
esses, 38,8% afirmaram ter sofrido acidentes graves,
com afastamento. Além disso, 56,7% dos entrevistados
disseram trabalhar todos os dias da semana — o que
evidencia a precariedade por trás da aparente
liberdade.
Para a procuradora regional do Trabalho Viviann
Brito Mattos, coordenadora nacional da Conalis, a
proposta do Maio Lilás deste ano é abrir caminhos
para que a juventude se aproxime da ideia de
trabalho formal como uma forma de proteção, e não de
limitação.
“Para muitos jovens, o trabalho formal parece
antiquado ou sem ambição. Mas essa visão ignora o
que realmente está em jogo. A CLT não limita — ela
protege. Ter carteira assinada não é sinônimo de
mediocridade, é sinal de que há uma rede de direitos
que sustenta quem trabalha. Com a campanha deste
ano, queremos abrir espaço para que a juventude
reconheça o valor da proteção coletiva e participe
ativamente das conversas sobre o futuro do
trabalho”, afirma.
A vice-coordenadora nacional da Conalis, Priscila
Moreto de Paula, também procuradora do Trabalho,
reforça que a CLT ainda é essencial, mesmo diante
das transformações nas formas de produção.
“Se o modo de produção ainda é o capitalista, o
mundo do trabalho não mudou. A grande maioria das
pessoas depende de sua força de trabalho para
sobreviver, e as condições de trabalho ofertadas,
quando ausente qualquer regulamentação, produzem
miséria, privações e sofrimento. O trabalho
protegido, compreendido como aquelas condições de
trabalho minimamente dignas previstas na CLT e no
Texto Constitucional, é fruto de luta da classe
trabalhadora e sua aplicação, se o mundo do trabalho
não mudou, deve ser para toda e qualquer relação de
trabalho. A CLT é uma conquista que continua fazendo
sentido — e que pode ser aplicada junto com as novas
formas de trabalhar.”
Maio Lilás
Criada em 2017, a campanha Maio Lilás acontece
anualmente para promover o diálogo social e
fortalecer a luta pela liberdade sindical. A cor
lilás, símbolo da campanha, é um tributo às 129
mulheres trabalhadoras que foram trancadas e
queimadas vivas em uma fábrica têxtil em Nova
Iorque, em 8 de março de 1857, após reivindicarem
melhores condições de trabalho. No momento do
incêndio criminoso, confeccionava-se um tecido lilás
— símbolo que, até hoje, representa resistência e
luta por dignidade no trabalho.
Fonte: TVTNews

09/05/2025 -
Impactos da 'pejotização' serão tema de audiência
pública na CAS
Os impactos da "pejotização" — quando a empresa
contrata o trabalhador como pessoa jurídica (PJ), e
não como empregado com carteira assinada — serão
discutidos em audiência pública na Comissão de
Assuntos Sociais (CAS), em data a ser confirmada.
A audiência foi solicitada pelo senador Paulo Paim
(PT-RS) por meio de um requerimento: o REQ 27/2025 -
CAS, que foi aprovado pela CAS nesta quarta-feira
(7).
“Ao contratar um profissional como se ele fosse uma
empresa, ou seja, um prestador de serviços, em
substituição a um empregado formal, pode haver a
supressão de direitos trabalhistas e a precarização
das condições de trabalho. Além disso, o fenômeno
pode acarretar em desigualdade entre os
trabalhadores e promover a insegurança jurídica”,
afirma Paim em seu requerimento.
O senador lembra que recentemente o Supremo Tribunal
Federal suspendeu todos os processos judiciais que
discutem a "pejotização" no país em busca de uma
interpretação definitiva sobre o tema.
Fonte: Agência Senado

09/05/2025 -
Câmara cria subcomissão para analisar PEC do fim da
escala 6x1
O deputado Luiz Gastão, relator do texto, afirmou
que buscará o diálogo com diversos setores para
harmonizar interesses e apresentar um texto que
contemple as particularidades de cada segmento
econômico.
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
instaurou, nesta quarta-feira (7) uma subcomissão
para avaliar a proposta de emenda à Constituição
(PEC) 8/25, que propõe o fim da escala de trabalho
6x1. O grupo, presidido pela deputada Erika Hilton (Psol-SP),
autora da proposta, e com relatoria do deputado Luiz
Gastão (PSD-CE), tem como objetivo discutir o texto
e formular sugestões.
A PEC da deputada pretende acabar com a escala 6x1,
aquela em que se trabalha seis dias para folgar um.
O texto prevê a instituição de uma jornada semanal
de 36 horas. Atualmente, o limite é de 44 horas
semanais, respeitada a carga horária diária de 8
horas de trabalho.
A maioria dos parlamentares presentes na reunião
demonstrou concordância com a redução da jornada de
trabalho, considerada ultrapassada e prejudicial aos
trabalhadores. Contudo, reconhecem a necessidade de
ajustes para atender às demandas empresariais. O
deputado Luiz Gastão afirmou que buscará o diálogo
com diversos setores para harmonizar interesses e
apresentar um texto que contemple as
particularidades de cada segmento econômico.
"Há empresas em que a relação folha de pagamento com
o faturamento dá mais de 40% a 50%, ao passo que tem
outros segmentos da atividade econômica em que a
relação folha de pagamento e faturamento é 10%, 5%.
Nessas empresas, o impacto da folha não é tanto".
A deputada Erika Hilton destacou pesquisas que
indicam a aprovação de quase 70% da população
brasileira à redução da jornada. Ela defendeu a
construção de um consenso que atenda aos diferentes
setores.
"Nós não chegamos aqui com as respostas prontas de
qual será o texto final dessa proposta, nós
precisamos trabalhar em cima desse texto, ouvindo,
colhendo, criando esse consenso para que nós
possamos encaminhar uma saída digna, humana,
possível, ao conjunto dos trabalhadores", disse.
Contrário à proposta, o líder da oposição, deputado
Zucco (PL-RS), a classificou como inviável,
argumentando que geraria aumento de custos para os
empresários, especialmente os de pequeno e médio
porte. Ele prevê, como consequência, aumento do
desemprego e da inflação, devido à transferência dos
custos adicionais para o consumidor final.
O deputado Vicentinho (PT-SP) lembrou que a última
redução da jornada de trabalho no Brasil ocorreu em
1988, de 48 para 44 horas semanais. Para prosseguir,
a PEC precisa ter sua admissibilidade aprovada pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e,
posteriormente, ser analisada por uma comissão
especial.
Fonte: Agência Câmara

08/05/2025 -
Emenda protege financiamento sindical em meio a
mudanças na CLT
O Projeto de Lei 2830/2019, atualmente em tramitação
no Senado Federal, tem gerado intensos debates sobre
o futuro da organização sindical no Brasil. De
autoria do senador Styvenson Valentim (PODEMOS-RN),
a proposta visa reduzir de 45 para 15 dias o prazo,
a partir da citação do executado, para que haja
protesto e inscrição de nome em órgãos de proteção
ao crédito em decorrência de decisões da Justiça do
Trabalho.
Contudo, o projeto recebeu alterações significativas
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), por iniciativa do relator, senador Rogério
Marinho (PL-RN). As mudanças afetam diretamente a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ao
introduzir novas barreiras à cobrança da
contribuição negocial. As alterações preveem, entre
outras medidas, a ampliação do direito de oposição
dos trabalhadores, estimulando, inclusive, a não
contribuição às entidades representativas.
As entidades sindicais têm reiterado em audiências
com senadores que essas medidas podem fragilizar
significativamente a estrutura sindical brasileira.
E alertam que os trabalhadores poderão ser
pressionados e desestimulados, de forma recorrente,
a não contribuir financeiramente com sindicatos,
federações, confederações e centrais — comprometendo
a atuação dessas entidades nas negociações
coletivas.
Em paralelo, o Projeto de Lei 2099/2023, em análise
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), segue linha
semelhante. Já aprovado na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), o texto também é relatado por
Rogério Marinho e propõe mecanismos que dificultam a
filiação sindical dos trabalhadores.
Frente a esse cenário, o senador Paulo Paim (PT-RS)
apresentou uma emenda ao PL 2830/2019 com o objetivo
de preservar a contribuição assistencial — também
conhecida como contribuição negocial. Segundo a
proposta, esse tipo de contribuição é de natureza
solidária e pode ser aplicada tanto a filiados
quanto a não filiados, desde que esteja prevista em
convenção ou acordo coletivo e que seja respeitado o
direito de oposição dos não associados o que
determina a Constituição e as próprias decisões do
Supremo Tribunal Federal (STF).
O texto da emenda sugere a inclusão do artigo 513-A
na CLT, com a seguinte redação:
“Art. 513-A. A contribuição assistencial ou de
negociação coletiva é de natureza solidária,
condicionada à sua instituição pela celebração de
convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de
trabalho, de caráter normativo e aplicação para
filiados e não filiados das entidades de
trabalhadores ou empresariais, desde que assegurada
manifestação e respeitado o direito de oposição de
não filiados.”
Para o senador Paim, é fundamental garantir que os
sindicatos tenham os meios necessários para
representar os interesses dos trabalhadores de forma
efetiva na relação capital-trabalho. Ele defende que
as mudanças propostas nas duas proposições
legislativas sejam discutidas de maneira mais ampla,
com a participação dos trabalhadores, empregadores,
do governo e do parlamento.
“O que está em jogo é o futuro do sistema sindical
brasileiro e sua capacidade de garantir equilíbrio
nas relações de trabalho com direitos. Não podemos
permitir que decisões açodadas enfraqueçam as
entidades que dão voz aos trabalhadores”, afirmou
Paim.
Acompanhe a tramitação das propostas:
PL 2830/2019 e
PL 2099/2023;
Emenda apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS)
Fonte: Diap

08/05/2025 -
Economia está madura para redução da jornada de
trabalho máxima, diz ministro
A proposta está em tramitação no Congresso
Nacional por meio de diferentes projetos
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,
afirmou que vê com “bons olhos” a redução da jornada
máxima de trabalho no Brasil e que “a economia está
madura” para isso. As declarações ocorreram nesta
quarta-feira, 7, em sessão da Comissão de Trabalho
na Câmara dos Deputados.
Marinho disse que há papéis diferenciados do governo
e do Legislativo nesse debate. Cabe a ele, como
ministro, dialogar com empregadores e trabalhadores
para chegar a um “patamar saudável”, afirmou. “Eu
vejo, pessoalmente, e também como ministro, que a
economia está madura para uma redução da jornada
máxima no Brasil. Hoje, nós temos 44 horas
semanais”, declarou.
Marinho prosseguiu: “Nós temos que ter serenidade,
mas a minha opinião é que esse é o pior turno de 44
horas semanais. É um turno cruel, em especial para
as trabalhadoras. Portanto, nós enxergamos com muito
bons olhos a gente conseguir um processo gradativo
que saia dessa crueldade aos trabalhadores e chegue
num patamar saudável no ambiente de trabalho.”
O ministro afirmou ainda ter preocupação com o
desenvolvimento de problemas psíquicos nos
trabalhadores por conta do tamanho da jornada. “O
ambiente hostil do trabalho leva a problemas
mentais”, disse.
A proposta de redução da jornada de trabalho foi
defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, em pronunciamento em TVs e rádios em
30 de abril. “Nós vamos aprofundar o debate sobre a
redução da jornada de trabalho vigente no País, em
que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias
no serviço e têm apenas um dia de descanso. A
chamada jornada 6 por 1”, declarou o petista, na
ocasião.
A proposta está em tramitação no Congresso Nacional
por meio de diferentes projetos. O último foi
protocolado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP),
na forma de proposta de emenda à Constituição (PEC).
Fonte: Estadão Conteúdo

08/05/2025 -
Arthur Lira apresenta plano de trabalho para projeto
da isenção do IR
Relator planeja entregar o texto da isenção do IR
para quem recebe até R$ 5 mil antes do recesso de
julho.
O relator do projeto de lei 1087/2025, deputado
Arthur Lira (PP-AL), apresentou nesta terça-feira
(6) o plano de trabalho para análise da proposta que
amplia a isenção do Imposto de Renda para quem
recebe até R$ 5 mil. O documento foi entregue à
comissão especial presidida pelo deputado Rubens
Pereira Junior (PT-MA).
A proposta foi enviada ao Congresso pelo governo em
março e prevê duas mudanças principais: a isenção
para a faixa mais baixa de rendimentos e a criação
de um novo modelo de tributação sobre altas rendas,
chamado IRPFM (Imposto de Renda da Pessoa Física
Mínimo).
Segundo o plano apresentado, a nova faixa de isenção
beneficiaria diretamente cerca de 10 milhões de
pessoas. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil
mensais também teria redução proporcional no
imposto. A expectativa do governo é estimular o
consumo e movimentar a economia com o aumento da
renda disponível para as classes C, D e E.
O projeto também cria o IRPFM, que incidirá sobre
lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil pagos por
uma mesma empresa a uma pessoa física no mês. A
alíquota será de 10%. Quem tiver rendimentos acima
de R$ 600 mil ao ano também será tributado, com
alíquota progressiva até chegar a 10% para quem
ultrapassar R$ 1,2 milhão.
Pontos de atenção
O plano de trabalho aponta questões que exigem atenção
da comissão. Entre elas, a ausência no projeto da
atualização da tabela do IR, tratada separadamente
em medida provisória. Isso dificulta o cálculo real
do impacto fiscal, que pode superar R$ 85 bilhões em
2026.
O texto também alerta para perdas na arrecadação de
estados e municípios. Com menos imposto retido na
fonte, governos locais devem enfrentar queda de até
R$ 9 bilhões, segundo estimativas preliminares.
Próximos passos
O plano de Lira propõe audiências públicas até 20 de
junho, com participação de técnicos do governo,
especialistas em tributação e representantes do
setor produtivo. O relatório final deve ser entregue
em 27 de junho, com votação na comissão até 16 de
julho.
Fonte: Congresso em Foco

08/05/2025 -
Setor mineral fatura R$ 73,8 bi no 1º trimestre de
2025, aponta Ibram
Minério de ferro segue como carro-chefe e
responde por mais da metade da receita, apesar da
queda nas exportações e nos preços
O setor mineral brasileiro teve faturamento de R$
73,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de
8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (6/5) pelo
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que
também estima investimentos de US$ 68,4 bilhões para
o período de 2025 a 2029, um crescimento de 6,6% em
relação à projeção anterior.
Apesar do aumento na receita, as exportações do
setor recuaram 13% em valor, totalizando US$ 9,3
bilhões. Em volume, houve estabilidade, com
embarques de 87,7 milhões de toneladas. O minério de
ferro segue como carro-chefe, com participação de
53% no faturamento (R$ 38,8 bilhões) e 63,9% nas
exportações. Porém, a queda nos preços
internacionais da commodity influenciada pela
desaceleração da economia chinesa derrubou o valor
exportado em 26%.
O Ibram, que reúne as grandes mineradoras em
operação no país, destacou que o minério de ferro
segue cotado abaixo de US$ 100 por tonelada, com uma
média trimestral 15,7% inferior à registrada no
primeiro trimestre de 2024. Já as importações
minerais também caíram, com retração de 17% em valor
e 6,3% em volume. O saldo da balança mineral foi de
US$ 7,7 bilhões, 13% menor do que o registrado no
mesmo período do ano passado.
Minas Gerais, Pará e Bahia foram os estados que mais
faturaram no período, respondendo juntos por 78% da
receita do setor. O estudo aponta ainda a geração de
2 mil novos empregos, elevando o total de postos de
trabalho diretos para 223 mil. A arrecadação de
tributos, por sua vez, subiu 8%, para R$ 25,5
bilhões, enquanto a CFEM (Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais) somou R$ 2
bilhões, avanço de 1,2%.
Fonte: Correio Braziliense

08/05/2025 -
Copom eleva juros básicos da economia para 14,75% ao
ano
Taxa Selic sobe para maior nível em 19 anos
A alta do preço dos alimentos e da energia e as
incertezas em torno da economia global fizeram o
Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em
0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano. A decisão
era esperada pelo mercado financeiro.
Essa foi a sexta alta seguida da Selic. A taxa está
no maior nível desde agosto de 2006, quando também
estava em 14,75% ao ano.
Em comunicado, o Copom não deu pistas sobre o que
deve ocorrer na próxima reunião, na metade de junho.
Apenas afirmou que o clima de incerteza permanece
alto e exigirá prudência da autoridade monetária,
tanto em eventuais aumentos futuros como no período
em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.
Matéria completa:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-05/copom-eleva-juros-basicos-da-economia-para-1475-ao-ano
Fonte: Agência Brasil

07/05/2025 -
Agenda de 5 a 9/05: contribuição negocial volta à
pauta
Retorna a pauta do plenário da Câmara dos Deputados
nesta semana o PL 1663/23, que revoga dispositivos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O
projeto que já passou pelas comissões conta com
emendas de plenário que tratam do financiamento
sindical entre outros pontos abordados na legislação
trabalhista. Há também uma série de destaques para
votar partes do texto em separado que contam com
divergência do parecer do relator, deputado Ossésio
Silva (Republicanos-PE).
Matéria completa:
https://diap.org.br/index.php/noticias/agencia-diap/92221-revogacao-da-artigos-da-clt-e-proposta-que-altera-composicao-da-camara-estao-na-pauta
Fonte: Diap

07/05/2025 -
Motta defende alternativas de arrecadação para
aprovar a isenção do Imposto de Renda
Governo propôs aumento de taxação para altos
salários; presidente da Câmara cita também bancos e
empresas
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB),
disse que a isenção de Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil mensais será aprovada pelo
Congresso. “O Congresso vai aprovar sim, ela é boa,
mas não pode ser danosa para a economia. Outras
saídas [compensações] podem ser encontradas e isso
está sendo discutido, como, por exemplo, cobrar um
pouco mais de bancos, de pessoas jurídicas e não
apensas de pessoas físicas”, afirmou.
Para compensar a perda de receitas que o aumento da
isenção trará, o governo propõe um imposto mínimo de
até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o
equivalente a R$ 600 mil por ano. Segundo Hugo
Motta, uma das ideias a serem discutidas é cobrar
também de bancos e empresas. A afirmação foi feita
em entrevista ao Bom Dia, Paraíba (TV Globo), nesta
segunda-feira (5).
A proposta do governo (PL 1087/25) está sendo
discutida em comissão especial e depois será enviada
para o Plenário. “O trabalho da comissão especial é
para isso: para ouvir a sociedade, ouvir o setor
produtivo, ouvir economistas e membros do governo
para que se encontre o melhor texto possível, e
aprová-lo até o final do ano”, afirmou Motta.
Fonte: Agência Câmara

07/05/2025 -
PGR é contra divulgação de salários prevista na Lei
da Igualdade Salarial
Para Paulo Gonet, exigência de relatórios
semestrais sobre remuneração para empresas fere
princípios constitucionais
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestou contra um trecho da Lei da Igualdade
Salarial que obriga empresas com cem ou mais
empregados a divulgarem relatórios de transparência
sobre os salários.
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF)
na última terça (29), o procurador-geral Paulo Gonet
afirma que a exigência fere os princípios da
privacidade, da intimidade e da proteção de dados
pessoais, além de afetar a livre iniciativa e a
livre concorrência.
Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) em julho de 2023, a lei estabelece que empresas
com mais de cem funcionários devem garantir
igualdade salarial entre homens e mulheres que
ocupam o mesmo cargo. Para permitir a fiscalização,
também determina o envio de relatórios semestrais de
transparência ao Ministério do Trabalho.
A norma é alvo de questionamentos no STF em duas
ações, apresentadas pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A
publicação de relatórios salariais é um dos pontos
de questionamento.
Segundo as entidades, mesmo com a exigência de
anonimato, seria possível identificar
individualmente os empregados por meio da associação
entre cargo e valor do salário — o que violaria
direitos fundamentais como a intimidade, a proteção
de dados, a livre concorrência e a
proporcionalidade.
A PGR concordou com a argumentação. Para Paulo Gonet,
a regra “possibilita a identificação de dados de
empregados a partir da simples correlação entre
cargo e valor do salário, com ofensa aos princípios
da proteção da privacidade, da intimidade e dos
dados pessoais.”
As duas ações estão sob relatoria do ministro
Alexandre de Moraes que ainda precisa proferir
decisão sobre o tema, concordando ou não com a PGR.
Fonte: CNNBrasil

07/05/2025 -
INSS quer apresentar plano de ressarcimento até a
próxima semana
Presidente do instituto diz que pretende iniciar
os pagamentos o quanto antes. Governo tenta bloquear
bens de entidades suspeitas para obter os recursos
necessários.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior,
afirmou nesta segunda (5) que o plano de
ressarcimento a aposentados e pensionistas vítimas
de descontos indevidos será apresentado até a
próxima semana. O cronograma depende de aprovação na
Casa Civil e do aval do Supremo Tribunal Federal,
Ministério Público Federal, Defensoria Pública da
União e Conselho Nacional de Justiça.
Em entrevista à GloboNews, Waller disse que, para
obter os recursos necessários ao ressarcimento, o
plano inicial é de recuperar os valores junto às
entidades investigadas por envolvimento na fraude.
"Prioritariamente vamos buscar de quem se
enriqueceu. Depois, se o dinheiro não for suficiente
para poder arcar com essa questão, daí vamos buscar
outras fontes", declarou.
O INSS e a Advocacia-Geral da União (AGU) firmaram
na sexta-feira (2) uma parceria para trabalhar com a
responsabilização dos envolvidos nas fraudes do
INSS. Os dois órgãos também trabalham juntos na
elaboração do plano de ressarcimento às vítimas.
Gilberto Waller antecipou que ainda no domingo (4),
foram abertos 13 processos de responsabilização de
pessoas jurídicas investigadas por enriquecimento
ilícito.
Waller também planeja implementar novas medidas de
segurança antes da reabertura de programas que
envolvam descontos sobre as aposentadorias. As
associações deverão apresentar dados de
reconhecimento facial e cruzamento de dados por
geolocalização.
Fonte: Congresso em Foco

07/05/2025 -
Comissão aprova projeto que prevê novo cálculo da
aposentadoria de quem volta a trabalhar
Medida beneficia quem contribuiu por mais 60
meses, pelo menos
A Comissão de Previdência, Assistência Social,
Infância, Adolescência e Família da Câmara dos
Deputados aprovou projeto de lei que prevê recálculo
do benefício para os aposentados do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) que continuou trabalhando
ou voltou a trabalhar e contribuiu por pelo menos
mais 60 meses.
O texto aprovado é o substitutivo da relatora,
deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), para o Projeto de
Lei 2567/11, do Senado, e 30 apensados.
A versão original do Senado ampliava benefícios a
aposentados que voltam a trabalhar, mas o parecer
mantém apenas direito, se for o caso, a
salário-família e reabilitação profissional.
“As contribuições adicionais do segurado aposentado
poderão ser aproveitadas mediante procedimento
administrativo de recálculo do valor da renda
mensal, observadas determinadas condições”, explicou
Laura Carneiro.
Mais 60 meses
Assim, pelo substitutivo aprovado, as pessoas que
continuaram ou voltaram a trabalhar e contribuíram
por mais 60 meses para a Previdência Social poderão
pedir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
um novo cálculo da aposentadoria.
Cada segurado poderá fazer pedidos similares até
duas vezes.
A futura regra não valerá para todas as
aposentadorias. Casos de incapacidade permanente e
aposentadoria especial, por exemplo, ficarão de
fora. Por outro lado, pensionistas também terão
direito a pedir o recálculo.
Desaposentação
Laura Carneiro aproveitou a maior parte de um texto
aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa, que abria a possibilidade de um
segurado renunciar a benefício já concedido pelo
RGPS – a chamada desaposentação.
“A aposentadoria é um ato jurídico perfeito, e a
tese da desaposentação implica a renúncia e o
consequente cancelamento de benefício em manutenção,
além do questionamento sobre eventual devolução dos
valores pagos”, disse a relatora.
Em 2016, sob argumento de que não havia lei a
respeito, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
pela inconstitucionalidade da desaposentação. A
decisão foi reiterada pela Corte em 2020.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será
analisado pelas comissões de Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e
pelo Senado, que analisará as alterações feitas
pelos deputados.
Fonte: Agência Câmara

07/05/2025 -
Sistema Mediador de Negociação Coletiva do Brasil é
modelo para a América Latina
O Sistema de Negociação Coletiva de Trabalho
(Mediador) do Ministério do Trabalho e Emprego, uma
ferramenta importante para a negociação coletiva no
Brasil, construída a partir dos princípios da
Constituição da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), tem se tornado referência para os
países da América Latina, não apenas porque
moderniza e agiliza os processos de negociação
coletiva no Brasil, mas também por se consolidar
como um modelo a ser seguido internacionalmente,
contribuindo para a construção de um ambiente de
trabalho mais justo e democrático em todo o
continente.
No período de 2023 a 2025, foram mais de 90.5 mil
instrumentos de negociação coletiva registrados no
Sistema Mediador, sendo desse total mais de 75 mil
acordos coletivos, além de mais de 16 mil convenções
coletivas.
De acordo com a especialista em Relações do Trabalho
e Diálogo Social da OIT para América Latina, Maria
Carolina Martins da Costa, a negociação coletiva é
um direito fundamental do trabalho, reconhecido na
Constituição da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e reafirmado na Declaração da OIT de
1998 sobre Princípios e Direitos Fundamentais no
Trabalho. Ela afirma que é um direito essencial para
a construção de relações trabalhistas justas,
permitindo que empregadores e trabalhadores
estabeleçam, por meio do diálogo social, salários e
condições de trabalho adequados. “Na América Latina
e no Caribe, todos os países ratificaram a Convenção
Nº 98 da OIT, que trata do direito de se organizar e
participar de negociações coletivas, formando a base
do diálogo social. Para apoiar os constituintes da
OIT a aprimorar as relações coletivas de trabalho
por meio do diálogo social, a OIT criou a Iniciativa
Regional para Fortalecimento do Diálogo Social e das
Relações Coletivas de Trabalho na América Latina e
Caribe (IRDS). Essa Iniciativa tem como objetivo
fornecer assistência técnica baseada em evidências,
compilar e sistematizar práticas bem-sucedidas e
promover a liberdade de associação e a negociação
coletiva em toda a região”, explica Carolina.
Matéria completa:
https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/noticias-e-conteudo/2025/maio/sistema-mediador-de-negociacao-coletiva-do-brasil-e-modelo-para-a-america-latina
Fonte: MTE

06/05/2025 -
Centrais Sindicais se unem em ato contra juros altos
Nesta terça-feira (06), as principais centrais
sindicais — Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST), Força Sindical, Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB) e Intersindical — vão promover
manifestações em diversas capitais brasileiras para
protestar contra a política de juros altos adotada
pelo Banco Central.
Em São Paulo, o ato principal ocorreu em frente à
sede do Banco Central, na Avenida Paulista, reunindo
centenas de trabalhadores e lideranças sindicais. O
protesto, intitulado "Ato contra a alta dos Juros",
tem como objetivo pressionar o Comitê de Política
Monetária (Copom), para deliberar sobre a taxa
Selic, então fixada em 14,25% ao ano.
Os sindicalistas argumentam que a manutenção de
juros elevados prejudica o crescimento econômico,
encarece o crédito, reduz o consumo e afeta
diretamente a geração de empregos. Segundo eles, a
política monetária atual favorece o rentismo e
penaliza a produção e os trabalhadores.
Fonte: NCST

06/05/2025 -
Oito anos após reforma, Brasil tem mais de 32
milhões de informais
Em 2017, reforma trabalhista abriu a porteira
para a precarização e o corte de direitos; luta por
trabalho decente segue entre as prioridades do
movimento sindical
Um dos pontos que compõem a pauta da classe
trabalhadora deste ano — entregue pelas centrais
sindicais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no
dia 29 — é a luta para ampliar as políticas de
geração de trabalho decente, um dos maiores desafios
do mundo moderno, que tem passado por um forte e
contínuo processo de precarização.
O documento entregue pela representação dos
trabalhadores defende a necessidade de enfrentar o
desemprego, o subemprego, o trabalho intermitente e
os impactos da automação e da inteligência
artificial.
Presente à entrega da pauta, Adilson Araújo,
presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou: “Razão de
ser do movimento sindical, a valorização do trabalho
deve ser compreendida como uma fonte de
desenvolvimento nacional, como por sinal sugere a
Constituição Brasileira, que consagrou este objetivo
subjacente à luta de classes moderna como um dos
fundamentos da nossa República”, afirmou.
Nesse sentido, a luta pela valorização do trabalho e
por direitos também está ligada à busca por garantir
melhores condições aos informais e autônomos. De
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), atualmente existem cerca de 32,5
milhões de pessoas atuando como autônomas de modo
informal (ou seja, sem CNPJ) ou empregadas sem
carteira assinada no setor privado.
Esses números, referentes ao primeiro trimestre
deste ano, não consideram os 4,3 milhões de
trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os
2,8 milhões de trabalhadores do setor público sem
carteira nem os 816 mil empregadores sem CNPJ.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano
passado, observam-se aumentos tanto no número
absoluto de autônomos informais e trabalhadores de
setor privado sem carteira (32,3 milhões) quanto na
sua proporção em relação ao total da população
ocupada (31,5%).
Ainda segundo esses dados, em cinco anos, o
contingente de trabalhadores nessas situações
cresceu quase 10%, já que, no primeiro trimestre de
2020, eles somavam 29,7 milhões.
Tal cenário reflete tanto processos que vêm
ocorrendo no capitalismo global como, no caso do
Brasil, a piora resultante da reforma trabalhista de
2017. E o movimento sindical tem lutado para, ao
menos, garantir direitos básicos a esses segmentos.
Nesse universo, um dos grupos que mais cresceram foi
o dos trabalhadores por plataforma, como
entregadores e motoristas, por exemplo. Embora a
pauta reconheça que houve esforços por parte do
governo para a regulação e proteção de parte desse
segmento, também aponta a necessidade de seguir
nesse caminho com a aprovação do PLC 12/24, que
regulamenta os direitos trabalhistas,
previdenciários e sindicais dos trabalhadores de
aplicativos de transporte.
“A plataformização do trabalho representou
claramente uma precarização do trabalho. Comparando
a ocupação de motoristas e entregadores antes e
depois da introdução das plataformas, você percebe
justamente uma menor renda, mais horas trabalhadas e
menor contribuição previdenciária, ou seja, essas
ocupações eram menos precárias antes da introdução
dessas plataformas de aplicativos”, disse, à Agência
Brasil, o técnico de planejamento e pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Sandro Sacchet de Carvalho.
Outra categoria que cresceu especialmente com a
reforma trabalhista foi a dos autônomos com CNPJ, os
pejotizados, que engloba desde profissionais
liberais até trabalhadores fixos de empresas que
fazem esse tipo de contratação por ser mais barata
do que os custos de um trabalhador CLT.
“A maioria dessa ‘pejotização’ representa uma perda
de direitos associada à carteira de trabalho. Então
ela gera um crescimento forte da insegurança do
trabalhador no emprego. A pessoa pode ser demitida
de forma mais fácil, sem direito às verbas
indenizatórias, sem direito ao acesso ao
seguro-desemprego. E fica mais difícil dizer quem é
o responsável em caso de risco de acidente, porque
você está tratando uma contratação de serviço. E
isso não consegue ser compensado por um maior
salário”, ressalta o pesquisador do Ipea.
Com Agência Brasil
Fonte: Portal Vermelho

06/05/2025 -
Estudo aponta que Brasil já está preparado para
redução da jornada de trabalho
Pesquisa da Unicamp e Cesit destaca impactos da
escala 6x1 na saúde mental. Em 2024, foram
registrados 470 mil afastamentos por saúde mental, o
maior número em dez anos
O Brasil está preparado para reduzir a jornada de
trabalho para 36 horas semanais, com adoção da
escala 4×3 (quatro dias trabalhados e três de
descanso). É o que revela estudo publicado pelo
centro de pesquisa Transforma, da Universidade de
Campinas (Unicamp), em parceria com o Centro de
Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit).
A pesquisa combina dados socioeconômicos e
entrevistas com lideranças sindicais. O documento
afirma que a mudança traria avanços na qualidade de
vida, redução da desigualdade de gênero e
crescimento econômico.
“A diminuição da jornada sem redução salarial é um
passo fundamental contra a exploração da classe
trabalhadora”, diz o estudo. “É uma pauta histórica
da luta popular e sindical pela dignidade no
trabalho.”
Estudo aponta carga excessiva e desigualdade de
gênero
Os dados revelam um cenário de sobrecarga. Em 2024,
foram registrados 470 mil afastamentos por saúde
mental, o maior número em dez anos. O total
representa aumento de 68% em relação a 2023.
A jornada 6×1 está associada a altos níveis de
insatisfação e rotatividade, especialmente nos
setores de comércio e telemarketing. Cerca de 20,88
milhões de brasileiros — 20% da população ocupada —
trabalham além do limite legal de 44 horas semanais.
Homens negros representam 36,7% desse grupo.
Mulheres acumulam, em média, 11 horas de trabalho
diário entre funções remuneradas e tarefas
domésticas. A redução da jornada poderia equilibrar
essa carga e ampliar a inclusão feminina no mercado
formal.
Setores mais afetados e rotatividade alta
Os piores indicadores estão nos setores de transporte,
comércio, telemarketing, alojamento e alimentação.
Nestes últimos, 30% dos trabalhadores estão em
sobrejornada.
No telemarketing, 72% dos profissionais são
mulheres. Elas enfrentam metas abusivas e uma taxa
de rotatividade de 55,7%.
A economista Marilane Teixeira, coautora do estudo,
destaca: “Essa medida pode gerar novos postos de
trabalho e reduzir o desemprego e a informalidade.”
Proposta tramita no Congresso
A PEC das 36 horas foi protocolada, em fevereiro de
2025, pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP). A
proposta altera a Constituição para limitar a
jornada a 8 horas diárias e 36 semanais. A
implementação será gradual, em até um ano.
A medida pode beneficiar diretamente 38,4 milhões de
trabalhadores formais, cerca de 37% da força ativa.
Haveria também impacto indireto sobre o setor
informal.
“A jornada reduzida tem respaldo internacional e
promove saúde ocupacional, geração de empregos e
estabilidade”, afirma o relatório.
Produtividade e bem-estar podem caminhar juntos
O estudo, assinado por Marilane Teixeira, Clara Saliba,
Carolina Lima e Lilia Bombo, afirma que a redução da
jornada “não é apenas viável, mas essencial”.
Empresas que adotaram modelos mais curtos mantiveram
a produtividade e melhoraram o bem-estar dos
funcionários.
“O mundo já debate isso, e o Brasil não pode ficar
para trás”, conclui Saliba, coordenadora do
Transforma-Unicamp.
Leia a
íntegra do estudo.
Fonte: Extra Classe

06/05/2025 -
Fraude no INSS: devolução de descontos ilegais pode
começar nos próximos dias
Proposta deve prever cronograma de pagamentos,
canal para segurados e contestações sem
intermediários
O governo federal promete apresentar nesta semana um
plano de devolução dos valores descontados
ilegalmente dos benefícios de aposentados e
pensionistas do INSS. A medida é uma resposta à
operação da Polícia Federal que revelou fraudes
bilionárias envolvendo entidades associativas e
descontos sem autorização dos beneficiários.
A proposta, segundo o governo, incluirá um
calendário de pagamento, um sistema para contestação
das autorizações e a criação de um canal direto para
formalização de pedidos, sem a necessidade de
advogados ou intermediários.
A Controladoria-Geral da União estima que os
prejuízos com os descontos indevidos possam chegar a
R$ 6,3 bilhões. A expectativa do Executivo é
realizar a devolução aos segurados e,
posteriormente, cobrar os valores das entidades
envolvidas nas irregularidades.
As investigações apontam que os recursos recebidos
do INSS eram repassados a empresas ligadas a
laranjas. A perícia é conduzida pela Polícia Federal
e os delegados à frente do caso afirmam que as
associações foram montadas com documentos
adulterados.
No Congresso, a oposição tenta emplacar uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o
caso. A substituição do ministro da Previdência,
Carlos Lupi, por Wolney Queiroz, ainda não diminuiu
a crise. Queiroz era o número dois da pasta e
participou da reunião de junho de 2023 do Conselho
Nacional da Previdência Social em que o então
ministro foi alertado sobre os indícios de fraude.
Fonte: InfoMoney

06/05/2025 -
Saiba quem é Wolney Queiroz, novo ministro da
Previdência
Novo titular da pasta substitui Carlos Lupi, que
caiu após escândalo bilionário de fraudes no INSS.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou
nesta sexta-feira (2) a nomeação de Wolney Queiroz
como novo ministro da Previdência Social. Ele
substitui Carlos Lupi, que pediu demissão após uma
investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e
e da Polícia Federal (PF) desmontar um esquema
bilionário de fraudes no Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), que é vinculado à pasta.
Atual secretário-executivo do ministério - na
prática, o nº 2 da pasta -, Queiroz já vinha atuando
em decisões estratégicas. O novo ministro esteve ao
lado de Lupi na gestão da Previdência desde o início
do atual governo e participou de reuniões nas quais
foram relatadas as fraudes, ainda em 2023. É filiado
ao PDT, partido presidido por Carlos Lupi.
Trajetória política
Natural de Caruaru (PE), Wolney Queiroz Maciel nasceu
em 12 de dezembro de 1972 e ingressou na política
ainda jovem, aos 19 anos, quando se filiou ao PDT.
No ano seguinte, elegeu-se vereador em sua cidade
natal. Já em 1994, foi eleito deputado federal,
cargo que exerceu por seis mandatos consecutivos.
Durante sua trajetória parlamentar, Queiroz ocupou
postos de liderança na bancada do PDT, como a
vice-liderança do partido na Câmara e, mais
recentemente, a liderança da oposição ao governo
Jair Bolsonaro em 2022. Naquele ano, porém, não
conseguiu se reeleger para o Congresso Nacional.
Atualmente, além de ministro, preside o PDT em
Pernambuco.
Crise no INSS e saída de Lupi
A troca no comando do Ministério da Previdência ocorre
durante a crise provocada pela revelação de um
esquema de fraudes em benefícios pagos pelo INSS.
Segundo investigações da Polícia Federal e da
Controladoria-Geral da União, associações
cadastravam beneficiários sem autorização,
utilizando assinaturas falsas para descontar
mensalidades dos valores pagos a aposentados e
pensionistas.
O prejuízo estimado com a fraude pode chegar a R$
6,3 bilhões, com vítimas identificadas desde 2019.
Parte do esquema teria se mantido até 2024, já no
atual governo. A revelação das irregularidades levou
ao afastamento e posterior demissão do então
presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de
outros cinco servidores. Seis pessoas ligadas a uma
associação de Sergipe foram presas.
Fonte: Congresso em Foco

05/05/2025 -
Lula cita fim da escala 6x1 e fraude no INSS em
discurso do 1º de Maio
Presidente diz que vai "aprofundar o debate"
sobre redução da jornada e menciona desmonte do
esquema na Previdência como conquista do seu
governo.
O presidente Lula deu destaque ao debate sobre o fim
da escala de trabalho 6x1 em seu tradicional
pronunciamento anual na TV e no rádio sobre o Dia do
Trabalho. Em vídeo transmitido em rede nacional na
noite desta quarta-feira (30), véspera do feriado, o
presidente colocou o debate sobre o assunto com uma
de "duas medidas muito importantes" de seu governo,
ao lado da reforma do imposto de renda que foi
enviada ao Congresso.
"Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da
jornada de trabalho de gente no país em que o
trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no
serviço e têm apenas um dia de descanso, a chamada
jornada 6x1", anunciou Lula. "Está na hora do Brasil
dar esse passo, ouvindo todos os setores da
sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida
profissional e o bem-estar de trabalhadores e
trabalhadoras".
O debate sobre o fim da escala 6x1 ganhou tração a
partir da deputada Érika Hilton (Psol-SP), que
protocolou uma proposta de emenda à Constituição (PEC)
sobre o assunto que, se aprovada, acabaria com esse
tipo de trabalho. O pronunciamento de Lula indica
que o governo se propõe a dar um apoio mais firme à
aprovação do projeto. De acordo com o presidente da
Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o debate sobre
o assunto deve avançar nos próximos dias.
No pronunciamento, Lula listou uma série de medidas
e marcos de sua terceira gestão na Presidência da
República, como o crescimento anual do PIB acima de
3%, o retorno do país ao ranking das 10 maiores
economias do mundo e programas como o Acredita e o
Contrata+. O presidente citou ainda, como conquista
de seu governo, o desmonte do esquema de fraudes no
INSS que resultou na queda do presidente do
instituto, Alessandro Stefanutto: "Na última semana,
o nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da
União e da Polícia Federal, desmontou um esquema
criminoso de cobrança indevida contra aposentados e
pensionistas que vinha operando desde 2019".
O esquema de desvios na Previdência Social vem sendo
citado por parlamentares de oposição para criticar o
governo petista. A operação ilegal começou em 2019,
mas os desvios chegaram a R$ 2,8 bilhões, seu
patamar mais alto, em 2024, com Lula presidente. Na
última quarta-feira, foi protocolado na Câmara um
requerimento do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que investigue os desvios.
Fonte: Congresso em Foco

05/05/2025 -
Redução da jornada de trabalho será debatida na CDH
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) fará audiência
pública nesta segunda-feira (5), a partir das 9h,
como parte do ciclo de debates sobre o novo Estatuto
do Trabalho (SUG 12/2018). O encontro terá como foco
principal a redução da jornada de trabalho no
Brasil. O colegiado pretende aprofundar a discussão
sobre as mudanças nas relações trabalhistas, novas
tecnologias e os impactos da inteligência artificial
no mundo do trabalho.
O requerimento para o debate (REQ 20/2025) é do
senador Paulo Paim (PT-RS), relator da SUG 12/2018.
Ele é o autor da proposta de criação da Subcomissão
Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET),
instituída na CDH em 2016.
A SUG 12/2018 é resultado dos debates promovidos
pela subcomissão entre 2016 e 2018 e foi apresentada
por quatro entidades ligadas à Justiça do Trabalho e
à fiscalização das relações trabalhistas: a
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), a Associação Latino-Americana
de Juízes do Trabalho (ALJT), a Associação Nacional
dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e o Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
As entidades propuseram a criação de um novo
Estatuto do Trabalho com o objetivo de regulamentar
os direitos sociais previstos na Constituição e
atualizar a legislação trabalhista diante das
transformações no mundo do trabalho.
No Senado, a sugestão legislativa é uma forma de
participação popular que permite a qualquer cidadão
ou entidade apresentar propostas de leis. Caso uma
ideia receba mais de 20 mil apoios no portal
e-Cidadania, ela é encaminhada à CDH, que pode
transformá-la em sugestão legislativa para
tramitação como projeto.
Participantes com presença confirmada:
- Luciana Paula Conforti – Juíza do Trabalho e
presidente da ANAMATRA
- Shakti Prates Borela – Assessora técnica da
Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do
Trabalho e Emprego
- Ana Virgínia Moreira – Diretora regional da OIT para
América Latina e Caribe
- Edmilson Santos dos Santos – Coordenador-geral de
Direitos Humanos e Empresas do MDHC
- Adriana Marcolino – Diretora técnica do DIEESE
- Luiz de Souza Arraes – Coordenador nacional do Fórum
Sindical dos Trabalhadores (FST), diretor-secretário
da CNTC e presidente da FEPOSPETRO
- Cirlene Luiza Zimmermann – Procuradora do Trabalho e
coordenadora nacional de Defesa do Meio Ambiente do
Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
do MPT
- Ubiraci Dantas de Oliveira – Vice-presidente
nacional da CTB – participação por videoconferência
Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar
perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria
do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal
e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos
pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado
oferece uma declaração de participação, que pode ser
usada como hora de atividade complementar em curso
universitário, por exemplo. O Portal
e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos
sobre os projetos em tramitação no Senado, além de
sugestões para novas leis.
Fonte: Agência Senado

05/05/2025 -
Mais de 4 milhões de pessoas foram vítimas das
fraudes no INSS, estima instituto
Os beneficiários têm contratos associativos
ativos com as 11 entidades investigadas pelo esquema
ilegal
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estimou
que cerca de 4,1 milhões de beneficiários podem ter
sido prejudicados por descontos não autorizados em
aposentadorias e pensões. Os desvios chegam a R$ 6,3
bilhões, de acordo com as investigações da Polícia
Federal.
Os mais de 4 milhões representam os usuários que têm
contratos associativos ativos com as 11 entidades
investigadas por fraudes. Conforme a
Controladoria-Geral da União (CGU), 97,6% dos
beneficiários ouvidos não autorizaram os descontos
mensais que foram aplicados diretamente no
contracheque.
O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e
o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, ainda
anunciarão como será feito o ressarcimento às
vítimas do esquema.
O desconto na folha de pagamentos do INSS em favor
de entidades é previsto em lei desde 1991. A
mensalidade pode ser cobrada somente com autorização
dos segurados. Caso concordem com o desconto, eles
podem ter acesso a benefícios como auxílio
funerário, assistência odontológica e psicológica,
consultoria jurídica e academia.
Fonte: Brasil247

05/05/2025 -
Desconhecimento de direitos básicos é desafio para
trabalhadores
Benefícios garantidos em negociação coletiva são
pouco conhecidos
O desconhecimento dos direitos trabalhistas,
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
ainda segue como um desafio para os trabalhadores.
Pagamento correto de horas extras, os bancos de
horas e normas de proteção à saúde e à segurança de
quem trabalha, por exemplo, são alguns dos aspectos
que geram dúvidas entre eles.
Muitos direitos que formam a base trabalhista
continuam desconhecidos pela população em geral. “Há
toda uma geração que não sabe o que é 13º salário; o
que são férias e direito a pausas no trabalho”,
afirmou o advogado José Eymar Loguercio,
especializado em direito trabalhista e assessor
jurídico de entidades sindicais.
Loguercio acrescenta que o desconhecimento se
estende a outros temas, como reajustes salariais,
auxílio ou tíquete alimentação, planos de saúde ou
auxílio-doença.
“Os sindicatos têm que furar a bolha da
representação, buscar conversar e se aproximar das
pessoas que estão em atividade, ou querendo entrar
em uma atividade e não sabem sequer que são
portadoras de direitos e que merecem respeito.”
No entanto, o advogado afirma que há dificuldades em
“furar a bolha” diante do novo cenário das empresas
e do mundo do trabalho como um todo.
“Os sindicatos se constituíram para organizar
solidariedade em ambientes produtivos muito
estruturados e hierarquizados, como eram as fábricas
de antigamente ou os escritórios de negócios. Essa
fábrica está cada vez menos estruturada e o trabalho
cada vez mais realizado em tentáculos e por variadas
formas”, disse.
O advogado Antonio Megale, assessor jurídico da
Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sócio da LBS
Advogadas e Advogados, ressaltou outro ponto.
“O que me chama muito a atenção, além do
desconhecimento dos direitos garantidos em
legislação, é o desconhecimento dos trabalhadores
dos direitos garantidos em negociação coletiva, em
acordo ou convenção coletiva de trabalho, assinado
entre empresas e sindicatos.”
Os direitos menos conhecidos, segundo Megale, seriam
aqueles ligados aos acidentes de trabalho. “Em caso
de acidente na empresa, por exemplo, o próprio
empregado pode emitir a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT). A responsabilidade é da empresa, mas
ele pode fazê-lo, ou o sindicato, no
site
ou aplicativo Meu INSS”, segundo o advogado.
Direitos
Para saber quais os principais direitos trabalhistas,
o
espaço do trabalhador no Ministério do Trabalho
traz uma lista com explicações sobre cada um deles.
Nele, o trabalhador conta com informações sobre o
registro na carteira profissional (CTPS), pagamento
de salário, férias, 13º salário, férias,
vale-transporte, horas extras, entre outros.
Fonte: Agência Brasil

05/05/2025 -
Novo Caged: País gera mais de 654 mil novos postos
de trabalho no acumulado do ano
Dados de março mostram crescimento significativo
no setor de serviços e indústria no ano, com
destaque para São Paulo e Minas Gerais, e saldo
positivo de 71.576 vagas no mercado de trabalho no
mês
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Novo Caged) de março, divulgados
nesta quarta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e
Emprego, Luiz Marinho, em coletiva à imprensa
demostram que o Brasil criou 654.503 postos de
trabalho com carteira assinada no acumulado de
janeiro a março deste ano. Somente em março, foram
71.576 novas vagas, fazendo com que o número de
empregos com carteira assinada no país chegasse a
47.857 vínculos.
O crescimento foi verificado em quatro dos cinco
principais setores da economia. O setor de Serviços
foi o que mais gerou empregos, com 362.866 postos
criados. A Indústria também teve bom desempenho,
criando 153.868 vagas, especialmente em áreas como
Abate e Fabricação de Produtos de Carne (+14.517),
Abate de Aves (+6.505), Processamento de Fumo
(+10.835) e Confecção de Artigos de Vestuário
(+9.539). O setor da Construção Civil também gerou
100.371 novos empregos.
No nível regional, São Paulo se destacou com a
criação de 209.656 postos de trabalho (+1,46%),
seguido por Minas Gerais, com 75.896 novas vagas
(+1,55%), e Rio Grande do Sul, com 66.490 postos
criados (+2,35%).
Emprego em Março
Em março, o Brasil registrou um saldo positivo de
71.576 novos postos de trabalho, com 2.234.662
admissões e 2.163.086 desligamentos no mês. Deste
total, 48.922 vagas foram preenchidas por mulheres e
22.654 por homens. O setor de Serviços foi o que
mais gerou empregos no mês, com 52.459 postos,
seguido pela Construção Civil (21.946 postos) e pela
Indústria (13.131 postos).
O saldo positivo de março foi registrado em quatro
das cinco regiões do Brasil, com destaque para São
Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169) e Santa
Catarina (+9.841). Se computado os últimos 12 meses
(de abril de 2024 a março de 2025), o Brasil gerou
1.613.752 empregos, mostrando uma recuperação
contínua no mercado de trabalho. Desde de 2003,
foram geradas mais de 3.7 milhões de vagas de
trabalho com carteira assinada na economia. Números
demonstram que o Brasil está avançando na geração de
empregos formais, com crescimento em diferentes
setores e regiões do país.
As informações completas podem ser acessadas na
página do
Programa de Disseminação das Estatísticas do
Trabalho (PDET)
Fonte: MTE

05/05/2025 -
Associações defendem Justiça do Trabalho e criticam
suspensão de casos sobre pejotização
A Associação Nacional das Magistradas e dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a
Associação Nacional dos Procuradores e das
Procuradoras do Trabalho (ANPT) e a Associação
Brasileira da Advocacia Trabalhista (Abrat)
divulgaram, nesta quinta-feira (1º/5), um manifesto
em que defendem a competência da Justiça do Trabalho
para analisar casos sobre pejotização e criticam a
suspensão da tramitação de processos trabalhistas
sobre o tema.
No último mês, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, determinou a suspensão nacional de
todos os processos que tratam da licitude da
contratação de trabalhador autônomo ou pessoa
jurídica para a prestação de serviços.
Ele afirmou que a controvérsia sobre tais contratos
tem sobrecarregado o STF, que vem recebendo um
número elevado de reclamações contra decisões da
Justiça do Trabalho contrárias à pejotização.
Competência constitucional
As associações argumentam que a Emenda Constitucional
45/2004 previu a competência da Justiça do Trabalho
para julgar todas as ações decorrentes de relações
de trabalho privadas, e não apenas sobre vínculos
formais de emprego, com carteira assinada.
De acordo com Anamatra, ANPT e Abrat, isso não
significa que a Justiça do Trabalho necessariamente
vai reconhecer vínculo de emprego em casos de
pejotização.
Mas as entidades defendem que essa prática não pode
ser permitida com base apenas em um contrato formal,
sem uma análise sobre a realidade da prestação de
serviços. Para elas, a falta de uma análise do tipo
pode precarizar as relações de trabalho e afastar
direitos como férias, 13º salário, FGTS, jornada
limitada etc.
Por isso, as associações consideram que a suspensão
dos processos sobre pejotização “ameaça a
efetividade dos direitos trabalhistas” e atinge os
trabalhadores mais vulneráveis.
O manifesto será reiterado em um ato público que
será promovido pelas entidades na próxima
quarta-feira (7/5), no Foro Trabalhista de Brasília.
Com informações da assessoria de imprensa da
Anamatra.
Clique
aqui para ler o manifesto
Fonte: Consultor Jurídico

01/05/2025 -
Centrais entregam pauta da classe trabalhadora a
Lula
O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, juntamente
com os presidentes das demais centrais sindicais,
entregou, na tarde desta terça-feira (29), a Pauta
da Classe Trabalhadora 2025 ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. A entrega fez parte da intensa
agenda de mobilização em Brasília e representa um
momento estratégico na luta por direitos e justiça
social.
Entre os pontos de destaque da pauta estão a redução
da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim
da escala 6x1, a isenção do imposto de renda para
quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.
A NCST teve participação ativa em todas as etapas de
construção e defesa dessas propostas, reforçando seu
compromisso histórico com a valorização do trabalho
e a ampliação de direitos.
Moacyr Auersvald reforçou a urgência de atender às
demandas apresentadas, especialmente diante do
agravamento das desigualdades e da precarização das
relações de trabalho. “Essa pauta é fruto do diálogo
com as bases e expressa os anseios reais da classe
trabalhadora brasileira. Esperamos que o governo
avance na construção de políticas públicas que
valorizem o trabalho decente, promovam justiça
fiscal e garantam dignidade para quem constrói
diariamente o nosso país”, afirmou.
Participaram também do encontro o vice-presidente da
República e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; a
ministra-chefe da Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República, Gleisi
Hoffmann; o ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Márcio Macêdo; e o ministro do Trabalho
e Emprego, Luiz Marinho.
CLIQUE AQUI E ACESSE A PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA
Fonte: NCST

01/05/2025 -
Ministro Luiz Marinho se reúne com centrais
sindicais e reforça convite para a Semana do
Trabalho
Evento será realizado de 5 a 9 de maio, na
Esplanada dos Ministérios, com serviços, atividades
culturais e valorização dos trabalhadores
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se
reuniu nesta terça-feira, 29 de abril, com os
presidentes das principais centrais sindicais do
país, em Brasília. Durante o encontro, ele convidou
os representantes para participarem da Semana do
Trabalho, que acontece de 5 a 9 de maio, na
Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A Semana do Trabalho é uma iniciativa do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) em homenagem ao Dia do
Trabalhador e da Trabalhadora. O evento contará com
cinco dias de programação diversificada, oferecendo
serviços gratuitos, atividades culturais, exposições
e feiras voltadas ao público trabalhador.
Durante o evento, o público poderá: emitir
documentos; buscar atendimento sobre a Carteira de
Trabalho Digital; obter informações sobre o Programa
de Crédito ao Trabalhador; tomar vacinas; fazer
exames de saúde, entre outros. Além disso, haverá
apresentações culturais, exposições sobre o mundo do
trabalho e feiras com produtos da economia
solidária.
A Semana do Trabalho é uma oportunidade para a
população se aproximar dos serviços do Ministério,
conhecer seus direitos e participar de um momento de
valorização do trabalho.
Durante o encontro com os representantes sindicais,
o ministro Luiz Marinho destacou a importância de
fortalecer o diálogo social e as mesas de negociação
tripartite — com a participação de trabalhadores,
empregadores e governo — como instrumentos
fundamentais para promover o desenvolvimento com
inclusão e justiça social. Participaram da reunião
os presidentes das principais centrais sindicais do
país: Sérgio Aparecido Nobre, da Central Única dos
Trabalhadores (CUT); Adilson Araújo, da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
Antônio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB); Miguel Torres, da Força Sindical; Moacyr
Auersvald, da Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST); e Ricardo Patah, da União Geral dos
Trabalhadores (UGT).
Fonte: MTE

01/05/2025 -
Rendimento médio das famílias bate novo recorde,
aponta IBGE
O número chegou a R$ 3.410, com alta de 1,2% no
trimestre e de 4,0% na comparação anual
O rendimento médio das famílias brasileiras alcançou
o maior patamar da série histórica em março de 2025,
aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30)
pelo IBGE. Segundo o levantamento, o valor chegou a
R$ 3.410, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na
comparação anual.
O resultado positivo vem mesmo em um cenário de
inflação acima da meta estipulada pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), e indica que a recuperação
da renda tem resistido às oscilações do mercado de
trabalho.
Já a taxa de desemprego subiu para 7% no período,
uma leve alta em relação aos 6,8% registrados até
fevereiro. Apesar do aumento, o índice ainda
representa o menor nível para o mês de março desde
2012.
Segundo o IBGE, a população em busca de trabalho
cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em
dezembro, somando mais 891 mil pessoas. Já o número
de ocupados caiu 1,3% no mesmo período, o que
significa menos 1,3 milhão de brasileiros
empregados.
Outros dados mostram uma estabilidade no número de
trabalhadores com carteira assinada no setor
privado, que permanece em 39,4 milhões. No entanto,
houve queda de 5,3% entre os empregados sem carteira
assinada, com redução de 751 mil pessoas nesse
grupo.
Fonte: Brasil247

01/05/2025 -
Movimento sindical: agenda legislativa e prioridades
para 2025
Em cenário político e institucional repleto de
oportunidades e ameaças, marcado por significativas
reconfigurações — tanto estruturais quanto
conjunturais — torna-se necessária atuação
permanente nos Poderes Legislativo e Executivo, a
fim de manter o diálogo em defesa de agenda positiva
para os trabalhadores, nas cidades e no campo.
Neuriberg Dias*
Com esse propósito, o DIAP e o Fórum das Centrais
Sindicais apresentam a 4ª edição da Agenda
Legislativa das Centrais Sindicais no Congresso
Nacional.
O ambiente político nacional é caracterizado por
governo de frente ampla, que herdou cenário
econômico e social desafiador. As reformas
implementadas nos últimos anos continuam a impactar
o presente, tornando essencial compreender esse
legado para projetar a capacidade de avanço na
agenda de direitos no atual Congresso Nacional.
Desde 2021, quando foi lançada a primeira edição da
agenda legislativa, tem-se revelado a importância do
trabalho articulado das centrais sindicais, com
avanços obtidos na aprovação de propostas que
beneficiaram os trabalhadores e a sociedade em
geral.
Desde a primeira edição, foram priorizadas,
respectivamente, 24 proposições em 2021, 36 em 2022
e 33 em 2024, que tramitaram no Congresso Nacional.
Dentre essas, 10 matérias consideradas positivas
foram aprovadas; 15, tidas, na maioria, como
prejudiciais aos trabalhadores, foram rejeitadas ou
arquivadas; e cerca de 22 seguem em tramitação.
Entre as proposições aprovadas, destacam-se o
auxílio emergencial de R$ 600; a Lei da Igualdade
Salarial — devolvida pelo Executivo e coube à Câmara
a revisão das alterações realizadas pelo Senado, mas
aprovada em definitivo no governo Lula; e o avanço
da Reforma Tributária — PEC 45/19 —, promulgada em
2023, que garantiu a isenção da cesta básica e o
mecanismo de cashback.
Além disso, houve a retomada de programas sociais, e
as leis de retomada de valorização do salário mínimo
e das aposentadorias, do reajuste da tabela do
Imposto de Renda e dos servidores públicos,
programas como desenrola, entre outras conquistas,
instituídas por meio de lei.
Por outro lado, foram rejeitadas, por exemplo, as
medidas provisórias 1.045 e 1.046, que pretendiam
tornar permanentes medidas trabalhistas excepcionais
adotadas durante a pandemia. Também houve recuos
importantes, como na tramitação da PEC 32/20, da
Reforma Administrativa — ainda em análise na Câmara
dos Deputados —, e de diversos projetos que buscavam
aprofundar as reformas Trabalhista e Sindical,
incluindo propostas que dificultariam o
financiamento sindical como o PL 1.663, que se
encontra na Câmara e os PL 2.099 e 2.830, ambos em
tramitação no Senado.
Em 2025, o contexto político passa por mudanças
relevantes, a começar pela eleição de novos
presidentes das casas legislativas: Hugo Motta (Republicanos-PB),
na Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União-AP),
no Senado Federal.
Essa renovação representa sólida união em torno
dessas novas lideranças e gera expectativas quanto à
maior previsibilidade das pautas, funcionamento das
comissões permanentes e à retomada das comissões
mistas que examinam as medidas provisórias, que
indicam nova postura institucional e maior
participação social no processo legislativo.
O calendário parlamentar será influenciado pelas
eleições gerais, que ocorrerão apenas em outubro de
2026. No entanto, até abril do próximo ano haverá a
chamada “janela partidária”, com fusões e
reconfigurações partidárias, o que afetará o ritmo e
o conteúdo das pautas debatidas entre governo e
oposição.
A interdependência entre os Poderes ganhou ainda
mais relevância após o fim do teto de gastos e sua
substituição pelo novo arcabouço fiscal, fator que
exige consenso para o avanço de medidas econômicas e
sociais. As eleições municipais indicaram o
fortalecimento de forças de centro e centro-direita,
consideradas estratégicas para o cenário das
eleições presidenciais. Soma-se a isso a expectativa
de reforma ministerial, que poderá apontar novos
rumos para a condução política do governo Lula.
A Agenda Legislativa de 2025 baseia-se, então, em
atuação permanente em defesa das prioridades,
considerando esse contexto estrutural e conjuntural.
Seu objetivo é organizar e facilitar o diálogo com o
Congresso Nacional e com as bases parlamentares,
promovendo articulações em torno de temas
conjunturais e estratégicos.
Para a definição das proposições prioritárias, o
DIAP adotou critérios como: probabilidade de
tramitação em 2025; impacto social e trabalhista;
origem governamental ou apoio de setores relevantes;
necessidade regulatória ou previsão legal; decisões
judiciais anteriores, entre outros critérios
técnicos específicos.
Entre os temas prioritários da agenda destacam-se:
isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até
R$ 5 mil; redução da jornada de trabalho; garantia
de direitos para trabalhadores de aplicativos;
fortalecimento da negociação coletiva para
trabalhadores e servidores públicos; e
regulamentação da IA (inteligência artificial).
Essas propostas refletem a preocupação com a justiça
fiscal, a modernização das relações de trabalho e a
atualização do marco normativo frente aos desafios
da transformação digital.
A atuação estratégica no Congresso Nacional exigirá
unidade do movimento sindical e sensibilidade em
relação ao ambiente político e econômico. Mais do
que nunca, será fundamental a capacidade de
articulação e a clareza das prioridades de
negociação. A Agenda Legislativa de 2025 representa
esforço coordenado para assegurar avanços sociais em
período politicamente desafiador.
(*) Jornalista, analista político e diretor de
Documentação licenciado do Diap. Sócio-diretor da
Contatos Assessoria Política
Fonte: Diap

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