Blog - Notícias Anteriores - Junho 2019
28/06/2019 -
Trabalho rejeita decreto que proíbe desconto
sindical em folha
28/06/2019 -
MP 873 antissindical perde eficácia nesta
sexta-feira (28)
28/06/2019 -
Centrais apresentam “pontos críticos” ao relator da
reforma
28/06/2019 -
Há seis meses, Centrais esperam de Bolsonaro
resposta à Carta unitária
28/06/2019 -
Agropecuária evita fechamento de vagas formais em
maio. ‘Modernização’ reduz empregos
28/06/2019 -
Bolsonaro alcança pior índice de rejeição e maioria
não confia nele
28/06/2019 -
Economia deve crescer 0,8% este ano, prevê Ipea
28/06/2019 -
Barroso cassa decisão que autorizava desconto em
folha de contribuição sindical
27/06/2019 -
Centrais e CNI se articulam em defesa do crescimento
e da geração de empregos
27/06/2019 -
Para Ministério Público do Trabalho, MP do boleto
sindical é inconstitucional
27/06/2019 -
Sindicalistas lançam Nota e convocam mobilização
nacional dia 12 de julho
27/06/2019 -
Comissão encerra discussão do parecer da reforma da
Previdência
27/06/2019 -
Salariômetro registra perda salarial em maio pela 1ª
vez em 3 anos
27/06/2019 -
Governo interfere nas negociações coletivas e
abandona proteção social, critica diretor do Dieese
27/06/2019 -
Atraso no recolhimento do FGTS e INSS não
caracteriza dano moral
26/06/2019 -
Previdência: centrais e Dieese querem mudanças para
reduzir danos aos trabalhadores
26/06/2019 -
'Moro era o chefe', diz Glenn Greenwald
26/06/2019 -
Alcolumbre: Moro já "estaria cassado ou preso" se
fosse do Congresso
26/06/2019 -
Marcio Pochmann: ou o Brasil se reindustrializa, ou
não terá mais rumo
26/06/2019 -
Saque do abono salarial do PIS 2018/2019 vai até
sexta-feira
26/06/2019 -
Desemprego fica estável na região metropolitana de
São Paulo em maio
26/06/2019 -
Paim critica desregulamentação da segurança e da
saúde no trabalho
26/06/2019 -
Empresa não pagará diferenças por intervalo
intrajornada pré-assinalado
25/06/2019 -
Brasil está entre os piores países do mundo para
trabalhador, aponta debate
25/06/2019 -
Maia quer votar reforma da Previdência na primeira
quinzena de julho
25/06/2019 -
Discussão sobre reforma da Previdência deve ser
encerrada hoje
25/06/2019 -
Grupo de juízes federais pede expulsão de Moro de
associação da categoria
25/06/2019 -
Orlando Silva: Cai o PIB mais uma vez, volta da
recessão se avizinha
25/06/2019 -
Paulo Rocha considera grave decisão de adiar
julgamento do HC de Lula
25/06/2019 -
Reforma trabalhista não afasta direito de
trabalhador à Justiça gratuita
25/06/2019 -
Glenn Greenwald vai ao Senado para debater ameaças à
liberdade de imprensa
24/06/2019 -
Convenção sobre assédios moral e sexual no mundo do
trabalho é aprovada na OIT
24/06/2019 -
Votação da reforma da Previdência pode começar no
mesmo dia do encerramento da discussão
24/06/2019 -
Defesa de Lula explica por que Moro é suspeito
24/06/2019 -
Congresso instala comissão da chamada “MP da
liberdade econômica”
24/06/2019 -
Brasil, um dos 10 piores países para trabalhadores.
E continuará sendo monitorado na OIT
24/06/2019 -
Trabalho aos domingos não vai gerar empregos,
critica presidente da CNTA
24/06/2019 -
Direito do Trabalho é tema de debate na Comissão de
Direitos Humanos
24/06/2019 -
Melhora a confiança do empresário, diz CNI
24/06/2019 -
Jornada de trabalho controlada indiretamente dá
direito a hora extra
19/06/2019 -
Bomba:
Lava Jato protegeu FHC para ter apoio político
19/06/2019 -
Plenário aprova projeto que anula decreto que
flexibiliza posse e porte de arma
19/06/2019 -
Oposição anuncia obstrução à reforma da Previdência
19/06/2019 -
Em nota, personalidades de esquerda pedem a saída de
Moro
19/06/2019 -
Relator quer usar recursos do FAT para cobrir
despesas com aposentadorias
19/06/2019 -
PIB recua 0,9% no trimestre encerrado em abril, diz
FGV
19/06/2019 -
Desemprego de longo prazo cresce 42,4% entre 2015 e
2019
19/06/2019 -
Suprimir intervalo intrajornada é motivo para
rescisão indireta, diz TST
18/06/2019 -
Para centrais e Dieese, reforma da Previdência ainda
tem perversidades
18/06/2019 -
Para Maia, crítica de Guedes ao relatório da
Previdência unificou a Câmara
18/06/2019 -
Desigualdade aumenta, e renda da metade mais pobre
da população cai 40%
18/06/2019 -
Senadores planejam massacrar Moro na CCJ
18/06/2019 -
Brasil com pibinho abaixo de 1% e Bolsonaro mira
tomada de três pinos
18/06/2019 -
Empresário confirma disparos em massa de whatsapp na
campanha de Bolsonaro
18/06/2019 -
Produtividade do trabalho no país recua 1,1% no
primeiro trimestre
18/06/2019 -
Projeto obriga Sistema S a criar ações de apoio aos
idosos
18/06/2019 -
Conselho de Comunicação quer ouvir Glenn Greenwald
do Intercept
18/06/2019 -
Parecer à reforma da Previdência pode começar a ser
discutido nesta terça
18/06/2019 -
TRT-18 definirá se devedor de contribuição sindical
precisa ser convocado por edital
17/06/2019 -
Manifestações contra a ‘reforma’ da Previdência
mobilizam cerca de 45 milhões de pessoas no país
17/06/2019 -
Sem capitalização e manter idade mínima não basta,
dizem sindicalistas
17/06/2019 -
STF suspende todos os processos do país que envolvem
demissão imotivada em estatais
17/06/2019 -
Governo tem 18 nomes da Lava Jato, além de Moro
17/06/2019 -
Greenwald desafia procuradores: mostrem os originais
das conversas
17/06/2019 -
Governo Bolsonaro ataca especialistas da OIT
17/06/2019 -
Presidente do BNDES pede demissão
17/06/2019 -
Davi Alcolumbre manifesta indignação com ameaças a
senadores
17/06/2019 -
CCJ: audiências na Justiça Trabalhista não podem
atrasar mais que meia hora
17/06/2019 -
Comissão debate impactos da reforma da Previdência
entre servidores
13/06/2019 -
Mobilização para a Greve Geral segue a todo vapor no
País
13/06/2019 -
‘In Fux we trust’, disse Sergio Moro sobre ministro
Luiz Fux, do STF
13/06/2019 -
Relator antecipa que BPC, aposentadoria rural e
capitalização estarão fora da reforma da Previdência
13/06/2019 -
STF proíbe Bolsonaro de extinguir conselhos federais
criados por lei
13/06/2019 -
Trabalhadores no setor de transporte coletivo aderem
à greve geral. Confira quem deve parar
13/06/2019 -
Maia diz que estados e municípios ficarão fora da
reforma, mas poderão ser reincluídos por acordo
13/06/2019 -
CAS aprova projeto que autoriza saque do FGTS em
caso de Alzheimer ou Parkinson
13/06/2019 -
Comissão aprova tempo máximo para atendimento de
idosos e gestantes
12/06/2019 -
2ª Turma do STF marca análise de suspeição de Moro
para dia 25/6
12/06/2019 -
Vazamento de mensagens entre Moro e procurador da
Lava Jato repercute na CAE
12/06/2019 -
Produção industrial cresce em dez locais de março
para abril, diz IBGE
12/06/2019 -
Bolsonaro é denunciado na ONU por exonerar equipe de
combate à tortura
12/06/2019 -
Comissão agenda para quinta-feira discussão da
proposta da reforma da Previdência
12/06/2019 -
Taxa de investimento é a menor da história
12/06/2019 -
Novo parecer do simples trabalhista afasta sindicato
da negociação
11/06/2019 -
Greve
Geral: Presidente da Nova Central orienta
estratégias de participação à base filiada
11/06/2019 -
OAB recomenda afastamento de Moro e Dallagnol
11/06/2019 -
Oposição anuncia obstrução em votações até
afastamento de Moro
11/06/2019 -
Escândalo Moro-Dallagnol turbina greve geral
11/06/2019 -
STF deve julgar pedido de liberdade do ex-presidente
Lula nesta terça-feira (11)
11/06/2019 -
CMO reúne-se nesta terça para analisar crédito de R$
248,9 bi para o Executivo
11/06/2019 -
Comissão avalia impactos da reforma da Previdência
na vida das mulheres
11/06/2019 -
Seguridade debate aposentadorias especiais na
reforma da Previdência
11/06/2019 -
Falta de assistência do sindicato afasta deferimento
de honorários advocatícios
10/06/2019 -
Movimento
sindical organiza bases e define paralisações em 14
de junho
10/06/2019 -
Mensagens entre Moro e procuradores comprova nossa
tese, diz defesa de Lula
10/06/2019 -
Bolsonaro mente sobre faltar recursos para
benefícios, diz oposição
10/06/2019 -
Psol anuncia ações contra Moro e Dallagnol
10/06/2019 -
OIT volta a analisar reforma trabalhista brasileira
10/06/2019 -
Empresas precisam de interlocutores fortes e
comemorar ‘fim’ de sindicatos é errado, diz
negociador patronal
10/06/2019 -
Governo fará proposta de cinco novas NRs, afirma
secretário, que fala em ‘empecilhos’
10/06/2019 -
CAS vai debater novas condições para saque do FGTS
10/06/2019 -
CCJ aprova emissão eletrônica da carteira de
trabalho
07/06/2019 -
MP da contribuição sindical ‘caducará’; entrará
projeto de lei
07/06/2019 -
Petrobrás coloca quase tudo à venda após 'liberou
geral' do STF
07/06/2019 -
Auditoria aponta ganhos excessivos de Paulo Guedes
em negócios com recursos de fundos de pensão
07/06/2019 -
Questionada no Supremo lei que dispensa a
autorização sindical em demissões
07/06/2019 -
Indústria cortou 1,1 milhão de vagas e reduziu
salários em 14,7% entre 2014 e 2017
07/06/2019 -
Preço da cesta básica diminui em 13 capitais, diz
Dieese
07/06/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,26% em maio
07/06/2019 -
Comissão discute práticas abusivas na oferta de
consignados a aposentados
07/06/2019 -
Mudança no rito das MPs chega ao Senado
07/06/2019 -
Brasil perde jovens para violência em patamar de
países como Haiti, aponta Atlas da Violência
06/06/2019 -
Para sindicalista, mobilização para 14 de junho está
maior que a prévia da greve geral de 2017
06/06/2019 -
‘Reforma’ da Previdência não combate privilégios: ‘É
ajuste fiscal na conta do trabalhador’, diz
ex-ministro
06/06/2019 -
Trabalhadores do transporte aderem à Greve Geral de
14 de junho
06/06/2019 -
Oposição quer mais debate sobre Previdência; relator
mantém prazo para entrega de parecer
06/06/2019 -
Regras de saque do Fundo de Garantia vão ser
debatidas em audiências na CAS
06/06/2019 -
Empatado em 2 a 2, STF suspende julgamento sobre
venda de estatais
06/06/2019 -
Discriminação salarial entre homens e mulheres para
mesma função pode ter multa
06/06/2019 -
Câmara aprova em segundo turno mudança na tramitação
de medidas provisórias
06/06/2019 -
Vale-transporte pago em dinheiro não integra o
salário
05/06/2019 -
Fim
da aposentadoria especial deve criar ‘consequências
sociais trágicas’
05/06/2019 -
Produção industrial cresce 0,3% de março para abril
05/06/2019 -
Bolsonaro admite: governo não tem votos para a
reforma da Previdência
05/06/2019 -
Guedes confirma que não haverá concursos públicos
nos próximos anos
05/06/2019 -
Orlando Silva: Brasil derrete e Bolsonaro faz
carnaval sobre CNH
05/06/2019 -
CPI de Brumadinho quebra sigilo do ex-presidente da
Vale
05/06/2019 -
CAE aprova projeto que altera regra para jornada de
trabalho 12 por 36
05/06/2019 -
Gestantes e lactantes para se afastarem do trabalho
insalubre não precisam apresentar atestado
05/06/2019 -
Paim critica sessão que aprovou MP de combate às
fraudes no INSS
05/06/2019 -
TRT-18 valida norma que prevê pausa de 15 minutos em
turno de seis horas
04/06/2019 -
Centrais sindicais querem mobilização ampla em greve
geral do dia 14
04/06/2019 -
Rodrigo Maia volta a defender controle dos gastos
públicos
04/06/2019 -
Após conferência de assinaturas, relator terá de
analisar 227 emendas
04/06/2019 -
Miriam: se reforma passar, Brasil acordará com
milhões de desempregados
04/06/2019 -
Presidente da Câmara pretende votar reforma da
Previdência até julho
04/06/2019 -
Reforma da Previdência põe em risco aposentadorias
especiais, aponta debate
04/06/2019 -
Senado aprova MP que busca evitar fraudes no INSS
04/06/2019 -
Multa para empresas por discriminação salarial de
mulheres está na pauta da CAS
04/06/2019 -
Paulo Paim se diz preocupado com o aumento da
intolerância no país
04/06/2019 -
TST aumenta indenização por dano moral de R$ 3,9 mil
para R$ 20 mil
03/06/2019 -
Depois do 30 de Maio histórico, movimentos preparam
greve geral contra reforma da Previdência
03/06/2019 -
Taxa de desemprego atinge 12,5% no trimestre
encerrado em abril
03/06/2019 -
Maia diz que governo não tem agenda e país está a
caminho do colapso social
03/06/2019 -
Pesquisa revela que já há mais brasileiros contra do
que a favor de Bolsonaro
03/06/2019 -
Previdência: maioria das emendas busca preservar
direitos adquiridos
03/06/2019 -
Petroleiros anunciam adesão à greve geral
03/06/2019 -
Depois de quatro anos em queda, carteira assinada
volta a crescer
03/06/2019 -
Aposentadorias especiais serão tema de debate na
Comissão de Direitos Humanos
03/06/2019 -
Finanças aprova gratuidade de segunda via de
documentos de idosos
28/06/2019 -
Trabalho rejeita decreto que proíbe desconto
sindical em folha
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados
rejeitou o Decreto 9.735/19, que impossibilita o
desconto de contribuições a sindicatos e associações
na folha de pagamento, mesmo com autorização do
servidor do Poder Executivo federal. Trata-se do PDL
75/19, do deputado Carlos Veras (PT-PE), que susta o
decreto do governo.
O relator do projeto de decreto, deputado André
Figueiredo (PDT-CE), ofereceu parecer favorável ao
texto e seus anexos — PDL 79/19, 80/19, 112/19 e
272/19 — com substitutivo.
Ao rejeitar o decreto, o relator, em seu voto,
argumenta, que “Trata-se de flagrante afronta à
Constituição Federal, cujo artigo 37, inciso VI,
assegura aos servidores públicos o direito à livre
associação sindical.”
“Tal absurdo fica ainda mais evidente em virtude da
posterior edição do Decreto 9.742, de 2019, o qual
acrescentou dispositivo autorizando a consignação de
‘contribuição em favor de associações e de fundações
que tenham por objeto social apenas fins esportivos,
culturais, assistenciais ou sociais... que não
tenham caráter sindical ou de representação de
categoria profissional’”, acrescenta.
“A intenção de inviabilizar o funcionamento das
entidades representativas do funcionalismo não
poderia ser mais explícita”, critica o relator.
Tramitação
O projeto ainda vai ser examinado pela Comissão de
Constituição e Justiça, antes de ir a plenário.
Fonte: Diap
28/06/2019 -
MP 873 antissindical perde eficácia nesta
sexta-feira (28)
Medida provisória, publicada no dia 1º de março (MP
873/19), com propósito de desestruturar os
sindicatos perde a eficácia nesta sexta-feira (28).
A MP instituiu a cobrança de contribuição sindical
por boleto bancário. O Ministério da Economia
afirmou que enviará projeto de lei ao Congresso para
resgatar a proposta. O texto poderá tramitar em
regime de urgência constitucional.
Na época, o secretário especial de Previdência e
Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que a medida foi
necessária em razão de ativismo judicial, que
autoriza o desconto de contribuições aprovadas em
assembleias.
Comissão com deputados e senadores foi instalada,
mas foi esvaziada por acordo de líderes. Não houve a
eleição do presidente nem a indicação de relator da
matéria.
Com a Reforma Trabalhista do governo Michel Temer,
relatada por Marinho, o imposto sindical deixou de
ser obrigatório. O STF (Supremo Tribunal Federal)
afirmou que o fim da cobrança é constitucional.
“Como não houve análise do mérito, oportunamente o
governo enviará projeto de lei retomando o tema para
que o Congresso Nacional possa apreciar o mérito da
questão”, disse a pasta.
Um dos articuladores contra a MP no Congresso, o
deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse duvidar da
apresentação da mesma proposta. “Isso fica a cargo
do governo, mas não creio que se viabilize.”
Segundo ele, a MP não avançou porque, após o acordo,
os membros indicados à comissão abandonaram o
colegiado. “Os integrantes se retiraram quando
compreenderam que era uma provocação. Essa MP é uma
provocação feita pelo governo aos sindicatos,
tentando inibir a atividade dos sindicatos”, afirmou
Silva. “Ela não será votada.”
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) também atuou
contra a MP enviada por Bolsonaro e Guedes ao
Congresso. Assim como Silva, ele afirmou que boleto
bancário está em desuso. O texto prevê “outro meio
equivalente”.
“O governo exagerou na dose, criou na Câmara a
impressão de quer destruir o movimento sindical.
Ganhamos apoio. Instalou a comissão, mas não
conseguiu funcionar”, disse Paulinho.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves, o Juruna, disse que a MP vai expirar por
WO.
“Claro que nós estivemos lá conversando com o
presidente da Câmara [Rodrigo Maia], com deputados,
estivemos com Rogério Marinho, mas a decisão
principal, na minha opinião, foi que ela [a MP] não
pegou, na realidade. Os empresários mesmo não
levaram isso a sério”, disse.
Para Juruna, todos os trabalhadores que se
beneficiam de convenções coletivas negociadas pelos
sindicatos devem contribuir.
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), disse que há temas econômicos mais
urgentes à espera de solução, como a reforma da
Previdência, a reforma tributária e a geração de
empregos.
“Faltou foco [do governo], foi impertinente, [a MP]
beira à inconstitucionalidade. Foi feita com a
intenção de sufocar o movimento sindical”, disse
Patah. (Com Folha de S.Paulo)
Fonte: Diap
28/06/2019 -
Centrais apresentam “pontos críticos” ao relator da
reforma
Em reunião nesta quarta-feira (26), os
representantes das centrais sindicais — CGTB, CSB,
CSP, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical
Central, Intersindical, Nova Central e UGT —, na
Câmara dos Deputados, com o relator da reforma da
Previdência (PEC 6/19), deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP) apresentaram os “pontos críticos no
substitutivo à PEC 6/19”, no entendimento das
entidades.
As lideranças apresentaram conjunto de 15 itens que
gostariam que o relator observasse como “críticos”.
São mudanças estruturais e paramétricas contidas no
substantivo apresentado pelo relator, na comissão
especial da Câmara dos Deputados.
Na conversa, o relator manifestou sensibilidades em
relação à 2 itens dos chamados "pontos críticos"
apontados no texto — substitutivo — pelas entidades.
O 1º refere-se à mudança estrutural relativa aos
“recursos do PIS/Pasep para o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES).
Trata-se do repasse de 28% da arrecadação do abono
social (PIS/Pasep) que iria para o BNDES é destinado
ao RGPS. O Banco perde recursos para seu funding de
promoção do desenvolvimento por meio de
financiamento ao setor produtivo que sustenta a
geração de emprego e renda no país.”
O 2º item refere-se à mudança paramétrica relativa
ao cálculo da média sem descarte dos menores
salários de contribuição. “Ao manter a regra de
cálculo da média com 100% das remunerações ou dos
salários de contribuição, o valor do benefício é
rebaixado em relação ao procedimento atual. A
aposentadoria deve ter valor próximo ao dos
rendimentos que o segurado aufere nos anos em que se
aproxima da aposentadoria a fim de preservar sua
qualidade de vida na inatividade. Ademais, por não
descartar os menores salários a regra gera situações
de injustiça com aquele/a que tiver contribuído por
mais tempo ainda que sobre menores salários de
contribuição.”
Entre as estruturais estão:
1) desconstitucionalização dos parâmetros
previdenciários;
2) privatização dos benefícios não programados em
geral;
3) privatização dos regimes de Previdência
Complementar dos servidores públicos;
4) segregação das contas da Seguridade Social;
5) recursos do PIS/Pasep para o BNDES;
6) ausência de contribuição dos mais ricos;
Entre as mudanças paramétricas citam:
1) fim da aposentadoria por tempo de contribuição;
2) elevação da idade mínima de aposentadoria das
mulheres;
3) regra de cálculo do valor da aposentadoria;
4) cálculo da média sem descarte dos menores
salários de contribuição;
5) tempo mínimo de 20 anos de contribuição;
6) regra de transição restrita;
7) pensões com valores reduzidos;
8) abono com valor menor do que 1 salário mínimo; e
9) aposentadorias especiais por agentes nocivos e
risco de morte.
Fonte: Diap
28/06/2019 -
Há seis meses, Centrais esperam de Bolsonaro
resposta à Carta unitária
Desde 1º de janeiro, as Centrais Sindicais aguardam
do Presidente Jair Bolsonaro resposta à Carta em que
pedem a abertura de diálogo com o governo nos
assuntos do interesse da classe trabalhadora. A
Carta foi assinada pela CUT, Força Sindical, UGT,
Nova Central, CTB e CSB.
Diz o texto: “Nós, representantes das Centrais,
esperamos que todas as medidas que atinjam os
trabalhadores passem por um amplo processo de
discussão e negociação e reiteramos que a necessária
defesa dos direitos dos trabalhadores é totalmente
compatível com a construção de um país mais justo,
democrático, moderno e desenvolvido”.
Além de manter silêncio quanto à Carta e distância
do sindicalismo, Bolsonaro adotou, desde então, uma
série de medidas agressivas aos trabalhadores e a
suas organizações classistas. A Medida mais
abrangente, e lesiva, é a PEC 06, que reforma a
Previdência com profundos cortes em direitos.
Mas a ação governista não ficou nisso. Há 90 dias,
Bolsonaro e ministro Paulo Guedes, da Economia,
publicaram a Medida Provisória 873, que praticamente
inviabiliza o custeio das entidades, incluindo as
patronais.
Calixto - A Agência Sindical ouviu o mais
experiente dirigente de Central, o pernambucano José
Calixto Ramos, que preside a Nova Central Sindical
de Trabalhadores (NCST). Ele afirma: “O atual
ocupante do Planalto se comporta diferente de todos
os demais presidentes da República. Fernando
Henrique, Temer, Lula, Dilma, Itamar e mesmo Collor
de Mello sempre nos receberam em audiências.
Bolsonaro já mostrou que não gosta dos
trabalhadores."
Para superar essa falta de interlocução, Calixto
informa que as Centrais estão buscando construir
outras alternativas em defesa dos direitos dos
trabalhadores. Ele comenta: “Bolsonaro construiu
indiretamente uma unidade inédita das Centrais;
nunca estivemos tão próximos e articulados. Temos
atuado em conjunto na luta contra a reforma da
Previdência e também procurado alianças com outros
setores”.
O presidente da Nova Central cita a reunião do dia
26 com a CNI - Confederação Nacional da Indústria -
como uma nova etapa dessa articulação das Centrais.
“Como o governo dá de ombros aos interesses da
população, nós buscamos novas alianças. No caso da
CNI, debatemos a recuperação da economia, a reforma
tributária, a retomada da oferta de crédito e a
necessidade da geração de emprego e renda”.
“As medidas econômicas do governo não são boas pra
ninguém, nem pros patrões”, afirma Calixto, para
quem o sindicalismo deve aprofundar a união com
outros setores da sociedade, buscando a defesa do
interesse público.
Carta – Leia
aqui a íntegra da carta.
Fonte: Agência Sindical
28/06/2019 -
Agropecuária evita fechamento de vagas formais em
maio. ‘Modernização’ reduz empregos
Setor com característica sazonal abriu 37 mil
vagas com carteira, para um saldo total de 32 mil.
Indústria e comércio fecharam postos de trabalho
O mercado formal de trabalho praticamente não saiu
do lugar em maio, com saldo de 32.140 vagas (0,08%),
segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo
Ministério da Economia. O resultado não foi negativo
por causa do setor de agropecuária, que tem
comportamento sazonal e abriu 37.373 postos de
trabalho com carteira no mês passado. Indústria
(-6.136) e comércio (-11.305, quase todos na área do
varejo) eliminaram vagas, enquanto o setor de
serviços ficou estável. O saldo foi menor que o de
maio nos últimos dois anos.
Os dados mostram que novidades introduzidas pela
“reforma” trabalhista influenciam mais no sentido de
fechar vagas do que criá-las, objetivo manifesto do
projeto governista, que chama o processo de
“modernização”. Foram 19.080 desligamentos por
“acordo” em maio, ante saldos de 7.559 vagas de
trabalho intermitente e 1.377 de trabalho parcial.
O estoque de empregos formais atingiu 38,761
milhões, praticamente no mesmo nível de 2016 (38,783
milhões). Em maio de 2014, somava 40,941 milhões.
O saldo no ano é de 351.063 vagas formais
(crescimento de 0,91% no estoque), principalmente
pelo comportamento do setor de serviços (224.271).
Isso também acontece no período de 12 meses, com
474.299 (1,24%) de saldo total, sendo 358.750 apenas
em serviços.
Mais uma vez, o salário de quem é demitido (R$
1.745,34) supera o dos contratados (R$ 1.586,17).
Fonte: Rede Brasil Atual
28/06/2019 -
Bolsonaro alcança pior índice de rejeição e maioria
não confia nele
Segundo pesquisa encomendada pela Confederação
Nacional da Indústria, CNI/Ibope, o índice de
brasileiros que considerava o governo Bolsonaro
ruim/péssimo subiu cinco pontos em relação ao último
levantamento. O registro passou de 27% para 32% na
sondagem divulgada nesta quinta-feira (27). É o pior
índice desde o início do conturbado governo,
envolvido em constantes crises.
Sobre o índice de confiança, 51% dos brasileiros
ouvidos não confiam no governo enquanto 46% dizem
que confiam. Não sabe/não respondeu: 3%.
Divulgada nesta quinta-feira (27), a pesquisa foi
realizada entre os dias 20 e 26 de junho, quando
foram ouvidas 2.000 pessoas em 126 municípios. A
margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
Os números registrados nas pesquisas revelam aumento
na rejeição ao governo. No sentido contrário, a
sondagem revela que entre os brasileiros que
consideram o governo ótimo/bom caiu três pontos
percentuais: de 35% para 32%.
Fonte: Portal Vermelho
28/06/2019 -
Economia deve crescer 0,8% este ano, prevê Ipea
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter
crescimento de 0,8% este ano e de 2,5% em 2020. A
previsão é do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), que divulgou nesta quinta-feira
(27) duas seções da Carta de Conjuntura. De acordo
com a análise, o segundo trimestre de 2019 deve
fechar em alta de 0,5% em relação aos três primeiros
meses do ano.
A projeção para este ano coincide com a do Banco
Central, também divulgada hoje. Para a inflação, a
previsão do órgão é que feche o ano em 3,9%, acima
da previsão de 3,6% do Banco Central.
De acordo com o diretor de Estudos e Políticas
Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro, a
queda da projeção de crescimento de 2% para 0,8% se
deve à frustração dos indicadores alcançados até
agora. No primeiro trimestre deste ano, o PIB caiu
0,2%.
“Em relação ao que se esperava no início do ano, os
indicadores mensais que vieram, o dado do PIB do
primeiro trimestre realmente veio abaixo do que a
gente imaginava e isso causou uma redução bastante
grande da nossa projeção para o ano de 2019”.
Para a atividade econômica, o Ipea aponta 2,5% de
crescimento no acumulado do ano até abril no
comércio varejista ampliado, que inclui automóveis e
materiais de construção. O setor de hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
apresentou queda de 0,3% no acumulado do ano; móveis
e eletrodomésticos tiveram queda de 1,4% no período;
e livros, jornais, revistas e papelarias somam
perdas de 28,7% no ano. Com crescimento nas vendas,
veículos, motos, partes e peças tiveram crescimento
de 7,9% no acumulado do ano; outros artigos de uso
pessoal somam aumento de 6,4%; e artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos subiram 6,1%.
De acordo com Castro, a melhora do quadro econômico
vai depender de aprovação de reformas econômicas.
Sem elas, segundo ele, a retomada da economia não se
concretiza.
“O destaque que eu gostaria de dar é uma melhora da
confiança [do empresário], que geraria uma alta dos
investimentos produtivos. Se houver essa alta dos
investimentos produtivos, a gente consegue gerar
emprego e fazer a economia retomar o ciclo econômico
que estava no negativo. A gente pode reverter essa
situação gerando emprego, gerando alta da renda para
o brasileiro, com essa melhora no investimento”.
Castro ressalta que o cenário foi estimado
considerando a redução de 1 ponto percentual na taxa
básica de juros da economia, a Selic, de 6,5% para
5,5% no fim deste ano, além da aprovação no próximo
trimestre da reforma da Previdência.
“Quanto mais rapidamente ocorrer essa reforma e essa
sinalização de viabilidade do setor público
brasileiro, mais rapidamente a gente vai conseguir
reverter as expectativas e iniciar uma retomada mais
intensa. Então, a aprovação, se ela acontecer já
agora no início do segundo semestre, ela consegue
ter algum impacto neste ano. Se essa aprovação
demorar mais do que a gente está imaginando,
obviamente que o crescimento deste ano poderá ser
prejudicado”, explicou.
O diretor detalha que as mudanças que ocorreram no
projeto original da reforma da Previdência, no
decorrer das discussões no Congresso Nacional,
reduziram o tamanho da economia que seria gerada,
mas “ainda assim viabiliza a melhora do quadro
fiscal no Brasil”.
Fonte: Agência Brasil
28/06/2019 -
Barroso cassa decisão que autorizava desconto em
folha de contribuição sindical
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, suspendeu acordo coletivo que autorizava
sindicato a descontar a contribuição diretamente da
folha de pagamento. Segundo o ministro, o acordo não
pode ser entendido como manifestação da vontade
individual do trabalhador. Essa interpretação,
segundo ele, é uma forma de esvaziar as decisões do
STF sobre o tema.
Barroso cassou decisão de segundo grau que validou a
cláusula do acordo. Com isso, manifestou
entendimento semelhante ao da Medida Provisória
873/2019, que proíbe o desconto automático em folha
da contribuição sindical.
A MP vem sofrendo com decisões judiciais que afastam
sua aplicação e o prazo de votação pelo Congresso
termina nesta quinta-feira (27/6). A MP diz que a
cobrança da contribuição sindical só pode ser feita
por boleto bancário e com autorização expressa de
cada trabalhador.
A decisão de segundo grau cassada por Barroso dizia
que a Constituição consagrou, no inciso XXVI do
artigo 7º, de forma inflexível, o "reconhecimento
das convenções e acordos coletivos de trabalho",
concedendo expressão à chamada autonomia privada
coletiva.
Mas, segundo Barroso, essa visão esvazia o conteúdo
das alterações legais da reforma trabalhistas
declaradas constitucionais pelo STF no julgamento da
ADI 5.794.
"A leitura dos dispositivos declarados
constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal
apontam ser inerente ao novo regime das
contribuições sindicais a autorização prévia e
expressa do sujeito passivo da cobrança", afirma na
decisão.
De acordo com o advogado Ricardo Calcini, professor
de Direito do Trabalho, a decisão de Barroso segue a
mesma interpretação dada pela ministra Cármen Lúcia
na Reclamação 34.889. "Na visão do STF, o pagamento
da contribuição sindical exige prévia e expressa
autorização do trabalhador, que não pode ser
substituída pela assembleia do sindicato", analisa
Calcini.
"Salvo se o trabalhador for sindicalizado, o Supremo
decidiu, uma vez mais, dar concretude à garantia
constitucional da livre associação sindical, de modo
que ninguém é obrigado a filiar-se ao sindicato,
previsto no inciso V do artigo 8º da Constituição",
afirma.
Fonte: Consultor Jurídico
27/06/2019 -
Centrais e CNI se articulam em defesa do crescimento
e da geração de empregos
Lideranças das Centrais Sindicais e da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) se reuniram, nesta
quarta (26), na sede da CNI, em Brasília, para
discutir a retomada do desenvolvimento econômico,
dando o primeiro passo no sentido de construir uma
agenda comum de luta pela criação de ações que gerem
empregos, qualificação profissional e
reindustrialização do País.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical,
considera que a reunião foi muito produtiva. “Robson
de Andrade, presidente da CNI, está realmente
preocupado com o sucateamento da indústria nacional.
Ele abriu dados e se dispôs a buscar pontos de
convergência entre os interesses de trabalhadores e
industriais para estabelecer uma pauta unificada
pela retomada do desenvolvimento”.
Dieese – Já está marcada uma reunião
ampliada, agregando representantes de outros setores
da economia, para o dia 11 de julho, onde as
propostas serão detalhadas. O Dieese deve montar as
agendas de trabalho.
Também presente no encontro, Clemente Ganz Lúcio,
diretor-técnico do Dieese, apreciou particularmente
a proposta do estabelecimento de metas objetivas. “O
encontro foi focado no desenvolvimento produtivo e
nas medidas de urgência diante da crise atual. O
processo de diálogo, com ênfase no fortalecimento da
negociação, pode trazer ganhos aos trabalhadores”.
Fonte: Agência Sindical
27/06/2019 -
Para Ministério Público do Trabalho, MP do boleto
sindical é inconstitucional
Em audiência realizada no Senado Federal, na segunda
(24), o Ministério Público do Trabalho (MPT)
declarou que a Medida Provisória 873/19, que proíbe
os Sindicatos de efetuarem desconto prévio em folha
de pagamento, após aprovação em assembleia,
contraria a liberdade sindical e acordos
internacionais assinados pelo Brasil.
A MP foi editada no dia 1º de março pelo presidente
Bolsonaro e prevê que qualquer taxa deverá ser paga
pelo trabalhador de forma voluntária e expressa por
escrito. O Secretário Especial da Previdência,
Rogério Marinho, chegou a afirmar que a MP era
necessária devido ao "ativismo" judicial, que
autoriza o desconto da contribuição.
No entanto, três meses após a sua edição, a medida
provisória ainda não foi analisada no Congresso e
pode expirar na sexta (28).
Segundo o subprocurador-geral do MPT, Cristiano
Paixão, “a contribuição apenas por boleto bancário
fere os princípios sindicalistas e é
inconstitucional”. Para o representante do
Ministério, “o objetivo é acabar com os sindicatos,
asfixiando-os economicamente”.
Durante o debate no Senado, ele afirmou que isso se
configura como ameaça. “Uma série de medidas
legislativas e decisões judiciais vem enfraquecendo
os sindicatos no Brasil. É um caminho perigoso
porque eles são fundamentais na defesa da
coletividade dos trabalhadores”, explica.
O trabalho desenvolvido pelas entidades é importante
“Podemos não concordar com alguns dirigentes ou
decisões, mas precisamos ter em mente que são
cruciais. Não teremos um mundo do trabalho maduro e
harmônico sem sindicatos fortes”, afirma Cristiano.
Para João Carlos Gonçalves, o Juruna, “a medida vai
expirar por nocaute. Estivemos conversando com o
Rodrigo Maia, com deputados, inclusive com Rogério
Marinho. Na minha opinião, a MP não pegou, nem os
empresários levaram isso a sério”, reiterou o
dirigente.
Fonte: Agência Sindical
27/06/2019 -
Sindicalistas lançam Nota e convocam mobilização
nacional dia 12 de julho
As Centrais Sindicais lançaram na terça (25) nota
unitária convocando o Dia Nacional de Mobilização
com atos, assembleias e manifestações contra a
reforma da Previdência no dia 12 de julho.
Dirigentes estão em Brasília desde o início da
semana conversando com parlamentares para barrar a
aprovação do relatório. Voltam a se reunir nesta
quarta (26).
Para Luiz Carlos Prates, o Mancha, da CSP/Conlutas,
não é hora de discutir itens do relatório da
reforma. Ele defende que a proposta seja rechaçada
na íntegra. Mancha afirma: "É hora de pressão total
para suspender esta reforma. Devemos retomar a
realização de assembleias nas fábricas e locais de
trabalho, conversar com os Deputados, principalmente
em suas bases eleitorais, e preparar um forte 12 de
julho".
Álvaro Egea, secretário-geral da CSB, também
compreende que o adiamento da votação da PEC é
fundamental para ampliar o debate sobre as mudanças
na Previdência. Egea observa: “Queremos adiar a
votação do relatório para que se tenha tempo de
discussão e de fazermos novas propostas. Precisamos
estudar melhor o relatório e dialogar”.
Nota - Trecho do documento assinado por
representantes de dez entidades, convoca: "As
Centrais Sindicais conclamam as bases sindicais e os
trabalhadores a intensificar e a empregar o máximo
esforço para atuar junto às bases dos deputados e
senadores, nos aeroportos, com material de
propaganda, e marcar presença também nas mídias
sociais, exercendo pressão contrária à reforma em
debate no Congresso Nacional".
Balanço - Na sexta (28), sindicalistas
realizam em Brasília um balanço dos trabalhos da
semana, do andamento do processo legislativo na
Comissão Especial e dos preparativos para a
mobilização de 12 de julho.
Leia abaixo a nota na íntegra:
Centrais mobilizadas contra a Reforma da Previdência
As Centrais Sindicais, reunidas em Brasília na
semana de 24 de junho, deram continuidade à
mobilização e à atuação institucional junto ao
Congresso Nacional para enfrentar a Reforma da
Previdência e da Seguridade Social. Em reuniões com
parlamentares de diferentes partidos políticos,
reafirmamos nosso posicionamento contrário ao
relatório substitutivo do deputado Samuel Moreira.
Renovamos e destacamos a importância de reforçar a
atuação junto ao parlamento e parlamentares, visando
argumentar e tratar das questões e do conteúdo dessa
nefasta reforma.
A unidade de ação foi essencial para o sucesso das
iniciativas até aqui coordenadas pelas Centrais
Sindicais. Reafirmamos nosso compromisso de investir
na continuidade da unidade de ação
As Centrais Sindicais conclamam as bases sindicais e
os trabalhadores a intensificar e a empregar o
máximo esforço para atuar junto às bases dos
deputados e senadores, nos aeroportos, com material
de propaganda, e marcar presença também nas mídias
sociais, exercendo pressão contrária à reforma em
debate no Congresso Nacional.
Nosso estado de mobilização permanente, que deve ser
debatido e confirmado em assembleia nos locais de
trabalho, é a resposta para barrar a aprovação do
projeto e também evitar que os pontos críticos sejam
reintroduzidos no texto.
Declaramos que, em 12 de julho, realizaremos um Dia
Nacional de Mobilização, com atos, assembleias e
manifestações em todas as cidades e em todos os
locais de trabalho, bem como estaremos unidos e
reforçando o grande ato que a UNE (União Nacional
dos Estudantes) realizará nesta data em Brasília,
durante seu Congresso Nacional.
Em 28 de junho, as Centrais Sindicais farão um
balanço dos trabalhos da semana, do andamento do
processo legislativo na Comissão Especial e dos
preparativos para a mobilização de 12 de julho.
Investir na mobilização que cresce com a nossa
unidade é reunir forças para convencer e vencer esta
luta.
Fonte: Agência Sindical
27/06/2019 -
Comissão encerra discussão do parecer da reforma da
Previdência
A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC
6/19) na Câmara dos Deputados encerrou na tarde
desta quarta-feira (26) a fase de discussões do
parecer do relator, deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP). O relator vai apresentar a complementação
de seu voto, com algumas alterações ao seu texto
original, nesta quinta (27), a partir das 9h.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
negocia com governadores a reinclusão de estados e
municípios na PEC, ainda na comissão especial. Pela
proposta enviada pelo governo federal, a PEC valeria
automaticamente para servidores dos estados e dos
municípios, sem necessidade de aprovação pelos
legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do
relatório.
“O voto complementar do deputado Samuel Moreira já
está pronto, no entanto, há um esforço final por
parte do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia,
de inclusão [na reforma] de estados e municípios.
Portanto, nós entendemos que a possibilidade de
reinclusão de estados e municípios justifica que a
gente adie a leitura da complementação de voto para
amanhã (27). O prejuízo de um dia é muito menor do
que o prejuízo de não dar uma solução definitiva
para todos os entes federativos”, disse o presidente
da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
Segundo o presidente da comissão, após a leitura da
complementação de voto, serão apreciados os
requerimentos de adiamento da votação do parecer do
relator no colegiado.
De acordo com Marcelo Ramos, dos 154 parlamentares
inscritos para falar a favor ou contra o parecer,
127 participaram da discussão da matéria nos quatro
dias de debates do relatório.
Após a votação do relatório na comissão especial, o
texto será apreciado no plenário da Câmara e
precisará de uma aprovação de três quintos dos
deputados (308) em dois turnos. Caso aprovada, a
proposta segue para análise dos senadores.
Alterações
Samuel Moreira fez diversas mudanças em relação à
proposta original enviada pela equipe econômica do
governo no fim de fevereiro. Dentre elas, retirou o
sistema de capitalização da reforma, que determinava
que cada trabalhador contribua para a própria
aposentadoria. É possível que o governo insista no
quesito posteriormente, apresentando uma nova PEC.
Moreira manteve a idade mínima de 62 anos para
mulheres e de 65 anos para homens após o período de
transição, mas alterou o tempo mínimo de
contribuição para as mulheres, retornando para os 15
anos vigentes atualmente. O tempo mínimo de
contribuição dos homens permanece conforme proposto
pelo governo: 20 anos.
As alterações reduziriam a economia com a reforma
para R$ 913,4 bilhões até 2029. No entanto, o
relator decidiu propor a transferência de 40% de
recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)
para a Previdência Social e aumentar tributos sobre
os bancos, o que reforçaria as receitas em R$ 217
bilhões, resultando numa economia final de R$ 1,13
trilhão, próximo do montante inicial de R$ 1,23
trilhão estipulado pela área econômica do governo.
Fonte: Agência Brasil
27/06/2019 -
Salariômetro registra perda salarial em maio pela 1ª
vez em 3 anos
Pela primeira vez em 3 anos, os reajustes salariais
perderam da inflação registrada em maio deste ano,
segundo o levantamento do Salariômetro, da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
A inflação acumulada de maio ficou em 5,1% e o
aumento mediano salarial foi de 5%. De acordo com a
pesquisa, apenas 20,4% das negociações resultaram em
aumentos reais.
Para Hélio Zylberstajn, professor sênior da FEA/USP
e coordenador do projeto Salariômetro da Fipe, como
nos últimos três anos o país teve inflação
relativamente baixa, entre 2% e 3%, mesmo com
atividade econômica fraca era possível ter um
pequeno ganho real.
"Depois da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018,
o índice de junho e julho explodiu, o que reflete na
inflação acumulada até agora. Com a economia fraca,
as empresas não conseguem chegar a 5% de reajuste em
média", explica Zylberstajn.
A expectativa é que a retomada dos salários deve
demorar. A projeçãodo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor) para junho de 4,8% não deixa
muito espaço para a volta dos aumentos reais. O piso
salarial mediano negociado em maio foi a R$1.232
(23% acima do salário mínimo).
Salário médio
Outro ponto que chama a atenção na pesquisa do
Salariômetro é a mudança estrutural da relação entre
sindicatos e empresas. A tendência de queda no
fechamento de convenções coletivas começou em 2013,
4 anos antes da reforma trabalhista.
Mas, a partir de 2012, muitos sindicatos de
trabalhadores passaram a explorar as vantagens da
negociação de acordos coletivos. Desde então, têm
alternado os dois formatos.
"Com a reforma trabalhaista, essa tendencia se
fortalezeu ainda mais. No acordo coletivo, é
possível modificar o que a convenção coletiva
estabeleceu", afirma Zylberstajn.
O Salariômetro calcula o salário médio de admissão
em cada profissão, separando as categorias de acordo
com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO),
elaborada pelo Ministério do Trabalho.
Fonte: Portal Vermelho
27/06/2019 -
Governo interfere nas negociações coletivas e
abandona proteção social, critica diretor do Dieese
Reforma trabalhista do governo Temer e MP 873 de
Bolsonaro promovem perseguição a sindicatos e
fortalecem capital contra o trabalhador. País entra
em ranking ao lado de Bangladesh, Argélia, Colômbia,
Guatemala, Cazaquistão, Filipinas, Arábia Saudita,
Turquia e Zimbábue
São Paulo – O Brasil entrou no ranking dos 10 piores
países do mundo para os trabalhadores, segundo
análise divulgada na 108ª Conferência Internacional
do Trabalho, realizada em Genebra, na Suíça, nas
duas últimas semanas. De acordo com o Índice Global
de Direitos da Confederação Sindical Internacional (CSI),
a “reforma” trabalhista (Lei 13.467, de 2017)
promovida durante o governo Michel Temer introduziu
no país uma ordenação legal que incentiva regressão
nas condições de trabalho, em negociações, direitos
e salários.
Demissões foram facilitadas e muitos direitos
flexibilizados. O empregador pode cada vez mais
negociar sem que o trabalhador tenha o
acompanhamento dos sindicatos, que muitas vezes são
afastados das negociações. Além disso, são
crescentes as denúncias de práticas antissindicais,
após a edição da MP 873 pelo governo Jair Bolsonaro,
que se transformou em objeto de uma batalha
judicial.
“Eles alteraram o que desde o início da CLT são
orientações legais para regular o financiamento dos
sindicatos. O governo interfere nas negociações
coletivas. Há denúncias de assassinatos de
dirigentes ou demissões de dirigentes, afastando-os
de sua responsabilidade sindical”, diz o diretor
técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em
entrevista à Rádio Brasil Atual.
O Brasil integra o ranking dos 10 piores em práticas
trabalhistas junto com Bangladesh, Argélia,
Colômbia, Guatemala, Cazaquistão, Filipinas, Arábia
Saudita, Turquia e Zimbábue. “O Brasil, nos últimos
anos, vinha numa trajetória oposta, de negociação,
organização sindical mais representativa e práticas
de proteção laboral que vinham se ampliando por uma
legislação protetiva mais ampla”, lamenta o diretor
do Dieese.
Previdência
Clemente comentou reunião desta terça-feira (25) entre
sindicalistas e lideranças dos partidos de oposição
PT, PCdoB, PSB, PDT e PSol, sobre a reforma da
Previdência, que está sendo discutida em comissão
especial na Câmara dos Deputados. O movimento
sindical manifestou preocupação com vários aspectos
do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP),
como idade mínima, tempo de contribuição, forma de
cálculo, pensões, aposentadorias especiais e
professores, entre outros.
Segundo o diretor do Dieese, há “convergência” com
os partidos de centro-esquerda, mas ele destacou
ainda reunião com partidos de centro, como PP e PTB.
“Houve receptividade dos líderes e todos acharam que
não seria prudente votar o relatório nesta semana. A
ideia é que outro projeto fosse apresentado, com
regras justas, para que a transformação fosse para
incluir e proteger, e não uma reforma que exclui e
arrocha os aposentados.”
Nesta terça-feira (26), o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que a
votação do relatório de Samuel Moreira na comissão
especial pode ser adiada, se for possível chegar-se
a um acordo com os governadores para incluir estados
e municípios no texto da reforma.
“Governadores colocaram o que era relevante para
eles, eu coloquei aquilo que pode ser construído,
vou conversar com os líderes depois do almoço,
depois volto a conversar com os governadores e vejo
se encontro um denominador comum”, disse Maia,
segundo a Agência Câmara. “Pode ser votado na
quinta, na terça que vem. Dois ou três dias de
atraso por conta de um bom acordo, vale muito mais o
bom acordo”, acrescentou.
Fonte: Rede Brasil Atual
27/06/2019 -
Atraso no recolhimento do FGTS e INSS não
caracteriza dano moral
A questão está pacificada no TST.
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
excluiu da condenação imposta à Trade Polymers do
Brasil Indústria e Comércio Ltda., de Barueri (SP),
o pagamento de indenização por danos morais em razão
do atraso no recolhimento do FGTS e da contribuição
previdenciária de um empregado. Segundo o colegiado,
a conduta não é suficiente para concessão do pedido
de indenização.
Foro íntimo
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de Barueri havia
julgado improcedente o pedido de indenização, mas o
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
condenou a empresa ao pagamento de R$ 3 mil ao
empregado. Para o TRT, a conduta do empregador de
atrasar o recolhimento do FGTS e do INSS teria
afetado o foro íntimo do empregado e causado
prejuízos a ele.
Demonstração
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Dezena da Silva, observou que a questão está
pacificada no TST no sentido de que, diferentemente
do atraso reiterado de salários, a simples
constatação do não recolhimento dessas parcelas não
é suficiente para justificar a condenação ao
pagamento da indenização. É preciso, segundo ele, a
demonstração de prejuízo de ordem moral.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-1776-44.2014.5.02.0202
Fonte: TST
26/06/2019 -
Previdência: centrais e Dieese querem mudanças para
reduzir danos aos trabalhadores
Comissão especial retoma debates sobre parecer e
representantes dos trabalhadores ainda pressionam
por alterações no texto
A comissão especial da ‘reforma’ da Previdência
retomou nesta terça-feira (25) os debates sobre o
parecer apresentado pelo relator, deputado federal
Samuel Moreira (PSDB-SP). Apesar de conter recuos em
relação à proposta inicial do governo Bolsonaro,
dirigentes sindicais devem se reunir com
parlamentares para buscar novas alterações no texto.
A expectativa é que o relator apresente um voto
complementar com mudanças nos pontos ainda em
disputa.
O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio,
que está em Brasília, alerta que a economia de cerca
de 1 R$ trilhão em 10 anos, projetada pelo governo,
se deve essencialmente às restrições às
aposentadorias, seja retardando o acesso aos
benefícios, seja reduzindo os valores. Os principais
prejudicados serão os mais pobres. “Os grandes
impactados, aqueles que sofreram os maiores cortes,
são os trabalhadores, especialmente os de menor
renda, que dependem, quase exclusivamente, durante a
velhice, dos recursos da aposentadoria para
financiar o seu orçamento”, disse Clemente, em
entrevista à jornalista Marilu Cabañas, para o
Jornal Brasil Atual.
Em nota técnica, o Dieese afirma que os
trabalhadores de baixa renda serão os mais
prejudicados com a ‘reforma’ pela dificuldade em
cumprirem as novas regras. Para alcançarem o valor
integral das aposentadorias, o tempo mínimo de
contribuição passará para 40 anos, se o projeto for
aprovado, frente aos 30 anos, para mulheres, e 35
para homens, condicionado à fórmula 85/95, que
combina idade mínima com tempo de contribuição.
O relator acolheu, ainda, a regra de cálculo dos
benefícios proposta pelo governo, correspondente a
60% da média dos salários de contribuição mais 2%
para cada ano de contribuição que exceder a 20 anos.
Esse cálculo reduz o valor inicial do benefício, por
dois motivos: a média considerada será “rebaixada”
em relação à atual, pois incluirá todos os salários
de contribuição desde 1994 ou do início do período
contributivo, sem mais desprezar os 20% menores
valores como atualmente; e a regra atualmente em
vigor garante ao segurado 100% da média (exceção
para o caso da aposentadoria por tempo de
contribuição, quando é utilizado o fator
previdenciário).
“Ao longo da vida, os mais pobres têm mais
dificuldade em fazer algum tipo de poupança que
possa ser usada, e dependem exclusivamente das
aposentadorias. Cortar esse benefício significa
reduzir a receita, o orçamento, a fonte de
financiamento para o orçamento familiar, durante a
velhice”, ressaltou o diretor do Dieese.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/06/2019 -
'Moro era o chefe', diz Glenn Greenwald
Em audiência nesta terça-feira (25) na Câmara dos
Deputados, o jornalista Glenn Greenwald, fundador do
site The Intercept, disse que as trocas de mensagem
reveladas pelo site mostram que Sergio Moro era o
chefe da força-tarefa da Lava Jato; o jornalista
denunciou as condutas ilícitas do ex-juiz
"O material já mostrou e vai continuar mostrando que
Moro era o chefe da força-tarefa da Lava Jato, que
era o chefe dos procuradores. Ele [Moro] está o
tempo todo mandando o que os procuradores deveriam
fazer e depois entrando no tribunal e fingindo que
era neutro. Já mostramos isso, mas vai ter muito
mais material ainda", afirmou Gleen. A declaração
foi publicada na edição desta quarta-feira da Folha
de S.Paulo em reportagem sobre a audiência de
Greenwald na Câmara dos Deputados.
A audiência ocorreu no mesmo dia em que o Supremo
Tribunal Federal negou libertar o ex-presidente Lula
da prisão. As conversas entre Moro e os procuradores
da Operação Lava Jato, divulgadas pelo Intercept,
revelam que o ex-juiz, hoje ministro da Justiça e
Segurança Pública do governo de extrema-direita de
Jair Bolsonaro, manipulou o processo e forçou a
condenação do ex-presidente.
Moro violou as normas de conduta de um juiz e atuou
em conluio com a acusação.
Em seu depoimento na Câmara, Greenwald afirmou que
em outros países juízes que atuem dessa maneira
perderiam o cargo e seriam proibidos de exercer suas
funções.
Fonte: Brasil247
26/06/2019 -
Alcolumbre: Moro já "estaria cassado ou preso" se
fosse do Congresso
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
declarou nesta segunda-feira (24) que as mensagens
trocadas entre Sergio Moro (quando era juiz da Lava
jato) e o procurador Deltan Dallagnol são “graves” e
revelam “problema ético”. Segundo o senador, “se
[Moro] fosse deputado ou senador, estava no Conselho
de Ética, cassado ou preso”.
As declarações foram dadas em jantar promovido pelo
site Poder360, em Brasília. Questionado sobre as
mensagens divulgadas pelo site The Intercept,
Alcolumbre fez ressalvas, mas também críticas
contundentes. “As pessoas têm o direito de conversar
com as outras pessoas. Tem o limite da Constituição,
tem que ver o que ultrapassou”, disse.
Mas disparou: “Do ponto de vista ético, sim
[ultrapassou os limites]. Se aquilo for tudo
verdade… esse que é o problema. Aquilo é verdade?
Vai comprovar? Aquela conversa não era pra ter sido
naquele nível entre o acusador e o procurador. Se
isso for verdade, eu acho que vai ter um impacto
grande”. A seu ver, caso Moro fosse congressista, já
estava sujeito a punição.
Sobre a atuação do presidente Jair Bolsonaro,
Alcolumbre afirmou que teria uma atitude diferente
na articulação: “Se Davi fosse presidente, chance
zero de eu fazer isso.” Referia-se à intensa
atividade do presidente nas redes sociais: “Palma,
mãozinha e curtida não é comigo. O brasileiro quer
comida, quer educar seus filhos, quer remédio no
hospital”.
De acordo com Alcolumbre, todos os dias recebe
reclamações de senadores sobre declarações feitas
por Bolsonaro. “Todo dia: ‘Davi, não é possível
isso’. Se eu ficar ligando para esse negócio de
Twitter, eu não vou trabalhar.”
Da Redação, com informações do Poder360
Fonte: Portal Vermelho
26/06/2019 -
Marcio Pochmann: ou o Brasil se reindustrializa, ou
não terá mais rumo
A retomada do receituário neoliberal no período
recente foi o responsável principal pelo
desencadeamento de novo quadro recessivo na economia
que levou praticamente ao desfecho da
industrialização brasileira. Isso porque o setor
industrial terminou sendo o mais atingido pela queda
no nível de produção, cuja alternativa tem sido a
substituição de produtos nacionais por importados e
prevalência de significativo déficit de manufatura
na balança comercial.
Por Marcio Pochmann*
Esse desfazimento das políticas em defesa da
produção nacional e de estímulo aos investimentos
pode comprometer, em definitivo, as possibilidades
da reindustrialização no país. Sem base industrial
consolidada, dificilmente o Brasil, com mais de 200
milhões de habitantes, poderá retomar novamente o
rumo do desenvolvimento nacional.
Como se sabe, a industrialização brasileira
transcorreu no espaço de tempo histórico de cerca de
cinco décadas demarcadas por dois fundamentais
parâmetros de dimensão externa. O primeiro associado
à estabilidade no padrão técnico de produção
alcançado com o desenvolvimento do fordismo, após a
consolidação da segunda Revolução Industrial e
Tecnológica (1870-1910).
O segundo parâmetro externo decorreu da perspectiva
de capitalismo organizado estabeleceu durante o
interregno da primeira onda de globalização
capitalista (1870-1914), também definida por
imperialismo. O segundo pós-guerra mundial permitiu,
por cerca de três décadas, a manifestação do chamado
anos dourados do capitalismo, com a regulação
econômica de Bretton Woods e a combinação política
do crescimento econômico com democracia e inclusão
social.
Desde a segunda metade da década de 1970, esses dois
parâmetros de dimensão externa mudaram radicalmente.
A começar pelo fim do Acordo de Bretton Woods, que
terminou por estimular o surgimento da segunda onda
de globalização capitalista comandada pelas grandes
corporações transnacionais desde 1980.
Também na década de 1970, os sinais de esgotamento
identificados junto da organização fordista de
produção foram respondidos por novos investimentos
voltados à propulsão de uma terceira Revolução
Industrial e Tecnológica. As intensas inovações de
processos e produtos procedidas impuseram
significativa instabilidade e descontinuidade no
padrão técnico de produção de manufatura.
Em virtude da segunda onda de globalização
capitalista e da instabilidade tecnológica, a
industrialização nacional se viu diante de
constrangimentos externos até então inesperados. As
reações de parte dos governos brasileiros praticadas
desde a década de 1970 foram permeadas por equívocos
e insucessos.
Diante da primeira recessão detectada em 1973 nos
países de capitalismo avançado desde o segundo
após-guerra, o governo militar afastou-se da
tentativa de adotar a agenda restritiva ao
crescimento brasileiro defendida por Mário H.
Simonsen e implementou o 2º Plano Nacional de
Desenvolvimento (1975-1979). O importante projeto do
governo Geisel permitiu completar o ciclo da
industrialização, sem responder aos desafios
estabelecidos pela terceira Revolução Industrial e
Tecnológica, conforme a Coreia do Sul, por exemplo,
conseguiu realizar.
Além disso, a promoção da primeira recessão
(1981-1983) desde a Depressão Econômica de 1929
provocou certo deslocamento da centralidade do
desenvolvimento nacional do mercado interno para o
externo diante do acordo de pagamento da dívida
externa contraída anteriormente. O programa de
ajuste exportador, em parceria com o FMI, levou ao
maior fechamento da economia nacional, atrasando
ainda mais a competitividade e a incorporação de
novas tecnologias pela industrialização nos anos de
1980.
Na virada para o século atual, os governos
neoliberais (1990-2002) impuseram o modo passivo e
subordinado de inserção na segunda onda de
globalização capitalista. Se, de um lado, a
viabilização do Plano Real se mostrou favorável à
estabilidade monetária, após mais de uma década de
superinflação, de outro, restringiu brutalmente a
capacidade da indústria nacional de competir, com
elevadas taxas de juros e prevalência da valorização
cambial.
Nos anos 2000, os governos do PT se mostraram
capazes de reconstruir o dinamismo econômico, porém
sem conseguir se afastar suficientemente da agenda
do tripé macroeconômico. Os avanços na
industrialização possibilitados pelas políticas
desenvolvimentistas encontram maior resistência por
parte das corporações transnacionais e dos Estados
Unidos, que atuaram contrariamente ao processo de
integração latino-americano e articulação com os
BRICS.
Tudo isso terminou se perdendo no quadro geral da
recessão, operações da lava Jato e retomada do
receituário neoliberal. Essa situação terminará
colocando os governos de Temer e de Bolsonaro no
panteão dos presidentes que colocaram a pá de cal no
ciclo da industrialização nacional.
* Marcio Pochmann é professor do Instituto de
Economia e pesquisador do Centro de Estudos
Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da
Unicamp
Fonte: Portal Vermelho
26/06/2019 -
Saque do abono salarial do PIS 2018/2019 vai até
sexta-feira
Os trabalhadores cadastrados no Programa de
Integração Social (PIS) têm até sexta-feira (28)
para sacar o Abono Salarial do calendário 2018/2019.
Os valores vão de R$ 84 até R$ 998, de acordo com a
quantidade de dias trabalhados durante o ano-base
2017.
De acordo com a Caixa, os benefícios, que totalizam
R$ 16,9 bilhões, foram liberados de forma escalonada
para 22,5 milhões de beneficiários, conforme o mês
de nascimento, e agora estão disponíveis para os
nascidos em qualquer mês. Até maio, o banco pagou R$
15,6 bilhões a 20,6 milhões trabalhadores.
O valor do benefício pode ser consultado no
Aplicativo Caixa Trabalhador, no site do banco ou
pelo Atendimento Caixa ao Cidadão, pelo telefone:
0800 726 0207.
Pode a sacar o abono o trabalhador inscrito no PIS
ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e que tenha
trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em
2017 com remuneração mensal média de até dois
salários mínimos.
“Os titulares de conta individual na Caixa com
cadastro atualizado e movimentação na conta, podem
ter recebido crédito automático antecipado. Quem
possui o Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode
se dirigir a uma casa lotérica, a um ponto de
atendimento Caixa Aqui ou ir aos terminais de
autoatendimento da Caixa para receber o abono",
informou o banco.
Segundo a Caixa, caso o beneficiário não tenha o
Cartão do Cidadão ou não tenha recebido
automaticamente em conta, ele pode retirar o valor
em qualquer agência da Caixa, apresentando o
documento oficial de identificação.
O trabalhador em empresa pública, com inscrição no
Pasep, recebe o pagamento do abono pelo Banco do
Brasil.
Fonte: Agência Brasil
26/06/2019 -
Desemprego fica estável na região metropolitana de
São Paulo em maio
Taxa era de 16,7% em abril e passou para 16,8%,
revela pesquisa
A taxa de desemprego total na região metropolitana
de São Paulo passou de 16,7% em abril para 16,8% em
maio deste ano, revela Pesquisa de Emprego e
Desemprego (PED) realizada pela Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos ((Dieese), que considerou o
resultado “praticamente estável”.
O contingente de desempregados foi estimado em 1.921
mil pessoas em maio, 49 mil a mais que no mês
anterior. De acordo com a pesquisa, o resultado
decorreu de elevação da População Economicamente
Ativa, a PEA – 223 mil pessoas entraram no mercado
de trabalho da região em intensidade superior ao
aumento da ocupação, com a abertura de 174 mil
postos de trabalho.
Segundo suas componentes, a taxa de desemprego
aberto variou de 13,9% para 14% e a de desemprego
oculto permaneceu estável em 2,8%. A taxa de
desemprego total é composta pela soma das taxas de
desemprego aberto e oculto.A de desemprego aberto
inclui pessoas que procuraram vaga nos últimos 30
dias e não exerceram nenhum trabalho nos sete dias
anteriores à entrevista.
Já a taxa de desemprego oculto corresponde a pessoas
cuja situação de desemprego está oculta pelo
trabalho precário, conhecido como bico, ou pelo
desalento; sendo que não houve procura de trabalho
nos últimos 30 dias, mas sim nos últimos 12 meses
anteriores à entrevista.
Nos demais domínios geográficos para os quais os
indicadores da pesquisa são calculados, a taxa de
desemprego total diminuiu no município de São Paulo
(de 16,4% para 15,9%), aumentou na sub-região
Sudeste (Grande ABC) (de 14,4% para 14,6%) e
aumentou na sub-região Leste (Guarulhos, Mogi das
Cruzes e outros) (de 19,9% para 20,6%).
Ocupação
O contingente de ocupados foi estimado em 9.513 mil
pessoas. A análise por setores mostra que houve
aumento nos serviços (mais 124 mil postos de
trabalho, ou 2,2%) e, em menor intensidade, na
construção (mais 29 mil, ou 5,3%) e no comércio e
reparação de veículos automotores e motocicletas
(mais 22 mil, ou 1,3%), enquanto houve redução na
indústria de transformação (menos 12 mil postos, ou
-0,9%).
Conforme posição na ocupação, o número de
assalariados aumentou (1,3%), resultado de elevações
no setor privado (1,2%) e no setor público (1,9%).
No setor privado, aumentou o assalariamento com
carteira de trabalho assinada (1,3%) e sem carteira
(0,6%). Houve aumento da ocupação entre os autônomos
(2,4%), empregados domésticos (8,5%) e entre os
classificados nas demais posições (0,3%) – composto
por empregadores, donos de negócio familiar,
trabalhadores familiares sem remuneração e
profissionais liberais.
Comparação anual
Em maio deste ano, a taxa de desemprego total na
região metropolitana de São Paulo (16,8%) foi menor
do que a verificada no mesmo mês do ano passado
(17,4%). A taxa de desemprego aberto diminuiu de
14,4% para 14%, e a de desemprego oculto, de 3% para
2,8%. Entre as componentes desta última, a taxa de
desemprego oculto pelo trabalho precário caiu de
2,6% para 2,2%.
O contingente de desempregados teve aumento – de 7
mil pessoas – o que, segundo a pesquisa, é resultado
da elevação da força de trabalho (434 mil pessoas
entraram no mercado de trabalho, ou 3,9%) em
intensidade superior ao crescimento do número de
ocupados (427 mil pessoas, ou 4,7%).7%).
Fonte: Agência Brasil
26/06/2019 -
Paim critica desregulamentação da segurança e da
saúde no trabalho
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou nesta
terça-feira (25), em Plenário, a decisão do governo
federal de revisar as normas regulamentadoras de
segurança e saúde no trabalho (NRs), com o intuito
de atualizá-las por meio da desregulamentação,
simplificação e desburocratização.
Segundo o parlamentar, medida pode contribuir para o
aumento no número de acidentes e mortes no ambiente
do trabalho. O Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait) publicou uma nota
técnica na qual também se manifesta contrário à
revisão, disse Paim.
— De 2012 até hoje foram registrados cerca de 4,8
milhões de acidentes de trabalho no Brasil, o que
significa um acidente a cada 49 segundos. São 17.500
mortes causadas por acidentes de trabalho. São pais
e mães de famílias, filhos, irmãos, trabalhadores e
trabalhadoras, em pleno vigor de sua capacidade, que
têm suas vidas ceifadas de forma repentina por culpa
exclusiva de alguma falha ou anomalia no ambiente de
trabalho — disse.
Fonte: Agência Senado
26/06/2019 -
Empresa não pagará diferenças por intervalo
intrajornada pré-assinalado
A pré-assinalação é prevista na CLT
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
dispensou a Wickbold & Nosso Pão Indústrias
Alimentícias Ltda., de Hortolândia (SP), do
pagamento de horas extras deferido a uma promotora
de vendas em razão da marcação de horários
invariáveis do intervalo intrajornada. Conforme o
entendimento da Turma, a pré-assinalação é prevista
na CLT.
Marcação “britânica”
A empregada, que trabalhava em supermercados e
hipermercados, afirmou na reclamação trabalhista que
era obrigada pela empresa a anotar os cartões “de
forma britânica, das 7h às 15h20, com intervalo das
12h às 13h”. O pedido de horas extras foi deferido
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região,
que invalidou os cartões de ponto apresentados pela
empresa. Segundo o TRT, as variações dos horários
registrados eram desprezíveis.
De acordo com o item III da Súmula 338, os cartões
de ponto que demonstram horários de entrada e saída
uniformes são inválidos como meio de prova, cabendo
ao empregador fazer prova em sentido contrário. No
caso, entretanto, a Wickbold não apresentou nenhuma
testemunha que pudesse atestar a validade dos
documentos, e o TRT, com esse fundamento, a condenou
ao pagamento de horas extras em razão da supressão
do intervalo intrajornada.
Pré-assinalação
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Walmir Oliveira da Costa, explicou que a
jurisprudência do TST é firme no sentido da
inaplicabilidade do item III da Súmula 338 nas
hipóteses de pré-assinalação do intervalo
intrajornada nos registros de ponto. “Tal
possibilidade encontra-se prevista no artigo 74,
parágrafo 2º, da CLT, razão pela qual compete à
trabalhadora o ônus de demonstrar a fruição
irregular ou a supressão do intervalo, o que não se
verifica no caso”, concluiu, ao indicar diversos
precedentes das Turmas e da Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST no mesmo
sentido.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-76-56.2013.5.15.0016
Fonte: TST
25/06/2019 -
Brasil está entre os piores países do mundo para
trabalhador, aponta debate
Pela primeira vez na história, o Brasil foi incluído
na lista dos dez piores países do mundo para a
classe trabalhadora pelo Índice Global de Direitos,
divulgado na semana passada durante a 108ª
Conferência Internacional do Trabalho, ligada à ONU.
O alerta foi apresentado durante audiência pública
na Comissão de Direitos Humanos (CDH) nesta
segunda-feira (24) pelo representante do Sindicato
Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait),
Rogerio Silva.
— O Brasil faz parte dos dez piores países do mundo
para se trabalhar em 2019. Pela primeira vez o
Brasil entrou nessa lista, junto com o Zimbábue. O
Índice Global de Direitos incluiu o Brasil por ter
considerado que a reforma trabalhista [Lei 13.467,
de 2017] impôs um arcabouço jurídico regressivo aos
trabalhadores, baseado na retirada de direitos. A
reforma consolidou um quadro de desproteção ao
trabalho, repressão violenta a greves e protestos,
além da intimidação de lideranças — detalhou Silva.
Também contribuíram no rebaixamento do Brasil os
esforços governamentais visando asfixiar
economicamente os sindicatos, com medidas como o fim
das contribuições obrigatórias, levando muitos a
fecharem as portas, diminuindo o poder de negociação
dos trabalhadores, acrescentou o sindicalista.
Além de Brasil e Zimbábue, também estão na lista dos
dez piores países do mundo para a classe
trabalhadora Arábia Saudita, Bangladesh, Filipinas,
Guatemala, Cazaquistão, Argélia, Colômbia e Turquia.
Precarização e desemprego
Silva afirmou que o Brasil passou a ser monitorado
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT),
devido a denúncias de que estaria descumprindo
acordos internacionais trabalhistas assinados no
passado. Ele e o presidente da CDH, Paulo Paim
(PT-RS), também criticaram o fato de a reforma
trabalhista ter sido feita sob o argumento de que
geraria 6 milhões de novos empregos. Após quase 2
anos de vigência, o que se vê foi o aumento no
número de desempregados de 12 milhões para mais de
14 milhões de pessoas, afirmaram.
O representante do Sinait criticou ainda o fato de o
governo federal estar neste momento estudando a
revogação de 90% das normas regulamentadoras de
segurança do trabalho (as NRs). Silva lembrou que
essas normas foram todas elaboradas por comissões
tripartite, das quais a classe empresarial sempre
fez parte, junto com representantes de sindicatos e
do próprio governo.
Desigualdade
A advogada trabalhista Eidy Lian Cabeza, representante
do Movimento da Advocacia Trabalhista Independente (Mati),
apresentou dados de um estudo divulgado recentemente
pela Fundação Getulio Vargas (FGV) que, no entender
dela, indicam que a reforma trabalhista e outras
medidas com diretriz semelhante aumentam a
desigualdade social.
— O Instituto Brasileiro de Economia [Ibre, ligado à
FGV] demonstra que nos últimos anos, a despeito da
profunda crise, os 10% mais ricos passaram de 49%
para 52% na renda nacional. Por outro lado, os 50%
mais pobres viram sua parcela diminuir de 5,74% para
apenas 3,5% no primeiro trimestre de 2019. O número
de famílias endividadas já chega a 63,4% no país, um
aumento de 4,4% em relação a maio do ano passado. E
para piorar, o índice de Gini [medição
internacionalmente aceita sobre desigualdade
social], que vinha caindo desde a década de 1990,
voltou a subir em 2016 e atingiu seu pior índice em
março deste ano — lamentou Eidy.
O vice-presidente da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz
Antonio Colussi, informou que a entidade mantém
gestões junto ao STF visando revogar diversos
artigos da reforma trabalhista. Ele afirmou que a
primeira vitória foi a proibição de grávidas poderem
trabalhar em condições insalubres, derrubada no mês
passado. Outro ponto prioritário é derrubar o que
chama de “tarifação do dano moral”.
— No caso do maior acidente de trabalho da nossa
história, o rompimento da barragem da Vale em
Brumadinho, podemos acabar tendo a diferenciação da
valorização da vida humana. Quer dizer, o
trabalhador que ganha menos vale menos que o
trabalhador que ganha mais. Isso é uma flagrante
inconstitucionalidade — disse.
Outro participante da audiência, o
subprocurador-geral do Trabalho Cristiano Paixão,
também considera inconstitucional a MP 873/2019, que
impede os sindicatos de estabelecerem o desconto
prévio das contribuições em folha de pagamento,
mediante autorização. A MP exige que o recolhimento
se dê apenas por boleto bancário, o que contraria o
princípio da liberdade sindical, segundo Paixão.
Para ele, a medida visa “matar os sindicatos de
inanição, asfixiando-os economicamente ao extremo”,
ferindo acordos internacionais assinados pelo
Brasil.
Reforma da Previdência
Na avaliação de Paim, tanto a reforma trabalhista
quanto a proposta de reforma da Previdência (PEC
6/2019, ainda em análise na Câmara dos Deputados)
têm o objetivo, entre outros, de prejudicar a
capacidade de organização da classe trabalhadora.
Ele disse não compreender “o porquê da perseguição
aos sindicatos” e acrescentou que nos países de
capitalismo avançado, como Alemanha, França e
Estados Unidos, as organizações sindicais têm grande
poder de intervir em políticas públicas para o setor
e mediar negociações.
O senador também criticou a argumentação do governo
de que as reformas são necessárias para combater
deficits e crises fiscais. Paim afirmou que em 2017
o próprio governo perdoou uma dívida de R$ 25
bilhões do Banco Itaú e que nada faz visando
diminuir apropriações indébitas de pelo menos R$ 30
bilhões por ano na Previdência, além de outros R$
400 bilhões por ano de sonegações e elisões fiscais
em geral, praticadas por grandes grupos econômicos.
Fonte: Agência Senado
25/06/2019 -
Maia quer votar reforma da Previdência na primeira
quinzena de julho
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
reafirmou nesta segunda que pretende votar a reforma
da Previdência (PEC 6/19) no Plenário na primeira ou
segunda semana de julho. A expectativa é que a
comissão especial que debate a proposta vote até
quinta o relatório do deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP).
Maia disse ainda que espera incluir novamente
estados e municípios no texto. “Gostaria de ter o
apoio de todos os governadores. O fortalecimento da
relação do Parlamento com a federação é fundamental,
é uma demonstração de maturidade de todos os lados e
de todos os partidos”, destacou.
Reforma tributária
De acordo com Rodrigo Maia, após a aprovação do texto
na Comissão da Reforma da Previdência, a Câmara
poderá instalar a comissão especial que vai analisar
a reforma tributária (PEC 45/19). “Já que a reforma
da Previdência está terminando seu ciclo na
comissão, vamos começar o ciclo da reforma
tributária também.”
A Comissão da Reforma Tributária foi criada no
último dia 17. A instalação do colegiado depende
agora de indicação dos integrantes pelos líderes
partidários.
De autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), a PEC
45 acaba com três tributos federais – IPI, PIS e
Cofins. Extingue também o ICMS, que é estadual, e o
ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo.
No lugar, é criado o IBS - Imposto sobre Operações
com Bens e Serviços, de competência de municípios,
estados e União, além de um outro imposto, sobre
bens e serviços específicos, esse de competência
apenas federal.
Fonte: Agência Câmara
25/06/2019 -
Discussão sobre reforma da Previdência deve ser
encerrada hoje
Na semana passada, 71 deputados falaram a favor e
contra o parecer que muda as regras para
aposentadoria no Brasil
A comissão especial da reforma da Previdência (PEC
6/19) retoma hoje a discussão sobre o parecer do
relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Esse
será o terceiro dia de debates. Alguns deputados que
se inscreveram desistiram de falar, mas a lista
atualizada ainda tem 77 inscritos. O presidente da
comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), adiantou
ainda que é possível que a votação comece no mesmo
dia em que for encerrada a discussão.
Até o fim da tarde desta segunda-feira (24),
deputados e partidos já haviam apresentado 27
destaques ao relatório do deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP) sobre a proposta.
Desse total, 20 destaques são individuais e ainda
passam por uma avaliação preliminar de
admissibilidade e não precisam ser votados em
separado. Os sete restantes são de partidos ou
blocos. A comissão especial da reforma pode receber
até 34 destaques desse tipo. A oposição, por
exemplo, tem direito a nove, que ainda não foram
apresentados.
Esses destaques serão votados separadamente após a
votação do texto global e, portanto, podem influir
no tempo de votação, pois serão acompanhados de
quatro falas, duas favoráveis e duas contrárias. Na
fase de votação, a oposição já informou que vai
obstruir os trabalhos da comissão.
"Quanto mais destaques, mais lento o processo.
Agora, se houver um acordo consolidado em torno do
relatório, não há obstrução eterna. Nós vamos
enfrentando a obstrução com votação, vamos vencendo
e vamos entregar o que o Brasil precisa, que é a
reforma aprovada", prevê Marcelo Ramos.
Temas dos destaques
Nos destaques, os partidos tentam suprimir algum
trecho da proposta do relator ou reativar alguma
emenda apresentada e não acolhida. Entre os
destaques apresentados, o Patriota busca incluir os
guardas municipais em regras especiais de
aposentadoria. Já o PROS tenta fazer o mesmo para os
vigilantes.
O PL, por sua vez, apresentou destaque para manter
as regras atuais para professores e o Novo quer
eliminar o aumento da contribuição social (CSLL)
sobre o lucro dos bancos. O bloco PP-MDB-PTB
apresentou destaque para manter as regras atuais de
cálculo dos benefícios previdenciários.
Fonte: Agência Câmara
25/06/2019 -
Grupo de juízes federais pede expulsão de Moro de
associação da categoria
O ex-juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da
Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro pode ser
expulso de associação de magistrados por ter violado
as leis ao manipular o processo que resultou na
condenação do ex-presidente Lula.
Reportagem do jornalista Rubens Valente na Folha de
S.Paulo informa que "um grupo de 30 juízes federais
de várias partes do país pediu nesta segunda-feira
(24) à Ajufe (Associação dos Juízes Federais do
Brasil) a suspensão cautelar do ministro Sérgio Moro
das atividades associativas, inclusive da
participação na Lista Ajufe, um grupo de discussão
dos magistrados por e-mail".
Os juízes federais se somam ao clamor nacional pela
apuração das circunstâncias das conversas travadas
entre Moro e membros da Lava Jato no Ministério
Público Federal. O grupo de juízes está convencido
de que, se confirmadas as conversas reveladas pelo
site The Intercept, Moro deveria perder o título de
sócio benemérito da entidade.
"Entendemos que as condutas expostas na publicação
jornalística, caso confirmadas, são totalmente
contrárias aos princípios éticos e às regras
jurídicas que devem reger a atuação de um
magistrado, pois quando um juiz atua de forma
parcial, chegando ao ponto de confundir sua atuação
com a do órgão acusador, a credibilidade do Poder
Judiciário é posta em xeque", diz a representação
encaminhada pelos juízes federais.
Fonte: Portal Vermelho
25/06/2019 -
Orlando Silva: Cai o PIB mais uma vez, volta da
recessão se avizinha
O boletim Focus, projeções feitas pelo Banco Central
(BC) toda a semana, indicou nesta segunda-feira (24)
mais uma queda no Produto Interno Bruto (PIB).
Trata-se da 17ª redução consecutiva na soma de todos
os bens e serviços produzidos no país, desta vez a
redução foi de 0,93% para 0,87%.
Na avaliação do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP),
estamos prestes a enfrentar uma recessão.
“Ao que tudo indica, a volta da recessão se
avizinha. É a 17ª revisão negativa, sem que o
governo tome nenhuma medida visando a recuperação.
Enquanto o povo sofre com desemprego e miséria,
Bolsonaro se preocupa com a reeleição, armas e
tomada de três pinos”, escreveu no Twitter o
deputado.
O economista Marcio Pochmann diz que a economia
opera a produção ao ritmo menor do que a de 2014.
Nesse ambiente, a renda das famílias encolhe mais
ainda, especialmente para trabalhadores de serviços
e da construção civil.
“Sem a volta da renda das famílias, o PIB segue
empacado em 2019”, diz Pochmann.
Fonte: Portal Vermelho
25/06/2019 -
Glenn Greenwald vai ao Senado para debater ameaças à
liberdade de imprensa
Na próxima segunda-feira, 1°, a partir das 10h,
acontece no Senado Federal audiência pública para
discutir as ameaças à liberdade de imprensa no
Brasil. A audiência será interativa e as pessoas
poderão participar por meio do Portal e-Cidadania.
A reunião foi solicitada pelo Conselho de
Comunicação Social e, de acordo com o grupo, servirá
para debater os riscos atuais do exercício da
profissão de jornalista no Brasil e os recentes
casos de ameaças a alguns jornalistas. Foram
convidados para o debate o Jornalista e Editor
Cofundador do site The Intercept Brasil, Glenn
Greenwald; o editor do site O Antagonista, Cláudio
Dantas; o Presidente da Associação Brasileira de
Jornalismo Investigativo (Abraji), Daniel Bramatti;
a Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ),
Maria José Braga; e o ex-Presidente do Supremo
Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto.
As pessoas já podem participar enviando perguntas e
comentários por meio do Portal e-Cidadania, ou do
Alô Senado, no telefone 0800 61 22 11. Aqueles que
participarem pelo Portal receberão declaração de
participação, disponível na página do evento após
seu encerramento.
Fonte: Diap
25/06/2019 -
Paulo Rocha considera grave decisão de adiar
julgamento do HC de Lula
O senador Paulo Rocha (PT-PA) disse em Plenário,
nesta segunda-feira (24), que o adiamento da
audiência do julgamento do habeas corpus do
ex-presidente Lula, no Supremo Tribunal Federal
(STF), é grave para o quadro político nacional.
— O Supremo Tribunal Federal não pode negar ao
presidente Lula um julgamento justo! Não pode e não
deve repetir o huiz Sergio Moro, nas mãos de quem
Lula não teve um julgamento justo — disse.
Para Paulo Rocha, Moro proferiu inverdades durante a
audiência que ocorreu na semana passada, no Senado,
e não esclareceu os diálogos com o procurador da
República Deltan Dallagnol e divulgados pelo site
The Intercept Brasil. Ele afirma que os diálogos
confirmam o conluio entre o Juiz e o procurador para
condenar sem provas o ex-presidente Lula.
O senador ainda fez a leitura de uma carta de Lula
endereçada ao ex-chanceler Celso Amorim, um dos
coordenadores da luta internacional em defesa de sua
liberdade, em que o ex-presidente fala sobre o
julgamento do seu habeas corpus no STF e pede para
ter um julgamento justo.
Fonte: Agência Senado
25/06/2019 -
Reforma trabalhista não afasta direito de
trabalhador à Justiça gratuita
Embora a Lei 13.467/2017, conhecida como reforma
trabalhista, tenha passado a exigir a comprovação da
insuficiência de recursos para conceder assistência
judiciária gratuita, a regra não pode ser aplicada
isoladamente. Com esse entendimento, a 3ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho concedeu a um
encarregado o direito à Justiça gratuita, além da
isenção das custas processuais na reclamação que ele
move contra uma loja de laticínios.
Como o salário do trabalhador era de R$ 3,4 mil, e
as custas foram fixadas em R$ 4.361,73, a turma
entendeu que os fatos demonstram que ele não tinha
condições de arcar com os custos da ação sem
prejuízo do sustento próprio ou de sua família.
“Não conceder ao autor os benefícios da gratuidade
de justiça é o mesmo que impedir o amplo acesso ao
Poder Judiciário e discriminar o trabalhador em
relação às pessoas naturais que litigam na Justiça
Comum”, afirmou o relator, ministro Agra Belmonte.
O ministro explicou, no julgamento do recurso de
revista do empregado, que a Lei 1.060/1950
considerava necessitada a pessoa cuja situação
econômica não lhe permitisse pagar as custas do
processo e os honorários de advogado sem prejuízo do
sustento próprio ou da família. O artigo 4º dessa
norma estabelecia como requisito para a concessão da
gratuidade da Justiça apenas a afirmação da parte
nesse sentido na petição inicial. Havia assim,
segundo o relator, a presunção da veracidade da
declaração de hipossuficiência.
Na mesma linha, o artigo 99 do Código de Processo
Civil presume verdadeira “a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural”. Com a entrada em vigor do novo CPC, o TST
converteu a Orientação Jurisprudencial 304 da
Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1)
na Súmula 463, com o mesmo teor.
Retrocesso social
A reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro
de 2017, introduziu o parágrafo 4º no artigo 790 da
CLT, passando-se a exigir a comprovação da
insuficiência de recursos. “Sem dúvida, uma condição
menos favorável à pessoa natural do que aquela
prevista no Código de Processo Civil”, assinala o
relator. “O novo dispositivo implicaria, do ponto de
vista do trabalhador, um retrocesso social,
dificultando o acesso deste ao Poder Judiciário.”
Para o ministro Agra Belmonte, a nova regra não pode
ser aplicada isoladamente, mas interpretada
sistematicamente com as demais normas constantes da
CLT, da Constituição da República e do CPC. “Não se
pode atribuir ao trabalhador que postula na Justiça
do Trabalho uma condição menos favorável do que a
destinada aos cidadãos comuns que litigam na Justiça
Comum, sob pena de afronta ao princípio da
isonomia”, afirmou.
Por unanimidade, a turma deu provimento ao recurso
para conceder o benefício da Justiça gratuita e
afastar a deserção decretada pelo TRT em razão do
não recolhimento das custas. O processo será
devolvido ao segundo grau, para exame do recurso
ordinário. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TST. Processo 1002229-50.2017.5.02.0385
Fonte: Consultor Jurídico
24/06/2019 -
Convenção sobre assédios moral e sexual no mundo do
trabalho é aprovada na OIT
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)
aprovou a Convenção 190 que trata da violência no
mundo do trabalho. O texto aprovado é fruto de um
debate, iniciado por movimentos de mulheres, que
começou em 2009, na Confederação Sindical
Internacional (CSI), e venceu resistências dos
empregadores que consideravam o tema uma questão a
ser resolvida por políticas públicas.
“Parabéns a todos nós trabalhadores (as) de todo
mundo que nessa histórica conferência, onde se
celebra também o centenário da OIT, conseguimos,
após um árduo trabalho, a adoção da Convenção 190 e
a recomendação que lhe complementa, que terá o papel
de proteger os trabalhadores do setor público e
privado contra violências e assédios no mundo do
trabalho. A luta continua e viva os trabalhadores”,
comemorou a Diretora de Assuntos da Mulher da Nova
Central Sindical de Trabalhadores – NCST, Sônia
Maria Zerino Silva.
O papel da Convenção
A Convenção terá o papel de proteger todos os
trabalhadores, do setor público e privado, e casos
externos como violências sofridas no caminho do
trabalho, ou por decorrência dele.
Diversidade
Até mesmo na Conferência o preconceito esteve
presente: países africanos, além de Rússia e
Bielorrússia, ameaçaram deixar o plenário caso o
termo LGBT fosse incluído no texto.
Mas de acordo com a Convenção 190 da OIT, no mundo
do trabalho, a discriminação, as piadas homofóbicas,
as chacotas e perseguições a LGBT´s serão
consideradas agressões.
Fonte: NCST
24/06/2019 -
Votação da reforma da Previdência pode começar no
mesmo dia do encerramento da discussão
Mais 20 deputados debateram na quarta-feira (19) o
parecer à reforma da Previdência (PEC 6/19),
aumentando para 71 os que já falaram nesta semana,
totalizando 17 horas de discussão. Alguns deputados
que se inscreveram desistiram de falar, mas a lista
ainda tem 78 deputados inscritos.
O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), chamou nova reunião para a terça (25), às 9
horas, e informou que será mais rigoroso com os
deputados que não estiverem no momento em que forem
chamados. Ele disse ainda que nada impede que a
votação comece no mesmo dia em que for encerrada a
discussão.
No segundo dia de debates, os deputados se
concentraram em fazer reivindicações ao relator,
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que já anunciou
que apresentará voto complementar na semana que vem.
Segundo ele, serão feitas correções de redação e
alterações.
O deputado Professor Israel Batista (PV-DF) defendeu
a manutenção da regra atual para os professores.
Segundo ele, os professores brasileiros trabalham 4
horas a mais que a média mundial.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), por sua vez,
acredita que não é necessária a diferença de idade
entre homens e mulheres. "Em 189 países, o Brasil é
um dos poucos que ainda não igualou as idades".
Tempo de contribuição
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) avalia que os
trabalhadores terão dificuldade para cumprir o novo
tempo de contribuição de 20 anos. Só as
trabalhadoras rurais permaneceram com 15. "É preciso
saber que 42% dos trabalhadores no Brasil conseguem
comprovar em média somente 4,9 meses de contribuição
por ano. Ao aumentar 5 anos, ele terá que trabalhar
em média mais 12 anos", ressaltou.
O deputado Fábio Henrique (PDT-SE) sugeriu mudanças
nos pedágios, que são o tempo extra que o
trabalhador precisa cumprir além daquele que
faltaria pelas regras atuais. A regra proposta pelo
relator prevê que trabalhadores do regime geral e do
regime próprio cumpram um pedágio de 100%, ou seja,
o dobro do tempo que falta para se aposentar.
"Nosso partido propõe que ele seja de 50% para os
servidores públicos – visto que o servidor, pela
regra da estabilidade, tem a possibilidade de pelo
menos saber que vai ter como cumprir os 50%. E de
20% para os trabalhadores do regime geral, porque
esses não têm como garantir que vão continuar no
emprego", ponderou.
Capitalização
O sistema de capitalização, retirado da reforma pelo
relator, foi defendido pelo deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).
"Eu salientei que o erro principal da capitalização
foi ter vindo de maneira genérica e não ter sido
acompanhada de um encaminhamento de um projeto de
lei complementar”, argumentou. Ele também considera
que o projeto de lei que prevê regras diferenciadas
para aposentadoria dos militares também atrapalhou o
debate da capitalização.
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) sugeriu a
taxação de grandes fortunas e a volta da tributação
sobre lucros e dividendos. "Nós temos um número
muito pequeno de pessoas, 0,07% do total dos
contribuintes, que têm o potencial de gerar uma
arrecadação anual de R$ 72 bilhões", alertou.
Já a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do
governo no Congresso, ressaltou a necessidade de não
alterar a reforma para destravar a economia. "A
gente tem que botar um freio nisso. Destravar a
economia, gerar emprego, gerar renda para o Brasil
que quer trabalhar, que quer estudar, que quer
produzir, que quer de fato melhorar de vida".
O relator, deputado Samuel Moreira, recebeu várias
críticas por reduzir os repasses de recursos do
PIS/PASEP para o BNDES. Mas ele explicou que muitas
vezes o Tesouro Nacional tem que garantir dinheiro
para pagar outras despesas custeadas pelo imposto,
como o seguro-desemprego. E isso ocorre a um custo
maior que o obtido pelo BNDES em seus empréstimos.
Fonte: Agência Câmara
24/06/2019 -
Defesa de Lula explica por que Moro é suspeito
Em artigo publicado nesta segunda-feira, os
advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira
Martins explicam, de forma didática, por que o
ex-ministro Sergio Moro deve ser considerado
suspeito pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento
que pode ocorrer nesta terça-feira 25. Se o Estado
de Direito prevalecer, Lula deverá ter sua liberdade
plena restabelecida nessa data e os processos devem
voltar ao início, presididos por juiz natural,
independente e imparcial, o que nunca foi o caso do
atual ministro da Justiça, Sergio Moro, em relação
ao ex-presidente", dizem os advogados. "A
Constituição Federal e a legislação não permitem a
condução do processo e sua conclusão por juiz que
tenha —ou aparente ter— interesse no seu desfecho",
lembram ainda.
Cristiano e Valeska argumentam que "a mera dúvida
sobre a isenção do magistrado é suficiente para que
seja reconhecida sua suspeição". E isso se tornou
evidente após a chamada 'Vaza Jato'.
"Não há qualquer controvérsia quanto ao fato de que,
em 2016, Moro autorizou ilegalmente, por 23 dias, a
interceptação do principal ramal do nosso escritório
e monitorou, com procuradores e policiais, as
conversas que mantínhamos sobre a estratégia
jurídica de defesa do ex-presidente Lula", lembra
ainda os advogados.
"Na cruzada contra Lula, sua defesa foi tratada como
mera formalidade; provas relevantes foram
indeferidas e criou-se na opinião pública, por ações
do próprio juiz do caso, uma expectativa de
condenação difícil de ser superada mesmo com as
provas de inocência que apresentamos", aponta,.
Fonte: Brasil247
24/06/2019 -
Congresso instala comissão da chamada “MP da
liberdade econômica”
A comissão mista criada para apreciar a Medida
Provisória (MP) 881/19 foi instalada nesta
terça-feira (18). Na primeira reunião foi realizada
as eleições para presidente e vice-presidente da
comissão. Foram eleitos, respectivamente, o senador
Dário Berger (MDB-SC) e o deputado Marco Bertaiolli
(PSD-SP). Também foram designados o relator,
deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), e a
relatora-revisora, senadora Soraya Thronicke
(PSL-MS).
Além disso, foi aprovado o plano de trabalho que
sugere a realização de uma audiência pública na
próxima semana e a entrega do relatório no dia 2 de
julho. Segundo o relator, a comissão deverá
trabalhar rapidamente para que a MP seja votada
daqui a 15 dias.
O deputado Vitor Lipp (PSDB-SP) ressaltou a
importância da aprovação dessa MP para tirar o
Brasil da crise econômica e modernizar o país. Na
próxima quarta-feira (26), vai ser realizada a
primeira audiência pública da comissão com
representantes da sociedade.
Conteúdo
A MP 881/19 institui a Declaração de Direitos de
Liberdade Econômica, estabelecendo normas de
proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de
atividade econômica, e disposições sobre a atuação
do Estado como agente normativo e regulador. O
objetivo é desburocratizar o empreendedorismo no
país.
De acordo com o texto, a liberdade econômica é
essencial para que o país prospere e se desenvolva
e, por isso, “apenas garantindo que as atividades
econômicas sejam exercidas sem a influência do
Estado é que será possível contornar a crise
econômica e garantir uma melhoria nas políticas
públicas”.
A declaração reúne dez direitos para situações
concretas que possuem o objetivo de alterar, em
caráter emergencial, a realidade do Brasil. O
documento será considerado uma norma a ser seguida
nos direitos civil, empresarial, econômico,
urbanístico e do trabalho.
Fonte: Diap
24/06/2019 -
Brasil, um dos 10 piores países para trabalhadores.
E continuará sendo monitorado na OIT
Confederação sindical divulgou lista em que o
Brasil figura pela primeira vez. Associação afirma
que lei precarizou contratações
Monitorado pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT) por causa de sua nova legislação, o
Brasil foi incluído em uma lista dos 10 piores
países do mundo para os trabalhadores, segundo a
Confederação Sindical Internacional (CSI), que
divulgou nesta quarta-feira (19) o seu Índice Global
de Direitos. É a primeira vez que o Brasil aparece
entre os 10 piores, em uma relação com 145 países,
avaliados com base em 97 indicadores. A divulgação
foi feita durante a 108ª Conferência Internacional
do Trabalho, em Genebra.
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, que
participa do evento na Suíça, as mudanças feitas
pela Lei 13.467, de “reforma trabalhista”, ainda na
gestão Temer, contribuíram para o Brasil atingisse
esse “lamentável resultado”. E o cenário pode piorar
no governo Bolsonaro, acrescentou.
“No Brasil, além de não haver mais legislação
trabalhista, não há democracia. Há perseguição às
liberdades individuais e ao direito coletivo. E,
acima de tudo, há o desrespeito muito grande aos
tratados e convenções internacionais, não apenas no
que diz respeito aos direitos trabalhistas, mas
também aos direitos humanos”, afirmou o presidente
da CUT, fazendo referência a ameaças do governo
brasileiro de sair das Nações Unidas e da própria
OIT, por discordar de suas decisões. “A única saída
que o governo brasileiro propõe é mais violência. O
governo propõe armar a população e ignora que o
Brasil está entre os dez países onde foram
constatados assassinatos de sindicalistas, como
aponta o relatório da CSI.”
A Comissão de Aplicação de Normas da OIT decidiu que
o Brasil deve permanecer sendo monitorado devido a
denúncias de que a “reforma” trabalhista viola a
Convenção 98 da entidade, sobre direito de
organização e à negociação coletiva. A organização
pediu ao governo que faça mudanças, se necessário.
Embora não considere a decisão satisfatória, o
secretário de Relações Internacionais da CUT,
Antonio Lisboa, observou que a recomendação “reforça
o que tanto os trabalhadores como o comitê de
peritos disseram: não houve diálogo social para
aprovação da lei”.
Segundo a presidenta da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra),
Noemia Porto, a OIT “instou o governo brasileiro a
um amplo diálogo com a representação dos
trabalhadores e dos empregadores para que sejam
analisados os impactos da reforma e empreendidos
esforços para modificações ou aperfeiçoamentos que
seja necessários”. Ela avalia que a permanência do
país na lista de possíveis violadores de direitos
mostra a necessidade de um diálogo real, com
participação de representantes dos trabalhadores e
dos empregadores, para uma análise efetiva sobre os
efeitos da “reforma”.
A Anamatra entregou ao diretor-geral da OIT, Guy
Ryder, nota técnica sobre a lei, com um balanço dos
18 meses de implementação. Para a entidade, as
alterações, além de não reduzir o quadro de
desigualdade social, precarizou as modalidades de
contratação, fez cair o número de convenções e
acordos coletivos e restringiu o acesso dos
trabalhadores à Justiça, o que também fez cair a
arrecadação de contribuições previdenciárias.
Fonte: Rede Brasil Atual
24/06/2019 -
Trabalho aos domingos não vai gerar empregos,
critica presidente da CNTA
O governo Bolsonaro publicou na quarta (19) Portaria
da Secretaria de Previdência e Trabalho que
autoriza, em caráter permanente, 78 setores da
economia a trabalhar aos domingos e feriados.
Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins
(Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias de Alimentação e Afins), considera que a
medida é prejudicial e sua implantação enfrentará
resistência.
“O domingo é o dia em que há reunião familiar, onde
acontece o lazer compartilhado. Em boa parte das
famílias, todos trabalham e só têm esse dia de folga
em comum. Isso não pode ser tirado dos
trabalhadores”, sublinha Artur, que não vê sentido
social ou econômico na medida.
O sindicalista rebate a afirmação, feita pelo
secretário de Previdência e Trabalho, Rogério
Marinho, de que a Portaria irá gerar empregos. “Essa
declaração é uma falácia. Hoje, a maioria das
empresas trabalha com cerca de 60% de sua
capacidade, o impacto no combate ao desemprego será
irrisório. Além disso, o povo está sem poder
aquisitivo para consumir”, afirma o dirigente.
“Esse tipo de medida não pode vir sem alguma
contrapartida, como a redução de jornada. Em alguns
setores, o trabalhador já atua no sistema 6 por 2,
com duas folgas a cada seis dias laborais. Essa
Portaria não está acima da lei ou dos acordos
coletivos e não iremos aceitar que seja imposta a
força”, conclui o sindicalista.
Fonte: Agência Sindical
24/06/2019 -
Direito do Trabalho é tema de debate na Comissão de
Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove nesta segunda-feira
(24), a partir das 9h, audiência pública interativa
para debater o Direito do Trabalho, ramo das
ciências jurídicas que se ocupa das relações
trabalhistas.
Foram convidados para o debate o presidente do
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
(Sinait), Carlos Silva, o vice-presidente da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra), Luiz Antonio Colussi, o
subprocurador-geral do Trabalho Cristiano Paixão e a
representante do Movimento da Advocacia Trabalhista
Independente Eidy Lian Cabeza.
Também devem participar representantes da Associação
Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), do
Centro de Estudos Sindicais e de Economia do
Trabalho da Unicamp, da Associação Brasileira de
Advogados Trabalhistas (Abrat) e do Ministério da
Economia.
Qualquer pessoa pode participar da audiência pública
interativa pelo portal do e-Cidadania ou pelo
telefone 0800 612211.
Participe: http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania: senado.leg.br/ecidadania
Fonte: Agência Senado
24/06/2019 -
Melhora a confiança do empresário, diz CNI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial
(ICEI) alcançou 56,9 pontos em junho. A alta de 0,4
ponto em relação a maio interrompe uma série de
quatro quedas consecutivas do indicador, que está
2,4 pontos acima da média histórica (54,5 pontos).
As informações são da pesquisa divulgada na
quarta-feira (19) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Os indicadores do ICEI variam de zero a cem pontos.
Quando estão acima dos 50 pontos indicam empresários
confiantes.
Segundo a CNI, o índice deste mês é 7,3 pontos
superior ao de junho do ano passado, quando o
otimismo dos empresários foi fortemente afetado pela
greve dos caminhoneiros.
De acordo com a pesquisa, o otimismo é maior nas
grandes empresas, segmento em que o índice de
confiança de junho ficou estável em 57,6 pontos. Nas
médias, o índice subiu um ponto em relação a maio e
alcançou 56,7 pontos. Nas pequenas, o índice cresceu
0,7 ponto e ficou em 55,8 pontos.
Esta edição do foi feita entre 3 e 12 de junho, com
2.400 empresas. Dessas, 940 são pequenas, 898 são
médias e 562 são de grande porte.
Fonte: Agência Brasil
24/06/2019 -
Jornada de trabalho controlada indiretamente dá
direito a hora extra
Funcionário com jornada de trabalho controlada
indiretamente tem direito a hora extra. Assim
entendeu a 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
da 4ª Região (RS) ao condenar uma empresa de bebidas
a pagar os valores a um vendedor externo.
Ao ser contratado, o vendedor foi enquadrado no artigo
62, inciso I, da CLT, quando não há pagamento de
horas extras por não haver controle da jornada de
trabalho. Mas, para os desembargadores, as provas
produzidas no processo demonstraram que a empresa
não só podia como também controlava o horário de
trabalho do vendedor. Ele era obrigado a participar
de duas reuniões diárias e o roteiro de visitas era
prefixado pela empresa e monitorado on-line.
“Nos termos do artigo 62, I, da CLT, os empregados
exercentes de atividade externa incompatível com a
fixação de horário de trabalho não estão abrangidos
pelo regime de duração normal da jornada de
trabalho. O aludido dispositivo legal, contudo, não
afasta o direito à satisfação das horas extras para
aqueles que, apesar de realizarem atividades
externas, laboram além da jornada normal e sofrem
fiscalização, ainda que indireta, por parte do
empregador”, observou a relatora do acórdão,
desembargadora Denise Pacheco.
Conforme a magistrada, existem jornadas de trabalho
mais flexíveis, mas essas não se confundem com a
liberdade do trabalho externo em que efetivamente
não há possibilidade de fiscalização pelo
empregador. A 7ª Turma do TRT-4 concordou com os
parâmetros fixados pela juíza de primeiro grau e,
assim, o vendedor receberá as horas extras. A
empresa não recorreu. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TRT-4.
Fonte: Consultor Jurídico
19/06/2019 -
Bomba: Lava Jato protegeu FHC para ter apoio
político
Em nova conversa vazada entre Moro e Dallagnol, o
procurador afirma que não foi considerada a
prescrição do caso contra o ex-presidente tucano
“talvez para [o MPF] passar recado de
imparcialidade”. Moro chegou a alertar Dallagnol
sobre evitar “melindrar” FHC
The Intercept - Um trecho do chat privado entre
Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela
que o ex-juiz discordou de investigações sobre o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato
porque, nas palavras dele, não queria “melindrar
alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu
em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal
Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de
suspeitas contra o tucano.
Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat
privado no Telegram para falar sobre o assunto. O
juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria
saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram
“sérias”. O procurador respondeu acreditar que a
força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília –
propositalmente não considerou a prescrição do caso
de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de
São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar
recado de imparcialidade”.
Fonte: Brasil247
19/06/2019 -
Plenário aprova projeto que anula decreto que
flexibiliza posse e porte de arma
O Senado rejeitou nesta terça-feira (18), por 47
votos a 28, um decreto assinado em maio pelo
presidente Jair Bolsonaro, que busca flexibilizar a
posse e o porte de armas no Brasil. O Plenário
aprovou o projeto de decreto legislativo (PDL
233/2019), de autoria do senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), que torna sem efeito o regulamento. O
Decreto 9.785, de 2019, autoriza a concessão de
porte a 20 categorias profissionais e aumenta de 50
para 5 mil o número de munições disponíveis
anualmente a cada proprietário de arma de fogo. O
PDL segue agora para votação na Câmara dos
Deputados.
O texto chegou ao Plenário em regime de urgência,
depois de passar pela Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) na última quarta-feira (12). O
colegiado rejeitou o parecer original do senador
Marcos do Val (Cidadania-ES), que era contrário ao
PDL 233/2019 e favorável ao decreto de Jair
Bolsonaro. Com a rejeição, a CCJ adotou como parecer
um voto em separado do senador Veneziano Vital do
Rêgo (PSB-PB). Para o parlamentar, o presidente da
República “extrapolou o poder regulamentar”.
Outros seis projetos de decreto legislativo estavam
apensados a PDL 233/2019 e foram arquivados, todos
contrários ao decreto que regulamentava o Estatuto
do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003). As
proposições foram apresentadas pelos senadores
Eliziane Gama (Cidadania-MA), Fabiano Contarato (Rede-ES),
Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), Jean
Paul Prates (PT-RN), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha
(PT-PA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Zenaide Maia (Pros-RN).
Fonte: Agência Senado
19/06/2019 -
Oposição anuncia obstrução à reforma da Previdência
Cinco partidos de oposição anunciaram atuação
conjunta contra a reforma da Previdência (PEC 6/19),
como obstrução na votação do texto e apresentação de
destaques para alterar diversos pontos da proposta.
Em documento divulgado nesta terça-feira (18), PDT,
PSB, PT, Psol e PCdoB consideram que tanto a reforma
da Previdência encaminhada pelo governo, quanto o
relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP) atacam direitos dos mais pobres.
Juntos, os cinco partidos têm direito a apresentar
nove destaques na comissão especial e vão decidir
isso de forma consensual. As siglas afirmam que o
parecer de Moreira continua transferindo para os
trabalhadores o ônus da crise econômica. “Os
problemas do sistema de Previdência devem ser
enfrentados com combate a privilégios, com a
retomada da atividade econômica e com a realização
de uma profunda reforma tributária”, diz o texto.
Direitos
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), afirmou que a reforma não vai tirar o
País da crise e que diversos direitos
previdenciários não estarão mais garantidos.
“Esse discurso de que a nova Previdência vai salvar
o Brasil não cola para nós e nem para sociedade
brasileira. Ficou no relatório ainda uma grande
vantagem para o sistema financeiro que é a
possibilidade de privatizar a Previdência do
servidor público”, criticou.
Feghali destacou ainda alterações na pensão por
morte e no abono salarial dos trabalhadores, entre
outros. “A reforma retira a cobertura de vários
direitos previdenciários no regime geral”,
completou.
Votos
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon
(PSB-RJ), afirmou que há vários partidos de centro
que também são contrários à reforma da Previdência.
“A oposição à matéria vai além dos partidos que se
definem como de oposição, há representantes de
várias legendas de centro que não votarão para
aprovar essa proposta. Quem não tem número é o
governo”, declarou.
Fonte: Agência Câmara
19/06/2019 -
Em nota, personalidades de esquerda pedem a saída de
Moro
Documento deve ser divulgado esta semana.
O grupo formado pelos ex-presidenciáveis Guilherme
Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT) — para formar
um bloco de oposição contra o governo Bolsonaro —
vai divulgar uma nota ainda esta semana pedindo que
Sergio Moro se afaste do cargo de ministro da
Justiça. A informação é de Athos Moura, na colula de
lauro Jardim no jornal O Globo.
O texto, que ainda está em fase de elaboração,
trata, especificamente, das conversas vazadas entre
Moro e os procuradores da Lava-Jato. O grupo também
defende que o CNMP continue com a investigação
contra Deltan Dallagnol.
Também assinam a nota Flávio Dino, governador do
Maranhão; Ricardo Coutinho, ex-governador da
Paraíba; Roberto Requião, ex-senador; e Sonia
Guajajara, vice na chapa de Boulos no ano passado.
Fonte: Portal Vermelho
19/06/2019 -
Relator quer usar recursos do FAT para cobrir
despesas com aposentadorias
A proposta de destinar recursos do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT) para cobrir despesas com
aposentadorias foi defendida pelo relator da reforma
da Previdência (PEC 6/19), deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP). “Acho que o BNDES tem de desmamar, pode
até ser durante um determinado tempo, ainda mais
quando tem de substituir esses recursos com dinheiro
do Tesouro”, afirmou.
De acordo com o relator, em 2018, o Tesouro precisou
transferir R$ 9 bilhões para recompor o orçamento do
FAT, responsável por pagar o abono salarial e o
seguro desemprego, por exemplo.
Moreira respondeu o líder em exercício do PT,
deputado José Guimarães (CE), que criticou a medida.
Para Guimarães, a mudança vai cortar 35% dos
recursos do BNDES e explicita uma “divergência
frontal” entre a oposição e quem defende a atual
reforma com um olhar unicamente fiscalista. “Como o
BNDES vai financiar o desenvolvimento
econômico-social do País? Está aí uma das mais
graves questões do seu relatório, a desconstituição
do BNDES”, afirmou. Segundo Guimarães, a PEC é um
golpe duro em qualquer retomada de desenvolvimento
da economia brasileira.
O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) também quer manter
os recursos do FAT no BNDES. Segundo ele, o banco é
a única oportunidade de pequenos e médios
empresários conseguirem juros mais baixos no Brasil.
“Esses recursos do FAT financiam os empregos e a
modernização que o Brasil precisa. Acho que é uma
forma inteligente de gerir o recurso do
trabalhador”, afirmou.
Para Moreira, é importante o BNDES depender menos do
FAT do que atualmente.
Atualmente, a Constituição estabelece que 40% dos
recursos do fundo devem ser repassados para o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). O banco recebe os recursos emprestados,
financia projetos e devolve os valores para o FAT.
De acordo com o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP),
autor da emenda acatada por Moreira, o FAT repassou
98 bilhões para o BNDES e o governo teve que
redirecionar 52 bilhões para o FAT dar conta de suas
despesas entre 2013 e 2017.
O ministro Paulo Guedes, na última sexta-feira (14),
disse que essa mudança era “buscar dinheiro no bolso
dos outros".
Debate
Pouco mais de 50 deputados discursaram em mais de 11
horas de debate sobre o relatório do deputado Samuel
Moreira à proposta de reforma da previdência. Até 21
horas, 53 deputados discursaram na comissão
especial. Mantido o mesmo ritmo, seriam necessárias
mais 20 horas ininterruptas para todos inscritos
falarem. Ainda não há previsão do encerramento dos
trabalhos de hoje. Há uma reunião convocada para
esta quarta-feira (19) às 9 horas para continuar o
debate.
Para o vice-líder do PT deputado Henrique Fontana
(RS), há um consenso sobre a necessidade de se fazer
uma reforma previdenciária, mas não da maneira
proposta pelo governo e mantida no texto de Samuel
Moreira. “O que nos divide aqui não é ser a favor ou
contra a reforma, o que nos divide é quem paga as
reformas”, afirmou. Ele disse que as mudanças não
atacam “marajás”, mas trabalhadores que ganham um ou
dois salários mínimos, a maior parte da população
brasileira.
Por sua vez, o líder do Novo, deputado Marcel Van
Hatten (RS), defendeu a necessidade da reforma para
que a economia do Brasil possa voltar a andar. “É
chegado o momento em que o Brasil se encontre
consigo mesmo e comece a debater políticas públicas
baseada em fatos e não em divergências, populismo e
demagogia.” Van Hatten afirmou que a reforma sem o
sistema de capitalização é um “conserto temporário”,
que precisa ser readequado pelo Congresso.
Fonte: Agência Câmara
19/06/2019 -
PIB recua 0,9% no trimestre encerrado em abril, diz
FGV
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país, teve uma queda
de 0,9% no trimestre encerrado em abril, na
comparação com o trimestre fechado em janeiro.
Os dados do Monitor do PIB, divulgados nesta
terça-feira (18), no Rio de Janeiro, pela Fundação
Getulio Vargas (FGV), mostram ainda que a economia
ficou estável na comparação com o trimestre
encerrado em abril de 2018.
Considerando-se apenas o mês de abril, o PIB caiu
0,1% na comparação com março deste ano e 0,3% na
comparação com abril do ano passado. No acumulado de
12 meses, o PIB cresceu 0,6%.
A queda de 0,9% registrada no trimestre encerrado em
abril, na comparação com trimestre finalizado em
janeiro, foi provocada por recuos nos três grandes
setores produtivos da economia.
O principal deles, o setor de serviços, caiu 0,2%,
puxado pelos transportes (-1,7%). A indústria teve
recuo de 1,3%, influenciado pelo extrativismo
mineral (-7,2%). Já a agropecuária caiu 2%.
Pelo lado da demanda, a queda foi puxada pela
formação bruta de capital fixo, isto é, os
investimentos (-0,7%), e pelas exportações (-6,4%).
O consumo do governo caiu 0,1%, enquanto o consumo
das famílias manteve-se estável. As importações
recuaram 8,1%.
Fonte: Agência Brasil
19/06/2019 -
Desemprego de longo prazo cresce 42,4% entre 2015 e
2019
O número de brasileiros que procuram trabalho há
pelo menos dois anos chegou a 3,3 milhões no
primeiro trimestre de 2019, destacou hoje o
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O
número de desempregados de longo prazo é 42,4%
superior ao do mesmo período de 2015, primeiro ano
da recente recessão da economia brasileira.
Uma das responsáveis pelo estudo, a técnica de
planejamento e pesquisa do Ipea, Maria Andréia
Parente Lameiras, disse que o mercado de trabalho é
"o pior retrato" da crise econômica enfrentada no
país e afeta mais os trabalhadores menos
escolarizados e as famílias de menor renda.
"Estamos com o mercado de trabalho ainda muito
deteriorado, embora nos últimos meses a gente veja
alguma reação. Mas a crise tem dificultado a geração
mais forte de postos de trabalho", afirmou. "Além de
reagir depois da economia como um todo, a reação [do
mercado de trabalho] costuma ser muito lenta no
começo".
O estudo do Ipea analisou dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, as mulheres são mais
afetadas do que os homens pelo desemprego de longo
prazo, e 28,8% das desempregadas estão nessa
situação há pelo menos dois anos. No caso dos
homens, o percentual é de 20,3%.
Os trabalhadores do Norte e do Nordeste sofrem mais
com o desemprego de longo prazo do que os do Sul,
Sudeste e Centro-Oeste, e os moradores de regiões
metropolitanas estão mais expostos a isso do que os
das áreas não metropolitanas.
Os pesquisadores mostram ainda que o número de
desempregados que procuram trabalho há pelo menos
dois anos cresce mais rápido entre os jovens. Apesar
disso, na faixa etária de 40 anos ou mais, 27,3% dos
desempregados estão nessa situação.
O cenário deteriorado do emprego no país fez com que
subisse o número de domicílios que não têm nenhuma
renda proveniente do trabalho. O percentual de
famílias nessa situação chega a 22,7%, o que se
reflete em mais pressão sobre a taxa de desemprego,
uma vez que outros membros das famílias passam a
buscar o mercado de trabalho para reforçar a renda
familiar.
A avaliação do Ipea é de que a recuperação do
mercado de trabalho vem ocorrendo de forma gradual e
só poderá atingir patamares mais expressivos no ano
que vem, o que está condicionado à velocidade de
tramitação e à aprovação da Reforma da Previdência
no Congresso Nacional. Maria Andreia prevê que uma
tramitação mais rápida pode elevar a confiança do
mercado e produzir efeitos para o início de 2020, e
uma aprovação mais demorada pode adiar a recuperação
para o segundo semestre do ano que vem.
"Neste momento tudo está condicionado à aprovação da
reforma e a que reforma será aprovada. O timing da
reforma é fundamental."
Fonte: Agência Brasil
19/06/2019 -
Suprimir intervalo intrajornada é motivo para
rescisão indireta, diz TST
A falta de intervalo intrajornada justifica a
rescisão indireta do contrato. Assim entendeu a 6ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao acolher
recurso de uma auxiliar de enfermagem para
reconhecer a rescisão indireta em razão de falta
grave do empregador.
Segundo os autos, a autora trabalhou no hospital
durante 28 anos sem usufruir o intervalo para
refeição e descanso. Na reclamação, ela informou que
a jornada contratual era das 6h30 às 14h30, em
escala 5x2, mas que sempre trabalhou das 6h às 15h,
sem usufruir o intervalo de uma hora para refeição e
descanso.
O juízo da 2ª Vara do Trabalho de São Paulo e o
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região deferiram
o pagamento das horas extras correspondentes à
supressão do intervalo, mas indeferiram o pedido de
rescisão indireta.
Para o TRT, a situação não configurou falta do
empregador, pois ocorreu desde a admissão da
auxiliar, em 1988, e não inviabilizou a continuidade
da prestação de serviços nem a manutenção do vínculo
de emprego.
Já no exame do recurso de revista da auxiliar no
TST, a relatora, desembargadora Cilene Ferreira
Amaro Santos, destacou que o artigo 483 da CLT
relaciona os tipos de infrações cometidas pelo
empregador que permitem a rescisão indireta,
hipótese de extinção do vínculo de emprego em razão
do descumprimento das obrigações contratuais.
No caso, as informações contidas na decisão do TRT-2
mostram que a empregada, durante o período de
prestação de serviço, não usufruiu o intervalo
intrajornada. A conduta, para o colegiado, é grave o
suficiente para justificar a rescisão indireta, em
razão dos prejuízos suportados pela trabalhadora.
Por unanimidade, a turma deu provimento ao recurso
para determinar o pagamento das parcelas devidas em
caso de dispensa imotivada (saldo de salário, 13º,
aviso prévio, férias com abono de um terço e multa
de 40% sobre o saldo do FGTS). Com informações da
Assessoria de Imprensa do TST. RR
1002254-82.2016.5.02.0002
Fonte: TST
18/06/2019 -
Para centrais e Dieese, reforma da Previdência ainda
tem perversidades
Dirigentes avaliaram a greve geral de 14 de junho
como positiva e preparam agora entrega de
abaixo-assinado contra a PEC da Previdência na
Câmara e no Senado
A greve geral da última sexta-feira (14) foi “muito
positiva“, na avaliação das centrais sindicais, que
agora se preparam para ir a Brasília, possivelmente
na semana que vem, para entregar aos presidentes da
Câmara e do Senado abaixo-assinado contra a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 6, que muda as regras
da Previdência. Mesmo com alterações no texto feitas
pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), os
dirigentes mantêm as críticas ao projeto. Eles se
reuniram na tarde desta segunda-feira (17) em São
Paulo, na sede do Dieese, para avaliar a paralisação
e organizar os próximos passos. Ao final de duas
horas de encontro, com representantes de 10
centrais, foi divulgada uma nota sobre a greve
(leia ao final do texto).
“Houve mudanças importantes (no texto da PEC 6), com
a retirada da capitalização e em parte da
desconstitucionalização”, afirmou o diretor técnico
do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. “Mas na essência as
regras paramétricas foram mantidas. E são perversas
para os trabalhadores“, acrescentou. O instituto
deve publicar nesta terça-feira uma nota técnica
sobre o relatório apresentado pelo deputado tucano
na comissão especial que analisa o projeto do
governo.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos
Gonçalves, o Juruna, disse que o movimento de sexta
“teve capilaridade no país todo”. “A unidade das
centrais foi fundamental”, afirmou. Segundo ele, as
mudanças incluídas no relatório, ainda que
insuficientes, “foram fruto das mobilizações dos
trabalhadores”. Um dos alvos das centrais é a
questão da idade mínima.
“Foi uma greve mais ‘chão de fábrica’ do que em
2017”, comentou o secretário de Finanças da UGT,
Moacyr Pereira, referindo-se à paralisação nacional
realizada há pouco mais de dois anos pelas centrais.
O movimento agora teria se concentrado mais em
locais de trabalho. Ele também destacou decisões
judiciais contra a greve, particularmente no setor
de transporte. “Houve ameaças e práticas
antissindicais, mesmo assim os trabalhadores
participaram.”
Para o secretário-geral da CGTB, Carlos Pereira,
houve uma “vigorosa resposta” do movimento sindical
à tentativa do governo de impor a “reforma” no
Congresso. “A greve verdadeiramente abriu o debate e
rompeu a represa que sustentava o pensamento único
segundo o qual a responsabilidade do desastre
econômico é da Previdência.”
“A greve mostrou que a classe trabalhadora pode
derrotar essa proposta”, disse o secretário-geral da
CUT, Sérgio Nobre, segundo a Agência Sindical. “Foi
pujante e ampliou sua ação para o interior.”
Também estiveram no Dieese dirigentes da CSB,
CSP-Conlutas, CTB, Intersindical (duas) e da Nova
Central. Eles voltarão a se reunir, no mesmo local,
na próxima segunda-feira (24).
Confira o documento das centrais sobre a greve
As Centrais Sindicais, reunidas nesta
segunda-feira, 17/06, avaliaram como muito positiva
a greve nacional realizada em 14 de junho, que
promoveu paralisações em centenas de cidades e em
milhares de locais de trabalho, além de atos e
passeatas contra o fim da aposentadoria, os cortes
na educação e por mais empregos. O sucesso da
mobilização é resultado da unidade de ação do
movimento sindical, construída ao longo do tempo e
renovada nas deliberações das assembleias em locais
de trabalho, em plenárias por categoria e
intercategorias; e da articulação com os movimentos
sociais, populares, estudantil e religiosos.
Essa greve, que atingiu 45 milhões de trabalhadores
em todo o país, é um movimento que terá
continuidade, com a ampliação da unidade de
mobilização.
Nosso próximo passo será, em breve, entregar aos
presidentes da Câmara e do Senado abaixo-assinado
contra a proposta de reforma da Previdência do
governo, com centenas de milhares de assinaturas
coletadas em todo o país.
Nossa prioridade será a definição e construção, em
reunião marcada para 24 de junho, das ações para
ampliar a mobilização e a pressão contra a retirada
dos direitos da Previdência e da Seguridade Social.
Agradecemos o compromisso de dirigentes, ativistas e
militantes, o envolvimento dos movimentos sociais e
a cobertura de toda a mídia. De outro lado,
repudiamos as iniciativas de práticas antissindicais
que visaram criminalizar a força e a luta dos
trabalhadores.
Na unidade, construímos nossa capacidade de luta,
que será contínua durante toda a tramitação da PEC
no Congresso Nacional.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/06/2019 -
Para Maia, crítica de Guedes ao relatório da
Previdência unificou a Câmara
Presidente disse ainda que pode instalar a
Comissão da Reforma Tributária no dia 27, se a
reforma da Previdência for aprovada na comissão
especial até o dia 26
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
afirmou que a crítica do ministro da Economia, Paulo
Guedes, ao parecer do deputado Samuel Moreira
(PSDB-RJ) à reforma da Previdência (PEC 6/19),
acabou tendo um efeito positivo, porque unificou o
Parlamento em torno do texto.
Maia reafirmou que a reforma da Previdência não será
impactada pelas crises no governo e que a agenda do
Parlamento está focada, além da previdência, nas
reformas tributária e administrativa. Ele também
destacou que o Congresso também tem debatido
propostas que melhorem os indicadores de pobreza no
Brasil e reduzam as desigualdades.
Na sexta-feira, Guedes afirmou que a Câmara teria
“abortado” a reforma com o parecer apresentado e
Maia rebateu dizendo que a Casa blindou a reforma da
“usina de crises” do governo.
“A fala dele uniu o Parlamento e nos deu chance
estar mais próximos dos governadores e prefeitos.
Tem crises ou críticas que vêm para o bem, então
acho que fortaleceu a nossa posição e nossa certeza
de que Câmara e Senado podem ter um papel de
protagonista nesse momento, que nunca tiveram ao
longo dos últimos anos”, disse Maia após participar
de evento em São Paulo.
Capitalização
Em relação à proposta de capitalização, que foi
retirada do relatório da comissão especial da
Previdência, Maia afirmou que foi uma decisão
correta, porque preservou a economia prevista.
Ele defende que o tema seja debatido no segundo
semestre por meio de outra proposta que trate
especificamente de capitalização. “Você imagina que
R$ 900 bilhões de economia, olhando o que tínhamos
há 2 anos atrás que comemorávamos R$ 400 bi, é uma
grande economia, somado aos R$ 200 bi da MP 871/19
[a proposta combate fraudes na aposentadoria rural]
temos mais de R$ 1 trilhão, está no limite correto”,
afirmou.
Reforma Tributária
O presidente da Câmara anunciou ainda que pretende
instalar a comissão especial da Reforma Tributária
no dia 27 deste mês, caso a reforma da previdência
seja aprovada no colegiado até o dia anterior.
Segundo ele, uma proposta não pode contaminar a
outra e destacou que o mais importante é que a
comissão consiga organizar e simplificar o sistema
tributário brasileiro.
Presidente do BNDES
Rodrigo Maia também comentou a demissão do presidente
do BNDES, Joaquim Lévy, e do diretor de mercado de
capitais, Marcos Pinto. Para ele, os dois são
importantes para o País e não poderiam ter sido
demitidos da forma como foram.
“O Guedes errou, acho que já é passado e está
decidido. Queria que o Marcos Pinto pudesse ser
aproveitado num debate importante sobre economia com
viés social, pois ele é um dos melhores do Brasil
nessa área. Uma pena que foi feito dessa forma.
Demitir faz parte, é um direito do governo, mas da
forma como foi feito, está errado, não se pode
tratar as pessoas desse jeito”, criticou.
Fonte: Agência Câmara
18/06/2019 -
Desigualdade aumenta, e renda da metade mais pobre
da população cai 40%
Ao mesmo tempo, segmento dos 10% mais ricos
acumula 3,3% a mais da renda do trabalho,
concentrando 52% de toda renda produzida
De 2014 a 2019, os 10% mais ricos da população
elevaram de 49% para 52% a fatia da renda do
trabalho, no Brasil, apesar da crise econômica
vivida pelo país. Por outro lado, os 50% mais
pobres, que antes da crise ficavam com 5,74% da
renda do trabalho, viram esse percentual cair para
apenas 3,5%, no primeiro trimestre, segundo
levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) divulgado hoje
pelo jornal El Pais Brasil.
Segundo o levantamento, após o período de recessão,
quando o Produto Interno Bruto (PIB) caiu cerca de
9%, entre 2014 e 2016, os 10% mais ricos já
acumularam crescimento na renda de 3,3%, se tornando
mais ricos que antes da crise. Ao mesmo tempo, os
50% mais pobres perderam 20% da renda no período
pós-recessão, agravando o quadro de desigualdade.
O total de desempregados atingiu 13,177 milhões, em
abril, segundo o IBGE. Já o PIB, soma das riquezas
do país, recuou 0,2%, nos primeiros três meses do
governo Bolsonaro, em relação ao final de 2018. Com
queda na produção, concentração de renda e sem
trabalho, o número de famílias endividadas no Brasil
já chega a 63,4%, maio, com aumento de 4,4% em
relação a igual período do ano passado.
Devido a essas flutuações, o índice Gini, que mede a
desigualdade de renda nos países, registrou o valor
de 0,6257 para março de 2019. É a pior marca desde
2012, quando o índice passou a ser medido com base
na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, do IBGE. De 0 a 1, quanto maior o
Gini, mais desigual é uma sociedade.
Antes de ser medida pena Pnad Contínua, o índice
registrou longa trajetória de queda, desde 1990,
quando beirava 0,75, para pouco acima de 0,68, em
2010. Pela série nova, atingiu o valor mais baixo,
de 0,6017, em março de 2015, quando começou a subir,
devido ao aumento na concentração de renda.
Segundo o pesquisador Daniel Duque (Ibre-FGV), os
mais pobres sentem mais os impactos da crise, e de
maneira mais prolongada, devido à falta de dinâmica
no mercado de trabalho. “Há menos empresas
contratando e demandando trabalho, ao passo que há
mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a
posição social relativa de cada um”, diz Duque, na
reportagem.
Fonte: Rede Brasil Atual
18/06/2019 -
Senadores planejam massacrar Moro na CCJ
O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo
de extrema-direita , Sergio Moro, enfrentará páreo
duro durante audiência no Senado nesta quarta-feira
(19); até o senador Randolfe Rodrigues, defensor
entusiasta da Lava Jato declarou que "se Jair
Bolsonaro indicar o nome de Moro para ser ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal), assistiremos a
algo inédito: a rejeição, no Senado, de um candidato
do presidente à corte”.
A jornalista Mônica Bergamo aponta em sua coluna na
Folha de S.Paulo que o ministro deve enfrentar
ambiente hostil na audiência da CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado.
Dos 54 parlamentares que a integram, 23 devem bater
duro no ex-juiz. Moro já enfrentava resistência
entre os senadores, que aumentou com a revelação das
manipulações que fez à frente da Operação Lava Jato
em conluio com o procurador Deltan Dallagnol.
A situação de Moro é tão precária que até o senador
Randolfe Rodrigues, defendor entusiasta da Lava Jato
declarou que "se Jair Bolsonaro indicar o nome de
Moro para ser ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal), assistiremos a algo inédito: a rejeição,
no Senado, de um candidato do presidente à corte”.
Fonte: Brasil247
18/06/2019 -
Brasil com pibinho abaixo de 1% e Bolsonaro mira
tomada de três pinos
Com base no Boletim Focus, do Banco Central, a
projeção para o PIB rompeu barreira do 1% e caiu
para 0,93%, sendo a 16ª semana de queda consecutiva
e indica que o país pode fechar o exercício em
recessão.
Diante de tal quadro, Bolsonaro vai priorizar acabar
com a tomada de três pinos. Segundo o jornal Valor
Econômico, o governo prepara agora uma norma para
revogar o uso da tomada de três pinos.
“Brasil terá pibinho de menos de 1%, mas Bolsonaro
só tem olhos é para a tomada de três pinos”, afirmou
no Twitter a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ),
líder da Minoria na Câmara dos Deputados.
O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) também ironizou a
iniciativa do governo: “Os problemas do Brasil
prestes a serem resolvidos com o fim da tomada de
três pinos. Mais importante agenda do governo para
esta semana”.
“Há 13 milhões de desempregados no país, 43 milhões
de pobres, 3 milhões deixaram os planos de saúde
devido aos altos preços, a reforma da Previdência
pegando fogo, a cada dois segundos uma mulher é
agredida (...) e o governo preocupado com a tomada
de três pinos”, lamentou o senador Paulo Paim
(PT-RS).
Fonte: Portal Vermelho
18/06/2019 -
Empresário confirma disparos em massa de whatsapp na
campanha de Bolsonaro
"Durante a campanha eleitoral de 2018, empresas
brasileiras contrataram uma agência de marketing na
Espanha para fazer, pelo WhatsApp, disparos em massa
de mensagens políticas a favor do então candidato a
presidente Jair Bolsonaro (PSL)", informa a
jornalista Patrícia Campos Mello, em reportagem
publicada na Folha de S. Paulo desta terça-feira. A
informação é do espanhol Luis Novoa, dono da
Enviawhatsapps.
"Nos áudios, ele diz que “empresas, açougues,
lavadoras de carros e fábricas” brasileiros
compraram seu software para mandar mensagens em
massa a favor de Bolsonaro. De acordo com Novoa, ele
não sabia que seu software estava sendo usado para
campanhas políticas no Brasil e só tomou
conhecimento quando o WhatsApp cortou, sob a
alegação de mau uso, as linhas telefônicas de sua
empresa", aponta ainda o texto.
Fonte: Brasil247
18/06/2019 -
Produtividade do trabalho no país recua 1,1% no
primeiro trimestre
A produtividade por hora trabalhada no país,
calculada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou
1,1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação
com o primeiro trimestre de 2018. O dado é calculado
com base nas Contas Trimestrais e na Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgadas
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
No trimestre anterior, a produtividade havia
crescido 0,1%. Considerando-se os grandes setores da
economia, apenas a agropecuária teve alta na
produtividade do trabalho na comparação do primeiro
trimestre do ano com o mesmo período de 2018 (0,4%).
Na indústria e nos serviços, houve recuo de 1,2% no
período.
No acumulado de quatro trimestres, a produtividade
no trabalho recuou 0,3%. Entre os setores, apenas os
serviços tiveram queda nesse tipo de comparação
(-0,8%). Na indústria, houve crescimento de 0,6% e,
na agropecuária, 1,5%.
Fonte: Agência Brasil
18/06/2019 -
Projeto obriga Sistema S a criar ações de apoio aos
idosos
Projeto de lei (PL 3469/2019) determina que as
entidades do chamado Sistema S criem ações de apoio
à população idosa, especialmente destinadas às
pessoas que precisam de ajuda para as tarefas
diárias. O projeto é de autoria do senador Jorge
Kajuru (PSB-GO) e aguarda relator na Comissão de
Direitos Humanos.
Fonte: Agência Senado
18/06/2019 -
Conselho de Comunicação quer ouvir Glenn Greenwald
do Intercept
O Conselho de Comunicação Social (CCS) fará uma
audiência com o jornalista do The Intercept, Glenn
Greenwald. O site vem divulgando mensagens trocadas
entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio
Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, durante a
operação Lava Jato. Os conselheiros ficaram
divididos sobre a questão, que foi decidida com o
voto do presidente do conselho, Murilo Aragão.
Fonte: Agência Senado
18/06/2019 -
Parecer à reforma da Previdência pode começar a ser
discutido nesta terça
A Comissão Especial da Reforma da Previdência pode
começar a debater, nesta terça-feira (18), o parecer
do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-RJ). O
texto foi apresentado na quinta-feira passada e, em
seguida, foi concedido pedido de vista coletivo, o
que adiou o início da discussão na comissão por duas
sessões do Plenário.
Na sexta-feira, a realização de sessão no Plenário
da Câmara abriu a contagem do prazo. Desde novembro
de 2017, a Câmara não conseguia atingir o quórum de
51 deputados para abrir uma sessão na sexta-feira. O
ato foi classificado como histórico por diferentes
parlamentares presentes ao debate.
Se houver sessão nesta segunda, o prazo estará
cumprido e a discussão poderá ser iniciada amanhã, a
partir das 9 horas. O presidente do colegiado,
deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a oposição
concordou em não obstruir a fase de debates.
As inscrições para discutir o relatório ainda estão
abertas. Até quinta-feira, já havia mais de 130
inscritos.
Fonte: Agência Câmara
18/06/2019 -
TRT-18 definirá se devedor de contribuição sindical
precisa ser convocado por edital
O Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª
Região (GO) admitiu Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas (IRDR) para definir sobre a
necessidade de notificar por edital devedor de
contribuição sindical urbana com indicação de seu
nome e do valor do crédito.
Ao admitir o IRDR, o TRT determinou também que sejam
suspensos todos os processos que tramitam na Justiça
do Trabalho em Goiás sobre esse tema, sem prejuízo
da respectiva instrução.
O pedido foi instaurado a pedido do desembargador
Mário Bottazzo, que apontou a existência de
posicionamentos divergentes nas três turmas da
corte.
A 1ª Turma considera ser imprescindível, para a
constituição do crédito tributário da contribuição
sindical, a notificação pessoal do sujeito passivo,
na medida em que a publicação de editais genéricos,
sem identificação específica da parte devedora, bem
como do valor devido, não se mostram suficientes.
Já a 2ª Turma, que antes decidia também pela
necessidade da notificação pessoal do devedor,
modificou recentemente seu posicionamento em sentido
contrário. O entendimento atual é baseado em
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
Para o colegiado, o crédito tributário é constituído
com a mera publicação de edital, sem necessidade de
indicação do devedor e dos valores devidos.
Por último, a 3ª Turma, que anteriormente entendia
não ser necessária a notificação pessoal do devedor
urbano para a constituição do crédito referente à
contribuição sindical, modificou seu entendimento no
sentido de que não basta a publicação de edital
genérico. Para os desembargadores, o edital deve ser
mais específico, indicando a pessoa do devedor e os
valores devidos com a referência ao período a que se
refere. Com informações da Assessoria de Imprensa do
TRT-18. IncResDemRept-0010446-75.2019.5.18.0000
Fonte: Consultor Jurídico
17/06/2019 -
Manifestações contra a ‘reforma’ da Previdência
mobilizam cerca de 45 milhões de pessoas no país
Atos foram realizados nas capitais e em 375
cidades do Brasil. Em São Paulo, cerca de 50 mil
estiveram na Avenida Paulista no começo da noite,
segundo organizadores
Mais de 45 milhões de brasileiros cruzaram os braços
e aderiram à greve geral desta sexta-feira (14), em
repúdio à proposta de “reforma” da Previdência do
governo Bolsonaro, segundo representantes das
centrais sindicais. Houve atos em mais de 375
cidades do país, incluindo as capitais, como mostra
o Mapa Interativo produzido pelo Armazém Memória e a
Comissão Justiça e Paz de São Paulo, com apoio da
CUT e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista reuniu, no
começo da noite, cerca de 50 mil pessoas, de acordo
com os organizadores. Na manifestação, o presidente
da CUT, Vagner Freitas, disse que o Brasil deu um
recado ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, uma mensagem clara contra a
“reforma” da Previdência.
“O relatório (do deputado Samuel Moreira) é ruim.
Não concordamos. Ele é melhor que a reforma do
Bolsonaro, mas também retira direitos, portanto não
vamos arrefecer a luta só porque tiraram a
capitalização e outras medidas. A CUT vai continuar
organizando greves até derrubar totalmente esta
reforma”, afirmou.
Vagner Freitas criticou também a falta de uma
política econômica que crie emprego e renda. Segundo
ele, o país está parado e inerte, enquanto o governo
se esconde atrás da aposentadoria do pensionista
para resolver a crise econômica.
Pelo país
No Paraná, o dia foi de protestos nas cidades de
Curitiba, Ponta Grossa, Matinhos, Paranavaí e
Guarapuava. Ainda na região Sul, mais de 30 mil
pessoas saíram em passeata pelas ruas de
Florianópolis, contra as mudanças na aposentadoria e
também e contra os cortes na educação. “A nossa luta
unificou, é estudante junto com trabalhador”, diziam
os manifestantes. No Rio Grande do Sul, houve atos
na capital Porto Alegre e em dezenas de cidades do
interior do estado.
Na região Nordeste, houve manifestações em João
Pessoa, Salvador, Aracaju e Natal, além de dezenas
de cidades do interior. No Rio de Janeiro, o
principal palco das manifestações foi a Candelária,
no centro, que ficou lotada de manifestantes, além
de atos nas cidades de Paraty e Campos de Goytacazes.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/06/2019 -
Sem capitalização e manter idade mínima não basta,
dizem sindicalistas
Por Hora do Povo
A greve convocada pelas Centrais Sindicais contra os
ataques de Bolsonaro e seu ministro da Economia
Paulo Guedes à aposentadoria de milhões de
brasileiros tomou conta do país, com paralisações,
protestos e manifestações em todos os estados e no
Distrito federal.
Segundo avaliação das entidades, a mobilização
envolveu mais de 45 milhões de trabalhadores em todo
o Brasil.
“O recado foi dado, e queremos que seja levado em
conta”, comentou o secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
“Acho que a greve geral atendeu à expectativa de
mostrar que os trabalhadores estão descontentes”,
disse o sindicalista em coletiva de imprensa e
manifestação das Centrais em frente à sede do INSS
em São Paulo, após um balanço das primeiras horas da
greve.
Questionado sobre as mudanças na proposta do governo
feitas pelo relator da PEC 6 na comissão especial da
Câmara, que entre outros itens, retira a
capitalização, o presidente da CUT, Vagner Freitas,
afirmou que o projeto continua ruim. “Não adianta
tirar capitalização e manter idade mínima”, disse.
“Não vamos aceitar retirada de direitos”.
Ele também avaliou positivamente a greve: “O
movimento de hoje deixou claro que a reforma da
Previdência não tem apoio na sociedade”.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical também
ressaltou que “essa reforma da Previdência acentua a
desigualdade e prejudica os mais pobres. O governo
quer que os brasileiros contribuam mais e recebam
menos. É inaceitável”.
Para o secretário de Relações Internacionais da CTB,
Nivaldo Santana, “houve uma grande greve no Brasil e
a reforma como um todo precisa ser rediscutida”.
Segundo Nivaldo, “não podemos aceitar esse samba de
uma nota só, dizendo que a reforma é uma panaceia
para todos os males. A Previdência deve garantir o
sistema de repartição, os direitos. O importante é
estabelecer uma mesa de negociação no parlamento, e
que as opiniões dos trabalhadores sejam
consideradas.”
O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro,
o Índio, disse que mesmo com as mudanças propostas
pelo relator da PEC, “não temos nenhuma razão para
não seguir na luta”. Ela “manteve as crueldades,
como idade mínima, redução do valor da pensão e
mudança na forma de cálculo”.
Uma das representantes das mulheres na mobilização,
categoria social que será das mais atingidas caso a
reforma seja aprovada, a vice-presidente da
Confederação das Mulheres do Brasil, Lídia Correa,
ressaltou: “Nós fazemos dupla ou tripla jornada e
vamos trabalhar ainda mais, contribuir mais e
receber menos. Além disso, vai agravar a situação
econômica do País”.
“Nós estamos à beira de um colapso. E piora quando
você tira direitos, recursos dos trabalhadores e da
sociedade. Agrava mais ainda a já combalida
economia”, afirmou Lídia Correa.
Fonte: Portal Vermelho
17/06/2019 -
STF suspende todos os processos do país que envolvem
demissão imotivada em estatais
Decisão de Alexandre de Moraes foi proferida em
recurso de empregados demitidos em 1997 pelo Banco
do Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), decidiu suspender todos os processos
do país em que se discutem demissões imotivadas de
funcionários públicos contratados por concurso. Na
prática, os empregados de estatais e de sociedades
de economia mista admitidos por concurso não podem
ser demitidos sem motivo enquanto o plenário da
Corte não definir se esta ação das empresas é
constitucional. A definição da matéria pode
repercutir na Petrobras e na Caixa Econômica
Federal.
“Decreto a suspensão do processamento de todas as
demandas pendentes que tratem da questão em
tramitação no território nacional”, escreveu Moraes
no despacho. A decisão foi proferida em recurso de
empregados demitidos em 1997 pelo Banco do Brasil.
Eles tiveram recurso negado pelo Tribunal Superior
do Trabalho (TST).
No recurso, os autores argumentaram que sociedades
de economia mista não podem praticar a dispensa
imotivada de seus funcionários, já que obedecem aos
princípios constitucionais da legalidade, da
moralidade e da publicidade, do artigo 37 da
Constituição Federal. Eles sustentam também que há
precedente do plenário do STF segundo o qual essas
empresas devem motivar as demissões.
Já o argumento do Banco do Brasil é de que empresas
públicas estão submetidas ao regime jurídico das
empresas privadas e, portanto, não precisam de
motivação em seus atos administrativos.
Em dezembro, Moraes, relator do caso, decidiu que a
matéria é constitucional. “Os consistentes
argumentos colocados pela parte agravante recomendam
que a matéria tenha sua repercussão geral
apreciada”, disse, em despacho na ocasião. “De fato,
está presente matéria constitucional de indiscutível
relevância, com potencial de afetar milhares de
relações de trabalho e de repercutir na atuação dos
bancos públicos no mercado financeiro.”
Fonte: Rede Brasil Atual
17/06/2019 -
Governo tem 18 nomes da Lava Jato, além de Moro
Sergio Moro não foi o único integrante da Lava Jato
agraciado com cargo no governo de Jair Bolsonaro. A
operação responsável pela condenação e prisão do
ex-presidente Lula, tirando-o do processo eleitoral
e beneficiando Bolsonaro, tem outros 18 nomes no
governo de extrema-direita.
A informação ganha novos contornos diante das
conversas vazadas que mostram como Moro instruiu os
procuradores para criar 'provas', depoimentos e
construir a narrativa midiática contra Lula.
De acordo com informação publicada pelo UOL, neste
domingo (16), o essas 18 pessoas da nomeadas para
cargos de confiança no governo federal já
trabalharam em repartições vinculadas à operação de
combate à corrupção.
Dentre os integrantes do governo ligados à Lava
Jato, há delegados da Polícia Federal (PF) e
auditores da Receita Federal que já atuaram em
investigações da operação. Há também servidores da
Justiça Federal do Paraná que trabalharam junto com
o ministro Moro. Há até uma ex-subprocuradora-geral
da República, Maria Hilda Marsiaj Pinto, que pediu
exoneração de seu cargo no MPF (Ministério Público
Federal) para virar secretária nacional de Justiça.
Fonte: Brasil247
17/06/2019 -
Greenwald desafia procuradores: mostrem os originais
das conversas
O editor do The Intercept, Glenn Greenwald, rebateu
as afirmações do ministro Sergio Moro e dos
procuradores da Lava Jato. que insistem na tese de
que os conteúdos revelados pelo site foram
adulterados.
"De novo: os participantes nos grupos LJ têm seus
próprios conversas. Se qualquer coisa que
publicássemos fosse alterada, eles poderiam
facilmente provar: mostrar o original", escreveu ele
nas redes sociais.
Moro e os procuradores dizem não reconhecer os
conteúdos das conversas secretas e ilegais mantidas
por eles que revela um conluio para construir provas
contra o ex-presidente Lula. Apesar de afirmar que
foram alvos de hackers, os procuradores não
entregaram seus celulares para perícia da Polícia
Federal.
"Por que eles não [mostram os originais]? Porque
sabem que estão enganando ao usar insinuações que
'poderiam ser alteradas'", acrescentou Glenn.
Fonte: Brasil247
17/06/2019 -
Governo Bolsonaro ataca especialistas da OIT
Entidade examina as suspeitas de que o Brasil
teria violado direitos dos trabalhadores
Num discurso duro e numa reunião agitada, o governo
de Jair Bolsonaro atacou os especialistas da OIT,
acusando os peritos da entidade de não serem nem
imparciais e nem objetivos. As críticas foram
apresentadas por Bruno Dalcolmo, secretário do
Trabalho, no sábado em Genebra. A informação é do
Portal Uol.
A entidade examina as suspeitas de que o Brasil
teria violado direitos dos trabalhadores ao aprovar
as "reformas" e deve anunciar sua recomendação ao
governo na próxima semana. Mas o governo diz que, se
eventualmente for considerado como violador de
convenções trabalhistas, a entidade estará cometendo
um "erro histórico" e insinua que critérios
políticos "de alguns poucos" poderiam estar pesando.
Apesar da opção do Brasil atacar a OIT, foi a UE e
seus 28 países que sairam em defesa da entidade e de
seus peritos. Sem citar o governo Bolsonaro,
Bruxelas alertou que uma críticas aos peritos não
era a forma de fazer avançar o debate. "A UE e seus
estados apoiam os padrões da OIT, seu mecanismo de
supervisão e nos manteremos firmes contra qualquer
tentativa de enfraquecer ou minar o sistema", disse,
num recado indireto à estratégia usada pelo governo
Bolsonaro.
Impacto
Para a UE, a supervisão "é critica para a
credibilidade da organização. "Pedimos que todos
mantenham uma posição construtiva e que cumpram as
leis desse mecanismo", disse o bloco. Ao longo de
horas, um total de 48 delegações pediram espaço para
se pronunciar diante do exame do Brasil. Marc
Leemans, representante do grupo de trabalhadores na
OIT, não poupou críticas ao governo brasileiro .
"Vemos uma destruição sem precedentes dos mecanismos
de negociações coletivas e mesmo da democracia",
disse.
Para ele, a "reforma" trabalhista teve impacto
"catastrófico" e citou dados do IBGE apontando para
o aumento do desemprego até abril, com 13,2 milhões
de pessoas sem trabalho. Segundo Leemans, a
cobertura de direitos caiu e o desemprego aumentou.
O representante trabalhista, portanto, considera que
a "reforma" foi "devastadora" e alertou que, se o
governo não mudar, a "situação vai piorar". Na
avaliação de Leemans, Brasília precisa "entender os
sinais da greve" de 14 de junho.
Brian Finnegan, representante dos trabalhadores
americanos e canadenses, também atacou a "reforma"
trabalhista e fala do "desmantelamento" de direitos.
"Esse governo eliminou o Ministério do Trabalho",
lembrou. Claudia Hofmann, representante dos
trabalhadores da Alemanha, criticou o governo
Bolsonaro. "Há uma política de polarização",
alertou. Antonio Lisboa, representante da CUT, usou
a reunião para denunciar a "reforma" trabalhista e
alertar que, desde sua aprovação, 1 milhão de
pessoas extras perderam seus empregos e alerta que a
nova lei "é um retorno aos patamares de relações de
trabalho de 100 anos atras".
Fonte: Portal Vermelho
17/06/2019 -
Presidente do BNDES pede demissão
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu hoje
(16) demissão do cargo. Em mensagem enviada ao
ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy solicitou
desligamento da presidência do banco e disse esperar
que o ministro aceite.
"Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes,
meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que
ele aceda. Agradeço ao ministro o convite para
servir ao País e desejo sucesso nas reformas",
disse.
Levy agradeceu ainda aos funcionários do BNDES, "que
têm colaborado com energia e seriedade para
transformar o banco, possibilitando que ele responda
plenamente aos novos desafios do financiamento do
desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da
nossa população e confirmando sua vocação e longa
tradição de excelência e responsabilidade".
Sábado (15), Bolsonaro disse que Levy estava "com a
cabeça a prêmio há algum tempo. Estou por aqui com o
Levy”, afirmou o presidente em frente ao Palácio da
Alvorada, pouco antes de embarcar para um evento no
Rio Grande do Sul.
O motivo do descontentamento, afirmou Bolsonaro, foi
a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o
cargo de diretor de Mercado de Capitais do BNDES,
responsável pelos investimentos do BNDESPar, braço
de participações acionárias do banco de fomento, que
administra carteira superior a R$ 100 bilhões.
O presidente pediu que Levy demitisse o diretor.
Para Bolsonaro, o nome não era de confiança, e
“gente suspeita” não poderia ocupar cargo em seu
governo. Ainda na noite desse sábado, Barbosa Pinto
entregou sua carta de renúncia ao cargo. Ele foi
chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do
BNDES, durante o governo de Luiz Inácio Lula da
Silva.
Fonte: Agência Brasil
17/06/2019 -
Davi Alcolumbre manifesta indignação com ameaças a
senadores
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou
nesta sexta-feira (14) estar indignado com as
notícias de que senadores estão sendo ameaçados por
defenderem a derrubada do decreto que flexibiliza o
porte de armas (Decreto 9.785/2019).
Na visão do presidente, é no mínimo preocupante que
o direito e o dever do exercício da atividade
parlamentar, legitimado pelo voto do povo, “sejam
restringidos por meios covardes e, inclusive, de
flagrante injustiça e afronta à segurança dos
parlamentares”. Davi ainda disse esperar que os que
cometem esse tipo de crime repensem seus atos que
pesam não só contra a pessoa de cada parlamentar,
mas contra a própria manifestação democrática.
— Como presidente do Congresso, tomarei as
providências necessárias para garantir a proteção e
a liberdade de expressão constitucional e política
de cada legislador — declarou o presidente, por meio
do Twitter e de nota pública.
Um dos articuladores para a suspensão do decreto das
armas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
denunciou que recebeu ameaças por telefone e por
meio de mensagens no WhatsApp. Ele registrou um
boletim de ocorrência na quinta-feira (13). O
projeto (PDL 233/2019) que pode suspender o decreto
das armas, de autoria de Randolfe, deve ser votado
no Plenário do Senado nesta terça-feira (18).
— Não vão nos intimidar! As ameaças traduzem o
desespero das milícias digitais de Bolsonaro e
reafirmam a importância do nosso trabalho contra o
atraso civilizacional e os retrocessos representados
por este governo! — afirmou Randolfe, pelo Twitter.
Fonte: Agência Senado
17/06/2019 -
CCJ: audiências na Justiça Trabalhista não podem
atrasar mais que meia hora
Advogados e partes não precisam aguardar mais do que
meia hora para o início de audiências na Justiça
Trabalhista. É o que diz projeto de lei (PL
1.539/2019) do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN),
que obteve parecer favorável da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em 22 de
maio. O relator na CCJ, senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG), lembra que o prazo é o mesmo fixado no
Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015). Caso
seja adiada por esse motivo, a audiência será
remarcada para a data mais próxima possível.
Aprovada em caráter terminativo na comissão, a
proposta seguiu para votação na Câmara dos
Deputados.
Fonte: Agência Senado
17/06/2019 -
Comissão debate impactos da reforma da Previdência
entre servidores
A comissão especial da reforma da Previdência (PEC
6/19) realiza seminário nesta segunda-feira (17), na
Câmara Legislativa do Distrito Federal, para debater
os impactos da proposta nos servidores públicos
residentes na capital. O evento atende pedido do
deputado Professor Israel Batista (PV-DF).
Foram convidados para o debate:
- o secretário executivo do Sindicato Nacional dos
Auditores e Técnicos Federais de Finanças e
Controle, Unacon, Bráulio Cerqueira;
- o presidente da Associação Nacional dos Auditores
Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip),
Floriano Martins;
- representante do Fórum Nacional Permanente de
Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Larissa
Benevides;
- o secretário Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho;
- o presidente do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde),
Marli Rodrigue;
- o secretário de Previdência do Ministério da
Economia, Leonardo Rolim; e
- a representante do Sindicato dos Professores do
Distrito Federal (Sinpro), Rosilene Corrêa.
Hora e local
O seminário terá início às 9 horas, no auditório da
Câmara Legislativa do DF.
Fonte: Agência Câmara
13/06/2019 -
Mobilização para a Greve Geral segue a todo vapor no
País
Os preparativos para a Greve Geral se espalham pelo
País. Levantamento das entidades sindicais indicam
que a maioria dos Estados já tem uma agenda de atos
e paralisações programadas para a sexta, 14, dia da
paralisação. Agenda divulgada pelas Centrais
Sindicais e movimentos sociais aponta eventos em 21
unidades da Federação (veja abaixo)
Organizada pela CUT, Força Sindical, CTB, Nova
Central, UGT, CGTB, CSB, CSP- Conlutas e
Intersindical, a greve ganhou a adesão de bancários,
professores, metalúrgicos, químicos, portuários,
trabalhadores rurais, agricultores familiares,
metroviários, motoristas, cobradores, caminhoneiros,
trabalhadores da educação, da saúde, de água e
esgoto, dos Correios, da Justiça Federal,
petroleiros e servidores públicos.
Na quarta (12), o presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM),
Miguel Torres, comandou uma panfletagem na estação
Dom Bosco, linha Coral da CPTM, além de uma
assembleia na fábrica Forusi, na Zona Leste da
capital paulista.
No Paraná, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande
Curitiba intensificou a mobilização para a greve. O
presidente da entidade, Sérgio Butka, fez
assembleias na CNH, Jtekt, Aker Solutions e Brafer.
A mobilização continua até sexta (14).
Comunicação - Os trabalhadores da Empresa
Brasileira de Comunicação (EBC) decidiram pela
greve. A assembleia ocorreu na terça (11) e foi
organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de
São Paulo. Sucursais do Rio de Janeiro e Brasília
também aderiram à greve.
Bancários - Os bancários do DF também fazem
greve no dia 14. A decisão foi por maioria, em
assembleia realizada pelo Sindicato dos Empregados
em Estabelecimentos Bancários de Brasília, ocorrida
na segunda (10).
Em assembleia lotada na Quadra dos Bancários, a
categoria aprovou por unanimidade aderir à Greve
Geral na capital paulista. Bancários de Salvador,
Belo Horizonte e Porto Alegre também vão participar
do protesto.
Educação - Os trabalhadores da educação, nos
setores público e privado, estão mobilizados para a
Greve Geral da sexta, dia 14. Em Belo Horizonte, a
rede municipal começou a parar já nesta quarta (12).
As entidades que representam o ensino particular
também se reúnem hoje para um balanço nacional das
adesões ao movimento pelo País.
Fonte: Agência Sindical
13/06/2019 -
‘In Fux we trust’, disse Sergio Moro sobre ministro
Luiz Fux, do STF
The Intercept divulgou mais uma conversa
Moro e Dallagnol dizem ter apoio do ministro
A equipe do portal The Intercept divulgou mais 1
trecho das conversas entre o ex-juiz federal e atual
ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador da
República Deltan Dallagnol. No diálogo, mostrado
pelo editor-executivo do Intercept, Leandro Demori,
à rádio BandNews FM nesta 4ª feira (12.jun.2019),
Moro e Dallagnol mencionam o ministro Luiz Fux, do
STF (Supremo Tribunal Federal).
No trecho, Dallagnol diz ter conversado com Fux
“mais uma vez”: “O Min Fux disse quase
espontaneamente que Teori fez queda de braço com
Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta
do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com
ele para o que precisarmos”. Moro, então, responde:
“Excelente. In Fux we trust [‘Em Fux nós confiamos’,
em tradução livre. A expressão faz referência ao
lema nacional dos Estados Unidos: ‘In God we trust]”.
O diálogo teria acontecido em 22 de abril de 2016.
Eis o trecho divulgado:
Dallagnol – 13:04:13 – Caros, conversei
com o FUX mais uma vez, hoje
Dallagnol – 13:04:13 – Reservado, é claro: O
Min Fux disse quase espontaneamente que Teori fez
queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que
o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse
para contarmos com ele para o que precisarmos, mais
uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para
ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei
da importância de nos protegermos como instituições
Dallagnol – 13:04:13 – Em especial no novo
governo
Moro – 13:06:55 –
Excelente. In Fux we trust
Dallagnol – 13:13:48 – Kkk
Dallagnol ainda menciona 1 outro ministro do STF:
Teori Zavascki, então relator dos casos da Lava Jato
na Corte, que morreu em 1 acidente aéreo, em janeiro
de 2017 –portanto, 9 meses depois da conversa. De
acordo com o procurador, o ministro teria “se
queimado” após uma “queda de braço com Moro”.
O novo trecho é o 1º a ser divulgado após a
publicação, no domingo (9.jun), de reportagem que
revelou conversas entre o ministro e o procurador.
Nos diálogos, Moro, que, à época, era juiz federal,
parece orientar Dallagnol em ações da operação Lava
Jato. Este tipo de comunicação é considerado ilegal
pela Constituição brasileira.
Depois do vazamento, Moro disse não ter visto “nada
de mais” nas conversas. Dallagnol, por sua vez,
defendeu a operação Lava Jato.
O vazamento desencadeou uma série de reações no meio
jurídico. Dallagnol virou alvo de investigação no
CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). A
OAB recomendou o afastamento do procurador e de Moro
do cargo de ministro da Justiça.
O próprio ministro se ofereceu para prestar
esclarecimentos sobre as conversas à CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) do Senado. A audiência
deve acontecer na próxima 4ª (19.jun).
O presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou
oficialmente sobre o caso, que vem sendo chamado de
Vaza Jato. Na 2ª feira (10.jun), o secretário de
Comunicação da Presidência da República, Fabio
Wajngarten, declarou que Bolsonaro disse “confiar
irrestritamente” em Moro. Depois disso, o presidente
reuniu-se 2 vezes com seu ministro e o condecorou em
1 evento.
Fonte: Poder360
13/06/2019 -
Relator antecipa que BPC, aposentadoria rural e
capitalização estarão fora da reforma da Previdência
O relator da reforma da Previdência (PEC 6/19),
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), adiantou que as
mudanças no BPC e na aposentadoria rural e o modelo
de capitalização proposto pelo governo estarão fora
de seu parecer. Segundo Moreira, o texto que será
apresentado amanhã (13) na comissão especial que
analisa a proposta é uma construção de temas de
consenso.
Ele sinalizou ainda que a idade mínima para
aposentadoria das professoras será aos 57 anos,
menor que a prevista na proposta do governo, que é
de 60 anos. O tempo de contribuição das mulheres
para se aposentar, segundo o relator, se manterá em
15 anos.
O líder da Maioria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB),
relembrou o documento assinado por 13 partidos em
março deste ano que se posicionaram contra a
inclusão do BPC e da aposentadoria rural e a
desconstitucionalização de itens da previdência.
"Esse acordo que está sendo tratado passou
preliminarmente pela preservação dos direitos do
trabalhador e da trabalhadora do campo brasileiro;
segundo: a questão do BPC; e terceiro: garantir na
Constituição aquilo que é muito caro ao povo
brasileiro".
Fonte: Agência Câmara
13/06/2019 -
STF proíbe Bolsonaro de extinguir conselhos federais
criados por lei
Dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
seis já votaram para suspender parte do decreto de
Bolsonaro em relação à extinção dos conselhos
federais criados por lei. Formada a maioria, é a
primeira vez que o plenário da Corte examina a
legalidade de um ato do atual do governo.
O ministro Marco Aurélio, relator da ação movida
pelo PT, destacou a urgência do julgamento pelo
Plenário, uma vez que o decreto presidencial atacado
prevê a extinção dos conselhos e demais colegiados a
partir deste 28 de junho.
O relator disse que não pode o chefe do Executivo,
em ato unilateral, extinguir colegiados, sejam eles
conselhos, comitês, câmaras ou grupos consultivos,
deliberativos ou judicantes que tenham sido criados
com aprovação do Congresso Nacional.
“Descabe fulminar os colegiados da administração
pública de cambulhada sob pena de apanhá-los em
pleno e efetivo funcionamento”, disse.
Ele considerou caber ao STF deliberar tão somente
sobre o objeto da ação e salientou a importância do
princípio da separação dos poderes, da soberania
popular e do controle do Judiciário na observação
dos critérios a serem adotados para criação e
extinção de órgãos públicos, nos termos do o artigo
48, inciso XI, da Constituição Federal.
O voto do relator foi seguido por Alexandre de
Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber e Cármen Lúcia.
Inconstitucionalidade
Pelo Partido dos Trabalhadores, o advogado Eugênio
Aragão defendeu a inconstitucionalidade dos artigos
48 (inciso XI), 84 (inciso VI, alínea “a”) e 88 da
Constituição Federal. Sustentou que o decreto
presidencial suprime conselhos instituídos por lei
usurpando competência legislativa.
Afirmou que a regulamentação da matéria, que envolve
criação e extinção de órgãos da administração
pública, é reservada a lei em sentido formal,
aprovada, portanto, no Congresso Nacional. Pelos
motivos expostos pediu a concessão da medida liminar
e, no mérito, a procedência da ação para declarar
inconstitucionais os dispositivos atacados na ação.
O advogado citou diversos conselhos que podem ser
extintos a partir de 28 de junho deste ano pelo
decreto. Entre eles o Conselho de Recurso do Sistema
Financeiro Nacional (CRSFN), a Comissão
Interministerial de Governança (CGPAR), a Comissão
Nacional da Biodiversidade (Conabio), a Comissão
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais (CNPCT) e a Comissão
Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae).
Da redação com informações do STF
Fonte: Portal Vermelho
13/06/2019 -
Trabalhadores no setor de transporte coletivo aderem
à greve geral. Confira quem deve parar
Ônibus, metrô e trens não devem circular em São
Paulo e diversas regiões do país, em protesto contra
o projeto do governo que mexe com as regras de
aposentadoria e benefícios. Governo paulista vai à
Justiça para barrar movimento
Trabalhadores no setor de transporte coletivo urbano
estão confirmando adesão à greve geral da próxima
sexta-feira (14), contra o projeto do governo de
“reforma” da Previdência. Na cidade de São Paulo,
motoristas e cobradores de ônibus, metroviários e
ferroviários (CPTM) vão interromper atividades a
partir da 0h. Outros municípios da região
metropolitana, como os do ABC e de Guarulhos/Arujá,
também podem participar do movimento. O governo
paulista recorreu à Justiça e obteve liminares que
limitam a paralisação.
O Sindirodoviários, que representa trabalhadores em
transportes rodoviários no Espírito Santo, informou
que a categoria vai participar da greve. Notificado,
o sindicato patronal disse que recorrerá à Justiça.
A expectativa é de que os rodoviários do Distrito
Federal também parem na sexta-feira, segundo a CNTLL,
confederação do setor filiada à CUT.
Ainda pelo balanço parcial da entidade, devem parar
motoristas e cobradores em Salvador e Feira de
Santana, também na Bahia, Natal e Mossoró (RN) e
Maceió. Estão previstas paralisações na região de
Sorocaba e do Vale do Paraíba, no interior de São
Paulo.
Segundo a Nova Central, estão confirmadas greves em
Boa Vista e Petrolina (PE). No Rio de Janeiro e em
Belo Horizonte, ainda não há confirmação se a
paralisação será total ou parcial.
Metrô
Assembleia dos metroviários de São Paulo, na semana
passada, confirmou paralisação na capital paulista.
O sindicato de Pernambuco informou que a categoria
também vai parar em Recife, assim como em Belo
Horizonte.
A Federação Nacional dos Metroviários informou que
também haverá greve em Porto Alegre e Teresina.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do
estado de São Paulo informou que obteve liminares
contra a greve, no caso do Metrô e da CPTM, nesta
última determinando manutenção de 100% do efetivo. A
pasta disse considerar que o motivo da paralisação é
“ideológico”. Os metroviários paulista têm
assembleia marcada para hoje, a partir das 18h30.
Fonte: Rede Brasil Atual
13/06/2019 -
Maia diz que estados e municípios ficarão fora da
reforma, mas poderão ser reincluídos por acordo
De acordo com o presidente da Câmara, uma emenda com
a reinserção pode ser apresentada caso governadores
entrem em acordo sobre o texto proposto
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, informou que
estados e municípios devem ficar de fora do
relatório da reforma da Previdência (PEC 6/19), cuja
apresentação está prevista para esta quinta (13),
mas poderão ser reincluídos se houver acordo com os
governadores sobre o texto.
Segundo Maia, a ideia é que durante a votação seja
apresentada uma emenda com a reinserção. O
presidente destacou que ainda é preciso negociar
pontos divergentes na proposta.
“Nós temos interesse de manter estados e municípios,
mas é uma questão política: o relatório vem sem
estados e munícios e temos até a primeira semana de
julho no Plenário para reincluir com o acordo que
estamos construindo com os governadores para que
todos os problemas previdenciários estejam
resolvidos”, disse Rodrigo Maia.
Em relação ao calendário da reforma, Maia prevê que
a proposta seja analisada pelo Plenário a partir da
primeira semana de julho. Depois da apresentação do
parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), a
comissão especial dá início à discussão do texto,
mesmo com obstrução da oposição. A previsão, segundo
Maia, é que o colegiado comece a votar o relatório
de Moreira no dia 25 de junho e só na semana
seguinte siga para o Plenário.
Capitalização
Outro tema polêmico na proposta é a criação do regime
de capitalização. Segundo Rodrigo Maia, é importante
que o Legislativo construa uma solução para o tema,
mesmo que o item fique de fora da reforma no
primeiro momento. De acordo com o presidente, a
retirada da capitalização não representa uma derrota
do ministro Paulo Guedes. “Se entender que não tem
votos para a provar a capitalização na PEC, vamos
construir uma solução junto com o ministro Guedes,
que tem sido um aliado do Parlamento”, completou.
Fonte: Agência Câmara
13/06/2019 -
CAS aprova projeto que autoriza saque do FGTS em
caso de Alzheimer ou Parkinson
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou o
projeto de lei (PLS 30/2018) do senador Paulo Paim
(PT-RS) que permite ao trabalhador com Parkinson ou
Alzheimer sacar do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). O dinheiro também poderá ser
retirado caso o trabalhador tenha dependente com
esses males. Segundo o relator, senador Flávio Arns
(Rede-PR), a legislação vigente já permite o saque
do FGTS em caso de doença grave, desde que seja
terminal. O senador Jayme Campos (DEM-MT) lembrou
que o dinheiro é do trabalhador e poderá servir para
dar mais qualidade de vida ao doente. A proposta
ainda será analisada pela Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
13/06/2019 -
Comissão aprova tempo máximo para atendimento de
idosos e gestantes
A lei atual não define prazos. A proposta
aprovada pela Comissão de Defesa do Consumidor
estabelece 30 minutos como tempo limite de espera em
órgãos públicos e empresas. Texto inclui pessoas com
deficiência
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos
Deputados aprovou o Projeto de Lei 1432/19, que fixa
regras para o atendimento preferencial de idosos,
gestantes e pessoas com deficiência física em
estabelecimentos que prestam serviços públicos, além
de cartórios, hospitais e clínicas privadas e
empresas que atendam mais de 500 pessoas por dia.
Pela proposta, do deputado Luciano Ducci (PSB-PR),
esse grupo deverá ser atendido em até 30 minutos,
podendo chegar a 40 minutos em casos excepcionais:
do primeiro ao quinto dia útil do mês; no último dia
útil do mês; ou na véspera e no dia após feriados.
A Lei federal 10.048/00 já assegura a pessoas com
deficiência, idosos, gestantes, lactantes, pessoas
com crianças de colo e obesos direito a atendimento
prioritário em repartições públicas e empresas
concessionárias de serviços públicos. Porém, a lei
não define prazos.
Para o relator, deputado Felício Laterça (PSL-RJ), a
lei hoje é ineficaz. O parecer dele foi favorável à
proposta, com emenda excluindo bancos e lotéricas da
regra. Além de fixar tempo máximo de espera, ele
considera importante ampliar o atendimento
prioritário para hospitais e clínicas privadas e
empreendimentos comerciais que atendam mais de 500
pessoas por dia.
Fonte: Agência Câmara
12/06/2019 -
2ª Turma do STF marca análise de suspeição de Moro
para dia 25/6
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, anunciou, nesta terça-feira (11/6), que a
2ª Turma da corte deve julgar no dia 25 deste mês um
Habeas Corpus em que a defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva pede que seja declarada a
suspeição do então juiz Sergio Moro no julgamento do
caso do tríplex no Guarujá.
O argumento central da defesa é o fato de Moro ter
aceitado, em novembro, o convite para o cargo de
ministro da Justiça e Segurança Pública do governo
Jair Bolsonaro.
Processo
Em dezembro, o relator ministro Edson Fachin e a
ministra Cármen Lúcia votaram contra o pedido de
suspeição. O julgamento foi suspenso por um pedido
de vista do ministro Gilmar Mendes.
"Suspeição é diferente do impedimento. E
parcialidade, suspeição, exige que a parte acusada
seja ouvida. Não se pode considerar um magistrado
suspeito por decidir com base em tese jurídica que
considera correta", defendeu Fachin.
Em seguida, a ministra Cármen Lúcia afirmou que todo
mundo tem direito a um processo justo. "Nessa
condição, o magistrado tem de estar acima de
qualquer irregularidade. O fato de um ex-juiz ter
aceito convite formulado para Executivo não pode ser
considerado por si sua parcialidade", disse Cármen.
HC 164.493
Fonte: Consultor Jurídico
12/06/2019 -
Vazamento de mensagens entre Moro e procurador da
Lava Jato repercute na CAE
A troca de mensagens por um aplicativo entre o então
juiz Sergio Moro — atual ministro da Justiça e
Segurança Pública — e o procurador da República
Deltan Dellagnol, reveladas no domingo (9) pelo site
de notícias The Intercept, repercutiram nesta
terça-feira (11) em reunião da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado.
Alguns senadores afirmam que os diálogos
evidenciariam indevida coordenação de esforços na
Operação Lava Jato. Outros consideram que é preciso
investigar como ocorreram os vazamentos.
Para o senador Otto Alencar (PSD-BA), Sergio Moro
não pode continuar no cargo de ministro da Justiça.
— Na minha opinião, o ministro da Justiça não pode
mais continuar ministro, a não ser que ele coloque,
acima de tudo, a necessidade de ter um emprego e
jogar por terra, como já jogou, toda sua história de
magistrado, que nós todos pensávamos isento e
imparcial, o que, pelas últimas informações e
notícias dadas como corretas e sérias, não
corresponde à realidade. Houve, claro, uma
concordância, uma intenção de se orientar o
Ministério Público na condução da denúncia para a
prisão do ex-presidente Lula. Eu não tenho a menor
dúvida disso — disse.
Já Alessandro Vieira (Cidadania-SE) avalia que o
vazamento indica que está em curso um ataque
orquestrado contra a Operação Lava Jato.
— Uma organização criminosa, provavelmente
contratada por alguém interessado em prejudicar
investigações, está em ação no Brasil. Nós temos uma
quadrilha fazendo monitoramento, infiltração e
“hackeamento” de aparelhos smartphones, celulares de
autoridades: ministros, juízes, desembargadores,
procuradores da República e, quem sabe, senadores.
Então, a gente não pode fechar os olhos para o que
está acontecendo no Brasil: uma ação criminosa,
orquestrada, que não é barata, que não é simples, e
que está atacando fortemente o sistema de Justiça
brasileiro — afirmou.
Na segunda-feira (10), a publicação de mensagens foi
comentada por diversos senadores em pronunciamentos
no Plenário ou pelas redes sociais. No mesmo dia, o
senador Angelo Coronel (PSD-BA) apresentou
requerimentos para que o ministro Sergio Moro e o
procurador Deltan Dallagnol falem sobre o caso à
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Ele informou que iniciaria a coleta de assinaturas
para a criação de uma CPI.
Fonte: Agência Senado
12/06/2019 -
Produção industrial cresce em dez locais de março
para abril, diz IBGE
A produção industrial cresceu em dez dos 15 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), na passagem de março para abril
deste ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial
Mensal – Produção Física Regional, divulgados hoje
(11), as maiores altas foram observadas em
Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%) e Região Nordeste,
que congrega os dados dos nove estados (6,1%).
Outros estados que tiveram alta na passagem de março
para abril foram Mato Grosso (5,1%), Ceará (3,7%),
São Paulo (2,4%), Rio Grande do Sul (2,3%), Santa
Catarina (1,3%), Paraná (0,3%) e Minas Gerais
(0,1%).
Seguindo a tendência contrária à alta nacional de
0,3%, cinco estados tiveram queda. O destaque ficou
com o Pará, cuja indústria recuou 30,3%. Outros
locais com redução na produção foram Espírito Santo
(-5,5%), Rio de Janeiro (-4,5%), Goiás (-1,4%) e
Amazonas (-1,2%).
Na comparação com abril do ano passado, apenas seis
locais tiveram alta, com destaque para Ceará (6,5%)
e Rio Grande do Sul (6,3%). Nove locais tiveram
queda, a maior delas no Pará (-31%).
No acumulado do ano, onze locais tiveram queda, com
destaque para Espírito Santo (-10,3%), e quatro
tiveram alta. Paraná e Rio Grande do Sul tiveram os
maiores crescimentos (6,2% cada um).
De acordo com o IBGE, no acumulado de 12 meses, dez
locais tiveram queda, sendo a maior delas (-4,9%) em
Goiás. Cinco locais tiveram alta na produção, com
destaque para o Rio Grande do Sul (6,6%).
Fonte: Agência Brasil
12/06/2019 -
Bolsonaro é denunciado na ONU por exonerar equipe de
combate à tortura
Ativistas brasileiros apresentaram uma queixa às
Nações Unidas contra a decisão do presidente Jair
Bolsonaro de exonerar os onze integrantes do
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.
Segundo o colunista Jamil Chade, do Uol, a entidade
Justiça Global, juntamente com a Terra de Direitos e
Instituto de Defensores de Direitos Humanos,
apresentou carta ao relator da ONU contra Tortura,
Nils Melzer, com detalhes da decisão do governo e
denunciando a medida.
Para a Justiça Global e seus parceiros, a medida do
governo Bolsonaro torna "impossível" a operação do
órgão e representa "um sério ataque contra políticas
para evitar a tortura no Brasil".
Bolsonaro exonerou, através de decreto publicado
nesta terça-feira (11), todos os peritos do
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura
(MNPCT), órgão criado em 2013 responsável por
investigar violações de direitos humanos em locais
como penitenciárias, hospitais psiquiátricos,
abrigos de idosos, dentre outros.
O grupo foi criado como parte de uma obrigação do
estado brasileiro diante dos compromissos
internacionais que assumiu. De acordo com o decreto,
porém, o grupo agora passa a ser formado apenas por
participantes não remunerados, o que na prática
desmonta a capacidade de atuação e a independência
do órgão.
De acordo com a denúncia, a decisão de Bolsonaro de
exonerar os membros "mantém o mecanismo apenas no
papel, já que acaba com suas capacidades
operacionais".
Fonte: Brasil247
12/06/2019 -
Comissão agenda para quinta-feira discussão da
proposta da reforma da Previdência
Está agendada para esta quinta-feira (13) reunião da
comissão especial proposta da Previdência (PEC 6/19)
para discussão do relatório, que ainda não foi
apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos
(PL-AM), estima que, quando o texto for apresentado,
em 24 horas a comissão será convocada para a leitura
e qualquer pedido de vista interrompe a tramitação
por duas sessões.
Na avaliação de Ramos, o feriado de Corpus Christi,
no dia 20, e a semana seguinte ao feriado, que será
de festas juninas, podem jogar a votação para julho.
Da experiência da tramitação do texto enviado pelo
governo anterior, o deputado lembrou que foram 3
dias de debate porque todos os deputados podem
falar. Cada membro da comissão por 15 minutos e os
não membros, por 10. Os líderes de partidos também
têm 15 minutos.
Na comissão de 2017, também a votação durou três
dias. As falas nesta fase são apenas quatro, de
cinco minutos cada, duas a favor e duas contrárias;
mas o número de destaques pode ser grande e esses
também são discutidos. Cada partido pode apresentar
de um a quatro destaques, dependendo do tamanho da
bancada. E ainda existem destaques individuais.
De acordo Ramos, enquanto esses prazos correm, o
governo terá tempo para buscar os 308 votos
necessários para que a proposta possa ser aprovada
no Plenário.
Procedimentos de votação
O presidente da comissão, Marcelo Ramos, disse que vai
agora conversar com os líderes de partidos para
tentar acordos para os procedimentos de debate e
votação. A oposição, entretanto, promete usar todo
seu tempo para falar contra a reforma.
A reunião será realizada às 9h30, em plenário a
definir.
Fonte: Agência Câmara
12/06/2019 -
Taxa de investimento é a menor da história
A Instituição Fiscal Independente do Senado mostra
que o nível de investimentos na economia é o mais
baixo da média nacional desde 1997.
No primeiro trimestre de 2019, a taxa de
investimento recuou para 15,5%, patamar inferior à
média histórica registrada entre 1997 e 2013
(18,6%).
"Essa dinâmica tem sido influenciada pela diminuição
dos investimentos públicos, pela existência de
elevada capacidade ociosa no parque industrial e
pelo ambiente de incerteza que persiste sobre as
perspectivas de recomposição do quadro de equilíbrio
fiscal", explica a IFI.
Essa análise se soma a de outras fontes que apontam
para necessidade de ação estatal para estimular a
economia e a produção industrial.
Fonte: Senado
12/06/2019 -
Novo parecer do simples trabalhista afasta sindicato
da negociação
Tramita na Comissão de Trabalho, Administração
e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, o PL
450/15, do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que
institui o Simples Trabalhista considerado pelo
autor programa de inclusão social do trabalhador
Informal para as microempresas e empresas de pequeno
porte.
A proposta conhecida pelo movimento sindical reduz
encargos sociais e permite a flexibilização de
direitos dos trabalhadores para promover o programa,
que conforme substitutivo apresentado, nesta
segunda-feira (10) pelo relator, deputado Mauro
Nazif (PSB-RO), afastou a representação sindical dos
trabalhadores, diferentemente do texto inicial que
previa a participação dos sindicatos nos acordos e
convenções coletivas de trabalho para qualquer
negociação.
Para essa mudança feita no substitutivo, o relator
justifica que “a finalidade de permitir a redução do
horário mínimo de 1 hora para repouso ou refeição,
por meio de convenção ou acordo coletivo de
trabalho, nas condições especificadas, é considerada
positiva.
E acrescenta: “ademais entende-se que no mundo
atual, de economia e competitividade globalizadas,
são necessários ajustes ágeis nas condições de
trabalho e a possibilidade de flexibilização de
regras trabalhistas que atendem às novas exigências
do mercado de trabalho, ou seja, a legislação rígida
reduz a margem de negociação entre os atores da
relação empregatícia”.
Substitutivo
O substitutivo estabelece que fica instituído o
Programa de Inclusão Social do Trabalhador Informal
(Simples Trabalhista), com o objetivo de promover a
geração de emprego formalizado no âmbito das
microempresas e empresas de pequeno porte, assim
definidas no artigo 3º, da Lei Complementar 123, de
14 de dezembro de 2006.
E às microempresas e empresas de pequeno porte,
aplicam-se as seguintes normas aplica acordos ou
convenções coletivas de trabalho específico para:
1) fixar regime especial de piso salarial (Repis);
2) estabelecer os critérios, a forma e a periodicidade
do pagamento da participação nos lucros ou
resultados da empresa, nos termos da Lei 10.101, de
19 de dezembro de 2000; e
3) permitir o trabalho aos domingos e feriados, sem
prejuízo da exigência de compensação de que trata o
§ 2º do artigo 59, da CLT.
E acordo escrito firmado entre o empregador e o
empregado poderá:
1) fixar o horário normal de trabalho do empregado,
durante o gozo do aviso prévio;
2) prever o pagamento do 13º salário em até 6
parcelas; e
3) dispor sobre o fracionamento das férias do
empregado, desde que observado limite máximo de três
períodos.
A proposta para os fins previstos no artigo 790-B da
CLT e na Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, a
microempresa ou empresa de pequeno porte será
beneficiária da assistência judiciária e define que
o depósito prévio para a interposição de recursos
perante a Justiça do Trabalho será reduzido:
1) em 75%, para as microempresas; e
2) em 50%, para as empresas de pequeno porte;
O substitutivo prevê que os conflitos individuais do
trabalho poderão ser conciliados nos termos da Lei
9.307, de 23 de setembro de 1996, conforme cláusula
compromissória de eleição da via arbitral.
Poderá ainda ser celebrado contrato de trabalho por
prazo determinado, nos termos da Lei 9.601, de 21 de
janeiro de 1998, e do artigo 443 da CLT,
independentemente das condições estabelecidas em seu
§ 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela
empresa, desde que o contrato implique acréscimo no
número de empregados formais da empresa.
E a alíquota da contribuição para o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de que trata o
artigo 15, da Lei 8.036, de 11 de maio de 1990, será
de 2%, em contratos que venham a ser celebrados a
partir da vigência desta lei, desde que:
1) o empregado não tenha conta individualizada no FGTS
ou, na existência de conta, nela não tenham sido
efetivados depósitos há mais de 2 anos; e
2) o empregado aceite, mediante acordo firmado com o
empregador, o percentual fixado neste inciso.
Os acordos ou convenções coletivas de trabalho
específicos se sobrepõem a qualquer outro de caráter
geral. E a aplicação do disposto na lei fica
limitada ao prazo de 5 anos, contados da data da
assinatura do contrato.
Tramitação
A proposta aguarda apresentação de emendas ao
substitutivo na Comissão. Posteriormente, segue para
discussão e votação no colegiado.
Depois, o projeto deve ser examinado pelas comissões
de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação;
e de Constituição e Justiça.
Fonte: Diap
11/06/2019 -
Greve Geral: Presidente da Nova Central orienta
estratégias de participação à base filiada
José Calixto Ramos reforça importância social das
manifestações e apresenta alternativas que colaboram
com o movimento paredista de 14 de Junho.
Assista o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=6NE6T0S3I24
Fonte: NCST
11/06/2019 -
OAB recomenda afastamento de Moro e Dallagnol
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou
“perplexidade e preocupação com os fatos” envolvendo
o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan
Dallagnol revelados pelo site The Intercept. Para as
entidades dos advogados, os fatos representam “grave
risco à segurança institucional” e “ameaçam os
alicerces do Estado Democrático de Direito”. A OAB,
“recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos
cargos públicos (...) para que as investigações
corram sem qualquer suspeita”.
Leia abaixo a íntegra da nota da OAB:
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, por
deliberação unânime, manifestam perplexidade e
preocupação com os fatos recentemente noticiados
pela mídia, envolvendo procuradores da república e
um ex-magistrado, tanto pelo fato de autoridades
públicas supostamente terem sido “hackeadas”, com
grave risco à segurança institucional, quanto pelo
conteúdo das conversas veiculadas, que ameaçam caros
alicerces do Estado Democrático de Direito.
É preciso, antes de tudo, prudência. A íntegra dos
documentos deve ser analisada para que, somente após
o devido processo legal – com todo o plexo de
direitos fundamentais que lhe é inerente –, seja
formado juízo definitivo de valor.
Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos
fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e
isenta, na medida em que estes envolvem membros do
Ministério Público Federal, ex-membro do Poder
Judiciário e a possível relação de promiscuidade na
condução de ações penais no âmbito da operação
lava-jato. Este quadro recomenda que os envolvidos
peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam,
especialmente para que as investigações corram sem
qualquer suspeita.
A independência e imparcialidade do Poder Judiciário
sempre foram valores defendidos e perseguidos por
esta instituição, que, de igual modo, zela pela
liberdade de imprensa e sua prerrogativa
Constitucional de sigilo da fonte, tudo como forma
de garantir a solidez dos pilares democráticos da
República.
A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem em seu
histórico a defesa da Constituição, da ordem
jurídica do Estado Democrático e do regular
funcionamento das instituições, não se furtará em
tomar todas as medidas cabíveis para o regular
esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao
Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral
da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições
públicas.
Fonte: Portal Vermelho
11/06/2019 -
Oposição anuncia obstrução em votações até
afastamento de Moro
A oposição anunciou obstrução em todas as votações
na Câmara até que Sérgio Moro seja afastado do
ministério da Justiça. A ação dos líderes da
oposição foi definida após divulgação de reportagem
pelo site Intercept Brasil de supostas ilegalidades
na Operação Lava Jato, envolvendo o então juiz com
os procuradores Deltan Dallagnol e Laura Tessler.
Os partidos querem que Moro se afaste do ministério
para que investigações sobre possíveis
interferências indevidas durante o julgamento sejam
feitas de forma imparcial, já que o ministro é o
chefe da Polícia Federal.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (RJ),
disse que a oposição vai obstruir, inclusive, a
apresentação do relatório da reforma da Previdência
(PEC 6/19). Segundo ela, os partidos não vão
permitir que nada seja votado até que medidas
concretas sejam tomadas.
"São atitudes criminosas diante da lei brasileira,
há claro ferimento da imparcialidade, há
promiscuidade entre poderes e isso precisa ser
investigado e deve levar ao afastamento do ministro
Moro”, propôs Feghali.
Para o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), foi
montado um conluio na condução da Lava Jato para
impedir a candidatura de Lula e a vitória de
Fernando Haddad nas eleições de 2018. Segundo
Pimenta, é urgente que a Polícia Federal faça uma
investigação isenta dos fatos, mesmo que um dos
principais envolvidos nas denúncias seja o ministro
da Justiça.
O líder informou ainda que há várias ações sendo
discutidas no âmbito do Legislativo, como pedido de
CPI para investigar o caso e convocação de Moro; e
no âmbito do Judiciário, pedir o afastamento do
ministro e dos procuradores a fim de preservar as
investigações.
“Ele é nada mais, nada menos, que o chefe da PF. São
medidas cautelares tanto em relação ao Moro quanto
aos procuradores. Para que não interfiram nas
investigações, não destruam provas, não coajam
testemunhas, não apaguem rastros de eventuais crimes
que cometeram”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
11/06/2019 -
Escândalo Moro-Dallagnol turbina greve geral
Do Brasil de Fato - A maior parte dos trabalhadores do
transporte público em São Paulo decidiu aderir à
Greve Geral marcada para 14 de junho, próxima
sexta-feira, contra o projeto de reforma da
Previdência do governo Bolsonaro e demais ataques
aos direitos trabalhistas.
Dirigentes das dez centrais sindicais anunciaram, em
coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10) no
Sindicato dos Motoristas de São Paulo, que diversas
categorias já confirmaram participação na
mobilização.
Na capital paulista, motoristas dos ônibus das
linhas municipais e intermunicipais e as linhas
1-Azul, 2-Vermelha e 3-Verde do Metrô de São Paulo
vão interromper suas atividades a partir da 0h de
sexta-feira.
Cinco das sete linhas da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM) também param: 8-Diamante,
9-Esmeralda, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade; além do
monotrilho, linha 15-Prata.
Os modais coletivos, juntos, somam 15,3 milhões de
deslocamentos por dia na região metropolitana,
segundo a Pesquisa Origem Destino de 2017.
O sindicalista Wagner Fajardo, coordenador-geral do
Sindicato dos Metroviários, afirma que ainda não há
a confirmação de paralisação das linhas 4-Amarela e
5-Lilás, que são privatizadas. Fajardo lembra que o
sindicato ganhou na Justiça o direito de representar
os trabalhadores destas linhas, geridas pela CCR.
"O objetivo aqui é dar publicidade para a população
que não vai ter transporte na sexta-feira. E também
é um chamado para a população aderir a greve. Mesmo
setores desorganizados, que não têm sindicatos, nós
estamos convocando a aderir porque essa reforma
prejudica a todos", diz o sindicalista.
Segundo os sindicatos, há negociações com os
trabalhadores dos aeroportos do Estado e com os
funcionários Porto de Santos, maior ponto de
escoamento de cargas do Brasil e maior complexo
portuário da América Latina.
Motoristas de ônibus de Guarulhos e Mogi das Cruzes
já confirmaram que vão paralisar a categoria. Os
trabalhadores do setor de transportes da região do
ABC fazem plenária nesta quarta-feira (12).
União
A expectativa é de que a greve de sexta-feira supere a
ocorrida em abril de 2017, contra reforma da
Previdência do então governo de Michel Temer (MDB).
Na ocasião, mais de 150 cidades aderiram, com
participação com mais de 40 milhões de pessoas.
Fajardo observa que, desta vez, as centrais
sindicais estão mais unidas, e que mobilizações de
estudantes e professores devem dar mais fôlego à
convocação.
"Nossa expectativa é que será uma greve muito mais
unificada, do ponto de vista dos trabalhadores, e
uma resposta mais contundente e ao governo."
O sindicalista Luiz Gonçalves, presidente estadual
da Nova Central Sindical e dirigente do Sindicato
dos Motoristas de São Paulo, saiu de uma campanha
salarial que, segundo ele, já indicava a
participação na greve geral.
"Nos parece que dia 14 será um movimento muito forte
dos trabalhadores de transporte, sejam caminhoneiros
autônomo, metroviários, ferroviários ou do
transporte sob pneu. Parece que a adesão é muito
grande e forte", aposta.
O dirigente pondera que a paralisação é de caráter
nacional. Na semana passada, no dia 5 de junho,
representações sindicais do setor estiveram em
Brasília na primeira reunião do Frente Parlamentar
Mista em Defesa dos Trabalhadores em Transportes e
reiteraram participação nos atos contra a reforma da
Previdência.
Um levantamento da Fundação Perseu Abramo mostra que
70% dos caminhoneiros autônomos são favoráveis a uma
paralisação, coincidindo com a posição de parte das
lideranças do setor em relação à greve geral.
Fonte: Brasil de Fato
11/06/2019 -
STF deve julgar pedido de liberdade do ex-presidente
Lula nesta terça-feira (11)
Em um dos recursos, defesa contesta decisão de
ministro do STJ; no outro pedido, alega suspeição de
Sérgio Moro
O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal
(STF), Edson Fachin, incluiu na pauta de julgamentos
desta terça-feira (11) um pedido de liberdade do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A
defesa do petista contesta uma decisão de Felix
Fischer, ministro do Superior Tribunal de Justiça
(STJ). No ano passado, Fischer rejeitou sozinho um
pedido de absolvição de Lula no processo do triplex
do Guarujá, sem levar a discussão para a Quinta
Turma do STJ, como ocorre nos processos relacionados
à Lava Jato.
O recurso começou a ser julgado no plenário virtual
em abril – a ideia era que os ministros pudessem
postar os votos em um sistema eletrônico, sem a
necessidade do encontro físico. No entanto, o
ministro Gilmar Mendes solicitou que o caso fosse a
julgamento no plenário físico da Segunda Turma.
Nesta segunda-feira (10), Mendes também liberou para
julgamento um habeas corpus solicitado pela defesa
de Lula em dezembro de 2018, apontando a suspeição
do então juiz Sergio Moro no caso do triplex. Um dos
argumentos apresentados pelos advogados do petista é
a aceitação do convite feito pelo presidente
Bolsonaro para que o Moro ocupasse o cargo de
ministro da Justiça.
O julgamento foi suspenso em 4 de dezembro após
pedido de vista. O placar, então, era de 2 a 0
contra o habeas corpus de Lula, com votos do relator
Edson Fachin e da ministra Cármen Lúcia.
Ambos os julgamentos ocorrem em contexto diferente
daquele em que os pedidos foram realizados pela
defesa, principalmente após a divulgação de
conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol
pelo portal The Intercept, que indicam acordos
escusos para que o ex-presidente fosse condenado.
Fonte: Brasil de Fato
11/06/2019 -
CMO reúne-se nesta terça para analisar crédito de R$
248,9 bi para o Executivo
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) reúne-se nesta
terça-feira (11), às 11h, para discutir o parecer ao
projeto de crédito suplementar em que o Executivo
pede autorização do Congresso Nacional para quitar,
por meio de operações de crédito, despesas correntes
de R$ 248,9 bilhões.
O relator da proposta (PLN 4/2019), deputado Hildo
Rocha (MDB-MA), recomendou a aprovação da medida
como apresentada pelo Executivo, apesar de
anteriormente ter questionado o montante pedido. Em
resposta a requerimento do relator, técnicos da
equipe econômica informaram que seriam necessários
no mínimo R$ 146,7 bilhões. Mas, nesse caso, as leis
orçamentárias teriam de ser alteradas, colocando em
risco os pagamentos.
Deputados do PT, do PCdoB e do PL anunciaram que
querem rediscutir o montante necessário, sob
argumento de que áreas como educação, saúde e
habitação foram objeto de contingenciamento e agora
precisam de dinheiro.
Regra de ouro
A Constituição proíbe a realização de operações de
crédito (emissão de títulos públicos) que excedam as
despesas de capital (investimentos e amortizações de
dívida). Essa “regra de ouro” só pode ser contornada
por meio de créditos suplementares ou especiais com
finalidade específica e aprovados pelo Congresso por
maioria absoluta — pelo menos 257 deputados e 41
senadores.
O objetivo do PLN 4/2019 é obter essa autorização.
Sem ela, já neste mês faltará dinheiro para cobrir
as despesas obrigatórias listadas no projeto de
crédito suplementar, sustenta o governo. A maior
parte (R$ 201,7 bilhões) corresponde a benefícios
previdenciários, como pensões e aposentadorias. O
texto trata ainda de Bolsa Família, benefício de
prestação continuada (BPC) e Plano Safra, entre
outros itens.
Depois de passar pela CMO, o parecer seguirá para
análise dos deputados e senadores em sessão conjunta
do Congresso Nacional, marcada para a tarde desta
terça-feira.
Fonte: Agência Senado
11/06/2019 -
Comissão avalia impactos da reforma da Previdência
na vida das mulheres
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realiza
audiência pública nesta quarta-feira (12) para
discutir e avaliar os impactos da proposta de
reforma da Previdência (PEC 6/19) na vida das
mulheres.
Foram convidadas para o debate:
- a economista e pesquisadora do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), Joana Mostafa;
- a pesquisadora da Coordenação de Gênero, Raça e
Gerações do Ipea, Luana Simões Pinheiro;
- e a diretora executiva da Associação Nacional dos
Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento,
Roseli Faria.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE), que pediu o
debate, disse que a proposta do governo Bolsonaro
para a Previdência impõe ao povo brasileiro,
especialmente às mulheres, “uma vida laboral longa,
extenuante, e quase ou nenhum tempo de
aposentadoria”. Segundo a deputada, a PEC 6/19 acaba
com as diferenças entre homens e mulheres
trabalhadoras rurais, ignora a dupla e tripla
jornadas de trabalho da mulher e reduz a pensão por
morte, atingindo em especial as viúvas.
Hora e local
O debate será às 14h30, no plenário 15.
Fonte: Agência Câmara
11/06/2019 -
Seguridade debate aposentadorias especiais na
reforma da Previdência
A Comissão de Seguridade Social e Família debate
nesta quinta-feira (13) a reforma da Previdência
(PEC 6/19) e a aposentadoria dos trabalhadores que
exercem atividades em condições especiais e
prejudiciais à saúde. A audiência pública atende
requerimento dos deputados Eduardo Barbosa (PSDB-MG)
e Dr. Frederico (Patriota-MG).
Foram convidados para o debate o médico Mário
Parreiras de Farias, mestre em Saúde Pública e
auditor fiscal do Trabalho; a presidente do
Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP),
Adriana Bramante de Castro Ladenthin; e o secretário
especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno
Bianco Leal.
Hora e local
O debate será às 10 horas, no plenário 7, e será
interativo.
Fonte: Agência Câmara
11/06/2019 -
Falta de assistência do sindicato afasta deferimento
de honorários advocatícios
A assistência é um dos requisitos, ao lado da
insuficiência econômica.
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
julgou improcedente o pedido de pagamento de
honorários advocatícios em ação ajuizada por uma
bancária contra o Banco Santander Brasil S. A. A
Turma seguiu a jurisprudência do TST de que, para o
recebimento dos honorários, a parte deve estar
assistida por sindicato da categoria profissional, o
que não foi comprovado.
Insuficiência econômica
A empregada havia pedido o pagamento dos honorários
advocatícios com base na Lei 1.060/50, que
estabelece normas para a concessão de assistência
judiciária aos necessitados. O juízo de primeiro
grau julgou improcedente o pedido, mas o Tribunal
Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) reformou a
sentença.
Para o TRT, embora a bancária não tenha juntado a
credencial sindical, o fato de ter mencionado
insuficiência econômica bastaria para o deferimento
do benefício da assistência judiciária e para a
condenação do banco ao pagamento dos honorários. Por
isso, condenou o Santander ao pagamento de 15% sobre
o valor bruto da condenação.
Requisitos
O relator do recurso de revista do banco, ministro
Vieira de Mello Filho, assinalou que, mesmo após a
vigência do artigo 133 da Constituição da República,
que considera o advogado indispensável à
administração da justiça, permanece válido o
entendimento de que o deferimento de honorários
advocatícios na Justiça do Trabalho está
condicionado a dois requisitos concomitantes: o
benefício da justiça gratuita e a assistência
sindical. A previsão consta da Súmula 219 e da
Súmula 329 do TST.
O ministro destacou ainda que a Lei 5.584/1970, que
disciplina a concessão e a prestação de assistência
judiciária na Justiça do Trabalho, foi recepcionada
pela Constituição da República. Segundo o relator, o
artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição, que
estabelece que cabe ao Estado a prestação de
assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos, não pretendeu
eliminar o encargo atribuído aos sindicatos de
prestar assistência judiciária aos necessitados.
“Antes, o legislador constituinte teve por escopo
ampliar o âmbito de atuação da assistência,
atribuindo o encargo também ao Estado”, assinalou.
A decisão foi unânime. Processo:
RR-44-32.2012.5.04.0561
Fonte: TST
10/06/2019 -
Movimento sindical organiza bases e define
paralisações em 14 de junho
A menos de uma semana da Greve Geral, Metroviários,
Bancários, Metalúrgicos e Químicos, entre outros,
realizam assembleias pra definir como será a
participação, no dia 14 de junho. Quarta (5), o
setor do Transporte aprovou adesão ao movimento, o
que reforça ainda mais a mobilização. Luiz
Gonçalves, que é condutor e preside a Nova Central
Sindical SP, avalia: “A disposição da categoria é
por uma greve nacional e forte dia 14”.
Químicos - Sergio Luiz Leite, presidente da
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas
e Farmacêuticas do Estado de SP, ligada à Força
Sindical, tem percorrido cidades do Interior nas
assembleias, falou à Agência Sindical. Serginho
explica: "A mobilização ocorre de diversas formas.
Em certas cidades há plenárias unificadas com
Centrais, Confederações, Federações e Sindicatos,
como a que ocorreu em São Paulo. Em outras, por
setor ou categoria. A orientação é protestar, seja
com paralisações rápidas, atos em locais de
concentração popular ou dentro dos locais de
trabalho".
Bancários - O Sindicato de São Paulo e Osasco
realiza terça (11) assembleia na Quadra dos
Bancários - rua Tabatinguera, 192, Sé, Centro - pra
decidir sobre a Greve Geral. Desde quarta (5), o
Sindicato realiza assembleias nos locais de trabalho
pra ouvir a categoria. "A proposta de Bolsonaro joga
a conta do suposto déficit da Previdência no colo
dos mais pobres. Essa reforma mantém privilégios e
fará com que os trabalhadores morram antes de se
aposentar. Razões não faltam pra que a categoria
participe da Greve. Só uma paralisação forte poderá
barrar os ataques a nossos direitos e, no futuro, de
nossos filhos”, salienta a presidente do Sindicato,
Ivone Silva.
Osasco - A organização da Greve Geral está
sendo coordenada pelo (Conselho Intersindical Saúde
e Seguridade Social. Essa decisão foi tomada em
plenária do sindicalismo local, terça (4), reunindo
Centrais, Federações, Sindicatos e entidades da
sociedade civil. Os Metalúrgicos apoiam a Greve
Geral e decidirão o formato do protesto em seminário
que ocorrerá na sede, amanhã (8), às 9 horas.
Curitiba - Para Sérgio Butka, presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a
categoria está mobilizada pra defender Educação e
Previdência. "O governo quer precarizar tudo. A
Educação, quer entregar à iniciativa privada; a
Previdência, aos bancos. Os Metalúrgicos de Curitiba
estarão nas ruas e portas de fábrica, em 14 de
junho, contra tudo isso". O Sindicato dos Motoristas
e Cobradores de Curitiba e Região apoia a Greve.
Haverá assembleias nas garagens na semana que vem
para que os trabalhadores decidam.
Fonte: Agência Sindical
10/06/2019 -
Mensagens entre Moro e procuradores comprova nossa
tese, diz defesa de Lula
"Demonstramos inúmeras vezes que a operação 'lava
jato' foi uma atuação combinada entre os
procuradores e o ex-juiz Sergio Moro com o objetivo
pré-estabelecido e com clara motivação política de
processar, condenar e retirar a liberdade do
e-presidente Lula. As reportagens publicadas pelo
portal The Intercept Brasil revelam detalhes dessa
trama", afirmam o advogado Cristiano Zanin Martins,
que defende o ex-presidente.
As reportagens a que Zanin se refere mostram
diversas trocas de mensagens de celular entre os
procuradores da "lava jato" e do procurador Deltan
Dallagnol com o ex-juiz federal Sergio Moro. As
mensagens, afirma o advogado, comprovam as
motivações políticas dos procuradores, com algumas
menções claramente antipetistas, e mostram o ex-juiz
orientando a atuação dos procuradores, especialmente
em relação a Lula.
"A esse cenário devem ser somadas diversas outras
grosseiras ilegalidades, como a interceptação do
principal ramal do nosso escritório de advocacia
para que fosse acompanhada em tempo real a
estratégia da defesa de Lula, além da prática de
outros atos de intimidação e com o claro objetivo de
inviabilizar a defesa do ex-presidente", afirma
Zanin, na nota.
Para a defesa, ninguém pode ter dúvida de que os
processos contra o ex-presidente Lula estão
corrompidos pelo que "há de mais grave em termos de
violações a garantias fundamentais e à negativa de
direitos".
"O restabelecimento da liberdade plena de Lula é
urgente, assim como o reconhecimento mais pleno e
cabal de que ele não praticou qualquer crime e que é
vítima de lawfare, que é a manipulação das leis e
dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição
política", aponta a defesa.
Por um Fio
Uma série de reportagens publicadas neste domingo pelo
site The Intercept Brasil expõe áudios do ex-juiz
federal e atual ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro, e do procurador Deltan
Dallagnol que mostram atuação conjunta dos dois na
chamada operação "lava jato".
Segundo as reportagens, o site teve acesso a um
extenso lote de arquivos secretos que revela que os
procuradores da "lava jato", que passaram anos
insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir
que o PT ganhasse a eleição presidencial de 2018.
Fonte: Consultor Jurídico
10/06/2019 -
Bolsonaro mente sobre faltar recursos para
benefícios, diz oposição
Bolsonaro disse neste domingo (9) que a oposição
está trabalhando para inviabilizar o pagamento de
benefícios do Bolsa Família, o Benefício de
Prestação Continuada (BPC) pagos aos deficientes e
idosos pobres, Plano Safra e Pronaf. Ele faz
referência a decisão da Comissão Mista de Orçamento
(CMO), formada por deputados e senadores, que adiou
a votação do projeto de lei projeto de lei (PLN) 4,
que autoriza a obtenção pelo governo federal de um
crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões.
“O Governo diz que o PLN4 é imprescindível, mas na
verdade é uma burla à chamada regra de ouro. Pedem
dinheiro para pagar juros, mas não podem confessar.
Aí fazem chantagem e terrorismo. Para os gastos
sociais o orçamento já está garantido. Governo mente
mais uma vez”, rebateu neste domingo, no Twitter,
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na
Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP),
parlamentares da oposição e de partidos aliados ao
governo de Bolsonaro se recusam a dar um “cheque em
branco” ao executivo.
“Queremos transparência. O governo de Bolsonaro é
mestre em fake news. Nós queremos deixar claro que o
recurso do PLN tem que recompor o dinheiro que
Bolsonaro cortou da educação, o Minha Casa, Minha
Vida, que está parado, o Bolsa Família. Queremos
deixar claro quanto vai para recompor esses
programas”, explicou.
Paulo Pimenta (PT-RS), líder do PT na Câmara, diz
que para justificar a sua incompetência, Bolsonaro
quer jogar a população contra o Congresso Nacional,
especialmente contra a oposição, que é minoria e não
tem sequer 30% das cadeiras no parlamento.
Fonte: Portal Vermelho
10/06/2019 -
Psol anuncia ações contra Moro e Dallagnol
Nota do Psol – O PSOL entrará com uma série de
iniciativas pela apuração das denúncias de
manipulação da Operação Lava Jato, apontadas pelo
site The Intercept Brasil. Logo após a publicação
das reportagens, o líder da bancada, deputado Ivan
Valente (PSOL-SP), anunciou que pedirá a convocação
do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que foi o
principal juiz da operação, para que ele se explique
no plenário da Câmara e também na Comissão de
Justiça. O PSOL também entrará com uma representação
contra o procurador Deltan Dallagnol no Conselho
Nacional do Ministério Público. O partido estuda
ainda outras medidas cabíveis, por considerar o caso
gravíssimo, segundo o presidente nacional, Juliano
Medeiros.
O The Intercept publicou ontem três reportagens e
anuncia novas abordagens mostrando discussões
internas e atos controversos, politizados e
legalmente duvidosos da força-tarefa da Lava Jato,
coordenada por Dallagnol em colaboração com Moro. A
série de reportagens se baseia em arquivos inéditos
de textos, áudios, vídeos, fotos e documentos
judiciais enviados por fonte anônima e foi
reproduzida em inglês no The Intercept. O conteúdo
completo envolve diversas lideranças políticas
brasileiras e estrangeiras, além dos últimos
presidentes brasileiros.
A primeira reportagem torna pública as motivações
políticas que guiaram as ações da Lava Jato. A
segunda revela como Moro instruiu Dallagnol,
sugerindo mudanças nas fases da operação, dando
pistas para a investigação, indicando fontes e,
assim, violando a neutralidade de magistrado. A
última matéria publicada ontem demonstra como a Lava
Jato blefou no STF para levar o caso do triplex para
Curitiba.
Fonte: Brasil247
10/06/2019 -
OIT volta a analisar reforma trabalhista brasileira
A Comissão de Aplicação de Normas da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) volta a analisar, a
partir desta semana, a denúncia de que a Lei
13.467/2017,, conhecida como reforma trabalhista,
fere a Convenção 98 da agência multilateral da
Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o
Brasil é signatário. Composta por representantes dos
Estados-Membros (governos, empregadores e
trabalhadores), a comissão se reunirá durante a
Conferência Internacional do Trabalho, que começa
hoje (10), em Genebra (Suíça), e segue até o próximo
dia 21.
Aprovada pela OIT em 1949 e ratificada pelo Brasil
em 1952, durante o governo de Getúlio Vargas, a
Convenção 98 estabelece regras de proteção aos
direitos de trabalhadores brasileiros, como a
filiação sindical e a participação em negociações
coletivas.
A denúncia de que as mudanças nas leis trabalhistas
que entraram em vigor em novembro de 2017 contrariam
a convenção foi apresentada à OIT pela Central Única
dos Trabalhadores (CUT), com o apoio de outras
centrais sindicais, antes mesmo da aprovação da lei
pelo Congresso Nacional. As entidades de
trabalhadores sustentam que as mudanças trazidas
pela reforma trabalhista foram aprovadas sem a
devida consulta aos trabalhadores.
O principal questionamento das centrais sindicais
diz respeito ao ponto que estabelece que os acordos
assinados após negociações coletivas entre patrões,
empregados e seus respectivos sindicatos podem se
sobrepor a determinados aspectos previstos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ou seja,
dentro de certos limites, o negociado prevalece
sobre o legislado.
Em nota de junho de 2018, a CUT afirma que a
intenção da denúncia era fazer com que o Brasil
fosse incluído na lista de casos da Comissão de
Aplicação de Normas, fato que, segundo a entidade,
acarretaria repercussões práticas de natureza
política, econômica e jurídica, como eventuais
entraves a negociações bilaterais, o que faria com
que o governo recuasse na implementação das novas
regras trabalhistas.
Durante a última conferência, realizada há um ano, o
governo brasileiro sustentou que o projeto de
mudança das leis trabalhistas proposto em 2017 foi
discutido e votado pelo Congresso Nacional seguindo
todos os trâmites previstos na Constituição
brasileira. E que aspectos questionados da lei
estavam sob análise do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Fonte: Agência Brasil
10/06/2019 -
Empresas precisam de interlocutores fortes e
comemorar ‘fim’ de sindicatos é errado, diz
negociador patronal
Advogado, desembargador e sindicalistas criticam
"reforma" trabalhista e MP que alterou regras do
financiamento sindical
Comemorar uma possível “extinção” de sindicatos de
trabalhadores como efeito das mudanças na legislação
é um comportamento equivocado, segundo o advogado
Renato Franco Corrêa da Costa, consultor e
negociador patronal, que participou nesta
sexta-feira (7) de debate promovido pelo Sindicato
das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no
Estado de São Paulo (Sescon). “Precisamos de
segurança. Se a prevalência do negociado sobre o
legislado é tão importante, para sobreviver
precisamos de interlocutores fortes”, afirmou, ao
lado do desembargador Davi Furtado Meirelles, do
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2),
e do secretário-geral da UGT, Francisco Canindé
Pegado.
O principal tema do debate era a questão do custeio,
atingida pela Medida Provisória (MP) 873, editada em
1º de março, uma sexta-feira de carnaval, que
dificultou ainda mais o financiamento das entidades.
A “MP do boleto”, como definiu o advogado, foi
“muito desastrada”. Ainda que ele considere
excessivo o número de entidade no Brasil, Costa
acredita que “vibrar com fim de sindicato é uma
visão equivocada”, acrescentando que é melhor ter
“um sindicato duríssimo” no outro lado da mesa de
negociação, para garantir a validade e legitimidade
do acordo. “O que a gente negocia tem de valer”,
observou. Ele citou a convenção coletiva do setor
financeiro, em que atua – representantes dos
bancários e dos banqueiros têm acordo de abrangência
nacional.
O juiz do maior TRT do país considera que a MP 873,
que pode “caducar” no final do mês, tem
inconstitucionalidade “flagrante e cristalina”.
Mesmo que seja votada no Congresso, ele acredita que
“não para em pé” no Supremo Tribunal Federal (STF),
que já recebeu ações de questionamento da medida.
Para o desembargador, a lei que resultou na “reforma
trabalhista” foi feita sem a participação dos
“principais interessados”: sindicatos (de
trabalhadores e empresários), juízes e Ministério
Público. Ele citou avanços obtidos durante o Fórum
Nacional do Trabalho, no início do primeiro governo
Lula, em que as partes conseguiram obter “consenso
mínimo” sobre mudanças na legislação, que não foram
adiante no parlamento.
Ex-advogado de entidades de trabalhadores, Meirelles
lembrou que sempre foi contrário à contribuição
sindical obrigatória, chamada de imposto sindical,
mas defendeu a necessidade de manter uma fonte de
receita para sindicatos que efetivamente negociam.
Ele citou um voto vencido do ministro Edson Fachin
no STF, ao lembrar que a estrutura brasileira tem um
tripé formado pelo princípio da unicidade, o custeio
e a representação. No Brasil, foi alterada apenas
uma “perna” desse tripé, a da contribuição,
comprometendo todo o sistema.
Pegado disse que a UGT era favorável a uma reforma
na área trabalhista, mas a que foi feita, sem
debate, contribuiu para enfraquecer o movimento
sindical. Segundo ele, desde então as receitas das
entidades caíram em torno de 70%. Agora, a MP 873,
prestes a caducar, poderá ser substituída por um
projeto de lei em regime de urgência.
O sindicalista lembrou ainda que as mudanças na CLT
foram aprovadas no Congresso com o argumento básico
de que eram necessárias para que o país voltasse a
criar postos de trabalho. “Estamos esperando esses
empregos.”
Fonte: Rede Brasil Atual
10/06/2019 -
Governo fará proposta de cinco novas NRs, afirma
secretário, que fala em ‘empecilhos’
Autor do substitutivo que resultou na "reforma"
trabalhista, Marinho diz que governo se preocupa com
saúde e segurança, mas acrescenta que o país "não
pode ser uma fábrica de obstáculos"
O governo apresentará ainda neste mês proposta de
cinco novas Normas Regulamentadoras (NRs), disse
sexta-feira (7) o secretário especial de Previdência
e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério
Marinho, que usou o termo “revisitar” para se
referir às alterações. Ele não citou os setores
envolvidos.
Ao garantir que o Executivo se preocupa com a saúde
e a segurança do trabalhador, o secretário – autor
do substitutivo que resultou na Lei 13.467, de
“reforma” trabalhista, e um dos condutores do
projeto de “reforma da Previdência – afirmou que é
preciso garantir bom senso no setor. Nesse sentido,
observou que as NRs representam um problema. “O
Brasil não pode ser uma fábrica de geração de
empecilhos, de obstáculos”, declarou, durante evento
na sede do Sindicato das Empresas de Serviços
Contábeis e das Empresas de Assessoramento,
Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São
Paulo (Sescon).
Segundo Marinho, as cinco NRs fazem parte de um
cronograma que o Executivo pretende apresentar ao
longo do ano. A “simplificação” das normas que regem
a saúde e a segurança nos vários setores de
atividade é motivo de preocupação para sindicatos e
o Ministério Público, que já se manifestaram a
respeito. O MPT lembrou que as mudanças sempre são
discutidas de forma tripartite.
Deputado não reeleito pelo PSDB potiguar, o
secretário do ministro Paulo Guedes também fez uma
reflexão sobre o desemprego, afirmando que se fala
muito na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, do IBGE, mas que “historicamente
sempre se usou o Caged”, o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do extinto
Ministério do Trabalho. Na verdade, a referência
para medição da taxa de desemprego oficial no Brasil
sempre foi o IBGE, que antes divulgada a Pesquisa
Mensal de Emprego (PME), restrita a seis regiões
metropolitanas. O Caged é um registro administrativo
de admissões e demissões, abrangendo apenas a parte
formal do mercado de trabalho.
Segundo ele, o desalento e a subutilização da mão de
obra, como aponta o IBGE, sempre aconteceram no
país. O instituto informou na semana passada que a
taxa de subutilização no trimestre encerrado em
abril chegou a 24,9%, recorde da série histórica,
com 28,4 milhões de pessoas nessa situação. E o
desalentados somam 4,9 milhões.
Ao defender a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 6, da Previdência, o secretário disse que o
sistema é “extremamente permeável” a fraudes e que o
governo está tomando medidas para combater dívidas
do setor, estimadas em R$ 500 bilhões. De acordo com
Marinho, grosso modo um terço desse valor já foi
ajuizado e tramita em diferentes instâncias, outro
terço está em “processo de ajuizamento” e o restante
ele considera “perdido”, por ser de empresas
falidas, como companhias aéreas.
Para ele, a proposta do governo respeita “a
capacidade contributiva da sociedade” e faz justiça.
“O sistema de repartição não dá certo em lugar algum
do mundo, no sentido de fechar contas. É
insustentável do ponto de vista fiscal.” Ao mesmo
tempo, Marinho afirmou que a PEC “não é a panaceia
que vai resolver os problemas do Brasil, mas é a
base disso, é o alicerce, a espinha dorsal”.
O professor Hélio Zyberstajn, da Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas (Fipe), manifestou total
apoio à “reforma” da Previdência e disse que a
trabalhista “tem sido um sucesso, inclusive na
negociação coletiva”. Para ele, o projeto original
que mudava a CLT, enviado pelo governo anterior,
“era muito modesto”. De sete artigos, o relator, o
então deputado Rogério Marinho, ampliou para mais de
100. O pesquisador disse que o atual secretário é “a
pessoa certa, no lugar certo, na hora certa”.
Fonte: Rede Brasil Atual
10/06/2019 -
CAS vai debater novas condições para saque do FGTS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai debater
duas propostas que incluem novas condições para o
saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS): em caso de doença grave (PLS 703/2015), de
autoria do senador Romário (PSB-RJ); e para abertura
de micro e pequena empresa (PL 685/2019), de autoria
de Jorginho Mello (PL-SC). O debate foi requerido
pelos senadores Styvenson Valentim (Pode-RN), que
defende o saque quando o trabalhador precisar; e
Eduardo Gomes (MDB-TO), que informou sobre a
intenção do governo de alterar as formas de saque
para ter mais rentabilidade. A data dos debates
ainda será definida pela comissão.
Fonte: Agência Senado
10/06/2019 -
CCJ aprova emissão eletrônica da carteira de
trabalho
Projeto deve seguir para sanção presidencial, a
menos que haja recurso para votação em Plenário
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
da Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (6)
projeto de lei que permite a emissão da Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS) em meio
eletrônico, se houver requerimento escrito do
trabalhador.
O PL 7705/14 determina que regulamento do Poder
Executivo disciplinará a transferência das
informações contidas no documento físico para o meio
eletrônico. O texto altera a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT- Decreto-Lei 5.452/43).
De autoria do Senado Federal, o projeto recebeu
parecer favorável do deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
Ele apresentou uma emenda de redação apenas para
adequar a proposta às regras da técnica legislativa,
sem interferir no conteúdo.
Como foi aprovado em caráter conclusivo pelos
deputados e já passou pelo Senado, o projeto deve
seguir agora para sanção presidencial, a menos que
haja recurso para que a decisão final na Câmara seja
em Plenário.
A CTPS é emitida pelas superintendências regionais
do Trabalho e Emprego, vinculadas ao Ministério da
Economia, ou por órgãos estaduais e municipais
conveniados ao governo federal.
Fonte: Agência Câmara
07/06/2019 -
MP da contribuição sindical ‘caducará’; entrará
projeto de lei
A Medida Provisória (MP) 873/19, que entre
outros aspectos, determina a cobrança das
contribuições sindicais por meio de boleto bancário
vai perder a eficácia no dia 28 de junho. Até lá, a
iniciativa do governo terá feito estrago
incalculável nas finanças e na estrutura sindicais.
A MP passou a vigorar no dia 1º de março.
Mas a sabotagem contra o movimento sindical não
cessa com a caducidade da medida provisória. O
governo pretende, segundo o site “O Antagonista”,
enviar ao Congresso Nacional, projeto de lei sobre o
assunto, em regime de urgência.
“Está em finalização o projeto de lei que
substituirá a medida provisória que torna efetiva
deu um basta na sabotagem à proibição da
contribuição sindical provisória”.
“Os detalhes estão sendo negociados com [o
presidente da Câmara] Rodrigo Maia.”
E segue a nota: “O projeto de lei manteria a
proibição de aprovação de contribuição sindical por
‘assembleias’, impondo assim um controle sobre o
sindicalismo de toga, mas voltaria atrás quanto à
forma do pagamento da contribuição consentida pelo
trabalhador — voltaria a ser por desconto em folha
no lugar do boleto bancário.”
Fonte: Diap
07/06/2019 -
Petrobrás coloca quase tudo à venda após 'liberou
geral' do STF
A Petrobras vai retomar seu cronograma de venda de
ativos, depois do "liberou geral" do STF em decisão
tomada nesta quinta-feira (6). As principais
participações acionárias à venda somam US$ 32,3
bilhões, considerando empresas como BR, Liquigás,
Gaspetro, além de oito refinarias e da TAG, rede de
gasodutos no Norte e Nordeste.
Reportagem do jornal O Globo aponta que a estratégia
da Petrobras é gerar recursos extras para pagar
dívidas, atualmente em US$ 68,3 bilhões, para depois
acelerar os investimentos.
"A prioridade agora da estatal é se concentrar nas
operações maiores, como a Liquigás e a venda
adicional das ações da BR Distribuidora. No caso da
Liquigás, o objetivo é se desfazer de 100% da
companhia, que atua no engarrafamento, distribuição
e comercialização de gás liquefeito de petróleo
(GLP)", informa o jornal.
Fonte: Brasil247
07/06/2019 -
Auditoria aponta ganhos excessivos de Paulo Guedes
em negócios com recursos de fundos de pensão
Guedes montou, por meio de sua empresa de gestão
de ativos, fundos de investimentos que receberam,
entre 2009 e 2014, R$ 1 bilhão em recursos dos
institutos que administram os planos de pensão e
aposentadoria dos empregados de empresas públicas
Reportagem de Fábio Fabrini, na edição desta
quinta-feira (6) da Folha de S.Paulo, revela que
auditorias da Funcef — entidade de previdência
complementar dos funcionários da Caixa — afirmam que
FIPs (fundos de investimento em participações)
geridos pelo hoje ministro da Economia, Paulo
Guedes, pagaram, sem justificativa técnica adequada,
R$ 385 milhões de ágio para adquirir empresas.
As auditorias da Funcef, de fevereiro deste ano,
foram feitas a pedido do MPF (Ministério Público
Federal), que conduz duas investigações sobre
fraudes nos negócios, supostamente praticadas em
consórcio por Guedes e dirigentes dos fundos de
pensão.
A principal suspeita, baseada em relatórios da
Previc (Superintendência Nacional de Previdência
Complementar), é de que eles tenham gerado ganhos
excessivos ao ministro, em detrimento dos cotistas
dos FIPs.
Os investimentos foram feitos com recursos captados
de fundos de pensão patrocinados por estatais e do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social).
Guedes montou, por meio de sua empresa de gestão de
ativos, FIPs que receberam, entre 2009 e 2014, R$ 1
bilhão em recursos dos institutos que administram os
planos de pensão e aposentadoria dos empregados de
empresas públicas.
Entre eles estão Funcef, Previ (Banco do Brasil),
Petros (Petrobras) e Postalis (Correios), além do
BNDESPar —braço de investimentos do BNDES.
Fonte: Revista Forum
07/06/2019 -
Questionada no Supremo lei que dispensa a
autorização sindical em demissões
A Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos (CNTM) ajuizou ação Direta no Supremo
Tribunal Federal para questionar dispositivo da
reforma trabalhista que tornou desnecessária a
participação prévia de entidades sindicais ou da
celebração de convenção coletiva ou do acordo
coletivo de trabalho na homologação de demissões
imotivadas individuais, bem como nas coletivas de
trabalhadores. O caso está sob relatoria do ministro
Luiz Edson Fachin.
De acordo com a entidade, o artigo 477-A da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com a
redação dada pela Lei 13.467/2017, aponta não ser
mais obrigatória a autorização prévia de entidade
sindical para efetivação de dispensas imotivadas
individuais, plúrimas ou coletivas, e faculta ao
trabalhador ser assistido pelo advogado do
sindicato.
A Confederação argumenta, ainda, que o afastamento
da presença sindical das rescisões de contratos de
trabalho e das homologações de acordos
extrajudiciais é fator que influencia e afeta, com
veemência, economia, política, sociedade e
ordenamento jurídico brasileiros, "abalando a
tutela, proteção e regulação das relações de
trabalho, um dos princípios vetoriais e basilares do
Estado Democrático de Direito da República
Federativa do Brasil".
Lembrando que a Justiça Trabalhista entende que a
dispensa em massa de trabalhadores, se não
autorizada previamente pela entidade sindical,
caracteriza abuso de direito, a Confederação pede
que se dê aos textos questionados interpretação
conforme a Constituição para que seja assegurada a
presença do sindicato profissional nas dispensas em
massa e nas conciliações extrajudiciais. Com
informações da Assessoria de Imprensa do STF. ADI
6142
Fonte: Consultor Jurídico
07/06/2019 -
Indústria cortou 1,1 milhão de vagas e reduziu
salários em 14,7% entre 2014 e 2017
A recessão vivida pelo Brasil atingiu com força a
indústria nacional entre 2014 e 2017, cortando 1,1
milhão de vagas no período (12,5%) e reduzindo
salários das vagas remanescentes em 14,7%, segundo
dados da Pesquisa Industrial Anual, divulgada nesta
quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados revelam ainda que a receita da indústria
brasileira caiu 7,7% entre o início oficial da
recessão, em 2014, e 2017. Segundo o IBGE, 7,7
milhões de brasileiros trabalhavam na indústria em
2017, queda de 12,5% em relação a 2014. Deste total,
97,5% trabalhavam na área de transformação, e o
restante na indústria extrativa.
O segmento com a maior parcela nos empregos da
indústria extrativa em 2017 foi a fabricação de
produtos alimentícios (23,3% do todo), seguido por
confecção de artigos do vestuário e acessórios
(8,2%) e ainda a fabricação de produtos de metal
(6%).
Na indústria extrativa, os setores com maior fatia
do emprego foram a extração de minerais metálicos
(41,4% do total registrado pelo setor) e a extração
de minerais não metálicos (41,1%).
No período que abrange de 2008 a 2017, os segmentos
que mais fecharam postos de trabalho foram extração
de carvão mineral (-38,7%), fabricação de coque,
produtos derivados de petróleo e biocombustíveis
(-32,9%) e fabricação de produtos de madeira
(-22,4%).
Os setores que mais abriram vagas no País foram
extração de petróleo e gás (441,7%), extração de
minerais metálicos (44,5%) e fabricação de bebidas
(28,1%). Em 2017, a receita líquida de vendas
registrada pela indústria brasileira somou R$ 3,9
trilhões, 7,7% menos do que em 2014.
Fonte: iG
07/06/2019 -
Preço da cesta básica diminui em 13 capitais, diz
Dieese
Em maio de 2019, o custo do conjunto de alimentos
essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra
resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) em 17 cidades.
As quedas mais importantes foram observadas em Campo
Grande (13,92%), Belo Horizonte (7,02%), Goiânia
(-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). Os aumentos
ocorreram em Florianópolis (1,17%), Aracaju (0,86%),
Recife (0,20%) e Brasília (0,06%).
A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$
507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio
de Janeiro (R$ 492,93). Os menores valores médios
foram observados em Salvador (R$ 392,97) e João
Pessoa (R$ 403,57).
Em 12 meses, entre maio de 2018 e o mesmo mês de
2019, todas as cidades pesquisadas acumularam alta,
entre 6,49%, em Campo Grande, e 24,23% em Recife.
Nos primeiros cinco meses de 2019, todas as capitais
tiveram alta acumulada, com destaque para Recife
(22,69%), Vitória (20,07%) e Natal (18,94%). A menor
alta foi registrada em Campo Grande (0,26%).
Com base na cesta mais cara que, em maio, foi a de
São Paulo, e levando em consideração a determinação
constitucional que estabelece que o salário mínimo
deve ser suficiente para suprir as despesas de um
trabalhador e da família dele com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene,
transporte, lazer e previdência, o Dieese estima
mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em maio de 2019, o salário mínimo necessário para a
manutenção de uma família de quatro pessoas deveria
equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de
R$ 998,00. Em abril de 2019, o piso mínimo
necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes
o mínimo vigente. Já em maio de 2018, o valor
necessário foi R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário
mínimo, que era de R$ 954,00.
Fonte: Agência Brasil
07/06/2019 -
Inflação para famílias com renda mais baixa fica em
0,26% em maio
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1
(IPC-C1), que registra a variação da cesta de
compras de famílias com renda até 2,5 salários
mínimos, teve inflação de 0,26% em maio deste ano.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa é
inferior à observada em abril (0,73%).
Fonte: Portal EBC
07/06/2019 -
Comissão discute práticas abusivas na oferta de
consignados a aposentados
O possível vazamento de dados do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) e práticas abusivas de
instituições financeiras na oferta de empréstimos
consignados foram debatidos nesta quinta-feira (6),
na Comissão de Transparência, Governança,
Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).
O presidente do colegiado e autor do requerimento
para a audiência pública, senador Rodrigo Cunha
(PSDB-AL), baseou o pedido em notícias divulgadas
pela imprensa em abril, segundo as quais o
presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, teria
admitido a possibilidade de vazamento e uso
inapropriado das informações pela Empresa de
Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev).
O senador citou o Boletim Estatístico da Previdência
Social, que aponta que o INSS totalizava mais de 35
milhões de empréstimos emitidos até dezembro de
2018.
Rodrigo Cunha pediu explicações sobre essa
exploração, principalmente contra os idosos, e quis
saber se há vulnerabilidades no sistema do INSS. De
acordo com o parlamentar, há suspeita de que os
dados pessoais de todos os cadastrados estariam
expostos.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
07/06/2019 -
Mudança no rito das MPs chega ao Senado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou,
no início da sessão plenária desta quinta-feira (6),
que a Mesa já recebeu a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 91/2019, que muda o rito das
medidas provisórias no Congresso Nacional.
A matéria foi aprovada na última quarta-feira (5)
pela Câmara, após acordo firmado com o presidente
Rodrigo Maia. Davi agradeceu a ele pelo andamento
garantido à PEC, o que permitirá “resolver de uma
vez por todas as angústias dos senadores e senadoras
em relação aos prazos das medidas provisórias”.
Agora, a proposta deve ser analisada pela Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
— A matéria está processada, estará incluída semana
que vem, para nós, em definitivo, resolvermos esse
problema de prazos em relação às medidas
provisórias. Divido com o Plenário do Senado essa
grande conquista para a Casa da federação, que é o
Senado. Obrigada senadores pela confiança e à Câmara
dos Deputados por votarem essa matéria — disse.
O texto garante pelo menos 30 dias para que o Senado
analise uma MP, o que na prática, vai permitir que
os senadores façam alterações antes do prazo de
vencimento da medida. Com o tempo escasso com que as
MPs chegavam à Casa, essas mudanças muitas vezes
ficavam impossibilitadas, porque as medidas precisam
voltar à Câmara quando são modificadas pelo Senado.
A PEC também prevê a perda da validade das medidas
provisórias em vários casos: se não forem analisadas
pela comissão mista após 40 dias do recebimento; se
não forem analisadas pela Câmara dos Deputados em 40
dias após a análise da comissão; se não forem
analisadas pelo Senado em 30 dias, após a aprovação
pela Câmara; e se a Câmara não analisar as
modificações do Senado em 10 dias.
Caso a Câmara não analise a MP em 30 dias, ela passa
a trancar a pauta, entrando em regime de urgência.
No Senado, a MP tranca a pauta após 20 dias, se não
houver manifestação pela Casa. A PEC proíbe ainda a
inserção de textos estranhos ao conteúdo da medida
provisória, os chamados jabutis.
Fonte: Agência Senado
07/06/2019 -
Brasil perde jovens para violência em patamar de
países como Haiti, aponta Atlas da Violência
Relatório anual do Ipea, órgão do Ministério da
Economia, aponta que Brasil registrou 65,6 mil
homicídios em 2017, a maioria deles afetando homens
jovens, com fortes implicações sociais e econômicas
Se os jovens brasileiros formassem um país próprio,
as taxas de homicídio desse país se assemelhariam às
das nações com os maiores índices de violência do
mundo. É o que aponta o Atlas da Violência 2019,
mapeamento das mortes violentas no país feito pelo
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e
pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)
com base em dados de 2017, coletados pelo Ministério
da Saúde.
O Brasil registrou 65.602 homicídios no ano
retrasado, um aumento de 4,2% em relação ao ano
anterior e, o mais preocupante, um número recorde
que equivale a 31,6 mortes para cada 100 mil
habitantes - mais do dobro, por exemplo, da taxa de
homicídios do Iraque em 2015 (ano mais recente com
estatísticas da OMS, a Organização Mundial da
Saúde).
A OMS considera epidêmicas taxas de homicídio
superiores a 10 homicídios a cada 100 mil
habitantes.
(Mais informações: BBC News Brasil)
Fonte: BBC
06/06/2019 -
Para sindicalista, mobilização para 14 de junho está
maior que a prévia da greve geral de 2017
Em Brasília, sindicalistas discursam a favor da
paralisação e contra a PEC da "reforma" da
Previdência. Setor de transportes deve aderir
Centrais sindicais e movimentos sociais intensificam
a organização para a greve geral marcada para o dia
14, contra a “reforma” da Previdência. Para o
secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, a mobilização
em torno de paralisação nacional está maior que a do
período anterior ao movimento deflagrado em 28 de
abril de 2017. “Tenho percorrido muitos estados e
percebo como a preparação está grande. Isso é
resultado da unidade (entre as centrais) que temos
construído desde o final do ano passado. Vivemos um
retrocesso não apenas nas relações de trabalho, mas
de civilização”, afirmou o dirigente durante
plenária realizada na noite de terça (4), na sede do
Sindicato dos Químicos de São Paulo, na região
central da cidade.
Nesta quarta-feira (5), sindicalistas discursaram na
Câmara dos Deputados em defesa da greve geral. Eles
participaram do lançamento da Frente Parlamentar em
Defesa dos Trabalhadores dos Transportes.
Assembleias da categoria já votaram a favor da
participação no movimento do dia 14, e plenária
realizada hoje em Brasília reforçou essa decisão. O
bloco tem coordenação do deputado Valdevan Noventa (PSC-SE),
presidente licenciado do Sindicato dos Motoristas de
São Paulo.
As centrais estão definindo um calendário de
mobilização para os próximos dias, preparando a
greve. Para amanhã e sexta-feira (dias 6 e 7), deve
ser realizada panfletagem em vários pontos da
capital paulista e atividades com ênfase nas
periferias. No início da semana que vem, continuarão
a ser coletadas adesões para o abaixo-assinado
contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6.
Na véspera da paralisação, haverá um dia “de
agitação e propaganda”.
Em São Paulo, o dia de greve deverá ser encerrado
com um ato diante do Masp, na Avenida Paulista, a
partir das 16h.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/06/2019 -
‘Reforma’ da Previdência não combate privilégios: ‘É
ajuste fiscal na conta do trabalhador’, diz
ex-ministro
Para Carlos Gabas, se a equipe econômica do
governo quer economizar R$ 1 trilhão deve fazer uma
reforma tributária,
em vez de mexer nas aposentadorias
O ex-ministro da Previdência Carlos Gabas
classificou como “esdrúxulas” as comparações
utilizadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes,
para pressionar pela aprovação da proposta de
“reforma” do governo. Em audiência na Câmara dos
Deputados realizada terça (4), Guedes afirmou que o
Brasil é uma “baleia ferida” que parou de se mover,
e que a aprovação das mudanças nas regras das
aposentadorias seria a primeira medida para resolver
os desequilíbrios fiscais no país.
“Não é verdade que a reforma da Previdência vai
reequilibrar as contas, até porque não é uma
reforma. O que o governo propõe é um ajuste fiscal
na conta do trabalhador. Se o governo quisesse
equilibrar as contas, começaria pela reforma
tributária e acabaria com renúncias fiscais”,
afirmou o ex-ministro em entrevista aos jornalistas
Marilu Cabanãs e Glauco Faria para o Jornal Brasil
Atual.
Ele cita a isenções de impostos concedidas a
petrolíferas estrangeiras na exploração do pré-sal,
aprovada pelo Congresso em 2017, com perdas
estimadas de R$ 1 trilhão em dez anos, valor
equivalente à suposta economia defendida por Guedes
na “reforma” da Previdência. “Se Guedes quer
economizar R$ 1 trilhão, a primeira medida deveria
ser acabar com esse tipo de renúncia, que beneficia
a Shell, a Esso, a BP, tubarões do petróleo mundial
que vem explorar o nosso pré-sal e não pagam
tributos.” Gabas defende mudanças que promovam
“justiça tributária”, elevando impostos sobre a
propriedade, renda e herança dos mais ricos, e
reduzindo as tarifas sobre o consumo que pesam mais
sobre os mais pobres.
Privilégios
O ex-ministro diz que o desemprego, a crise econômica
e a concentração de renda tendem a aumentar se a PEC
for aprovada, pois pelo menos 80% do recursos que
seriam “economizados” sairiam das aposentadorias do
Regime Geral da Previdência Social (RGPS), voltado
aos trabalhadores da iniciativa privada que tem
aposentadoria média de R$ 1,404,00. “Quem ganha isso
é rico e privilegiado?”. Gabas cita que a proposta
de “reforma” não só não combate, como reforça os
ditos privilégios, quando propõe a reestruturação de
carreira para os militares, por exemplo.
Gabas classificou como “pura fake news” uma tabela
que circula nas redes sociais atestando que a
“reforma” vai manter o valor médio para
aposentadorias do mais pobres e estabelecer um teto
de R$ 5.830,00 para as aposentadorias dos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário. O ex-ministro
lembra que o teto para o funcionalismo público foi
estabelecido, em 2012, durante o governo Dilma,
quando foi criado o Fundação de Previdência
Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).
Pente-fino
Segundo Gabas, o chamado “pente-fino” no INSS que o
Congresso Nacional aprovou nesta semana também é
outro caso de retirada de direitos dos trabalhadores
disfarçado de combate à corrupção. O processo de
concessão de benefícios já tem regras de combate à
corrupção e verificação de dados, como o
Monitoramento Operacional de Benefícios, que faz a
apuração de irregularidades, segundo o ex-ministro.
Ele denunciou o “rito sumário” para o cancelamento
de benefícios previsto na medida aprovada. Caso
sejam identificados indícios de irregularidades, o
trabalhador terá prazo de até dez dias para
apresentar a sua defesa pela internet, ou então terá
o pagamento suspenso.
Fonte: Rede Brasil Atual
06/06/2019 -
Trabalhadores do transporte aderem à Greve Geral de
14 de junho
Movimento é contra a reforma da Previdência, pela
retomada dos empregos e em defesa da Educação
Entidades que representam trabalhadores e
trabalhadoras dos transportes – aeroviários,
aeroportuários, portuários, motoristas e cobradores
rodoviários, além de metroviários e ferroviários –
decidiram aderir à greve geral do dia 14 de junho,
contra a reforma da Previdência, pela retomada do
crescimento econômico brasileiro com geração de
empregos e renda e contra os cortes na educação. A
decisão aconteceu durante plenária unificada na
noite de terça-feira (4).
O presidente da CUT, Vagner Freitas, que abriu a
reunião, reafirmou o papel que a greve tem no atual
momento social e econômico do Brasil, com recessão
econômica, recordes de desempregados e as políticas
de retirada de diretos pelo governo de Jair
Bolsonaro.
O dirigente ressaltou o papel dos trabalhadores em
transportes para o êxito da mobilização de 14 de
junho. “Em todas as greves gerais que construímos
com grande êxito, a participação dos trabalhadores e
trabalhadoras dos transportes foi fundamental”,
disse o dirigente.
Freitas avalia que essa greve difere das anteriores,
já que cresce a cada dia a politização da sociedade,
que “acordou para o fato de que esse governo está
destruindo o Brasil”.
“A greve está sendo debatida em escolas, igrejas,
bares e as pessoas falam da greve por conta do rumo
que o país tomou com Bolsonaro. Há um absoluto
desalento com o governo. Bolsonaro se apresentou
como solução e não resolveu nada. As pessoas estão
vivenciando uma enorme crise e questionando o
governo, que não tem proposta de política
econômica”, afirmou Vagner.
Caminhoneiros
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL-CUT),
Paulo João Eustasia, relatou que está consolidada a
participação de todos os modais de transporte na
paralisação.
“Temos tudo para superar o dia 28 de abril de 2017 e
dar uma resposta ao governo com relação aos ataques
aos direitos, principalmente contra a reforma da
Previdência”, disse Eustasia.
De acordo com o presidente da CNTTL, boa parte dos
caminhoneiros é representada pela confederação e a
categoria também anunciou, com ressalvas, que vai
paralisar atividades em 14 de junho. Ele explica
que, habitualmente, greves desses motoristas começam
em pontos isolados e vão ganhando corpo, assim como
aconteceu em 2018.
“Acredito que mais caminhoneiros vão aderir. Eles
têm uma pauta específica da categoria, que é a
questão da fiscalização do piso mínimo para os
fretes e o congelamento do preço do óleo diesel, mas
também são alvo da reforma da Previdência e boa
parte já decidiu participar da greve geral”.
O dirigente explica também que um fator determinante
para a adesão é o crescente descontentamento com
Bolsonaro: “Na ocasião da eleição, 70% dos
caminhoneiros apoiavam Bolsonaro. Hoje, já
percebendo o retrocesso do Brasil, o número inverteu
e 70% são contra o governo”.
Ainda sobre os caminhoneiros, Eustasia informou que
a categoria tem uma mobilização marcada para o dia
20 de junho, caso as pautas específicas
não sejam atendidas.
Reação
A preocupação dos sindicatos dos trabalhadores em
transportes é de que grande parte da
responsabilidade das greves deve recair sobre eles.
“Ainda que você mande ofício 72 horas antes
informando a greve, logo vem a liminar proibindo a
paralisação e estipulando multas absurdas”, afirma o
presidente da CNTTL.
Como resposta à previsível reação dos poderes
públicos para diminuir o alcance do movimento, o
consenso entre as entidades é de que os sindicatos
vão “bancar a greve” e enfrentar todos os
obstáculos, como liminares e descontos do dia da
folha de pagamento.
"Bolsonaro, na verdade, nunca teve um plano de
governo eficiente e real. Hoje isso está claro para
sociedade. Ele não tem proposta. Enquanto isso, o
país afunda no desemprego, empresas quebram e a
população está percebendo isso. E está vindo para a
luta para poder reverter. É agora ou nunca mais”,
disse Eustasia.
Fonte: Brasil de Fato
06/06/2019 -
Oposição quer mais debate sobre Previdência; relator
mantém prazo para entrega de parecer
Líderes de partidos de oposição se reuniram nesta
quarta-feira com o relator da reforma da
Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e
pediram mais debate antes da apresentação do
parecer.
A líder da minoria, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), explicou que muitos temas ficaram de
fora das audiências públicas. “Há muitos pontos em
aberto e queremos que o tempo do debate seja maior,
porque há temas que não foram aprofundados, por
exemplo, como transição para aposentadoria, que
representa 40% das emendas. A gente quer que ele
apresente o relatório após uma segunda reunião com a
oposição”, propôs a líder.
Samuel Moreira, no entanto, disse que está mantido o
prazo anteriormente proposto para apresentar o
relatório entre quinta (6) e segunda (10). “Estou
aqui para conversar com todos, para fazer um
relatório com a participação de todos. Continua o
prazo de apresentação do relatório”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
06/06/2019 -
Regras de saque do Fundo de Garantia vão ser
debatidas em audiências na CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta
quarta-feira (05) a realização de audiências
públicas para discutirem duas propostas que alteram
regras do saque pelo trabalhador do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Um dos projetos é o PL 685/2019, do senador Jorginho
Melo (PL-SC), que permite a movimentação da conta
vinculada do empregado para fomentar a abertura de
micro e pequenas empresas. Segundo o autor, a
iniciativa ajudaria a impulsionar novos
empreendimentos, que “não completam o ciclo inicial
de formação por falta de capital de giro e de
recursos necessários para fazer frente aos primeiros
meses da atividade”.
O relator, senador Styvenson Valentin (Pode-RN),
recomendou a aprovação do texto pelo interesse
social da iniciativa e pelo "alto índice de
mortalidade" da pequenas empresas no Brasil. Apesar
de já ter dado seu voto favorável, ele foi a favor
da realização da audiência pública.
— Nesse caso o fundo seria usado para aquecer a
economia com empreendedorismo e geração de empregos.
Hoje em dia, tem sido muito questionado o uso do
dinheiro e a superproteção do governo — afirmou
Stynvenson.
Doenças
O outro projeto a ser discutido é o PLS 703/2015, do
senador Romário (Pode-RJ), que abre mais cinco
circunstâncias de saúde para saque do FGTS: doença
grave, incapacitante ou rara; doença que demande
cuidados permanentes ou de alto custo; doença que
necessite de tratamento multidisciplinar; doença ou
condição que dispense carência para concessão de
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; e
doença ou condição que motive isenção do imposto de
renda.
O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) foi quem pediu a
reunião. Ele lembrou que o governo está analisando
mudanças no gerenciamento do fundo, que devem
incluir a rentabilidade e novas regras para acesso
aos recursos por parte dos trabalhadores.
Recentemente o líder do governo, Fernando Bezerra
Coelho (MDB-PE), apresentou requerimento para que o
PLS 703/2015 tramite em conjunto com outras
proposições que tratam de mudanças no saque do FGTS.
A Presidência do Senado enviou ofício à CAS para
envio do projeto à Secretaria-Geral da Mesa para
atender ao pedido do senador.
Fonte: Agência Senado
06/06/2019 -
Empatado em 2 a 2, STF suspende julgamento sobre
venda de estatais
Empatada em 2 a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF),
suspendeu o julgamento sobre a proibição de o
governo vender estatais sem autorização do Congresso
Nacional. O julgamento será retomado nesta
quinta-feira, dia 6.
O julgamento analisa três ações diretas de
inconstitucionalidade (ADI) que questionam a venda
de ativos de empresas públicas pelo governo de Jair
Bolsonaro, sem o aval Legislativo.
A sessão foi aberta com o voto do relator, o
ministro Ricardo Lewandowski, que votou pela
proibição de o governo vender estatais sem
autorização do parlamento e sem licitação quando o
processo implicar em perda de controle acionário.
Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes votou,
divergindo do relator, afirmando que o aval do
Congresso só é necessário quando se tratar da
"empresa-mãe".
Já o ministro Edson Fachin acompanhou o voto do
relator. Ele apontou vários precedentes da Corte que
sustentam a necessidade de aval do legislativo para
operações de venda de controle acionário.
O ministro enfatizou ainda que o descumprimento da
Constituição é convite que cada um faça a
Constituição que quiser escrever.
O último a votar na sessão desta quarta foi o
ministro Luís Roberto Barroso, que seguiu a
divergência e votou contra a necessidade de aval do
Legislativo para venda de estatais.
O julgamento deve ser retomado nesta quinta faltando
o voto dos demais 7 ministros.
Fonte: Brasil247
06/06/2019 -
Discriminação salarial entre homens e mulheres para
mesma função pode ter multa
A empresa que discriminar o salário entre homens e
mulheres terá de indenizar a trabalhadora. É o que
prevê projeto de lei (PLC 130/2011), cujas emendas
de Plenário foram rejeitadas pela Comissão de
Assuntos Sociais (CAS). O relator, senador Paulo
Paim (PT-RS), espera que a proposta seja aprovada
antes de 8 de março de 2020, Dia Internacional da
Mulher. A proposta, agora, será examinada pela
Comissão de Direitos Humanos e Legislação
participativa (CDH) e, depois, pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE).
Fonte: Agência Senado
06/06/2019 -
Câmara aprova em segundo turno mudança na tramitação
de medidas provisórias
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em
segundo turno, a proposta de emenda à Constituição
que altera o rito das votações de medidas
provisórias (PEC 70/11). Foram 351 votos favoráveis
e nenhum contra. A matéria, originada do Senado,
retorna para análise dos senadores, por ter sido
modificada na Câmara.
O texto aprovado foi uma emenda do Bloco PP que
prevê a perda da validade das medidas provisórias
nos seguintes casos:
- se não forem analisadas em até 40 dias pela comissão
mista, contados do segundo dia útil após sua edição;
- se não forem analisadas pela Câmara dos Deputados em
40 dias, contados a partir do segundo dia útil do
recebimento do parecer da comissão mista;
- se não forem analisadas pelo Senado em 30 dias,
contados a partir do segundo dia útil da aprovação
pela Câmara; ou
- se a Câmara não analisar as eventuais modificações
do Senado em 10 dias, contados do segundo dia útil
da aprovação pelos senadores.
Caso a Câmara não analise a proposta em 30 dias, a
proposição passa a trancar a pauta, entrando em
regime de urgência. No Senado, a proposta tranca a
pauta após 20 dias se não houver manifestação pela
Casa.
A PEC proíbe ainda a inserção de textos estranhos ao
conteúdo da medida provisória, os chamados jabutis.
Durante a discussão, diversos deputados
manifestaram-se favoravelmente à PEC.
Fonte: Agência Câmara
06/06/2019 -
Vale-transporte pago em dinheiro não integra o
salário
A forma de pagamento não altera a natureza
indenizatória da parcela.
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu
provimento a recurso da Empreza Central de Negócios
Ltda., de Belo Horizonte (MG), para declarar a
natureza indenizatória do vale-transporte pago em
dinheiro a um operador de triagem. Os ministros
ressaltaram que a Lei 7.418/1985, ao instituir o
vale-transporte, determinou que ele não tem natureza
salarial.
A decisão da Sexta Turma superou o entendimento do
juízo da 18ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte e do
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região sobre o
caso. As instâncias ordinárias haviam julgado
procedente o pedido do operador para que os valores
pagos pela Empreza fossem integrados aos salários,
com repercussão em férias, 13º salário, FGTS e
aviso-prévio. Segundo o TRT, na ausência de previsão
em acordo ou convenção coletiva, o pagamento
habitual do vale-transporte em dinheiro, e não por
meio de vales, tem natureza salarial.
Natureza indenizatória
O relator do recurso de revista da empresa, ministro
Augusto César, assinalou que, de acordo com a
jurisprudência do TST, o pagamento do benefício em
dinheiro não altera a sua natureza indenizatória, o
que impede sua repercussão nas parcelas salariais.
Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso
de revista para excluir da condenação as parcelas
decorrentes da integração dos valores recebidos a
título de vale-transporte à remuneração do
empregado. Processo: RR-2019-33.2011.5.03.0018
Fonte: TST
05/06/2019 -
Fim da aposentadoria especial deve criar
‘consequências sociais trágicas’
Proposta incluída na "reforma" da Previdência do
governo Bolsonaro, foi debatida na
Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal,
nesta segunda-feira (3)
Em debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado
Federal, especialistas ouvidos afirmaram que o fim
da aposentadoria especial, como pretendido pelo
governo Bolsonaro – no âmbito da reforma Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 06/2019, a “reforma” da
Previdência – pode impactar alguns setores
específicos da população, caso dos profissionais das
áreas de saúde e de educação, e criar um problema de
saúde pública no Brasil. A audiência ocorreu nesta
segunda-feira (3).
Benedito Brunca, da secretaria de Previdência do
Ministério da Economia, expôs aos presentes a versão
do governo para acabar com a aposentadoria especial
em várias categorias, igualando os regimes de todos
os trabalhadores e ignorando questões específicas de
determinadas atividades. Brunca alegou que o déficit
dos estados é alto, pois mais da metade dos
servidores se aposentam em regimes diferenciados,
como por exemplo, médicos, professores e
enfermeiros. Ele foi rebatido pelos representantes
dos trabalhadores.
Para Dionne Halysson Siqueira, diretora da Federação
Nacional dos Enfermeiros, a proposta vai criar um
problema de saúde pública. “Os impactos na
enfermagem são preocupantes, porque os profissionais
já trabalham em péssimas condições de trabalho e
submetido à situação insalubre. Estender isso a mais
anos de trabalho, terá um impacto negativo”, explica
ao repórter Uélson Kalinovski, da TVT.
Já a advogada Ana Claudia Mendes, do Conselho
Nacional das Pessoas com Deficiência (Conade), disse
temer que, se a reforma prevalecer com as diretrizes
atuais, as pessoas deficientes de baixa renda serão
especialmente prejudicadas. Ela alertou que o texto
cria barreiras no acesso ao Benefício de Prestação
Continuada (BPC), a pensões e outros benefícios.
Ao todo, foram encaminhadas 277 emendas para a , a
“reforma” da Previdência, em análise na Comissão
Especial da Câmara dos Deputados. Entre as
propostas, a retirada de itens polêmicos, como as
alterações do BPC e na aposentadoria rural. O
deputado e relator do projeto, Samuel Moreira
(PSDB-SP), promete entregar um texto definitivo o
próximo dia 15 de junho, mas o tema segue em debate
na Câmara dos Deputados, nesta terça feira (4), na
Comissão de Finanças e Tributação, com a presença do
ministro da Economia, Paulo Guedes.
O representante da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Indústria (CNTI), José Reginaldo
Inácio, teme “consequências sociais trágicas” caso o
governo aprove a “reforma” com as diretrizes atuais.
De acordo com ele, o Brasil é marcado pelos mais
altos índices de mortes e acidentes de trabalho no
mundo, e que as regras mais restritas na concessão
de benefícios e pensões poderão criar uma legião de
famílias levadas à miséria.
“Condicionar esses benefícios específicos a
critérios de contribuição e idade mínima causará uma
explosão nas aposentadorias por invalidez, aumento
de acidentes, adoecimentos e mortes em ambientes de
trabalho. O país é marcado hoje pela superexploração
da classe trabalhadora e pela precarização nas
relações trabalhistas, haverá uma quantidade imensa
de trabalhadores impossibilitada de acessar a
aposentadoria na condição especial, e ao mesmo tempo
inapta para o trabalho”, criticou ele, durante a
audiência.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/06/2019 -
Produção industrial cresce 0,3% de março para abril
Entre as 26 atividades pesquisadas, 20 tiveram
alta
A produção industrial brasileira teve alta de 0,3%
na passagem de março para abril deste ano. O
crescimento veio depois de uma queda de 1,4% na
passagem de fevereiro para março. Os dados são da
Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta
terça (4).
De acordo com a pesquisa, em abril, no entanto,
houve quedas nos outros quatro tipos de comparação:
-3,9% na comparação com abril de 2018, -0,1% na
média móvel trimestral, -2,7% no acumulado do ano e
de -1,1% no acumulado de 12 meses.
Na passagem de março para abril, houve alta em três
das quatro grandes categorias econômicas, com
destaque para os bens de consumo duráveis (3,4%).
Também tiveram crescimento os bens de capital, isto
é, as máquinas e equipamentos (2,9%), e os bens de
consumo semi e não duráveis (2,6%).
Por outro lado, os bens intermediários, isto é, os
insumos industrializados usados no setor produtivo,
caíram 1,4% de março para abril.
Entre as 26 atividades industriais pesquisadas, 20
tiveram alta na produção, com destaque para veículos
automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas
e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos
(5,2%) e produtos alimentícios (1,5%), todos
revertendo as quedas registradas em março.
Das seis atividades em queda, o destaque foi para as
indústrias extrativas, que recuaram 9,7%,
registrando o quarto resultado negativo do setor e
acumulando perda de 25,7% no período.
Fonte: Agência Brasil
05/06/2019 -
Bolsonaro admite: governo não tem votos para a
reforma da Previdência
O presidente Jair Bolsonaro reconheceu que o governo
tem tido dificuldade em montar uma base no Congresso
Nacional para aprovar a proposta de reforma da
Previdência. O chefe do Planalto disse acreditar que
ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar
o projeto no plenário da Câmara, mas afirmou que
parlamentares "reticentes estão cedendo".
Segundo Bolsonaro, embora "uma minoria" dos
deputados seja contrária às mudanças nas regras de
aposentadoria, o desgaste político impede o governo
de ter mais apoio para o projeto.
"Os governadores dizem que querem aprovar a reforma,
mas que têm dificuldade com suas bancadas", disse o
presidente em entrevista ao Programa do Ratinho, do
SBT, exibida na noite desta terça-feira, 4. O
programa foi gravado no dia 27, nos estúdios do SBT
em São Paulo.
Fonte: Brasil247
05/06/2019 -
Guedes confirma que não haverá concursos públicos
nos próximos anos
Digitalização compensará perda de servidores, diz
ministro da Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou
nesta terça-feira (4) que o governo optou por não
promover concursos públicos no Poder Executivo nos
próximos anos. Segundo Guedes, cerca de 40% do
funcionalismo federal atual deve aposentar-se em até
cinco anos, o que possibilitará ao governo enxugar a
máquina pública sem demitir.
“Nos últimos anos, houve excesso de contratações. Os
salários subiram ferozmente”, declarou o ministro,
que foi convocado pela Comissão de Finanças e
Tributação da Câmara dos Deputados para debater os
impactos econômicos e financeiros da aprovação da
proposta de reforma da Previdência.
De acordo com Guedes, o governo pretende investir na
digitalização de processos e na diminuição da
burocracia para manter os serviços públicos com
menos funcionários. “Nas nossas contas, 40% dos
funcionários públicos devem se aposentar nos
próximos cinco anos. Não precisa demitir. Basta
desacelerar as entradas que esse excesso vai embora
naturalmente. Vamos ficar sem contratar por um tempo
e vamos informatizar”, disse.
O ministro destacou algumas medidas tomadas
recentemente para desburocratizar os serviços
públicos, como a simplificação da abertura de
empresas. Guedes acrescentou que a metodologia será
estendida a outros serviços, mas não deu mais
detalhes.
O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
de 2020 não prevê a realização de concursos
públicos. Neste mês, entrou em vigor a nova regra
para os pedidos de concursos públicos no Poder
Executivo. Os pedidos dos órgãos públicos para
realização de concursos terão a análise centralizada
no Ministério da Economia, que pretende conceder
autorizações apenas em casos excepcionais.
Fonte: Agência Brasil
05/06/2019 -
Orlando Silva: Brasil derrete e Bolsonaro faz
carnaval sobre CNH
Deputados criticaram nesta terça-feira (4) a visita
de Bolsonaro à Câmara dos Deputados para entregar
projeto que muda as regras para obtenção e suspensão
da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O texto
amplia de cinco para 10 anos a validade da CNH e
aumenta de 20 para 40 pontos o limite para a
suspensão da carteira.
“Pronto! Agora o PIB não vai mais ser negativo, o
desemprego vai acabar, o gás de cozinha e a gasolina
vão baixar, o país vai investir em educação (...) O
Brasil derretendo e o sujeito faz um Carnaval para
aumentar os pontos na CNH! Não tem governo, só tem
jogo de cena!”, disse o deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP).
Para o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Bolsonaro
pode estar legislando em causa própria. “A
primeira-dama e os três filhos acumulam 44 multas de
trânsito em apenas cinco anos”, lembrou.
O presidente da comissão especial que avalia a
reforma da previdência, Marcelo Ramos (PR-AM),
Bolsonaro não tem noção de prioridade e do que é
importante para o país. “Enquanto estamos num
seminário sobre Reforma da Previdência ele está
vindo para Câmara apresentar projetos que trata de
aumentar pontos na carteira de maus motoristas”,
criticou.
Fonte: Portal Vermelho
05/06/2019 -
CPI de Brumadinho quebra sigilo do ex-presidente da
Vale
A CPI de Brumadinho da Câmara dos Deputados aprovou
nesta terça-feira (4) requerimento para a quebra de
sigilo de informações do ex-presidente da Vale Fabio
Schvartsman. O expediente aprovado determina a
quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e de
e-mail do executivo, que comandava a mineradora em
25 de janeiro passado, quando ocorreu o rompimento
da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho,
resultando em mais de 200 mortes confirmadas e quase
100 corpos ainda desaparecidos.
Na semana passada, Schvartsman obteve, no Supremo
Tribunal Federal (STF), habeas corpus que
possibilitou seu não-depoimento à CPI da Câmara. A
decisão do STF foi recebida pelos membros da CPI
como tentativa de impedir os trabalhos da Comissão.
“O ex-presidente da Vale está dando todas as
indicações de que não quer uma investigação
equilibrada e imparcial”, diz o deputado Rogério
Correia (PT-MG), relator da CPI de Brumadinho.
“Fabio Schvartsman sabe que vamos nos aprofundar no
assunto, e isso certamente levará à punição de
executivos e ex-executivos da Vale.”
Um dos focos da investigação que vem sendo feita
pela CPI em Brasília concentra-se na relação entre a
Vale e a empresa alemã Tüv Süd. Segundo o relator
Rogério Correia, há vários indícios e até documentos
que indicam parceria entre as duas companhias na
“fabricação” de laudos que permitiram o
funcionamento da barragem em Brumadinho. Os membros
da Comissão também acreditam que a Vale e a Tüv Süd
estariam ainda agindo em conluio para impedir as
apurações.
Na semana passada, integrantes da CPI estiveram na
Embaixada da Alemanha, em Brasília, a fim de obter
informações sobre a Tüv Süd.
Fonte: Liderança do PT na Câmara
05/06/2019 -
CAE aprova projeto que altera regra para jornada de
trabalho 12 por 36
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou
nesta terça-feira (4) projeto de lei que altera as
regras para jornada de 12 horas de trabalho por 36
horas de descanso (jornada de 12 por 36). O PLS
298/2017 segue agora para análise da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
De acordo com o texto aprovado, o horário de
trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas
ininterruptas de descanso no setor de saúde só
poderá ser estabelecido mediante acordo individual
por escrito. Já em empresas e entidades de outros
setores, esse tipo de jornada só poderá ser
estabelecido mediante convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.
De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o PLS
298/2017 também tinha como objetivo revogar
dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT Decreto-lei 5.452, de 1943) que dispensa de
autorização prévia da autoridade competente a adoção
da jornada 12 por 36. Esse dispositivo foi incluído
na CLT pela reforma trabalhista (Lei 13.467, de
2017).
Mas o relator, senador Elmano Férrer (Pode-PI)
retirou esse trecho do projeto. Assim, a jornada 12
por 36 continuaria sendo permitida sem a exigência
de licença prévia, mas desde que tenha havido
autorização pelo sindicato da categoria, conforme
acordo ou convenção coletiva. Elmano argumentou em
seu relatório que a jornada de 12 por 36 é demanda
de muitos trabalhadores, principalmente por liberar
mais tempo para outras atividades além do descanso.
“Voltar a exigir a licença prévia, mesmo diante da
celebração de negociação coletiva, parece flertar
com a inconstitucionalidade. Corre-se o risco de
implantar restrição ao emprego em um momento em que
a recuperação econômica ainda é morosa, em colisão
com o princípio constitucional da busca do pleno
emprego. Ademais, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal tem valorizado a autonomia coletiva
da vontade e a autocomposição dos conflitos”, diz
Elmano Férrer em seu relatório.
Fonte: Agência Senado
05/06/2019 -
Gestantes e lactantes para se afastarem do trabalho
insalubre não precisam apresentar atestado
Foi publicada no Diário Oficial da União desta
terça-feira, 04/06/2019, a Ação Direta de
Inconstitucionalidade 5.938 STF, de 26-4-2018,
ajuizada pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos, que declarou a
inconstitucionalidade da expressão "quando
apresentar atestado de saúde, emitido por médico de
confiança da mulher, que recomende o afastamento",
constante dos incisos II e III do artigo 394-A da
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, incluídos
pelo artigo 1º da Lei 13.467, de 13-7-2017,
conhecida popularmente por Lei da Reforma
Trabalhista.
Fonte: COAD
05/06/2019 -
Paim critica sessão que aprovou MP de combate às
fraudes no INSS
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse em Plenário,
nesta terça-feira (4), estar indignado com o prazo
reduzido que os senadores tiveram para analisar a
Medida Provisória (MPV 871/2019) que define
mecanismos de combate às fraudes no INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social), aprovada na véspera pelo
Senado.
Segundo ele, o formato da sessão impediu que os
senadores se posicionassem em relação à matéria que,
segundo o parlamentar, vai prejudicar ainda mais os
trabalhadores, sobretudo os mais pobres.
O senador disse que não acredita que o governo vá
vetar o trecho da MP que permite a quebra de sigilo
fiscal de beneficiários da Previdência Social. Paim
lamentou ainda que muitos tentem convencer a
população de que, quem foi contrário à medida
provisória, é contra o Brasil e não quer combater a
fraude.
— Nós queremos é combater a fraude, sim, mas
combater a fraude de todos, de quem ganha o
salário-mínimo, mas de quem ganha também lucros
fabulosos de bilhões e não paga a Previdência,
desvia o dinheiro, apropriação indébita. Digo de
novo: R$30 bi por ano que eles descontam do
trabalhador e não repassam — alertou.
Fonte: Agência Senado
05/06/2019 -
TRT-18 valida norma que prevê pausa de 15 minutos em
turno de seis horas
Norma coletiva que prevê intervalo de 15 minutos
para jornada noturna de seis horas não suprime
direito do trabalhador. Com esse entendimento, a 2ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região
(GO) reformou sentença da Vara do Trabalho de Uruaçu
que condenou uma mineradora ao pagamento de
intervalo intrajornada.
A decisão da primeira instância aplicou o
entendimento do tribunal fixado na Súmula 61, em que
os trabalhadores submetidos habitualmente à jornada
superior a seis horas diárias, ainda que
exclusivamente em virtude da aplicação da hora
noturna reduzida, têm o direito à fruição do
intervalo intrajornada de uma hora.
A mineradora argumentou a existência de norma
coletiva que determina o intervalo de 15 minutos
quando a jornada de trabalho for de seis horas, de
acordo com o artigo 7º, XXVI da Constituição
Federal.
A tese foi acatada pela turma do TRT. Ao julgar o
caso, a desembargadora Kathia Albuquerque, relatora
do recurso, iniciou seu voto destacando a existência
de dois acordos coletivos de trabalho (ACTs) que
preveem pausa de 15 minutos para a jornada de seis
horas e aplicou o princípio da autonomia de vontade
coletiva. "Assim, entendo que deve ser reverenciada
a pactuação coletiva, que, realço, não suprimiu
direito", considerou.
Ela afastou o argumento da decisão recorrida sobre a
súmula da própria corte. "Chamo atenção para o fato
de o caso em tela não atrair a Súmula 61 deste
Tribunal Regional para resolução, pois aqui há
particularidade que permite seja dada à controvérsia
saída jurídica distinta: a existência de norma
coletiva que fixa intervalo intrajornada de apenas
15 minutos para turno de 6 horas realizado
preponderantemente no período noturno", completou.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18.
Processo 0010643-43.2018.5.18.0201
Fonte: Consultor Jurídico
04/06/2019 -
Centrais sindicais querem mobilização ampla em greve
geral do dia 14
A greve geral programada pelas centrais sindicais
para o dia 14 de junho está sendo preparada em ritmo
de mobilização total. Os sindicalistas estão em
esforço concentrado e atuando com a meta de colocar
nas ruas no mínimo a mesma quantidade de pessoas que
aderiram à greve de abril de 2017, contra as
reformas da Previdência e trabalhista de Michel
Temer.
Informação da coluna Painel da Folha de S.Paulo
destaca que as centrais sindicais estão atraindo os
trabalhadores da área de transportes —metroviários e
ferroviários, por exemplo. A adesão dessas
categorias surte forte impacto, especialmente nas
grandes cidades.
A coluna relembra que em 2017 houve manifestações em
130 cidades e interrupção do transporte público em
ao menos 38.
Fonte: Brasil247
04/06/2019 -
Rodrigo Maia volta a defender controle dos gastos
públicos
Para o presidente da Câmara, o foco não deve ser
no valor a ser economizado com a reforma da
Previdência, mas o impacto das medidas na
estabilidade e no controle de gastos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu uma
reforma da Previdência robusta que garanta a
estabilidade e o controle dos gastos públicos, mas
não fez previsão do valor exato que poderia ser
economizado.
A equipe econômica do governo pretende economizar
mais de R$ 1 trilhão nos próximos dez anos. Para
Rodrigo Maia, o importante é avaliar o impacto das
emendas propostas ao texto.
“Uma economia de R$ 900 bilhões não é uma reforma
ruim, mas quem sabe não pode ser R$ 1, 1 trilhão?
Então, não tem que focar no número, apenas ter como
referência e em cima desse número a gente tem que
olhar as emendas à proposta. Vamos chamar os líderes
e mostrar o impacto para não fazer uma reforma que
não resolva a base dos problemas do Brasil, que é a
estrutura dos gastos públicos brasileiros”, defendeu
o presidente.
Para Rodrigo Maia, a reforma é um primeiro passo
para controlar os gastos públicos, em especial, o
crescimento anual da despesa previdenciária na ordem
de R$ 50 bilhões. O presidente da Câmara reafirmou
que há outras pautas que também são importantes para
a retomada do crescimento econômico, como a reforma
tributária.
“A reforma tributária vai simplificar o sistema para
que o setor privado volte a ter mais interesse de
investir no Brasil. Também há projetos que estão
sendo bem elaborados que garantem emprego mais
rápido na base da sociedade, como o setor da
infraestrutura”, disse.
“A reforma da Previdência olha o passado e nós temos
que olhar o futuro, de como o Brasil vai se
incorporar no século XXI”, completou o presidente.
Fraudes na aposentadoria
Rodrigo Maia também acredita que o Senado aprove a
Medida Provisória 871/19, aprovada na semana passada
na Câmara. Entre outros pontos, a proposta combate
fraudes na aposentadoria rural. Hoje, é o prazo
limite para que a MP não perca a validade. Segundo o
presidente da Câmara, essa MP corrige distorções e
dá tranquilidade para que o tema da aposentadoria
rural seja retirado da PEC da Previdência.
“Então, a gente vai resolver a aposentadoria rural
sem retirar direito de ninguém, não prejudicando o
verdadeiro produtor rural, mas organizamos a
contabilidade, os números e a prestação de conta dos
aposentados rurais. E garantimos uma regra clara
para que aqueles que estejam recebendo, são aqueles
que, de fato, são produtores rurais”, explicou.
Fonte: Agência Câmara
04/06/2019 -
Após conferência de assinaturas, relator terá de
analisar 227 emendas
Das 277 emendas à proposta do Executivo para reforma
da Previdência (PEC 6/19), 49 foram devolvidas por
falta de assinaturas e 1 acabou encaminhada ao autor
por se referir a outro projeto em tramitação na
Câmara dos Deputados. Assim, caberá ao relator na
comissão especial, deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), analisar 227 sugestões. Ele espera
concluir o parecer até o dia 15.
Para apresentar emendas, cada autor precisava
coletar pelo menos 171 assinaturas de deputados. Se
não passar na comissão especial, qualquer uma ainda
poderá ser analisada pelo Plenário.
Levantamento a partir do Sistema de Informações
Legislativas (Sileg) mostrou que a maior parte das
emendas trata das regras de transição. Muitas são
amplas, com vários temas; mas também há aquelas que
tratam de itens específicos, a fim de ser objeto de
discussão e negociação. As bancadas do PDT e do PL
fizeram emendas substitutivas globais – na prática,
textos novos.
Mudanças
A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende
alterar o sistema de Previdência Social para os
trabalhadores do setor privado e para os servidores
públicos de todos os Poderes e de todos os entes
federados (União, estados e municípios). A idade
mínima para a aposentaria será de 65 anos para os
homens e 62 para as mulheres. Há regras de transição
para os atuais contribuintes.
O texto retira da Constituição vários dispositivos
que tratam da Previdência Social, transferindo a
regulamentação para lei complementar. O objetivo,
segundo o governo, é conter a diferença entre o que
é arrecadado pelo sistema e o montante usado para
pagar os benefícios. Em 2018, o déficit
previdenciário total – setores privado e público
mais militares – foi de R$ 264,4 bilhões.
Fonte: Agência Câmara
04/06/2019 -
Miriam: se reforma passar, Brasil acordará com
milhões de desempregados
A jornalista Miriam Leitão afirma que Rodrigo Maia
está certo ao apontar para um 'colapso social' com a
ausência de agenda de Bolsonaro. Ela diz: "a reforma
não vai resolver todos os problemas. Se ela passar,
no dia seguinte o país ainda acordará com milhões de
desempregados e crescimento baixo. Maia alerta
também que se a reforma não passar o país entrará em
colapso."
Em sua coluna no jornal O Globo, a jornalista ainda
afirma que "o presidente da Câmara conta que não
houve pacto entre os poderes em torno de um texto,
apresentado por Onyx Lorenzoni. "Zero de verdade
nisso", disse Maia. Ele lidera a Câmara, mas não é o
dono do voto dos 513 deputados. Por outro lado, o
judiciário não pode estar ao lado de medidas do
governo que ele poderá julgar se são ou não
constitucionais."
E prossegue: "as falas de Maia reforçam a
importância da negociação. Para governar e aprovar
propostas, tem que se compor um arco de alianças.
Conversar com os partidos não é corrupção. Um
governo convence os parlamentares com propostas e
ideias que podem ser boas. Qualquer político que
governar o Brasil tem que ter clareza da necessidade
de uma coalizão."
Fonte: Brasil247
04/06/2019 -
Presidente da Câmara pretende votar reforma da
Previdência até julho
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
informou nesta segunda-feira (3) que pode pautar a
proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) para
votação no plenário da Casa no mês de julho. Para
garantir quórum alto de presença, Maia está barrando
pedidos de viagem de deputados após o feriado de
Corpus Christi, no dia 20 deste mês.
Segundo o deputado, o quórum da Casa terá que estar
perto de 500 deputados. Maia disse que todos os
pedidos de viagem após 20 de junho estão sendo
negados para que se possa, a partir dessa data,
voltar a atingir o quórum de 500, 505 deputados.
"Hoje estamos na média com 475, 480, e a gente
precisa recuperar esses 20 para ter uma margem
tranquila para aprovar a Previdência já no final do
mês ou no início do mês que vem", afirmou o
presidente da Câmara.
Além do feriado, os meses de junho e julho são
marcados pelas festas juninas, que costumam atrair
os parlamentares para suas bases políticas e, assim,
esvaziam as votações do plenário. A perspectiva de
Rodrigo Maia é garantir a votação antes do recesso
legislativo, que começa no dia 18 de julho. Por ser
tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC), o
texto precisa ser aprovado em dois turnos por 308
deputados antes de seguir para o Senado.
"A gente tem que ter 350 [votos] prontos para votar
para ter a garantia que vão sobrar uns 320, 330. Se
a gente conseguisse uma pactuação com todos os
governadores, do PSB, do PT, do DEM, do MDB, do
PSDB, aí, sim, a gente poderia estar sonhando com o
número de 400 deputados. Seria uma sinalização
histórica, uma votação histórica, com uma
sinalização muito forte para toda a sociedade [de]
que nós vamos tirar os temas que são da questão
fiscal, previdenciária, do nosso embate ideológico,
vamos racionalizar esse tema", afirmou.
Tramitação
Nesta terça-feira (4), a comissão especial que analisa
a proposta que altera as regras de aposentadoria
promoverá um seminário com pesquisadores de diversos
países para troca de experiências em previdência
social. Depois disso, o relatório já poderá ser
votado no colegiado.
A proposta de reforma da Previdência recebeu 277
sugestões de alteração ao texto. As emendas serão
analisadas pelo relator da comissão, deputado Samuel
Moreira (PSDB-SP), que pode acatá-las, ou não, no
todo ou em parte. Moreira tem afirmado que
apresentará o relatório até o dia 15 de junho. O
relator, no entanto, declarou que pode antecipar a
conclusão do trabalho.
“Nós continuamos com o prazo até o dia 15, mas
estamos também no esforço de ajudar o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, a cumprir o cronograma que ele
deseja. Portanto, nós podemos até adiantar um pouco,
mas sempre dentro desse prazo de, no máximo, até o
dia 15. Mas é possível que até o final da semana que
vem, no começo da outra, a gente entregue esse
relatório”, disse Moreira.
Fonte: Agência Brasil
04/06/2019 -
Reforma da Previdência põe em risco aposentadorias
especiais, aponta debate
A aposentadoria especial foi discutida pela Comissão
de Direitos Humanos e Legislação Participativa do
Senado (CDH) nesta segunda-feira (3). Especialistas
alertaram que as mudanças propostas na reforma da
Previdência (PEC 6/2019) acabam com o benefício, por
aumentarem a idade e o tempo de contribuição. O
senador Styvenson Valentim (Pode-RN) defendeu a
substituição de algumas profissões por máquinas, a
exemplo dos mineradores. Já o senador Paulo Paim
(PT–RS) defendeu que o Estado assegure as
aposentadorias e as empresas garantam os direitos
trabalhistas.
Fonte: Agência Senado
04/06/2019 -
Senado aprova MP que busca evitar fraudes no INSS
O Plenário do Senado aprovou nesta segunda-feira (3)
a medida provisória que busca coibir fraudes nos
benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS). Foram 55 votos favoráveis e 12 contrários à
proposição. Aprovada na forma do Projeto de Lei de
Conversão (PLV) 11/2019, a MP 871/2019 segue agora
para a sanção da Presidência da República.
Além de criar um programa de revisão de benefícios
previdenciários, a MP exige cadastro do trabalhador
rural e restringe o pagamento de auxílio-reclusão
aos casos de cumprimento da pena em regime fechado.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou
que o diálogo e o entendimento entre os senadores
viabilizaram acordo construído na semana passada com
todos os líderes partidários e com o líder do
governo para a votação da MP 871/2019 e da MP
872/2019, que também foi aprovada e prorrogou o
prazo para pagamento de gratificações a servidores
cedidos à Advocacia-Geral da União (AGU).
— Quero agradecer publicamente a todos os senadores
e senadoras que vieram, em uma segunda-feira,
exercer o seu mandato parlamentar, representando o
povo brasileiro, sabendo da responsabilidade da
votação desta medida provisória, que interessa ao
país— afirmou.
A MP foi votada na Câmara dos Deputados na última
quinta-feira (30) e perderia a eficácia já nesta
terça-feira (4). Para viabilizar a aprovação da
matéria no último dia de sua validade, o presidente
do Senado convocou uma sessão deliberativa para esta
segunda — quando as sessões normalmente são
destinadas a discursos, sem discussão ou votação de
projetos.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
04/06/2019 -
Multa para empresas por discriminação salarial de
mulheres está na pauta da CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) analisa na
quarta-feira (5) projeto que estabelece multa a
empresas que praticam discriminação salarial entre
homens e mulheres (PLC 130/2011). O Plenário do
Senado aprovou em março deste ano projeto com texto
semelhante, o PLS 88/2015, que foi encaminhado para
a Câmara dos Deputados.
A CAS, que já havia aprovado parecer favorável ao
PLC 130/2011 em fevereiro de 2012, vai analisar
agora emendas apresentadas ao projeto em Plenário em
2014. O relator, senador Paulo Paim (PT-RS),
recomenda a rejeição das emendas, que também serão
apreciadas pela Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) e pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE). Caso o PLC seja aprovado
pelo Senado poderá ser enviado para sanção
presidencial.
Pensão por morte
Outro projeto na pauta é o PLS 209/2016, do senador
Romário (Pode-RJ), que amplia em cinco anos a
duração da pensão por morte quando o pensionista for
cônjuge ou companheiro de segurado da Previdência
Social com deficiência.
“Os cônjuges ou companheiros de um segurado com
deficiência frequentemente abdicam de uma carreira
profissional para se dedicar ao trabalho mais
importante que pode haver: o de cuidar de um ente
querido incapaz de sobreviver sozinho”, afirma
Romário na justificação do PLS.
A proposta recebeu parecer favorável do relator, o
senador Paulo Paim (PT-RS).
Fonte: Agência Senado
04/06/2019 -
Paulo Paim se diz preocupado com o aumento da
intolerância no país
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse em Plenário,
nesta segunda-feira (3), estar preocupado com as
manifestações de intolerância que o Brasil está
vivendo. Ele descreveu o cenário como a ausência do
convívio com as diferenças, a não aceitação das
pessoas como elas são e a falta de respeito ao ponto
de vista dos outros.
Segundo Paim, a base da intolerância é o preconceito
e a discriminação, que se manifestam em um ambiente
em que o ideal de respeito e de coletividade sai de
cena e dá lugar ao imediatismo e ao individualismo.
As crises política e econômica também criam o
ambiente propício para esse tipo de posicionamento,
já que, segundo ele, uma parcela da sociedade busca
atribuir a um determinado grupo a culpa pela
situação.
— O crescimento das redes sociais contribui para que
a intolerância fique mais visível. Segundo a ONG
[Organização Não Governamental] Safer Net, nos
últimos anos, as denúncias contra páginas que
divulgam conteúdos racistas, xenófobos, misóginos,
homofóbicos, neonazistas e de intolerância religiosa
cresceram mais de 200% — informou.
Fonte: Agência Senado
04/06/2019 -
TST aumenta indenização por dano moral de R$ 3,9 mil
para R$ 20 mil
Indenizações por dano moral trabalhista devem
obedecer ao princípio da razoabilidade. Por isso a
3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho aumentou
uma indenização de R$ 3,9 mil para R$ 20 mil. A
quantia será paga por uma empresa de telemarketing a
uma empregada que foi difamada e vítima de boatos na
companhia, sem que os gestores tenham tentado
resolver a situação.
De acordo com o relator do recurso de revista no
TST, o ministro Maurício Godinho Delgado, o dano
ficou comprovado diante dos efeitos que a mentira
teve na funcionária. Segundo ele, a honra e a boa
imagem da autora foram atingidas, e a indenização
deve compensar pelo dano causado, já que as empresas
envolvidas não tomaram medidas suficientes para
reparar a situação.
Uma funcionária da empresa inventou que a colega
havia tido relações sexuais com um chefe na
escadaria do prédio, o que era mentira. Tanto a
vítima do boato quanto o chefe relataram à Justiça
do Trabalho e à chefia terem sido chantageados pela
autora da mentira. O gestor, no entanto, disse não
poder fazer nada, mas que iria "fazer o favor" de
conversar com os envolvidos.
Em primeira instância, o juiz considerou a empresa
responsável pela disseminação da mentira e condenou
a Atento, de telemarketing, e o banco Bradesco a
pagar indenização de R$ 30 mil. O TRT da 2ª Região
manteve a condenação, mas reduziu a indenização para
R$ 3,9 mil. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
03/06/2019 -
Depois do 30 de Maio histórico, movimentos preparam
greve geral contra reforma da Previdência
Milhões nas ruas do país, em defesa da educação,
fortaleceram a luta contra a reforma da Previdência
e a paralisação do dia 14 de junho
Após os quase 2 milhões de pessoas nas ruas, nesta
quinta-feira (30) pelos atos do #30M, em defesa da
educação pública de qualidade e o arrocho
orçamentário promovido pelo governo Bolsonaro na
Educação, o próximo passo dos movimentos sindical,
sociais e estudantil é ampliar a mobilização para a
greve geral contra a reforma da Previdência, marcada
para 14 de junho. “Os (atos dos) dias 15 e 30 foram
importantes na construção do 14 de Junho, para
discutir os cortes na educação e o desmonte da
Previdência. Isso mostra que temos força para fazer
uma greve geral enorme”, disse o presidente da CUT,
Vagner Freitas, que na manhã desta sexta-feira (31)
foi entrevistado pelos jornalistas Marilu Cabañas e
Glauco Faria na Rádio Brasil Atual.
O dirigente, que também ontem visitou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba,
reafirmou que as manifestações de ontem foram “muito
grandes, capitaneadas pelo povo da educação, pelos
estudantes, pelos trabalhadores, e estamos rumo à
greve geral muito forte dia 14″ e que Lula mostra
grande expectativa de que a greve geral “venha para
barrar a reforma da Previdência. Esse governo foi
eleito pelos banqueiros, que estão ávidos por esse
filão bilionário da capitalização da Previdência.”
Em entrevista ao Brasil de Fato, o secretário-geral
da CUT-SP, João Cayres, enalteceu a importância da
unificação do campo progressista contra o desmonte
promovido por Bolsonaro. Na avaliação do
sindicalista, tanto nos atos dos trabalhadores pelo
1º de Maio, com a união de todas as centrais
sindicais, quanto nas mobilizações estudantis
recentes, o povo brasileiro mostra que está disposto
a dizer não às reformas que retiram direitos,
precarizam o trabalho, reduzem a renda do
trabalhador e aumentam a desigualdade. “Foi muito
bom porque foi um sucesso, e neste momento todo a
gente também está agregando à discussão da
Previdência, da Seguridade Social, e já estamos
agregando também para a greve geral a questão dos
cortes na Educação”, afirmou.
Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os
próximos passos são mobilizar “a estudantada” para a
greve geral, em que se soma a luta contra os cortes
da educação e a “reforma da Previdência”. “A UNE, a
União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES)
e a Associação nacional de Pós Graduandos (ANPG)
convocam os estudantes a se manterem mobilizados,
iremos às ruas e nos somaremos à greve geral, no dia
14, convocada por diversos movimentos contra os
cortes na educação e a Reforma da Previdência”,
declarou a entidade, em nota.
Unificados
Ainda de acordo com a UNE, o segundo dia nacional de
mobilização pela educação foi maior que no dia 15 de
maio. A entidade levantou que foram realizados atos
em 208 cidades, com participação de cerca de 1,8
milhão de pessoas. Pelos cálculos, foram 300 mil
pessoas em São Paulo, 200 mil em Belo Horizonte, 100
mil no Rio de Janeiro e o mesmo, no Recife.
“O dia 30 de maio entra para história do nosso país,
quando estudantes, professores, trabalhadores e pais
voltaram às ruas num grande tsunami. Para quem não
acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós
somos rebeldes. Nós somos questionadores”, disse a
presidenta da UNE, Marianna Dias.
“Nós derrotaremos (o governo Bolsonaro). Bolsonaro
não governará enquanto os cortes não forem
revertidos. Essa é a promessa do povo que tá indo
pras ruas do Brasil. Bolsonaro, você não vai ter paz
e nós não temos medo de você”, acrescentou ela.
O presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, falou sobre a
construção das mobilizações em todos os estados
brasileiros. Segundo ele, a unidade nas ações de
trabalhadores e estudantes fortalece todas as
pautas. “As nossas reivindicações por direito e
contra cortes orçamentários são mais do que
didáticas e provam mais uma vez ao presidente
Bolsonaro que aqui não há idiotas úteis e nem massa
de manobra. Aqui tem luta e sabedoria popular para
barrar todos os retrocessos impostos por este
governo de extrema direita e contrário ao povo”,
acrescentou.
Fonte: Rede Brasil Atual
03/06/2019 -
Taxa de desemprego atinge 12,5% no trimestre
encerrado em abril
A população desocupada ficou em 13,2 milhões, diz
IBGE
O país registrou uma taxa de desemprego de 12,5% no
trimestre encerrado em abril deste ano. Segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad-C), divulgada nessa sexta (31) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa
é superior à registrada no trimestre encerrado em
janeiro deste ano (12%) mas inferior à observada no
trimestre encerrado em abril de 2018 (12,9%).
A população desocupada ficou em 13,2 milhões, 4,4% a
mais do que no trimestre encerrado em janeiro (mais
552 mil pessoas), mas estatisticamente estável ante
o trimestre encerrado em abril de 2018 (13,4 milhões
de pessoas).
Segundo o IBGE, a população ocupada, de 92,4 milhões
de pessoas, mostrou estabilidade na comparação com o
trimestre anterior (92,3 milhões de pessoas) e
cresceu 2,1% (mais 1,94 milhão) na comparação com o
trimestre encerrado em abril de 2018 (90,4 milhões
de pessoas).
Fonte: Agência Brasil
03/06/2019 -
Pesquisa revela que já há mais brasileiros contra do
que a favor de Bolsonaro
Um levantamento do instituto Ideia Big Data apontou
que 41% dos brasileiros acham que o governo do
presidente Jair Bolsonaro está indo na direção
errada. Para 39%, a gestão está na direção correta.
E 20% não souberam responder. A Ideia Big Data ouviu
1.660 pessoas. A margem de erro é de 3,2 pontos,
para mais ou para menos.
De acordo com os dados, a soma dos eleitores que
aprovam o governo era de 49% em janeiro. Atualmente
é de apenas 31%. A soma dos que desaprovam ou
desaprovam totalmente a gestão aumentou de 21% para
36% entre janeiro e maio.
A pesquisa apontou, ainda, que a maior parte dos
eleitores que optaram por Bolsonaro e atualmente
rejeita o governo é formada por mulheres com idade
entre 25 e 40 anos, que fazem parte das classes B e
C, não evangélicas e vivem em municípios com mais de
200 mil habitantes nas regiões Norte e Nordeste.
Fonte: Brasil247
03/06/2019 -
Maia diz que governo não tem agenda e país está a
caminho do colapso social
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, critica o governo de
extrema-direita de Jair Bolsonaro e diz que falta
uma agenda para o Brasil.
Maia foi alvo de críticas durante as manifestações
organizadas pela extrema-direita e reage: "O
Executivo não tem uma agenda formulada e o país está
caminhando para o 'colapso social'.
Maia também critica o ministro da Educação, Abraham
Weintraub , por não se comportar como deveria: "Ele
não é ator, é ministro".
Sobre a relação com o presidente da República, diz
que de sua parte, "é uma relação de diálogo, de
construção de uma pauta que tire o Brasil do caminho
que está indo, de um colapso social muito forte".
Fonte: Brasil247
03/06/2019 -
Previdência: maioria das emendas busca preservar
direitos adquiridos
Comissão da Câmara irá analisar 225 propostas que
alteram o projeto de reforma encaminhado por
Bolsonaro
O projeto de reforma da Previdência do governo
Bolsonaro, que traz vários prejuízos à classe
trabalhadora brasileira, recebeu um total de 277
emendas parlamentares na comissão especial da Câmara
dos Deputados que analisa a matéria. Destas, 225
seguirão adiante, já que as demais não obtiveram as
171 assinaturas exigidas por lei.
A maioria das emendas busca preservar os direitos
atuais para determinadas profissões. “Em geral,
buscam contemplar categorias em regras mais brandas
de aposentadoria especial, bem focadas para
servidores públicos, de segurança pública e
professores, dentre outras carreiras”, explicou
Neuriberg Dias, assessor legislativo do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Existe, ainda, uma emenda substitutiva apresentada
pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), que
suprime toda a proposta do governo e estabelece
novas regras para idade mínima, tempo de
contribuição e valor do benefício.
As bancadas do PDT e do PL, segundo a Agência
Câmara, fizeram emendas substitutivas globais – na
prática, textos novos.
“O PDT rechaça totalmente as modificações propostas
na PEC 6/19 que terão impacto devastador nas camadas
mais pobres”, afirmaram o líder do partido, André
Figueiredo (CE), e o deputado Mauro Benevides Filho
(CE).
“O foco é tornar a Previdência Social um sistema
justo e fiscalmente sustentável”, disseram o líder
do PL, Wellington Roberto (PB) e o deputado João
Maia (RN).
Prazos
Nas próximas semanas, o relator da matéria na
comissão, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deverá
apresentar parecer sobre elas, que deverá ser
analisado e debatido pelos demais integrantes da
comissão.
Vencida essa, etapa, começa o debate em torno do
relatório final. “A nossa expectativa é que o
relator possa estar apresentando esse relatório, no
mais tardar, até o dia 15 de junho”, afirmou o
vice-presidente da comissão, deputado Sílvio Costa
Filho (PRB-PE).
Com o relatório, começa uma nova etapa de debates.
“Nós vamos trabalhar para até o dia 30 de junho
votarmos, em primeira e segunda discussão. A nossa
meta é votarmos na primeira quinzena de julho, antes
do recesso [parlamentar]”, conclui Costa.
Após a discussão na comissão, o texto aprovado segue
para votação no plenário da Câmara. em dois turnos.
Depois vai para o Senado.
Fonte: Brasil de Fato
03/06/2019 -
Petroleiros anunciam adesão à greve geral
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que
a categoria vai aderir à greve geral de 14 de junho
e está rejeitando em assembleias a contraproposta da
Petrobras para a renovação do Acordo Coletivo de
Trabalho (ACT) 2019/2020. A informação é do jornal O
Estado de S. Paulo.
Até 6 de junho, os petroleiros realizam assembleias
para votar se aceitam a proposta da estatal de não
fazer ajuste salarial este ano e nem ajustar
benefícios, além de propor mudanças em cláusulas
conquistadas nos últimos anos.
“De norte a sul do País, o recado aos gestores da
Petrobras está ecoando de forma unitária e vibrante:
a categoria vai se mobilizar para garantir os
direitos conquistados e impedir o desmonte da
empresa”, afirma a FUP em seu site.
A estatal alega que apesar de ter melhorado seu
balanço em relação aos últimos anos, ainda está com
indicadores financeiros abaixo de suas concorrentes
do setor. A Petrobras alega que entre 2003 e 2014 os
empregados tiveram um ganho real de 51%, e por este
motivo quer manter os salários sem ajuste.
Entre as reivindicações da categoria está o aumento
salarial equivalente ao Índice de Custo de Vida do
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Sócio Econômicos (ICV-Dieese), acumulado entre 1º de
setembro de 2018 e 31 de agosto de 2019 e o reajuste
de 2020 do acumulado entre 1º de setembro de 2019 e
31 de agosto de 2020.
No acumulado nos 12 meses até abril deste ano, o
ICV-Dieese registrou alta de 4,45%, abaixo do
acumulado pelo IPCA, índice oficial da inflação do
governo, de 4,94% no mesmo período.
Fonte: Portal Vermelho
03/06/2019 -
Depois de quatro anos em queda, carteira assinada
volta a crescer
No período foram gerados 480 mil postos de
trabalho formais, diz IBGE
Depois de 16 trimestres (quatro anos) seguidos de
queda, o emprego no setor privado com carteira de
trabalho assinada voltou a crescer. Segundo dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
Contínua (Pnad-C), o indicador cresceu 1,5% no
trimestre encerrado em abril deste ano, na
comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), foram gerados 480 mil postos de
trabalho formais no período, totalizando 33,1
milhões de trabalhadores nessa situação.
“O aumento reflete o início de um quadro favorável.
É a primeira vez que a categoria carteira de
trabalho respira desde o início da crise em 2014”,
disse o pesquisador do IBGE Cimar Azeredo.
Azeredo explica que a alta foi puxada pelos setores
de educação e saúde, de trabalhadores de baixo nível
educacional da mineração, da construção, do
transporte e dos profissionais liberais.
Apesar da alta dos empregos com carteira de trabalho
assinada, houve também uma alta nos empregos
informais, isto é, aqueles sem carteira. A alta foi
3,4%, ou seja, 368 mil pessoas a mais do que no
trimestre encerrado em abril do ano passado. No
total, 11,2 milhões de pessoas estavam nessa
situação no trimestre encerrado em abril deste ano.
Apesar das altas na comparação com abril do ano
passado, os dois tipos de trabalho (formal e
informal) mostraram estabilidade em relação ao
trimestre encerrado em janeiro deste ano.
O rendimento médio real habitual do trabalhador
ficou em R$ 2.295, ficou estável tanto em relação ao
trimestre encerrado em janeiro deste ano quanto na
comparação com abril do ano passado. A massa de
rendimento real habitual chegou a R$ 206,8 bilhões,
estável em relação a janeiro, mas 2,8% superior a
abril do ano passado.
Subutilização
A população fora da força de trabalho (65 milhões de
pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações
temporais. A população subutilizada, isto é, aquelas
pessoas que estão desempregados, que trabalham menos
do que poderiam, que não procuraram emprego mas
estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram
emprego mas não estavam disponíveis para a vaga, é
recorde para a série histórica (iniciada em 2012).
De acordo com o IBGE, a população subutilizada
chegou a 28,4 milhões de pessoas no trimestre
encerrado em abril deste ano, 3,9% a mais do que no
trimestre encerrado em janeiro deste ano e 3,7% a
mais do que em abril do ano passado.
A taxa de subutilização ficou em 24,9%, superior aos
24,2% de janeiro e aos 24,5% de abril do ano
passado. O número de pessoas desalentadas, isto é,
aquelas que desistiram de procurar emprego, chegou a
4,9 milhões, 4,3% a mais do que em janeiro e 4,2% a
mais do que em abril de 2018.
Fonte: Agência Brasil
03/06/2019 -
Aposentadorias especiais serão tema de debate na
Comissão de Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH) promove nesta segunda-feira (3)
audiência pública interativa para debater as
aposentadorias especiais. O evento tem início às 9h,
na sala 6 da ala Nilo Coelho.
Para o debate foram convidados o assessor da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Benedito Adalberto Brunca; a
diretora de Assuntos Internacionais da Federação
Nacional dos Enfermeiros (FNE), Dionne Siqueira; o
presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam),
Jorge Sale Darze; a representante do Ministério
Público do Trabalho, Janilda Guimarães de Lima; e a
advogada Ana Claudia Mendes de Figueiredo.
A iniciativa é do senador Paulo Paim (PT-RS), que
preside a CDH.
Fonte: Agência Senado
03/06/2019 -
Finanças aprova gratuidade de segunda via de
documentos de idosos
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados aprovou na quarta-feira (29) a gratuidade
para os idosos da emissão da segunda via de
documentos de identificação pessoal que tenham sido
perdidos, extraviados, furtados ou roubados.
O Projeto de Lei 10538/18 foi proposto pelo deputado
Beto Rosado (PP-RN) e recebeu parecer favorável do
deputado Fernando Monteiro (PP-PE).
O texto altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03).
A gratuidade da emissão dos documentos ficará
condicionada à apresentação de boletim de ocorrência
policial e à solicitação da segunda via do documento
no prazo de 60 dias contados da data de comunicação
de perda, extravio ou de ocorrência do furto ou
roubo.
A gratuidade não se aplica a passaportes, documentos
de identificação emitidos pela Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e por conselhos profissionais, e
documentos de identificação funcional emitidos por
órgãos públicos.
O relator destacou a importância do projeto. “Os
idosos dependem de sua plena identificação para
fazer gozo de uma série de direitos previstos no
Estatuto do Idoso, como a prioridade no atendimento
aos serviços públicos”, disse Monteiro.
Tramitação
O projeto será analisado agora em caráter conclusivo
pela Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
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