Blog - Notícias Anteriores - Junho 2020
30/06/2020 -
Centrais pedem ao STF que reveja a correção dos créditos
trabalhistas
30/06/2020 -
Programa de suspensão de contrato e redução de jornada
será estendido
30/06/2020 -
Queda da economia pode ser maior se crédito não chegar a
pequenas empresas, alerta Maia
30/06/2020 -
Brasil registra retração de 331,9 mil postos de
trabalho em maio
30/06/2020 -
Índice de Confiança da Indústria registra maior alta
desde 2001, aponta FGV
29/06/2020 -
Tempo de trabalho infantil vale para aposentadoria,
decide STJ
29/06/2020 -
Força de trabalho ficou estável na primeira semana de
junho
29/06/2020 -
Entidades dizem que apoio de 75% da população à
democracia é advertência a Bolsonaro
29/06/2020 -
Para 52%, Jair Bolsonaro deve sair da Presidência,
aponta pesquisa
29/06/2020 -
Bancos planejam permanecer com o ‘home office’ no
pós-pandemia
29/06/2020 -
Gilmar suspende ações trabalhistas que discutem correção
monetária
26/06/2020 -
STJ decide que trabalhador com doença grave não tem
isenção de IRPF
26/06/2020 -
‘Retomada liberal’ de Guedes vai precarizar ainda mais o
emprego, alerta Dieese
26/06/2020 -
Bolsonaro: auxílio deve ter novas parcelas de R$ 500, R$
400 e R$ 300
26/06/2020 -
Projeto de 46 deputados estende auxílio de R$ 600 até
dezembro
26/06/2020 -
Datafolha: Bolsonaro é rejeitado por 44% e 46% nunca
confiam no que ele diz
26/06/2020 -
Bolsonaro anuncia Carlos Alberto Decotelli como novo
ministro da Educação
26/06/2020 -
Projeto inclui Covid-19 entre doenças graves que
garantem auxílio sem carência
25/06/2020 -
Senado confirma para esta quinta-feira votação de
projeto sobre fake news
25/06/2020 -
Cármen Lúcia diz que Brasil não vai superar coronavírus
com “esse desgoverno”
25/06/2020 -
País da covid: 19 milhões afastados, 18 milhões com
jornada menor e 10 milhões sem renda
25/06/2020 -
Senado aprova novo marco do saneamento
25/06/2020 -
STF anula norma que permitia reduzir salários de
servidores
25/06/2020 -
Justiça do Trabalho recebeu até maio quase 8.700
processos relacionados à covid-19
25/06/2020 -
Cresce o assédio moral em tempos de pandemia e trabalho
remoto
24/06/2020 -
Da MP 927 nada se aproveita, afirmam juízes,
parlamentares, advogados e sindicalistas
24/06/2020 -
Rejeição a Bolsonaro bate recorde e chega a 54%, aponta
pesquisa
24/06/2020 -
Senado corrige texto de MP que permite redução de
salários durante a pandemia
24/06/2020 -
Senado aprova MP que reduz contribuições das empresas ao
Sistema S; texto vai à sanção
24/06/2020 -
Maia: é preciso discutir soluções para uma renda mínima
permanente
24/06/2020 -
Ministro do STF diz que há “índole delinquente” no
governo Bolsonaro
24/06/2020 -
Senado aprova adiamento do primeiro turno das eleições
para 15 de novembro
23/06/2020 -
Centrais defendem ampliação de auxílio emergencial e
renda básica permanente
23/06/2020 -
Bolsonaro reafirma que vai acabar com auxílio
emergencial de R$ 600
23/06/2020 -
Alexandre de Moraes determina retirada de sigilo de
operação da PF contra atos antidemocráticos
23/06/2020 -
STF determina que governo explique revogação de portaria
que incentivava cotas
23/06/2020 -
Maia defende diálogo como único caminho para reafirmar a
democracia
23/06/2020 -
Brasil não está sendo competente no combate ao
coronavírus, diz Paulo Paim
23/06/2020 -
PIB recua 6,1% no trimestre encerrado em abril, diz FGV
22/06/2020 -
Esplanada dos Ministérios recebe duas manifestações
neste domingo
22/06/2020 -
Brasil registra 50.617 mortos e 1,085 milhão de casos de
covid-19
22/06/2020 -
Ciro Gomes: É a pior crise econômica e social da
história brasileira
22/06/2020 -
Entregadores de aplicativos marcam greve nacional contra
exploração
22/06/2020 -
Buscas por Direito Trabalhista cresceram 50% durante a
epidemia
22/06/2020 -
Empregado que omitiu lesão anterior a acidente tem
estabilidade, diz TST
19/06/2020 -
Brasil se aproxima de 1 milhão de casos de Covid-19 e
chega a 47.748 mortes
19/06/2020 -
Medida provisória que revoga Contrato Verde e Amarelo é
prorrogada
19/06/2020 -
Com placar de 10 a 1, STF decide manter inquérito das
fake news
19/06/2020 -
Oposição comenta prisão de Fabrício Queiroz e cobra
investigações
19/06/2020 -
Senado aprova projeto que suspende pagamento de
empréstimo consignado durante a pandemia
19/06/2020 -
Indústria nacional cresceu 0,7% de 2017 a 2018, aponta
IBGE
19/06/2020 -
Paulo Paim denuncia aumento da violência contra idosos
na pandemia
19/06/2020 -
Projeto prevê reserva de 20% de vagas em empresas para
população de baixa renda
19/06/2020 -
Acordo coletivo não pode ignorar obrigação prevista em
lei trabalhista
18/06/2020 -
Câmara aprova medida que mexe em regras trabalhistas
durante o período de pandemia
18/06/2020 -
Texto prevê abono natalino antecipado para
beneficiários da Previdência Social na pandemia
18/06/2020 -
Copom reduz taxa Selic para 2,25% ao ano
18/06/2020 -
Gilmar Mendes defende inquérito das fake news:
estupro não é liberdade de expressão
18/06/2020 -
Senado vota suspensão de cobrança de empréstimos
consignados a aposentados
18/06/2020 -
TST forma maioria para invalidar TR na correção de
dívida trabalhista
18/06/2020 -
Horas extras não quitadas justificam rescisão
indireta de contrato de trabalho
17/06/2020 -
Na TVT, centrais criticam governo e afirmam que país
precisa de um projeto de crescimento
17/06/2020 -
Senado aprova MP que permite redução de salário e
suspensão de contrato
17/06/2020 -
Câmara aprova MP que reduz contribuições de empresas
ao Sistema S por dois meses
17/06/2020 -
Por 7 votos a 4, STF julga constitucional Lei da
Terceirização
17/06/2020 -
Davi Alcolumbre sugere eleições municipais em
novembro
17/06/2020 -
Quase 18 milhões de desempregados não conseguiram
buscar trabalho em maio por conta da pandemia
17/06/2020 -
STF declara que trabalho no comércio aos domingos
não viola Constituição
16/06/2020 -
Pandemia e falta de rumo na economia deixam mais da
metade da população em idade de trabalho sem emprego
16/06/2020 -
Com MP que protege empregos na pauta, Plenário tem
sessão nesta terça
16/06/2020 -
CUT sai em defesa do impeachment: 'Brasil não tem
saída enquanto Bolsonaro governar'
16/06/2020 -
Sindicalismo cresce na trincheira contra a crise,
diz presidente da Força
16/06/2020 -
‘Auxílio emergencial precisa ser estendido, e no
mesmo valor’, afirma diretor do Dieese
16/06/2020 -
Fórum pede a senadores exclusão de matérias nocivas
aos trabalhadores
15/06/2020 -
Para técnico do Dieese, efeitos da reabertura
precipitada podem ser irreversíveis
15/06/2020 -
Plenário pode votar na terça MP que permite
antecipação de férias para evitar demissões durante
pandemia
15/06/2020 -
Sancionada lei que aumentou o salário mínimo para R$
1.045
15/06/2020 -
STF jamais se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, diz
Toffoli após ataque bolsonarista
15/06/2020 -
Aras pede investigação sobre denúncias de invasão a
hospitais
15/06/2020 -
Ciro, PSB, PV, Rede e Cidadania convocam para ato
contra Bolsonaro no dia 18
15/06/2020 -
MP autoriza abertura automática de contas para saque
do FGTS
15/06/2020 -
Reforma trabalhista não incide em contratos
anteriores à sua vigência, diz TST
12/06/2020 -
Maia defende a criação de uma renda mínima
permanente após pandemia
12/06/2020 -
MP que previne demissões durante a pandemia será
votada na próxima terça
12/06/2020 -
Nova pesquisa aponta 47% de ruim e péssimo para
Bolsonaro e apenas 28% de ótimo e bom
12/06/2020 -
INSS bate recorde em pedidos negados. ‘Governo atua
contra os pobres e trabalhadores’
12/06/2020 -
Ações trabalhistas relacionadas à Covid-19 chegam a
quase R$ 2 bilhões
12/06/2020 -
Bolsonaro recria Ministério das Comunicações e dá
pasta ao Centrão
12/06/2020 -
Paim quer auxílio emergencial até o fim do ano
10/06/2020 -
MP que permite suspensão dos contratos de trabalho
deve ser votada nesta quarta
10/06/2020 -
Barroso rebate bolsonaristas e ironiza: "militares
vão dar golpe em nome da cloroquina?"
10/06/2020 -
Maia sugere cortar salário dos três Poderes para
bancar prorrogação do auxílio emergencial
10/06/2020 -
Pandemia mascara desemprego, que pode chegar a 16%
10/06/2020 -
Moraes pede vista e adia julgamento de primeira leva
de ações contra Bolsonaro no TSE
10/06/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego chegam a 960 mil em
maio
10/06/2020 -
CNI: indústria registra em abril o resultado mais
fraco da década
09/06/2020 -
Relator da MP 936 pretende estender suspensão de
contratos
09/06/2020 -
Centrais convocam União Nacional contra o Vírus e a
Crise
09/06/2020 -
STF prorroga inquérito sobre suposta interferência
na Polícia Federal
09/06/2020 -
Marcha pela Vida: ato virtual propõe ação coordenada
de enfrentamento à pandemia
09/06/2020 -
Tribunal Internacional de Haia começa a analisar
denúncia contra Bolsonaro por crime contra a
humanidade
09/06/2020 -
Prorrogada validade de medida provisória que libera
saques do FGTS
09/06/2020 -
Verba da educação não pode ser bloqueada para quitar
dívida trabalhista, diz STF
08/06/2020 -
Manifestações pela democracia e contra o racismo
marcam domingo no Brasil
08/06/2020 -
Maia: governo Bolsonaro brinca com a morte e cria
universo paralelo
08/06/2020 -
Bolsonaro foge da responsabilidade sobre desemprego:
“não queiram botar no meu colo”
08/06/2020 -
Nota: NCST reúne Diretoria Executiva para discutir
situação política, trabalhista e de saúde do Brasil
08/06/2020 -
Dieese defende ‘empregos verdes’ para o pós-pandemia
08/06/2020 -
Como fica o acidente de trajeto após a revogação da
MP 905/2019
08/06/2020 -
Férias pagas e não usufruídas devem ser quitadas de
forma simples
05/06/2020 -
Centrais, OAB, CNBB e outras entidades se unem por
Democracia
05/06/2020 -
MPF considera inconstitucional item de ‘reforma’
trabalhista sobre jornada 12×36
05/06/2020 -
Rodrigo Maia prevê retomada do debate sobre a
reforma tributária em julho
05/06/2020 -
Paim defende extensão do seguro-desemprego e auxílio
emergencial por mais tempo
05/06/2020 -
Dieese estima queda da cesta básica em nove capitais
e alta em oito. São Paulo fica estável
05/06/2020 -
Ultrapassar jornada trabalhando de casa gera horas
extras, decide juíza
04/06/2020 -
Bolsonaro teme que atos pró-democracia fortaleçam
processo de impeachment
04/06/2020 -
Manifestantes protestaram contra Bolsonaro e Mourão
em frente ao TSE
04/06/2020 -
Bolsonaro diz haver acerto para mais duas parcelas
do auxílio emergencial
04/06/2020 -
Justiça do Trabalho ainda não tem prazo de retorno
da atividade presencial
04/06/2020 -
Produção industrial brasileira cai 18,8% em abril, o
pior resultado desde 2002
04/06/2020 -
Novo recorde: Brasil registra 1.349 mortes por
coronavírus em 24 horas; total passa de 32 mil
04/06/2020 -
Entregadores de aplicativos ganham menos e pagam
EPIs do próprio bolso
04/06/2020 -
Trabalhador temporário tem direito a estabilidade em
caso de acidente de trabalho
03/06/2020 -
Apesar da quarentena, convocação de atos de rua
pró-democracia ganha força
03/06/2020 -
Para Paim, acordo individual em MP é uma forma de
‘massacrar’ o trabalhador
03/06/2020 -
Câmara aprova prioridade a mulher chefe de família
no auxílio emergencial
03/06/2020 -
Setor industrial do Rio de Janeiro teve 80% da sua
produção afetada durante pandemia
03/06/2020 -
Aras concorda com PF e pede depoimento de Bolsonaro
em inquérito no STF
03/06/2020 -
Cerca de 11% das denúncias feitas ao MPT na Pandemia
são de Assédio Moral e Abusos
03/06/2020 -
MP institui programa de acesso a crédito para
pequena e média empresa
03/06/2020 -
Gilmar Mendes defende papel constitucional das
Forças Armadas: "O Exército não é milícia"
03/06/2020 -
Senado aprova congelamento de preços de remédios e
de planos de saúde
02/06/2020 -
Movimentos
em defesa da democracia se ampliam com novas adesões
02/06/2020 -
Brasil corre o risco de se tornar também o epicentro
do desemprego
02/06/2020 -
OAB, CNBB e centrais sindicais vão organizar ato
virtual pela democracia
02/06/2020 -
Supremo declara constitucional acordo comum para
ajuizar dissídio coletivo
02/06/2020 -
Para enfrentar pandemia, não se deve sair da
democracia, diz Fachin
02/06/2020 -
Prorrogada vigência de MP que cria linha de crédito
para pagamento de salários
02/06/2020 -
Justiça do Trabalho já analisa casos ligados à
covid-19. Procuradoria recebe denúncias
01/06/2020 -
Sindicalistas exaltam papel de Orlando Silva nos
avanços da MP 936
01/06/2020 -
Bolsonaro participa de novo ato golpista com ataques
ao STF
01/06/2020 -
Rejeição a Bolsonaro sobe para 44%, segundo pesquisa
DataPoder360
01/06/2020 -
Manifestos pró-democracia buscam criar clima de
ampla unidade na luta pelo afastamento de Bolsonaro
01/06/2020 -
Celso de Mello cita Hitler e diz que bolsonaristas
“odeiam democracia”
30/06/2020 -
Centrais pedem ao STF que reveja a correção dos créditos trabalhistas
Em ofício ao Supremo Tribunal
Federal (STF), seis centrais sindicais destacam que a decisão do
ministro Gilmar Mendes (que suspendeu o julgamento sobre o reajuste por
TR ou IPCA-E) precisa ser revista, seja em reconsideração, seja pelo
presidente da Corte, ou pelo colegiado
“A decisão não colabora com a superação das dificuldades. Sinaliza, de
modo desrespeitoso, sobre os sistemas de proteção e aplicação da Justiça
social, colaborando para o enfraquecimento das instituições e do diálogo
que seja promotor de políticas de emprego e renda, compatíveis com o
desenvolvimento do país para todos e não apenas para os poucos que
acumulam riquezas”, afirmam.
Veja o documento:
“Ao Exmo. Presidente do STF
Ministro Dias Toffoli
Assunto: Pedido de audiência
As Centrais Sindicais, de forma unitária, vêm expressar publicamente e
orientar a todas as suas entidades filiadas e às trabalhadoras e aos
trabalhadores que têm sofrido os impactos da precarização, iniciada com
a reforma trabalhista e, agora, impulsionada de forma aviltante pela
justificativa das consequências da pandemia, a se manterem mobilizados.
A decisão proferida monocraticamente pelo ministro Gilmar Mendes (STF)
no âmbito da ADC 58, no dia 27/06 (sábado), a pedido da Confederação
patronal do Sistema Financeiro, e do grande empresariado brasileiro, em
especial do agronegócio, é inaceitável!
O ministro Gilmar Mendes determina a suspensão de todos os processos
trabalhistas em que se discute se os débitos trabalhistas serão
corrigidos por TR ou IPCA-E. Na prática significa deixar os
trabalhadores sem receber aquilo a que têm direito. Mas há mais! A
decisão atende unilateralmente a pretensão do sistema financeiro e do
grande empresariado aprofundando a precarização, barateando os créditos
trabalhistas e os salários. Ficará oportuno deixar de cumprir a lei.
Enquanto cobram juros e correção monetária de todos os brasileiros
endividados, querem pagar barato o descumprimento da legislação
trabalhista. É isso que está em causa!
O governo se adiantou em liberar R$ 1,216 trilhão para os bancos
brasileiros. A cifra, divulgada pelo próprio BC, equivale a 16,7% do
Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto isso, para os trabalhadores,
sobrou aceitar contratos individuais de trabalho com redução salarial e
outras formas mais baratas e a tentativa de afastamento das entidades
sindicais das negociações coletivas.
Foi preciso um enorme esforço de
mobilização das centrais para que o Congresso promovesse pequenas
correções nas medidas provisórias. Ainda assim, muito aquém do que se
vislumbra necessário tanto neste difícil momento por que passamos no
Brasil e no mundo, quanto pelo que se avizinha no pós-pandemia.
Ao contrário de todas as recomendações da OIT e outros organismos
internacionais, bem como, de economistas alinhados, no mundo inteiro,
com uma pauta de superação da pandemia voltada para um mundo menos
desigual e mais inclusivo, na contramão do desastre enfrentado pelos
sistemas públicos sucateados pelas políticas neoliberais, autoritárias e
de austeridade, a pauta do governo, do grande empresariado e do sistema
financeiro, seus aliados no Judiciário e no Parlamento, continua
investindo contra as trabalhadoras e trabalhadores.
Não parece ser coincidência que se tenha conseguido retirar da conversão
da Medida Provisória 936 o tema da correção monetária dos débitos
trabalhistas, que estimulava o mal pagador e deixava milhões de
trabalhadoras e trabalhadores com promessas vazias de recebimento de
verba alimentar, e a decisão liminar proferida em um final de semana,
paralisando os processos trabalhistas sobre essa matéria.
É preciso reagir para exigir que as trabalhadoras e trabalhadores sejam
ouvidos e respeitados. Que o desastre proveniente da crise sanitária não
se espalhe em medidas de ainda maior precarização para a maioria da
população brasileira e em especial nas relações de trabalho.
O STF deve estar à altura do desafio do presente que é assegurar o
cumprimento da Constituição que tem por fundamento a valorização do
trabalho humano e a existência digna para todos e, em consequência, a
livre iniciativa. A inversão de valores, colocando os interesses do
sistema financeiro, da liberdade econômica e do grande capital acima dos
interesses das pessoas e do bem-estar, põe em risco a democracia e a paz
social.
A decisão do ministro Gilmar Mendes precisa ser revista, seja em
reconsideração, seja pelo Presidente do STF, ou por seu colegiado. Ela
não colabora com a superação das dificuldades. Sinaliza, de modo
desrespeitoso, sobre os sistemas de proteção e aplicação da Justiça
social, colaborando para o enfraquecimento das instituições e do diálogo
que seja promotor de políticas de emprego e renda, compatíveis com o
desenvolvimento do país para todos e não apenas para os poucos que
acumulam riquezas.
É por isso que as Centrais Sindicais vêm a público denunciar a decisão
monocrática de paralisar a Justiça do Trabalho e deixar milhões de
trabalhadoras e trabalhadores sem os seus créditos devidamente
corrigidos. Mas alerta que a referida decisão precisa ser compreendida
no contexto mais amplo de desrespeito sistemático que se tem feito à
pauta dos direitos dos trabalhadores, que estão pagando o preço da
acumulação financeira, e estão cada vez mais pobres, precarizados e sem
os mecanismos de proteção de direitos como são os sindicatos fortes,
negociações coletivas prestigiadas, diálogo social fortalecido, sistema
de inspeção do trabalho funcionando, Ministério Público do Trabalho
atuante e uma Justiça do Trabalho respeitada.
Em um único final de semana a decisão do ministro Gilmar Mendes catalisa
e revela a perversidade de uma política voltada exclusivamente para
beneficiar os que já ganham muito e querem continuar a ganhar, mesmo que
para isso precisem debilitar todo o sistema de proteção social. O risco
será para todos, pois não se faz democracia sem direitos sociais e
diálogo com todas as forças da sociedade. Por ora, o diálogo é apenas
com o sistema financeiro, os representantes do grande capital e do
agronegócio. Não há democracia pela metade. E não há fortalecimento das
instituições democráticas quando estas apostam na sua deslegitimação.
Que o alerta possa ser compreendido, em especial pelo presidente da
Corte e todos os seus ministros e ministras, como um chamado ao
cumprimento do que fundamenta a República e constitui o Estado
Democrático de Direito que é a Justiça social, a valorização do trabalho
humano, a existência digna e o diálogo onde os trabalhadores e
trabalhadoras sejam ouvidos e suas representações valorizadas.
Esperamos que o ministro Gilmar
Mendes possa reconsiderar a decisão ou que o ministro presidente, Dias
Toffoli, possa rever ou incluir de imediato em pauta a liminar concedida
para o exame colegiado, ainda antes do início do recesso judiciário.
Certos da sua atenção,
Sérgio Nobre
CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES –
CUT
Ricardo Patah
UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES –
UGT
Adilson Gonçalves de Araújo
CENTRAL DOS TRABALHADORES E
TRABALHADORAS DO BRASIL
Miguel Eduardo Torres
FORÇA SINDICAL
Álvaro Egea
CENTRAL DOS SINDICATOS
BRASILEIROS – CSB
José Calixto Ramos
NOVA CENTRAL SINDICAL DE
TRABALHADORES- NCST
Fonte: Blog Correio Braziliense
30/06/2020 -
Programa de suspensão de contrato e redução de jornada será estendido
Prorrogação será feita por
decreto presidencial
O programa que prevê a suspensão de contrato de trabalho ou a redução de
jornada em troca da manutenção do emprego será prorrogado, de acordo com
o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco. Segundo o
governo, o Benefício Emergencial (BEm) preservou 11,7 milhões de postos
de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com Bianco, a suspensão de contrato deverá ser prorrogada por
mais dois meses. A redução de jornada deverá ser estendida em um mês. O
presidente Jair Bolsonaro deve editar, nos próximos dias, um decreto com
a renovação do BEm depois de sancionar a Medida Provisória 936, que
criou o programa.
O texto da MP previa a possibilidade de edição do decreto. Bianco
explicou que, para o trabalhador, a prorrogação não será automática.
Será necessário que empregador e empregado fechem um novo acordo. Ele
explicou ainda que a renovação exige a manutenção do emprego pelo mesmo
tempo do acordo.
Atualmente, o BEm prevê a suspensão do contrato de trabalho por até dois
meses e a redução de jornada por até três meses. Com a prorrogação, os
dois benefícios vigorariam por quatro meses. Dessa forma, o empregador
que usar o mecanismo pelo tempo total não poderá demitir nos quatro
meses seguintes ao fim da vigência do acordo.
Segundo Bianco, as empresas com acordos de suspensão de contratos de
dois meses prestes a encerrar podem fechar um novo acordo de mais um mês
de redução de jornada, antes que a prorrogação perca a validade.
“Aquelas [empresas] com os contratos de suspensão se encerrando ainda
têm um mês remanescente de redução de jornada a ser utilizada. No
entanto, ainda teremos nos próximos dias o decreto de prorrogação”,
explicou.
Mais cedo, o Ministério da Economia divulgou que os acordos de redução
de jornada e de suspensão de contratos haviam preservado 11.698.243
empregos até a última sexta-feira (26). O governo desembolsará R$ 17,4
bilhões para complementar a renda desses trabalhadores com uma parcela
do seguro-desemprego a que teriam direito se fossem demitidos.
O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo,
informou que o fechamento de acordos de suspensão de contrato caiu em
relação ao início do programa, em abril. Para ele, isso indica reação no
mercado de trabalho e que a fase mais aguda da crise econômica parece
ter passado.
(Mais informações:Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
30/06/2020 -
Queda da economia pode ser maior se crédito não chegar a pequenas
empresas, alerta Maia
Presidente da Câmara defende um ponto de equilíbrio entre empresas e
sistema financeiro; e prevê aumento de demandas judiciais
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta
segunda-feira que se o crédito não chegar às empresas, sobretudo às
micro, pequenas e médias empresas, a queda da economia brasileira vai
ser pior do que a projetada. Vários economistas preveem que o PIB
brasileiro registre queda de 6,48% em razão da pandemia do novo
coronavírus.
Durante evento promovido pelo jornal O Globo, Maia afirmou que é preciso
encontrar uma solução para que os recursos cheguem às empresas. Ele
defendeu um ponto de equilíbrio entre os setores produtivo e financeiro,
e a ampliação do diálogo com os bancos para que eles tenham uma
participação maior na elaboração das leis.
“O que temos feito, junto com a equipe econômica é ouvir as empresas e o
sistema financeiro para encontrar um ponto de equilíbrio. Se você olhar
o mercado financeiro, eles têm uma visão, se você olhar o setor
produtivo, tem outra visão. Temos que ver um ponto de equilíbrio para
que todos contribuam”, disse o presidente.
“Os bancos têm renovado o crédito, mas na pequena média e micro não tem
chegado o dinheiro, e isso vai gerar um volume maior de demandas no
Judiciário no segundo momento”, avaliou Maia.
De acordo com o presidente, após a pandemia o Judiciário terá um papel
decisivo, principalmente nos litígios que vão ocorrer em razão da crise
econômica.
Fonte: Agência Câmara
30/06/2020 -
Brasil registra retração de 331,9 mil postos de trabalho em maio
Todas as regiões extinguiram empregos com carteira assinada
Prejudicado pela crise econômica gerada pela pandemia do novo
coronavírus (covid-19), o emprego formal registrou, em maio, o terceiro
mês seguido de desempenho negativo. Segundo dados divulgados pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de
Trabalho do Ministério da Economia, 331.901 postos de trabalho com
carteira assinada foram fechados no último mês. O indicador mede a
diferença entre contratações e demissões.
Apesar do encolhimento do emprego formal, houve melhora em relação a
abril, quando haviam sido fechados 860.503 postos. A retração de
empregos totaliza 1.144.118 de janeiro a maio.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
30/06/2020 -
Índice de Confiança da Indústria registra maior alta desde 2001, aponta
FGV
O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getúlio Vargas,
teve alta de 16,2 pontos em junho. Essa é a maior alta da pesquisa,
iniciada em janeiro de 2001. Em maio, a confiança da indústria já havia
crescido 3,2 pontos.
Segundo os dados apresentados pela FGV, todos os 19 segmentos
industriais pesquisados tiveram resultado positivo no período avaliado.
Analistas creditam esse otimismo à forte melhora da percepção dos
empresários em relação ao momento atual e, principalmente, para os
próximos três meses.
Neste contexto, o Índice de Expectativas, que avalia a confiança no
futuro, atingiu 76,2 pontos.
Fonte: Portal EBC
29/06/2020 -
Tempo de trabalho infantil vale para aposentadoria, decide STJ
Para o tribunal, não contar o tempo é punir o trabalhador duas vezes
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que o tempo de trabalho
rural infantil pode ser computado para efeitos previdenciários. Na
decisão, o tribunal reconheceu a ilegalidade do trabalho infantil, mas
entendeu que não somar o tempo para o cálculo da aposentadoria é punir o
trabalhador duas vezes.
O caso, julgado no inicio deste mês, envolveu um homem que começou a
trabalhar com a família na zona rural aos 11 anos de idade e pediu à
Justiça que o período trabalhado antes de completar 14 anos fosse somado
ao tempo de serviço para solicitação da aposentadoria da Previdência
Social. Nas instâncias inferiores, somente o período trabalhado a partir
dos 14 anos foi aceito por ser permitido por lei.
No STJ, a Primeira Turma manteve a jurisprudência do tribunal e entendeu
que não há idade mínima para reconhecimento do período de trabalho rural
infantil para fins previdenciários.
No voto sobre a questão, o ministro Napoleão Nunes Maia, relator do
caso, afirmou que o reconhecimento não é uma chancela do Judiciário ao
trabalho infantil.
“Reafirma-se que o trabalho da criança e do adolescente deve ser
reprimido com energia inflexível, não se admitindo exceção que o
justifique. No entanto, uma vez prestado o labor o respectivo tempo deve
ser computado, sendo esse cômputo o mínimo que se pode fazer para
mitigar o prejuízo sofrido pelo infante, mas isso sem exonerar o
empregador das punições legais a que se expõe quem emprega ou explora o
trabalho de menores”, disse.
No dia 12 deste mês, em referência ao Dia Mundial contra o Trabalho
Infantil, diversas entidades lembraram que, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 2,5
milhões de crianças e adolescentes trabalhando ilegalmente.
Fonte: Agência Brasil
29/06/2020 -
Força de trabalho ficou estável na primeira semana de junho
Taxa de informalidade alcançou 35,6% da população ocupada
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Covid-19)
semanal, que mostra que a força de trabalho ficou estável na primeira
semana de junho em relação à primeira semana de maio e, também, em
relação à semana anterior. A pesquisa estimou em 83,7 milhões a
população ocupada do país entre 31 de maio e 6 de junho, estável em
relação à semana anterior, de 84,4 milhões de pessoas, e em relação à
semana de 3 a 9 de maio, de 83,9 milhões de pessoas.
Dos 83,7 milhões de trabalhadores, 8,9 milhões, ou o equivalente a 13,2%
dos ocupados, trabalhavam remotamente. O contingente ficou estável em
relação à semana anterior (8,8 milhões ou 13,2%) e, também, em relação à
semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).
O nível de ocupação foi de 49,3%, permanecendo estável frente a semana
anterior (49,7%) e à semana de 3 a 9 de maio (49,4%). Já a taxa de
informalidade alcançou 35,6%, crescendo em relação à semana anterior
(34,5%) e permanecendo estável (35,7%) frente à semana de 3 a 9 de maio.
(Mais informações: Ag.Brasil)
Fonte: Agência Brasil
29/06/2020 -
Entidades dizem que apoio de 75% da população à democracia é advertência
a Bolsonaro
A pesquisa publicada neste sábado pelo Datafolha em que 75% da
população se manifestam a favor da democracia é considerada por
entidades de defesa dos direitos humanos uma mensagem contra as ameaças
antidemocráticas de Jair Bolsonaro
Um recado contra o autoritarismo e as tentativas de ruptura
institucional por parte de Jair Bolsonaro. É como entidades defensoras
de direitos humanos veem o resultado da pesquisa Datafolha que aponta o
apoio de 75% da população à democracia.
Reportagem da Folha de S.Paulo traz declaração nesse sentido do
ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, presidente da Comissão de
Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns: “A pesquisa mostra
que o Brasil está convalescendo. O risco de um golpe de Estado está a
exigir reação forte em prol da democracia. A pesquisa mostra que este
movimento ganha corpo”.
O economista Eduardo Moreira, fundador do “Somos 70%”, grupo que
pretende reunir todos os que não apoiam Bolsonaro, afirma que é
importante deixar claro para Bolsonaro e seus seguidores que não se pode
colocar em dúvida as balizas democráticas.
Por sua vez, Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir
Herzog, ressalta que a ideia cultivada pelo governo Bolsonaro de ataque
às instituições não encontra respaldo na sociedade brasileira.
Fonte: Brasil247
29/06/2020 -
Para 52%, Jair Bolsonaro deve sair da Presidência, aponta pesquisa
Após queda de cinco pontos em duas semanas, apenas 38% querem que ele
continue no cargo, segundo levantamento do Poder360
Para 52% dos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro deve deixar o
cargo, segundo pesquisa do site Poder 360, divulgada neste domingo (28).
A taxa variou 4 pontos para cima desde o último levantamento, em 12 de
junho.
Os que acham que Bolsonaro deve continuar somam 38%, o que representa
uma queda de 5 pontos percentuais em apenas duas semanas. Outros 10% não
souberam responder.
A pesquisa foi realizada de 22 a 24 de junho, com 2.500 entrevistas por
telefone em 549 municípios e 27 estados. A margem de erro é de 2 pontos
percentuais.
O desejo pela saída de Bolsonaro está relacionado com a avaliação da
gestão. Entre os que consideram o governo ruim ou péssimo, apenas 4%
querem que ele termine o mandato e 9 em cada 10 entrevistados desejam um
afastamento.
Já entre aqueles que avaliam seu trabalho como bom ou ótimo, 84% querem
mantê-lo na Presidência e apenas 9% afirmam que Bolsonaro não deve mais
estar no cargo.
Esse é o primeiro levantamento do site feito depois da prisão de
Fabrício Queiroz, apontado como operador de esquema de corrupção no
gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando ele
era deputado estadual no Rio.
Fonte: RevistaForum
29/06/2020 -
Bancos planejam permanecer com o ‘home office’ no pós-pandemia
Sindicatos dos bancários devem dar início a uma campanha nacional
para consultar trabalhadores e cobrar dos bancos o respeito aos direitos
Cerca de 200 mil bancários foram para o teletrabalho neste momento de
pandemia. E muitos não devem voltar a trabalhar nos escritórios e
agências. Alegando economia e aumento de produtividade, os bancos
planejam adotar o regime de home officepermanente para milhares de
funcionários após a crise sanitária. O Banco do Brasil, por exemplo, já
calcula que pode poupar R$ 180 milhões por ano com aluguéis e manutenção
se o trabalho de casa for definitivamente implementado.
A proposta, no entanto, deixou em alerta os sindicatos da categoria, que
devem dar início nas próximas semanas a uma campanha nacional para
consultar os trabalhadores sobre o teletrabalho. Para a entidade, a
manutenção desse tipo de regime deve ser discutida com seriedade e
respeito aos direitos trabalhistas.
Os sindicatos apontam preocupação com a regulação da jornada dos
bancários e o acesso da categoria à entidade dos trabalhadores. Há
também uma discussão quanto ao pagamento do vale-refeição aos
funcionários do home office, além de como serão identificados e
prevenidos os casos de acidente de trabalho na residência. Os banqueiros
alegam que o teletrabalho melhorou o desempenho dos trabalhadores. Mas o
sindicato acredita que esse aumento de produtividade está relacionado à
cobrança das metas e ao receio de desemprego no período pós-pandemia.
“Diferente do que os presidentes e diretores de bancos têm dito, não tem
só vantagens. Têm várias desvantagens. Por exemplo a internet, não tem
local de trabalho apropriado. Nós sabemos que nos últimos anos os
apartamentos foram diminuindo cada vez mais. Você não tem a
tranquilidade de trabalhar. Você está no mesmo local que seu companheiro
e companheira, seus filhos. Então o ambiente não é propício ao trabalho.
Tem algumas reclamações quanto a isso”, explica a presidenta do
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, em
entrevista ao Seu Jornal, da TVT.
Risco à saúde
Doutora em Sociologia do
Trabalho, Ana Tercia Sanches adverte ainda para aspectos sobre a saúde
do trabalhador. De acordo com a especialista, para algumas pessoas o
home office permanente pode levar ao desenvolvimento de doenças
ocupacionais e mentais. “Depressão, ansiedade, síndrome do pânico. O
isolamento social cria um ambiente propício para isso”, afirma.
As entidades sindicais também cobram por condições e que equipamentos
sejam dados pelos bancos aos funcionários. “Nós vamos dialogar muito com
a categoria dos bancários. E a ideia é construir com o conjunto de
trabalhadores a forma como esse teletrabalho deve ser aplicado no nosso
setor”, antecipa o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro
Moreira.
Fonte: Rede Brasil Atual
29/06/2020 -
Gilmar suspende ações trabalhistas que discutem correção monetária
Por vislumbrar a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, o
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar
para suspender o julgamento de todos os processos em curso na Justiça do
Trabalho que discutam o índice de correção a incidir sobre débitos
trabalhistas resultantes de condenação judicial— a Taxa Referencial (TR)
ou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).
Esses processos envolvem a aplicação dos artigos 879, parágrafo 7º, e
899, parágrafo 4º, da CLT, com a redação dada pela reforma trabalhista
(Lei 13.467/2017), e do artigo 39, caput e parágrafo 1º, da lei de
desindexação da Economia (Lei 8.177/91). Os dispositivos, em suma,
preveem que deve ser usada a TR.
A decisão de Gilmar Mendes foi tomada em sede de uma ação declaratória
de constitucionalidade (ADC 58). Ela foi proposta pela Confederação
Nacional do Sistema Financeiro (Consif), com o objetivo de ver declarada
a constitucionalidade dos dispositivos mencionados. A Consif sustenta
que as normas regulamentam a atualização dos débitos trabalhistas, em
especial decorrentes de condenações judiciais, de forma a atender às
necessidades da relação laboral e em conformidade com as disposições
constitucionais.
A associação reiterou o pedido de liminar, diante da dificuldade de
julgamento colegiado em curto prazo no STF, e enfatizou o "grave quadro
de insegurança jurídica", com perspectiva de agravamento em vista do
posicionamento adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho que,
sistematicamente, tem afastado a aplicação dos dispositivos objetos da
ação, determinando a substituição da TR pelo IPCA como índice de
atualização dos débitos trabalhistas.
TST
O pedido foi reiterado novamente
em 22/6, em razão da formação de maioria no pleno do TST pela declaração
de inconstitucionalidade da TR na correção de dívidas trabalhistas. A
Corte trabalhista analisaria o tema nesta segunda-feira (29/6).
Com a exclusão da ação do calendário de julgamento do STF e com a
proximidade do recesso, a confederação afirma que o periculum in mora se
tornou ainda mais grave. A liminar foi deferida pelo relator, ministro
Gilmar Mendes.
Segundo ele, julgamentos recentes do STF de sua relatoria demonstram a
presença do fumus boni iuris. "As decisões da Justiça do Trabalho que
afastam a aplicação dos artigos 879 e 899 da CLT, com a redação dada
pela Reforma Trabalhista de 2017, além de não se amoldarem às decisões
proferidas pelo STF nas ADIs 4.425 e 4.357, tampouco se adequam ao Tema
810 da sistemática de Repercussão Geral, no âmbito do qual se reconheceu
a existência de questão constitucional quanto à aplicação da Lei
11.960/09 para correção monetária das condenações contra a Fazenda
Pública antes da expedição de precatório", disse.
Quanto ao periculum in mora, o ministro afirmou que o contexto da crise
sanitária, econômica e social relacionadas à epidemia da Covid-19 e o
início do julgamento da arguição de inconstitucionalidade no TST
demonstram a urgência na concessão da tutela provisória incidental
postulada pela confederação.
"As consequências da pandemia se assemelham a um quadro de guerra e
devem ser enfrentadas com desprendimento, altivez e coragem, sob pena de
desaguarmos em quadro de convulsão social. Diante da magnitude da crise,
a escolha do índice de correção de débitos trabalhistas ganha ainda mais
importância. Assim, para a garantia do princípio da segurança jurídica,
entendo necessário o deferimento da medida pleiteada, de modo a
suspender todos os processos que envolvam a aplicação dos dispositivos
legais objeto das ADCs 58 e 59", concluiu.
A decisão de Gilmar Mendes será oportunamente apreciada pelo Plenário da
Corte.
Longa história
O TST decidiu em 2016 que o fator
a ser usado em débitos trabalhistas é o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Antes, o cálculo era feito pela TR.
A decisão do TST de quatro anos atrás baseou-se em julgados do STF, que
declarou a inconstitucionalidade da expressão "equivalentes à TRD",
contida no artigo 39 da Lei da Desindexação da Economia (Lei 8.177/91).
Embora os julgados do STF se referissem a casos de precatórios, a corte
trabalhista, na ocasião, declarou a inconstitucionalidade "por
arrastamento" da incidência de TR sobre débitos trabalhistas.
A reforma trabalhista de 2017 acrescentou novo capítulo à história, pois
passou a determinar o uso da TR (no parágrafo 7º do artigo 879 da CLT,
por exemplo). No ano passado, mais reviravolta: a MP 905 restabeleceu o
IPCA-E. Mas ela foi revogada por outra MP (a 955), de 20/4/20.
Em março deste ano, uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF,
determinou que o TST deve julgar novamente a questão, pois a corte
trabalhista interpretou erroneamente precedentes do Supremo.
Associação vai recorrer
A Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho decidiu recorrer da decisão por meio
de embargos declaratórios, requisitando ao ministro que esclareça o
alcance da liminar por entender que haverá grande impacto nos processos
da Justiça do Trabalho.
Para a presidente da Anamatra, juíza Noemia Porto, a decisão causa forte
impacto em toda a seara trabalhista. "A Anamatra, embora respeite a
independência funcional do ministro para proferir essa decisão, lamenta
o resultado que, na prática, prejudica milhares de trabalhadores que já
têm seu crédito reconhecido. E são, justamente, os mais necessitados.
Essa é uma decisão que, concretamente, favorece os maiores devedores da
Justiça do Trabalho, incluindo os bancos", disse.
Clique
aqui para ler a decisão
ADCs 58 e 59
Fonte: Consultor Jurídico
26/06/2020 -
STJ decide que trabalhador com doença grave não tem isenção de IRPF
Decisão foi tomada por unanimidade
Os portadores de doença grave que continuem trabalhando não têm direito
à isenção do Imposto de Renda (IR), decidiu quarta-feira (24) a 1ª Seção
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que estabeleceu uma tese a ser
aplicada em todos os processos sobre o assunto.
Por maioria, os ministros entenderam que a isenção de Imposto de Renda
se aplica somente aos aposentados e aos reformados em virtude da doença
grave ou de acidente em serviço, de acordo com a Lei 7.713/1988.
A lista de doenças graves abarcadas pela decisão inclui câncer,
tuberculose, hanseníese, mal de Parkinson, esclerose múltipla,
cardiopatia grave e síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), entre
outras.
O STJ declarou a impossibilidade de isenção de IR para as pessoas em
atividade depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido, em
abril, ser constitucional o trecho da lei que limita o benefício aos
aposentados.
O relator do assunto no STJ, ministro Og Fernandes, destacou que, mesmo
depois da decisão do Supremo, ainda assim persistiam entendimentos em
instâncias inferiores permitindo a extensão do benefício aos
trabalhadores ativos, com base em uma interpretação ampla da lei.
Para Fernandes, cujo entendimento prevaleceu, o Código Tributário
Nacional (CTN) não dá margem para o juiz “estender os efeitos da norma
isentiva, por mais que entenda ser uma solução que traga maior justiça
do ponto de vista social”. “Esse é um papel que cabe ao Poder
Legislativo, e não ao Poder Judiciário”, acrescentou.
Ele refutou ainda outro argumento comum que resultava na concessão da
isenção, o de que o avanço da medicina acabou por permitir que os
portadores de doenças graves não precisem se afastar e continuem
trabalhando, motivo pelo qual a legislação deveria ser interpretada à
luz da nova realidade.
Og Fernandes destacou que, desde 1988, já houve duas modificações
legislativas no trecho da lei sobre o assunto, sempre mantendo a
restrição do benefício aos aposentados. Por isso, não caberia ao
Judiciário dar outra interpretação mais ampla, argumentou. Ele foi
acompanhado pela maioria da 1ª Seção do STJ.
Fonte: Agência Brasil
26/06/2020 -
‘Retomada liberal’ de Guedes vai precarizar ainda mais o emprego, alerta
Dieese
Alegando estimular contratações, governo prepara proposta que inclui
privatizações, ajuste fiscal e mais retirada dos direitos trabalhistas
para, supostamente, estimular contratações
O ministro da Economia, Paulo
Guedes, prepara plano para uma “retomada liberal” no pós-pandemia.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (24),
são medidas de ajuste fiscal e de adesão à “economia” de mercado, que
atendem recomendações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Entre elas, um pacote de desoneração ainda maior do
que o proposto no projeto da chamada carteira de trabalho “verde e
amarela“, que não passou no Congresso Nacional.
Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, o intuito da
equipe econômica do governo Bolsonaro é ampliar a precarização dos
trabalhadores. Portanto, são medidas que vão na contramão das
necessidades reveladas pela pandemia, incluindo a emergência do auxílio
emergencial para garantir renda mínima a milhões de trabalhadores
informais.
Em entrevista ao Jornal Brasil Atual na manhã desta quinta (25), Fausto
afirmou que as visões econômicas liberais de Paulo Guedes são
ultrapassadas. “Dá a impressão de que estamos olhando para Margaret
Thatcher, no começo dos anos 1980.” Dessa vez, segundo a reportagem, a
redução de encargos trabalhistas valeria para todos os trabalhadores. E
não apenas para os jovens que procuram entrar no mercado de trabalho.
“O mundo inteiro está falando em injetar recursos”, acrescenta Fausto.
“É fundamental que o Estado impulsione a economia neste momento. Mas a
resposta que o ministro apresenta é mais perda de direitos. Talvez o
Brasil nunca tenha vivido um ataque tão frontal aos direitos dos
trabalhadores como nesse governo.”
Inversão
A Pnad Covid19, divulgada ontem
pelo IBGE, mostrou que 19 milhões dos 84,4 milhões de trabalhadores no
país estiveram afastados do serviço em maio. Destes, 9,7 milhões (que
representam 11,5% da população ocupada) passaram o mês sem remuneração.
Além disso, o levantamento mostrou que 38,7% dos domicílios do país
receberam algum auxílio do governo em consequência da pandemia.
Segundo Fausto, esses dados revelam a fragilidade do mercado de trabalho
brasileiro. “O mais grave de tudo é que chegamos agora na última parcela
do auxílio emergencial.” O governo tem cogitado pagar mais parcelas do
benefício, mas com valor reduzido. “É fundamental que a gente mantenha o
auxílio, inclusive para que a própria economia volte a circular”,
defende.
Fonte: Rede Brasil Atual
26/06/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego sobem 35% na primeira quinzena de junho
Os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada
subiram 35% na primeira quinzena de junho em relação ao mesmo período do
ano passado. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira pela
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e considera os
atendimentos presenciais e os requerimentos virtuais.
Apesar da alta em junho, os pedidos cresceram em ritmo menor no
acumulado do ano, tendo somado 3,648 milhões de 2 janeiro a 15 de junho
de 2020. Um aumento de 14% em relação ao acumulado no mesmo período do
ano passado, 3,194 milhões.
Em 2020, mais da metade dos requerimentos de seguro-desemprego, 52%,
foram feitos pela internet e por aplicativo no celular. No mesmo período
do ano passado, 98% dos requerimentos foram presenciais.
Os três estados com maior número de pedidos foram São Paulo, Minas
Gerais e Rio de Janeiro.
As superintendências regionais do
trabalho do governo federal ampliaram os esforços para garantir o
atendimento não presencial aos cidadãos durante o período da pandemia de
Covid-19.
Foram disponibilizados canais adicionais de atendimento remoto. Para
dúvidas e esclarecimentos, o empregado pode acionar as superintendências
regionais do trabalho por meio de formulário online ou ainda pelos
telefones que podem ser verificados na página.
No site é possível ainda acessar boletins mensais, tabelas de séries
históricas e notas conceituais.
Fonte: Portal EBC
26/06/2020 -
Bolsonaro: auxílio deve ter novas parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300
Terceira parcela do auxílio emergencial começa a ser paga no sábado
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25) que o
auxílio emergencial vai pagar um adicional de R$ 1,2 mil, que serão
divididos em três parcelas.
"Vamos partir para uma adequação. Deve ser, estamos estudando, R$ 500,
R$ 400 e R$ 300", afirmou o presidente durante sua live semanal nas
redes sociais. Ele estava ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes,
que também confirmou que a terceira parcela do auxílio emergencial, no
valor de R$ 600, começa a ser paga no sábado (27).
Ao todo, o programa atende a cerca de 60 milhões de pessoas, e é
destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais,
autônomos e desempregados, como forma de fornecer proteção emergencial
no enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
"Estávamos em R$ 600, o auxílio, e à medida que a economia começa a se
recuperar, e começa a andar novamente, as pessoas vão devagar se
habituando [com a redução do valor]", afirmou Guedes.
Bolsonaro também disse que espera que a economia possa ser retomada e
defendeu a reabertura das atividades comerciais. "A gente apela aos
governadores e prefeitos, com a responsabilidade que é pertinente de
cada um, que comecem a abrir o mercado, abrir para funcionar", afirmou.
Balanço mais recente do Ministério da Saúde registra um total de
1.228.114 de pessoas infectadas e quase 55 mil óbitos provocados pela
covid-19.
Fonte: Agência Brasil
26/06/2020 -
Projeto de 46 deputados estende auxílio de R$ 600 até dezembro
O deputado federal João Campos (PSB-PE) protocolou nesta quinta-feira
(25) o Projeto de Lei 3503/2020, cujo objetivo central é estender o
Auxílio Emergencial até o final do ano, mantendo o valor integral de R$
600. A proposta tem a assinatura de outros 45 deputados. Na quarta-feira
(24), o Congresso em Foco mostrou que 163 entidades estão pressionando o
parlamento nesse sentido.
Na proposta, João Campos oferece uma série de mudanças na lei que
instituiu o benefício. A articulação com a campanha Renda Básica que
Queremos foi feita em parceria com Tabata Amaral (PDT-SP) e contou com o
apoio técnico da Rede Brasileira de Renda Básica, Inesc (Instituto de
Estudos Socioeconômicos), Leandro Ferreira, Mônica de Bolle, Tatiana
Roque, Eduardo Suplicy e Débora Freire.
“Para 2020, essa é a solução temporária e que cabe no planejamento do
governo porque se insere no Orçamento de Guerra, atendendo ao período
atípico da pandemia causada pelo novo coronavírus. De forma permanente,
vamos traçar as discussões sobre a Renda Básica na Frente Parlamentar
Mista da Renda Básica, da qual estou na articulação da criação”, afirmou
o deputado João Campos.
As organizações que integram a campanha pedem aos congressistas urgência
na aprovação de uma nova lei que prorrogue o auxílio em seu valor
original até 31 de dezembro de 2020 – prazo do estado de calamidade
pública decretado pelo Congresso Nacional em virtude da pandemia. Isso
garantiria até nove parcelas adicionais de R$600 às famílias mais pobres
do país e de R$ 1.200 para mães-solo. A proposta do movimento inclui
também alterações para corrigir parte dos "problemas ocorridos na
implementação do auxílio".
Fonte: Congresso em Foco
26/06/2020 -
Datafolha: Bolsonaro é rejeitado por 44% e 46% nunca confiam no que ele
diz
Segundo instituto de pesquisa, aprovação de Bolsonaro se manteve
estável em 32% após prisão de Queiroz
A rejeição ao governo Jair Bolsonaro se manteve em 44%, segundo pesquisa
do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (25). No levantamento
anterior, realizado em maio, era 43% os que consideravam a administração
ruim ou péssima, uma oscilação dentro da margem de erro de 2 pontos.
A popularidade do presidente também segue estável em 32%, ante 33% na
rodada anterior. Os que avaliam Bolsonaro como regular estacionaram nos
23% (eram 22%).
A pesquisa foi realizada em 23 e 24 de junho, na semana seguinte à
prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor da família Bolsonaro. Amigo do
presidente há quase 30 anos, Queiroz é apontado como operador de um
esquema de corrupção no gabinete do filho dele, o hoje senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando ele era deputado estadual no Rio de
Janeiro.
O caso, contudo, tem grande potencial destrutivo. A aprovação de
Bolsonaro cai para 15% entre aqueles que acham que o presidente sabia
onde Queiroz se escondia até ser preso no último dia 18. A popularidade
abaixo de 15% é considerada crítica para a abertura de processos de
impeachment.
Além da rejeição alta, o presidente também não é tido como confiável
pela maioria dos brasileiros. São 46% os que dizem nunca confiar no que
ele diz, 20% os que sempre confiam e 32% aqueles que o fazem às vezes.
Foram ouvidos 2.016 brasileiros adultos que possuem telefone celular em
todas as regiões e estados do país.
Fonte: RevistaForum
26/06/2020 -
Bolsonaro anuncia Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da
Educação
Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (25) pelo Facebook o nome do
novo ministro da Educação: Carlos Alberto Decotelli da Silva.
Além de ser oficial da reserva da Marinha, Decotelli é, segundo
Bolsonaro, bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV,
Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela
Universidade de Wuppertal, na Alemanha. O professor já foi também
presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação entre
dezembro de 2018 e agosto de 2019, segundo seu currículo Lattes.
O nome do novo comandante do Ministério da Educação era um mistério
desde a fuga de Abraham Weintraub para os Estados Unidos.
Fonte: Brasil247
26/06/2020 -
Projeto inclui Covid-19 entre doenças graves que garantem auxílio sem
carência
O Projeto de Lei 1113/20 inclui a Covid-19 no rol de enfermidades graves
que isenta os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RPGS) do
cumprimento da carência para a concessão dos benefícios de
auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez.
Atualmente, a Lei de Benefícios Previdenciários lista doenças como
hanseníase e esclerose múltipla para a concessão de benefício sem
carência.
A regra geral em vigor é que o
auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez só podem ser concedidos
após 12 contribuições mensais ou depois de seis meses para quem deixou
de ser segurado.
Segundo o deputado Rodrigo Coelho (PSB-SC), autor da proposta, a
inclusão da Covid-19 e suas mutações é urgente e necessária para os
segurados terem proteção previdenciária no período de contágio. “No caso
do segurado que conseguiu empregar-se recentemente e for infectado,
sequer terá direito ao benefício pelas regras atuais”, diz.
Ao PL 1113/20 foi apensado o PL 3480/20, que tem o mesmo fim. O texto
foi apresentado pelos deputados do PCdoB Renildo Calheiros (PE),
Jandira Feghali (RJ) e Perpétua Almeida (AC).
Eles alegam que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda
que a lista nacional de doenças ocupacionais deve incluir, entre outras,
aquelas causadas por agentes biológicos no trabalho, quando se for
estabelecida ligação direta entre a exposição a esses agentes a doença
contraída no trabalho.
Tramitação
O PL 1113/20 e o apensado foram
distribuídos para as comissões de Seguridade Social e Família; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. No
entanto, como as propostas ganharam regime de urgência, os textos
poderão ser votados diretamente pelo Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara
25/06/2020 -
Senado confirma para esta quinta-feira votação de projeto sobre fake
news
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou para esta
quinta-feira (25) a votação do projeto que cria a Lei Brasileira de
Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet (também
conhecida como Lei das Fake News). Esse projeto visa combater a
disseminação de notícias falsas pela internet e desestimular a
manipulação de informações que possa provocar danos individuais ou
coletivos.
É a quarta vez que o PL 2.630/2020, de autoria do senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE) entra em pauta. O texto foi sucessivamente adiado
para que o relator da matéria, senador Angelo Coronel (PSD-BA), pudesse
fazer ajustes em seu relatório.
Fonte: Agência Senado
25/06/2020 -
Cármen Lúcia diz que Brasil não vai superar coronavírus com “esse
desgoverno”
Sem citar Bolsonaro, a ministra do STF criticou a atuação do poder
público diante da pandemia
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou
nesta quarta-feira (24) a atuação do Brasil no enfrentamento à pandemia
do novo coronavírus.
“O que o Supremo disse é que a responsabilidade é dos três níveis
[federativos] — e não é hierarquia, porque na federação não há
hierarquia —- para estabelecer condições necessárias, de acordo com o
que cientistas e médicos estão dizendo que é necessário, junto com
governadores, junto com prefeitos. Acho muito difícil superar [a
pandemia] com esse descompasso, com esse desgoverno”, afirmou a
magistrada.
A fala de Cármen Lúcia ocorreu em entrevista ao projeto “Conversas na
Crise – Depois do Futuro”, do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp
(IdEA) e do UOL.
A magistrada fez a afirmação ao ser questionada pela decisão do STF de
que é papel de estados e municípios a adoção de políticas de
distanciamento social. A decisão foi criticada pelo presidente Jair
Bolsonaro.
“A política se faz com todo mundo, todos os cidadãos e para todos os
cidadãos. Não segundo a visão de um ou outro governante. Porque isso vai
resultar em mortes, e haverá responsabilidade por isso”, declarou.
Fonte: RevistaForum
25/06/2020 -
País da covid: 19 milhões afastados, 18 milhões com jornada menor e 10
milhões sem renda
Rendimento médio caiu 18% em maio. Segundo o IBGE, havia ainda 8,7
milhões de pessoas em “home office”,
com destaque para as de ensino
superior
No mês passado, 19 milhões dos 84,4 milhões de trabalhadores no país
estavam afastados do serviço, segundo estimativa divulgada nesta
quarta-feira (24) pelo IBGE. Desse total, eram 9,7 milhões sem
remuneração, ou 11,5% da população ocupada. E perto de 28%, ou 18,3
milhões de pessoas, tiveram jornada abaixo da habitual.
Os dados fazem parte das Pnad Covid19, criada a partir da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios, que acompanha o mercado de trabalho.
Segundo o IBGE, havia ainda 2,4 milhões de pessoas acima da jornada
normal. Mas o total de horas efetivamente trabalhadas na semana, no
geral, ficou bem abaixo da média habitual, passando de 39,6 para 27,4,
em maio.
Isso se refletiu no rendimento efetivamente recebido no mês passado. A
média foi de R$ 1.899, queda de 18,2% em relação ao valor normalmente
recebido (R$ 2.320). As quedas eram maiores no Nordeste e no Sudeste,
onde a renda de maio correspondeu a 80,3% e 80,7%, respectivamente, do
normal.
“Nós já sabíamos que havia uma parcela da população afastada do trabalho
e agora a gente sabe que mais da metade dela está sem rendimento”,
observou o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo. “São
pessoas que estão sendo consideradas na força (de trabalho), mas estão
com salários suspensos. Isso não é favorável e tem efeitos na massa de
rendimentos gerada, que está estimada abaixo de R$ 200 bilhões.”
Auxílio emergencial
De acordo com a pesquisa, quase
40% dos domicílios (38,7%) receberam algum auxílio do governo em
consequência da pandemia de coronavírus. O valor médio do benefício,
segundo o IBGE, foi de R$ 847. Nas regiões Norte e Nordeste, esse
auxílio atingiu mais metade dos domicílios.
A estimativa era de que o país tinha, em maio, 160,9 milhões de pessoas
com 14 anos ou mais, que é considerada pelo instituto a população em
idade de trabalhador. Mas 75,4 milhões estavam fora da força de
trabalho, formada por 94,5 milhões. Destes, eram 84,4 milhões de
ocupados e 10,1 milhões de desempregados.
Os números mostram certa diferença em relação à Pnad Contínua, que
divulga dados trimestrais. As mulheres representavam 43,5% da força de
trabalho, 42,8% dos ocupados e 49,5% dos desempregados, com taxa de
desemprego maior que a dos homens (12,2% e 9,6%, respectivamente).
A região Nordeste era a que tinha o maior percentual de pessoas
afastadas do trabalho devido ao isolamento social, segundo o IBGE. Eram
26,6% do total, para uma média nacional. No Sul, a taxa foi de 10,4%.
Entre as pessoas com 60 anos ou mais, 27,3% estavam afastadas,
participação que subiu para 33,3% no Nordeste.
Trabalhadores sem carteira
Entre as categorias de
trabalhadores, o afastamento devido à pandemia atingiu 33,6% dos
empregados domésticos sem carteira assinada. Em seguida, vieram os
empregados setor público (29,8%) e do setor privado (22,9%), ambos
também sem carteira.
“Claramente os trabalhadores domésticos sem carteira foram os mais
afetados pela pandemia”, observou Cimar. “Parcela expressiva deles tem
renda média abaixo de um salário mínimo. Já os com carteira foram menos
afetados porque têm mais estabilidade”, acrescentou o diretor.
Entre os 65,4 milhões de pessoas não afastadas, 8,7 milhões estavam no
chamado trabalho remoto ou home office. O número corresponde a 13,3% dos
ocupados não afastados. Entre as mulheres, o percentual sobe para 17,9%,
ante 10,3% dos homens. E vai a 38,3% no caso daqueles com nível superior
completo ou com pós-graduação. Cai para 0,6% entre trabalhadores sem
instrução ou com ensino fundamental incompleto.
O IBGE calculou ainda em 36,4 milhões o total de pessoas “pressionando o
mercado de trabalho”. É a soma de desempregados com aquelas que
gostariam de trabalhar, mas não procuraram serviço. Dessas, 26,8 milhões
não procuraram devido à pandemia ou por falta de oportunidade na região.
Sintomas e internação
A pesquisa do IBGE quis ainda
saber dos entrevistados se eles haviam sentido algum sintoma que pode,
ou não, estar associado à covid-19. Assim, 24 milhões (11,4% da
população) relataram sintomas de gripe. E 3,8 milhões (1,8%) apontaram
perda de capacidade de sentir cheiro ou sabor. Perto de 1 milhão (0,5%)
acusaram tosse, febre e dificuldade de respirar.
Das pessoas que haviam apresentado algum sintoma e procuraram
atendimento em hospitais, 113 mil precisaram ser internadas, na maioria
homens (59,4%) e de cor preta ou parda (56,3%), classificação usada pelo
IBGE. Mais de 40% tinham idade superior a 60 anos. Dos internados, 31
mil precisaram ser sedados, intubados e colocados em respiração
artificial.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/06/2020 -
Senado aprova novo
marco do saneamento
Projeto prevê maior participação da iniciativa privada
O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o Projeto de Lei (PL) 4.162/19,
que trata do novo marco do saneamento. O projeto já havia passado pela
Câmara, após muita discussão. Agora segue para sanção presidencial. O
projeto viabiliza a injeção de mais investimentos privados no serviço de
saneamento. Hoje, em 94% das cidades brasileiras, o serviço de
saneamento é prestado por empresas estatais. As empresas privadas
administram o serviço em apenas 6% das cidades.
Com a proposta, empresas privadas também poderão participar de
licitações do setor. Atualmente, prefeitos e governadores podem optar
pela licitação ou por firmar termos de parceria diretamente com as
empresas estatais. Se sancionado o projeto pelo presidente da República,
as empresas estatais não poderão firmar novos contratos para a prestação
do serviço sem participar de licitação junto com as empresas privadas.
O projeto prevê também que os atuais contratos em vigor poderão ser
prorrogados por mais 30 anos, desde que as empresas comprovem uma saúde
financeira suficientemente boa para se manterem apenas com a cobrança de
tarifas e contratação de dívida. Além disso, as empresas devem ampliar o
fornecimento de água para 99% da população e acesso a esgoto para 90% da
população.
Fonte: Agência Brasil
25/06/2020 -
STF anula norma que permitia reduzir salários de servidores
O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu proibir a
possibilidade de redução da jornada e do salário de servidores por
Estados e municípios quando os gastos com pagamento de pessoal
extravasarem o teto de 60%. O limite é o previsto na LRF (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
Ao todo, 8 ações tramitaram no STF quanto a dispositivos da LRF. Com a
decisão, os ministros concluem 1 caso que está há quase 20 anos
aguardando análise. O colegiado entendeu que a redução temporária de
carga horária e de vencimentos fere o princípio da irredutibilidade.
O ministro Alexandre de Moraes votou pela validade da redução. Segundo
ele, a diminuição salarial, a partir da LRF, é uma “fórmula temporária”
que poderia garantir que o trabalhador não perca o seu cargo.
Foram contra o entendimento de Moraes os ministros Edson Fachin, Rosa
Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Celso de
Mello.
No mesmo debate, os ministros decidiram por proibir que o Poder
Executivo limite, unilateralmente, o repasse de recursos aos demais
Poderes (Legislativo e Judiciário) quando a arrecadação frustrar as
expectativas.
Fonte: Poder360
25/06/2020 -
Justiça do Trabalho recebeu até maio quase 8.700 processos relacionados
à covid-19
Temas ligados a liberação e pagamento do FGTS aparecem com mais
frequência. Setores da indústria e transporte se destacam
A Justiça do Trabalho recebeu, até maio, perto de 8.700 ações
relacionadas à pandemia de coronavírus. Segundo balanço divulgado nesta
quarta-feira (24) pelo Tribunal Superior do Trabalho, na primeira
instância foram 7.632 processos ajuizados e na segunda (Tribunais
Regionais, TRTs), 1.058. No próprio TST, até agora chegaram 31 casos.
Dados anteriores indicam aceleração no número de ações. Em 26 de maio, o
TST havia apontado 1.444 processos nas Varas e 295 nos TRTs. Mas a
comparação exata não é possível, porque as informações anteriores eram
parciais – só contemplava número de 15 dos 24 TRTs. As ações das Varas
demonstram a evolução: foram 159 novas ações em janeiro, 313 em
fevereiro, 551 em março, 2.501 em abril e 4.108 no mês passado.
Temas ligados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço aparecem com mais
frequência. De acordo com o TST, no primeiro grau os principais assuntos
são relacionados a verbas rescisórias e liberação do FGTS. Em torno de
1.600 processos (21,45% do total) pediam levantamento e liberação do
Fundo. Nos TRTs, esse tema aparece em 12,85% de casos.
Setores econômicos
Na classificação por ramos de
atividade, as empresas do sistema financeiro, da administração pública e
do transporte concentram o maior número de processos nos TRTs. Nas Varas
do Trabalho, destacam-se, pelo volume de reclamações trabalhistas, os
ramos de indústria e transporte.
Dos 7.632 casos na primeira instância, 1.108 se concentram no setor
industrial e 1.041, no transporte. O comércio aparece com 957, seguido
de serviços diversos (755) e o bloco turismo, hospitalidade e
alimentação (591).
Entre os TRTs, o que aparece com mais processos é o da 12ª Região, em
Santa Catarina: 323. Bem, depois, estão o da 1ª (Rio de Janeiro) e da
15ª Região (Campinas, SP), com 250 e 106, respectivamente. O da 2ª
Região, que inclui a Grande São Paulo e a Baixada Santista, tem apenas
21, o que em parte pode se explicar por acordos pré-processuais.
O levantamento completo pode ser
visto
aqui.
Fonte: Rede Brasil Atual
25/06/2020 -
Cresce o assédio moral em tempos de pandemia e trabalho remoto
“Pensando no trabalho remoto, quando a divisão entre casa e trabalho
é rompida, vemos muitas pessoas trabalhando nos feriados, fins de
semana. Não tem mais horário para a cobrança de tarefas”, aponta
pesquisador
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, com a maior adoção do chamado
trabalho remoto (home office), criam-se espaços para o crescimento do
assédio moral. A conclusão é do professor e coordenador do colegiado do
curso de Medicina da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Fernando Ribas Feijó.
“Pensando no trabalho remoto, quando a divisão entre casa e trabalho é
rompida, vemos muitas pessoas trabalhando nos feriados, fins de semana.
Não tem mais horário para a cobrança de tarefas”, disse, durante debate
sobre o tema.
Por outro lado, existe o fato de que profissionais estão sendo
pressionados a retornarem às suas atividades presenciais, mesmo com a
pandemia apresentando números elevados relativos ao contágio.
Entretanto, Feijó faz questão de pensar que, no trabalho remoto, as
dificuldades e a precarização seguem lógicas ampliadas de exploração.
“Muitos estão trabalhando muito, mesmo que de forma remota. Diversas
questões estão surgindo, o assédio moral está crescendo bastante. Uma
situação que chama a atenção é o excesso de reuniões virtuais e
atividades”, completa. Desta forma, o que acontece é uma espécie de
refinamento do assédio, segundo ele.
Cultura do trabalho
Feijó vê processos de alteração
em modelos de trabalho como novas “janelas de oportunidades” para o
assédio moral. “Degradação das relações interpessoais, deficiência nas
políticas de gestão, formas com que a pandemia tem sido tratada. Ainda
existem muitas dúvidas e angústias. A questão de imposição de prazos
rigorosos, aumento do volume de trabalho, do ritmo, com menos pessoas
para executar mais tarefas”, explica.
“A quantidade crescente de informação a ser administrada. Tudo isso tem
relação com o assédio moral, que vem da organização do trabalho. Sabemos
que, quando a organização do trabalho e as relações estão em um nível
crítico, sem funcionar da melhor maneira, a chance do assédio aumenta em
mais de 10 vezes”, aponta.
O conceito
O professor afirma que o assédio
moral é um conceito consolidado, e o simples estresse do momento não
caracteriza, por si, a prática. “É uma conduta abusiva, intencional,
frequente, que pode acontecer no ambiente de trabalho e fora, na medida
em que a pessoa exerce sua função”, define.
“Não é apenas o conflito no trabalho, que geralmente se dá em uma
relação simétrica entre colegas ou entre eles e superiores. O assédio se
dá em uma relação assimétrica. Não é também o estresse por si. A
sobrecarga, o excesso de trabalho e o estresse acabam adoecendo. Mas o
assédio é destruidor por si.”
Fonte: Rede Brasil Atual
24/06/2020 -
Da MP 927 nada se aproveita, afirmam juízes, parlamentares, advogados e
sindicalistas
Para presidenta da AJD, foi declarada “guerra à classe trabalhadora”
Aprovada na semana passada na Câmara, a Medida Provisória 927 já pode
ser votada no Senado, agora como projeto de lei de conversão (PLV 18).
Mas nada se aproveita de seu texto, afirmam sindicalistas, juízes,
advogados e parlamentares, que participaram segunda (22) à noite de live
promovida pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Weverton (PDT-MA). “É uma
declaração de guerra à classe trabalhadora”, afirmou, por exemplo, a
presidenta da Associação Juízes para a Democracia, Valdete Severo. “Não
tem salvação para nenhum dos artigos.”
Segundo ela, a proposta se insere em um conjunto sistemático de ataques
aos direitos trabalhistas. “Existe um silêncio eloquente em relação a
essas medidas provisórias. Do início ao fim (referindo-se à MP 927), é
perversa, é um abuso após o outro. Um projeto de destruição de qualquer
possibilidade de o Brasil ser uma nação, de ter uma retomada da
economia.”
Entre os itens criticados contidos no PLV 18, um dos primeiros a serem
lembrados é o chamado “banco de horas negativo” (artigo 14). O período
eventualmente não trabalhado durante a pandemia irá para um banco a ser
descontado em até 18 meses – um trabalho a ser feito sem pagamento, no
limite de duas horas diárias. A medida permite ainda, no artigo 2º, que
acordos individuais entre empregado e empregador se sobreponham a leis e
acordos coletivos.
“É uma medida provisória perversa”, define o vice-presidente da Comissão
Nacional de Direitos Sociais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), Marthius Sávio Cavalcante Lobato. Para ele, o principal
objetivo da MP é “atacar os direitos sociais e principalmente as
organizações sindicais”. Segundo ele, não há nada no texto que
justifique sua existência. “Todos os itens são passíveis de negociação
coletiva.”
Injustiça e inconstitucionalidade
O secretário de Relações
Institucionais do Ministério Público do Trabalho, Márcio Amazonas,
também critica a proposta. “Num momento de pandemia, quem menos deveria
sofrer os impactos era a classe trabalhadora”, afirma. Ele cita, entre
outros, o item que suspende pagamento de acordos trabalhistas, o que
“viola a coisa julgada”. E aponta “injustiça, imperfeição técnica e
inconstitucionalidade” da matéria em tramitação no Senado.
Vice-presidente da Associação Latino-americana de Advogados Trabalhistas
(Alal, na sigla em espanhol), Daniela Muradas aponta desrespeito a
convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), como a 98,
que trata da negociação coletiva, “elemento essencial das relações
trabalhistas”. Também não se observou o princípio do diálogo social,
acrescenta, manifestando “objeção plena à MP 927” e a intenção de
“oficiar a OIT como mais um vilipêndio aos nossos compromissos
internacionais”. A organização tem com uma de suas premissas o diálogo
tripartite (governo, empresários e trabalhadores), o que não aconteceu
no caso da medida provisória.
Pelo contrário, observa Hugo Melo Filho, diretor da Associação
Latino-americana de Juízes do Trabalho (ALJT), que fala em “crueldade e,
mais do que isso, deslealdade empresarial em relação aos trabalhadores”.
Ele afirma que a MP “tem o propósito exclusivo de garantir os interesses
empresariais neste momento da pandemia”. E “nada se aproveita” do texto,
acrescentando, apontando como destaque mais negativo a prevalência de
acordos individuais sobre os coletivos, um artigo que ele classifica de
dramático: “Isso significa dizer que pela MP se permite a grande
concretização do sonho do capital”.
Lixo legislativo, destruição do Direito
Conduzido pelo secretário de
Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, o debate virtual teve a
presença de dirigente de várias centrais, como o primeiro-secretário da
Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. Segundo ele, se com a MP
936, mesmo com limitações, foi possível assegurar manutenção de
empregos, a 927 simplesmente “aproveita a crise sanitária para
aprofundar a reforma trabalhista do governo anterior”. “E a Câmara
conseguiu piorar”, emendou o dirigente.
“Não tem o que discutir nessa medida”, reforçou Alexandre Caso, da
Intersindical. O secretário-geral da CSB, Álvaro Egea, considera o
projeto um “lixo legislativo”. E o diretor da CTB Nivaldo Santana foi
irônico. “Existe um princípio do Direito de proteção ao hipossuficiente.
Aqui no Brasil parece que o hipossuficiente é o capital”, afirmou.
Para a presidenta da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat),
Alessandra Camarano, trata-se de uma proposta que inclui “destruição do
Direito do Trabalho, direitos constitucionais, flexibilização de
processos e normas constitucionais”. Ela observou que o Brasil já esteve
na chamada “lista curta” da OIT durante dois anos. A short list inclui
os países que devem dar explicações sobre possível desrespeito a normas
trabalhistas.
O ex-procurador-geral do Trabalho Ronaldo Curado Fleury disse que o
Brasil vive um “extremismo do neoliberalismo”. Esses interesses
consideram fundamental “o rompimento de qualquer coletivização da defesa
dos interesses do ciadão”. E isso se torna mais claro na área
trabalhista. “Simplesmente se desconsidera toda e qualquer entidade
sindical em qualquer tipo de negociação e na imposição de qualquer
regra. As entidades sindicais são simplesmente desconsideradas,
invisibilizadas.”
Fonte: Rede Brasil Atual
24/06/2020 -
Rejeição a Bolsonaro bate recorde e chega a 54%, aponta pesquisa
Apenas 21% consideram o governo “bom” ou “ótimo”
Pela primeira vez desde sua posse na Presidência da República, Jair
Bolsonaro é rejeitado por mais da metade da população brasileira. É o
que aponta a nova rodada da pesquisa Quaest Consultoria e Pesquisa,
divulgada nesta segunda-feira (22).
Segundo o levantamento, 54% dos entrevistados consideram a gestão
Bolsonaro “ruim” ou “péssima” – o recorde de desaprovação do governo na
série da Quaest. No final de abril, a rejeição era de a 48%. Em
dezembro, antes da pandemia do novo coronavírus, não passava de 32%.
Para apenas 21%, o governo é “bom” ou “ótimo”. É a menor índice de apoio
a Bolsonaro em quase 18 meses no Planalto. Outros 24% consideram a
gestão “regular”.
Mais do que rejeição, o bolsonarismo desperta um sentimento de decepção.
De acordo com a pesquisa, 56% da população considera que o presidente
faz um governo pior do que se esperava. Mesmo entre os brasileiros que
votaram em Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro de 2018, 22%
reprovam seu governo – mais que o dobro da rejeição em março (9%).
Os efeitos da pandemia de Covid-19 – que já matou mais de 50 mil pessoas
no Brasil – desgastaram ainda mais a imagem presidencial. Nada menos que
59% dos brasileiros desaprovam a condução do presidente no combate ao
novo coronavírus. Em abril, a rejeição ao trabalho errático de Bolsonaro
era de 47%. Entre os eleitores do presidente, a desaprovação subiu 19%
para 31%.
Há uma mudança na base de apoio bolsonarista. No recorte da pesquisa por
renda, seu melhor resultado, agora, é entre pessoas que ganham até dois
salários mínimos. “O auxílio emergencial diminui, mas não estanca a
crise de imagem do presidente”, indica a Quaest. Até porque 50% veem o
Congresso como principal responsável pelo auxilio – apenas 37% apontam o
próprio presidente. Entre os brasileiros que associam o benefício ao
presidente, 37% avaliam mal a forma como Bolsonaro enfrenta a pandemia
de coronavírus e 35% avaliam bem.
A pesquisa Quaest ouviu mil pessoas, de todos os estados, entre 14 e 17
de junho, com base em um recrutamento digital feito via convites
aleatórios em painel de eleitores. Numa segunda fase, foi realizado um
trabalho de pós-estratificação.
O levantamento foi encerrado um dia antes da prisão do policial
aposentado Fabrício Queiroz, coordenador de um esquema de “rachadinha”
que beneficiou o senador Flávio Bolsonaro quando este era deputado
estadual pelo Rio de Janeiro. Por não ter medido o impacto dessa notícia
– que é devastadora para a família Bolsonaro –, a pesquisa pode não
expressar fielmente o desgaste atual do presidente e de seu governo.
Da Redação, com agências
Fonte: Portal Vermelho
24/06/2020 -
Senado corrige texto de MP que permite redução de salários durante a
pandemia
Na abertura da sessão remota do Plenário desta terça-feira (23), o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre, fez uma correção no texto do
Projeto de Lei de Conversão (PLV) 15/2020, oriundo da Medida Provisória
(MP) 936/2020, que foi aprovado pelos senadores na terça-feira (16) e
enviado para a sanção do presidente da República.
A MP 936 permite redução de salários e jornadas e suspensão de contratos
durante a pandemia de covid-19, para viabilizar a manutenção de
empregos. O programa garante o pagamento, pelo governo federal, de uma
parte do seguro-desemprego por até 60 dias ao trabalhador com contrato
suspenso ou por até 90 dias se o salário e a jornada forem reduzidos. Ao
empregado, é garantida ainda a permanência no emprego pelo dobro do
período em que teve o salário reduzido. Em nenhuma situação o salário
pode ter redução inferior ao valor do salário mínimo em vigor (R$
1.045).
A Presidência do Senado atendeu a uma questão de ordem subscrita pelo
senador Weverton Rocha (PDT-MA), na qual solicitava que fosse
considerado não escrito o disposto no art. 38 do projeto referente à MP
936/2020, por ser conexo ao art. 32 do referido PLV, dispositivo este
impugnado no Plenário do Senado Federal na sessão deliberativa remota do
dia 16 de junho de 2020.
— A Presidência [do Senado] esclarece que quando da impugnação do art.
32, declarou não escritos por serem conexos a ele os arts. 33 e 40, e as
emendas 1.053, 1.054 e 1.055. Porém, deixou de fazer referência a
dispositivos constantes do art. 38, que também são conexos. Nesse
sentido, a presidência acata a questão de ordem e declara não escritos
os dispositivos constantes no art. 38 do PLV, que são, repito, conexos
ao art. 32, impugnado em votação no Plenário do Senado Federal —,
declarou em seu pronunciamento o presidente do Senado.
Na votação da MP no Senado, os senadores retiraram do texto do projeto
algumas alterações feitas pela Câmara dos Deputados que retomavam itens
da Medida Provisória (MP) 905/19, conhecida como “Contrato Verde e
Amarelo”. A MP 905 perdeu a sua validade por não ter sua votação
concluída a tempo pelo Congresso. Esses dispositivos traziam alterações
sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e não tinham relação
direta com medidas para a pandemia, portanto foram considerados sem
relação com a finalidade original da MP 936. Também saíram do texto,
pelo mesmo motivo, novas regras para repactuação dos empréstimos
consignados.
Como essas alterações são impugnações de dispositivos que não poderiam
estar na medida provisória, elas não provocaram o retorno do texto à
Câmara dos Deputados.
Davi Alcolumbre esclareceu ainda
que “nos termos do inciso III do art. 325 do Regimento Interno do Senado
Federal, a Presidência do Senado determina a correção da inexatidão
material e o envio de novos autógrafos à Presidência da República”.
Fonte: Agência Senado
24/06/2020 -
Senado aprova MP que reduz contribuições das empresas ao Sistema S;
texto vai à sanção
Em sessão remota nesta terça-feira (23), o Senado aprovou o Projeto de
Lei de Conversão (PLV) 17/2020, proveniente da Medida Provisória (MP)
932/2020, que cortou pela metade a contribuição das empresas para
manutenção do Sistema S. A matéria, aprovada em votação simbólica, será
encaminhada à sanção presidencial.
O Sistema S reúne um conjunto de
entidades privadas vinculadas ao sistema sindical patronal responsável
por aplicar recursos na formação profissional e na prestação de serviços
sociais aos trabalhadores. As entidades são mantidas pelas
contribuições, pagas compulsoriamente pelos empregadores, que incidem
sobre a folha de salários com alíquotas variadas.
O texto aprovado no Senado restringiu o corte aos meses de abril e maio,
sendo que, no mês de junho de 2020, já será retomada a alíquota de
contribuição permanente. Essa alteração, feita durante a votação da
matéria na Câmara, no último dia 16, foi mantida pelo senador Paulo Paim
(PT-RS), relator da MP no Senado.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
24/06/2020 -
Maia: é preciso discutir soluções para uma renda mínima permanente
"Não é só a transferência da renda; precisamos de um programa de
governo para melhorar todas as vulnerabilidades dos mais pobres", disse
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que
é preciso encontrar saídas para a criação de uma renda mínima permanente
para a população mais vulnerável. Ele disse que tem buscado soluções com
especialistas, como, por exemplo, a melhoria dos valores do programa
Bolsa Família e a utilização do cadastro único das prefeituras.
Maia destacou ainda que o Parlamento pode até prorrogar por mais dois ou
três meses o auxílio emergencial de R$ 600, mas ressaltou que
transformar esse valor de forma permanente é inviável. O presidente
participou de live promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil nesta
terça-feira (23).
“O grande problema é o foco da política social: como garantimos a
mobilidade social e quais são as vulnerabilidades sociais? Não é só a
renda, temos outros problemas: saneamento, saúde, qualidade da educação
que justificam a melhoria para a pessoa que está abaixo da linha da
pobreza. Não é só a transferência da renda. Precisamos de um programa de
governo para melhorar todas as vulnerabilidades dos mais pobres do
Brasil, mas a renda de R$ 600 de forma permanente é inviável. Precisamos
sentar e encontrar uma renda mínima permanente com base no cadastro
único”, propôs Maia.
“Se as as maiores empresas do Brasil tem um lucro de R$ 330 bilhões,
pagar R$ 600 por um ano vai consumir a riqueza do País, é inviável”,
explicou o presidente.
Rodrigo Maia disse ainda que a renda mínima permanente, por meio do
cadastro único, pode evitar que sejam beneficiadas as pessoas que
receberam o auxílio emergencial sem precisar. Ele explicou que o governo
organizou mal o cadastro para o acesso aos R$ 600.
“Estamos vendo aparecer muitas pessoas recebendo sem precisar. O governo
precisaria pensar em um pente fino do cadastro, ver o que tem de
excesso. O cadastro foi mal organizado porque o governo quis fazer
sozinho e gerou confusão, mas devemos pensar, sim, em políticas de renda
permanente”, disse.
Crédito para empresas
Maia destacou ainda que o grande
desafio da Câmara para as próximas semanas é organizar o crédito para as
empresas, inclusive para as grandes, como as do setor aéreo, de forma a
garantir capital de giro para elas. Segundo ele, os recursos das medidas
provisórias encaminhadas pelo governo (944 e 975) ainda não chegaram na
ponta. Maia informou que as MP's devem ser votadas entre amanhã e a
próxima terça-feira. Ele explicou que, se o País não resolver a questão
do crédito, a queda da atividade econômica vai ser maior do que está
sendo projetada.
“Nesta semana devemos votar a primeira [MP 944], ampliando o limite para
o crédito de R$ 10 milhões para R$ 50 milhões [o texto original do
governo é voltado para pessoas jurídicas com receita bruta anual entre
R$ 360 mil e R$ 10 milhões] e, na MP 975, estamos criando melhores
condições para poder usar para as grandes empresas também”, disse.
Fonte: Agência Câmara
24/06/2020 -
Ministro do STF diz que há “índole delinquente” no governo Bolsonaro
Viagem de Weintraub aos EUA expõe "índole delinquente" do governo,
segundo um ministro do STF. A retirada às pressas do ex-ministro da
Educação, que se caracteriza como fuga, praticamente esgota a tentativa
de "armistício’ entre Bolsonaro e o Judiciário
A viagem intempestiva do ex-ministro da Educação aos EUA cria
dificuldades para o suposto armistício entre Jair Bolsonaro e o
Judiciário. Segundo a Coluna do Estadão, um ministro do STF disse que o
episódio indica a existência de uma “índole delinquente” do governo,
sempre tentando trapacear.
No mundo jurídico em geral impera a mesma sensação. Juristas acham que o
governo mais uma vez cometeu crime de responsabilidade. Resta saber se
foi com a anuência de Jair Bolsonaro ou “apenas” da Casa Civil. A Lei
8.112 diz que um ministro só pode deixar o país com autorização do
presidente.
A eventual participação do general Braga Netto, ministro-chefe da Casa
Civil, no episódio é mais um fator prejudicial à continuidade do diálogo
aberto entre representantes das Forças Armadas e os Poderes da
República, em especial o Supremo Tribunal Federal.
Fonte: Brasil247
24/06/2020 -
Senado aprova adiamento do primeiro turno das eleições para 15 de
novembro
O Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição que transfere de 4
de outubro para 15 de novembro o primeiro turno das eleições municipais
(PEC 18/2020). O senador Weverton (PDT-MA) foi o relator da PEC, que
segue para a análise da Câmara dos Deputados. O texto também estabelece
que o segundo turno acontecerá em 29 de novembro. E contempla a
possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) organizar até, o
dia 27 de dezembro, eleições suplementares em municípios em crise
sanitária por causa da pandemia de coronavírus.
Fonte: Agência Senado
23/06/2020 -
Centrais defendem ampliação de auxílio emergencial e renda básica
permanente
Entidades também apresentaram ao presidente da Câmara uma “agenda
para retomada da economia”, propondo investimentos públicos
Depois de audiência remota dia 21 com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), representantes de centrais sindicais defenderam não só a
continuidade, mas a ampliação do auxílio emergencial criado devido à
pandemia. E querem também discutir a adoção, em caráter permanente, de
um programa de renda básica.
“Considerando os indicadores econômicos e sociais e as projeções até o
final de 2020, que indicam uma profunda crise, é fundamental dar
continuidade a luta por uma agenda de temas que protejam os
trabalhadores, crie condições objetivas para o fortalecimento das
entidades sindicais e colabore com a recuperação da economia, levando em
conta a resolução de problemas estruturais presentes no país e que se
mostraram mais sensíveis ao longo da crise atual”, afirmam as entidades.
O governo reluta sobre o tema. A área econômica admitiria a manutenção
do auxílio apenas com valor menor, equivalente à metade do atual, que é
de R$ 600. As centrais lembram que essa quantia permite a compra de
apenas uma cesta básica com 13 itens alimentícios, calculada mensalmente
pelo Dieese.
Seguro-desemprego e investimento
Os sindicalistas propõem ainda
uma “reorganização” do sistema público para orientar políticas de
formação profissional e intermediação de mão de obra. E reivindicam a
ampliação da quantidade de parcelas do seguro-desemprego “até o final do
estado de calamidade pública, sem tempo de carência para aquisição do
benefício”.
O documento inclui uma “agenda para retomada da economia”. As centrais
apresentam medidas como fortalecimento da agricultura familiar e dos
empreendimentos solidários e das pequenas empresas, fortalecimento do
SUS, investimentos em infraestrutura e energia e desenvolvimento de um
programa de reconversão industrial.
Confira
aqui a íntegra da nota, assinada pelos presidentes da CSB, CTB, CUT,
Força Sindical, Nova Central e UGT.
Fonte: Rede Brasil Atual
23/06/2020 -
Bolsonaro reafirma que vai acabar com auxílio emergencial de R$ 600
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defende a
manutenção dos R$ 600 e
afirma que há consenso no
Congresso quanto ao tema
Insensível à situação de milhões de brasileiros impactados pela
pandemia, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que a
União “não aguenta” pagar uma quarta parcela de R$ 600 para a população.
Ele mostrou preocupação com a possibilidade de o país “se endividar
demais”.
“União não aguenta outro desse mesmo montante, que, por mês, nos custa
cerca de 50 bilhões de reais. Se o país se endividar demais, vamos ter
problema”, disse Bolsonaro.
No entanto, todos os países do mundo estão aumentando gastos em função
da pandemia. Enquanto impõe restrições à prorrogação do auxílio
emergencial, o governo federal já liberou R$ 1,2 trilhão para garantir a
liquidez dos bancos. Como não houve condicionantes, esse dinheiro sequer
tem retornado em forma de crédito a micros e pequenos empresários, que
agonizam com a crise.
Aprovado pelo Congresso Nacional no início da pandemia, o auxílio
emergencial, instituído por três meses, garantiu renda e comida na mesa
de milhões de vulneráveis e informais. Como se aproxima a data do
pagamento da terceira e última parcela e os efeitos econômicos da
pandemia devem se prolongar por um tempo, já é discutida a prorrogação
do benefício.
O Planalto concordou, mas quer baixar o valor, influenciado pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes, que chegou a falar em R$ 200 – a
quantia que o governo queria pagar desde o início. Após pressão, a
equipe econômica passou a ventilar na imprensa o valor de R$ 300.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defende a
manutenção dos R$ 600 e afirma que há consenso no Congresso quanto ao
tema. Ele tem pedido que o governo envie sua proposta para que possam
ser discutidas formas de financiamento.
Bolsonaro deu a declaração sobre o auxílio após evento de lançamento do
canal de TV AgroMais, do grupo Bandeirantes. “Vai ser negociado com a
Câmara, presidente da Câmara, presidente do Senado, um valor um pouco
mais baixo e prorrogar por mais dois meses talvez a gente suporte, mas
não o valor cheio de R$ 600”, completou.
Com informações do Jornal de Brasília
Fonte: Portal Vermelho
23/06/2020 -
Alexandre de Moraes determina retirada de sigilo de operação da PF
contra atos antidemocráticos
Estão na mira da investigação empresários, blogueiros, parlamentares
e publicitários, todos aliados de Jair Bolsonaro
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou, nesta segunda-feira (22), que seja retirado o sigilo da
decisão que autorizou uma operação da Polícia Federal no inquérito que
apura atos antidemocráticos.
Moraes justificou a decisão que retirou o sigilo frente às “inúmeras
publicações jornalísticas de trechos incompletos do inquérito”.
Estão na mira da investigação empresários, blogueiros, parlamentares e
publicitários, todos aliados de Jair Bolsonaro.
“Em virtude do acesso de investigados aos autos, com base na SV 19 e
diante de inúmeras publicações jornalísticas de trechos incompletos do
inquérito, inclusive da manifestação da PGR e da decisão judicial
proferidas nos autos do Inquérito 4828, que tramita nesta Corte, torno
pública a decisão proferida em 27 de maio de 2020”, diz um trecho da
decisão do ministro.
Repasses de verbas
Apurações da Procuradoria Geral
da República (PGR) indicam que quatro deputados do PSL, aliados de
Bolsonaro, realizaram repasses de verbas para divulgar atos
antidemocráticos, segundo reportagem de O Globo, publicada nesta
segunda-feira (22).
A TV Globo também teve acesso às informações. O dinheiro era da cota
parlamentar, verba pública que deveria ser utilizada para ações ligadas
ao mandato de cada parlamentar. Os quatro deputados são: Bia Kicis
(PSL-DF), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR) e General
Girão (PSL-RN).
Fonte: RevistaForum
23/06/2020 -
STF determina que governo explique revogação de portaria que incentivava
cotas
Pedido do ministro Gilmar Mendes tem base em três ações de partidos
que consideram o ato inconstitucional
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou
nesta segunda-feira (22) que a Advocacia-Geral da União (AGU) explique a
revogação de portaria que estimulava cotas para negros, indígenas e
pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. O prazo é de 48
horas.
A portaria havia sido publicada em 11 de maio de 2016, na presidência de
Dilma Rousseff (PT), e foi revogada pelo então ministro da Educação,
Abraham Weintraub, horas antes de ele ser demitido pelo presidente Jair
Bolsonaro (sem partido), na quinta-feira (18).
"Intime-se com urgência o Advogado-Geral da União, via WhatsApp, sobre o
objeto da presente arguição, para que preste informações em 48 horas.
Após o decurso do prazo, voltem os autos conclusos para exame da medida
liminar pleiteada", determinou Mendes.
O ministro relata ações de três partidos que entraram com ações contra a
revogação das medidas, sob o argumento de que a decisão de Weintraub
viola a Constituição.
O que é
A portaria determinava que as
instituições federais teriam 90 dias para elaborar uma política de
inclusão de negros, pessoas com deficiência e indígenas nos cursos de
pós-graduação da universidade. Havia, também, uma orientação para a
formação de grupos de discussão sobre as medidas, para que elas fossem
aperfeiçoadas.
O texto era importante para amparar as medidas das instituições de
ensino superior que caminham na direção da inclusão, afirmou ao Brasil
de Fato o diretor administrativo da Secretaria de Ações afirmativas e
diversidades da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marcelo
Henrique Romano Tragtenberg.
“Essa portaria, não sendo obrigatória e não determinando o prazo para
que fossem feitas as ações afirmativas, ela deixava uma porta aberta
para as universidades, mas era um instrumento legal e era utilizado na
fundamentação de resolução das universidades sobre ações afirmativas na
pós”.
Fonte: Brasil de Fato
23/06/2020 -
Maia defende diálogo como único caminho para reafirmar a democracia
Em evento com juízes e promotores, o presidente da Câmara também
defendeu o Sistema Único de Saúde
e o aumento das despesas
públicas no período da crise
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o diálogo como o
único caminho para reafirmar a democracia. Segundo ele, é grave o País
enfrentar uma crise institucional em plena pandemia. "Esses últimos
episódios nos preocupam, é óbvio que críticas são legítimas, mas não
agressões propondo o fechamento das nossas instituições", lamentou.
Maia destacou ainda que o grande desafio do Parlamento é recuperar sua
relação com a sociedade. Ele participou de evento promovido pela Frente
Associativa da Magistratura e Ministério Público e defendeu que a Câmara
é instrumento fundamental pra o desenvolvimento do País. "É no
Parlamento que temos a representação de toda a sociedade. É lá que se
constroem as maiorias, os consensos que vão melhorar a qualidade de vida
da população", afirmou.
O presidente da Câmara também elogiou o Judiciário, que segundo ele, vem
atuando de forma transparente. Maia considera que as agressões às
instituições tem o intuito de colocar os Poderes a uma situação de
subserviência a uma determinada posição. "Isso é muito ruim, vai gerando
a impressão que existe um pólo que pode comandar e com essas pressões,
vão ocupando o espaço do diálogo”, disse.
Para Rodrigo Maia, apenas com união entre todos os Poderes e a sociedade
vai ser possível superar as dificuldades causadas pela pandemia. Segundo
ele, é preciso uma construção coletiva.
Despesas
Maia também defendeu o Sistema
Único de Saúde (SUS) e o aumento das despesas públicas no período da
crise e da recuperação econômica.
"Eu era cético em relação ao SUS, mas vi que sem o SUS teríamos passado
uma situação mais difícil. A gente vai aprendendo. Essa pandemia vai
mudar muita coisa", disse Maia.
Ele afirmou sempre ter sido contra o aumento da despesas, mas reviu sua
posição com o agravamento da crise. Maia prevê, inclusive, a manutenção
desses gastos após o período mais crítico da pandemia. “Vamos ter muito
mais desempregado, teremos a informalidade chegando a 50% do mercado de
trabalho, vamos ter a pobreza ficando maior”, destacou.
Fonte: Agência Câmara
23/06/2020 -
Brasil não está sendo competente no combate ao coronavírus, diz Paulo
Paim
O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento nesta
segunda-feira (22), a inépcia do governo no combate à covid-19. Segundo
ele, o Brasil não está sendo competente para lidar com a pandemia. Para
o senador, falta planejamento unificado com participação de municípios,
estados e governo federal.
— Um dia se abre o comercio, no outro fecha. O auxílio emergencial, uma
parte vai, outra não vai. Uns recebem, outros não recebem. Vai ter que
chegar, sim, a mais de 100 milhões de brasileiros. Nós estamos errando
até no básico do processo de combate à pandemia — disse Paim.
Paim destacou que o coronavírus não é só uma "gripezinha" e que, a cada
dia, os casos de contaminação aumentam, mesmo com a aplicação de poucos
testes para detectar o coronavírus. O parlamentar disse ainda que o país
tem causado problemas internacionais.
— Portugal, por exemplo, já está querendo barrar a entrada de
brasileiros para atender os critérios de segurança da União Europeia.
Que futuro nos espera? As incertezas do amanhã já são sonoras no
presente. Não podemos ficar calados. A responsabilidade é de todos nós.
Legislativo, Executivo, Judiciário, todos. O país precisa de uma
concertação nacional. Não é com ódio e violência que vamos resolver os
problemas do Brasil. Repito: é com política de amor e de respeito ao
próximo — afirmou.
Fonte: Agência Senado
23/06/2020 -
PIB
recua 6,1% no trimestre encerrado em abril, diz FGV
Apenas a agropecuária teve crescimento (1,9%), revela pesquisa
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, teve queda de 6,1% no trimestre encerrado em abril
deste ano, na comparação com o trimestre finalizado em janeiro.
O dado é do Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira (22) pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
Segundo a FGV, nesse período, apenas a agropecuária teve crescimento
(1,9%).
A indústria e os serviços anotaram quedas. A indústria recuou 9,1%, com
destaque para a indústria da transformação, que caiu 12,5%.
Já os serviços diminuíram 10,7%. As maiores perdas foram observadas nos
outros serviços, que diminuíram 22,1%.
Nessa categoria, se enquadram setores como alimentação fora de casa,
alojamento e serviços domésticos, entre outros.
Efeitos da covid-19
Segundo o coordenador da
pesquisa, Claudio Considera, esses setores foram os que mais sentiram o
impacto da covid-19.
Na comparação com o trimestre encerrado em abril de 2019, a queda chegou
a 4,9%. Considerando-se apenas o mês de abril, a retração foi ainda
maior: -9,3% na comparação com março deste ano e -13,5% na comparação
com abril do ano passado.
“O dado de abril mostra que, a retração recorde da economia, não apenas
no PIB, porém disseminada em diversas atividades e componentes da
demanda, é a pior da história recente. A indústria e o setor de
serviços, que respondem por aproximadamente 95% do valor adicionado
total da economia, também tiveram os maiores recuos de sua série
histórica iniciada em 2000, assim como o consumo das famílias e a
formação bruta de capital fixo”, afirma Considera.
Fonte: Agência Brasil
22/06/2020 -
Esplanada dos Ministérios recebe duas manifestações neste domingo
Em lados opostos, uma favorável e outra contra presidente Bolsonaro
A Esplanada dos Ministérios recebeu neste domingo (21) duas
manifestações com causas opostas: uma de apoio ao presidente Jair
Bolsonaro e a outra contra. Para garantir a segurança dos manifestantes,
a Polícia Militar do Distrito Federal montou um cordão de isolamento
para manter os grupos separados.
Os manifestantes pró-Bolsonaro se concentraram no Museu Nacional da
República. O grupo contrário ao presidente se reuniu no Teatro Nacional.
Os dois grupos realizaram uma
caminhada até perto da Praça dos Três Poderes, praça que fica diante do
Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso
Nacional. Os manifestantes contrários ao presidente traziam faixas
contra o racismo, pedindo a saída do presidente do poder e em defesa da
Saúde Pública.
Os favoráveis ao presidente estavam vestidos, na sua maioria com camisas
da seleção brasileira de futebol carregavam cartazes com críticas ao
Supremo Tribunal Federal (STF) e com pedidos de que a suprema corte seja
composta por juizes "concursados e indicados pelo presidente".
O ato terminou por volta de 13h40, sem incidentes.
Fonte: Agência Brasil
22/06/2020 -
Brasil registra 50.617 mortos e 1,085 milhão de casos de covid-19
O Brasil teve 641 novas mortes por covid-19 registradas em 24 horas, de
acordo com os dados atualizados do Ministério da Saúde divulgados neste
domingo (21). Com a soma dos novos números, o país chegou ao total de
50.617 mortos em função da pandemia do novo coronavírus.
O balanço contabilizou 17.459 novos casos da doença, totalizando
1.085.038 casos confirmados. A marca de 1 milhão de infectados foi
ultrapassada na última sexta-feira (19).
Do total de casos confirmados de covid-19 no Brasil, 485.035 pacientes
estão em acompanhamento e 549.386 estão recuperados (50,6%). Há ainda
3.817 mortes em investigação.
São Paulo lidera em número de casos (219.185) e têm 12.588 mortos. Em
seguida, vêm Rio de Janeiro com 96.133 casos e 8.875 mortos, Ceará com
92.866 casos e 5.523 mortos, e Pará com 84.654 casos confirmados e 4.583
óbitos. O estado com o menor número de casos é o Mato Grosso do Sul,
5.237, e 45 mortes.
Fonte: Agência Brasil
22/06/2020 -
Ciro Gomes: É a pior crise econômica e social da história brasileira
Para Ciro, persistir na política econômica neoliberal é “suicídio”
Com a crise do coronavírus de um lado e as sequelas do bolsonarismo de
outro, o País está diante da pior crise econômica e social de sua
história. Esta é a opinião do ex-governador do Ceará e vice-presidente
do PDT, Ciro Gomes, que foi candidato à Presidência nas eleições de
1998, 2002 e 2018. “O Brasil está se aproximando do fundo do poço”,
afirmou ele, neste sábado (20).
A declaração foi dada durante a 1ª Plenária Virtual da Classe
Trabalhadora, promovida por videoconferência pela CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). Um dos convidados da plenária,
Ciro ressaltou os efeitos nefastos da convergência das crises social,
econômica e sanitária, além das recorrentes ameaças à democracia.
Em sua opinião, a situação é grave e explosiva – e quem paga mais é a
classe trabalhadora. “Tudo que o Brasil mais precisa é empoderar as
organizações dos trabalhadores”, afirmou Ciro.
Segundo ele, a solução da crise sanitária reclama urgência. “Ontem
atingimos a marca de 1 milhão de casos confirmados de coronavírus. Os
especialistas dizem que o número real é de cinco a até 12 vezes maiores
– e o País segue sendo o que menos testa, o que afeta o planejamento do
combate à doença”, disse o pedetista. “Salvar vida diante de um governo
genocida é prioritário. A América Latina toda, com uma população bem
maior do que a nossa, não soma um terço das mortes que temos hoje no
Brasil.”
Outro grande desastre do governo Bolsonaro, agravado pela pandemia, é o
desemprego em massa. “Poderemos chegar a mais de 20 milhões de
desempregados no conceito de desemprego aberto do IBGE. Os dados indicam
que estão sendo destruídos cerca de 1,2 milhão de empregos formais por
mês desde o início da crise sanitária”, constatou.
Para Ciro, persistir na política econômica neoliberal é “suicídio”. Ele
defende mudanças profundas no sistema tributário. “Um tributo sobre
lucros e dividendos aumenta a arrecadação entre R$ 70 bilhões a R$ 90
bilhões. Com um imposto sobre os grandes patrimônios, teremos mais R$ 90
bilhões”, destacou, acrescentando a proposta de aumentar a taxação sobre
o Imposto Territorial Rural e as grandes heranças.
“Com essas providências, poderemos conseguir R$ 3 trilhões em dez anos
para sustentar um projeto nacional progressista. Não é pouco”, agregou.
Neste período de avanço de diversas frentes contra Bolsonaro, Ciro
também manifestou a convicção de que uma posição firme das forças
democráticas, aliada à divisão das Forças Armadas, barrará a marcha
golpista de Bolsonaro.
Com informações da CTB
Fonte: Portal Vermelho
22/06/2020 -
Entregadores de aplicativos marcam greve nacional contra exploração
Paralisação será em 1º de julho
“A alimentação é a coisa que mais dói – ter que trabalhar com fome
carregando comida nas costas.” O depoimento é de Paulo Lima, conhecido
como Galo, motociclista que trabalhava para aplicativos de entrega (delivery)
e que, desde março deste ano, tentar reunir a categoria para reivindicar
melhores condições de trabalho. Fruto da organização desses
entregadores, surgiu o anúncio de que, em 1º de julho, eles farão sua
primeira paralisação nacional.
Galo não reivindica a organização da greve, embora tenha se tornado o
rosto mais conhecido de uma categoria que se expandiu durante o período
de pandemia. “As taxas e o fluxo de emprego caíram na pandemia – os
aplicativos triplicaram o número de empregadores. Então, as taxas estão
baixas e o serviço diminuiu”, explica. “O que está pedindo a greve?
Melhores condições de trabalho, porque temos condições péssimas.
Bloqueios injustos, dívidas injustas, não temos banheiro, nem
alimentação.”
Galo se tornou conhecido em março deste ano, quando viralizou um vídeo
em que ele fala sobre as condições de trabalho dos entregadores. Desde
então, ele afirma que sofre perseguição política das empresas de
delivery. “Todo esse movimento meu começou porque fui bloqueado
oficialmente pela Uber, mesmo a Uber garantindo que não faria isso – e
ela fez. Aí, fui capa da revista Exame, que é voltada para os
empresários. Depois disso, caiu tudo, fui bloqueado em todos os
aplicativos.”
O entregador afirma que as empresas adotam um método chamado “bloqueio
branco”, quando querem afastar os trabalhadores por motivos que não
podem ser justificados tecnicamente. “O cadastro fica ativo, você fica
online, mas não recebe nenhum pedido, nada chega para você. E nem
importa onde esteja – pode ficar circulando que a empresa não vai te
passar nenhuma entrega.”
Para reverter a situação, Galo explica que a categoria decidiu provocar,
lentamente, o vínculo empregatício. Por isso, decidiram exigir que as
empresas paguem as refeições dos entregadores. “Se não for o suficiente,
vamos fazer eles garantirem um plano de saúde. Se não for o suficiente,
vamos fazer eles garantirem um salário. Até que chega um ponto em que
eles terão que assinar a carteira.”
Segundo ele, durante a pandemia, entregadores faturam entre R$ 200 e R$
300 por semana. “A gente fica com menos de um salário mínimo na mão. Tem
que pagar prestação da moto, manutenção. Sempre tem um pneu que fura e
outras dívidas. “Se pegamos coronavírus na rua, quem paga o tratamento e
o tempo parado?” O piso salarial para motofretista, categoria em que os
entregadores são ajustados, vai de R$ 980 até R$ 1.300.
O seguro de vida, previsto e pago pelas empresas de aplicativo, não
garante o tratamento em caso de contaminação por coronavírus. A médica
infectologista Rachel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), afirma que a possibilidade de contágio poderia ser reduzida
com condições adequadas de trabalho.
“A principal forma de transmissão é o contato próximo com as pessoas. O
entregador deve estar de máscara, que cubra o nariz e vá até o queixo.
Essa máscara não pode estar úmida, portanto, se trabalhar mais de quatro
horas, deve levar duas máscaras”, explica ela. “Deve levar álcool gel e
aplicar sempre que tiver contato com os clientes. Distanciamento social,
higienização de mãos e máscara não garante que não haverá contaminação,
mas diminui muito os riscos.”
Terceirização ilegal
Empresas que vendem serviço de
entrega lançam mão de mecanismos para afastar a possibilidade de vínculo
empregatício com os entregadores. Para o advogado Ronaldo Pagotto, esses
aplicativos tentam forjar uma relação de “empresa para empresa”,
evitando assim a admissão de uma relação de subordinação dos motoristas.
“Mas não é o que se vê na prática. Os motociclistas são obrigados a
cumprir horários e um padrão de qualidade no trabalho.”
Pagotto afirma que o modelo de contratação adotado pelas empresas de
delivery é ilegal. “Estamos discutindo uma falsificação dessa relação,
uma terceirização ilegal. O problema é que ela está ganhando cada vez
mais uma blindagem da legislação”, acusa. “O patronato, no dia a dia,
cuida de fazer a outra parte, para garantir que isso não fique evidente.
O patronato, por exemplo, usa nas mensagens (dos apps para os
entregadores) ‘você pode fazer quando quiser’ – o que é mentira.”
Quando cita a “blindagem da legislação”, Pagotto recorda a aprovação da
reforma trabalhista e da lei da terceirização irrestrita, sancionadas em
2017, no governo Michel Temer. “A precarização do trabalho do empregado
já era muito comum, mas agora ficou mais. Com a legislação do Michel
Temer, isso passou a ganhar ares de legalidade, se tornando mais difícil
comprovar uma terceirização fraudulenta.”
Com informações do Brasil de
Fato
Fonte: Portal Vermelho
22/06/2020 -
Buscas por Direito Trabalhista cresceram 50% durante a epidemia
Levantamento realizado pela Dubbio, uma plataforma que esclarece dúvidas
jurídicas e conecta cidadãos a advogados, apontou que, entre março e
maio deste ano, a procura por informações sobre “Direito Trabalhista”
aumentou 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
Somente em abril, o Brasil perdeu mais de 860 mil empregos formais, de
acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged). O termo que aparece em segundo lugar na pesquisa foi “imóveis”,
que teve alta de 36% no período avaliado com buscas relacionadas a
aluguel.
A terceira posição na lista de assuntos mais procurados durante a
pandemia do novo coronavírus ficou com o termo “pensão alimentícia”, que
teve crescimento de 25%.
No quarto lugar entre os assuntos mais buscados está outro termo
diretamente relacionado ao bolso dos brasileiros, a “cobrança
indevida/abusiva” que teve alta de 21% no trimestre analisado.
Por fim, os conflitos envolvendo cônjuges e companheiros tiveram aumento
de 20% de março a maio.
O aumento da procura por informações envolvendo o Direito Trabalhista
confirma a mesma tendência apontada pelo
Termômetro Covid-19 na Justiça do Trabalho, plataforma publicada
pela ConJur e organizada pela instituição de educação Finted e a startup
Datalawyer Insights. O valor das causas relacionadas à Justiça do
Trabalho já chegou a R$ 3,93 bilhões.
Fonte: Consultor Jurídico
22/06/2020 -
Empregado que omitiu lesão anterior a acidente tem estabilidade, diz TST
Empregado que omite acidente anterior não perde direito a benefício por
lesão. Com esse entendimento, a Subseção 2 Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho negou recurso de
empresa de Brasília para anular decisão que reconheceu a estabilidade
acidentária para um empregado que teria omitido lesão anterior e se
utilizado de um “novo acidente” para receber o benefício.
O empregado relatou na ação trabalhista ter sofrido uma queda no
trabalho e ter fraturado um dedo e o punho da mão direita. O funcionário
foi submetido a cirurgia e depois apresentou atestado médico à empresa
que, segundo ele, além de ter ignorado a licença, manteve-o em função
pesada no trabalho. Mas, conforme a companhia, o empregado omitiu
atendimento em hospital de Brasília, anterior ao acidente, para tratar
de uma lesão na mão direita. Na versão da empresa, o trabalhador agiu
com má-fé, pois teria se utilizado de lesão anterior para garantir o
benefício.
O relator do recurso da empresa, ministro Douglas Alencar, observou que
o TRT, apesar de reconhecer a má-fé do empregado em relação à lesão
anterior, entendeu que as provas pericial e oral demonstraram a
ocorrência de contusão posterior, “acidente pelo qual o trabalhador
recebeu atestado médico, com recomendação de afastamento do trabalho por
20 dias”. Nesse caso, disse o relator, o empregado tinha direito à
garantia de emprego a contar da cessação do auxílio-doença.
No entender do ministro, não houve dolo da parte vencedora, pois a
prática foi constatada na própria reclamação trabalhista, tanto que
reclamante foi condenado ao pagamento de multa por litigância de má fé.
Por essa ótica, o dolo processual teria sido objeto de ampla atividade
cognitiva pelo órgão julgador na ação trabalhista, não havendo relação
de causa e efeito direta com a condenação.
O relator observou que, apesar da conduta reprovável do empregado, a
configuração do direito material foi amplamente demonstrado pelas provas
constantes da reclamação trabalhista. Com informações da assessoria de
imprensa do TST.
Processo 445-29.2014.5.10.0000
Fonte: Consultor Jurídico
19/06/2020 -
Brasil se aproxima de 1 milhão de casos de Covid-19 e chega a 47.748
mortes
País também tem terceiro dia consecutivo com mais de 1.200 mortes,
segundo dados do Ministério da Saúde
O Brasil registrou mais 1.238 mortes por coronavírus e 22.765 casos
confirmados, segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira (18) pelo
Ministério da Saúde.
De acordo com os dados do governo Jair Bolsonaro, o país tem um total de
47.748 óbitos e 978.148 casos confirmados, desde o início da pandemia.
Até o final da semana, o Brasil deve ultrapassar a marca de um milhão de
pessoas infectadas. O número, porém, tende a ser maior devido a baixa
quantidade de testes.
Considerados ainda os dados registrados a cada 24 horas, esta quinta
também é o terceiro dia consecutivo em que as mortes por coronavírus
ficam acima de 1.200 no país.
Fonte: RevistaForum
19/06/2020 -
Medida provisória que revoga Contrato Verde e Amarelo é prorrogada
O presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre,
prorrogou por 60 dias a revogação da Medida Provisória 905/2019, que
institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e altera a legislação
trabalhista. O ato foi publicado no Diário Oficial da União nesta
quinta-feira (18).
A revogação é prevista na MP 955, editada no dia 20 de abril de 2020 e
agora prorrogada, após entendimento entre a Presidência da República e o
Senado. Na ocasião, Davi declarou que o presidente Jair Bolsonaro
atendeu ao pedido do Congresso para que houvesse mais tempo para análise
da MP 905.
“O presidente da República decidiu revogar a MP 905, reeditando suas
partes mais relevantes na sequência. Essa é uma decisão importante para
que o Congresso possa aperfeiçoar o importante programa e garantir o
emprego dos brasileiros”, afirmou.
Considerada complexa, a MP do Contrato Verde e Amarelo recebeu quase
duas mil emendas. A medida estabelecia contrato com duração de dois
anos, além da redução de encargos trabalhistas e previdenciários
patronais, visando a estimular a abertura de vagas para o primeiro
emprego de jovens de 18 a 29 anos. Se for mantido, o novo programa
valerá para trabalhadores que recebem até um salário mínimo e meio, ou
seja, R$ 1.567,50.
Para a oposição, essa seria uma segunda reforma trabalhista que
desmontaria os direitos dos trabalhadores em plena pandemia de
coronavírus.
Fonte: Agência Senado
19/06/2020 -
Com placar de 10 a 1, STF decide manter inquérito das fake news
O Supremo Tribunal Federal concluiu no final da tarde desta quinta-feira
(18) o julgamento referente a validade do inquérito das fake news.
A decisão do plenário da Corte, que já havia formado maioria na
quarta-feira (17), foi favorável pela continuidade do processo.
Com placar de 10 a 1, o único ministro a se opor pelo prosseguimento das
apurações foi Marco Aurélio Mello.
O inquérito investiga ameaças a ministros do Supremo e a disseminação de
conteúdo falso na internet.
Fonte: Brasil247
19/06/2020 -
Oposição comenta prisão de Fabrício Queiroz e cobra investigações
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro e policial aposentado, Queiroz foi
preso nesta quinta-feira
Deputados de oposição aproveitaram a sessão virtual do Plenário da
Câmara para chamar atenção sobre a prisão de Fabrício Queiroz nesta
quinta-feira (18), em Atibaia (SP). Queiroz é policial militar
aposentado e suspeito de operar um esquema de “rachadinha” de verbas de
gabinete de Flávio Bolsonaro (atual senador) durante o seu mandato de
deputado estadual.
Os parlamentares cobraram a investigação das relações de Queiroz com a
família Bolsonaro.
A prisão de Queiroz foi pedida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro
porque, segundo o órgão, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro continuava
cometendo crimes e estava fugindo e interferindo na coleta de provas. A
Justiça autorizou também a prisão da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira
de Aguiar.
O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) destacou ainda a possível relação
com as milícias. “São muitas irregularidades, são muitos crimes
envolvidos, lamentavelmente, em uma família que assumiu a Presidência da
República num momento tão delicado”, afirmou.
Para o deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), a prisão ocorrida hoje é
um passo importante para a Justiça. “A prisão de Fabrício Queiroz é uma
sinalização de que a justiça tem que ser feita, porque um policial
aposentado que ganha cerca de R$ 8 mil não pode justificar uma fortuna
de mais de R$ 7 milhões em quatro anos”, disse.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) chegou a comparar Fabrício Queiroz a PC
Farias, ex-tesoureiro de Fernando Collor. “É a pessoa que conhece os
segredos, o subterrâneo das relações desta família não só com a política
mas também com esse conjunto de questões nebulosas, subterrâneas,
malcheirosas que envolve o passado e o presente dessa família”, afirmou.
O líder do PSB, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que é grave o
fato de Queiroz ter sido preso na propriedade do advogado da família
Bolsonaro, onde morou por cerca de um ano. “Mais grave só se ele
estivesse escondido no Palácio da Alvorada”, disse.
Para o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), o Brasil “está
derretendo”. Ele afirmou que o País vive crises de grandes proporções
além das crises sanitária e econômica causada pelo novo coronavírus. “A
crise política hoje se agravou com a prisão do Queiroz. Cada vez mais, o
cerco se fecha sobre um governo isolado, inoperante, incompetente e sem
condições alguma de reação”, criticou.
A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), afirmou que a
prisão é a oportunidade de esclarecimento dos negócios de Queiroz com a
família Bolsonaro. “Lutaremos para que a prisão signifique o
esclarecimento, a profunda investigação, o desbaratamento da verdadeira
quadrilha”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara
19/06/2020 -
Senado aprova projeto que suspende pagamento de empréstimo consignado
durante a pandemia
Em sessão remota nesta quinta-feira (18), o Plenário do Senado aprovou o
projeto que suspende por 120 dias o pagamento de parcelas de contrato de
crédito consignado (PL 1.328/2020). A medida alcança quem recebe
benefícios previdenciários, além de servidores e empregados públicos e
do setor privado, ativos e inativos. Do senador Otto Alencar (PSD-BA), o
projeto foi relatado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e
segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
Conforme o texto aprovado, as prestações suspensas serão convertidas em
prestações extras, com vencimentos em meses subsequentes à data de
vencimento da última prestação prevista para o financiamento. As
prestações suspensas não poderão ser acrescidas de multa, juros de mora,
honorários advocatícios ou de quaisquer outras cláusulas penais. Também
fica vedada a inscrição em cadastros de inadimplentes ou a busca e
apreensão de veículos financiados, devido à suspensão das parcelas.
De acordo com Otto Alencar, é inegável que a pandemia vem causando
grande impacto na economia, fazendo com que milhões de famílias tenham
sua renda diminuída ou cessada. Segundo o senador, é essencial que o
Congresso Nacional tome medidas para mitigar os efeitos da crise nas
famílias.
— É um projeto de grande alcance social. Muitos aposentados e
pensionistas estão recebendo seus filhos e netos de volta em casa. As
dificuldades são muito grandes — observou o autor.
O texto aprovado no Senado foi fruto de um destaque apresentado pelo
senador Weverton (PDT-MA). O destaque resgatou a ideia do texto original
de Otto Alencar, de suspensão do pagamento de parcelas de contrato de
crédito durante a pandemia. Com votação de forma separada, a emenda foi
aprovada por 47 votos a 17.
— Esse projeto é uma forma de justiça social e uma maneira de ajudar o
trabalhador — ressaltou Weverton.
Fonte: Agência Senado
19/06/2020 -
Indústria nacional cresceu 0,7% de 2017 a 2018, aponta IBGE
Após quatro anos de quedas sucessivas, de 2013 a 2017, o número de
trabalhadores na indústria brasileira aumentou cerca de 0,7% de 2017
para 2018. Foram criados quase 50 mil novos postos de trabalho nesse
período e com isso, o setor passou a ocupar 7,7 milhões de pessoas. Os
dados são da Pesquisa Industrial Anual, a PIA 2018, divulgada nesta
quinta-feira (18) pelo IBGE.
Dos 7,7 milhões de trabalhadores na atividade industrial em 2018, a
maior parte, 7,5 milhões, estava nas indústrias de transformação e
apenas 0,2 milhão nas indústrias extrativas. Porém, nos últimos dez
anos, o pessoal ocupado nas indústrias extrativas cresceu 14,4%,
enquanto as indústrias de transformação perderam cerca de 203,2 mil
empregos.
A atividade da indústria de transformação que mais contratou entre 2009
e 2018 foi manutenção, reparação e instalação de máquinas e
equipamentos. Entre as indústrias extrativas, o destaque foi para a
atividade de extração de petróleo e gás natural, que registrou em 2018
aumento de 597,6% na ocupação.
A gerente da pesquisa, Synthia Santana, destaca que o avanço na
indústria extrativa, impulsionada pelo setor de petróleo veio com a
exploração das reservas do pré-sal, enquanto a indústria de
transformação perdeu dinamismo, principalmente na fabricação de veículos
automotores, por causa de sucessivas crises financeira e econômica a
partir de 2008.
Em termos regionais, a pesquisa revela que a liderança no ranking de
produção no Brasil em 2018 foi exercida pela Região Sudeste, seguida
pelas regiões Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Fonte: Portal EBC
19/06/2020 -
Paulo Paim denuncia aumento da violência contra idosos na pandemia
O senador Paulo Paim (PT-RS) denunciou nesta quinta-feira (18) o aumento
da violência contra idosos. De acordo com o senador, o isolamento
social, estratégico para combater a disseminação do vírus causador da
covid-19, tem também levado a situações como essa.
Paim mencionou relatório da Organização das Nações Unidas segundo o qual
a pandemia está colocando as pessoas mais velhas em maior risco de
pobreza, discriminação e isolamento.
O senador ez um apelo para que as pessoas denunciem casos de violência
contra idosos pelo Disque 100. Ele ressaltou que a sociedade não pode se
omitir “diante de uma realidade tão cruel e que tem se tornado tão
cotidiana”.
— É obrigação de todos nós proteger nossos idosos. Um país que não
valoriza aqueles que ajudaram a construir a história nunca será um país
com um futuro desenvolvido. Quando a falta de respeito virar violência,
denuncie, pede a nossa OAB. A pandemia mostrou que nossas sociedades não
estão organizadas o suficiente para dar lugar aos idosos com o justo
respeito à dignidade e a sua fragilidade.
Paim lembrou a passagem do dia mundial de conscientização da violência
contra a pessoa idosa, em 15 de junho, e lamentou a realidade atual.
O senador contou que levantamento do Disque 100 mostra que em 2018 foram
registradas mais de 37 mil denúncias contra a pessoa idosa, um aumento
de 13% em relação ao ano anterior.
As mulheres, acrescentou Paim, são a maioria das vítimas e o agressor
geralmente é um morador da mesma casa que a pessoa idosa. Ele
acrescentou que a maior parte das denúncias no Brasil diz respeito a
violência física, negligência, violência psicológica, humilhação,
hostilização, violência financeira, retenção de salários e destruição de
bens.
Fonte: Agência Senado
19/06/2020 -
Acordo coletivo não pode ignorar obrigação prevista em lei trabalhista
As alterações feitas em 2017, por meio da reforma trabalhista, assim
como as recentes medidas provisórias que buscam atenuar os efeitos da
epidemia do novo coronavírus, não podem ignorar obrigações previstas no
ordenamento jurídico.
O entendimento é da juíza Nelma Pedrosa Gody Sant'anna Ferreira, da 1ª
Vara do Trabalho de Presidente Prudente (SP), ao suspender cláusula de
acordo coletivo que permitia o parcelamento de verbas rescisórias, sem
nenhum acréscimo punitivo. A decisão foi proferida nesta segunda-feira
(16/6).
O acordo foi assinado pela Tur Transportes e Turismo LTDA e pelo
Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres de Presidente
Prudente e Região, e é referente ao período 2019-2020, tendo sido
prorrogado para 2020-2021.
A cláusula 5ª, que foi contestada pelo Ministério Público do Trabalho,
autoriza "o parcelamento de verbas rescisórias devidas, devendo o saldo
rescisório ser quitado em parcelas mensais e sucessivas equivalentes ao
salário base recebido pelo funcionário, iniciando-se o pagamento em até
30 dias após a assinatura do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho,
sem que isso configure infração ao artigo 477, § 8º, da CLT".
Para a magistrada, a situação ensejada pelo contrato exige intervenção
urgente do Poder Judiciário, como forma de demonstrar que, a despeito da
grave crise sanitária, o ordenamento jurídico vigente deve ser
respeitado.
"Cogitar o parcelamento das verbas rescisórias em um período que o
empregado ficará sem emprego, que terá que reprogramar toda sua vida e
se preparar para um futuro de dificuldades de nova colocação, já é
questionável. Sem o acréscimo punitivo, imposto pela lei, então,
inadmissível. Nem as alterações feitas em 2017 e nem as recentes MPs que
vieram para amenizar os efeitos da pandemia conferem à negociação
coletiva tal poder", afirma a decisão.
Ainda de acordo com a magistrada, as recentes mudanças legislativas têm
como objetivo “a preservação dos empregos, em um primeiro momento, além
da sobrevivência dos empreendimentos”, e não “ceifar os direitos dos
empregados”.
A notícia sobre a decisão foi originalmente publicada no blog do
advogado José Roberto Dantas Oliva — Blog do Oliva.
Clique
aqui para ler a decisão
0010807-61.2020.5.15.0026
Fonte: Consultor Jurídico
19/06/2020 -
Projeto prevê reserva de 20% de vagas em empresas para população de
baixa renda
O Projeto de Lei 3233/20 obriga empresas públicas e privadas com mais de
20 empregados a destinar, no mínimo, 20% de suas vagas de emprego à
população de baixa renda.
Em análise na Câmara dos Deputados, o texto considera pessoas de baixa
renda aquelas cujas famílias tenham renda total de até três salários
mínimos ou que cada membro possua renda de até meio salário mínimo.
Segundo a proposta, os responsáveis legais serão punidos, judicialmente
ou administrativamente, por descumprimento da medida.
Apresentado pelo deputado Delegado Antônio Furtado (PSL-RJ), o projeto
também prevê que as empresas afixem, em suas entradas, placas ou painéis
eletrônicos com a seguinte mensagem: “É proibido qualquer ato de
discriminação ou preconceito por conta de aspectos sociais, de raça,
cor, etnia, origem, idade ou opção sexual, no mercado de trabalho formal
e informal, sujeitando os infratores às responsabilidades penal, civil e
administrativa.”
De acordo com o parlamentar, “o mercado de trabalho brasileiro está
marcado por significativas e persistentes desigualdades, que devem ser
levadas em conta nos processos de formulação, implementação e avaliação
das políticas públicas em geral e, em particular, das políticas de
emprego, inclusão social e redução da pobreza”.
Fonte: Agência Câmara
18/06/2020 -
Câmara aprova medida que mexe em regras trabalhistas
durante o período de pandemia
Medida permite antecipação de férias e de
feriados, além do “home office” e banco de horas
Com 332 votos a favor e 132 contra, o plenário da
Câmara aprovou na tarde desta quarta-feira (17) o
texto-base da Medida Provisória 927, que trata de
regras trabalhistas durante o período de pandemia.
Entre outras alterações, a MP, editada em 22 de
março, permite antecipação de férias e de feriados,
além de concessão de férias coletivas e teletrabalho,
durante o estado de calamidade pública, que é válido
até dezembro.
A sessão virtual desta quarta-feira teve
divergências no plenário. Enquanto os deputados
favoráveis afirmavam que a MP 927 dá “fôlego” aos
empresários, parlamentares críticos à medida faziam
restrições. “É uma nova reforma trabalhista, é fazer
do emprego um trabalho escravo”, afirmou a deputada
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), segundo a Agência
Câmara.
Alguns deputados tentaram, inclusive, adiar a
votação. “Vivemos um momento em que se busca um
objetivo comum que se sobrepõe aos interesses
individuais: a preservação de empresas e de
empregos, sem abrir mão da proteção da saúde dos
trabalhadores”, disse o relator do projeto de lei de
conversão à MP, Celso Maldaner (MDB-SC).
Feriados e teletrabalho
Entre as emendas incluídas, está a que permite
desconto, das verbas rescisórias, de férias
antecipadas se no caso de pedido de demissão o
período de aquisição não tiver sido cumprido. O
relator também retirou a necessidade de concordância
do empregado, por escrito, na antecipação de
feriados religiosos. Compensação de período
acumulado em banco de horas pode ser feita nos fins
de semana.
O artigo 4º trata especificamente do chamado home
office. E estabelecer que, durante o período de
calamidade, “o empregador poderá, a seu critério,
alterar o regime de trabalho presencial para o
teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de
trabalho a distância e determinar o retorno ao
regime de trabalho presencial, independentemente da
existência de acordos individuais ou coletivos”.
Outro item criticado pela oposição é que autoriza
empresas a criar um banco de horas para que o
empregado compense, em até 18 meses, o período não
trabalhado durante a pandemia. “Isso vai obrigar o
trabalhador a trabalhar aos feriados e domingos”,
afirmou o deputado Rogério Correia (PT-MG).
Com informações da Agência Câmara
Fonte: Rede Brasil Atual
18/06/2020 -
Texto prevê abono natalino antecipado para
beneficiários da Previdência Social na pandemia
O texto aprovado para a Medida Provisória 927/20
antecipa neste ano o pagamento do abono natalino
referente a benefícios da Previdência Social. Em
2019, a primeira parcela foi antecipada aos
aposentados como forma de injetar recursos na
economia.
Normalmente, a primeira parcela é paga pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em junho;
e a segunda, em dezembro. Dessa vez, por causa da
pandemia causada pelo coronavírus, os primeiros 50%
foram pagos junto com o benefício de abril; e o
restante, com o de maio.
Se o benefício temporário, como auxílio-doença,
auxílio-acidente e outros, tiver prazo para acabar
antes de 31 de dezembro, será proporcional à
quantidade de dias em que a pessoa tinha direito. Em
todo caso, sempre que houve interrupção (morte do
pensionista depois de maio, por exemplo), será feito
um encontro de contas entre o valor pago e o devido.
Profissionais da saúde
Durante o estado de calamidade pública em razão da
Covid-19, o empregador poderá suspender férias ou
licenças não remuneradas dos profissionais de saúde
ou daqueles que desempenhem funções essenciais.
Bastará comunicação formal por escrito ou por meio
eletrônico, preferencialmente com antecedência de 48
horas.
Também será permitido aos estabelecimentos de saúde,
mediante acordo individual escrito, prorrogar a
jornada de trabalho até o total de 12 horas diárias
e adotar escalas de horas suplementares entre a 13ª
e a 24ª hora do intervalo interjornada (até o
próximo turno) sem penalidade administrativa.
O repouso semanal remunerado será garantido nos
termos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
que, em razão da Medida Provisória 905/20, permite o
trabalho aos domingos e feriados. Essa jornada
estendida vale inclusive para as atividades
insalubres e para a jornada de 12 horas de trabalho
por 36 horas de descanso.
As horas suplementares poderão ser compensadas por
meio de banco de horas, no prazo de 18 meses ao
final do estado de calamidade pública, ou
remuneradas como hora extra. Principalmente para
profissionais da saúde, a MP prevê que casos de
contaminação pela Covid-19 serão considerados
ocupacionais somente se for comprovado o nexo
causal.
Pagamento de FGTS
Para dar fôlego às empresas, a medida provisória
permite o adiamento da quitação do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) dos meses de março,
abril e maio de 2020 e que deveriam ser pagos em
abril, maio e junho.
Esse atraso permitido, chamado de diferimento,
poderá ser usado independentemente do número de
empregados, do regime de tributação, da natureza
jurídica (empresa pública ou privada), do ramo de
atividade ou de adesão prévia. O total acumulado
poderá ser pago a partir de julho em seis parcelas,
sem atualização monetária, multa e encargos.
Para o adiamento, o empregador deverá declarar as
informações sobre fatos geradores, base de cálculo e
valores devidos da contribuição previdenciária e
outras informações de interesse do INSS ou do
Conselho Curador do FGTS. Essas informações
caracterizarão confissão de débito e instrumento
hábil e suficiente para a cobrança do FGTS.
Se o contrato de trabalho for rescindido, acaba a
suspensão e o empregador fica obrigado a pagar os
valores devidos sem multa e encargos se o fizer
dentro do prazo legal. O mesmo vale para a multa do
FGTS.
Essa multa, de 40% se for sem justa causa, pode ser
reduzida para 20% no caso de força maior reconhecida
pela Justiça do Trabalho. A MP 927/20 considera a
pandemia de Covid-19 motivo de força maior para fins
trabalhistas.
Sobre as parcelas em atraso, incidirão, conforme a
lei do FGTS, juros de mora de 0,5% ao mês, multa de
5% no mês de vencimento e de 10% a partir do mês
seguinte ao do vencimento.
Além disso, haverá o bloqueio do certificado de
regularidade do FGTS. Entretanto, os prazos dos
certificados de regularidade emitidos antes de 22 de
março, início da vigência da MP 927, serão
prorrogados por 90 dias.
Exames suspensos
Durante o estado de calamidade pública, estará
suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames
médicos ocupacionais, clínicos e complementares, mas
ficam de fora os demissionais. Porém, no caso de
contratos de trabalho de curta duração e de safra,
serão dispensados todos os exames, inclusive os
demissionais.
A exceção será para os trabalhadores da área de
saúde e áreas auxiliares em efetivo exercício em
ambiente hospitalar, que terão ainda prioridade para
testes de identificação da Covid-19.
Os exames adiados poderão ser realizados em 60 dias
depois do fim do estado de calamidade pública, mas
se o médico coordenador de programa de controle
médico e de saúde ocupacional considerar que a
postergação do exame representa risco para a saúde
do empregado, indicará ao empregador a necessidade
de sua realização.
Treinamentos periódicos previstos em normas de
segurança e saúde no trabalho também estão suspensos
e poderão ocorrer em até 180 dias depois do fim da
calamidade. Já as comissões internas de prevenção de
acidentes (Cipa) poderão ser mantidas na pandemia.
Fiscalização do trabalho
Devido a questionamentos no Supremo Tribunal Federal
(STF) por meio de ações diretas de
inconstitucionalidade (ADI), o relator da MP 927,
deputado Celso Maldaner (MDB-SC), retirou trechos do
texto original do Poder Executivo.
Entre eles estão o que limitava a atuação de
auditores fiscais do Trabalho do Ministério da
Economia ‒ ao não considerar como ocupacionais os
casos de contaminação por coronavírus ‒ e todo um
capítulo que permitia ao empregador direcionar o
trabalhador a cursos de qualificação durante o
estado de calamidade pública.
Acordos coletivos
A MP permite a prorrogação, a critério do empregador,
dos acordos e das convenções coletivas a vencer
dentro de 180 dias da vigência da MP. Essa
prorrogação poderá ser por 90 dias. Entretanto, o
relator retirou a possibilidade de manter acordos
vencidos.
Todas as medidas trabalhistas adotadas por
empregadores que não contrariem as normas da medida
provisória são consideradas válidas se tomadas no
período de 30 dias anteriores à data de sua
publicação.
Prazos suspensos
Outra iniciativa da MP é a suspensão de prazos em
relação ao FGTS. Ficam suspensos por 120 dias o
prazo de prescrição (quando o Fisco não pode mais
exigir a obrigação fiscal ou previdenciária) dos
débitos com o fundo, e por 180 dias os prazos
processuais para apresentação de defesa e recurso no
âmbito de processos administrativos.
A validade da Certidão Negativa de Débitos (CND) é
prorrogada por 90 dias se emitida antes da MP. Como
o prazo normal é de 60 dias, o documento valerá por
150 dias.
Durante o estado de calamidade pública, o prazo da CND,
que atesta o pagamento ou não de tributos federais e
dívida ativa, passa de 60 dias (prorrogável por mais
180 dias segundo regulamento) para até 180 dias
(prorrogável por período a ser fixado em ato
conjunto da Receita Federal e da Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional).
Fonte: Agência Câmara
18/06/2020 -
Copom reduz taxa Selic para 2,25% ao ano
Percentual é o menor da série histórica
O Banco Central (BC) diminuiu, pela oitava vez
consecutiva, os juros básicos da economia. Por
unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
reduziu a taxa Selic para 2,25% ao ano, com corte de
0,75 ponto percentual.
A decisão era esperada por analistas financeiros.
Segundo a pesquisa Focus do BC dessa semana, a maior
parte dos agentes econômicos aguardava uma redução
dos juros básicos para o patamar de 2,25%.
Em comunicado, o BC informou que a redução dos juros
decidida nas últimas reuniões é compatível com os
impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus
e que, para as próximas reuniões, poderá haver um
"ajuste residual" no estímulo monetário. No entanto,
a manutenção da taxa em patamares reduzidos, no
médio prazo, vai depender da trajetória dos gastos
do governo no ano que vem, tendo em vista os altos
investimentos em recursos para conter os efeitos da
pandemia.
Fonte: Agência Brasil
18/06/2020 -
Gilmar Mendes defende inquérito das fake news:
estupro não é liberdade de expressão
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), comentou o voto do colega Alexandre
de Moraes, que leu alguns dos ataques aos membros do
STF para justificar o inquérito das fake news.
"Precisamos reconhecer a gravidade desses ataques.
Estupro não é liberdade de expressão. Homicídio não
é liberdade de expressão", disse Gilmar Mendes pelo
Twitter.
Em seu voto nesta quarta-feira (17) pela legalidade
do inquérito das fake news, o ministro do STF
Alexandre de Moraes leu algumas das ameaças
recebidas por ministros da Corte.
"Peço uma redobrada atenção para algumas frases,
algumas duras, inclusive, que vou ler de algumas
agressões e ofensas aos ministros do Supremo
Tribunal Federal para que se pare de uma vez por
todas de se fazer confusão de críticas, por mais
ácidas que sejam, e que devem existir e continuar,
com agressões, com ameaças e coações", falou
Alexandre de Moraes, que leu logo em seguida uma
destas ameaças.
Fonte: Brasil247
18/06/2020 -
Senado vota suspensão de cobrança de empréstimos
consignados a aposentados
Em sessão remota nesta quinta-feira (18), o Senado
deverá votar o Projeto de Lei 1.328/2020, que
suspende temporariamente o pagamento das prestações
de crédito consignado em benefícios previdenciários
enquanto durar a calamidade do coronavírus. O início
da sessão está previsto para as 16h.
De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), o
projeto estabelece que a suspensão atingirá quatro
parcelas do contrato e que a falta de pagamento não
será considerada inadimplemento de obrigações. O
texto estabelece ainda que não serão cobrados
multas, taxas, juros ou outros encargos durante a
suspensão.
Além do PL 1.328/2020, tramitam também no Senado
vários projetos que suspendem as prestações de
empréstimos consignados, tendo sido apresentados
após o início da pandemia da covid-19.
Em 20 de abril, a Justiça Federal do Distrito
Federal determinou a suspensão do débito em folha de
empréstimos consignados tomados por aposentados em
bancos.
A decisão do juiz Renato Coelho Borelli, em ação
popular, suspendeu os pagamentos pelo prazo de
quatro meses, tanto para os aposentados do INSS
quanto para os do serviço público.
Fonte: Agência Senado
18/06/2020 -
Horas extras não quitadas justificam rescisão
indireta de contrato de trabalho
O descumprimento da obrigação configura conduta
grave do empregador.
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
determinou que a Associação Pestalozzi de Campo
Grande (MS) converta para rescisão indireta o pedido
de demissão de uma secretária e pague a ela as
verbas rescisórias correspondentes. A entidade
deixou de pagar horas extras à trabalhadora, o que,
segundo o colegiado, representa descumprimento de
obrigação contratual e conduta grave do empregador.
Pedido de demissão
A ex-secretária informou na reclamação trabalhista que
não recebeu pelas horas extras habitualmente
prestadas e que pediu demissão porque a empresa não
estava cumprindo com as obrigações do contrato de
trabalho. Na ação, ela pretendeu a reversão do
pedido de demissão para a rescisão indireta, com
pagamento das verbas rescisórias respectivas.
Rescisão indireta
A 4ª Vara do Trabalho de Campo Grande (MS) e o
Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS)
julgaram improcedente o pedido. Na interpretação do
TRT, o descumprimento da obrigação contratual, para
acarretar a rescisão indireta, deve ser revestido de
seriedade e de gravidade que comprometa o
prosseguimento da relação de emprego. Nesse caso,
segundo o Regional, a falta de quitação das horas
extras não seria motivo suficiente.
Conduta grave
O relator do recurso de revista da secretária,
ministro Alexandre Ramos, explicou que a ausência de
quitação das horas extras durante o pacto laboral é
considerada conduta grave, o que, por si só, motiva
a justa causa, por culpa do empregador. Segundo ele,
o artigo 483 da CLT aponta como tipo de infração
cometida – e que poderá dar ensejo à rescisão
indireta – o descumprimento das obrigações
contratuais por parte do empregador.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-24615-29.2015.5.24.0004
Fonte: TST
18/06/2020 -
TST forma maioria para invalidar TR na correção de
dívida trabalhista
A aplicação da Taxa Referencial (TR) na correção de
dívidas trabalhistas viola o direto à propriedade
privada. Isso porque não atualiza com justiça os
valores. Esse é o entendimento firmado nesta
segunda-feira (15/6) pela maioria do Pleno do
Tribunal Superior do Trabalho para declarar
inconstitucional o uso da TR na atualização de
débitos trabalhistas, informou o jornal Folha de
S.Paulo. O julgamento será retomado em 29 de junho.
A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) instituiu a
TR como índice de referência para a correção. Criada
no governo Fernando Collor, a TR, usada para
atualizar a poupança, está em desuso e no valor
anual de 0%.
A maioria (17 de 27) dos ministros defende que o
Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E)
seja aplicado às dívidas trabalhistas. Em março, o
acumulado de 12 meses do índice fechou em 3,67%.
Além disso, aplicam-se juros de 1% ao mês nas ações
na Justiça do Trabalho.
Amicus curiae no recurso da Usina Eldorado que está
sendo analisado pelo TST, a Confederação Nacional do
Sistema Financeiro (Consif) defende o uso da TR.
Fábio Quintas, advogado da entidade, afirmou à Folha
que usar outro índice prejudica o empregador. "O que
temos nas dívidas trabalhistas? Temos que nelas
incidem juro de mora de 1% ao mês e 12% ao ano. Essa
equação hoje já está desequilibrada".
O advogado da União Daniel Costa Reis também
defendeu a TR. A seu ver, a decisão do Supremo
Tribunal Federal de aplicar o IPCA-E na correção de
precatórios pode ser usada para justificar o uso da
TR em dívidas trabalhistas.
A relatora do caso, ministra Delaíde Miranda
Arantes, afirmou que a TR afronta o direito à
propriedade. Afinal, reduz o valor real da dívida
trabalhista.
O ministro Cláudio Mascarenhas Brandão lembrou que a
correção monetária é a recomposição do poder
aquisitivo da moeda.
Já o ministro Alexandre Agra Belmonte disse que a TR
"é imprestável" para a correção da moeda. "Se não
serve para precatório, por que serviria para débito
trabalhista, que tem natureza alimentar?"
Sete ministros declararam a TR constitucional.
Segundo eles, a escolha legislativa pela TR não
viola a Constituição. E a decisão do STF de que a
taxa não era aplicável a precatórios não deve ser
estendida automaticamente a débitos trabalhistas.
Processo 0024059-68.2017.5.24.0000
Fonte: Consultor Jurídico
17/06/2020 -
Na TVT, centrais criticam governo e afirmam que país
precisa de um projeto de crescimento
Dirigentes afirmam que faltam políticas públicas
e uma ação articulada no combate à pandemia
A crise da pandemia confirma que o governo não tem
projeto para o país, criticaram presidentes de
centrais sindicais ao participar nesta terça-feira
(16) do programa Bom para Todos, da TVT. Desta vez,
os participantes foram Sérgio Nobre (CUT), Ricardo
Patah (UGT) e José Calixto (Nova Central). “Em vez
da pandemia e dos empregos, ele (Jair Bolsonaro)
prefere atacar as instituições”, afirmou logo no
início o líder da CUT à apresentadora Talita Galli.
Ele lembrou que a taxa de desemprego, hoje entre 12%
e 13%, poderá chegar a até 20%. Enquanto isso, na
questão sanitária o país deverá chegar ainda nesta
semana à triste marca de 50 mil mortos em
consequência da covid-19. “E há estudos que até o
final do mês que vem o Brasil pode ultrapassar os
Estados Unidos”, acrescentou Sérgio.
O dirigente também considerou um fato “gravíssimo” o
ataque, com rojões, ao Supremo Tribunal Federal
(STF), no último sábado (13). “Um crime que não pode
de maneira nenhuma deixar de ter uma resposta muito
forte da sociedade.”
Patah lembrou que, além dos efetivamente
desempregados, o país tem 5 milhões de desalentados,
pessoas que desistiram de procurar trabalho. Ao
mesmo tempo, o governo mostra uma “ação política
descompromissada”, sem apontar para a recuperação da
economia.
Linha de frente
Ele lembrou que a central representa trabalhadores que
estão “na linha de frente” da pandemia, como
motoboys, comerciários e motoristas de ônibus. Patah
avalia que o número de mortes no Brasil poderá
chegar a até 100 mil. “Para alguns não é nada, mas
são 100 mil trabalhadores, homens e mulheres, que
tombaram por ausência de políticas públicas”,
lamentou.
Calixto associou a precarização no mundo do trabalho
à perda de dinamismo industrial. O peso da
indústria, que já chegou a aproximadamente 35% do
PIB, agora está em torno de 10%. O governo atual,
diz, não tem política para o setor, apenas de
entrega do patrimônio. “Não por acaso a Petrobras
foi o centro do golpe”, acrescentou, referindo-se ao
impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Mas a crise
industrial é ainda anterior à pandemia, lembrou
Calixto. “Será uma década perdida.”
Sérgio Nobre e Ricardo Patah lembraram da tramitação
da Medida Provisória (MP) 936, que acabou sendo
aprovada no início da noite de hoje pelo Senado. “No
começo da pandemia, dissemos que a coisa mais
importante era proibir demissões no Brasil, ter
estabilidade no emprego, um conjunto de medidas
articuladas”, observou o presidente da CUT.
“O governo tomou uma série de medidas que não foram
construídas na negociação. É hora do governo
investir com recursos do Estado a fundo perdido”,
acrescentou o dirigente. Os acordos individuais para
redução de jornada e salários, como consta na MP,
muitas vezes deixam os trabalhadores sem
alternativa, lembrou, defendendo a presença das
entidades sindicais em todas as negociações. “No
governo Bolsonaro não temos interlocução com
ninguém”, criticou.
Patah informou que nesta terça houve uma reunião
nacional dos trabalhadores em transportes. “Não
existe proteção. Só em São Paulo, infelizmente,
morreram mais de 20 pessoas nesse período. Parece
que as pessoas não se preocupam com a vida. Paulo
Guedes (ministro da Economia) é totalmente contra
qualquer recurso público ser utilizado em questões
sociais”, afirmou o dirigente, citando o New Deal,
série de programas implementados nos anos 1930 pelo
então presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano
Roosevelt, para recuperar a economia americana.
CUT: Plataforma da Vida
A CUT lançou a Plataforma Emergencial “Em Defesa da
Vida, Trabalho e Renda, Saúde, Soberania Alimentar e
Moradia”. A iniciativa contém várias propostas para
enfrentar a crise econômica e a situação de
emergência sanitária.
Entre as propostas, segundo a central, está a
criação de uma “fila única” de acesso a leitos de
UTI, tanto público como privados. A entidade defende
garantia de fornecimento de equipamentos de proteção
individual e coletiva (EPIs e EPCs) para
trabalhadores em serviços essenciais, especialmente
os da saúde.
Fonte: Rede Brasil Atual
17/06/2020 -
Senado aprova MP que permite redução de salário e
suspensão de contrato
O Senado aprovou nesta terça-feira (16), por 75
votos favoráveis e nenhum contrário, a Medida
Provisória 936/2020, que permite suspensão de
contrato de trabalho e redução de salário. O texto
segue para sanção presidencial.
A versão final do texto excluiu uma mudança que
aumentaria a carga horária dos bancários de 30 para
40 horas semanais. A retirada desse trecho foi
aprovada por 46 votos favoráveis e 30 contrários.
O relator, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), fez
outras duas mudanças de redação no texto vindo da
Câmara. Uma foi para garantir acordos coletivos de
sindicatos de bancários e outra para dar maior
segurança jurídica para a aplicação dos juros em
caso de condenação judicial trabalhista.
O texto original do governo determinou que a
suspensão de contrato valeria por 60 dias e a
redução de salário por 90 dias.
O relator na Câmara, deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP) modificou o texto e incluiu a
possibilidade, se o governo assim decidir, de
prorrogar o prazo de suspensão de contrato até o
final do período de calamidade pública, ou seja, até
dia 31 de dezembro deste ano.
Orlando também prorrogou por mais um ano as
desonerações fiscais em empresas intensivas de mão
de obra. Inicialmente o deputado do PCdoB queria
prorrogar por dois anos, mas acordo com a equipe
econômica do governo federal, que queria conter a
perda da arrecadação, baixou para um ano.
O parecer (íntegra)
do relator no Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO),
foi pela aprovação do texto da Câmara, com duas
emendas de redação.
Cardoso alterou o trecho relativo à composição dos
juros em caso de condenação judicial trabalhista por
considerar que esse ajuste no texto do relator da
Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), confere
maior segurança jurídica.
Outra mudança é a garantia de acordos coletivos de
sindicatos de bancários. O relator trocou a
expressão “por força de lei” por “tem prevalência
sobre a lei”.
Entenda as mudanças da medida
Pelas novas regras da medida, o empregador poderá
cortar em até 70% jornadas e salários. O texto prevê
um escalonamento para a redução de salários e
jornada de trabalho: em 25%, 50% e 70%. O empregado
que for afetado pela suspensão receberá do governo o
percentual equivalente do que receberia de
seguro-desemprego caso fosse demitido.
No caso de trabalhadores que tiverem os contratos
totalmente suspensos, o governo vai pagar 100% do
valor que receberiam do seguro-desemprego, ou seja,
até R$ 1813,03.
A suspensão total de salários e jornadas é válida
somente para empresas cujos rendimentos forem de até
R$ 4,8 milhões. Instituições financeiras que
lucrarem mais do que isso poderão fazer até 70% de
corte.
Também está previsto um período de estabilidade após
a suspensão na qual o trabalhador não poderá ser
demitido. Esse intervalo de tempo será igual ao
período pelo qual o funcionário passou afastado.
Se o trabalhador for demitido após a suspensão de
contrato, ele receberá normalmente o valor do
seguro-desemprego, sem descontos. A compensação que
recebeu com valor equivalente ao benefício não será
uma antecipação.
Fonte: Congresso em Foco
17/06/2020 -
Câmara aprova MP que reduz contribuições de empresas
ao Sistema S por dois meses
Foi aprovado corte de 50% das contribuições
referentes a abril e maio
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (16) a Medida Provisória 932/20, que
reduz, em razão da pandemia de Covid-19, as
contribuições devidas pelas empresas para financiar
o Sistema S. A matéria será enviada ao Senado.
A MP original determina um corte de 50% dessas
contribuições nos meses de abril, maio e junho, mas
o projeto de lei de conversão aprovado, de autoria
do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), restringe o corte
aos meses de abril e maio, mantendo as contribuições
no valor cheio em junho.
A pretensão inicial do relator era manter o corte
apenas para dois meses (abril e maio), sendo de 20%
em maio. Entretanto, após negociações em Plenário,
ele aceitou manter o corte de 50% também em maio.
A medida alcança as contribuições cobradas pelas
seguintes entidades: Sescoop (setor de
cooperativas), Sesi e Senai (indústria), Sesc e
Senac (comércio), Sest e Senat (transporte) e Senar
(rural).
Assim, para o Sescoop as empresas pagarão 1,25% em
abril e maio; para o Sesi, Sesc e Sest, o devido
será de 0,75% nesses dois meses; e para Senac, Senai
e Senat, a alíquota será de 0,5% nesse período.
Fonte: Agência Câmara
17/06/2020 -
Por 7 votos a 4, STF julga constitucional Lei da
Terceirização
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) acompanhou o voto do relator, ministro Gilmar
Mendes, e confirmou a constitucionalidade da Lei
13.429, de 2017, a chamada Lei da Terceirização. O
julgamento virtual de duas Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADIs 5685 e 5695) que
questionavam a lei foi concluído nesta terça-feira
(16). A Corte levou em conta argumentos da
Advocacia-Geral do Senado Federal relativos à
regularidade do processo legislativo que deu origem
ao texto. O projeto que originou a lei foi aprovado
pelo Congresso em março de 2017.
— O foro adequado para esse tipo de discussão e para
pleitear uma normatização melhor ou diferente sobre
o assunto é o Poder Legislativo, que é o titular
constitucionalmente incumbido de fazer essas
escolhas. E os autores tiveram e têm amplas
possibilidades de participação e influência junto
aos atores relevantes no processo legislativo. Um
dos autores é partido político com representação no
Congresso Nacional e os outros dois são grandes
confederações — defendeu o advogado do Senado
Anderson de Oliveira Noronha em sustentação oral
virtual no julgamento que começou no dia 5 de junho.
Votaram pela constitucionalidade da lei os ministros
Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia,
Luiz Fux, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Celso de
Mello. Ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio,
Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
Ações
A Lei 13.429, de 2017, sancionada pelo ex-presidente
Michel Temer em 31 de março daquele ano, trata do
trabalho temporário nas empresas urbanas e das
relações de trabalho na empresa de prestação de
serviços a terceiros. O texto amplia as
possibilidades de contratação de serviço
terceirizado, que pode ser feita tanto na área meio
quanto na atividade fim da empresa.
Em abril de 2017, a Rede Sustentabilidade ajuizou no
STF a ADI 5685, em que argumentava que a legislação
ofende, entre outros preceitos constitucionais, o da
proteção ao trabalho. O partido também acusava a
terceirização nas atividades da administração
pública de violar o concurso público.
Já a ADI 5695 foi ajuizada pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria Química (CNTQ)
e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest).
Essas entidades argumentaram que o texto fere
princípios constitucionais como a isonomia, a
proteção ao trabalhador, a livre associação sindical
e a preservação da função social da propriedade,
entre outros.
Fonte: Agência Senado
17/06/2020 -
Davi Alcolumbre sugere eleições municipais em
novembro
Parlamentares, membros do Judiciário e especialistas
em saúde participaram nesta terça feira (16) de uma
reunião virtual para discutir a possibilidade de
adiamento das eleições 2020 em razão da pandemia da
covid-19, causada pelo novo coronavírus. Entre os
participantes, houve um consenso pelo adiamento do
pleito por algumas semanas, garantindo que seja
realizada ainda este ano, em data a ser definida
pelo Congresso Nacional com base em uma janela que
varia entre os dias 15 de novembro e 20 de
dezembro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
sugeriu que o primeiro turno ocorra em 15 de
novembro.
Fonte: Agência Senado
17/06/2020 -
Quase 18 milhões de desempregados não conseguiram
buscar trabalho em maio por conta da pandemia
Cerca de 17,7 milhões de brasileiros não conseguiram
buscar emprego durante o mês de maio, em meio à
pandemia do coronavírus, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desta
terça-feira (16), divulgados pela Folha de S. Paulo.
Este número é referente aos desempregados que, por
conta do coronavírus e da crise econômica causada
pela pandemia, não conseguem ir buscar trabalho por
não saírem muito de casa ou por não haver postos
disponíveis em sua região.
A reportagem da Folha de S. Paulo ainda informa que
“outras 10,9 milhões de pessoas estavam
desempregadas no período e não encontraram ocupação.
Assim, no total, cerca de 28,6 milhões de pessoas
tiveram acesso restrito ao mercado de trabalho
durante o mês de maio”.
Recentemente, pesquisa realizada pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a
falta de rumo da política econômica por parte do
governo Jair Bolsonaro, associada à pandemia do novo
coronavírus, fez com que mais da metade da população
em idade de trabalhar ficasse desempregada ao longo
do mês de abril.
Fonte: Brasil247
17/06/2020 -
STF declara que trabalho no comércio aos domingos
não viola Constituição
Embora a Constituição Federal sugira o repouso
semanal aos domingos, o texto não exige que o
descanso aconteça exatamente neste dia. Com esse
entendimento, o Plenário do Supremo Tribunal Federal
julgou improcedente ações que questionaram a
constitucionalidade da Lei 11.603/2007, que
autorizou o trabalho aos domingos e feriados no
comércio em geral.
O julgamento no Plenário Virtual acabou nesta
segunda-feira (15/6) com resultado unânime. O
colegiado acompanhou o voto do relator, Gilmar
Mendes. Para ele, a orientação do texto
constitucional foi no sentido de que o empregador
deve assegurar ao trabalhador um dia de repouso em
um período de sete dias.
"Por óbvio, o país não pode ser paralisado uma vez
por semana, motivo pelo qual a Carta Magna não
obriga o repouso a todos os cidadãos no dia de
domingo", afirmou.
As ações foram ajuizadas pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores no Comércio e pelo Psol, que
sustentaram que a lei afronta o artigo 7º da
Constituição Federal, que garante aos trabalhadores
o direito ao repouso semanal remunerado,
"preferencialmente aos domingos".
Ao analisar os pedidos, o ministro considerou que a
própria Justiça Trabalhista admite o trabalho aos
domingos, como delineado pela súmula 146 do TST: "o
trabalho prestado em domingos e feriados, não
compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da
remuneração relativa ao repouso semanal."
O ministro citou alguns julgados do STF e afastou a
alegação de que a lei questionada desrespeita a Lei
605/1949, que proíbe o trabalho em feriados civis e
religiosos. "Recordo que esta não é hierarquicamente
superior àquela, que trata de repouso em feriados
civis e religiosos, de acordo com a tradição local,
nos limites das exigências técnicas das empresas",
explicou.
Clique
aqui para ler o voto do relator
ADI 3.975 e 4.027
Fonte: Consultor Jurídico
16/06/2020 -
Pandemia e falta de rumo na economia deixam mais da
metade da população em idade de trabalho sem emprego
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a falta de rumo
da política econômica por parte do governo Jair
Bolsonaro, associada à pandemia do novo coronavírus,
fez com que mais da metade da população em idade de
trabalhar ficasse desempregada ao longo do mês de
abril.
Ainda segundo a pesquisa, o índice da parcela da
população em idade de trabalhar caiu de 54,3% em
fevereiro para 48,5% em abril. O dado aponta que
51,5% da população nesta faixa etária estava
desempregada no período.
“O tombo do mercado de trabalho na segunda quinzena
de março, que se aprofundou em abril, foi bem maior
do que o já indicado pelo IBGE e pelo Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério
da Economia. É a primeira vez em que menos da metade
da população em idade de trabalhar está ocupada:
48,8% na segunda quinzena de março e 48,5% no mês de
abril”, disse o economista Marcos Hecksher,
responsável pelo cruzamento das informações da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua) do IBGE, em entrevista ao jornal O
Globo.
Ainda segundo a reportagem, a paralisação da
economia em decorrência da pandemia não possibilita
acompanhar com precisão o índice do desemprego, que
passou de 11,2% no trimestre encerrado em janeiro
para 12,5% em abril. A explicação está no fato de
que muitos dos que perderam o emprego em função da
pandemia ainda não estão buscando uma vaga por conta
das medidas de isolamento social. Desta forma, não
são considerados tecnicamente desempregados. Um
outro ponto está no fato de que o IBGE utiliza dados
trimestrais, neste caso o período de fevereiro a
abril, abrangendo um mês em que a epidemia ainda não
tinha chegado ao Brasil.
Fonte: Brasil247
16/06/2020 -
Com MP que protege empregos na pauta, Plenário tem
sessão nesta terça
O Plenário do Senado volta a se reunir de forma
virtual nesta terça-feira (16), às 14h, com três
propostas na pauta. A primeira delas é a Medida
Provisória 936/2020, que permite a redução de
salários e jornada e a suspensão de contratos
durante a pandemia de covid-19. Além dela, os
parlamentares vão analisar o Projeto de Lei
1.142/2020, com medidas de prevenção de contágio em
territórios indígenas, e o PL 1.389/2020, que
destina saldos de fundos de assistência social a
pessoas de baixa renda.
A MP 936/2020, que cria o Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda, esteve na pauta na
quarta-feira passada (10), mas a votação foi adiada
para que os líderes chegassem a um entendimento
sobre o texto, que recebeu mais de mil emendas de
deputados e senadores.
A proposta tenta proteger trabalhadores e empresas
durante a pandemia, autorizando a suspensão do
contrato de trabalho e a diminuição da jornada e do
salário por dois meses, período em que o governo
arca com uma espécie de seguro-desemprego. A Câmara
dos Deputados já acrescentou ao texto a
possibilidade de prorrogação da ajuda.
(Mais informações: Senado)
Fonte: Agência Senado
16/06/2020 -
CUT sai em defesa do impeachment: 'Brasil não tem
saída enquanto Bolsonaro governar'
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre,
afirma que "todos nós queremos ver um País com
justiça social, emprego, democracia. Isso não será
possível com Bolsonaro"
O presidente nacional da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, afirmou em vídeo
que é preciso dar prosseguimento ao impeachment de
Jair Bolsonaro.
Ele responsabilizou o atual governo pelas quase 45
mil mortes no País em decorrência do coronavírus e
criticou os estímulos promovidos por Bolsonaro
contra a democracia. "Isso acontece pela
irresponsabilidade do governo Bolsonaro, que ao
invés de tomar medidas para proteger o povo,
proteger a vida e os empregos do povo brasileiro,
ele estimula seus apoiadores a invadir hospital para
constranger servidores públicos que heroicamente
estão lutando para salvar vidas, em especial a dos
mais pobres. Ele estimula seus apoiadores a atacar
as instituições que representam a democracia. O que
aconteceu no sábado passado, seus apoiadores
atiraram rojões contra a Suprema Corte do nosso País
é algo que tem que ter uma resposta dura".
Nobre disse ainda que é preciso tirar também o
vice-presidente, Hamilton Mourão, do poder e
realizar novas eleições. "Esse País não tem saída
enquanto Bolsonaro governar, todos nós queremos ver
um País com justiça social, emprego, democracia.
Isso não será possível com Bolsonaro. Por isso que é
muito importante que a gente faça o impeachment do
Bolsonaro, não só o do Bolsonaro, mas também o do
Mourão".
Fonte: Brasil247
16/06/2020 -
Sindicalismo cresce na trincheira contra a crise,
diz presidente da Força
Durante a crise nacional, agravada duramente pela
pandemia, o sindicalismo se manteve na trincheira,
mostrando que é essencial aos trabalhadores e ao
País. A avaliação é de Miguel Torres, presidente da
Força Sindical, durante live da Agência Sindical
nesta segunda, dia 15.
O sindicalista ressalta que “na luta pelo emprego,
na defesa dos direitos e na defesa da vida ameaçada
pela Covid-19, o sindicalismo jamais deixou de
cumprir com seu papel”.
Miguel Torres critica o governo e mostra preocupação
com a sobrevivência das microempresas. “Sem crédito,
muitas vão fechar. Vão fechar e demitir e talvez nem
paguem seus empregados”, alerta.
Emergencial – Miguel Torres tem empunhado a
bandeira da extensão até dezembro do Auxílio
Emergencial de R% 600,00 para desempregados, MEIs e
informais. Ele diz: “Há consenso entre as Centrais e
nós estamos marcando audiência com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, pra encaminhar essa questão”.
Fonte: Agência Sindical
16/06/2020 -
‘Auxílio emergencial precisa ser estendido, e no
mesmo valor’, afirma diretor do Dieese
Recentemente, Bolsonaro afirmou que irá vetar a
continuidade do programa nos moldes atuais
O auxílio emergencial precisa ser estendido por mais
tempo e no mesmo valor de R$ 600. Na avaliação do
diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, as
famílias brasileiras dependem desse benefício
atualmente, e continuarão precisando dele no
pós-pandemia.
Na avaliação do especialista, é preciso vontade
política da equipe econômica do governo Bolsonaro,
porque o momento é fora do comum. “O auxílio precisa
ser estendido e no mesmo valor. Na época, o governo
propôs R$ 200 e os parlamentares colocaram em R$
600. Porém, a gente viu, durante esses meses de
pandemia, que o benefício é fundamental para
garantir a sobrevivência de milhões de famílias”,
afirmou, em sua coluna no Jornal Brasil Atual.
Na última quinta-feira (11), o presidente Jair
Bolsonaro disse, em sua live semanal transmitida
pelo Facebook, que irá vetar eventual decisão do
Congresso Nacional de prorrogar o pagamento do
auxílio emergencial. Ele se colocou contrário à
manutenção do valor de R$ 600 por mais dois meses,
além das três parcelas inicialmente previstas.
Segundo a equipe econômica do governo, se o auxílio
for mantido, o valor será pela metade.
Fausto critica a postura do governo de
desassistência à população. “O governo retirou
pessoas do Bolsa Família, acabou com a tentativa de
melhorar a distribuição de renda e precisamos fazer
esse debate novamente. Se o Estado parar de atender
as famílias pobres, a desigualdade vai aumentar
ainda mais, quando foi provado a eficácia dessas
políticas sociais”, lamentou.
Em um ano, o governo Bolsonaro já excluiu do
programa Bolsa Família 1 milhão de famílias. No
primeiro semestre de 2019 eram 14,3 milhões, número
que caiu para 13,5 milhões em setembro.
Fonte: Rede Brasil Atual
16/06/2020 -
Fórum pede a senadores exclusão de matérias nocivas
aos trabalhadores
A MP 936, que cria programa de geração de emprego
e renda, recebeu no Senado diversas emendas que são
prejudiciais aos trabalhadores
O Fórum Interinstitucional de Defesa do Direito do
Trabalho e da Previdência Social (Fids) divulgou
nota, neste sábado (13), solicitando aos senadores
exclusão de matérias estranhas à Medida Provisória
(MP) nº 936, aprovada na Câmara dos Deputados na
forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 15/2020.
A medida tem objetivo de criar um programa
emergencial de emprego e renda durante a pandemia do
coronavírus. Sob a relatoria do deputado Orlando
Silva (PCdoB-SP), o projeto foi aprovado com redução
de danos aos trabalhadores.
No Senado, o relator da MP 936, senador Vanderlan
Cardoso (PSD/GO), recebeu diversas emendas aditivas,
modificativas e supressivas para alterar o texto. As
mudanças são sobre convenções e acordos coletivos,
ampliação do prazo do programa, dívidas
trabalhistas, gratificação dos bancários,
desoneração da folha, entre outros pontos.
De acordo com o Fids, é preciso excluir do alcance
da MP matérias como a determinação da correção
monetária dos débitos judiciais trabalhistas apenas
a partir da data da condenação; a previsão de
incidência de juros de mora segundo os índices
aplicados às cadernetas de poupança; a precarização
do depósito recursal, garantidor da execução
trabalhista; a majoração da jornada dos bancários; a
exclusão da natureza salarial da alimentação
concedida direta ou indiretamente pelo empregador; a
tentativa de privatização do INSS e a autorização à
renúncia fiscal.
Confira a nota:
NOTA PÚBLICA EM DEFESA DA EXCLUSÃO, DO PROJETO DE
LEI DE CONVERSÃO Nº 15/2020, DAS MATÉRIAS ESTRANHAS
AO TEXTO E AO PROPÓSITO ORIGINÁRIOS DA EDIÇÃO DA MP
Nº 936/2020 E DA TUTELA SINDICAL COMO PRESSUPOSTO DE
VALIDADE DOS ACORDOS DE REDUÇÃO SALARIAL
O FÓRUM INTERINSTITUCIONAL DE DEFESA DO DIREITO DO
TRABALHO E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL–FIDS E AS ENTIDADES
ASSOCIATIVAS E SINDICAIS ABAIXO ARROLADAS, após
terem se reunido, nesta data, com o Senador Paulo
Paim, Presidente da Comissão de Defesa de Direitos
Humanos e Legislação Participativa, e com o Senador
Relator Vanderlan Cardoso, vêm publicamente exortar
o Senado Federal a suprimir do Projeto de Lei de
Conversão nº 15/2020 as matérias estranhas ao texto
e ao propósito originários da Medida Provisória nº
936/2020– a instituição de um Programa Emergencial
de Manutenção do Emprego e da Renda para
enfrentamento do estado de calamidade pública
decorrente da pandemia.
O FIDS e as subscritoras, pautando-se pelo
pronunciamento do E. Supremo Tribunal Federal nos
autos da ADI nº 5.127, estão convictos de que o
Projeto, como apresentado, contraria a Constituição
da República, que, ao exigir, para a validade das
medidas provisórias, a presença concomitante de
urgência e relevância, afasta a possibilidade
genérica de introdução de comandos normativos
permanentes entre tantos outros essencialmente
transitórios.
Com efeito, refoguem do alcance originário da MP nº
936/2020a determinação da correção monetária dos
débitos judiciais trabalhistas apenas a partir da
data da condenação (I), a previsão de incidência de
juros de mora segundo os índices aplicados às
cadernetas de poupança (II), a precarização do
depósito recursal, garantidor da execução
trabalhista (III), a majoração da jornada dos
bancários (IV), a exclusão da natureza salarial da
alimentação concedida direta ou indiretamente pelo
empregador (V), a tentativa de privatização do INSS
(VI) e a autorização à renúncia fiscal (VII).
A inconstitucionalidade evidencia-se, também, pela
circunstância de que são reproduzidas disposições
constantes da revogada MP nº 905, que, em virtude do
§ 10 do art. 62 da Constituição da República, não
poderiam ser reeditadas na mesma Sessão Legislativa.
Ressalta-se, ainda, uma vez mais, a violação direta
e literal do inciso VI do art. 7º da Constituição da
República, claro ao garantir a “irredutibilidade do
salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo” e, portanto, ao exigir que os
trabalhadores estejam adequadamente tutelados pela
entidade sindical representativa da categoria
profissional respectiva em qualquer negociação de
que possa resultar redução salarial.
O FIDS e as entidades subscritoras desta nota
defendem, pois, a exclusão dos arts. 32 e seguintes
do PLC nº 15/2020, assim como o expresso
reconhecimento da necessidade de intervenção das
entidades sindicais para a validade de acordos que
impliquem redução dos salários.
Brasília, 13 de junho de 2020.
JOSÉ ANTONIO VIEIRA DE FREITAS FILHO
Presidente da Associação Nacional dos Procuradores
do Trabalho (FIDS)
DEMAIS ENTIDADES SUBSCRITORAS DESTA NOTA:
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho – ANAMATRA
Ordem dos Advogados do Brasil – CFOAB
Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas –
ABRAT
Associação Juízes para a Democracia – AJD
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
– SINAIT
Associação Latino-Americana de Advogados
Trabalhistas – ALAL
Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho –
ALJT
Associação Luso-Brasileira de Juristas do Trabalho –
JUTRA
Associação Brasileira de Juristas pela Democracia –
ABJD
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil –
CTB
Força Sindical – FS
União Geral dos Trabalhadores – UGT
Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
CSP Conlutas Nacional
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB
Publica Central do Servidor
Intersindical Instrumento de Luta
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômico – DIEESE
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos dos
Vestiários – CNTRV/CUT
Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Seguridade Social – CNTSS/CUT
Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Transporte e Logística – CNTTL/CUT
Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes e
Prestadores de Serviço – CNTV-OS/CUT
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal – CONDSEF
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
– CNTE/CUT
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Ensino – CONTEE
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Indústrias da Alimentação e Agroindústria -CONTAC/CUT
Confederação Nacional de Trabalhadores na
Agricultura – CONTAG
Confederação Nacional dos Sindicatos de
Trabalhadores nas Indústrias da Construção –
CONTICOM/CUT
Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT – CNM/CUT
Confederação dos Servidores Públicos do Brasil –
CSPB
Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Ensino – CONTEE
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro da CUT – CONTRAF/CUT
Confederação dos Trabalhadores no Comércio e
Serviços – CONTRACS/CUT
Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos
– CNTM
Federação Nacional dos Trabalhadores do Poder
Judiciário e Ministério Público da União – FENAJUFE
Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT
Federação Interestadual dos Trabalhadores e
Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações –
FITATRELP
Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços
do DF – FETRACOM-DF
Movimento da Advocacia Trabalhista Independente –
MATI
Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo,
Osasco e Região
Sindicato dos Bancários de Brasília DF
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e
Região
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
Sindicato dos Trabalhadores no Comércio do DF
Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do
Distrito Federal – SINTTEL – DF
Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do
Brasil – AFBNB
Associação Gaúcha de Advogados Trabalhistas – AGETRA
Associação Roraimense da Advocacia Trabalhista –
ARAT
Associação Sergipana dos Advogados Trabalhistas –
ASSAT
Associação Fluminense de Advogados Trabalhistas-
AFAT
Associação Tocantinense de Advogados Trabalhistas –
ATAT
Associação dos Advogados Trabalhistas de Campinas –
AATC
Associação Baiana de Advogados Trabalhistas – ABAT
Associação dos Advogados Trabalhistas de Alagoas –
AATAL
Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo –
AATSP
Associação Norteriograndense dos Advogados
Trabalhista – ANATRA
Associação dos Advogados Trabalhistas de Santos e
Região – AATS
Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas – ACAT
Associação Mineira dos Advogados Trabalhistas – AMAT
Associação Rondoniense da Advocacia Trabalhista –
ARONATRA
Associação dos Advogados Trabalhistas de PE – AATP
Associação dos Advogados Trabalhistas do Paraná –
AATPR
Associação de Advogados Trabalhistas do Distrito
Federal – AATDF
Associação Goiana dos Advogados Trabalhistas –
AGATRA
Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do
Pará- ATEP
Associação Catarinense de Advogados Trabalhistas –
ACAT/SC
Sindicato dos Advogados e Advogadas de São Paulo –
SASP
Associação da Advocacia Trabalhista de Jundiaí –
AATJ
ACAT/SC- Associação Catarinense de Advogados
Trabalhistas – ACAT/SC
Associação dos Advogados Trabalhistas da Paraíba –
AATRAPB
Federação Nacional dos Advogados – FeNAdv
Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do
Piauí – AATEPI
Sindicato União dos Servidores do Estado de São
Paulo
Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnicos
Administrativos das Instituições de Ensino Superior
Públicas do Brasil – Fasubra Sindical
Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do
Distrito Federal – SINTTEL/DF
Federação Interestadual dos Trabalhadores e
Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações –
FITRATELP
Fonte: Portal Vermelho
15/06/2020 -
Para técnico do Dieese, efeitos da reabertura
precipitada podem ser irreversíveis
As seis principais Centrais Sindicais se reuniram
quinta (11) por videoconferência para debater, entre
outros pontos, a reabertura da economia brasileira.
O encontro foi mediado por Clemente Ganz Lúcio,
técnico do Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Segundo levantamento feito por um consórcio de
veículos de imprensa, a partir de dados das
secretarias estaduais de Saúde, o Brasil registrou
41.058 mortes pela Covid-19 até as 8 horas desta
sexta-feira (12). Nas últimas 24 horas, foram
perdidas 1.261 vidas.
Apesar do alto índice de contaminação, governadores
de diversos Estados, entre eles São Paulo, iniciaram
um processo de flexibilização da quarentena, medida
considerada indispensável pela comunidade científica
para conter a propagação do novo coronavírus.
“É uma situação preocupante. As consequências dessa
reabertura precipitada podem ser irreversíveis”,
afirma Clemente. Para o técnico do Dieese, o País
corre o risco de sofrer uma segunda onda de contágio
da Covid-19. “Isso pode gerar efeitos humanitário e
econômico dramáticos”, ele alerta.
Setoriais – Preocupados com a situação e com
a saúde dos trabalhadores, o Dieese e as Centrais
têm realizado seminários setoriais. O objetivo é
debater as especificidades de cada setor durante a
pandemia, afirma o presidente da UGT e do Sindicato
dos Comerciários de SP, Ricardo Patah.
“Realizamos encontros com os setores do comércio, de
transportes, da construção civil e indústria.
Estamos debatendo as necessidade dos trabalhadores
de cada segmento, a fim de encaminhar iniciativas no
sentido de proteger os trabalhadores contra a
exposição ao vírus e o abuso de direitos
trabalhistas”, afirma Patah. E completa: “Defendemos
a manutenção dos empregos, mas acima disso, está a
proteção à vida. Por isso, temos que ser
responsáveis”, ele diz.
A próxima reunião está agendada pra próxima semana
com representantes do setor do turismo e hoteleiro.
Fonte: Agência Sindical
15/06/2020 -
Plenário pode votar na terça MP que permite
antecipação de férias para evitar demissões durante
pandemia
O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar na
terça-feira (16) a medida provisória que permite a
antecipação de férias e feriados para evitar
demissões. A MP 927/20 foi uma das primeiras
editadas para dar alternativas aos empresários a fim
de evitar demissões devido à retração econômica
decorrente da pandemia de Covid-19.
Além da antecipação de feriados e de férias, mesmo
antes do período aquisitivo, a MP prevê a concessão
de férias coletivas, o teletrabalho e banco de
horas.
De acordo com o texto, as iniciativas poderão ser
aplicadas aos empregados contratados pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aos
contratos temporários urbanos, aos contratos do meio
rural e, aos empregados domésticos, em relação a
bancos de horas, férias e jornada.
Fonte: Agência Câmara
15/06/2020 -
Sancionada lei que aumentou o salário mínimo para R$
1.045
O presidente Jair Bolsonaro sancionou na
quarta-feira (10) a Lei 14.013 de 2020, que fixou o
valor do salário mínimo a partir de fevereiro deste
ano em R$ 1.045. A norma, que está publicada na
edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial da
União, tem origem na Medida Provisória (MP
919/2020).
Aprovada pelo Senado na forma do Projeto de Lei de
Conversão (PLV) 13/2020, a MP corrigiu o valor do
salário mínimo para 2020, antes definido pelo
governo em R$ 1.039.
Esse valor vigorou apenas em janeiro e acabou sendo
reajustado pela MP 919 para R$ 1.045 a partir de
fevereiro. A pressão inflacionária fez com que o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
registrasse uma inflação de 4,48% em 2019, em vez de
4,1%, como era o estimado pelo governo, conforme
apontou o relator da medida no Senado, Paulo Paim
(PT-RS).
O valor diário do salário mínimo fica fixado em R$
34,63, e de R$ 4,75 por hora. De acordo com nota
informativa do governo, estima-se que para cada
aumento de R$ 1 no salário mínimo, o impacto nos
gastos públicos eleva-se em aproximadamente R$ 355,5
milhões. Já o impacto líquido, ou seja, considerando
o ganho na Receita Previdenciária, é de R$ 319,1
milhões. As despesas impactadas pelo mínimo levam em
consideração o abono salarial e seguro desemprego,
benefícios previdenciários (como aposentadorias e
pensões) e benefícios assistenciais (como o
Benefício da Prestação Continuada - BPC). Sendo
assim, o impacto orçamentário do salário mínimo em
R$ 1.045, de fevereiro a dezembro, girará em torno
de R$ 2,73 bilhões.
Fonte: Agência Senado
15/06/2020 -
STF jamais se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, diz
Toffoli após ataque bolsonarista
Em nota, presidente do Supremo afirmou que
integrantes do governo têm estimulado ataques contra
as instituições da democracia
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias
Toffoli, afirmou neste domingo (14) que a corte
“jamais se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, seja
velada, indireta ou direta”.
O ministro se manifestou depois que um grupo de
bolsonaristas atacou o prédio da corte com fogos de
artifício, na noite de sábado (13).
“O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou
em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça,
seja velada, indireta ou direta e continuará
cumprindo a sua missão”, afirmou Toffoli, em nota.
O presidente da corte disse ainda que o ato
“simboliza um ataque a todas as instituições
democraticamente constituídas. Financiadas
ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e
estimuladas por uma minoria da população e por
integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa
de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta
estabelecer com todos, Poderes, instituições e
sociedade civil, em prol do progresso da nação
brasileira”.
A referência a integrantes do governo é endereçada
ao ministro da Educação, Abraham Weintraub. Neste
domingo, ele se reuniu com bolsonaristas do
acampamento ilegal desmontado pela polícia.
Fonte: RevistaForum
15/06/2020 -
Aras pede investigação sobre denúncias de invasão a
hospitais
Ações ocorreram em pelo menos três estados
O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai
pedir às unidades do Ministério Público que apurem
denúncias de invasão a hospitais e de ameaças a
profissionais da saúde durante a pandemia do novo
coronavírus.
O pedido foi feito após os estados de São Paulo,
Espírito Santo e o Distrito Federal registrarem que
deputados e outras pessoas não identificadas
entraram em unidades de saúde para verificarem se
leitos estavam sendo ocupados por pacientes com
covid-19.
Mais cedo, em uma mensagem publicada no Twitter, o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes cobrou a apuração do caso. “Invadir hospitais
é crime - estimular também. O Ministério Público (a
PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É
vergonhoso - para não dizer ridículo - que agentes
públicos se prestem a alimentar teorias da
conspiração, colocando em risco a saúde pública”,
disse o ministro.
Fonte: Agência Brasil
15/06/2020 -
Ciro, PSB, PV, Rede e Cidadania convocam para ato
contra Bolsonaro no dia 18
Participam do ato “Janelas Pela Democracia” os
partidos PDT, PSB, PV, Rede e Cidadania pelo
impeachment de Jair Bolsonaro
O ex-ministro Ciro Gomes, presidenciável do PDT,
anunciou neste domingo, 14, nas redes sociais um
protesto nacional contra Jair Bolsonaro que ocorrerá
na próxima quinta-feira, 18. Participam do ato
“Janelas Pela Democracia” os partidos PDT, PSB, PV,
Rede e Cidadania.
“Todos e todas unidos em uma só voz para ajudar o
Brasil a se livrar deste criminoso. Vamos
compartilhar! Dia 18/06 estaremos juntos no ato @janelasoficial”,
escreveu o ex-ministro no Twitter.
Neste domingo, movimentos sociais e torcidas
organizadas se juntaram de forma pacífica para
protestar contra o racismo, o fascismo e Jair
Bolsonaro, na avenida Paulista.
Fonte: Brasil247
15/06/2020 -
MP autoriza abertura automática de contas para saque
do FGTS
Dinheiro do FGTS ficará disponível na conta até
30 de novembro
O governo publicou sábado (13) uma medida provisória
(MP) que autoriza a abertura automática de poupanças
digitais da Caixa Econômica Federal para que todos
os trabalhadores que possuem conta no Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) recebam até R$
1.045,00 de seu saldo disponível.
A Caixa divulgou neste sábado o calendário de
pagamento do saque emergencial do FGTS. A estimativa
do banco é que 60 milhões de pessoas tenham direito
ao saque, sendo que muitas são “desbancarizadas”, ou
seja, não possuem conta em nenhum banco. No total,
cerca de R$ 37,8 bilhões serão transferidos.
Pela nova MP, o dinheiro do FGTS ficará disponível
na conta até 30 de novembro. Caso não haja
movimentação até essa data, os recursos voltam para
o saldo do trabalhador no fundo. Os depósitos
começam em 29 de junho e seguem até 21 de setembro,
de acordo com o mês de nascimento do beneficiário.
Contas digitais do tipo já vinham sendo utilizadas
para o pagamento do auxílio emergencial relacional à
pandemia do novo coronavírus, de R$ 600,00. Com a MP
982/2020, publicada em edição extra do Diário
Oficial da União (DOU), o uso desse tipo de conta
fica ampliado também para o saque do FGTS e o
depósito de diversos benefícios sociais e
emergenciais, inclusive pelos governos estaduais e
municipais.
De acordo com a MP, nenhuma tarifa será cobrada pela
poupança digital automática, e fica garantido ao
menos uma transferência eletrônica mensal gratuita
para contas em outros bancos. O limite de
movimentação é de no máximo R$ 5 mil por mês,
somando-se depósitos e retiradas.
Segundo a Caixa, a abertura automática de contas
contribui para evitar a aglomeração de pessoas para
o saque do dinheiro nas agências. “O momento atual
exige distanciamento social como medida de prevenção
à covid-19”, disse o banco por meio de nota.
Fonte: Agência Brasil
15/06/2020 -
Reforma trabalhista não incide em contratos
anteriores à sua vigência, diz TST
A Constituição, em seu artigo 5º, protege o
contrato, como ato jurídico perfeito, das inovações
legislativas. Assim, novas leis não podem incidir
sobre relações jurídicas que já estão em curso. O
entendimento é da 6ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho. A decisão foi proferida na última
sexta-feira (5/6).
O caso concreto envolve um empregado que trabalhava
em área de difícil acesso e que ingressou com pedido
de horas extraordinárias referentes ao tempo gasto
no trajeto entre sua casa e a empresa.
Antes da reforma trabalhista (Lei 13.467/17), quando
o contrato foi firmado, o deslocamento oferecido
pela contratante era considerado hora in itinerere,
incidindo sobre a jornada. Entretanto, a partir da
vigência da reforma, isso parou de valer.
Desta forma, a empresa solicitou que o pagamento
extra se limitasse até o dia 11 de novembro de 2017,
data de início da reforma. O TST, entretanto,
indeferiu o pedido.
"A lei não pode incidir sobre relações jurídicas em
curso, sob pena de violar ato jurídico perfeito. A
parcela salarial, porque integra o núcleo de
irredutibilidade na contraprestação pecuniária
devida em razão do trabalho, não pode ter a sua
natureza retributiva modificada por lei, sob pena de
violar direito adquirido", afirma o relator do caso,
ministro Augusto César Leite de Carvalho.
Ainda segundo o magistrado, "é possível argumentar,
com base em precedente vinculante da Corte IDH, que
a titularidade de direitos humanos e fundamentais
está assegurada apenas à parte vulnerável, ou
contratualmente débil, dentre os sujeitos que
compõem as relações jurídicas".
Desta forma, limitar o direito às horas
extraordinárias para período anterior à reforma
trabalhista contraria o princípio de proteção,
segundo o qual deve prevalecer a condição mais
benéfica ao trabalhador.
Medida Provisória 808/17
De acordo com a empresa, a reforma trabalhista deveria
ser imediatamente aplicada aos contratos em curso,
levando em conta o disposto no artigo 2 da Medida
Provisória 808/17. Segundo a norma, "o disposto na
Lei 13.467/17 se aplica, na integralidade, aos
contratos de trabalhos vigentes".
Entretanto, segundo explica Ricardo Calcini,
professor de pós-graduação da FMU, mestre em Direito
do Trabalho pela PUC-SP e organizador do e-book
Coronavírus e os Impactos Trabalhistas, a MP não
mais subsiste no ordenamento pátrio, dado que a
referida medida não foi convertida em lei ordinária,
tendo perdido sua vigência em 2018.
Ele também explica que o artigo 6º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro determina
que novas leis terão efeitos gerais e imediatos,
desde que respeitado o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada.
"É importante frisar que não se está a afirmar aqui
que a Lei da Reforma Trabalhista não seja aplicada
aos contratos de trabalho antes em curso à época da
produção de seus efeitos. O principal aspecto a ser
analisado é saber se, no caso concreto, aquele
direito que fora suprimido e/ou reduzido pelo
legislador reformista está incorporado ou não ao
patrimônio jurídico do trabalhador", afirma.
"Portanto", prossegue, "se o reclamante sempre teve
direito às horas extras in itinere, cuja supressão
ocorreu após a lei 13.467/17, claro está que o ato
jurídico perfeito da condição violadora ao direito
não pode ser afetado pela nova disposição legal in
pejus".
Clique
aqui para ler a decisão
1102-52.2016.5.22.0101
Fonte: Consultor Jurídico
12/06/2020 -
Maia defende a criação de uma renda mínima
permanente após pandemia
Ele também defende a prorrogação do atual auxílio
emergencial e disse que o custo de não prorrogar é
muito maior para a sociedade que o custo de
prorrogar
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
defendeu nesta quinta-feira (11) a prorrogação do
prazo do auxílio emergencial de R$ 600, que está em
fase de liberação do segundo dos três pagamentos
previstos, e disse ser inevitável a discussão a
respeito da criação de uma renda mínima permanente
como maneira de contornar os efeitos da crise
econômica da pandemia, principalmente em relação aos
trabalhadores informais.
“Um grupo de parlamentares está analisando os
programas do governo já existentes e estamos vendo a
melhor maneira de alocar recursos, mas criar uma
renda permanente não é tão simples: temos que
encontrar uma fonte no Orçamento e essa discussão
tem que avançar este ano”, disse ele em entrevista à
GloboNews.
Maia mencionou, entre as possíveis fontes de
financiamento desses programas, a redução de
subsídios tributários, uma “repactuação” das
deduções previstas hoje no Imposto de Renda e
mudança no uso de recursos previstos hoje para
outros fins, como salário de servidores públicos –
medida que, segundo ele, teria que ser adotada por
todos os Poderes e atingir apenas os salários mais
altos.
“Existe muita distorção: 70% das deduções ficam com
o andar de cima da sociedade”, disse. Para o
presidente da Câmara, o custo de não prorrogar o
prazo do auxílio emergencial é muito maior para a
sociedade que o custo de prorrogar os pagamentos.
Fonte: Agência Câmara
12/06/2020 -
MP que previne demissões durante a pandemia será
votada na próxima terça
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, transferiu
para a próxima terça-feira (16) a votação da medida
provisória que permite redução de salários e jornada
e suspensão de contratos durante a pandemia de covid-19
(MP 936/2020). Originalmente marcada para esta
quarta-feira (10), a matéria foi adiada após os
líderes não chegarem a um consenso sobre o tema.
Asessão deliberativa desta quarta foi cancelada.
A MP determina que o governo federal pagará
complementação de salário aos trabalhadores
atingidos pelas medidas. As regras valem para quem
tem carteira assinada e para os contratos de
aprendizagem e de jornada parcial. Davi remarcou a
votação para a próxima terça-feira (16), a partir
das 14h.
Apesar de ter validade até agosto, a proposta prevê
que a compensação do governo só valerá por até 60
dias para os trabalhadores com contratos suspensos.
Como a MP foi publicada no dia 1º de abril, esse
prazo já se esgotou. A Câmara dos Deputados
acrescentou ao texto a possibilidade de prorrogação
da ajuda, mas essa regra ainda precisa da sanção
presidencial para ser aplicada — o que está em vigor
é apenas o texto original da MP, que não admite
prorrogação.
Davi Alcolumbre justificou o adiamento a partir da
“complexidade” da medida provisória e da sua
repercussão no Congresso: o texto recebeu mais de
mil emendas de deputados e senadores.
— Vários líderes partidários pediram a suspensão e a
transferência [para terça]. O relator vai tentar
construir o entendimento para a possibilidade de
fazer um texto de conciliação. Este projeto é
importante para a segurança jurídica das empresas e
a garantia dos empregos — explicou o presidente.
O relatório do senador Vanderlan Cardoso (PSB-GO)
rejeita todas as emendas e faz apenas uma alteração
no texto que veio da Câmara dos Deputados: a
correção dos valores de indenização trabalhista, que
passa a ser feita pela inflação, deve ser aplicada a
partir da data do vencimento da obrigação, em vez de
sobre todo o prazo decorrido entre a condenação e o
cumprimento da sentença. O senador considerou esta
mudança apenas um ajuste de redação, de modo que o
texto não precisará retornar à Câmara para revisão e
poderá seguir diretamente para a sanção
presidencial.
Como a MP 936 está trancando a pauta do Senado, os
demais projetos agendados para votação nesta quarta
também foram adiados. Entre eles estão o PL
1.142/2020, com medidas para prevenir a disseminação
da covid-19 junto aos povos indígenas, quilombolas e
comunidades tradicionais; e o PL 1.389/2020, que
busca fortalecer o setor de assistência social
durante a pandemia.
Agenda
Na próxima semana o colégio de líderes do Senado vai
se reunir na segunda-feira (15), a partir das 10h,
para organizar a agenda da semana. Na quarta-feira
(17) haverá sessão conjunta do Congresso Nacional,
para a votação de vetos presidenciais, com horário
ainda a ser definido.
Fonte: Agência Senado
12/06/2020 -
Nova pesquisa aponta 47% de ruim e péssimo para
Bolsonaro e apenas 28% de ótimo e bom
Pesquisa do DataPoder360 também indica que
rejeição a Bolsonaro é maior entre as mulheres do
que entre os homens
Nova pesquisa do DataPoder360 informa que Jair
Bolsonaro tem desaprovação crescente. A pesquisa foi
realizada entre 8 a 10 de junho de 2020, com 2.500
pessoas de todas as regiões do País. A pesquisa
afirma que 47% avalia Bolsonaro como ruim/péssimo.
Duas semanas atrás, a taxa era de 44%. Os que acham
o trabalho bom/ótimo manteve-se em 28%.
A pesquisa também mostra que ele é mais rejeitado
pelas mulheres. Enquanto 35% dos homens avaliam que
Bolsonaro faz um trabalho bom ou ótimo, entre as
mulheres, o percentual cai para 22%. A rejeição
entre homens, por sua vez, é de 44% e, entre as
mulheres, 50%.
Fonte: Brasil247
12/06/2020 -
INSS bate recorde em pedidos negados. ‘Governo atua
contra os pobres e trabalhadores’
Pela primeira vez em 10 anos número de benefícios
negados foi maior que o de pedidos aceitos.
Remígio Todeschini adverte que, na pandemia,
concessão é fator decisivo entre a vida e a morte
Pela primeira vez em um trimestre, nos últimos 10
anos, o número de pedidos negados pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) foi maior que o de
benefícios concedidos. Entre janeiro e março deste
ano, o INSS aceitou 1,08 milhão de solicitações. Em
contrapartida, 1,2 milhão de pedidos de benefícios
foram negados.
As informações são do Seu Jornal, da TVT, e têm como
base levantamento do jornal Agora São Paulo junto
aos Boletins Estatísticos da Previdência publicados
entre 2011 e 2020. De acordo com a reportagem, mesmo
em 2016, quando pela primeira vez o número de
pedidos indeferidos chegou a marca de 1 milhão, no
primeiro trimestre daquele ano, 1,22 milhão de
benefícios foram concedidos aos segurados.
Os dados confirmam que o governo de Jair Bolsonaro
“atua contra os pobres e contra os trabalhadores”,
resume o pesquisador e especialista em seguridade
social Remígio Todeschini. A presidenta do Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário, Adriane
Bramante destaca ao jornal Agora que a alta nos
requerimentos indeferidos não significa uma melhora
nos processos de análises, ao contrário. “Erros que
estão resultando em mais pedidos negados. Excessos e
desconhecimento das normas estão causando esse
número expressivo de indeferimentos”, afirma.
Mais custos, mais filas
O montante de rejeições do INSS deve acarretar também
em maiores custos públicos, com a sobrecarga de
processos contra o Instituto na Justiça Federal,
alerta Todeschini. “Vai se ampliar a litigação
judicial. Ou seja, vão entupir os canais de Justiça
para poder reclamar disso”, aponta, em entrevista ao
repórter André Gianocari.
Hoje, o INSS tem funcionado no limite. Cerca de 2
milhões de segurados estão na fila de espera para
receber seus benefícios. Em meio à pandemia, receber
o auxílio saúde, por exemplo, pode ser um fator
decisivo entre a vida e a morte. “Esses segurados
estão sem benefícios. Para poder receber algo é
preciso que esse processo administrativo seja menos
burocrático. E o Congresso Nacional tem de ajudar
nesse sentido para essa agilização”, cobra o
pesquisador.
Fonte: Rede Brasil Atual
12/06/2020 -
Ações trabalhistas relacionadas à Covid-19 chegam a
quase R$ 2 bilhões
São 35.699 processos com valor estimado em R$ 1,99
bilhão. É o impacto até esta quinta-feira (11/6) da
pandemia de Covid-19 na Justiça do Trabalho.
Os dados são do Termômetro Covid-19 na Justiça do
Trabalho, plataforma publicada pela ConJur e
organizada pela instituição de educação Finted e a
startup Datalawyer Insights, que permite a
visualização, em tempo real, dos dados dos processos
cujas petições iniciais citam "Covid-19",
"coronavírus" ou "pandemia".
O valor médio das causas gira em torno de R$ 55 mil
e o estado de São Paulo corresponde a 19,9% dos
processos, seguidos de Minas Gerais, com 11,8%, e do
Rio de Janeiro, com 8,2%. O estado na lanterna das
ações é Roraima, com 0,11% do total.
O setor com maior número de processos é o da
indústria de transformação, seguido por comércio,
reparação de veículos e atividades financeiras como
seguros e serviços relacionados.
Além do impacto econômico, o avanço da Covid-19 no
Brasil tem promovido intenso debate jurídico. Uma
das teses que ficou famosa no período foi a
argumentação baseada no artigo 486 da CLT para
justificar que empresários repassassem parte dos
custos das demissões para os governos municipais e
estaduais.
A teoria do Fato do príncipe foi amplamente
utilizada por advogados, mas na opinião de
especialistas, ela não deve prosperar nas instâncias
superiores da Justiça do Trabalho. Em webinário
promovido pela TV ConJur, o ministro Alexandre
Belmonte (TST) explicou que o Fato do príncipe é um
ato unilateral da autoridade pública capaz de
alterar ou distinguir relações jurídicas privadas já
constituídas para atendimento do interesse público,
a exemplo de uma desapropriação.
"Os governos estaduais e municipais que determinaram
paralisação de atividade diante do risco de
contaminação não agiram de forma discricionária com
base em critérios de conveniência ou oportunidade
para benefício do interesse pública. Fizeram isso
por motivos de saúde pública com base em uma
ocorrência da natureza que é o vírus. Isso
descaracteriza o uso do argumento do Fato do
Príncipe. A meu ver o artigo 486 na CLT é
absolutamente inaplicável em relação ao contexto da
Covid-19", explica.
O recente movimento de reabertura econômica — apesar
dos números altos de contágio e mortes relacionadas
à Covid-19 no país — reascendeu a discussão em torno
da decisão do Supremo Tribunal Federal decidir, por
maioria, suspender dois artigos da Medida Provisória
927, que disciplinam as relações trabalhistas
durante o período da pandemia.
O artigo 29 estabelece que o coronavírus não é
doença ocupacional, exceto mediante comprovação do
nexo causal. Já o artigo 31 suspendeu a atuação dos
auditores fiscais do trabalho por 180 dias. Foram
sete votos para declarar que as normas são
inconstitucionais. A interpretação de que a Covid-19
pode ser caracterizada como doença laboral tem
gerado uma enorme preocupação nas empresas e deve
gerar ainda mais processos.
Fonte: Consultor Jurídico
12/06/2020 -
Bolsonaro recria Ministério das Comunicações e dá
pasta ao Centrão
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite de
quarta-feira (10) que vai recriar, por meio da
medida provisória 980, o Ministério das
Comunicações. A pasta ficará sob o comando deputado
Fabio Faria (PSD-RN). Este é mais um movimento de
aproximação do chefe do Executivo com os partidos do
Centrão.
A recriação da pasta é um desmembramento do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações. A partir de agora, Marcos Pontes fica
à frente da pasta de Ciência e Tecnologia. Faria
está no quarto mandato como deputado federal. Em
campanha, Bolsonaro prometeu ter "no máximo" 15
ministérios. Desde o início da gestão já são 23.
"Nesta data, via MP, fica recriado o Ministério das
Comunicações a partir do desmembramento do
Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações. Para a pasta foi nomeado como titular
o Deputado Fabio Faria/RN", disse Bolsonaro pelas
redes sociais.
De acordo com a MP passam a integrar a pasta a
Secretaria Especial de Comunicação Social da
Presidência da República (Secom) e a Secretaria de
Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações.
O presidente tem negociado a ocupação de cargos com
os partidos do Centrão em troca de uma base no
Congresso. O PP já levou o comando do Fundo Nacional
de Desenvolvimento para Educação (FNDE), com
orçamento de cerca de R$ 30 bi, e o PSD levou o
comando da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), com
orçamento de cerca de R$ 3 bi.
Fonte: Congresso em Foco
12/06/2020 -
Paim quer auxílio emergencial até o fim do ano
O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu, em
pronunciamento nesta quarta-feira (10), que o
auxílio emergencial seja estendido até o fim do ano.
— Esse benefício tem ajudado a compensar a queda da
renda do trabalhador, principalmente os mais pobres.
Mas ele é muito pouco, precisa ser prolongado
enquanto durar a calamidade pública e toda essa
crise. Tem que chegar a 100 milhões de pessoas até o
fim do ano.
Paim afirmou que existem hoje 14 milhões de pessoas
vivendo na extrema miséria no Brasil. O senador
lembrou que este é o quinto ano de aumento da
miséria, o que traz implicações seriíssimas para o
país. Segundo ele, pesquisadores afirmam que o
número de crianças pobres pode ficar ainda maior com
a pandemia de covid-19, que tende a empurrar mais
famílias para a pobreza.
— O adulto tem autonomia que possibilita sair da
situação de pobreza, mas a criança não tem. Por
isso, uma criança pobre tem probabilidade de chegar
na fase adulta muito mais pobre ainda. Um estudo da
Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que os piores
indicadores estão no Nordeste, onde 21% das crianças
vivem na miséria.
Para o senador, todo esse cenário está relacionado
ao estrangulamento dos programas sociais, em
especial ao Bolsa Família, e ao desemprego. Segundo
Paim, o governo cortou 158 mil bolsas em março,
sendo 61% para o Nordeste.
Paim defende que o governo adote, a partir do ano
que vem, um projeto de renda básica e cidadania que
atinja todo o povo brasileiro.
Fonte: Agência Senado
10/06/2020 -
MP que permite suspensão dos contratos de trabalho
deve ser votada nesta quarta
Deve ser votada na quarta-feira (10) a medida
provisória que permitiu a redução de salários e da
jornada de trabalho ou a suspensão do contrato
trabalhista durante o estado de calamidade pública
relacionada ao coronavírus. A decisão de incluir a
MP 936/20 na pauta veio após um apelo feito pelo
relator, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), em
sessão remota desta terça-feira (9).
De acordo com o senador, a demora na votação coloca
milhões de trabalhadores em uma situação de
insegurança jurídica. Isso ocorre porque, embora o
prazo máximo para a votação desse tipo de medida
seja de 120 dias, o prazo da suspensão do contrato
previsto no texto é de 60 dias. Esse prazo já se
esgotou para as suspensões iniciadas logo após a
edição da MP e, para prorrogá-lo, é preciso aprovar
a medida.
— Esses trabalhadores dos contratos que foram
suspensos teriam que voltar a trabalhar a partir do
dia 1º de junho, só que a maioria dos setores — cito
o setor do turismo, que representa 8% do PIB
nacional, e 12% do PIB no Nordeste — ainda não
voltou ao trabalho, e eles precisam dessa suspensão
desses contratos, dessa ajuda — explicou o relator.
A MP foi aprovada com mudanças pela Câmara, na forma
do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 15/2020. Além
de permitir a redução de salários e jornada de
trabalho ou a suspensão de contratos, o texto prevê
o pagamento de um benefício emergencial pelo governo
aos trabalhadores. As regras valem para quem tem
carteira assinada e para os contratos de
aprendizagem e de jornada parcial.
Vanderlan afirmou ter feito várias reuniões com
representantes de sindicatos e segmentos
empresariais, que temem a situação de insegurança
jurídica. Segundo o relator, 9,9 milhões
trabalhadores mantiveram seus empregos por causa da
medida e milhares de empresas conseguiram evitar o
fechamento definitivo. De acordo com o relator, o
número de trabalhadores que já tiveram que retornar
às empresas, muitas delas com as atividades ainda
suspensas, é de 1,5 milhão.
Fonte: Agência Senado
10/06/2020 -
Barroso rebate bolsonaristas e ironiza: "militares
vão dar golpe em nome da cloroquina?"
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) rebateu
as críticas dos bolsonaristas, que atribuem à
suprema corte as atuais mazelas do país. Disse que
os militares já estão no governo e não teriam por
que dar um golpe. Ironicamente, questiona: com os
militares no governo, dar um golpe não faria
sentido. "eles vão dar o golpe [em nome] de quê?
Difundir a cloroquina?"
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto
Barroso disse que o governo Bolsonaro tem um "paraquedista"
no Ministério da Saúde, e que isto não é culpa do
STF. Ele rebate os bolsonaristas que condenam a
corte e afirma que não foram as decisões do Supremo
que fizeram o Brasil ter o pior combate à pandemia
no mundo.
Barroso citou as mazelas do Brasil e perguntou se o
real foi "a moeda que mais se desvalorizou" no
planeta ou se "temos sido o pior país no combate à
pandemia no mundo" porque Alexandre de Moraes
impediu a nomeação de Ramagem na PF ou porque ele
impediu a expulsão de venezuelanos do Brasil.
O ministro também disse que não é por causa do STF
que o país está em seu terceiro ministro da Saúde,
Eduardo Pazuello (interino), "que é paraquedista, e
não sanitarista ou epidemiologista ou
infectologista", e não tem experiência como gestor.
Barroso não vê risco de golpe militar. Com ironia,
perguntou se os militares que já estão no governo
dariam um golpe para difundir a cloroquina e refutou
os bolsonaristas sobre o suposto papel moderador das
Forças Armadas, que supostamente seria atribuído
pelo artigo 142 da Constituição. Ele classificou o
argumento como "terraplanismo constitucional" e
disse que ele passa dos limites do "erro razoável".
As declarações foram dadas em live da Associação
Livres, informa o Painel da Folha de S.Paulo
Fonte: Brasil247
10/06/2020 -
Maia sugere cortar salário dos três Poderes para
bancar prorrogação do auxílio emergencial
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta terça-feira (9) que o governo Jair
Bolsonaro não pode prorrogar o auxílio emergencial
para a pandemia de coronavírus com um valor menor
sem uma nova votação no Congresso. Ele sugeriu um
corte linear nos salários de membros dos três
Poderes para bancar o benefício a R$ 600 por mais
tempo.
“O governo tem autorização para renovar a renda
emergencial pelo mesmo valor, a lei não permite
reduzir o valor. Se o governo for reduzir o valor,
precisa encaminhar ao Congresso Nacional uma
proposta que será votada com urgência certamente
pela Câmara e pelo Senado”, declarou.
Mais cedo nesta terça, Bolsonaro reafirmou que a
equipe econômica prevê o pagamento de duas novas
parcelas do auxílio emergencial, mas no valor de R$
300 mensais.
Diante da claque de apoiadores na entrada do Palácio
da Alvorada, o presidente provocou: “Sei que tem
parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Se
tivermos um programa para diminuir salários de
parlamentares, tudo bem, eu pago até R$ 1 mil por
mês, não tem problema nenhum”.
Sobre as declarações, Maia afirmou que deputados e
senadores estão abertos para dialogar sobre reduções
de salários, mas destacou que cortar apenas os
rendimentos dos parlamentares não será suficiente.
“Se todos os Poderes topassem cortar um valor que
seja por seis meses, 10%, ou um percentual maior por
menos tempo, para garantir os R$ 600, eu tenho
certeza que o parlamento vai participar e vai
defender. Não tem nenhum problema”, disse.
“O salário dos parlamentares em relação aos custos
tem uma diferença um pouco grande. Vai ficar
distante para cobrir, mas se todos os três Poderes
estiverem de acordo para cortar salários por alguns
meses, para garantir os R$ 600, o Parlamento está
disposto a sentar na mesa e conversar”, completou.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
Fonte: RevistaForum
10/06/2020 -
Pandemia mascara desemprego, que pode chegar a 16%
Segundo o sociólogo Clemente Ganz Lúcio,
consultor do Dieese, situação ainda tende a piorar.
Segundo ele, a taxa de desemprego pode atingir de
25% a 30% nos próximos meses.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no
Brasil saltou de 11,2% no trimestre até janeiro para
12,6% em abril, aumentando o contingente de
desempregados para 12,8 milhões de pessoas com o
fechamento de 4,9 milhões de vagas. É um quadro
devastador, mas a realidade pode ser ainda pior.
Uma análise da equipe de macroeconomia do Itaú
Unibanco divulgada nesta terça-feira (9) pelo
Estadão estima que, na verdade, o desemprego estaria
em 16%, caso o volume de pessoas procurando trabalho
tivesse se mantido no mesmo nível de antes do início
da quarentena.
Segundo um economista do banco, para que alguém seja
considerado desempregado é preciso que esteja
procurando colocação ou disponível para trabalhar.
No entanto, a pandemia fez cair o número de pessoas
nessa condição devido ao isolamento social.
Com o isolamento, a taxa de participação caiu três
pontos, de um patamar de 62% em fevereiro para 59%
em abril. Isso quer dizer que menos pessoas puderam
procurar trabalho. Além disso, o início do pagamento
do auxílio emergencial de R$ 600, para trabalhadores
desempregados e informais de baixa renda, reduziu a
procura.
Agravamento
Segundo o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, a situação
ainda deve piorar muito. Ele prevê, por exemplo, que
parte das 8 milhões de pessoas que tiveram o
contrato suspenso ou a jornada reduzida por meio do
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda, do governo federal, pode em breve passar a
integrar o contingente de desempregados. A validade
do programa, de dois meses, já expirou.
“Se a economia não retoma a atividade e nesse
momento o programa não existe, parte deles são
candidatos à demissão, infelizmente. Se, de 8
milhões, 4 milhões forem demitidos, a taxa de
desemprego já vai para 20%”, analisa o consultor do
Dieese.
Clemente lembra ainda que o governo estimava que 15
milhões de trabalhadores seriam contemplados pelo
programa, mas o número foi bem menor. Ou seja, parte
das empresas não julgou conveniente aderir e pode
ter preferido demitir sua força de trabalho.
“É provável que essa taxa de desemprego esteja
tendendo rapidamente para uma taxa de 25%, 30%. A
gente vai dimensionar daqui a dois, três meses, mas
o que pode estar em curso é isso”, estima.
Depressão
Clemente Ganz Lúcio faz previsões sombrias quanto à
saída da crise. Na avaliação do consultor, o timing
para que o governo adotasse determinadas medidas
passou e, mesmo agora, não há sinalização de que a
equipe econômica fará o necessário para estimular a
reativação econômica.
“Nós estamos falando de um carro que já começou a
capotar. Nós estamos dentro do carro capotando.
Ninguém sabe quantas vezes vai capotar. O governo
não devia ter deixado capotar. Devia ter feito um
isolamento sério, consistente, bem articulado.
Durante o isolamento, deveria ter protegido as
empresas, os empregos e ajudado o sistema de saúde a
se estruturar. Para poder fazer uma saída do
isolamento organizada, indo para a atividade com
segurança. Mas não fez nada disso.”
Segundo ele, embora ainda haja tempo para uma
mudança de rumo, não é verossímil esperá-lo do
governo atual. “Em parte, é possível [fazer o
necessário agora]. Mas isso implica um governo que
não é esse. Porque esse governo não está preparado
para fazer o que precisa ser feito. Eu prevejo uma
depressão. A depressão dura pelo menos uma década.
Então a gente começa a sair em 2030.”
Fonte: Portal Vermelho
10/06/2020 -
Moraes pede vista e adia julgamento de primeira leva
de ações contra Bolsonaro no TSE
O ministro Alexandre de Moraes pediu vista no
julgamento de duas ações que pedem a cassação da
chapa presidencial Jair Bolsonaro – Hamilton Mourão,
iniciado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta
terça-feira (8).
As ações foram protocoladas, ainda durante a
campanha eleitoral de 2018, pelos então candidatos
Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede), e
tratam do hackeamento do grupo de Facebook “Mulheres
Unidas contra Bolsonaro”, que tinha 2,7 milhões de
integrantes.
Invadida, a página do grupo contra Bolsonaro passou
a postar mensagens favoráveis e foi utilizada até
pelo então candidato Jair Bolsonaro em sua página
oficial.
“Vou pedir vista dos autos em virtude das novas
fundamentações trazidas, que me trouxeram a
necessidade de uma análise mais detalhada de pontos
específicos”, disse Moraes. O ministro prometeu
trazer o processo de volta para julgamento “o mais
rápido possível”.
Moraes pediu vista e adiou a conclusão do julgamento
das ações em meio a um debate fora do mérito, uma
discussão “preliminar” entre os ministros, sobre a
produção de novas provas a pedido dos autores da
ação, como perícias técnicas para que se descubra a
identidade dos autores da invasão hacker.
O ministro Edson Fachin, que havia pedido vista no
julgamento anterior, em novembro, e devolveu as
ações nesta terça, divergiu do relator, o ministro
Og Fernandes, que já havia se posicionado pela
improcedência. Fernandes entende que não há provas
sobre a autoria e participação nas invasões e que o
delito não é grave o suficiente para impactar a
eleição.
Em seu voto, Fachin atendeu ao pedido das defesas
pela produção de mais provas e foi seguido pelos
ministros Tarcísio Vieira de Carvalho e Mário
Velloso Filho. Além de Og Fernandes, o ministro Luís
Felipe Salomão também votou contra a solicitação da
defesa.
No momento em que Moraes pediu vista, ainda restavam
os votos dele e o do ministro Luís Roberto Barroso,
presidente do TSE, sobre a questão preliminar.
Outras ações
O TSE deve julgar em breve outras quatro ações contra
Bolsonaro consideradas de maior peso. Os processos
tratam dos disparos ilegais de mensagens via
WhatsApp que teriam sido contratados pela campanha
de Bolsonaro, protocoladas pelos então candidatos
Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT).
Ao todo, o tribunal conta com 8 ações que pedem a
cassação da chapa Bolsonaro-Mourão.
Fonte: RevistaForum
10/06/2020 -
Pedidos de seguro-desemprego chegam a 960 mil em
maio
Rio de Janeiro, Minas e São Paulo tiveram o maior
número de pedidos
Em meio à pandemia de covid-19, foram feitos 960.258
pedidos de seguro-desemprego em maio, aumento de 53%
na comparação com o mesmo mês do ano passado
(627.779) e de 28,3% na comparação com abril deste
ano (748.540). As informações foram divulgadas nesta
terça-feira (9) pelo Ministério da Economia.
Em maio, os três estados com maior número de
requerimentos foram São Paulo (281.360), Minas
Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584).
Sobre o perfil dos solicitantes, 41,3% eram mulheres
e 58,7% homens. A faixa etária que concentrava a
maior proporção de solicitantes era de 30 a 39 anos,
com 32,3%. Em termos de escolaridade, 61,4% tinham
ensino médio completo. Em relação aos setores
econômicos, os pedidos estiveram distribuídos entre
serviços (42%), comércio (25,8%), indústria (20,5%),
construção (8,2%) e agropecuária (3,4%).
Com as medidas de isolamento social decorrentes da
pandemia da covid-19, os atendimentos via web
(734.353) representaram 76,5% dos pedidos. No mesmo
mês de 2019, os atendimentos pela internet chegaram
a apenas 8.597 (1,4% dos pedidos).
Acumulado do ano
De janeiro a maio, foram contabilizados 3.297.396
pedidos, acréscimo de 12,4% em comparação com o
acumulado no mesmo período de 2019 (2.933.894).
Do total de requerimentos em 2020, 50,1% (1.653.040)
foram realizados pela internet, seja por meio do
portal gov.br ou pela Carteira de Trabalho Digital,
e 49,9% (1.644.356) foram feitos presencialmente. No
mesmo período de 2019, 1,5% dos pedidos (44.427)
foram realizados via internet e 98,5% (2.889.467)
presencialmente.
Serviço essencial
O Decreto n° 10.329, de 28 de abril de 2020, definiu
como essenciais as atividades de processamento do
benefício do seguro-desemprego e de outros
benefícios relacionados. Com isso, diversas unidades
do Sistema Nacional de Emprego (Sine), de
administração estadual e municipal, reabriram e as
solicitações estão em patamar de regularidade,
informou o ministério.
“Não foi mais verificado número atípico de
beneficiários que ainda não tenham realizado a
solicitação do seguro-desemprego. Cabe lembrar que o
trabalhador tem até 120 dias para requerer o
seguro-desemprego e os pedidos podem ser feitos de
forma 100% digital. Não há espera para concessão de
benefício”, disse o ministério.
Fonte: Agência Brasil
10/06/2020 -
CNI: indústria registra em abril o resultado mais
fraco da década
Indicadores do setor apresentaram os menores
níveis desde 2010
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou
nesta terça-feira (9) que a redução da demanda de
consumo, causada pelo isolamento social, afetou o
faturamento das empresas, as horas trabalhadas na
produção e a utilização da capacidade instalada da
indústria “de forma sem precedentes”.
De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais do
mês de abril, todos esses índices tiveram queda
recorde e registram os menores níveis de toda a
série histórica, iniciada em 2010. O emprego
industrial foi o menor desde 2004. Em março, os três
índices já haviam registrado queda.
A indústria relata perdas de 23,3% do faturamento,
queda de 19,4% nas horas trabalhadas na produção e
redução de 2,3% no número de empregados em abril, em
relação a março deste ano. A utilização da
capacidade instalada caiu 6,6 ponto percentual em
abril se comparado a março e 8,2 ponto percentual em
relação à abril de 2019.
Para a CNI, abril foi o pico da crise, pois foram
adotadas medidas de isolamento social na maioria das
grandes cidades durante todo o mês. A expectativa da
entidade é que a economia comece a retomada ainda
neste mês, mas, já na pesquisa de maio, é possível
que o cenário industrial apresente leve melhora, com
a redução das restrições no fim do mês em algumas
localidades.
Autoridades de saúde orientam a população e os
governos a adotarem as medidas de isolamento e
distanciamento social como forma de prevenção à
disseminação do novo coronavírus.
Como ainda não há vacina, nem remédios comprovados
cientificamente contra a covid-19, a orientação visa
frear a transmissão do vírus para evitar que os
sistemas de saúde fiquem sobrecarregados e consigam
atender todos as pessoas que venham a ficar doentes.
Fonte: Agência Brasil
09/06/2020 -
Relator da MP 936 pretende estender suspensão de
contratos
Relator da Medida Provisória 936 no Senado, o
empresário Vanderlan Cardoso (PSD-GO) pretende
incluir no seu parecer a extensão do prazo de
suspensão dos contratos e trabalho, sem necessidade
de uma decisão do Executivo. Aprovada em 28 de maio
na Câmara, a MP poderá ser incluída na pauta desta
terça-feira (9) do plenário da Casa.
“Não sabemos quando vai acabar a pandemia e os
estados e municípios têm realidade sanitárias e
econômicas diferentes”, afirmou o senador ao site
Congresso em Foco. “Uns podem precisar apertar o
distanciamento ou não. Então, estamos analisando se
é melhor prorrogarmos a suspensão e contratos já na
própria MP ou se deixamos essa tarefa para o
Executivo.”
De acordo com o site, tanto o relator como o líder
do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO),
admitem a possibilidade de mudanças no texto vindo
da Câmara. Caso isso aconteça, haveria necessidade
de nova votação dos deputados, o que estenderia a
tramitação. A MP é válida até 10 de agosto.
Originalmente, a suspensão do contrato poderia ser
feita por 60 dias e a redução de salário e jornada,
por 90. O relator na Câmara, Orlando Silva
(PCdoB-SP), permitiu a prorrogação pelo período de
calamidade pública, até 31 de dezembro, caso haja
decreto do Executivo. Outra mudança foi a
prorrogação da desoneração da folha de pagamento por
um ano, até o final de 2021.
Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), Vanderlan Cardoso foi prefeito
por dois mandatos de Senador Canedo. Apoiador do
governo, já foi filiado a PR, PSB e MDB. É
empresário na indústria de alimentos.
Fonte: Rede Brasil Atual
09/06/2020 -
Centrais convocam União Nacional contra o Vírus e a
Crise
O jornal O Globo de sábado, 6, publicou “Seguir
unidos para lutar pela vida”, artigo assinado pelos
presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova
Central e CSB. No texto, as entidades ressaltam que
“a economia deve atender ao interesse coletivo e ao
Estado cabe coordenar estratégias de recuperação”.
“Em nosso entendimento a vida deve ser priorizada
sobre qualquer outro aspecto. Assim, para nós,
sindicalistas, a economia deve atender ao interesse
coletivo e ao bem comum”, escrevem os dirigentes.
Ante o agravamento da crise sanitária e econômica, o
texto chama atenção do governo para medidas de
contenção do vírus, como o isolamento social. “Mas,
ao invés disso, além de provocar aglomerações, o
presidente alega não ter recursos para garantir a
renda das famílias e o financiamento das empresas
durante a pandemia”, diz o texto.
Os sindicalistas apontam caminhos. Dizem, no artigo:
“O caminho pra superar a crise é o da união nacional
entre governantes, parlamentares, juízes e
promotores, gestores públicos, empresários, líderes
comunitários, ativistas, artistas, intelectuais,
jornalistas e todas as pessoas de bem, pelo nosso
querido Brasil”.
Leia – Clique
aqui e acesse a íntegra.
Fonte: Agência Sindical
09/06/2020 -
STF prorroga inquérito sobre suposta interferência
na Polícia Federal
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF), autorizou a prorrogação, por 30 dias,
do inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) para
apurar a suposta interferência política do
presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF) e
o crime de denunciação caluniosa por parte do
ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio
Moro.
A decisão do ministro foi assinada no dia 4 de junho
e divulgada nesta segunda-feira (8).
Na semana passada, a delegada Christiane Correa
Machado, chefe do Serviço de Inquéritos da Diretoria
de Investigação e Combate ao Crime Organizado, pediu
mais 30 dias para concluir a investigação criminal.
Diante do pedido, o ministro, que é relator do
inquérito, pediu a manifestação do procurador-geral
da República, Augusto Aras, antes de autorizar o
prosseguimento das investigações. No parecer enviado
ao Supremo, Aras concordou com a prorrogação.
Desde a exoneração de Moro, o presidente nega que
tenha pedido para o então ministro interferir em
investigações da PF.
Fonte: Agência Brasil
09/06/2020 -
Marcha pela Vida: ato virtual propõe ação coordenada
de enfrentamento à pandemia
"O Brasil está lidando com a covid-19 sem uma ação
coordenada". A declaração é de Gulnar Azevedo e
Silva, presidente da Associação Brasileira de Saúde
Coletiva (Abrasco). A Abrasco, junto a outras
entidades da sociedade civil da área da saúde,
ciência, tecnologia e políticas públicas, entre
outras, lançam nesta semana a Frente pela Vida.
Nesta terça-feira (9), será realizado o primeiro ato
do movimento: a Marcha pela Vida, mobilização
virtual cujo foco é fomentar uma ação coordenada de
enfrentamento à pandemia.
Mais de 300 organizações apoiam o evento. A
programação consiste em debates - espalhados pelas
mídias das entidades, - um tuitaço, às 12h com a
hashtag #MarchaPelaVida, um painel unificado às 13h,
e um ato político às 16h, que endereçará o documento
da Frente a parlamentares.
A Abrasco contará com o seminário da Rede em
Pesquisa à Atenção Primária à Saúde (Rede APS/Abrasco)
Experiências de fortalecimento da Estratégia Saúde
da Família para o enfrentamento da Covid-19: o que
podemos aprender?, na TV Abrasco, canal do Youtube,
às 9h.
O encontro virtual pretende analisar experiências
locais de reestruturação da Atenção Básica e
iniciativas inovadoras na Estratégia de Saúde da
Família (ESF) relacionadas à pandemia.
Segundo a presidente da Abrasco, a ideia é encontrar
soluções a partir da visão da ciência, da visão da
saúde coletiva de forma que com essa frente ampla
vidas possam ser salvas.
"Todos os setores da sociedade estão convidados à
participar baseado em pilares: Então, a primeira
coisa é o direito à vida. Depois, as medidas de
prevenção e controle, que a gente deve seguir o que
está estabelecido cientificamente. Rigorosamente
seguir o que a ciência está nos mostrando e
articulando em um planejamento nacional que
contemple estados e municípios. É necessário ter um
plano de enfrentamento, o que não existe até hoje. O
terceiro ponto é que o Sistema Único precisa ser
fortalecido", diz ela.
Segundo Gulnar, o Sistema Único de Saúde (SUS) é um
instrumento essencial para preservar a vida. Ou
seja, o foco da Frente Pela Vida é o fortalecimento
do SUS, os atos de solidariedade, principalmente,
para com os grupos mais vulneráveis, a preservação
do meio ambiente e o fortalecimento da democracia.
"Pressionar para que tudo o que precisa ser feito
para o SUS responder, ter condição de atender as
pessoas, ocorra. Para que tenha, de fato, uma
comunicação entre o governo federal. Todo mundo
falando a mesma língua. Todo mundo seguindo a
ciência. E para que a gente garanta também que as
medidas de proteção social que estão sendo
anunciadas saiam logo, porque as pessoas estão
precisando", diz ela.
Estão juntos na frente: a Sociedade Brasileira de
Bioética (SBB); o Conselho Nacional de Saúde (CNS);
a Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes);
a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco);
a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC); o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes),
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
a Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e a Rede
Unida.
O Brasil registrou, até o momento, mais de 37 mil
mortos em decorrência da covid-19. O
site elaborado para o evento reúne mais detalhes
da iniciativa como a programação completa, a
declaração das entidades, notícias e materiais de
divulgação.
Fonte: Brasil de Fato
09/06/2020 -
Tribunal Internacional de Haia começa a analisar
denúncia contra Bolsonaro por crime contra a
humanidade
Denúncia do PDT aponta que Bolsonaro desrespeitou
recomendações internacionais para o combate ao
coronavírus; análise da denúncia é considerada
importante, uma vez que o Tribunal não ter por
hábito da sequência a investigações contra
presidentes em exercício
O Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda,
principal braço jurídico da Organização das Nações
Unidas (ONU), informou nesta segunda-feira (8) que
começará a analisar uma denúncia protocolada pelo
PDT contra o presidente Jair Bolsonaro.
Na denúncia, protocolada em março, o PDT acusa
Bolsonaro de crime contra a humanidade por conta de
sua postura negligente no combate à pandemia do
coronavírus. O partido enumera situações em que o
presidente minimizou a Covid-19 e se colocou contra
as recomendações de especialistas para a diminuição
do contágio, como as medidas de isolamento social.
“Ressoa inconteste que as falas irresponsáveis
proferidas pelo Presidente da República, sobre o
novo Coronavírus, influenciam o comportamento dos
cidadãos para o descumprimento das medidas
necessárias ao combate do Covid-19”, diz um trecho
da representação, que também relaciona, com números,
o aumento das mortes e dos casos confirmado de Covid-19
no país com as atitudes de Bolsonaro.
O fato de o Tribunal Internacional ter dado início à
análise da denúncia é considerado pelo PDT um
primeiro passo importante, uma vez que o órgão não
tem por hábito dar sequência a denúncias contra
presidentes em exercício.
Fonte: RevistaForum
09/06/2020 -
Prorrogada validade de medida provisória que libera
saques do FGTS
O presidente da Mesa do Congresso, senador Davi
Alcolumbre, prorrogou por 60 dias o prazo de
validade de cinco medidas provisórias (MPs). Entre
elas, a MP 946/2020, que libera saques do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ampliação dos
prazos das MPs foi publicada no Diário Oficial da
União (DOU) desta segunda-feira (8).
Editada no dia 7 de abril, a MP 946 libera saques de
até R$ 1.045 do FGTS a partir de 15 de junho até 31
de dezembro de 2020. A medida também extingue o
Fundo PIS/Pasep. O fundo vale para quem trabalhou
com carteira assinada na iniciativa privada ou foi
servidor público civil ou militar entre 1971 e 1988.
O que o governo faz é utilizar esse dinheiro para
dar liquidez ao FGTS, mas preserva o patrimônio das
contas individuais desses trabalhadores.
Outras medidas provisórias, publicadas no dia 8 de
abril, também tiveram a validade prorrogada. A
MP 947/2020 abre crédito extraorçamentário de R$ 2,6
bilhões, em favor do Ministério da Saúde, para ações
de combate ao novo coronavírus.
Já a MP 948/2020 foi editada para proteger empresas
de turismo e cultura impactadas pela pandemia. O
texto dispensa os prestadores de serviços de
reembolsar imediatamente os valores pagos por
consumidores por reservas ou eventos.
As MPs 949 e 950 também estabelecem suporte à
população em decorrência da crise causada pelo
coronavírus. A primeira repassa o valor de R$ 900
milhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
para as empresas do setor elétrico, com a finalidade
de bancar a isenção nas contas de energia, prevista
na MP 950, dos consumidores incluídos na Tarifa
Social de Energia Elétrica (TSEE).
As medidas provisórias aguardam votação na Câmara
dos Deputados. Depois, serão enviadas para análise
do Senado.
Fonte: Agência Senado
09/06/2020 -
Verba da educação não pode ser bloqueada para quitar
dívida trabalhista, diz STF
Não é possível determinação de bloqueio judicial de
verbas públicas para quitar, por meio de
precatórios, dívidas trabalhistas. Com esse
entendimento, a maioria do Plenário do Supremo
Tribunal Federal suspendeu o bloqueio de verbas da
educação do Amapá.
No julgamento de quinta-feira (4/6), os ministros
acompanharam o relator, ministro Luiz Fux, que já
havia suspendido as decisões da Justiça do Trabalho
que haviam bloqueado as verbas do estado. Fux também
determinara a devolução do dinheiro que
eventualmente já tivesse sido penhorado.
O processo chegou ao Supremo por meio de ação
ajuizada pelo governador do estado, Waldez Góes,
contra decisões do Tribunal Regional do Trabalho da
8ª Região. De acordo com o processo, as verbas
seriam destinadas à merenda, ao transporte de alunos
e à manutenção das escolas públicas.
Na ADPF, o governador defendeu que todo dinheiro
repassado pelo estado ou União é depositado em
contas correntes de caixas escolares e que,
portanto, deveria ser destinado apenas ao ensino
público. Alegou que, por esse motivo, o montante é
impenhorável, de acordo com a lei processual civil.
Ao analisar o caso, Fux entendeu pela
impossibilidade de bloqueio judicial dos valores em
questão. Afirmou que a Constituição proíbe a
transferência de recursos de um órgão para outro sem
prévia autorização legislativa e apontou que os
recursos públicos para uso compulsório na educação
são impenhoráveis.
O ministro também negou o pedido de aplicação do
regime de precatórios, apontando que os caixas
escolares também são compostos de dinheiro privado.
Para o recebimento dessas verbas, disse, é preciso
que haja uma conta específica.
Único a divergir, o ministro Marco Aurélio afirmou
que o governador usou da APDF para “uma verdadeira
queima de etapas” e julgou inadequada a via eleita.
No mérito, o vice-decano julgou integralmente
improcedente o pedido do estado.
Não participou do julgamento o ministro Dias Toffoli,
por motivo de licença médica.
ADPF 484
Fonte: Consultor Jurídico
08/06/2020 -
Manifestações pela democracia e contra o racismo
marcam domingo no Brasil
Manifestações em diversas cidades do Brasil pediram
democracia e protestaram contra o racismo na manhã e
na tarde deste domingo (7). Algumas sofreram com a
repressão policial.
Em São Paulo, a concentração no Largo da Batata
começou às 14h, após a Justiça ter proibido a
mobilização na Avenida Paulista. A decisão, segundo
o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST),
Guilherme Boulos, teve como objetivo desmobilizar a
manifestação.
No ato, ele discursou e rebateu as acusações de Jair
Bolsonaro contra manifestantes, conforme registrou o
site Viomundo. “O Bolsonaro passou esses dias todos
dizendo que a gente é terrorista. Terrorista não é
quem defende a democracia, terrorista é quem é
expulso do Exército por tentar explodir o quartel!”,
disse.
“Vagabundo é quem ficou 27 anos no Congresso e não
fez porra nenhuma. Vagabundo é o Véio da Havan, que
recebeu auxílio emergencial”, destacou ainda o líder
do MTST.
Em Brasília, houve uma marcha na Esplanada dos
Ministérios que, entre outras bandeiras, defendia o
“fora Bolsonaro”. Com diversos cartazes, faixas e
gritos relacionados ao Black Lives Matter (vida
negras importam), movimento inspirado na mobilização
que ocorre nos Estados Unidos pelo assassinato de
George Floyd por um policial branco.
A marcha antifascista de Brasília teve início às 9h,
em frente à Biblioteca Nacional. Por volta das 10h,
milhares de manifestantes tomaram a rua da Esplanada
dos Ministérios, enquanto policiais faziam um cordão
na frente dos prédios.
Um grupo nitidamente menor se manifestou a favor do
governo. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes
acessaram a Praça dos Três Poderes, local
tradicional de concentração de apoiadores do
presidente nos últimos domingos.
Repressão policial
No Rio de Janeiro, cerca de 15 manifestantes foram
detidos na região central da capital fluminense,
antes do início do ato Vidas Negras Importam.
Segundo o organizador do movimento, Gabriel Murga, a
alegação foi que estavam portando álcool gel.
“O grupo não faz parte do movimento, era uma
manifestação independente, mas ficamos sabendo que
foram detidos por portar álcool gel e já enviamos
advogados para a delegacia”, disse Murga ao Estadão
Conteúdo.
Em Belém, houve detenção de ativistas.”Foi uma mega
operação da polícia militar e civil e dezenas
pessoas detidas, uma operação absurda e
desproporcional”, disse o advogado Marco Apolo da
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).
Em nota, a entidade destacou que as prisões “não
fazem sentido”. “Se não é permitido aos
manifestantes se reunirem como aconteceu hoje,
também não deveria ser permitido aglomerações em
Zonas Comerciais de Belém. é um Decreto que de forma
desmedida aponta uma conduta como proibida em uma
ocasião, mas abre possibilidades para outra. A lei
que vale para um ambiente deveria valer para todos.”
Fonte: Rede Brasil Atual
08/06/2020 -
Maia: governo Bolsonaro brinca com a morte e cria
universo paralelo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
repudiou a iniciativa do governo Jair Bolsonaro de
manipular as estatísticas sobre o coronavírus -
deixou de publicar o total de confirmações e mortes
provocadas pela doença desde o começo da pandemia.
"Brincar com a morte é perverso. Ao alterar os
números, o Ministério da Saúde tapa o sol com a
peneira. É urgente resgatar a credibilidade das
estatísticas. Um ministério que tortura números cria
um mundo paralelo para não enfrentar a realidade dos
fatos", escreveu o parlamentar no Twitter.
"A comissão externa da Câmara que trata da Covid-19
vai se debruçar sobre as estatísticas. É urgente que
o Ministério da Saúde divulgue os números com
seriedade, respeitando os brasileiros e em horário
adequado. Não se brinca com mortes e doentes",
acrescentou.
De acordo com a plataforma Worldometers, que
disponibiliza os dados de cada país infectados pelo
coronavírus, o Brasil está em segundo lugar no
ranking mundial de confirmações (691 mil casos) e na
terceira posição em número de mortes (37,3 mil)
provocadas pela doença.
Fonte: Brasil247
08/06/2020 -
Bolsonaro foge da responsabilidade sobre desemprego:
“não queiram botar no meu colo”
Jair Bolsonaro conversou na manhã deste domingo (7)
com apoiadores e já tratou de escapar de sua
responsabilidade em relação ao desemprego crescente
no Brasil.
Ele disse que os números de brasileiros sem trabalho
crescem por causa da determinação de isolamento
social vinda de governadores e prefeitos, que
adotaram a medida como estratégia para combater o
avanço do coronavírus no Brasil, assim como foi
feito em diversos países do exterior.
“O STF decidiu que governo e prefeitos são
responsáveis por essa política [de isolamento].
Agora está vindo uma onda de desemprego enorme, não
queiram botar no meu colo. Compete a governadores as
questões desses problemas que estão acontecendo no
Brasil todo", falou Bolsonaro.
Até este domingo o Brasil já contabiliza 36.078
mortes e 678.360 casos confirmados de coronavírus.
Fonte: Brasil247
08/06/2020 -
Nota: NCST reúne Diretoria Executiva para discutir
situação política, trabalhista e de saúde do Brasil
Lideranças sindicais deliberaram ações
afirmativas da entidade em defesa da saúde, do
emprego e da democracia
A Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
realizou, na quinta-feira (04/06), reunião virtual
com a Diretoria Executiva para discutir situação
política, trabalhista e de saúde do Brasil. Na
oportunidade, as lideranças sindicais debateram e
deliberaram ações afirmativas da entidade em defesa
da saúde, do emprego e da democracia; temas
delicados em tempos de pandemia e de ameaças à ordem
institucional.
Durante a reunião virtual os dirigentes da NCST, em
suas respectivas pastas de atuação, detalharam as
atividades que vêm sendo executadas pela entidade
para o diagnóstico dos problemas e para o
apontamento de alternativas de enfrentamento aos
desafios de um país onde se observa a deflagração
dos instrumentos democráticos de intervenção;
simultaneamente a movimentos que rompem as
recomendações científicas e sanitárias e que pregam,
abertamente, uma agenda autoritária e de ruptura,
com solicitações ao fechamento de instituições como
Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Os líderes sindicais se posicionaram pelo
fortalecimento dos mecanismos de ativismo virtual,
uma vez que a pandemia se alastra
descontroladamente, superando a casa de 30.000
mortos pela Covid-19 e que já acumula mais de meio
milhão de infectados, em que pese a enorme e
reconhecida subnotificação que, naturalmente, joga
os números para baixo, muito distantes de uma
realidade excessivamente mais preocupante.
As estratégias serão discutidas com as Estaduais em
uma próxima reunião, ampliada, de maneira a
intensificar o engajamento e a participação da
agenda até aqui deliberada pela Executiva, em todo o
território nacional.
“Temos que estar na vanguarda dessa reengenharia do
movimento sindical, adaptando-o às novas ferramentas
de trabalho que permitem que nossas atividades sejam
realizadas, com eficiência, à distância. Importante
destacar a emergência de uma mobilização coletiva
pela democracia e pelo desenvolvimento. Estamos
diante de um cenário tenso e perigoso, que exige
muita cautela e esforços amplos e estratégicos.
Contamos com a participação efetiva de nossa base,
historicamente aguerrida e comprometida com as
pautas e os anseios de seus representados”, avaliou
o presidente da NCST, José Calixto Ramos.
Fonte: NCST
08/06/2020 -
Dieese defende ‘empregos verdes’ para o pós-pandemia
Energia limpa e investimentos que reduzam a
poluição do ar e das águas devem ganhar novo
impulso.
“Empregos poluentes serão mal vistos e deixaram de
existir”
A pandemia de coronavírus é um aviso sobre como a
interferência da ação no humana no meio ambiente
pode ter consequência desastrosa. A parada forçada
na economia também demonstrou a capacidade de
regeneração dos ecossistemas afetados. Para a
retomada no pós-pandemia, o Dieese defende o modelo
de “transição justa”, com o abandono de atividades
que prejudicam a natureza, em favor de “empregos
verdes”, mais limpos e sustentáveis.
As considerações fazem parte da nota técnica Brasil
pós-pandemia: mais do mesmo? Ideias urgentes para o
futuro do trabalho e do meio ambiente. A economista
Renata Belzunces destaca que os consumidores em todo
o mundo estão cada vez mais atentos às questões
ambientais. Diante da emergência das mudanças
climáticas, as decisões de compra passam a levar em
conta o modo de produção de determinados produtos.
“Se a produção se globalizou, o olhar do consumidor
também está se globalizando, atento à essa questão”,
afirmou Renata a Glauco Faria, para o Jornal Brasil
Atual, nesta sexta-feira (5). Ela defende uma
aliança entre governos, empresas, trabalhadores e
sindicatos para a criação de empregos mais
sustentáveis no pós-pandemia.
Modelo
A União dos Povos da Floresta, que reunião indígenas,
seringueiros e ambientalistas, na década de 1980,
sob liderança de Chico Mendes, é exemplo dessa
aliança possível. Outra inspiração é o chamado Green
New Deal (Novo Acordo Verde), modelo defendido pelos
socialistas democráticos nos Estados Unidos, que tem
a transição energética como um dos principais eixos.
Segundo Renata, o conceito de “transição justa”
defende o remanejamento de trabalhadores daqueles
setores econômicos que causam impactos que
comprometem o meio ambiente, bem como o futuro das
próximas gerações. São atividades que causam elevada
poluição ou contribuem para o avanço do
desmatamento, por exemplo.
Alternativas
Em substituição a essas atividades, a economista
destaca a necessidade de investimentos em saneamento
básico e transporte coletivo nas grandes cidades
brasileiras. Há ainda a chamada economia do cuidado,
com empregos mais sustentáveis no setor de serviços,
que também podem ser classificados como “empregos
verdes”.
“Existe a necessidade imperiosa dos trabalhadores e
sindicatos colocarem os termos da transição justa na
negociação coletiva. Isso é defender empregos. Os
empregos poluentes serão mal vistos e deixaram de
existir. O risco é não haver emprego nenhum no
futuro”, afirmou a economista.
Fonte: Rede Brasil Atual
08/06/2020 -
Como fica o acidente de trajeto após a revogação da
MP 905/2019
Por Graziela Ronconi
A Medida Provisória nº 905/2019, editada em 11 de
novembro de 2019, criou uma nova modalidade de
contratação de trabalhadores, denominada Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo, e modificou diversos
dispositivos da CLT e da legislação esparsa
trabalhista.
O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo foi criado
para estimular a economia e como forma de incentivo
à contratação de jovens de 18 a 29 anos no primeiro
emprego, por meio da redução de encargos
trabalhistas.
Uma das inovações trazidas pela MP 905 foi em
relação aos efeitos jurídicos do acidente de trajeto
do empregado. O acidente de trajeto é aquele que
ocorre no percurso da residência para o local de
trabalho, ou deste para aquela.
Pela redação original da MP 905, o acidente de
trajeto havia sido retirado completamente das
hipóteses de equiparação ao acidente de trabalho,
deixando de gerar estabilidade ao empregado, ainda
que o afastamento fosse superior a 15 dias.
A MP 905 vigorou do dia 12 de novembro de 2019 até o
dia 20 de abril deste ano, tendo sido completamente
revogada pela MP n° 955/2020. Com isso, o acidente
de trajeto voltou a ser equiparado ao acidente de
trabalho, sendo irrelevante se o transporte é
fornecido pelo empregador, se o empregado possui
transporte próprio ou se utiliza o transporte
público para chegar ou retornar do local de
trabalho.
Dessa forma, o empregador é responsável por emitir a
CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), além de
garantir ao trabalhador acidentado que tenha ficado
mais de 15 dias afastado a estabilidade no emprego
por 12 meses após seu retorno ao trabalho.
Com a revogação da MP 905, têm surgido muitas
dúvidas acerca da regulação dos contratos de
trabalho (Contrato Verde e Amarelo) e das relações
jurídicas, bem como dos acidentes de trajeto
ocorridos durante o período de sua vigência.
Destacamos que os contratos de trabalhos firmados
durante a vigência da MP 905 seguirão conforme os
termos regidos pela MP. Da mesma forma, todos os
fatos ocorridos até sua revogação, resultando em
acidente de trajeto, não podem ser considerados como
acidentes de trabalho.
Nesse sentido, é importante destacar que a MP 955, a
revogadora, por ser também uma medida provisória,
deverá ser submetida à apreciação do Congresso
Nacional no prazo de até 120 dias, podendo ser
aprovada ou rejeitada, de forma que o Congresso
deverá editar um decreto legislativo para regular as
relações jurídicas constituídas e decorrentes de
atos praticados durante a vigência da MP 905, o que
poderá retornar os seus efeitos durante o período em
que vigorou.
Dessa forma, com a MP nº 955/2020, que revogou a MP
nº 905/2020, o trajeto casa-trabalho- casa volta a
ser equiparado ao acidente de trabalho e retoma o
direito à garantia provisória de emprego do
acidentado, se afastado por mais de 15 dias.
Fonte: Consultor Jurídico
08/06/2020 -
Férias pagas e não usufruídas devem ser quitadas de
forma simples
Um gerente de vendas da Arauco do Brasil Ltda., de
Piên (PR), que recebeu as férias, mas não conseguiu
usufruí-las, tem direito ao pagamento da dobra legal
de forma simples, conforme decisão da 5ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho. A medida visa a
evitar o enriquecimento ilícito pelo triplo
pagamento do mesmo período.
Na reclamação trabalhista, o empregado pleiteou o
pagamento em dobro de seis períodos de férias,
acrescidos do terço constitucional. O juízo da 1ª
Vara do Trabalho de São José dos Pinhais (PR),
contudo, indeferiu o pedido, por entender que a
prova documental apresentada pela empresa demonstra
correta fruição das férias.
Ao analisar o recurso e as demais provas, o Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) deferiu o
pagamento em dobro de 20 dias de férias relativas a
todo o contrato de trabalho. Segundo o TRT, a
remuneração relativa aos meses destinados à
concessão de férias fora quitada como
contraprestação pelo trabalho realizado e, por isso,
não haveria pagamento triplo da verba.
Pagamento simples
O relator do recurso de revista da empresa,
desembargador convocado João Pedro Silvestrin,
explicou que, nos casos em que o pagamento é feito
dentro do prazo legal, mas as férias não são
usufruídas pelo empregado, a condenação deve se
limitar à quitação de forma simples, acrescida do
terço constitucional, a fim de observar a dobra
prevista no artigo 137 da CLT e evitar o triplo
pagamento do mesmo período. A decisão foi unânime.
Com informações da assessoria de imprensa do
Tribunal Superior do Trabalho.
RR 936-61.2012.5.09.0670
Fonte: Consultor Jurídico
05/06/2020 -
Centrais, OAB, CNBB e outras entidades se unem por
Democracia
As entidades organizadas ampliam ações em defesa da
democracia e das instituições do Estado Democrático.
O objetivo também é combater os ataques do
presidente Bolsonaro à democracia, aos direitos e à
vida – a ação governamental contra a Covid-19 é um
fracasso chocante.
Com esse objetivo, representantes das principais
Centrais, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
da Ordem dos Advogados do Brasil, de movimentos
populares, além de outras organizações civis,
realizaram importante videoconferência terça (2).
Mais de 50 entidades foram representadas.
UGT – Ricardo Patah, presidente da UGT,
avalia positivamente a aliança de entidades
representativas pra impedir a volta ditadura que o
governo tenciona implantar. “Maior parte da
sociedade reconhece e repudia essa situação”. Ele
completa: “A mobilização é a saída para reverter e
impedir a implantação de um sistema autoritário.
Ajudamos a acabar com a ditadura e agora vamos
impedir a instauração do fascismo”.
Democracia – Na avaliação de Pedro Kelson, do
Pacto pela Democracia, essa ponte entre as
instituições é fundamental no momento atual.
“Criamos um canal de diálogo entre setores que têm
estratégias diferentes, mas o ponto de convergência
está na defesa da democracia. Porque esse presidente
se mostrou incapaz de comandar o País. Num momento
de crise econômica e da saúde, ele trabalha pelo
caos social e já demonstrou que não vai parar. Daí a
importância de unir todos os setores da sociedade
contra essas agressões”, afirma Pedro.
Força – Segundo João Carlos Gonçalves
(Juruna), secretário-geral da Força Sindical, as
entidades também discutem a possibilidade de fazer
uma ampla mobilização com diferentes setores da
sociedade. “Foi um primeiro encontro. Agora vamos
constituir um grupo de trabalho e definir as
atividades que serão realizadas. Do jeito que está
não pode continuar”, alerta.
De acordo com o sindicalista, não ficou definido se
as atividades serão virtuais ou presenciais. “Alguns
dirigentes defendem ir às ruas. Outros, atos
virtuais que reforcem o isolamento social. Há
inclusive a possibilidade de uma grande mobilização,
como fizemos no 1º de Maio Unificado”.
STF – Outro ponto de convergência é a defesa
do Supremo Tribunal Federal. Todos os participantes
manifestaram apoio ao STF e ao papel desempenhado
pela Corte máxima. Essa defesa se alinha ao
manifesto de 200 empresários, sindicalistas,
religiosos e advogados, em abril, em apoio ao
Supremo. “É inadmissível a pregação do ódio. Não
aceitamos que o Presidente atue por interesses
próprios ou dos seus filhos. Por isso, todo nosso
apoio ao Supremo Tribunal”, diz Juruna.
Fonte: Agência Sindical
05/06/2020 -
MPF considera inconstitucional item de ‘reforma’
trabalhista sobre jornada 12×36
Para procurador-geral, tema não pode ser objeto
de acordo individual e exige negociação coletiva
O item da “reforma” trabalhista de 2017 sobre
acordos individuais para implementar a jornada 12×36
é inconstitucional, aponta parecer do Ministério
Público Federal encaminhado ontem (3) ao Supremo
Tribunal Federal. O STF analisa uma ação direta de
inconstitucionalidade, a ADI 5.994, sobre o tema.
Protocolada em agosto de 2018, a ação tem como
relator o ministro Marco Aurélio Mello.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS),
que ajuizou a ação, questiona a expressão “acordo
individual escrito”, incluído na Lei 13.467, para
autorizar a fixação da jornada, que prevê 12 horas
de trabalho por 36 de descanso. É uma modalidade
comum em hospitais, mas com a “reforma” foi
estendida a qualquer estabelecimento.
Em sua manifestação ao STF, o procurador-geral da
República, Augusto Aras, lembra que pela
Constituição a jornada máxima é de oito horas
diárias e 44 horas semanais, permitindo-se
compensação ou redução por meio de acordo coletivo.
E o artigo 7º da Carta valoriza a negociação
coletiva como forma de flexibilização da jornada,
mas desde que isso melhore a condição social do
trabalhador. “Não se admite a simples redução ou
renúncia de direitos, especialmente de direitos
constitucionais indisponíveis, mas exige-se a
pactuação de compensação ou de contrapartida”,
afirma.
Por isso, segundo ele, a mudança incluída na lei de
2017 restringe um direito fundamental: defender, por
meio de seus representantes, uma jornada adequada
aos interesses da categoria e negociada
coletivamente. A “reforma”, portanto, fere o que ele
chama de autonomia privada coletiva, o direito de
negociação, e assim “o direito de resistência
coletiva dos trabalhadores para obtenção de
contrapartidas laborais”.
Saúde e segurança no trabalho
O procurador-geral concordou com outro ponto destacado
pela CNTS, aquele que prevê que pagamentos devidos
ao trabalhador a título de descanso semanal
remunerado (DSR) e de descanso em feriados estão
abrangidos pela remuneração mensal. Assim, feriados
e prorrogações de trabalho noturno já estariam
compensados na escala. Aras considera que esse item
também é inconstitucional.
Segundo ele, são temas relacionados à saúde e
segurança no trabalho, que está “no centro das
atenções” da Organização Internacional do Trabalho
(OIT). “A imposição de limites à duração do trabalho
tem fundamentos de natureza biológica, social e
econômica, conectados, em maior ou menor grau, à
segurança do trabalhador e à saúde humana, física e
mental.”
Ao apresentar a ADI, a confederação também alertou
para potenciais riscos à saúde. Segundo a entidade,
muitos trabalhadores “inadvertidamente, ou muito
possivelmente pela necessidade premente do emprego,
submetam-se às condições de trabalho extraordinárias
sem a necessária supervisão externa, o que somente é
possível pela pactuação do instrumento normativo e
coletivo de trabalho”.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/06/2020 -
Rodrigo Maia prevê retomada do debate sobre a
reforma tributária em julho
Maia defende reforma tributária em julho, fala de
novo Refis e cobra posição do governo sobre
prorrogação do auxílio emergencial.
A reforma tributária, que era a principal pauta do
Congresso Nacional antes da pandemia do novo
coronavírus, deve voltar a ser debatida em julho,
segundo o presidente da Câmara, deputado federal
Rodrigo Maia.
Deputados e senadores já se articulam para voltar a
discutir o tema, que foi interrompido por causa da
crise sanitária. Maia defendeu ainda que se faça um
novo Refis, programa de refinanciamento de dívidas,
junto à reforma tributária para dar fôlego as
empresas impactadas pela Covid-19.
Maia reconheceu que o Refis é um mecanismo ruim
pois, segundo ele, sinaliza que se pode não pagar
impostos para depois refinanciar os débitos. Mas, no
contexto de uma pandemia, um programa de
refinanciamento seria justificável, segundo o
presidente da Câmara.
Maia também pediu ao governo que mande uma posição
oficial sobre uma possível prorrogação do auxílio
emergencial para trabalhadores autônomos e
informais, inicialmente previsto para durar três
meses.
De acordo com notícias veiculadas na imprensa, o
governo estuda uma prorrogação do auxílio, mas com
valores menores. Por exemplo, duas parcelas de R$
300 em vez de R$ 600 como é hoje.
Em audiência pública no Congresso na semana passada,
o secretário de Fazenda do governo federal, Waldery
Rodrigues, disse que o programa é caro e, ao ser
questionado pelos parlamentares, não descartou
reduzir o valor para R$ 200.
Fonte: Portal EBC
05/06/2020 -
Paim defende extensão do seguro-desemprego e auxílio
emergencial por mais tempo
Em pronunciamento nesta quinta-feira (4), o senador
Paulo Paim (PT-RS) recomendou que o
seguro-desemprego e o auxílio emergencial para
socorrer trabalhadores e desempregados sejam
estendidos automaticamente enquanto durar a situação
de calamidade pública provocada pela pandemia de
covid-19.
— O Projeto de Lei 1.449/2020, que apresentei, visa
criar uma nova modalidade extraordinária de
seguro-desemprego, que poderá ser paga a quem tenha
tido pelo menos três meses de registro em carteira
nos últimos 12 meses, por período de três meses além
do que a lei hoje assegura. Isso vai beneficiar
milhões de trabalhadores; também abrange os
microempreendedores individuais, que estão pedindo
socorro para manter empregos, tendo, em muitos
casos, que encerrar suas atividades. Esse projeto
também ajusta o valor do seguro-desemprego, para ser
pago até o valor de R$ 2.870, com base no INPC
[Índice Nacional de Preços ao Consumidor] —
informou.
Paim acrescentou, também, estar preocupado com a
situação das pessoas que dependem do auxílio
emergencial pago pelo governo federal. Ele defendeu
a continuidade dos pagamentos desse benefício
enquanto durar a pandemia. Atualmente, a lei prevê
que o auxílio emergencial (em geral no valor de R$
600) seja pago por três meses. O senador ressaltou
que "esse tempo é muito pouco e insuficiente" para
garantir a segurança alimentar do trabalhador e sua
família.
— O Projeto de Lei 2.419/2020, também de minha
autoria, amplia o prazo do recebimento do auxílio
emergencial até o fim do ano. Recentemente, uma
pesquisa nacional do Instituto DataSenado mostrou
que 91% dos entrevistados concordam com as propostas
que têm esse objetivo. Portanto, estamos no caminho
certo. Estamos caminhando com o povo — declarou.
O senador afirmou que a crise sanitária e econômica,
agravada pela pandemia de covid-19, trará graves
consequências para a população. Segundo ele, o país
atingirá índices inéditos de desemprego, de aumento
da pobreza e da miséria, além do agravamento da
fome, que atingirá principalmente as pessoas mais
vulneráveis. Ao citar dados estimativas, o senador
disse que o Brasil poderá chegar a mais de 20
milhões de desempregados e mais de 15 milhões de
brasileiros vivendo em extrema pobreza.
Fonte: Agência Senado
05/06/2020 -
Dieese estima queda da cesta básica em nove capitais
e alta em oito. São Paulo fica estável
Instituto mudou sistema de coleta e amostra para
cálculo, mas aponta manutenção de tendência. Salário
mínimo foi calculado em R$ 4.694,57
Em maio, os produtos da cesta básica aumentaram em
oito capitais e caíram em nove, aponta pesquisa
feita pelo Dieese e divulgada na tarde desta
quinta-feira (4). Mas o instituto lembra que
suspendeu a coleta presencial de preços em 18 de
março, com exceção de São Paulo, o que levou a
alterações na amostra original.
“Ciente da importância da pesquisa, sobretudo em um
momento como esse, no qual toda a economia é
afetada, e para evitar um apagão de dados sobre os
preços dos principais produtos básicos de
alimentação, a entidade fez um esforço para repensar
a forma de continuar a levantar os valores da cesta
a partir de abril”, informa o Dieese. “A solução
encontrada foi uma tomada de preços nos
estabelecimentos que fazem parte da amostra regular
da pesquisa, por telefone, e-mail, consultas na
internet e em aplicativos de entrega.”
Essa alternativa trouxe “inúmeras dificuldades”,
segundo o instituto: ausência de dados em site e
aplicativos ou mesmo a recusa de funcionários,
“atribulados pelo trabalho em tempo de pandemia, em
repassar os preços por telefone ou e-mail”. Assim, o
Dieese lembra que teve de mudar a amostra, mas
acrescenta que os dados apurados mostram “tendências
semelhantes” de alta ou de queda. Mesmo assim,
recomenda “levar em consideração que as variações em
relação a abril devem ser relativizadas”.
Em São Paulo, praticamente não houve variação
(0,02%). O custo da cesta foi calculada em R$
556,36. Os preços dos alimentos, em média, subiram
9,84% no ano e 9,72% em 12 meses.
Salário mínimo
Já a cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro: R$
558,81. Com base nesse valor, o Dieese estimou em R$
4.694,57 o salário mínimo necessário para as
despesas de um trabalhador e sua família. Ou seja,
4,49 vezes o mínimo oficial (R$ 1.045).
Entre as 17 capitais pesquisadas, a variação de
janeiro a maio foi de -6,92% (Brasília) a 17,85%
(João Pessoa). No acumulado em 12 meses, a cesta
básica teve deflação novamente em Brasília (-9,48%)
em Aracaju (-1,96%). Subiu 18,96% em Goiânia, maior
alta, e 17,70% em Curitiba.
O tempo necessário para adquirir os produtos da
cesta foi calculado em 100 horas e 58 minutos, um
pouco menos do que em abril (101 horas e 44
minutos). No mês passado, o trabalhador remunerado
pelo mínimo comprometeu quase metade de seu
rendimento (49,61%) para comprar os alimentos
básicos.
Pesquisa na região Centro-Sul, a batata subiu em
nove de 10 capitais, ficando acima de 55% em Goiânia
e Campo Grande. Já o feijão teve aumento em 15 das
17 capitais. Segundo o Dieese, “mesmo que caiba
alguma relativização por conta da coleta de preços
especial, os aumentos foram expressivos”.
O tipo carioquinha, por exemplo, variou de 4,30%
(João Pessoa) a 24,56% (Belém). Só houve redução do
preço médio em duas cidades do Centro-Oeste
(Brasília e Campo Grande). O feijão preto registrou
aumento de 15,11% no Rio.
Fonte: Rede Brasil Atual
05/06/2020 -
Ultrapassar jornada trabalhando de casa gera horas
extras, decide juíza
Ultrapassar a jornada de trabalho, mesmo que atuando
em regime de home office, não afasta o direito ao
pagamento de horas extras. O entendimento é da juíza
Silene Cunha de Oliveira, da 3ª Vara do Trabalho de
Belo Horizonte.
A empresa afirmou que a autora do processo
desempenhava cargo de confiança, fazendo serviço
externo. Assim, não haveria direito ao pagamento,
uma vez vez que a empregada se enquadraria nas
previsões contidas no artigo 62, I e II, da CLT.
Para a magistrada, entretanto, "restou comprovado
que a jornada da autora era controlada tanto nas
atividades externas quanto nas internas, a despeito
da suposta flexibilidade de horários".
"Com efeito", prossegue, "fica afastado o trabalho
externo sem controle da jornada, uma vez que os
horários da autora eram efetivamente acompanhados
pela empresa mediante agendamentos de horários
pré-definidos". "Ademais, as atividades eram
fiscalizadas pela gerência, que determinava o labor
em jornadas extraordinárias ao final do mês, para o
cumprimento das metas estipuladas."
Por tais razões, ela afastou a exceção legal contida
na CLT, deferindo o pagamento de horas extras e
intervalo intrajornada, com seus respectivos
reflexos.
0010156-68.2019.5.03.0003
Fonte: Consultor Jurídico
04/06/2020 -
Bolsonaro teme que atos pró-democracia fortaleçam
processo de impeachment
Estudo da empresa AP Exata mostra que há nas
redes sociais uma tendência de crescimento das
manifestações anti-Bolsonaro e cúpula do governo
acende alerta
Reportagem de Julia Lindner e Tânia Monteiro, na
edição desta quinta-feira (4) do jornal O Estado de
S.Paulo, informa que Jair Bolsonaro teme que os atos
antifascistas em defesa da democracia, que ganharam
as ruas no último fim de semana e terão sequência
nos próximos dias, desencadeiem grandes protestos
pelo impeachment – no Congresso já há pelo menos 30
pedidos de impedimento do presidente.
Segundo a reportagem, a principal pauta dos
bolsonaristas, hoje, é a criminalização dos
protestos de rua, expressa nas declarações de
Bolsonaro e do vice, general Hamilton Mourão.
No entanto, há na cúpula do governo a avaliação de
que os fatos recentes que desgastam o Planalto e
podem reforçar a defesa do afastamento do
presidente.
De acordo com o jornal, um estudo da empresa AP
Exata mostra que há nas redes sociais uma tendência
de crescimento das manifestações anti-Bolsonaro, com
argumentos de defesa da democracia. Segundo a
pesquisa, recentes mensagens postadas por seguidores
do presidente indicam que a mídia e a esquerda
buscam estimular os protestos para derrubar o
presidente. Os próximos atos de rua também devem
incorporar a pauta antirracista.
“Começou aqui com os antifas (movimento antifacista)
em campo. O motivo, no meu entender, político, é
diferente. São marginais, no meu entender,
terroristas”, afirmou Bolsonaro. “Têm ameaçado, (no
próximo) domingo, fazer movimentos pelo Brasil (…).
Lá (nos EUA) o racismo é um pouco diferente do
Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá
que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta.
(…) Agora, o povo americano tem que entender que,
quando se erra, se paga. Agora, o que está se
fazendo lá é uma coisa que não gostaria que
acontecesse no Brasil.”
Fonte: RevistaForum
04/06/2020 -
Manifestantes protestaram contra Bolsonaro e Mourão
em frente ao TSE
Um grupo de cerca de 30 manifestantes protestou
contra o presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton
Mourão na manhã desta quarta-feira (3) em frente ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
Com faixas com os dizeres “Fora Bolsonaro”, “Fora
miliciano” e “Fora eugenista” e bandeiras do Brasil,
do PT e do PCO, os manifestantes se reuniram em um
estacionamento do Tribunal e seguiram para a
Esplanada dos Ministérios. Um vídeo foi divulgado
pelo Twitter do movimento de esquerda Força Brasil
Democrático.
Procurada pela reportagem, a assessoria do PT
informou que o partido não está promovendo protestos
e que pode ser um movimento espontâneo de alguns
militantes do partido do Distrito Federal. A
reportagem não conseguiu contato com a organização
do ato.
Com o acirramento das tensões devido a protestos
contra e pró-governo no último domingo (31), o
presidente Jair Bolsonaro recomendou a apoiadores
que não se manifestem no próximo fim de semana.
Estão previstos para o próximo domingo (7) protestos
em todo o Brasil contra o governo.
“Estão marcando um movimento, né? Deixa eles
sozinhos do domingo, tá bom? Deixa eles sozinhos”,
disse Bolsonaro na segunda-feira (1º) a apoiadores
no Palácio da Alvorada.
Fonte: Congresso em Foco
04/06/2020 -
Bolsonaro diz haver acerto para mais duas parcelas
do auxílio emergencial
Bolsonaro deu a declaração a jornalistas ao chegar
ao Palácio da Alvorada, residência oficial da
Presidência. Na mesma ocasião, mencionou que o
auxílio emergencial beneficiou cerca de 38 milhões
de trabalhadores informais que “perderam quase tudo”
por causa da pandemia da covid-19, doença causada
pelo novo coronavírus.
Essa não foi a 1ª vez que Bolsonaro mencionou a
possibilidade de ampliar o pagamento do auxílio
emergencial. Em entrevista à Jovem Pan no dia 23 de
maio, o presidente disse que haverá a 4ª parcela do
pagamento, “mas não de R$ 600“.
“Vamos ter que dar uma amortecida. Vai ter 4ª
parcela, mas não de R$ 600. Não sei quanto vai ser,
R$ 300, R$ 400. E talvez a quinta. Talvez seja R$
300, R$ 200. Até para ver se a economia pega. Não
podemos jogar para o espaço mais de R$ 110 bilhões
que foram gastos agora dessa forma”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta
3ª feira (2.jun.2020) que o governo deve conceder
mais duas parcelas do auxílio emergencial. O
pagamento é de R$ 600 ao mês (podendo chegar ao
dobro) e foi inicialmente aprovado para o período de
3 meses. O valor para os novos repasses ainda não
está definido, mas deve ser inferior.
“Temos mais uma parcela de R$ 600, depois mais duas
acertadas com o Paulo Guedes [ministro da Economia].
Falta definir aí o montante. E vamos esperar que até
lá os senhores governadores entendam o que seja
melhor para o seu Estado e adotem medidas para
voltar o povo a trabalhar”, disse.
Fonte: Poder360
04/06/2020 -
Justiça do Trabalho ainda não tem prazo de retorno
da atividade presencial
A presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministra
Maria Cristina Peduzzi, encaminhou nesta
quarta-feira (3/6) ofício circular aos presidentes
dos Tribunais Regionais do Trabalho esclarecendo
sobre a aplicabilidade dos termos da Resolução
322/2020 do Conselho Nacional de Justiça no âmbito
da Justiça do Trabalho.
A norma estabelece medidas e parâmetros para a
retomada gradual dos serviços presenciais em todo o
Poder Judiciário a partir de 15 de junho, observadas
a medidas de prevenção de contágio pelo novo
coronavírus.
O ofício circular da presidência do CSJT ressalta
que as disposições que suspendem a prestação de
serviços presenciais na Justiça do Trabalho
continuam em vigor e produzindo efeitos por prazo
indeterminado. Ressalta, ainda, que estão sendo
realizados estudos técnicos envolvendo os diversos
aspectos elencados na resolução do CNJ, incluindo o
uso de equipamentos de proteção, planos de limpeza e
desinfecção e impactos administrativos e
orçamentários das medidas correspondentes.
A ministra reforçou que as diretrizes futuras serão
definidas após estudo e pesquisa, considerando a
manifestação de todas as partes envolvidas. Com
informações da assessoria de imprensa do TST.
Fonte: Consultor Jurídico
04/06/2020 -
Produção industrial brasileira cai 18,8% em abril, o
pior resultado desde 2002
A produção industrial brasileira caiu 18,8% em
abril, na comparação com o mês anterior, refletindo
os efeitos do isolamento social, iniciado em meados
de março, para controle da pandemia de Covid-19.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal,
divulgada nesta quarta-feira (3) pelo IBGE, a queda
é a mais intensa do setor desde o início da série
histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo
seguido, com perda acumulada de 26,1% no período.
De janeiro a abril deste ano, o setor encolheu 8,2%,
e nos últimos 12 meses, caiu 2,9%. Em relação a
abril do ano passado, a queda na indústria foi
maior, -27,2%, sexto resultado negativo seguido
nessa comparação e o mais elevado desde o início da
série registrada pelo Instituto.
O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que o
resultado de abril reflete a paralisação de várias
unidades produtivas, em diversos segmentos
industriais, por conta da pandemia. Macedo lembra
que em março o resultado já tinha sido negativo e
que em abril houve quedas históricas, de dois
dígitos, em todas as categorias econômicas e em 22
das 26 atividades pesquisadas.
Entre as atividades, o pior resultado foi de
veículos automotores, reboques e carrocerias
pressionado pelas interrupções da produção dos
automóveis, caminhões e autopeças em várias fábricas
do país.
Segundo Macedo, a interrupção da produção de
veículos automotores impacta outros segmentos
industriais, que também caíram em abril, como
metalurgia, produtos de borracha e de material
plástico e máquinas e equipamentos. No sentido
contrário, as indústrias alimentícias e
farmacêuticas tiveram alta em relação a março.
Fonte: Portal EBC
04/06/2020 -
Novo recorde: Brasil registra 1.349 mortes por
coronavírus em 24 horas; total passa de 32 mil
País já tem mais de 580 mil casos confirmados de
Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde
O Brasil registrou um novo recorde diário de mortes,
com 1.349 óbitos, além de 28.633 novos casos de
coronavírus nas últimas 24 horas. O país atingiu um
total de 32.548 mortes e 584.016 casos confirmados,
segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na
noite desta quarta-feira (3).
O Ministério da Saúde não comentou os novos números.
Uma entrevista com a equipe técnica para apresentara
situação da pandemia no país estava marcada para a
tarde desta quarta, mas acabou cancelada e adiada
para quinta (4). A divulgação dos dados também
sofreu atrasos. Inicialmente marcada para 19h, só
ocorreu às 22h.
A maior marca diária de mortes era de ontem. Na
última terça (2), o Brasil havia registrado 1.262
óbitos.
Mais cedo nesta quarta, a região da América Latina e
Caribe superou a marca de 1 milhão de casos de
coronavírus, com 50 mil mortes, de acordo com dados
da Organização Mundial da Saúde. O Brasil é o maior
responsável pelos números da área, que é o atual
epicentro da pandemia.
No mundo, o Brasil é o segundo país com mais casos,
atrás apenas dos EUA, que tem mais de 1,8 milhão de
infectados. Em número de mortes, o Brasil é
atualmente o quarto país com mais óbitos, atrás de
EUA, Reino Unido e Itália.
Fonte: RevistaForum
04/06/2020 -
Entregadores de aplicativos ganham menos e pagam
EPIs do próprio bolso
Instituto Ethos critica empresas que aproveitam
crise para explorar entregadores de aplicativos,
essenciais para manter o isolamento social
Durante a pandemia, a demanda por serviços de
entrega de comida e outros produtos tem aumentado
vertiginosamente. Contudo, com o crescimento do
desemprego em outras áreas e o aumento da procura
para a função de entregador, empresas como Ifood,
Rappi, entre outras, têm reduzido a comissão paga
por quilômetro rodado. Os entregadores desses
aplicativos têm que arcar com custos de máscaras e
outros equipamentos de proteção individual (EPIs),
que deveriam ser distribuídos pelas companhias.
O entregador Carlos Alberto Saraiva, mora e trabalha
na região de Jundiaí, interior de São Paulo. Ele
conta que está há uma semana sem trabalhar, com
suspeita de ter contraído a covid-19. Sem auxílio da
empresa, como resultado, a sua família vive agora da
cesta básica distribuída pela prefeitura.
“Estamos na linha de frente durante a pandemia. Mas
a gente tem sofrido muito, porque as taxas
diminuíram. Não está chegando nem a 70 centavos por
quilômetro rodado. Tem corrida grande, de mais de 15
quilômetros, que a gente ganha 11 reais. É uma
miséria”, afirmou o entregador em entrevista a
Larissa Bohrer, para o Jornal Brasil Atual, nesta
terça-feira (2).
Em Jundiaí, por exemplo, centenas de entregadores
realizaram duas manifestações para exigir melhores
condições de trabalho. Uma em 1º de Maio, Dia do
Trabalhador, e outra no dia 30 do mesmo mês.
Responsabilidade social
O diretor-presidente do Instituto Ethos, Caio Magri,
ressalta que aumentar a exploração de trabalhadores
como os entregadores de aplicativos não faz parte
das boas práticas das empresas que têm
responsabilidade social.
“Todas as empresas têm que garantir permanentemente
testes para diagnosticar a covid-19, além de
máscaras, luvas, álcool em gel, toda a proteção
necessária para poderem trabalhar nessas condições.
Uma remuneração justa, digna, que seja proporcional
ao crescimento registrado nos seus negócios, em
resumo. Não é nenhum pouco razoável e responsável,
nem faz parte da responsabilidade social de uma
empresa, a possibilidade de explorar seus
trabalhadores, enquanto estão tendo lucros
exorbitantes nesse momento”, declarou.
Fonte: Rede Brasil Atual
04/06/2020 -
Trabalhador temporário tem direito a estabilidade em
caso de acidente de trabalho
O empregado submetido a contrato de trabalho por
tempo determinado goza de garantia provisória de
emprego em caso de acidente de trabalho, nos termos
do artigo 118 da Lei da Previdência Social (Lei
8.213/1991). O entendimento está fixado no item III
da Súmula 378 do TST.
Assim, a 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
reconheceu o direito à estabilidade provisória de um
repositor de loja da Mazzini – Administração e
Empreitas Ltda., de São Paulo (SP). Ele prestava
serviços ao Carrefour Shopping Taboão, em Taboão da
Serra (SP), e sofreu acidente a caminho do trabalho.
O empregado contou, na reclamação trabalhista, que o
acidente gerou uma lesão que exigiu a realização de
procedimento cirúrgico. Durante o afastamento de 30
dias, contudo, foi demitido. Ele sustentou que teria
direito à estabilidade provisória, pois acidentes
ocorridos durante o deslocamento para o trabalho
constituem acidentes de trabalho.
O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Taboão da Serra
deferiu o pedido do empregado, determinando sua
reintegração do empregado. Mas o Tribunal Regional
do Trabalho da 2ª Região (SP), ao destacar que o
repositor fora admitido por contrato temporário,
aplicou a tese jurídica prevalecente no TRT-2, que
afasta o direito nessa circunstância.
No TST, a decisão de segunda instância foi
revertida. O relator do recurso de revista do
trabalhador, ministro Douglas Alencar, aplicou o
entendimento sumulado. Por unanimidade, a Turma
restabeleceu a sentença, para determinar a
reintegração do empregado ou, caso esgotado o
período de estabilidade, o pagamento da indenização
substitutiva. Com informações da assessoria de
imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.
RR-1002170-73.2015.5.02.0501
Fonte: Consultor Jurídico
03/06/2020 -
Apesar da quarentena, convocação de atos de rua
pró-democracia ganha força
Nesta terça-feira (2) ganharam impulso convocações
de atos de rua em defesa da democracia e contra o
governo de extrema direita de Jair Bolsonaro. Por
ocorrerem ainda durante a quarentena motivada pela
pandemia da Covid-19, a realização desses atos não
recolhe o consenso de todos os movimentos
pró-democracia.
Algumas iniciativas, porém, priorizam ações pelos
meios virtuais.
Os novos protestos, marcados em várias cidades do
país, estão sendo chamados pelas redes sociais. As
marchas são puxadas por integrantes de torcidas
organizadas, inspirados no ato pró-democracia do
último domingo (31) na avenida Paulista, informa o
jornalista Joelmir Tavares na Folha de S.Paulo.
Outras manifestações estão sendo organizadas. A
Frente Povo sem Medo, liderada por Guilherme Boulos
está convocando uma manifestação para o próximo
domingo (7), às 14h, no Masp, chamada de de Ato
Antifascista e Antirracista.
O evento vai incorporar o combate ao racismo,
ecoando as manifestações que eclodiram nos Estados
Unidos e se espalharam por outros países após o
assassinato de um homem negro, George Floyd, por um
policial branco.
"Não é possível lutar por democracia sem combater o
fascismo, o racismo e as opressões", diz a descrição
da página criada no Facebook para divulgar o
protesto na Paulista.
Também circulam na rede convocações para
manifestações em cidades como Rio de Janeiro,
Brasília, Salvador e Goiânia.
Por outro lado, os idealizadores de dois manifestos
recém-criados, o Estamos Juntos e o Basta! são
contrários, por ora, às aglomerações,
desaconselhadas por facilitarem a propagação do
coronavírus.
Fonte: Brasil247
03/06/2020 -
Para Paim, acordo individual em MP é uma forma de
‘massacrar’ o trabalhador
Enquanto senador aponta crises em áreas distinta,
o economista Marcio Pochmann destaca a “desistência
histórica” da elite brasileira
Enquanto um inimigo invisível ameaça e atinge
centenas de milhares de pessoas, o país está
“brincando de mocinho e bandido”, lamenta o senador
Paulo Paim (PT-RS), apontando a posição “extremada”
do governo brasileiro, que tem causado sua exclusão
de fóruns internacionais. “Temos uma crise
gravíssima na saúde, na economia, no social e
também, infelizmente, na política. Ele (Bolsonaro)
vai para o quarto ministro da Saúde em época de
pandemia”, afirmou, durante debate virtual realizado
ontem (1º) à noite.
O evento era para marcar os 10 anos de fundação da
Fitmetal, federação interestadual de metalúrgicos,
vinculada à CTB. Também participaram o economista e
professor Marcio Pochmann, da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), e o secretário de relações
internacionais da central, Nivaldo Santana.
Paim citou casos como a alta incidência de covid-19
em frigoríficos de Lageado (SC), a falta de
equipamentos de proteção individual (EPIs) para
garis e o crescimento da violência doméstica durante
a pandemia. E lembrou da tramitação da Medida
Provisória (MP) 936, aprovada na semana passada na
Câmara e agora em discussão no Senado. Elogiou o
relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que
apresentou mudanças no texto, mas mostrou
preocupação com o conteúdo da proposta original do
governo.
“Uma das coisas que me deixa indignado é essa
história do acordo individual”, afirmou o senador,
referindo-se à possibilidade de redução de jornada e
salário por meio de “acordo” direto com o
empregador, como permite a medida provisória. “É uma
forma de massacrar o trabalhador.” Ex-sindicalista
metalúrgico e um dos fundadores da CUT, Paim lamenta
os ataques de setores “atrasados” ao movimento
sindical, que “cumpre papel fundamental na relação
empregado-empregador”.
Asfixia da democracia
Pochmann observou que em janeiro a economia brasileira
estava 3% menor em comparação a 2014, enquanto a
renda média diminuiu 7% e o Brasil perdeu 3 milhões
de postos de trabalho com carteira assinada. O país
vive um período de alta da exclusão social e do
desemprego, além de “asfixia da democracia”. Em 40
anos, são praticamente duas décadas perdidas,
assinalou.
“O que estamos vivendo é uma espécie de desistência
histórica”, definiu o professor. “A elite não tem
projeto de futuro, quer administrar o presente, a
emergência”, lamentou. Pochmann também citou a
reunião ministerial de 22 de abril: “Eles não têm
compromisso nenhum com o o futuro”. Mesmo assim,
manifestou esperança no sentido de construção de um
“projeto civilizatório” para o país. “Será que não
podemos reconstruir as bases de uma nova maioria
política?”, questiona.
Nivaldo Santana disse que o Brasil é um país de
“industrialização tardia” que vive uma
desindustrialização precoce. Para ele, o
“subdesenvolvimento tecnológico” levou não apenas ao
desemprego, mas principalmente ao trabalho precário.
“O Brasil tem 17 milhões de trabalhadores em
aplicativos, plataformas digitais”, afirmou,
apontando a presença de um “novo capataz digital,
que fiscaliza o trabalhador 24 horas por dia.”
Fonte: Rede Brasil Atual
03/06/2020 -
Câmara aprova prioridade a mulher chefe de família
no auxílio emergencial
Proposta pretende evitar fraudes por ex-cônjuges
que pediram o auxílio como se tivessem a guarda dos
filhos
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta
terça-feira (2) o Projeto de Lei 2508/20, da
deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) e outros, que
estabelece prioridade de recebimento do auxílio
emergencial pela mulher de família uniparental
(chefe de família) quando o pai também informa ser o
responsável pelos dependentes. A matéria será
enviada ao Senado.
De acordo com o parecer aprovado, da deputada
Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), se
houver conflito de informações prestadas pela mãe e
pelo pai, deverá ser dada preferência de recebimento
das duas cotas de R$ 600,00 pela mãe, ainda que sua
autodeclaração na plataforma digital tenha ocorrido
depois daquela feita pelo pai.
O homem que tiver a guarda unilateral ou que seja
responsável, de fato, pela criação dos filhos,
poderá contrariar as informações da ex-mulher na
mesma plataforma e receber uma das cotas de R$
600,00 até que a situação seja esclarecida pelo
órgão competente.
A possibilidade de o pai solteiro receber as duas
cotas também é restabelecida na legislação após o
veto do dispositivo pelo presidente Jair Bolsonaro.
A ideia do projeto decorreu de muitas situações
relatadas por mulheres que não tiveram acesso às
duas cotas de R$ 600,00 porque os ex-cônjuges
fizeram o cadastro primeiro, incluindo os filhos
como dependentes como se tivessem a guarda.
Ao projeto está apensado o PL 2835/20, do deputado
José Guimarães (PT-CE), com o mesmo objetivo.
Para a relatora, a solução apresentada não impede o
pai solteiro de receber o auxílio, embora haja uma
minoria de homens nessa situação. “Apenas 3,6% das
famílias brasileiras tinham uma configuração com
homem sem cônjuge e com filho, segundo o IBGE, e
mais de 80% das crianças no Brasil têm como primeiro
responsável uma mulher”, disse Professora Dorinha.
Fonte: Agência Câmara
03/06/2020 -
Setor industrial do Rio de Janeiro teve 80% da sua
produção afetada durante pandemia
O setor industrial do Rio de Janeiro teve quase 80%
da sua produção afetada durante a pandemia, de
acordo com a Firjan, Federação das Indústrias do
Estado. Presidente da entidade, Eugênio Gouvêa
informou que 40% das empresas tiveram paralisação
completa.
Gouvêa defendeu a retomada das atividades e destacou
que as indústrias estão se preparando para a
reabertura de forma planejada, seguindo as normas
das Organizações Internacional do Trabalho e Mundial
da Saúde. Ainda de acordo com o presidente da
Firjan, entre as medidas de impacto que vão garantir
a retomada com segurança estão a testagem dos cerca
de 600 mil funcionários do setor.
Eugênio Gouvêa avalia que as relações de trabalho
não serão mais as mesmas após a pandemia de
coronavírus. Ele prevê que empresas com atividades
que podem ser feitas em casa vão continuar
praticando o home office. E as atividades do "chão
de fábrica" terão que se adaptar às mudanças
importantes no distanciamento e interação.
A Firjan elaborou um guia com orientações para
retomada segura das atividades da indústria. O
documento propõe um conjunto de práticas comuns e
sugere medidas específicas para cada segmento do
setor.
Fonte: Portal EBC
03/06/2020 -
Aras concorda com PF e pede depoimento de Bolsonaro
em inquérito no STF
A medida ainda precisa ser autorizada pelo
ministro relator, Celso de Mello; processo apura a
interferência do presidente na corporação
O procurador-geral da República, Augusto Aras,
concordou com um pedido da Polícia Federal e opinou
pela tomada de depoimento do presidente Jair
Bolsonaro no inquérito aberto no Supremo Tribunal
Federal que investiga a interferência de Bolsonaro
na Polícia Federal. A medida ainda deverá ser
autorizada pelo ministro relator do caso no STF,
Celso de Mello.
Em manifestação protocolada no STF nesta terça-feira
(2), Aras opinou pelo “deferimento do requerimento
formulado pela autoridade policial, de modo a serem
cumpridas ‘as diversas diligências de polícia
judiciária já determinadas pelas autoridades
policiais que atuam na presente investigação
criminal”.
Aras se refere a um despacho da PF, de 25 de maio,
que pede a prorrogação da investigação por 30 dias.
No trecho que trata das “diligências pendentes para
continuidade do inquérito”, a PF diz: “Por fim, para
a adequada instrução das investigações, mostra-se
necessária a realização da oitiva [depoimento] do
presidente da República Jair Messias Bolsonaro a
respeito dos fatos apurados”.
Fonte: RevistaForum
03/06/2020 -
Cerca de 11% das denúncias feitas ao MPT na Pandemia
são de Assédio Moral e Abusos
Das mais de mil queixas realizadas, 191 relatam
assédio moral ou abuso do poder hierárquico. Dentro
destes dois temas, as empresas mais denunciadas
estão no setor de saúde (15 denúncias), seguidas por
aquelas do setor alimentício e comércio (9 denúncias
cada) e empresas de comunicação (8 denúncias),
tecnologia e educação (com 7 denúncias cada uma),
entre diversos outros setores.
De acordo com o MPT-SP, nas denúncias, os
trabalhadores afirmam que são constrangidos a
trabalhar sem equipamentos de proteção individual,
incluindo álcool em gel. Segundo alguns relatos,
gestores dizem que o gasto com esses equipamentos
seria desnecessário.
Além disso, havia denuncias também de trabalhadores
que sofreram pressão para aceitar, sem negociação,
termo aditivo de redução salarial no contrato de
trabalho. A MP (Medida Provisória) 936 permite a
suspensão do contrato por tempo determinado e
diminuição da jornada e salário, desde que haja
negociação.
Fonte: Força Sindical
03/06/2020 -
MP institui programa de acesso a crédito para
pequena e média empresa
A Medida Provisória (MP) nº 975, publicada nesta
terça-feira (2) no Diário Oficial da União, institui
o Programa Emergencial de Acesso a Crédito. O
objetivo, diz a MP, é facilitar o acesso a crédito
por meio da disponibilização de garantias e de
preservar empresas de pequeno e de médio portes
diante dos impactos econômicos decorrentes da
pandemia de coronavírus (covid-19).
O Programa Emergencial de Acesso a Crédito é
destinado a empresas que tenham auferido em 2019
receita bruta superior a R$ 360 mil e inferior ou
igual a R$ 300 milhões.
A MP autoriza a União a aumentar em até R$ 20
bilhões a sua participação no Fundo Garantidor para
Investimentos (FGI), administrado pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), exclusivamente para a cobertura das
operações contratadas no âmbito do Programa
Emergencial de Acesso a Crédito.
O aumento da participação será feita por ato do
ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os valores não utilizados até 31 de dezembro de 2020
para garantia das operações ativas serão devolvidos
à União por meio do resgate de cotas.
Fonte: Agência Brasil
03/06/2020 -
Gilmar Mendes defende papel constitucional das
Forças Armadas: "O Exército não é milícia"
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), defendeu nesta terça-feira, 2, o
papel constitucional das Forças Armadas, em meio aos
frequentes protestos de apoiadores de Jair Bolsonaro
por intervenção militar no País, supostamente
amparada no Artigo 142 da Constituição.
Durante entrevista à Globonews, Mendes disse que as
Forças Armadas são instituições permanentes que
devem ser compreendidas na sua acepção republicana.
"Em que país do mundo as Forças Armadas são elevadas
à condição de intérprete da Constituição? Onde está
esta jaboticaba que estão lendo no Artigo 142 [da
Constituição]?", questiona o ministro.
"É incompatível com a Constituição de 1988 a ideia
de que as forças armadas podem fechar o STF ou o
Congresso. O exército não é milícia. #DitaduraNuncaMais",
escreveu Gilmar Mendes ao comentar sua entrevista.
Fonte: Brasil247
03/06/2020 -
Senado aprova congelamento de preços de remédios e
de planos de saúde
O Senado aprovou nesta terça-feira (2) um Projeto de
Lei (PL) que suspende o ajuste anual de preços de
medicamentos e de planos e seguros privados de
assistência à saúde. De acordo com o projeto, os
preços de medicamentos ficam congelados por 60 dias
e o de planos de saúde por 120 dias. O projeto vai à
Câmara dos Deputados.
O autor do projeto, o senador Eduardo Braga (MDB-AM)
havia proposto o prazo de 120 dias também para os
medicamentos, mas o relator, Confúcio Moura (MDB-RO),
lembrou que já existe uma Medida Provisória (MP)
congelando o preço dos remédios. Por isso, ele
alterou o prazo para 60 dias, somando-se aos 60 dias
firmados pela MP.
Vários senadores mostraram indignação com o aumento
de preços no setor. “Temos vários setores no Brasil
fazendo um esforço grande para dar sua contribuição
nessa pandemia. E não é justo que tenhamos aumento
de plano de saúde e de medicamento quando estamos
com o mundo em recessão”, disse Eliziane Gama (Cidadania-MA).
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE),
destacou o trabalho de senadores de todos os
espectros políticos para a aprovação de medidas
importantes durante a pandemia. “Temos buscado
sempre o entendimento médio. A sensibilidade aflora,
os apelos são feitos no sentido de haver a proteção
social para milhões de brasileiros que não podem
enfrentar reajuste de medicamentos e de planos de
saúde”.
Fonte: Agência Brasil
02/06/2020 -
Movimentos em defesa da democracia se ampliam com
novas adesões
A luta democrática, contra o governo de extrema
direita de Jair Bolsonaro se amplia com as novas
adesões aos manifestos lançados nos últimos dias.
Ex-ministros do STF, intelectuais, artistas,
trabalhadores, engrossam a lista dos que se
protestam contra os retrocessos antidemocráticos no
país
Com caráter suprapartidário, multiplicam-se as
iniciativas para defender a democracia e se opor às
ameaças e manobras golpistas de Jair Bolsonaro.
Pouco a pouco vai se criando no país um clima que
tem sido comparado ao da época do movimento pelas
Diretas Já (1984).
Naquele movimento, formou-se ampla unidade pela
democracia que acabou resultando um ano depois no
fim da ditadura militar.
Os principais movimentos que expressam o sentimento
de unidade democrática no momento são o Movimento
Estamos Juntos —que foi lançado no sábado (30) e
alcançou nesta segunda a marca de 224 mil
assinaturas—, a campanha Somos 70% —criada a partir
da iniciativa anterior e viralizada nas redes
sociais— e o Basta! —que agrega advogados e
juristas, informa a Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
02/06/2020 -
Brasil corre o risco de se tornar também o epicentro
do desemprego
Entre março e abril, 1,1 milhão de empregos
formais foram fechados no país, segundo dados do
Caged.
É o maior número da série histórica, iniciada em
1992
Depois de se tornar novo epicentro mundial da
pandemia de coronavírus, com o maior número diário
de novos casos da doença, o Brasil corre o risco de
também se tornar o líder do desemprego na América do
Sul. Entre março e abril, 1,1 milhão de empregos
formais foram fechados no país, segundo dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged). É o pior resultado para o período da série
histórica, que teve início em 1992.
Até o mês passado, eram 12,8 milhões de pessoas à
procura de uma ocupação, segundo dados do IBGE. E
apesar de o governo Bolsonaro ter editado medidas
provisórias com a justificativa de garantir
empregos, desde janeiro, o país registra mais
demissões do que admissões.
“Esses dados indicam o quanto o mercado formal está
sendo atingido e o quanto as medidas do governo para
preservação de emprego não têm conseguido efetivar
os seus objetivos”, afirmou o diretor técnico do
Dieese, Fausto Augusto Junior. Segundo ele, esses
números escondem, ainda, o desalento. São pessoas
que desistiram de procurar uma vaga no mercado de
trabalho, em função da deterioração do quadro
econômico.
“Desde o começo da pandemia”, a posição do movimento
sindical foi a posição de defesa do emprego. Foi a
posição de que nós tínhamos que garantir
estabilidade do conjunto dos trabalhadores formais e
garantir renda para os trabalhadores informais. Essa
é a lógica, é por aí que o governo deveria traçar. E
que toda ajuda, inclusive, que o governo
eventualmente colocasse para as empresas deveria ter
como contrapartida a manutenção dos postos de
trabalho”, afirmou à repórter Daiane Ponte, para o
Seu Jornal, da TVT, nesta quinta-feira (28).
Mais pobres, mais afetados
Para a cientista social Léa Marques, conselheira do
projeto Conexões Periferias, a MP 936 garantiu a
preservação dos empregos apenas nas “megaempresas”.
Ainda assim, às custas da redução das jornadas e
salários. Segundo ela, os trabalhos mais precários e
com menores salários foram os primeiros atingidos
pelo desemprego.
“Os primeiros desempregados são os trabalhos mais
precários, de menores salários. E, sim, essas
pessoas estão localizadas nas periferias. Então hoje
a gente tem uma situação bastante grave. Porque as
pessoas já estavam passando pelo desmonte das
políticas públicas e das políticas de geração de
emprego e renda. E agora tem um contingente ainda
maior de desempregados. E muita gente é empurrada
para a informalidade”, disse ela.
Futuro nebuloso
Relatório elaborado pela Comissão Econômica para a
América Latina e Caribe (Cepal) e a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) aponta mais de 37
milhões de desocupados, quase 12 milhões de novos
desempregados e mais de 50% da população na
informalidade, ainda neste ano, em função da
pandemia. O levantamento também aponta o crescimento
34,7% da pobreza na região, que deve atingir mais de
214 milhões de pessoas.
Fonte: Agência Brasil
02/06/2020 -
OAB, CNBB e centrais sindicais vão organizar ato
virtual pela democracia
Em mais um protesto contra o governo de extrema
direita de Jair Bolsonaro, entidades vão mobilizar
artistas, intelectuais, políticos e trabalhadores em
defesa da democracia
Começa a ser preparado nesta terça-feira um amplo
ato em defesa da democracia. Representantes da CNBB,
OAB e das seis maiores centrais sindicais do país
realizam uma videoconferência para organizar o
evento, que será a expressão do protesto de
diferentes setores políticos e sociais. Na
prática,mais um passo para a organização de uma
frente ampla democrática e popular.
A ideia é que artistas, intelectuais, políticos e
trabalhadores se envolvam em uma mobilização ampla
para promover um ato político virtual.
A iniciativa é do grupo Pacto pela Vida, lançado em
abril e que conta com dezenas de entidades dos
movimentos sociais em uma coalizão para enfrentar a
crise sanitária e a recessão econômica.
Os organizadores são críticos ao governo de extrema
direita de Jair Bolsonaro mas por razões táticas o
impeachment não está na agenda, informa o Painel da
Folha de S.Paulo.
Fonte: Brasil247
02/06/2020 -
Supremo declara constitucional acordo comum para
ajuizar dissídio coletivo
A exigência de mútuo acordo entre as partes para o
ajuizamento do dissídio coletivo busca implementar
boas práticas internacionais e ampliar direitos
fundamentais dos trabalhadores, na medida em que
privilegia o acordo de vontades. Desta forma, não há
violação às cláusulas pétreas previstas na Emenda
Constitucional 45.
Com esse entendimento, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do
chamado acordo comum para ajuizamento de dissídio
coletivo. O julgamento virtual encerrou na última
quinta-feira (28/5), com a maioria do colegiado
acompanhando o voto do relator, ministro Gilmar
Mendes.
Ao todo, cinco ações foram ajuizadas por
confederações trabalhistas que alegam que o § 2º do
artigo 114, ao condicionar o ajuizamento de dissídio
coletivo à anuência do empregador, viola os
princípios da autodeterminação, da inafastabilidade
do Poder Judiciário, da razoabilidade e da liberdade
individual.
Segundo as ações, a medida “coage as partes a
resolverem os conflitos entre si ou por meio de
árbitro, privando, ainda, uma das partes em
negociação coletiva do direito de, unilateralmente,
acionar o judiciário para a solução das divergências
surgidas”.
Ao analisar a questão, o relator entendeu que não há
qualquer ofensa aos princípios da inafastabilidade
jurisdicional e do contraditório. Para ele, a
exigência prevista no artigo 114 da Constituição
Federal não impede o acesso ao Poder Judiciário, vez
que trata-se da condição da ação.
Além disso, Gilmar Mendes considerou acertada a
manifestação da Procuradoria-Geral da República no
sentido que a Emenda Constitucional 45, ao exigir o
mútuo acordo para o ajuizamento do dissídio
coletivo, atende à Convenção 54 da Organização
Internacional do Trabalho.
O ministro afirmou que no caso do Brasil, "isso
significa enfraquecer o poder normativo que era dado
à Justiça do Trabalho e expandir os meios
alternativos de pacificação, como a mediação e a
arbitragem, mesmo que estatal". Gilmar apontou ainda
que a jurisprudência do STF destaca a importância
dos acordos coletivos na Justiça do Trabalho.
Os ministros também entenderam que o Ministério
Público do Trabalho tem legitimidade para ajuizar
dissídio coletivo em caso de greve em atividades
essenciais.
Ficaram vencidos os ministros Luiz Edson Fachin,
Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
Fachin apontou que a Justiça do Trabalho "não pode
ser esvaziada de seu poder de disciplinar, com força
normativa para toda a categoria, sua interpretação
acerca dos dissídios de natureza coletiva".
Não participou do julgamento, o ministro Dias
Toffoli, que está afastado por licença médica. O
ministro Luiz Fux declarou suspeição.
Clique
aqui para ler o voto do relator
ADIs 3.392, 3.223, 3.431, 3.432 e 3.520
Fonte: Consultor Jurídico
02/06/2020 -
Para enfrentar pandemia, não se deve sair da
democracia, diz Fachin
Ministro participou de palestra online sobre
direito e covid-19
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), disse nesta segunda-feria (1º) que não se
deve “sair da democracia” nem transformar o
enfrentamento da crise provocada pela pandemia do
novo coronavírus em um “laboratório de
autoritarismo”.
“Não deve haver saída da crise com saída da
democracia”, disse ministro em palestra online sobre
direito e covid-19, organizada pelo Centro
Universitário de Brasília (Ceub), universidade
privada da capital. “É dentro da legalidade
constitucional que devemos lidar com essa crise”,
acrescentou o ministro.
Para Fachin, assim como um médico segue os
protocolos de saúde numa sala de emergência, também
a sociedade deve observar os protocolos democráticos
para lidar com a situação, “para que o enfrentamento
dessa crise seja um laboratório da democracia, e não
seja, em hipótese alguma, um laboratório de
autoritarismo”.
O ministro frisou que, mesmo sendo necessário
conviver com as divergências em uma democracia, “é
preciso que tenhamos presente que grades de proteção
da legalidade democrática não podem ser
suplantadas”.
Ao final, Fachin defendeu tolerância, inclusão e
pluralidade como princípios inerentes ao processo
democrático, mas ressalvou também ser preciso “que
quem demande respeito se respeite. Chamar para si a
liberdade de expressão para atentar contra a
liberdade da expressão é ser tolerante com os
intolerantes”.
Fonte: Agência Brasil
02/06/2020 -
Prorrogada vigência de MP que cria linha de crédito
para pagamento de salários
O presidente da Mesa do Congresso, senador Davi
Alcolumbre, prorrogou por 60 dias o prazo para
votação de três medidas provisórias. Entre elas, a
MP 944/2020 que criou o Programa Emergencial de
Suporte a Empregos. O ato foi publicado nesta
segunda-feira (1º) no Diário Oficial da
União. Editada no dia 3 de abril, a medida
estabelece uma linha de crédito de R$ 34 bilhões
para garantir o pagamento dos salários em empresas
com receita anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões
durante a pandemia do coronavírus.
Pela MP, o empregador beneficiado fica impedido de
demitir funcionários sem justa causa, no período
entre a contratação do empréstimo e até 60 dias após
o recebimento da última parcela da linha de crédito.
Também teve sua vigência prorrogada, a MP 943/2020,
editada pelo presidente Jair Bolsonaro no mesmo dia
para viabilizar a execução do Programa Emergencial
de Suporte a Empregos, previsto na MP 944. A medida
abre crédito extraordinário de R$ 34 bilhões,
recursos destinados às pequenas e médias empresas
financiarem o pagamento de suas folhas salariais por
dois meses, devido à pandemia da covid-19.
Outra medida com prazo ampliado é a MP 945/2020,
publicada no dia 4 de abril, que protege os
portuários e amplia as garantias de que os serviços
nos portos, considerados essenciais não sejam
afetados durante a crise de saúde no país.
Entre as determinações, o texto permite a cessão de
pátios sob administração militar para empresas de
serviço aéreo, em áreas determinadas pelo Comando da
Aeronáutica, e muda a forma de escalação dos
trabalhadores avulsos que realizam as operações de
carga e descarga.
As MPs aguardam votação na Câmara dos Deputados e
depois seguirão para análise do Senado.
Fonte: Agência Senado
02/06/2020 -
Justiça do Trabalho já analisa casos ligados à
covid-19. Procuradoria recebe denúncias
MPT recebeu relatos de pressão para assinar
acordos de redução salarial ou férias, e para
trabalhar sem equipamentos de proteção
Os dois maiores Tribunais Regionais do Trabalho do
país, o TRT-2 e o TRT-15, já têm mais de 200
processos relacionados à covid-19. O primeiro
abrange a Grande São Paulo e a Baixada Santista e o
segundo, todo o interior paulista. O Ministério
Público do Trabalho no estado também registra várias
denúncias relativas à pandemia.
No caso do MPT em São Paulo, 11% das denúncias
referem-se a assédio moral e abuso de chefias.
“Entre as queixas mais comuns estão a não dispensa
para o trabalho remoto, mesmo havendo possibilidade,
e a pressão para continuar trabalhando mesmo sem
equipamentos de proteção individuais e coletivos”,
informa o Ministério Público.
Em um intervalo de dois meses, de 24 de março até a
última terça-feira (26), o MPT-SP recebeu 1.704
denúncias envolvendo a covid-19. São 191 casos de
assédio ou abuso, sendo 15 no setor de saúde, nove
no comércio e outras nove na área de alimentação,
oito em empresas de comunicação e sete em tecnologia
e também em educação. Segundo a Procuradoria, “os
funcionários afirmam que são constrangidos a
trabalhar sem equipamentos de proteção individual,
incluindo álcool em gel”, com a alegação de que se
trata de gasto desnecessário.
Além disso, o MPT recebeu denúncias de trabalhadores
que sofreram pressão para aceitar “acordos” de
redução salarial. O Ministério Público lembra que a
Medida Provisória 936, aprovada ontem (28) na
Câmara, permite a suspensão do contrato por tempo
determinado e diminuição de jornada e salário,
“desde que haja negociação entre patrão e empregado,
ainda que individual”.
Férias e teletrabalho
Outros relatos narram coação para assinar pedidos de
férias. Funcionários seriam forçados a aceitar para
manter o emprego. E outra situação apurada é de
empregados que só receberiam bonificação se
trabalhassem presencialmente, mesmo tendo direito ao
trabalho remoto. As denúncias são recebidas pelo
site
http://www.prt2.mpt.mp.br/servicos/ denuncias ou
por meio do aplicativo MPT Pardal.
No caso do TRT-2, os processos começaram a chegar em
volume maior a partir de abril. Foi apenas uma ação
em fevereiro, sete em março e 77 no mês seguinte,
totalizando. Até agora, 18 foram solucionados. Entre
os casos mais comuns, estão multas como as previstas
no Artigo 477 da CLT (rescisão contratual) e do
FGTS.
O TRT-2 está em trabalho remoto desde 17 de março.
No intervalo de dois meses, proferiu 73 mil
sentenças. Incluindo primeira e segunda instâncias,
são 118 mil decisões.
Já o TRT-15, sediado em Campinas, recebeu na
primeira instância três processos relativos à covid-19
em fevereiro, 27 em março e 112 em abril. Nos
primeiros quatro meses do ano, foram recebidos, no
total, 71.478 ações, ante 77.912 em igual período de
2019, diminuição de 8,26%. Ontem, o Tribunal decidiu
prorrogar a suspensão de serviços presenciais até 14
de junho.
Fonte: Rede Brasil Atual
01/06/2020 -
Sindicalistas exaltam papel de Orlando Silva nos
avanços da MP 936
Ao relatar a medida, deputado do PCdoB-SP foi
fundamental para reduzir os retrocessos que a gestão
Jair Bolsonaro tentava impor aos trabalhadores
O movimento sindical é unânime: o empenho do
deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) foi
fundamental para desidratar a Medida Provisória (MP)
936/2020 e, assim, reduzir os retrocessos que a
gestão Jair Bolsonaro tentava impor aos
trabalhadores. Aprovada nesta quinta-feira (28), a
MP procura responder aos impactos econômicos da
crise do coronavírus, ao alterar a legislação
trabalhista durante a vigência da pandemia.
“Considerando a difícil correlação de força e as
manobras do governo para cooptar grande parte do
Centrão, conseguimos, sim, reduzir o mal maior”, diz
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). “Apostamos
na grande política e protagonizamos, através do
diálogo, medidas que rompem o ranço conservador do
bolsonarismo.”
Entre os avanços na MP conquistados com a unidade
das centrais sindicais e da oposição, Adilson
destaca a chamada “ultratividade” – ou seja, a
manutenção até o fim da pandemia das convenções e
dos acordos coletivos vigentes hoje. Essa batalha,
abraçada em conjunto pelo movimento sindical, contou
com o apoio de Orlando Silva desde o início das
negociações.
Para o líder cetebista, a atuação de Orlando como
relator da medida “foi um ato de grandeza, numa
tarefa de grande envergadura”. Segundo Adilson, o
deputado do PCdoB teve “a capacidade de exercer um
papel de diálogo com oposição e com os prepostos da
situação. Soube ouvir o movimento sindical, as
centrais, e convergir para o acordo possível.
Orlando conseguiu externalizar seu compromisso com
os interesses da classe trabalhadora, sobretudo com
aqueles que mais necessitam.”
“Orlando foi um mestre. Numa bancada contra nós,
conseguiu acordo possível, que reduziu os males da
MP 936”, afirmou João Carlos Gonçalves, o Juruna,
secretário-geral da Força Sindical. Ele destaca,
ainda, o papel do movimento sindical nessa luta.
“Soubemos debater com o parlamento e influenciar no
resultado.”
Uma nota conjunta, lançada por presidentes de
centrais sindicais na noite desta sexta-feira (29),
realçou igualmente o papel de Orlando. Na opinião
dos dirigentes, o deputado “atuou dialogando com as
lideranças sindicais, com a situação e oposição para
fazer com que a Medida causasse menos danos para os
trabalhadores”. O documento é assinado por líderes
de CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB e
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora).
Um dos feitos do relatório de Orlando foi ter sido
aprovado por unanimidade, a despeito dos destaques
que mudaram o texto-base do relator. É o que avalia
o jornalista Marcos Verlaine, consultor do Diap
(Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar). “Está na lógica do dano mínimo. Ou
seja, não tendo número para rejeitar o texto, o
relator apresentou relatório negociado, a fim de
reduzir, dentro do possível, os prejuízos dos
trabalhadores”, explica Verlaine.
Leia abaixo a nota das centrais sindicais:
Vitórias do movimento sindical na MP 936
A atuação das centrais sindicais e dos parlamentares
sensibilizados com a causa dos trabalhadores
garantiu vitórias importantes na Medida Provisória
936 votada pela Câmara Federal, no dia 28 de Maio.
São elas:
- O estabelecimento da ultratividade (prorrogação)
dos acordos e convenções coletivas celebrados pelos
sindicatos enquanto prevalecer a pandemia, contendo
a ofensiva patronal contra relevantes conquistas das
categorias nas campanhas salariais.
- A restrição do número de trabalhadores expostos à
negociação individual, sem a necessária proteção da
negociação coletiva. A redução de jornadas e
salários autorizada pela medida para as faixas de
até dois salários é menor.
- A intermediação dos sindicatos nas negociações
com assalariados que recebem acima deste patamar.
Ressaltamos, neste ponto, que o ideal seria que
todas as negociações obedecessem a este critério, de
resto previsto no Artigo 7º da Constituição. Mas
diante da decisão do STF, que ratificou os acordos
individuais e a correlação de forças prevalecente no
Congresso Nacional, consideramos que a restrição foi
um avanço.
- A suspensão, durante a pandemia, do artigo 486 da
CLT, que trata do “fato do príncipe”. Artigo que o
presidente Bolsonaro estava usando para chantagear
prefeitos e governadores, induzindo-os a não adotar
a política de isolamento social sob pena de
indenização dos empresários.
Essas vitórias foram possíveis devido à intensa
participação das centrais sindicais nas negociações
e diálogo com o Congresso Nacional durante a
elaboração da MP. Embora a MP contenha retrocessos,
elas merecem ser valorizadas.
Cabe, por fim, destacar a posição assumida pelo
relator da MP, o deputado Orlando Silva, PCdoB-SP,
que atuou dialogando com as lideranças sindicais,
com a situação e oposição para fazer com que a
Medida causasse menos danos para os trabalhadores.
Nesse mesmo esforço contamos com o apoio decisivo
dos parlamentares ligados à classe trabalhadora no
Congresso.
São Paulo, 29 de maio de 2020
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo – Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto – Presidente da CSB (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
José Calixto Ramos – Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Edson Carneiro Índio – secretário-geral da
Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Fonte: Portal Vermelho
01/06/2020 -
Bolsonaro participa de novo ato golpista com ataques
ao STF
Jair Bolsonaro se encontrou com apoiadores neste
domingo (31), em Brasília (DF), sem o uso de
máscara, contrariando recomendações da Organização
Mundial da Saúde (OMS), que pede o distanciamento
social para diminuir a propagação do coronavírus.
Alguns manifestantes carregam faixas com dizeres
contra o Supremo Tribunal Federal.
Em live transmitida em suas redes sociais, Bolsonaro
também pegou uma criança no colo.
No Distrito Federal o uso de máscara contra a covid-19
é obrigatório. Quem for pego sem máscaras em espaços
públicos poderá ser autuado e multado a partir de R$
2 mil.
A presença de Bolsonaro em atos contra o STF não
surpreende. Além de ele flertar com ditaduras, seus
aliados foram alvos da uma ação da Polícia Federal
na quarta-feira (27) contra fake news. Foram
cumpridos 20 mandados de busca e apreensão expedidos
pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do
inquérito no Supremo.
Um dos investigados, o deputado estadual Douglas
Garcia (PSL-SP) resolveu participar do protesto na
capital federal. Ele e um grupo de apoiadores,
vestindo camiseta do "movimento conservador"
entoaram um grito de ordem contra o STF. "Supremo é
o povo", bradaram.
Fonte: Brasil247
01/06/2020 -
Rejeição a Bolsonaro sobe para 44%, segundo pesquisa
DataPoder360
De acordo com o levantamento, para apenas 28% das
pessoas a administração do presidente é ótima ou boa
Conforme indicaram recentes pesquisas da Fórum e do
Datafolha, a rejeição a Jair Bolsonaro vem
crescendo. Levantamento realizado pelo DataPoder360
aponta que a aversão ao presidente subiu de 39% para
44% em apenas 15 dias.
Na avaliação do desempenho de Bolsonaro, para 28% a
administração dele é ótima ou boa. Outros 23%
responderam que é regular.
De acordo com a pesquisa, o presidente perdeu apoio
com o avanço da pandemia de coronavírus, além dos
impactos na economia, mas continua com o apoio de um
terço do eleitorado.
O levantamento mostra, ainda, que 28% das pessoas já
receberam o auxílio de R$ 600 prometido pelo governo
para enfrentar a pandemia. Outros 21% ainda aguardam
o dinheiro.
Por isso, neste cenário, a rejeição é de 40%. O
número é menor do que a média nacional, de 44%.
Impeachment
A pesquisa indica, também, que o percentual de
brasileiros que apoiam o impeachment de Bolsonaro
ficou estável. Hoje, 36% se posicionam
favoravelmente ao afastamento, contra 34% do último
levantamento, ficando na margem de erro.
Os que acreditam que as acusações de Sérgio Moro não
são suficientes para retirar Bolsonaro do cargo são
47%. Há duas semanas, eram 52%.
Reunião
O DataPoder360 apurou que 55% das pessoas que conhecem
o vídeo divulgado da reunião ministerial de 22 de
abril consideram a conduta de Bolsonaro inadequada.
Na reunião, o presidente fala vários palavrões e os
ministro da Educação, Abraham Weintraub, e dos
Direitos Humanos, Damares Alves, criticam e ofendem
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O levantamento foi realizado de 25 a 27 de maio de
2020, por intermédio de ligações para celulares e
telefones fixos. Ao todo, foram 2.500 entrevistas em
544 cidades nas 27 unidades da Federação. A margem
de erro é de 2 pontos percentuais.
Fonte: RevistaForum
01/06/2020 -
Manifestos pró-democracia buscam criar clima de
ampla unidade na luta pelo afastamento de Bolsonaro
Nos últimos dias, passaram a circular nas redes
sociais, nos jornais e meios de comunicação em geral
manifestos em defesa da Constituição e da
democracia, após os ataques de Jair Bolsonaro às
instituições.
O jornalista Fábio Zanin, em reportagem na Folha de
S.Paulo, traça um paralelo entre o ambiente
pró-democracia atual e o clima do movimento pelas
eleições diretas já, em 1984.
A principal característica comum entre os movimentos
atuais e o das Diretas Já é a unidade na ação de
adversários ideológicos contra um inimigo comum. Na
época, a ditadura militar. Hoje, o governo
autoritário de Jair Bolsonaro, que viola
constantemente as regras democráticas e emite sinais
de querer transformar-se o país em um novo tipo de
ditadura, sob sua chefia.
Uma das iniciativas é o Movimento Estamos Juntos,
lançado no sábado (30) e que resgata a cor amarela
—símbolo do Diretas Já. No fim de semana, coletou
assinaturas online ao ritmo de 8.000 por hora, e
reunia mais de 150 mil até a noite deste domingo
(31), assinala a reportagem.
“Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de
deixar de lado velhas disputas em busca do bem
comum”, afirma o texto.
No domingo (31), outro manifesto surgiu, voltado ao
meio jurídico. Com o título de Basta!, reúne cerca
de 720 profissionais do direito.
“O Brasil não pode continuar a ser agredido por
alguém que, ungido democraticamente ao cargo de
presidente da República, exerce o nobre mandato que
lhe foi conferido para arruinar com os alicerces de
nosso sistema democrático”, afirma.
Na semana passada surgiu um documento, também amplo,
com centenas de assinaturas, firmado por
personalidades como o antropólogo Luiz Eduardo
Soares, Chico Buarque e Caetano Veloso, pedindo a
unidade antifascista.
"É imperioso que cada um de nós adie seus legítimos
projetos próprios e se abra, desarmado, para uma
grande concertação de todas as forças antifascistas,
as quais, vale enfatizar, não se esgotam nas
esquerdas", diz o documento, que menciona uma "dupla
catástrofe, a pandemia e Bolsonaro".
Também circulam manifestos de caráter setorial, em
áreas como meio ambiente e relações exteriores.
Fonte: Brasil247
01/06/2020 -
Celso de Mello cita Hitler e diz que bolsonaristas
“odeiam democracia”
Ministro do STF é o relator do inquérito que
investiga as acusações, levantadas pelo ex-ministro
Sérgio Moro, de que Bolsonaro tentou interferir
politicamente na Polícia Federal.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF), comparou o Brasil à Alemanha de
Hitler e, em mensagem reservada enviada a
interlocutores no WhatsApp, disse que bolsonaristas
“odeiam a democracia” e pretendem instaurar uma
“desprezível e abjeta ditadura”. Procurado pela
reportagem, o gabinete do ministro não se manifestou
sobre as declarações.
Celso de Mello é o relator do inquérito que
investiga as acusações, levantadas pelo ex-ministro
Sérgio Moro, de que Bolsonaro tentou interferir
politicamente na Polícia Federal. O ministro se
aposenta em novembro deste ano, quando completa 75
anos.
“GUARDADAS as devidas proporções, O ‘OVO DA
SERPENTE’, à semelhança do que ocorreu na República
de Weimar (1919-1933), PARECE estar prestes a
eclodir NO BRASIL!”, escreveu o decano do STF,
usando letras maiúsculas. A mensagem continua
dizendo que é preciso resistir ao ataque à
democracia para evitar que aconteça no Brasil o que
ocorreu na Alemanha.
“É PRECISO RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM
DEMOCRÁTICA, PARA EVITAR O QUE OCORREU NA REPÚBLICA
DE WEIMAR QUANDO HITLER, após eleito por voto
popular e posteriormente nomeado pelo Presidente
Paul von Hindenburg, em 30/01/1933, COMO CHANCELER
(Primeiro Ministro) DA ALEMANHA (‘REICHSKANZLER’),
NÃO HESITOU EM ROMPER E EM NULIFICAR A PROGRESSISTA,
DEMOCRÁTICA E INOVADORA CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR, de
11/08/191, impondo ao País um sistema totalitário de
poder viabilizado pela edição, em março de 1933, da
LEI (nazista) DE CONCESSÃO DE PLENOS PODERES (ou LEI
HABILITANTE) que lhe permitiu legislar SEM a
intervenção do Parlamento germânico!!!! ‘INTERVENÇÃO
MILITAR’, como pretendida por bolsonaristas e outras
lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e
odeiam a democracia, NADA MAIS SIGNIFICA, na
NOVILÍNGUA bolsonarista, SENÃO A INSTAURAÇÃO, no
Brasil, DE UMA DESPREZÍVEL E ABJETA DITADURA
MILITAR!!!!”, completou Celso de Mello.
Há duas semanas, Celso de Mello classificou como
“bolsonaristas fascistoides, além de covardes e
ignorantes” dois homens que foram presos por ameaçar
de morte juízes, promotores e procuradores do
Distrito Federal.
Com informações da IstoÉ
Fonte: Portal Vermelho
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